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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA PAOLLA SHAMARA RODRIGUES LIMA E COELHO A INSERÇÃO DOS ESPORTES DE COMBATE NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR UMA VISÃO ATUAL EM BARRA DO GARÇAS-MT PONTAL DO ARAGUAIA 2019

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO INSTITUTO ......exemplo de lutas desde as brincadeiras de cabo de guerra e braço de ferro até as práticas mais complexas da Capoeira, do Judô

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE

CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA

PAOLLA SHAMARA RODRIGUES LIMA E COELHO

A INSERÇÃO DOS ESPORTES DE COMBATE NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA

ESCOLAR UMA VISÃO ATUAL EM BARRA DO GARÇAS-MT

PONTAL DO ARAGUAIA

2019

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PAOLLA SHAMARA RODRIGUES LIMA E COELHO

A INSERÇÃO DOS ESPORTES DE COMBATE NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA

ESCOLAR UMA VISÃO ATUAL EM BARRA DO GARÇAS-MT

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado,

para obtenção do grau de Licenciado (a) em

Educação Física, à Universidade Federal de

Mato Grosso, Campus de Pontal do Araguaia.

Orientador: Prof. Dr. Aníbal Monteiro de Magalhães Neto

PONTAL DO ARAGUAIA

2019

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Dados Internacionais de Catalogação na Fonte.

Ficha catalográfica elaborada automaticamente de acordo com os dados fornecidos pelo (a) autor (a).

Permitida a reprodução parcial ou total, desde que citada a fonte.

C672l Coelho, Paolla Shamara Rodrigues Lima e.

A inserção dos esportes de combate nas aulas de Educação Física escolar uma visão atual / Paolla Shamara Rodrigues Lima e Coelho. -- 2019

44 f. ; 30 cm.

Orientador: Aníbal Monteiro de Magalhães Neto. TCC (graduação em Educação Física) - Universidade Federal de Mato Grosso,

Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde, Pontal do Araguaia, 2019. Inclui bibliografia.

1. Esporte de Combate. 2. Educação Física Escolar. 3. Escola. 4. Luta. I. Título.

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PAOLLA SHAMARA RODRIGUES LIMA E COLEHO

A INSERÇÃO DOS ESPORTES DE COMBATE NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA

ESCOLAR UMA VISÃO ATUAL EM BARRA DO GARÇAS-MT

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado,

para obtenção do grau de Licenciado (a) em

Educação Física, à Universidade Federal de

Mato Grosso, Campus de Pontal do Araguaia.

Aprovado em 04 de abril de 2019.

BANCA EXAMINADORA

Prof. Dr. Aníbal Monteiro

Universidade Federal de Mato Grosso

Prof. Ms. Rodrigo Amâncio

Universidade Federal de Mato Grosso

Prof. Esp. Rodrigo Mendes Elias

Centro Universitário do Vale do Araguaia

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho primeiramente а Deus, o maior orientador da minha vida, sem Ele nada

seria possível, aos meus pais e ao meu irmão pelo amor e incentivo, é com muita gratidão que

dedico a vocês.

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AGRADECIMENTO

Agradeço primeiramente a Deus, que me deu o dom da vida e me abençoa todos os

dias com o seu infinito amor. Agradeço ao meu pai Paulo Cezar, por ser um dos maiores

exemplos para a minha vida e por estar presente em todos os momentos, me apoiando e

auxiliando sempre que necessário.

A Nilva minha mãe, parceira e o mais legal de tudo, colega de faculdade que também

se fez presente sempre me motivando e apoiando dentro e fora da universidade, eu sou muito

grata por estar comigo principalmente nos momentos de angustia minha trajetória acadêmica.

Ao meu irmão Atila Cezar que não poderia deixar de agradecer por tudo, pela a forca

e ajuda, você foi fundamental para que essa conquista.

Agradeço ao meu orientador pela Aníbal pelas oportunidades e troca de

conhecimentos, também ao meu amigo J pelos ensinamentos, apoio e encorajamento e

principalmente pela paciência. Aos amigos e colegas de faculdade meu muito obrigado, por

torcerem e vibrarem com a minha conquista.

Também quero agradecer as meus anjos de quatro patas que me a alegram toda essa

trajetória acadêmica, sou muito grata por ter vocês em minha vida.

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A oportunidade de assegurar contra a derrota está nas nossas próprias mãos, mas a

oportunidade de derrotar o inimigo é fornecida pela mesma.

Sun Tzu - A arte da guerra

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SUMÁRIO

SUMÁRIO .................................................................................................................................. 8

OBJETIVO ................................................................................................................................. 9

CAPÍTULO I ............................................................................................................................ 10

REVISÃO DE LITERATURA ............................................................................................ 10

A INSERÇÃO DAS LUTAS NO CONTEXTO ESCOLAR ........................................... 10

OS PRINCÍPIOS E A EVOLUÇÃO DAS LUTAS NO CONTEXTO ESCOLAR ........ 10

A REGULAMENTAÇÃO DAS ARTES MARCIAIS NAS ESCOLAS ........................ 11

EVIDÊNCIAS SOBRE A UTILIZAÇÃO DAS LUTAS NO AMBIENTE ESCOLAR . 12

REFERÊNCIAS DA REVISÃO DE LITERATURA ...................................................... 14

CAPÍTULO II ........................................................................................................................... 15

A INSERÇÃO DOS ESPORTES DE COMBATE NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA

ESCOLAR UMA VISÃO ATUAL ...................................................................................... 15

INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 16

MATERIAL E MÉTODOS .............................................................................................. 18

RESULTADOS ................................................................................................................ 20

DISCUSSÃO .................................................................................................................... 26

CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................... 29

REFERÊNCIAS ............................................................................................................... 30

DIRETRIZES PARA AUTORES – REVISTA PANORÂMICA ........................................... 32

CONDIÇÕES PARA SUBMISSÃO .................................................................................... 32

DECLARAÇÃO DE DIREITO AUTORAL ....................................................................... 32

INFORMAÇÕES ADICIONAIS ......................................................................................... 36

POLÍTICA DE PRIVACIDADE ......................................................................................... 37

APÊNDICES ............................................................................................................................ 38

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OBJETIVO

Este trabalho tem por objetivo principal identificar a inserção da luta e esportes de

combate como elementos pedagógicos nas aulas de educação física das escolas do município

de Barra do Garças - MT.

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CAPÍTULO I

REVISÃO DE LITERATURA

A INSERÇÃO DAS LUTAS NO CONTEXTO ESCOLAR

Este estudo de revisão de literatura propõe sintetizar estudos e documentos que

colaborem com a temática a que se pretende estudar, neste caso, a inserção das lutas e artes

marciais no ambiente escolar e as possíveis transformações sofridas para que as lutas e artes

marciais fossem incluídas na escola, assim como os problemas encontrados para a realização

desta prática como conteúdo da Educação Física.

