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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE AGRONOMIA, MEDICINA VETERINÁRIA E ZOOTECNIA Programa de Pós-graduação em Agricultura Tropical GERMINAÇÃO E VIGOR DE SEMENTES DE Magonia pubescens A. St.-Hil. ARMAZENADAS EM DIFERENTES EMBALAGENS, COM E SEM PRÉ-EMBEBIÇÃO EM ÁGUA E, FORMAÇÃO DE PLÂNTULAS EM DIFERENTES RECIPIENTES CÁRITA RODRIGUES DE AQUINO ARANTES CUIABÁ - MT 2015

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE …§ões-Teses... · precipitação média anual de 1.500 mm e as temperaturas ao longo do ano situam-se em média entre 22 e 27 °C

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE AGRONOMIA, MEDICINA VETERINÁRIA E

ZOOTECNIA Programa de Pós-graduação em Agricultura Tropical

GERMINAÇÃO E VIGOR DE SEMENTES DE Magonia pubescens A.

St.-Hil. ARMAZENADAS EM DIFERENTES EMBALAGENS, COM E

SEM PRÉ-EMBEBIÇÃO EM ÁGUA E, FORMAÇÃO DE PLÂNTULAS

EM DIFERENTES RECIPIENTES

CÁRITA RODRIGUES DE AQUINO ARANTES

CUIABÁ - MT

2015

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE AGRONOMIA, MEDICINA VETERINÁRIA E

ZOOTECNIA Programa de Pós-graduação em Agricultura Tropical

GERMINAÇÃO E VIGOR DE SEMENTES DE Magonia pubescens A.

St.-Hil. ARMAZENADAS EM DIFERENTES EMBALAGENS, COM E

SEM PRÉ-EMBEBIÇÃO EM ÁGUA E, FORMAÇÃO DE PLÂNTULAS

EM DIFERENTES RECIPIENTES

CÁRITA RODRIGUES DE AQUINO ARANTES

Engenheira Agrônoma

Orientadora: Profª Drª Walcylene Lacerda Matos Pereira Scaramuzza Co-Orientadora: Profª Drª Elisangela Clarete Camili

Dissertação apresentada à Faculdade de Agronomia, Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade Federal de Mato Grosso, para obtenção do título de Mestre em Agricultura Tropical.

CUIABÁ - MT

2015

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Epígrafe

“O temor do Senhor é o princípio da sabedoria”

Provérbios 1:7

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Dedicatória

Ao meu esposo Joan Roberto pelo apoio,

compreensão e, principalmente, pelas palavras de

incentivo nos momentos de desânimo. À minha

família, em especial, aos meus avós Ciro e

Lindalva, e aos meus pais Iran e Regina, que

sempre me apoiaram e torceram pela minha vitória.

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Agradecimentos

A Deus, pela minha vida e por me conservar com saúde.

À Universidade Federal de Mato Grosso e ao Programa de Pós-graduação em

Agricultura Tropical.

Ao CNPq, pela concessão da bolsa de estudos, que possibilitou a minha

permanência na Universidade.

À minha orientadora, Profª Drª Walcylene Lacerda Matos Pereira Scaramuzza pela

atenção, críticas construtivas e por toda ajuda durante a realização deste trabalho.

À minha co-orientadora Profa Dra Elisangela Clarete Camili pela orientação,

confiança, paciência, competência e, principalmente, pelo profissionalismo e

valiosas sugestões, que contribuíram de forma significante para realização deste

trabalho.

Às professoras Dra Maria Cristina de Figueiredo e Albuquerque e Rozilaine

Aparecida Pelegrine Gomes de Faria, pela colaboração e sugestões tanto no exame

de qualificação quanto na defesa.

Ao professor Dr. Sebastião Carneiro Guimarães pelo auxílio na análise dos dados

deste trabalho.

À Dra Carmen Lúcia Ferreira Fava pelas boas ideias que foram fundamentais na

elaboração e realização dos experimentos que resultaram nesta dissertação, pela

ajuda nas coletas e condução dos experimentos, pela amizade e pelos inesquecíveis

momentos de descontração.

À técnica do Laboratório de Sementes Sidnéa Aparecida Fiori Caldeira pela

contribuição na ideia e na condução dos experimentos e pelos “quitutes” saborosos

nos lanches da tarde.

Ao Prof. Dr. Antonio Renan Berchol da Silva e aos Senhores João e Miguel, pela

ajuda nas coletas das sementes.

As colegas de disciplinas e do Laboratório de Sementes Janaína Rosa, Josilaine

Silva, Karoline Barros, Dryelle Pallaoro e Danielle Müller, que, a partir da

convivência, se tornaram grandes amigas, e foram muito importantes, me ajudando

a superar os obstáculos encontrados pelo caminho.

A todas as pessoas que, de maneira direta ou indireta, contribuíram para a

concretização deste trabalho.

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GERMINAÇÃO E VIGOR DE SEMENTES DE Magonia pubescens A.

St.-Hil. ARMAZENADAS EM DIFERENTES EMBALAGENS, COM E

SEM PRÉ-EMBEBIÇÃO EM ÁGUA E, FORMAÇÃO DE PLÂNTULAS

EM DIFERENTES RECIPIENTES

RESUMO - O timbó (M. pubescens) é uma espécie que tem potencial ornamental,

podendo ser usado na composição de jardins e praças e, principalmente, para

arborização de ruas; é ainda indicado para plantios em áreas degradadas de

preservação permanente. Os objetivos neste trabalho foram, além de determinar os

aspectos biométricos de frutos e sementes, verificar o efeito do tamanho das

sementes, do armazenamento, de embalagens e do tempo de embebição, na

germinação e no vigor de sementes e do recipiente na formação de plântulas de

timbó. Os frutos foram coletados no município de Cuiabá, Mato Grosso e levados ao

laboratório de sementes da Universidade Federal de Mato Grosso para mensuração

da massa e dimensões dos frutos e sementes. No experimento de laboratório, o

delineamento utilizado foi o inteiramente casualizado, em esquema de parcela

subdividida no tempo, sendo alocados na parcela principal: tamanho da semente

(grandes e pequenas); embalagem (polietileno transparente com espessura de 0,5

mm e saco de papel kraft) e, tempo de embebição em água (0, 12 e 24 horas) e, nas

subparcelas o tempo de armazenamento (0, 3, 6, 9 e 12 meses), com cinco

repetições de dez sementes. O experimento no viveiro de produção de mudas foi

instalado de acordo com o delineamento inteiramente casualizado, em arranjo

fatorial 2x2x3 (dois recipientes de produção de mudas, dois tamanhos de sementes,

e três tempos de embebição das sementes em água) com quatro repetições de seis

recipientes contendo uma semente cada, totalizando 12 tratamentos e 48 unidades

experimentais. A embebição das sementes não interferiu na porcentagem final de

germinação, mas, acelerou o processo diminuindo o tempo médio de germinação,

isto favoreceu a formação de plântulas, sendo estas mais vigorosas quando

comparadas às plântulas formadas a partir de sementes que não foram embebidas

antes da semeadura.

Palavras-chave: Timbó, Sapindaceae, planta nativa, espécie de ocorrência natural,

armazenamento de sementes, embalagem e curva de embebição.

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GERMINATION AND VIGOR OF Magonia pubescens A. St.-Hil.

SEEDS STORAGE IN DIFFERENT PACKGES, WITH AND WITHOUT

WATER PRE-EMBIBITION AND SEEDLING FORMATION IN

DIFFERENT CONTAINERS

ABSTRACT - Timbo (M. pubescens) is a specie with ornamental potential, that can

be used in gardens and squares composition, and mainly, for street afforestation; it is

also suitable for planting in degraded areas of permanent preservation. The

objectives in this study were, in addition to determining the biometric aspects of fruits

and seeds, check the effect of seed size, storage, packaging and soaking time on

germination and seed vigor, and the container in formation of timbo seedlings. The

fruits were collected in Cuiabá city, Mato Grosso, and taken to the Seeds Laboratory

of the Mato Grosso Federal University to fruits and seeds mensuration of mass and

dimensions. In laboratory experiment the design was completely randomized in a

split plot scheme in time, being allocated in the main plots: seed size (large and

small); packaging (transparent polyethylene with a thickness of 0.5 mm and kraft

paper bag) and water soaking time (0, 12 and 24 hours) and in the subplots, the

storage time (0, 3, 6, 9 and 12 months), with five replications of ten seeds. The

experiment in seedling production nursery has been installed according to completely

randomized design in a factorial 2x2x3 (two seedlings production containers, two

seed sizes, and three times of seeds soaking in water) with four replications of six

containers with one seed each, totaling 12 treatments and 48 experimental units. The

seeds soaking did not affect the final percentage of germination, but accelerated the

process reducing the average time of germination, this favored the seedlings

formation, which are more vigorous when compared to seedlings formed from seeds

that have not been soaked before sowing.

Key words: Timbo, Sapindaceae, native plant, natural occurrence specie, seeds

storage, packaging and soaking curve.

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SUMÁRIO

Página

1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 10

2. REVISÃO DE LITERATURA ................................................................................ 11

2.1. Características e Importância da Espécie .......................................................... 11

2.2. Aspectos da Germinação de Sementes ............................................................. 13

2.3. Biometria de Frutos e Sementes ........................................................................ 14

2.4. Pré-embebição de Sementes em Água .............................................................. 16

2.5. Qualidade de Sementes em Função do Tipo de Embalagem e Período de

Armazenamento ........................................................................................................ 17

3. MATERIAL E MÉTODOS ..................................................................................... 21

3.1. Local e Coleta dos Frutos ................................................................................... 21

3.2. Biometria de Frutos e Sementes ........................................................................ 22

3.3. Obtenção da Curva de Embebição das Sementes ............................................. 23

3.4. Germinação e Vigor de Plântulas antes e após o armazenamento .................... 24

3.5. Formação de Plântulas em Diferentes Recipientes ............................................ 26

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................ 29

4.1. Biometria de Frutos e Sementes ........................................................................ 29

4.2. Obtenção da Curva de Embebição das Sementes ............................................. 33

4.3. Germinação e Vigor de Plântulas ....................................................................... 34

4.4. Formação de Plântulas em Diferentes Recipientes ............................................ 53

5. CONCLUSÕES ..................................................................................................... 64

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................... 65

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1. INTRODUÇÃO

O Brasil possui cinco áreas de grande abundância de espécies de

ocorrência natural, entre essas o bioma Cerrado que é o segundo maior em área do

país, com 23% do território nacional (dois milhões de km2), localizado, basicamente,

no planalto central e considerado um complexo vegetacional de grande

heterogeneidade fitofisionômica (GUARIM NETO e MORAIS, 2003).

O clima dessa região é estacional, em que o período chuvoso, que dura de

outubro a março, é seguido por um período seco, de abril a setembro, sendo a

precipitação média anual de 1.500 mm e as temperaturas ao longo do ano situam-se

em média entre 22 e 27 °C (KLINK e MACHADO, 2005).

A vegetação original do Cerrado apresenta várias espécies de importância

para o homem, como as frutíferas, plantas medicinais, produtoras de madeiras,

ornamentais e, entre estas espécies está o timbó (Magonia pubescens A. St.-Hil.),

contudo, devido à atividade agropecuária e à pressão extrativista, a área de Cerrado

vem sendo reduzida. As queimadas estão entre os problemas que ameaçam esse

ecossistema e que tem alterado a paisagem natural deste bioma, sendo na maioria

das vezes, de origem antrópica.

Observando a sobrevivência e crescimento inicial de espécies nativas do

Cerrado, incluindo o timbó, após a passagem do fogo numa área de Cerrado,

Fernandes (2012), verificou que esta espécie apresentou os menores volumes

caulinares, número de folhas e taxas de crescimento relativo configurando-se como

a menos tolerante ao fogo.

O timbó é uma espécie da família Sapindaceae, típica do Cerrado, utilizada

de diversas formas pelas populações tradicionais do Cerrado matogrossense. Por se

tratar de uma espécie explorada por extrativismo em populações naturais, é

necessário investigar técnicas de propagação como forma viável de conservação da

espécie, podendo assim contribuir para minimizar a perda de biodiversidade.

Deste modo, os objetivos neste trabalho foram, além de determinar os

aspectos biométricos de frutos e sementes, verificar o efeito do tamanho das

sementes, do armazenamento, de embalagens e do tempo de embebição na

germinação e no vigor de sementes e, do recipiente na formação de plântulas de M.

pubescens.

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2. REVISÃO DE LITERATURA

2.1. Características e Importância da Espécie

Magonia pubescens A. St.-Hil. (Figura 1), espécie da família Sapindaceae, é

conhecida como tingui ou timbó. É uma árvore decídua e heliófita, seletiva xerófita,

de ocorrência natural e amplamente distribuída nos Cerrados do Brasil Central,

podendo ser encontrada nos estados do Ceará, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso,

Mato Grosso do Sul e São Paulo (LORENZI, 2009).

É considerada pioneira por ser adaptada a terrenos fracos, porém, sempre

altos e bem drenados. Apresenta copa com folhagem rendilhada podendo alcançar

até 10 m de altura e tronco entre 20 a 30 cm de diâmetro, revestido por casca

pardacenta. O fruto é do tipo cápsula globosa, lenhosa, de 7 a 10 cm de diâmetro,

de coloração castanho-clara, com várias sementes aladas de até 8 cm de largura,

sendo que um quilo de sementes contém aproximadamente 447 unidades (SILVA

JÚNIOR, 2005).

Floresce nos meses de julho a setembro e frutifica de agosto a novembro; a

maturação dos frutos ocorre quase simultaneamente com a nova florada (LORENZI,

2009). A dispersão das sementes é predominantemente anemocórica (PAULA e

ALVES, 1997). Segundo Lorenzi (2009), para a obtenção de sementes, os frutos

devem ser colhidos ainda na árvore, quando iniciarem a abertura e queda

espontânea das sementes, ou deve-se recolhê-las no chão, após a queda.

As sementes são oleaginosas utilizadas na fabricação de sabão na indústria

caseira e para compor arranjos florais secos (LORENZI, 2009). São ainda ricas em

saponina e usadas para a limpeza de úlceras de pele, enquanto o chá da casca do

caule é usado para tratar feridas e o das raízes como calmante (GUARIM NETO e

MORAIS, 2003).

A árvore tem potencial ornamental, principalmente, pela folhagem rendilhada

que possui, podendo ser usada na composição de jardins e praças e,

principalmente, para arborização de ruas; é ainda indicada para plantios em áreas

degradadas de preservação permanente (GIOTTO et al., 2009; LORENZI, 2009).

Possui madeira moderadamente pesada (600 kg m-3), dura, textura média e de boa

resistência ao ataque de organismos xilófagos, podendo ser usada na construção

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civil, como caibros, ripas, na confecção de esquadrias, batentes de portas e janelas,

moirão, lenha e carvão.

