52
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ DIENERRY SOUZA DOS SANTOS ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA PARA ABERTURA DE UMA EMPRESA DE BOLOS E DOCES FINOS EM CURITIBA. CURITIBA 2015

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ DIENERRY SOUZA DOS …

  • Upload
    others

  • View
    1

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

1

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANAacute

DIENERRY SOUZA DOS SANTOS

ANAacuteLISE DE VIABILIDADE ECONOcircMICO-FINANCEIRA PARA ABERTURA DE

UMA EMPRESA DE BOLOS E DOCES FINOS EM CURITIBA

CURITIBA

2015

2

DIENERRY SOUZA DOS SANTOS

ANAacuteLISE DE VIABILIDADE ECONOcircMICO-FINANCEIRA PARA ABERTURA DE

UMA EMPRESA DE BOLOS E DOCES FINOS EM CURITIBA

Trabalho apresentado como requisito parcial agrave obtenccedilatildeo do grau de Especialista do curso de MBA em Inteligecircncia de Negoacutecios da Universidade Federal do Paranaacute - CEPPAD Orientador Prof Dr Marcos Wagner da Fonseca

CURITIBA

2015

3

AGRADECIMENTOS

Primeiramente a Deus meu mestre por me dar forccedilas e sabedoria para seguir

em frente para concluir este objetivo

Ao meu amado esposo Mauricio Leandro dos Santos pelo seu

companheirismo respeito e paciecircncia Por estar ao meu lado em todos os momentos

principalmente nos mais difiacuteceis enxugando as minhas laacutegrimas e me confortando

com palavras e atitudes de incentivo

Ao meu estimado orientador Professor Dr Marcos Wagner da Fonseca que

se prontificou a me beneficiar com sua sabedoria e me mostrar qual a direccedilatildeo eu devia

seguir em cada etapa desta aacuterdua caminhada

4

RESUMO

O objetivo do presente trabalho eacute analisar a viabilidade econocircmico-financeira da abertura de uma empresa de bolos e doces finos no Bairro Alto em Curitiba Para o sucesso real de um novo negoacutecio eacute fundamental a elaboraccedilatildeo de um plano de negoacutecios e uma anaacutelise de viabilidade econocircmico-financeira bem estruturados e robustos pois ambos satildeo alicerces imprescindiacuteveis para dar iniacutecio em um novo empreendimento para isso foi elaborada uma anaacutelise de mercado na qual foi possiacutevel definir o mercado consumidor quais os produtos que seratildeo vendidos os concorrentes reais e potecircnciais e tambeacutem foi efetuado um levantamento do tamanho do negoacutecio onde foi definida a capacidade produtiva investimento inicial localizaccedilatildeo do empreendimento e o fluxo de caixa Foram elaborados demonstrativos de resultados financeiros para averiguar se o projeto eacute viaacutevel ou natildeo economicamente os indicadores utilizados para analisar a viabilidade ou natildeo do empreendimento foi a Valor Presente Liacutequido Taxa Interna de Retorno e payback

Palavras- Chave Plano de negoacutecios viabilidade econocircmico-financeira bolos e doces finos

5

ABSTRACT

The objective of this study is to analyze the economic feasibility of opening an cakes and gourmet company Bairro Alto in Curitiba For the real success of a new business is essential to create a business plan and an analysis of economic and financial viability well-structured and robust as both are essential foundations to start on a new venture for it was drawn up an analysis of market in which it was possible to define the consumer market which products will be sold the actual and potential competitors and has also made a business the size of the survey which was defined production capacity initial investment the project location and the cash flow Were prepared financial income statements to determine whether the project is economically viable or not the indicators used to analyze the feasibility or otherwise of the project was the Net Present Value Internal Rate of Return and payback

Key-words Business Plan economic and financial feasibility cakes and fine pastries

6

LISTA DE ILUSTRACcedilOtildeES

FOTO 1 - BOLO ARTIacuteSTICO 31

FOTO 2 - BOLO DE COPA 32

FOTO 3 - BOLO DE COPA 32

FOTO 4 - NAKED CAKE 32

FOTO 5 - DOCES TRADICIONAIS 33

FOTO 6 - DOCES ESPELHADOS 33

FOTO 7 - DOCES FINOS 33

FOTO 8 - BRIGADEIROS GOURMET 34

FOTO 9 - TACINHAS ACRIacuteLICAS 34

FOTO 10 - TRUFAS 34

FOTO 11 - BOMBONS 35

FOTO 12 - BEM CASADOS 35

FOTO 13 - BEM CASADOS 35

FOTO 14 - FOTO DO IMOacuteVEL ONDE SERAacute INSTALADA A EMPRESA 42

7

LISTA DE TABELAS

TABELA 1 - RESULTADOS DA AMOSTRA - RENDIMENTO POR PESSOA EM

CURITIBA 30

TABELA 2 - CASAMENTOS POR MEcircS DE REGISTRO SEGUNDO O LUGAR DO

REGISTRO ndash 2012 31

TABELA 3 - CONCORRENTES QUE FORNECEM BOLOS E DOCES POR BAIRRO

39

TABELA 4 - INVESTIMENTO INICIAL 41

TABELA 5 - CAPITAL DE GIRO 43

TABELA 6 - PROJECcedilAtildeO DE FLUXO DE CAIXA NOS PRIMEIROS CINCO ANOS 44

TABELA 7 - DEPRECIACcedilAtildeO 44

TABELA 8 - CALCULO DO VALOR PRESENTE LIacuteQUIDO (VPL) 45

TABELA 9 - TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR) 46

TABELA 10 - PAYBACK 46

8

LISTA DE ABREVIATURAS EOU SILGAS

IBGE ndash Instituro Brasileiro de Geograacutefia e Estatiacutestica

PIB ndash Produto Interno Bruto

SEBRAE ndash Serviccedilo Brasileiro de Apoio agraves Micro e Pequenas Empresas

TIR ndash Taxa Interna de Retorno

TMA ndash Taxa Miacutenima de Atratividade

TMT ndash Taxa Miacutenima de Toleracircncia

VAL ndash Valor Atual liacutequido

VPL ndash Valor presente liacutequido

9

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 11

11 PROBLEMA 12

12 OBJETIVO GERAL 12

13 OBJETIVOS ESPECIacuteFICOS 12

2 REFERENCIAL TEOacuteRICO 13

21 EMPREENDEDORISMO 13

211 Caracteriacutesticas e perfil do empreendedor 15

22 PLANO DE NEGOacuteCIOS 16

221 Estrutura do plano de negoacutecios 18

2211 Capa 18

2212 Sumaacuterio 19

2213 Sumaacuterio executivo 19

2214 Anaacutelise estrateacutegica 19

2215 Descriccedilatildeo da empresa 20

2216 Produtos e serviccedilos 20

2217 Plano operacional 20

2218 Plano de recursos humanos 21

2219 Anaacutelise de mercado 21

22110 Estrateacutegia de marketing 21

22111 Plano financeiro 22

22112 Anexos 22

23 VIABILIDADE ECONOcircMICO-FINANCEIRA 22

231 Fluxo de caixa 23

232 Valor Presente Liacutequido (VPL) 24

233 Taxa Interna de Retorno (TIR) 25

234 Periacuteodo de retorno de investimento (Payback) 26

3 METODOLOGIA 27

4 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES 29

41 ANAacuteLISE DE MERCADO 29

411 Mercado consumidor 29

10

412 Produtos que seratildeo vendidos 31

413 Preccedilo de venda 36

414 Previsatildeo de vendas 36

415 Definiccedilatildeo de local de venda dos produtos 37

416 Definiccedilatildeo da demanda e da oferta 37

417 Concorrentes 38

418 Forma de divulgaccedilatildeo dos concorrentes 39

42 TAMANHO DO NEGOacuteCIO 40

421 Capacidade produtiva 40

422 Investimento 40

423 Localizaccedilatildeo 41

424 Entregas 42

43 CAPITAL DE GIRO 42

44 FLUXO DE CAIXA 43

45 ANAacuteLISE DOS INDICADORES (VPL TIR E PAYBACK) 45

451 Valor Presente Liacutequido (VPL) 45

452 Taxa Interna de Retorno (TIR) 45

453 Payback 46

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 47

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS 48

APEcircNDICES 50

11

1 INTRODUCcedilAtildeO

Quando surge uma ideia e eacute possiacutevel identificar nela uma oportunidade eacute o

iniacutecio para a criaccedilatildeo de um negoacutecio

Qualquer empreendimento para ter ecircxito seja ele industrial comercial ou de

serviccedilos depende de inuacutemeras decisotildees que o empreendedor precisa tomar antes de

iniciaacute-lo Uma das decisotildees fundamentais eacute analisar o empreendimento

economicamente para verificar se o projeto vai ser viaacutevel e lucrativo ou natildeo poreacutem

antes das decisotildees surgem agraves duacutevidas e incertezas como qual o ponto de partida

Qual deve ser o capital investido inicialmente Quais produtos seratildeo fabricados

Onde seratildeo vendidos

Para abertura de uma empresa de bolos e doces finos em Curitiba os

questionamentos satildeo os mesmos e para conseguir as respostas para todos esses

questionamentos que andam lado a lado com todos os empreendedores quando

surge a ideia de um novo negoacutecio eacute essencial a construccedilatildeo de um plano de negoacutecios

e principalmente efetuar uma anaacutelise de viabilidade econocircmico-financeira bem

estruturada que traga informaccedilotildees fundamentais para tomar decisotildees mais assertivas

No decorrer desta pesquisa foi possiacutevel responder haacute cada um destes

questionamentos por meio da anaacutelise de mercado definiccedilatildeo do tamanho do negoacutecio

fluxo de caixa e a anaacutelise dos indicadores que estatildeo dispostos no capiacutetulo 4 deste

estudo

Dornelas (2012 p 93) afirma que ldquoum negoacutecio bem planejado teraacute mais

chances de sucesso do que aquele sem planejamento na mesma igualdade de

condiccedilotildeesrdquo

Diante deste contexto a proposta deste projeto eacute analisar a viabilidade

econocircmico-financeira da abertura de uma empresa de bolos e doces finos localizada

no Bairro Alto em Curitiba

12

11 PROBLEMA

Qual a viabilidade econocircmico-financeira da abertura de uma empresa de

bolos e doces finos em Curitiba

12 OBJETIVO GERAL

Investigar qual a viabilidade da implantaccedilatildeo de uma empresa de bolos e

doces finos em Curitiba

13 OBJETIVOS ESPECIacuteFICOS

Elaborar uma anaacutelise do mercado de bolos e doces finos em Curitiba

Definir quais os produtos seratildeo vendidos

Definir a capacidade produtiva

Analisar a viabilidade econocircmico-financeira do negoacutecio

13

2 REFERENCIAL TEOacuteRICO

21 EMPREENDEDORISMO

Um projeto empreendedor se torna possiacutevel apenas se o dono da ideia estiver

disposto a assumir todas as responsabilidades e exigecircncias de abrir um negoacutecio que

sem duacutevida passaraacute a ser seu projeto de vida

Para Dolabela (2006 sn)

Se considerarmos que as empresas quase sempre comeccedilam pequenas isso chega a ser um paradoxo Principalmente porque no mundo de hoje as pequenas empresas constituem a principal fonte de empregos e satildeo responsaacuteveis em muitos paiacuteses por mais de 50 do produto interno bruto (PIB) e pelo maior volume de exportaccedilotildees aleacutem de serem as maiores geradoras de inovaccedilotildees tecnoloacutegicas desde a Segunda Guerra Mundial

Eacute possiacutevel definir empreendedorismo comordquo a capacidade que uma pessoa

possui de formular uma ideia sobre determinado produto ou serviccedilo em um mercado

seja essa ideia nova ou natildeordquo (WILDAUER 2011 p25)

Cabe acrescentar que o empreendedorismo natildeo se refere apenas a pequenos

negoacutecios e empreendimentos novos ldquoNatildeo aborda apenas a criaccedilatildeo de novos

produtos ou serviccedilos mas sim inovaccedilotildees em todos os acircmbitos do negoacuteciordquo

(CHIAVENATO 2007 p261)

Segundo Dolabela (2006 sn) se analisarmos a natureza do

empreendedorismo eacute possiacutevel observar que

A Todas as pessoas nascem empreendedoras Os humanos satildeo

empreendedores

B Empreendedorismo natildeo eacute um assunto atual existe desde a primeira

accedilatildeo inovadora com a finalidade de aperfeiccediloar as relaccedilotildees entre os homens

C Natildeo eacute apenas um fato econocircmico mas tambeacutem social

D O empreendedor estaacute em qualquer lugar natildeo apenas nas pessoas que

abrem seu proacuteprio negoacutecio

E O empreendedorismo eacute uma demonstraccedilatildeo da liberdade humana

14

F Natildeo eacute um acontecimento pessoal e nem uma habilidade que poucas

pessoas possuem eacute algo puacuteblico

G Natildeo existe a possibilidade de fazer transferecircncia de conhecimentos

empreendedores ndash ldquoao contraacuterio do que acontece por exemplo em uma aula

de geografia porque o empreendedorismo natildeo eacute um conteuacutedo cognitivo

convencionalrdquo Nesse entendimento natildeo existe a possibilidade de ensinar

mas eacute possiacutevel aprender a ser empreendedor por meio de um sistema de

ensino bem diferente do tradicional

H Eacute um assunto global e natildeo caracteriacutestico ou complementar E deve ser

apresentado na educaccedilatildeo baacutesica

I O princiacutepio do empreendedorismo e a cidadania O que por sua vez ldquoVisa

agrave construccedilatildeo do bem-estar coletivo do espiacuterito comunitaacuterio da cooperaccedilatildeo

Antes de ser aluno o estudante deve ser considerado um cidadatildeordquo

J Natildeo existe a possibilidade de definir se uma pessoa vai ter sucesso

como empreendedor

Vale enfatizar que o empreendedorismo eacute a envoltura de pessoas e

processos que juntas transformam ideias em oportunidades E a correta efetivaccedilatildeo

destas oportunidades ocasiona a criaccedilatildeo de um negoacutecio bem sucedido (DORNELAS

2012 p 28)

Chiavenato (2007 p 22) e Dornelas (2012 p29) defendem a ideia de que

1 O empreendedorismo abrange todo o processo para criar algo novo que

possua valor e seja valorizado pelo mercado

2 Que o empreendedorismo requer doaccedilatildeo disponibilidade de tempo e

vigor para tornar o novo empreendimento em um negoacutecio de sucesso

3 O empreendedorismo demanda coragem aceitaccedilatildeo de riscos

calculados e decisotildees analiacuteticas e ter flexibilidade com os obstaacuteculos falhas

e fracassos

Eacute possiacutevel concluir que o empreendedorismo eacute um fato cultural isto eacute

consequecircncia de haacutebitos accedilotildees e valores pessoais ldquoExistem famiacutelias (assim como

cidades regiotildees e paiacuteses) mais empreendedoras do que outrasrdquo A pessoa

desenvolve o empreendedorismo no conviacutevio com outros empreendedores num local

onde a possibilidade de ter o proacuteprio negoacutecio eacute visto como algo muito bom

(DOLABELA 2006 sn)

15

Diante disso natildeo eacute possiacutevel falar de empreendedorismo sem mencionar os

empreendedores pois satildeo as atitudes de pessoas que inovam assumem todos os

riscos que proporcionam o crescimento e desenvolvimento da sociedade como um

todo

211 Caracteriacutesticas e perfil do empreendedor

Ser empreendedor eacute acima de tudo ter a capacidade e a necessidade de

realizar coisas novas

O empreendedor ldquoeacute um ser social produto do meio em que vive (eacutepoca e

lugar)rdquo E se a pessoa convive em um meio onde ser empreendedor eacute considerado

algo bom teraacute motivos para abrir seu proacuteprio negoacutecio (DOLABELA 2006 sn)

O empreendedor parte da percepccedilatildeo subjetiva para percepccedilatildeo praacutetica na

qual mostram elementos que podem ser debatidos Esses elementos satildeo os mais

variaacuteveis possiacuteveis que foram originados de perguntas contestaccedilotildees e respostas

localizadas pelo empreendedor ldquoo qual natildeo precisa ser algueacutem com uma formaccedilatildeo

superior com diploma de faculdade ou algueacutem que conte com cursos teacutecnicos ou

praacuteticosrdquo (mesmo esses sendo atributos que auxilie na agilidade de formular

questionamentos e encontrar as soluccedilotildees para os mesmos) (WILDAUER 2011 p

25)

Para Dornelas (2012 p 29) empreendedor eacute a pessoa que percebe uma

oportunidade e arquiteta um negoacutecio para captar recursos calculando todos os riscos

que vai correr Em todas as definiccedilotildees de empreendedorismo nos deparamos com no

miacutenimo as seguintes particularidades em relaccedilatildeo ao empreendedor

1 Possui a atitude de criar um novo negoacutecio e amar aquilo que faz

2 Usa o capital que possui de maneira produtiva mudando o local social e

econocircmico onde estaacute inserido

3 Assume os riscos calculados e a chance do negoacutecio natildeo dar certo

Nessa mesma perspectiva Chiavenato (2007 p7) afirma que o empreendedor

eacute a pessoa que tem a capacidade de fazer as coisas acontecerem eacute favorecido pela

sua percepccedilatildeo para os negoacutecios prudecircncia na aacuterea financeira e a habilidade de

16

perceber as oportunidades Com esse conjunto de competecircncias tem a capacidade

de transformar ideias em negoacutecios O empreendedor possui uma boa imaginaccedilatildeo e eacute

persistente qualidades que combinadas de maneira correta o capacitam para

converter ideias simples em projetos objetivos e bem sucedidos

Para Wildauer (2011 p 26)

Podemos entatildeo enumerar muitas caracteriacutesticas do empreendedor sendo as principais a atitude de saber ouvir de estar atento de saber interpretar e analisar as informaccedilotildees do mercador de ter condiccedilotildees de elaborar um planejamento de suas accedilotildees futuras de traccedilar objetivos e todo um roteiro teoacuterico-praacutetico para poder atingi-lo Sem essas premissas baacutesicas o empreendedor natildeo teraacute sucesso na formulaccedilatildeo do plano de negoacutecios muito menos na sustentaccedilatildeo de seu negoacutecio

Chiavenato (2007 p 4) acredita que ldquoos empreendedores satildeo heroacuteis

populares do mundo dos negoacuteciosrdquo Que geram empregos propagam inovaccedilotildees e

estimulam o crescimento da economia Satildeo muito mais do que somente fornecedores

de produtos e serviccedilos satildeo pessoas que assumem os riscos das oscilaccedilotildees

econocircmicas

Cabe acrescentar que o empreendedor revolucionaacuterio eacute aquele que inventa

novos mercados isto eacute a pessoa cria algo exclusivo como foi o caso do Bill Gattes

fundador da Microsoft que transformou o mundo com o sistema operacional Windows

Contudo grande parte dos empreendedores cria negoacutecios em mercados jaacute existentes

e mesmo assim criam negoacutecios de sucesso (DORNELAS 2012 p30)

Wildauer (2011 p26) conclui que ldquoo empreendedor necessita de uma estrutura

de pensamento sistecircmico e visionaacuterio com base no qual estabeleceraacute metas e

desenharaacute trajetoacuterias para alcanccedilaacute-lasrdquo

22 PLANO DE NEGOacuteCIOS

Para iniciar um empreendimento eacute fundamental fazer um plano de negoacutecios

com ele eacute possiacutevel verificar a viabilidade ou natildeo do empreendimento e definir onde

estamos para onde vamos e mostrar com mais clareza as oportunidades de negoacutecio

17

Do ponto de vista de Dornelas (2012 p 93) ldquoum negoacutecio bem planejado teraacute

mais chances de sucesso do que aquele sem planejamento na mesma igualdade de

condiccedilotildeesrdquo

Nessa mesma perspectiva Dolabela (2006 sn) afirma que vaacuterios

empreendedores bem sucedidos abriram seus empreendimentos sem compreender

pontualmente o que eacute um plano de negoacutecios Poreacutem muitos outros natildeo tiveram o

mesmo fim e o que conseguiram foram negoacutecios fracassados por conta de falhas que

poderiam ter sido evitadas Uma grande quantidade de negoacutecios que possuem um

alto potencial acabam se tornando impraticaacuteveis por conta da incapacidade dos

empreendedores Ainda assim muitas pessoas abrem e vatildeo continuar abrindo

negoacutecios capacitadas ou natildeo para isso

Wildauer (2011 p 39) define plano de negoacutecios como ldquoum documento em

forma de texto no qual eacute apresentada uma proposta de negoacutecio para um mercadordquo

Esse documento deve mostrar com clareza o ponto de vista do empreendedor sobre

o sucesso do seu produto ou serviccedilo no mercado atual

Chiavenato (2007 p132) acredita que

O plano de negoacutecio mdash business planmdash descreve a ideia de um novo empreendimento e projeta os aspectos mercadoloacutegicos operacionais e financeiros dos negoacutecios propostos geralmente para os proacuteximos trecircs ou cinco anos Seu preparo permite a anaacutelise da proposta e ajuda o futuro empreendedor a evitar uma trajetoacuteria decadente que o levaraacute do entusiasmo agrave desilusatildeo e ao fracasso

Eacute possiacutevel sintetizar o plano de negoacutecios como um documento em que o

empreendedor mostra de maneira formal e concreta o negoacutecio que quer idealizar e

expor para seus parceiros soacutecios e investidores apresentando a visatildeo a missatildeo e os

seus propoacutesitos assim como o ldquoplano operacional o plano de marketing o plano de

financeiro e o plano juriacutedicordquo desta forma facilitando a assimilaccedilatildeo e aceitaccedilatildeo do

negoacutecio pelas pessoas interessadas (WILDAUER 2011 p39)

Conforme mencionado por Chiavenato (2007 p 134) o plano de negoacutecios

mobiliza o novo empreendimento na sua totalidade Ele demonstra o levantamento

cansativo dos elementos que fazem parte do negoacutecio ldquosejam internos mdash o que deveraacute

ser produzido como onde quanto mdash sejam externos mdash para quem produzir qual eacute

o mercado quais satildeo os concorrentes etcrdquo

18

Com isso Wildauer (2011 p 45) conclui que ldquoo plano de negoacutecios eacute como um

guia uacutetil para a obtenccedilatildeo de conhecimentos para a concepccedilatildeo de um

empreendimentordquo

221 Estrutura do plano de negoacutecios

O plano de negoacutecios mobiliza todas as informaccedilotildees necessaacuterias para abrir um

negoacutecio por meio dele eacute possiacutevel detectar onde estou e para onde desejo ir dentro do

mercado

Conforme identificado por Dornelas (2012 p 101) ldquonatildeo existe uma estrutura

riacutegida e especiacutefica para se escrever um plano de negoacuteciosrdquo dado que cada negoacutecio

possui suas singularidades e equivalecircncias sendo improvaacutevel delimitar um modelo-

padratildeo de plano de negoacutecios que seja absoluto e adequado para todos os negoacutecios

Todos os planos de negoacutecios devem conter um miacutenimo de seccedilotildees que vatildeo possibilitar

uma compreensatildeo do negoacutecio como um todo Tais seccedilotildees satildeo alinhadas de maneira

que mantenham uma sequecircncia loacutegica que possibilite qualquer pessoa ler o plano e

compreender como a empresa eacute estruturada seus objetivos seus produtos seus

serviccedilos qual seu mercado seu plano financeiro e de marketing

A seguir encontra-se uma breve descriccedilatildeo de cada uma das seccedilotildees do Plano

de Negoacutecios

2211 Capa

Eacute um dos componentes fundamentais do plano de negoacutecios pois eacute a primeira

parte que eacute vista pela pessoa que vai ler deve ser desenvolvida de forma clara e com

os dados adequados (DORNELAS 2012 p 101)

19

2212 Sumaacuterio

O sumaacuterio deve incluir ldquoo tiacutetulo de cada seccedilatildeo do plano de negoacutecios e a paacutegina

respectiva onde se encontra bem como os principais assuntos relacionados em cada

seccedilatildeordquo Isso faz com que fique mais faacutecil o leitor do plano de negoacutecios identificar com

mais agilidade o que lhe interessar (DORNELAS 2012 p 101-102)

2213 Sumaacuterio executivo

O Sumaacuterio Executivo eacute a parte mais importante do plano de negoacutecios ele iraacute

definir se o leitor vai prosseguir ou natildeo com a leitura do plano de negoacutecios Dessa

forma deve ser redigido com bastante concentraccedilatildeo e revisado inuacutemeras vezes e

tambeacutem englobar as informaccedilotildees mais relevantes do plano de negoacutecios Deve ser

direcionado ao puacuteblico-alvo do plano de negoacutecios e deixar claro qual o objetivo do

mesmo em relaccedilatildeo agraves pessoas que estatildeo o lendo ldquoO Sumaacuterio Executivo deve ser a

uacuteltima seccedilatildeo a ser escrita pois depende de todas as outras seccedilotildees do plano para ser

elaboradardquo (DORNELAS 2012 p 102)

2214 Anaacutelise estrateacutegica

Nesta seccedilatildeo eacute determinada a direccedilatildeo que a empresa vai seguir ldquosua visatildeo e

missatildeo sua situaccedilatildeo atual as potencialidades e ameaccedilas externas suas forccedilas e

fraquezas seus objetivos e metas de negoacuteciordquo Essa parte eacute o alicerce para o

crescimento e o estabelecimento das outras accedilotildees redigidas no plano (DORNELAS

2012 p 102)

20

2215 Descriccedilatildeo da empresa

Eacute nessa seccedilatildeo que deve ser feita a descriccedilatildeo da empresa ldquoseu histoacuterico

crescimento faturamento dos uacuteltimos anos sua razatildeo social impostos estrutura

organizacional e legal localizaccedilatildeo parcerias serviccedilos terceirizados etcrdquo

(DORNELAS 2012 p 102)

2216 Produtos e serviccedilos

Nessa seccedilatildeo do plano de negoacutecios devem ser descritos os produtos e serviccedilos

da empresa a maneira que satildeo produzidos o capital disposto seu ciclo de vida os

elementos tecnoloacutegicos envolvidos pesquisa e desenvolvimento os seus clientes

marcas e patentes etc

Nessa seccedilatildeo pode ser incluiacuteda quando estaacute informaccedilatildeo encontra-se disponiacutevel uma visatildeo do niacutevel de satisfaccedilatildeo dos clientes com os produtos e serviccedilos da empresa Esse feedback eacute bastante importante porque costuma oferecer natildeo apenas uma visatildeo do niacutevel de qualidade percebida nos produtos e serviccedilos mas tambeacutem guiar futuros investimentos da empresa em novos desenvolvimentos e processos de produccedilatildeo (DORNELAS 2012 p 102-103)

2217 Plano operacional

Nesta seccedilatildeo devem ser expostas as accedilotildees que a empresa pretende ter na

sua estrateacutegia produtiva e no processo de produccedilatildeo apontando os resultados que

essas accedilotildees teratildeo sobre os criteacuterios de avaliaccedilatildeo dos produtos Deve incluir dados

operacionais atualizados e presumidos como ldquolead time do produto ou serviccedilo

percentual de entregas a tempo rotatividade do inventaacuterio iacutendice de refugo lead time

de desenvolvimento de produto ou serviccedilo etcrdquo (DORNELAS 2012 p 103)

21

2218 Plano de recursos humanos

Devem ser exibidas as propostas de desenvolvimento e treinamento de

pessoal da empresa Esses dados estatildeo pontualmente associados com a

competecircncia da empresa de crescer ldquoespecialmente quando esta atua em um

mercado onde a detenccedilatildeo de tecnologia eacute considerada um fator estrateacutegico de

competitividaderdquo (DORNELAS 2012 p 103)

2219 Anaacutelise de mercado

Nesta seccedilatildeo o responsaacutevel pelo plano de negoacutecios deve deixar claro que os

executivos da empresa entendem perfeitamente o mercado consumidor do seu

produto ou serviccedilo (atraveacutes de pesquisa de mercado) como estaacute segmentado

crescimento do mercado atributos do consumidor anaacutelise da concorrecircncia qual a sua

fatia de mercado e dos concorrentes etc (DORNELAS 2012 p 103)

22110 Estrateacutegia de marketing

Deve ser apresentado o objetivo da empresa para vender seu produtoserviccedilo

e consolidar seus clientes e ampliar sua demanda Deve ser informada sua estrateacutegia

de venda especificidades do produtoserviccedilo preccedilos puacuteblico-alvo canais de

distribuiccedilatildeo projeccedilatildeo das vendas (DORNELAS 2012 p 103)

22

22111 Plano financeiro

Na seccedilatildeo financeira deve mostrar em nuacutemeros todas as accedilotildees planejadas

para a empresa e suas evidecircncias por meio de projeccedilotildees futuras para um negoacutecio

bem sucedido

Deve conter demonstrativo de fluxo de caixa com horizonte de pelo menos trecircs anos balanccedilo patrimonial anaacutelise do ponto de equiliacutebrio necessidades de investimento demonstrativos de resultados anaacutelise de indicadores financeiros do negoacutecio como faturamento previsto margem prevista prazo de retorno sobre o investimento inicial (payback) taxa interna de retorno (TIR) etc (DORNELAS 2012 p 103-104)

22112 Anexos

Nesta seccedilatildeo deve incluir todos os dados considerados importantes para

melhor compreensatildeo do plano de negoacutecios O que natildeo pode ser deixado de anexar eacute

o curriculum vitae dos soacutecios da empresa (DORNELAS 2012 p 104)

23 VIABILIDADE ECONOcircMICO-FINANCEIRA

Analisar o empreendimento economicamente para verificar se o projeto eacute

viaacutevel e lucrativo ou natildeo eacute uma das decisotildees fundamentais de qualquer

empreendedor

A anaacutelise de investimento eacute um mecanismo aacutegil praacutetico e seguro que ajuda

profissionais de inuacutemeras aacutereas no processo de anaacutelise de tomada de decisotildees

financeiras (REBELATTO p 141)

Lapponi (2007 p 123) afirma que

O objetivo da decisatildeo de investimento ou do orccedilamento de capital eacute maximizar o valor da empresa A decisatildeo de alocaccedilatildeo do capital em projeto de investimento eacute fundamental para o sucesso pois os recursos da empresa

23

satildeo comprometidos por longo tempo na direccedilatildeo de seu futuro desejado e isso envolve um grande esforccedilo de tempo e de gerenciamento Cada projeto aprovado eacute um desembolso realizado pela empresa coma expectativa de obter benefiacutecios futuros quantificados pela geraccedilatildeo de um fluxo de retornos adequados em geral por um prazo maior do que um ano

A carecircncia de recursos financeiros diante das muitas necessidades faz com

que seja crucial aperfeiccediloar sua utilizaccedilatildeo A anaacutelise antecipada de investimento

possibilita que se racionalize a forma como os recursos de capital satildeo utilizados

(REBELATTO 2004 p 141)

Para analisar a viabilidade de um projeto economicamente eacute necessaacuterio reunir

uma seacuterie de informaccedilotildees e de dados que precisam ser organizados para atingir seu

objetivo final que eacute o de facilitar a tomada de decisatildeo Vale salientar que o projeto

deve ser um documento que tenha a capacidade de mostrar de uma maneira loacutegica a

visatildeo estrateacutegica do negoacutecio (MACHADO 2002 p 144)

231 Fluxo de caixa

O fluxo de caixa eacute o melhor guia para uma administraccedilatildeo financeira eficiente

de qualquer negoacutecio

O fluxo de caixa eacute a reproduccedilatildeo graacutefica de uma movimentaccedilatildeo financeira ldquoAs

movimentaccedilotildees monetaacuterias satildeo identificadas temporalmente por meio de um conjunto

de entradas e saiacutedas de caixa definido como diagrama de fluxo de caixardquo Essa

representaccedilatildeo proporciona a visualizaccedilatildeo em diferentes momentos com o que estaacute

ocorrendo com o capital (REBELATTO 2004 p 150)

ldquoA identificaccedilatildeo e a quantificaccedilatildeo das estimativas relevantes do projeto satildeo o

iniacutecio da construccedilatildeo do fluxo de caixa do projeto para empresa em funcionamentordquo

(LAPPONI 2007 p 347)

O fluxo de caixa eacute um composto de entradas e saiacutedas de valores monetaacuterios

(dinheiro) no decorrer de um determinado periacuteodo Bem como evidenciar uma opccedilatildeo

possiacutevel de transaccedilotildees financeiras ou seja pagamentos agrave vista pagamentos a prazo

tiacutetulos originais etc (REBELATTO 2004 p 151)

24

232 Valor Presente Liacutequido (VPL)

ldquoO Valor presente liacutequido (VPL) ou valor atual liacutequido (VAL) eacute o valor atual das

entradas de caixa (retornos de capital esperados) incluindo o valor residual (se

houver) menos o valor atual das saiacutedas de caixardquo (REBELATTO 2004 p 214)

A foacutermula para chegar ao VPL eacute (LAPPONI 2007 p 125)

119881119875119871 = minus119868 +119865119862

(1 + 119870)119899

Onde

I= custo inicial ou desembolso inicial

FC= fluxo de caixa

K= taxa requerida

n= prazo de anaacutelise

Rebelatto (2004 p214) afirma que os paracircmetros para que o projeto seja

aceito se refere ao valor presente liacutequido (VPL)

VPLgt0 o projeto eacute aceito

VPLlt0 o projeto eacute rejeitado

VPL=0 o projeto pode ser aceito ou natildeo pois natildeo cria e nem destroacutei

valor para empresa

Para Lapponi (2007 p 134-135) as principais vantagens do VPL satildeo

Considera o fluxo de caixa do projeto na sua totalidade

Considera o valor monetaacuterio (dinheiro) no tempo

Tem a capacidade de medir o valor criado ou destruiacutedo pelo projeto

Pode ser utilizado na avaliaccedilatildeo do projeto independentemente do tipo de

fluxo de caixa utilizado

Seleciona o projeto mais viaacutevel economicamente

25

233 Taxa Interna de Retorno (TIR)

ldquoTaxa Interna de Retorno (TIR) eacute a taxa de desconto que torna o valor atual

liacutequido (VAL) do investimento igual a zero Tambeacutem eacute chamada de taxa interna efetiva

de rentabilidaderdquo (REBELATTO 2004 p 217)

No projeto do tipo simples com o aumento da taxa requerida o VPL do projeto tende ao valor do custo inicial pois o VPL eacute uma funccedilatildeo decrescente da taxa requerida Portanto a decisatildeo com o meacutetodo TIR somente deve ser feita em projetos simples que garantem a existecircncia de uma uacutenica TIRgt -100 Nos outros tipos de fluxo de caixa em geral o meacutetodo da TIR natildeo deve ser utilizado pois haacute a possibilidade de muacuteltiplas TIRs Sendo a TIR a taxa de juro que zera o VPL do projeto simples para qualquer taxa requerida K menor que a TIR o VPL seraacute positivo e para qualquer taxa requerida K maior que a TIR o VPL seraacute negativo (LAPPONI 2007 p 175-176)

Rebelatto (2004 p 217) complementa afirmando que a TIR eacute um meacutetodo

aprimorado de anaacutelise de investimento sendo possivelmente uma das mais usadas

para avaliar projetos econocircmicos A TIR deve ser comparada com a taxa miacutenima de

atratividade (TMA) para analisar se o projeto seraacute aceito ou natildeo

Sendo assim Lapponi (2007 p 176) considera que

Se TIR gt TMA o projeto deve ser aceito pois eacute economicamente viaacutevel

Se TIR lt TMA o projeto deve ser recusado pois eacute economicamente

inviaacutevel

Se TIR = TMA eacute indiferente investir no projeto pois o mesmo natildeo criaraacute

e nem destruiraacute valor da empresa

ldquoA grande vantagem da TIR como indicador de decisatildeo eacute que prescinde de

informaccedilotildees externas ao projeto Tudo que o analista necessita eacute conhecer o perfil do

projeto e alguma ideia de magnitude da taxa de jurosrdquo (MACHADO 2002 p 127)

26

234 Periacuteodo de retorno de investimento (Payback)

ldquoO payback eacute o periacuteodo de tempo em que ocorre o retorno do investimento

Calculado no fluxo de caixa de vida uacutetil de dez anos o payback apresenta-se de vaacuterias

maneiras para cada tipo de empresardquo (BRITO 2003 p 51)

Uma empresa pode nomear o payback como um dos paracircmetros para escolha

de um projeto a fim de minimizar seus riscos Mesmo sendo esse um meacutetodo faacutecil e

simples na praacutetica eacute um dos mais utilizados para efetuar a mediccedilatildeo econocircmica de um

projeto (REBELATTO 2004 p 230)

Segundo Rebelatto (2004 p 231) a foacutermula baacutesica que demonstra o caacutelculo

do payback em fluxos de caixas regulares eacute

PB =I0

FC

Onde

PB= Payback

I0= Investimento inicial

FC= Fluxo de caixa regular

Para executar o meacutetodo payback eacute crucial estabelecer o tempo maacuteximo de

toleracircncia TMT para resgatar o custo inicial ldquoPara decidir se o projeto deve ser aceito

o payback deve ser comparado com o valor de referecircncia TMT de forma querdquo

(LAPPONI 2007 p 245)

Se PB lt TMT o projeto deve ser aceito

Se PB gt TMT o projeto deve ser recusado

A principal vantagem para utilizaccedilatildeo do meacutetodo payback eacute que ele reflete a

liquidez do projeto e por consequecircncia eacute possiacutevel efetuar a avaliaccedilatildeo do risco de natildeo

recuperar o investimento (REBELATTO 2004 p 230)

27

3 METODOLOGIA

Este capiacutetulo tem por objetivo descrever os procedimentos e teacutecnicas

utilizados na pesquisa considerando o problema e aos objetivos gerais e especiacuteficos

Para a execuccedilatildeo da revisatildeo bibliograacutefica realizada neste estudo foi utilizado

livros de especialistas na aacuterea os principais temas abordados foram o

empreendedorismo que eacute um assunto chave quando surge uma ideia para um novo

negoacutecio plano de negoacutecios que eacute um elemento fundamental para o sucesso ou

fracasso de um empreendimento e a viabilidade econocircmico-financeira tema

fundamental visto que o objetivo geral da pesquisa eacute mensurar se a mesma eacute viaacutevel

ou natildeo economicamente

Foi elaborada uma anaacutelise de mercado que estaacute disponiacutevel no item 41 deste

estudo atraveacutes da mesma foi identificado que os principais clientes satildeo das classes

A e B de Curitiba regiatildeo metropolitana no item 42 foi efetuado um levantamento do

tamanho do negoacutecio onde foi definida a capacidade produtiva o investimento inicial e

a localizaccedilatildeo do empreendimento no item 44foi elaborado o fluxo de caixa que

demonstra as previsotildees financeiras do periacuteodo de 5 anos o meacutetodo utilizado para

elaborar a pesquisa foi um estudo de caso de natureza exploratoacuteria quantitativa e

anaacutelise documental

O estudo de caso eacute evidenciado por um estudo minucioso e cansativo de um

ou poucos objetivos desta forma propicia um vasto e detalhado conhecimento sobre

o assunto uma missatildeo praticamente impossiacutevel mediante as outras maneiras de

delineamentos consideradas (GIL 2008 p 57-58)

Prodanov e Freitas (2013 p60) afirmam que o estudo de caso consiste em

recolher e analisar dados sobre determinado indiviacuteduo famiacutelia grupo ou comunidade

com a finalidade de estudar diferentes aspectos das suas vidas conforme o assunto

da pesquisa

Jaacute as pesquisas exploratoacuterias satildeo definidas por Gil (2008 p 27) como as que

Tecircm como principal finalidade desenvolver esclarecer e modificar conceitos e ideias tendo em vista a formulaccedilatildeo de problemas mais precisos ou hipoacuteteses pesquisaacuteveis para estudos posteriores De todos os tipos de pesquisa estas satildeo as que apresentam menor rigidez no planejamento Habitualmente envolvem levantamento bibliograacutefico e documental entrevistas natildeo padronizadas e estudos de caso

28

A pesquisa quantitativa ldquoconsidera que tudo pode ser quantificaacutevel o que

significa traduzir em nuacutemeros opiniotildees e informaccedilotildees para classificaacute-las e analisaacute-lasrdquo

Eacute necessaacuteria a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas estatiacutesticas tais como porcentagem meacutedia

moda desvio-padratildeo coeficiente de correlaccedilatildeo etc (PRODANOV FREITAS 2013

p 69)

Muitos dados que satildeo utilizados em pesquisas satildeo adquiridos indiretamente

por meio de documentosrdquo como livros jornais papeacuteis oficiais registros estatiacutesticos

fotos discos filmes e viacutedeos que satildeo obtidos de maneira indiretardquo Essas fontes

documentais tecircm a capacidade de disponibilizar ao pesquisador um grande nuacutemero

de informaccedilotildees com bastante qualidade para evitar a perda de tempo (GIL 2008 p

147)

Este modelo de pesquisa foi utilizado para definir os principais clientes quais

os produtos que seratildeo vendidos a capacidade produtiva assim como a viabilidade

econocircmico-financeira e operacional do negoacutecio

29

4 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES

41 ANAacuteLISE DE MERCADO

Woiler e Mathias (1994 p41) e Rebelatto (2004 p01) afirmam que a anaacutelise

de mercado eacute um dos pontos mais relevantes para elaboraccedilatildeo de um projeto Atraveacutes

do estudo do mercado obtemos muitas informaccedilotildees tais como

Fazendo a comparaccedilatildeo entre demanda e a oferta encontramos a

possiacutevel escassez da demanda futura Esse resultado proporcionaraacute

informaccedilotildees para que seja definida a escala de produccedilatildeo do projeto

A regiatildeo geograacutefica em que o produto pode ser vendido eacute um dos pontos

mais significativos para que seja definida a localizaccedilatildeo do empreendimento

O preccedilo de venda os custos de comercializaccedilatildeo e os estoques nos

canais de comercializaccedilatildeo satildeo informaccedilotildees relevantes para que seja

elaborada a projeccedilatildeo do projeto

Vale salientar que esses satildeo apenas alguns elementos importantes que eacute

possiacutevel identificar na anaacutelise de mercado existe muitos outros dados que satildeo obtidos

com a mesma

411 Mercado consumidor

ldquoTodas as decisotildees relacionadas a novos empreendimentos contecircm certo

grau de incerteza tanto no que diz respeito agrave informaccedilatildeo na qual as decisotildees estatildeo

baseadas como no que diz respeito agraves suas consequecircnciasrdquo (SEBRAE)

Chiavenato acredita que os clientes tecircm a capacidade de alavancar ou

derrubar um empreendimento ldquoUm cliente pode ser uma organizaccedilatildeo uma empresa

um usuaacuterio dos produtosserviccedilos ou um consumidor finalrdquo Eacute quem adquiri os

produtosserviccedilos ofertados pela organizaccedilatildeo no final da cadeia de transaccedilotildees Eacute ele

que estabelece direta ou indiretamente se o empreendimento teraacute ecircxito ou natildeo Por

30

isso o cliente deve ser considerado como o principal patrimocircnio da empresa (2007

p 207)

Segundo dados do censo 2010 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e

estatiacutestica) dos 576190 (quinhentos e setenta e seis mil cento e noventa) domiciacutelios

de Curitiba 292965 (duzentos e noventa e dois mil novecentos e sessenta e cinco)

possuem renda de mais de 5 a mais de 20 salaacuterios miacutenimos sendo assim cerca de

5085 dos domiciacutelios curitibanos estatildeo enquadrados nas classes A e B Ainda

segundo o IBGE cerca de 137922 (cento e trinta e sete mil novecentos e vinte e dois)

domiciacutelios curitibanos tecircm renda de mais de 10 salaacuterios miacutenimos o que representa

uma meacutedia de 24 dos domiciacutelios de Curitiba

Mais de 249000 (duzentos e quarenta e nove mil) pessoas que residem em

Curitiba cerca de 1423 da populaccedilatildeo tem rendimento mensal de mais de 5 salaacuterios

miacutenimos conforme Tabela 1

TABELA 1 - RESULTADOS DA AMOSTRA - RENDIMENTO POR PESSOA EM CURITIBA

Quantidade de pessoas Salaacuterios miacutenimos

153011 Mais de 5 a 10 salaacuterios miacutenimos

38692 Mais de 10 a 15 salaacuterios miacutenimos

25427 Mais de 15 a 20 salaacuterios miacutenimos

18264 Mais de 20 a 30 salaacuterios miacutenimos

13791 Mais de 30 salaacuterios miacutenimos

FONTE IBGE - CENSO DEMOGRAacuteFICO 2010

Curitiba possui uma populaccedilatildeo de mais de 1750000 (um milhatildeo setecentos

e cinquenta mil habitantes) segundo censo IBGE 2010 sendo que 932000

(novecentos e trinta e dois mil) pessoas com o estado civil de solteiro viuacutevo

divorciado separado judicialmentedesquitado isso mostra que tem muitas pessoas

que podem fazer festas de casamento e necessitar dos produtos que seratildeo ofertados

tais como bolos artiacutesticos doces finos e bem casados

Segundo as estatiacutesticas do registro civil do IBGE ocorreram em Curitiba e

regiatildeo metropolitana no ano 2012 exatamente 18877 (dezoito mil oitocentos e setenta

e sete) casamentos sendo que nos meses de setembro a dezembro foi onde ocorreu

um maior nuacutemero um total de 7828 (sete mil oitocentos e vinte e oito) casamentos o

que representa um total de 4147 dos casamentos ocorrem nesses quatro meses

do ano

31

TABELA 2 - CASAMENTOS POR MEcircS DE REGISTRO SEGUNDO O LUGAR DO REGISTRO ndash 2012

Lugar do registro

Casamentos por mecircs do registro

Total de

registros Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

RM Curitiba 18877 1466 1250 1572 1282 1403 1533 1248 1255 1735 1753 2118 2262

Curitiba 10351 848 692 857 692 724 872 658 658 971 968 1237 1174

FONTE IBGE DIRETORIA DE PESQUISAS COORDENACcedilAtildeO DE POPULACcedilAtildeO E INDICADORES SOCIAIS ESTATIacuteSTICAS DO REGISTRO CIVIL 2012

Nessa perspectiva foi definido que o mercado que a empresa de bolos e doces

finos vai atuar eacute de Curitiba e regiatildeo metropolitana com foco nas pessoas das classes

A e B com estado civil solteiro divorciado separado judicialmentedesquitado e viuacutevo

412 Produtos que seratildeo vendidos

ldquoNo coraccedilatildeo de uma grande marca haacute um grande produto O produto-chave

na oferta ao mercado Liacutederes de mercado geralmente oferecem produtos e serviccedilos

de qualidade superiorrdquo (KOTLER KELLER 2006 p 366)

Os principais produtos fornecidos seratildeo

Bolos artiacutesticos

FOTO1 - BOLO ARTIacuteSTICO FONTE WANDA CARDOSO - BOLOS ARTIacuteSTICOS amp DOCES

32

Bolos de copa

FOTO2 - BOLO DE COPA FONTE ELABORADO PELO AUTOR

FOTO3 - BOLO DE COPA FONTE ELABORADO PELO AUTOR

Naked cake

FOTO4 - NAKED CAKE FONTE DOCES PENEacuteLOPE

33

Doces Tradicionais

FOTO5 - DOCES TRADICIONAIS FONTE ELABORADO PELO AUTOR

Doces Espelhados

FOTO6 - DOCES ESPELHADOS FONTE PRONTO SOCORRO DAS FESTAS

Doces Finos

FOTO 7 - DOCES FINOS FONTE COMPRANDO MEU APE

34

Brigadeiros gourmet

FOTO8 - BRIGADEIROS GOURMET FONTE ELABORADO PELO AUTOR

Tacinhas acriacutelicas

FOTO9 - TACINHAS ACRIacuteLICAS FONTE BUFFET DELIacuteCIAS DA VI

Trufas

FOTO 10 - TRUFAS FONTE FOGAtildeO DA VOVOacute

35

Bombons

FOTO11 - BOMBONS FONTE DALVA GOLDEN GATE

Bem casados

FOTO12 - BEM CASADOS FONTE CASAMENTO SEM ERRO

FOTO13 - BEM CASADOS FONTE CASAMENTO SEM ERRO

36

413 Preccedilo de venda

A definiccedilatildeo do preccedilo dos produtos eacute uma das decisotildees mais relevantes da

organizaccedilatildeo que deve levar em conta a forma como a empresa deseja se posicionar

no mercado os custos a concorrecircncia e a rentabilidade almejada

O preccedilo eacute um dos elementos mais versaacuteteis pode ser modificado rapidamente

ao contraacuterio das propriedades dos produtos dos contratos com canais de distribuiccedilatildeo

e ateacute mesmo das promoccedilotildees O Preccedilo tem tambeacutem a tarefa de mostrar ao mercado o

posicionamento de valor desejado pela empresa para o seu produto ou marca

(KOTLER KELLER 2006 p 428)

A consolidaccedilatildeo dos preccedilos dos produtos seraacute elaborada levando em conta os

custos para se obter os produtos com a qualidade requinte e sofisticaccedilatildeo desejada

com a margem de lucro esperada e se baseando nos preccedilos praticados pela

concorrecircncia

414 Previsatildeo de vendas

Para Chiavenato (2007 p 2013)

A previsatildeo de vendas representa a quantidade de produtosserviccedilos que a empresa pretende vender ou colocar no mercado durante um determinado periacuteodo geralmente um mecircs ou um ano dividido em meses Constitui portanto uma estimativa ou uma expectativa de vendas Pode ser feita em unidades fiacutesicas ou em valores monetaacuterios

A produccedilatildeo vai ser em meacutedia de 5600 doces (doces finos gourmet e bem

casados) e 4 bolos procurando atender em meacutedia 4 eventos por semana e ateacute 16

eventos por mecircs sendo que nos meses de setembro a dezembro essa demanda

aumenta pelo motivo de historicamente ter um nuacutemero maior de casamentos

37

415 Definiccedilatildeo de local de venda dos produtos

ldquoA venda eacute a fase fundamental do processo de vendas Consiste na

transferecircncia do produtoserviccedilo para o cliente ou consumidorrdquo (CHIAVENATO 2007

p 210)

As vendas vatildeo ocorrer atraveacutes de site proacuteprio redes sociais telefone e

pessoalmente natildeo teremos loja fiacutesica apenas um ateliecirc para confecccedilatildeo dos bolos e

doces onde vai conter uma sala anexa na qual vai ser oferecido o serviccedilo de

degustaccedilatildeo com horaacuterios marcados para assim o cliente decidir quais os produtos

seratildeo adquiridos para o seu evento e fechamento de contrato

416 Definiccedilatildeo da demanda e da oferta

Na maior parte das encomendas os clientes solicitam os doces finos e

gourmet que contecircm chocolates frutas oleaginosas tais como castanhas nozes

avelatildes amecircndoas frutas como framboesa morango damasco cerejas e os bem

casados Os bolos mais solicitados satildeo os com decoraccedilatildeo de pasta americana que

deve obrigatoriamente ter recheios mais firmes como ganaches fios de ovos

strogonoff de nozes e os naked cake (bolo pelado) que possuem mais opccedilotildees de

recheios com chocolates frutas diversas e cremes de pacirctisserie

Em contato com algumas empresas que fornecem o mesmo tipo de produto

foi possiacutevel verificar que as encomendas devem ser feitas com antecedecircncia miacutenima

de 6 meses sendo que alguns casos somente com um ano de antecedecircncia para

conseguir na data desejada Esse eacute um dos pontos que mostra que tem espaccedilo

suficiente para entrada nesse mercado

38

417 Concorrentes

Chiavenato (2007 p 33) Kotler e Keller (2006 p 340) afirmam que os

concorrentes satildeo as organizaccedilotildees que competem pelos mesmos fornecedores

clientes e consumidores

ldquoAgrave medida que seus produtosserviccedilos tornam-se mais heterogecircneos tanto

mais heterogecircneos e diferenciados seratildeo seus concorrentes e tanto mais complexa

seraacute a competitividaderdquo (CHIAVENATO 2007 p 33)

Em busca na internet foi possiacutevel identificar que atualmente existe em meacutedia

25 concorrentes reais que oferecem exatamente os mesmos produtos que seratildeo

fornecidos com o mesmo padratildeo de qualidade valor agregado requinte e

sofisticaccedilatildeo Tambeacutem foi detectado mais 14 concorrentes potenciais que vendem

produtos similares aos que seratildeo vendidos poreacutem natildeo possuem o mesmo valor

agregado dos que vatildeo ser ofertados Foi possiacutevel identificar que alguns concorrentes

oferecem somente os doces finos dos quais foram identificados mais 3 concorrentes

reais e 3 concorrentes potenciais E foi detectado que existem concorrentes que

fornecem apenas os bolos artiacutesticos dos quais foi identificado 4 concorrentes reais

todos fornecem os bolos com o mesmo niacutevel de qualidade que seratildeo fornecidos

A tabela 3 mostra a divisatildeo dos concorrentes reais e potenciais que fornecem

bolos e doces por bairro de Curitiba

39

TABELA 3 - CONCORRENTES QUE FORNECEM BOLOS E DOCES POR BAIRRO

Bairro Quantidade de Concorrentes Reais

Quantidade de Concorrentes Potenciais

Aacutegua Verde 4 1

Ahuacute 1

Bairro Alto 2 1

Barreirinha 1

Barreirinha 1

Bom Retiro 1

Campo Comprido 1

Campo Comprido 1

Cidade Industrial 1

Colombo 1

Fazenda Rio Grande 1

Hauer 1

Hugo Lange 1

Mercecircs 1

Novo Mundo 2 1

Novo Mundo 1

Portatildeo 1

Portatildeo 1

Santa Cacircndida 1

Santa Felicidade 1 1

Santo Inaacutecio 1 1

Satildeo Joseacute dos Pinhais 1

Seminaacuterio 1

Sitio Cercado 1

Tarumatilde 1

Vila Izabel 1

Natildeo Informado 1 2

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

418 Forma de divulgaccedilatildeo dos concorrentes

Todas as empresas pesquisadas que fornecem produtos similares aos que

vamos fornecer utilizam sites proacuteprios e as redes sociais para fazer divulgaccedilatildeo dos

seus produtos todas fazem degustaccedilatildeo para os clientes conhecerem os seus

produtos e posteriormente fechar um contrato

40

42 TAMANHO DO NEGOacuteCIO

421 Capacidade produtiva

A capacidade produtiva vai ser para atender ateacute 4 eventos por semana A

produccedilatildeo vai ser de ateacute 5600 doces (doces finos gourmet e bem casados) e 4 bolos

atendendo ateacute 4 eventos por final de semana e ateacute 16 eventos por mecircs sendo que

nos meses de setembro a dezembro essa demanda aumenta pelo motivo de

historicamente ter um nuacutemero maior de casamentos

422 Investimento

Um dos pontos mais relevantes para abertura de uma empresa eacute a

determinaccedilatildeo do capital miacutenimo para dar iniacutecio nas atividades e principalmente como

obter este capital ldquoEacute com o capital inicial que a empresa tem condiccedilotildees de reunir os

recursos empresariais necessaacuterios ao seu funcionamento sejam eles recursos

humanos materiais ou financeirosrdquo A determinaccedilatildeo do capital eacute o que estabelece a

quantidade de recursos empresariais que a empresa tem disponiacutevel Indiscutivelmente

quanto maior for o volume de recursos empresariais mais faacutecil se torna o desempenho

da empresa Quando todos os recursos necessaacuterios para seu funcionamento estatildeo agrave

disposiccedilatildeo a administraccedilatildeo do empreendimento fica mais simples (CHIAVENATO

2007 p84)

Cabe acrescentar que (LAPPONI 2007 p 321)

O custo inicial refere-se aos desembolsos realizados para aquisiccedilatildeo de equipamentos ou outros ativos fixos incluindo o pagamento de fretes seguros instalaccedilotildees despesas operacionais iniciais com materiais e matildeo de obra treinamento de pessoal de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo etc resumindo o custo inicial inclui todos os desembolsos necessaacuterios para adquirir os ativos necessaacuterios e que estejam em condiccedilotildees de operar e gerar as receitas estimadas

41

O empreendimento iniciaraacute suas atividades com capital investido com

recursos proacuteprios da empreendedora

As estimativas de investimento inicial para abertura da empresa foi de

R$5162851 conforme tabela 4

TABELA 4 - INVESTIMENTO INICIAL

Descriccedilatildeo Valor (R$)

Maacutequinas e equipamentos Cozinha R$ 3084878

Utensiacutelios R$ 555075

Moacuteveis para escritoacuterio R$ 268982

Equipamentos de informaacutetica e eletrocircnicos R$ 446204

Outros custos escritoacuterio R$ 48912

Uniformes R$ 155800

Pintura Imoacutevel R$ 500000

Porta de Vidro R$ 103000

Total R$ 5162851

FONTE ELABORADO PELO AUTOR (2015)

423 Localizaccedilatildeo

Seraacute locado um imoacutevel para a instalaccedilatildeo da empresa localizado na Rua Heitor

Baggio Vidal 2508 Bairro Alto Curitiba ndash PR com o valor do aluguel mensal de

R$160000 (mil e seiscentos reais) O espaccedilo interno de 95msup2 seraacute dividido em trecircs

partes a primeira com 20msup2 vai ficar a recepccedilatildeo para receber os clientes efetuar

orccedilamentos e as degustaccedilotildees a segunda com 71msup2 a cozinha industrial onde seratildeo

fabricados os bolos e doces finos e a terceira com 4msup2 o lavabo

42

FOTO14 - FOTO DO IMOacuteVEL ONDE SERAacute INSTALADA A EMPRESA FONTE MP IMOacuteVEIS

424 Entregas

As entregas dos bolos e doces finos seratildeo efetuadas por uma empresa

parceira localizada no Bairro Alto o preccedilo das entregas em Curitiba e regiatildeo

metropolitana variam de R$2400 (vinte e quatro reais) a R$6000 (sessenta reais)

dependendo da localizaccedilatildeo tais valores seratildeo cobrados dos clientes

43 CAPITAL DE GIRO

O capital de giro inicial foi estimado levando em conta que no primeiro ano a

empresa vai produzir 8333 da sua capacidade atendendo em meacutedia 13 ventos

mensalmente sendo assim foram considerados os gastos operacionais necessaacuterios

para o iniacutecio das atividades incluindo o custo fixo mensal e o estoque inicial ambos

multiplicados por 2 e acrescidos de um percentual de 10 de margem de seguranccedila

para despesas natildeo previstas

43

TABELA 5 - CAPITAL DE GIRO

Item Valor (R$)

Estoque Inicial 5144000

Custo Fixo Mensal 3194783

Reserva (10) 833878

Total do Capital de Giro Inicial 9172662

FONTE ELABORDO PELO AUTOR

44 FLUXO DE CAIXA

ldquoFluxo de Caixa eacute um Instrumento de gestatildeo financeira que projeta para

periacuteodos futuros todas as entradas e as saiacutedas de recursos financeiros da empresa

indicando como seraacute o saldo de caixa para o periacuteodo projetadordquo (SEBRAE)

Na tabela 6 eacute apresentada a projeccedilatildeo do Fluxo de Caixa da empresa para os

seus primeiros cinco anos onde fica evidenciado que do primeiro ateacute o quinto ano a

sauacutede financeira da empresa melhora gradativamente sendo que no final do quinto

ano o saldo em caixa ultrapassa os 300 se comparado com o saldo em caixa no

final do primeiro ano

Pode-se observar que natildeo foi inserida no fluxo de caixa a opccedilatildeo de

inadimplecircncia pois todos os pagamentos seratildeo efetuados agrave vista em dinheiro ou

cartatildeo sendo que o pagamento total dos produtos deve ser efetuado no miacutenimo 10

dias antes da data do evento

44

TABELA 6 - PROJECcedilAtildeO DE FLUXO DE CAIXA NOS PRIMEIROS CINCO ANOS

Descriccedilatildeo Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

Investimento Inicial (5162851)

Capital de Giro (9172662) 9172662

Valor Residual 1548855

Total de entradas 000 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873

Previsatildeo Receitas de vendas 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873

Total de Saiacutedas (14335513) (44888699) (54283425) (59479393) (64738409) (70291804)

(-)Fornecedores (25720000) (33641760) (36669518) (39969775) (43567055)

(-)Folha de pagamento (3267192) (3593911) (3953302) (4348633) (4783496)

(-)Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)

(963216) (1011377) (1061946) (1115043) (1170795)

(-)Retiradas soacutecios (2400000) (2640000) (3432000) (3946800) (4341480)

(-)Impostos s vendas (4654291) (5073177) (5573767) (6075406) (6622192)

(-)Alugueacuteis (1920000) (2016000) (2116800) (2222640) (2333772)

(-)Energia eleacutetrica (840000) (882000) (926100) (972405) (1021025)

(-)Aacutegua (300000) (315000) (330750) (347288) (364652)

(-)Telefone (384000) (403200) (423360) (444528) (466754)

(-)Gaacutes (588000) (617400) (648270) (680684) (714718)

(-)Serviccedilos contabilidade (960000) (1008000) (1058400) (1111320) (1166886)

(-)Manutenccedilatildeo (600000) (630000) (661500) (694575) (729304)

(-)Outras despesas com funcionaacuterios

(1296000) (1405800) (1525590) (1656320) (1799030)

(-)Taxas bancaacuterias (96000) (100800) (105840) (111132) (116689)

(-)Outros pagamentos (900000) (945000) (992250) (1041863) (1093956)

Entradas - Saiacutedas (14335513) 12981301 21410535 23027023 25193585 27734070

Depreciaccedilatildeo 000 (631377) (631377) (631377) (631377) (631377)

Saldo Final (14335513) 12349924 20779158 22395647 24562208 37824209

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

A depreciaccedilatildeo foi calculada considerando o prazo de vida uacutetil meacutedio de 10

anos das maacutequinas equipamentos instalaccedilotildees moacuteveis e utensiacutelios e para os

computadores e perifeacutericos foi considerado o prazo de vida uacutetil de 5 anos conforme

demonstrado na tabela 7

TABELA 7 - DEPRECIACcedilAtildeO

Item Valor Inicial Taxa Anual Depreciaccedilatildeo Anual (R$)

Maacutequinas e equipamentos 3084878 10 308488

Instalaccedilotildees 103000 10 10300

Moacuteveis e Utensiacutelios 824057 10 82406

Computadores e Perifeacutericos 446204 20 89241

Outros 704712 20 140942

Total 631377

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

45

O valor residual dos equipamentos e instalaccedilotildees da empresa no final do quinto

ano foi considerado em 30 referente ao valor de aquisiccedilatildeo dos mesmos no iniacutecio do

projeto

45 ANAacuteLISE DOS INDICADORES (VPL TIR E PAYBACK)

451 Valor Presente Liacutequido (VPL)

A tabela 8 mostra que o VPL (Valor Presente Liacutequido) eacute positivo isso significa

que aleacutem de recuperar o investimento inicial ainda vai ser agregado ao valor da

empresa um montante de R$ R$50392407 (quinhentos e trecircs mil novecentos e vinte

quatro reais e sete centavos)

A taxa de retorno requerida de 20 foi determinada levando em conta o niacutevel

de risco do projeto e visando o valor desejado para se obter em cima do valor

investido

TABELA 8 - CALCULO DO VALOR PRESENTE LIacuteQUIDO (VPL)

Anos FC k 2000

0 -$143355 VPL $50392407

1 $123499 VPL $50392407

2 $207792 VPL $50392407

3 $223956 VPL $21761126

4 $245622 VPL $21761126

5 $378242 Decisatildeo Aceitar o Projeto

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

452 Taxa Interna de Retorno (TIR)

Conforme a tabela 9 eacute possiacutevel verificar que a TIR (Taxa Interna de Retorno)

eacute de 11593 maior que a taxa requerida de 20 isso significa que custo inicial seraacute

46

recuperado e o projeto vai criar valor para empresa mais um resultado favoraacutevel para

a aceitaccedilatildeo do projeto

TABELA 9 - TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR)

Anos FC

0 -$143355 TIR 11593

1 $123499 TIR 2168

2 $207792 TIR 2168

3 $223956 Decisatildeo

4 $245622 k 2000

5 $378242 Aceitar o projeto

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

453 Payback

O tempo de recuperaccedilatildeo do custo inicial ocorre normalmente entre o quarto e

o quinto ano se for feita a anaacutelise da tabela 10 eacute possiacutevel verificar que o tempo

necessaacuterio para o retorno do investimento (payback) do projeto eacute de 128 anos este

indicador mostra claramente que o projeto deve ser aceito pois o tempo de retorno

estaacute bem abaixo do tempo meacutedio dos empreendimentos como um todo

TABELA 10 - PAYBACK

k 20

Anos FC SPresente

0 -$143355 -$143355 PBD-SP = 128

1 $123499 -$40439 128

2 $207792 $103861

3 $223956 $233465

4 $245622 $351917

5 $378242 $503924

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

47

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Para iniciar um negoacutecio requer muito mais do que apenas o espiacuterito

empreendedor eacute necessaacuterio ter lideranccedila conhecimento sobre o mercado que deseja

atuar organizaccedilatildeo e principalmente planejamento

O principal objetivo desse estudo foi analisar a viabilidade econocircmico-

financeira da abertura de uma empresa de bolos e doces finos no Bairro Alto em

Curitiba

O objetivo apresentado nesta pesquisa foi atingido pois todos os indicadores

analisados mostram com clareza que empresa obteacutem resultados positivos que criam

valor para a mesma e com isso o projeto eacute viaacutevel economicamente pois do primeiro

ao quinto ano fica visiacutevel o crescimento do empreendimento e a melhora significativa

da sua sauacutede financeira isso fica evidenciado no saldo final em caixa no quinto ano

que chega proacuteximo haacute 400 mil reais Apesar disso eacute crucial o acompanhamento do

mercado para seguir as tendecircncias e se atualizar constantemente para tomar

decisotildees mais assertivas

Um negoacutecio mal avaliado pode arruinar a estabilidade econocircmica do

investidor por isso eacute de extrema importacircncia fazer todos os levantamentos de custos

antes de se aventurar em qualquer empreendimento

Eacute possiacutevel comprovar que a pesquisa realizada contribui positivamente para

abertura da empresa No entanto as informaccedilotildees aqui presentes natildeo satildeo estaacuteticas e

devem ser revisadas periodicamente e se preciso ateacute mesmo ampliadas no decorrer

da implantaccedilatildeo do projeto para que o mesmo seja uma ferramenta eficiente e eficaz

no desenvolvimento da empresa como um todo

48

REFEREcircNCIAS

BRITO Paulo Anaacutelise e viabilidade de projetos de investimento Satildeo Paulo Atlas 2003 DOLABELA Fernando O segredo de Luiacutesa 30 ed Satildeo Paulo Editora de Cultura 2006 DORNELAS Joseacute Carlos Assis Empreendedorismo transformando ideias em negoacutecios 4 ed Rio de Janeiro Campus Elsevier 2012 CENSO Demograacutefico 2010 Resultados gerais da amostra Curitiba IBGE 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=410690ampidtema=87ampsearch=parana|curitiba|censo-demografico-2010-resultados-gerais-da-amostra-gt Acesso em 21 de Junho de 2015 CHIAVENATO Idalberto Empreendedorismo dando asas ao espiacuterito empreendedor empreendedorismo e a viabilidade de novas empresas um guia eficiente para iniciar e tocar seu proacuteprio negoacutecio 2 ed Satildeo Paulo Saraiva 2007 ESTATIacuteSTICAS do registro civil 2012 Curitiba IBGE 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaoregistrocivil2012default_xlsshtmgt Acesso em 21 de Junho de 2015 GIL Antonio Carlos Meacutetodos e teacutecnicas de pesquisa social 6 ed Satildeo Paulo Atlas 2008 KOTLER Philip KELLER Kevin Lane Administraccedilatildeo de Marketing 12 ed Satildeo Paulo ABDR 2006 LAPPONI Juan Carlos Projetos de Investimento na Empresa Rio de Janeiro Elsevier 2007 MACHADO Jesseacute Anderson Pinto Projetos Econocircmicos uma abordagem praacutetica de elaboraccedilatildeo Satildeo Paulo Nobel 2002 MICHEL Maria Helena Metodologia e pesquisa cientiacutefica em ciecircncias sociais 2 ed Satildeo Paulo Atlas 2009 OLIVEIRA Djalma de Pinho Rebouccedilas de Planejamento estrateacutegico conceitos metodologia e praacuteticas 20 ed Satildeo Paulo Atlas 2004 PRODANOV Cleber Cristiano ERNANI Cesar de Freitas Metodologia do trabalho cientiacutefico meacutetodo e teacutecnicas da pesquisa e do trabalho acadecircmico 2 ed Novo Hamburgo Freevale 2013

49

REBELATTO Dayse Projeto de Investimento 1 ed Barueri Manole 2004 SEBRAE Pesquisa de Mercado o que eacute e para que serve Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrsitesPortalSebraeartigosPesquisa-de-mercado-o-que-C3A9-e-para-que-servegt Acesso em 21 de Junho de 2015 SEBRAE Fluxo de caixa Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrSebraePortal20SebraeAnexos0_fluxo-de-caixapdfgt Acesso em 10 de Outubro de 2015 WILDAUER Egon Walter Plano de negoacutecios elementos construtivos e processos de elaboraccedilatildeo 2 ed Curitiba Ibpex 2011 WOILER Samsatildeo MATHIAS Washington Franco Projetos planejamento elaboraccedilatildeo anaacutelise 1 ed Satildeo Paulo Atlas 1994

50

APEcircNDICES

APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL 51

APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS 52

APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL 52

51

APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL

Item Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

Aacutegua 25000 26250 27563 28941 30388

Aluguel 160000 168000 176400 185220 194481

Assessoria Contaacutebil 80000 84000 88200 92610 97241

Gaacutes 49000 51450 54023 56724 59560

Impostos 387858 422765 464481 506284 551849

Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)

80268 84281 88495 92920 97566

Energia eleacutetrica 70000 73500 77175 81034 85085

Manutenccedilatildeo 50000 52500 55125 57881 60775

Material de escritoacuterio 20000 21000 22050 23153 24310

Material de Limpeza 40000 42000 44100 46305 48620

Folha de pagamento 272266 299493 329442 362386 398625

Seguros 15000 15750 16538 17364 18233

Telefone fixointernet 20000 21000 22050 23153 24310

Telefone Moacutevel 12000 12600 13230 13892 14586

Vale Refeiccedilatildeo 75000 82500 90750 99825 109808

Vale Transporte 33000 34650 36383 38202 40112

Proacute- labore 200000 220000 286000 328900 361790

Taxas Bancaacuterias 8000 8400 8820 9261 9724

Total R$ 1597392 R$ 1720139 R$ 1900823 R$ 2064053 R$ 2227062

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

52

APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS

Item

Produccedilatildeo mensal meacutedia

Custo unitaacuterio total

Sugestatildeo Preccedilo de venda

Custo Mensal Total

Receita de vendas

Bolos artiacutesticos (recheios diversos) 150 6000 13500 900000 2025000

Bolos de copa (recheios diversos) 30 3600 8100 108000 243000

Naked cake (recheios diversos) 60 4200 9450 252000 567000

Doces Tradicionais 32 3500 7875 112000 252000

Doces Espelhados 32 5000 11250 160000 360000

Doces Finos 32 7500 16875 240000 540000

Brigadeiros gourmet 16 4500 10125 72000 162000

Tacinhas acriacutelicas 16 5500 12375 88000 198000

Trufas 32 5000 11250 160000 360000

Bombons 32 5000 11250 160000 360000

Bem casados 3200 100 225 320000 720000

Custo produccedilatildeo Total 2572000

Receita Total 5787000

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL

Ano Receita Bruta Variaccedilatildeo anual

Ano 1 000

Ano 2 69444000 9

Ano 3 75693960 9

Ano 4 82506416 9

Ano 5 89931994 9

Valor considerando a inflaccedilatildeo de 9 aa

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

2

DIENERRY SOUZA DOS SANTOS

ANAacuteLISE DE VIABILIDADE ECONOcircMICO-FINANCEIRA PARA ABERTURA DE

UMA EMPRESA DE BOLOS E DOCES FINOS EM CURITIBA

Trabalho apresentado como requisito parcial agrave obtenccedilatildeo do grau de Especialista do curso de MBA em Inteligecircncia de Negoacutecios da Universidade Federal do Paranaacute - CEPPAD Orientador Prof Dr Marcos Wagner da Fonseca

CURITIBA

2015

3

AGRADECIMENTOS

Primeiramente a Deus meu mestre por me dar forccedilas e sabedoria para seguir

em frente para concluir este objetivo

Ao meu amado esposo Mauricio Leandro dos Santos pelo seu

companheirismo respeito e paciecircncia Por estar ao meu lado em todos os momentos

principalmente nos mais difiacuteceis enxugando as minhas laacutegrimas e me confortando

com palavras e atitudes de incentivo

Ao meu estimado orientador Professor Dr Marcos Wagner da Fonseca que

se prontificou a me beneficiar com sua sabedoria e me mostrar qual a direccedilatildeo eu devia

seguir em cada etapa desta aacuterdua caminhada

4

RESUMO

O objetivo do presente trabalho eacute analisar a viabilidade econocircmico-financeira da abertura de uma empresa de bolos e doces finos no Bairro Alto em Curitiba Para o sucesso real de um novo negoacutecio eacute fundamental a elaboraccedilatildeo de um plano de negoacutecios e uma anaacutelise de viabilidade econocircmico-financeira bem estruturados e robustos pois ambos satildeo alicerces imprescindiacuteveis para dar iniacutecio em um novo empreendimento para isso foi elaborada uma anaacutelise de mercado na qual foi possiacutevel definir o mercado consumidor quais os produtos que seratildeo vendidos os concorrentes reais e potecircnciais e tambeacutem foi efetuado um levantamento do tamanho do negoacutecio onde foi definida a capacidade produtiva investimento inicial localizaccedilatildeo do empreendimento e o fluxo de caixa Foram elaborados demonstrativos de resultados financeiros para averiguar se o projeto eacute viaacutevel ou natildeo economicamente os indicadores utilizados para analisar a viabilidade ou natildeo do empreendimento foi a Valor Presente Liacutequido Taxa Interna de Retorno e payback

Palavras- Chave Plano de negoacutecios viabilidade econocircmico-financeira bolos e doces finos

5

ABSTRACT

The objective of this study is to analyze the economic feasibility of opening an cakes and gourmet company Bairro Alto in Curitiba For the real success of a new business is essential to create a business plan and an analysis of economic and financial viability well-structured and robust as both are essential foundations to start on a new venture for it was drawn up an analysis of market in which it was possible to define the consumer market which products will be sold the actual and potential competitors and has also made a business the size of the survey which was defined production capacity initial investment the project location and the cash flow Were prepared financial income statements to determine whether the project is economically viable or not the indicators used to analyze the feasibility or otherwise of the project was the Net Present Value Internal Rate of Return and payback

Key-words Business Plan economic and financial feasibility cakes and fine pastries

6

LISTA DE ILUSTRACcedilOtildeES

FOTO 1 - BOLO ARTIacuteSTICO 31

FOTO 2 - BOLO DE COPA 32

FOTO 3 - BOLO DE COPA 32

FOTO 4 - NAKED CAKE 32

FOTO 5 - DOCES TRADICIONAIS 33

FOTO 6 - DOCES ESPELHADOS 33

FOTO 7 - DOCES FINOS 33

FOTO 8 - BRIGADEIROS GOURMET 34

FOTO 9 - TACINHAS ACRIacuteLICAS 34

FOTO 10 - TRUFAS 34

FOTO 11 - BOMBONS 35

FOTO 12 - BEM CASADOS 35

FOTO 13 - BEM CASADOS 35

FOTO 14 - FOTO DO IMOacuteVEL ONDE SERAacute INSTALADA A EMPRESA 42

7

LISTA DE TABELAS

TABELA 1 - RESULTADOS DA AMOSTRA - RENDIMENTO POR PESSOA EM

CURITIBA 30

TABELA 2 - CASAMENTOS POR MEcircS DE REGISTRO SEGUNDO O LUGAR DO

REGISTRO ndash 2012 31

TABELA 3 - CONCORRENTES QUE FORNECEM BOLOS E DOCES POR BAIRRO

39

TABELA 4 - INVESTIMENTO INICIAL 41

TABELA 5 - CAPITAL DE GIRO 43

TABELA 6 - PROJECcedilAtildeO DE FLUXO DE CAIXA NOS PRIMEIROS CINCO ANOS 44

TABELA 7 - DEPRECIACcedilAtildeO 44

TABELA 8 - CALCULO DO VALOR PRESENTE LIacuteQUIDO (VPL) 45

TABELA 9 - TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR) 46

TABELA 10 - PAYBACK 46

8

LISTA DE ABREVIATURAS EOU SILGAS

IBGE ndash Instituro Brasileiro de Geograacutefia e Estatiacutestica

PIB ndash Produto Interno Bruto

SEBRAE ndash Serviccedilo Brasileiro de Apoio agraves Micro e Pequenas Empresas

TIR ndash Taxa Interna de Retorno

TMA ndash Taxa Miacutenima de Atratividade

TMT ndash Taxa Miacutenima de Toleracircncia

VAL ndash Valor Atual liacutequido

VPL ndash Valor presente liacutequido

9

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 11

11 PROBLEMA 12

12 OBJETIVO GERAL 12

13 OBJETIVOS ESPECIacuteFICOS 12

2 REFERENCIAL TEOacuteRICO 13

21 EMPREENDEDORISMO 13

211 Caracteriacutesticas e perfil do empreendedor 15

22 PLANO DE NEGOacuteCIOS 16

221 Estrutura do plano de negoacutecios 18

2211 Capa 18

2212 Sumaacuterio 19

2213 Sumaacuterio executivo 19

2214 Anaacutelise estrateacutegica 19

2215 Descriccedilatildeo da empresa 20

2216 Produtos e serviccedilos 20

2217 Plano operacional 20

2218 Plano de recursos humanos 21

2219 Anaacutelise de mercado 21

22110 Estrateacutegia de marketing 21

22111 Plano financeiro 22

22112 Anexos 22

23 VIABILIDADE ECONOcircMICO-FINANCEIRA 22

231 Fluxo de caixa 23

232 Valor Presente Liacutequido (VPL) 24

233 Taxa Interna de Retorno (TIR) 25

234 Periacuteodo de retorno de investimento (Payback) 26

3 METODOLOGIA 27

4 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES 29

41 ANAacuteLISE DE MERCADO 29

411 Mercado consumidor 29

10

412 Produtos que seratildeo vendidos 31

413 Preccedilo de venda 36

414 Previsatildeo de vendas 36

415 Definiccedilatildeo de local de venda dos produtos 37

416 Definiccedilatildeo da demanda e da oferta 37

417 Concorrentes 38

418 Forma de divulgaccedilatildeo dos concorrentes 39

42 TAMANHO DO NEGOacuteCIO 40

421 Capacidade produtiva 40

422 Investimento 40

423 Localizaccedilatildeo 41

424 Entregas 42

43 CAPITAL DE GIRO 42

44 FLUXO DE CAIXA 43

45 ANAacuteLISE DOS INDICADORES (VPL TIR E PAYBACK) 45

451 Valor Presente Liacutequido (VPL) 45

452 Taxa Interna de Retorno (TIR) 45

453 Payback 46

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 47

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS 48

APEcircNDICES 50

11

1 INTRODUCcedilAtildeO

Quando surge uma ideia e eacute possiacutevel identificar nela uma oportunidade eacute o

iniacutecio para a criaccedilatildeo de um negoacutecio

Qualquer empreendimento para ter ecircxito seja ele industrial comercial ou de

serviccedilos depende de inuacutemeras decisotildees que o empreendedor precisa tomar antes de

iniciaacute-lo Uma das decisotildees fundamentais eacute analisar o empreendimento

economicamente para verificar se o projeto vai ser viaacutevel e lucrativo ou natildeo poreacutem

antes das decisotildees surgem agraves duacutevidas e incertezas como qual o ponto de partida

Qual deve ser o capital investido inicialmente Quais produtos seratildeo fabricados

Onde seratildeo vendidos

Para abertura de uma empresa de bolos e doces finos em Curitiba os

questionamentos satildeo os mesmos e para conseguir as respostas para todos esses

questionamentos que andam lado a lado com todos os empreendedores quando

surge a ideia de um novo negoacutecio eacute essencial a construccedilatildeo de um plano de negoacutecios

e principalmente efetuar uma anaacutelise de viabilidade econocircmico-financeira bem

estruturada que traga informaccedilotildees fundamentais para tomar decisotildees mais assertivas

No decorrer desta pesquisa foi possiacutevel responder haacute cada um destes

questionamentos por meio da anaacutelise de mercado definiccedilatildeo do tamanho do negoacutecio

fluxo de caixa e a anaacutelise dos indicadores que estatildeo dispostos no capiacutetulo 4 deste

estudo

Dornelas (2012 p 93) afirma que ldquoum negoacutecio bem planejado teraacute mais

chances de sucesso do que aquele sem planejamento na mesma igualdade de

condiccedilotildeesrdquo

Diante deste contexto a proposta deste projeto eacute analisar a viabilidade

econocircmico-financeira da abertura de uma empresa de bolos e doces finos localizada

no Bairro Alto em Curitiba

12

11 PROBLEMA

Qual a viabilidade econocircmico-financeira da abertura de uma empresa de

bolos e doces finos em Curitiba

12 OBJETIVO GERAL

Investigar qual a viabilidade da implantaccedilatildeo de uma empresa de bolos e

doces finos em Curitiba

13 OBJETIVOS ESPECIacuteFICOS

Elaborar uma anaacutelise do mercado de bolos e doces finos em Curitiba

Definir quais os produtos seratildeo vendidos

Definir a capacidade produtiva

Analisar a viabilidade econocircmico-financeira do negoacutecio

13

2 REFERENCIAL TEOacuteRICO

21 EMPREENDEDORISMO

Um projeto empreendedor se torna possiacutevel apenas se o dono da ideia estiver

disposto a assumir todas as responsabilidades e exigecircncias de abrir um negoacutecio que

sem duacutevida passaraacute a ser seu projeto de vida

Para Dolabela (2006 sn)

Se considerarmos que as empresas quase sempre comeccedilam pequenas isso chega a ser um paradoxo Principalmente porque no mundo de hoje as pequenas empresas constituem a principal fonte de empregos e satildeo responsaacuteveis em muitos paiacuteses por mais de 50 do produto interno bruto (PIB) e pelo maior volume de exportaccedilotildees aleacutem de serem as maiores geradoras de inovaccedilotildees tecnoloacutegicas desde a Segunda Guerra Mundial

Eacute possiacutevel definir empreendedorismo comordquo a capacidade que uma pessoa

possui de formular uma ideia sobre determinado produto ou serviccedilo em um mercado

seja essa ideia nova ou natildeordquo (WILDAUER 2011 p25)

Cabe acrescentar que o empreendedorismo natildeo se refere apenas a pequenos

negoacutecios e empreendimentos novos ldquoNatildeo aborda apenas a criaccedilatildeo de novos

produtos ou serviccedilos mas sim inovaccedilotildees em todos os acircmbitos do negoacuteciordquo

(CHIAVENATO 2007 p261)

Segundo Dolabela (2006 sn) se analisarmos a natureza do

empreendedorismo eacute possiacutevel observar que

A Todas as pessoas nascem empreendedoras Os humanos satildeo

empreendedores

B Empreendedorismo natildeo eacute um assunto atual existe desde a primeira

accedilatildeo inovadora com a finalidade de aperfeiccediloar as relaccedilotildees entre os homens

C Natildeo eacute apenas um fato econocircmico mas tambeacutem social

D O empreendedor estaacute em qualquer lugar natildeo apenas nas pessoas que

abrem seu proacuteprio negoacutecio

E O empreendedorismo eacute uma demonstraccedilatildeo da liberdade humana

14

F Natildeo eacute um acontecimento pessoal e nem uma habilidade que poucas

pessoas possuem eacute algo puacuteblico

G Natildeo existe a possibilidade de fazer transferecircncia de conhecimentos

empreendedores ndash ldquoao contraacuterio do que acontece por exemplo em uma aula

de geografia porque o empreendedorismo natildeo eacute um conteuacutedo cognitivo

convencionalrdquo Nesse entendimento natildeo existe a possibilidade de ensinar

mas eacute possiacutevel aprender a ser empreendedor por meio de um sistema de

ensino bem diferente do tradicional

H Eacute um assunto global e natildeo caracteriacutestico ou complementar E deve ser

apresentado na educaccedilatildeo baacutesica

I O princiacutepio do empreendedorismo e a cidadania O que por sua vez ldquoVisa

agrave construccedilatildeo do bem-estar coletivo do espiacuterito comunitaacuterio da cooperaccedilatildeo

Antes de ser aluno o estudante deve ser considerado um cidadatildeordquo

J Natildeo existe a possibilidade de definir se uma pessoa vai ter sucesso

como empreendedor

Vale enfatizar que o empreendedorismo eacute a envoltura de pessoas e

processos que juntas transformam ideias em oportunidades E a correta efetivaccedilatildeo

destas oportunidades ocasiona a criaccedilatildeo de um negoacutecio bem sucedido (DORNELAS

2012 p 28)

Chiavenato (2007 p 22) e Dornelas (2012 p29) defendem a ideia de que

1 O empreendedorismo abrange todo o processo para criar algo novo que

possua valor e seja valorizado pelo mercado

2 Que o empreendedorismo requer doaccedilatildeo disponibilidade de tempo e

vigor para tornar o novo empreendimento em um negoacutecio de sucesso

3 O empreendedorismo demanda coragem aceitaccedilatildeo de riscos

calculados e decisotildees analiacuteticas e ter flexibilidade com os obstaacuteculos falhas

e fracassos

Eacute possiacutevel concluir que o empreendedorismo eacute um fato cultural isto eacute

consequecircncia de haacutebitos accedilotildees e valores pessoais ldquoExistem famiacutelias (assim como

cidades regiotildees e paiacuteses) mais empreendedoras do que outrasrdquo A pessoa

desenvolve o empreendedorismo no conviacutevio com outros empreendedores num local

onde a possibilidade de ter o proacuteprio negoacutecio eacute visto como algo muito bom

(DOLABELA 2006 sn)

15

Diante disso natildeo eacute possiacutevel falar de empreendedorismo sem mencionar os

empreendedores pois satildeo as atitudes de pessoas que inovam assumem todos os

riscos que proporcionam o crescimento e desenvolvimento da sociedade como um

todo

211 Caracteriacutesticas e perfil do empreendedor

Ser empreendedor eacute acima de tudo ter a capacidade e a necessidade de

realizar coisas novas

O empreendedor ldquoeacute um ser social produto do meio em que vive (eacutepoca e

lugar)rdquo E se a pessoa convive em um meio onde ser empreendedor eacute considerado

algo bom teraacute motivos para abrir seu proacuteprio negoacutecio (DOLABELA 2006 sn)

O empreendedor parte da percepccedilatildeo subjetiva para percepccedilatildeo praacutetica na

qual mostram elementos que podem ser debatidos Esses elementos satildeo os mais

variaacuteveis possiacuteveis que foram originados de perguntas contestaccedilotildees e respostas

localizadas pelo empreendedor ldquoo qual natildeo precisa ser algueacutem com uma formaccedilatildeo

superior com diploma de faculdade ou algueacutem que conte com cursos teacutecnicos ou

praacuteticosrdquo (mesmo esses sendo atributos que auxilie na agilidade de formular

questionamentos e encontrar as soluccedilotildees para os mesmos) (WILDAUER 2011 p

25)

Para Dornelas (2012 p 29) empreendedor eacute a pessoa que percebe uma

oportunidade e arquiteta um negoacutecio para captar recursos calculando todos os riscos

que vai correr Em todas as definiccedilotildees de empreendedorismo nos deparamos com no

miacutenimo as seguintes particularidades em relaccedilatildeo ao empreendedor

1 Possui a atitude de criar um novo negoacutecio e amar aquilo que faz

2 Usa o capital que possui de maneira produtiva mudando o local social e

econocircmico onde estaacute inserido

3 Assume os riscos calculados e a chance do negoacutecio natildeo dar certo

Nessa mesma perspectiva Chiavenato (2007 p7) afirma que o empreendedor

eacute a pessoa que tem a capacidade de fazer as coisas acontecerem eacute favorecido pela

sua percepccedilatildeo para os negoacutecios prudecircncia na aacuterea financeira e a habilidade de

16

perceber as oportunidades Com esse conjunto de competecircncias tem a capacidade

de transformar ideias em negoacutecios O empreendedor possui uma boa imaginaccedilatildeo e eacute

persistente qualidades que combinadas de maneira correta o capacitam para

converter ideias simples em projetos objetivos e bem sucedidos

Para Wildauer (2011 p 26)

Podemos entatildeo enumerar muitas caracteriacutesticas do empreendedor sendo as principais a atitude de saber ouvir de estar atento de saber interpretar e analisar as informaccedilotildees do mercador de ter condiccedilotildees de elaborar um planejamento de suas accedilotildees futuras de traccedilar objetivos e todo um roteiro teoacuterico-praacutetico para poder atingi-lo Sem essas premissas baacutesicas o empreendedor natildeo teraacute sucesso na formulaccedilatildeo do plano de negoacutecios muito menos na sustentaccedilatildeo de seu negoacutecio

Chiavenato (2007 p 4) acredita que ldquoos empreendedores satildeo heroacuteis

populares do mundo dos negoacuteciosrdquo Que geram empregos propagam inovaccedilotildees e

estimulam o crescimento da economia Satildeo muito mais do que somente fornecedores

de produtos e serviccedilos satildeo pessoas que assumem os riscos das oscilaccedilotildees

econocircmicas

Cabe acrescentar que o empreendedor revolucionaacuterio eacute aquele que inventa

novos mercados isto eacute a pessoa cria algo exclusivo como foi o caso do Bill Gattes

fundador da Microsoft que transformou o mundo com o sistema operacional Windows

Contudo grande parte dos empreendedores cria negoacutecios em mercados jaacute existentes

e mesmo assim criam negoacutecios de sucesso (DORNELAS 2012 p30)

Wildauer (2011 p26) conclui que ldquoo empreendedor necessita de uma estrutura

de pensamento sistecircmico e visionaacuterio com base no qual estabeleceraacute metas e

desenharaacute trajetoacuterias para alcanccedilaacute-lasrdquo

22 PLANO DE NEGOacuteCIOS

Para iniciar um empreendimento eacute fundamental fazer um plano de negoacutecios

com ele eacute possiacutevel verificar a viabilidade ou natildeo do empreendimento e definir onde

estamos para onde vamos e mostrar com mais clareza as oportunidades de negoacutecio

17

Do ponto de vista de Dornelas (2012 p 93) ldquoum negoacutecio bem planejado teraacute

mais chances de sucesso do que aquele sem planejamento na mesma igualdade de

condiccedilotildeesrdquo

Nessa mesma perspectiva Dolabela (2006 sn) afirma que vaacuterios

empreendedores bem sucedidos abriram seus empreendimentos sem compreender

pontualmente o que eacute um plano de negoacutecios Poreacutem muitos outros natildeo tiveram o

mesmo fim e o que conseguiram foram negoacutecios fracassados por conta de falhas que

poderiam ter sido evitadas Uma grande quantidade de negoacutecios que possuem um

alto potencial acabam se tornando impraticaacuteveis por conta da incapacidade dos

empreendedores Ainda assim muitas pessoas abrem e vatildeo continuar abrindo

negoacutecios capacitadas ou natildeo para isso

Wildauer (2011 p 39) define plano de negoacutecios como ldquoum documento em

forma de texto no qual eacute apresentada uma proposta de negoacutecio para um mercadordquo

Esse documento deve mostrar com clareza o ponto de vista do empreendedor sobre

o sucesso do seu produto ou serviccedilo no mercado atual

Chiavenato (2007 p132) acredita que

O plano de negoacutecio mdash business planmdash descreve a ideia de um novo empreendimento e projeta os aspectos mercadoloacutegicos operacionais e financeiros dos negoacutecios propostos geralmente para os proacuteximos trecircs ou cinco anos Seu preparo permite a anaacutelise da proposta e ajuda o futuro empreendedor a evitar uma trajetoacuteria decadente que o levaraacute do entusiasmo agrave desilusatildeo e ao fracasso

Eacute possiacutevel sintetizar o plano de negoacutecios como um documento em que o

empreendedor mostra de maneira formal e concreta o negoacutecio que quer idealizar e

expor para seus parceiros soacutecios e investidores apresentando a visatildeo a missatildeo e os

seus propoacutesitos assim como o ldquoplano operacional o plano de marketing o plano de

financeiro e o plano juriacutedicordquo desta forma facilitando a assimilaccedilatildeo e aceitaccedilatildeo do

negoacutecio pelas pessoas interessadas (WILDAUER 2011 p39)

Conforme mencionado por Chiavenato (2007 p 134) o plano de negoacutecios

mobiliza o novo empreendimento na sua totalidade Ele demonstra o levantamento

cansativo dos elementos que fazem parte do negoacutecio ldquosejam internos mdash o que deveraacute

ser produzido como onde quanto mdash sejam externos mdash para quem produzir qual eacute

o mercado quais satildeo os concorrentes etcrdquo

18

Com isso Wildauer (2011 p 45) conclui que ldquoo plano de negoacutecios eacute como um

guia uacutetil para a obtenccedilatildeo de conhecimentos para a concepccedilatildeo de um

empreendimentordquo

221 Estrutura do plano de negoacutecios

O plano de negoacutecios mobiliza todas as informaccedilotildees necessaacuterias para abrir um

negoacutecio por meio dele eacute possiacutevel detectar onde estou e para onde desejo ir dentro do

mercado

Conforme identificado por Dornelas (2012 p 101) ldquonatildeo existe uma estrutura

riacutegida e especiacutefica para se escrever um plano de negoacuteciosrdquo dado que cada negoacutecio

possui suas singularidades e equivalecircncias sendo improvaacutevel delimitar um modelo-

padratildeo de plano de negoacutecios que seja absoluto e adequado para todos os negoacutecios

Todos os planos de negoacutecios devem conter um miacutenimo de seccedilotildees que vatildeo possibilitar

uma compreensatildeo do negoacutecio como um todo Tais seccedilotildees satildeo alinhadas de maneira

que mantenham uma sequecircncia loacutegica que possibilite qualquer pessoa ler o plano e

compreender como a empresa eacute estruturada seus objetivos seus produtos seus

serviccedilos qual seu mercado seu plano financeiro e de marketing

A seguir encontra-se uma breve descriccedilatildeo de cada uma das seccedilotildees do Plano

de Negoacutecios

2211 Capa

Eacute um dos componentes fundamentais do plano de negoacutecios pois eacute a primeira

parte que eacute vista pela pessoa que vai ler deve ser desenvolvida de forma clara e com

os dados adequados (DORNELAS 2012 p 101)

19

2212 Sumaacuterio

O sumaacuterio deve incluir ldquoo tiacutetulo de cada seccedilatildeo do plano de negoacutecios e a paacutegina

respectiva onde se encontra bem como os principais assuntos relacionados em cada

seccedilatildeordquo Isso faz com que fique mais faacutecil o leitor do plano de negoacutecios identificar com

mais agilidade o que lhe interessar (DORNELAS 2012 p 101-102)

2213 Sumaacuterio executivo

O Sumaacuterio Executivo eacute a parte mais importante do plano de negoacutecios ele iraacute

definir se o leitor vai prosseguir ou natildeo com a leitura do plano de negoacutecios Dessa

forma deve ser redigido com bastante concentraccedilatildeo e revisado inuacutemeras vezes e

tambeacutem englobar as informaccedilotildees mais relevantes do plano de negoacutecios Deve ser

direcionado ao puacuteblico-alvo do plano de negoacutecios e deixar claro qual o objetivo do

mesmo em relaccedilatildeo agraves pessoas que estatildeo o lendo ldquoO Sumaacuterio Executivo deve ser a

uacuteltima seccedilatildeo a ser escrita pois depende de todas as outras seccedilotildees do plano para ser

elaboradardquo (DORNELAS 2012 p 102)

2214 Anaacutelise estrateacutegica

Nesta seccedilatildeo eacute determinada a direccedilatildeo que a empresa vai seguir ldquosua visatildeo e

missatildeo sua situaccedilatildeo atual as potencialidades e ameaccedilas externas suas forccedilas e

fraquezas seus objetivos e metas de negoacuteciordquo Essa parte eacute o alicerce para o

crescimento e o estabelecimento das outras accedilotildees redigidas no plano (DORNELAS

2012 p 102)

20

2215 Descriccedilatildeo da empresa

Eacute nessa seccedilatildeo que deve ser feita a descriccedilatildeo da empresa ldquoseu histoacuterico

crescimento faturamento dos uacuteltimos anos sua razatildeo social impostos estrutura

organizacional e legal localizaccedilatildeo parcerias serviccedilos terceirizados etcrdquo

(DORNELAS 2012 p 102)

2216 Produtos e serviccedilos

Nessa seccedilatildeo do plano de negoacutecios devem ser descritos os produtos e serviccedilos

da empresa a maneira que satildeo produzidos o capital disposto seu ciclo de vida os

elementos tecnoloacutegicos envolvidos pesquisa e desenvolvimento os seus clientes

marcas e patentes etc

Nessa seccedilatildeo pode ser incluiacuteda quando estaacute informaccedilatildeo encontra-se disponiacutevel uma visatildeo do niacutevel de satisfaccedilatildeo dos clientes com os produtos e serviccedilos da empresa Esse feedback eacute bastante importante porque costuma oferecer natildeo apenas uma visatildeo do niacutevel de qualidade percebida nos produtos e serviccedilos mas tambeacutem guiar futuros investimentos da empresa em novos desenvolvimentos e processos de produccedilatildeo (DORNELAS 2012 p 102-103)

2217 Plano operacional

Nesta seccedilatildeo devem ser expostas as accedilotildees que a empresa pretende ter na

sua estrateacutegia produtiva e no processo de produccedilatildeo apontando os resultados que

essas accedilotildees teratildeo sobre os criteacuterios de avaliaccedilatildeo dos produtos Deve incluir dados

operacionais atualizados e presumidos como ldquolead time do produto ou serviccedilo

percentual de entregas a tempo rotatividade do inventaacuterio iacutendice de refugo lead time

de desenvolvimento de produto ou serviccedilo etcrdquo (DORNELAS 2012 p 103)

21

2218 Plano de recursos humanos

Devem ser exibidas as propostas de desenvolvimento e treinamento de

pessoal da empresa Esses dados estatildeo pontualmente associados com a

competecircncia da empresa de crescer ldquoespecialmente quando esta atua em um

mercado onde a detenccedilatildeo de tecnologia eacute considerada um fator estrateacutegico de

competitividaderdquo (DORNELAS 2012 p 103)

2219 Anaacutelise de mercado

Nesta seccedilatildeo o responsaacutevel pelo plano de negoacutecios deve deixar claro que os

executivos da empresa entendem perfeitamente o mercado consumidor do seu

produto ou serviccedilo (atraveacutes de pesquisa de mercado) como estaacute segmentado

crescimento do mercado atributos do consumidor anaacutelise da concorrecircncia qual a sua

fatia de mercado e dos concorrentes etc (DORNELAS 2012 p 103)

22110 Estrateacutegia de marketing

Deve ser apresentado o objetivo da empresa para vender seu produtoserviccedilo

e consolidar seus clientes e ampliar sua demanda Deve ser informada sua estrateacutegia

de venda especificidades do produtoserviccedilo preccedilos puacuteblico-alvo canais de

distribuiccedilatildeo projeccedilatildeo das vendas (DORNELAS 2012 p 103)

22

22111 Plano financeiro

Na seccedilatildeo financeira deve mostrar em nuacutemeros todas as accedilotildees planejadas

para a empresa e suas evidecircncias por meio de projeccedilotildees futuras para um negoacutecio

bem sucedido

Deve conter demonstrativo de fluxo de caixa com horizonte de pelo menos trecircs anos balanccedilo patrimonial anaacutelise do ponto de equiliacutebrio necessidades de investimento demonstrativos de resultados anaacutelise de indicadores financeiros do negoacutecio como faturamento previsto margem prevista prazo de retorno sobre o investimento inicial (payback) taxa interna de retorno (TIR) etc (DORNELAS 2012 p 103-104)

22112 Anexos

Nesta seccedilatildeo deve incluir todos os dados considerados importantes para

melhor compreensatildeo do plano de negoacutecios O que natildeo pode ser deixado de anexar eacute

o curriculum vitae dos soacutecios da empresa (DORNELAS 2012 p 104)

23 VIABILIDADE ECONOcircMICO-FINANCEIRA

Analisar o empreendimento economicamente para verificar se o projeto eacute

viaacutevel e lucrativo ou natildeo eacute uma das decisotildees fundamentais de qualquer

empreendedor

A anaacutelise de investimento eacute um mecanismo aacutegil praacutetico e seguro que ajuda

profissionais de inuacutemeras aacutereas no processo de anaacutelise de tomada de decisotildees

financeiras (REBELATTO p 141)

Lapponi (2007 p 123) afirma que

O objetivo da decisatildeo de investimento ou do orccedilamento de capital eacute maximizar o valor da empresa A decisatildeo de alocaccedilatildeo do capital em projeto de investimento eacute fundamental para o sucesso pois os recursos da empresa

23

satildeo comprometidos por longo tempo na direccedilatildeo de seu futuro desejado e isso envolve um grande esforccedilo de tempo e de gerenciamento Cada projeto aprovado eacute um desembolso realizado pela empresa coma expectativa de obter benefiacutecios futuros quantificados pela geraccedilatildeo de um fluxo de retornos adequados em geral por um prazo maior do que um ano

A carecircncia de recursos financeiros diante das muitas necessidades faz com

que seja crucial aperfeiccediloar sua utilizaccedilatildeo A anaacutelise antecipada de investimento

possibilita que se racionalize a forma como os recursos de capital satildeo utilizados

(REBELATTO 2004 p 141)

Para analisar a viabilidade de um projeto economicamente eacute necessaacuterio reunir

uma seacuterie de informaccedilotildees e de dados que precisam ser organizados para atingir seu

objetivo final que eacute o de facilitar a tomada de decisatildeo Vale salientar que o projeto

deve ser um documento que tenha a capacidade de mostrar de uma maneira loacutegica a

visatildeo estrateacutegica do negoacutecio (MACHADO 2002 p 144)

231 Fluxo de caixa

O fluxo de caixa eacute o melhor guia para uma administraccedilatildeo financeira eficiente

de qualquer negoacutecio

O fluxo de caixa eacute a reproduccedilatildeo graacutefica de uma movimentaccedilatildeo financeira ldquoAs

movimentaccedilotildees monetaacuterias satildeo identificadas temporalmente por meio de um conjunto

de entradas e saiacutedas de caixa definido como diagrama de fluxo de caixardquo Essa

representaccedilatildeo proporciona a visualizaccedilatildeo em diferentes momentos com o que estaacute

ocorrendo com o capital (REBELATTO 2004 p 150)

ldquoA identificaccedilatildeo e a quantificaccedilatildeo das estimativas relevantes do projeto satildeo o

iniacutecio da construccedilatildeo do fluxo de caixa do projeto para empresa em funcionamentordquo

(LAPPONI 2007 p 347)

O fluxo de caixa eacute um composto de entradas e saiacutedas de valores monetaacuterios

(dinheiro) no decorrer de um determinado periacuteodo Bem como evidenciar uma opccedilatildeo

possiacutevel de transaccedilotildees financeiras ou seja pagamentos agrave vista pagamentos a prazo

tiacutetulos originais etc (REBELATTO 2004 p 151)

24

232 Valor Presente Liacutequido (VPL)

ldquoO Valor presente liacutequido (VPL) ou valor atual liacutequido (VAL) eacute o valor atual das

entradas de caixa (retornos de capital esperados) incluindo o valor residual (se

houver) menos o valor atual das saiacutedas de caixardquo (REBELATTO 2004 p 214)

A foacutermula para chegar ao VPL eacute (LAPPONI 2007 p 125)

119881119875119871 = minus119868 +119865119862

(1 + 119870)119899

Onde

I= custo inicial ou desembolso inicial

FC= fluxo de caixa

K= taxa requerida

n= prazo de anaacutelise

Rebelatto (2004 p214) afirma que os paracircmetros para que o projeto seja

aceito se refere ao valor presente liacutequido (VPL)

VPLgt0 o projeto eacute aceito

VPLlt0 o projeto eacute rejeitado

VPL=0 o projeto pode ser aceito ou natildeo pois natildeo cria e nem destroacutei

valor para empresa

Para Lapponi (2007 p 134-135) as principais vantagens do VPL satildeo

Considera o fluxo de caixa do projeto na sua totalidade

Considera o valor monetaacuterio (dinheiro) no tempo

Tem a capacidade de medir o valor criado ou destruiacutedo pelo projeto

Pode ser utilizado na avaliaccedilatildeo do projeto independentemente do tipo de

fluxo de caixa utilizado

Seleciona o projeto mais viaacutevel economicamente

25

233 Taxa Interna de Retorno (TIR)

ldquoTaxa Interna de Retorno (TIR) eacute a taxa de desconto que torna o valor atual

liacutequido (VAL) do investimento igual a zero Tambeacutem eacute chamada de taxa interna efetiva

de rentabilidaderdquo (REBELATTO 2004 p 217)

No projeto do tipo simples com o aumento da taxa requerida o VPL do projeto tende ao valor do custo inicial pois o VPL eacute uma funccedilatildeo decrescente da taxa requerida Portanto a decisatildeo com o meacutetodo TIR somente deve ser feita em projetos simples que garantem a existecircncia de uma uacutenica TIRgt -100 Nos outros tipos de fluxo de caixa em geral o meacutetodo da TIR natildeo deve ser utilizado pois haacute a possibilidade de muacuteltiplas TIRs Sendo a TIR a taxa de juro que zera o VPL do projeto simples para qualquer taxa requerida K menor que a TIR o VPL seraacute positivo e para qualquer taxa requerida K maior que a TIR o VPL seraacute negativo (LAPPONI 2007 p 175-176)

Rebelatto (2004 p 217) complementa afirmando que a TIR eacute um meacutetodo

aprimorado de anaacutelise de investimento sendo possivelmente uma das mais usadas

para avaliar projetos econocircmicos A TIR deve ser comparada com a taxa miacutenima de

atratividade (TMA) para analisar se o projeto seraacute aceito ou natildeo

Sendo assim Lapponi (2007 p 176) considera que

Se TIR gt TMA o projeto deve ser aceito pois eacute economicamente viaacutevel

Se TIR lt TMA o projeto deve ser recusado pois eacute economicamente

inviaacutevel

Se TIR = TMA eacute indiferente investir no projeto pois o mesmo natildeo criaraacute

e nem destruiraacute valor da empresa

ldquoA grande vantagem da TIR como indicador de decisatildeo eacute que prescinde de

informaccedilotildees externas ao projeto Tudo que o analista necessita eacute conhecer o perfil do

projeto e alguma ideia de magnitude da taxa de jurosrdquo (MACHADO 2002 p 127)

26

234 Periacuteodo de retorno de investimento (Payback)

ldquoO payback eacute o periacuteodo de tempo em que ocorre o retorno do investimento

Calculado no fluxo de caixa de vida uacutetil de dez anos o payback apresenta-se de vaacuterias

maneiras para cada tipo de empresardquo (BRITO 2003 p 51)

Uma empresa pode nomear o payback como um dos paracircmetros para escolha

de um projeto a fim de minimizar seus riscos Mesmo sendo esse um meacutetodo faacutecil e

simples na praacutetica eacute um dos mais utilizados para efetuar a mediccedilatildeo econocircmica de um

projeto (REBELATTO 2004 p 230)

Segundo Rebelatto (2004 p 231) a foacutermula baacutesica que demonstra o caacutelculo

do payback em fluxos de caixas regulares eacute

PB =I0

FC

Onde

PB= Payback

I0= Investimento inicial

FC= Fluxo de caixa regular

Para executar o meacutetodo payback eacute crucial estabelecer o tempo maacuteximo de

toleracircncia TMT para resgatar o custo inicial ldquoPara decidir se o projeto deve ser aceito

o payback deve ser comparado com o valor de referecircncia TMT de forma querdquo

(LAPPONI 2007 p 245)

Se PB lt TMT o projeto deve ser aceito

Se PB gt TMT o projeto deve ser recusado

A principal vantagem para utilizaccedilatildeo do meacutetodo payback eacute que ele reflete a

liquidez do projeto e por consequecircncia eacute possiacutevel efetuar a avaliaccedilatildeo do risco de natildeo

recuperar o investimento (REBELATTO 2004 p 230)

27

3 METODOLOGIA

Este capiacutetulo tem por objetivo descrever os procedimentos e teacutecnicas

utilizados na pesquisa considerando o problema e aos objetivos gerais e especiacuteficos

Para a execuccedilatildeo da revisatildeo bibliograacutefica realizada neste estudo foi utilizado

livros de especialistas na aacuterea os principais temas abordados foram o

empreendedorismo que eacute um assunto chave quando surge uma ideia para um novo

negoacutecio plano de negoacutecios que eacute um elemento fundamental para o sucesso ou

fracasso de um empreendimento e a viabilidade econocircmico-financeira tema

fundamental visto que o objetivo geral da pesquisa eacute mensurar se a mesma eacute viaacutevel

ou natildeo economicamente

Foi elaborada uma anaacutelise de mercado que estaacute disponiacutevel no item 41 deste

estudo atraveacutes da mesma foi identificado que os principais clientes satildeo das classes

A e B de Curitiba regiatildeo metropolitana no item 42 foi efetuado um levantamento do

tamanho do negoacutecio onde foi definida a capacidade produtiva o investimento inicial e

a localizaccedilatildeo do empreendimento no item 44foi elaborado o fluxo de caixa que

demonstra as previsotildees financeiras do periacuteodo de 5 anos o meacutetodo utilizado para

elaborar a pesquisa foi um estudo de caso de natureza exploratoacuteria quantitativa e

anaacutelise documental

O estudo de caso eacute evidenciado por um estudo minucioso e cansativo de um

ou poucos objetivos desta forma propicia um vasto e detalhado conhecimento sobre

o assunto uma missatildeo praticamente impossiacutevel mediante as outras maneiras de

delineamentos consideradas (GIL 2008 p 57-58)

Prodanov e Freitas (2013 p60) afirmam que o estudo de caso consiste em

recolher e analisar dados sobre determinado indiviacuteduo famiacutelia grupo ou comunidade

com a finalidade de estudar diferentes aspectos das suas vidas conforme o assunto

da pesquisa

Jaacute as pesquisas exploratoacuterias satildeo definidas por Gil (2008 p 27) como as que

Tecircm como principal finalidade desenvolver esclarecer e modificar conceitos e ideias tendo em vista a formulaccedilatildeo de problemas mais precisos ou hipoacuteteses pesquisaacuteveis para estudos posteriores De todos os tipos de pesquisa estas satildeo as que apresentam menor rigidez no planejamento Habitualmente envolvem levantamento bibliograacutefico e documental entrevistas natildeo padronizadas e estudos de caso

28

A pesquisa quantitativa ldquoconsidera que tudo pode ser quantificaacutevel o que

significa traduzir em nuacutemeros opiniotildees e informaccedilotildees para classificaacute-las e analisaacute-lasrdquo

Eacute necessaacuteria a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas estatiacutesticas tais como porcentagem meacutedia

moda desvio-padratildeo coeficiente de correlaccedilatildeo etc (PRODANOV FREITAS 2013

p 69)

Muitos dados que satildeo utilizados em pesquisas satildeo adquiridos indiretamente

por meio de documentosrdquo como livros jornais papeacuteis oficiais registros estatiacutesticos

fotos discos filmes e viacutedeos que satildeo obtidos de maneira indiretardquo Essas fontes

documentais tecircm a capacidade de disponibilizar ao pesquisador um grande nuacutemero

de informaccedilotildees com bastante qualidade para evitar a perda de tempo (GIL 2008 p

147)

Este modelo de pesquisa foi utilizado para definir os principais clientes quais

os produtos que seratildeo vendidos a capacidade produtiva assim como a viabilidade

econocircmico-financeira e operacional do negoacutecio

29

4 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES

41 ANAacuteLISE DE MERCADO

Woiler e Mathias (1994 p41) e Rebelatto (2004 p01) afirmam que a anaacutelise

de mercado eacute um dos pontos mais relevantes para elaboraccedilatildeo de um projeto Atraveacutes

do estudo do mercado obtemos muitas informaccedilotildees tais como

Fazendo a comparaccedilatildeo entre demanda e a oferta encontramos a

possiacutevel escassez da demanda futura Esse resultado proporcionaraacute

informaccedilotildees para que seja definida a escala de produccedilatildeo do projeto

A regiatildeo geograacutefica em que o produto pode ser vendido eacute um dos pontos

mais significativos para que seja definida a localizaccedilatildeo do empreendimento

O preccedilo de venda os custos de comercializaccedilatildeo e os estoques nos

canais de comercializaccedilatildeo satildeo informaccedilotildees relevantes para que seja

elaborada a projeccedilatildeo do projeto

Vale salientar que esses satildeo apenas alguns elementos importantes que eacute

possiacutevel identificar na anaacutelise de mercado existe muitos outros dados que satildeo obtidos

com a mesma

411 Mercado consumidor

ldquoTodas as decisotildees relacionadas a novos empreendimentos contecircm certo

grau de incerteza tanto no que diz respeito agrave informaccedilatildeo na qual as decisotildees estatildeo

baseadas como no que diz respeito agraves suas consequecircnciasrdquo (SEBRAE)

Chiavenato acredita que os clientes tecircm a capacidade de alavancar ou

derrubar um empreendimento ldquoUm cliente pode ser uma organizaccedilatildeo uma empresa

um usuaacuterio dos produtosserviccedilos ou um consumidor finalrdquo Eacute quem adquiri os

produtosserviccedilos ofertados pela organizaccedilatildeo no final da cadeia de transaccedilotildees Eacute ele

que estabelece direta ou indiretamente se o empreendimento teraacute ecircxito ou natildeo Por

30

isso o cliente deve ser considerado como o principal patrimocircnio da empresa (2007

p 207)

Segundo dados do censo 2010 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e

estatiacutestica) dos 576190 (quinhentos e setenta e seis mil cento e noventa) domiciacutelios

de Curitiba 292965 (duzentos e noventa e dois mil novecentos e sessenta e cinco)

possuem renda de mais de 5 a mais de 20 salaacuterios miacutenimos sendo assim cerca de

5085 dos domiciacutelios curitibanos estatildeo enquadrados nas classes A e B Ainda

segundo o IBGE cerca de 137922 (cento e trinta e sete mil novecentos e vinte e dois)

domiciacutelios curitibanos tecircm renda de mais de 10 salaacuterios miacutenimos o que representa

uma meacutedia de 24 dos domiciacutelios de Curitiba

Mais de 249000 (duzentos e quarenta e nove mil) pessoas que residem em

Curitiba cerca de 1423 da populaccedilatildeo tem rendimento mensal de mais de 5 salaacuterios

miacutenimos conforme Tabela 1

TABELA 1 - RESULTADOS DA AMOSTRA - RENDIMENTO POR PESSOA EM CURITIBA

Quantidade de pessoas Salaacuterios miacutenimos

153011 Mais de 5 a 10 salaacuterios miacutenimos

38692 Mais de 10 a 15 salaacuterios miacutenimos

25427 Mais de 15 a 20 salaacuterios miacutenimos

18264 Mais de 20 a 30 salaacuterios miacutenimos

13791 Mais de 30 salaacuterios miacutenimos

FONTE IBGE - CENSO DEMOGRAacuteFICO 2010

Curitiba possui uma populaccedilatildeo de mais de 1750000 (um milhatildeo setecentos

e cinquenta mil habitantes) segundo censo IBGE 2010 sendo que 932000

(novecentos e trinta e dois mil) pessoas com o estado civil de solteiro viuacutevo

divorciado separado judicialmentedesquitado isso mostra que tem muitas pessoas

que podem fazer festas de casamento e necessitar dos produtos que seratildeo ofertados

tais como bolos artiacutesticos doces finos e bem casados

Segundo as estatiacutesticas do registro civil do IBGE ocorreram em Curitiba e

regiatildeo metropolitana no ano 2012 exatamente 18877 (dezoito mil oitocentos e setenta

e sete) casamentos sendo que nos meses de setembro a dezembro foi onde ocorreu

um maior nuacutemero um total de 7828 (sete mil oitocentos e vinte e oito) casamentos o

que representa um total de 4147 dos casamentos ocorrem nesses quatro meses

do ano

31

TABELA 2 - CASAMENTOS POR MEcircS DE REGISTRO SEGUNDO O LUGAR DO REGISTRO ndash 2012

Lugar do registro

Casamentos por mecircs do registro

Total de

registros Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

RM Curitiba 18877 1466 1250 1572 1282 1403 1533 1248 1255 1735 1753 2118 2262

Curitiba 10351 848 692 857 692 724 872 658 658 971 968 1237 1174

FONTE IBGE DIRETORIA DE PESQUISAS COORDENACcedilAtildeO DE POPULACcedilAtildeO E INDICADORES SOCIAIS ESTATIacuteSTICAS DO REGISTRO CIVIL 2012

Nessa perspectiva foi definido que o mercado que a empresa de bolos e doces

finos vai atuar eacute de Curitiba e regiatildeo metropolitana com foco nas pessoas das classes

A e B com estado civil solteiro divorciado separado judicialmentedesquitado e viuacutevo

412 Produtos que seratildeo vendidos

ldquoNo coraccedilatildeo de uma grande marca haacute um grande produto O produto-chave

na oferta ao mercado Liacutederes de mercado geralmente oferecem produtos e serviccedilos

de qualidade superiorrdquo (KOTLER KELLER 2006 p 366)

Os principais produtos fornecidos seratildeo

Bolos artiacutesticos

FOTO1 - BOLO ARTIacuteSTICO FONTE WANDA CARDOSO - BOLOS ARTIacuteSTICOS amp DOCES

32

Bolos de copa

FOTO2 - BOLO DE COPA FONTE ELABORADO PELO AUTOR

FOTO3 - BOLO DE COPA FONTE ELABORADO PELO AUTOR

Naked cake

FOTO4 - NAKED CAKE FONTE DOCES PENEacuteLOPE

33

Doces Tradicionais

FOTO5 - DOCES TRADICIONAIS FONTE ELABORADO PELO AUTOR

Doces Espelhados

FOTO6 - DOCES ESPELHADOS FONTE PRONTO SOCORRO DAS FESTAS

Doces Finos

FOTO 7 - DOCES FINOS FONTE COMPRANDO MEU APE

34

Brigadeiros gourmet

FOTO8 - BRIGADEIROS GOURMET FONTE ELABORADO PELO AUTOR

Tacinhas acriacutelicas

FOTO9 - TACINHAS ACRIacuteLICAS FONTE BUFFET DELIacuteCIAS DA VI

Trufas

FOTO 10 - TRUFAS FONTE FOGAtildeO DA VOVOacute

35

Bombons

FOTO11 - BOMBONS FONTE DALVA GOLDEN GATE

Bem casados

FOTO12 - BEM CASADOS FONTE CASAMENTO SEM ERRO

FOTO13 - BEM CASADOS FONTE CASAMENTO SEM ERRO

36

413 Preccedilo de venda

A definiccedilatildeo do preccedilo dos produtos eacute uma das decisotildees mais relevantes da

organizaccedilatildeo que deve levar em conta a forma como a empresa deseja se posicionar

no mercado os custos a concorrecircncia e a rentabilidade almejada

O preccedilo eacute um dos elementos mais versaacuteteis pode ser modificado rapidamente

ao contraacuterio das propriedades dos produtos dos contratos com canais de distribuiccedilatildeo

e ateacute mesmo das promoccedilotildees O Preccedilo tem tambeacutem a tarefa de mostrar ao mercado o

posicionamento de valor desejado pela empresa para o seu produto ou marca

(KOTLER KELLER 2006 p 428)

A consolidaccedilatildeo dos preccedilos dos produtos seraacute elaborada levando em conta os

custos para se obter os produtos com a qualidade requinte e sofisticaccedilatildeo desejada

com a margem de lucro esperada e se baseando nos preccedilos praticados pela

concorrecircncia

414 Previsatildeo de vendas

Para Chiavenato (2007 p 2013)

A previsatildeo de vendas representa a quantidade de produtosserviccedilos que a empresa pretende vender ou colocar no mercado durante um determinado periacuteodo geralmente um mecircs ou um ano dividido em meses Constitui portanto uma estimativa ou uma expectativa de vendas Pode ser feita em unidades fiacutesicas ou em valores monetaacuterios

A produccedilatildeo vai ser em meacutedia de 5600 doces (doces finos gourmet e bem

casados) e 4 bolos procurando atender em meacutedia 4 eventos por semana e ateacute 16

eventos por mecircs sendo que nos meses de setembro a dezembro essa demanda

aumenta pelo motivo de historicamente ter um nuacutemero maior de casamentos

37

415 Definiccedilatildeo de local de venda dos produtos

ldquoA venda eacute a fase fundamental do processo de vendas Consiste na

transferecircncia do produtoserviccedilo para o cliente ou consumidorrdquo (CHIAVENATO 2007

p 210)

As vendas vatildeo ocorrer atraveacutes de site proacuteprio redes sociais telefone e

pessoalmente natildeo teremos loja fiacutesica apenas um ateliecirc para confecccedilatildeo dos bolos e

doces onde vai conter uma sala anexa na qual vai ser oferecido o serviccedilo de

degustaccedilatildeo com horaacuterios marcados para assim o cliente decidir quais os produtos

seratildeo adquiridos para o seu evento e fechamento de contrato

416 Definiccedilatildeo da demanda e da oferta

Na maior parte das encomendas os clientes solicitam os doces finos e

gourmet que contecircm chocolates frutas oleaginosas tais como castanhas nozes

avelatildes amecircndoas frutas como framboesa morango damasco cerejas e os bem

casados Os bolos mais solicitados satildeo os com decoraccedilatildeo de pasta americana que

deve obrigatoriamente ter recheios mais firmes como ganaches fios de ovos

strogonoff de nozes e os naked cake (bolo pelado) que possuem mais opccedilotildees de

recheios com chocolates frutas diversas e cremes de pacirctisserie

Em contato com algumas empresas que fornecem o mesmo tipo de produto

foi possiacutevel verificar que as encomendas devem ser feitas com antecedecircncia miacutenima

de 6 meses sendo que alguns casos somente com um ano de antecedecircncia para

conseguir na data desejada Esse eacute um dos pontos que mostra que tem espaccedilo

suficiente para entrada nesse mercado

38

417 Concorrentes

Chiavenato (2007 p 33) Kotler e Keller (2006 p 340) afirmam que os

concorrentes satildeo as organizaccedilotildees que competem pelos mesmos fornecedores

clientes e consumidores

ldquoAgrave medida que seus produtosserviccedilos tornam-se mais heterogecircneos tanto

mais heterogecircneos e diferenciados seratildeo seus concorrentes e tanto mais complexa

seraacute a competitividaderdquo (CHIAVENATO 2007 p 33)

Em busca na internet foi possiacutevel identificar que atualmente existe em meacutedia

25 concorrentes reais que oferecem exatamente os mesmos produtos que seratildeo

fornecidos com o mesmo padratildeo de qualidade valor agregado requinte e

sofisticaccedilatildeo Tambeacutem foi detectado mais 14 concorrentes potenciais que vendem

produtos similares aos que seratildeo vendidos poreacutem natildeo possuem o mesmo valor

agregado dos que vatildeo ser ofertados Foi possiacutevel identificar que alguns concorrentes

oferecem somente os doces finos dos quais foram identificados mais 3 concorrentes

reais e 3 concorrentes potenciais E foi detectado que existem concorrentes que

fornecem apenas os bolos artiacutesticos dos quais foi identificado 4 concorrentes reais

todos fornecem os bolos com o mesmo niacutevel de qualidade que seratildeo fornecidos

A tabela 3 mostra a divisatildeo dos concorrentes reais e potenciais que fornecem

bolos e doces por bairro de Curitiba

39

TABELA 3 - CONCORRENTES QUE FORNECEM BOLOS E DOCES POR BAIRRO

Bairro Quantidade de Concorrentes Reais

Quantidade de Concorrentes Potenciais

Aacutegua Verde 4 1

Ahuacute 1

Bairro Alto 2 1

Barreirinha 1

Barreirinha 1

Bom Retiro 1

Campo Comprido 1

Campo Comprido 1

Cidade Industrial 1

Colombo 1

Fazenda Rio Grande 1

Hauer 1

Hugo Lange 1

Mercecircs 1

Novo Mundo 2 1

Novo Mundo 1

Portatildeo 1

Portatildeo 1

Santa Cacircndida 1

Santa Felicidade 1 1

Santo Inaacutecio 1 1

Satildeo Joseacute dos Pinhais 1

Seminaacuterio 1

Sitio Cercado 1

Tarumatilde 1

Vila Izabel 1

Natildeo Informado 1 2

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

418 Forma de divulgaccedilatildeo dos concorrentes

Todas as empresas pesquisadas que fornecem produtos similares aos que

vamos fornecer utilizam sites proacuteprios e as redes sociais para fazer divulgaccedilatildeo dos

seus produtos todas fazem degustaccedilatildeo para os clientes conhecerem os seus

produtos e posteriormente fechar um contrato

40

42 TAMANHO DO NEGOacuteCIO

421 Capacidade produtiva

A capacidade produtiva vai ser para atender ateacute 4 eventos por semana A

produccedilatildeo vai ser de ateacute 5600 doces (doces finos gourmet e bem casados) e 4 bolos

atendendo ateacute 4 eventos por final de semana e ateacute 16 eventos por mecircs sendo que

nos meses de setembro a dezembro essa demanda aumenta pelo motivo de

historicamente ter um nuacutemero maior de casamentos

422 Investimento

Um dos pontos mais relevantes para abertura de uma empresa eacute a

determinaccedilatildeo do capital miacutenimo para dar iniacutecio nas atividades e principalmente como

obter este capital ldquoEacute com o capital inicial que a empresa tem condiccedilotildees de reunir os

recursos empresariais necessaacuterios ao seu funcionamento sejam eles recursos

humanos materiais ou financeirosrdquo A determinaccedilatildeo do capital eacute o que estabelece a

quantidade de recursos empresariais que a empresa tem disponiacutevel Indiscutivelmente

quanto maior for o volume de recursos empresariais mais faacutecil se torna o desempenho

da empresa Quando todos os recursos necessaacuterios para seu funcionamento estatildeo agrave

disposiccedilatildeo a administraccedilatildeo do empreendimento fica mais simples (CHIAVENATO

2007 p84)

Cabe acrescentar que (LAPPONI 2007 p 321)

O custo inicial refere-se aos desembolsos realizados para aquisiccedilatildeo de equipamentos ou outros ativos fixos incluindo o pagamento de fretes seguros instalaccedilotildees despesas operacionais iniciais com materiais e matildeo de obra treinamento de pessoal de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo etc resumindo o custo inicial inclui todos os desembolsos necessaacuterios para adquirir os ativos necessaacuterios e que estejam em condiccedilotildees de operar e gerar as receitas estimadas

41

O empreendimento iniciaraacute suas atividades com capital investido com

recursos proacuteprios da empreendedora

As estimativas de investimento inicial para abertura da empresa foi de

R$5162851 conforme tabela 4

TABELA 4 - INVESTIMENTO INICIAL

Descriccedilatildeo Valor (R$)

Maacutequinas e equipamentos Cozinha R$ 3084878

Utensiacutelios R$ 555075

Moacuteveis para escritoacuterio R$ 268982

Equipamentos de informaacutetica e eletrocircnicos R$ 446204

Outros custos escritoacuterio R$ 48912

Uniformes R$ 155800

Pintura Imoacutevel R$ 500000

Porta de Vidro R$ 103000

Total R$ 5162851

FONTE ELABORADO PELO AUTOR (2015)

423 Localizaccedilatildeo

Seraacute locado um imoacutevel para a instalaccedilatildeo da empresa localizado na Rua Heitor

Baggio Vidal 2508 Bairro Alto Curitiba ndash PR com o valor do aluguel mensal de

R$160000 (mil e seiscentos reais) O espaccedilo interno de 95msup2 seraacute dividido em trecircs

partes a primeira com 20msup2 vai ficar a recepccedilatildeo para receber os clientes efetuar

orccedilamentos e as degustaccedilotildees a segunda com 71msup2 a cozinha industrial onde seratildeo

fabricados os bolos e doces finos e a terceira com 4msup2 o lavabo

42

FOTO14 - FOTO DO IMOacuteVEL ONDE SERAacute INSTALADA A EMPRESA FONTE MP IMOacuteVEIS

424 Entregas

As entregas dos bolos e doces finos seratildeo efetuadas por uma empresa

parceira localizada no Bairro Alto o preccedilo das entregas em Curitiba e regiatildeo

metropolitana variam de R$2400 (vinte e quatro reais) a R$6000 (sessenta reais)

dependendo da localizaccedilatildeo tais valores seratildeo cobrados dos clientes

43 CAPITAL DE GIRO

O capital de giro inicial foi estimado levando em conta que no primeiro ano a

empresa vai produzir 8333 da sua capacidade atendendo em meacutedia 13 ventos

mensalmente sendo assim foram considerados os gastos operacionais necessaacuterios

para o iniacutecio das atividades incluindo o custo fixo mensal e o estoque inicial ambos

multiplicados por 2 e acrescidos de um percentual de 10 de margem de seguranccedila

para despesas natildeo previstas

43

TABELA 5 - CAPITAL DE GIRO

Item Valor (R$)

Estoque Inicial 5144000

Custo Fixo Mensal 3194783

Reserva (10) 833878

Total do Capital de Giro Inicial 9172662

FONTE ELABORDO PELO AUTOR

44 FLUXO DE CAIXA

ldquoFluxo de Caixa eacute um Instrumento de gestatildeo financeira que projeta para

periacuteodos futuros todas as entradas e as saiacutedas de recursos financeiros da empresa

indicando como seraacute o saldo de caixa para o periacuteodo projetadordquo (SEBRAE)

Na tabela 6 eacute apresentada a projeccedilatildeo do Fluxo de Caixa da empresa para os

seus primeiros cinco anos onde fica evidenciado que do primeiro ateacute o quinto ano a

sauacutede financeira da empresa melhora gradativamente sendo que no final do quinto

ano o saldo em caixa ultrapassa os 300 se comparado com o saldo em caixa no

final do primeiro ano

Pode-se observar que natildeo foi inserida no fluxo de caixa a opccedilatildeo de

inadimplecircncia pois todos os pagamentos seratildeo efetuados agrave vista em dinheiro ou

cartatildeo sendo que o pagamento total dos produtos deve ser efetuado no miacutenimo 10

dias antes da data do evento

44

TABELA 6 - PROJECcedilAtildeO DE FLUXO DE CAIXA NOS PRIMEIROS CINCO ANOS

Descriccedilatildeo Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

Investimento Inicial (5162851)

Capital de Giro (9172662) 9172662

Valor Residual 1548855

Total de entradas 000 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873

Previsatildeo Receitas de vendas 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873

Total de Saiacutedas (14335513) (44888699) (54283425) (59479393) (64738409) (70291804)

(-)Fornecedores (25720000) (33641760) (36669518) (39969775) (43567055)

(-)Folha de pagamento (3267192) (3593911) (3953302) (4348633) (4783496)

(-)Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)

(963216) (1011377) (1061946) (1115043) (1170795)

(-)Retiradas soacutecios (2400000) (2640000) (3432000) (3946800) (4341480)

(-)Impostos s vendas (4654291) (5073177) (5573767) (6075406) (6622192)

(-)Alugueacuteis (1920000) (2016000) (2116800) (2222640) (2333772)

(-)Energia eleacutetrica (840000) (882000) (926100) (972405) (1021025)

(-)Aacutegua (300000) (315000) (330750) (347288) (364652)

(-)Telefone (384000) (403200) (423360) (444528) (466754)

(-)Gaacutes (588000) (617400) (648270) (680684) (714718)

(-)Serviccedilos contabilidade (960000) (1008000) (1058400) (1111320) (1166886)

(-)Manutenccedilatildeo (600000) (630000) (661500) (694575) (729304)

(-)Outras despesas com funcionaacuterios

(1296000) (1405800) (1525590) (1656320) (1799030)

(-)Taxas bancaacuterias (96000) (100800) (105840) (111132) (116689)

(-)Outros pagamentos (900000) (945000) (992250) (1041863) (1093956)

Entradas - Saiacutedas (14335513) 12981301 21410535 23027023 25193585 27734070

Depreciaccedilatildeo 000 (631377) (631377) (631377) (631377) (631377)

Saldo Final (14335513) 12349924 20779158 22395647 24562208 37824209

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

A depreciaccedilatildeo foi calculada considerando o prazo de vida uacutetil meacutedio de 10

anos das maacutequinas equipamentos instalaccedilotildees moacuteveis e utensiacutelios e para os

computadores e perifeacutericos foi considerado o prazo de vida uacutetil de 5 anos conforme

demonstrado na tabela 7

TABELA 7 - DEPRECIACcedilAtildeO

Item Valor Inicial Taxa Anual Depreciaccedilatildeo Anual (R$)

Maacutequinas e equipamentos 3084878 10 308488

Instalaccedilotildees 103000 10 10300

Moacuteveis e Utensiacutelios 824057 10 82406

Computadores e Perifeacutericos 446204 20 89241

Outros 704712 20 140942

Total 631377

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

45

O valor residual dos equipamentos e instalaccedilotildees da empresa no final do quinto

ano foi considerado em 30 referente ao valor de aquisiccedilatildeo dos mesmos no iniacutecio do

projeto

45 ANAacuteLISE DOS INDICADORES (VPL TIR E PAYBACK)

451 Valor Presente Liacutequido (VPL)

A tabela 8 mostra que o VPL (Valor Presente Liacutequido) eacute positivo isso significa

que aleacutem de recuperar o investimento inicial ainda vai ser agregado ao valor da

empresa um montante de R$ R$50392407 (quinhentos e trecircs mil novecentos e vinte

quatro reais e sete centavos)

A taxa de retorno requerida de 20 foi determinada levando em conta o niacutevel

de risco do projeto e visando o valor desejado para se obter em cima do valor

investido

TABELA 8 - CALCULO DO VALOR PRESENTE LIacuteQUIDO (VPL)

Anos FC k 2000

0 -$143355 VPL $50392407

1 $123499 VPL $50392407

2 $207792 VPL $50392407

3 $223956 VPL $21761126

4 $245622 VPL $21761126

5 $378242 Decisatildeo Aceitar o Projeto

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

452 Taxa Interna de Retorno (TIR)

Conforme a tabela 9 eacute possiacutevel verificar que a TIR (Taxa Interna de Retorno)

eacute de 11593 maior que a taxa requerida de 20 isso significa que custo inicial seraacute

46

recuperado e o projeto vai criar valor para empresa mais um resultado favoraacutevel para

a aceitaccedilatildeo do projeto

TABELA 9 - TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR)

Anos FC

0 -$143355 TIR 11593

1 $123499 TIR 2168

2 $207792 TIR 2168

3 $223956 Decisatildeo

4 $245622 k 2000

5 $378242 Aceitar o projeto

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

453 Payback

O tempo de recuperaccedilatildeo do custo inicial ocorre normalmente entre o quarto e

o quinto ano se for feita a anaacutelise da tabela 10 eacute possiacutevel verificar que o tempo

necessaacuterio para o retorno do investimento (payback) do projeto eacute de 128 anos este

indicador mostra claramente que o projeto deve ser aceito pois o tempo de retorno

estaacute bem abaixo do tempo meacutedio dos empreendimentos como um todo

TABELA 10 - PAYBACK

k 20

Anos FC SPresente

0 -$143355 -$143355 PBD-SP = 128

1 $123499 -$40439 128

2 $207792 $103861

3 $223956 $233465

4 $245622 $351917

5 $378242 $503924

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

47

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Para iniciar um negoacutecio requer muito mais do que apenas o espiacuterito

empreendedor eacute necessaacuterio ter lideranccedila conhecimento sobre o mercado que deseja

atuar organizaccedilatildeo e principalmente planejamento

O principal objetivo desse estudo foi analisar a viabilidade econocircmico-

financeira da abertura de uma empresa de bolos e doces finos no Bairro Alto em

Curitiba

O objetivo apresentado nesta pesquisa foi atingido pois todos os indicadores

analisados mostram com clareza que empresa obteacutem resultados positivos que criam

valor para a mesma e com isso o projeto eacute viaacutevel economicamente pois do primeiro

ao quinto ano fica visiacutevel o crescimento do empreendimento e a melhora significativa

da sua sauacutede financeira isso fica evidenciado no saldo final em caixa no quinto ano

que chega proacuteximo haacute 400 mil reais Apesar disso eacute crucial o acompanhamento do

mercado para seguir as tendecircncias e se atualizar constantemente para tomar

decisotildees mais assertivas

Um negoacutecio mal avaliado pode arruinar a estabilidade econocircmica do

investidor por isso eacute de extrema importacircncia fazer todos os levantamentos de custos

antes de se aventurar em qualquer empreendimento

Eacute possiacutevel comprovar que a pesquisa realizada contribui positivamente para

abertura da empresa No entanto as informaccedilotildees aqui presentes natildeo satildeo estaacuteticas e

devem ser revisadas periodicamente e se preciso ateacute mesmo ampliadas no decorrer

da implantaccedilatildeo do projeto para que o mesmo seja uma ferramenta eficiente e eficaz

no desenvolvimento da empresa como um todo

48

REFEREcircNCIAS

BRITO Paulo Anaacutelise e viabilidade de projetos de investimento Satildeo Paulo Atlas 2003 DOLABELA Fernando O segredo de Luiacutesa 30 ed Satildeo Paulo Editora de Cultura 2006 DORNELAS Joseacute Carlos Assis Empreendedorismo transformando ideias em negoacutecios 4 ed Rio de Janeiro Campus Elsevier 2012 CENSO Demograacutefico 2010 Resultados gerais da amostra Curitiba IBGE 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=410690ampidtema=87ampsearch=parana|curitiba|censo-demografico-2010-resultados-gerais-da-amostra-gt Acesso em 21 de Junho de 2015 CHIAVENATO Idalberto Empreendedorismo dando asas ao espiacuterito empreendedor empreendedorismo e a viabilidade de novas empresas um guia eficiente para iniciar e tocar seu proacuteprio negoacutecio 2 ed Satildeo Paulo Saraiva 2007 ESTATIacuteSTICAS do registro civil 2012 Curitiba IBGE 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaoregistrocivil2012default_xlsshtmgt Acesso em 21 de Junho de 2015 GIL Antonio Carlos Meacutetodos e teacutecnicas de pesquisa social 6 ed Satildeo Paulo Atlas 2008 KOTLER Philip KELLER Kevin Lane Administraccedilatildeo de Marketing 12 ed Satildeo Paulo ABDR 2006 LAPPONI Juan Carlos Projetos de Investimento na Empresa Rio de Janeiro Elsevier 2007 MACHADO Jesseacute Anderson Pinto Projetos Econocircmicos uma abordagem praacutetica de elaboraccedilatildeo Satildeo Paulo Nobel 2002 MICHEL Maria Helena Metodologia e pesquisa cientiacutefica em ciecircncias sociais 2 ed Satildeo Paulo Atlas 2009 OLIVEIRA Djalma de Pinho Rebouccedilas de Planejamento estrateacutegico conceitos metodologia e praacuteticas 20 ed Satildeo Paulo Atlas 2004 PRODANOV Cleber Cristiano ERNANI Cesar de Freitas Metodologia do trabalho cientiacutefico meacutetodo e teacutecnicas da pesquisa e do trabalho acadecircmico 2 ed Novo Hamburgo Freevale 2013

49

REBELATTO Dayse Projeto de Investimento 1 ed Barueri Manole 2004 SEBRAE Pesquisa de Mercado o que eacute e para que serve Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrsitesPortalSebraeartigosPesquisa-de-mercado-o-que-C3A9-e-para-que-servegt Acesso em 21 de Junho de 2015 SEBRAE Fluxo de caixa Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrSebraePortal20SebraeAnexos0_fluxo-de-caixapdfgt Acesso em 10 de Outubro de 2015 WILDAUER Egon Walter Plano de negoacutecios elementos construtivos e processos de elaboraccedilatildeo 2 ed Curitiba Ibpex 2011 WOILER Samsatildeo MATHIAS Washington Franco Projetos planejamento elaboraccedilatildeo anaacutelise 1 ed Satildeo Paulo Atlas 1994

50

APEcircNDICES

APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL 51

APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS 52

APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL 52

51

APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL

Item Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

Aacutegua 25000 26250 27563 28941 30388

Aluguel 160000 168000 176400 185220 194481

Assessoria Contaacutebil 80000 84000 88200 92610 97241

Gaacutes 49000 51450 54023 56724 59560

Impostos 387858 422765 464481 506284 551849

Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)

80268 84281 88495 92920 97566

Energia eleacutetrica 70000 73500 77175 81034 85085

Manutenccedilatildeo 50000 52500 55125 57881 60775

Material de escritoacuterio 20000 21000 22050 23153 24310

Material de Limpeza 40000 42000 44100 46305 48620

Folha de pagamento 272266 299493 329442 362386 398625

Seguros 15000 15750 16538 17364 18233

Telefone fixointernet 20000 21000 22050 23153 24310

Telefone Moacutevel 12000 12600 13230 13892 14586

Vale Refeiccedilatildeo 75000 82500 90750 99825 109808

Vale Transporte 33000 34650 36383 38202 40112

Proacute- labore 200000 220000 286000 328900 361790

Taxas Bancaacuterias 8000 8400 8820 9261 9724

Total R$ 1597392 R$ 1720139 R$ 1900823 R$ 2064053 R$ 2227062

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

52

APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS

Item

Produccedilatildeo mensal meacutedia

Custo unitaacuterio total

Sugestatildeo Preccedilo de venda

Custo Mensal Total

Receita de vendas

Bolos artiacutesticos (recheios diversos) 150 6000 13500 900000 2025000

Bolos de copa (recheios diversos) 30 3600 8100 108000 243000

Naked cake (recheios diversos) 60 4200 9450 252000 567000

Doces Tradicionais 32 3500 7875 112000 252000

Doces Espelhados 32 5000 11250 160000 360000

Doces Finos 32 7500 16875 240000 540000

Brigadeiros gourmet 16 4500 10125 72000 162000

Tacinhas acriacutelicas 16 5500 12375 88000 198000

Trufas 32 5000 11250 160000 360000

Bombons 32 5000 11250 160000 360000

Bem casados 3200 100 225 320000 720000

Custo produccedilatildeo Total 2572000

Receita Total 5787000

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL

Ano Receita Bruta Variaccedilatildeo anual

Ano 1 000

Ano 2 69444000 9

Ano 3 75693960 9

Ano 4 82506416 9

Ano 5 89931994 9

Valor considerando a inflaccedilatildeo de 9 aa

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

3

AGRADECIMENTOS

Primeiramente a Deus meu mestre por me dar forccedilas e sabedoria para seguir

em frente para concluir este objetivo

Ao meu amado esposo Mauricio Leandro dos Santos pelo seu

companheirismo respeito e paciecircncia Por estar ao meu lado em todos os momentos

principalmente nos mais difiacuteceis enxugando as minhas laacutegrimas e me confortando

com palavras e atitudes de incentivo

Ao meu estimado orientador Professor Dr Marcos Wagner da Fonseca que

se prontificou a me beneficiar com sua sabedoria e me mostrar qual a direccedilatildeo eu devia

seguir em cada etapa desta aacuterdua caminhada

4

RESUMO

O objetivo do presente trabalho eacute analisar a viabilidade econocircmico-financeira da abertura de uma empresa de bolos e doces finos no Bairro Alto em Curitiba Para o sucesso real de um novo negoacutecio eacute fundamental a elaboraccedilatildeo de um plano de negoacutecios e uma anaacutelise de viabilidade econocircmico-financeira bem estruturados e robustos pois ambos satildeo alicerces imprescindiacuteveis para dar iniacutecio em um novo empreendimento para isso foi elaborada uma anaacutelise de mercado na qual foi possiacutevel definir o mercado consumidor quais os produtos que seratildeo vendidos os concorrentes reais e potecircnciais e tambeacutem foi efetuado um levantamento do tamanho do negoacutecio onde foi definida a capacidade produtiva investimento inicial localizaccedilatildeo do empreendimento e o fluxo de caixa Foram elaborados demonstrativos de resultados financeiros para averiguar se o projeto eacute viaacutevel ou natildeo economicamente os indicadores utilizados para analisar a viabilidade ou natildeo do empreendimento foi a Valor Presente Liacutequido Taxa Interna de Retorno e payback

Palavras- Chave Plano de negoacutecios viabilidade econocircmico-financeira bolos e doces finos

5

ABSTRACT

The objective of this study is to analyze the economic feasibility of opening an cakes and gourmet company Bairro Alto in Curitiba For the real success of a new business is essential to create a business plan and an analysis of economic and financial viability well-structured and robust as both are essential foundations to start on a new venture for it was drawn up an analysis of market in which it was possible to define the consumer market which products will be sold the actual and potential competitors and has also made a business the size of the survey which was defined production capacity initial investment the project location and the cash flow Were prepared financial income statements to determine whether the project is economically viable or not the indicators used to analyze the feasibility or otherwise of the project was the Net Present Value Internal Rate of Return and payback

Key-words Business Plan economic and financial feasibility cakes and fine pastries

6

LISTA DE ILUSTRACcedilOtildeES

FOTO 1 - BOLO ARTIacuteSTICO 31

FOTO 2 - BOLO DE COPA 32

FOTO 3 - BOLO DE COPA 32

FOTO 4 - NAKED CAKE 32

FOTO 5 - DOCES TRADICIONAIS 33

FOTO 6 - DOCES ESPELHADOS 33

FOTO 7 - DOCES FINOS 33

FOTO 8 - BRIGADEIROS GOURMET 34

FOTO 9 - TACINHAS ACRIacuteLICAS 34

FOTO 10 - TRUFAS 34

FOTO 11 - BOMBONS 35

FOTO 12 - BEM CASADOS 35

FOTO 13 - BEM CASADOS 35

FOTO 14 - FOTO DO IMOacuteVEL ONDE SERAacute INSTALADA A EMPRESA 42

7

LISTA DE TABELAS

TABELA 1 - RESULTADOS DA AMOSTRA - RENDIMENTO POR PESSOA EM

CURITIBA 30

TABELA 2 - CASAMENTOS POR MEcircS DE REGISTRO SEGUNDO O LUGAR DO

REGISTRO ndash 2012 31

TABELA 3 - CONCORRENTES QUE FORNECEM BOLOS E DOCES POR BAIRRO

39

TABELA 4 - INVESTIMENTO INICIAL 41

TABELA 5 - CAPITAL DE GIRO 43

TABELA 6 - PROJECcedilAtildeO DE FLUXO DE CAIXA NOS PRIMEIROS CINCO ANOS 44

TABELA 7 - DEPRECIACcedilAtildeO 44

TABELA 8 - CALCULO DO VALOR PRESENTE LIacuteQUIDO (VPL) 45

TABELA 9 - TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR) 46

TABELA 10 - PAYBACK 46

8

LISTA DE ABREVIATURAS EOU SILGAS

IBGE ndash Instituro Brasileiro de Geograacutefia e Estatiacutestica

PIB ndash Produto Interno Bruto

SEBRAE ndash Serviccedilo Brasileiro de Apoio agraves Micro e Pequenas Empresas

TIR ndash Taxa Interna de Retorno

TMA ndash Taxa Miacutenima de Atratividade

TMT ndash Taxa Miacutenima de Toleracircncia

VAL ndash Valor Atual liacutequido

VPL ndash Valor presente liacutequido

9

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 11

11 PROBLEMA 12

12 OBJETIVO GERAL 12

13 OBJETIVOS ESPECIacuteFICOS 12

2 REFERENCIAL TEOacuteRICO 13

21 EMPREENDEDORISMO 13

211 Caracteriacutesticas e perfil do empreendedor 15

22 PLANO DE NEGOacuteCIOS 16

221 Estrutura do plano de negoacutecios 18

2211 Capa 18

2212 Sumaacuterio 19

2213 Sumaacuterio executivo 19

2214 Anaacutelise estrateacutegica 19

2215 Descriccedilatildeo da empresa 20

2216 Produtos e serviccedilos 20

2217 Plano operacional 20

2218 Plano de recursos humanos 21

2219 Anaacutelise de mercado 21

22110 Estrateacutegia de marketing 21

22111 Plano financeiro 22

22112 Anexos 22

23 VIABILIDADE ECONOcircMICO-FINANCEIRA 22

231 Fluxo de caixa 23

232 Valor Presente Liacutequido (VPL) 24

233 Taxa Interna de Retorno (TIR) 25

234 Periacuteodo de retorno de investimento (Payback) 26

3 METODOLOGIA 27

4 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES 29

41 ANAacuteLISE DE MERCADO 29

411 Mercado consumidor 29

10

412 Produtos que seratildeo vendidos 31

413 Preccedilo de venda 36

414 Previsatildeo de vendas 36

415 Definiccedilatildeo de local de venda dos produtos 37

416 Definiccedilatildeo da demanda e da oferta 37

417 Concorrentes 38

418 Forma de divulgaccedilatildeo dos concorrentes 39

42 TAMANHO DO NEGOacuteCIO 40

421 Capacidade produtiva 40

422 Investimento 40

423 Localizaccedilatildeo 41

424 Entregas 42

43 CAPITAL DE GIRO 42

44 FLUXO DE CAIXA 43

45 ANAacuteLISE DOS INDICADORES (VPL TIR E PAYBACK) 45

451 Valor Presente Liacutequido (VPL) 45

452 Taxa Interna de Retorno (TIR) 45

453 Payback 46

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 47

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS 48

APEcircNDICES 50

11

1 INTRODUCcedilAtildeO

Quando surge uma ideia e eacute possiacutevel identificar nela uma oportunidade eacute o

iniacutecio para a criaccedilatildeo de um negoacutecio

Qualquer empreendimento para ter ecircxito seja ele industrial comercial ou de

serviccedilos depende de inuacutemeras decisotildees que o empreendedor precisa tomar antes de

iniciaacute-lo Uma das decisotildees fundamentais eacute analisar o empreendimento

economicamente para verificar se o projeto vai ser viaacutevel e lucrativo ou natildeo poreacutem

antes das decisotildees surgem agraves duacutevidas e incertezas como qual o ponto de partida

Qual deve ser o capital investido inicialmente Quais produtos seratildeo fabricados

Onde seratildeo vendidos

Para abertura de uma empresa de bolos e doces finos em Curitiba os

questionamentos satildeo os mesmos e para conseguir as respostas para todos esses

questionamentos que andam lado a lado com todos os empreendedores quando

surge a ideia de um novo negoacutecio eacute essencial a construccedilatildeo de um plano de negoacutecios

e principalmente efetuar uma anaacutelise de viabilidade econocircmico-financeira bem

estruturada que traga informaccedilotildees fundamentais para tomar decisotildees mais assertivas

No decorrer desta pesquisa foi possiacutevel responder haacute cada um destes

questionamentos por meio da anaacutelise de mercado definiccedilatildeo do tamanho do negoacutecio

fluxo de caixa e a anaacutelise dos indicadores que estatildeo dispostos no capiacutetulo 4 deste

estudo

Dornelas (2012 p 93) afirma que ldquoum negoacutecio bem planejado teraacute mais

chances de sucesso do que aquele sem planejamento na mesma igualdade de

condiccedilotildeesrdquo

Diante deste contexto a proposta deste projeto eacute analisar a viabilidade

econocircmico-financeira da abertura de uma empresa de bolos e doces finos localizada

no Bairro Alto em Curitiba

12

11 PROBLEMA

Qual a viabilidade econocircmico-financeira da abertura de uma empresa de

bolos e doces finos em Curitiba

12 OBJETIVO GERAL

Investigar qual a viabilidade da implantaccedilatildeo de uma empresa de bolos e

doces finos em Curitiba

13 OBJETIVOS ESPECIacuteFICOS

Elaborar uma anaacutelise do mercado de bolos e doces finos em Curitiba

Definir quais os produtos seratildeo vendidos

Definir a capacidade produtiva

Analisar a viabilidade econocircmico-financeira do negoacutecio

13

2 REFERENCIAL TEOacuteRICO

21 EMPREENDEDORISMO

Um projeto empreendedor se torna possiacutevel apenas se o dono da ideia estiver

disposto a assumir todas as responsabilidades e exigecircncias de abrir um negoacutecio que

sem duacutevida passaraacute a ser seu projeto de vida

Para Dolabela (2006 sn)

Se considerarmos que as empresas quase sempre comeccedilam pequenas isso chega a ser um paradoxo Principalmente porque no mundo de hoje as pequenas empresas constituem a principal fonte de empregos e satildeo responsaacuteveis em muitos paiacuteses por mais de 50 do produto interno bruto (PIB) e pelo maior volume de exportaccedilotildees aleacutem de serem as maiores geradoras de inovaccedilotildees tecnoloacutegicas desde a Segunda Guerra Mundial

Eacute possiacutevel definir empreendedorismo comordquo a capacidade que uma pessoa

possui de formular uma ideia sobre determinado produto ou serviccedilo em um mercado

seja essa ideia nova ou natildeordquo (WILDAUER 2011 p25)

Cabe acrescentar que o empreendedorismo natildeo se refere apenas a pequenos

negoacutecios e empreendimentos novos ldquoNatildeo aborda apenas a criaccedilatildeo de novos

produtos ou serviccedilos mas sim inovaccedilotildees em todos os acircmbitos do negoacuteciordquo

(CHIAVENATO 2007 p261)

Segundo Dolabela (2006 sn) se analisarmos a natureza do

empreendedorismo eacute possiacutevel observar que

A Todas as pessoas nascem empreendedoras Os humanos satildeo

empreendedores

B Empreendedorismo natildeo eacute um assunto atual existe desde a primeira

accedilatildeo inovadora com a finalidade de aperfeiccediloar as relaccedilotildees entre os homens

C Natildeo eacute apenas um fato econocircmico mas tambeacutem social

D O empreendedor estaacute em qualquer lugar natildeo apenas nas pessoas que

abrem seu proacuteprio negoacutecio

E O empreendedorismo eacute uma demonstraccedilatildeo da liberdade humana

14

F Natildeo eacute um acontecimento pessoal e nem uma habilidade que poucas

pessoas possuem eacute algo puacuteblico

G Natildeo existe a possibilidade de fazer transferecircncia de conhecimentos

empreendedores ndash ldquoao contraacuterio do que acontece por exemplo em uma aula

de geografia porque o empreendedorismo natildeo eacute um conteuacutedo cognitivo

convencionalrdquo Nesse entendimento natildeo existe a possibilidade de ensinar

mas eacute possiacutevel aprender a ser empreendedor por meio de um sistema de

ensino bem diferente do tradicional

H Eacute um assunto global e natildeo caracteriacutestico ou complementar E deve ser

apresentado na educaccedilatildeo baacutesica

I O princiacutepio do empreendedorismo e a cidadania O que por sua vez ldquoVisa

agrave construccedilatildeo do bem-estar coletivo do espiacuterito comunitaacuterio da cooperaccedilatildeo

Antes de ser aluno o estudante deve ser considerado um cidadatildeordquo

J Natildeo existe a possibilidade de definir se uma pessoa vai ter sucesso

como empreendedor

Vale enfatizar que o empreendedorismo eacute a envoltura de pessoas e

processos que juntas transformam ideias em oportunidades E a correta efetivaccedilatildeo

destas oportunidades ocasiona a criaccedilatildeo de um negoacutecio bem sucedido (DORNELAS

2012 p 28)

Chiavenato (2007 p 22) e Dornelas (2012 p29) defendem a ideia de que

1 O empreendedorismo abrange todo o processo para criar algo novo que

possua valor e seja valorizado pelo mercado

2 Que o empreendedorismo requer doaccedilatildeo disponibilidade de tempo e

vigor para tornar o novo empreendimento em um negoacutecio de sucesso

3 O empreendedorismo demanda coragem aceitaccedilatildeo de riscos

calculados e decisotildees analiacuteticas e ter flexibilidade com os obstaacuteculos falhas

e fracassos

Eacute possiacutevel concluir que o empreendedorismo eacute um fato cultural isto eacute

consequecircncia de haacutebitos accedilotildees e valores pessoais ldquoExistem famiacutelias (assim como

cidades regiotildees e paiacuteses) mais empreendedoras do que outrasrdquo A pessoa

desenvolve o empreendedorismo no conviacutevio com outros empreendedores num local

onde a possibilidade de ter o proacuteprio negoacutecio eacute visto como algo muito bom

(DOLABELA 2006 sn)

15

Diante disso natildeo eacute possiacutevel falar de empreendedorismo sem mencionar os

empreendedores pois satildeo as atitudes de pessoas que inovam assumem todos os

riscos que proporcionam o crescimento e desenvolvimento da sociedade como um

todo

211 Caracteriacutesticas e perfil do empreendedor

Ser empreendedor eacute acima de tudo ter a capacidade e a necessidade de

realizar coisas novas

O empreendedor ldquoeacute um ser social produto do meio em que vive (eacutepoca e

lugar)rdquo E se a pessoa convive em um meio onde ser empreendedor eacute considerado

algo bom teraacute motivos para abrir seu proacuteprio negoacutecio (DOLABELA 2006 sn)

O empreendedor parte da percepccedilatildeo subjetiva para percepccedilatildeo praacutetica na

qual mostram elementos que podem ser debatidos Esses elementos satildeo os mais

variaacuteveis possiacuteveis que foram originados de perguntas contestaccedilotildees e respostas

localizadas pelo empreendedor ldquoo qual natildeo precisa ser algueacutem com uma formaccedilatildeo

superior com diploma de faculdade ou algueacutem que conte com cursos teacutecnicos ou

praacuteticosrdquo (mesmo esses sendo atributos que auxilie na agilidade de formular

questionamentos e encontrar as soluccedilotildees para os mesmos) (WILDAUER 2011 p

25)

Para Dornelas (2012 p 29) empreendedor eacute a pessoa que percebe uma

oportunidade e arquiteta um negoacutecio para captar recursos calculando todos os riscos

que vai correr Em todas as definiccedilotildees de empreendedorismo nos deparamos com no

miacutenimo as seguintes particularidades em relaccedilatildeo ao empreendedor

1 Possui a atitude de criar um novo negoacutecio e amar aquilo que faz

2 Usa o capital que possui de maneira produtiva mudando o local social e

econocircmico onde estaacute inserido

3 Assume os riscos calculados e a chance do negoacutecio natildeo dar certo

Nessa mesma perspectiva Chiavenato (2007 p7) afirma que o empreendedor

eacute a pessoa que tem a capacidade de fazer as coisas acontecerem eacute favorecido pela

sua percepccedilatildeo para os negoacutecios prudecircncia na aacuterea financeira e a habilidade de

16

perceber as oportunidades Com esse conjunto de competecircncias tem a capacidade

de transformar ideias em negoacutecios O empreendedor possui uma boa imaginaccedilatildeo e eacute

persistente qualidades que combinadas de maneira correta o capacitam para

converter ideias simples em projetos objetivos e bem sucedidos

Para Wildauer (2011 p 26)

Podemos entatildeo enumerar muitas caracteriacutesticas do empreendedor sendo as principais a atitude de saber ouvir de estar atento de saber interpretar e analisar as informaccedilotildees do mercador de ter condiccedilotildees de elaborar um planejamento de suas accedilotildees futuras de traccedilar objetivos e todo um roteiro teoacuterico-praacutetico para poder atingi-lo Sem essas premissas baacutesicas o empreendedor natildeo teraacute sucesso na formulaccedilatildeo do plano de negoacutecios muito menos na sustentaccedilatildeo de seu negoacutecio

Chiavenato (2007 p 4) acredita que ldquoos empreendedores satildeo heroacuteis

populares do mundo dos negoacuteciosrdquo Que geram empregos propagam inovaccedilotildees e

estimulam o crescimento da economia Satildeo muito mais do que somente fornecedores

de produtos e serviccedilos satildeo pessoas que assumem os riscos das oscilaccedilotildees

econocircmicas

Cabe acrescentar que o empreendedor revolucionaacuterio eacute aquele que inventa

novos mercados isto eacute a pessoa cria algo exclusivo como foi o caso do Bill Gattes

fundador da Microsoft que transformou o mundo com o sistema operacional Windows

Contudo grande parte dos empreendedores cria negoacutecios em mercados jaacute existentes

e mesmo assim criam negoacutecios de sucesso (DORNELAS 2012 p30)

Wildauer (2011 p26) conclui que ldquoo empreendedor necessita de uma estrutura

de pensamento sistecircmico e visionaacuterio com base no qual estabeleceraacute metas e

desenharaacute trajetoacuterias para alcanccedilaacute-lasrdquo

22 PLANO DE NEGOacuteCIOS

Para iniciar um empreendimento eacute fundamental fazer um plano de negoacutecios

com ele eacute possiacutevel verificar a viabilidade ou natildeo do empreendimento e definir onde

estamos para onde vamos e mostrar com mais clareza as oportunidades de negoacutecio

17

Do ponto de vista de Dornelas (2012 p 93) ldquoum negoacutecio bem planejado teraacute

mais chances de sucesso do que aquele sem planejamento na mesma igualdade de

condiccedilotildeesrdquo

Nessa mesma perspectiva Dolabela (2006 sn) afirma que vaacuterios

empreendedores bem sucedidos abriram seus empreendimentos sem compreender

pontualmente o que eacute um plano de negoacutecios Poreacutem muitos outros natildeo tiveram o

mesmo fim e o que conseguiram foram negoacutecios fracassados por conta de falhas que

poderiam ter sido evitadas Uma grande quantidade de negoacutecios que possuem um

alto potencial acabam se tornando impraticaacuteveis por conta da incapacidade dos

empreendedores Ainda assim muitas pessoas abrem e vatildeo continuar abrindo

negoacutecios capacitadas ou natildeo para isso

Wildauer (2011 p 39) define plano de negoacutecios como ldquoum documento em

forma de texto no qual eacute apresentada uma proposta de negoacutecio para um mercadordquo

Esse documento deve mostrar com clareza o ponto de vista do empreendedor sobre

o sucesso do seu produto ou serviccedilo no mercado atual

Chiavenato (2007 p132) acredita que

O plano de negoacutecio mdash business planmdash descreve a ideia de um novo empreendimento e projeta os aspectos mercadoloacutegicos operacionais e financeiros dos negoacutecios propostos geralmente para os proacuteximos trecircs ou cinco anos Seu preparo permite a anaacutelise da proposta e ajuda o futuro empreendedor a evitar uma trajetoacuteria decadente que o levaraacute do entusiasmo agrave desilusatildeo e ao fracasso

Eacute possiacutevel sintetizar o plano de negoacutecios como um documento em que o

empreendedor mostra de maneira formal e concreta o negoacutecio que quer idealizar e

expor para seus parceiros soacutecios e investidores apresentando a visatildeo a missatildeo e os

seus propoacutesitos assim como o ldquoplano operacional o plano de marketing o plano de

financeiro e o plano juriacutedicordquo desta forma facilitando a assimilaccedilatildeo e aceitaccedilatildeo do

negoacutecio pelas pessoas interessadas (WILDAUER 2011 p39)

Conforme mencionado por Chiavenato (2007 p 134) o plano de negoacutecios

mobiliza o novo empreendimento na sua totalidade Ele demonstra o levantamento

cansativo dos elementos que fazem parte do negoacutecio ldquosejam internos mdash o que deveraacute

ser produzido como onde quanto mdash sejam externos mdash para quem produzir qual eacute

o mercado quais satildeo os concorrentes etcrdquo

18

Com isso Wildauer (2011 p 45) conclui que ldquoo plano de negoacutecios eacute como um

guia uacutetil para a obtenccedilatildeo de conhecimentos para a concepccedilatildeo de um

empreendimentordquo

221 Estrutura do plano de negoacutecios

O plano de negoacutecios mobiliza todas as informaccedilotildees necessaacuterias para abrir um

negoacutecio por meio dele eacute possiacutevel detectar onde estou e para onde desejo ir dentro do

mercado

Conforme identificado por Dornelas (2012 p 101) ldquonatildeo existe uma estrutura

riacutegida e especiacutefica para se escrever um plano de negoacuteciosrdquo dado que cada negoacutecio

possui suas singularidades e equivalecircncias sendo improvaacutevel delimitar um modelo-

padratildeo de plano de negoacutecios que seja absoluto e adequado para todos os negoacutecios

Todos os planos de negoacutecios devem conter um miacutenimo de seccedilotildees que vatildeo possibilitar

uma compreensatildeo do negoacutecio como um todo Tais seccedilotildees satildeo alinhadas de maneira

que mantenham uma sequecircncia loacutegica que possibilite qualquer pessoa ler o plano e

compreender como a empresa eacute estruturada seus objetivos seus produtos seus

serviccedilos qual seu mercado seu plano financeiro e de marketing

A seguir encontra-se uma breve descriccedilatildeo de cada uma das seccedilotildees do Plano

de Negoacutecios

2211 Capa

Eacute um dos componentes fundamentais do plano de negoacutecios pois eacute a primeira

parte que eacute vista pela pessoa que vai ler deve ser desenvolvida de forma clara e com

os dados adequados (DORNELAS 2012 p 101)

19

2212 Sumaacuterio

O sumaacuterio deve incluir ldquoo tiacutetulo de cada seccedilatildeo do plano de negoacutecios e a paacutegina

respectiva onde se encontra bem como os principais assuntos relacionados em cada

seccedilatildeordquo Isso faz com que fique mais faacutecil o leitor do plano de negoacutecios identificar com

mais agilidade o que lhe interessar (DORNELAS 2012 p 101-102)

2213 Sumaacuterio executivo

O Sumaacuterio Executivo eacute a parte mais importante do plano de negoacutecios ele iraacute

definir se o leitor vai prosseguir ou natildeo com a leitura do plano de negoacutecios Dessa

forma deve ser redigido com bastante concentraccedilatildeo e revisado inuacutemeras vezes e

tambeacutem englobar as informaccedilotildees mais relevantes do plano de negoacutecios Deve ser

direcionado ao puacuteblico-alvo do plano de negoacutecios e deixar claro qual o objetivo do

mesmo em relaccedilatildeo agraves pessoas que estatildeo o lendo ldquoO Sumaacuterio Executivo deve ser a

uacuteltima seccedilatildeo a ser escrita pois depende de todas as outras seccedilotildees do plano para ser

elaboradardquo (DORNELAS 2012 p 102)

2214 Anaacutelise estrateacutegica

Nesta seccedilatildeo eacute determinada a direccedilatildeo que a empresa vai seguir ldquosua visatildeo e

missatildeo sua situaccedilatildeo atual as potencialidades e ameaccedilas externas suas forccedilas e

fraquezas seus objetivos e metas de negoacuteciordquo Essa parte eacute o alicerce para o

crescimento e o estabelecimento das outras accedilotildees redigidas no plano (DORNELAS

2012 p 102)

20

2215 Descriccedilatildeo da empresa

Eacute nessa seccedilatildeo que deve ser feita a descriccedilatildeo da empresa ldquoseu histoacuterico

crescimento faturamento dos uacuteltimos anos sua razatildeo social impostos estrutura

organizacional e legal localizaccedilatildeo parcerias serviccedilos terceirizados etcrdquo

(DORNELAS 2012 p 102)

2216 Produtos e serviccedilos

Nessa seccedilatildeo do plano de negoacutecios devem ser descritos os produtos e serviccedilos

da empresa a maneira que satildeo produzidos o capital disposto seu ciclo de vida os

elementos tecnoloacutegicos envolvidos pesquisa e desenvolvimento os seus clientes

marcas e patentes etc

Nessa seccedilatildeo pode ser incluiacuteda quando estaacute informaccedilatildeo encontra-se disponiacutevel uma visatildeo do niacutevel de satisfaccedilatildeo dos clientes com os produtos e serviccedilos da empresa Esse feedback eacute bastante importante porque costuma oferecer natildeo apenas uma visatildeo do niacutevel de qualidade percebida nos produtos e serviccedilos mas tambeacutem guiar futuros investimentos da empresa em novos desenvolvimentos e processos de produccedilatildeo (DORNELAS 2012 p 102-103)

2217 Plano operacional

Nesta seccedilatildeo devem ser expostas as accedilotildees que a empresa pretende ter na

sua estrateacutegia produtiva e no processo de produccedilatildeo apontando os resultados que

essas accedilotildees teratildeo sobre os criteacuterios de avaliaccedilatildeo dos produtos Deve incluir dados

operacionais atualizados e presumidos como ldquolead time do produto ou serviccedilo

percentual de entregas a tempo rotatividade do inventaacuterio iacutendice de refugo lead time

de desenvolvimento de produto ou serviccedilo etcrdquo (DORNELAS 2012 p 103)

21

2218 Plano de recursos humanos

Devem ser exibidas as propostas de desenvolvimento e treinamento de

pessoal da empresa Esses dados estatildeo pontualmente associados com a

competecircncia da empresa de crescer ldquoespecialmente quando esta atua em um

mercado onde a detenccedilatildeo de tecnologia eacute considerada um fator estrateacutegico de

competitividaderdquo (DORNELAS 2012 p 103)

2219 Anaacutelise de mercado

Nesta seccedilatildeo o responsaacutevel pelo plano de negoacutecios deve deixar claro que os

executivos da empresa entendem perfeitamente o mercado consumidor do seu

produto ou serviccedilo (atraveacutes de pesquisa de mercado) como estaacute segmentado

crescimento do mercado atributos do consumidor anaacutelise da concorrecircncia qual a sua

fatia de mercado e dos concorrentes etc (DORNELAS 2012 p 103)

22110 Estrateacutegia de marketing

Deve ser apresentado o objetivo da empresa para vender seu produtoserviccedilo

e consolidar seus clientes e ampliar sua demanda Deve ser informada sua estrateacutegia

de venda especificidades do produtoserviccedilo preccedilos puacuteblico-alvo canais de

distribuiccedilatildeo projeccedilatildeo das vendas (DORNELAS 2012 p 103)

22

22111 Plano financeiro

Na seccedilatildeo financeira deve mostrar em nuacutemeros todas as accedilotildees planejadas

para a empresa e suas evidecircncias por meio de projeccedilotildees futuras para um negoacutecio

bem sucedido

Deve conter demonstrativo de fluxo de caixa com horizonte de pelo menos trecircs anos balanccedilo patrimonial anaacutelise do ponto de equiliacutebrio necessidades de investimento demonstrativos de resultados anaacutelise de indicadores financeiros do negoacutecio como faturamento previsto margem prevista prazo de retorno sobre o investimento inicial (payback) taxa interna de retorno (TIR) etc (DORNELAS 2012 p 103-104)

22112 Anexos

Nesta seccedilatildeo deve incluir todos os dados considerados importantes para

melhor compreensatildeo do plano de negoacutecios O que natildeo pode ser deixado de anexar eacute

o curriculum vitae dos soacutecios da empresa (DORNELAS 2012 p 104)

23 VIABILIDADE ECONOcircMICO-FINANCEIRA

Analisar o empreendimento economicamente para verificar se o projeto eacute

viaacutevel e lucrativo ou natildeo eacute uma das decisotildees fundamentais de qualquer

empreendedor

A anaacutelise de investimento eacute um mecanismo aacutegil praacutetico e seguro que ajuda

profissionais de inuacutemeras aacutereas no processo de anaacutelise de tomada de decisotildees

financeiras (REBELATTO p 141)

Lapponi (2007 p 123) afirma que

O objetivo da decisatildeo de investimento ou do orccedilamento de capital eacute maximizar o valor da empresa A decisatildeo de alocaccedilatildeo do capital em projeto de investimento eacute fundamental para o sucesso pois os recursos da empresa

23

satildeo comprometidos por longo tempo na direccedilatildeo de seu futuro desejado e isso envolve um grande esforccedilo de tempo e de gerenciamento Cada projeto aprovado eacute um desembolso realizado pela empresa coma expectativa de obter benefiacutecios futuros quantificados pela geraccedilatildeo de um fluxo de retornos adequados em geral por um prazo maior do que um ano

A carecircncia de recursos financeiros diante das muitas necessidades faz com

que seja crucial aperfeiccediloar sua utilizaccedilatildeo A anaacutelise antecipada de investimento

possibilita que se racionalize a forma como os recursos de capital satildeo utilizados

(REBELATTO 2004 p 141)

Para analisar a viabilidade de um projeto economicamente eacute necessaacuterio reunir

uma seacuterie de informaccedilotildees e de dados que precisam ser organizados para atingir seu

objetivo final que eacute o de facilitar a tomada de decisatildeo Vale salientar que o projeto

deve ser um documento que tenha a capacidade de mostrar de uma maneira loacutegica a

visatildeo estrateacutegica do negoacutecio (MACHADO 2002 p 144)

231 Fluxo de caixa

O fluxo de caixa eacute o melhor guia para uma administraccedilatildeo financeira eficiente

de qualquer negoacutecio

O fluxo de caixa eacute a reproduccedilatildeo graacutefica de uma movimentaccedilatildeo financeira ldquoAs

movimentaccedilotildees monetaacuterias satildeo identificadas temporalmente por meio de um conjunto

de entradas e saiacutedas de caixa definido como diagrama de fluxo de caixardquo Essa

representaccedilatildeo proporciona a visualizaccedilatildeo em diferentes momentos com o que estaacute

ocorrendo com o capital (REBELATTO 2004 p 150)

ldquoA identificaccedilatildeo e a quantificaccedilatildeo das estimativas relevantes do projeto satildeo o

iniacutecio da construccedilatildeo do fluxo de caixa do projeto para empresa em funcionamentordquo

(LAPPONI 2007 p 347)

O fluxo de caixa eacute um composto de entradas e saiacutedas de valores monetaacuterios

(dinheiro) no decorrer de um determinado periacuteodo Bem como evidenciar uma opccedilatildeo

possiacutevel de transaccedilotildees financeiras ou seja pagamentos agrave vista pagamentos a prazo

tiacutetulos originais etc (REBELATTO 2004 p 151)

24

232 Valor Presente Liacutequido (VPL)

ldquoO Valor presente liacutequido (VPL) ou valor atual liacutequido (VAL) eacute o valor atual das

entradas de caixa (retornos de capital esperados) incluindo o valor residual (se

houver) menos o valor atual das saiacutedas de caixardquo (REBELATTO 2004 p 214)

A foacutermula para chegar ao VPL eacute (LAPPONI 2007 p 125)

119881119875119871 = minus119868 +119865119862

(1 + 119870)119899

Onde

I= custo inicial ou desembolso inicial

FC= fluxo de caixa

K= taxa requerida

n= prazo de anaacutelise

Rebelatto (2004 p214) afirma que os paracircmetros para que o projeto seja

aceito se refere ao valor presente liacutequido (VPL)

VPLgt0 o projeto eacute aceito

VPLlt0 o projeto eacute rejeitado

VPL=0 o projeto pode ser aceito ou natildeo pois natildeo cria e nem destroacutei

valor para empresa

Para Lapponi (2007 p 134-135) as principais vantagens do VPL satildeo

Considera o fluxo de caixa do projeto na sua totalidade

Considera o valor monetaacuterio (dinheiro) no tempo

Tem a capacidade de medir o valor criado ou destruiacutedo pelo projeto

Pode ser utilizado na avaliaccedilatildeo do projeto independentemente do tipo de

fluxo de caixa utilizado

Seleciona o projeto mais viaacutevel economicamente

25

233 Taxa Interna de Retorno (TIR)

ldquoTaxa Interna de Retorno (TIR) eacute a taxa de desconto que torna o valor atual

liacutequido (VAL) do investimento igual a zero Tambeacutem eacute chamada de taxa interna efetiva

de rentabilidaderdquo (REBELATTO 2004 p 217)

No projeto do tipo simples com o aumento da taxa requerida o VPL do projeto tende ao valor do custo inicial pois o VPL eacute uma funccedilatildeo decrescente da taxa requerida Portanto a decisatildeo com o meacutetodo TIR somente deve ser feita em projetos simples que garantem a existecircncia de uma uacutenica TIRgt -100 Nos outros tipos de fluxo de caixa em geral o meacutetodo da TIR natildeo deve ser utilizado pois haacute a possibilidade de muacuteltiplas TIRs Sendo a TIR a taxa de juro que zera o VPL do projeto simples para qualquer taxa requerida K menor que a TIR o VPL seraacute positivo e para qualquer taxa requerida K maior que a TIR o VPL seraacute negativo (LAPPONI 2007 p 175-176)

Rebelatto (2004 p 217) complementa afirmando que a TIR eacute um meacutetodo

aprimorado de anaacutelise de investimento sendo possivelmente uma das mais usadas

para avaliar projetos econocircmicos A TIR deve ser comparada com a taxa miacutenima de

atratividade (TMA) para analisar se o projeto seraacute aceito ou natildeo

Sendo assim Lapponi (2007 p 176) considera que

Se TIR gt TMA o projeto deve ser aceito pois eacute economicamente viaacutevel

Se TIR lt TMA o projeto deve ser recusado pois eacute economicamente

inviaacutevel

Se TIR = TMA eacute indiferente investir no projeto pois o mesmo natildeo criaraacute

e nem destruiraacute valor da empresa

ldquoA grande vantagem da TIR como indicador de decisatildeo eacute que prescinde de

informaccedilotildees externas ao projeto Tudo que o analista necessita eacute conhecer o perfil do

projeto e alguma ideia de magnitude da taxa de jurosrdquo (MACHADO 2002 p 127)

26

234 Periacuteodo de retorno de investimento (Payback)

ldquoO payback eacute o periacuteodo de tempo em que ocorre o retorno do investimento

Calculado no fluxo de caixa de vida uacutetil de dez anos o payback apresenta-se de vaacuterias

maneiras para cada tipo de empresardquo (BRITO 2003 p 51)

Uma empresa pode nomear o payback como um dos paracircmetros para escolha

de um projeto a fim de minimizar seus riscos Mesmo sendo esse um meacutetodo faacutecil e

simples na praacutetica eacute um dos mais utilizados para efetuar a mediccedilatildeo econocircmica de um

projeto (REBELATTO 2004 p 230)

Segundo Rebelatto (2004 p 231) a foacutermula baacutesica que demonstra o caacutelculo

do payback em fluxos de caixas regulares eacute

PB =I0

FC

Onde

PB= Payback

I0= Investimento inicial

FC= Fluxo de caixa regular

Para executar o meacutetodo payback eacute crucial estabelecer o tempo maacuteximo de

toleracircncia TMT para resgatar o custo inicial ldquoPara decidir se o projeto deve ser aceito

o payback deve ser comparado com o valor de referecircncia TMT de forma querdquo

(LAPPONI 2007 p 245)

Se PB lt TMT o projeto deve ser aceito

Se PB gt TMT o projeto deve ser recusado

A principal vantagem para utilizaccedilatildeo do meacutetodo payback eacute que ele reflete a

liquidez do projeto e por consequecircncia eacute possiacutevel efetuar a avaliaccedilatildeo do risco de natildeo

recuperar o investimento (REBELATTO 2004 p 230)

27

3 METODOLOGIA

Este capiacutetulo tem por objetivo descrever os procedimentos e teacutecnicas

utilizados na pesquisa considerando o problema e aos objetivos gerais e especiacuteficos

Para a execuccedilatildeo da revisatildeo bibliograacutefica realizada neste estudo foi utilizado

livros de especialistas na aacuterea os principais temas abordados foram o

empreendedorismo que eacute um assunto chave quando surge uma ideia para um novo

negoacutecio plano de negoacutecios que eacute um elemento fundamental para o sucesso ou

fracasso de um empreendimento e a viabilidade econocircmico-financeira tema

fundamental visto que o objetivo geral da pesquisa eacute mensurar se a mesma eacute viaacutevel

ou natildeo economicamente

Foi elaborada uma anaacutelise de mercado que estaacute disponiacutevel no item 41 deste

estudo atraveacutes da mesma foi identificado que os principais clientes satildeo das classes

A e B de Curitiba regiatildeo metropolitana no item 42 foi efetuado um levantamento do

tamanho do negoacutecio onde foi definida a capacidade produtiva o investimento inicial e

a localizaccedilatildeo do empreendimento no item 44foi elaborado o fluxo de caixa que

demonstra as previsotildees financeiras do periacuteodo de 5 anos o meacutetodo utilizado para

elaborar a pesquisa foi um estudo de caso de natureza exploratoacuteria quantitativa e

anaacutelise documental

O estudo de caso eacute evidenciado por um estudo minucioso e cansativo de um

ou poucos objetivos desta forma propicia um vasto e detalhado conhecimento sobre

o assunto uma missatildeo praticamente impossiacutevel mediante as outras maneiras de

delineamentos consideradas (GIL 2008 p 57-58)

Prodanov e Freitas (2013 p60) afirmam que o estudo de caso consiste em

recolher e analisar dados sobre determinado indiviacuteduo famiacutelia grupo ou comunidade

com a finalidade de estudar diferentes aspectos das suas vidas conforme o assunto

da pesquisa

Jaacute as pesquisas exploratoacuterias satildeo definidas por Gil (2008 p 27) como as que

Tecircm como principal finalidade desenvolver esclarecer e modificar conceitos e ideias tendo em vista a formulaccedilatildeo de problemas mais precisos ou hipoacuteteses pesquisaacuteveis para estudos posteriores De todos os tipos de pesquisa estas satildeo as que apresentam menor rigidez no planejamento Habitualmente envolvem levantamento bibliograacutefico e documental entrevistas natildeo padronizadas e estudos de caso

28

A pesquisa quantitativa ldquoconsidera que tudo pode ser quantificaacutevel o que

significa traduzir em nuacutemeros opiniotildees e informaccedilotildees para classificaacute-las e analisaacute-lasrdquo

Eacute necessaacuteria a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas estatiacutesticas tais como porcentagem meacutedia

moda desvio-padratildeo coeficiente de correlaccedilatildeo etc (PRODANOV FREITAS 2013

p 69)

Muitos dados que satildeo utilizados em pesquisas satildeo adquiridos indiretamente

por meio de documentosrdquo como livros jornais papeacuteis oficiais registros estatiacutesticos

fotos discos filmes e viacutedeos que satildeo obtidos de maneira indiretardquo Essas fontes

documentais tecircm a capacidade de disponibilizar ao pesquisador um grande nuacutemero

de informaccedilotildees com bastante qualidade para evitar a perda de tempo (GIL 2008 p

147)

Este modelo de pesquisa foi utilizado para definir os principais clientes quais

os produtos que seratildeo vendidos a capacidade produtiva assim como a viabilidade

econocircmico-financeira e operacional do negoacutecio

29

4 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES

41 ANAacuteLISE DE MERCADO

Woiler e Mathias (1994 p41) e Rebelatto (2004 p01) afirmam que a anaacutelise

de mercado eacute um dos pontos mais relevantes para elaboraccedilatildeo de um projeto Atraveacutes

do estudo do mercado obtemos muitas informaccedilotildees tais como

Fazendo a comparaccedilatildeo entre demanda e a oferta encontramos a

possiacutevel escassez da demanda futura Esse resultado proporcionaraacute

informaccedilotildees para que seja definida a escala de produccedilatildeo do projeto

A regiatildeo geograacutefica em que o produto pode ser vendido eacute um dos pontos

mais significativos para que seja definida a localizaccedilatildeo do empreendimento

O preccedilo de venda os custos de comercializaccedilatildeo e os estoques nos

canais de comercializaccedilatildeo satildeo informaccedilotildees relevantes para que seja

elaborada a projeccedilatildeo do projeto

Vale salientar que esses satildeo apenas alguns elementos importantes que eacute

possiacutevel identificar na anaacutelise de mercado existe muitos outros dados que satildeo obtidos

com a mesma

411 Mercado consumidor

ldquoTodas as decisotildees relacionadas a novos empreendimentos contecircm certo

grau de incerteza tanto no que diz respeito agrave informaccedilatildeo na qual as decisotildees estatildeo

baseadas como no que diz respeito agraves suas consequecircnciasrdquo (SEBRAE)

Chiavenato acredita que os clientes tecircm a capacidade de alavancar ou

derrubar um empreendimento ldquoUm cliente pode ser uma organizaccedilatildeo uma empresa

um usuaacuterio dos produtosserviccedilos ou um consumidor finalrdquo Eacute quem adquiri os

produtosserviccedilos ofertados pela organizaccedilatildeo no final da cadeia de transaccedilotildees Eacute ele

que estabelece direta ou indiretamente se o empreendimento teraacute ecircxito ou natildeo Por

30

isso o cliente deve ser considerado como o principal patrimocircnio da empresa (2007

p 207)

Segundo dados do censo 2010 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e

estatiacutestica) dos 576190 (quinhentos e setenta e seis mil cento e noventa) domiciacutelios

de Curitiba 292965 (duzentos e noventa e dois mil novecentos e sessenta e cinco)

possuem renda de mais de 5 a mais de 20 salaacuterios miacutenimos sendo assim cerca de

5085 dos domiciacutelios curitibanos estatildeo enquadrados nas classes A e B Ainda

segundo o IBGE cerca de 137922 (cento e trinta e sete mil novecentos e vinte e dois)

domiciacutelios curitibanos tecircm renda de mais de 10 salaacuterios miacutenimos o que representa

uma meacutedia de 24 dos domiciacutelios de Curitiba

Mais de 249000 (duzentos e quarenta e nove mil) pessoas que residem em

Curitiba cerca de 1423 da populaccedilatildeo tem rendimento mensal de mais de 5 salaacuterios

miacutenimos conforme Tabela 1

TABELA 1 - RESULTADOS DA AMOSTRA - RENDIMENTO POR PESSOA EM CURITIBA

Quantidade de pessoas Salaacuterios miacutenimos

153011 Mais de 5 a 10 salaacuterios miacutenimos

38692 Mais de 10 a 15 salaacuterios miacutenimos

25427 Mais de 15 a 20 salaacuterios miacutenimos

18264 Mais de 20 a 30 salaacuterios miacutenimos

13791 Mais de 30 salaacuterios miacutenimos

FONTE IBGE - CENSO DEMOGRAacuteFICO 2010

Curitiba possui uma populaccedilatildeo de mais de 1750000 (um milhatildeo setecentos

e cinquenta mil habitantes) segundo censo IBGE 2010 sendo que 932000

(novecentos e trinta e dois mil) pessoas com o estado civil de solteiro viuacutevo

divorciado separado judicialmentedesquitado isso mostra que tem muitas pessoas

que podem fazer festas de casamento e necessitar dos produtos que seratildeo ofertados

tais como bolos artiacutesticos doces finos e bem casados

Segundo as estatiacutesticas do registro civil do IBGE ocorreram em Curitiba e

regiatildeo metropolitana no ano 2012 exatamente 18877 (dezoito mil oitocentos e setenta

e sete) casamentos sendo que nos meses de setembro a dezembro foi onde ocorreu

um maior nuacutemero um total de 7828 (sete mil oitocentos e vinte e oito) casamentos o

que representa um total de 4147 dos casamentos ocorrem nesses quatro meses

do ano

31

TABELA 2 - CASAMENTOS POR MEcircS DE REGISTRO SEGUNDO O LUGAR DO REGISTRO ndash 2012

Lugar do registro

Casamentos por mecircs do registro

Total de

registros Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

RM Curitiba 18877 1466 1250 1572 1282 1403 1533 1248 1255 1735 1753 2118 2262

Curitiba 10351 848 692 857 692 724 872 658 658 971 968 1237 1174

FONTE IBGE DIRETORIA DE PESQUISAS COORDENACcedilAtildeO DE POPULACcedilAtildeO E INDICADORES SOCIAIS ESTATIacuteSTICAS DO REGISTRO CIVIL 2012

Nessa perspectiva foi definido que o mercado que a empresa de bolos e doces

finos vai atuar eacute de Curitiba e regiatildeo metropolitana com foco nas pessoas das classes

A e B com estado civil solteiro divorciado separado judicialmentedesquitado e viuacutevo

412 Produtos que seratildeo vendidos

ldquoNo coraccedilatildeo de uma grande marca haacute um grande produto O produto-chave

na oferta ao mercado Liacutederes de mercado geralmente oferecem produtos e serviccedilos

de qualidade superiorrdquo (KOTLER KELLER 2006 p 366)

Os principais produtos fornecidos seratildeo

Bolos artiacutesticos

FOTO1 - BOLO ARTIacuteSTICO FONTE WANDA CARDOSO - BOLOS ARTIacuteSTICOS amp DOCES

32

Bolos de copa

FOTO2 - BOLO DE COPA FONTE ELABORADO PELO AUTOR

FOTO3 - BOLO DE COPA FONTE ELABORADO PELO AUTOR

Naked cake

FOTO4 - NAKED CAKE FONTE DOCES PENEacuteLOPE

33

Doces Tradicionais

FOTO5 - DOCES TRADICIONAIS FONTE ELABORADO PELO AUTOR

Doces Espelhados

FOTO6 - DOCES ESPELHADOS FONTE PRONTO SOCORRO DAS FESTAS

Doces Finos

FOTO 7 - DOCES FINOS FONTE COMPRANDO MEU APE

34

Brigadeiros gourmet

FOTO8 - BRIGADEIROS GOURMET FONTE ELABORADO PELO AUTOR

Tacinhas acriacutelicas

FOTO9 - TACINHAS ACRIacuteLICAS FONTE BUFFET DELIacuteCIAS DA VI

Trufas

FOTO 10 - TRUFAS FONTE FOGAtildeO DA VOVOacute

35

Bombons

FOTO11 - BOMBONS FONTE DALVA GOLDEN GATE

Bem casados

FOTO12 - BEM CASADOS FONTE CASAMENTO SEM ERRO

FOTO13 - BEM CASADOS FONTE CASAMENTO SEM ERRO

36

413 Preccedilo de venda

A definiccedilatildeo do preccedilo dos produtos eacute uma das decisotildees mais relevantes da

organizaccedilatildeo que deve levar em conta a forma como a empresa deseja se posicionar

no mercado os custos a concorrecircncia e a rentabilidade almejada

O preccedilo eacute um dos elementos mais versaacuteteis pode ser modificado rapidamente

ao contraacuterio das propriedades dos produtos dos contratos com canais de distribuiccedilatildeo

e ateacute mesmo das promoccedilotildees O Preccedilo tem tambeacutem a tarefa de mostrar ao mercado o

posicionamento de valor desejado pela empresa para o seu produto ou marca

(KOTLER KELLER 2006 p 428)

A consolidaccedilatildeo dos preccedilos dos produtos seraacute elaborada levando em conta os

custos para se obter os produtos com a qualidade requinte e sofisticaccedilatildeo desejada

com a margem de lucro esperada e se baseando nos preccedilos praticados pela

concorrecircncia

414 Previsatildeo de vendas

Para Chiavenato (2007 p 2013)

A previsatildeo de vendas representa a quantidade de produtosserviccedilos que a empresa pretende vender ou colocar no mercado durante um determinado periacuteodo geralmente um mecircs ou um ano dividido em meses Constitui portanto uma estimativa ou uma expectativa de vendas Pode ser feita em unidades fiacutesicas ou em valores monetaacuterios

A produccedilatildeo vai ser em meacutedia de 5600 doces (doces finos gourmet e bem

casados) e 4 bolos procurando atender em meacutedia 4 eventos por semana e ateacute 16

eventos por mecircs sendo que nos meses de setembro a dezembro essa demanda

aumenta pelo motivo de historicamente ter um nuacutemero maior de casamentos

37

415 Definiccedilatildeo de local de venda dos produtos

ldquoA venda eacute a fase fundamental do processo de vendas Consiste na

transferecircncia do produtoserviccedilo para o cliente ou consumidorrdquo (CHIAVENATO 2007

p 210)

As vendas vatildeo ocorrer atraveacutes de site proacuteprio redes sociais telefone e

pessoalmente natildeo teremos loja fiacutesica apenas um ateliecirc para confecccedilatildeo dos bolos e

doces onde vai conter uma sala anexa na qual vai ser oferecido o serviccedilo de

degustaccedilatildeo com horaacuterios marcados para assim o cliente decidir quais os produtos

seratildeo adquiridos para o seu evento e fechamento de contrato

416 Definiccedilatildeo da demanda e da oferta

Na maior parte das encomendas os clientes solicitam os doces finos e

gourmet que contecircm chocolates frutas oleaginosas tais como castanhas nozes

avelatildes amecircndoas frutas como framboesa morango damasco cerejas e os bem

casados Os bolos mais solicitados satildeo os com decoraccedilatildeo de pasta americana que

deve obrigatoriamente ter recheios mais firmes como ganaches fios de ovos

strogonoff de nozes e os naked cake (bolo pelado) que possuem mais opccedilotildees de

recheios com chocolates frutas diversas e cremes de pacirctisserie

Em contato com algumas empresas que fornecem o mesmo tipo de produto

foi possiacutevel verificar que as encomendas devem ser feitas com antecedecircncia miacutenima

de 6 meses sendo que alguns casos somente com um ano de antecedecircncia para

conseguir na data desejada Esse eacute um dos pontos que mostra que tem espaccedilo

suficiente para entrada nesse mercado

38

417 Concorrentes

Chiavenato (2007 p 33) Kotler e Keller (2006 p 340) afirmam que os

concorrentes satildeo as organizaccedilotildees que competem pelos mesmos fornecedores

clientes e consumidores

ldquoAgrave medida que seus produtosserviccedilos tornam-se mais heterogecircneos tanto

mais heterogecircneos e diferenciados seratildeo seus concorrentes e tanto mais complexa

seraacute a competitividaderdquo (CHIAVENATO 2007 p 33)

Em busca na internet foi possiacutevel identificar que atualmente existe em meacutedia

25 concorrentes reais que oferecem exatamente os mesmos produtos que seratildeo

fornecidos com o mesmo padratildeo de qualidade valor agregado requinte e

sofisticaccedilatildeo Tambeacutem foi detectado mais 14 concorrentes potenciais que vendem

produtos similares aos que seratildeo vendidos poreacutem natildeo possuem o mesmo valor

agregado dos que vatildeo ser ofertados Foi possiacutevel identificar que alguns concorrentes

oferecem somente os doces finos dos quais foram identificados mais 3 concorrentes

reais e 3 concorrentes potenciais E foi detectado que existem concorrentes que

fornecem apenas os bolos artiacutesticos dos quais foi identificado 4 concorrentes reais

todos fornecem os bolos com o mesmo niacutevel de qualidade que seratildeo fornecidos

A tabela 3 mostra a divisatildeo dos concorrentes reais e potenciais que fornecem

bolos e doces por bairro de Curitiba

39

TABELA 3 - CONCORRENTES QUE FORNECEM BOLOS E DOCES POR BAIRRO

Bairro Quantidade de Concorrentes Reais

Quantidade de Concorrentes Potenciais

Aacutegua Verde 4 1

Ahuacute 1

Bairro Alto 2 1

Barreirinha 1

Barreirinha 1

Bom Retiro 1

Campo Comprido 1

Campo Comprido 1

Cidade Industrial 1

Colombo 1

Fazenda Rio Grande 1

Hauer 1

Hugo Lange 1

Mercecircs 1

Novo Mundo 2 1

Novo Mundo 1

Portatildeo 1

Portatildeo 1

Santa Cacircndida 1

Santa Felicidade 1 1

Santo Inaacutecio 1 1

Satildeo Joseacute dos Pinhais 1

Seminaacuterio 1

Sitio Cercado 1

Tarumatilde 1

Vila Izabel 1

Natildeo Informado 1 2

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

418 Forma de divulgaccedilatildeo dos concorrentes

Todas as empresas pesquisadas que fornecem produtos similares aos que

vamos fornecer utilizam sites proacuteprios e as redes sociais para fazer divulgaccedilatildeo dos

seus produtos todas fazem degustaccedilatildeo para os clientes conhecerem os seus

produtos e posteriormente fechar um contrato

40

42 TAMANHO DO NEGOacuteCIO

421 Capacidade produtiva

A capacidade produtiva vai ser para atender ateacute 4 eventos por semana A

produccedilatildeo vai ser de ateacute 5600 doces (doces finos gourmet e bem casados) e 4 bolos

atendendo ateacute 4 eventos por final de semana e ateacute 16 eventos por mecircs sendo que

nos meses de setembro a dezembro essa demanda aumenta pelo motivo de

historicamente ter um nuacutemero maior de casamentos

422 Investimento

Um dos pontos mais relevantes para abertura de uma empresa eacute a

determinaccedilatildeo do capital miacutenimo para dar iniacutecio nas atividades e principalmente como

obter este capital ldquoEacute com o capital inicial que a empresa tem condiccedilotildees de reunir os

recursos empresariais necessaacuterios ao seu funcionamento sejam eles recursos

humanos materiais ou financeirosrdquo A determinaccedilatildeo do capital eacute o que estabelece a

quantidade de recursos empresariais que a empresa tem disponiacutevel Indiscutivelmente

quanto maior for o volume de recursos empresariais mais faacutecil se torna o desempenho

da empresa Quando todos os recursos necessaacuterios para seu funcionamento estatildeo agrave

disposiccedilatildeo a administraccedilatildeo do empreendimento fica mais simples (CHIAVENATO

2007 p84)

Cabe acrescentar que (LAPPONI 2007 p 321)

O custo inicial refere-se aos desembolsos realizados para aquisiccedilatildeo de equipamentos ou outros ativos fixos incluindo o pagamento de fretes seguros instalaccedilotildees despesas operacionais iniciais com materiais e matildeo de obra treinamento de pessoal de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo etc resumindo o custo inicial inclui todos os desembolsos necessaacuterios para adquirir os ativos necessaacuterios e que estejam em condiccedilotildees de operar e gerar as receitas estimadas

41

O empreendimento iniciaraacute suas atividades com capital investido com

recursos proacuteprios da empreendedora

As estimativas de investimento inicial para abertura da empresa foi de

R$5162851 conforme tabela 4

TABELA 4 - INVESTIMENTO INICIAL

Descriccedilatildeo Valor (R$)

Maacutequinas e equipamentos Cozinha R$ 3084878

Utensiacutelios R$ 555075

Moacuteveis para escritoacuterio R$ 268982

Equipamentos de informaacutetica e eletrocircnicos R$ 446204

Outros custos escritoacuterio R$ 48912

Uniformes R$ 155800

Pintura Imoacutevel R$ 500000

Porta de Vidro R$ 103000

Total R$ 5162851

FONTE ELABORADO PELO AUTOR (2015)

423 Localizaccedilatildeo

Seraacute locado um imoacutevel para a instalaccedilatildeo da empresa localizado na Rua Heitor

Baggio Vidal 2508 Bairro Alto Curitiba ndash PR com o valor do aluguel mensal de

R$160000 (mil e seiscentos reais) O espaccedilo interno de 95msup2 seraacute dividido em trecircs

partes a primeira com 20msup2 vai ficar a recepccedilatildeo para receber os clientes efetuar

orccedilamentos e as degustaccedilotildees a segunda com 71msup2 a cozinha industrial onde seratildeo

fabricados os bolos e doces finos e a terceira com 4msup2 o lavabo

42

FOTO14 - FOTO DO IMOacuteVEL ONDE SERAacute INSTALADA A EMPRESA FONTE MP IMOacuteVEIS

424 Entregas

As entregas dos bolos e doces finos seratildeo efetuadas por uma empresa

parceira localizada no Bairro Alto o preccedilo das entregas em Curitiba e regiatildeo

metropolitana variam de R$2400 (vinte e quatro reais) a R$6000 (sessenta reais)

dependendo da localizaccedilatildeo tais valores seratildeo cobrados dos clientes

43 CAPITAL DE GIRO

O capital de giro inicial foi estimado levando em conta que no primeiro ano a

empresa vai produzir 8333 da sua capacidade atendendo em meacutedia 13 ventos

mensalmente sendo assim foram considerados os gastos operacionais necessaacuterios

para o iniacutecio das atividades incluindo o custo fixo mensal e o estoque inicial ambos

multiplicados por 2 e acrescidos de um percentual de 10 de margem de seguranccedila

para despesas natildeo previstas

43

TABELA 5 - CAPITAL DE GIRO

Item Valor (R$)