OS PRINCÍPIOS E A EVOLUÇÃO DAS LUTAS NO CONTEXTO ESCOLAR

Durante a vida escolar, encontramos vários tipos de estímulos diferentes, e diante

disso, a principal vantagem desses estímulos é a interação dos alunos dentro dessas

atividades. Pensando nisso podemos afirmar que a escola é formadora de indivíduos por meio

das práticas pedagógicas, que com o passar do tempo, vão sendo ampliadas e influenciadas a

partir das principais tendências da sociedade, estas podem se consistir na cultura do corpo,

influência midiática, busca pela saúde, influência política do momento. Esses fatores

influenciam não só a escola, como a Educação Física no geral. Contudo, todas as atividades

impostas nas escolas trazem significado para os alunos, aprimorando seu aprendizado,

construindo pilares para o aprendizado.

As lutas e artes marciais são práticas competitivas, populares e reconhecidas

ferramentas na Educação de crianças e jovens, e, mesmo possuindo diversos profissionais

qualificados em centros de artes marciais e academias, a maioria das escolas no Brasil, não

utilizam este conteúdo nas aulas. Realidade diferente dos países orientais que utilizam as artes

marciais nas aulas de Educação Física (MOCARZEL, 2011).

As lutas são disputas em que o(s) oponente(s) deve(m) ser subjugado(s), mediante

técnicas e estratégias de desequilíbrio, contusão, imobilização ou exclusão de um determinado

espaço na combinação de ações de ataque e defesa. Caracterizam-se por uma regulamentação

específica, a fim de punir atitudes de violência e de deslealdade. Podem ser citados como

exemplo de lutas desde as brincadeiras de cabo de guerra e braço de ferro até as práticas mais

complexas da Capoeira, do Judô e do Karatê (Brasil, 1997).

De acordo com a orientação do Parâmetro Curricular Nacional que entre outras

considerações e disposições apoia o uso das Lutas e Artes Marciais nas aulas regulares de

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Educação Física (BRASIL 1998), esta pesquisa tem como proposta o estudo das

transformações das lutas para a adequação e inserção nas aulas de Educação Física.

Contudo, as Lutas e Artes Marciais ainda são utilizadas na escola de forma rara e

pouco frequente, além disso, alguns entraves para o professor utilizar este conteúdo nas aulas

regulares de Educação Física já foram discutidos e algumas conclusões obtidas. Muitos

professores não trabalham as lutas como conteúdo escolar por acreditarem ser esta uma

modalidade que necessitaria de professor especializado nesta prática, não tendo conhecimento

nos aspectos filosóficos, história das Lutas e Artes Marciais, regras das lutas em competições,

conhecimentos que nem sempre são disponibilizados na sua formação acadêmica, ou nas

propostas pedagógicas escolares. Portanto, estes professores precisariam estudar, confrontar e

reformular seus saberes docentes para ministrar os conteúdos a respeito das Lutas e Artes

Marciais em suas aulas (SOUZA, 2012).

A REGULAMENTAÇÃO DAS ARTES MARCIAIS NAS ESCOLAS

A Lei de Diretrizes e Bases promulgada em 20 de dezembro de 1996 procurou mudar a

maneira que a Educação Física vinha sendo praticada nas escolas e a forma que ela assumiu

nos últimos anos ao explicitar no art. 26, § 3o, assim, a Educação Física passou a ser exercida

em toda a escolaridade no território brasileiro entre a primeira a oitava séries, não somente de

quinta a oitava séries, como era até então.

Outros documentos oficiais, bastantes conhecidos são os Parâmetros Curriculares

Nacionais (PCN' s), que trazem os princípios que norteiam a Educação Física escolar, um

deles é a inserção do aluno na cultura corporal de movimento, no qual lutas, ginásticas e jogos

estão inseridos, portanto, de acordo com os PCN's (BRASIL, 1998), as lutas e as ginásticas

têm em comum a representação corporal de diversas formas da cultura humana.

Portanto, as lutas no contexto escolar servirão de apoio ao professor como base para o

ensino, corroborando com este pensamento, Ferreira (2006), afirma que as lutas servirão de

auxilio pedagógico devido ao seu contexto sócio — cultural que nas quais lutas estão

inseridas. Assim percebemos que esse assunto é bem divulgado, além de promover caráter

motivador até para as crianças, como por exemplo: ao ver uma brincadeira que envolve certo

tipo de movimento incluso nas lutas, como o cabo-de-guerra, tendo a possibilidade em

demonstrar gestos de lutas de desestabilidade, tendo em vista também a influência que a mídia

tem em cima das crianças, por exemplo, através de games, ou até animes, filmes e animações

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gráficas, enfatizando assim a importância que a luta pode trazer a criança, podendo mais ainda

trazer as essa prática como uma possibilidade como conteúdo escolar.

Sabe-se que o espaço a ser utilizado nas escolas carece de uma reformulação, o próprio

Parâmetro Curricular Nacional afirma que a realidade enfrentada para a utilização dos espaços

para os jogos, esportes, lutas, danças e ginásticas são precários e afirma que para realizar

essas transformações, se faz necessário o trabalho conjunto da comunidade e dos poderes

públicos. Ainda assim esta situação não exclui a utilização dos espaços existentes e

disponíveis (BRASIL, 1997).

EVIDÊNCIAS SOBRE A UTILIZAÇÃO DAS LUTAS NO AMBIENTE ESCOLAR

Conforme evidenciado anteriormente as lutas são propostas que podem atender ao

ambiente escolar. Contudo, a sua efetivação ainda é pouco discutida na Educação Física

Escolar. Como já apontou-se, o PCN incentiva o uso das artes marciais na escola e a maioria

dos artigos encontrados discutem esta importante inserção através principalmente da

importância dada e creditada ao especialista, na grande maioria das situações, os professores

não utilizam as lutas nas aulas, por não possuírem conhecimento e se sentirem inseguros para

ministrar o tema para as crianças e os jovens.

Ferreira (2006) afirma que nos cursos de Licenciatura muitos acadêmicos consideram

a disciplina lutas e artes marciais como descartável e o autor ainda questiona se haveria a

possibilidade de em seis meses o acadêmico se tornar apto ao ensino das lutas e artes marciais

com contextos lúdicos para se ter objetivado a intensão concreta no ensino escolar.

O fato de muitos professores resistirem ao uso deste conteúdo pode ser a falta de

tempo e formação na área de lutas, o que pode dificultar sua aplicação ou preparação para

realizar a mesma, sendo mais fácil introduzir jogos com bola que são mais conhecidos. Pois

como afirma Ferreira (2006), a Educação Física Escolar deve ser revista pelos profissionais da

área, pois a falta de conhecimento deste material faz com que poucos o utilizem na prática as

recomendações dos PCN.

O papel da educação fisica não pode ser simplesmente ensinar movimentos

ou situações táticas. O papel profissional do professor não pode também se

centrar apenas em um único método, é necessário ir para além do jogo, além

do ensinar movimentos. (CAZETTO, 2000, pg. 254)

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A ausência das lutas nos conteúdos da Educação Física escolar, é resultado da

formação esportista que na ênfase teoria e prática voltada ao esporte, aos gestos técnicos, que

ainda pregam o saber fazer para ensinar (Darido 2003). Darido (2003) em suas pesquisas

obteve resultados que demonstram a falta de interesse dos professores a modernização do

conhecimento, a visão tecnicista e higienista onde a repetição pela repetição torna-se

alienante, sem produção, sem crescimento, sem aprendizagem, perde-se então o sentido de se

ter um professor frente aos alunos (TORRES, 2010).