A infusão da casca da raiz é empregada para “tinguijar” (intoxicar) os peixes

das lagoas para posteriormente serem capturados. O extrato etanólico da casca do

caule de M. pubescens tem potencial no controle de larvas de Aedes aegypti

(ARRUDA et al., 2003; SILVA et al., 2003).

FIGURA 1. Aspecto da árvore (A), do tronco (B) e do fruto (C) de timbó (Magonia

pubescens A. St. – Hil). Cuiabá-MT, 2015.

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2.2. Aspectos da Germinação de Sementes

Sob o ponto de vista tecnológico, germinação de sementes em teste de

laboratório é a emergência e desenvolvimento das estruturas essenciais do embrião,

demonstrando sua aptidão para produzir uma planta normal sob condições

favoráveis de campo. Os testes de germinação têm como principal objetivo fornecer

informações sobre a qualidade das sementes, determinando o potencial máximo de

germinação de um lote de sementes (BRASIL, 2009).

Sob o aspecto fisiológico, a germinação de uma semente é o reinício do

desenvolvimento da planta, interrompido após a maturação das sementes na planta-

mãe. É composta por uma sequência de eventos fisiológicos, influenciada por

fatores internos e externos, podendo estes atuar por si ou em interação; os internos

são os hormônios e substâncias inibidoras não hormonais, enquanto os externos

que mais influenciam são umidade, temperatura, oxigênio e luz (MARCOS FILHO,

2005).

A umidade é essencial para a retomada de atividades metabólicas da

semente após a maturidade, desempenhando papel fundamental na germinação e a

temperatura exerce influência significativa, tanto no total de sementes germinadas

como na velocidade e uniformidade do processo (MARCOS FILHO, 2005).

Segundo Almeida et al. (1998), a temperatura ótima para a germinação das

sementes de M. pubescens sem o envoltório é de 20 a 34 °C. Quando se avaliou as

temperaturas de 5; 10; 15; 20; 25; 30; 35; 40 e 45 °C, Souza Filho et al. (2011)

observaram que a 25 e 30 °C a porcentagem de emergência de plântulas foi de 94 e

88%, respectivamente, enquanto nas demais temperaturas não houve germinação,

no entanto, o índice de velocidade de emergência foi maior na temperatura de 30 °C.

O oxigênio é outro fator fundamental na germinação, pois, funciona como

combustível no processo de degradação das substâncias de reserva da semente

para o fornecimento de nutrientes e energia para o desenvolvimento do eixo

embrionário (CARVALHO e NAKAGAWA, 2012).

No que diz respeito à luz, a resposta das sementes é variável de acordo com

a espécie e, dependendo do comportamento da semente em relação à exposição à

luz, as sementes podem ser classificadas como fotoblásticas positivas, as quais

dependem da luminosidade para germinar; fotoblásticas negativas, quando só

germinam na ausência de luminosidade ou ainda fotoblásticas neutras, que

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germinam tanto na presença, quanto na ausência de luminosidade (MORAES et al.,

2002).

Em revisão apresentada por Zaidan e Carreira (2008), a maioria das

espécies arbóreas do Cerrado é indiferente à luz. Segundo Coelho et al. (2012), as

sementes de timbó são fotoblásticas neutras em condição de laboratório na

temperatura de 30 ºC. Souza Filho et al. (2012) confirmaram estes resultados

pesquisando a germinação de sementes de M. pubescens em diferentes condições

de luz, pois, constataram que esta espécie comportou-se como fotoblástica neutra.

Floriano (2004) afirmou que conhecer e controlar os fatores ambientais permite

otimizar a quantidade, velocidade e uniformidade da germinação.

2.3. Biometria de Frutos e Sementes

A avaliação das características biométricas de uma espécie fornece

informações sobre a variabilidade entre indivíduos da mesma espécie localizados

numa mesma área, bem como as relações entre essa variabilidade e os fatores

ambientais, fornecendo importantes informações para a caracterização dos aspectos

ecológicos como o tipo de dispersão, agentes dispersores e estabelecimento das

plântulas (MACEDO et al., 2009).

Essa caracterização serve ainda de subsídio para o melhoramento genético

de populações, padronizações de testes em laboratórios, bem como na melhoria das

condições de armazenamento de sementes e produção de mudas (FERRONATO et

al., 2000), tendo grande utilidade na identificação e diferenciação de espécies do

mesmo gênero (CRUZ et al., 2001).

Através da biometria das sementes Carpanezzi e Marques (1981)

evidenciaram que a massa das sementes de Hymenaea courbaril é quase duas

vezes superior à massa das sementes de H. parvifolia. Freitas et al. (2009)

conseguiram diferenciar Dimorphandra mollis de D. wilsonii, em campo, através das

medidas morfométricas dos frutos e sementes.

A caracterização biométrica de frutos e sementes pode fornecer informações

importantes para trabalhos com M. pubescens, pois, as sementes desta espécie

apresentam grande variação quanto ao tamanho e massa fresca, sendo que essas

variações podem ser promovidas tanto por fatores ambientais durante o

florescimento e desenvolvimento, como pode representar indício de alta

variabilidade genética populacional. Por sua vez, o número de sementes produzidas

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por fruto pode ser diretamente influenciado pelas condições ambientais (MACEDO et

al., 2009).

Pesquisas envolvendo análise morfológica de frutos e sementes de espécies

arbóreas podem auxiliar no entendimento do processo de germinação, vigor,

armazenamento, viabilidade e métodos de propagação das espécies (MATHEUS e

LOPES, 2007). Convém ainda ressaltar que a biometria dos frutos e sementes

fornece dados para a conservação e exploração da espécie, contribuindo para o uso

racional, eficaz e sustentável da mesma (OLIVEIRA-BENTO, 2012).

A classificação das sementes por tamanho ou por massa é estratégia que

pode ser adotada para uniformizar a emergência das plântulas e para a obtenção de

mudas de tamanho semelhante ou de maior vigor, partindo do pressuposto que

sementes de maior tamanho foram mais bem nutridas durante o desenvolvimento,

possuindo embriões bem formados e com maior quantidade de substâncias de

reserva, sendo, consequentemente, as mais vigorosas (CARVALHO e NAKAGAWA,

2012).

A influência do tamanho das sementes sobre a qualidade fisiológica tem sido

pesquisada em várias espécies (ALVES et al., 2005). Martins et al. (2000),

procurando determinar a influência da massa e/ou tamanho de sementes de palmito-

vermelho (Euterpe espiritosantensis Fernandes) na porcentagem e velocidade de

germinação, observaram que quanto maior a massa e tamanho das sementes, maior

a velocidade de germinação.

Em estudo realizado por Alves et al. (2005) a germinação de Mimosa

caesalpiniifolia Benth. não foi influenciada pelo tamanho das sementes, no entanto,

o vigor apresentou relação direta com o tamanho, o que justifica a adoção de

classes de tamanho para a formação de mudas.

Ao avaliar a influência do tamanho do fruto e da semente na germinação e

vigor de sementes de gabiroba (Campomanesia adamantium), Dresch et al. (2013)

observaram que frutos classificados como pequenos e médios apresentaram

sementes com maior porcentagem e velocidade de germinação, enquanto sementes

oriundas de frutos grandes produziram plântulas com maior acúmulo de biomassa.

Oliveira et al. (2009) verificaram que o tamanho das sementes de carnaúba

hospedeira (Copernicia hospita Martius) não influenciou na emergência de plântulas.

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2.4. Pré-embebição de Sementes em Água

A utilização de sementes é a maneira mais usual de propagação nos cultivos

agrícolas e é também considerada mais fácil e econômica se comparado à

propagação vegetativa e a micropropagação (SILVEIRA et al., 2002). Porém, o

sucesso na utilização de sementes depende de uma germinação rápida e uniforme,

seguida por pronta emergência das plântulas, pois, quanto mais tempo a plântula

demorar a emergir e permanecer nos estádios iniciais de desenvolvimento, mais

vulnerável estará às condições adversas do meio (MARTINS et al., 2000).

A água exerce determinante influência sobre o processo de germinação; de

sua absorção pela semente resulta a reidratação dos tecidos com a consequente

intensificação da respiração e de todas as outras atividades metabólicas, que

culminam com o fornecimento de energia e nutrientes necessários para a retomada

de crescimento por parte do eixo embrionário. Além disso, a absorção de água

desempenha outros efeitos, como o aumento de volume da semente, provocando o

rompimento do tegumento, o que vem, posteriormente, facilitar a emergência do eixo

embrionário, ou outra estrutura qualquer do interior da semente (CARVALHO e

NAKAGAWA, 2012).

O processo de germinação das sementes é dividido em três fases,

denominadas I, II e III. Na fase I ocorre rápida absorção de água e se caracteriza

fisiologicamente por um grande aumento na intensidade respiratória; na fase II a

absorção é praticamente constante e ocorre redução na intensidade de respiração;

na fase III a semente volta a absorver água e a respiração volta a ser intensa, e é

nesta fase que se inicia a protrusão da raiz primária (MARCOS FILHO, 2005;

CARVALHO e NAKAGAWA, 2012).

Um dos procedimentos que pode ser utilizado para maximizar a germinação

das sementes é a pré-embebição em água, que envolve a iniciação do metabolismo.

Macedo et al. (2009) verificaram que a pré-embebição de sementes de M.

pubescens em água por 24 horas proporcionou maior germinação e produziu

plântulas mais vigorosas. Esses resultados permitem sugerir que as sementes de M.

pubescens necessitam de uma hidratação prévia para a semeadura visando

maximizar a germinação e consequentemente a obtenção de mudas.

A pré-embebição em água de sementes dos clones CCP 06 e CCP 76 de

cajueiro anão precoce (Anacardium occidentale L.) influenciou a emergência inicial,

em relação ao tratamento sem embebição, sendo que independente do clone

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analisado a embebição favoreceu a velocidade de emergência das plântulas

(ARAUJO et al., 2009). O tamanho da semente também pode influenciar na

embebição destas; Souza et al. (1996) constataram que as sementes menores de

Calopogonium mucunoides absorveram água mais rapidamente quando

comparadas com sementes maiores.

Quando se avaliou a emergência de plântulas de tucumã (Astrocaryum

aculeatum G. May.) a partir de sementes submetidas a diferentes períodos de

embebição (2, 4 e 6 dias), nas temperaturas de 25, 30, 35 e 40ºC, Nazário e Ferreira

(2010), concluíram que a embebição da semente em água favoreceu a emergência

de plântulas, independente da temperatura e do período de embebição.

2.5. Qualidade de Sementes em Função do Tipo de Embalagem e Período de

Armazenamento

A produção de sementes das espécies nativas é cíclica, caracterizada por

um ano de alta produção, seguido de um ou dois anos de baixa produção e,

geralmente, as sementes não são utilizadas imediatamente após a coleta, sendo

assim, devem ser armazenadas para utilização futura no mesmo ano ou até nos

anos seguintes (BENEDITO et al., 2011). Por conta disso, depois de colhidas e até

serem utilizadas, devem ser armazenadas de maneira a atrasar ao máximo o

processo de deterioração (GRUNENNVALDT et al., 2014).

A deterioração de sementes está relacionada a toda e qualquer alteração

degenerativa e é um processo irreversível, porém, é possível diminuir sua

velocidade com o manejo adequado e eficiente das condições ambientais, durante o

armazenamento (BAUDET, 2003). O teor de água das sementes e a temperatura

são os fatores mais importantes que afetam o potencial de armazenamento.

Dentre as principais alterações envolvidas na deterioração das sementes,

destacam-se o esgotamento das reservas alimentares, a alteração da composição

química, como a oxidação dos lipídeos e a quebra parcial das proteínas, a alteração

das membranas celulares, com redução da integridade, aumento da permeabilidade,

alterações enzimáticas e alterações de nucleotídeos (FERREIRA e BORGHETTI,

2004).

No armazenamento de sementes, o processo de deterioração não pode ser

evitado, entretanto, o correto armazenamento pode ajudar a controlar a velocidade

de deterioração (SOUZA et al., 2011). Este processo também está associado às

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18

características dos recipientes de armazenamento, dependendo da maior ou menor

facilidade para as trocas gasosas entre as sementes e a atmosfera e das condições

do ambiente em que as mesmas permanecem armazenadas (MARCOS FILHO,

2005).

Desse modo, as embalagens utilizadas no armazenamento devem ajudar a

diminuir a velocidade do processo de deterioração, mantendo o teor de água inicial

das sementes armazenadas, com o intuito de diminuir a respiração (TONIN e

PEREZ, 2006).

O tipo de embalagem afeta a viabilidade das sementes de muitas espécies

de forma diferenciada. Ferreira et al. (2010), estudando diferentes condições de

armazenamento de sementes de pau-de-jangada (Apeiba tibourbou Aubl.), com

7,62% de teor de água inicial, verificaram que aos 180 dias a condição mais

adequada para conservação das sementes com menor perda de vigor, em ambiente

natural de laboratório com temperatura de até 28 °C e umidade relativa de até

82,5%, foi quando se utilizou como embalagem o saco de polietileno.

Para sementes de xique-xique (Pilosocereus gounellei) com teor de água

inicial entre 7 e 12%, a embalagem permeável (saco de papel multifoliado) é a

condição de armazenamento ideal para a conservação da viabilidade das sementes

por 180 dias em ambiente natural de laboratório a 26,6 °C e 76,9% de umidade

relativa (ABUD et al., 2012).

Em estudo realizado por Matos et al. (2008), buscando avaliar o efeito do

tipo de embalagem: vidro transparente; sacos de papel kraft e sacos de polietileno

transparente e, do ambiente de armazenamento: natural de laboratório (24,8 a 28

ºC; UR 68,9 a 82,5%); freezer (-20 ºC; UR 90%, constantes) e câmara (18,5 ± 1 ºC;

UR 71 ± 3%), sobre a germinação e o vigor das sementes de pau-de-jangada

(Apeiba tibourbou Aubl.), armazenadas com teor de água inicial de 7,62%,

verificaram que as sementes apresentaram maior germinação e vigor quando

acondicionadas em saco de papel kraft e de polietileno, em ambiente natural de

laboratório.

Ao estudarem os tipos de embalagens saco de papel kraft; de polietileno e

vidro e, o ambiente de armazenamento laboratório (10 a 29 °C e 50 a 98% UR);

refrigerador (4 a 6 °C e 35 a 43% UR) e câmara refrigerada (14 a 16 °C e 75 a 80%

UR), sobre a qualidade fisiológica de sementes de pinhão manso (Jatropha curcas

L.), armazenadas com 7,4% de teor de água, Pinto Junior et al. (2012) verificaram

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que no ambiente com baixa umidade relativa (35 a 43%), as sementes armazenadas

no vidro foram as que mantiveram a qualidade fisiológica, o que demonstra a

eficiência dessa embalagem na manutenção do grau de umidade das sementes

durante o armazenamento, em condições de baixa umidade relativa do ar.