Estoque Inicial 5144000

Custo Fixo Mensal 3194783

Reserva (10) 833878

Total do Capital de Giro Inicial 9172662

FONTE ELABORDO PELO AUTOR

44 FLUXO DE CAIXA

ldquoFluxo de Caixa eacute um Instrumento de gestatildeo financeira que projeta para

periacuteodos futuros todas as entradas e as saiacutedas de recursos financeiros da empresa

indicando como seraacute o saldo de caixa para o periacuteodo projetadordquo (SEBRAE)

Na tabela 6 eacute apresentada a projeccedilatildeo do Fluxo de Caixa da empresa para os

seus primeiros cinco anos onde fica evidenciado que do primeiro ateacute o quinto ano a

sauacutede financeira da empresa melhora gradativamente sendo que no final do quinto

ano o saldo em caixa ultrapassa os 300 se comparado com o saldo em caixa no

final do primeiro ano

Pode-se observar que natildeo foi inserida no fluxo de caixa a opccedilatildeo de

inadimplecircncia pois todos os pagamentos seratildeo efetuados agrave vista em dinheiro ou

cartatildeo sendo que o pagamento total dos produtos deve ser efetuado no miacutenimo 10

dias antes da data do evento

44

TABELA 6 - PROJECcedilAtildeO DE FLUXO DE CAIXA NOS PRIMEIROS CINCO ANOS

Descriccedilatildeo Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

Investimento Inicial (5162851)

Capital de Giro (9172662) 9172662

Valor Residual 1548855

Total de entradas 000 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873

Previsatildeo Receitas de vendas 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873

Total de Saiacutedas (14335513) (44888699) (54283425) (59479393) (64738409) (70291804)

(-)Fornecedores (25720000) (33641760) (36669518) (39969775) (43567055)

(-)Folha de pagamento (3267192) (3593911) (3953302) (4348633) (4783496)

(-)Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)

(963216) (1011377) (1061946) (1115043) (1170795)

(-)Retiradas soacutecios (2400000) (2640000) (3432000) (3946800) (4341480)

(-)Impostos s vendas (4654291) (5073177) (5573767) (6075406) (6622192)

(-)Alugueacuteis (1920000) (2016000) (2116800) (2222640) (2333772)

(-)Energia eleacutetrica (840000) (882000) (926100) (972405) (1021025)

(-)Aacutegua (300000) (315000) (330750) (347288) (364652)

(-)Telefone (384000) (403200) (423360) (444528) (466754)

(-)Gaacutes (588000) (617400) (648270) (680684) (714718)

(-)Serviccedilos contabilidade (960000) (1008000) (1058400) (1111320) (1166886)

(-)Manutenccedilatildeo (600000) (630000) (661500) (694575) (729304)

(-)Outras despesas com funcionaacuterios

(1296000) (1405800) (1525590) (1656320) (1799030)

(-)Taxas bancaacuterias (96000) (100800) (105840) (111132) (116689)

(-)Outros pagamentos (900000) (945000) (992250) (1041863) (1093956)

Entradas - Saiacutedas (14335513) 12981301 21410535 23027023 25193585 27734070

Depreciaccedilatildeo 000 (631377) (631377) (631377) (631377) (631377)

Saldo Final (14335513) 12349924 20779158 22395647 24562208 37824209

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

A depreciaccedilatildeo foi calculada considerando o prazo de vida uacutetil meacutedio de 10

anos das maacutequinas equipamentos instalaccedilotildees moacuteveis e utensiacutelios e para os

computadores e perifeacutericos foi considerado o prazo de vida uacutetil de 5 anos conforme

demonstrado na tabela 7

TABELA 7 - DEPRECIACcedilAtildeO

Item Valor Inicial Taxa Anual Depreciaccedilatildeo Anual (R$)

Maacutequinas e equipamentos 3084878 10 308488

Instalaccedilotildees 103000 10 10300

Moacuteveis e Utensiacutelios 824057 10 82406

Computadores e Perifeacutericos 446204 20 89241

Outros 704712 20 140942

Total 631377

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

45

O valor residual dos equipamentos e instalaccedilotildees da empresa no final do quinto

ano foi considerado em 30 referente ao valor de aquisiccedilatildeo dos mesmos no iniacutecio do

projeto

45 ANAacuteLISE DOS INDICADORES (VPL TIR E PAYBACK)

451 Valor Presente Liacutequido (VPL)

A tabela 8 mostra que o VPL (Valor Presente Liacutequido) eacute positivo isso significa

que aleacutem de recuperar o investimento inicial ainda vai ser agregado ao valor da

empresa um montante de R$ R$50392407 (quinhentos e trecircs mil novecentos e vinte

quatro reais e sete centavos)

A taxa de retorno requerida de 20 foi determinada levando em conta o niacutevel

de risco do projeto e visando o valor desejado para se obter em cima do valor

investido

TABELA 8 - CALCULO DO VALOR PRESENTE LIacuteQUIDO (VPL)

Anos FC k 2000

0 -$143355 VPL $50392407

1 $123499 VPL $50392407

2 $207792 VPL $50392407

3 $223956 VPL $21761126

4 $245622 VPL $21761126

5 $378242 Decisatildeo Aceitar o Projeto

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

452 Taxa Interna de Retorno (TIR)

Conforme a tabela 9 eacute possiacutevel verificar que a TIR (Taxa Interna de Retorno)

eacute de 11593 maior que a taxa requerida de 20 isso significa que custo inicial seraacute

46

recuperado e o projeto vai criar valor para empresa mais um resultado favoraacutevel para

a aceitaccedilatildeo do projeto

TABELA 9 - TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR)

Anos FC

0 -$143355 TIR 11593

1 $123499 TIR 2168

2 $207792 TIR 2168

3 $223956 Decisatildeo

4 $245622 k 2000

5 $378242 Aceitar o projeto

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

453 Payback

O tempo de recuperaccedilatildeo do custo inicial ocorre normalmente entre o quarto e

o quinto ano se for feita a anaacutelise da tabela 10 eacute possiacutevel verificar que o tempo

necessaacuterio para o retorno do investimento (payback) do projeto eacute de 128 anos este

indicador mostra claramente que o projeto deve ser aceito pois o tempo de retorno

estaacute bem abaixo do tempo meacutedio dos empreendimentos como um todo

TABELA 10 - PAYBACK

k 20

Anos FC SPresente

0 -$143355 -$143355 PBD-SP = 128

1 $123499 -$40439 128

2 $207792 $103861

3 $223956 $233465

4 $245622 $351917

5 $378242 $503924

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

47

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Para iniciar um negoacutecio requer muito mais do que apenas o espiacuterito

empreendedor eacute necessaacuterio ter lideranccedila conhecimento sobre o mercado que deseja

atuar organizaccedilatildeo e principalmente planejamento

O principal objetivo desse estudo foi analisar a viabilidade econocircmico-

financeira da abertura de uma empresa de bolos e doces finos no Bairro Alto em

Curitiba

O objetivo apresentado nesta pesquisa foi atingido pois todos os indicadores

analisados mostram com clareza que empresa obteacutem resultados positivos que criam

valor para a mesma e com isso o projeto eacute viaacutevel economicamente pois do primeiro

ao quinto ano fica visiacutevel o crescimento do empreendimento e a melhora significativa

da sua sauacutede financeira isso fica evidenciado no saldo final em caixa no quinto ano

que chega proacuteximo haacute 400 mil reais Apesar disso eacute crucial o acompanhamento do

mercado para seguir as tendecircncias e se atualizar constantemente para tomar

decisotildees mais assertivas

Um negoacutecio mal avaliado pode arruinar a estabilidade econocircmica do

investidor por isso eacute de extrema importacircncia fazer todos os levantamentos de custos

antes de se aventurar em qualquer empreendimento

Eacute possiacutevel comprovar que a pesquisa realizada contribui positivamente para

abertura da empresa No entanto as informaccedilotildees aqui presentes natildeo satildeo estaacuteticas e

devem ser revisadas periodicamente e se preciso ateacute mesmo ampliadas no decorrer

da implantaccedilatildeo do projeto para que o mesmo seja uma ferramenta eficiente e eficaz

no desenvolvimento da empresa como um todo

48

REFEREcircNCIAS

BRITO Paulo Anaacutelise e viabilidade de projetos de investimento Satildeo Paulo Atlas 2003 DOLABELA Fernando O segredo de Luiacutesa 30 ed Satildeo Paulo Editora de Cultura 2006 DORNELAS Joseacute Carlos Assis Empreendedorismo transformando ideias em negoacutecios 4 ed Rio de Janeiro Campus Elsevier 2012 CENSO Demograacutefico 2010 Resultados gerais da amostra Curitiba IBGE 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=410690ampidtema=87ampsearch=parana|curitiba|censo-demografico-2010-resultados-gerais-da-amostra-gt Acesso em 21 de Junho de 2015 CHIAVENATO Idalberto Empreendedorismo dando asas ao espiacuterito empreendedor empreendedorismo e a viabilidade de novas empresas um guia eficiente para iniciar e tocar seu proacuteprio negoacutecio 2 ed Satildeo Paulo Saraiva 2007 ESTATIacuteSTICAS do registro civil 2012 Curitiba IBGE 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaoregistrocivil2012default_xlsshtmgt Acesso em 21 de Junho de 2015 GIL Antonio Carlos Meacutetodos e teacutecnicas de pesquisa social 6 ed Satildeo Paulo Atlas 2008 KOTLER Philip KELLER Kevin Lane Administraccedilatildeo de Marketing 12 ed Satildeo Paulo ABDR 2006 LAPPONI Juan Carlos Projetos de Investimento na Empresa Rio de Janeiro Elsevier 2007 MACHADO Jesseacute Anderson Pinto Projetos Econocircmicos uma abordagem praacutetica de elaboraccedilatildeo Satildeo Paulo Nobel 2002 MICHEL Maria Helena Metodologia e pesquisa cientiacutefica em ciecircncias sociais 2 ed Satildeo Paulo Atlas 2009 OLIVEIRA Djalma de Pinho Rebouccedilas de Planejamento estrateacutegico conceitos metodologia e praacuteticas 20 ed Satildeo Paulo Atlas 2004 PRODANOV Cleber Cristiano ERNANI Cesar de Freitas Metodologia do trabalho cientiacutefico meacutetodo e teacutecnicas da pesquisa e do trabalho acadecircmico 2 ed Novo Hamburgo Freevale 2013

49

REBELATTO Dayse Projeto de Investimento 1 ed Barueri Manole 2004 SEBRAE Pesquisa de Mercado o que eacute e para que serve Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrsitesPortalSebraeartigosPesquisa-de-mercado-o-que-C3A9-e-para-que-servegt Acesso em 21 de Junho de 2015 SEBRAE Fluxo de caixa Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrSebraePortal20SebraeAnexos0_fluxo-de-caixapdfgt Acesso em 10 de Outubro de 2015 WILDAUER Egon Walter Plano de negoacutecios elementos construtivos e processos de elaboraccedilatildeo 2 ed Curitiba Ibpex 2011 WOILER Samsatildeo MATHIAS Washington Franco Projetos planejamento elaboraccedilatildeo anaacutelise 1 ed Satildeo Paulo Atlas 1994

50

APEcircNDICES

APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL 51

APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS 52

APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL 52

51

APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL

Item Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

Aacutegua 25000 26250 27563 28941 30388

Aluguel 160000 168000 176400 185220 194481

Assessoria Contaacutebil 80000 84000 88200 92610 97241

Gaacutes 49000 51450 54023 56724 59560

Impostos 387858 422765 464481 506284 551849

Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)

80268 84281 88495 92920 97566

Energia eleacutetrica 70000 73500 77175 81034 85085

Manutenccedilatildeo 50000 52500 55125 57881 60775

Material de escritoacuterio 20000 21000 22050 23153 24310

Material de Limpeza 40000 42000 44100 46305 48620

Folha de pagamento 272266 299493 329442 362386 398625

Seguros 15000 15750 16538 17364 18233

Telefone fixointernet 20000 21000 22050 23153 24310

Telefone Moacutevel 12000 12600 13230 13892 14586

Vale Refeiccedilatildeo 75000 82500 90750 99825 109808

Vale Transporte 33000 34650 36383 38202 40112

Proacute- labore 200000 220000 286000 328900 361790

Taxas Bancaacuterias 8000 8400 8820 9261 9724

Total R$ 1597392 R$ 1720139 R$ 1900823 R$ 2064053 R$ 2227062

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

52

APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS

Item

Produccedilatildeo mensal meacutedia

Custo unitaacuterio total

Sugestatildeo Preccedilo de venda

Custo Mensal Total

Receita de vendas

Bolos artiacutesticos (recheios diversos) 150 6000 13500 900000 2025000

Bolos de copa (recheios diversos) 30 3600 8100 108000 243000

Naked cake (recheios diversos) 60 4200 9450 252000 567000

Doces Tradicionais 32 3500 7875 112000 252000

Doces Espelhados 32 5000 11250 160000 360000

Doces Finos 32 7500 16875 240000 540000

Brigadeiros gourmet 16 4500 10125 72000 162000

Tacinhas acriacutelicas 16 5500 12375 88000 198000

Trufas 32 5000 11250 160000 360000

Bombons 32 5000 11250 160000 360000

Bem casados 3200 100 225 320000 720000

Custo produccedilatildeo Total 2572000

Receita Total 5787000

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL

Ano Receita Bruta Variaccedilatildeo anual

Ano 1 000

Ano 2 69444000 9

Ano 3 75693960 9

Ano 4 82506416 9

Ano 5 89931994 9

Valor considerando a inflaccedilatildeo de 9 aa

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

4

RESUMO

O objetivo do presente trabalho eacute analisar a viabilidade econocircmico-financeira da abertura de uma empresa de bolos e doces finos no Bairro Alto em Curitiba Para o sucesso real de um novo negoacutecio eacute fundamental a elaboraccedilatildeo de um plano de negoacutecios e uma anaacutelise de viabilidade econocircmico-financeira bem estruturados e robustos pois ambos satildeo alicerces imprescindiacuteveis para dar iniacutecio em um novo empreendimento para isso foi elaborada uma anaacutelise de mercado na qual foi possiacutevel definir o mercado consumidor quais os produtos que seratildeo vendidos os concorrentes reais e potecircnciais e tambeacutem foi efetuado um levantamento do tamanho do negoacutecio onde foi definida a capacidade produtiva investimento inicial localizaccedilatildeo do empreendimento e o fluxo de caixa Foram elaborados demonstrativos de resultados financeiros para averiguar se o projeto eacute viaacutevel ou natildeo economicamente os indicadores utilizados para analisar a viabilidade ou natildeo do empreendimento foi a Valor Presente Liacutequido Taxa Interna de Retorno e payback

Palavras- Chave Plano de negoacutecios viabilidade econocircmico-financeira bolos e doces finos

5

ABSTRACT

The objective of this study is to analyze the economic feasibility of opening an cakes and gourmet company Bairro Alto in Curitiba For the real success of a new business is essential to create a business plan and an analysis of economic and financial viability well-structured and robust as both are essential foundations to start on a new venture for it was drawn up an analysis of market in which it was possible to define the consumer market which products will be sold the actual and potential competitors and has also made a business the size of the survey which was defined production capacity initial investment the project location and the cash flow Were prepared financial income statements to determine whether the project is economically viable or not the indicators used to analyze the feasibility or otherwise of the project was the Net Present Value Internal Rate of Return and payback

Key-words Business Plan economic and financial feasibility cakes and fine pastries

6

LISTA DE ILUSTRACcedilOtildeES

FOTO 1 - BOLO ARTIacuteSTICO 31

FOTO 2 - BOLO DE COPA 32

FOTO 3 - BOLO DE COPA 32

FOTO 4 - NAKED CAKE 32

FOTO 5 - DOCES TRADICIONAIS 33

FOTO 6 - DOCES ESPELHADOS 33

FOTO 7 - DOCES FINOS 33

FOTO 8 - BRIGADEIROS GOURMET 34

FOTO 9 - TACINHAS ACRIacuteLICAS 34

FOTO 10 - TRUFAS 34

FOTO 11 - BOMBONS 35

FOTO 12 - BEM CASADOS 35

FOTO 13 - BEM CASADOS 35

FOTO 14 - FOTO DO IMOacuteVEL ONDE SERAacute INSTALADA A EMPRESA 42

7

LISTA DE TABELAS

TABELA 1 - RESULTADOS DA AMOSTRA - RENDIMENTO POR PESSOA EM

CURITIBA 30

TABELA 2 - CASAMENTOS POR MEcircS DE REGISTRO SEGUNDO O LUGAR DO

REGISTRO ndash 2012 31

TABELA 3 - CONCORRENTES QUE FORNECEM BOLOS E DOCES POR BAIRRO

39

TABELA 4 - INVESTIMENTO INICIAL 41

TABELA 5 - CAPITAL DE GIRO 43

TABELA 6 - PROJECcedilAtildeO DE FLUXO DE CAIXA NOS PRIMEIROS CINCO ANOS 44

TABELA 7 - DEPRECIACcedilAtildeO 44

TABELA 8 - CALCULO DO VALOR PRESENTE LIacuteQUIDO (VPL) 45

TABELA 9 - TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR) 46

TABELA 10 - PAYBACK 46

8

LISTA DE ABREVIATURAS EOU SILGAS

IBGE ndash Instituro Brasileiro de Geograacutefia e Estatiacutestica

PIB ndash Produto Interno Bruto

SEBRAE ndash Serviccedilo Brasileiro de Apoio agraves Micro e Pequenas Empresas

TIR ndash Taxa Interna de Retorno

TMA ndash Taxa Miacutenima de Atratividade

TMT ndash Taxa Miacutenima de Toleracircncia

VAL ndash Valor Atual liacutequido

VPL ndash Valor presente liacutequido

9

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 11

11 PROBLEMA 12

12 OBJETIVO GERAL 12

13 OBJETIVOS ESPECIacuteFICOS 12

2 REFERENCIAL TEOacuteRICO 13

21 EMPREENDEDORISMO 13

211 Caracteriacutesticas e perfil do empreendedor 15

22 PLANO DE NEGOacuteCIOS 16

221 Estrutura do plano de negoacutecios 18

2211 Capa 18

2212 Sumaacuterio 19

2213 Sumaacuterio executivo 19

2214 Anaacutelise estrateacutegica 19

2215 Descriccedilatildeo da empresa 20

2216 Produtos e serviccedilos 20

2217 Plano operacional 20

2218 Plano de recursos humanos 21

2219 Anaacutelise de mercado 21

22110 Estrateacutegia de marketing 21

22111 Plano financeiro 22

22112 Anexos 22

23 VIABILIDADE ECONOcircMICO-FINANCEIRA 22

231 Fluxo de caixa 23

232 Valor Presente Liacutequido (VPL) 24

233 Taxa Interna de Retorno (TIR) 25

234 Periacuteodo de retorno de investimento (Payback) 26

3 METODOLOGIA 27

4 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES 29

41 ANAacuteLISE DE MERCADO 29

411 Mercado consumidor 29

10

412 Produtos que seratildeo vendidos 31

413 Preccedilo de venda 36

414 Previsatildeo de vendas 36

415 Definiccedilatildeo de local de venda dos produtos 37

416 Definiccedilatildeo da demanda e da oferta 37

417 Concorrentes 38

418 Forma de divulgaccedilatildeo dos concorrentes 39

42 TAMANHO DO NEGOacuteCIO 40

421 Capacidade produtiva 40

422 Investimento 40

423 Localizaccedilatildeo 41

424 Entregas 42

43 CAPITAL DE GIRO 42

44 FLUXO DE CAIXA 43

45 ANAacuteLISE DOS INDICADORES (VPL TIR E PAYBACK) 45

451 Valor Presente Liacutequido (VPL) 45

452 Taxa Interna de Retorno (TIR) 45

453 Payback 46

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 47

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS 48

APEcircNDICES 50

11

1 INTRODUCcedilAtildeO

Quando surge uma ideia e eacute possiacutevel identificar nela uma oportunidade eacute o

iniacutecio para a criaccedilatildeo de um negoacutecio

Qualquer empreendimento para ter ecircxito seja ele industrial comercial ou de

serviccedilos depende de inuacutemeras decisotildees que o empreendedor precisa tomar antes de

iniciaacute-lo Uma das decisotildees fundamentais eacute analisar o empreendimento

economicamente para verificar se o projeto vai ser viaacutevel e lucrativo ou natildeo poreacutem

antes das decisotildees surgem agraves duacutevidas e incertezas como qual o ponto de partida

Qual deve ser o capital investido inicialmente Quais produtos seratildeo fabricados

Onde seratildeo vendidos

Para abertura de uma empresa de bolos e doces finos em Curitiba os

questionamentos satildeo os mesmos e para conseguir as respostas para todos esses

questionamentos que andam lado a lado com todos os empreendedores quando

surge a ideia de um novo negoacutecio eacute essencial a construccedilatildeo de um plano de negoacutecios

e principalmente efetuar uma anaacutelise de viabilidade econocircmico-financeira bem

estruturada que traga informaccedilotildees fundamentais para tomar decisotildees mais assertivas

No decorrer desta pesquisa foi possiacutevel responder haacute cada um destes

questionamentos por meio da anaacutelise de mercado definiccedilatildeo do tamanho do negoacutecio

fluxo de caixa e a anaacutelise dos indicadores que estatildeo dispostos no capiacutetulo 4 deste

estudo

Dornelas (2012 p 93) afirma que ldquoum negoacutecio bem planejado teraacute mais

chances de sucesso do que aquele sem planejamento na mesma igualdade de

condiccedilotildeesrdquo

Diante deste contexto a proposta deste projeto eacute analisar a viabilidade

econocircmico-financeira da abertura de uma empresa de bolos e doces finos localizada

no Bairro Alto em Curitiba

12

11 PROBLEMA

Qual a viabilidade econocircmico-financeira da abertura de uma empresa de

bolos e doces finos em Curitiba

12 OBJETIVO GERAL

Investigar qual a viabilidade da implantaccedilatildeo de uma empresa de bolos e

doces finos em Curitiba

13 OBJETIVOS ESPECIacuteFICOS

Elaborar uma anaacutelise do mercado de bolos e doces finos em Curitiba

Definir quais os produtos seratildeo vendidos

Definir a capacidade produtiva

Analisar a viabilidade econocircmico-financeira do negoacutecio

13

2 REFERENCIAL TEOacuteRICO

21 EMPREENDEDORISMO

Um projeto empreendedor se torna possiacutevel apenas se o dono da ideia estiver

disposto a assumir todas as responsabilidades e exigecircncias de abrir um negoacutecio que

sem duacutevida passaraacute a ser seu projeto de vida

Para Dolabela (2006 sn)

Se considerarmos que as empresas quase sempre comeccedilam pequenas isso chega a ser um paradoxo Principalmente porque no mundo de hoje as pequenas empresas constituem a principal fonte de empregos e satildeo responsaacuteveis em muitos paiacuteses por mais de 50 do produto interno bruto (PIB) e pelo maior volume de exportaccedilotildees aleacutem de serem as maiores geradoras de inovaccedilotildees tecnoloacutegicas desde a Segunda Guerra Mundial

Eacute possiacutevel definir empreendedorismo comordquo a capacidade que uma pessoa

possui de formular uma ideia sobre determinado produto ou serviccedilo em um mercado

seja essa ideia nova ou natildeordquo (WILDAUER 2011 p25)

Cabe acrescentar que o empreendedorismo natildeo se refere apenas a pequenos

negoacutecios e empreendimentos novos ldquoNatildeo aborda apenas a criaccedilatildeo de novos

produtos ou serviccedilos mas sim inovaccedilotildees em todos os acircmbitos do negoacuteciordquo

(CHIAVENATO 2007 p261)

Segundo Dolabela (2006 sn) se analisarmos a natureza do

empreendedorismo eacute possiacutevel observar que

A Todas as pessoas nascem empreendedoras Os humanos satildeo

empreendedores

B Empreendedorismo natildeo eacute um assunto atual existe desde a primeira

accedilatildeo inovadora com a finalidade de aperfeiccediloar as relaccedilotildees entre os homens

C Natildeo eacute apenas um fato econocircmico mas tambeacutem social

D O empreendedor estaacute em qualquer lugar natildeo apenas nas pessoas que

abrem seu proacuteprio negoacutecio

E O empreendedorismo eacute uma demonstraccedilatildeo da liberdade humana

14

F Natildeo eacute um acontecimento pessoal e nem uma habilidade que poucas

pessoas possuem eacute algo puacuteblico

G Natildeo existe a possibilidade de fazer transferecircncia de conhecimentos

empreendedores ndash ldquoao contraacuterio do que acontece por exemplo em uma aula

de geografia porque o empreendedorismo natildeo eacute um conteuacutedo cognitivo

convencionalrdquo Nesse entendimento natildeo existe a possibilidade de ensinar

mas eacute possiacutevel aprender a ser empreendedor por meio de um sistema de

ensino bem diferente do tradicional

H Eacute um assunto global e natildeo caracteriacutestico ou complementar E deve ser

apresentado na educaccedilatildeo baacutesica

I O princiacutepio do empreendedorismo e a cidadania O que por sua vez ldquoVisa

agrave construccedilatildeo do bem-estar coletivo do espiacuterito comunitaacuterio da cooperaccedilatildeo

Antes de ser aluno o estudante deve ser considerado um cidadatildeordquo

J Natildeo existe a possibilidade de definir se uma pessoa vai ter sucesso

como empreendedor

Vale enfatizar que o empreendedorismo eacute a envoltura de pessoas e

processos que juntas transformam ideias em oportunidades E a correta efetivaccedilatildeo

destas oportunidades ocasiona a criaccedilatildeo de um negoacutecio bem sucedido (DORNELAS

2012 p 28)

Chiavenato (2007 p 22) e Dornelas (2012 p29) defendem a ideia de que

1 O empreendedorismo abrange todo o processo para criar algo novo que

possua valor e seja valorizado pelo mercado

2 Que o empreendedorismo requer doaccedilatildeo disponibilidade de tempo e

vigor para tornar o novo empreendimento em um negoacutecio de sucesso

3 O empreendedorismo demanda coragem aceitaccedilatildeo de riscos

calculados e decisotildees analiacuteticas e ter flexibilidade com os obstaacuteculos falhas

e fracassos

Eacute possiacutevel concluir que o empreendedorismo eacute um fato cultural isto eacute

consequecircncia de haacutebitos accedilotildees e valores pessoais ldquoExistem famiacutelias (assim como

cidades regiotildees e paiacuteses) mais empreendedoras do que outrasrdquo A pessoa

desenvolve o empreendedorismo no conviacutevio com outros empreendedores num local

onde a possibilidade de ter o proacuteprio negoacutecio eacute visto como algo muito bom

(DOLABELA 2006 sn)

15

Diante disso natildeo eacute possiacutevel falar de empreendedorismo sem mencionar os

empreendedores pois satildeo as atitudes de pessoas que inovam assumem todos os

riscos que proporcionam o crescimento e desenvolvimento da sociedade como um

todo

211 Caracteriacutesticas e perfil do empreendedor

Ser empreendedor eacute acima de tudo ter a capacidade e a necessidade de

realizar coisas novas

O empreendedor ldquoeacute um ser social produto do meio em que vive (eacutepoca e

lugar)rdquo E se a pessoa convive em um meio onde ser empreendedor eacute considerado

algo bom teraacute motivos para abrir seu proacuteprio negoacutecio (DOLABELA 2006 sn)

O empreendedor parte da percepccedilatildeo subjetiva para percepccedilatildeo praacutetica na

qual mostram elementos que podem ser debatidos Esses elementos satildeo os mais

variaacuteveis possiacuteveis que foram originados de perguntas contestaccedilotildees e respostas

localizadas pelo empreendedor ldquoo qual natildeo precisa ser algueacutem com uma formaccedilatildeo

superior com diploma de faculdade ou algueacutem que conte com cursos teacutecnicos ou

praacuteticosrdquo (mesmo esses sendo atributos que auxilie na agilidade de formular

questionamentos e encontrar as soluccedilotildees para os mesmos) (WILDAUER 2011 p

25)

Para Dornelas (2012 p 29) empreendedor eacute a pessoa que percebe uma

oportunidade e arquiteta um negoacutecio para captar recursos calculando todos os riscos

que vai correr Em todas as definiccedilotildees de empreendedorismo nos deparamos com no

miacutenimo as seguintes particularidades em relaccedilatildeo ao empreendedor

1 Possui a atitude de criar um novo negoacutecio e amar aquilo que faz

2 Usa o capital que possui de maneira produtiva mudando o local social e

econocircmico onde estaacute inserido

3 Assume os riscos calculados e a chance do negoacutecio natildeo dar certo

Nessa mesma perspectiva Chiavenato (2007 p7) afirma que o empreendedor

eacute a pessoa que tem a capacidade de fazer as coisas acontecerem eacute favorecido pela

sua percepccedilatildeo para os negoacutecios prudecircncia na aacuterea financeira e a habilidade de

16

perceber as oportunidades Com esse conjunto de competecircncias tem a capacidade

de transformar ideias em negoacutecios O empreendedor possui uma boa imaginaccedilatildeo e eacute

persistente qualidades que combinadas de maneira correta o capacitam para

converter ideias simples em projetos objetivos e bem sucedidos

Para Wildauer (2011 p 26)

Podemos entatildeo enumerar muitas caracteriacutesticas do empreendedor sendo as principais a atitude de saber ouvir de estar atento de saber interpretar e analisar as informaccedilotildees do mercador de ter condiccedilotildees de elaborar um planejamento de suas accedilotildees futuras de traccedilar objetivos e todo um roteiro teoacuterico-praacutetico para poder atingi-lo Sem essas premissas baacutesicas o empreendedor natildeo teraacute sucesso na formulaccedilatildeo do plano de negoacutecios muito menos na sustentaccedilatildeo de seu negoacutecio

Chiavenato (2007 p 4) acredita que ldquoos empreendedores satildeo heroacuteis

populares do mundo dos negoacuteciosrdquo Que geram empregos propagam inovaccedilotildees e

estimulam o crescimento da economia Satildeo muito mais do que somente fornecedores

de produtos e serviccedilos satildeo pessoas que assumem os riscos das oscilaccedilotildees

econocircmicas

Cabe acrescentar que o empreendedor revolucionaacuterio eacute aquele que inventa

novos mercados isto eacute a pessoa cria algo exclusivo como foi o caso do Bill Gattes

fundador da Microsoft que transformou o mundo com o sistema operacional Windows

Contudo grande parte dos empreendedores cria negoacutecios em mercados jaacute existentes

e mesmo assim criam negoacutecios de sucesso (DORNELAS 2012 p30)

Wildauer (2011 p26) conclui que ldquoo empreendedor necessita de uma estrutura

de pensamento sistecircmico e visionaacuterio com base no qual estabeleceraacute metas e

desenharaacute trajetoacuterias para alcanccedilaacute-lasrdquo

22 PLANO DE NEGOacuteCIOS

Para iniciar um empreendimento eacute fundamental fazer um plano de negoacutecios

com ele eacute possiacutevel verificar a viabilidade ou natildeo do empreendimento e definir onde

estamos para onde vamos e mostrar com mais clareza as oportunidades de negoacutecio

17

Do ponto de vista de Dornelas (2012 p 93) ldquoum negoacutecio bem planejado teraacute

mais chances de sucesso do que aquele sem planejamento na mesma igualdade de

condiccedilotildeesrdquo

Nessa mesma perspectiva Dolabela (2006 sn) afirma que vaacuterios

empreendedores bem sucedidos abriram seus empreendimentos sem compreender

pontualmente o que eacute um plano de negoacutecios Poreacutem muitos outros natildeo tiveram o

mesmo fim e o que conseguiram foram negoacutecios fracassados por conta de falhas que

poderiam ter sido evitadas Uma grande quantidade de negoacutecios que possuem um

alto potencial acabam se tornando impraticaacuteveis por conta da incapacidade dos

empreendedores Ainda assim muitas pessoas abrem e vatildeo continuar abrindo

negoacutecios capacitadas ou natildeo para isso

Wildauer (2011 p 39) define plano de negoacutecios como ldquoum documento em

forma de texto no qual eacute apresentada uma proposta de negoacutecio para um mercadordquo

Esse documento deve mostrar com clareza o ponto de vista do empreendedor sobre

o sucesso do seu produto ou serviccedilo no mercado atual

Chiavenato (2007 p132) acredita que

O plano de negoacutecio mdash business planmdash descreve a ideia de um novo empreendimento e projeta os aspectos mercadoloacutegicos operacionais e financeiros dos negoacutecios propostos geralmente para os proacuteximos trecircs ou cinco anos Seu preparo permite a anaacutelise da proposta e ajuda o futuro empreendedor a evitar uma trajetoacuteria decadente que o levaraacute do entusiasmo agrave desilusatildeo e ao fracasso

Eacute possiacutevel sintetizar o plano de negoacutecios como um documento em que o

empreendedor mostra de maneira formal e concreta o negoacutecio que quer idealizar e

expor para seus parceiros soacutecios e investidores apresentando a visatildeo a missatildeo e os

seus propoacutesitos assim como o ldquoplano operacional o plano de marketing o plano de

financeiro e o plano juriacutedicordquo desta forma facilitando a assimilaccedilatildeo e aceitaccedilatildeo do

negoacutecio pelas pessoas interessadas (WILDAUER 2011 p39)

Conforme mencionado por Chiavenato (2007 p 134) o plano de negoacutecios

mobiliza o novo empreendimento na sua totalidade Ele demonstra o levantamento

cansativo dos elementos que fazem parte do negoacutecio ldquosejam internos mdash o que deveraacute

ser produzido como onde quanto mdash sejam externos mdash para quem produzir qual eacute

o mercado quais satildeo os concorrentes etcrdquo

18

Com isso Wildauer (2011 p 45) conclui que ldquoo plano de negoacutecios eacute como um

guia uacutetil para a obtenccedilatildeo de conhecimentos para a concepccedilatildeo de um

empreendimentordquo

221 Estrutura do plano de negoacutecios

O plano de negoacutecios mobiliza todas as informaccedilotildees necessaacuterias para abrir um

negoacutecio por meio dele eacute possiacutevel detectar onde estou e para onde desejo ir dentro do

mercado

Conforme identificado por Dornelas (2012 p 101) ldquonatildeo existe uma estrutura

riacutegida e especiacutefica para se escrever um plano de negoacuteciosrdquo dado que cada negoacutecio

possui suas singularidades e equivalecircncias sendo improvaacutevel delimitar um modelo-

padratildeo de plano de negoacutecios que seja absoluto e adequado para todos os negoacutecios

Todos os planos de negoacutecios devem conter um miacutenimo de seccedilotildees que vatildeo possibilitar

uma compreensatildeo do negoacutecio como um todo Tais seccedilotildees satildeo alinhadas de maneira

que mantenham uma sequecircncia loacutegica que possibilite qualquer pessoa ler o plano e

compreender como a empresa eacute estruturada seus objetivos seus produtos seus

serviccedilos qual seu mercado seu plano financeiro e de marketing

A seguir encontra-se uma breve descriccedilatildeo de cada uma das seccedilotildees do Plano

de Negoacutecios

2211 Capa

Eacute um dos componentes fundamentais do plano de negoacutecios pois eacute a primeira

parte que eacute vista pela pessoa que vai ler deve ser desenvolvida de forma clara e com

os dados adequados (DORNELAS 2012 p 101)

19

2212 Sumaacuterio

O sumaacuterio deve incluir ldquoo tiacutetulo de cada seccedilatildeo do plano de negoacutecios e a paacutegina

respectiva onde se encontra bem como os principais assuntos relacionados em cada

seccedilatildeordquo Isso faz com que fique mais faacutecil o leitor do plano de negoacutecios identificar com

mais agilidade o que lhe interessar (DORNELAS 2012 p 101-102)

2213 Sumaacuterio executivo

O Sumaacuterio Executivo eacute a parte mais importante do plano de negoacutecios ele iraacute

definir se o leitor vai prosseguir ou natildeo com a leitura do plano de negoacutecios Dessa

forma deve ser redigido com bastante concentraccedilatildeo e revisado inuacutemeras vezes e

tambeacutem englobar as informaccedilotildees mais relevantes do plano de negoacutecios Deve ser

direcionado ao puacuteblico-alvo do plano de negoacutecios e deixar claro qual o objetivo do

mesmo em relaccedilatildeo agraves pessoas que estatildeo o lendo ldquoO Sumaacuterio Executivo deve ser a

uacuteltima seccedilatildeo a ser escrita pois depende de todas as outras seccedilotildees do plano para ser

elaboradardquo (DORNELAS 2012 p 102)

2214 Anaacutelise estrateacutegica

Nesta seccedilatildeo eacute determinada a direccedilatildeo que a empresa vai seguir ldquosua visatildeo e

missatildeo sua situaccedilatildeo atual as potencialidades e ameaccedilas externas suas forccedilas e

fraquezas seus objetivos e metas de negoacuteciordquo Essa parte eacute o alicerce para o

crescimento e o estabelecimento das outras accedilotildees redigidas no plano (DORNELAS

2012 p 102)

20

2215 Descriccedilatildeo da empresa

Eacute nessa seccedilatildeo que deve ser feita a descriccedilatildeo da empresa ldquoseu histoacuterico

crescimento faturamento dos uacuteltimos anos sua razatildeo social impostos estrutura

organizacional e legal localizaccedilatildeo parcerias serviccedilos terceirizados etcrdquo

(DORNELAS 2012 p 102)

2216 Produtos e serviccedilos

Nessa seccedilatildeo do plano de negoacutecios devem ser descritos os produtos e serviccedilos

da empresa a maneira que satildeo produzidos o capital disposto seu ciclo de vida os

elementos tecnoloacutegicos envolvidos pesquisa e desenvolvimento os seus clientes

marcas e patentes etc

Nessa seccedilatildeo pode ser incluiacuteda quando estaacute informaccedilatildeo encontra-se disponiacutevel uma visatildeo do niacutevel de satisfaccedilatildeo dos clientes com os produtos e serviccedilos da empresa Esse feedback eacute bastante importante porque costuma oferecer natildeo apenas uma visatildeo do niacutevel de qualidade percebida nos produtos e serviccedilos mas tambeacutem guiar futuros investimentos da empresa em novos desenvolvimentos e processos de produccedilatildeo (DORNELAS 2012 p 102-103)

2217 Plano operacional

Nesta seccedilatildeo devem ser expostas as accedilotildees que a empresa pretende ter na

sua estrateacutegia produtiva e no processo de produccedilatildeo apontando os resultados que

essas accedilotildees teratildeo sobre os criteacuterios de avaliaccedilatildeo dos produtos Deve incluir dados

operacionais atualizados e presumidos como ldquolead time do produto ou serviccedilo

percentual de entregas a tempo rotatividade do inventaacuterio iacutendice de refugo lead time

de desenvolvimento de produto ou serviccedilo etcrdquo (DORNELAS 2012 p 103)

21

2218 Plano de recursos humanos

Devem ser exibidas as propostas de desenvolvimento e treinamento de

pessoal da empresa Esses dados estatildeo pontualmente associados com a

competecircncia da empresa de crescer ldquoespecialmente quando esta atua em um

mercado onde a detenccedilatildeo de tecnologia eacute considerada um fator estrateacutegico de

competitividaderdquo (DORNELAS 2012 p 103)

2219 Anaacutelise de mercado

Nesta seccedilatildeo o responsaacutevel pelo plano de negoacutecios deve deixar claro que os

executivos da empresa entendem perfeitamente o mercado consumidor do seu

produto ou serviccedilo (atraveacutes de pesquisa de mercado) como estaacute segmentado

crescimento do mercado atributos do consumidor anaacutelise da concorrecircncia qual a sua

fatia de mercado e dos concorrentes etc (DORNELAS 2012 p 103)

22110 Estrateacutegia de marketing

Deve ser apresentado o objetivo da empresa para vender seu produtoserviccedilo

e consolidar seus clientes e ampliar sua demanda Deve ser informada sua estrateacutegia

de venda especificidades do produtoserviccedilo preccedilos puacuteblico-alvo canais de

distribuiccedilatildeo projeccedilatildeo das vendas (DORNELAS 2012 p 103)

22

22111 Plano financeiro

Na seccedilatildeo financeira deve mostrar em nuacutemeros todas as accedilotildees planejadas

para a empresa e suas evidecircncias por meio de projeccedilotildees futuras para um negoacutecio

bem sucedido

Deve conter demonstrativo de fluxo de caixa com horizonte de pelo menos trecircs anos balanccedilo patrimonial anaacutelise do ponto de equiliacutebrio necessidades de investimento demonstrativos de resultados anaacutelise de indicadores financeiros do negoacutecio como faturamento previsto margem prevista prazo de retorno sobre o investimento inicial (payback) taxa interna de retorno (TIR) etc (DORNELAS 2012 p 103-104)

22112 Anexos

Nesta seccedilatildeo deve incluir todos os dados considerados importantes para

melhor compreensatildeo do plano de negoacutecios O que natildeo pode ser deixado de anexar eacute

o curriculum vitae dos soacutecios da empresa (DORNELAS 2012 p 104)

23 VIABILIDADE ECONOcircMICO-FINANCEIRA

Analisar o empreendimento economicamente para verificar se o projeto eacute

viaacutevel e lucrativo ou natildeo eacute uma das decisotildees fundamentais de qualquer

empreendedor

A anaacutelise de investimento eacute um mecanismo aacutegil praacutetico e seguro que ajuda

profissionais de inuacutemeras aacutereas no processo de anaacutelise de tomada de decisotildees

financeiras (REBELATTO p 141)

Lapponi (2007 p 123) afirma que

O objetivo da decisatildeo de investimento ou do orccedilamento de capital eacute maximizar o valor da empresa A decisatildeo de alocaccedilatildeo do capital em projeto de investimento eacute fundamental para o sucesso pois os recursos da empresa

23

satildeo comprometidos por longo tempo na direccedilatildeo de seu futuro desejado e isso envolve um grande esforccedilo de tempo e de gerenciamento Cada projeto aprovado eacute um desembolso realizado pela empresa coma expectativa de obter benefiacutecios futuros quantificados pela geraccedilatildeo de um fluxo de retornos adequados em geral por um prazo maior do que um ano

A carecircncia de recursos financeiros diante das muitas necessidades faz com

que seja crucial aperfeiccediloar sua utilizaccedilatildeo A anaacutelise antecipada de investimento

possibilita que se racionalize a forma como os recursos de capital satildeo utilizados

(REBELATTO 2004 p 141)

Para analisar a viabilidade de um projeto economicamente eacute necessaacuterio reunir

uma seacuterie de informaccedilotildees e de dados que precisam ser organizados para atingir seu

objetivo final que eacute o de facilitar a tomada de decisatildeo Vale salientar que o projeto

deve ser um documento que tenha a capacidade de mostrar de uma maneira loacutegica a

visatildeo estrateacutegica do negoacutecio (MACHADO 2002 p 144)

231 Fluxo de caixa

O fluxo de caixa eacute o melhor guia para uma administraccedilatildeo financeira eficiente

de qualquer negoacutecio

O fluxo de caixa eacute a reproduccedilatildeo graacutefica de uma movimentaccedilatildeo financeira ldquoAs

movimentaccedilotildees monetaacuterias satildeo identificadas temporalmente por meio de um conjunto

de entradas e saiacutedas de caixa definido como diagrama de fluxo de caixardquo Essa

representaccedilatildeo proporciona a visualizaccedilatildeo em diferentes momentos com o que estaacute

ocorrendo com o capital (REBELATTO 2004 p 150)

ldquoA identificaccedilatildeo e a quantificaccedilatildeo das estimativas relevantes do projeto satildeo o

iniacutecio da construccedilatildeo do fluxo de caixa do projeto para empresa em funcionamentordquo

(LAPPONI 2007 p 347)

O fluxo de caixa eacute um composto de entradas e saiacutedas de valores monetaacuterios

(dinheiro) no decorrer de um determinado periacuteodo Bem como evidenciar uma opccedilatildeo

possiacutevel de transaccedilotildees financeiras ou seja pagamentos agrave vista pagamentos a prazo

tiacutetulos originais etc (REBELATTO 2004 p 151)

24

232 Valor Presente Liacutequido (VPL)

ldquoO Valor presente liacutequido (VPL) ou valor atual liacutequido (VAL) eacute o valor atual das

entradas de caixa (retornos de capital esperados) incluindo o valor residual (se

houver) menos o valor atual das saiacutedas de caixardquo (REBELATTO 2004 p 214)

A foacutermula para chegar ao VPL eacute (LAPPONI 2007 p 125)

119881119875119871 = minus119868 +119865119862

(1 + 119870)119899

Onde

I= custo inicial ou desembolso inicial

FC= fluxo de caixa

K= taxa requerida

n= prazo de anaacutelise

Rebelatto (2004 p214) afirma que os paracircmetros para que o projeto seja

aceito se refere ao valor presente liacutequido (VPL)

VPLgt0 o projeto eacute aceito

VPLlt0 o projeto eacute rejeitado

VPL=0 o projeto pode ser aceito ou natildeo pois natildeo cria e nem destroacutei

valor para empresa

Para Lapponi (2007 p 134-135) as principais vantagens do VPL satildeo

Considera o fluxo de caixa do projeto na sua totalidade

Considera o valor monetaacuterio (dinheiro) no tempo

Tem a capacidade de medir o valor criado ou destruiacutedo pelo projeto

Pode ser utilizado na avaliaccedilatildeo do projeto independentemente do tipo de

fluxo de caixa utilizado

Seleciona o projeto mais viaacutevel economicamente

25

233 Taxa Interna de Retorno (TIR)

ldquoTaxa Interna de Retorno (TIR) eacute a taxa de desconto que torna o valor atual

liacutequido (VAL) do investimento igual a zero Tambeacutem eacute chamada de taxa interna efetiva

de rentabilidaderdquo (REBELATTO 2004 p 217)

No projeto do tipo simples com o aumento da taxa requerida o VPL do projeto tende ao valor do custo inicial pois o VPL eacute uma funccedilatildeo decrescente da taxa requerida Portanto a decisatildeo com o meacutetodo TIR somente deve ser feita em projetos simples que garantem a existecircncia de uma uacutenica TIRgt -100 Nos outros tipos de fluxo de caixa em geral o meacutetodo da TIR natildeo deve ser utilizado pois haacute a possibilidade de muacuteltiplas TIRs Sendo a TIR a taxa de juro que zera o VPL do projeto simples para qualquer taxa requerida K menor que a TIR o VPL seraacute positivo e para qualquer taxa requerida K maior que a TIR o VPL seraacute negativo (LAPPONI 2007 p 175-176)

Rebelatto (2004 p 217) complementa afirmando que a TIR eacute um meacutetodo

aprimorado de anaacutelise de investimento sendo possivelmente uma das mais usadas

para avaliar projetos econocircmicos A TIR deve ser comparada com a taxa miacutenima de

atratividade (TMA) para analisar se o projeto seraacute aceito ou natildeo

Sendo assim Lapponi (2007 p 176) considera que

Se TIR gt TMA o projeto deve ser aceito pois eacute economicamente viaacutevel

Se TIR lt TMA o projeto deve ser recusado pois eacute economicamente

inviaacutevel

Se TIR = TMA eacute indiferente investir no projeto pois o mesmo natildeo criaraacute

e nem destruiraacute valor da empresa

ldquoA grande vantagem da TIR como indicador de decisatildeo eacute que prescinde de

informaccedilotildees externas ao projeto Tudo que o analista necessita eacute conhecer o perfil do

projeto e alguma ideia de magnitude da taxa de jurosrdquo (MACHADO 2002 p 127)

26

234 Periacuteodo de retorno de investimento (Payback)

ldquoO payback eacute o periacuteodo de tempo em que ocorre o retorno do investimento

Calculado no fluxo de caixa de vida uacutetil de dez anos o payback apresenta-se de vaacuterias

maneiras para cada tipo de empresardquo (BRITO 2003 p 51)

Uma empresa pode nomear o payback como um dos paracircmetros para escolha

de um projeto a fim de minimizar seus riscos Mesmo sendo esse um meacutetodo faacutecil e

simples na praacutetica eacute um dos mais utilizados para efetuar a mediccedilatildeo econocircmica de um

projeto (REBELATTO 2004 p 230)

Segundo Rebelatto (2004 p 231) a foacutermula baacutesica que demonstra o caacutelculo

do payback em fluxos de caixas regulares eacute

PB =I0

FC

Onde

PB= Payback

I0= Investimento inicial

FC= Fluxo de caixa regular

Para executar o meacutetodo payback eacute crucial estabelecer o tempo maacuteximo de

toleracircncia TMT para resgatar o custo inicial ldquoPara decidir se o projeto deve ser aceito

o payback deve ser comparado com o valor de referecircncia TMT de forma querdquo

(LAPPONI 2007 p 245)

Se PB lt TMT o projeto deve ser aceito

Se PB gt TMT o projeto deve ser recusado

A principal vantagem para utilizaccedilatildeo do meacutetodo payback eacute que ele reflete a

liquidez do projeto e por consequecircncia eacute possiacutevel efetuar a avaliaccedilatildeo do risco de natildeo

recuperar o investimento (REBELATTO 2004 p 230)

27

3 METODOLOGIA

Este capiacutetulo tem por objetivo descrever os procedimentos e teacutecnicas

utilizados na pesquisa considerando o problema e aos objetivos gerais e especiacuteficos

Para a execuccedilatildeo da revisatildeo bibliograacutefica realizada neste estudo foi utilizado

livros de especialistas na aacuterea os principais temas abordados foram o

empreendedorismo que eacute um assunto chave quando surge uma ideia para um novo

negoacutecio plano de negoacutecios que eacute um elemento fundamental para o sucesso ou

fracasso de um empreendimento e a viabilidade econocircmico-financeira tema

fundamental visto que o objetivo geral da pesquisa eacute mensurar se a mesma eacute viaacutevel

ou natildeo economicamente

Foi elaborada uma anaacutelise de mercado que estaacute disponiacutevel no item 41 deste

estudo atraveacutes da mesma foi identificado que os principais clientes satildeo das classes

A e B de Curitiba regiatildeo metropolitana no item 42 foi efetuado um levantamento do

tamanho do negoacutecio onde foi definida a capacidade produtiva o investimento inicial e

a localizaccedilatildeo do empreendimento no item 44foi elaborado o fluxo de caixa que

demonstra as previsotildees financeiras do periacuteodo de 5 anos o meacutetodo utilizado para

elaborar a pesquisa foi um estudo de caso de natureza exploratoacuteria quantitativa e

anaacutelise documental

O estudo de caso eacute evidenciado por um estudo minucioso e cansativo de um

ou poucos objetivos desta forma propicia um vasto e detalhado conhecimento sobre

o assunto uma missatildeo praticamente impossiacutevel mediante as outras maneiras de

delineamentos consideradas (GIL 2008 p 57-58)

Prodanov e Freitas (2013 p60) afirmam que o estudo de caso consiste em

recolher e analisar dados sobre determinado indiviacuteduo famiacutelia grupo ou comunidade

com a finalidade de estudar diferentes aspectos das suas vidas conforme o assunto

da pesquisa

Jaacute as pesquisas exploratoacuterias satildeo definidas por Gil (2008 p 27) como as que

Tecircm como principal finalidade desenvolver esclarecer e modificar conceitos e ideias tendo em vista a formulaccedilatildeo de problemas mais precisos ou hipoacuteteses pesquisaacuteveis para estudos posteriores De todos os tipos de pesquisa estas satildeo as que apresentam menor rigidez no planejamento Habitualmente envolvem levantamento bibliograacutefico e documental entrevistas natildeo padronizadas e estudos de caso

28

A pesquisa quantitativa ldquoconsidera que tudo pode ser quantificaacutevel o que

significa traduzir em nuacutemeros opiniotildees e informaccedilotildees para classificaacute-las e analisaacute-lasrdquo

Eacute necessaacuteria a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas estatiacutesticas tais como porcentagem meacutedia

moda desvio-padratildeo coeficiente de correlaccedilatildeo etc (PRODANOV FREITAS 2013

p 69)

Muitos dados que satildeo utilizados em pesquisas satildeo adquiridos indiretamente

por meio de documentosrdquo como livros jornais papeacuteis oficiais registros estatiacutesticos

fotos discos filmes e viacutedeos que satildeo obtidos de maneira indiretardquo Essas fontes

documentais tecircm a capacidade de disponibilizar ao pesquisador um grande nuacutemero

de informaccedilotildees com bastante qualidade para evitar a perda de tempo (GIL 2008 p

147)

Este modelo de pesquisa foi utilizado para definir os principais clientes quais

os produtos que seratildeo vendidos a capacidade produtiva assim como a viabilidade

econocircmico-financeira e operacional do negoacutecio

29

4 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES

41 ANAacuteLISE DE MERCADO

Woiler e Mathias (1994 p41) e Rebelatto (2004 p01) afirmam que a anaacutelise

de mercado eacute um dos pontos mais relevantes para elaboraccedilatildeo de um projeto Atraveacutes

do estudo do mercado obtemos muitas informaccedilotildees tais como

Fazendo a comparaccedilatildeo entre demanda e a oferta encontramos a

possiacutevel escassez da demanda futura Esse resultado proporcionaraacute

informaccedilotildees para que seja definida a escala de produccedilatildeo do projeto

A regiatildeo geograacutefica em que o produto pode ser vendido eacute um dos pontos

mais significativos para que seja definida a localizaccedilatildeo do empreendimento

O preccedilo de venda os custos de comercializaccedilatildeo e os estoques nos

canais de comercializaccedilatildeo satildeo informaccedilotildees relevantes para que seja

elaborada a projeccedilatildeo do projeto

Vale salientar que esses satildeo apenas alguns elementos importantes que eacute

possiacutevel identificar na anaacutelise de mercado existe muitos outros dados que satildeo obtidos

com a mesma

411 Mercado consumidor

ldquoTodas as decisotildees relacionadas a novos empreendimentos contecircm certo

grau de incerteza tanto no que diz respeito agrave informaccedilatildeo na qual as decisotildees estatildeo

baseadas como no que diz respeito agraves suas consequecircnciasrdquo (SEBRAE)

Chiavenato acredita que os clientes tecircm a capacidade de alavancar ou

derrubar um empreendimento ldquoUm cliente pode ser uma organizaccedilatildeo uma empresa

um usuaacuterio dos produtosserviccedilos ou um consumidor finalrdquo Eacute quem adquiri os

produtosserviccedilos ofertados pela organizaccedilatildeo no final da cadeia de transaccedilotildees Eacute ele

que estabelece direta ou indiretamente se o empreendimento teraacute ecircxito ou natildeo Por

30

isso o cliente deve ser considerado como o principal patrimocircnio da empresa (2007

p 207)

Segundo dados do censo 2010 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e

estatiacutestica) dos 576190 (quinhentos e setenta e seis mil cento e noventa) domiciacutelios

de Curitiba 292965 (duzentos e noventa e dois mil novecentos e sessenta e cinco)

possuem renda de mais de 5 a mais de 20 salaacuterios miacutenimos sendo assim cerca de

5085 dos domiciacutelios curitibanos estatildeo enquadrados nas classes A e B Ainda

segundo o IBGE cerca de 137922 (cento e trinta e sete mil novecentos e vinte e dois)

domiciacutelios curitibanos tecircm renda de mais de 10 salaacuterios miacutenimos o que representa

uma meacutedia de 24 dos domiciacutelios de Curitiba

Mais de 249000 (duzentos e quarenta e nove mil) pessoas que residem em

Curitiba cerca de 1423 da populaccedilatildeo tem rendimento mensal de mais de 5 salaacuterios

miacutenimos conforme Tabela 1

TABELA 1 - RESULTADOS DA AMOSTRA - RENDIMENTO POR PESSOA EM CURITIBA

Quantidade de pessoas Salaacuterios miacutenimos

153011 Mais de 5 a 10 salaacuterios miacutenimos

38692 Mais de 10 a 15 salaacuterios miacutenimos

25427 Mais de 15 a 20 salaacuterios miacutenimos

18264 Mais de 20 a 30 salaacuterios miacutenimos

13791 Mais de 30 salaacuterios miacutenimos

FONTE IBGE - CENSO DEMOGRAacuteFICO 2010

Curitiba possui uma populaccedilatildeo de mais de 1750000 (um milhatildeo setecentos

e cinquenta mil habitantes) segundo censo IBGE 2010 sendo que 932000

(novecentos e trinta e dois mil) pessoas com o estado civil de solteiro viuacutevo

divorciado separado judicialmentedesquitado isso mostra que tem muitas pessoas

que podem fazer festas de casamento e necessitar dos produtos que seratildeo ofertados

tais como bolos artiacutesticos doces finos e bem casados

Segundo as estatiacutesticas do registro civil do IBGE ocorreram em Curitiba e

regiatildeo metropolitana no ano 2012 exatamente 18877 (dezoito mil oitocentos e setenta

e sete) casamentos sendo que nos meses de setembro a dezembro foi onde ocorreu

um maior nuacutemero um total de 7828 (sete mil oitocentos e vinte e oito) casamentos o

que representa um total de 4147 dos casamentos ocorrem nesses quatro meses

do ano

31

TABELA 2 - CASAMENTOS POR MEcircS DE REGISTRO SEGUNDO O LUGAR DO REGISTRO ndash 2012

Lugar do registro

Casamentos por mecircs do registro

Total de

registros Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

RM Curitiba 18877 1466 1250 1572 1282 1403 1533 1248 1255 1735 1753 2118 2262

Curitiba 10351 848 692 857 692 724 872 658 658 971 968 1237 1174

FONTE IBGE DIRETORIA DE PESQUISAS COORDENACcedilAtildeO DE POPULACcedilAtildeO E INDICADORES SOCIAIS ESTATIacuteSTICAS DO REGISTRO CIVIL 2012

Nessa perspectiva foi definido que o mercado que a empresa de bolos e doces

finos vai atuar eacute de Curitiba e regiatildeo metropolitana com foco nas pessoas das classes

A e B com estado civil solteiro divorciado separado judicialmentedesquitado e viuacutevo

412 Produtos que seratildeo vendidos

ldquoNo coraccedilatildeo de uma grande marca haacute um grande produto O produto-chave

na oferta ao mercado Liacutederes de mercado geralmente oferecem produtos e serviccedilos

de qualidade superiorrdquo (KOTLER KELLER 2006 p 366)

Os principais produtos fornecidos seratildeo

Bolos artiacutesticos

FOTO1 - BOLO ARTIacuteSTICO FONTE WANDA CARDOSO - BOLOS ARTIacuteSTICOS amp DOCES

32

Bolos de copa

FOTO2 - BOLO DE COPA FONTE ELABORADO PELO AUTOR

FOTO3 - BOLO DE COPA FONTE ELABORADO PELO AUTOR

Naked cake

FOTO4 - NAKED CAKE FONTE DOCES PENEacuteLOPE

33

Doces Tradicionais

FOTO5 - DOCES TRADICIONAIS FONTE ELABORADO PELO AUTOR

Doces Espelhados

FOTO6 - DOCES ESPELHADOS FONTE PRONTO SOCORRO DAS FESTAS

Doces Finos

FOTO 7 - DOCES FINOS FONTE COMPRANDO MEU APE

34

Brigadeiros gourmet

FOTO8 - BRIGADEIROS GOURMET FONTE ELABORADO PELO AUTOR

Tacinhas acriacutelicas

FOTO9 - TACINHAS ACRIacuteLICAS FONTE BUFFET DELIacuteCIAS DA VI

Trufas

FOTO 10 - TRUFAS FONTE FOGAtildeO DA VOVOacute

35

Bombons

FOTO11 - BOMBONS FONTE DALVA GOLDEN GATE

Bem casados

FOTO12 - BEM CASADOS FONTE CASAMENTO SEM ERRO

FOTO13 - BEM CASADOS FONTE CASAMENTO SEM ERRO

36

413 Preccedilo de venda

A definiccedilatildeo do preccedilo dos produtos eacute uma das decisotildees mais relevantes da

organizaccedilatildeo que deve levar em conta a forma como a empresa deseja se posicionar

no mercado os custos a concorrecircncia e a rentabilidade almejada

O preccedilo eacute um dos elementos mais versaacuteteis pode ser modificado rapidamente

ao contraacuterio das propriedades dos produtos dos contratos com canais de distribuiccedilatildeo

e ateacute mesmo das promoccedilotildees O Preccedilo tem tambeacutem a tarefa de mostrar ao mercado o

posicionamento de valor desejado pela empresa para o seu produto ou marca

(KOTLER KELLER 2006 p 428)

A consolidaccedilatildeo dos preccedilos dos produtos seraacute elaborada levando em conta os

custos para se obter os produtos com a qualidade requinte e sofisticaccedilatildeo desejada

com a margem de lucro esperada e se baseando nos preccedilos praticados pela

concorrecircncia

414 Previsatildeo de vendas

Para Chiavenato (2007 p 2013)

A previsatildeo de vendas representa a quantidade de produtosserviccedilos que a empresa pretende vender ou colocar no mercado durante um determinado periacuteodo geralmente um mecircs ou um ano dividido em meses Constitui portanto uma estimativa ou uma expectativa de vendas Pode ser feita em unidades fiacutesicas ou em valores monetaacuterios

A produccedilatildeo vai ser em meacutedia de 5600 doces (doces finos gourmet e bem

casados) e 4 bolos procurando atender em meacutedia 4 eventos por semana e ateacute 16

eventos por mecircs sendo que nos meses de setembro a dezembro essa demanda

aumenta pelo motivo de historicamente ter um nuacutemero maior de casamentos

37

415 Definiccedilatildeo de local de venda dos produtos

ldquoA venda eacute a fase fundamental do processo de vendas Consiste na

transferecircncia do produtoserviccedilo para o cliente ou consumidorrdquo (CHIAVENATO 2007

p 210)

As vendas vatildeo ocorrer atraveacutes de site proacuteprio redes sociais telefone e

pessoalmente natildeo teremos loja fiacutesica apenas um ateliecirc para confecccedilatildeo dos bolos e

doces onde vai conter uma sala anexa na qual vai ser oferecido o serviccedilo de

degustaccedilatildeo com horaacuterios marcados para assim o cliente decidir quais os produtos

seratildeo adquiridos para o seu evento e fechamento de contrato

416 Definiccedilatildeo da demanda e da oferta

Na maior parte das encomendas os clientes solicitam os doces finos e

gourmet que contecircm chocolates frutas oleaginosas tais como castanhas nozes

avelatildes amecircndoas frutas como framboesa morango damasco cerejas e os bem

casados Os bolos mais solicitados satildeo os com decoraccedilatildeo de pasta americana que

deve obrigatoriamente ter recheios mais firmes como ganaches fios de ovos

strogonoff de nozes e os naked cake (bolo pelado) que possuem mais opccedilotildees de

recheios com chocolates frutas diversas e cremes de pacirctisserie

Em contato com algumas empresas que fornecem o mesmo tipo de produto

foi possiacutevel verificar que as encomendas devem ser feitas com antecedecircncia miacutenima

de 6 meses sendo que alguns casos somente com um ano de antecedecircncia para

conseguir na data desejada Esse eacute um dos pontos que mostra que tem espaccedilo

suficiente para entrada nesse mercado

38

417 Concorrentes

Chiavenato (2007 p 33) Kotler e Keller (2006 p 340) afirmam que os

concorrentes satildeo as organizaccedilotildees que competem pelos mesmos fornecedores

clientes e consumidores

ldquoAgrave medida que seus produtosserviccedilos tornam-se mais heterogecircneos tanto

mais heterogecircneos e diferenciados seratildeo seus concorrentes e tanto mais complexa

seraacute a competitividaderdquo (CHIAVENATO 2007 p 33)

Em busca na internet foi possiacutevel identificar que atualmente existe em meacutedia

25 concorrentes reais que oferecem exatamente os mesmos produtos que seratildeo

fornecidos com o mesmo padratildeo de qualidade valor agregado requinte e

sofisticaccedilatildeo Tambeacutem foi detectado mais 14 concorrentes potenciais que vendem

produtos similares aos que seratildeo vendidos poreacutem natildeo possuem o mesmo valor

agregado dos que vatildeo ser ofertados Foi possiacutevel identificar que alguns concorrentes

oferecem somente os doces finos dos quais foram identificados mais 3 concorrentes

reais e 3 concorrentes potenciais E foi detectado que existem concorrentes que

fornecem apenas os bolos artiacutesticos dos quais foi identificado 4 concorrentes reais

todos fornecem os bolos com o mesmo niacutevel de qualidade que seratildeo fornecidos

A tabela 3 mostra a divisatildeo dos concorrentes reais e potenciais que fornecem

bolos e doces por bairro de Curitiba

39

TABELA 3 - CONCORRENTES QUE FORNECEM BOLOS E DOCES POR BAIRRO

Bairro Quantidade de Concorrentes Reais

Quantidade de Concorrentes Potenciais

Aacutegua Verde 4 1

Ahuacute 1

Bairro Alto 2 1

Barreirinha 1

Barreirinha 1

Bom Retiro 1

Campo Comprido 1

Campo Comprido 1

Cidade Industrial 1

Colombo 1

Fazenda Rio Grande 1

Hauer 1

Hugo Lange 1

Mercecircs 1

Novo Mundo 2 1

Novo Mundo 1

Portatildeo 1

Portatildeo 1

Santa Cacircndida 1

Santa Felicidade 1 1

Santo Inaacutecio 1 1

Satildeo Joseacute dos Pinhais 1

Seminaacuterio 1

Sitio Cercado 1

Tarumatilde 1

Vila Izabel 1

Natildeo Informado 1 2

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

418 Forma de divulgaccedilatildeo dos concorrentes

Todas as empresas pesquisadas que fornecem produtos similares aos que

vamos fornecer utilizam sites proacuteprios e as redes sociais para fazer divulgaccedilatildeo dos

seus produtos todas fazem degustaccedilatildeo para os clientes conhecerem os seus

produtos e posteriormente fechar um contrato

40

42 TAMANHO DO NEGOacuteCIO

421 Capacidade produtiva

A capacidade produtiva vai ser para atender ateacute 4 eventos por semana A

produccedilatildeo vai ser de ateacute 5600 doces (doces finos gourmet e bem casados) e 4 bolos

atendendo ateacute 4 eventos por final de semana e ateacute 16 eventos por mecircs sendo que

nos meses de setembro a dezembro essa demanda aumenta pelo motivo de

historicamente ter um nuacutemero maior de casamentos

422 Investimento

Um dos pontos mais relevantes para abertura de uma empresa eacute a

determinaccedilatildeo do capital miacutenimo para dar iniacutecio nas atividades e principalmente como

obter este capital ldquoEacute com o capital inicial que a empresa tem condiccedilotildees de reunir os

recursos empresariais necessaacuterios ao seu funcionamento sejam eles recursos

humanos materiais ou financeirosrdquo A determinaccedilatildeo do capital eacute o que estabelece a

quantidade de recursos empresariais que a empresa tem disponiacutevel Indiscutivelmente

quanto maior for o volume de recursos empresariais mais faacutecil se torna o desempenho

da empresa Quando todos os recursos necessaacuterios para seu funcionamento estatildeo agrave

disposiccedilatildeo a administraccedilatildeo do empreendimento fica mais simples (CHIAVENATO

2007 p84)

Cabe acrescentar que (LAPPONI 2007 p 321)

O custo inicial refere-se aos desembolsos realizados para aquisiccedilatildeo de equipamentos ou outros ativos fixos incluindo o pagamento de fretes seguros instalaccedilotildees despesas operacionais iniciais com materiais e matildeo de obra treinamento de pessoal de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo etc resumindo o custo inicial inclui todos os desembolsos necessaacuterios para adquirir os ativos necessaacuterios e que estejam em condiccedilotildees de operar e gerar as receitas estimadas

41

O empreendimento iniciaraacute suas atividades com capital investido com

recursos proacuteprios da empreendedora

As estimativas de investimento inicial para abertura da empresa foi de

R$5162851 conforme tabela 4

TABELA 4 - INVESTIMENTO INICIAL

Descriccedilatildeo Valor (R$)

Maacutequinas e equipamentos Cozinha R$ 3084878

Utensiacutelios R$ 555075

Moacuteveis para escritoacuterio R$ 268982

Equipamentos de informaacutetica e eletrocircnicos R$ 446204

Outros custos escritoacuterio R$ 48912

Uniformes R$ 155800

Pintura Imoacutevel R$ 500000

Porta de Vidro R$ 103000

Total R$ 5162851

FONTE ELABORADO PELO AUTOR (2015)

423 Localizaccedilatildeo

Seraacute locado um imoacutevel para a instalaccedilatildeo da empresa localizado na Rua Heitor

Baggio Vidal 2508 Bairro Alto Curitiba ndash PR com o valor do aluguel mensal de

R$160000 (mil e seiscentos reais) O espaccedilo interno de 95msup2 seraacute dividido em trecircs

partes a primeira com 20msup2 vai ficar a recepccedilatildeo para receber os clientes efetuar

orccedilamentos e as degustaccedilotildees a segunda com 71msup2 a cozinha industrial onde seratildeo

fabricados os bolos e doces finos e a terceira com 4msup2 o lavabo

42

FOTO14 - FOTO DO IMOacuteVEL ONDE SERAacute INSTALADA A EMPRESA FONTE MP IMOacuteVEIS

424 Entregas

As entregas dos bolos e doces finos seratildeo efetuadas por uma empresa

parceira localizada no Bairro Alto o preccedilo das entregas em Curitiba e regiatildeo

metropolitana variam de R$2400 (vinte e quatro reais) a R$6000 (sessenta reais)

dependendo da localizaccedilatildeo tais valores seratildeo cobrados dos clientes

43 CAPITAL DE GIRO

O capital de giro inicial foi estimado levando em conta que no primeiro ano a

empresa vai produzir 8333 da sua capacidade atendendo em meacutedia 13 ventos

mensalmente sendo assim foram considerados os gastos operacionais necessaacuterios

para o iniacutecio das atividades incluindo o custo fixo mensal e o estoque inicial ambos

multiplicados por 2 e acrescidos de um percentual de 10 de margem de seguranccedila

para despesas natildeo previstas

43

TABELA 5 - CAPITAL DE GIRO

Item Valor (R$)

Estoque Inicial 5144000

Custo Fixo Mensal 3194783

Reserva (10) 833878

Total do Capital de Giro Inicial 9172662

FONTE ELABORDO PELO AUTOR

44 FLUXO DE CAIXA

ldquoFluxo de Caixa eacute um Instrumento de gestatildeo financeira que projeta para

periacuteodos futuros todas as entradas e as saiacutedas de recursos financeiros da empresa

indicando como seraacute o saldo de caixa para o periacuteodo projetadordquo (SEBRAE)

Na tabela 6 eacute apresentada a projeccedilatildeo do Fluxo de Caixa da empresa para os

seus primeiros cinco anos onde fica evidenciado que do primeiro ateacute o quinto ano a

sauacutede financeira da empresa melhora gradativamente sendo que no final do quinto

ano o saldo em caixa ultrapassa os 300 se comparado com o saldo em caixa no

final do primeiro ano

Pode-se observar que natildeo foi inserida no fluxo de caixa a opccedilatildeo de

inadimplecircncia pois todos os pagamentos seratildeo efetuados agrave vista em dinheiro ou

cartatildeo sendo que o pagamento total dos produtos deve ser efetuado no miacutenimo 10

dias antes da data do evento

44

TABELA 6 - PROJECcedilAtildeO DE FLUXO DE CAIXA NOS PRIMEIROS CINCO ANOS

Descriccedilatildeo Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

Investimento Inicial (5162851)

Capital de Giro (9172662) 9172662

Valor Residual 1548855

Total de entradas 000 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873

Previsatildeo Receitas de vendas 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873

Total de Saiacutedas (14335513) (44888699) (54283425) (59479393) (64738409) (70291804)

(-)Fornecedores (25720000) (33641760) (36669518) (39969775) (43567055)

(-)Folha de pagamento (3267192) (3593911) (3953302) (4348633) (4783496)

(-)Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)

(963216) (1011377) (1061946) (1115043) (1170795)

(-)Retiradas soacutecios (2400000) (2640000) (3432000) (3946800) (4341480)

(-)Impostos s vendas (4654291) (5073177) (5573767) (6075406) (6622192)

(-)Alugueacuteis (1920000) (2016000) (2116800) (2222640) (2333772)

(-)Energia eleacutetrica (840000) (882000) (926100) (972405) (1021025)

(-)Aacutegua (300000) (315000) (330750) (347288) (364652)

(-)Telefone (384000) (403200) (423360) (444528) (466754)

(-)Gaacutes (588000) (617400) (648270) (680684) (714718)

(-)Serviccedilos contabilidade (960000) (1008000) (1058400) (1111320) (1166886)

(-)Manutenccedilatildeo (600000) (630000) (661500) (694575) (729304)

(-)Outras despesas com funcionaacuterios

(1296000) (1405800) (1525590) (1656320) (1799030)

(-)Taxas bancaacuterias (96000) (100800) (105840) (111132) (116689)

(-)Outros pagamentos (900000) (945000) (992250) (1041863) (1093956)

Entradas - Saiacutedas (14335513) 12981301 21410535 23027023 25193585 27734070

Depreciaccedilatildeo 000 (631377) (631377) (631377) (631377) (631377)

Saldo Final (14335513) 12349924 20779158 22395647 24562208 37824209

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

A depreciaccedilatildeo foi calculada considerando o prazo de vida uacutetil meacutedio de 10

anos das maacutequinas equipamentos instalaccedilotildees moacuteveis e utensiacutelios e para os

computadores e perifeacutericos foi considerado o prazo de vida uacutetil de 5 anos conforme

demonstrado na tabela 7

TABELA 7 - DEPRECIACcedilAtildeO

Item Valor Inicial Taxa Anual Depreciaccedilatildeo Anual (R$)

Maacutequinas e equipamentos 3084878 10 308488

Instalaccedilotildees 103000 10 10300

Moacuteveis e Utensiacutelios 824057 10 82406

Computadores e Perifeacutericos 446204 20 89241

Outros 704712 20 140942

Total 631377

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

45

O valor residual dos equipamentos e instalaccedilotildees da empresa no final do quinto

ano foi considerado em 30 referente ao valor de aquisiccedilatildeo dos mesmos no iniacutecio do

projeto

45 ANAacuteLISE DOS INDICADORES (VPL TIR E PAYBACK)

451 Valor Presente Liacutequido (VPL)

A tabela 8 mostra que o VPL (Valor Presente Liacutequido) eacute positivo isso significa

que aleacutem de recuperar o investimento inicial ainda vai ser agregado ao valor da

empresa um montante de R$ R$50392407 (quinhentos e trecircs mil novecentos e vinte

quatro reais e sete centavos)

A taxa de retorno requerida de 20 foi determinada levando em conta o niacutevel

de risco do projeto e visando o valor desejado para se obter em cima do valor

investido

TABELA 8 - CALCULO DO VALOR PRESENTE LIacuteQUIDO (VPL)

Anos FC k 2000

0 -$143355 VPL $50392407

1 $123499 VPL $50392407

2 $207792 VPL $50392407

3 $223956 VPL $21761126

4 $245622 VPL $21761126

5 $378242 Decisatildeo Aceitar o Projeto

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

452 Taxa Interna de Retorno (TIR)

Conforme a tabela 9 eacute possiacutevel verificar que a TIR (Taxa Interna de Retorno)

eacute de 11593 maior que a taxa requerida de 20 isso significa que custo inicial seraacute

46

recuperado e o projeto vai criar valor para empresa mais um resultado favoraacutevel para

a aceitaccedilatildeo do projeto

TABELA 9 - TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR)

Anos FC

0 -$143355 TIR 11593

1 $123499 TIR 2168

2 $207792 TIR 2168

3 $223956 Decisatildeo

4 $245622 k 2000

5 $378242 Aceitar o projeto

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

453 Payback

O tempo de recuperaccedilatildeo do custo inicial ocorre normalmente entre o quarto e

o quinto ano se for feita a anaacutelise da tabela 10 eacute possiacutevel verificar que o tempo

necessaacuterio para o retorno do investimento (payback) do projeto eacute de 128 anos este

indicador mostra claramente que o projeto deve ser aceito pois o tempo de retorno

estaacute bem abaixo do tempo meacutedio dos empreendimentos como um todo

TABELA 10 - PAYBACK

k 20

Anos FC SPresente

0 -$143355 -$143355 PBD-SP = 128

1 $123499 -$40439 128

2 $207792 $103861

3 $223956 $233465

4 $245622 $351917

5 $378242 $503924

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

47

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Para iniciar um negoacutecio requer muito mais do que apenas o espiacuterito

empreendedor eacute necessaacuterio ter lideranccedila conhecimento sobre o mercado que deseja

atuar organizaccedilatildeo e principalmente planejamento

O principal objetivo desse estudo foi analisar a viabilidade econocircmico-

financeira da abertura de uma empresa de bolos e doces finos no Bairro Alto em

Curitiba

O objetivo apresentado nesta pesquisa foi atingido pois todos os indicadores

analisados mostram com clareza que empresa obteacutem resultados positivos que criam

valor para a mesma e com isso o projeto eacute viaacutevel economicamente pois do primeiro

ao quinto ano fica visiacutevel o crescimento do empreendimento e a melhora significativa

da sua sauacutede financeira isso fica evidenciado no saldo final em caixa no quinto ano

que chega proacuteximo haacute 400 mil reais Apesar disso eacute crucial o acompanhamento do

mercado para seguir as tendecircncias e se atualizar constantemente para tomar

decisotildees mais assertivas

Um negoacutecio mal avaliado pode arruinar a estabilidade econocircmica do

investidor por isso eacute de extrema importacircncia fazer todos os levantamentos de custos

antes de se aventurar em qualquer empreendimento

Eacute possiacutevel comprovar que a pesquisa realizada contribui positivamente para

abertura da empresa No entanto as informaccedilotildees aqui presentes natildeo satildeo estaacuteticas e

devem ser revisadas periodicamente e se preciso ateacute mesmo ampliadas no decorrer

da implantaccedilatildeo do projeto para que o mesmo seja uma ferramenta eficiente e eficaz

no desenvolvimento da empresa como um todo

48

REFEREcircNCIAS

BRITO Paulo Anaacutelise e viabilidade de projetos de investimento Satildeo Paulo Atlas 2003 DOLABELA Fernando O segredo de Luiacutesa 30 ed Satildeo Paulo Editora de Cultura 2006 DORNELAS Joseacute Carlos Assis Empreendedorismo transformando ideias em negoacutecios 4 ed Rio de Janeiro Campus Elsevier 2012 CENSO Demograacutefico 2010 Resultados gerais da amostra Curitiba IBGE 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=410690ampidtema=87ampsearch=parana|curitiba|censo-demografico-2010-resultados-gerais-da-amostra-gt Acesso em 21 de Junho de 2015 CHIAVENATO Idalberto Empreendedorismo dando asas ao espiacuterito empreendedor empreendedorismo e a viabilidade de novas empresas um guia eficiente para iniciar e tocar seu proacuteprio negoacutecio 2 ed Satildeo Paulo Saraiva 2007 ESTATIacuteSTICAS do registro civil 2012 Curitiba IBGE 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaoregistrocivil2012default_xlsshtmgt Acesso em 21 de Junho de 2015 GIL Antonio Carlos Meacutetodos e teacutecnicas de pesquisa social 6 ed Satildeo Paulo Atlas 2008 KOTLER Philip KELLER Kevin Lane Administraccedilatildeo de Marketing 12 ed Satildeo Paulo ABDR 2006 LAPPONI Juan Carlos Projetos de Investimento na Empresa Rio de Janeiro Elsevier 2007 MACHADO Jesseacute Anderson Pinto Projetos Econocircmicos uma abordagem praacutetica de elaboraccedilatildeo Satildeo Paulo Nobel 2002 MICHEL Maria Helena Metodologia e pesquisa cientiacutefica em ciecircncias sociais 2 ed Satildeo Paulo Atlas 2009 OLIVEIRA Djalma de Pinho Rebouccedilas de Planejamento estrateacutegico conceitos metodologia e praacuteticas 20 ed Satildeo Paulo Atlas 2004 PRODANOV Cleber Cristiano ERNANI Cesar de Freitas Metodologia do trabalho cientiacutefico meacutetodo e teacutecnicas da pesquisa e do trabalho acadecircmico 2 ed Novo Hamburgo Freevale 2013

49

REBELATTO Dayse Projeto de Investimento 1 ed Barueri Manole 2004 SEBRAE Pesquisa de Mercado o que eacute e para que serve Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrsitesPortalSebraeartigosPesquisa-de-mercado-o-que-C3A9-e-para-que-servegt Acesso em 21 de Junho de 2015 SEBRAE Fluxo de caixa Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrSebraePortal20SebraeAnexos0_fluxo-de-caixapdfgt Acesso em 10 de Outubro de 2015 WILDAUER Egon Walter Plano de negoacutecios elementos construtivos e processos de elaboraccedilatildeo 2 ed Curitiba Ibpex 2011 WOILER Samsatildeo MATHIAS Washington Franco Projetos planejamento elaboraccedilatildeo anaacutelise 1 ed Satildeo Paulo Atlas 1994

50

APEcircNDICES

APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL 51

APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS 52

APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL 52

51

APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL

Item Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

Aacutegua 25000 26250 27563 28941 30388

Aluguel 160000 168000 176400 185220 194481

Assessoria Contaacutebil 80000 84000 88200 92610 97241

Gaacutes 49000 51450 54023 56724 59560

Impostos 387858 422765 464481 506284 551849

Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)

80268 84281 88495 92920 97566

Energia eleacutetrica 70000 73500 77175 81034 85085

Manutenccedilatildeo 50000 52500 55125 57881 60775

Material de escritoacuterio 20000 21000 22050 23153 24310

Material de Limpeza 40000 42000 44100 46305 48620

Folha de pagamento 272266 299493 329442 362386 398625

Seguros 15000 15750 16538 17364 18233

Telefone fixointernet 20000 21000 22050 23153 24310

Telefone Moacutevel 12000 12600 13230 13892 14586

Vale Refeiccedilatildeo 75000 82500 90750 99825 109808

Vale Transporte 33000 34650 36383 38202 40112

Proacute- labore 200000 220000 286000 328900 361790

Taxas Bancaacuterias 8000 8400 8820 9261 9724

Total R$ 1597392 R$ 1720139 R$ 1900823 R$ 2064053 R$ 2227062

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

52

APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS

Item

Produccedilatildeo mensal meacutedia

Custo unitaacuterio total

Sugestatildeo Preccedilo de venda

Custo Mensal Total

Receita de vendas

Bolos artiacutesticos (recheios diversos) 150 6000 13500 900000 2025000

Bolos de copa (recheios diversos) 30 3600 8100 108000 243000

Naked cake (recheios diversos) 60 4200 9450 252000 567000

Doces Tradicionais 32 3500 7875 112000 252000

Doces Espelhados 32 5000 11250 160000 360000

Doces Finos 32 7500 16875 240000 540000

Brigadeiros gourmet 16 4500 10125 72000 162000

Tacinhas acriacutelicas 16 5500 12375 88000 198000

Trufas 32 5000 11250 160000 360000

Bombons 32 5000 11250 160000 360000

Bem casados 3200 100 225 320000 720000

Custo produccedilatildeo Total 2572000

Receita Total 5787000

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL

Ano Receita Bruta Variaccedilatildeo anual

Ano 1 000

Ano 2 69444000 9

Ano 3 75693960 9

Ano 4 82506416 9

Ano 5 89931994 9

Valor considerando a inflaccedilatildeo de 9 aa

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

5

ABSTRACT

The objective of this study is to analyze the economic feasibility of opening an cakes and gourmet company Bairro Alto in Curitiba For the real success of a new business is essential to create a business plan and an analysis of economic and financial viability well-structured and robust as both are essential foundations to start on a new venture for it was drawn up an analysis of market in which it was possible to define the consumer market which products will be sold the actual and potential competitors and has also made a business the size of the survey which was defined production capacity initial investment the project location and the cash flow Were prepared financial income statements to determine whether the project is economically viable or not the indicators used to analyze the feasibility or otherwise of the project was the Net Present Value Internal Rate of Return and payback

Key-words Business Plan economic and financial feasibility cakes and fine pastries

6

LISTA DE ILUSTRACcedilOtildeES

FOTO 1 - BOLO ARTIacuteSTICO 31

FOTO 2 - BOLO DE COPA 32

FOTO 3 - BOLO DE COPA 32

FOTO 4 - NAKED CAKE 32

FOTO 5 - DOCES TRADICIONAIS 33

FOTO 6 - DOCES ESPELHADOS 33

FOTO 7 - DOCES FINOS 33

FOTO 8 - BRIGADEIROS GOURMET 34

FOTO 9 - TACINHAS ACRIacuteLICAS 34

FOTO 10 - TRUFAS 34

FOTO 11 - BOMBONS 35

FOTO 12 - BEM CASADOS 35

FOTO 13 - BEM CASADOS 35

FOTO 14 - FOTO DO IMOacuteVEL ONDE SERAacute INSTALADA A EMPRESA 42

7

LISTA DE TABELAS

TABELA 1 - RESULTADOS DA AMOSTRA - RENDIMENTO POR PESSOA EM

CURITIBA 30

TABELA 2 - CASAMENTOS POR MEcircS DE REGISTRO SEGUNDO O LUGAR DO

REGISTRO ndash 2012 31

TABELA 3 - CONCORRENTES QUE FORNECEM BOLOS E DOCES POR BAIRRO

39

TABELA 4 - INVESTIMENTO INICIAL 41

TABELA 5 - CAPITAL DE GIRO 43

TABELA 6 - PROJECcedilAtildeO DE FLUXO DE CAIXA NOS PRIMEIROS CINCO ANOS 44

TABELA 7 - DEPRECIACcedilAtildeO 44

TABELA 8 - CALCULO DO VALOR PRESENTE LIacuteQUIDO (VPL) 45

TABELA 9 - TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR) 46

TABELA 10 - PAYBACK 46

8

LISTA DE ABREVIATURAS EOU SILGAS

IBGE ndash Instituro Brasileiro de Geograacutefia e Estatiacutestica

PIB ndash Produto Interno Bruto

SEBRAE ndash Serviccedilo Brasileiro de Apoio agraves Micro e Pequenas Empresas

TIR ndash Taxa Interna de Retorno

TMA ndash Taxa Miacutenima de Atratividade

TMT ndash Taxa Miacutenima de Toleracircncia

VAL ndash Valor Atual liacutequido

VPL ndash Valor presente liacutequido

9

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 11

11 PROBLEMA 12

12 OBJETIVO GERAL 12

13 OBJETIVOS ESPECIacuteFICOS 12

2 REFERENCIAL TEOacuteRICO 13

21 EMPREENDEDORISMO 13

211 Caracteriacutesticas e perfil do empreendedor 15

22 PLANO DE NEGOacuteCIOS 16

221 Estrutura do plano de negoacutecios 18

2211 Capa 18

2212 Sumaacuterio 19

2213 Sumaacuterio executivo 19

2214 Anaacutelise estrateacutegica 19

2215 Descriccedilatildeo da empresa 20

2216 Produtos e serviccedilos 20

2217 Plano operacional 20

2218 Plano de recursos humanos 21

2219 Anaacutelise de mercado 21

22110 Estrateacutegia de marketing 21

22111 Plano financeiro 22

22112 Anexos 22

23 VIABILIDADE ECONOcircMICO-FINANCEIRA 22

231 Fluxo de caixa 23

232 Valor Presente Liacutequido (VPL) 24

233 Taxa Interna de Retorno (TIR) 25

234 Periacuteodo de retorno de investimento (Payback) 26

3 METODOLOGIA 27

4 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES 29

41 ANAacuteLISE DE MERCADO 29

411 Mercado consumidor 29

10

412 Produtos que seratildeo vendidos 31

413 Preccedilo de venda 36

414 Previsatildeo de vendas 36

415 Definiccedilatildeo de local de venda dos produtos 37

416 Definiccedilatildeo da demanda e da oferta 37

417 Concorrentes 38

418 Forma de divulgaccedilatildeo dos concorrentes 39

42 TAMANHO DO NEGOacuteCIO 40

421 Capacidade produtiva 40

422 Investimento 40

423 Localizaccedilatildeo 41

424 Entregas 42

43 CAPITAL DE GIRO 42

44 FLUXO DE CAIXA 43

45 ANAacuteLISE DOS INDICADORES (VPL TIR E PAYBACK) 45

451 Valor Presente Liacutequido (VPL) 45

452 Taxa Interna de Retorno (TIR) 45

453 Payback 46

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 47

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS 48

APEcircNDICES 50

11

1 INTRODUCcedilAtildeO

Quando surge uma ideia e eacute possiacutevel identificar nela uma oportunidade eacute o

iniacutecio para a criaccedilatildeo de um negoacutecio

Qualquer empreendimento para ter ecircxito seja ele industrial comercial ou de

serviccedilos depende de inuacutemeras decisotildees que o empreendedor precisa tomar antes de

iniciaacute-lo Uma das decisotildees fundamentais eacute analisar o empreendimento

economicamente para verificar se o projeto vai ser viaacutevel e lucrativo ou natildeo poreacutem

antes das decisotildees surgem agraves duacutevidas e incertezas como qual o ponto de partida

Qual deve ser o capital investido inicialmente Quais produtos seratildeo fabricados

Onde seratildeo vendidos

Para abertura de uma empresa de bolos e doces finos em Curitiba os

questionamentos satildeo os mesmos e para conseguir as respostas para todos esses

questionamentos que andam lado a lado com todos os empreendedores quando

surge a ideia de um novo negoacutecio eacute essencial a construccedilatildeo de um plano de negoacutecios

e principalmente efetuar uma anaacutelise de viabilidade econocircmico-financeira bem

estruturada que traga informaccedilotildees fundamentais para tomar decisotildees mais assertivas

No decorrer desta pesquisa foi possiacutevel responder haacute cada um destes

questionamentos por meio da anaacutelise de mercado definiccedilatildeo do tamanho do negoacutecio

fluxo de caixa e a anaacutelise dos indicadores que estatildeo dispostos no capiacutetulo 4 deste

estudo

Dornelas (2012 p 93) afirma que ldquoum negoacutecio bem planejado teraacute mais

chances de sucesso do que aquele sem planejamento na mesma igualdade de

condiccedilotildeesrdquo

Diante deste contexto a proposta deste projeto eacute analisar a viabilidade

econocircmico-financeira da abertura de uma empresa de bolos e doces finos localizada

no Bairro Alto em Curitiba

12

11 PROBLEMA

Qual a viabilidade econocircmico-financeira da abertura de uma empresa de

bolos e doces finos em Curitiba

12 OBJETIVO GERAL

Investigar qual a viabilidade da implantaccedilatildeo de uma empresa de bolos e

doces finos em Curitiba

13 OBJETIVOS ESPECIacuteFICOS

Elaborar uma anaacutelise do mercado de bolos e doces finos em Curitiba

Definir quais os produtos seratildeo vendidos

Definir a capacidade produtiva

Analisar a viabilidade econocircmico-financeira do negoacutecio

13

2 REFERENCIAL TEOacuteRICO

21 EMPREENDEDORISMO

Um projeto empreendedor se torna possiacutevel apenas se o dono da ideia estiver

disposto a assumir todas as responsabilidades e exigecircncias de abrir um negoacutecio que

sem duacutevida passaraacute a ser seu projeto de vida

Para Dolabela (2006 sn)

Se considerarmos que as empresas quase sempre comeccedilam pequenas isso chega a ser um paradoxo Principalmente porque no mundo de hoje as pequenas empresas constituem a principal fonte de empregos e satildeo responsaacuteveis em muitos paiacuteses por mais de 50 do produto interno bruto (PIB) e pelo maior volume de exportaccedilotildees aleacutem de serem as maiores geradoras de inovaccedilotildees tecnoloacutegicas desde a Segunda Guerra Mundial

Eacute possiacutevel definir empreendedorismo comordquo a capacidade que uma pessoa

possui de formular uma ideia sobre determinado produto ou serviccedilo em um mercado

seja essa ideia nova ou natildeordquo (WILDAUER 2011 p25)

Cabe acrescentar que o empreendedorismo natildeo se refere apenas a pequenos

negoacutecios e empreendimentos novos ldquoNatildeo aborda apenas a criaccedilatildeo de novos

produtos ou serviccedilos mas sim inovaccedilotildees em todos os acircmbitos do negoacuteciordquo

(CHIAVENATO 2007 p261)

Segundo Dolabela (2006 sn) se analisarmos a natureza do

empreendedorismo eacute possiacutevel observar que

A Todas as pessoas nascem empreendedoras Os humanos satildeo

empreendedores

B Empreendedorismo natildeo eacute um assunto atual existe desde a primeira

accedilatildeo inovadora com a finalidade de aperfeiccediloar as relaccedilotildees entre os homens

C Natildeo eacute apenas um fato econocircmico mas tambeacutem social

D O empreendedor estaacute em qualquer lugar natildeo apenas nas pessoas que

abrem seu proacuteprio negoacutecio

E O empreendedorismo eacute uma demonstraccedilatildeo da liberdade humana

14

F Natildeo eacute um acontecimento pessoal e nem uma habilidade que poucas

pessoas possuem eacute algo puacuteblico

G Natildeo existe a possibilidade de fazer transferecircncia de conhecimentos

empreendedores ndash ldquoao contraacuterio do que acontece por exemplo em uma aula

de geografia porque o empreendedorismo natildeo eacute um conteuacutedo cognitivo

convencionalrdquo Nesse entendimento natildeo existe a possibilidade de ensinar

mas eacute possiacutevel aprender a ser empreendedor por meio de um sistema de

ensino bem diferente do tradicional

H Eacute um assunto global e natildeo caracteriacutestico ou complementar E deve ser

apresentado na educaccedilatildeo baacutesica

I O princiacutepio do empreendedorismo e a cidadania O que por sua vez ldquoVisa

agrave construccedilatildeo do bem-estar coletivo do espiacuterito comunitaacuterio da cooperaccedilatildeo

Antes de ser aluno o estudante deve ser considerado um cidadatildeordquo

J Natildeo existe a possibilidade de definir se uma pessoa vai ter sucesso

como empreendedor

Vale enfatizar que o empreendedorismo eacute a envoltura de pessoas e

processos que juntas transformam ideias em oportunidades E a correta efetivaccedilatildeo

destas oportunidades ocasiona a criaccedilatildeo de um negoacutecio bem sucedido (DORNELAS

2012 p 28)

Chiavenato (2007 p 22) e Dornelas (2012 p29) defendem a ideia de que

1 O empreendedorismo abrange todo o processo para criar algo novo que

possua valor e seja valorizado pelo mercado

2 Que o empreendedorismo requer doaccedilatildeo disponibilidade de tempo e

vigor para tornar o novo empreendimento em um negoacutecio de sucesso

3 O empreendedorismo demanda coragem aceitaccedilatildeo de riscos

calculados e decisotildees analiacuteticas e ter flexibilidade com os obstaacuteculos falhas

e fracassos

Eacute possiacutevel concluir que o empreendedorismo eacute um fato cultural isto eacute

consequecircncia de haacutebitos accedilotildees e valores pessoais ldquoExistem famiacutelias (assim como

cidades regiotildees e paiacuteses) mais empreendedoras do que outrasrdquo A pessoa

desenvolve o empreendedorismo no conviacutevio com outros empreendedores num local

onde a possibilidade de ter o proacuteprio negoacutecio eacute visto como algo muito bom

(DOLABELA 2006 sn)

15

Diante disso natildeo eacute possiacutevel falar de empreendedorismo sem mencionar os

empreendedores pois satildeo as atitudes de pessoas que inovam assumem todos os

riscos que proporcionam o crescimento e desenvolvimento da sociedade como um

todo

211 Caracteriacutesticas e perfil do empreendedor

Ser empreendedor eacute acima de tudo ter a capacidade e a necessidade de

realizar coisas novas

O empreendedor ldquoeacute um ser social produto do meio em que vive (eacutepoca e

lugar)rdquo E se a pessoa convive em um meio onde ser empreendedor eacute considerado

algo bom teraacute motivos para abrir seu proacuteprio negoacutecio (DOLABELA 2006 sn)

O empreendedor parte da percepccedilatildeo subjetiva para percepccedilatildeo praacutetica na

qual mostram elementos que podem ser debatidos Esses elementos satildeo os mais

variaacuteveis possiacuteveis que foram originados de perguntas contestaccedilotildees e respostas

localizadas pelo empreendedor ldquoo qual natildeo precisa ser algueacutem com uma formaccedilatildeo

superior com diploma de faculdade ou algueacutem que conte com cursos teacutecnicos ou

praacuteticosrdquo (mesmo esses sendo atributos que auxilie na agilidade de formular

questionamentos e encontrar as soluccedilotildees para os mesmos) (WILDAUER 2011 p

25)

Para Dornelas (2012 p 29) empreendedor eacute a pessoa que percebe uma

oportunidade e arquiteta um negoacutecio para captar recursos calculando todos os riscos

que vai correr Em todas as definiccedilotildees de empreendedorismo nos deparamos com no

miacutenimo as seguintes particularidades em relaccedilatildeo ao empreendedor

1 Possui a atitude de criar um novo negoacutecio e amar aquilo que faz

2 Usa o capital que possui de maneira produtiva mudando o local social e

econocircmico onde estaacute inserido

3 Assume os riscos calculados e a chance do negoacutecio natildeo dar certo

Nessa mesma perspectiva Chiavenato (2007 p7) afirma que o empreendedor

eacute a pessoa que tem a capacidade de fazer as coisas acontecerem eacute favorecido pela

sua percepccedilatildeo para os negoacutecios prudecircncia na aacuterea financeira e a habilidade de

16

perceber as oportunidades Com esse conjunto de competecircncias tem a capacidade

de transformar ideias em negoacutecios O empreendedor possui uma boa imaginaccedilatildeo e eacute

persistente qualidades que combinadas de maneira correta o capacitam para

converter ideias simples em projetos objetivos e bem sucedidos

Para Wildauer (2011 p 26)

Podemos entatildeo enumerar muitas caracteriacutesticas do empreendedor sendo as principais a atitude de saber ouvir de estar atento de saber interpretar e analisar as informaccedilotildees do mercador de ter condiccedilotildees de elaborar um planejamento de suas accedilotildees futuras de traccedilar objetivos e todo um roteiro teoacuterico-praacutetico para poder atingi-lo Sem essas premissas baacutesicas o empreendedor natildeo teraacute sucesso na formulaccedilatildeo do plano de negoacutecios muito menos na sustentaccedilatildeo de seu negoacutecio

Chiavenato (2007 p 4) acredita que ldquoos empreendedores satildeo heroacuteis

populares do mundo dos negoacuteciosrdquo Que geram empregos propagam inovaccedilotildees e

estimulam o crescimento da economia Satildeo muito mais do que somente fornecedores

de produtos e serviccedilos satildeo pessoas que assumem os riscos das oscilaccedilotildees

econocircmicas

Cabe acrescentar que o empreendedor revolucionaacuterio eacute aquele que inventa

novos mercados isto eacute a pessoa cria algo exclusivo como foi o caso do Bill Gattes

fundador da Microsoft que transformou o mundo com o sistema operacional Windows

Contudo grande parte dos empreendedores cria negoacutecios em mercados jaacute existentes

e mesmo assim criam negoacutecios de sucesso (DORNELAS 2012 p30)

Wildauer (2011 p26) conclui que ldquoo empreendedor necessita de uma estrutura

de pensamento sistecircmico e visionaacuterio com base no qual estabeleceraacute metas e

desenharaacute trajetoacuterias para alcanccedilaacute-lasrdquo

22 PLANO DE NEGOacuteCIOS

Para iniciar um empreendimento eacute fundamental fazer um plano de negoacutecios

com ele eacute possiacutevel verificar a viabilidade ou natildeo do empreendimento e definir onde

estamos para onde vamos e mostrar com mais clareza as oportunidades de negoacutecio

17

Do ponto de vista de Dornelas (2012 p 93) ldquoum negoacutecio bem planejado teraacute

mais chances de sucesso do que aquele sem planejamento na mesma igualdade de

condiccedilotildeesrdquo

Nessa mesma perspectiva Dolabela (2006 sn) afirma que vaacuterios

empreendedores bem sucedidos abriram seus empreendimentos sem compreender

pontualmente o que eacute um plano de negoacutecios Poreacutem muitos outros natildeo tiveram o

mesmo fim e o que conseguiram foram negoacutecios fracassados por conta de falhas que

poderiam ter sido evitadas Uma grande quantidade de negoacutecios que possuem um

alto potencial acabam se tornando impraticaacuteveis por conta da incapacidade dos

empreendedores Ainda assim muitas pessoas abrem e vatildeo continuar abrindo

negoacutecios capacitadas ou natildeo para isso

Wildauer (2011 p 39) define plano de negoacutecios como ldquoum documento em

forma de texto no qual eacute apresentada uma proposta de negoacutecio para um mercadordquo

Esse documento deve mostrar com clareza o ponto de vista do empreendedor sobre

o sucesso do seu produto ou serviccedilo no mercado atual

Chiavenato (2007 p132) acredita que

O plano de negoacutecio mdash business planmdash descreve a ideia de um novo empreendimento e projeta os aspectos mercadoloacutegicos operacionais e financeiros dos negoacutecios propostos geralmente para os proacuteximos trecircs ou cinco anos Seu preparo permite a anaacutelise da proposta e ajuda o futuro empreendedor a evitar uma trajetoacuteria decadente que o levaraacute do entusiasmo agrave desilusatildeo e ao fracasso

Eacute possiacutevel sintetizar o plano de negoacutecios como um documento em que o

empreendedor mostra de maneira formal e concreta o negoacutecio que quer idealizar e

expor para seus parceiros soacutecios e investidores apresentando a visatildeo a missatildeo e os

seus propoacutesitos assim como o ldquoplano operacional o plano de marketing o plano de

financeiro e o plano juriacutedicordquo desta forma facilitando a assimilaccedilatildeo e aceitaccedilatildeo do

negoacutecio pelas pessoas interessadas (WILDAUER 2011 p39)

Conforme mencionado por Chiavenato (2007 p 134) o plano de negoacutecios

mobiliza o novo empreendimento na sua totalidade Ele demonstra o levantamento

cansativo dos elementos que fazem parte do negoacutecio ldquosejam internos mdash o que deveraacute

ser produzido como onde quanto mdash sejam externos mdash para quem produzir qual eacute

o mercado quais satildeo os concorrentes etcrdquo

18

Com isso Wildauer (2011 p 45) conclui que ldquoo plano de negoacutecios eacute como um

guia uacutetil para a obtenccedilatildeo de conhecimentos para a concepccedilatildeo de um

empreendimentordquo

221 Estrutura do plano de negoacutecios

O plano de negoacutecios mobiliza todas as informaccedilotildees necessaacuterias para abrir um

negoacutecio por meio dele eacute possiacutevel detectar onde estou e para onde desejo ir dentro do

mercado

Conforme identificado por Dornelas (2012 p 101) ldquonatildeo existe uma estrutura

riacutegida e especiacutefica para se escrever um plano de negoacuteciosrdquo dado que cada negoacutecio

possui suas singularidades e equivalecircncias sendo improvaacutevel delimitar um modelo-

padratildeo de plano de negoacutecios que seja absoluto e adequado para todos os negoacutecios

Todos os planos de negoacutecios devem conter um miacutenimo de seccedilotildees que vatildeo possibilitar

uma compreensatildeo do negoacutecio como um todo Tais seccedilotildees satildeo alinhadas de maneira

que mantenham uma sequecircncia loacutegica que possibilite qualquer pessoa ler o plano e

compreender como a empresa eacute estruturada seus objetivos seus produtos seus

serviccedilos qual seu mercado seu plano financeiro e de marketing

A seguir encontra-se uma breve descriccedilatildeo de cada uma das seccedilotildees do Plano

de Negoacutecios

2211 Capa

Eacute um dos componentes fundamentais do plano de negoacutecios pois eacute a primeira

parte que eacute vista pela pessoa que vai ler deve ser desenvolvida de forma clara e com

os dados adequados (DORNELAS 2012 p 101)

19

2212 Sumaacuterio

O sumaacuterio deve incluir ldquoo tiacutetulo de cada seccedilatildeo do plano de negoacutecios e a paacutegina

respectiva onde se encontra bem como os principais assuntos relacionados em cada

seccedilatildeordquo Isso faz com que fique mais faacutecil o leitor do plano de negoacutecios identificar com

mais agilidade o que lhe interessar (DORNELAS 2012 p 101-102)

2213 Sumaacuterio executivo

O Sumaacuterio Executivo eacute a parte mais importante do plano de negoacutecios ele iraacute

definir se o leitor vai prosseguir ou natildeo com a leitura do plano de negoacutecios Dessa

forma deve ser redigido com bastante concentraccedilatildeo e revisado inuacutemeras vezes e

tambeacutem englobar as informaccedilotildees mais relevantes do plano de negoacutecios Deve ser

direcionado ao puacuteblico-alvo do plano de negoacutecios e deixar claro qual o objetivo do

mesmo em relaccedilatildeo agraves pessoas que estatildeo o lendo ldquoO Sumaacuterio Executivo deve ser a

uacuteltima seccedilatildeo a ser escrita pois depende de todas as outras seccedilotildees do plano para ser

elaboradardquo (DORNELAS 2012 p 102)

2214 Anaacutelise estrateacutegica

Nesta seccedilatildeo eacute determinada a direccedilatildeo que a empresa vai seguir ldquosua visatildeo e

missatildeo sua situaccedilatildeo atual as potencialidades e ameaccedilas externas suas forccedilas e

fraquezas seus objetivos e metas de negoacuteciordquo Essa parte eacute o alicerce para o

crescimento e o estabelecimento das outras accedilotildees redigidas no plano (DORNELAS

2012 p 102)

20

2215 Descriccedilatildeo da empresa

Eacute nessa seccedilatildeo que deve ser feita a descriccedilatildeo da empresa ldquoseu histoacuterico

crescimento faturamento dos uacuteltimos anos sua razatildeo social impostos estrutura

organizacional e legal localizaccedilatildeo parcerias serviccedilos terceirizados etcrdquo

(DORNELAS 2012 p 102)

2216 Produtos e serviccedilos

Nessa seccedilatildeo do plano de negoacutecios devem ser descritos os produtos e serviccedilos

da empresa a maneira que satildeo produzidos o capital disposto seu ciclo de vida os

elementos tecnoloacutegicos envolvidos pesquisa e desenvolvimento os seus clientes

marcas e patentes etc

Nessa seccedilatildeo pode ser incluiacuteda quando estaacute informaccedilatildeo encontra-se disponiacutevel uma visatildeo do niacutevel de satisfaccedilatildeo dos clientes com os produtos e serviccedilos da empresa Esse feedback eacute bastante importante porque costuma oferecer natildeo apenas uma visatildeo do niacutevel de qualidade percebida nos produtos e serviccedilos mas tambeacutem guiar futuros investimentos da empresa em novos desenvolvimentos e processos de produccedilatildeo (DORNELAS 2012 p 102-103)

2217 Plano operacional

Nesta seccedilatildeo devem ser expostas as accedilotildees que a empresa pretende ter na

sua estrateacutegia produtiva e no processo de produccedilatildeo apontando os resultados que

essas accedilotildees teratildeo sobre os criteacuterios de avaliaccedilatildeo dos produtos Deve incluir dados

operacionais atualizados e presumidos como ldquolead time do produto ou serviccedilo

percentual de entregas a tempo rotatividade do inventaacuterio iacutendice de refugo lead time

de desenvolvimento de produto ou serviccedilo etcrdquo (DORNELAS 2012 p 103)

21

2218 Plano de recursos humanos

Devem ser exibidas as propostas de desenvolvimento e treinamento de

pessoal da empresa Esses dados estatildeo pontualmente associados com a

competecircncia da empresa de crescer ldquoespecialmente quando esta atua em um

mercado onde a detenccedilatildeo de tecnologia eacute considerada um fator estrateacutegico de

competitividaderdquo (DORNELAS 2012 p 103)

2219 Anaacutelise de mercado

Nesta seccedilatildeo o responsaacutevel pelo plano de negoacutecios deve deixar claro que os

executivos da empresa entendem perfeitamente o mercado consumidor do seu

produto ou serviccedilo (atraveacutes de pesquisa de mercado) como estaacute segmentado

crescimento do mercado atributos do consumidor anaacutelise da concorrecircncia qual a sua

fatia de mercado e dos concorrentes etc (DORNELAS 2012 p 103)

22110 Estrateacutegia de marketing

Deve ser apresentado o objetivo da empresa para vender seu produtoserviccedilo

e consolidar seus clientes e ampliar sua demanda Deve ser informada sua estrateacutegia

de venda especificidades do produtoserviccedilo preccedilos puacuteblico-alvo canais de

distribuiccedilatildeo projeccedilatildeo das vendas (DORNELAS 2012 p 103)

22

22111 Plano financeiro

Na seccedilatildeo financeira deve mostrar em nuacutemeros todas as accedilotildees planejadas

para a empresa e suas evidecircncias por meio de projeccedilotildees futuras para um negoacutecio

bem sucedido

Deve conter demonstrativo de fluxo de caixa com horizonte de pelo menos trecircs anos balanccedilo patrimonial anaacutelise do ponto de equiliacutebrio necessidades de investimento demonstrativos de resultados anaacutelise de indicadores financeiros do negoacutecio como faturamento previsto margem prevista prazo de retorno sobre o investimento inicial (payback) taxa interna de retorno (TIR) etc (DORNELAS 2012 p 103-104)

22112 Anexos

Nesta seccedilatildeo deve incluir todos os dados considerados importantes para

melhor compreensatildeo do plano de negoacutecios O que natildeo pode ser deixado de anexar eacute

o curriculum vitae dos soacutecios da empresa (DORNELAS 2012 p 104)

23 VIABILIDADE ECONOcircMICO-FINANCEIRA

Analisar o empreendimento economicamente para verificar se o projeto eacute

viaacutevel e lucrativo ou natildeo eacute uma das decisotildees fundamentais de qualquer

empreendedor

A anaacutelise de investimento eacute um mecanismo aacutegil praacutetico e seguro que ajuda

profissionais de inuacutemeras aacutereas no processo de anaacutelise de tomada de decisotildees

financeiras (REBELATTO p 141)

Lapponi (2007 p 123) afirma que

O objetivo da decisatildeo de investimento ou do orccedilamento de capital eacute maximizar o valor da empresa A decisatildeo de alocaccedilatildeo do capital em projeto de investimento eacute fundamental para o sucesso pois os recursos da empresa

23

satildeo comprometidos por longo tempo na direccedilatildeo de seu futuro desejado e isso envolve um grande esforccedilo de tempo e de gerenciamento Cada projeto aprovado eacute um desembolso realizado pela empresa coma expectativa de obter benefiacutecios futuros quantificados pela geraccedilatildeo de um fluxo de retornos adequados em geral por um prazo maior do que um ano

A carecircncia de recursos financeiros diante das muitas necessidades faz com

que seja crucial aperfeiccediloar sua utilizaccedilatildeo A anaacutelise antecipada de investimento

possibilita que se racionalize a forma como os recursos de capital satildeo utilizados

(REBELATTO 2004 p 141)

Para analisar a viabilidade de um projeto economicamente eacute necessaacuterio reunir

uma seacuterie de informaccedilotildees e de dados que precisam ser organizados para atingir seu

objetivo final que eacute o de facilitar a tomada de decisatildeo Vale salientar que o projeto

deve ser um documento que tenha a capacidade de mostrar de uma maneira loacutegica a

visatildeo estrateacutegica do negoacutecio (MACHADO 2002 p 144)

231 Fluxo de caixa

O fluxo de caixa eacute o melhor guia para uma administraccedilatildeo financeira eficiente

de qualquer negoacutecio

O fluxo de caixa eacute a reproduccedilatildeo graacutefica de uma movimentaccedilatildeo financeira ldquoAs

movimentaccedilotildees monetaacuterias satildeo identificadas temporalmente por meio de um conjunto

de entradas e saiacutedas de caixa definido como diagrama de fluxo de caixardquo Essa

representaccedilatildeo proporciona a visualizaccedilatildeo em diferentes momentos com o que estaacute

ocorrendo com o capital (REBELATTO 2004 p 150)

ldquoA identificaccedilatildeo e a quantificaccedilatildeo das estimativas relevantes do projeto satildeo o

iniacutecio da construccedilatildeo do fluxo de caixa do projeto para empresa em funcionamentordquo

(LAPPONI 2007 p 347)

O fluxo de caixa eacute um composto de entradas e saiacutedas de valores monetaacuterios

(dinheiro) no decorrer de um determinado periacuteodo Bem como evidenciar uma opccedilatildeo

possiacutevel de transaccedilotildees financeiras ou seja pagamentos agrave vista pagamentos a prazo

tiacutetulos originais etc (REBELATTO 2004 p 151)

24

232 Valor Presente Liacutequido (VPL)

ldquoO Valor presente liacutequido (VPL) ou valor atual liacutequido (VAL) eacute o valor atual das

entradas de caixa (retornos de capital esperados) incluindo o valor residual (se

houver) menos o valor atual das saiacutedas de caixardquo (REBELATTO 2004 p 214)

A foacutermula para chegar ao VPL eacute (LAPPONI 2007 p 125)

119881119875119871 = minus119868 +119865119862

(1 + 119870)119899

Onde

I= custo inicial ou desembolso inicial

FC= fluxo de caixa

K= taxa requerida

n= prazo de anaacutelise

Rebelatto (2004 p214) afirma que os paracircmetros para que o projeto seja

aceito se refere ao valor presente liacutequido (VPL)

VPLgt0 o projeto eacute aceito

VPLlt0 o projeto eacute rejeitado

VPL=0 o projeto pode ser aceito ou natildeo pois natildeo cria e nem destroacutei

valor para empresa

Para Lapponi (2007 p 134-135) as principais vantagens do VPL satildeo

Considera o fluxo de caixa do projeto na sua totalidade

Considera o valor monetaacuterio (dinheiro) no tempo

Tem a capacidade de medir o valor criado ou destruiacutedo pelo projeto

Pode ser utilizado na avaliaccedilatildeo do projeto independentemente do tipo de

fluxo de caixa utilizado

Seleciona o projeto mais viaacutevel economicamente

25

233 Taxa Interna de Retorno (TIR)

ldquoTaxa Interna de Retorno (TIR) eacute a taxa de desconto que torna o valor atual

liacutequido (VAL) do investimento igual a zero Tambeacutem eacute chamada de taxa interna efetiva

de rentabilidaderdquo (REBELATTO 2004 p 217)

No projeto do tipo simples com o aumento da taxa requerida o VPL do projeto tende ao valor do custo inicial pois o VPL eacute uma funccedilatildeo decrescente da taxa requerida Portanto a decisatildeo com o meacutetodo TIR somente deve ser feita em projetos simples que garantem a existecircncia de uma uacutenica TIRgt -100 Nos outros tipos de fluxo de caixa em geral o meacutetodo da TIR natildeo deve ser utilizado pois haacute a possibilidade de muacuteltiplas TIRs Sendo a TIR a taxa de juro que zera o VPL do projeto simples para qualquer taxa requerida K menor que a TIR o VPL seraacute positivo e para qualquer taxa requerida K maior que a TIR o VPL seraacute negativo (LAPPONI 2007 p 175-176)

Rebelatto (2004 p 217) complementa afirmando que a TIR eacute um meacutetodo

aprimorado de anaacutelise de investimento sendo possivelmente uma das mais usadas

para avaliar projetos econocircmicos A TIR deve ser comparada com a taxa miacutenima de

atratividade (TMA) para analisar se o projeto seraacute aceito ou natildeo

Sendo assim Lapponi (2007 p 176) considera que

Se TIR gt TMA o projeto deve ser aceito pois eacute economicamente viaacutevel

Se TIR lt TMA o projeto deve ser recusado pois eacute economicamente

inviaacutevel

Se TIR = TMA eacute indiferente investir no projeto pois o mesmo natildeo criaraacute

e nem destruiraacute valor da empresa

ldquoA grande vantagem da TIR como indicador de decisatildeo eacute que prescinde de

informaccedilotildees externas ao projeto Tudo que o analista necessita eacute conhecer o perfil do

projeto e alguma ideia de magnitude da taxa de jurosrdquo (MACHADO 2002 p 127)

26

234 Periacuteodo de retorno de investimento (Payback)

ldquoO payback eacute o periacuteodo de tempo em que ocorre o retorno do investimento

Calculado no fluxo de caixa de vida uacutetil de dez anos o payback apresenta-se de vaacuterias

maneiras para cada tipo de empresardquo (BRITO 2003 p 51)

Uma empresa pode nomear o payback como um dos paracircmetros para escolha

de um projeto a fim de minimizar seus riscos Mesmo sendo esse um meacutetodo faacutecil e

simples na praacutetica eacute um dos mais utilizados para efetuar a mediccedilatildeo econocircmica de um

projeto (REBELATTO 2004 p 230)

Segundo Rebelatto (2004 p 231) a foacutermula baacutesica que demonstra o caacutelculo

do payback em fluxos de caixas regulares eacute

PB =I0

FC

Onde

PB= Payback

I0= Investimento inicial

FC= Fluxo de caixa regular

Para executar o meacutetodo payback eacute crucial estabelecer o tempo maacuteximo de

toleracircncia TMT para resgatar o custo inicial ldquoPara decidir se o projeto deve ser aceito

o payback deve ser comparado com o valor de referecircncia TMT de forma querdquo

(LAPPONI 2007 p 245)

Se PB lt TMT o projeto deve ser aceito

Se PB gt TMT o projeto deve ser recusado

A principal vantagem para utilizaccedilatildeo do meacutetodo payback eacute que ele reflete a

liquidez do projeto e por consequecircncia eacute possiacutevel efetuar a avaliaccedilatildeo do risco de natildeo

recuperar o investimento (REBELATTO 2004 p 230)

27

3 METODOLOGIA

Este capiacutetulo tem por objetivo descrever os procedimentos e teacutecnicas

utilizados na pesquisa considerando o problema e aos objetivos gerais e especiacuteficos

Para a execuccedilatildeo da revisatildeo bibliograacutefica realizada neste estudo foi utilizado

livros de especialistas na aacuterea os principais temas abordados foram o

empreendedorismo que eacute um assunto chave quando surge uma ideia para um novo

negoacutecio plano de negoacutecios que eacute um elemento fundamental para o sucesso ou

fracasso de um empreendimento e a viabilidade econocircmico-financeira tema

fundamental visto que o objetivo geral da pesquisa eacute mensurar se a mesma eacute viaacutevel

ou natildeo economicamente

Foi elaborada uma anaacutelise de mercado que estaacute disponiacutevel no item 41 deste

estudo atraveacutes da mesma foi identificado que os principais clientes satildeo das classes

A e B de Curitiba regiatildeo metropolitana no item 42 foi efetuado um levantamento do

tamanho do negoacutecio onde foi definida a capacidade produtiva o investimento inicial e

a localizaccedilatildeo do empreendimento no item 44foi elaborado o fluxo de caixa que

demonstra as previsotildees financeiras do periacuteodo de 5 anos o meacutetodo utilizado para

elaborar a pesquisa foi um estudo de caso de natureza exploratoacuteria quantitativa e

anaacutelise documental

O estudo de caso eacute evidenciado por um estudo minucioso e cansativo de um

ou poucos objetivos desta forma propicia um vasto e detalhado conhecimento sobre

o assunto uma missatildeo praticamente impossiacutevel mediante as outras maneiras de

delineamentos consideradas (GIL 2008 p 57-58)

Prodanov e Freitas (2013 p60) afirmam que o estudo de caso consiste em

recolher e analisar dados sobre determinado indiviacuteduo famiacutelia grupo ou comunidade

com a finalidade de estudar diferentes aspectos das suas vidas conforme o assunto

da pesquisa

Jaacute as pesquisas exploratoacuterias satildeo definidas por Gil (2008 p 27) como as que

Tecircm como principal finalidade desenvolver esclarecer e modificar conceitos e ideias tendo em vista a formulaccedilatildeo de problemas mais precisos ou hipoacuteteses pesquisaacuteveis para estudos posteriores De todos os tipos de pesquisa estas satildeo as que apresentam menor rigidez no planejamento Habitualmente envolvem levantamento bibliograacutefico e documental entrevistas natildeo padronizadas e estudos de caso

28

A pesquisa quantitativa ldquoconsidera que tudo pode ser quantificaacutevel o que

significa traduzir em nuacutemeros opiniotildees e informaccedilotildees para classificaacute-las e analisaacute-lasrdquo

Eacute necessaacuteria a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas estatiacutesticas tais como porcentagem meacutedia

moda desvio-padratildeo coeficiente de correlaccedilatildeo etc (PRODANOV FREITAS 2013

p 69)

Muitos dados que satildeo utilizados em pesquisas satildeo adquiridos indiretamente

por meio de documentosrdquo como livros jornais papeacuteis oficiais registros estatiacutesticos

fotos discos filmes e viacutedeos que satildeo obtidos de maneira indiretardquo Essas fontes

documentais tecircm a capacidade de disponibilizar ao pesquisador um grande nuacutemero

de informaccedilotildees com bastante qualidade para evitar a perda de tempo (GIL 2008 p

147)

Este modelo de pesquisa foi utilizado para definir os principais clientes quais

os produtos que seratildeo vendidos a capacidade produtiva assim como a viabilidade

econocircmico-financeira e operacional do negoacutecio

29

4 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES

41 ANAacuteLISE DE MERCADO

Woiler e Mathias (1994 p41) e Rebelatto (2004 p01) afirmam que a anaacutelise

de mercado eacute um dos pontos mais relevantes para elaboraccedilatildeo de um projeto Atraveacutes

do estudo do mercado obtemos muitas informaccedilotildees tais como

Fazendo a comparaccedilatildeo entre demanda e a oferta encontramos a

possiacutevel escassez da demanda futura Esse resultado proporcionaraacute

informaccedilotildees para que seja definida a escala de produccedilatildeo do projeto

A regiatildeo geograacutefica em que o produto pode ser vendido eacute um dos pontos

mais significativos para que seja definida a localizaccedilatildeo do empreendimento

O preccedilo de venda os custos de comercializaccedilatildeo e os estoques nos

canais de comercializaccedilatildeo satildeo informaccedilotildees relevantes para que seja

elaborada a projeccedilatildeo do projeto

Vale salientar que esses satildeo apenas alguns elementos importantes que eacute

possiacutevel identificar na anaacutelise de mercado existe muitos outros dados que satildeo obtidos

com a mesma

411 Mercado consumidor

ldquoTodas as decisotildees relacionadas a novos empreendimentos contecircm certo

grau de incerteza tanto no que diz respeito agrave informaccedilatildeo na qual as decisotildees estatildeo

baseadas como no que diz respeito agraves suas consequecircnciasrdquo (SEBRAE)

Chiavenato acredita que os clientes tecircm a capacidade de alavancar ou

derrubar um empreendimento ldquoUm cliente pode ser uma organizaccedilatildeo uma empresa

um usuaacuterio dos produtosserviccedilos ou um consumidor finalrdquo Eacute quem adquiri os

produtosserviccedilos ofertados pela organizaccedilatildeo no final da cadeia de transaccedilotildees Eacute ele

que estabelece direta ou indiretamente se o empreendimento teraacute ecircxito ou natildeo Por

30

isso o cliente deve ser considerado como o principal patrimocircnio da empresa (2007

p 207)

Segundo dados do censo 2010 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e

estatiacutestica) dos 576190 (quinhentos e setenta e seis mil cento e noventa) domiciacutelios

de Curitiba 292965 (duzentos e noventa e dois mil novecentos e sessenta e cinco)

possuem renda de mais de 5 a mais de 20 salaacuterios miacutenimos sendo assim cerca de

5085 dos domiciacutelios curitibanos estatildeo enquadrados nas classes A e B Ainda

segundo o IBGE cerca de 137922 (cento e trinta e sete mil novecentos e vinte e dois)

domiciacutelios curitibanos tecircm renda de mais de 10 salaacuterios miacutenimos o que representa

uma meacutedia de 24 dos domiciacutelios de Curitiba

Mais de 249000 (duzentos e quarenta e nove mil) pessoas que residem em

Curitiba cerca de 1423 da populaccedilatildeo tem rendimento mensal de mais de 5 salaacuterios

miacutenimos conforme Tabela 1

TABELA 1 - RESULTADOS DA AMOSTRA - RENDIMENTO POR PESSOA EM CURITIBA

Quantidade de pessoas Salaacuterios miacutenimos

153011 Mais de 5 a 10 salaacuterios miacutenimos

38692 Mais de 10 a 15 salaacuterios miacutenimos

25427 Mais de 15 a 20 salaacuterios miacutenimos

18264 Mais de 20 a 30 salaacuterios miacutenimos

13791 Mais de 30 salaacuterios miacutenimos

FONTE IBGE - CENSO DEMOGRAacuteFICO 2010

Curitiba possui uma populaccedilatildeo de mais de 1750000 (um milhatildeo setecentos

e cinquenta mil habitantes) segundo censo IBGE 2010 sendo que 932000

(novecentos e trinta e dois mil) pessoas com o estado civil de solteiro viuacutevo

divorciado separado judicialmentedesquitado isso mostra que tem muitas pessoas

que podem fazer festas de casamento e necessitar dos produtos que seratildeo ofertados

tais como bolos artiacutesticos doces finos e bem casados

Segundo as estatiacutesticas do registro civil do IBGE ocorreram em Curitiba e

regiatildeo metropolitana no ano 2012 exatamente 18877 (dezoito mil oitocentos e setenta

e sete) casamentos sendo que nos meses de setembro a dezembro foi onde ocorreu

um maior nuacutemero um total de 7828 (sete mil oitocentos e vinte e oito) casamentos o

que representa um total de 4147 dos casamentos ocorrem nesses quatro meses

do ano

31

TABELA 2 - CASAMENTOS POR MEcircS DE REGISTRO SEGUNDO O LUGAR DO REGISTRO ndash 2012

Lugar do registro

Casamentos por mecircs do registro

Total de

registros Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

RM Curitiba 18877 1466 1250 1572 1282 1403 1533 1248 1255 1735 1753 2118 2262

Curitiba 10351 848 692 857 692 724 872 658 658 971 968 1237 1174

FONTE IBGE DIRETORIA DE PESQUISAS COORDENACcedilAtildeO DE POPULACcedilAtildeO E INDICADORES SOCIAIS ESTATIacuteSTICAS DO REGISTRO CIVIL 2012

Nessa perspectiva foi definido que o mercado que a empresa de bolos e doces

finos vai atuar eacute de Curitiba e regiatildeo metropolitana com foco nas pessoas das classes

A e B com estado civil solteiro divorciado separado judicialmentedesquitado e viuacutevo

412 Produtos que seratildeo vendidos

ldquoNo coraccedilatildeo de uma grande marca haacute um grande produto O produto-chave

na oferta ao mercado Liacutederes de mercado geralmente oferecem produtos e serviccedilos

de qualidade superiorrdquo (KOTLER KELLER 2006 p 366)

Os principais produtos fornecidos seratildeo

Bolos artiacutesticos

FOTO1 - BOLO ARTIacuteSTICO FONTE WANDA CARDOSO - BOLOS ARTIacuteSTICOS amp DOCES

32

Bolos de copa

FOTO2 - BOLO DE COPA FONTE ELABORADO PELO AUTOR

FOTO3 - BOLO DE COPA FONTE ELABORADO PELO AUTOR

Naked cake

FOTO4 - NAKED CAKE FONTE DOCES PENEacuteLOPE

33

Doces Tradicionais

FOTO5 - DOCES TRADICIONAIS FONTE ELABORADO PELO AUTOR

Doces Espelhados

FOTO6 - DOCES ESPELHADOS FONTE PRONTO SOCORRO DAS FESTAS

Doces Finos

FOTO 7 - DOCES FINOS FONTE COMPRANDO MEU APE

34

Brigadeiros gourmet

FOTO8 - BRIGADEIROS GOURMET FONTE ELABORADO PELO AUTOR

Tacinhas acriacutelicas

FOTO9 - TACINHAS ACRIacuteLICAS FONTE BUFFET DELIacuteCIAS DA VI

Trufas

FOTO 10 - TRUFAS FONTE FOGAtildeO DA VOVOacute

35

Bombons

FOTO11 - BOMBONS FONTE DALVA GOLDEN GATE

Bem casados

FOTO12 - BEM CASADOS FONTE CASAMENTO SEM ERRO

FOTO13 - BEM CASADOS FONTE CASAMENTO SEM ERRO

36

413 Preccedilo de venda

A definiccedilatildeo do preccedilo dos produtos eacute uma das decisotildees mais relevantes da

organizaccedilatildeo que deve levar em conta a forma como a empresa deseja se posicionar

no mercado os custos a concorrecircncia e a rentabilidade almejada

O preccedilo eacute um dos elementos mais versaacuteteis pode ser modificado rapidamente

ao contraacuterio das propriedades dos produtos dos contratos com canais de distribuiccedilatildeo

e ateacute mesmo das promoccedilotildees O Preccedilo tem tambeacutem a tarefa de mostrar ao mercado o

posicionamento de valor desejado pela empresa para o seu produto ou marca

(KOTLER KELLER 2006 p 428)

A consolidaccedilatildeo dos preccedilos dos produtos seraacute elaborada levando em conta os

custos para se obter os produtos com a qualidade requinte e sofisticaccedilatildeo desejada

com a margem de lucro esperada e se baseando nos preccedilos praticados pela

concorrecircncia

414 Previsatildeo de vendas

Para Chiavenato (2007 p 2013)

A previsatildeo de vendas representa a quantidade de produtosserviccedilos que a empresa pretende vender ou colocar no mercado durante um determinado periacuteodo geralmente um mecircs ou um ano dividido em meses Constitui portanto uma estimativa ou uma expectativa de vendas Pode ser feita em unidades fiacutesicas ou em valores monetaacuterios

A produccedilatildeo vai ser em meacutedia de 5600 doces (doces finos gourmet e bem

casados) e 4 bolos procurando atender em meacutedia 4 eventos por semana e ateacute 16

eventos por mecircs sendo que nos meses de setembro a dezembro essa demanda

aumenta pelo motivo de historicamente ter um nuacutemero maior de casamentos

37

415 Definiccedilatildeo de local de venda dos produtos

ldquoA venda eacute a fase fundamental do processo de vendas Consiste na

transferecircncia do produtoserviccedilo para o cliente ou consumidorrdquo (CHIAVENATO 2007

p 210)

As vendas vatildeo ocorrer atraveacutes de site proacuteprio redes sociais telefone e

pessoalmente natildeo teremos loja fiacutesica apenas um ateliecirc para confecccedilatildeo dos bolos e

doces onde vai conter uma sala anexa na qual vai ser oferecido o serviccedilo de

degustaccedilatildeo com horaacuterios marcados para assim o cliente decidir quais os produtos

seratildeo adquiridos para o seu evento e fechamento de contrato

416 Definiccedilatildeo da demanda e da oferta

Na maior parte das encomendas os clientes solicitam os doces finos e

gourmet que contecircm chocolates frutas oleaginosas tais como castanhas nozes

avelatildes amecircndoas frutas como framboesa morango damasco cerejas e os bem

casados Os bolos mais solicitados satildeo os com decoraccedilatildeo de pasta americana que

deve obrigatoriamente ter recheios mais firmes como ganaches fios de ovos

strogonoff de nozes e os naked cake (bolo pelado) que possuem mais opccedilotildees de

recheios com chocolates frutas diversas e cremes de pacirctisserie

Em contato com algumas empresas que fornecem o mesmo tipo de produto

foi possiacutevel verificar que as encomendas devem ser feitas com antecedecircncia miacutenima

de 6 meses sendo que alguns casos somente com um ano de antecedecircncia para

conseguir na data desejada Esse eacute um dos pontos que mostra que tem espaccedilo

suficiente para entrada nesse mercado

38

417 Concorrentes

Chiavenato (2007 p 33) Kotler e Keller (2006 p 340) afirmam que os

concorrentes satildeo as organizaccedilotildees que competem pelos mesmos fornecedores

clientes e consumidores

ldquoAgrave medida que seus produtosserviccedilos tornam-se mais heterogecircneos tanto

mais heterogecircneos e diferenciados seratildeo seus concorrentes e tanto mais complexa

seraacute a competitividaderdquo (CHIAVENATO 2007 p 33)

Em busca na internet foi possiacutevel identificar que atualmente existe em meacutedia

25 concorrentes reais que oferecem exatamente os mesmos produtos que seratildeo

fornecidos com o mesmo padratildeo de qualidade valor agregado requinte e

sofisticaccedilatildeo Tambeacutem foi detectado mais 14 concorrentes potenciais que vendem

produtos similares aos que seratildeo vendidos poreacutem natildeo possuem o mesmo valor

agregado dos que vatildeo ser ofertados Foi possiacutevel identificar que alguns concorrentes

oferecem somente os doces finos dos quais foram identificados mais 3 concorrentes

reais e 3 concorrentes potenciais E foi detectado que existem concorrentes que

fornecem apenas os bolos artiacutesticos dos quais foi identificado 4 concorrentes reais

todos fornecem os bolos com o mesmo niacutevel de qualidade que seratildeo fornecidos

A tabela 3 mostra a divisatildeo dos concorrentes reais e potenciais que fornecem

bolos e doces por bairro de Curitiba

39

TABELA 3 - CONCORRENTES QUE FORNECEM BOLOS E DOCES POR BAIRRO

Bairro Quantidade de Concorrentes Reais

Quantidade de Concorrentes Potenciais

Aacutegua Verde 4 1

Ahuacute 1

Bairro Alto 2 1

Barreirinha 1

Barreirinha 1

Bom Retiro 1

Campo Comprido 1

Campo Comprido 1

Cidade Industrial 1

Colombo 1

Fazenda Rio Grande 1

Hauer 1

Hugo Lange 1

Mercecircs 1

Novo Mundo 2 1

Novo Mundo 1

Portatildeo 1

Portatildeo 1

Santa Cacircndida 1

Santa Felicidade 1 1

Santo Inaacutecio 1 1

Satildeo Joseacute dos Pinhais 1

Seminaacuterio 1

Sitio Cercado 1

Tarumatilde 1

Vila Izabel 1

Natildeo Informado 1 2

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

418 Forma de divulgaccedilatildeo dos concorrentes

Todas as empresas pesquisadas que fornecem produtos similares aos que

vamos fornecer utilizam sites proacuteprios e as redes sociais para fazer divulgaccedilatildeo dos

seus produtos todas fazem degustaccedilatildeo para os clientes conhecerem os seus

produtos e posteriormente fechar um contrato

40

42 TAMANHO DO NEGOacuteCIO

421 Capacidade produtiva

A capacidade produtiva vai ser para atender ateacute 4 eventos por semana A

produccedilatildeo vai ser de ateacute 5600 doces (doces finos gourmet e bem casados) e 4 bolos

atendendo ateacute 4 eventos por final de semana e ateacute 16 eventos por mecircs sendo que

nos meses de setembro a dezembro essa demanda aumenta pelo motivo de

historicamente ter um nuacutemero maior de casamentos

422 Investimento

Um dos pontos mais relevantes para abertura de uma empresa eacute a

determinaccedilatildeo do capital miacutenimo para dar iniacutecio nas atividades e principalmente como

obter este capital ldquoEacute com o capital inicial que a empresa tem condiccedilotildees de reunir os

recursos empresariais necessaacuterios ao seu funcionamento sejam eles recursos

humanos materiais ou financeirosrdquo A determinaccedilatildeo do capital eacute o que estabelece a

quantidade de recursos empresariais que a empresa tem disponiacutevel Indiscutivelmente

quanto maior for o volume de recursos empresariais mais faacutecil se torna o desempenho

da empresa Quando todos os recursos necessaacuterios para seu funcionamento estatildeo agrave

disposiccedilatildeo a administraccedilatildeo do empreendimento fica mais simples (CHIAVENATO

2007 p84)

Cabe acrescentar que (LAPPONI 2007 p 321)

O custo inicial refere-se aos desembolsos realizados para aquisiccedilatildeo de equipamentos ou outros ativos fixos incluindo o pagamento de fretes seguros instalaccedilotildees despesas operacionais iniciais com materiais e matildeo de obra treinamento de pessoal de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo etc resumindo o custo inicial inclui todos os desembolsos necessaacuterios para adquirir os ativos necessaacuterios e que estejam em condiccedilotildees de operar e gerar as receitas estimadas

41

O empreendimento iniciaraacute suas atividades com capital investido com

recursos proacuteprios da empreendedora

As estimativas de investimento inicial para abertura da empresa foi de

R$5162851 conforme tabela 4

TABELA 4 - INVESTIMENTO INICIAL

Descriccedilatildeo Valor (R$)

Maacutequinas e equipamentos Cozinha R$ 3084878

Utensiacutelios R$ 555075

Moacuteveis para escritoacuterio R$ 268982

Equipamentos de informaacutetica e eletrocircnicos R$ 446204

Outros custos escritoacuterio R$ 48912

Uniformes R$ 155800

Pintura Imoacutevel R$ 500000

Porta de Vidro R$ 103000

Total R$ 5162851

FONTE ELABORADO PELO AUTOR (2015)

423 Localizaccedilatildeo

Seraacute locado um imoacutevel para a instalaccedilatildeo da empresa localizado na Rua Heitor

Baggio Vidal 2508 Bairro Alto Curitiba ndash PR com o valor do aluguel mensal de

R$160000 (mil e seiscentos reais) O espaccedilo interno de 95msup2 seraacute dividido em trecircs

partes a primeira com 20msup2 vai ficar a recepccedilatildeo para receber os clientes efetuar

orccedilamentos e as degustaccedilotildees a segunda com 71msup2 a cozinha industrial onde seratildeo

fabricados os bolos e doces finos e a terceira com 4msup2 o lavabo

42

FOTO14 - FOTO DO IMOacuteVEL ONDE SERAacute INSTALADA A EMPRESA FONTE MP IMOacuteVEIS

424 Entregas

As entregas dos bolos e doces finos seratildeo efetuadas por uma empresa

parceira localizada no Bairro Alto o preccedilo das entregas em Curitiba e regiatildeo

metropolitana variam de R$2400 (vinte e quatro reais) a R$6000 (sessenta reais)

dependendo da localizaccedilatildeo tais valores seratildeo cobrados dos clientes

43 CAPITAL DE GIRO

O capital de giro inicial foi estimado levando em conta que no primeiro ano a

empresa vai produzir 8333 da sua capacidade atendendo em meacutedia 13 ventos

mensalmente sendo assim foram considerados os gastos operacionais necessaacuterios

para o iniacutecio das atividades incluindo o custo fixo mensal e o estoque inicial ambos

multiplicados por 2 e acrescidos de um percentual de 10 de margem de seguranccedila

para despesas natildeo previstas

43

TABELA 5 - CAPITAL DE GIRO

Item Valor (R$)

Estoque Inicial 5144000

Custo Fixo Mensal 3194783

Reserva (10) 833878

Total do Capital de Giro Inicial 9172662

FONTE ELABORDO PELO AUTOR

44 FLUXO DE CAIXA

ldquoFluxo de Caixa eacute um Instrumento de gestatildeo financeira que projeta para

periacuteodos futuros todas as entradas e as saiacutedas de recursos financeiros da empresa

indicando como seraacute o saldo de caixa para o periacuteodo projetadordquo (SEBRAE)

Na tabela 6 eacute apresentada a projeccedilatildeo do Fluxo de Caixa da empresa para os

seus primeiros cinco anos onde fica evidenciado que do primeiro ateacute o quinto ano a

sauacutede financeira da empresa melhora gradativamente sendo que no final do quinto

ano o saldo em caixa ultrapassa os 300 se comparado com o saldo em caixa no

final do primeiro ano

Pode-se observar que natildeo foi inserida no fluxo de caixa a opccedilatildeo de

inadimplecircncia pois todos os pagamentos seratildeo efetuados agrave vista em dinheiro ou

cartatildeo sendo que o pagamento total dos produtos deve ser efetuado no miacutenimo 10

dias antes da data do evento

44

TABELA 6 - PROJECcedilAtildeO DE FLUXO DE CAIXA NOS PRIMEIROS CINCO ANOS

Descriccedilatildeo Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

Investimento Inicial (5162851)

Capital de Giro (9172662) 9172662

Valor Residual 1548855

Total de entradas 000 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873

Previsatildeo Receitas de vendas 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873

Total de Saiacutedas (14335513) (44888699) (54283425) (59479393) (64738409) (70291804)

(-)Fornecedores (25720000) (33641760) (36669518) (39969775) (43567055)

(-)Folha de pagamento (3267192) (3593911) (3953302) (4348633) (4783496)

(-)Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)

(963216) (1011377) (1061946) (1115043) (1170795)

(-)Retiradas soacutecios (2400000) (2640000) (3432000) (3946800) (4341480)

(-)Impostos s vendas (4654291) (5073177) (5573767) (6075406) (6622192)

(-)Alugueacuteis (1920000) (2016000) (2116800) (2222640) (2333772)

(-)Energia eleacutetrica (840000) (882000) (926100) (972405) (1021025)

(-)Aacutegua (300000) (315000) (330750) (347288) (364652)

(-)Telefone (384000) (403200) (423360) (444528) (466754)

(-)Gaacutes (588000) (617400) (648270) (680684) (714718)

(-)Serviccedilos contabilidade (960000) (1008000) (1058400) (1111320) (1166886)

(-)Manutenccedilatildeo (600000) (630000) (661500) (694575) (729304)

(-)Outras despesas com funcionaacuterios

(1296000) (1405800) (1525590) (1656320) (1799030)

(-)Taxas bancaacuterias (96000) (100800) (105840) (111132) (116689)

(-)Outros pagamentos (900000) (945000) (992250) (1041863) (1093956)

Entradas - Saiacutedas (14335513) 12981301 21410535 23027023 25193585 27734070

Depreciaccedilatildeo 000 (631377) (631377) (631377) (631377) (631377)

Saldo Final (14335513) 12349924 20779158 22395647 24562208 37824209

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

A depreciaccedilatildeo foi calculada considerando o prazo de vida uacutetil meacutedio de 10

anos das maacutequinas equipamentos instalaccedilotildees moacuteveis e utensiacutelios e para os

computadores e perifeacutericos foi considerado o prazo de vida uacutetil de 5 anos conforme

demonstrado na tabela 7

TABELA 7 - DEPRECIACcedilAtildeO

Item Valor Inicial Taxa Anual Depreciaccedilatildeo Anual (R$)

Maacutequinas e equipamentos 3084878 10 308488

Instalaccedilotildees 103000 10 10300

Moacuteveis e Utensiacutelios 824057 10 82406

Computadores e Perifeacutericos 446204 20 89241

Outros 704712 20 140942

Total 631377

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

45

O valor residual dos equipamentos e instalaccedilotildees da empresa no final do quinto

ano foi considerado em 30 referente ao valor de aquisiccedilatildeo dos mesmos no iniacutecio do

projeto

45 ANAacuteLISE DOS INDICADORES (VPL TIR E PAYBACK)

451 Valor Presente Liacutequido (VPL)

A tabela 8 mostra que o VPL (Valor Presente Liacutequido) eacute positivo isso significa

que aleacutem de recuperar o investimento inicial ainda vai ser agregado ao valor da

empresa um montante de R$ R$50392407 (quinhentos e trecircs mil novecentos e vinte

quatro reais e sete centavos)

A taxa de retorno requerida de 20 foi determinada levando em conta o niacutevel

de risco do projeto e visando o valor desejado para se obter em cima do valor

investido

TABELA 8 - CALCULO DO VALOR PRESENTE LIacuteQUIDO (VPL)

Anos FC k 2000

0 -$143355 VPL $50392407

1 $123499 VPL $50392407

2 $207792 VPL $50392407

3 $223956 VPL $21761126

4 $245622 VPL $21761126

5 $378242 Decisatildeo Aceitar o Projeto

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

452 Taxa Interna de Retorno (TIR)

Conforme a tabela 9 eacute possiacutevel verificar que a TIR (Taxa Interna de Retorno)

eacute de 11593 maior que a taxa requerida de 20 isso significa que custo inicial seraacute

46

recuperado e o projeto vai criar valor para empresa mais um resultado favoraacutevel para

a aceitaccedilatildeo do projeto

TABELA 9 - TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR)

Anos FC

0 -$143355 TIR 11593

1 $123499 TIR 2168

2 $207792 TIR 2168

3 $223956 Decisatildeo

4 $245622 k 2000

5 $378242 Aceitar o projeto

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

453 Payback

O tempo de recuperaccedilatildeo do custo inicial ocorre normalmente entre o quarto e

o quinto ano se for feita a anaacutelise da tabela 10 eacute possiacutevel verificar que o tempo

necessaacuterio para o retorno do investimento (payback) do projeto eacute de 128 anos este

indicador mostra claramente que o projeto deve ser aceito pois o tempo de retorno

estaacute bem abaixo do tempo meacutedio dos empreendimentos como um todo

TABELA 10 - PAYBACK

k 20

Anos FC SPresente

0 -$143355 -$143355 PBD-SP = 128

1 $123499 -$40439 128

2 $207792 $103861

3 $223956 $233465

4 $245622 $351917

5 $378242 $503924

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

47

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Para iniciar um negoacutecio requer muito mais do que apenas o espiacuterito

empreendedor eacute necessaacuterio ter lideranccedila conhecimento sobre o mercado que deseja

atuar organizaccedilatildeo e principalmente planejamento

O principal objetivo desse estudo foi analisar a viabilidade econocircmico-

financeira da abertura de uma empresa de bolos e doces finos no Bairro Alto em

Curitiba

O objetivo apresentado nesta pesquisa foi atingido pois todos os indicadores

analisados mostram com clareza que empresa obteacutem resultados positivos que criam

valor para a mesma e com isso o projeto eacute viaacutevel economicamente pois do primeiro

ao quinto ano fica visiacutevel o crescimento do empreendimento e a melhora significativa

da sua sauacutede financeira isso fica evidenciado no saldo final em caixa no quinto ano

que chega proacuteximo haacute 400 mil reais Apesar disso eacute crucial o acompanhamento do

mercado para seguir as tendecircncias e se atualizar constantemente para tomar

decisotildees mais assertivas

Um negoacutecio mal avaliado pode arruinar a estabilidade econocircmica do

investidor por isso eacute de extrema importacircncia fazer todos os levantamentos de custos

antes de se aventurar em qualquer empreendimento

Eacute possiacutevel comprovar que a pesquisa realizada contribui positivamente para

abertura da empresa No entanto as informaccedilotildees aqui presentes natildeo satildeo estaacuteticas e

devem ser revisadas periodicamente e se preciso ateacute mesmo ampliadas no decorrer

da implantaccedilatildeo do projeto para que o mesmo seja uma ferramenta eficiente e eficaz

no desenvolvimento da empresa como um todo

48

REFEREcircNCIAS

BRITO Paulo Anaacutelise e viabilidade de projetos de investimento Satildeo Paulo Atlas 2003 DOLABELA Fernando O segredo de Luiacutesa 30 ed Satildeo Paulo Editora de Cultura 2006 DORNELAS Joseacute Carlos Assis Empreendedorismo transformando ideias em negoacutecios 4 ed Rio de Janeiro Campus Elsevier 2012 CENSO Demograacutefico 2010 Resultados gerais da amostra Curitiba IBGE 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=410690ampidtema=87ampsearch=parana|curitiba|censo-demografico-2010-resultados-gerais-da-amostra-gt Acesso em 21 de Junho de 2015 CHIAVENATO Idalberto Empreendedorismo dando asas ao espiacuterito empreendedor empreendedorismo e a viabilidade de novas empresas um guia eficiente para iniciar e tocar seu proacuteprio negoacutecio 2 ed Satildeo Paulo Saraiva 2007 ESTATIacuteSTICAS do registro civil 2012 Curitiba IBGE 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaoregistrocivil2012default_xlsshtmgt Acesso em 21 de Junho de 2015 GIL Antonio Carlos Meacutetodos e teacutecnicas de pesquisa social 6 ed Satildeo Paulo Atlas 2008 KOTLER Philip KELLER Kevin Lane Administraccedilatildeo de Marketing 12 ed Satildeo Paulo ABDR 2006 LAPPONI Juan Carlos Projetos de Investimento na Empresa Rio de Janeiro Elsevier 2007 MACHADO Jesseacute Anderson Pinto Projetos Econocircmicos uma abordagem praacutetica de elaboraccedilatildeo Satildeo Paulo Nobel 2002 MICHEL Maria Helena Metodologia e pesquisa cientiacutefica em ciecircncias sociais 2 ed Satildeo Paulo Atlas 2009 OLIVEIRA Djalma de Pinho Rebouccedilas de Planejamento estrateacutegico conceitos metodologia e praacuteticas 20 ed Satildeo Paulo Atlas 2004 PRODANOV Cleber Cristiano ERNANI Cesar de Freitas Metodologia do trabalho cientiacutefico meacutetodo e teacutecnicas da pesquisa e do trabalho acadecircmico 2 ed Novo Hamburgo Freevale 2013

49

REBELATTO Dayse Projeto de Investimento 1 ed Barueri Manole 2004 SEBRAE Pesquisa de Mercado o que eacute e para que serve Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrsitesPortalSebraeartigosPesquisa-de-mercado-o-que-C3A9-e-para-que-servegt Acesso em 21 de Junho de 2015 SEBRAE Fluxo de caixa Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrSebraePortal20SebraeAnexos0_fluxo-de-caixapdfgt Acesso em 10 de Outubro de 2015 WILDAUER Egon Walter Plano de negoacutecios elementos construtivos e processos de elaboraccedilatildeo 2 ed Curitiba Ibpex 2011 WOILER Samsatildeo MATHIAS Washington Franco Projetos planejamento elaboraccedilatildeo anaacutelise 1 ed Satildeo Paulo Atlas 1994

50

APEcircNDICES

APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL 51

APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS 52

APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL 52

51

APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL

Item Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

Aacutegua 25000 26250 27563 28941 30388

Aluguel 160000 168000 176400 185220 194481

Assessoria Contaacutebil 80000 84000 88200 92610 97241

Gaacutes 49000 51450 54023 56724 59560

Impostos 387858 422765 464481 506284 551849

Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)

80268 84281 88495 92920 97566

Energia eleacutetrica 70000 73500 77175 81034 85085

Manutenccedilatildeo 50000 52500 55125 57881 60775

Material de escritoacuterio 20000 21000 22050 23153 24310

Material de Limpeza 40000 42000 44100 46305 48620

Folha de pagamento 272266 299493 329442 362386 398625

Seguros 15000 15750 16538 17364 18233

Telefone fixointernet 20000 21000 22050 23153 24310

Telefone Moacutevel 12000 12600 13230 13892 14586

Vale Refeiccedilatildeo 75000 82500 90750 99825 109808

Vale Transporte 33000 34650 36383 38202 40112

Proacute- labore 200000 220000 286000 328900 361790

Taxas Bancaacuterias 8000 8400 8820 9261 9724

Total R$ 1597392 R$ 1720139 R$ 1900823 R$ 2064053 R$ 2227062

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

52

APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS

Item

Produccedilatildeo mensal meacutedia

Custo unitaacuterio total

Sugestatildeo Preccedilo de venda

Custo Mensal Total

Receita de vendas

Bolos artiacutesticos (recheios diversos) 150 6000 13500 900000 2025000

Bolos de copa (recheios diversos) 30 3600 8100 108000 243000

Naked cake (recheios diversos) 60 4200 9450 252000 567000

Doces Tradicionais 32 3500 7875 112000 252000

Doces Espelhados 32 5000 11250 160000 360000

Doces Finos 32 7500 16875 240000 540000

Brigadeiros gourmet 16 4500 10125 72000 162000

Tacinhas acriacutelicas 16 5500 12375 88000 198000

Trufas 32 5000 11250 160000 360000

Bombons 32 5000 11250 160000 360000

Bem casados 3200 100 225 320000 720000

Custo produccedilatildeo Total 2572000

Receita Total 5787000

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL

Ano Receita Bruta Variaccedilatildeo anual

Ano 1 000

Ano 2 69444000 9

Ano 3 75693960 9

Ano 4 82506416 9

Ano 5 89931994 9

Valor considerando a inflaccedilatildeo de 9 aa

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

6

LISTA DE ILUSTRACcedilOtildeES

FOTO 1 - BOLO ARTIacuteSTICO 31

FOTO 2 - BOLO DE COPA 32

FOTO 3 - BOLO DE COPA 32

FOTO 4 - NAKED CAKE 32

FOTO 5 - DOCES TRADICIONAIS 33

FOTO 6 - DOCES ESPELHADOS 33

FOTO 7 - DOCES FINOS 33

FOTO 8 - BRIGADEIROS GOURMET 34

FOTO 9 - TACINHAS ACRIacuteLICAS 34

FOTO 10 - TRUFAS 34

FOTO 11 - BOMBONS 35

FOTO 12 - BEM CASADOS 35

FOTO 13 - BEM CASADOS 35

FOTO 14 - FOTO DO IMOacuteVEL ONDE SERAacute INSTALADA A EMPRESA 42

7

LISTA DE TABELAS

TABELA 1 - RESULTADOS DA AMOSTRA - RENDIMENTO POR PESSOA EM

CURITIBA 30

TABELA 2 - CASAMENTOS POR MEcircS DE REGISTRO SEGUNDO O LUGAR DO

REGISTRO ndash 2012 31

TABELA 3 - CONCORRENTES QUE FORNECEM BOLOS E DOCES POR BAIRRO

39

TABELA 4 - INVESTIMENTO INICIAL 41

TABELA 5 - CAPITAL DE GIRO 43

TABELA 6 - PROJECcedilAtildeO DE FLUXO DE CAIXA NOS PRIMEIROS CINCO ANOS 44

TABELA 7 - DEPRECIACcedilAtildeO 44

TABELA 8 - CALCULO DO VALOR PRESENTE LIacuteQUIDO (VPL) 45

TABELA 9 - TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR) 46

TABELA 10 - PAYBACK 46

8

LISTA DE ABREVIATURAS EOU SILGAS

IBGE ndash Instituro Brasileiro de Geograacutefia e Estatiacutestica

PIB ndash Produto Interno Bruto

SEBRAE ndash Serviccedilo Brasileiro de Apoio agraves Micro e Pequenas Empresas

TIR ndash Taxa Interna de Retorno

TMA ndash Taxa Miacutenima de Atratividade

TMT ndash Taxa Miacutenima de Toleracircncia

VAL ndash Valor Atual liacutequido

VPL ndash Valor presente liacutequido

9

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 11

11 PROBLEMA 12

12 OBJETIVO GERAL 12

13 OBJETIVOS ESPECIacuteFICOS 12

2 REFERENCIAL TEOacuteRICO 13

21 EMPREENDEDORISMO 13

211 Caracteriacutesticas e perfil do empreendedor 15

22 PLANO DE NEGOacuteCIOS 16

221 Estrutura do plano de negoacutecios 18

2211 Capa 18

2212 Sumaacuterio 19

2213 Sumaacuterio executivo 19

2214 Anaacutelise estrateacutegica 19

2215 Descriccedilatildeo da empresa 20

2216 Produtos e serviccedilos 20

2217 Plano operacional 20

2218 Plano de recursos humanos 21

2219 Anaacutelise de mercado 21

22110 Estrateacutegia de marketing 21

22111 Plano financeiro 22

22112 Anexos 22

23 VIABILIDADE ECONOcircMICO-FINANCEIRA 22

231 Fluxo de caixa 23

232 Valor Presente Liacutequido (VPL) 24

233 Taxa Interna de Retorno (TIR) 25

234 Periacuteodo de retorno de investimento (Payback) 26

3 METODOLOGIA 27

4 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES 29

41 ANAacuteLISE DE MERCADO 29

411 Mercado consumidor 29

10

412 Produtos que seratildeo vendidos 31

413 Preccedilo de venda 36

414 Previsatildeo de vendas 36

415 Definiccedilatildeo de local de venda dos produtos 37

416 Definiccedilatildeo da demanda e da oferta 37

417 Concorrentes 38

418 Forma de divulgaccedilatildeo dos concorrentes 39

42 TAMANHO DO NEGOacuteCIO 40

421 Capacidade produtiva 40

422 Investimento 40

423 Localizaccedilatildeo 41

424 Entregas 42

43 CAPITAL DE GIRO 42

44 FLUXO DE CAIXA 43

45 ANAacuteLISE DOS INDICADORES (VPL TIR E PAYBACK) 45

451 Valor Presente Liacutequido (VPL) 45

452 Taxa Interna de Retorno (TIR) 45

453 Payback 46

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 47

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS 48

APEcircNDICES 50

11

1 INTRODUCcedilAtildeO

Quando surge uma ideia e eacute possiacutevel identificar nela uma oportunidade eacute o

iniacutecio para a criaccedilatildeo de um negoacutecio

Qualquer empreendimento para ter ecircxito seja ele industrial comercial ou de

serviccedilos depende de inuacutemeras decisotildees que o empreendedor precisa tomar antes de

iniciaacute-lo Uma das decisotildees fundamentais eacute analisar o empreendimento

economicamente para verificar se o projeto vai ser viaacutevel e lucrativo ou natildeo poreacutem

antes das decisotildees surgem agraves duacutevidas e incertezas como qual o ponto de partida

Qual deve ser o capital investido inicialmente Quais produtos seratildeo fabricados

Onde seratildeo vendidos

Para abertura de uma empresa de bolos e doces finos em Curitiba os

questionamentos satildeo os mesmos e para conseguir as respostas para todos esses

questionamentos que andam lado a lado com todos os empreendedores quando

surge a ideia de um novo negoacutecio eacute essencial a construccedilatildeo de um plano de negoacutecios

e principalmente efetuar uma anaacutelise de viabilidade econocircmico-financeira bem

estruturada que traga informaccedilotildees fundamentais para tomar decisotildees mais assertivas

No decorrer desta pesquisa foi possiacutevel responder haacute cada um destes

questionamentos por meio da anaacutelise de mercado definiccedilatildeo do tamanho do negoacutecio

fluxo de caixa e a anaacutelise dos indicadores que estatildeo dispostos no capiacutetulo 4 deste

estudo

Dornelas (2012 p 93) afirma que ldquoum negoacutecio bem planejado teraacute mais

chances de sucesso do que aquele sem planejamento na mesma igualdade de

condiccedilotildeesrdquo

Diante deste contexto a proposta deste projeto eacute analisar a viabilidade

econocircmico-financeira da abertura de uma empresa de bolos e doces finos localizada

no Bairro Alto em Curitiba

12

11 PROBLEMA

Qual a viabilidade econocircmico-financeira da abertura de uma empresa de

bolos e doces finos em Curitiba

12 OBJETIVO GERAL

Investigar qual a viabilidade da implantaccedilatildeo de uma empresa de bolos e

doces finos em Curitiba

13 OBJETIVOS ESPECIacuteFICOS

Elaborar uma anaacutelise do mercado de bolos e doces finos em Curitiba

Definir quais os produtos seratildeo vendidos

Definir a capacidade produtiva

Analisar a viabilidade econocircmico-financeira do negoacutecio

13

2 REFERENCIAL TEOacuteRICO

21 EMPREENDEDORISMO

Um projeto empreendedor se torna possiacutevel apenas se o dono da ideia estiver

disposto a assumir todas as responsabilidades e exigecircncias de abrir um negoacutecio que

sem duacutevida passaraacute a ser seu projeto de vida

Para Dolabela (2006 sn)

Se considerarmos que as empresas quase sempre comeccedilam pequenas isso chega a ser um paradoxo Principalmente porque no mundo de hoje as pequenas empresas constituem a principal fonte de empregos e satildeo responsaacuteveis em muitos paiacuteses por mais de 50 do produto interno bruto (PIB) e pelo maior volume de exportaccedilotildees aleacutem de serem as maiores geradoras de inovaccedilotildees tecnoloacutegicas desde a Segunda Guerra Mundial

Eacute possiacutevel definir empreendedorismo comordquo a capacidade que uma pessoa

possui de formular uma ideia sobre determinado produto ou serviccedilo em um mercado

seja essa ideia nova ou natildeordquo (WILDAUER 2011 p25)

Cabe acrescentar que o empreendedorismo natildeo se refere apenas a pequenos

negoacutecios e empreendimentos novos ldquoNatildeo aborda apenas a criaccedilatildeo de novos

produtos ou serviccedilos mas sim inovaccedilotildees em todos os acircmbitos do negoacuteciordquo

(CHIAVENATO 2007 p261)

Segundo Dolabela (2006 sn) se analisarmos a natureza do

empreendedorismo eacute possiacutevel observar que

A Todas as pessoas nascem empreendedoras Os humanos satildeo

empreendedores

B Empreendedorismo natildeo eacute um assunto atual existe desde a primeira

accedilatildeo inovadora com a finalidade de aperfeiccediloar as relaccedilotildees entre os homens

C Natildeo eacute apenas um fato econocircmico mas tambeacutem social

D O empreendedor estaacute em qualquer lugar natildeo apenas nas pessoas que

abrem seu proacuteprio negoacutecio

E O empreendedorismo eacute uma demonstraccedilatildeo da liberdade humana

14

F Natildeo eacute um acontecimento pessoal e nem uma habilidade que poucas

pessoas possuem eacute algo puacuteblico

G Natildeo existe a possibilidade de fazer transferecircncia de conhecimentos

empreendedores ndash ldquoao contraacuterio do que acontece por exemplo em uma aula

de geografia porque o empreendedorismo natildeo eacute um conteuacutedo cognitivo

convencionalrdquo Nesse entendimento natildeo existe a possibilidade de ensinar

mas eacute possiacutevel aprender a ser empreendedor por meio de um sistema de

ensino bem diferente do tradicional

H Eacute um assunto global e natildeo caracteriacutestico ou complementar E deve ser

apresentado na educaccedilatildeo baacutesica

I O princiacutepio do empreendedorismo e a cidadania O que por sua vez ldquoVisa

agrave construccedilatildeo do bem-estar coletivo do espiacuterito comunitaacuterio da cooperaccedilatildeo

Antes de ser aluno o estudante deve ser considerado um cidadatildeordquo

J Natildeo existe a possibilidade de definir se uma pessoa vai ter sucesso

como empreendedor

Vale enfatizar que o empreendedorismo eacute a envoltura de pessoas e

processos que juntas transformam ideias em oportunidades E a correta efetivaccedilatildeo

destas oportunidades ocasiona a criaccedilatildeo de um negoacutecio bem sucedido (DORNELAS

2012 p 28)

Chiavenato (2007 p 22) e Dornelas (2012 p29) defendem a ideia de que

1 O empreendedorismo abrange todo o processo para criar algo novo que

possua valor e seja valorizado pelo mercado

2 Que o empreendedorismo requer doaccedilatildeo disponibilidade de tempo e

vigor para tornar o novo empreendimento em um negoacutecio de sucesso

3 O empreendedorismo demanda coragem aceitaccedilatildeo de riscos

calculados e decisotildees analiacuteticas e ter flexibilidade com os obstaacuteculos falhas

e fracassos

Eacute possiacutevel concluir que o empreendedorismo eacute um fato cultural isto eacute

consequecircncia de haacutebitos accedilotildees e valores pessoais ldquoExistem famiacutelias (assim como

cidades regiotildees e paiacuteses) mais empreendedoras do que outrasrdquo A pessoa

desenvolve o empreendedorismo no conviacutevio com outros empreendedores num local

onde a possibilidade de ter o proacuteprio negoacutecio eacute visto como algo muito bom

(DOLABELA 2006 sn)

15

Diante disso natildeo eacute possiacutevel falar de empreendedorismo sem mencionar os

empreendedores pois satildeo as atitudes de pessoas que inovam assumem todos os

riscos que proporcionam o crescimento e desenvolvimento da sociedade como um

todo

211 Caracteriacutesticas e perfil do empreendedor

Ser empreendedor eacute acima de tudo ter a capacidade e a necessidade de

realizar coisas novas

O empreendedor ldquoeacute um ser social produto do meio em que vive (eacutepoca e

lugar)rdquo E se a pessoa convive em um meio onde ser empreendedor eacute considerado

algo bom teraacute motivos para abrir seu proacuteprio negoacutecio (DOLABELA 2006 sn)

O empreendedor parte da percepccedilatildeo subjetiva para percepccedilatildeo praacutetica na

qual mostram elementos que podem ser debatidos Esses elementos satildeo os mais

variaacuteveis possiacuteveis que foram originados de perguntas contestaccedilotildees e respostas

localizadas pelo empreendedor ldquoo qual natildeo precisa ser algueacutem com uma formaccedilatildeo

superior com diploma de faculdade ou algueacutem que conte com cursos teacutecnicos ou

praacuteticosrdquo (mesmo esses sendo atributos que auxilie na agilidade de formular

questionamentos e encontrar as soluccedilotildees para os mesmos) (WILDAUER 2011 p

25)

Para Dornelas (2012 p 29) empreendedor eacute a pessoa que percebe uma

oportunidade e arquiteta um negoacutecio para captar recursos calculando todos os riscos

que vai correr Em todas as definiccedilotildees de empreendedorismo nos deparamos com no

miacutenimo as seguintes particularidades em relaccedilatildeo ao empreendedor

1 Possui a atitude de criar um novo negoacutecio e amar aquilo que faz

2 Usa o capital que possui de maneira produtiva mudando o local social e

econocircmico onde estaacute inserido

3 Assume os riscos calculados e a chance do negoacutecio natildeo dar certo

Nessa mesma perspectiva Chiavenato (2007 p7) afirma que o empreendedor

eacute a pessoa que tem a capacidade de fazer as coisas acontecerem eacute favorecido pela

sua percepccedilatildeo para os negoacutecios prudecircncia na aacuterea financeira e a habilidade de

16

perceber as oportunidades Com esse conjunto de competecircncias tem a capacidade

de transformar ideias em negoacutecios O empreendedor possui uma boa imaginaccedilatildeo e eacute

persistente qualidades que combinadas de maneira correta o capacitam para

converter ideias simples em projetos objetivos e bem sucedidos

Para Wildauer (2011 p 26)

Podemos entatildeo enumerar muitas caracteriacutesticas do empreendedor sendo as principais a atitude de saber ouvir de estar atento de saber interpretar e analisar as informaccedilotildees do mercador de ter condiccedilotildees de elaborar um planejamento de suas accedilotildees futuras de traccedilar objetivos e todo um roteiro teoacuterico-praacutetico para poder atingi-lo Sem essas premissas baacutesicas o empreendedor natildeo teraacute sucesso na formulaccedilatildeo do plano de negoacutecios muito menos na sustentaccedilatildeo de seu negoacutecio

Chiavenato (2007 p 4) acredita que ldquoos empreendedores satildeo heroacuteis

populares do mundo dos negoacuteciosrdquo Que geram empregos propagam inovaccedilotildees e

estimulam o crescimento da economia Satildeo muito mais do que somente fornecedores

de produtos e serviccedilos satildeo pessoas que assumem os riscos das oscilaccedilotildees

econocircmicas

Cabe acrescentar que o empreendedor revolucionaacuterio eacute aquele que inventa

novos mercados isto eacute a pessoa cria algo exclusivo como foi o caso do Bill Gattes

fundador da Microsoft que transformou o mundo com o sistema operacional Windows

Contudo grande parte dos empreendedores cria negoacutecios em mercados jaacute existentes

e mesmo assim criam negoacutecios de sucesso (DORNELAS 2012 p30)

Wildauer (2011 p26) conclui que ldquoo empreendedor necessita de uma estrutura

de pensamento sistecircmico e visionaacuterio com base no qual estabeleceraacute metas e

desenharaacute trajetoacuterias para alcanccedilaacute-lasrdquo

22 PLANO DE NEGOacuteCIOS

Para iniciar um empreendimento eacute fundamental fazer um plano de negoacutecios

com ele eacute possiacutevel verificar a viabilidade ou natildeo do empreendimento e definir onde

estamos para onde vamos e mostrar com mais clareza as oportunidades de negoacutecio

17

Do ponto de vista de Dornelas (2012 p 93) ldquoum negoacutecio bem planejado teraacute

mais chances de sucesso do que aquele sem planejamento na mesma igualdade de

condiccedilotildeesrdquo

Nessa mesma perspectiva Dolabela (2006 sn) afirma que vaacuterios

empreendedores bem sucedidos abriram seus empreendimentos sem compreender

pontualmente o que eacute um plano de negoacutecios Poreacutem muitos outros natildeo tiveram o

mesmo fim e o que conseguiram foram negoacutecios fracassados por conta de falhas que

poderiam ter sido evitadas Uma grande quantidade de negoacutecios que possuem um

alto potencial acabam se tornando impraticaacuteveis por conta da incapacidade dos

empreendedores Ainda assim muitas pessoas abrem e vatildeo continuar abrindo

negoacutecios capacitadas ou natildeo para isso

Wildauer (2011 p 39) define plano de negoacutecios como ldquoum documento em

forma de texto no qual eacute apresentada uma proposta de negoacutecio para um mercadordquo

Esse documento deve mostrar com clareza o ponto de vista do empreendedor sobre

o sucesso do seu produto ou serviccedilo no mercado atual

Chiavenato (2007 p132) acredita que

O plano de negoacutecio mdash business planmdash descreve a ideia de um novo empreendimento e projeta os aspectos mercadoloacutegicos operacionais e financeiros dos negoacutecios propostos geralmente para os proacuteximos trecircs ou cinco anos Seu preparo permite a anaacutelise da proposta e ajuda o futuro empreendedor a evitar uma trajetoacuteria decadente que o levaraacute do entusiasmo agrave desilusatildeo e ao fracasso

Eacute possiacutevel sintetizar o plano de negoacutecios como um documento em que o

empreendedor mostra de maneira formal e concreta o negoacutecio que quer idealizar e

expor para seus parceiros soacutecios e investidores apresentando a visatildeo a missatildeo e os

seus propoacutesitos assim como o ldquoplano operacional o plano de marketing o plano de

financeiro e o plano juriacutedicordquo desta forma facilitando a assimilaccedilatildeo e aceitaccedilatildeo do

negoacutecio pelas pessoas interessadas (WILDAUER 2011 p39)

Conforme mencionado por Chiavenato (2007 p 134) o plano de negoacutecios

mobiliza o novo empreendimento na sua totalidade Ele demonstra o levantamento

cansativo dos elementos que fazem parte do negoacutecio ldquosejam internos mdash o que deveraacute

ser produzido como onde quanto mdash sejam externos mdash para quem produzir qual eacute

o mercado quais satildeo os concorrentes etcrdquo

18

Com isso Wildauer (2011 p 45) conclui que ldquoo plano de negoacutecios eacute como um

guia uacutetil para a obtenccedilatildeo de conhecimentos para a concepccedilatildeo de um

empreendimentordquo

221 Estrutura do plano de negoacutecios

O plano de negoacutecios mobiliza todas as informaccedilotildees necessaacuterias para abrir um

negoacutecio por meio dele eacute possiacutevel detectar onde estou e para onde desejo ir dentro do

mercado

Conforme identificado por Dornelas (2012 p 101) ldquonatildeo existe uma estrutura

riacutegida e especiacutefica para se escrever um plano de negoacuteciosrdquo dado que cada negoacutecio

possui suas singularidades e equivalecircncias sendo improvaacutevel delimitar um modelo-

padratildeo de plano de negoacutecios que seja absoluto e adequado para todos os negoacutecios

Todos os planos de negoacutecios devem conter um miacutenimo de seccedilotildees que vatildeo possibilitar

uma compreensatildeo do negoacutecio como um todo Tais seccedilotildees satildeo alinhadas de maneira

que mantenham uma sequecircncia loacutegica que possibilite qualquer pessoa ler o plano e

compreender como a empresa eacute estruturada seus objetivos seus produtos seus

serviccedilos qual seu mercado seu plano financeiro e de marketing

A seguir encontra-se uma breve descriccedilatildeo de cada uma das seccedilotildees do Plano

de Negoacutecios

2211 Capa

Eacute um dos componentes fundamentais do plano de negoacutecios pois eacute a primeira

parte que eacute vista pela pessoa que vai ler deve ser desenvolvida de forma clara e com

os dados adequados (DORNELAS 2012 p 101)

19

2212 Sumaacuterio

O sumaacuterio deve incluir ldquoo tiacutetulo de cada seccedilatildeo do plano de negoacutecios e a paacutegina

respectiva onde se encontra bem como os principais assuntos relacionados em cada

seccedilatildeordquo Isso faz com que fique mais faacutecil o leitor do plano de negoacutecios identificar com

mais agilidade o que lhe interessar (DORNELAS 2012 p 101-102)

2213 Sumaacuterio executivo

O Sumaacuterio Executivo eacute a parte mais importante do plano de negoacutecios ele iraacute

definir se o leitor vai prosseguir ou natildeo com a leitura do plano de negoacutecios Dessa

forma deve ser redigido com bastante concentraccedilatildeo e revisado inuacutemeras vezes e

tambeacutem englobar as informaccedilotildees mais relevantes do plano de negoacutecios Deve ser

direcionado ao puacuteblico-alvo do plano de negoacutecios e deixar claro qual o objetivo do

mesmo em relaccedilatildeo agraves pessoas que estatildeo o lendo ldquoO Sumaacuterio Executivo deve ser a

uacuteltima seccedilatildeo a ser escrita pois depende de todas as outras seccedilotildees do plano para ser

elaboradardquo (DORNELAS 2012 p 102)

2214 Anaacutelise estrateacutegica

Nesta seccedilatildeo eacute determinada a direccedilatildeo que a empresa vai seguir ldquosua visatildeo e

missatildeo sua situaccedilatildeo atual as potencialidades e ameaccedilas externas suas forccedilas e

fraquezas seus objetivos e metas de negoacuteciordquo Essa parte eacute o alicerce para o

crescimento e o estabelecimento das outras accedilotildees redigidas no plano (DORNELAS

2012 p 102)

20

2215 Descriccedilatildeo da empresa

Eacute nessa seccedilatildeo que deve ser feita a descriccedilatildeo da empresa ldquoseu histoacuterico

crescimento faturamento dos uacuteltimos anos sua razatildeo social impostos estrutura

organizacional e legal localizaccedilatildeo parcerias serviccedilos terceirizados etcrdquo

(DORNELAS 2012 p 102)

2216 Produtos e serviccedilos

Nessa seccedilatildeo do plano de negoacutecios devem ser descritos os produtos e serviccedilos

da empresa a maneira que satildeo produzidos o capital disposto seu ciclo de vida os

elementos tecnoloacutegicos envolvidos pesquisa e desenvolvimento os seus clientes

marcas e patentes etc

Nessa seccedilatildeo pode ser incluiacuteda quando estaacute informaccedilatildeo encontra-se disponiacutevel uma visatildeo do niacutevel de satisfaccedilatildeo dos clientes com os produtos e serviccedilos da empresa Esse feedback eacute bastante importante porque costuma oferecer natildeo apenas uma visatildeo do niacutevel de qualidade percebida nos produtos e serviccedilos mas tambeacutem guiar futuros investimentos da empresa em novos desenvolvimentos e processos de produccedilatildeo (DORNELAS 2012 p 102-103)

2217 Plano operacional

Nesta seccedilatildeo devem ser expostas as accedilotildees que a empresa pretende ter na

sua estrateacutegia produtiva e no processo de produccedilatildeo apontando os resultados que

essas accedilotildees teratildeo sobre os criteacuterios de avaliaccedilatildeo dos produtos Deve incluir dados

operacionais atualizados e presumidos como ldquolead time do produto ou serviccedilo

percentual de entregas a tempo rotatividade do inventaacuterio iacutendice de refugo lead time

de desenvolvimento de produto ou serviccedilo etcrdquo (DORNELAS 2012 p 103)

21

2218 Plano de recursos humanos

Devem ser exibidas as propostas de desenvolvimento e treinamento de

pessoal da empresa Esses dados estatildeo pontualmente associados com a

competecircncia da empresa de crescer ldquoespecialmente quando esta atua em um

mercado onde a detenccedilatildeo de tecnologia eacute considerada um fator estrateacutegico de

competitividaderdquo (DORNELAS 2012 p 103)

2219 Anaacutelise de mercado

Nesta seccedilatildeo o responsaacutevel pelo plano de negoacutecios deve deixar claro que os

executivos da empresa entendem perfeitamente o mercado consumidor do seu

produto ou serviccedilo (atraveacutes de pesquisa de mercado) como estaacute segmentado

crescimento do mercado atributos do consumidor anaacutelise da concorrecircncia qual a sua

fatia de mercado e dos concorrentes etc (DORNELAS 2012 p 103)

22110 Estrateacutegia de marketing

Deve ser apresentado o objetivo da empresa para vender seu produtoserviccedilo

e consolidar seus clientes e ampliar sua demanda Deve ser informada sua estrateacutegia

de venda especificidades do produtoserviccedilo preccedilos puacuteblico-alvo canais de

distribuiccedilatildeo projeccedilatildeo das vendas (DORNELAS 2012 p 103)

22

22111 Plano financeiro

Na seccedilatildeo financeira deve mostrar em nuacutemeros todas as accedilotildees planejadas

para a empresa e suas evidecircncias por meio de projeccedilotildees futuras para um negoacutecio

bem sucedido

Deve conter demonstrativo de fluxo de caixa com horizonte de pelo menos trecircs anos balanccedilo patrimonial anaacutelise do ponto de equiliacutebrio necessidades de investimento demonstrativos de resultados anaacutelise de indicadores financeiros do negoacutecio como faturamento previsto margem prevista prazo de retorno sobre o investimento inicial (payback) taxa interna de retorno (TIR) etc (DORNELAS 2012 p 103-104)

22112 Anexos

Nesta seccedilatildeo deve incluir todos os dados considerados importantes para

melhor compreensatildeo do plano de negoacutecios O que natildeo pode ser deixado de anexar eacute

o curriculum vitae dos soacutecios da empresa (DORNELAS 2012 p 104)

23 VIABILIDADE ECONOcircMICO-FINANCEIRA

Analisar o empreendimento economicamente para verificar se o projeto eacute

viaacutevel e lucrativo ou natildeo eacute uma das decisotildees fundamentais de qualquer

empreendedor

A anaacutelise de investimento eacute um mecanismo aacutegil praacutetico e seguro que ajuda

profissionais de inuacutemeras aacutereas no processo de anaacutelise de tomada de decisotildees

financeiras (REBELATTO p 141)

Lapponi (2007 p 123) afirma que

O objetivo da decisatildeo de investimento ou do orccedilamento de capital eacute maximizar o valor da empresa A decisatildeo de alocaccedilatildeo do capital em projeto de investimento eacute fundamental para o sucesso pois os recursos da empresa

23

satildeo comprometidos por longo tempo na direccedilatildeo de seu futuro desejado e isso envolve um grande esforccedilo de tempo e de gerenciamento Cada projeto aprovado eacute um desembolso realizado pela empresa coma expectativa de obter benefiacutecios futuros quantificados pela geraccedilatildeo de um fluxo de retornos adequados em geral por um prazo maior do que um ano

A carecircncia de recursos financeiros diante das muitas necessidades faz com

que seja crucial aperfeiccediloar sua utilizaccedilatildeo A anaacutelise antecipada de investimento

possibilita que se racionalize a forma como os recursos de capital satildeo utilizados

(REBELATTO 2004 p 141)

Para analisar a viabilidade de um projeto economicamente eacute necessaacuterio reunir

uma seacuterie de informaccedilotildees e de dados que precisam ser organizados para atingir seu

objetivo final que eacute o de facilitar a tomada de decisatildeo Vale salientar que o projeto

deve ser um documento que tenha a capacidade de mostrar de uma maneira loacutegica a

visatildeo estrateacutegica do negoacutecio (MACHADO 2002 p 144)

231 Fluxo de caixa

O fluxo de caixa eacute o melhor guia para uma administraccedilatildeo financeira eficiente

de qualquer negoacutecio

O fluxo de caixa eacute a reproduccedilatildeo graacutefica de uma movimentaccedilatildeo financeira ldquoAs

movimentaccedilotildees monetaacuterias satildeo identificadas temporalmente por meio de um conjunto

de entradas e saiacutedas de caixa definido como diagrama de fluxo de caixardquo Essa

representaccedilatildeo proporciona a visualizaccedilatildeo em diferentes momentos com o que estaacute

ocorrendo com o capital (REBELATTO 2004 p 150)

ldquoA identificaccedilatildeo e a quantificaccedilatildeo das estimativas relevantes do projeto satildeo o

iniacutecio da construccedilatildeo do fluxo de caixa do projeto para empresa em funcionamentordquo

(LAPPONI 2007 p 347)

O fluxo de caixa eacute um composto de entradas e saiacutedas de valores monetaacuterios

(dinheiro) no decorrer de um determinado periacuteodo Bem como evidenciar uma opccedilatildeo

possiacutevel de transaccedilotildees financeiras ou seja pagamentos agrave vista pagamentos a prazo

tiacutetulos originais etc (REBELATTO 2004 p 151)

24

232 Valor Presente Liacutequido (VPL)

ldquoO Valor presente liacutequido (VPL) ou valor atual liacutequido (VAL) eacute o valor atual das

entradas de caixa (retornos de capital esperados) incluindo o valor residual (se

houver) menos o valor atual das saiacutedas de caixardquo (REBELATTO 2004 p 214)

A foacutermula para chegar ao VPL eacute (LAPPONI 2007 p 125)

119881119875119871 = minus119868 +119865119862

(1 + 119870)119899

Onde

I= custo inicial ou desembolso inicial

FC= fluxo de caixa

K= taxa requerida

n= prazo de anaacutelise

Rebelatto (2004 p214) afirma que os paracircmetros para que o projeto seja

aceito se refere ao valor presente liacutequido (VPL)

VPLgt0 o projeto eacute aceito

VPLlt0 o projeto eacute rejeitado

VPL=0 o projeto pode ser aceito ou natildeo pois natildeo cria e nem destroacutei

valor para empresa

Para Lapponi (2007 p 134-135) as principais vantagens do VPL satildeo

Considera o fluxo de caixa do projeto na sua totalidade

Considera o valor monetaacuterio (dinheiro) no tempo

Tem a capacidade de medir o valor criado ou destruiacutedo pelo projeto

Pode ser utilizado na avaliaccedilatildeo do projeto independentemente do tipo de

fluxo de caixa utilizado

Seleciona o projeto mais viaacutevel economicamente

25

233 Taxa Interna de Retorno (TIR)

ldquoTaxa Interna de Retorno (TIR) eacute a taxa de desconto que torna o valor atual

liacutequido (VAL) do investimento igual a zero Tambeacutem eacute chamada de taxa interna efetiva

de rentabilidaderdquo (REBELATTO 2004 p 217)

No projeto do tipo simples com o aumento da taxa requerida o VPL do projeto tende ao valor do custo inicial pois o VPL eacute uma funccedilatildeo decrescente da taxa requerida Portanto a decisatildeo com o meacutetodo TIR somente deve ser feita em projetos simples que garantem a existecircncia de uma uacutenica TIRgt -100 Nos outros tipos de fluxo de caixa em geral o meacutetodo da TIR natildeo deve ser utilizado pois haacute a possibilidade de muacuteltiplas TIRs Sendo a TIR a taxa de juro que zera o VPL do projeto simples para qualquer taxa requerida K menor que a TIR o VPL seraacute positivo e para qualquer taxa requerida K maior que a TIR o VPL seraacute negativo (LAPPONI 2007 p 175-176)

Rebelatto (2004 p 217) complementa afirmando que a TIR eacute um meacutetodo

aprimorado de anaacutelise de investimento sendo possivelmente uma das mais usadas

para avaliar projetos econocircmicos A TIR deve ser comparada com a taxa miacutenima de

atratividade (TMA) para analisar se o projeto seraacute aceito ou natildeo

Sendo assim Lapponi (2007 p 176) considera que

Se TIR gt TMA o projeto deve ser aceito pois eacute economicamente viaacutevel

Se TIR lt TMA o projeto deve ser recusado pois eacute economicamente

inviaacutevel

Se TIR = TMA eacute indiferente investir no projeto pois o mesmo natildeo criaraacute

e nem destruiraacute valor da empresa

ldquoA grande vantagem da TIR como indicador de decisatildeo eacute que prescinde de

informaccedilotildees externas ao projeto Tudo que o analista necessita eacute conhecer o perfil do

projeto e alguma ideia de magnitude da taxa de jurosrdquo (MACHADO 2002 p 127)

26

234 Periacuteodo de retorno de investimento (Payback)

ldquoO payback eacute o periacuteodo de tempo em que ocorre o retorno do investimento

Calculado no fluxo de caixa de vida uacutetil de dez anos o payback apresenta-se de vaacuterias

maneiras para cada tipo de empresardquo (BRITO 2003 p 51)

Uma empresa pode nomear o payback como um dos paracircmetros para escolha

de um projeto a fim de minimizar seus riscos Mesmo sendo esse um meacutetodo faacutecil e

simples na praacutetica eacute um dos mais utilizados para efetuar a mediccedilatildeo econocircmica de um

projeto (REBELATTO 2004 p 230)

Segundo Rebelatto (2004 p 231) a foacutermula baacutesica que demonstra o caacutelculo

do payback em fluxos de caixas regulares eacute

PB =I0

FC

Onde

PB= Payback

I0= Investimento inicial

FC= Fluxo de caixa regular

Para executar o meacutetodo payback eacute crucial estabelecer o tempo maacuteximo de

toleracircncia TMT para resgatar o custo inicial ldquoPara decidir se o projeto deve ser aceito

o payback deve ser comparado com o valor de referecircncia TMT de forma querdquo

(LAPPONI 2007 p 245)

Se PB lt TMT o projeto deve ser aceito

Se PB gt TMT o projeto deve ser recusado

A principal vantagem para utilizaccedilatildeo do meacutetodo payback eacute que ele reflete a

liquidez do projeto e por consequecircncia eacute possiacutevel efetuar a avaliaccedilatildeo do risco de natildeo

recuperar o investimento (REBELATTO 2004 p 230)

27

3 METODOLOGIA

Este capiacutetulo tem por objetivo descrever os procedimentos e teacutecnicas

utilizados na pesquisa considerando o problema e aos objetivos gerais e especiacuteficos

Para a execuccedilatildeo da revisatildeo bibliograacutefica realizada neste estudo foi utilizado

livros de especialistas na aacuterea os principais temas abordados foram o

empreendedorismo que eacute um assunto chave quando surge uma ideia para um novo

negoacutecio plano de negoacutecios que eacute um elemento fundamental para o sucesso ou

fracasso de um empreendimento e a viabilidade econocircmico-financeira tema

fundamental visto que o objetivo geral da pesquisa eacute mensurar se a mesma eacute viaacutevel

ou natildeo economicamente

Foi elaborada uma anaacutelise de mercado que estaacute disponiacutevel no item 41 deste

estudo atraveacutes da mesma foi identificado que os principais clientes satildeo das classes

A e B de Curitiba regiatildeo metropolitana no item 42 foi efetuado um levantamento do

tamanho do negoacutecio onde foi definida a capacidade produtiva o investimento inicial e

a localizaccedilatildeo do empreendimento no item 44foi elaborado o fluxo de caixa que

demonstra as previsotildees financeiras do periacuteodo de 5 anos o meacutetodo utilizado para

elaborar a pesquisa foi um estudo de caso de natureza exploratoacuteria quantitativa e

anaacutelise documental

O estudo de caso eacute evidenciado por um estudo minucioso e cansativo de um

ou poucos objetivos desta forma propicia um vasto e detalhado conhecimento sobre

o assunto uma missatildeo praticamente impossiacutevel mediante as outras maneiras de

delineamentos consideradas (GIL 2008 p 57-58)

Prodanov e Freitas (2013 p60) afirmam que o estudo de caso consiste em

recolher e analisar dados sobre determinado indiviacuteduo famiacutelia grupo ou comunidade

com a finalidade de estudar diferentes aspectos das suas vidas conforme o assunto

da pesquisa

Jaacute as pesquisas exploratoacuterias satildeo definidas por Gil (2008 p 27) como as que

Tecircm como principal finalidade desenvolver esclarecer e modificar conceitos e ideias tendo em vista a formulaccedilatildeo de problemas mais precisos ou hipoacuteteses pesquisaacuteveis para estudos posteriores De todos os tipos de pesquisa estas satildeo as que apresentam menor rigidez no planejamento Habitualmente envolvem levantamento bibliograacutefico e documental entrevistas natildeo padronizadas e estudos de caso

28

A pesquisa quantitativa ldquoconsidera que tudo pode ser quantificaacutevel o que

significa traduzir em nuacutemeros opiniotildees e informaccedilotildees para classificaacute-las e analisaacute-lasrdquo

Eacute necessaacuteria a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas estatiacutesticas tais como porcentagem meacutedia

moda desvio-padratildeo coeficiente de correlaccedilatildeo etc (PRODANOV FREITAS 2013

p 69)

Muitos dados que satildeo utilizados em pesquisas satildeo adquiridos indiretamente

por meio de documentosrdquo como livros jornais papeacuteis oficiais registros estatiacutesticos

fotos discos filmes e viacutedeos que satildeo obtidos de maneira indiretardquo Essas fontes

documentais tecircm a capacidade de disponibilizar ao pesquisador um grande nuacutemero

de informaccedilotildees com bastante qualidade para evitar a perda de tempo (GIL 2008 p

147)

Este modelo de pesquisa foi utilizado para definir os principais clientes quais

os produtos que seratildeo vendidos a capacidade produtiva assim como a viabilidade

econocircmico-financeira e operacional do negoacutecio

29

4 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES

41 ANAacuteLISE DE MERCADO

Woiler e Mathias (1994 p41) e Rebelatto (2004 p01) afirmam que a anaacutelise

de mercado eacute um dos pontos mais relevantes para elaboraccedilatildeo de um projeto Atraveacutes

do estudo do mercado obtemos muitas informaccedilotildees tais como

Fazendo a comparaccedilatildeo entre demanda e a oferta encontramos a

possiacutevel escassez da demanda futura Esse resultado proporcionaraacute

informaccedilotildees para que seja definida a escala de produccedilatildeo do projeto

A regiatildeo geograacutefica em que o produto pode ser vendido eacute um dos pontos

mais significativos para que seja definida a localizaccedilatildeo do empreendimento

O preccedilo de venda os custos de comercializaccedilatildeo e os estoques nos

canais de comercializaccedilatildeo satildeo informaccedilotildees relevantes para que seja

elaborada a projeccedilatildeo do projeto

Vale salientar que esses satildeo apenas alguns elementos importantes que eacute

possiacutevel identificar na anaacutelise de mercado existe muitos outros dados que satildeo obtidos

com a mesma

411 Mercado consumidor

ldquoTodas as decisotildees relacionadas a novos empreendimentos contecircm certo

grau de incerteza tanto no que diz respeito agrave informaccedilatildeo na qual as decisotildees estatildeo

baseadas como no que diz respeito agraves suas consequecircnciasrdquo (SEBRAE)

Chiavenato acredita que os clientes tecircm a capacidade de alavancar ou

derrubar um empreendimento ldquoUm cliente pode ser uma organizaccedilatildeo uma empresa

um usuaacuterio dos produtosserviccedilos ou um consumidor finalrdquo Eacute quem adquiri os

produtosserviccedilos ofertados pela organizaccedilatildeo no final da cadeia de transaccedilotildees Eacute ele

que estabelece direta ou indiretamente se o empreendimento teraacute ecircxito ou natildeo Por

30

isso o cliente deve ser considerado como o principal patrimocircnio da empresa (2007

p 207)

Segundo dados do censo 2010 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e

estatiacutestica) dos 576190 (quinhentos e setenta e seis mil cento e noventa) domiciacutelios

de Curitiba 292965 (duzentos e noventa e dois mil novecentos e sessenta e cinco)

possuem renda de mais de 5 a mais de 20 salaacuterios miacutenimos sendo assim cerca de

5085 dos domiciacutelios curitibanos estatildeo enquadrados nas classes A e B Ainda

segundo o IBGE cerca de 137922 (cento e trinta e sete mil novecentos e vinte e dois)

domiciacutelios curitibanos tecircm renda de mais de 10 salaacuterios miacutenimos o que representa

uma meacutedia de 24 dos domiciacutelios de Curitiba

Mais de 249000 (duzentos e quarenta e nove mil) pessoas que residem em

Curitiba cerca de 1423 da populaccedilatildeo tem rendimento mensal de mais de 5 salaacuterios

miacutenimos conforme Tabela 1

TABELA 1 - RESULTADOS DA AMOSTRA - RENDIMENTO POR PESSOA EM CURITIBA

Quantidade de pessoas Salaacuterios miacutenimos

153011 Mais de 5 a 10 salaacuterios miacutenimos

38692 Mais de 10 a 15 salaacuterios miacutenimos

25427 Mais de 15 a 20 salaacuterios miacutenimos

18264 Mais de 20 a 30 salaacuterios miacutenimos

13791 Mais de 30 salaacuterios miacutenimos

FONTE IBGE - CENSO DEMOGRAacuteFICO 2010

Curitiba possui uma populaccedilatildeo de mais de 1750000 (um milhatildeo setecentos

e cinquenta mil habitantes) segundo censo IBGE 2010 sendo que 932000

(novecentos e trinta e dois mil) pessoas com o estado civil de solteiro viuacutevo

divorciado separado judicialmentedesquitado isso mostra que tem muitas pessoas

que podem fazer festas de casamento e necessitar dos produtos que seratildeo ofertados

tais como bolos artiacutesticos doces finos e bem casados

Segundo as estatiacutesticas do registro civil do IBGE ocorreram em Curitiba e

regiatildeo metropolitana no ano 2012 exatamente 18877 (dezoito mil oitocentos e setenta

e sete) casamentos sendo que nos meses de setembro a dezembro foi onde ocorreu

um maior nuacutemero um total de 7828 (sete mil oitocentos e vinte e oito) casamentos o

que representa um total de 4147 dos casamentos ocorrem nesses quatro meses

do ano

31

TABELA 2 - CASAMENTOS POR MEcircS DE REGISTRO SEGUNDO O LUGAR DO REGISTRO ndash 2012

Lugar do registro

Casamentos por mecircs do registro

Total de

registros Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

RM Curitiba 18877 1466 1250 1572 1282 1403 1533 1248 1255 1735 1753 2118 2262

Curitiba 10351 848 692 857 692 724 872 658 658 971 968 1237 1174

FONTE IBGE DIRETORIA DE PESQUISAS COORDENACcedilAtildeO DE POPULACcedilAtildeO E INDICADORES SOCIAIS ESTATIacuteSTICAS DO REGISTRO CIVIL 2012

Nessa perspectiva foi definido que o mercado que a empresa de bolos e doces

finos vai atuar eacute de Curitiba e regiatildeo metropolitana com foco nas pessoas das classes

A e B com estado civil solteiro divorciado separado judicialmentedesquitado e viuacutevo

412 Produtos que seratildeo vendidos

ldquoNo coraccedilatildeo de uma grande marca haacute um grande produto O produto-chave

na oferta ao mercado Liacutederes de mercado geralmente oferecem produtos e serviccedilos

de qualidade superiorrdquo (KOTLER KELLER 2006 p 366)

Os principais produtos fornecidos seratildeo

Bolos artiacutesticos

FOTO1 - BOLO ARTIacuteSTICO FONTE WANDA CARDOSO - BOLOS ARTIacuteSTICOS amp DOCES

32

Bolos de copa

FOTO2 - BOLO DE COPA FONTE ELABORADO PELO AUTOR

FOTO3 - BOLO DE COPA FONTE ELABORADO PELO AUTOR

Naked cake

FOTO4 - NAKED CAKE FONTE DOCES PENEacuteLOPE

33

Doces Tradicionais

FOTO5 - DOCES TRADICIONAIS FONTE ELABORADO PELO AUTOR

Doces Espelhados

FOTO6 - DOCES ESPELHADOS FONTE PRONTO SOCORRO DAS FESTAS

Doces Finos

FOTO 7 - DOCES FINOS FONTE COMPRANDO MEU APE

34

Brigadeiros gourmet

FOTO8 - BRIGADEIROS GOURMET FONTE ELABORADO PELO AUTOR

Tacinhas acriacutelicas

FOTO9 - TACINHAS ACRIacuteLICAS FONTE BUFFET DELIacuteCIAS DA VI

Trufas

FOTO 10 - TRUFAS FONTE FOGAtildeO DA VOVOacute

35

Bombons

FOTO11 - BOMBONS FONTE DALVA GOLDEN GATE

Bem casados

FOTO12 - BEM CASADOS FONTE CASAMENTO SEM ERRO

FOTO13 - BEM CASADOS FONTE CASAMENTO SEM ERRO

36

413 Preccedilo de venda

A definiccedilatildeo do preccedilo dos produtos eacute uma das decisotildees mais relevantes da

organizaccedilatildeo que deve levar em conta a forma como a empresa deseja se posicionar

no mercado os custos a concorrecircncia e a rentabilidade almejada

O preccedilo eacute um dos elementos mais versaacuteteis pode ser modificado rapidamente

ao contraacuterio das propriedades dos produtos dos contratos com canais de distribuiccedilatildeo

e ateacute mesmo das promoccedilotildees O Preccedilo tem tambeacutem a tarefa de mostrar ao mercado o

posicionamento de valor desejado pela empresa para o seu produto ou marca

(KOTLER KELLER 2006 p 428)

A consolidaccedilatildeo dos preccedilos dos produtos seraacute elaborada levando em conta os

custos para se obter os produtos com a qualidade requinte e sofisticaccedilatildeo desejada

com a margem de lucro esperada e se baseando nos preccedilos praticados pela

concorrecircncia

414 Previsatildeo de vendas

Para Chiavenato (2007 p 2013)

A previsatildeo de vendas representa a quantidade de produtosserviccedilos que a empresa pretende vender ou colocar no mercado durante um determinado periacuteodo geralmente um mecircs ou um ano dividido em meses Constitui portanto uma estimativa ou uma expectativa de vendas Pode ser feita em unidades fiacutesicas ou em valores monetaacuterios

A produccedilatildeo vai ser em meacutedia de 5600 doces (doces finos gourmet e bem

casados) e 4 bolos procurando atender em meacutedia 4 eventos por semana e ateacute 16

eventos por mecircs sendo que nos meses de setembro a dezembro essa demanda

aumenta pelo motivo de historicamente ter um nuacutemero maior de casamentos

37

415 Definiccedilatildeo de local de venda dos produtos

ldquoA venda eacute a fase fundamental do processo de vendas Consiste na

transferecircncia do produtoserviccedilo para o cliente ou consumidorrdquo (CHIAVENATO 2007

p 210)

As vendas vatildeo ocorrer atraveacutes de site proacuteprio redes sociais telefone e

pessoalmente natildeo teremos loja fiacutesica apenas um ateliecirc para confecccedilatildeo dos bolos e

doces onde vai conter uma sala anexa na qual vai ser oferecido o serviccedilo de

degustaccedilatildeo com horaacuterios marcados para assim o cliente decidir quais os produtos

seratildeo adquiridos para o seu evento e fechamento de contrato

416 Definiccedilatildeo da demanda e da oferta

Na maior parte das encomendas os clientes solicitam os doces finos e

gourmet que contecircm chocolates frutas oleaginosas tais como castanhas nozes

avelatildes amecircndoas frutas como framboesa morango damasco cerejas e os bem

casados Os bolos mais solicitados satildeo os com decoraccedilatildeo de pasta americana que

deve obrigatoriamente ter recheios mais firmes como ganaches fios de ovos

strogonoff de nozes e os naked cake (bolo pelado) que possuem mais opccedilotildees de

recheios com chocolates frutas diversas e cremes de pacirctisserie

Em contato com algumas empresas que fornecem o mesmo tipo de produto

foi possiacutevel verificar que as encomendas devem ser feitas com antecedecircncia miacutenima

de 6 meses sendo que alguns casos somente com um ano de antecedecircncia para

conseguir na data desejada Esse eacute um dos pontos que mostra que tem espaccedilo

suficiente para entrada nesse mercado

38

417 Concorrentes

Chiavenato (2007 p 33) Kotler e Keller (2006 p 340) afirmam que os

concorrentes satildeo as organizaccedilotildees que competem pelos mesmos fornecedores

clientes e consumidores

ldquoAgrave medida que seus produtosserviccedilos tornam-se mais heterogecircneos tanto

mais heterogecircneos e diferenciados seratildeo seus concorrentes e tanto mais complexa

seraacute a competitividaderdquo (CHIAVENATO 2007 p 33)

