UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHAO DEPARTAMENTO DE OCEANOGRAFIA E LIMNOLOGIA

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇAOSUSTENTABILIDADE DE ECOSSISTEMAS

MESTRADO

PROJETO DE DISSERTAÇÃOAntonio Eduardo Pinheiro Presoti

Orientadores: Prof. Drª. Gilvanda Silva NunesProf. Dr. Cláudio Urbano Pinheiro

ESTUDO SOBRE A SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL E SOCIOECONÔMICA DA SOJICULTURA NA

MICRORREGIÃO DE CHAPADINHA/MA.

1

A gênese da soja no Brasil

• O aumento resultante nos preços da soja conduziu à expansão rápida do cultivo mecanizado da soja no PR; Uma geada na região Sul do Brasil em 1975 também acelerou o abandono do café.

• Outros fatores p/troca de culturas, no Sul: uso intensivo de mão-de-obra, tais como o café, incluem o aumento dos direitos dados a meieiros e leis de salário mínimo.

• O uso da soja como substituto para a farinha de peixe (sobre-pesca Peru) em ração de animais usada nos EUA e Europa; uma seca nos EUA conduziu à suspensão temporária de remessas de soja para a Europa.

• A agricultura no Brasil representa uma grande vantagem sobre concorrentes em países temperados. Picos de trabalho intenso nas épocas de plantio e de colheita que são necessários na z. temperada.

O avanço da soja

• A soja se deslocou então do Paraná ao cerrado: o desenvolvimento de combinações soja-bactéria que permitiram plantar soja sem fertilizantes nitrogenados; O desenvolvimento de variedades tolerantes a (-) P no solo e (+) de Al e preço das terras muito baixos.

• A soja tem se expandido rapidamente na Amazônia: preços altos da soja e os subsídios governamentais indiretos em várias formas, incluindo a volumosa despesa pública com infra-estrutura de transporte como hidrovias.

O avanço da soja

• A soja representa uma força nova e poderosa entre as ameaças ao meio-ambiente no Brasil, os gestores e o público precisam estar atentos aos impactos.

• Mecanismos legais ñ anulam o efeito arrasto: pecuária e madeireiras, reforçado pelo lobby da soja.

• A soja é diferente de outras mercadorias como o cacau e o caféutiliza grandes áreas planas e destrói habitat´s.

• Sementes transgênicas (-) custos de produção.

O avanço da soja

• Transferência progressiva do cultivo de áreas temperadas para áreas tropicais, a terra é + barata.

• No MMA a soja tem pouca conectividade com os impactos na biodiversidadedestruição de habitat´s.

• O mercado p/ a soja é tripartite: a soja a granel, o óleo de soja e o farelo de soja. Farelo vai para a Europa (para alimentar porcos e aves), grãos e óleo vai para a Ásia.

• A safra global da soja aumentou rapidamente, expandindo-se a 10% aa de 1989 a 1998 (~135%).

• A China, que até 1993 era um exportador de soja, hoje é a (+) importador. A demanda futura da China é um fator ??.

• No Brasil a expansão da soja se dá, no cerrado e nos vários tipos de campos nativos amazônicos. A diversidade + alta.

Programas e subsídios

• Subsídios induziram a soja para o cerrado. Os Programas POLOCENTRO distribuiu US$577 milhões em empréstimos subsidiados entre 1975 e 1982, conversão de 2,4 milhões de ha de savana para agricultura e PRODECER, começado em 1974 com financiamento da Ag. Japonesa (JICA). O atual programa o PRODECERIII.

• A infra-estrutura para soja: CONSÓRCIO Brasiliana, 1998; Programa Brasil em Ação, 1999; O Plano Plurianual (PPA) para 2000-2003; Programa Avança Brasil, 1999.

O ‘efeito de arrasto’ e o desenvolvimento destrutivo

• O “efeito de arrasto” escapa ao RIMA. Os custos ñ incluem a perda de biodiversidade; impactos dos sistemas de transporte, erosão do solo, e efeitos de substâncias químicas agrícolas sobre o meio ambiente e a saúde humana, a expulsão de populações, a falta de produção de comida para consumo local, sojicultura mecanizada em substituição à de subsistência=desemprego,(escola, saneamento).

• O plantio da soja desloca 11 trabalhadores agrícolas.• O impacto da soja excede a perda direta de áreas naturais

convertidas. Somente a soja justifica o desenvolvimento da infra-estrutura: construir 8 hidrovias, 3 estradas de ferro, e uma rede extensa de rodovias.

IMPACTOS AMBIENTAIS E SOCIAIS pela conversão da terra à soja.

