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UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA FACULDADE DE MEDICINA VETERINÁRIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS VETERINÁRIAS NADIA GRANDI BOMBONATO INVESTIGAÇÃO DE BRUCELOSE EM PEQUENOS RUMINANTES DOUTORADO UBERLÂNDIA 2017

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA

FACULDADE DE MEDICINA VETERINÁRIA

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS VETERINÁRIAS

NADIA GRANDI BOMBONATO

INVESTIGAÇÃO DE BRUCELOSE EM PEQUENOS RUMINANTES

DOUTORADO

UBERLÂNDIA

2017

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NADIA GRANDI BOMBONATO

INVESTIGAÇÃO DE BRUCELOSE EM PEQUENOS RUMINANTES

Tese apresentada ao Programa de Pós-Graduação

em Ciências Veterinárias, da Faculdade de

Medicina Veterinária, da Universidade Federal de

Uberlândia, como exigência parcial para obtenção

do título de Doutora em Ciências Veterinárias.

Área de Concentração: Saúde Animal

Orientador: Profa. Dra. Anna Monteiro Correia Lima

UBERLÂNDIA

2017

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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

Sistema de Bibliotecas da UFU, MG, Brasil.

B695i

2017

Bombonato, Nadia Grandi, 1957

Investigação de brucelose em pequenos ruminantes / Nadia Grandi

Bombonato. - 2017.

92 f. : il.

Orientadora: Anna Monteiro Correia Lima.

Tese (doutorado) - Universidade Federal de Uberlândia, Programa

de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias.

Disponível em: http://dx.doi.org/10.14393/ufu.te.2018.52

Inclui bibliografia.

1. Veterinária - Teses. 2. Caprino - Doenças - Teses. 3. Ovino -

Doenças - Teses. 4. Brucelose - Teses. I. Lima, Anna Monteiro Correia.

II. Universidade Federal de Uberlândia. Programa de Pós-Graduação em

Ciências Veterinárias. III. Título.

CDU: 619

Angela Aparecida Vicentini Tzi Tziboy – CRB-6/947

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INVESTIGAÇÃO DE BRUCELOSE EM PEQUENOS RUMINANTES

Tese apresentada ao Programa de Pós-Graduação

em Ciências Veterinárias, da Faculdade de

Medicina Veterinária, da Universidade Federal de

Uberlândia, como exigência parcial para obtenção

do título de Doutora em Ciências Veterinárias.

Uberlândia, 04 de agosto de 2017.

__________________________________________________

Profa. Dra. Anna Monteiro Correia Lima (Orientadora) – FAMEV/UFU

__________________________________________________

Profa. Dra. Viviane de Souza – EMBRAPA/Sobral - CE

__________________________________________________

Prof. Dra. Karine Cristine de Almeida - UNIPAM

_________________________________________________

Prof. Dra. Camila Raineri – FAMEV/UFU

__________________________________________________

Prof. Dra. Fernanda Rosalinski Moraes – FAMEV/UFU

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“Talvez não tenha conseguido fazer o melhor,

mas lutei para que o melhor fosse feito.

Não sou o que deveria ser, mas Graças a Deus,

não sou o que era antes.”

Marthin Luther King

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À minha família, pelo apoio,

incentivo e paciência.

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AGRADECIMENTOS

À Deus por tudo que tenho e tudo que sou.

À Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade Federal de Uberlândia.

À minha orientadora Profa. Dra. Anna Monteiro Correia Lima, exemplo de ser

humano, de pesquisadora e professora, grande amiga e incentivadora, agradeço pelo carinho

e compreensão.

Aos membros da banca examinadora, pelas sugestões e enriquecimento do

trabalho.

Ao Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias e seus professores.

Ao Centro Universitário de Patos de Minas – UNIPAM, pelo incetivo e apoio

durante todo o período da pós-graduação.

Aos colegas do Laboratório de Doenças Infecciosas da Universidade Federal de

Uberlândia, pelo apoio, carinho e amizade.

À minha amiga Mariana Assunção, pela ajuda nos momentos difíceis, pelo

incentivo em continuar minha pesquisa e pela amizade incondicional.

Ao amigo Luis Oliveira Lopes, pelo companheirismo e amizade.

A todos os colegas de doutorado do Programa de Pós-Graduação em Ciências

Veterinárias da UFU.

A todos os proprietários das fazendas que me receberam e confiaram no trabalho

realizado.

Às minhas alunas e estagiárias Glaucia e Lorena, do Laboratório de Doenças

Infecciosas do Centro Universitários de Patos de Minas - UNIPAM, pelo constante auxílio

durante as coletas nas fazendas e processamento das amostras.

A todos da minha família que me incentivaram e torceram por mim, em especial à

minha mãe, pelo orgulho que tem ao falar de mim e de minha profissão.

A todos os outros colegas e amigos que direta e indiretamente contribuíram para

que este momento se concretizasse.

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RESUMO

Bombonato, Nadia Grandi, 2017. Investigação de brucelose em pequenos ruminantes. Tese de

doutorado em Ciências Veterinárias. UFU. Uberlândia, MG. 92p.

Ao longo das últimas décadas a criação de ovinos e caprinos têm sofrido transformações

técnicas nos diversos elos de suas cadeias produtivas. É uma atividade explorada em todos os

continentes, sendo exercida em distintos ecossistemas com os mais diferentes tipos de clima,

solo, topografia e vegetação. Devido a importância que representam essas criações, cuidados

com a sanidade dos rebanhos devem ser tomados, não só pela perda e danos na produção

como também pelo controle de enfermidades que podem acometer o ser humano. Dentre essas

temos a brucelose, enfermidade infectocontagiosa, causada por bactérias do gênero Brucella.

Assim, o objetivo desta pesquisa foi investigar a ocorrência da brucelose em duas

propriedades de caprinos leiteiros e três propriedades de ovinos de corte na região do Alto

Paranaíba, MG. Foram coletadas 48 amostras de sangue e leite de cabras em lactação para o

diagnóstico da B. abortus, pelo teste do Antígeno Acidificado Tamponado (AAT) e Teste do

Anel em Leite (TAL). Foi também utilizada a PCR em tempo real para diagnóstico da B.

abortus e B. melitensis no leite desses animais. De 30 ovinos de três propriedades da região

foram coletadas amostras de sangue para diagnóstico da B. ovis, pelo teste de Imunodifusão

em Gel de Ágar (IDGA) e pela PCR em tempo real. Vinte amostras de sêmen ovino de duas

Centrais de Produção e Comercialização de Semen foram analisadas pela PCR em tempo real

para também verificar a presença de B. ovis. Para o teste do TAL no leite caprino, todas as 48

amostras foram negativas, já para o teste do AAT, uma fêmea caprina foi positiva, mostrando

que a B. abortus pode ocorrer também em caprinos. No diagnóstico pela PCR em tempo real

todas as amostras de leite mostraram resultado negativo para B. abortus e B. melitensis. Das

30 amostras de sangue ovino para o teste do IDGA, 3(10%) foram positivas e confirmadas

pela PCR em tempo real. Apesar da baixa ocorrência da B. abortus, e a não ocorrência da B.

melitensis nos caprinos investigados, deve sempre haver um monitoramento dos rebanhos

visto a importância zoonótica dos agentes. Quanto a B. ovis, devido aos problemas graves que

causa na reprodução dos ovinos, os exames devem ser feitos rotineiramente.

Palavras-chave: caprinos, ovinos, Brucella ovis, Brucella abortus, Brucella melitensis.

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ABSTRACT

Bombonato, Nadia Grandi, 2017. Investigation of brucellosis in small ruminants. Doctoral

thesis in Veterinary Sciences. UFU. Uberlândia, MG. 92p.

Over the last decades, sheep and goat farming has undergone technical transformations in the

various links of its productive chains. It is an activity explored in all the continents, being

exerted in distinct ecosystems with the most different types of climate, soil, topography and

vegetation. Due to the importance of this animal’s productions, care for the health of herds

must be taken, not only for the loss and damages in the production, but also for the control of

diseases that can affect the human being. Among these we have brucellosis, an infectious

contagious disease, caused by bacteria of the genus Brucella. Thus, the objective of this

research was to investigate the occurrence of brucellosis in two properties of dairy goats and

three properties of sheep for meat production in the Alto Paranaíba, MG region. Forty-eight

blood samples and lactating goats' milk were collected for the diagnosis of B. abortus, by the

Acidified Buffered Antigen (ABT) and Milk Ring Test (MRT). Real-time PCR was also used for the diagnosis of B. abortus and B. melitensis in the milk of these animals. Blood samples were also collected from 30 sheep of three properties in the region, for diagnosis of B. ovis by the IDGA test and real-time PCR. Twenty samples of sheep semen from two Semen Production and Marketing Centers were analyzed by real-time PCR to also verify the presence of B. ovis. For the Ring Test in goat milk, all 48 samples were

negative, whereas for the ABT test, a caprine female was positive, showing that B. abortus

can also occur in goats. In the diagnosis by real-time PCR, all the milk samples showed

negative results for B. abortus and B. melitensis. From 30 sheep blood samples for the IDGA

Test, 3 (10%) were positive and confirmed by real-time PCR. Despite the low occurrence of

B. abortus, and the non-occurrence of B. melitensis in the goats investigated, there should

always be a monitoring of the herds, considering the zoonotic importance of the agents. As for B. ovis, due to the serious problems it causes in sheep breeding, examinations should be done routinely.

Key-words: Goats, sheep, Brucella ovis, Brucella abortus, Brucella melitensis.

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LISTA DE TABELAS

CAPÍTULO 2

Tabela 1. Sequência dos primers utilizados na PCR para identificação de Brucella

abortus....................………………………………………………………………………..42

Tabela 2. Sequência dos primers utilizados na PCR para identificação de Brucella

melitensis..............................................................................................................................43

CAPÍTULO 3

Tabela 1. Sequência dos primers utilizados na PCR para identificação de Brucella

ovis…………………………………………………………………………………………….……..55

CAPÍTULO 4

Tabela 1. Sequência dos primers utilizados na PCR para identificação de Brucella

ovis…………………………………………………………………………………………….……..65

Tabela 2. Frequência de ovinos reagentes (valores relativos e absolutos) na pesquisa

de anticorpos anti-Brucella ovis pelo teste de IDGA e PCR em tempo real, na região

do Alto Paranaíba, MG.........................................................................................................68

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SUMÁRIO

Capítulo 1 – Considerações Gerais.……………………………………………………….10

1. Introdução.....................................................................................................................11

2. Objetivo.……………………………………………………………………………...13

2.1 Objetivos gerais.……………………………………………………………………...13

2.2 Objetivos específicos.………………………………………………………………...13

3. Revisão de Literatura………………………………………………………………....14

3.1 A importância da produção de ovinos e caprinos .…………………………………...14

3.2 Brucelose….…………………………………………………………………………16

3.2.1 Brucella abortus ................................................................................................... 717

3.2.2 Brucella melitensis . ............................................................................................. 19

3.2.3 Brucella ovis.……………………………………………………………………………..21

3.3 Diagnóstico…………………………………………………………………………...23

Referências. ....................................................................................................................... 26

Capítulo 2 – Detecção de Brucella abortus e Brucella melitensis em leite caprino pela PCR

em tempo real .................................................................................................................... 37

Capítulo 3 – Investigação de Brucella ovis por PCR em tempo real em sêmen ovino

comercial….………………………………………………………………………………50

Capítulo 4 – Investigação da ocorrência de infecção por Brucela ovis em rebanhos

ovinos……………………………………………………………………………………..59

Capítulo 5 – Considerações finais.......................................................................................73

AnexoI – Certificado da Comissão de Ética no Uso de Animais.......................................74

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Anexo II – Normas da Revista Ciência Rural para submissão do artigo: Investigação

da ocorrência de infecção por Brucella abortus e Brucella melitensis em rebanhos

caprinos .............................................................................................................................. 75

Anexo III – Normas da Revista Semina: Ciências Agrárias para submissão do artigo:

Investigação de Brucella ovis por PCR em tempo real em sêmen ovino comercial.......... 80

Anexo IV – Normas da Revista Pesquisa Agropecuária Brasileira para submissão

do artigo: Investigação da ocorrência de infecção por Brucela ovis em rebanhos

ovinos.…………………………………………………………………..………………. 83

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Capítulo 1- Considerações Gerais

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1. Introdução

O crescimento significativo da exploração de pequenos ruminantes está transformando

o cenário dos sistemas produtivos no mundo. Ao longo das últimas décadas a criação de

ovinos e caprinos têm sofrido transformações técnicas nos diversos elos de suas cadeias

produtivas. É uma atividade explorada em todos os continentes, sendo exercida em distintos

ecossistemas com os mais diferentes tipos de clima, solo, topografia e vegetação. Porém,

apenas em alguns países a atividade possui expressão econômica e assim como no Brasil é

desenvolvida de forma empírica com baixos níveis tecnológicos (CORREIA, 2016).

De acordo com dados do IBGE, o rebanho nacional de caprinos atingiu 9,78 milhões

de cabeças em 2016 apresentando uma variação positiva de em relação a 2015. O Nordeste

detém o maior efetivo de caprinos, sendo responsável por 92,7% do total da espécie no País.

O efetivo de ovinos foi de 18,45 milhões em 2016, com pouca variação em relação a 2015. A

Região Nordeste se destaca na criação de ovinos e concentrou 60,6% do rebanho nacional no

último ano. A Região Sul figura em seguida, representando 26,5% do efetivo da espécie,

acompanhada pelas Regiões Centro-Oeste (5,6%), Sudeste (3,8%) e Norte (3,6%) (IBGE,

2016).

Os produtos originados da ovinocaprinocultura, carne, leite e pele, têm crescente

procura e aceitação no mercado interno e externo, e para atender à demanda de mercado,

começam a ser observadas mudanças nos segmentos de produção e comercialização, com o

surgimento de criadores cada vez mais especializados na caprinocultura de corte ou leite e na

ovinocultura de corte. O abastecimento dos mercados urbanos de carne, leite e seus derivados

constitui o foco principal da atividade, onde a carne assume uma posição de destaque ao ser

comercializada em ambientes especializados a preços compensadores. Porém, verifica-se que

no mercado interno ainda não há a fiscalização adequada para que os produtos

comercializados sejam idôneos.

Devido a importância que representam essas criações, cuidados com a sanidade dos

rebanhos devem ser tomados, não só pela perda e danos na produção como também pelo

controle de enfermidades que podem acometer o ser humano.

Dentre as enfermidades que acometem pequenos ruminantes temos a brucelose com

caráter zoonótico e uma das mais difundidas no mundo. É causada pelo gênero Brucella onde

cada uma das espécies possui seus hospedeiros preferenciais entre os animais domésticos. A

Brucella abortus em bovinos, B. melitentis em caprinos e ovinos, B. ovis em ovinos e B. canis

em cães. A Brucella melitensis é considerada a mais patogênica para o ser humano e

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considerada endêmica em várias regiões no mundo e em alguns países da América Latina,

porém ainda não encontrada no Brasil.

A infecção por bactérias do gênero Brucella spp. é uma das causas mais importantes de

problemas reprodutivos em animais domésticos, e as perdas econômicas geradas pela brucelose

vão além dos problemas reprodutivos, como barreiras internacionais ao comércio de produtos de

origem animal (carne, leite e derivados) e perdas para as indústrias devido a condenação dos

mesmos, além de gastos com programas de controle, erradicação e pesquisas (JARDIM et al.,

2006).

Considerando o número reduzido de rebanhos de pequenos ruminantes na região do

Alto Paranaíba em Minas Gerais, um levantamento sobre ocorrência das espécies de Brucella

que acometem esses hospedeiros é muito importante, não só para o conhecimento do estado

sanitário dos animais e controle da enfermidade, como também na minimização da doença

em humanos.

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2. Objetivo

2.1 Objetivo Geral

Investigar a ocorrência da brucelose em caprinos e ovinos em propriedades na região

do Alto Paranaíba, MG.

2.2 Objetivos Específicos

• Identificar a ocorrência de anticorpos anti Brucella abortus em rebanhos

caprinos leiteiros utilizando o teste do Antigeno Acidificado Tamponado (AAT).

• Identificar a ocorrência de anticorpos anti Brucella abortus em amostras

individuais de leite caprino pelo Teste do Anel do Leite (TAL).

• Investigar a presença do DNA de Brucella abortus e Brucella melitensis em leite

caprino com o uso de marcadores moleculares padronizados para identificação dos agentes

por meio da PCR em Tempo Real.

• Investigar a presença do DNA de Brucella ovis em sêmen ovino comercial com

o uso de marcadores moleculares padronizados para identificação do agente por meio da PCR

em tempo real.

• Identificar a ocorrência de anticorpos anti Brucella ovis e de DNA por meio da

PCR em tempo real em ovinos.

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3. Revisão de literatura

3.1. A importância da produção de ovinos e caprinos

Os caprinos foram os primeiros animais domesticados pelo homem, há cerca de dez

mil anos, a produzirem alimentos. Vêm acompanhando a história da humanidade com

registro em relatos históricos, porém apesar disso teve poucas vezes seu valor reconhecido.

Produzem leite, carne, couro e esterco, além de ter utilidade como animal de tração e ainda

hoje os caprinos tem um papel fundamental como fornecedores de alimentos em países ou

regiões em desenvolvimento (RIBEIRO, 1997).

A caprinocultura leiteira encontra-se bastante avançada em países como França,

Canadá, Espanha, Suíça, Inglaterra e Itália, e especialmente na França, Espanha, Suíça,

Inglaterra e Itália, que apresentam um consumo de 6,5 litros de leite por habitante ano,

porém 75% do total produzido destina-se a produção de queijos. Nos países como Canadá e

África do Sul concentra-se a produção de leite em pó. Esse fato proporciona aos governos a

adoção de políticas públicas que visem o desenvolvimento do mercado interno dos produtos

de origem caprina e ovina que apresenta um grande potencial (CARVALHO, 2014).