Em busca na internet foi possiacutevel identificar que atualmente existe em meacutedia

25 concorrentes reais que oferecem exatamente os mesmos produtos que seratildeo

fornecidos com o mesmo padratildeo de qualidade valor agregado requinte e

sofisticaccedilatildeo Tambeacutem foi detectado mais 14 concorrentes potenciais que vendem

produtos similares aos que seratildeo vendidos poreacutem natildeo possuem o mesmo valor

agregado dos que vatildeo ser ofertados Foi possiacutevel identificar que alguns concorrentes

oferecem somente os doces finos dos quais foram identificados mais 3 concorrentes

reais e 3 concorrentes potenciais E foi detectado que existem concorrentes que

fornecem apenas os bolos artiacutesticos dos quais foi identificado 4 concorrentes reais

todos fornecem os bolos com o mesmo niacutevel de qualidade que seratildeo fornecidos

A tabela 3 mostra a divisatildeo dos concorrentes reais e potenciais que fornecem

bolos e doces por bairro de Curitiba

39

TABELA 3 - CONCORRENTES QUE FORNECEM BOLOS E DOCES POR BAIRRO

Bairro Quantidade de Concorrentes Reais

Quantidade de Concorrentes Potenciais

Aacutegua Verde 4 1

Ahuacute 1

Bairro Alto 2 1

Barreirinha 1

Barreirinha 1

Bom Retiro 1

Campo Comprido 1

Campo Comprido 1

Cidade Industrial 1

Colombo 1

Fazenda Rio Grande 1

Hauer 1

Hugo Lange 1

Mercecircs 1

Novo Mundo 2 1

Novo Mundo 1

Portatildeo 1

Portatildeo 1

Santa Cacircndida 1

Santa Felicidade 1 1

Santo Inaacutecio 1 1

Satildeo Joseacute dos Pinhais 1

Seminaacuterio 1

Sitio Cercado 1

Tarumatilde 1

Vila Izabel 1

Natildeo Informado 1 2

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

418 Forma de divulgaccedilatildeo dos concorrentes

Todas as empresas pesquisadas que fornecem produtos similares aos que

vamos fornecer utilizam sites proacuteprios e as redes sociais para fazer divulgaccedilatildeo dos

seus produtos todas fazem degustaccedilatildeo para os clientes conhecerem os seus

produtos e posteriormente fechar um contrato

40

42 TAMANHO DO NEGOacuteCIO

421 Capacidade produtiva

A capacidade produtiva vai ser para atender ateacute 4 eventos por semana A

produccedilatildeo vai ser de ateacute 5600 doces (doces finos gourmet e bem casados) e 4 bolos

atendendo ateacute 4 eventos por final de semana e ateacute 16 eventos por mecircs sendo que

nos meses de setembro a dezembro essa demanda aumenta pelo motivo de

historicamente ter um nuacutemero maior de casamentos

422 Investimento

Um dos pontos mais relevantes para abertura de uma empresa eacute a

determinaccedilatildeo do capital miacutenimo para dar iniacutecio nas atividades e principalmente como

obter este capital ldquoEacute com o capital inicial que a empresa tem condiccedilotildees de reunir os

recursos empresariais necessaacuterios ao seu funcionamento sejam eles recursos

humanos materiais ou financeirosrdquo A determinaccedilatildeo do capital eacute o que estabelece a

quantidade de recursos empresariais que a empresa tem disponiacutevel Indiscutivelmente

quanto maior for o volume de recursos empresariais mais faacutecil se torna o desempenho

da empresa Quando todos os recursos necessaacuterios para seu funcionamento estatildeo agrave

disposiccedilatildeo a administraccedilatildeo do empreendimento fica mais simples (CHIAVENATO

2007 p84)

Cabe acrescentar que (LAPPONI 2007 p 321)

O custo inicial refere-se aos desembolsos realizados para aquisiccedilatildeo de equipamentos ou outros ativos fixos incluindo o pagamento de fretes seguros instalaccedilotildees despesas operacionais iniciais com materiais e matildeo de obra treinamento de pessoal de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo etc resumindo o custo inicial inclui todos os desembolsos necessaacuterios para adquirir os ativos necessaacuterios e que estejam em condiccedilotildees de operar e gerar as receitas estimadas

41

O empreendimento iniciaraacute suas atividades com capital investido com

recursos proacuteprios da empreendedora

As estimativas de investimento inicial para abertura da empresa foi de

R$5162851 conforme tabela 4

TABELA 4 - INVESTIMENTO INICIAL

Descriccedilatildeo Valor (R$)

Maacutequinas e equipamentos Cozinha R$ 3084878

Utensiacutelios R$ 555075

Moacuteveis para escritoacuterio R$ 268982

Equipamentos de informaacutetica e eletrocircnicos R$ 446204

Outros custos escritoacuterio R$ 48912

Uniformes R$ 155800

Pintura Imoacutevel R$ 500000

Porta de Vidro R$ 103000

Total R$ 5162851

FONTE ELABORADO PELO AUTOR (2015)

423 Localizaccedilatildeo

Seraacute locado um imoacutevel para a instalaccedilatildeo da empresa localizado na Rua Heitor

Baggio Vidal 2508 Bairro Alto Curitiba ndash PR com o valor do aluguel mensal de

R$160000 (mil e seiscentos reais) O espaccedilo interno de 95msup2 seraacute dividido em trecircs

partes a primeira com 20msup2 vai ficar a recepccedilatildeo para receber os clientes efetuar

orccedilamentos e as degustaccedilotildees a segunda com 71msup2 a cozinha industrial onde seratildeo

fabricados os bolos e doces finos e a terceira com 4msup2 o lavabo

42

FOTO14 - FOTO DO IMOacuteVEL ONDE SERAacute INSTALADA A EMPRESA FONTE MP IMOacuteVEIS

424 Entregas

As entregas dos bolos e doces finos seratildeo efetuadas por uma empresa

parceira localizada no Bairro Alto o preccedilo das entregas em Curitiba e regiatildeo

metropolitana variam de R$2400 (vinte e quatro reais) a R$6000 (sessenta reais)

dependendo da localizaccedilatildeo tais valores seratildeo cobrados dos clientes

43 CAPITAL DE GIRO

O capital de giro inicial foi estimado levando em conta que no primeiro ano a

empresa vai produzir 8333 da sua capacidade atendendo em meacutedia 13 ventos

mensalmente sendo assim foram considerados os gastos operacionais necessaacuterios

para o iniacutecio das atividades incluindo o custo fixo mensal e o estoque inicial ambos

multiplicados por 2 e acrescidos de um percentual de 10 de margem de seguranccedila

para despesas natildeo previstas

43

TABELA 5 - CAPITAL DE GIRO

Item Valor (R$)

Estoque Inicial 5144000

Custo Fixo Mensal 3194783

Reserva (10) 833878

Total do Capital de Giro Inicial 9172662

FONTE ELABORDO PELO AUTOR

44 FLUXO DE CAIXA

ldquoFluxo de Caixa eacute um Instrumento de gestatildeo financeira que projeta para

periacuteodos futuros todas as entradas e as saiacutedas de recursos financeiros da empresa

indicando como seraacute o saldo de caixa para o periacuteodo projetadordquo (SEBRAE)

Na tabela 6 eacute apresentada a projeccedilatildeo do Fluxo de Caixa da empresa para os

seus primeiros cinco anos onde fica evidenciado que do primeiro ateacute o quinto ano a

sauacutede financeira da empresa melhora gradativamente sendo que no final do quinto

ano o saldo em caixa ultrapassa os 300 se comparado com o saldo em caixa no

final do primeiro ano

Pode-se observar que natildeo foi inserida no fluxo de caixa a opccedilatildeo de

inadimplecircncia pois todos os pagamentos seratildeo efetuados agrave vista em dinheiro ou

cartatildeo sendo que o pagamento total dos produtos deve ser efetuado no miacutenimo 10

dias antes da data do evento

44

TABELA 6 - PROJECcedilAtildeO DE FLUXO DE CAIXA NOS PRIMEIROS CINCO ANOS

Descriccedilatildeo Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

Investimento Inicial (5162851)

Capital de Giro (9172662) 9172662

Valor Residual 1548855

Total de entradas 000 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873

Previsatildeo Receitas de vendas 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873

Total de Saiacutedas (14335513) (44888699) (54283425) (59479393) (64738409) (70291804)

(-)Fornecedores (25720000) (33641760) (36669518) (39969775) (43567055)

(-)Folha de pagamento (3267192) (3593911) (3953302) (4348633) (4783496)

(-)Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)

(963216) (1011377) (1061946) (1115043) (1170795)

(-)Retiradas soacutecios (2400000) (2640000) (3432000) (3946800) (4341480)

(-)Impostos s vendas (4654291) (5073177) (5573767) (6075406) (6622192)

(-)Alugueacuteis (1920000) (2016000) (2116800) (2222640) (2333772)

(-)Energia eleacutetrica (840000) (882000) (926100) (972405) (1021025)

(-)Aacutegua (300000) (315000) (330750) (347288) (364652)

(-)Telefone (384000) (403200) (423360) (444528) (466754)

(-)Gaacutes (588000) (617400) (648270) (680684) (714718)

(-)Serviccedilos contabilidade (960000) (1008000) (1058400) (1111320) (1166886)

(-)Manutenccedilatildeo (600000) (630000) (661500) (694575) (729304)

(-)Outras despesas com funcionaacuterios

(1296000) (1405800) (1525590) (1656320) (1799030)

(-)Taxas bancaacuterias (96000) (100800) (105840) (111132) (116689)

(-)Outros pagamentos (900000) (945000) (992250) (1041863) (1093956)

Entradas - Saiacutedas (14335513) 12981301 21410535 23027023 25193585 27734070

Depreciaccedilatildeo 000 (631377) (631377) (631377) (631377) (631377)

Saldo Final (14335513) 12349924 20779158 22395647 24562208 37824209

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

A depreciaccedilatildeo foi calculada considerando o prazo de vida uacutetil meacutedio de 10

anos das maacutequinas equipamentos instalaccedilotildees moacuteveis e utensiacutelios e para os

computadores e perifeacutericos foi considerado o prazo de vida uacutetil de 5 anos conforme

demonstrado na tabela 7

TABELA 7 - DEPRECIACcedilAtildeO

Item Valor Inicial Taxa Anual Depreciaccedilatildeo Anual (R$)

Maacutequinas e equipamentos 3084878 10 308488

Instalaccedilotildees 103000 10 10300

Moacuteveis e Utensiacutelios 824057 10 82406

Computadores e Perifeacutericos 446204 20 89241

Outros 704712 20 140942

Total 631377

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

45

O valor residual dos equipamentos e instalaccedilotildees da empresa no final do quinto

ano foi considerado em 30 referente ao valor de aquisiccedilatildeo dos mesmos no iniacutecio do

projeto

45 ANAacuteLISE DOS INDICADORES (VPL TIR E PAYBACK)

451 Valor Presente Liacutequido (VPL)

A tabela 8 mostra que o VPL (Valor Presente Liacutequido) eacute positivo isso significa

que aleacutem de recuperar o investimento inicial ainda vai ser agregado ao valor da

empresa um montante de R$ R$50392407 (quinhentos e trecircs mil novecentos e vinte

quatro reais e sete centavos)

A taxa de retorno requerida de 20 foi determinada levando em conta o niacutevel

de risco do projeto e visando o valor desejado para se obter em cima do valor

investido

TABELA 8 - CALCULO DO VALOR PRESENTE LIacuteQUIDO (VPL)

Anos FC k 2000

0 -$143355 VPL $50392407

1 $123499 VPL $50392407

2 $207792 VPL $50392407

3 $223956 VPL $21761126

4 $245622 VPL $21761126

5 $378242 Decisatildeo Aceitar o Projeto

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

452 Taxa Interna de Retorno (TIR)

Conforme a tabela 9 eacute possiacutevel verificar que a TIR (Taxa Interna de Retorno)

eacute de 11593 maior que a taxa requerida de 20 isso significa que custo inicial seraacute

46

recuperado e o projeto vai criar valor para empresa mais um resultado favoraacutevel para

a aceitaccedilatildeo do projeto

TABELA 9 - TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR)

Anos FC

0 -$143355 TIR 11593

1 $123499 TIR 2168

2 $207792 TIR 2168

3 $223956 Decisatildeo

4 $245622 k 2000

5 $378242 Aceitar o projeto

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

453 Payback

O tempo de recuperaccedilatildeo do custo inicial ocorre normalmente entre o quarto e

o quinto ano se for feita a anaacutelise da tabela 10 eacute possiacutevel verificar que o tempo

necessaacuterio para o retorno do investimento (payback) do projeto eacute de 128 anos este

indicador mostra claramente que o projeto deve ser aceito pois o tempo de retorno

estaacute bem abaixo do tempo meacutedio dos empreendimentos como um todo

TABELA 10 - PAYBACK

k 20

Anos FC SPresente

0 -$143355 -$143355 PBD-SP = 128

1 $123499 -$40439 128

2 $207792 $103861

3 $223956 $233465

4 $245622 $351917

5 $378242 $503924

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

47

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Para iniciar um negoacutecio requer muito mais do que apenas o espiacuterito

empreendedor eacute necessaacuterio ter lideranccedila conhecimento sobre o mercado que deseja

atuar organizaccedilatildeo e principalmente planejamento

O principal objetivo desse estudo foi analisar a viabilidade econocircmico-

financeira da abertura de uma empresa de bolos e doces finos no Bairro Alto em

Curitiba

O objetivo apresentado nesta pesquisa foi atingido pois todos os indicadores

analisados mostram com clareza que empresa obteacutem resultados positivos que criam

valor para a mesma e com isso o projeto eacute viaacutevel economicamente pois do primeiro

ao quinto ano fica visiacutevel o crescimento do empreendimento e a melhora significativa

da sua sauacutede financeira isso fica evidenciado no saldo final em caixa no quinto ano

que chega proacuteximo haacute 400 mil reais Apesar disso eacute crucial o acompanhamento do

mercado para seguir as tendecircncias e se atualizar constantemente para tomar

decisotildees mais assertivas

Um negoacutecio mal avaliado pode arruinar a estabilidade econocircmica do

investidor por isso eacute de extrema importacircncia fazer todos os levantamentos de custos

antes de se aventurar em qualquer empreendimento

Eacute possiacutevel comprovar que a pesquisa realizada contribui positivamente para

abertura da empresa No entanto as informaccedilotildees aqui presentes natildeo satildeo estaacuteticas e

devem ser revisadas periodicamente e se preciso ateacute mesmo ampliadas no decorrer

da implantaccedilatildeo do projeto para que o mesmo seja uma ferramenta eficiente e eficaz

no desenvolvimento da empresa como um todo

48

REFEREcircNCIAS

BRITO Paulo Anaacutelise e viabilidade de projetos de investimento Satildeo Paulo Atlas 2003 DOLABELA Fernando O segredo de Luiacutesa 30 ed Satildeo Paulo Editora de Cultura 2006 DORNELAS Joseacute Carlos Assis Empreendedorismo transformando ideias em negoacutecios 4 ed Rio de Janeiro Campus Elsevier 2012 CENSO Demograacutefico 2010 Resultados gerais da amostra Curitiba IBGE 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=410690ampidtema=87ampsearch=parana|curitiba|censo-demografico-2010-resultados-gerais-da-amostra-gt Acesso em 21 de Junho de 2015 CHIAVENATO Idalberto Empreendedorismo dando asas ao espiacuterito empreendedor empreendedorismo e a viabilidade de novas empresas um guia eficiente para iniciar e tocar seu proacuteprio negoacutecio 2 ed Satildeo Paulo Saraiva 2007 ESTATIacuteSTICAS do registro civil 2012 Curitiba IBGE 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaoregistrocivil2012default_xlsshtmgt Acesso em 21 de Junho de 2015 GIL Antonio Carlos Meacutetodos e teacutecnicas de pesquisa social 6 ed Satildeo Paulo Atlas 2008 KOTLER Philip KELLER Kevin Lane Administraccedilatildeo de Marketing 12 ed Satildeo Paulo ABDR 2006 LAPPONI Juan Carlos Projetos de Investimento na Empresa Rio de Janeiro Elsevier 2007 MACHADO Jesseacute Anderson Pinto Projetos Econocircmicos uma abordagem praacutetica de elaboraccedilatildeo Satildeo Paulo Nobel 2002 MICHEL Maria Helena Metodologia e pesquisa cientiacutefica em ciecircncias sociais 2 ed Satildeo Paulo Atlas 2009 OLIVEIRA Djalma de Pinho Rebouccedilas de Planejamento estrateacutegico conceitos metodologia e praacuteticas 20 ed Satildeo Paulo Atlas 2004 PRODANOV Cleber Cristiano ERNANI Cesar de Freitas Metodologia do trabalho cientiacutefico meacutetodo e teacutecnicas da pesquisa e do trabalho acadecircmico 2 ed Novo Hamburgo Freevale 2013

49

REBELATTO Dayse Projeto de Investimento 1 ed Barueri Manole 2004 SEBRAE Pesquisa de Mercado o que eacute e para que serve Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrsitesPortalSebraeartigosPesquisa-de-mercado-o-que-C3A9-e-para-que-servegt Acesso em 21 de Junho de 2015 SEBRAE Fluxo de caixa Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrSebraePortal20SebraeAnexos0_fluxo-de-caixapdfgt Acesso em 10 de Outubro de 2015 WILDAUER Egon Walter Plano de negoacutecios elementos construtivos e processos de elaboraccedilatildeo 2 ed Curitiba Ibpex 2011 WOILER Samsatildeo MATHIAS Washington Franco Projetos planejamento elaboraccedilatildeo anaacutelise 1 ed Satildeo Paulo Atlas 1994

50

APEcircNDICES

APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL 51

APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS 52

APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL 52

51

APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL

Item Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

Aacutegua 25000 26250 27563 28941 30388

Aluguel 160000 168000 176400 185220 194481

Assessoria Contaacutebil 80000 84000 88200 92610 97241

Gaacutes 49000 51450 54023 56724 59560

Impostos 387858 422765 464481 506284 551849

Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)

80268 84281 88495 92920 97566

Energia eleacutetrica 70000 73500 77175 81034 85085

Manutenccedilatildeo 50000 52500 55125 57881 60775

Material de escritoacuterio 20000 21000 22050 23153 24310

Material de Limpeza 40000 42000 44100 46305 48620

Folha de pagamento 272266 299493 329442 362386 398625

Seguros 15000 15750 16538 17364 18233

Telefone fixointernet 20000 21000 22050 23153 24310

Telefone Moacutevel 12000 12600 13230 13892 14586

Vale Refeiccedilatildeo 75000 82500 90750 99825 109808

Vale Transporte 33000 34650 36383 38202 40112

Proacute- labore 200000 220000 286000 328900 361790

Taxas Bancaacuterias 8000 8400 8820 9261 9724

Total R$ 1597392 R$ 1720139 R$ 1900823 R$ 2064053 R$ 2227062

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

52

APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS

Item

Produccedilatildeo mensal meacutedia

Custo unitaacuterio total

Sugestatildeo Preccedilo de venda

Custo Mensal Total

Receita de vendas

Bolos artiacutesticos (recheios diversos) 150 6000 13500 900000 2025000

Bolos de copa (recheios diversos) 30 3600 8100 108000 243000

Naked cake (recheios diversos) 60 4200 9450 252000 567000

Doces Tradicionais 32 3500 7875 112000 252000

Doces Espelhados 32 5000 11250 160000 360000

Doces Finos 32 7500 16875 240000 540000

Brigadeiros gourmet 16 4500 10125 72000 162000

Tacinhas acriacutelicas 16 5500 12375 88000 198000

Trufas 32 5000 11250 160000 360000

Bombons 32 5000 11250 160000 360000

Bem casados 3200 100 225 320000 720000

Custo produccedilatildeo Total 2572000

Receita Total 5787000

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL

Ano Receita Bruta Variaccedilatildeo anual

Ano 1 000

Ano 2 69444000 9

Ano 3 75693960 9

Ano 4 82506416 9

Ano 5 89931994 9

Valor considerando a inflaccedilatildeo de 9 aa

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

7

LISTA DE TABELAS

TABELA 1 - RESULTADOS DA AMOSTRA - RENDIMENTO POR PESSOA EM

CURITIBA 30

TABELA 2 - CASAMENTOS POR MEcircS DE REGISTRO SEGUNDO O LUGAR DO

REGISTRO ndash 2012 31

TABELA 3 - CONCORRENTES QUE FORNECEM BOLOS E DOCES POR BAIRRO

39

TABELA 4 - INVESTIMENTO INICIAL 41

TABELA 5 - CAPITAL DE GIRO 43

TABELA 6 - PROJECcedilAtildeO DE FLUXO DE CAIXA NOS PRIMEIROS CINCO ANOS 44

TABELA 7 - DEPRECIACcedilAtildeO 44

TABELA 8 - CALCULO DO VALOR PRESENTE LIacuteQUIDO (VPL) 45

TABELA 9 - TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR) 46

TABELA 10 - PAYBACK 46

8

LISTA DE ABREVIATURAS EOU SILGAS

IBGE ndash Instituro Brasileiro de Geograacutefia e Estatiacutestica

PIB ndash Produto Interno Bruto

SEBRAE ndash Serviccedilo Brasileiro de Apoio agraves Micro e Pequenas Empresas

TIR ndash Taxa Interna de Retorno

TMA ndash Taxa Miacutenima de Atratividade

TMT ndash Taxa Miacutenima de Toleracircncia

VAL ndash Valor Atual liacutequido

VPL ndash Valor presente liacutequido

9

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 11

11 PROBLEMA 12

12 OBJETIVO GERAL 12

13 OBJETIVOS ESPECIacuteFICOS 12

2 REFERENCIAL TEOacuteRICO 13

21 EMPREENDEDORISMO 13

211 Caracteriacutesticas e perfil do empreendedor 15

22 PLANO DE NEGOacuteCIOS 16

221 Estrutura do plano de negoacutecios 18

2211 Capa 18

2212 Sumaacuterio 19

2213 Sumaacuterio executivo 19

2214 Anaacutelise estrateacutegica 19

2215 Descriccedilatildeo da empresa 20

2216 Produtos e serviccedilos 20

2217 Plano operacional 20

2218 Plano de recursos humanos 21

2219 Anaacutelise de mercado 21

22110 Estrateacutegia de marketing 21

22111 Plano financeiro 22

22112 Anexos 22

23 VIABILIDADE ECONOcircMICO-FINANCEIRA 22

231 Fluxo de caixa 23

232 Valor Presente Liacutequido (VPL) 24

233 Taxa Interna de Retorno (TIR) 25

234 Periacuteodo de retorno de investimento (Payback) 26

3 METODOLOGIA 27

4 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES 29

41 ANAacuteLISE DE MERCADO 29

411 Mercado consumidor 29

10

412 Produtos que seratildeo vendidos 31

413 Preccedilo de venda 36

414 Previsatildeo de vendas 36

415 Definiccedilatildeo de local de venda dos produtos 37

416 Definiccedilatildeo da demanda e da oferta 37

417 Concorrentes 38

418 Forma de divulgaccedilatildeo dos concorrentes 39

42 TAMANHO DO NEGOacuteCIO 40

421 Capacidade produtiva 40

422 Investimento 40

423 Localizaccedilatildeo 41

424 Entregas 42

43 CAPITAL DE GIRO 42

44 FLUXO DE CAIXA 43

45 ANAacuteLISE DOS INDICADORES (VPL TIR E PAYBACK) 45

451 Valor Presente Liacutequido (VPL) 45

452 Taxa Interna de Retorno (TIR) 45

453 Payback 46

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 47

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS 48

APEcircNDICES 50

11

1 INTRODUCcedilAtildeO

Quando surge uma ideia e eacute possiacutevel identificar nela uma oportunidade eacute o

iniacutecio para a criaccedilatildeo de um negoacutecio

Qualquer empreendimento para ter ecircxito seja ele industrial comercial ou de

serviccedilos depende de inuacutemeras decisotildees que o empreendedor precisa tomar antes de

iniciaacute-lo Uma das decisotildees fundamentais eacute analisar o empreendimento

economicamente para verificar se o projeto vai ser viaacutevel e lucrativo ou natildeo poreacutem

antes das decisotildees surgem agraves duacutevidas e incertezas como qual o ponto de partida

Qual deve ser o capital investido inicialmente Quais produtos seratildeo fabricados

Onde seratildeo vendidos

Para abertura de uma empresa de bolos e doces finos em Curitiba os

questionamentos satildeo os mesmos e para conseguir as respostas para todos esses

questionamentos que andam lado a lado com todos os empreendedores quando

surge a ideia de um novo negoacutecio eacute essencial a construccedilatildeo de um plano de negoacutecios

e principalmente efetuar uma anaacutelise de viabilidade econocircmico-financeira bem

estruturada que traga informaccedilotildees fundamentais para tomar decisotildees mais assertivas

No decorrer desta pesquisa foi possiacutevel responder haacute cada um destes

questionamentos por meio da anaacutelise de mercado definiccedilatildeo do tamanho do negoacutecio

fluxo de caixa e a anaacutelise dos indicadores que estatildeo dispostos no capiacutetulo 4 deste

estudo

Dornelas (2012 p 93) afirma que ldquoum negoacutecio bem planejado teraacute mais

chances de sucesso do que aquele sem planejamento na mesma igualdade de

condiccedilotildeesrdquo

Diante deste contexto a proposta deste projeto eacute analisar a viabilidade

econocircmico-financeira da abertura de uma empresa de bolos e doces finos localizada

no Bairro Alto em Curitiba

12

11 PROBLEMA

Qual a viabilidade econocircmico-financeira da abertura de uma empresa de

bolos e doces finos em Curitiba

12 OBJETIVO GERAL

Investigar qual a viabilidade da implantaccedilatildeo de uma empresa de bolos e

doces finos em Curitiba

13 OBJETIVOS ESPECIacuteFICOS

Elaborar uma anaacutelise do mercado de bolos e doces finos em Curitiba

Definir quais os produtos seratildeo vendidos

Definir a capacidade produtiva

Analisar a viabilidade econocircmico-financeira do negoacutecio

13

2 REFERENCIAL TEOacuteRICO

21 EMPREENDEDORISMO

Um projeto empreendedor se torna possiacutevel apenas se o dono da ideia estiver

disposto a assumir todas as responsabilidades e exigecircncias de abrir um negoacutecio que

sem duacutevida passaraacute a ser seu projeto de vida

Para Dolabela (2006 sn)

Se considerarmos que as empresas quase sempre comeccedilam pequenas isso chega a ser um paradoxo Principalmente porque no mundo de hoje as pequenas empresas constituem a principal fonte de empregos e satildeo responsaacuteveis em muitos paiacuteses por mais de 50 do produto interno bruto (PIB) e pelo maior volume de exportaccedilotildees aleacutem de serem as maiores geradoras de inovaccedilotildees tecnoloacutegicas desde a Segunda Guerra Mundial

Eacute possiacutevel definir empreendedorismo comordquo a capacidade que uma pessoa

possui de formular uma ideia sobre determinado produto ou serviccedilo em um mercado

seja essa ideia nova ou natildeordquo (WILDAUER 2011 p25)

Cabe acrescentar que o empreendedorismo natildeo se refere apenas a pequenos

negoacutecios e empreendimentos novos ldquoNatildeo aborda apenas a criaccedilatildeo de novos

produtos ou serviccedilos mas sim inovaccedilotildees em todos os acircmbitos do negoacuteciordquo

(CHIAVENATO 2007 p261)

Segundo Dolabela (2006 sn) se analisarmos a natureza do

empreendedorismo eacute possiacutevel observar que

A Todas as pessoas nascem empreendedoras Os humanos satildeo

empreendedores

B Empreendedorismo natildeo eacute um assunto atual existe desde a primeira

accedilatildeo inovadora com a finalidade de aperfeiccediloar as relaccedilotildees entre os homens

C Natildeo eacute apenas um fato econocircmico mas tambeacutem social

D O empreendedor estaacute em qualquer lugar natildeo apenas nas pessoas que

abrem seu proacuteprio negoacutecio

E O empreendedorismo eacute uma demonstraccedilatildeo da liberdade humana

14

F Natildeo eacute um acontecimento pessoal e nem uma habilidade que poucas

pessoas possuem eacute algo puacuteblico

G Natildeo existe a possibilidade de fazer transferecircncia de conhecimentos

empreendedores ndash ldquoao contraacuterio do que acontece por exemplo em uma aula

de geografia porque o empreendedorismo natildeo eacute um conteuacutedo cognitivo

convencionalrdquo Nesse entendimento natildeo existe a possibilidade de ensinar

mas eacute possiacutevel aprender a ser empreendedor por meio de um sistema de

ensino bem diferente do tradicional

H Eacute um assunto global e natildeo caracteriacutestico ou complementar E deve ser

apresentado na educaccedilatildeo baacutesica

I O princiacutepio do empreendedorismo e a cidadania O que por sua vez ldquoVisa

agrave construccedilatildeo do bem-estar coletivo do espiacuterito comunitaacuterio da cooperaccedilatildeo

Antes de ser aluno o estudante deve ser considerado um cidadatildeordquo

J Natildeo existe a possibilidade de definir se uma pessoa vai ter sucesso

como empreendedor

Vale enfatizar que o empreendedorismo eacute a envoltura de pessoas e

processos que juntas transformam ideias em oportunidades E a correta efetivaccedilatildeo

destas oportunidades ocasiona a criaccedilatildeo de um negoacutecio bem sucedido (DORNELAS

2012 p 28)

Chiavenato (2007 p 22) e Dornelas (2012 p29) defendem a ideia de que

1 O empreendedorismo abrange todo o processo para criar algo novo que

possua valor e seja valorizado pelo mercado

2 Que o empreendedorismo requer doaccedilatildeo disponibilidade de tempo e

vigor para tornar o novo empreendimento em um negoacutecio de sucesso

3 O empreendedorismo demanda coragem aceitaccedilatildeo de riscos

calculados e decisotildees analiacuteticas e ter flexibilidade com os obstaacuteculos falhas

e fracassos

Eacute possiacutevel concluir que o empreendedorismo eacute um fato cultural isto eacute

consequecircncia de haacutebitos accedilotildees e valores pessoais ldquoExistem famiacutelias (assim como

cidades regiotildees e paiacuteses) mais empreendedoras do que outrasrdquo A pessoa

desenvolve o empreendedorismo no conviacutevio com outros empreendedores num local

onde a possibilidade de ter o proacuteprio negoacutecio eacute visto como algo muito bom

(DOLABELA 2006 sn)

15

Diante disso natildeo eacute possiacutevel falar de empreendedorismo sem mencionar os

empreendedores pois satildeo as atitudes de pessoas que inovam assumem todos os

riscos que proporcionam o crescimento e desenvolvimento da sociedade como um

todo

211 Caracteriacutesticas e perfil do empreendedor

Ser empreendedor eacute acima de tudo ter a capacidade e a necessidade de

realizar coisas novas

O empreendedor ldquoeacute um ser social produto do meio em que vive (eacutepoca e

lugar)rdquo E se a pessoa convive em um meio onde ser empreendedor eacute considerado

algo bom teraacute motivos para abrir seu proacuteprio negoacutecio (DOLABELA 2006 sn)

O empreendedor parte da percepccedilatildeo subjetiva para percepccedilatildeo praacutetica na

qual mostram elementos que podem ser debatidos Esses elementos satildeo os mais

variaacuteveis possiacuteveis que foram originados de perguntas contestaccedilotildees e respostas

localizadas pelo empreendedor ldquoo qual natildeo precisa ser algueacutem com uma formaccedilatildeo

superior com diploma de faculdade ou algueacutem que conte com cursos teacutecnicos ou

praacuteticosrdquo (mesmo esses sendo atributos que auxilie na agilidade de formular

questionamentos e encontrar as soluccedilotildees para os mesmos) (WILDAUER 2011 p

25)

Para Dornelas (2012 p 29) empreendedor eacute a pessoa que percebe uma

oportunidade e arquiteta um negoacutecio para captar recursos calculando todos os riscos

que vai correr Em todas as definiccedilotildees de empreendedorismo nos deparamos com no

miacutenimo as seguintes particularidades em relaccedilatildeo ao empreendedor

1 Possui a atitude de criar um novo negoacutecio e amar aquilo que faz

2 Usa o capital que possui de maneira produtiva mudando o local social e

econocircmico onde estaacute inserido

3 Assume os riscos calculados e a chance do negoacutecio natildeo dar certo

Nessa mesma perspectiva Chiavenato (2007 p7) afirma que o empreendedor

eacute a pessoa que tem a capacidade de fazer as coisas acontecerem eacute favorecido pela

sua percepccedilatildeo para os negoacutecios prudecircncia na aacuterea financeira e a habilidade de

16

perceber as oportunidades Com esse conjunto de competecircncias tem a capacidade

de transformar ideias em negoacutecios O empreendedor possui uma boa imaginaccedilatildeo e eacute

persistente qualidades que combinadas de maneira correta o capacitam para

converter ideias simples em projetos objetivos e bem sucedidos

Para Wildauer (2011 p 26)

Podemos entatildeo enumerar muitas caracteriacutesticas do empreendedor sendo as principais a atitude de saber ouvir de estar atento de saber interpretar e analisar as informaccedilotildees do mercador de ter condiccedilotildees de elaborar um planejamento de suas accedilotildees futuras de traccedilar objetivos e todo um roteiro teoacuterico-praacutetico para poder atingi-lo Sem essas premissas baacutesicas o empreendedor natildeo teraacute sucesso na formulaccedilatildeo do plano de negoacutecios muito menos na sustentaccedilatildeo de seu negoacutecio

Chiavenato (2007 p 4) acredita que ldquoos empreendedores satildeo heroacuteis

populares do mundo dos negoacuteciosrdquo Que geram empregos propagam inovaccedilotildees e

estimulam o crescimento da economia Satildeo muito mais do que somente fornecedores

de produtos e serviccedilos satildeo pessoas que assumem os riscos das oscilaccedilotildees

econocircmicas

Cabe acrescentar que o empreendedor revolucionaacuterio eacute aquele que inventa

novos mercados isto eacute a pessoa cria algo exclusivo como foi o caso do Bill Gattes

fundador da Microsoft que transformou o mundo com o sistema operacional Windows

Contudo grande parte dos empreendedores cria negoacutecios em mercados jaacute existentes

e mesmo assim criam negoacutecios de sucesso (DORNELAS 2012 p30)

Wildauer (2011 p26) conclui que ldquoo empreendedor necessita de uma estrutura

de pensamento sistecircmico e visionaacuterio com base no qual estabeleceraacute metas e

desenharaacute trajetoacuterias para alcanccedilaacute-lasrdquo

22 PLANO DE NEGOacuteCIOS

Para iniciar um empreendimento eacute fundamental fazer um plano de negoacutecios

com ele eacute possiacutevel verificar a viabilidade ou natildeo do empreendimento e definir onde

estamos para onde vamos e mostrar com mais clareza as oportunidades de negoacutecio

17

Do ponto de vista de Dornelas (2012 p 93) ldquoum negoacutecio bem planejado teraacute

mais chances de sucesso do que aquele sem planejamento na mesma igualdade de

condiccedilotildeesrdquo

Nessa mesma perspectiva Dolabela (2006 sn) afirma que vaacuterios

empreendedores bem sucedidos abriram seus empreendimentos sem compreender

pontualmente o que eacute um plano de negoacutecios Poreacutem muitos outros natildeo tiveram o

mesmo fim e o que conseguiram foram negoacutecios fracassados por conta de falhas que

poderiam ter sido evitadas Uma grande quantidade de negoacutecios que possuem um

alto potencial acabam se tornando impraticaacuteveis por conta da incapacidade dos

empreendedores Ainda assim muitas pessoas abrem e vatildeo continuar abrindo

negoacutecios capacitadas ou natildeo para isso

Wildauer (2011 p 39) define plano de negoacutecios como ldquoum documento em

forma de texto no qual eacute apresentada uma proposta de negoacutecio para um mercadordquo

Esse documento deve mostrar com clareza o ponto de vista do empreendedor sobre

o sucesso do seu produto ou serviccedilo no mercado atual

Chiavenato (2007 p132) acredita que

O plano de negoacutecio mdash business planmdash descreve a ideia de um novo empreendimento e projeta os aspectos mercadoloacutegicos operacionais e financeiros dos negoacutecios propostos geralmente para os proacuteximos trecircs ou cinco anos Seu preparo permite a anaacutelise da proposta e ajuda o futuro empreendedor a evitar uma trajetoacuteria decadente que o levaraacute do entusiasmo agrave desilusatildeo e ao fracasso

Eacute possiacutevel sintetizar o plano de negoacutecios como um documento em que o

empreendedor mostra de maneira formal e concreta o negoacutecio que quer idealizar e

expor para seus parceiros soacutecios e investidores apresentando a visatildeo a missatildeo e os

seus propoacutesitos assim como o ldquoplano operacional o plano de marketing o plano de

financeiro e o plano juriacutedicordquo desta forma facilitando a assimilaccedilatildeo e aceitaccedilatildeo do

negoacutecio pelas pessoas interessadas (WILDAUER 2011 p39)

Conforme mencionado por Chiavenato (2007 p 134) o plano de negoacutecios

mobiliza o novo empreendimento na sua totalidade Ele demonstra o levantamento

cansativo dos elementos que fazem parte do negoacutecio ldquosejam internos mdash o que deveraacute

ser produzido como onde quanto mdash sejam externos mdash para quem produzir qual eacute

o mercado quais satildeo os concorrentes etcrdquo

18

Com isso Wildauer (2011 p 45) conclui que ldquoo plano de negoacutecios eacute como um

guia uacutetil para a obtenccedilatildeo de conhecimentos para a concepccedilatildeo de um

empreendimentordquo

221 Estrutura do plano de negoacutecios

O plano de negoacutecios mobiliza todas as informaccedilotildees necessaacuterias para abrir um

negoacutecio por meio dele eacute possiacutevel detectar onde estou e para onde desejo ir dentro do

mercado

Conforme identificado por Dornelas (2012 p 101) ldquonatildeo existe uma estrutura

riacutegida e especiacutefica para se escrever um plano de negoacuteciosrdquo dado que cada negoacutecio

possui suas singularidades e equivalecircncias sendo improvaacutevel delimitar um modelo-

padratildeo de plano de negoacutecios que seja absoluto e adequado para todos os negoacutecios

Todos os planos de negoacutecios devem conter um miacutenimo de seccedilotildees que vatildeo possibilitar

uma compreensatildeo do negoacutecio como um todo Tais seccedilotildees satildeo alinhadas de maneira

que mantenham uma sequecircncia loacutegica que possibilite qualquer pessoa ler o plano e

compreender como a empresa eacute estruturada seus objetivos seus produtos seus

serviccedilos qual seu mercado seu plano financeiro e de marketing

A seguir encontra-se uma breve descriccedilatildeo de cada uma das seccedilotildees do Plano

de Negoacutecios

2211 Capa

Eacute um dos componentes fundamentais do plano de negoacutecios pois eacute a primeira

parte que eacute vista pela pessoa que vai ler deve ser desenvolvida de forma clara e com

os dados adequados (DORNELAS 2012 p 101)

19

2212 Sumaacuterio

O sumaacuterio deve incluir ldquoo tiacutetulo de cada seccedilatildeo do plano de negoacutecios e a paacutegina

respectiva onde se encontra bem como os principais assuntos relacionados em cada

seccedilatildeordquo Isso faz com que fique mais faacutecil o leitor do plano de negoacutecios identificar com

mais agilidade o que lhe interessar (DORNELAS 2012 p 101-102)

2213 Sumaacuterio executivo

O Sumaacuterio Executivo eacute a parte mais importante do plano de negoacutecios ele iraacute

definir se o leitor vai prosseguir ou natildeo com a leitura do plano de negoacutecios Dessa

forma deve ser redigido com bastante concentraccedilatildeo e revisado inuacutemeras vezes e

tambeacutem englobar as informaccedilotildees mais relevantes do plano de negoacutecios Deve ser

direcionado ao puacuteblico-alvo do plano de negoacutecios e deixar claro qual o objetivo do

mesmo em relaccedilatildeo agraves pessoas que estatildeo o lendo ldquoO Sumaacuterio Executivo deve ser a

uacuteltima seccedilatildeo a ser escrita pois depende de todas as outras seccedilotildees do plano para ser

elaboradardquo (DORNELAS 2012 p 102)

2214 Anaacutelise estrateacutegica

Nesta seccedilatildeo eacute determinada a direccedilatildeo que a empresa vai seguir ldquosua visatildeo e

missatildeo sua situaccedilatildeo atual as potencialidades e ameaccedilas externas suas forccedilas e

fraquezas seus objetivos e metas de negoacuteciordquo Essa parte eacute o alicerce para o

crescimento e o estabelecimento das outras accedilotildees redigidas no plano (DORNELAS

2012 p 102)

20

2215 Descriccedilatildeo da empresa

Eacute nessa seccedilatildeo que deve ser feita a descriccedilatildeo da empresa ldquoseu histoacuterico

crescimento faturamento dos uacuteltimos anos sua razatildeo social impostos estrutura

organizacional e legal localizaccedilatildeo parcerias serviccedilos terceirizados etcrdquo

(DORNELAS 2012 p 102)

2216 Produtos e serviccedilos

Nessa seccedilatildeo do plano de negoacutecios devem ser descritos os produtos e serviccedilos

da empresa a maneira que satildeo produzidos o capital disposto seu ciclo de vida os

elementos tecnoloacutegicos envolvidos pesquisa e desenvolvimento os seus clientes

marcas e patentes etc

Nessa seccedilatildeo pode ser incluiacuteda quando estaacute informaccedilatildeo encontra-se disponiacutevel uma visatildeo do niacutevel de satisfaccedilatildeo dos clientes com os produtos e serviccedilos da empresa Esse feedback eacute bastante importante porque costuma oferecer natildeo apenas uma visatildeo do niacutevel de qualidade percebida nos produtos e serviccedilos mas tambeacutem guiar futuros investimentos da empresa em novos desenvolvimentos e processos de produccedilatildeo (DORNELAS 2012 p 102-103)

2217 Plano operacional

Nesta seccedilatildeo devem ser expostas as accedilotildees que a empresa pretende ter na

sua estrateacutegia produtiva e no processo de produccedilatildeo apontando os resultados que

essas accedilotildees teratildeo sobre os criteacuterios de avaliaccedilatildeo dos produtos Deve incluir dados

operacionais atualizados e presumidos como ldquolead time do produto ou serviccedilo

percentual de entregas a tempo rotatividade do inventaacuterio iacutendice de refugo lead time

de desenvolvimento de produto ou serviccedilo etcrdquo (DORNELAS 2012 p 103)

21

2218 Plano de recursos humanos

Devem ser exibidas as propostas de desenvolvimento e treinamento de

pessoal da empresa Esses dados estatildeo pontualmente associados com a

competecircncia da empresa de crescer ldquoespecialmente quando esta atua em um

mercado onde a detenccedilatildeo de tecnologia eacute considerada um fator estrateacutegico de

competitividaderdquo (DORNELAS 2012 p 103)

2219 Anaacutelise de mercado

Nesta seccedilatildeo o responsaacutevel pelo plano de negoacutecios deve deixar claro que os

executivos da empresa entendem perfeitamente o mercado consumidor do seu

produto ou serviccedilo (atraveacutes de pesquisa de mercado) como estaacute segmentado

crescimento do mercado atributos do consumidor anaacutelise da concorrecircncia qual a sua

fatia de mercado e dos concorrentes etc (DORNELAS 2012 p 103)

22110 Estrateacutegia de marketing

Deve ser apresentado o objetivo da empresa para vender seu produtoserviccedilo

e consolidar seus clientes e ampliar sua demanda Deve ser informada sua estrateacutegia

de venda especificidades do produtoserviccedilo preccedilos puacuteblico-alvo canais de

distribuiccedilatildeo projeccedilatildeo das vendas (DORNELAS 2012 p 103)

22

22111 Plano financeiro

Na seccedilatildeo financeira deve mostrar em nuacutemeros todas as accedilotildees planejadas

para a empresa e suas evidecircncias por meio de projeccedilotildees futuras para um negoacutecio

bem sucedido

Deve conter demonstrativo de fluxo de caixa com horizonte de pelo menos trecircs anos balanccedilo patrimonial anaacutelise do ponto de equiliacutebrio necessidades de investimento demonstrativos de resultados anaacutelise de indicadores financeiros do negoacutecio como faturamento previsto margem prevista prazo de retorno sobre o investimento inicial (payback) taxa interna de retorno (TIR) etc (DORNELAS 2012 p 103-104)

22112 Anexos

Nesta seccedilatildeo deve incluir todos os dados considerados importantes para

melhor compreensatildeo do plano de negoacutecios O que natildeo pode ser deixado de anexar eacute

o curriculum vitae dos soacutecios da empresa (DORNELAS 2012 p 104)

23 VIABILIDADE ECONOcircMICO-FINANCEIRA

Analisar o empreendimento economicamente para verificar se o projeto eacute

viaacutevel e lucrativo ou natildeo eacute uma das decisotildees fundamentais de qualquer

empreendedor

A anaacutelise de investimento eacute um mecanismo aacutegil praacutetico e seguro que ajuda

profissionais de inuacutemeras aacutereas no processo de anaacutelise de tomada de decisotildees

financeiras (REBELATTO p 141)

Lapponi (2007 p 123) afirma que

O objetivo da decisatildeo de investimento ou do orccedilamento de capital eacute maximizar o valor da empresa A decisatildeo de alocaccedilatildeo do capital em projeto de investimento eacute fundamental para o sucesso pois os recursos da empresa

23

satildeo comprometidos por longo tempo na direccedilatildeo de seu futuro desejado e isso envolve um grande esforccedilo de tempo e de gerenciamento Cada projeto aprovado eacute um desembolso realizado pela empresa coma expectativa de obter benefiacutecios futuros quantificados pela geraccedilatildeo de um fluxo de retornos adequados em geral por um prazo maior do que um ano

A carecircncia de recursos financeiros diante das muitas necessidades faz com

que seja crucial aperfeiccediloar sua utilizaccedilatildeo A anaacutelise antecipada de investimento

possibilita que se racionalize a forma como os recursos de capital satildeo utilizados

(REBELATTO 2004 p 141)

Para analisar a viabilidade de um projeto economicamente eacute necessaacuterio reunir

uma seacuterie de informaccedilotildees e de dados que precisam ser organizados para atingir seu

objetivo final que eacute o de facilitar a tomada de decisatildeo Vale salientar que o projeto

deve ser um documento que tenha a capacidade de mostrar de uma maneira loacutegica a

visatildeo estrateacutegica do negoacutecio (MACHADO 2002 p 144)

231 Fluxo de caixa

O fluxo de caixa eacute o melhor guia para uma administraccedilatildeo financeira eficiente

de qualquer negoacutecio

O fluxo de caixa eacute a reproduccedilatildeo graacutefica de uma movimentaccedilatildeo financeira ldquoAs

movimentaccedilotildees monetaacuterias satildeo identificadas temporalmente por meio de um conjunto

de entradas e saiacutedas de caixa definido como diagrama de fluxo de caixardquo Essa

representaccedilatildeo proporciona a visualizaccedilatildeo em diferentes momentos com o que estaacute

ocorrendo com o capital (REBELATTO 2004 p 150)

ldquoA identificaccedilatildeo e a quantificaccedilatildeo das estimativas relevantes do projeto satildeo o

iniacutecio da construccedilatildeo do fluxo de caixa do projeto para empresa em funcionamentordquo

(LAPPONI 2007 p 347)

O fluxo de caixa eacute um composto de entradas e saiacutedas de valores monetaacuterios

(dinheiro) no decorrer de um determinado periacuteodo Bem como evidenciar uma opccedilatildeo

possiacutevel de transaccedilotildees financeiras ou seja pagamentos agrave vista pagamentos a prazo

tiacutetulos originais etc (REBELATTO 2004 p 151)

24

232 Valor Presente Liacutequido (VPL)

ldquoO Valor presente liacutequido (VPL) ou valor atual liacutequido (VAL) eacute o valor atual das

entradas de caixa (retornos de capital esperados) incluindo o valor residual (se

houver) menos o valor atual das saiacutedas de caixardquo (REBELATTO 2004 p 214)

A foacutermula para chegar ao VPL eacute (LAPPONI 2007 p 125)

119881119875119871 = minus119868 +119865119862

(1 + 119870)119899

Onde

I= custo inicial ou desembolso inicial

FC= fluxo de caixa

K= taxa requerida

n= prazo de anaacutelise

Rebelatto (2004 p214) afirma que os paracircmetros para que o projeto seja

aceito se refere ao valor presente liacutequido (VPL)

VPLgt0 o projeto eacute aceito

VPLlt0 o projeto eacute rejeitado

VPL=0 o projeto pode ser aceito ou natildeo pois natildeo cria e nem destroacutei

valor para empresa

Para Lapponi (2007 p 134-135) as principais vantagens do VPL satildeo

Considera o fluxo de caixa do projeto na sua totalidade

Considera o valor monetaacuterio (dinheiro) no tempo

Tem a capacidade de medir o valor criado ou destruiacutedo pelo projeto

Pode ser utilizado na avaliaccedilatildeo do projeto independentemente do tipo de

fluxo de caixa utilizado

Seleciona o projeto mais viaacutevel economicamente

25

233 Taxa Interna de Retorno (TIR)

ldquoTaxa Interna de Retorno (TIR) eacute a taxa de desconto que torna o valor atual

liacutequido (VAL) do investimento igual a zero Tambeacutem eacute chamada de taxa interna efetiva

de rentabilidaderdquo (REBELATTO 2004 p 217)

No projeto do tipo simples com o aumento da taxa requerida o VPL do projeto tende ao valor do custo inicial pois o VPL eacute uma funccedilatildeo decrescente da taxa requerida Portanto a decisatildeo com o meacutetodo TIR somente deve ser feita em projetos simples que garantem a existecircncia de uma uacutenica TIRgt -100 Nos outros tipos de fluxo de caixa em geral o meacutetodo da TIR natildeo deve ser utilizado pois haacute a possibilidade de muacuteltiplas TIRs Sendo a TIR a taxa de juro que zera o VPL do projeto simples para qualquer taxa requerida K menor que a TIR o VPL seraacute positivo e para qualquer taxa requerida K maior que a TIR o VPL seraacute negativo (LAPPONI 2007 p 175-176)

Rebelatto (2004 p 217) complementa afirmando que a TIR eacute um meacutetodo

aprimorado de anaacutelise de investimento sendo possivelmente uma das mais usadas

para avaliar projetos econocircmicos A TIR deve ser comparada com a taxa miacutenima de

atratividade (TMA) para analisar se o projeto seraacute aceito ou natildeo

Sendo assim Lapponi (2007 p 176) considera que

Se TIR gt TMA o projeto deve ser aceito pois eacute economicamente viaacutevel

Se TIR lt TMA o projeto deve ser recusado pois eacute economicamente

inviaacutevel

Se TIR = TMA eacute indiferente investir no projeto pois o mesmo natildeo criaraacute

e nem destruiraacute valor da empresa

ldquoA grande vantagem da TIR como indicador de decisatildeo eacute que prescinde de

informaccedilotildees externas ao projeto Tudo que o analista necessita eacute conhecer o perfil do

projeto e alguma ideia de magnitude da taxa de jurosrdquo (MACHADO 2002 p 127)

26

234 Periacuteodo de retorno de investimento (Payback)

ldquoO payback eacute o periacuteodo de tempo em que ocorre o retorno do investimento

Calculado no fluxo de caixa de vida uacutetil de dez anos o payback apresenta-se de vaacuterias

maneiras para cada tipo de empresardquo (BRITO 2003 p 51)

Uma empresa pode nomear o payback como um dos paracircmetros para escolha

de um projeto a fim de minimizar seus riscos Mesmo sendo esse um meacutetodo faacutecil e

simples na praacutetica eacute um dos mais utilizados para efetuar a mediccedilatildeo econocircmica de um

projeto (REBELATTO 2004 p 230)

Segundo Rebelatto (2004 p 231) a foacutermula baacutesica que demonstra o caacutelculo

do payback em fluxos de caixas regulares eacute

PB =I0

FC

Onde

PB= Payback

I0= Investimento inicial

FC= Fluxo de caixa regular

Para executar o meacutetodo payback eacute crucial estabelecer o tempo maacuteximo de

toleracircncia TMT para resgatar o custo inicial ldquoPara decidir se o projeto deve ser aceito

o payback deve ser comparado com o valor de referecircncia TMT de forma querdquo

(LAPPONI 2007 p 245)

Se PB lt TMT o projeto deve ser aceito

Se PB gt TMT o projeto deve ser recusado

A principal vantagem para utilizaccedilatildeo do meacutetodo payback eacute que ele reflete a

liquidez do projeto e por consequecircncia eacute possiacutevel efetuar a avaliaccedilatildeo do risco de natildeo

recuperar o investimento (REBELATTO 2004 p 230)

27

3 METODOLOGIA

Este capiacutetulo tem por objetivo descrever os procedimentos e teacutecnicas

utilizados na pesquisa considerando o problema e aos objetivos gerais e especiacuteficos

Para a execuccedilatildeo da revisatildeo bibliograacutefica realizada neste estudo foi utilizado

livros de especialistas na aacuterea os principais temas abordados foram o

empreendedorismo que eacute um assunto chave quando surge uma ideia para um novo

negoacutecio plano de negoacutecios que eacute um elemento fundamental para o sucesso ou

fracasso de um empreendimento e a viabilidade econocircmico-financeira tema

fundamental visto que o objetivo geral da pesquisa eacute mensurar se a mesma eacute viaacutevel

ou natildeo economicamente

Foi elaborada uma anaacutelise de mercado que estaacute disponiacutevel no item 41 deste

estudo atraveacutes da mesma foi identificado que os principais clientes satildeo das classes

A e B de Curitiba regiatildeo metropolitana no item 42 foi efetuado um levantamento do

tamanho do negoacutecio onde foi definida a capacidade produtiva o investimento inicial e

a localizaccedilatildeo do empreendimento no item 44foi elaborado o fluxo de caixa que

demonstra as previsotildees financeiras do periacuteodo de 5 anos o meacutetodo utilizado para

elaborar a pesquisa foi um estudo de caso de natureza exploratoacuteria quantitativa e

anaacutelise documental

O estudo de caso eacute evidenciado por um estudo minucioso e cansativo de um

ou poucos objetivos desta forma propicia um vasto e detalhado conhecimento sobre

o assunto uma missatildeo praticamente impossiacutevel mediante as outras maneiras de

delineamentos consideradas (GIL 2008 p 57-58)

Prodanov e Freitas (2013 p60) afirmam que o estudo de caso consiste em

recolher e analisar dados sobre determinado indiviacuteduo famiacutelia grupo ou comunidade

com a finalidade de estudar diferentes aspectos das suas vidas conforme o assunto

da pesquisa

Jaacute as pesquisas exploratoacuterias satildeo definidas por Gil (2008 p 27) como as que

Tecircm como principal finalidade desenvolver esclarecer e modificar conceitos e ideias tendo em vista a formulaccedilatildeo de problemas mais precisos ou hipoacuteteses pesquisaacuteveis para estudos posteriores De todos os tipos de pesquisa estas satildeo as que apresentam menor rigidez no planejamento Habitualmente envolvem levantamento bibliograacutefico e documental entrevistas natildeo padronizadas e estudos de caso

28

A pesquisa quantitativa ldquoconsidera que tudo pode ser quantificaacutevel o que

significa traduzir em nuacutemeros opiniotildees e informaccedilotildees para classificaacute-las e analisaacute-lasrdquo

Eacute necessaacuteria a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas estatiacutesticas tais como porcentagem meacutedia

moda desvio-padratildeo coeficiente de correlaccedilatildeo etc (PRODANOV FREITAS 2013

p 69)

Muitos dados que satildeo utilizados em pesquisas satildeo adquiridos indiretamente

por meio de documentosrdquo como livros jornais papeacuteis oficiais registros estatiacutesticos

fotos discos filmes e viacutedeos que satildeo obtidos de maneira indiretardquo Essas fontes

documentais tecircm a capacidade de disponibilizar ao pesquisador um grande nuacutemero

de informaccedilotildees com bastante qualidade para evitar a perda de tempo (GIL 2008 p

147)

Este modelo de pesquisa foi utilizado para definir os principais clientes quais

os produtos que seratildeo vendidos a capacidade produtiva assim como a viabilidade

econocircmico-financeira e operacional do negoacutecio

29

4 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES

41 ANAacuteLISE DE MERCADO

Woiler e Mathias (1994 p41) e Rebelatto (2004 p01) afirmam que a anaacutelise

de mercado eacute um dos pontos mais relevantes para elaboraccedilatildeo de um projeto Atraveacutes

do estudo do mercado obtemos muitas informaccedilotildees tais como

Fazendo a comparaccedilatildeo entre demanda e a oferta encontramos a

possiacutevel escassez da demanda futura Esse resultado proporcionaraacute

informaccedilotildees para que seja definida a escala de produccedilatildeo do projeto

A regiatildeo geograacutefica em que o produto pode ser vendido eacute um dos pontos

mais significativos para que seja definida a localizaccedilatildeo do empreendimento

O preccedilo de venda os custos de comercializaccedilatildeo e os estoques nos

canais de comercializaccedilatildeo satildeo informaccedilotildees relevantes para que seja

elaborada a projeccedilatildeo do projeto

Vale salientar que esses satildeo apenas alguns elementos importantes que eacute

possiacutevel identificar na anaacutelise de mercado existe muitos outros dados que satildeo obtidos

com a mesma

411 Mercado consumidor

ldquoTodas as decisotildees relacionadas a novos empreendimentos contecircm certo

grau de incerteza tanto no que diz respeito agrave informaccedilatildeo na qual as decisotildees estatildeo

baseadas como no que diz respeito agraves suas consequecircnciasrdquo (SEBRAE)

Chiavenato acredita que os clientes tecircm a capacidade de alavancar ou

derrubar um empreendimento ldquoUm cliente pode ser uma organizaccedilatildeo uma empresa

um usuaacuterio dos produtosserviccedilos ou um consumidor finalrdquo Eacute quem adquiri os

produtosserviccedilos ofertados pela organizaccedilatildeo no final da cadeia de transaccedilotildees Eacute ele

que estabelece direta ou indiretamente se o empreendimento teraacute ecircxito ou natildeo Por

30

isso o cliente deve ser considerado como o principal patrimocircnio da empresa (2007

p 207)

Segundo dados do censo 2010 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e

estatiacutestica) dos 576190 (quinhentos e setenta e seis mil cento e noventa) domiciacutelios

de Curitiba 292965 (duzentos e noventa e dois mil novecentos e sessenta e cinco)

possuem renda de mais de 5 a mais de 20 salaacuterios miacutenimos sendo assim cerca de

5085 dos domiciacutelios curitibanos estatildeo enquadrados nas classes A e B Ainda

segundo o IBGE cerca de 137922 (cento e trinta e sete mil novecentos e vinte e dois)

domiciacutelios curitibanos tecircm renda de mais de 10 salaacuterios miacutenimos o que representa

uma meacutedia de 24 dos domiciacutelios de Curitiba

Mais de 249000 (duzentos e quarenta e nove mil) pessoas que residem em

Curitiba cerca de 1423 da populaccedilatildeo tem rendimento mensal de mais de 5 salaacuterios

miacutenimos conforme Tabela 1

TABELA 1 - RESULTADOS DA AMOSTRA - RENDIMENTO POR PESSOA EM CURITIBA

Quantidade de pessoas Salaacuterios miacutenimos

153011 Mais de 5 a 10 salaacuterios miacutenimos

38692 Mais de 10 a 15 salaacuterios miacutenimos

25427 Mais de 15 a 20 salaacuterios miacutenimos

18264 Mais de 20 a 30 salaacuterios miacutenimos

13791 Mais de 30 salaacuterios miacutenimos

FONTE IBGE - CENSO DEMOGRAacuteFICO 2010

Curitiba possui uma populaccedilatildeo de mais de 1750000 (um milhatildeo setecentos

e cinquenta mil habitantes) segundo censo IBGE 2010 sendo que 932000

(novecentos e trinta e dois mil) pessoas com o estado civil de solteiro viuacutevo

divorciado separado judicialmentedesquitado isso mostra que tem muitas pessoas

que podem fazer festas de casamento e necessitar dos produtos que seratildeo ofertados

tais como bolos artiacutesticos doces finos e bem casados

Segundo as estatiacutesticas do registro civil do IBGE ocorreram em Curitiba e

regiatildeo metropolitana no ano 2012 exatamente 18877 (dezoito mil oitocentos e setenta

e sete) casamentos sendo que nos meses de setembro a dezembro foi onde ocorreu

um maior nuacutemero um total de 7828 (sete mil oitocentos e vinte e oito) casamentos o

que representa um total de 4147 dos casamentos ocorrem nesses quatro meses

do ano

31

TABELA 2 - CASAMENTOS POR MEcircS DE REGISTRO SEGUNDO O LUGAR DO REGISTRO ndash 2012

Lugar do registro

Casamentos por mecircs do registro

Total de

registros Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

RM Curitiba 18877 1466 1250 1572 1282 1403 1533 1248 1255 1735 1753 2118 2262

Curitiba 10351 848 692 857 692 724 872 658 658 971 968 1237 1174

FONTE IBGE DIRETORIA DE PESQUISAS COORDENACcedilAtildeO DE POPULACcedilAtildeO E INDICADORES SOCIAIS ESTATIacuteSTICAS DO REGISTRO CIVIL 2012

Nessa perspectiva foi definido que o mercado que a empresa de bolos e doces

finos vai atuar eacute de Curitiba e regiatildeo metropolitana com foco nas pessoas das classes

A e B com estado civil solteiro divorciado separado judicialmentedesquitado e viuacutevo

412 Produtos que seratildeo vendidos

ldquoNo coraccedilatildeo de uma grande marca haacute um grande produto O produto-chave

na oferta ao mercado Liacutederes de mercado geralmente oferecem produtos e serviccedilos

de qualidade superiorrdquo (KOTLER KELLER 2006 p 366)

Os principais produtos fornecidos seratildeo

Bolos artiacutesticos

FOTO1 - BOLO ARTIacuteSTICO FONTE WANDA CARDOSO - BOLOS ARTIacuteSTICOS amp DOCES

32

Bolos de copa

FOTO2 - BOLO DE COPA FONTE ELABORADO PELO AUTOR

FOTO3 - BOLO DE COPA FONTE ELABORADO PELO AUTOR

Naked cake

FOTO4 - NAKED CAKE FONTE DOCES PENEacuteLOPE

33

Doces Tradicionais

FOTO5 - DOCES TRADICIONAIS FONTE ELABORADO PELO AUTOR

Doces Espelhados

FOTO6 - DOCES ESPELHADOS FONTE PRONTO SOCORRO DAS FESTAS

Doces Finos

FOTO 7 - DOCES FINOS FONTE COMPRANDO MEU APE

34

Brigadeiros gourmet

FOTO8 - BRIGADEIROS GOURMET FONTE ELABORADO PELO AUTOR

Tacinhas acriacutelicas

FOTO9 - TACINHAS ACRIacuteLICAS FONTE BUFFET DELIacuteCIAS DA VI

Trufas

FOTO 10 - TRUFAS FONTE FOGAtildeO DA VOVOacute

35

Bombons

FOTO11 - BOMBONS FONTE DALVA GOLDEN GATE

Bem casados

FOTO12 - BEM CASADOS FONTE CASAMENTO SEM ERRO

FOTO13 - BEM CASADOS FONTE CASAMENTO SEM ERRO

36

413 Preccedilo de venda

A definiccedilatildeo do preccedilo dos produtos eacute uma das decisotildees mais relevantes da

organizaccedilatildeo que deve levar em conta a forma como a empresa deseja se posicionar

no mercado os custos a concorrecircncia e a rentabilidade almejada

O preccedilo eacute um dos elementos mais versaacuteteis pode ser modificado rapidamente

ao contraacuterio das propriedades dos produtos dos contratos com canais de distribuiccedilatildeo

e ateacute mesmo das promoccedilotildees O Preccedilo tem tambeacutem a tarefa de mostrar ao mercado o

posicionamento de valor desejado pela empresa para o seu produto ou marca

(KOTLER KELLER 2006 p 428)

A consolidaccedilatildeo dos preccedilos dos produtos seraacute elaborada levando em conta os

custos para se obter os produtos com a qualidade requinte e sofisticaccedilatildeo desejada

com a margem de lucro esperada e se baseando nos preccedilos praticados pela

concorrecircncia

414 Previsatildeo de vendas

Para Chiavenato (2007 p 2013)

A previsatildeo de vendas representa a quantidade de produtosserviccedilos que a empresa pretende vender ou colocar no mercado durante um determinado periacuteodo geralmente um mecircs ou um ano dividido em meses Constitui portanto uma estimativa ou uma expectativa de vendas Pode ser feita em unidades fiacutesicas ou em valores monetaacuterios

A produccedilatildeo vai ser em meacutedia de 5600 doces (doces finos gourmet e bem

casados) e 4 bolos procurando atender em meacutedia 4 eventos por semana e ateacute 16

eventos por mecircs sendo que nos meses de setembro a dezembro essa demanda

aumenta pelo motivo de historicamente ter um nuacutemero maior de casamentos

37

415 Definiccedilatildeo de local de venda dos produtos

ldquoA venda eacute a fase fundamental do processo de vendas Consiste na

transferecircncia do produtoserviccedilo para o cliente ou consumidorrdquo (CHIAVENATO 2007

p 210)

As vendas vatildeo ocorrer atraveacutes de site proacuteprio redes sociais telefone e

pessoalmente natildeo teremos loja fiacutesica apenas um ateliecirc para confecccedilatildeo dos bolos e

doces onde vai conter uma sala anexa na qual vai ser oferecido o serviccedilo de

degustaccedilatildeo com horaacuterios marcados para assim o cliente decidir quais os produtos

seratildeo adquiridos para o seu evento e fechamento de contrato

416 Definiccedilatildeo da demanda e da oferta

Na maior parte das encomendas os clientes solicitam os doces finos e

gourmet que contecircm chocolates frutas oleaginosas tais como castanhas nozes

avelatildes amecircndoas frutas como framboesa morango damasco cerejas e os bem

casados Os bolos mais solicitados satildeo os com decoraccedilatildeo de pasta americana que

deve obrigatoriamente ter recheios mais firmes como ganaches fios de ovos

strogonoff de nozes e os naked cake (bolo pelado) que possuem mais opccedilotildees de

recheios com chocolates frutas diversas e cremes de pacirctisserie

Em contato com algumas empresas que fornecem o mesmo tipo de produto

foi possiacutevel verificar que as encomendas devem ser feitas com antecedecircncia miacutenima

de 6 meses sendo que alguns casos somente com um ano de antecedecircncia para

conseguir na data desejada Esse eacute um dos pontos que mostra que tem espaccedilo

suficiente para entrada nesse mercado

38

417 Concorrentes

Chiavenato (2007 p 33) Kotler e Keller (2006 p 340) afirmam que os

concorrentes satildeo as organizaccedilotildees que competem pelos mesmos fornecedores

clientes e consumidores

ldquoAgrave medida que seus produtosserviccedilos tornam-se mais heterogecircneos tanto

mais heterogecircneos e diferenciados seratildeo seus concorrentes e tanto mais complexa

seraacute a competitividaderdquo (CHIAVENATO 2007 p 33)

Em busca na internet foi possiacutevel identificar que atualmente existe em meacutedia

25 concorrentes reais que oferecem exatamente os mesmos produtos que seratildeo

fornecidos com o mesmo padratildeo de qualidade valor agregado requinte e

sofisticaccedilatildeo Tambeacutem foi detectado mais 14 concorrentes potenciais que vendem

produtos similares aos que seratildeo vendidos poreacutem natildeo possuem o mesmo valor

agregado dos que vatildeo ser ofertados Foi possiacutevel identificar que alguns concorrentes

oferecem somente os doces finos dos quais foram identificados mais 3 concorrentes

reais e 3 concorrentes potenciais E foi detectado que existem concorrentes que

fornecem apenas os bolos artiacutesticos dos quais foi identificado 4 concorrentes reais

todos fornecem os bolos com o mesmo niacutevel de qualidade que seratildeo fornecidos

A tabela 3 mostra a divisatildeo dos concorrentes reais e potenciais que fornecem

bolos e doces por bairro de Curitiba

39

TABELA 3 - CONCORRENTES QUE FORNECEM BOLOS E DOCES POR BAIRRO

Bairro Quantidade de Concorrentes Reais

Quantidade de Concorrentes Potenciais

Aacutegua Verde 4 1

Ahuacute 1

Bairro Alto 2 1

Barreirinha 1

Barreirinha 1

Bom Retiro 1

Campo Comprido 1

Campo Comprido 1

Cidade Industrial 1

Colombo 1

Fazenda Rio Grande 1

Hauer 1

Hugo Lange 1

Mercecircs 1

Novo Mundo 2 1

Novo Mundo 1

Portatildeo 1

Portatildeo 1

Santa Cacircndida 1

Santa Felicidade 1 1

Santo Inaacutecio 1 1

Satildeo Joseacute dos Pinhais 1

Seminaacuterio 1

Sitio Cercado 1

Tarumatilde 1

Vila Izabel 1

Natildeo Informado 1 2

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

418 Forma de divulgaccedilatildeo dos concorrentes

Todas as empresas pesquisadas que fornecem produtos similares aos que

vamos fornecer utilizam sites proacuteprios e as redes sociais para fazer divulgaccedilatildeo dos

seus produtos todas fazem degustaccedilatildeo para os clientes conhecerem os seus

produtos e posteriormente fechar um contrato

40

42 TAMANHO DO NEGOacuteCIO

421 Capacidade produtiva

A capacidade produtiva vai ser para atender ateacute 4 eventos por semana A

produccedilatildeo vai ser de ateacute 5600 doces (doces finos gourmet e bem casados) e 4 bolos

atendendo ateacute 4 eventos por final de semana e ateacute 16 eventos por mecircs sendo que

nos meses de setembro a dezembro essa demanda aumenta pelo motivo de

historicamente ter um nuacutemero maior de casamentos

422 Investimento

Um dos pontos mais relevantes para abertura de uma empresa eacute a

determinaccedilatildeo do capital miacutenimo para dar iniacutecio nas atividades e principalmente como

obter este capital ldquoEacute com o capital inicial que a empresa tem condiccedilotildees de reunir os

recursos empresariais necessaacuterios ao seu funcionamento sejam eles recursos

humanos materiais ou financeirosrdquo A determinaccedilatildeo do capital eacute o que estabelece a

quantidade de recursos empresariais que a empresa tem disponiacutevel Indiscutivelmente

quanto maior for o volume de recursos empresariais mais faacutecil se torna o desempenho

da empresa Quando todos os recursos necessaacuterios para seu funcionamento estatildeo agrave

disposiccedilatildeo a administraccedilatildeo do empreendimento fica mais simples (CHIAVENATO

2007 p84)

Cabe acrescentar que (LAPPONI 2007 p 321)

O custo inicial refere-se aos desembolsos realizados para aquisiccedilatildeo de equipamentos ou outros ativos fixos incluindo o pagamento de fretes seguros instalaccedilotildees despesas operacionais iniciais com materiais e matildeo de obra treinamento de pessoal de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo etc resumindo o custo inicial inclui todos os desembolsos necessaacuterios para adquirir os ativos necessaacuterios e que estejam em condiccedilotildees de operar e gerar as receitas estimadas

41

O empreendimento iniciaraacute suas atividades com capital investido com

recursos proacuteprios da empreendedora

As estimativas de investimento inicial para abertura da empresa foi de

R$5162851 conforme tabela 4

TABELA 4 - INVESTIMENTO INICIAL

Descriccedilatildeo Valor (R$)

Maacutequinas e equipamentos Cozinha R$ 3084878

Utensiacutelios R$ 555075

Moacuteveis para escritoacuterio R$ 268982

Equipamentos de informaacutetica e eletrocircnicos R$ 446204

Outros custos escritoacuterio R$ 48912

Uniformes R$ 155800

Pintura Imoacutevel R$ 500000

Porta de Vidro R$ 103000

Total R$ 5162851

FONTE ELABORADO PELO AUTOR (2015)

423 Localizaccedilatildeo

Seraacute locado um imoacutevel para a instalaccedilatildeo da empresa localizado na Rua Heitor

Baggio Vidal 2508 Bairro Alto Curitiba ndash PR com o valor do aluguel mensal de

R$160000 (mil e seiscentos reais) O espaccedilo interno de 95msup2 seraacute dividido em trecircs

partes a primeira com 20msup2 vai ficar a recepccedilatildeo para receber os clientes efetuar

orccedilamentos e as degustaccedilotildees a segunda com 71msup2 a cozinha industrial onde seratildeo

fabricados os bolos e doces finos e a terceira com 4msup2 o lavabo

42

FOTO14 - FOTO DO IMOacuteVEL ONDE SERAacute INSTALADA A EMPRESA FONTE MP IMOacuteVEIS

424 Entregas

As entregas dos bolos e doces finos seratildeo efetuadas por uma empresa

parceira localizada no Bairro Alto o preccedilo das entregas em Curitiba e regiatildeo

metropolitana variam de R$2400 (vinte e quatro reais) a R$6000 (sessenta reais)

dependendo da localizaccedilatildeo tais valores seratildeo cobrados dos clientes

43 CAPITAL DE GIRO

O capital de giro inicial foi estimado levando em conta que no primeiro ano a

empresa vai produzir 8333 da sua capacidade atendendo em meacutedia 13 ventos

mensalmente sendo assim foram considerados os gastos operacionais necessaacuterios

para o iniacutecio das atividades incluindo o custo fixo mensal e o estoque inicial ambos

multiplicados por 2 e acrescidos de um percentual de 10 de margem de seguranccedila

para despesas natildeo previstas

43

TABELA 5 - CAPITAL DE GIRO

Item Valor (R$)

Estoque Inicial 5144000

Custo Fixo Mensal 3194783

Reserva (10) 833878

Total do Capital de Giro Inicial 9172662

FONTE ELABORDO PELO AUTOR

44 FLUXO DE CAIXA

ldquoFluxo de Caixa eacute um Instrumento de gestatildeo financeira que projeta para

periacuteodos futuros todas as entradas e as saiacutedas de recursos financeiros da empresa

indicando como seraacute o saldo de caixa para o periacuteodo projetadordquo (SEBRAE)

Na tabela 6 eacute apresentada a projeccedilatildeo do Fluxo de Caixa da empresa para os

seus primeiros cinco anos onde fica evidenciado que do primeiro ateacute o quinto ano a

sauacutede financeira da empresa melhora gradativamente sendo que no final do quinto

ano o saldo em caixa ultrapassa os 300 se comparado com o saldo em caixa no

final do primeiro ano

Pode-se observar que natildeo foi inserida no fluxo de caixa a opccedilatildeo de

inadimplecircncia pois todos os pagamentos seratildeo efetuados agrave vista em dinheiro ou

cartatildeo sendo que o pagamento total dos produtos deve ser efetuado no miacutenimo 10

dias antes da data do evento

44

TABELA 6 - PROJECcedilAtildeO DE FLUXO DE CAIXA NOS PRIMEIROS CINCO ANOS

Descriccedilatildeo Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

Investimento Inicial (5162851)

Capital de Giro (9172662) 9172662

Valor Residual 1548855

Total de entradas 000 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873

Previsatildeo Receitas de vendas 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873

Total de Saiacutedas (14335513) (44888699) (54283425) (59479393) (64738409) (70291804)

(-)Fornecedores (25720000) (33641760) (36669518) (39969775) (43567055)

(-)Folha de pagamento (3267192) (3593911) (3953302) (4348633) (4783496)

(-)Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)

(963216) (1011377) (1061946) (1115043) (1170795)

(-)Retiradas soacutecios (2400000) (2640000) (3432000) (3946800) (4341480)

(-)Impostos s vendas (4654291) (5073177) (5573767) (6075406) (6622192)

(-)Alugueacuteis (1920000) (2016000) (2116800) (2222640) (2333772)

(-)Energia eleacutetrica (840000) (882000) (926100) (972405) (1021025)

(-)Aacutegua (300000) (315000) (330750) (347288) (364652)

(-)Telefone (384000) (403200) (423360) (444528) (466754)

(-)Gaacutes (588000) (617400) (648270) (680684) (714718)

(-)Serviccedilos contabilidade (960000) (1008000) (1058400) (1111320) (1166886)

(-)Manutenccedilatildeo (600000) (630000) (661500) (694575) (729304)

(-)Outras despesas com funcionaacuterios

(1296000) (1405800) (1525590) (1656320) (1799030)

(-)Taxas bancaacuterias (96000) (100800) (105840) (111132) (116689)

(-)Outros pagamentos (900000) (945000) (992250) (1041863) (1093956)

Entradas - Saiacutedas (14335513) 12981301 21410535 23027023 25193585 27734070

Depreciaccedilatildeo 000 (631377) (631377) (631377) (631377) (631377)

Saldo Final (14335513) 12349924 20779158 22395647 24562208 37824209

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

A depreciaccedilatildeo foi calculada considerando o prazo de vida uacutetil meacutedio de 10

anos das maacutequinas equipamentos instalaccedilotildees moacuteveis e utensiacutelios e para os

computadores e perifeacutericos foi considerado o prazo de vida uacutetil de 5 anos conforme

demonstrado na tabela 7

TABELA 7 - DEPRECIACcedilAtildeO

Item Valor Inicial Taxa Anual Depreciaccedilatildeo Anual (R$)

Maacutequinas e equipamentos 3084878 10 308488

Instalaccedilotildees 103000 10 10300

Moacuteveis e Utensiacutelios 824057 10 82406

Computadores e Perifeacutericos 446204 20 89241

Outros 704712 20 140942

Total 631377

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

45

O valor residual dos equipamentos e instalaccedilotildees da empresa no final do quinto

ano foi considerado em 30 referente ao valor de aquisiccedilatildeo dos mesmos no iniacutecio do

projeto

45 ANAacuteLISE DOS INDICADORES (VPL TIR E PAYBACK)

451 Valor Presente Liacutequido (VPL)

A tabela 8 mostra que o VPL (Valor Presente Liacutequido) eacute positivo isso significa

que aleacutem de recuperar o investimento inicial ainda vai ser agregado ao valor da

empresa um montante de R$ R$50392407 (quinhentos e trecircs mil novecentos e vinte

quatro reais e sete centavos)

A taxa de retorno requerida de 20 foi determinada levando em conta o niacutevel

de risco do projeto e visando o valor desejado para se obter em cima do valor

investido

TABELA 8 - CALCULO DO VALOR PRESENTE LIacuteQUIDO (VPL)

Anos FC k 2000

0 -$143355 VPL $50392407

1 $123499 VPL $50392407

2 $207792 VPL $50392407

3 $223956 VPL $21761126

4 $245622 VPL $21761126

5 $378242 Decisatildeo Aceitar o Projeto

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

452 Taxa Interna de Retorno (TIR)

Conforme a tabela 9 eacute possiacutevel verificar que a TIR (Taxa Interna de Retorno)

eacute de 11593 maior que a taxa requerida de 20 isso significa que custo inicial seraacute

46

recuperado e o projeto vai criar valor para empresa mais um resultado favoraacutevel para

a aceitaccedilatildeo do projeto

TABELA 9 - TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR)

Anos FC

0 -$143355 TIR 11593

1 $123499 TIR 2168

2 $207792 TIR 2168

3 $223956 Decisatildeo

4 $245622 k 2000

5 $378242 Aceitar o projeto

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

453 Payback

O tempo de recuperaccedilatildeo do custo inicial ocorre normalmente entre o quarto e

o quinto ano se for feita a anaacutelise da tabela 10 eacute possiacutevel verificar que o tempo

necessaacuterio para o retorno do investimento (payback) do projeto eacute de 128 anos este

indicador mostra claramente que o projeto deve ser aceito pois o tempo de retorno

estaacute bem abaixo do tempo meacutedio dos empreendimentos como um todo

TABELA 10 - PAYBACK

k 20

Anos FC SPresente

0 -$143355 -$143355 PBD-SP = 128

1 $123499 -$40439 128

2 $207792 $103861

3 $223956 $233465

4 $245622 $351917

5 $378242 $503924

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

47

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Para iniciar um negoacutecio requer muito mais do que apenas o espiacuterito

empreendedor eacute necessaacuterio ter lideranccedila conhecimento sobre o mercado que deseja

atuar organizaccedilatildeo e principalmente planejamento

O principal objetivo desse estudo foi analisar a viabilidade econocircmico-

financeira da abertura de uma empresa de bolos e doces finos no Bairro Alto em

Curitiba

O objetivo apresentado nesta pesquisa foi atingido pois todos os indicadores

analisados mostram com clareza que empresa obteacutem resultados positivos que criam

valor para a mesma e com isso o projeto eacute viaacutevel economicamente pois do primeiro

ao quinto ano fica visiacutevel o crescimento do empreendimento e a melhora significativa

da sua sauacutede financeira isso fica evidenciado no saldo final em caixa no quinto ano

que chega proacuteximo haacute 400 mil reais Apesar disso eacute crucial o acompanhamento do

mercado para seguir as tendecircncias e se atualizar constantemente para tomar

decisotildees mais assertivas

Um negoacutecio mal avaliado pode arruinar a estabilidade econocircmica do

investidor por isso eacute de extrema importacircncia fazer todos os levantamentos de custos

antes de se aventurar em qualquer empreendimento

Eacute possiacutevel comprovar que a pesquisa realizada contribui positivamente para

abertura da empresa No entanto as informaccedilotildees aqui presentes natildeo satildeo estaacuteticas e

devem ser revisadas periodicamente e se preciso ateacute mesmo ampliadas no decorrer

da implantaccedilatildeo do projeto para que o mesmo seja uma ferramenta eficiente e eficaz

no desenvolvimento da empresa como um todo

48

REFEREcircNCIAS

BRITO Paulo Anaacutelise e viabilidade de projetos de investimento Satildeo Paulo Atlas 2003 DOLABELA Fernando O segredo de Luiacutesa 30 ed Satildeo Paulo Editora de Cultura 2006 DORNELAS Joseacute Carlos Assis Empreendedorismo transformando ideias em negoacutecios 4 ed Rio de Janeiro Campus Elsevier 2012 CENSO Demograacutefico 2010 Resultados gerais da amostra Curitiba IBGE 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=410690ampidtema=87ampsearch=parana|curitiba|censo-demografico-2010-resultados-gerais-da-amostra-gt Acesso em 21 de Junho de 2015 CHIAVENATO Idalberto Empreendedorismo dando asas ao espiacuterito empreendedor empreendedorismo e a viabilidade de novas empresas um guia eficiente para iniciar e tocar seu proacuteprio negoacutecio 2 ed Satildeo Paulo Saraiva 2007 ESTATIacuteSTICAS do registro civil 2012 Curitiba IBGE 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaoregistrocivil2012default_xlsshtmgt Acesso em 21 de Junho de 2015 GIL Antonio Carlos Meacutetodos e teacutecnicas de pesquisa social 6 ed Satildeo Paulo Atlas 2008 KOTLER Philip KELLER Kevin Lane Administraccedilatildeo de Marketing 12 ed Satildeo Paulo ABDR 2006 LAPPONI Juan Carlos Projetos de Investimento na Empresa Rio de Janeiro Elsevier 2007 MACHADO Jesseacute Anderson Pinto Projetos Econocircmicos uma abordagem praacutetica de elaboraccedilatildeo Satildeo Paulo Nobel 2002 MICHEL Maria Helena Metodologia e pesquisa cientiacutefica em ciecircncias sociais 2 ed Satildeo Paulo Atlas 2009 OLIVEIRA Djalma de Pinho Rebouccedilas de Planejamento estrateacutegico conceitos metodologia e praacuteticas 20 ed Satildeo Paulo Atlas 2004 PRODANOV Cleber Cristiano ERNANI Cesar de Freitas Metodologia do trabalho cientiacutefico meacutetodo e teacutecnicas da pesquisa e do trabalho acadecircmico 2 ed Novo Hamburgo Freevale 2013

49

REBELATTO Dayse Projeto de Investimento 1 ed Barueri Manole 2004 SEBRAE Pesquisa de Mercado o que eacute e para que serve Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrsitesPortalSebraeartigosPesquisa-de-mercado-o-que-C3A9-e-para-que-servegt Acesso em 21 de Junho de 2015 SEBRAE Fluxo de caixa Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrSebraePortal20SebraeAnexos0_fluxo-de-caixapdfgt Acesso em 10 de Outubro de 2015 WILDAUER Egon Walter Plano de negoacutecios elementos construtivos e processos de elaboraccedilatildeo 2 ed Curitiba Ibpex 2011 WOILER Samsatildeo MATHIAS Washington Franco Projetos planejamento elaboraccedilatildeo anaacutelise 1 ed Satildeo Paulo Atlas 1994

50

APEcircNDICES

APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL 51

APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS 52

APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL 52

51

APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL

Item Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

Aacutegua 25000 26250 27563 28941 30388

Aluguel 160000 168000 176400 185220 194481

Assessoria Contaacutebil 80000 84000 88200 92610 97241

Gaacutes 49000 51450 54023 56724 59560

Impostos 387858 422765 464481 506284 551849

Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)

80268 84281 88495 92920 97566

Energia eleacutetrica 70000 73500 77175 81034 85085

Manutenccedilatildeo 50000 52500 55125 57881 60775

Material de escritoacuterio 20000 21000 22050 23153 24310

Material de Limpeza 40000 42000 44100 46305 48620

Folha de pagamento 272266 299493 329442 362386 398625

Seguros 15000 15750 16538 17364 18233

Telefone fixointernet 20000 21000 22050 23153 24310

Telefone Moacutevel 12000 12600 13230 13892 14586

Vale Refeiccedilatildeo 75000 82500 90750 99825 109808

Vale Transporte 33000 34650 36383 38202 40112

Proacute- labore 200000 220000 286000 328900 361790

Taxas Bancaacuterias 8000 8400 8820 9261 9724

Total R$ 1597392 R$ 1720139 R$ 1900823 R$ 2064053 R$ 2227062

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

52

APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS

Item

Produccedilatildeo mensal meacutedia

Custo unitaacuterio total

Sugestatildeo Preccedilo de venda

Custo Mensal Total

Receita de vendas

Bolos artiacutesticos (recheios diversos) 150 6000 13500 900000 2025000

Bolos de copa (recheios diversos) 30 3600 8100 108000 243000

Naked cake (recheios diversos) 60 4200 9450 252000 567000

Doces Tradicionais 32 3500 7875 112000 252000

Doces Espelhados 32 5000 11250 160000 360000

Doces Finos 32 7500 16875 240000 540000

Brigadeiros gourmet 16 4500 10125 72000 162000

Tacinhas acriacutelicas 16 5500 12375 88000 198000

Trufas 32 5000 11250 160000 360000

Bombons 32 5000 11250 160000 360000

Bem casados 3200 100 225 320000 720000

Custo produccedilatildeo Total 2572000

Receita Total 5787000

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL

Ano Receita Bruta Variaccedilatildeo anual

Ano 1 000

Ano 2 69444000 9

Ano 3 75693960 9

Ano 4 82506416 9

Ano 5 89931994 9

Valor considerando a inflaccedilatildeo de 9 aa

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

8

LISTA DE ABREVIATURAS EOU SILGAS

IBGE ndash Instituro Brasileiro de Geograacutefia e Estatiacutestica

PIB ndash Produto Interno Bruto

SEBRAE ndash Serviccedilo Brasileiro de Apoio agraves Micro e Pequenas Empresas

TIR ndash Taxa Interna de Retorno

TMA ndash Taxa Miacutenima de Atratividade

TMT ndash Taxa Miacutenima de Toleracircncia

VAL ndash Valor Atual liacutequido

VPL ndash Valor presente liacutequido

9

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 11

11 PROBLEMA 12

12 OBJETIVO GERAL 12

13 OBJETIVOS ESPECIacuteFICOS 12

2 REFERENCIAL TEOacuteRICO 13

21 EMPREENDEDORISMO 13

211 Caracteriacutesticas e perfil do empreendedor 15

22 PLANO DE NEGOacuteCIOS 16

221 Estrutura do plano de negoacutecios 18

2211 Capa 18

2212 Sumaacuterio 19

2213 Sumaacuterio executivo 19

2214 Anaacutelise estrateacutegica 19

2215 Descriccedilatildeo da empresa 20

2216 Produtos e serviccedilos 20

2217 Plano operacional 20

2218 Plano de recursos humanos 21

2219 Anaacutelise de mercado 21

22110 Estrateacutegia de marketing 21

22111 Plano financeiro 22

22112 Anexos 22

23 VIABILIDADE ECONOcircMICO-FINANCEIRA 22

231 Fluxo de caixa 23

232 Valor Presente Liacutequido (VPL) 24

233 Taxa Interna de Retorno (TIR) 25

234 Periacuteodo de retorno de investimento (Payback) 26

3 METODOLOGIA 27

4 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES 29

41 ANAacuteLISE DE MERCADO 29

411 Mercado consumidor 29

10

412 Produtos que seratildeo vendidos 31

413 Preccedilo de venda 36

414 Previsatildeo de vendas 36

415 Definiccedilatildeo de local de venda dos produtos 37

416 Definiccedilatildeo da demanda e da oferta 37

417 Concorrentes 38

418 Forma de divulgaccedilatildeo dos concorrentes 39

42 TAMANHO DO NEGOacuteCIO 40

421 Capacidade produtiva 40

422 Investimento 40

423 Localizaccedilatildeo 41

424 Entregas 42

43 CAPITAL DE GIRO 42

44 FLUXO DE CAIXA 43

45 ANAacuteLISE DOS INDICADORES (VPL TIR E PAYBACK) 45

451 Valor Presente Liacutequido (VPL) 45

452 Taxa Interna de Retorno (TIR) 45

453 Payback 46

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 47

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS 48

APEcircNDICES 50

11

1 INTRODUCcedilAtildeO

Quando surge uma ideia e eacute possiacutevel identificar nela uma oportunidade eacute o

iniacutecio para a criaccedilatildeo de um negoacutecio

Qualquer empreendimento para ter ecircxito seja ele industrial comercial ou de

serviccedilos depende de inuacutemeras decisotildees que o empreendedor precisa tomar antes de

iniciaacute-lo Uma das decisotildees fundamentais eacute analisar o empreendimento

economicamente para verificar se o projeto vai ser viaacutevel e lucrativo ou natildeo poreacutem

antes das decisotildees surgem agraves duacutevidas e incertezas como qual o ponto de partida

Qual deve ser o capital investido inicialmente Quais produtos seratildeo fabricados

Onde seratildeo vendidos

Para abertura de uma empresa de bolos e doces finos em Curitiba os

questionamentos satildeo os mesmos e para conseguir as respostas para todos esses

questionamentos que andam lado a lado com todos os empreendedores quando

surge a ideia de um novo negoacutecio eacute essencial a construccedilatildeo de um plano de negoacutecios

e principalmente efetuar uma anaacutelise de viabilidade econocircmico-financeira bem

estruturada que traga informaccedilotildees fundamentais para tomar decisotildees mais assertivas

No decorrer desta pesquisa foi possiacutevel responder haacute cada um destes

questionamentos por meio da anaacutelise de mercado definiccedilatildeo do tamanho do negoacutecio

fluxo de caixa e a anaacutelise dos indicadores que estatildeo dispostos no capiacutetulo 4 deste

estudo

Dornelas (2012 p 93) afirma que ldquoum negoacutecio bem planejado teraacute mais

chances de sucesso do que aquele sem planejamento na mesma igualdade de

condiccedilotildeesrdquo

Diante deste contexto a proposta deste projeto eacute analisar a viabilidade

econocircmico-financeira da abertura de uma empresa de bolos e doces finos localizada

no Bairro Alto em Curitiba

12

11 PROBLEMA

Qual a viabilidade econocircmico-financeira da abertura de uma empresa de

bolos e doces finos em Curitiba

12 OBJETIVO GERAL

Investigar qual a viabilidade da implantaccedilatildeo de uma empresa de bolos e

doces finos em Curitiba

13 OBJETIVOS ESPECIacuteFICOS

Elaborar uma anaacutelise do mercado de bolos e doces finos em Curitiba

Definir quais os produtos seratildeo vendidos

Definir a capacidade produtiva

Analisar a viabilidade econocircmico-financeira do negoacutecio

13

2 REFERENCIAL TEOacuteRICO

21 EMPREENDEDORISMO

Um projeto empreendedor se torna possiacutevel apenas se o dono da ideia estiver

disposto a assumir todas as responsabilidades e exigecircncias de abrir um negoacutecio que

sem duacutevida passaraacute a ser seu projeto de vida

Para Dolabela (2006 sn)

Se considerarmos que as empresas quase sempre comeccedilam pequenas isso chega a ser um paradoxo Principalmente porque no mundo de hoje as pequenas empresas constituem a principal fonte de empregos e satildeo responsaacuteveis em muitos paiacuteses por mais de 50 do produto interno bruto (PIB) e pelo maior volume de exportaccedilotildees aleacutem de serem as maiores geradoras de inovaccedilotildees tecnoloacutegicas desde a Segunda Guerra Mundial

Eacute possiacutevel definir empreendedorismo comordquo a capacidade que uma pessoa

possui de formular uma ideia sobre determinado produto ou serviccedilo em um mercado

seja essa ideia nova ou natildeordquo (WILDAUER 2011 p25)

Cabe acrescentar que o empreendedorismo natildeo se refere apenas a pequenos

negoacutecios e empreendimentos novos ldquoNatildeo aborda apenas a criaccedilatildeo de novos

produtos ou serviccedilos mas sim inovaccedilotildees em todos os acircmbitos do negoacuteciordquo

(CHIAVENATO 2007 p261)

Segundo Dolabela (2006 sn) se analisarmos a natureza do

empreendedorismo eacute possiacutevel observar que

A Todas as pessoas nascem empreendedoras Os humanos satildeo

empreendedores

B Empreendedorismo natildeo eacute um assunto atual existe desde a primeira

accedilatildeo inovadora com a finalidade de aperfeiccediloar as relaccedilotildees entre os homens

C Natildeo eacute apenas um fato econocircmico mas tambeacutem social

D O empreendedor estaacute em qualquer lugar natildeo apenas nas pessoas que

abrem seu proacuteprio negoacutecio

E O empreendedorismo eacute uma demonstraccedilatildeo da liberdade humana

14

F Natildeo eacute um acontecimento pessoal e nem uma habilidade que poucas

pessoas possuem eacute algo puacuteblico

G Natildeo existe a possibilidade de fazer transferecircncia de conhecimentos

empreendedores ndash ldquoao contraacuterio do que acontece por exemplo em uma aula

de geografia porque o empreendedorismo natildeo eacute um conteuacutedo cognitivo

convencionalrdquo Nesse entendimento natildeo existe a possibilidade de ensinar

mas eacute possiacutevel aprender a ser empreendedor por meio de um sistema de

ensino bem diferente do tradicional

H Eacute um assunto global e natildeo caracteriacutestico ou complementar E deve ser

apresentado na educaccedilatildeo baacutesica

I O princiacutepio do empreendedorismo e a cidadania O que por sua vez ldquoVisa

agrave construccedilatildeo do bem-estar coletivo do espiacuterito comunitaacuterio da cooperaccedilatildeo

Antes de ser aluno o estudante deve ser considerado um cidadatildeordquo

J Natildeo existe a possibilidade de definir se uma pessoa vai ter sucesso

como empreendedor

Vale enfatizar que o empreendedorismo eacute a envoltura de pessoas e

processos que juntas transformam ideias em oportunidades E a correta efetivaccedilatildeo

destas oportunidades ocasiona a criaccedilatildeo de um negoacutecio bem sucedido (DORNELAS

2012 p 28)

Chiavenato (2007 p 22) e Dornelas (2012 p29) defendem a ideia de que

1 O empreendedorismo abrange todo o processo para criar algo novo que

possua valor e seja valorizado pelo mercado

2 Que o empreendedorismo requer doaccedilatildeo disponibilidade de tempo e

vigor para tornar o novo empreendimento em um negoacutecio de sucesso

3 O empreendedorismo demanda coragem aceitaccedilatildeo de riscos

calculados e decisotildees analiacuteticas e ter flexibilidade com os obstaacuteculos falhas

e fracassos

Eacute possiacutevel concluir que o empreendedorismo eacute um fato cultural isto eacute

consequecircncia de haacutebitos accedilotildees e valores pessoais ldquoExistem famiacutelias (assim como

cidades regiotildees e paiacuteses) mais empreendedoras do que outrasrdquo A pessoa

desenvolve o empreendedorismo no conviacutevio com outros empreendedores num local

onde a possibilidade de ter o proacuteprio negoacutecio eacute visto como algo muito bom

(DOLABELA 2006 sn)

15

Diante disso natildeo eacute possiacutevel falar de empreendedorismo sem mencionar os

empreendedores pois satildeo as atitudes de pessoas que inovam assumem todos os

riscos que proporcionam o crescimento e desenvolvimento da sociedade como um

todo

211 Caracteriacutesticas e perfil do empreendedor

Ser empreendedor eacute acima de tudo ter a capacidade e a necessidade de

realizar coisas novas

O empreendedor ldquoeacute um ser social produto do meio em que vive (eacutepoca e

lugar)rdquo E se a pessoa convive em um meio onde ser empreendedor eacute considerado

algo bom teraacute motivos para abrir seu proacuteprio negoacutecio (DOLABELA 2006 sn)

O empreendedor parte da percepccedilatildeo subjetiva para percepccedilatildeo praacutetica na

qual mostram elementos que podem ser debatidos Esses elementos satildeo os mais

variaacuteveis possiacuteveis que foram originados de perguntas contestaccedilotildees e respostas

localizadas pelo empreendedor ldquoo qual natildeo precisa ser algueacutem com uma formaccedilatildeo

superior com diploma de faculdade ou algueacutem que conte com cursos teacutecnicos ou

praacuteticosrdquo (mesmo esses sendo atributos que auxilie na agilidade de formular

questionamentos e encontrar as soluccedilotildees para os mesmos) (WILDAUER 2011 p

25)

Para Dornelas (2012 p 29) empreendedor eacute a pessoa que percebe uma

oportunidade e arquiteta um negoacutecio para captar recursos calculando todos os riscos

que vai correr Em todas as definiccedilotildees de empreendedorismo nos deparamos com no

miacutenimo as seguintes particularidades em relaccedilatildeo ao empreendedor

1 Possui a atitude de criar um novo negoacutecio e amar aquilo que faz

2 Usa o capital que possui de maneira produtiva mudando o local social e

econocircmico onde estaacute inserido

3 Assume os riscos calculados e a chance do negoacutecio natildeo dar certo

Nessa mesma perspectiva Chiavenato (2007 p7) afirma que o empreendedor

eacute a pessoa que tem a capacidade de fazer as coisas acontecerem eacute favorecido pela

sua percepccedilatildeo para os negoacutecios prudecircncia na aacuterea financeira e a habilidade de

16

perceber as oportunidades Com esse conjunto de competecircncias tem a capacidade

de transformar ideias em negoacutecios O empreendedor possui uma boa imaginaccedilatildeo e eacute

persistente qualidades que combinadas de maneira correta o capacitam para

converter ideias simples em projetos objetivos e bem sucedidos

Para Wildauer (2011 p 26)

Podemos entatildeo enumerar muitas caracteriacutesticas do empreendedor sendo as principais a atitude de saber ouvir de estar atento de saber interpretar e analisar as informaccedilotildees do mercador de ter condiccedilotildees de elaborar um planejamento de suas accedilotildees futuras de traccedilar objetivos e todo um roteiro teoacuterico-praacutetico para poder atingi-lo Sem essas premissas baacutesicas o empreendedor natildeo teraacute sucesso na formulaccedilatildeo do plano de negoacutecios muito menos na sustentaccedilatildeo de seu negoacutecio

Chiavenato (2007 p 4) acredita que ldquoos empreendedores satildeo heroacuteis

populares do mundo dos negoacuteciosrdquo Que geram empregos propagam inovaccedilotildees e

estimulam o crescimento da economia Satildeo muito mais do que somente fornecedores

de produtos e serviccedilos satildeo pessoas que assumem os riscos das oscilaccedilotildees

econocircmicas

Cabe acrescentar que o empreendedor revolucionaacuterio eacute aquele que inventa

novos mercados isto eacute a pessoa cria algo exclusivo como foi o caso do Bill Gattes

fundador da Microsoft que transformou o mundo com o sistema operacional Windows

Contudo grande parte dos empreendedores cria negoacutecios em mercados jaacute existentes

e mesmo assim criam negoacutecios de sucesso (DORNELAS 2012 p30)

Wildauer (2011 p26) conclui que ldquoo empreendedor necessita de uma estrutura

de pensamento sistecircmico e visionaacuterio com base no qual estabeleceraacute metas e

desenharaacute trajetoacuterias para alcanccedilaacute-lasrdquo

22 PLANO DE NEGOacuteCIOS

Para iniciar um empreendimento eacute fundamental fazer um plano de negoacutecios

com ele eacute possiacutevel verificar a viabilidade ou natildeo do empreendimento e definir onde

estamos para onde vamos e mostrar com mais clareza as oportunidades de negoacutecio

17

Do ponto de vista de Dornelas (2012 p 93) ldquoum negoacutecio bem planejado teraacute

mais chances de sucesso do que aquele sem planejamento na mesma igualdade de

condiccedilotildeesrdquo

Nessa mesma perspectiva Dolabela (2006 sn) afirma que vaacuterios

empreendedores bem sucedidos abriram seus empreendimentos sem compreender

pontualmente o que eacute um plano de negoacutecios Poreacutem muitos outros natildeo tiveram o

mesmo fim e o que conseguiram foram negoacutecios fracassados por conta de falhas que

poderiam ter sido evitadas Uma grande quantidade de negoacutecios que possuem um

alto potencial acabam se tornando impraticaacuteveis por conta da incapacidade dos

empreendedores Ainda assim muitas pessoas abrem e vatildeo continuar abrindo

negoacutecios capacitadas ou natildeo para isso

Wildauer (2011 p 39) define plano de negoacutecios como ldquoum documento em

forma de texto no qual eacute apresentada uma proposta de negoacutecio para um mercadordquo

Esse documento deve mostrar com clareza o ponto de vista do empreendedor sobre

o sucesso do seu produto ou serviccedilo no mercado atual

Chiavenato (2007 p132) acredita que

O plano de negoacutecio mdash business planmdash descreve a ideia de um novo empreendimento e projeta os aspectos mercadoloacutegicos operacionais e financeiros dos negoacutecios propostos geralmente para os proacuteximos trecircs ou cinco anos Seu preparo permite a anaacutelise da proposta e ajuda o futuro empreendedor a evitar uma trajetoacuteria decadente que o levaraacute do entusiasmo agrave desilusatildeo e ao fracasso

Eacute possiacutevel sintetizar o plano de negoacutecios como um documento em que o

empreendedor mostra de maneira formal e concreta o negoacutecio que quer idealizar e

expor para seus parceiros soacutecios e investidores apresentando a visatildeo a missatildeo e os

seus propoacutesitos assim como o ldquoplano operacional o plano de marketing o plano de

financeiro e o plano juriacutedicordquo desta forma facilitando a assimilaccedilatildeo e aceitaccedilatildeo do

negoacutecio pelas pessoas interessadas (WILDAUER 2011 p39)

Conforme mencionado por Chiavenato (2007 p 134) o plano de negoacutecios

mobiliza o novo empreendimento na sua totalidade Ele demonstra o levantamento

cansativo dos elementos que fazem parte do negoacutecio ldquosejam internos mdash o que deveraacute

ser produzido como onde quanto mdash sejam externos mdash para quem produzir qual eacute

o mercado quais satildeo os concorrentes etcrdquo

18

Com isso Wildauer (2011 p 45) conclui que ldquoo plano de negoacutecios eacute como um

guia uacutetil para a obtenccedilatildeo de conhecimentos para a concepccedilatildeo de um

empreendimentordquo

221 Estrutura do plano de negoacutecios

O plano de negoacutecios mobiliza todas as informaccedilotildees necessaacuterias para abrir um

negoacutecio por meio dele eacute possiacutevel detectar onde estou e para onde desejo ir dentro do

mercado

Conforme identificado por Dornelas (2012 p 101) ldquonatildeo existe uma estrutura

riacutegida e especiacutefica para se escrever um plano de negoacuteciosrdquo dado que cada negoacutecio

possui suas singularidades e equivalecircncias sendo improvaacutevel delimitar um modelo-

padratildeo de plano de negoacutecios que seja absoluto e adequado para todos os negoacutecios

Todos os planos de negoacutecios devem conter um miacutenimo de seccedilotildees que vatildeo possibilitar

uma compreensatildeo do negoacutecio como um todo Tais seccedilotildees satildeo alinhadas de maneira

que mantenham uma sequecircncia loacutegica que possibilite qualquer pessoa ler o plano e

compreender como a empresa eacute estruturada seus objetivos seus produtos seus

serviccedilos qual seu mercado seu plano financeiro e de marketing

A seguir encontra-se uma breve descriccedilatildeo de cada uma das seccedilotildees do Plano

de Negoacutecios

2211 Capa

Eacute um dos componentes fundamentais do plano de negoacutecios pois eacute a primeira

parte que eacute vista pela pessoa que vai ler deve ser desenvolvida de forma clara e com

os dados adequados (DORNELAS 2012 p 101)

19

2212 Sumaacuterio

O sumaacuterio deve incluir ldquoo tiacutetulo de cada seccedilatildeo do plano de negoacutecios e a paacutegina

respectiva onde se encontra bem como os principais assuntos relacionados em cada

seccedilatildeordquo Isso faz com que fique mais faacutecil o leitor do plano de negoacutecios identificar com

mais agilidade o que lhe interessar (DORNELAS 2012 p 101-102)

2213 Sumaacuterio executivo

O Sumaacuterio Executivo eacute a parte mais importante do plano de negoacutecios ele iraacute

definir se o leitor vai prosseguir ou natildeo com a leitura do plano de negoacutecios Dessa

forma deve ser redigido com bastante concentraccedilatildeo e revisado inuacutemeras vezes e

tambeacutem englobar as informaccedilotildees mais relevantes do plano de negoacutecios Deve ser

direcionado ao puacuteblico-alvo do plano de negoacutecios e deixar claro qual o objetivo do

mesmo em relaccedilatildeo agraves pessoas que estatildeo o lendo ldquoO Sumaacuterio Executivo deve ser a

uacuteltima seccedilatildeo a ser escrita pois depende de todas as outras seccedilotildees do plano para ser

elaboradardquo (DORNELAS 2012 p 102)

2214 Anaacutelise estrateacutegica

Nesta seccedilatildeo eacute determinada a direccedilatildeo que a empresa vai seguir ldquosua visatildeo e

missatildeo sua situaccedilatildeo atual as potencialidades e ameaccedilas externas suas forccedilas e

fraquezas seus objetivos e metas de negoacuteciordquo Essa parte eacute o alicerce para o

crescimento e o estabelecimento das outras accedilotildees redigidas no plano (DORNELAS

2012 p 102)

20

2215 Descriccedilatildeo da empresa

Eacute nessa seccedilatildeo que deve ser feita a descriccedilatildeo da empresa ldquoseu histoacuterico

crescimento faturamento dos uacuteltimos anos sua razatildeo social impostos estrutura

organizacional e legal localizaccedilatildeo parcerias serviccedilos terceirizados etcrdquo

(DORNELAS 2012 p 102)

2216 Produtos e serviccedilos

Nessa seccedilatildeo do plano de negoacutecios devem ser descritos os produtos e serviccedilos

da empresa a maneira que satildeo produzidos o capital disposto seu ciclo de vida os

elementos tecnoloacutegicos envolvidos pesquisa e desenvolvimento os seus clientes

marcas e patentes etc

Nessa seccedilatildeo pode ser incluiacuteda quando estaacute informaccedilatildeo encontra-se disponiacutevel uma visatildeo do niacutevel de satisfaccedilatildeo dos clientes com os produtos e serviccedilos da empresa Esse feedback eacute bastante importante porque costuma oferecer natildeo apenas uma visatildeo do niacutevel de qualidade percebida nos produtos e serviccedilos mas tambeacutem guiar futuros investimentos da empresa em novos desenvolvimentos e processos de produccedilatildeo (DORNELAS 2012 p 102-103)

2217 Plano operacional

Nesta seccedilatildeo devem ser expostas as accedilotildees que a empresa pretende ter na

sua estrateacutegia produtiva e no processo de produccedilatildeo apontando os resultados que

essas accedilotildees teratildeo sobre os criteacuterios de avaliaccedilatildeo dos produtos Deve incluir dados

operacionais atualizados e presumidos como ldquolead time do produto ou serviccedilo

percentual de entregas a tempo rotatividade do inventaacuterio iacutendice de refugo lead time

de desenvolvimento de produto ou serviccedilo etcrdquo (DORNELAS 2012 p 103)

21

2218 Plano de recursos humanos

Devem ser exibidas as propostas de desenvolvimento e treinamento de

pessoal da empresa Esses dados estatildeo pontualmente associados com a

competecircncia da empresa de crescer ldquoespecialmente quando esta atua em um

mercado onde a detenccedilatildeo de tecnologia eacute considerada um fator estrateacutegico de

competitividaderdquo (DORNELAS 2012 p 103)

2219 Anaacutelise de mercado

Nesta seccedilatildeo o responsaacutevel pelo plano de negoacutecios deve deixar claro que os

executivos da empresa entendem perfeitamente o mercado consumidor do seu

produto ou serviccedilo (atraveacutes de pesquisa de mercado) como estaacute segmentado

crescimento do mercado atributos do consumidor anaacutelise da concorrecircncia qual a sua

fatia de mercado e dos concorrentes etc (DORNELAS 2012 p 103)

22110 Estrateacutegia de marketing

Deve ser apresentado o objetivo da empresa para vender seu produtoserviccedilo

e consolidar seus clientes e ampliar sua demanda Deve ser informada sua estrateacutegia

de venda especificidades do produtoserviccedilo preccedilos puacuteblico-alvo canais de

distribuiccedilatildeo projeccedilatildeo das vendas (DORNELAS 2012 p 103)

22

22111 Plano financeiro

Na seccedilatildeo financeira deve mostrar em nuacutemeros todas as accedilotildees planejadas

para a empresa e suas evidecircncias por meio de projeccedilotildees futuras para um negoacutecio

bem sucedido

Deve conter demonstrativo de fluxo de caixa com horizonte de pelo menos trecircs anos balanccedilo patrimonial anaacutelise do ponto de equiliacutebrio necessidades de investimento demonstrativos de resultados anaacutelise de indicadores financeiros do negoacutecio como faturamento previsto margem prevista prazo de retorno sobre o investimento inicial (payback) taxa interna de retorno (TIR) etc (DORNELAS 2012 p 103-104)

22112 Anexos

Nesta seccedilatildeo deve incluir todos os dados considerados importantes para

melhor compreensatildeo do plano de negoacutecios O que natildeo pode ser deixado de anexar eacute

o curriculum vitae dos soacutecios da empresa (DORNELAS 2012 p 104)

23 VIABILIDADE ECONOcircMICO-FINANCEIRA

Analisar o empreendimento economicamente para verificar se o projeto eacute

viaacutevel e lucrativo ou natildeo eacute uma das decisotildees fundamentais de qualquer

empreendedor

A anaacutelise de investimento eacute um mecanismo aacutegil praacutetico e seguro que ajuda

profissionais de inuacutemeras aacutereas no processo de anaacutelise de tomada de decisotildees

financeiras (REBELATTO p 141)

Lapponi (2007 p 123) afirma que

O objetivo da decisatildeo de investimento ou do orccedilamento de capital eacute maximizar o valor da empresa A decisatildeo de alocaccedilatildeo do capital em projeto de investimento eacute fundamental para o sucesso pois os recursos da empresa

23

satildeo comprometidos por longo tempo na direccedilatildeo de seu futuro desejado e isso envolve um grande esforccedilo de tempo e de gerenciamento Cada projeto aprovado eacute um desembolso realizado pela empresa coma expectativa de obter benefiacutecios futuros quantificados pela geraccedilatildeo de um fluxo de retornos adequados em geral por um prazo maior do que um ano

A carecircncia de recursos financeiros diante das muitas necessidades faz com

que seja crucial aperfeiccediloar sua utilizaccedilatildeo A anaacutelise antecipada de investimento

possibilita que se racionalize a forma como os recursos de capital satildeo utilizados

(REBELATTO 2004 p 141)

Para analisar a viabilidade de um projeto economicamente eacute necessaacuterio reunir

uma seacuterie de informaccedilotildees e de dados que precisam ser organizados para atingir seu

objetivo final que eacute o de facilitar a tomada de decisatildeo Vale salientar que o projeto

deve ser um documento que tenha a capacidade de mostrar de uma maneira loacutegica a

visatildeo estrateacutegica do negoacutecio (MACHADO 2002 p 144)

231 Fluxo de caixa

O fluxo de caixa eacute o melhor guia para uma administraccedilatildeo financeira eficiente

de qualquer negoacutecio

O fluxo de caixa eacute a reproduccedilatildeo graacutefica de uma movimentaccedilatildeo financeira ldquoAs

movimentaccedilotildees monetaacuterias satildeo identificadas temporalmente por meio de um conjunto

de entradas e saiacutedas de caixa definido como diagrama de fluxo de caixardquo Essa

representaccedilatildeo proporciona a visualizaccedilatildeo em diferentes momentos com o que estaacute

ocorrendo com o capital (REBELATTO 2004 p 150)

ldquoA identificaccedilatildeo e a quantificaccedilatildeo das estimativas relevantes do projeto satildeo o

iniacutecio da construccedilatildeo do fluxo de caixa do projeto para empresa em funcionamentordquo

(LAPPONI 2007 p 347)

O fluxo de caixa eacute um composto de entradas e saiacutedas de valores monetaacuterios

(dinheiro) no decorrer de um determinado periacuteodo Bem como evidenciar uma opccedilatildeo

possiacutevel de transaccedilotildees financeiras ou seja pagamentos agrave vista pagamentos a prazo

tiacutetulos originais etc (REBELATTO 2004 p 151)

24

232 Valor Presente Liacutequido (VPL)

ldquoO Valor presente liacutequido (VPL) ou valor atual liacutequido (VAL) eacute o valor atual das

entradas de caixa (retornos de capital esperados) incluindo o valor residual (se

houver) menos o valor atual das saiacutedas de caixardquo (REBELATTO 2004 p 214)

A foacutermula para chegar ao VPL eacute (LAPPONI 2007 p 125)

119881119875119871 = minus119868 +119865119862

(1 + 119870)119899

Onde

I= custo inicial ou desembolso inicial

FC= fluxo de caixa

K= taxa requerida

n= prazo de anaacutelise

Rebelatto (2004 p214) afirma que os paracircmetros para que o projeto seja

aceito se refere ao valor presente liacutequido (VPL)

VPLgt0 o projeto eacute aceito

VPLlt0 o projeto eacute rejeitado

VPL=0 o projeto pode ser aceito ou natildeo pois natildeo cria e nem destroacutei

valor para empresa

Para Lapponi (2007 p 134-135) as principais vantagens do VPL satildeo

Considera o fluxo de caixa do projeto na sua totalidade

Considera o valor monetaacuterio (dinheiro) no tempo

Tem a capacidade de medir o valor criado ou destruiacutedo pelo projeto

Pode ser utilizado na avaliaccedilatildeo do projeto independentemente do tipo de

fluxo de caixa utilizado

Seleciona o projeto mais viaacutevel economicamente

25

233 Taxa Interna de Retorno (TIR)

ldquoTaxa Interna de Retorno (TIR) eacute a taxa de desconto que torna o valor atual

liacutequido (VAL) do investimento igual a zero Tambeacutem eacute chamada de taxa interna efetiva

de rentabilidaderdquo (REBELATTO 2004 p 217)

No projeto do tipo simples com o aumento da taxa requerida o VPL do projeto tende ao valor do custo inicial pois o VPL eacute uma funccedilatildeo decrescente da taxa requerida Portanto a decisatildeo com o meacutetodo TIR somente deve ser feita em projetos simples que garantem a existecircncia de uma uacutenica TIRgt -100 Nos outros tipos de fluxo de caixa em geral o meacutetodo da TIR natildeo deve ser utilizado pois haacute a possibilidade de muacuteltiplas TIRs Sendo a TIR a taxa de juro que zera o VPL do projeto simples para qualquer taxa requerida K menor que a TIR o VPL seraacute positivo e para qualquer taxa requerida K maior que a TIR o VPL seraacute negativo (LAPPONI 2007 p 175-176)

Rebelatto (2004 p 217) complementa afirmando que a TIR eacute um meacutetodo

aprimorado de anaacutelise de investimento sendo possivelmente uma das mais usadas

para avaliar projetos econocircmicos A TIR deve ser comparada com a taxa miacutenima de

atratividade (TMA) para analisar se o projeto seraacute aceito ou natildeo

Sendo assim Lapponi (2007 p 176) considera que

Se TIR gt TMA o projeto deve ser aceito pois eacute economicamente viaacutevel

Se TIR lt TMA o projeto deve ser recusado pois eacute economicamente

inviaacutevel

Se TIR = TMA eacute indiferente investir no projeto pois o mesmo natildeo criaraacute

e nem destruiraacute valor da empresa

ldquoA grande vantagem da TIR como indicador de decisatildeo eacute que prescinde de

informaccedilotildees externas ao projeto Tudo que o analista necessita eacute conhecer o perfil do

projeto e alguma ideia de magnitude da taxa de jurosrdquo (MACHADO 2002 p 127)

26

234 Periacuteodo de retorno de investimento (Payback)

ldquoO payback eacute o periacuteodo de tempo em que ocorre o retorno do investimento

Calculado no fluxo de caixa de vida uacutetil de dez anos o payback apresenta-se de vaacuterias

maneiras para cada tipo de empresardquo (BRITO 2003 p 51)

Uma empresa pode nomear o payback como um dos paracircmetros para escolha

de um projeto a fim de minimizar seus riscos Mesmo sendo esse um meacutetodo faacutecil e

simples na praacutetica eacute um dos mais utilizados para efetuar a mediccedilatildeo econocircmica de um

projeto (REBELATTO 2004 p 230)

Segundo Rebelatto (2004 p 231) a foacutermula baacutesica que demonstra o caacutelculo

do payback em fluxos de caixas regulares eacute

PB =I0

FC

Onde

PB= Payback

I0= Investimento inicial

FC= Fluxo de caixa regular

Para executar o meacutetodo payback eacute crucial estabelecer o tempo maacuteximo de

toleracircncia TMT para resgatar o custo inicial ldquoPara decidir se o projeto deve ser aceito

o payback deve ser comparado com o valor de referecircncia TMT de forma querdquo

(LAPPONI 2007 p 245)

Se PB lt TMT o projeto deve ser aceito

Se PB gt TMT o projeto deve ser recusado

A principal vantagem para utilizaccedilatildeo do meacutetodo payback eacute que ele reflete a

liquidez do projeto e por consequecircncia eacute possiacutevel efetuar a avaliaccedilatildeo do risco de natildeo

recuperar o investimento (REBELATTO 2004 p 230)

27

3 METODOLOGIA

Este capiacutetulo tem por objetivo descrever os procedimentos e teacutecnicas

utilizados na pesquisa considerando o problema e aos objetivos gerais e especiacuteficos

Para a execuccedilatildeo da revisatildeo bibliograacutefica realizada neste estudo foi utilizado

livros de especialistas na aacuterea os principais temas abordados foram o

empreendedorismo que eacute um assunto chave quando surge uma ideia para um novo

negoacutecio plano de negoacutecios que eacute um elemento fundamental para o sucesso ou

fracasso de um empreendimento e a viabilidade econocircmico-financeira tema

fundamental visto que o objetivo geral da pesquisa eacute mensurar se a mesma eacute viaacutevel

ou natildeo economicamente

Foi elaborada uma anaacutelise de mercado que estaacute disponiacutevel no item 41 deste

estudo atraveacutes da mesma foi identificado que os principais clientes satildeo das classes

A e B de Curitiba regiatildeo metropolitana no item 42 foi efetuado um levantamento do

tamanho do negoacutecio onde foi definida a capacidade produtiva o investimento inicial e

a localizaccedilatildeo do empreendimento no item 44foi elaborado o fluxo de caixa que

demonstra as previsotildees financeiras do periacuteodo de 5 anos o meacutetodo utilizado para

elaborar a pesquisa foi um estudo de caso de natureza exploratoacuteria quantitativa e

anaacutelise documental

O estudo de caso eacute evidenciado por um estudo minucioso e cansativo de um

ou poucos objetivos desta forma propicia um vasto e detalhado conhecimento sobre

o assunto uma missatildeo praticamente impossiacutevel mediante as outras maneiras de

delineamentos consideradas (GIL 2008 p 57-58)

Prodanov e Freitas (2013 p60) afirmam que o estudo de caso consiste em

recolher e analisar dados sobre determinado indiviacuteduo famiacutelia grupo ou comunidade

com a finalidade de estudar diferentes aspectos das suas vidas conforme o assunto

da pesquisa

Jaacute as pesquisas exploratoacuterias satildeo definidas por Gil (2008 p 27) como as que

Tecircm como principal finalidade desenvolver esclarecer e modificar conceitos e ideias tendo em vista a formulaccedilatildeo de problemas mais precisos ou hipoacuteteses pesquisaacuteveis para estudos posteriores De todos os tipos de pesquisa estas satildeo as que apresentam menor rigidez no planejamento Habitualmente envolvem levantamento bibliograacutefico e documental entrevistas natildeo padronizadas e estudos de caso

28

A pesquisa quantitativa ldquoconsidera que tudo pode ser quantificaacutevel o que

significa traduzir em nuacutemeros opiniotildees e informaccedilotildees para classificaacute-las e analisaacute-lasrdquo

Eacute necessaacuteria a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas estatiacutesticas tais como porcentagem meacutedia

moda desvio-padratildeo coeficiente de correlaccedilatildeo etc (PRODANOV FREITAS 2013

p 69)

Muitos dados que satildeo utilizados em pesquisas satildeo adquiridos indiretamente

por meio de documentosrdquo como livros jornais papeacuteis oficiais registros estatiacutesticos

fotos discos filmes e viacutedeos que satildeo obtidos de maneira indiretardquo Essas fontes

documentais tecircm a capacidade de disponibilizar ao pesquisador um grande nuacutemero

de informaccedilotildees com bastante qualidade para evitar a perda de tempo (GIL 2008 p

147)

Este modelo de pesquisa foi utilizado para definir os principais clientes quais

os produtos que seratildeo vendidos a capacidade produtiva assim como a viabilidade

econocircmico-financeira e operacional do negoacutecio

29

4 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES

41 ANAacuteLISE DE MERCADO

Woiler e Mathias (1994 p41) e Rebelatto (2004 p01) afirmam que a anaacutelise

de mercado eacute um dos pontos mais relevantes para elaboraccedilatildeo de um projeto Atraveacutes

do estudo do mercado obtemos muitas informaccedilotildees tais como

Fazendo a comparaccedilatildeo entre demanda e a oferta encontramos a

possiacutevel escassez da demanda futura Esse resultado proporcionaraacute

informaccedilotildees para que seja definida a escala de produccedilatildeo do projeto

A regiatildeo geograacutefica em que o produto pode ser vendido eacute um dos pontos

mais significativos para que seja definida a localizaccedilatildeo do empreendimento

O preccedilo de venda os custos de comercializaccedilatildeo e os estoques nos

canais de comercializaccedilatildeo satildeo informaccedilotildees relevantes para que seja

elaborada a projeccedilatildeo do projeto

Vale salientar que esses satildeo apenas alguns elementos importantes que eacute

possiacutevel identificar na anaacutelise de mercado existe muitos outros dados que satildeo obtidos

com a mesma

411 Mercado consumidor

ldquoTodas as decisotildees relacionadas a novos empreendimentos contecircm certo

grau de incerteza tanto no que diz respeito agrave informaccedilatildeo na qual as decisotildees estatildeo

baseadas como no que diz respeito agraves suas consequecircnciasrdquo (SEBRAE)

Chiavenato acredita que os clientes tecircm a capacidade de alavancar ou

derrubar um empreendimento ldquoUm cliente pode ser uma organizaccedilatildeo uma empresa

um usuaacuterio dos produtosserviccedilos ou um consumidor finalrdquo Eacute quem adquiri os

produtosserviccedilos ofertados pela organizaccedilatildeo no final da cadeia de transaccedilotildees Eacute ele

que estabelece direta ou indiretamente se o empreendimento teraacute ecircxito ou natildeo Por

30

isso o cliente deve ser considerado como o principal patrimocircnio da empresa (2007

p 207)

Segundo dados do censo 2010 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e

estatiacutestica) dos 576190 (quinhentos e setenta e seis mil cento e noventa) domiciacutelios

de Curitiba 292965 (duzentos e noventa e dois mil novecentos e sessenta e cinco)

possuem renda de mais de 5 a mais de 20 salaacuterios miacutenimos sendo assim cerca de

5085 dos domiciacutelios curitibanos estatildeo enquadrados nas classes A e B Ainda

segundo o IBGE cerca de 137922 (cento e trinta e sete mil novecentos e vinte e dois)

domiciacutelios curitibanos tecircm renda de mais de 10 salaacuterios miacutenimos o que representa

uma meacutedia de 24 dos domiciacutelios de Curitiba

Mais de 249000 (duzentos e quarenta e nove mil) pessoas que residem em

Curitiba cerca de 1423 da populaccedilatildeo tem rendimento mensal de mais de 5 salaacuterios

miacutenimos conforme Tabela 1

TABELA 1 - RESULTADOS DA AMOSTRA - RENDIMENTO POR PESSOA EM CURITIBA

Quantidade de pessoas Salaacuterios miacutenimos

153011 Mais de 5 a 10 salaacuterios miacutenimos

38692 Mais de 10 a 15 salaacuterios miacutenimos

25427 Mais de 15 a 20 salaacuterios miacutenimos

18264 Mais de 20 a 30 salaacuterios miacutenimos

13791 Mais de 30 salaacuterios miacutenimos

FONTE IBGE - CENSO DEMOGRAacuteFICO 2010

Curitiba possui uma populaccedilatildeo de mais de 1750000 (um milhatildeo setecentos

e cinquenta mil habitantes) segundo censo IBGE 2010 sendo que 932000

(novecentos e trinta e dois mil) pessoas com o estado civil de solteiro viuacutevo

divorciado separado judicialmentedesquitado isso mostra que tem muitas pessoas

que podem fazer festas de casamento e necessitar dos produtos que seratildeo ofertados

tais como bolos artiacutesticos doces finos e bem casados

Segundo as estatiacutesticas do registro civil do IBGE ocorreram em Curitiba e

regiatildeo metropolitana no ano 2012 exatamente 18877 (dezoito mil oitocentos e setenta

e sete) casamentos sendo que nos meses de setembro a dezembro foi onde ocorreu

um maior nuacutemero um total de 7828 (sete mil oitocentos e vinte e oito) casamentos o

que representa um total de 4147 dos casamentos ocorrem nesses quatro meses

do ano

31

TABELA 2 - CASAMENTOS POR MEcircS DE REGISTRO SEGUNDO O LUGAR DO REGISTRO ndash 2012

Lugar do registro

Casamentos por mecircs do registro

Total de

registros Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

RM Curitiba 18877 1466 1250 1572 1282 1403 1533 1248 1255 1735 1753 2118 2262

Curitiba 10351 848 692 857 692 724 872 658 658 971 968 1237 1174

FONTE IBGE DIRETORIA DE PESQUISAS COORDENACcedilAtildeO DE POPULACcedilAtildeO E INDICADORES SOCIAIS ESTATIacuteSTICAS DO REGISTRO CIVIL 2012

Nessa perspectiva foi definido que o mercado que a empresa de bolos e doces

finos vai atuar eacute de Curitiba e regiatildeo metropolitana com foco nas pessoas das classes

A e B com estado civil solteiro divorciado separado judicialmentedesquitado e viuacutevo

412 Produtos que seratildeo vendidos

ldquoNo coraccedilatildeo de uma grande marca haacute um grande produto O produto-chave

na oferta ao mercado Liacutederes de mercado geralmente oferecem produtos e serviccedilos

de qualidade superiorrdquo (KOTLER KELLER 2006 p 366)

Os principais produtos fornecidos seratildeo

Bolos artiacutesticos

FOTO1 - BOLO ARTIacuteSTICO FONTE WANDA CARDOSO - BOLOS ARTIacuteSTICOS amp DOCES

32

Bolos de copa

FOTO2 - BOLO DE COPA FONTE ELABORADO PELO AUTOR

FOTO3 - BOLO DE COPA FONTE ELABORADO PELO AUTOR

Naked cake

FOTO4 - NAKED CAKE FONTE DOCES PENEacuteLOPE

33

Doces Tradicionais

FOTO5 - DOCES TRADICIONAIS FONTE ELABORADO PELO AUTOR

Doces Espelhados

FOTO6 - DOCES ESPELHADOS FONTE PRONTO SOCORRO DAS FESTAS

Doces Finos

FOTO 7 - DOCES FINOS FONTE COMPRANDO MEU APE

34

Brigadeiros gourmet

FOTO8 - BRIGADEIROS GOURMET FONTE ELABORADO PELO AUTOR

Tacinhas acriacutelicas

FOTO9 - TACINHAS ACRIacuteLICAS FONTE BUFFET DELIacuteCIAS DA VI

Trufas

FOTO 10 - TRUFAS FONTE FOGAtildeO DA VOVOacute

35

Bombons

FOTO11 - BOMBONS FONTE DALVA GOLDEN GATE

Bem casados

FOTO12 - BEM CASADOS FONTE CASAMENTO SEM ERRO

FOTO13 - BEM CASADOS FONTE CASAMENTO SEM ERRO

36

413 Preccedilo de venda

A definiccedilatildeo do preccedilo dos produtos eacute uma das decisotildees mais relevantes da

organizaccedilatildeo que deve levar em conta a forma como a empresa deseja se posicionar

no mercado os custos a concorrecircncia e a rentabilidade almejada

O preccedilo eacute um dos elementos mais versaacuteteis pode ser modificado rapidamente

ao contraacuterio das propriedades dos produtos dos contratos com canais de distribuiccedilatildeo

e ateacute mesmo das promoccedilotildees O Preccedilo tem tambeacutem a tarefa de mostrar ao mercado o

posicionamento de valor desejado pela empresa para o seu produto ou marca

(KOTLER KELLER 2006 p 428)

A consolidaccedilatildeo dos preccedilos dos produtos seraacute elaborada levando em conta os

custos para se obter os produtos com a qualidade requinte e sofisticaccedilatildeo desejada

com a margem de lucro esperada e se baseando nos preccedilos praticados pela

concorrecircncia

414 Previsatildeo de vendas

Para Chiavenato (2007 p 2013)

A previsatildeo de vendas representa a quantidade de produtosserviccedilos que a empresa pretende vender ou colocar no mercado durante um determinado periacuteodo geralmente um mecircs ou um ano dividido em meses Constitui portanto uma estimativa ou uma expectativa de vendas Pode ser feita em unidades fiacutesicas ou em valores monetaacuterios

A produccedilatildeo vai ser em meacutedia de 5600 doces (doces finos gourmet e bem

casados) e 4 bolos procurando atender em meacutedia 4 eventos por semana e ateacute 16

eventos por mecircs sendo que nos meses de setembro a dezembro essa demanda

aumenta pelo motivo de historicamente ter um nuacutemero maior de casamentos

37

415 Definiccedilatildeo de local de venda dos produtos

ldquoA venda eacute a fase fundamental do processo de vendas Consiste na

transferecircncia do produtoserviccedilo para o cliente ou consumidorrdquo (CHIAVENATO 2007

p 210)

As vendas vatildeo ocorrer atraveacutes de site proacuteprio redes sociais telefone e

pessoalmente natildeo teremos loja fiacutesica apenas um ateliecirc para confecccedilatildeo dos bolos e

doces onde vai conter uma sala anexa na qual vai ser oferecido o serviccedilo de

degustaccedilatildeo com horaacuterios marcados para assim o cliente decidir quais os produtos

seratildeo adquiridos para o seu evento e fechamento de contrato

416 Definiccedilatildeo da demanda e da oferta

Na maior parte das encomendas os clientes solicitam os doces finos e

gourmet que contecircm chocolates frutas oleaginosas tais como castanhas nozes

avelatildes amecircndoas frutas como framboesa morango damasco cerejas e os bem

casados Os bolos mais solicitados satildeo os com decoraccedilatildeo de pasta americana que

deve obrigatoriamente ter recheios mais firmes como ganaches fios de ovos

strogonoff de nozes e os naked cake (bolo pelado) que possuem mais opccedilotildees de

recheios com chocolates frutas diversas e cremes de pacirctisserie

Em contato com algumas empresas que fornecem o mesmo tipo de produto

foi possiacutevel verificar que as encomendas devem ser feitas com antecedecircncia miacutenima

de 6 meses sendo que alguns casos somente com um ano de antecedecircncia para

conseguir na data desejada Esse eacute um dos pontos que mostra que tem espaccedilo

suficiente para entrada nesse mercado

38

417 Concorrentes

Chiavenato (2007 p 33) Kotler e Keller (2006 p 340) afirmam que os

concorrentes satildeo as organizaccedilotildees que competem pelos mesmos fornecedores

clientes e consumidores

ldquoAgrave medida que seus produtosserviccedilos tornam-se mais heterogecircneos tanto

mais heterogecircneos e diferenciados seratildeo seus concorrentes e tanto mais complexa

seraacute a competitividaderdquo (CHIAVENATO 2007 p 33)

Em busca na internet foi possiacutevel identificar que atualmente existe em meacutedia

25 concorrentes reais que oferecem exatamente os mesmos produtos que seratildeo

fornecidos com o mesmo padratildeo de qualidade valor agregado requinte e

sofisticaccedilatildeo Tambeacutem foi detectado mais 14 concorrentes potenciais que vendem

produtos similares aos que seratildeo vendidos poreacutem natildeo possuem o mesmo valor

agregado dos que vatildeo ser ofertados Foi possiacutevel identificar que alguns concorrentes

oferecem somente os doces finos dos quais foram identificados mais 3 concorrentes

reais e 3 concorrentes potenciais E foi detectado que existem concorrentes que

fornecem apenas os bolos artiacutesticos dos quais foi identificado 4 concorrentes reais

todos fornecem os bolos com o mesmo niacutevel de qualidade que seratildeo fornecidos

A tabela 3 mostra a divisatildeo dos concorrentes reais e potenciais que fornecem

bolos e doces por bairro de Curitiba

39

TABELA 3 - CONCORRENTES QUE FORNECEM BOLOS E DOCES POR BAIRRO

Bairro Quantidade de Concorrentes Reais

Quantidade de Concorrentes Potenciais

Aacutegua Verde 4 1

Ahuacute 1

Bairro Alto 2 1

Barreirinha 1

Barreirinha 1

Bom Retiro 1

Campo Comprido 1

Campo Comprido 1

Cidade Industrial 1

Colombo 1

Fazenda Rio Grande 1

Hauer 1

Hugo Lange 1

Mercecircs 1

Novo Mundo 2 1

Novo Mundo 1

Portatildeo 1

Portatildeo 1

Santa Cacircndida 1

Santa Felicidade 1 1

Santo Inaacutecio 1 1

Satildeo Joseacute dos Pinhais 1

Seminaacuterio 1

Sitio Cercado 1

Tarumatilde 1

Vila Izabel 1

Natildeo Informado 1 2

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

418 Forma de divulgaccedilatildeo dos concorrentes

Todas as empresas pesquisadas que fornecem produtos similares aos que

vamos fornecer utilizam sites proacuteprios e as redes sociais para fazer divulgaccedilatildeo dos

seus produtos todas fazem degustaccedilatildeo para os clientes conhecerem os seus

produtos e posteriormente fechar um contrato

40

42 TAMANHO DO NEGOacuteCIO

421 Capacidade produtiva

A capacidade produtiva vai ser para atender ateacute 4 eventos por semana A

produccedilatildeo vai ser de ateacute 5600 doces (doces finos gourmet e bem casados) e 4 bolos

atendendo ateacute 4 eventos por final de semana e ateacute 16 eventos por mecircs sendo que

nos meses de setembro a dezembro essa demanda aumenta pelo motivo de

historicamente ter um nuacutemero maior de casamentos

422 Investimento

Um dos pontos mais relevantes para abertura de uma empresa eacute a

determinaccedilatildeo do capital miacutenimo para dar iniacutecio nas atividades e principalmente como

obter este capital ldquoEacute com o capital inicial que a empresa tem condiccedilotildees de reunir os

recursos empresariais necessaacuterios ao seu funcionamento sejam eles recursos

humanos materiais ou financeirosrdquo A determinaccedilatildeo do capital eacute o que estabelece a

quantidade de recursos empresariais que a empresa tem disponiacutevel Indiscutivelmente

quanto maior for o volume de recursos empresariais mais faacutecil se torna o desempenho

da empresa Quando todos os recursos necessaacuterios para seu funcionamento estatildeo agrave

disposiccedilatildeo a administraccedilatildeo do empreendimento fica mais simples (CHIAVENATO

2007 p84)

Cabe acrescentar que (LAPPONI 2007 p 321)

O custo inicial refere-se aos desembolsos realizados para aquisiccedilatildeo de equipamentos ou outros ativos fixos incluindo o pagamento de fretes seguros instalaccedilotildees despesas operacionais iniciais com materiais e matildeo de obra treinamento de pessoal de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo etc resumindo o custo inicial inclui todos os desembolsos necessaacuterios para adquirir os ativos necessaacuterios e que estejam em condiccedilotildees de operar e gerar as receitas estimadas

41

O empreendimento iniciaraacute suas atividades com capital investido com

recursos proacuteprios da empreendedora

As estimativas de investimento inicial para abertura da empresa foi de

R$5162851 conforme tabela 4

TABELA 4 - INVESTIMENTO INICIAL

Descriccedilatildeo Valor (R$)

Maacutequinas e equipamentos Cozinha R$ 3084878

Utensiacutelios R$ 555075

Moacuteveis para escritoacuterio R$ 268982

Equipamentos de informaacutetica e eletrocircnicos R$ 446204

Outros custos escritoacuterio R$ 48912

Uniformes R$ 155800

Pintura Imoacutevel R$ 500000

Porta de Vidro R$ 103000

Total R$ 5162851

FONTE ELABORADO PELO AUTOR (2015)

423 Localizaccedilatildeo

Seraacute locado um imoacutevel para a instalaccedilatildeo da empresa localizado na Rua Heitor

Baggio Vidal 2508 Bairro Alto Curitiba ndash PR com o valor do aluguel mensal de

R$160000 (mil e seiscentos reais) O espaccedilo interno de 95msup2 seraacute dividido em trecircs

partes a primeira com 20msup2 vai ficar a recepccedilatildeo para receber os clientes efetuar

orccedilamentos e as degustaccedilotildees a segunda com 71msup2 a cozinha industrial onde seratildeo

fabricados os bolos e doces finos e a terceira com 4msup2 o lavabo

42

FOTO14 - FOTO DO IMOacuteVEL ONDE SERAacute INSTALADA A EMPRESA FONTE MP IMOacuteVEIS

424 Entregas

As entregas dos bolos e doces finos seratildeo efetuadas por uma empresa

parceira localizada no Bairro Alto o preccedilo das entregas em Curitiba e regiatildeo

metropolitana variam de R$2400 (vinte e quatro reais) a R$6000 (sessenta reais)

dependendo da localizaccedilatildeo tais valores seratildeo cobrados dos clientes

43 CAPITAL DE GIRO

O capital de giro inicial foi estimado levando em conta que no primeiro ano a

empresa vai produzir 8333 da sua capacidade atendendo em meacutedia 13 ventos

mensalmente sendo assim foram considerados os gastos operacionais necessaacuterios

para o iniacutecio das atividades incluindo o custo fixo mensal e o estoque inicial ambos

multiplicados por 2 e acrescidos de um percentual de 10 de margem de seguranccedila

para despesas natildeo previstas

43

TABELA 5 - CAPITAL DE GIRO

Item Valor (R$)

Estoque Inicial 5144000

Custo Fixo Mensal 3194783

Reserva (10) 833878

Total do Capital de Giro Inicial 9172662

FONTE ELABORDO PELO AUTOR

44 FLUXO DE CAIXA

ldquoFluxo de Caixa eacute um Instrumento de gestatildeo financeira que projeta para

periacuteodos futuros todas as entradas e as saiacutedas de recursos financeiros da empresa

indicando como seraacute o saldo de caixa para o periacuteodo projetadordquo (SEBRAE)

Na tabela 6 eacute apresentada a projeccedilatildeo do Fluxo de Caixa da empresa para os

seus primeiros cinco anos onde fica evidenciado que do primeiro ateacute o quinto ano a

sauacutede financeira da empresa melhora gradativamente sendo que no final do quinto

ano o saldo em caixa ultrapassa os 300 se comparado com o saldo em caixa no

final do primeiro ano

Pode-se observar que natildeo foi inserida no fluxo de caixa a opccedilatildeo de

inadimplecircncia pois todos os pagamentos seratildeo efetuados agrave vista em dinheiro ou

cartatildeo sendo que o pagamento total dos produtos deve ser efetuado no miacutenimo 10

dias antes da data do evento

44

TABELA 6 - PROJECcedilAtildeO DE FLUXO DE CAIXA NOS PRIMEIROS CINCO ANOS

Descriccedilatildeo Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

Investimento Inicial (5162851)

Capital de Giro (9172662) 9172662

Valor Residual 1548855

Total de entradas 000 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873

Previsatildeo Receitas de vendas 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873

Total de Saiacutedas (14335513) (44888699) (54283425) (59479393) (64738409) (70291804)

(-)Fornecedores (25720000) (33641760) (36669518) (39969775) (43567055)

(-)Folha de pagamento (3267192) (3593911) (3953302) (4348633) (4783496)

(-)Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)

(963216) (1011377) (1061946) (1115043) (1170795)

(-)Retiradas soacutecios (2400000) (2640000) (3432000) (3946800) (4341480)

(-)Impostos s vendas (4654291) (5073177) (5573767) (6075406) (6622192)

(-)Alugueacuteis (1920000) (2016000) (2116800) (2222640) (2333772)

(-)Energia eleacutetrica (840000) (882000) (926100) (972405) (1021025)

(-)Aacutegua (300000) (315000) (330750) (347288) (364652)

(-)Telefone (384000) (403200) (423360) (444528) (466754)

(-)Gaacutes (588000) (617400) (648270) (680684) (714718)

(-)Serviccedilos contabilidade (960000) (1008000) (1058400) (1111320) (1166886)

(-)Manutenccedilatildeo (600000) (630000) (661500) (694575) (729304)

(-)Outras despesas com funcionaacuterios

(1296000) (1405800) (1525590) (1656320) (1799030)

(-)Taxas bancaacuterias (96000) (100800) (105840) (111132) (116689)

(-)Outros pagamentos (900000) (945000) (992250) (1041863) (1093956)

Entradas - Saiacutedas (14335513) 12981301 21410535 23027023 25193585 27734070

Depreciaccedilatildeo 000 (631377) (631377) (631377) (631377) (631377)

Saldo Final (14335513) 12349924 20779158 22395647 24562208 37824209

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

A depreciaccedilatildeo foi calculada considerando o prazo de vida uacutetil meacutedio de 10

anos das maacutequinas equipamentos instalaccedilotildees moacuteveis e utensiacutelios e para os

computadores e perifeacutericos foi considerado o prazo de vida uacutetil de 5 anos conforme

demonstrado na tabela 7

TABELA 7 - DEPRECIACcedilAtildeO

Item Valor Inicial Taxa Anual Depreciaccedilatildeo Anual (R$)

Maacutequinas e equipamentos 3084878 10 308488

Instalaccedilotildees 103000 10 10300

Moacuteveis e Utensiacutelios 824057 10 82406

Computadores e Perifeacutericos 446204 20 89241

Outros 704712 20 140942

Total 631377

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

45

O valor residual dos equipamentos e instalaccedilotildees da empresa no final do quinto

ano foi considerado em 30 referente ao valor de aquisiccedilatildeo dos mesmos no iniacutecio do

projeto

45 ANAacuteLISE DOS INDICADORES (VPL TIR E PAYBACK)

451 Valor Presente Liacutequido (VPL)

A tabela 8 mostra que o VPL (Valor Presente Liacutequido) eacute positivo isso significa

que aleacutem de recuperar o investimento inicial ainda vai ser agregado ao valor da

empresa um montante de R$ R$50392407 (quinhentos e trecircs mil novecentos e vinte

quatro reais e sete centavos)

A taxa de retorno requerida de 20 foi determinada levando em conta o niacutevel

de risco do projeto e visando o valor desejado para se obter em cima do valor

investido

TABELA 8 - CALCULO DO VALOR PRESENTE LIacuteQUIDO (VPL)

Anos FC k 2000

0 -$143355 VPL $50392407

1 $123499 VPL $50392407

2 $207792 VPL $50392407

3 $223956 VPL $21761126

4 $245622 VPL $21761126

5 $378242 Decisatildeo Aceitar o Projeto

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

452 Taxa Interna de Retorno (TIR)

Conforme a tabela 9 eacute possiacutevel verificar que a TIR (Taxa Interna de Retorno)

eacute de 11593 maior que a taxa requerida de 20 isso significa que custo inicial seraacute

46

recuperado e o projeto vai criar valor para empresa mais um resultado favoraacutevel para

a aceitaccedilatildeo do projeto

TABELA 9 - TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR)

Anos FC

0 -$143355 TIR 11593

1 $123499 TIR 2168

2 $207792 TIR 2168

3 $223956 Decisatildeo

4 $245622 k 2000

5 $378242 Aceitar o projeto

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

453 Payback

O tempo de recuperaccedilatildeo do custo inicial ocorre normalmente entre o quarto e

o quinto ano se for feita a anaacutelise da tabela 10 eacute possiacutevel verificar que o tempo

necessaacuterio para o retorno do investimento (payback) do projeto eacute de 128 anos este

indicador mostra claramente que o projeto deve ser aceito pois o tempo de retorno

estaacute bem abaixo do tempo meacutedio dos empreendimentos como um todo

TABELA 10 - PAYBACK

k 20

Anos FC SPresente

0 -$143355 -$143355 PBD-SP = 128

1 $123499 -$40439 128

2 $207792 $103861

3 $223956 $233465

4 $245622 $351917

5 $378242 $503924

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

47

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Para iniciar um negoacutecio requer muito mais do que apenas o espiacuterito

empreendedor eacute necessaacuterio ter lideranccedila conhecimento sobre o mercado que deseja

atuar organizaccedilatildeo e principalmente planejamento

O principal objetivo desse estudo foi analisar a viabilidade econocircmico-

financeira da abertura de uma empresa de bolos e doces finos no Bairro Alto em

Curitiba

O objetivo apresentado nesta pesquisa foi atingido pois todos os indicadores

analisados mostram com clareza que empresa obteacutem resultados positivos que criam

valor para a mesma e com isso o projeto eacute viaacutevel economicamente pois do primeiro

ao quinto ano fica visiacutevel o crescimento do empreendimento e a melhora significativa

da sua sauacutede financeira isso fica evidenciado no saldo final em caixa no quinto ano

que chega proacuteximo haacute 400 mil reais Apesar disso eacute crucial o acompanhamento do

mercado para seguir as tendecircncias e se atualizar constantemente para tomar

decisotildees mais assertivas

Um negoacutecio mal avaliado pode arruinar a estabilidade econocircmica do

investidor por isso eacute de extrema importacircncia fazer todos os levantamentos de custos

antes de se aventurar em qualquer empreendimento

Eacute possiacutevel comprovar que a pesquisa realizada contribui positivamente para

abertura da empresa No entanto as informaccedilotildees aqui presentes natildeo satildeo estaacuteticas e

devem ser revisadas periodicamente e se preciso ateacute mesmo ampliadas no decorrer

da implantaccedilatildeo do projeto para que o mesmo seja uma ferramenta eficiente e eficaz

no desenvolvimento da empresa como um todo

48

REFEREcircNCIAS

BRITO Paulo Anaacutelise e viabilidade de projetos de investimento Satildeo Paulo Atlas 2003 DOLABELA Fernando O segredo de Luiacutesa 30 ed Satildeo Paulo Editora de Cultura 2006 DORNELAS Joseacute Carlos Assis Empreendedorismo transformando ideias em negoacutecios 4 ed Rio de Janeiro Campus Elsevier 2012 CENSO Demograacutefico 2010 Resultados gerais da amostra Curitiba IBGE 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=410690ampidtema=87ampsearch=parana|curitiba|censo-demografico-2010-resultados-gerais-da-amostra-gt Acesso em 21 de Junho de 2015 CHIAVENATO Idalberto Empreendedorismo dando asas ao espiacuterito empreendedor empreendedorismo e a viabilidade de novas empresas um guia eficiente para iniciar e tocar seu proacuteprio negoacutecio 2 ed Satildeo Paulo Saraiva 2007 ESTATIacuteSTICAS do registro civil 2012 Curitiba IBGE 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaoregistrocivil2012default_xlsshtmgt Acesso em 21 de Junho de 2015 GIL Antonio Carlos Meacutetodos e teacutecnicas de pesquisa social 6 ed Satildeo Paulo Atlas 2008 KOTLER Philip KELLER Kevin Lane Administraccedilatildeo de Marketing 12 ed Satildeo Paulo ABDR 2006 LAPPONI Juan Carlos Projetos de Investimento na Empresa Rio de Janeiro Elsevier 2007 MACHADO Jesseacute Anderson Pinto Projetos Econocircmicos uma abordagem praacutetica de elaboraccedilatildeo Satildeo Paulo Nobel 2002 MICHEL Maria Helena Metodologia e pesquisa cientiacutefica em ciecircncias sociais 2 ed Satildeo Paulo Atlas 2009 OLIVEIRA Djalma de Pinho Rebouccedilas de Planejamento estrateacutegico conceitos metodologia e praacuteticas 20 ed Satildeo Paulo Atlas 2004 PRODANOV Cleber Cristiano ERNANI Cesar de Freitas Metodologia do trabalho cientiacutefico meacutetodo e teacutecnicas da pesquisa e do trabalho acadecircmico 2 ed Novo Hamburgo Freevale 2013

49

REBELATTO Dayse Projeto de Investimento 1 ed Barueri Manole 2004 SEBRAE Pesquisa de Mercado o que eacute e para que serve Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrsitesPortalSebraeartigosPesquisa-de-mercado-o-que-C3A9-e-para-que-servegt Acesso em 21 de Junho de 2015 SEBRAE Fluxo de caixa Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrSebraePortal20SebraeAnexos0_fluxo-de-caixapdfgt Acesso em 10 de Outubro de 2015 WILDAUER Egon Walter Plano de negoacutecios elementos construtivos e processos de elaboraccedilatildeo 2 ed Curitiba Ibpex 2011 WOILER Samsatildeo MATHIAS Washington Franco Projetos planejamento elaboraccedilatildeo anaacutelise 1 ed Satildeo Paulo Atlas 1994

50

APEcircNDICES

APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL 51

APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS 52

APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL 52

51

APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL

Item Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

Aacutegua 25000 26250 27563 28941 30388

Aluguel 160000 168000 176400 185220 194481

Assessoria Contaacutebil 80000 84000 88200 92610 97241

Gaacutes 49000 51450 54023 56724 59560

Impostos 387858 422765 464481 506284 551849

Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)

80268 84281 88495 92920 97566

Energia eleacutetrica 70000 73500 77175 81034 85085

Manutenccedilatildeo 50000 52500 55125 57881 60775

Material de escritoacuterio 20000 21000 22050 23153 24310

Material de Limpeza 40000 42000 44100 46305 48620

Folha de pagamento 272266 299493 329442 362386 398625

Seguros 15000 15750 16538 17364 18233

Telefone fixointernet 20000 21000 22050 23153 24310

Telefone Moacutevel 12000 12600 13230 13892 14586

Vale Refeiccedilatildeo 75000 82500 90750 99825 109808

Vale Transporte 33000 34650 36383 38202 40112

Proacute- labore 200000 220000 286000 328900 361790

Taxas Bancaacuterias 8000 8400 8820 9261 9724

Total R$ 1597392 R$ 1720139 R$ 1900823 R$ 2064053 R$ 2227062

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

52

APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS

Item

Produccedilatildeo mensal meacutedia

Custo unitaacuterio total

Sugestatildeo Preccedilo de venda

Custo Mensal Total

Receita de vendas

Bolos artiacutesticos (recheios diversos) 150 6000 13500 900000 2025000

Bolos de copa (recheios diversos) 30 3600 8100 108000 243000

Naked cake (recheios diversos) 60 4200 9450 252000 567000

Doces Tradicionais 32 3500 7875 112000 252000

Doces Espelhados 32 5000 11250 160000 360000

Doces Finos 32 7500 16875 240000 540000

Brigadeiros gourmet 16 4500 10125 72000 162000

Tacinhas acriacutelicas 16 5500 12375 88000 198000

Trufas 32 5000 11250 160000 360000

Bombons 32 5000 11250 160000 360000

Bem casados 3200 100 225 320000 720000

Custo produccedilatildeo Total 2572000

Receita Total 5787000

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL

Ano Receita Bruta Variaccedilatildeo anual

Ano 1 000

Ano 2 69444000 9

Ano 3 75693960 9

Ano 4 82506416 9

Ano 5 89931994 9

Valor considerando a inflaccedilatildeo de 9 aa

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

9

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 11

11 PROBLEMA 12

12 OBJETIVO GERAL 12

13 OBJETIVOS ESPECIacuteFICOS 12

2 REFERENCIAL TEOacuteRICO 13

21 EMPREENDEDORISMO 13

211 Caracteriacutesticas e perfil do empreendedor 15

22 PLANO DE NEGOacuteCIOS 16

221 Estrutura do plano de negoacutecios 18

2211 Capa 18

2212 Sumaacuterio 19

2213 Sumaacuterio executivo 19

2214 Anaacutelise estrateacutegica 19

2215 Descriccedilatildeo da empresa 20

2216 Produtos e serviccedilos 20

2217 Plano operacional 20

2218 Plano de recursos humanos 21

2219 Anaacutelise de mercado 21

22110 Estrateacutegia de marketing 21

22111 Plano financeiro 22

22112 Anexos 22

23 VIABILIDADE ECONOcircMICO-FINANCEIRA 22

231 Fluxo de caixa 23

232 Valor Presente Liacutequido (VPL) 24

233 Taxa Interna de Retorno (TIR) 25

234 Periacuteodo de retorno de investimento (Payback) 26

3 METODOLOGIA 27

4 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES 29

41 ANAacuteLISE DE MERCADO 29

411 Mercado consumidor 29

10

412 Produtos que seratildeo vendidos 31

413 Preccedilo de venda 36

414 Previsatildeo de vendas 36

415 Definiccedilatildeo de local de venda dos produtos 37

416 Definiccedilatildeo da demanda e da oferta 37

417 Concorrentes 38

418 Forma de divulgaccedilatildeo dos concorrentes 39

42 TAMANHO DO NEGOacuteCIO 40

421 Capacidade produtiva 40

422 Investimento 40

423 Localizaccedilatildeo 41

424 Entregas 42

43 CAPITAL DE GIRO 42

44 FLUXO DE CAIXA 43

45 ANAacuteLISE DOS INDICADORES (VPL TIR E PAYBACK) 45

451 Valor Presente Liacutequido (VPL) 45

452 Taxa Interna de Retorno (TIR) 45

453 Payback 46

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 47

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS 48

APEcircNDICES 50

11

1 INTRODUCcedilAtildeO

Quando surge uma ideia e eacute possiacutevel identificar nela uma oportunidade eacute o

iniacutecio para a criaccedilatildeo de um negoacutecio

Qualquer empreendimento para ter ecircxito seja ele industrial comercial ou de

serviccedilos depende de inuacutemeras decisotildees que o empreendedor precisa tomar antes de

iniciaacute-lo Uma das decisotildees fundamentais eacute analisar o empreendimento

economicamente para verificar se o projeto vai ser viaacutevel e lucrativo ou natildeo poreacutem

antes das decisotildees surgem agraves duacutevidas e incertezas como qual o ponto de partida

Qual deve ser o capital investido inicialmente Quais produtos seratildeo fabricados

Onde seratildeo vendidos

Para abertura de uma empresa de bolos e doces finos em Curitiba os

questionamentos satildeo os mesmos e para conseguir as respostas para todos esses

questionamentos que andam lado a lado com todos os empreendedores quando

surge a ideia de um novo negoacutecio eacute essencial a construccedilatildeo de um plano de negoacutecios

e principalmente efetuar uma anaacutelise de viabilidade econocircmico-financeira bem

estruturada que traga informaccedilotildees fundamentais para tomar decisotildees mais assertivas

No decorrer desta pesquisa foi possiacutevel responder haacute cada um destes

questionamentos por meio da anaacutelise de mercado definiccedilatildeo do tamanho do negoacutecio

fluxo de caixa e a anaacutelise dos indicadores que estatildeo dispostos no capiacutetulo 4 deste

estudo

Dornelas (2012 p 93) afirma que ldquoum negoacutecio bem planejado teraacute mais

chances de sucesso do que aquele sem planejamento na mesma igualdade de

condiccedilotildeesrdquo

Diante deste contexto a proposta deste projeto eacute analisar a viabilidade

econocircmico-financeira da abertura de uma empresa de bolos e doces finos localizada

no Bairro Alto em Curitiba

12

11 PROBLEMA

Qual a viabilidade econocircmico-financeira da abertura de uma empresa de

bolos e doces finos em Curitiba

12 OBJETIVO GERAL

Investigar qual a viabilidade da implantaccedilatildeo de uma empresa de bolos e

doces finos em Curitiba

13 OBJETIVOS ESPECIacuteFICOS

Elaborar uma anaacutelise do mercado de bolos e doces finos em Curitiba

Definir quais os produtos seratildeo vendidos

Definir a capacidade produtiva

Analisar a viabilidade econocircmico-financeira do negoacutecio

13

2 REFERENCIAL TEOacuteRICO

21 EMPREENDEDORISMO

Um projeto empreendedor se torna possiacutevel apenas se o dono da ideia estiver

disposto a assumir todas as responsabilidades e exigecircncias de abrir um negoacutecio que

sem duacutevida passaraacute a ser seu projeto de vida

Para Dolabela (2006 sn)

Se considerarmos que as empresas quase sempre comeccedilam pequenas isso chega a ser um paradoxo Principalmente porque no mundo de hoje as pequenas empresas constituem a principal fonte de empregos e satildeo responsaacuteveis em muitos paiacuteses por mais de 50 do produto interno bruto (PIB) e pelo maior volume de exportaccedilotildees aleacutem de serem as maiores geradoras de inovaccedilotildees tecnoloacutegicas desde a Segunda Guerra Mundial

Eacute possiacutevel definir empreendedorismo comordquo a capacidade que uma pessoa

possui de formular uma ideia sobre determinado produto ou serviccedilo em um mercado

seja essa ideia nova ou natildeordquo (WILDAUER 2011 p25)

Cabe acrescentar que o empreendedorismo natildeo se refere apenas a pequenos

negoacutecios e empreendimentos novos ldquoNatildeo aborda apenas a criaccedilatildeo de novos

produtos ou serviccedilos mas sim inovaccedilotildees em todos os acircmbitos do negoacuteciordquo

(CHIAVENATO 2007 p261)

Segundo Dolabela (2006 sn) se analisarmos a natureza do

empreendedorismo eacute possiacutevel observar que

A Todas as pessoas nascem empreendedoras Os humanos satildeo

empreendedores

B Empreendedorismo natildeo eacute um assunto atual existe desde a primeira

accedilatildeo inovadora com a finalidade de aperfeiccediloar as relaccedilotildees entre os homens

C Natildeo eacute apenas um fato econocircmico mas tambeacutem social

D O empreendedor estaacute em qualquer lugar natildeo apenas nas pessoas que

abrem seu proacuteprio negoacutecio

E O empreendedorismo eacute uma demonstraccedilatildeo da liberdade humana

14

F Natildeo eacute um acontecimento pessoal e nem uma habilidade que poucas

pessoas possuem eacute algo puacuteblico

G Natildeo existe a possibilidade de fazer transferecircncia de conhecimentos

empreendedores ndash ldquoao contraacuterio do que acontece por exemplo em uma aula

de geografia porque o empreendedorismo natildeo eacute um conteuacutedo cognitivo

convencionalrdquo Nesse entendimento natildeo existe a possibilidade de ensinar

mas eacute possiacutevel aprender a ser empreendedor por meio de um sistema de

ensino bem diferente do tradicional

H Eacute um assunto global e natildeo caracteriacutestico ou complementar E deve ser

apresentado na educaccedilatildeo baacutesica

I O princiacutepio do empreendedorismo e a cidadania O que por sua vez ldquoVisa

agrave construccedilatildeo do bem-estar coletivo do espiacuterito comunitaacuterio da cooperaccedilatildeo

Antes de ser aluno o estudante deve ser considerado um cidadatildeordquo

J Natildeo existe a possibilidade de definir se uma pessoa vai ter sucesso

como empreendedor

Vale enfatizar que o empreendedorismo eacute a envoltura de pessoas e

processos que juntas transformam ideias em oportunidades E a correta efetivaccedilatildeo

destas oportunidades ocasiona a criaccedilatildeo de um negoacutecio bem sucedido (DORNELAS

2012 p 28)

Chiavenato (2007 p 22) e Dornelas (2012 p29) defendem a ideia de que

1 O empreendedorismo abrange todo o processo para criar algo novo que

possua valor e seja valorizado pelo mercado

2 Que o empreendedorismo requer doaccedilatildeo disponibilidade de tempo e

vigor para tornar o novo empreendimento em um negoacutecio de sucesso

3 O empreendedorismo demanda coragem aceitaccedilatildeo de riscos

calculados e decisotildees analiacuteticas e ter flexibilidade com os obstaacuteculos falhas

e fracassos

Eacute possiacutevel concluir que o empreendedorismo eacute um fato cultural isto eacute

consequecircncia de haacutebitos accedilotildees e valores pessoais ldquoExistem famiacutelias (assim como

cidades regiotildees e paiacuteses) mais empreendedoras do que outrasrdquo A pessoa

desenvolve o empreendedorismo no conviacutevio com outros empreendedores num local

onde a possibilidade de ter o proacuteprio negoacutecio eacute visto como algo muito bom

(DOLABELA 2006 sn)

15

Diante disso natildeo eacute possiacutevel falar de empreendedorismo sem mencionar os

empreendedores pois satildeo as atitudes de pessoas que inovam assumem todos os

riscos que proporcionam o crescimento e desenvolvimento da sociedade como um

todo

211 Caracteriacutesticas e perfil do empreendedor

Ser empreendedor eacute acima de tudo ter a capacidade e a necessidade de

realizar coisas novas

O empreendedor ldquoeacute um ser social produto do meio em que vive (eacutepoca e

lugar)rdquo E se a pessoa convive em um meio onde ser empreendedor eacute considerado

algo bom teraacute motivos para abrir seu proacuteprio negoacutecio (DOLABELA 2006 sn)

O empreendedor parte da percepccedilatildeo subjetiva para percepccedilatildeo praacutetica na

qual mostram elementos que podem ser debatidos Esses elementos satildeo os mais

variaacuteveis possiacuteveis que foram originados de perguntas contestaccedilotildees e respostas

localizadas pelo empreendedor ldquoo qual natildeo precisa ser algueacutem com uma formaccedilatildeo

superior com diploma de faculdade ou algueacutem que conte com cursos teacutecnicos ou

praacuteticosrdquo (mesmo esses sendo atributos que auxilie na agilidade de formular

questionamentos e encontrar as soluccedilotildees para os mesmos) (WILDAUER 2011 p

25)

Para Dornelas (2012 p 29) empreendedor eacute a pessoa que percebe uma

oportunidade e arquiteta um negoacutecio para captar recursos calculando todos os riscos

que vai correr Em todas as definiccedilotildees de empreendedorismo nos deparamos com no

miacutenimo as seguintes particularidades em relaccedilatildeo ao empreendedor

1 Possui a atitude de criar um novo negoacutecio e amar aquilo que faz

2 Usa o capital que possui de maneira produtiva mudando o local social e

econocircmico onde estaacute inserido

3 Assume os riscos calculados e a chance do negoacutecio natildeo dar certo

Nessa mesma perspectiva Chiavenato (2007 p7) afirma que o empreendedor

eacute a pessoa que tem a capacidade de fazer as coisas acontecerem eacute favorecido pela

sua percepccedilatildeo para os negoacutecios prudecircncia na aacuterea financeira e a habilidade de

16

perceber as oportunidades Com esse conjunto de competecircncias tem a capacidade

de transformar ideias em negoacutecios O empreendedor possui uma boa imaginaccedilatildeo e eacute

persistente qualidades que combinadas de maneira correta o capacitam para

converter ideias simples em projetos objetivos e bem sucedidos

Para Wildauer (2011 p 26)

Podemos entatildeo enumerar muitas caracteriacutesticas do empreendedor sendo as principais a atitude de saber ouvir de estar atento de saber interpretar e analisar as informaccedilotildees do mercador de ter condiccedilotildees de elaborar um planejamento de suas accedilotildees futuras de traccedilar objetivos e todo um roteiro teoacuterico-praacutetico para poder atingi-lo Sem essas premissas baacutesicas o empreendedor natildeo teraacute sucesso na formulaccedilatildeo do plano de negoacutecios muito menos na sustentaccedilatildeo de seu negoacutecio

Chiavenato (2007 p 4) acredita que ldquoos empreendedores satildeo heroacuteis

populares do mundo dos negoacuteciosrdquo Que geram empregos propagam inovaccedilotildees e

estimulam o crescimento da economia Satildeo muito mais do que somente fornecedores

de produtos e serviccedilos satildeo pessoas que assumem os riscos das oscilaccedilotildees

econocircmicas

Cabe acrescentar que o empreendedor revolucionaacuterio eacute aquele que inventa

novos mercados isto eacute a pessoa cria algo exclusivo como foi o caso do Bill Gattes

fundador da Microsoft que transformou o mundo com o sistema operacional Windows

Contudo grande parte dos empreendedores cria negoacutecios em mercados jaacute existentes

e mesmo assim criam negoacutecios de sucesso (DORNELAS 2012 p30)

Wildauer (2011 p26) conclui que ldquoo empreendedor necessita de uma estrutura

de pensamento sistecircmico e visionaacuterio com base no qual estabeleceraacute metas e

desenharaacute trajetoacuterias para alcanccedilaacute-lasrdquo

22 PLANO DE NEGOacuteCIOS

Para iniciar um empreendimento eacute fundamental fazer um plano de negoacutecios

com ele eacute possiacutevel verificar a viabilidade ou natildeo do empreendimento e definir onde

estamos para onde vamos e mostrar com mais clareza as oportunidades de negoacutecio

17

Do ponto de vista de Dornelas (2012 p 93) ldquoum negoacutecio bem planejado teraacute

mais chances de sucesso do que aquele sem planejamento na mesma igualdade de

condiccedilotildeesrdquo

Nessa mesma perspectiva Dolabela (2006 sn) afirma que vaacuterios

empreendedores bem sucedidos abriram seus empreendimentos sem compreender

pontualmente o que eacute um plano de negoacutecios Poreacutem muitos outros natildeo tiveram o

mesmo fim e o que conseguiram foram negoacutecios fracassados por conta de falhas que

poderiam ter sido evitadas Uma grande quantidade de negoacutecios que possuem um

alto potencial acabam se tornando impraticaacuteveis por conta da incapacidade dos

empreendedores Ainda assim muitas pessoas abrem e vatildeo continuar abrindo

negoacutecios capacitadas ou natildeo para isso

Wildauer (2011 p 39) define plano de negoacutecios como ldquoum documento em

forma de texto no qual eacute apresentada uma proposta de negoacutecio para um mercadordquo

Esse documento deve mostrar com clareza o ponto de vista do empreendedor sobre

o sucesso do seu produto ou serviccedilo no mercado atual

Chiavenato (2007 p132) acredita que

O plano de negoacutecio mdash business planmdash descreve a ideia de um novo empreendimento e projeta os aspectos mercadoloacutegicos operacionais e financeiros dos negoacutecios propostos geralmente para os proacuteximos trecircs ou cinco anos Seu preparo permite a anaacutelise da proposta e ajuda o futuro empreendedor a evitar uma trajetoacuteria decadente que o levaraacute do entusiasmo agrave desilusatildeo e ao fracasso

Eacute possiacutevel sintetizar o plano de negoacutecios como um documento em que o

empreendedor mostra de maneira formal e concreta o negoacutecio que quer idealizar e

expor para seus parceiros soacutecios e investidores apresentando a visatildeo a missatildeo e os

seus propoacutesitos assim como o ldquoplano operacional o plano de marketing o plano de

financeiro e o plano juriacutedicordquo desta forma facilitando a assimilaccedilatildeo e aceitaccedilatildeo do

negoacutecio pelas pessoas interessadas (WILDAUER 2011 p39)

Conforme mencionado por Chiavenato (2007 p 134) o plano de negoacutecios

mobiliza o novo empreendimento na sua totalidade Ele demonstra o levantamento

cansativo dos elementos que fazem parte do negoacutecio ldquosejam internos mdash o que deveraacute

ser produzido como onde quanto mdash sejam externos mdash para quem produzir qual eacute

o mercado quais satildeo os concorrentes etcrdquo

18

Com isso Wildauer (2011 p 45) conclui que ldquoo plano de negoacutecios eacute como um

guia uacutetil para a obtenccedilatildeo de conhecimentos para a concepccedilatildeo de um

empreendimentordquo

221 Estrutura do plano de negoacutecios

O plano de negoacutecios mobiliza todas as informaccedilotildees necessaacuterias para abrir um

negoacutecio por meio dele eacute possiacutevel detectar onde estou e para onde desejo ir dentro do

mercado

Conforme identificado por Dornelas (2012 p 101) ldquonatildeo existe uma estrutura

riacutegida e especiacutefica para se escrever um plano de negoacuteciosrdquo dado que cada negoacutecio

possui suas singularidades e equivalecircncias sendo improvaacutevel delimitar um modelo-

padratildeo de plano de negoacutecios que seja absoluto e adequado para todos os negoacutecios

Todos os planos de negoacutecios devem conter um miacutenimo de seccedilotildees que vatildeo possibilitar

uma compreensatildeo do negoacutecio como um todo Tais seccedilotildees satildeo alinhadas de maneira

que mantenham uma sequecircncia loacutegica que possibilite qualquer pessoa ler o plano e

compreender como a empresa eacute estruturada seus objetivos seus produtos seus

serviccedilos qual seu mercado seu plano financeiro e de marketing

A seguir encontra-se uma breve descriccedilatildeo de cada uma das seccedilotildees do Plano

de Negoacutecios

2211 Capa

Eacute um dos componentes fundamentais do plano de negoacutecios pois eacute a primeira

parte que eacute vista pela pessoa que vai ler deve ser desenvolvida de forma clara e com

os dados adequados (DORNELAS 2012 p 101)

19

2212 Sumaacuterio

O sumaacuterio deve incluir ldquoo tiacutetulo de cada seccedilatildeo do plano de negoacutecios e a paacutegina

respectiva onde se encontra bem como os principais assuntos relacionados em cada

seccedilatildeordquo Isso faz com que fique mais faacutecil o leitor do plano de negoacutecios identificar com

mais agilidade o que lhe interessar (DORNELAS 2012 p 101-102)

2213 Sumaacuterio executivo

O Sumaacuterio Executivo eacute a parte mais importante do plano de negoacutecios ele iraacute

definir se o leitor vai prosseguir ou natildeo com a leitura do plano de negoacutecios Dessa

forma deve ser redigido com bastante concentraccedilatildeo e revisado inuacutemeras vezes e

tambeacutem englobar as informaccedilotildees mais relevantes do plano de negoacutecios Deve ser

direcionado ao puacuteblico-alvo do plano de negoacutecios e deixar claro qual o objetivo do

mesmo em relaccedilatildeo agraves pessoas que estatildeo o lendo ldquoO Sumaacuterio Executivo deve ser a

uacuteltima seccedilatildeo a ser escrita pois depende de todas as outras seccedilotildees do plano para ser

elaboradardquo (DORNELAS 2012 p 102)

2214 Anaacutelise estrateacutegica

Nesta seccedilatildeo eacute determinada a direccedilatildeo que a empresa vai seguir ldquosua visatildeo e

missatildeo sua situaccedilatildeo atual as potencialidades e ameaccedilas externas suas forccedilas e

fraquezas seus objetivos e metas de negoacuteciordquo Essa parte eacute o alicerce para o

crescimento e o estabelecimento das outras accedilotildees redigidas no plano (DORNELAS

2012 p 102)

20

2215 Descriccedilatildeo da empresa

Eacute nessa seccedilatildeo que deve ser feita a descriccedilatildeo da empresa ldquoseu histoacuterico

crescimento faturamento dos uacuteltimos anos sua razatildeo social impostos estrutura

organizacional e legal localizaccedilatildeo parcerias serviccedilos terceirizados etcrdquo

(DORNELAS 2012 p 102)

2216 Produtos e serviccedilos

Nessa seccedilatildeo do plano de negoacutecios devem ser descritos os produtos e serviccedilos

da empresa a maneira que satildeo produzidos o capital disposto seu ciclo de vida os

elementos tecnoloacutegicos envolvidos pesquisa e desenvolvimento os seus clientes

marcas e patentes etc

Nessa seccedilatildeo pode ser incluiacuteda quando estaacute informaccedilatildeo encontra-se disponiacutevel uma visatildeo do niacutevel de satisfaccedilatildeo dos clientes com os produtos e serviccedilos da empresa Esse feedback eacute bastante importante porque costuma oferecer natildeo apenas uma visatildeo do niacutevel de qualidade percebida nos produtos e serviccedilos mas tambeacutem guiar futuros investimentos da empresa em novos desenvolvimentos e processos de produccedilatildeo (DORNELAS 2012 p 102-103)

2217 Plano operacional

Nesta seccedilatildeo devem ser expostas as accedilotildees que a empresa pretende ter na

sua estrateacutegia produtiva e no processo de produccedilatildeo apontando os resultados que

essas accedilotildees teratildeo sobre os criteacuterios de avaliaccedilatildeo dos produtos Deve incluir dados

operacionais atualizados e presumidos como ldquolead time do produto ou serviccedilo

percentual de entregas a tempo rotatividade do inventaacuterio iacutendice de refugo lead time

de desenvolvimento de produto ou serviccedilo etcrdquo (DORNELAS 2012 p 103)

21

2218 Plano de recursos humanos

Devem ser exibidas as propostas de desenvolvimento e treinamento de

pessoal da empresa Esses dados estatildeo pontualmente associados com a

competecircncia da empresa de crescer ldquoespecialmente quando esta atua em um

mercado onde a detenccedilatildeo de tecnologia eacute considerada um fator estrateacutegico de

competitividaderdquo (DORNELAS 2012 p 103)

2219 Anaacutelise de mercado

Nesta seccedilatildeo o responsaacutevel pelo plano de negoacutecios deve deixar claro que os

executivos da empresa entendem perfeitamente o mercado consumidor do seu

produto ou serviccedilo (atraveacutes de pesquisa de mercado) como estaacute segmentado

crescimento do mercado atributos do consumidor anaacutelise da concorrecircncia qual a sua

fatia de mercado e dos concorrentes etc (DORNELAS 2012 p 103)

22110 Estrateacutegia de marketing

Deve ser apresentado o objetivo da empresa para vender seu produtoserviccedilo

e consolidar seus clientes e ampliar sua demanda Deve ser informada sua estrateacutegia

de venda especificidades do produtoserviccedilo preccedilos puacuteblico-alvo canais de

distribuiccedilatildeo projeccedilatildeo das vendas (DORNELAS 2012 p 103)

22

22111 Plano financeiro

Na seccedilatildeo financeira deve mostrar em nuacutemeros todas as accedilotildees planejadas

para a empresa e suas evidecircncias por meio de projeccedilotildees futuras para um negoacutecio

bem sucedido

Deve conter demonstrativo de fluxo de caixa com horizonte de pelo menos trecircs anos balanccedilo patrimonial anaacutelise do ponto de equiliacutebrio necessidades de investimento demonstrativos de resultados anaacutelise de indicadores financeiros do negoacutecio como faturamento previsto margem prevista prazo de retorno sobre o investimento inicial (payback) taxa interna de retorno (TIR) etc (DORNELAS 2012 p 103-104)

22112 Anexos

Nesta seccedilatildeo deve incluir todos os dados considerados importantes para

melhor compreensatildeo do plano de negoacutecios O que natildeo pode ser deixado de anexar eacute

o curriculum vitae dos soacutecios da empresa (DORNELAS 2012 p 104)

23 VIABILIDADE ECONOcircMICO-FINANCEIRA

Analisar o empreendimento economicamente para verificar se o projeto eacute

viaacutevel e lucrativo ou natildeo eacute uma das decisotildees fundamentais de qualquer

empreendedor

A anaacutelise de investimento eacute um mecanismo aacutegil praacutetico e seguro que ajuda

profissionais de inuacutemeras aacutereas no processo de anaacutelise de tomada de decisotildees

financeiras (REBELATTO p 141)

Lapponi (2007 p 123) afirma que

O objetivo da decisatildeo de investimento ou do orccedilamento de capital eacute maximizar o valor da empresa A decisatildeo de alocaccedilatildeo do capital em projeto de investimento eacute fundamental para o sucesso pois os recursos da empresa

23

satildeo comprometidos por longo tempo na direccedilatildeo de seu futuro desejado e isso envolve um grande esforccedilo de tempo e de gerenciamento Cada projeto aprovado eacute um desembolso realizado pela empresa coma expectativa de obter benefiacutecios futuros quantificados pela geraccedilatildeo de um fluxo de retornos adequados em geral por um prazo maior do que um ano

A carecircncia de recursos financeiros diante das muitas necessidades faz com

que seja crucial aperfeiccediloar sua utilizaccedilatildeo A anaacutelise antecipada de investimento

possibilita que se racionalize a forma como os recursos de capital satildeo utilizados

(REBELATTO 2004 p 141)

Para analisar a viabilidade de um projeto economicamente eacute necessaacuterio reunir

uma seacuterie de informaccedilotildees e de dados que precisam ser organizados para atingir seu

objetivo final que eacute o de facilitar a tomada de decisatildeo Vale salientar que o projeto

deve ser um documento que tenha a capacidade de mostrar de uma maneira loacutegica a

visatildeo estrateacutegica do negoacutecio (MACHADO 2002 p 144)

231 Fluxo de caixa

O fluxo de caixa eacute o melhor guia para uma administraccedilatildeo financeira eficiente

de qualquer negoacutecio

O fluxo de caixa eacute a reproduccedilatildeo graacutefica de uma movimentaccedilatildeo financeira ldquoAs

movimentaccedilotildees monetaacuterias satildeo identificadas temporalmente por meio de um conjunto

de entradas e saiacutedas de caixa definido como diagrama de fluxo de caixardquo Essa

representaccedilatildeo proporciona a visualizaccedilatildeo em diferentes momentos com o que estaacute

ocorrendo com o capital (REBELATTO 2004 p 150)

ldquoA identificaccedilatildeo e a quantificaccedilatildeo das estimativas relevantes do projeto satildeo o

iniacutecio da construccedilatildeo do fluxo de caixa do projeto para empresa em funcionamentordquo

(LAPPONI 2007 p 347)

O fluxo de caixa eacute um composto de entradas e saiacutedas de valores monetaacuterios

(dinheiro) no decorrer de um determinado periacuteodo Bem como evidenciar uma opccedilatildeo

possiacutevel de transaccedilotildees financeiras ou seja pagamentos agrave vista pagamentos a prazo

tiacutetulos originais etc (REBELATTO 2004 p 151)

24

232 Valor Presente Liacutequido (VPL)

ldquoO Valor presente liacutequido (VPL) ou valor atual liacutequido (VAL) eacute o valor atual das

entradas de caixa (retornos de capital esperados) incluindo o valor residual (se

houver) menos o valor atual das saiacutedas de caixardquo (REBELATTO 2004 p 214)

A foacutermula para chegar ao VPL eacute (LAPPONI 2007 p 125)

119881119875119871 = minus119868 +119865119862

(1 + 119870)119899

Onde

I= custo inicial ou desembolso inicial

FC= fluxo de caixa

K= taxa requerida

n= prazo de anaacutelise

Rebelatto (2004 p214) afirma que os paracircmetros para que o projeto seja

aceito se refere ao valor presente liacutequido (VPL)

VPLgt0 o projeto eacute aceito

VPLlt0 o projeto eacute rejeitado

VPL=0 o projeto pode ser aceito ou natildeo pois natildeo cria e nem destroacutei

valor para empresa

Para Lapponi (2007 p 134-135) as principais vantagens do VPL satildeo

Considera o fluxo de caixa do projeto na sua totalidade

Considera o valor monetaacuterio (dinheiro) no tempo

Tem a capacidade de medir o valor criado ou destruiacutedo pelo projeto

Pode ser utilizado na avaliaccedilatildeo do projeto independentemente do tipo de

fluxo de caixa utilizado

Seleciona o projeto mais viaacutevel economicamente

25

233 Taxa Interna de Retorno (TIR)

ldquoTaxa Interna de Retorno (TIR) eacute a taxa de desconto que torna o valor atual

liacutequido (VAL) do investimento igual a zero Tambeacutem eacute chamada de taxa interna efetiva

de rentabilidaderdquo (REBELATTO 2004 p 217)

No projeto do tipo simples com o aumento da taxa requerida o VPL do projeto tende ao valor do custo inicial pois o VPL eacute uma funccedilatildeo decrescente da taxa requerida Portanto a decisatildeo com o meacutetodo TIR somente deve ser feita em projetos simples que garantem a existecircncia de uma uacutenica TIRgt -100 Nos outros tipos de fluxo de caixa em geral o meacutetodo da TIR natildeo deve ser utilizado pois haacute a possibilidade de muacuteltiplas TIRs Sendo a TIR a taxa de juro que zera o VPL do projeto simples para qualquer taxa requerida K menor que a TIR o VPL seraacute positivo e para qualquer taxa requerida K maior que a TIR o VPL seraacute negativo (LAPPONI 2007 p 175-176)

Rebelatto (2004 p 217) complementa afirmando que a TIR eacute um meacutetodo

aprimorado de anaacutelise de investimento sendo possivelmente uma das mais usadas

para avaliar projetos econocircmicos A TIR deve ser comparada com a taxa miacutenima de

atratividade (TMA) para analisar se o projeto seraacute aceito ou natildeo

Sendo assim Lapponi (2007 p 176) considera que

Se TIR gt TMA o projeto deve ser aceito pois eacute economicamente viaacutevel

Se TIR lt TMA o projeto deve ser recusado pois eacute economicamente

inviaacutevel

Se TIR = TMA eacute indiferente investir no projeto pois o mesmo natildeo criaraacute

e nem destruiraacute valor da empresa

ldquoA grande vantagem da TIR como indicador de decisatildeo eacute que prescinde de

informaccedilotildees externas ao projeto Tudo que o analista necessita eacute conhecer o perfil do

projeto e alguma ideia de magnitude da taxa de jurosrdquo (MACHADO 2002 p 127)

26

234 Periacuteodo de retorno de investimento (Payback)

ldquoO payback eacute o periacuteodo de tempo em que ocorre o retorno do investimento

Calculado no fluxo de caixa de vida uacutetil de dez anos o payback apresenta-se de vaacuterias

maneiras para cada tipo de empresardquo (BRITO 2003 p 51)

Uma empresa pode nomear o payback como um dos paracircmetros para escolha

de um projeto a fim de minimizar seus riscos Mesmo sendo esse um meacutetodo faacutecil e

simples na praacutetica eacute um dos mais utilizados para efetuar a mediccedilatildeo econocircmica de um

projeto (REBELATTO 2004 p 230)

Segundo Rebelatto (2004 p 231) a foacutermula baacutesica que demonstra o caacutelculo

do payback em fluxos de caixas regulares eacute

PB =I0

FC

Onde

PB= Payback

I0= Investimento inicial

FC= Fluxo de caixa regular

Para executar o meacutetodo payback eacute crucial estabelecer o tempo maacuteximo de

toleracircncia TMT para resgatar o custo inicial ldquoPara decidir se o projeto deve ser aceito

o payback deve ser comparado com o valor de referecircncia TMT de forma querdquo

(LAPPONI 2007 p 245)

Se PB lt TMT o projeto deve ser aceito

Se PB gt TMT o projeto deve ser recusado

A principal vantagem para utilizaccedilatildeo do meacutetodo payback eacute que ele reflete a

liquidez do projeto e por consequecircncia eacute possiacutevel efetuar a avaliaccedilatildeo do risco de natildeo

recuperar o investimento (REBELATTO 2004 p 230)

27

3 METODOLOGIA

Este capiacutetulo tem por objetivo descrever os procedimentos e teacutecnicas

utilizados na pesquisa considerando o problema e aos objetivos gerais e especiacuteficos

Para a execuccedilatildeo da revisatildeo bibliograacutefica realizada neste estudo foi utilizado

livros de especialistas na aacuterea os principais temas abordados foram o

empreendedorismo que eacute um assunto chave quando surge uma ideia para um novo

negoacutecio plano de negoacutecios que eacute um elemento fundamental para o sucesso ou

fracasso de um empreendimento e a viabilidade econocircmico-financeira tema

fundamental visto que o objetivo geral da pesquisa eacute mensurar se a mesma eacute viaacutevel

ou natildeo economicamente

Foi elaborada uma anaacutelise de mercado que estaacute disponiacutevel no item 41 deste

estudo atraveacutes da mesma foi identificado que os principais clientes satildeo das classes

A e B de Curitiba regiatildeo metropolitana no item 42 foi efetuado um levantamento do

tamanho do negoacutecio onde foi definida a capacidade produtiva o investimento inicial e

a localizaccedilatildeo do empreendimento no item 44foi elaborado o fluxo de caixa que

demonstra as previsotildees financeiras do periacuteodo de 5 anos o meacutetodo utilizado para

elaborar a pesquisa foi um estudo de caso de natureza exploratoacuteria quantitativa e

anaacutelise documental

O estudo de caso eacute evidenciado por um estudo minucioso e cansativo de um

ou poucos objetivos desta forma propicia um vasto e detalhado conhecimento sobre

o assunto uma missatildeo praticamente impossiacutevel mediante as outras maneiras de

delineamentos consideradas (GIL 2008 p 57-58)

Prodanov e Freitas (2013 p60) afirmam que o estudo de caso consiste em

recolher e analisar dados sobre determinado indiviacuteduo famiacutelia grupo ou comunidade

com a finalidade de estudar diferentes aspectos das suas vidas conforme o assunto

da pesquisa

Jaacute as pesquisas exploratoacuterias satildeo definidas por Gil (2008 p 27) como as que

Tecircm como principal finalidade desenvolver esclarecer e modificar conceitos e ideias tendo em vista a formulaccedilatildeo de problemas mais precisos ou hipoacuteteses pesquisaacuteveis para estudos posteriores De todos os tipos de pesquisa estas satildeo as que apresentam menor rigidez no planejamento Habitualmente envolvem levantamento bibliograacutefico e documental entrevistas natildeo padronizadas e estudos de caso

28

A pesquisa quantitativa ldquoconsidera que tudo pode ser quantificaacutevel o que

significa traduzir em nuacutemeros opiniotildees e informaccedilotildees para classificaacute-las e analisaacute-lasrdquo

Eacute necessaacuteria a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas estatiacutesticas tais como porcentagem meacutedia

moda desvio-padratildeo coeficiente de correlaccedilatildeo etc (PRODANOV FREITAS 2013

p 69)

Muitos dados que satildeo utilizados em pesquisas satildeo adquiridos indiretamente

por meio de documentosrdquo como livros jornais papeacuteis oficiais registros estatiacutesticos

fotos discos filmes e viacutedeos que satildeo obtidos de maneira indiretardquo Essas fontes

documentais tecircm a capacidade de disponibilizar ao pesquisador um grande nuacutemero

de informaccedilotildees com bastante qualidade para evitar a perda de tempo (GIL 2008 p

147)

Este modelo de pesquisa foi utilizado para definir os principais clientes quais

os produtos que seratildeo vendidos a capacidade produtiva assim como a viabilidade

econocircmico-financeira e operacional do negoacutecio

29

4 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES

41 ANAacuteLISE DE MERCADO

Woiler e Mathias (1994 p41) e Rebelatto (2004 p01) afirmam que a anaacutelise

de mercado eacute um dos pontos mais relevantes para elaboraccedilatildeo de um projeto Atraveacutes

do estudo do mercado obtemos muitas informaccedilotildees tais como

Fazendo a comparaccedilatildeo entre demanda e a oferta encontramos a

possiacutevel escassez da demanda futura Esse resultado proporcionaraacute

informaccedilotildees para que seja definida a escala de produccedilatildeo do projeto

A regiatildeo geograacutefica em que o produto pode ser vendido eacute um dos pontos

mais significativos para que seja definida a localizaccedilatildeo do empreendimento

O preccedilo de venda os custos de comercializaccedilatildeo e os estoques nos

canais de comercializaccedilatildeo satildeo informaccedilotildees relevantes para que seja

elaborada a projeccedilatildeo do projeto

Vale salientar que esses satildeo apenas alguns elementos importantes que eacute

possiacutevel identificar na anaacutelise de mercado existe muitos outros dados que satildeo obtidos

com a mesma

411 Mercado consumidor

ldquoTodas as decisotildees relacionadas a novos empreendimentos contecircm certo

grau de incerteza tanto no que diz respeito agrave informaccedilatildeo na qual as decisotildees estatildeo

baseadas como no que diz respeito agraves suas consequecircnciasrdquo (SEBRAE)

Chiavenato acredita que os clientes tecircm a capacidade de alavancar ou

derrubar um empreendimento ldquoUm cliente pode ser uma organizaccedilatildeo uma empresa

um usuaacuterio dos produtosserviccedilos ou um consumidor finalrdquo Eacute quem adquiri os

produtosserviccedilos ofertados pela organizaccedilatildeo no final da cadeia de transaccedilotildees Eacute ele

que estabelece direta ou indiretamente se o empreendimento teraacute ecircxito ou natildeo Por

30

isso o cliente deve ser considerado como o principal patrimocircnio da empresa (2007

p 207)

Segundo dados do censo 2010 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e

estatiacutestica) dos 576190 (quinhentos e setenta e seis mil cento e noventa) domiciacutelios

de Curitiba 292965 (duzentos e noventa e dois mil novecentos e sessenta e cinco)

possuem renda de mais de 5 a mais de 20 salaacuterios miacutenimos sendo assim cerca de

5085 dos domiciacutelios curitibanos estatildeo enquadrados nas classes A e B Ainda

segundo o IBGE cerca de 137922 (cento e trinta e sete mil novecentos e vinte e dois)

domiciacutelios curitibanos tecircm renda de mais de 10 salaacuterios miacutenimos o que representa

uma meacutedia de 24 dos domiciacutelios de Curitiba

Mais de 249000 (duzentos e quarenta e nove mil) pessoas que residem em

Curitiba cerca de 1423 da populaccedilatildeo tem rendimento mensal de mais de 5 salaacuterios

miacutenimos conforme Tabela 1

TABELA 1 - RESULTADOS DA AMOSTRA - RENDIMENTO POR PESSOA EM CURITIBA

Quantidade de pessoas Salaacuterios miacutenimos

153011 Mais de 5 a 10 salaacuterios miacutenimos

38692 Mais de 10 a 15 salaacuterios miacutenimos

25427 Mais de 15 a 20 salaacuterios miacutenimos

18264 Mais de 20 a 30 salaacuterios miacutenimos

13791 Mais de 30 salaacuterios miacutenimos

FONTE IBGE - CENSO DEMOGRAacuteFICO 2010

Curitiba possui uma populaccedilatildeo de mais de 1750000 (um milhatildeo setecentos

e cinquenta mil habitantes) segundo censo IBGE 2010 sendo que 932000

(novecentos e trinta e dois mil) pessoas com o estado civil de solteiro viuacutevo

divorciado separado judicialmentedesquitado isso mostra que tem muitas pessoas

que podem fazer festas de casamento e necessitar dos produtos que seratildeo ofertados

tais como bolos artiacutesticos doces finos e bem casados

Segundo as estatiacutesticas do registro civil do IBGE ocorreram em Curitiba e

regiatildeo metropolitana no ano 2012 exatamente 18877 (dezoito mil oitocentos e setenta

e sete) casamentos sendo que nos meses de setembro a dezembro foi onde ocorreu

um maior nuacutemero um total de 7828 (sete mil oitocentos e vinte e oito) casamentos o

que representa um total de 4147 dos casamentos ocorrem nesses quatro meses

do ano

31

TABELA 2 - CASAMENTOS POR MEcircS DE REGISTRO SEGUNDO O LUGAR DO REGISTRO ndash 2012

Lugar do registro

Casamentos por mecircs do registro

Total de

registros Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

RM Curitiba 18877 1466 1250 1572 1282 1403 1533 1248 1255 1735 1753 2118 2262

Curitiba 10351 848 692 857 692 724 872 658 658 971 968 1237 1174

FONTE IBGE DIRETORIA DE PESQUISAS COORDENACcedilAtildeO DE POPULACcedilAtildeO E INDICADORES SOCIAIS ESTATIacuteSTICAS DO REGISTRO CIVIL 2012

Nessa perspectiva foi definido que o mercado que a empresa de bolos e doces

finos vai atuar eacute de Curitiba e regiatildeo metropolitana com foco nas pessoas das classes

A e B com estado civil solteiro divorciado separado judicialmentedesquitado e viuacutevo

412 Produtos que seratildeo vendidos

ldquoNo coraccedilatildeo de uma grande marca haacute um grande produto O produto-chave

na oferta ao mercado Liacutederes de mercado geralmente oferecem produtos e serviccedilos

de qualidade superiorrdquo (KOTLER KELLER 2006 p 366)

Os principais produtos fornecidos seratildeo

Bolos artiacutesticos

FOTO1 - BOLO ARTIacuteSTICO FONTE WANDA CARDOSO - BOLOS ARTIacuteSTICOS amp DOCES

32

Bolos de copa

FOTO2 - BOLO DE COPA FONTE ELABORADO PELO AUTOR

FOTO3 - BOLO DE COPA FONTE ELABORADO PELO AUTOR

Naked cake

FOTO4 - NAKED CAKE FONTE DOCES PENEacuteLOPE

33

Doces Tradicionais

FOTO5 - DOCES TRADICIONAIS FONTE ELABORADO PELO AUTOR

Doces Espelhados

FOTO6 - DOCES ESPELHADOS FONTE PRONTO SOCORRO DAS FESTAS

Doces Finos

FOTO 7 - DOCES FINOS FONTE COMPRANDO MEU APE

34

Brigadeiros gourmet

FOTO8 - BRIGADEIROS GOURMET FONTE ELABORADO PELO AUTOR

Tacinhas acriacutelicas

FOTO9 - TACINHAS ACRIacuteLICAS FONTE BUFFET DELIacuteCIAS DA VI

Trufas

FOTO 10 - TRUFAS FONTE FOGAtildeO DA VOVOacute

35

Bombons

FOTO11 - BOMBONS FONTE DALVA GOLDEN GATE

Bem casados

FOTO12 - BEM CASADOS FONTE CASAMENTO SEM ERRO

FOTO13 - BEM CASADOS FONTE CASAMENTO SEM ERRO

36

413 Preccedilo de venda

A definiccedilatildeo do preccedilo dos produtos eacute uma das decisotildees mais relevantes da

organizaccedilatildeo que deve levar em conta a forma como a empresa deseja se posicionar

no mercado os custos a concorrecircncia e a rentabilidade almejada

O preccedilo eacute um dos elementos mais versaacuteteis pode ser modificado rapidamente

ao contraacuterio das propriedades dos produtos dos contratos com canais de distribuiccedilatildeo

e ateacute mesmo das promoccedilotildees O Preccedilo tem tambeacutem a tarefa de mostrar ao mercado o

posicionamento de valor desejado pela empresa para o seu produto ou marca

(KOTLER KELLER 2006 p 428)

A consolidaccedilatildeo dos preccedilos dos produtos seraacute elaborada levando em conta os

custos para se obter os produtos com a qualidade requinte e sofisticaccedilatildeo desejada

com a margem de lucro esperada e se baseando nos preccedilos praticados pela

concorrecircncia

414 Previsatildeo de vendas

Para Chiavenato (2007 p 2013)

A previsatildeo de vendas representa a quantidade de produtosserviccedilos que a empresa pretende vender ou colocar no mercado durante um determinado periacuteodo geralmente um mecircs ou um ano dividido em meses Constitui portanto uma estimativa ou uma expectativa de vendas Pode ser feita em unidades fiacutesicas ou em valores monetaacuterios

A produccedilatildeo vai ser em meacutedia de 5600 doces (doces finos gourmet e bem

casados) e 4 bolos procurando atender em meacutedia 4 eventos por semana e ateacute 16

eventos por mecircs sendo que nos meses de setembro a dezembro essa demanda

aumenta pelo motivo de historicamente ter um nuacutemero maior de casamentos

37

415 Definiccedilatildeo de local de venda dos produtos

ldquoA venda eacute a fase fundamental do processo de vendas Consiste na

transferecircncia do produtoserviccedilo para o cliente ou consumidorrdquo (CHIAVENATO 2007

p 210)

As vendas vatildeo ocorrer atraveacutes de site proacuteprio redes sociais telefone e

pessoalmente natildeo teremos loja fiacutesica apenas um ateliecirc para confecccedilatildeo dos bolos e

doces onde vai conter uma sala anexa na qual vai ser oferecido o serviccedilo de

degustaccedilatildeo com horaacuterios marcados para assim o cliente decidir quais os produtos

seratildeo adquiridos para o seu evento e fechamento de contrato

416 Definiccedilatildeo da demanda e da oferta

Na maior parte das encomendas os clientes solicitam os doces finos e

gourmet que contecircm chocolates frutas oleaginosas tais como castanhas nozes

avelatildes amecircndoas frutas como framboesa morango damasco cerejas e os bem

casados Os bolos mais solicitados satildeo os com decoraccedilatildeo de pasta americana que

deve obrigatoriamente ter recheios mais firmes como ganaches fios de ovos

strogonoff de nozes e os naked cake (bolo pelado) que possuem mais opccedilotildees de

recheios com chocolates frutas diversas e cremes de pacirctisserie

Em contato com algumas empresas que fornecem o mesmo tipo de produto

foi possiacutevel verificar que as encomendas devem ser feitas com antecedecircncia miacutenima

de 6 meses sendo que alguns casos somente com um ano de antecedecircncia para

conseguir na data desejada Esse eacute um dos pontos que mostra que tem espaccedilo

suficiente para entrada nesse mercado

38

417 Concorrentes

Chiavenato (2007 p 33) Kotler e Keller (2006 p 340) afirmam que os

concorrentes satildeo as organizaccedilotildees que competem pelos mesmos fornecedores

clientes e consumidores

ldquoAgrave medida que seus produtosserviccedilos tornam-se mais heterogecircneos tanto

mais heterogecircneos e diferenciados seratildeo seus concorrentes e tanto mais complexa

seraacute a competitividaderdquo (CHIAVENATO 2007 p 33)

Em busca na internet foi possiacutevel identificar que atualmente existe em meacutedia

