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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS Faculdade de Educação Centro de Ensino de Ciências e Matemática de Minas Gerais - CECIMIG Especialização em Ciências por Investigação - ENCI A INVESTIGAÇÃO DA EDUCAÇÃO DE SURDOS NO CONTEXTO DO ENSINO DE CIÊNCIAS Vânia Natividade Cota da Fonseca Dias JULHO 2007

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS · 2 EDUCAÇÃO DE SURDOS ... para lidar com o surdo. A diferença lingüística, o uso de uma ... não reconhecer a língua de sinais como uma

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS

Faculdade de Educação

Centro de Ensino de Ciências e Matemática de Minas Gerais - CECIMIG

Especialização em Ciências por Investigação - ENCI

A INVESTIGAÇÃO DA EDUCAÇÃO DE SURDOS NO CONTEXTO DO

ENSINO DE CIÊNCIAS

Vânia Natividade Cota da Fonseca Dias

JULHO 2007

VÂNIA NATIVIDADE COTA DA FONSECA DIAS

A INVESTIGAÇÃO DA EDUCAÇÃO DE SURDOS NO CONTEXTO DO

ENSINO DE CIÊNCIAS

Monografia apresentada ao Programa de Pós Graduação da Faculdade de Educação da UFMG como exigência parcial para obtenção do título de Especialista em Ensino de Ciências por Investigação.

Orientadora: Profª Tânia Afonso Chaves

JULHO, 2007

RESUMO

O desenvolvimento de novas pesquisas e aquisição de novos conhecimentos sobre a educação de surdos pode esclarecer muito a respeito da aprendizagem desses portadores de necessidades educacionais especiais. Neste estudo, realizou-se uma pesquisa bibliográfica sobre o tema surdez nas revistas de formação de professores do ensino de ciências, Química Nova, Química Nova na Escola e Investigações em Ensino de Ciências. O objetivo do trabalho foi verificar se há o tema e como ele é contemplado nessas publicações. O resultado encontrado foi que apenas a revista Investigações em Ensino de Ciências apresentou um artigo relacionado a alunos portadores de deficiência visual e nenhum artigo relacionado à surdez. Palavras chaves: Ensino de Ciências; Ensino de Química; Investigações em Ensino de Ciências; Surdez.

ABSTRACT

The development of new research and the acquisition of new knowledge on the education of the deaf may shed valuable light into the learning process of these individuals with special educational needs. The present study carried out a bibliographical research on deafness by examining the following teacher´s science education journals: Química Nova, Química Nova na Escola, and Investigações em Ensino de Ciências. The aim of the study was to verify whether the theme deafness occurs in these publications. The found result was that just the magazine Investigações em Ensino de Ciências presented an article related to students bearers of visual deficiency and any article related to the deafness. Keywords: science education; Chemistry education; research in science education; deafness.

LISTA DE QUADROS

Quadro 1: Revista Química Nova - Seção Educação – Ano 2003............................................ 15

Quadro 2: Revista Química Nova - Seção Educação – Ano 2004............................................ 16

Quadro 3: Revista Química Nova - Seção Educação – Ano 2005............................................ 17

Quadro 4: Revista Química Nova - Seção Educação – Ano 2006............................................ 18

Quadro 5: Artigos publicados na revista Química Nova na Escola na seção Química e

Sociedade no período de 2003 a 2006. ................................................................... 19

Quadro 6: Relatos da sala de aula............................................................................................. 20

Quadro 7: O aluno em foco. ..................................................................................................... 20

Quadro 8: Pesquisa no Ensino.................................................................................................. 21

Quadro 9 Experimentação no Ensino de Química.................................................................... 21

Quadro 10: Educação química e multimídia. ........................................................................... 22

Quadro 11: Espaço aberto. ....................................................................................................... 23

Quadro 12: Revista Investigações em Ensino de Ciências – Ano 2003................................... 24

Quadro 13: Revista Investigações em Ensino de Ciências – Ano 2004................................... 25

Quadro 14: Revista Investigações em Ensino de Ciências – Ano 2005................................... 25

Quadro 15: Revista Investigações em Ensino de Ciências – Ano 2006................................... 26

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 6

2 EDUCAÇÃO DE SURDOS .................................................................................................. 8

2.1 Dificuldades enfrentadas pelos surdos.............................................................................. 9

2.2 Reflexões sobre a educação de surdos ............................................................................ 10

3 METODOLOGIA................................................................................................................ 12

4 APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS DA PESQUISA ................. 13

4.1 Publicações selecionadas .................................................................................................. 13

4.1.1 A revista Química Nova .................................................................................................. 13

4.1.2 A revista Química Nova na Escola ................................................................................. 13

4.1.3 A revista Investigações em Ensino de Ciências .............................................................. 14

4.2 Temas abordados nas publicações .................................................................................. 15

4.2.1 Revista Química Nova..................................................................................................... 15

4.2.2 Revista Química Nova na Escola .................................................................................... 19

4.2.3 Revista Investigações em Ensino de Ciências................................................................. 23

4.3 Comentários adicionais .................................................................................................... 28

5 CONCLUSÃO...................................................................................................................... 30

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................................. 31

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1 INTRODUÇÃO

A história da surdez, em geral, é uma história de assistencialismo, em que se prefere aceitar a

enfermidade do surdo ao invés de aceitar sua diferença. O resultado prático disso é a presença

na sociedade de gerações e gerações de surdos analfabetos funcionais, confinados, limitados,

excluídos (COUTO, 1996).

Por isso, se ignorarmos a surdez e suas conseqüências para o indivíduo, seremos tão ou mais

ignorantes do que um homem instruído em 1886 ou 1786 (SACKS, 1989). Isso talvez se deva

ao fato de não se ter pensado a surdez sob um ponto de vista além do paradigma médico. De

fato, pode-se afirmar, atualmente, que o surdo não é simplesmente um sujeito que não pode

ouvir.

A deficiência auditiva ou surdez1 “é mais do que um diagnóstico médico, é um fenômeno

cultural, em que padrões sociais, emocionais, lingüísticos e culturais, assim como seus

problemas, estão inextricavelmente ligados” (SACKS, 1989, p. 80).

Durante muitos anos, acreditou-se que a surdez era a grande responsável pelos fracassos

acadêmicos e pelas dificuldades psico-sociais enfrentadas pelos surdos. Todavia, essa questão

sempre preocupou os estudiosos da área, que têm buscado respostas para as dificuldades

enfrentadas por aqueles que não ouvem. Atualmente, acredita-se que não seja a surdez a causa

original dos limites lingüísticos e cognitivos dos surdos, mas sim o modelo

clínico/terapêutico/escolar em que os surdos estão inseridos (CHAVES, 2002).

É fato que a diminuição da audição produz uma redução na percepção de sons e dificulta a

compreensão das palavras, ou seja, devido às próprias condições biológicas, a aquisição da

língua oral exigirá o uso intensivo de procedimentos formais e sistemáticos para ser

desenvolvida (QUADROS, 1997).