A Educação Física faz parte da Educação geral, em sua tarefa educacional, é preciso

entender e saber que tipo de homem se quer formar, adicionando reflexão, emoções, as

respostas do homem as ações que não são físicas e nem psíquicas, mas obrigatórias a

concretização dos planos políticos pedagógicos e o desenvolvimento das técnicas, discursos,

relações sociais e programas de ensino para a formação do homem total e unitário.

Portanto a possibilidade de inclusão das lutas na Educação Física escolar podem ser

uma ferramenta de aprendizado muito importante nas mãos do professor para o aluno, capaz

de ampliar a visão da aula. As práticas corporais segundo Brasil (1998), são importantes no

desenvolvimento e formação integral do aluno, visto que, dentro destas praticas se torna

possível ao educando adquirir noções de mundo através das situações problema existentes nas

práticas oferecidas e pensadas pelo professor para o processo gradual do aluno, o educador se

apropria da forma lúdica e global das atividades propostas e ganha a atenção e a participação

efetiva dos alunos, sem maiores pressões contrárias. Sendo assim, o aluno aprende a cooperar

e conhece a si mesmo, assim como aos demais, deixando de lado a natureza egoísta e

individualista, o aluno então se interessa, e logo aprende.

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REFERÊNCIAS DA REVISÃO DE LITERATURA

BRASIL. Conselho Nacional de Educação – Conselho Pleno, Resolução CNE/CP nº 7, Mar.

de 2004

BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais

Educação física / Secretaria de Educação Fundamental. – Brasília: MEC/SEF, 96p. 1997.

BRASIL. Senado Federal. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional: nº 9394/96.

Brasília: 1996.

CAZETTO, FABIANO. Lutas e Artes Marciais na Escola: "Das Brigas aos Jogos com

regras", de Jean-Claude Olivier, Porto Alegre: Artmed, 2000.

DARIDO, S. C. Educação Física na Escola: questões e reflexões. Rio de Janeiro: Guanabara

Koogan, 2003.

FERREIRA, Heraldo S. As lutas na Educação Física escolar. Rev. de Ed. Física, Nº 135,

p.36-44, nov. 2006

MOCARZEL, Rafael Carvalho da Silva. Artes marciais e jovens: violência ou valores

educacionais? Um estudo de caso de um estilo de Kung-fu / Rafael Carvalho da Silva

Mocarzel. – Niterói, 108p. 2011.

SOUZA, Cláudio L. e, SILVA, Osni O. N. O conteúdo lutas nos currículos dos cursos de

formação em Educação Física da Bahia. Buenos Aires: Revista Digital, Nº 141 – Feb. de

2010

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CAPÍTULO II

A INSERÇÃO DOS ESPORTES DE COMBATE NAS AULAS DE EDUCAÇÃO

FÍSICA ESCOLAR UMA VISÃO ATUAL EM BARRA DO GARÇAS-MT 1

Paolla Shamara Rodrigues Lima e Coelho2

Resumo:

As Lutas, enquanto conteúdo da Educação Física Escolar, proposto pelos PCNs (1997), são

parte do programa de Educação Física do Ensino Fundamental e Médio, que abrangem outras

atividades e tópicos de aprendizagem relevantes, tais como: ginástica, dança, jogos e questões

da saúde. Apesar do reconhecimento pelos professores de Educação Física sobre a

importância das lutas no contexto escolar, pouco ou nenhum esforço se vê para sua inserção.

O presente trabalho teve como objetivo principal, aferir a inserção dos esportes de combate

nas aulas de educação física escolar. Para tal, foi aplicado um questionário com doze

perguntas aos professores do ensino médio e fundamental, de colégios públicos e privados no

município de Barra do Garças - MT. A amostra foi composta por 12 escolas/professores. Os

dados revelam a necessidade de uma melhor formação docente no citado tema, uma maior

valorização pela direção e gestores escolares, além de uma inserção efetiva nas aulas,

contando com uma maior carga horária e com critérios pré-determinados para seu

desenvolvimento.

Palavras-chave:

Esporte de Combate; Educação Física Escolar; Escola; Luta.

LA INSERCIÓN DE LOS DEPORTES DE COMBATE EN LAS CLASES DE

EDUCACIÓN FÍSICA ESCOLAR UNA VISIÓN ACTUAL EM BARRA DO

GARÇAS-MT

Resumén:

Las Luchas, como contenido de la Educación Física Escolar, propuesto por los PCN (1997),

son parte del programa de Educación Física de la Enseñanza Fundamental y Medio, que

abarca otras actividades y tópicos de aprendizaje relevantes, tales como: gimnasia, danza,

juegos y cuestiones de la salud. A pesar del reconocimiento por los profesores de Educación

Física sobre la importancia de las luchas en el contexto escolar, poco o ningún esfuerzo se ve

para su inserción. El presente trabajo tuvo como objetivo principal, aferir la inserción de los

deportes de combate en las clases de educación física escolar. Para ello, se aplicó un

cuestionario con doce preguntas a los profesores de enseñanza media y fundamental, de

colegios públicos y privados en el municipio de Barra do Garças - MT. La muestra fue

compuesta por 12 escuelas / profesores. Los datos revelan la necesidad de una mejor

formación docente en el citado tema, una mayor valoración por la dirección y gestores

escolares, además de una inserción efectiva en las aulas, contando con una mayor carga

horaria y con criterios predeterminados para su desarrollo.

1 Artigo a ser submetido na Revista Panorâmica.

2Graduanda em Educação Física. Universidade Federal de Mato Grosso, Pontal do Araguaia - MT, Brasil.

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Palabras clave: Deporte de Combate; Educación Física Escolar; la escuela; Luchar.

INTRODUÇÃO

Durante o desenvolvimento da cultura humana, as lutas e/ou esportes de combate

representaram um meio eficaz de educação e um conjunto de conteúdos altamente importante

para a Educação Física escolar, uma vez que, qualquer que seja a modalidade de luta, esta

exige respeito às regras, a hierarquia e a disciplina, isso valoriza a preservação da saúde física

e mental de seus praticantes.

As lutas assim como os demais conteúdos da educação física, devem ser abordadas na

escola de forma reflexiva, direcionada a propósitos mais abrangentes do que somente

desenvolver capacidades e potencialidades físicas (SOUZA JUNIOR e SANTOS, 2010).

As Lutas fazem parte dos cinco grandes eixos da Educação Física Escolar que são:

Dança, Ginástica, Esportes, Lutas, Jogos e Brincadeiras. Estes são os meios escolhidos para

proporcionar conhecimentos da cultura corporal, cognitivos e motor, social e afetivo que

fazem parte do documento do PCN (1998). Assim, o presente estudo procurará explorar as

bases legais para inserção destas atividades no contexto escolar, analisar seus princípios e os

estudos que se propuseram realizar a inserção na escola e caso não sejam realizadas, tentar

identificar o principal motivo.