25 concorrentes reais que oferecem exatamente os mesmos produtos que seratildeo

fornecidos com o mesmo padratildeo de qualidade valor agregado requinte e

sofisticaccedilatildeo Tambeacutem foi detectado mais 14 concorrentes potenciais que vendem

produtos similares aos que seratildeo vendidos poreacutem natildeo possuem o mesmo valor

agregado dos que vatildeo ser ofertados Foi possiacutevel identificar que alguns concorrentes

oferecem somente os doces finos dos quais foram identificados mais 3 concorrentes

reais e 3 concorrentes potenciais E foi detectado que existem concorrentes que

fornecem apenas os bolos artiacutesticos dos quais foi identificado 4 concorrentes reais

todos fornecem os bolos com o mesmo niacutevel de qualidade que seratildeo fornecidos

A tabela 3 mostra a divisatildeo dos concorrentes reais e potenciais que fornecem

bolos e doces por bairro de Curitiba

39

TABELA 3 - CONCORRENTES QUE FORNECEM BOLOS E DOCES POR BAIRRO

Bairro Quantidade de Concorrentes Reais

Quantidade de Concorrentes Potenciais

Aacutegua Verde 4 1

Ahuacute 1

Bairro Alto 2 1

Barreirinha 1

Barreirinha 1

Bom Retiro 1

Campo Comprido 1

Campo Comprido 1

Cidade Industrial 1

Colombo 1

Fazenda Rio Grande 1

Hauer 1

Hugo Lange 1

Mercecircs 1

Novo Mundo 2 1

Novo Mundo 1

Portatildeo 1

Portatildeo 1

Santa Cacircndida 1

Santa Felicidade 1 1

Santo Inaacutecio 1 1

Satildeo Joseacute dos Pinhais 1

Seminaacuterio 1

Sitio Cercado 1

Tarumatilde 1

Vila Izabel 1

Natildeo Informado 1 2

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

418 Forma de divulgaccedilatildeo dos concorrentes

Todas as empresas pesquisadas que fornecem produtos similares aos que

vamos fornecer utilizam sites proacuteprios e as redes sociais para fazer divulgaccedilatildeo dos

seus produtos todas fazem degustaccedilatildeo para os clientes conhecerem os seus

produtos e posteriormente fechar um contrato

40

42 TAMANHO DO NEGOacuteCIO

421 Capacidade produtiva

A capacidade produtiva vai ser para atender ateacute 4 eventos por semana A

produccedilatildeo vai ser de ateacute 5600 doces (doces finos gourmet e bem casados) e 4 bolos

atendendo ateacute 4 eventos por final de semana e ateacute 16 eventos por mecircs sendo que

nos meses de setembro a dezembro essa demanda aumenta pelo motivo de

historicamente ter um nuacutemero maior de casamentos

422 Investimento

Um dos pontos mais relevantes para abertura de uma empresa eacute a

determinaccedilatildeo do capital miacutenimo para dar iniacutecio nas atividades e principalmente como

obter este capital ldquoEacute com o capital inicial que a empresa tem condiccedilotildees de reunir os

recursos empresariais necessaacuterios ao seu funcionamento sejam eles recursos

humanos materiais ou financeirosrdquo A determinaccedilatildeo do capital eacute o que estabelece a

quantidade de recursos empresariais que a empresa tem disponiacutevel Indiscutivelmente

quanto maior for o volume de recursos empresariais mais faacutecil se torna o desempenho

da empresa Quando todos os recursos necessaacuterios para seu funcionamento estatildeo agrave

disposiccedilatildeo a administraccedilatildeo do empreendimento fica mais simples (CHIAVENATO

2007 p84)

Cabe acrescentar que (LAPPONI 2007 p 321)

O custo inicial refere-se aos desembolsos realizados para aquisiccedilatildeo de equipamentos ou outros ativos fixos incluindo o pagamento de fretes seguros instalaccedilotildees despesas operacionais iniciais com materiais e matildeo de obra treinamento de pessoal de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo etc resumindo o custo inicial inclui todos os desembolsos necessaacuterios para adquirir os ativos necessaacuterios e que estejam em condiccedilotildees de operar e gerar as receitas estimadas

41

O empreendimento iniciaraacute suas atividades com capital investido com

recursos proacuteprios da empreendedora

As estimativas de investimento inicial para abertura da empresa foi de

R$5162851 conforme tabela 4

TABELA 4 - INVESTIMENTO INICIAL

Descriccedilatildeo Valor (R$)

Maacutequinas e equipamentos Cozinha R$ 3084878

Utensiacutelios R$ 555075

Moacuteveis para escritoacuterio R$ 268982

Equipamentos de informaacutetica e eletrocircnicos R$ 446204

Outros custos escritoacuterio R$ 48912

Uniformes R$ 155800

Pintura Imoacutevel R$ 500000

Porta de Vidro R$ 103000

Total R$ 5162851

FONTE ELABORADO PELO AUTOR (2015)

423 Localizaccedilatildeo

Seraacute locado um imoacutevel para a instalaccedilatildeo da empresa localizado na Rua Heitor

Baggio Vidal 2508 Bairro Alto Curitiba ndash PR com o valor do aluguel mensal de

R$160000 (mil e seiscentos reais) O espaccedilo interno de 95msup2 seraacute dividido em trecircs

partes a primeira com 20msup2 vai ficar a recepccedilatildeo para receber os clientes efetuar

orccedilamentos e as degustaccedilotildees a segunda com 71msup2 a cozinha industrial onde seratildeo

fabricados os bolos e doces finos e a terceira com 4msup2 o lavabo

42

FOTO14 - FOTO DO IMOacuteVEL ONDE SERAacute INSTALADA A EMPRESA FONTE MP IMOacuteVEIS

424 Entregas

As entregas dos bolos e doces finos seratildeo efetuadas por uma empresa

parceira localizada no Bairro Alto o preccedilo das entregas em Curitiba e regiatildeo

metropolitana variam de R$2400 (vinte e quatro reais) a R$6000 (sessenta reais)

dependendo da localizaccedilatildeo tais valores seratildeo cobrados dos clientes

43 CAPITAL DE GIRO

O capital de giro inicial foi estimado levando em conta que no primeiro ano a

empresa vai produzir 8333 da sua capacidade atendendo em meacutedia 13 ventos

mensalmente sendo assim foram considerados os gastos operacionais necessaacuterios

para o iniacutecio das atividades incluindo o custo fixo mensal e o estoque inicial ambos

multiplicados por 2 e acrescidos de um percentual de 10 de margem de seguranccedila

para despesas natildeo previstas

43

TABELA 5 - CAPITAL DE GIRO

Item Valor (R$)

Estoque Inicial 5144000

Custo Fixo Mensal 3194783

Reserva (10) 833878

Total do Capital de Giro Inicial 9172662

FONTE ELABORDO PELO AUTOR

44 FLUXO DE CAIXA

ldquoFluxo de Caixa eacute um Instrumento de gestatildeo financeira que projeta para

periacuteodos futuros todas as entradas e as saiacutedas de recursos financeiros da empresa

indicando como seraacute o saldo de caixa para o periacuteodo projetadordquo (SEBRAE)

Na tabela 6 eacute apresentada a projeccedilatildeo do Fluxo de Caixa da empresa para os

seus primeiros cinco anos onde fica evidenciado que do primeiro ateacute o quinto ano a

sauacutede financeira da empresa melhora gradativamente sendo que no final do quinto

ano o saldo em caixa ultrapassa os 300 se comparado com o saldo em caixa no

final do primeiro ano

Pode-se observar que natildeo foi inserida no fluxo de caixa a opccedilatildeo de

inadimplecircncia pois todos os pagamentos seratildeo efetuados agrave vista em dinheiro ou

cartatildeo sendo que o pagamento total dos produtos deve ser efetuado no miacutenimo 10

dias antes da data do evento

44

TABELA 6 - PROJECcedilAtildeO DE FLUXO DE CAIXA NOS PRIMEIROS CINCO ANOS

Descriccedilatildeo Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

Investimento Inicial (5162851)

Capital de Giro (9172662) 9172662

Valor Residual 1548855

Total de entradas 000 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873

Previsatildeo Receitas de vendas 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873

Total de Saiacutedas (14335513) (44888699) (54283425) (59479393) (64738409) (70291804)

(-)Fornecedores (25720000) (33641760) (36669518) (39969775) (43567055)

(-)Folha de pagamento (3267192) (3593911) (3953302) (4348633) (4783496)

(-)Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)

(963216) (1011377) (1061946) (1115043) (1170795)

(-)Retiradas soacutecios (2400000) (2640000) (3432000) (3946800) (4341480)

(-)Impostos s vendas (4654291) (5073177) (5573767) (6075406) (6622192)

(-)Alugueacuteis (1920000) (2016000) (2116800) (2222640) (2333772)

(-)Energia eleacutetrica (840000) (882000) (926100) (972405) (1021025)

(-)Aacutegua (300000) (315000) (330750) (347288) (364652)

(-)Telefone (384000) (403200) (423360) (444528) (466754)

(-)Gaacutes (588000) (617400) (648270) (680684) (714718)

(-)Serviccedilos contabilidade (960000) (1008000) (1058400) (1111320) (1166886)

(-)Manutenccedilatildeo (600000) (630000) (661500) (694575) (729304)

(-)Outras despesas com funcionaacuterios

(1296000) (1405800) (1525590) (1656320) (1799030)

(-)Taxas bancaacuterias (96000) (100800) (105840) (111132) (116689)

(-)Outros pagamentos (900000) (945000) (992250) (1041863) (1093956)

Entradas - Saiacutedas (14335513) 12981301 21410535 23027023 25193585 27734070

Depreciaccedilatildeo 000 (631377) (631377) (631377) (631377) (631377)

Saldo Final (14335513) 12349924 20779158 22395647 24562208 37824209

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

A depreciaccedilatildeo foi calculada considerando o prazo de vida uacutetil meacutedio de 10

anos das maacutequinas equipamentos instalaccedilotildees moacuteveis e utensiacutelios e para os

computadores e perifeacutericos foi considerado o prazo de vida uacutetil de 5 anos conforme

demonstrado na tabela 7

TABELA 7 - DEPRECIACcedilAtildeO

Item Valor Inicial Taxa Anual Depreciaccedilatildeo Anual (R$)

Maacutequinas e equipamentos 3084878 10 308488

Instalaccedilotildees 103000 10 10300

Moacuteveis e Utensiacutelios 824057 10 82406

Computadores e Perifeacutericos 446204 20 89241

Outros 704712 20 140942

Total 631377

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

45

O valor residual dos equipamentos e instalaccedilotildees da empresa no final do quinto

ano foi considerado em 30 referente ao valor de aquisiccedilatildeo dos mesmos no iniacutecio do

projeto

45 ANAacuteLISE DOS INDICADORES (VPL TIR E PAYBACK)

451 Valor Presente Liacutequido (VPL)

A tabela 8 mostra que o VPL (Valor Presente Liacutequido) eacute positivo isso significa

que aleacutem de recuperar o investimento inicial ainda vai ser agregado ao valor da

empresa um montante de R$ R$50392407 (quinhentos e trecircs mil novecentos e vinte

quatro reais e sete centavos)

A taxa de retorno requerida de 20 foi determinada levando em conta o niacutevel

de risco do projeto e visando o valor desejado para se obter em cima do valor

investido

TABELA 8 - CALCULO DO VALOR PRESENTE LIacuteQUIDO (VPL)

Anos FC k 2000

0 -$143355 VPL $50392407

1 $123499 VPL $50392407

2 $207792 VPL $50392407

3 $223956 VPL $21761126

4 $245622 VPL $21761126

5 $378242 Decisatildeo Aceitar o Projeto

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

452 Taxa Interna de Retorno (TIR)

Conforme a tabela 9 eacute possiacutevel verificar que a TIR (Taxa Interna de Retorno)

eacute de 11593 maior que a taxa requerida de 20 isso significa que custo inicial seraacute

46

recuperado e o projeto vai criar valor para empresa mais um resultado favoraacutevel para

a aceitaccedilatildeo do projeto

TABELA 9 - TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR)

Anos FC

0 -$143355 TIR 11593

1 $123499 TIR 2168

2 $207792 TIR 2168

3 $223956 Decisatildeo

4 $245622 k 2000

5 $378242 Aceitar o projeto

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

453 Payback

O tempo de recuperaccedilatildeo do custo inicial ocorre normalmente entre o quarto e

o quinto ano se for feita a anaacutelise da tabela 10 eacute possiacutevel verificar que o tempo

necessaacuterio para o retorno do investimento (payback) do projeto eacute de 128 anos este

indicador mostra claramente que o projeto deve ser aceito pois o tempo de retorno

estaacute bem abaixo do tempo meacutedio dos empreendimentos como um todo

TABELA 10 - PAYBACK

k 20

Anos FC SPresente

0 -$143355 -$143355 PBD-SP = 128

1 $123499 -$40439 128

2 $207792 $103861

3 $223956 $233465

4 $245622 $351917

5 $378242 $503924

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

47

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Para iniciar um negoacutecio requer muito mais do que apenas o espiacuterito

empreendedor eacute necessaacuterio ter lideranccedila conhecimento sobre o mercado que deseja

atuar organizaccedilatildeo e principalmente planejamento

O principal objetivo desse estudo foi analisar a viabilidade econocircmico-

financeira da abertura de uma empresa de bolos e doces finos no Bairro Alto em

Curitiba

O objetivo apresentado nesta pesquisa foi atingido pois todos os indicadores

analisados mostram com clareza que empresa obteacutem resultados positivos que criam

valor para a mesma e com isso o projeto eacute viaacutevel economicamente pois do primeiro

ao quinto ano fica visiacutevel o crescimento do empreendimento e a melhora significativa

da sua sauacutede financeira isso fica evidenciado no saldo final em caixa no quinto ano

que chega proacuteximo haacute 400 mil reais Apesar disso eacute crucial o acompanhamento do

mercado para seguir as tendecircncias e se atualizar constantemente para tomar

decisotildees mais assertivas

Um negoacutecio mal avaliado pode arruinar a estabilidade econocircmica do

investidor por isso eacute de extrema importacircncia fazer todos os levantamentos de custos

antes de se aventurar em qualquer empreendimento

Eacute possiacutevel comprovar que a pesquisa realizada contribui positivamente para

abertura da empresa No entanto as informaccedilotildees aqui presentes natildeo satildeo estaacuteticas e

devem ser revisadas periodicamente e se preciso ateacute mesmo ampliadas no decorrer

da implantaccedilatildeo do projeto para que o mesmo seja uma ferramenta eficiente e eficaz

no desenvolvimento da empresa como um todo

48

REFEREcircNCIAS

BRITO Paulo Anaacutelise e viabilidade de projetos de investimento Satildeo Paulo Atlas 2003 DOLABELA Fernando O segredo de Luiacutesa 30 ed Satildeo Paulo Editora de Cultura 2006 DORNELAS Joseacute Carlos Assis Empreendedorismo transformando ideias em negoacutecios 4 ed Rio de Janeiro Campus Elsevier 2012 CENSO Demograacutefico 2010 Resultados gerais da amostra Curitiba IBGE 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=410690ampidtema=87ampsearch=parana|curitiba|censo-demografico-2010-resultados-gerais-da-amostra-gt Acesso em 21 de Junho de 2015 CHIAVENATO Idalberto Empreendedorismo dando asas ao espiacuterito empreendedor empreendedorismo e a viabilidade de novas empresas um guia eficiente para iniciar e tocar seu proacuteprio negoacutecio 2 ed Satildeo Paulo Saraiva 2007 ESTATIacuteSTICAS do registro civil 2012 Curitiba IBGE 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaoregistrocivil2012default_xlsshtmgt Acesso em 21 de Junho de 2015 GIL Antonio Carlos Meacutetodos e teacutecnicas de pesquisa social 6 ed Satildeo Paulo Atlas 2008 KOTLER Philip KELLER Kevin Lane Administraccedilatildeo de Marketing 12 ed Satildeo Paulo ABDR 2006 LAPPONI Juan Carlos Projetos de Investimento na Empresa Rio de Janeiro Elsevier 2007 MACHADO Jesseacute Anderson Pinto Projetos Econocircmicos uma abordagem praacutetica de elaboraccedilatildeo Satildeo Paulo Nobel 2002 MICHEL Maria Helena Metodologia e pesquisa cientiacutefica em ciecircncias sociais 2 ed Satildeo Paulo Atlas 2009 OLIVEIRA Djalma de Pinho Rebouccedilas de Planejamento estrateacutegico conceitos metodologia e praacuteticas 20 ed Satildeo Paulo Atlas 2004 PRODANOV Cleber Cristiano ERNANI Cesar de Freitas Metodologia do trabalho cientiacutefico meacutetodo e teacutecnicas da pesquisa e do trabalho acadecircmico 2 ed Novo Hamburgo Freevale 2013

49

REBELATTO Dayse Projeto de Investimento 1 ed Barueri Manole 2004 SEBRAE Pesquisa de Mercado o que eacute e para que serve Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrsitesPortalSebraeartigosPesquisa-de-mercado-o-que-C3A9-e-para-que-servegt Acesso em 21 de Junho de 2015 SEBRAE Fluxo de caixa Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrSebraePortal20SebraeAnexos0_fluxo-de-caixapdfgt Acesso em 10 de Outubro de 2015 WILDAUER Egon Walter Plano de negoacutecios elementos construtivos e processos de elaboraccedilatildeo 2 ed Curitiba Ibpex 2011 WOILER Samsatildeo MATHIAS Washington Franco Projetos planejamento elaboraccedilatildeo anaacutelise 1 ed Satildeo Paulo Atlas 1994

50

APEcircNDICES

APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL 51

APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS 52

APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL 52

51

APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL

Item Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

Aacutegua 25000 26250 27563 28941 30388

Aluguel 160000 168000 176400 185220 194481

Assessoria Contaacutebil 80000 84000 88200 92610 97241

Gaacutes 49000 51450 54023 56724 59560

Impostos 387858 422765 464481 506284 551849

Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)

80268 84281 88495 92920 97566

Energia eleacutetrica 70000 73500 77175 81034 85085

Manutenccedilatildeo 50000 52500 55125 57881 60775

Material de escritoacuterio 20000 21000 22050 23153 24310

Material de Limpeza 40000 42000 44100 46305 48620

Folha de pagamento 272266 299493 329442 362386 398625

Seguros 15000 15750 16538 17364 18233

Telefone fixointernet 20000 21000 22050 23153 24310

Telefone Moacutevel 12000 12600 13230 13892 14586

Vale Refeiccedilatildeo 75000 82500 90750 99825 109808

Vale Transporte 33000 34650 36383 38202 40112

Proacute- labore 200000 220000 286000 328900 361790

Taxas Bancaacuterias 8000 8400 8820 9261 9724

Total R$ 1597392 R$ 1720139 R$ 1900823 R$ 2064053 R$ 2227062

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

52

APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS

Item

Produccedilatildeo mensal meacutedia

Custo unitaacuterio total

Sugestatildeo Preccedilo de venda

Custo Mensal Total

Receita de vendas

Bolos artiacutesticos (recheios diversos) 150 6000 13500 900000 2025000

Bolos de copa (recheios diversos) 30 3600 8100 108000 243000

Naked cake (recheios diversos) 60 4200 9450 252000 567000

Doces Tradicionais 32 3500 7875 112000 252000

Doces Espelhados 32 5000 11250 160000 360000

Doces Finos 32 7500 16875 240000 540000

Brigadeiros gourmet 16 4500 10125 72000 162000

Tacinhas acriacutelicas 16 5500 12375 88000 198000

Trufas 32 5000 11250 160000 360000

Bombons 32 5000 11250 160000 360000

Bem casados 3200 100 225 320000 720000

Custo produccedilatildeo Total 2572000

Receita Total 5787000

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL

Ano Receita Bruta Variaccedilatildeo anual

Ano 1 000

Ano 2 69444000 9

Ano 3 75693960 9

Ano 4 82506416 9

Ano 5 89931994 9

Valor considerando a inflaccedilatildeo de 9 aa

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

10

412 Produtos que seratildeo vendidos 31

413 Preccedilo de venda 36

414 Previsatildeo de vendas 36

415 Definiccedilatildeo de local de venda dos produtos 37

416 Definiccedilatildeo da demanda e da oferta 37

417 Concorrentes 38

418 Forma de divulgaccedilatildeo dos concorrentes 39

42 TAMANHO DO NEGOacuteCIO 40

421 Capacidade produtiva 40

422 Investimento 40

423 Localizaccedilatildeo 41

424 Entregas 42

43 CAPITAL DE GIRO 42

44 FLUXO DE CAIXA 43

45 ANAacuteLISE DOS INDICADORES (VPL TIR E PAYBACK) 45

451 Valor Presente Liacutequido (VPL) 45

452 Taxa Interna de Retorno (TIR) 45

453 Payback 46

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 47

REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS 48

APEcircNDICES 50

11

1 INTRODUCcedilAtildeO

Quando surge uma ideia e eacute possiacutevel identificar nela uma oportunidade eacute o

iniacutecio para a criaccedilatildeo de um negoacutecio

Qualquer empreendimento para ter ecircxito seja ele industrial comercial ou de

serviccedilos depende de inuacutemeras decisotildees que o empreendedor precisa tomar antes de

iniciaacute-lo Uma das decisotildees fundamentais eacute analisar o empreendimento

economicamente para verificar se o projeto vai ser viaacutevel e lucrativo ou natildeo poreacutem

antes das decisotildees surgem agraves duacutevidas e incertezas como qual o ponto de partida

Qual deve ser o capital investido inicialmente Quais produtos seratildeo fabricados

Onde seratildeo vendidos

Para abertura de uma empresa de bolos e doces finos em Curitiba os

questionamentos satildeo os mesmos e para conseguir as respostas para todos esses

questionamentos que andam lado a lado com todos os empreendedores quando

surge a ideia de um novo negoacutecio eacute essencial a construccedilatildeo de um plano de negoacutecios

e principalmente efetuar uma anaacutelise de viabilidade econocircmico-financeira bem

estruturada que traga informaccedilotildees fundamentais para tomar decisotildees mais assertivas

No decorrer desta pesquisa foi possiacutevel responder haacute cada um destes

questionamentos por meio da anaacutelise de mercado definiccedilatildeo do tamanho do negoacutecio

fluxo de caixa e a anaacutelise dos indicadores que estatildeo dispostos no capiacutetulo 4 deste

estudo

Dornelas (2012 p 93) afirma que ldquoum negoacutecio bem planejado teraacute mais

chances de sucesso do que aquele sem planejamento na mesma igualdade de

condiccedilotildeesrdquo

Diante deste contexto a proposta deste projeto eacute analisar a viabilidade

econocircmico-financeira da abertura de uma empresa de bolos e doces finos localizada

no Bairro Alto em Curitiba

12

11 PROBLEMA

Qual a viabilidade econocircmico-financeira da abertura de uma empresa de

bolos e doces finos em Curitiba

12 OBJETIVO GERAL

Investigar qual a viabilidade da implantaccedilatildeo de uma empresa de bolos e

doces finos em Curitiba

13 OBJETIVOS ESPECIacuteFICOS

Elaborar uma anaacutelise do mercado de bolos e doces finos em Curitiba

Definir quais os produtos seratildeo vendidos

Definir a capacidade produtiva

Analisar a viabilidade econocircmico-financeira do negoacutecio

13

2 REFERENCIAL TEOacuteRICO

21 EMPREENDEDORISMO

Um projeto empreendedor se torna possiacutevel apenas se o dono da ideia estiver

disposto a assumir todas as responsabilidades e exigecircncias de abrir um negoacutecio que

sem duacutevida passaraacute a ser seu projeto de vida

Para Dolabela (2006 sn)

Se considerarmos que as empresas quase sempre comeccedilam pequenas isso chega a ser um paradoxo Principalmente porque no mundo de hoje as pequenas empresas constituem a principal fonte de empregos e satildeo responsaacuteveis em muitos paiacuteses por mais de 50 do produto interno bruto (PIB) e pelo maior volume de exportaccedilotildees aleacutem de serem as maiores geradoras de inovaccedilotildees tecnoloacutegicas desde a Segunda Guerra Mundial

Eacute possiacutevel definir empreendedorismo comordquo a capacidade que uma pessoa

possui de formular uma ideia sobre determinado produto ou serviccedilo em um mercado

seja essa ideia nova ou natildeordquo (WILDAUER 2011 p25)

Cabe acrescentar que o empreendedorismo natildeo se refere apenas a pequenos

negoacutecios e empreendimentos novos ldquoNatildeo aborda apenas a criaccedilatildeo de novos

produtos ou serviccedilos mas sim inovaccedilotildees em todos os acircmbitos do negoacuteciordquo

(CHIAVENATO 2007 p261)

Segundo Dolabela (2006 sn) se analisarmos a natureza do

empreendedorismo eacute possiacutevel observar que

A Todas as pessoas nascem empreendedoras Os humanos satildeo

empreendedores

B Empreendedorismo natildeo eacute um assunto atual existe desde a primeira

accedilatildeo inovadora com a finalidade de aperfeiccediloar as relaccedilotildees entre os homens

C Natildeo eacute apenas um fato econocircmico mas tambeacutem social

D O empreendedor estaacute em qualquer lugar natildeo apenas nas pessoas que

abrem seu proacuteprio negoacutecio

E O empreendedorismo eacute uma demonstraccedilatildeo da liberdade humana

14

F Natildeo eacute um acontecimento pessoal e nem uma habilidade que poucas

pessoas possuem eacute algo puacuteblico

G Natildeo existe a possibilidade de fazer transferecircncia de conhecimentos

empreendedores ndash ldquoao contraacuterio do que acontece por exemplo em uma aula

de geografia porque o empreendedorismo natildeo eacute um conteuacutedo cognitivo

convencionalrdquo Nesse entendimento natildeo existe a possibilidade de ensinar

mas eacute possiacutevel aprender a ser empreendedor por meio de um sistema de

ensino bem diferente do tradicional

H Eacute um assunto global e natildeo caracteriacutestico ou complementar E deve ser

apresentado na educaccedilatildeo baacutesica

I O princiacutepio do empreendedorismo e a cidadania O que por sua vez ldquoVisa

agrave construccedilatildeo do bem-estar coletivo do espiacuterito comunitaacuterio da cooperaccedilatildeo

Antes de ser aluno o estudante deve ser considerado um cidadatildeordquo

J Natildeo existe a possibilidade de definir se uma pessoa vai ter sucesso

como empreendedor

Vale enfatizar que o empreendedorismo eacute a envoltura de pessoas e

processos que juntas transformam ideias em oportunidades E a correta efetivaccedilatildeo

destas oportunidades ocasiona a criaccedilatildeo de um negoacutecio bem sucedido (DORNELAS

2012 p 28)

Chiavenato (2007 p 22) e Dornelas (2012 p29) defendem a ideia de que

1 O empreendedorismo abrange todo o processo para criar algo novo que

possua valor e seja valorizado pelo mercado

2 Que o empreendedorismo requer doaccedilatildeo disponibilidade de tempo e

vigor para tornar o novo empreendimento em um negoacutecio de sucesso

3 O empreendedorismo demanda coragem aceitaccedilatildeo de riscos

calculados e decisotildees analiacuteticas e ter flexibilidade com os obstaacuteculos falhas

e fracassos

Eacute possiacutevel concluir que o empreendedorismo eacute um fato cultural isto eacute

consequecircncia de haacutebitos accedilotildees e valores pessoais ldquoExistem famiacutelias (assim como

cidades regiotildees e paiacuteses) mais empreendedoras do que outrasrdquo A pessoa

desenvolve o empreendedorismo no conviacutevio com outros empreendedores num local

onde a possibilidade de ter o proacuteprio negoacutecio eacute visto como algo muito bom

(DOLABELA 2006 sn)

15

Diante disso natildeo eacute possiacutevel falar de empreendedorismo sem mencionar os

empreendedores pois satildeo as atitudes de pessoas que inovam assumem todos os

riscos que proporcionam o crescimento e desenvolvimento da sociedade como um

todo

211 Caracteriacutesticas e perfil do empreendedor

Ser empreendedor eacute acima de tudo ter a capacidade e a necessidade de

realizar coisas novas

O empreendedor ldquoeacute um ser social produto do meio em que vive (eacutepoca e

lugar)rdquo E se a pessoa convive em um meio onde ser empreendedor eacute considerado

algo bom teraacute motivos para abrir seu proacuteprio negoacutecio (DOLABELA 2006 sn)

O empreendedor parte da percepccedilatildeo subjetiva para percepccedilatildeo praacutetica na

qual mostram elementos que podem ser debatidos Esses elementos satildeo os mais

variaacuteveis possiacuteveis que foram originados de perguntas contestaccedilotildees e respostas

localizadas pelo empreendedor ldquoo qual natildeo precisa ser algueacutem com uma formaccedilatildeo

superior com diploma de faculdade ou algueacutem que conte com cursos teacutecnicos ou

praacuteticosrdquo (mesmo esses sendo atributos que auxilie na agilidade de formular

questionamentos e encontrar as soluccedilotildees para os mesmos) (WILDAUER 2011 p

25)

Para Dornelas (2012 p 29) empreendedor eacute a pessoa que percebe uma

oportunidade e arquiteta um negoacutecio para captar recursos calculando todos os riscos

que vai correr Em todas as definiccedilotildees de empreendedorismo nos deparamos com no

miacutenimo as seguintes particularidades em relaccedilatildeo ao empreendedor

1 Possui a atitude de criar um novo negoacutecio e amar aquilo que faz

2 Usa o capital que possui de maneira produtiva mudando o local social e

econocircmico onde estaacute inserido

3 Assume os riscos calculados e a chance do negoacutecio natildeo dar certo

Nessa mesma perspectiva Chiavenato (2007 p7) afirma que o empreendedor

eacute a pessoa que tem a capacidade de fazer as coisas acontecerem eacute favorecido pela

sua percepccedilatildeo para os negoacutecios prudecircncia na aacuterea financeira e a habilidade de

16

perceber as oportunidades Com esse conjunto de competecircncias tem a capacidade

de transformar ideias em negoacutecios O empreendedor possui uma boa imaginaccedilatildeo e eacute

persistente qualidades que combinadas de maneira correta o capacitam para

converter ideias simples em projetos objetivos e bem sucedidos

Para Wildauer (2011 p 26)

Podemos entatildeo enumerar muitas caracteriacutesticas do empreendedor sendo as principais a atitude de saber ouvir de estar atento de saber interpretar e analisar as informaccedilotildees do mercador de ter condiccedilotildees de elaborar um planejamento de suas accedilotildees futuras de traccedilar objetivos e todo um roteiro teoacuterico-praacutetico para poder atingi-lo Sem essas premissas baacutesicas o empreendedor natildeo teraacute sucesso na formulaccedilatildeo do plano de negoacutecios muito menos na sustentaccedilatildeo de seu negoacutecio

Chiavenato (2007 p 4) acredita que ldquoos empreendedores satildeo heroacuteis

populares do mundo dos negoacuteciosrdquo Que geram empregos propagam inovaccedilotildees e

estimulam o crescimento da economia Satildeo muito mais do que somente fornecedores

de produtos e serviccedilos satildeo pessoas que assumem os riscos das oscilaccedilotildees

econocircmicas

Cabe acrescentar que o empreendedor revolucionaacuterio eacute aquele que inventa

novos mercados isto eacute a pessoa cria algo exclusivo como foi o caso do Bill Gattes

fundador da Microsoft que transformou o mundo com o sistema operacional Windows

Contudo grande parte dos empreendedores cria negoacutecios em mercados jaacute existentes

e mesmo assim criam negoacutecios de sucesso (DORNELAS 2012 p30)

Wildauer (2011 p26) conclui que ldquoo empreendedor necessita de uma estrutura

de pensamento sistecircmico e visionaacuterio com base no qual estabeleceraacute metas e

desenharaacute trajetoacuterias para alcanccedilaacute-lasrdquo

22 PLANO DE NEGOacuteCIOS

Para iniciar um empreendimento eacute fundamental fazer um plano de negoacutecios

com ele eacute possiacutevel verificar a viabilidade ou natildeo do empreendimento e definir onde

estamos para onde vamos e mostrar com mais clareza as oportunidades de negoacutecio

17

Do ponto de vista de Dornelas (2012 p 93) ldquoum negoacutecio bem planejado teraacute

mais chances de sucesso do que aquele sem planejamento na mesma igualdade de

condiccedilotildeesrdquo

Nessa mesma perspectiva Dolabela (2006 sn) afirma que vaacuterios

empreendedores bem sucedidos abriram seus empreendimentos sem compreender

pontualmente o que eacute um plano de negoacutecios Poreacutem muitos outros natildeo tiveram o

mesmo fim e o que conseguiram foram negoacutecios fracassados por conta de falhas que

poderiam ter sido evitadas Uma grande quantidade de negoacutecios que possuem um

alto potencial acabam se tornando impraticaacuteveis por conta da incapacidade dos

empreendedores Ainda assim muitas pessoas abrem e vatildeo continuar abrindo

negoacutecios capacitadas ou natildeo para isso

Wildauer (2011 p 39) define plano de negoacutecios como ldquoum documento em

forma de texto no qual eacute apresentada uma proposta de negoacutecio para um mercadordquo

Esse documento deve mostrar com clareza o ponto de vista do empreendedor sobre

o sucesso do seu produto ou serviccedilo no mercado atual

Chiavenato (2007 p132) acredita que

O plano de negoacutecio mdash business planmdash descreve a ideia de um novo empreendimento e projeta os aspectos mercadoloacutegicos operacionais e financeiros dos negoacutecios propostos geralmente para os proacuteximos trecircs ou cinco anos Seu preparo permite a anaacutelise da proposta e ajuda o futuro empreendedor a evitar uma trajetoacuteria decadente que o levaraacute do entusiasmo agrave desilusatildeo e ao fracasso

Eacute possiacutevel sintetizar o plano de negoacutecios como um documento em que o

empreendedor mostra de maneira formal e concreta o negoacutecio que quer idealizar e

expor para seus parceiros soacutecios e investidores apresentando a visatildeo a missatildeo e os

seus propoacutesitos assim como o ldquoplano operacional o plano de marketing o plano de

financeiro e o plano juriacutedicordquo desta forma facilitando a assimilaccedilatildeo e aceitaccedilatildeo do

negoacutecio pelas pessoas interessadas (WILDAUER 2011 p39)

Conforme mencionado por Chiavenato (2007 p 134) o plano de negoacutecios

mobiliza o novo empreendimento na sua totalidade Ele demonstra o levantamento

cansativo dos elementos que fazem parte do negoacutecio ldquosejam internos mdash o que deveraacute

ser produzido como onde quanto mdash sejam externos mdash para quem produzir qual eacute

o mercado quais satildeo os concorrentes etcrdquo

18

Com isso Wildauer (2011 p 45) conclui que ldquoo plano de negoacutecios eacute como um

guia uacutetil para a obtenccedilatildeo de conhecimentos para a concepccedilatildeo de um

empreendimentordquo

221 Estrutura do plano de negoacutecios

O plano de negoacutecios mobiliza todas as informaccedilotildees necessaacuterias para abrir um

negoacutecio por meio dele eacute possiacutevel detectar onde estou e para onde desejo ir dentro do

mercado

Conforme identificado por Dornelas (2012 p 101) ldquonatildeo existe uma estrutura

riacutegida e especiacutefica para se escrever um plano de negoacuteciosrdquo dado que cada negoacutecio

possui suas singularidades e equivalecircncias sendo improvaacutevel delimitar um modelo-

padratildeo de plano de negoacutecios que seja absoluto e adequado para todos os negoacutecios

Todos os planos de negoacutecios devem conter um miacutenimo de seccedilotildees que vatildeo possibilitar

uma compreensatildeo do negoacutecio como um todo Tais seccedilotildees satildeo alinhadas de maneira

que mantenham uma sequecircncia loacutegica que possibilite qualquer pessoa ler o plano e

compreender como a empresa eacute estruturada seus objetivos seus produtos seus

serviccedilos qual seu mercado seu plano financeiro e de marketing

A seguir encontra-se uma breve descriccedilatildeo de cada uma das seccedilotildees do Plano

de Negoacutecios

2211 Capa

Eacute um dos componentes fundamentais do plano de negoacutecios pois eacute a primeira

parte que eacute vista pela pessoa que vai ler deve ser desenvolvida de forma clara e com

os dados adequados (DORNELAS 2012 p 101)

19

2212 Sumaacuterio

O sumaacuterio deve incluir ldquoo tiacutetulo de cada seccedilatildeo do plano de negoacutecios e a paacutegina

respectiva onde se encontra bem como os principais assuntos relacionados em cada

seccedilatildeordquo Isso faz com que fique mais faacutecil o leitor do plano de negoacutecios identificar com

mais agilidade o que lhe interessar (DORNELAS 2012 p 101-102)

2213 Sumaacuterio executivo

O Sumaacuterio Executivo eacute a parte mais importante do plano de negoacutecios ele iraacute

definir se o leitor vai prosseguir ou natildeo com a leitura do plano de negoacutecios Dessa

forma deve ser redigido com bastante concentraccedilatildeo e revisado inuacutemeras vezes e

tambeacutem englobar as informaccedilotildees mais relevantes do plano de negoacutecios Deve ser

direcionado ao puacuteblico-alvo do plano de negoacutecios e deixar claro qual o objetivo do

mesmo em relaccedilatildeo agraves pessoas que estatildeo o lendo ldquoO Sumaacuterio Executivo deve ser a

uacuteltima seccedilatildeo a ser escrita pois depende de todas as outras seccedilotildees do plano para ser

elaboradardquo (DORNELAS 2012 p 102)

2214 Anaacutelise estrateacutegica

Nesta seccedilatildeo eacute determinada a direccedilatildeo que a empresa vai seguir ldquosua visatildeo e

missatildeo sua situaccedilatildeo atual as potencialidades e ameaccedilas externas suas forccedilas e

fraquezas seus objetivos e metas de negoacuteciordquo Essa parte eacute o alicerce para o

crescimento e o estabelecimento das outras accedilotildees redigidas no plano (DORNELAS

2012 p 102)

20

2215 Descriccedilatildeo da empresa

Eacute nessa seccedilatildeo que deve ser feita a descriccedilatildeo da empresa ldquoseu histoacuterico

crescimento faturamento dos uacuteltimos anos sua razatildeo social impostos estrutura

organizacional e legal localizaccedilatildeo parcerias serviccedilos terceirizados etcrdquo

(DORNELAS 2012 p 102)

2216 Produtos e serviccedilos

Nessa seccedilatildeo do plano de negoacutecios devem ser descritos os produtos e serviccedilos

da empresa a maneira que satildeo produzidos o capital disposto seu ciclo de vida os

elementos tecnoloacutegicos envolvidos pesquisa e desenvolvimento os seus clientes

marcas e patentes etc

Nessa seccedilatildeo pode ser incluiacuteda quando estaacute informaccedilatildeo encontra-se disponiacutevel uma visatildeo do niacutevel de satisfaccedilatildeo dos clientes com os produtos e serviccedilos da empresa Esse feedback eacute bastante importante porque costuma oferecer natildeo apenas uma visatildeo do niacutevel de qualidade percebida nos produtos e serviccedilos mas tambeacutem guiar futuros investimentos da empresa em novos desenvolvimentos e processos de produccedilatildeo (DORNELAS 2012 p 102-103)

2217 Plano operacional

Nesta seccedilatildeo devem ser expostas as accedilotildees que a empresa pretende ter na

sua estrateacutegia produtiva e no processo de produccedilatildeo apontando os resultados que

essas accedilotildees teratildeo sobre os criteacuterios de avaliaccedilatildeo dos produtos Deve incluir dados

operacionais atualizados e presumidos como ldquolead time do produto ou serviccedilo

percentual de entregas a tempo rotatividade do inventaacuterio iacutendice de refugo lead time

de desenvolvimento de produto ou serviccedilo etcrdquo (DORNELAS 2012 p 103)

21

2218 Plano de recursos humanos

Devem ser exibidas as propostas de desenvolvimento e treinamento de

pessoal da empresa Esses dados estatildeo pontualmente associados com a

competecircncia da empresa de crescer ldquoespecialmente quando esta atua em um

mercado onde a detenccedilatildeo de tecnologia eacute considerada um fator estrateacutegico de

competitividaderdquo (DORNELAS 2012 p 103)

2219 Anaacutelise de mercado

Nesta seccedilatildeo o responsaacutevel pelo plano de negoacutecios deve deixar claro que os

executivos da empresa entendem perfeitamente o mercado consumidor do seu

produto ou serviccedilo (atraveacutes de pesquisa de mercado) como estaacute segmentado

crescimento do mercado atributos do consumidor anaacutelise da concorrecircncia qual a sua

fatia de mercado e dos concorrentes etc (DORNELAS 2012 p 103)

22110 Estrateacutegia de marketing

Deve ser apresentado o objetivo da empresa para vender seu produtoserviccedilo

e consolidar seus clientes e ampliar sua demanda Deve ser informada sua estrateacutegia

de venda especificidades do produtoserviccedilo preccedilos puacuteblico-alvo canais de

distribuiccedilatildeo projeccedilatildeo das vendas (DORNELAS 2012 p 103)

22

22111 Plano financeiro

Na seccedilatildeo financeira deve mostrar em nuacutemeros todas as accedilotildees planejadas

para a empresa e suas evidecircncias por meio de projeccedilotildees futuras para um negoacutecio

bem sucedido

Deve conter demonstrativo de fluxo de caixa com horizonte de pelo menos trecircs anos balanccedilo patrimonial anaacutelise do ponto de equiliacutebrio necessidades de investimento demonstrativos de resultados anaacutelise de indicadores financeiros do negoacutecio como faturamento previsto margem prevista prazo de retorno sobre o investimento inicial (payback) taxa interna de retorno (TIR) etc (DORNELAS 2012 p 103-104)

22112 Anexos

Nesta seccedilatildeo deve incluir todos os dados considerados importantes para

melhor compreensatildeo do plano de negoacutecios O que natildeo pode ser deixado de anexar eacute

o curriculum vitae dos soacutecios da empresa (DORNELAS 2012 p 104)

23 VIABILIDADE ECONOcircMICO-FINANCEIRA

Analisar o empreendimento economicamente para verificar se o projeto eacute

viaacutevel e lucrativo ou natildeo eacute uma das decisotildees fundamentais de qualquer

empreendedor

A anaacutelise de investimento eacute um mecanismo aacutegil praacutetico e seguro que ajuda

profissionais de inuacutemeras aacutereas no processo de anaacutelise de tomada de decisotildees

financeiras (REBELATTO p 141)

Lapponi (2007 p 123) afirma que

O objetivo da decisatildeo de investimento ou do orccedilamento de capital eacute maximizar o valor da empresa A decisatildeo de alocaccedilatildeo do capital em projeto de investimento eacute fundamental para o sucesso pois os recursos da empresa

23

satildeo comprometidos por longo tempo na direccedilatildeo de seu futuro desejado e isso envolve um grande esforccedilo de tempo e de gerenciamento Cada projeto aprovado eacute um desembolso realizado pela empresa coma expectativa de obter benefiacutecios futuros quantificados pela geraccedilatildeo de um fluxo de retornos adequados em geral por um prazo maior do que um ano

A carecircncia de recursos financeiros diante das muitas necessidades faz com

que seja crucial aperfeiccediloar sua utilizaccedilatildeo A anaacutelise antecipada de investimento

possibilita que se racionalize a forma como os recursos de capital satildeo utilizados

(REBELATTO 2004 p 141)

Para analisar a viabilidade de um projeto economicamente eacute necessaacuterio reunir

uma seacuterie de informaccedilotildees e de dados que precisam ser organizados para atingir seu

objetivo final que eacute o de facilitar a tomada de decisatildeo Vale salientar que o projeto

deve ser um documento que tenha a capacidade de mostrar de uma maneira loacutegica a

visatildeo estrateacutegica do negoacutecio (MACHADO 2002 p 144)

231 Fluxo de caixa

O fluxo de caixa eacute o melhor guia para uma administraccedilatildeo financeira eficiente

de qualquer negoacutecio

O fluxo de caixa eacute a reproduccedilatildeo graacutefica de uma movimentaccedilatildeo financeira ldquoAs

movimentaccedilotildees monetaacuterias satildeo identificadas temporalmente por meio de um conjunto

de entradas e saiacutedas de caixa definido como diagrama de fluxo de caixardquo Essa

representaccedilatildeo proporciona a visualizaccedilatildeo em diferentes momentos com o que estaacute

ocorrendo com o capital (REBELATTO 2004 p 150)

ldquoA identificaccedilatildeo e a quantificaccedilatildeo das estimativas relevantes do projeto satildeo o

iniacutecio da construccedilatildeo do fluxo de caixa do projeto para empresa em funcionamentordquo

(LAPPONI 2007 p 347)

O fluxo de caixa eacute um composto de entradas e saiacutedas de valores monetaacuterios

(dinheiro) no decorrer de um determinado periacuteodo Bem como evidenciar uma opccedilatildeo

possiacutevel de transaccedilotildees financeiras ou seja pagamentos agrave vista pagamentos a prazo

tiacutetulos originais etc (REBELATTO 2004 p 151)

24

232 Valor Presente Liacutequido (VPL)

ldquoO Valor presente liacutequido (VPL) ou valor atual liacutequido (VAL) eacute o valor atual das

entradas de caixa (retornos de capital esperados) incluindo o valor residual (se

houver) menos o valor atual das saiacutedas de caixardquo (REBELATTO 2004 p 214)

A foacutermula para chegar ao VPL eacute (LAPPONI 2007 p 125)

119881119875119871 = minus119868 +119865119862

(1 + 119870)119899

Onde

I= custo inicial ou desembolso inicial

FC= fluxo de caixa

K= taxa requerida

n= prazo de anaacutelise

Rebelatto (2004 p214) afirma que os paracircmetros para que o projeto seja

aceito se refere ao valor presente liacutequido (VPL)

VPLgt0 o projeto eacute aceito

VPLlt0 o projeto eacute rejeitado

VPL=0 o projeto pode ser aceito ou natildeo pois natildeo cria e nem destroacutei

valor para empresa

Para Lapponi (2007 p 134-135) as principais vantagens do VPL satildeo

Considera o fluxo de caixa do projeto na sua totalidade

Considera o valor monetaacuterio (dinheiro) no tempo

Tem a capacidade de medir o valor criado ou destruiacutedo pelo projeto

Pode ser utilizado na avaliaccedilatildeo do projeto independentemente do tipo de

fluxo de caixa utilizado

Seleciona o projeto mais viaacutevel economicamente

25

233 Taxa Interna de Retorno (TIR)

ldquoTaxa Interna de Retorno (TIR) eacute a taxa de desconto que torna o valor atual

liacutequido (VAL) do investimento igual a zero Tambeacutem eacute chamada de taxa interna efetiva

de rentabilidaderdquo (REBELATTO 2004 p 217)

No projeto do tipo simples com o aumento da taxa requerida o VPL do projeto tende ao valor do custo inicial pois o VPL eacute uma funccedilatildeo decrescente da taxa requerida Portanto a decisatildeo com o meacutetodo TIR somente deve ser feita em projetos simples que garantem a existecircncia de uma uacutenica TIRgt -100 Nos outros tipos de fluxo de caixa em geral o meacutetodo da TIR natildeo deve ser utilizado pois haacute a possibilidade de muacuteltiplas TIRs Sendo a TIR a taxa de juro que zera o VPL do projeto simples para qualquer taxa requerida K menor que a TIR o VPL seraacute positivo e para qualquer taxa requerida K maior que a TIR o VPL seraacute negativo (LAPPONI 2007 p 175-176)

Rebelatto (2004 p 217) complementa afirmando que a TIR eacute um meacutetodo

aprimorado de anaacutelise de investimento sendo possivelmente uma das mais usadas

para avaliar projetos econocircmicos A TIR deve ser comparada com a taxa miacutenima de

atratividade (TMA) para analisar se o projeto seraacute aceito ou natildeo

Sendo assim Lapponi (2007 p 176) considera que

Se TIR gt TMA o projeto deve ser aceito pois eacute economicamente viaacutevel

Se TIR lt TMA o projeto deve ser recusado pois eacute economicamente

inviaacutevel

Se TIR = TMA eacute indiferente investir no projeto pois o mesmo natildeo criaraacute

e nem destruiraacute valor da empresa

ldquoA grande vantagem da TIR como indicador de decisatildeo eacute que prescinde de

informaccedilotildees externas ao projeto Tudo que o analista necessita eacute conhecer o perfil do

projeto e alguma ideia de magnitude da taxa de jurosrdquo (MACHADO 2002 p 127)

26

234 Periacuteodo de retorno de investimento (Payback)

ldquoO payback eacute o periacuteodo de tempo em que ocorre o retorno do investimento

Calculado no fluxo de caixa de vida uacutetil de dez anos o payback apresenta-se de vaacuterias

maneiras para cada tipo de empresardquo (BRITO 2003 p 51)

Uma empresa pode nomear o payback como um dos paracircmetros para escolha

de um projeto a fim de minimizar seus riscos Mesmo sendo esse um meacutetodo faacutecil e

simples na praacutetica eacute um dos mais utilizados para efetuar a mediccedilatildeo econocircmica de um

projeto (REBELATTO 2004 p 230)

Segundo Rebelatto (2004 p 231) a foacutermula baacutesica que demonstra o caacutelculo

do payback em fluxos de caixas regulares eacute

PB =I0

FC

Onde

PB= Payback

I0= Investimento inicial

FC= Fluxo de caixa regular

Para executar o meacutetodo payback eacute crucial estabelecer o tempo maacuteximo de

toleracircncia TMT para resgatar o custo inicial ldquoPara decidir se o projeto deve ser aceito

o payback deve ser comparado com o valor de referecircncia TMT de forma querdquo

(LAPPONI 2007 p 245)

Se PB lt TMT o projeto deve ser aceito

Se PB gt TMT o projeto deve ser recusado

A principal vantagem para utilizaccedilatildeo do meacutetodo payback eacute que ele reflete a

liquidez do projeto e por consequecircncia eacute possiacutevel efetuar a avaliaccedilatildeo do risco de natildeo

recuperar o investimento (REBELATTO 2004 p 230)

27

3 METODOLOGIA

Este capiacutetulo tem por objetivo descrever os procedimentos e teacutecnicas

utilizados na pesquisa considerando o problema e aos objetivos gerais e especiacuteficos

Para a execuccedilatildeo da revisatildeo bibliograacutefica realizada neste estudo foi utilizado

livros de especialistas na aacuterea os principais temas abordados foram o

empreendedorismo que eacute um assunto chave quando surge uma ideia para um novo

negoacutecio plano de negoacutecios que eacute um elemento fundamental para o sucesso ou

fracasso de um empreendimento e a viabilidade econocircmico-financeira tema

fundamental visto que o objetivo geral da pesquisa eacute mensurar se a mesma eacute viaacutevel

ou natildeo economicamente

Foi elaborada uma anaacutelise de mercado que estaacute disponiacutevel no item 41 deste

estudo atraveacutes da mesma foi identificado que os principais clientes satildeo das classes

A e B de Curitiba regiatildeo metropolitana no item 42 foi efetuado um levantamento do

tamanho do negoacutecio onde foi definida a capacidade produtiva o investimento inicial e

a localizaccedilatildeo do empreendimento no item 44foi elaborado o fluxo de caixa que

demonstra as previsotildees financeiras do periacuteodo de 5 anos o meacutetodo utilizado para

elaborar a pesquisa foi um estudo de caso de natureza exploratoacuteria quantitativa e

anaacutelise documental

O estudo de caso eacute evidenciado por um estudo minucioso e cansativo de um

ou poucos objetivos desta forma propicia um vasto e detalhado conhecimento sobre

o assunto uma missatildeo praticamente impossiacutevel mediante as outras maneiras de

delineamentos consideradas (GIL 2008 p 57-58)

Prodanov e Freitas (2013 p60) afirmam que o estudo de caso consiste em

recolher e analisar dados sobre determinado indiviacuteduo famiacutelia grupo ou comunidade

com a finalidade de estudar diferentes aspectos das suas vidas conforme o assunto

da pesquisa

Jaacute as pesquisas exploratoacuterias satildeo definidas por Gil (2008 p 27) como as que

Tecircm como principal finalidade desenvolver esclarecer e modificar conceitos e ideias tendo em vista a formulaccedilatildeo de problemas mais precisos ou hipoacuteteses pesquisaacuteveis para estudos posteriores De todos os tipos de pesquisa estas satildeo as que apresentam menor rigidez no planejamento Habitualmente envolvem levantamento bibliograacutefico e documental entrevistas natildeo padronizadas e estudos de caso

28

A pesquisa quantitativa ldquoconsidera que tudo pode ser quantificaacutevel o que

significa traduzir em nuacutemeros opiniotildees e informaccedilotildees para classificaacute-las e analisaacute-lasrdquo

Eacute necessaacuteria a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas estatiacutesticas tais como porcentagem meacutedia

moda desvio-padratildeo coeficiente de correlaccedilatildeo etc (PRODANOV FREITAS 2013

p 69)

Muitos dados que satildeo utilizados em pesquisas satildeo adquiridos indiretamente

por meio de documentosrdquo como livros jornais papeacuteis oficiais registros estatiacutesticos

fotos discos filmes e viacutedeos que satildeo obtidos de maneira indiretardquo Essas fontes

documentais tecircm a capacidade de disponibilizar ao pesquisador um grande nuacutemero

de informaccedilotildees com bastante qualidade para evitar a perda de tempo (GIL 2008 p

147)

Este modelo de pesquisa foi utilizado para definir os principais clientes quais

os produtos que seratildeo vendidos a capacidade produtiva assim como a viabilidade

econocircmico-financeira e operacional do negoacutecio

29

4 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES

41 ANAacuteLISE DE MERCADO

Woiler e Mathias (1994 p41) e Rebelatto (2004 p01) afirmam que a anaacutelise

de mercado eacute um dos pontos mais relevantes para elaboraccedilatildeo de um projeto Atraveacutes

do estudo do mercado obtemos muitas informaccedilotildees tais como

Fazendo a comparaccedilatildeo entre demanda e a oferta encontramos a

possiacutevel escassez da demanda futura Esse resultado proporcionaraacute

informaccedilotildees para que seja definida a escala de produccedilatildeo do projeto

A regiatildeo geograacutefica em que o produto pode ser vendido eacute um dos pontos

mais significativos para que seja definida a localizaccedilatildeo do empreendimento

O preccedilo de venda os custos de comercializaccedilatildeo e os estoques nos

canais de comercializaccedilatildeo satildeo informaccedilotildees relevantes para que seja

elaborada a projeccedilatildeo do projeto

Vale salientar que esses satildeo apenas alguns elementos importantes que eacute

possiacutevel identificar na anaacutelise de mercado existe muitos outros dados que satildeo obtidos

com a mesma

411 Mercado consumidor

ldquoTodas as decisotildees relacionadas a novos empreendimentos contecircm certo

grau de incerteza tanto no que diz respeito agrave informaccedilatildeo na qual as decisotildees estatildeo

baseadas como no que diz respeito agraves suas consequecircnciasrdquo (SEBRAE)

Chiavenato acredita que os clientes tecircm a capacidade de alavancar ou

derrubar um empreendimento ldquoUm cliente pode ser uma organizaccedilatildeo uma empresa

um usuaacuterio dos produtosserviccedilos ou um consumidor finalrdquo Eacute quem adquiri os

produtosserviccedilos ofertados pela organizaccedilatildeo no final da cadeia de transaccedilotildees Eacute ele

que estabelece direta ou indiretamente se o empreendimento teraacute ecircxito ou natildeo Por

30

isso o cliente deve ser considerado como o principal patrimocircnio da empresa (2007

p 207)

Segundo dados do censo 2010 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e

estatiacutestica) dos 576190 (quinhentos e setenta e seis mil cento e noventa) domiciacutelios

de Curitiba 292965 (duzentos e noventa e dois mil novecentos e sessenta e cinco)

possuem renda de mais de 5 a mais de 20 salaacuterios miacutenimos sendo assim cerca de

5085 dos domiciacutelios curitibanos estatildeo enquadrados nas classes A e B Ainda

segundo o IBGE cerca de 137922 (cento e trinta e sete mil novecentos e vinte e dois)

domiciacutelios curitibanos tecircm renda de mais de 10 salaacuterios miacutenimos o que representa

uma meacutedia de 24 dos domiciacutelios de Curitiba

Mais de 249000 (duzentos e quarenta e nove mil) pessoas que residem em

Curitiba cerca de 1423 da populaccedilatildeo tem rendimento mensal de mais de 5 salaacuterios

miacutenimos conforme Tabela 1

TABELA 1 - RESULTADOS DA AMOSTRA - RENDIMENTO POR PESSOA EM CURITIBA

Quantidade de pessoas Salaacuterios miacutenimos

153011 Mais de 5 a 10 salaacuterios miacutenimos

38692 Mais de 10 a 15 salaacuterios miacutenimos

25427 Mais de 15 a 20 salaacuterios miacutenimos

18264 Mais de 20 a 30 salaacuterios miacutenimos

13791 Mais de 30 salaacuterios miacutenimos

FONTE IBGE - CENSO DEMOGRAacuteFICO 2010

Curitiba possui uma populaccedilatildeo de mais de 1750000 (um milhatildeo setecentos

e cinquenta mil habitantes) segundo censo IBGE 2010 sendo que 932000

(novecentos e trinta e dois mil) pessoas com o estado civil de solteiro viuacutevo

divorciado separado judicialmentedesquitado isso mostra que tem muitas pessoas

que podem fazer festas de casamento e necessitar dos produtos que seratildeo ofertados

tais como bolos artiacutesticos doces finos e bem casados

Segundo as estatiacutesticas do registro civil do IBGE ocorreram em Curitiba e

regiatildeo metropolitana no ano 2012 exatamente 18877 (dezoito mil oitocentos e setenta

e sete) casamentos sendo que nos meses de setembro a dezembro foi onde ocorreu

um maior nuacutemero um total de 7828 (sete mil oitocentos e vinte e oito) casamentos o

que representa um total de 4147 dos casamentos ocorrem nesses quatro meses

do ano

31

TABELA 2 - CASAMENTOS POR MEcircS DE REGISTRO SEGUNDO O LUGAR DO REGISTRO ndash 2012

Lugar do registro

Casamentos por mecircs do registro

Total de

registros Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

RM Curitiba 18877 1466 1250 1572 1282 1403 1533 1248 1255 1735 1753 2118 2262

Curitiba 10351 848 692 857 692 724 872 658 658 971 968 1237 1174

FONTE IBGE DIRETORIA DE PESQUISAS COORDENACcedilAtildeO DE POPULACcedilAtildeO E INDICADORES SOCIAIS ESTATIacuteSTICAS DO REGISTRO CIVIL 2012

Nessa perspectiva foi definido que o mercado que a empresa de bolos e doces

finos vai atuar eacute de Curitiba e regiatildeo metropolitana com foco nas pessoas das classes

A e B com estado civil solteiro divorciado separado judicialmentedesquitado e viuacutevo

412 Produtos que seratildeo vendidos

ldquoNo coraccedilatildeo de uma grande marca haacute um grande produto O produto-chave

na oferta ao mercado Liacutederes de mercado geralmente oferecem produtos e serviccedilos

de qualidade superiorrdquo (KOTLER KELLER 2006 p 366)

Os principais produtos fornecidos seratildeo

Bolos artiacutesticos

FOTO1 - BOLO ARTIacuteSTICO FONTE WANDA CARDOSO - BOLOS ARTIacuteSTICOS amp DOCES

32

Bolos de copa

FOTO2 - BOLO DE COPA FONTE ELABORADO PELO AUTOR

FOTO3 - BOLO DE COPA FONTE ELABORADO PELO AUTOR

Naked cake

FOTO4 - NAKED CAKE FONTE DOCES PENEacuteLOPE

33

Doces Tradicionais

FOTO5 - DOCES TRADICIONAIS FONTE ELABORADO PELO AUTOR

Doces Espelhados

FOTO6 - DOCES ESPELHADOS FONTE PRONTO SOCORRO DAS FESTAS

Doces Finos

FOTO 7 - DOCES FINOS FONTE COMPRANDO MEU APE

34

Brigadeiros gourmet

FOTO8 - BRIGADEIROS GOURMET FONTE ELABORADO PELO AUTOR

Tacinhas acriacutelicas

FOTO9 - TACINHAS ACRIacuteLICAS FONTE BUFFET DELIacuteCIAS DA VI

Trufas

FOTO 10 - TRUFAS FONTE FOGAtildeO DA VOVOacute

35

Bombons

FOTO11 - BOMBONS FONTE DALVA GOLDEN GATE

Bem casados

FOTO12 - BEM CASADOS FONTE CASAMENTO SEM ERRO

FOTO13 - BEM CASADOS FONTE CASAMENTO SEM ERRO

36

413 Preccedilo de venda

A definiccedilatildeo do preccedilo dos produtos eacute uma das decisotildees mais relevantes da

organizaccedilatildeo que deve levar em conta a forma como a empresa deseja se posicionar

no mercado os custos a concorrecircncia e a rentabilidade almejada

O preccedilo eacute um dos elementos mais versaacuteteis pode ser modificado rapidamente

ao contraacuterio das propriedades dos produtos dos contratos com canais de distribuiccedilatildeo

e ateacute mesmo das promoccedilotildees O Preccedilo tem tambeacutem a tarefa de mostrar ao mercado o

posicionamento de valor desejado pela empresa para o seu produto ou marca

(KOTLER KELLER 2006 p 428)

A consolidaccedilatildeo dos preccedilos dos produtos seraacute elaborada levando em conta os

custos para se obter os produtos com a qualidade requinte e sofisticaccedilatildeo desejada

com a margem de lucro esperada e se baseando nos preccedilos praticados pela

concorrecircncia

414 Previsatildeo de vendas

Para Chiavenato (2007 p 2013)

A previsatildeo de vendas representa a quantidade de produtosserviccedilos que a empresa pretende vender ou colocar no mercado durante um determinado periacuteodo geralmente um mecircs ou um ano dividido em meses Constitui portanto uma estimativa ou uma expectativa de vendas Pode ser feita em unidades fiacutesicas ou em valores monetaacuterios

A produccedilatildeo vai ser em meacutedia de 5600 doces (doces finos gourmet e bem

casados) e 4 bolos procurando atender em meacutedia 4 eventos por semana e ateacute 16

eventos por mecircs sendo que nos meses de setembro a dezembro essa demanda

aumenta pelo motivo de historicamente ter um nuacutemero maior de casamentos

37

415 Definiccedilatildeo de local de venda dos produtos

ldquoA venda eacute a fase fundamental do processo de vendas Consiste na

transferecircncia do produtoserviccedilo para o cliente ou consumidorrdquo (CHIAVENATO 2007

p 210)

As vendas vatildeo ocorrer atraveacutes de site proacuteprio redes sociais telefone e

pessoalmente natildeo teremos loja fiacutesica apenas um ateliecirc para confecccedilatildeo dos bolos e

doces onde vai conter uma sala anexa na qual vai ser oferecido o serviccedilo de

degustaccedilatildeo com horaacuterios marcados para assim o cliente decidir quais os produtos

seratildeo adquiridos para o seu evento e fechamento de contrato

416 Definiccedilatildeo da demanda e da oferta

Na maior parte das encomendas os clientes solicitam os doces finos e

gourmet que contecircm chocolates frutas oleaginosas tais como castanhas nozes

avelatildes amecircndoas frutas como framboesa morango damasco cerejas e os bem

casados Os bolos mais solicitados satildeo os com decoraccedilatildeo de pasta americana que

deve obrigatoriamente ter recheios mais firmes como ganaches fios de ovos

strogonoff de nozes e os naked cake (bolo pelado) que possuem mais opccedilotildees de

recheios com chocolates frutas diversas e cremes de pacirctisserie

Em contato com algumas empresas que fornecem o mesmo tipo de produto

foi possiacutevel verificar que as encomendas devem ser feitas com antecedecircncia miacutenima

de 6 meses sendo que alguns casos somente com um ano de antecedecircncia para

conseguir na data desejada Esse eacute um dos pontos que mostra que tem espaccedilo

suficiente para entrada nesse mercado

38

417 Concorrentes

Chiavenato (2007 p 33) Kotler e Keller (2006 p 340) afirmam que os

concorrentes satildeo as organizaccedilotildees que competem pelos mesmos fornecedores

clientes e consumidores

ldquoAgrave medida que seus produtosserviccedilos tornam-se mais heterogecircneos tanto

mais heterogecircneos e diferenciados seratildeo seus concorrentes e tanto mais complexa

seraacute a competitividaderdquo (CHIAVENATO 2007 p 33)

Em busca na internet foi possiacutevel identificar que atualmente existe em meacutedia

25 concorrentes reais que oferecem exatamente os mesmos produtos que seratildeo

fornecidos com o mesmo padratildeo de qualidade valor agregado requinte e

sofisticaccedilatildeo Tambeacutem foi detectado mais 14 concorrentes potenciais que vendem

produtos similares aos que seratildeo vendidos poreacutem natildeo possuem o mesmo valor

agregado dos que vatildeo ser ofertados Foi possiacutevel identificar que alguns concorrentes

oferecem somente os doces finos dos quais foram identificados mais 3 concorrentes

reais e 3 concorrentes potenciais E foi detectado que existem concorrentes que

fornecem apenas os bolos artiacutesticos dos quais foi identificado 4 concorrentes reais

todos fornecem os bolos com o mesmo niacutevel de qualidade que seratildeo fornecidos

A tabela 3 mostra a divisatildeo dos concorrentes reais e potenciais que fornecem

bolos e doces por bairro de Curitiba

39

TABELA 3 - CONCORRENTES QUE FORNECEM BOLOS E DOCES POR BAIRRO

Bairro Quantidade de Concorrentes Reais

Quantidade de Concorrentes Potenciais

Aacutegua Verde 4 1

Ahuacute 1

Bairro Alto 2 1

Barreirinha 1

Barreirinha 1

Bom Retiro 1

Campo Comprido 1

Campo Comprido 1

Cidade Industrial 1

Colombo 1

Fazenda Rio Grande 1

Hauer 1

Hugo Lange 1

Mercecircs 1

Novo Mundo 2 1

Novo Mundo 1

Portatildeo 1

Portatildeo 1

Santa Cacircndida 1

Santa Felicidade 1 1

Santo Inaacutecio 1 1

Satildeo Joseacute dos Pinhais 1

Seminaacuterio 1

Sitio Cercado 1

Tarumatilde 1

Vila Izabel 1

Natildeo Informado 1 2

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

418 Forma de divulgaccedilatildeo dos concorrentes

Todas as empresas pesquisadas que fornecem produtos similares aos que

vamos fornecer utilizam sites proacuteprios e as redes sociais para fazer divulgaccedilatildeo dos

seus produtos todas fazem degustaccedilatildeo para os clientes conhecerem os seus

produtos e posteriormente fechar um contrato

40

42 TAMANHO DO NEGOacuteCIO

421 Capacidade produtiva

A capacidade produtiva vai ser para atender ateacute 4 eventos por semana A

produccedilatildeo vai ser de ateacute 5600 doces (doces finos gourmet e bem casados) e 4 bolos

atendendo ateacute 4 eventos por final de semana e ateacute 16 eventos por mecircs sendo que

nos meses de setembro a dezembro essa demanda aumenta pelo motivo de

historicamente ter um nuacutemero maior de casamentos

422 Investimento

Um dos pontos mais relevantes para abertura de uma empresa eacute a

determinaccedilatildeo do capital miacutenimo para dar iniacutecio nas atividades e principalmente como

obter este capital ldquoEacute com o capital inicial que a empresa tem condiccedilotildees de reunir os

recursos empresariais necessaacuterios ao seu funcionamento sejam eles recursos

humanos materiais ou financeirosrdquo A determinaccedilatildeo do capital eacute o que estabelece a

quantidade de recursos empresariais que a empresa tem disponiacutevel Indiscutivelmente

quanto maior for o volume de recursos empresariais mais faacutecil se torna o desempenho

da empresa Quando todos os recursos necessaacuterios para seu funcionamento estatildeo agrave

disposiccedilatildeo a administraccedilatildeo do empreendimento fica mais simples (CHIAVENATO

2007 p84)

Cabe acrescentar que (LAPPONI 2007 p 321)

O custo inicial refere-se aos desembolsos realizados para aquisiccedilatildeo de equipamentos ou outros ativos fixos incluindo o pagamento de fretes seguros instalaccedilotildees despesas operacionais iniciais com materiais e matildeo de obra treinamento de pessoal de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo etc resumindo o custo inicial inclui todos os desembolsos necessaacuterios para adquirir os ativos necessaacuterios e que estejam em condiccedilotildees de operar e gerar as receitas estimadas

41

O empreendimento iniciaraacute suas atividades com capital investido com

recursos proacuteprios da empreendedora

As estimativas de investimento inicial para abertura da empresa foi de

R$5162851 conforme tabela 4

TABELA 4 - INVESTIMENTO INICIAL

Descriccedilatildeo Valor (R$)

Maacutequinas e equipamentos Cozinha R$ 3084878

Utensiacutelios R$ 555075

Moacuteveis para escritoacuterio R$ 268982

Equipamentos de informaacutetica e eletrocircnicos R$ 446204

Outros custos escritoacuterio R$ 48912

Uniformes R$ 155800

Pintura Imoacutevel R$ 500000

Porta de Vidro R$ 103000

Total R$ 5162851

FONTE ELABORADO PELO AUTOR (2015)

423 Localizaccedilatildeo

Seraacute locado um imoacutevel para a instalaccedilatildeo da empresa localizado na Rua Heitor

Baggio Vidal 2508 Bairro Alto Curitiba ndash PR com o valor do aluguel mensal de

R$160000 (mil e seiscentos reais) O espaccedilo interno de 95msup2 seraacute dividido em trecircs

partes a primeira com 20msup2 vai ficar a recepccedilatildeo para receber os clientes efetuar

orccedilamentos e as degustaccedilotildees a segunda com 71msup2 a cozinha industrial onde seratildeo

fabricados os bolos e doces finos e a terceira com 4msup2 o lavabo

42

FOTO14 - FOTO DO IMOacuteVEL ONDE SERAacute INSTALADA A EMPRESA FONTE MP IMOacuteVEIS

424 Entregas

As entregas dos bolos e doces finos seratildeo efetuadas por uma empresa

parceira localizada no Bairro Alto o preccedilo das entregas em Curitiba e regiatildeo

metropolitana variam de R$2400 (vinte e quatro reais) a R$6000 (sessenta reais)

dependendo da localizaccedilatildeo tais valores seratildeo cobrados dos clientes

43 CAPITAL DE GIRO

O capital de giro inicial foi estimado levando em conta que no primeiro ano a

empresa vai produzir 8333 da sua capacidade atendendo em meacutedia 13 ventos

mensalmente sendo assim foram considerados os gastos operacionais necessaacuterios

para o iniacutecio das atividades incluindo o custo fixo mensal e o estoque inicial ambos

multiplicados por 2 e acrescidos de um percentual de 10 de margem de seguranccedila

para despesas natildeo previstas

43

TABELA 5 - CAPITAL DE GIRO

Item Valor (R$)

Estoque Inicial 5144000

Custo Fixo Mensal 3194783

Reserva (10) 833878

Total do Capital de Giro Inicial 9172662

FONTE ELABORDO PELO AUTOR

44 FLUXO DE CAIXA

ldquoFluxo de Caixa eacute um Instrumento de gestatildeo financeira que projeta para

periacuteodos futuros todas as entradas e as saiacutedas de recursos financeiros da empresa

indicando como seraacute o saldo de caixa para o periacuteodo projetadordquo (SEBRAE)

Na tabela 6 eacute apresentada a projeccedilatildeo do Fluxo de Caixa da empresa para os

seus primeiros cinco anos onde fica evidenciado que do primeiro ateacute o quinto ano a

sauacutede financeira da empresa melhora gradativamente sendo que no final do quinto

ano o saldo em caixa ultrapassa os 300 se comparado com o saldo em caixa no

final do primeiro ano

Pode-se observar que natildeo foi inserida no fluxo de caixa a opccedilatildeo de

inadimplecircncia pois todos os pagamentos seratildeo efetuados agrave vista em dinheiro ou

cartatildeo sendo que o pagamento total dos produtos deve ser efetuado no miacutenimo 10

dias antes da data do evento

44

TABELA 6 - PROJECcedilAtildeO DE FLUXO DE CAIXA NOS PRIMEIROS CINCO ANOS

Descriccedilatildeo Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

Investimento Inicial (5162851)

Capital de Giro (9172662) 9172662

Valor Residual 1548855

Total de entradas 000 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873

Previsatildeo Receitas de vendas 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873

Total de Saiacutedas (14335513) (44888699) (54283425) (59479393) (64738409) (70291804)

(-)Fornecedores (25720000) (33641760) (36669518) (39969775) (43567055)

(-)Folha de pagamento (3267192) (3593911) (3953302) (4348633) (4783496)

(-)Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)

(963216) (1011377) (1061946) (1115043) (1170795)

(-)Retiradas soacutecios (2400000) (2640000) (3432000) (3946800) (4341480)

(-)Impostos s vendas (4654291) (5073177) (5573767) (6075406) (6622192)

(-)Alugueacuteis (1920000) (2016000) (2116800) (2222640) (2333772)

(-)Energia eleacutetrica (840000) (882000) (926100) (972405) (1021025)

(-)Aacutegua (300000) (315000) (330750) (347288) (364652)

(-)Telefone (384000) (403200) (423360) (444528) (466754)

(-)Gaacutes (588000) (617400) (648270) (680684) (714718)

(-)Serviccedilos contabilidade (960000) (1008000) (1058400) (1111320) (1166886)

(-)Manutenccedilatildeo (600000) (630000) (661500) (694575) (729304)

(-)Outras despesas com funcionaacuterios

(1296000) (1405800) (1525590) (1656320) (1799030)

(-)Taxas bancaacuterias (96000) (100800) (105840) (111132) (116689)

(-)Outros pagamentos (900000) (945000) (992250) (1041863) (1093956)

Entradas - Saiacutedas (14335513) 12981301 21410535 23027023 25193585 27734070

Depreciaccedilatildeo 000 (631377) (631377) (631377) (631377) (631377)

Saldo Final (14335513) 12349924 20779158 22395647 24562208 37824209

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

A depreciaccedilatildeo foi calculada considerando o prazo de vida uacutetil meacutedio de 10

anos das maacutequinas equipamentos instalaccedilotildees moacuteveis e utensiacutelios e para os

computadores e perifeacutericos foi considerado o prazo de vida uacutetil de 5 anos conforme

demonstrado na tabela 7

TABELA 7 - DEPRECIACcedilAtildeO

Item Valor Inicial Taxa Anual Depreciaccedilatildeo Anual (R$)

Maacutequinas e equipamentos 3084878 10 308488

Instalaccedilotildees 103000 10 10300

Moacuteveis e Utensiacutelios 824057 10 82406

Computadores e Perifeacutericos 446204 20 89241

Outros 704712 20 140942

Total 631377

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

45

O valor residual dos equipamentos e instalaccedilotildees da empresa no final do quinto

ano foi considerado em 30 referente ao valor de aquisiccedilatildeo dos mesmos no iniacutecio do

projeto

45 ANAacuteLISE DOS INDICADORES (VPL TIR E PAYBACK)

451 Valor Presente Liacutequido (VPL)

A tabela 8 mostra que o VPL (Valor Presente Liacutequido) eacute positivo isso significa

que aleacutem de recuperar o investimento inicial ainda vai ser agregado ao valor da

empresa um montante de R$ R$50392407 (quinhentos e trecircs mil novecentos e vinte

quatro reais e sete centavos)

A taxa de retorno requerida de 20 foi determinada levando em conta o niacutevel

de risco do projeto e visando o valor desejado para se obter em cima do valor

investido

TABELA 8 - CALCULO DO VALOR PRESENTE LIacuteQUIDO (VPL)

Anos FC k 2000

0 -$143355 VPL $50392407

1 $123499 VPL $50392407

2 $207792 VPL $50392407

3 $223956 VPL $21761126

4 $245622 VPL $21761126

5 $378242 Decisatildeo Aceitar o Projeto

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

452 Taxa Interna de Retorno (TIR)

Conforme a tabela 9 eacute possiacutevel verificar que a TIR (Taxa Interna de Retorno)

eacute de 11593 maior que a taxa requerida de 20 isso significa que custo inicial seraacute

46

recuperado e o projeto vai criar valor para empresa mais um resultado favoraacutevel para

a aceitaccedilatildeo do projeto

TABELA 9 - TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR)

Anos FC

0 -$143355 TIR 11593

1 $123499 TIR 2168

2 $207792 TIR 2168

3 $223956 Decisatildeo

4 $245622 k 2000

5 $378242 Aceitar o projeto

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

453 Payback

O tempo de recuperaccedilatildeo do custo inicial ocorre normalmente entre o quarto e

o quinto ano se for feita a anaacutelise da tabela 10 eacute possiacutevel verificar que o tempo

necessaacuterio para o retorno do investimento (payback) do projeto eacute de 128 anos este

indicador mostra claramente que o projeto deve ser aceito pois o tempo de retorno

estaacute bem abaixo do tempo meacutedio dos empreendimentos como um todo

TABELA 10 - PAYBACK

k 20

Anos FC SPresente

0 -$143355 -$143355 PBD-SP = 128

1 $123499 -$40439 128

2 $207792 $103861

3 $223956 $233465

4 $245622 $351917

5 $378242 $503924

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

47

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Para iniciar um negoacutecio requer muito mais do que apenas o espiacuterito

empreendedor eacute necessaacuterio ter lideranccedila conhecimento sobre o mercado que deseja

atuar organizaccedilatildeo e principalmente planejamento

O principal objetivo desse estudo foi analisar a viabilidade econocircmico-

financeira da abertura de uma empresa de bolos e doces finos no Bairro Alto em

Curitiba

O objetivo apresentado nesta pesquisa foi atingido pois todos os indicadores

analisados mostram com clareza que empresa obteacutem resultados positivos que criam

valor para a mesma e com isso o projeto eacute viaacutevel economicamente pois do primeiro

ao quinto ano fica visiacutevel o crescimento do empreendimento e a melhora significativa

da sua sauacutede financeira isso fica evidenciado no saldo final em caixa no quinto ano

que chega proacuteximo haacute 400 mil reais Apesar disso eacute crucial o acompanhamento do

mercado para seguir as tendecircncias e se atualizar constantemente para tomar

decisotildees mais assertivas

Um negoacutecio mal avaliado pode arruinar a estabilidade econocircmica do

investidor por isso eacute de extrema importacircncia fazer todos os levantamentos de custos

antes de se aventurar em qualquer empreendimento

Eacute possiacutevel comprovar que a pesquisa realizada contribui positivamente para

abertura da empresa No entanto as informaccedilotildees aqui presentes natildeo satildeo estaacuteticas e

devem ser revisadas periodicamente e se preciso ateacute mesmo ampliadas no decorrer

da implantaccedilatildeo do projeto para que o mesmo seja uma ferramenta eficiente e eficaz

no desenvolvimento da empresa como um todo

48

REFEREcircNCIAS

BRITO Paulo Anaacutelise e viabilidade de projetos de investimento Satildeo Paulo Atlas 2003 DOLABELA Fernando O segredo de Luiacutesa 30 ed Satildeo Paulo Editora de Cultura 2006 DORNELAS Joseacute Carlos Assis Empreendedorismo transformando ideias em negoacutecios 4 ed Rio de Janeiro Campus Elsevier 2012 CENSO Demograacutefico 2010 Resultados gerais da amostra Curitiba IBGE 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=410690ampidtema=87ampsearch=parana|curitiba|censo-demografico-2010-resultados-gerais-da-amostra-gt Acesso em 21 de Junho de 2015 CHIAVENATO Idalberto Empreendedorismo dando asas ao espiacuterito empreendedor empreendedorismo e a viabilidade de novas empresas um guia eficiente para iniciar e tocar seu proacuteprio negoacutecio 2 ed Satildeo Paulo Saraiva 2007 ESTATIacuteSTICAS do registro civil 2012 Curitiba IBGE 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaoregistrocivil2012default_xlsshtmgt Acesso em 21 de Junho de 2015 GIL Antonio Carlos Meacutetodos e teacutecnicas de pesquisa social 6 ed Satildeo Paulo Atlas 2008 KOTLER Philip KELLER Kevin Lane Administraccedilatildeo de Marketing 12 ed Satildeo Paulo ABDR 2006 LAPPONI Juan Carlos Projetos de Investimento na Empresa Rio de Janeiro Elsevier 2007 MACHADO Jesseacute Anderson Pinto Projetos Econocircmicos uma abordagem praacutetica de elaboraccedilatildeo Satildeo Paulo Nobel 2002 MICHEL Maria Helena Metodologia e pesquisa cientiacutefica em ciecircncias sociais 2 ed Satildeo Paulo Atlas 2009 OLIVEIRA Djalma de Pinho Rebouccedilas de Planejamento estrateacutegico conceitos metodologia e praacuteticas 20 ed Satildeo Paulo Atlas 2004 PRODANOV Cleber Cristiano ERNANI Cesar de Freitas Metodologia do trabalho cientiacutefico meacutetodo e teacutecnicas da pesquisa e do trabalho acadecircmico 2 ed Novo Hamburgo Freevale 2013

49

REBELATTO Dayse Projeto de Investimento 1 ed Barueri Manole 2004 SEBRAE Pesquisa de Mercado o que eacute e para que serve Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrsitesPortalSebraeartigosPesquisa-de-mercado-o-que-C3A9-e-para-que-servegt Acesso em 21 de Junho de 2015 SEBRAE Fluxo de caixa Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrSebraePortal20SebraeAnexos0_fluxo-de-caixapdfgt Acesso em 10 de Outubro de 2015 WILDAUER Egon Walter Plano de negoacutecios elementos construtivos e processos de elaboraccedilatildeo 2 ed Curitiba Ibpex 2011 WOILER Samsatildeo MATHIAS Washington Franco Projetos planejamento elaboraccedilatildeo anaacutelise 1 ed Satildeo Paulo Atlas 1994

50

APEcircNDICES

APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL 51

APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS 52

APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL 52

51

APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL

Item Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

Aacutegua 25000 26250 27563 28941 30388

Aluguel 160000 168000 176400 185220 194481

Assessoria Contaacutebil 80000 84000 88200 92610 97241

Gaacutes 49000 51450 54023 56724 59560

Impostos 387858 422765 464481 506284 551849

Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)

80268 84281 88495 92920 97566

Energia eleacutetrica 70000 73500 77175 81034 85085

Manutenccedilatildeo 50000 52500 55125 57881 60775

Material de escritoacuterio 20000 21000 22050 23153 24310

Material de Limpeza 40000 42000 44100 46305 48620

Folha de pagamento 272266 299493 329442 362386 398625

Seguros 15000 15750 16538 17364 18233

Telefone fixointernet 20000 21000 22050 23153 24310

Telefone Moacutevel 12000 12600 13230 13892 14586

Vale Refeiccedilatildeo 75000 82500 90750 99825 109808

Vale Transporte 33000 34650 36383 38202 40112

Proacute- labore 200000 220000 286000 328900 361790

Taxas Bancaacuterias 8000 8400 8820 9261 9724

Total R$ 1597392 R$ 1720139 R$ 1900823 R$ 2064053 R$ 2227062

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

52

APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS

Item

Produccedilatildeo mensal meacutedia

Custo unitaacuterio total

Sugestatildeo Preccedilo de venda

Custo Mensal Total

Receita de vendas

Bolos artiacutesticos (recheios diversos) 150 6000 13500 900000 2025000

Bolos de copa (recheios diversos) 30 3600 8100 108000 243000

Naked cake (recheios diversos) 60 4200 9450 252000 567000

Doces Tradicionais 32 3500 7875 112000 252000

Doces Espelhados 32 5000 11250 160000 360000

Doces Finos 32 7500 16875 240000 540000

Brigadeiros gourmet 16 4500 10125 72000 162000

Tacinhas acriacutelicas 16 5500 12375 88000 198000

Trufas 32 5000 11250 160000 360000

Bombons 32 5000 11250 160000 360000

Bem casados 3200 100 225 320000 720000

Custo produccedilatildeo Total 2572000

Receita Total 5787000

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL

Ano Receita Bruta Variaccedilatildeo anual

Ano 1 000

Ano 2 69444000 9

Ano 3 75693960 9

Ano 4 82506416 9

Ano 5 89931994 9

Valor considerando a inflaccedilatildeo de 9 aa

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

11

1 INTRODUCcedilAtildeO

Quando surge uma ideia e eacute possiacutevel identificar nela uma oportunidade eacute o

iniacutecio para a criaccedilatildeo de um negoacutecio

Qualquer empreendimento para ter ecircxito seja ele industrial comercial ou de

serviccedilos depende de inuacutemeras decisotildees que o empreendedor precisa tomar antes de

iniciaacute-lo Uma das decisotildees fundamentais eacute analisar o empreendimento

economicamente para verificar se o projeto vai ser viaacutevel e lucrativo ou natildeo poreacutem

antes das decisotildees surgem agraves duacutevidas e incertezas como qual o ponto de partida

Qual deve ser o capital investido inicialmente Quais produtos seratildeo fabricados

Onde seratildeo vendidos

Para abertura de uma empresa de bolos e doces finos em Curitiba os

questionamentos satildeo os mesmos e para conseguir as respostas para todos esses

questionamentos que andam lado a lado com todos os empreendedores quando

surge a ideia de um novo negoacutecio eacute essencial a construccedilatildeo de um plano de negoacutecios

e principalmente efetuar uma anaacutelise de viabilidade econocircmico-financeira bem

estruturada que traga informaccedilotildees fundamentais para tomar decisotildees mais assertivas

No decorrer desta pesquisa foi possiacutevel responder haacute cada um destes

questionamentos por meio da anaacutelise de mercado definiccedilatildeo do tamanho do negoacutecio

fluxo de caixa e a anaacutelise dos indicadores que estatildeo dispostos no capiacutetulo 4 deste

estudo

Dornelas (2012 p 93) afirma que ldquoum negoacutecio bem planejado teraacute mais

chances de sucesso do que aquele sem planejamento na mesma igualdade de

condiccedilotildeesrdquo

Diante deste contexto a proposta deste projeto eacute analisar a viabilidade

econocircmico-financeira da abertura de uma empresa de bolos e doces finos localizada

no Bairro Alto em Curitiba

12

11 PROBLEMA

Qual a viabilidade econocircmico-financeira da abertura de uma empresa de

bolos e doces finos em Curitiba

12 OBJETIVO GERAL

Investigar qual a viabilidade da implantaccedilatildeo de uma empresa de bolos e

doces finos em Curitiba

13 OBJETIVOS ESPECIacuteFICOS

Elaborar uma anaacutelise do mercado de bolos e doces finos em Curitiba

Definir quais os produtos seratildeo vendidos

Definir a capacidade produtiva

Analisar a viabilidade econocircmico-financeira do negoacutecio

13

2 REFERENCIAL TEOacuteRICO

21 EMPREENDEDORISMO

Um projeto empreendedor se torna possiacutevel apenas se o dono da ideia estiver

disposto a assumir todas as responsabilidades e exigecircncias de abrir um negoacutecio que

sem duacutevida passaraacute a ser seu projeto de vida

Para Dolabela (2006 sn)

Se considerarmos que as empresas quase sempre comeccedilam pequenas isso chega a ser um paradoxo Principalmente porque no mundo de hoje as pequenas empresas constituem a principal fonte de empregos e satildeo responsaacuteveis em muitos paiacuteses por mais de 50 do produto interno bruto (PIB) e pelo maior volume de exportaccedilotildees aleacutem de serem as maiores geradoras de inovaccedilotildees tecnoloacutegicas desde a Segunda Guerra Mundial

Eacute possiacutevel definir empreendedorismo comordquo a capacidade que uma pessoa

possui de formular uma ideia sobre determinado produto ou serviccedilo em um mercado

seja essa ideia nova ou natildeordquo (WILDAUER 2011 p25)

Cabe acrescentar que o empreendedorismo natildeo se refere apenas a pequenos

negoacutecios e empreendimentos novos ldquoNatildeo aborda apenas a criaccedilatildeo de novos

produtos ou serviccedilos mas sim inovaccedilotildees em todos os acircmbitos do negoacuteciordquo

(CHIAVENATO 2007 p261)

Segundo Dolabela (2006 sn) se analisarmos a natureza do

empreendedorismo eacute possiacutevel observar que

A Todas as pessoas nascem empreendedoras Os humanos satildeo

empreendedores

B Empreendedorismo natildeo eacute um assunto atual existe desde a primeira

accedilatildeo inovadora com a finalidade de aperfeiccediloar as relaccedilotildees entre os homens

C Natildeo eacute apenas um fato econocircmico mas tambeacutem social

D O empreendedor estaacute em qualquer lugar natildeo apenas nas pessoas que

abrem seu proacuteprio negoacutecio

E O empreendedorismo eacute uma demonstraccedilatildeo da liberdade humana

14

F Natildeo eacute um acontecimento pessoal e nem uma habilidade que poucas

pessoas possuem eacute algo puacuteblico

G Natildeo existe a possibilidade de fazer transferecircncia de conhecimentos

empreendedores ndash ldquoao contraacuterio do que acontece por exemplo em uma aula

de geografia porque o empreendedorismo natildeo eacute um conteuacutedo cognitivo

convencionalrdquo Nesse entendimento natildeo existe a possibilidade de ensinar

mas eacute possiacutevel aprender a ser empreendedor por meio de um sistema de

ensino bem diferente do tradicional

H Eacute um assunto global e natildeo caracteriacutestico ou complementar E deve ser

apresentado na educaccedilatildeo baacutesica

I O princiacutepio do empreendedorismo e a cidadania O que por sua vez ldquoVisa

agrave construccedilatildeo do bem-estar coletivo do espiacuterito comunitaacuterio da cooperaccedilatildeo

Antes de ser aluno o estudante deve ser considerado um cidadatildeordquo

J Natildeo existe a possibilidade de definir se uma pessoa vai ter sucesso

como empreendedor

Vale enfatizar que o empreendedorismo eacute a envoltura de pessoas e

processos que juntas transformam ideias em oportunidades E a correta efetivaccedilatildeo

destas oportunidades ocasiona a criaccedilatildeo de um negoacutecio bem sucedido (DORNELAS

2012 p 28)

Chiavenato (2007 p 22) e Dornelas (2012 p29) defendem a ideia de que

1 O empreendedorismo abrange todo o processo para criar algo novo que

possua valor e seja valorizado pelo mercado

2 Que o empreendedorismo requer doaccedilatildeo disponibilidade de tempo e

vigor para tornar o novo empreendimento em um negoacutecio de sucesso

3 O empreendedorismo demanda coragem aceitaccedilatildeo de riscos

calculados e decisotildees analiacuteticas e ter flexibilidade com os obstaacuteculos falhas

e fracassos

Eacute possiacutevel concluir que o empreendedorismo eacute um fato cultural isto eacute

consequecircncia de haacutebitos accedilotildees e valores pessoais ldquoExistem famiacutelias (assim como

cidades regiotildees e paiacuteses) mais empreendedoras do que outrasrdquo A pessoa

desenvolve o empreendedorismo no conviacutevio com outros empreendedores num local

onde a possibilidade de ter o proacuteprio negoacutecio eacute visto como algo muito bom

(DOLABELA 2006 sn)

15

Diante disso natildeo eacute possiacutevel falar de empreendedorismo sem mencionar os

empreendedores pois satildeo as atitudes de pessoas que inovam assumem todos os

riscos que proporcionam o crescimento e desenvolvimento da sociedade como um

todo

211 Caracteriacutesticas e perfil do empreendedor

Ser empreendedor eacute acima de tudo ter a capacidade e a necessidade de

realizar coisas novas

O empreendedor ldquoeacute um ser social produto do meio em que vive (eacutepoca e

lugar)rdquo E se a pessoa convive em um meio onde ser empreendedor eacute considerado

algo bom teraacute motivos para abrir seu proacuteprio negoacutecio (DOLABELA 2006 sn)

O empreendedor parte da percepccedilatildeo subjetiva para percepccedilatildeo praacutetica na

qual mostram elementos que podem ser debatidos Esses elementos satildeo os mais

variaacuteveis possiacuteveis que foram originados de perguntas contestaccedilotildees e respostas

localizadas pelo empreendedor ldquoo qual natildeo precisa ser algueacutem com uma formaccedilatildeo

superior com diploma de faculdade ou algueacutem que conte com cursos teacutecnicos ou

praacuteticosrdquo (mesmo esses sendo atributos que auxilie na agilidade de formular

questionamentos e encontrar as soluccedilotildees para os mesmos) (WILDAUER 2011 p

25)

Para Dornelas (2012 p 29) empreendedor eacute a pessoa que percebe uma

oportunidade e arquiteta um negoacutecio para captar recursos calculando todos os riscos

que vai correr Em todas as definiccedilotildees de empreendedorismo nos deparamos com no

miacutenimo as seguintes particularidades em relaccedilatildeo ao empreendedor

1 Possui a atitude de criar um novo negoacutecio e amar aquilo que faz

2 Usa o capital que possui de maneira produtiva mudando o local social e

econocircmico onde estaacute inserido

3 Assume os riscos calculados e a chance do negoacutecio natildeo dar certo

Nessa mesma perspectiva Chiavenato (2007 p7) afirma que o empreendedor

eacute a pessoa que tem a capacidade de fazer as coisas acontecerem eacute favorecido pela

sua percepccedilatildeo para os negoacutecios prudecircncia na aacuterea financeira e a habilidade de

16

perceber as oportunidades Com esse conjunto de competecircncias tem a capacidade

de transformar ideias em negoacutecios O empreendedor possui uma boa imaginaccedilatildeo e eacute

persistente qualidades que combinadas de maneira correta o capacitam para

converter ideias simples em projetos objetivos e bem sucedidos

Para Wildauer (2011 p 26)

Podemos entatildeo enumerar muitas caracteriacutesticas do empreendedor sendo as principais a atitude de saber ouvir de estar atento de saber interpretar e analisar as informaccedilotildees do mercador de ter condiccedilotildees de elaborar um planejamento de suas accedilotildees futuras de traccedilar objetivos e todo um roteiro teoacuterico-praacutetico para poder atingi-lo Sem essas premissas baacutesicas o empreendedor natildeo teraacute sucesso na formulaccedilatildeo do plano de negoacutecios muito menos na sustentaccedilatildeo de seu negoacutecio

Chiavenato (2007 p 4) acredita que ldquoos empreendedores satildeo heroacuteis

populares do mundo dos negoacuteciosrdquo Que geram empregos propagam inovaccedilotildees e

estimulam o crescimento da economia Satildeo muito mais do que somente fornecedores

de produtos e serviccedilos satildeo pessoas que assumem os riscos das oscilaccedilotildees

econocircmicas

Cabe acrescentar que o empreendedor revolucionaacuterio eacute aquele que inventa

novos mercados isto eacute a pessoa cria algo exclusivo como foi o caso do Bill Gattes

fundador da Microsoft que transformou o mundo com o sistema operacional Windows

Contudo grande parte dos empreendedores cria negoacutecios em mercados jaacute existentes

e mesmo assim criam negoacutecios de sucesso (DORNELAS 2012 p30)

Wildauer (2011 p26) conclui que ldquoo empreendedor necessita de uma estrutura

de pensamento sistecircmico e visionaacuterio com base no qual estabeleceraacute metas e

desenharaacute trajetoacuterias para alcanccedilaacute-lasrdquo

22 PLANO DE NEGOacuteCIOS

Para iniciar um empreendimento eacute fundamental fazer um plano de negoacutecios

com ele eacute possiacutevel verificar a viabilidade ou natildeo do empreendimento e definir onde

estamos para onde vamos e mostrar com mais clareza as oportunidades de negoacutecio

17

Do ponto de vista de Dornelas (2012 p 93) ldquoum negoacutecio bem planejado teraacute

mais chances de sucesso do que aquele sem planejamento na mesma igualdade de

condiccedilotildeesrdquo

Nessa mesma perspectiva Dolabela (2006 sn) afirma que vaacuterios

empreendedores bem sucedidos abriram seus empreendimentos sem compreender

pontualmente o que eacute um plano de negoacutecios Poreacutem muitos outros natildeo tiveram o

mesmo fim e o que conseguiram foram negoacutecios fracassados por conta de falhas que

poderiam ter sido evitadas Uma grande quantidade de negoacutecios que possuem um

alto potencial acabam se tornando impraticaacuteveis por conta da incapacidade dos

empreendedores Ainda assim muitas pessoas abrem e vatildeo continuar abrindo

negoacutecios capacitadas ou natildeo para isso

Wildauer (2011 p 39) define plano de negoacutecios como ldquoum documento em

forma de texto no qual eacute apresentada uma proposta de negoacutecio para um mercadordquo

Esse documento deve mostrar com clareza o ponto de vista do empreendedor sobre

o sucesso do seu produto ou serviccedilo no mercado atual

Chiavenato (2007 p132) acredita que

O plano de negoacutecio mdash business planmdash descreve a ideia de um novo empreendimento e projeta os aspectos mercadoloacutegicos operacionais e financeiros dos negoacutecios propostos geralmente para os proacuteximos trecircs ou cinco anos Seu preparo permite a anaacutelise da proposta e ajuda o futuro empreendedor a evitar uma trajetoacuteria decadente que o levaraacute do entusiasmo agrave desilusatildeo e ao fracasso

Eacute possiacutevel sintetizar o plano de negoacutecios como um documento em que o

empreendedor mostra de maneira formal e concreta o negoacutecio que quer idealizar e

expor para seus parceiros soacutecios e investidores apresentando a visatildeo a missatildeo e os

seus propoacutesitos assim como o ldquoplano operacional o plano de marketing o plano de

financeiro e o plano juriacutedicordquo desta forma facilitando a assimilaccedilatildeo e aceitaccedilatildeo do

negoacutecio pelas pessoas interessadas (WILDAUER 2011 p39)

Conforme mencionado por Chiavenato (2007 p 134) o plano de negoacutecios

mobiliza o novo empreendimento na sua totalidade Ele demonstra o levantamento

cansativo dos elementos que fazem parte do negoacutecio ldquosejam internos mdash o que deveraacute

ser produzido como onde quanto mdash sejam externos mdash para quem produzir qual eacute

o mercado quais satildeo os concorrentes etcrdquo

18

Com isso Wildauer (2011 p 45) conclui que ldquoo plano de negoacutecios eacute como um

guia uacutetil para a obtenccedilatildeo de conhecimentos para a concepccedilatildeo de um

empreendimentordquo

221 Estrutura do plano de negoacutecios

O plano de negoacutecios mobiliza todas as informaccedilotildees necessaacuterias para abrir um

negoacutecio por meio dele eacute possiacutevel detectar onde estou e para onde desejo ir dentro do

mercado

Conforme identificado por Dornelas (2012 p 101) ldquonatildeo existe uma estrutura

riacutegida e especiacutefica para se escrever um plano de negoacuteciosrdquo dado que cada negoacutecio

possui suas singularidades e equivalecircncias sendo improvaacutevel delimitar um modelo-

padratildeo de plano de negoacutecios que seja absoluto e adequado para todos os negoacutecios

Todos os planos de negoacutecios devem conter um miacutenimo de seccedilotildees que vatildeo possibilitar

uma compreensatildeo do negoacutecio como um todo Tais seccedilotildees satildeo alinhadas de maneira

que mantenham uma sequecircncia loacutegica que possibilite qualquer pessoa ler o plano e

compreender como a empresa eacute estruturada seus objetivos seus produtos seus

serviccedilos qual seu mercado seu plano financeiro e de marketing

A seguir encontra-se uma breve descriccedilatildeo de cada uma das seccedilotildees do Plano

de Negoacutecios

2211 Capa

Eacute um dos componentes fundamentais do plano de negoacutecios pois eacute a primeira

parte que eacute vista pela pessoa que vai ler deve ser desenvolvida de forma clara e com

os dados adequados (DORNELAS 2012 p 101)

19

2212 Sumaacuterio

O sumaacuterio deve incluir ldquoo tiacutetulo de cada seccedilatildeo do plano de negoacutecios e a paacutegina

respectiva onde se encontra bem como os principais assuntos relacionados em cada

seccedilatildeordquo Isso faz com que fique mais faacutecil o leitor do plano de negoacutecios identificar com

mais agilidade o que lhe interessar (DORNELAS 2012 p 101-102)

2213 Sumaacuterio executivo

O Sumaacuterio Executivo eacute a parte mais importante do plano de negoacutecios ele iraacute

definir se o leitor vai prosseguir ou natildeo com a leitura do plano de negoacutecios Dessa

forma deve ser redigido com bastante concentraccedilatildeo e revisado inuacutemeras vezes e

tambeacutem englobar as informaccedilotildees mais relevantes do plano de negoacutecios Deve ser

direcionado ao puacuteblico-alvo do plano de negoacutecios e deixar claro qual o objetivo do

mesmo em relaccedilatildeo agraves pessoas que estatildeo o lendo ldquoO Sumaacuterio Executivo deve ser a

uacuteltima seccedilatildeo a ser escrita pois depende de todas as outras seccedilotildees do plano para ser

elaboradardquo (DORNELAS 2012 p 102)

2214 Anaacutelise estrateacutegica

Nesta seccedilatildeo eacute determinada a direccedilatildeo que a empresa vai seguir ldquosua visatildeo e

missatildeo sua situaccedilatildeo atual as potencialidades e ameaccedilas externas suas forccedilas e

fraquezas seus objetivos e metas de negoacuteciordquo Essa parte eacute o alicerce para o

crescimento e o estabelecimento das outras accedilotildees redigidas no plano (DORNELAS

2012 p 102)

20

2215 Descriccedilatildeo da empresa

Eacute nessa seccedilatildeo que deve ser feita a descriccedilatildeo da empresa ldquoseu histoacuterico

crescimento faturamento dos uacuteltimos anos sua razatildeo social impostos estrutura

organizacional e legal localizaccedilatildeo parcerias serviccedilos terceirizados etcrdquo

(DORNELAS 2012 p 102)

2216 Produtos e serviccedilos

Nessa seccedilatildeo do plano de negoacutecios devem ser descritos os produtos e serviccedilos

da empresa a maneira que satildeo produzidos o capital disposto seu ciclo de vida os

elementos tecnoloacutegicos envolvidos pesquisa e desenvolvimento os seus clientes

marcas e patentes etc

Nessa seccedilatildeo pode ser incluiacuteda quando estaacute informaccedilatildeo encontra-se disponiacutevel uma visatildeo do niacutevel de satisfaccedilatildeo dos clientes com os produtos e serviccedilos da empresa Esse feedback eacute bastante importante porque costuma oferecer natildeo apenas uma visatildeo do niacutevel de qualidade percebida nos produtos e serviccedilos mas tambeacutem guiar futuros investimentos da empresa em novos desenvolvimentos e processos de produccedilatildeo (DORNELAS 2012 p 102-103)

2217 Plano operacional

Nesta seccedilatildeo devem ser expostas as accedilotildees que a empresa pretende ter na

sua estrateacutegia produtiva e no processo de produccedilatildeo apontando os resultados que

essas accedilotildees teratildeo sobre os criteacuterios de avaliaccedilatildeo dos produtos Deve incluir dados

operacionais atualizados e presumidos como ldquolead time do produto ou serviccedilo

percentual de entregas a tempo rotatividade do inventaacuterio iacutendice de refugo lead time

de desenvolvimento de produto ou serviccedilo etcrdquo (DORNELAS 2012 p 103)

21

2218 Plano de recursos humanos

Devem ser exibidas as propostas de desenvolvimento e treinamento de

pessoal da empresa Esses dados estatildeo pontualmente associados com a

competecircncia da empresa de crescer ldquoespecialmente quando esta atua em um

mercado onde a detenccedilatildeo de tecnologia eacute considerada um fator estrateacutegico de

competitividaderdquo (DORNELAS 2012 p 103)

2219 Anaacutelise de mercado

Nesta seccedilatildeo o responsaacutevel pelo plano de negoacutecios deve deixar claro que os

executivos da empresa entendem perfeitamente o mercado consumidor do seu

produto ou serviccedilo (atraveacutes de pesquisa de mercado) como estaacute segmentado

crescimento do mercado atributos do consumidor anaacutelise da concorrecircncia qual a sua

fatia de mercado e dos concorrentes etc (DORNELAS 2012 p 103)

22110 Estrateacutegia de marketing

Deve ser apresentado o objetivo da empresa para vender seu produtoserviccedilo

e consolidar seus clientes e ampliar sua demanda Deve ser informada sua estrateacutegia

de venda especificidades do produtoserviccedilo preccedilos puacuteblico-alvo canais de

distribuiccedilatildeo projeccedilatildeo das vendas (DORNELAS 2012 p 103)

22

22111 Plano financeiro

Na seccedilatildeo financeira deve mostrar em nuacutemeros todas as accedilotildees planejadas

para a empresa e suas evidecircncias por meio de projeccedilotildees futuras para um negoacutecio

bem sucedido

Deve conter demonstrativo de fluxo de caixa com horizonte de pelo menos trecircs anos balanccedilo patrimonial anaacutelise do ponto de equiliacutebrio necessidades de investimento demonstrativos de resultados anaacutelise de indicadores financeiros do negoacutecio como faturamento previsto margem prevista prazo de retorno sobre o investimento inicial (payback) taxa interna de retorno (TIR) etc (DORNELAS 2012 p 103-104)

22112 Anexos

Nesta seccedilatildeo deve incluir todos os dados considerados importantes para

melhor compreensatildeo do plano de negoacutecios O que natildeo pode ser deixado de anexar eacute

o curriculum vitae dos soacutecios da empresa (DORNELAS 2012 p 104)

23 VIABILIDADE ECONOcircMICO-FINANCEIRA

Analisar o empreendimento economicamente para verificar se o projeto eacute

viaacutevel e lucrativo ou natildeo eacute uma das decisotildees fundamentais de qualquer

empreendedor

A anaacutelise de investimento eacute um mecanismo aacutegil praacutetico e seguro que ajuda

profissionais de inuacutemeras aacutereas no processo de anaacutelise de tomada de decisotildees

financeiras (REBELATTO p 141)

Lapponi (2007 p 123) afirma que

O objetivo da decisatildeo de investimento ou do orccedilamento de capital eacute maximizar o valor da empresa A decisatildeo de alocaccedilatildeo do capital em projeto de investimento eacute fundamental para o sucesso pois os recursos da empresa

23

satildeo comprometidos por longo tempo na direccedilatildeo de seu futuro desejado e isso envolve um grande esforccedilo de tempo e de gerenciamento Cada projeto aprovado eacute um desembolso realizado pela empresa coma expectativa de obter benefiacutecios futuros quantificados pela geraccedilatildeo de um fluxo de retornos adequados em geral por um prazo maior do que um ano

A carecircncia de recursos financeiros diante das muitas necessidades faz com

que seja crucial aperfeiccediloar sua utilizaccedilatildeo A anaacutelise antecipada de investimento

possibilita que se racionalize a forma como os recursos de capital satildeo utilizados

(REBELATTO 2004 p 141)

Para analisar a viabilidade de um projeto economicamente eacute necessaacuterio reunir

uma seacuterie de informaccedilotildees e de dados que precisam ser organizados para atingir seu

objetivo final que eacute o de facilitar a tomada de decisatildeo Vale salientar que o projeto

deve ser um documento que tenha a capacidade de mostrar de uma maneira loacutegica a

visatildeo estrateacutegica do negoacutecio (MACHADO 2002 p 144)

231 Fluxo de caixa

O fluxo de caixa eacute o melhor guia para uma administraccedilatildeo financeira eficiente

de qualquer negoacutecio

O fluxo de caixa eacute a reproduccedilatildeo graacutefica de uma movimentaccedilatildeo financeira ldquoAs

movimentaccedilotildees monetaacuterias satildeo identificadas temporalmente por meio de um conjunto

de entradas e saiacutedas de caixa definido como diagrama de fluxo de caixardquo Essa

representaccedilatildeo proporciona a visualizaccedilatildeo em diferentes momentos com o que estaacute

ocorrendo com o capital (REBELATTO 2004 p 150)

ldquoA identificaccedilatildeo e a quantificaccedilatildeo das estimativas relevantes do projeto satildeo o

iniacutecio da construccedilatildeo do fluxo de caixa do projeto para empresa em funcionamentordquo

(LAPPONI 2007 p 347)

O fluxo de caixa eacute um composto de entradas e saiacutedas de valores monetaacuterios

(dinheiro) no decorrer de um determinado periacuteodo Bem como evidenciar uma opccedilatildeo

possiacutevel de transaccedilotildees financeiras ou seja pagamentos agrave vista pagamentos a prazo

tiacutetulos originais etc (REBELATTO 2004 p 151)

24

232 Valor Presente Liacutequido (VPL)

ldquoO Valor presente liacutequido (VPL) ou valor atual liacutequido (VAL) eacute o valor atual das

entradas de caixa (retornos de capital esperados) incluindo o valor residual (se

houver) menos o valor atual das saiacutedas de caixardquo (REBELATTO 2004 p 214)

A foacutermula para chegar ao VPL eacute (LAPPONI 2007 p 125)

119881119875119871 = minus119868 +119865119862

(1 + 119870)119899

Onde

I= custo inicial ou desembolso inicial

FC= fluxo de caixa

K= taxa requerida

n= prazo de anaacutelise

Rebelatto (2004 p214) afirma que os paracircmetros para que o projeto seja

aceito se refere ao valor presente liacutequido (VPL)

VPLgt0 o projeto eacute aceito

VPLlt0 o projeto eacute rejeitado

VPL=0 o projeto pode ser aceito ou natildeo pois natildeo cria e nem destroacutei

valor para empresa

Para Lapponi (2007 p 134-135) as principais vantagens do VPL satildeo

Considera o fluxo de caixa do projeto na sua totalidade

Considera o valor monetaacuterio (dinheiro) no tempo

Tem a capacidade de medir o valor criado ou destruiacutedo pelo projeto

Pode ser utilizado na avaliaccedilatildeo do projeto independentemente do tipo de

fluxo de caixa utilizado

Seleciona o projeto mais viaacutevel economicamente

25

233 Taxa Interna de Retorno (TIR)

ldquoTaxa Interna de Retorno (TIR) eacute a taxa de desconto que torna o valor atual

liacutequido (VAL) do investimento igual a zero Tambeacutem eacute chamada de taxa interna efetiva

de rentabilidaderdquo (REBELATTO 2004 p 217)

No projeto do tipo simples com o aumento da taxa requerida o VPL do projeto tende ao valor do custo inicial pois o VPL eacute uma funccedilatildeo decrescente da taxa requerida Portanto a decisatildeo com o meacutetodo TIR somente deve ser feita em projetos simples que garantem a existecircncia de uma uacutenica TIRgt -100 Nos outros tipos de fluxo de caixa em geral o meacutetodo da TIR natildeo deve ser utilizado pois haacute a possibilidade de muacuteltiplas TIRs Sendo a TIR a taxa de juro que zera o VPL do projeto simples para qualquer taxa requerida K menor que a TIR o VPL seraacute positivo e para qualquer taxa requerida K maior que a TIR o VPL seraacute negativo (LAPPONI 2007 p 175-176)

Rebelatto (2004 p 217) complementa afirmando que a TIR eacute um meacutetodo

aprimorado de anaacutelise de investimento sendo possivelmente uma das mais usadas

para avaliar projetos econocircmicos A TIR deve ser comparada com a taxa miacutenima de

atratividade (TMA) para analisar se o projeto seraacute aceito ou natildeo

Sendo assim Lapponi (2007 p 176) considera que

Se TIR gt TMA o projeto deve ser aceito pois eacute economicamente viaacutevel

Se TIR lt TMA o projeto deve ser recusado pois eacute economicamente

inviaacutevel

Se TIR = TMA eacute indiferente investir no projeto pois o mesmo natildeo criaraacute

e nem destruiraacute valor da empresa

ldquoA grande vantagem da TIR como indicador de decisatildeo eacute que prescinde de

informaccedilotildees externas ao projeto Tudo que o analista necessita eacute conhecer o perfil do

projeto e alguma ideia de magnitude da taxa de jurosrdquo (MACHADO 2002 p 127)

26

234 Periacuteodo de retorno de investimento (Payback)

ldquoO payback eacute o periacuteodo de tempo em que ocorre o retorno do investimento

Calculado no fluxo de caixa de vida uacutetil de dez anos o payback apresenta-se de vaacuterias

maneiras para cada tipo de empresardquo (BRITO 2003 p 51)

Uma empresa pode nomear o payback como um dos paracircmetros para escolha

de um projeto a fim de minimizar seus riscos Mesmo sendo esse um meacutetodo faacutecil e

simples na praacutetica eacute um dos mais utilizados para efetuar a mediccedilatildeo econocircmica de um

projeto (REBELATTO 2004 p 230)

Segundo Rebelatto (2004 p 231) a foacutermula baacutesica que demonstra o caacutelculo

do payback em fluxos de caixas regulares eacute

PB =I0

FC

Onde

PB= Payback

I0= Investimento inicial

FC= Fluxo de caixa regular

Para executar o meacutetodo payback eacute crucial estabelecer o tempo maacuteximo de

toleracircncia TMT para resgatar o custo inicial ldquoPara decidir se o projeto deve ser aceito

o payback deve ser comparado com o valor de referecircncia TMT de forma querdquo

(LAPPONI 2007 p 245)

Se PB lt TMT o projeto deve ser aceito

Se PB gt TMT o projeto deve ser recusado

A principal vantagem para utilizaccedilatildeo do meacutetodo payback eacute que ele reflete a

liquidez do projeto e por consequecircncia eacute possiacutevel efetuar a avaliaccedilatildeo do risco de natildeo

recuperar o investimento (REBELATTO 2004 p 230)

27

3 METODOLOGIA

Este capiacutetulo tem por objetivo descrever os procedimentos e teacutecnicas

utilizados na pesquisa considerando o problema e aos objetivos gerais e especiacuteficos

Para a execuccedilatildeo da revisatildeo bibliograacutefica realizada neste estudo foi utilizado

livros de especialistas na aacuterea os principais temas abordados foram o

empreendedorismo que eacute um assunto chave quando surge uma ideia para um novo

negoacutecio plano de negoacutecios que eacute um elemento fundamental para o sucesso ou

fracasso de um empreendimento e a viabilidade econocircmico-financeira tema

fundamental visto que o objetivo geral da pesquisa eacute mensurar se a mesma eacute viaacutevel

ou natildeo economicamente

Foi elaborada uma anaacutelise de mercado que estaacute disponiacutevel no item 41 deste

estudo atraveacutes da mesma foi identificado que os principais clientes satildeo das classes

A e B de Curitiba regiatildeo metropolitana no item 42 foi efetuado um levantamento do

tamanho do negoacutecio onde foi definida a capacidade produtiva o investimento inicial e

a localizaccedilatildeo do empreendimento no item 44foi elaborado o fluxo de caixa que

demonstra as previsotildees financeiras do periacuteodo de 5 anos o meacutetodo utilizado para

elaborar a pesquisa foi um estudo de caso de natureza exploratoacuteria quantitativa e

anaacutelise documental

O estudo de caso eacute evidenciado por um estudo minucioso e cansativo de um

ou poucos objetivos desta forma propicia um vasto e detalhado conhecimento sobre

o assunto uma missatildeo praticamente impossiacutevel mediante as outras maneiras de

delineamentos consideradas (GIL 2008 p 57-58)

Prodanov e Freitas (2013 p60) afirmam que o estudo de caso consiste em

recolher e analisar dados sobre determinado indiviacuteduo famiacutelia grupo ou comunidade

com a finalidade de estudar diferentes aspectos das suas vidas conforme o assunto

da pesquisa

Jaacute as pesquisas exploratoacuterias satildeo definidas por Gil (2008 p 27) como as que

Tecircm como principal finalidade desenvolver esclarecer e modificar conceitos e ideias tendo em vista a formulaccedilatildeo de problemas mais precisos ou hipoacuteteses pesquisaacuteveis para estudos posteriores De todos os tipos de pesquisa estas satildeo as que apresentam menor rigidez no planejamento Habitualmente envolvem levantamento bibliograacutefico e documental entrevistas natildeo padronizadas e estudos de caso

28

A pesquisa quantitativa ldquoconsidera que tudo pode ser quantificaacutevel o que

significa traduzir em nuacutemeros opiniotildees e informaccedilotildees para classificaacute-las e analisaacute-lasrdquo

Eacute necessaacuteria a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas estatiacutesticas tais como porcentagem meacutedia

moda desvio-padratildeo coeficiente de correlaccedilatildeo etc (PRODANOV FREITAS 2013

p 69)

Muitos dados que satildeo utilizados em pesquisas satildeo adquiridos indiretamente

por meio de documentosrdquo como livros jornais papeacuteis oficiais registros estatiacutesticos

fotos discos filmes e viacutedeos que satildeo obtidos de maneira indiretardquo Essas fontes

documentais tecircm a capacidade de disponibilizar ao pesquisador um grande nuacutemero

de informaccedilotildees com bastante qualidade para evitar a perda de tempo (GIL 2008 p

147)

Este modelo de pesquisa foi utilizado para definir os principais clientes quais

os produtos que seratildeo vendidos a capacidade produtiva assim como a viabilidade

econocircmico-financeira e operacional do negoacutecio

29

4 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES

41 ANAacuteLISE DE MERCADO

Woiler e Mathias (1994 p41) e Rebelatto (2004 p01) afirmam que a anaacutelise

de mercado eacute um dos pontos mais relevantes para elaboraccedilatildeo de um projeto Atraveacutes

do estudo do mercado obtemos muitas informaccedilotildees tais como

Fazendo a comparaccedilatildeo entre demanda e a oferta encontramos a

possiacutevel escassez da demanda futura Esse resultado proporcionaraacute

informaccedilotildees para que seja definida a escala de produccedilatildeo do projeto

A regiatildeo geograacutefica em que o produto pode ser vendido eacute um dos pontos

mais significativos para que seja definida a localizaccedilatildeo do empreendimento

O preccedilo de venda os custos de comercializaccedilatildeo e os estoques nos

canais de comercializaccedilatildeo satildeo informaccedilotildees relevantes para que seja

elaborada a projeccedilatildeo do projeto

Vale salientar que esses satildeo apenas alguns elementos importantes que eacute

possiacutevel identificar na anaacutelise de mercado existe muitos outros dados que satildeo obtidos

com a mesma

411 Mercado consumidor

ldquoTodas as decisotildees relacionadas a novos empreendimentos contecircm certo

grau de incerteza tanto no que diz respeito agrave informaccedilatildeo na qual as decisotildees estatildeo

baseadas como no que diz respeito agraves suas consequecircnciasrdquo (SEBRAE)

Chiavenato acredita que os clientes tecircm a capacidade de alavancar ou

derrubar um empreendimento ldquoUm cliente pode ser uma organizaccedilatildeo uma empresa

um usuaacuterio dos produtosserviccedilos ou um consumidor finalrdquo Eacute quem adquiri os

produtosserviccedilos ofertados pela organizaccedilatildeo no final da cadeia de transaccedilotildees Eacute ele

que estabelece direta ou indiretamente se o empreendimento teraacute ecircxito ou natildeo Por

30

isso o cliente deve ser considerado como o principal patrimocircnio da empresa (2007

p 207)

Segundo dados do censo 2010 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e

estatiacutestica) dos 576190 (quinhentos e setenta e seis mil cento e noventa) domiciacutelios

de Curitiba 292965 (duzentos e noventa e dois mil novecentos e sessenta e cinco)

possuem renda de mais de 5 a mais de 20 salaacuterios miacutenimos sendo assim cerca de

5085 dos domiciacutelios curitibanos estatildeo enquadrados nas classes A e B Ainda

segundo o IBGE cerca de 137922 (cento e trinta e sete mil novecentos e vinte e dois)

domiciacutelios curitibanos tecircm renda de mais de 10 salaacuterios miacutenimos o que representa

uma meacutedia de 24 dos domiciacutelios de Curitiba

Mais de 249000 (duzentos e quarenta e nove mil) pessoas que residem em

Curitiba cerca de 1423 da populaccedilatildeo tem rendimento mensal de mais de 5 salaacuterios

miacutenimos conforme Tabela 1

TABELA 1 - RESULTADOS DA AMOSTRA - RENDIMENTO POR PESSOA EM CURITIBA

Quantidade de pessoas Salaacuterios miacutenimos

153011 Mais de 5 a 10 salaacuterios miacutenimos

38692 Mais de 10 a 15 salaacuterios miacutenimos

25427 Mais de 15 a 20 salaacuterios miacutenimos

18264 Mais de 20 a 30 salaacuterios miacutenimos

13791 Mais de 30 salaacuterios miacutenimos

FONTE IBGE - CENSO DEMOGRAacuteFICO 2010

Curitiba possui uma populaccedilatildeo de mais de 1750000 (um milhatildeo setecentos

e cinquenta mil habitantes) segundo censo IBGE 2010 sendo que 932000

(novecentos e trinta e dois mil) pessoas com o estado civil de solteiro viuacutevo

divorciado separado judicialmentedesquitado isso mostra que tem muitas pessoas

que podem fazer festas de casamento e necessitar dos produtos que seratildeo ofertados

tais como bolos artiacutesticos doces finos e bem casados

Segundo as estatiacutesticas do registro civil do IBGE ocorreram em Curitiba e

regiatildeo metropolitana no ano 2012 exatamente 18877 (dezoito mil oitocentos e setenta

e sete) casamentos sendo que nos meses de setembro a dezembro foi onde ocorreu

um maior nuacutemero um total de 7828 (sete mil oitocentos e vinte e oito) casamentos o

que representa um total de 4147 dos casamentos ocorrem nesses quatro meses

do ano

31

TABELA 2 - CASAMENTOS POR MEcircS DE REGISTRO SEGUNDO O LUGAR DO REGISTRO ndash 2012

Lugar do registro

Casamentos por mecircs do registro

Total de

registros Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

RM Curitiba 18877 1466 1250 1572 1282 1403 1533 1248 1255 1735 1753 2118 2262

Curitiba 10351 848 692 857 692 724 872 658 658 971 968 1237 1174

FONTE IBGE DIRETORIA DE PESQUISAS COORDENACcedilAtildeO DE POPULACcedilAtildeO E INDICADORES SOCIAIS ESTATIacuteSTICAS DO REGISTRO CIVIL 2012

Nessa perspectiva foi definido que o mercado que a empresa de bolos e doces

finos vai atuar eacute de Curitiba e regiatildeo metropolitana com foco nas pessoas das classes

A e B com estado civil solteiro divorciado separado judicialmentedesquitado e viuacutevo

412 Produtos que seratildeo vendidos

ldquoNo coraccedilatildeo de uma grande marca haacute um grande produto O produto-chave

na oferta ao mercado Liacutederes de mercado geralmente oferecem produtos e serviccedilos

de qualidade superiorrdquo (KOTLER KELLER 2006 p 366)

Os principais produtos fornecidos seratildeo

Bolos artiacutesticos

FOTO1 - BOLO ARTIacuteSTICO FONTE WANDA CARDOSO - BOLOS ARTIacuteSTICOS amp DOCES

32

Bolos de copa

FOTO2 - BOLO DE COPA FONTE ELABORADO PELO AUTOR

FOTO3 - BOLO DE COPA FONTE ELABORADO PELO AUTOR

Naked cake

FOTO4 - NAKED CAKE FONTE DOCES PENEacuteLOPE

33

Doces Tradicionais

FOTO5 - DOCES TRADICIONAIS FONTE ELABORADO PELO AUTOR

Doces Espelhados

FOTO6 - DOCES ESPELHADOS FONTE PRONTO SOCORRO DAS FESTAS

Doces Finos

FOTO 7 - DOCES FINOS FONTE COMPRANDO MEU APE

34

Brigadeiros gourmet

FOTO8 - BRIGADEIROS GOURMET FONTE ELABORADO PELO AUTOR

Tacinhas acriacutelicas

FOTO9 - TACINHAS ACRIacuteLICAS FONTE BUFFET DELIacuteCIAS DA VI

Trufas

FOTO 10 - TRUFAS FONTE FOGAtildeO DA VOVOacute

35

Bombons

FOTO11 - BOMBONS FONTE DALVA GOLDEN GATE

Bem casados

FOTO12 - BEM CASADOS FONTE CASAMENTO SEM ERRO

FOTO13 - BEM CASADOS FONTE CASAMENTO SEM ERRO

36

413 Preccedilo de venda

A definiccedilatildeo do preccedilo dos produtos eacute uma das decisotildees mais relevantes da

organizaccedilatildeo que deve levar em conta a forma como a empresa deseja se posicionar

no mercado os custos a concorrecircncia e a rentabilidade almejada

O preccedilo eacute um dos elementos mais versaacuteteis pode ser modificado rapidamente

ao contraacuterio das propriedades dos produtos dos contratos com canais de distribuiccedilatildeo

e ateacute mesmo das promoccedilotildees O Preccedilo tem tambeacutem a tarefa de mostrar ao mercado o

posicionamento de valor desejado pela empresa para o seu produto ou marca

(KOTLER KELLER 2006 p 428)

A consolidaccedilatildeo dos preccedilos dos produtos seraacute elaborada levando em conta os

custos para se obter os produtos com a qualidade requinte e sofisticaccedilatildeo desejada

com a margem de lucro esperada e se baseando nos preccedilos praticados pela

concorrecircncia

414 Previsatildeo de vendas

Para Chiavenato (2007 p 2013)

A previsatildeo de vendas representa a quantidade de produtosserviccedilos que a empresa pretende vender ou colocar no mercado durante um determinado periacuteodo geralmente um mecircs ou um ano dividido em meses Constitui portanto uma estimativa ou uma expectativa de vendas Pode ser feita em unidades fiacutesicas ou em valores monetaacuterios

A produccedilatildeo vai ser em meacutedia de 5600 doces (doces finos gourmet e bem

casados) e 4 bolos procurando atender em meacutedia 4 eventos por semana e ateacute 16

eventos por mecircs sendo que nos meses de setembro a dezembro essa demanda

aumenta pelo motivo de historicamente ter um nuacutemero maior de casamentos

37

415 Definiccedilatildeo de local de venda dos produtos

ldquoA venda eacute a fase fundamental do processo de vendas Consiste na

transferecircncia do produtoserviccedilo para o cliente ou consumidorrdquo (CHIAVENATO 2007

p 210)

As vendas vatildeo ocorrer atraveacutes de site proacuteprio redes sociais telefone e

pessoalmente natildeo teremos loja fiacutesica apenas um ateliecirc para confecccedilatildeo dos bolos e

doces onde vai conter uma sala anexa na qual vai ser oferecido o serviccedilo de

degustaccedilatildeo com horaacuterios marcados para assim o cliente decidir quais os produtos

seratildeo adquiridos para o seu evento e fechamento de contrato

416 Definiccedilatildeo da demanda e da oferta

Na maior parte das encomendas os clientes solicitam os doces finos e

gourmet que contecircm chocolates frutas oleaginosas tais como castanhas nozes

avelatildes amecircndoas frutas como framboesa morango damasco cerejas e os bem

casados Os bolos mais solicitados satildeo os com decoraccedilatildeo de pasta americana que

deve obrigatoriamente ter recheios mais firmes como ganaches fios de ovos

strogonoff de nozes e os naked cake (bolo pelado) que possuem mais opccedilotildees de

recheios com chocolates frutas diversas e cremes de pacirctisserie

Em contato com algumas empresas que fornecem o mesmo tipo de produto

foi possiacutevel verificar que as encomendas devem ser feitas com antecedecircncia miacutenima

de 6 meses sendo que alguns casos somente com um ano de antecedecircncia para

conseguir na data desejada Esse eacute um dos pontos que mostra que tem espaccedilo

suficiente para entrada nesse mercado

38

417 Concorrentes

Chiavenato (2007 p 33) Kotler e Keller (2006 p 340) afirmam que os

concorrentes satildeo as organizaccedilotildees que competem pelos mesmos fornecedores

clientes e consumidores

ldquoAgrave medida que seus produtosserviccedilos tornam-se mais heterogecircneos tanto

mais heterogecircneos e diferenciados seratildeo seus concorrentes e tanto mais complexa

seraacute a competitividaderdquo (CHIAVENATO 2007 p 33)

Em busca na internet foi possiacutevel identificar que atualmente existe em meacutedia

25 concorrentes reais que oferecem exatamente os mesmos produtos que seratildeo

fornecidos com o mesmo padratildeo de qualidade valor agregado requinte e

sofisticaccedilatildeo Tambeacutem foi detectado mais 14 concorrentes potenciais que vendem

produtos similares aos que seratildeo vendidos poreacutem natildeo possuem o mesmo valor

agregado dos que vatildeo ser ofertados Foi possiacutevel identificar que alguns concorrentes

oferecem somente os doces finos dos quais foram identificados mais 3 concorrentes

reais e 3 concorrentes potenciais E foi detectado que existem concorrentes que

fornecem apenas os bolos artiacutesticos dos quais foi identificado 4 concorrentes reais

todos fornecem os bolos com o mesmo niacutevel de qualidade que seratildeo fornecidos

A tabela 3 mostra a divisatildeo dos concorrentes reais e potenciais que fornecem

bolos e doces por bairro de Curitiba

39

TABELA 3 - CONCORRENTES QUE FORNECEM BOLOS E DOCES POR BAIRRO

Bairro Quantidade de Concorrentes Reais

Quantidade de Concorrentes Potenciais

Aacutegua Verde 4 1

Ahuacute 1

Bairro Alto 2 1

Barreirinha 1

Barreirinha 1

Bom Retiro 1

Campo Comprido 1

Campo Comprido 1

Cidade Industrial 1

Colombo 1

Fazenda Rio Grande 1

Hauer 1

Hugo Lange 1

Mercecircs 1

Novo Mundo 2 1

Novo Mundo 1

Portatildeo 1

Portatildeo 1

Santa Cacircndida 1

Santa Felicidade 1 1

Santo Inaacutecio 1 1

Satildeo Joseacute dos Pinhais 1

Seminaacuterio 1

Sitio Cercado 1

Tarumatilde 1

Vila Izabel 1

Natildeo Informado 1 2

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

418 Forma de divulgaccedilatildeo dos concorrentes

Todas as empresas pesquisadas que fornecem produtos similares aos que

vamos fornecer utilizam sites proacuteprios e as redes sociais para fazer divulgaccedilatildeo dos

seus produtos todas fazem degustaccedilatildeo para os clientes conhecerem os seus

produtos e posteriormente fechar um contrato

40

42 TAMANHO DO NEGOacuteCIO

421 Capacidade produtiva

A capacidade produtiva vai ser para atender ateacute 4 eventos por semana A

produccedilatildeo vai ser de ateacute 5600 doces (doces finos gourmet e bem casados) e 4 bolos

atendendo ateacute 4 eventos por final de semana e ateacute 16 eventos por mecircs sendo que

nos meses de setembro a dezembro essa demanda aumenta pelo motivo de

historicamente ter um nuacutemero maior de casamentos

422 Investimento

Um dos pontos mais relevantes para abertura de uma empresa eacute a

determinaccedilatildeo do capital miacutenimo para dar iniacutecio nas atividades e principalmente como

obter este capital ldquoEacute com o capital inicial que a empresa tem condiccedilotildees de reunir os

recursos empresariais necessaacuterios ao seu funcionamento sejam eles recursos

humanos materiais ou financeirosrdquo A determinaccedilatildeo do capital eacute o que estabelece a

quantidade de recursos empresariais que a empresa tem disponiacutevel Indiscutivelmente

quanto maior for o volume de recursos empresariais mais faacutecil se torna o desempenho

da empresa Quando todos os recursos necessaacuterios para seu funcionamento estatildeo agrave

disposiccedilatildeo a administraccedilatildeo do empreendimento fica mais simples (CHIAVENATO

2007 p84)

Cabe acrescentar que (LAPPONI 2007 p 321)

O custo inicial refere-se aos desembolsos realizados para aquisiccedilatildeo de equipamentos ou outros ativos fixos incluindo o pagamento de fretes seguros instalaccedilotildees despesas operacionais iniciais com materiais e matildeo de obra treinamento de pessoal de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo etc resumindo o custo inicial inclui todos os desembolsos necessaacuterios para adquirir os ativos necessaacuterios e que estejam em condiccedilotildees de operar e gerar as receitas estimadas

41

O empreendimento iniciaraacute suas atividades com capital investido com

recursos proacuteprios da empreendedora

As estimativas de investimento inicial para abertura da empresa foi de

R$5162851 conforme tabela 4

TABELA 4 - INVESTIMENTO INICIAL

Descriccedilatildeo Valor (R$)

Maacutequinas e equipamentos Cozinha R$ 3084878

Utensiacutelios R$ 555075

Moacuteveis para escritoacuterio R$ 268982

Equipamentos de informaacutetica e eletrocircnicos R$ 446204

Outros custos escritoacuterio R$ 48912

Uniformes R$ 155800

Pintura Imoacutevel R$ 500000

Porta de Vidro R$ 103000

Total R$ 5162851

FONTE ELABORADO PELO AUTOR (2015)

423 Localizaccedilatildeo

Seraacute locado um imoacutevel para a instalaccedilatildeo da empresa localizado na Rua Heitor

Baggio Vidal 2508 Bairro Alto Curitiba ndash PR com o valor do aluguel mensal de

R$160000 (mil e seiscentos reais) O espaccedilo interno de 95msup2 seraacute dividido em trecircs

partes a primeira com 20msup2 vai ficar a recepccedilatildeo para receber os clientes efetuar

orccedilamentos e as degustaccedilotildees a segunda com 71msup2 a cozinha industrial onde seratildeo

fabricados os bolos e doces finos e a terceira com 4msup2 o lavabo

42

FOTO14 - FOTO DO IMOacuteVEL ONDE SERAacute INSTALADA A EMPRESA FONTE MP IMOacuteVEIS

424 Entregas

As entregas dos bolos e doces finos seratildeo efetuadas por uma empresa

parceira localizada no Bairro Alto o preccedilo das entregas em Curitiba e regiatildeo

metropolitana variam de R$2400 (vinte e quatro reais) a R$6000 (sessenta reais)

dependendo da localizaccedilatildeo tais valores seratildeo cobrados dos clientes

43 CAPITAL DE GIRO

O capital de giro inicial foi estimado levando em conta que no primeiro ano a

empresa vai produzir 8333 da sua capacidade atendendo em meacutedia 13 ventos

mensalmente sendo assim foram considerados os gastos operacionais necessaacuterios

para o iniacutecio das atividades incluindo o custo fixo mensal e o estoque inicial ambos

multiplicados por 2 e acrescidos de um percentual de 10 de margem de seguranccedila

para despesas natildeo previstas

43

TABELA 5 - CAPITAL DE GIRO

Item Valor (R$)

Estoque Inicial 5144000

Custo Fixo Mensal 3194783

Reserva (10) 833878

Total do Capital de Giro Inicial 9172662

FONTE ELABORDO PELO AUTOR

44 FLUXO DE CAIXA

ldquoFluxo de Caixa eacute um Instrumento de gestatildeo financeira que projeta para

periacuteodos futuros todas as entradas e as saiacutedas de recursos financeiros da empresa

indicando como seraacute o saldo de caixa para o periacuteodo projetadordquo (SEBRAE)

Na tabela 6 eacute apresentada a projeccedilatildeo do Fluxo de Caixa da empresa para os

seus primeiros cinco anos onde fica evidenciado que do primeiro ateacute o quinto ano a

sauacutede financeira da empresa melhora gradativamente sendo que no final do quinto

ano o saldo em caixa ultrapassa os 300 se comparado com o saldo em caixa no

final do primeiro ano

Pode-se observar que natildeo foi inserida no fluxo de caixa a opccedilatildeo de

inadimplecircncia pois todos os pagamentos seratildeo efetuados agrave vista em dinheiro ou

cartatildeo sendo que o pagamento total dos produtos deve ser efetuado no miacutenimo 10

dias antes da data do evento

44

TABELA 6 - PROJECcedilAtildeO DE FLUXO DE CAIXA NOS PRIMEIROS CINCO ANOS

Descriccedilatildeo Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

Investimento Inicial (5162851)

Capital de Giro (9172662) 9172662

Valor Residual 1548855

Total de entradas 000 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873

Previsatildeo Receitas de vendas 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873

Total de Saiacutedas (14335513) (44888699) (54283425) (59479393) (64738409) (70291804)

(-)Fornecedores (25720000) (33641760) (36669518) (39969775) (43567055)

(-)Folha de pagamento (3267192) (3593911) (3953302) (4348633) (4783496)

(-)Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)

(963216) (1011377) (1061946) (1115043) (1170795)

(-)Retiradas soacutecios (2400000) (2640000) (3432000) (3946800) (4341480)

(-)Impostos s vendas (4654291) (5073177) (5573767) (6075406) (6622192)

(-)Alugueacuteis (1920000) (2016000) (2116800) (2222640) (2333772)

(-)Energia eleacutetrica (840000) (882000) (926100) (972405) (1021025)

(-)Aacutegua (300000) (315000) (330750) (347288) (364652)

(-)Telefone (384000) (403200) (423360) (444528) (466754)

(-)Gaacutes (588000) (617400) (648270) (680684) (714718)

(-)Serviccedilos contabilidade (960000) (1008000) (1058400) (1111320) (1166886)

(-)Manutenccedilatildeo (600000) (630000) (661500) (694575) (729304)

(-)Outras despesas com funcionaacuterios

(1296000) (1405800) (1525590) (1656320) (1799030)

(-)Taxas bancaacuterias (96000) (100800) (105840) (111132) (116689)

(-)Outros pagamentos (900000) (945000) (992250) (1041863) (1093956)

Entradas - Saiacutedas (14335513) 12981301 21410535 23027023 25193585 27734070

Depreciaccedilatildeo 000 (631377) (631377) (631377) (631377) (631377)

Saldo Final (14335513) 12349924 20779158 22395647 24562208 37824209

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

A depreciaccedilatildeo foi calculada considerando o prazo de vida uacutetil meacutedio de 10

anos das maacutequinas equipamentos instalaccedilotildees moacuteveis e utensiacutelios e para os

computadores e perifeacutericos foi considerado o prazo de vida uacutetil de 5 anos conforme

demonstrado na tabela 7

TABELA 7 - DEPRECIACcedilAtildeO

Item Valor Inicial Taxa Anual Depreciaccedilatildeo Anual (R$)

Maacutequinas e equipamentos 3084878 10 308488

Instalaccedilotildees 103000 10 10300

Moacuteveis e Utensiacutelios 824057 10 82406

Computadores e Perifeacutericos 446204 20 89241

Outros 704712 20 140942

Total 631377

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

45

O valor residual dos equipamentos e instalaccedilotildees da empresa no final do quinto

ano foi considerado em 30 referente ao valor de aquisiccedilatildeo dos mesmos no iniacutecio do

projeto

45 ANAacuteLISE DOS INDICADORES (VPL TIR E PAYBACK)

451 Valor Presente Liacutequido (VPL)

A tabela 8 mostra que o VPL (Valor Presente Liacutequido) eacute positivo isso significa

que aleacutem de recuperar o investimento inicial ainda vai ser agregado ao valor da

empresa um montante de R$ R$50392407 (quinhentos e trecircs mil novecentos e vinte

quatro reais e sete centavos)

A taxa de retorno requerida de 20 foi determinada levando em conta o niacutevel

de risco do projeto e visando o valor desejado para se obter em cima do valor

investido

TABELA 8 - CALCULO DO VALOR PRESENTE LIacuteQUIDO (VPL)

Anos FC k 2000

0 -$143355 VPL $50392407

1 $123499 VPL $50392407

2 $207792 VPL $50392407

3 $223956 VPL $21761126

4 $245622 VPL $21761126

5 $378242 Decisatildeo Aceitar o Projeto

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

452 Taxa Interna de Retorno (TIR)

Conforme a tabela 9 eacute possiacutevel verificar que a TIR (Taxa Interna de Retorno)

eacute de 11593 maior que a taxa requerida de 20 isso significa que custo inicial seraacute

46

recuperado e o projeto vai criar valor para empresa mais um resultado favoraacutevel para

a aceitaccedilatildeo do projeto

TABELA 9 - TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR)

Anos FC

0 -$143355 TIR 11593

1 $123499 TIR 2168

2 $207792 TIR 2168

3 $223956 Decisatildeo

4 $245622 k 2000

5 $378242 Aceitar o projeto

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

453 Payback

O tempo de recuperaccedilatildeo do custo inicial ocorre normalmente entre o quarto e

o quinto ano se for feita a anaacutelise da tabela 10 eacute possiacutevel verificar que o tempo

necessaacuterio para o retorno do investimento (payback) do projeto eacute de 128 anos este

indicador mostra claramente que o projeto deve ser aceito pois o tempo de retorno

estaacute bem abaixo do tempo meacutedio dos empreendimentos como um todo

TABELA 10 - PAYBACK

k 20

Anos FC SPresente

0 -$143355 -$143355 PBD-SP = 128

1 $123499 -$40439 128

2 $207792 $103861

3 $223956 $233465

4 $245622 $351917

5 $378242 $503924

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

47

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Para iniciar um negoacutecio requer muito mais do que apenas o espiacuterito

empreendedor eacute necessaacuterio ter lideranccedila conhecimento sobre o mercado que deseja

atuar organizaccedilatildeo e principalmente planejamento

O principal objetivo desse estudo foi analisar a viabilidade econocircmico-

financeira da abertura de uma empresa de bolos e doces finos no Bairro Alto em

Curitiba

O objetivo apresentado nesta pesquisa foi atingido pois todos os indicadores

analisados mostram com clareza que empresa obteacutem resultados positivos que criam

valor para a mesma e com isso o projeto eacute viaacutevel economicamente pois do primeiro

ao quinto ano fica visiacutevel o crescimento do empreendimento e a melhora significativa

da sua sauacutede financeira isso fica evidenciado no saldo final em caixa no quinto ano

que chega proacuteximo haacute 400 mil reais Apesar disso eacute crucial o acompanhamento do

mercado para seguir as tendecircncias e se atualizar constantemente para tomar

decisotildees mais assertivas

Um negoacutecio mal avaliado pode arruinar a estabilidade econocircmica do

investidor por isso eacute de extrema importacircncia fazer todos os levantamentos de custos

antes de se aventurar em qualquer empreendimento

Eacute possiacutevel comprovar que a pesquisa realizada contribui positivamente para

abertura da empresa No entanto as informaccedilotildees aqui presentes natildeo satildeo estaacuteticas e

devem ser revisadas periodicamente e se preciso ateacute mesmo ampliadas no decorrer

da implantaccedilatildeo do projeto para que o mesmo seja uma ferramenta eficiente e eficaz

no desenvolvimento da empresa como um todo

48

REFEREcircNCIAS

BRITO Paulo Anaacutelise e viabilidade de projetos de investimento Satildeo Paulo Atlas 2003 DOLABELA Fernando O segredo de Luiacutesa 30 ed Satildeo Paulo Editora de Cultura 2006 DORNELAS Joseacute Carlos Assis Empreendedorismo transformando ideias em negoacutecios 4 ed Rio de Janeiro Campus Elsevier 2012 CENSO Demograacutefico 2010 Resultados gerais da amostra Curitiba IBGE 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=410690ampidtema=87ampsearch=parana|curitiba|censo-demografico-2010-resultados-gerais-da-amostra-gt Acesso em 21 de Junho de 2015 CHIAVENATO Idalberto Empreendedorismo dando asas ao espiacuterito empreendedor empreendedorismo e a viabilidade de novas empresas um guia eficiente para iniciar e tocar seu proacuteprio negoacutecio 2 ed Satildeo Paulo Saraiva 2007 ESTATIacuteSTICAS do registro civil 2012 Curitiba IBGE 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaoregistrocivil2012default_xlsshtmgt Acesso em 21 de Junho de 2015 GIL Antonio Carlos Meacutetodos e teacutecnicas de pesquisa social 6 ed Satildeo Paulo Atlas 2008 KOTLER Philip KELLER Kevin Lane Administraccedilatildeo de Marketing 12 ed Satildeo Paulo ABDR 2006 LAPPONI Juan Carlos Projetos de Investimento na Empresa Rio de Janeiro Elsevier 2007 MACHADO Jesseacute Anderson Pinto Projetos Econocircmicos uma abordagem praacutetica de elaboraccedilatildeo Satildeo Paulo Nobel 2002 MICHEL Maria Helena Metodologia e pesquisa cientiacutefica em ciecircncias sociais 2 ed Satildeo Paulo Atlas 2009 OLIVEIRA Djalma de Pinho Rebouccedilas de Planejamento estrateacutegico conceitos metodologia e praacuteticas 20 ed Satildeo Paulo Atlas 2004 PRODANOV Cleber Cristiano ERNANI Cesar de Freitas Metodologia do trabalho cientiacutefico meacutetodo e teacutecnicas da pesquisa e do trabalho acadecircmico 2 ed Novo Hamburgo Freevale 2013

49

REBELATTO Dayse Projeto de Investimento 1 ed Barueri Manole 2004 SEBRAE Pesquisa de Mercado o que eacute e para que serve Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrsitesPortalSebraeartigosPesquisa-de-mercado-o-que-C3A9-e-para-que-servegt Acesso em 21 de Junho de 2015 SEBRAE Fluxo de caixa Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrSebraePortal20SebraeAnexos0_fluxo-de-caixapdfgt Acesso em 10 de Outubro de 2015 WILDAUER Egon Walter Plano de negoacutecios elementos construtivos e processos de elaboraccedilatildeo 2 ed Curitiba Ibpex 2011 WOILER Samsatildeo MATHIAS Washington Franco Projetos planejamento elaboraccedilatildeo anaacutelise 1 ed Satildeo Paulo Atlas 1994

50

APEcircNDICES

APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL 51

APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS 52

APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL 52

51

APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL

Item Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

Aacutegua 25000 26250 27563 28941 30388

Aluguel 160000 168000 176400 185220 194481

Assessoria Contaacutebil 80000 84000 88200 92610 97241

Gaacutes 49000 51450 54023 56724 59560

Impostos 387858 422765 464481 506284 551849

Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)

80268 84281 88495 92920 97566

Energia eleacutetrica 70000 73500 77175 81034 85085

Manutenccedilatildeo 50000 52500 55125 57881 60775

Material de escritoacuterio 20000 21000 22050 23153 24310

Material de Limpeza 40000 42000 44100 46305 48620

Folha de pagamento 272266 299493 329442 362386 398625

Seguros 15000 15750 16538 17364 18233

Telefone fixointernet 20000 21000 22050 23153 24310

Telefone Moacutevel 12000 12600 13230 13892 14586

Vale Refeiccedilatildeo 75000 82500 90750 99825 109808

Vale Transporte 33000 34650 36383 38202 40112

Proacute- labore 200000 220000 286000 328900 361790

Taxas Bancaacuterias 8000 8400 8820 9261 9724

Total R$ 1597392 R$ 1720139 R$ 1900823 R$ 2064053 R$ 2227062

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

52

APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS

Item

Produccedilatildeo mensal meacutedia

Custo unitaacuterio total

Sugestatildeo Preccedilo de venda

Custo Mensal Total

Receita de vendas

Bolos artiacutesticos (recheios diversos) 150 6000 13500 900000 2025000

Bolos de copa (recheios diversos) 30 3600 8100 108000 243000

Naked cake (recheios diversos) 60 4200 9450 252000 567000

Doces Tradicionais 32 3500 7875 112000 252000

Doces Espelhados 32 5000 11250 160000 360000

Doces Finos 32 7500 16875 240000 540000

Brigadeiros gourmet 16 4500 10125 72000 162000

Tacinhas acriacutelicas 16 5500 12375 88000 198000

Trufas 32 5000 11250 160000 360000

Bombons 32 5000 11250 160000 360000

Bem casados 3200 100 225 320000 720000

Custo produccedilatildeo Total 2572000

Receita Total 5787000

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL

Ano Receita Bruta Variaccedilatildeo anual

Ano 1 000

Ano 2 69444000 9

Ano 3 75693960 9

Ano 4 82506416 9

Ano 5 89931994 9

Valor considerando a inflaccedilatildeo de 9 aa

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

12

11 PROBLEMA

Qual a viabilidade econocircmico-financeira da abertura de uma empresa de

bolos e doces finos em Curitiba

12 OBJETIVO GERAL

Investigar qual a viabilidade da implantaccedilatildeo de uma empresa de bolos e

doces finos em Curitiba

13 OBJETIVOS ESPECIacuteFICOS

Elaborar uma anaacutelise do mercado de bolos e doces finos em Curitiba

Definir quais os produtos seratildeo vendidos

Definir a capacidade produtiva

Analisar a viabilidade econocircmico-financeira do negoacutecio

13

2 REFERENCIAL TEOacuteRICO

21 EMPREENDEDORISMO

Um projeto empreendedor se torna possiacutevel apenas se o dono da ideia estiver

disposto a assumir todas as responsabilidades e exigecircncias de abrir um negoacutecio que

sem duacutevida passaraacute a ser seu projeto de vida

Para Dolabela (2006 sn)

Se considerarmos que as empresas quase sempre comeccedilam pequenas isso chega a ser um paradoxo Principalmente porque no mundo de hoje as pequenas empresas constituem a principal fonte de empregos e satildeo responsaacuteveis em muitos paiacuteses por mais de 50 do produto interno bruto (PIB) e pelo maior volume de exportaccedilotildees aleacutem de serem as maiores geradoras de inovaccedilotildees tecnoloacutegicas desde a Segunda Guerra Mundial

Eacute possiacutevel definir empreendedorismo comordquo a capacidade que uma pessoa

possui de formular uma ideia sobre determinado produto ou serviccedilo em um mercado

seja essa ideia nova ou natildeordquo (WILDAUER 2011 p25)

Cabe acrescentar que o empreendedorismo natildeo se refere apenas a pequenos

negoacutecios e empreendimentos novos ldquoNatildeo aborda apenas a criaccedilatildeo de novos

produtos ou serviccedilos mas sim inovaccedilotildees em todos os acircmbitos do negoacuteciordquo

(CHIAVENATO 2007 p261)

Segundo Dolabela (2006 sn) se analisarmos a natureza do

empreendedorismo eacute possiacutevel observar que

A Todas as pessoas nascem empreendedoras Os humanos satildeo

empreendedores

B Empreendedorismo natildeo eacute um assunto atual existe desde a primeira

accedilatildeo inovadora com a finalidade de aperfeiccediloar as relaccedilotildees entre os homens

C Natildeo eacute apenas um fato econocircmico mas tambeacutem social

D O empreendedor estaacute em qualquer lugar natildeo apenas nas pessoas que

abrem seu proacuteprio negoacutecio

E O empreendedorismo eacute uma demonstraccedilatildeo da liberdade humana

14

F Natildeo eacute um acontecimento pessoal e nem uma habilidade que poucas

pessoas possuem eacute algo puacuteblico

G Natildeo existe a possibilidade de fazer transferecircncia de conhecimentos

empreendedores ndash ldquoao contraacuterio do que acontece por exemplo em uma aula

de geografia porque o empreendedorismo natildeo eacute um conteuacutedo cognitivo

convencionalrdquo Nesse entendimento natildeo existe a possibilidade de ensinar

mas eacute possiacutevel aprender a ser empreendedor por meio de um sistema de

ensino bem diferente do tradicional

H Eacute um assunto global e natildeo caracteriacutestico ou complementar E deve ser

apresentado na educaccedilatildeo baacutesica

I O princiacutepio do empreendedorismo e a cidadania O que por sua vez ldquoVisa

agrave construccedilatildeo do bem-estar coletivo do espiacuterito comunitaacuterio da cooperaccedilatildeo

Antes de ser aluno o estudante deve ser considerado um cidadatildeordquo

J Natildeo existe a possibilidade de definir se uma pessoa vai ter sucesso

como empreendedor

Vale enfatizar que o empreendedorismo eacute a envoltura de pessoas e

processos que juntas transformam ideias em oportunidades E a correta efetivaccedilatildeo

destas oportunidades ocasiona a criaccedilatildeo de um negoacutecio bem sucedido (DORNELAS

2012 p 28)

Chiavenato (2007 p 22) e Dornelas (2012 p29) defendem a ideia de que

1 O empreendedorismo abrange todo o processo para criar algo novo que

possua valor e seja valorizado pelo mercado

2 Que o empreendedorismo requer doaccedilatildeo disponibilidade de tempo e

vigor para tornar o novo empreendimento em um negoacutecio de sucesso

3 O empreendedorismo demanda coragem aceitaccedilatildeo de riscos

calculados e decisotildees analiacuteticas e ter flexibilidade com os obstaacuteculos falhas

e fracassos

Eacute possiacutevel concluir que o empreendedorismo eacute um fato cultural isto eacute

consequecircncia de haacutebitos accedilotildees e valores pessoais ldquoExistem famiacutelias (assim como

cidades regiotildees e paiacuteses) mais empreendedoras do que outrasrdquo A pessoa

desenvolve o empreendedorismo no conviacutevio com outros empreendedores num local

onde a possibilidade de ter o proacuteprio negoacutecio eacute visto como algo muito bom

(DOLABELA 2006 sn)

15

Diante disso natildeo eacute possiacutevel falar de empreendedorismo sem mencionar os

empreendedores pois satildeo as atitudes de pessoas que inovam assumem todos os

riscos que proporcionam o crescimento e desenvolvimento da sociedade como um

todo

211 Caracteriacutesticas e perfil do empreendedor

Ser empreendedor eacute acima de tudo ter a capacidade e a necessidade de

realizar coisas novas

O empreendedor ldquoeacute um ser social produto do meio em que vive (eacutepoca e

lugar)rdquo E se a pessoa convive em um meio onde ser empreendedor eacute considerado

algo bom teraacute motivos para abrir seu proacuteprio negoacutecio (DOLABELA 2006 sn)

O empreendedor parte da percepccedilatildeo subjetiva para percepccedilatildeo praacutetica na

qual mostram elementos que podem ser debatidos Esses elementos satildeo os mais

variaacuteveis possiacuteveis que foram originados de perguntas contestaccedilotildees e respostas

localizadas pelo empreendedor ldquoo qual natildeo precisa ser algueacutem com uma formaccedilatildeo

superior com diploma de faculdade ou algueacutem que conte com cursos teacutecnicos ou

praacuteticosrdquo (mesmo esses sendo atributos que auxilie na agilidade de formular

questionamentos e encontrar as soluccedilotildees para os mesmos) (WILDAUER 2011 p

25)

Para Dornelas (2012 p 29) empreendedor eacute a pessoa que percebe uma

oportunidade e arquiteta um negoacutecio para captar recursos calculando todos os riscos

que vai correr Em todas as definiccedilotildees de empreendedorismo nos deparamos com no

miacutenimo as seguintes particularidades em relaccedilatildeo ao empreendedor

1 Possui a atitude de criar um novo negoacutecio e amar aquilo que faz

2 Usa o capital que possui de maneira produtiva mudando o local social e

econocircmico onde estaacute inserido

3 Assume os riscos calculados e a chance do negoacutecio natildeo dar certo

Nessa mesma perspectiva Chiavenato (2007 p7) afirma que o empreendedor

eacute a pessoa que tem a capacidade de fazer as coisas acontecerem eacute favorecido pela

sua percepccedilatildeo para os negoacutecios prudecircncia na aacuterea financeira e a habilidade de

16

perceber as oportunidades Com esse conjunto de competecircncias tem a capacidade

de transformar ideias em negoacutecios O empreendedor possui uma boa imaginaccedilatildeo e eacute

persistente qualidades que combinadas de maneira correta o capacitam para

converter ideias simples em projetos objetivos e bem sucedidos

Para Wildauer (2011 p 26)

Podemos entatildeo enumerar muitas caracteriacutesticas do empreendedor sendo as principais a atitude de saber ouvir de estar atento de saber interpretar e analisar as informaccedilotildees do mercador de ter condiccedilotildees de elaborar um planejamento de suas accedilotildees futuras de traccedilar objetivos e todo um roteiro teoacuterico-praacutetico para poder atingi-lo Sem essas premissas baacutesicas o empreendedor natildeo teraacute sucesso na formulaccedilatildeo do plano de negoacutecios muito menos na sustentaccedilatildeo de seu negoacutecio

Chiavenato (2007 p 4) acredita que ldquoos empreendedores satildeo heroacuteis

populares do mundo dos negoacuteciosrdquo Que geram empregos propagam inovaccedilotildees e

estimulam o crescimento da economia Satildeo muito mais do que somente fornecedores

de produtos e serviccedilos satildeo pessoas que assumem os riscos das oscilaccedilotildees

econocircmicas

Cabe acrescentar que o empreendedor revolucionaacuterio eacute aquele que inventa

novos mercados isto eacute a pessoa cria algo exclusivo como foi o caso do Bill Gattes

fundador da Microsoft que transformou o mundo com o sistema operacional Windows

Contudo grande parte dos empreendedores cria negoacutecios em mercados jaacute existentes

e mesmo assim criam negoacutecios de sucesso (DORNELAS 2012 p30)

Wildauer (2011 p26) conclui que ldquoo empreendedor necessita de uma estrutura

de pensamento sistecircmico e visionaacuterio com base no qual estabeleceraacute metas e

desenharaacute trajetoacuterias para alcanccedilaacute-lasrdquo

22 PLANO DE NEGOacuteCIOS

Para iniciar um empreendimento eacute fundamental fazer um plano de negoacutecios

com ele eacute possiacutevel verificar a viabilidade ou natildeo do empreendimento e definir onde

estamos para onde vamos e mostrar com mais clareza as oportunidades de negoacutecio

17

Do ponto de vista de Dornelas (2012 p 93) ldquoum negoacutecio bem planejado teraacute

mais chances de sucesso do que aquele sem planejamento na mesma igualdade de

condiccedilotildeesrdquo

Nessa mesma perspectiva Dolabela (2006 sn) afirma que vaacuterios

empreendedores bem sucedidos abriram seus empreendimentos sem compreender

pontualmente o que eacute um plano de negoacutecios Poreacutem muitos outros natildeo tiveram o

mesmo fim e o que conseguiram foram negoacutecios fracassados por conta de falhas que

poderiam ter sido evitadas Uma grande quantidade de negoacutecios que possuem um

alto potencial acabam se tornando impraticaacuteveis por conta da incapacidade dos

empreendedores Ainda assim muitas pessoas abrem e vatildeo continuar abrindo

negoacutecios capacitadas ou natildeo para isso

Wildauer (2011 p 39) define plano de negoacutecios como ldquoum documento em

forma de texto no qual eacute apresentada uma proposta de negoacutecio para um mercadordquo

Esse documento deve mostrar com clareza o ponto de vista do empreendedor sobre

o sucesso do seu produto ou serviccedilo no mercado atual

Chiavenato (2007 p132) acredita que

O plano de negoacutecio mdash business planmdash descreve a ideia de um novo empreendimento e projeta os aspectos mercadoloacutegicos operacionais e financeiros dos negoacutecios propostos geralmente para os proacuteximos trecircs ou cinco anos Seu preparo permite a anaacutelise da proposta e ajuda o futuro empreendedor a evitar uma trajetoacuteria decadente que o levaraacute do entusiasmo agrave desilusatildeo e ao fracasso

Eacute possiacutevel sintetizar o plano de negoacutecios como um documento em que o

empreendedor mostra de maneira formal e concreta o negoacutecio que quer idealizar e

expor para seus parceiros soacutecios e investidores apresentando a visatildeo a missatildeo e os

seus propoacutesitos assim como o ldquoplano operacional o plano de marketing o plano de

financeiro e o plano juriacutedicordquo desta forma facilitando a assimilaccedilatildeo e aceitaccedilatildeo do

negoacutecio pelas pessoas interessadas (WILDAUER 2011 p39)

Conforme mencionado por Chiavenato (2007 p 134) o plano de negoacutecios

mobiliza o novo empreendimento na sua totalidade Ele demonstra o levantamento

cansativo dos elementos que fazem parte do negoacutecio ldquosejam internos mdash o que deveraacute

ser produzido como onde quanto mdash sejam externos mdash para quem produzir qual eacute

o mercado quais satildeo os concorrentes etcrdquo

18

Com isso Wildauer (2011 p 45) conclui que ldquoo plano de negoacutecios eacute como um

guia uacutetil para a obtenccedilatildeo de conhecimentos para a concepccedilatildeo de um

empreendimentordquo

221 Estrutura do plano de negoacutecios

O plano de negoacutecios mobiliza todas as informaccedilotildees necessaacuterias para abrir um

negoacutecio por meio dele eacute possiacutevel detectar onde estou e para onde desejo ir dentro do

mercado

Conforme identificado por Dornelas (2012 p 101) ldquonatildeo existe uma estrutura

riacutegida e especiacutefica para se escrever um plano de negoacuteciosrdquo dado que cada negoacutecio

possui suas singularidades e equivalecircncias sendo improvaacutevel delimitar um modelo-

padratildeo de plano de negoacutecios que seja absoluto e adequado para todos os negoacutecios

Todos os planos de negoacutecios devem conter um miacutenimo de seccedilotildees que vatildeo possibilitar

uma compreensatildeo do negoacutecio como um todo Tais seccedilotildees satildeo alinhadas de maneira

que mantenham uma sequecircncia loacutegica que possibilite qualquer pessoa ler o plano e

compreender como a empresa eacute estruturada seus objetivos seus produtos seus

serviccedilos qual seu mercado seu plano financeiro e de marketing

A seguir encontra-se uma breve descriccedilatildeo de cada uma das seccedilotildees do Plano

de Negoacutecios

2211 Capa

Eacute um dos componentes fundamentais do plano de negoacutecios pois eacute a primeira

parte que eacute vista pela pessoa que vai ler deve ser desenvolvida de forma clara e com

os dados adequados (DORNELAS 2012 p 101)

19

2212 Sumaacuterio

O sumaacuterio deve incluir ldquoo tiacutetulo de cada seccedilatildeo do plano de negoacutecios e a paacutegina

respectiva onde se encontra bem como os principais assuntos relacionados em cada

seccedilatildeordquo Isso faz com que fique mais faacutecil o leitor do plano de negoacutecios identificar com

mais agilidade o que lhe interessar (DORNELAS 2012 p 101-102)

2213 Sumaacuterio executivo

O Sumaacuterio Executivo eacute a parte mais importante do plano de negoacutecios ele iraacute

definir se o leitor vai prosseguir ou natildeo com a leitura do plano de negoacutecios Dessa

forma deve ser redigido com bastante concentraccedilatildeo e revisado inuacutemeras vezes e

tambeacutem englobar as informaccedilotildees mais relevantes do plano de negoacutecios Deve ser

direcionado ao puacuteblico-alvo do plano de negoacutecios e deixar claro qual o objetivo do

mesmo em relaccedilatildeo agraves pessoas que estatildeo o lendo ldquoO Sumaacuterio Executivo deve ser a

uacuteltima seccedilatildeo a ser escrita pois depende de todas as outras seccedilotildees do plano para ser

elaboradardquo (DORNELAS 2012 p 102)

2214 Anaacutelise estrateacutegica

Nesta seccedilatildeo eacute determinada a direccedilatildeo que a empresa vai seguir ldquosua visatildeo e

missatildeo sua situaccedilatildeo atual as potencialidades e ameaccedilas externas suas forccedilas e

fraquezas seus objetivos e metas de negoacuteciordquo Essa parte eacute o alicerce para o

crescimento e o estabelecimento das outras accedilotildees redigidas no plano (DORNELAS

2012 p 102)

20

2215 Descriccedilatildeo da empresa

Eacute nessa seccedilatildeo que deve ser feita a descriccedilatildeo da empresa ldquoseu histoacuterico

crescimento faturamento dos uacuteltimos anos sua razatildeo social impostos estrutura

organizacional e legal localizaccedilatildeo parcerias serviccedilos terceirizados etcrdquo

(DORNELAS 2012 p 102)

2216 Produtos e serviccedilos

Nessa seccedilatildeo do plano de negoacutecios devem ser descritos os produtos e serviccedilos

da empresa a maneira que satildeo produzidos o capital disposto seu ciclo de vida os

elementos tecnoloacutegicos envolvidos pesquisa e desenvolvimento os seus clientes

marcas e patentes etc

Nessa seccedilatildeo pode ser incluiacuteda quando estaacute informaccedilatildeo encontra-se disponiacutevel uma visatildeo do niacutevel de satisfaccedilatildeo dos clientes com os produtos e serviccedilos da empresa Esse feedback eacute bastante importante porque costuma oferecer natildeo apenas uma visatildeo do niacutevel de qualidade percebida nos produtos e serviccedilos mas tambeacutem guiar futuros investimentos da empresa em novos desenvolvimentos e processos de produccedilatildeo (DORNELAS 2012 p 102-103)

2217 Plano operacional

Nesta seccedilatildeo devem ser expostas as accedilotildees que a empresa pretende ter na

sua estrateacutegia produtiva e no processo de produccedilatildeo apontando os resultados que

essas accedilotildees teratildeo sobre os criteacuterios de avaliaccedilatildeo dos produtos Deve incluir dados

operacionais atualizados e presumidos como ldquolead time do produto ou serviccedilo

percentual de entregas a tempo rotatividade do inventaacuterio iacutendice de refugo lead time

de desenvolvimento de produto ou serviccedilo etcrdquo (DORNELAS 2012 p 103)

21

2218 Plano de recursos humanos

Devem ser exibidas as propostas de desenvolvimento e treinamento de

pessoal da empresa Esses dados estatildeo pontualmente associados com a

competecircncia da empresa de crescer ldquoespecialmente quando esta atua em um

mercado onde a detenccedilatildeo de tecnologia eacute considerada um fator estrateacutegico de

competitividaderdquo (DORNELAS 2012 p 103)

2219 Anaacutelise de mercado

Nesta seccedilatildeo o responsaacutevel pelo plano de negoacutecios deve deixar claro que os

executivos da empresa entendem perfeitamente o mercado consumidor do seu

produto ou serviccedilo (atraveacutes de pesquisa de mercado) como estaacute segmentado

crescimento do mercado atributos do consumidor anaacutelise da concorrecircncia qual a sua

fatia de mercado e dos concorrentes etc (DORNELAS 2012 p 103)

22110 Estrateacutegia de marketing

Deve ser apresentado o objetivo da empresa para vender seu produtoserviccedilo

e consolidar seus clientes e ampliar sua demanda Deve ser informada sua estrateacutegia

de venda especificidades do produtoserviccedilo preccedilos puacuteblico-alvo canais de

distribuiccedilatildeo projeccedilatildeo das vendas (DORNELAS 2012 p 103)

22

22111 Plano financeiro

Na seccedilatildeo financeira deve mostrar em nuacutemeros todas as accedilotildees planejadas

para a empresa e suas evidecircncias por meio de projeccedilotildees futuras para um negoacutecio

bem sucedido

Deve conter demonstrativo de fluxo de caixa com horizonte de pelo menos trecircs anos balanccedilo patrimonial anaacutelise do ponto de equiliacutebrio necessidades de investimento demonstrativos de resultados anaacutelise de indicadores financeiros do negoacutecio como faturamento previsto margem prevista prazo de retorno sobre o investimento inicial (payback) taxa interna de retorno (TIR) etc (DORNELAS 2012 p 103-104)

22112 Anexos

Nesta seccedilatildeo deve incluir todos os dados considerados importantes para

melhor compreensatildeo do plano de negoacutecios O que natildeo pode ser deixado de anexar eacute

o curriculum vitae dos soacutecios da empresa (DORNELAS 2012 p 104)

23 VIABILIDADE ECONOcircMICO-FINANCEIRA

Analisar o empreendimento economicamente para verificar se o projeto eacute

viaacutevel e lucrativo ou natildeo eacute uma das decisotildees fundamentais de qualquer

empreendedor

A anaacutelise de investimento eacute um mecanismo aacutegil praacutetico e seguro que ajuda

profissionais de inuacutemeras aacutereas no processo de anaacutelise de tomada de decisotildees

financeiras (REBELATTO p 141)

Lapponi (2007 p 123) afirma que

O objetivo da decisatildeo de investimento ou do orccedilamento de capital eacute maximizar o valor da empresa A decisatildeo de alocaccedilatildeo do capital em projeto de investimento eacute fundamental para o sucesso pois os recursos da empresa

23

satildeo comprometidos por longo tempo na direccedilatildeo de seu futuro desejado e isso envolve um grande esforccedilo de tempo e de gerenciamento Cada projeto aprovado eacute um desembolso realizado pela empresa coma expectativa de obter benefiacutecios futuros quantificados pela geraccedilatildeo de um fluxo de retornos adequados em geral por um prazo maior do que um ano

A carecircncia de recursos financeiros diante das muitas necessidades faz com

que seja crucial aperfeiccediloar sua utilizaccedilatildeo A anaacutelise antecipada de investimento

possibilita que se racionalize a forma como os recursos de capital satildeo utilizados

(REBELATTO 2004 p 141)

Para analisar a viabilidade de um projeto economicamente eacute necessaacuterio reunir

uma seacuterie de informaccedilotildees e de dados que precisam ser organizados para atingir seu

objetivo final que eacute o de facilitar a tomada de decisatildeo Vale salientar que o projeto

deve ser um documento que tenha a capacidade de mostrar de uma maneira loacutegica a

visatildeo estrateacutegica do negoacutecio (MACHADO 2002 p 144)

231 Fluxo de caixa

O fluxo de caixa eacute o melhor guia para uma administraccedilatildeo financeira eficiente

de qualquer negoacutecio

O fluxo de caixa eacute a reproduccedilatildeo graacutefica de uma movimentaccedilatildeo financeira ldquoAs

movimentaccedilotildees monetaacuterias satildeo identificadas temporalmente por meio de um conjunto

de entradas e saiacutedas de caixa definido como diagrama de fluxo de caixardquo Essa

representaccedilatildeo proporciona a visualizaccedilatildeo em diferentes momentos com o que estaacute

ocorrendo com o capital (REBELATTO 2004 p 150)

ldquoA identificaccedilatildeo e a quantificaccedilatildeo das estimativas relevantes do projeto satildeo o

iniacutecio da construccedilatildeo do fluxo de caixa do projeto para empresa em funcionamentordquo

(LAPPONI 2007 p 347)

O fluxo de caixa eacute um composto de entradas e saiacutedas de valores monetaacuterios

(dinheiro) no decorrer de um determinado periacuteodo Bem como evidenciar uma opccedilatildeo

possiacutevel de transaccedilotildees financeiras ou seja pagamentos agrave vista pagamentos a prazo

tiacutetulos originais etc (REBELATTO 2004 p 151)

24

232 Valor Presente Liacutequido (VPL)

ldquoO Valor presente liacutequido (VPL) ou valor atual liacutequido (VAL) eacute o valor atual das

entradas de caixa (retornos de capital esperados) incluindo o valor residual (se

houver) menos o valor atual das saiacutedas de caixardquo (REBELATTO 2004 p 214)

A foacutermula para chegar ao VPL eacute (LAPPONI 2007 p 125)

119881119875119871 = minus119868 +119865119862

(1 + 119870)119899

Onde

I= custo inicial ou desembolso inicial

FC= fluxo de caixa

K= taxa requerida

n= prazo de anaacutelise

Rebelatto (2004 p214) afirma que os paracircmetros para que o projeto seja

aceito se refere ao valor presente liacutequido (VPL)

VPLgt0 o projeto eacute aceito

VPLlt0 o projeto eacute rejeitado

VPL=0 o projeto pode ser aceito ou natildeo pois natildeo cria e nem destroacutei

valor para empresa

Para Lapponi (2007 p 134-135) as principais vantagens do VPL satildeo

Considera o fluxo de caixa do projeto na sua totalidade

Considera o valor monetaacuterio (dinheiro) no tempo

Tem a capacidade de medir o valor criado ou destruiacutedo pelo projeto

Pode ser utilizado na avaliaccedilatildeo do projeto independentemente do tipo de

fluxo de caixa utilizado

Seleciona o projeto mais viaacutevel economicamente

25

233 Taxa Interna de Retorno (TIR)

ldquoTaxa Interna de Retorno (TIR) eacute a taxa de desconto que torna o valor atual

liacutequido (VAL) do investimento igual a zero Tambeacutem eacute chamada de taxa interna efetiva

de rentabilidaderdquo (REBELATTO 2004 p 217)

No projeto do tipo simples com o aumento da taxa requerida o VPL do projeto tende ao valor do custo inicial pois o VPL eacute uma funccedilatildeo decrescente da taxa requerida Portanto a decisatildeo com o meacutetodo TIR somente deve ser feita em projetos simples que garantem a existecircncia de uma uacutenica TIRgt -100 Nos outros tipos de fluxo de caixa em geral o meacutetodo da TIR natildeo deve ser utilizado pois haacute a possibilidade de muacuteltiplas TIRs Sendo a TIR a taxa de juro que zera o VPL do projeto simples para qualquer taxa requerida K menor que a TIR o VPL seraacute positivo e para qualquer taxa requerida K maior que a TIR o VPL seraacute negativo (LAPPONI 2007 p 175-176)

Rebelatto (2004 p 217) complementa afirmando que a TIR eacute um meacutetodo

aprimorado de anaacutelise de investimento sendo possivelmente uma das mais usadas

para avaliar projetos econocircmicos A TIR deve ser comparada com a taxa miacutenima de

atratividade (TMA) para analisar se o projeto seraacute aceito ou natildeo

Sendo assim Lapponi (2007 p 176) considera que

Se TIR gt TMA o projeto deve ser aceito pois eacute economicamente viaacutevel

Se TIR lt TMA o projeto deve ser recusado pois eacute economicamente

inviaacutevel

Se TIR = TMA eacute indiferente investir no projeto pois o mesmo natildeo criaraacute

e nem destruiraacute valor da empresa

ldquoA grande vantagem da TIR como indicador de decisatildeo eacute que prescinde de

informaccedilotildees externas ao projeto Tudo que o analista necessita eacute conhecer o perfil do

projeto e alguma ideia de magnitude da taxa de jurosrdquo (MACHADO 2002 p 127)

26

234 Periacuteodo de retorno de investimento (Payback)

ldquoO payback eacute o periacuteodo de tempo em que ocorre o retorno do investimento

Calculado no fluxo de caixa de vida uacutetil de dez anos o payback apresenta-se de vaacuterias

maneiras para cada tipo de empresardquo (BRITO 2003 p 51)

Uma empresa pode nomear o payback como um dos paracircmetros para escolha

de um projeto a fim de minimizar seus riscos Mesmo sendo esse um meacutetodo faacutecil e

simples na praacutetica eacute um dos mais utilizados para efetuar a mediccedilatildeo econocircmica de um

projeto (REBELATTO 2004 p 230)

Segundo Rebelatto (2004 p 231) a foacutermula baacutesica que demonstra o caacutelculo

do payback em fluxos de caixas regulares eacute

PB =I0

FC

Onde

PB= Payback

I0= Investimento inicial

FC= Fluxo de caixa regular

Para executar o meacutetodo payback eacute crucial estabelecer o tempo maacuteximo de

toleracircncia TMT para resgatar o custo inicial ldquoPara decidir se o projeto deve ser aceito

o payback deve ser comparado com o valor de referecircncia TMT de forma querdquo

(LAPPONI 2007 p 245)

Se PB lt TMT o projeto deve ser aceito

Se PB gt TMT o projeto deve ser recusado

A principal vantagem para utilizaccedilatildeo do meacutetodo payback eacute que ele reflete a

liquidez do projeto e por consequecircncia eacute possiacutevel efetuar a avaliaccedilatildeo do risco de natildeo

recuperar o investimento (REBELATTO 2004 p 230)

27

3 METODOLOGIA

Este capiacutetulo tem por objetivo descrever os procedimentos e teacutecnicas

utilizados na pesquisa considerando o problema e aos objetivos gerais e especiacuteficos

Para a execuccedilatildeo da revisatildeo bibliograacutefica realizada neste estudo foi utilizado

livros de especialistas na aacuterea os principais temas abordados foram o

empreendedorismo que eacute um assunto chave quando surge uma ideia para um novo

negoacutecio plano de negoacutecios que eacute um elemento fundamental para o sucesso ou

fracasso de um empreendimento e a viabilidade econocircmico-financeira tema

fundamental visto que o objetivo geral da pesquisa eacute mensurar se a mesma eacute viaacutevel

ou natildeo economicamente

Foi elaborada uma anaacutelise de mercado que estaacute disponiacutevel no item 41 deste

estudo atraveacutes da mesma foi identificado que os principais clientes satildeo das classes

A e B de Curitiba regiatildeo metropolitana no item 42 foi efetuado um levantamento do

tamanho do negoacutecio onde foi definida a capacidade produtiva o investimento inicial e

a localizaccedilatildeo do empreendimento no item 44foi elaborado o fluxo de caixa que

demonstra as previsotildees financeiras do periacuteodo de 5 anos o meacutetodo utilizado para

elaborar a pesquisa foi um estudo de caso de natureza exploratoacuteria quantitativa e

anaacutelise documental

O estudo de caso eacute evidenciado por um estudo minucioso e cansativo de um

ou poucos objetivos desta forma propicia um vasto e detalhado conhecimento sobre

o assunto uma missatildeo praticamente impossiacutevel mediante as outras maneiras de

delineamentos consideradas (GIL 2008 p 57-58)

Prodanov e Freitas (2013 p60) afirmam que o estudo de caso consiste em

recolher e analisar dados sobre determinado indiviacuteduo famiacutelia grupo ou comunidade

com a finalidade de estudar diferentes aspectos das suas vidas conforme o assunto

da pesquisa

Jaacute as pesquisas exploratoacuterias satildeo definidas por Gil (2008 p 27) como as que

Tecircm como principal finalidade desenvolver esclarecer e modificar conceitos e ideias tendo em vista a formulaccedilatildeo de problemas mais precisos ou hipoacuteteses pesquisaacuteveis para estudos posteriores De todos os tipos de pesquisa estas satildeo as que apresentam menor rigidez no planejamento Habitualmente envolvem levantamento bibliograacutefico e documental entrevistas natildeo padronizadas e estudos de caso

28

A pesquisa quantitativa ldquoconsidera que tudo pode ser quantificaacutevel o que

significa traduzir em nuacutemeros opiniotildees e informaccedilotildees para classificaacute-las e analisaacute-lasrdquo

Eacute necessaacuteria a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas estatiacutesticas tais como porcentagem meacutedia

moda desvio-padratildeo coeficiente de correlaccedilatildeo etc (PRODANOV FREITAS 2013

p 69)

Muitos dados que satildeo utilizados em pesquisas satildeo adquiridos indiretamente

por meio de documentosrdquo como livros jornais papeacuteis oficiais registros estatiacutesticos

fotos discos filmes e viacutedeos que satildeo obtidos de maneira indiretardquo Essas fontes

documentais tecircm a capacidade de disponibilizar ao pesquisador um grande nuacutemero

de informaccedilotildees com bastante qualidade para evitar a perda de tempo (GIL 2008 p

147)

Este modelo de pesquisa foi utilizado para definir os principais clientes quais

os produtos que seratildeo vendidos a capacidade produtiva assim como a viabilidade

econocircmico-financeira e operacional do negoacutecio

29

4 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES

41 ANAacuteLISE DE MERCADO

Woiler e Mathias (1994 p41) e Rebelatto (2004 p01) afirmam que a anaacutelise

de mercado eacute um dos pontos mais relevantes para elaboraccedilatildeo de um projeto Atraveacutes

do estudo do mercado obtemos muitas informaccedilotildees tais como

Fazendo a comparaccedilatildeo entre demanda e a oferta encontramos a

possiacutevel escassez da demanda futura Esse resultado proporcionaraacute

informaccedilotildees para que seja definida a escala de produccedilatildeo do projeto

A regiatildeo geograacutefica em que o produto pode ser vendido eacute um dos pontos

mais significativos para que seja definida a localizaccedilatildeo do empreendimento

O preccedilo de venda os custos de comercializaccedilatildeo e os estoques nos

canais de comercializaccedilatildeo satildeo informaccedilotildees relevantes para que seja

elaborada a projeccedilatildeo do projeto

Vale salientar que esses satildeo apenas alguns elementos importantes que eacute

possiacutevel identificar na anaacutelise de mercado existe muitos outros dados que satildeo obtidos

com a mesma

411 Mercado consumidor

ldquoTodas as decisotildees relacionadas a novos empreendimentos contecircm certo

grau de incerteza tanto no que diz respeito agrave informaccedilatildeo na qual as decisotildees estatildeo

baseadas como no que diz respeito agraves suas consequecircnciasrdquo (SEBRAE)

Chiavenato acredita que os clientes tecircm a capacidade de alavancar ou

derrubar um empreendimento ldquoUm cliente pode ser uma organizaccedilatildeo uma empresa

um usuaacuterio dos produtosserviccedilos ou um consumidor finalrdquo Eacute quem adquiri os

produtosserviccedilos ofertados pela organizaccedilatildeo no final da cadeia de transaccedilotildees Eacute ele

que estabelece direta ou indiretamente se o empreendimento teraacute ecircxito ou natildeo Por

30

isso o cliente deve ser considerado como o principal patrimocircnio da empresa (2007

p 207)

Segundo dados do censo 2010 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e

estatiacutestica) dos 576190 (quinhentos e setenta e seis mil cento e noventa) domiciacutelios

de Curitiba 292965 (duzentos e noventa e dois mil novecentos e sessenta e cinco)

possuem renda de mais de 5 a mais de 20 salaacuterios miacutenimos sendo assim cerca de

5085 dos domiciacutelios curitibanos estatildeo enquadrados nas classes A e B Ainda

segundo o IBGE cerca de 137922 (cento e trinta e sete mil novecentos e vinte e dois)

domiciacutelios curitibanos tecircm renda de mais de 10 salaacuterios miacutenimos o que representa

uma meacutedia de 24 dos domiciacutelios de Curitiba

Mais de 249000 (duzentos e quarenta e nove mil) pessoas que residem em

Curitiba cerca de 1423 da populaccedilatildeo tem rendimento mensal de mais de 5 salaacuterios

miacutenimos conforme Tabela 1

TABELA 1 - RESULTADOS DA AMOSTRA - RENDIMENTO POR PESSOA EM CURITIBA

Quantidade de pessoas Salaacuterios miacutenimos

153011 Mais de 5 a 10 salaacuterios miacutenimos

38692 Mais de 10 a 15 salaacuterios miacutenimos

25427 Mais de 15 a 20 salaacuterios miacutenimos

18264 Mais de 20 a 30 salaacuterios miacutenimos

13791 Mais de 30 salaacuterios miacutenimos

FONTE IBGE - CENSO DEMOGRAacuteFICO 2010

Curitiba possui uma populaccedilatildeo de mais de 1750000 (um milhatildeo setecentos

e cinquenta mil habitantes) segundo censo IBGE 2010 sendo que 932000

(novecentos e trinta e dois mil) pessoas com o estado civil de solteiro viuacutevo

divorciado separado judicialmentedesquitado isso mostra que tem muitas pessoas

que podem fazer festas de casamento e necessitar dos produtos que seratildeo ofertados

tais como bolos artiacutesticos doces finos e bem casados

Segundo as estatiacutesticas do registro civil do IBGE ocorreram em Curitiba e

regiatildeo metropolitana no ano 2012 exatamente 18877 (dezoito mil oitocentos e setenta

e sete) casamentos sendo que nos meses de setembro a dezembro foi onde ocorreu

um maior nuacutemero um total de 7828 (sete mil oitocentos e vinte e oito) casamentos o

que representa um total de 4147 dos casamentos ocorrem nesses quatro meses

do ano

31

TABELA 2 - CASAMENTOS POR MEcircS DE REGISTRO SEGUNDO O LUGAR DO REGISTRO ndash 2012

Lugar do registro

Casamentos por mecircs do registro

Total de

registros Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

RM Curitiba 18877 1466 1250 1572 1282 1403 1533 1248 1255 1735 1753 2118 2262

Curitiba 10351 848 692 857 692 724 872 658 658 971 968 1237 1174

FONTE IBGE DIRETORIA DE PESQUISAS COORDENACcedilAtildeO DE POPULACcedilAtildeO E INDICADORES SOCIAIS ESTATIacuteSTICAS DO REGISTRO CIVIL 2012

Nessa perspectiva foi definido que o mercado que a empresa de bolos e doces

finos vai atuar eacute de Curitiba e regiatildeo metropolitana com foco nas pessoas das classes

A e B com estado civil solteiro divorciado separado judicialmentedesquitado e viuacutevo

412 Produtos que seratildeo vendidos

ldquoNo coraccedilatildeo de uma grande marca haacute um grande produto O produto-chave

na oferta ao mercado Liacutederes de mercado geralmente oferecem produtos e serviccedilos

de qualidade superiorrdquo (KOTLER KELLER 2006 p 366)

Os principais produtos fornecidos seratildeo

Bolos artiacutesticos

FOTO1 - BOLO ARTIacuteSTICO FONTE WANDA CARDOSO - BOLOS ARTIacuteSTICOS amp DOCES

32

Bolos de copa

FOTO2 - BOLO DE COPA FONTE ELABORADO PELO AUTOR

FOTO3 - BOLO DE COPA FONTE ELABORADO PELO AUTOR

Naked cake

FOTO4 - NAKED CAKE FONTE DOCES PENEacuteLOPE

33

Doces Tradicionais

FOTO5 - DOCES TRADICIONAIS FONTE ELABORADO PELO AUTOR

Doces Espelhados

FOTO6 - DOCES ESPELHADOS FONTE PRONTO SOCORRO DAS FESTAS

Doces Finos

FOTO 7 - DOCES FINOS FONTE COMPRANDO MEU APE

34

Brigadeiros gourmet

FOTO8 - BRIGADEIROS GOURMET FONTE ELABORADO PELO AUTOR

Tacinhas acriacutelicas

FOTO9 - TACINHAS ACRIacuteLICAS FONTE BUFFET DELIacuteCIAS DA VI

Trufas

FOTO 10 - TRUFAS FONTE FOGAtildeO DA VOVOacute

35

Bombons

FOTO11 - BOMBONS FONTE DALVA GOLDEN GATE

Bem casados

FOTO12 - BEM CASADOS FONTE CASAMENTO SEM ERRO

FOTO13 - BEM CASADOS FONTE CASAMENTO SEM ERRO

36

413 Preccedilo de venda

A definiccedilatildeo do preccedilo dos produtos eacute uma das decisotildees mais relevantes da

organizaccedilatildeo que deve levar em conta a forma como a empresa deseja se posicionar

no mercado os custos a concorrecircncia e a rentabilidade almejada

O preccedilo eacute um dos elementos mais versaacuteteis pode ser modificado rapidamente

ao contraacuterio das propriedades dos produtos dos contratos com canais de distribuiccedilatildeo

e ateacute mesmo das promoccedilotildees O Preccedilo tem tambeacutem a tarefa de mostrar ao mercado o

posicionamento de valor desejado pela empresa para o seu produto ou marca

(KOTLER KELLER 2006 p 428)

A consolidaccedilatildeo dos preccedilos dos produtos seraacute elaborada levando em conta os

custos para se obter os produtos com a qualidade requinte e sofisticaccedilatildeo desejada

com a margem de lucro esperada e se baseando nos preccedilos praticados pela

concorrecircncia

414 Previsatildeo de vendas

Para Chiavenato (2007 p 2013)

A previsatildeo de vendas representa a quantidade de produtosserviccedilos que a empresa pretende vender ou colocar no mercado durante um determinado periacuteodo geralmente um mecircs ou um ano dividido em meses Constitui portanto uma estimativa ou uma expectativa de vendas Pode ser feita em unidades fiacutesicas ou em valores monetaacuterios

A produccedilatildeo vai ser em meacutedia de 5600 doces (doces finos gourmet e bem

casados) e 4 bolos procurando atender em meacutedia 4 eventos por semana e ateacute 16

eventos por mecircs sendo que nos meses de setembro a dezembro essa demanda

aumenta pelo motivo de historicamente ter um nuacutemero maior de casamentos

37

415 Definiccedilatildeo de local de venda dos produtos

ldquoA venda eacute a fase fundamental do processo de vendas Consiste na

transferecircncia do produtoserviccedilo para o cliente ou consumidorrdquo (CHIAVENATO 2007

p 210)

As vendas vatildeo ocorrer atraveacutes de site proacuteprio redes sociais telefone e

pessoalmente natildeo teremos loja fiacutesica apenas um ateliecirc para confecccedilatildeo dos bolos e

doces onde vai conter uma sala anexa na qual vai ser oferecido o serviccedilo de

degustaccedilatildeo com horaacuterios marcados para assim o cliente decidir quais os produtos

seratildeo adquiridos para o seu evento e fechamento de contrato

416 Definiccedilatildeo da demanda e da oferta

Na maior parte das encomendas os clientes solicitam os doces finos e

gourmet que contecircm chocolates frutas oleaginosas tais como castanhas nozes

avelatildes amecircndoas frutas como framboesa morango damasco cerejas e os bem

casados Os bolos mais solicitados satildeo os com decoraccedilatildeo de pasta americana que

deve obrigatoriamente ter recheios mais firmes como ganaches fios de ovos

strogonoff de nozes e os naked cake (bolo pelado) que possuem mais opccedilotildees de

recheios com chocolates frutas diversas e cremes de pacirctisserie

Em contato com algumas empresas que fornecem o mesmo tipo de produto

foi possiacutevel verificar que as encomendas devem ser feitas com antecedecircncia miacutenima

de 6 meses sendo que alguns casos somente com um ano de antecedecircncia para

conseguir na data desejada Esse eacute um dos pontos que mostra que tem espaccedilo

suficiente para entrada nesse mercado

38

417 Concorrentes

Chiavenato (2007 p 33) Kotler e Keller (2006 p 340) afirmam que os

concorrentes satildeo as organizaccedilotildees que competem pelos mesmos fornecedores

clientes e consumidores

ldquoAgrave medida que seus produtosserviccedilos tornam-se mais heterogecircneos tanto

mais heterogecircneos e diferenciados seratildeo seus concorrentes e tanto mais complexa

seraacute a competitividaderdquo (CHIAVENATO 2007 p 33)

Em busca na internet foi possiacutevel identificar que atualmente existe em meacutedia

25 concorrentes reais que oferecem exatamente os mesmos produtos que seratildeo

fornecidos com o mesmo padratildeo de qualidade valor agregado requinte e

sofisticaccedilatildeo Tambeacutem foi detectado mais 14 concorrentes potenciais que vendem

produtos similares aos que seratildeo vendidos poreacutem natildeo possuem o mesmo valor

agregado dos que vatildeo ser ofertados Foi possiacutevel identificar que alguns concorrentes

oferecem somente os doces finos dos quais foram identificados mais 3 concorrentes

reais e 3 concorrentes potenciais E foi detectado que existem concorrentes que

fornecem apenas os bolos artiacutesticos dos quais foi identificado 4 concorrentes reais

todos fornecem os bolos com o mesmo niacutevel de qualidade que seratildeo fornecidos

A tabela 3 mostra a divisatildeo dos concorrentes reais e potenciais que fornecem

bolos e doces por bairro de Curitiba

39

TABELA 3 - CONCORRENTES QUE FORNECEM BOLOS E DOCES POR BAIRRO

Bairro Quantidade de Concorrentes Reais

Quantidade de Concorrentes Potenciais

Aacutegua Verde 4 1

Ahuacute 1

Bairro Alto 2 1

Barreirinha 1

Barreirinha 1

Bom Retiro 1

Campo Comprido 1

Campo Comprido 1

Cidade Industrial 1

Colombo 1

Fazenda Rio Grande 1

Hauer 1

Hugo Lange 1

Mercecircs 1

Novo Mundo 2 1

Novo Mundo 1

Portatildeo 1

Portatildeo 1

Santa Cacircndida 1

Santa Felicidade 1 1

Santo Inaacutecio 1 1

Satildeo Joseacute dos Pinhais 1

Seminaacuterio 1

Sitio Cercado 1

Tarumatilde 1

Vila Izabel 1

Natildeo Informado 1 2

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

418 Forma de divulgaccedilatildeo dos concorrentes

Todas as empresas pesquisadas que fornecem produtos similares aos que

vamos fornecer utilizam sites proacuteprios e as redes sociais para fazer divulgaccedilatildeo dos

seus produtos todas fazem degustaccedilatildeo para os clientes conhecerem os seus

produtos e posteriormente fechar um contrato

40

42 TAMANHO DO NEGOacuteCIO

421 Capacidade produtiva

A capacidade produtiva vai ser para atender ateacute 4 eventos por semana A

produccedilatildeo vai ser de ateacute 5600 doces (doces finos gourmet e bem casados) e 4 bolos

atendendo ateacute 4 eventos por final de semana e ateacute 16 eventos por mecircs sendo que

nos meses de setembro a dezembro essa demanda aumenta pelo motivo de

historicamente ter um nuacutemero maior de casamentos

422 Investimento

Um dos pontos mais relevantes para abertura de uma empresa eacute a

determinaccedilatildeo do capital miacutenimo para dar iniacutecio nas atividades e principalmente como

obter este capital ldquoEacute com o capital inicial que a empresa tem condiccedilotildees de reunir os

recursos empresariais necessaacuterios ao seu funcionamento sejam eles recursos

humanos materiais ou financeirosrdquo A determinaccedilatildeo do capital eacute o que estabelece a

quantidade de recursos empresariais que a empresa tem disponiacutevel Indiscutivelmente

quanto maior for o volume de recursos empresariais mais faacutecil se torna o desempenho

da empresa Quando todos os recursos necessaacuterios para seu funcionamento estatildeo agrave

disposiccedilatildeo a administraccedilatildeo do empreendimento fica mais simples (CHIAVENATO

2007 p84)

Cabe acrescentar que (LAPPONI 2007 p 321)

O custo inicial refere-se aos desembolsos realizados para aquisiccedilatildeo de equipamentos ou outros ativos fixos incluindo o pagamento de fretes seguros instalaccedilotildees despesas operacionais iniciais com materiais e matildeo de obra treinamento de pessoal de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo etc resumindo o custo inicial inclui todos os desembolsos necessaacuterios para adquirir os ativos necessaacuterios e que estejam em condiccedilotildees de operar e gerar as receitas estimadas

41

O empreendimento iniciaraacute suas atividades com capital investido com

recursos proacuteprios da empreendedora

As estimativas de investimento inicial para abertura da empresa foi de

R$5162851 conforme tabela 4

TABELA 4 - INVESTIMENTO INICIAL

Descriccedilatildeo Valor (R$)

Maacutequinas e equipamentos Cozinha R$ 3084878

Utensiacutelios R$ 555075

Moacuteveis para escritoacuterio R$ 268982

Equipamentos de informaacutetica e eletrocircnicos R$ 446204

Outros custos escritoacuterio R$ 48912

Uniformes R$ 155800

Pintura Imoacutevel R$ 500000

Porta de Vidro R$ 103000

Total R$ 5162851

FONTE ELABORADO PELO AUTOR (2015)

423 Localizaccedilatildeo

Seraacute locado um imoacutevel para a instalaccedilatildeo da empresa localizado na Rua Heitor

Baggio Vidal 2508 Bairro Alto Curitiba ndash PR com o valor do aluguel mensal de

R$160000 (mil e seiscentos reais) O espaccedilo interno de 95msup2 seraacute dividido em trecircs

partes a primeira com 20msup2 vai ficar a recepccedilatildeo para receber os clientes efetuar

orccedilamentos e as degustaccedilotildees a segunda com 71msup2 a cozinha industrial onde seratildeo

fabricados os bolos e doces finos e a terceira com 4msup2 o lavabo

42

FOTO14 - FOTO DO IMOacuteVEL ONDE SERAacute INSTALADA A EMPRESA FONTE MP IMOacuteVEIS

424 Entregas

As entregas dos bolos e doces finos seratildeo efetuadas por uma empresa

parceira localizada no Bairro Alto o preccedilo das entregas em Curitiba e regiatildeo

metropolitana variam de R$2400 (vinte e quatro reais) a R$6000 (sessenta reais)

dependendo da localizaccedilatildeo tais valores seratildeo cobrados dos clientes

43 CAPITAL DE GIRO

O capital de giro inicial foi estimado levando em conta que no primeiro ano a

empresa vai produzir 8333 da sua capacidade atendendo em meacutedia 13 ventos

mensalmente sendo assim foram considerados os gastos operacionais necessaacuterios

para o iniacutecio das atividades incluindo o custo fixo mensal e o estoque inicial ambos

multiplicados por 2 e acrescidos de um percentual de 10 de margem de seguranccedila

para despesas natildeo previstas

43

TABELA 5 - CAPITAL DE GIRO

Item Valor (R$)

Estoque Inicial 5144000

Custo Fixo Mensal 3194783

Reserva (10) 833878

Total do Capital de Giro Inicial 9172662

FONTE ELABORDO PELO AUTOR

44 FLUXO DE CAIXA

ldquoFluxo de Caixa eacute um Instrumento de gestatildeo financeira que projeta para

periacuteodos futuros todas as entradas e as saiacutedas de recursos financeiros da empresa

indicando como seraacute o saldo de caixa para o periacuteodo projetadordquo (SEBRAE)

Na tabela 6 eacute apresentada a projeccedilatildeo do Fluxo de Caixa da empresa para os

seus primeiros cinco anos onde fica evidenciado que do primeiro ateacute o quinto ano a

sauacutede financeira da empresa melhora gradativamente sendo que no final do quinto

ano o saldo em caixa ultrapassa os 300 se comparado com o saldo em caixa no

final do primeiro ano

Pode-se observar que natildeo foi inserida no fluxo de caixa a opccedilatildeo de

inadimplecircncia pois todos os pagamentos seratildeo efetuados agrave vista em dinheiro ou

cartatildeo sendo que o pagamento total dos produtos deve ser efetuado no miacutenimo 10

dias antes da data do evento

44

TABELA 6 - PROJECcedilAtildeO DE FLUXO DE CAIXA NOS PRIMEIROS CINCO ANOS

Descriccedilatildeo Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

Investimento Inicial (5162851)

Capital de Giro (9172662) 9172662

Valor Residual 1548855

Total de entradas 000 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873

Previsatildeo Receitas de vendas 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873

Total de Saiacutedas (14335513) (44888699) (54283425) (59479393) (64738409) (70291804)

(-)Fornecedores (25720000) (33641760) (36669518) (39969775) (43567055)

(-)Folha de pagamento (3267192) (3593911) (3953302) (4348633) (4783496)

(-)Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)

(963216) (1011377) (1061946) (1115043) (1170795)

(-)Retiradas soacutecios (2400000) (2640000) (3432000) (3946800) (4341480)

(-)Impostos s vendas (4654291) (5073177) (5573767) (6075406) (6622192)

(-)Alugueacuteis (1920000) (2016000) (2116800) (2222640) (2333772)

(-)Energia eleacutetrica (840000) (882000) (926100) (972405) (1021025)

(-)Aacutegua (300000) (315000) (330750) (347288) (364652)

(-)Telefone (384000) (403200) (423360) (444528) (466754)

(-)Gaacutes (588000) (617400) (648270) (680684) (714718)

(-)Serviccedilos contabilidade (960000) (1008000) (1058400) (1111320) (1166886)

(-)Manutenccedilatildeo (600000) (630000) (661500) (694575) (729304)

(-)Outras despesas com funcionaacuterios

(1296000) (1405800) (1525590) (1656320) (1799030)

(-)Taxas bancaacuterias (96000) (100800) (105840) (111132) (116689)

(-)Outros pagamentos (900000) (945000) (992250) (1041863) (1093956)

Entradas - Saiacutedas (14335513) 12981301 21410535 23027023 25193585 27734070

Depreciaccedilatildeo 000 (631377) (631377) (631377) (631377) (631377)

Saldo Final (14335513) 12349924 20779158 22395647 24562208 37824209

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

A depreciaccedilatildeo foi calculada considerando o prazo de vida uacutetil meacutedio de 10

anos das maacutequinas equipamentos instalaccedilotildees moacuteveis e utensiacutelios e para os

computadores e perifeacutericos foi considerado o prazo de vida uacutetil de 5 anos conforme

demonstrado na tabela 7

TABELA 7 - DEPRECIACcedilAtildeO

Item Valor Inicial Taxa Anual Depreciaccedilatildeo Anual (R$)