1 “Consistindo a surdez na perda, maior ou menor, da percepção normal dos sons, verifica-se a existência de vários tipos de portadores de deficiência auditiva, de acordo com os diferentes graus da perda da audição” (BRASIL, 2001).

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Entretanto, segundo Brito (1993), a aprendizagem dos surdos não precisa passar pela

oralidade. Costa (2001), Sanchez (1990) e Sacks (1989) afirmam que a via primária para

atingir o intelecto do surdo é a visão, sendo evidente que esta é o canal natural para a sua

aprendizagem.

O desenvolvimento de novos conhecimentos e pesquisas sobre os surdos, seguramente, pode

esclarecer muito a respeito da sua aprendizagem, mas é necessário verificar se estes estudos

estão à disposição dos professores, pois são eles que estão nas salas de aula e que têm a tarefa

de ensinar aos surdos.

Sendo assim, neste estudo, realizou-se uma pesquisa bibliográfica sobre o tema surdez nas

revistas de formação de professores do ensino de ciências, com o objetivo de verificar se há

artigos publicados que contemplem a especificidade desses indivíduos.

Diante de uma problemática complexa como a apresentada, o objetivo deste estudo foi

levantar os artigos direcionados aos surdos e publicados nas revistas Química Nova, Química

Nova na Escola e Investigações em Ensino de Ciências, com o intuito de se verificar se o

tema é contemplado nessas publicações e se a abordagem adotada é compatível com a

indicação de uso dessas publicações pelos professores de ensino médio.

Assim sendo, as questões que se buscou responder neste estudo foram:

a) O tema surdez tem sido contemplado pelas revistas de educação em ciências?

b) Como este tema é abordado nas revistas?

A hipótese levantada sobre o problema é que haverá uma baixa incidência de artigos sobre o

tema surdez.

A motivação para a escolha deste tema está ancorada à prática da pesquisadora. A experiência

como educadora de alunos surdos, fez com que, em vários momentos, fosse necessário

procurar respostas às questões que aparecem no cotidiano de sala de aula de ciências. Nesta

busca, sentiu-se dificuldades em encontrar material suficiente ou adequado para dar suporte a

tal necessidade.

8

2 EDUCAÇÃO DE SURDOS

Para tratar do tema educação de surdos, é necessário, inicialmente, discutir alguns conceitos

que estão ancorados no conhecimento do senso comum.

Muitas vezes, nós, ouvintes, somos “acometidos pela crença de que ser ouvinte é melhor que

ser surdo, pois, na ótica ouvinte, ser surdo é o resultado da perda de uma habilidade

‘disponível’ para a maioria dos seres humanos. No entanto, essa parece ser uma questão de

mero ponto de vista” (LIMA et al., 2003, p. 36).

Esta mesma autora, aponta que, como nenhum ser humano é exatamente igual a outro,

podemos concluir que ser surdo não é melhor nem pior que ser ouvinte, mas diferente. É por

não se tratar de uma perda, mas de uma diferença, que muitos surdos, especialmente os

congênitos, não têm a sensação de perda auditiva.

Quebrar o paradigma da deficiência é enxergar as restrições de ambos: surdos e ouvintes. Por exemplo, enquanto um surdo não conversa no escuro, o ouvinte não conversa debaixo d’água; em local barulhento, o ouvinte não consegue se comunicar, a menos que grite e, nesse caso, o surdo se comunica sem problemas. Além disso, o ouvinte não consegue comer e falar ao mesmo tempo, educadamente, sem engasgar, enquanto o surdo não sofre essa restrição (LIMA et al., 2003, p. 38).

Nesse sentido, Pimenta (2001), ator surdo brasiliense, ressalta que a surdez pode ser

reconhecida como apenas mais um aspecto das infinitas possibilidades da diversidade

humana. Se considerarmos que surdos não são

ouvintes com defeito, mas pessoas diferentes, estaremos aptos a entender que a diferença física entre pessoas surdas e pessoas ouvintes geram uma visão não-limitada, não-determinística de uma pessoa ou de outra, mas uma visão diferente de mundo, ‘um jeito ouvinte de ser’ e um ‘jeito surdo de ser’, que nos permite falar em uma cultura de visão e outra da audição (PIMENTA, 2001, p. 24).

Skliar (1998) explica que falar em Cultura Surda como um grupo de pessoas localizado no

tempo e espaço é fácil, mas refletir sobre o fato de que nessa comunidade surgem processos

culturais específicos é uma visão rejeitada por muitos, sob o argumento de concepção da

cultura universal, monolítica.

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É por meio da cultura que uma comunidade se constitui, integra e identifica as pessoas e lhes

dá ‘carimbo’ de pertinência, de identidade. Nesse sentido, a existência de uma Cultura Surda

ajuda a construir uma identidade das pessoas surdas. Por esse motivo, falar em Cultura Surda

significa também uma questão identitária (SALLES et al., 2003).

A preferência dos surdos em se relacionar com seus semelhantes fortalece sua identidade e

lhes traz segurança. É no contato com seus pares que eles se identificam com outros surdos e

encontram relatos de problemas e histórias semelhantes às suas: dificuldades em casa, na

escola, normalmente relacionadas com a problemática da comunicação.

2.1 Dificuldades enfrentadas pelos surdos

Os indivíduos surdos sofrem discriminações, pois a deficiência, principalmente nas

sociedades ocidentais, é vista e tratada apenas do ponto de vista patológico. Assim,

especificamente no caso da surdez, a ênfase recai na medicalização, ou seja, nas tentativas de

cura dos problemas auditivos, de correção das alterações da fala, de treinamento de leitura

labial, muito mais do que na preocupação do ensino-aprendizagem efetivo.

A criança surda, devido à privação auditiva, é tratada por diversos educadores como

deficiente. Em contraposição à idéia de deficiência, está a suposição de uma eficiência que o

modelo ouvinte representa no imaginário do educador. Desta maneira, muitos educadores

mostram-se despreparados para lidar com o surdo. A diferença lingüística, o uso de uma

língua de sinais, não é reconhecida como uma via privilegiada pela qual o surdo pode se

inserir socialmente, mas ainda são desconhecidas pela grande maioria dos educadores

(OLIVEIRA, 2003).

A questão crucial dessa problemática está associada tanto à exclusão social da diferença

vivenciada pelas pessoas surdas, em virtude do seu vocabulário restrito, como também pelo

fato de a sociedade não reconhecer a língua de sinais como uma língua de referência da

comunidade surda.

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2.2 Reflexões sobre a educação de surdos

Com respeito aos efeitos da surdez na escola, várias pesquisas assinalam os atrasos

consideráveis em que crianças surdas encontram-se quando comparadas aos seus pares

ouvintes (BOCKMILLER, 1981; CONRAD, 1979; COUTO, 1996; LASASSO, 1993;

SACKS, 1989).