No Brasil, a produção de leite de cabra não ocorre somente na região Nordeste,

havendo outras bacias leiteiras já sedimentadas nas regiões Sudeste e Sul do país. O

desenvolvimento da caprinocultura leiteira no contexto brasileiro ocorre de acordo com o

sistema de produção utilizado (SILVA et al., 2012). Mais da metade do rebanho nacional

(52,61%) é composta por animais leiteiros, porém, sua produção é pouca expressiva, estando

em 21ª lugar (0,93%) na produção mundial. Apesar disso, dados sobre a produção leiteira

revelam que o Brasil se configura como maior produtor de leite de cabra da América do Sul,

com 150.000 t/ano (FAO, 2014).

Apesar da cidade de São Paulo se tratar de um grande e potencial centro

consumidor, o consumo tanto de derivados quanto de leite de cabra é restrito, devido

principalmente ao desconhecimento e à falta de costume da população. Porém, os

consumidores ressaltam que há potencial de elevação no consumo de ambos, desde que haja

maior disponibilidade, informação sobre o produto, além de um preço mais acessível para o

consumidor final (LIMA et al., 2015).

As primeiras espécies domesticadas pelo homem foram os ovinos e sua criação

possibilitava produção de alimento, principalmente carne e leite e ainda proteção pelo uso de

lã contra intempéries do ambiente. A ovinocultura está presente em praticamente todos os

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continentes, isto devido principalmente ao seu poder de adaptação a diferentes climas,

relevos e vegetações. Esta criação está destinada à exploração econômica e também à

subsistência de famílias em zonas rurais. Na Europa a criação de ovinos ocorre de forma

intensiva com rebanhos produtores de carne e leite, destinados à fabricação de queijos

especiais, e na América do Sul as criações ocorrem em sistemas de confinamento e

pastagens naturais com rebanhos de raças mistas que produzem lã e carne de qualidade para

o mercado internacional (VIANA, 2008).

A criação de ovinos e caprinos no Brasil ainda tem um longo período a percorrer

para conquistar seu próprio mercado nas diversas regiões onde é praticada e se credenciar a

uma maior participação no mercado nacional e, até mesmo, no internacional. No entanto,

terá que satisfazer os pré-requisitos de aumento de produtividade e da melhoria da qualidade

de seus produtos. São objetivos difíceis, mas possíveis de atingir, desde que trabalhados

simultaneamente com a melhoria nos padrões de gerenciamento das unidades produtivas e

maior articulação entre os diversos componentes da cadeia produtiva (GUIMARÃES

FILHO; ATAÍDE JUNIOR, 2009).

Destacam-se como fatores limitantes para o desenvolvimento desse comércio a

irregularidade no fornecimento dos produtos de origem caprina e ovina, visto que a

exigência do mercado se dá principalmente no fornecimento fixo desses produtos durante

todo o ano sem períodos de sazonalidade. Tem-se ainda o abate clandestino desses animais

que agem competitivamente com frigoríficos industriais e também os elevados preços

comerciais praticados no mercado que reduz a competitividade de outros produtos

concorrentes (CARVALHO, 2014).

A oferta de carnes de ovinos e caprinos oriundos de frigoríficos certificados por

serviços de inspeção federal ou estadual é uma vantagem que conota para o crescimento da

demanda, haja vista que esses órgãos regulamentam e certificam o elevado padrão de

qualidade sanitária do produto com consequente aumento da confiabilidade do mercado em

consumir esse alimento (SEBRAE/RN, 2001).

No Brasil o número efetivo de ovinos teve um aumento de 3,4% em 2010

comparativamente a 2009 (IBGE, 2010). Dentro deste cenário a ovinocultura destaca-se no

cenário nacional por apresentar grande potencial de crescimento chegando a um rebanho com

mais de 18 milhões de cabeças (BRASIL, 2015).

Diferentemente dos maiores países criadores de ovinos e caprinos, o Brasil possui

condições edafoclimáticas altamente favoráveis nesse segmento, porém, essa atividade no

Nordeste ainda não se enquadrou como cadeia produtiva dentro do enfoque do agronegócio,

pois ainda é considerada pelos produtores como uma atividade secundária e pobre, enquanto

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criadores dos outros países orgulham-se e lucram com os produtos e subprodutos advindos

dessa atividade (NETO, et al. 2007).

3.2. Brucelose

A brucelose é uma enfermidade infectocontagiosa, causada por bactérias do gênero

Brucella. Em muitos países, apresenta-se na forma endêmica resultando em prejuízos

econômicos significativos aos sistemas de produção e sérias implicações em saúde animal e

pública, visto seu caráter zoonótico (BRASIL, 2006). Pode ser veiculada ao homem pela

ingestão de produtos de origem animal contaminados, principalmente leite e derivados que

não passaram por processamento térmico, e transmitida pelo contato direto ou indireto com

animais infectados, fetos abortados ou anexos fetais, além da própria manipulação de

carcaças e vísceras no abate sanitário. As principais manifestações clínicas são as febres

recorrentes, fraquezas, dores musculares, distúrbios nervosos e sudorese, podendo levar à

incapacidade parcial ou total ao trabalho (PAULIN; FERREIRA NETO, 2008).

De acordo com a Organização Internacional de Epizootias (OIE) a brucelose é

classificada como doença da lista B, onde estão incluídas as enfermidades que têm

importância socioeconômica e/ou para saúde pública e consequências significativas no

comércio internacional de animais e seus produtos (OIE, 2002).

O agente etiológico da brucelose é uma bactéria intracelular facultativa e Gram

negativa, cocobacilos curtos e pequenos que medem 0,6 a 1,5µm por 0,5 a 0,7µm de

dimensão, aeróbia, imóvel, não produz cápsula, flagelos ou esporos, pertencem ao gênero

Brucella da classe Proteobacteria (PROBERT et al., 2004). São microrganismos aeróbios,

porém uma atmosfera com tensão de 5 a 10% de CO2 favorece o isolamento de algumas

espécies. Apresentam temperatura de multiplicação na faixa de 20 a 40°C, sendo 37°C a

temperatura ideal, e um pH ótimo de 6.6 a 7.4 (OIE, 2009).

Cada espécie ou biovar de Brucella tem seu hospedeiro preferencial: Brucella

abortus (bovinos e bubalinos), B. melitensis (caprinos e ovinos), B. ovis (ovinos), B. canis

(cães), B. neotomae (ratos do deserto) (BANAI; CORBEL, 2010; BRASIL, 2006), as

quais são subdivididas em sete biovares para Brucella abortus (1, 2, 3, 4, 5, 6 e 9) três para

B. melitensis (1, 2 e 3) e cinco para B. suis (1, 2, 3, 4 e 5), B. neotomae, B. ovis, B. canis, B.

ceti, B. pinnipedialis, B. microti e B. inopinata, onde os membros do gênero possuem

potencial zoonótico, embora a patogenicidade seja bastante variável para o ser humano

(MORENO et al., 2002; FOSTER et al., 2007; SCHOLZ et al., 2008; BANAI; CORBEL,

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2010).

As bactérias do gênero Brucella podem ser divididas em dois grupos

antigenicamente distintos, denominadas lisas, que possuem em sua parede celular externa

lipopolissacarídeo liso (LPS) ou rugosas, que contêm em sua superfície externa o

lipopolissacarídeo rugoso (LPR) e antígenos proteicos (NIELSEN et al.,2004; CARDOSO et

al., 2006; POESTER et al., 2010).

As espécies B. melitensis, B. abortus, B. suis e B. neotomae normalmente

apresentam morfologia de colônia lisa e quando sofrem mutações para formas rugosas ou

mucóides, deixam de ser patogênicas. Já as espécies B. canis e B. ovis apresentam

morfologia de colônia predominantemente do tipo rugosa (ALTON et al., 1988; PAULIN;

FERREIRA NETO, 2003; MINHARRO, 2009; POESTER et al., 2010).

A capacidade de penetração do agente pela pele íntegra ou lesada e pelas

membranas mucosas, além da formação de aerossóis, predispõe os tratadores, veterinários,

laboratoristas, trabalhadores de matadouros, frigoríficos e entrepostos de leite ao risco de

infecção (LAGE et al., 2008).

A transmissão entre pessoas, apesar de possível, é considerada insignificante sob o

ponto de vista epidemiológico, apesar de relatos de casos de transmissão por meio de

transfusão de sangue, transplante de medula e relação sexual (GODFROID et al., 2005;

MINHARRO, 2009).

3.2.1 Brucella abortus

A Brucella abortus é o agente etiológico da brucelose em bovinos e responsável por

uma importante causa econômica de abortos em rebanhos (OSLEN; TATUM, 2010). O

agente também pode acometer outras espécies como búfalos, bisões e alces representando

um risco importante na manutenção do agente na população animal com especial

importância em áreas onde animais selvagens e rebanhos bovinos vivem juntos

(GODFROID, 2002). Equídeos, suínos, ovinos, caprinos e cães também podem ser

infectados pela B. abortus. Geralmente não é transmitida aos suínos, porém quando ocorre

se apresenta como infecção transitória, podendo servir de fonte de infecção para bovinos.

Em ovinos e caprinos a infecção ocorre ocasionalmente, sendo os ovinos mais resistentes

que caprinos. Nos ovinos pode causar epididimite e nos caprinos aborto (CARTER, 1991).

Infecções em animais selvagens podem dificultar a erradicação em rebanhos bovinos. Além

do mais, a B. abortus é um patógeno em humanos associado ao consumo de produtos lácteos

oriundos de rebanhos infectados (SELEEM, 2010).

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Dentre outras brucelas a B. abortus é a de maior prevalência nos casos de brucelose

no Brasil, seguido pela B. suis em suínos. Já a Brucella melitensis e B. neotoma ainda não

foram isoladas no país (POESTER et al., 2002).

A infecção causada pela B. abortus ocorre pelo contato do agente com qualquer

mucosa do animal susceptível, principalmente a mucosa oral (THOEN et al., 1993). Depois

da penetração no organismo, há um curto período de bacteremia, e as bactérias vão se alojar

em vários órgãos, principalmente do sistema linfático (EAGLESOME; GARCIA, 1992;

THOEN et al., 1993).

A permanência e a disseminação da B. abortus no organismo se dá devido a

capacidade da mesma sobreviver dentro de macrófagos (GORVEL; MORENO, 2002). O

curso da doença depende do estágio fisiológico do animal. Os animais jovens, antes da

puberdade, parecem ser mais resistentes à infecção. Caso o animal não esteja gestante, a B.

abortus geralmente infecta linfonodos e glândula mamária (CRAWFORD et al., 1990).

Estando o animal gestante, as bactérias atingem o útero, local pelo qual possuem grande

tropismo, provocando assim o aborto (SAMARTINO; ENRIGHT, 1993).

Geralmente na primeira gestação após a infecção, ocorre o aborto, porém o mesmo

é muito menos frequente na segunda gestação após infecção e raro a partir da terceira

gestação (THOEN et al., 1993; CORBEL et al., 2006). De acordo com Thoen et al., (1993)

isso ocorre devido ao desenvolvimento de uma resposta imune, principalmente celular, pelos

animais, que diminui a área e a intensidade das lesões. Dessa forma a manifestação clínica

passa a ser a presença de natimortos ou o nascimento de bezerros fracos.

Após a infecção, a principal manifestação clínica é o aborto (terço final da

gestação), onde nos rebanhos com infecção crônica, quase sempre acontece nas fêmeas

primíparas e nos animais sadios recentemente introduzidos (BRASIL, 2006).

Nas fêmeas causa placentite necrótica, retenção de placenta, corrimentos vaginais,

endometrites, mastites (PACHECO, 2007). Os machos apresentam aumento de volume

testicular, uni ou bilateral além das ampolas e vesículas seminais. Pode haver atrofia do

órgão afetado devido à reação inflamatória do tipo necrosante, levando a quadros de

subfertilidade, infertilidade ou esterilidade (GORVEL; MORENO, 2002; PAULIN;

FERREIRA NETO, 2003; LAGE et al., 2008).

No aparelho locomotor, podem ser observadas infecções articulares, bursites,

espondilites em vértebras torácicas e lombares, podendo atingir medula óssea e tendões

(GUIDO; GRASSO, 2005). Não há nenhuma lesão patognomônica da brucelose no feto

abortado, mas, com frequência, observa-se broncopneumonia supurativa (PAULIN;

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FERREIRA NETO, 2003; BRASIL, 2006). Os inchaços nas articulações dos joelhos e

jarretes, conhecidos como higromas, também apresentam evidência de brucelose

(RADOSTITIS et al., 2007; LAGES et al., 2008).

No começo da década de 1990, o Estado de Minas Gerais iniciou uma campanha de

vacinação obrigatória de bezerras com a vacina B19 em todo o estado. Além de Minas

Gerais, o único estado que possuía um programa de vacinação, apesar de haver diminuído os

índices de cobertura vacinal nos últimos anos, era o Estado do Rio Grande do Sul (PAULIN;

FERREIRA NETO, 2003).

Em 2016, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA)

estabeleceu por meio da IN nº 19, 10/10/2016 o Regulamento Técnico do Programa

Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e da Tuberculose Animal - PNCEBT e a

Classificação das Unidades da Federação de acordo com o grau de risco para as doenças

brucelose e tuberculose, assim como a definição de procedimentos de defesa sanitária

animal a serem adotados de acordo com a classificação, na forma desta Instrução Normativa

(MAPA, 2016).

Alguns Estados, como o Mato Grosso, apresentaram aumento da prevalência

quando comparado aos dados do último diagnóstico de situação em nível nacional, realizado

em 1975. É relevante a diminuição significativa da prevalência da doença em alguns estados

como Minas Gerais, proporcionada pela campanha de vacinação das fêmeas bovinas e

bubalinas com vacina B19 iniciada em 1993 (PAULIN; FERREIRA NETO, 2003).

3.2.2 Brucella melitensis

O principal agente etiológico da brucelose em caprinos e ovinos é a Brucella

melitensis e também o principal agente responsável pela brucelose humana, conhecida como

febre de Malta. Aborto e infertilidade são os sinais clínicos predominantes em pequenos

ruminantes. Embora haja escassez de estudos específicos, ela é reconhecida como fonte de

perdas econômicas em ambas as espécies. A sua incidência é muito alta em países do sul e

leste da União Européia e em vários outros com baixa renda. Isto afeta países que possuem

mais do que 70% de propriedades pecuárias suscetíveis, tornando a brucelose de importância

internacional (FAO, 2006).

A infecção por B. melitensis em pequenos ruminantes tem sido tradicionalmente

negligenciada, pois a produção de ovinos e caprinos representa geralmente uma atividade de

baixa renda, praticada por pequenos produtores de áreas rurais menos relevantes no

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desenvolvimento mundial. Devido a esses sistemas de produção serem usualmente nômades,

o controle e erradicação desta infecção são extremamente difíceis. A distribuição da doença

é praticamente mundial e vários países estão sofrendo uma reemergência desta doença em

caprinos e ovinos e consequentemente também em humanos (WHO, 2005). A brucelose em

caprinos e ovinos é considerada uma doença de menor importância no Brasil, pois a B.

melitensis ainda não foi diagnosticada no país (SELEEM et al., 2010; POESTER et al.,

2002).

Em caprinos a infecção por Brucella melitensis é similar à infecção causada por B.

abortus em bovinos (MEGID et al., 2016). Nos pequenos ruminantes, a infecção por B.

melitensis causa doença apenas em animais sexualmente maduros e animais jovens podem

ser infectados, porém não mostram nenhum sinal clínico, e a resposta sorológica é fraca e

transitória (ALTON, 1990). A B. melitensis (biovar 1, 2 ou 3), principal agente causador

brucelose em ovinos e caprinos, infecta caprinos causando uma infecção generalizada que

pode persistir por anos. Nas cabras prenhes a bactéria se multiplica no útero e glândula

mamária (RODOLAKIS, 2014).

O aborto no terço final da gestação é o sinal mais evidente, na infecção por

Brucella melitensis, mas pode haver um surto de abortos, seguido por um período de

resistência do rebanho, no qual eles não ocorrem. Em infecções experimentais ocorrem

sintomas caracterizados por febre, depressão, perda de peso e às vezes diarréia. Estes sinais

podem ocorrer também em surtos agudos e naturais e serem acompanhados por mastite,

claudicação, higroma e orquite, placentite e queda na produção de leite em cabras e ovelhas.

Muitas vezes, a infecção por B. melitensis acomete um grupo de animais, sem apresentar

sinais evidentes (BLOOD, 1991; OIE, 2004; MEGID et al., 2016).

Apesar da Brucella melitensis ser transmitida congenitamente via útero, cabritos e

cordeiros se infectam principamente pelo leite e colostro. A orquite e epididimite em ovinos

e caprinos podem ocorrer, mas não são comuns (MEGID et al., 2016).

Nos países do Sudeste da Europa e do Mediterrâneo a incidência da brucelose

causada pela B. melitensis em caprinos e ovinos é alta, e segundo a Organização Mundial da

Saúde (OMS), a brucelose é considerada uma das sete doenças negligenciadas e

subnotificadas (DONEV, 2010). A doença é reemergente em locais anteriormente

controlados, como Malta e Omã. Também ocorre no Oriente Médio, Ásia Central, ao redor

do Golfo Pérsico e alguns países da América Central (MEGID et al., 2016).