• O espírito patriótico ninguém acreditava que o cerrado ñ servia para nada.

• Limites sobre insumos, tais como os fosfatos, que devem ser importados. Topografia e fatores físicos são importantes para agricultura mecanizada, p/o caso da soja.

• “Sem critérios técnicos bem definidos” a terra poderia tornar-se inaproveitável por causa do cultivo da soja em municípios como os de Humaitá, Canutama e Lábrea.

• Perda de ecossistemas convertidos em soja. Mas, poucos sojicultores cortaram floresta para a soja; eles compram terras já desmatadas dos agricultores pequenos.

IMPACTOS AMBIENTAIS E SOCIAIS pela conversão da terra à soja.

• Quando a terra é convertida para culturas mecanizadas como a soja, a maioria da população humana é expulsa.

• Geração de emprego: no MA a média é 1 trabalhador p/167 ha de soja, podendo chegar a 1 p/cada 200 ha; trabalhadores qualificados do RS, PR são trazidos para operar a maquinaria.

• Pequenos agricultores que foram deslocados mudaram para áreas urbanas, muitos seguiram pela Rod. BR-364 (financ. p/ Banco Mundial) para áreas de fronteira em RO, e foram um fator fundamental na atividade de desmatamento tropical.

IMPACTOS AMBIENTAIS E SOCIAIS pela conversão da terra à soja.

• O cerrado, com apenas 1,5% da sua área em reservas federais é um dos ecossistemas menos protegidos no Brasil. Um estudo do INPE de imagens de 1992 e 1993 que indicam que tinham sido desmatados 65% do cerrado para pastagens, agricultura e centros urbanos.

• O cultivo da soja provoca compactação e erosão do solo No fim dos anos noventa mais de 100.000 ha de terra de soja foram abandonadas (transformadas em pastagens) por causa de esgotamento do solo.

• Agrotóxicos usados para combater doenças, insetos e ervas daninhas no cultivo da soja podem ter impactos no ambiente.

• Onde há soja, pode-se esperar que as altas doses de agrotóxicos usadas nessa cultura concentrar-se-ão nos lagos e nos peixes.

IMPACTOS DE INDÚSTRIAS relacionadas à soja

• Instalações adicionais para esmagamento, uma em Itacoatiara, AM, com capital venezuelano.

• Já que uma grande parte da safra de soja do Brasil é transportada para Rotterdam para alimentar os porcos europeusHolambra uma colônia de criadores de porcos holandeses em MT. Suínosproduz poluição de fezes e urina, (problema nos Países Baixos). Em SC, sofre dos mesmos problemas. O esterco seria usado como fertilizante no AMpossibilidade de contaminação por metais pesados e hormônios de crescimento

Impactos de infra-estrutura de transporte • 1-A Estrada para o Pacífico A soja no Acre são usados como

justificativa para construir a Estrada exportação de madeira do AC é um efeito arrasto.

• 2. Hidrovia Paraguai-Paraná (Hidrovia do Pantanal) Impactos significativos O trecho Corumbá para Cáceres seria o pior do ponto de vista de impactos ambientais no Pantanal.

• 3. Hidrovia Tocantins-Araguaia A Ilha de Bananal é o local do P.I. do Araguaia e o P.N.do Araguaia. O EIA e o RIMA para esta hidrovia omitiram porções do texto original; o que fazer com os 2,5 milhões de m3 de sedimentos a serem dragados e 204.000 m3 de pedras a serem explodidos, nem sobre o impacto das explosões; o nível do rio é muito baixo para navegar de junho a novembro, período que corresponde à época da colheita da soja.

Impactos de infra-estrutura de transporte

• 4. Hidrovia Teles Pires-Tapajós as obras foram suspensas por uma ordem judicial em jun.97 porque o EIA omitiu impactos sobre os povos indígenas ao longo da rota. Um truque inteligente: rel.em duas seções, tribo Munducuru.

• 5. Hidrovia do Rio Madeira . A soja é transferida para barcaças; no entanto, o governo do AM está dando prioridade para a promoção de soja e arroz irrigado nos campos de Humaitá. Estudos condenem esta área para desenvolvimento agrícola.

• 6. Hidrovias do Rio Branco e Rio Negro-Orinoco As análises de custo/benefício indicam que RO tem a (-) margem de lucro. Os planos de Maggi para plantar soja em RO são 500.000 ha, caso a Hidrovia do Rio Branco prove ser viável.