Conforme apontado na introdução, durante muitos anos, acreditou-se que a surdez era a

grande responsável pelos fracassos enfrentados pelos surdos. O modelo

clínico/terapêutico/escolar em que os surdos estão inseridos faz parte do princípio global da

inclusão social que, atualmente, norteia as políticas públicas educacionais pautadas no

reconhecimento dos direitos e/ou deveres civis, sociais e políticos que todas as pessoas

merecem exercer, independente de suas diferenças, necessidades e de seus potenciais

(TRAVASSOS, 2003).

Nesse sentido, garantir o direito do aluno à educação com qualidade constitui-se o principal

desafio da escola, pois exige implementação de políticas públicas que primem, dentre outros

fatores, pela reorganização estrutural e curricular da escola, bem como pela formação inicial e

continuada dos educadores, tendo em vista mudanças de concepções, atitudes e de práticas

pedagógicas no contexto escolar. Legalmente já existem essas propostas de organizações

curriculares, auxílio a professores. Como exemplo disso, podemos ressaltar a Lei nº 9.394/96

– Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, que apresenta um capítulo específico para

a educação especial, mas na prática, isso não ocorre de forma efetiva e eficaz.

Efetivar ações educativas coerentes com a necessidade sócio-educacional e lingüística dos

alunos portadores de deficiência auditiva implica em transpor a barreira da comunicação, ou

seja, é necessário subsidiar o corpo técnico e docente das escolas no que se refere não só ao

conhecimento da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS), mas também ao referencial teórico-

metodológico.

Com isso, pode-se favorecer a reorganização didática em sala de aula, proporcionando ao

aluno surdo sua evolução sócio-emocional, cognitiva e lingüística; a construção do

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conhecimento nas diversas áreas do saber, aquisição de valores (éticos, políticos, culturais,

etc); e, por conseguinte, a formação da sua identidade (TRAVASSOS, 2003).

Nesta perspectiva, a Educação Inclusiva impõe uma reestruturação do sistema educacional

que objetiva a transformação da escola em um espaço democrático e competente para

trabalhar com todos os educandos, sem distinção de etnia, classe social, gênero ou condições

pessoais. Implica em proporcionar a todos a apropriação do conhecimento e oferecer

oportunidades educacionais.

Sob os pontos de vista legal, educacional, político e filosófico, o direito das pessoas com

necessidades especiais à educação parece estar assegurado, mas a sociedade precisa ser

coerente entre seu discurso e a sua prática. No âmbito educacional, há que se instituir uma

política que tenha como eixo condutor ações que assegurem a participação de todos os alunos

no cotidiano escolar do ensino regular, a apropriação do conhecimento e a orientação

pedagógica adequada às necessidades educacionais especiais, conquistando, assim, o respeito

à cidadania.

Em conformidade com as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial, a política de

inclusão de alunos que apresentem necessidades educacionais especiais na rede regular de

ensino não consiste apenas na permanência física desses alunos junto aos demais educandos,

mas representa a ousadia de rever concepções e paradigmas, bem como desenvolver o

potencial dessas pessoas. Assim sendo, a educação inclusiva se efetuará muito lentamente, a

não ser que sejam avaliadas as reais condições que possibilitem a inclusão planejada,

gradativa e contínua de alunos portadores de necessidades educacionais especiais nos sistemas

de ensino (BRASIL, 2001).

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3 METODOLOGIA

Como já mencionado na introdução, esse trabalho é produto de um levantamento bibliográfico

em periódicos específicos da área de Ciências2. As revistas escolhidas para essa análise

foram: Química Nova, Química Nova na Escola e Investigações em Ensino de Ciências, no

período de 2003 a 2006. Para análise dos artigos, estabelecemos como critérios o tema e a

problemática dos mesmos.

Foram analisados 187 artigos publicados nas revistas supra citadas.

A escolha dos periódicos deveu-se ao fato de serem específicos da área de Educação em

Ciências, bem qualificados e fazerem parte do referencial bibliográfico utilizado durante o

curso de especialização.

A análise dos dados foi realizada de forma diferente para cada periódico, uma vez que cada

um apresenta seções diferentes dos outros.

Na revista Química Nova, por apresentar diversas sessões, selecionamos para a análise a

sessão Educação, uma vez que seria a única em que poderíamos encontrar algum assunto

relacionado ao tema de interesse deste estudo.

A revista Química Nova na Escola apresenta diversas sessões, mas selecionamos aquelas nas

quais julgamos poder encontrar algum artigo relacionado às nossas pesquisas, quais sejam:

Química e Sociedade, Relatos de Sala de Aula, O Aluno em Foco, Pesquisa no Ensino,

Experimentação no Ensino de Química, Educação em Química e Multimídia, Pesquisa no

Ensino e Espaço Aberto.

A revista Investigações em Ensino de Ciências a análise foi pelo tema de cada artigo.

2 Este trabalho foi desenvolvido em um curso de especialização que tem como foco a investigação em ensino de ciências. Trata-se de uma monografia que se constitui como exigência parcial para obtenção do título de Especialista em Ensino de Ciências por Investigação do Programa de Pós Graduação da Faculdade de Educação da UFMG.

13

4 APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS DA PESQUISA

Para melhor compreensão dos dados e da análise efetuada, esta sessão será dividida em dois

momentos. Inicialmente apresentaremos a caracterização dos três periódicos investigados

neste trabalho para, em seguida, apresentar a seleção dos artigos em cada um deles.

4.1 Publicações selecionadas

4.1.1 A revista Química Nova

De acordo com Bejarano e Carvalho (2000), no ano de 1977, em julho, foi criada a Sociedade

Brasileira de Química (SBQ). No ano seguinte, após sua criação, a SBQ começou a editar a

revista Química Nova. A revista foi inicialmente publicada nas línguas portuguesa e

espanhola, sendo que próximo ao ano de 2000 passou a ser publicada também em

inglês.Atualmente, essa é uma revista indexada com o selo Institute for Scientific Information

Citation Databases (ISI), constituindo-se no principal periódico nacional da comunidade de

químicos do país. Sua periodicidade é bimestral.

No ano de 1986 foi criada a seção de Educação, abrindo assim, um espaço para a discussão

dos problemas da Educação Química no Brasil, dividindo espaço com publicações de

pesquisa em química nas diversas linhas, quais sejam: química orgânica, inorgânica, físico-

química e analítica (BEJARANO; CARVALHO, 2000).

4.1.2 A revista Química Nova na Escola

De acordo com Bejarano e Carvalho (2000), durante a reunião anual da Sociedade Brasileira

de Química (SBQ), em 1994, foi proposta a criação de uma revista especificamente para os

professores de Química, principalmente os do ensino médio. Sob a responsabilidade da

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divisão de educação da Sociedade Brasileira de Química (SBQ) foi criada a revista Química

Nova na Escola. Pela sua linguagem e estrutura das seções, seu objetivo é atingir o professor

de Química, tornando-se, assim, um instrumento valioso para a melhoria do ensino. Sua

periodicidade é semestral.