O período de armazenamento de sementes florestais associado a diferentes

tipos de embalagens são pontos de extrema importância para a manutenção da

viabilidade, uma vez que as espécies podem apresentar comportamentos

completamente distintos diante das mesmas condições (SOUZA et al., 2011).

2.6. Recipientes e Substratos para Produção de Mudas

Em meados da década de 1970, começou-se a dar maior importância à

produção de mudas de espécies florestais em recipientes, e a partir de então,

através de diversas pesquisas, notáveis avanços foram conseguidos, sendo que as

principais razões do uso dessa tecnologia se devem aos maiores índices de

sobrevivência e desenvolvimento das plantas após transplante para o campo

(SANTOS et al., 2000).

Deste modo, um dos aspectos mais importantes para a produção de mudas

florestais de qualidade, além da semente, é o uso do recipiente adequado, sendo a

escolha refletida diretamente no crescimento da muda. Entre os recipientes mais

usados encontram-se o saco de polietileno e o tubete (FONSECA, 2005). Segundo

Santos et al. (2000), é difícil definir um recipiente que seja ideal, pois, o resultado no

campo pode ser similar para diferentes tipos de recipientes de mudas e, a decisão

de se usar um ou outro no sistema de produção de mudas dependerá de

considerações qualitativas e aspectos práticos como: custo, facilidade de

manipulação, durabilidade, mecanização, entre outros.

No Brasil o sistema de produção de mudas em sacos plásticos ainda é muito

utilizado (DUTRA, 2010), principalmente por pequenos produtores em vista do baixo

custo de aquisição e recomendação para qualquer tipo de muda (WENDLING et al.,

2002). O saco de polietileno tem como vantagens maior disponibilidade no mercado,

menor custo de aquisição e baixo investimento em infraestrutura na implantação dos

viveiros (GOMES et al., 1990).

Por outro lado existe a dificuldade de mecanização das operações, maior

volume de área de viveiro, intensidade nas operações de manejo, dificuldade de

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20

transporte para o campo e, por possuírem paredes lisas podem causar

enovelamento do sistema radicular (SANTOS et al., 2000). Para preenchimento dos

sacos é necessário que o substrato esteja seco, pois, o enchimento é manual;

havendo ainda a necessidade de se retirar a planta do recipiente no momento do

plantio, retardando tal operação.

Por sua vez, os tubetes tem como vantagens menor diâmetro, ocupando

menor área no viveiro; necessitam de menor volume de substrato, o que reduz o

peso; facilidade das operações de manejo; redução dos custos de transporte das

mudas para o campo; são ainda providos de frisos internos longitudinais e

equidistantes que direcionam as raízes no sentido vertical, em direção ao fundo do

recipiente, onde existe um orifício para a drenagem da umidade e saída das raízes,

o que promove a poda da raiz pelo ar e evita o enovelamento radicular (SANTOS et

al., 2000). Diminui também a necessidade de mão de obra (FONSECA, 2005) e,

podem ser reutilizados, diferente dos sacos plásticos que são descartáveis.

No entanto, o reduzido volume de substrato aumenta a necessidade de

irrigações, tornando necessários maiores cuidados com a adubação (FONSECA,

2005). Além disso, a presença de parede impõe severa restrição ao crescimento do

sistema radicular das mudas, o que pode provocar, dependendo da espécie,

estresse e deformações do sistema radicular após o plantio (BARROSO et al.,

2000). Consequentemente, pode diminuir a capacidade das plantas de absorverem

água e nutrientes do solo, minimizando o crescimento inicial no campo.

Para a produção de mudas de grande porte, os sacos plásticos grandes

representam a melhor alternativa devido ao maior desenvolvimento das plântulas

(ANTONIAZZI et al., 2013). Mesquita et al. (2011), comparando os efeitos do saco

de polietileno e do tubete na produção de mudas de jenipapo (Genipa americana L.),

concluíram que o saco de polietileno sobressaiu em todas as variáveis analisadas

em relação aos tubetes.

Ao pesquisar a influência de diferentes tamanhos de tubetes (50, 110 e 300

cm3), na qualidade de mudas de três espécies: jatobá (Hymenaea courbaril), ipê-

amarelo (Tabebuia chrysotricha) e guarucaia (Parapiptadenia rigida), Ferraz e Engel

(2011) concluíram que o maior tubete proporcionou melhor desenvolvimento das

mudas nas três espécies, demonstrando que recipientes com maior volume de

substrato apresentam tendência a produzir mudas mais vigorosas e de melhor

qualidade.

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21

O desenvolvimento da muda depende das propriedades físicas, químicas e

biológicas do substrato que a sustenta, o que interfere diretamente na qualidade das

mesmas (LOURENÇO et al., 1999). O substrato também influencia na germinação,

podendo favorecer ou prejudicar o processo em função de sua estrutura, aeração,

capacidade de retenção de água, propensão a infestação por patógenos, dentre

outros (COELHO et al., 2010).

Ao avaliar dez composições de substratos no crescimento de mudas de

jenipapo (Genipa americana L.), Costa et al. (2005) observaram que os substratos a

base de terra preta proporcionaram maior crescimento das mudas. Coelho et al.

(2010) verificaram que o crescimento inicial das plântulas de M. pubescens foi

favorecido nos substratos contendo terra preta.

O sucesso de um plantio irá depender diretamente das potencialidades

genéticas das sementes, assim como, da qualidade das mudas produzidas e, estas

devem apresentar além de maior capacidade de resistência às condições adversas

encontradas no campo, aptidão para desenvolverem-se produzindo árvores com

crescimento desejável (SANTOS et al., 2000).

3. MATERIAL E MÉTODOS

3.1. Local e Coleta dos Frutos

As sementes de Magonia pubescens A. St.-Hil. (timbó) foram obtidas de

frutos maduros, coletados de dez árvores na região da estrada de Chapada dos

Guimarães-MT (15°31’14’’S, 56°04’17’’W) a 217 m acima do nível do mar e de seis

árvores na região de Cuiabá-MT (15°36’20’’S, 56°01’32’’W) a 174 m acima do nível

do mar, com auxílio de podão, nos meses de agosto e setembro de 2013. Os frutos

foram levados ao Laboratório de Sementes da Faculdade de Agronomia, Medicina

Veterinária e Zootecnia da Universidade Federal de Mato Grosso

Avaliou-se a biometria dos frutos e, em seguida, as sementes das duas

regiões de coleta foram extraídas manualmente dos frutos, limpas e

homogeneizadas de forma manual formando um lote. Posteriormente, foi realizada a

biometria das sementes para a separação em dois lotes através da classificação em

função do tamanho das mesmas em grandes ou pequenas, com base no

comprimento e na largura com a ala.

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22

O limite de tamanho estabelecido para separação das sementes é

apresentado nos resultados de biometria. Após a separação dos lotes em sementes

grandes e pequenas, retirou-se uma amostra de cada lote para o procedimento de

avaliação do teor de água inicial.

Logo após, as sementes foram colocadas para secar em ambiente natural de

laboratório a 25,9 °C e 51% de UR por um período de dois dias quando se observou

que não havia mais umidade superficial e as sementes estavam com um aspecto

seco. Posteriormente, as sementes foram embaladas colocando-se em cada

embalagem apenas a quantidade necessária para cada período de avaliação,

aproximadamente 160 sementes.

3.2. Biometria de Frutos e Sementes

Para o estudo das características biométricas foram utilizados 30 frutos e 60

sementes com as alas, obtidos conforme descrito no item 3.1. O comprimento, a

largura e a espessura dos frutos e sementes foram medidos com paquímetro com

precisão de 0,01 mm. O comprimento do fruto, sem o pedúnculo, foi medido da base

até o ápice; a largura tomada na linha mediana dos frutos no lado maior e a

espessura na linha mediana dos frutos no lado menor. Nas sementes, o

comprimento foi considerado da base até o ápice e a largura e espessura na linha

mediana (Figura 2). Os valores de massa fresca dos frutos e sementes foram

obtidos utilizando-se balança analítica de precisão. Registrou-se o número de

sementes por fruto.

Em seguida, os dados foram submetidos à análise estatística descritiva para

determinação da média, desvio padrão, coeficiente de variação, valor máximo e

mínimo, e construção de histogramas de frequência relativa. Para as análises e

construção de histogramas, utilizou-se o Microsoft Office Excel 2007.

Determinou-se, ainda, a massa de mil sementes, utilizando-se oito

subamostras de 100 sementes com o envoltório, para cada tamanho de semente

(BRASIL, 2009).

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23

FIGURA 2. Biometria do fruto e da semente de timbó (Magonia pubescens A. St. –

Hil). Comprimento (A1), largura (A2) e espessura (A3) do fruto e,

comprimento (B1), largura (B2) e espessura (B3) da semente. Cuiabá-

MT, 2015.

3.3. Obtenção da Curva de Embebição das Sementes

Inicialmente, foi determinado o teor de água das sementes grandes e

pequenas, através do método da estufa a 105° por 24h de acordo com BRASIL

(2009), utilizando dez repetições de uma semente. Para obtenção das curvas de

embebição das sementes grandes e pequenas, utilizou-se seis repetições, de uma

semente. Cada amostra de semente grande ou pequena foi pesada individualmente

para obtenção da massa inicial. Posteriormente, as sementes foram colocadas para

embeber em rolo de papel com quatro folhas umedecidas com água de torneira,

utilizando quantidade de água referente a 2,5 vezes a massa do papel (BRASIL,

2009) de forma escalonada, de maneira que, no dia da pesagem, se tivesse todos

os períodos de embebição (0-54 horas).

Os rolos foram colocados em caixas plásticas tampadas para manter a

umidade do papel. Essas caixas foram, então, colocadas em câmaras tipo BOD e

mantidas em temperatura constante de 30 ºC, com 12 horas de luz. Para quantificar

o ganho de massa úmida das sementes, foi realizada a pesagem dessas sementes

durante 12 horas, a cada 1 hora. A cada pesagem, as sementes foram retiradas do

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24

rolo de papel, pesadas e, em seguida, retornadas aos rolos e a BOD até a próxima

hora de pesagem.

3.4. Germinação e Vigor de Plântulas antes e após o armazenamento

O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado, em

esquema de parcela subdividida no tempo, sendo alocados na parcela principal:

tamanho da semente (grandes e pequenas); embalagem (polietileno transparente

com espessura de 0,5 mm e papel kraft com 40 g m²); tempo de embebição em

água (0, 12 e 24 horas) com quantidade de água suficiente para cobrir as sementes

(Figura 3) e, nas subparcelas o tempo de armazenamento (0, 3, 6, 9 e 12 meses),

com cinco repetições de dez sementes. As sementes com a ala foram armazenadas

em câmara refrigerada com temperatura de 18 ± 2°C e umidade relativa de 63 ± 4%.

O experimento foi realizado no período de outubro de 2013 a novembro de

2014.

FIGURA 3. Fluxograma do esquema utilizado no delineamento experimental para

cada período de armazenamento das sementes de timbó (Magonia

pubescens A. St. –Hil). Cuiabá-MT, 2015.

O teor de água das sementes foi determinado, inicialmente, e após os

períodos de armazenamento e de pré-embebição, com base nas prescrições das

Regras para Análise de Sementes (RAS) (BRASIL, 2009). Para tanto, as sementes

foram colocadas em estufa a 105 ± 3ºC, por 24 horas, utilizando-se dez repetições

de uma semente de cada tratamento (tamanho de semente, tempo de embebição e

embalagem), sem a ala.

As sementes foram armazenadas com a ala e, antes da imersão em água, a

ala foi retirada com auxílio de tesoura. Em seguida, as sementes foram colocadas

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25

para germinar em caixas de plástico com dimensões de 20x30x9 cm. O substrato

utilizado foi uma mistura de areia + vermiculita expandida fina na proporção de 1:1.

A areia foi esterilizada em estufa a 105 °C por oito horas. O substrato foi umedecido

com a quantidade de água equivalente a 60% da capacidade de retenção (BRASIL,

2009). Foram realizadas regas, duas vezes por semana, para reposição da água.

Na semeadura, as sementes foram colocadas na superfície do substrato,

aprofundando-as até a metade da largura, ficando parte das sementes fora do

substrato. Depois de realizada a semeadura, as caixas foram envoltas em filme

plástico para conservação da umidade, sendo este retirado por volta do décimo dia

após a semeadura, quando iniciou a germinação das sementes. As caixas com as

sementes foram mantidas em condições de laboratório, sendo feita aferição diária da

temperatura e umidade relativa (Figura 4), mantendo-se 12 horas de luz diária.

FIGURA 4. Médias diárias de temperatura (°C) e umidade relativa do ar (%) em cada período de avaliação: inicial (A), aos três (B), seis (C), nove (D) e doze (E) meses de armazenamento. Cuiabá-MT, 2015.

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26

As avaliações para determinação da porcentagem e do tempo médio de

germinação (Maguire, 1962) e porcentagem e tempo médio de formação de

plântulas normais, foram realizadas, diariamente, durante 30 dias a partir da

semeadura. Considerou-se como semente germinada aquela em que se observava

a emissão do epicótilo com 2 mm de comprimento, e como plântula aquela que

apresentava parte aérea bem desenvolvida, contendo duas folhas definitivas.

Ao final desse período de observação, avaliou-se a altura das plântulas, com

auxílio de uma régua graduada, a partir da região do colo até o ponto de inserção da

última folha, sendo os resultados expressos em cm plântula-1; diâmetro do colo (mm

plântula-1), com auxílio de um paquímetro digital, ao nível do substrato; número total

de folhas de cada plântula e massa fresca e seca da parte aérea (g plântula-1).

Para determinação da massa fresca da parte aérea, foi feita a pesagem do

material em balança de precisão, com quatro casas decimais. A massa seca foi

obtida após secagem do material, acondicionado em sacos de papel, em estufa de

circulação forçada de ar à temperatura de 80 ºC por 24 h (RAS) (2009).

Os dados foram submetidos à análise de variância e, quando significativos,

as médias foram comparadas pelo teste Scott-Knott (p<0,05), utilizando o software

SISVAR 5.3 (FERREIRA, 2010).

3.5. Formação de Plântulas em Diferentes Recipientes

O experimento foi realizado no viveiro de produção de mudas da Faculdade

de Agronomia, Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade Federal de Mato

Grosso, no período de abril a maio de 2014, com sementes de Magonia pubescens

(timbó). As sementes dos dois lotes utilizados neste experimento foram coletadas e

obtidas conforme descrito no item 3.1, e ficaram armazenadas por seis meses, em

sacos de papel kraft com 40 g m², em câmara refrigerada a 18 ± 2°C e umidade

relativa de 63 ± 4%.

Os lotes foram compostos por sementes grandes com teor de água inicial de

5,91% e pequenas, com teor de água inicial de 6,98% e, depois dos seis meses de

armazenamento, apresentaram teor de água de 6,39 e 6,05%, sementes grandes e

pequenas, respectivamente.