Sabemos que as Lutas e Artes Marciais fazem partes do conteúdo oficial da disciplina

de Educação Física, apresentado pelos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN).

As lutas são disputas em que o(s) oponente(s) deve(m) ser subjugado(s),

mediante técnicas e estratégias de desequilíbrio, contusão, imobilização, ou

exclusão de um determinado espaço na combinação de ações de ataque e

defesa. Caracterizam-se por uma regulamentação específica, a fim de punir

atitudes de violência e de deslealdade. Podem ser citados como exemplo de

lutas desde as brincadeiras de cabo-de-guerra e braço-de-ferro até as práticas

mais complexas da capoeira, do judô e do caratê. (BRASIL, MEC, 1997, p.

49).

A escola tem um papel de socialização do saber sistematizado (SAVIANI, 1992).

Neste sentido, a escola necessita promover uma Educação diferenciada daquela praticada pela

vida familiar, na convivência humana e no trabalho, considerando como um conhecimento

também fundamental para os alunos fora do ambiente escolar.

Uma das inúmeras possibilidades de ação pedagógica durante as aulas de Educação

Física são as “Lutas e Artes Marciais”. Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN)

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recomendam que as lutas e artes marciais sejam exploradas nas aulas de Educação Física

escolar, através de atividades lúdicas e também de forma competitiva (BRASIL 1998).

De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais – PCN's (Brasil,1997), a luta

pode ser conceituada como jogo de oposição, em que os alunos podem utilizar-se de técnicas

e estratégias para vencer seu oponente. Como atividades que englobam a luta, pode-se citar

alguns exemplos, desde as brincadeiras de cabo de guerra e braço de ferro até práticas mais

complexas como a capoeira, o judô, o karatê, dentre outras (Brasil, 1998 p. 70), desde que,

sejam seguidos os princípios de inclusão e diversidade de movimento e, principalmente, a

cultura dos alunos, atendendo assim, as necessidades dos indivíduos.

Apesar do reconhecimento pelos professores de Educação Física sobre a importância

das lutas enquanto conteúdo Escolar, pouco ou nenhum esforço se vê para que as aulas de

desporto de combate sejam realizadas.

Uma produção acadêmica pode ser um ponto de partida para a reflexão a respeito de

alguns dos problemas a serem transpostos pelos professores nas aulas de Educação Física, de

forma que esta discussão é pertinente não só no que diz respeito as possibilidades que podem

ser explorados para o ensino as crianças e jovens através dos conteúdos de lutas e artes

marciais, como pode trazer à tona alguns temas inerentes as Lutas, tais como valores morais e

éticos, conhecer, respeitar e discutir a filosofia oriental e conhecer a origem das lutas pelo

mundo.

Nos países ocidentais as artes marciais são vistas como atividades que estimulam a

violência dos alunos, e que este seria o principal motivo para a falta de uso das artes marciais

nas aulas de Educação Física Escolar (VERTONGHEN, 2010). As Lutas e Artes Marciais

devem ser de conhecimento legítimo da Educação Física, mas o desconhecimento

especializado nas técnicas e seus princípios se tornaram uma barreira para o uso da

modalidade nas escolas (GOMES, 2008).

Deste modo, este estudo terá como foco apresentar as principais evidências sobre o

ensino de lutas e artes marciais como elementos pedagógicos para as aulas de Educação Física

no município de Barra do Garças - MT.

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MATERIAL E MÉTODOS

O desenvolvimento deste trabalho se baseou em uma estratégia qualitativa de

pesquisa, de caráter exploratório, por meio de uma pesquisa de campo. Abaixo, pretendemos

demonstrar os procedimentos metodológicos do tipo de pesquisa utilizado. Abordaremos

também os critérios para a construção do universo de estudo, o método de coleta de dados, a

forma de tratamento desses dados e, por fim, as limitações do método escolhido.

Tomando como ponto de partida o objetivo desta pesquisa – que é investigar a

inserção do conteúdo de lutas e/ou esportes de combate no contexto escolar –, decidimos

adotar o método de pesquisa qualitativa, de caráter exploratório, que consideramos o mais

apropriado para o tipo de análise que pretendemos fazer. Antes, porém, nos cabe

contextualizar o tipo de pesquisa escolhido para um melhor entendimento a respeito.

Quanto aos fins, o tipo de investigação escolhido para a realização da pesquisa

qualitativa enquadra-se como exploratória. Ela “é realizada em áreas na qual há pouco

conhecimento acumulado e sistematizado. Por sua natureza de sondagem, não comporta

hipóteses que, todavia, poderão surgir durante ou ao final da pesquisa” (VERGARA, 2009, p.

42). No que diz respeito aos meios de investigação, optamos pela pesquisa de campo, que,

também de acordo com Vergara, é: “investigação empírica realizada no local onde ocorre ou

ocorreu um fenômeno ou que dispõe de elementos para explicá-lo. Pode incluir entrevistas,

aplicação de questionários, testes e observação participante ou não” (2009, p.43).

A principal fonte da coleta dados para a análise deste trabalho foram às entrevistas

realizadas com os professores, questionando-os quanto à percepção da inserção do conteúdo

de lutas em seu ambiente de trabalho.

A entrevista é um procedimento no qual você faz perguntas a alguém que,

oralmente, lhe responde. A presença física de ambos é necessária no

momento da entrevista (...) A entrevista pode ser informal, focalizada ou por

pautas. Entrevista informal ou aberta é quase uma “conversa jogada fora”,

mas tem um objetivo específico: coletar dados de que você necessita.

Entrevista focalizada também é tão pouco estruturada quanto a informal,

porém já aí você não pode deixar que seu entrevistado navegue pelas ondas

de múltiplos mares; antes, apenas um assunto deve ser focalizado. Na

entrevista por pauta, o entrevistador agenda vários pontos para serem

explorados com o entrevistado. Tem maior profundidade” (VERGARA,

2009, p.52).

As entrevistas foram registradas em formulário padrão, composto por doze perguntas

retirado do artigo “A inserção dos esportes de combate nas aulas de educação física escolar

uma visão atual” (COSTA DE OLIVEIRA, et al. 2017). E como optamos por um tipo de

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pesquisa qualitativa, escolhemos tratar os dados de forma não estatística. Vergara (2009,

p.57), indica organizar os dados para depois estruturá-los e analisá-los.

Critérios de inclusão

Foram realizadas visitas em quinze escolas públicas e privadas do município de Barra

do Garças no estado de Mato Grosso, com o objetivo foi de levantar dados a respeito da

importância dada pelas escolas/professores ao conteúdo de lutas na escola, bem como a

relação com a violência e de que forma as lutas podem contribuir no desenvolvimento dos

alunos durante a sua prática.

Critérios de exclusão

Três escolas optaram pela exclusão, por motivos desconhecidos.