4.1.3 A revista Investigações em Ensino de Ciências

De acordo com as informações disponibilizadas pelo site do próprio periódico3, esta é uma

revista voltada, exclusivamente, para a pesquisa em ensino-aprendizagem de ciências (Física,

Química, Biologia ou Ciências Naturais, quando enfocadas de maneira integrada). Somente

são aceitos para publicação artigos de:

a) investigação em ensino-aprendizagem de ciências, propriamente ditos;

b) revisão da literatura em uma certa área de pesquisa em ensino-aprendizagem de ciências;

c) fundamentação teórica com implicações claras para a investigação em ensino de ciências;

d) metodologia da pesquisa educacional com relevância direta para a investigação em ensino

de ciências;

e) crítica (ou defesa) e comentários sobre artigos publicados na própria revista.

Todos artigos são arbitrados por, pelo menos dois pesquisadores experientes em ensino de

ciências. São considerados para arbitragem artigos de qualquer orientação teórica e

metodológica, enfocando qualquer aspecto do ensino-aprendizagem de ciências, com o

entendimento de que são originais e que não estão sendo submetidos a publicação em outras

revistas. São apreciados trabalhos em português, espanhol ou inglês; os que forem aceitos

serão publicados na língua original sem traduções.

A freqüência inicial é de três números por ano, nos meses de abril, agosto e dezembro. O

apoio é do Instituto de Física da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre,

Brasil. A distribuição é, principalmente, eletrônica, via World Wide Web (www), ou em

3 http://www.if.ufrgs.br/public/ensino/revista.htm.

15

disquete. Salvo indicação em contrário, é permitida a reprodução de qualquer artigo publicado

em Investigações em Ensino de Ciências, para uso pessoal e instrucional.

A partir deste momento serão apresentados os dados dos temas abordados por cada uma das

revistas separadamente.

4.2 Temas abordados nas publicações

4.2.1 Revista Química Nova

Durante o período selecionado, de 2003 a 2006, foram publicados 60 artigos na seção

Educação das 24 edições da revista, como exposto nos quadros 1, 2, 3 e 4 a seguir.

No Quadro 1, referente aos artigos publicados em 2003, observou-se que prevaleceram artigos

relacionados ao conteúdo Química Orgânica no ensino de graduação.

Edição Quant. de artigos Títulos dos artigos

1 2 A Extração de Cafeína em Bebidas Estimulantes – Uma Nova Abordagem para um Experimento Clássico em Química Orgânica Uma Proposta de Síntese para o Ensino Integrado das Disciplinas Experimentais de Química Orgânica e Inorgânica nos Cursos de Graduação

2 2 Síntese dos Analgésicos Paracetamol e Fenacetina e do Adoçante Dulcina: Um Projeto para Química Orgânica Experimental Utilizando o Monitoramento Ambiental para o Ensino da Química. Pedagogia de Projeto

3 2 Síntese do Isobutileno e seu Emprego em Reações de Esterificação: Propostas de Aulas Práticas de Química Orgânica para a Graduação Introdução a Modelagem Molecular de Fármacos no Curso Experimental de Química Farmacêutica

4 3 Relato de uma Experiência Pedagógica no Ensino de Química: Formação Profissional com Responsabilidade Ambiental As Percepções dos Professores de Química Geral sobre a Seleção e a Organização Conceitual em sua Disciplina Decomposição Térmica do Bicarbonato de Sódio – do Processo Solvay ao Diagrama Tipo Ellingham

Cont.

16

Cont. Edição Quant. de artigos Títulos dos artigos

5 2 O Método das Trajectórias Clássicas: Colisões Coplanares do Tipo A+BC Inserção do Conceito de Economia Atômica no Programa de uma Disciplina de Química Orgânica Experimental

6 5 Preparação e Caracterização do Complexo Cobaloxima e sua Utilização na Construção de um Eletrodo Modificado. UmExperimento Eletroquímico no Curso de Graduação Estabilidade Relativa de Alcenos: Análise dos Critérios Encontrados nos Livros Textos de Graduação e Uma Proposta de Explicação Operacional para Alcenos Dissubstituídos Avaliação da Susceptibilidade Magnética Usando uma BalançaAnalítica Qual o Sítio de Reação? Um Experimento Computacional Um Experimento-charada Usando Data-show e Resinas de Troca Iônica

Quadro 1: Revista Química Nova - Seção Educação – Ano 2003. Fonte: Elaborado pela autora.

O Quadro 2, referente aos artigos publicados no ano de 2004, mostra uma diversidade de

artigos relacionados aos ramos da Química. Há artigos sobre experimentos relacionados à

eletroquímica, à radiação de microondas e a reações enzimáticas. Surge também a

preocupação com uma nova abordagem didática em diversos aspectos da Química tais como:

química geral e educação ambiental e até utilização de software educacional.

Edição Quant. de artigos Títulos dos artigos

1 1 Química Geral Experimental: uma Nova Abordagem Didática 2 3 A Natureza Pedagógica da Experimentação: uma Pesquisa na Licenciatura

em Química Educação Ambiental na Universidade: Construindo Possibilidades Um Experimento de Análise em Fluxo Envolvendo Reações Enzimáticas e Quimiluminescência

3 2 AMPc – Sinalização Intracelular: um Software Educacional Adaptação no Método do Peso da Gota para Determinação da Tensão Superficial: um Método Simplificado para a Quantificação da CMC de Surfactantes no Ensino da Química

4 2 O Coulômetro de Sódio - Um Experimento Interessante de Eletroquímica Esquema para Interpretação de Espectros de Substâncias Orgânicas na Região do Infravermelho

5 2 Determinación de Cinc a Microescala en un Medicamento Especifico Experimentos Simples Usando Fotometria de Chama para Ensino de Princípios de Espectrometria Atômica em Cursos de Química Analítica

6 2 Experimentos Didáticos Envolvendo Radiação Microondas Por Que Todos os Nitratos são Solúveis?

Quadro 2: Revista Química Nova - Seção Educação – Ano 2004. Fonte: Elaborado pela autora.

17

O Quadro 3, referente aos artigos publicados no ano de 2005, aborda diversos aspectos,

apresentando artigos relacionados com a formação do profissional em Química, suas origens e

necessidades atuais, a preocupação com esse profissional que está surgindo, a Química no

Brasil, bem como um artigo relatando uma experiência de como diminuir a evasão presente

no curso de Química.