O delineamento utilizado foi inteiramente casualizado, em arranjo fatorial

2x2x3 (dois tamanhos de sementes, dois recipientes de produção de mudas e três

tempos de embebição das sementes em água) (Figura 5) com quatro repetições,

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sendo cada repetição composta por seis recipientes contendo uma semente cada,

totalizando 12 tratamentos e 48 unidades experimentais.

FIGURA 5. Fluxograma do esquema utilizado no delineamento experimental para

produção de mudas de timbó (Magonia pubescens A. St. –Hil). Cuiabá-

MT, 2015.

Os recipientes utilizados foram tubetes com dimensões de 6x19 cm com oito

frisos internos longitudinais e sacos de polietileno preto de 10x20 cm com

perfurações laterais e, tempos de embebição em água de 0, 12 e 24 horas, sendo

que, antes da imersão em água, retirou-se a ala das sementes com auxílio de

tesoura.

Na semeadura, as sementes foram colocadas na superfície do substrato,

aprofundando-as até a metade da largura, ficando, desta forma, parte das sementes

aparente. O substrato utilizado foi uma composição de terra preta + vermiculita

expandida fina na proporção de 1:1, umedecido com a quantidade de água

equivalente a 60% da capacidade de retenção (BRASIL, 2009).

A terra preta era composta por areia (323 g kg-1), silte (139 g kg-1) e argila

(538 g kg-1), apresentando as seguintes características químicas: M.O.= 67,0 g dm-3;

pH CaCl2= 3,7; pH água= 4,3; P= 1,2 mg dm-3; K= 40 mg dm-3; Ca= 0,7 cmolc dm-3;

Mg= 0,3 cmolc dm-3; Al= 3,8 cmolc dm-3; CTC= 18,5 cmolc dm-3; V= 6,0%.

Os recipientes foram dispostos no chão e as regas para reposição da água

foram realizadas duas vezes por dia, pela manhã e no final da tarde. A leitura das

condições de temperatura e umidade relativa foi realizada diariamente (Figura 6).

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FIGURA 6. Médias diárias de temperatura (°C) e umidade relativa do ar (%), no período de realização do experimento no viveiro para produção de mudas de timbó (Magonia pubescens A. St. –Hil). Cuiabá-MT, 2015.

As avaliações para determinação da porcentagem e cálculo do tempo médio

de germinação (Maguire, 1962) e porcentagem e tempo médio de formação de

plântulas normais, foram realizadas, diariamente, durante um período de 30 dias a

partir da semeadura. Considerou-se como semente germinada aquela em que se

observava a emissão de 2 mm do epicótilo, e como plântula aquela que apresentava

parte aérea bem desenvolvida, contendo duas folhas definitivas.

Ao final desse período de observação, avaliou-se em laboratório o

crescimento das plântulas por meio da altura, com o auxílio de uma régua graduada

a partir da região do colo até o ponto de inserção da última folha, sendo os

resultados expressos em cm plântula-1; diâmetro do colo (mm plântula-1), medido

com auxílio de um paquímetro digital, ao nível do substrato; número total de folhas

de cada plântula; comprimento da maior raiz (cm); massa fresca e seca da parte

aérea e da raiz (g plântula-1).

Para determinação das massas fresca e seca da parte aérea e da raiz, as

plântulas foram, delicadamente, retiradas dos recipientes, e o sistema radicular

lavado até a completa retirada do substrato. As plântulas foram colocadas para

secar sobre papel toalha e, posteriormente, a parte aérea foi separada da raiz e a

pesagem do material feita em balança de precisão. As massas secas da parte aérea

e da raiz foram obtidas em balança de precisão após secagem do material,

30

35

40

45

50

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Um

idade r

ela

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Tem

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tura

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(°C

)

Temperatura UR

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29

acondicionado em sacos de papel kraft, em estufa de circulação forçada de ar à

temperatura de 80 ºC por 24 h.

Os dados foram submetidos à análise de variância e, quando significativos,

as médias foram comparadas pelo teste Scott-Knott (p<0,05), utilizando o software

SISVAR 5.3 (FERREIRA, 2010).

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.1. Biometria de Frutos e Sementes

Os valores médios, mínimos, máximos, coeficientes de variação (CV%) e,

desvio padrão referentes ao comprimento, largura, espessura, massa fresca dos

frutos e número de sementes por fruto de M. pubescens podem ser observados na

Tabela 1. O maior valor de desvio padrão e de coeficiente de variação ocorreu para

massa fresca do fruto. Os frutos analisados apresentaram comprimento variando de

71,27 a 121,16 mm, largura de 92,94 a 139,84 mm, espessura de 79,47 a 133,15

mm, massa fresca de 97,90 a 386,20 g e número de sementes por fruto de 10 a 24

(Tabela 1).

TABELA 1. Comprimento, largura, espessura, massa fresca e número de sementes

por fruto de timbó (Magonia pubescens A. St. –Hil). Cuiabá-MT, 2015.

Parâmetros

Caracteres

Comprimento (mm)

Largura (mm)

Espessura (mm)

Massa (g)

Número de sementes

Média 90,09 120,07 114,56 233,09 19,53

Valor Mínimo 71,27 92,94 79,47 97,90 10,00

Valor Máximo 121,16 139,84 133,15 386,20 24,00

Desvio Padrão 8,88 13,69 16,97 64,08 3,60

CV (%) 9,86 11,40 14,82 27,49 18,42

Os valores de comprimento, largura, espessura, massa fresca dos frutos e

número de sementes por fruto foram distribuídos em classes de frequência (Figura

7). Para comprimento dos frutos, a classe de frequência relativa com maior

representatividade foi de 91,2-101,2 mm (53%), para largura de 130,5-139,4 mm

(66%), para espessura de 106,4-113,1 mm (66%), para massa de 213,2-270,8 (40%)

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30

e, para número de sementes por fruto, a faixa de 21,2-24,0 foi a classe com maior

frequência observada (40%).

Quando avaliaram a biometria de frutos de M. pubescens coletados na

região de Cerrado em Aquidauana-MS, Macedo et al. (2009) observaram que a

maior parte dos frutos apresentaram comprimento em torno de 50,2 a 72,8 mm,

diâmetro de 65,7 a 82,6 mm, massa fresca de 149,91 a 253,3 g e número de

sementes em torno de 6,3 a 11,1. Conforme estes mesmos autores, as variações

nas dimensões e na massa dos frutos de timbó podem ser promovidas tanto por

fatores ambientais durante o florescimento e o desenvolvimento, como, também,

pode representar um indício de alta variabilidade genética populacional, enquanto

que, o número de sementes produzidas por fruto pode ser diretamente influenciado

pelas condições ambientais.

FIGURA 7. Frequências de comprimento (A), largura (B), espessura (C), massa fresca (D) e, número de sementes por fruto de timbó (E) (Magonia pubescens A. St.-Hil). Cuiabá-MT, 2015.

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31

Os valores médios, mínimos, máximos, coeficientes de variação (CV%) e,

desvio padrão referentes ao comprimento, largura, espessura e massa fresca de

sementes de M. pubescens podem ser observados na Tabela 2. O maior valor de

coeficiente de variação ocorreu para massa fresca da semente, sendo esta a

característica com maior variabilidade, seguida da espessura. Para comprimento e

largura das sementes, os valores referentes ao coeficiente de variação foram

próximos e menores, comparados com os da espessura e massa, indicando que,

para estas duas características, ocorreu menor variabilidade. As sementes

analisadas apresentaram comprimento variando de 35,20 a 62,71 mm, largura de

64,12 a 108,05 mm, espessura de 1,98 a 6,91 mm e massa fresca de 1,06 a 4,19 g

(Tabela 2).

TABELA 2. Comprimento, largura, espessura e massa fresca de sementes de timbó

(Magonia pubescens A. St.-Hil). Cuiabá-MT, 2015.

Parâmetros Caracteres

Comprimento (mm) Largura (mm) Espessura (mm) Massa (g)

Média 48,07 88,89 4,19 2,78

Valor Mínimo 35,20 64,12 1,98 1,06

Valor Máximo 62,71 108,05 6,91 4,19

Desvio Padrão 5,80 10,68 1,03 0,71

CV (%) 12,06 12,01 24,49 25,72

Os valores de comprimento, largura, espessura e massa fresca das

sementes foram distribuídos em classes de frequência. Para comprimento das

sementes, a classe de frequência relativa com maior representatividade foi de 49,0-

52,4 mm (32%), seguido da classe de 52,4-55,8 mm (20%), para largura de 91,9-

97,4 mm (38%) e 75,2-80,8 mm (17%), para espessura de 3,9-4,5 mm (32%) e 3,2-

3,9 mm (25%) e para massa das sementes de 2,3-2,7 g foi a maior classe de

frequência observada (23%), seguida da classe de 3,4-3,8 g (18%) (Figura 8).

Em relação às sementes, Macedo et al. (2009) observaram que a maior

parte apresentou comprimento de 39,00 a 51,00 mm, largura de 62,50 a 86,70 mm e

massa fresca de 2,33 a 4,23 g. De acordo com Marcos Filho (2005), a

disponibilidade hídrica durante o florescimento das plantas representa um fator

proeminente na produtividade de uma população, sendo que, o principal efeito da

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32

seca durante o florescimento é a redução do número de sementes, entretanto, o

tamanho da semente é menos afetado. A menor disponibilidade de água promove

decréscimos da fotossíntese e abrevia o período de transferência de matéria seca,

gerando prejuízos à produção.

FIGURA 8. Frequências de comprimento (A), largura (B), espessura (C) e massa fresca (D) de sementes de timbó (Magonia pubescens A. St.-Hil). Cuiabá-MT, 2015.

Com base nestas análises biométricas do lote de sementes, foi estabelecido

o limite de tamanho para separação entre sementes grandes e pequenas, sendo

que, sementes com valores menores ou iguais a 51 mm de comprimento e 95 mm

de largura, foram consideradas pequenas e, as com valores acima desses, foram

consideradas como grandes.

As sementes de M. pubescens apresentaram, no lote de sementes

consideradas grandes, massa de mil sementes de 3.143,3 g, enquanto, o lote de

sementes consideradas pequenas teve massa de mil sementes de 2.544,6 g. Coelho

et al. (2012) verificaram que a massa de mil sementes de M. pubescens,

provenientes de região de Cerrado em Cuiabá-MT, foi de 2.711,48 g, valor este

dentro da média observada no presente trabalho, assim como os valores

encontrados por Souza Filho et al. (2011) que avaliaram sementes de M. pubescens

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33

também coletadas na região de Cuiabá-MT, e obtiveram massa de mil sementes de

2.583 g, valor este próximo ao obtido nas sementes pequenas deste trabalho.

Segundo Lorenzi (2009) um quilograma de sementes de M. pubescens contém em

média 477 unidades. Nos lotes de sementes grandes e pequenas utilizadas neste

trabalho um quilograma continha em média 320 e 390 unidades, respectivamente.

4.2. Obtenção da Curva de Embebição das Sementes

Os resultados obtidos a partir da embebição das sementes em água podem

ser verificados na Figura 9, em que, se observa que o teor de água inicial das

sementes pequenas era de 6,44% e das grandes de 5,34%. Até às 6 horas de

embebição, houve rápida absorção, e o teor de água das sementes pequenas

chegou a 47,96% e das sementes grandes a 32,31%, a partir desse período, as

sementes continuaram absorvendo água, porém, mais lentamente (Figura 9).

Verifica-se que, as sementes que foram submetidas à pré-embebição em

água, tanto por 12 quanto por 24 horas já estavam na fase II da embebição, pois, a

fase I se caracteriza pela rápida absorção de água e na fase II essa absorção é

praticamente constante (MARCOS FILHO, 2005; CARVALHO e NAKAGAWA, 2012).

Essa tendência pode ser observada, tanto na curva de embebição das sementes

pequenas quanto das sementes grandes (Figura 9).

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34

FIGURA 9. Curvas de absorção de água de sementes pequenas (A) e grandes (B)

de timbó (Magonia pubescens A. St. –Hil). Cuiabá-MT, 2015.

4.3. Germinação e Vigor de Plântulas

Os dados do teor de água inicial das sementes são apresentados na Figura

10 e após o armazenamento nas Tabelas 3a e 3b. Na Figura 10, pode-se observar

que não houve diferenças significativas no teor de água inicial das sementes de

diferentes tamanhos, sendo nas sementes pequenas de 6,98% e nas grandes de

5,91%. Coelho et al. (2012) verificaram que o teor de água inicial nas sementes de

M. pubescens foi de 6,39%, valor dentro da variação observada neste trabalho.

Porém, de acordo com Souza Filho et al. (2011), o teor de água inicial das sementes

de M. pubescens foi de 10,8% e, quando armazenadas em sacolas de polietileno em

câmara climatizada a 18 °C por 70 dias, este valor reduziu para 10,3% e, aos 173

dias de armazenamento, para 9,9%.

y = 16,434ln(x) + 13,221R² = 0,9597

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90Te

or d

e ág

ua (

%)

Tempo (horas)

A

y = 15,499ln(x) + 1,7128R² = 0,9601

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

Teor

de

água

(%

)

Tempo (horas)

B

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35

FIGURA 10. Teor de água (%) de sementes de timbó (Magonia pubescens A. St. –

Hil) avaliadas antes do armazenamento. Cuiabá-MT, 2015.

Quando as sementes foram embebidas por 12 horas, houve um aumento no

teor de água que passou para 54,08 e 51,94% nas sementes pequenas e grandes,

respectivamente, isso porque as sementes estavam muito secas e, quando

colocadas para embeber, este processo aconteceu rapidamente. Porém, com 24

horas de embebição, o incremento de água nas sementes foi reduzido e estas

passaram a ter 58,67 e 58,23% nas sementes pequenas e grandes,

respectivamente, pouco acréscimo em relação às sementes que foram embebidas

por 12 horas (Figura 10).

Comparando o tamanho das sementes, verificou-se que as sementes

grandes alcançaram teor de água maior que as sementes pequenas quando

embaladas em sacos de polietileno aos seis e nove meses de armazenamento com

12 ou 24 horas de embebição. Sementes pequenas armazenadas em sacos de

papel por três ou nove meses e, sementes grandes armazenadas em sacos de

polietileno por nove meses, foram as que apresentaram diferença no teor de água

quando embebidas por 12 e 24 horas (Tabelas 4a e 4b).

O tipo de embalagem influenciou no teor de água das sementes a partir dos

seis meses de armazenamento, sendo que, a média de teor de água das sementes

armazenadas em sacos de polietileno, foi maior do que aquelas mantidas nos sacos

0

20

40

60

80

0 12 24

Teor

de á

gua (

%)

Tempo de embebição (horas)

Pequena Grande

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36

de papel (Tabelas 4a e 4b). Matos et al. (2008) verificaram que a embalagem

influenciou no teor de água das sementes de Apeiba tibourbou somente após 90

dias de armazenamento e, independente do ambiente, sementes armazenadas em

sacos de polietileno tiveram teor de água menor que as armazenadas em sacos de

papel.