Maacutequinas e equipamentos 3084878 10 308488

Instalaccedilotildees 103000 10 10300

Moacuteveis e Utensiacutelios 824057 10 82406

Computadores e Perifeacutericos 446204 20 89241

Outros 704712 20 140942

Total 631377

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

45

O valor residual dos equipamentos e instalaccedilotildees da empresa no final do quinto

ano foi considerado em 30 referente ao valor de aquisiccedilatildeo dos mesmos no iniacutecio do

projeto

45 ANAacuteLISE DOS INDICADORES (VPL TIR E PAYBACK)

451 Valor Presente Liacutequido (VPL)

A tabela 8 mostra que o VPL (Valor Presente Liacutequido) eacute positivo isso significa

que aleacutem de recuperar o investimento inicial ainda vai ser agregado ao valor da

empresa um montante de R$ R$50392407 (quinhentos e trecircs mil novecentos e vinte

quatro reais e sete centavos)

A taxa de retorno requerida de 20 foi determinada levando em conta o niacutevel

de risco do projeto e visando o valor desejado para se obter em cima do valor

investido

TABELA 8 - CALCULO DO VALOR PRESENTE LIacuteQUIDO (VPL)

Anos FC k 2000

0 -$143355 VPL $50392407

1 $123499 VPL $50392407

2 $207792 VPL $50392407

3 $223956 VPL $21761126

4 $245622 VPL $21761126

5 $378242 Decisatildeo Aceitar o Projeto

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

452 Taxa Interna de Retorno (TIR)

Conforme a tabela 9 eacute possiacutevel verificar que a TIR (Taxa Interna de Retorno)

eacute de 11593 maior que a taxa requerida de 20 isso significa que custo inicial seraacute

46

recuperado e o projeto vai criar valor para empresa mais um resultado favoraacutevel para

a aceitaccedilatildeo do projeto

TABELA 9 - TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR)

Anos FC

0 -$143355 TIR 11593

1 $123499 TIR 2168

2 $207792 TIR 2168

3 $223956 Decisatildeo

4 $245622 k 2000

5 $378242 Aceitar o projeto

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

453 Payback

O tempo de recuperaccedilatildeo do custo inicial ocorre normalmente entre o quarto e

o quinto ano se for feita a anaacutelise da tabela 10 eacute possiacutevel verificar que o tempo

necessaacuterio para o retorno do investimento (payback) do projeto eacute de 128 anos este

indicador mostra claramente que o projeto deve ser aceito pois o tempo de retorno

estaacute bem abaixo do tempo meacutedio dos empreendimentos como um todo

TABELA 10 - PAYBACK

k 20

Anos FC SPresente

0 -$143355 -$143355 PBD-SP = 128

1 $123499 -$40439 128

2 $207792 $103861

3 $223956 $233465

4 $245622 $351917

5 $378242 $503924

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

47

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Para iniciar um negoacutecio requer muito mais do que apenas o espiacuterito

empreendedor eacute necessaacuterio ter lideranccedila conhecimento sobre o mercado que deseja

atuar organizaccedilatildeo e principalmente planejamento

O principal objetivo desse estudo foi analisar a viabilidade econocircmico-

financeira da abertura de uma empresa de bolos e doces finos no Bairro Alto em

Curitiba

O objetivo apresentado nesta pesquisa foi atingido pois todos os indicadores

analisados mostram com clareza que empresa obteacutem resultados positivos que criam

valor para a mesma e com isso o projeto eacute viaacutevel economicamente pois do primeiro

ao quinto ano fica visiacutevel o crescimento do empreendimento e a melhora significativa

da sua sauacutede financeira isso fica evidenciado no saldo final em caixa no quinto ano

que chega proacuteximo haacute 400 mil reais Apesar disso eacute crucial o acompanhamento do

mercado para seguir as tendecircncias e se atualizar constantemente para tomar

decisotildees mais assertivas

Um negoacutecio mal avaliado pode arruinar a estabilidade econocircmica do

investidor por isso eacute de extrema importacircncia fazer todos os levantamentos de custos

antes de se aventurar em qualquer empreendimento

Eacute possiacutevel comprovar que a pesquisa realizada contribui positivamente para

abertura da empresa No entanto as informaccedilotildees aqui presentes natildeo satildeo estaacuteticas e

devem ser revisadas periodicamente e se preciso ateacute mesmo ampliadas no decorrer

da implantaccedilatildeo do projeto para que o mesmo seja uma ferramenta eficiente e eficaz

no desenvolvimento da empresa como um todo

48

REFEREcircNCIAS

BRITO Paulo Anaacutelise e viabilidade de projetos de investimento Satildeo Paulo Atlas 2003 DOLABELA Fernando O segredo de Luiacutesa 30 ed Satildeo Paulo Editora de Cultura 2006 DORNELAS Joseacute Carlos Assis Empreendedorismo transformando ideias em negoacutecios 4 ed Rio de Janeiro Campus Elsevier 2012 CENSO Demograacutefico 2010 Resultados gerais da amostra Curitiba IBGE 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=410690ampidtema=87ampsearch=parana|curitiba|censo-demografico-2010-resultados-gerais-da-amostra-gt Acesso em 21 de Junho de 2015 CHIAVENATO Idalberto Empreendedorismo dando asas ao espiacuterito empreendedor empreendedorismo e a viabilidade de novas empresas um guia eficiente para iniciar e tocar seu proacuteprio negoacutecio 2 ed Satildeo Paulo Saraiva 2007 ESTATIacuteSTICAS do registro civil 2012 Curitiba IBGE 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaoregistrocivil2012default_xlsshtmgt Acesso em 21 de Junho de 2015 GIL Antonio Carlos Meacutetodos e teacutecnicas de pesquisa social 6 ed Satildeo Paulo Atlas 2008 KOTLER Philip KELLER Kevin Lane Administraccedilatildeo de Marketing 12 ed Satildeo Paulo ABDR 2006 LAPPONI Juan Carlos Projetos de Investimento na Empresa Rio de Janeiro Elsevier 2007 MACHADO Jesseacute Anderson Pinto Projetos Econocircmicos uma abordagem praacutetica de elaboraccedilatildeo Satildeo Paulo Nobel 2002 MICHEL Maria Helena Metodologia e pesquisa cientiacutefica em ciecircncias sociais 2 ed Satildeo Paulo Atlas 2009 OLIVEIRA Djalma de Pinho Rebouccedilas de Planejamento estrateacutegico conceitos metodologia e praacuteticas 20 ed Satildeo Paulo Atlas 2004 PRODANOV Cleber Cristiano ERNANI Cesar de Freitas Metodologia do trabalho cientiacutefico meacutetodo e teacutecnicas da pesquisa e do trabalho acadecircmico 2 ed Novo Hamburgo Freevale 2013

49

REBELATTO Dayse Projeto de Investimento 1 ed Barueri Manole 2004 SEBRAE Pesquisa de Mercado o que eacute e para que serve Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrsitesPortalSebraeartigosPesquisa-de-mercado-o-que-C3A9-e-para-que-servegt Acesso em 21 de Junho de 2015 SEBRAE Fluxo de caixa Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrSebraePortal20SebraeAnexos0_fluxo-de-caixapdfgt Acesso em 10 de Outubro de 2015 WILDAUER Egon Walter Plano de negoacutecios elementos construtivos e processos de elaboraccedilatildeo 2 ed Curitiba Ibpex 2011 WOILER Samsatildeo MATHIAS Washington Franco Projetos planejamento elaboraccedilatildeo anaacutelise 1 ed Satildeo Paulo Atlas 1994

50

APEcircNDICES

APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL 51

APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS 52

APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL 52

51

APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL

Item Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

Aacutegua 25000 26250 27563 28941 30388

Aluguel 160000 168000 176400 185220 194481

Assessoria Contaacutebil 80000 84000 88200 92610 97241

Gaacutes 49000 51450 54023 56724 59560

Impostos 387858 422765 464481 506284 551849

Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)

80268 84281 88495 92920 97566

Energia eleacutetrica 70000 73500 77175 81034 85085

Manutenccedilatildeo 50000 52500 55125 57881 60775

Material de escritoacuterio 20000 21000 22050 23153 24310

Material de Limpeza 40000 42000 44100 46305 48620

Folha de pagamento 272266 299493 329442 362386 398625

Seguros 15000 15750 16538 17364 18233

Telefone fixointernet 20000 21000 22050 23153 24310

Telefone Moacutevel 12000 12600 13230 13892 14586

Vale Refeiccedilatildeo 75000 82500 90750 99825 109808

Vale Transporte 33000 34650 36383 38202 40112

Proacute- labore 200000 220000 286000 328900 361790

Taxas Bancaacuterias 8000 8400 8820 9261 9724

Total R$ 1597392 R$ 1720139 R$ 1900823 R$ 2064053 R$ 2227062

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

52

APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS

Item

Produccedilatildeo mensal meacutedia

Custo unitaacuterio total

Sugestatildeo Preccedilo de venda

Custo Mensal Total

Receita de vendas

Bolos artiacutesticos (recheios diversos) 150 6000 13500 900000 2025000

Bolos de copa (recheios diversos) 30 3600 8100 108000 243000

Naked cake (recheios diversos) 60 4200 9450 252000 567000

Doces Tradicionais 32 3500 7875 112000 252000

Doces Espelhados 32 5000 11250 160000 360000

Doces Finos 32 7500 16875 240000 540000

Brigadeiros gourmet 16 4500 10125 72000 162000

Tacinhas acriacutelicas 16 5500 12375 88000 198000

Trufas 32 5000 11250 160000 360000

Bombons 32 5000 11250 160000 360000

Bem casados 3200 100 225 320000 720000

Custo produccedilatildeo Total 2572000

Receita Total 5787000

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL

Ano Receita Bruta Variaccedilatildeo anual

Ano 1 000

Ano 2 69444000 9

Ano 3 75693960 9

Ano 4 82506416 9

Ano 5 89931994 9

Valor considerando a inflaccedilatildeo de 9 aa

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

13

2 REFERENCIAL TEOacuteRICO

21 EMPREENDEDORISMO

Um projeto empreendedor se torna possiacutevel apenas se o dono da ideia estiver

disposto a assumir todas as responsabilidades e exigecircncias de abrir um negoacutecio que

sem duacutevida passaraacute a ser seu projeto de vida

Para Dolabela (2006 sn)

Se considerarmos que as empresas quase sempre comeccedilam pequenas isso chega a ser um paradoxo Principalmente porque no mundo de hoje as pequenas empresas constituem a principal fonte de empregos e satildeo responsaacuteveis em muitos paiacuteses por mais de 50 do produto interno bruto (PIB) e pelo maior volume de exportaccedilotildees aleacutem de serem as maiores geradoras de inovaccedilotildees tecnoloacutegicas desde a Segunda Guerra Mundial

Eacute possiacutevel definir empreendedorismo comordquo a capacidade que uma pessoa

possui de formular uma ideia sobre determinado produto ou serviccedilo em um mercado

seja essa ideia nova ou natildeordquo (WILDAUER 2011 p25)

Cabe acrescentar que o empreendedorismo natildeo se refere apenas a pequenos

negoacutecios e empreendimentos novos ldquoNatildeo aborda apenas a criaccedilatildeo de novos

produtos ou serviccedilos mas sim inovaccedilotildees em todos os acircmbitos do negoacuteciordquo

(CHIAVENATO 2007 p261)

Segundo Dolabela (2006 sn) se analisarmos a natureza do

empreendedorismo eacute possiacutevel observar que

A Todas as pessoas nascem empreendedoras Os humanos satildeo

empreendedores

B Empreendedorismo natildeo eacute um assunto atual existe desde a primeira

accedilatildeo inovadora com a finalidade de aperfeiccediloar as relaccedilotildees entre os homens

C Natildeo eacute apenas um fato econocircmico mas tambeacutem social

D O empreendedor estaacute em qualquer lugar natildeo apenas nas pessoas que

abrem seu proacuteprio negoacutecio

E O empreendedorismo eacute uma demonstraccedilatildeo da liberdade humana

14

F Natildeo eacute um acontecimento pessoal e nem uma habilidade que poucas

pessoas possuem eacute algo puacuteblico

G Natildeo existe a possibilidade de fazer transferecircncia de conhecimentos

empreendedores ndash ldquoao contraacuterio do que acontece por exemplo em uma aula

de geografia porque o empreendedorismo natildeo eacute um conteuacutedo cognitivo

convencionalrdquo Nesse entendimento natildeo existe a possibilidade de ensinar

mas eacute possiacutevel aprender a ser empreendedor por meio de um sistema de

ensino bem diferente do tradicional

H Eacute um assunto global e natildeo caracteriacutestico ou complementar E deve ser

apresentado na educaccedilatildeo baacutesica

I O princiacutepio do empreendedorismo e a cidadania O que por sua vez ldquoVisa

agrave construccedilatildeo do bem-estar coletivo do espiacuterito comunitaacuterio da cooperaccedilatildeo

Antes de ser aluno o estudante deve ser considerado um cidadatildeordquo

J Natildeo existe a possibilidade de definir se uma pessoa vai ter sucesso

como empreendedor

Vale enfatizar que o empreendedorismo eacute a envoltura de pessoas e

processos que juntas transformam ideias em oportunidades E a correta efetivaccedilatildeo

destas oportunidades ocasiona a criaccedilatildeo de um negoacutecio bem sucedido (DORNELAS

2012 p 28)

Chiavenato (2007 p 22) e Dornelas (2012 p29) defendem a ideia de que

1 O empreendedorismo abrange todo o processo para criar algo novo que

possua valor e seja valorizado pelo mercado

2 Que o empreendedorismo requer doaccedilatildeo disponibilidade de tempo e

vigor para tornar o novo empreendimento em um negoacutecio de sucesso

3 O empreendedorismo demanda coragem aceitaccedilatildeo de riscos

calculados e decisotildees analiacuteticas e ter flexibilidade com os obstaacuteculos falhas

e fracassos

Eacute possiacutevel concluir que o empreendedorismo eacute um fato cultural isto eacute

consequecircncia de haacutebitos accedilotildees e valores pessoais ldquoExistem famiacutelias (assim como

cidades regiotildees e paiacuteses) mais empreendedoras do que outrasrdquo A pessoa

desenvolve o empreendedorismo no conviacutevio com outros empreendedores num local

onde a possibilidade de ter o proacuteprio negoacutecio eacute visto como algo muito bom

(DOLABELA 2006 sn)

15

Diante disso natildeo eacute possiacutevel falar de empreendedorismo sem mencionar os

empreendedores pois satildeo as atitudes de pessoas que inovam assumem todos os

riscos que proporcionam o crescimento e desenvolvimento da sociedade como um

todo

211 Caracteriacutesticas e perfil do empreendedor

Ser empreendedor eacute acima de tudo ter a capacidade e a necessidade de

realizar coisas novas

O empreendedor ldquoeacute um ser social produto do meio em que vive (eacutepoca e

lugar)rdquo E se a pessoa convive em um meio onde ser empreendedor eacute considerado

algo bom teraacute motivos para abrir seu proacuteprio negoacutecio (DOLABELA 2006 sn)

O empreendedor parte da percepccedilatildeo subjetiva para percepccedilatildeo praacutetica na

qual mostram elementos que podem ser debatidos Esses elementos satildeo os mais

variaacuteveis possiacuteveis que foram originados de perguntas contestaccedilotildees e respostas

localizadas pelo empreendedor ldquoo qual natildeo precisa ser algueacutem com uma formaccedilatildeo

superior com diploma de faculdade ou algueacutem que conte com cursos teacutecnicos ou

praacuteticosrdquo (mesmo esses sendo atributos que auxilie na agilidade de formular

questionamentos e encontrar as soluccedilotildees para os mesmos) (WILDAUER 2011 p

25)

Para Dornelas (2012 p 29) empreendedor eacute a pessoa que percebe uma

oportunidade e arquiteta um negoacutecio para captar recursos calculando todos os riscos

que vai correr Em todas as definiccedilotildees de empreendedorismo nos deparamos com no

miacutenimo as seguintes particularidades em relaccedilatildeo ao empreendedor

1 Possui a atitude de criar um novo negoacutecio e amar aquilo que faz

2 Usa o capital que possui de maneira produtiva mudando o local social e

econocircmico onde estaacute inserido

3 Assume os riscos calculados e a chance do negoacutecio natildeo dar certo

Nessa mesma perspectiva Chiavenato (2007 p7) afirma que o empreendedor

eacute a pessoa que tem a capacidade de fazer as coisas acontecerem eacute favorecido pela

sua percepccedilatildeo para os negoacutecios prudecircncia na aacuterea financeira e a habilidade de

16

perceber as oportunidades Com esse conjunto de competecircncias tem a capacidade

de transformar ideias em negoacutecios O empreendedor possui uma boa imaginaccedilatildeo e eacute

persistente qualidades que combinadas de maneira correta o capacitam para

converter ideias simples em projetos objetivos e bem sucedidos

Para Wildauer (2011 p 26)

Podemos entatildeo enumerar muitas caracteriacutesticas do empreendedor sendo as principais a atitude de saber ouvir de estar atento de saber interpretar e analisar as informaccedilotildees do mercador de ter condiccedilotildees de elaborar um planejamento de suas accedilotildees futuras de traccedilar objetivos e todo um roteiro teoacuterico-praacutetico para poder atingi-lo Sem essas premissas baacutesicas o empreendedor natildeo teraacute sucesso na formulaccedilatildeo do plano de negoacutecios muito menos na sustentaccedilatildeo de seu negoacutecio

Chiavenato (2007 p 4) acredita que ldquoos empreendedores satildeo heroacuteis

populares do mundo dos negoacuteciosrdquo Que geram empregos propagam inovaccedilotildees e

estimulam o crescimento da economia Satildeo muito mais do que somente fornecedores

de produtos e serviccedilos satildeo pessoas que assumem os riscos das oscilaccedilotildees

econocircmicas

Cabe acrescentar que o empreendedor revolucionaacuterio eacute aquele que inventa

novos mercados isto eacute a pessoa cria algo exclusivo como foi o caso do Bill Gattes

fundador da Microsoft que transformou o mundo com o sistema operacional Windows

Contudo grande parte dos empreendedores cria negoacutecios em mercados jaacute existentes

e mesmo assim criam negoacutecios de sucesso (DORNELAS 2012 p30)

Wildauer (2011 p26) conclui que ldquoo empreendedor necessita de uma estrutura

de pensamento sistecircmico e visionaacuterio com base no qual estabeleceraacute metas e

desenharaacute trajetoacuterias para alcanccedilaacute-lasrdquo

22 PLANO DE NEGOacuteCIOS

Para iniciar um empreendimento eacute fundamental fazer um plano de negoacutecios

com ele eacute possiacutevel verificar a viabilidade ou natildeo do empreendimento e definir onde

estamos para onde vamos e mostrar com mais clareza as oportunidades de negoacutecio

17

Do ponto de vista de Dornelas (2012 p 93) ldquoum negoacutecio bem planejado teraacute

mais chances de sucesso do que aquele sem planejamento na mesma igualdade de

condiccedilotildeesrdquo

Nessa mesma perspectiva Dolabela (2006 sn) afirma que vaacuterios

empreendedores bem sucedidos abriram seus empreendimentos sem compreender

pontualmente o que eacute um plano de negoacutecios Poreacutem muitos outros natildeo tiveram o

mesmo fim e o que conseguiram foram negoacutecios fracassados por conta de falhas que

poderiam ter sido evitadas Uma grande quantidade de negoacutecios que possuem um

alto potencial acabam se tornando impraticaacuteveis por conta da incapacidade dos

empreendedores Ainda assim muitas pessoas abrem e vatildeo continuar abrindo

negoacutecios capacitadas ou natildeo para isso

Wildauer (2011 p 39) define plano de negoacutecios como ldquoum documento em

forma de texto no qual eacute apresentada uma proposta de negoacutecio para um mercadordquo

Esse documento deve mostrar com clareza o ponto de vista do empreendedor sobre

o sucesso do seu produto ou serviccedilo no mercado atual

Chiavenato (2007 p132) acredita que

O plano de negoacutecio mdash business planmdash descreve a ideia de um novo empreendimento e projeta os aspectos mercadoloacutegicos operacionais e financeiros dos negoacutecios propostos geralmente para os proacuteximos trecircs ou cinco anos Seu preparo permite a anaacutelise da proposta e ajuda o futuro empreendedor a evitar uma trajetoacuteria decadente que o levaraacute do entusiasmo agrave desilusatildeo e ao fracasso

Eacute possiacutevel sintetizar o plano de negoacutecios como um documento em que o

empreendedor mostra de maneira formal e concreta o negoacutecio que quer idealizar e

expor para seus parceiros soacutecios e investidores apresentando a visatildeo a missatildeo e os

seus propoacutesitos assim como o ldquoplano operacional o plano de marketing o plano de

financeiro e o plano juriacutedicordquo desta forma facilitando a assimilaccedilatildeo e aceitaccedilatildeo do

negoacutecio pelas pessoas interessadas (WILDAUER 2011 p39)

Conforme mencionado por Chiavenato (2007 p 134) o plano de negoacutecios

mobiliza o novo empreendimento na sua totalidade Ele demonstra o levantamento

cansativo dos elementos que fazem parte do negoacutecio ldquosejam internos mdash o que deveraacute

ser produzido como onde quanto mdash sejam externos mdash para quem produzir qual eacute

o mercado quais satildeo os concorrentes etcrdquo

18

Com isso Wildauer (2011 p 45) conclui que ldquoo plano de negoacutecios eacute como um

guia uacutetil para a obtenccedilatildeo de conhecimentos para a concepccedilatildeo de um

empreendimentordquo

221 Estrutura do plano de negoacutecios

O plano de negoacutecios mobiliza todas as informaccedilotildees necessaacuterias para abrir um

negoacutecio por meio dele eacute possiacutevel detectar onde estou e para onde desejo ir dentro do

mercado

Conforme identificado por Dornelas (2012 p 101) ldquonatildeo existe uma estrutura

riacutegida e especiacutefica para se escrever um plano de negoacuteciosrdquo dado que cada negoacutecio

possui suas singularidades e equivalecircncias sendo improvaacutevel delimitar um modelo-

padratildeo de plano de negoacutecios que seja absoluto e adequado para todos os negoacutecios

Todos os planos de negoacutecios devem conter um miacutenimo de seccedilotildees que vatildeo possibilitar

uma compreensatildeo do negoacutecio como um todo Tais seccedilotildees satildeo alinhadas de maneira

que mantenham uma sequecircncia loacutegica que possibilite qualquer pessoa ler o plano e

compreender como a empresa eacute estruturada seus objetivos seus produtos seus

serviccedilos qual seu mercado seu plano financeiro e de marketing

A seguir encontra-se uma breve descriccedilatildeo de cada uma das seccedilotildees do Plano

de Negoacutecios

2211 Capa

Eacute um dos componentes fundamentais do plano de negoacutecios pois eacute a primeira

parte que eacute vista pela pessoa que vai ler deve ser desenvolvida de forma clara e com

os dados adequados (DORNELAS 2012 p 101)

19

2212 Sumaacuterio

O sumaacuterio deve incluir ldquoo tiacutetulo de cada seccedilatildeo do plano de negoacutecios e a paacutegina

respectiva onde se encontra bem como os principais assuntos relacionados em cada

seccedilatildeordquo Isso faz com que fique mais faacutecil o leitor do plano de negoacutecios identificar com

mais agilidade o que lhe interessar (DORNELAS 2012 p 101-102)

2213 Sumaacuterio executivo

O Sumaacuterio Executivo eacute a parte mais importante do plano de negoacutecios ele iraacute

definir se o leitor vai prosseguir ou natildeo com a leitura do plano de negoacutecios Dessa

forma deve ser redigido com bastante concentraccedilatildeo e revisado inuacutemeras vezes e

tambeacutem englobar as informaccedilotildees mais relevantes do plano de negoacutecios Deve ser

direcionado ao puacuteblico-alvo do plano de negoacutecios e deixar claro qual o objetivo do

mesmo em relaccedilatildeo agraves pessoas que estatildeo o lendo ldquoO Sumaacuterio Executivo deve ser a

uacuteltima seccedilatildeo a ser escrita pois depende de todas as outras seccedilotildees do plano para ser

elaboradardquo (DORNELAS 2012 p 102)

2214 Anaacutelise estrateacutegica

Nesta seccedilatildeo eacute determinada a direccedilatildeo que a empresa vai seguir ldquosua visatildeo e

missatildeo sua situaccedilatildeo atual as potencialidades e ameaccedilas externas suas forccedilas e

fraquezas seus objetivos e metas de negoacuteciordquo Essa parte eacute o alicerce para o

crescimento e o estabelecimento das outras accedilotildees redigidas no plano (DORNELAS

2012 p 102)

20

2215 Descriccedilatildeo da empresa

Eacute nessa seccedilatildeo que deve ser feita a descriccedilatildeo da empresa ldquoseu histoacuterico

crescimento faturamento dos uacuteltimos anos sua razatildeo social impostos estrutura

organizacional e legal localizaccedilatildeo parcerias serviccedilos terceirizados etcrdquo

(DORNELAS 2012 p 102)

2216 Produtos e serviccedilos

Nessa seccedilatildeo do plano de negoacutecios devem ser descritos os produtos e serviccedilos

da empresa a maneira que satildeo produzidos o capital disposto seu ciclo de vida os

elementos tecnoloacutegicos envolvidos pesquisa e desenvolvimento os seus clientes

marcas e patentes etc

Nessa seccedilatildeo pode ser incluiacuteda quando estaacute informaccedilatildeo encontra-se disponiacutevel uma visatildeo do niacutevel de satisfaccedilatildeo dos clientes com os produtos e serviccedilos da empresa Esse feedback eacute bastante importante porque costuma oferecer natildeo apenas uma visatildeo do niacutevel de qualidade percebida nos produtos e serviccedilos mas tambeacutem guiar futuros investimentos da empresa em novos desenvolvimentos e processos de produccedilatildeo (DORNELAS 2012 p 102-103)

2217 Plano operacional

Nesta seccedilatildeo devem ser expostas as accedilotildees que a empresa pretende ter na

sua estrateacutegia produtiva e no processo de produccedilatildeo apontando os resultados que

essas accedilotildees teratildeo sobre os criteacuterios de avaliaccedilatildeo dos produtos Deve incluir dados

operacionais atualizados e presumidos como ldquolead time do produto ou serviccedilo

percentual de entregas a tempo rotatividade do inventaacuterio iacutendice de refugo lead time

de desenvolvimento de produto ou serviccedilo etcrdquo (DORNELAS 2012 p 103)

21

2218 Plano de recursos humanos

Devem ser exibidas as propostas de desenvolvimento e treinamento de

pessoal da empresa Esses dados estatildeo pontualmente associados com a

competecircncia da empresa de crescer ldquoespecialmente quando esta atua em um

mercado onde a detenccedilatildeo de tecnologia eacute considerada um fator estrateacutegico de

competitividaderdquo (DORNELAS 2012 p 103)

2219 Anaacutelise de mercado

Nesta seccedilatildeo o responsaacutevel pelo plano de negoacutecios deve deixar claro que os

executivos da empresa entendem perfeitamente o mercado consumidor do seu

produto ou serviccedilo (atraveacutes de pesquisa de mercado) como estaacute segmentado

crescimento do mercado atributos do consumidor anaacutelise da concorrecircncia qual a sua

fatia de mercado e dos concorrentes etc (DORNELAS 2012 p 103)

22110 Estrateacutegia de marketing

Deve ser apresentado o objetivo da empresa para vender seu produtoserviccedilo

e consolidar seus clientes e ampliar sua demanda Deve ser informada sua estrateacutegia

de venda especificidades do produtoserviccedilo preccedilos puacuteblico-alvo canais de

distribuiccedilatildeo projeccedilatildeo das vendas (DORNELAS 2012 p 103)

22

22111 Plano financeiro

Na seccedilatildeo financeira deve mostrar em nuacutemeros todas as accedilotildees planejadas

para a empresa e suas evidecircncias por meio de projeccedilotildees futuras para um negoacutecio

bem sucedido

Deve conter demonstrativo de fluxo de caixa com horizonte de pelo menos trecircs anos balanccedilo patrimonial anaacutelise do ponto de equiliacutebrio necessidades de investimento demonstrativos de resultados anaacutelise de indicadores financeiros do negoacutecio como faturamento previsto margem prevista prazo de retorno sobre o investimento inicial (payback) taxa interna de retorno (TIR) etc (DORNELAS 2012 p 103-104)

22112 Anexos

Nesta seccedilatildeo deve incluir todos os dados considerados importantes para

melhor compreensatildeo do plano de negoacutecios O que natildeo pode ser deixado de anexar eacute

o curriculum vitae dos soacutecios da empresa (DORNELAS 2012 p 104)

23 VIABILIDADE ECONOcircMICO-FINANCEIRA

Analisar o empreendimento economicamente para verificar se o projeto eacute

viaacutevel e lucrativo ou natildeo eacute uma das decisotildees fundamentais de qualquer

empreendedor

A anaacutelise de investimento eacute um mecanismo aacutegil praacutetico e seguro que ajuda

profissionais de inuacutemeras aacutereas no processo de anaacutelise de tomada de decisotildees

financeiras (REBELATTO p 141)

Lapponi (2007 p 123) afirma que

O objetivo da decisatildeo de investimento ou do orccedilamento de capital eacute maximizar o valor da empresa A decisatildeo de alocaccedilatildeo do capital em projeto de investimento eacute fundamental para o sucesso pois os recursos da empresa

23

satildeo comprometidos por longo tempo na direccedilatildeo de seu futuro desejado e isso envolve um grande esforccedilo de tempo e de gerenciamento Cada projeto aprovado eacute um desembolso realizado pela empresa coma expectativa de obter benefiacutecios futuros quantificados pela geraccedilatildeo de um fluxo de retornos adequados em geral por um prazo maior do que um ano

A carecircncia de recursos financeiros diante das muitas necessidades faz com

que seja crucial aperfeiccediloar sua utilizaccedilatildeo A anaacutelise antecipada de investimento

possibilita que se racionalize a forma como os recursos de capital satildeo utilizados

(REBELATTO 2004 p 141)

Para analisar a viabilidade de um projeto economicamente eacute necessaacuterio reunir

uma seacuterie de informaccedilotildees e de dados que precisam ser organizados para atingir seu

objetivo final que eacute o de facilitar a tomada de decisatildeo Vale salientar que o projeto

deve ser um documento que tenha a capacidade de mostrar de uma maneira loacutegica a

visatildeo estrateacutegica do negoacutecio (MACHADO 2002 p 144)

231 Fluxo de caixa

O fluxo de caixa eacute o melhor guia para uma administraccedilatildeo financeira eficiente

de qualquer negoacutecio

O fluxo de caixa eacute a reproduccedilatildeo graacutefica de uma movimentaccedilatildeo financeira ldquoAs

movimentaccedilotildees monetaacuterias satildeo identificadas temporalmente por meio de um conjunto

de entradas e saiacutedas de caixa definido como diagrama de fluxo de caixardquo Essa

representaccedilatildeo proporciona a visualizaccedilatildeo em diferentes momentos com o que estaacute

ocorrendo com o capital (REBELATTO 2004 p 150)

ldquoA identificaccedilatildeo e a quantificaccedilatildeo das estimativas relevantes do projeto satildeo o

iniacutecio da construccedilatildeo do fluxo de caixa do projeto para empresa em funcionamentordquo

(LAPPONI 2007 p 347)

O fluxo de caixa eacute um composto de entradas e saiacutedas de valores monetaacuterios

(dinheiro) no decorrer de um determinado periacuteodo Bem como evidenciar uma opccedilatildeo

possiacutevel de transaccedilotildees financeiras ou seja pagamentos agrave vista pagamentos a prazo

tiacutetulos originais etc (REBELATTO 2004 p 151)

24

232 Valor Presente Liacutequido (VPL)

ldquoO Valor presente liacutequido (VPL) ou valor atual liacutequido (VAL) eacute o valor atual das

entradas de caixa (retornos de capital esperados) incluindo o valor residual (se

houver) menos o valor atual das saiacutedas de caixardquo (REBELATTO 2004 p 214)

A foacutermula para chegar ao VPL eacute (LAPPONI 2007 p 125)

119881119875119871 = minus119868 +119865119862

(1 + 119870)119899

Onde

I= custo inicial ou desembolso inicial

FC= fluxo de caixa

K= taxa requerida

n= prazo de anaacutelise

Rebelatto (2004 p214) afirma que os paracircmetros para que o projeto seja

aceito se refere ao valor presente liacutequido (VPL)

VPLgt0 o projeto eacute aceito

VPLlt0 o projeto eacute rejeitado

VPL=0 o projeto pode ser aceito ou natildeo pois natildeo cria e nem destroacutei

valor para empresa

Para Lapponi (2007 p 134-135) as principais vantagens do VPL satildeo

Considera o fluxo de caixa do projeto na sua totalidade

Considera o valor monetaacuterio (dinheiro) no tempo

Tem a capacidade de medir o valor criado ou destruiacutedo pelo projeto

Pode ser utilizado na avaliaccedilatildeo do projeto independentemente do tipo de

fluxo de caixa utilizado

Seleciona o projeto mais viaacutevel economicamente

25

233 Taxa Interna de Retorno (TIR)

ldquoTaxa Interna de Retorno (TIR) eacute a taxa de desconto que torna o valor atual

liacutequido (VAL) do investimento igual a zero Tambeacutem eacute chamada de taxa interna efetiva

de rentabilidaderdquo (REBELATTO 2004 p 217)

No projeto do tipo simples com o aumento da taxa requerida o VPL do projeto tende ao valor do custo inicial pois o VPL eacute uma funccedilatildeo decrescente da taxa requerida Portanto a decisatildeo com o meacutetodo TIR somente deve ser feita em projetos simples que garantem a existecircncia de uma uacutenica TIRgt -100 Nos outros tipos de fluxo de caixa em geral o meacutetodo da TIR natildeo deve ser utilizado pois haacute a possibilidade de muacuteltiplas TIRs Sendo a TIR a taxa de juro que zera o VPL do projeto simples para qualquer taxa requerida K menor que a TIR o VPL seraacute positivo e para qualquer taxa requerida K maior que a TIR o VPL seraacute negativo (LAPPONI 2007 p 175-176)

Rebelatto (2004 p 217) complementa afirmando que a TIR eacute um meacutetodo

aprimorado de anaacutelise de investimento sendo possivelmente uma das mais usadas

para avaliar projetos econocircmicos A TIR deve ser comparada com a taxa miacutenima de

atratividade (TMA) para analisar se o projeto seraacute aceito ou natildeo

Sendo assim Lapponi (2007 p 176) considera que

Se TIR gt TMA o projeto deve ser aceito pois eacute economicamente viaacutevel

Se TIR lt TMA o projeto deve ser recusado pois eacute economicamente

inviaacutevel

Se TIR = TMA eacute indiferente investir no projeto pois o mesmo natildeo criaraacute

e nem destruiraacute valor da empresa

ldquoA grande vantagem da TIR como indicador de decisatildeo eacute que prescinde de

informaccedilotildees externas ao projeto Tudo que o analista necessita eacute conhecer o perfil do

projeto e alguma ideia de magnitude da taxa de jurosrdquo (MACHADO 2002 p 127)

26

234 Periacuteodo de retorno de investimento (Payback)

ldquoO payback eacute o periacuteodo de tempo em que ocorre o retorno do investimento

Calculado no fluxo de caixa de vida uacutetil de dez anos o payback apresenta-se de vaacuterias

maneiras para cada tipo de empresardquo (BRITO 2003 p 51)

Uma empresa pode nomear o payback como um dos paracircmetros para escolha

de um projeto a fim de minimizar seus riscos Mesmo sendo esse um meacutetodo faacutecil e

simples na praacutetica eacute um dos mais utilizados para efetuar a mediccedilatildeo econocircmica de um

projeto (REBELATTO 2004 p 230)

Segundo Rebelatto (2004 p 231) a foacutermula baacutesica que demonstra o caacutelculo

do payback em fluxos de caixas regulares eacute

PB =I0

FC

Onde

PB= Payback

I0= Investimento inicial

FC= Fluxo de caixa regular

Para executar o meacutetodo payback eacute crucial estabelecer o tempo maacuteximo de

toleracircncia TMT para resgatar o custo inicial ldquoPara decidir se o projeto deve ser aceito

o payback deve ser comparado com o valor de referecircncia TMT de forma querdquo

(LAPPONI 2007 p 245)

Se PB lt TMT o projeto deve ser aceito

Se PB gt TMT o projeto deve ser recusado

A principal vantagem para utilizaccedilatildeo do meacutetodo payback eacute que ele reflete a

liquidez do projeto e por consequecircncia eacute possiacutevel efetuar a avaliaccedilatildeo do risco de natildeo

recuperar o investimento (REBELATTO 2004 p 230)

27

3 METODOLOGIA

Este capiacutetulo tem por objetivo descrever os procedimentos e teacutecnicas

utilizados na pesquisa considerando o problema e aos objetivos gerais e especiacuteficos

Para a execuccedilatildeo da revisatildeo bibliograacutefica realizada neste estudo foi utilizado

livros de especialistas na aacuterea os principais temas abordados foram o

empreendedorismo que eacute um assunto chave quando surge uma ideia para um novo

negoacutecio plano de negoacutecios que eacute um elemento fundamental para o sucesso ou

fracasso de um empreendimento e a viabilidade econocircmico-financeira tema

fundamental visto que o objetivo geral da pesquisa eacute mensurar se a mesma eacute viaacutevel

ou natildeo economicamente

Foi elaborada uma anaacutelise de mercado que estaacute disponiacutevel no item 41 deste

estudo atraveacutes da mesma foi identificado que os principais clientes satildeo das classes

A e B de Curitiba regiatildeo metropolitana no item 42 foi efetuado um levantamento do

tamanho do negoacutecio onde foi definida a capacidade produtiva o investimento inicial e

a localizaccedilatildeo do empreendimento no item 44foi elaborado o fluxo de caixa que

demonstra as previsotildees financeiras do periacuteodo de 5 anos o meacutetodo utilizado para

elaborar a pesquisa foi um estudo de caso de natureza exploratoacuteria quantitativa e

anaacutelise documental

O estudo de caso eacute evidenciado por um estudo minucioso e cansativo de um

ou poucos objetivos desta forma propicia um vasto e detalhado conhecimento sobre

o assunto uma missatildeo praticamente impossiacutevel mediante as outras maneiras de

delineamentos consideradas (GIL 2008 p 57-58)

Prodanov e Freitas (2013 p60) afirmam que o estudo de caso consiste em

recolher e analisar dados sobre determinado indiviacuteduo famiacutelia grupo ou comunidade

com a finalidade de estudar diferentes aspectos das suas vidas conforme o assunto

da pesquisa

Jaacute as pesquisas exploratoacuterias satildeo definidas por Gil (2008 p 27) como as que

Tecircm como principal finalidade desenvolver esclarecer e modificar conceitos e ideias tendo em vista a formulaccedilatildeo de problemas mais precisos ou hipoacuteteses pesquisaacuteveis para estudos posteriores De todos os tipos de pesquisa estas satildeo as que apresentam menor rigidez no planejamento Habitualmente envolvem levantamento bibliograacutefico e documental entrevistas natildeo padronizadas e estudos de caso

28

A pesquisa quantitativa ldquoconsidera que tudo pode ser quantificaacutevel o que

significa traduzir em nuacutemeros opiniotildees e informaccedilotildees para classificaacute-las e analisaacute-lasrdquo

Eacute necessaacuteria a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas estatiacutesticas tais como porcentagem meacutedia

moda desvio-padratildeo coeficiente de correlaccedilatildeo etc (PRODANOV FREITAS 2013

p 69)

Muitos dados que satildeo utilizados em pesquisas satildeo adquiridos indiretamente

por meio de documentosrdquo como livros jornais papeacuteis oficiais registros estatiacutesticos

fotos discos filmes e viacutedeos que satildeo obtidos de maneira indiretardquo Essas fontes

documentais tecircm a capacidade de disponibilizar ao pesquisador um grande nuacutemero

de informaccedilotildees com bastante qualidade para evitar a perda de tempo (GIL 2008 p

147)

Este modelo de pesquisa foi utilizado para definir os principais clientes quais

os produtos que seratildeo vendidos a capacidade produtiva assim como a viabilidade

econocircmico-financeira e operacional do negoacutecio

29

4 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES

41 ANAacuteLISE DE MERCADO

Woiler e Mathias (1994 p41) e Rebelatto (2004 p01) afirmam que a anaacutelise

de mercado eacute um dos pontos mais relevantes para elaboraccedilatildeo de um projeto Atraveacutes

do estudo do mercado obtemos muitas informaccedilotildees tais como

Fazendo a comparaccedilatildeo entre demanda e a oferta encontramos a

possiacutevel escassez da demanda futura Esse resultado proporcionaraacute

informaccedilotildees para que seja definida a escala de produccedilatildeo do projeto

A regiatildeo geograacutefica em que o produto pode ser vendido eacute um dos pontos

mais significativos para que seja definida a localizaccedilatildeo do empreendimento

O preccedilo de venda os custos de comercializaccedilatildeo e os estoques nos

canais de comercializaccedilatildeo satildeo informaccedilotildees relevantes para que seja

elaborada a projeccedilatildeo do projeto

Vale salientar que esses satildeo apenas alguns elementos importantes que eacute

possiacutevel identificar na anaacutelise de mercado existe muitos outros dados que satildeo obtidos

com a mesma

411 Mercado consumidor

ldquoTodas as decisotildees relacionadas a novos empreendimentos contecircm certo

grau de incerteza tanto no que diz respeito agrave informaccedilatildeo na qual as decisotildees estatildeo

baseadas como no que diz respeito agraves suas consequecircnciasrdquo (SEBRAE)

Chiavenato acredita que os clientes tecircm a capacidade de alavancar ou

derrubar um empreendimento ldquoUm cliente pode ser uma organizaccedilatildeo uma empresa

um usuaacuterio dos produtosserviccedilos ou um consumidor finalrdquo Eacute quem adquiri os

produtosserviccedilos ofertados pela organizaccedilatildeo no final da cadeia de transaccedilotildees Eacute ele

que estabelece direta ou indiretamente se o empreendimento teraacute ecircxito ou natildeo Por

30

isso o cliente deve ser considerado como o principal patrimocircnio da empresa (2007

p 207)

Segundo dados do censo 2010 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e

estatiacutestica) dos 576190 (quinhentos e setenta e seis mil cento e noventa) domiciacutelios

de Curitiba 292965 (duzentos e noventa e dois mil novecentos e sessenta e cinco)

possuem renda de mais de 5 a mais de 20 salaacuterios miacutenimos sendo assim cerca de

5085 dos domiciacutelios curitibanos estatildeo enquadrados nas classes A e B Ainda

segundo o IBGE cerca de 137922 (cento e trinta e sete mil novecentos e vinte e dois)

domiciacutelios curitibanos tecircm renda de mais de 10 salaacuterios miacutenimos o que representa

uma meacutedia de 24 dos domiciacutelios de Curitiba

Mais de 249000 (duzentos e quarenta e nove mil) pessoas que residem em

Curitiba cerca de 1423 da populaccedilatildeo tem rendimento mensal de mais de 5 salaacuterios

miacutenimos conforme Tabela 1

TABELA 1 - RESULTADOS DA AMOSTRA - RENDIMENTO POR PESSOA EM CURITIBA

Quantidade de pessoas Salaacuterios miacutenimos

153011 Mais de 5 a 10 salaacuterios miacutenimos

38692 Mais de 10 a 15 salaacuterios miacutenimos

25427 Mais de 15 a 20 salaacuterios miacutenimos

18264 Mais de 20 a 30 salaacuterios miacutenimos

13791 Mais de 30 salaacuterios miacutenimos

FONTE IBGE - CENSO DEMOGRAacuteFICO 2010

Curitiba possui uma populaccedilatildeo de mais de 1750000 (um milhatildeo setecentos

e cinquenta mil habitantes) segundo censo IBGE 2010 sendo que 932000

(novecentos e trinta e dois mil) pessoas com o estado civil de solteiro viuacutevo

divorciado separado judicialmentedesquitado isso mostra que tem muitas pessoas

que podem fazer festas de casamento e necessitar dos produtos que seratildeo ofertados

tais como bolos artiacutesticos doces finos e bem casados

Segundo as estatiacutesticas do registro civil do IBGE ocorreram em Curitiba e

regiatildeo metropolitana no ano 2012 exatamente 18877 (dezoito mil oitocentos e setenta

e sete) casamentos sendo que nos meses de setembro a dezembro foi onde ocorreu

um maior nuacutemero um total de 7828 (sete mil oitocentos e vinte e oito) casamentos o

que representa um total de 4147 dos casamentos ocorrem nesses quatro meses

do ano

31

TABELA 2 - CASAMENTOS POR MEcircS DE REGISTRO SEGUNDO O LUGAR DO REGISTRO ndash 2012

Lugar do registro

Casamentos por mecircs do registro

Total de

registros Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

RM Curitiba 18877 1466 1250 1572 1282 1403 1533 1248 1255 1735 1753 2118 2262

Curitiba 10351 848 692 857 692 724 872 658 658 971 968 1237 1174

FONTE IBGE DIRETORIA DE PESQUISAS COORDENACcedilAtildeO DE POPULACcedilAtildeO E INDICADORES SOCIAIS ESTATIacuteSTICAS DO REGISTRO CIVIL 2012

Nessa perspectiva foi definido que o mercado que a empresa de bolos e doces

finos vai atuar eacute de Curitiba e regiatildeo metropolitana com foco nas pessoas das classes

A e B com estado civil solteiro divorciado separado judicialmentedesquitado e viuacutevo

412 Produtos que seratildeo vendidos

ldquoNo coraccedilatildeo de uma grande marca haacute um grande produto O produto-chave

na oferta ao mercado Liacutederes de mercado geralmente oferecem produtos e serviccedilos

de qualidade superiorrdquo (KOTLER KELLER 2006 p 366)

Os principais produtos fornecidos seratildeo

Bolos artiacutesticos

FOTO1 - BOLO ARTIacuteSTICO FONTE WANDA CARDOSO - BOLOS ARTIacuteSTICOS amp DOCES

32

Bolos de copa

FOTO2 - BOLO DE COPA FONTE ELABORADO PELO AUTOR

FOTO3 - BOLO DE COPA FONTE ELABORADO PELO AUTOR

Naked cake

FOTO4 - NAKED CAKE FONTE DOCES PENEacuteLOPE

33

Doces Tradicionais

FOTO5 - DOCES TRADICIONAIS FONTE ELABORADO PELO AUTOR

Doces Espelhados

FOTO6 - DOCES ESPELHADOS FONTE PRONTO SOCORRO DAS FESTAS

Doces Finos

FOTO 7 - DOCES FINOS FONTE COMPRANDO MEU APE

34

Brigadeiros gourmet

FOTO8 - BRIGADEIROS GOURMET FONTE ELABORADO PELO AUTOR

Tacinhas acriacutelicas

FOTO9 - TACINHAS ACRIacuteLICAS FONTE BUFFET DELIacuteCIAS DA VI

Trufas

FOTO 10 - TRUFAS FONTE FOGAtildeO DA VOVOacute

35

Bombons

FOTO11 - BOMBONS FONTE DALVA GOLDEN GATE

Bem casados

FOTO12 - BEM CASADOS FONTE CASAMENTO SEM ERRO

FOTO13 - BEM CASADOS FONTE CASAMENTO SEM ERRO

36

413 Preccedilo de venda

A definiccedilatildeo do preccedilo dos produtos eacute uma das decisotildees mais relevantes da

organizaccedilatildeo que deve levar em conta a forma como a empresa deseja se posicionar

no mercado os custos a concorrecircncia e a rentabilidade almejada

O preccedilo eacute um dos elementos mais versaacuteteis pode ser modificado rapidamente

ao contraacuterio das propriedades dos produtos dos contratos com canais de distribuiccedilatildeo

e ateacute mesmo das promoccedilotildees O Preccedilo tem tambeacutem a tarefa de mostrar ao mercado o

posicionamento de valor desejado pela empresa para o seu produto ou marca

(KOTLER KELLER 2006 p 428)

A consolidaccedilatildeo dos preccedilos dos produtos seraacute elaborada levando em conta os

custos para se obter os produtos com a qualidade requinte e sofisticaccedilatildeo desejada

com a margem de lucro esperada e se baseando nos preccedilos praticados pela

concorrecircncia

414 Previsatildeo de vendas

Para Chiavenato (2007 p 2013)

A previsatildeo de vendas representa a quantidade de produtosserviccedilos que a empresa pretende vender ou colocar no mercado durante um determinado periacuteodo geralmente um mecircs ou um ano dividido em meses Constitui portanto uma estimativa ou uma expectativa de vendas Pode ser feita em unidades fiacutesicas ou em valores monetaacuterios

A produccedilatildeo vai ser em meacutedia de 5600 doces (doces finos gourmet e bem

casados) e 4 bolos procurando atender em meacutedia 4 eventos por semana e ateacute 16

eventos por mecircs sendo que nos meses de setembro a dezembro essa demanda

aumenta pelo motivo de historicamente ter um nuacutemero maior de casamentos

37

415 Definiccedilatildeo de local de venda dos produtos

ldquoA venda eacute a fase fundamental do processo de vendas Consiste na

transferecircncia do produtoserviccedilo para o cliente ou consumidorrdquo (CHIAVENATO 2007

p 210)

As vendas vatildeo ocorrer atraveacutes de site proacuteprio redes sociais telefone e

pessoalmente natildeo teremos loja fiacutesica apenas um ateliecirc para confecccedilatildeo dos bolos e

doces onde vai conter uma sala anexa na qual vai ser oferecido o serviccedilo de

degustaccedilatildeo com horaacuterios marcados para assim o cliente decidir quais os produtos

seratildeo adquiridos para o seu evento e fechamento de contrato

416 Definiccedilatildeo da demanda e da oferta

Na maior parte das encomendas os clientes solicitam os doces finos e

gourmet que contecircm chocolates frutas oleaginosas tais como castanhas nozes

avelatildes amecircndoas frutas como framboesa morango damasco cerejas e os bem

casados Os bolos mais solicitados satildeo os com decoraccedilatildeo de pasta americana que

deve obrigatoriamente ter recheios mais firmes como ganaches fios de ovos

strogonoff de nozes e os naked cake (bolo pelado) que possuem mais opccedilotildees de

recheios com chocolates frutas diversas e cremes de pacirctisserie

Em contato com algumas empresas que fornecem o mesmo tipo de produto

foi possiacutevel verificar que as encomendas devem ser feitas com antecedecircncia miacutenima

de 6 meses sendo que alguns casos somente com um ano de antecedecircncia para

conseguir na data desejada Esse eacute um dos pontos que mostra que tem espaccedilo

suficiente para entrada nesse mercado

38

417 Concorrentes

Chiavenato (2007 p 33) Kotler e Keller (2006 p 340) afirmam que os

concorrentes satildeo as organizaccedilotildees que competem pelos mesmos fornecedores

clientes e consumidores

ldquoAgrave medida que seus produtosserviccedilos tornam-se mais heterogecircneos tanto

mais heterogecircneos e diferenciados seratildeo seus concorrentes e tanto mais complexa

seraacute a competitividaderdquo (CHIAVENATO 2007 p 33)

Em busca na internet foi possiacutevel identificar que atualmente existe em meacutedia

25 concorrentes reais que oferecem exatamente os mesmos produtos que seratildeo

fornecidos com o mesmo padratildeo de qualidade valor agregado requinte e

sofisticaccedilatildeo Tambeacutem foi detectado mais 14 concorrentes potenciais que vendem

produtos similares aos que seratildeo vendidos poreacutem natildeo possuem o mesmo valor

agregado dos que vatildeo ser ofertados Foi possiacutevel identificar que alguns concorrentes

oferecem somente os doces finos dos quais foram identificados mais 3 concorrentes

reais e 3 concorrentes potenciais E foi detectado que existem concorrentes que

fornecem apenas os bolos artiacutesticos dos quais foi identificado 4 concorrentes reais

todos fornecem os bolos com o mesmo niacutevel de qualidade que seratildeo fornecidos

A tabela 3 mostra a divisatildeo dos concorrentes reais e potenciais que fornecem

bolos e doces por bairro de Curitiba

39

TABELA 3 - CONCORRENTES QUE FORNECEM BOLOS E DOCES POR BAIRRO

Bairro Quantidade de Concorrentes Reais

Quantidade de Concorrentes Potenciais

Aacutegua Verde 4 1

Ahuacute 1

Bairro Alto 2 1

Barreirinha 1

Barreirinha 1

Bom Retiro 1

Campo Comprido 1

Campo Comprido 1

Cidade Industrial 1

Colombo 1

Fazenda Rio Grande 1

Hauer 1

Hugo Lange 1

Mercecircs 1

Novo Mundo 2 1

Novo Mundo 1

Portatildeo 1

Portatildeo 1

Santa Cacircndida 1

Santa Felicidade 1 1

Santo Inaacutecio 1 1

Satildeo Joseacute dos Pinhais 1

Seminaacuterio 1

Sitio Cercado 1

Tarumatilde 1

Vila Izabel 1

Natildeo Informado 1 2

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

418 Forma de divulgaccedilatildeo dos concorrentes

Todas as empresas pesquisadas que fornecem produtos similares aos que

vamos fornecer utilizam sites proacuteprios e as redes sociais para fazer divulgaccedilatildeo dos

seus produtos todas fazem degustaccedilatildeo para os clientes conhecerem os seus

produtos e posteriormente fechar um contrato

40

42 TAMANHO DO NEGOacuteCIO

421 Capacidade produtiva

A capacidade produtiva vai ser para atender ateacute 4 eventos por semana A

produccedilatildeo vai ser de ateacute 5600 doces (doces finos gourmet e bem casados) e 4 bolos

atendendo ateacute 4 eventos por final de semana e ateacute 16 eventos por mecircs sendo que

nos meses de setembro a dezembro essa demanda aumenta pelo motivo de

historicamente ter um nuacutemero maior de casamentos

422 Investimento

Um dos pontos mais relevantes para abertura de uma empresa eacute a

determinaccedilatildeo do capital miacutenimo para dar iniacutecio nas atividades e principalmente como

obter este capital ldquoEacute com o capital inicial que a empresa tem condiccedilotildees de reunir os

recursos empresariais necessaacuterios ao seu funcionamento sejam eles recursos

humanos materiais ou financeirosrdquo A determinaccedilatildeo do capital eacute o que estabelece a

quantidade de recursos empresariais que a empresa tem disponiacutevel Indiscutivelmente

quanto maior for o volume de recursos empresariais mais faacutecil se torna o desempenho

da empresa Quando todos os recursos necessaacuterios para seu funcionamento estatildeo agrave

disposiccedilatildeo a administraccedilatildeo do empreendimento fica mais simples (CHIAVENATO

2007 p84)

Cabe acrescentar que (LAPPONI 2007 p 321)

O custo inicial refere-se aos desembolsos realizados para aquisiccedilatildeo de equipamentos ou outros ativos fixos incluindo o pagamento de fretes seguros instalaccedilotildees despesas operacionais iniciais com materiais e matildeo de obra treinamento de pessoal de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo etc resumindo o custo inicial inclui todos os desembolsos necessaacuterios para adquirir os ativos necessaacuterios e que estejam em condiccedilotildees de operar e gerar as receitas estimadas

41

O empreendimento iniciaraacute suas atividades com capital investido com

recursos proacuteprios da empreendedora

As estimativas de investimento inicial para abertura da empresa foi de

R$5162851 conforme tabela 4

TABELA 4 - INVESTIMENTO INICIAL

Descriccedilatildeo Valor (R$)

Maacutequinas e equipamentos Cozinha R$ 3084878

Utensiacutelios R$ 555075

Moacuteveis para escritoacuterio R$ 268982

Equipamentos de informaacutetica e eletrocircnicos R$ 446204

Outros custos escritoacuterio R$ 48912

Uniformes R$ 155800

Pintura Imoacutevel R$ 500000

Porta de Vidro R$ 103000

Total R$ 5162851

FONTE ELABORADO PELO AUTOR (2015)

423 Localizaccedilatildeo

Seraacute locado um imoacutevel para a instalaccedilatildeo da empresa localizado na Rua Heitor

Baggio Vidal 2508 Bairro Alto Curitiba ndash PR com o valor do aluguel mensal de

R$160000 (mil e seiscentos reais) O espaccedilo interno de 95msup2 seraacute dividido em trecircs

partes a primeira com 20msup2 vai ficar a recepccedilatildeo para receber os clientes efetuar

orccedilamentos e as degustaccedilotildees a segunda com 71msup2 a cozinha industrial onde seratildeo

fabricados os bolos e doces finos e a terceira com 4msup2 o lavabo

42

FOTO14 - FOTO DO IMOacuteVEL ONDE SERAacute INSTALADA A EMPRESA FONTE MP IMOacuteVEIS

424 Entregas

As entregas dos bolos e doces finos seratildeo efetuadas por uma empresa

parceira localizada no Bairro Alto o preccedilo das entregas em Curitiba e regiatildeo

metropolitana variam de R$2400 (vinte e quatro reais) a R$6000 (sessenta reais)

dependendo da localizaccedilatildeo tais valores seratildeo cobrados dos clientes

43 CAPITAL DE GIRO

O capital de giro inicial foi estimado levando em conta que no primeiro ano a

empresa vai produzir 8333 da sua capacidade atendendo em meacutedia 13 ventos

mensalmente sendo assim foram considerados os gastos operacionais necessaacuterios

para o iniacutecio das atividades incluindo o custo fixo mensal e o estoque inicial ambos

multiplicados por 2 e acrescidos de um percentual de 10 de margem de seguranccedila

para despesas natildeo previstas

43

TABELA 5 - CAPITAL DE GIRO

Item Valor (R$)

Estoque Inicial 5144000

Custo Fixo Mensal 3194783

Reserva (10) 833878

Total do Capital de Giro Inicial 9172662

FONTE ELABORDO PELO AUTOR

44 FLUXO DE CAIXA

ldquoFluxo de Caixa eacute um Instrumento de gestatildeo financeira que projeta para

periacuteodos futuros todas as entradas e as saiacutedas de recursos financeiros da empresa

indicando como seraacute o saldo de caixa para o periacuteodo projetadordquo (SEBRAE)

Na tabela 6 eacute apresentada a projeccedilatildeo do Fluxo de Caixa da empresa para os

seus primeiros cinco anos onde fica evidenciado que do primeiro ateacute o quinto ano a

sauacutede financeira da empresa melhora gradativamente sendo que no final do quinto

ano o saldo em caixa ultrapassa os 300 se comparado com o saldo em caixa no

final do primeiro ano

Pode-se observar que natildeo foi inserida no fluxo de caixa a opccedilatildeo de

inadimplecircncia pois todos os pagamentos seratildeo efetuados agrave vista em dinheiro ou

cartatildeo sendo que o pagamento total dos produtos deve ser efetuado no miacutenimo 10

dias antes da data do evento

44

TABELA 6 - PROJECcedilAtildeO DE FLUXO DE CAIXA NOS PRIMEIROS CINCO ANOS

Descriccedilatildeo Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

Investimento Inicial (5162851)

Capital de Giro (9172662) 9172662

Valor Residual 1548855

Total de entradas 000 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873

Previsatildeo Receitas de vendas 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873

Total de Saiacutedas (14335513) (44888699) (54283425) (59479393) (64738409) (70291804)

(-)Fornecedores (25720000) (33641760) (36669518) (39969775) (43567055)

(-)Folha de pagamento (3267192) (3593911) (3953302) (4348633) (4783496)

(-)Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)

(963216) (1011377) (1061946) (1115043) (1170795)

(-)Retiradas soacutecios (2400000) (2640000) (3432000) (3946800) (4341480)

(-)Impostos s vendas (4654291) (5073177) (5573767) (6075406) (6622192)

(-)Alugueacuteis (1920000) (2016000) (2116800) (2222640) (2333772)

(-)Energia eleacutetrica (840000) (882000) (926100) (972405) (1021025)

(-)Aacutegua (300000) (315000) (330750) (347288) (364652)

(-)Telefone (384000) (403200) (423360) (444528) (466754)

(-)Gaacutes (588000) (617400) (648270) (680684) (714718)

(-)Serviccedilos contabilidade (960000) (1008000) (1058400) (1111320) (1166886)

(-)Manutenccedilatildeo (600000) (630000) (661500) (694575) (729304)

(-)Outras despesas com funcionaacuterios

(1296000) (1405800) (1525590) (1656320) (1799030)

(-)Taxas bancaacuterias (96000) (100800) (105840) (111132) (116689)

(-)Outros pagamentos (900000) (945000) (992250) (1041863) (1093956)

Entradas - Saiacutedas (14335513) 12981301 21410535 23027023 25193585 27734070

Depreciaccedilatildeo 000 (631377) (631377) (631377) (631377) (631377)

Saldo Final (14335513) 12349924 20779158 22395647 24562208 37824209

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

A depreciaccedilatildeo foi calculada considerando o prazo de vida uacutetil meacutedio de 10

anos das maacutequinas equipamentos instalaccedilotildees moacuteveis e utensiacutelios e para os

computadores e perifeacutericos foi considerado o prazo de vida uacutetil de 5 anos conforme

demonstrado na tabela 7

TABELA 7 - DEPRECIACcedilAtildeO

Item Valor Inicial Taxa Anual Depreciaccedilatildeo Anual (R$)

Maacutequinas e equipamentos 3084878 10 308488

Instalaccedilotildees 103000 10 10300

Moacuteveis e Utensiacutelios 824057 10 82406

Computadores e Perifeacutericos 446204 20 89241

Outros 704712 20 140942

Total 631377

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

45

O valor residual dos equipamentos e instalaccedilotildees da empresa no final do quinto

ano foi considerado em 30 referente ao valor de aquisiccedilatildeo dos mesmos no iniacutecio do

projeto

45 ANAacuteLISE DOS INDICADORES (VPL TIR E PAYBACK)

451 Valor Presente Liacutequido (VPL)

A tabela 8 mostra que o VPL (Valor Presente Liacutequido) eacute positivo isso significa

que aleacutem de recuperar o investimento inicial ainda vai ser agregado ao valor da

empresa um montante de R$ R$50392407 (quinhentos e trecircs mil novecentos e vinte

quatro reais e sete centavos)

A taxa de retorno requerida de 20 foi determinada levando em conta o niacutevel

de risco do projeto e visando o valor desejado para se obter em cima do valor

investido

TABELA 8 - CALCULO DO VALOR PRESENTE LIacuteQUIDO (VPL)

Anos FC k 2000

0 -$143355 VPL $50392407

1 $123499 VPL $50392407

2 $207792 VPL $50392407

3 $223956 VPL $21761126

4 $245622 VPL $21761126

5 $378242 Decisatildeo Aceitar o Projeto

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

452 Taxa Interna de Retorno (TIR)

Conforme a tabela 9 eacute possiacutevel verificar que a TIR (Taxa Interna de Retorno)

eacute de 11593 maior que a taxa requerida de 20 isso significa que custo inicial seraacute

46

recuperado e o projeto vai criar valor para empresa mais um resultado favoraacutevel para

a aceitaccedilatildeo do projeto

TABELA 9 - TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR)

Anos FC

0 -$143355 TIR 11593

1 $123499 TIR 2168

2 $207792 TIR 2168

3 $223956 Decisatildeo

4 $245622 k 2000

5 $378242 Aceitar o projeto

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

453 Payback

O tempo de recuperaccedilatildeo do custo inicial ocorre normalmente entre o quarto e

o quinto ano se for feita a anaacutelise da tabela 10 eacute possiacutevel verificar que o tempo

necessaacuterio para o retorno do investimento (payback) do projeto eacute de 128 anos este

indicador mostra claramente que o projeto deve ser aceito pois o tempo de retorno

estaacute bem abaixo do tempo meacutedio dos empreendimentos como um todo

TABELA 10 - PAYBACK

k 20

Anos FC SPresente

0 -$143355 -$143355 PBD-SP = 128

1 $123499 -$40439 128

2 $207792 $103861

3 $223956 $233465

4 $245622 $351917

5 $378242 $503924

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

47

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Para iniciar um negoacutecio requer muito mais do que apenas o espiacuterito

empreendedor eacute necessaacuterio ter lideranccedila conhecimento sobre o mercado que deseja

atuar organizaccedilatildeo e principalmente planejamento

O principal objetivo desse estudo foi analisar a viabilidade econocircmico-

financeira da abertura de uma empresa de bolos e doces finos no Bairro Alto em

Curitiba

O objetivo apresentado nesta pesquisa foi atingido pois todos os indicadores

analisados mostram com clareza que empresa obteacutem resultados positivos que criam

valor para a mesma e com isso o projeto eacute viaacutevel economicamente pois do primeiro

ao quinto ano fica visiacutevel o crescimento do empreendimento e a melhora significativa

da sua sauacutede financeira isso fica evidenciado no saldo final em caixa no quinto ano

que chega proacuteximo haacute 400 mil reais Apesar disso eacute crucial o acompanhamento do

mercado para seguir as tendecircncias e se atualizar constantemente para tomar

decisotildees mais assertivas

Um negoacutecio mal avaliado pode arruinar a estabilidade econocircmica do

investidor por isso eacute de extrema importacircncia fazer todos os levantamentos de custos

antes de se aventurar em qualquer empreendimento

Eacute possiacutevel comprovar que a pesquisa realizada contribui positivamente para

abertura da empresa No entanto as informaccedilotildees aqui presentes natildeo satildeo estaacuteticas e

devem ser revisadas periodicamente e se preciso ateacute mesmo ampliadas no decorrer

da implantaccedilatildeo do projeto para que o mesmo seja uma ferramenta eficiente e eficaz

no desenvolvimento da empresa como um todo

48

REFEREcircNCIAS

BRITO Paulo Anaacutelise e viabilidade de projetos de investimento Satildeo Paulo Atlas 2003 DOLABELA Fernando O segredo de Luiacutesa 30 ed Satildeo Paulo Editora de Cultura 2006 DORNELAS Joseacute Carlos Assis Empreendedorismo transformando ideias em negoacutecios 4 ed Rio de Janeiro Campus Elsevier 2012 CENSO Demograacutefico 2010 Resultados gerais da amostra Curitiba IBGE 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=410690ampidtema=87ampsearch=parana|curitiba|censo-demografico-2010-resultados-gerais-da-amostra-gt Acesso em 21 de Junho de 2015 CHIAVENATO Idalberto Empreendedorismo dando asas ao espiacuterito empreendedor empreendedorismo e a viabilidade de novas empresas um guia eficiente para iniciar e tocar seu proacuteprio negoacutecio 2 ed Satildeo Paulo Saraiva 2007 ESTATIacuteSTICAS do registro civil 2012 Curitiba IBGE 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaoregistrocivil2012default_xlsshtmgt Acesso em 21 de Junho de 2015 GIL Antonio Carlos Meacutetodos e teacutecnicas de pesquisa social 6 ed Satildeo Paulo Atlas 2008 KOTLER Philip KELLER Kevin Lane Administraccedilatildeo de Marketing 12 ed Satildeo Paulo ABDR 2006 LAPPONI Juan Carlos Projetos de Investimento na Empresa Rio de Janeiro Elsevier 2007 MACHADO Jesseacute Anderson Pinto Projetos Econocircmicos uma abordagem praacutetica de elaboraccedilatildeo Satildeo Paulo Nobel 2002 MICHEL Maria Helena Metodologia e pesquisa cientiacutefica em ciecircncias sociais 2 ed Satildeo Paulo Atlas 2009 OLIVEIRA Djalma de Pinho Rebouccedilas de Planejamento estrateacutegico conceitos metodologia e praacuteticas 20 ed Satildeo Paulo Atlas 2004 PRODANOV Cleber Cristiano ERNANI Cesar de Freitas Metodologia do trabalho cientiacutefico meacutetodo e teacutecnicas da pesquisa e do trabalho acadecircmico 2 ed Novo Hamburgo Freevale 2013

49

REBELATTO Dayse Projeto de Investimento 1 ed Barueri Manole 2004 SEBRAE Pesquisa de Mercado o que eacute e para que serve Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrsitesPortalSebraeartigosPesquisa-de-mercado-o-que-C3A9-e-para-que-servegt Acesso em 21 de Junho de 2015 SEBRAE Fluxo de caixa Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrSebraePortal20SebraeAnexos0_fluxo-de-caixapdfgt Acesso em 10 de Outubro de 2015 WILDAUER Egon Walter Plano de negoacutecios elementos construtivos e processos de elaboraccedilatildeo 2 ed Curitiba Ibpex 2011 WOILER Samsatildeo MATHIAS Washington Franco Projetos planejamento elaboraccedilatildeo anaacutelise 1 ed Satildeo Paulo Atlas 1994

50

APEcircNDICES

APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL 51

APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS 52

APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL 52

51

APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL

Item Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

Aacutegua 25000 26250 27563 28941 30388

Aluguel 160000 168000 176400 185220 194481

Assessoria Contaacutebil 80000 84000 88200 92610 97241

Gaacutes 49000 51450 54023 56724 59560

Impostos 387858 422765 464481 506284 551849

Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)

80268 84281 88495 92920 97566

Energia eleacutetrica 70000 73500 77175 81034 85085

Manutenccedilatildeo 50000 52500 55125 57881 60775

Material de escritoacuterio 20000 21000 22050 23153 24310

Material de Limpeza 40000 42000 44100 46305 48620

Folha de pagamento 272266 299493 329442 362386 398625

Seguros 15000 15750 16538 17364 18233

Telefone fixointernet 20000 21000 22050 23153 24310

Telefone Moacutevel 12000 12600 13230 13892 14586

Vale Refeiccedilatildeo 75000 82500 90750 99825 109808

Vale Transporte 33000 34650 36383 38202 40112

Proacute- labore 200000 220000 286000 328900 361790

Taxas Bancaacuterias 8000 8400 8820 9261 9724

Total R$ 1597392 R$ 1720139 R$ 1900823 R$ 2064053 R$ 2227062

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

52

APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS

Item

Produccedilatildeo mensal meacutedia

Custo unitaacuterio total

Sugestatildeo Preccedilo de venda

Custo Mensal Total

Receita de vendas

Bolos artiacutesticos (recheios diversos) 150 6000 13500 900000 2025000

Bolos de copa (recheios diversos) 30 3600 8100 108000 243000

Naked cake (recheios diversos) 60 4200 9450 252000 567000

Doces Tradicionais 32 3500 7875 112000 252000

Doces Espelhados 32 5000 11250 160000 360000

Doces Finos 32 7500 16875 240000 540000

Brigadeiros gourmet 16 4500 10125 72000 162000

Tacinhas acriacutelicas 16 5500 12375 88000 198000

Trufas 32 5000 11250 160000 360000

Bombons 32 5000 11250 160000 360000

Bem casados 3200 100 225 320000 720000

Custo produccedilatildeo Total 2572000

Receita Total 5787000

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL

Ano Receita Bruta Variaccedilatildeo anual

Ano 1 000

Ano 2 69444000 9

Ano 3 75693960 9

Ano 4 82506416 9

Ano 5 89931994 9

Valor considerando a inflaccedilatildeo de 9 aa

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

14

F Natildeo eacute um acontecimento pessoal e nem uma habilidade que poucas

pessoas possuem eacute algo puacuteblico

G Natildeo existe a possibilidade de fazer transferecircncia de conhecimentos

empreendedores ndash ldquoao contraacuterio do que acontece por exemplo em uma aula

de geografia porque o empreendedorismo natildeo eacute um conteuacutedo cognitivo

convencionalrdquo Nesse entendimento natildeo existe a possibilidade de ensinar

mas eacute possiacutevel aprender a ser empreendedor por meio de um sistema de

ensino bem diferente do tradicional

H Eacute um assunto global e natildeo caracteriacutestico ou complementar E deve ser

apresentado na educaccedilatildeo baacutesica

I O princiacutepio do empreendedorismo e a cidadania O que por sua vez ldquoVisa

agrave construccedilatildeo do bem-estar coletivo do espiacuterito comunitaacuterio da cooperaccedilatildeo

Antes de ser aluno o estudante deve ser considerado um cidadatildeordquo

J Natildeo existe a possibilidade de definir se uma pessoa vai ter sucesso

como empreendedor

Vale enfatizar que o empreendedorismo eacute a envoltura de pessoas e

processos que juntas transformam ideias em oportunidades E a correta efetivaccedilatildeo

destas oportunidades ocasiona a criaccedilatildeo de um negoacutecio bem sucedido (DORNELAS

2012 p 28)

Chiavenato (2007 p 22) e Dornelas (2012 p29) defendem a ideia de que

1 O empreendedorismo abrange todo o processo para criar algo novo que

possua valor e seja valorizado pelo mercado

2 Que o empreendedorismo requer doaccedilatildeo disponibilidade de tempo e

vigor para tornar o novo empreendimento em um negoacutecio de sucesso

3 O empreendedorismo demanda coragem aceitaccedilatildeo de riscos

calculados e decisotildees analiacuteticas e ter flexibilidade com os obstaacuteculos falhas

e fracassos

Eacute possiacutevel concluir que o empreendedorismo eacute um fato cultural isto eacute

consequecircncia de haacutebitos accedilotildees e valores pessoais ldquoExistem famiacutelias (assim como

cidades regiotildees e paiacuteses) mais empreendedoras do que outrasrdquo A pessoa

desenvolve o empreendedorismo no conviacutevio com outros empreendedores num local

onde a possibilidade de ter o proacuteprio negoacutecio eacute visto como algo muito bom

(DOLABELA 2006 sn)

15

Diante disso natildeo eacute possiacutevel falar de empreendedorismo sem mencionar os

empreendedores pois satildeo as atitudes de pessoas que inovam assumem todos os

riscos que proporcionam o crescimento e desenvolvimento da sociedade como um

todo

211 Caracteriacutesticas e perfil do empreendedor

Ser empreendedor eacute acima de tudo ter a capacidade e a necessidade de

realizar coisas novas

O empreendedor ldquoeacute um ser social produto do meio em que vive (eacutepoca e

lugar)rdquo E se a pessoa convive em um meio onde ser empreendedor eacute considerado

algo bom teraacute motivos para abrir seu proacuteprio negoacutecio (DOLABELA 2006 sn)

O empreendedor parte da percepccedilatildeo subjetiva para percepccedilatildeo praacutetica na

qual mostram elementos que podem ser debatidos Esses elementos satildeo os mais

variaacuteveis possiacuteveis que foram originados de perguntas contestaccedilotildees e respostas

localizadas pelo empreendedor ldquoo qual natildeo precisa ser algueacutem com uma formaccedilatildeo

superior com diploma de faculdade ou algueacutem que conte com cursos teacutecnicos ou

praacuteticosrdquo (mesmo esses sendo atributos que auxilie na agilidade de formular

questionamentos e encontrar as soluccedilotildees para os mesmos) (WILDAUER 2011 p

25)

Para Dornelas (2012 p 29) empreendedor eacute a pessoa que percebe uma

oportunidade e arquiteta um negoacutecio para captar recursos calculando todos os riscos

que vai correr Em todas as definiccedilotildees de empreendedorismo nos deparamos com no

miacutenimo as seguintes particularidades em relaccedilatildeo ao empreendedor

1 Possui a atitude de criar um novo negoacutecio e amar aquilo que faz

2 Usa o capital que possui de maneira produtiva mudando o local social e

econocircmico onde estaacute inserido

3 Assume os riscos calculados e a chance do negoacutecio natildeo dar certo

Nessa mesma perspectiva Chiavenato (2007 p7) afirma que o empreendedor

eacute a pessoa que tem a capacidade de fazer as coisas acontecerem eacute favorecido pela

sua percepccedilatildeo para os negoacutecios prudecircncia na aacuterea financeira e a habilidade de

16

perceber as oportunidades Com esse conjunto de competecircncias tem a capacidade

de transformar ideias em negoacutecios O empreendedor possui uma boa imaginaccedilatildeo e eacute

persistente qualidades que combinadas de maneira correta o capacitam para

converter ideias simples em projetos objetivos e bem sucedidos

Para Wildauer (2011 p 26)

Podemos entatildeo enumerar muitas caracteriacutesticas do empreendedor sendo as principais a atitude de saber ouvir de estar atento de saber interpretar e analisar as informaccedilotildees do mercador de ter condiccedilotildees de elaborar um planejamento de suas accedilotildees futuras de traccedilar objetivos e todo um roteiro teoacuterico-praacutetico para poder atingi-lo Sem essas premissas baacutesicas o empreendedor natildeo teraacute sucesso na formulaccedilatildeo do plano de negoacutecios muito menos na sustentaccedilatildeo de seu negoacutecio

Chiavenato (2007 p 4) acredita que ldquoos empreendedores satildeo heroacuteis

populares do mundo dos negoacuteciosrdquo Que geram empregos propagam inovaccedilotildees e

estimulam o crescimento da economia Satildeo muito mais do que somente fornecedores

de produtos e serviccedilos satildeo pessoas que assumem os riscos das oscilaccedilotildees

econocircmicas

Cabe acrescentar que o empreendedor revolucionaacuterio eacute aquele que inventa

novos mercados isto eacute a pessoa cria algo exclusivo como foi o caso do Bill Gattes

fundador da Microsoft que transformou o mundo com o sistema operacional Windows

Contudo grande parte dos empreendedores cria negoacutecios em mercados jaacute existentes

e mesmo assim criam negoacutecios de sucesso (DORNELAS 2012 p30)

Wildauer (2011 p26) conclui que ldquoo empreendedor necessita de uma estrutura

de pensamento sistecircmico e visionaacuterio com base no qual estabeleceraacute metas e

desenharaacute trajetoacuterias para alcanccedilaacute-lasrdquo

22 PLANO DE NEGOacuteCIOS

Para iniciar um empreendimento eacute fundamental fazer um plano de negoacutecios

com ele eacute possiacutevel verificar a viabilidade ou natildeo do empreendimento e definir onde

estamos para onde vamos e mostrar com mais clareza as oportunidades de negoacutecio

17

Do ponto de vista de Dornelas (2012 p 93) ldquoum negoacutecio bem planejado teraacute

mais chances de sucesso do que aquele sem planejamento na mesma igualdade de

condiccedilotildeesrdquo

Nessa mesma perspectiva Dolabela (2006 sn) afirma que vaacuterios

empreendedores bem sucedidos abriram seus empreendimentos sem compreender

pontualmente o que eacute um plano de negoacutecios Poreacutem muitos outros natildeo tiveram o

mesmo fim e o que conseguiram foram negoacutecios fracassados por conta de falhas que

poderiam ter sido evitadas Uma grande quantidade de negoacutecios que possuem um

alto potencial acabam se tornando impraticaacuteveis por conta da incapacidade dos

empreendedores Ainda assim muitas pessoas abrem e vatildeo continuar abrindo

negoacutecios capacitadas ou natildeo para isso

Wildauer (2011 p 39) define plano de negoacutecios como ldquoum documento em

forma de texto no qual eacute apresentada uma proposta de negoacutecio para um mercadordquo

Esse documento deve mostrar com clareza o ponto de vista do empreendedor sobre

o sucesso do seu produto ou serviccedilo no mercado atual

Chiavenato (2007 p132) acredita que

O plano de negoacutecio mdash business planmdash descreve a ideia de um novo empreendimento e projeta os aspectos mercadoloacutegicos operacionais e financeiros dos negoacutecios propostos geralmente para os proacuteximos trecircs ou cinco anos Seu preparo permite a anaacutelise da proposta e ajuda o futuro empreendedor a evitar uma trajetoacuteria decadente que o levaraacute do entusiasmo agrave desilusatildeo e ao fracasso

Eacute possiacutevel sintetizar o plano de negoacutecios como um documento em que o

empreendedor mostra de maneira formal e concreta o negoacutecio que quer idealizar e

expor para seus parceiros soacutecios e investidores apresentando a visatildeo a missatildeo e os

seus propoacutesitos assim como o ldquoplano operacional o plano de marketing o plano de

financeiro e o plano juriacutedicordquo desta forma facilitando a assimilaccedilatildeo e aceitaccedilatildeo do

negoacutecio pelas pessoas interessadas (WILDAUER 2011 p39)

Conforme mencionado por Chiavenato (2007 p 134) o plano de negoacutecios

mobiliza o novo empreendimento na sua totalidade Ele demonstra o levantamento

cansativo dos elementos que fazem parte do negoacutecio ldquosejam internos mdash o que deveraacute

ser produzido como onde quanto mdash sejam externos mdash para quem produzir qual eacute

o mercado quais satildeo os concorrentes etcrdquo

18

Com isso Wildauer (2011 p 45) conclui que ldquoo plano de negoacutecios eacute como um

guia uacutetil para a obtenccedilatildeo de conhecimentos para a concepccedilatildeo de um

empreendimentordquo

221 Estrutura do plano de negoacutecios

O plano de negoacutecios mobiliza todas as informaccedilotildees necessaacuterias para abrir um

negoacutecio por meio dele eacute possiacutevel detectar onde estou e para onde desejo ir dentro do

mercado

Conforme identificado por Dornelas (2012 p 101) ldquonatildeo existe uma estrutura

riacutegida e especiacutefica para se escrever um plano de negoacuteciosrdquo dado que cada negoacutecio

possui suas singularidades e equivalecircncias sendo improvaacutevel delimitar um modelo-

padratildeo de plano de negoacutecios que seja absoluto e adequado para todos os negoacutecios

Todos os planos de negoacutecios devem conter um miacutenimo de seccedilotildees que vatildeo possibilitar

uma compreensatildeo do negoacutecio como um todo Tais seccedilotildees satildeo alinhadas de maneira

que mantenham uma sequecircncia loacutegica que possibilite qualquer pessoa ler o plano e

compreender como a empresa eacute estruturada seus objetivos seus produtos seus

serviccedilos qual seu mercado seu plano financeiro e de marketing

A seguir encontra-se uma breve descriccedilatildeo de cada uma das seccedilotildees do Plano

de Negoacutecios

2211 Capa

Eacute um dos componentes fundamentais do plano de negoacutecios pois eacute a primeira

parte que eacute vista pela pessoa que vai ler deve ser desenvolvida de forma clara e com

os dados adequados (DORNELAS 2012 p 101)

19

2212 Sumaacuterio

O sumaacuterio deve incluir ldquoo tiacutetulo de cada seccedilatildeo do plano de negoacutecios e a paacutegina

respectiva onde se encontra bem como os principais assuntos relacionados em cada

seccedilatildeordquo Isso faz com que fique mais faacutecil o leitor do plano de negoacutecios identificar com

mais agilidade o que lhe interessar (DORNELAS 2012 p 101-102)

2213 Sumaacuterio executivo

O Sumaacuterio Executivo eacute a parte mais importante do plano de negoacutecios ele iraacute

definir se o leitor vai prosseguir ou natildeo com a leitura do plano de negoacutecios Dessa

forma deve ser redigido com bastante concentraccedilatildeo e revisado inuacutemeras vezes e

tambeacutem englobar as informaccedilotildees mais relevantes do plano de negoacutecios Deve ser

direcionado ao puacuteblico-alvo do plano de negoacutecios e deixar claro qual o objetivo do

mesmo em relaccedilatildeo agraves pessoas que estatildeo o lendo ldquoO Sumaacuterio Executivo deve ser a

uacuteltima seccedilatildeo a ser escrita pois depende de todas as outras seccedilotildees do plano para ser

elaboradardquo (DORNELAS 2012 p 102)

2214 Anaacutelise estrateacutegica

Nesta seccedilatildeo eacute determinada a direccedilatildeo que a empresa vai seguir ldquosua visatildeo e

missatildeo sua situaccedilatildeo atual as potencialidades e ameaccedilas externas suas forccedilas e

fraquezas seus objetivos e metas de negoacuteciordquo Essa parte eacute o alicerce para o

crescimento e o estabelecimento das outras accedilotildees redigidas no plano (DORNELAS

2012 p 102)

20

2215 Descriccedilatildeo da empresa

Eacute nessa seccedilatildeo que deve ser feita a descriccedilatildeo da empresa ldquoseu histoacuterico

crescimento faturamento dos uacuteltimos anos sua razatildeo social impostos estrutura

organizacional e legal localizaccedilatildeo parcerias serviccedilos terceirizados etcrdquo

(DORNELAS 2012 p 102)

2216 Produtos e serviccedilos

Nessa seccedilatildeo do plano de negoacutecios devem ser descritos os produtos e serviccedilos

da empresa a maneira que satildeo produzidos o capital disposto seu ciclo de vida os

elementos tecnoloacutegicos envolvidos pesquisa e desenvolvimento os seus clientes

marcas e patentes etc

Nessa seccedilatildeo pode ser incluiacuteda quando estaacute informaccedilatildeo encontra-se disponiacutevel uma visatildeo do niacutevel de satisfaccedilatildeo dos clientes com os produtos e serviccedilos da empresa Esse feedback eacute bastante importante porque costuma oferecer natildeo apenas uma visatildeo do niacutevel de qualidade percebida nos produtos e serviccedilos mas tambeacutem guiar futuros investimentos da empresa em novos desenvolvimentos e processos de produccedilatildeo (DORNELAS 2012 p 102-103)

2217 Plano operacional

Nesta seccedilatildeo devem ser expostas as accedilotildees que a empresa pretende ter na

sua estrateacutegia produtiva e no processo de produccedilatildeo apontando os resultados que

essas accedilotildees teratildeo sobre os criteacuterios de avaliaccedilatildeo dos produtos Deve incluir dados

operacionais atualizados e presumidos como ldquolead time do produto ou serviccedilo

percentual de entregas a tempo rotatividade do inventaacuterio iacutendice de refugo lead time

de desenvolvimento de produto ou serviccedilo etcrdquo (DORNELAS 2012 p 103)

21

2218 Plano de recursos humanos

Devem ser exibidas as propostas de desenvolvimento e treinamento de

pessoal da empresa Esses dados estatildeo pontualmente associados com a

competecircncia da empresa de crescer ldquoespecialmente quando esta atua em um

mercado onde a detenccedilatildeo de tecnologia eacute considerada um fator estrateacutegico de

competitividaderdquo (DORNELAS 2012 p 103)

2219 Anaacutelise de mercado

Nesta seccedilatildeo o responsaacutevel pelo plano de negoacutecios deve deixar claro que os

executivos da empresa entendem perfeitamente o mercado consumidor do seu

produto ou serviccedilo (atraveacutes de pesquisa de mercado) como estaacute segmentado

crescimento do mercado atributos do consumidor anaacutelise da concorrecircncia qual a sua

fatia de mercado e dos concorrentes etc (DORNELAS 2012 p 103)

22110 Estrateacutegia de marketing

Deve ser apresentado o objetivo da empresa para vender seu produtoserviccedilo

e consolidar seus clientes e ampliar sua demanda Deve ser informada sua estrateacutegia

de venda especificidades do produtoserviccedilo preccedilos puacuteblico-alvo canais de

distribuiccedilatildeo projeccedilatildeo das vendas (DORNELAS 2012 p 103)

22

22111 Plano financeiro

Na seccedilatildeo financeira deve mostrar em nuacutemeros todas as accedilotildees planejadas

para a empresa e suas evidecircncias por meio de projeccedilotildees futuras para um negoacutecio

bem sucedido

Deve conter demonstrativo de fluxo de caixa com horizonte de pelo menos trecircs anos balanccedilo patrimonial anaacutelise do ponto de equiliacutebrio necessidades de investimento demonstrativos de resultados anaacutelise de indicadores financeiros do negoacutecio como faturamento previsto margem prevista prazo de retorno sobre o investimento inicial (payback) taxa interna de retorno (TIR) etc (DORNELAS 2012 p 103-104)

22112 Anexos

Nesta seccedilatildeo deve incluir todos os dados considerados importantes para

melhor compreensatildeo do plano de negoacutecios O que natildeo pode ser deixado de anexar eacute

o curriculum vitae dos soacutecios da empresa (DORNELAS 2012 p 104)

23 VIABILIDADE ECONOcircMICO-FINANCEIRA

Analisar o empreendimento economicamente para verificar se o projeto eacute

viaacutevel e lucrativo ou natildeo eacute uma das decisotildees fundamentais de qualquer

empreendedor

A anaacutelise de investimento eacute um mecanismo aacutegil praacutetico e seguro que ajuda

profissionais de inuacutemeras aacutereas no processo de anaacutelise de tomada de decisotildees

financeiras (REBELATTO p 141)

Lapponi (2007 p 123) afirma que

O objetivo da decisatildeo de investimento ou do orccedilamento de capital eacute maximizar o valor da empresa A decisatildeo de alocaccedilatildeo do capital em projeto de investimento eacute fundamental para o sucesso pois os recursos da empresa

23

satildeo comprometidos por longo tempo na direccedilatildeo de seu futuro desejado e isso envolve um grande esforccedilo de tempo e de gerenciamento Cada projeto aprovado eacute um desembolso realizado pela empresa coma expectativa de obter benefiacutecios futuros quantificados pela geraccedilatildeo de um fluxo de retornos adequados em geral por um prazo maior do que um ano

A carecircncia de recursos financeiros diante das muitas necessidades faz com

que seja crucial aperfeiccediloar sua utilizaccedilatildeo A anaacutelise antecipada de investimento

possibilita que se racionalize a forma como os recursos de capital satildeo utilizados

(REBELATTO 2004 p 141)

Para analisar a viabilidade de um projeto economicamente eacute necessaacuterio reunir

uma seacuterie de informaccedilotildees e de dados que precisam ser organizados para atingir seu

objetivo final que eacute o de facilitar a tomada de decisatildeo Vale salientar que o projeto

deve ser um documento que tenha a capacidade de mostrar de uma maneira loacutegica a

visatildeo estrateacutegica do negoacutecio (MACHADO 2002 p 144)

231 Fluxo de caixa

O fluxo de caixa eacute o melhor guia para uma administraccedilatildeo financeira eficiente

de qualquer negoacutecio

O fluxo de caixa eacute a reproduccedilatildeo graacutefica de uma movimentaccedilatildeo financeira ldquoAs

movimentaccedilotildees monetaacuterias satildeo identificadas temporalmente por meio de um conjunto

de entradas e saiacutedas de caixa definido como diagrama de fluxo de caixardquo Essa

representaccedilatildeo proporciona a visualizaccedilatildeo em diferentes momentos com o que estaacute

ocorrendo com o capital (REBELATTO 2004 p 150)

ldquoA identificaccedilatildeo e a quantificaccedilatildeo das estimativas relevantes do projeto satildeo o

iniacutecio da construccedilatildeo do fluxo de caixa do projeto para empresa em funcionamentordquo

(LAPPONI 2007 p 347)

O fluxo de caixa eacute um composto de entradas e saiacutedas de valores monetaacuterios

(dinheiro) no decorrer de um determinado periacuteodo Bem como evidenciar uma opccedilatildeo

possiacutevel de transaccedilotildees financeiras ou seja pagamentos agrave vista pagamentos a prazo

tiacutetulos originais etc (REBELATTO 2004 p 151)

24

232 Valor Presente Liacutequido (VPL)

ldquoO Valor presente liacutequido (VPL) ou valor atual liacutequido (VAL) eacute o valor atual das

entradas de caixa (retornos de capital esperados) incluindo o valor residual (se

houver) menos o valor atual das saiacutedas de caixardquo (REBELATTO 2004 p 214)

A foacutermula para chegar ao VPL eacute (LAPPONI 2007 p 125)

119881119875119871 = minus119868 +119865119862

(1 + 119870)119899

Onde

I= custo inicial ou desembolso inicial

FC= fluxo de caixa

K= taxa requerida

n= prazo de anaacutelise

Rebelatto (2004 p214) afirma que os paracircmetros para que o projeto seja

aceito se refere ao valor presente liacutequido (VPL)

VPLgt0 o projeto eacute aceito

VPLlt0 o projeto eacute rejeitado

VPL=0 o projeto pode ser aceito ou natildeo pois natildeo cria e nem destroacutei

valor para empresa

Para Lapponi (2007 p 134-135) as principais vantagens do VPL satildeo

Considera o fluxo de caixa do projeto na sua totalidade

Considera o valor monetaacuterio (dinheiro) no tempo

Tem a capacidade de medir o valor criado ou destruiacutedo pelo projeto

Pode ser utilizado na avaliaccedilatildeo do projeto independentemente do tipo de

fluxo de caixa utilizado

Seleciona o projeto mais viaacutevel economicamente

25

233 Taxa Interna de Retorno (TIR)

ldquoTaxa Interna de Retorno (TIR) eacute a taxa de desconto que torna o valor atual

liacutequido (VAL) do investimento igual a zero Tambeacutem eacute chamada de taxa interna efetiva

de rentabilidaderdquo (REBELATTO 2004 p 217)

No projeto do tipo simples com o aumento da taxa requerida o VPL do projeto tende ao valor do custo inicial pois o VPL eacute uma funccedilatildeo decrescente da taxa requerida Portanto a decisatildeo com o meacutetodo TIR somente deve ser feita em projetos simples que garantem a existecircncia de uma uacutenica TIRgt -100 Nos outros tipos de fluxo de caixa em geral o meacutetodo da TIR natildeo deve ser utilizado pois haacute a possibilidade de muacuteltiplas TIRs Sendo a TIR a taxa de juro que zera o VPL do projeto simples para qualquer taxa requerida K menor que a TIR o VPL seraacute positivo e para qualquer taxa requerida K maior que a TIR o VPL seraacute negativo (LAPPONI 2007 p 175-176)

Rebelatto (2004 p 217) complementa afirmando que a TIR eacute um meacutetodo

aprimorado de anaacutelise de investimento sendo possivelmente uma das mais usadas

para avaliar projetos econocircmicos A TIR deve ser comparada com a taxa miacutenima de

atratividade (TMA) para analisar se o projeto seraacute aceito ou natildeo

Sendo assim Lapponi (2007 p 176) considera que

Se TIR gt TMA o projeto deve ser aceito pois eacute economicamente viaacutevel

Se TIR lt TMA o projeto deve ser recusado pois eacute economicamente

inviaacutevel

Se TIR = TMA eacute indiferente investir no projeto pois o mesmo natildeo criaraacute

e nem destruiraacute valor da empresa

ldquoA grande vantagem da TIR como indicador de decisatildeo eacute que prescinde de

informaccedilotildees externas ao projeto Tudo que o analista necessita eacute conhecer o perfil do

projeto e alguma ideia de magnitude da taxa de jurosrdquo (MACHADO 2002 p 127)

26

234 Periacuteodo de retorno de investimento (Payback)

ldquoO payback eacute o periacuteodo de tempo em que ocorre o retorno do investimento

Calculado no fluxo de caixa de vida uacutetil de dez anos o payback apresenta-se de vaacuterias

maneiras para cada tipo de empresardquo (BRITO 2003 p 51)

Uma empresa pode nomear o payback como um dos paracircmetros para escolha

de um projeto a fim de minimizar seus riscos Mesmo sendo esse um meacutetodo faacutecil e

simples na praacutetica eacute um dos mais utilizados para efetuar a mediccedilatildeo econocircmica de um

projeto (REBELATTO 2004 p 230)

Segundo Rebelatto (2004 p 231) a foacutermula baacutesica que demonstra o caacutelculo

do payback em fluxos de caixas regulares eacute

PB =I0

FC

Onde

PB= Payback

I0= Investimento inicial

FC= Fluxo de caixa regular

Para executar o meacutetodo payback eacute crucial estabelecer o tempo maacuteximo de

toleracircncia TMT para resgatar o custo inicial ldquoPara decidir se o projeto deve ser aceito

o payback deve ser comparado com o valor de referecircncia TMT de forma querdquo

(LAPPONI 2007 p 245)

Se PB lt TMT o projeto deve ser aceito

Se PB gt TMT o projeto deve ser recusado

A principal vantagem para utilizaccedilatildeo do meacutetodo payback eacute que ele reflete a

liquidez do projeto e por consequecircncia eacute possiacutevel efetuar a avaliaccedilatildeo do risco de natildeo

recuperar o investimento (REBELATTO 2004 p 230)

27

3 METODOLOGIA

Este capiacutetulo tem por objetivo descrever os procedimentos e teacutecnicas

utilizados na pesquisa considerando o problema e aos objetivos gerais e especiacuteficos

Para a execuccedilatildeo da revisatildeo bibliograacutefica realizada neste estudo foi utilizado

livros de especialistas na aacuterea os principais temas abordados foram o

empreendedorismo que eacute um assunto chave quando surge uma ideia para um novo

negoacutecio plano de negoacutecios que eacute um elemento fundamental para o sucesso ou

fracasso de um empreendimento e a viabilidade econocircmico-financeira tema

fundamental visto que o objetivo geral da pesquisa eacute mensurar se a mesma eacute viaacutevel

ou natildeo economicamente

Foi elaborada uma anaacutelise de mercado que estaacute disponiacutevel no item 41 deste

estudo atraveacutes da mesma foi identificado que os principais clientes satildeo das classes

A e B de Curitiba regiatildeo metropolitana no item 42 foi efetuado um levantamento do

tamanho do negoacutecio onde foi definida a capacidade produtiva o investimento inicial e

a localizaccedilatildeo do empreendimento no item 44foi elaborado o fluxo de caixa que

demonstra as previsotildees financeiras do periacuteodo de 5 anos o meacutetodo utilizado para

elaborar a pesquisa foi um estudo de caso de natureza exploratoacuteria quantitativa e

anaacutelise documental

O estudo de caso eacute evidenciado por um estudo minucioso e cansativo de um

ou poucos objetivos desta forma propicia um vasto e detalhado conhecimento sobre

o assunto uma missatildeo praticamente impossiacutevel mediante as outras maneiras de

delineamentos consideradas (GIL 2008 p 57-58)

Prodanov e Freitas (2013 p60) afirmam que o estudo de caso consiste em

recolher e analisar dados sobre determinado indiviacuteduo famiacutelia grupo ou comunidade

com a finalidade de estudar diferentes aspectos das suas vidas conforme o assunto

da pesquisa

Jaacute as pesquisas exploratoacuterias satildeo definidas por Gil (2008 p 27) como as que

Tecircm como principal finalidade desenvolver esclarecer e modificar conceitos e ideias tendo em vista a formulaccedilatildeo de problemas mais precisos ou hipoacuteteses pesquisaacuteveis para estudos posteriores De todos os tipos de pesquisa estas satildeo as que apresentam menor rigidez no planejamento Habitualmente envolvem levantamento bibliograacutefico e documental entrevistas natildeo padronizadas e estudos de caso

28

A pesquisa quantitativa ldquoconsidera que tudo pode ser quantificaacutevel o que

significa traduzir em nuacutemeros opiniotildees e informaccedilotildees para classificaacute-las e analisaacute-lasrdquo

Eacute necessaacuteria a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas estatiacutesticas tais como porcentagem meacutedia

moda desvio-padratildeo coeficiente de correlaccedilatildeo etc (PRODANOV FREITAS 2013

p 69)

Muitos dados que satildeo utilizados em pesquisas satildeo adquiridos indiretamente

por meio de documentosrdquo como livros jornais papeacuteis oficiais registros estatiacutesticos

fotos discos filmes e viacutedeos que satildeo obtidos de maneira indiretardquo Essas fontes

documentais tecircm a capacidade de disponibilizar ao pesquisador um grande nuacutemero

de informaccedilotildees com bastante qualidade para evitar a perda de tempo (GIL 2008 p

147)

Este modelo de pesquisa foi utilizado para definir os principais clientes quais

os produtos que seratildeo vendidos a capacidade produtiva assim como a viabilidade

econocircmico-financeira e operacional do negoacutecio

29

4 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES

41 ANAacuteLISE DE MERCADO

Woiler e Mathias (1994 p41) e Rebelatto (2004 p01) afirmam que a anaacutelise

de mercado eacute um dos pontos mais relevantes para elaboraccedilatildeo de um projeto Atraveacutes

do estudo do mercado obtemos muitas informaccedilotildees tais como

Fazendo a comparaccedilatildeo entre demanda e a oferta encontramos a

possiacutevel escassez da demanda futura Esse resultado proporcionaraacute

informaccedilotildees para que seja definida a escala de produccedilatildeo do projeto

A regiatildeo geograacutefica em que o produto pode ser vendido eacute um dos pontos

mais significativos para que seja definida a localizaccedilatildeo do empreendimento

O preccedilo de venda os custos de comercializaccedilatildeo e os estoques nos

canais de comercializaccedilatildeo satildeo informaccedilotildees relevantes para que seja

elaborada a projeccedilatildeo do projeto

Vale salientar que esses satildeo apenas alguns elementos importantes que eacute

possiacutevel identificar na anaacutelise de mercado existe muitos outros dados que satildeo obtidos

com a mesma

411 Mercado consumidor

ldquoTodas as decisotildees relacionadas a novos empreendimentos contecircm certo

grau de incerteza tanto no que diz respeito agrave informaccedilatildeo na qual as decisotildees estatildeo

baseadas como no que diz respeito agraves suas consequecircnciasrdquo (SEBRAE)

Chiavenato acredita que os clientes tecircm a capacidade de alavancar ou

derrubar um empreendimento ldquoUm cliente pode ser uma organizaccedilatildeo uma empresa

um usuaacuterio dos produtosserviccedilos ou um consumidor finalrdquo Eacute quem adquiri os

produtosserviccedilos ofertados pela organizaccedilatildeo no final da cadeia de transaccedilotildees Eacute ele

que estabelece direta ou indiretamente se o empreendimento teraacute ecircxito ou natildeo Por

30

isso o cliente deve ser considerado como o principal patrimocircnio da empresa (2007

p 207)

Segundo dados do censo 2010 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e

estatiacutestica) dos 576190 (quinhentos e setenta e seis mil cento e noventa) domiciacutelios

de Curitiba 292965 (duzentos e noventa e dois mil novecentos e sessenta e cinco)

possuem renda de mais de 5 a mais de 20 salaacuterios miacutenimos sendo assim cerca de

5085 dos domiciacutelios curitibanos estatildeo enquadrados nas classes A e B Ainda

segundo o IBGE cerca de 137922 (cento e trinta e sete mil novecentos e vinte e dois)

domiciacutelios curitibanos tecircm renda de mais de 10 salaacuterios miacutenimos o que representa

uma meacutedia de 24 dos domiciacutelios de Curitiba

Mais de 249000 (duzentos e quarenta e nove mil) pessoas que residem em

Curitiba cerca de 1423 da populaccedilatildeo tem rendimento mensal de mais de 5 salaacuterios

miacutenimos conforme Tabela 1

TABELA 1 - RESULTADOS DA AMOSTRA - RENDIMENTO POR PESSOA EM CURITIBA

Quantidade de pessoas Salaacuterios miacutenimos

153011 Mais de 5 a 10 salaacuterios miacutenimos

38692 Mais de 10 a 15 salaacuterios miacutenimos

25427 Mais de 15 a 20 salaacuterios miacutenimos

18264 Mais de 20 a 30 salaacuterios miacutenimos

13791 Mais de 30 salaacuterios miacutenimos

FONTE IBGE - CENSO DEMOGRAacuteFICO 2010

Curitiba possui uma populaccedilatildeo de mais de 1750000 (um milhatildeo setecentos

e cinquenta mil habitantes) segundo censo IBGE 2010 sendo que 932000

(novecentos e trinta e dois mil) pessoas com o estado civil de solteiro viuacutevo

divorciado separado judicialmentedesquitado isso mostra que tem muitas pessoas

que podem fazer festas de casamento e necessitar dos produtos que seratildeo ofertados

tais como bolos artiacutesticos doces finos e bem casados

Segundo as estatiacutesticas do registro civil do IBGE ocorreram em Curitiba e

regiatildeo metropolitana no ano 2012 exatamente 18877 (dezoito mil oitocentos e setenta

e sete) casamentos sendo que nos meses de setembro a dezembro foi onde ocorreu

um maior nuacutemero um total de 7828 (sete mil oitocentos e vinte e oito) casamentos o

que representa um total de 4147 dos casamentos ocorrem nesses quatro meses

do ano

31

TABELA 2 - CASAMENTOS POR MEcircS DE REGISTRO SEGUNDO O LUGAR DO REGISTRO ndash 2012

Lugar do registro

Casamentos por mecircs do registro

Total de

registros Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

RM Curitiba 18877 1466 1250 1572 1282 1403 1533 1248 1255 1735 1753 2118 2262

Curitiba 10351 848 692 857 692 724 872 658 658 971 968 1237 1174

FONTE IBGE DIRETORIA DE PESQUISAS COORDENACcedilAtildeO DE POPULACcedilAtildeO E INDICADORES SOCIAIS ESTATIacuteSTICAS DO REGISTRO CIVIL 2012

Nessa perspectiva foi definido que o mercado que a empresa de bolos e doces

finos vai atuar eacute de Curitiba e regiatildeo metropolitana com foco nas pessoas das classes

A e B com estado civil solteiro divorciado separado judicialmentedesquitado e viuacutevo

412 Produtos que seratildeo vendidos

ldquoNo coraccedilatildeo de uma grande marca haacute um grande produto O produto-chave

na oferta ao mercado Liacutederes de mercado geralmente oferecem produtos e serviccedilos

de qualidade superiorrdquo (KOTLER KELLER 2006 p 366)

Os principais produtos fornecidos seratildeo

Bolos artiacutesticos

FOTO1 - BOLO ARTIacuteSTICO FONTE WANDA CARDOSO - BOLOS ARTIacuteSTICOS amp DOCES

32

Bolos de copa

FOTO2 - BOLO DE COPA FONTE ELABORADO PELO AUTOR

FOTO3 - BOLO DE COPA FONTE ELABORADO PELO AUTOR

Naked cake

FOTO4 - NAKED CAKE FONTE DOCES PENEacuteLOPE

33

Doces Tradicionais

FOTO5 - DOCES TRADICIONAIS FONTE ELABORADO PELO AUTOR

Doces Espelhados

FOTO6 - DOCES ESPELHADOS FONTE PRONTO SOCORRO DAS FESTAS

Doces Finos

FOTO 7 - DOCES FINOS FONTE COMPRANDO MEU APE

34

Brigadeiros gourmet

FOTO8 - BRIGADEIROS GOURMET FONTE ELABORADO PELO AUTOR

Tacinhas acriacutelicas

FOTO9 - TACINHAS ACRIacuteLICAS FONTE BUFFET DELIacuteCIAS DA VI

Trufas

FOTO 10 - TRUFAS FONTE FOGAtildeO DA VOVOacute

35

Bombons

FOTO11 - BOMBONS FONTE DALVA GOLDEN GATE

Bem casados

FOTO12 - BEM CASADOS FONTE CASAMENTO SEM ERRO

FOTO13 - BEM CASADOS FONTE CASAMENTO SEM ERRO

36

413 Preccedilo de venda

A definiccedilatildeo do preccedilo dos produtos eacute uma das decisotildees mais relevantes da

organizaccedilatildeo que deve levar em conta a forma como a empresa deseja se posicionar

no mercado os custos a concorrecircncia e a rentabilidade almejada

O preccedilo eacute um dos elementos mais versaacuteteis pode ser modificado rapidamente

ao contraacuterio das propriedades dos produtos dos contratos com canais de distribuiccedilatildeo

e ateacute mesmo das promoccedilotildees O Preccedilo tem tambeacutem a tarefa de mostrar ao mercado o

posicionamento de valor desejado pela empresa para o seu produto ou marca

(KOTLER KELLER 2006 p 428)

A consolidaccedilatildeo dos preccedilos dos produtos seraacute elaborada levando em conta os

custos para se obter os produtos com a qualidade requinte e sofisticaccedilatildeo desejada

com a margem de lucro esperada e se baseando nos preccedilos praticados pela

concorrecircncia

414 Previsatildeo de vendas

Para Chiavenato (2007 p 2013)

A previsatildeo de vendas representa a quantidade de produtosserviccedilos que a empresa pretende vender ou colocar no mercado durante um determinado periacuteodo geralmente um mecircs ou um ano dividido em meses Constitui portanto uma estimativa ou uma expectativa de vendas Pode ser feita em unidades fiacutesicas ou em valores monetaacuterios

A produccedilatildeo vai ser em meacutedia de 5600 doces (doces finos gourmet e bem

casados) e 4 bolos procurando atender em meacutedia 4 eventos por semana e ateacute 16

eventos por mecircs sendo que nos meses de setembro a dezembro essa demanda

aumenta pelo motivo de historicamente ter um nuacutemero maior de casamentos

37

415 Definiccedilatildeo de local de venda dos produtos

ldquoA venda eacute a fase fundamental do processo de vendas Consiste na

transferecircncia do produtoserviccedilo para o cliente ou consumidorrdquo (CHIAVENATO 2007

p 210)

As vendas vatildeo ocorrer atraveacutes de site proacuteprio redes sociais telefone e

pessoalmente natildeo teremos loja fiacutesica apenas um ateliecirc para confecccedilatildeo dos bolos e

doces onde vai conter uma sala anexa na qual vai ser oferecido o serviccedilo de

degustaccedilatildeo com horaacuterios marcados para assim o cliente decidir quais os produtos

seratildeo adquiridos para o seu evento e fechamento de contrato

416 Definiccedilatildeo da demanda e da oferta

Na maior parte das encomendas os clientes solicitam os doces finos e

gourmet que contecircm chocolates frutas oleaginosas tais como castanhas nozes

avelatildes amecircndoas frutas como framboesa morango damasco cerejas e os bem

casados Os bolos mais solicitados satildeo os com decoraccedilatildeo de pasta americana que

deve obrigatoriamente ter recheios mais firmes como ganaches fios de ovos

strogonoff de nozes e os naked cake (bolo pelado) que possuem mais opccedilotildees de

recheios com chocolates frutas diversas e cremes de pacirctisserie

Em contato com algumas empresas que fornecem o mesmo tipo de produto

foi possiacutevel verificar que as encomendas devem ser feitas com antecedecircncia miacutenima

de 6 meses sendo que alguns casos somente com um ano de antecedecircncia para

conseguir na data desejada Esse eacute um dos pontos que mostra que tem espaccedilo

suficiente para entrada nesse mercado

38

417 Concorrentes

Chiavenato (2007 p 33) Kotler e Keller (2006 p 340) afirmam que os

concorrentes satildeo as organizaccedilotildees que competem pelos mesmos fornecedores

clientes e consumidores

ldquoAgrave medida que seus produtosserviccedilos tornam-se mais heterogecircneos tanto

mais heterogecircneos e diferenciados seratildeo seus concorrentes e tanto mais complexa

seraacute a competitividaderdquo (CHIAVENATO 2007 p 33)

Em busca na internet foi possiacutevel identificar que atualmente existe em meacutedia

25 concorrentes reais que oferecem exatamente os mesmos produtos que seratildeo

fornecidos com o mesmo padratildeo de qualidade valor agregado requinte e

sofisticaccedilatildeo Tambeacutem foi detectado mais 14 concorrentes potenciais que vendem

produtos similares aos que seratildeo vendidos poreacutem natildeo possuem o mesmo valor

agregado dos que vatildeo ser ofertados Foi possiacutevel identificar que alguns concorrentes

oferecem somente os doces finos dos quais foram identificados mais 3 concorrentes

reais e 3 concorrentes potenciais E foi detectado que existem concorrentes que

fornecem apenas os bolos artiacutesticos dos quais foi identificado 4 concorrentes reais

todos fornecem os bolos com o mesmo niacutevel de qualidade que seratildeo fornecidos

A tabela 3 mostra a divisatildeo dos concorrentes reais e potenciais que fornecem

bolos e doces por bairro de Curitiba

39

TABELA 3 - CONCORRENTES QUE FORNECEM BOLOS E DOCES POR BAIRRO

Bairro Quantidade de Concorrentes Reais

Quantidade de Concorrentes Potenciais

Aacutegua Verde 4 1

Ahuacute 1

Bairro Alto 2 1

Barreirinha 1

Barreirinha 1

Bom Retiro 1

Campo Comprido 1

Campo Comprido 1

Cidade Industrial 1

Colombo 1

Fazenda Rio Grande 1

Hauer 1

Hugo Lange 1

Mercecircs 1

Novo Mundo 2 1

Novo Mundo 1

Portatildeo 1

Portatildeo 1

Santa Cacircndida 1

Santa Felicidade 1 1

Santo Inaacutecio 1 1

Satildeo Joseacute dos Pinhais 1

Seminaacuterio 1

Sitio Cercado 1

Tarumatilde 1

Vila Izabel 1

Natildeo Informado 1 2

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

418 Forma de divulgaccedilatildeo dos concorrentes

Todas as empresas pesquisadas que fornecem produtos similares aos que

vamos fornecer utilizam sites proacuteprios e as redes sociais para fazer divulgaccedilatildeo dos

seus produtos todas fazem degustaccedilatildeo para os clientes conhecerem os seus

produtos e posteriormente fechar um contrato

40

42 TAMANHO DO NEGOacuteCIO

421 Capacidade produtiva

A capacidade produtiva vai ser para atender ateacute 4 eventos por semana A

produccedilatildeo vai ser de ateacute 5600 doces (doces finos gourmet e bem casados) e 4 bolos

atendendo ateacute 4 eventos por final de semana e ateacute 16 eventos por mecircs sendo que

nos meses de setembro a dezembro essa demanda aumenta pelo motivo de

historicamente ter um nuacutemero maior de casamentos

422 Investimento

Um dos pontos mais relevantes para abertura de uma empresa eacute a

determinaccedilatildeo do capital miacutenimo para dar iniacutecio nas atividades e principalmente como

obter este capital ldquoEacute com o capital inicial que a empresa tem condiccedilotildees de reunir os

recursos empresariais necessaacuterios ao seu funcionamento sejam eles recursos

humanos materiais ou financeirosrdquo A determinaccedilatildeo do capital eacute o que estabelece a

quantidade de recursos empresariais que a empresa tem disponiacutevel Indiscutivelmente

quanto maior for o volume de recursos empresariais mais faacutecil se torna o desempenho

da empresa Quando todos os recursos necessaacuterios para seu funcionamento estatildeo agrave

disposiccedilatildeo a administraccedilatildeo do empreendimento fica mais simples (CHIAVENATO

2007 p84)

Cabe acrescentar que (LAPPONI 2007 p 321)

O custo inicial refere-se aos desembolsos realizados para aquisiccedilatildeo de equipamentos ou outros ativos fixos incluindo o pagamento de fretes seguros instalaccedilotildees despesas operacionais iniciais com materiais e matildeo de obra treinamento de pessoal de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo etc resumindo o custo inicial inclui todos os desembolsos necessaacuterios para adquirir os ativos necessaacuterios e que estejam em condiccedilotildees de operar e gerar as receitas estimadas

41

O empreendimento iniciaraacute suas atividades com capital investido com

recursos proacuteprios da empreendedora

As estimativas de investimento inicial para abertura da empresa foi de

R$5162851 conforme tabela 4

TABELA 4 - INVESTIMENTO INICIAL

Descriccedilatildeo Valor (R$)

Maacutequinas e equipamentos Cozinha R$ 3084878

Utensiacutelios R$ 555075

Moacuteveis para escritoacuterio R$ 268982

Equipamentos de informaacutetica e eletrocircnicos R$ 446204

Outros custos escritoacuterio R$ 48912

Uniformes R$ 155800

Pintura Imoacutevel R$ 500000

Porta de Vidro R$ 103000

Total R$ 5162851

FONTE ELABORADO PELO AUTOR (2015)

423 Localizaccedilatildeo

Seraacute locado um imoacutevel para a instalaccedilatildeo da empresa localizado na Rua Heitor

Baggio Vidal 2508 Bairro Alto Curitiba ndash PR com o valor do aluguel mensal de

R$160000 (mil e seiscentos reais) O espaccedilo interno de 95msup2 seraacute dividido em trecircs

partes a primeira com 20msup2 vai ficar a recepccedilatildeo para receber os clientes efetuar

orccedilamentos e as degustaccedilotildees a segunda com 71msup2 a cozinha industrial onde seratildeo

fabricados os bolos e doces finos e a terceira com 4msup2 o lavabo

42

FOTO14 - FOTO DO IMOacuteVEL ONDE SERAacute INSTALADA A EMPRESA FONTE MP IMOacuteVEIS

424 Entregas

As entregas dos bolos e doces finos seratildeo efetuadas por uma empresa

parceira localizada no Bairro Alto o preccedilo das entregas em Curitiba e regiatildeo

metropolitana variam de R$2400 (vinte e quatro reais) a R$6000 (sessenta reais)

dependendo da localizaccedilatildeo tais valores seratildeo cobrados dos clientes

43 CAPITAL DE GIRO

O capital de giro inicial foi estimado levando em conta que no primeiro ano a

empresa vai produzir 8333 da sua capacidade atendendo em meacutedia 13 ventos

mensalmente sendo assim foram considerados os gastos operacionais necessaacuterios

para o iniacutecio das atividades incluindo o custo fixo mensal e o estoque inicial ambos

multiplicados por 2 e acrescidos de um percentual de 10 de margem de seguranccedila

para despesas natildeo previstas

43

TABELA 5 - CAPITAL DE GIRO

Item Valor (R$)

Estoque Inicial 5144000

Custo Fixo Mensal 3194783

Reserva (10) 833878

Total do Capital de Giro Inicial 9172662

FONTE ELABORDO PELO AUTOR

44 FLUXO DE CAIXA

ldquoFluxo de Caixa eacute um Instrumento de gestatildeo financeira que projeta para

periacuteodos futuros todas as entradas e as saiacutedas de recursos financeiros da empresa

indicando como seraacute o saldo de caixa para o periacuteodo projetadordquo (SEBRAE)

Na tabela 6 eacute apresentada a projeccedilatildeo do Fluxo de Caixa da empresa para os

seus primeiros cinco anos onde fica evidenciado que do primeiro ateacute o quinto ano a

sauacutede financeira da empresa melhora gradativamente sendo que no final do quinto

ano o saldo em caixa ultrapassa os 300 se comparado com o saldo em caixa no

final do primeiro ano

Pode-se observar que natildeo foi inserida no fluxo de caixa a opccedilatildeo de

inadimplecircncia pois todos os pagamentos seratildeo efetuados agrave vista em dinheiro ou

cartatildeo sendo que o pagamento total dos produtos deve ser efetuado no miacutenimo 10

dias antes da data do evento

44

TABELA 6 - PROJECcedilAtildeO DE FLUXO DE CAIXA NOS PRIMEIROS CINCO ANOS

Descriccedilatildeo Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

Investimento Inicial (5162851)

Capital de Giro (9172662) 9172662

Valor Residual 1548855

Total de entradas 000 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873

Previsatildeo Receitas de vendas 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873

Total de Saiacutedas (14335513) (44888699) (54283425) (59479393) (64738409) (70291804)

(-)Fornecedores (25720000) (33641760) (36669518) (39969775) (43567055)

(-)Folha de pagamento (3267192) (3593911) (3953302) (4348633) (4783496)

(-)Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)

(963216) (1011377) (1061946) (1115043) (1170795)

(-)Retiradas soacutecios (2400000) (2640000) (3432000) (3946800) (4341480)

(-)Impostos s vendas (4654291) (5073177) (5573767) (6075406) (6622192)

(-)Alugueacuteis (1920000) (2016000) (2116800) (2222640) (2333772)

(-)Energia eleacutetrica (840000) (882000) (926100) (972405) (1021025)

(-)Aacutegua (300000) (315000) (330750) (347288) (364652)

(-)Telefone (384000) (403200) (423360) (444528) (466754)

(-)Gaacutes (588000) (617400) (648270) (680684) (714718)

(-)Serviccedilos contabilidade (960000) (1008000) (1058400) (1111320) (1166886)

(-)Manutenccedilatildeo (600000) (630000) (661500) (694575) (729304)

(-)Outras despesas com funcionaacuterios

(1296000) (1405800) (1525590) (1656320) (1799030)

(-)Taxas bancaacuterias (96000) (100800) (105840) (111132) (116689)

(-)Outros pagamentos (900000) (945000) (992250) (1041863) (1093956)

Entradas - Saiacutedas (14335513) 12981301 21410535 23027023 25193585 27734070

Depreciaccedilatildeo 000 (631377) (631377) (631377) (631377) (631377)

Saldo Final (14335513) 12349924 20779158 22395647 24562208 37824209

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

A depreciaccedilatildeo foi calculada considerando o prazo de vida uacutetil meacutedio de 10

anos das maacutequinas equipamentos instalaccedilotildees moacuteveis e utensiacutelios e para os

computadores e perifeacutericos foi considerado o prazo de vida uacutetil de 5 anos conforme

demonstrado na tabela 7

TABELA 7 - DEPRECIACcedilAtildeO

Item Valor Inicial Taxa Anual Depreciaccedilatildeo Anual (R$)

Maacutequinas e equipamentos 3084878 10 308488

Instalaccedilotildees 103000 10 10300

Moacuteveis e Utensiacutelios 824057 10 82406

Computadores e Perifeacutericos 446204 20 89241

Outros 704712 20 140942

Total 631377

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

45

O valor residual dos equipamentos e instalaccedilotildees da empresa no final do quinto

ano foi considerado em 30 referente ao valor de aquisiccedilatildeo dos mesmos no iniacutecio do

projeto

45 ANAacuteLISE DOS INDICADORES (VPL TIR E PAYBACK)

451 Valor Presente Liacutequido (VPL)

A tabela 8 mostra que o VPL (Valor Presente Liacutequido) eacute positivo isso significa

que aleacutem de recuperar o investimento inicial ainda vai ser agregado ao valor da

empresa um montante de R$ R$50392407 (quinhentos e trecircs mil novecentos e vinte

quatro reais e sete centavos)

A taxa de retorno requerida de 20 foi determinada levando em conta o niacutevel

de risco do projeto e visando o valor desejado para se obter em cima do valor

investido

TABELA 8 - CALCULO DO VALOR PRESENTE LIacuteQUIDO (VPL)

Anos FC k 2000

0 -$143355 VPL $50392407

1 $123499 VPL $50392407

2 $207792 VPL $50392407

3 $223956 VPL $21761126

4 $245622 VPL $21761126

5 $378242 Decisatildeo Aceitar o Projeto

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

452 Taxa Interna de Retorno (TIR)

Conforme a tabela 9 eacute possiacutevel verificar que a TIR (Taxa Interna de Retorno)

eacute de 11593 maior que a taxa requerida de 20 isso significa que custo inicial seraacute

46

recuperado e o projeto vai criar valor para empresa mais um resultado favoraacutevel para

a aceitaccedilatildeo do projeto

TABELA 9 - TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR)

Anos FC

0 -$143355 TIR 11593

1 $123499 TIR 2168

2 $207792 TIR 2168

3 $223956 Decisatildeo

4 $245622 k 2000

5 $378242 Aceitar o projeto

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

453 Payback

O tempo de recuperaccedilatildeo do custo inicial ocorre normalmente entre o quarto e

o quinto ano se for feita a anaacutelise da tabela 10 eacute possiacutevel verificar que o tempo

necessaacuterio para o retorno do investimento (payback) do projeto eacute de 128 anos este

indicador mostra claramente que o projeto deve ser aceito pois o tempo de retorno

estaacute bem abaixo do tempo meacutedio dos empreendimentos como um todo

TABELA 10 - PAYBACK

k 20

Anos FC SPresente

0 -$143355 -$143355 PBD-SP = 128

1 $123499 -$40439 128

2 $207792 $103861

3 $223956 $233465

4 $245622 $351917

5 $378242 $503924

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

47

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Para iniciar um negoacutecio requer muito mais do que apenas o espiacuterito

empreendedor eacute necessaacuterio ter lideranccedila conhecimento sobre o mercado que deseja

atuar organizaccedilatildeo e principalmente planejamento

O principal objetivo desse estudo foi analisar a viabilidade econocircmico-

financeira da abertura de uma empresa de bolos e doces finos no Bairro Alto em

Curitiba

O objetivo apresentado nesta pesquisa foi atingido pois todos os indicadores

analisados mostram com clareza que empresa obteacutem resultados positivos que criam

valor para a mesma e com isso o projeto eacute viaacutevel economicamente pois do primeiro

ao quinto ano fica visiacutevel o crescimento do empreendimento e a melhora significativa

da sua sauacutede financeira isso fica evidenciado no saldo final em caixa no quinto ano

que chega proacuteximo haacute 400 mil reais Apesar disso eacute crucial o acompanhamento do

mercado para seguir as tendecircncias e se atualizar constantemente para tomar

decisotildees mais assertivas

Um negoacutecio mal avaliado pode arruinar a estabilidade econocircmica do

investidor por isso eacute de extrema importacircncia fazer todos os levantamentos de custos

antes de se aventurar em qualquer empreendimento

Eacute possiacutevel comprovar que a pesquisa realizada contribui positivamente para

abertura da empresa No entanto as informaccedilotildees aqui presentes natildeo satildeo estaacuteticas e

devem ser revisadas periodicamente e se preciso ateacute mesmo ampliadas no decorrer

da implantaccedilatildeo do projeto para que o mesmo seja uma ferramenta eficiente e eficaz

no desenvolvimento da empresa como um todo

48

REFEREcircNCIAS

BRITO Paulo Anaacutelise e viabilidade de projetos de investimento Satildeo Paulo Atlas 2003 DOLABELA Fernando O segredo de Luiacutesa 30 ed Satildeo Paulo Editora de Cultura 2006 DORNELAS Joseacute Carlos Assis Empreendedorismo transformando ideias em negoacutecios 4 ed Rio de Janeiro Campus Elsevier 2012 CENSO Demograacutefico 2010 Resultados gerais da amostra Curitiba IBGE 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=410690ampidtema=87ampsearch=parana|curitiba|censo-demografico-2010-resultados-gerais-da-amostra-gt Acesso em 21 de Junho de 2015 CHIAVENATO Idalberto Empreendedorismo dando asas ao espiacuterito empreendedor empreendedorismo e a viabilidade de novas empresas um guia eficiente para iniciar e tocar seu proacuteprio negoacutecio 2 ed Satildeo Paulo Saraiva 2007 ESTATIacuteSTICAS do registro civil 2012 Curitiba IBGE 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaoregistrocivil2012default_xlsshtmgt Acesso em 21 de Junho de 2015 GIL Antonio Carlos Meacutetodos e teacutecnicas de pesquisa social 6 ed Satildeo Paulo Atlas 2008 KOTLER Philip KELLER Kevin Lane Administraccedilatildeo de Marketing 12 ed Satildeo Paulo ABDR 2006 LAPPONI Juan Carlos Projetos de Investimento na Empresa Rio de Janeiro Elsevier 2007 MACHADO Jesseacute Anderson Pinto Projetos Econocircmicos uma abordagem praacutetica de elaboraccedilatildeo Satildeo Paulo Nobel 2002 MICHEL Maria Helena Metodologia e pesquisa cientiacutefica em ciecircncias sociais 2 ed Satildeo Paulo Atlas 2009 OLIVEIRA Djalma de Pinho Rebouccedilas de Planejamento estrateacutegico conceitos metodologia e praacuteticas 20 ed Satildeo Paulo Atlas 2004 PRODANOV Cleber Cristiano ERNANI Cesar de Freitas Metodologia do trabalho cientiacutefico meacutetodo e teacutecnicas da pesquisa e do trabalho acadecircmico 2 ed Novo Hamburgo Freevale 2013

49

REBELATTO Dayse Projeto de Investimento 1 ed Barueri Manole 2004 SEBRAE Pesquisa de Mercado o que eacute e para que serve Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrsitesPortalSebraeartigosPesquisa-de-mercado-o-que-C3A9-e-para-que-servegt Acesso em 21 de Junho de 2015 SEBRAE Fluxo de caixa Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrSebraePortal20SebraeAnexos0_fluxo-de-caixapdfgt Acesso em 10 de Outubro de 2015 WILDAUER Egon Walter Plano de negoacutecios elementos construtivos e processos de elaboraccedilatildeo 2 ed Curitiba Ibpex 2011 WOILER Samsatildeo MATHIAS Washington Franco Projetos planejamento elaboraccedilatildeo anaacutelise 1 ed Satildeo Paulo Atlas 1994

50

APEcircNDICES

APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL 51

APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS 52

APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL 52

51

APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL

Item Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

Aacutegua 25000 26250 27563 28941 30388

Aluguel 160000 168000 176400 185220 194481

Assessoria Contaacutebil 80000 84000 88200 92610 97241

Gaacutes 49000 51450 54023 56724 59560

Impostos 387858 422765 464481 506284 551849

Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)

80268 84281 88495 92920 97566

Energia eleacutetrica 70000 73500 77175 81034 85085

Manutenccedilatildeo 50000 52500 55125 57881 60775

Material de escritoacuterio 20000 21000 22050 23153 24310

Material de Limpeza 40000 42000 44100 46305 48620

Folha de pagamento 272266 299493 329442 362386 398625

Seguros 15000 15750 16538 17364 18233

Telefone fixointernet 20000 21000 22050 23153 24310

Telefone Moacutevel 12000 12600 13230 13892 14586

Vale Refeiccedilatildeo 75000 82500 90750 99825 109808

Vale Transporte 33000 34650 36383 38202 40112

Proacute- labore 200000 220000 286000 328900 361790

Taxas Bancaacuterias 8000 8400 8820 9261 9724

Total R$ 1597392 R$ 1720139 R$ 1900823 R$ 2064053 R$ 2227062

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

52

APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS

Item

Produccedilatildeo mensal meacutedia

Custo unitaacuterio total

Sugestatildeo Preccedilo de venda

Custo Mensal Total

Receita de vendas

Bolos artiacutesticos (recheios diversos) 150 6000 13500 900000 2025000

Bolos de copa (recheios diversos) 30 3600 8100 108000 243000

Naked cake (recheios diversos) 60 4200 9450 252000 567000

Doces Tradicionais 32 3500 7875 112000 252000

Doces Espelhados 32 5000 11250 160000 360000

Doces Finos 32 7500 16875 240000 540000

Brigadeiros gourmet 16 4500 10125 72000 162000

Tacinhas acriacutelicas 16 5500 12375 88000 198000

Trufas 32 5000 11250 160000 360000

Bombons 32 5000 11250 160000 360000

Bem casados 3200 100 225 320000 720000

Custo produccedilatildeo Total 2572000

Receita Total 5787000

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL

Ano Receita Bruta Variaccedilatildeo anual

Ano 1 000

Ano 2 69444000 9

Ano 3 75693960 9

Ano 4 82506416 9

Ano 5 89931994 9

Valor considerando a inflaccedilatildeo de 9 aa

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

15

Diante disso natildeo eacute possiacutevel falar de empreendedorismo sem mencionar os

empreendedores pois satildeo as atitudes de pessoas que inovam assumem todos os

riscos que proporcionam o crescimento e desenvolvimento da sociedade como um

todo

211 Caracteriacutesticas e perfil do empreendedor

Ser empreendedor eacute acima de tudo ter a capacidade e a necessidade de

realizar coisas novas

O empreendedor ldquoeacute um ser social produto do meio em que vive (eacutepoca e

lugar)rdquo E se a pessoa convive em um meio onde ser empreendedor eacute considerado

algo bom teraacute motivos para abrir seu proacuteprio negoacutecio (DOLABELA 2006 sn)

O empreendedor parte da percepccedilatildeo subjetiva para percepccedilatildeo praacutetica na

qual mostram elementos que podem ser debatidos Esses elementos satildeo os mais

variaacuteveis possiacuteveis que foram originados de perguntas contestaccedilotildees e respostas

localizadas pelo empreendedor ldquoo qual natildeo precisa ser algueacutem com uma formaccedilatildeo

superior com diploma de faculdade ou algueacutem que conte com cursos teacutecnicos ou

praacuteticosrdquo (mesmo esses sendo atributos que auxilie na agilidade de formular

questionamentos e encontrar as soluccedilotildees para os mesmos) (WILDAUER 2011 p

25)

Para Dornelas (2012 p 29) empreendedor eacute a pessoa que percebe uma

oportunidade e arquiteta um negoacutecio para captar recursos calculando todos os riscos

que vai correr Em todas as definiccedilotildees de empreendedorismo nos deparamos com no

miacutenimo as seguintes particularidades em relaccedilatildeo ao empreendedor

1 Possui a atitude de criar um novo negoacutecio e amar aquilo que faz

2 Usa o capital que possui de maneira produtiva mudando o local social e

econocircmico onde estaacute inserido

3 Assume os riscos calculados e a chance do negoacutecio natildeo dar certo

Nessa mesma perspectiva Chiavenato (2007 p7) afirma que o empreendedor

eacute a pessoa que tem a capacidade de fazer as coisas acontecerem eacute favorecido pela

sua percepccedilatildeo para os negoacutecios prudecircncia na aacuterea financeira e a habilidade de

16

perceber as oportunidades Com esse conjunto de competecircncias tem a capacidade

de transformar ideias em negoacutecios O empreendedor possui uma boa imaginaccedilatildeo e eacute

persistente qualidades que combinadas de maneira correta o capacitam para

converter ideias simples em projetos objetivos e bem sucedidos

Para Wildauer (2011 p 26)

Podemos entatildeo enumerar muitas caracteriacutesticas do empreendedor sendo as principais a atitude de saber ouvir de estar atento de saber interpretar e analisar as informaccedilotildees do mercador de ter condiccedilotildees de elaborar um planejamento de suas accedilotildees futuras de traccedilar objetivos e todo um roteiro teoacuterico-praacutetico para poder atingi-lo Sem essas premissas baacutesicas o empreendedor natildeo teraacute sucesso na formulaccedilatildeo do plano de negoacutecios muito menos na sustentaccedilatildeo de seu negoacutecio

Chiavenato (2007 p 4) acredita que ldquoos empreendedores satildeo heroacuteis

populares do mundo dos negoacuteciosrdquo Que geram empregos propagam inovaccedilotildees e

estimulam o crescimento da economia Satildeo muito mais do que somente fornecedores

de produtos e serviccedilos satildeo pessoas que assumem os riscos das oscilaccedilotildees

econocircmicas

Cabe acrescentar que o empreendedor revolucionaacuterio eacute aquele que inventa

novos mercados isto eacute a pessoa cria algo exclusivo como foi o caso do Bill Gattes

fundador da Microsoft que transformou o mundo com o sistema operacional Windows

Contudo grande parte dos empreendedores cria negoacutecios em mercados jaacute existentes

e mesmo assim criam negoacutecios de sucesso (DORNELAS 2012 p30)

Wildauer (2011 p26) conclui que ldquoo empreendedor necessita de uma estrutura

de pensamento sistecircmico e visionaacuterio com base no qual estabeleceraacute metas e

desenharaacute trajetoacuterias para alcanccedilaacute-lasrdquo

22 PLANO DE NEGOacuteCIOS

Para iniciar um empreendimento eacute fundamental fazer um plano de negoacutecios

com ele eacute possiacutevel verificar a viabilidade ou natildeo do empreendimento e definir onde

estamos para onde vamos e mostrar com mais clareza as oportunidades de negoacutecio

17

Do ponto de vista de Dornelas (2012 p 93) ldquoum negoacutecio bem planejado teraacute

mais chances de sucesso do que aquele sem planejamento na mesma igualdade de

condiccedilotildeesrdquo

Nessa mesma perspectiva Dolabela (2006 sn) afirma que vaacuterios

empreendedores bem sucedidos abriram seus empreendimentos sem compreender

pontualmente o que eacute um plano de negoacutecios Poreacutem muitos outros natildeo tiveram o

mesmo fim e o que conseguiram foram negoacutecios fracassados por conta de falhas que

poderiam ter sido evitadas Uma grande quantidade de negoacutecios que possuem um

alto potencial acabam se tornando impraticaacuteveis por conta da incapacidade dos

empreendedores Ainda assim muitas pessoas abrem e vatildeo continuar abrindo

negoacutecios capacitadas ou natildeo para isso

Wildauer (2011 p 39) define plano de negoacutecios como ldquoum documento em

forma de texto no qual eacute apresentada uma proposta de negoacutecio para um mercadordquo

Esse documento deve mostrar com clareza o ponto de vista do empreendedor sobre

o sucesso do seu produto ou serviccedilo no mercado atual

Chiavenato (2007 p132) acredita que

O plano de negoacutecio mdash business planmdash descreve a ideia de um novo empreendimento e projeta os aspectos mercadoloacutegicos operacionais e financeiros dos negoacutecios propostos geralmente para os proacuteximos trecircs ou cinco anos Seu preparo permite a anaacutelise da proposta e ajuda o futuro empreendedor a evitar uma trajetoacuteria decadente que o levaraacute do entusiasmo agrave desilusatildeo e ao fracasso

Eacute possiacutevel sintetizar o plano de negoacutecios como um documento em que o

empreendedor mostra de maneira formal e concreta o negoacutecio que quer idealizar e

expor para seus parceiros soacutecios e investidores apresentando a visatildeo a missatildeo e os

seus propoacutesitos assim como o ldquoplano operacional o plano de marketing o plano de

financeiro e o plano juriacutedicordquo desta forma facilitando a assimilaccedilatildeo e aceitaccedilatildeo do

negoacutecio pelas pessoas interessadas (WILDAUER 2011 p39)

Conforme mencionado por Chiavenato (2007 p 134) o plano de negoacutecios

mobiliza o novo empreendimento na sua totalidade Ele demonstra o levantamento

cansativo dos elementos que fazem parte do negoacutecio ldquosejam internos mdash o que deveraacute

ser produzido como onde quanto mdash sejam externos mdash para quem produzir qual eacute

o mercado quais satildeo os concorrentes etcrdquo

18

Com isso Wildauer (2011 p 45) conclui que ldquoo plano de negoacutecios eacute como um

guia uacutetil para a obtenccedilatildeo de conhecimentos para a concepccedilatildeo de um

empreendimentordquo

221 Estrutura do plano de negoacutecios

O plano de negoacutecios mobiliza todas as informaccedilotildees necessaacuterias para abrir um

negoacutecio por meio dele eacute possiacutevel detectar onde estou e para onde desejo ir dentro do

mercado

Conforme identificado por Dornelas (2012 p 101) ldquonatildeo existe uma estrutura

riacutegida e especiacutefica para se escrever um plano de negoacuteciosrdquo dado que cada negoacutecio

possui suas singularidades e equivalecircncias sendo improvaacutevel delimitar um modelo-

padratildeo de plano de negoacutecios que seja absoluto e adequado para todos os negoacutecios

Todos os planos de negoacutecios devem conter um miacutenimo de seccedilotildees que vatildeo possibilitar

uma compreensatildeo do negoacutecio como um todo Tais seccedilotildees satildeo alinhadas de maneira

que mantenham uma sequecircncia loacutegica que possibilite qualquer pessoa ler o plano e

compreender como a empresa eacute estruturada seus objetivos seus produtos seus

serviccedilos qual seu mercado seu plano financeiro e de marketing

A seguir encontra-se uma breve descriccedilatildeo de cada uma das seccedilotildees do Plano

de Negoacutecios

2211 Capa

Eacute um dos componentes fundamentais do plano de negoacutecios pois eacute a primeira

parte que eacute vista pela pessoa que vai ler deve ser desenvolvida de forma clara e com

os dados adequados (DORNELAS 2012 p 101)

19

2212 Sumaacuterio

O sumaacuterio deve incluir ldquoo tiacutetulo de cada seccedilatildeo do plano de negoacutecios e a paacutegina

respectiva onde se encontra bem como os principais assuntos relacionados em cada

seccedilatildeordquo Isso faz com que fique mais faacutecil o leitor do plano de negoacutecios identificar com

mais agilidade o que lhe interessar (DORNELAS 2012 p 101-102)

2213 Sumaacuterio executivo

O Sumaacuterio Executivo eacute a parte mais importante do plano de negoacutecios ele iraacute

definir se o leitor vai prosseguir ou natildeo com a leitura do plano de negoacutecios Dessa

forma deve ser redigido com bastante concentraccedilatildeo e revisado inuacutemeras vezes e

tambeacutem englobar as informaccedilotildees mais relevantes do plano de negoacutecios Deve ser

direcionado ao puacuteblico-alvo do plano de negoacutecios e deixar claro qual o objetivo do

mesmo em relaccedilatildeo agraves pessoas que estatildeo o lendo ldquoO Sumaacuterio Executivo deve ser a

uacuteltima seccedilatildeo a ser escrita pois depende de todas as outras seccedilotildees do plano para ser

elaboradardquo (DORNELAS 2012 p 102)

2214 Anaacutelise estrateacutegica

Nesta seccedilatildeo eacute determinada a direccedilatildeo que a empresa vai seguir ldquosua visatildeo e

missatildeo sua situaccedilatildeo atual as potencialidades e ameaccedilas externas suas forccedilas e

fraquezas seus objetivos e metas de negoacuteciordquo Essa parte eacute o alicerce para o

crescimento e o estabelecimento das outras accedilotildees redigidas no plano (DORNELAS

2012 p 102)

20

2215 Descriccedilatildeo da empresa

Eacute nessa seccedilatildeo que deve ser feita a descriccedilatildeo da empresa ldquoseu histoacuterico

crescimento faturamento dos uacuteltimos anos sua razatildeo social impostos estrutura

organizacional e legal localizaccedilatildeo parcerias serviccedilos terceirizados etcrdquo

(DORNELAS 2012 p 102)

2216 Produtos e serviccedilos

Nessa seccedilatildeo do plano de negoacutecios devem ser descritos os produtos e serviccedilos

da empresa a maneira que satildeo produzidos o capital disposto seu ciclo de vida os

elementos tecnoloacutegicos envolvidos pesquisa e desenvolvimento os seus clientes

marcas e patentes etc

Nessa seccedilatildeo pode ser incluiacuteda quando estaacute informaccedilatildeo encontra-se disponiacutevel uma visatildeo do niacutevel de satisfaccedilatildeo dos clientes com os produtos e serviccedilos da empresa Esse feedback eacute bastante importante porque costuma oferecer natildeo apenas uma visatildeo do niacutevel de qualidade percebida nos produtos e serviccedilos mas tambeacutem guiar futuros investimentos da empresa em novos desenvolvimentos e processos de produccedilatildeo (DORNELAS 2012 p 102-103)

2217 Plano operacional

Nesta seccedilatildeo devem ser expostas as accedilotildees que a empresa pretende ter na

sua estrateacutegia produtiva e no processo de produccedilatildeo apontando os resultados que

essas accedilotildees teratildeo sobre os criteacuterios de avaliaccedilatildeo dos produtos Deve incluir dados

operacionais atualizados e presumidos como ldquolead time do produto ou serviccedilo

percentual de entregas a tempo rotatividade do inventaacuterio iacutendice de refugo lead time

de desenvolvimento de produto ou serviccedilo etcrdquo (DORNELAS 2012 p 103)

21

2218 Plano de recursos humanos

Devem ser exibidas as propostas de desenvolvimento e treinamento de

pessoal da empresa Esses dados estatildeo pontualmente associados com a

competecircncia da empresa de crescer ldquoespecialmente quando esta atua em um

mercado onde a detenccedilatildeo de tecnologia eacute considerada um fator estrateacutegico de

competitividaderdquo (DORNELAS 2012 p 103)

2219 Anaacutelise de mercado

Nesta seccedilatildeo o responsaacutevel pelo plano de negoacutecios deve deixar claro que os

executivos da empresa entendem perfeitamente o mercado consumidor do seu

produto ou serviccedilo (atraveacutes de pesquisa de mercado) como estaacute segmentado

crescimento do mercado atributos do consumidor anaacutelise da concorrecircncia qual a sua

fatia de mercado e dos concorrentes etc (DORNELAS 2012 p 103)

22110 Estrateacutegia de marketing

Deve ser apresentado o objetivo da empresa para vender seu produtoserviccedilo

e consolidar seus clientes e ampliar sua demanda Deve ser informada sua estrateacutegia

de venda especificidades do produtoserviccedilo preccedilos puacuteblico-alvo canais de

distribuiccedilatildeo projeccedilatildeo das vendas (DORNELAS 2012 p 103)

22

22111 Plano financeiro

Na seccedilatildeo financeira deve mostrar em nuacutemeros todas as accedilotildees planejadas

para a empresa e suas evidecircncias por meio de projeccedilotildees futuras para um negoacutecio

bem sucedido

Deve conter demonstrativo de fluxo de caixa com horizonte de pelo menos trecircs anos balanccedilo patrimonial anaacutelise do ponto de equiliacutebrio necessidades de investimento demonstrativos de resultados anaacutelise de indicadores financeiros do negoacutecio como faturamento previsto margem prevista prazo de retorno sobre o investimento inicial (payback) taxa interna de retorno (TIR) etc (DORNELAS 2012 p 103-104)

22112 Anexos

Nesta seccedilatildeo deve incluir todos os dados considerados importantes para

melhor compreensatildeo do plano de negoacutecios O que natildeo pode ser deixado de anexar eacute

o curriculum vitae dos soacutecios da empresa (DORNELAS 2012 p 104)

23 VIABILIDADE ECONOcircMICO-FINANCEIRA

Analisar o empreendimento economicamente para verificar se o projeto eacute

viaacutevel e lucrativo ou natildeo eacute uma das decisotildees fundamentais de qualquer

empreendedor

A anaacutelise de investimento eacute um mecanismo aacutegil praacutetico e seguro que ajuda

profissionais de inuacutemeras aacutereas no processo de anaacutelise de tomada de decisotildees

financeiras (REBELATTO p 141)

Lapponi (2007 p 123) afirma que

O objetivo da decisatildeo de investimento ou do orccedilamento de capital eacute maximizar o valor da empresa A decisatildeo de alocaccedilatildeo do capital em projeto de investimento eacute fundamental para o sucesso pois os recursos da empresa

23

satildeo comprometidos por longo tempo na direccedilatildeo de seu futuro desejado e isso envolve um grande esforccedilo de tempo e de gerenciamento Cada projeto aprovado eacute um desembolso realizado pela empresa coma expectativa de obter benefiacutecios futuros quantificados pela geraccedilatildeo de um fluxo de retornos adequados em geral por um prazo maior do que um ano

A carecircncia de recursos financeiros diante das muitas necessidades faz com

que seja crucial aperfeiccediloar sua utilizaccedilatildeo A anaacutelise antecipada de investimento

possibilita que se racionalize a forma como os recursos de capital satildeo utilizados

(REBELATTO 2004 p 141)

Para analisar a viabilidade de um projeto economicamente eacute necessaacuterio reunir

uma seacuterie de informaccedilotildees e de dados que precisam ser organizados para atingir seu

objetivo final que eacute o de facilitar a tomada de decisatildeo Vale salientar que o projeto

deve ser um documento que tenha a capacidade de mostrar de uma maneira loacutegica a

visatildeo estrateacutegica do negoacutecio (MACHADO 2002 p 144)

231 Fluxo de caixa

O fluxo de caixa eacute o melhor guia para uma administraccedilatildeo financeira eficiente

de qualquer negoacutecio

O fluxo de caixa eacute a reproduccedilatildeo graacutefica de uma movimentaccedilatildeo financeira ldquoAs

movimentaccedilotildees monetaacuterias satildeo identificadas temporalmente por meio de um conjunto

de entradas e saiacutedas de caixa definido como diagrama de fluxo de caixardquo Essa

representaccedilatildeo proporciona a visualizaccedilatildeo em diferentes momentos com o que estaacute

ocorrendo com o capital (REBELATTO 2004 p 150)

ldquoA identificaccedilatildeo e a quantificaccedilatildeo das estimativas relevantes do projeto satildeo o

iniacutecio da construccedilatildeo do fluxo de caixa do projeto para empresa em funcionamentordquo

(LAPPONI 2007 p 347)

O fluxo de caixa eacute um composto de entradas e saiacutedas de valores monetaacuterios

(dinheiro) no decorrer de um determinado periacuteodo Bem como evidenciar uma opccedilatildeo

possiacutevel de transaccedilotildees financeiras ou seja pagamentos agrave vista pagamentos a prazo

tiacutetulos originais etc (REBELATTO 2004 p 151)

24

232 Valor Presente Liacutequido (VPL)

ldquoO Valor presente liacutequido (VPL) ou valor atual liacutequido (VAL) eacute o valor atual das

entradas de caixa (retornos de capital esperados) incluindo o valor residual (se

houver) menos o valor atual das saiacutedas de caixardquo (REBELATTO 2004 p 214)

A foacutermula para chegar ao VPL eacute (LAPPONI 2007 p 125)

119881119875119871 = minus119868 +119865119862

(1 + 119870)119899

Onde

I= custo inicial ou desembolso inicial

FC= fluxo de caixa

K= taxa requerida

n= prazo de anaacutelise

Rebelatto (2004 p214) afirma que os paracircmetros para que o projeto seja

aceito se refere ao valor presente liacutequido (VPL)

VPLgt0 o projeto eacute aceito

VPLlt0 o projeto eacute rejeitado

VPL=0 o projeto pode ser aceito ou natildeo pois natildeo cria e nem destroacutei

valor para empresa

Para Lapponi (2007 p 134-135) as principais vantagens do VPL satildeo

Considera o fluxo de caixa do projeto na sua totalidade

Considera o valor monetaacuterio (dinheiro) no tempo

Tem a capacidade de medir o valor criado ou destruiacutedo pelo projeto

Pode ser utilizado na avaliaccedilatildeo do projeto independentemente do tipo de

fluxo de caixa utilizado

Seleciona o projeto mais viaacutevel economicamente

25

233 Taxa Interna de Retorno (TIR)

ldquoTaxa Interna de Retorno (TIR) eacute a taxa de desconto que torna o valor atual

liacutequido (VAL) do investimento igual a zero Tambeacutem eacute chamada de taxa interna efetiva

de rentabilidaderdquo (REBELATTO 2004 p 217)

No projeto do tipo simples com o aumento da taxa requerida o VPL do projeto tende ao valor do custo inicial pois o VPL eacute uma funccedilatildeo decrescente da taxa requerida Portanto a decisatildeo com o meacutetodo TIR somente deve ser feita em projetos simples que garantem a existecircncia de uma uacutenica TIRgt -100 Nos outros tipos de fluxo de caixa em geral o meacutetodo da TIR natildeo deve ser utilizado pois haacute a possibilidade de muacuteltiplas TIRs Sendo a TIR a taxa de juro que zera o VPL do projeto simples para qualquer taxa requerida K menor que a TIR o VPL seraacute positivo e para qualquer taxa requerida K maior que a TIR o VPL seraacute negativo (LAPPONI 2007 p 175-176)

Rebelatto (2004 p 217) complementa afirmando que a TIR eacute um meacutetodo

aprimorado de anaacutelise de investimento sendo possivelmente uma das mais usadas

para avaliar projetos econocircmicos A TIR deve ser comparada com a taxa miacutenima de

atratividade (TMA) para analisar se o projeto seraacute aceito ou natildeo

Sendo assim Lapponi (2007 p 176) considera que

Se TIR gt TMA o projeto deve ser aceito pois eacute economicamente viaacutevel

Se TIR lt TMA o projeto deve ser recusado pois eacute economicamente

inviaacutevel

Se TIR = TMA eacute indiferente investir no projeto pois o mesmo natildeo criaraacute

e nem destruiraacute valor da empresa

ldquoA grande vantagem da TIR como indicador de decisatildeo eacute que prescinde de

informaccedilotildees externas ao projeto Tudo que o analista necessita eacute conhecer o perfil do

projeto e alguma ideia de magnitude da taxa de jurosrdquo (MACHADO 2002 p 127)

26

234 Periacuteodo de retorno de investimento (Payback)

ldquoO payback eacute o periacuteodo de tempo em que ocorre o retorno do investimento

Calculado no fluxo de caixa de vida uacutetil de dez anos o payback apresenta-se de vaacuterias

maneiras para cada tipo de empresardquo (BRITO 2003 p 51)

Uma empresa pode nomear o payback como um dos paracircmetros para escolha

de um projeto a fim de minimizar seus riscos Mesmo sendo esse um meacutetodo faacutecil e

simples na praacutetica eacute um dos mais utilizados para efetuar a mediccedilatildeo econocircmica de um

projeto (REBELATTO 2004 p 230)

Segundo Rebelatto (2004 p 231) a foacutermula baacutesica que demonstra o caacutelculo

do payback em fluxos de caixas regulares eacute

PB =I0

FC

Onde

PB= Payback

I0= Investimento inicial

FC= Fluxo de caixa regular

Para executar o meacutetodo payback eacute crucial estabelecer o tempo maacuteximo de

toleracircncia TMT para resgatar o custo inicial ldquoPara decidir se o projeto deve ser aceito

o payback deve ser comparado com o valor de referecircncia TMT de forma querdquo

(LAPPONI 2007 p 245)

Se PB lt TMT o projeto deve ser aceito

Se PB gt TMT o projeto deve ser recusado

A principal vantagem para utilizaccedilatildeo do meacutetodo payback eacute que ele reflete a

liquidez do projeto e por consequecircncia eacute possiacutevel efetuar a avaliaccedilatildeo do risco de natildeo

recuperar o investimento (REBELATTO 2004 p 230)

27

3 METODOLOGIA

Este capiacutetulo tem por objetivo descrever os procedimentos e teacutecnicas

utilizados na pesquisa considerando o problema e aos objetivos gerais e especiacuteficos

Para a execuccedilatildeo da revisatildeo bibliograacutefica realizada neste estudo foi utilizado

livros de especialistas na aacuterea os principais temas abordados foram o

empreendedorismo que eacute um assunto chave quando surge uma ideia para um novo

negoacutecio plano de negoacutecios que eacute um elemento fundamental para o sucesso ou

fracasso de um empreendimento e a viabilidade econocircmico-financeira tema

fundamental visto que o objetivo geral da pesquisa eacute mensurar se a mesma eacute viaacutevel

ou natildeo economicamente

Foi elaborada uma anaacutelise de mercado que estaacute disponiacutevel no item 41 deste

estudo atraveacutes da mesma foi identificado que os principais clientes satildeo das classes

A e B de Curitiba regiatildeo metropolitana no item 42 foi efetuado um levantamento do

tamanho do negoacutecio onde foi definida a capacidade produtiva o investimento inicial e

a localizaccedilatildeo do empreendimento no item 44foi elaborado o fluxo de caixa que

demonstra as previsotildees financeiras do periacuteodo de 5 anos o meacutetodo utilizado para

elaborar a pesquisa foi um estudo de caso de natureza exploratoacuteria quantitativa e

anaacutelise documental

O estudo de caso eacute evidenciado por um estudo minucioso e cansativo de um

ou poucos objetivos desta forma propicia um vasto e detalhado conhecimento sobre

o assunto uma missatildeo praticamente impossiacutevel mediante as outras maneiras de

delineamentos consideradas (GIL 2008 p 57-58)

Prodanov e Freitas (2013 p60) afirmam que o estudo de caso consiste em

recolher e analisar dados sobre determinado indiviacuteduo famiacutelia grupo ou comunidade

com a finalidade de estudar diferentes aspectos das suas vidas conforme o assunto

da pesquisa

Jaacute as pesquisas exploratoacuterias satildeo definidas por Gil (2008 p 27) como as que

Tecircm como principal finalidade desenvolver esclarecer e modificar conceitos e ideias tendo em vista a formulaccedilatildeo de problemas mais precisos ou hipoacuteteses pesquisaacuteveis para estudos posteriores De todos os tipos de pesquisa estas satildeo as que apresentam menor rigidez no planejamento Habitualmente envolvem levantamento bibliograacutefico e documental entrevistas natildeo padronizadas e estudos de caso

28

A pesquisa quantitativa ldquoconsidera que tudo pode ser quantificaacutevel o que

significa traduzir em nuacutemeros opiniotildees e informaccedilotildees para classificaacute-las e analisaacute-lasrdquo

Eacute necessaacuteria a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas estatiacutesticas tais como porcentagem meacutedia

moda desvio-padratildeo coeficiente de correlaccedilatildeo etc (PRODANOV FREITAS 2013

p 69)

Muitos dados que satildeo utilizados em pesquisas satildeo adquiridos indiretamente

por meio de documentosrdquo como livros jornais papeacuteis oficiais registros estatiacutesticos

fotos discos filmes e viacutedeos que satildeo obtidos de maneira indiretardquo Essas fontes

documentais tecircm a capacidade de disponibilizar ao pesquisador um grande nuacutemero

de informaccedilotildees com bastante qualidade para evitar a perda de tempo (GIL 2008 p

147)

Este modelo de pesquisa foi utilizado para definir os principais clientes quais

os produtos que seratildeo vendidos a capacidade produtiva assim como a viabilidade

econocircmico-financeira e operacional do negoacutecio

29

4 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES

41 ANAacuteLISE DE MERCADO

Woiler e Mathias (1994 p41) e Rebelatto (2004 p01) afirmam que a anaacutelise

de mercado eacute um dos pontos mais relevantes para elaboraccedilatildeo de um projeto Atraveacutes

do estudo do mercado obtemos muitas informaccedilotildees tais como

Fazendo a comparaccedilatildeo entre demanda e a oferta encontramos a

possiacutevel escassez da demanda futura Esse resultado proporcionaraacute

informaccedilotildees para que seja definida a escala de produccedilatildeo do projeto

A regiatildeo geograacutefica em que o produto pode ser vendido eacute um dos pontos

mais significativos para que seja definida a localizaccedilatildeo do empreendimento

O preccedilo de venda os custos de comercializaccedilatildeo e os estoques nos

canais de comercializaccedilatildeo satildeo informaccedilotildees relevantes para que seja

elaborada a projeccedilatildeo do projeto

Vale salientar que esses satildeo apenas alguns elementos importantes que eacute

possiacutevel identificar na anaacutelise de mercado existe muitos outros dados que satildeo obtidos

com a mesma

411 Mercado consumidor

ldquoTodas as decisotildees relacionadas a novos empreendimentos contecircm certo

grau de incerteza tanto no que diz respeito agrave informaccedilatildeo na qual as decisotildees estatildeo

baseadas como no que diz respeito agraves suas consequecircnciasrdquo (SEBRAE)

Chiavenato acredita que os clientes tecircm a capacidade de alavancar ou

derrubar um empreendimento ldquoUm cliente pode ser uma organizaccedilatildeo uma empresa

um usuaacuterio dos produtosserviccedilos ou um consumidor finalrdquo Eacute quem adquiri os

produtosserviccedilos ofertados pela organizaccedilatildeo no final da cadeia de transaccedilotildees Eacute ele

que estabelece direta ou indiretamente se o empreendimento teraacute ecircxito ou natildeo Por

30

isso o cliente deve ser considerado como o principal patrimocircnio da empresa (2007

p 207)

Segundo dados do censo 2010 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e

estatiacutestica) dos 576190 (quinhentos e setenta e seis mil cento e noventa) domiciacutelios

de Curitiba 292965 (duzentos e noventa e dois mil novecentos e sessenta e cinco)

possuem renda de mais de 5 a mais de 20 salaacuterios miacutenimos sendo assim cerca de

5085 dos domiciacutelios curitibanos estatildeo enquadrados nas classes A e B Ainda

segundo o IBGE cerca de 137922 (cento e trinta e sete mil novecentos e vinte e dois)

domiciacutelios curitibanos tecircm renda de mais de 10 salaacuterios miacutenimos o que representa

uma meacutedia de 24 dos domiciacutelios de Curitiba

Mais de 249000 (duzentos e quarenta e nove mil) pessoas que residem em

Curitiba cerca de 1423 da populaccedilatildeo tem rendimento mensal de mais de 5 salaacuterios

miacutenimos conforme Tabela 1

TABELA 1 - RESULTADOS DA AMOSTRA - RENDIMENTO POR PESSOA EM CURITIBA

Quantidade de pessoas Salaacuterios miacutenimos

153011 Mais de 5 a 10 salaacuterios miacutenimos

38692 Mais de 10 a 15 salaacuterios miacutenimos

25427 Mais de 15 a 20 salaacuterios miacutenimos

18264 Mais de 20 a 30 salaacuterios miacutenimos

13791 Mais de 30 salaacuterios miacutenimos

FONTE IBGE - CENSO DEMOGRAacuteFICO 2010

Curitiba possui uma populaccedilatildeo de mais de 1750000 (um milhatildeo setecentos

e cinquenta mil habitantes) segundo censo IBGE 2010 sendo que 932000

(novecentos e trinta e dois mil) pessoas com o estado civil de solteiro viuacutevo

divorciado separado judicialmentedesquitado isso mostra que tem muitas pessoas

que podem fazer festas de casamento e necessitar dos produtos que seratildeo ofertados

tais como bolos artiacutesticos doces finos e bem casados

Segundo as estatiacutesticas do registro civil do IBGE ocorreram em Curitiba e

regiatildeo metropolitana no ano 2012 exatamente 18877 (dezoito mil oitocentos e setenta

e sete) casamentos sendo que nos meses de setembro a dezembro foi onde ocorreu

um maior nuacutemero um total de 7828 (sete mil oitocentos e vinte e oito) casamentos o

que representa um total de 4147 dos casamentos ocorrem nesses quatro meses

do ano

31

TABELA 2 - CASAMENTOS POR MEcircS DE REGISTRO SEGUNDO O LUGAR DO REGISTRO ndash 2012

Lugar do registro

Casamentos por mecircs do registro

Total de

registros Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

RM Curitiba 18877 1466 1250 1572 1282 1403 1533 1248 1255 1735 1753 2118 2262

Curitiba 10351 848 692 857 692 724 872 658 658 971 968 1237 1174

FONTE IBGE DIRETORIA DE PESQUISAS COORDENACcedilAtildeO DE POPULACcedilAtildeO E INDICADORES SOCIAIS ESTATIacuteSTICAS DO REGISTRO CIVIL 2012

Nessa perspectiva foi definido que o mercado que a empresa de bolos e doces

finos vai atuar eacute de Curitiba e regiatildeo metropolitana com foco nas pessoas das classes

A e B com estado civil solteiro divorciado separado judicialmentedesquitado e viuacutevo

412 Produtos que seratildeo vendidos

ldquoNo coraccedilatildeo de uma grande marca haacute um grande produto O produto-chave

na oferta ao mercado Liacutederes de mercado geralmente oferecem produtos e serviccedilos

de qualidade superiorrdquo (KOTLER KELLER 2006 p 366)

Os principais produtos fornecidos seratildeo

Bolos artiacutesticos

FOTO1 - BOLO ARTIacuteSTICO FONTE WANDA CARDOSO - BOLOS ARTIacuteSTICOS amp DOCES

32

Bolos de copa

FOTO2 - BOLO DE COPA FONTE ELABORADO PELO AUTOR

FOTO3 - BOLO DE COPA FONTE ELABORADO PELO AUTOR

Naked cake

FOTO4 - NAKED CAKE FONTE DOCES PENEacuteLOPE

33

Doces Tradicionais

FOTO5 - DOCES TRADICIONAIS FONTE ELABORADO PELO AUTOR

Doces Espelhados

FOTO6 - DOCES ESPELHADOS FONTE PRONTO SOCORRO DAS FESTAS

Doces Finos

FOTO 7 - DOCES FINOS FONTE COMPRANDO MEU APE

34

Brigadeiros gourmet

FOTO8 - BRIGADEIROS GOURMET FONTE ELABORADO PELO AUTOR

Tacinhas acriacutelicas

FOTO9 - TACINHAS ACRIacuteLICAS FONTE BUFFET DELIacuteCIAS DA VI

Trufas

FOTO 10 - TRUFAS FONTE FOGAtildeO DA VOVOacute

35

Bombons

FOTO11 - BOMBONS FONTE DALVA GOLDEN GATE

Bem casados

FOTO12 - BEM CASADOS FONTE CASAMENTO SEM ERRO

FOTO13 - BEM CASADOS FONTE CASAMENTO SEM ERRO

36

413 Preccedilo de venda

A definiccedilatildeo do preccedilo dos produtos eacute uma das decisotildees mais relevantes da

organizaccedilatildeo que deve levar em conta a forma como a empresa deseja se posicionar

no mercado os custos a concorrecircncia e a rentabilidade almejada

O preccedilo eacute um dos elementos mais versaacuteteis pode ser modificado rapidamente

ao contraacuterio das propriedades dos produtos dos contratos com canais de distribuiccedilatildeo

e ateacute mesmo das promoccedilotildees O Preccedilo tem tambeacutem a tarefa de mostrar ao mercado o

posicionamento de valor desejado pela empresa para o seu produto ou marca

(KOTLER KELLER 2006 p 428)

A consolidaccedilatildeo dos preccedilos dos produtos seraacute elaborada levando em conta os

custos para se obter os produtos com a qualidade requinte e sofisticaccedilatildeo desejada

com a margem de lucro esperada e se baseando nos preccedilos praticados pela

concorrecircncia

414 Previsatildeo de vendas

Para Chiavenato (2007 p 2013)

A previsatildeo de vendas representa a quantidade de produtosserviccedilos que a empresa pretende vender ou colocar no mercado durante um determinado periacuteodo geralmente um mecircs ou um ano dividido em meses Constitui portanto uma estimativa ou uma expectativa de vendas Pode ser feita em unidades fiacutesicas ou em valores monetaacuterios

A produccedilatildeo vai ser em meacutedia de 5600 doces (doces finos gourmet e bem

casados) e 4 bolos procurando atender em meacutedia 4 eventos por semana e ateacute 16

eventos por mecircs sendo que nos meses de setembro a dezembro essa demanda

aumenta pelo motivo de historicamente ter um nuacutemero maior de casamentos

37

415 Definiccedilatildeo de local de venda dos produtos

ldquoA venda eacute a fase fundamental do processo de vendas Consiste na

transferecircncia do produtoserviccedilo para o cliente ou consumidorrdquo (CHIAVENATO 2007

p 210)

As vendas vatildeo ocorrer atraveacutes de site proacuteprio redes sociais telefone e

pessoalmente natildeo teremos loja fiacutesica apenas um ateliecirc para confecccedilatildeo dos bolos e

doces onde vai conter uma sala anexa na qual vai ser oferecido o serviccedilo de

degustaccedilatildeo com horaacuterios marcados para assim o cliente decidir quais os produtos

seratildeo adquiridos para o seu evento e fechamento de contrato

416 Definiccedilatildeo da demanda e da oferta

Na maior parte das encomendas os clientes solicitam os doces finos e

gourmet que contecircm chocolates frutas oleaginosas tais como castanhas nozes

avelatildes amecircndoas frutas como framboesa morango damasco cerejas e os bem

casados Os bolos mais solicitados satildeo os com decoraccedilatildeo de pasta americana que

deve obrigatoriamente ter recheios mais firmes como ganaches fios de ovos

strogonoff de nozes e os naked cake (bolo pelado) que possuem mais opccedilotildees de

recheios com chocolates frutas diversas e cremes de pacirctisserie

Em contato com algumas empresas que fornecem o mesmo tipo de produto

foi possiacutevel verificar que as encomendas devem ser feitas com antecedecircncia miacutenima

de 6 meses sendo que alguns casos somente com um ano de antecedecircncia para

conseguir na data desejada Esse eacute um dos pontos que mostra que tem espaccedilo

suficiente para entrada nesse mercado

38

417 Concorrentes

Chiavenato (2007 p 33) Kotler e Keller (2006 p 340) afirmam que os

concorrentes satildeo as organizaccedilotildees que competem pelos mesmos fornecedores

clientes e consumidores

ldquoAgrave medida que seus produtosserviccedilos tornam-se mais heterogecircneos tanto

mais heterogecircneos e diferenciados seratildeo seus concorrentes e tanto mais complexa

seraacute a competitividaderdquo (CHIAVENATO 2007 p 33)

Em busca na internet foi possiacutevel identificar que atualmente existe em meacutedia

25 concorrentes reais que oferecem exatamente os mesmos produtos que seratildeo

fornecidos com o mesmo padratildeo de qualidade valor agregado requinte e

sofisticaccedilatildeo Tambeacutem foi detectado mais 14 concorrentes potenciais que vendem

produtos similares aos que seratildeo vendidos poreacutem natildeo possuem o mesmo valor

agregado dos que vatildeo ser ofertados Foi possiacutevel identificar que alguns concorrentes

oferecem somente os doces finos dos quais foram identificados mais 3 concorrentes

reais e 3 concorrentes potenciais E foi detectado que existem concorrentes que

fornecem apenas os bolos artiacutesticos dos quais foi identificado 4 concorrentes reais

todos fornecem os bolos com o mesmo niacutevel de qualidade que seratildeo fornecidos

A tabela 3 mostra a divisatildeo dos concorrentes reais e potenciais que fornecem

bolos e doces por bairro de Curitiba

39

TABELA 3 - CONCORRENTES QUE FORNECEM BOLOS E DOCES POR BAIRRO

Bairro Quantidade de Concorrentes Reais

Quantidade de Concorrentes Potenciais

Aacutegua Verde 4 1

Ahuacute 1

Bairro Alto 2 1

Barreirinha 1

Barreirinha 1

Bom Retiro 1

Campo Comprido 1

Campo Comprido 1

Cidade Industrial 1

Colombo 1

Fazenda Rio Grande 1

Hauer 1

Hugo Lange 1

Mercecircs 1

Novo Mundo 2 1

Novo Mundo 1

Portatildeo 1

Portatildeo 1

Santa Cacircndida 1

Santa Felicidade 1 1

Santo Inaacutecio 1 1

Satildeo Joseacute dos Pinhais 1

Seminaacuterio 1

Sitio Cercado 1

Tarumatilde 1

Vila Izabel 1

Natildeo Informado 1 2

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

418 Forma de divulgaccedilatildeo dos concorrentes

Todas as empresas pesquisadas que fornecem produtos similares aos que

vamos fornecer utilizam sites proacuteprios e as redes sociais para fazer divulgaccedilatildeo dos

seus produtos todas fazem degustaccedilatildeo para os clientes conhecerem os seus

produtos e posteriormente fechar um contrato

40

42 TAMANHO DO NEGOacuteCIO

421 Capacidade produtiva

A capacidade produtiva vai ser para atender ateacute 4 eventos por semana A

produccedilatildeo vai ser de ateacute 5600 doces (doces finos gourmet e bem casados) e 4 bolos

atendendo ateacute 4 eventos por final de semana e ateacute 16 eventos por mecircs sendo que

nos meses de setembro a dezembro essa demanda aumenta pelo motivo de

historicamente ter um nuacutemero maior de casamentos

422 Investimento

Um dos pontos mais relevantes para abertura de uma empresa eacute a

determinaccedilatildeo do capital miacutenimo para dar iniacutecio nas atividades e principalmente como

obter este capital ldquoEacute com o capital inicial que a empresa tem condiccedilotildees de reunir os

recursos empresariais necessaacuterios ao seu funcionamento sejam eles recursos

humanos materiais ou financeirosrdquo A determinaccedilatildeo do capital eacute o que estabelece a

quantidade de recursos empresariais que a empresa tem disponiacutevel Indiscutivelmente

quanto maior for o volume de recursos empresariais mais faacutecil se torna o desempenho

da empresa Quando todos os recursos necessaacuterios para seu funcionamento estatildeo agrave

disposiccedilatildeo a administraccedilatildeo do empreendimento fica mais simples (CHIAVENATO

2007 p84)

Cabe acrescentar que (LAPPONI 2007 p 321)

O custo inicial refere-se aos desembolsos realizados para aquisiccedilatildeo de equipamentos ou outros ativos fixos incluindo o pagamento de fretes seguros instalaccedilotildees despesas operacionais iniciais com materiais e matildeo de obra treinamento de pessoal de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo etc resumindo o custo inicial inclui todos os desembolsos necessaacuterios para adquirir os ativos necessaacuterios e que estejam em condiccedilotildees de operar e gerar as receitas estimadas

41

O empreendimento iniciaraacute suas atividades com capital investido com

recursos proacuteprios da empreendedora

As estimativas de investimento inicial para abertura da empresa foi de

R$5162851 conforme tabela 4

TABELA 4 - INVESTIMENTO INICIAL

Descriccedilatildeo Valor (R$)

Maacutequinas e equipamentos Cozinha R$ 3084878

Utensiacutelios R$ 555075

Moacuteveis para escritoacuterio R$ 268982

Equipamentos de informaacutetica e eletrocircnicos R$ 446204

Outros custos escritoacuterio R$ 48912

Uniformes R$ 155800

Pintura Imoacutevel R$ 500000

Porta de Vidro R$ 103000

Total R$ 5162851

FONTE ELABORADO PELO AUTOR (2015)

423 Localizaccedilatildeo

Seraacute locado um imoacutevel para a instalaccedilatildeo da empresa localizado na Rua Heitor

Baggio Vidal 2508 Bairro Alto Curitiba ndash PR com o valor do aluguel mensal de

R$160000 (mil e seiscentos reais) O espaccedilo interno de 95msup2 seraacute dividido em trecircs

partes a primeira com 20msup2 vai ficar a recepccedilatildeo para receber os clientes efetuar

orccedilamentos e as degustaccedilotildees a segunda com 71msup2 a cozinha industrial onde seratildeo

fabricados os bolos e doces finos e a terceira com 4msup2 o lavabo

42

FOTO14 - FOTO DO IMOacuteVEL ONDE SERAacute INSTALADA A EMPRESA FONTE MP IMOacuteVEIS

424 Entregas

As entregas dos bolos e doces finos seratildeo efetuadas por uma empresa

parceira localizada no Bairro Alto o preccedilo das entregas em Curitiba e regiatildeo

metropolitana variam de R$2400 (vinte e quatro reais) a R$6000 (sessenta reais)

dependendo da localizaccedilatildeo tais valores seratildeo cobrados dos clientes

43 CAPITAL DE GIRO

O capital de giro inicial foi estimado levando em conta que no primeiro ano a

empresa vai produzir 8333 da sua capacidade atendendo em meacutedia 13 ventos

mensalmente sendo assim foram considerados os gastos operacionais necessaacuterios

para o iniacutecio das atividades incluindo o custo fixo mensal e o estoque inicial ambos

multiplicados por 2 e acrescidos de um percentual de 10 de margem de seguranccedila

para despesas natildeo previstas

43

TABELA 5 - CAPITAL DE GIRO

Item Valor (R$)

Estoque Inicial 5144000

Custo Fixo Mensal 3194783

Reserva (10) 833878

Total do Capital de Giro Inicial 9172662

FONTE ELABORDO PELO AUTOR

44 FLUXO DE CAIXA

ldquoFluxo de Caixa eacute um Instrumento de gestatildeo financeira que projeta para

periacuteodos futuros todas as entradas e as saiacutedas de recursos financeiros da empresa

indicando como seraacute o saldo de caixa para o periacuteodo projetadordquo (SEBRAE)

Na tabela 6 eacute apresentada a projeccedilatildeo do Fluxo de Caixa da empresa para os

seus primeiros cinco anos onde fica evidenciado que do primeiro ateacute o quinto ano a

sauacutede financeira da empresa melhora gradativamente sendo que no final do quinto

ano o saldo em caixa ultrapassa os 300 se comparado com o saldo em caixa no

final do primeiro ano

Pode-se observar que natildeo foi inserida no fluxo de caixa a opccedilatildeo de

inadimplecircncia pois todos os pagamentos seratildeo efetuados agrave vista em dinheiro ou

cartatildeo sendo que o pagamento total dos produtos deve ser efetuado no miacutenimo 10

dias antes da data do evento

44

TABELA 6 - PROJECcedilAtildeO DE FLUXO DE CAIXA NOS PRIMEIROS CINCO ANOS

Descriccedilatildeo Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

Investimento Inicial (5162851)

Capital de Giro (9172662) 9172662

Valor Residual 1548855

Total de entradas 000 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873

Previsatildeo Receitas de vendas 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873

Total de Saiacutedas (14335513) (44888699) (54283425) (59479393) (64738409) (70291804)

(-)Fornecedores (25720000) (33641760) (36669518) (39969775) (43567055)

(-)Folha de pagamento (3267192) (3593911) (3953302) (4348633) (4783496)

(-)Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)

(963216) (1011377) (1061946) (1115043) (1170795)

(-)Retiradas soacutecios (2400000) (2640000) (3432000) (3946800) (4341480)

(-)Impostos s vendas (4654291) (5073177) (5573767) (6075406) (6622192)

(-)Alugueacuteis (1920000) (2016000) (2116800) (2222640) (2333772)

(-)Energia eleacutetrica (840000) (882000) (926100) (972405) (1021025)

(-)Aacutegua (300000) (315000) (330750) (347288) (364652)

(-)Telefone (384000) (403200) (423360) (444528) (466754)

(-)Gaacutes (588000) (617400) (648270) (680684) (714718)

(-)Serviccedilos contabilidade (960000) (1008000) (1058400) (1111320) (1166886)

(-)Manutenccedilatildeo (600000) (630000) (661500) (694575) (729304)

(-)Outras despesas com funcionaacuterios

(1296000) (1405800) (1525590) (1656320) (1799030)

(-)Taxas bancaacuterias (96000) (100800) (105840) (111132) (116689)

(-)Outros pagamentos (900000) (945000) (992250) (1041863) (1093956)

Entradas - Saiacutedas (14335513) 12981301 21410535 23027023 25193585 27734070

Depreciaccedilatildeo 000 (631377) (631377) (631377) (631377) (631377)

Saldo Final (14335513) 12349924 20779158 22395647 24562208 37824209

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

A depreciaccedilatildeo foi calculada considerando o prazo de vida uacutetil meacutedio de 10

anos das maacutequinas equipamentos instalaccedilotildees moacuteveis e utensiacutelios e para os

computadores e perifeacutericos foi considerado o prazo de vida uacutetil de 5 anos conforme

demonstrado na tabela 7

TABELA 7 - DEPRECIACcedilAtildeO

Item Valor Inicial Taxa Anual Depreciaccedilatildeo Anual (R$)

Maacutequinas e equipamentos 3084878 10 308488

Instalaccedilotildees 103000 10 10300

Moacuteveis e Utensiacutelios 824057 10 82406

Computadores e Perifeacutericos 446204 20 89241

Outros 704712 20 140942

Total 631377

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

45

O valor residual dos equipamentos e instalaccedilotildees da empresa no final do quinto

ano foi considerado em 30 referente ao valor de aquisiccedilatildeo dos mesmos no iniacutecio do

projeto

45 ANAacuteLISE DOS INDICADORES (VPL TIR E PAYBACK)

451 Valor Presente Liacutequido (VPL)

A tabela 8 mostra que o VPL (Valor Presente Liacutequido) eacute positivo isso significa

que aleacutem de recuperar o investimento inicial ainda vai ser agregado ao valor da

empresa um montante de R$ R$50392407 (quinhentos e trecircs mil novecentos e vinte

quatro reais e sete centavos)

A taxa de retorno requerida de 20 foi determinada levando em conta o niacutevel

de risco do projeto e visando o valor desejado para se obter em cima do valor

investido

TABELA 8 - CALCULO DO VALOR PRESENTE LIacuteQUIDO (VPL)

Anos FC k 2000

0 -$143355 VPL $50392407

1 $123499 VPL $50392407

2 $207792 VPL $50392407

3 $223956 VPL $21761126

4 $245622 VPL $21761126

5 $378242 Decisatildeo Aceitar o Projeto

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

452 Taxa Interna de Retorno (TIR)

Conforme a tabela 9 eacute possiacutevel verificar que a TIR (Taxa Interna de Retorno)

eacute de 11593 maior que a taxa requerida de 20 isso significa que custo inicial seraacute

46

recuperado e o projeto vai criar valor para empresa mais um resultado favoraacutevel para

a aceitaccedilatildeo do projeto

TABELA 9 - TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR)

Anos FC

0 -$143355 TIR 11593

1 $123499 TIR 2168

2 $207792 TIR 2168

3 $223956 Decisatildeo

4 $245622 k 2000

5 $378242 Aceitar o projeto

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

453 Payback

O tempo de recuperaccedilatildeo do custo inicial ocorre normalmente entre o quarto e

o quinto ano se for feita a anaacutelise da tabela 10 eacute possiacutevel verificar que o tempo

necessaacuterio para o retorno do investimento (payback) do projeto eacute de 128 anos este

indicador mostra claramente que o projeto deve ser aceito pois o tempo de retorno

estaacute bem abaixo do tempo meacutedio dos empreendimentos como um todo

TABELA 10 - PAYBACK

k 20

Anos FC SPresente

0 -$143355 -$143355 PBD-SP = 128

1 $123499 -$40439 128

2 $207792 $103861

3 $223956 $233465

4 $245622 $351917

5 $378242 $503924

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

47

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Para iniciar um negoacutecio requer muito mais do que apenas o espiacuterito

empreendedor eacute necessaacuterio ter lideranccedila conhecimento sobre o mercado que deseja

atuar organizaccedilatildeo e principalmente planejamento

O principal objetivo desse estudo foi analisar a viabilidade econocircmico-

financeira da abertura de uma empresa de bolos e doces finos no Bairro Alto em

Curitiba

O objetivo apresentado nesta pesquisa foi atingido pois todos os indicadores

analisados mostram com clareza que empresa obteacutem resultados positivos que criam

valor para a mesma e com isso o projeto eacute viaacutevel economicamente pois do primeiro

ao quinto ano fica visiacutevel o crescimento do empreendimento e a melhora significativa

da sua sauacutede financeira isso fica evidenciado no saldo final em caixa no quinto ano

que chega proacuteximo haacute 400 mil reais Apesar disso eacute crucial o acompanhamento do

mercado para seguir as tendecircncias e se atualizar constantemente para tomar

decisotildees mais assertivas

Um negoacutecio mal avaliado pode arruinar a estabilidade econocircmica do

investidor por isso eacute de extrema importacircncia fazer todos os levantamentos de custos

antes de se aventurar em qualquer empreendimento

Eacute possiacutevel comprovar que a pesquisa realizada contribui positivamente para

abertura da empresa No entanto as informaccedilotildees aqui presentes natildeo satildeo estaacuteticas e

devem ser revisadas periodicamente e se preciso ateacute mesmo ampliadas no decorrer

da implantaccedilatildeo do projeto para que o mesmo seja uma ferramenta eficiente e eficaz

no desenvolvimento da empresa como um todo

48

REFEREcircNCIAS

BRITO Paulo Anaacutelise e viabilidade de projetos de investimento Satildeo Paulo Atlas 2003 DOLABELA Fernando O segredo de Luiacutesa 30 ed Satildeo Paulo Editora de Cultura 2006 DORNELAS Joseacute Carlos Assis Empreendedorismo transformando ideias em negoacutecios 4 ed Rio de Janeiro Campus Elsevier 2012 CENSO Demograacutefico 2010 Resultados gerais da amostra Curitiba IBGE 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=410690ampidtema=87ampsearch=parana|curitiba|censo-demografico-2010-resultados-gerais-da-amostra-gt Acesso em 21 de Junho de 2015 CHIAVENATO Idalberto Empreendedorismo dando asas ao espiacuterito empreendedor empreendedorismo e a viabilidade de novas empresas um guia eficiente para iniciar e tocar seu proacuteprio negoacutecio 2 ed Satildeo Paulo Saraiva 2007 ESTATIacuteSTICAS do registro civil 2012 Curitiba IBGE 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaoregistrocivil2012default_xlsshtmgt Acesso em 21 de Junho de 2015 GIL Antonio Carlos Meacutetodos e teacutecnicas de pesquisa social 6 ed Satildeo Paulo Atlas 2008 KOTLER Philip KELLER Kevin Lane Administraccedilatildeo de Marketing 12 ed Satildeo Paulo ABDR 2006 LAPPONI Juan Carlos Projetos de Investimento na Empresa Rio de Janeiro Elsevier 2007 MACHADO Jesseacute Anderson Pinto Projetos Econocircmicos uma abordagem praacutetica de elaboraccedilatildeo Satildeo Paulo Nobel 2002 MICHEL Maria Helena Metodologia e pesquisa cientiacutefica em ciecircncias sociais 2 ed Satildeo Paulo Atlas 2009 OLIVEIRA Djalma de Pinho Rebouccedilas de Planejamento estrateacutegico conceitos metodologia e praacuteticas 20 ed Satildeo Paulo Atlas 2004 PRODANOV Cleber Cristiano ERNANI Cesar de Freitas Metodologia do trabalho cientiacutefico meacutetodo e teacutecnicas da pesquisa e do trabalho acadecircmico 2 ed Novo Hamburgo Freevale 2013

49

REBELATTO Dayse Projeto de Investimento 1 ed Barueri Manole 2004 SEBRAE Pesquisa de Mercado o que eacute e para que serve Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrsitesPortalSebraeartigosPesquisa-de-mercado-o-que-C3A9-e-para-que-servegt Acesso em 21 de Junho de 2015 SEBRAE Fluxo de caixa Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrSebraePortal20SebraeAnexos0_fluxo-de-caixapdfgt Acesso em 10 de Outubro de 2015 WILDAUER Egon Walter Plano de negoacutecios elementos construtivos e processos de elaboraccedilatildeo 2 ed Curitiba Ibpex 2011 WOILER Samsatildeo MATHIAS Washington Franco Projetos planejamento elaboraccedilatildeo anaacutelise 1 ed Satildeo Paulo Atlas 1994

50

APEcircNDICES

APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL 51

APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS 52

APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL 52

51

APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL

Item Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

Aacutegua 25000 26250 27563 28941 30388

Aluguel 160000 168000 176400 185220 194481

Assessoria Contaacutebil 80000 84000 88200 92610 97241

Gaacutes 49000 51450 54023 56724 59560

Impostos 387858 422765 464481 506284 551849

Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)

80268 84281 88495 92920 97566

Energia eleacutetrica 70000 73500 77175 81034 85085

Manutenccedilatildeo 50000 52500 55125 57881 60775

Material de escritoacuterio 20000 21000 22050 23153 24310

Material de Limpeza 40000 42000 44100 46305 48620

Folha de pagamento 272266 299493 329442 362386 398625

Seguros 15000 15750 16538 17364 18233

Telefone fixointernet 20000 21000 22050 23153 24310

Telefone Moacutevel 12000 12600 13230 13892 14586

Vale Refeiccedilatildeo 75000 82500 90750 99825 109808

Vale Transporte 33000 34650 36383 38202 40112

Proacute- labore 200000 220000 286000 328900 361790

Taxas Bancaacuterias 8000 8400 8820 9261 9724

Total R$ 1597392 R$ 1720139 R$ 1900823 R$ 2064053 R$ 2227062

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

52

APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS

Item

Produccedilatildeo mensal meacutedia

Custo unitaacuterio total

Sugestatildeo Preccedilo de venda

Custo Mensal Total

Receita de vendas

Bolos artiacutesticos (recheios diversos) 150 6000 13500 900000 2025000

Bolos de copa (recheios diversos) 30 3600 8100 108000 243000

Naked cake (recheios diversos) 60 4200 9450 252000 567000

Doces Tradicionais 32 3500 7875 112000 252000

Doces Espelhados 32 5000 11250 160000 360000

Doces Finos 32 7500 16875 240000 540000

Brigadeiros gourmet 16 4500 10125 72000 162000

Tacinhas acriacutelicas 16 5500 12375 88000 198000

Trufas 32 5000 11250 160000 360000

Bombons 32 5000 11250 160000 360000

Bem casados 3200 100 225 320000 720000

Custo produccedilatildeo Total 2572000

Receita Total 5787000

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL

Ano Receita Bruta Variaccedilatildeo anual

Ano 1 000

Ano 2 69444000 9

Ano 3 75693960 9

Ano 4 82506416 9

Ano 5 89931994 9

Valor considerando a inflaccedilatildeo de 9 aa

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

16

perceber as oportunidades Com esse conjunto de competecircncias tem a capacidade

de transformar ideias em negoacutecios O empreendedor possui uma boa imaginaccedilatildeo e eacute

persistente qualidades que combinadas de maneira correta o capacitam para

converter ideias simples em projetos objetivos e bem sucedidos

Para Wildauer (2011 p 26)

Podemos entatildeo enumerar muitas caracteriacutesticas do empreendedor sendo as principais a atitude de saber ouvir de estar atento de saber interpretar e analisar as informaccedilotildees do mercador de ter condiccedilotildees de elaborar um planejamento de suas accedilotildees futuras de traccedilar objetivos e todo um roteiro teoacuterico-praacutetico para poder atingi-lo Sem essas premissas baacutesicas o empreendedor natildeo teraacute sucesso na formulaccedilatildeo do plano de negoacutecios muito menos na sustentaccedilatildeo de seu negoacutecio

Chiavenato (2007 p 4) acredita que ldquoos empreendedores satildeo heroacuteis

populares do mundo dos negoacuteciosrdquo Que geram empregos propagam inovaccedilotildees e

estimulam o crescimento da economia Satildeo muito mais do que somente fornecedores

de produtos e serviccedilos satildeo pessoas que assumem os riscos das oscilaccedilotildees

econocircmicas

Cabe acrescentar que o empreendedor revolucionaacuterio eacute aquele que inventa

novos mercados isto eacute a pessoa cria algo exclusivo como foi o caso do Bill Gattes

fundador da Microsoft que transformou o mundo com o sistema operacional Windows

Contudo grande parte dos empreendedores cria negoacutecios em mercados jaacute existentes

e mesmo assim criam negoacutecios de sucesso (DORNELAS 2012 p30)

Wildauer (2011 p26) conclui que ldquoo empreendedor necessita de uma estrutura

de pensamento sistecircmico e visionaacuterio com base no qual estabeleceraacute metas e

desenharaacute trajetoacuterias para alcanccedilaacute-lasrdquo

22 PLANO DE NEGOacuteCIOS

Para iniciar um empreendimento eacute fundamental fazer um plano de negoacutecios

com ele eacute possiacutevel verificar a viabilidade ou natildeo do empreendimento e definir onde

estamos para onde vamos e mostrar com mais clareza as oportunidades de negoacutecio

17

Do ponto de vista de Dornelas (2012 p 93) ldquoum negoacutecio bem planejado teraacute

mais chances de sucesso do que aquele sem planejamento na mesma igualdade de

condiccedilotildeesrdquo

Nessa mesma perspectiva Dolabela (2006 sn) afirma que vaacuterios

empreendedores bem sucedidos abriram seus empreendimentos sem compreender

pontualmente o que eacute um plano de negoacutecios Poreacutem muitos outros natildeo tiveram o

mesmo fim e o que conseguiram foram negoacutecios fracassados por conta de falhas que

poderiam ter sido evitadas Uma grande quantidade de negoacutecios que possuem um

alto potencial acabam se tornando impraticaacuteveis por conta da incapacidade dos

empreendedores Ainda assim muitas pessoas abrem e vatildeo continuar abrindo

negoacutecios capacitadas ou natildeo para isso

Wildauer (2011 p 39) define plano de negoacutecios como ldquoum documento em

forma de texto no qual eacute apresentada uma proposta de negoacutecio para um mercadordquo

Esse documento deve mostrar com clareza o ponto de vista do empreendedor sobre

o sucesso do seu produto ou serviccedilo no mercado atual

Chiavenato (2007 p132) acredita que

O plano de negoacutecio mdash business planmdash descreve a ideia de um novo empreendimento e projeta os aspectos mercadoloacutegicos operacionais e financeiros dos negoacutecios propostos geralmente para os proacuteximos trecircs ou cinco anos Seu preparo permite a anaacutelise da proposta e ajuda o futuro empreendedor a evitar uma trajetoacuteria decadente que o levaraacute do entusiasmo agrave desilusatildeo e ao fracasso

Eacute possiacutevel sintetizar o plano de negoacutecios como um documento em que o

empreendedor mostra de maneira formal e concreta o negoacutecio que quer idealizar e

expor para seus parceiros soacutecios e investidores apresentando a visatildeo a missatildeo e os

seus propoacutesitos assim como o ldquoplano operacional o plano de marketing o plano de

financeiro e o plano juriacutedicordquo desta forma facilitando a assimilaccedilatildeo e aceitaccedilatildeo do

negoacutecio pelas pessoas interessadas (WILDAUER 2011 p39)

Conforme mencionado por Chiavenato (2007 p 134) o plano de negoacutecios

mobiliza o novo empreendimento na sua totalidade Ele demonstra o levantamento

cansativo dos elementos que fazem parte do negoacutecio ldquosejam internos mdash o que deveraacute

ser produzido como onde quanto mdash sejam externos mdash para quem produzir qual eacute

o mercado quais satildeo os concorrentes etcrdquo

18

Com isso Wildauer (2011 p 45) conclui que ldquoo plano de negoacutecios eacute como um

guia uacutetil para a obtenccedilatildeo de conhecimentos para a concepccedilatildeo de um

empreendimentordquo

221 Estrutura do plano de negoacutecios

O plano de negoacutecios mobiliza todas as informaccedilotildees necessaacuterias para abrir um

negoacutecio por meio dele eacute possiacutevel detectar onde estou e para onde desejo ir dentro do

mercado

Conforme identificado por Dornelas (2012 p 101) ldquonatildeo existe uma estrutura

riacutegida e especiacutefica para se escrever um plano de negoacuteciosrdquo dado que cada negoacutecio

possui suas singularidades e equivalecircncias sendo improvaacutevel delimitar um modelo-

padratildeo de plano de negoacutecios que seja absoluto e adequado para todos os negoacutecios

Todos os planos de negoacutecios devem conter um miacutenimo de seccedilotildees que vatildeo possibilitar

uma compreensatildeo do negoacutecio como um todo Tais seccedilotildees satildeo alinhadas de maneira

que mantenham uma sequecircncia loacutegica que possibilite qualquer pessoa ler o plano e

compreender como a empresa eacute estruturada seus objetivos seus produtos seus

serviccedilos qual seu mercado seu plano financeiro e de marketing

A seguir encontra-se uma breve descriccedilatildeo de cada uma das seccedilotildees do Plano

de Negoacutecios

2211 Capa

Eacute um dos componentes fundamentais do plano de negoacutecios pois eacute a primeira

parte que eacute vista pela pessoa que vai ler deve ser desenvolvida de forma clara e com

os dados adequados (DORNELAS 2012 p 101)

19

2212 Sumaacuterio

O sumaacuterio deve incluir ldquoo tiacutetulo de cada seccedilatildeo do plano de negoacutecios e a paacutegina

respectiva onde se encontra bem como os principais assuntos relacionados em cada

seccedilatildeordquo Isso faz com que fique mais faacutecil o leitor do plano de negoacutecios identificar com

mais agilidade o que lhe interessar (DORNELAS 2012 p 101-102)

2213 Sumaacuterio executivo

O Sumaacuterio Executivo eacute a parte mais importante do plano de negoacutecios ele iraacute

definir se o leitor vai prosseguir ou natildeo com a leitura do plano de negoacutecios Dessa

forma deve ser redigido com bastante concentraccedilatildeo e revisado inuacutemeras vezes e

tambeacutem englobar as informaccedilotildees mais relevantes do plano de negoacutecios Deve ser

direcionado ao puacuteblico-alvo do plano de negoacutecios e deixar claro qual o objetivo do

mesmo em relaccedilatildeo agraves pessoas que estatildeo o lendo ldquoO Sumaacuterio Executivo deve ser a

uacuteltima seccedilatildeo a ser escrita pois depende de todas as outras seccedilotildees do plano para ser

elaboradardquo (DORNELAS 2012 p 102)

2214 Anaacutelise estrateacutegica

Nesta seccedilatildeo eacute determinada a direccedilatildeo que a empresa vai seguir ldquosua visatildeo e

missatildeo sua situaccedilatildeo atual as potencialidades e ameaccedilas externas suas forccedilas e

fraquezas seus objetivos e metas de negoacuteciordquo Essa parte eacute o alicerce para o

crescimento e o estabelecimento das outras accedilotildees redigidas no plano (DORNELAS

2012 p 102)

20

2215 Descriccedilatildeo da empresa

Eacute nessa seccedilatildeo que deve ser feita a descriccedilatildeo da empresa ldquoseu histoacuterico

crescimento faturamento dos uacuteltimos anos sua razatildeo social impostos estrutura

organizacional e legal localizaccedilatildeo parcerias serviccedilos terceirizados etcrdquo

(DORNELAS 2012 p 102)

2216 Produtos e serviccedilos

Nessa seccedilatildeo do plano de negoacutecios devem ser descritos os produtos e serviccedilos

da empresa a maneira que satildeo produzidos o capital disposto seu ciclo de vida os

elementos tecnoloacutegicos envolvidos pesquisa e desenvolvimento os seus clientes

marcas e patentes etc

Nessa seccedilatildeo pode ser incluiacuteda quando estaacute informaccedilatildeo encontra-se disponiacutevel uma visatildeo do niacutevel de satisfaccedilatildeo dos clientes com os produtos e serviccedilos da empresa Esse feedback eacute bastante importante porque costuma oferecer natildeo apenas uma visatildeo do niacutevel de qualidade percebida nos produtos e serviccedilos mas tambeacutem guiar futuros investimentos da empresa em novos desenvolvimentos e processos de produccedilatildeo (DORNELAS 2012 p 102-103)

2217 Plano operacional

Nesta seccedilatildeo devem ser expostas as accedilotildees que a empresa pretende ter na

sua estrateacutegia produtiva e no processo de produccedilatildeo apontando os resultados que

essas accedilotildees teratildeo sobre os criteacuterios de avaliaccedilatildeo dos produtos Deve incluir dados

operacionais atualizados e presumidos como ldquolead time do produto ou serviccedilo

percentual de entregas a tempo rotatividade do inventaacuterio iacutendice de refugo lead time

de desenvolvimento de produto ou serviccedilo etcrdquo (DORNELAS 2012 p 103)

21

2218 Plano de recursos humanos

Devem ser exibidas as propostas de desenvolvimento e treinamento de

pessoal da empresa Esses dados estatildeo pontualmente associados com a

competecircncia da empresa de crescer ldquoespecialmente quando esta atua em um

mercado onde a detenccedilatildeo de tecnologia eacute considerada um fator estrateacutegico de

competitividaderdquo (DORNELAS 2012 p 103)

2219 Anaacutelise de mercado

Nesta seccedilatildeo o responsaacutevel pelo plano de negoacutecios deve deixar claro que os

executivos da empresa entendem perfeitamente o mercado consumidor do seu

produto ou serviccedilo (atraveacutes de pesquisa de mercado) como estaacute segmentado

crescimento do mercado atributos do consumidor anaacutelise da concorrecircncia qual a sua

fatia de mercado e dos concorrentes etc (DORNELAS 2012 p 103)

22110 Estrateacutegia de marketing

Deve ser apresentado o objetivo da empresa para vender seu produtoserviccedilo

e consolidar seus clientes e ampliar sua demanda Deve ser informada sua estrateacutegia

de venda especificidades do produtoserviccedilo preccedilos puacuteblico-alvo canais de

distribuiccedilatildeo projeccedilatildeo das vendas (DORNELAS 2012 p 103)

22

22111 Plano financeiro

Na seccedilatildeo financeira deve mostrar em nuacutemeros todas as accedilotildees planejadas

para a empresa e suas evidecircncias por meio de projeccedilotildees futuras para um negoacutecio

bem sucedido

Deve conter demonstrativo de fluxo de caixa com horizonte de pelo menos trecircs anos balanccedilo patrimonial anaacutelise do ponto de equiliacutebrio necessidades de investimento demonstrativos de resultados anaacutelise de indicadores financeiros do negoacutecio como faturamento previsto margem prevista prazo de retorno sobre o investimento inicial (payback) taxa interna de retorno (TIR) etc (DORNELAS 2012 p 103-104)

22112 Anexos

Nesta seccedilatildeo deve incluir todos os dados considerados importantes para

melhor compreensatildeo do plano de negoacutecios O que natildeo pode ser deixado de anexar eacute

o curriculum vitae dos soacutecios da empresa (DORNELAS 2012 p 104)

23 VIABILIDADE ECONOcircMICO-FINANCEIRA

Analisar o empreendimento economicamente para verificar se o projeto eacute

viaacutevel e lucrativo ou natildeo eacute uma das decisotildees fundamentais de qualquer

empreendedor

A anaacutelise de investimento eacute um mecanismo aacutegil praacutetico e seguro que ajuda

profissionais de inuacutemeras aacutereas no processo de anaacutelise de tomada de decisotildees

financeiras (REBELATTO p 141)

Lapponi (2007 p 123) afirma que

O objetivo da decisatildeo de investimento ou do orccedilamento de capital eacute maximizar o valor da empresa A decisatildeo de alocaccedilatildeo do capital em projeto de investimento eacute fundamental para o sucesso pois os recursos da empresa