Edição Quant. de artigos Títulos dos artigos

1 2 Extração de Pigmentos das Sementes de Bixa Orellana L.: uma Alternativa para Disciplinas Experimentais de Química Orgânica Espectros Eletrônicos de alguns Complexos de Geometria Octaédrica de Ni2+: uma Introdução Prática à Teoria do Campo Cristalino no Curso de Graduação

2 4 Preparação de Eletrodos Opticamente Transparentes A Formação Profissional do Técnico em Química: Caracterização das Origens e Necessidades Atuais O Ensino de Química Quântica e o Computador na Perspectiva de Projetos Craqueamento Térmico de Alcanos: uma Aula Prática de Química Orgânica para a Graduação

3 2 Aplicação e Modificação Química da Sílica Gel Obtida de Areia Análise de Imagem em Química Analítica: Empregando Metodologias Simples e Didáticas para Entender e Prevenir o Escurecimento de Tecidos Vegetais

4 2 Preparação de Compostos Lamelares: Síntese do Hidrogenofosfato de Zircônio Cristalino e sua Intercalação com Aminas. Um Experimento para Estudantes de Graduação Síntese de Sulfadiazina e Sulfadiazina de Prata em Escala Semi-Micro: Prática Experimental em Síntese de Fármacos

5 2 The Trouble with Resonance Energies: a Hückel Theory Topic Uso de Membranas de Nafion para a Construção de Sensores Ópticos para Medidas de pH

suplemento

4 Química no Brasil: Perspectivas e Necessidades para a Próxima década:Documento Básico

A Graduação em Química: um novo Químico para uma nova era Qual é o Perfil do Profissional de Química que Está Sendo Formado? Esse é o Perfil de que a Sociedade Necessita? A Evasão nos Cursos de Graduação de Química. Uma Experiência de Sucesso Feita no Instituto de Química da Universidade Federal do Rio de Janeiro para Diminuir a Evasão

6 3 Atualizando a Química Orgânica Experimental da Licenciatura O Modelamento Estatístico de Misturas: Experimento Tutorial Usando Voltametria de Redissolução Anódica Constituição de Professores Universitários de Disciplinas sobre Ensino de Química

Quadro 3: Revista Química Nova - Seção Educação – Ano 2005. Fonte: Elaborado pela autora.

18

No Quadro 4, referente aos artigos publicados no ano de 2006, encontramos artigos

relacionados com a Química Analítica Qualitativa sob os títulos: “A importância da Química

Analítica Qualitativa nos cursos de Química das instituições de ensino superior brasileiras” e

“Uma proposta para o ensino da Química Analítica Qualitativa”. Uma outra preocupação que

aparece nos artigos selecionados está relacionada com educação, porém do pós-graduado,

como mostra o artigo “A formação do pós-graduando em Química para a docência em nível

superior”.

Edição Quant. de artigos Títulos dos artigos

1 2 A importância da Química Analítica Qualitativa nos cursos de Química das instituições de ensino superior brasileiras O show da Química: motivando o interesse científico

2 2 Quimioluminiscencia electrogenerada del luminol usando electrodos de bajo costo Estudos cinéticos da aquação do trans-[Co(en)2Cl2]Cl

3 3 O pKa de indicadores ácido-base e os efeitos de sistemas coloidais Estudo do comportamento fotocrómico de um naftopirano: uma experiência simples ilustrativa do fotocromismo Letramento em Química, Educação Planetária e Inclusão Social

4 2 Integração de técnicas analíticas e proposta de experimentos para cursos de graduação em análise instrumental: uso de espectrômetro de absorção atômica para medidas de absorção molecular Monitoramento atmosférico passivo de SO2, NO2 e O3 em áreas urbanas e de influência industrial como prática de química ambiental para alunos de graduação

5 2 Determinação de nitrito em águas utilizando extrato de flores Uso de artigos científicos em uma disciplina de Físico-Química

6 2 Uma proposta para o ensino da Química Analítica Qualitativa A formação do pós-graduando em Química para a docência em nível superior

Quadro 4: Revista Química Nova - Seção Educação – Ano 2006. Fonte: Elaborado pela autora.

Os quadros acima nos mostram que nenhum artigo contemplou o tema educação de surdos. A

ênfase dos mesmos recai em propostas sobre o ensino de Química em diversas áreas,

experimentações e práticas de ensino voltadas para o ensino superior.

Observou-se, também, que a revista Química Nova tem sua seção de educação voltada para

preocupações relativas ao ensino universitário, deixando em segundo plano os docentes do

ensino médio e seus alunos.

19

4.2.2 Revista Química Nova na Escola

A revista publicou entre 2003 e 2006, oito números. Para a análise deste periódico, optou-se

por considerar as seções: Química e Sociedade, Relatos de Sala de Aula, O Aluno em Foco,

Pesquisa no Ensino, Experimentação no Ensino de Química, Educação em Química e

Multimídia e Espaço Aberto. Essa escolha deve-se ao fato de que estas têm importância para o

foco do trabalho.

A seção denominada Química e Sociedade destaca a interface química e sociedade, discutindo

a utilização do conhecimento químico na procura de soluções de problemas sociais. O Quadro

5 demonstra, através dos títulos dos artigos publicados, essa abordagem. Os artigos possuem

linguagem simples e são adequados ao público que a que se dirige.

Ano Edição Títulos dos artigos

17 A Importância da Vitamina C - na Sociedade Através dos Tempos 2003 18 Origem, Produção e Composição Química da Cachaça 19 X 2004 20 Química e Sociedade: Uma Experiência de Abordagem Temática para o

Desenvolvimento de Atitudes e Valores 21 De Olho nos Rótulos: Compreendendo a Unidade Caloria

Diet ou Light: Qual a Diferença?

2005

22 A Importância do Oxigênio Dissolvido em Ecossistemas Aquáticos Biodegradação: Uma Alternativa para Minimizar os Impactos Decorrentes dos Resíduos Plásticos

23 X 2006 24 X

Quadro 5: Artigos publicados na revista Química Nova na Escola na seção Química e Sociedade no período de 2003 a 2006.

Fonte: Elaborado pela autora.

A seção Relatos de Sala de Aula tem o objetivo de socializar as experiências dos professores

de Química e de refletir sobre elas, junto com aqueles que fazem a educação através da

Química (QUAD. 6). De acordo com os editores da revista:

A seção [...] objetiva compartilhar experiências de sucesso no ensino de Química, entre os professores. [...]. Alguns artigos apresentam temas, como Leite [...], Plástico [...], como forma de organização do ensino de Química em torno desses tópicos. Os artigos são também de 2-3 páginas, e em sua maioria são escritos pelos próprios professores de Química (BEJARANO; CARVALHO, 2000, 163).