TABELA 4a. Teor de água (%) de sementes de timbó (Magonia pubescens A. St.-

Hil) após três e seis meses de armazenamento. Cuiabá-MT, 2015.

3 meses de armazenamento

Tamanho das

sementes

Embalagem Tempo de embebição (horas) Pequena Grande Média embalagens

Papel

0 7,92* aC 7,71 aB

42,57 A 12 56,78 aB 60,49 aA

24 61,47 aA 61,07 aA

Média tamanho/papel 42,06 a 43,09 a

Plástico

0 6,46 aB 6,61 aB

41,63 A 12 58,35 aA 58,19 aA

24 59,74 aA 60,42 aA

Média tamanho/plástico 41,51 a 41,74 a

Média Tamanho/geral 41,79 a 42,41 a Média tempos de embebição

Média 0 h 7,19 a 7,16 a 7,17 C

Média 12 h 57,57 a 59,34 a 58,46 B

Média 24 h 60,61 a 60,74 a 60,68 A

CV (%) 7,66

6 meses de armazenamento

Papel

0 6,05 aB 6,39 aB

40,74 B 12 57,45 aA 57,50 aA

24 58,90 aA 58,14 aA

Média tamanho/papel 40,80 a 40,67 a

Plástico

0 6,36 aB 7,51 aB

42,38 A 12 57,34 bA 61,50 aA

24 59,13 bA 62,43 aA

Média tamanho/plástico 40,94 b 43,81 a

Média tamanho/geral 40,87b 42,26 a Média tempos de embebição

Média 0 h 6,21 a 6,95 a 6,58 B

Média 12 h 57,40 b 59,50 a 58,45 A

Média 24 h 59,0 a 60,29 a 59,65 A

CV (%) 7,44

* Médias seguidas por letras minúsculas iguais na linha dentro de cada embalagem para cada tempo de embebição e, médias seguidas por letras maiúsculas iguais na coluna dentro de cada tamanho e embalagem não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Scott Knott (p<0,05).

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37

TABELA 4b. Teor de água (%) de sementes de timbó (Magonia pubescens A. St.-Hil) após nove e doze meses de armazenamento. Cuiabá-MT, 2015.

9 meses de armazenamento

Tamanho das

sementes

Embalagem Tempo de embebição (horas) Pequena Grande Média embalagens

Papel

0 7,07* aC 8,39 aB

40,29 B 12 55,03 aB 54,94 aA

24 59,15 aA 57,20 aA

Média tamanho/papel 40,18 a 40,41 a

Plástico

0 7,26 aB 7,27 aC

42,87 A 12 57,25 bA 62,63 aB

24 57,29 bA 65,50 aA

Média tamanho/plástico 40,6 b 45,13 a

Média tamanho/geral 40,51 b 42,66 a Média tempos de embebição

Média 0 h 7,16 a 7,83 a 7,50 C

Média 12 h 56,14 b 58,79 a 57,46 B

Média 24 h 58,22 b 61,35 a 59,79 A

CV (%) 7,25

12 meses de armazenamento

Papel

0 5,52 aB 5,24 aB

40,05 B 12 54,74 bA 58,21 aA

24 57,41 aA 59,20 aA

Média tamanho/papel 39,22 b 40,88 a

Plástico

0 5,90 aB 5,00 aC

41,22 A 12 57,75 aA 57,31 aB

24 59,96 aA 61,39 aA

Média tamanho/plástico 41,20 a 41,23 a

Média tamanho/geral 40,21 a 41,06 a Média tempos de embebição

Média 0 h 5,71 a 5,12 a 5,41 C

Média 12 h 56,25 a 57,76 a 57,00 B

Média 24 h 58,68 a 60,29 a 59,49 A

CV (%) 7,28

* Médias seguidas por letras minúsculas iguais na linha dentro de cada embalagem para cada tempo de embebição e, médias seguidas por letras maiúsculas iguais na coluna dentro de cada tamanho e embalagem não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Scott Knott (p<0,05).

Os resultados da análise de variância dos fatores isolados e da interação

entre eles são apresentados na Tabela 5. Os fatores em que se observou efeito

significativo, tanto de forma isolada, como da interação entre duas ou mais variáveis

foram expostos em tabelas de comparação de médias ou gráficos de regressão.

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38

TABELA 5. Análise de variância da porcentagem de germinação (G%), tempo médio de germinação (TMG), porcentagem de

formação de plântulas (FP%), tempo médio de formação de plântulas (TMFP), altura das plântulas, diâmetro do colo

(DC), número de folhas (NF), massa fresca da parte aérea (MFPA), massa seca da parte aérea (MSPA) de Magonia

pubescens A. St. –Hil em função do tamanho da semente (TS), embalagem (EBL), embebição (EB) e do tempo de

armazenamento (TA). Cuiabá-MT, 2015.

FV G

(%) TMG (Dias)

FP (%)

TMFP (Dias)

Altura (cm)

DC (mm)

NF MFPA

(g) MSPA

(g)

TS 4,31NS

20,80** 12,34NS

4,98NS

6,53NS

62,03** 15,67** 57,54** 47,51**

EBL 1,80NS

1,18NS

2,22NS

0,47NS

38,08** 25,21** 14,46* 17,51** 8,74NS

EB 37,96** 1043,89** 58,95** 885,82** 47,14** 2,18NS

1,60NS

71,62** 104,60**

TS x EBL 0,13NS

0,005NS

0,05NS

0,00NS

8,89NS

0,07NS

1,62NS

3,83NS

3,87NS

TS x EB 1,90NS

13,61** 5,12NS

9,84** 1,44NS

2,49NS

3,39NS

2,81NS

2,01NS

EBL x EB 9,03* 2,62NS

8,59* 7,12NS

1,25NS

4,32NS

1,75NS

0,03NS

0,22NS

TS x EBL x EB 1,15NS

0,67NS

0,73NS

0,85NS

2,31NS

2,82NS

1,94NS

2,43NS

1,41NS

TA 16,61** 30,74** 9,51** 66,42** 6,98** 22,22** 10,73** 5,68NS

3,74NS

TS x TA 0,13NS

0,81NS

0,59NS

0,87NS

1,57NS

3,24NS

7,87** 1,27NS

3,77NS

EBL x TA 2,27NS

1,03NS

2,19NS

1,23NS

7,51** 5,17NS

5,83* 3,31NS

2,92NS

EB x TA 1,46NS

3,12NS

2,37NS

1,52NS

1,92NS

1,80NS

1,18NS

3,30NS

3,28NS

TS x EBL x TA 1,65NS

0,92NS

2,02NS

0,97NS

12,19** 0,99NS

1,35NS

5,74NS

4,83NS

TS x EB x TA 0,52NS

4,44** 0,78NS

1,53NS

2,55NS

1,61NS

2,38NS

0,82NS

1,62NS

EBL x EB x TA 0,86NS

1,06NS

1,43NS 1,18NS

1,75NS

0,96NS

1,60NS

2,85NS

2,73NS

TS x EBL x EB x TA 0,43NS

2,97NS

0,84NS

1,93NS

0,79NS

1,14NS

2,28NS

0,81NS

1,30NS

**, * Significativo a 1 e 5% de probabilidade, respectivamente pelo teste de Scott Knott, NS

não significativo.

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39

Em relação às avaliações de porcentagem e tempo médio de germinação

das sementes antes do armazenamento, verificou-se que o tempo de embebição e o

teor de água das sementes não influenciaram na porcentagem final de germinação.

No entanto, na média, sementes embebidas por 24 horas tiveram maior

porcentagem de germinação (98%) em relação às não embebidas (92%) (Tabela 6).

Sementes embebidas por 12 ou 24 horas, independente do tamanho, tiveram tempo

médio de germinação (TMG) reduzido quase pela metade em relação àquelas não

embebidas (Tabela 6). Isso ocorreu porque as sementes submetidas à embebição

quando foram semeadas estavam na fase II da embebição (Figura 9), o que

acelerou o processo de germinação em comparação com as sementes que foram

semeadas secas e que, ainda, passariam pelo processo inicial de embebição.

A pré-embebição das sementes de M. pubescens em água favoreceu a

porcentagem de germinação, pois, quando estas foram embebidas por 24 horas

tiveram 80% de germinação e, quando não embebidas 42% (Macedo et al., 2009).

Araujo et al. (2009) obtiveram maior porcentagem e velocidade de germinação, além

de estabilização mais rápida do processo, em sementes de clones de cajueiro-anão-

precoce quando submetera, as sementes à pré-embebição em água por 24 horas.

O tamanho da semente, em muitas espécies, é indicativo da qualidade

fisiológica, e as sementes pequenas apresentam menor germinação e vigor do que

as médias e grandes (POPINIGIS, 1985). No entanto, neste trabalho, o tamanho da

semente não influenciou na porcentagem de germinação (Tabela 6).

Tabela 6. Porcentagem e tempo médio de germinação (TMG/dias) de sementes

pequenas e grandes de timbó (Magonia pubescens A. St. –Hil)

submetidas a diferentes tempos de embebição antes do armazenamento.

Cuiabá-MT, 2015.

Tempo de

Embebição (horas)

Tamanho Média do Tempo de Embebição (horas)

Pequena Grande

Germinação (%)

0 92* aA 92 aA 92 A

12 96 aA 94 aA 95 A

24 98 aA 98 aA 98 A

Média Tamanho 95 a 95 a

CV (%) 7,92

TMG (dias)

0 14,4 aB 15,9 aB 15,1 B

12 7,8 aA 9,3 aA 8,5 A

24 7,4 aA 9,3 aA 8,3 A

Média Tamanho 9,9 a 11,5 b

CV (%) 16,69

*Médias seguidas por letras minúsculas iguais na linha e maiúsculas iguais na coluna não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Scott-Knott (p<0,05).

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40

A porcentagem de formação de plântulas normais não foi influenciada pelo

tamanho da semente e pelo tempo de embebição. Porém, a embebição das

sementes independente do período, 12 ou 24 horas reduziu, significativamente, o

tempo médio de formação das plântulas (Tabela 7). Isso porque como se observa na

Tabela 6, as sementes que foram submetidas à embebição germinaram mais

rapidamente, consequentemente, formando plântulas primeiro. A vantagem de

acelerar a germinação das sementes e, consequentemente, a formação de plântulas

é que, reduzindo o tempo em que as sementes ficam expostas às condições do

ambiente antes de germinarem, diminui a possibilidade de contado dessas com

patógenos presentes nos substratos, que podem deteriorar essas sementes

diminuindo a viabilidade.

Tabela 7. Porcentagem e tempo médio de formação de plântulas normais (dias) de

dois lotes de sementes de timbó (Magonia pubescens A. St. –Hil)

submetidas a diferentes tempos de embebição antes do armazenamento.

Cuiabá-MT, 2015.

Tamanho

Tempo de

Embebição (horas) Pequena Grande

Média Tempo de Embebição (horas)

Plântulas Normais (%)

0 92* aA 90 aA 91 A

12 96 aA 94 aA 95 A

24 98 aA 98 aA 98 A

Média/Tamanho 95 a 94 a

CV (%) 8,84

Tempo Médio de Formação de

Plântulas Normais (dias)

0 15,7 aB 16,8 aB 16,2 B

12 10,1 aA 11,0 aA 10,5 A

24 9,7 aA 11,0 aA 10,4 A

Média/Tamanho 11,8 a 12,9 b

CV (%) 10,85

*Médias seguidas por letras minúsculas iguais na linha e maiúsculas iguais na coluna não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Scott-Knott (p<0,05).

Em relação à altura, plântulas originadas de sementes submetidas a 24

horas de pré-embebição, independente do tamanho, se destacaram, sendo mais

altas que as plântulas originadas de sementes sem ou com 12 horas de pré-

embebição (Tabela 8). Isso ocorreu porque as sementes que foram embebidas por

24 horas germinaram mais rapidamente, consequentemente, formaram plântulas

primeiro.

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41

Tabela 8. Altura (cm) de plântulas de timbó (Magonia pubescens A. St. -Hil)

originárias de dois lotes de sementes (pequenas e grandes) submetidas a

diferentes tempos de embebição, antes do armazenamento, 30 dias após

semeadura. Cuiabá-MT, 2015.

Altura da Planta (cm)

Tamanho de Semente

Embebição (horas) Pequena Grande Média Tempo de Embebição

(horas)

0 10,63* aA 11,73 aB 11,18 B

12 12,77 aA 12,60 aB 12,69 B

24 15,29 aA 16,17 aA 15,73 A

Média Tamanho 12,9 a 13,5 a

CV (%) 14,82

*Médias seguidas por letras minúsculas iguais na linha e maiúsculas iguais na coluna não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Scott-Knott (p<0,5).

Comparando o tamanho das sementes sem embebição, verificou-se que

sementes grandes originaram plântulas com diâmetro do colo maior que as

originadas a partir de sementes pequenas (Tabela 9). De acordo com Carvalho e

Nakagawa (2012), sementes maiores geralmente foram mais bem nutridas durante o

desenvolvimento, possuindo embriões bem formados e com maior quantidade de

substâncias de reserva, sendo, consequentemente, as mais vigorosas. Segundo

Haig e Westoby (1991), a maior quantidade de reserva nas sementes aumenta a

possibilidade de sucesso no estabelecimento da plântula, uma vez que possibilita a

sua sobrevivência por tempo maior, em condições ambientais que ainda não

permitam o aproveitamento das reservas nutricionais e hídricas do solo e a

realização da fotossíntese.

O tamanho das sementes não influenciou, significativamente, no número de

folhas, porém, conforme se aumentou o tempo de embebição o número de folhas foi

maior (Tabela 9).

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42

Tabela 9. Diâmetro do colo (mm) e número de folhas de plântulas de timbó

(Magonia pubescens A. St. -Hil) originárias de dois lotes de sementes

(pequenas e grandes) submetidas a diferentes tempos de embebição,

antes do armazenamento, 30 dias após semeadura. Cuiabá-MT, 2015.

Diâmetro do colo (mm) Número de Folhas

Tamanho de Semente

Tamanho de Semente

Embebição (horas)

Pequena Grande Média Tempo de Embebição

(horas) Pequena Grande

Média Tempo de Embebição

(horas)

0 3,18* bA 3,44 aA 3,31 A 2,70 aB 2,47 aB 2,59 C

12 3,17 aA 3,30 aA 3,24 A 3,29 aA 3,30 aA 3,29 B

24 3,14 aA 3,27 aA 3,21 A 3,47 aA 3,46 aA 3,47 A

Média Tamanho

3,16 b 3,34 a

3,08 a 3,16 a

CV (%) 4,6

6,62

*Médias seguidas por letras minúsculas iguais na linha e maiúsculas iguais na coluna não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Scott-Knott (p<0,5).

O tempo de embebição favoreceu o acúmulo de massa fresca nas plântulas,

e as sementes grandes originaram plântulas com maior acúmulo de matéria fresca.