A incidência global da brucelose em humanos não é bem conhecida devido à

poucos dados registrados e grandes variações existentes entre as diferentes áreas

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geográficas, mesmo dentro de um mesmo país. Assim, devido à deficiência nos Serviços de

Saúde de vários países onde a brucelose é endêmica, não há dados reais no estado global da

doença em humanos. A razão desta alta prevalência ocorre devido a fatores socioculturais,

agravada pela falta de medidas de controle a serem aplicadas em sistemas de produção de

pequenos ruminantes. O contato com animais e exposição ocupacional, assim como os

hábitos alimentares, e falta de medidas de higiene, representam os fatores de risco para a

infecção de humanos por B. melitensis (PAPPAS, 2006).

3.2.3 Brucella ovis

A brucelose ovina é uma doença infecto-contagiosa de distribuição mundial

causada pela Brucella ovis. É um micro-organismo não zoonótico, intracelular facultativo

que coloniza células do sistema macrocítico linfocitário, provocando doença crônica em

ovinos, conhecida como Epididimite Contagiosa dos Carneiros ou Epididimite Ovina.

(BURGUESS, 1982; QUISPE et al., 2002).

Apesar de considerada de menor relevância quando comparada às outras bactérias

do mesmo gênero, devido ao fato de não ser zoonótica, a B. ovis tem sua importância

relacionada aos prejuízos econômicos que causa principalmente para produtores em que a

criação de ovinos é principal fonte de renda. Entre inúmeros agentes, é a principal causadora

da epididimite contagiosa ovina. Reduz os índices reprodutivos, aumenta anualmente o

número de carneiros não aptos à atividade reprodutiva, gera diminuição da vida reprodutiva

dos machos, abortamentos, mortalidade perinatal e a consequente diminuição nos

rendimentos de carne e lã (ROBLES, 2008).

A bactéria se multiplica nos órgãos afetados e é eliminada à medida que as células

infectadas são destruídas (MEGID et al., 2016). A eliminação de B. ovis ocorre

principalmente por meio do sêmen do animal infectado, de forma intermitente e por

períodos prolongados (WORTHINGTON et al., 1985; PAOLICCHI et al., 1991).

Ao final do segundo mês de infecção ocorre a bacteremia e o micro-organismo se

localiza no trato genital, baço, rins, fígado, pulmão e outros gânglios linfáticos e multiplica-

se nesses órgãos (GIL TURNES, 1998; MEGID et al., 2016).

A cauda do epidídimo é o local em que se observa maior alteração, geralmente

unilateral, inicialmente com edema palpável, seguido de hiperplasia e fibrose, que passa a

apresentar consistência firme à palpação. A inflamação do epidídimo causa degeneração

seminal no testículo adjacente e alteração na concentração, motilidade e morfolologia dos

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espermatozóides, causando assim queda na fertilidade. O aumento da cauda desse órgão

caracteriza cronicidade da doença (FOSTER et al., 1989; BLASCO, 1990; WEST et al.,

1993; RIDLER; WEST, 2011; MEGID et al., 2016).

A infecção pode ocorrer em animais que ainda não tiveram contato sexual,

principalmente em períodos de estabulação prolongada, quando estes animais têm contato

com a urina de outros já infectados. Nessas condições, a bactéria penetra no organismo pela

mucosa nasal, oral, conjuntival e pela via percutânea, quando há feridas ou escoriações

(ALTON et al., 1988; BULGIN, 1990). Além disso a B. ovis não impede a concepção e

eventualmente verificam-se infertilidade, morte embrionária e abortamentos ou, ainda

nascimento de cordeiros fracos. As fêmeas que abortam têm infecção persistente e o agente

é isolado da placenta, descargas vaginais e leite. Cordeiros nascidos de fêmeas infectadas

raramente desenvolvem a infecção (MEGID et al., 2016).

Nas criações de ovinos em sistema extensivo, o contágio se dá em duas épocas.

Primeiramente na fase de pré-serviço quando os machos começam a ter um aumento da

libido e ter um comportamento homossexual de montar, cheirar e lamber outros machos e

posteriormente com contágio indireto durante o serviço, quando uma fêmea saudável atua de

forma passiva como agente intermediário entre dois machos infectados. Isto não quer dizer que a

fêmea adoeça, pois para que ela desenvolva a enfermidade ela deverá estar prenhe (ROBLES,

2008).

A espécie ovina se infecta de forma natural pela B. ovis, embora já tenha havido

confirmação da transmissão da bactéria de carneiros infectados para cervos criados no

mesmo pasto, e entre cervos infectados (RIDLER; WEST, 2011). Os caprinos podem ser

infectados de forma experimental, porém são menos suscetíveis quando comparados aos

ovinos, e a infecção nessa espécie é de caráter leve e de curta duração (BURGESS et al.,

1985).

Ao contrário do que ocorre na brucelose bovina, a manutenção da infecção por B.

ovis em um rebanho ocorre principalmente por meio do macho infectado, e este também é o

principal responsável pela transmissão da infecção entres os animais. Por esta razão, o

diagnóstico da brucelose ovina causada por B. ovis deve ser realizado fundamentalmente nos

machos da propriedade a ser investigada (ROBLES, 2008).

Para que haja o controle da brucelose ovina é necessário o estabelecimento de

medidas que tenham como alicerce a identificação e eliminação de animais infectados,

doentes ou portadores, e o bloqueio da introdução de novos animais infectados em um

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rebanho. Desta forma, é fundamental a existência de métodos diagnósticos eficientes,

rápidos e viáveis em sua execução (COSTA, 2010).

3.3 Diagnóstico

O diagnóstico da brucelose pode ser feito pela identificação do agente por métodos

diretos, ou pela detecção de anticorpos contra B. abortus por métodos indiretos (BRASIL,

2006).

Os métodos indiretos ou sorológicos utilizados no diagnóstico da brucelose são

importantes recursos utilizados nas campanhas de controle e erradicação da doença em

bovinos e bubalinos (OLIVEIRA, 2003). Os mesmos identificam os anticorpos específicos

presentes no soro sanguíneo dos animais infectados, baseando-se em antígenos de superfície

bacteriana, compostos por lipopolissacarídeos (LPS) e proteínas de membrana externa

(ALTON et al., 1988; RAJASHEKARA et al., 2005; MINHARRO, 2009).

O diagnóstico sorológico é a base do combate à brucelose em rebanhos, permitindo

o monitoramento tanto de propriedades como de regiões inteiras, além de monitorar zonas

onde a doença já foi erradicada. Os testes devem ser utilizados respeitando-se as normas

técnicas estabelecidas pelos organismos internacionais, com antígenos padronizados e

específicos para cada prova (ALTON, 1988). Os principais testes para brucelose, são os que

buscam detectar anticorpos no soro e leite como também em muco vaginal e sêmen

(PAULIN, 2003; BRASIL 2006).

O Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose

Animal (PNCEBT) preconiza o Teste do Antígeno Acidificado Tamponado (TAAT) e o

Teste de Anel em Leite (TAL) como provas de triagem e como provas confirmatórias o

Teste do Mercaptoetanol (2-ME) e o Teste de Polarização Fluorescente (BRASIL, 2016).

Como os testes sorológicos não apresentam sensibilidade absoluta, há necessidade de

associação entre várias técnicas em busca de melhores resultados na detecção de animais

positivos, principalmente na fase inicial da infecção e em infecções crônicas. Essa estratégia

tem como base a escolha de um teste de triagem de fácil execução, pouco honeroso e com

boa sensibilidade, seguido de um teste confirmatório apenas nos soros positivos no teste

anterior, mais elaborados, e com melhor especificidade (COSTA, 2001; OLIVEIRA, 2003;

BRASIL, 2006).

Como teste de triagem temos o de soroaglutinação com Antígeno Acidificado

Tamponado (AAT), que é preparado com o antígeno acidificado na concentração de 8%,

tamponado em pH ácido (3,65) e corado com o Rosa de Bengala. É uma prova qualitativa

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rápida, prática e de boa sensibilidade. Foi desenvolvido a partir da observação de que a IgG

é menos ativa em pH7, mudando de comportamento com a acidificação do meio. Como

podem ocorrer alguns poucos casos de reações falso-positivas em decorrência da utilização

da vacina B19 em bovinos, sugere-se a confirmação por meio de testes de maior

especificidade para se evitar o sacrifício de animais não infectados (OMS, 1986; WRIGHT;

NIELSEN, 1990; BRASIL, 2006).

O teste do anel em leite (TAL) foi idealizado para ser aplicado em misturas de leite

de vários animais, uma vez que a baixa concentração celular do antígeno (4%) o torna

bastante sensível. A prova revela anticorpos preferencialmente da classe IgA, presentes no

leite e aderidos às moléculas de gordura pela sua fração Fc. São empregados mais

comumente antígenos corados com hematoxilina, que dá a cor azul característica à reação

positiva. Se existirem anticorpos no leite, eles se combinarão com a B. abortus do antígeno,

formando uma malha de complexo antígeno-anticorpo que, por sua vez, será arrastada pelos

glóbulos de gordura, fazendo com que se forme um anel de cor azulada na camada de

gordura do leite caracterizando reação positiva (OMS, 1986; BRASIL, 2006).

Dentre os testes sorológicos confirmatórios temos o do Mercaptoetanol (2-ME), o

de Soroaglutinação em Tubos (SAT) e a Reação de Fixação de Complemento (RFC).

O teste do Mercaptoetanol é uma prova quantitativa seletiva que detecta somente apresença

de IgG no soro, que é a imunoglobulina indicativa de infecção crônica. Deve ser executada

sempre em paralelo com a prova lenta em tubos (SAT) (BRASIL, 2006). Tem sua

especificidade aumentada por inibição da atividade aglutinante da IgM mediante processo

químico que consiste no tratamento do soro com a droga 2-mercaptoetanol (TYMONEY et

al., 1988). A interpretação dos resultados é dada pela diferença entre os títulos dos soros sem

tratamento (prova lenta), frente ao soro tratado com 2-ME. Desta forma, resultados positivos

em ambas as provas indicam a presençade IgG, que são as aglutininas relacionadas com

infecção, devendo os animais ser considerados infectados (BRASIL, 2006).

Como teste confirmatório temos ainda o Teste de Soroaglutinação em Tubos (SAT)

chamada de prova lenta (leitura dos resultados é feita em 48 horas). É a prova sorológica

mais antiga e ainda hoje bastante empregada. É utilizada em associação como teste do 2-

Mercaptoetanol para confirmar resultados positivos em provas de rotina (BRASIL, 2006). É

executada num pH neutro, e demonstra uma boa sensibilidade analítica na detecção dos

isotipos bovinos com uma exceção importante, a IgG1 (WRIGHT E NIELSEN, 1990).

A Reação de Fixação de Complemento (RFC) é considerada a melhor prova para a

confirmação da brucelose pelo sorodiagnóstico, mostrando a melhor correlação com os

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isolamentos em animais natural ou experimentalmente infectados (NIELSEN, 1995). É o

teste de referência recomendado pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) para o

trânsito internacional de animais. Na brucelose bovina, apesar da FC detectar tanto IgG1

como IgM, o isotipo IgG1 é muito mais efetivo como fixador do complemento (BRASIL,

2006). Trata-se de uma prova mais laboriosa e mais cara que as de aglutinação, sendo

recomendado seu uso como confirmatória para os soros positivos à triagem (CHAPPEL,

1989).

Os testes imunoenzimáticos que têm apresentado melhores resultados para

brucelose são os ELISA indiretos e competitivos (COLLING, 1998). O teste ELISA Indireto

(I ELISA) possui alta sensibilidade, entretanto, sua especificidade assemelha-se àquela do

AAT. Emprega-se como antígeno o lipopolissacarídeo de B. abortus imobilizado em placas

de 96 poços. Como conjugado, utiliza-se um anticorpo monoclonal anti-IgG1 bovina

conjugado com a peroxidase. Agentes quelantes (EDTA/EGTA) são utilizados para

minimizar reações não específicas (BRASIL, 2006). No teste ELISA Competitivo (C Elisa)

utiliza-se também como antígeno imobilizado na fase sólida o lipopolissacarídeo (LPS) de

B. abortus. No momento da prova, o soro a se testar é misturado com um anticorpo

monoclonal específico contra a cadeia “O” de B. abortus. Apresenta como vantagens altas

especificidade e sensibilidade e apesar de seu alto custo, é recomendado pela Organização

Mundial de Saúde Animal (OIE) como teste confirmatório para o diagnóstico de brucelose

(NIELSEN, 1995; BRASIL, 2006).

O Teste de Polarização de Fluorescência (FPA) se fundamenta na comparação de

velocidades dos movimentos aleatórios das moléculas em solução. O tamanho molecular é o

principal fator que influencia a velocidade de rotação de uma molécula, sendo inversamente

proporcional a ela (BRASIL, 2006). Se o anticorpo estiver presente no soro, irá ligar-se ao

antígeno, e a taxa rotacional desse antígeno conjugado será alterada, e esta mudança poderá

ser determinada pelo analisador de polarização fluorescente, baseado nas diferenças

rotacionais entre a LPS e o complexo antígeno-anticorpo. O FPA é uma prova de simples

execução, onde apenas o antígeno, com um indicador, é adicionado nas amostras diluídas

(SAMARTINO, 1999). Este teste foi validado para o sorodiagnóstico da brucelose em

bovinos, suínos, ovinos, caprinos, bisões e cervídeos, já que a reação cruzada com epítopos

comuns à Brucella abortus, B. melitensis e B. suis encontrados na cadeia O, permite o uso

de um só antígeno por serem estas espécies de brucelas lisas (NIELSEN, 2001).

Nos métodos diretos de diagnóstico temos o isolamento e a identificação do agente,

imunohistoquímica e métodos de detecção de ácidos nucleicos, principalmente a reação em

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cadeia da polimerase (PCR). O isolamento e a identificação da B. abortus a partir de

material de aborto ou de secreções apresentam resultados muito bons quando a colheita

transporte do material é bem feita (BRASIL, 2006).

A aplicação da análise de DNA tem se intensificado bastante nos últimos anos, e o

desenvolvimento do método de reação em cadeia da polimerase (Polymerase Chain Reaction

- PCR) tem sido largamente empregado nas áreas biológicas, em especial na medicina

veterinária, pois muitas doenças infecciosas dependem de um diagnóstico rápido e seguro

(OLIVEIRA, 2003).

Outro método molecular é PCR em tempo real (qPCR), baseada na PCR

tradicional, que, além de amplificar, simultaneamente, ela determina medidas quantitativas

ao longo dos ciclos da PCR, tornando-se uma ferramenta mais rápida, específica e sensível,

dando a capacidade de quantificar o DNA durante as reações (SCHMITTGEN, 2000).

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Capítulo 2 – Detecção de Brucella abortus e Brucella melitensis em leite caprino pela

PCR em tempo real

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Detecção de Brucella abortus e Brucella melitensis em leite caprino pela PCR em

tempo real

Detection of Brucella abortus and Brucella melitensis in goat milk by real-time PCR

Resumo: A brucelose é uma zoonose de distribuição universal, que causa problemas

sanitários importantes e prejuízos econômicos. Cada espécie ou biovar de Brucella tem seu

hospedeiro preferencial: Brucella abortus (bovinos e bubalinos), B. melitensis (caprinos e

ovinos), B. ovis (ovinos), B. canis (cães), B. neotomae (ratos do deserto). Devido a escassez

de dados oficiais em relação a ocorrência da brucelose em caprinos, o objetivo deste trabalho

foi investigar a ocorrência de anticorpos contra amostras lisas de Brucella, assim como

utilizar a PCR em tempo real, para verificar a ocorrência de DNA de B. abortus e B.

melitensis em amostras de leite caprino. Foram analisadas 48 amostras de leite e sangue de

fêmeas caprinas na região do Alto Paranaíba em Minas Gerais. Das amostras de sangue

submetidas ao AAT, apenas um animal (2,1%) foi regente. Todas as amostras foram

negativas para o TAL e para a PCR em tempo real. Mesmo havendo baixa frequência de

animais regentes, o monitoramento dos rebanhos deve ser constante devido ao fator

zoonótico da enfermidade e aos prejuízos na produção animal.

Palavras-chave: Brucelose, caprinocultura, aborto, Brucella spp.

Abstract: Brucellosis is a zoonosis of universal distribution, which causes major health

problems and economic losses. Each species or biovar of Brucella has its preferred host:

Brucella abortus (bovines and buffaloes), B. melitensis (goats and sheep), B. ovis (sheep), B.

canis (dogs), B. neotomae. Due the lack of official data on the occurrence of brucellosis in

goats, the objective of this study was to investigate the occurrence of antibodies against

Brucella smooth samples, as well as to use real-time PCR to verify the occurrence of B.

abortus and B. melitensis in goat milk samples. It was analyzed 48 samples of milk and blood

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of goat females in the Alto Paranaíba region of Minas Gerais. From the blood samples

submitted to AAT, only one animal (2,1%) was regents. All samples were negative for TAL

and for real-time PCR. Even though there is a low occurrence of reagents animals, the

monitoring of the herds should be constant due to the zoonotic factor of the disease and the

losses in animal production.

Key-words: Brucellosis, goat breeding, abortion, Brucella spp.

Introdução

A brucelose é uma enfermidade infectocontagiosa, causada por bactérias do gênero

Brucella. É uma zoonose de distribuição universal, acarretando problemas sanitários

importantes e prejuízos econômicos (BRASIL, 2006).

Cada espécie ou biovar de Brucella tem seu hospedeiro preferencial: Brucella abortus

(bovinos e bubalinos), B. melitensis (caprinos e ovinos), B. ovis (ovinos), B. canis (cães), B.

neotomae (ratos do deserto) (BANAI; CORBEL, 2010; BRASIL, 2006).

Em caprinos a brucelose é caracterizada por abortos no terço final da gestação, queda

na fertilidade, ocorrência de natimortos e diminuição na produtividade leiteira (ALVES et al.,

1997).