20

Ano Edição Títulos dos artigos 17 Corantes Naturais: extração e emprego como indicadores de pH

Coleta seletiva e separação de plásticos

2003

18 As Drogas no Ensino de Química Um Plano de Ensino para Mol Contextualizando Aprendizagens em Química na Formação Escolar

19 Perfumes e Essências: A Utilização de um Vídeo na Abordagem das Funções Orgânicas 2004 20 A Bioquímica como Ferramenta Interdisciplinar: Vencendo o Desafio da Integração de

Conteúdos no Ensino Médio A Água como Tema Gerador do Conhecimento Químico

21 Uma Sugestão de Atividade Experimental: A Velha Vela em Questão Júri Químico: Uma Atividade Lúdica para Discutir Conceitos Químicos Uma Abordagem Alternativa para o Aprendizado dos Conceitos de Átomo, Molécula, Elemento Químico, Substância Simples e Substância Composta, nos Ensinos Fundamental e Médio

2005

22 A Corrosão na Abordagem da Cinética Química 23 A Importância da Compostagem para a Educação Ambiental nas Escolas

Reações Envolvendo Íons em Solução Aquosa: Uma Abordagem Problematizadora para a Previsão e Equacionamento de Alguns Tipos de Reações Inorgânicas

2006

24 Polímeros e Interações Intermoleculares Quadro 6: Relatos da sala de aula. Fonte: Elaborado pela autora.

A seção O Aluno em Foco divulga os resultados das pesquisas sobre concepções de alunos,

sugerindo formas de trabalhar com elas no desenvolvimento do processo de ensino-

aprendizagem (QUAD. 7). A revista informa que

Essa seção, [...] pretende mostrar ao professor resultados acumulados de pesquisa sobre concepções espontâneas dos estudantes acerca de conceitos da Química. [...]. Muitas pesquisas já foram feitas sobre concepções espontâneas dos estudantes acerca de conceitos químicos. Porém, raras vezes, o professor tem acesso a essas pesquisas. Trata-se de uma iniciativa muito interessante da revista: estar tentando aproximar o professor de Química, dos últimos resultados desse enfoque de pesquisa (BEJARANO; CARVALHO, 2000, 164).

Ano Edição Títulos dos artigos

17 X 2003 18 X 19 X 2004 20 X 21 X 2005 22 Lixo, Cidadania e Ensino: Entrelaçando Caminhos 23 Como os Alunos Entendem Queima e Combustão: Contribuições a Partir das

Representações Sociais 2006

24 Concepção dos Estudantes sobre Ligação Química A Pesquisa na Formação Inicial de Professores de Química

Quadro 7: O aluno em foco. Fonte: Elaborado pela autora.

21

A seção Pesquisa no Ensino mostra os problemas do Ensino de Química na área da

investigação educacional. Exibe aspectos teóricos e metodológicos da pesquisa em Educação

Química. Os artigos publicados são, em geral, resultados de pesquisas já consolidadas ou

outras que ainda estão em andamento, mas todas com objetivo de mostrar ao professor que

está em sala de aula a importância da pesquisa sobre o ensino de Química. O Quadro 8 mostra

os tipos de artigos publicados na seção.

Ano Edição Títulos dos artigos

17 X 2003 18 Mudanças na Prática de Ensino da Química pela Formação dos Professores em História e

Filosofia das Ciências A Visão dos Professores sobre a Questão Ambiental no Ensino Médio do Norte Fluminense

19 X 2004 20 O Conceito de Oxidação-Redução nos Livros Didáticos de Química Orgânica do Ensino

Médio A Pesquisa no Ensino de Química e a Importância da Química Nova na Escola

21 Idéias Estruturadoras do Pensamento Químico: Uma Contribuição ao Debate 2005 22 A Contextualização no Ensino de Química Através do Livro Didático 23 Diagnóstico das Condições de Laboratórios, Execução de Atividades Práticas e Resíduos

Químicos Produzidos nas Escolas de Ensino Médio de Londrina – PR 2006

24 X Quadro 8: Pesquisa no Ensino. Fonte: Elaborado pela autora.

A seção Experimentação no Ensino de Química divulga os experimentos de baixo custo e

fácil realização, contribuindo para o tratamento de conceitos químicos, tanto para o ensino

médio quanto para o ensino fundamental. No Quadro 9 são apresentados os títulos dos artigos

publicados nessa seção no período de 2003 a 2006.

Ano Edição Títulos dos artigos

17 Potencial de Eletrodo: uma Medida Arbitrária e Relativa Explorando a Química na Determinação do Teor de Álcool na Gasolina A Importância das Propriedades Físicas dos Polímeros na Reciclagem Aplicação da Cromatografia em Papel na Separação de Corantes em Pastilhas de Chocolate

2003

18 Da Água Turva à Água Clara: o Papel do Coagulante Oxidação de Metais

Cont.

22

Cont. Ano Edição Títulos dos artigos

19 Experimentação em Sala de Aula e Meio Ambiente: Determinação Simples de Oxigênio Dissolvido em Água Confirmando a Esterificação de Fischer por Meio dos Aromas Fluorescência e Estrutura Atômica: Experimentos Simples para Abordar o Tema Utilizando uma Luminária do Tipo “Lava-Luz” para o Ensino de Densidade, Dilatação térmica e Transformações de Energia

2004

20 Extração de Pigmentos do Espinafre e Separação em Coluna de Açúcar Comercial Solução-Tampão: Uma Proposta Experimental usando Materiais de Baixo Custo

21 Chuva Ácida: Um Experimento para Introduzir Conceitos de Equilíbrio Químico e Acidez no Ensino Médio Fatores Ambientais que Afetam a Precipitação Úmida

2005

22 Um Estudo sobre a Oxidação Enzimática e a Prevenção do Escurecimento de Frutas no Ensino Médio Utilizando uma Cuscuzeira na Extração do Óleo Essencial do Alecrim-da-Chapada (Lippia gracillis), uma Planta da Caatinga

23 Experimentos com Alumínio Preparo e Emprego do Reagente de Benedict na Análise de Açúcares: Uma Proposta para o Ensino de Química Orgânica Combustão, Chamas e Testes de Chama para Cátions: Proposta de Experimento Um Experimento Simples Envolvendo Óxido-Redução e Diferença de Pressão com Materiais do Dia-a-Dia Produtos Naturais no Ensino de Química: Experimentação para o Isolamento dos Pigmentos do Extrato de Páprica

2006

24 Experimento Simples e Rápido Ilustrando a Hidrólise de Sais Termômetro de Iodo: Discutindo Reações Químicas e Equilíbrio de Sublimação Usando Material de Baixo Custo e Fácil Aquisição Colorimetria - Determinação de Fe3+ em Água Equilíbrio Químico de Sais Pouco Solúveis e o Caso Celobar

Quadro 9: Experimentação no Ensino de Química. Fonte: Elaborado pela autora.

A seção Educação em Química e Multimídia tem por objetivo aproximar o leitor das

aplicações das tecnologias de comunicação no contexto do ensino-aprendizagem de Química,

publicando resenhas, artigos/notas teóricos e técnicos (QUAD. 10).

Ano Edição Títulos dos artigos

17 Portal do Professor: Ensino de Química e Interatividade 2003 18 X 19 Uma busca na Internet por ferramentas para educação química no Ensino Médio 2004 20 X

Cont.

23

Cont. Ano Edição Títulos dos artigos 2005 21 X

22 Titulando 2004: Um Software para o Ensino de Química 23 X 2006 24 O Vídeo Educativo: Aspectos da Organização do Ensino

Quadro 10: Educação química e multimídia. Fonte: Elaborado pela autora.