Período de Trabalho

Foram realizadas entrevistas entre os meses de março e julho de 2018, com duração de

10 a 15 minutos cada uma.

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RESULTADOS

A primeira pergunta do questionário utilizado pelo presente estudo foi: Utiliza as lutas

(esporte de combate) nas aulas de Educação Física? Das 12 escolas/professores pesquisadas

apenas 4 utilizam os esportes de combate nas aulas de Educação Física Escolar, contra 8

escolas/professores que não tem essa prática (Gráfico 1).

Gráfico 1

A segunda pergunta consiste em analisar, dentre as escolas/professores que

responderam sim na primeira pergunta, como é utilizado as lutas nas aulas de Educação

Física. Das 4 escolas/professores que responderam sim na primeira pergunta, 2 responderam

utilizar aulas teóricas e práticas de esportes de combate, 1 relatou a aplicação de aulas teóricas

práticas e vídeo,1 respondeu a aplicação de aulas teóricas e vídeos.(Gráfico 2)

Gráfico 2

8escolas/professores

4escolas/professores

UTILIZA ESPORTE DE COMBATE NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA

NAO

SIM

2escolas/professores

1escola/professor

1escola/professor

COMO É UTILIZADO AS LUTAS NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA

Aulas Teoricas e práticas Aulas teoricas e Videos Aulas teóricas, aulas práticas e video

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21

A pergunta número 3 consiste em analisar, dentre as escolas/professores que

responderam não na primeira pergunta, porque não utiliza as lutas na aula de Educação Física.

Das 8 escolas/professores que responderam não na primeira pergunta, 2 alegam não ter

conhecimento suficiente sobre o assunto e 6 marcaram outros como motivo para não utilizar

as lutas. Dos 6 que marcaram a opção outros, 2 alegaram falta de local adequado para a

prática, 1 respondeu que não possuem professor de Educação Física, 1 indicou que os alunos

preferem os jogos, os outros 2 não quiseram responder o motivo. (Gráfico 3)

Gráfico 3

A pergunta número 4 consiste em, dentre as escolas/professores que marcaram sim na

primeira pergunta, saber a frequência que trabalha com as lutas na aula. Das

4escolas/professores que utilizam lutas na Educação Física, 3 responderam que utilizam uma

aula por bimestre e 1 responderam outros, especificando que frequência com que trabalha e

uma vez por semana. (Gráfico 4)

Gráfico 4

2escolas/professores

6escolas/professores

POR QUE NÃO UTILIZA AS LUTAS NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA

Não tenho conhecimento sobre lutas. Outros motivos

3escolas/professores

1escola/professor

FREQÜÊNCIA QUE TRABALHA AS LUTAS NAS AULAS?

1 Bimestre outros

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A pergunta número 5 consiste em, dentre as escolas/professores responderam sim na

primeira pergunta, saber qual arte marcial é trabalhada nas aulas. Das 4 escolas/professores

que responderam sim, 3 escolas/professores marcam a alternativa outros especificando que

utilizam a capoeira, 1 escola/professor utiliza três modalidades de arte marcial muay thai,

Taekwondo e karate. (Gráfico 5)

Gráfico 5

A questão número 6 consiste em verificar se a escola/professor atuante tem

conhecimento suficiente para ministrar o conteúdo lutas na Educação Física. Das 12

escolas/professores entrevistadas, 3 responderam ter conhecimento suficiente para ministrar o

conteúdo e 9 responderam não ter conhecimento suficiente. (Gráfico 6)

Gráfico 6

1escola/professor3

escolas/professores

TIPO DE LUTA UTILIZADA

Muay thai

Taekwondo

Karate

Capoeira

9escolas/professores

3escolas/professores

CONHECIMENTO SUFICIENTE PARA TRABALHAR COM LUTAS

sim não

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A questão número 7 consiste em saber se a escola/professor tem alguma formação em

lutas, onde 2 escolas/professores responderam ter algum tipo de formação em lutas e 10

responderam que não tem formação alguma em lutas. (Gráfico 7)

Gráfico 7

A questão número 8 consiste em saber das escolas/professores se é necessária para o

programa de educação física escolar trabalhar lutas. Das 12 escolas/professores, as 12

escolas/professores acham necessária a inclusão de lutas como programa de educação física

escolar. (Gráfico 8)

Gráfico 8

2escolas/professores

10escolas/professores

FORMAÇÃO EM LUTAS

sim

Não

12escolas/professores

RELEVÂNCIA DO ENSINO DE LUTAS PARA O PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISICA ESCOLAR

sim nâo

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24

A questão número 9 consiste em saber, das escolas/professores que julgaram

necessária a inclusão de lutas na Educação Física, quais os benefícios da luta inserida na

Educação Física. (Gráfico 9)

Gráfico 9

A questão número 10 consiste em saber, caso a resposta 8 tenha sido negativa, o

porque não achar o conteúdo lutas necessário. Nenhuma escola/professor marcou essa

alternativa.

A questão número 11 consiste em saber se a luta como conteúdo da Educação Física

escolar torna os alunos mais agressivos. Das 12 escolas/professores entrevistados, nenhuma

achou que o conteúdo lutas tornaria os alunos mais agressivos.

A questão número 12 consiste em saber qual é o percentual da participação por turma

dos alunos ao utilizar as lutas como conteúdo na educação física. Das 4 escolas/professores

que utilizam a luta na Educação Física Escolar, 1 indicou a participação de 50% dos alunos e

3 indicaram a 75% dos alunos participam das aulas (Gráfico 10).

10

21112

1

3

21 1

BENEFÍCIOS DA LUTAS NA EDUCAÇÃO FISICA

disciplina Concentração Autonomia Auto estima

Auto Controle Controle Emocional Respeito as regras Respeito ao Próximo

Condicinamento fisico Companherismo Conhecimento

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Gráfico 10

3

1

PARTICIPAÇÃO DOS ALUNOS NAS AULAS DE LUTAS

75%

50%

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DISCUSSÃO

Pelos resultados obtidos por meio dos questionários aplicados aos professores nota-se

que o número de escolas/professores que insere a prática de luta como conteúdo na Educação

Física Escolar (4 escolas/professores), sendo predominante um misto de teórico e prático,

resultado semelhantes quando comparado com estudos anteriores a inserção das lutas nas

aulas de Educação Física Escolar (COSTA DE OLIVEIRA, et al, 2017).