Consequentemente, plântulas obtidas de sementes pequenas tiveram menor massa

seca do que as obtidas de sementes grandes (Tabela 10).

Tabela 10. Massa fresca e seca (g) de plântulas de timbó (Magonia pubescens A.

St. –Hil) originárias de dois lotes de sementes (pequenas e grandes)

submetidas a diferentes tempos de embebição, antes do

armazenamento, 30 dias após semeadura. Cuiabá-MT, 2015.

Massa Fresca (g)

Massa Seca (g)

Tamanho de Semente

Tamanho de Semente

Embebição (horas)

Pequena Grande Média

Embebição (horas)

Pequena Grande

Média Embebição

(horas)

0 2,41* aA 2,70 aA 2,55 B

0,59 aA 0,66 aA 0,62 A 12 2,50 bA 3,01 aA 2,76 A

0,60 bA 0,75 aA 0,68 A

24 2,78 Aa 3,01 aA 2,89 A

0,66 aA 0,72 aA 0,69 A

Média Tamanho

2,56 b 2,91 a

0,61 b 0,71 a

CV (%) 11,3

12,66

*Médias seguidas por letras minúsculas iguais na linha e maiúsculas iguais na coluna não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Scott-Knott (p<0,05).

Quando as sementes foram armazenadas, verificou-se que, o tipo de

embalagem não influenciou na porcentagem de germinação, independente do

tamanho das sementes. Porém, quando estas foram submetidas à embebição, a

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43

porcentagem de germinação aumentou, consideravelmente, mas não diferiu

significativamente entre os tempos de embebição de 12 e 24 horas (Tabela 11),

pois, de acordo com a curva de embebição (Figura 9), tanto as sementes embebidas

por 12 como 24 horas estavam na fase II da embebição.

Este resultado foi comparado com de outras espécies, onde, Matos et al.

(2008) observaram que sementes de Apeiba tibourbou que apresentavam teor de

água inicial de 7,62% mantiveram a porcentagem de germinação quando

armazenadas tanto em saco de papel kraft como de polietileno. Batista et al. (2011)

verificaram este mesmo efeito em sementes de Cedrela odorata armazenadas com

39,7% de teor de água, onde tanto sementes armazenadas em saco de polietileno

quanto de papel kraft mantiveram a germinação sem apresentar diferenças entre os

tipos de embalagens.

Segundo Benedito et al. (2011), as sementes de Piptadenia moniliformis

armazenadas com 9% de teor de água podem ser acondicionadas tanto em

embalagem de vidro quanto em sacos plásticos sem perda do potencial fisiológico

por um período de 210 dias de armazenamento. De acordo com Abud et al. (2011),

em ambiente natural com temperatura de 26,6 °C e umidade relativa de 76,9%, o

saco de papel multifoliado é a condição ideal para a conservação da viabilidade de

sementes de Pilosocereus gounellei com teor de água de 9%.

Independente do tamanho das sementes e da embalagem de

armazenamento, o tempo médio de germinação foi, expressivamente, reduzido

quando se embebeu as sementes de timbó por 12 horas, se mantendo reduzido

quando as sementes foram embebidas por 24 horas (Tabela 11). Esses resultados

correspondem aos obtidos por Araujo et al. (2009) que verificaram que a embebição

das sementes de Anacardium occidentale em água fez acelerar o processo de

germinação das sementes.

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TABELA 11. Porcentagem (%) e tempo médio de germinação (dias) de dois lotes de

sementes de timbó (Magonia pubescens A. St. –Hil) (pequenas e

grandes), submetidas a diferentes tempos de embebição em diferentes

embalagens, após o armazenamento. Cuiabá-MT, 2015.

Germinação (%)

Embalagem Tempo de Embebição

(horas)

Tamanho das Sementes Média Embalagens

Pequena Grande

Papel

0 93* aA 84 bB

92 A 12 94 aA 93 aA

24 95 aA 98 aA

Média Tamanho/papel 94 a 92 a

Polietileno

0 81 aB 77 aB

91 A 12 99 aA 96 aA

24 98 aA 96 aA

Média Tamanho/plástico 93 a 90 a

Média Tamanho 93 a 90 b

Média Tempos de Embebição

Média 0 h 87 a 80 b 83 B

Média 12 h 97 a 94 a 95 A

Média 24 h 97 a 97 a 97 A

CV (%) 11,53

TMG (Dias)

Papel

0 15,3 aB 17,5 aC

10,7 A 12 8,0 aA 8,5 aB

24 7,4 aA 7,7 aA

Média Tamanho/papel 10,3 a 11,1 b

Polietileno

0 15,5 aB 17,5 bB

10,9 A 12 8,0 aA 8,0 aA

24 8,1 aA 8,4 aA

Média Tamanho/plástico 10,5 a 11,3 b

Média Tamanho/geral 10,4 a 11,2 b

Média Tempos de Embebição

Média 0 h 15,4 a 17,5 b 16,5 B

Média 12 h 8,0 a 8,2 a 8,1 A

Média 24 h 7,9 a 7,9 a 7,9 A

CV (%) 12,52

*Médias seguidas pela mesma letra minúscula na linha e maiúscula na coluna não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Scott-Knott (p<0,05).

A porcentagem de germinação inicial das sementes foi de 95% tanto nas

sementes pequenas quanto nas grandes (Tabela 6). Quando as sementes foram

armazenadas até os três meses, a porcentagem de germinação caiu para 83% em

média, independente da embalagem, porém, tornou a aumentar aos seis e nove

meses de armazenamento e, quando avaliadas aos 12 meses de armazenamento, a

tendência foi de nova redução na porcentagem de germinação (Figura 11).

Resultado semelhante foi verificado por Matos et al. (2008), com sementes de A.

tibourbou, onde verificaram que sementes acondicionadas em saco de papel kraft e

de polietileno e, armazenadas em ambiente de laboratório, tiveram redução na

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45

porcentagem de germinação aos 45 dias de armazenamento, no entanto, a partir

dos 90 dias a porcentagem de germinação apresentou aumento gradativo durante

os 225 dias de armazenamento. Segundo Scalon et al. (2006), esta redução na

porcentagem de germinação no período inicial de armazenamento pode ser

atribuída a algum mecanismo de adaptação à nova condição do ambiente no qual as

sementes estão submetidas.

FIGURA 11. Porcentagem de germinação (%) de sementes de timbó (Magonia pubescens A. St. –Hil) em função da embalagem e do tempo de armazenamento. Cuiabá-MT, 2015.

A porcentagem de formação de plântulas normais não foi influenciada pelo

tamanho das sementes, no entanto, a embebição por 12 ou 24 horas aumentou a

porcentagem de formação de plântulas normais e ainda reduziu, significativamente,

o tempo médio de formação dessas plântulas (Tabela 12).

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TABELA 12. Porcentagem (%) e tempo médio de formação de plântulas normais

(dias) de dois lotes de sementes de timbó (Magonia pubescens A. St.

–Hil) (pequenas e grandes), submetidas a diferentes tempos de

embebição em diferentes embalagens, após o armazenamento.

Cuiabá-MT, 2015.

Formação de Plântulas Normais (%)

Tamanho das

Sementes

Embalagem Tempo de Embebição (horas) Pequena Grande Média Embalagens

Papel

0 90* aA 76 bB

90 A 12 94 aA 91 aA

24 95 aA 97 aA

Média Tamanho/papel 93 a 88 b

Polietileno

0 76 aB 67 bB

88 A 12 99 aA 94 aA

24 98 aA 95 aA

Média Tamanho/polietileno 91 a 85 b

Média Tamanho/geral 92 a 86 b Média Tempo de

Embebição

Média 0 h 83 a 71 b 77 B

Média 12 h 96 a 92 a 94 A

Média 24 h 96 a 96 a 96 A

CV (%) 13,61

Tempo Médio de Formação de Plântulas Normais (Dias)

Papel

0 21,3 aB 22,9 bC

16,3 A 12 13,7 aA 14,0 aB

24 12,8 aA 13,4 aA

Média Tamanho/papel 16,1 a 16,5 a

Polietileno

0 20,7 aB 22,3 bB

16,5 A 12 13,6 aA 13,9 aA

24 14,1 aA 14,1 aA

Média Tamanho/polietileno 16,2 a 16,7 a

Média Tamanho/geral 16,2 a 16,6 b Média Tempo de

Embebição

Média 0 h 21,0 a 22,6 b 21,8 B

Média 12 h 13,8 a 13,8 a 13,8 A

Média 24 h 13,4 a 13,7 a 13,6 A

CV (%) 8,58

*Médias seguidas pela mesma letra minúscula na linha e maiúscula na coluna não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Scott-Knott (p<0,05).

Em relação à altura das plântulas, sementes pequenas embaladas em saco

de polietileno e armazenadas por seis ou doze meses originaram plântulas menores

comparando com plântulas originadas de sementes grandes nas mesmas

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47

condições, porém, esse resultado foi inverso quando se armazenou as sementes por

seis meses no saco de papel kraft, em que sementes grandes produziram plântulas

menores que sementes pequenas. De modo geral, sementes pequenas originaram

plântulas menores. A embalagem só influenciou na altura das plântulas aos três e

doze meses, sendo que, na média, plântulas originárias de sementes armazenadas

em saco de polietileno foram menores que as obtidas de sementes embaladas em

saco de papel. Quando as sementes foram avaliadas com três e nove meses de

armazenamento, verificou-se que, as plântulas originadas foram menores que

aquelas oriundas das sementes com seis e doze meses de armazenamento (Tabela

13).

Tabela 13. Altura das plântulas (cm) de timbó (Magonia pubescens A. St. –Hil), em

função do tamanho da semente, embalagem e tempo de armazenamento,

30 dias após semeadura. Cuiabá-MT, 2015.

Tamanho da Semente

Tempo de Armazenamento

(Meses) Embalagem Pequena Grande

Média Embalagens

Média Armazenamento

3

Polietileno 9,55* aB 10,41 aB 9,98 B 10,57 B

Papel 10,95 aA 11,36 aA 11,15 A

Média 10,25 a 10,88 a

6

Polietileno 10,45 bB 12,22 aA 11,33 A 11,42 A

Papel 12,31 aA 10,69 bB 11,50 A

Média 11,38 a 11,46 a

9

Polietileno 10,94 aA 10,24 aB 10,59 A 10,75 B

Papel 10,53 aA 11,29 aA 10,91 A

Média 10,73 a 10,77 a

12

Polietileno 9,57 bB 10,79 aB 10,18 B 11,10 A

Papel 11,92 aA 12,12 aA 12,02 A

Média 10,74 b 11,45 a

Média

Tamanho 10,78 b 11,14 a

CV (%) 11,04

*Médias seguidas por letras minúsculas iguais na linha e maiúsculas iguais na coluna dentro do mesmo período de armazenamento e entre os períodos de armazenamento não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Scott-Knott (p<0,05).

Quanto à influência do tempo de embebição das sementes na altura das

plântulas, observou-se que, de modo geral, sementes submetidas à embebição

geraram plântulas mais altas do que as originadas a partir de sementes não

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embebidas sendo que, com 12 horas de embebição, o aumento da altura das

plântulas foi expressivo e com 24 horas se estabilizou (Tabela 14).

O aumento da altura das plântulas com a embebição das sementes pode ter

ocorrido porque quando as sementes são pré-embebidas em água tem o processo

de germinação acelerado, o que pode ser explicado pelo fato de que as sementes

submetidas à pré-embebição quando foram semeadas, provavelmente, já estavam

na fase II da germinação. Segundo Borghetti (2004), a fase II é caracterizada pela

ativação dos processos metabólicos requeridos para o crescimento do embrião.

Como estas sementes germinaram primeiro, tiveram mais tempo para translocar

reservas das sementes para as plântulas.

TABELA 14. Altura de plântulas (cm) de timbó (Magonia pubescens A. St. –Hil), em

função do tamanho, tempo de embebição e armazenamento, 30 dias

após semeadura. Cuiabá-MT, 2015.

Tempo de Embebição

Tempo de Armazenamento

(Meses)

Tamanho da Semente

0 12 24 Média

Tamanho

3

Pequena 9,29* bA 10,36 aB 11,11 aA 10,25 A

Grande 9,16 bA 11,60 aA 11,88 aA 10,88 A

Média 9,23 b 10,98 a 11,50 a

6

Pequena 10,29 bA 11,94 aA 11,91 aA 11,38 A

Grande 11,33 aA 11,50 aA 11,54 aA 11,46 A

Média 10,81 b 11,72 a 11,73 a

9

Pequena 10,51 aA 10,96 aA 10,73 aA 10,73 A

Grande 9,52 bA 11,42 aA 11,36 aA 10,77 A

Média 10,02 b 11,04 a 11,19 a

12

Pequena 9,81 bA 11,27 aA 11,16 aA 10,74 B

Grande 9,98 bA 12,20 aA 12,18 aA 11,45 A

Média 9,89 b 11,67 a 11,73 a

Média Tempo de

Embebição 9,98 b 11,41 a 11,48 a

CV (%) 11,04

*Médias seguidas por letras minúsculas iguais na linha e maiúsculas iguais na coluna não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Scott-Knott (p<0,05).

Sementes armazenadas por seis ou doze meses em saco de polietileno

originaram plântulas com diâmetro do colo menor que as embaladas em papel. A

respeito das sementes embaladas em saco de polietileno, somente as avaliadas

com 12 meses apresentaram diâmetro do colo menor que nos demais períodos de

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armazenamento. Dentre as sementes embaladas em papel kraft, apenas as

avaliadas com seis meses originaram plântulas com diâmetro do colo maior que as

dos demais períodos de armazenamento (Tabela 15).

Sementes pequenas originaram plântulas com diâmetro do colo menor que

as originadas de sementes grandes. Comparando o diâmetro do colo entre os

períodos de armazenamento, observou-se que sementes pequenas avaliadas com

doze meses de armazenamento produziram plântulas mais finas. Ainda, sementes

grandes armazenadas por nove ou doze meses originaram plântulas com diâmetro

do colo menor em relação às armazenadas por três ou seis meses (Tabela 15).

TABELA 15. Diâmetro do colo (mm) de plântulas de timbó (Magonia pubescens A.

St. –Hil), em função do tempo de armazenamento, embalagem e

tamanho das sementes, 30 dias após semeadura. Cuiabá-MT, 2015.

Embalagem

Tamanho de Semente

Polietileno Papel

Pequena Grande Média

3 meses 3,19* aA 3,23 aB

3,13 bA 3,29 aA 3,21 A

Tempo de Armazenamento

6 meses 3,13 bA 3,33 aA

3,11 bA 3,34 aA 3,23 A

9 meses 3,17 aA 3,17 aC

3,15 bA 3,19 aB 3,17 A

12 meses 2,92 bB 3,10 aC

2,91 bB 3,11 aB 3,01 B

Média 3,11 b 3,21 a

3,08 b 3,23 a

CV (%) 5,53

*Médias seguidas pela mesma letra minúscula na linha e maiúscula na coluna não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Scott-Knott (p<0,05).