O animal infectado é para o homem e para outros animais a principal fonte de

infecção que se dá por contato direto, de forma ocupacional ou ingestão de produtos

contaminados, principalmente por eliminação nas secreções vaginais e por meio do leite

(ELZER, 2002). As localizações de maior frequencia do agente no animal infectado são:

linfonodos, baço, fígado, aparelho reprodutor masculino e úbere (BRASIL, 2006).

O principal agente etiológico da brucelose em caprinos e ovinos é a Brucella

melitensis, também responsável por causar a brucelose humana, conhecida como febre de

Malta (FAO, 2006). A brucelose em caprinos e ovinos é considerada uma doença de menor

importância no Brasil, pois a B. melitensis ainda não foi diagnosticada no país (POESTER et

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al., 2002; SELEEM et al., 2010).

A infecção por Brucella melitensis em caprinos é similar à infecção causada por B.

abortus em bovinos (MEGID et al., 2016). Nos pequenos ruminantes, a infecção por B.

melitensis causa doença apenas em animais sexualmente maduros e animais jovens podem

ser infectados, porém, não mostram nenhum sinal clínico, e a resposta sorológica é fraca e

transitória (ALTON, 1990).

Para o diagnóstico sorológico da Brucela abortus o Programa Nacional de Controle e

Erradicação da Brucelose e Tuberculose Animal (PNCEBT) preconiza o Teste do Antígeno

Acidificado Tamponado (TAAT) e o Teste de Anel em Leite (TAL) como provas de triagem

e como provas confirmatórias o Teste do Mercaptoetanol (2-ME) e a Reação de Fixação de

Complemento (RFC) (BRASIL, 2006).

A aplicação da análise de DNA tem se intensificado bastante nos últimos anos, e o

desenvolvimento do método de reação em cadeia da polimerase (Polymerase Chain Reaction

- PCR) tem sido largamente empregado nas áreas biológicas, em especial na medicina

veterinária, pois muitas doenças infecciosas dependem de um diagnóstico rápido e seguro

(OLIVEIRA, 2003).

Outro método molecular é a PCR em tempo real (qPCR), baseada na PCR tradicional,

que, além de amplificar, simultaneamente, determina medidas quantitativas ao longo dos

ciclos da PCR, tornando-se uma ferramenta mais rápida, específica e sensível, dando a

capacidade de quantificar o DNA durante as reações (SCHMITTGEN, 2000).

Devido a escassez de dados oficiais em relação a ocorrência da brucelose em

caprinos, o objetivo deste trabalho foi investigar a ocorrência de anticorpos contra amostras

lisas de Brucella, assim como utilizar a PCR em tempo real, para verificar a ocorrência de

DNA de B. abortus e B. melitensis em amostras de leite individuais na Região do Alto

Paranaíba, MG.

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Material e métodos

Foram coletadas 48 amostras de leite individuais de sangue de todas as fêmeas em

lactação de duas propriedades produtoras de caprinos de leite na região do Alto Paranaíba,

MG. Uma propriedade localizada no município de São Gotardo possuia sistema de produção

intensivo, com os animais confinados em aprisco, com piso ripado suspenso. O manejo

sanitário e nutricional era acompanhado por Médico Veterinário e Zootecnista. Na outra

propriedade situada no municípo de Patos de Minas, o sistema de produção era semi-

extensivo, com aprisco ripado suspenso, apenas para alojar os animais no período noturno.

Não havia assistência médica veterinária e fornecimento de programa de nutrição adequada à

espécie. Os animais conviviam e pastejavam juntamente com ovinos e bovinos e não

recebiam as vacinas preconizadas para pequenos ruminantes.

Após a coleta, o material foi conduzido, em caixas isotérmicas, refrigerado, ao

Laboratório de Doenças Infeciosas do Centro Universitário de Patos de Minas, MG.

Para o diagnóstico sorológico da brucelose, foram realizados os exames do teste do

anel do leite (TAL) em amostras individuais, e do antígeno acidificado tamponado (AAT).

Para o teste do AAT, amostras de sangue venoso foram coletadas por venopunção

com auxílio de sistema coletor a vácuo, sem anti-coagulante para obtenção de soro, sendo

aliquotadas, identificadas e mantidas a –20°C até o momento das análises.

Amostras para o TAL foram colhidas após a anti-sepsia dos tetos e descarte dos três

primeiros jatos de leite de cada metade mamária. Dez mL de amostras individuais de leite de

cada teto foram colhidas, por ordenha manual, e acondicionadas em tubos falcon estéreis.

Os testes de TAL e AAT foram executados no Laboratório de Doenças Infecciosas do

Centro Universitário de Patos de Minas segundo protocolo preconizado pelo manual técnico

do Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose Animal

(PNCEBT) (BRASIL, 2006).

A PCR em tempo real para o diagnóstico da B. abortus e B. melitensis foi executada

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para todas as amostras de leite coletadas e congeladas, pelo laboratório TECSA@ –

Tecnologia em Saúde Animal, em Belo Horizonte, MG.

Para o protocolo de extração de DNA foi utilizado o mini kit QIAamp DNA seguindo

as instruções do fabricante. No preparo da reação foi utilizado o Kit para SYBR qPCR: Fast

SYBR® Green Master Mix (2X –10 uL/reação) - Thermo Fisher Scientific (Applied

Biosystems).

A Concentração dos primers foi de 300 nM cada (0,6 uL cada, na concentração 10

uM). O volume template (DNA da amostra): 5 uL; volume H2O nuclease free: 3,8 uL;

volume total de reação: 20 uL.

O equipamento utilizado para o programa/ciclagem foi o Step One Real Time PCR

System.

Os controles positivos foram quantificados no Qubit 2.0 (Thermo) e considerados no

esquema de validação em 5 diluições 1:10 (todas resultantes em amplificação).

Os controles positivos para B. abortus e B. melitensis foram doadas pelo Laboratório

de Brucelose do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA) em Pedro

Leopoldo, MG.

Para amplificação do fragmento de DNA (B. abortus) foram utilizados os primers,

BRUAB2 0168-F e BRUAB2 0168-R descritos por Hinic et al., (2008), que amplificam um

fragmento de 498 pb (Tab.1).

Tabela 1 - Sequência dos primers utilizados na PCR para identificação de Brucella abortus.

Primers Sequência Amplicon

BRUAB2 0168-F

BRUAB2 0168-R

5’ GCACACTCACCTTCCACAACAA 3’

5’ CCCCGTTCTGCACCAGACT 3’

498 pb

Para amplificação do fragmento de DNA (B. melitensis) foram utilizados os primers

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BMEII0499-Re BMEII0499-F por Hinic et al., (2008), que amplificam um fragmento de

252pb (Tab.2).

Tabela 2 - Sequência dos primers utilizados na PCR para identificação de Brucella

melitensis.

Primers Sequência Amplicon

BMEII0499-R

BMEII0499-F

5’ CCAGCTTTTGGCCTTTTCC 3’

5’ TCGCATCGGCAGTTTCAA 3’

252pb

Para a análise de dados utilizou-se a estatística descritiva com o software Microsoft

Excell 2010 (Microsoft Co., EUA), onde obteve-se o cálculo de frequência.

Resultados e Discussão

Todas as 48 amostras testadas para o teste do anel do leite (TAL) não apresentaram

reatividade e, portanto, foram consideradas negativas. Em pesquisa desenvolvida por Messias

et al., (2011), amostras coletadas de 14 propriedades produtoras de leite de cabra no estado

da Paraíba, as quais em conjunto somavam um rebanho de 254 cabras em lactação, foram

negativas para o TAL. Porém sabe-se que a excreção de Brucella no leite é geralmente

intermitente e normalmente somente aparece de 6 a 12 dias após o aborto (FERREIRA;

FERREIRA,1990; LOUZÃ, 1993).

Para o teste de AAT, das 48 amostras analisadas, apenas uma (2,03 %) foi reagente.

Carneiro et al., (2005) relataram frequencia de 9,0% (36/400) de caprinos sororeagentes no

Estado da Bahia. Em Pernambuco, Pinheiro Junior et al., (2008), avaliaram 340 amostras de

soro de caprinos e apenas (0,6%) foram reagentes e 338 (99,4%) não reagentes ao AAT. O

mesmo foi registrado por Fraguas et al., (2004) no Rio de Janeiro, que ao analisarem 953

amostras de soros caprinos encontraram 0,2% de animais reagentes.

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Varges et al., (2014) em pesquisa desenvolvida no Rio de Janeiro registraram sete

(5,6%) dos 124 caprinos testados, sororreativos ao AAT, sendo todos confirmados pelo 2-

ME. Das três vacas presentes na propriedade, uma apresentou sororreatividade aos dois

métodos diagnósticos empregados. Considerou-se que este animal, que fornecia leite para os

cabritos, teria sido a mais provável fonte de infecção para os cabritos do rebanho. O mesmo

não ocorreu nesta pesquisa, onde as quatro vacas que fornecem leite aos cabritos, testadas

para o TAL e ATT foram negativas. Deve-se, porém, salientar que duas vacas que também

forneciam leite aos cabritos foram descartadas antes da execução desta pesquisa.

Embora o principal agente da brucelose em caprinos seja a B. mellitensis, não há

relatos da mesma no Brasil (POESTER et al., 2002), mas existem relatos de infecções

esporádicas causadas por B. abortus em cabras (MEGID et al., 2007).

É importante ressaltar que por meio de testes sorológicos, não é possível distinguir

entre a presença de aglutininas anti-B. abortus e B. melitensis (VARGES et al., 2014). No

entanto, a partir dos aspectos epidemiológicos e a ausência de B. melitensis no Brasil, os

achados deste estudo sugerem fortemente tratar-se de infecção por B. abortus, concluindo-se,

portanto, que a brucelose por B. abortus ocorre em caprinos e que esta importante

enfermidade requer maior atenção dos veterinários e um programa de diagnóstico e controle

se faz necessário.

As 48 amostras de leite testadas na qPCR não apresentaram DNA de B. abortus e B.

mellitensis e, portanto, foram consideradas negativas. A amostra de soro reagente no AAT

não foi reagente à qPCR. Wareth et al., (2015) em pesquisa realizada com amostras de soro

de dez vacas, cinco búfalas, uma ovelha e nove cabras, coletadas logo após o aborto,

relataram que todas foram positivas para o gênero específico bcsp31 para os ensaios com

PCR em tempo real. O DNA de B. abortus, foi identificado em todas as amostras de soro

coletadas das vacas, búfalas, cabras e ovelha, sendo que a ovelha foi positiva para B. abortus

e B. melitensis.

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A ocorrência de uma cabra reagente ao AAT gera preocupação, pois pode ser que a

mesma teve uma infecção subclínica e não apresentava bacteremia na época da coleta, e por

essa razão não foi detectada a presença de DNA de Brucella abortus e B. melitensis. Sabe-se

da limitação dos testes de diagnósticos, desta forma, investigações constantes devem ser

feitas.

Sabe-se que o aquecimento do leite a 80-85 ºC por 10 minutos elimina a bactéria e que

a mesma não sobrevive se o queijo é curado por um período maior que três meses (OLSEN;

TATUM, 2010; LUCE et al., 2012). Desta forma, a legislação européia requer que todos os

queijos feitos com leite cru, sejam submetidos a cura por um período não menor que 60 dias

(REGULATION (EC), 2004). Fato que não ocorre no Brasil, tornando o risco de

contaminação pelo leite e seus derivados maior.

Na propriedade onde ocorreu a positividade de uma cabra reagente para o AAT, a

ordenha era realizada manualmente e o leite comercializado in natura, ou congelado, o que

leva a preocupação da possibilidade de contaminação tanto do ordenhador quanto do

consumidor de leite. Ressaltando ainda que as crianças, por problemas de intolerância ao leite

bovino, e idosos, são os que mais consomem o leite caprino. Salienta-se que em cabras, a

excreção da Brucella é mais prolongada e abundante, desta forma há um risco aumentado de

infecção através do consumo de leite desta espécie (FERREIRA; FERREIRA,1990; LOUZÃ,

1993).

Conclusão

Foi constatada a presença de um caprino sorologicamente reagente para Brucella

abortus em uma propriedade de caprinos leiteiros na região do Alto Paranaíba, MG.

Entretanto não foram detectados DNA de B. abortus e B. melitensis nas amostras de leite.

A investigação da ocorrência de brucelose em caprinos deve ser constante, para que

medidas de controle adequadas sejam tomadas, além de estudos complementares para a

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elucidação da epidemiologia da brucelose nesses animais e conscientização dos criadores,

por meio de programas de educação sanitária para prevenir e erradicar a doença de suas

propriedades.

O projeto desta pesquisa foi aprovado pela Comissão de Ética na Utilização de

Animais (CEUA) da Universidade Federal de Uberlândia, sob ANÁLISE FINAL Nº

064/17 do protocolo de registro CEUA/UFU 016/17.

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Capítulo 3 - Investigação de Brucella ovis por PCR em tempo real em sêmen ovino

comercial

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Investigação de Brucella ovis por PCR em tempo real em sêmen ovino comercial

Investigation of Brucella ovis by real-time PCR in commercial sheep semen

Nadia Grandi Bombonato¹; Mariana Assunção de Souza¹; Anna Monteiro Correia Lima¹

1Programa de Pós-graduação em Ciências Veterinárias, Faculdade de Medicina Veterinária,

Universidade Federal de Uberlândia (UFU), Uberlândia, MG, Brasil. Centro Colaborador de

Defesa Agropecuária do Brasil Central. Correspondence: N. Bombonato

[[email protected]–Tel.: +55 (34) 99103-7731]. Laboratório de Doenças

Infectocontagiosas, Faculdade de Medicina Veterinária, RuaCeará, s/n,2D-33, Umuarama,

CEP 38400-902, Uberlândia, MG, Brasil.

Resumo: A brucelose ovina é uma doença infecto-contagiosa de distribuição mundial

causada pela Brucella ovis e apesar de ser um agente não zoonótico, provoca doença crônica

em ovinos, conhecida como Epididimite Contagiosa dos Carneiros ou Epididimite Ovina.

Provoca lesões genitais, caracterizadas por epididimite e sêmen com qualidade variável

gerando diminuição da vida reprodutiva dos machos, abortamentos e mortalidade perinatal.

O objetivo da pesquisa foi verificar por meio da PCR em tempo real, a presença da B. ovis

em semen comercial de ovinos com aptidão de corte das raças Santa Inês e Dorper. Todas as

20 amostras de sêmen analisadas pela PCR em tempo real nesta pesquisa não apresentaram

DNA de Brucella ovis e, portanto, foram negativas, confirmando que o manejo sanitário dos

carneiros doadores de sêmen das centrais de produção e distribuição em questão era

eficiente.

Palavras chave: Brucelose ovina, inseminação, doenças reprodutivas, Ovis aries.

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Abstract: Sheep brucellosis is an infectious disease of worldwide distribution caused by

Brucella ovis and despite being a non-zoonotic agent, causes chronic disease in sheep,

known as Sheep Contagious Epididymitis or Ovine Epididymitis. Causes genital lesions,

characterized by epididymitis and semen with variable quality, resulting in decreased

reproductive life of males, abortions and perinatal mortality. The objective of this study was

to verify the presence of B. ovis in commercial semen of sheep with breeding ability of the

Santa Inês and Dorper breeds. All 20 semen samples analyzed by real-time PCR in this study

did not present Brucella ovis DNA and therefore were negative, confirming that the sanitary

management of semen donor sheep from the production and distribution centers in question

was efficient.

Key-words: Sheep brucellosis, insemination, reproductive diseases, Ovis aries.

Introdução

A Brucelose ovina é um agente não zoonótico, intracelular facultativo que coloniza

células do sistema macrocítico linfocitário, que provocando doença crônica em ovinos,

conhecida como Epididimite Contagiosa dos Carneiros ou Epididimite Ovina (BURGUESS,

1982; QUISPE et al., 2002). Apesar de ser considerada de menor relevância quando

comparada às outras bactérias do mesmo gênero, devido ao fato de não ser zoonótica, a B.

ovis tem sua importância relacionada aos prejuízos econômicos que causa principalmente

para produtores em que a criação de ovinos é principal fonte de renda (ROBLES, 2008).

É caracterizada por induzir lesões genitais, caracterizadas por epididimite e sêmen

com qualidade variável (MEGID; MATHIAS; ROBLES, 2010) reduzindo desta forma os

índices reprodutivos com o aumento anual do número de carneiros não aptos à atividade

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reprodutiva, gerando diminuição da vida reprodutiva dos machos, abortamentos, mortalidade

perinatal e a consequente diminuição nos rendimentos de carne e lã (ROBLES, 2008).

A bactéria se multiplica nos órgãos afetados e é eliminada à medida que as células

infectadas são destruídas (MEGID et al., 2016). As alterações testiculares características da

epididimite em ovinos são geralmente unilaterais, evoluindo para atrofia testicular na fase

crônica e baixa fertilidade. A transmissão se dá pela ingestão e/ou contato sexual com

descargas genitais (ALVES et al., 2006) tendo o sêmen como a principal via de excreção da

B. ovis (PAOLICCHI et al., 1993).

A Instrução Normativa n. 87 da Secretaria de Defesa Agropecuária, de 10 de

dezembro de 2004, aprovou o Regulamento Técnico do Programa Nacional de Sanidade dos

Caprinos e Ovinos (PNSCO), com o controle e erradicação das doenças de caprinos e

ovinos, por meio de ações sanitárias e de vigilância epidemiológica. Dentre as estratégias de

atuação do PNSCO estão o cadastro de estabelecimentos, controle de trânsito de animais,

certificação de estabelecimentos, cadastramento de médicos veterinários do setor privado e

credenciamento de laboratórios para realização de exames diagnósticos das doenças de

controle oficial, entre elas a brucelose ovina causada pela B. ovis (PNSCO, 2005).