Foi verificado que entre as escolas/professores que não utilizam luta como conteúdo

na Educação Física Escolar, houve uma predominância entre os professores que não quiseram

identificar o motivo por não utilizarem a luta nas aulas e a falta de conhecimento sobre o

conteúdo “lutas” para aplicação nas aulas. Esses dados obtidos também são similares ao

estudo de Costa de Oliveira e colaboradores (2017). Já a circunstâncias dos professores não

apresentarem conhecimento suficiente já havia sido observado anteriormente por Ferreira

(2006), porem afirma Nascimento e Almeida (2007), Não há necessidade de termos uma

especialização em uma modalidade de lutas, desde que nosso objetivo não esteja pautado na

formação de atletas/lutadores, mas sim na produção de conhecimento nas aulas de Educação

Física. Isso não quer dizer que devamos desconsiderar as contribuições dos especialistas que

dedicam seus estudos a este tema. Necessitamos da reflexão coletiva entre especialistas e não

especialistas para produzirmos propostas bem fundamentadas e, com isso, sistematizar novas

intervenções que irão contribuir em nossa prática pedagógica e, de certa forma, evitar o

distanciamento com o tema. (NASCIMENTO E ALMEIDA,2007, p.100)

Das mesmas escolas/professores que manifestaram fazer uso da luta na Educação

Física Escolar, a (3 escolas/professores) maioria mencionou que o conteúdo faz parte da

ementa bimestral assim como proposto no PCN’s.(Brasil,1998)

Também foi analisada uma divisão a arte marcial que aplicavam nas aulas, tendo a

capoeira o maior número de votos (3) como no PCN de Educação Física, Brasil (1998; p.71 e

72) determina e preza a participação dos alunos em jogos, lutas e esportes, tudo isso dentro do

contexto escolar. Então porque não utilizar a Capoeira, sendo um esporte completo, pois é luta

jogo e dança, que e capaz de desenvolver capacidades e habilidades em crianças e jovens

assim como afirma (SOARES, JULIO, 2011), diante disto contraria pesquisas anteriores que

observaram o favoritismo pelo judô em referencia a outras modalidades de luta (DRIGO,

et.al, 2011). Também foram analisada escola/professor que utiliza Muay thai, Taekwondo e

Karate de maneira flexível/lúdica, como reforça o citado por Junior e Santos (2010) que fala

sobre jogos de combate, também chamado de 'jogos de oposição', que contém as mesmas

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características de um esporte (ou desporto) de combate, porém, com a diferença de não haver

contato direto agressivo. Mantêm-se as regras, mas não tão rigorosas, o respeito entre

adversários, o espaço adequado, as técnicas, mas o jogo de combate é de cunho lúdico, pois

procura educar os praticantes nas principais valências físicas das diferentes lutas, como o

equilíbrio e desequilíbrio, força resistente, flexibilidade, sem necessariamente ferir ou

sobrepujar o adversário, sendo assim uma ótima ferramenta pedagógica.

Consideramos questões sobre o conhecimento didático das escolas/professores para a

aplicação do conteúdo e sobre a formação específica em lutas dos mesmos, onde foram

observados que, das 12 escolas/professores, apenas 3 reconhecem ter conhecimento didático

para a aplicação do conteúdo lutas, dos quais apenas 2 possuindo formação em luta. Esses

achados ratificam dados anteriores, indicando que a formação dos profissionais de Educação

Física continua precária no conteúdo de lutas (FERREIRA, 2006).

Foi unanime sobre a necessidade da utilização da luta nas aulas de Educação Física

Escolar, foram obtidos diversos aspectos benéficos dessa prática, como desenvolvimento de

valores, autocontrole e combate à violência, melhora na autoestima e controle emocional,

sendo o mais citado o desenvolvimento da disciplina e o respeito. O que corrobora com

achados de Ruffoni e Motta (2000), no qual se refere no caso da escola, a luta colabora na

formação de um indivíduo cooperativo, disciplinado e que empregue os seus ensinamentos e

fundamentos agregando positivamente em união da sociedade em que vive; Ferreira (2006),

também defende a utilização do tema lutas por diferentes áreas que implica na formação

integral dos indivíduos, expondo que: A prática da luta, em sua iniciação esportiva, apresenta

valores que contribuem para o desenvolvimento pleno do cidadão. Identificado por médicos,

psicólogos e outros profissionais, por sua natureza histórica apresentam um grande acervo

cultural. Além disso, analisada pela perspectiva da expressão corporal, seus movimentos

resgatam princípios inerentes ao próprio sentido e papel da educação física na sociedade atual,

ou seja, a promoção da saúde. (FERREIRA 2006, p. 40)

Houve um consenso quando o assunto foi a possibilidade da luta tornar desenvolver

aspectos de violência os alunos, todas as 12escolas/professores respondendo que a luta não

acarretaria violência entre os alunos, o que corrobora com o achado por Oliveira e Santos

(2006) que faz uma ligação entre a insegurança em aumentar a violência entre estudantes a

falta de oportunidade das escolas/professores em vivenciar, na sua formação, as possibilidades

de se trabalhar os conceitos e procedimentos das diversas formas de lutas para o

enriquecimento cinestésico-corporal e cultural de quem às pratica. Ressalta: as lutas são

preponderantes no ato de refreamento do comportamento de agressividade e ainda estudos

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comprovam que as lutas atuam na formação do caráter das crianças e adolescentes os

tornando perseverantes com a autoestima positiva e altamente seguros de sua capacidade de

vencer sem ter medo de perder (OLIVEIRA e SANTOS, 2006, p 5).

Foi analisado escolas/professores que utilizam a luta, o percentual de participação dos

alunos nas aulas. Das 4 escolas/professores que fazem uso desse conteúdo, a maioria alegou

participação de pelo menos 75% dos alunos na aula. Isso reforça os achados por Leite (2012)

que achou um percentual de somente 34% para alunos que não gostariam de ter aulas de luta

na Educação Física.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Baseando nos resultados obtidos através da escola/professor, pode-se concluir que o

conteúdo lutas ainda é pouquíssimo proposto nas aulas de Educação Física Escolar,

especialmente pela falta de base e compreensão dos professores para lidar com a temática. Os

achados salientam a necessidade de uma formação docente de qualidade que os capacitem no

citado tema, que tenha valorização pela direção e gestores escolares, além de uma inserção

efetiva nas aulas uma vez que o conteúdo não visa formação de atletas e pode ser aplicada

com flexibilidade.

Sobre a questão da violência e as lutas na escola, o conteúdo de lutas deve ser inserido

no contexto escolar para que se acabe com a visão erronia, pois a vivencia das lutas acarretam

com elas a possibilidades dos alunos a conhecerem o próprio corpo e as suas capacidades de

movimento, estimular o autocontrole, aumentar a autoestima, controlar as emoções, entre

outros benefícios.

As lutas não são somente técnicas eficientes de ataque e defesa, vãos muito além que

isso. Elas são parte da expressão da cultura corporal e que engloba uma imensa bagagem

histórica. Cada pequeno detalhe gestual possui significados e não existe isoladamente. “O

berimbau não existe sem a Capoeira, que por sua vez não existiu sem a escravidão, que não

existiu sem o processo de colonização por exemplo.” É primordial mais estudos sobre lutas

nas escolas, pois e um tema de muita relevância e são necessárias para maximizar a utilização

das mesmas com maior eficiência nas aulas de Educação Física Escolar, exemplificando seus

benefícios perante aos alunos e a sociedade e aniquilar os mitos sobre o contexto que a pratica

de lutas agrega a violência junto a ela.

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30

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BRASIL. Senado Federal. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional: nº 9394/96.

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BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais: Educação Física. Brasília: Secretaria de

Educação Fundamental, MEC/SEF, 1997.