No que se refere ao número de folhas por plântula, verificou-se que,

sementes pequenas armazenadas por três meses com 12 horas de embebição e por

seis meses, sem embebição ou com 12 horas, originaram plântulas com número de

folhas menor do que plântulas originadas de sementes grandes. Quando se observa

as médias dos tamanhos das sementes apenas aos seis e doze meses de

armazenamento, verificou-se diferenças entre os tamanhos no número de folhas

(Tabela 16).

Sementes embaladas em saco de polietileno aos três meses de

armazenamento sem embebição ou com 12 horas, também, originaram plântulas

com número de folhas menor em comparação às plântulas originadas de sementes

armazenadas no papel. As plântulas obtidas a partir de sementes grandes sem

embebição aos seis meses de armazenamento tiveram maior número de folhas do

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que plântulas originadas de sementes embebidas. Na média das embalagens,

sementes que foram embaladas no polietileno originaram plântulas com número de

folhas menor do que as originadas de sementes embaladas em sacos de papel

(Tabela 16).

TABELA 16. Número de folhas de plântulas de timbó (Magonia pubescens A. St. –

Hil), em função do tempo de embebição, tamanho da semente e do

armazenamento, 30 dias após semeadura. Cuiabá-MT, 2015.

Tamanho da Semente

Embalagem

Tempo de

Armazenamento Embebição Pequena Grande

Papel Polietileno

Média Embebição

3 Meses

0 2,53* aA 2,53 aA

2,67 aA 2,40 bA 2,53 A

12 2,39 bA 2,57 aA

2,71 aA 2,25 bA 2,48 A

24 2,51 aA 2,42 aA

2,51 aA 2,42 aA 2,47 A

Média 2,48 a 2,51 a

2,63 a 2,36 b

6 Meses

0 2,25 bA 2,81 aA

2,58 aA 2,47 aA 2,53 A

12 2,32 bA 2,54 aB

2,46 aA 2,41 aA 2,43 A

24 3,32 aA 2,43 aB

2,45 aA 2,30 aA 2,38 A

Média 2,30 b 2,59 a

2,50 a 2,39 a

9 Meses

0 2,25 aA 3,31 aA

2,22 aA 2,34 aA 2,28 A

12 2,36 aA 2,30 aA

2,36 aA 2,30 aA 2,33 A

24 2,35 aA 2,24 aA

2,30 aA 2,29 aA 2,29 A

Média 2,28 a 2,32 a

2,29 a 2,31 a

12 Meses

0 2,36 aA 2,51 aA

2,48 aA 2,39 aA 2,43 A

12 2,48 aA 2,56 aA

2,58 aA 2,46 aA 2,52 A

24 2,33 aA 2,52 aA

2,40 aA 2,45 aA 2,42 A

Média 2,39 b 2,53 a

2,48 a 2,43 a

Média

Tamanho 2,37 b 2,48 a

2,47 a 2,37 b

CV (%) 8,56

*Médias seguidas por letras minúsculas iguais na linha e maiúsculas iguais na coluna não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Scott-Knott (p<0,05).

De maneira geral, a embebição das sementes, independente do período,

favoreceu o acúmulo de massa fresca da parte aérea nas plântulas (Tabela 17), isso

porque quando as sementes foram embebidas em água, germinaram primeiro

(Tabela 11), consequentemente, a formação de plântulas ocorreu mais rapidamente

em relação às sementes que não foram embebidas (Tabela 12). Na média,

sementes embaladas no papel kraft originaram plântulas com maior acúmulo de

massa fresca em relação às embaladas no polietileno (Tabela 17).

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51

TABELA 17. Massa fresca (g) da parte aérea de plântulas de timbó (Magonia

pubescens A. St. –Hil) em função da embalagem de armazenamento

e do tempo de embebição, 30 dias após semeadura. Cuiabá-MT,

2015.

Embebição (horas)

Embalagem

Polietileno Papel Média Embebição

0 2,17* bB 2,36 aB 2,26 B

12 2,73 bA 2,90 aA 2,81 A

24 2,72 bA 2,91 aA 2,82 A

Média 2,54 b 2,71 a

CV (%) 14,00

*Medias seguidas por letras minúsculas iguais na linha e maiúsculas iguais na coluna não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Scott-Knott (p<0,05).

Independente do tempo de armazenamento, as sementes grandes

originaram plântulas com maior acúmulo de massa fresca, com exceção daquelas

embaladas no papel kraft aos três meses e as embaladas no polietileno aos nove

meses de armazenamento que não diferiram das sementes pequenas. Esse

resultado pode ser confirmado na média do tamanho das sementes, em que se

observou que sementes grandes originaram plântulas com maior acúmulo de massa

fresca (Tabela 18).

A embalagem só influenciou na massa fresca das plântulas aos nove e doze

meses de armazenamento, sendo que, sementes avaliadas com nove meses de

armazenamento originaram plântulas com maior acúmulo de massa fresca quando

embaladas em polietileno, e, nas sementes avaliadas com doze meses de

armazenamento, o efeito foi contrário, ou seja, a melhor embalagem foi o papel kraft

(Tabela 18).

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52

TABELA 18. Massa fresca (g) da parte aérea de plântulas de timbó (Magonia

pubescens A. St. –Hil) em função do tamanho da semente,

embalagem e do armazenamento, 30 dias após semeadura. Cuiabá-

MT, 2015.

Tempo de Armazenamento

(Meses)

Tamanho da Semente

Embalagem Pequena Grande Média

Embalagem

3

Polietileno 2,33* bA 2,71 aA 2,52 A

Papel 2,42 aA 2,53 aA 2,48 A

Média 2,38 b 2,62 a

6

Polietileno 2,39 bA 2,78 aA 2,59 A

Papel 2,53 bA 3,02 aA 2,77 A

Média 2,46 b 2,90 a

9

Polietileno 2,68 aA 2,55 aB 2,61 A

Papel 2,56 bA 3,18 aA 2,88 B

Média 2,62 b 2,86 a

12

Polietileno 2,27 bB 2,61 aB 2,44 B

Papel 2,55 bA 2,99 aA 2,77 A

Média 2,41 b 2,80 a

Média

Tamanho 2,47 b 2,80 a

CV (%) 14,00

*Médias seguidas por letras minúsculas iguais na linha e maiúsculas iguais na coluna não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Scott-Knott (p<0,05).

Verificou-se, na média, que o tempo de embebição favoreceu o acúmulo de

massa seca nas plântulas. Esse resultado corresponde aos obtidos para massa

fresca (Tabela 18). Como a massa fresca das plântulas foi maior quando as

sementes foram embebidas em água, era esperado o mesmo comportamento para a

massa seca das plântulas. Ainda, sementes pequenas originaram plântulas com

acúmulo de massa seca inferior às plântulas originadas de sementes grandes

(Tabela 19).

TABELA 19. Massa seca (g) da parte aérea de plântulas de timbó (Magonia

pubescens A. St. –Hil) em função do tamanho da semente e do tempo

de embebição, 30 dias após semeadura. Cuiabá-MT, 2015.

Embebição (horas)

Tamanho semente

Pequena Grande Média Embebição

0 0,50* bB 0,56 aB 0,53 B

12 0,66 bA 0,78 aA 0,72 A

24 0,67 bA 0,76 aA 0,72 A

Média 0,61 b 0,70 a

CV (%) 14,57

*Médias seguidas por letras minúsculas iguais na linha e maiúsculas iguais na coluna não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Scott-Knott (p<0,05).

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Analisando o efeito das embalagens em cada período de armazenamento,

pode-se observar que só houve influência destas aos nove e dose meses de

armazenamento, onde sementes embaladas em polietileno originaram plântulas com

maior acúmulo de massa seca (Tabela 20). Esse resultado corresponde aos

resultados obtidos para massa fresca, que também tiveram influência das

embalagens apenas após nove meses de armazenamento.

TABELA 20. Massa seca (g) da parte aérea de plântulas de timbó (Magonia

pubescens A. St. –Hil) em função do tamanho da semente, embalagem

e do armazenamento, 30 dias após semeadura. Cuiabá-MT, 2015.

Tamanho da Semente

Tempo de

Armazenamento Embalagem Pequena Grande

Média Embalagem

3 Meses Polietileno 0,57* bA 0,69 aA 0,63 A

Papel 0,59 aA 0,65 aA 0,62 A

Média 0,58 b 0,67 a

6 Meses Polietileno 0,57 bA 0,71 aA 0,64 A

Papel 0,60 bA 0,71 aA 0,66 A

Média 0,59 b 0,71 a

9 Meses Polietileno 0,66 aA 0,62 aB 0,64 B

Papel 0,63 bA 0,76 aA 0,70 A

Média 0,65 a 0,69 a

12 Meses Polietileno 0,62 aA 0,65 aB 0,63 B

Papel 0,65 bA 0,78 aA 0,72 A

Média 0,64 b 0,72 a

Média

Tamanho 0,61 b 0,70 a

C.V.(%) 16,11

*Médias seguidas por letras minúsculas iguais na linha e maiúsculas iguais na coluna não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Scott-Knott (p<0,05).

4.4. Formação de Plântulas em Diferentes Recipientes

A porcentagem de germinação das sementes pequenas foi inferior às

grandes quando se avaliou sementes embebidas por 12 horas em saco de

polietileno preto ou com 24 horas de embebição no tubete. Porém, na média a

porcentagem de germinação não diferiu entre os tamanhos das sementes. O tempo

médio de germinação das sementes grandes foi maior que das pequenas apenas

quando as sementes foram embebidas por 24 horas e semeadas no tubete. O tempo

médio de germinação reduziu quando as sementes foram embebidas por 12 horas,

porém, quando embebidas por 24 horas, a tendência foi de aumentar novamente

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54

este valor independente do recipiente utilizado para a formação da plântula (Tabela

21).

TABELA 21. Porcentagem (%) e tempo médio de germinação (TMG) de sementes

de timbó (Magonia pubescens A. St. –Hil) em função do recipiente,

tamanho e tempo de embebição das sementes. Cuiabá-MT, 2015.

Germinação (%) TMG (dias)

Tamanho da

Semente Tamanho da

Semente

Média TMG (dias)

Recipiente Tempo de

Embebição (horas) Pequeno Grande

Média Germinação

(%) Pequena Grande

Saco de Polietileno

0 100* aA 96 aA 96 A 14,28 aC 13,58 aC 13,93 C

12 92 bB 100 aA 98 A 8,80 aA 8,78 aA 8,79 A

24 96 aA 100 aA 98 A 11,03 aB 11,25 aB 11,14 B

Média 96 a 99 a 11,37 a 11,20 a

Tubete

0 100 aA 96 aA 96 A 12,75 aB 13,50 aB 13,13 B

12 100 aA 100 aA 98 A 10,38 aA 11,70 aA 11,04 A

24 92 bA 100 aA 100 A 11,03 aB 13,38 bB 12,20 B

Média 97 a 99 a 11,38 a 12,86 a

Média Tamanho 96 a 99 a 11,38 a 12,03 a

CV (%) 5,99 12,61

*Médias seguidas por letras minúsculas iguais na linha e maiúsculas iguais na coluna dentro de cada recipiente não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Scott-Knott (p<0,05).

A porcentagem de formação de plântulas normais foi menor nas sementes

pequenas, enquanto a embebição das sementes não influenciou na porcentagem de

formação dessas plântulas. O tamanho das sementes não influenciou no tempo

médio de formação das plântulas, porém, quando as sementes foram embebidas por

12 horas, o tempo médio de formação de plântulas foi reduzido, aumentando

novamente com 24 horas de embebição, quando se utilizou o recipiente tubete

(Tabela 22).

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TABELA 22. Porcentagem (%) e tempo médio de formação de plântulas normais de

timbó (Magonia pubescens A. St. –Hil) em função do recipiente,

tamanho e tempo de embebição das sementes. Cuiabá-MT, 2015.

Formação de Plântulas Normais

(%)

Tempo de Formação de Plântulas (dias)

Tamanho da

Semente Tamanho da Semente

Recipiente Tempo de Embebição

(horas) Pequeno Grande

Média Germinação

(%) Pequena Grande

Média TMG (dias)

Saco de Polietileno

0 87* aA 100 aA 94 A 20,97 aB 18,67 aA 19,82 B

12 87 aA 100 aA 94 A 15,23 aA 16,33 aA 15,78 A

24 92 aA 92 aA 92 A 17,40 aA 17,13 aA 17,27 A

Média 89 a 97 a

17,86 a 17,38 a

Tubete

0 88 aA 96 aA 92 A 20,45 aB 19,78 aA 20,11 B

12 96 aA 96 aA 96 A 14,07 aA 17,43 aA 15,75 A

24 83 aA 96 aA 90 A 16,65 aA 20,19 aA 18,42 B

Média 89 a 96 a

17,06 a 19,13 a

Média

Tamanho 89 b 97 a

17,46 a 18,25 a

CV (%) 11,21

14,22

*Médias seguidas por letras minúsculas iguais na linha e maiúsculas iguais na coluna dentro de cada recipiente não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Scott-Knott (p<0,05).

Na média, as plântulas originadas de sementes grandes foram mais altas

que as originadas de sementes pequenas e, o tempo de embebição das sementes

influenciou apenas no recipiente tubete, sendo observado menor valor quando as

sementes pequenas foram embebidas por 24 horas. Quanto aos recipientes,

verificou-se que estes não influenciaram na altura das plântulas, uma vez que não

houve diferenças para esta característica nos diferentes recipientes destinados à

produção de mudas (Tabela 23). Entretanto, Bao et al. (2014) obtiveram maior altura

das plântulas de M. guianensis quando cultivadas em tubete. Segundo Antoniazzi et

al. (2013), o formato e o tamanho do recipiente para produção de mudas influenciam

a capacidade de sobrevivência das plantas em campo e, para produção de mudas

de grande porte, sacos de plástico grandes representaram a melhor alternativa

devido ao maior desenvolvimento das plântulas.

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TABELA 23. Altura (cm) de plântulas de timbó (Magonia pubescens A. St. –Hil),

originárias de sementes grandes e pequenas, submetidas a diferentes

tempos de embebição e produzidas em saco de polietileno preto ou

tubete, 30 dias após semeadura. Cuiabá-MT, 2015.

Tamanho das

Sementes

Recipiente Tempos de

Embebição (horas) Pequena Grande Média Embalagens

Saco de polietileno

0 6,77* aA 7,11aA

7,21 A 12 6,72 bA 8,22 aA

24 7,12 aA 7,33 aA

Média 6,87 b 7,55 a

Tubete

0 7,35 aA 7,18 aA

6,90 A 12 6,86 aA 6,54 aA

24 5,76 bB 7,74 aA

Média 6,66 a 7,15 a

Média Tamanhos 6,76 b 7,35 a Média Tempo de

Embebição

Média 0 h 7,06 a 7,14 a 7,10 A

Média 12 h 6,79 a 7,38 a 7,08 A

Média 24 h 6,44 b 7,54 a 6,99 A

CV (%) 11,09

*Médias seguidas por letras minúsculas iguais na linha e maiúsculas iguais na coluna não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Scott-Knott (p<0,05).