Impactos de infra-estrutura de transporte

• 7. Rodovia Boa Vista-Georgetown com os argumentos para a Rodovia estão baseados na soja. Companhias malasianas de exploração madeireira sejam os principais beneficiários.

• 8. Rodovia Santarém-Cuiabá já é uma grande fonte de mogno ilegal. Pressão política para pavimentar a estrada é liderada por Blairo Maggi, senador de MT, dono do Grupo Maggi

• 9. Hidrovia do Rio Capim daria acesso a barcaças ao pólo de soja de Paragominas, assim conectando essa área com o porto de água funda em Barcarena.

• 10. Ferrovia Norte-Sul ligaria Goiânia, GO, com Açailândia, MA, onde conectaria com a Estrada de Ferro de Carajás que conduz ao porto de Itaquí perto de São Luís.

Impactos de infra-estrutura de transporte

• 11. Ferronorte conectaria Uberaba e Uberlândia, em MG com Vilhena, em RO. Conectará à rede ferroviaria em SP-FEPASA em Santa Fé do Sul.

• 12. Estrada de Ferro Madeira-Mamoré,construída em 1912 e abandonada em 1972, é uma das propostas para o transporte de soja. Isto evitaria as cataratas no Rio Madeira, escoando a produção da Bolívia, a parte sul de RO, e o MT.

• 13. Outras Rodovias do MA para MG unem a área de produção de soja de Balsas, também provendo acesso a áreas no PI. Estas rodovias só foram feitas através do empréstimo de melhoria de estradas do Banco Mundial para o MA, PI e TO. As rodovias atravessam a melhor área preservada de vegetação de cerrado.

Impactos de infra-estrutura de transporte

• Pouco benefício local. O terminal de Itacoatiara emprega apenas 17 pessoas. Benefícios de impostos são mínimos. Desde 1996, a ‘Lei Kandir’, isenta produtos rumo a exportação de pagar o ISS que, de outra forma, iria para os governos municipais.

• O presidente da Camargo Corrêa na hora de assumir o cargo, a Camargo Corrêa já estava instalando as eclusas na 1ª barragem (Tucuruí) e estava melhor posicionada para obter todos os contratos ao longo da Hidrovia Tocantins-Araguaia.

• Parte da Ferrovia Norte-Sul foi construída em 1988, mas foi interrompida por um escândalo financeiro: obras públicas sem aprovação ambiental depois que os RIMA fossem obrigatórios em janeiro de 1986.

FUTURO: DINÂMICA DE EXPANSÃO DA SOJA “Lobbies” e subsídios

• No MA, e.g., o gerente de planejamento (MURAD),é o marido da governadora, tem um império de soja se expandindo em Balsas. Decisões incluem a revogação de parte do P.E. Serra do Mirador (A.Itapecuru). Uma parte do parque é apto para soja.

• A agricultura familiar no MA está diminuindo rapidamente frente ao avanço da soja. O MA também é uma das maiores fontes de migrantes para a AM áreas de garimpo. A garimpagem causa a poluição por mercúrio; ocupação cabeceiras dos rios amazônicos; a invasão de terras indígenas, expondo a doenças, violência e desculturação, e impedindo a demarcação das reservas. Entre os 19/7 eram do MA.

• A soja requer investimentos pesados de capital (maquinaria, preparação do terreno e insumos agrícolas, essa cultura empresários ricos da agroindústriaconcentração de renda.

FUTURO: DINÂMICA DE EXPANSÃO DA SOJA “Lobbies” e subsídios

• Em AM distribuição de subsídios a soja de Humaitá e áreas de arroz irrigado eram o carro chefe da campanha do governador na eleição 1998. Foi trazido fertilizante de Israel pelo governo estadual e distribuído (pagamento só depois da colheita). Fertilizante de Cubatão, perto de Santos, SP (distante 3.340 km) valeria US$200/t. Calcário, foi trazido por caminhão de Pimenta Bueno, RO (distante 700 km) grátis. Calcário em P.Bueno vale US$7,05/t, e o frete até Humaitá é US$22,94/t.

• A legislação requer um EIA-RIMA para todas as rodovias. Porém, nenhum critério define a “construção” de rodovia. Um caminho ilegal de madeireiros pode se tornar uma estrada pavimentada, sem ser considerada como “construção” de uma rodovia. A Maggi está ajudando, com a construção da estrada Aripuanã-Apuí e com melhoria da estrada Apuí-Novo Aripuanã.