23

satildeo comprometidos por longo tempo na direccedilatildeo de seu futuro desejado e isso envolve um grande esforccedilo de tempo e de gerenciamento Cada projeto aprovado eacute um desembolso realizado pela empresa coma expectativa de obter benefiacutecios futuros quantificados pela geraccedilatildeo de um fluxo de retornos adequados em geral por um prazo maior do que um ano

A carecircncia de recursos financeiros diante das muitas necessidades faz com

que seja crucial aperfeiccediloar sua utilizaccedilatildeo A anaacutelise antecipada de investimento

possibilita que se racionalize a forma como os recursos de capital satildeo utilizados

(REBELATTO 2004 p 141)

Para analisar a viabilidade de um projeto economicamente eacute necessaacuterio reunir

uma seacuterie de informaccedilotildees e de dados que precisam ser organizados para atingir seu

objetivo final que eacute o de facilitar a tomada de decisatildeo Vale salientar que o projeto

deve ser um documento que tenha a capacidade de mostrar de uma maneira loacutegica a

visatildeo estrateacutegica do negoacutecio (MACHADO 2002 p 144)

231 Fluxo de caixa

O fluxo de caixa eacute o melhor guia para uma administraccedilatildeo financeira eficiente

de qualquer negoacutecio

O fluxo de caixa eacute a reproduccedilatildeo graacutefica de uma movimentaccedilatildeo financeira ldquoAs

movimentaccedilotildees monetaacuterias satildeo identificadas temporalmente por meio de um conjunto

de entradas e saiacutedas de caixa definido como diagrama de fluxo de caixardquo Essa

representaccedilatildeo proporciona a visualizaccedilatildeo em diferentes momentos com o que estaacute

ocorrendo com o capital (REBELATTO 2004 p 150)

ldquoA identificaccedilatildeo e a quantificaccedilatildeo das estimativas relevantes do projeto satildeo o

iniacutecio da construccedilatildeo do fluxo de caixa do projeto para empresa em funcionamentordquo

(LAPPONI 2007 p 347)

O fluxo de caixa eacute um composto de entradas e saiacutedas de valores monetaacuterios

(dinheiro) no decorrer de um determinado periacuteodo Bem como evidenciar uma opccedilatildeo

possiacutevel de transaccedilotildees financeiras ou seja pagamentos agrave vista pagamentos a prazo

tiacutetulos originais etc (REBELATTO 2004 p 151)

24

232 Valor Presente Liacutequido (VPL)

ldquoO Valor presente liacutequido (VPL) ou valor atual liacutequido (VAL) eacute o valor atual das

entradas de caixa (retornos de capital esperados) incluindo o valor residual (se

houver) menos o valor atual das saiacutedas de caixardquo (REBELATTO 2004 p 214)

A foacutermula para chegar ao VPL eacute (LAPPONI 2007 p 125)

119881119875119871 = minus119868 +119865119862

(1 + 119870)119899

Onde

I= custo inicial ou desembolso inicial

FC= fluxo de caixa

K= taxa requerida

n= prazo de anaacutelise

Rebelatto (2004 p214) afirma que os paracircmetros para que o projeto seja

aceito se refere ao valor presente liacutequido (VPL)

VPLgt0 o projeto eacute aceito

VPLlt0 o projeto eacute rejeitado

VPL=0 o projeto pode ser aceito ou natildeo pois natildeo cria e nem destroacutei

valor para empresa

Para Lapponi (2007 p 134-135) as principais vantagens do VPL satildeo

Considera o fluxo de caixa do projeto na sua totalidade

Considera o valor monetaacuterio (dinheiro) no tempo

Tem a capacidade de medir o valor criado ou destruiacutedo pelo projeto

Pode ser utilizado na avaliaccedilatildeo do projeto independentemente do tipo de

fluxo de caixa utilizado

Seleciona o projeto mais viaacutevel economicamente

25

233 Taxa Interna de Retorno (TIR)

ldquoTaxa Interna de Retorno (TIR) eacute a taxa de desconto que torna o valor atual

liacutequido (VAL) do investimento igual a zero Tambeacutem eacute chamada de taxa interna efetiva

de rentabilidaderdquo (REBELATTO 2004 p 217)

No projeto do tipo simples com o aumento da taxa requerida o VPL do projeto tende ao valor do custo inicial pois o VPL eacute uma funccedilatildeo decrescente da taxa requerida Portanto a decisatildeo com o meacutetodo TIR somente deve ser feita em projetos simples que garantem a existecircncia de uma uacutenica TIRgt -100 Nos outros tipos de fluxo de caixa em geral o meacutetodo da TIR natildeo deve ser utilizado pois haacute a possibilidade de muacuteltiplas TIRs Sendo a TIR a taxa de juro que zera o VPL do projeto simples para qualquer taxa requerida K menor que a TIR o VPL seraacute positivo e para qualquer taxa requerida K maior que a TIR o VPL seraacute negativo (LAPPONI 2007 p 175-176)

Rebelatto (2004 p 217) complementa afirmando que a TIR eacute um meacutetodo

aprimorado de anaacutelise de investimento sendo possivelmente uma das mais usadas

para avaliar projetos econocircmicos A TIR deve ser comparada com a taxa miacutenima de

atratividade (TMA) para analisar se o projeto seraacute aceito ou natildeo

Sendo assim Lapponi (2007 p 176) considera que

Se TIR gt TMA o projeto deve ser aceito pois eacute economicamente viaacutevel

Se TIR lt TMA o projeto deve ser recusado pois eacute economicamente

inviaacutevel

Se TIR = TMA eacute indiferente investir no projeto pois o mesmo natildeo criaraacute

e nem destruiraacute valor da empresa

ldquoA grande vantagem da TIR como indicador de decisatildeo eacute que prescinde de

informaccedilotildees externas ao projeto Tudo que o analista necessita eacute conhecer o perfil do

projeto e alguma ideia de magnitude da taxa de jurosrdquo (MACHADO 2002 p 127)

26

234 Periacuteodo de retorno de investimento (Payback)

ldquoO payback eacute o periacuteodo de tempo em que ocorre o retorno do investimento

Calculado no fluxo de caixa de vida uacutetil de dez anos o payback apresenta-se de vaacuterias

maneiras para cada tipo de empresardquo (BRITO 2003 p 51)

Uma empresa pode nomear o payback como um dos paracircmetros para escolha

de um projeto a fim de minimizar seus riscos Mesmo sendo esse um meacutetodo faacutecil e

simples na praacutetica eacute um dos mais utilizados para efetuar a mediccedilatildeo econocircmica de um

projeto (REBELATTO 2004 p 230)

Segundo Rebelatto (2004 p 231) a foacutermula baacutesica que demonstra o caacutelculo

do payback em fluxos de caixas regulares eacute

PB =I0

FC

Onde

PB= Payback

I0= Investimento inicial

FC= Fluxo de caixa regular

Para executar o meacutetodo payback eacute crucial estabelecer o tempo maacuteximo de

toleracircncia TMT para resgatar o custo inicial ldquoPara decidir se o projeto deve ser aceito

o payback deve ser comparado com o valor de referecircncia TMT de forma querdquo

(LAPPONI 2007 p 245)

Se PB lt TMT o projeto deve ser aceito

Se PB gt TMT o projeto deve ser recusado

A principal vantagem para utilizaccedilatildeo do meacutetodo payback eacute que ele reflete a

liquidez do projeto e por consequecircncia eacute possiacutevel efetuar a avaliaccedilatildeo do risco de natildeo

recuperar o investimento (REBELATTO 2004 p 230)

27

3 METODOLOGIA

Este capiacutetulo tem por objetivo descrever os procedimentos e teacutecnicas

utilizados na pesquisa considerando o problema e aos objetivos gerais e especiacuteficos

Para a execuccedilatildeo da revisatildeo bibliograacutefica realizada neste estudo foi utilizado

livros de especialistas na aacuterea os principais temas abordados foram o

empreendedorismo que eacute um assunto chave quando surge uma ideia para um novo

negoacutecio plano de negoacutecios que eacute um elemento fundamental para o sucesso ou

fracasso de um empreendimento e a viabilidade econocircmico-financeira tema

fundamental visto que o objetivo geral da pesquisa eacute mensurar se a mesma eacute viaacutevel

ou natildeo economicamente

Foi elaborada uma anaacutelise de mercado que estaacute disponiacutevel no item 41 deste

estudo atraveacutes da mesma foi identificado que os principais clientes satildeo das classes

A e B de Curitiba regiatildeo metropolitana no item 42 foi efetuado um levantamento do

tamanho do negoacutecio onde foi definida a capacidade produtiva o investimento inicial e

a localizaccedilatildeo do empreendimento no item 44foi elaborado o fluxo de caixa que

demonstra as previsotildees financeiras do periacuteodo de 5 anos o meacutetodo utilizado para

elaborar a pesquisa foi um estudo de caso de natureza exploratoacuteria quantitativa e

anaacutelise documental

O estudo de caso eacute evidenciado por um estudo minucioso e cansativo de um

ou poucos objetivos desta forma propicia um vasto e detalhado conhecimento sobre

o assunto uma missatildeo praticamente impossiacutevel mediante as outras maneiras de

delineamentos consideradas (GIL 2008 p 57-58)

Prodanov e Freitas (2013 p60) afirmam que o estudo de caso consiste em

recolher e analisar dados sobre determinado indiviacuteduo famiacutelia grupo ou comunidade

com a finalidade de estudar diferentes aspectos das suas vidas conforme o assunto

da pesquisa

Jaacute as pesquisas exploratoacuterias satildeo definidas por Gil (2008 p 27) como as que

Tecircm como principal finalidade desenvolver esclarecer e modificar conceitos e ideias tendo em vista a formulaccedilatildeo de problemas mais precisos ou hipoacuteteses pesquisaacuteveis para estudos posteriores De todos os tipos de pesquisa estas satildeo as que apresentam menor rigidez no planejamento Habitualmente envolvem levantamento bibliograacutefico e documental entrevistas natildeo padronizadas e estudos de caso

28

A pesquisa quantitativa ldquoconsidera que tudo pode ser quantificaacutevel o que

significa traduzir em nuacutemeros opiniotildees e informaccedilotildees para classificaacute-las e analisaacute-lasrdquo

Eacute necessaacuteria a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas estatiacutesticas tais como porcentagem meacutedia

moda desvio-padratildeo coeficiente de correlaccedilatildeo etc (PRODANOV FREITAS 2013

p 69)

Muitos dados que satildeo utilizados em pesquisas satildeo adquiridos indiretamente

por meio de documentosrdquo como livros jornais papeacuteis oficiais registros estatiacutesticos

fotos discos filmes e viacutedeos que satildeo obtidos de maneira indiretardquo Essas fontes

documentais tecircm a capacidade de disponibilizar ao pesquisador um grande nuacutemero

de informaccedilotildees com bastante qualidade para evitar a perda de tempo (GIL 2008 p

147)

Este modelo de pesquisa foi utilizado para definir os principais clientes quais

os produtos que seratildeo vendidos a capacidade produtiva assim como a viabilidade

econocircmico-financeira e operacional do negoacutecio

29

4 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES

41 ANAacuteLISE DE MERCADO

Woiler e Mathias (1994 p41) e Rebelatto (2004 p01) afirmam que a anaacutelise

de mercado eacute um dos pontos mais relevantes para elaboraccedilatildeo de um projeto Atraveacutes

do estudo do mercado obtemos muitas informaccedilotildees tais como

Fazendo a comparaccedilatildeo entre demanda e a oferta encontramos a

possiacutevel escassez da demanda futura Esse resultado proporcionaraacute

informaccedilotildees para que seja definida a escala de produccedilatildeo do projeto

A regiatildeo geograacutefica em que o produto pode ser vendido eacute um dos pontos

mais significativos para que seja definida a localizaccedilatildeo do empreendimento

O preccedilo de venda os custos de comercializaccedilatildeo e os estoques nos

canais de comercializaccedilatildeo satildeo informaccedilotildees relevantes para que seja

elaborada a projeccedilatildeo do projeto

Vale salientar que esses satildeo apenas alguns elementos importantes que eacute

possiacutevel identificar na anaacutelise de mercado existe muitos outros dados que satildeo obtidos

com a mesma

411 Mercado consumidor

ldquoTodas as decisotildees relacionadas a novos empreendimentos contecircm certo

grau de incerteza tanto no que diz respeito agrave informaccedilatildeo na qual as decisotildees estatildeo

baseadas como no que diz respeito agraves suas consequecircnciasrdquo (SEBRAE)

Chiavenato acredita que os clientes tecircm a capacidade de alavancar ou

derrubar um empreendimento ldquoUm cliente pode ser uma organizaccedilatildeo uma empresa

um usuaacuterio dos produtosserviccedilos ou um consumidor finalrdquo Eacute quem adquiri os

produtosserviccedilos ofertados pela organizaccedilatildeo no final da cadeia de transaccedilotildees Eacute ele

que estabelece direta ou indiretamente se o empreendimento teraacute ecircxito ou natildeo Por

30

isso o cliente deve ser considerado como o principal patrimocircnio da empresa (2007

p 207)

Segundo dados do censo 2010 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e

estatiacutestica) dos 576190 (quinhentos e setenta e seis mil cento e noventa) domiciacutelios

de Curitiba 292965 (duzentos e noventa e dois mil novecentos e sessenta e cinco)

possuem renda de mais de 5 a mais de 20 salaacuterios miacutenimos sendo assim cerca de

5085 dos domiciacutelios curitibanos estatildeo enquadrados nas classes A e B Ainda

segundo o IBGE cerca de 137922 (cento e trinta e sete mil novecentos e vinte e dois)

domiciacutelios curitibanos tecircm renda de mais de 10 salaacuterios miacutenimos o que representa

uma meacutedia de 24 dos domiciacutelios de Curitiba

Mais de 249000 (duzentos e quarenta e nove mil) pessoas que residem em

Curitiba cerca de 1423 da populaccedilatildeo tem rendimento mensal de mais de 5 salaacuterios

miacutenimos conforme Tabela 1

TABELA 1 - RESULTADOS DA AMOSTRA - RENDIMENTO POR PESSOA EM CURITIBA

Quantidade de pessoas Salaacuterios miacutenimos

153011 Mais de 5 a 10 salaacuterios miacutenimos

38692 Mais de 10 a 15 salaacuterios miacutenimos

25427 Mais de 15 a 20 salaacuterios miacutenimos

18264 Mais de 20 a 30 salaacuterios miacutenimos

13791 Mais de 30 salaacuterios miacutenimos

FONTE IBGE - CENSO DEMOGRAacuteFICO 2010

Curitiba possui uma populaccedilatildeo de mais de 1750000 (um milhatildeo setecentos

e cinquenta mil habitantes) segundo censo IBGE 2010 sendo que 932000

(novecentos e trinta e dois mil) pessoas com o estado civil de solteiro viuacutevo

divorciado separado judicialmentedesquitado isso mostra que tem muitas pessoas

que podem fazer festas de casamento e necessitar dos produtos que seratildeo ofertados

tais como bolos artiacutesticos doces finos e bem casados

Segundo as estatiacutesticas do registro civil do IBGE ocorreram em Curitiba e

regiatildeo metropolitana no ano 2012 exatamente 18877 (dezoito mil oitocentos e setenta

e sete) casamentos sendo que nos meses de setembro a dezembro foi onde ocorreu

um maior nuacutemero um total de 7828 (sete mil oitocentos e vinte e oito) casamentos o

que representa um total de 4147 dos casamentos ocorrem nesses quatro meses

do ano

31

TABELA 2 - CASAMENTOS POR MEcircS DE REGISTRO SEGUNDO O LUGAR DO REGISTRO ndash 2012

Lugar do registro

Casamentos por mecircs do registro

Total de

registros Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

RM Curitiba 18877 1466 1250 1572 1282 1403 1533 1248 1255 1735 1753 2118 2262

Curitiba 10351 848 692 857 692 724 872 658 658 971 968 1237 1174

FONTE IBGE DIRETORIA DE PESQUISAS COORDENACcedilAtildeO DE POPULACcedilAtildeO E INDICADORES SOCIAIS ESTATIacuteSTICAS DO REGISTRO CIVIL 2012

Nessa perspectiva foi definido que o mercado que a empresa de bolos e doces

finos vai atuar eacute de Curitiba e regiatildeo metropolitana com foco nas pessoas das classes

A e B com estado civil solteiro divorciado separado judicialmentedesquitado e viuacutevo

412 Produtos que seratildeo vendidos

ldquoNo coraccedilatildeo de uma grande marca haacute um grande produto O produto-chave

na oferta ao mercado Liacutederes de mercado geralmente oferecem produtos e serviccedilos

de qualidade superiorrdquo (KOTLER KELLER 2006 p 366)

Os principais produtos fornecidos seratildeo

Bolos artiacutesticos

FOTO1 - BOLO ARTIacuteSTICO FONTE WANDA CARDOSO - BOLOS ARTIacuteSTICOS amp DOCES

32

Bolos de copa

FOTO2 - BOLO DE COPA FONTE ELABORADO PELO AUTOR

FOTO3 - BOLO DE COPA FONTE ELABORADO PELO AUTOR

Naked cake

FOTO4 - NAKED CAKE FONTE DOCES PENEacuteLOPE

33

Doces Tradicionais

FOTO5 - DOCES TRADICIONAIS FONTE ELABORADO PELO AUTOR

Doces Espelhados

FOTO6 - DOCES ESPELHADOS FONTE PRONTO SOCORRO DAS FESTAS

Doces Finos

FOTO 7 - DOCES FINOS FONTE COMPRANDO MEU APE

34

Brigadeiros gourmet

FOTO8 - BRIGADEIROS GOURMET FONTE ELABORADO PELO AUTOR

Tacinhas acriacutelicas

FOTO9 - TACINHAS ACRIacuteLICAS FONTE BUFFET DELIacuteCIAS DA VI

Trufas

FOTO 10 - TRUFAS FONTE FOGAtildeO DA VOVOacute

35

Bombons

FOTO11 - BOMBONS FONTE DALVA GOLDEN GATE

Bem casados

FOTO12 - BEM CASADOS FONTE CASAMENTO SEM ERRO

FOTO13 - BEM CASADOS FONTE CASAMENTO SEM ERRO

36

413 Preccedilo de venda

A definiccedilatildeo do preccedilo dos produtos eacute uma das decisotildees mais relevantes da

organizaccedilatildeo que deve levar em conta a forma como a empresa deseja se posicionar

no mercado os custos a concorrecircncia e a rentabilidade almejada

O preccedilo eacute um dos elementos mais versaacuteteis pode ser modificado rapidamente

ao contraacuterio das propriedades dos produtos dos contratos com canais de distribuiccedilatildeo

e ateacute mesmo das promoccedilotildees O Preccedilo tem tambeacutem a tarefa de mostrar ao mercado o

posicionamento de valor desejado pela empresa para o seu produto ou marca

(KOTLER KELLER 2006 p 428)

A consolidaccedilatildeo dos preccedilos dos produtos seraacute elaborada levando em conta os

custos para se obter os produtos com a qualidade requinte e sofisticaccedilatildeo desejada

com a margem de lucro esperada e se baseando nos preccedilos praticados pela

concorrecircncia

414 Previsatildeo de vendas

Para Chiavenato (2007 p 2013)

A previsatildeo de vendas representa a quantidade de produtosserviccedilos que a empresa pretende vender ou colocar no mercado durante um determinado periacuteodo geralmente um mecircs ou um ano dividido em meses Constitui portanto uma estimativa ou uma expectativa de vendas Pode ser feita em unidades fiacutesicas ou em valores monetaacuterios

A produccedilatildeo vai ser em meacutedia de 5600 doces (doces finos gourmet e bem

casados) e 4 bolos procurando atender em meacutedia 4 eventos por semana e ateacute 16

eventos por mecircs sendo que nos meses de setembro a dezembro essa demanda

aumenta pelo motivo de historicamente ter um nuacutemero maior de casamentos

37

415 Definiccedilatildeo de local de venda dos produtos

ldquoA venda eacute a fase fundamental do processo de vendas Consiste na

transferecircncia do produtoserviccedilo para o cliente ou consumidorrdquo (CHIAVENATO 2007

p 210)

As vendas vatildeo ocorrer atraveacutes de site proacuteprio redes sociais telefone e

pessoalmente natildeo teremos loja fiacutesica apenas um ateliecirc para confecccedilatildeo dos bolos e

doces onde vai conter uma sala anexa na qual vai ser oferecido o serviccedilo de

degustaccedilatildeo com horaacuterios marcados para assim o cliente decidir quais os produtos

seratildeo adquiridos para o seu evento e fechamento de contrato

416 Definiccedilatildeo da demanda e da oferta

Na maior parte das encomendas os clientes solicitam os doces finos e

gourmet que contecircm chocolates frutas oleaginosas tais como castanhas nozes

avelatildes amecircndoas frutas como framboesa morango damasco cerejas e os bem

casados Os bolos mais solicitados satildeo os com decoraccedilatildeo de pasta americana que

deve obrigatoriamente ter recheios mais firmes como ganaches fios de ovos

strogonoff de nozes e os naked cake (bolo pelado) que possuem mais opccedilotildees de

recheios com chocolates frutas diversas e cremes de pacirctisserie

Em contato com algumas empresas que fornecem o mesmo tipo de produto

foi possiacutevel verificar que as encomendas devem ser feitas com antecedecircncia miacutenima

de 6 meses sendo que alguns casos somente com um ano de antecedecircncia para

conseguir na data desejada Esse eacute um dos pontos que mostra que tem espaccedilo

suficiente para entrada nesse mercado

38

417 Concorrentes

Chiavenato (2007 p 33) Kotler e Keller (2006 p 340) afirmam que os

concorrentes satildeo as organizaccedilotildees que competem pelos mesmos fornecedores

clientes e consumidores

ldquoAgrave medida que seus produtosserviccedilos tornam-se mais heterogecircneos tanto

mais heterogecircneos e diferenciados seratildeo seus concorrentes e tanto mais complexa

seraacute a competitividaderdquo (CHIAVENATO 2007 p 33)

Em busca na internet foi possiacutevel identificar que atualmente existe em meacutedia

25 concorrentes reais que oferecem exatamente os mesmos produtos que seratildeo

fornecidos com o mesmo padratildeo de qualidade valor agregado requinte e

sofisticaccedilatildeo Tambeacutem foi detectado mais 14 concorrentes potenciais que vendem

produtos similares aos que seratildeo vendidos poreacutem natildeo possuem o mesmo valor

agregado dos que vatildeo ser ofertados Foi possiacutevel identificar que alguns concorrentes

oferecem somente os doces finos dos quais foram identificados mais 3 concorrentes

reais e 3 concorrentes potenciais E foi detectado que existem concorrentes que

fornecem apenas os bolos artiacutesticos dos quais foi identificado 4 concorrentes reais

todos fornecem os bolos com o mesmo niacutevel de qualidade que seratildeo fornecidos

A tabela 3 mostra a divisatildeo dos concorrentes reais e potenciais que fornecem

bolos e doces por bairro de Curitiba

39

TABELA 3 - CONCORRENTES QUE FORNECEM BOLOS E DOCES POR BAIRRO

Bairro Quantidade de Concorrentes Reais

Quantidade de Concorrentes Potenciais

Aacutegua Verde 4 1

Ahuacute 1

Bairro Alto 2 1

Barreirinha 1

Barreirinha 1

Bom Retiro 1

Campo Comprido 1

Campo Comprido 1

Cidade Industrial 1

Colombo 1

Fazenda Rio Grande 1

Hauer 1

Hugo Lange 1

Mercecircs 1

Novo Mundo 2 1

Novo Mundo 1

Portatildeo 1

Portatildeo 1

Santa Cacircndida 1

Santa Felicidade 1 1

Santo Inaacutecio 1 1

Satildeo Joseacute dos Pinhais 1

Seminaacuterio 1

Sitio Cercado 1

Tarumatilde 1

Vila Izabel 1

Natildeo Informado 1 2

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

418 Forma de divulgaccedilatildeo dos concorrentes

Todas as empresas pesquisadas que fornecem produtos similares aos que

vamos fornecer utilizam sites proacuteprios e as redes sociais para fazer divulgaccedilatildeo dos

seus produtos todas fazem degustaccedilatildeo para os clientes conhecerem os seus

produtos e posteriormente fechar um contrato

40

42 TAMANHO DO NEGOacuteCIO

421 Capacidade produtiva

A capacidade produtiva vai ser para atender ateacute 4 eventos por semana A

produccedilatildeo vai ser de ateacute 5600 doces (doces finos gourmet e bem casados) e 4 bolos

atendendo ateacute 4 eventos por final de semana e ateacute 16 eventos por mecircs sendo que

nos meses de setembro a dezembro essa demanda aumenta pelo motivo de

historicamente ter um nuacutemero maior de casamentos

422 Investimento

Um dos pontos mais relevantes para abertura de uma empresa eacute a

determinaccedilatildeo do capital miacutenimo para dar iniacutecio nas atividades e principalmente como

obter este capital ldquoEacute com o capital inicial que a empresa tem condiccedilotildees de reunir os

recursos empresariais necessaacuterios ao seu funcionamento sejam eles recursos

humanos materiais ou financeirosrdquo A determinaccedilatildeo do capital eacute o que estabelece a

quantidade de recursos empresariais que a empresa tem disponiacutevel Indiscutivelmente

quanto maior for o volume de recursos empresariais mais faacutecil se torna o desempenho

da empresa Quando todos os recursos necessaacuterios para seu funcionamento estatildeo agrave

disposiccedilatildeo a administraccedilatildeo do empreendimento fica mais simples (CHIAVENATO

2007 p84)

Cabe acrescentar que (LAPPONI 2007 p 321)

O custo inicial refere-se aos desembolsos realizados para aquisiccedilatildeo de equipamentos ou outros ativos fixos incluindo o pagamento de fretes seguros instalaccedilotildees despesas operacionais iniciais com materiais e matildeo de obra treinamento de pessoal de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo etc resumindo o custo inicial inclui todos os desembolsos necessaacuterios para adquirir os ativos necessaacuterios e que estejam em condiccedilotildees de operar e gerar as receitas estimadas

41

O empreendimento iniciaraacute suas atividades com capital investido com

recursos proacuteprios da empreendedora

As estimativas de investimento inicial para abertura da empresa foi de

R$5162851 conforme tabela 4

TABELA 4 - INVESTIMENTO INICIAL

Descriccedilatildeo Valor (R$)

Maacutequinas e equipamentos Cozinha R$ 3084878

Utensiacutelios R$ 555075

Moacuteveis para escritoacuterio R$ 268982

Equipamentos de informaacutetica e eletrocircnicos R$ 446204

Outros custos escritoacuterio R$ 48912

Uniformes R$ 155800

Pintura Imoacutevel R$ 500000

Porta de Vidro R$ 103000

Total R$ 5162851

FONTE ELABORADO PELO AUTOR (2015)

423 Localizaccedilatildeo

Seraacute locado um imoacutevel para a instalaccedilatildeo da empresa localizado na Rua Heitor

Baggio Vidal 2508 Bairro Alto Curitiba ndash PR com o valor do aluguel mensal de

R$160000 (mil e seiscentos reais) O espaccedilo interno de 95msup2 seraacute dividido em trecircs

partes a primeira com 20msup2 vai ficar a recepccedilatildeo para receber os clientes efetuar

orccedilamentos e as degustaccedilotildees a segunda com 71msup2 a cozinha industrial onde seratildeo

fabricados os bolos e doces finos e a terceira com 4msup2 o lavabo

42

FOTO14 - FOTO DO IMOacuteVEL ONDE SERAacute INSTALADA A EMPRESA FONTE MP IMOacuteVEIS

424 Entregas

As entregas dos bolos e doces finos seratildeo efetuadas por uma empresa

parceira localizada no Bairro Alto o preccedilo das entregas em Curitiba e regiatildeo

metropolitana variam de R$2400 (vinte e quatro reais) a R$6000 (sessenta reais)

dependendo da localizaccedilatildeo tais valores seratildeo cobrados dos clientes

43 CAPITAL DE GIRO

O capital de giro inicial foi estimado levando em conta que no primeiro ano a

empresa vai produzir 8333 da sua capacidade atendendo em meacutedia 13 ventos

mensalmente sendo assim foram considerados os gastos operacionais necessaacuterios

para o iniacutecio das atividades incluindo o custo fixo mensal e o estoque inicial ambos

multiplicados por 2 e acrescidos de um percentual de 10 de margem de seguranccedila

para despesas natildeo previstas

43

TABELA 5 - CAPITAL DE GIRO

Item Valor (R$)

Estoque Inicial 5144000

Custo Fixo Mensal 3194783

Reserva (10) 833878

Total do Capital de Giro Inicial 9172662

FONTE ELABORDO PELO AUTOR

44 FLUXO DE CAIXA

ldquoFluxo de Caixa eacute um Instrumento de gestatildeo financeira que projeta para

periacuteodos futuros todas as entradas e as saiacutedas de recursos financeiros da empresa

indicando como seraacute o saldo de caixa para o periacuteodo projetadordquo (SEBRAE)

Na tabela 6 eacute apresentada a projeccedilatildeo do Fluxo de Caixa da empresa para os

seus primeiros cinco anos onde fica evidenciado que do primeiro ateacute o quinto ano a

sauacutede financeira da empresa melhora gradativamente sendo que no final do quinto

ano o saldo em caixa ultrapassa os 300 se comparado com o saldo em caixa no

final do primeiro ano

Pode-se observar que natildeo foi inserida no fluxo de caixa a opccedilatildeo de

inadimplecircncia pois todos os pagamentos seratildeo efetuados agrave vista em dinheiro ou

cartatildeo sendo que o pagamento total dos produtos deve ser efetuado no miacutenimo 10

dias antes da data do evento

44

TABELA 6 - PROJECcedilAtildeO DE FLUXO DE CAIXA NOS PRIMEIROS CINCO ANOS

Descriccedilatildeo Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

Investimento Inicial (5162851)

Capital de Giro (9172662) 9172662

Valor Residual 1548855

Total de entradas 000 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873

Previsatildeo Receitas de vendas 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873

Total de Saiacutedas (14335513) (44888699) (54283425) (59479393) (64738409) (70291804)

(-)Fornecedores (25720000) (33641760) (36669518) (39969775) (43567055)

(-)Folha de pagamento (3267192) (3593911) (3953302) (4348633) (4783496)

(-)Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)

(963216) (1011377) (1061946) (1115043) (1170795)

(-)Retiradas soacutecios (2400000) (2640000) (3432000) (3946800) (4341480)

(-)Impostos s vendas (4654291) (5073177) (5573767) (6075406) (6622192)

(-)Alugueacuteis (1920000) (2016000) (2116800) (2222640) (2333772)

(-)Energia eleacutetrica (840000) (882000) (926100) (972405) (1021025)

(-)Aacutegua (300000) (315000) (330750) (347288) (364652)

(-)Telefone (384000) (403200) (423360) (444528) (466754)

(-)Gaacutes (588000) (617400) (648270) (680684) (714718)

(-)Serviccedilos contabilidade (960000) (1008000) (1058400) (1111320) (1166886)

(-)Manutenccedilatildeo (600000) (630000) (661500) (694575) (729304)

(-)Outras despesas com funcionaacuterios

(1296000) (1405800) (1525590) (1656320) (1799030)

(-)Taxas bancaacuterias (96000) (100800) (105840) (111132) (116689)

(-)Outros pagamentos (900000) (945000) (992250) (1041863) (1093956)

Entradas - Saiacutedas (14335513) 12981301 21410535 23027023 25193585 27734070

Depreciaccedilatildeo 000 (631377) (631377) (631377) (631377) (631377)

Saldo Final (14335513) 12349924 20779158 22395647 24562208 37824209

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

A depreciaccedilatildeo foi calculada considerando o prazo de vida uacutetil meacutedio de 10

anos das maacutequinas equipamentos instalaccedilotildees moacuteveis e utensiacutelios e para os

computadores e perifeacutericos foi considerado o prazo de vida uacutetil de 5 anos conforme

demonstrado na tabela 7

TABELA 7 - DEPRECIACcedilAtildeO

Item Valor Inicial Taxa Anual Depreciaccedilatildeo Anual (R$)

Maacutequinas e equipamentos 3084878 10 308488

Instalaccedilotildees 103000 10 10300

Moacuteveis e Utensiacutelios 824057 10 82406

Computadores e Perifeacutericos 446204 20 89241

Outros 704712 20 140942

Total 631377

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

45

O valor residual dos equipamentos e instalaccedilotildees da empresa no final do quinto

ano foi considerado em 30 referente ao valor de aquisiccedilatildeo dos mesmos no iniacutecio do

projeto

45 ANAacuteLISE DOS INDICADORES (VPL TIR E PAYBACK)

451 Valor Presente Liacutequido (VPL)

A tabela 8 mostra que o VPL (Valor Presente Liacutequido) eacute positivo isso significa

que aleacutem de recuperar o investimento inicial ainda vai ser agregado ao valor da

empresa um montante de R$ R$50392407 (quinhentos e trecircs mil novecentos e vinte

quatro reais e sete centavos)

A taxa de retorno requerida de 20 foi determinada levando em conta o niacutevel

de risco do projeto e visando o valor desejado para se obter em cima do valor

investido

TABELA 8 - CALCULO DO VALOR PRESENTE LIacuteQUIDO (VPL)

Anos FC k 2000

0 -$143355 VPL $50392407

1 $123499 VPL $50392407

2 $207792 VPL $50392407

3 $223956 VPL $21761126

4 $245622 VPL $21761126

5 $378242 Decisatildeo Aceitar o Projeto

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

452 Taxa Interna de Retorno (TIR)

Conforme a tabela 9 eacute possiacutevel verificar que a TIR (Taxa Interna de Retorno)

eacute de 11593 maior que a taxa requerida de 20 isso significa que custo inicial seraacute

46

recuperado e o projeto vai criar valor para empresa mais um resultado favoraacutevel para

a aceitaccedilatildeo do projeto

TABELA 9 - TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR)

Anos FC

0 -$143355 TIR 11593

1 $123499 TIR 2168

2 $207792 TIR 2168

3 $223956 Decisatildeo

4 $245622 k 2000

5 $378242 Aceitar o projeto

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

453 Payback

O tempo de recuperaccedilatildeo do custo inicial ocorre normalmente entre o quarto e

o quinto ano se for feita a anaacutelise da tabela 10 eacute possiacutevel verificar que o tempo

necessaacuterio para o retorno do investimento (payback) do projeto eacute de 128 anos este

indicador mostra claramente que o projeto deve ser aceito pois o tempo de retorno

estaacute bem abaixo do tempo meacutedio dos empreendimentos como um todo

TABELA 10 - PAYBACK

k 20

Anos FC SPresente

0 -$143355 -$143355 PBD-SP = 128

1 $123499 -$40439 128

2 $207792 $103861

3 $223956 $233465

4 $245622 $351917

5 $378242 $503924

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

47

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Para iniciar um negoacutecio requer muito mais do que apenas o espiacuterito

empreendedor eacute necessaacuterio ter lideranccedila conhecimento sobre o mercado que deseja

atuar organizaccedilatildeo e principalmente planejamento

O principal objetivo desse estudo foi analisar a viabilidade econocircmico-

financeira da abertura de uma empresa de bolos e doces finos no Bairro Alto em

Curitiba

O objetivo apresentado nesta pesquisa foi atingido pois todos os indicadores

analisados mostram com clareza que empresa obteacutem resultados positivos que criam

valor para a mesma e com isso o projeto eacute viaacutevel economicamente pois do primeiro

ao quinto ano fica visiacutevel o crescimento do empreendimento e a melhora significativa

da sua sauacutede financeira isso fica evidenciado no saldo final em caixa no quinto ano

que chega proacuteximo haacute 400 mil reais Apesar disso eacute crucial o acompanhamento do

mercado para seguir as tendecircncias e se atualizar constantemente para tomar

decisotildees mais assertivas

Um negoacutecio mal avaliado pode arruinar a estabilidade econocircmica do

investidor por isso eacute de extrema importacircncia fazer todos os levantamentos de custos

antes de se aventurar em qualquer empreendimento

Eacute possiacutevel comprovar que a pesquisa realizada contribui positivamente para

abertura da empresa No entanto as informaccedilotildees aqui presentes natildeo satildeo estaacuteticas e

devem ser revisadas periodicamente e se preciso ateacute mesmo ampliadas no decorrer

da implantaccedilatildeo do projeto para que o mesmo seja uma ferramenta eficiente e eficaz

no desenvolvimento da empresa como um todo

48

REFEREcircNCIAS

BRITO Paulo Anaacutelise e viabilidade de projetos de investimento Satildeo Paulo Atlas 2003 DOLABELA Fernando O segredo de Luiacutesa 30 ed Satildeo Paulo Editora de Cultura 2006 DORNELAS Joseacute Carlos Assis Empreendedorismo transformando ideias em negoacutecios 4 ed Rio de Janeiro Campus Elsevier 2012 CENSO Demograacutefico 2010 Resultados gerais da amostra Curitiba IBGE 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=410690ampidtema=87ampsearch=parana|curitiba|censo-demografico-2010-resultados-gerais-da-amostra-gt Acesso em 21 de Junho de 2015 CHIAVENATO Idalberto Empreendedorismo dando asas ao espiacuterito empreendedor empreendedorismo e a viabilidade de novas empresas um guia eficiente para iniciar e tocar seu proacuteprio negoacutecio 2 ed Satildeo Paulo Saraiva 2007 ESTATIacuteSTICAS do registro civil 2012 Curitiba IBGE 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaoregistrocivil2012default_xlsshtmgt Acesso em 21 de Junho de 2015 GIL Antonio Carlos Meacutetodos e teacutecnicas de pesquisa social 6 ed Satildeo Paulo Atlas 2008 KOTLER Philip KELLER Kevin Lane Administraccedilatildeo de Marketing 12 ed Satildeo Paulo ABDR 2006 LAPPONI Juan Carlos Projetos de Investimento na Empresa Rio de Janeiro Elsevier 2007 MACHADO Jesseacute Anderson Pinto Projetos Econocircmicos uma abordagem praacutetica de elaboraccedilatildeo Satildeo Paulo Nobel 2002 MICHEL Maria Helena Metodologia e pesquisa cientiacutefica em ciecircncias sociais 2 ed Satildeo Paulo Atlas 2009 OLIVEIRA Djalma de Pinho Rebouccedilas de Planejamento estrateacutegico conceitos metodologia e praacuteticas 20 ed Satildeo Paulo Atlas 2004 PRODANOV Cleber Cristiano ERNANI Cesar de Freitas Metodologia do trabalho cientiacutefico meacutetodo e teacutecnicas da pesquisa e do trabalho acadecircmico 2 ed Novo Hamburgo Freevale 2013

49

REBELATTO Dayse Projeto de Investimento 1 ed Barueri Manole 2004 SEBRAE Pesquisa de Mercado o que eacute e para que serve Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrsitesPortalSebraeartigosPesquisa-de-mercado-o-que-C3A9-e-para-que-servegt Acesso em 21 de Junho de 2015 SEBRAE Fluxo de caixa Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrSebraePortal20SebraeAnexos0_fluxo-de-caixapdfgt Acesso em 10 de Outubro de 2015 WILDAUER Egon Walter Plano de negoacutecios elementos construtivos e processos de elaboraccedilatildeo 2 ed Curitiba Ibpex 2011 WOILER Samsatildeo MATHIAS Washington Franco Projetos planejamento elaboraccedilatildeo anaacutelise 1 ed Satildeo Paulo Atlas 1994

50

APEcircNDICES

APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL 51

APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS 52

APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL 52

51

APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL

Item Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

Aacutegua 25000 26250 27563 28941 30388

Aluguel 160000 168000 176400 185220 194481

Assessoria Contaacutebil 80000 84000 88200 92610 97241

Gaacutes 49000 51450 54023 56724 59560

Impostos 387858 422765 464481 506284 551849

Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)

80268 84281 88495 92920 97566

Energia eleacutetrica 70000 73500 77175 81034 85085

Manutenccedilatildeo 50000 52500 55125 57881 60775

Material de escritoacuterio 20000 21000 22050 23153 24310

Material de Limpeza 40000 42000 44100 46305 48620

Folha de pagamento 272266 299493 329442 362386 398625

Seguros 15000 15750 16538 17364 18233

Telefone fixointernet 20000 21000 22050 23153 24310

Telefone Moacutevel 12000 12600 13230 13892 14586

Vale Refeiccedilatildeo 75000 82500 90750 99825 109808

Vale Transporte 33000 34650 36383 38202 40112

Proacute- labore 200000 220000 286000 328900 361790

Taxas Bancaacuterias 8000 8400 8820 9261 9724

Total R$ 1597392 R$ 1720139 R$ 1900823 R$ 2064053 R$ 2227062

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

52

APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS

Item

Produccedilatildeo mensal meacutedia

Custo unitaacuterio total

Sugestatildeo Preccedilo de venda

Custo Mensal Total

Receita de vendas

Bolos artiacutesticos (recheios diversos) 150 6000 13500 900000 2025000

Bolos de copa (recheios diversos) 30 3600 8100 108000 243000

Naked cake (recheios diversos) 60 4200 9450 252000 567000

Doces Tradicionais 32 3500 7875 112000 252000

Doces Espelhados 32 5000 11250 160000 360000

Doces Finos 32 7500 16875 240000 540000

Brigadeiros gourmet 16 4500 10125 72000 162000

Tacinhas acriacutelicas 16 5500 12375 88000 198000

Trufas 32 5000 11250 160000 360000

Bombons 32 5000 11250 160000 360000

Bem casados 3200 100 225 320000 720000

Custo produccedilatildeo Total 2572000

Receita Total 5787000

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL

Ano Receita Bruta Variaccedilatildeo anual

Ano 1 000

Ano 2 69444000 9

Ano 3 75693960 9

Ano 4 82506416 9

Ano 5 89931994 9

Valor considerando a inflaccedilatildeo de 9 aa

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

17

Do ponto de vista de Dornelas (2012 p 93) ldquoum negoacutecio bem planejado teraacute

mais chances de sucesso do que aquele sem planejamento na mesma igualdade de

condiccedilotildeesrdquo

Nessa mesma perspectiva Dolabela (2006 sn) afirma que vaacuterios

empreendedores bem sucedidos abriram seus empreendimentos sem compreender

pontualmente o que eacute um plano de negoacutecios Poreacutem muitos outros natildeo tiveram o

mesmo fim e o que conseguiram foram negoacutecios fracassados por conta de falhas que

poderiam ter sido evitadas Uma grande quantidade de negoacutecios que possuem um

alto potencial acabam se tornando impraticaacuteveis por conta da incapacidade dos

empreendedores Ainda assim muitas pessoas abrem e vatildeo continuar abrindo

negoacutecios capacitadas ou natildeo para isso

Wildauer (2011 p 39) define plano de negoacutecios como ldquoum documento em

forma de texto no qual eacute apresentada uma proposta de negoacutecio para um mercadordquo

Esse documento deve mostrar com clareza o ponto de vista do empreendedor sobre

o sucesso do seu produto ou serviccedilo no mercado atual

Chiavenato (2007 p132) acredita que

O plano de negoacutecio mdash business planmdash descreve a ideia de um novo empreendimento e projeta os aspectos mercadoloacutegicos operacionais e financeiros dos negoacutecios propostos geralmente para os proacuteximos trecircs ou cinco anos Seu preparo permite a anaacutelise da proposta e ajuda o futuro empreendedor a evitar uma trajetoacuteria decadente que o levaraacute do entusiasmo agrave desilusatildeo e ao fracasso

Eacute possiacutevel sintetizar o plano de negoacutecios como um documento em que o

empreendedor mostra de maneira formal e concreta o negoacutecio que quer idealizar e

expor para seus parceiros soacutecios e investidores apresentando a visatildeo a missatildeo e os

seus propoacutesitos assim como o ldquoplano operacional o plano de marketing o plano de

financeiro e o plano juriacutedicordquo desta forma facilitando a assimilaccedilatildeo e aceitaccedilatildeo do

negoacutecio pelas pessoas interessadas (WILDAUER 2011 p39)

Conforme mencionado por Chiavenato (2007 p 134) o plano de negoacutecios

mobiliza o novo empreendimento na sua totalidade Ele demonstra o levantamento

cansativo dos elementos que fazem parte do negoacutecio ldquosejam internos mdash o que deveraacute

ser produzido como onde quanto mdash sejam externos mdash para quem produzir qual eacute

o mercado quais satildeo os concorrentes etcrdquo

18

Com isso Wildauer (2011 p 45) conclui que ldquoo plano de negoacutecios eacute como um

guia uacutetil para a obtenccedilatildeo de conhecimentos para a concepccedilatildeo de um

empreendimentordquo

221 Estrutura do plano de negoacutecios

O plano de negoacutecios mobiliza todas as informaccedilotildees necessaacuterias para abrir um

negoacutecio por meio dele eacute possiacutevel detectar onde estou e para onde desejo ir dentro do

mercado

Conforme identificado por Dornelas (2012 p 101) ldquonatildeo existe uma estrutura

riacutegida e especiacutefica para se escrever um plano de negoacuteciosrdquo dado que cada negoacutecio

possui suas singularidades e equivalecircncias sendo improvaacutevel delimitar um modelo-

padratildeo de plano de negoacutecios que seja absoluto e adequado para todos os negoacutecios

Todos os planos de negoacutecios devem conter um miacutenimo de seccedilotildees que vatildeo possibilitar

uma compreensatildeo do negoacutecio como um todo Tais seccedilotildees satildeo alinhadas de maneira

que mantenham uma sequecircncia loacutegica que possibilite qualquer pessoa ler o plano e

compreender como a empresa eacute estruturada seus objetivos seus produtos seus

serviccedilos qual seu mercado seu plano financeiro e de marketing

A seguir encontra-se uma breve descriccedilatildeo de cada uma das seccedilotildees do Plano

de Negoacutecios

2211 Capa

Eacute um dos componentes fundamentais do plano de negoacutecios pois eacute a primeira

parte que eacute vista pela pessoa que vai ler deve ser desenvolvida de forma clara e com

os dados adequados (DORNELAS 2012 p 101)

19

2212 Sumaacuterio

O sumaacuterio deve incluir ldquoo tiacutetulo de cada seccedilatildeo do plano de negoacutecios e a paacutegina

respectiva onde se encontra bem como os principais assuntos relacionados em cada

seccedilatildeordquo Isso faz com que fique mais faacutecil o leitor do plano de negoacutecios identificar com

mais agilidade o que lhe interessar (DORNELAS 2012 p 101-102)

2213 Sumaacuterio executivo

O Sumaacuterio Executivo eacute a parte mais importante do plano de negoacutecios ele iraacute

definir se o leitor vai prosseguir ou natildeo com a leitura do plano de negoacutecios Dessa

forma deve ser redigido com bastante concentraccedilatildeo e revisado inuacutemeras vezes e

tambeacutem englobar as informaccedilotildees mais relevantes do plano de negoacutecios Deve ser

direcionado ao puacuteblico-alvo do plano de negoacutecios e deixar claro qual o objetivo do

mesmo em relaccedilatildeo agraves pessoas que estatildeo o lendo ldquoO Sumaacuterio Executivo deve ser a

uacuteltima seccedilatildeo a ser escrita pois depende de todas as outras seccedilotildees do plano para ser

elaboradardquo (DORNELAS 2012 p 102)

2214 Anaacutelise estrateacutegica

Nesta seccedilatildeo eacute determinada a direccedilatildeo que a empresa vai seguir ldquosua visatildeo e

missatildeo sua situaccedilatildeo atual as potencialidades e ameaccedilas externas suas forccedilas e

fraquezas seus objetivos e metas de negoacuteciordquo Essa parte eacute o alicerce para o

crescimento e o estabelecimento das outras accedilotildees redigidas no plano (DORNELAS

2012 p 102)

20

2215 Descriccedilatildeo da empresa

Eacute nessa seccedilatildeo que deve ser feita a descriccedilatildeo da empresa ldquoseu histoacuterico

crescimento faturamento dos uacuteltimos anos sua razatildeo social impostos estrutura

organizacional e legal localizaccedilatildeo parcerias serviccedilos terceirizados etcrdquo

(DORNELAS 2012 p 102)

2216 Produtos e serviccedilos

Nessa seccedilatildeo do plano de negoacutecios devem ser descritos os produtos e serviccedilos

da empresa a maneira que satildeo produzidos o capital disposto seu ciclo de vida os

elementos tecnoloacutegicos envolvidos pesquisa e desenvolvimento os seus clientes

marcas e patentes etc

Nessa seccedilatildeo pode ser incluiacuteda quando estaacute informaccedilatildeo encontra-se disponiacutevel uma visatildeo do niacutevel de satisfaccedilatildeo dos clientes com os produtos e serviccedilos da empresa Esse feedback eacute bastante importante porque costuma oferecer natildeo apenas uma visatildeo do niacutevel de qualidade percebida nos produtos e serviccedilos mas tambeacutem guiar futuros investimentos da empresa em novos desenvolvimentos e processos de produccedilatildeo (DORNELAS 2012 p 102-103)

2217 Plano operacional

Nesta seccedilatildeo devem ser expostas as accedilotildees que a empresa pretende ter na

sua estrateacutegia produtiva e no processo de produccedilatildeo apontando os resultados que

essas accedilotildees teratildeo sobre os criteacuterios de avaliaccedilatildeo dos produtos Deve incluir dados

operacionais atualizados e presumidos como ldquolead time do produto ou serviccedilo

percentual de entregas a tempo rotatividade do inventaacuterio iacutendice de refugo lead time

de desenvolvimento de produto ou serviccedilo etcrdquo (DORNELAS 2012 p 103)

21

2218 Plano de recursos humanos

Devem ser exibidas as propostas de desenvolvimento e treinamento de

pessoal da empresa Esses dados estatildeo pontualmente associados com a

competecircncia da empresa de crescer ldquoespecialmente quando esta atua em um

mercado onde a detenccedilatildeo de tecnologia eacute considerada um fator estrateacutegico de

competitividaderdquo (DORNELAS 2012 p 103)

2219 Anaacutelise de mercado

Nesta seccedilatildeo o responsaacutevel pelo plano de negoacutecios deve deixar claro que os

executivos da empresa entendem perfeitamente o mercado consumidor do seu

produto ou serviccedilo (atraveacutes de pesquisa de mercado) como estaacute segmentado

crescimento do mercado atributos do consumidor anaacutelise da concorrecircncia qual a sua

fatia de mercado e dos concorrentes etc (DORNELAS 2012 p 103)

22110 Estrateacutegia de marketing

Deve ser apresentado o objetivo da empresa para vender seu produtoserviccedilo

e consolidar seus clientes e ampliar sua demanda Deve ser informada sua estrateacutegia

de venda especificidades do produtoserviccedilo preccedilos puacuteblico-alvo canais de

distribuiccedilatildeo projeccedilatildeo das vendas (DORNELAS 2012 p 103)

22

22111 Plano financeiro

Na seccedilatildeo financeira deve mostrar em nuacutemeros todas as accedilotildees planejadas

para a empresa e suas evidecircncias por meio de projeccedilotildees futuras para um negoacutecio

bem sucedido

Deve conter demonstrativo de fluxo de caixa com horizonte de pelo menos trecircs anos balanccedilo patrimonial anaacutelise do ponto de equiliacutebrio necessidades de investimento demonstrativos de resultados anaacutelise de indicadores financeiros do negoacutecio como faturamento previsto margem prevista prazo de retorno sobre o investimento inicial (payback) taxa interna de retorno (TIR) etc (DORNELAS 2012 p 103-104)

22112 Anexos

Nesta seccedilatildeo deve incluir todos os dados considerados importantes para

melhor compreensatildeo do plano de negoacutecios O que natildeo pode ser deixado de anexar eacute

o curriculum vitae dos soacutecios da empresa (DORNELAS 2012 p 104)

23 VIABILIDADE ECONOcircMICO-FINANCEIRA

Analisar o empreendimento economicamente para verificar se o projeto eacute

viaacutevel e lucrativo ou natildeo eacute uma das decisotildees fundamentais de qualquer

empreendedor

A anaacutelise de investimento eacute um mecanismo aacutegil praacutetico e seguro que ajuda

profissionais de inuacutemeras aacutereas no processo de anaacutelise de tomada de decisotildees

financeiras (REBELATTO p 141)

Lapponi (2007 p 123) afirma que

O objetivo da decisatildeo de investimento ou do orccedilamento de capital eacute maximizar o valor da empresa A decisatildeo de alocaccedilatildeo do capital em projeto de investimento eacute fundamental para o sucesso pois os recursos da empresa

23

satildeo comprometidos por longo tempo na direccedilatildeo de seu futuro desejado e isso envolve um grande esforccedilo de tempo e de gerenciamento Cada projeto aprovado eacute um desembolso realizado pela empresa coma expectativa de obter benefiacutecios futuros quantificados pela geraccedilatildeo de um fluxo de retornos adequados em geral por um prazo maior do que um ano

A carecircncia de recursos financeiros diante das muitas necessidades faz com

que seja crucial aperfeiccediloar sua utilizaccedilatildeo A anaacutelise antecipada de investimento

possibilita que se racionalize a forma como os recursos de capital satildeo utilizados

(REBELATTO 2004 p 141)

Para analisar a viabilidade de um projeto economicamente eacute necessaacuterio reunir

uma seacuterie de informaccedilotildees e de dados que precisam ser organizados para atingir seu

objetivo final que eacute o de facilitar a tomada de decisatildeo Vale salientar que o projeto

deve ser um documento que tenha a capacidade de mostrar de uma maneira loacutegica a

visatildeo estrateacutegica do negoacutecio (MACHADO 2002 p 144)

231 Fluxo de caixa

O fluxo de caixa eacute o melhor guia para uma administraccedilatildeo financeira eficiente

de qualquer negoacutecio

O fluxo de caixa eacute a reproduccedilatildeo graacutefica de uma movimentaccedilatildeo financeira ldquoAs

movimentaccedilotildees monetaacuterias satildeo identificadas temporalmente por meio de um conjunto

de entradas e saiacutedas de caixa definido como diagrama de fluxo de caixardquo Essa

representaccedilatildeo proporciona a visualizaccedilatildeo em diferentes momentos com o que estaacute

ocorrendo com o capital (REBELATTO 2004 p 150)

ldquoA identificaccedilatildeo e a quantificaccedilatildeo das estimativas relevantes do projeto satildeo o

iniacutecio da construccedilatildeo do fluxo de caixa do projeto para empresa em funcionamentordquo

(LAPPONI 2007 p 347)

O fluxo de caixa eacute um composto de entradas e saiacutedas de valores monetaacuterios

(dinheiro) no decorrer de um determinado periacuteodo Bem como evidenciar uma opccedilatildeo

possiacutevel de transaccedilotildees financeiras ou seja pagamentos agrave vista pagamentos a prazo

tiacutetulos originais etc (REBELATTO 2004 p 151)

24

232 Valor Presente Liacutequido (VPL)

ldquoO Valor presente liacutequido (VPL) ou valor atual liacutequido (VAL) eacute o valor atual das

entradas de caixa (retornos de capital esperados) incluindo o valor residual (se

houver) menos o valor atual das saiacutedas de caixardquo (REBELATTO 2004 p 214)

A foacutermula para chegar ao VPL eacute (LAPPONI 2007 p 125)

119881119875119871 = minus119868 +119865119862

(1 + 119870)119899

Onde

I= custo inicial ou desembolso inicial

FC= fluxo de caixa

K= taxa requerida

n= prazo de anaacutelise

Rebelatto (2004 p214) afirma que os paracircmetros para que o projeto seja

aceito se refere ao valor presente liacutequido (VPL)

VPLgt0 o projeto eacute aceito

VPLlt0 o projeto eacute rejeitado

VPL=0 o projeto pode ser aceito ou natildeo pois natildeo cria e nem destroacutei

valor para empresa

Para Lapponi (2007 p 134-135) as principais vantagens do VPL satildeo

Considera o fluxo de caixa do projeto na sua totalidade

Considera o valor monetaacuterio (dinheiro) no tempo

Tem a capacidade de medir o valor criado ou destruiacutedo pelo projeto

Pode ser utilizado na avaliaccedilatildeo do projeto independentemente do tipo de

fluxo de caixa utilizado

Seleciona o projeto mais viaacutevel economicamente

25

233 Taxa Interna de Retorno (TIR)

ldquoTaxa Interna de Retorno (TIR) eacute a taxa de desconto que torna o valor atual

liacutequido (VAL) do investimento igual a zero Tambeacutem eacute chamada de taxa interna efetiva

de rentabilidaderdquo (REBELATTO 2004 p 217)

No projeto do tipo simples com o aumento da taxa requerida o VPL do projeto tende ao valor do custo inicial pois o VPL eacute uma funccedilatildeo decrescente da taxa requerida Portanto a decisatildeo com o meacutetodo TIR somente deve ser feita em projetos simples que garantem a existecircncia de uma uacutenica TIRgt -100 Nos outros tipos de fluxo de caixa em geral o meacutetodo da TIR natildeo deve ser utilizado pois haacute a possibilidade de muacuteltiplas TIRs Sendo a TIR a taxa de juro que zera o VPL do projeto simples para qualquer taxa requerida K menor que a TIR o VPL seraacute positivo e para qualquer taxa requerida K maior que a TIR o VPL seraacute negativo (LAPPONI 2007 p 175-176)

Rebelatto (2004 p 217) complementa afirmando que a TIR eacute um meacutetodo

aprimorado de anaacutelise de investimento sendo possivelmente uma das mais usadas

para avaliar projetos econocircmicos A TIR deve ser comparada com a taxa miacutenima de

atratividade (TMA) para analisar se o projeto seraacute aceito ou natildeo

Sendo assim Lapponi (2007 p 176) considera que

Se TIR gt TMA o projeto deve ser aceito pois eacute economicamente viaacutevel

Se TIR lt TMA o projeto deve ser recusado pois eacute economicamente

inviaacutevel

Se TIR = TMA eacute indiferente investir no projeto pois o mesmo natildeo criaraacute

e nem destruiraacute valor da empresa

ldquoA grande vantagem da TIR como indicador de decisatildeo eacute que prescinde de

informaccedilotildees externas ao projeto Tudo que o analista necessita eacute conhecer o perfil do

projeto e alguma ideia de magnitude da taxa de jurosrdquo (MACHADO 2002 p 127)

26

234 Periacuteodo de retorno de investimento (Payback)

ldquoO payback eacute o periacuteodo de tempo em que ocorre o retorno do investimento

Calculado no fluxo de caixa de vida uacutetil de dez anos o payback apresenta-se de vaacuterias

maneiras para cada tipo de empresardquo (BRITO 2003 p 51)

Uma empresa pode nomear o payback como um dos paracircmetros para escolha

de um projeto a fim de minimizar seus riscos Mesmo sendo esse um meacutetodo faacutecil e

simples na praacutetica eacute um dos mais utilizados para efetuar a mediccedilatildeo econocircmica de um

projeto (REBELATTO 2004 p 230)

Segundo Rebelatto (2004 p 231) a foacutermula baacutesica que demonstra o caacutelculo

do payback em fluxos de caixas regulares eacute

PB =I0

FC

Onde

PB= Payback

I0= Investimento inicial

FC= Fluxo de caixa regular

Para executar o meacutetodo payback eacute crucial estabelecer o tempo maacuteximo de

toleracircncia TMT para resgatar o custo inicial ldquoPara decidir se o projeto deve ser aceito

o payback deve ser comparado com o valor de referecircncia TMT de forma querdquo

(LAPPONI 2007 p 245)

Se PB lt TMT o projeto deve ser aceito

Se PB gt TMT o projeto deve ser recusado

A principal vantagem para utilizaccedilatildeo do meacutetodo payback eacute que ele reflete a

liquidez do projeto e por consequecircncia eacute possiacutevel efetuar a avaliaccedilatildeo do risco de natildeo

recuperar o investimento (REBELATTO 2004 p 230)

27

3 METODOLOGIA

Este capiacutetulo tem por objetivo descrever os procedimentos e teacutecnicas

utilizados na pesquisa considerando o problema e aos objetivos gerais e especiacuteficos

Para a execuccedilatildeo da revisatildeo bibliograacutefica realizada neste estudo foi utilizado

livros de especialistas na aacuterea os principais temas abordados foram o

empreendedorismo que eacute um assunto chave quando surge uma ideia para um novo

negoacutecio plano de negoacutecios que eacute um elemento fundamental para o sucesso ou

fracasso de um empreendimento e a viabilidade econocircmico-financeira tema

fundamental visto que o objetivo geral da pesquisa eacute mensurar se a mesma eacute viaacutevel

ou natildeo economicamente

Foi elaborada uma anaacutelise de mercado que estaacute disponiacutevel no item 41 deste

estudo atraveacutes da mesma foi identificado que os principais clientes satildeo das classes

A e B de Curitiba regiatildeo metropolitana no item 42 foi efetuado um levantamento do

tamanho do negoacutecio onde foi definida a capacidade produtiva o investimento inicial e

a localizaccedilatildeo do empreendimento no item 44foi elaborado o fluxo de caixa que

demonstra as previsotildees financeiras do periacuteodo de 5 anos o meacutetodo utilizado para

elaborar a pesquisa foi um estudo de caso de natureza exploratoacuteria quantitativa e

anaacutelise documental

O estudo de caso eacute evidenciado por um estudo minucioso e cansativo de um

ou poucos objetivos desta forma propicia um vasto e detalhado conhecimento sobre

o assunto uma missatildeo praticamente impossiacutevel mediante as outras maneiras de

delineamentos consideradas (GIL 2008 p 57-58)

Prodanov e Freitas (2013 p60) afirmam que o estudo de caso consiste em

recolher e analisar dados sobre determinado indiviacuteduo famiacutelia grupo ou comunidade

com a finalidade de estudar diferentes aspectos das suas vidas conforme o assunto

da pesquisa

Jaacute as pesquisas exploratoacuterias satildeo definidas por Gil (2008 p 27) como as que

Tecircm como principal finalidade desenvolver esclarecer e modificar conceitos e ideias tendo em vista a formulaccedilatildeo de problemas mais precisos ou hipoacuteteses pesquisaacuteveis para estudos posteriores De todos os tipos de pesquisa estas satildeo as que apresentam menor rigidez no planejamento Habitualmente envolvem levantamento bibliograacutefico e documental entrevistas natildeo padronizadas e estudos de caso

28

A pesquisa quantitativa ldquoconsidera que tudo pode ser quantificaacutevel o que

significa traduzir em nuacutemeros opiniotildees e informaccedilotildees para classificaacute-las e analisaacute-lasrdquo

Eacute necessaacuteria a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas estatiacutesticas tais como porcentagem meacutedia

moda desvio-padratildeo coeficiente de correlaccedilatildeo etc (PRODANOV FREITAS 2013

p 69)

Muitos dados que satildeo utilizados em pesquisas satildeo adquiridos indiretamente

por meio de documentosrdquo como livros jornais papeacuteis oficiais registros estatiacutesticos

fotos discos filmes e viacutedeos que satildeo obtidos de maneira indiretardquo Essas fontes

documentais tecircm a capacidade de disponibilizar ao pesquisador um grande nuacutemero

de informaccedilotildees com bastante qualidade para evitar a perda de tempo (GIL 2008 p

147)

Este modelo de pesquisa foi utilizado para definir os principais clientes quais

os produtos que seratildeo vendidos a capacidade produtiva assim como a viabilidade

econocircmico-financeira e operacional do negoacutecio

29

4 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES

41 ANAacuteLISE DE MERCADO

Woiler e Mathias (1994 p41) e Rebelatto (2004 p01) afirmam que a anaacutelise

de mercado eacute um dos pontos mais relevantes para elaboraccedilatildeo de um projeto Atraveacutes

do estudo do mercado obtemos muitas informaccedilotildees tais como

Fazendo a comparaccedilatildeo entre demanda e a oferta encontramos a

possiacutevel escassez da demanda futura Esse resultado proporcionaraacute

informaccedilotildees para que seja definida a escala de produccedilatildeo do projeto

A regiatildeo geograacutefica em que o produto pode ser vendido eacute um dos pontos

mais significativos para que seja definida a localizaccedilatildeo do empreendimento

O preccedilo de venda os custos de comercializaccedilatildeo e os estoques nos

canais de comercializaccedilatildeo satildeo informaccedilotildees relevantes para que seja

elaborada a projeccedilatildeo do projeto

Vale salientar que esses satildeo apenas alguns elementos importantes que eacute

possiacutevel identificar na anaacutelise de mercado existe muitos outros dados que satildeo obtidos

com a mesma

411 Mercado consumidor

ldquoTodas as decisotildees relacionadas a novos empreendimentos contecircm certo

grau de incerteza tanto no que diz respeito agrave informaccedilatildeo na qual as decisotildees estatildeo

baseadas como no que diz respeito agraves suas consequecircnciasrdquo (SEBRAE)

Chiavenato acredita que os clientes tecircm a capacidade de alavancar ou

derrubar um empreendimento ldquoUm cliente pode ser uma organizaccedilatildeo uma empresa

um usuaacuterio dos produtosserviccedilos ou um consumidor finalrdquo Eacute quem adquiri os

produtosserviccedilos ofertados pela organizaccedilatildeo no final da cadeia de transaccedilotildees Eacute ele

que estabelece direta ou indiretamente se o empreendimento teraacute ecircxito ou natildeo Por

30

isso o cliente deve ser considerado como o principal patrimocircnio da empresa (2007

p 207)

Segundo dados do censo 2010 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e

estatiacutestica) dos 576190 (quinhentos e setenta e seis mil cento e noventa) domiciacutelios

de Curitiba 292965 (duzentos e noventa e dois mil novecentos e sessenta e cinco)

possuem renda de mais de 5 a mais de 20 salaacuterios miacutenimos sendo assim cerca de

5085 dos domiciacutelios curitibanos estatildeo enquadrados nas classes A e B Ainda

segundo o IBGE cerca de 137922 (cento e trinta e sete mil novecentos e vinte e dois)

domiciacutelios curitibanos tecircm renda de mais de 10 salaacuterios miacutenimos o que representa

uma meacutedia de 24 dos domiciacutelios de Curitiba

Mais de 249000 (duzentos e quarenta e nove mil) pessoas que residem em

Curitiba cerca de 1423 da populaccedilatildeo tem rendimento mensal de mais de 5 salaacuterios

miacutenimos conforme Tabela 1

TABELA 1 - RESULTADOS DA AMOSTRA - RENDIMENTO POR PESSOA EM CURITIBA

Quantidade de pessoas Salaacuterios miacutenimos

153011 Mais de 5 a 10 salaacuterios miacutenimos

38692 Mais de 10 a 15 salaacuterios miacutenimos

25427 Mais de 15 a 20 salaacuterios miacutenimos

18264 Mais de 20 a 30 salaacuterios miacutenimos

13791 Mais de 30 salaacuterios miacutenimos

FONTE IBGE - CENSO DEMOGRAacuteFICO 2010

Curitiba possui uma populaccedilatildeo de mais de 1750000 (um milhatildeo setecentos

e cinquenta mil habitantes) segundo censo IBGE 2010 sendo que 932000

(novecentos e trinta e dois mil) pessoas com o estado civil de solteiro viuacutevo

divorciado separado judicialmentedesquitado isso mostra que tem muitas pessoas

que podem fazer festas de casamento e necessitar dos produtos que seratildeo ofertados

tais como bolos artiacutesticos doces finos e bem casados

Segundo as estatiacutesticas do registro civil do IBGE ocorreram em Curitiba e

regiatildeo metropolitana no ano 2012 exatamente 18877 (dezoito mil oitocentos e setenta

e sete) casamentos sendo que nos meses de setembro a dezembro foi onde ocorreu

um maior nuacutemero um total de 7828 (sete mil oitocentos e vinte e oito) casamentos o

que representa um total de 4147 dos casamentos ocorrem nesses quatro meses

do ano

31

TABELA 2 - CASAMENTOS POR MEcircS DE REGISTRO SEGUNDO O LUGAR DO REGISTRO ndash 2012

Lugar do registro

Casamentos por mecircs do registro

Total de

registros Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

RM Curitiba 18877 1466 1250 1572 1282 1403 1533 1248 1255 1735 1753 2118 2262

Curitiba 10351 848 692 857 692 724 872 658 658 971 968 1237 1174

FONTE IBGE DIRETORIA DE PESQUISAS COORDENACcedilAtildeO DE POPULACcedilAtildeO E INDICADORES SOCIAIS ESTATIacuteSTICAS DO REGISTRO CIVIL 2012

Nessa perspectiva foi definido que o mercado que a empresa de bolos e doces

finos vai atuar eacute de Curitiba e regiatildeo metropolitana com foco nas pessoas das classes

A e B com estado civil solteiro divorciado separado judicialmentedesquitado e viuacutevo

412 Produtos que seratildeo vendidos

ldquoNo coraccedilatildeo de uma grande marca haacute um grande produto O produto-chave

na oferta ao mercado Liacutederes de mercado geralmente oferecem produtos e serviccedilos

de qualidade superiorrdquo (KOTLER KELLER 2006 p 366)

Os principais produtos fornecidos seratildeo

Bolos artiacutesticos

FOTO1 - BOLO ARTIacuteSTICO FONTE WANDA CARDOSO - BOLOS ARTIacuteSTICOS amp DOCES

32

Bolos de copa

FOTO2 - BOLO DE COPA FONTE ELABORADO PELO AUTOR

FOTO3 - BOLO DE COPA FONTE ELABORADO PELO AUTOR

Naked cake

FOTO4 - NAKED CAKE FONTE DOCES PENEacuteLOPE

33

Doces Tradicionais

FOTO5 - DOCES TRADICIONAIS FONTE ELABORADO PELO AUTOR

Doces Espelhados

FOTO6 - DOCES ESPELHADOS FONTE PRONTO SOCORRO DAS FESTAS

Doces Finos

FOTO 7 - DOCES FINOS FONTE COMPRANDO MEU APE

34

Brigadeiros gourmet

FOTO8 - BRIGADEIROS GOURMET FONTE ELABORADO PELO AUTOR

Tacinhas acriacutelicas

FOTO9 - TACINHAS ACRIacuteLICAS FONTE BUFFET DELIacuteCIAS DA VI

Trufas

FOTO 10 - TRUFAS FONTE FOGAtildeO DA VOVOacute

35

Bombons

FOTO11 - BOMBONS FONTE DALVA GOLDEN GATE

Bem casados

FOTO12 - BEM CASADOS FONTE CASAMENTO SEM ERRO

FOTO13 - BEM CASADOS FONTE CASAMENTO SEM ERRO

36

413 Preccedilo de venda

A definiccedilatildeo do preccedilo dos produtos eacute uma das decisotildees mais relevantes da

organizaccedilatildeo que deve levar em conta a forma como a empresa deseja se posicionar

no mercado os custos a concorrecircncia e a rentabilidade almejada

O preccedilo eacute um dos elementos mais versaacuteteis pode ser modificado rapidamente

ao contraacuterio das propriedades dos produtos dos contratos com canais de distribuiccedilatildeo

e ateacute mesmo das promoccedilotildees O Preccedilo tem tambeacutem a tarefa de mostrar ao mercado o

posicionamento de valor desejado pela empresa para o seu produto ou marca

(KOTLER KELLER 2006 p 428)

A consolidaccedilatildeo dos preccedilos dos produtos seraacute elaborada levando em conta os

custos para se obter os produtos com a qualidade requinte e sofisticaccedilatildeo desejada

com a margem de lucro esperada e se baseando nos preccedilos praticados pela

concorrecircncia

414 Previsatildeo de vendas

Para Chiavenato (2007 p 2013)

A previsatildeo de vendas representa a quantidade de produtosserviccedilos que a empresa pretende vender ou colocar no mercado durante um determinado periacuteodo geralmente um mecircs ou um ano dividido em meses Constitui portanto uma estimativa ou uma expectativa de vendas Pode ser feita em unidades fiacutesicas ou em valores monetaacuterios

A produccedilatildeo vai ser em meacutedia de 5600 doces (doces finos gourmet e bem

casados) e 4 bolos procurando atender em meacutedia 4 eventos por semana e ateacute 16

eventos por mecircs sendo que nos meses de setembro a dezembro essa demanda

aumenta pelo motivo de historicamente ter um nuacutemero maior de casamentos

37

415 Definiccedilatildeo de local de venda dos produtos

ldquoA venda eacute a fase fundamental do processo de vendas Consiste na

transferecircncia do produtoserviccedilo para o cliente ou consumidorrdquo (CHIAVENATO 2007

p 210)

As vendas vatildeo ocorrer atraveacutes de site proacuteprio redes sociais telefone e

pessoalmente natildeo teremos loja fiacutesica apenas um ateliecirc para confecccedilatildeo dos bolos e

doces onde vai conter uma sala anexa na qual vai ser oferecido o serviccedilo de

degustaccedilatildeo com horaacuterios marcados para assim o cliente decidir quais os produtos

seratildeo adquiridos para o seu evento e fechamento de contrato

416 Definiccedilatildeo da demanda e da oferta

Na maior parte das encomendas os clientes solicitam os doces finos e

gourmet que contecircm chocolates frutas oleaginosas tais como castanhas nozes

avelatildes amecircndoas frutas como framboesa morango damasco cerejas e os bem

casados Os bolos mais solicitados satildeo os com decoraccedilatildeo de pasta americana que

deve obrigatoriamente ter recheios mais firmes como ganaches fios de ovos

strogonoff de nozes e os naked cake (bolo pelado) que possuem mais opccedilotildees de

recheios com chocolates frutas diversas e cremes de pacirctisserie

Em contato com algumas empresas que fornecem o mesmo tipo de produto

foi possiacutevel verificar que as encomendas devem ser feitas com antecedecircncia miacutenima

de 6 meses sendo que alguns casos somente com um ano de antecedecircncia para

conseguir na data desejada Esse eacute um dos pontos que mostra que tem espaccedilo

suficiente para entrada nesse mercado

38

417 Concorrentes

Chiavenato (2007 p 33) Kotler e Keller (2006 p 340) afirmam que os

concorrentes satildeo as organizaccedilotildees que competem pelos mesmos fornecedores

clientes e consumidores

ldquoAgrave medida que seus produtosserviccedilos tornam-se mais heterogecircneos tanto

mais heterogecircneos e diferenciados seratildeo seus concorrentes e tanto mais complexa

seraacute a competitividaderdquo (CHIAVENATO 2007 p 33)

Em busca na internet foi possiacutevel identificar que atualmente existe em meacutedia

25 concorrentes reais que oferecem exatamente os mesmos produtos que seratildeo

fornecidos com o mesmo padratildeo de qualidade valor agregado requinte e

sofisticaccedilatildeo Tambeacutem foi detectado mais 14 concorrentes potenciais que vendem

produtos similares aos que seratildeo vendidos poreacutem natildeo possuem o mesmo valor

agregado dos que vatildeo ser ofertados Foi possiacutevel identificar que alguns concorrentes

oferecem somente os doces finos dos quais foram identificados mais 3 concorrentes

reais e 3 concorrentes potenciais E foi detectado que existem concorrentes que

fornecem apenas os bolos artiacutesticos dos quais foi identificado 4 concorrentes reais

todos fornecem os bolos com o mesmo niacutevel de qualidade que seratildeo fornecidos

A tabela 3 mostra a divisatildeo dos concorrentes reais e potenciais que fornecem

bolos e doces por bairro de Curitiba

39

TABELA 3 - CONCORRENTES QUE FORNECEM BOLOS E DOCES POR BAIRRO

Bairro Quantidade de Concorrentes Reais

Quantidade de Concorrentes Potenciais

Aacutegua Verde 4 1

Ahuacute 1

Bairro Alto 2 1

Barreirinha 1

Barreirinha 1

Bom Retiro 1

Campo Comprido 1

Campo Comprido 1

Cidade Industrial 1

Colombo 1

Fazenda Rio Grande 1

Hauer 1

Hugo Lange 1

Mercecircs 1

Novo Mundo 2 1

Novo Mundo 1

Portatildeo 1

Portatildeo 1

Santa Cacircndida 1

Santa Felicidade 1 1

Santo Inaacutecio 1 1

Satildeo Joseacute dos Pinhais 1

Seminaacuterio 1

Sitio Cercado 1

Tarumatilde 1

Vila Izabel 1

Natildeo Informado 1 2

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

418 Forma de divulgaccedilatildeo dos concorrentes

Todas as empresas pesquisadas que fornecem produtos similares aos que

vamos fornecer utilizam sites proacuteprios e as redes sociais para fazer divulgaccedilatildeo dos

seus produtos todas fazem degustaccedilatildeo para os clientes conhecerem os seus

produtos e posteriormente fechar um contrato

40

42 TAMANHO DO NEGOacuteCIO

421 Capacidade produtiva

A capacidade produtiva vai ser para atender ateacute 4 eventos por semana A

produccedilatildeo vai ser de ateacute 5600 doces (doces finos gourmet e bem casados) e 4 bolos

atendendo ateacute 4 eventos por final de semana e ateacute 16 eventos por mecircs sendo que

nos meses de setembro a dezembro essa demanda aumenta pelo motivo de

historicamente ter um nuacutemero maior de casamentos

422 Investimento

Um dos pontos mais relevantes para abertura de uma empresa eacute a

determinaccedilatildeo do capital miacutenimo para dar iniacutecio nas atividades e principalmente como

obter este capital ldquoEacute com o capital inicial que a empresa tem condiccedilotildees de reunir os

recursos empresariais necessaacuterios ao seu funcionamento sejam eles recursos

humanos materiais ou financeirosrdquo A determinaccedilatildeo do capital eacute o que estabelece a

quantidade de recursos empresariais que a empresa tem disponiacutevel Indiscutivelmente

quanto maior for o volume de recursos empresariais mais faacutecil se torna o desempenho

da empresa Quando todos os recursos necessaacuterios para seu funcionamento estatildeo agrave

disposiccedilatildeo a administraccedilatildeo do empreendimento fica mais simples (CHIAVENATO

2007 p84)

Cabe acrescentar que (LAPPONI 2007 p 321)

O custo inicial refere-se aos desembolsos realizados para aquisiccedilatildeo de equipamentos ou outros ativos fixos incluindo o pagamento de fretes seguros instalaccedilotildees despesas operacionais iniciais com materiais e matildeo de obra treinamento de pessoal de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo etc resumindo o custo inicial inclui todos os desembolsos necessaacuterios para adquirir os ativos necessaacuterios e que estejam em condiccedilotildees de operar e gerar as receitas estimadas

41

O empreendimento iniciaraacute suas atividades com capital investido com

recursos proacuteprios da empreendedora

As estimativas de investimento inicial para abertura da empresa foi de

R$5162851 conforme tabela 4

TABELA 4 - INVESTIMENTO INICIAL

Descriccedilatildeo Valor (R$)

Maacutequinas e equipamentos Cozinha R$ 3084878

Utensiacutelios R$ 555075

Moacuteveis para escritoacuterio R$ 268982

Equipamentos de informaacutetica e eletrocircnicos R$ 446204

Outros custos escritoacuterio R$ 48912

Uniformes R$ 155800

Pintura Imoacutevel R$ 500000

Porta de Vidro R$ 103000

Total R$ 5162851

FONTE ELABORADO PELO AUTOR (2015)

423 Localizaccedilatildeo

Seraacute locado um imoacutevel para a instalaccedilatildeo da empresa localizado na Rua Heitor

Baggio Vidal 2508 Bairro Alto Curitiba ndash PR com o valor do aluguel mensal de

R$160000 (mil e seiscentos reais) O espaccedilo interno de 95msup2 seraacute dividido em trecircs

partes a primeira com 20msup2 vai ficar a recepccedilatildeo para receber os clientes efetuar

orccedilamentos e as degustaccedilotildees a segunda com 71msup2 a cozinha industrial onde seratildeo

fabricados os bolos e doces finos e a terceira com 4msup2 o lavabo

42

FOTO14 - FOTO DO IMOacuteVEL ONDE SERAacute INSTALADA A EMPRESA FONTE MP IMOacuteVEIS

424 Entregas

As entregas dos bolos e doces finos seratildeo efetuadas por uma empresa

parceira localizada no Bairro Alto o preccedilo das entregas em Curitiba e regiatildeo

metropolitana variam de R$2400 (vinte e quatro reais) a R$6000 (sessenta reais)

dependendo da localizaccedilatildeo tais valores seratildeo cobrados dos clientes

43 CAPITAL DE GIRO

O capital de giro inicial foi estimado levando em conta que no primeiro ano a

empresa vai produzir 8333 da sua capacidade atendendo em meacutedia 13 ventos

mensalmente sendo assim foram considerados os gastos operacionais necessaacuterios

para o iniacutecio das atividades incluindo o custo fixo mensal e o estoque inicial ambos

multiplicados por 2 e acrescidos de um percentual de 10 de margem de seguranccedila

para despesas natildeo previstas

43

TABELA 5 - CAPITAL DE GIRO

Item Valor (R$)

Estoque Inicial 5144000

Custo Fixo Mensal 3194783

Reserva (10) 833878

Total do Capital de Giro Inicial 9172662

FONTE ELABORDO PELO AUTOR

44 FLUXO DE CAIXA

ldquoFluxo de Caixa eacute um Instrumento de gestatildeo financeira que projeta para

periacuteodos futuros todas as entradas e as saiacutedas de recursos financeiros da empresa

indicando como seraacute o saldo de caixa para o periacuteodo projetadordquo (SEBRAE)

Na tabela 6 eacute apresentada a projeccedilatildeo do Fluxo de Caixa da empresa para os

seus primeiros cinco anos onde fica evidenciado que do primeiro ateacute o quinto ano a

sauacutede financeira da empresa melhora gradativamente sendo que no final do quinto

ano o saldo em caixa ultrapassa os 300 se comparado com o saldo em caixa no

final do primeiro ano

Pode-se observar que natildeo foi inserida no fluxo de caixa a opccedilatildeo de

inadimplecircncia pois todos os pagamentos seratildeo efetuados agrave vista em dinheiro ou

cartatildeo sendo que o pagamento total dos produtos deve ser efetuado no miacutenimo 10

dias antes da data do evento

44

TABELA 6 - PROJECcedilAtildeO DE FLUXO DE CAIXA NOS PRIMEIROS CINCO ANOS

Descriccedilatildeo Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

Investimento Inicial (5162851)

Capital de Giro (9172662) 9172662

Valor Residual 1548855

Total de entradas 000 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873

Previsatildeo Receitas de vendas 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873

Total de Saiacutedas (14335513) (44888699) (54283425) (59479393) (64738409) (70291804)

(-)Fornecedores (25720000) (33641760) (36669518) (39969775) (43567055)

(-)Folha de pagamento (3267192) (3593911) (3953302) (4348633) (4783496)

(-)Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)

(963216) (1011377) (1061946) (1115043) (1170795)

(-)Retiradas soacutecios (2400000) (2640000) (3432000) (3946800) (4341480)

(-)Impostos s vendas (4654291) (5073177) (5573767) (6075406) (6622192)

(-)Alugueacuteis (1920000) (2016000) (2116800) (2222640) (2333772)

(-)Energia eleacutetrica (840000) (882000) (926100) (972405) (1021025)

(-)Aacutegua (300000) (315000) (330750) (347288) (364652)

(-)Telefone (384000) (403200) (423360) (444528) (466754)

(-)Gaacutes (588000) (617400) (648270) (680684) (714718)

(-)Serviccedilos contabilidade (960000) (1008000) (1058400) (1111320) (1166886)

(-)Manutenccedilatildeo (600000) (630000) (661500) (694575) (729304)

(-)Outras despesas com funcionaacuterios

(1296000) (1405800) (1525590) (1656320) (1799030)

(-)Taxas bancaacuterias (96000) (100800) (105840) (111132) (116689)

(-)Outros pagamentos (900000) (945000) (992250) (1041863) (1093956)

Entradas - Saiacutedas (14335513) 12981301 21410535 23027023 25193585 27734070

Depreciaccedilatildeo 000 (631377) (631377) (631377) (631377) (631377)

Saldo Final (14335513) 12349924 20779158 22395647 24562208 37824209

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

A depreciaccedilatildeo foi calculada considerando o prazo de vida uacutetil meacutedio de 10

anos das maacutequinas equipamentos instalaccedilotildees moacuteveis e utensiacutelios e para os

computadores e perifeacutericos foi considerado o prazo de vida uacutetil de 5 anos conforme

demonstrado na tabela 7

TABELA 7 - DEPRECIACcedilAtildeO

Item Valor Inicial Taxa Anual Depreciaccedilatildeo Anual (R$)

Maacutequinas e equipamentos 3084878 10 308488

Instalaccedilotildees 103000 10 10300

Moacuteveis e Utensiacutelios 824057 10 82406

Computadores e Perifeacutericos 446204 20 89241

Outros 704712 20 140942

Total 631377

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

45

O valor residual dos equipamentos e instalaccedilotildees da empresa no final do quinto

ano foi considerado em 30 referente ao valor de aquisiccedilatildeo dos mesmos no iniacutecio do

projeto

45 ANAacuteLISE DOS INDICADORES (VPL TIR E PAYBACK)

451 Valor Presente Liacutequido (VPL)

A tabela 8 mostra que o VPL (Valor Presente Liacutequido) eacute positivo isso significa

que aleacutem de recuperar o investimento inicial ainda vai ser agregado ao valor da

empresa um montante de R$ R$50392407 (quinhentos e trecircs mil novecentos e vinte

quatro reais e sete centavos)

A taxa de retorno requerida de 20 foi determinada levando em conta o niacutevel

de risco do projeto e visando o valor desejado para se obter em cima do valor

investido

TABELA 8 - CALCULO DO VALOR PRESENTE LIacuteQUIDO (VPL)

Anos FC k 2000

0 -$143355 VPL $50392407

1 $123499 VPL $50392407

2 $207792 VPL $50392407

3 $223956 VPL $21761126

4 $245622 VPL $21761126

5 $378242 Decisatildeo Aceitar o Projeto

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

452 Taxa Interna de Retorno (TIR)

Conforme a tabela 9 eacute possiacutevel verificar que a TIR (Taxa Interna de Retorno)

eacute de 11593 maior que a taxa requerida de 20 isso significa que custo inicial seraacute

46

recuperado e o projeto vai criar valor para empresa mais um resultado favoraacutevel para

a aceitaccedilatildeo do projeto

TABELA 9 - TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR)

Anos FC

0 -$143355 TIR 11593

1 $123499 TIR 2168

2 $207792 TIR 2168

3 $223956 Decisatildeo

4 $245622 k 2000

5 $378242 Aceitar o projeto

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

453 Payback

O tempo de recuperaccedilatildeo do custo inicial ocorre normalmente entre o quarto e

o quinto ano se for feita a anaacutelise da tabela 10 eacute possiacutevel verificar que o tempo

necessaacuterio para o retorno do investimento (payback) do projeto eacute de 128 anos este

indicador mostra claramente que o projeto deve ser aceito pois o tempo de retorno

estaacute bem abaixo do tempo meacutedio dos empreendimentos como um todo

TABELA 10 - PAYBACK

k 20

Anos FC SPresente

0 -$143355 -$143355 PBD-SP = 128

1 $123499 -$40439 128

2 $207792 $103861

3 $223956 $233465

4 $245622 $351917

5 $378242 $503924

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

47

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Para iniciar um negoacutecio requer muito mais do que apenas o espiacuterito

empreendedor eacute necessaacuterio ter lideranccedila conhecimento sobre o mercado que deseja

atuar organizaccedilatildeo e principalmente planejamento

O principal objetivo desse estudo foi analisar a viabilidade econocircmico-

financeira da abertura de uma empresa de bolos e doces finos no Bairro Alto em

Curitiba

O objetivo apresentado nesta pesquisa foi atingido pois todos os indicadores

analisados mostram com clareza que empresa obteacutem resultados positivos que criam

valor para a mesma e com isso o projeto eacute viaacutevel economicamente pois do primeiro

ao quinto ano fica visiacutevel o crescimento do empreendimento e a melhora significativa

da sua sauacutede financeira isso fica evidenciado no saldo final em caixa no quinto ano

que chega proacuteximo haacute 400 mil reais Apesar disso eacute crucial o acompanhamento do

mercado para seguir as tendecircncias e se atualizar constantemente para tomar

decisotildees mais assertivas

Um negoacutecio mal avaliado pode arruinar a estabilidade econocircmica do

investidor por isso eacute de extrema importacircncia fazer todos os levantamentos de custos

antes de se aventurar em qualquer empreendimento

Eacute possiacutevel comprovar que a pesquisa realizada contribui positivamente para

abertura da empresa No entanto as informaccedilotildees aqui presentes natildeo satildeo estaacuteticas e

devem ser revisadas periodicamente e se preciso ateacute mesmo ampliadas no decorrer

da implantaccedilatildeo do projeto para que o mesmo seja uma ferramenta eficiente e eficaz

no desenvolvimento da empresa como um todo

48

REFEREcircNCIAS

BRITO Paulo Anaacutelise e viabilidade de projetos de investimento Satildeo Paulo Atlas 2003 DOLABELA Fernando O segredo de Luiacutesa 30 ed Satildeo Paulo Editora de Cultura 2006 DORNELAS Joseacute Carlos Assis Empreendedorismo transformando ideias em negoacutecios 4 ed Rio de Janeiro Campus Elsevier 2012 CENSO Demograacutefico 2010 Resultados gerais da amostra Curitiba IBGE 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=410690ampidtema=87ampsearch=parana|curitiba|censo-demografico-2010-resultados-gerais-da-amostra-gt Acesso em 21 de Junho de 2015 CHIAVENATO Idalberto Empreendedorismo dando asas ao espiacuterito empreendedor empreendedorismo e a viabilidade de novas empresas um guia eficiente para iniciar e tocar seu proacuteprio negoacutecio 2 ed Satildeo Paulo Saraiva 2007 ESTATIacuteSTICAS do registro civil 2012 Curitiba IBGE 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaoregistrocivil2012default_xlsshtmgt Acesso em 21 de Junho de 2015 GIL Antonio Carlos Meacutetodos e teacutecnicas de pesquisa social 6 ed Satildeo Paulo Atlas 2008 KOTLER Philip KELLER Kevin Lane Administraccedilatildeo de Marketing 12 ed Satildeo Paulo ABDR 2006 LAPPONI Juan Carlos Projetos de Investimento na Empresa Rio de Janeiro Elsevier 2007 MACHADO Jesseacute Anderson Pinto Projetos Econocircmicos uma abordagem praacutetica de elaboraccedilatildeo Satildeo Paulo Nobel 2002 MICHEL Maria Helena Metodologia e pesquisa cientiacutefica em ciecircncias sociais 2 ed Satildeo Paulo Atlas 2009 OLIVEIRA Djalma de Pinho Rebouccedilas de Planejamento estrateacutegico conceitos metodologia e praacuteticas 20 ed Satildeo Paulo Atlas 2004 PRODANOV Cleber Cristiano ERNANI Cesar de Freitas Metodologia do trabalho cientiacutefico meacutetodo e teacutecnicas da pesquisa e do trabalho acadecircmico 2 ed Novo Hamburgo Freevale 2013

49

REBELATTO Dayse Projeto de Investimento 1 ed Barueri Manole 2004 SEBRAE Pesquisa de Mercado o que eacute e para que serve Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrsitesPortalSebraeartigosPesquisa-de-mercado-o-que-C3A9-e-para-que-servegt Acesso em 21 de Junho de 2015 SEBRAE Fluxo de caixa Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrSebraePortal20SebraeAnexos0_fluxo-de-caixapdfgt Acesso em 10 de Outubro de 2015 WILDAUER Egon Walter Plano de negoacutecios elementos construtivos e processos de elaboraccedilatildeo 2 ed Curitiba Ibpex 2011 WOILER Samsatildeo MATHIAS Washington Franco Projetos planejamento elaboraccedilatildeo anaacutelise 1 ed Satildeo Paulo Atlas 1994

50

APEcircNDICES

APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL 51

APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS 52

APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL 52

51

APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL

Item Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

Aacutegua 25000 26250 27563 28941 30388

Aluguel 160000 168000 176400 185220 194481

Assessoria Contaacutebil 80000 84000 88200 92610 97241

Gaacutes 49000 51450 54023 56724 59560

Impostos 387858 422765 464481 506284 551849

Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)

80268 84281 88495 92920 97566

Energia eleacutetrica 70000 73500 77175 81034 85085

Manutenccedilatildeo 50000 52500 55125 57881 60775

Material de escritoacuterio 20000 21000 22050 23153 24310

Material de Limpeza 40000 42000 44100 46305 48620

Folha de pagamento 272266 299493 329442 362386 398625

Seguros 15000 15750 16538 17364 18233

Telefone fixointernet 20000 21000 22050 23153 24310

Telefone Moacutevel 12000 12600 13230 13892 14586

Vale Refeiccedilatildeo 75000 82500 90750 99825 109808

Vale Transporte 33000 34650 36383 38202 40112

Proacute- labore 200000 220000 286000 328900 361790

Taxas Bancaacuterias 8000 8400 8820 9261 9724

Total R$ 1597392 R$ 1720139 R$ 1900823 R$ 2064053 R$ 2227062

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

52

APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS

Item

Produccedilatildeo mensal meacutedia

Custo unitaacuterio total

Sugestatildeo Preccedilo de venda

Custo Mensal Total

Receita de vendas

Bolos artiacutesticos (recheios diversos) 150 6000 13500 900000 2025000

Bolos de copa (recheios diversos) 30 3600 8100 108000 243000

Naked cake (recheios diversos) 60 4200 9450 252000 567000

Doces Tradicionais 32 3500 7875 112000 252000

Doces Espelhados 32 5000 11250 160000 360000

Doces Finos 32 7500 16875 240000 540000

Brigadeiros gourmet 16 4500 10125 72000 162000

Tacinhas acriacutelicas 16 5500 12375 88000 198000

Trufas 32 5000 11250 160000 360000

Bombons 32 5000 11250 160000 360000

Bem casados 3200 100 225 320000 720000

Custo produccedilatildeo Total 2572000

Receita Total 5787000

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL

Ano Receita Bruta Variaccedilatildeo anual

Ano 1 000

Ano 2 69444000 9

Ano 3 75693960 9

Ano 4 82506416 9

Ano 5 89931994 9

Valor considerando a inflaccedilatildeo de 9 aa

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

18

Com isso Wildauer (2011 p 45) conclui que ldquoo plano de negoacutecios eacute como um

guia uacutetil para a obtenccedilatildeo de conhecimentos para a concepccedilatildeo de um

empreendimentordquo

221 Estrutura do plano de negoacutecios

O plano de negoacutecios mobiliza todas as informaccedilotildees necessaacuterias para abrir um

negoacutecio por meio dele eacute possiacutevel detectar onde estou e para onde desejo ir dentro do

mercado

Conforme identificado por Dornelas (2012 p 101) ldquonatildeo existe uma estrutura

riacutegida e especiacutefica para se escrever um plano de negoacuteciosrdquo dado que cada negoacutecio

possui suas singularidades e equivalecircncias sendo improvaacutevel delimitar um modelo-

padratildeo de plano de negoacutecios que seja absoluto e adequado para todos os negoacutecios

Todos os planos de negoacutecios devem conter um miacutenimo de seccedilotildees que vatildeo possibilitar

uma compreensatildeo do negoacutecio como um todo Tais seccedilotildees satildeo alinhadas de maneira

que mantenham uma sequecircncia loacutegica que possibilite qualquer pessoa ler o plano e

compreender como a empresa eacute estruturada seus objetivos seus produtos seus

serviccedilos qual seu mercado seu plano financeiro e de marketing

A seguir encontra-se uma breve descriccedilatildeo de cada uma das seccedilotildees do Plano

de Negoacutecios

2211 Capa

Eacute um dos componentes fundamentais do plano de negoacutecios pois eacute a primeira

parte que eacute vista pela pessoa que vai ler deve ser desenvolvida de forma clara e com

os dados adequados (DORNELAS 2012 p 101)

19

2212 Sumaacuterio

O sumaacuterio deve incluir ldquoo tiacutetulo de cada seccedilatildeo do plano de negoacutecios e a paacutegina

respectiva onde se encontra bem como os principais assuntos relacionados em cada

seccedilatildeordquo Isso faz com que fique mais faacutecil o leitor do plano de negoacutecios identificar com

mais agilidade o que lhe interessar (DORNELAS 2012 p 101-102)

2213 Sumaacuterio executivo

O Sumaacuterio Executivo eacute a parte mais importante do plano de negoacutecios ele iraacute

definir se o leitor vai prosseguir ou natildeo com a leitura do plano de negoacutecios Dessa

forma deve ser redigido com bastante concentraccedilatildeo e revisado inuacutemeras vezes e

tambeacutem englobar as informaccedilotildees mais relevantes do plano de negoacutecios Deve ser

direcionado ao puacuteblico-alvo do plano de negoacutecios e deixar claro qual o objetivo do

mesmo em relaccedilatildeo agraves pessoas que estatildeo o lendo ldquoO Sumaacuterio Executivo deve ser a

uacuteltima seccedilatildeo a ser escrita pois depende de todas as outras seccedilotildees do plano para ser

elaboradardquo (DORNELAS 2012 p 102)

2214 Anaacutelise estrateacutegica

Nesta seccedilatildeo eacute determinada a direccedilatildeo que a empresa vai seguir ldquosua visatildeo e

missatildeo sua situaccedilatildeo atual as potencialidades e ameaccedilas externas suas forccedilas e

fraquezas seus objetivos e metas de negoacuteciordquo Essa parte eacute o alicerce para o

crescimento e o estabelecimento das outras accedilotildees redigidas no plano (DORNELAS

2012 p 102)

20

2215 Descriccedilatildeo da empresa

Eacute nessa seccedilatildeo que deve ser feita a descriccedilatildeo da empresa ldquoseu histoacuterico

crescimento faturamento dos uacuteltimos anos sua razatildeo social impostos estrutura

organizacional e legal localizaccedilatildeo parcerias serviccedilos terceirizados etcrdquo

(DORNELAS 2012 p 102)

2216 Produtos e serviccedilos

Nessa seccedilatildeo do plano de negoacutecios devem ser descritos os produtos e serviccedilos

da empresa a maneira que satildeo produzidos o capital disposto seu ciclo de vida os

elementos tecnoloacutegicos envolvidos pesquisa e desenvolvimento os seus clientes

marcas e patentes etc

Nessa seccedilatildeo pode ser incluiacuteda quando estaacute informaccedilatildeo encontra-se disponiacutevel uma visatildeo do niacutevel de satisfaccedilatildeo dos clientes com os produtos e serviccedilos da empresa Esse feedback eacute bastante importante porque costuma oferecer natildeo apenas uma visatildeo do niacutevel de qualidade percebida nos produtos e serviccedilos mas tambeacutem guiar futuros investimentos da empresa em novos desenvolvimentos e processos de produccedilatildeo (DORNELAS 2012 p 102-103)

2217 Plano operacional

Nesta seccedilatildeo devem ser expostas as accedilotildees que a empresa pretende ter na

sua estrateacutegia produtiva e no processo de produccedilatildeo apontando os resultados que

essas accedilotildees teratildeo sobre os criteacuterios de avaliaccedilatildeo dos produtos Deve incluir dados

operacionais atualizados e presumidos como ldquolead time do produto ou serviccedilo

percentual de entregas a tempo rotatividade do inventaacuterio iacutendice de refugo lead time

de desenvolvimento de produto ou serviccedilo etcrdquo (DORNELAS 2012 p 103)

21

2218 Plano de recursos humanos

Devem ser exibidas as propostas de desenvolvimento e treinamento de

pessoal da empresa Esses dados estatildeo pontualmente associados com a

competecircncia da empresa de crescer ldquoespecialmente quando esta atua em um

mercado onde a detenccedilatildeo de tecnologia eacute considerada um fator estrateacutegico de

competitividaderdquo (DORNELAS 2012 p 103)

2219 Anaacutelise de mercado

Nesta seccedilatildeo o responsaacutevel pelo plano de negoacutecios deve deixar claro que os

executivos da empresa entendem perfeitamente o mercado consumidor do seu

produto ou serviccedilo (atraveacutes de pesquisa de mercado) como estaacute segmentado

crescimento do mercado atributos do consumidor anaacutelise da concorrecircncia qual a sua

fatia de mercado e dos concorrentes etc (DORNELAS 2012 p 103)

22110 Estrateacutegia de marketing

Deve ser apresentado o objetivo da empresa para vender seu produtoserviccedilo

e consolidar seus clientes e ampliar sua demanda Deve ser informada sua estrateacutegia

de venda especificidades do produtoserviccedilo preccedilos puacuteblico-alvo canais de

distribuiccedilatildeo projeccedilatildeo das vendas (DORNELAS 2012 p 103)

22

22111 Plano financeiro

Na seccedilatildeo financeira deve mostrar em nuacutemeros todas as accedilotildees planejadas

para a empresa e suas evidecircncias por meio de projeccedilotildees futuras para um negoacutecio

bem sucedido

Deve conter demonstrativo de fluxo de caixa com horizonte de pelo menos trecircs anos balanccedilo patrimonial anaacutelise do ponto de equiliacutebrio necessidades de investimento demonstrativos de resultados anaacutelise de indicadores financeiros do negoacutecio como faturamento previsto margem prevista prazo de retorno sobre o investimento inicial (payback) taxa interna de retorno (TIR) etc (DORNELAS 2012 p 103-104)

22112 Anexos

Nesta seccedilatildeo deve incluir todos os dados considerados importantes para

melhor compreensatildeo do plano de negoacutecios O que natildeo pode ser deixado de anexar eacute

o curriculum vitae dos soacutecios da empresa (DORNELAS 2012 p 104)

23 VIABILIDADE ECONOcircMICO-FINANCEIRA

Analisar o empreendimento economicamente para verificar se o projeto eacute

viaacutevel e lucrativo ou natildeo eacute uma das decisotildees fundamentais de qualquer

empreendedor

A anaacutelise de investimento eacute um mecanismo aacutegil praacutetico e seguro que ajuda

profissionais de inuacutemeras aacutereas no processo de anaacutelise de tomada de decisotildees

financeiras (REBELATTO p 141)

Lapponi (2007 p 123) afirma que

O objetivo da decisatildeo de investimento ou do orccedilamento de capital eacute maximizar o valor da empresa A decisatildeo de alocaccedilatildeo do capital em projeto de investimento eacute fundamental para o sucesso pois os recursos da empresa

23

satildeo comprometidos por longo tempo na direccedilatildeo de seu futuro desejado e isso envolve um grande esforccedilo de tempo e de gerenciamento Cada projeto aprovado eacute um desembolso realizado pela empresa coma expectativa de obter benefiacutecios futuros quantificados pela geraccedilatildeo de um fluxo de retornos adequados em geral por um prazo maior do que um ano

A carecircncia de recursos financeiros diante das muitas necessidades faz com

que seja crucial aperfeiccediloar sua utilizaccedilatildeo A anaacutelise antecipada de investimento

possibilita que se racionalize a forma como os recursos de capital satildeo utilizados

(REBELATTO 2004 p 141)

Para analisar a viabilidade de um projeto economicamente eacute necessaacuterio reunir

uma seacuterie de informaccedilotildees e de dados que precisam ser organizados para atingir seu

objetivo final que eacute o de facilitar a tomada de decisatildeo Vale salientar que o projeto

deve ser um documento que tenha a capacidade de mostrar de uma maneira loacutegica a

visatildeo estrateacutegica do negoacutecio (MACHADO 2002 p 144)

231 Fluxo de caixa

O fluxo de caixa eacute o melhor guia para uma administraccedilatildeo financeira eficiente

de qualquer negoacutecio

O fluxo de caixa eacute a reproduccedilatildeo graacutefica de uma movimentaccedilatildeo financeira ldquoAs

movimentaccedilotildees monetaacuterias satildeo identificadas temporalmente por meio de um conjunto

de entradas e saiacutedas de caixa definido como diagrama de fluxo de caixardquo Essa

representaccedilatildeo proporciona a visualizaccedilatildeo em diferentes momentos com o que estaacute

ocorrendo com o capital (REBELATTO 2004 p 150)

ldquoA identificaccedilatildeo e a quantificaccedilatildeo das estimativas relevantes do projeto satildeo o

iniacutecio da construccedilatildeo do fluxo de caixa do projeto para empresa em funcionamentordquo

(LAPPONI 2007 p 347)

O fluxo de caixa eacute um composto de entradas e saiacutedas de valores monetaacuterios

(dinheiro) no decorrer de um determinado periacuteodo Bem como evidenciar uma opccedilatildeo

possiacutevel de transaccedilotildees financeiras ou seja pagamentos agrave vista pagamentos a prazo

tiacutetulos originais etc (REBELATTO 2004 p 151)

24

232 Valor Presente Liacutequido (VPL)

ldquoO Valor presente liacutequido (VPL) ou valor atual liacutequido (VAL) eacute o valor atual das

entradas de caixa (retornos de capital esperados) incluindo o valor residual (se

houver) menos o valor atual das saiacutedas de caixardquo (REBELATTO 2004 p 214)

A foacutermula para chegar ao VPL eacute (LAPPONI 2007 p 125)

119881119875119871 = minus119868 +119865119862

(1 + 119870)119899

Onde

I= custo inicial ou desembolso inicial

FC= fluxo de caixa

K= taxa requerida

n= prazo de anaacutelise

Rebelatto (2004 p214) afirma que os paracircmetros para que o projeto seja

aceito se refere ao valor presente liacutequido (VPL)

VPLgt0 o projeto eacute aceito

VPLlt0 o projeto eacute rejeitado

VPL=0 o projeto pode ser aceito ou natildeo pois natildeo cria e nem destroacutei

valor para empresa

Para Lapponi (2007 p 134-135) as principais vantagens do VPL satildeo

Considera o fluxo de caixa do projeto na sua totalidade

Considera o valor monetaacuterio (dinheiro) no tempo

Tem a capacidade de medir o valor criado ou destruiacutedo pelo projeto

Pode ser utilizado na avaliaccedilatildeo do projeto independentemente do tipo de

fluxo de caixa utilizado

Seleciona o projeto mais viaacutevel economicamente

25

233 Taxa Interna de Retorno (TIR)

ldquoTaxa Interna de Retorno (TIR) eacute a taxa de desconto que torna o valor atual

liacutequido (VAL) do investimento igual a zero Tambeacutem eacute chamada de taxa interna efetiva

de rentabilidaderdquo (REBELATTO 2004 p 217)

No projeto do tipo simples com o aumento da taxa requerida o VPL do projeto tende ao valor do custo inicial pois o VPL eacute uma funccedilatildeo decrescente da taxa requerida Portanto a decisatildeo com o meacutetodo TIR somente deve ser feita em projetos simples que garantem a existecircncia de uma uacutenica TIRgt -100 Nos outros tipos de fluxo de caixa em geral o meacutetodo da TIR natildeo deve ser utilizado pois haacute a possibilidade de muacuteltiplas TIRs Sendo a TIR a taxa de juro que zera o VPL do projeto simples para qualquer taxa requerida K menor que a TIR o VPL seraacute positivo e para qualquer taxa requerida K maior que a TIR o VPL seraacute negativo (LAPPONI 2007 p 175-176)

Rebelatto (2004 p 217) complementa afirmando que a TIR eacute um meacutetodo

aprimorado de anaacutelise de investimento sendo possivelmente uma das mais usadas

para avaliar projetos econocircmicos A TIR deve ser comparada com a taxa miacutenima de

atratividade (TMA) para analisar se o projeto seraacute aceito ou natildeo

Sendo assim Lapponi (2007 p 176) considera que

Se TIR gt TMA o projeto deve ser aceito pois eacute economicamente viaacutevel

Se TIR lt TMA o projeto deve ser recusado pois eacute economicamente

inviaacutevel

Se TIR = TMA eacute indiferente investir no projeto pois o mesmo natildeo criaraacute

e nem destruiraacute valor da empresa

ldquoA grande vantagem da TIR como indicador de decisatildeo eacute que prescinde de

informaccedilotildees externas ao projeto Tudo que o analista necessita eacute conhecer o perfil do

projeto e alguma ideia de magnitude da taxa de jurosrdquo (MACHADO 2002 p 127)

26

234 Periacuteodo de retorno de investimento (Payback)

ldquoO payback eacute o periacuteodo de tempo em que ocorre o retorno do investimento

Calculado no fluxo de caixa de vida uacutetil de dez anos o payback apresenta-se de vaacuterias

maneiras para cada tipo de empresardquo (BRITO 2003 p 51)

Uma empresa pode nomear o payback como um dos paracircmetros para escolha

de um projeto a fim de minimizar seus riscos Mesmo sendo esse um meacutetodo faacutecil e

simples na praacutetica eacute um dos mais utilizados para efetuar a mediccedilatildeo econocircmica de um

projeto (REBELATTO 2004 p 230)

Segundo Rebelatto (2004 p 231) a foacutermula baacutesica que demonstra o caacutelculo

do payback em fluxos de caixas regulares eacute

PB =I0

FC

Onde

PB= Payback

I0= Investimento inicial

FC= Fluxo de caixa regular

Para executar o meacutetodo payback eacute crucial estabelecer o tempo maacuteximo de

toleracircncia TMT para resgatar o custo inicial ldquoPara decidir se o projeto deve ser aceito

o payback deve ser comparado com o valor de referecircncia TMT de forma querdquo

(LAPPONI 2007 p 245)

Se PB lt TMT o projeto deve ser aceito

Se PB gt TMT o projeto deve ser recusado

A principal vantagem para utilizaccedilatildeo do meacutetodo payback eacute que ele reflete a

liquidez do projeto e por consequecircncia eacute possiacutevel efetuar a avaliaccedilatildeo do risco de natildeo

recuperar o investimento (REBELATTO 2004 p 230)

27

3 METODOLOGIA

Este capiacutetulo tem por objetivo descrever os procedimentos e teacutecnicas

utilizados na pesquisa considerando o problema e aos objetivos gerais e especiacuteficos

Para a execuccedilatildeo da revisatildeo bibliograacutefica realizada neste estudo foi utilizado

livros de especialistas na aacuterea os principais temas abordados foram o

empreendedorismo que eacute um assunto chave quando surge uma ideia para um novo

negoacutecio plano de negoacutecios que eacute um elemento fundamental para o sucesso ou

fracasso de um empreendimento e a viabilidade econocircmico-financeira tema

fundamental visto que o objetivo geral da pesquisa eacute mensurar se a mesma eacute viaacutevel

ou natildeo economicamente

Foi elaborada uma anaacutelise de mercado que estaacute disponiacutevel no item 41 deste

estudo atraveacutes da mesma foi identificado que os principais clientes satildeo das classes

A e B de Curitiba regiatildeo metropolitana no item 42 foi efetuado um levantamento do

tamanho do negoacutecio onde foi definida a capacidade produtiva o investimento inicial e

a localizaccedilatildeo do empreendimento no item 44foi elaborado o fluxo de caixa que

demonstra as previsotildees financeiras do periacuteodo de 5 anos o meacutetodo utilizado para

elaborar a pesquisa foi um estudo de caso de natureza exploratoacuteria quantitativa e

anaacutelise documental

O estudo de caso eacute evidenciado por um estudo minucioso e cansativo de um

ou poucos objetivos desta forma propicia um vasto e detalhado conhecimento sobre

o assunto uma missatildeo praticamente impossiacutevel mediante as outras maneiras de

delineamentos consideradas (GIL 2008 p 57-58)

Prodanov e Freitas (2013 p60) afirmam que o estudo de caso consiste em

recolher e analisar dados sobre determinado indiviacuteduo famiacutelia grupo ou comunidade

com a finalidade de estudar diferentes aspectos das suas vidas conforme o assunto

da pesquisa

Jaacute as pesquisas exploratoacuterias satildeo definidas por Gil (2008 p 27) como as que

Tecircm como principal finalidade desenvolver esclarecer e modificar conceitos e ideias tendo em vista a formulaccedilatildeo de problemas mais precisos ou hipoacuteteses pesquisaacuteveis para estudos posteriores De todos os tipos de pesquisa estas satildeo as que apresentam menor rigidez no planejamento Habitualmente envolvem levantamento bibliograacutefico e documental entrevistas natildeo padronizadas e estudos de caso

28

A pesquisa quantitativa ldquoconsidera que tudo pode ser quantificaacutevel o que

significa traduzir em nuacutemeros opiniotildees e informaccedilotildees para classificaacute-las e analisaacute-lasrdquo

Eacute necessaacuteria a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas estatiacutesticas tais como porcentagem meacutedia

moda desvio-padratildeo coeficiente de correlaccedilatildeo etc (PRODANOV FREITAS 2013

p 69)

Muitos dados que satildeo utilizados em pesquisas satildeo adquiridos indiretamente

por meio de documentosrdquo como livros jornais papeacuteis oficiais registros estatiacutesticos

fotos discos filmes e viacutedeos que satildeo obtidos de maneira indiretardquo Essas fontes

documentais tecircm a capacidade de disponibilizar ao pesquisador um grande nuacutemero

de informaccedilotildees com bastante qualidade para evitar a perda de tempo (GIL 2008 p

147)

Este modelo de pesquisa foi utilizado para definir os principais clientes quais

os produtos que seratildeo vendidos a capacidade produtiva assim como a viabilidade

econocircmico-financeira e operacional do negoacutecio

29

4 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES

41 ANAacuteLISE DE MERCADO

Woiler e Mathias (1994 p41) e Rebelatto (2004 p01) afirmam que a anaacutelise

de mercado eacute um dos pontos mais relevantes para elaboraccedilatildeo de um projeto Atraveacutes

do estudo do mercado obtemos muitas informaccedilotildees tais como

Fazendo a comparaccedilatildeo entre demanda e a oferta encontramos a

possiacutevel escassez da demanda futura Esse resultado proporcionaraacute

informaccedilotildees para que seja definida a escala de produccedilatildeo do projeto

A regiatildeo geograacutefica em que o produto pode ser vendido eacute um dos pontos

mais significativos para que seja definida a localizaccedilatildeo do empreendimento

O preccedilo de venda os custos de comercializaccedilatildeo e os estoques nos

canais de comercializaccedilatildeo satildeo informaccedilotildees relevantes para que seja

elaborada a projeccedilatildeo do projeto

Vale salientar que esses satildeo apenas alguns elementos importantes que eacute

possiacutevel identificar na anaacutelise de mercado existe muitos outros dados que satildeo obtidos

com a mesma

411 Mercado consumidor

ldquoTodas as decisotildees relacionadas a novos empreendimentos contecircm certo

grau de incerteza tanto no que diz respeito agrave informaccedilatildeo na qual as decisotildees estatildeo

baseadas como no que diz respeito agraves suas consequecircnciasrdquo (SEBRAE)

Chiavenato acredita que os clientes tecircm a capacidade de alavancar ou

derrubar um empreendimento ldquoUm cliente pode ser uma organizaccedilatildeo uma empresa

um usuaacuterio dos produtosserviccedilos ou um consumidor finalrdquo Eacute quem adquiri os

produtosserviccedilos ofertados pela organizaccedilatildeo no final da cadeia de transaccedilotildees Eacute ele

que estabelece direta ou indiretamente se o empreendimento teraacute ecircxito ou natildeo Por

30

isso o cliente deve ser considerado como o principal patrimocircnio da empresa (2007

p 207)

Segundo dados do censo 2010 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e

estatiacutestica) dos 576190 (quinhentos e setenta e seis mil cento e noventa) domiciacutelios

de Curitiba 292965 (duzentos e noventa e dois mil novecentos e sessenta e cinco)

possuem renda de mais de 5 a mais de 20 salaacuterios miacutenimos sendo assim cerca de

5085 dos domiciacutelios curitibanos estatildeo enquadrados nas classes A e B Ainda

segundo o IBGE cerca de 137922 (cento e trinta e sete mil novecentos e vinte e dois)

domiciacutelios curitibanos tecircm renda de mais de 10 salaacuterios miacutenimos o que representa

uma meacutedia de 24 dos domiciacutelios de Curitiba

Mais de 249000 (duzentos e quarenta e nove mil) pessoas que residem em

Curitiba cerca de 1423 da populaccedilatildeo tem rendimento mensal de mais de 5 salaacuterios

miacutenimos conforme Tabela 1

TABELA 1 - RESULTADOS DA AMOSTRA - RENDIMENTO POR PESSOA EM CURITIBA

Quantidade de pessoas Salaacuterios miacutenimos

153011 Mais de 5 a 10 salaacuterios miacutenimos

38692 Mais de 10 a 15 salaacuterios miacutenimos

25427 Mais de 15 a 20 salaacuterios miacutenimos

18264 Mais de 20 a 30 salaacuterios miacutenimos

13791 Mais de 30 salaacuterios miacutenimos

FONTE IBGE - CENSO DEMOGRAacuteFICO 2010

Curitiba possui uma populaccedilatildeo de mais de 1750000 (um milhatildeo setecentos

e cinquenta mil habitantes) segundo censo IBGE 2010 sendo que 932000

(novecentos e trinta e dois mil) pessoas com o estado civil de solteiro viuacutevo

divorciado separado judicialmentedesquitado isso mostra que tem muitas pessoas

que podem fazer festas de casamento e necessitar dos produtos que seratildeo ofertados

tais como bolos artiacutesticos doces finos e bem casados

Segundo as estatiacutesticas do registro civil do IBGE ocorreram em Curitiba e

regiatildeo metropolitana no ano 2012 exatamente 18877 (dezoito mil oitocentos e setenta

e sete) casamentos sendo que nos meses de setembro a dezembro foi onde ocorreu

um maior nuacutemero um total de 7828 (sete mil oitocentos e vinte e oito) casamentos o

que representa um total de 4147 dos casamentos ocorrem nesses quatro meses

do ano

31

TABELA 2 - CASAMENTOS POR MEcircS DE REGISTRO SEGUNDO O LUGAR DO REGISTRO ndash 2012

Lugar do registro

Casamentos por mecircs do registro

Total de

registros Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

RM Curitiba 18877 1466 1250 1572 1282 1403 1533 1248 1255 1735 1753 2118 2262

Curitiba 10351 848 692 857 692 724 872 658 658 971 968 1237 1174

FONTE IBGE DIRETORIA DE PESQUISAS COORDENACcedilAtildeO DE POPULACcedilAtildeO E INDICADORES SOCIAIS ESTATIacuteSTICAS DO REGISTRO CIVIL 2012

Nessa perspectiva foi definido que o mercado que a empresa de bolos e doces

finos vai atuar eacute de Curitiba e regiatildeo metropolitana com foco nas pessoas das classes

A e B com estado civil solteiro divorciado separado judicialmentedesquitado e viuacutevo

412 Produtos que seratildeo vendidos

ldquoNo coraccedilatildeo de uma grande marca haacute um grande produto O produto-chave

na oferta ao mercado Liacutederes de mercado geralmente oferecem produtos e serviccedilos

de qualidade superiorrdquo (KOTLER KELLER 2006 p 366)

Os principais produtos fornecidos seratildeo

Bolos artiacutesticos

FOTO1 - BOLO ARTIacuteSTICO FONTE WANDA CARDOSO - BOLOS ARTIacuteSTICOS amp DOCES

32

Bolos de copa

FOTO2 - BOLO DE COPA FONTE ELABORADO PELO AUTOR

FOTO3 - BOLO DE COPA FONTE ELABORADO PELO AUTOR

Naked cake

FOTO4 - NAKED CAKE FONTE DOCES PENEacuteLOPE

33

Doces Tradicionais

FOTO5 - DOCES TRADICIONAIS FONTE ELABORADO PELO AUTOR

Doces Espelhados

FOTO6 - DOCES ESPELHADOS FONTE PRONTO SOCORRO DAS FESTAS

Doces Finos

FOTO 7 - DOCES FINOS FONTE COMPRANDO MEU APE

34

Brigadeiros gourmet

FOTO8 - BRIGADEIROS GOURMET FONTE ELABORADO PELO AUTOR

Tacinhas acriacutelicas

FOTO9 - TACINHAS ACRIacuteLICAS FONTE BUFFET DELIacuteCIAS DA VI

Trufas

FOTO 10 - TRUFAS FONTE FOGAtildeO DA VOVOacute

35

Bombons

FOTO11 - BOMBONS FONTE DALVA GOLDEN GATE

Bem casados

FOTO12 - BEM CASADOS FONTE CASAMENTO SEM ERRO

FOTO13 - BEM CASADOS FONTE CASAMENTO SEM ERRO

36

413 Preccedilo de venda

A definiccedilatildeo do preccedilo dos produtos eacute uma das decisotildees mais relevantes da

organizaccedilatildeo que deve levar em conta a forma como a empresa deseja se posicionar

no mercado os custos a concorrecircncia e a rentabilidade almejada

O preccedilo eacute um dos elementos mais versaacuteteis pode ser modificado rapidamente

ao contraacuterio das propriedades dos produtos dos contratos com canais de distribuiccedilatildeo

e ateacute mesmo das promoccedilotildees O Preccedilo tem tambeacutem a tarefa de mostrar ao mercado o

posicionamento de valor desejado pela empresa para o seu produto ou marca

(KOTLER KELLER 2006 p 428)

A consolidaccedilatildeo dos preccedilos dos produtos seraacute elaborada levando em conta os

custos para se obter os produtos com a qualidade requinte e sofisticaccedilatildeo desejada

com a margem de lucro esperada e se baseando nos preccedilos praticados pela

concorrecircncia

414 Previsatildeo de vendas

Para Chiavenato (2007 p 2013)

A previsatildeo de vendas representa a quantidade de produtosserviccedilos que a empresa pretende vender ou colocar no mercado durante um determinado periacuteodo geralmente um mecircs ou um ano dividido em meses Constitui portanto uma estimativa ou uma expectativa de vendas Pode ser feita em unidades fiacutesicas ou em valores monetaacuterios

A produccedilatildeo vai ser em meacutedia de 5600 doces (doces finos gourmet e bem

casados) e 4 bolos procurando atender em meacutedia 4 eventos por semana e ateacute 16

eventos por mecircs sendo que nos meses de setembro a dezembro essa demanda

aumenta pelo motivo de historicamente ter um nuacutemero maior de casamentos

37

415 Definiccedilatildeo de local de venda dos produtos

ldquoA venda eacute a fase fundamental do processo de vendas Consiste na

transferecircncia do produtoserviccedilo para o cliente ou consumidorrdquo (CHIAVENATO 2007

p 210)

As vendas vatildeo ocorrer atraveacutes de site proacuteprio redes sociais telefone e

pessoalmente natildeo teremos loja fiacutesica apenas um ateliecirc para confecccedilatildeo dos bolos e

doces onde vai conter uma sala anexa na qual vai ser oferecido o serviccedilo de

degustaccedilatildeo com horaacuterios marcados para assim o cliente decidir quais os produtos

seratildeo adquiridos para o seu evento e fechamento de contrato

416 Definiccedilatildeo da demanda e da oferta

Na maior parte das encomendas os clientes solicitam os doces finos e

gourmet que contecircm chocolates frutas oleaginosas tais como castanhas nozes

avelatildes amecircndoas frutas como framboesa morango damasco cerejas e os bem

casados Os bolos mais solicitados satildeo os com decoraccedilatildeo de pasta americana que

deve obrigatoriamente ter recheios mais firmes como ganaches fios de ovos

strogonoff de nozes e os naked cake (bolo pelado) que possuem mais opccedilotildees de

recheios com chocolates frutas diversas e cremes de pacirctisserie

Em contato com algumas empresas que fornecem o mesmo tipo de produto

foi possiacutevel verificar que as encomendas devem ser feitas com antecedecircncia miacutenima

de 6 meses sendo que alguns casos somente com um ano de antecedecircncia para

conseguir na data desejada Esse eacute um dos pontos que mostra que tem espaccedilo

suficiente para entrada nesse mercado

38

417 Concorrentes

Chiavenato (2007 p 33) Kotler e Keller (2006 p 340) afirmam que os

concorrentes satildeo as organizaccedilotildees que competem pelos mesmos fornecedores

clientes e consumidores

ldquoAgrave medida que seus produtosserviccedilos tornam-se mais heterogecircneos tanto

mais heterogecircneos e diferenciados seratildeo seus concorrentes e tanto mais complexa

seraacute a competitividaderdquo (CHIAVENATO 2007 p 33)

Em busca na internet foi possiacutevel identificar que atualmente existe em meacutedia

25 concorrentes reais que oferecem exatamente os mesmos produtos que seratildeo

fornecidos com o mesmo padratildeo de qualidade valor agregado requinte e

sofisticaccedilatildeo Tambeacutem foi detectado mais 14 concorrentes potenciais que vendem

produtos similares aos que seratildeo vendidos poreacutem natildeo possuem o mesmo valor

agregado dos que vatildeo ser ofertados Foi possiacutevel identificar que alguns concorrentes

oferecem somente os doces finos dos quais foram identificados mais 3 concorrentes

reais e 3 concorrentes potenciais E foi detectado que existem concorrentes que

fornecem apenas os bolos artiacutesticos dos quais foi identificado 4 concorrentes reais

todos fornecem os bolos com o mesmo niacutevel de qualidade que seratildeo fornecidos

A tabela 3 mostra a divisatildeo dos concorrentes reais e potenciais que fornecem

bolos e doces por bairro de Curitiba

39

TABELA 3 - CONCORRENTES QUE FORNECEM BOLOS E DOCES POR BAIRRO

Bairro Quantidade de Concorrentes Reais

Quantidade de Concorrentes Potenciais

Aacutegua Verde 4 1

Ahuacute 1

Bairro Alto 2 1

Barreirinha 1

Barreirinha 1

Bom Retiro 1

Campo Comprido 1

Campo Comprido 1

Cidade Industrial 1

Colombo 1

Fazenda Rio Grande 1

Hauer 1

Hugo Lange 1

Mercecircs 1

Novo Mundo 2 1

Novo Mundo 1

Portatildeo 1

Portatildeo 1

Santa Cacircndida 1

Santa Felicidade 1 1

Santo Inaacutecio 1 1

Satildeo Joseacute dos Pinhais 1

Seminaacuterio 1

Sitio Cercado 1

Tarumatilde 1

Vila Izabel 1

Natildeo Informado 1 2

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

418 Forma de divulgaccedilatildeo dos concorrentes

Todas as empresas pesquisadas que fornecem produtos similares aos que

vamos fornecer utilizam sites proacuteprios e as redes sociais para fazer divulgaccedilatildeo dos

seus produtos todas fazem degustaccedilatildeo para os clientes conhecerem os seus

produtos e posteriormente fechar um contrato

40

42 TAMANHO DO NEGOacuteCIO

421 Capacidade produtiva

A capacidade produtiva vai ser para atender ateacute 4 eventos por semana A

produccedilatildeo vai ser de ateacute 5600 doces (doces finos gourmet e bem casados) e 4 bolos

atendendo ateacute 4 eventos por final de semana e ateacute 16 eventos por mecircs sendo que

nos meses de setembro a dezembro essa demanda aumenta pelo motivo de

historicamente ter um nuacutemero maior de casamentos

422 Investimento

Um dos pontos mais relevantes para abertura de uma empresa eacute a

determinaccedilatildeo do capital miacutenimo para dar iniacutecio nas atividades e principalmente como

obter este capital ldquoEacute com o capital inicial que a empresa tem condiccedilotildees de reunir os

recursos empresariais necessaacuterios ao seu funcionamento sejam eles recursos

humanos materiais ou financeirosrdquo A determinaccedilatildeo do capital eacute o que estabelece a

quantidade de recursos empresariais que a empresa tem disponiacutevel Indiscutivelmente

quanto maior for o volume de recursos empresariais mais faacutecil se torna o desempenho

da empresa Quando todos os recursos necessaacuterios para seu funcionamento estatildeo agrave

disposiccedilatildeo a administraccedilatildeo do empreendimento fica mais simples (CHIAVENATO

2007 p84)

Cabe acrescentar que (LAPPONI 2007 p 321)

O custo inicial refere-se aos desembolsos realizados para aquisiccedilatildeo de equipamentos ou outros ativos fixos incluindo o pagamento de fretes seguros instalaccedilotildees despesas operacionais iniciais com materiais e matildeo de obra treinamento de pessoal de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo etc resumindo o custo inicial inclui todos os desembolsos necessaacuterios para adquirir os ativos necessaacuterios e que estejam em condiccedilotildees de operar e gerar as receitas estimadas

41

O empreendimento iniciaraacute suas atividades com capital investido com

recursos proacuteprios da empreendedora

As estimativas de investimento inicial para abertura da empresa foi de

R$5162851 conforme tabela 4

TABELA 4 - INVESTIMENTO INICIAL

Descriccedilatildeo Valor (R$)

Maacutequinas e equipamentos Cozinha R$ 3084878

Utensiacutelios R$ 555075

Moacuteveis para escritoacuterio R$ 268982

Equipamentos de informaacutetica e eletrocircnicos R$ 446204

Outros custos escritoacuterio R$ 48912

Uniformes R$ 155800

Pintura Imoacutevel R$ 500000

Porta de Vidro R$ 103000

Total R$ 5162851

FONTE ELABORADO PELO AUTOR (2015)

423 Localizaccedilatildeo

Seraacute locado um imoacutevel para a instalaccedilatildeo da empresa localizado na Rua Heitor

Baggio Vidal 2508 Bairro Alto Curitiba ndash PR com o valor do aluguel mensal de

R$160000 (mil e seiscentos reais) O espaccedilo interno de 95msup2 seraacute dividido em trecircs

partes a primeira com 20msup2 vai ficar a recepccedilatildeo para receber os clientes efetuar

orccedilamentos e as degustaccedilotildees a segunda com 71msup2 a cozinha industrial onde seratildeo

fabricados os bolos e doces finos e a terceira com 4msup2 o lavabo

42

FOTO14 - FOTO DO IMOacuteVEL ONDE SERAacute INSTALADA A EMPRESA FONTE MP IMOacuteVEIS

424 Entregas

As entregas dos bolos e doces finos seratildeo efetuadas por uma empresa

parceira localizada no Bairro Alto o preccedilo das entregas em Curitiba e regiatildeo

metropolitana variam de R$2400 (vinte e quatro reais) a R$6000 (sessenta reais)

dependendo da localizaccedilatildeo tais valores seratildeo cobrados dos clientes

43 CAPITAL DE GIRO

O capital de giro inicial foi estimado levando em conta que no primeiro ano a

empresa vai produzir 8333 da sua capacidade atendendo em meacutedia 13 ventos

mensalmente sendo assim foram considerados os gastos operacionais necessaacuterios

para o iniacutecio das atividades incluindo o custo fixo mensal e o estoque inicial ambos

multiplicados por 2 e acrescidos de um percentual de 10 de margem de seguranccedila

para despesas natildeo previstas

43

TABELA 5 - CAPITAL DE GIRO

Item Valor (R$)

Estoque Inicial 5144000

Custo Fixo Mensal 3194783

Reserva (10) 833878

Total do Capital de Giro Inicial 9172662

FONTE ELABORDO PELO AUTOR

44 FLUXO DE CAIXA

ldquoFluxo de Caixa eacute um Instrumento de gestatildeo financeira que projeta para

periacuteodos futuros todas as entradas e as saiacutedas de recursos financeiros da empresa

indicando como seraacute o saldo de caixa para o periacuteodo projetadordquo (SEBRAE)

Na tabela 6 eacute apresentada a projeccedilatildeo do Fluxo de Caixa da empresa para os

seus primeiros cinco anos onde fica evidenciado que do primeiro ateacute o quinto ano a

sauacutede financeira da empresa melhora gradativamente sendo que no final do quinto

ano o saldo em caixa ultrapassa os 300 se comparado com o saldo em caixa no

final do primeiro ano

Pode-se observar que natildeo foi inserida no fluxo de caixa a opccedilatildeo de

inadimplecircncia pois todos os pagamentos seratildeo efetuados agrave vista em dinheiro ou

cartatildeo sendo que o pagamento total dos produtos deve ser efetuado no miacutenimo 10

dias antes da data do evento

44

TABELA 6 - PROJECcedilAtildeO DE FLUXO DE CAIXA NOS PRIMEIROS CINCO ANOS

Descriccedilatildeo Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

Investimento Inicial (5162851)

Capital de Giro (9172662) 9172662

Valor Residual 1548855

Total de entradas 000 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873

Previsatildeo Receitas de vendas 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873

Total de Saiacutedas (14335513) (44888699) (54283425) (59479393) (64738409) (70291804)

(-)Fornecedores (25720000) (33641760) (36669518) (39969775) (43567055)

(-)Folha de pagamento (3267192) (3593911) (3953302) (4348633) (4783496)

(-)Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)

(963216) (1011377) (1061946) (1115043) (1170795)

(-)Retiradas soacutecios (2400000) (2640000) (3432000) (3946800) (4341480)

(-)Impostos s vendas (4654291) (5073177) (5573767) (6075406) (6622192)

(-)Alugueacuteis (1920000) (2016000) (2116800) (2222640) (2333772)

(-)Energia eleacutetrica (840000) (882000) (926100) (972405) (1021025)

(-)Aacutegua (300000) (315000) (330750) (347288) (364652)

(-)Telefone (384000) (403200) (423360) (444528) (466754)

(-)Gaacutes (588000) (617400) (648270) (680684) (714718)

(-)Serviccedilos contabilidade (960000) (1008000) (1058400) (1111320) (1166886)

(-)Manutenccedilatildeo (600000) (630000) (661500) (694575) (729304)

(-)Outras despesas com funcionaacuterios

(1296000) (1405800) (1525590) (1656320) (1799030)

(-)Taxas bancaacuterias (96000) (100800) (105840) (111132) (116689)

(-)Outros pagamentos (900000) (945000) (992250) (1041863) (1093956)

Entradas - Saiacutedas (14335513) 12981301 21410535 23027023 25193585 27734070

Depreciaccedilatildeo 000 (631377) (631377) (631377) (631377) (631377)

Saldo Final (14335513) 12349924 20779158 22395647 24562208 37824209

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

A depreciaccedilatildeo foi calculada considerando o prazo de vida uacutetil meacutedio de 10

anos das maacutequinas equipamentos instalaccedilotildees moacuteveis e utensiacutelios e para os

computadores e perifeacutericos foi considerado o prazo de vida uacutetil de 5 anos conforme

demonstrado na tabela 7

TABELA 7 - DEPRECIACcedilAtildeO

Item Valor Inicial Taxa Anual Depreciaccedilatildeo Anual (R$)

Maacutequinas e equipamentos 3084878 10 308488

Instalaccedilotildees 103000 10 10300

Moacuteveis e Utensiacutelios 824057 10 82406

Computadores e Perifeacutericos 446204 20 89241

Outros 704712 20 140942

Total 631377

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

45

O valor residual dos equipamentos e instalaccedilotildees da empresa no final do quinto

ano foi considerado em 30 referente ao valor de aquisiccedilatildeo dos mesmos no iniacutecio do

projeto

45 ANAacuteLISE DOS INDICADORES (VPL TIR E PAYBACK)

451 Valor Presente Liacutequido (VPL)

A tabela 8 mostra que o VPL (Valor Presente Liacutequido) eacute positivo isso significa

que aleacutem de recuperar o investimento inicial ainda vai ser agregado ao valor da

empresa um montante de R$ R$50392407 (quinhentos e trecircs mil novecentos e vinte

quatro reais e sete centavos)

A taxa de retorno requerida de 20 foi determinada levando em conta o niacutevel

de risco do projeto e visando o valor desejado para se obter em cima do valor

investido

TABELA 8 - CALCULO DO VALOR PRESENTE LIacuteQUIDO (VPL)

Anos FC k 2000

0 -$143355 VPL $50392407

1 $123499 VPL $50392407

2 $207792 VPL $50392407

3 $223956 VPL $21761126

4 $245622 VPL $21761126

5 $378242 Decisatildeo Aceitar o Projeto

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

452 Taxa Interna de Retorno (TIR)

Conforme a tabela 9 eacute possiacutevel verificar que a TIR (Taxa Interna de Retorno)

eacute de 11593 maior que a taxa requerida de 20 isso significa que custo inicial seraacute

46

recuperado e o projeto vai criar valor para empresa mais um resultado favoraacutevel para

a aceitaccedilatildeo do projeto

TABELA 9 - TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR)

Anos FC

0 -$143355 TIR 11593

1 $123499 TIR 2168

2 $207792 TIR 2168

3 $223956 Decisatildeo

4 $245622 k 2000

5 $378242 Aceitar o projeto

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

453 Payback

O tempo de recuperaccedilatildeo do custo inicial ocorre normalmente entre o quarto e

o quinto ano se for feita a anaacutelise da tabela 10 eacute possiacutevel verificar que o tempo

necessaacuterio para o retorno do investimento (payback) do projeto eacute de 128 anos este

indicador mostra claramente que o projeto deve ser aceito pois o tempo de retorno

estaacute bem abaixo do tempo meacutedio dos empreendimentos como um todo

TABELA 10 - PAYBACK

k 20

Anos FC SPresente

0 -$143355 -$143355 PBD-SP = 128

1 $123499 -$40439 128

2 $207792 $103861

3 $223956 $233465

4 $245622 $351917

5 $378242 $503924

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

47

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Para iniciar um negoacutecio requer muito mais do que apenas o espiacuterito

empreendedor eacute necessaacuterio ter lideranccedila conhecimento sobre o mercado que deseja

atuar organizaccedilatildeo e principalmente planejamento

O principal objetivo desse estudo foi analisar a viabilidade econocircmico-

financeira da abertura de uma empresa de bolos e doces finos no Bairro Alto em

Curitiba

O objetivo apresentado nesta pesquisa foi atingido pois todos os indicadores

analisados mostram com clareza que empresa obteacutem resultados positivos que criam

valor para a mesma e com isso o projeto eacute viaacutevel economicamente pois do primeiro

ao quinto ano fica visiacutevel o crescimento do empreendimento e a melhora significativa

da sua sauacutede financeira isso fica evidenciado no saldo final em caixa no quinto ano

que chega proacuteximo haacute 400 mil reais Apesar disso eacute crucial o acompanhamento do

mercado para seguir as tendecircncias e se atualizar constantemente para tomar

decisotildees mais assertivas

Um negoacutecio mal avaliado pode arruinar a estabilidade econocircmica do

investidor por isso eacute de extrema importacircncia fazer todos os levantamentos de custos

antes de se aventurar em qualquer empreendimento

Eacute possiacutevel comprovar que a pesquisa realizada contribui positivamente para

abertura da empresa No entanto as informaccedilotildees aqui presentes natildeo satildeo estaacuteticas e

devem ser revisadas periodicamente e se preciso ateacute mesmo ampliadas no decorrer

da implantaccedilatildeo do projeto para que o mesmo seja uma ferramenta eficiente e eficaz

no desenvolvimento da empresa como um todo

48

REFEREcircNCIAS

BRITO Paulo Anaacutelise e viabilidade de projetos de investimento Satildeo Paulo Atlas 2003 DOLABELA Fernando O segredo de Luiacutesa 30 ed Satildeo Paulo Editora de Cultura 2006 DORNELAS Joseacute Carlos Assis Empreendedorismo transformando ideias em negoacutecios 4 ed Rio de Janeiro Campus Elsevier 2012 CENSO Demograacutefico 2010 Resultados gerais da amostra Curitiba IBGE 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=410690ampidtema=87ampsearch=parana|curitiba|censo-demografico-2010-resultados-gerais-da-amostra-gt Acesso em 21 de Junho de 2015 CHIAVENATO Idalberto Empreendedorismo dando asas ao espiacuterito empreendedor empreendedorismo e a viabilidade de novas empresas um guia eficiente para iniciar e tocar seu proacuteprio negoacutecio 2 ed Satildeo Paulo Saraiva 2007 ESTATIacuteSTICAS do registro civil 2012 Curitiba IBGE 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaoregistrocivil2012default_xlsshtmgt Acesso em 21 de Junho de 2015 GIL Antonio Carlos Meacutetodos e teacutecnicas de pesquisa social 6 ed Satildeo Paulo Atlas 2008 KOTLER Philip KELLER Kevin Lane Administraccedilatildeo de Marketing 12 ed Satildeo Paulo ABDR 2006 LAPPONI Juan Carlos Projetos de Investimento na Empresa Rio de Janeiro Elsevier 2007 MACHADO Jesseacute Anderson Pinto Projetos Econocircmicos uma abordagem praacutetica de elaboraccedilatildeo Satildeo Paulo Nobel 2002 MICHEL Maria Helena Metodologia e pesquisa cientiacutefica em ciecircncias sociais 2 ed Satildeo Paulo Atlas 2009 OLIVEIRA Djalma de Pinho Rebouccedilas de Planejamento estrateacutegico conceitos metodologia e praacuteticas 20 ed Satildeo Paulo Atlas 2004 PRODANOV Cleber Cristiano ERNANI Cesar de Freitas Metodologia do trabalho cientiacutefico meacutetodo e teacutecnicas da pesquisa e do trabalho acadecircmico 2 ed Novo Hamburgo Freevale 2013

49

REBELATTO Dayse Projeto de Investimento 1 ed Barueri Manole 2004 SEBRAE Pesquisa de Mercado o que eacute e para que serve Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrsitesPortalSebraeartigosPesquisa-de-mercado-o-que-C3A9-e-para-que-servegt Acesso em 21 de Junho de 2015 SEBRAE Fluxo de caixa Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrSebraePortal20SebraeAnexos0_fluxo-de-caixapdfgt Acesso em 10 de Outubro de 2015 WILDAUER Egon Walter Plano de negoacutecios elementos construtivos e processos de elaboraccedilatildeo 2 ed Curitiba Ibpex 2011 WOILER Samsatildeo MATHIAS Washington Franco Projetos planejamento elaboraccedilatildeo anaacutelise 1 ed Satildeo Paulo Atlas 1994

50

APEcircNDICES

APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL 51

APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS 52

APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL 52

51

APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL

Item Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

Aacutegua 25000 26250 27563 28941 30388

Aluguel 160000 168000 176400 185220 194481

Assessoria Contaacutebil 80000 84000 88200 92610 97241

Gaacutes 49000 51450 54023 56724 59560

Impostos 387858 422765 464481 506284 551849

Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)

80268 84281 88495 92920 97566

Energia eleacutetrica 70000 73500 77175 81034 85085

Manutenccedilatildeo 50000 52500 55125 57881 60775

Material de escritoacuterio 20000 21000 22050 23153 24310

Material de Limpeza 40000 42000 44100 46305 48620

Folha de pagamento 272266 299493 329442 362386 398625

Seguros 15000 15750 16538 17364 18233

Telefone fixointernet 20000 21000 22050 23153 24310

Telefone Moacutevel 12000 12600 13230 13892 14586

Vale Refeiccedilatildeo 75000 82500 90750 99825 109808

Vale Transporte 33000 34650 36383 38202 40112

Proacute- labore 200000 220000 286000 328900 361790

Taxas Bancaacuterias 8000 8400 8820 9261 9724

Total R$ 1597392 R$ 1720139 R$ 1900823 R$ 2064053 R$ 2227062

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

52

APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS

Item

Produccedilatildeo mensal meacutedia

Custo unitaacuterio total

Sugestatildeo Preccedilo de venda

Custo Mensal Total

Receita de vendas

Bolos artiacutesticos (recheios diversos) 150 6000 13500 900000 2025000

Bolos de copa (recheios diversos) 30 3600 8100 108000 243000

Naked cake (recheios diversos) 60 4200 9450 252000 567000

Doces Tradicionais 32 3500 7875 112000 252000

Doces Espelhados 32 5000 11250 160000 360000

Doces Finos 32 7500 16875 240000 540000

Brigadeiros gourmet 16 4500 10125 72000 162000

Tacinhas acriacutelicas 16 5500 12375 88000 198000

Trufas 32 5000 11250 160000 360000

Bombons 32 5000 11250 160000 360000

Bem casados 3200 100 225 320000 720000

Custo produccedilatildeo Total 2572000

Receita Total 5787000

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL

Ano Receita Bruta Variaccedilatildeo anual

Ano 1 000

Ano 2 69444000 9

Ano 3 75693960 9

Ano 4 82506416 9

Ano 5 89931994 9

Valor considerando a inflaccedilatildeo de 9 aa

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

19

2212 Sumaacuterio

O sumaacuterio deve incluir ldquoo tiacutetulo de cada seccedilatildeo do plano de negoacutecios e a paacutegina

respectiva onde se encontra bem como os principais assuntos relacionados em cada

seccedilatildeordquo Isso faz com que fique mais faacutecil o leitor do plano de negoacutecios identificar com

mais agilidade o que lhe interessar (DORNELAS 2012 p 101-102)

2213 Sumaacuterio executivo

O Sumaacuterio Executivo eacute a parte mais importante do plano de negoacutecios ele iraacute

definir se o leitor vai prosseguir ou natildeo com a leitura do plano de negoacutecios Dessa

forma deve ser redigido com bastante concentraccedilatildeo e revisado inuacutemeras vezes e

tambeacutem englobar as informaccedilotildees mais relevantes do plano de negoacutecios Deve ser

direcionado ao puacuteblico-alvo do plano de negoacutecios e deixar claro qual o objetivo do

mesmo em relaccedilatildeo agraves pessoas que estatildeo o lendo ldquoO Sumaacuterio Executivo deve ser a

uacuteltima seccedilatildeo a ser escrita pois depende de todas as outras seccedilotildees do plano para ser

elaboradardquo (DORNELAS 2012 p 102)

2214 Anaacutelise estrateacutegica

Nesta seccedilatildeo eacute determinada a direccedilatildeo que a empresa vai seguir ldquosua visatildeo e

missatildeo sua situaccedilatildeo atual as potencialidades e ameaccedilas externas suas forccedilas e

fraquezas seus objetivos e metas de negoacuteciordquo Essa parte eacute o alicerce para o

crescimento e o estabelecimento das outras accedilotildees redigidas no plano (DORNELAS

2012 p 102)

20

2215 Descriccedilatildeo da empresa

Eacute nessa seccedilatildeo que deve ser feita a descriccedilatildeo da empresa ldquoseu histoacuterico

crescimento faturamento dos uacuteltimos anos sua razatildeo social impostos estrutura

organizacional e legal localizaccedilatildeo parcerias serviccedilos terceirizados etcrdquo

(DORNELAS 2012 p 102)

2216 Produtos e serviccedilos

Nessa seccedilatildeo do plano de negoacutecios devem ser descritos os produtos e serviccedilos

da empresa a maneira que satildeo produzidos o capital disposto seu ciclo de vida os

elementos tecnoloacutegicos envolvidos pesquisa e desenvolvimento os seus clientes

marcas e patentes etc

Nessa seccedilatildeo pode ser incluiacuteda quando estaacute informaccedilatildeo encontra-se disponiacutevel uma visatildeo do niacutevel de satisfaccedilatildeo dos clientes com os produtos e serviccedilos da empresa Esse feedback eacute bastante importante porque costuma oferecer natildeo apenas uma visatildeo do niacutevel de qualidade percebida nos produtos e serviccedilos mas tambeacutem guiar futuros investimentos da empresa em novos desenvolvimentos e processos de produccedilatildeo (DORNELAS 2012 p 102-103)

2217 Plano operacional

Nesta seccedilatildeo devem ser expostas as accedilotildees que a empresa pretende ter na

sua estrateacutegia produtiva e no processo de produccedilatildeo apontando os resultados que

essas accedilotildees teratildeo sobre os criteacuterios de avaliaccedilatildeo dos produtos Deve incluir dados

operacionais atualizados e presumidos como ldquolead time do produto ou serviccedilo

percentual de entregas a tempo rotatividade do inventaacuterio iacutendice de refugo lead time

de desenvolvimento de produto ou serviccedilo etcrdquo (DORNELAS 2012 p 103)

21

2218 Plano de recursos humanos

Devem ser exibidas as propostas de desenvolvimento e treinamento de

pessoal da empresa Esses dados estatildeo pontualmente associados com a

competecircncia da empresa de crescer ldquoespecialmente quando esta atua em um

mercado onde a detenccedilatildeo de tecnologia eacute considerada um fator estrateacutegico de

competitividaderdquo (DORNELAS 2012 p 103)

2219 Anaacutelise de mercado

Nesta seccedilatildeo o responsaacutevel pelo plano de negoacutecios deve deixar claro que os

executivos da empresa entendem perfeitamente o mercado consumidor do seu

produto ou serviccedilo (atraveacutes de pesquisa de mercado) como estaacute segmentado

crescimento do mercado atributos do consumidor anaacutelise da concorrecircncia qual a sua

fatia de mercado e dos concorrentes etc (DORNELAS 2012 p 103)

22110 Estrateacutegia de marketing

Deve ser apresentado o objetivo da empresa para vender seu produtoserviccedilo

e consolidar seus clientes e ampliar sua demanda Deve ser informada sua estrateacutegia

de venda especificidades do produtoserviccedilo preccedilos puacuteblico-alvo canais de

distribuiccedilatildeo projeccedilatildeo das vendas (DORNELAS 2012 p 103)

22

22111 Plano financeiro

Na seccedilatildeo financeira deve mostrar em nuacutemeros todas as accedilotildees planejadas

para a empresa e suas evidecircncias por meio de projeccedilotildees futuras para um negoacutecio

bem sucedido

Deve conter demonstrativo de fluxo de caixa com horizonte de pelo menos trecircs anos balanccedilo patrimonial anaacutelise do ponto de equiliacutebrio necessidades de investimento demonstrativos de resultados anaacutelise de indicadores financeiros do negoacutecio como faturamento previsto margem prevista prazo de retorno sobre o investimento inicial (payback) taxa interna de retorno (TIR) etc (DORNELAS 2012 p 103-104)

22112 Anexos

Nesta seccedilatildeo deve incluir todos os dados considerados importantes para

melhor compreensatildeo do plano de negoacutecios O que natildeo pode ser deixado de anexar eacute

o curriculum vitae dos soacutecios da empresa (DORNELAS 2012 p 104)

23 VIABILIDADE ECONOcircMICO-FINANCEIRA

Analisar o empreendimento economicamente para verificar se o projeto eacute

viaacutevel e lucrativo ou natildeo eacute uma das decisotildees fundamentais de qualquer

empreendedor

A anaacutelise de investimento eacute um mecanismo aacutegil praacutetico e seguro que ajuda

profissionais de inuacutemeras aacutereas no processo de anaacutelise de tomada de decisotildees

financeiras (REBELATTO p 141)

Lapponi (2007 p 123) afirma que

O objetivo da decisatildeo de investimento ou do orccedilamento de capital eacute maximizar o valor da empresa A decisatildeo de alocaccedilatildeo do capital em projeto de investimento eacute fundamental para o sucesso pois os recursos da empresa

23

satildeo comprometidos por longo tempo na direccedilatildeo de seu futuro desejado e isso envolve um grande esforccedilo de tempo e de gerenciamento Cada projeto aprovado eacute um desembolso realizado pela empresa coma expectativa de obter benefiacutecios futuros quantificados pela geraccedilatildeo de um fluxo de retornos adequados em geral por um prazo maior do que um ano

A carecircncia de recursos financeiros diante das muitas necessidades faz com

que seja crucial aperfeiccediloar sua utilizaccedilatildeo A anaacutelise antecipada de investimento

possibilita que se racionalize a forma como os recursos de capital satildeo utilizados

(REBELATTO 2004 p 141)

Para analisar a viabilidade de um projeto economicamente eacute necessaacuterio reunir

uma seacuterie de informaccedilotildees e de dados que precisam ser organizados para atingir seu

objetivo final que eacute o de facilitar a tomada de decisatildeo Vale salientar que o projeto

deve ser um documento que tenha a capacidade de mostrar de uma maneira loacutegica a

visatildeo estrateacutegica do negoacutecio (MACHADO 2002 p 144)

231 Fluxo de caixa

O fluxo de caixa eacute o melhor guia para uma administraccedilatildeo financeira eficiente

de qualquer negoacutecio

O fluxo de caixa eacute a reproduccedilatildeo graacutefica de uma movimentaccedilatildeo financeira ldquoAs

movimentaccedilotildees monetaacuterias satildeo identificadas temporalmente por meio de um conjunto

de entradas e saiacutedas de caixa definido como diagrama de fluxo de caixardquo Essa

representaccedilatildeo proporciona a visualizaccedilatildeo em diferentes momentos com o que estaacute

ocorrendo com o capital (REBELATTO 2004 p 150)

ldquoA identificaccedilatildeo e a quantificaccedilatildeo das estimativas relevantes do projeto satildeo o

iniacutecio da construccedilatildeo do fluxo de caixa do projeto para empresa em funcionamentordquo

(LAPPONI 2007 p 347)

O fluxo de caixa eacute um composto de entradas e saiacutedas de valores monetaacuterios

(dinheiro) no decorrer de um determinado periacuteodo Bem como evidenciar uma opccedilatildeo

possiacutevel de transaccedilotildees financeiras ou seja pagamentos agrave vista pagamentos a prazo

tiacutetulos originais etc (REBELATTO 2004 p 151)

24

232 Valor Presente Liacutequido (VPL)

ldquoO Valor presente liacutequido (VPL) ou valor atual liacutequido (VAL) eacute o valor atual das

entradas de caixa (retornos de capital esperados) incluindo o valor residual (se

houver) menos o valor atual das saiacutedas de caixardquo (REBELATTO 2004 p 214)

A foacutermula para chegar ao VPL eacute (LAPPONI 2007 p 125)

119881119875119871 = minus119868 +119865119862

(1 + 119870)119899

Onde

I= custo inicial ou desembolso inicial

FC= fluxo de caixa

K= taxa requerida

n= prazo de anaacutelise

Rebelatto (2004 p214) afirma que os paracircmetros para que o projeto seja

aceito se refere ao valor presente liacutequido (VPL)

VPLgt0 o projeto eacute aceito

VPLlt0 o projeto eacute rejeitado

VPL=0 o projeto pode ser aceito ou natildeo pois natildeo cria e nem destroacutei

valor para empresa

Para Lapponi (2007 p 134-135) as principais vantagens do VPL satildeo

Considera o fluxo de caixa do projeto na sua totalidade

Considera o valor monetaacuterio (dinheiro) no tempo

Tem a capacidade de medir o valor criado ou destruiacutedo pelo projeto

Pode ser utilizado na avaliaccedilatildeo do projeto independentemente do tipo de

fluxo de caixa utilizado

Seleciona o projeto mais viaacutevel economicamente

25

233 Taxa Interna de Retorno (TIR)

ldquoTaxa Interna de Retorno (TIR) eacute a taxa de desconto que torna o valor atual

liacutequido (VAL) do investimento igual a zero Tambeacutem eacute chamada de taxa interna efetiva

de rentabilidaderdquo (REBELATTO 2004 p 217)

No projeto do tipo simples com o aumento da taxa requerida o VPL do projeto tende ao valor do custo inicial pois o VPL eacute uma funccedilatildeo decrescente da taxa requerida Portanto a decisatildeo com o meacutetodo TIR somente deve ser feita em projetos simples que garantem a existecircncia de uma uacutenica TIRgt -100 Nos outros tipos de fluxo de caixa em geral o meacutetodo da TIR natildeo deve ser utilizado pois haacute a possibilidade de muacuteltiplas TIRs Sendo a TIR a taxa de juro que zera o VPL do projeto simples para qualquer taxa requerida K menor que a TIR o VPL seraacute positivo e para qualquer taxa requerida K maior que a TIR o VPL seraacute negativo (LAPPONI 2007 p 175-176)

Rebelatto (2004 p 217) complementa afirmando que a TIR eacute um meacutetodo

aprimorado de anaacutelise de investimento sendo possivelmente uma das mais usadas

para avaliar projetos econocircmicos A TIR deve ser comparada com a taxa miacutenima de

atratividade (TMA) para analisar se o projeto seraacute aceito ou natildeo

Sendo assim Lapponi (2007 p 176) considera que

Se TIR gt TMA o projeto deve ser aceito pois eacute economicamente viaacutevel

Se TIR lt TMA o projeto deve ser recusado pois eacute economicamente

inviaacutevel

Se TIR = TMA eacute indiferente investir no projeto pois o mesmo natildeo criaraacute

e nem destruiraacute valor da empresa

ldquoA grande vantagem da TIR como indicador de decisatildeo eacute que prescinde de

informaccedilotildees externas ao projeto Tudo que o analista necessita eacute conhecer o perfil do

projeto e alguma ideia de magnitude da taxa de jurosrdquo (MACHADO 2002 p 127)

26

234 Periacuteodo de retorno de investimento (Payback)

ldquoO payback eacute o periacuteodo de tempo em que ocorre o retorno do investimento

Calculado no fluxo de caixa de vida uacutetil de dez anos o payback apresenta-se de vaacuterias

maneiras para cada tipo de empresardquo (BRITO 2003 p 51)

Uma empresa pode nomear o payback como um dos paracircmetros para escolha

de um projeto a fim de minimizar seus riscos Mesmo sendo esse um meacutetodo faacutecil e

simples na praacutetica eacute um dos mais utilizados para efetuar a mediccedilatildeo econocircmica de um

projeto (REBELATTO 2004 p 230)

Segundo Rebelatto (2004 p 231) a foacutermula baacutesica que demonstra o caacutelculo

do payback em fluxos de caixas regulares eacute

PB =I0

FC

Onde

PB= Payback

I0= Investimento inicial

FC= Fluxo de caixa regular

Para executar o meacutetodo payback eacute crucial estabelecer o tempo maacuteximo de

toleracircncia TMT para resgatar o custo inicial ldquoPara decidir se o projeto deve ser aceito

o payback deve ser comparado com o valor de referecircncia TMT de forma querdquo

(LAPPONI 2007 p 245)

Se PB lt TMT o projeto deve ser aceito

Se PB gt TMT o projeto deve ser recusado

A principal vantagem para utilizaccedilatildeo do meacutetodo payback eacute que ele reflete a

liquidez do projeto e por consequecircncia eacute possiacutevel efetuar a avaliaccedilatildeo do risco de natildeo

recuperar o investimento (REBELATTO 2004 p 230)

27

3 METODOLOGIA

Este capiacutetulo tem por objetivo descrever os procedimentos e teacutecnicas

utilizados na pesquisa considerando o problema e aos objetivos gerais e especiacuteficos

Para a execuccedilatildeo da revisatildeo bibliograacutefica realizada neste estudo foi utilizado

livros de especialistas na aacuterea os principais temas abordados foram o

empreendedorismo que eacute um assunto chave quando surge uma ideia para um novo

negoacutecio plano de negoacutecios que eacute um elemento fundamental para o sucesso ou

fracasso de um empreendimento e a viabilidade econocircmico-financeira tema

fundamental visto que o objetivo geral da pesquisa eacute mensurar se a mesma eacute viaacutevel

ou natildeo economicamente

Foi elaborada uma anaacutelise de mercado que estaacute disponiacutevel no item 41 deste

estudo atraveacutes da mesma foi identificado que os principais clientes satildeo das classes

A e B de Curitiba regiatildeo metropolitana no item 42 foi efetuado um levantamento do

tamanho do negoacutecio onde foi definida a capacidade produtiva o investimento inicial e

a localizaccedilatildeo do empreendimento no item 44foi elaborado o fluxo de caixa que

demonstra as previsotildees financeiras do periacuteodo de 5 anos o meacutetodo utilizado para

elaborar a pesquisa foi um estudo de caso de natureza exploratoacuteria quantitativa e

anaacutelise documental

O estudo de caso eacute evidenciado por um estudo minucioso e cansativo de um

ou poucos objetivos desta forma propicia um vasto e detalhado conhecimento sobre

o assunto uma missatildeo praticamente impossiacutevel mediante as outras maneiras de

delineamentos consideradas (GIL 2008 p 57-58)

Prodanov e Freitas (2013 p60) afirmam que o estudo de caso consiste em

recolher e analisar dados sobre determinado indiviacuteduo famiacutelia grupo ou comunidade

com a finalidade de estudar diferentes aspectos das suas vidas conforme o assunto

da pesquisa

Jaacute as pesquisas exploratoacuterias satildeo definidas por Gil (2008 p 27) como as que

Tecircm como principal finalidade desenvolver esclarecer e modificar conceitos e ideias tendo em vista a formulaccedilatildeo de problemas mais precisos ou hipoacuteteses pesquisaacuteveis para estudos posteriores De todos os tipos de pesquisa estas satildeo as que apresentam menor rigidez no planejamento Habitualmente envolvem levantamento bibliograacutefico e documental entrevistas natildeo padronizadas e estudos de caso

28

A pesquisa quantitativa ldquoconsidera que tudo pode ser quantificaacutevel o que

significa traduzir em nuacutemeros opiniotildees e informaccedilotildees para classificaacute-las e analisaacute-lasrdquo

Eacute necessaacuteria a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas estatiacutesticas tais como porcentagem meacutedia

moda desvio-padratildeo coeficiente de correlaccedilatildeo etc (PRODANOV FREITAS 2013

p 69)

Muitos dados que satildeo utilizados em pesquisas satildeo adquiridos indiretamente

por meio de documentosrdquo como livros jornais papeacuteis oficiais registros estatiacutesticos

fotos discos filmes e viacutedeos que satildeo obtidos de maneira indiretardquo Essas fontes

documentais tecircm a capacidade de disponibilizar ao pesquisador um grande nuacutemero

de informaccedilotildees com bastante qualidade para evitar a perda de tempo (GIL 2008 p

147)

Este modelo de pesquisa foi utilizado para definir os principais clientes quais

os produtos que seratildeo vendidos a capacidade produtiva assim como a viabilidade

econocircmico-financeira e operacional do negoacutecio

29

4 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES

41 ANAacuteLISE DE MERCADO

Woiler e Mathias (1994 p41) e Rebelatto (2004 p01) afirmam que a anaacutelise

de mercado eacute um dos pontos mais relevantes para elaboraccedilatildeo de um projeto Atraveacutes

do estudo do mercado obtemos muitas informaccedilotildees tais como

Fazendo a comparaccedilatildeo entre demanda e a oferta encontramos a

possiacutevel escassez da demanda futura Esse resultado proporcionaraacute

informaccedilotildees para que seja definida a escala de produccedilatildeo do projeto

A regiatildeo geograacutefica em que o produto pode ser vendido eacute um dos pontos

mais significativos para que seja definida a localizaccedilatildeo do empreendimento

O preccedilo de venda os custos de comercializaccedilatildeo e os estoques nos

canais de comercializaccedilatildeo satildeo informaccedilotildees relevantes para que seja

elaborada a projeccedilatildeo do projeto

Vale salientar que esses satildeo apenas alguns elementos importantes que eacute

possiacutevel identificar na anaacutelise de mercado existe muitos outros dados que satildeo obtidos

com a mesma

411 Mercado consumidor

ldquoTodas as decisotildees relacionadas a novos empreendimentos contecircm certo

grau de incerteza tanto no que diz respeito agrave informaccedilatildeo na qual as decisotildees estatildeo

baseadas como no que diz respeito agraves suas consequecircnciasrdquo (SEBRAE)

Chiavenato acredita que os clientes tecircm a capacidade de alavancar ou

derrubar um empreendimento ldquoUm cliente pode ser uma organizaccedilatildeo uma empresa

um usuaacuterio dos produtosserviccedilos ou um consumidor finalrdquo Eacute quem adquiri os

produtosserviccedilos ofertados pela organizaccedilatildeo no final da cadeia de transaccedilotildees Eacute ele

que estabelece direta ou indiretamente se o empreendimento teraacute ecircxito ou natildeo Por

30

isso o cliente deve ser considerado como o principal patrimocircnio da empresa (2007

p 207)

Segundo dados do censo 2010 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e

estatiacutestica) dos 576190 (quinhentos e setenta e seis mil cento e noventa) domiciacutelios

de Curitiba 292965 (duzentos e noventa e dois mil novecentos e sessenta e cinco)

possuem renda de mais de 5 a mais de 20 salaacuterios miacutenimos sendo assim cerca de

5085 dos domiciacutelios curitibanos estatildeo enquadrados nas classes A e B Ainda

segundo o IBGE cerca de 137922 (cento e trinta e sete mil novecentos e vinte e dois)

domiciacutelios curitibanos tecircm renda de mais de 10 salaacuterios miacutenimos o que representa

uma meacutedia de 24 dos domiciacutelios de Curitiba

Mais de 249000 (duzentos e quarenta e nove mil) pessoas que residem em

Curitiba cerca de 1423 da populaccedilatildeo tem rendimento mensal de mais de 5 salaacuterios

miacutenimos conforme Tabela 1

TABELA 1 - RESULTADOS DA AMOSTRA - RENDIMENTO POR PESSOA EM CURITIBA

Quantidade de pessoas Salaacuterios miacutenimos

153011 Mais de 5 a 10 salaacuterios miacutenimos

38692 Mais de 10 a 15 salaacuterios miacutenimos

25427 Mais de 15 a 20 salaacuterios miacutenimos

18264 Mais de 20 a 30 salaacuterios miacutenimos

13791 Mais de 30 salaacuterios miacutenimos

FONTE IBGE - CENSO DEMOGRAacuteFICO 2010

Curitiba possui uma populaccedilatildeo de mais de 1750000 (um milhatildeo setecentos

e cinquenta mil habitantes) segundo censo IBGE 2010 sendo que 932000

(novecentos e trinta e dois mil) pessoas com o estado civil de solteiro viuacutevo

divorciado separado judicialmentedesquitado isso mostra que tem muitas pessoas

que podem fazer festas de casamento e necessitar dos produtos que seratildeo ofertados

tais como bolos artiacutesticos doces finos e bem casados

Segundo as estatiacutesticas do registro civil do IBGE ocorreram em Curitiba e

regiatildeo metropolitana no ano 2012 exatamente 18877 (dezoito mil oitocentos e setenta

e sete) casamentos sendo que nos meses de setembro a dezembro foi onde ocorreu

um maior nuacutemero um total de 7828 (sete mil oitocentos e vinte e oito) casamentos o

que representa um total de 4147 dos casamentos ocorrem nesses quatro meses

do ano

31

TABELA 2 - CASAMENTOS POR MEcircS DE REGISTRO SEGUNDO O LUGAR DO REGISTRO ndash 2012

Lugar do registro

Casamentos por mecircs do registro

Total de

registros Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

RM Curitiba 18877 1466 1250 1572 1282 1403 1533 1248 1255 1735 1753 2118 2262

Curitiba 10351 848 692 857 692 724 872 658 658 971 968 1237 1174

FONTE IBGE DIRETORIA DE PESQUISAS COORDENACcedilAtildeO DE POPULACcedilAtildeO E INDICADORES SOCIAIS ESTATIacuteSTICAS DO REGISTRO CIVIL 2012

Nessa perspectiva foi definido que o mercado que a empresa de bolos e doces

finos vai atuar eacute de Curitiba e regiatildeo metropolitana com foco nas pessoas das classes

A e B com estado civil solteiro divorciado separado judicialmentedesquitado e viuacutevo

412 Produtos que seratildeo vendidos

ldquoNo coraccedilatildeo de uma grande marca haacute um grande produto O produto-chave

na oferta ao mercado Liacutederes de mercado geralmente oferecem produtos e serviccedilos

de qualidade superiorrdquo (KOTLER KELLER 2006 p 366)

Os principais produtos fornecidos seratildeo

Bolos artiacutesticos

FOTO1 - BOLO ARTIacuteSTICO FONTE WANDA CARDOSO - BOLOS ARTIacuteSTICOS amp DOCES

32

Bolos de copa

FOTO2 - BOLO DE COPA FONTE ELABORADO PELO AUTOR

FOTO3 - BOLO DE COPA FONTE ELABORADO PELO AUTOR

Naked cake

FOTO4 - NAKED CAKE FONTE DOCES PENEacuteLOPE

33

Doces Tradicionais

FOTO5 - DOCES TRADICIONAIS FONTE ELABORADO PELO AUTOR

Doces Espelhados

FOTO6 - DOCES ESPELHADOS FONTE PRONTO SOCORRO DAS FESTAS

Doces Finos

FOTO 7 - DOCES FINOS FONTE COMPRANDO MEU APE

34

Brigadeiros gourmet

FOTO8 - BRIGADEIROS GOURMET FONTE ELABORADO PELO AUTOR

Tacinhas acriacutelicas

FOTO9 - TACINHAS ACRIacuteLICAS FONTE BUFFET DELIacuteCIAS DA VI

Trufas

FOTO 10 - TRUFAS FONTE FOGAtildeO DA VOVOacute

35

Bombons

FOTO11 - BOMBONS FONTE DALVA GOLDEN GATE

Bem casados

FOTO12 - BEM CASADOS FONTE CASAMENTO SEM ERRO

FOTO13 - BEM CASADOS FONTE CASAMENTO SEM ERRO

36

413 Preccedilo de venda

A definiccedilatildeo do preccedilo dos produtos eacute uma das decisotildees mais relevantes da

organizaccedilatildeo que deve levar em conta a forma como a empresa deseja se posicionar

no mercado os custos a concorrecircncia e a rentabilidade almejada

O preccedilo eacute um dos elementos mais versaacuteteis pode ser modificado rapidamente

ao contraacuterio das propriedades dos produtos dos contratos com canais de distribuiccedilatildeo

e ateacute mesmo das promoccedilotildees O Preccedilo tem tambeacutem a tarefa de mostrar ao mercado o

posicionamento de valor desejado pela empresa para o seu produto ou marca

(KOTLER KELLER 2006 p 428)

A consolidaccedilatildeo dos preccedilos dos produtos seraacute elaborada levando em conta os

custos para se obter os produtos com a qualidade requinte e sofisticaccedilatildeo desejada

com a margem de lucro esperada e se baseando nos preccedilos praticados pela

concorrecircncia

414 Previsatildeo de vendas

Para Chiavenato (2007 p 2013)

A previsatildeo de vendas representa a quantidade de produtosserviccedilos que a empresa pretende vender ou colocar no mercado durante um determinado periacuteodo geralmente um mecircs ou um ano dividido em meses Constitui portanto uma estimativa ou uma expectativa de vendas Pode ser feita em unidades fiacutesicas ou em valores monetaacuterios

A produccedilatildeo vai ser em meacutedia de 5600 doces (doces finos gourmet e bem

casados) e 4 bolos procurando atender em meacutedia 4 eventos por semana e ateacute 16

eventos por mecircs sendo que nos meses de setembro a dezembro essa demanda

aumenta pelo motivo de historicamente ter um nuacutemero maior de casamentos

37

415 Definiccedilatildeo de local de venda dos produtos

ldquoA venda eacute a fase fundamental do processo de vendas Consiste na

transferecircncia do produtoserviccedilo para o cliente ou consumidorrdquo (CHIAVENATO 2007

p 210)

As vendas vatildeo ocorrer atraveacutes de site proacuteprio redes sociais telefone e

pessoalmente natildeo teremos loja fiacutesica apenas um ateliecirc para confecccedilatildeo dos bolos e

doces onde vai conter uma sala anexa na qual vai ser oferecido o serviccedilo de

degustaccedilatildeo com horaacuterios marcados para assim o cliente decidir quais os produtos

seratildeo adquiridos para o seu evento e fechamento de contrato

416 Definiccedilatildeo da demanda e da oferta

Na maior parte das encomendas os clientes solicitam os doces finos e

gourmet que contecircm chocolates frutas oleaginosas tais como castanhas nozes

avelatildes amecircndoas frutas como framboesa morango damasco cerejas e os bem

casados Os bolos mais solicitados satildeo os com decoraccedilatildeo de pasta americana que

deve obrigatoriamente ter recheios mais firmes como ganaches fios de ovos

strogonoff de nozes e os naked cake (bolo pelado) que possuem mais opccedilotildees de

recheios com chocolates frutas diversas e cremes de pacirctisserie

Em contato com algumas empresas que fornecem o mesmo tipo de produto

foi possiacutevel verificar que as encomendas devem ser feitas com antecedecircncia miacutenima

de 6 meses sendo que alguns casos somente com um ano de antecedecircncia para

conseguir na data desejada Esse eacute um dos pontos que mostra que tem espaccedilo

suficiente para entrada nesse mercado

38

417 Concorrentes

Chiavenato (2007 p 33) Kotler e Keller (2006 p 340) afirmam que os

concorrentes satildeo as organizaccedilotildees que competem pelos mesmos fornecedores

clientes e consumidores

ldquoAgrave medida que seus produtosserviccedilos tornam-se mais heterogecircneos tanto

mais heterogecircneos e diferenciados seratildeo seus concorrentes e tanto mais complexa

seraacute a competitividaderdquo (CHIAVENATO 2007 p 33)

Em busca na internet foi possiacutevel identificar que atualmente existe em meacutedia

25 concorrentes reais que oferecem exatamente os mesmos produtos que seratildeo

fornecidos com o mesmo padratildeo de qualidade valor agregado requinte e

sofisticaccedilatildeo Tambeacutem foi detectado mais 14 concorrentes potenciais que vendem

produtos similares aos que seratildeo vendidos poreacutem natildeo possuem o mesmo valor

agregado dos que vatildeo ser ofertados Foi possiacutevel identificar que alguns concorrentes

oferecem somente os doces finos dos quais foram identificados mais 3 concorrentes

reais e 3 concorrentes potenciais E foi detectado que existem concorrentes que

fornecem apenas os bolos artiacutesticos dos quais foi identificado 4 concorrentes reais

todos fornecem os bolos com o mesmo niacutevel de qualidade que seratildeo fornecidos

A tabela 3 mostra a divisatildeo dos concorrentes reais e potenciais que fornecem

bolos e doces por bairro de Curitiba

39

TABELA 3 - CONCORRENTES QUE FORNECEM BOLOS E DOCES POR BAIRRO

Bairro Quantidade de Concorrentes Reais

Quantidade de Concorrentes Potenciais

Aacutegua Verde 4 1

Ahuacute 1

Bairro Alto 2 1

Barreirinha 1

Barreirinha 1

Bom Retiro 1

Campo Comprido 1

Campo Comprido 1

Cidade Industrial 1

Colombo 1

Fazenda Rio Grande 1

Hauer 1

Hugo Lange 1

Mercecircs 1

Novo Mundo 2 1

Novo Mundo 1

Portatildeo 1

Portatildeo 1

Santa Cacircndida 1

Santa Felicidade 1 1

Santo Inaacutecio 1 1

Satildeo Joseacute dos Pinhais 1

Seminaacuterio 1

Sitio Cercado 1

Tarumatilde 1

Vila Izabel 1

Natildeo Informado 1 2

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

418 Forma de divulgaccedilatildeo dos concorrentes

Todas as empresas pesquisadas que fornecem produtos similares aos que

vamos fornecer utilizam sites proacuteprios e as redes sociais para fazer divulgaccedilatildeo dos

seus produtos todas fazem degustaccedilatildeo para os clientes conhecerem os seus

produtos e posteriormente fechar um contrato

40

42 TAMANHO DO NEGOacuteCIO

421 Capacidade produtiva

A capacidade produtiva vai ser para atender ateacute 4 eventos por semana A

produccedilatildeo vai ser de ateacute 5600 doces (doces finos gourmet e bem casados) e 4 bolos

atendendo ateacute 4 eventos por final de semana e ateacute 16 eventos por mecircs sendo que

nos meses de setembro a dezembro essa demanda aumenta pelo motivo de

historicamente ter um nuacutemero maior de casamentos

422 Investimento

Um dos pontos mais relevantes para abertura de uma empresa eacute a

determinaccedilatildeo do capital miacutenimo para dar iniacutecio nas atividades e principalmente como

obter este capital ldquoEacute com o capital inicial que a empresa tem condiccedilotildees de reunir os

recursos empresariais necessaacuterios ao seu funcionamento sejam eles recursos

humanos materiais ou financeirosrdquo A determinaccedilatildeo do capital eacute o que estabelece a

quantidade de recursos empresariais que a empresa tem disponiacutevel Indiscutivelmente

quanto maior for o volume de recursos empresariais mais faacutecil se torna o desempenho

da empresa Quando todos os recursos necessaacuterios para seu funcionamento estatildeo agrave

disposiccedilatildeo a administraccedilatildeo do empreendimento fica mais simples (CHIAVENATO

2007 p84)

Cabe acrescentar que (LAPPONI 2007 p 321)

O custo inicial refere-se aos desembolsos realizados para aquisiccedilatildeo de equipamentos ou outros ativos fixos incluindo o pagamento de fretes seguros instalaccedilotildees despesas operacionais iniciais com materiais e matildeo de obra treinamento de pessoal de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo etc resumindo o custo inicial inclui todos os desembolsos necessaacuterios para adquirir os ativos necessaacuterios e que estejam em condiccedilotildees de operar e gerar as receitas estimadas

41

O empreendimento iniciaraacute suas atividades com capital investido com

recursos proacuteprios da empreendedora

As estimativas de investimento inicial para abertura da empresa foi de

R$5162851 conforme tabela 4

TABELA 4 - INVESTIMENTO INICIAL

Descriccedilatildeo Valor (R$)

Maacutequinas e equipamentos Cozinha R$ 3084878

Utensiacutelios R$ 555075

Moacuteveis para escritoacuterio R$ 268982

Equipamentos de informaacutetica e eletrocircnicos R$ 446204

Outros custos escritoacuterio R$ 48912

Uniformes R$ 155800

Pintura Imoacutevel R$ 500000

Porta de Vidro R$ 103000

Total R$ 5162851

FONTE ELABORADO PELO AUTOR (2015)

423 Localizaccedilatildeo

Seraacute locado um imoacutevel para a instalaccedilatildeo da empresa localizado na Rua Heitor

Baggio Vidal 2508 Bairro Alto Curitiba ndash PR com o valor do aluguel mensal de

R$160000 (mil e seiscentos reais) O espaccedilo interno de 95msup2 seraacute dividido em trecircs

partes a primeira com 20msup2 vai ficar a recepccedilatildeo para receber os clientes efetuar

orccedilamentos e as degustaccedilotildees a segunda com 71msup2 a cozinha industrial onde seratildeo

fabricados os bolos e doces finos e a terceira com 4msup2 o lavabo

42

FOTO14 - FOTO DO IMOacuteVEL ONDE SERAacute INSTALADA A EMPRESA FONTE MP IMOacuteVEIS

424 Entregas

As entregas dos bolos e doces finos seratildeo efetuadas por uma empresa

parceira localizada no Bairro Alto o preccedilo das entregas em Curitiba e regiatildeo

metropolitana variam de R$2400 (vinte e quatro reais) a R$6000 (sessenta reais)

dependendo da localizaccedilatildeo tais valores seratildeo cobrados dos clientes

43 CAPITAL DE GIRO

O capital de giro inicial foi estimado levando em conta que no primeiro ano a

empresa vai produzir 8333 da sua capacidade atendendo em meacutedia 13 ventos

mensalmente sendo assim foram considerados os gastos operacionais necessaacuterios

para o iniacutecio das atividades incluindo o custo fixo mensal e o estoque inicial ambos

multiplicados por 2 e acrescidos de um percentual de 10 de margem de seguranccedila

para despesas natildeo previstas

43

TABELA 5 - CAPITAL DE GIRO

Item Valor (R$)

Estoque Inicial 5144000

Custo Fixo Mensal 3194783

Reserva (10) 833878

Total do Capital de Giro Inicial 9172662

FONTE ELABORDO PELO AUTOR

44 FLUXO DE CAIXA

ldquoFluxo de Caixa eacute um Instrumento de gestatildeo financeira que projeta para

periacuteodos futuros todas as entradas e as saiacutedas de recursos financeiros da empresa

indicando como seraacute o saldo de caixa para o periacuteodo projetadordquo (SEBRAE)

Na tabela 6 eacute apresentada a projeccedilatildeo do Fluxo de Caixa da empresa para os

seus primeiros cinco anos onde fica evidenciado que do primeiro ateacute o quinto ano a

sauacutede financeira da empresa melhora gradativamente sendo que no final do quinto

ano o saldo em caixa ultrapassa os 300 se comparado com o saldo em caixa no

final do primeiro ano

Pode-se observar que natildeo foi inserida no fluxo de caixa a opccedilatildeo de

inadimplecircncia pois todos os pagamentos seratildeo efetuados agrave vista em dinheiro ou

cartatildeo sendo que o pagamento total dos produtos deve ser efetuado no miacutenimo 10

dias antes da data do evento

44

TABELA 6 - PROJECcedilAtildeO DE FLUXO DE CAIXA NOS PRIMEIROS CINCO ANOS

Descriccedilatildeo Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

Investimento Inicial (5162851)

Capital de Giro (9172662) 9172662

Valor Residual 1548855

Total de entradas 000 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873

Previsatildeo Receitas de vendas 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873

Total de Saiacutedas (14335513) (44888699) (54283425) (59479393) (64738409) (70291804)

(-)Fornecedores (25720000) (33641760) (36669518) (39969775) (43567055)

(-)Folha de pagamento (3267192) (3593911) (3953302) (4348633) (4783496)

(-)Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)

(963216) (1011377) (1061946) (1115043) (1170795)

(-)Retiradas soacutecios (2400000) (2640000) (3432000) (3946800) (4341480)

(-)Impostos s vendas (4654291) (5073177) (5573767) (6075406) (6622192)

(-)Alugueacuteis (1920000) (2016000) (2116800) (2222640) (2333772)

(-)Energia eleacutetrica (840000) (882000) (926100) (972405) (1021025)

(-)Aacutegua (300000) (315000) (330750) (347288) (364652)

(-)Telefone (384000) (403200) (423360) (444528) (466754)

(-)Gaacutes (588000) (617400) (648270) (680684) (714718)

(-)Serviccedilos contabilidade (960000) (1008000) (1058400) (1111320) (1166886)

(-)Manutenccedilatildeo (600000) (630000) (661500) (694575) (729304)

(-)Outras despesas com funcionaacuterios

(1296000) (1405800) (1525590) (1656320) (1799030)

(-)Taxas bancaacuterias (96000) (100800) (105840) (111132) (116689)

(-)Outros pagamentos (900000) (945000) (992250) (1041863) (1093956)

Entradas - Saiacutedas (14335513) 12981301 21410535 23027023 25193585 27734070

Depreciaccedilatildeo 000 (631377) (631377) (631377) (631377) (631377)

Saldo Final (14335513) 12349924 20779158 22395647 24562208 37824209

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

A depreciaccedilatildeo foi calculada considerando o prazo de vida uacutetil meacutedio de 10

anos das maacutequinas equipamentos instalaccedilotildees moacuteveis e utensiacutelios e para os

computadores e perifeacutericos foi considerado o prazo de vida uacutetil de 5 anos conforme

demonstrado na tabela 7

TABELA 7 - DEPRECIACcedilAtildeO

Item Valor Inicial Taxa Anual Depreciaccedilatildeo Anual (R$)

Maacutequinas e equipamentos 3084878 10 308488

Instalaccedilotildees 103000 10 10300

Moacuteveis e Utensiacutelios 824057 10 82406

Computadores e Perifeacutericos 446204 20 89241

Outros 704712 20 140942

Total 631377

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

45

O valor residual dos equipamentos e instalaccedilotildees da empresa no final do quinto

ano foi considerado em 30 referente ao valor de aquisiccedilatildeo dos mesmos no iniacutecio do

projeto

45 ANAacuteLISE DOS INDICADORES (VPL TIR E PAYBACK)

451 Valor Presente Liacutequido (VPL)

A tabela 8 mostra que o VPL (Valor Presente Liacutequido) eacute positivo isso significa

que aleacutem de recuperar o investimento inicial ainda vai ser agregado ao valor da

empresa um montante de R$ R$50392407 (quinhentos e trecircs mil novecentos e vinte

quatro reais e sete centavos)

A taxa de retorno requerida de 20 foi determinada levando em conta o niacutevel

de risco do projeto e visando o valor desejado para se obter em cima do valor

investido

TABELA 8 - CALCULO DO VALOR PRESENTE LIacuteQUIDO (VPL)

Anos FC k 2000

0 -$143355 VPL $50392407

1 $123499 VPL $50392407

2 $207792 VPL $50392407

3 $223956 VPL $21761126

4 $245622 VPL $21761126

5 $378242 Decisatildeo Aceitar o Projeto

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

452 Taxa Interna de Retorno (TIR)

Conforme a tabela 9 eacute possiacutevel verificar que a TIR (Taxa Interna de Retorno)

eacute de 11593 maior que a taxa requerida de 20 isso significa que custo inicial seraacute

46

recuperado e o projeto vai criar valor para empresa mais um resultado favoraacutevel para

a aceitaccedilatildeo do projeto

TABELA 9 - TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR)

Anos FC

0 -$143355 TIR 11593

1 $123499 TIR 2168

2 $207792 TIR 2168

3 $223956 Decisatildeo

4 $245622 k 2000

5 $378242 Aceitar o projeto

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

453 Payback

O tempo de recuperaccedilatildeo do custo inicial ocorre normalmente entre o quarto e

o quinto ano se for feita a anaacutelise da tabela 10 eacute possiacutevel verificar que o tempo

necessaacuterio para o retorno do investimento (payback) do projeto eacute de 128 anos este

indicador mostra claramente que o projeto deve ser aceito pois o tempo de retorno

estaacute bem abaixo do tempo meacutedio dos empreendimentos como um todo

TABELA 10 - PAYBACK

k 20

Anos FC SPresente

0 -$143355 -$143355 PBD-SP = 128

1 $123499 -$40439 128

2 $207792 $103861

3 $223956 $233465

4 $245622 $351917

5 $378242 $503924

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

47

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Para iniciar um negoacutecio requer muito mais do que apenas o espiacuterito

empreendedor eacute necessaacuterio ter lideranccedila conhecimento sobre o mercado que deseja

atuar organizaccedilatildeo e principalmente planejamento

O principal objetivo desse estudo foi analisar a viabilidade econocircmico-

financeira da abertura de uma empresa de bolos e doces finos no Bairro Alto em

Curitiba

O objetivo apresentado nesta pesquisa foi atingido pois todos os indicadores

analisados mostram com clareza que empresa obteacutem resultados positivos que criam

valor para a mesma e com isso o projeto eacute viaacutevel economicamente pois do primeiro

ao quinto ano fica visiacutevel o crescimento do empreendimento e a melhora significativa

da sua sauacutede financeira isso fica evidenciado no saldo final em caixa no quinto ano

que chega proacuteximo haacute 400 mil reais Apesar disso eacute crucial o acompanhamento do

mercado para seguir as tendecircncias e se atualizar constantemente para tomar

decisotildees mais assertivas

Um negoacutecio mal avaliado pode arruinar a estabilidade econocircmica do

investidor por isso eacute de extrema importacircncia fazer todos os levantamentos de custos

antes de se aventurar em qualquer empreendimento

Eacute possiacutevel comprovar que a pesquisa realizada contribui positivamente para

abertura da empresa No entanto as informaccedilotildees aqui presentes natildeo satildeo estaacuteticas e

devem ser revisadas periodicamente e se preciso ateacute mesmo ampliadas no decorrer

da implantaccedilatildeo do projeto para que o mesmo seja uma ferramenta eficiente e eficaz

no desenvolvimento da empresa como um todo

48

REFEREcircNCIAS

BRITO Paulo Anaacutelise e viabilidade de projetos de investimento Satildeo Paulo Atlas 2003 DOLABELA Fernando O segredo de Luiacutesa 30 ed Satildeo Paulo Editora de Cultura 2006 DORNELAS Joseacute Carlos Assis Empreendedorismo transformando ideias em negoacutecios 4 ed Rio de Janeiro Campus Elsevier 2012 CENSO Demograacutefico 2010 Resultados gerais da amostra Curitiba IBGE 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=410690ampidtema=87ampsearch=parana|curitiba|censo-demografico-2010-resultados-gerais-da-amostra-gt Acesso em 21 de Junho de 2015 CHIAVENATO Idalberto Empreendedorismo dando asas ao espiacuterito empreendedor empreendedorismo e a viabilidade de novas empresas um guia eficiente para iniciar e tocar seu proacuteprio negoacutecio 2 ed Satildeo Paulo Saraiva 2007 ESTATIacuteSTICAS do registro civil 2012 Curitiba IBGE 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaoregistrocivil2012default_xlsshtmgt Acesso em 21 de Junho de 2015 GIL Antonio Carlos Meacutetodos e teacutecnicas de pesquisa social 6 ed Satildeo Paulo Atlas 2008 KOTLER Philip KELLER Kevin Lane Administraccedilatildeo de Marketing 12 ed Satildeo Paulo ABDR 2006 LAPPONI Juan Carlos Projetos de Investimento na Empresa Rio de Janeiro Elsevier 2007 MACHADO Jesseacute Anderson Pinto Projetos Econocircmicos uma abordagem praacutetica de elaboraccedilatildeo Satildeo Paulo Nobel 2002 MICHEL Maria Helena Metodologia e pesquisa cientiacutefica em ciecircncias sociais 2 ed Satildeo Paulo Atlas 2009 OLIVEIRA Djalma de Pinho Rebouccedilas de Planejamento estrateacutegico conceitos metodologia e praacuteticas 20 ed Satildeo Paulo Atlas 2004 PRODANOV Cleber Cristiano ERNANI Cesar de Freitas Metodologia do trabalho cientiacutefico meacutetodo e teacutecnicas da pesquisa e do trabalho acadecircmico 2 ed Novo Hamburgo Freevale 2013

49

REBELATTO Dayse Projeto de Investimento 1 ed Barueri Manole 2004 SEBRAE Pesquisa de Mercado o que eacute e para que serve Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrsitesPortalSebraeartigosPesquisa-de-mercado-o-que-C3A9-e-para-que-servegt Acesso em 21 de Junho de 2015 SEBRAE Fluxo de caixa Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrSebraePortal20SebraeAnexos0_fluxo-de-caixapdfgt Acesso em 10 de Outubro de 2015 WILDAUER Egon Walter Plano de negoacutecios elementos construtivos e processos de elaboraccedilatildeo 2 ed Curitiba Ibpex 2011 WOILER Samsatildeo MATHIAS Washington Franco Projetos planejamento elaboraccedilatildeo anaacutelise 1 ed Satildeo Paulo Atlas 1994

50

APEcircNDICES

APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL 51

APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS 52

APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL 52

51

APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL

Item Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

Aacutegua 25000 26250 27563 28941 30388

Aluguel 160000 168000 176400 185220 194481

Assessoria Contaacutebil 80000 84000 88200 92610 97241

Gaacutes 49000 51450 54023 56724 59560

Impostos 387858 422765 464481 506284 551849

Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)

80268 84281 88495 92920 97566

Energia eleacutetrica 70000 73500 77175 81034 85085

Manutenccedilatildeo 50000 52500 55125 57881 60775

Material de escritoacuterio 20000 21000 22050 23153 24310

Material de Limpeza 40000 42000 44100 46305 48620

Folha de pagamento 272266 299493 329442 362386 398625

Seguros 15000 15750 16538 17364 18233

Telefone fixointernet 20000 21000 22050 23153 24310

Telefone Moacutevel 12000 12600 13230 13892 14586

Vale Refeiccedilatildeo 75000 82500 90750 99825 109808

Vale Transporte 33000 34650 36383 38202 40112

Proacute- labore 200000 220000 286000 328900 361790

Taxas Bancaacuterias 8000 8400 8820 9261 9724

Total R$ 1597392 R$ 1720139 R$ 1900823 R$ 2064053 R$ 2227062

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

52

APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS

Item

Produccedilatildeo mensal meacutedia

Custo unitaacuterio total

Sugestatildeo Preccedilo de venda

Custo Mensal Total

Receita de vendas

Bolos artiacutesticos (recheios diversos) 150 6000 13500 900000 2025000

Bolos de copa (recheios diversos) 30 3600 8100 108000 243000

Naked cake (recheios diversos) 60 4200 9450 252000 567000

Doces Tradicionais 32 3500 7875 112000 252000

Doces Espelhados 32 5000 11250 160000 360000

Doces Finos 32 7500 16875 240000 540000

Brigadeiros gourmet 16 4500 10125 72000 162000

Tacinhas acriacutelicas 16 5500 12375 88000 198000

Trufas 32 5000 11250 160000 360000

Bombons 32 5000 11250 160000 360000

Bem casados 3200 100 225 320000 720000

Custo produccedilatildeo Total 2572000

Receita Total 5787000

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL

Ano Receita Bruta Variaccedilatildeo anual

Ano 1 000

Ano 2 69444000 9

Ano 3 75693960 9

Ano 4 82506416 9

Ano 5 89931994 9

Valor considerando a inflaccedilatildeo de 9 aa

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

20

2215 Descriccedilatildeo da empresa

Eacute nessa seccedilatildeo que deve ser feita a descriccedilatildeo da empresa ldquoseu histoacuterico

crescimento faturamento dos uacuteltimos anos sua razatildeo social impostos estrutura

organizacional e legal localizaccedilatildeo parcerias serviccedilos terceirizados etcrdquo

(DORNELAS 2012 p 102)

2216 Produtos e serviccedilos

Nessa seccedilatildeo do plano de negoacutecios devem ser descritos os produtos e serviccedilos

da empresa a maneira que satildeo produzidos o capital disposto seu ciclo de vida os

elementos tecnoloacutegicos envolvidos pesquisa e desenvolvimento os seus clientes

marcas e patentes etc

Nessa seccedilatildeo pode ser incluiacuteda quando estaacute informaccedilatildeo encontra-se disponiacutevel uma visatildeo do niacutevel de satisfaccedilatildeo dos clientes com os produtos e serviccedilos da empresa Esse feedback eacute bastante importante porque costuma oferecer natildeo apenas uma visatildeo do niacutevel de qualidade percebida nos produtos e serviccedilos mas tambeacutem guiar futuros investimentos da empresa em novos desenvolvimentos e processos de produccedilatildeo (DORNELAS 2012 p 102-103)

2217 Plano operacional

Nesta seccedilatildeo devem ser expostas as accedilotildees que a empresa pretende ter na

sua estrateacutegia produtiva e no processo de produccedilatildeo apontando os resultados que

essas accedilotildees teratildeo sobre os criteacuterios de avaliaccedilatildeo dos produtos Deve incluir dados

operacionais atualizados e presumidos como ldquolead time do produto ou serviccedilo

percentual de entregas a tempo rotatividade do inventaacuterio iacutendice de refugo lead time

de desenvolvimento de produto ou serviccedilo etcrdquo (DORNELAS 2012 p 103)

21

2218 Plano de recursos humanos

Devem ser exibidas as propostas de desenvolvimento e treinamento de

pessoal da empresa Esses dados estatildeo pontualmente associados com a

competecircncia da empresa de crescer ldquoespecialmente quando esta atua em um

mercado onde a detenccedilatildeo de tecnologia eacute considerada um fator estrateacutegico de

competitividaderdquo (DORNELAS 2012 p 103)

2219 Anaacutelise de mercado

Nesta seccedilatildeo o responsaacutevel pelo plano de negoacutecios deve deixar claro que os

executivos da empresa entendem perfeitamente o mercado consumidor do seu

produto ou serviccedilo (atraveacutes de pesquisa de mercado) como estaacute segmentado

crescimento do mercado atributos do consumidor anaacutelise da concorrecircncia qual a sua

fatia de mercado e dos concorrentes etc (DORNELAS 2012 p 103)

22110 Estrateacutegia de marketing

Deve ser apresentado o objetivo da empresa para vender seu produtoserviccedilo

e consolidar seus clientes e ampliar sua demanda Deve ser informada sua estrateacutegia

de venda especificidades do produtoserviccedilo preccedilos puacuteblico-alvo canais de

distribuiccedilatildeo projeccedilatildeo das vendas (DORNELAS 2012 p 103)

22

22111 Plano financeiro

Na seccedilatildeo financeira deve mostrar em nuacutemeros todas as accedilotildees planejadas

para a empresa e suas evidecircncias por meio de projeccedilotildees futuras para um negoacutecio

bem sucedido

Deve conter demonstrativo de fluxo de caixa com horizonte de pelo menos trecircs anos balanccedilo patrimonial anaacutelise do ponto de equiliacutebrio necessidades de investimento demonstrativos de resultados anaacutelise de indicadores financeiros do negoacutecio como faturamento previsto margem prevista prazo de retorno sobre o investimento inicial (payback) taxa interna de retorno (TIR) etc (DORNELAS 2012 p 103-104)

22112 Anexos

Nesta seccedilatildeo deve incluir todos os dados considerados importantes para

melhor compreensatildeo do plano de negoacutecios O que natildeo pode ser deixado de anexar eacute

o curriculum vitae dos soacutecios da empresa (DORNELAS 2012 p 104)

23 VIABILIDADE ECONOcircMICO-FINANCEIRA

Analisar o empreendimento economicamente para verificar se o projeto eacute

viaacutevel e lucrativo ou natildeo eacute uma das decisotildees fundamentais de qualquer

empreendedor

A anaacutelise de investimento eacute um mecanismo aacutegil praacutetico e seguro que ajuda

profissionais de inuacutemeras aacutereas no processo de anaacutelise de tomada de decisotildees

financeiras (REBELATTO p 141)

Lapponi (2007 p 123) afirma que

O objetivo da decisatildeo de investimento ou do orccedilamento de capital eacute maximizar o valor da empresa A decisatildeo de alocaccedilatildeo do capital em projeto de investimento eacute fundamental para o sucesso pois os recursos da empresa

23

satildeo comprometidos por longo tempo na direccedilatildeo de seu futuro desejado e isso envolve um grande esforccedilo de tempo e de gerenciamento Cada projeto aprovado eacute um desembolso realizado pela empresa coma expectativa de obter benefiacutecios futuros quantificados pela geraccedilatildeo de um fluxo de retornos adequados em geral por um prazo maior do que um ano

A carecircncia de recursos financeiros diante das muitas necessidades faz com

que seja crucial aperfeiccediloar sua utilizaccedilatildeo A anaacutelise antecipada de investimento

possibilita que se racionalize a forma como os recursos de capital satildeo utilizados

(REBELATTO 2004 p 141)

Para analisar a viabilidade de um projeto economicamente eacute necessaacuterio reunir

uma seacuterie de informaccedilotildees e de dados que precisam ser organizados para atingir seu

objetivo final que eacute o de facilitar a tomada de decisatildeo Vale salientar que o projeto

deve ser um documento que tenha a capacidade de mostrar de uma maneira loacutegica a

visatildeo estrateacutegica do negoacutecio (MACHADO 2002 p 144)

231 Fluxo de caixa

O fluxo de caixa eacute o melhor guia para uma administraccedilatildeo financeira eficiente

de qualquer negoacutecio

O fluxo de caixa eacute a reproduccedilatildeo graacutefica de uma movimentaccedilatildeo financeira ldquoAs

movimentaccedilotildees monetaacuterias satildeo identificadas temporalmente por meio de um conjunto

de entradas e saiacutedas de caixa definido como diagrama de fluxo de caixardquo Essa

representaccedilatildeo proporciona a visualizaccedilatildeo em diferentes momentos com o que estaacute

ocorrendo com o capital (REBELATTO 2004 p 150)

ldquoA identificaccedilatildeo e a quantificaccedilatildeo das estimativas relevantes do projeto satildeo o

iniacutecio da construccedilatildeo do fluxo de caixa do projeto para empresa em funcionamentordquo

(LAPPONI 2007 p 347)

O fluxo de caixa eacute um composto de entradas e saiacutedas de valores monetaacuterios

(dinheiro) no decorrer de um determinado periacuteodo Bem como evidenciar uma opccedilatildeo

possiacutevel de transaccedilotildees financeiras ou seja pagamentos agrave vista pagamentos a prazo

tiacutetulos originais etc (REBELATTO 2004 p 151)

24

232 Valor Presente Liacutequido (VPL)

ldquoO Valor presente liacutequido (VPL) ou valor atual liacutequido (VAL) eacute o valor atual das

entradas de caixa (retornos de capital esperados) incluindo o valor residual (se

houver) menos o valor atual das saiacutedas de caixardquo (REBELATTO 2004 p 214)

A foacutermula para chegar ao VPL eacute (LAPPONI 2007 p 125)

119881119875119871 = minus119868 +119865119862

(1 + 119870)119899

Onde

I= custo inicial ou desembolso inicial

FC= fluxo de caixa

K= taxa requerida

n= prazo de anaacutelise

Rebelatto (2004 p214) afirma que os paracircmetros para que o projeto seja

aceito se refere ao valor presente liacutequido (VPL)