As sementes pequenas originaram plântulas com diâmetro do colo menor do

que as plântulas originadas a partir de sementes grandes. O tempo de embebição

das sementes não influenciou no diâmetro do colo das plântulas. Na média,

plântulas produzidas em tubetes tiveram diâmetro do colo menor do que as

produzidas em sacos de polietileno preto (Tabela 24).

Bao et al. (2014) verificaram que os maiores valores de diâmetro do colo das

plântulas de M. guianensis foram obtidos em plantas cultivadas nos recipientes

tubete e saco de polietileno em comparação com plântulas produzidas em bandejas

de poliestireno expandido (“isopor”). Antoniazzi et al. (2012) avaliando sementes de

Cedrela fissilis verificaram que as médias de diâmetro do colo foram maiores nas

plântulas produzidas em sacos plásticos, com valores extremamente superiores às

plântulas desenvolvidas em tubetes.

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TABELA 24. Diâmetro do colo (mm) de plântulas de timbó (Magonia pubescens A.

St. –Hil), originárias de sementes grandes e pequenas, submetidas a

diferentes tempos de embebição e produzidas em sacos de polietileno

preto ou tubetes, 30 dias após semeadura. Cuiabá-MT, 2015.

Tamanho das

Sementes

Recipiente Tempos de

Embebição (horas) Pequena Grande Média Embalagens

Saco de polietileno

0 2,97* bA 3,25 aA

3,25 A 12 3,12 bA 3,49 aA

24 3,28 aA 3,38 aA

Média 3,12 b 3,37 a

Tubete

0 3,13 aA 3,19 aA

3,12 B 12 3,03 aA 3,23 aA

24 2,83 bA 3,32 aA

Média 2,99 b 3,25 a

Média Tamanho 3,06 b 3,31 a Média Tempo de

Embebição

Média 0 h 3,05 a 3,22 a 3,13 A

Média 12 h 3,08 b 3,36 a 3,20 A

Média 24 h 3,05 b 3,35 a 3,22 A

CV (%) 5,72

*Médias seguidas por letras minúsculas iguais na linha e maiúsculas iguais na coluna não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Scott-Knott (p<0,05).

O tamanho da semente influenciou no número de folhas por plântula, sendo

que, sementes pequenas originaram plântulas com menor número de folhas que

plântulas originadas a partir de sementes grandes. O recipiente e o tempo de

embebição não influenciaram no número de folhas das plântulas (Tabela 25). Bao et

al. (2014), também, observaram que o cultivo de M. guianensis em diferentes

recipientes não afetou o número de folhas das plântulas. Porém, Antoniazzi et al.

(2012) verificaram que as médias de número de folhas das plântulas de Cedrela

fissilis foram maiores nas plântulas produzidas em sacos de polietileno, comparando

com plântulas desenvolvidas em tubetes.

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TABELA 25. Número de folhas de plântulas de timbó (Magonia pubescens A. St. –

Hil), originárias de sementes grandes e pequenas, submetidas a

diferentes tempos de embebição e produzidas em sacos de polietileno

preto ou tubete, 30 dias após semeadura. Cuiabá-MT, 2015.

Tamanho das

sementes

Recipiente Tempo de

Embebição (horas) Pequena Grande Média Embalagens

Saco de polietileno

0 2,25* aA 2,53 aA

2,36 A 12 2,15 bA 2,51 aA

24 2,32 aA 2,39 aA

Média 2,24 b 2,47 a

Tubete

0 2,13 aA 2,43 aA

2,27 A 12 2,34 aA 2,35 aA

24 2,09 aA 2,31 aA

Média 2,18 a 2,36 a

Média Tamanho 2,21 b 2,42 a Média Tempo de

Embebição

Média 0 h 2,19 b 2,48 a 2,33 A

Média 12 h 2,24 a 2,43 a 2,34 A

Média 24 h 2,20 a 2,35 a 2,28 A

CV (%) 9,52

*Médias seguidas por letras minúsculas iguais na linha e maiúsculas iguais na coluna não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Scott-Knott (p<0,05).

Neste trabalho, plântulas produzidas em tubetes tiveram raízes menores que

as produzidas em sacos de polietileno (Tabela 26). Segundo Sturium et al. (2000),

as estrias internas dos tubetes permitem o alinhamento do sistema radicular,

conferindo-lhe maior desenvolvimento. Bao et al. (2014) observaram que o

comprimento das raízes de M. guianensis foi maior em plântulas cultivadas em

tubetes em relação àquelas produzidas em sacos de polietileno e bandejas de

“isopor”. Para Schwengberg et al. (2002), o comprimento da raiz é diretamente

proporcional ao tamanho do recipiente, os quais obtiveram maior comprimento de

raiz de plântulas de Prunus salicina quando estas foram produzidas em sacos de

polietileno. Antoniazzi et al. (2012) verificaram que as médias de comprimento das

raízes foram maiores em plântulas de Cedrela fissilis produzidas em sacos de

polietileno, com valores extremamente inferiores nas plântulas desenvolvidas em

tubetes.

As sementes pequenas sem embebição no recipiente saco de polietileno

originaram plântulas com raízes menores do que as originadas a partir das

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sementes embebidas. Porém, de maneira geral, o tamanho das sementes e o tempo

de embebição não influenciaram no comprimento das raízes (Tabela 27).

TABELA 26. Comprimento da maior raiz (cm) de plântulas de timbó (Magonia

pubescens A. St. –Hil), originárias de sementes grandes e pequenas,

submetidas a diferentes tempos de embebição e produzidas em sacos

de polietileno preto ou tubetes, 30 dias após semeadura. Cuiabá-MT,

2015.

Tamanho das

Sementes

Recipiente Tempo de

Embebição (horas) Pequena Grande Média Embalagens

Saco de polietileno

0 18,85* bB 21,23 aA

20,94 A 12 22,02 aA 22,05 aA

24 21,14 aA 20,35 aA

Média 20,67 a 21,21 a

Tubete

0 19,32 aA 18,68 aA

19,16 B 12 19,56 aA 19,25 aA

24 19,22 aA 18,95 aA

Média 19,37 a 18,96 a

Média Tamanho 20,02 a 20,08 a Média Tempo de

Embebição

Média 0 h 19,08 a 19,95 a 19,52 A

Média 12 h 20,79 a 20,65 a 20,72 A

Média 24 h 20,18 a 19,65 a 19,91 A

CV(%) 9,04

*Médias seguidas por letras minúsculas iguais na linha e maiúsculas iguais na coluna não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Scott-Knott (p<0,05).

Sementes pequenas originaram plântulas com menor acúmulo de massa

fresca da parte aérea em relação às sementes grandes. De forma geral, a

embebição das sementes favoreceu o acúmulo de massa da matéria fresca das

plântulas independente do período que permaneceram sob embebição. O recipiente

não influenciou no acúmulo de massa fresca das plântulas (Tabela 27).

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TABELA 27. Massa fresca da parte aérea (g) de plântulas de timbó (Magonia

pubescens A. St. –Hil), originárias de sementes grandes e pequenas,

submetidas a diferentes tempos de embebição e produzidas em sacos

de polietileno preto ou tubetes, 30 dias após semeadura. Cuiabá-MT,

2015.

Tamanho das

sementes

Recipiente Tempo de Embebição (horas) Pequena Grande Média Embalagens

Saco de polietileno

0 1,74* bB 2,38 aB

2,38 A 12 2,37 bA 3,02 aA

24 2,28 aA 2,51 aB

Média 2,13 b 2,64 a

Tubete

0 2,22 aA 2,35 aA

2,26 A 12 2,32 aA 2,23 aA

24 1,86 bA 2,57 aA

Média 2,13 a 2,38 a

Média Tamanho 2,13 b 2,51 a Média Tempos de Embebição

Média 0 h 1,98 b 2,36 a 2,17 B

Média 12 h 2,34 a 2,62 a 2,48 A

Média 24 h 2,07 b 2,54 a 2,30 A

CV (%) 14,43

*Médias seguidas por letras minúsculas iguais na linha e maiúsculas iguais na coluna não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Scott-Knott (p<0,05).

A embebição das sementes favoreceu o aumento da massa fresca das

raízes, assim como da parte aréa, independente do período que as sementes

permaneceram embebendo, isso pode ter ocorrido porque quando as sementes

foram pré-embebidas germinaram mais rapidamente, assim as plântulas cresceram

mais e desenvolveram raízes maiores. Plântulas produzidas em sacos de polietileno

preto tiveram maior massa fresca das raízes do que as produzidas em tubetes, pois

o saco de polietileno favoreceu o crescimento das raízes. O tamanho da semente

não interferiu na massa fresca das raízes (Tabela 28).

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TABELA 28. Massa fresca das raízes (g) de plântulas de timbó (Magonia pubescens

A. St. –Hil), originárias de sementes grandes e pequenas, submetidas

a diferentes tempos de embebição e produzidas em sacos de

polietileno preto ou tubete, 30 dias após semeadura. Cuiabá-MT,

2015.

Tamanho das

sementes

Recipiente Tempo de

Embebição (horas) Pequena Grande Média Embalagens

Saco de polietileno

0 0,51* aB 0,66 aB

0,72 A 12 0,78 aA 0,93 aA

24 0,70 aA 0,76 aB

Média 0,66 a 0,78 a

Tubete

0 0,56 aA 0,44 aB

0,58 B 12 0,58 aA 0,72 aA

24 0,56 aA 0,63 aA

Média 0,57 a 0,59 a

Média Tamanho 0,62 a 0,69 a Média Tempo de

Embebição

Média 0 h 0,54 a 0,55 a 0,54 B

Média 12 h 0,68 a 0,82 a 0,75 A

Média 24 h 0,63 a 0,69 a 0,66 A

CV (%) 22,48

*Médias seguidas por letras minúsculas iguais na linha e maiúsculas iguais na coluna não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Scott-Knott (p<0,05).

Sementes pequenas originaram plântulas com menor acúmulo de massa

seca na parte aérea. Quando as sementes foram embebidas por 12 horas,

aumentou o acúmulo de massa seca das plântulas, sendo maior, inclusive, que das

plântulas originadas de sementes embebidas por 24 horas. O recipiente não

interferiu no acúmulo de massa seca das plântulas (Tabela 29). Bao et al. (2014)

verificaram que a parte aérea das plântulas de M. guianensis apresentaram maior

acúmulo de massa seca quando cultivadas em tubetes. Por outro lado, plântulas de

C. fissilis produzidas em tubetes apresentaram valores inferiores de massa seca da

parte aérea ao se comparar com plântulas produzidas em sacos de polietileno

(ANTONIAZZI et al., 2012).

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62

TABELA 29. Massa seca da parte aérea (g) de plântulas de timbó (Magonia

pubescens A. St. –Hil), originárias de sementes grandes e pequenas,

submetidas a diferentes tempos de embebição e produzidas em sacos

de polietileno preto ou tubetes, 30 dias após semeadura. Cuiabá-MT,

2015.

Tamanho das

Sementes

Recipiente Tempo de

Embebição (horas) Pequena Grande

Média Embalagens

Saco de Polietileno

0 0,49* aB 0,65 aB

0,75 A 12 0,81 bA 1,03 aA

24 0,74 aA 0,79 aB

Média 0,68 b 0,83 a

Tubete

0 0,69 aA 0,72 aA

0,73 A 12 0,80 aA 0,76 aA

24 0,57 bA 0,82 aA

Média 0,69 a 0,77 a

Média Tamanho 0,68 b 0,80 a Média Tempo de

Embebição

Média 0 h 0,59 a 0,69 a 0,64 B

Média 12 h 0,81 a 0,89 a 0,85 A

Média 24 h 0,65 b 0,81 a 0,73 B

CV (%) 18,06

*Médias seguidas por letras minúsculas iguais na linha e maiúsculas iguais na coluna não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Scott-Knott (p<0,05).

Sementes embebidas por 12 horas formaram plântulas com maior acúmulo

de massa seca das raízes do que quando embebidas por 24 horas ou sem

embebição. O tamanho da semente e o recipiente não interferiram na massa seca

das raízes (Tabela 30). Bao et al. (2014) verificaram que a raiz das plântulas de M.

guianensis apresentaram maior acúmulo de massa seca quando cultivadas em

tubetes. A massa seca das raízes de plântulas de C. fissilis foi maior em mudas

cultivadas em sacos de polietileno (ANTONIAZZI et al., 2012). Leles et al. (2006)

observaram que mudas de Cedrela fissilis produzidas em tubetes de 280 cm³, com

maior massa de raízes, apresentaram 100% de sobrevivência pós semeadura.

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63

TABELA 30. Massa seca das raízes (g) de plântulas de timbó (Magonia pubescens

A. St. –Hil), originárias de sementes grandes e pequenas, submetidas

a diferentes tempos de embebição e produzidas em sacos de

polietileno preto ou tubetes, 30 dias após semeadura. Cuiabá-MT,

2015.

Tamanho das

Sementes

Recipiente Tempo de

Embebição (horas) Pequena Grande Média Embalagens

Saco de Polietileno

0 0,14* aB 0,18 aA

0,21 A 12 0,25 aA 0,26 aA

24 0,22 aA 0,21 aA

Média 0,20 a 0,22 a

Tubete

0 0,20 aA 0,18 aB

0,22 A 12 0,24 aA 0,28 aA

24 0,20 aA 0,21 aB

Média 0,21 a 0,22 a

Média Tamanho 0,21 a 0,22 a Média Tempos de

embebição

Média 0 h 0,17 a 0,18 a 0,18 B

Média 12 h 0,24 a 0,27 a 0,25 A

Média 24 h 0,21 a 0,21 a 0,21 B

CV (%) 24,69

*Médias seguidas por letras minúsculas iguais na linha e maiúsculas iguais na coluna não diferem estatisticamente entre si pelo teste de Scott-Knott (p<0,05).

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5. CONCLUSÕES

- A maior variação nas características biométricas de M. pubescens ocorre na massa

fresca dos frutos, na massa fresca das sementes e na espessura das sementes;

- As sementes de timbó, mantiveram vigor durante os doze meses de

armazenamento;

- A embebição das sementes não influencia na porcentagem final de germinação,

porém, reduz o tempo médio de germinação, e forma plântulas mais rapidamente;

- A embalagem de armazenamento das sementes não influencia na porcentagem de

germinação, nem mesmo no tempo médio de germinação destas;

- Os recipientes de produção de mudas tem pouca influência nas características

observadas nas plântulas, porém, a embebição das sementes é o fator que mais

influencia nas diferenças notadas dos parâmetros avaliados nas plântulas.

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