FUTURO: DINÂMICA DE EXPANSÃO DA SOJA “Lobbies” e subsídios

• O calcário deve ser re-aplicado a cada três anos. A exigência de calcário é de 4-8 t/ha, caso que é calculado com base na saturação de alumínio no solo conforme a recomendação da EMBRAPA. Considerando o CA e o MG no solo, além do AL, seria indicado uma dosagem de 7-8 t/ha de calcário . Menos calcário é requerido em áreas de floresta desmatada(2 t/ha de calcário) do que em áreas de cerrado( 4-6 t/ha).

• A Cooperativa COPASA - AM, que é fomentado pela Maggi, está tentando obter um título de 850.000 ha de terras da união (terras devolutas) no município de Novo Aripuanã. A COPASA encorajou o desmatamento entre dezembro de 1998 e agosto de 1999, para o plantio de soja. A Maggi prometeu comprar toda a soja beneficiada produzida pela cooperativa. Um total de 85.000 ha foi desmatado segundo o IBAMA. E os migrantes depois? já que o emprego oferecido pela soja é mínimo.

FUTURO: DINÂMICA DE EXPANSÃO DA SOJA “Lobbies” e subsídios

• O “lobby” ruralista: em 1999, pressão dos ruralistas levou a uma anistia parcial das dívidas agrícolas do ano mais alta do que os US$4 bilhões do acordo prévio.

• Acredita-se que o “lobby” da soja seja responsável pela a obtenção de subsídios federais que permitiu que a soja se expandisse para áreas mais distantes, com solos mais pobres, o que não teria sido justificado na ausência dos subsídios. E o R$ p/saúde, educação, meio ambiente?? etc.

• O uso da soja transgênica no País abriria o caminho para as sementes de soja “Roundup-Ready™” da Monsanto. Estas sementes GM resistentes ao herbicida Roundup™, ou glifosfato, também Monsanto. O Roundup™ mata as plantas daninhas. No lado positivo: ñ ara ñ compacta o solo, ñ erode.

• Para a Monsanto um monopólio efetivo sobre uma série de insumos essenciais no processo de produção de soja, aumentando a chance que de elevação dos preços.

FUTURO: DINÂMICA DE EXPANSÃO DA SOJA, “Lobbies” e subsídios

• A própria Maggi se opõe a abertura do País para trangênicos.• A expansão adicional da soja é voltada para a exportação, e

não tem nada a ver com a alimentação dos brasileiros.• Um dos problemas c/ projetos de desenvolvimento amazônicos

é a pressão política antes que os impactos ambientais e sociais dos projetos sejam analisados e julgados são anunciadas obras públicas sem EIA/RIMA.

• Até 1998 a China tinha se tornado o maior importador do mundo em todos os três mercados: soja a granel, óleo e farelo de soja. Com a expansão de soja nos EUA está chegando ao seu limite, é provável que a demanda crescente da China seja suprida pela AL.

• Espera-se que o avanço pare quando a provisão de produção exceder a demanda global causando a queda de preços, tornando a expansão adicional da soja antieconômica.

CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES• Os impactos da expansão da soja sobre a biodiversidade e

outras considerações de desenvolvimento sugerem:• 1) criar áreas protegidas com antecedência ao estabelecimento

das fronteiras de soja.• 2) encorajar a eliminação dos diversos subsídios que aceleram

a expansão da soja deixa-la sob as forças de mercado.• 3) levar a cabo estudos, com rapidez, para avaliar os custos de

impactos sociais e ambientais associados à expansão da soja.• São necessários melhores métodos para quantificar custos de

oportunidade de dinheiro e terra.• 4) fortalecer o sistema regulador de impactos ambientais,

inclusive avaliação dos “efeito de arrasto” da infra-estrutura, que estimulam outras atividades econômicas destrutivas.

• 5) criar mecanismos para assumir compromissos de não implantação de projetos de infra-estrutura específicos que forem julgados como tendo impactos excessivos.

UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHAO DEPARTAMENTO DE OCEANOGRAFIA E LIMNOLOGIA

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇAOSUSTENTABILIDADE DE ECOSSISTEMAS

MESTRADO

PROJETO DE DISSERTAÇÃOAntonio Eduardo Pinheiro Presoti

Orientadores: Prof. Drª. Gilvanda Silva NunesProf. Dr. Cláudio Urbano Pinheiro

ESTUDO SOBRE A SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL E SOCIOECONÔMICA DA SOJICULTURA NA

MICRORREGIÃO DE CHAPADINHA/MA.

1

INTRODUÇÃO• A SOJA (Glycine max (L) Merrill) É ORIUNDA DA ÁSIA (AO

LONGO DO RIO YANTSÉ – CHINA - 5000 ANOS – PLANTA RASTEIRAEVOLUIU POR CRUZAMENTOS.