O diagnóstico da brucelose ovina é realizado geralmente por meio de provas

sorológicas sendo as mais utilizadas a Fixação de Complemento (FC), Imunodifusão em Gel

de Ágar (IDGA) e ensaio imunoenzimático (ELISA) (ROBLES, 1998).

As falhas diagnósticas dos testes diagnósticos convencionais levaram pesquisadores a

desenvolver métodos moleculares de PCR baseados na amplificação de fragmentos de DNA

de B. ovis em amostras de sêmen de animais infectados (MANTEROLA et al., 2003;

SAUDERS et al., 2007). PCR em Tempo Real também conhecido como PCR quantitativo

também é outra ferramenta que permite a quantificação do DNA alvo. Devido a um menor

tempo de extensão por não precisar de eletroforese, a PCR em tempo real é ainda menos

demorada (HINIC et al., 2008).

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Devido aos sérios problemas reprodutivos que a Brucella ovis causa em rebanhos

ovinos, o objetivo da pesquisa foi investigar por meio da PCR em tempo real, a presença

desta bacteria em semen comercial dos ovinos com aptidão de corte das raças Santa Inês e

Dorper mais requisitados pelos criadores no sudeste do Brasil.

Material e métodos

A pesquisa foi conduzida utilizando-se 20 amostras de semen ovino commercial das

raças ovinas de corte, Santa Inês e Dorper, oriundas de duas centrais distribuidoras de sêmen

ovino na região sudeste do Brasil.

As amostras de sêmen congeladas foram enviadas ao laboratório TECSA@ em Belo

Horizonte e foram submetidas ao diagnóstico por PCR em Tempo Real para Brucella ovis.

Para o protocolo de extração de DNA foi utilizado o mini kit QIAamp DNA seguindo

as instruções do fabricante. No preparo da reação foi utilizado o Kit para SYBR qPCR: Fast

SYBR® Green Master Mix (2X –10 uL/reação) - Thermo Fisher Scientific (Applied

Biosystems).

A Concentração dos primers foi de 300 nM cada (0,6 uL cada, na concentração 10

uM). O volume template (DNA da amostra): 5 uL; volume H20 nuclease free: 3,8 uL;

volume total de reação: 20 uL.

O equipamento utilizado para o programa/ciclagem foi o Step One Real Time PCR

System.

O controle positivo para B. ovis foi doado pelo Laboratório de Brucelose do

Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA) em Pedro Leopoldo, MG. O

mesmo foi quantificado no Qubit 2.0 (Thermo) e considerado no esquema de validação em 5

diluições 1:10 (todas resultantes em amplificação).

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Para a amplificação fragmento de DNA (B. ovis) para a técnica da PCR gênero-

específica, os primers utilizados foram BOV A0504-R e BOV A0504-F designados para a

sequência de nucleotídeos da Brucella ovis (Tab.2) (HINIC et al., 2008).

Tabela 2 - Sequência dos primers utilizados na PCR para identificação de Brucella ovis.

Primers Sequência Amplicon

BOV A0504-R

BOV A0504-F

5’ CCCTGATTTCAAGCCATTCC 3’

5’CGCTATCGATGGCGTAGTTG 3’

499 pb

Resultados e Discussão

Segundo Schmittgen e Zakrajsek (2000) a PCR em tempo real (qPCR) é baseada na

PCR tradicional, porém, além de amplificar, simultaneamente, ela determina medidas

quantitativas ao longo dos ciclos da PCR, tornando-se assim uma ferramenta mais rápida,

específica e sensível, dando a capacidade de quantificar o DNA durante as reações. Desta

forma vários autores avaliaram o PCR em tempo real para detecção de Brucella spp.,

(HINIC, 2008). Porém Moustaca et al., (2015) relataram pela primeira vez a PCR em tempo

real específica para B. ovis, enfatizando que o diagnóstico espécie-específico para esta

bactéria em carneiros é extremamente importante para diferenciá-la de outras espécies de

alto potencial zoonótico que podem também infectar ovinos.

Todas as 20 amostras de sêmen analisadas pela PCR em tempo real nesta pesquisa

foram negativas para Brucella ovis. Isso pode confirmar que o manejo sanitário e

monitoramento constante dos carneiros doadores de sêmen das centrais de produção e

distribuição, e preconizado pelos órgãos oficiais foi eficiente.

Moustaca et al., (2015) em pesquisa desenvolvida com ovinos concluiram que ensaios

com PCR em tempo real para detectar Brucella ovis em sêmen tiveram alta sensibilidade e

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especificidade e que esses ensaios têm potencial para ser usado como ferramentas adicionais

para um diagnóstico mais rápido de epididimite infecciosa ovina associada com B. ovis ou

Histophilus somni utilizando-se amostras de sêmen e urina.

De acordo com o Programa Nacional de Sanidade de Caprinos e Ovinos (PNSCO), a

brucelose causada pela B. ovis é uma das enfermidades de notificação oficial, sendo os

animais positivos direcionados ao abate sanitário. Segundo a Instrução Normativa nº 1, de

22 de janeiro de 2014, que determina os requisitos sanitários mínimos para a produção e

comercialização de sêmen, os ovinos para ingressarem no Centro de Coleta e

Comercialização de Semen (CCPS) deverão estar acompanhados de documento de trânsito

animal e apresentar testes negativos de AAT ou 2-Mercaptoetanol (2-ME) ou teste de

Fixação de Complemento, realizados dentro dos últimos 60 dias para brucelose. Além disso,

esses exames devem ser repetidos constantemente durante a permanência dos animais na

CCPS e antibióticos são adicionados durante o processamento do sêmen (BRASIL, 2004).

Conclusão

As amostras analisadas de sêmen congelado das Centrais de Produção e

Comercialização de Sêmen foram negativas para a PCR em tempo real, de acordo com o

preconizado pela legislação.

O projeto desta pesquisa foi aprovado pela Comissão de Ética na Utilização de

Animais (CEUA) da Universidade Federal de Uberlândia, sob ANÁLISE FINAL Nº 064/17

do protocolo de registro CEUA/UFU 016/17.

Referências

ALVES, F. S. F.; CHAPAVAL, L., PINHEIRO, R. R. Enfermidades e microrganismos

passíveis de transmissão pela carne, leite e derivados de caprinos e ovinos. Sobral:

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MANTEROLA, L.; TEJERO-GARCÉS, A.; FICAPAL, A.; SHOPAYEVA, G.; BLASCO,

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Capítulo 4 - Investigação da ocorrência de infecção por Brucella ovis em rebanhos

ovinos

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Investigação da ocorrência de infecção por Brucella ovis em rebanhos ovinos

Investigation of the occurrence of Brucella ovis infection in sheep flocks

Nadia Grandi Bombonato¹, Mariana Assunção de Souza¹ e Anna Monteiro Correia

Lima¹

1Programa de Pós-graduação em Ciências Veterinárias, Faculdade de Medicina

Veterinária, Universidade Federal de Uberlândia (UFU), Uberlândia, MG, Brasil.

Centro Colaborador de Defesa Agropecuária do Brasil Central. Correspondence: N.

Bombonato [[email protected]– Tel.: +55 (34) 99103-7731]. Laboratório de

Doenças Infecto Contagiosas, Faculdade de Medicina Veterinária, Rua Ceará,

s/n,2D-33, Umuarama, CEP 38400-902, Uberlândia, MG, Brasil.

Resumo: A brucelose ovina é uma doença bacteriana infecciosa crônica causada

por Brucella ovis e caracterizada por distúrbios reprodutivos, tais como diferentes

graus de epididimite e orquite, placentite, aborto e elevada mortalidade de

cordeiros. Apesar de considerada de menor relevância quando comparada às outras

bactérias do mesmo gênero, devido ao fato de não ser zoonótica, a B. ovis tem sua

importância relacionada aos prejuízos econômicos na criação de ovinos. O objetivo

deste trabalho foi verificar a ocorrência da B. ovis em rebanhos ovinos, na região do

Alto Paranaíba, MG, por meio do teste sorológico de Imunodifusão em Gel de Ágar

(IDGA) e da PCR em tempo real. Das 30 amostras de soro ovino submetidas ao

teste de IDGA para detecção de anticorpos contra B. ovis, 3 (10%) de uma mesma

propriedade apresentaram reação positiva ao teste e confirmadas pela PCR em

tempo real. Os resultados relatados por vários autores mostram que no Brasil a

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brucelose em ovinos causada pela B. ovis encontra-se bastante disseminada. Desta

forma conclui-se que o monitoramento das propriedades deve ser constante e que os

animais a serem introduzidos no rebanho devem ser testados para B. ovis.

Termos para indexação: Epididimite, brucelose ovina, Ovis aries.

Abstract: Sheep brucellosis is a chronic infectious bacterial disease caused by Brucella

ovis and characterized by reproductive disorders such as different degrees of

epididymitis and orchitis, placentite, abortion and high mortality of lambs. Although

considered of minor relevance when compared to other bacterias of the same genus,

due to the fact that it is not zoonotic, B. ovis has its importance related to economic

losses in sheep farming. The objective of this work was to verify the occurrence of B.

ovis in sheep flocks in the region of Alto Paranaíba, MG, through the serological test of

Immunodiffusion in Agar Gel (IDGA) and real time PCR. From 30 samples of sheep

serum submitted to the IDGA test to detect antibodies against B. ovis, 3 (10%) of the

same property showed a positive reaction to the test and confirmed by real-time PCR.

The results reported by several authors show that in Brazil the brucellosis in sheep

caused by B. ovis is disseminated. In this way, it is concluded that the monitoring of the

properties must be constant and that the animals to be introduced in the herd should be

tested for B. ovis.

Index terms: Epididymite, ovine brucellosis, Ovis aries.

Introdução

A brucelose ovina é reconhecida como a mais importante causa de epididimite

ovina, sendo uma das principais causadoras de infertilidade nesta espécie (RIDLER;

WEST, 2011). É uma doença bacteriana infecciosa crônica causada por Brucella

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ovis e caracterizada por distúrbios reprodutivos, tais como diferentes graus de

epididimite e orquite, placentite, aborto e elevada mortalidade de cordeiros (NIILO

et al., 1983; BAIGÚN et., 2000).

A B. ovis tem sua importância relacionada aos prejuízos econômicos que

causa principalmente para produtores em que a criação de ovinos é principal fonte

de renda. Entre inúmeros agentes, é a principal causadora da epididimite contagiosa

ovina. Reduz os índices reprodutivos, aumenta anualmente o número de carneiros

não aptos à atividade reprodutiva, gera diminuição da vida reprodutiva dos machos,

abortamentos, mortalidade perinatal e a consequente diminuição nos rendimentos de

carne e lã (ROBLES, 2008).

Os sinais clínicos iniciais causados pela brucelose ovina passam geralmente

despercebidos, os animais apresentam um período de febre acompanhada de apatia,

dispneia e inflamação do escroto (ROBLES, 2008).

Carneiros infetados com B. ovis frequentemente apresentam sêmen de baixa

qualidade, grande quantidade de células inflamatórias, particularmente neutrófilos

(ROBLES et al., 1998). A inflamação do epidídimo causa degeneração seminal no

testículo adjacente e alteração na concentração, motilidade e morfolologia dos

espermatozóides, causando assim queda na fertilidade. O aumento da cauda desse

órgão caracteriza cronicidade da doença (FOSTER et al., 1989; BLASCO, 1990;

WEST et al., 1993; RIDLER; WEST, 2011; MEGID et al., 2016).

A B. ovis não impede a concepção e eventualmente verificam-se infertilidade,

morte embrionária e abortamentos ou, ainda nascimento de cordeiros fracos e pouco

viáveis. As fêmeas que abortam têm infecção persistente e o agente é isolado da

placenta, descargas vaginais e leite. Cordeiros nascidos de fêmeas infectadas

raramente desenvolvem a infecção (MEGID et al., 2016).

O diagnóstico de epididimite em carneiros por B. ovis pode ser obtido por meio da

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palpação do epidídimo, avaliação do sêmen, teste de aglutinação e hemoaglutinação,

imunodifusão em gel de ágar (IDGA), reação de fixação do complemento (RFC),

ensaio imunoenzimático indireto (ELISA), teste com anticorpos fluorescentes, teste

alérgico e isolamento no sêmen (AFZAL; KIMBERLING, 1980).

Mesmo havendo a possibilidade de uso vários testes de diagnósticos, ressalta-

se a necessidade do diagnóstico diferencial entre a epididimite dos carneiros

causada por B. ovis e outras causadas por Actinobacillus seminis e Haemophilus

somnus (CARVALHO JUNIOR et al., 2010).

Além dos métodos sorológicos como o IDGA e FC, outro método molecular

utilizado no diagnóstico de doenças infecciosoas é a PCR em tempo real (qPCR),

baseada na PCR tradicional, que, além de amplificar, simultaneamente, determina

medidas quantitativas ao longo dos ciclos da PCR, tornando-se uma ferramenta

mais rápida, específica e sensível, dando a capacidade de quantificar o DNA

durante as reações (SCHMITTGEN, 2000).

O objetivo deste trabalho foi verificar a ocorrência da infecção por B. ovis em

rebanhos ovinos, por meio do teste sorológico de Imunodifusão em Gel de Ágar

(IDGA) e da PCR em tempo real.

Material e métodos

Foram examinadas 30 amostras de soro de ovinos em idade reprodutiva de 1 a

4 anos, das raças Santa Inês e mestiços Dorper, provenientes de três propriedades

pertencentes a dois municípios da região do Alto Paranaíba, MG. Os municípios

contemplados foram escolhidos em função do conhecimento prévio de proprietários

que concordaram com a realização da investigação. De cada propriedade foram

coletadas 10 amostras de sangue, sendo que cada propriedade possuia apenas um

macho reprodutor.

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O sistema de produção das três propriedades era do tipo semi-extensivo, com

aprisco para abrigo dos animais durante a noite, produzem ovinos de corte e

possuem assistência veterinária.

Por ocasião das colheitas, foi realizada uma avaliação clínica nos animais para

a detecção de alterações sugestivas de infecção por B. ovis. A colheita de sangue foi

realizada por meio de punção veno-jugular, e foi obtido um volume total de 10mL

por animal. Após a retração do coágulo, o soro sanguíneo foi centrifugado a 3000

rpm durante 10 minutos e armazenado a -20ºC até a realização das provas

sorológicas. As amostras de soro foram colocadas em tubos estéreis e identificados

com o número do animal e o nome da propriedade e, em seguida, acondicionados

em caixas isotérmicas com gelo, e enviados ao Laboratório TECSA@de Belo

Horizonte.

Para a pesquisa de anticorpos contra B. ovis, foi utilizada a técnica de

Imunodifusão em Gel de Ágar (IDGA) empregando-se kits comerciais produzidos pelo

Instituto de Tecnologia do Paraná (TECPAR). A técnica foi executada de acordo com

as instruções do fabricante, utilizando-se antígeno de lipopolissacarídeos e proteínas de

B. ovis.

Para o protocolo de extração de DNA foi utilizado o mini kit QIAamp DNA

seguindo as instruções do fabricante. No preparo da reação foi utilizado o Kit para

SYBR qPCR: Fast SYBR® Green Master Mix (2X –10 uL/reação) - Thermo Fisher

Scientific (Applied Biosystems).

A concentração dos primers foi de 300 nM cada (0,6 uL cada, na

concentração 10 uM). O volume template (DNA da amostra) foi: 5 uL; volume H2O

nuclease free: 3,8 uL; volume total de reação: 20 uL.

O equipamento utilizado para o programa/ciclagem foi o Step One Real Time

PCR System.

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O controle positivo foi quantificado no Qubit 2.0 (Thermo) e considerado no

esquema de validação em 5 diluições 1:10 (todas resultantes em amplificação).

O controle positivo para B. ovis foi doado pelo Laboratório de Brucelose do

Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA) em Pedro Leopoldo,

MG.

Na amplificação do fragmento de DNA (B. ovis) para a técnica da PCR gênero-

específica, os primers utilizados foram BOV A0504-R e BOV A0504-F designados para a

sequência de nucleotídeos da Brucella ovis (Tab.1) (HINIC et al., 2008).

Tabela 1 - Sequência dos primers utilizados na qPCR para identificação de Brucella

ovis.

Primers Sequência Amplicon

BOV A0504-R

BOV A0504-F

5' CCCTGATTTCAAGCCATTCC 3’

5’CGCTATCGATGGCGTAGTTG 3’

500 pb

Para a análise dos dados foi realizado o cálculo de frequência utilizando o

software Microsoft Excel 2010. Para comparação de frequências foi utilizado o teste

exato de Fisher, com nível de significância fixado em p<0,05 (bicaudal) para o

intervalo de confiança de 95%, pelo software Graph Pad Prism, versão 7.03

(GraphPad Software, Inc., San Diego, California, EUA).

Resultados e discussão

Das 30 amostras de soro ovino submetidas ao teste de IDGA para detecção de

anticorpos contra B. ovis, 3 (10%) apresentaram reação positiva ao teste. Silva et al.,

(2003) e Azevedo et al., (2004) no Rio Grande do Norte encontraram 34% em 290

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amostras e 11,3% em 115 amostras respectivamente. Em pesquisa realizada em São

Paulo, Nozaki et al., (2004) detectaram 12,0% em 1033 amostras. Já Clementino et

al., (2007) na Paraíba verificaram um percentual menor de animais positivos, 5,57%

em 498 amostras.