VPLgt0 o projeto eacute aceito

VPLlt0 o projeto eacute rejeitado

VPL=0 o projeto pode ser aceito ou natildeo pois natildeo cria e nem destroacutei

valor para empresa

Para Lapponi (2007 p 134-135) as principais vantagens do VPL satildeo

Considera o fluxo de caixa do projeto na sua totalidade

Considera o valor monetaacuterio (dinheiro) no tempo

Tem a capacidade de medir o valor criado ou destruiacutedo pelo projeto

Pode ser utilizado na avaliaccedilatildeo do projeto independentemente do tipo de

fluxo de caixa utilizado

Seleciona o projeto mais viaacutevel economicamente

25

233 Taxa Interna de Retorno (TIR)

ldquoTaxa Interna de Retorno (TIR) eacute a taxa de desconto que torna o valor atual

liacutequido (VAL) do investimento igual a zero Tambeacutem eacute chamada de taxa interna efetiva

de rentabilidaderdquo (REBELATTO 2004 p 217)

No projeto do tipo simples com o aumento da taxa requerida o VPL do projeto tende ao valor do custo inicial pois o VPL eacute uma funccedilatildeo decrescente da taxa requerida Portanto a decisatildeo com o meacutetodo TIR somente deve ser feita em projetos simples que garantem a existecircncia de uma uacutenica TIRgt -100 Nos outros tipos de fluxo de caixa em geral o meacutetodo da TIR natildeo deve ser utilizado pois haacute a possibilidade de muacuteltiplas TIRs Sendo a TIR a taxa de juro que zera o VPL do projeto simples para qualquer taxa requerida K menor que a TIR o VPL seraacute positivo e para qualquer taxa requerida K maior que a TIR o VPL seraacute negativo (LAPPONI 2007 p 175-176)

Rebelatto (2004 p 217) complementa afirmando que a TIR eacute um meacutetodo

aprimorado de anaacutelise de investimento sendo possivelmente uma das mais usadas

para avaliar projetos econocircmicos A TIR deve ser comparada com a taxa miacutenima de

atratividade (TMA) para analisar se o projeto seraacute aceito ou natildeo

Sendo assim Lapponi (2007 p 176) considera que

Se TIR gt TMA o projeto deve ser aceito pois eacute economicamente viaacutevel

Se TIR lt TMA o projeto deve ser recusado pois eacute economicamente

inviaacutevel

Se TIR = TMA eacute indiferente investir no projeto pois o mesmo natildeo criaraacute

e nem destruiraacute valor da empresa

ldquoA grande vantagem da TIR como indicador de decisatildeo eacute que prescinde de

informaccedilotildees externas ao projeto Tudo que o analista necessita eacute conhecer o perfil do

projeto e alguma ideia de magnitude da taxa de jurosrdquo (MACHADO 2002 p 127)

26

234 Periacuteodo de retorno de investimento (Payback)

ldquoO payback eacute o periacuteodo de tempo em que ocorre o retorno do investimento

Calculado no fluxo de caixa de vida uacutetil de dez anos o payback apresenta-se de vaacuterias

maneiras para cada tipo de empresardquo (BRITO 2003 p 51)

Uma empresa pode nomear o payback como um dos paracircmetros para escolha

de um projeto a fim de minimizar seus riscos Mesmo sendo esse um meacutetodo faacutecil e

simples na praacutetica eacute um dos mais utilizados para efetuar a mediccedilatildeo econocircmica de um

projeto (REBELATTO 2004 p 230)

Segundo Rebelatto (2004 p 231) a foacutermula baacutesica que demonstra o caacutelculo

do payback em fluxos de caixas regulares eacute

PB =I0

FC

Onde

PB= Payback

I0= Investimento inicial

FC= Fluxo de caixa regular

Para executar o meacutetodo payback eacute crucial estabelecer o tempo maacuteximo de

toleracircncia TMT para resgatar o custo inicial ldquoPara decidir se o projeto deve ser aceito

o payback deve ser comparado com o valor de referecircncia TMT de forma querdquo

(LAPPONI 2007 p 245)

Se PB lt TMT o projeto deve ser aceito

Se PB gt TMT o projeto deve ser recusado

A principal vantagem para utilizaccedilatildeo do meacutetodo payback eacute que ele reflete a

liquidez do projeto e por consequecircncia eacute possiacutevel efetuar a avaliaccedilatildeo do risco de natildeo

recuperar o investimento (REBELATTO 2004 p 230)

27

3 METODOLOGIA

Este capiacutetulo tem por objetivo descrever os procedimentos e teacutecnicas

utilizados na pesquisa considerando o problema e aos objetivos gerais e especiacuteficos

Para a execuccedilatildeo da revisatildeo bibliograacutefica realizada neste estudo foi utilizado

livros de especialistas na aacuterea os principais temas abordados foram o

empreendedorismo que eacute um assunto chave quando surge uma ideia para um novo

negoacutecio plano de negoacutecios que eacute um elemento fundamental para o sucesso ou

fracasso de um empreendimento e a viabilidade econocircmico-financeira tema

fundamental visto que o objetivo geral da pesquisa eacute mensurar se a mesma eacute viaacutevel

ou natildeo economicamente

Foi elaborada uma anaacutelise de mercado que estaacute disponiacutevel no item 41 deste

estudo atraveacutes da mesma foi identificado que os principais clientes satildeo das classes

A e B de Curitiba regiatildeo metropolitana no item 42 foi efetuado um levantamento do

tamanho do negoacutecio onde foi definida a capacidade produtiva o investimento inicial e

a localizaccedilatildeo do empreendimento no item 44foi elaborado o fluxo de caixa que

demonstra as previsotildees financeiras do periacuteodo de 5 anos o meacutetodo utilizado para

elaborar a pesquisa foi um estudo de caso de natureza exploratoacuteria quantitativa e

anaacutelise documental

O estudo de caso eacute evidenciado por um estudo minucioso e cansativo de um

ou poucos objetivos desta forma propicia um vasto e detalhado conhecimento sobre

o assunto uma missatildeo praticamente impossiacutevel mediante as outras maneiras de

delineamentos consideradas (GIL 2008 p 57-58)

Prodanov e Freitas (2013 p60) afirmam que o estudo de caso consiste em

recolher e analisar dados sobre determinado indiviacuteduo famiacutelia grupo ou comunidade

com a finalidade de estudar diferentes aspectos das suas vidas conforme o assunto

da pesquisa

Jaacute as pesquisas exploratoacuterias satildeo definidas por Gil (2008 p 27) como as que

Tecircm como principal finalidade desenvolver esclarecer e modificar conceitos e ideias tendo em vista a formulaccedilatildeo de problemas mais precisos ou hipoacuteteses pesquisaacuteveis para estudos posteriores De todos os tipos de pesquisa estas satildeo as que apresentam menor rigidez no planejamento Habitualmente envolvem levantamento bibliograacutefico e documental entrevistas natildeo padronizadas e estudos de caso

28

A pesquisa quantitativa ldquoconsidera que tudo pode ser quantificaacutevel o que

significa traduzir em nuacutemeros opiniotildees e informaccedilotildees para classificaacute-las e analisaacute-lasrdquo

Eacute necessaacuteria a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas estatiacutesticas tais como porcentagem meacutedia

moda desvio-padratildeo coeficiente de correlaccedilatildeo etc (PRODANOV FREITAS 2013

p 69)

Muitos dados que satildeo utilizados em pesquisas satildeo adquiridos indiretamente

por meio de documentosrdquo como livros jornais papeacuteis oficiais registros estatiacutesticos

fotos discos filmes e viacutedeos que satildeo obtidos de maneira indiretardquo Essas fontes

documentais tecircm a capacidade de disponibilizar ao pesquisador um grande nuacutemero

de informaccedilotildees com bastante qualidade para evitar a perda de tempo (GIL 2008 p

147)

Este modelo de pesquisa foi utilizado para definir os principais clientes quais

os produtos que seratildeo vendidos a capacidade produtiva assim como a viabilidade

econocircmico-financeira e operacional do negoacutecio

29

4 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES

41 ANAacuteLISE DE MERCADO

Woiler e Mathias (1994 p41) e Rebelatto (2004 p01) afirmam que a anaacutelise

de mercado eacute um dos pontos mais relevantes para elaboraccedilatildeo de um projeto Atraveacutes

do estudo do mercado obtemos muitas informaccedilotildees tais como

Fazendo a comparaccedilatildeo entre demanda e a oferta encontramos a

possiacutevel escassez da demanda futura Esse resultado proporcionaraacute

informaccedilotildees para que seja definida a escala de produccedilatildeo do projeto

A regiatildeo geograacutefica em que o produto pode ser vendido eacute um dos pontos

mais significativos para que seja definida a localizaccedilatildeo do empreendimento

O preccedilo de venda os custos de comercializaccedilatildeo e os estoques nos

canais de comercializaccedilatildeo satildeo informaccedilotildees relevantes para que seja

elaborada a projeccedilatildeo do projeto

Vale salientar que esses satildeo apenas alguns elementos importantes que eacute

possiacutevel identificar na anaacutelise de mercado existe muitos outros dados que satildeo obtidos

com a mesma

411 Mercado consumidor

ldquoTodas as decisotildees relacionadas a novos empreendimentos contecircm certo

grau de incerteza tanto no que diz respeito agrave informaccedilatildeo na qual as decisotildees estatildeo

baseadas como no que diz respeito agraves suas consequecircnciasrdquo (SEBRAE)

Chiavenato acredita que os clientes tecircm a capacidade de alavancar ou

derrubar um empreendimento ldquoUm cliente pode ser uma organizaccedilatildeo uma empresa

um usuaacuterio dos produtosserviccedilos ou um consumidor finalrdquo Eacute quem adquiri os

produtosserviccedilos ofertados pela organizaccedilatildeo no final da cadeia de transaccedilotildees Eacute ele

que estabelece direta ou indiretamente se o empreendimento teraacute ecircxito ou natildeo Por

30

isso o cliente deve ser considerado como o principal patrimocircnio da empresa (2007

p 207)

Segundo dados do censo 2010 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e

estatiacutestica) dos 576190 (quinhentos e setenta e seis mil cento e noventa) domiciacutelios

de Curitiba 292965 (duzentos e noventa e dois mil novecentos e sessenta e cinco)

possuem renda de mais de 5 a mais de 20 salaacuterios miacutenimos sendo assim cerca de

5085 dos domiciacutelios curitibanos estatildeo enquadrados nas classes A e B Ainda

segundo o IBGE cerca de 137922 (cento e trinta e sete mil novecentos e vinte e dois)

domiciacutelios curitibanos tecircm renda de mais de 10 salaacuterios miacutenimos o que representa

uma meacutedia de 24 dos domiciacutelios de Curitiba

Mais de 249000 (duzentos e quarenta e nove mil) pessoas que residem em

Curitiba cerca de 1423 da populaccedilatildeo tem rendimento mensal de mais de 5 salaacuterios

miacutenimos conforme Tabela 1

TABELA 1 - RESULTADOS DA AMOSTRA - RENDIMENTO POR PESSOA EM CURITIBA

Quantidade de pessoas Salaacuterios miacutenimos

153011 Mais de 5 a 10 salaacuterios miacutenimos

38692 Mais de 10 a 15 salaacuterios miacutenimos

25427 Mais de 15 a 20 salaacuterios miacutenimos

18264 Mais de 20 a 30 salaacuterios miacutenimos

13791 Mais de 30 salaacuterios miacutenimos

FONTE IBGE - CENSO DEMOGRAacuteFICO 2010

Curitiba possui uma populaccedilatildeo de mais de 1750000 (um milhatildeo setecentos

e cinquenta mil habitantes) segundo censo IBGE 2010 sendo que 932000

(novecentos e trinta e dois mil) pessoas com o estado civil de solteiro viuacutevo

divorciado separado judicialmentedesquitado isso mostra que tem muitas pessoas

que podem fazer festas de casamento e necessitar dos produtos que seratildeo ofertados

tais como bolos artiacutesticos doces finos e bem casados

Segundo as estatiacutesticas do registro civil do IBGE ocorreram em Curitiba e

regiatildeo metropolitana no ano 2012 exatamente 18877 (dezoito mil oitocentos e setenta

e sete) casamentos sendo que nos meses de setembro a dezembro foi onde ocorreu

um maior nuacutemero um total de 7828 (sete mil oitocentos e vinte e oito) casamentos o

que representa um total de 4147 dos casamentos ocorrem nesses quatro meses

do ano

31

TABELA 2 - CASAMENTOS POR MEcircS DE REGISTRO SEGUNDO O LUGAR DO REGISTRO ndash 2012

Lugar do registro

Casamentos por mecircs do registro

Total de

registros Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

RM Curitiba 18877 1466 1250 1572 1282 1403 1533 1248 1255 1735 1753 2118 2262

Curitiba 10351 848 692 857 692 724 872 658 658 971 968 1237 1174

FONTE IBGE DIRETORIA DE PESQUISAS COORDENACcedilAtildeO DE POPULACcedilAtildeO E INDICADORES SOCIAIS ESTATIacuteSTICAS DO REGISTRO CIVIL 2012

Nessa perspectiva foi definido que o mercado que a empresa de bolos e doces

finos vai atuar eacute de Curitiba e regiatildeo metropolitana com foco nas pessoas das classes

A e B com estado civil solteiro divorciado separado judicialmentedesquitado e viuacutevo

412 Produtos que seratildeo vendidos

ldquoNo coraccedilatildeo de uma grande marca haacute um grande produto O produto-chave

na oferta ao mercado Liacutederes de mercado geralmente oferecem produtos e serviccedilos

de qualidade superiorrdquo (KOTLER KELLER 2006 p 366)

Os principais produtos fornecidos seratildeo

Bolos artiacutesticos

FOTO1 - BOLO ARTIacuteSTICO FONTE WANDA CARDOSO - BOLOS ARTIacuteSTICOS amp DOCES

32

Bolos de copa

FOTO2 - BOLO DE COPA FONTE ELABORADO PELO AUTOR

FOTO3 - BOLO DE COPA FONTE ELABORADO PELO AUTOR

Naked cake

FOTO4 - NAKED CAKE FONTE DOCES PENEacuteLOPE

33

Doces Tradicionais

FOTO5 - DOCES TRADICIONAIS FONTE ELABORADO PELO AUTOR

Doces Espelhados

FOTO6 - DOCES ESPELHADOS FONTE PRONTO SOCORRO DAS FESTAS

Doces Finos

FOTO 7 - DOCES FINOS FONTE COMPRANDO MEU APE

34

Brigadeiros gourmet

FOTO8 - BRIGADEIROS GOURMET FONTE ELABORADO PELO AUTOR

Tacinhas acriacutelicas

FOTO9 - TACINHAS ACRIacuteLICAS FONTE BUFFET DELIacuteCIAS DA VI

Trufas

FOTO 10 - TRUFAS FONTE FOGAtildeO DA VOVOacute

35

Bombons

FOTO11 - BOMBONS FONTE DALVA GOLDEN GATE

Bem casados

FOTO12 - BEM CASADOS FONTE CASAMENTO SEM ERRO

FOTO13 - BEM CASADOS FONTE CASAMENTO SEM ERRO

36

413 Preccedilo de venda

A definiccedilatildeo do preccedilo dos produtos eacute uma das decisotildees mais relevantes da

organizaccedilatildeo que deve levar em conta a forma como a empresa deseja se posicionar

no mercado os custos a concorrecircncia e a rentabilidade almejada

O preccedilo eacute um dos elementos mais versaacuteteis pode ser modificado rapidamente

ao contraacuterio das propriedades dos produtos dos contratos com canais de distribuiccedilatildeo

e ateacute mesmo das promoccedilotildees O Preccedilo tem tambeacutem a tarefa de mostrar ao mercado o

posicionamento de valor desejado pela empresa para o seu produto ou marca

(KOTLER KELLER 2006 p 428)

A consolidaccedilatildeo dos preccedilos dos produtos seraacute elaborada levando em conta os

custos para se obter os produtos com a qualidade requinte e sofisticaccedilatildeo desejada

com a margem de lucro esperada e se baseando nos preccedilos praticados pela

concorrecircncia

414 Previsatildeo de vendas

Para Chiavenato (2007 p 2013)

A previsatildeo de vendas representa a quantidade de produtosserviccedilos que a empresa pretende vender ou colocar no mercado durante um determinado periacuteodo geralmente um mecircs ou um ano dividido em meses Constitui portanto uma estimativa ou uma expectativa de vendas Pode ser feita em unidades fiacutesicas ou em valores monetaacuterios

A produccedilatildeo vai ser em meacutedia de 5600 doces (doces finos gourmet e bem

casados) e 4 bolos procurando atender em meacutedia 4 eventos por semana e ateacute 16

eventos por mecircs sendo que nos meses de setembro a dezembro essa demanda

aumenta pelo motivo de historicamente ter um nuacutemero maior de casamentos

37

415 Definiccedilatildeo de local de venda dos produtos

ldquoA venda eacute a fase fundamental do processo de vendas Consiste na

transferecircncia do produtoserviccedilo para o cliente ou consumidorrdquo (CHIAVENATO 2007

p 210)

As vendas vatildeo ocorrer atraveacutes de site proacuteprio redes sociais telefone e

pessoalmente natildeo teremos loja fiacutesica apenas um ateliecirc para confecccedilatildeo dos bolos e

doces onde vai conter uma sala anexa na qual vai ser oferecido o serviccedilo de

degustaccedilatildeo com horaacuterios marcados para assim o cliente decidir quais os produtos

seratildeo adquiridos para o seu evento e fechamento de contrato

416 Definiccedilatildeo da demanda e da oferta

Na maior parte das encomendas os clientes solicitam os doces finos e

gourmet que contecircm chocolates frutas oleaginosas tais como castanhas nozes

avelatildes amecircndoas frutas como framboesa morango damasco cerejas e os bem

casados Os bolos mais solicitados satildeo os com decoraccedilatildeo de pasta americana que

deve obrigatoriamente ter recheios mais firmes como ganaches fios de ovos

strogonoff de nozes e os naked cake (bolo pelado) que possuem mais opccedilotildees de

recheios com chocolates frutas diversas e cremes de pacirctisserie

Em contato com algumas empresas que fornecem o mesmo tipo de produto

foi possiacutevel verificar que as encomendas devem ser feitas com antecedecircncia miacutenima

de 6 meses sendo que alguns casos somente com um ano de antecedecircncia para

conseguir na data desejada Esse eacute um dos pontos que mostra que tem espaccedilo

suficiente para entrada nesse mercado

38

417 Concorrentes

Chiavenato (2007 p 33) Kotler e Keller (2006 p 340) afirmam que os

concorrentes satildeo as organizaccedilotildees que competem pelos mesmos fornecedores

clientes e consumidores

ldquoAgrave medida que seus produtosserviccedilos tornam-se mais heterogecircneos tanto

mais heterogecircneos e diferenciados seratildeo seus concorrentes e tanto mais complexa

seraacute a competitividaderdquo (CHIAVENATO 2007 p 33)

Em busca na internet foi possiacutevel identificar que atualmente existe em meacutedia

25 concorrentes reais que oferecem exatamente os mesmos produtos que seratildeo

fornecidos com o mesmo padratildeo de qualidade valor agregado requinte e

sofisticaccedilatildeo Tambeacutem foi detectado mais 14 concorrentes potenciais que vendem

produtos similares aos que seratildeo vendidos poreacutem natildeo possuem o mesmo valor

agregado dos que vatildeo ser ofertados Foi possiacutevel identificar que alguns concorrentes

oferecem somente os doces finos dos quais foram identificados mais 3 concorrentes

reais e 3 concorrentes potenciais E foi detectado que existem concorrentes que

fornecem apenas os bolos artiacutesticos dos quais foi identificado 4 concorrentes reais

todos fornecem os bolos com o mesmo niacutevel de qualidade que seratildeo fornecidos

A tabela 3 mostra a divisatildeo dos concorrentes reais e potenciais que fornecem

bolos e doces por bairro de Curitiba

39

TABELA 3 - CONCORRENTES QUE FORNECEM BOLOS E DOCES POR BAIRRO

Bairro Quantidade de Concorrentes Reais

Quantidade de Concorrentes Potenciais

Aacutegua Verde 4 1

Ahuacute 1

Bairro Alto 2 1

Barreirinha 1

Barreirinha 1

Bom Retiro 1

Campo Comprido 1

Campo Comprido 1

Cidade Industrial 1

Colombo 1

Fazenda Rio Grande 1

Hauer 1

Hugo Lange 1

Mercecircs 1

Novo Mundo 2 1

Novo Mundo 1

Portatildeo 1

Portatildeo 1

Santa Cacircndida 1

Santa Felicidade 1 1

Santo Inaacutecio 1 1

Satildeo Joseacute dos Pinhais 1

Seminaacuterio 1

Sitio Cercado 1

Tarumatilde 1

Vila Izabel 1

Natildeo Informado 1 2

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

418 Forma de divulgaccedilatildeo dos concorrentes

Todas as empresas pesquisadas que fornecem produtos similares aos que

vamos fornecer utilizam sites proacuteprios e as redes sociais para fazer divulgaccedilatildeo dos

seus produtos todas fazem degustaccedilatildeo para os clientes conhecerem os seus

produtos e posteriormente fechar um contrato

40

42 TAMANHO DO NEGOacuteCIO

421 Capacidade produtiva

A capacidade produtiva vai ser para atender ateacute 4 eventos por semana A

produccedilatildeo vai ser de ateacute 5600 doces (doces finos gourmet e bem casados) e 4 bolos

atendendo ateacute 4 eventos por final de semana e ateacute 16 eventos por mecircs sendo que

nos meses de setembro a dezembro essa demanda aumenta pelo motivo de

historicamente ter um nuacutemero maior de casamentos

422 Investimento

Um dos pontos mais relevantes para abertura de uma empresa eacute a

determinaccedilatildeo do capital miacutenimo para dar iniacutecio nas atividades e principalmente como

obter este capital ldquoEacute com o capital inicial que a empresa tem condiccedilotildees de reunir os

recursos empresariais necessaacuterios ao seu funcionamento sejam eles recursos

humanos materiais ou financeirosrdquo A determinaccedilatildeo do capital eacute o que estabelece a

quantidade de recursos empresariais que a empresa tem disponiacutevel Indiscutivelmente

quanto maior for o volume de recursos empresariais mais faacutecil se torna o desempenho

da empresa Quando todos os recursos necessaacuterios para seu funcionamento estatildeo agrave

disposiccedilatildeo a administraccedilatildeo do empreendimento fica mais simples (CHIAVENATO

2007 p84)

Cabe acrescentar que (LAPPONI 2007 p 321)

O custo inicial refere-se aos desembolsos realizados para aquisiccedilatildeo de equipamentos ou outros ativos fixos incluindo o pagamento de fretes seguros instalaccedilotildees despesas operacionais iniciais com materiais e matildeo de obra treinamento de pessoal de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo etc resumindo o custo inicial inclui todos os desembolsos necessaacuterios para adquirir os ativos necessaacuterios e que estejam em condiccedilotildees de operar e gerar as receitas estimadas

41

O empreendimento iniciaraacute suas atividades com capital investido com

recursos proacuteprios da empreendedora

As estimativas de investimento inicial para abertura da empresa foi de

R$5162851 conforme tabela 4

TABELA 4 - INVESTIMENTO INICIAL

Descriccedilatildeo Valor (R$)

Maacutequinas e equipamentos Cozinha R$ 3084878

Utensiacutelios R$ 555075

Moacuteveis para escritoacuterio R$ 268982

Equipamentos de informaacutetica e eletrocircnicos R$ 446204

Outros custos escritoacuterio R$ 48912

Uniformes R$ 155800

Pintura Imoacutevel R$ 500000

Porta de Vidro R$ 103000

Total R$ 5162851

FONTE ELABORADO PELO AUTOR (2015)

423 Localizaccedilatildeo

Seraacute locado um imoacutevel para a instalaccedilatildeo da empresa localizado na Rua Heitor

Baggio Vidal 2508 Bairro Alto Curitiba ndash PR com o valor do aluguel mensal de

R$160000 (mil e seiscentos reais) O espaccedilo interno de 95msup2 seraacute dividido em trecircs

partes a primeira com 20msup2 vai ficar a recepccedilatildeo para receber os clientes efetuar

orccedilamentos e as degustaccedilotildees a segunda com 71msup2 a cozinha industrial onde seratildeo

fabricados os bolos e doces finos e a terceira com 4msup2 o lavabo

42

FOTO14 - FOTO DO IMOacuteVEL ONDE SERAacute INSTALADA A EMPRESA FONTE MP IMOacuteVEIS

424 Entregas

As entregas dos bolos e doces finos seratildeo efetuadas por uma empresa

parceira localizada no Bairro Alto o preccedilo das entregas em Curitiba e regiatildeo

metropolitana variam de R$2400 (vinte e quatro reais) a R$6000 (sessenta reais)

dependendo da localizaccedilatildeo tais valores seratildeo cobrados dos clientes

43 CAPITAL DE GIRO

O capital de giro inicial foi estimado levando em conta que no primeiro ano a

empresa vai produzir 8333 da sua capacidade atendendo em meacutedia 13 ventos

mensalmente sendo assim foram considerados os gastos operacionais necessaacuterios

para o iniacutecio das atividades incluindo o custo fixo mensal e o estoque inicial ambos

multiplicados por 2 e acrescidos de um percentual de 10 de margem de seguranccedila

para despesas natildeo previstas

43

TABELA 5 - CAPITAL DE GIRO

Item Valor (R$)

Estoque Inicial 5144000

Custo Fixo Mensal 3194783

Reserva (10) 833878

Total do Capital de Giro Inicial 9172662

FONTE ELABORDO PELO AUTOR

44 FLUXO DE CAIXA

ldquoFluxo de Caixa eacute um Instrumento de gestatildeo financeira que projeta para

periacuteodos futuros todas as entradas e as saiacutedas de recursos financeiros da empresa

indicando como seraacute o saldo de caixa para o periacuteodo projetadordquo (SEBRAE)

Na tabela 6 eacute apresentada a projeccedilatildeo do Fluxo de Caixa da empresa para os

seus primeiros cinco anos onde fica evidenciado que do primeiro ateacute o quinto ano a

sauacutede financeira da empresa melhora gradativamente sendo que no final do quinto

ano o saldo em caixa ultrapassa os 300 se comparado com o saldo em caixa no

final do primeiro ano

Pode-se observar que natildeo foi inserida no fluxo de caixa a opccedilatildeo de

inadimplecircncia pois todos os pagamentos seratildeo efetuados agrave vista em dinheiro ou

cartatildeo sendo que o pagamento total dos produtos deve ser efetuado no miacutenimo 10

dias antes da data do evento

44

TABELA 6 - PROJECcedilAtildeO DE FLUXO DE CAIXA NOS PRIMEIROS CINCO ANOS

Descriccedilatildeo Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

Investimento Inicial (5162851)

Capital de Giro (9172662) 9172662

Valor Residual 1548855

Total de entradas 000 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873

Previsatildeo Receitas de vendas 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873

Total de Saiacutedas (14335513) (44888699) (54283425) (59479393) (64738409) (70291804)

(-)Fornecedores (25720000) (33641760) (36669518) (39969775) (43567055)

(-)Folha de pagamento (3267192) (3593911) (3953302) (4348633) (4783496)

(-)Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)

(963216) (1011377) (1061946) (1115043) (1170795)

(-)Retiradas soacutecios (2400000) (2640000) (3432000) (3946800) (4341480)

(-)Impostos s vendas (4654291) (5073177) (5573767) (6075406) (6622192)

(-)Alugueacuteis (1920000) (2016000) (2116800) (2222640) (2333772)

(-)Energia eleacutetrica (840000) (882000) (926100) (972405) (1021025)

(-)Aacutegua (300000) (315000) (330750) (347288) (364652)

(-)Telefone (384000) (403200) (423360) (444528) (466754)

(-)Gaacutes (588000) (617400) (648270) (680684) (714718)

(-)Serviccedilos contabilidade (960000) (1008000) (1058400) (1111320) (1166886)

(-)Manutenccedilatildeo (600000) (630000) (661500) (694575) (729304)

(-)Outras despesas com funcionaacuterios

(1296000) (1405800) (1525590) (1656320) (1799030)

(-)Taxas bancaacuterias (96000) (100800) (105840) (111132) (116689)

(-)Outros pagamentos (900000) (945000) (992250) (1041863) (1093956)

Entradas - Saiacutedas (14335513) 12981301 21410535 23027023 25193585 27734070

Depreciaccedilatildeo 000 (631377) (631377) (631377) (631377) (631377)

Saldo Final (14335513) 12349924 20779158 22395647 24562208 37824209

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

A depreciaccedilatildeo foi calculada considerando o prazo de vida uacutetil meacutedio de 10

anos das maacutequinas equipamentos instalaccedilotildees moacuteveis e utensiacutelios e para os

computadores e perifeacutericos foi considerado o prazo de vida uacutetil de 5 anos conforme

demonstrado na tabela 7

TABELA 7 - DEPRECIACcedilAtildeO

Item Valor Inicial Taxa Anual Depreciaccedilatildeo Anual (R$)

Maacutequinas e equipamentos 3084878 10 308488

Instalaccedilotildees 103000 10 10300

Moacuteveis e Utensiacutelios 824057 10 82406

Computadores e Perifeacutericos 446204 20 89241

Outros 704712 20 140942

Total 631377

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

45

O valor residual dos equipamentos e instalaccedilotildees da empresa no final do quinto

ano foi considerado em 30 referente ao valor de aquisiccedilatildeo dos mesmos no iniacutecio do

projeto

45 ANAacuteLISE DOS INDICADORES (VPL TIR E PAYBACK)

451 Valor Presente Liacutequido (VPL)

A tabela 8 mostra que o VPL (Valor Presente Liacutequido) eacute positivo isso significa

que aleacutem de recuperar o investimento inicial ainda vai ser agregado ao valor da

empresa um montante de R$ R$50392407 (quinhentos e trecircs mil novecentos e vinte

quatro reais e sete centavos)

A taxa de retorno requerida de 20 foi determinada levando em conta o niacutevel

de risco do projeto e visando o valor desejado para se obter em cima do valor

investido

TABELA 8 - CALCULO DO VALOR PRESENTE LIacuteQUIDO (VPL)

Anos FC k 2000

0 -$143355 VPL $50392407

1 $123499 VPL $50392407

2 $207792 VPL $50392407

3 $223956 VPL $21761126

4 $245622 VPL $21761126

5 $378242 Decisatildeo Aceitar o Projeto

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

452 Taxa Interna de Retorno (TIR)

Conforme a tabela 9 eacute possiacutevel verificar que a TIR (Taxa Interna de Retorno)

eacute de 11593 maior que a taxa requerida de 20 isso significa que custo inicial seraacute

46

recuperado e o projeto vai criar valor para empresa mais um resultado favoraacutevel para

a aceitaccedilatildeo do projeto

TABELA 9 - TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR)

Anos FC

0 -$143355 TIR 11593

1 $123499 TIR 2168

2 $207792 TIR 2168

3 $223956 Decisatildeo

4 $245622 k 2000

5 $378242 Aceitar o projeto

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

453 Payback

O tempo de recuperaccedilatildeo do custo inicial ocorre normalmente entre o quarto e

o quinto ano se for feita a anaacutelise da tabela 10 eacute possiacutevel verificar que o tempo

necessaacuterio para o retorno do investimento (payback) do projeto eacute de 128 anos este

indicador mostra claramente que o projeto deve ser aceito pois o tempo de retorno

estaacute bem abaixo do tempo meacutedio dos empreendimentos como um todo

TABELA 10 - PAYBACK

k 20

Anos FC SPresente

0 -$143355 -$143355 PBD-SP = 128

1 $123499 -$40439 128

2 $207792 $103861

3 $223956 $233465

4 $245622 $351917

5 $378242 $503924

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

47

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Para iniciar um negoacutecio requer muito mais do que apenas o espiacuterito

empreendedor eacute necessaacuterio ter lideranccedila conhecimento sobre o mercado que deseja

atuar organizaccedilatildeo e principalmente planejamento

O principal objetivo desse estudo foi analisar a viabilidade econocircmico-

financeira da abertura de uma empresa de bolos e doces finos no Bairro Alto em

Curitiba

O objetivo apresentado nesta pesquisa foi atingido pois todos os indicadores

analisados mostram com clareza que empresa obteacutem resultados positivos que criam

valor para a mesma e com isso o projeto eacute viaacutevel economicamente pois do primeiro

ao quinto ano fica visiacutevel o crescimento do empreendimento e a melhora significativa

da sua sauacutede financeira isso fica evidenciado no saldo final em caixa no quinto ano

que chega proacuteximo haacute 400 mil reais Apesar disso eacute crucial o acompanhamento do

mercado para seguir as tendecircncias e se atualizar constantemente para tomar

decisotildees mais assertivas

Um negoacutecio mal avaliado pode arruinar a estabilidade econocircmica do

investidor por isso eacute de extrema importacircncia fazer todos os levantamentos de custos

antes de se aventurar em qualquer empreendimento

Eacute possiacutevel comprovar que a pesquisa realizada contribui positivamente para

abertura da empresa No entanto as informaccedilotildees aqui presentes natildeo satildeo estaacuteticas e

devem ser revisadas periodicamente e se preciso ateacute mesmo ampliadas no decorrer

da implantaccedilatildeo do projeto para que o mesmo seja uma ferramenta eficiente e eficaz

no desenvolvimento da empresa como um todo

48

REFEREcircNCIAS

BRITO Paulo Anaacutelise e viabilidade de projetos de investimento Satildeo Paulo Atlas 2003 DOLABELA Fernando O segredo de Luiacutesa 30 ed Satildeo Paulo Editora de Cultura 2006 DORNELAS Joseacute Carlos Assis Empreendedorismo transformando ideias em negoacutecios 4 ed Rio de Janeiro Campus Elsevier 2012 CENSO Demograacutefico 2010 Resultados gerais da amostra Curitiba IBGE 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=410690ampidtema=87ampsearch=parana|curitiba|censo-demografico-2010-resultados-gerais-da-amostra-gt Acesso em 21 de Junho de 2015 CHIAVENATO Idalberto Empreendedorismo dando asas ao espiacuterito empreendedor empreendedorismo e a viabilidade de novas empresas um guia eficiente para iniciar e tocar seu proacuteprio negoacutecio 2 ed Satildeo Paulo Saraiva 2007 ESTATIacuteSTICAS do registro civil 2012 Curitiba IBGE 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaoregistrocivil2012default_xlsshtmgt Acesso em 21 de Junho de 2015 GIL Antonio Carlos Meacutetodos e teacutecnicas de pesquisa social 6 ed Satildeo Paulo Atlas 2008 KOTLER Philip KELLER Kevin Lane Administraccedilatildeo de Marketing 12 ed Satildeo Paulo ABDR 2006 LAPPONI Juan Carlos Projetos de Investimento na Empresa Rio de Janeiro Elsevier 2007 MACHADO Jesseacute Anderson Pinto Projetos Econocircmicos uma abordagem praacutetica de elaboraccedilatildeo Satildeo Paulo Nobel 2002 MICHEL Maria Helena Metodologia e pesquisa cientiacutefica em ciecircncias sociais 2 ed Satildeo Paulo Atlas 2009 OLIVEIRA Djalma de Pinho Rebouccedilas de Planejamento estrateacutegico conceitos metodologia e praacuteticas 20 ed Satildeo Paulo Atlas 2004 PRODANOV Cleber Cristiano ERNANI Cesar de Freitas Metodologia do trabalho cientiacutefico meacutetodo e teacutecnicas da pesquisa e do trabalho acadecircmico 2 ed Novo Hamburgo Freevale 2013

49

REBELATTO Dayse Projeto de Investimento 1 ed Barueri Manole 2004 SEBRAE Pesquisa de Mercado o que eacute e para que serve Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrsitesPortalSebraeartigosPesquisa-de-mercado-o-que-C3A9-e-para-que-servegt Acesso em 21 de Junho de 2015 SEBRAE Fluxo de caixa Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrSebraePortal20SebraeAnexos0_fluxo-de-caixapdfgt Acesso em 10 de Outubro de 2015 WILDAUER Egon Walter Plano de negoacutecios elementos construtivos e processos de elaboraccedilatildeo 2 ed Curitiba Ibpex 2011 WOILER Samsatildeo MATHIAS Washington Franco Projetos planejamento elaboraccedilatildeo anaacutelise 1 ed Satildeo Paulo Atlas 1994

50

APEcircNDICES

APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL 51

APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS 52

APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL 52

51

APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL

Item Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

Aacutegua 25000 26250 27563 28941 30388

Aluguel 160000 168000 176400 185220 194481

Assessoria Contaacutebil 80000 84000 88200 92610 97241

Gaacutes 49000 51450 54023 56724 59560

Impostos 387858 422765 464481 506284 551849

Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)

80268 84281 88495 92920 97566

Energia eleacutetrica 70000 73500 77175 81034 85085

Manutenccedilatildeo 50000 52500 55125 57881 60775

Material de escritoacuterio 20000 21000 22050 23153 24310

Material de Limpeza 40000 42000 44100 46305 48620

Folha de pagamento 272266 299493 329442 362386 398625

Seguros 15000 15750 16538 17364 18233

Telefone fixointernet 20000 21000 22050 23153 24310

Telefone Moacutevel 12000 12600 13230 13892 14586

Vale Refeiccedilatildeo 75000 82500 90750 99825 109808

Vale Transporte 33000 34650 36383 38202 40112

Proacute- labore 200000 220000 286000 328900 361790

Taxas Bancaacuterias 8000 8400 8820 9261 9724

Total R$ 1597392 R$ 1720139 R$ 1900823 R$ 2064053 R$ 2227062

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

52

APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS

Item

Produccedilatildeo mensal meacutedia

Custo unitaacuterio total

Sugestatildeo Preccedilo de venda

Custo Mensal Total

Receita de vendas

Bolos artiacutesticos (recheios diversos) 150 6000 13500 900000 2025000

Bolos de copa (recheios diversos) 30 3600 8100 108000 243000

Naked cake (recheios diversos) 60 4200 9450 252000 567000

Doces Tradicionais 32 3500 7875 112000 252000

Doces Espelhados 32 5000 11250 160000 360000

Doces Finos 32 7500 16875 240000 540000

Brigadeiros gourmet 16 4500 10125 72000 162000

Tacinhas acriacutelicas 16 5500 12375 88000 198000

Trufas 32 5000 11250 160000 360000

Bombons 32 5000 11250 160000 360000

Bem casados 3200 100 225 320000 720000

Custo produccedilatildeo Total 2572000

Receita Total 5787000

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL

Ano Receita Bruta Variaccedilatildeo anual

Ano 1 000

Ano 2 69444000 9

Ano 3 75693960 9

Ano 4 82506416 9

Ano 5 89931994 9

Valor considerando a inflaccedilatildeo de 9 aa

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

21

2218 Plano de recursos humanos

Devem ser exibidas as propostas de desenvolvimento e treinamento de

pessoal da empresa Esses dados estatildeo pontualmente associados com a

competecircncia da empresa de crescer ldquoespecialmente quando esta atua em um

mercado onde a detenccedilatildeo de tecnologia eacute considerada um fator estrateacutegico de

competitividaderdquo (DORNELAS 2012 p 103)

2219 Anaacutelise de mercado

Nesta seccedilatildeo o responsaacutevel pelo plano de negoacutecios deve deixar claro que os

executivos da empresa entendem perfeitamente o mercado consumidor do seu

produto ou serviccedilo (atraveacutes de pesquisa de mercado) como estaacute segmentado

crescimento do mercado atributos do consumidor anaacutelise da concorrecircncia qual a sua

fatia de mercado e dos concorrentes etc (DORNELAS 2012 p 103)

22110 Estrateacutegia de marketing

Deve ser apresentado o objetivo da empresa para vender seu produtoserviccedilo

e consolidar seus clientes e ampliar sua demanda Deve ser informada sua estrateacutegia

de venda especificidades do produtoserviccedilo preccedilos puacuteblico-alvo canais de

distribuiccedilatildeo projeccedilatildeo das vendas (DORNELAS 2012 p 103)

22

22111 Plano financeiro

Na seccedilatildeo financeira deve mostrar em nuacutemeros todas as accedilotildees planejadas

para a empresa e suas evidecircncias por meio de projeccedilotildees futuras para um negoacutecio

bem sucedido

Deve conter demonstrativo de fluxo de caixa com horizonte de pelo menos trecircs anos balanccedilo patrimonial anaacutelise do ponto de equiliacutebrio necessidades de investimento demonstrativos de resultados anaacutelise de indicadores financeiros do negoacutecio como faturamento previsto margem prevista prazo de retorno sobre o investimento inicial (payback) taxa interna de retorno (TIR) etc (DORNELAS 2012 p 103-104)

22112 Anexos

Nesta seccedilatildeo deve incluir todos os dados considerados importantes para

melhor compreensatildeo do plano de negoacutecios O que natildeo pode ser deixado de anexar eacute

o curriculum vitae dos soacutecios da empresa (DORNELAS 2012 p 104)

23 VIABILIDADE ECONOcircMICO-FINANCEIRA

Analisar o empreendimento economicamente para verificar se o projeto eacute

viaacutevel e lucrativo ou natildeo eacute uma das decisotildees fundamentais de qualquer

empreendedor

A anaacutelise de investimento eacute um mecanismo aacutegil praacutetico e seguro que ajuda

profissionais de inuacutemeras aacutereas no processo de anaacutelise de tomada de decisotildees

financeiras (REBELATTO p 141)

Lapponi (2007 p 123) afirma que

O objetivo da decisatildeo de investimento ou do orccedilamento de capital eacute maximizar o valor da empresa A decisatildeo de alocaccedilatildeo do capital em projeto de investimento eacute fundamental para o sucesso pois os recursos da empresa

23

satildeo comprometidos por longo tempo na direccedilatildeo de seu futuro desejado e isso envolve um grande esforccedilo de tempo e de gerenciamento Cada projeto aprovado eacute um desembolso realizado pela empresa coma expectativa de obter benefiacutecios futuros quantificados pela geraccedilatildeo de um fluxo de retornos adequados em geral por um prazo maior do que um ano

A carecircncia de recursos financeiros diante das muitas necessidades faz com

que seja crucial aperfeiccediloar sua utilizaccedilatildeo A anaacutelise antecipada de investimento

possibilita que se racionalize a forma como os recursos de capital satildeo utilizados

(REBELATTO 2004 p 141)

Para analisar a viabilidade de um projeto economicamente eacute necessaacuterio reunir

uma seacuterie de informaccedilotildees e de dados que precisam ser organizados para atingir seu

objetivo final que eacute o de facilitar a tomada de decisatildeo Vale salientar que o projeto

deve ser um documento que tenha a capacidade de mostrar de uma maneira loacutegica a

visatildeo estrateacutegica do negoacutecio (MACHADO 2002 p 144)

231 Fluxo de caixa

O fluxo de caixa eacute o melhor guia para uma administraccedilatildeo financeira eficiente

de qualquer negoacutecio

O fluxo de caixa eacute a reproduccedilatildeo graacutefica de uma movimentaccedilatildeo financeira ldquoAs

movimentaccedilotildees monetaacuterias satildeo identificadas temporalmente por meio de um conjunto

de entradas e saiacutedas de caixa definido como diagrama de fluxo de caixardquo Essa

representaccedilatildeo proporciona a visualizaccedilatildeo em diferentes momentos com o que estaacute

ocorrendo com o capital (REBELATTO 2004 p 150)

ldquoA identificaccedilatildeo e a quantificaccedilatildeo das estimativas relevantes do projeto satildeo o

iniacutecio da construccedilatildeo do fluxo de caixa do projeto para empresa em funcionamentordquo

(LAPPONI 2007 p 347)

O fluxo de caixa eacute um composto de entradas e saiacutedas de valores monetaacuterios

(dinheiro) no decorrer de um determinado periacuteodo Bem como evidenciar uma opccedilatildeo

possiacutevel de transaccedilotildees financeiras ou seja pagamentos agrave vista pagamentos a prazo

tiacutetulos originais etc (REBELATTO 2004 p 151)

24

232 Valor Presente Liacutequido (VPL)

ldquoO Valor presente liacutequido (VPL) ou valor atual liacutequido (VAL) eacute o valor atual das

entradas de caixa (retornos de capital esperados) incluindo o valor residual (se

houver) menos o valor atual das saiacutedas de caixardquo (REBELATTO 2004 p 214)

A foacutermula para chegar ao VPL eacute (LAPPONI 2007 p 125)

119881119875119871 = minus119868 +119865119862

(1 + 119870)119899

Onde

I= custo inicial ou desembolso inicial

FC= fluxo de caixa

K= taxa requerida

n= prazo de anaacutelise

Rebelatto (2004 p214) afirma que os paracircmetros para que o projeto seja

aceito se refere ao valor presente liacutequido (VPL)

VPLgt0 o projeto eacute aceito

VPLlt0 o projeto eacute rejeitado

VPL=0 o projeto pode ser aceito ou natildeo pois natildeo cria e nem destroacutei

valor para empresa

Para Lapponi (2007 p 134-135) as principais vantagens do VPL satildeo

Considera o fluxo de caixa do projeto na sua totalidade

Considera o valor monetaacuterio (dinheiro) no tempo

Tem a capacidade de medir o valor criado ou destruiacutedo pelo projeto

Pode ser utilizado na avaliaccedilatildeo do projeto independentemente do tipo de

fluxo de caixa utilizado

Seleciona o projeto mais viaacutevel economicamente

25

233 Taxa Interna de Retorno (TIR)

ldquoTaxa Interna de Retorno (TIR) eacute a taxa de desconto que torna o valor atual

liacutequido (VAL) do investimento igual a zero Tambeacutem eacute chamada de taxa interna efetiva

de rentabilidaderdquo (REBELATTO 2004 p 217)

No projeto do tipo simples com o aumento da taxa requerida o VPL do projeto tende ao valor do custo inicial pois o VPL eacute uma funccedilatildeo decrescente da taxa requerida Portanto a decisatildeo com o meacutetodo TIR somente deve ser feita em projetos simples que garantem a existecircncia de uma uacutenica TIRgt -100 Nos outros tipos de fluxo de caixa em geral o meacutetodo da TIR natildeo deve ser utilizado pois haacute a possibilidade de muacuteltiplas TIRs Sendo a TIR a taxa de juro que zera o VPL do projeto simples para qualquer taxa requerida K menor que a TIR o VPL seraacute positivo e para qualquer taxa requerida K maior que a TIR o VPL seraacute negativo (LAPPONI 2007 p 175-176)

Rebelatto (2004 p 217) complementa afirmando que a TIR eacute um meacutetodo

aprimorado de anaacutelise de investimento sendo possivelmente uma das mais usadas

para avaliar projetos econocircmicos A TIR deve ser comparada com a taxa miacutenima de

atratividade (TMA) para analisar se o projeto seraacute aceito ou natildeo

Sendo assim Lapponi (2007 p 176) considera que

Se TIR gt TMA o projeto deve ser aceito pois eacute economicamente viaacutevel

Se TIR lt TMA o projeto deve ser recusado pois eacute economicamente

inviaacutevel

Se TIR = TMA eacute indiferente investir no projeto pois o mesmo natildeo criaraacute

e nem destruiraacute valor da empresa

ldquoA grande vantagem da TIR como indicador de decisatildeo eacute que prescinde de

informaccedilotildees externas ao projeto Tudo que o analista necessita eacute conhecer o perfil do

projeto e alguma ideia de magnitude da taxa de jurosrdquo (MACHADO 2002 p 127)

26

234 Periacuteodo de retorno de investimento (Payback)

ldquoO payback eacute o periacuteodo de tempo em que ocorre o retorno do investimento

Calculado no fluxo de caixa de vida uacutetil de dez anos o payback apresenta-se de vaacuterias

maneiras para cada tipo de empresardquo (BRITO 2003 p 51)

Uma empresa pode nomear o payback como um dos paracircmetros para escolha

de um projeto a fim de minimizar seus riscos Mesmo sendo esse um meacutetodo faacutecil e

simples na praacutetica eacute um dos mais utilizados para efetuar a mediccedilatildeo econocircmica de um

projeto (REBELATTO 2004 p 230)

Segundo Rebelatto (2004 p 231) a foacutermula baacutesica que demonstra o caacutelculo

do payback em fluxos de caixas regulares eacute

PB =I0

FC

Onde

PB= Payback

I0= Investimento inicial

FC= Fluxo de caixa regular

Para executar o meacutetodo payback eacute crucial estabelecer o tempo maacuteximo de

toleracircncia TMT para resgatar o custo inicial ldquoPara decidir se o projeto deve ser aceito

o payback deve ser comparado com o valor de referecircncia TMT de forma querdquo

(LAPPONI 2007 p 245)

Se PB lt TMT o projeto deve ser aceito

Se PB gt TMT o projeto deve ser recusado

A principal vantagem para utilizaccedilatildeo do meacutetodo payback eacute que ele reflete a

liquidez do projeto e por consequecircncia eacute possiacutevel efetuar a avaliaccedilatildeo do risco de natildeo

recuperar o investimento (REBELATTO 2004 p 230)

27

3 METODOLOGIA

Este capiacutetulo tem por objetivo descrever os procedimentos e teacutecnicas

utilizados na pesquisa considerando o problema e aos objetivos gerais e especiacuteficos

Para a execuccedilatildeo da revisatildeo bibliograacutefica realizada neste estudo foi utilizado

livros de especialistas na aacuterea os principais temas abordados foram o

empreendedorismo que eacute um assunto chave quando surge uma ideia para um novo

negoacutecio plano de negoacutecios que eacute um elemento fundamental para o sucesso ou

fracasso de um empreendimento e a viabilidade econocircmico-financeira tema

fundamental visto que o objetivo geral da pesquisa eacute mensurar se a mesma eacute viaacutevel

ou natildeo economicamente

Foi elaborada uma anaacutelise de mercado que estaacute disponiacutevel no item 41 deste

estudo atraveacutes da mesma foi identificado que os principais clientes satildeo das classes

A e B de Curitiba regiatildeo metropolitana no item 42 foi efetuado um levantamento do

tamanho do negoacutecio onde foi definida a capacidade produtiva o investimento inicial e

a localizaccedilatildeo do empreendimento no item 44foi elaborado o fluxo de caixa que

demonstra as previsotildees financeiras do periacuteodo de 5 anos o meacutetodo utilizado para

elaborar a pesquisa foi um estudo de caso de natureza exploratoacuteria quantitativa e

anaacutelise documental

O estudo de caso eacute evidenciado por um estudo minucioso e cansativo de um

ou poucos objetivos desta forma propicia um vasto e detalhado conhecimento sobre

o assunto uma missatildeo praticamente impossiacutevel mediante as outras maneiras de

delineamentos consideradas (GIL 2008 p 57-58)

Prodanov e Freitas (2013 p60) afirmam que o estudo de caso consiste em

recolher e analisar dados sobre determinado indiviacuteduo famiacutelia grupo ou comunidade

com a finalidade de estudar diferentes aspectos das suas vidas conforme o assunto

da pesquisa

Jaacute as pesquisas exploratoacuterias satildeo definidas por Gil (2008 p 27) como as que

Tecircm como principal finalidade desenvolver esclarecer e modificar conceitos e ideias tendo em vista a formulaccedilatildeo de problemas mais precisos ou hipoacuteteses pesquisaacuteveis para estudos posteriores De todos os tipos de pesquisa estas satildeo as que apresentam menor rigidez no planejamento Habitualmente envolvem levantamento bibliograacutefico e documental entrevistas natildeo padronizadas e estudos de caso

28

A pesquisa quantitativa ldquoconsidera que tudo pode ser quantificaacutevel o que

significa traduzir em nuacutemeros opiniotildees e informaccedilotildees para classificaacute-las e analisaacute-lasrdquo

Eacute necessaacuteria a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas estatiacutesticas tais como porcentagem meacutedia

moda desvio-padratildeo coeficiente de correlaccedilatildeo etc (PRODANOV FREITAS 2013

p 69)

Muitos dados que satildeo utilizados em pesquisas satildeo adquiridos indiretamente

por meio de documentosrdquo como livros jornais papeacuteis oficiais registros estatiacutesticos

fotos discos filmes e viacutedeos que satildeo obtidos de maneira indiretardquo Essas fontes

documentais tecircm a capacidade de disponibilizar ao pesquisador um grande nuacutemero

de informaccedilotildees com bastante qualidade para evitar a perda de tempo (GIL 2008 p

147)

Este modelo de pesquisa foi utilizado para definir os principais clientes quais

os produtos que seratildeo vendidos a capacidade produtiva assim como a viabilidade

econocircmico-financeira e operacional do negoacutecio

29

4 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES

41 ANAacuteLISE DE MERCADO

Woiler e Mathias (1994 p41) e Rebelatto (2004 p01) afirmam que a anaacutelise

de mercado eacute um dos pontos mais relevantes para elaboraccedilatildeo de um projeto Atraveacutes

do estudo do mercado obtemos muitas informaccedilotildees tais como

Fazendo a comparaccedilatildeo entre demanda e a oferta encontramos a

possiacutevel escassez da demanda futura Esse resultado proporcionaraacute

informaccedilotildees para que seja definida a escala de produccedilatildeo do projeto

A regiatildeo geograacutefica em que o produto pode ser vendido eacute um dos pontos

mais significativos para que seja definida a localizaccedilatildeo do empreendimento

O preccedilo de venda os custos de comercializaccedilatildeo e os estoques nos

canais de comercializaccedilatildeo satildeo informaccedilotildees relevantes para que seja

elaborada a projeccedilatildeo do projeto

Vale salientar que esses satildeo apenas alguns elementos importantes que eacute

possiacutevel identificar na anaacutelise de mercado existe muitos outros dados que satildeo obtidos

com a mesma

411 Mercado consumidor

ldquoTodas as decisotildees relacionadas a novos empreendimentos contecircm certo

grau de incerteza tanto no que diz respeito agrave informaccedilatildeo na qual as decisotildees estatildeo

baseadas como no que diz respeito agraves suas consequecircnciasrdquo (SEBRAE)

Chiavenato acredita que os clientes tecircm a capacidade de alavancar ou

derrubar um empreendimento ldquoUm cliente pode ser uma organizaccedilatildeo uma empresa

um usuaacuterio dos produtosserviccedilos ou um consumidor finalrdquo Eacute quem adquiri os

produtosserviccedilos ofertados pela organizaccedilatildeo no final da cadeia de transaccedilotildees Eacute ele

que estabelece direta ou indiretamente se o empreendimento teraacute ecircxito ou natildeo Por

30

isso o cliente deve ser considerado como o principal patrimocircnio da empresa (2007

p 207)

Segundo dados do censo 2010 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e

estatiacutestica) dos 576190 (quinhentos e setenta e seis mil cento e noventa) domiciacutelios

de Curitiba 292965 (duzentos e noventa e dois mil novecentos e sessenta e cinco)

possuem renda de mais de 5 a mais de 20 salaacuterios miacutenimos sendo assim cerca de

5085 dos domiciacutelios curitibanos estatildeo enquadrados nas classes A e B Ainda

segundo o IBGE cerca de 137922 (cento e trinta e sete mil novecentos e vinte e dois)

domiciacutelios curitibanos tecircm renda de mais de 10 salaacuterios miacutenimos o que representa

uma meacutedia de 24 dos domiciacutelios de Curitiba

Mais de 249000 (duzentos e quarenta e nove mil) pessoas que residem em

Curitiba cerca de 1423 da populaccedilatildeo tem rendimento mensal de mais de 5 salaacuterios

miacutenimos conforme Tabela 1

TABELA 1 - RESULTADOS DA AMOSTRA - RENDIMENTO POR PESSOA EM CURITIBA

Quantidade de pessoas Salaacuterios miacutenimos

153011 Mais de 5 a 10 salaacuterios miacutenimos

38692 Mais de 10 a 15 salaacuterios miacutenimos

25427 Mais de 15 a 20 salaacuterios miacutenimos

18264 Mais de 20 a 30 salaacuterios miacutenimos

13791 Mais de 30 salaacuterios miacutenimos

FONTE IBGE - CENSO DEMOGRAacuteFICO 2010

Curitiba possui uma populaccedilatildeo de mais de 1750000 (um milhatildeo setecentos

e cinquenta mil habitantes) segundo censo IBGE 2010 sendo que 932000

(novecentos e trinta e dois mil) pessoas com o estado civil de solteiro viuacutevo

divorciado separado judicialmentedesquitado isso mostra que tem muitas pessoas

que podem fazer festas de casamento e necessitar dos produtos que seratildeo ofertados

tais como bolos artiacutesticos doces finos e bem casados

Segundo as estatiacutesticas do registro civil do IBGE ocorreram em Curitiba e

regiatildeo metropolitana no ano 2012 exatamente 18877 (dezoito mil oitocentos e setenta

e sete) casamentos sendo que nos meses de setembro a dezembro foi onde ocorreu

um maior nuacutemero um total de 7828 (sete mil oitocentos e vinte e oito) casamentos o

que representa um total de 4147 dos casamentos ocorrem nesses quatro meses

do ano

31

TABELA 2 - CASAMENTOS POR MEcircS DE REGISTRO SEGUNDO O LUGAR DO REGISTRO ndash 2012

Lugar do registro

Casamentos por mecircs do registro

Total de

registros Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

RM Curitiba 18877 1466 1250 1572 1282 1403 1533 1248 1255 1735 1753 2118 2262

Curitiba 10351 848 692 857 692 724 872 658 658 971 968 1237 1174

FONTE IBGE DIRETORIA DE PESQUISAS COORDENACcedilAtildeO DE POPULACcedilAtildeO E INDICADORES SOCIAIS ESTATIacuteSTICAS DO REGISTRO CIVIL 2012

Nessa perspectiva foi definido que o mercado que a empresa de bolos e doces

finos vai atuar eacute de Curitiba e regiatildeo metropolitana com foco nas pessoas das classes

A e B com estado civil solteiro divorciado separado judicialmentedesquitado e viuacutevo

412 Produtos que seratildeo vendidos

ldquoNo coraccedilatildeo de uma grande marca haacute um grande produto O produto-chave

na oferta ao mercado Liacutederes de mercado geralmente oferecem produtos e serviccedilos

de qualidade superiorrdquo (KOTLER KELLER 2006 p 366)

Os principais produtos fornecidos seratildeo

Bolos artiacutesticos

FOTO1 - BOLO ARTIacuteSTICO FONTE WANDA CARDOSO - BOLOS ARTIacuteSTICOS amp DOCES

32

Bolos de copa

FOTO2 - BOLO DE COPA FONTE ELABORADO PELO AUTOR

FOTO3 - BOLO DE COPA FONTE ELABORADO PELO AUTOR

Naked cake

FOTO4 - NAKED CAKE FONTE DOCES PENEacuteLOPE

33

Doces Tradicionais

FOTO5 - DOCES TRADICIONAIS FONTE ELABORADO PELO AUTOR

Doces Espelhados

FOTO6 - DOCES ESPELHADOS FONTE PRONTO SOCORRO DAS FESTAS

Doces Finos

FOTO 7 - DOCES FINOS FONTE COMPRANDO MEU APE

34

Brigadeiros gourmet

FOTO8 - BRIGADEIROS GOURMET FONTE ELABORADO PELO AUTOR

Tacinhas acriacutelicas

FOTO9 - TACINHAS ACRIacuteLICAS FONTE BUFFET DELIacuteCIAS DA VI

Trufas

FOTO 10 - TRUFAS FONTE FOGAtildeO DA VOVOacute

35

Bombons

FOTO11 - BOMBONS FONTE DALVA GOLDEN GATE

Bem casados

FOTO12 - BEM CASADOS FONTE CASAMENTO SEM ERRO

FOTO13 - BEM CASADOS FONTE CASAMENTO SEM ERRO

36

413 Preccedilo de venda

A definiccedilatildeo do preccedilo dos produtos eacute uma das decisotildees mais relevantes da

organizaccedilatildeo que deve levar em conta a forma como a empresa deseja se posicionar

no mercado os custos a concorrecircncia e a rentabilidade almejada

O preccedilo eacute um dos elementos mais versaacuteteis pode ser modificado rapidamente

ao contraacuterio das propriedades dos produtos dos contratos com canais de distribuiccedilatildeo

e ateacute mesmo das promoccedilotildees O Preccedilo tem tambeacutem a tarefa de mostrar ao mercado o

posicionamento de valor desejado pela empresa para o seu produto ou marca

(KOTLER KELLER 2006 p 428)

A consolidaccedilatildeo dos preccedilos dos produtos seraacute elaborada levando em conta os

custos para se obter os produtos com a qualidade requinte e sofisticaccedilatildeo desejada

com a margem de lucro esperada e se baseando nos preccedilos praticados pela

concorrecircncia

414 Previsatildeo de vendas

Para Chiavenato (2007 p 2013)

A previsatildeo de vendas representa a quantidade de produtosserviccedilos que a empresa pretende vender ou colocar no mercado durante um determinado periacuteodo geralmente um mecircs ou um ano dividido em meses Constitui portanto uma estimativa ou uma expectativa de vendas Pode ser feita em unidades fiacutesicas ou em valores monetaacuterios

A produccedilatildeo vai ser em meacutedia de 5600 doces (doces finos gourmet e bem

casados) e 4 bolos procurando atender em meacutedia 4 eventos por semana e ateacute 16

eventos por mecircs sendo que nos meses de setembro a dezembro essa demanda

aumenta pelo motivo de historicamente ter um nuacutemero maior de casamentos

37

415 Definiccedilatildeo de local de venda dos produtos

ldquoA venda eacute a fase fundamental do processo de vendas Consiste na

transferecircncia do produtoserviccedilo para o cliente ou consumidorrdquo (CHIAVENATO 2007

p 210)

As vendas vatildeo ocorrer atraveacutes de site proacuteprio redes sociais telefone e

pessoalmente natildeo teremos loja fiacutesica apenas um ateliecirc para confecccedilatildeo dos bolos e

doces onde vai conter uma sala anexa na qual vai ser oferecido o serviccedilo de

degustaccedilatildeo com horaacuterios marcados para assim o cliente decidir quais os produtos

seratildeo adquiridos para o seu evento e fechamento de contrato

416 Definiccedilatildeo da demanda e da oferta

Na maior parte das encomendas os clientes solicitam os doces finos e

gourmet que contecircm chocolates frutas oleaginosas tais como castanhas nozes

avelatildes amecircndoas frutas como framboesa morango damasco cerejas e os bem

casados Os bolos mais solicitados satildeo os com decoraccedilatildeo de pasta americana que

deve obrigatoriamente ter recheios mais firmes como ganaches fios de ovos

strogonoff de nozes e os naked cake (bolo pelado) que possuem mais opccedilotildees de

recheios com chocolates frutas diversas e cremes de pacirctisserie

Em contato com algumas empresas que fornecem o mesmo tipo de produto

foi possiacutevel verificar que as encomendas devem ser feitas com antecedecircncia miacutenima

de 6 meses sendo que alguns casos somente com um ano de antecedecircncia para

conseguir na data desejada Esse eacute um dos pontos que mostra que tem espaccedilo

suficiente para entrada nesse mercado

38

417 Concorrentes

Chiavenato (2007 p 33) Kotler e Keller (2006 p 340) afirmam que os

concorrentes satildeo as organizaccedilotildees que competem pelos mesmos fornecedores

clientes e consumidores

ldquoAgrave medida que seus produtosserviccedilos tornam-se mais heterogecircneos tanto

mais heterogecircneos e diferenciados seratildeo seus concorrentes e tanto mais complexa

seraacute a competitividaderdquo (CHIAVENATO 2007 p 33)

Em busca na internet foi possiacutevel identificar que atualmente existe em meacutedia

25 concorrentes reais que oferecem exatamente os mesmos produtos que seratildeo

fornecidos com o mesmo padratildeo de qualidade valor agregado requinte e

sofisticaccedilatildeo Tambeacutem foi detectado mais 14 concorrentes potenciais que vendem

produtos similares aos que seratildeo vendidos poreacutem natildeo possuem o mesmo valor

agregado dos que vatildeo ser ofertados Foi possiacutevel identificar que alguns concorrentes

oferecem somente os doces finos dos quais foram identificados mais 3 concorrentes

reais e 3 concorrentes potenciais E foi detectado que existem concorrentes que

fornecem apenas os bolos artiacutesticos dos quais foi identificado 4 concorrentes reais

todos fornecem os bolos com o mesmo niacutevel de qualidade que seratildeo fornecidos

A tabela 3 mostra a divisatildeo dos concorrentes reais e potenciais que fornecem

bolos e doces por bairro de Curitiba

39

TABELA 3 - CONCORRENTES QUE FORNECEM BOLOS E DOCES POR BAIRRO

Bairro Quantidade de Concorrentes Reais

Quantidade de Concorrentes Potenciais

Aacutegua Verde 4 1

Ahuacute 1

Bairro Alto 2 1

Barreirinha 1

Barreirinha 1

Bom Retiro 1

Campo Comprido 1

Campo Comprido 1

Cidade Industrial 1

Colombo 1

Fazenda Rio Grande 1

Hauer 1

Hugo Lange 1

Mercecircs 1

Novo Mundo 2 1

Novo Mundo 1

Portatildeo 1

Portatildeo 1

Santa Cacircndida 1

Santa Felicidade 1 1

Santo Inaacutecio 1 1

Satildeo Joseacute dos Pinhais 1

Seminaacuterio 1

Sitio Cercado 1

Tarumatilde 1

Vila Izabel 1

Natildeo Informado 1 2

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

418 Forma de divulgaccedilatildeo dos concorrentes

Todas as empresas pesquisadas que fornecem produtos similares aos que

vamos fornecer utilizam sites proacuteprios e as redes sociais para fazer divulgaccedilatildeo dos

seus produtos todas fazem degustaccedilatildeo para os clientes conhecerem os seus

produtos e posteriormente fechar um contrato

40

42 TAMANHO DO NEGOacuteCIO

421 Capacidade produtiva

A capacidade produtiva vai ser para atender ateacute 4 eventos por semana A

produccedilatildeo vai ser de ateacute 5600 doces (doces finos gourmet e bem casados) e 4 bolos

atendendo ateacute 4 eventos por final de semana e ateacute 16 eventos por mecircs sendo que

nos meses de setembro a dezembro essa demanda aumenta pelo motivo de

historicamente ter um nuacutemero maior de casamentos

422 Investimento

Um dos pontos mais relevantes para abertura de uma empresa eacute a

determinaccedilatildeo do capital miacutenimo para dar iniacutecio nas atividades e principalmente como

obter este capital ldquoEacute com o capital inicial que a empresa tem condiccedilotildees de reunir os

recursos empresariais necessaacuterios ao seu funcionamento sejam eles recursos

humanos materiais ou financeirosrdquo A determinaccedilatildeo do capital eacute o que estabelece a

quantidade de recursos empresariais que a empresa tem disponiacutevel Indiscutivelmente

quanto maior for o volume de recursos empresariais mais faacutecil se torna o desempenho

da empresa Quando todos os recursos necessaacuterios para seu funcionamento estatildeo agrave

disposiccedilatildeo a administraccedilatildeo do empreendimento fica mais simples (CHIAVENATO

2007 p84)

Cabe acrescentar que (LAPPONI 2007 p 321)

O custo inicial refere-se aos desembolsos realizados para aquisiccedilatildeo de equipamentos ou outros ativos fixos incluindo o pagamento de fretes seguros instalaccedilotildees despesas operacionais iniciais com materiais e matildeo de obra treinamento de pessoal de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo etc resumindo o custo inicial inclui todos os desembolsos necessaacuterios para adquirir os ativos necessaacuterios e que estejam em condiccedilotildees de operar e gerar as receitas estimadas

41

O empreendimento iniciaraacute suas atividades com capital investido com

recursos proacuteprios da empreendedora

As estimativas de investimento inicial para abertura da empresa foi de

R$5162851 conforme tabela 4

TABELA 4 - INVESTIMENTO INICIAL

Descriccedilatildeo Valor (R$)

Maacutequinas e equipamentos Cozinha R$ 3084878

Utensiacutelios R$ 555075

Moacuteveis para escritoacuterio R$ 268982

Equipamentos de informaacutetica e eletrocircnicos R$ 446204

Outros custos escritoacuterio R$ 48912

Uniformes R$ 155800

Pintura Imoacutevel R$ 500000

Porta de Vidro R$ 103000

Total R$ 5162851

FONTE ELABORADO PELO AUTOR (2015)

423 Localizaccedilatildeo

Seraacute locado um imoacutevel para a instalaccedilatildeo da empresa localizado na Rua Heitor

Baggio Vidal 2508 Bairro Alto Curitiba ndash PR com o valor do aluguel mensal de

R$160000 (mil e seiscentos reais) O espaccedilo interno de 95msup2 seraacute dividido em trecircs

partes a primeira com 20msup2 vai ficar a recepccedilatildeo para receber os clientes efetuar

orccedilamentos e as degustaccedilotildees a segunda com 71msup2 a cozinha industrial onde seratildeo

fabricados os bolos e doces finos e a terceira com 4msup2 o lavabo

42

FOTO14 - FOTO DO IMOacuteVEL ONDE SERAacute INSTALADA A EMPRESA FONTE MP IMOacuteVEIS

424 Entregas

As entregas dos bolos e doces finos seratildeo efetuadas por uma empresa

parceira localizada no Bairro Alto o preccedilo das entregas em Curitiba e regiatildeo

metropolitana variam de R$2400 (vinte e quatro reais) a R$6000 (sessenta reais)

dependendo da localizaccedilatildeo tais valores seratildeo cobrados dos clientes

43 CAPITAL DE GIRO

O capital de giro inicial foi estimado levando em conta que no primeiro ano a

empresa vai produzir 8333 da sua capacidade atendendo em meacutedia 13 ventos

mensalmente sendo assim foram considerados os gastos operacionais necessaacuterios

para o iniacutecio das atividades incluindo o custo fixo mensal e o estoque inicial ambos

multiplicados por 2 e acrescidos de um percentual de 10 de margem de seguranccedila

para despesas natildeo previstas

43

TABELA 5 - CAPITAL DE GIRO

Item Valor (R$)

Estoque Inicial 5144000

Custo Fixo Mensal 3194783

Reserva (10) 833878

Total do Capital de Giro Inicial 9172662

FONTE ELABORDO PELO AUTOR

44 FLUXO DE CAIXA

ldquoFluxo de Caixa eacute um Instrumento de gestatildeo financeira que projeta para

periacuteodos futuros todas as entradas e as saiacutedas de recursos financeiros da empresa

indicando como seraacute o saldo de caixa para o periacuteodo projetadordquo (SEBRAE)

Na tabela 6 eacute apresentada a projeccedilatildeo do Fluxo de Caixa da empresa para os

seus primeiros cinco anos onde fica evidenciado que do primeiro ateacute o quinto ano a

sauacutede financeira da empresa melhora gradativamente sendo que no final do quinto

ano o saldo em caixa ultrapassa os 300 se comparado com o saldo em caixa no

final do primeiro ano

Pode-se observar que natildeo foi inserida no fluxo de caixa a opccedilatildeo de

inadimplecircncia pois todos os pagamentos seratildeo efetuados agrave vista em dinheiro ou

cartatildeo sendo que o pagamento total dos produtos deve ser efetuado no miacutenimo 10

dias antes da data do evento

44

TABELA 6 - PROJECcedilAtildeO DE FLUXO DE CAIXA NOS PRIMEIROS CINCO ANOS

Descriccedilatildeo Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

Investimento Inicial (5162851)

Capital de Giro (9172662) 9172662

Valor Residual 1548855

Total de entradas 000 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873

Previsatildeo Receitas de vendas 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873

Total de Saiacutedas (14335513) (44888699) (54283425) (59479393) (64738409) (70291804)

(-)Fornecedores (25720000) (33641760) (36669518) (39969775) (43567055)

(-)Folha de pagamento (3267192) (3593911) (3953302) (4348633) (4783496)

(-)Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)

(963216) (1011377) (1061946) (1115043) (1170795)

(-)Retiradas soacutecios (2400000) (2640000) (3432000) (3946800) (4341480)

(-)Impostos s vendas (4654291) (5073177) (5573767) (6075406) (6622192)

(-)Alugueacuteis (1920000) (2016000) (2116800) (2222640) (2333772)

(-)Energia eleacutetrica (840000) (882000) (926100) (972405) (1021025)

(-)Aacutegua (300000) (315000) (330750) (347288) (364652)

(-)Telefone (384000) (403200) (423360) (444528) (466754)

(-)Gaacutes (588000) (617400) (648270) (680684) (714718)

(-)Serviccedilos contabilidade (960000) (1008000) (1058400) (1111320) (1166886)

(-)Manutenccedilatildeo (600000) (630000) (661500) (694575) (729304)

(-)Outras despesas com funcionaacuterios

(1296000) (1405800) (1525590) (1656320) (1799030)

(-)Taxas bancaacuterias (96000) (100800) (105840) (111132) (116689)

(-)Outros pagamentos (900000) (945000) (992250) (1041863) (1093956)

Entradas - Saiacutedas (14335513) 12981301 21410535 23027023 25193585 27734070

Depreciaccedilatildeo 000 (631377) (631377) (631377) (631377) (631377)

Saldo Final (14335513) 12349924 20779158 22395647 24562208 37824209

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

A depreciaccedilatildeo foi calculada considerando o prazo de vida uacutetil meacutedio de 10

anos das maacutequinas equipamentos instalaccedilotildees moacuteveis e utensiacutelios e para os

computadores e perifeacutericos foi considerado o prazo de vida uacutetil de 5 anos conforme

demonstrado na tabela 7

TABELA 7 - DEPRECIACcedilAtildeO

Item Valor Inicial Taxa Anual Depreciaccedilatildeo Anual (R$)

Maacutequinas e equipamentos 3084878 10 308488

Instalaccedilotildees 103000 10 10300

Moacuteveis e Utensiacutelios 824057 10 82406

Computadores e Perifeacutericos 446204 20 89241

Outros 704712 20 140942

Total 631377

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

45

O valor residual dos equipamentos e instalaccedilotildees da empresa no final do quinto

ano foi considerado em 30 referente ao valor de aquisiccedilatildeo dos mesmos no iniacutecio do

projeto

45 ANAacuteLISE DOS INDICADORES (VPL TIR E PAYBACK)

451 Valor Presente Liacutequido (VPL)

A tabela 8 mostra que o VPL (Valor Presente Liacutequido) eacute positivo isso significa

que aleacutem de recuperar o investimento inicial ainda vai ser agregado ao valor da

empresa um montante de R$ R$50392407 (quinhentos e trecircs mil novecentos e vinte

quatro reais e sete centavos)

A taxa de retorno requerida de 20 foi determinada levando em conta o niacutevel

de risco do projeto e visando o valor desejado para se obter em cima do valor

investido

TABELA 8 - CALCULO DO VALOR PRESENTE LIacuteQUIDO (VPL)

Anos FC k 2000

0 -$143355 VPL $50392407

1 $123499 VPL $50392407

2 $207792 VPL $50392407

3 $223956 VPL $21761126

4 $245622 VPL $21761126

5 $378242 Decisatildeo Aceitar o Projeto

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

452 Taxa Interna de Retorno (TIR)

Conforme a tabela 9 eacute possiacutevel verificar que a TIR (Taxa Interna de Retorno)

eacute de 11593 maior que a taxa requerida de 20 isso significa que custo inicial seraacute

46

recuperado e o projeto vai criar valor para empresa mais um resultado favoraacutevel para

a aceitaccedilatildeo do projeto

TABELA 9 - TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR)

Anos FC

0 -$143355 TIR 11593

1 $123499 TIR 2168

2 $207792 TIR 2168

3 $223956 Decisatildeo

4 $245622 k 2000

5 $378242 Aceitar o projeto

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

453 Payback

O tempo de recuperaccedilatildeo do custo inicial ocorre normalmente entre o quarto e

o quinto ano se for feita a anaacutelise da tabela 10 eacute possiacutevel verificar que o tempo

necessaacuterio para o retorno do investimento (payback) do projeto eacute de 128 anos este

indicador mostra claramente que o projeto deve ser aceito pois o tempo de retorno

estaacute bem abaixo do tempo meacutedio dos empreendimentos como um todo

TABELA 10 - PAYBACK

k 20

Anos FC SPresente

0 -$143355 -$143355 PBD-SP = 128

1 $123499 -$40439 128

2 $207792 $103861

3 $223956 $233465

4 $245622 $351917

5 $378242 $503924

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

47

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Para iniciar um negoacutecio requer muito mais do que apenas o espiacuterito

empreendedor eacute necessaacuterio ter lideranccedila conhecimento sobre o mercado que deseja

atuar organizaccedilatildeo e principalmente planejamento

O principal objetivo desse estudo foi analisar a viabilidade econocircmico-

financeira da abertura de uma empresa de bolos e doces finos no Bairro Alto em

Curitiba

O objetivo apresentado nesta pesquisa foi atingido pois todos os indicadores

analisados mostram com clareza que empresa obteacutem resultados positivos que criam

valor para a mesma e com isso o projeto eacute viaacutevel economicamente pois do primeiro

ao quinto ano fica visiacutevel o crescimento do empreendimento e a melhora significativa

da sua sauacutede financeira isso fica evidenciado no saldo final em caixa no quinto ano

que chega proacuteximo haacute 400 mil reais Apesar disso eacute crucial o acompanhamento do

mercado para seguir as tendecircncias e se atualizar constantemente para tomar

decisotildees mais assertivas

Um negoacutecio mal avaliado pode arruinar a estabilidade econocircmica do

investidor por isso eacute de extrema importacircncia fazer todos os levantamentos de custos

antes de se aventurar em qualquer empreendimento

Eacute possiacutevel comprovar que a pesquisa realizada contribui positivamente para

abertura da empresa No entanto as informaccedilotildees aqui presentes natildeo satildeo estaacuteticas e

devem ser revisadas periodicamente e se preciso ateacute mesmo ampliadas no decorrer

da implantaccedilatildeo do projeto para que o mesmo seja uma ferramenta eficiente e eficaz

no desenvolvimento da empresa como um todo

48

REFEREcircNCIAS

BRITO Paulo Anaacutelise e viabilidade de projetos de investimento Satildeo Paulo Atlas 2003 DOLABELA Fernando O segredo de Luiacutesa 30 ed Satildeo Paulo Editora de Cultura 2006 DORNELAS Joseacute Carlos Assis Empreendedorismo transformando ideias em negoacutecios 4 ed Rio de Janeiro Campus Elsevier 2012 CENSO Demograacutefico 2010 Resultados gerais da amostra Curitiba IBGE 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=410690ampidtema=87ampsearch=parana|curitiba|censo-demografico-2010-resultados-gerais-da-amostra-gt Acesso em 21 de Junho de 2015 CHIAVENATO Idalberto Empreendedorismo dando asas ao espiacuterito empreendedor empreendedorismo e a viabilidade de novas empresas um guia eficiente para iniciar e tocar seu proacuteprio negoacutecio 2 ed Satildeo Paulo Saraiva 2007 ESTATIacuteSTICAS do registro civil 2012 Curitiba IBGE 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaoregistrocivil2012default_xlsshtmgt Acesso em 21 de Junho de 2015 GIL Antonio Carlos Meacutetodos e teacutecnicas de pesquisa social 6 ed Satildeo Paulo Atlas 2008 KOTLER Philip KELLER Kevin Lane Administraccedilatildeo de Marketing 12 ed Satildeo Paulo ABDR 2006 LAPPONI Juan Carlos Projetos de Investimento na Empresa Rio de Janeiro Elsevier 2007 MACHADO Jesseacute Anderson Pinto Projetos Econocircmicos uma abordagem praacutetica de elaboraccedilatildeo Satildeo Paulo Nobel 2002 MICHEL Maria Helena Metodologia e pesquisa cientiacutefica em ciecircncias sociais 2 ed Satildeo Paulo Atlas 2009 OLIVEIRA Djalma de Pinho Rebouccedilas de Planejamento estrateacutegico conceitos metodologia e praacuteticas 20 ed Satildeo Paulo Atlas 2004 PRODANOV Cleber Cristiano ERNANI Cesar de Freitas Metodologia do trabalho cientiacutefico meacutetodo e teacutecnicas da pesquisa e do trabalho acadecircmico 2 ed Novo Hamburgo Freevale 2013

49

REBELATTO Dayse Projeto de Investimento 1 ed Barueri Manole 2004 SEBRAE Pesquisa de Mercado o que eacute e para que serve Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrsitesPortalSebraeartigosPesquisa-de-mercado-o-que-C3A9-e-para-que-servegt Acesso em 21 de Junho de 2015 SEBRAE Fluxo de caixa Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrSebraePortal20SebraeAnexos0_fluxo-de-caixapdfgt Acesso em 10 de Outubro de 2015 WILDAUER Egon Walter Plano de negoacutecios elementos construtivos e processos de elaboraccedilatildeo 2 ed Curitiba Ibpex 2011 WOILER Samsatildeo MATHIAS Washington Franco Projetos planejamento elaboraccedilatildeo anaacutelise 1 ed Satildeo Paulo Atlas 1994

50

APEcircNDICES

APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL 51

APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS 52

APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL 52

51

APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL

Item Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

Aacutegua 25000 26250 27563 28941 30388

Aluguel 160000 168000 176400 185220 194481

Assessoria Contaacutebil 80000 84000 88200 92610 97241

Gaacutes 49000 51450 54023 56724 59560

Impostos 387858 422765 464481 506284 551849

Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)

80268 84281 88495 92920 97566

Energia eleacutetrica 70000 73500 77175 81034 85085

Manutenccedilatildeo 50000 52500 55125 57881 60775

Material de escritoacuterio 20000 21000 22050 23153 24310

Material de Limpeza 40000 42000 44100 46305 48620

Folha de pagamento 272266 299493 329442 362386 398625

Seguros 15000 15750 16538 17364 18233

Telefone fixointernet 20000 21000 22050 23153 24310

Telefone Moacutevel 12000 12600 13230 13892 14586

Vale Refeiccedilatildeo 75000 82500 90750 99825 109808

Vale Transporte 33000 34650 36383 38202 40112

Proacute- labore 200000 220000 286000 328900 361790

Taxas Bancaacuterias 8000 8400 8820 9261 9724

Total R$ 1597392 R$ 1720139 R$ 1900823 R$ 2064053 R$ 2227062

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

52

APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS

Item

Produccedilatildeo mensal meacutedia

Custo unitaacuterio total

Sugestatildeo Preccedilo de venda

Custo Mensal Total

Receita de vendas

Bolos artiacutesticos (recheios diversos) 150 6000 13500 900000 2025000

Bolos de copa (recheios diversos) 30 3600 8100 108000 243000

Naked cake (recheios diversos) 60 4200 9450 252000 567000

Doces Tradicionais 32 3500 7875 112000 252000

Doces Espelhados 32 5000 11250 160000 360000

Doces Finos 32 7500 16875 240000 540000

Brigadeiros gourmet 16 4500 10125 72000 162000

Tacinhas acriacutelicas 16 5500 12375 88000 198000

Trufas 32 5000 11250 160000 360000

Bombons 32 5000 11250 160000 360000

Bem casados 3200 100 225 320000 720000

Custo produccedilatildeo Total 2572000

Receita Total 5787000

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL

Ano Receita Bruta Variaccedilatildeo anual

Ano 1 000

Ano 2 69444000 9

Ano 3 75693960 9

Ano 4 82506416 9

Ano 5 89931994 9

Valor considerando a inflaccedilatildeo de 9 aa

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

22

22111 Plano financeiro

Na seccedilatildeo financeira deve mostrar em nuacutemeros todas as accedilotildees planejadas

para a empresa e suas evidecircncias por meio de projeccedilotildees futuras para um negoacutecio

bem sucedido

Deve conter demonstrativo de fluxo de caixa com horizonte de pelo menos trecircs anos balanccedilo patrimonial anaacutelise do ponto de equiliacutebrio necessidades de investimento demonstrativos de resultados anaacutelise de indicadores financeiros do negoacutecio como faturamento previsto margem prevista prazo de retorno sobre o investimento inicial (payback) taxa interna de retorno (TIR) etc (DORNELAS 2012 p 103-104)

22112 Anexos

Nesta seccedilatildeo deve incluir todos os dados considerados importantes para

melhor compreensatildeo do plano de negoacutecios O que natildeo pode ser deixado de anexar eacute

o curriculum vitae dos soacutecios da empresa (DORNELAS 2012 p 104)

23 VIABILIDADE ECONOcircMICO-FINANCEIRA

Analisar o empreendimento economicamente para verificar se o projeto eacute

viaacutevel e lucrativo ou natildeo eacute uma das decisotildees fundamentais de qualquer

empreendedor

A anaacutelise de investimento eacute um mecanismo aacutegil praacutetico e seguro que ajuda

profissionais de inuacutemeras aacutereas no processo de anaacutelise de tomada de decisotildees

financeiras (REBELATTO p 141)

Lapponi (2007 p 123) afirma que

O objetivo da decisatildeo de investimento ou do orccedilamento de capital eacute maximizar o valor da empresa A decisatildeo de alocaccedilatildeo do capital em projeto de investimento eacute fundamental para o sucesso pois os recursos da empresa

23

satildeo comprometidos por longo tempo na direccedilatildeo de seu futuro desejado e isso envolve um grande esforccedilo de tempo e de gerenciamento Cada projeto aprovado eacute um desembolso realizado pela empresa coma expectativa de obter benefiacutecios futuros quantificados pela geraccedilatildeo de um fluxo de retornos adequados em geral por um prazo maior do que um ano

A carecircncia de recursos financeiros diante das muitas necessidades faz com

que seja crucial aperfeiccediloar sua utilizaccedilatildeo A anaacutelise antecipada de investimento

possibilita que se racionalize a forma como os recursos de capital satildeo utilizados

(REBELATTO 2004 p 141)

Para analisar a viabilidade de um projeto economicamente eacute necessaacuterio reunir

uma seacuterie de informaccedilotildees e de dados que precisam ser organizados para atingir seu

objetivo final que eacute o de facilitar a tomada de decisatildeo Vale salientar que o projeto

deve ser um documento que tenha a capacidade de mostrar de uma maneira loacutegica a

visatildeo estrateacutegica do negoacutecio (MACHADO 2002 p 144)

231 Fluxo de caixa

O fluxo de caixa eacute o melhor guia para uma administraccedilatildeo financeira eficiente

de qualquer negoacutecio

O fluxo de caixa eacute a reproduccedilatildeo graacutefica de uma movimentaccedilatildeo financeira ldquoAs

movimentaccedilotildees monetaacuterias satildeo identificadas temporalmente por meio de um conjunto

de entradas e saiacutedas de caixa definido como diagrama de fluxo de caixardquo Essa

representaccedilatildeo proporciona a visualizaccedilatildeo em diferentes momentos com o que estaacute

ocorrendo com o capital (REBELATTO 2004 p 150)

ldquoA identificaccedilatildeo e a quantificaccedilatildeo das estimativas relevantes do projeto satildeo o

iniacutecio da construccedilatildeo do fluxo de caixa do projeto para empresa em funcionamentordquo

(LAPPONI 2007 p 347)

O fluxo de caixa eacute um composto de entradas e saiacutedas de valores monetaacuterios

(dinheiro) no decorrer de um determinado periacuteodo Bem como evidenciar uma opccedilatildeo

possiacutevel de transaccedilotildees financeiras ou seja pagamentos agrave vista pagamentos a prazo

tiacutetulos originais etc (REBELATTO 2004 p 151)

24

232 Valor Presente Liacutequido (VPL)

ldquoO Valor presente liacutequido (VPL) ou valor atual liacutequido (VAL) eacute o valor atual das

entradas de caixa (retornos de capital esperados) incluindo o valor residual (se

houver) menos o valor atual das saiacutedas de caixardquo (REBELATTO 2004 p 214)

A foacutermula para chegar ao VPL eacute (LAPPONI 2007 p 125)

119881119875119871 = minus119868 +119865119862

(1 + 119870)119899

Onde

I= custo inicial ou desembolso inicial

FC= fluxo de caixa

K= taxa requerida

n= prazo de anaacutelise

Rebelatto (2004 p214) afirma que os paracircmetros para que o projeto seja

aceito se refere ao valor presente liacutequido (VPL)

VPLgt0 o projeto eacute aceito

VPLlt0 o projeto eacute rejeitado

VPL=0 o projeto pode ser aceito ou natildeo pois natildeo cria e nem destroacutei

valor para empresa

Para Lapponi (2007 p 134-135) as principais vantagens do VPL satildeo

Considera o fluxo de caixa do projeto na sua totalidade

Considera o valor monetaacuterio (dinheiro) no tempo

Tem a capacidade de medir o valor criado ou destruiacutedo pelo projeto

Pode ser utilizado na avaliaccedilatildeo do projeto independentemente do tipo de

fluxo de caixa utilizado

Seleciona o projeto mais viaacutevel economicamente

25

233 Taxa Interna de Retorno (TIR)

ldquoTaxa Interna de Retorno (TIR) eacute a taxa de desconto que torna o valor atual

liacutequido (VAL) do investimento igual a zero Tambeacutem eacute chamada de taxa interna efetiva

de rentabilidaderdquo (REBELATTO 2004 p 217)

No projeto do tipo simples com o aumento da taxa requerida o VPL do projeto tende ao valor do custo inicial pois o VPL eacute uma funccedilatildeo decrescente da taxa requerida Portanto a decisatildeo com o meacutetodo TIR somente deve ser feita em projetos simples que garantem a existecircncia de uma uacutenica TIRgt -100 Nos outros tipos de fluxo de caixa em geral o meacutetodo da TIR natildeo deve ser utilizado pois haacute a possibilidade de muacuteltiplas TIRs Sendo a TIR a taxa de juro que zera o VPL do projeto simples para qualquer taxa requerida K menor que a TIR o VPL seraacute positivo e para qualquer taxa requerida K maior que a TIR o VPL seraacute negativo (LAPPONI 2007 p 175-176)

Rebelatto (2004 p 217) complementa afirmando que a TIR eacute um meacutetodo

aprimorado de anaacutelise de investimento sendo possivelmente uma das mais usadas

para avaliar projetos econocircmicos A TIR deve ser comparada com a taxa miacutenima de

atratividade (TMA) para analisar se o projeto seraacute aceito ou natildeo

Sendo assim Lapponi (2007 p 176) considera que

Se TIR gt TMA o projeto deve ser aceito pois eacute economicamente viaacutevel

Se TIR lt TMA o projeto deve ser recusado pois eacute economicamente

inviaacutevel

Se TIR = TMA eacute indiferente investir no projeto pois o mesmo natildeo criaraacute

e nem destruiraacute valor da empresa

ldquoA grande vantagem da TIR como indicador de decisatildeo eacute que prescinde de

informaccedilotildees externas ao projeto Tudo que o analista necessita eacute conhecer o perfil do

projeto e alguma ideia de magnitude da taxa de jurosrdquo (MACHADO 2002 p 127)

26

234 Periacuteodo de retorno de investimento (Payback)

ldquoO payback eacute o periacuteodo de tempo em que ocorre o retorno do investimento

Calculado no fluxo de caixa de vida uacutetil de dez anos o payback apresenta-se de vaacuterias

maneiras para cada tipo de empresardquo (BRITO 2003 p 51)

Uma empresa pode nomear o payback como um dos paracircmetros para escolha

de um projeto a fim de minimizar seus riscos Mesmo sendo esse um meacutetodo faacutecil e

simples na praacutetica eacute um dos mais utilizados para efetuar a mediccedilatildeo econocircmica de um

projeto (REBELATTO 2004 p 230)

Segundo Rebelatto (2004 p 231) a foacutermula baacutesica que demonstra o caacutelculo

do payback em fluxos de caixas regulares eacute

PB =I0

FC

Onde

PB= Payback

I0= Investimento inicial

FC= Fluxo de caixa regular

Para executar o meacutetodo payback eacute crucial estabelecer o tempo maacuteximo de

toleracircncia TMT para resgatar o custo inicial ldquoPara decidir se o projeto deve ser aceito

o payback deve ser comparado com o valor de referecircncia TMT de forma querdquo

(LAPPONI 2007 p 245)

Se PB lt TMT o projeto deve ser aceito

Se PB gt TMT o projeto deve ser recusado

A principal vantagem para utilizaccedilatildeo do meacutetodo payback eacute que ele reflete a

liquidez do projeto e por consequecircncia eacute possiacutevel efetuar a avaliaccedilatildeo do risco de natildeo

recuperar o investimento (REBELATTO 2004 p 230)

27

3 METODOLOGIA

Este capiacutetulo tem por objetivo descrever os procedimentos e teacutecnicas

utilizados na pesquisa considerando o problema e aos objetivos gerais e especiacuteficos

Para a execuccedilatildeo da revisatildeo bibliograacutefica realizada neste estudo foi utilizado

livros de especialistas na aacuterea os principais temas abordados foram o

empreendedorismo que eacute um assunto chave quando surge uma ideia para um novo

negoacutecio plano de negoacutecios que eacute um elemento fundamental para o sucesso ou

fracasso de um empreendimento e a viabilidade econocircmico-financeira tema

fundamental visto que o objetivo geral da pesquisa eacute mensurar se a mesma eacute viaacutevel

ou natildeo economicamente

Foi elaborada uma anaacutelise de mercado que estaacute disponiacutevel no item 41 deste

estudo atraveacutes da mesma foi identificado que os principais clientes satildeo das classes

A e B de Curitiba regiatildeo metropolitana no item 42 foi efetuado um levantamento do

tamanho do negoacutecio onde foi definida a capacidade produtiva o investimento inicial e

a localizaccedilatildeo do empreendimento no item 44foi elaborado o fluxo de caixa que

demonstra as previsotildees financeiras do periacuteodo de 5 anos o meacutetodo utilizado para

elaborar a pesquisa foi um estudo de caso de natureza exploratoacuteria quantitativa e

anaacutelise documental

O estudo de caso eacute evidenciado por um estudo minucioso e cansativo de um

ou poucos objetivos desta forma propicia um vasto e detalhado conhecimento sobre

o assunto uma missatildeo praticamente impossiacutevel mediante as outras maneiras de

delineamentos consideradas (GIL 2008 p 57-58)

Prodanov e Freitas (2013 p60) afirmam que o estudo de caso consiste em

recolher e analisar dados sobre determinado indiviacuteduo famiacutelia grupo ou comunidade

com a finalidade de estudar diferentes aspectos das suas vidas conforme o assunto

da pesquisa

Jaacute as pesquisas exploratoacuterias satildeo definidas por Gil (2008 p 27) como as que

Tecircm como principal finalidade desenvolver esclarecer e modificar conceitos e ideias tendo em vista a formulaccedilatildeo de problemas mais precisos ou hipoacuteteses pesquisaacuteveis para estudos posteriores De todos os tipos de pesquisa estas satildeo as que apresentam menor rigidez no planejamento Habitualmente envolvem levantamento bibliograacutefico e documental entrevistas natildeo padronizadas e estudos de caso

28

A pesquisa quantitativa ldquoconsidera que tudo pode ser quantificaacutevel o que

significa traduzir em nuacutemeros opiniotildees e informaccedilotildees para classificaacute-las e analisaacute-lasrdquo

Eacute necessaacuteria a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas estatiacutesticas tais como porcentagem meacutedia

moda desvio-padratildeo coeficiente de correlaccedilatildeo etc (PRODANOV FREITAS 2013

p 69)

Muitos dados que satildeo utilizados em pesquisas satildeo adquiridos indiretamente

por meio de documentosrdquo como livros jornais papeacuteis oficiais registros estatiacutesticos

fotos discos filmes e viacutedeos que satildeo obtidos de maneira indiretardquo Essas fontes

documentais tecircm a capacidade de disponibilizar ao pesquisador um grande nuacutemero

de informaccedilotildees com bastante qualidade para evitar a perda de tempo (GIL 2008 p

147)

Este modelo de pesquisa foi utilizado para definir os principais clientes quais

os produtos que seratildeo vendidos a capacidade produtiva assim como a viabilidade

econocircmico-financeira e operacional do negoacutecio

29

4 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES

41 ANAacuteLISE DE MERCADO

Woiler e Mathias (1994 p41) e Rebelatto (2004 p01) afirmam que a anaacutelise

de mercado eacute um dos pontos mais relevantes para elaboraccedilatildeo de um projeto Atraveacutes

do estudo do mercado obtemos muitas informaccedilotildees tais como

Fazendo a comparaccedilatildeo entre demanda e a oferta encontramos a

possiacutevel escassez da demanda futura Esse resultado proporcionaraacute

informaccedilotildees para que seja definida a escala de produccedilatildeo do projeto

A regiatildeo geograacutefica em que o produto pode ser vendido eacute um dos pontos

mais significativos para que seja definida a localizaccedilatildeo do empreendimento

O preccedilo de venda os custos de comercializaccedilatildeo e os estoques nos

canais de comercializaccedilatildeo satildeo informaccedilotildees relevantes para que seja

elaborada a projeccedilatildeo do projeto

Vale salientar que esses satildeo apenas alguns elementos importantes que eacute

possiacutevel identificar na anaacutelise de mercado existe muitos outros dados que satildeo obtidos

com a mesma

411 Mercado consumidor

ldquoTodas as decisotildees relacionadas a novos empreendimentos contecircm certo

grau de incerteza tanto no que diz respeito agrave informaccedilatildeo na qual as decisotildees estatildeo

baseadas como no que diz respeito agraves suas consequecircnciasrdquo (SEBRAE)

Chiavenato acredita que os clientes tecircm a capacidade de alavancar ou

derrubar um empreendimento ldquoUm cliente pode ser uma organizaccedilatildeo uma empresa

um usuaacuterio dos produtosserviccedilos ou um consumidor finalrdquo Eacute quem adquiri os

produtosserviccedilos ofertados pela organizaccedilatildeo no final da cadeia de transaccedilotildees Eacute ele

que estabelece direta ou indiretamente se o empreendimento teraacute ecircxito ou natildeo Por

30

isso o cliente deve ser considerado como o principal patrimocircnio da empresa (2007

p 207)

Segundo dados do censo 2010 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e

estatiacutestica) dos 576190 (quinhentos e setenta e seis mil cento e noventa) domiciacutelios

de Curitiba 292965 (duzentos e noventa e dois mil novecentos e sessenta e cinco)

possuem renda de mais de 5 a mais de 20 salaacuterios miacutenimos sendo assim cerca de

5085 dos domiciacutelios curitibanos estatildeo enquadrados nas classes A e B Ainda

segundo o IBGE cerca de 137922 (cento e trinta e sete mil novecentos e vinte e dois)

domiciacutelios curitibanos tecircm renda de mais de 10 salaacuterios miacutenimos o que representa

uma meacutedia de 24 dos domiciacutelios de Curitiba

Mais de 249000 (duzentos e quarenta e nove mil) pessoas que residem em

Curitiba cerca de 1423 da populaccedilatildeo tem rendimento mensal de mais de 5 salaacuterios

miacutenimos conforme Tabela 1

TABELA 1 - RESULTADOS DA AMOSTRA - RENDIMENTO POR PESSOA EM CURITIBA

Quantidade de pessoas Salaacuterios miacutenimos

153011 Mais de 5 a 10 salaacuterios miacutenimos

38692 Mais de 10 a 15 salaacuterios miacutenimos

25427 Mais de 15 a 20 salaacuterios miacutenimos

18264 Mais de 20 a 30 salaacuterios miacutenimos

13791 Mais de 30 salaacuterios miacutenimos

FONTE IBGE - CENSO DEMOGRAacuteFICO 2010

Curitiba possui uma populaccedilatildeo de mais de 1750000 (um milhatildeo setecentos

e cinquenta mil habitantes) segundo censo IBGE 2010 sendo que 932000

(novecentos e trinta e dois mil) pessoas com o estado civil de solteiro viuacutevo

divorciado separado judicialmentedesquitado isso mostra que tem muitas pessoas

que podem fazer festas de casamento e necessitar dos produtos que seratildeo ofertados

tais como bolos artiacutesticos doces finos e bem casados

Segundo as estatiacutesticas do registro civil do IBGE ocorreram em Curitiba e

regiatildeo metropolitana no ano 2012 exatamente 18877 (dezoito mil oitocentos e setenta

e sete) casamentos sendo que nos meses de setembro a dezembro foi onde ocorreu

um maior nuacutemero um total de 7828 (sete mil oitocentos e vinte e oito) casamentos o

que representa um total de 4147 dos casamentos ocorrem nesses quatro meses

do ano

31

TABELA 2 - CASAMENTOS POR MEcircS DE REGISTRO SEGUNDO O LUGAR DO REGISTRO ndash 2012

Lugar do registro

Casamentos por mecircs do registro

Total de

registros Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

RM Curitiba 18877 1466 1250 1572 1282 1403 1533 1248 1255 1735 1753 2118 2262

Curitiba 10351 848 692 857 692 724 872 658 658 971 968 1237 1174

FONTE IBGE DIRETORIA DE PESQUISAS COORDENACcedilAtildeO DE POPULACcedilAtildeO E INDICADORES SOCIAIS ESTATIacuteSTICAS DO REGISTRO CIVIL 2012

Nessa perspectiva foi definido que o mercado que a empresa de bolos e doces

finos vai atuar eacute de Curitiba e regiatildeo metropolitana com foco nas pessoas das classes

A e B com estado civil solteiro divorciado separado judicialmentedesquitado e viuacutevo

412 Produtos que seratildeo vendidos

ldquoNo coraccedilatildeo de uma grande marca haacute um grande produto O produto-chave

na oferta ao mercado Liacutederes de mercado geralmente oferecem produtos e serviccedilos

de qualidade superiorrdquo (KOTLER KELLER 2006 p 366)

Os principais produtos fornecidos seratildeo

Bolos artiacutesticos

FOTO1 - BOLO ARTIacuteSTICO FONTE WANDA CARDOSO - BOLOS ARTIacuteSTICOS amp DOCES

32

Bolos de copa

FOTO2 - BOLO DE COPA FONTE ELABORADO PELO AUTOR

FOTO3 - BOLO DE COPA FONTE ELABORADO PELO AUTOR

Naked cake

FOTO4 - NAKED CAKE FONTE DOCES PENEacuteLOPE

33

Doces Tradicionais

FOTO5 - DOCES TRADICIONAIS FONTE ELABORADO PELO AUTOR

Doces Espelhados

FOTO6 - DOCES ESPELHADOS FONTE PRONTO SOCORRO DAS FESTAS

Doces Finos

FOTO 7 - DOCES FINOS FONTE COMPRANDO MEU APE

34

Brigadeiros gourmet

FOTO8 - BRIGADEIROS GOURMET FONTE ELABORADO PELO AUTOR

Tacinhas acriacutelicas

FOTO9 - TACINHAS ACRIacuteLICAS FONTE BUFFET DELIacuteCIAS DA VI

Trufas

FOTO 10 - TRUFAS FONTE FOGAtildeO DA VOVOacute

35

Bombons

FOTO11 - BOMBONS FONTE DALVA GOLDEN GATE

Bem casados

FOTO12 - BEM CASADOS FONTE CASAMENTO SEM ERRO

FOTO13 - BEM CASADOS FONTE CASAMENTO SEM ERRO

36

413 Preccedilo de venda

A definiccedilatildeo do preccedilo dos produtos eacute uma das decisotildees mais relevantes da

organizaccedilatildeo que deve levar em conta a forma como a empresa deseja se posicionar

no mercado os custos a concorrecircncia e a rentabilidade almejada

O preccedilo eacute um dos elementos mais versaacuteteis pode ser modificado rapidamente

ao contraacuterio das propriedades dos produtos dos contratos com canais de distribuiccedilatildeo

e ateacute mesmo das promoccedilotildees O Preccedilo tem tambeacutem a tarefa de mostrar ao mercado o

posicionamento de valor desejado pela empresa para o seu produto ou marca

(KOTLER KELLER 2006 p 428)

A consolidaccedilatildeo dos preccedilos dos produtos seraacute elaborada levando em conta os

custos para se obter os produtos com a qualidade requinte e sofisticaccedilatildeo desejada

com a margem de lucro esperada e se baseando nos preccedilos praticados pela

concorrecircncia

414 Previsatildeo de vendas

Para Chiavenato (2007 p 2013)

A previsatildeo de vendas representa a quantidade de produtosserviccedilos que a empresa pretende vender ou colocar no mercado durante um determinado periacuteodo geralmente um mecircs ou um ano dividido em meses Constitui portanto uma estimativa ou uma expectativa de vendas Pode ser feita em unidades fiacutesicas ou em valores monetaacuterios

A produccedilatildeo vai ser em meacutedia de 5600 doces (doces finos gourmet e bem

casados) e 4 bolos procurando atender em meacutedia 4 eventos por semana e ateacute 16

eventos por mecircs sendo que nos meses de setembro a dezembro essa demanda

aumenta pelo motivo de historicamente ter um nuacutemero maior de casamentos

37

415 Definiccedilatildeo de local de venda dos produtos

ldquoA venda eacute a fase fundamental do processo de vendas Consiste na

transferecircncia do produtoserviccedilo para o cliente ou consumidorrdquo (CHIAVENATO 2007

p 210)

As vendas vatildeo ocorrer atraveacutes de site proacuteprio redes sociais telefone e

pessoalmente natildeo teremos loja fiacutesica apenas um ateliecirc para confecccedilatildeo dos bolos e

doces onde vai conter uma sala anexa na qual vai ser oferecido o serviccedilo de

degustaccedilatildeo com horaacuterios marcados para assim o cliente decidir quais os produtos

seratildeo adquiridos para o seu evento e fechamento de contrato

416 Definiccedilatildeo da demanda e da oferta

Na maior parte das encomendas os clientes solicitam os doces finos e

gourmet que contecircm chocolates frutas oleaginosas tais como castanhas nozes

avelatildes amecircndoas frutas como framboesa morango damasco cerejas e os bem

casados Os bolos mais solicitados satildeo os com decoraccedilatildeo de pasta americana que

deve obrigatoriamente ter recheios mais firmes como ganaches fios de ovos

strogonoff de nozes e os naked cake (bolo pelado) que possuem mais opccedilotildees de

recheios com chocolates frutas diversas e cremes de pacirctisserie

Em contato com algumas empresas que fornecem o mesmo tipo de produto

foi possiacutevel verificar que as encomendas devem ser feitas com antecedecircncia miacutenima

de 6 meses sendo que alguns casos somente com um ano de antecedecircncia para

conseguir na data desejada Esse eacute um dos pontos que mostra que tem espaccedilo

suficiente para entrada nesse mercado

38

417 Concorrentes

Chiavenato (2007 p 33) Kotler e Keller (2006 p 340) afirmam que os

concorrentes satildeo as organizaccedilotildees que competem pelos mesmos fornecedores

clientes e consumidores

ldquoAgrave medida que seus produtosserviccedilos tornam-se mais heterogecircneos tanto

mais heterogecircneos e diferenciados seratildeo seus concorrentes e tanto mais complexa

seraacute a competitividaderdquo (CHIAVENATO 2007 p 33)

Em busca na internet foi possiacutevel identificar que atualmente existe em meacutedia

25 concorrentes reais que oferecem exatamente os mesmos produtos que seratildeo

fornecidos com o mesmo padratildeo de qualidade valor agregado requinte e

sofisticaccedilatildeo Tambeacutem foi detectado mais 14 concorrentes potenciais que vendem

produtos similares aos que seratildeo vendidos poreacutem natildeo possuem o mesmo valor

agregado dos que vatildeo ser ofertados Foi possiacutevel identificar que alguns concorrentes

oferecem somente os doces finos dos quais foram identificados mais 3 concorrentes

reais e 3 concorrentes potenciais E foi detectado que existem concorrentes que

fornecem apenas os bolos artiacutesticos dos quais foi identificado 4 concorrentes reais

todos fornecem os bolos com o mesmo niacutevel de qualidade que seratildeo fornecidos

A tabela 3 mostra a divisatildeo dos concorrentes reais e potenciais que fornecem

bolos e doces por bairro de Curitiba

39

TABELA 3 - CONCORRENTES QUE FORNECEM BOLOS E DOCES POR BAIRRO

Bairro Quantidade de Concorrentes Reais

Quantidade de Concorrentes Potenciais

Aacutegua Verde 4 1

Ahuacute 1

Bairro Alto 2 1

Barreirinha 1

Barreirinha 1

Bom Retiro 1

Campo Comprido 1

Campo Comprido 1

Cidade Industrial 1

Colombo 1

Fazenda Rio Grande 1

Hauer 1

Hugo Lange 1

Mercecircs 1

Novo Mundo 2 1

Novo Mundo 1

Portatildeo 1

Portatildeo 1

Santa Cacircndida 1

Santa Felicidade 1 1

Santo Inaacutecio 1 1

Satildeo Joseacute dos Pinhais 1

Seminaacuterio 1

Sitio Cercado 1

Tarumatilde 1

Vila Izabel 1

Natildeo Informado 1 2

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

418 Forma de divulgaccedilatildeo dos concorrentes

Todas as empresas pesquisadas que fornecem produtos similares aos que

vamos fornecer utilizam sites proacuteprios e as redes sociais para fazer divulgaccedilatildeo dos

seus produtos todas fazem degustaccedilatildeo para os clientes conhecerem os seus

produtos e posteriormente fechar um contrato

40

42 TAMANHO DO NEGOacuteCIO

421 Capacidade produtiva

A capacidade produtiva vai ser para atender ateacute 4 eventos por semana A

produccedilatildeo vai ser de ateacute 5600 doces (doces finos gourmet e bem casados) e 4 bolos

atendendo ateacute 4 eventos por final de semana e ateacute 16 eventos por mecircs sendo que

nos meses de setembro a dezembro essa demanda aumenta pelo motivo de

historicamente ter um nuacutemero maior de casamentos

422 Investimento

Um dos pontos mais relevantes para abertura de uma empresa eacute a

determinaccedilatildeo do capital miacutenimo para dar iniacutecio nas atividades e principalmente como

obter este capital ldquoEacute com o capital inicial que a empresa tem condiccedilotildees de reunir os

recursos empresariais necessaacuterios ao seu funcionamento sejam eles recursos

humanos materiais ou financeirosrdquo A determinaccedilatildeo do capital eacute o que estabelece a

quantidade de recursos empresariais que a empresa tem disponiacutevel Indiscutivelmente

quanto maior for o volume de recursos empresariais mais faacutecil se torna o desempenho

da empresa Quando todos os recursos necessaacuterios para seu funcionamento estatildeo agrave

disposiccedilatildeo a administraccedilatildeo do empreendimento fica mais simples (CHIAVENATO

2007 p84)

Cabe acrescentar que (LAPPONI 2007 p 321)

O custo inicial refere-se aos desembolsos realizados para aquisiccedilatildeo de equipamentos ou outros ativos fixos incluindo o pagamento de fretes seguros instalaccedilotildees despesas operacionais iniciais com materiais e matildeo de obra treinamento de pessoal de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo etc resumindo o custo inicial inclui todos os desembolsos necessaacuterios para adquirir os ativos necessaacuterios e que estejam em condiccedilotildees de operar e gerar as receitas estimadas

41

O empreendimento iniciaraacute suas atividades com capital investido com

recursos proacuteprios da empreendedora

As estimativas de investimento inicial para abertura da empresa foi de

R$5162851 conforme tabela 4

TABELA 4 - INVESTIMENTO INICIAL

Descriccedilatildeo Valor (R$)

Maacutequinas e equipamentos Cozinha R$ 3084878

Utensiacutelios R$ 555075

Moacuteveis para escritoacuterio R$ 268982

Equipamentos de informaacutetica e eletrocircnicos R$ 446204

Outros custos escritoacuterio R$ 48912

Uniformes R$ 155800

Pintura Imoacutevel R$ 500000

Porta de Vidro R$ 103000

Total R$ 5162851

FONTE ELABORADO PELO AUTOR (2015)

423 Localizaccedilatildeo

Seraacute locado um imoacutevel para a instalaccedilatildeo da empresa localizado na Rua Heitor

Baggio Vidal 2508 Bairro Alto Curitiba ndash PR com o valor do aluguel mensal de

R$160000 (mil e seiscentos reais) O espaccedilo interno de 95msup2 seraacute dividido em trecircs

partes a primeira com 20msup2 vai ficar a recepccedilatildeo para receber os clientes efetuar

orccedilamentos e as degustaccedilotildees a segunda com 71msup2 a cozinha industrial onde seratildeo

fabricados os bolos e doces finos e a terceira com 4msup2 o lavabo

42

FOTO14 - FOTO DO IMOacuteVEL ONDE SERAacute INSTALADA A EMPRESA FONTE MP IMOacuteVEIS

424 Entregas

As entregas dos bolos e doces finos seratildeo efetuadas por uma empresa

parceira localizada no Bairro Alto o preccedilo das entregas em Curitiba e regiatildeo

metropolitana variam de R$2400 (vinte e quatro reais) a R$6000 (sessenta reais)

dependendo da localizaccedilatildeo tais valores seratildeo cobrados dos clientes

43 CAPITAL DE GIRO

O capital de giro inicial foi estimado levando em conta que no primeiro ano a

empresa vai produzir 8333 da sua capacidade atendendo em meacutedia 13 ventos

mensalmente sendo assim foram considerados os gastos operacionais necessaacuterios

para o iniacutecio das atividades incluindo o custo fixo mensal e o estoque inicial ambos

multiplicados por 2 e acrescidos de um percentual de 10 de margem de seguranccedila

para despesas natildeo previstas

43

TABELA 5 - CAPITAL DE GIRO

Item Valor (R$)

Estoque Inicial 5144000

Custo Fixo Mensal 3194783

Reserva (10) 833878

Total do Capital de Giro Inicial 9172662

FONTE ELABORDO PELO AUTOR

44 FLUXO DE CAIXA

ldquoFluxo de Caixa eacute um Instrumento de gestatildeo financeira que projeta para

periacuteodos futuros todas as entradas e as saiacutedas de recursos financeiros da empresa

indicando como seraacute o saldo de caixa para o periacuteodo projetadordquo (SEBRAE)

Na tabela 6 eacute apresentada a projeccedilatildeo do Fluxo de Caixa da empresa para os

seus primeiros cinco anos onde fica evidenciado que do primeiro ateacute o quinto ano a

sauacutede financeira da empresa melhora gradativamente sendo que no final do quinto

ano o saldo em caixa ultrapassa os 300 se comparado com o saldo em caixa no

final do primeiro ano

Pode-se observar que natildeo foi inserida no fluxo de caixa a opccedilatildeo de

inadimplecircncia pois todos os pagamentos seratildeo efetuados agrave vista em dinheiro ou

cartatildeo sendo que o pagamento total dos produtos deve ser efetuado no miacutenimo 10

dias antes da data do evento

44

TABELA 6 - PROJECcedilAtildeO DE FLUXO DE CAIXA NOS PRIMEIROS CINCO ANOS

Descriccedilatildeo Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

Investimento Inicial (5162851)

Capital de Giro (9172662) 9172662

Valor Residual 1548855

Total de entradas 000 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873

Previsatildeo Receitas de vendas 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873

Total de Saiacutedas (14335513) (44888699) (54283425) (59479393) (64738409) (70291804)

(-)Fornecedores (25720000) (33641760) (36669518) (39969775) (43567055)

(-)Folha de pagamento (3267192) (3593911) (3953302) (4348633) (4783496)

(-)Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)

(963216) (1011377) (1061946) (1115043) (1170795)

(-)Retiradas soacutecios (2400000) (2640000) (3432000) (3946800) (4341480)

(-)Impostos s vendas (4654291) (5073177) (5573767) (6075406) (6622192)

(-)Alugueacuteis (1920000) (2016000) (2116800) (2222640) (2333772)

(-)Energia eleacutetrica (840000) (882000) (926100) (972405) (1021025)

(-)Aacutegua (300000) (315000) (330750) (347288) (364652)

(-)Telefone (384000) (403200) (423360) (444528) (466754)

(-)Gaacutes (588000) (617400) (648270) (680684) (714718)

(-)Serviccedilos contabilidade (960000) (1008000) (1058400) (1111320) (1166886)

(-)Manutenccedilatildeo (600000) (630000) (661500) (694575) (729304)

(-)Outras despesas com funcionaacuterios

(1296000) (1405800) (1525590) (1656320) (1799030)

(-)Taxas bancaacuterias (96000) (100800) (105840) (111132) (116689)

(-)Outros pagamentos (900000) (945000) (992250) (1041863) (1093956)

Entradas - Saiacutedas (14335513) 12981301 21410535 23027023 25193585 27734070

Depreciaccedilatildeo 000 (631377) (631377) (631377) (631377) (631377)

Saldo Final (14335513) 12349924 20779158 22395647 24562208 37824209

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

A depreciaccedilatildeo foi calculada considerando o prazo de vida uacutetil meacutedio de 10

anos das maacutequinas equipamentos instalaccedilotildees moacuteveis e utensiacutelios e para os

computadores e perifeacutericos foi considerado o prazo de vida uacutetil de 5 anos conforme

demonstrado na tabela 7

TABELA 7 - DEPRECIACcedilAtildeO

Item Valor Inicial Taxa Anual Depreciaccedilatildeo Anual (R$)

Maacutequinas e equipamentos 3084878 10 308488

Instalaccedilotildees 103000 10 10300

Moacuteveis e Utensiacutelios 824057 10 82406

Computadores e Perifeacutericos 446204 20 89241

Outros 704712 20 140942

Total 631377

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

45

O valor residual dos equipamentos e instalaccedilotildees da empresa no final do quinto

ano foi considerado em 30 referente ao valor de aquisiccedilatildeo dos mesmos no iniacutecio do

projeto

45 ANAacuteLISE DOS INDICADORES (VPL TIR E PAYBACK)

451 Valor Presente Liacutequido (VPL)

A tabela 8 mostra que o VPL (Valor Presente Liacutequido) eacute positivo isso significa

que aleacutem de recuperar o investimento inicial ainda vai ser agregado ao valor da

empresa um montante de R$ R$50392407 (quinhentos e trecircs mil novecentos e vinte

quatro reais e sete centavos)

A taxa de retorno requerida de 20 foi determinada levando em conta o niacutevel

de risco do projeto e visando o valor desejado para se obter em cima do valor

investido

TABELA 8 - CALCULO DO VALOR PRESENTE LIacuteQUIDO (VPL)

Anos FC k 2000

0 -$143355 VPL $50392407

1 $123499 VPL $50392407

2 $207792 VPL $50392407

3 $223956 VPL $21761126

4 $245622 VPL $21761126

5 $378242 Decisatildeo Aceitar o Projeto

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

452 Taxa Interna de Retorno (TIR)

Conforme a tabela 9 eacute possiacutevel verificar que a TIR (Taxa Interna de Retorno)

eacute de 11593 maior que a taxa requerida de 20 isso significa que custo inicial seraacute

46

recuperado e o projeto vai criar valor para empresa mais um resultado favoraacutevel para

a aceitaccedilatildeo do projeto

TABELA 9 - TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR)

Anos FC

0 -$143355 TIR 11593

1 $123499 TIR 2168

2 $207792 TIR 2168

3 $223956 Decisatildeo

4 $245622 k 2000

5 $378242 Aceitar o projeto

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

453 Payback

O tempo de recuperaccedilatildeo do custo inicial ocorre normalmente entre o quarto e

o quinto ano se for feita a anaacutelise da tabela 10 eacute possiacutevel verificar que o tempo

necessaacuterio para o retorno do investimento (payback) do projeto eacute de 128 anos este

indicador mostra claramente que o projeto deve ser aceito pois o tempo de retorno

estaacute bem abaixo do tempo meacutedio dos empreendimentos como um todo

TABELA 10 - PAYBACK

k 20

Anos FC SPresente

0 -$143355 -$143355 PBD-SP = 128

1 $123499 -$40439 128

2 $207792 $103861

3 $223956 $233465

4 $245622 $351917

5 $378242 $503924

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

47

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Para iniciar um negoacutecio requer muito mais do que apenas o espiacuterito

empreendedor eacute necessaacuterio ter lideranccedila conhecimento sobre o mercado que deseja

atuar organizaccedilatildeo e principalmente planejamento

O principal objetivo desse estudo foi analisar a viabilidade econocircmico-

financeira da abertura de uma empresa de bolos e doces finos no Bairro Alto em

Curitiba

O objetivo apresentado nesta pesquisa foi atingido pois todos os indicadores

analisados mostram com clareza que empresa obteacutem resultados positivos que criam

valor para a mesma e com isso o projeto eacute viaacutevel economicamente pois do primeiro

ao quinto ano fica visiacutevel o crescimento do empreendimento e a melhora significativa

da sua sauacutede financeira isso fica evidenciado no saldo final em caixa no quinto ano

que chega proacuteximo haacute 400 mil reais Apesar disso eacute crucial o acompanhamento do

mercado para seguir as tendecircncias e se atualizar constantemente para tomar

decisotildees mais assertivas

Um negoacutecio mal avaliado pode arruinar a estabilidade econocircmica do

investidor por isso eacute de extrema importacircncia fazer todos os levantamentos de custos

antes de se aventurar em qualquer empreendimento

Eacute possiacutevel comprovar que a pesquisa realizada contribui positivamente para

abertura da empresa No entanto as informaccedilotildees aqui presentes natildeo satildeo estaacuteticas e

devem ser revisadas periodicamente e se preciso ateacute mesmo ampliadas no decorrer

da implantaccedilatildeo do projeto para que o mesmo seja uma ferramenta eficiente e eficaz

no desenvolvimento da empresa como um todo

48

REFEREcircNCIAS

BRITO Paulo Anaacutelise e viabilidade de projetos de investimento Satildeo Paulo Atlas 2003 DOLABELA Fernando O segredo de Luiacutesa 30 ed Satildeo Paulo Editora de Cultura 2006 DORNELAS Joseacute Carlos Assis Empreendedorismo transformando ideias em negoacutecios 4 ed Rio de Janeiro Campus Elsevier 2012 CENSO Demograacutefico 2010 Resultados gerais da amostra Curitiba IBGE 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=410690ampidtema=87ampsearch=parana|curitiba|censo-demografico-2010-resultados-gerais-da-amostra-gt Acesso em 21 de Junho de 2015 CHIAVENATO Idalberto Empreendedorismo dando asas ao espiacuterito empreendedor empreendedorismo e a viabilidade de novas empresas um guia eficiente para iniciar e tocar seu proacuteprio negoacutecio 2 ed Satildeo Paulo Saraiva 2007 ESTATIacuteSTICAS do registro civil 2012 Curitiba IBGE 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaoregistrocivil2012default_xlsshtmgt Acesso em 21 de Junho de 2015 GIL Antonio Carlos Meacutetodos e teacutecnicas de pesquisa social 6 ed Satildeo Paulo Atlas 2008 KOTLER Philip KELLER Kevin Lane Administraccedilatildeo de Marketing 12 ed Satildeo Paulo ABDR 2006 LAPPONI Juan Carlos Projetos de Investimento na Empresa Rio de Janeiro Elsevier 2007 MACHADO Jesseacute Anderson Pinto Projetos Econocircmicos uma abordagem praacutetica de elaboraccedilatildeo Satildeo Paulo Nobel 2002 MICHEL Maria Helena Metodologia e pesquisa cientiacutefica em ciecircncias sociais 2 ed Satildeo Paulo Atlas 2009 OLIVEIRA Djalma de Pinho Rebouccedilas de Planejamento estrateacutegico conceitos metodologia e praacuteticas 20 ed Satildeo Paulo Atlas 2004 PRODANOV Cleber Cristiano ERNANI Cesar de Freitas Metodologia do trabalho cientiacutefico meacutetodo e teacutecnicas da pesquisa e do trabalho acadecircmico 2 ed Novo Hamburgo Freevale 2013

49

REBELATTO Dayse Projeto de Investimento 1 ed Barueri Manole 2004 SEBRAE Pesquisa de Mercado o que eacute e para que serve Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrsitesPortalSebraeartigosPesquisa-de-mercado-o-que-C3A9-e-para-que-servegt Acesso em 21 de Junho de 2015 SEBRAE Fluxo de caixa Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrSebraePortal20SebraeAnexos0_fluxo-de-caixapdfgt Acesso em 10 de Outubro de 2015 WILDAUER Egon Walter Plano de negoacutecios elementos construtivos e processos de elaboraccedilatildeo 2 ed Curitiba Ibpex 2011 WOILER Samsatildeo MATHIAS Washington Franco Projetos planejamento elaboraccedilatildeo anaacutelise 1 ed Satildeo Paulo Atlas 1994

50

APEcircNDICES

APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL 51

APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS 52

APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL 52

51

APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL

Item Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

Aacutegua 25000 26250 27563 28941 30388

Aluguel 160000 168000 176400 185220 194481

Assessoria Contaacutebil 80000 84000 88200 92610 97241

Gaacutes 49000 51450 54023 56724 59560

Impostos 387858 422765 464481 506284 551849

Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)

80268 84281 88495 92920 97566

Energia eleacutetrica 70000 73500 77175 81034 85085

Manutenccedilatildeo 50000 52500 55125 57881 60775

Material de escritoacuterio 20000 21000 22050 23153 24310

Material de Limpeza 40000 42000 44100 46305 48620

Folha de pagamento 272266 299493 329442 362386 398625

Seguros 15000 15750 16538 17364 18233

Telefone fixointernet 20000 21000 22050 23153 24310

Telefone Moacutevel 12000 12600 13230 13892 14586

Vale Refeiccedilatildeo 75000 82500 90750 99825 109808

Vale Transporte 33000 34650 36383 38202 40112

Proacute- labore 200000 220000 286000 328900 361790

Taxas Bancaacuterias 8000 8400 8820 9261 9724

Total R$ 1597392 R$ 1720139 R$ 1900823 R$ 2064053 R$ 2227062

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

52

APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS

Item

Produccedilatildeo mensal meacutedia

Custo unitaacuterio total

Sugestatildeo Preccedilo de venda

Custo Mensal Total

Receita de vendas

Bolos artiacutesticos (recheios diversos) 150 6000 13500 900000 2025000

Bolos de copa (recheios diversos) 30 3600 8100 108000 243000

Naked cake (recheios diversos) 60 4200 9450 252000 567000

Doces Tradicionais 32 3500 7875 112000 252000

Doces Espelhados 32 5000 11250 160000 360000

Doces Finos 32 7500 16875 240000 540000

Brigadeiros gourmet 16 4500 10125 72000 162000

Tacinhas acriacutelicas 16 5500 12375 88000 198000

Trufas 32 5000 11250 160000 360000

Bombons 32 5000 11250 160000 360000

Bem casados 3200 100 225 320000 720000

Custo produccedilatildeo Total 2572000

Receita Total 5787000

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL

Ano Receita Bruta Variaccedilatildeo anual

Ano 1 000

Ano 2 69444000 9

Ano 3 75693960 9

Ano 4 82506416 9

Ano 5 89931994 9

Valor considerando a inflaccedilatildeo de 9 aa

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

23

satildeo comprometidos por longo tempo na direccedilatildeo de seu futuro desejado e isso envolve um grande esforccedilo de tempo e de gerenciamento Cada projeto aprovado eacute um desembolso realizado pela empresa coma expectativa de obter benefiacutecios futuros quantificados pela geraccedilatildeo de um fluxo de retornos adequados em geral por um prazo maior do que um ano

A carecircncia de recursos financeiros diante das muitas necessidades faz com

que seja crucial aperfeiccediloar sua utilizaccedilatildeo A anaacutelise antecipada de investimento

possibilita que se racionalize a forma como os recursos de capital satildeo utilizados

(REBELATTO 2004 p 141)

Para analisar a viabilidade de um projeto economicamente eacute necessaacuterio reunir

uma seacuterie de informaccedilotildees e de dados que precisam ser organizados para atingir seu

objetivo final que eacute o de facilitar a tomada de decisatildeo Vale salientar que o projeto

deve ser um documento que tenha a capacidade de mostrar de uma maneira loacutegica a

visatildeo estrateacutegica do negoacutecio (MACHADO 2002 p 144)

231 Fluxo de caixa

O fluxo de caixa eacute o melhor guia para uma administraccedilatildeo financeira eficiente

de qualquer negoacutecio

O fluxo de caixa eacute a reproduccedilatildeo graacutefica de uma movimentaccedilatildeo financeira ldquoAs

movimentaccedilotildees monetaacuterias satildeo identificadas temporalmente por meio de um conjunto

de entradas e saiacutedas de caixa definido como diagrama de fluxo de caixardquo Essa

representaccedilatildeo proporciona a visualizaccedilatildeo em diferentes momentos com o que estaacute

ocorrendo com o capital (REBELATTO 2004 p 150)

ldquoA identificaccedilatildeo e a quantificaccedilatildeo das estimativas relevantes do projeto satildeo o

iniacutecio da construccedilatildeo do fluxo de caixa do projeto para empresa em funcionamentordquo

(LAPPONI 2007 p 347)

O fluxo de caixa eacute um composto de entradas e saiacutedas de valores monetaacuterios

(dinheiro) no decorrer de um determinado periacuteodo Bem como evidenciar uma opccedilatildeo

possiacutevel de transaccedilotildees financeiras ou seja pagamentos agrave vista pagamentos a prazo

tiacutetulos originais etc (REBELATTO 2004 p 151)

24

232 Valor Presente Liacutequido (VPL)

ldquoO Valor presente liacutequido (VPL) ou valor atual liacutequido (VAL) eacute o valor atual das

entradas de caixa (retornos de capital esperados) incluindo o valor residual (se

houver) menos o valor atual das saiacutedas de caixardquo (REBELATTO 2004 p 214)

A foacutermula para chegar ao VPL eacute (LAPPONI 2007 p 125)

119881119875119871 = minus119868 +119865119862

(1 + 119870)119899

Onde

I= custo inicial ou desembolso inicial

FC= fluxo de caixa

K= taxa requerida

n= prazo de anaacutelise

Rebelatto (2004 p214) afirma que os paracircmetros para que o projeto seja

aceito se refere ao valor presente liacutequido (VPL)

VPLgt0 o projeto eacute aceito

VPLlt0 o projeto eacute rejeitado

VPL=0 o projeto pode ser aceito ou natildeo pois natildeo cria e nem destroacutei

valor para empresa

Para Lapponi (2007 p 134-135) as principais vantagens do VPL satildeo

Considera o fluxo de caixa do projeto na sua totalidade

Considera o valor monetaacuterio (dinheiro) no tempo

Tem a capacidade de medir o valor criado ou destruiacutedo pelo projeto

Pode ser utilizado na avaliaccedilatildeo do projeto independentemente do tipo de

fluxo de caixa utilizado

Seleciona o projeto mais viaacutevel economicamente

25

233 Taxa Interna de Retorno (TIR)

ldquoTaxa Interna de Retorno (TIR) eacute a taxa de desconto que torna o valor atual

liacutequido (VAL) do investimento igual a zero Tambeacutem eacute chamada de taxa interna efetiva

de rentabilidaderdquo (REBELATTO 2004 p 217)

No projeto do tipo simples com o aumento da taxa requerida o VPL do projeto tende ao valor do custo inicial pois o VPL eacute uma funccedilatildeo decrescente da taxa requerida Portanto a decisatildeo com o meacutetodo TIR somente deve ser feita em projetos simples que garantem a existecircncia de uma uacutenica TIRgt -100 Nos outros tipos de fluxo de caixa em geral o meacutetodo da TIR natildeo deve ser utilizado pois haacute a possibilidade de muacuteltiplas TIRs Sendo a TIR a taxa de juro que zera o VPL do projeto simples para qualquer taxa requerida K menor que a TIR o VPL seraacute positivo e para qualquer taxa requerida K maior que a TIR o VPL seraacute negativo (LAPPONI 2007 p 175-176)

Rebelatto (2004 p 217) complementa afirmando que a TIR eacute um meacutetodo

aprimorado de anaacutelise de investimento sendo possivelmente uma das mais usadas

para avaliar projetos econocircmicos A TIR deve ser comparada com a taxa miacutenima de

atratividade (TMA) para analisar se o projeto seraacute aceito ou natildeo

Sendo assim Lapponi (2007 p 176) considera que

Se TIR gt TMA o projeto deve ser aceito pois eacute economicamente viaacutevel

Se TIR lt TMA o projeto deve ser recusado pois eacute economicamente

inviaacutevel

Se TIR = TMA eacute indiferente investir no projeto pois o mesmo natildeo criaraacute

e nem destruiraacute valor da empresa

ldquoA grande vantagem da TIR como indicador de decisatildeo eacute que prescinde de

informaccedilotildees externas ao projeto Tudo que o analista necessita eacute conhecer o perfil do

projeto e alguma ideia de magnitude da taxa de jurosrdquo (MACHADO 2002 p 127)

26

234 Periacuteodo de retorno de investimento (Payback)

ldquoO payback eacute o periacuteodo de tempo em que ocorre o retorno do investimento

Calculado no fluxo de caixa de vida uacutetil de dez anos o payback apresenta-se de vaacuterias

maneiras para cada tipo de empresardquo (BRITO 2003 p 51)

Uma empresa pode nomear o payback como um dos paracircmetros para escolha

de um projeto a fim de minimizar seus riscos Mesmo sendo esse um meacutetodo faacutecil e

simples na praacutetica eacute um dos mais utilizados para efetuar a mediccedilatildeo econocircmica de um

projeto (REBELATTO 2004 p 230)

Segundo Rebelatto (2004 p 231) a foacutermula baacutesica que demonstra o caacutelculo

do payback em fluxos de caixas regulares eacute

PB =I0

FC

Onde

PB= Payback

I0= Investimento inicial

FC= Fluxo de caixa regular

Para executar o meacutetodo payback eacute crucial estabelecer o tempo maacuteximo de

toleracircncia TMT para resgatar o custo inicial ldquoPara decidir se o projeto deve ser aceito

o payback deve ser comparado com o valor de referecircncia TMT de forma querdquo

(LAPPONI 2007 p 245)

Se PB lt TMT o projeto deve ser aceito

Se PB gt TMT o projeto deve ser recusado

A principal vantagem para utilizaccedilatildeo do meacutetodo payback eacute que ele reflete a

liquidez do projeto e por consequecircncia eacute possiacutevel efetuar a avaliaccedilatildeo do risco de natildeo

recuperar o investimento (REBELATTO 2004 p 230)

27

3 METODOLOGIA

Este capiacutetulo tem por objetivo descrever os procedimentos e teacutecnicas

utilizados na pesquisa considerando o problema e aos objetivos gerais e especiacuteficos

Para a execuccedilatildeo da revisatildeo bibliograacutefica realizada neste estudo foi utilizado

livros de especialistas na aacuterea os principais temas abordados foram o

empreendedorismo que eacute um assunto chave quando surge uma ideia para um novo

negoacutecio plano de negoacutecios que eacute um elemento fundamental para o sucesso ou

fracasso de um empreendimento e a viabilidade econocircmico-financeira tema

fundamental visto que o objetivo geral da pesquisa eacute mensurar se a mesma eacute viaacutevel

ou natildeo economicamente

Foi elaborada uma anaacutelise de mercado que estaacute disponiacutevel no item 41 deste

estudo atraveacutes da mesma foi identificado que os principais clientes satildeo das classes

A e B de Curitiba regiatildeo metropolitana no item 42 foi efetuado um levantamento do

tamanho do negoacutecio onde foi definida a capacidade produtiva o investimento inicial e

a localizaccedilatildeo do empreendimento no item 44foi elaborado o fluxo de caixa que

demonstra as previsotildees financeiras do periacuteodo de 5 anos o meacutetodo utilizado para

elaborar a pesquisa foi um estudo de caso de natureza exploratoacuteria quantitativa e

anaacutelise documental

O estudo de caso eacute evidenciado por um estudo minucioso e cansativo de um

ou poucos objetivos desta forma propicia um vasto e detalhado conhecimento sobre

o assunto uma missatildeo praticamente impossiacutevel mediante as outras maneiras de

delineamentos consideradas (GIL 2008 p 57-58)

Prodanov e Freitas (2013 p60) afirmam que o estudo de caso consiste em

recolher e analisar dados sobre determinado indiviacuteduo famiacutelia grupo ou comunidade

com a finalidade de estudar diferentes aspectos das suas vidas conforme o assunto

da pesquisa

Jaacute as pesquisas exploratoacuterias satildeo definidas por Gil (2008 p 27) como as que

Tecircm como principal finalidade desenvolver esclarecer e modificar conceitos e ideias tendo em vista a formulaccedilatildeo de problemas mais precisos ou hipoacuteteses pesquisaacuteveis para estudos posteriores De todos os tipos de pesquisa estas satildeo as que apresentam menor rigidez no planejamento Habitualmente envolvem levantamento bibliograacutefico e documental entrevistas natildeo padronizadas e estudos de caso

28

A pesquisa quantitativa ldquoconsidera que tudo pode ser quantificaacutevel o que

significa traduzir em nuacutemeros opiniotildees e informaccedilotildees para classificaacute-las e analisaacute-lasrdquo

Eacute necessaacuteria a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas estatiacutesticas tais como porcentagem meacutedia

moda desvio-padratildeo coeficiente de correlaccedilatildeo etc (PRODANOV FREITAS 2013

p 69)

Muitos dados que satildeo utilizados em pesquisas satildeo adquiridos indiretamente

por meio de documentosrdquo como livros jornais papeacuteis oficiais registros estatiacutesticos

fotos discos filmes e viacutedeos que satildeo obtidos de maneira indiretardquo Essas fontes

documentais tecircm a capacidade de disponibilizar ao pesquisador um grande nuacutemero

de informaccedilotildees com bastante qualidade para evitar a perda de tempo (GIL 2008 p

147)

Este modelo de pesquisa foi utilizado para definir os principais clientes quais

os produtos que seratildeo vendidos a capacidade produtiva assim como a viabilidade

econocircmico-financeira e operacional do negoacutecio

29

4 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES

41 ANAacuteLISE DE MERCADO

Woiler e Mathias (1994 p41) e Rebelatto (2004 p01) afirmam que a anaacutelise

de mercado eacute um dos pontos mais relevantes para elaboraccedilatildeo de um projeto Atraveacutes

do estudo do mercado obtemos muitas informaccedilotildees tais como

Fazendo a comparaccedilatildeo entre demanda e a oferta encontramos a

possiacutevel escassez da demanda futura Esse resultado proporcionaraacute

informaccedilotildees para que seja definida a escala de produccedilatildeo do projeto

A regiatildeo geograacutefica em que o produto pode ser vendido eacute um dos pontos

mais significativos para que seja definida a localizaccedilatildeo do empreendimento

O preccedilo de venda os custos de comercializaccedilatildeo e os estoques nos

canais de comercializaccedilatildeo satildeo informaccedilotildees relevantes para que seja

elaborada a projeccedilatildeo do projeto

Vale salientar que esses satildeo apenas alguns elementos importantes que eacute

possiacutevel identificar na anaacutelise de mercado existe muitos outros dados que satildeo obtidos

com a mesma

411 Mercado consumidor

ldquoTodas as decisotildees relacionadas a novos empreendimentos contecircm certo

grau de incerteza tanto no que diz respeito agrave informaccedilatildeo na qual as decisotildees estatildeo

baseadas como no que diz respeito agraves suas consequecircnciasrdquo (SEBRAE)

Chiavenato acredita que os clientes tecircm a capacidade de alavancar ou

derrubar um empreendimento ldquoUm cliente pode ser uma organizaccedilatildeo uma empresa

um usuaacuterio dos produtosserviccedilos ou um consumidor finalrdquo Eacute quem adquiri os

produtosserviccedilos ofertados pela organizaccedilatildeo no final da cadeia de transaccedilotildees Eacute ele

que estabelece direta ou indiretamente se o empreendimento teraacute ecircxito ou natildeo Por

30

isso o cliente deve ser considerado como o principal patrimocircnio da empresa (2007

p 207)

Segundo dados do censo 2010 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e

estatiacutestica) dos 576190 (quinhentos e setenta e seis mil cento e noventa) domiciacutelios

de Curitiba 292965 (duzentos e noventa e dois mil novecentos e sessenta e cinco)

possuem renda de mais de 5 a mais de 20 salaacuterios miacutenimos sendo assim cerca de

5085 dos domiciacutelios curitibanos estatildeo enquadrados nas classes A e B Ainda

segundo o IBGE cerca de 137922 (cento e trinta e sete mil novecentos e vinte e dois)

domiciacutelios curitibanos tecircm renda de mais de 10 salaacuterios miacutenimos o que representa

uma meacutedia de 24 dos domiciacutelios de Curitiba

Mais de 249000 (duzentos e quarenta e nove mil) pessoas que residem em

Curitiba cerca de 1423 da populaccedilatildeo tem rendimento mensal de mais de 5 salaacuterios

miacutenimos conforme Tabela 1

TABELA 1 - RESULTADOS DA AMOSTRA - RENDIMENTO POR PESSOA EM CURITIBA

Quantidade de pessoas Salaacuterios miacutenimos

153011 Mais de 5 a 10 salaacuterios miacutenimos

38692 Mais de 10 a 15 salaacuterios miacutenimos

25427 Mais de 15 a 20 salaacuterios miacutenimos

18264 Mais de 20 a 30 salaacuterios miacutenimos

13791 Mais de 30 salaacuterios miacutenimos

FONTE IBGE - CENSO DEMOGRAacuteFICO 2010

Curitiba possui uma populaccedilatildeo de mais de 1750000 (um milhatildeo setecentos

e cinquenta mil habitantes) segundo censo IBGE 2010 sendo que 932000

(novecentos e trinta e dois mil) pessoas com o estado civil de solteiro viuacutevo

divorciado separado judicialmentedesquitado isso mostra que tem muitas pessoas

que podem fazer festas de casamento e necessitar dos produtos que seratildeo ofertados

tais como bolos artiacutesticos doces finos e bem casados

Segundo as estatiacutesticas do registro civil do IBGE ocorreram em Curitiba e

regiatildeo metropolitana no ano 2012 exatamente 18877 (dezoito mil oitocentos e setenta

e sete) casamentos sendo que nos meses de setembro a dezembro foi onde ocorreu

um maior nuacutemero um total de 7828 (sete mil oitocentos e vinte e oito) casamentos o

que representa um total de 4147 dos casamentos ocorrem nesses quatro meses

do ano

31

TABELA 2 - CASAMENTOS POR MEcircS DE REGISTRO SEGUNDO O LUGAR DO REGISTRO ndash 2012

Lugar do registro

Casamentos por mecircs do registro

Total de

registros Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

RM Curitiba 18877 1466 1250 1572 1282 1403 1533 1248 1255 1735 1753 2118 2262

Curitiba 10351 848 692 857 692 724 872 658 658 971 968 1237 1174

FONTE IBGE DIRETORIA DE PESQUISAS COORDENACcedilAtildeO DE POPULACcedilAtildeO E INDICADORES SOCIAIS ESTATIacuteSTICAS DO REGISTRO CIVIL 2012

Nessa perspectiva foi definido que o mercado que a empresa de bolos e doces

finos vai atuar eacute de Curitiba e regiatildeo metropolitana com foco nas pessoas das classes

A e B com estado civil solteiro divorciado separado judicialmentedesquitado e viuacutevo

412 Produtos que seratildeo vendidos

ldquoNo coraccedilatildeo de uma grande marca haacute um grande produto O produto-chave

na oferta ao mercado Liacutederes de mercado geralmente oferecem produtos e serviccedilos

de qualidade superiorrdquo (KOTLER KELLER 2006 p 366)

Os principais produtos fornecidos seratildeo

Bolos artiacutesticos

FOTO1 - BOLO ARTIacuteSTICO FONTE WANDA CARDOSO - BOLOS ARTIacuteSTICOS amp DOCES

32

Bolos de copa

FOTO2 - BOLO DE COPA FONTE ELABORADO PELO AUTOR

FOTO3 - BOLO DE COPA FONTE ELABORADO PELO AUTOR

Naked cake

FOTO4 - NAKED CAKE FONTE DOCES PENEacuteLOPE

33

Doces Tradicionais

FOTO5 - DOCES TRADICIONAIS FONTE ELABORADO PELO AUTOR

Doces Espelhados

FOTO6 - DOCES ESPELHADOS FONTE PRONTO SOCORRO DAS FESTAS

Doces Finos

FOTO 7 - DOCES FINOS FONTE COMPRANDO MEU APE

34

Brigadeiros gourmet

FOTO8 - BRIGADEIROS GOURMET FONTE ELABORADO PELO AUTOR

Tacinhas acriacutelicas

FOTO9 - TACINHAS ACRIacuteLICAS FONTE BUFFET DELIacuteCIAS DA VI

Trufas

FOTO 10 - TRUFAS FONTE FOGAtildeO DA VOVOacute

35

Bombons

FOTO11 - BOMBONS FONTE DALVA GOLDEN GATE

Bem casados

FOTO12 - BEM CASADOS FONTE CASAMENTO SEM ERRO

FOTO13 - BEM CASADOS FONTE CASAMENTO SEM ERRO

36

413 Preccedilo de venda

A definiccedilatildeo do preccedilo dos produtos eacute uma das decisotildees mais relevantes da

organizaccedilatildeo que deve levar em conta a forma como a empresa deseja se posicionar

no mercado os custos a concorrecircncia e a rentabilidade almejada

O preccedilo eacute um dos elementos mais versaacuteteis pode ser modificado rapidamente

ao contraacuterio das propriedades dos produtos dos contratos com canais de distribuiccedilatildeo

e ateacute mesmo das promoccedilotildees O Preccedilo tem tambeacutem a tarefa de mostrar ao mercado o

posicionamento de valor desejado pela empresa para o seu produto ou marca

(KOTLER KELLER 2006 p 428)

A consolidaccedilatildeo dos preccedilos dos produtos seraacute elaborada levando em conta os

custos para se obter os produtos com a qualidade requinte e sofisticaccedilatildeo desejada

com a margem de lucro esperada e se baseando nos preccedilos praticados pela

concorrecircncia

414 Previsatildeo de vendas

Para Chiavenato (2007 p 2013)

A previsatildeo de vendas representa a quantidade de produtosserviccedilos que a empresa pretende vender ou colocar no mercado durante um determinado periacuteodo geralmente um mecircs ou um ano dividido em meses Constitui portanto uma estimativa ou uma expectativa de vendas Pode ser feita em unidades fiacutesicas ou em valores monetaacuterios

A produccedilatildeo vai ser em meacutedia de 5600 doces (doces finos gourmet e bem

casados) e 4 bolos procurando atender em meacutedia 4 eventos por semana e ateacute 16

eventos por mecircs sendo que nos meses de setembro a dezembro essa demanda

aumenta pelo motivo de historicamente ter um nuacutemero maior de casamentos

37

415 Definiccedilatildeo de local de venda dos produtos

ldquoA venda eacute a fase fundamental do processo de vendas Consiste na

transferecircncia do produtoserviccedilo para o cliente ou consumidorrdquo (CHIAVENATO 2007

p 210)

As vendas vatildeo ocorrer atraveacutes de site proacuteprio redes sociais telefone e

pessoalmente natildeo teremos loja fiacutesica apenas um ateliecirc para confecccedilatildeo dos bolos e

doces onde vai conter uma sala anexa na qual vai ser oferecido o serviccedilo de

degustaccedilatildeo com horaacuterios marcados para assim o cliente decidir quais os produtos

seratildeo adquiridos para o seu evento e fechamento de contrato

416 Definiccedilatildeo da demanda e da oferta

Na maior parte das encomendas os clientes solicitam os doces finos e

gourmet que contecircm chocolates frutas oleaginosas tais como castanhas nozes

avelatildes amecircndoas frutas como framboesa morango damasco cerejas e os bem

casados Os bolos mais solicitados satildeo os com decoraccedilatildeo de pasta americana que

deve obrigatoriamente ter recheios mais firmes como ganaches fios de ovos

strogonoff de nozes e os naked cake (bolo pelado) que possuem mais opccedilotildees de

recheios com chocolates frutas diversas e cremes de pacirctisserie

Em contato com algumas empresas que fornecem o mesmo tipo de produto

foi possiacutevel verificar que as encomendas devem ser feitas com antecedecircncia miacutenima

de 6 meses sendo que alguns casos somente com um ano de antecedecircncia para

conseguir na data desejada Esse eacute um dos pontos que mostra que tem espaccedilo

suficiente para entrada nesse mercado

38

417 Concorrentes

Chiavenato (2007 p 33) Kotler e Keller (2006 p 340) afirmam que os

concorrentes satildeo as organizaccedilotildees que competem pelos mesmos fornecedores

clientes e consumidores

ldquoAgrave medida que seus produtosserviccedilos tornam-se mais heterogecircneos tanto

mais heterogecircneos e diferenciados seratildeo seus concorrentes e tanto mais complexa

seraacute a competitividaderdquo (CHIAVENATO 2007 p 33)

Em busca na internet foi possiacutevel identificar que atualmente existe em meacutedia

25 concorrentes reais que oferecem exatamente os mesmos produtos que seratildeo

fornecidos com o mesmo padratildeo de qualidade valor agregado requinte e

sofisticaccedilatildeo Tambeacutem foi detectado mais 14 concorrentes potenciais que vendem

produtos similares aos que seratildeo vendidos poreacutem natildeo possuem o mesmo valor

agregado dos que vatildeo ser ofertados Foi possiacutevel identificar que alguns concorrentes

oferecem somente os doces finos dos quais foram identificados mais 3 concorrentes

reais e 3 concorrentes potenciais E foi detectado que existem concorrentes que

fornecem apenas os bolos artiacutesticos dos quais foi identificado 4 concorrentes reais

todos fornecem os bolos com o mesmo niacutevel de qualidade que seratildeo fornecidos

A tabela 3 mostra a divisatildeo dos concorrentes reais e potenciais que fornecem

bolos e doces por bairro de Curitiba

39

TABELA 3 - CONCORRENTES QUE FORNECEM BOLOS E DOCES POR BAIRRO

Bairro Quantidade de Concorrentes Reais

Quantidade de Concorrentes Potenciais

Aacutegua Verde 4 1

Ahuacute 1

Bairro Alto 2 1

Barreirinha 1

Barreirinha 1

Bom Retiro 1

Campo Comprido 1

Campo Comprido 1

Cidade Industrial 1

Colombo 1

Fazenda Rio Grande 1

Hauer 1

Hugo Lange 1

Mercecircs 1

Novo Mundo 2 1

Novo Mundo 1

Portatildeo 1

Portatildeo 1

Santa Cacircndida 1

Santa Felicidade 1 1

Santo Inaacutecio 1 1

Satildeo Joseacute dos Pinhais 1

Seminaacuterio 1

Sitio Cercado 1

Tarumatilde 1

Vila Izabel 1

Natildeo Informado 1 2

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

418 Forma de divulgaccedilatildeo dos concorrentes

Todas as empresas pesquisadas que fornecem produtos similares aos que

vamos fornecer utilizam sites proacuteprios e as redes sociais para fazer divulgaccedilatildeo dos

seus produtos todas fazem degustaccedilatildeo para os clientes conhecerem os seus

produtos e posteriormente fechar um contrato

40

42 TAMANHO DO NEGOacuteCIO

421 Capacidade produtiva

A capacidade produtiva vai ser para atender ateacute 4 eventos por semana A

produccedilatildeo vai ser de ateacute 5600 doces (doces finos gourmet e bem casados) e 4 bolos

atendendo ateacute 4 eventos por final de semana e ateacute 16 eventos por mecircs sendo que

nos meses de setembro a dezembro essa demanda aumenta pelo motivo de

historicamente ter um nuacutemero maior de casamentos

422 Investimento

Um dos pontos mais relevantes para abertura de uma empresa eacute a

determinaccedilatildeo do capital miacutenimo para dar iniacutecio nas atividades e principalmente como

obter este capital ldquoEacute com o capital inicial que a empresa tem condiccedilotildees de reunir os

recursos empresariais necessaacuterios ao seu funcionamento sejam eles recursos

humanos materiais ou financeirosrdquo A determinaccedilatildeo do capital eacute o que estabelece a

quantidade de recursos empresariais que a empresa tem disponiacutevel Indiscutivelmente

quanto maior for o volume de recursos empresariais mais faacutecil se torna o desempenho

da empresa Quando todos os recursos necessaacuterios para seu funcionamento estatildeo agrave

disposiccedilatildeo a administraccedilatildeo do empreendimento fica mais simples (CHIAVENATO

2007 p84)

Cabe acrescentar que (LAPPONI 2007 p 321)

O custo inicial refere-se aos desembolsos realizados para aquisiccedilatildeo de equipamentos ou outros ativos fixos incluindo o pagamento de fretes seguros instalaccedilotildees despesas operacionais iniciais com materiais e matildeo de obra treinamento de pessoal de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo etc resumindo o custo inicial inclui todos os desembolsos necessaacuterios para adquirir os ativos necessaacuterios e que estejam em condiccedilotildees de operar e gerar as receitas estimadas

41

O empreendimento iniciaraacute suas atividades com capital investido com

recursos proacuteprios da empreendedora

As estimativas de investimento inicial para abertura da empresa foi de

R$5162851 conforme tabela 4

TABELA 4 - INVESTIMENTO INICIAL

Descriccedilatildeo Valor (R$)

Maacutequinas e equipamentos Cozinha R$ 3084878

Utensiacutelios R$ 555075

Moacuteveis para escritoacuterio R$ 268982

Equipamentos de informaacutetica e eletrocircnicos R$ 446204

Outros custos escritoacuterio R$ 48912

Uniformes R$ 155800

Pintura Imoacutevel R$ 500000

Porta de Vidro R$ 103000

Total R$ 5162851

FONTE ELABORADO PELO AUTOR (2015)

423 Localizaccedilatildeo

Seraacute locado um imoacutevel para a instalaccedilatildeo da empresa localizado na Rua Heitor

Baggio Vidal 2508 Bairro Alto Curitiba ndash PR com o valor do aluguel mensal de

R$160000 (mil e seiscentos reais) O espaccedilo interno de 95msup2 seraacute dividido em trecircs

partes a primeira com 20msup2 vai ficar a recepccedilatildeo para receber os clientes efetuar

orccedilamentos e as degustaccedilotildees a segunda com 71msup2 a cozinha industrial onde seratildeo

fabricados os bolos e doces finos e a terceira com 4msup2 o lavabo

42

FOTO14 - FOTO DO IMOacuteVEL ONDE SERAacute INSTALADA A EMPRESA FONTE MP IMOacuteVEIS

424 Entregas

As entregas dos bolos e doces finos seratildeo efetuadas por uma empresa

parceira localizada no Bairro Alto o preccedilo das entregas em Curitiba e regiatildeo

metropolitana variam de R$2400 (vinte e quatro reais) a R$6000 (sessenta reais)

dependendo da localizaccedilatildeo tais valores seratildeo cobrados dos clientes

43 CAPITAL DE GIRO

O capital de giro inicial foi estimado levando em conta que no primeiro ano a

empresa vai produzir 8333 da sua capacidade atendendo em meacutedia 13 ventos

mensalmente sendo assim foram considerados os gastos operacionais necessaacuterios

para o iniacutecio das atividades incluindo o custo fixo mensal e o estoque inicial ambos

multiplicados por 2 e acrescidos de um percentual de 10 de margem de seguranccedila

para despesas natildeo previstas

43

TABELA 5 - CAPITAL DE GIRO

Item Valor (R$)

Estoque Inicial 5144000

Custo Fixo Mensal 3194783

Reserva (10) 833878

Total do Capital de Giro Inicial 9172662

FONTE ELABORDO PELO AUTOR

44 FLUXO DE CAIXA

ldquoFluxo de Caixa eacute um Instrumento de gestatildeo financeira que projeta para

periacuteodos futuros todas as entradas e as saiacutedas de recursos financeiros da empresa

indicando como seraacute o saldo de caixa para o periacuteodo projetadordquo (SEBRAE)

Na tabela 6 eacute apresentada a projeccedilatildeo do Fluxo de Caixa da empresa para os

seus primeiros cinco anos onde fica evidenciado que do primeiro ateacute o quinto ano a

sauacutede financeira da empresa melhora gradativamente sendo que no final do quinto

ano o saldo em caixa ultrapassa os 300 se comparado com o saldo em caixa no

final do primeiro ano

Pode-se observar que natildeo foi inserida no fluxo de caixa a opccedilatildeo de

inadimplecircncia pois todos os pagamentos seratildeo efetuados agrave vista em dinheiro ou

cartatildeo sendo que o pagamento total dos produtos deve ser efetuado no miacutenimo 10

dias antes da data do evento

44

TABELA 6 - PROJECcedilAtildeO DE FLUXO DE CAIXA NOS PRIMEIROS CINCO ANOS

Descriccedilatildeo Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

Investimento Inicial (5162851)

Capital de Giro (9172662) 9172662

Valor Residual 1548855

Total de entradas 000 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873

Previsatildeo Receitas de vendas 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873

Total de Saiacutedas (14335513) (44888699) (54283425) (59479393) (64738409) (70291804)

(-)Fornecedores (25720000) (33641760) (36669518) (39969775) (43567055)

(-)Folha de pagamento (3267192) (3593911) (3953302) (4348633) (4783496)

(-)Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)

(963216) (1011377) (1061946) (1115043) (1170795)

(-)Retiradas soacutecios (2400000) (2640000) (3432000) (3946800) (4341480)

(-)Impostos s vendas (4654291) (5073177) (5573767) (6075406) (6622192)

(-)Alugueacuteis (1920000) (2016000) (2116800) (2222640) (2333772)

(-)Energia eleacutetrica (840000) (882000) (926100) (972405) (1021025)

(-)Aacutegua (300000) (315000) (330750) (347288) (364652)

(-)Telefone (384000) (403200) (423360) (444528) (466754)

(-)Gaacutes (588000) (617400) (648270) (680684) (714718)

(-)Serviccedilos contabilidade (960000) (1008000) (1058400) (1111320) (1166886)

(-)Manutenccedilatildeo (600000) (630000) (661500) (694575) (729304)

(-)Outras despesas com funcionaacuterios

(1296000) (1405800) (1525590) (1656320) (1799030)

(-)Taxas bancaacuterias (96000) (100800) (105840) (111132) (116689)

(-)Outros pagamentos (900000) (945000) (992250) (1041863) (1093956)

Entradas - Saiacutedas (14335513) 12981301 21410535 23027023 25193585 27734070

Depreciaccedilatildeo 000 (631377) (631377) (631377) (631377) (631377)

Saldo Final (14335513) 12349924 20779158 22395647 24562208 37824209

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

A depreciaccedilatildeo foi calculada considerando o prazo de vida uacutetil meacutedio de 10

anos das maacutequinas equipamentos instalaccedilotildees moacuteveis e utensiacutelios e para os

computadores e perifeacutericos foi considerado o prazo de vida uacutetil de 5 anos conforme

demonstrado na tabela 7

TABELA 7 - DEPRECIACcedilAtildeO

Item Valor Inicial Taxa Anual Depreciaccedilatildeo Anual (R$)

Maacutequinas e equipamentos 3084878 10 308488

Instalaccedilotildees 103000 10 10300

Moacuteveis e Utensiacutelios 824057 10 82406

Computadores e Perifeacutericos 446204 20 89241

Outros 704712 20 140942

Total 631377

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

45

O valor residual dos equipamentos e instalaccedilotildees da empresa no final do quinto

ano foi considerado em 30 referente ao valor de aquisiccedilatildeo dos mesmos no iniacutecio do

projeto

45 ANAacuteLISE DOS INDICADORES (VPL TIR E PAYBACK)

451 Valor Presente Liacutequido (VPL)

A tabela 8 mostra que o VPL (Valor Presente Liacutequido) eacute positivo isso significa

que aleacutem de recuperar o investimento inicial ainda vai ser agregado ao valor da

empresa um montante de R$ R$50392407 (quinhentos e trecircs mil novecentos e vinte

quatro reais e sete centavos)

A taxa de retorno requerida de 20 foi determinada levando em conta o niacutevel

de risco do projeto e visando o valor desejado para se obter em cima do valor

investido

TABELA 8 - CALCULO DO VALOR PRESENTE LIacuteQUIDO (VPL)

Anos FC k 2000

0 -$143355 VPL $50392407

1 $123499 VPL $50392407

2 $207792 VPL $50392407

3 $223956 VPL $21761126

4 $245622 VPL $21761126

5 $378242 Decisatildeo Aceitar o Projeto

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

452 Taxa Interna de Retorno (TIR)

Conforme a tabela 9 eacute possiacutevel verificar que a TIR (Taxa Interna de Retorno)

eacute de 11593 maior que a taxa requerida de 20 isso significa que custo inicial seraacute

46

recuperado e o projeto vai criar valor para empresa mais um resultado favoraacutevel para

a aceitaccedilatildeo do projeto

TABELA 9 - TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR)

Anos FC

0 -$143355 TIR 11593

1 $123499 TIR 2168

2 $207792 TIR 2168

3 $223956 Decisatildeo

4 $245622 k 2000

5 $378242 Aceitar o projeto

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

453 Payback

O tempo de recuperaccedilatildeo do custo inicial ocorre normalmente entre o quarto e

o quinto ano se for feita a anaacutelise da tabela 10 eacute possiacutevel verificar que o tempo

necessaacuterio para o retorno do investimento (payback) do projeto eacute de 128 anos este

indicador mostra claramente que o projeto deve ser aceito pois o tempo de retorno

estaacute bem abaixo do tempo meacutedio dos empreendimentos como um todo

TABELA 10 - PAYBACK

k 20

Anos FC SPresente

0 -$143355 -$143355 PBD-SP = 128

1 $123499 -$40439 128

2 $207792 $103861

3 $223956 $233465

4 $245622 $351917

5 $378242 $503924

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

47

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Para iniciar um negoacutecio requer muito mais do que apenas o espiacuterito

empreendedor eacute necessaacuterio ter lideranccedila conhecimento sobre o mercado que deseja

atuar organizaccedilatildeo e principalmente planejamento

O principal objetivo desse estudo foi analisar a viabilidade econocircmico-

financeira da abertura de uma empresa de bolos e doces finos no Bairro Alto em

Curitiba

O objetivo apresentado nesta pesquisa foi atingido pois todos os indicadores

analisados mostram com clareza que empresa obteacutem resultados positivos que criam

valor para a mesma e com isso o projeto eacute viaacutevel economicamente pois do primeiro

ao quinto ano fica visiacutevel o crescimento do empreendimento e a melhora significativa

da sua sauacutede financeira isso fica evidenciado no saldo final em caixa no quinto ano

que chega proacuteximo haacute 400 mil reais Apesar disso eacute crucial o acompanhamento do

mercado para seguir as tendecircncias e se atualizar constantemente para tomar

decisotildees mais assertivas

Um negoacutecio mal avaliado pode arruinar a estabilidade econocircmica do

investidor por isso eacute de extrema importacircncia fazer todos os levantamentos de custos

antes de se aventurar em qualquer empreendimento

Eacute possiacutevel comprovar que a pesquisa realizada contribui positivamente para

abertura da empresa No entanto as informaccedilotildees aqui presentes natildeo satildeo estaacuteticas e

devem ser revisadas periodicamente e se preciso ateacute mesmo ampliadas no decorrer

da implantaccedilatildeo do projeto para que o mesmo seja uma ferramenta eficiente e eficaz

no desenvolvimento da empresa como um todo

48

REFEREcircNCIAS

BRITO Paulo Anaacutelise e viabilidade de projetos de investimento Satildeo Paulo Atlas 2003 DOLABELA Fernando O segredo de Luiacutesa 30 ed Satildeo Paulo Editora de Cultura 2006 DORNELAS Joseacute Carlos Assis Empreendedorismo transformando ideias em negoacutecios 4 ed Rio de Janeiro Campus Elsevier 2012 CENSO Demograacutefico 2010 Resultados gerais da amostra Curitiba IBGE 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=410690ampidtema=87ampsearch=parana|curitiba|censo-demografico-2010-resultados-gerais-da-amostra-gt Acesso em 21 de Junho de 2015 CHIAVENATO Idalberto Empreendedorismo dando asas ao espiacuterito empreendedor empreendedorismo e a viabilidade de novas empresas um guia eficiente para iniciar e tocar seu proacuteprio negoacutecio 2 ed Satildeo Paulo Saraiva 2007 ESTATIacuteSTICAS do registro civil 2012 Curitiba IBGE 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaoregistrocivil2012default_xlsshtmgt Acesso em 21 de Junho de 2015 GIL Antonio Carlos Meacutetodos e teacutecnicas de pesquisa social 6 ed Satildeo Paulo Atlas 2008 KOTLER Philip KELLER Kevin Lane Administraccedilatildeo de Marketing 12 ed Satildeo Paulo ABDR 2006 LAPPONI Juan Carlos Projetos de Investimento na Empresa Rio de Janeiro Elsevier 2007 MACHADO Jesseacute Anderson Pinto Projetos Econocircmicos uma abordagem praacutetica de elaboraccedilatildeo Satildeo Paulo Nobel 2002 MICHEL Maria Helena Metodologia e pesquisa cientiacutefica em ciecircncias sociais 2 ed Satildeo Paulo Atlas 2009 OLIVEIRA Djalma de Pinho Rebouccedilas de Planejamento estrateacutegico conceitos metodologia e praacuteticas 20 ed Satildeo Paulo Atlas 2004 PRODANOV Cleber Cristiano ERNANI Cesar de Freitas Metodologia do trabalho cientiacutefico meacutetodo e teacutecnicas da pesquisa e do trabalho acadecircmico 2 ed Novo Hamburgo Freevale 2013

49

REBELATTO Dayse Projeto de Investimento 1 ed Barueri Manole 2004 SEBRAE Pesquisa de Mercado o que eacute e para que serve Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrsitesPortalSebraeartigosPesquisa-de-mercado-o-que-C3A9-e-para-que-servegt Acesso em 21 de Junho de 2015 SEBRAE Fluxo de caixa Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrSebraePortal20SebraeAnexos0_fluxo-de-caixapdfgt Acesso em 10 de Outubro de 2015 WILDAUER Egon Walter Plano de negoacutecios elementos construtivos e processos de elaboraccedilatildeo 2 ed Curitiba Ibpex 2011 WOILER Samsatildeo MATHIAS Washington Franco Projetos planejamento elaboraccedilatildeo anaacutelise 1 ed Satildeo Paulo Atlas 1994

50

APEcircNDICES

APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL 51

APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS 52

APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL 52

51

APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL

Item Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

Aacutegua 25000 26250 27563 28941 30388

Aluguel 160000 168000 176400 185220 194481

Assessoria Contaacutebil 80000 84000 88200 92610 97241

Gaacutes 49000 51450 54023 56724 59560

Impostos 387858 422765 464481 506284 551849

Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)

80268 84281 88495 92920 97566

Energia eleacutetrica 70000 73500 77175 81034 85085

Manutenccedilatildeo 50000 52500 55125 57881 60775

Material de escritoacuterio 20000 21000 22050 23153 24310

Material de Limpeza 40000 42000 44100 46305 48620

Folha de pagamento 272266 299493 329442 362386 398625

Seguros 15000 15750 16538 17364 18233

Telefone fixointernet 20000 21000 22050 23153 24310

Telefone Moacutevel 12000 12600 13230 13892 14586

Vale Refeiccedilatildeo 75000 82500 90750 99825 109808

Vale Transporte 33000 34650 36383 38202 40112

Proacute- labore 200000 220000 286000 328900 361790

Taxas Bancaacuterias 8000 8400 8820 9261 9724

Total R$ 1597392 R$ 1720139 R$ 1900823 R$ 2064053 R$ 2227062

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

52

APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS

Item

Produccedilatildeo mensal meacutedia

Custo unitaacuterio total

Sugestatildeo Preccedilo de venda

Custo Mensal Total

Receita de vendas

Bolos artiacutesticos (recheios diversos) 150 6000 13500 900000 2025000

Bolos de copa (recheios diversos) 30 3600 8100 108000 243000

Naked cake (recheios diversos) 60 4200 9450 252000 567000

Doces Tradicionais 32 3500 7875 112000 252000

Doces Espelhados 32 5000 11250 160000 360000

Doces Finos 32 7500 16875 240000 540000

Brigadeiros gourmet 16 4500 10125 72000 162000

Tacinhas acriacutelicas 16 5500 12375 88000 198000

Trufas 32 5000 11250 160000 360000

Bombons 32 5000 11250 160000 360000

Bem casados 3200 100 225 320000 720000

Custo produccedilatildeo Total 2572000

Receita Total 5787000

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL

Ano Receita Bruta Variaccedilatildeo anual

Ano 1 000

Ano 2 69444000 9

Ano 3 75693960 9

Ano 4 82506416 9

Ano 5 89931994 9

Valor considerando a inflaccedilatildeo de 9 aa

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

24

232 Valor Presente Liacutequido (VPL)

ldquoO Valor presente liacutequido (VPL) ou valor atual liacutequido (VAL) eacute o valor atual das

entradas de caixa (retornos de capital esperados) incluindo o valor residual (se

houver) menos o valor atual das saiacutedas de caixardquo (REBELATTO 2004 p 214)

A foacutermula para chegar ao VPL eacute (LAPPONI 2007 p 125)

119881119875119871 = minus119868 +119865119862

(1 + 119870)119899

Onde

I= custo inicial ou desembolso inicial

FC= fluxo de caixa

K= taxa requerida

n= prazo de anaacutelise

Rebelatto (2004 p214) afirma que os paracircmetros para que o projeto seja

aceito se refere ao valor presente liacutequido (VPL)

VPLgt0 o projeto eacute aceito

VPLlt0 o projeto eacute rejeitado

VPL=0 o projeto pode ser aceito ou natildeo pois natildeo cria e nem destroacutei

valor para empresa

Para Lapponi (2007 p 134-135) as principais vantagens do VPL satildeo

Considera o fluxo de caixa do projeto na sua totalidade

Considera o valor monetaacuterio (dinheiro) no tempo

Tem a capacidade de medir o valor criado ou destruiacutedo pelo projeto

Pode ser utilizado na avaliaccedilatildeo do projeto independentemente do tipo de

fluxo de caixa utilizado

Seleciona o projeto mais viaacutevel economicamente

25

233 Taxa Interna de Retorno (TIR)

ldquoTaxa Interna de Retorno (TIR) eacute a taxa de desconto que torna o valor atual

liacutequido (VAL) do investimento igual a zero Tambeacutem eacute chamada de taxa interna efetiva

de rentabilidaderdquo (REBELATTO 2004 p 217)

No projeto do tipo simples com o aumento da taxa requerida o VPL do projeto tende ao valor do custo inicial pois o VPL eacute uma funccedilatildeo decrescente da taxa requerida Portanto a decisatildeo com o meacutetodo TIR somente deve ser feita em projetos simples que garantem a existecircncia de uma uacutenica TIRgt -100 Nos outros tipos de fluxo de caixa em geral o meacutetodo da TIR natildeo deve ser utilizado pois haacute a possibilidade de muacuteltiplas TIRs Sendo a TIR a taxa de juro que zera o VPL do projeto simples para qualquer taxa requerida K menor que a TIR o VPL seraacute positivo e para qualquer taxa requerida K maior que a TIR o VPL seraacute negativo (LAPPONI 2007 p 175-176)

Rebelatto (2004 p 217) complementa afirmando que a TIR eacute um meacutetodo

aprimorado de anaacutelise de investimento sendo possivelmente uma das mais usadas

para avaliar projetos econocircmicos A TIR deve ser comparada com a taxa miacutenima de

atratividade (TMA) para analisar se o projeto seraacute aceito ou natildeo

Sendo assim Lapponi (2007 p 176) considera que

Se TIR gt TMA o projeto deve ser aceito pois eacute economicamente viaacutevel

Se TIR lt TMA o projeto deve ser recusado pois eacute economicamente

inviaacutevel

Se TIR = TMA eacute indiferente investir no projeto pois o mesmo natildeo criaraacute

e nem destruiraacute valor da empresa

ldquoA grande vantagem da TIR como indicador de decisatildeo eacute que prescinde de

informaccedilotildees externas ao projeto Tudo que o analista necessita eacute conhecer o perfil do

projeto e alguma ideia de magnitude da taxa de jurosrdquo (MACHADO 2002 p 127)

26

234 Periacuteodo de retorno de investimento (Payback)

ldquoO payback eacute o periacuteodo de tempo em que ocorre o retorno do investimento

Calculado no fluxo de caixa de vida uacutetil de dez anos o payback apresenta-se de vaacuterias

maneiras para cada tipo de empresardquo (BRITO 2003 p 51)

Uma empresa pode nomear o payback como um dos paracircmetros para escolha

de um projeto a fim de minimizar seus riscos Mesmo sendo esse um meacutetodo faacutecil e

simples na praacutetica eacute um dos mais utilizados para efetuar a mediccedilatildeo econocircmica de um

projeto (REBELATTO 2004 p 230)

Segundo Rebelatto (2004 p 231) a foacutermula baacutesica que demonstra o caacutelculo

do payback em fluxos de caixas regulares eacute

PB =I0

FC

Onde

PB= Payback

I0= Investimento inicial

FC= Fluxo de caixa regular

Para executar o meacutetodo payback eacute crucial estabelecer o tempo maacuteximo de

toleracircncia TMT para resgatar o custo inicial ldquoPara decidir se o projeto deve ser aceito

o payback deve ser comparado com o valor de referecircncia TMT de forma querdquo

(LAPPONI 2007 p 245)

Se PB lt TMT o projeto deve ser aceito

Se PB gt TMT o projeto deve ser recusado

A principal vantagem para utilizaccedilatildeo do meacutetodo payback eacute que ele reflete a

liquidez do projeto e por consequecircncia eacute possiacutevel efetuar a avaliaccedilatildeo do risco de natildeo

recuperar o investimento (REBELATTO 2004 p 230)

27

3 METODOLOGIA

Este capiacutetulo tem por objetivo descrever os procedimentos e teacutecnicas

utilizados na pesquisa considerando o problema e aos objetivos gerais e especiacuteficos

Para a execuccedilatildeo da revisatildeo bibliograacutefica realizada neste estudo foi utilizado

livros de especialistas na aacuterea os principais temas abordados foram o

empreendedorismo que eacute um assunto chave quando surge uma ideia para um novo

negoacutecio plano de negoacutecios que eacute um elemento fundamental para o sucesso ou

fracasso de um empreendimento e a viabilidade econocircmico-financeira tema

fundamental visto que o objetivo geral da pesquisa eacute mensurar se a mesma eacute viaacutevel

ou natildeo economicamente

Foi elaborada uma anaacutelise de mercado que estaacute disponiacutevel no item 41 deste

estudo atraveacutes da mesma foi identificado que os principais clientes satildeo das classes

A e B de Curitiba regiatildeo metropolitana no item 42 foi efetuado um levantamento do

tamanho do negoacutecio onde foi definida a capacidade produtiva o investimento inicial e

a localizaccedilatildeo do empreendimento no item 44foi elaborado o fluxo de caixa que

demonstra as previsotildees financeiras do periacuteodo de 5 anos o meacutetodo utilizado para

elaborar a pesquisa foi um estudo de caso de natureza exploratoacuteria quantitativa e

anaacutelise documental

O estudo de caso eacute evidenciado por um estudo minucioso e cansativo de um

ou poucos objetivos desta forma propicia um vasto e detalhado conhecimento sobre

o assunto uma missatildeo praticamente impossiacutevel mediante as outras maneiras de

delineamentos consideradas (GIL 2008 p 57-58)

Prodanov e Freitas (2013 p60) afirmam que o estudo de caso consiste em

recolher e analisar dados sobre determinado indiviacuteduo famiacutelia grupo ou comunidade

com a finalidade de estudar diferentes aspectos das suas vidas conforme o assunto

da pesquisa

Jaacute as pesquisas exploratoacuterias satildeo definidas por Gil (2008 p 27) como as que

Tecircm como principal finalidade desenvolver esclarecer e modificar conceitos e ideias tendo em vista a formulaccedilatildeo de problemas mais precisos ou hipoacuteteses pesquisaacuteveis para estudos posteriores De todos os tipos de pesquisa estas satildeo as que apresentam menor rigidez no planejamento Habitualmente envolvem levantamento bibliograacutefico e documental entrevistas natildeo padronizadas e estudos de caso

28

A pesquisa quantitativa ldquoconsidera que tudo pode ser quantificaacutevel o que

significa traduzir em nuacutemeros opiniotildees e informaccedilotildees para classificaacute-las e analisaacute-lasrdquo

Eacute necessaacuteria a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas estatiacutesticas tais como porcentagem meacutedia

moda desvio-padratildeo coeficiente de correlaccedilatildeo etc (PRODANOV FREITAS 2013

p 69)

Muitos dados que satildeo utilizados em pesquisas satildeo adquiridos indiretamente

por meio de documentosrdquo como livros jornais papeacuteis oficiais registros estatiacutesticos

fotos discos filmes e viacutedeos que satildeo obtidos de maneira indiretardquo Essas fontes

documentais tecircm a capacidade de disponibilizar ao pesquisador um grande nuacutemero

de informaccedilotildees com bastante qualidade para evitar a perda de tempo (GIL 2008 p

147)

Este modelo de pesquisa foi utilizado para definir os principais clientes quais

os produtos que seratildeo vendidos a capacidade produtiva assim como a viabilidade

econocircmico-financeira e operacional do negoacutecio

29

4 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES

41 ANAacuteLISE DE MERCADO

Woiler e Mathias (1994 p41) e Rebelatto (2004 p01) afirmam que a anaacutelise

de mercado eacute um dos pontos mais relevantes para elaboraccedilatildeo de um projeto Atraveacutes

do estudo do mercado obtemos muitas informaccedilotildees tais como

Fazendo a comparaccedilatildeo entre demanda e a oferta encontramos a

possiacutevel escassez da demanda futura Esse resultado proporcionaraacute

informaccedilotildees para que seja definida a escala de produccedilatildeo do projeto

A regiatildeo geograacutefica em que o produto pode ser vendido eacute um dos pontos

mais significativos para que seja definida a localizaccedilatildeo do empreendimento

O preccedilo de venda os custos de comercializaccedilatildeo e os estoques nos

canais de comercializaccedilatildeo satildeo informaccedilotildees relevantes para que seja

elaborada a projeccedilatildeo do projeto

Vale salientar que esses satildeo apenas alguns elementos importantes que eacute

possiacutevel identificar na anaacutelise de mercado existe muitos outros dados que satildeo obtidos

com a mesma

411 Mercado consumidor

ldquoTodas as decisotildees relacionadas a novos empreendimentos contecircm certo

grau de incerteza tanto no que diz respeito agrave informaccedilatildeo na qual as decisotildees estatildeo

baseadas como no que diz respeito agraves suas consequecircnciasrdquo (SEBRAE)

Chiavenato acredita que os clientes tecircm a capacidade de alavancar ou

derrubar um empreendimento ldquoUm cliente pode ser uma organizaccedilatildeo uma empresa

um usuaacuterio dos produtosserviccedilos ou um consumidor finalrdquo Eacute quem adquiri os

produtosserviccedilos ofertados pela organizaccedilatildeo no final da cadeia de transaccedilotildees Eacute ele

que estabelece direta ou indiretamente se o empreendimento teraacute ecircxito ou natildeo Por

30

isso o cliente deve ser considerado como o principal patrimocircnio da empresa (2007

p 207)

Segundo dados do censo 2010 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e

estatiacutestica) dos 576190 (quinhentos e setenta e seis mil cento e noventa) domiciacutelios

de Curitiba 292965 (duzentos e noventa e dois mil novecentos e sessenta e cinco)

possuem renda de mais de 5 a mais de 20 salaacuterios miacutenimos sendo assim cerca de

5085 dos domiciacutelios curitibanos estatildeo enquadrados nas classes A e B Ainda

segundo o IBGE cerca de 137922 (cento e trinta e sete mil novecentos e vinte e dois)

domiciacutelios curitibanos tecircm renda de mais de 10 salaacuterios miacutenimos o que representa

uma meacutedia de 24 dos domiciacutelios de Curitiba

Mais de 249000 (duzentos e quarenta e nove mil) pessoas que residem em

Curitiba cerca de 1423 da populaccedilatildeo tem rendimento mensal de mais de 5 salaacuterios

miacutenimos conforme Tabela 1

TABELA 1 - RESULTADOS DA AMOSTRA - RENDIMENTO POR PESSOA EM CURITIBA

Quantidade de pessoas Salaacuterios miacutenimos

153011 Mais de 5 a 10 salaacuterios miacutenimos

38692 Mais de 10 a 15 salaacuterios miacutenimos

25427 Mais de 15 a 20 salaacuterios miacutenimos

18264 Mais de 20 a 30 salaacuterios miacutenimos

13791 Mais de 30 salaacuterios miacutenimos

FONTE IBGE - CENSO DEMOGRAacuteFICO 2010

Curitiba possui uma populaccedilatildeo de mais de 1750000 (um milhatildeo setecentos

e cinquenta mil habitantes) segundo censo IBGE 2010 sendo que 932000

(novecentos e trinta e dois mil) pessoas com o estado civil de solteiro viuacutevo

divorciado separado judicialmentedesquitado isso mostra que tem muitas pessoas

que podem fazer festas de casamento e necessitar dos produtos que seratildeo ofertados

tais como bolos artiacutesticos doces finos e bem casados

Segundo as estatiacutesticas do registro civil do IBGE ocorreram em Curitiba e

regiatildeo metropolitana no ano 2012 exatamente 18877 (dezoito mil oitocentos e setenta

e sete) casamentos sendo que nos meses de setembro a dezembro foi onde ocorreu

um maior nuacutemero um total de 7828 (sete mil oitocentos e vinte e oito) casamentos o

que representa um total de 4147 dos casamentos ocorrem nesses quatro meses

do ano

31

TABELA 2 - CASAMENTOS POR MEcircS DE REGISTRO SEGUNDO O LUGAR DO REGISTRO ndash 2012

Lugar do registro

Casamentos por mecircs do registro

Total de

registros Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

RM Curitiba 18877 1466 1250 1572 1282 1403 1533 1248 1255 1735 1753 2118 2262

Curitiba 10351 848 692 857 692 724 872 658 658 971 968 1237 1174

FONTE IBGE DIRETORIA DE PESQUISAS COORDENACcedilAtildeO DE POPULACcedilAtildeO E INDICADORES SOCIAIS ESTATIacuteSTICAS DO REGISTRO CIVIL 2012

Nessa perspectiva foi definido que o mercado que a empresa de bolos e doces

finos vai atuar eacute de Curitiba e regiatildeo metropolitana com foco nas pessoas das classes

A e B com estado civil solteiro divorciado separado judicialmentedesquitado e viuacutevo

412 Produtos que seratildeo vendidos

ldquoNo coraccedilatildeo de uma grande marca haacute um grande produto O produto-chave

na oferta ao mercado Liacutederes de mercado geralmente oferecem produtos e serviccedilos

de qualidade superiorrdquo (KOTLER KELLER 2006 p 366)

Os principais produtos fornecidos seratildeo

Bolos artiacutesticos

FOTO1 - BOLO ARTIacuteSTICO FONTE WANDA CARDOSO - BOLOS ARTIacuteSTICOS amp DOCES

32

Bolos de copa

FOTO2 - BOLO DE COPA FONTE ELABORADO PELO AUTOR

FOTO3 - BOLO DE COPA FONTE ELABORADO PELO AUTOR

Naked cake

FOTO4 - NAKED CAKE FONTE DOCES PENEacuteLOPE

33

Doces Tradicionais

FOTO5 - DOCES TRADICIONAIS FONTE ELABORADO PELO AUTOR

Doces Espelhados

FOTO6 - DOCES ESPELHADOS FONTE PRONTO SOCORRO DAS FESTAS

Doces Finos

FOTO 7 - DOCES FINOS FONTE COMPRANDO MEU APE

34

Brigadeiros gourmet

FOTO8 - BRIGADEIROS GOURMET FONTE ELABORADO PELO AUTOR

Tacinhas acriacutelicas

FOTO9 - TACINHAS ACRIacuteLICAS FONTE BUFFET DELIacuteCIAS DA VI

Trufas

FOTO 10 - TRUFAS FONTE FOGAtildeO DA VOVOacute

35

Bombons

FOTO11 - BOMBONS FONTE DALVA GOLDEN GATE

Bem casados

FOTO12 - BEM CASADOS FONTE CASAMENTO SEM ERRO

FOTO13 - BEM CASADOS FONTE CASAMENTO SEM ERRO

36

413 Preccedilo de venda

A definiccedilatildeo do preccedilo dos produtos eacute uma das decisotildees mais relevantes da

organizaccedilatildeo que deve levar em conta a forma como a empresa deseja se posicionar

no mercado os custos a concorrecircncia e a rentabilidade almejada

O preccedilo eacute um dos elementos mais versaacuteteis pode ser modificado rapidamente

ao contraacuterio das propriedades dos produtos dos contratos com canais de distribuiccedilatildeo

e ateacute mesmo das promoccedilotildees O Preccedilo tem tambeacutem a tarefa de mostrar ao mercado o

posicionamento de valor desejado pela empresa para o seu produto ou marca

(KOTLER KELLER 2006 p 428)

A consolidaccedilatildeo dos preccedilos dos produtos seraacute elaborada levando em conta os

custos para se obter os produtos com a qualidade requinte e sofisticaccedilatildeo desejada

com a margem de lucro esperada e se baseando nos preccedilos praticados pela

concorrecircncia

414 Previsatildeo de vendas

Para Chiavenato (2007 p 2013)

A previsatildeo de vendas representa a quantidade de produtosserviccedilos que a empresa pretende vender ou colocar no mercado durante um determinado periacuteodo geralmente um mecircs ou um ano dividido em meses Constitui portanto uma estimativa ou uma expectativa de vendas Pode ser feita em unidades fiacutesicas ou em valores monetaacuterios

A produccedilatildeo vai ser em meacutedia de 5600 doces (doces finos gourmet e bem

casados) e 4 bolos procurando atender em meacutedia 4 eventos por semana e ateacute 16

eventos por mecircs sendo que nos meses de setembro a dezembro essa demanda

aumenta pelo motivo de historicamente ter um nuacutemero maior de casamentos

37

415 Definiccedilatildeo de local de venda dos produtos

ldquoA venda eacute a fase fundamental do processo de vendas Consiste na

transferecircncia do produtoserviccedilo para o cliente ou consumidorrdquo (CHIAVENATO 2007

p 210)

As vendas vatildeo ocorrer atraveacutes de site proacuteprio redes sociais telefone e

pessoalmente natildeo teremos loja fiacutesica apenas um ateliecirc para confecccedilatildeo dos bolos e

doces onde vai conter uma sala anexa na qual vai ser oferecido o serviccedilo de

degustaccedilatildeo com horaacuterios marcados para assim o cliente decidir quais os produtos

seratildeo adquiridos para o seu evento e fechamento de contrato

416 Definiccedilatildeo da demanda e da oferta

Na maior parte das encomendas os clientes solicitam os doces finos e

gourmet que contecircm chocolates frutas oleaginosas tais como castanhas nozes

avelatildes amecircndoas frutas como framboesa morango damasco cerejas e os bem

casados Os bolos mais solicitados satildeo os com decoraccedilatildeo de pasta americana que

deve obrigatoriamente ter recheios mais firmes como ganaches fios de ovos

strogonoff de nozes e os naked cake (bolo pelado) que possuem mais opccedilotildees de

recheios com chocolates frutas diversas e cremes de pacirctisserie

Em contato com algumas empresas que fornecem o mesmo tipo de produto

foi possiacutevel verificar que as encomendas devem ser feitas com antecedecircncia miacutenima

de 6 meses sendo que alguns casos somente com um ano de antecedecircncia para

conseguir na data desejada Esse eacute um dos pontos que mostra que tem espaccedilo

suficiente para entrada nesse mercado

38

417 Concorrentes

Chiavenato (2007 p 33) Kotler e Keller (2006 p 340) afirmam que os

concorrentes satildeo as organizaccedilotildees que competem pelos mesmos fornecedores

clientes e consumidores

ldquoAgrave medida que seus produtosserviccedilos tornam-se mais heterogecircneos tanto

mais heterogecircneos e diferenciados seratildeo seus concorrentes e tanto mais complexa

seraacute a competitividaderdquo (CHIAVENATO 2007 p 33)

Em busca na internet foi possiacutevel identificar que atualmente existe em meacutedia

25 concorrentes reais que oferecem exatamente os mesmos produtos que seratildeo

fornecidos com o mesmo padratildeo de qualidade valor agregado requinte e

sofisticaccedilatildeo Tambeacutem foi detectado mais 14 concorrentes potenciais que vendem

produtos similares aos que seratildeo vendidos poreacutem natildeo possuem o mesmo valor

agregado dos que vatildeo ser ofertados Foi possiacutevel identificar que alguns concorrentes

oferecem somente os doces finos dos quais foram identificados mais 3 concorrentes

reais e 3 concorrentes potenciais E foi detectado que existem concorrentes que

fornecem apenas os bolos artiacutesticos dos quais foi identificado 4 concorrentes reais

todos fornecem os bolos com o mesmo niacutevel de qualidade que seratildeo fornecidos

A tabela 3 mostra a divisatildeo dos concorrentes reais e potenciais que fornecem

bolos e doces por bairro de Curitiba

39

TABELA 3 - CONCORRENTES QUE FORNECEM BOLOS E DOCES POR BAIRRO

Bairro Quantidade de Concorrentes Reais

Quantidade de Concorrentes Potenciais

Aacutegua Verde 4 1

Ahuacute 1

Bairro Alto 2 1

Barreirinha 1

Barreirinha 1

Bom Retiro 1

Campo Comprido 1

Campo Comprido 1

Cidade Industrial 1

Colombo 1

Fazenda Rio Grande 1

Hauer 1

Hugo Lange 1

Mercecircs 1

Novo Mundo 2 1

Novo Mundo 1

Portatildeo 1

Portatildeo 1

Santa Cacircndida 1

Santa Felicidade 1 1

Santo Inaacutecio 1 1

Satildeo Joseacute dos Pinhais 1

Seminaacuterio 1

Sitio Cercado 1

Tarumatilde 1

Vila Izabel 1

Natildeo Informado 1 2

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

418 Forma de divulgaccedilatildeo dos concorrentes

Todas as empresas pesquisadas que fornecem produtos similares aos que

vamos fornecer utilizam sites proacuteprios e as redes sociais para fazer divulgaccedilatildeo dos

seus produtos todas fazem degustaccedilatildeo para os clientes conhecerem os seus

produtos e posteriormente fechar um contrato

40

42 TAMANHO DO NEGOacuteCIO

421 Capacidade produtiva

A capacidade produtiva vai ser para atender ateacute 4 eventos por semana A

produccedilatildeo vai ser de ateacute 5600 doces (doces finos gourmet e bem casados) e 4 bolos

atendendo ateacute 4 eventos por final de semana e ateacute 16 eventos por mecircs sendo que

nos meses de setembro a dezembro essa demanda aumenta pelo motivo de

historicamente ter um nuacutemero maior de casamentos

422 Investimento

Um dos pontos mais relevantes para abertura de uma empresa eacute a

determinaccedilatildeo do capital miacutenimo para dar iniacutecio nas atividades e principalmente como

obter este capital ldquoEacute com o capital inicial que a empresa tem condiccedilotildees de reunir os

recursos empresariais necessaacuterios ao seu funcionamento sejam eles recursos

humanos materiais ou financeirosrdquo A determinaccedilatildeo do capital eacute o que estabelece a

quantidade de recursos empresariais que a empresa tem disponiacutevel Indiscutivelmente

quanto maior for o volume de recursos empresariais mais faacutecil se torna o desempenho

da empresa Quando todos os recursos necessaacuterios para seu funcionamento estatildeo agrave

disposiccedilatildeo a administraccedilatildeo do empreendimento fica mais simples (CHIAVENATO

2007 p84)

Cabe acrescentar que (LAPPONI 2007 p 321)

O custo inicial refere-se aos desembolsos realizados para aquisiccedilatildeo de equipamentos ou outros ativos fixos incluindo o pagamento de fretes seguros instalaccedilotildees despesas operacionais iniciais com materiais e matildeo de obra treinamento de pessoal de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo etc resumindo o custo inicial inclui todos os desembolsos necessaacuterios para adquirir os ativos necessaacuterios e que estejam em condiccedilotildees de operar e gerar as receitas estimadas

41

O empreendimento iniciaraacute suas atividades com capital investido com

recursos proacuteprios da empreendedora

As estimativas de investimento inicial para abertura da empresa foi de

R$5162851 conforme tabela 4

TABELA 4 - INVESTIMENTO INICIAL

Descriccedilatildeo Valor (R$)

Maacutequinas e equipamentos Cozinha R$ 3084878

Utensiacutelios R$ 555075

Moacuteveis para escritoacuterio R$ 268982

Equipamentos de informaacutetica e eletrocircnicos R$ 446204

Outros custos escritoacuterio R$ 48912

Uniformes R$ 155800

Pintura Imoacutevel R$ 500000

Porta de Vidro R$ 103000

Total R$ 5162851

FONTE ELABORADO PELO AUTOR (2015)

423 Localizaccedilatildeo

Seraacute locado um imoacutevel para a instalaccedilatildeo da empresa localizado na Rua Heitor

Baggio Vidal 2508 Bairro Alto Curitiba ndash PR com o valor do aluguel mensal de

R$160000 (mil e seiscentos reais) O espaccedilo interno de 95msup2 seraacute dividido em trecircs

partes a primeira com 20msup2 vai ficar a recepccedilatildeo para receber os clientes efetuar

orccedilamentos e as degustaccedilotildees a segunda com 71msup2 a cozinha industrial onde seratildeo

fabricados os bolos e doces finos e a terceira com 4msup2 o lavabo

42

FOTO14 - FOTO DO IMOacuteVEL ONDE SERAacute INSTALADA A EMPRESA FONTE MP IMOacuteVEIS

424 Entregas

As entregas dos bolos e doces finos seratildeo efetuadas por uma empresa

parceira localizada no Bairro Alto o preccedilo das entregas em Curitiba e regiatildeo

metropolitana variam de R$2400 (vinte e quatro reais) a R$6000 (sessenta reais)

dependendo da localizaccedilatildeo tais valores seratildeo cobrados dos clientes

43 CAPITAL DE GIRO

O capital de giro inicial foi estimado levando em conta que no primeiro ano a

empresa vai produzir 8333 da sua capacidade atendendo em meacutedia 13 ventos

mensalmente sendo assim foram considerados os gastos operacionais necessaacuterios

para o iniacutecio das atividades incluindo o custo fixo mensal e o estoque inicial ambos

multiplicados por 2 e acrescidos de um percentual de 10 de margem de seguranccedila

para despesas natildeo previstas

43

TABELA 5 - CAPITAL DE GIRO

Item Valor (R$)

Estoque Inicial 5144000

Custo Fixo Mensal 3194783

Reserva (10) 833878

Total do Capital de Giro Inicial 9172662

FONTE ELABORDO PELO AUTOR

44 FLUXO DE CAIXA

ldquoFluxo de Caixa eacute um Instrumento de gestatildeo financeira que projeta para

periacuteodos futuros todas as entradas e as saiacutedas de recursos financeiros da empresa

indicando como seraacute o saldo de caixa para o periacuteodo projetadordquo (SEBRAE)

Na tabela 6 eacute apresentada a projeccedilatildeo do Fluxo de Caixa da empresa para os

seus primeiros cinco anos onde fica evidenciado que do primeiro ateacute o quinto ano a

sauacutede financeira da empresa melhora gradativamente sendo que no final do quinto

ano o saldo em caixa ultrapassa os 300 se comparado com o saldo em caixa no

final do primeiro ano

Pode-se observar que natildeo foi inserida no fluxo de caixa a opccedilatildeo de

inadimplecircncia pois todos os pagamentos seratildeo efetuados agrave vista em dinheiro ou

cartatildeo sendo que o pagamento total dos produtos deve ser efetuado no miacutenimo 10

dias antes da data do evento

44

TABELA 6 - PROJECcedilAtildeO DE FLUXO DE CAIXA NOS PRIMEIROS CINCO ANOS

Descriccedilatildeo Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

Investimento Inicial (5162851)

Capital de Giro (9172662) 9172662

Valor Residual 1548855

Total de entradas 000 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873

Previsatildeo Receitas de vendas 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873

Total de Saiacutedas (14335513) (44888699) (54283425) (59479393) (64738409) (70291804)

(-)Fornecedores (25720000) (33641760) (36669518) (39969775) (43567055)

(-)Folha de pagamento (3267192) (3593911) (3953302) (4348633) (4783496)

(-)Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)

(963216) (1011377) (1061946) (1115043) (1170795)

(-)Retiradas soacutecios (2400000) (2640000) (3432000) (3946800) (4341480)

(-)Impostos s vendas (4654291) (5073177) (5573767) (6075406) (6622192)

(-)Alugueacuteis (1920000) (2016000) (2116800) (2222640) (2333772)

(-)Energia eleacutetrica (840000) (882000) (926100) (972405) (1021025)

(-)Aacutegua (300000) (315000) (330750) (347288) (364652)

(-)Telefone (384000) (403200) (423360) (444528) (466754)

(-)Gaacutes (588000) (617400) (648270) (680684) (714718)

(-)Serviccedilos contabilidade (960000) (1008000) (1058400) (1111320) (1166886)

(-)Manutenccedilatildeo (600000) (630000) (661500) (694575) (729304)

(-)Outras despesas com funcionaacuterios

(1296000) (1405800) (1525590) (1656320) (1799030)

(-)Taxas bancaacuterias (96000) (100800) (105840) (111132) (116689)

(-)Outros pagamentos (900000) (945000) (992250) (1041863) (1093956)

Entradas - Saiacutedas (14335513) 12981301 21410535 23027023 25193585 27734070

Depreciaccedilatildeo 000 (631377) (631377) (631377) (631377) (631377)

Saldo Final (14335513) 12349924 20779158 22395647 24562208 37824209

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

A depreciaccedilatildeo foi calculada considerando o prazo de vida uacutetil meacutedio de 10

anos das maacutequinas equipamentos instalaccedilotildees moacuteveis e utensiacutelios e para os

computadores e perifeacutericos foi considerado o prazo de vida uacutetil de 5 anos conforme

demonstrado na tabela 7

TABELA 7 - DEPRECIACcedilAtildeO

Item Valor Inicial Taxa Anual Depreciaccedilatildeo Anual (R$)

Maacutequinas e equipamentos 3084878 10 308488

Instalaccedilotildees 103000 10 10300

Moacuteveis e Utensiacutelios 824057 10 82406

Computadores e Perifeacutericos 446204 20 89241

Outros 704712 20 140942

Total 631377

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

45

O valor residual dos equipamentos e instalaccedilotildees da empresa no final do quinto

ano foi considerado em 30 referente ao valor de aquisiccedilatildeo dos mesmos no iniacutecio do

projeto

45 ANAacuteLISE DOS INDICADORES (VPL TIR E PAYBACK)

451 Valor Presente Liacutequido (VPL)

A tabela 8 mostra que o VPL (Valor Presente Liacutequido) eacute positivo isso significa

que aleacutem de recuperar o investimento inicial ainda vai ser agregado ao valor da

empresa um montante de R$ R$50392407 (quinhentos e trecircs mil novecentos e vinte

quatro reais e sete centavos)

A taxa de retorno requerida de 20 foi determinada levando em conta o niacutevel

de risco do projeto e visando o valor desejado para se obter em cima do valor

investido

TABELA 8 - CALCULO DO VALOR PRESENTE LIacuteQUIDO (VPL)

Anos FC k 2000

0 -$143355 VPL $50392407

1 $123499 VPL $50392407

2 $207792 VPL $50392407

3 $223956 VPL $21761126

4 $245622 VPL $21761126

5 $378242 Decisatildeo Aceitar o Projeto

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

452 Taxa Interna de Retorno (TIR)

Conforme a tabela 9 eacute possiacutevel verificar que a TIR (Taxa Interna de Retorno)

eacute de 11593 maior que a taxa requerida de 20 isso significa que custo inicial seraacute

46

recuperado e o projeto vai criar valor para empresa mais um resultado favoraacutevel para

a aceitaccedilatildeo do projeto

TABELA 9 - TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR)