• INTRODUÇÃO E CULTIVO COMERCIAL PELOS EUA EM 1940.

• INICIALMENTE NO SUL(DÉC.60~70), EXPANDIU-SE E O CENTRO OESTE PASSOU(2005) +REGIÃO PRODUTORA.

• COMBINAÇÕES SOJA-BACTÉRIA; NOVAS VARIEDADES TOLERANTES A (-)P e (+)Al; PREÇOS BAIXOS DA TERRA; PREÇOS ALTO (em U$) DA SOJA – MERC.INTERNACIONAL; SUBSIDIOS E INFRAESTRUTURA

2

INTRODUÇÃO• SUBSÍDIOS: POLOCENTRO U$ 577 75/82; PRODECER I, II, III CONVERSÃO

2,4 MILHÕES DE HECTARES DE CERRADO PARA AGRICULTURA

• INFRAESTRUTURA: CONSÓRCIO BRASILIANA 98; PROG. BRASIL EM AÇÃO 99; P.P.ANUAL 00/03. 8 HIDROV.;3 EST.FERRO; REDE RODOVIAS

• ESTRADAS/HIDROVIAS: 1-A Estrada para o Pacífico; 2. Hidrovia Paraguai-Paraná (Hidrovia do Pantanal) 3. Hidrovia Tocantins-Araguaia; 4. Hidrovia Teles Pires-Tapajós; 5. Hidrovia do Rio Madeira; 6. Hidrovias do Rio Branco e Rio Negro-Orinoco; 7. Rodovia Boa Vista-Georgetown; 8. Rodovia Santarém-Cuiabá; 9. Hidrovia do Rio Capim em Barcarena; 10. Ferrovia Norte-Sul ligaria Goiânia, GO, com Açailândia, MA, onde conectaria com a Estrada de Ferro de Carajás que conduz ao porto de Itaquí perto de São Luís; 11. Ferronorte conectaria Uberaba e Uberlândia, em MG com Vilhena, em RO. Conectará à rede ferroviaria em SP-FEPASA em Santa Fé do Sul; 12. Estrada de Ferro Madeira-Mamoré,construída em 1912 e abandonada em 1972, é uma das propostas para o transporte de soja; 13. Outras Rodovias do MA para MG unem a área de produção de soja de Balsas, também provendo acesso a áreas no PI. As rodovias atravessam a melhor área preservada de vegetação de cerrado.

3

INTRODUÇÃO• REPRESENTA 6% DO PIB (2002) = U$ 30 bi; ÍTEM DE MAIOR PESO

PAUTA EXPORTAÇÃO.

• EMPREGOU 5,5 MILHÕES DE PESSOAS(2002).

• EUA É O 1º COM ½ E O BRASIL É O 2º COM ¼ DA PRODUÇÃO MUNDIAL.

• SOJA É ≠ DE OUTRAS CULTURASÁREAS PLANASPROPRIEDADES > 2000 HA

• RETIRADA DA FLORESTA NATIVA (CF 20% E APP) EROSÃO ASSOREAMENTO RIOS.

• MÁQUINAS PESADASCOMPACTAÇÃO SOLO

• SOJICULTURADEPENDÊNCIA DE AGROTÓXICOS (40 DOENÇAS) E DA CORREÇÃO DO SOLO (Ca, P, K e N) GARANTIR A PRODUTIVIDADE.

4

INTRODUÇÃO• EM 2006 U$5,6 BI – ADUBOS E FERTILIZANTES. (Fonte: ABIQUIM)

• AGROTÓXICOS 1 : MOVIMENTOU U$ 3,9 BI EM 2006 . (Fonte: ABIQUIM)

• SOJA E CANA-DE-AÇUCAR MAIOR DEMANDA POR AGROTÓXICOREFLEXOS NO CORPO HÍDRICOSAÚDE HUMANA

• AGROTOXICOS 2: herbicidas (40%)-89 CT I/II=15/20, fungicidas (31%)- 53 CT I/II=15/7, inseticidas (24%)- 75 CT I/II=13/28 I – Ext/ II – Alt CT Class. Tox. 5~10lt/ha.

• CERRADOBIODIVERSIDADE ELEVADAIMPACTOS NEGATIVOS .

• NECESSIDADE DE ESTUDOS E DE MONITORAMENTO.

5

• 6

IMPACTOS SOCIAIS E AMBIENTAIS

• GERAÇÃO DE EMPREGO: NO MA A MÉDIA É 1 TRABALHADOR P/167~200 HA DE SOJA, DESLOCAM 11 TRABALHADORES. M.O. QUALIFICADOS DO RS, PR E MS SÃO TRAZIDOS PARA OPERAR A MAQUINARIA.