Mendonça et al., (2017) no estado de Sergipe, analisaram 932 soros ovinos

pelo teste de IDGA, onde 41 (4,40 %) foram positivos, e entre os municípios

analisados 73,68% (14/19) possuíam animais sororreagentes e 46,30% (25/54) das

propriedades apresentaram pelo menos um animal positivo para B. ovis no IDGA.

Verificou-se alta positividade de rebanhos com baixa soropositividade de animais e

esse resultado, do ponto de vista epidemiológico, sugere que a infecção seja

endêmica, pois regiões onde a enfermidade é recente há altas prevalências, de 20%

a 60%, enquanto regiões endêmicas tendem a apresentar prevalências menores.

Salaberry et al., (2011), analizaram 334 amostras de soro sanguíneo de ovinos

provenientes de 12 propriedades localizadas no município de Uberlândia, MG, por

meio do teste de FC para o diagnóstico da B. ovis, e não observaram animais

reagentes. O mesmo aconteceu com Marinho e Mathias (1996) e Schäfer et al.,

(1997), que não detectaram ovinos reagentes nos estados de São Paulo e Santa

Catarina, respectivamente.

Os resultados mostram que no Brasil a brucelose em ovinos causada pela B.

ovis encontra-se bastante disseminada. Em relação ao sexo dos animais, Marinho &

Mathias (1996), no estado de São Paulo, observaram que, dos 183 ovinos testados

pela prova de IDGA para pesquisa de anticorpos anti-Brucella ovis, 20,8% (38/183)

eram machos e 79,2% (145/183) eram fêmeas. Dos 38 machos, apenas um (2,63%)

foi positivo e, das 145 fêmeas, cinco (3,44%) foram positivas. Na presente pesquisa

a maioria dos animais testados nas três propriedades eram fêmeas, visto que em

cada propriedade havia apenas um macho reprodutor. Entretanto a relação entre a

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positividade e o sexo não apresentou diferença estatística significante (p = 1,00),

corroborando com os achados de Azevedo et al., (2004), que ao analisarem 115

soros de ovinos do Rio Grande do Norte, não observaram significância estatística

entre a positividade e o sexo, o que indica que machos e fêmeas estão igualmente

expostos ao risco de infecção.

O exame clínico realizado nos machos das 3 propriedades não revelou

alterações nos epidídimos, sugestivos de infecção por B. ovis. Azevedo et al. (2004)

evidenciaram 20,8% de positividade nos carneiros testados, porém os mesmos não

apresentaram lesões testiculares macroscópicas. Por outro lado, Ramos et al., (1966)

no Rio Grande do Sul diagnosticaram 7,3% em 3317 carneiros que apresentavam

epididimite clínica. O mesmo ocorreu com Magalhães Neto & Gil-Turnes (1996),

também no Rio Grande do Sul, onde de 160 carneiros positivos para o teste de

IDGA, num total de 1638 machos, encontraram 9,8% que apresentavam

manifestações clínicas.

Nenhum dos reprodutores nesta pesquisa foi positivo aos testes. Na

propriedade onde ocorreu a positividade à B. ovis, a contaminação das fêmeas do

rebanho pode ter ocorrido pelo contato com carneiros que foram descartados e não

foram avaliados.

Testes moleculares baseados em PCR podem ser considerados uma alternativa

para os entraves apresentados pelo isolamento bacteriano, uma vez que têm

demonstrado ser mais rápidos e mais sensíveis que os métodos tradicionais de

diagnóstico (BRICKER, 2002).

Utilizando a PCR convencional, Costa et al., (2012) testaram amostras de

urina e soro de noventa carneiros oriundos de 31 propriedades das quais quatro

foram positivas, sendo que dezoito (20%) amostras de urina foram positivas pela

PCR, enquanto o método de IDGA identificou 16 (17,8%) carneiros soropositivos.

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68

Além do PCR denominado convencional, diversos autores vêm

desenvolvendo o diagnóstico da infecção por Brucella através da técnica de PCR

em tempo real. Este método diagnóstico possui as vantagens de execução mais

rápida e fácil, limitar a possibilidade de contaminação do DNA utilizado e permitir

a quantificação dos produtos de DNA avaliados (BOUNAADJA, et al., 2009).

Muitos autores têm realizado ensaios utilizando a PCR em tempo real para

detecção de Brucella spp. (HINIC, 2008). Porém Mustaca et al., (2015) fez o

primeiro relato de B. ovis-específico utilizando a PCR em tempo real. O diagnóstico

especie-específico de B. ovis em carneiros é extrememente importante para

diferenciação de outras espécies de Brucella com alto potencial zoonótico (i.e. B.

melitensis) que podem também infectar carneiros. Desta forma, o diagnóstico

diferencial entre B. ovis e B. melitensis em ovinos tem uma importancia

significativa em saúde pública.

Das 30 amostras analisadas para a PCR em tempo real neste estudo, 3(10%)

foram positivas para B. ovis, sendo as mesmas positivas também para o IDGA, não

demonstrando diferenças significativas (p = 1,00) de positividade em relação ao

teste utilizado (Tabela 2).

Tabela 2. Frequência de ovinos reagentes (valores relativos e absolutos) na pesquisa

de anticorpos anti-Brucella ovis pelo teste de IDGA e PCR em tempo real, na

região do Alto Paranaíba, MG.

Resultados IDGA (%) qPCR (%)

Positivos 3 10 3 10

Negativos 27 90 27 90

Total 30 100 30 100

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A propriedade onde ocorreram os resultados positivos para brucelose, possui

um histórico de casos de neosporose e toxoplasmose, tornando-se, portanto,

necessário o monitoramento e diferenciação desses agentes, para controle da

sanidade reprodutiva do rebanho.

Conclusões

1. Foi constatada a presença de ovinos positivos para Brucella ovis em uma das

propriedades avaliadas na região do Alto Paranaíba, MG.

2. São necessários estudos complementares para a elucidação da epidemiologia

da B. ovis e implantação de medidas de controle adequadas.

3. Deve-se conscientizar os criadores, através de programas de educação

sanitária na prevenção e erradicação da enfermidade de suas propriedades.

Referências

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73

Capítulo 5 – Considerações finais

Apesar da importância que a ovinocultura e caprinocultura vem assumindo nas

últimas décadas no Brasil, as questões sanitárias dessa criações são muitas vezes

negligenciadas.

Várias enfermidades ocorrentes em caprinos e ovinos, são citadas no PNSCO

Programa Nacional de Sanidade dos Caprinos e Ovinos e algumas são de notificação

oficial, porém apenas a brucelose causada pela Brucella ovis, causadora da epididimite

ovina é contemplada pelo programa.

Esperava-se maior prevalência de brucelose em caprinos e ovinos na região do

Alto Paranaíba, visto que não há um controle efetivo da sanidade nos rebanhos, porém

levantamentos epidemiológicos são extremamente importantes para a prevenção e

controle desta enfermidade, devido a questão zoonótica, onde a Brucella abortus e

Brucela melitensis podem ser transmitidas pelo leite, pelo contato direto ou indireto com

animais infectados e manipulação de carcaças e vísceras no abate sanitário.

Salienta-se que diferentemente dos bovinos, caprinos e ovinos não são vacinados

contra a brucelose em nosso país. Isso é preocupante visto que esses animais convivem de

forma frequente com bovinos que podem estar contaminados.

Apesar de não ser caracterizada como zoonose a brucelose ovina causada pela B.

ovis causa problemas reprodutivos sérios nos rebanhos, comprometendo a produção e

causando prejuízos econômicos.

Mesmo que a brucelose ovina e caprina causada por Brucella melitensis, não

tenha sido diagnosticada no Brasil, é importante que haja registros e documentações do

status sanitário desse animais em relação à brucelose, tanto pelo risco de contaminação em

humanos quanto pela comercialização de animais.

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Anexo I – Certificado da Comissão de Ética no Uso de Animais

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Anexo II – Normas da Revista Ciência Rural para submissão do artigo: Detecção de

Brucella abortus e Brucella melitensis em leite caprino pela PCR em tempo real.

INSTRUÇÕES AOS AUTORES

Objetivo e política editorial

1. CIÊNCIA RURAL - Revista Científica do Centro de Ciências Rurais da

Universidade Federal de Santa Maria publica artigos científicos, revisões

bibliográficas e notas referentes à área de Ciências Agrárias que deverão ser

destinados com exclusividade.

Preparação de originais

2. Os artigos científicos, revisões e notas devem ser encaminhados

via eletrônica editados em idioma Português ou Inglês, todas as linhas deverão

ser numeradas e paginados no lado inferior direito. O trabalho deverá ser

digitado em tamanho A4 210 x 297mm, com no máximo, 25 linhas em espaço

duplo, com margens superior, inferior, esquerda e direita em 2,5cm, fonte

Times New Roman, tamanho 12. O máximo de páginas será 15 para artigos

científicos, 20 para revisão bibliográfica e 8 para nota, incluindo tabelas,

gráficos e ilustrações. Cada figura e ilustração deverá ser enviado em arquivos

separados e constituirá uma página. Tabelas, gráficos e figuras não poderão

estar com apresentação paisagem.

3. O artigo científico deverá conter os seguintes tópicos: Título (Português e

Inglês); Resumo; Palavras-chave; Abstract; Key words; Introdução com

Revisão de Literatura; Material e Métodos; Resultados e Discussão; Conclusão

e Referências; Agradecimento(s) e Apresentação; Fontes de Aquisição;

Informe Verbal; Comitê de Ética e Biossegurança devem aparecer antes das

referências. Pesquisa envolvendo seres humanos e animais

obrigatoriamente devem apresentar parecer de aprovação de um comitê

de ética institucional já na submissão. (Modelo .doc, .pdf).

4. A revisão bibliográfica deverá conter os seguintes tópicos: Título

(Português e Inglês); Resumo; Palavras-chave; Abstract; Key words;

Introdução; Desenvolvimento; Conclusão; e Referências. Agradecimento(s) e

Apresentação; Fontes de Aquisição e Informe Verbal; Comitê de Ética e

Biossegurança devem aparecer antes das referências. Pesquisa envolvendo

seres humanos e animais obrigatoriamente devem apresentar parecer de

aprovação de um comitê de ética institucional já na

submissão. (Modelo .doc, pdf).

5. A nota deverá conter os seguintes tópicos: Título (Português e Inglês);

Resumo; Palavras-chave; Abstract; Key words; Texto (sem subdivisão, porém

com introdução; metodologia; resultados e discussão e conclusão; podendo

conter tabelas ou figuras); Referências. Agradecimento(s) e Apresentação;

Fontes de Aquisição e Informe Verbal; Comitê de Ética e Biossegurança

devem aparecer antes das referências. Pesquisa envolvendo seres humanos e

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animais obrigatoriamente devem apresentar parecer de aprovação de um

comitê de ética institucional já na submissão. (Modelo.doc, pdf).

6. Não serão fornecidas separatas. Os artigos estão disponíveis no formato pdf

no endereço eletrônico da revista (www.scielo.br/cr).

7. Descrever o título em português e inglês (caso o artigo seja em português) -

inglês português (caso o artigo seja em inglês). Somente a primeira letra do

título do artigo deve ser maiúscula exceto no caso de nomes próprios. Evitar

abreviaturas e nomes científicos no título. O nome científico só deve ser

empregado quando estritamente necessário. Esses devem aparecer nas

palavras-chave e resumo e demais seções quando necessários.

8. As citações dos autores, no texto, deverão ser feitas com letras maiúsculas

seguidas do ano de publicação, conforme exemplos: Esses resultados estão de

acordo com os reportados por MILLER & KIPLINGER (1966) e LEE et al.

(1996), como uma má formação congênita (MOULTON, 1978).

9. As Referências deverão ser efetuadas no estilo ABNT (NBR 6023/2000)

conforme normas próprias da revista.

9.1. Citação de livro:

JENNINGS, P.B. The practice of large animal surgery. Philadelphia:

Saunders, 1985. 2v.

TOKARNIA, C.H. et al. (Mais de dois autores) Plantas tóxicas da Amazônia

a bovinos e outros herbívoros. Manaus: INPA, 1979. 95p.

9.2. Capítulo de livro com autoria:

GORBAMAN, A. A comparative pathology of thyroid. In: HAZARD, J.B.;

SMITH, D.E. The thyroid. Baltimore: Williams & Wilkins, 1964. Cap.2, p.32-

48.

9.3. Capítulo de livro sem autoria:

COCHRAN, W.C. The estimation of sample size. In: ______. Sampling

techniques. 3.ed. New York: John Willey, 1977. Cap.4, p.72-90.

TURNER, A.S.; McILWRAITH, C.W. Fluidoterapia. In: ______. Técnicas

cirúrgicas em animais de grande porte. São Paulo: Roca, 1985. p.29-40.

9.4. Artigo completo:

Sempre que possível o autor deverá acrescentar a url para o artigo referenciado

e o número de identificação DOI (Digital Object Identifiers) conforme

exemplos abaixo:

MEWIS, I.; ULRICHS, CH. Action of amorphous diatomaceous earth against

different stages of the stored product pests Tribolium confusum (Coleoptera:

Tenebrionidae), Tenebrio molitor (Coleoptera: Tenebrionidae), Sitophilus

granarius (Coleoptera: Curculionidae) and Plodia interpunctella (Lepidoptera:

Pyralidae). Journal of Stored Product Research, Amsterdam (Cidade

opcional), v.37, p.153-164, 2001. Disponível em:

<http://dx.doi.org/10.1016/S0022-474X(00)00016-3>. Acesso em: 20 nov.

2008. doi: 10.1016/S0022-474X(00)00016-3.

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PINTO JUNIOR, A.R. et al (Mais de 2 autores). Resposta de Sitophilus

oryzae (L.), Cryptolestes ferrugineus (Stephens) e Oryzaephilus

surinamensis (L.) a diferentes concentrações de terra de diatomácea em trigo

armazenado a granel. Ciência Rural, Santa Maria (Cidade opcional), v. 38, n.

8, p.2103-2108, nov. 2008. Disponível

em:<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-

84782008000800002&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em: 25 nov. 2008. doi:

10.1590/S0103-84782008000800002.

9.5. Resumos:

RIZZARDI, M.A.; MILGIORANÇA, M.E. Avaliação de cultivares do ensaio

nacional de girassol, Passo Fundo, RS, 1991/92. In: JORNADA DE

PESQUISA DA UFSM, 1., 1992, Santa Maria, RS. Anais... Santa Maria: Pró-

reitoria de Pós-graduação e Pesquisa, 1992. V.1. 420p. p.236.

9.6. Tese, dissertação:

COSTA, J.M.B. Estudo comparativo de algumas caracterísitcas digestivas

entre bovinos (Charolês) e bubalinos (Jafarabad). 1986. 132f.

Monografia/Dissertação/Tese (Especialização/ Mestrado/Doutorado em

Zootecnia) - Curso de Pós-graduação em Zootecnia, Universidade Federal de

Santa Maria.

9.7. Boletim:

ROGIK, F.A. Indústria da lactose. São Paulo: Departamento de Produção

Animal, 1942. 20p. (Boletim Técnico, 20).

9.8. Informação verbal:

Identificada no próprio texto logo após a informação, através da expressão

entre parênteses. Exemplo: ... são achados descritos por Vieira (1991 - Informe

verbal). Ao final do texto, antes das Referências Bibliográficas, citar o

endereço completo do autor (incluir E-mail), e/ou local, evento, data e tipo de

apresentação na qual foi emitida a informação.

9.9. Documentos eletrônicos:

MATERA, J.M. Afecções cirúrgicas da coluna vertebral: análise sobre as

possibilidades do tratamento cirúrgico. São Paulo: Departamento de

Cirurgia, FMVZ-USP, 1997. 1 CD.

GRIFON, D.M. Artroscopic diagnosis of elbow displasia. In: WORLD

SMALL ANIMAL VETERINARY CONGRESS, 31., 2006, Prague, Czech

Republic. Proceedings…. Prague: WSAVA, 2006. p.630-636. Capturado em

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em: http://www.ivis.org/proceedings/wsava/2006/lecture22/Griffon1.pdf?LA=1

UFRGS. Transgênicos. Zero Hora Digital, Porto Alegre, 23 mar. 2000.

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Internet: http://www.zh.com.br/especial/ index.htm.

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SEMINARIO LATINOAMERICANO DE CIRURGIA VETERINÁRIA, 3.,

1997, Corrientes, Argentina. Anais... Corrientes: Facultad de Ciencias

Veterinarias - UNNE, 1997. Disquete. 1 disquete de 31/2. Para uso em PC

10. Desenhos, gráficos e fotografias serão denominadas figuras e terão o

número de ordem em algarismos arábicos. A revista não usa a denominação

quadro. As figuras devem ser disponibilizadas individualmente por página.

Os desenhos figuras e gráficos (com largura de no máximo 16cm) devem ser

feitos em editor gráfico sempre em qualidade máxima com pelo menos 300

dpi em extensão .tiff. As tabelas devem conter a palavra tabela, seguida do

número de ordem em algarismo arábico e não devem exceder uma lauda.

11. Os conceitos e afirmações contidos nos artigos serão de inteira

responsabilidade do (s) autor (es).

12. Será obrigatório o cadastro de todos autores nos metadados de submissão.

O artigo não tramitará enquanto o referido item não for atendido.

Excepcionalmente, mediante consulta prévia para a Comissão Editorial outro

expediente poderão ser utilizados.

13. Lista de verificação (Checklist pdf ou doc)

14. A taxa de tramitação é de R$ 80,00 e a de publicação é de R$ 100,00 por

página impressa. A taxa de publicação somente deverá ser paga após a

revisão final das provas do manuscrito pelos autores. Professores do Centro

de Ciências Rurais e os Programas de Pós-graduação do Centro têm os seus

artigos previamente pagos pelo CCR, estando isentos da taxa de publicação.