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Educação Fundamental, MEC/SEF, 1998.

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esportes de combate. Revista Motriz. Rio Claro. V. 16. N.1, 2010.

COSTA DE OLIVEIRA, W.L et al. A inserção dos esportes de combate nas aulas de

Educação Física escolar uma visão atual. Revista Panorâmica On-Line. Barra do Garças –

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DARIDO, S. C. & RANGEL, I. C. A (Orgs.). Educação Física na Escola: implicações para

a prática pedagógica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.

DRIGO A. J, AMORIM AR, MARTINS CJ, MOLINA R. Demanda metabólica em lutas de

projeção e de solo no judô: estudo pelo lactato sanguíneo. Motriz. 1996;2:80-6.

FERREIRA, H. S.; As lutas na educação física escolar. Revista de Educação Física. n.135;

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GOMES, Mariana S.P. Procedimentos pedagógicos para o ensino das lutas: contextos e

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Universidade Estadual De Campinas, Campinas. 119p. 2008.

LEITE, F. F.; BORGES, R. S.; DIAS, T. L. A utilização das lutas enquanto conteúdo da

Educação Física escolar nas escolas estaduais de Araguaína-To. Revista Científica do

Instituto Tocantinense Presidente Antonio Carlos – ITPAC. v. 5. n.6, 2012.

NASCIMENTO, P. R. B.; ALMEIDA, L.: Tematização das lutas na Educação Física

Escolar: restrições e possibilidades. Movimento (ESEF/UFRGS) 13.3 (2008): 91-110.2007.

OLIVEIRA, S. R. L. & SANTOS, S.L.C. Lutas Aplicadas a Educação Física Escolar.

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Page 31: UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO INSTITUTO ......exemplo de lutas desde as brincadeiras de cabo de guerra e braço de ferro até as práticas mais complexas da Capoeira, do Judô

31

RUFFONI, R. & MOTTA, A. Lutas na infância: uma reflexão pedagógica. Laboratório de

estudos do esporte, Rio de Janeiro. Centro Universitário Celso Lisboa. 2000.

SAVIANI, Dermeval. Pedagogia Histórico-crítica: primeiras aproximações. 3ª Edição.

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SOUZA JÚNIOR, T. P. & SANTOS, S. L. C. Jogos de oposição: nova metodologia de

ensino dos esportes de combate. EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, v. 14, n.

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SOARES, E. B. e JULIO, M.G. A Inserção da Capoeira no Currículo Escolar.

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VERGARA, S. C. Projetos e relatórios de pesquisa. São Paulo: Atlas, 2009.

VERTONGHEN, Jikkemien. The social-psychological outcomes of martial arts practice

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32

DIRETRIZES PARA AUTORES – REVISTA PANORÂMICA

CONDIÇÕES PARA SUBMISSÃO

1. Como parte do processo de submissão, os autores são obrigados a verificar a

conformidade da submissão em relação a todos os itens listados a seguir. As submissões

que não estiverem de acordo com as normas serão devolvidas aos autores.

2. Identificar o tipo de trabalho na seção artigo, resenha, ensaio teórico, artigo de

revisão. Relatos de experiência (integrais) e comunicação breve.

3. A contribuição deve ser inédita e não estar sendo avaliada para publicação por outra

revista.

4. O autor ou um dos autores deverá ter titulação de Mestre ou Doutor.

5. Os arquivos para submissão estão em formato Microsoft Word. (Não ultrapassar os 3MB

por arquivo submetido).

6. O texto segue os padrões de estilo e requisitos bibliográficos escritos em Diretrizes para

autores.

7. O encaminhamento do manuscrito, anexos e o preenchimento de todos os dados, são de

inteira responsabilidade do autor que está submetendo o manuscrito.

8. Também são de exclusiva responsabilidade dos autores, as opiniões e conceitos emitidos

nos manuscritos, bem como a exatidão e procedência das citações, não refletindo

necessariamente a posição/opinião do Conselho Editorial da Revista.

9. A Revista não assume a responsabilidade por equívocos gramaticais, e se dá, portanto, ao

direito de solicitar a revisão de português aos autores.

10. Estou de acordo com as normas de declaração de transferência de direitos autorais.

IMPORTANTE! O artigo NÃO deverá conter os dados de identificação dos autores. Estes

dados devem estar em arquivo separado e ser postado no campo documentos suplementares.

DECLARAÇÃO DE DIREITO AUTORAL

Os artigos devem ter no mínimo 10 (dez) laudas e no máximo 20 (vinte) laudas e devem,

obrigatoriamente, conter:

Identificação do (s) Autor (es): Deverá ser postada em arquivos separado do texto no campo

documentos suplementares.

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33

a) Título do trabalho

b) Apontar (caso necessário) a origem do trabalho, a vinculação a outros projetos, a

obtenção de auxílio para a realização do projeto e quaisquer outros dados relativos à

produção do material.

c) Autores: nome e sobrenome de cada autor por extenso.

d) Breve currículo como nota de rodapé (numeração) contendo: titulação, atuação

profissional, endereço, telefone e e-mail.

Preparação de artigo inédito

Os manuscritos devem ser digitados no editor de texto MS Word versão 6.0 ou superior, em

uma só face, fonte Times New Roman 12, em folha de papel branco, formato A4

(210x297mm), mantendo margens laterais - Margens: superior e esquerda = 3 cm / inferior e

direita = 2 cm e espaço 1 ¹/² em todo o texto, exceto nas citações longas recuadas( Times

New Roman, tamanho 11, espaço simples). Parágrafo 1 ¹/².

Todas as páginas devem ser numeradas a partir da primeira página, no canto superior

direito.

O manuscrito deve ser organizado de acordo com a seguinte ordem: Título, resumo,

palavras-chave, introdução, material e métodos, resultados, discussão, referências, figuras,

legendas de figuras e tabelas.

1.1 - Página Inicial:

1.1.1 Título do artigo: deve ser conciso, informativo e completo, evitando

palavras supérfluas. Os autores devem apresentar versão para o inglês,

francês ou espanhol quando o idioma do texto for português e, para o

português, quando redigido em inglês, francês ou espanhol.

1.1.2 Resumo: Os artigos deverão vir acompanhados do resumo em português e

do abstract em inglês, resumè, em francês ou resumen, em espanhol.

Devem apresentar os objetivos do estudo, abordagens metodológicas,

resultados e as conclusões. Deve conter no máximo 250

palavras. Espaçamento simples.

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34

1.1.3 Palavras-chave: Deve ser apresentada uma lista de 3 a 6 termos

indexadores em português e inglês, francês ou espanhol, separados

por ponto.

1.2 Introdução: A introdução do artigo deve conter elementos essenciais a uma plena

compreensão do texto. Sugere-se que os autores iniciem o texto com uma breve

contextualização do assunto e após apresentem o problema investigado. Também se

sugere que sejam apontados de forma clara os objetivos do artigo, bem como, a

metodologia empregada. Deve oferecer uma breve revisão da literatura, justificando

a realização do estudo e destacando os avanços alcançados através da pesquisa. Ao

final da introdução recomenda-se que seja realizada uma apresentação sucinta da

estrutura geral do artigo de modo a permitir que o leitor compreenda como o assunto

será abordado a partir de então.