• O CERRADO, SÓ CONTA C/ 1,5% DA SUA ÁREA EM RESERVAS FEDERAIS É UM (-)PROTEGIDOS.

• UM ESTUDO DO INPE DE IMAGENS DE 1992/3 DESMATADOS 65% DO CERRADO P/PASTAGENS, AGRICULTURA E CENTROS URBANOS.

• 7

INTRODUÇÃO

11.584.734 11.702.919

13.963.677

22.082.666

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Nº de hectare

ano

Brasil - soja

Brasil

Sul

Centro-Oeste

Norte

Nordeste

sudeste

Brasil 11.584.734 11.702.919 13.963.677 22.082.666

Sul 6.159.016 5.419.277 6.100.936 8.131.849

Centro-Oeste 3.894.482 4.554.047 5.537.597 10.278.595

Norte 34.760 24.737 73.004 517.943

Nordeste 376.889 571.085 847.076 1.488.313

sudeste 1.119.587 1.133.773 1.135.064 1.665.966

1990 1995 2000 2006

• Fonte: IBGE 8

INTRODUÇÃO

0

5.000.000

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20.000.000

25.000.000

Brasil

Sul

Centro-Oeste

Brasil 11.584.734 11.702.919 13.963.677 22.082.666

Sul 6.159.016 5.419.277 6.100.936 8.131.849

Centro-Oeste 3.894.482 4.554.047 5.537.597 10.278.595

1990 1995 2000 2006

0

200.000

400.000

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800.000

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1.200.000

1.400.000

1.600.000

Norte

Nordeste

Norte 34.760 24.737 73.004 517.943

Nordeste 376.889 571.085 847.076 1.488.313

1990 1995 2000 2006

9

INTRODUÇÃO

0

100.000

200.000

300.000

400.000

500.000

Maranhão

Micro-RegiaoChapadinha

Maranhão 15.305 87.690 178.716 383.284

Micro-RegiaoChapadinha

411 24.682

1990 1995 2000 2006

Área plantada por região - 2006

24.682

4.3797.920 7.383

2.670

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30.000

MR Chapad. Anapurus Brejo Buriti Mata-Roma

Microregião e 4 municipios (22.352=91%)

area

pla

ntad

a

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INTRODUÇÃO

PELOS GRÁFICOS ACIMAIDÉIA DA EVOLUÇÃO DA ÁREA PLANTADA E PERSPECTIVA DE AVANÇO NA MICRORREGIÃO A SER ESTUDADA. LESTE MA = 44; MR = 9

y = 5912,5x - 7457,5R2 = 0,9463

y = 6298x - 4750,4R2 = 0,9682

0

5.000

10.000

15.000

20.000

25.000

30.000

35.000

Leste MA.

MicrorregiãoChapadinha

Linear(MicrorregiãoChapadinha)Linear (LesteMA.)

Leste MA. 3.170 7.306 12.538 18.782 28.922

MicrorregiãoChapadinha

550 3.716 7.875 14.577 24.682

2002 2003 2004 2005 2006

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ÁREA ESTUDO• OS ESTUDOS SERÃO REALIZADOS NA MICRO-BACIA DO RIO

PRETO, AFLUENTE LD DO RIO MUNIM. O RIO PRETO NASCE NO SUL DO MUNICÍPIO DE BURITI, COORDENADAS: 3°56'41.96" SUL E 43° 2'31.40" OESTE. PERCORRE CERCA DE 230 KM DESÁGUA NO RIO MUNIM NA LOCALIDADE DE NINA RODRIGUES.

• A MICRO-BACIA RP, COM UMA SUPERFÍCIE DE 5500 KM2. A SUPERFÍCIE DA BACIA É DE 15.926,94 KM2, REPRESENTANDO CERCA DE 4,8% DA ÁREA DO ESTADO

• A MICRO-REGIÃO DE CHAPADINHA ENCONTRA-SE EM UMA REGIÃO DE TRANSIÇÃO VEGETAL ENTRE O CLIMA SUPERÚMIDO E O SEMI-ARIDO.