Trabalhos submetidos por esses autores, no entanto, devem pagar a taxa de

tramitação. No caso de impressão colorida, todos os trabalhos publicados

deverão pagar um adicional de R$ 600,00 por página colorida impressa,

independentemente do número de figuras na respectiva página.

Os pagamentos poderão ser efetuados por:

a) Transferência/depósito no Banco do Brasil, Agência 1484-2, Conta Corrente

36.189-5 em nome da FATEC (CNPJ: 89.252.431/0001-59) - Projeto 96945. A

submissão do artigo obrigatoriamente deve estar acompanhada da taxa de

tramitação, podendo ser enviada via fax (55 3220 8695/3220 8698) ou ainda

enviado por email ([email protected]) para que se possa fazer a

verificação e prosseguir com a tramitação do artigo (Em ambos os casos o

nome e endereço completo são obrigatórios para a emissão da fatura).

b) Solicitação de fatura (.doc ou .pdf). Nessa modalidade o formulário

disponível deverá ser encaminhado devidamente preenchido via e-mail ou fax

(55 3220 8695/3220 8698) para que possamos encaminhar a solitação a

Fundação que administra os nossos recursos e esta encaminhará a fatura ao

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endereço especificado no formulário.

c) O pagamento da taxa de tramitação também pode ser feito por meio online

através de cartão de crédito (VISA) através deste link

15. Os artigos serão publicados em ordem de aprovação.

16. Os artigos não aprovados serão arquivados havendo, no entanto, o

encaminhamento de uma justificativa pelo indeferimento.

17. Em caso de dúvida, consultar artigos de fascículos já publicados antes de

dirigir-se à Comissão Editorial.

Critérios de avaliação

Todos os trabalhos submetidos são inicialmente examinados pela equipe CR,

comitê editorial e de área e então enviados a dois avaliadores ad hoc no

mínimo. As revisões são submetidas normalmente para três consultores ad hoc.

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Anexo III – Normas da Revista Semina: Ciências Agrárias para submissão do artigo:

Investigação de Brucella ovis por PCR em tempo realem semen ovino commercial.

Normas editoriais para publicação na Semina: ciências agrárias

A revista Semina: Ciências Agrárias, com periodicidade trimestral, é uma publicação de

divulgação científica do Centro de Ciências Agrárias da Universidade Estadual de

Londrina. Tem como objetivo publicar artigos, comunicações, relatos de casos e revisões

relacionados às Ciências Agronômicas, Ciência e Tecnologia de Alimentos, Medicina

Veterinária, Zootecnia e áreas afins.

Categorias dos Trabalhos

a) Artigos científicos: no máximo 25 páginas incluindo figuras, tabelas e referências

bibliográficas;

b) Comunicações científicas: no máximo 12 páginas, com referências bibliográficas

limitadas a 16 citações e no máximo duas tabelas ou duas figuras ou uma tabela e uma

figura;

b) Relatos de casos: No máximo 10 páginas, com referências bibliográficas limitadas a 12

citações e no máximo duas tabelas ou duas figuras ou uma tabela e uma figura;

c) Artigos de revisão: no máximo 35 páginas incluindo figuras, tabelas e referências

bibliográficas.

Apresentação dos Trabalhos

Os originais completos dos artigos, comunicações, relatos de casos e revisões podem ser

escritos em português, inglês ou espanhol e devem ser enviados em três cópias impressas

em papel A4, com espaçamento duplo, elaborado no editor de texto Word for Windows,

fonte Times New Roman, tamanho 12 normal, com margens esquerda e direita de 2,5 cm e

superior e inferior de 2 cm, respeitando-se o número de páginas, devidamente numeradas,

de acordo com a categoria do trabalho. Figuras (desenhos, gráficos e fotografias) e tabelas

serão numeradas em algarismos arábicos e devem estar separadas no final do trabalho. As

figuras e tabelas deverão ser apresentadas nas larguras de 8 ou 16 cm com altura máxima

de 22 cm, lembrando que se houver a necessidade de dimensões maiores, no processo de

editoração haverá redução para as referidas dimensões. As legendas das figuras deverão ser

colocadas em folha separada obedecendo à ordem numérica de citação no texto.

Fotografias devem ser identificadas no verso e desenhos e gráfico na parte frontal inferior

pelos seus respectivos números do texto e nome do primeiro autor. Quando necessário

deve ser indicado qual é a parte superior da figura para o seu correto posicionamento no

texto.

Preparação dos manuscritos

Artigo científico:

Deve relatar resultados de pesquisa original das áreas afins, com a seguinte organização

dos tópicos: Título; Título em inglês; Resumo com Palavras-chave (no máximo seis

palavras); Abstract com Key-words (no máximo seis palavras); Introdução; Material e

Métodos; Resultados e Discussão com as conclusões no final ou Resultados, Discussão e

Conclusões separadamente; Agradecimentos; Fornecedores, quando houver e Referências

Bibliográficas. Os tópicos devem ser escritos em letras maiúsculas e minúsculas e

destacados em negrito, sem numeração. Quando houver a necessidade de subitens dentro

dos tópicos, os mesmos devem receber números arábicos. O trabalho submetido não pode

ter sido publicado em outra revista com o mesmo conteúdo, exceto na forma de resumo de

congresso, nota prévia ou formato reduzido.

Na primeira página do manuscrito devem constar as seguintes informações:

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1. Título do trabalho: O título, acompanhado de sua tradução para o inglês, deve ser breve

e suficientemente específico e descritivo, contendo palavras que permitam ao leitor ter

uma idéia do conteúdo do artigo.

2. Nomes dos autores: Deverão ser escritos por extenso, separados por ponto e vírgula,

logo abaixo do título do trabalho. A instituição, os órgãos de fomento e a identificação dos

autores deverão ser feitos por inserção numérica de notas de rodapé ao final do título e dos

nomes. O autor para correspondência com endereço completo, telefone, fax e E-mail

deverá ser destacado com um asterisco sobrescrito junto ao seu número de identificação.

A partir da segunda página do manuscrito a apresentação do trabalho deve obedecer à

seguinte ordem:

1. Título do trabalho, acompanhado de sua tradução para o inglês.

2. Resumo e Palavras-chave: Deve ser incluído um resumo informativo com um mínimo

de 150 e um máximo de 300 palavras, na mesma língua que o artigo foi escrito,

acompanhado de sua tradução para o inglês (Abstract e Key words).

3. Introdução: Deverá ser concisa e conter revisão estritamente necessária à introdução do

tema e suporte para a metodologia e discussão.

4. Material e Métodos: Poderá ser apresentado de forma descritiva contínua ou com

subitens, de forma a permitir ao leitor a compreensão e reprodução da metodologia citada

com auxílio ou não de citações bibliográficas.

5. Resultados e discussão com conclusões ou Resultados, Discussão e Conclusões: De

acordo com o formato escolhido, estas partes devem ser apresentadas de forma clara, com

auxílio de tabelas, gráficos e figuras, de modo a não deixar dúvidas ao leitor, quanto à

autenticidade dos resultados, pontos de vistas discutidos e conclusões sugeridas.

6. Agradecimentos: As pessoas, instituições e empresas que contribuíram na realização do

trabalho deverão ser mencionadas no final do texto, antes do item Referências

Bibliográficas.

Observações:

Quando for o caso, antes das referências, deve ser informado que o artigo foi aprovado

pela comissão de bioética e foi realizado de acordo com as normas técnicas de

biosegurança e ética.

Notas: Notas referentes ao corpo do artigo devem ser indicadas com um símbolo

sobrescrito, imediatamente depois da frase a que diz respeito, como notas de rodapé no

final da página.

Figuras: Quando indispensáveis figuras poderão ser aceitas e deverão ser assinaladas no

texto pelo seu número de ordem em algarismos arábicos. Se as ilustrações enviadas já

foram publicadas, mencionar a fonte e a permissão para reprodução.

Tabelas: As tabelas deverão ser acompanhadas de cabeçalho que permita compreender o

significado dos dados reunidos, sem necessidade de referência ao texto.

Grandezas, unidades e símbolos: Deverá obedecer às normas nacionais correspondentes

(ABNT).

7. Citações dos autores no texto: Deverá seguir o sistema de chamada alfabética escrita

com letras maiúsculas seguidas do ano de publicação de acordo com os seguintes

exemplos:

Os resultados de DUBEY (2001) confirmam que o.....

De acordo com SANTOS et al. (1999), o efeito do nitrogênio….

Beloti et al. (1999b) avaliaram a qualidade microbiológica….

......e inibir o teste de formação de sincício (BRUCK et al., 1992).

......comprometendo a qualidade de seus derivados (AFONSO; VIANNI, 1995).

8. Referências Bibliográficas: As referências bibliográficas, redigidas segundo a norma

NBR 6023, ago. 2000, da ABNT, deverão ser listadas na ordem alfabética no final do

artigo. Todos os autores participantes dos trabalhos deverão ser relacionados,

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independentemente do número de participantes (única exceção à norma – item 8.1.1.2). A

exatidão e adequação das referências a trabalhos que tenham sido consultados e

mencionados no texto do artigo, bem como opiniões, conceitos e afirmações são da inteira

responsabilidade dos autores.

As outras categorias de trabalhos (Comunicação científica, Relato de caso e Revisão)

deverão seguir as mesmas normas acima citadas, porem, com as seguintes orientações

adicionais para cada caso:

Comunicação científica

Uma forma concisa, mas com descrição completa de uma pesquisa pontual ou em

andamento (nota prévia), com documentação bibliográfica e metodologia completas, como

um artigo científico regular. Deverá conter os seguintes tópicos: Título (português e

inglês); Resumo com Palavras-chave; Abstract com Key-words; Corpo do trabalho sem

divisão de tópicos, porém seguindo a seqüência – introdução, metodologia, resultados

(podem ser incluídas tabelas e figuras), discussão, conclusão e referências bibliográficas.

Relato de caso

Descrição sucinta de casos clínicos e patológicos, achados inéditos, descrição de novas

espécies e estudos de ocorrência ou incidência de pragas, microrganismos ou parasitas de

interesse agronômico, zootécnico ou veterinário. Deverá conter os seguintes tópicos:

Título (português e inglês); Resumo com Palavras-chave; Abstract com Key-words;

Introdução com revisão da literatura; Relato do (s) caso (s), incluindo resultados,

discussão e conclusão; Referências Bibliográficas.

Artigo de revisão bibliográfica

Deve envolver temas relevantes dentro do escopo da revista. O número de artigos de

revisão por fascículo é limitado e os colaboradores poderão ser convidados a apresentar

artigos de interesse da revista. No caso de envio espontâneo do autor (es), é necessária a

inclusão de resultados próprios ou do grupo envolvido no artigo, com referências

bibliográficas, demonstrando experiência e conhecimento sobre o tema.

O artigo de revisão deverá conter os seguintes tópicos: Título (português e inglês); Resumo

com Palavras-chave; Abstract com Key-words; Desenvolvimento do tema proposto (com

subdivisões em tópicos ou não); Conclusão; Agradecimentos (se for o caso) e Referências

Bibliográficas.

Outras informações importantes

1. O autor principal deverá enviar, junto com o original, autorização para publicação do

trabalho na Semina Ciências Agrárias, comprometendo-se a não publicá-lo em outro

periódico.

2. A publicação dos trabalhos depende de pareceres favoráveis da assessoria científica “Ad

hoc” e da aprovação do Comitê Editorial da Semina Ciências Agrárias, UEL.

3. Não serão fornecidas separatas aos autores, uma vez que os fascículos estarão

disponíveis no endereço eletrônico da revista (http://www.uel.br/proppg/semina).

4. Os trabalhos não aprovados para publicação serão devolvidos ao autor.

5. Transferência de direitos autorais: Os autores concordam com a transferência dos

direitos de publicação do referido artigo para a revista. A reprodução de artigos somente é

permitida com a citação da fonte e é proibido o uso comercial das informações.

6. As questões e problemas não previstos na presente norma serão dirimidos pelo Comitê

Editorial da área para a qual foi submetido o artigo para publicação.

Universidade Estadual de Londrina

Centro de Ciências Agrárias

Departamento de Medicina Veterinária Preventiva

Comitê Editorial da Semina: Ciências Agrárias

Campus Universitário - Caixa Postal 6001 86051-990, Londrina, Paraná, Brasil.

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Anexo V – Normas da Revista Pesquisa Agropecuária Brasileira para submissãodo artigo:

Diagnóstico da Brucelaovis em rebanhos ovinos pela PCR em tempo real

Diretrizes para Autores

Escopo e política editorial

A revista Pesquisa Agropecuária Brasileira (PAB) é uma publicação mensal da Embrapa,

que edita e publica trabalhos técnico-científicos originais, em inglês, resultantes de

pesquisas de interesse agropecuário. A principal orma de contribuição é o Artigo, mas a

PAB também publica Notas Científicas e Revisões a convite do Editor.

As submissões de artigos científicos, notas científicas e revisões (a convite do editor)

devem ser encaminhadas via eletrônica e, preferencialmente, em inglês. No entanto,

aqueles encaminhados em português ou espanhol terão que ser obrigatoriamente

traduzidos para o inglês antes de serem publicados. As despesas de tradução serão de

responsabilidade dos autores.

Análise dos artigos

A Comissão Editorial faz a análise dos trabalhos antes de submetê-los à assessoria

científica. Nessa análise, consideram-se aspectos como escopo, apresentação do artigo

segundo as normas da revista, formulação do objetivo de forma clara, clareza da redação,

fundamentação teórica, atualização da revisão da literatura, coerência e precisão da

metodologia, resultados com contribuição significativa, discussão dos fatos observados em

relação aos descritos na literatura, qualidade das tabelas e figuras, originalidade e

consistência das conclusões. Após a aplicação desses critérios, se o número de trabalhos

aprovados ultrapassa a capacidade mensal de publicação, é aplicado o critério da relevância

relativa, pelo qual são aprovados os trabalhos cuja contribuição para o avanço do

conhecimento científico é considerada mais significativa. Esse critério é aplicado somente

aos trabalhos que atendem aos requisitos de qualidade para publicação na revista, mas que,

em razão do elevado número, não podem ser todos aprovados para publicação. Os

trabalhos rejeitados são devolvidos aos autores e os demais são submetidos à análise de

assessores científicos, especialistas da área técnica do artigo.

Forma e preparação de manuscritos

Os trabalhos enviados à PAB devem ser inéditos (não terem dados – tabelas e figuras –

publicadas parcial ou integralmente em nenhum outro veículo de divulgação técnico-

científica, como boletins institucionais, anais de eventos, comunicados técnicos, notas

científicas etc.) e não podem ter sido encaminhados simultaneamente a outro periódico

científico ou técnico. Dados publicados na forma de resumos, com mais de 250 palavras,

não devem ser incluídos no trabalho.

- São considerados, para publicação, os seguintes tipos de trabalho: Artigos Científicos,

Notas Científicas e Artigos de Revisão, este último a convite do Editor.

- Os trabalhos publicados na PAB são agrupados em áreas técnicas, cujas principais são:

Entomologia, Fisiologia Vegetal, Fitopatologia, Fitotecnia, Fruticultura, Genética,

Microbiologia, Nutrição Mineral, Solos e Zootecnia.

- O texto deve ser digitado no editor de texto Microsoft Word, em espaço duplo, fonte

Times New Roman, corpo 12, folha formato A4, com margens de 2,5 cm e com páginas e

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linhas numeradas.

Informações necessárias na submissão on-line de trabalhos

No passo 1 da submissão (Início), em “comentários ao editor”, informar a relevância e o

aspecto inédito do trabalho.

No passo 2 da submissão (Transferência do manuscrito), carregar o trabalho completo em

arquivo Microsoft Word.

No passo 3 da submissão (Inclusão de metadados), em “resumo da biografia” de cada

autor, informar o link do sistema de currículos lattes (ex.:

http://lattes.cnpq.br/0577680271652459). Clicar em “incluir autor” para inserir todos os

coautores do trabalho, na ordem de autoria.

Ainda no passo 3, copiar e colar o título, resumo e termos para indexação (key words) do

trabalho nos respectivos campos do sistema.

No passo 4 da submissão (Transferência de documentos suplementares), carregar, no

sistema on-line da revista PAB, um arquivo Word com todas as cartas (mensagens) de

concordância dos coautores coladas conforme as explicações abaixo:

- Colar um e-mail no arquivo word de cada coautor de concordância com o seguinte

conteúdo:

“Eu, ..., concordo com o conteúdo do trabalho intitulado “.....” e com a submissão para a

publicação na revista PAB.

Como fazer:

Peça ao coautor que lhe envie um e-mail de concordância, encaminhe-o para o seu próprio

e-mail (assim gerará os dados da mensagem original: assunto, data, de e para), marque

todo o email e copie e depois cole no arquivo word. Assim, teremos todas as cartas de

concordâncias dos co-autores num mesmo arquivo.

Organização do Artigo Científico

A ordenação do artigo deve ser feita da seguinte forma:

- Artigos em português - Título, autoria, endereços institucionais e eletrônicos, Resumo,

Termos para indexação, título em inglês, Abstract, Index terms, Introdução, Material e

Métodos, Resultados e Discussão, Conclusões, Agradecimentos, Referências, tabelas e

figuras.

- Artigos em inglês - Título, autoria, endereços institucionais e eletrônicos, Abstract, Index

terms, título em português, Resumo, Termos para indexação, Introduction, Materials and

Methods, Results and Discussion, Conclusions, Acknowledgements, References, tables,

figures.

- Artigos em espanhol - Título, autoria, endereços institucionais e eletrônicos, Resumen,

Términos para indexación; título em inglês, Abstract, Index terms, Introducción,

Materiales y Métodos, Resultados y Discusión, Conclusiones, Agradecimientos,

Referencias, cuadros e figuras.