1.3 Material e Métodos: Devem oferecer, de forma breve e clara, informações

suficientes para permitir que o estudo possa ser repetido por outros pesquisadores.

Técnicas padronizadas podem ser apenas referenciadas.

1.4 Resultados: Devem oferecer uma descrição clara e concisa dos resultados

encontrados, evitando-se comentários e comparações. Não repetir no texto todos os

dados contidos nas figuras e tabelas.

1.5 Discussão: Deve explorar o máximo possível os resultados obtidos, relacionados

com os dados já registrados na literatura. Somente as citações indispensáveis devem

ser incluídas.

1.6 Agradecimentos: Devem se restringir ao necessário. O suporte financeiro deve ser

incluído nesse item.

Referências bibliográficas: Deve obedecer a NBR 6023/ABNT. O título da obra deve estar,

apenas, em negrito.

LIVRO

GOMES, L.G.F.F. Novela e sociedade no Brasil. Niterói: EdUFF, 1998. (Coleção

Antropologia e Política)

ARTIGO EM PERIÓDICO

GUIRRA, M.C.S. Da teoria à prática: o lugar da constituição do professor de

Língua Portuguesa. Revista Panorâmica. Cuiabá, v. 06, p. 25-37, jan.jul. 2006.

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35

Citações: Citações curtas (até 3 linhas) apontadas no corpo do texto devem obedecer a NBR

10520 (ABNT - sistema autor-data). Elas serão indicadas no corpo do texto, entre aspas, com

a mesma fonte do texto e mesmo tamanho. Ex: CHAUI (2002, p. 57).

As citações longas (mais de três linhas) devem ser transcritas em bloco separado do

texto, com recuo esquerdo de 4 cm a partir da margem, justificado, com a mesma fonte do

texto, em tamanho 11 em espaço simples. Em caso de citações longas, a referências deve ser

apresentada ao final da citação.

[...] para compreender o desencadeamento da abundante retórica que

fez com que a AIDS se construísse como 'fenômeno social', tem-se

frequentemente atribuído o principal papel à própria natureza dos

grupos mais atingidos e aos mecanismos de transmissão. Foi

construído então o discurso doravante estereotipado, sobre o sexo, o

sangue e a morte [...]. (HERZLICH e PIERRET, 1992, p.30).

Notas de rodapé: devem ser colocadas na mesma página, fonte Times New Roman,

corpo 11. Alinhamento justificado, sem espaçamento entre notas, espaço simples dentro da

nota.

Preparação de Artigo de Revisão

Deve conter uma revisão crítica de assunto atual e relevante baseando-se em artigos

publicados e em resultados do autor. O Artigo de Revisão não deve ultrapassar oito páginas

impressas.

Deve apresentar resumo na língua em que estiver redigido e um Abstract quando

redigido em português ou espanhol.

Preparação de Comunicação Breve

Deve ser breve e direta sendo seu objetivo comunicar resultados ou técnicas

particulares. No entanto recebe a mesma revisão e não é publicada mais rapidamente que um

artigo original. Deve ser redigida de acordo com as instruções dadas para Artigo Original,

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mas sem subdivisão em capítulos. As referências devem ser citadas no final do texto, usando

o mesmo formato utilizado para Artigo Original. Um resumo breve e três palavras-chave

devem ser apresentadas. O autor deve informar que o manuscrito é uma Comunicação Breve

de modo a ser avaliado adequadamente durante o processo de revisão.

Preparação de outros textos

Ensaio teórico deve conter de 01 (uma) a 09 (nove) laudas e deve estar organizado em:

Introdução, Desenvolvimento e Conclusão, sem numeração, podendo receber subdivisões,

igualmente não numeradas.

No caso de relatos de pesquisa, devem ser integrais e ter as seguintes seções:

Introdução, Método, Resultados, Discussões e Conclusões (com numeração).

No caso de resenha de livros, o texto deve conter todas as informações para a

identificação do trabalho comentado.

INFORMAÇÕES ADICIONAIS

Ilustrações

Figuras: Fotografias, gráficos, mapas ou ilustrações devem ser apresentadas em folhas

separadas, numeradas consecutivamente em algarismos arábicos segundo a ordem

que parecem no texto. As legendas correspondentes deverão ser claras e concisas, e devem

ser enviadas também em folha separada. Os locais aproximados das figuras deverão ser

indicados no texto. Deve-se indicar em cada figura o seu número. A elaboração dos gráficos,

mapas e ilustrações poderá ser feita em cores, mas prefere-se a utilização de preto e branco ou

em tons de cinza. As fotografias deverão ser encaminhadas digitalizadas em formato .tif ou

.jpg com no mínimo 300dpi. Essas fotos deverão estar em arquivos separados e não inseridas

no texto do Word.

Tabelas: Devem complementar e não duplicar o texto. Elas devem ser numeradas em

algarismos arábicos. Um título breve e descritivo deve constar no alto de cada tabela. Se

necessário, utilizar notas de rodapé identificadas.

Ética: Os pesquisadores que utilizam em seus trabalhos experimentos com seres

humanos, ou material biológico humano, devem observar as normas vigentes editadas pelos

órgãos oficiais. Os trabalhos que envolvem experimentos que necessitam de avaliação do

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37

Comitê de Ética deverão ser acompanhados de cópia do parecer favorável, e indicar a

aprovação no corpo do texto, dentro da seção materiais e métodos. SANTAELLA, L. A

crítica das mídias na entrada do século 21. In: PRADO, J. L. A (Org.) Crítica das práticas

midiáticas: da sociedade de massa às ciberculturas. São Paulo: Hacker Editores, 2002. P.44-

56.

POLÍTICA DE PRIVACIDADE

Os nomes e endereços informados nesta revista serão usados exclusivamente para os serviços

prestados por esta publicação, não sendo disponibilizados para outras finalidades ou a

terceiros.

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APÊNDICES

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PARECER FINAL DE ORIENTAÇÃO DE TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

Pontal do Araguaia-MT, 04 de abril de 2019.

Eu, Prof(a). Phd. Aníbal Monteiro de Magalhães Neto, orientador do Trabalho

de Conclusão de Curso intitulado “A INSERÇÃO DOS ESPORTES DE COMBATE

NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR UMA VISÃO ATUAL”,

desenvolvido pela acadêmica Paolla Shamara Rodrigues Lima e Coelho, venho por

meio deste, certificar que todas as correções sugeridas pelos membros da banca de

avaliação do referido trabalho, consideradas pertinentes foram realizadas.

Assim, certifico que as correções foram realizadas sob minha supervisão e,

que, portanto, este trabalho está apto a ser disponibilizado pela Biblioteca Central

desta Universidade.

Por ser verdade, firmo o presente, assinando-o.

Prof. Dr. Aníbal Monteiro

Universidade Federal de Mato Grosso

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA

INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE

CURSO DE EDUCAÇÃO FISICA