12

ÁREA ESTUDO

• Rio Preto

• Bacia do Munim

• Bacia do Munim

• Micro-bacia do Rio Preto

• Pontos de amostragem

13

ÁREA ESTUDO

• Buriti

• Brejo• Anapurus

• Mata Roma

Ocorrência de solos nos 4 municípios

Latossolos amarelos (LA) Plintosolo (PT)Podzolico vermelho amarelo (PV)

Fonte: Embrapa/Zane

14

ÁREA ESTUDO15

Fonte: Google

ÁREA ESTUDO 16Fonte: CBERS 06

OBJETIVOS

• OBJETIVOS GERAIS

PRETENDE-SE ANALISAR OS PRINCIPAIS PROBLEMAS AMBIENTAIS E SOCIOECONÔMICOS DECORRENTES DA IMPLANTAÇÃO DA MONOCULTURA DA SOJA NOS MUNICÍPIOS.

REALIZAR UM DIAGNÓSTICO SOBRE A POSSÍVEL CONTAMINAÇÃO POR AGROTÓXICO NA MICRO-BACIA DO RIO PRETOSUSTENTABILIDADE AMBIENTAL.

OBJETIVOS• OBJETIVOS ESPECÍFICOS

FAZER UM LEVANTAMENTO HISTÓRICO DO PROCESSO DE EVOLUÇÃO DA ATIVIDADE SOJICULTORA EM CHAPADINHA.

LEVANTAMENTO DOS AGROTÓXICOS UTILIZADOS .

IDENTIFICAR OS LIMITES TERRITORIAIS DAS PROPRIEDADES COM SOJA, E A RELAÇÃO GEOGRÁFICA COM A MICRO-BACIA DO RP.

CONHECER O MODUS OPERANDI DAS FAZENDAS SOJICULTORAS.

OBJETIVOS

• OBJETIVOS ESPECÍFICOS

IDENTIFICAR A DESTINAÇÃO FINAL DAS EMBALAGENS DOS AGROTÓXICOS.

DETERMINAR OS PONTOS E A ÉPOCA DE COLETAS DE ÁGUA E SEDIMENTOS NA MICRO-BACIA DO RP.

REALIZAR O DIAGNÓSTICO FÍSICO-QUÍMICO E OUTROS PARÂMETROS RELATIVOS A ÁGUA E SEDIMENTOS.

METODOLOGIA LEVANTAMENTO E ANÁLISE DA BIBLIOGRAFIA RELACIONADA

COM O TEMA E A ÁREA OBJETO DA PESQUISA, COMO IBGE, EMBRAPA, FAPCEN E SITES (NET) E VISITA ÀS ÁREAS DOS MUNICÍPIOS;

CARACTERIZAÇÃO GEOGRÁFICA, DELIMITAÇÃO DA ÁREA DO MUNICÍPIO UTILIZANDO-SE SENSORIAMENTO REMOTO, CONSIDERANDO OS ASPECTOS FÍSICOS E AS ATIVIDADES DA SOJICULTURA (ÁREA PLANTADA, ÁREA DEVASTADA, ETC);

METODOLOGIA REALIZAÇÃO DE ATIVIDADES DE CAMPO COMPREENDENDO

OBSERVAÇÃO E AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS RELACIONADOS COM A SOJICULTURA, NA ÁREA DO ESTUDO. SERÃO VISITADOS DIFERENTES PONTOS DOS RIOS QUE DRENAM OS MUNICÍPIOS;

APLICAÇÃO DE QUESTIONÁRIOS PARA LEVANTAMENTO DE DADOS SOCIOECONÔMICOS E PRINCIPAIS AGROTOXICOS UTILIZADOS;

REGISTROS FOTOGRÁFICO DAS ÁREAS IMPACTADAS;

METODOLOGIA COLETA DE AMOSTRAS DE ÁGUA E SEDIMENTOS, ANÁLISES QUÍMICAS PARA DETERMINAÇÃO DOS

PARÂMETROS FÍSICO-QUÍMICOS DAS ÁGUAS E SEDIMENTOS.

TRATAMENTO ESTATÍSTICO DOS DADOS INTERPRETAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS

OBTIDOS E REDAÇÃO PRELIMINAR E ELABORAÇÃO DO RELATÓRIO FINAL DO TRABALHO.

METODOLOGIA• AS COLETAS SERÃO REALIZADAS NOS MESES

DEZEMBRO/2006, FEV.,ABRIL, JUN.,AGO.,OUT/2007 EM 04 PONTOS DE AMOSTRAGEM, NO RIO PRETO.