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- O título, o resumo e os termos para indexação devem ser vertidos fielmente para o

inglês, no caso de artigos redigidos em português e espanhol, e para o português, no caso

de artigos redigidos em inglês.

- O artigo científico deve ter, no máximo, 20 páginas, incluindo-se as ilustrações (tabelas e

figuras), que devem ser limitadas a seis, sempre que possível.

Título

- Deve representar o conteúdo e o objetivo do trabalho e ter no máximo 15 palavras,

incluindo-se os artigos, as preposições e as conjunções.

- Deve ser grafado em letras minúsculas, exceto a letra inicial, e em negrito.

- Deve ser iniciado com palavras chaves e não com palavras como “efeito” ou

“influência”.

- Não deve conter nome científico, exceto de espécies pouco conhecidas; neste caso,

apresentar somente o nome binário.

- Não deve conter subtítulo, abreviações, fórmulas e símbolos.

- As palavras do título devem facilitar a recuperação do artigo por índices desenvolvidos

por bases de dados que catalogam a literatura.

Nomes dos autores

- Grafar os nomes dos autores com letra inicial maiúscula, por extenso, separados por

vírgula; os dois últimos são separados pela conjunção “e”, “y” ou “and”, no caso de artigo

em português, espanhol ou em inglês, respectivamente.

- O último sobrenome de cada autor deve ser seguido de um número em algarismo

arábico, em forma de expoente, entre parênteses, correspondente à chamada de endereço

do autor.

Endereço dos autores

- São apresentados abaixo dos nomes dos autores, o nome e o endereço postal completos

da instituição e o endereço eletrônico dos autores, indicados pelo número em algarismo

arábico, entre parênteses, em forma de expoente.

- Devem ser agrupados pelo endereço da instituição.

- Os endereços eletrônicos de autores da mesma instituição devem ser separados por

vírgula.

Resumo

- O termo Resumo deve ser grafado em letras minúsculas, exceto a letra inicial, na

margem esquerda, e separado do texto por travessão.

- Deve conter, no máximo, 200 palavras, incluindo números, preposições, conjunções e

artigos.

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- Deve ser elaborado em frases curtas e conter o objetivo, o material e os métodos, os

resultados e a conclusão.

- Não deve conter citações bibliográficas nem abreviaturas.

- O final do texto deve conter a principal conclusão, com o verbo no presente do

indicativo.

Termos para indexação

- A expressão Termos para indexação, seguida de dois-pontos, deve ser grafada em letras

minúsculas, exceto a letra inicial.

- Os termos devem ser separados por vírgula e iniciados com letra minúscula.

- Devem ser no mínimo três e no máximo seis, considerando-se que um termo pode

possuir duas ou mais palavras.

- Não devem conter palavras que componham o título.

- Devem conter o nome científico (só o nome binário) da espécie estudada.

- Devem, preferencialmente, ser termos contidos no AGROVOC: Multilingual

Agricultural Thesaurus ou no Índice de Assuntos da base SciELO .

Introdução

- A palavra Introdução deve ser centralizada e grafada com letras minúsculas, exceto a

letra inicial, e em negrito.

- Deve apresentar a justificativa para a realização do trabalho, situar a importância do

problema científico a ser solucionado e estabelecer sua relação com outros trabalhos

publicados sobre o assunto.

- O último parágrafo deve expressar o objetivo de forma coerente com o descrito no início

do Resumo.

Material e Métodos

- A expressão Material e Métodos deve ser centralizada e grafada em negrito; os termos

Material e Métodos devem ser grafados com letras minúsculas, exceto as letras iniciais.

- Deve ser organizado, de preferência, em ordem cronológica.

- Deve apresentar a descrição do local, a data e o delineamento do experimento, e indicar

os tratamentos, o número de repetições e o tamanho da unidade experimental.

- Deve conter a descrição detalhada dos tratamentos e variáveis.

- Deve-se evitar o uso de abreviações ou as siglas.

- Os materiais e os métodos devem ser descritos de modo que outro pesquisador possa

repetir o experimento.

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- Devem ser evitados detalhes supérfluos e extensas descrições de técnicas de uso

corrente.

- Deve conter informação sobre os métodos estatísticos e as transformações de dados.

- Deve-se evitar o uso de subtítulos; quando indispensáveis, grafá-los em negrito, com

letras minúsculas, exceto a letra inicial, na margem esquerda da página.

Resultados e Discussão

- A expressão Resultados e Discussão deve ser centralizada e grafada em negrito, com

letras minúsculas, exceto a letra inicial.

- Todos os dados apresentados em tabelas ou figuras devem ser discutidos.

- As tabelas e figuras são citadas seqüencialmente.

- Os dados das tabelas e figuras não devem ser repetidos no texto, mas discutidos em

relação aos apresentados por outros autores.

- Evitar o uso de nomes de variáveis e tratamentos abreviados.

- Dados não apresentados não podem ser discutidos.

- Não deve conter afirmações que não possam ser sustentadas pelos dados obtidos no

próprio trabalho ou por outros trabalhos citados.

- As chamadas às tabelas ou às figuras devem ser feitas no final da primeira oração do

texto em questão; se as demais sentenças do parágrafo referirem-se à mesma tabela ou

figura, não é necessária nova chamada.

- Não apresentar os mesmos dados em tabelas e em figuras.

- As novas descobertas devem ser confrontadas com o conhecimento anteriormente

obtido.

Conclusões

- O termo Conclusões deve ser centralizado e grafado em negrito, com letras minúsculas,

exceto a letra inicial.

- Devem ser apresentadas em frases curtas, sem comentários adicionais, com o verbo no

presente do indicativo.

- Devem ser elaboradas com base no objetivo do trabalho.

- Não podem consistir no resumo dos resultados.

- Devem apresentar as novas descobertas da pesquisa.

- Devem ser numeradas e no máximo cinco.

Agradecimentos

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- A palavra Agradecimentos deve ser centralizada e grafada em negrito, com letras

minúsculas, exceto a letra inicial.

- Devem ser breves e diretos, iniciando-se com “Ao, Aos, À ou Às” (pessoas ou

instituições).

- Devem conter o motivo do agradecimento.

Referências

- A palavra Referências deve ser centralizada e grafada em negrito, com letras minúsculas,

exceto a letra inicial.

- Devem ser de fontes atuais e de periódicos: pelo menos 70% das referências devem ser

dos últimos 10 anos e 70% de artigos de periódicos.

- Devem ser normalizadas de acordo com a NBR 6023 da ABNT, com as adaptações

descritas a seguir.

- Devem ser apresentadas em ordem alfabética dos nomes dos autores, separados por

ponto-e-vírgula, sem numeração.

- Devem apresentar os nomes de todos os autores da obra.

- Devem conter os títulos das obras ou dos periódicos grafados em negrito.

- Devem conter somente a obra consultada, no caso de citação de citação.

- Todas as referências devem registrar uma data de publicação, mesmo que aproximada.

- Devem ser trinta, no máximo.

Exemplos:

- Artigos de Anais de Eventos (aceitos apenas trabalhos completos)

AHRENS, S. A fauna silvestre e o manejo sustentável de ecossistemas florestais. In:

SIMPÓSIO LATINO-AMERICANO SOBRE MANEJO FLORESTAL, 3., 2004, Santa

Maria. Anais.Santa Maria: UFSM, Programa de Pós-Graduação em Engenharia Florestal,

2004. p.153-162.

- Artigos de periódicos

SANTOS, M.A. dos; NICOLÁS, M.F.; HUNGRIA, M. Identificação de QTL associados à

simbiose entre Bradyrhizobium japonicum, B. elkanii e soja. Pesquisa Agropecuária

Brasileira, v.41, p.67-75, 2006.

- Capítulos de livros

AZEVEDO, D.M.P. de; NÓBREGA, L.B. da; LIMA, E.F.; BATISTA, F.A.S.;

BELTRÃO, N.E. de M. Manejo cultural. In: AZEVEDO, D.M.P.; LIMA, E.F. (Ed.). O

agronegócio da mamona no Brasil. Campina Grande: Embrapa Algodão; Brasília:

Embrapa Informação Tecnológica, 2001. p.121-160.

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Fórmulas, expressões e equações matemáticas

- Devem ser iniciadas à margem esquerda da página e apresentar tamanho padronizado da

fonte Times New Roman.

- Não devem apresentar letras em itálico ou negrito, à exceção de símbolos escritos

convencionalmente em itálico.

Tabelas

- As tabelas devem ser numeradas seqüencialmente, com algarismo arábico, e

apresentadas em folhas separadas, no final do texto, após as referências.

- Devem ser auto-explicativas.

- Seus elementos essenciais são: título, cabeçalho, corpo (colunas e linhas) e coluna

indicadora dos tratamentos ou das variáveis.

- Os elementos complementares são: notas-de-rodapé e fontes bibliográficas.

- O título, com ponto no final, deve ser precedido da palavra Tabela, em negrito; deve ser

claro, conciso e completo; deve incluir o nome (vulgar ou científico) da espécie e das

variáveis dependentes.

- No cabeçalho, os nomes das variáveis que representam o conteúdo de cada coluna

devem ser grafados por extenso; se isso não for possível, explicar o significado das

abreviaturas no título ou nas notas-de-rodapé.

- Todas as unidades de medida devem ser apresentadas segundo o Sistema Internacional

de Unidades.

- Nas colunas de dados, os valores numéricos devem ser alinhados pelo último algarismo.

- Nenhuma célula (cruzamento de linha com coluna) deve ficar vazia no corpo da tabela;

dados não apresentados devem ser representados por hífen, com uma nota-de-rodapé

explicativa.

- Na comparação de médias de tratamentos são utilizadas, no corpo da tabela, na coluna

ou na linha, à direita do dado, letras minúsculas ou maiúsculas, com a indicação em nota-

de-rodapé do teste utilizado e a probabilidade.

- Devem ser usados fios horizontais para separar o cabeçalho do título, e do corpo; usá-los

ainda na base da tabela, para separar o conteúdo dos elementos complementares. Fios

horizontais adicionais podem ser usados dentro do cabeçalho e do corpo; não usar fios

verticais.

- As tabelas devem ser editadas em arquivo Word, usando os recursos do menu Tabela;

não fazer espaçamento utilizando a barra de espaço do teclado, mas o recurso recuo do

menu Formatar Parágrafo.

- Notas de rodapé das tabelas

- Notas de fonte: indicam a origem dos dados que constam da tabela; as fontes devem

constar nas referências.

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- Notas de chamada: são informações de caráter específico sobre partes da tabela, para

conceituar dados. São indicadas em algarismo arábico, na forma de expoente, entre

parênteses, à direita da palavra ou do número, no título, no cabeçalho, no corpo ou na

coluna indicadora. São apresentadas de forma contínua, sem mudança de linha, separadas

por ponto.

- Para indicação de significância estatística, são utilizadas, no corpo da tabela, na forma de

expoente, à direita do dado, as chamadas ns (não-significativo); * e ** (significativo a 5 e

1% de probabilidade, respectivamente).

Figuras

- São consideradas figuras: gráficos, desenhos, mapas e fotografias usados para ilustrar o

texto.

- Só devem acompanhar o texto quando forem absolutamente necessárias à documentação

dos fatos descritos.

- O título da figura, sem negrito, deve ser precedido da palavra Figura, do número em

algarismo arábico, e do ponto, em negrito.

- Devem ser auto-explicativas.

- A legenda (chave das convenções adotadas) deve ser incluída no corpo da figura, no

título, ou entre a figura e o título.

- Nos gráficos, as designações das variáveis dos eixos X e Y devem ter iniciais

maiúsculas, e devem ser seguidas das unidades entre parênteses.

- Figuras não-originais devem conter, após o título, a fonte de onde foram extraídas; as

fontes devem ser referenciadas.

- O crédito para o autor de fotografias é obrigatório, como também é obrigatório o crédito

para o autor de desenhos e gráficos que tenham exigido ação criativa em sua elaboração. -

As unidades, a fonte (Times New Roman) e o corpo das letras em todas as figuras devem

ser padronizados.

- Os pontos das curvas devem ser representados por marcadores contrastantes, como:

círculo, quadrado, triângulo ou losango (cheios ou vazios).

- Os números que representam as grandezas e respectivas marcas devem ficar fora do

quadrante.

- As curvas devem ser identificadas na própria figura, evitando o excesso de informações

que comprometa o entendimento do gráfico.

- Devem ser elaboradas de forma a apresentar qualidade necessária à boa reprodução

gráfica e medir 8,5 ou 17,5 cm de largura.

- Devem ser gravadas nos programas Word, Excel ou Corel Draw, para possibilitar a

edição em possíveis correções.

- Usar fios com, no mínimo, 3/4 ponto de espessura.

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- No caso de gráfico de barras e colunas, usar escala de cinza (exemplo: 0, 25, 50, 75 e

100%, para cinco variáveis).

- Não usar negrito nas figuras.

- As figuras na forma de fotografias devem ter resolução de, no mínimo, 300 dpi e ser

gravadas em arquivos extensão TIF, separados do arquivo do texto.

- Evitar usar cores nas figuras; as fotografias, porém, podem ser coloridas.

Notas Científicas

- Notas científicas são breves comunicações, cuja publicação imediata é justificada, por se

tratar de fato inédito de importância, mas com volume insuficiente para constituir um

artigo científico completo.

Apresentação de Notas Científicas

- A ordenação da Nota Científica deve ser feita da seguinte forma: título, autoria (com as

chamadas para endereço dos autores), Resumo, Termos para indexação, título em inglês,

Abstract, Index terms, texto propriamente dito (incluindo introdução, material e métodos,

resultados e discussão, e conclusão, sem divisão), Referências, tabelas e figuras.

- As normas de apresentação da Nota Científica são as mesmas do Artigo Científico,

exceto nos seguintes casos:

- Resumo com 100 palavras, no máximo.

- Deve ter apenas oito páginas, incluindo-se tabelas e figuras.

- Deve apresentar, no máximo, 15 referências e duas ilustrações (tabelas e figuras).

Outras informações

- Não há cobrança de taxa de publicação.

- Os manuscritos aprovados para publicação são revisados por no mínimo dois

especialistas.

- O editor e a assessoria científica reservam-se o direito de solicitar modificações nos

artigos e de decidir sobre a sua publicação.

- São de exclusiva responsabilidade dos autores as opiniões e conceitos emitidos nos

trabalhos.

- Os trabalhos aceitos não podem ser reproduzidos, mesmo parcialmente, sem o

consentimento expresso do editor da PAB.

Contatos com a secretaria da revista podem ser feitos por telefone: (61)3448-4231, via e-

mail: [email protected] ou pelos correios:

Embrapa Informação Tecnológica Pesquisa Agropecuária Brasileira – PAB

Caixa Postal 040315 CEP 70770 901 Brasília, DF

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Condições para submissão

Como parte do processo de submissão, os autores são obrigados a verificar a

conformidade da submissão em relação a todos os itens listados a seguir. As submissões

que não estiverem de acordo com as normas serão devolvidas aos autores.

1. O manuscrito deve ser inédito e não pode ter sido submetido, simultaneamente, a

outro periódico, e seus dados (tabelas e figuras) não podem ter sido publicados

parcial ou totalmente em outros meio de publicação técnicos ou científicos

(boletins institucionais, anais de eventos, comunicados técnicos, notas científicas,

etc.).

2. O texto deve ser submetido no formato do Microsoft Word, em espaço duplo,

escrito na fonte Times New Roman 12, tamanho de papel A4, com páginas e linhas

numeradas; e o arquivo não deve ultrapassar o tamanho de 20 MB.

3. O artigo deve ter, no máximo, 20 páginas e tem que estar organizado na seguinte

ordem: Título; nome completo dos autores, seguido de endereço institucional e

eletrônico; Resumo; Termos para indexação; Title, Abstract; Index terms;

Introdução; Material e Métodos; Resultados e Discussão; Conclusões;

Agradecimentos; Referências; tabelas e figuras.

4. Os padrões de texto e de referências bibliográficas devem ser apresentados de

acordo com as orientações, para a apresentação de manuscritos, estabelecidas nas

Diretrizes aos autores, as quais se encontram na página web da revista PAB.

5. Mensagens de concordância dos coautores com o conteúdo do manuscrito e sua

submissão à revista devem ser compiladas pelo autor correspondente em um

arquivo do Microsoft Word e carregadas no sistema como um documento

suplementar, no quarto passo do processo de submissão.

6. Diante do grande número de trabalhos recebidos para publicação (média de 110

por mês), solicitamos sua concordância com os seguintes procedimentos adotados

pela revista PAB:

Os trabalhos são analisados pela Comissão Editorial, antes de serem submetidos à

assessoria científica. Nessa análise, consideram-se os seguintes aspectos, entre

outros: escopo, apresentação do artigo segundo as normas da revista; formulação

do objetivo de forma clara; clareza da redação; fundamentação teórica; atualização

da revisão da literatura; coerência e precisão da metodologia; discussão dos fatos

observados em relação aos descritos na literatura; resultados com contribuição

significativa; qualidade das tabelas e figuras; e, finalmente, originalidade e

consistência das conclusões.

Após a aplicação desses critérios, caso o número de trabalhos aprovados ultrapasse

a capacidade de publicação mensal, é aplicado o critério da relevância relativa.

Segundo esse critério, os trabalhos com contribuição mais significativa para o

avanço do conhecimento científico são aprovados. Esse critério é aplicado apenas

aos trabalhos que atendam aos requisitos de qualidade, mas que, por excederem a

capacidade de publicação mensal da revista, não podem ser todos aprovados. Por

esse mesmo motivo, informamos que não aceitamos pedido de reconsideração.