A seção Espaço Aberto divulga temas que se situam dentro da área de interesse dos

professores de Química, de forma a incorporar a diversidade de temas existentes, tanto na

pesquisa quanto na prática no ensino de Química (QUAD. 11).

Ano Edição Títulos dos artigos

17 Epistemologia e a Formação Docente em Química 2003 18 Proposta de um Jogo Didático para Ensino do Conceito de Equilíbrio Químico 19 X 2004 20 Dez Anos de Química Nova na Escola: A Consolidação de um Projeto da Divisão de

Ensino da SBQ 21 X 2005 22 X 23 O Ludo Como um Jogo para Discutir Conceitos em Termoquímica 2006 24 X

Quadro 11: Espaço aberto. Fonte: Elaborado pela autora.

Nesse periódico não foi encontrado nenhum artigo sobre o tema pesquisado.

Os artigos publicados na revista Química Nova na Escola, durante o período selecionado,

demonstram que a revista é voltada tanto para o ensino médio quanto para o ensino

universitário. Os artigos são simples e de fácil aplicação.

4.2.3 Revista Investigações em Ensino de Ciências

A revista Investigações em Ensino de Ciências apresentou, no período de 2003 a 2006, um

total de 61 artigos, sendo que 13 destes corresponderam ao ano de 2003, 13 ao ano de 2004,

17 ao ano de 2005 e 18 ao ano de 2006.

O Quadro 12 apresenta os títulos dos artigos publicados em 2003. Nesse quadro verifica-se

pelos títulos que os artigos estão voltados para diversas disciplinas, tais como matemática,

24

física e ciências da terra no ensino médio. A revista apresenta artigos relacionados a

compreensão dos alunos frente uma determinada informação, como demonstra o artigo “Los

estudiantes verifican la consistencia interna de los textos o retienen la primera información

que leen?. A questão de currículo também é apresentada nesse quadro, como mostra o artigo:

“La question de la référence en didactique du curriculum”.

Mês Edição Títulos dos artigos

Março v. 8, n. 1 Análise de situações de controvérsias e conflitos cognitivos através de uma leitura lakatiana - uma aplicação na aprendizagem de cinemática angular Organização do conhecimento, construção de hiperdocumentos e ensino das Ciências da Terra Conflito entre escolas de pensamento da Matemática: exploração de potencialidades para a melhoria dos ensinos de Matemática e da Física Los estudiantes verifican la consistencia interna de los textos o retienen la primera información que leen?

Agosto v. 8, n. 2 Crise no ensino de ciências? La question de la référence en didactique du curriculum Prática Interdisciplinar na formação disciplinar de professores de ciências A perturbação do contrato didático e o gerenciamento dos paradoxos Análise de uma situação didática: a compreensão do processo saúde-doença

Dezembro v. 8, n. 3 Argumentação e o ensino de ciências: uma atividade experimental no laboratório didático de Física do ensino médio El papel científico de las hipótesis y los razonamientos de los estudiantes universitarios en resolución de problemas de Física Problemas abertos e seus problemas no laboratório de Física: uma alternativa dialética que passa pelo discursivo multivocal e univocal Professor de ciências novato, suas crenças e conflitos

Quadro 12: Revista Investigações em Ensino de Ciências – Ano 2003. Fonte: Elaborado pela autora.

O Quadro 13 apresenta as publicações do ano de 2004.

A maior parte dos artigos é voltada para a disciplina física, no ensino médio. Entretanto, o

artigo “Uma análise das interações dialógicas em aulas de ciências nas séries iniciais do

ensino fundamental” está relacionado com ciências, mas no ensino fundamental.

25

Mês Edição Títulos dos artigos Março v. 9, n. 1 O ensino de Física nas séries iniciais do ensino fundamental: um estudo das

influências das experiências docentes em sua prática em sala de aula Las características de los textos de Física y su incidencia en la comprensión Representações sobre a matemática, seu ensino e aprendizagem: um estudo exploratório Clonagem na sala de aula: um exemplo do uso didático de um texto de divulgação científica

Agosto v. 9, n. 2 A dinâmica de grupos de aprendizagem de Física no ensino médio: um enfoque psicanalítico Quando visões de mundo se encontram: religião e ciência na trajetória de alunos protestantes de uma licenciatura em ciência biológicas El discurso como mediador de la educación ambiental en una clase de ciencias naturales: un estudio de caso A aprendizagem em ambientes construtivistas: uma pesquisa relacionada com o tema ácido-base

Dezembro v. 9, n. 3 Primeros resultados de una experiencia piloto sobre enseñanza de la física en carreras de ingeniería agronómica Uma análise das interações dialógicas em aulas de ciências nas séries iniciais do ensino fundamental Concepções epistemológicas de estudantes de Biologia e sua transformação por uma proposta explícita de ensino sobre história e filosofia das ciências A criação e manutenção da intersubjetividade na sala de aula de Química Estudio de caso de la comprensión de diferencia de potencial y FEM en alumnos avanzados y graduados en Física

Quadro 13: Revista Investigações em Ensino de Ciências – Ano 2004. Fonte: Elaborado pela autora. O Quadro 14 apresenta as publicações do ano de 2005. Apresenta diversos artigos

relacionados com a disciplina Física, tanto no ensino fundamental, médio e universitário, tais

como: “La investigación en la enseñanza de la Física: de la anécdota a la producción de

conocimiento científicamente fundamentado” e o “Seleção de experimentos de Física no

ensino médio: uma Investigações a partir da fala dos professores”.

Mês Edição Títulos dos artigos

Março v. 10, n. 1 Analogias na educação em ciências: contributos e desafios Dificuldades da generalização das estratégias de modelação em ciências: o caso da Física e da Química Una metodología que facilitó la evaluación del aprendizaje de un curso universitario masivo de cálculo básico Memórias da educação em ciências no Brasil: a pesquisa em ensino de Física La investigación en la enseñanza de la Física: de la anécdota a la producción de conocimiento científicamente fundamentado

Cont.

26

Cont. Mês Edição Títulos dos artigos

Agosto v. 10, n. 2 Controvérsias sócio-científicas e prática pedagógica de jovens professores Seleção de experimentos de Física no ensino médio: uma investigação a partir da fala dos professores Tomada de consciência de conflitos: análise da atividade discursiva em uma aula de ciências Polisemia actual del concepto “Modelo Mental”. Consecuencias para la Investigación Didáctica Atividades experimentais de demonstrações em sala de aula: uma análise segundo o referencial da teoria de Vygotsky O texto de genética no livro didático de ciências: uma análise retórica crítica

Dezembro v. 10, n. 3 Serpentes e acidentes ofídicos: um estudo sobre erros conceituais em livros didáticos O conceito de tempo entre estudantes de ensino fundamental e médio: uma análise à luz da epistemologia de Gaston Bachelard Concepciones de alumnos (14 – 15 años) de educación general básica sobre la naturaleza y percepción del color Discursos do professor e subjetividade na aprendizagem de Física Serão as regras da transposição didática aplicáveis aos conceitos de Física Moderna Contextualização e tecnologias em livros didáticos de Biologia e Química

Quadro 14: Revista Investigações em Ensino de Ciências – Ano 2005. Fonte: Elaborado pela autora.