• Pontos de amostragem no Rio Preto

• Rio Preto

METODOLOGIA• REALIZAÇÃO DE ANÁLISES QUÍMICA PARA DETERMINAÇÃO DOS

PARÂMETROS FÍSICO-QUÍMICOS, BIOLÓGICOS E DE POSSÍVEIS CONTAMINANTES (AGROTÓXICOS) DAS ÁGUAS E SEDIMENTO;

• ANALISES DE BIOINDICADORES - FITOPLANCTON, UTILIZANDO O ÍNDICE DE SHANNON WEAVER;

• UTILIZAÇÃO DE ÍNDICES DE CARACTERIZAÇÃO AMBIENTAL: ÍNDICE DE ESTADO TRÓFICO – CLOROFILA “A“ E FÓSFORO;

• AVALIAÇÃO (GERAL) DA QUALIDADE DA ÁGUA DO RIO PRETO, NA REGIÃO AMOSTRADA, ESTABELECER RELAÇÕES N:P;

• AVALIAÇÃO DOS VALORES ENCONTRADOS DOS AGROTÓXICOS FRENTE À LEGISLAÇÃO (CONAMA 357);

• UTILIZAÇÃO DE TESTES ESTATÍSTICOS PARA O CRUZAMENTO DE DADOS: ACP, MATRIZ DE CORRELAÇÃO;

• INTERPRETAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS OBTIDOS E REDAÇÃO PRELIMINAR E ELABORAÇÃO DO RELATÓRIO FINAL DO TRABALHO;

METODOLOGIAÁgua superficial/sedimento

item parâmetros métodos1 Vazão2 Temp.ar e água  Termômetro 3 pH  Multi-parametro- 4 Oxigênio dissolvido  Multi-parâmetro- 5 Condutividade Condutivímetro

6Sólidos totais dissolvidos - TDS  Multi-parâmetro-

7 Turbidez  Turbidímetro8 Nitrogênio total   Espectrofotométrico9 Fósforo total   Espectrofotométrico10 Clorofila a Espectrofotométrico11 Fitoplancton  Cont.microscópio12 Granulometria Peneira

13Pesticidas: Alachlor; 2,4-D; Clorpirifós; Carbendazim; Cipermetrina; Methamidophos; Paraquat; Thiram   

REFERÊNCIAS FÓRUM CARAJÁS - O Maranhão dos grandes projetos de exclusão.

http://www.forumcarajas.org.br. Capturado 04/11/2006. EMBRAPA – SOJA – Tecnologia de Produção de Soja – região central do Brasil 2005.

http://www.cnpso.embrapa.br. Capturado 04/11/2006. FUNDAÇÃO CENTRO BRASILEIRO DE REFERÊNCIA E APOIO CULTURAL - Agrotóxicos

contaminam igarapés. http://www.cebrac.org.br. Capturado 04/11/2006. GRUPO DE TRABALHO AMAZÔNICO - Maranhão protesta contra a soja

http://www.gta.org.br. Capturado 04/11/2006. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍTICA - IBGE:

http://www.sidra.ibge.gov.br/bda/pesquisas/pam/default.asp. Capturado 04/11/2006. PROGRAMA DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O DESENVOLVIMENTO - Soja afeta ambiente e

trabalhadores no MA. http://www.pnud.org.br/meio_ambiente/reportagens/index.php. Capturado 04/11/2006.

SCIENTIFIC ELECTRONIC LIBRARY ONLINE – SCIELO - Geoquímica das águas da bacia hidrográfica do Rio Descoberto, Brasília. http://test.scielo.br/scielo.php. Capturado em 04/11/2006.

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO RIO DE JANEIRO - X simpósio brasileiro de geografia física aplicada - Impactos ambientais da monocultura da soja, no município de Balsas-MA.http://geografia.igeo.uerj.br/xsbgfa/cdrom/eixo3/3.4/226/226.htm. Capturado em 04/11/2006.

WORLD WIDE FUND – WWF-BRASIL - Avaliação de sustentabilidade da expansão do cultivo da soja para exportação no Brasil. http://www.bothends.org/strategic/soy26.pdf. Capturado em 04/11/2006.

RESULTADOS ESPERADOS ESPERA-SE, AO TERMINO DOS TRABALHOS,

OBSERVADAS AS DATAS PROPOSITIVAS DE ENTREGA:

TER UM DIAGNÓSTICO E PROGNÓSTICO DO CORPO HÍDRICO DO MUNICÍPIO E A RELAÇÃO COM A SOJA;

TER UM DIAGNÓSTICO E PROGNOSTICO DA OCUPAÇÃO DO SOLO E A RELAÇÃO COM A SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL PARA A SOJA;

PROPOR OS PROGNÓSTICOS CONTENDO MEDIDAS MITIGADORAS E PREVENTIVAS PARA A REGIÃO, SE FOR O CASO DE DEMANDA POR TAIS MEDIDAS.