O Quadro 15 apresenta as publicações do ano de 2006. Há diversos artigos relacionados com

química, física e biologia. Este foi o único periódico em que apareceu um artigo relacionado à

educação especial, entretanto este refere-se mais especificamente a deficiência visual.

Mês Edição Títulos dos artigos

Março v. 11, n. 1 Analogias utilizadas no ensino dos modelos atômicos de Thomson e Bohr: uma análise crítica sobre o que os alunos pensam a partir delas Apropriação do discurso científico por alunos protestantes de Biologia: uma análise à luz da teoria da linguagem de Bakhtin Ética no ensino de Ciências: responsabilidades e compromissos com a evolução moral da criança nas discussões de assuntos controvertidos Influencia de la temperatura en el comportamiento eléctrico de los materiales: Análisis de su comprensión y dificultades de aprendizaje El análisis cualitativo en la resolucion de problemas de Física y su influencia en el aprendizaje significativo Contribuciones de la epistemologia de Laudan para la compreensión de concepciones epistemológicas sustntadas por estudiantes secundarios de Física

Cont.

27

Cont. Mês Edição Títulos dos artigos

Agosto v. 11, n. 2 Discursos de professores de ciências sobre leitura ¿Cómo sé que es verdad?: epistemologías intuitivas de los estudiantes sobre el conocimiento científico Introducción de la teoría de la relatividad especial en el nivel medio/polimodal de enseñanza: identificación de teoremas-en-acto y determinación de objetivos-obstáculo Contribuições Pedagógicas e Epistemológicas em Textos de Experimentação no Ensino de Química Desenvolvimento e avaliação de um sistema hipermídia que integra conceitos básicos de mecânica, biomecânica e anatomia humana Investigando a pesquisa educacional. Um estudo enfocando dissertações e teses sobre o ensino de Biologia no Brasil

Dezembro v. 11, n. 3 Aprender significativamente y clasificar en Química Modelos didáticos no discurso de professores de ciências Um panorama da produção acadêmica em ensino de Biologia desenvolvida em programas nacionais de pós-graduação Ensino de Física e deficiência visual: atividades que abordam o conceito de aceleração da gravidade El objeto de saber de los químicos. Formulación, modificación y abandono del modelo icónico inicial Repensando o papel do trabalho experimental, a aprendizagem da Física em sala de aula - um estudo exploratório

Quadro 15: Revista Investigações em Ensino de Ciências – Ano 2006. Fonte: Elaborado pela autora.

As edições da revista Investigações em Ensino de Ciências publicadas no período de 2003 a

2006 abordaram uma pesquisa na área de Educação especial, porém nenhum artigo esteve

relacionado a deficientes auditivos.

Mesmo não sendo o tema diretamente ligado ao foco de nossas investigações, apresentaremos

de forma sucinta o artigo, “Ensino de Física e deficiência visual: atividades que abordam o

conceito de aceleração da gravidade”, a fim de verificar se há possibilidade de aproximação

com o nosso tema.

O artigo apresenta a análise de duas atividades de ensino de física elaboradas e aplicadas a um

grupo de alunos com deficiência visual, no qual foi abordado o conteúdo de aceleração da

gravidade. Na primeira atividade, trabalhou-se o conceito gravitacional por meio do

movimento de um objeto em um plano inclinado, e na segunda, por meio do movimento de

28

queda de um disco metálico dentro de um tubo. Tanto o plano inclinado quanto o disco

forneciam referenciais observacionais auditivos. A estrutura prática das atividades

fundamentou-se na observação auditiva do fenômeno gravitacional, discussões em pequenos

grupos e debate geral sobre as conclusões obtidas. A análise dos dados apoiou-se em uma

categoria denominada “compreensão”, categoria esta que procurou explicitar em relação aos

significados trabalhados as seguintes atitudes dos alunos: compartilhou, defendeu, questionou

e reformulou significados. Concluiu-se que as atividades foram capazes de motivar os alunos

e proporcionar-lhes condições para: (a) Realizar experimentos sobre a aceleração da

gravidade; (b) observar por meio do referencial auditivo o movimento de queda de um disco;

(c) coletar e analisar dados relacionados à variação de velocidade; e (d) expor, compartilhar,

questionar e reformular hipóteses e propriedades físicas durante as discussões estabelecidas.

4.3 Comentários adicionais

Nesta pesquisa realizamos uma revisão de literatura, além da análise de periódicos na área das

ciências, a fim de verificar como o tema surdez é abordado na área. Se os surdos apresentam

dificuldades educacionais, esperávamos encontrar algumas pistas para a educação dessa

população nos periódicos analisados.

Em nenhuma edição das revistas Química Nova e Química Nova na Escola foi encontrado

qualquer artigo que fizesse referência à educação de alunos especiais portadores de

deficiência auditiva.

Somente na revista Investigações em Ensino de Ciências do ano de 2006 é que foi encontrado

um artigo relacionado com o ensino de Física para deficientes visuais, intitulado “Ensino de

Física e Deficiência Visual: atividades que abordam o conceito de aceleração da gravidade”.

Este artigo apresenta a análise de duas atividades de ensino de física, elaboradas e aplicadas a

um grupo de alunos com deficiência visual.

Constatamos que este tema não tem sido abordado nas publicações dirigidas à Educação em

Ciências. Os periódicos de Educação em Ciências privilegiam temas relacionados à

experimentação, conceitos equivocados por alunos e professores, temas relacionados com

29

diversas disciplinas, tais como Matemática, Física, Biologia e Química, formas diferentes de

aplicar diversos conteúdos, a relação do aluno com o conteúdo dentre outros temas.

30

5 CONCLUSÃO

De acordo com o objetivo proposto neste estudo foram levantados 187 artigos publicados nas

revistas Química Nova, Química Nova na Escola e Investigações em Ensino de Ciências, no

período de 2003 a 2006.

O resultado da pesquisa permitiu a identificação de que o tema surdez não é, habitualmente,

contemplado nas publicações pesquisadas, sendo que apenas um dos artigos abordou o tema

deficientes visuais, representando 0,53% do total de artigos pesquisados. Tal resultado leva à

comprovação da hipótese apresentada.

Como contribuições desta pesquisa, ressalta-se a importância da análise de periódicos na área

de educação em ciências, além de apontar para uma possível lacuna na formação de

professores. A existência dessa possível lacuna se deve ao fato de que muitos professores

ainda se encontram despreparados para as mudanças necessárias para uma melhor adequação

dos alunos portadores de necessidades educacionais especiais.

É importante e necessário que novas pesquisas com outras revistas sejam realizadas,

incluindo-se outras áreas tais como as Ciências Humanas, pois acreditamos que seja possível

encontrar uma maior incidência de artigos relacionados à educação especial, incluindo a

surdez.

31

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