Anos FC

0 -$143355 TIR 11593

1 $123499 TIR 2168

2 $207792 TIR 2168

3 $223956 Decisatildeo

4 $245622 k 2000

5 $378242 Aceitar o projeto

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

453 Payback

O tempo de recuperaccedilatildeo do custo inicial ocorre normalmente entre o quarto e

o quinto ano se for feita a anaacutelise da tabela 10 eacute possiacutevel verificar que o tempo

necessaacuterio para o retorno do investimento (payback) do projeto eacute de 128 anos este

indicador mostra claramente que o projeto deve ser aceito pois o tempo de retorno

estaacute bem abaixo do tempo meacutedio dos empreendimentos como um todo

TABELA 10 - PAYBACK

k 20

Anos FC SPresente

0 -$143355 -$143355 PBD-SP = 128

1 $123499 -$40439 128

2 $207792 $103861

3 $223956 $233465

4 $245622 $351917

5 $378242 $503924

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

47

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Para iniciar um negoacutecio requer muito mais do que apenas o espiacuterito

empreendedor eacute necessaacuterio ter lideranccedila conhecimento sobre o mercado que deseja

atuar organizaccedilatildeo e principalmente planejamento

O principal objetivo desse estudo foi analisar a viabilidade econocircmico-

financeira da abertura de uma empresa de bolos e doces finos no Bairro Alto em

Curitiba

O objetivo apresentado nesta pesquisa foi atingido pois todos os indicadores

analisados mostram com clareza que empresa obteacutem resultados positivos que criam

valor para a mesma e com isso o projeto eacute viaacutevel economicamente pois do primeiro

ao quinto ano fica visiacutevel o crescimento do empreendimento e a melhora significativa

da sua sauacutede financeira isso fica evidenciado no saldo final em caixa no quinto ano

que chega proacuteximo haacute 400 mil reais Apesar disso eacute crucial o acompanhamento do

mercado para seguir as tendecircncias e se atualizar constantemente para tomar

decisotildees mais assertivas

Um negoacutecio mal avaliado pode arruinar a estabilidade econocircmica do

investidor por isso eacute de extrema importacircncia fazer todos os levantamentos de custos

antes de se aventurar em qualquer empreendimento

Eacute possiacutevel comprovar que a pesquisa realizada contribui positivamente para

abertura da empresa No entanto as informaccedilotildees aqui presentes natildeo satildeo estaacuteticas e

devem ser revisadas periodicamente e se preciso ateacute mesmo ampliadas no decorrer

da implantaccedilatildeo do projeto para que o mesmo seja uma ferramenta eficiente e eficaz

no desenvolvimento da empresa como um todo

48

REFEREcircNCIAS

BRITO Paulo Anaacutelise e viabilidade de projetos de investimento Satildeo Paulo Atlas 2003 DOLABELA Fernando O segredo de Luiacutesa 30 ed Satildeo Paulo Editora de Cultura 2006 DORNELAS Joseacute Carlos Assis Empreendedorismo transformando ideias em negoacutecios 4 ed Rio de Janeiro Campus Elsevier 2012 CENSO Demograacutefico 2010 Resultados gerais da amostra Curitiba IBGE 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=410690ampidtema=87ampsearch=parana|curitiba|censo-demografico-2010-resultados-gerais-da-amostra-gt Acesso em 21 de Junho de 2015 CHIAVENATO Idalberto Empreendedorismo dando asas ao espiacuterito empreendedor empreendedorismo e a viabilidade de novas empresas um guia eficiente para iniciar e tocar seu proacuteprio negoacutecio 2 ed Satildeo Paulo Saraiva 2007 ESTATIacuteSTICAS do registro civil 2012 Curitiba IBGE 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaoregistrocivil2012default_xlsshtmgt Acesso em 21 de Junho de 2015 GIL Antonio Carlos Meacutetodos e teacutecnicas de pesquisa social 6 ed Satildeo Paulo Atlas 2008 KOTLER Philip KELLER Kevin Lane Administraccedilatildeo de Marketing 12 ed Satildeo Paulo ABDR 2006 LAPPONI Juan Carlos Projetos de Investimento na Empresa Rio de Janeiro Elsevier 2007 MACHADO Jesseacute Anderson Pinto Projetos Econocircmicos uma abordagem praacutetica de elaboraccedilatildeo Satildeo Paulo Nobel 2002 MICHEL Maria Helena Metodologia e pesquisa cientiacutefica em ciecircncias sociais 2 ed Satildeo Paulo Atlas 2009 OLIVEIRA Djalma de Pinho Rebouccedilas de Planejamento estrateacutegico conceitos metodologia e praacuteticas 20 ed Satildeo Paulo Atlas 2004 PRODANOV Cleber Cristiano ERNANI Cesar de Freitas Metodologia do trabalho cientiacutefico meacutetodo e teacutecnicas da pesquisa e do trabalho acadecircmico 2 ed Novo Hamburgo Freevale 2013

49

REBELATTO Dayse Projeto de Investimento 1 ed Barueri Manole 2004 SEBRAE Pesquisa de Mercado o que eacute e para que serve Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrsitesPortalSebraeartigosPesquisa-de-mercado-o-que-C3A9-e-para-que-servegt Acesso em 21 de Junho de 2015 SEBRAE Fluxo de caixa Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrSebraePortal20SebraeAnexos0_fluxo-de-caixapdfgt Acesso em 10 de Outubro de 2015 WILDAUER Egon Walter Plano de negoacutecios elementos construtivos e processos de elaboraccedilatildeo 2 ed Curitiba Ibpex 2011 WOILER Samsatildeo MATHIAS Washington Franco Projetos planejamento elaboraccedilatildeo anaacutelise 1 ed Satildeo Paulo Atlas 1994

50

APEcircNDICES

APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL 51

APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS 52

APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL 52

51

APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL

Item Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

Aacutegua 25000 26250 27563 28941 30388

Aluguel 160000 168000 176400 185220 194481

Assessoria Contaacutebil 80000 84000 88200 92610 97241

Gaacutes 49000 51450 54023 56724 59560

Impostos 387858 422765 464481 506284 551849

Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)

80268 84281 88495 92920 97566

Energia eleacutetrica 70000 73500 77175 81034 85085

Manutenccedilatildeo 50000 52500 55125 57881 60775

Material de escritoacuterio 20000 21000 22050 23153 24310

Material de Limpeza 40000 42000 44100 46305 48620

Folha de pagamento 272266 299493 329442 362386 398625

Seguros 15000 15750 16538 17364 18233

Telefone fixointernet 20000 21000 22050 23153 24310

Telefone Moacutevel 12000 12600 13230 13892 14586

Vale Refeiccedilatildeo 75000 82500 90750 99825 109808

Vale Transporte 33000 34650 36383 38202 40112

Proacute- labore 200000 220000 286000 328900 361790

Taxas Bancaacuterias 8000 8400 8820 9261 9724

Total R$ 1597392 R$ 1720139 R$ 1900823 R$ 2064053 R$ 2227062

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

52

APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS

Item

Produccedilatildeo mensal meacutedia

Custo unitaacuterio total

Sugestatildeo Preccedilo de venda

Custo Mensal Total

Receita de vendas

Bolos artiacutesticos (recheios diversos) 150 6000 13500 900000 2025000

Bolos de copa (recheios diversos) 30 3600 8100 108000 243000

Naked cake (recheios diversos) 60 4200 9450 252000 567000

Doces Tradicionais 32 3500 7875 112000 252000

Doces Espelhados 32 5000 11250 160000 360000

Doces Finos 32 7500 16875 240000 540000

Brigadeiros gourmet 16 4500 10125 72000 162000

Tacinhas acriacutelicas 16 5500 12375 88000 198000

Trufas 32 5000 11250 160000 360000

Bombons 32 5000 11250 160000 360000

Bem casados 3200 100 225 320000 720000

Custo produccedilatildeo Total 2572000

Receita Total 5787000

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL

Ano Receita Bruta Variaccedilatildeo anual

Ano 1 000

Ano 2 69444000 9

Ano 3 75693960 9

Ano 4 82506416 9

Ano 5 89931994 9

Valor considerando a inflaccedilatildeo de 9 aa

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

25

233 Taxa Interna de Retorno (TIR)

ldquoTaxa Interna de Retorno (TIR) eacute a taxa de desconto que torna o valor atual

liacutequido (VAL) do investimento igual a zero Tambeacutem eacute chamada de taxa interna efetiva

de rentabilidaderdquo (REBELATTO 2004 p 217)

No projeto do tipo simples com o aumento da taxa requerida o VPL do projeto tende ao valor do custo inicial pois o VPL eacute uma funccedilatildeo decrescente da taxa requerida Portanto a decisatildeo com o meacutetodo TIR somente deve ser feita em projetos simples que garantem a existecircncia de uma uacutenica TIRgt -100 Nos outros tipos de fluxo de caixa em geral o meacutetodo da TIR natildeo deve ser utilizado pois haacute a possibilidade de muacuteltiplas TIRs Sendo a TIR a taxa de juro que zera o VPL do projeto simples para qualquer taxa requerida K menor que a TIR o VPL seraacute positivo e para qualquer taxa requerida K maior que a TIR o VPL seraacute negativo (LAPPONI 2007 p 175-176)

Rebelatto (2004 p 217) complementa afirmando que a TIR eacute um meacutetodo

aprimorado de anaacutelise de investimento sendo possivelmente uma das mais usadas

para avaliar projetos econocircmicos A TIR deve ser comparada com a taxa miacutenima de

atratividade (TMA) para analisar se o projeto seraacute aceito ou natildeo

Sendo assim Lapponi (2007 p 176) considera que

Se TIR gt TMA o projeto deve ser aceito pois eacute economicamente viaacutevel

Se TIR lt TMA o projeto deve ser recusado pois eacute economicamente

inviaacutevel

Se TIR = TMA eacute indiferente investir no projeto pois o mesmo natildeo criaraacute

e nem destruiraacute valor da empresa

ldquoA grande vantagem da TIR como indicador de decisatildeo eacute que prescinde de

informaccedilotildees externas ao projeto Tudo que o analista necessita eacute conhecer o perfil do

projeto e alguma ideia de magnitude da taxa de jurosrdquo (MACHADO 2002 p 127)

26

234 Periacuteodo de retorno de investimento (Payback)

ldquoO payback eacute o periacuteodo de tempo em que ocorre o retorno do investimento

Calculado no fluxo de caixa de vida uacutetil de dez anos o payback apresenta-se de vaacuterias

maneiras para cada tipo de empresardquo (BRITO 2003 p 51)

Uma empresa pode nomear o payback como um dos paracircmetros para escolha

de um projeto a fim de minimizar seus riscos Mesmo sendo esse um meacutetodo faacutecil e

simples na praacutetica eacute um dos mais utilizados para efetuar a mediccedilatildeo econocircmica de um

projeto (REBELATTO 2004 p 230)

Segundo Rebelatto (2004 p 231) a foacutermula baacutesica que demonstra o caacutelculo

do payback em fluxos de caixas regulares eacute

PB =I0

FC

Onde

PB= Payback

I0= Investimento inicial

FC= Fluxo de caixa regular

Para executar o meacutetodo payback eacute crucial estabelecer o tempo maacuteximo de

toleracircncia TMT para resgatar o custo inicial ldquoPara decidir se o projeto deve ser aceito

o payback deve ser comparado com o valor de referecircncia TMT de forma querdquo

(LAPPONI 2007 p 245)

Se PB lt TMT o projeto deve ser aceito

Se PB gt TMT o projeto deve ser recusado

A principal vantagem para utilizaccedilatildeo do meacutetodo payback eacute que ele reflete a

liquidez do projeto e por consequecircncia eacute possiacutevel efetuar a avaliaccedilatildeo do risco de natildeo

recuperar o investimento (REBELATTO 2004 p 230)

27

3 METODOLOGIA

Este capiacutetulo tem por objetivo descrever os procedimentos e teacutecnicas

utilizados na pesquisa considerando o problema e aos objetivos gerais e especiacuteficos

Para a execuccedilatildeo da revisatildeo bibliograacutefica realizada neste estudo foi utilizado

livros de especialistas na aacuterea os principais temas abordados foram o

empreendedorismo que eacute um assunto chave quando surge uma ideia para um novo

negoacutecio plano de negoacutecios que eacute um elemento fundamental para o sucesso ou

fracasso de um empreendimento e a viabilidade econocircmico-financeira tema

fundamental visto que o objetivo geral da pesquisa eacute mensurar se a mesma eacute viaacutevel

ou natildeo economicamente

Foi elaborada uma anaacutelise de mercado que estaacute disponiacutevel no item 41 deste

estudo atraveacutes da mesma foi identificado que os principais clientes satildeo das classes

A e B de Curitiba regiatildeo metropolitana no item 42 foi efetuado um levantamento do

tamanho do negoacutecio onde foi definida a capacidade produtiva o investimento inicial e

a localizaccedilatildeo do empreendimento no item 44foi elaborado o fluxo de caixa que

demonstra as previsotildees financeiras do periacuteodo de 5 anos o meacutetodo utilizado para

elaborar a pesquisa foi um estudo de caso de natureza exploratoacuteria quantitativa e

anaacutelise documental

O estudo de caso eacute evidenciado por um estudo minucioso e cansativo de um

ou poucos objetivos desta forma propicia um vasto e detalhado conhecimento sobre

o assunto uma missatildeo praticamente impossiacutevel mediante as outras maneiras de

delineamentos consideradas (GIL 2008 p 57-58)

Prodanov e Freitas (2013 p60) afirmam que o estudo de caso consiste em

recolher e analisar dados sobre determinado indiviacuteduo famiacutelia grupo ou comunidade

com a finalidade de estudar diferentes aspectos das suas vidas conforme o assunto

da pesquisa

Jaacute as pesquisas exploratoacuterias satildeo definidas por Gil (2008 p 27) como as que

Tecircm como principal finalidade desenvolver esclarecer e modificar conceitos e ideias tendo em vista a formulaccedilatildeo de problemas mais precisos ou hipoacuteteses pesquisaacuteveis para estudos posteriores De todos os tipos de pesquisa estas satildeo as que apresentam menor rigidez no planejamento Habitualmente envolvem levantamento bibliograacutefico e documental entrevistas natildeo padronizadas e estudos de caso

28

A pesquisa quantitativa ldquoconsidera que tudo pode ser quantificaacutevel o que

significa traduzir em nuacutemeros opiniotildees e informaccedilotildees para classificaacute-las e analisaacute-lasrdquo

Eacute necessaacuteria a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas estatiacutesticas tais como porcentagem meacutedia

moda desvio-padratildeo coeficiente de correlaccedilatildeo etc (PRODANOV FREITAS 2013

p 69)

Muitos dados que satildeo utilizados em pesquisas satildeo adquiridos indiretamente

por meio de documentosrdquo como livros jornais papeacuteis oficiais registros estatiacutesticos

fotos discos filmes e viacutedeos que satildeo obtidos de maneira indiretardquo Essas fontes

documentais tecircm a capacidade de disponibilizar ao pesquisador um grande nuacutemero

de informaccedilotildees com bastante qualidade para evitar a perda de tempo (GIL 2008 p

147)

Este modelo de pesquisa foi utilizado para definir os principais clientes quais

os produtos que seratildeo vendidos a capacidade produtiva assim como a viabilidade

econocircmico-financeira e operacional do negoacutecio

29

4 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES

41 ANAacuteLISE DE MERCADO

Woiler e Mathias (1994 p41) e Rebelatto (2004 p01) afirmam que a anaacutelise

de mercado eacute um dos pontos mais relevantes para elaboraccedilatildeo de um projeto Atraveacutes

do estudo do mercado obtemos muitas informaccedilotildees tais como

Fazendo a comparaccedilatildeo entre demanda e a oferta encontramos a

possiacutevel escassez da demanda futura Esse resultado proporcionaraacute

informaccedilotildees para que seja definida a escala de produccedilatildeo do projeto

A regiatildeo geograacutefica em que o produto pode ser vendido eacute um dos pontos

mais significativos para que seja definida a localizaccedilatildeo do empreendimento

O preccedilo de venda os custos de comercializaccedilatildeo e os estoques nos

canais de comercializaccedilatildeo satildeo informaccedilotildees relevantes para que seja

elaborada a projeccedilatildeo do projeto

Vale salientar que esses satildeo apenas alguns elementos importantes que eacute

possiacutevel identificar na anaacutelise de mercado existe muitos outros dados que satildeo obtidos

com a mesma

411 Mercado consumidor

ldquoTodas as decisotildees relacionadas a novos empreendimentos contecircm certo

grau de incerteza tanto no que diz respeito agrave informaccedilatildeo na qual as decisotildees estatildeo

baseadas como no que diz respeito agraves suas consequecircnciasrdquo (SEBRAE)

Chiavenato acredita que os clientes tecircm a capacidade de alavancar ou

derrubar um empreendimento ldquoUm cliente pode ser uma organizaccedilatildeo uma empresa

um usuaacuterio dos produtosserviccedilos ou um consumidor finalrdquo Eacute quem adquiri os

produtosserviccedilos ofertados pela organizaccedilatildeo no final da cadeia de transaccedilotildees Eacute ele

que estabelece direta ou indiretamente se o empreendimento teraacute ecircxito ou natildeo Por

30

isso o cliente deve ser considerado como o principal patrimocircnio da empresa (2007

p 207)

Segundo dados do censo 2010 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e

estatiacutestica) dos 576190 (quinhentos e setenta e seis mil cento e noventa) domiciacutelios

de Curitiba 292965 (duzentos e noventa e dois mil novecentos e sessenta e cinco)

possuem renda de mais de 5 a mais de 20 salaacuterios miacutenimos sendo assim cerca de

5085 dos domiciacutelios curitibanos estatildeo enquadrados nas classes A e B Ainda

segundo o IBGE cerca de 137922 (cento e trinta e sete mil novecentos e vinte e dois)

domiciacutelios curitibanos tecircm renda de mais de 10 salaacuterios miacutenimos o que representa

uma meacutedia de 24 dos domiciacutelios de Curitiba

Mais de 249000 (duzentos e quarenta e nove mil) pessoas que residem em

Curitiba cerca de 1423 da populaccedilatildeo tem rendimento mensal de mais de 5 salaacuterios

miacutenimos conforme Tabela 1

TABELA 1 - RESULTADOS DA AMOSTRA - RENDIMENTO POR PESSOA EM CURITIBA

Quantidade de pessoas Salaacuterios miacutenimos

153011 Mais de 5 a 10 salaacuterios miacutenimos

38692 Mais de 10 a 15 salaacuterios miacutenimos

25427 Mais de 15 a 20 salaacuterios miacutenimos

18264 Mais de 20 a 30 salaacuterios miacutenimos

13791 Mais de 30 salaacuterios miacutenimos

FONTE IBGE - CENSO DEMOGRAacuteFICO 2010

Curitiba possui uma populaccedilatildeo de mais de 1750000 (um milhatildeo setecentos

e cinquenta mil habitantes) segundo censo IBGE 2010 sendo que 932000

(novecentos e trinta e dois mil) pessoas com o estado civil de solteiro viuacutevo

divorciado separado judicialmentedesquitado isso mostra que tem muitas pessoas

que podem fazer festas de casamento e necessitar dos produtos que seratildeo ofertados

tais como bolos artiacutesticos doces finos e bem casados

Segundo as estatiacutesticas do registro civil do IBGE ocorreram em Curitiba e

regiatildeo metropolitana no ano 2012 exatamente 18877 (dezoito mil oitocentos e setenta

e sete) casamentos sendo que nos meses de setembro a dezembro foi onde ocorreu

um maior nuacutemero um total de 7828 (sete mil oitocentos e vinte e oito) casamentos o

que representa um total de 4147 dos casamentos ocorrem nesses quatro meses

do ano

31

TABELA 2 - CASAMENTOS POR MEcircS DE REGISTRO SEGUNDO O LUGAR DO REGISTRO ndash 2012

Lugar do registro

Casamentos por mecircs do registro

Total de

registros Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

RM Curitiba 18877 1466 1250 1572 1282 1403 1533 1248 1255 1735 1753 2118 2262

Curitiba 10351 848 692 857 692 724 872 658 658 971 968 1237 1174

FONTE IBGE DIRETORIA DE PESQUISAS COORDENACcedilAtildeO DE POPULACcedilAtildeO E INDICADORES SOCIAIS ESTATIacuteSTICAS DO REGISTRO CIVIL 2012

Nessa perspectiva foi definido que o mercado que a empresa de bolos e doces

finos vai atuar eacute de Curitiba e regiatildeo metropolitana com foco nas pessoas das classes

A e B com estado civil solteiro divorciado separado judicialmentedesquitado e viuacutevo

412 Produtos que seratildeo vendidos

ldquoNo coraccedilatildeo de uma grande marca haacute um grande produto O produto-chave

na oferta ao mercado Liacutederes de mercado geralmente oferecem produtos e serviccedilos

de qualidade superiorrdquo (KOTLER KELLER 2006 p 366)

Os principais produtos fornecidos seratildeo

Bolos artiacutesticos

FOTO1 - BOLO ARTIacuteSTICO FONTE WANDA CARDOSO - BOLOS ARTIacuteSTICOS amp DOCES

32

Bolos de copa

FOTO2 - BOLO DE COPA FONTE ELABORADO PELO AUTOR

FOTO3 - BOLO DE COPA FONTE ELABORADO PELO AUTOR

Naked cake

FOTO4 - NAKED CAKE FONTE DOCES PENEacuteLOPE

33

Doces Tradicionais

FOTO5 - DOCES TRADICIONAIS FONTE ELABORADO PELO AUTOR

Doces Espelhados

FOTO6 - DOCES ESPELHADOS FONTE PRONTO SOCORRO DAS FESTAS

Doces Finos

FOTO 7 - DOCES FINOS FONTE COMPRANDO MEU APE

34

Brigadeiros gourmet

FOTO8 - BRIGADEIROS GOURMET FONTE ELABORADO PELO AUTOR

Tacinhas acriacutelicas

FOTO9 - TACINHAS ACRIacuteLICAS FONTE BUFFET DELIacuteCIAS DA VI

Trufas

FOTO 10 - TRUFAS FONTE FOGAtildeO DA VOVOacute

35

Bombons

FOTO11 - BOMBONS FONTE DALVA GOLDEN GATE

Bem casados

FOTO12 - BEM CASADOS FONTE CASAMENTO SEM ERRO

FOTO13 - BEM CASADOS FONTE CASAMENTO SEM ERRO

36

413 Preccedilo de venda

A definiccedilatildeo do preccedilo dos produtos eacute uma das decisotildees mais relevantes da

organizaccedilatildeo que deve levar em conta a forma como a empresa deseja se posicionar

no mercado os custos a concorrecircncia e a rentabilidade almejada

O preccedilo eacute um dos elementos mais versaacuteteis pode ser modificado rapidamente

ao contraacuterio das propriedades dos produtos dos contratos com canais de distribuiccedilatildeo

e ateacute mesmo das promoccedilotildees O Preccedilo tem tambeacutem a tarefa de mostrar ao mercado o

posicionamento de valor desejado pela empresa para o seu produto ou marca

(KOTLER KELLER 2006 p 428)

A consolidaccedilatildeo dos preccedilos dos produtos seraacute elaborada levando em conta os

custos para se obter os produtos com a qualidade requinte e sofisticaccedilatildeo desejada

com a margem de lucro esperada e se baseando nos preccedilos praticados pela

concorrecircncia

414 Previsatildeo de vendas

Para Chiavenato (2007 p 2013)

A previsatildeo de vendas representa a quantidade de produtosserviccedilos que a empresa pretende vender ou colocar no mercado durante um determinado periacuteodo geralmente um mecircs ou um ano dividido em meses Constitui portanto uma estimativa ou uma expectativa de vendas Pode ser feita em unidades fiacutesicas ou em valores monetaacuterios

A produccedilatildeo vai ser em meacutedia de 5600 doces (doces finos gourmet e bem

casados) e 4 bolos procurando atender em meacutedia 4 eventos por semana e ateacute 16

eventos por mecircs sendo que nos meses de setembro a dezembro essa demanda

aumenta pelo motivo de historicamente ter um nuacutemero maior de casamentos

37

415 Definiccedilatildeo de local de venda dos produtos

ldquoA venda eacute a fase fundamental do processo de vendas Consiste na

transferecircncia do produtoserviccedilo para o cliente ou consumidorrdquo (CHIAVENATO 2007

p 210)

As vendas vatildeo ocorrer atraveacutes de site proacuteprio redes sociais telefone e

pessoalmente natildeo teremos loja fiacutesica apenas um ateliecirc para confecccedilatildeo dos bolos e

doces onde vai conter uma sala anexa na qual vai ser oferecido o serviccedilo de

degustaccedilatildeo com horaacuterios marcados para assim o cliente decidir quais os produtos

seratildeo adquiridos para o seu evento e fechamento de contrato

416 Definiccedilatildeo da demanda e da oferta

Na maior parte das encomendas os clientes solicitam os doces finos e

gourmet que contecircm chocolates frutas oleaginosas tais como castanhas nozes

avelatildes amecircndoas frutas como framboesa morango damasco cerejas e os bem

casados Os bolos mais solicitados satildeo os com decoraccedilatildeo de pasta americana que

deve obrigatoriamente ter recheios mais firmes como ganaches fios de ovos

strogonoff de nozes e os naked cake (bolo pelado) que possuem mais opccedilotildees de

recheios com chocolates frutas diversas e cremes de pacirctisserie

Em contato com algumas empresas que fornecem o mesmo tipo de produto

foi possiacutevel verificar que as encomendas devem ser feitas com antecedecircncia miacutenima

de 6 meses sendo que alguns casos somente com um ano de antecedecircncia para

conseguir na data desejada Esse eacute um dos pontos que mostra que tem espaccedilo

suficiente para entrada nesse mercado

38

417 Concorrentes

Chiavenato (2007 p 33) Kotler e Keller (2006 p 340) afirmam que os

concorrentes satildeo as organizaccedilotildees que competem pelos mesmos fornecedores

clientes e consumidores

ldquoAgrave medida que seus produtosserviccedilos tornam-se mais heterogecircneos tanto

mais heterogecircneos e diferenciados seratildeo seus concorrentes e tanto mais complexa

seraacute a competitividaderdquo (CHIAVENATO 2007 p 33)

Em busca na internet foi possiacutevel identificar que atualmente existe em meacutedia

25 concorrentes reais que oferecem exatamente os mesmos produtos que seratildeo

fornecidos com o mesmo padratildeo de qualidade valor agregado requinte e

sofisticaccedilatildeo Tambeacutem foi detectado mais 14 concorrentes potenciais que vendem

produtos similares aos que seratildeo vendidos poreacutem natildeo possuem o mesmo valor

agregado dos que vatildeo ser ofertados Foi possiacutevel identificar que alguns concorrentes

oferecem somente os doces finos dos quais foram identificados mais 3 concorrentes

reais e 3 concorrentes potenciais E foi detectado que existem concorrentes que

fornecem apenas os bolos artiacutesticos dos quais foi identificado 4 concorrentes reais

todos fornecem os bolos com o mesmo niacutevel de qualidade que seratildeo fornecidos

A tabela 3 mostra a divisatildeo dos concorrentes reais e potenciais que fornecem

bolos e doces por bairro de Curitiba

39

TABELA 3 - CONCORRENTES QUE FORNECEM BOLOS E DOCES POR BAIRRO

Bairro Quantidade de Concorrentes Reais

Quantidade de Concorrentes Potenciais

Aacutegua Verde 4 1

Ahuacute 1

Bairro Alto 2 1

Barreirinha 1

Barreirinha 1

Bom Retiro 1

Campo Comprido 1

Campo Comprido 1

Cidade Industrial 1

Colombo 1

Fazenda Rio Grande 1

Hauer 1

Hugo Lange 1

Mercecircs 1

Novo Mundo 2 1

Novo Mundo 1

Portatildeo 1

Portatildeo 1

Santa Cacircndida 1

Santa Felicidade 1 1

Santo Inaacutecio 1 1

Satildeo Joseacute dos Pinhais 1

Seminaacuterio 1

Sitio Cercado 1

Tarumatilde 1

Vila Izabel 1

Natildeo Informado 1 2

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

418 Forma de divulgaccedilatildeo dos concorrentes

Todas as empresas pesquisadas que fornecem produtos similares aos que

vamos fornecer utilizam sites proacuteprios e as redes sociais para fazer divulgaccedilatildeo dos

seus produtos todas fazem degustaccedilatildeo para os clientes conhecerem os seus

produtos e posteriormente fechar um contrato

40

42 TAMANHO DO NEGOacuteCIO

421 Capacidade produtiva

A capacidade produtiva vai ser para atender ateacute 4 eventos por semana A

produccedilatildeo vai ser de ateacute 5600 doces (doces finos gourmet e bem casados) e 4 bolos

atendendo ateacute 4 eventos por final de semana e ateacute 16 eventos por mecircs sendo que

nos meses de setembro a dezembro essa demanda aumenta pelo motivo de

historicamente ter um nuacutemero maior de casamentos

422 Investimento

Um dos pontos mais relevantes para abertura de uma empresa eacute a

determinaccedilatildeo do capital miacutenimo para dar iniacutecio nas atividades e principalmente como

obter este capital ldquoEacute com o capital inicial que a empresa tem condiccedilotildees de reunir os

recursos empresariais necessaacuterios ao seu funcionamento sejam eles recursos

humanos materiais ou financeirosrdquo A determinaccedilatildeo do capital eacute o que estabelece a

quantidade de recursos empresariais que a empresa tem disponiacutevel Indiscutivelmente

quanto maior for o volume de recursos empresariais mais faacutecil se torna o desempenho

da empresa Quando todos os recursos necessaacuterios para seu funcionamento estatildeo agrave

disposiccedilatildeo a administraccedilatildeo do empreendimento fica mais simples (CHIAVENATO

2007 p84)

Cabe acrescentar que (LAPPONI 2007 p 321)

O custo inicial refere-se aos desembolsos realizados para aquisiccedilatildeo de equipamentos ou outros ativos fixos incluindo o pagamento de fretes seguros instalaccedilotildees despesas operacionais iniciais com materiais e matildeo de obra treinamento de pessoal de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo etc resumindo o custo inicial inclui todos os desembolsos necessaacuterios para adquirir os ativos necessaacuterios e que estejam em condiccedilotildees de operar e gerar as receitas estimadas

41

O empreendimento iniciaraacute suas atividades com capital investido com

recursos proacuteprios da empreendedora

As estimativas de investimento inicial para abertura da empresa foi de

R$5162851 conforme tabela 4

TABELA 4 - INVESTIMENTO INICIAL

Descriccedilatildeo Valor (R$)

Maacutequinas e equipamentos Cozinha R$ 3084878

Utensiacutelios R$ 555075

Moacuteveis para escritoacuterio R$ 268982

Equipamentos de informaacutetica e eletrocircnicos R$ 446204

Outros custos escritoacuterio R$ 48912

Uniformes R$ 155800

Pintura Imoacutevel R$ 500000

Porta de Vidro R$ 103000

Total R$ 5162851

FONTE ELABORADO PELO AUTOR (2015)

423 Localizaccedilatildeo

Seraacute locado um imoacutevel para a instalaccedilatildeo da empresa localizado na Rua Heitor

Baggio Vidal 2508 Bairro Alto Curitiba ndash PR com o valor do aluguel mensal de

R$160000 (mil e seiscentos reais) O espaccedilo interno de 95msup2 seraacute dividido em trecircs

partes a primeira com 20msup2 vai ficar a recepccedilatildeo para receber os clientes efetuar

orccedilamentos e as degustaccedilotildees a segunda com 71msup2 a cozinha industrial onde seratildeo

fabricados os bolos e doces finos e a terceira com 4msup2 o lavabo

42

FOTO14 - FOTO DO IMOacuteVEL ONDE SERAacute INSTALADA A EMPRESA FONTE MP IMOacuteVEIS

424 Entregas

As entregas dos bolos e doces finos seratildeo efetuadas por uma empresa

parceira localizada no Bairro Alto o preccedilo das entregas em Curitiba e regiatildeo

metropolitana variam de R$2400 (vinte e quatro reais) a R$6000 (sessenta reais)

dependendo da localizaccedilatildeo tais valores seratildeo cobrados dos clientes

43 CAPITAL DE GIRO

O capital de giro inicial foi estimado levando em conta que no primeiro ano a

empresa vai produzir 8333 da sua capacidade atendendo em meacutedia 13 ventos

mensalmente sendo assim foram considerados os gastos operacionais necessaacuterios

para o iniacutecio das atividades incluindo o custo fixo mensal e o estoque inicial ambos

multiplicados por 2 e acrescidos de um percentual de 10 de margem de seguranccedila

para despesas natildeo previstas

43

TABELA 5 - CAPITAL DE GIRO

Item Valor (R$)

Estoque Inicial 5144000

Custo Fixo Mensal 3194783

Reserva (10) 833878

Total do Capital de Giro Inicial 9172662

FONTE ELABORDO PELO AUTOR

44 FLUXO DE CAIXA

ldquoFluxo de Caixa eacute um Instrumento de gestatildeo financeira que projeta para

periacuteodos futuros todas as entradas e as saiacutedas de recursos financeiros da empresa

indicando como seraacute o saldo de caixa para o periacuteodo projetadordquo (SEBRAE)

Na tabela 6 eacute apresentada a projeccedilatildeo do Fluxo de Caixa da empresa para os

seus primeiros cinco anos onde fica evidenciado que do primeiro ateacute o quinto ano a

sauacutede financeira da empresa melhora gradativamente sendo que no final do quinto

ano o saldo em caixa ultrapassa os 300 se comparado com o saldo em caixa no

final do primeiro ano

Pode-se observar que natildeo foi inserida no fluxo de caixa a opccedilatildeo de

inadimplecircncia pois todos os pagamentos seratildeo efetuados agrave vista em dinheiro ou

cartatildeo sendo que o pagamento total dos produtos deve ser efetuado no miacutenimo 10

dias antes da data do evento

44

TABELA 6 - PROJECcedilAtildeO DE FLUXO DE CAIXA NOS PRIMEIROS CINCO ANOS

Descriccedilatildeo Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

Investimento Inicial (5162851)

Capital de Giro (9172662) 9172662

Valor Residual 1548855

Total de entradas 000 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873

Previsatildeo Receitas de vendas 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873

Total de Saiacutedas (14335513) (44888699) (54283425) (59479393) (64738409) (70291804)

(-)Fornecedores (25720000) (33641760) (36669518) (39969775) (43567055)

(-)Folha de pagamento (3267192) (3593911) (3953302) (4348633) (4783496)

(-)Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)

(963216) (1011377) (1061946) (1115043) (1170795)

(-)Retiradas soacutecios (2400000) (2640000) (3432000) (3946800) (4341480)

(-)Impostos s vendas (4654291) (5073177) (5573767) (6075406) (6622192)

(-)Alugueacuteis (1920000) (2016000) (2116800) (2222640) (2333772)

(-)Energia eleacutetrica (840000) (882000) (926100) (972405) (1021025)

(-)Aacutegua (300000) (315000) (330750) (347288) (364652)

(-)Telefone (384000) (403200) (423360) (444528) (466754)

(-)Gaacutes (588000) (617400) (648270) (680684) (714718)

(-)Serviccedilos contabilidade (960000) (1008000) (1058400) (1111320) (1166886)

(-)Manutenccedilatildeo (600000) (630000) (661500) (694575) (729304)

(-)Outras despesas com funcionaacuterios

(1296000) (1405800) (1525590) (1656320) (1799030)

(-)Taxas bancaacuterias (96000) (100800) (105840) (111132) (116689)

(-)Outros pagamentos (900000) (945000) (992250) (1041863) (1093956)

Entradas - Saiacutedas (14335513) 12981301 21410535 23027023 25193585 27734070

Depreciaccedilatildeo 000 (631377) (631377) (631377) (631377) (631377)

Saldo Final (14335513) 12349924 20779158 22395647 24562208 37824209

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

A depreciaccedilatildeo foi calculada considerando o prazo de vida uacutetil meacutedio de 10

anos das maacutequinas equipamentos instalaccedilotildees moacuteveis e utensiacutelios e para os

computadores e perifeacutericos foi considerado o prazo de vida uacutetil de 5 anos conforme

demonstrado na tabela 7

TABELA 7 - DEPRECIACcedilAtildeO

Item Valor Inicial Taxa Anual Depreciaccedilatildeo Anual (R$)

Maacutequinas e equipamentos 3084878 10 308488

Instalaccedilotildees 103000 10 10300

Moacuteveis e Utensiacutelios 824057 10 82406

Computadores e Perifeacutericos 446204 20 89241

Outros 704712 20 140942

Total 631377

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

45

O valor residual dos equipamentos e instalaccedilotildees da empresa no final do quinto

ano foi considerado em 30 referente ao valor de aquisiccedilatildeo dos mesmos no iniacutecio do

projeto

45 ANAacuteLISE DOS INDICADORES (VPL TIR E PAYBACK)

451 Valor Presente Liacutequido (VPL)

A tabela 8 mostra que o VPL (Valor Presente Liacutequido) eacute positivo isso significa

que aleacutem de recuperar o investimento inicial ainda vai ser agregado ao valor da

empresa um montante de R$ R$50392407 (quinhentos e trecircs mil novecentos e vinte

quatro reais e sete centavos)

A taxa de retorno requerida de 20 foi determinada levando em conta o niacutevel

de risco do projeto e visando o valor desejado para se obter em cima do valor

investido

TABELA 8 - CALCULO DO VALOR PRESENTE LIacuteQUIDO (VPL)

Anos FC k 2000

0 -$143355 VPL $50392407

1 $123499 VPL $50392407

2 $207792 VPL $50392407

3 $223956 VPL $21761126

4 $245622 VPL $21761126

5 $378242 Decisatildeo Aceitar o Projeto

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

452 Taxa Interna de Retorno (TIR)

Conforme a tabela 9 eacute possiacutevel verificar que a TIR (Taxa Interna de Retorno)

eacute de 11593 maior que a taxa requerida de 20 isso significa que custo inicial seraacute

46

recuperado e o projeto vai criar valor para empresa mais um resultado favoraacutevel para

a aceitaccedilatildeo do projeto

TABELA 9 - TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR)

Anos FC

0 -$143355 TIR 11593

1 $123499 TIR 2168

2 $207792 TIR 2168

3 $223956 Decisatildeo

4 $245622 k 2000

5 $378242 Aceitar o projeto

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

453 Payback

O tempo de recuperaccedilatildeo do custo inicial ocorre normalmente entre o quarto e

o quinto ano se for feita a anaacutelise da tabela 10 eacute possiacutevel verificar que o tempo

necessaacuterio para o retorno do investimento (payback) do projeto eacute de 128 anos este

indicador mostra claramente que o projeto deve ser aceito pois o tempo de retorno

estaacute bem abaixo do tempo meacutedio dos empreendimentos como um todo

TABELA 10 - PAYBACK

k 20

Anos FC SPresente

0 -$143355 -$143355 PBD-SP = 128

1 $123499 -$40439 128

2 $207792 $103861

3 $223956 $233465

4 $245622 $351917

5 $378242 $503924

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

47

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Para iniciar um negoacutecio requer muito mais do que apenas o espiacuterito

empreendedor eacute necessaacuterio ter lideranccedila conhecimento sobre o mercado que deseja

atuar organizaccedilatildeo e principalmente planejamento

O principal objetivo desse estudo foi analisar a viabilidade econocircmico-

financeira da abertura de uma empresa de bolos e doces finos no Bairro Alto em

Curitiba

O objetivo apresentado nesta pesquisa foi atingido pois todos os indicadores

analisados mostram com clareza que empresa obteacutem resultados positivos que criam

valor para a mesma e com isso o projeto eacute viaacutevel economicamente pois do primeiro

ao quinto ano fica visiacutevel o crescimento do empreendimento e a melhora significativa

da sua sauacutede financeira isso fica evidenciado no saldo final em caixa no quinto ano

que chega proacuteximo haacute 400 mil reais Apesar disso eacute crucial o acompanhamento do

mercado para seguir as tendecircncias e se atualizar constantemente para tomar

decisotildees mais assertivas

Um negoacutecio mal avaliado pode arruinar a estabilidade econocircmica do

investidor por isso eacute de extrema importacircncia fazer todos os levantamentos de custos

antes de se aventurar em qualquer empreendimento

Eacute possiacutevel comprovar que a pesquisa realizada contribui positivamente para

abertura da empresa No entanto as informaccedilotildees aqui presentes natildeo satildeo estaacuteticas e

devem ser revisadas periodicamente e se preciso ateacute mesmo ampliadas no decorrer

da implantaccedilatildeo do projeto para que o mesmo seja uma ferramenta eficiente e eficaz

no desenvolvimento da empresa como um todo

48

REFEREcircNCIAS

BRITO Paulo Anaacutelise e viabilidade de projetos de investimento Satildeo Paulo Atlas 2003 DOLABELA Fernando O segredo de Luiacutesa 30 ed Satildeo Paulo Editora de Cultura 2006 DORNELAS Joseacute Carlos Assis Empreendedorismo transformando ideias em negoacutecios 4 ed Rio de Janeiro Campus Elsevier 2012 CENSO Demograacutefico 2010 Resultados gerais da amostra Curitiba IBGE 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=410690ampidtema=87ampsearch=parana|curitiba|censo-demografico-2010-resultados-gerais-da-amostra-gt Acesso em 21 de Junho de 2015 CHIAVENATO Idalberto Empreendedorismo dando asas ao espiacuterito empreendedor empreendedorismo e a viabilidade de novas empresas um guia eficiente para iniciar e tocar seu proacuteprio negoacutecio 2 ed Satildeo Paulo Saraiva 2007 ESTATIacuteSTICAS do registro civil 2012 Curitiba IBGE 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaoregistrocivil2012default_xlsshtmgt Acesso em 21 de Junho de 2015 GIL Antonio Carlos Meacutetodos e teacutecnicas de pesquisa social 6 ed Satildeo Paulo Atlas 2008 KOTLER Philip KELLER Kevin Lane Administraccedilatildeo de Marketing 12 ed Satildeo Paulo ABDR 2006 LAPPONI Juan Carlos Projetos de Investimento na Empresa Rio de Janeiro Elsevier 2007 MACHADO Jesseacute Anderson Pinto Projetos Econocircmicos uma abordagem praacutetica de elaboraccedilatildeo Satildeo Paulo Nobel 2002 MICHEL Maria Helena Metodologia e pesquisa cientiacutefica em ciecircncias sociais 2 ed Satildeo Paulo Atlas 2009 OLIVEIRA Djalma de Pinho Rebouccedilas de Planejamento estrateacutegico conceitos metodologia e praacuteticas 20 ed Satildeo Paulo Atlas 2004 PRODANOV Cleber Cristiano ERNANI Cesar de Freitas Metodologia do trabalho cientiacutefico meacutetodo e teacutecnicas da pesquisa e do trabalho acadecircmico 2 ed Novo Hamburgo Freevale 2013

49

REBELATTO Dayse Projeto de Investimento 1 ed Barueri Manole 2004 SEBRAE Pesquisa de Mercado o que eacute e para que serve Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrsitesPortalSebraeartigosPesquisa-de-mercado-o-que-C3A9-e-para-que-servegt Acesso em 21 de Junho de 2015 SEBRAE Fluxo de caixa Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrSebraePortal20SebraeAnexos0_fluxo-de-caixapdfgt Acesso em 10 de Outubro de 2015 WILDAUER Egon Walter Plano de negoacutecios elementos construtivos e processos de elaboraccedilatildeo 2 ed Curitiba Ibpex 2011 WOILER Samsatildeo MATHIAS Washington Franco Projetos planejamento elaboraccedilatildeo anaacutelise 1 ed Satildeo Paulo Atlas 1994

50

APEcircNDICES

APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL 51

APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS 52

APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL 52

51

APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL

Item Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

Aacutegua 25000 26250 27563 28941 30388

Aluguel 160000 168000 176400 185220 194481

Assessoria Contaacutebil 80000 84000 88200 92610 97241

Gaacutes 49000 51450 54023 56724 59560

Impostos 387858 422765 464481 506284 551849

Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)

80268 84281 88495 92920 97566

Energia eleacutetrica 70000 73500 77175 81034 85085

Manutenccedilatildeo 50000 52500 55125 57881 60775

Material de escritoacuterio 20000 21000 22050 23153 24310

Material de Limpeza 40000 42000 44100 46305 48620

Folha de pagamento 272266 299493 329442 362386 398625

Seguros 15000 15750 16538 17364 18233

Telefone fixointernet 20000 21000 22050 23153 24310

Telefone Moacutevel 12000 12600 13230 13892 14586

Vale Refeiccedilatildeo 75000 82500 90750 99825 109808

Vale Transporte 33000 34650 36383 38202 40112

Proacute- labore 200000 220000 286000 328900 361790

Taxas Bancaacuterias 8000 8400 8820 9261 9724

Total R$ 1597392 R$ 1720139 R$ 1900823 R$ 2064053 R$ 2227062

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

52

APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS

Item

Produccedilatildeo mensal meacutedia

Custo unitaacuterio total

Sugestatildeo Preccedilo de venda

Custo Mensal Total

Receita de vendas

Bolos artiacutesticos (recheios diversos) 150 6000 13500 900000 2025000

Bolos de copa (recheios diversos) 30 3600 8100 108000 243000

Naked cake (recheios diversos) 60 4200 9450 252000 567000

Doces Tradicionais 32 3500 7875 112000 252000

Doces Espelhados 32 5000 11250 160000 360000

Doces Finos 32 7500 16875 240000 540000

Brigadeiros gourmet 16 4500 10125 72000 162000

Tacinhas acriacutelicas 16 5500 12375 88000 198000

Trufas 32 5000 11250 160000 360000

Bombons 32 5000 11250 160000 360000

Bem casados 3200 100 225 320000 720000

Custo produccedilatildeo Total 2572000

Receita Total 5787000

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL

Ano Receita Bruta Variaccedilatildeo anual

Ano 1 000

Ano 2 69444000 9

Ano 3 75693960 9

Ano 4 82506416 9

Ano 5 89931994 9

Valor considerando a inflaccedilatildeo de 9 aa

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

26

234 Periacuteodo de retorno de investimento (Payback)

ldquoO payback eacute o periacuteodo de tempo em que ocorre o retorno do investimento

Calculado no fluxo de caixa de vida uacutetil de dez anos o payback apresenta-se de vaacuterias

maneiras para cada tipo de empresardquo (BRITO 2003 p 51)

Uma empresa pode nomear o payback como um dos paracircmetros para escolha

de um projeto a fim de minimizar seus riscos Mesmo sendo esse um meacutetodo faacutecil e

simples na praacutetica eacute um dos mais utilizados para efetuar a mediccedilatildeo econocircmica de um

projeto (REBELATTO 2004 p 230)

Segundo Rebelatto (2004 p 231) a foacutermula baacutesica que demonstra o caacutelculo

do payback em fluxos de caixas regulares eacute

PB =I0

FC

Onde

PB= Payback

I0= Investimento inicial

FC= Fluxo de caixa regular

Para executar o meacutetodo payback eacute crucial estabelecer o tempo maacuteximo de

toleracircncia TMT para resgatar o custo inicial ldquoPara decidir se o projeto deve ser aceito

o payback deve ser comparado com o valor de referecircncia TMT de forma querdquo

(LAPPONI 2007 p 245)

Se PB lt TMT o projeto deve ser aceito

Se PB gt TMT o projeto deve ser recusado

A principal vantagem para utilizaccedilatildeo do meacutetodo payback eacute que ele reflete a

liquidez do projeto e por consequecircncia eacute possiacutevel efetuar a avaliaccedilatildeo do risco de natildeo

recuperar o investimento (REBELATTO 2004 p 230)

27

3 METODOLOGIA

Este capiacutetulo tem por objetivo descrever os procedimentos e teacutecnicas

utilizados na pesquisa considerando o problema e aos objetivos gerais e especiacuteficos

Para a execuccedilatildeo da revisatildeo bibliograacutefica realizada neste estudo foi utilizado

livros de especialistas na aacuterea os principais temas abordados foram o

empreendedorismo que eacute um assunto chave quando surge uma ideia para um novo

negoacutecio plano de negoacutecios que eacute um elemento fundamental para o sucesso ou

fracasso de um empreendimento e a viabilidade econocircmico-financeira tema

fundamental visto que o objetivo geral da pesquisa eacute mensurar se a mesma eacute viaacutevel

ou natildeo economicamente

Foi elaborada uma anaacutelise de mercado que estaacute disponiacutevel no item 41 deste

estudo atraveacutes da mesma foi identificado que os principais clientes satildeo das classes

A e B de Curitiba regiatildeo metropolitana no item 42 foi efetuado um levantamento do

tamanho do negoacutecio onde foi definida a capacidade produtiva o investimento inicial e

a localizaccedilatildeo do empreendimento no item 44foi elaborado o fluxo de caixa que

demonstra as previsotildees financeiras do periacuteodo de 5 anos o meacutetodo utilizado para

elaborar a pesquisa foi um estudo de caso de natureza exploratoacuteria quantitativa e

anaacutelise documental

O estudo de caso eacute evidenciado por um estudo minucioso e cansativo de um

ou poucos objetivos desta forma propicia um vasto e detalhado conhecimento sobre

o assunto uma missatildeo praticamente impossiacutevel mediante as outras maneiras de

delineamentos consideradas (GIL 2008 p 57-58)

Prodanov e Freitas (2013 p60) afirmam que o estudo de caso consiste em

recolher e analisar dados sobre determinado indiviacuteduo famiacutelia grupo ou comunidade

com a finalidade de estudar diferentes aspectos das suas vidas conforme o assunto

da pesquisa

Jaacute as pesquisas exploratoacuterias satildeo definidas por Gil (2008 p 27) como as que

Tecircm como principal finalidade desenvolver esclarecer e modificar conceitos e ideias tendo em vista a formulaccedilatildeo de problemas mais precisos ou hipoacuteteses pesquisaacuteveis para estudos posteriores De todos os tipos de pesquisa estas satildeo as que apresentam menor rigidez no planejamento Habitualmente envolvem levantamento bibliograacutefico e documental entrevistas natildeo padronizadas e estudos de caso

28

A pesquisa quantitativa ldquoconsidera que tudo pode ser quantificaacutevel o que

significa traduzir em nuacutemeros opiniotildees e informaccedilotildees para classificaacute-las e analisaacute-lasrdquo

Eacute necessaacuteria a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas estatiacutesticas tais como porcentagem meacutedia

moda desvio-padratildeo coeficiente de correlaccedilatildeo etc (PRODANOV FREITAS 2013

p 69)

Muitos dados que satildeo utilizados em pesquisas satildeo adquiridos indiretamente

por meio de documentosrdquo como livros jornais papeacuteis oficiais registros estatiacutesticos

fotos discos filmes e viacutedeos que satildeo obtidos de maneira indiretardquo Essas fontes

documentais tecircm a capacidade de disponibilizar ao pesquisador um grande nuacutemero

de informaccedilotildees com bastante qualidade para evitar a perda de tempo (GIL 2008 p

147)

Este modelo de pesquisa foi utilizado para definir os principais clientes quais

os produtos que seratildeo vendidos a capacidade produtiva assim como a viabilidade

econocircmico-financeira e operacional do negoacutecio

29

4 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES

41 ANAacuteLISE DE MERCADO

Woiler e Mathias (1994 p41) e Rebelatto (2004 p01) afirmam que a anaacutelise

de mercado eacute um dos pontos mais relevantes para elaboraccedilatildeo de um projeto Atraveacutes

do estudo do mercado obtemos muitas informaccedilotildees tais como

Fazendo a comparaccedilatildeo entre demanda e a oferta encontramos a

possiacutevel escassez da demanda futura Esse resultado proporcionaraacute

informaccedilotildees para que seja definida a escala de produccedilatildeo do projeto

A regiatildeo geograacutefica em que o produto pode ser vendido eacute um dos pontos

mais significativos para que seja definida a localizaccedilatildeo do empreendimento

O preccedilo de venda os custos de comercializaccedilatildeo e os estoques nos

canais de comercializaccedilatildeo satildeo informaccedilotildees relevantes para que seja

elaborada a projeccedilatildeo do projeto

Vale salientar que esses satildeo apenas alguns elementos importantes que eacute

possiacutevel identificar na anaacutelise de mercado existe muitos outros dados que satildeo obtidos

com a mesma

411 Mercado consumidor

ldquoTodas as decisotildees relacionadas a novos empreendimentos contecircm certo

grau de incerteza tanto no que diz respeito agrave informaccedilatildeo na qual as decisotildees estatildeo

baseadas como no que diz respeito agraves suas consequecircnciasrdquo (SEBRAE)

Chiavenato acredita que os clientes tecircm a capacidade de alavancar ou

derrubar um empreendimento ldquoUm cliente pode ser uma organizaccedilatildeo uma empresa

um usuaacuterio dos produtosserviccedilos ou um consumidor finalrdquo Eacute quem adquiri os

produtosserviccedilos ofertados pela organizaccedilatildeo no final da cadeia de transaccedilotildees Eacute ele

que estabelece direta ou indiretamente se o empreendimento teraacute ecircxito ou natildeo Por

30

isso o cliente deve ser considerado como o principal patrimocircnio da empresa (2007

p 207)

Segundo dados do censo 2010 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e

estatiacutestica) dos 576190 (quinhentos e setenta e seis mil cento e noventa) domiciacutelios

de Curitiba 292965 (duzentos e noventa e dois mil novecentos e sessenta e cinco)

possuem renda de mais de 5 a mais de 20 salaacuterios miacutenimos sendo assim cerca de

5085 dos domiciacutelios curitibanos estatildeo enquadrados nas classes A e B Ainda

segundo o IBGE cerca de 137922 (cento e trinta e sete mil novecentos e vinte e dois)

domiciacutelios curitibanos tecircm renda de mais de 10 salaacuterios miacutenimos o que representa

uma meacutedia de 24 dos domiciacutelios de Curitiba

Mais de 249000 (duzentos e quarenta e nove mil) pessoas que residem em

Curitiba cerca de 1423 da populaccedilatildeo tem rendimento mensal de mais de 5 salaacuterios

miacutenimos conforme Tabela 1

TABELA 1 - RESULTADOS DA AMOSTRA - RENDIMENTO POR PESSOA EM CURITIBA

Quantidade de pessoas Salaacuterios miacutenimos

153011 Mais de 5 a 10 salaacuterios miacutenimos

38692 Mais de 10 a 15 salaacuterios miacutenimos

25427 Mais de 15 a 20 salaacuterios miacutenimos

18264 Mais de 20 a 30 salaacuterios miacutenimos

13791 Mais de 30 salaacuterios miacutenimos

FONTE IBGE - CENSO DEMOGRAacuteFICO 2010

Curitiba possui uma populaccedilatildeo de mais de 1750000 (um milhatildeo setecentos

e cinquenta mil habitantes) segundo censo IBGE 2010 sendo que 932000

(novecentos e trinta e dois mil) pessoas com o estado civil de solteiro viuacutevo

divorciado separado judicialmentedesquitado isso mostra que tem muitas pessoas

que podem fazer festas de casamento e necessitar dos produtos que seratildeo ofertados

tais como bolos artiacutesticos doces finos e bem casados

Segundo as estatiacutesticas do registro civil do IBGE ocorreram em Curitiba e

regiatildeo metropolitana no ano 2012 exatamente 18877 (dezoito mil oitocentos e setenta

e sete) casamentos sendo que nos meses de setembro a dezembro foi onde ocorreu

um maior nuacutemero um total de 7828 (sete mil oitocentos e vinte e oito) casamentos o

que representa um total de 4147 dos casamentos ocorrem nesses quatro meses

do ano

31

TABELA 2 - CASAMENTOS POR MEcircS DE REGISTRO SEGUNDO O LUGAR DO REGISTRO ndash 2012

Lugar do registro

Casamentos por mecircs do registro

Total de

registros Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

RM Curitiba 18877 1466 1250 1572 1282 1403 1533 1248 1255 1735 1753 2118 2262

Curitiba 10351 848 692 857 692 724 872 658 658 971 968 1237 1174

FONTE IBGE DIRETORIA DE PESQUISAS COORDENACcedilAtildeO DE POPULACcedilAtildeO E INDICADORES SOCIAIS ESTATIacuteSTICAS DO REGISTRO CIVIL 2012

Nessa perspectiva foi definido que o mercado que a empresa de bolos e doces

finos vai atuar eacute de Curitiba e regiatildeo metropolitana com foco nas pessoas das classes

A e B com estado civil solteiro divorciado separado judicialmentedesquitado e viuacutevo

412 Produtos que seratildeo vendidos

ldquoNo coraccedilatildeo de uma grande marca haacute um grande produto O produto-chave

na oferta ao mercado Liacutederes de mercado geralmente oferecem produtos e serviccedilos

de qualidade superiorrdquo (KOTLER KELLER 2006 p 366)

Os principais produtos fornecidos seratildeo

Bolos artiacutesticos

FOTO1 - BOLO ARTIacuteSTICO FONTE WANDA CARDOSO - BOLOS ARTIacuteSTICOS amp DOCES

32

Bolos de copa

FOTO2 - BOLO DE COPA FONTE ELABORADO PELO AUTOR

FOTO3 - BOLO DE COPA FONTE ELABORADO PELO AUTOR

Naked cake

FOTO4 - NAKED CAKE FONTE DOCES PENEacuteLOPE

33

Doces Tradicionais

FOTO5 - DOCES TRADICIONAIS FONTE ELABORADO PELO AUTOR

Doces Espelhados

FOTO6 - DOCES ESPELHADOS FONTE PRONTO SOCORRO DAS FESTAS

Doces Finos

FOTO 7 - DOCES FINOS FONTE COMPRANDO MEU APE

34

Brigadeiros gourmet

FOTO8 - BRIGADEIROS GOURMET FONTE ELABORADO PELO AUTOR

Tacinhas acriacutelicas

FOTO9 - TACINHAS ACRIacuteLICAS FONTE BUFFET DELIacuteCIAS DA VI

Trufas

FOTO 10 - TRUFAS FONTE FOGAtildeO DA VOVOacute

35

Bombons

FOTO11 - BOMBONS FONTE DALVA GOLDEN GATE

Bem casados

FOTO12 - BEM CASADOS FONTE CASAMENTO SEM ERRO

FOTO13 - BEM CASADOS FONTE CASAMENTO SEM ERRO

36

413 Preccedilo de venda

A definiccedilatildeo do preccedilo dos produtos eacute uma das decisotildees mais relevantes da

organizaccedilatildeo que deve levar em conta a forma como a empresa deseja se posicionar

no mercado os custos a concorrecircncia e a rentabilidade almejada

O preccedilo eacute um dos elementos mais versaacuteteis pode ser modificado rapidamente

ao contraacuterio das propriedades dos produtos dos contratos com canais de distribuiccedilatildeo

e ateacute mesmo das promoccedilotildees O Preccedilo tem tambeacutem a tarefa de mostrar ao mercado o

posicionamento de valor desejado pela empresa para o seu produto ou marca

(KOTLER KELLER 2006 p 428)

A consolidaccedilatildeo dos preccedilos dos produtos seraacute elaborada levando em conta os

custos para se obter os produtos com a qualidade requinte e sofisticaccedilatildeo desejada

com a margem de lucro esperada e se baseando nos preccedilos praticados pela

concorrecircncia

414 Previsatildeo de vendas

Para Chiavenato (2007 p 2013)

A previsatildeo de vendas representa a quantidade de produtosserviccedilos que a empresa pretende vender ou colocar no mercado durante um determinado periacuteodo geralmente um mecircs ou um ano dividido em meses Constitui portanto uma estimativa ou uma expectativa de vendas Pode ser feita em unidades fiacutesicas ou em valores monetaacuterios

A produccedilatildeo vai ser em meacutedia de 5600 doces (doces finos gourmet e bem

casados) e 4 bolos procurando atender em meacutedia 4 eventos por semana e ateacute 16

eventos por mecircs sendo que nos meses de setembro a dezembro essa demanda

aumenta pelo motivo de historicamente ter um nuacutemero maior de casamentos

37

415 Definiccedilatildeo de local de venda dos produtos

ldquoA venda eacute a fase fundamental do processo de vendas Consiste na

transferecircncia do produtoserviccedilo para o cliente ou consumidorrdquo (CHIAVENATO 2007

p 210)

As vendas vatildeo ocorrer atraveacutes de site proacuteprio redes sociais telefone e

pessoalmente natildeo teremos loja fiacutesica apenas um ateliecirc para confecccedilatildeo dos bolos e

doces onde vai conter uma sala anexa na qual vai ser oferecido o serviccedilo de

degustaccedilatildeo com horaacuterios marcados para assim o cliente decidir quais os produtos

seratildeo adquiridos para o seu evento e fechamento de contrato

416 Definiccedilatildeo da demanda e da oferta

Na maior parte das encomendas os clientes solicitam os doces finos e

gourmet que contecircm chocolates frutas oleaginosas tais como castanhas nozes

avelatildes amecircndoas frutas como framboesa morango damasco cerejas e os bem

casados Os bolos mais solicitados satildeo os com decoraccedilatildeo de pasta americana que

deve obrigatoriamente ter recheios mais firmes como ganaches fios de ovos

strogonoff de nozes e os naked cake (bolo pelado) que possuem mais opccedilotildees de

recheios com chocolates frutas diversas e cremes de pacirctisserie

Em contato com algumas empresas que fornecem o mesmo tipo de produto

foi possiacutevel verificar que as encomendas devem ser feitas com antecedecircncia miacutenima

de 6 meses sendo que alguns casos somente com um ano de antecedecircncia para

conseguir na data desejada Esse eacute um dos pontos que mostra que tem espaccedilo

suficiente para entrada nesse mercado

38

417 Concorrentes

Chiavenato (2007 p 33) Kotler e Keller (2006 p 340) afirmam que os

concorrentes satildeo as organizaccedilotildees que competem pelos mesmos fornecedores

clientes e consumidores

ldquoAgrave medida que seus produtosserviccedilos tornam-se mais heterogecircneos tanto

mais heterogecircneos e diferenciados seratildeo seus concorrentes e tanto mais complexa

seraacute a competitividaderdquo (CHIAVENATO 2007 p 33)

Em busca na internet foi possiacutevel identificar que atualmente existe em meacutedia

25 concorrentes reais que oferecem exatamente os mesmos produtos que seratildeo

fornecidos com o mesmo padratildeo de qualidade valor agregado requinte e

sofisticaccedilatildeo Tambeacutem foi detectado mais 14 concorrentes potenciais que vendem

produtos similares aos que seratildeo vendidos poreacutem natildeo possuem o mesmo valor

agregado dos que vatildeo ser ofertados Foi possiacutevel identificar que alguns concorrentes

oferecem somente os doces finos dos quais foram identificados mais 3 concorrentes

reais e 3 concorrentes potenciais E foi detectado que existem concorrentes que

fornecem apenas os bolos artiacutesticos dos quais foi identificado 4 concorrentes reais

todos fornecem os bolos com o mesmo niacutevel de qualidade que seratildeo fornecidos

A tabela 3 mostra a divisatildeo dos concorrentes reais e potenciais que fornecem

bolos e doces por bairro de Curitiba

39

TABELA 3 - CONCORRENTES QUE FORNECEM BOLOS E DOCES POR BAIRRO

Bairro Quantidade de Concorrentes Reais

Quantidade de Concorrentes Potenciais

Aacutegua Verde 4 1

Ahuacute 1

Bairro Alto 2 1

Barreirinha 1

Barreirinha 1

Bom Retiro 1

Campo Comprido 1

Campo Comprido 1

Cidade Industrial 1

Colombo 1

Fazenda Rio Grande 1

Hauer 1

Hugo Lange 1

Mercecircs 1

Novo Mundo 2 1

Novo Mundo 1

Portatildeo 1

Portatildeo 1

Santa Cacircndida 1

Santa Felicidade 1 1

Santo Inaacutecio 1 1

Satildeo Joseacute dos Pinhais 1

Seminaacuterio 1

Sitio Cercado 1

Tarumatilde 1

Vila Izabel 1

Natildeo Informado 1 2

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

418 Forma de divulgaccedilatildeo dos concorrentes

Todas as empresas pesquisadas que fornecem produtos similares aos que

vamos fornecer utilizam sites proacuteprios e as redes sociais para fazer divulgaccedilatildeo dos

seus produtos todas fazem degustaccedilatildeo para os clientes conhecerem os seus

produtos e posteriormente fechar um contrato

40

42 TAMANHO DO NEGOacuteCIO

421 Capacidade produtiva

A capacidade produtiva vai ser para atender ateacute 4 eventos por semana A

produccedilatildeo vai ser de ateacute 5600 doces (doces finos gourmet e bem casados) e 4 bolos

atendendo ateacute 4 eventos por final de semana e ateacute 16 eventos por mecircs sendo que

nos meses de setembro a dezembro essa demanda aumenta pelo motivo de

historicamente ter um nuacutemero maior de casamentos

422 Investimento

Um dos pontos mais relevantes para abertura de uma empresa eacute a

determinaccedilatildeo do capital miacutenimo para dar iniacutecio nas atividades e principalmente como

obter este capital ldquoEacute com o capital inicial que a empresa tem condiccedilotildees de reunir os

recursos empresariais necessaacuterios ao seu funcionamento sejam eles recursos

humanos materiais ou financeirosrdquo A determinaccedilatildeo do capital eacute o que estabelece a

quantidade de recursos empresariais que a empresa tem disponiacutevel Indiscutivelmente

quanto maior for o volume de recursos empresariais mais faacutecil se torna o desempenho

da empresa Quando todos os recursos necessaacuterios para seu funcionamento estatildeo agrave

disposiccedilatildeo a administraccedilatildeo do empreendimento fica mais simples (CHIAVENATO

2007 p84)

Cabe acrescentar que (LAPPONI 2007 p 321)

O custo inicial refere-se aos desembolsos realizados para aquisiccedilatildeo de equipamentos ou outros ativos fixos incluindo o pagamento de fretes seguros instalaccedilotildees despesas operacionais iniciais com materiais e matildeo de obra treinamento de pessoal de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo etc resumindo o custo inicial inclui todos os desembolsos necessaacuterios para adquirir os ativos necessaacuterios e que estejam em condiccedilotildees de operar e gerar as receitas estimadas

41

O empreendimento iniciaraacute suas atividades com capital investido com

recursos proacuteprios da empreendedora

As estimativas de investimento inicial para abertura da empresa foi de

R$5162851 conforme tabela 4

TABELA 4 - INVESTIMENTO INICIAL

Descriccedilatildeo Valor (R$)

Maacutequinas e equipamentos Cozinha R$ 3084878

Utensiacutelios R$ 555075

Moacuteveis para escritoacuterio R$ 268982

Equipamentos de informaacutetica e eletrocircnicos R$ 446204

Outros custos escritoacuterio R$ 48912

Uniformes R$ 155800

Pintura Imoacutevel R$ 500000

Porta de Vidro R$ 103000

Total R$ 5162851

FONTE ELABORADO PELO AUTOR (2015)

423 Localizaccedilatildeo

Seraacute locado um imoacutevel para a instalaccedilatildeo da empresa localizado na Rua Heitor

Baggio Vidal 2508 Bairro Alto Curitiba ndash PR com o valor do aluguel mensal de

R$160000 (mil e seiscentos reais) O espaccedilo interno de 95msup2 seraacute dividido em trecircs

partes a primeira com 20msup2 vai ficar a recepccedilatildeo para receber os clientes efetuar

orccedilamentos e as degustaccedilotildees a segunda com 71msup2 a cozinha industrial onde seratildeo

fabricados os bolos e doces finos e a terceira com 4msup2 o lavabo

42

FOTO14 - FOTO DO IMOacuteVEL ONDE SERAacute INSTALADA A EMPRESA FONTE MP IMOacuteVEIS

424 Entregas

As entregas dos bolos e doces finos seratildeo efetuadas por uma empresa

parceira localizada no Bairro Alto o preccedilo das entregas em Curitiba e regiatildeo

metropolitana variam de R$2400 (vinte e quatro reais) a R$6000 (sessenta reais)

dependendo da localizaccedilatildeo tais valores seratildeo cobrados dos clientes

43 CAPITAL DE GIRO

O capital de giro inicial foi estimado levando em conta que no primeiro ano a

empresa vai produzir 8333 da sua capacidade atendendo em meacutedia 13 ventos

mensalmente sendo assim foram considerados os gastos operacionais necessaacuterios

para o iniacutecio das atividades incluindo o custo fixo mensal e o estoque inicial ambos

multiplicados por 2 e acrescidos de um percentual de 10 de margem de seguranccedila

para despesas natildeo previstas

43

TABELA 5 - CAPITAL DE GIRO

Item Valor (R$)

Estoque Inicial 5144000

Custo Fixo Mensal 3194783

Reserva (10) 833878

Total do Capital de Giro Inicial 9172662

FONTE ELABORDO PELO AUTOR

44 FLUXO DE CAIXA

ldquoFluxo de Caixa eacute um Instrumento de gestatildeo financeira que projeta para

periacuteodos futuros todas as entradas e as saiacutedas de recursos financeiros da empresa

indicando como seraacute o saldo de caixa para o periacuteodo projetadordquo (SEBRAE)

Na tabela 6 eacute apresentada a projeccedilatildeo do Fluxo de Caixa da empresa para os

seus primeiros cinco anos onde fica evidenciado que do primeiro ateacute o quinto ano a

sauacutede financeira da empresa melhora gradativamente sendo que no final do quinto

ano o saldo em caixa ultrapassa os 300 se comparado com o saldo em caixa no

final do primeiro ano

Pode-se observar que natildeo foi inserida no fluxo de caixa a opccedilatildeo de

inadimplecircncia pois todos os pagamentos seratildeo efetuados agrave vista em dinheiro ou

cartatildeo sendo que o pagamento total dos produtos deve ser efetuado no miacutenimo 10

dias antes da data do evento

44

TABELA 6 - PROJECcedilAtildeO DE FLUXO DE CAIXA NOS PRIMEIROS CINCO ANOS

Descriccedilatildeo Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

Investimento Inicial (5162851)

Capital de Giro (9172662) 9172662

Valor Residual 1548855

Total de entradas 000 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873

Previsatildeo Receitas de vendas 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873

Total de Saiacutedas (14335513) (44888699) (54283425) (59479393) (64738409) (70291804)

(-)Fornecedores (25720000) (33641760) (36669518) (39969775) (43567055)

(-)Folha de pagamento (3267192) (3593911) (3953302) (4348633) (4783496)

(-)Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)

(963216) (1011377) (1061946) (1115043) (1170795)

(-)Retiradas soacutecios (2400000) (2640000) (3432000) (3946800) (4341480)

(-)Impostos s vendas (4654291) (5073177) (5573767) (6075406) (6622192)

(-)Alugueacuteis (1920000) (2016000) (2116800) (2222640) (2333772)

(-)Energia eleacutetrica (840000) (882000) (926100) (972405) (1021025)

(-)Aacutegua (300000) (315000) (330750) (347288) (364652)

(-)Telefone (384000) (403200) (423360) (444528) (466754)

(-)Gaacutes (588000) (617400) (648270) (680684) (714718)

(-)Serviccedilos contabilidade (960000) (1008000) (1058400) (1111320) (1166886)

(-)Manutenccedilatildeo (600000) (630000) (661500) (694575) (729304)

(-)Outras despesas com funcionaacuterios

(1296000) (1405800) (1525590) (1656320) (1799030)

(-)Taxas bancaacuterias (96000) (100800) (105840) (111132) (116689)

(-)Outros pagamentos (900000) (945000) (992250) (1041863) (1093956)

Entradas - Saiacutedas (14335513) 12981301 21410535 23027023 25193585 27734070

Depreciaccedilatildeo 000 (631377) (631377) (631377) (631377) (631377)

Saldo Final (14335513) 12349924 20779158 22395647 24562208 37824209

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

A depreciaccedilatildeo foi calculada considerando o prazo de vida uacutetil meacutedio de 10

anos das maacutequinas equipamentos instalaccedilotildees moacuteveis e utensiacutelios e para os

computadores e perifeacutericos foi considerado o prazo de vida uacutetil de 5 anos conforme

demonstrado na tabela 7

TABELA 7 - DEPRECIACcedilAtildeO

Item Valor Inicial Taxa Anual Depreciaccedilatildeo Anual (R$)

Maacutequinas e equipamentos 3084878 10 308488

Instalaccedilotildees 103000 10 10300

Moacuteveis e Utensiacutelios 824057 10 82406

Computadores e Perifeacutericos 446204 20 89241

Outros 704712 20 140942

Total 631377

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

45

O valor residual dos equipamentos e instalaccedilotildees da empresa no final do quinto

ano foi considerado em 30 referente ao valor de aquisiccedilatildeo dos mesmos no iniacutecio do

projeto

45 ANAacuteLISE DOS INDICADORES (VPL TIR E PAYBACK)

451 Valor Presente Liacutequido (VPL)

A tabela 8 mostra que o VPL (Valor Presente Liacutequido) eacute positivo isso significa

que aleacutem de recuperar o investimento inicial ainda vai ser agregado ao valor da

empresa um montante de R$ R$50392407 (quinhentos e trecircs mil novecentos e vinte

quatro reais e sete centavos)

A taxa de retorno requerida de 20 foi determinada levando em conta o niacutevel

de risco do projeto e visando o valor desejado para se obter em cima do valor

investido

TABELA 8 - CALCULO DO VALOR PRESENTE LIacuteQUIDO (VPL)

Anos FC k 2000

0 -$143355 VPL $50392407

1 $123499 VPL $50392407

2 $207792 VPL $50392407

3 $223956 VPL $21761126

4 $245622 VPL $21761126

5 $378242 Decisatildeo Aceitar o Projeto

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

452 Taxa Interna de Retorno (TIR)

Conforme a tabela 9 eacute possiacutevel verificar que a TIR (Taxa Interna de Retorno)

eacute de 11593 maior que a taxa requerida de 20 isso significa que custo inicial seraacute

46

recuperado e o projeto vai criar valor para empresa mais um resultado favoraacutevel para

a aceitaccedilatildeo do projeto

TABELA 9 - TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR)

Anos FC

0 -$143355 TIR 11593

1 $123499 TIR 2168

2 $207792 TIR 2168

3 $223956 Decisatildeo

4 $245622 k 2000

5 $378242 Aceitar o projeto

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

453 Payback

O tempo de recuperaccedilatildeo do custo inicial ocorre normalmente entre o quarto e

o quinto ano se for feita a anaacutelise da tabela 10 eacute possiacutevel verificar que o tempo

necessaacuterio para o retorno do investimento (payback) do projeto eacute de 128 anos este

indicador mostra claramente que o projeto deve ser aceito pois o tempo de retorno

estaacute bem abaixo do tempo meacutedio dos empreendimentos como um todo

TABELA 10 - PAYBACK

k 20

Anos FC SPresente

0 -$143355 -$143355 PBD-SP = 128

1 $123499 -$40439 128

2 $207792 $103861

3 $223956 $233465

4 $245622 $351917

5 $378242 $503924

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

47

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Para iniciar um negoacutecio requer muito mais do que apenas o espiacuterito

empreendedor eacute necessaacuterio ter lideranccedila conhecimento sobre o mercado que deseja

atuar organizaccedilatildeo e principalmente planejamento

O principal objetivo desse estudo foi analisar a viabilidade econocircmico-

financeira da abertura de uma empresa de bolos e doces finos no Bairro Alto em

Curitiba

O objetivo apresentado nesta pesquisa foi atingido pois todos os indicadores

analisados mostram com clareza que empresa obteacutem resultados positivos que criam

valor para a mesma e com isso o projeto eacute viaacutevel economicamente pois do primeiro

ao quinto ano fica visiacutevel o crescimento do empreendimento e a melhora significativa

da sua sauacutede financeira isso fica evidenciado no saldo final em caixa no quinto ano

que chega proacuteximo haacute 400 mil reais Apesar disso eacute crucial o acompanhamento do

mercado para seguir as tendecircncias e se atualizar constantemente para tomar

decisotildees mais assertivas

Um negoacutecio mal avaliado pode arruinar a estabilidade econocircmica do

investidor por isso eacute de extrema importacircncia fazer todos os levantamentos de custos

antes de se aventurar em qualquer empreendimento

Eacute possiacutevel comprovar que a pesquisa realizada contribui positivamente para

abertura da empresa No entanto as informaccedilotildees aqui presentes natildeo satildeo estaacuteticas e

devem ser revisadas periodicamente e se preciso ateacute mesmo ampliadas no decorrer

da implantaccedilatildeo do projeto para que o mesmo seja uma ferramenta eficiente e eficaz

no desenvolvimento da empresa como um todo

48

REFEREcircNCIAS

BRITO Paulo Anaacutelise e viabilidade de projetos de investimento Satildeo Paulo Atlas 2003 DOLABELA Fernando O segredo de Luiacutesa 30 ed Satildeo Paulo Editora de Cultura 2006 DORNELAS Joseacute Carlos Assis Empreendedorismo transformando ideias em negoacutecios 4 ed Rio de Janeiro Campus Elsevier 2012 CENSO Demograacutefico 2010 Resultados gerais da amostra Curitiba IBGE 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=410690ampidtema=87ampsearch=parana|curitiba|censo-demografico-2010-resultados-gerais-da-amostra-gt Acesso em 21 de Junho de 2015 CHIAVENATO Idalberto Empreendedorismo dando asas ao espiacuterito empreendedor empreendedorismo e a viabilidade de novas empresas um guia eficiente para iniciar e tocar seu proacuteprio negoacutecio 2 ed Satildeo Paulo Saraiva 2007 ESTATIacuteSTICAS do registro civil 2012 Curitiba IBGE 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaoregistrocivil2012default_xlsshtmgt Acesso em 21 de Junho de 2015 GIL Antonio Carlos Meacutetodos e teacutecnicas de pesquisa social 6 ed Satildeo Paulo Atlas 2008 KOTLER Philip KELLER Kevin Lane Administraccedilatildeo de Marketing 12 ed Satildeo Paulo ABDR 2006 LAPPONI Juan Carlos Projetos de Investimento na Empresa Rio de Janeiro Elsevier 2007 MACHADO Jesseacute Anderson Pinto Projetos Econocircmicos uma abordagem praacutetica de elaboraccedilatildeo Satildeo Paulo Nobel 2002 MICHEL Maria Helena Metodologia e pesquisa cientiacutefica em ciecircncias sociais 2 ed Satildeo Paulo Atlas 2009 OLIVEIRA Djalma de Pinho Rebouccedilas de Planejamento estrateacutegico conceitos metodologia e praacuteticas 20 ed Satildeo Paulo Atlas 2004 PRODANOV Cleber Cristiano ERNANI Cesar de Freitas Metodologia do trabalho cientiacutefico meacutetodo e teacutecnicas da pesquisa e do trabalho acadecircmico 2 ed Novo Hamburgo Freevale 2013

49

REBELATTO Dayse Projeto de Investimento 1 ed Barueri Manole 2004 SEBRAE Pesquisa de Mercado o que eacute e para que serve Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrsitesPortalSebraeartigosPesquisa-de-mercado-o-que-C3A9-e-para-que-servegt Acesso em 21 de Junho de 2015 SEBRAE Fluxo de caixa Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrSebraePortal20SebraeAnexos0_fluxo-de-caixapdfgt Acesso em 10 de Outubro de 2015 WILDAUER Egon Walter Plano de negoacutecios elementos construtivos e processos de elaboraccedilatildeo 2 ed Curitiba Ibpex 2011 WOILER Samsatildeo MATHIAS Washington Franco Projetos planejamento elaboraccedilatildeo anaacutelise 1 ed Satildeo Paulo Atlas 1994

50

APEcircNDICES

APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL 51

APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS 52

APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL 52

51

APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL

Item Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

Aacutegua 25000 26250 27563 28941 30388

Aluguel 160000 168000 176400 185220 194481

Assessoria Contaacutebil 80000 84000 88200 92610 97241

Gaacutes 49000 51450 54023 56724 59560

Impostos 387858 422765 464481 506284 551849

Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)

80268 84281 88495 92920 97566

Energia eleacutetrica 70000 73500 77175 81034 85085

Manutenccedilatildeo 50000 52500 55125 57881 60775

Material de escritoacuterio 20000 21000 22050 23153 24310

Material de Limpeza 40000 42000 44100 46305 48620

Folha de pagamento 272266 299493 329442 362386 398625

Seguros 15000 15750 16538 17364 18233

Telefone fixointernet 20000 21000 22050 23153 24310

Telefone Moacutevel 12000 12600 13230 13892 14586

Vale Refeiccedilatildeo 75000 82500 90750 99825 109808

Vale Transporte 33000 34650 36383 38202 40112

Proacute- labore 200000 220000 286000 328900 361790

Taxas Bancaacuterias 8000 8400 8820 9261 9724

Total R$ 1597392 R$ 1720139 R$ 1900823 R$ 2064053 R$ 2227062

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

52

APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS

Item

Produccedilatildeo mensal meacutedia

Custo unitaacuterio total

Sugestatildeo Preccedilo de venda

Custo Mensal Total

Receita de vendas

Bolos artiacutesticos (recheios diversos) 150 6000 13500 900000 2025000

Bolos de copa (recheios diversos) 30 3600 8100 108000 243000

Naked cake (recheios diversos) 60 4200 9450 252000 567000

Doces Tradicionais 32 3500 7875 112000 252000

Doces Espelhados 32 5000 11250 160000 360000

Doces Finos 32 7500 16875 240000 540000

Brigadeiros gourmet 16 4500 10125 72000 162000

Tacinhas acriacutelicas 16 5500 12375 88000 198000

Trufas 32 5000 11250 160000 360000

Bombons 32 5000 11250 160000 360000

Bem casados 3200 100 225 320000 720000

Custo produccedilatildeo Total 2572000

Receita Total 5787000

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL

Ano Receita Bruta Variaccedilatildeo anual

Ano 1 000

Ano 2 69444000 9

Ano 3 75693960 9

Ano 4 82506416 9

Ano 5 89931994 9

Valor considerando a inflaccedilatildeo de 9 aa

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

27

3 METODOLOGIA

Este capiacutetulo tem por objetivo descrever os procedimentos e teacutecnicas

utilizados na pesquisa considerando o problema e aos objetivos gerais e especiacuteficos

Para a execuccedilatildeo da revisatildeo bibliograacutefica realizada neste estudo foi utilizado

livros de especialistas na aacuterea os principais temas abordados foram o

empreendedorismo que eacute um assunto chave quando surge uma ideia para um novo

negoacutecio plano de negoacutecios que eacute um elemento fundamental para o sucesso ou

fracasso de um empreendimento e a viabilidade econocircmico-financeira tema

fundamental visto que o objetivo geral da pesquisa eacute mensurar se a mesma eacute viaacutevel

ou natildeo economicamente

Foi elaborada uma anaacutelise de mercado que estaacute disponiacutevel no item 41 deste

estudo atraveacutes da mesma foi identificado que os principais clientes satildeo das classes

A e B de Curitiba regiatildeo metropolitana no item 42 foi efetuado um levantamento do

tamanho do negoacutecio onde foi definida a capacidade produtiva o investimento inicial e

a localizaccedilatildeo do empreendimento no item 44foi elaborado o fluxo de caixa que

demonstra as previsotildees financeiras do periacuteodo de 5 anos o meacutetodo utilizado para

elaborar a pesquisa foi um estudo de caso de natureza exploratoacuteria quantitativa e

anaacutelise documental

O estudo de caso eacute evidenciado por um estudo minucioso e cansativo de um

ou poucos objetivos desta forma propicia um vasto e detalhado conhecimento sobre

o assunto uma missatildeo praticamente impossiacutevel mediante as outras maneiras de

delineamentos consideradas (GIL 2008 p 57-58)

Prodanov e Freitas (2013 p60) afirmam que o estudo de caso consiste em

recolher e analisar dados sobre determinado indiviacuteduo famiacutelia grupo ou comunidade

com a finalidade de estudar diferentes aspectos das suas vidas conforme o assunto

da pesquisa

Jaacute as pesquisas exploratoacuterias satildeo definidas por Gil (2008 p 27) como as que

Tecircm como principal finalidade desenvolver esclarecer e modificar conceitos e ideias tendo em vista a formulaccedilatildeo de problemas mais precisos ou hipoacuteteses pesquisaacuteveis para estudos posteriores De todos os tipos de pesquisa estas satildeo as que apresentam menor rigidez no planejamento Habitualmente envolvem levantamento bibliograacutefico e documental entrevistas natildeo padronizadas e estudos de caso

28

A pesquisa quantitativa ldquoconsidera que tudo pode ser quantificaacutevel o que

significa traduzir em nuacutemeros opiniotildees e informaccedilotildees para classificaacute-las e analisaacute-lasrdquo

Eacute necessaacuteria a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas estatiacutesticas tais como porcentagem meacutedia

moda desvio-padratildeo coeficiente de correlaccedilatildeo etc (PRODANOV FREITAS 2013

p 69)

Muitos dados que satildeo utilizados em pesquisas satildeo adquiridos indiretamente

por meio de documentosrdquo como livros jornais papeacuteis oficiais registros estatiacutesticos

fotos discos filmes e viacutedeos que satildeo obtidos de maneira indiretardquo Essas fontes

documentais tecircm a capacidade de disponibilizar ao pesquisador um grande nuacutemero

de informaccedilotildees com bastante qualidade para evitar a perda de tempo (GIL 2008 p

147)

Este modelo de pesquisa foi utilizado para definir os principais clientes quais

os produtos que seratildeo vendidos a capacidade produtiva assim como a viabilidade

econocircmico-financeira e operacional do negoacutecio

29

4 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES

41 ANAacuteLISE DE MERCADO

Woiler e Mathias (1994 p41) e Rebelatto (2004 p01) afirmam que a anaacutelise

de mercado eacute um dos pontos mais relevantes para elaboraccedilatildeo de um projeto Atraveacutes

do estudo do mercado obtemos muitas informaccedilotildees tais como

Fazendo a comparaccedilatildeo entre demanda e a oferta encontramos a

possiacutevel escassez da demanda futura Esse resultado proporcionaraacute

informaccedilotildees para que seja definida a escala de produccedilatildeo do projeto

A regiatildeo geograacutefica em que o produto pode ser vendido eacute um dos pontos

mais significativos para que seja definida a localizaccedilatildeo do empreendimento

O preccedilo de venda os custos de comercializaccedilatildeo e os estoques nos

canais de comercializaccedilatildeo satildeo informaccedilotildees relevantes para que seja

elaborada a projeccedilatildeo do projeto

Vale salientar que esses satildeo apenas alguns elementos importantes que eacute

possiacutevel identificar na anaacutelise de mercado existe muitos outros dados que satildeo obtidos

com a mesma

411 Mercado consumidor

ldquoTodas as decisotildees relacionadas a novos empreendimentos contecircm certo

grau de incerteza tanto no que diz respeito agrave informaccedilatildeo na qual as decisotildees estatildeo

baseadas como no que diz respeito agraves suas consequecircnciasrdquo (SEBRAE)

Chiavenato acredita que os clientes tecircm a capacidade de alavancar ou

derrubar um empreendimento ldquoUm cliente pode ser uma organizaccedilatildeo uma empresa

um usuaacuterio dos produtosserviccedilos ou um consumidor finalrdquo Eacute quem adquiri os

produtosserviccedilos ofertados pela organizaccedilatildeo no final da cadeia de transaccedilotildees Eacute ele

que estabelece direta ou indiretamente se o empreendimento teraacute ecircxito ou natildeo Por

30

isso o cliente deve ser considerado como o principal patrimocircnio da empresa (2007

p 207)

Segundo dados do censo 2010 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e

estatiacutestica) dos 576190 (quinhentos e setenta e seis mil cento e noventa) domiciacutelios

de Curitiba 292965 (duzentos e noventa e dois mil novecentos e sessenta e cinco)

possuem renda de mais de 5 a mais de 20 salaacuterios miacutenimos sendo assim cerca de

5085 dos domiciacutelios curitibanos estatildeo enquadrados nas classes A e B Ainda

segundo o IBGE cerca de 137922 (cento e trinta e sete mil novecentos e vinte e dois)

domiciacutelios curitibanos tecircm renda de mais de 10 salaacuterios miacutenimos o que representa

uma meacutedia de 24 dos domiciacutelios de Curitiba

Mais de 249000 (duzentos e quarenta e nove mil) pessoas que residem em

Curitiba cerca de 1423 da populaccedilatildeo tem rendimento mensal de mais de 5 salaacuterios

miacutenimos conforme Tabela 1

TABELA 1 - RESULTADOS DA AMOSTRA - RENDIMENTO POR PESSOA EM CURITIBA

Quantidade de pessoas Salaacuterios miacutenimos

153011 Mais de 5 a 10 salaacuterios miacutenimos

38692 Mais de 10 a 15 salaacuterios miacutenimos

25427 Mais de 15 a 20 salaacuterios miacutenimos

18264 Mais de 20 a 30 salaacuterios miacutenimos

13791 Mais de 30 salaacuterios miacutenimos

FONTE IBGE - CENSO DEMOGRAacuteFICO 2010

Curitiba possui uma populaccedilatildeo de mais de 1750000 (um milhatildeo setecentos

e cinquenta mil habitantes) segundo censo IBGE 2010 sendo que 932000

(novecentos e trinta e dois mil) pessoas com o estado civil de solteiro viuacutevo

divorciado separado judicialmentedesquitado isso mostra que tem muitas pessoas

que podem fazer festas de casamento e necessitar dos produtos que seratildeo ofertados

tais como bolos artiacutesticos doces finos e bem casados

Segundo as estatiacutesticas do registro civil do IBGE ocorreram em Curitiba e

regiatildeo metropolitana no ano 2012 exatamente 18877 (dezoito mil oitocentos e setenta

e sete) casamentos sendo que nos meses de setembro a dezembro foi onde ocorreu

um maior nuacutemero um total de 7828 (sete mil oitocentos e vinte e oito) casamentos o

que representa um total de 4147 dos casamentos ocorrem nesses quatro meses

do ano

31

TABELA 2 - CASAMENTOS POR MEcircS DE REGISTRO SEGUNDO O LUGAR DO REGISTRO ndash 2012

Lugar do registro

Casamentos por mecircs do registro

Total de

registros Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

RM Curitiba 18877 1466 1250 1572 1282 1403 1533 1248 1255 1735 1753 2118 2262

Curitiba 10351 848 692 857 692 724 872 658 658 971 968 1237 1174

FONTE IBGE DIRETORIA DE PESQUISAS COORDENACcedilAtildeO DE POPULACcedilAtildeO E INDICADORES SOCIAIS ESTATIacuteSTICAS DO REGISTRO CIVIL 2012

Nessa perspectiva foi definido que o mercado que a empresa de bolos e doces

finos vai atuar eacute de Curitiba e regiatildeo metropolitana com foco nas pessoas das classes

A e B com estado civil solteiro divorciado separado judicialmentedesquitado e viuacutevo

412 Produtos que seratildeo vendidos

ldquoNo coraccedilatildeo de uma grande marca haacute um grande produto O produto-chave

na oferta ao mercado Liacutederes de mercado geralmente oferecem produtos e serviccedilos

de qualidade superiorrdquo (KOTLER KELLER 2006 p 366)

Os principais produtos fornecidos seratildeo

Bolos artiacutesticos

FOTO1 - BOLO ARTIacuteSTICO FONTE WANDA CARDOSO - BOLOS ARTIacuteSTICOS amp DOCES

32

Bolos de copa

FOTO2 - BOLO DE COPA FONTE ELABORADO PELO AUTOR

FOTO3 - BOLO DE COPA FONTE ELABORADO PELO AUTOR

Naked cake

FOTO4 - NAKED CAKE FONTE DOCES PENEacuteLOPE

33

Doces Tradicionais

FOTO5 - DOCES TRADICIONAIS FONTE ELABORADO PELO AUTOR

Doces Espelhados

FOTO6 - DOCES ESPELHADOS FONTE PRONTO SOCORRO DAS FESTAS

Doces Finos

FOTO 7 - DOCES FINOS FONTE COMPRANDO MEU APE

34

Brigadeiros gourmet

FOTO8 - BRIGADEIROS GOURMET FONTE ELABORADO PELO AUTOR

Tacinhas acriacutelicas

FOTO9 - TACINHAS ACRIacuteLICAS FONTE BUFFET DELIacuteCIAS DA VI

Trufas

FOTO 10 - TRUFAS FONTE FOGAtildeO DA VOVOacute

35

Bombons

FOTO11 - BOMBONS FONTE DALVA GOLDEN GATE

Bem casados

FOTO12 - BEM CASADOS FONTE CASAMENTO SEM ERRO

FOTO13 - BEM CASADOS FONTE CASAMENTO SEM ERRO

36

413 Preccedilo de venda

A definiccedilatildeo do preccedilo dos produtos eacute uma das decisotildees mais relevantes da

organizaccedilatildeo que deve levar em conta a forma como a empresa deseja se posicionar

no mercado os custos a concorrecircncia e a rentabilidade almejada

O preccedilo eacute um dos elementos mais versaacuteteis pode ser modificado rapidamente

ao contraacuterio das propriedades dos produtos dos contratos com canais de distribuiccedilatildeo

e ateacute mesmo das promoccedilotildees O Preccedilo tem tambeacutem a tarefa de mostrar ao mercado o

posicionamento de valor desejado pela empresa para o seu produto ou marca

(KOTLER KELLER 2006 p 428)

A consolidaccedilatildeo dos preccedilos dos produtos seraacute elaborada levando em conta os

custos para se obter os produtos com a qualidade requinte e sofisticaccedilatildeo desejada

com a margem de lucro esperada e se baseando nos preccedilos praticados pela

concorrecircncia

414 Previsatildeo de vendas

Para Chiavenato (2007 p 2013)

A previsatildeo de vendas representa a quantidade de produtosserviccedilos que a empresa pretende vender ou colocar no mercado durante um determinado periacuteodo geralmente um mecircs ou um ano dividido em meses Constitui portanto uma estimativa ou uma expectativa de vendas Pode ser feita em unidades fiacutesicas ou em valores monetaacuterios

A produccedilatildeo vai ser em meacutedia de 5600 doces (doces finos gourmet e bem

casados) e 4 bolos procurando atender em meacutedia 4 eventos por semana e ateacute 16

eventos por mecircs sendo que nos meses de setembro a dezembro essa demanda

aumenta pelo motivo de historicamente ter um nuacutemero maior de casamentos

37

415 Definiccedilatildeo de local de venda dos produtos

ldquoA venda eacute a fase fundamental do processo de vendas Consiste na

transferecircncia do produtoserviccedilo para o cliente ou consumidorrdquo (CHIAVENATO 2007

p 210)

As vendas vatildeo ocorrer atraveacutes de site proacuteprio redes sociais telefone e

pessoalmente natildeo teremos loja fiacutesica apenas um ateliecirc para confecccedilatildeo dos bolos e

doces onde vai conter uma sala anexa na qual vai ser oferecido o serviccedilo de

degustaccedilatildeo com horaacuterios marcados para assim o cliente decidir quais os produtos

seratildeo adquiridos para o seu evento e fechamento de contrato

416 Definiccedilatildeo da demanda e da oferta

Na maior parte das encomendas os clientes solicitam os doces finos e

gourmet que contecircm chocolates frutas oleaginosas tais como castanhas nozes

avelatildes amecircndoas frutas como framboesa morango damasco cerejas e os bem

casados Os bolos mais solicitados satildeo os com decoraccedilatildeo de pasta americana que

deve obrigatoriamente ter recheios mais firmes como ganaches fios de ovos

strogonoff de nozes e os naked cake (bolo pelado) que possuem mais opccedilotildees de

recheios com chocolates frutas diversas e cremes de pacirctisserie

Em contato com algumas empresas que fornecem o mesmo tipo de produto

foi possiacutevel verificar que as encomendas devem ser feitas com antecedecircncia miacutenima

de 6 meses sendo que alguns casos somente com um ano de antecedecircncia para

conseguir na data desejada Esse eacute um dos pontos que mostra que tem espaccedilo

suficiente para entrada nesse mercado

38

417 Concorrentes

Chiavenato (2007 p 33) Kotler e Keller (2006 p 340) afirmam que os

concorrentes satildeo as organizaccedilotildees que competem pelos mesmos fornecedores

clientes e consumidores

ldquoAgrave medida que seus produtosserviccedilos tornam-se mais heterogecircneos tanto

mais heterogecircneos e diferenciados seratildeo seus concorrentes e tanto mais complexa

seraacute a competitividaderdquo (CHIAVENATO 2007 p 33)

Em busca na internet foi possiacutevel identificar que atualmente existe em meacutedia

25 concorrentes reais que oferecem exatamente os mesmos produtos que seratildeo

fornecidos com o mesmo padratildeo de qualidade valor agregado requinte e

sofisticaccedilatildeo Tambeacutem foi detectado mais 14 concorrentes potenciais que vendem

produtos similares aos que seratildeo vendidos poreacutem natildeo possuem o mesmo valor

agregado dos que vatildeo ser ofertados Foi possiacutevel identificar que alguns concorrentes

oferecem somente os doces finos dos quais foram identificados mais 3 concorrentes

reais e 3 concorrentes potenciais E foi detectado que existem concorrentes que

fornecem apenas os bolos artiacutesticos dos quais foi identificado 4 concorrentes reais

todos fornecem os bolos com o mesmo niacutevel de qualidade que seratildeo fornecidos

A tabela 3 mostra a divisatildeo dos concorrentes reais e potenciais que fornecem

bolos e doces por bairro de Curitiba

39

TABELA 3 - CONCORRENTES QUE FORNECEM BOLOS E DOCES POR BAIRRO

Bairro Quantidade de Concorrentes Reais

Quantidade de Concorrentes Potenciais

Aacutegua Verde 4 1

Ahuacute 1

Bairro Alto 2 1

Barreirinha 1

Barreirinha 1

Bom Retiro 1

Campo Comprido 1

Campo Comprido 1

Cidade Industrial 1

Colombo 1

Fazenda Rio Grande 1

Hauer 1

Hugo Lange 1

Mercecircs 1

Novo Mundo 2 1

Novo Mundo 1

Portatildeo 1

Portatildeo 1

Santa Cacircndida 1

Santa Felicidade 1 1

Santo Inaacutecio 1 1

Satildeo Joseacute dos Pinhais 1

Seminaacuterio 1

Sitio Cercado 1

Tarumatilde 1

Vila Izabel 1

Natildeo Informado 1 2

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

418 Forma de divulgaccedilatildeo dos concorrentes

Todas as empresas pesquisadas que fornecem produtos similares aos que

vamos fornecer utilizam sites proacuteprios e as redes sociais para fazer divulgaccedilatildeo dos

seus produtos todas fazem degustaccedilatildeo para os clientes conhecerem os seus

produtos e posteriormente fechar um contrato

40

42 TAMANHO DO NEGOacuteCIO

421 Capacidade produtiva

A capacidade produtiva vai ser para atender ateacute 4 eventos por semana A

produccedilatildeo vai ser de ateacute 5600 doces (doces finos gourmet e bem casados) e 4 bolos

atendendo ateacute 4 eventos por final de semana e ateacute 16 eventos por mecircs sendo que

nos meses de setembro a dezembro essa demanda aumenta pelo motivo de

historicamente ter um nuacutemero maior de casamentos

422 Investimento

Um dos pontos mais relevantes para abertura de uma empresa eacute a

determinaccedilatildeo do capital miacutenimo para dar iniacutecio nas atividades e principalmente como

obter este capital ldquoEacute com o capital inicial que a empresa tem condiccedilotildees de reunir os

recursos empresariais necessaacuterios ao seu funcionamento sejam eles recursos

humanos materiais ou financeirosrdquo A determinaccedilatildeo do capital eacute o que estabelece a

quantidade de recursos empresariais que a empresa tem disponiacutevel Indiscutivelmente

quanto maior for o volume de recursos empresariais mais faacutecil se torna o desempenho

da empresa Quando todos os recursos necessaacuterios para seu funcionamento estatildeo agrave

disposiccedilatildeo a administraccedilatildeo do empreendimento fica mais simples (CHIAVENATO

2007 p84)

Cabe acrescentar que (LAPPONI 2007 p 321)

O custo inicial refere-se aos desembolsos realizados para aquisiccedilatildeo de equipamentos ou outros ativos fixos incluindo o pagamento de fretes seguros instalaccedilotildees despesas operacionais iniciais com materiais e matildeo de obra treinamento de pessoal de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo etc resumindo o custo inicial inclui todos os desembolsos necessaacuterios para adquirir os ativos necessaacuterios e que estejam em condiccedilotildees de operar e gerar as receitas estimadas

41

O empreendimento iniciaraacute suas atividades com capital investido com

recursos proacuteprios da empreendedora

As estimativas de investimento inicial para abertura da empresa foi de

R$5162851 conforme tabela 4

TABELA 4 - INVESTIMENTO INICIAL

Descriccedilatildeo Valor (R$)

Maacutequinas e equipamentos Cozinha R$ 3084878

Utensiacutelios R$ 555075

Moacuteveis para escritoacuterio R$ 268982

Equipamentos de informaacutetica e eletrocircnicos R$ 446204

Outros custos escritoacuterio R$ 48912

Uniformes R$ 155800

Pintura Imoacutevel R$ 500000

Porta de Vidro R$ 103000

Total R$ 5162851

FONTE ELABORADO PELO AUTOR (2015)

423 Localizaccedilatildeo

Seraacute locado um imoacutevel para a instalaccedilatildeo da empresa localizado na Rua Heitor

Baggio Vidal 2508 Bairro Alto Curitiba ndash PR com o valor do aluguel mensal de

R$160000 (mil e seiscentos reais) O espaccedilo interno de 95msup2 seraacute dividido em trecircs

partes a primeira com 20msup2 vai ficar a recepccedilatildeo para receber os clientes efetuar

orccedilamentos e as degustaccedilotildees a segunda com 71msup2 a cozinha industrial onde seratildeo

fabricados os bolos e doces finos e a terceira com 4msup2 o lavabo

42

FOTO14 - FOTO DO IMOacuteVEL ONDE SERAacute INSTALADA A EMPRESA FONTE MP IMOacuteVEIS

424 Entregas

As entregas dos bolos e doces finos seratildeo efetuadas por uma empresa

parceira localizada no Bairro Alto o preccedilo das entregas em Curitiba e regiatildeo

metropolitana variam de R$2400 (vinte e quatro reais) a R$6000 (sessenta reais)

dependendo da localizaccedilatildeo tais valores seratildeo cobrados dos clientes

43 CAPITAL DE GIRO

O capital de giro inicial foi estimado levando em conta que no primeiro ano a

empresa vai produzir 8333 da sua capacidade atendendo em meacutedia 13 ventos

mensalmente sendo assim foram considerados os gastos operacionais necessaacuterios

para o iniacutecio das atividades incluindo o custo fixo mensal e o estoque inicial ambos

multiplicados por 2 e acrescidos de um percentual de 10 de margem de seguranccedila

para despesas natildeo previstas

43

TABELA 5 - CAPITAL DE GIRO

Item Valor (R$)

Estoque Inicial 5144000

Custo Fixo Mensal 3194783

Reserva (10) 833878

Total do Capital de Giro Inicial 9172662

FONTE ELABORDO PELO AUTOR

44 FLUXO DE CAIXA

ldquoFluxo de Caixa eacute um Instrumento de gestatildeo financeira que projeta para

periacuteodos futuros todas as entradas e as saiacutedas de recursos financeiros da empresa

indicando como seraacute o saldo de caixa para o periacuteodo projetadordquo (SEBRAE)

Na tabela 6 eacute apresentada a projeccedilatildeo do Fluxo de Caixa da empresa para os

seus primeiros cinco anos onde fica evidenciado que do primeiro ateacute o quinto ano a

sauacutede financeira da empresa melhora gradativamente sendo que no final do quinto

ano o saldo em caixa ultrapassa os 300 se comparado com o saldo em caixa no

final do primeiro ano

Pode-se observar que natildeo foi inserida no fluxo de caixa a opccedilatildeo de

inadimplecircncia pois todos os pagamentos seratildeo efetuados agrave vista em dinheiro ou

cartatildeo sendo que o pagamento total dos produtos deve ser efetuado no miacutenimo 10

dias antes da data do evento

44

TABELA 6 - PROJECcedilAtildeO DE FLUXO DE CAIXA NOS PRIMEIROS CINCO ANOS

Descriccedilatildeo Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

Investimento Inicial (5162851)

Capital de Giro (9172662) 9172662

Valor Residual 1548855

Total de entradas 000 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873

Previsatildeo Receitas de vendas 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873

Total de Saiacutedas (14335513) (44888699) (54283425) (59479393) (64738409) (70291804)

(-)Fornecedores (25720000) (33641760) (36669518) (39969775) (43567055)

(-)Folha de pagamento (3267192) (3593911) (3953302) (4348633) (4783496)

(-)Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)

(963216) (1011377) (1061946) (1115043) (1170795)

(-)Retiradas soacutecios (2400000) (2640000) (3432000) (3946800) (4341480)

(-)Impostos s vendas (4654291) (5073177) (5573767) (6075406) (6622192)

(-)Alugueacuteis (1920000) (2016000) (2116800) (2222640) (2333772)

(-)Energia eleacutetrica (840000) (882000) (926100) (972405) (1021025)

(-)Aacutegua (300000) (315000) (330750) (347288) (364652)

(-)Telefone (384000) (403200) (423360) (444528) (466754)

(-)Gaacutes (588000) (617400) (648270) (680684) (714718)

(-)Serviccedilos contabilidade (960000) (1008000) (1058400) (1111320) (1166886)

(-)Manutenccedilatildeo (600000) (630000) (661500) (694575) (729304)

(-)Outras despesas com funcionaacuterios

(1296000) (1405800) (1525590) (1656320) (1799030)

(-)Taxas bancaacuterias (96000) (100800) (105840) (111132) (116689)

(-)Outros pagamentos (900000) (945000) (992250) (1041863) (1093956)

Entradas - Saiacutedas (14335513) 12981301 21410535 23027023 25193585 27734070

Depreciaccedilatildeo 000 (631377) (631377) (631377) (631377) (631377)

Saldo Final (14335513) 12349924 20779158 22395647 24562208 37824209

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

A depreciaccedilatildeo foi calculada considerando o prazo de vida uacutetil meacutedio de 10

anos das maacutequinas equipamentos instalaccedilotildees moacuteveis e utensiacutelios e para os

computadores e perifeacutericos foi considerado o prazo de vida uacutetil de 5 anos conforme

demonstrado na tabela 7

TABELA 7 - DEPRECIACcedilAtildeO

Item Valor Inicial Taxa Anual Depreciaccedilatildeo Anual (R$)

Maacutequinas e equipamentos 3084878 10 308488

Instalaccedilotildees 103000 10 10300

Moacuteveis e Utensiacutelios 824057 10 82406

Computadores e Perifeacutericos 446204 20 89241

Outros 704712 20 140942

Total 631377

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

45

O valor residual dos equipamentos e instalaccedilotildees da empresa no final do quinto

ano foi considerado em 30 referente ao valor de aquisiccedilatildeo dos mesmos no iniacutecio do

projeto

45 ANAacuteLISE DOS INDICADORES (VPL TIR E PAYBACK)

451 Valor Presente Liacutequido (VPL)

A tabela 8 mostra que o VPL (Valor Presente Liacutequido) eacute positivo isso significa

que aleacutem de recuperar o investimento inicial ainda vai ser agregado ao valor da

empresa um montante de R$ R$50392407 (quinhentos e trecircs mil novecentos e vinte

quatro reais e sete centavos)

A taxa de retorno requerida de 20 foi determinada levando em conta o niacutevel

de risco do projeto e visando o valor desejado para se obter em cima do valor

investido

TABELA 8 - CALCULO DO VALOR PRESENTE LIacuteQUIDO (VPL)

Anos FC k 2000

0 -$143355 VPL $50392407

1 $123499 VPL $50392407

2 $207792 VPL $50392407

3 $223956 VPL $21761126

4 $245622 VPL $21761126

5 $378242 Decisatildeo Aceitar o Projeto

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

452 Taxa Interna de Retorno (TIR)

Conforme a tabela 9 eacute possiacutevel verificar que a TIR (Taxa Interna de Retorno)

eacute de 11593 maior que a taxa requerida de 20 isso significa que custo inicial seraacute

46

recuperado e o projeto vai criar valor para empresa mais um resultado favoraacutevel para

a aceitaccedilatildeo do projeto

TABELA 9 - TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR)

Anos FC

0 -$143355 TIR 11593

1 $123499 TIR 2168

2 $207792 TIR 2168

3 $223956 Decisatildeo

4 $245622 k 2000

5 $378242 Aceitar o projeto

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

453 Payback

O tempo de recuperaccedilatildeo do custo inicial ocorre normalmente entre o quarto e

o quinto ano se for feita a anaacutelise da tabela 10 eacute possiacutevel verificar que o tempo

necessaacuterio para o retorno do investimento (payback) do projeto eacute de 128 anos este

indicador mostra claramente que o projeto deve ser aceito pois o tempo de retorno

estaacute bem abaixo do tempo meacutedio dos empreendimentos como um todo

TABELA 10 - PAYBACK

k 20

Anos FC SPresente

0 -$143355 -$143355 PBD-SP = 128

1 $123499 -$40439 128

2 $207792 $103861

3 $223956 $233465

4 $245622 $351917

5 $378242 $503924

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

47

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Para iniciar um negoacutecio requer muito mais do que apenas o espiacuterito

empreendedor eacute necessaacuterio ter lideranccedila conhecimento sobre o mercado que deseja

atuar organizaccedilatildeo e principalmente planejamento

O principal objetivo desse estudo foi analisar a viabilidade econocircmico-

financeira da abertura de uma empresa de bolos e doces finos no Bairro Alto em

Curitiba

O objetivo apresentado nesta pesquisa foi atingido pois todos os indicadores

analisados mostram com clareza que empresa obteacutem resultados positivos que criam

valor para a mesma e com isso o projeto eacute viaacutevel economicamente pois do primeiro

ao quinto ano fica visiacutevel o crescimento do empreendimento e a melhora significativa

da sua sauacutede financeira isso fica evidenciado no saldo final em caixa no quinto ano

que chega proacuteximo haacute 400 mil reais Apesar disso eacute crucial o acompanhamento do

mercado para seguir as tendecircncias e se atualizar constantemente para tomar

decisotildees mais assertivas

Um negoacutecio mal avaliado pode arruinar a estabilidade econocircmica do

investidor por isso eacute de extrema importacircncia fazer todos os levantamentos de custos

antes de se aventurar em qualquer empreendimento

Eacute possiacutevel comprovar que a pesquisa realizada contribui positivamente para

abertura da empresa No entanto as informaccedilotildees aqui presentes natildeo satildeo estaacuteticas e

devem ser revisadas periodicamente e se preciso ateacute mesmo ampliadas no decorrer

da implantaccedilatildeo do projeto para que o mesmo seja uma ferramenta eficiente e eficaz

no desenvolvimento da empresa como um todo

48

REFEREcircNCIAS

BRITO Paulo Anaacutelise e viabilidade de projetos de investimento Satildeo Paulo Atlas 2003 DOLABELA Fernando O segredo de Luiacutesa 30 ed Satildeo Paulo Editora de Cultura 2006 DORNELAS Joseacute Carlos Assis Empreendedorismo transformando ideias em negoacutecios 4 ed Rio de Janeiro Campus Elsevier 2012 CENSO Demograacutefico 2010 Resultados gerais da amostra Curitiba IBGE 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=410690ampidtema=87ampsearch=parana|curitiba|censo-demografico-2010-resultados-gerais-da-amostra-gt Acesso em 21 de Junho de 2015 CHIAVENATO Idalberto Empreendedorismo dando asas ao espiacuterito empreendedor empreendedorismo e a viabilidade de novas empresas um guia eficiente para iniciar e tocar seu proacuteprio negoacutecio 2 ed Satildeo Paulo Saraiva 2007 ESTATIacuteSTICAS do registro civil 2012 Curitiba IBGE 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaoregistrocivil2012default_xlsshtmgt Acesso em 21 de Junho de 2015 GIL Antonio Carlos Meacutetodos e teacutecnicas de pesquisa social 6 ed Satildeo Paulo Atlas 2008 KOTLER Philip KELLER Kevin Lane Administraccedilatildeo de Marketing 12 ed Satildeo Paulo ABDR 2006 LAPPONI Juan Carlos Projetos de Investimento na Empresa Rio de Janeiro Elsevier 2007 MACHADO Jesseacute Anderson Pinto Projetos Econocircmicos uma abordagem praacutetica de elaboraccedilatildeo Satildeo Paulo Nobel 2002 MICHEL Maria Helena Metodologia e pesquisa cientiacutefica em ciecircncias sociais 2 ed Satildeo Paulo Atlas 2009 OLIVEIRA Djalma de Pinho Rebouccedilas de Planejamento estrateacutegico conceitos metodologia e praacuteticas 20 ed Satildeo Paulo Atlas 2004 PRODANOV Cleber Cristiano ERNANI Cesar de Freitas Metodologia do trabalho cientiacutefico meacutetodo e teacutecnicas da pesquisa e do trabalho acadecircmico 2 ed Novo Hamburgo Freevale 2013

49

REBELATTO Dayse Projeto de Investimento 1 ed Barueri Manole 2004 SEBRAE Pesquisa de Mercado o que eacute e para que serve Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrsitesPortalSebraeartigosPesquisa-de-mercado-o-que-C3A9-e-para-que-servegt Acesso em 21 de Junho de 2015 SEBRAE Fluxo de caixa Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrSebraePortal20SebraeAnexos0_fluxo-de-caixapdfgt Acesso em 10 de Outubro de 2015 WILDAUER Egon Walter Plano de negoacutecios elementos construtivos e processos de elaboraccedilatildeo 2 ed Curitiba Ibpex 2011 WOILER Samsatildeo MATHIAS Washington Franco Projetos planejamento elaboraccedilatildeo anaacutelise 1 ed Satildeo Paulo Atlas 1994

50

APEcircNDICES

APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL 51

APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS 52

APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL 52

51

APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL

Item Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

Aacutegua 25000 26250 27563 28941 30388

Aluguel 160000 168000 176400 185220 194481

Assessoria Contaacutebil 80000 84000 88200 92610 97241

Gaacutes 49000 51450 54023 56724 59560

Impostos 387858 422765 464481 506284 551849

Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)

80268 84281 88495 92920 97566

Energia eleacutetrica 70000 73500 77175 81034 85085

Manutenccedilatildeo 50000 52500 55125 57881 60775

Material de escritoacuterio 20000 21000 22050 23153 24310

Material de Limpeza 40000 42000 44100 46305 48620

Folha de pagamento 272266 299493 329442 362386 398625

Seguros 15000 15750 16538 17364 18233

Telefone fixointernet 20000 21000 22050 23153 24310

Telefone Moacutevel 12000 12600 13230 13892 14586

Vale Refeiccedilatildeo 75000 82500 90750 99825 109808

Vale Transporte 33000 34650 36383 38202 40112

Proacute- labore 200000 220000 286000 328900 361790

Taxas Bancaacuterias 8000 8400 8820 9261 9724

Total R$ 1597392 R$ 1720139 R$ 1900823 R$ 2064053 R$ 2227062

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

52

APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS

Item

Produccedilatildeo mensal meacutedia

Custo unitaacuterio total

Sugestatildeo Preccedilo de venda

Custo Mensal Total

Receita de vendas

Bolos artiacutesticos (recheios diversos) 150 6000 13500 900000 2025000

Bolos de copa (recheios diversos) 30 3600 8100 108000 243000

Naked cake (recheios diversos) 60 4200 9450 252000 567000

Doces Tradicionais 32 3500 7875 112000 252000

Doces Espelhados 32 5000 11250 160000 360000

Doces Finos 32 7500 16875 240000 540000

Brigadeiros gourmet 16 4500 10125 72000 162000

Tacinhas acriacutelicas 16 5500 12375 88000 198000

Trufas 32 5000 11250 160000 360000

Bombons 32 5000 11250 160000 360000

Bem casados 3200 100 225 320000 720000

Custo produccedilatildeo Total 2572000

Receita Total 5787000

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL

Ano Receita Bruta Variaccedilatildeo anual

Ano 1 000

Ano 2 69444000 9

Ano 3 75693960 9

Ano 4 82506416 9

Ano 5 89931994 9

Valor considerando a inflaccedilatildeo de 9 aa

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

28

A pesquisa quantitativa ldquoconsidera que tudo pode ser quantificaacutevel o que

significa traduzir em nuacutemeros opiniotildees e informaccedilotildees para classificaacute-las e analisaacute-lasrdquo

Eacute necessaacuteria a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas estatiacutesticas tais como porcentagem meacutedia

moda desvio-padratildeo coeficiente de correlaccedilatildeo etc (PRODANOV FREITAS 2013

p 69)

Muitos dados que satildeo utilizados em pesquisas satildeo adquiridos indiretamente

por meio de documentosrdquo como livros jornais papeacuteis oficiais registros estatiacutesticos

fotos discos filmes e viacutedeos que satildeo obtidos de maneira indiretardquo Essas fontes

documentais tecircm a capacidade de disponibilizar ao pesquisador um grande nuacutemero

de informaccedilotildees com bastante qualidade para evitar a perda de tempo (GIL 2008 p

147)

Este modelo de pesquisa foi utilizado para definir os principais clientes quais

os produtos que seratildeo vendidos a capacidade produtiva assim como a viabilidade

econocircmico-financeira e operacional do negoacutecio

29

4 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES

41 ANAacuteLISE DE MERCADO

Woiler e Mathias (1994 p41) e Rebelatto (2004 p01) afirmam que a anaacutelise

de mercado eacute um dos pontos mais relevantes para elaboraccedilatildeo de um projeto Atraveacutes

do estudo do mercado obtemos muitas informaccedilotildees tais como

Fazendo a comparaccedilatildeo entre demanda e a oferta encontramos a

possiacutevel escassez da demanda futura Esse resultado proporcionaraacute

informaccedilotildees para que seja definida a escala de produccedilatildeo do projeto

A regiatildeo geograacutefica em que o produto pode ser vendido eacute um dos pontos

mais significativos para que seja definida a localizaccedilatildeo do empreendimento

O preccedilo de venda os custos de comercializaccedilatildeo e os estoques nos

canais de comercializaccedilatildeo satildeo informaccedilotildees relevantes para que seja

elaborada a projeccedilatildeo do projeto

Vale salientar que esses satildeo apenas alguns elementos importantes que eacute

possiacutevel identificar na anaacutelise de mercado existe muitos outros dados que satildeo obtidos

com a mesma

411 Mercado consumidor

ldquoTodas as decisotildees relacionadas a novos empreendimentos contecircm certo

grau de incerteza tanto no que diz respeito agrave informaccedilatildeo na qual as decisotildees estatildeo

baseadas como no que diz respeito agraves suas consequecircnciasrdquo (SEBRAE)

Chiavenato acredita que os clientes tecircm a capacidade de alavancar ou

derrubar um empreendimento ldquoUm cliente pode ser uma organizaccedilatildeo uma empresa

um usuaacuterio dos produtosserviccedilos ou um consumidor finalrdquo Eacute quem adquiri os

produtosserviccedilos ofertados pela organizaccedilatildeo no final da cadeia de transaccedilotildees Eacute ele

que estabelece direta ou indiretamente se o empreendimento teraacute ecircxito ou natildeo Por

30

isso o cliente deve ser considerado como o principal patrimocircnio da empresa (2007

p 207)

Segundo dados do censo 2010 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e

estatiacutestica) dos 576190 (quinhentos e setenta e seis mil cento e noventa) domiciacutelios

de Curitiba 292965 (duzentos e noventa e dois mil novecentos e sessenta e cinco)

possuem renda de mais de 5 a mais de 20 salaacuterios miacutenimos sendo assim cerca de

5085 dos domiciacutelios curitibanos estatildeo enquadrados nas classes A e B Ainda

segundo o IBGE cerca de 137922 (cento e trinta e sete mil novecentos e vinte e dois)

domiciacutelios curitibanos tecircm renda de mais de 10 salaacuterios miacutenimos o que representa

uma meacutedia de 24 dos domiciacutelios de Curitiba

Mais de 249000 (duzentos e quarenta e nove mil) pessoas que residem em

Curitiba cerca de 1423 da populaccedilatildeo tem rendimento mensal de mais de 5 salaacuterios

miacutenimos conforme Tabela 1

TABELA 1 - RESULTADOS DA AMOSTRA - RENDIMENTO POR PESSOA EM CURITIBA

Quantidade de pessoas Salaacuterios miacutenimos

153011 Mais de 5 a 10 salaacuterios miacutenimos

38692 Mais de 10 a 15 salaacuterios miacutenimos

25427 Mais de 15 a 20 salaacuterios miacutenimos

18264 Mais de 20 a 30 salaacuterios miacutenimos

13791 Mais de 30 salaacuterios miacutenimos

FONTE IBGE - CENSO DEMOGRAacuteFICO 2010

Curitiba possui uma populaccedilatildeo de mais de 1750000 (um milhatildeo setecentos

e cinquenta mil habitantes) segundo censo IBGE 2010 sendo que 932000

(novecentos e trinta e dois mil) pessoas com o estado civil de solteiro viuacutevo

divorciado separado judicialmentedesquitado isso mostra que tem muitas pessoas

que podem fazer festas de casamento e necessitar dos produtos que seratildeo ofertados

tais como bolos artiacutesticos doces finos e bem casados

Segundo as estatiacutesticas do registro civil do IBGE ocorreram em Curitiba e

regiatildeo metropolitana no ano 2012 exatamente 18877 (dezoito mil oitocentos e setenta

e sete) casamentos sendo que nos meses de setembro a dezembro foi onde ocorreu

um maior nuacutemero um total de 7828 (sete mil oitocentos e vinte e oito) casamentos o

que representa um total de 4147 dos casamentos ocorrem nesses quatro meses

do ano

31

TABELA 2 - CASAMENTOS POR MEcircS DE REGISTRO SEGUNDO O LUGAR DO REGISTRO ndash 2012

Lugar do registro

Casamentos por mecircs do registro

Total de

registros Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

RM Curitiba 18877 1466 1250 1572 1282 1403 1533 1248 1255 1735 1753 2118 2262

Curitiba 10351 848 692 857 692 724 872 658 658 971 968 1237 1174

FONTE IBGE DIRETORIA DE PESQUISAS COORDENACcedilAtildeO DE POPULACcedilAtildeO E INDICADORES SOCIAIS ESTATIacuteSTICAS DO REGISTRO CIVIL 2012

Nessa perspectiva foi definido que o mercado que a empresa de bolos e doces

finos vai atuar eacute de Curitiba e regiatildeo metropolitana com foco nas pessoas das classes

A e B com estado civil solteiro divorciado separado judicialmentedesquitado e viuacutevo

412 Produtos que seratildeo vendidos

ldquoNo coraccedilatildeo de uma grande marca haacute um grande produto O produto-chave

na oferta ao mercado Liacutederes de mercado geralmente oferecem produtos e serviccedilos

de qualidade superiorrdquo (KOTLER KELLER 2006 p 366)

Os principais produtos fornecidos seratildeo

Bolos artiacutesticos

FOTO1 - BOLO ARTIacuteSTICO FONTE WANDA CARDOSO - BOLOS ARTIacuteSTICOS amp DOCES

32

Bolos de copa

FOTO2 - BOLO DE COPA FONTE ELABORADO PELO AUTOR

FOTO3 - BOLO DE COPA FONTE ELABORADO PELO AUTOR

Naked cake

FOTO4 - NAKED CAKE FONTE DOCES PENEacuteLOPE

33

Doces Tradicionais

FOTO5 - DOCES TRADICIONAIS FONTE ELABORADO PELO AUTOR

Doces Espelhados

FOTO6 - DOCES ESPELHADOS FONTE PRONTO SOCORRO DAS FESTAS

Doces Finos

FOTO 7 - DOCES FINOS FONTE COMPRANDO MEU APE

34

Brigadeiros gourmet

FOTO8 - BRIGADEIROS GOURMET FONTE ELABORADO PELO AUTOR

Tacinhas acriacutelicas

FOTO9 - TACINHAS ACRIacuteLICAS FONTE BUFFET DELIacuteCIAS DA VI

Trufas

FOTO 10 - TRUFAS FONTE FOGAtildeO DA VOVOacute

35

Bombons

FOTO11 - BOMBONS FONTE DALVA GOLDEN GATE

Bem casados

FOTO12 - BEM CASADOS FONTE CASAMENTO SEM ERRO

FOTO13 - BEM CASADOS FONTE CASAMENTO SEM ERRO

36

413 Preccedilo de venda

A definiccedilatildeo do preccedilo dos produtos eacute uma das decisotildees mais relevantes da

organizaccedilatildeo que deve levar em conta a forma como a empresa deseja se posicionar

no mercado os custos a concorrecircncia e a rentabilidade almejada

O preccedilo eacute um dos elementos mais versaacuteteis pode ser modificado rapidamente

ao contraacuterio das propriedades dos produtos dos contratos com canais de distribuiccedilatildeo

e ateacute mesmo das promoccedilotildees O Preccedilo tem tambeacutem a tarefa de mostrar ao mercado o

posicionamento de valor desejado pela empresa para o seu produto ou marca

(KOTLER KELLER 2006 p 428)

A consolidaccedilatildeo dos preccedilos dos produtos seraacute elaborada levando em conta os

custos para se obter os produtos com a qualidade requinte e sofisticaccedilatildeo desejada

com a margem de lucro esperada e se baseando nos preccedilos praticados pela

concorrecircncia

414 Previsatildeo de vendas

Para Chiavenato (2007 p 2013)

A previsatildeo de vendas representa a quantidade de produtosserviccedilos que a empresa pretende vender ou colocar no mercado durante um determinado periacuteodo geralmente um mecircs ou um ano dividido em meses Constitui portanto uma estimativa ou uma expectativa de vendas Pode ser feita em unidades fiacutesicas ou em valores monetaacuterios

A produccedilatildeo vai ser em meacutedia de 5600 doces (doces finos gourmet e bem

casados) e 4 bolos procurando atender em meacutedia 4 eventos por semana e ateacute 16

eventos por mecircs sendo que nos meses de setembro a dezembro essa demanda

aumenta pelo motivo de historicamente ter um nuacutemero maior de casamentos

37

415 Definiccedilatildeo de local de venda dos produtos

ldquoA venda eacute a fase fundamental do processo de vendas Consiste na

transferecircncia do produtoserviccedilo para o cliente ou consumidorrdquo (CHIAVENATO 2007

p 210)

As vendas vatildeo ocorrer atraveacutes de site proacuteprio redes sociais telefone e

pessoalmente natildeo teremos loja fiacutesica apenas um ateliecirc para confecccedilatildeo dos bolos e

doces onde vai conter uma sala anexa na qual vai ser oferecido o serviccedilo de

degustaccedilatildeo com horaacuterios marcados para assim o cliente decidir quais os produtos

seratildeo adquiridos para o seu evento e fechamento de contrato

416 Definiccedilatildeo da demanda e da oferta

Na maior parte das encomendas os clientes solicitam os doces finos e

gourmet que contecircm chocolates frutas oleaginosas tais como castanhas nozes

avelatildes amecircndoas frutas como framboesa morango damasco cerejas e os bem

casados Os bolos mais solicitados satildeo os com decoraccedilatildeo de pasta americana que

deve obrigatoriamente ter recheios mais firmes como ganaches fios de ovos

strogonoff de nozes e os naked cake (bolo pelado) que possuem mais opccedilotildees de

recheios com chocolates frutas diversas e cremes de pacirctisserie

Em contato com algumas empresas que fornecem o mesmo tipo de produto

foi possiacutevel verificar que as encomendas devem ser feitas com antecedecircncia miacutenima

de 6 meses sendo que alguns casos somente com um ano de antecedecircncia para

conseguir na data desejada Esse eacute um dos pontos que mostra que tem espaccedilo

suficiente para entrada nesse mercado

38

417 Concorrentes

Chiavenato (2007 p 33) Kotler e Keller (2006 p 340) afirmam que os

concorrentes satildeo as organizaccedilotildees que competem pelos mesmos fornecedores

clientes e consumidores

ldquoAgrave medida que seus produtosserviccedilos tornam-se mais heterogecircneos tanto

mais heterogecircneos e diferenciados seratildeo seus concorrentes e tanto mais complexa

seraacute a competitividaderdquo (CHIAVENATO 2007 p 33)

Em busca na internet foi possiacutevel identificar que atualmente existe em meacutedia

25 concorrentes reais que oferecem exatamente os mesmos produtos que seratildeo

fornecidos com o mesmo padratildeo de qualidade valor agregado requinte e

sofisticaccedilatildeo Tambeacutem foi detectado mais 14 concorrentes potenciais que vendem

produtos similares aos que seratildeo vendidos poreacutem natildeo possuem o mesmo valor

agregado dos que vatildeo ser ofertados Foi possiacutevel identificar que alguns concorrentes

oferecem somente os doces finos dos quais foram identificados mais 3 concorrentes

reais e 3 concorrentes potenciais E foi detectado que existem concorrentes que

fornecem apenas os bolos artiacutesticos dos quais foi identificado 4 concorrentes reais

todos fornecem os bolos com o mesmo niacutevel de qualidade que seratildeo fornecidos

A tabela 3 mostra a divisatildeo dos concorrentes reais e potenciais que fornecem

bolos e doces por bairro de Curitiba

39

TABELA 3 - CONCORRENTES QUE FORNECEM BOLOS E DOCES POR BAIRRO

Bairro Quantidade de Concorrentes Reais

Quantidade de Concorrentes Potenciais

Aacutegua Verde 4 1

Ahuacute 1

Bairro Alto 2 1

Barreirinha 1

Barreirinha 1

Bom Retiro 1

Campo Comprido 1

Campo Comprido 1

Cidade Industrial 1

Colombo 1

Fazenda Rio Grande 1

Hauer 1

Hugo Lange 1

Mercecircs 1

Novo Mundo 2 1

Novo Mundo 1

Portatildeo 1

Portatildeo 1

Santa Cacircndida 1

Santa Felicidade 1 1

Santo Inaacutecio 1 1

Satildeo Joseacute dos Pinhais 1

Seminaacuterio 1

Sitio Cercado 1

Tarumatilde 1

Vila Izabel 1

Natildeo Informado 1 2

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

418 Forma de divulgaccedilatildeo dos concorrentes

Todas as empresas pesquisadas que fornecem produtos similares aos que

vamos fornecer utilizam sites proacuteprios e as redes sociais para fazer divulgaccedilatildeo dos

seus produtos todas fazem degustaccedilatildeo para os clientes conhecerem os seus

produtos e posteriormente fechar um contrato

40

42 TAMANHO DO NEGOacuteCIO

421 Capacidade produtiva

A capacidade produtiva vai ser para atender ateacute 4 eventos por semana A

produccedilatildeo vai ser de ateacute 5600 doces (doces finos gourmet e bem casados) e 4 bolos

atendendo ateacute 4 eventos por final de semana e ateacute 16 eventos por mecircs sendo que

nos meses de setembro a dezembro essa demanda aumenta pelo motivo de

historicamente ter um nuacutemero maior de casamentos

422 Investimento

Um dos pontos mais relevantes para abertura de uma empresa eacute a

determinaccedilatildeo do capital miacutenimo para dar iniacutecio nas atividades e principalmente como

obter este capital ldquoEacute com o capital inicial que a empresa tem condiccedilotildees de reunir os

recursos empresariais necessaacuterios ao seu funcionamento sejam eles recursos

humanos materiais ou financeirosrdquo A determinaccedilatildeo do capital eacute o que estabelece a

quantidade de recursos empresariais que a empresa tem disponiacutevel Indiscutivelmente

quanto maior for o volume de recursos empresariais mais faacutecil se torna o desempenho

da empresa Quando todos os recursos necessaacuterios para seu funcionamento estatildeo agrave

disposiccedilatildeo a administraccedilatildeo do empreendimento fica mais simples (CHIAVENATO

2007 p84)

Cabe acrescentar que (LAPPONI 2007 p 321)

O custo inicial refere-se aos desembolsos realizados para aquisiccedilatildeo de equipamentos ou outros ativos fixos incluindo o pagamento de fretes seguros instalaccedilotildees despesas operacionais iniciais com materiais e matildeo de obra treinamento de pessoal de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo etc resumindo o custo inicial inclui todos os desembolsos necessaacuterios para adquirir os ativos necessaacuterios e que estejam em condiccedilotildees de operar e gerar as receitas estimadas

41

O empreendimento iniciaraacute suas atividades com capital investido com

recursos proacuteprios da empreendedora

As estimativas de investimento inicial para abertura da empresa foi de

R$5162851 conforme tabela 4

TABELA 4 - INVESTIMENTO INICIAL

Descriccedilatildeo Valor (R$)

Maacutequinas e equipamentos Cozinha R$ 3084878

Utensiacutelios R$ 555075

Moacuteveis para escritoacuterio R$ 268982

Equipamentos de informaacutetica e eletrocircnicos R$ 446204

Outros custos escritoacuterio R$ 48912

Uniformes R$ 155800

Pintura Imoacutevel R$ 500000

Porta de Vidro R$ 103000

Total R$ 5162851

FONTE ELABORADO PELO AUTOR (2015)

423 Localizaccedilatildeo

Seraacute locado um imoacutevel para a instalaccedilatildeo da empresa localizado na Rua Heitor

Baggio Vidal 2508 Bairro Alto Curitiba ndash PR com o valor do aluguel mensal de

R$160000 (mil e seiscentos reais) O espaccedilo interno de 95msup2 seraacute dividido em trecircs

partes a primeira com 20msup2 vai ficar a recepccedilatildeo para receber os clientes efetuar

orccedilamentos e as degustaccedilotildees a segunda com 71msup2 a cozinha industrial onde seratildeo

fabricados os bolos e doces finos e a terceira com 4msup2 o lavabo

42

FOTO14 - FOTO DO IMOacuteVEL ONDE SERAacute INSTALADA A EMPRESA FONTE MP IMOacuteVEIS

424 Entregas

As entregas dos bolos e doces finos seratildeo efetuadas por uma empresa

parceira localizada no Bairro Alto o preccedilo das entregas em Curitiba e regiatildeo

metropolitana variam de R$2400 (vinte e quatro reais) a R$6000 (sessenta reais)

dependendo da localizaccedilatildeo tais valores seratildeo cobrados dos clientes

43 CAPITAL DE GIRO

O capital de giro inicial foi estimado levando em conta que no primeiro ano a

empresa vai produzir 8333 da sua capacidade atendendo em meacutedia 13 ventos

mensalmente sendo assim foram considerados os gastos operacionais necessaacuterios

para o iniacutecio das atividades incluindo o custo fixo mensal e o estoque inicial ambos

multiplicados por 2 e acrescidos de um percentual de 10 de margem de seguranccedila

para despesas natildeo previstas

43

TABELA 5 - CAPITAL DE GIRO

Item Valor (R$)

Estoque Inicial 5144000

Custo Fixo Mensal 3194783

Reserva (10) 833878

Total do Capital de Giro Inicial 9172662

FONTE ELABORDO PELO AUTOR

44 FLUXO DE CAIXA

ldquoFluxo de Caixa eacute um Instrumento de gestatildeo financeira que projeta para

periacuteodos futuros todas as entradas e as saiacutedas de recursos financeiros da empresa

indicando como seraacute o saldo de caixa para o periacuteodo projetadordquo (SEBRAE)

Na tabela 6 eacute apresentada a projeccedilatildeo do Fluxo de Caixa da empresa para os

seus primeiros cinco anos onde fica evidenciado que do primeiro ateacute o quinto ano a

sauacutede financeira da empresa melhora gradativamente sendo que no final do quinto

ano o saldo em caixa ultrapassa os 300 se comparado com o saldo em caixa no

final do primeiro ano

Pode-se observar que natildeo foi inserida no fluxo de caixa a opccedilatildeo de

inadimplecircncia pois todos os pagamentos seratildeo efetuados agrave vista em dinheiro ou

cartatildeo sendo que o pagamento total dos produtos deve ser efetuado no miacutenimo 10

dias antes da data do evento

44

TABELA 6 - PROJECcedilAtildeO DE FLUXO DE CAIXA NOS PRIMEIROS CINCO ANOS

Descriccedilatildeo Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

Investimento Inicial (5162851)

Capital de Giro (9172662) 9172662

Valor Residual 1548855

Total de entradas 000 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873

Previsatildeo Receitas de vendas 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873

Total de Saiacutedas (14335513) (44888699) (54283425) (59479393) (64738409) (70291804)

(-)Fornecedores (25720000) (33641760) (36669518) (39969775) (43567055)

(-)Folha de pagamento (3267192) (3593911) (3953302) (4348633) (4783496)

(-)Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)

(963216) (1011377) (1061946) (1115043) (1170795)

(-)Retiradas soacutecios (2400000) (2640000) (3432000) (3946800) (4341480)

(-)Impostos s vendas (4654291) (5073177) (5573767) (6075406) (6622192)

(-)Alugueacuteis (1920000) (2016000) (2116800) (2222640) (2333772)

(-)Energia eleacutetrica (840000) (882000) (926100) (972405) (1021025)

(-)Aacutegua (300000) (315000) (330750) (347288) (364652)

(-)Telefone (384000) (403200) (423360) (444528) (466754)

(-)Gaacutes (588000) (617400) (648270) (680684) (714718)

(-)Serviccedilos contabilidade (960000) (1008000) (1058400) (1111320) (1166886)

(-)Manutenccedilatildeo (600000) (630000) (661500) (694575) (729304)

(-)Outras despesas com funcionaacuterios

(1296000) (1405800) (1525590) (1656320) (1799030)

(-)Taxas bancaacuterias (96000) (100800) (105840) (111132) (116689)

(-)Outros pagamentos (900000) (945000) (992250) (1041863) (1093956)

Entradas - Saiacutedas (14335513) 12981301 21410535 23027023 25193585 27734070

Depreciaccedilatildeo 000 (631377) (631377) (631377) (631377) (631377)

Saldo Final (14335513) 12349924 20779158 22395647 24562208 37824209

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

A depreciaccedilatildeo foi calculada considerando o prazo de vida uacutetil meacutedio de 10

anos das maacutequinas equipamentos instalaccedilotildees moacuteveis e utensiacutelios e para os

computadores e perifeacutericos foi considerado o prazo de vida uacutetil de 5 anos conforme

demonstrado na tabela 7

TABELA 7 - DEPRECIACcedilAtildeO

Item Valor Inicial Taxa Anual Depreciaccedilatildeo Anual (R$)

Maacutequinas e equipamentos 3084878 10 308488

Instalaccedilotildees 103000 10 10300

Moacuteveis e Utensiacutelios 824057 10 82406

Computadores e Perifeacutericos 446204 20 89241

Outros 704712 20 140942

Total 631377

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

45

O valor residual dos equipamentos e instalaccedilotildees da empresa no final do quinto

ano foi considerado em 30 referente ao valor de aquisiccedilatildeo dos mesmos no iniacutecio do

projeto

45 ANAacuteLISE DOS INDICADORES (VPL TIR E PAYBACK)

451 Valor Presente Liacutequido (VPL)

A tabela 8 mostra que o VPL (Valor Presente Liacutequido) eacute positivo isso significa

que aleacutem de recuperar o investimento inicial ainda vai ser agregado ao valor da

empresa um montante de R$ R$50392407 (quinhentos e trecircs mil novecentos e vinte

quatro reais e sete centavos)

A taxa de retorno requerida de 20 foi determinada levando em conta o niacutevel

de risco do projeto e visando o valor desejado para se obter em cima do valor

investido

TABELA 8 - CALCULO DO VALOR PRESENTE LIacuteQUIDO (VPL)

Anos FC k 2000

0 -$143355 VPL $50392407

1 $123499 VPL $50392407

2 $207792 VPL $50392407

3 $223956 VPL $21761126

4 $245622 VPL $21761126

5 $378242 Decisatildeo Aceitar o Projeto

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

452 Taxa Interna de Retorno (TIR)

Conforme a tabela 9 eacute possiacutevel verificar que a TIR (Taxa Interna de Retorno)

eacute de 11593 maior que a taxa requerida de 20 isso significa que custo inicial seraacute

46

recuperado e o projeto vai criar valor para empresa mais um resultado favoraacutevel para

a aceitaccedilatildeo do projeto

TABELA 9 - TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR)

Anos FC

0 -$143355 TIR 11593

1 $123499 TIR 2168

2 $207792 TIR 2168

3 $223956 Decisatildeo

4 $245622 k 2000

5 $378242 Aceitar o projeto

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

453 Payback

O tempo de recuperaccedilatildeo do custo inicial ocorre normalmente entre o quarto e

o quinto ano se for feita a anaacutelise da tabela 10 eacute possiacutevel verificar que o tempo

necessaacuterio para o retorno do investimento (payback) do projeto eacute de 128 anos este

indicador mostra claramente que o projeto deve ser aceito pois o tempo de retorno

estaacute bem abaixo do tempo meacutedio dos empreendimentos como um todo

TABELA 10 - PAYBACK

k 20

Anos FC SPresente

0 -$143355 -$143355 PBD-SP = 128

1 $123499 -$40439 128

2 $207792 $103861

3 $223956 $233465

4 $245622 $351917

5 $378242 $503924

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

47

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Para iniciar um negoacutecio requer muito mais do que apenas o espiacuterito

empreendedor eacute necessaacuterio ter lideranccedila conhecimento sobre o mercado que deseja

atuar organizaccedilatildeo e principalmente planejamento

O principal objetivo desse estudo foi analisar a viabilidade econocircmico-

financeira da abertura de uma empresa de bolos e doces finos no Bairro Alto em

Curitiba

O objetivo apresentado nesta pesquisa foi atingido pois todos os indicadores

analisados mostram com clareza que empresa obteacutem resultados positivos que criam

valor para a mesma e com isso o projeto eacute viaacutevel economicamente pois do primeiro

ao quinto ano fica visiacutevel o crescimento do empreendimento e a melhora significativa

da sua sauacutede financeira isso fica evidenciado no saldo final em caixa no quinto ano

que chega proacuteximo haacute 400 mil reais Apesar disso eacute crucial o acompanhamento do

mercado para seguir as tendecircncias e se atualizar constantemente para tomar

decisotildees mais assertivas

Um negoacutecio mal avaliado pode arruinar a estabilidade econocircmica do

investidor por isso eacute de extrema importacircncia fazer todos os levantamentos de custos

antes de se aventurar em qualquer empreendimento

Eacute possiacutevel comprovar que a pesquisa realizada contribui positivamente para

abertura da empresa No entanto as informaccedilotildees aqui presentes natildeo satildeo estaacuteticas e

devem ser revisadas periodicamente e se preciso ateacute mesmo ampliadas no decorrer

da implantaccedilatildeo do projeto para que o mesmo seja uma ferramenta eficiente e eficaz

no desenvolvimento da empresa como um todo

48

REFEREcircNCIAS

BRITO Paulo Anaacutelise e viabilidade de projetos de investimento Satildeo Paulo Atlas 2003 DOLABELA Fernando O segredo de Luiacutesa 30 ed Satildeo Paulo Editora de Cultura 2006 DORNELAS Joseacute Carlos Assis Empreendedorismo transformando ideias em negoacutecios 4 ed Rio de Janeiro Campus Elsevier 2012 CENSO Demograacutefico 2010 Resultados gerais da amostra Curitiba IBGE 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=410690ampidtema=87ampsearch=parana|curitiba|censo-demografico-2010-resultados-gerais-da-amostra-gt Acesso em 21 de Junho de 2015 CHIAVENATO Idalberto Empreendedorismo dando asas ao espiacuterito empreendedor empreendedorismo e a viabilidade de novas empresas um guia eficiente para iniciar e tocar seu proacuteprio negoacutecio 2 ed Satildeo Paulo Saraiva 2007 ESTATIacuteSTICAS do registro civil 2012 Curitiba IBGE 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaoregistrocivil2012default_xlsshtmgt Acesso em 21 de Junho de 2015 GIL Antonio Carlos Meacutetodos e teacutecnicas de pesquisa social 6 ed Satildeo Paulo Atlas 2008 KOTLER Philip KELLER Kevin Lane Administraccedilatildeo de Marketing 12 ed Satildeo Paulo ABDR 2006 LAPPONI Juan Carlos Projetos de Investimento na Empresa Rio de Janeiro Elsevier 2007 MACHADO Jesseacute Anderson Pinto Projetos Econocircmicos uma abordagem praacutetica de elaboraccedilatildeo Satildeo Paulo Nobel 2002 MICHEL Maria Helena Metodologia e pesquisa cientiacutefica em ciecircncias sociais 2 ed Satildeo Paulo Atlas 2009 OLIVEIRA Djalma de Pinho Rebouccedilas de Planejamento estrateacutegico conceitos metodologia e praacuteticas 20 ed Satildeo Paulo Atlas 2004 PRODANOV Cleber Cristiano ERNANI Cesar de Freitas Metodologia do trabalho cientiacutefico meacutetodo e teacutecnicas da pesquisa e do trabalho acadecircmico 2 ed Novo Hamburgo Freevale 2013

49

REBELATTO Dayse Projeto de Investimento 1 ed Barueri Manole 2004 SEBRAE Pesquisa de Mercado o que eacute e para que serve Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrsitesPortalSebraeartigosPesquisa-de-mercado-o-que-C3A9-e-para-que-servegt Acesso em 21 de Junho de 2015 SEBRAE Fluxo de caixa Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrSebraePortal20SebraeAnexos0_fluxo-de-caixapdfgt Acesso em 10 de Outubro de 2015 WILDAUER Egon Walter Plano de negoacutecios elementos construtivos e processos de elaboraccedilatildeo 2 ed Curitiba Ibpex 2011 WOILER Samsatildeo MATHIAS Washington Franco Projetos planejamento elaboraccedilatildeo anaacutelise 1 ed Satildeo Paulo Atlas 1994

50

APEcircNDICES

APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL 51

APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS 52

APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL 52

51

APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL

Item Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

Aacutegua 25000 26250 27563 28941 30388

Aluguel 160000 168000 176400 185220 194481

Assessoria Contaacutebil 80000 84000 88200 92610 97241

Gaacutes 49000 51450 54023 56724 59560

Impostos 387858 422765 464481 506284 551849

Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)

80268 84281 88495 92920 97566

Energia eleacutetrica 70000 73500 77175 81034 85085

Manutenccedilatildeo 50000 52500 55125 57881 60775

Material de escritoacuterio 20000 21000 22050 23153 24310

Material de Limpeza 40000 42000 44100 46305 48620

Folha de pagamento 272266 299493 329442 362386 398625

Seguros 15000 15750 16538 17364 18233

Telefone fixointernet 20000 21000 22050 23153 24310

Telefone Moacutevel 12000 12600 13230 13892 14586

Vale Refeiccedilatildeo 75000 82500 90750 99825 109808

Vale Transporte 33000 34650 36383 38202 40112

Proacute- labore 200000 220000 286000 328900 361790

Taxas Bancaacuterias 8000 8400 8820 9261 9724

Total R$ 1597392 R$ 1720139 R$ 1900823 R$ 2064053 R$ 2227062

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

52

APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS

Item

Produccedilatildeo mensal meacutedia

Custo unitaacuterio total

Sugestatildeo Preccedilo de venda

Custo Mensal Total

Receita de vendas

Bolos artiacutesticos (recheios diversos) 150 6000 13500 900000 2025000

Bolos de copa (recheios diversos) 30 3600 8100 108000 243000

Naked cake (recheios diversos) 60 4200 9450 252000 567000

Doces Tradicionais 32 3500 7875 112000 252000

Doces Espelhados 32 5000 11250 160000 360000

Doces Finos 32 7500 16875 240000 540000

Brigadeiros gourmet 16 4500 10125 72000 162000

Tacinhas acriacutelicas 16 5500 12375 88000 198000

Trufas 32 5000 11250 160000 360000

Bombons 32 5000 11250 160000 360000

Bem casados 3200 100 225 320000 720000

Custo produccedilatildeo Total 2572000

Receita Total 5787000

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL

Ano Receita Bruta Variaccedilatildeo anual

Ano 1 000

Ano 2 69444000 9

Ano 3 75693960 9

Ano 4 82506416 9

Ano 5 89931994 9

Valor considerando a inflaccedilatildeo de 9 aa

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

29

4 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES

41 ANAacuteLISE DE MERCADO

Woiler e Mathias (1994 p41) e Rebelatto (2004 p01) afirmam que a anaacutelise

de mercado eacute um dos pontos mais relevantes para elaboraccedilatildeo de um projeto Atraveacutes

do estudo do mercado obtemos muitas informaccedilotildees tais como

Fazendo a comparaccedilatildeo entre demanda e a oferta encontramos a

possiacutevel escassez da demanda futura Esse resultado proporcionaraacute

informaccedilotildees para que seja definida a escala de produccedilatildeo do projeto

A regiatildeo geograacutefica em que o produto pode ser vendido eacute um dos pontos

mais significativos para que seja definida a localizaccedilatildeo do empreendimento

O preccedilo de venda os custos de comercializaccedilatildeo e os estoques nos

canais de comercializaccedilatildeo satildeo informaccedilotildees relevantes para que seja

elaborada a projeccedilatildeo do projeto

Vale salientar que esses satildeo apenas alguns elementos importantes que eacute

possiacutevel identificar na anaacutelise de mercado existe muitos outros dados que satildeo obtidos

com a mesma

411 Mercado consumidor

ldquoTodas as decisotildees relacionadas a novos empreendimentos contecircm certo

grau de incerteza tanto no que diz respeito agrave informaccedilatildeo na qual as decisotildees estatildeo

baseadas como no que diz respeito agraves suas consequecircnciasrdquo (SEBRAE)

Chiavenato acredita que os clientes tecircm a capacidade de alavancar ou

derrubar um empreendimento ldquoUm cliente pode ser uma organizaccedilatildeo uma empresa

um usuaacuterio dos produtosserviccedilos ou um consumidor finalrdquo Eacute quem adquiri os

produtosserviccedilos ofertados pela organizaccedilatildeo no final da cadeia de transaccedilotildees Eacute ele

que estabelece direta ou indiretamente se o empreendimento teraacute ecircxito ou natildeo Por

30

isso o cliente deve ser considerado como o principal patrimocircnio da empresa (2007

p 207)

Segundo dados do censo 2010 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e

estatiacutestica) dos 576190 (quinhentos e setenta e seis mil cento e noventa) domiciacutelios

de Curitiba 292965 (duzentos e noventa e dois mil novecentos e sessenta e cinco)

possuem renda de mais de 5 a mais de 20 salaacuterios miacutenimos sendo assim cerca de

5085 dos domiciacutelios curitibanos estatildeo enquadrados nas classes A e B Ainda

segundo o IBGE cerca de 137922 (cento e trinta e sete mil novecentos e vinte e dois)

domiciacutelios curitibanos tecircm renda de mais de 10 salaacuterios miacutenimos o que representa

uma meacutedia de 24 dos domiciacutelios de Curitiba

Mais de 249000 (duzentos e quarenta e nove mil) pessoas que residem em

Curitiba cerca de 1423 da populaccedilatildeo tem rendimento mensal de mais de 5 salaacuterios

miacutenimos conforme Tabela 1

TABELA 1 - RESULTADOS DA AMOSTRA - RENDIMENTO POR PESSOA EM CURITIBA

Quantidade de pessoas Salaacuterios miacutenimos

153011 Mais de 5 a 10 salaacuterios miacutenimos

38692 Mais de 10 a 15 salaacuterios miacutenimos

25427 Mais de 15 a 20 salaacuterios miacutenimos

18264 Mais de 20 a 30 salaacuterios miacutenimos

13791 Mais de 30 salaacuterios miacutenimos

FONTE IBGE - CENSO DEMOGRAacuteFICO 2010

Curitiba possui uma populaccedilatildeo de mais de 1750000 (um milhatildeo setecentos

e cinquenta mil habitantes) segundo censo IBGE 2010 sendo que 932000

(novecentos e trinta e dois mil) pessoas com o estado civil de solteiro viuacutevo

divorciado separado judicialmentedesquitado isso mostra que tem muitas pessoas

que podem fazer festas de casamento e necessitar dos produtos que seratildeo ofertados

tais como bolos artiacutesticos doces finos e bem casados

Segundo as estatiacutesticas do registro civil do IBGE ocorreram em Curitiba e

regiatildeo metropolitana no ano 2012 exatamente 18877 (dezoito mil oitocentos e setenta

e sete) casamentos sendo que nos meses de setembro a dezembro foi onde ocorreu

um maior nuacutemero um total de 7828 (sete mil oitocentos e vinte e oito) casamentos o

que representa um total de 4147 dos casamentos ocorrem nesses quatro meses

do ano

31

TABELA 2 - CASAMENTOS POR MEcircS DE REGISTRO SEGUNDO O LUGAR DO REGISTRO ndash 2012

Lugar do registro

Casamentos por mecircs do registro

Total de

registros Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

RM Curitiba 18877 1466 1250 1572 1282 1403 1533 1248 1255 1735 1753 2118 2262

Curitiba 10351 848 692 857 692 724 872 658 658 971 968 1237 1174

FONTE IBGE DIRETORIA DE PESQUISAS COORDENACcedilAtildeO DE POPULACcedilAtildeO E INDICADORES SOCIAIS ESTATIacuteSTICAS DO REGISTRO CIVIL 2012

Nessa perspectiva foi definido que o mercado que a empresa de bolos e doces

finos vai atuar eacute de Curitiba e regiatildeo metropolitana com foco nas pessoas das classes

A e B com estado civil solteiro divorciado separado judicialmentedesquitado e viuacutevo

412 Produtos que seratildeo vendidos

ldquoNo coraccedilatildeo de uma grande marca haacute um grande produto O produto-chave

na oferta ao mercado Liacutederes de mercado geralmente oferecem produtos e serviccedilos

de qualidade superiorrdquo (KOTLER KELLER 2006 p 366)

Os principais produtos fornecidos seratildeo

Bolos artiacutesticos

FOTO1 - BOLO ARTIacuteSTICO FONTE WANDA CARDOSO - BOLOS ARTIacuteSTICOS amp DOCES

32

Bolos de copa

FOTO2 - BOLO DE COPA FONTE ELABORADO PELO AUTOR

FOTO3 - BOLO DE COPA FONTE ELABORADO PELO AUTOR

Naked cake

FOTO4 - NAKED CAKE FONTE DOCES PENEacuteLOPE

33

Doces Tradicionais

FOTO5 - DOCES TRADICIONAIS FONTE ELABORADO PELO AUTOR

Doces Espelhados

FOTO6 - DOCES ESPELHADOS FONTE PRONTO SOCORRO DAS FESTAS

Doces Finos

FOTO 7 - DOCES FINOS FONTE COMPRANDO MEU APE

34

Brigadeiros gourmet

FOTO8 - BRIGADEIROS GOURMET FONTE ELABORADO PELO AUTOR

Tacinhas acriacutelicas

FOTO9 - TACINHAS ACRIacuteLICAS FONTE BUFFET DELIacuteCIAS DA VI

Trufas

FOTO 10 - TRUFAS FONTE FOGAtildeO DA VOVOacute

35

Bombons

FOTO11 - BOMBONS FONTE DALVA GOLDEN GATE

Bem casados

FOTO12 - BEM CASADOS FONTE CASAMENTO SEM ERRO

FOTO13 - BEM CASADOS FONTE CASAMENTO SEM ERRO

36

413 Preccedilo de venda

A definiccedilatildeo do preccedilo dos produtos eacute uma das decisotildees mais relevantes da

organizaccedilatildeo que deve levar em conta a forma como a empresa deseja se posicionar

no mercado os custos a concorrecircncia e a rentabilidade almejada

O preccedilo eacute um dos elementos mais versaacuteteis pode ser modificado rapidamente

ao contraacuterio das propriedades dos produtos dos contratos com canais de distribuiccedilatildeo

e ateacute mesmo das promoccedilotildees O Preccedilo tem tambeacutem a tarefa de mostrar ao mercado o

posicionamento de valor desejado pela empresa para o seu produto ou marca

(KOTLER KELLER 2006 p 428)

A consolidaccedilatildeo dos preccedilos dos produtos seraacute elaborada levando em conta os

custos para se obter os produtos com a qualidade requinte e sofisticaccedilatildeo desejada

com a margem de lucro esperada e se baseando nos preccedilos praticados pela

concorrecircncia

414 Previsatildeo de vendas

Para Chiavenato (2007 p 2013)

A previsatildeo de vendas representa a quantidade de produtosserviccedilos que a empresa pretende vender ou colocar no mercado durante um determinado periacuteodo geralmente um mecircs ou um ano dividido em meses Constitui portanto uma estimativa ou uma expectativa de vendas Pode ser feita em unidades fiacutesicas ou em valores monetaacuterios

A produccedilatildeo vai ser em meacutedia de 5600 doces (doces finos gourmet e bem

casados) e 4 bolos procurando atender em meacutedia 4 eventos por semana e ateacute 16

eventos por mecircs sendo que nos meses de setembro a dezembro essa demanda

aumenta pelo motivo de historicamente ter um nuacutemero maior de casamentos

37

415 Definiccedilatildeo de local de venda dos produtos

ldquoA venda eacute a fase fundamental do processo de vendas Consiste na

transferecircncia do produtoserviccedilo para o cliente ou consumidorrdquo (CHIAVENATO 2007

p 210)

As vendas vatildeo ocorrer atraveacutes de site proacuteprio redes sociais telefone e

pessoalmente natildeo teremos loja fiacutesica apenas um ateliecirc para confecccedilatildeo dos bolos e

doces onde vai conter uma sala anexa na qual vai ser oferecido o serviccedilo de

degustaccedilatildeo com horaacuterios marcados para assim o cliente decidir quais os produtos

seratildeo adquiridos para o seu evento e fechamento de contrato

416 Definiccedilatildeo da demanda e da oferta

Na maior parte das encomendas os clientes solicitam os doces finos e

gourmet que contecircm chocolates frutas oleaginosas tais como castanhas nozes

avelatildes amecircndoas frutas como framboesa morango damasco cerejas e os bem

casados Os bolos mais solicitados satildeo os com decoraccedilatildeo de pasta americana que

deve obrigatoriamente ter recheios mais firmes como ganaches fios de ovos

strogonoff de nozes e os naked cake (bolo pelado) que possuem mais opccedilotildees de

recheios com chocolates frutas diversas e cremes de pacirctisserie

Em contato com algumas empresas que fornecem o mesmo tipo de produto

foi possiacutevel verificar que as encomendas devem ser feitas com antecedecircncia miacutenima

de 6 meses sendo que alguns casos somente com um ano de antecedecircncia para

conseguir na data desejada Esse eacute um dos pontos que mostra que tem espaccedilo

suficiente para entrada nesse mercado

38

417 Concorrentes

Chiavenato (2007 p 33) Kotler e Keller (2006 p 340) afirmam que os

concorrentes satildeo as organizaccedilotildees que competem pelos mesmos fornecedores

clientes e consumidores

ldquoAgrave medida que seus produtosserviccedilos tornam-se mais heterogecircneos tanto

mais heterogecircneos e diferenciados seratildeo seus concorrentes e tanto mais complexa

seraacute a competitividaderdquo (CHIAVENATO 2007 p 33)

Em busca na internet foi possiacutevel identificar que atualmente existe em meacutedia

25 concorrentes reais que oferecem exatamente os mesmos produtos que seratildeo

fornecidos com o mesmo padratildeo de qualidade valor agregado requinte e

sofisticaccedilatildeo Tambeacutem foi detectado mais 14 concorrentes potenciais que vendem

produtos similares aos que seratildeo vendidos poreacutem natildeo possuem o mesmo valor

agregado dos que vatildeo ser ofertados Foi possiacutevel identificar que alguns concorrentes

oferecem somente os doces finos dos quais foram identificados mais 3 concorrentes

reais e 3 concorrentes potenciais E foi detectado que existem concorrentes que

fornecem apenas os bolos artiacutesticos dos quais foi identificado 4 concorrentes reais

todos fornecem os bolos com o mesmo niacutevel de qualidade que seratildeo fornecidos

A tabela 3 mostra a divisatildeo dos concorrentes reais e potenciais que fornecem

bolos e doces por bairro de Curitiba

39

TABELA 3 - CONCORRENTES QUE FORNECEM BOLOS E DOCES POR BAIRRO

Bairro Quantidade de Concorrentes Reais

Quantidade de Concorrentes Potenciais

Aacutegua Verde 4 1

Ahuacute 1

Bairro Alto 2 1

Barreirinha 1

Barreirinha 1

Bom Retiro 1

Campo Comprido 1

Campo Comprido 1

Cidade Industrial 1

Colombo 1

Fazenda Rio Grande 1

Hauer 1

Hugo Lange 1

Mercecircs 1

Novo Mundo 2 1

Novo Mundo 1

Portatildeo 1

Portatildeo 1

Santa Cacircndida 1

Santa Felicidade 1 1

Santo Inaacutecio 1 1

Satildeo Joseacute dos Pinhais 1

Seminaacuterio 1

Sitio Cercado 1

Tarumatilde 1

Vila Izabel 1

Natildeo Informado 1 2

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

418 Forma de divulgaccedilatildeo dos concorrentes

Todas as empresas pesquisadas que fornecem produtos similares aos que

vamos fornecer utilizam sites proacuteprios e as redes sociais para fazer divulgaccedilatildeo dos

seus produtos todas fazem degustaccedilatildeo para os clientes conhecerem os seus

produtos e posteriormente fechar um contrato

40

42 TAMANHO DO NEGOacuteCIO

421 Capacidade produtiva

A capacidade produtiva vai ser para atender ateacute 4 eventos por semana A

produccedilatildeo vai ser de ateacute 5600 doces (doces finos gourmet e bem casados) e 4 bolos

atendendo ateacute 4 eventos por final de semana e ateacute 16 eventos por mecircs sendo que

nos meses de setembro a dezembro essa demanda aumenta pelo motivo de

historicamente ter um nuacutemero maior de casamentos

422 Investimento

Um dos pontos mais relevantes para abertura de uma empresa eacute a

determinaccedilatildeo do capital miacutenimo para dar iniacutecio nas atividades e principalmente como

obter este capital ldquoEacute com o capital inicial que a empresa tem condiccedilotildees de reunir os

recursos empresariais necessaacuterios ao seu funcionamento sejam eles recursos

humanos materiais ou financeirosrdquo A determinaccedilatildeo do capital eacute o que estabelece a

quantidade de recursos empresariais que a empresa tem disponiacutevel Indiscutivelmente

quanto maior for o volume de recursos empresariais mais faacutecil se torna o desempenho

da empresa Quando todos os recursos necessaacuterios para seu funcionamento estatildeo agrave

disposiccedilatildeo a administraccedilatildeo do empreendimento fica mais simples (CHIAVENATO

2007 p84)

Cabe acrescentar que (LAPPONI 2007 p 321)

O custo inicial refere-se aos desembolsos realizados para aquisiccedilatildeo de equipamentos ou outros ativos fixos incluindo o pagamento de fretes seguros instalaccedilotildees despesas operacionais iniciais com materiais e matildeo de obra treinamento de pessoal de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo etc resumindo o custo inicial inclui todos os desembolsos necessaacuterios para adquirir os ativos necessaacuterios e que estejam em condiccedilotildees de operar e gerar as receitas estimadas

41

O empreendimento iniciaraacute suas atividades com capital investido com

recursos proacuteprios da empreendedora

As estimativas de investimento inicial para abertura da empresa foi de

R$5162851 conforme tabela 4

TABELA 4 - INVESTIMENTO INICIAL

Descriccedilatildeo Valor (R$)

Maacutequinas e equipamentos Cozinha R$ 3084878

Utensiacutelios R$ 555075

Moacuteveis para escritoacuterio R$ 268982

Equipamentos de informaacutetica e eletrocircnicos R$ 446204

Outros custos escritoacuterio R$ 48912

Uniformes R$ 155800

Pintura Imoacutevel R$ 500000

Porta de Vidro R$ 103000

Total R$ 5162851

FONTE ELABORADO PELO AUTOR (2015)

423 Localizaccedilatildeo

Seraacute locado um imoacutevel para a instalaccedilatildeo da empresa localizado na Rua Heitor

Baggio Vidal 2508 Bairro Alto Curitiba ndash PR com o valor do aluguel mensal de

R$160000 (mil e seiscentos reais) O espaccedilo interno de 95msup2 seraacute dividido em trecircs

partes a primeira com 20msup2 vai ficar a recepccedilatildeo para receber os clientes efetuar

orccedilamentos e as degustaccedilotildees a segunda com 71msup2 a cozinha industrial onde seratildeo

fabricados os bolos e doces finos e a terceira com 4msup2 o lavabo

42

FOTO14 - FOTO DO IMOacuteVEL ONDE SERAacute INSTALADA A EMPRESA FONTE MP IMOacuteVEIS

424 Entregas

As entregas dos bolos e doces finos seratildeo efetuadas por uma empresa

parceira localizada no Bairro Alto o preccedilo das entregas em Curitiba e regiatildeo

metropolitana variam de R$2400 (vinte e quatro reais) a R$6000 (sessenta reais)

dependendo da localizaccedilatildeo tais valores seratildeo cobrados dos clientes

43 CAPITAL DE GIRO

O capital de giro inicial foi estimado levando em conta que no primeiro ano a

empresa vai produzir 8333 da sua capacidade atendendo em meacutedia 13 ventos

mensalmente sendo assim foram considerados os gastos operacionais necessaacuterios

para o iniacutecio das atividades incluindo o custo fixo mensal e o estoque inicial ambos

multiplicados por 2 e acrescidos de um percentual de 10 de margem de seguranccedila

para despesas natildeo previstas

43

TABELA 5 - CAPITAL DE GIRO

Item Valor (R$)

Estoque Inicial 5144000

Custo Fixo Mensal 3194783

Reserva (10) 833878

Total do Capital de Giro Inicial 9172662

FONTE ELABORDO PELO AUTOR

44 FLUXO DE CAIXA

ldquoFluxo de Caixa eacute um Instrumento de gestatildeo financeira que projeta para

periacuteodos futuros todas as entradas e as saiacutedas de recursos financeiros da empresa

indicando como seraacute o saldo de caixa para o periacuteodo projetadordquo (SEBRAE)

Na tabela 6 eacute apresentada a projeccedilatildeo do Fluxo de Caixa da empresa para os

seus primeiros cinco anos onde fica evidenciado que do primeiro ateacute o quinto ano a

sauacutede financeira da empresa melhora gradativamente sendo que no final do quinto

ano o saldo em caixa ultrapassa os 300 se comparado com o saldo em caixa no

final do primeiro ano

Pode-se observar que natildeo foi inserida no fluxo de caixa a opccedilatildeo de

inadimplecircncia pois todos os pagamentos seratildeo efetuados agrave vista em dinheiro ou

cartatildeo sendo que o pagamento total dos produtos deve ser efetuado no miacutenimo 10

dias antes da data do evento

44

TABELA 6 - PROJECcedilAtildeO DE FLUXO DE CAIXA NOS PRIMEIROS CINCO ANOS

Descriccedilatildeo Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

Investimento Inicial (5162851)

Capital de Giro (9172662) 9172662

Valor Residual 1548855

Total de entradas 000 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873

Previsatildeo Receitas de vendas 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873

Total de Saiacutedas (14335513) (44888699) (54283425) (59479393) (64738409) (70291804)

(-)Fornecedores (25720000) (33641760) (36669518) (39969775) (43567055)

(-)Folha de pagamento (3267192) (3593911) (3953302) (4348633) (4783496)

(-)Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)

(963216) (1011377) (1061946) (1115043) (1170795)

(-)Retiradas soacutecios (2400000) (2640000) (3432000) (3946800) (4341480)

(-)Impostos s vendas (4654291) (5073177) (5573767) (6075406) (6622192)

(-)Alugueacuteis (1920000) (2016000) (2116800) (2222640) (2333772)

(-)Energia eleacutetrica (840000) (882000) (926100) (972405) (1021025)

(-)Aacutegua (300000) (315000) (330750) (347288) (364652)

(-)Telefone (384000) (403200) (423360) (444528) (466754)

(-)Gaacutes (588000) (617400) (648270) (680684) (714718)

(-)Serviccedilos contabilidade (960000) (1008000) (1058400) (1111320) (1166886)

(-)Manutenccedilatildeo (600000) (630000) (661500) (694575) (729304)

(-)Outras despesas com funcionaacuterios

(1296000) (1405800) (1525590) (1656320) (1799030)

(-)Taxas bancaacuterias (96000) (100800) (105840) (111132) (116689)

(-)Outros pagamentos (900000) (945000) (992250) (1041863) (1093956)

Entradas - Saiacutedas (14335513) 12981301 21410535 23027023 25193585 27734070

Depreciaccedilatildeo 000 (631377) (631377) (631377) (631377) (631377)

Saldo Final (14335513) 12349924 20779158 22395647 24562208 37824209

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

A depreciaccedilatildeo foi calculada considerando o prazo de vida uacutetil meacutedio de 10

anos das maacutequinas equipamentos instalaccedilotildees moacuteveis e utensiacutelios e para os

computadores e perifeacutericos foi considerado o prazo de vida uacutetil de 5 anos conforme

demonstrado na tabela 7

TABELA 7 - DEPRECIACcedilAtildeO

Item Valor Inicial Taxa Anual Depreciaccedilatildeo Anual (R$)

Maacutequinas e equipamentos 3084878 10 308488

Instalaccedilotildees 103000 10 10300

Moacuteveis e Utensiacutelios 824057 10 82406

Computadores e Perifeacutericos 446204 20 89241

Outros 704712 20 140942

Total 631377

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

45

O valor residual dos equipamentos e instalaccedilotildees da empresa no final do quinto

ano foi considerado em 30 referente ao valor de aquisiccedilatildeo dos mesmos no iniacutecio do

projeto

45 ANAacuteLISE DOS INDICADORES (VPL TIR E PAYBACK)

451 Valor Presente Liacutequido (VPL)

A tabela 8 mostra que o VPL (Valor Presente Liacutequido) eacute positivo isso significa

que aleacutem de recuperar o investimento inicial ainda vai ser agregado ao valor da

empresa um montante de R$ R$50392407 (quinhentos e trecircs mil novecentos e vinte

quatro reais e sete centavos)

A taxa de retorno requerida de 20 foi determinada levando em conta o niacutevel

de risco do projeto e visando o valor desejado para se obter em cima do valor

investido

TABELA 8 - CALCULO DO VALOR PRESENTE LIacuteQUIDO (VPL)

Anos FC k 2000

0 -$143355 VPL $50392407

1 $123499 VPL $50392407

2 $207792 VPL $50392407

3 $223956 VPL $21761126

4 $245622 VPL $21761126

5 $378242 Decisatildeo Aceitar o Projeto

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

452 Taxa Interna de Retorno (TIR)

Conforme a tabela 9 eacute possiacutevel verificar que a TIR (Taxa Interna de Retorno)

eacute de 11593 maior que a taxa requerida de 20 isso significa que custo inicial seraacute

46

recuperado e o projeto vai criar valor para empresa mais um resultado favoraacutevel para

a aceitaccedilatildeo do projeto

TABELA 9 - TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR)

Anos FC

0 -$143355 TIR 11593

1 $123499 TIR 2168

2 $207792 TIR 2168

3 $223956 Decisatildeo

4 $245622 k 2000

5 $378242 Aceitar o projeto

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

453 Payback

O tempo de recuperaccedilatildeo do custo inicial ocorre normalmente entre o quarto e

o quinto ano se for feita a anaacutelise da tabela 10 eacute possiacutevel verificar que o tempo

necessaacuterio para o retorno do investimento (payback) do projeto eacute de 128 anos este

indicador mostra claramente que o projeto deve ser aceito pois o tempo de retorno

estaacute bem abaixo do tempo meacutedio dos empreendimentos como um todo

TABELA 10 - PAYBACK

k 20

Anos FC SPresente

0 -$143355 -$143355 PBD-SP = 128

1 $123499 -$40439 128

2 $207792 $103861

3 $223956 $233465

4 $245622 $351917

5 $378242 $503924

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

47

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Para iniciar um negoacutecio requer muito mais do que apenas o espiacuterito

empreendedor eacute necessaacuterio ter lideranccedila conhecimento sobre o mercado que deseja

atuar organizaccedilatildeo e principalmente planejamento

O principal objetivo desse estudo foi analisar a viabilidade econocircmico-

financeira da abertura de uma empresa de bolos e doces finos no Bairro Alto em

Curitiba

O objetivo apresentado nesta pesquisa foi atingido pois todos os indicadores

analisados mostram com clareza que empresa obteacutem resultados positivos que criam

valor para a mesma e com isso o projeto eacute viaacutevel economicamente pois do primeiro

ao quinto ano fica visiacutevel o crescimento do empreendimento e a melhora significativa

da sua sauacutede financeira isso fica evidenciado no saldo final em caixa no quinto ano

que chega proacuteximo haacute 400 mil reais Apesar disso eacute crucial o acompanhamento do

mercado para seguir as tendecircncias e se atualizar constantemente para tomar

decisotildees mais assertivas

Um negoacutecio mal avaliado pode arruinar a estabilidade econocircmica do

investidor por isso eacute de extrema importacircncia fazer todos os levantamentos de custos

antes de se aventurar em qualquer empreendimento

Eacute possiacutevel comprovar que a pesquisa realizada contribui positivamente para

abertura da empresa No entanto as informaccedilotildees aqui presentes natildeo satildeo estaacuteticas e

devem ser revisadas periodicamente e se preciso ateacute mesmo ampliadas no decorrer

da implantaccedilatildeo do projeto para que o mesmo seja uma ferramenta eficiente e eficaz

no desenvolvimento da empresa como um todo

48

REFEREcircNCIAS

BRITO Paulo Anaacutelise e viabilidade de projetos de investimento Satildeo Paulo Atlas 2003 DOLABELA Fernando O segredo de Luiacutesa 30 ed Satildeo Paulo Editora de Cultura 2006 DORNELAS Joseacute Carlos Assis Empreendedorismo transformando ideias em negoacutecios 4 ed Rio de Janeiro Campus Elsevier 2012 CENSO Demograacutefico 2010 Resultados gerais da amostra Curitiba IBGE 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=410690ampidtema=87ampsearch=parana|curitiba|censo-demografico-2010-resultados-gerais-da-amostra-gt Acesso em 21 de Junho de 2015 CHIAVENATO Idalberto Empreendedorismo dando asas ao espiacuterito empreendedor empreendedorismo e a viabilidade de novas empresas um guia eficiente para iniciar e tocar seu proacuteprio negoacutecio 2 ed Satildeo Paulo Saraiva 2007 ESTATIacuteSTICAS do registro civil 2012 Curitiba IBGE 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaoregistrocivil2012default_xlsshtmgt Acesso em 21 de Junho de 2015 GIL Antonio Carlos Meacutetodos e teacutecnicas de pesquisa social 6 ed Satildeo Paulo Atlas 2008 KOTLER Philip KELLER Kevin Lane Administraccedilatildeo de Marketing 12 ed Satildeo Paulo ABDR 2006 LAPPONI Juan Carlos Projetos de Investimento na Empresa Rio de Janeiro Elsevier 2007 MACHADO Jesseacute Anderson Pinto Projetos Econocircmicos uma abordagem praacutetica de elaboraccedilatildeo Satildeo Paulo Nobel 2002 MICHEL Maria Helena Metodologia e pesquisa cientiacutefica em ciecircncias sociais 2 ed Satildeo Paulo Atlas 2009 OLIVEIRA Djalma de Pinho Rebouccedilas de Planejamento estrateacutegico conceitos metodologia e praacuteticas 20 ed Satildeo Paulo Atlas 2004 PRODANOV Cleber Cristiano ERNANI Cesar de Freitas Metodologia do trabalho cientiacutefico meacutetodo e teacutecnicas da pesquisa e do trabalho acadecircmico 2 ed Novo Hamburgo Freevale 2013

49

REBELATTO Dayse Projeto de Investimento 1 ed Barueri Manole 2004 SEBRAE Pesquisa de Mercado o que eacute e para que serve Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrsitesPortalSebraeartigosPesquisa-de-mercado-o-que-C3A9-e-para-que-servegt Acesso em 21 de Junho de 2015 SEBRAE Fluxo de caixa Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrSebraePortal20SebraeAnexos0_fluxo-de-caixapdfgt Acesso em 10 de Outubro de 2015 WILDAUER Egon Walter Plano de negoacutecios elementos construtivos e processos de elaboraccedilatildeo 2 ed Curitiba Ibpex 2011 WOILER Samsatildeo MATHIAS Washington Franco Projetos planejamento elaboraccedilatildeo anaacutelise 1 ed Satildeo Paulo Atlas 1994

50

APEcircNDICES

APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL 51

APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS 52

APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL 52

51

APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL

Item Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

Aacutegua 25000 26250 27563 28941 30388

Aluguel 160000 168000 176400 185220 194481

Assessoria Contaacutebil 80000 84000 88200 92610 97241

Gaacutes 49000 51450 54023 56724 59560

Impostos 387858 422765 464481 506284 551849

Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)

80268 84281 88495 92920 97566

Energia eleacutetrica 70000 73500 77175 81034 85085

Manutenccedilatildeo 50000 52500 55125 57881 60775

Material de escritoacuterio 20000 21000 22050 23153 24310

Material de Limpeza 40000 42000 44100 46305 48620

Folha de pagamento 272266 299493 329442 362386 398625

Seguros 15000 15750 16538 17364 18233

Telefone fixointernet 20000 21000 22050 23153 24310

Telefone Moacutevel 12000 12600 13230 13892 14586

Vale Refeiccedilatildeo 75000 82500 90750 99825 109808

Vale Transporte 33000 34650 36383 38202 40112

Proacute- labore 200000 220000 286000 328900 361790

Taxas Bancaacuterias 8000 8400 8820 9261 9724

Total R$ 1597392 R$ 1720139 R$ 1900823 R$ 2064053 R$ 2227062

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

52

APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS

Item

Produccedilatildeo mensal meacutedia

Custo unitaacuterio total

Sugestatildeo Preccedilo de venda

Custo Mensal Total

Receita de vendas

Bolos artiacutesticos (recheios diversos) 150 6000 13500 900000 2025000

Bolos de copa (recheios diversos) 30 3600 8100 108000 243000

Naked cake (recheios diversos) 60 4200 9450 252000 567000

Doces Tradicionais 32 3500 7875 112000 252000

Doces Espelhados 32 5000 11250 160000 360000

Doces Finos 32 7500 16875 240000 540000

Brigadeiros gourmet 16 4500 10125 72000 162000

Tacinhas acriacutelicas 16 5500 12375 88000 198000

Trufas 32 5000 11250 160000 360000

Bombons 32 5000 11250 160000 360000

Bem casados 3200 100 225 320000 720000

Custo produccedilatildeo Total 2572000

Receita Total 5787000

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL

Ano Receita Bruta Variaccedilatildeo anual

Ano 1 000

Ano 2 69444000 9

Ano 3 75693960 9

Ano 4 82506416 9

Ano 5 89931994 9

Valor considerando a inflaccedilatildeo de 9 aa

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

30

isso o cliente deve ser considerado como o principal patrimocircnio da empresa (2007

p 207)

Segundo dados do censo 2010 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e

estatiacutestica) dos 576190 (quinhentos e setenta e seis mil cento e noventa) domiciacutelios

de Curitiba 292965 (duzentos e noventa e dois mil novecentos e sessenta e cinco)

possuem renda de mais de 5 a mais de 20 salaacuterios miacutenimos sendo assim cerca de

5085 dos domiciacutelios curitibanos estatildeo enquadrados nas classes A e B Ainda

segundo o IBGE cerca de 137922 (cento e trinta e sete mil novecentos e vinte e dois)

domiciacutelios curitibanos tecircm renda de mais de 10 salaacuterios miacutenimos o que representa

uma meacutedia de 24 dos domiciacutelios de Curitiba

Mais de 249000 (duzentos e quarenta e nove mil) pessoas que residem em

Curitiba cerca de 1423 da populaccedilatildeo tem rendimento mensal de mais de 5 salaacuterios

miacutenimos conforme Tabela 1

TABELA 1 - RESULTADOS DA AMOSTRA - RENDIMENTO POR PESSOA EM CURITIBA

Quantidade de pessoas Salaacuterios miacutenimos

153011 Mais de 5 a 10 salaacuterios miacutenimos

38692 Mais de 10 a 15 salaacuterios miacutenimos

25427 Mais de 15 a 20 salaacuterios miacutenimos

18264 Mais de 20 a 30 salaacuterios miacutenimos

13791 Mais de 30 salaacuterios miacutenimos

FONTE IBGE - CENSO DEMOGRAacuteFICO 2010

Curitiba possui uma populaccedilatildeo de mais de 1750000 (um milhatildeo setecentos

e cinquenta mil habitantes) segundo censo IBGE 2010 sendo que 932000

(novecentos e trinta e dois mil) pessoas com o estado civil de solteiro viuacutevo

divorciado separado judicialmentedesquitado isso mostra que tem muitas pessoas

que podem fazer festas de casamento e necessitar dos produtos que seratildeo ofertados

tais como bolos artiacutesticos doces finos e bem casados

Segundo as estatiacutesticas do registro civil do IBGE ocorreram em Curitiba e

regiatildeo metropolitana no ano 2012 exatamente 18877 (dezoito mil oitocentos e setenta

e sete) casamentos sendo que nos meses de setembro a dezembro foi onde ocorreu

um maior nuacutemero um total de 7828 (sete mil oitocentos e vinte e oito) casamentos o

que representa um total de 4147 dos casamentos ocorrem nesses quatro meses

do ano

31

TABELA 2 - CASAMENTOS POR MEcircS DE REGISTRO SEGUNDO O LUGAR DO REGISTRO ndash 2012

Lugar do registro

Casamentos por mecircs do registro

Total de

registros Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

RM Curitiba 18877 1466 1250 1572 1282 1403 1533 1248 1255 1735 1753 2118 2262

Curitiba 10351 848 692 857 692 724 872 658 658 971 968 1237 1174

FONTE IBGE DIRETORIA DE PESQUISAS COORDENACcedilAtildeO DE POPULACcedilAtildeO E INDICADORES SOCIAIS ESTATIacuteSTICAS DO REGISTRO CIVIL 2012

Nessa perspectiva foi definido que o mercado que a empresa de bolos e doces

finos vai atuar eacute de Curitiba e regiatildeo metropolitana com foco nas pessoas das classes

A e B com estado civil solteiro divorciado separado judicialmentedesquitado e viuacutevo

412 Produtos que seratildeo vendidos

ldquoNo coraccedilatildeo de uma grande marca haacute um grande produto O produto-chave

na oferta ao mercado Liacutederes de mercado geralmente oferecem produtos e serviccedilos

de qualidade superiorrdquo (KOTLER KELLER 2006 p 366)

Os principais produtos fornecidos seratildeo

Bolos artiacutesticos

FOTO1 - BOLO ARTIacuteSTICO FONTE WANDA CARDOSO - BOLOS ARTIacuteSTICOS amp DOCES

32

Bolos de copa

FOTO2 - BOLO DE COPA FONTE ELABORADO PELO AUTOR

FOTO3 - BOLO DE COPA FONTE ELABORADO PELO AUTOR

Naked cake

FOTO4 - NAKED CAKE FONTE DOCES PENEacuteLOPE

33

Doces Tradicionais

FOTO5 - DOCES TRADICIONAIS FONTE ELABORADO PELO AUTOR

Doces Espelhados

FOTO6 - DOCES ESPELHADOS FONTE PRONTO SOCORRO DAS FESTAS

Doces Finos

FOTO 7 - DOCES FINOS FONTE COMPRANDO MEU APE

34

Brigadeiros gourmet

FOTO8 - BRIGADEIROS GOURMET FONTE ELABORADO PELO AUTOR

Tacinhas acriacutelicas

FOTO9 - TACINHAS ACRIacuteLICAS FONTE BUFFET DELIacuteCIAS DA VI

Trufas

FOTO 10 - TRUFAS FONTE FOGAtildeO DA VOVOacute

35

Bombons

FOTO11 - BOMBONS FONTE DALVA GOLDEN GATE

Bem casados

FOTO12 - BEM CASADOS FONTE CASAMENTO SEM ERRO

FOTO13 - BEM CASADOS FONTE CASAMENTO SEM ERRO

36

413 Preccedilo de venda

A definiccedilatildeo do preccedilo dos produtos eacute uma das decisotildees mais relevantes da

organizaccedilatildeo que deve levar em conta a forma como a empresa deseja se posicionar

no mercado os custos a concorrecircncia e a rentabilidade almejada

O preccedilo eacute um dos elementos mais versaacuteteis pode ser modificado rapidamente

ao contraacuterio das propriedades dos produtos dos contratos com canais de distribuiccedilatildeo

e ateacute mesmo das promoccedilotildees O Preccedilo tem tambeacutem a tarefa de mostrar ao mercado o

posicionamento de valor desejado pela empresa para o seu produto ou marca

(KOTLER KELLER 2006 p 428)

A consolidaccedilatildeo dos preccedilos dos produtos seraacute elaborada levando em conta os

custos para se obter os produtos com a qualidade requinte e sofisticaccedilatildeo desejada

com a margem de lucro esperada e se baseando nos preccedilos praticados pela

concorrecircncia

414 Previsatildeo de vendas

Para Chiavenato (2007 p 2013)

A previsatildeo de vendas representa a quantidade de produtosserviccedilos que a empresa pretende vender ou colocar no mercado durante um determinado periacuteodo geralmente um mecircs ou um ano dividido em meses Constitui portanto uma estimativa ou uma expectativa de vendas Pode ser feita em unidades fiacutesicas ou em valores monetaacuterios

A produccedilatildeo vai ser em meacutedia de 5600 doces (doces finos gourmet e bem

casados) e 4 bolos procurando atender em meacutedia 4 eventos por semana e ateacute 16

eventos por mecircs sendo que nos meses de setembro a dezembro essa demanda

aumenta pelo motivo de historicamente ter um nuacutemero maior de casamentos

37

415 Definiccedilatildeo de local de venda dos produtos

ldquoA venda eacute a fase fundamental do processo de vendas Consiste na

transferecircncia do produtoserviccedilo para o cliente ou consumidorrdquo (CHIAVENATO 2007

p 210)

As vendas vatildeo ocorrer atraveacutes de site proacuteprio redes sociais telefone e

pessoalmente natildeo teremos loja fiacutesica apenas um ateliecirc para confecccedilatildeo dos bolos e

doces onde vai conter uma sala anexa na qual vai ser oferecido o serviccedilo de

degustaccedilatildeo com horaacuterios marcados para assim o cliente decidir quais os produtos

seratildeo adquiridos para o seu evento e fechamento de contrato

416 Definiccedilatildeo da demanda e da oferta

Na maior parte das encomendas os clientes solicitam os doces finos e

gourmet que contecircm chocolates frutas oleaginosas tais como castanhas nozes

avelatildes amecircndoas frutas como framboesa morango damasco cerejas e os bem

casados Os bolos mais solicitados satildeo os com decoraccedilatildeo de pasta americana que

deve obrigatoriamente ter recheios mais firmes como ganaches fios de ovos

strogonoff de nozes e os naked cake (bolo pelado) que possuem mais opccedilotildees de

recheios com chocolates frutas diversas e cremes de pacirctisserie

Em contato com algumas empresas que fornecem o mesmo tipo de produto

foi possiacutevel verificar que as encomendas devem ser feitas com antecedecircncia miacutenima

de 6 meses sendo que alguns casos somente com um ano de antecedecircncia para

conseguir na data desejada Esse eacute um dos pontos que mostra que tem espaccedilo

suficiente para entrada nesse mercado

38

417 Concorrentes

Chiavenato (2007 p 33) Kotler e Keller (2006 p 340) afirmam que os

concorrentes satildeo as organizaccedilotildees que competem pelos mesmos fornecedores

clientes e consumidores

ldquoAgrave medida que seus produtosserviccedilos tornam-se mais heterogecircneos tanto

mais heterogecircneos e diferenciados seratildeo seus concorrentes e tanto mais complexa

seraacute a competitividaderdquo (CHIAVENATO 2007 p 33)

Em busca na internet foi possiacutevel identificar que atualmente existe em meacutedia

25 concorrentes reais que oferecem exatamente os mesmos produtos que seratildeo

fornecidos com o mesmo padratildeo de qualidade valor agregado requinte e

sofisticaccedilatildeo Tambeacutem foi detectado mais 14 concorrentes potenciais que vendem

produtos similares aos que seratildeo vendidos poreacutem natildeo possuem o mesmo valor

agregado dos que vatildeo ser ofertados Foi possiacutevel identificar que alguns concorrentes

oferecem somente os doces finos dos quais foram identificados mais 3 concorrentes

reais e 3 concorrentes potenciais E foi detectado que existem concorrentes que

fornecem apenas os bolos artiacutesticos dos quais foi identificado 4 concorrentes reais

todos fornecem os bolos com o mesmo niacutevel de qualidade que seratildeo fornecidos

A tabela 3 mostra a divisatildeo dos concorrentes reais e potenciais que fornecem

bolos e doces por bairro de Curitiba

39

TABELA 3 - CONCORRENTES QUE FORNECEM BOLOS E DOCES POR BAIRRO

Bairro Quantidade de Concorrentes Reais

Quantidade de Concorrentes Potenciais

Aacutegua Verde 4 1

Ahuacute 1

Bairro Alto 2 1

Barreirinha 1

Barreirinha 1

Bom Retiro 1

Campo Comprido 1

Campo Comprido 1

Cidade Industrial 1

Colombo 1

Fazenda Rio Grande 1

Hauer 1

Hugo Lange 1

Mercecircs 1

Novo Mundo 2 1

Novo Mundo 1

Portatildeo 1

Portatildeo 1

Santa Cacircndida 1

Santa Felicidade 1 1

Santo Inaacutecio 1 1

Satildeo Joseacute dos Pinhais 1

Seminaacuterio 1

Sitio Cercado 1

Tarumatilde 1

Vila Izabel 1

Natildeo Informado 1 2

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

418 Forma de divulgaccedilatildeo dos concorrentes

Todas as empresas pesquisadas que fornecem produtos similares aos que

vamos fornecer utilizam sites proacuteprios e as redes sociais para fazer divulgaccedilatildeo dos

seus produtos todas fazem degustaccedilatildeo para os clientes conhecerem os seus

produtos e posteriormente fechar um contrato

40

42 TAMANHO DO NEGOacuteCIO

421 Capacidade produtiva

A capacidade produtiva vai ser para atender ateacute 4 eventos por semana A

produccedilatildeo vai ser de ateacute 5600 doces (doces finos gourmet e bem casados) e 4 bolos

atendendo ateacute 4 eventos por final de semana e ateacute 16 eventos por mecircs sendo que

nos meses de setembro a dezembro essa demanda aumenta pelo motivo de

historicamente ter um nuacutemero maior de casamentos

422 Investimento

Um dos pontos mais relevantes para abertura de uma empresa eacute a

determinaccedilatildeo do capital miacutenimo para dar iniacutecio nas atividades e principalmente como

obter este capital ldquoEacute com o capital inicial que a empresa tem condiccedilotildees de reunir os

recursos empresariais necessaacuterios ao seu funcionamento sejam eles recursos

humanos materiais ou financeirosrdquo A determinaccedilatildeo do capital eacute o que estabelece a

quantidade de recursos empresariais que a empresa tem disponiacutevel Indiscutivelmente

quanto maior for o volume de recursos empresariais mais faacutecil se torna o desempenho

da empresa Quando todos os recursos necessaacuterios para seu funcionamento estatildeo agrave

disposiccedilatildeo a administraccedilatildeo do empreendimento fica mais simples (CHIAVENATO

2007 p84)

Cabe acrescentar que (LAPPONI 2007 p 321)

O custo inicial refere-se aos desembolsos realizados para aquisiccedilatildeo de equipamentos ou outros ativos fixos incluindo o pagamento de fretes seguros instalaccedilotildees despesas operacionais iniciais com materiais e matildeo de obra treinamento de pessoal de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo etc resumindo o custo inicial inclui todos os desembolsos necessaacuterios para adquirir os ativos necessaacuterios e que estejam em condiccedilotildees de operar e gerar as receitas estimadas

41

O empreendimento iniciaraacute suas atividades com capital investido com

recursos proacuteprios da empreendedora

As estimativas de investimento inicial para abertura da empresa foi de

R$5162851 conforme tabela 4

TABELA 4 - INVESTIMENTO INICIAL

Descriccedilatildeo Valor (R$)

Maacutequinas e equipamentos Cozinha R$ 3084878

Utensiacutelios R$ 555075

Moacuteveis para escritoacuterio R$ 268982

Equipamentos de informaacutetica e eletrocircnicos R$ 446204

Outros custos escritoacuterio R$ 48912

Uniformes R$ 155800

Pintura Imoacutevel R$ 500000

Porta de Vidro R$ 103000

Total R$ 5162851

FONTE ELABORADO PELO AUTOR (2015)

423 Localizaccedilatildeo

Seraacute locado um imoacutevel para a instalaccedilatildeo da empresa localizado na Rua Heitor

Baggio Vidal 2508 Bairro Alto Curitiba ndash PR com o valor do aluguel mensal de

R$160000 (mil e seiscentos reais) O espaccedilo interno de 95msup2 seraacute dividido em trecircs

partes a primeira com 20msup2 vai ficar a recepccedilatildeo para receber os clientes efetuar

orccedilamentos e as degustaccedilotildees a segunda com 71msup2 a cozinha industrial onde seratildeo

fabricados os bolos e doces finos e a terceira com 4msup2 o lavabo

42

FOTO14 - FOTO DO IMOacuteVEL ONDE SERAacute INSTALADA A EMPRESA FONTE MP IMOacuteVEIS

424 Entregas

As entregas dos bolos e doces finos seratildeo efetuadas por uma empresa

parceira localizada no Bairro Alto o preccedilo das entregas em Curitiba e regiatildeo

metropolitana variam de R$2400 (vinte e quatro reais) a R$6000 (sessenta reais)

dependendo da localizaccedilatildeo tais valores seratildeo cobrados dos clientes

43 CAPITAL DE GIRO

O capital de giro inicial foi estimado levando em conta que no primeiro ano a

empresa vai produzir 8333 da sua capacidade atendendo em meacutedia 13 ventos

mensalmente sendo assim foram considerados os gastos operacionais necessaacuterios

para o iniacutecio das atividades incluindo o custo fixo mensal e o estoque inicial ambos

multiplicados por 2 e acrescidos de um percentual de 10 de margem de seguranccedila

para despesas natildeo previstas

43

TABELA 5 - CAPITAL DE GIRO

Item Valor (R$)

Estoque Inicial 5144000

Custo Fixo Mensal 3194783

Reserva (10) 833878

Total do Capital de Giro Inicial 9172662

FONTE ELABORDO PELO AUTOR

44 FLUXO DE CAIXA

ldquoFluxo de Caixa eacute um Instrumento de gestatildeo financeira que projeta para

periacuteodos futuros todas as entradas e as saiacutedas de recursos financeiros da empresa

indicando como seraacute o saldo de caixa para o periacuteodo projetadordquo (SEBRAE)

Na tabela 6 eacute apresentada a projeccedilatildeo do Fluxo de Caixa da empresa para os

seus primeiros cinco anos onde fica evidenciado que do primeiro ateacute o quinto ano a

sauacutede financeira da empresa melhora gradativamente sendo que no final do quinto

ano o saldo em caixa ultrapassa os 300 se comparado com o saldo em caixa no

final do primeiro ano

Pode-se observar que natildeo foi inserida no fluxo de caixa a opccedilatildeo de

inadimplecircncia pois todos os pagamentos seratildeo efetuados agrave vista em dinheiro ou

cartatildeo sendo que o pagamento total dos produtos deve ser efetuado no miacutenimo 10

dias antes da data do evento

44

TABELA 6 - PROJECcedilAtildeO DE FLUXO DE CAIXA NOS PRIMEIROS CINCO ANOS

Descriccedilatildeo Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

Investimento Inicial (5162851)

Capital de Giro (9172662) 9172662

Valor Residual 1548855

Total de entradas 000 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873

Previsatildeo Receitas de vendas 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873

Total de Saiacutedas (14335513) (44888699) (54283425) (59479393) (64738409) (70291804)

(-)Fornecedores (25720000) (33641760) (36669518) (39969775) (43567055)

(-)Folha de pagamento (3267192) (3593911) (3953302) (4348633) (4783496)

(-)Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)

(963216) (1011377) (1061946) (1115043) (1170795)

(-)Retiradas soacutecios (2400000) (2640000) (3432000) (3946800) (4341480)

(-)Impostos s vendas (4654291) (5073177) (5573767) (6075406) (6622192)

(-)Alugueacuteis (1920000) (2016000) (2116800) (2222640) (2333772)

(-)Energia eleacutetrica (840000) (882000) (926100) (972405) (1021025)

(-)Aacutegua (300000) (315000) (330750) (347288) (364652)

(-)Telefone (384000) (403200) (423360) (444528) (466754)

(-)Gaacutes (588000) (617400) (648270) (680684) (714718)

(-)Serviccedilos contabilidade (960000) (1008000) (1058400) (1111320) (1166886)

(-)Manutenccedilatildeo (600000) (630000) (661500) (694575) (729304)

(-)Outras despesas com funcionaacuterios

(1296000) (1405800) (1525590) (1656320) (1799030)

(-)Taxas bancaacuterias (96000) (100800) (105840) (111132) (116689)

(-)Outros pagamentos (900000) (945000) (992250) (1041863) (1093956)

Entradas - Saiacutedas (14335513) 12981301 21410535 23027023 25193585 27734070

Depreciaccedilatildeo 000 (631377) (631377) (631377) (631377) (631377)

Saldo Final (14335513) 12349924 20779158 22395647 24562208 37824209

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

A depreciaccedilatildeo foi calculada considerando o prazo de vida uacutetil meacutedio de 10

anos das maacutequinas equipamentos instalaccedilotildees moacuteveis e utensiacutelios e para os

computadores e perifeacutericos foi considerado o prazo de vida uacutetil de 5 anos conforme

demonstrado na tabela 7

TABELA 7 - DEPRECIACcedilAtildeO

Item Valor Inicial Taxa Anual Depreciaccedilatildeo Anual (R$)

Maacutequinas e equipamentos 3084878 10 308488

Instalaccedilotildees 103000 10 10300

Moacuteveis e Utensiacutelios 824057 10 82406

Computadores e Perifeacutericos 446204 20 89241

Outros 704712 20 140942

Total 631377

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

45

O valor residual dos equipamentos e instalaccedilotildees da empresa no final do quinto

ano foi considerado em 30 referente ao valor de aquisiccedilatildeo dos mesmos no iniacutecio do

projeto

45 ANAacuteLISE DOS INDICADORES (VPL TIR E PAYBACK)

451 Valor Presente Liacutequido (VPL)

A tabela 8 mostra que o VPL (Valor Presente Liacutequido) eacute positivo isso significa

que aleacutem de recuperar o investimento inicial ainda vai ser agregado ao valor da

empresa um montante de R$ R$50392407 (quinhentos e trecircs mil novecentos e vinte

quatro reais e sete centavos)

A taxa de retorno requerida de 20 foi determinada levando em conta o niacutevel

de risco do projeto e visando o valor desejado para se obter em cima do valor

investido

TABELA 8 - CALCULO DO VALOR PRESENTE LIacuteQUIDO (VPL)

Anos FC k 2000

0 -$143355 VPL $50392407

1 $123499 VPL $50392407

2 $207792 VPL $50392407

3 $223956 VPL $21761126

4 $245622 VPL $21761126

5 $378242 Decisatildeo Aceitar o Projeto

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

452 Taxa Interna de Retorno (TIR)

Conforme a tabela 9 eacute possiacutevel verificar que a TIR (Taxa Interna de Retorno)

eacute de 11593 maior que a taxa requerida de 20 isso significa que custo inicial seraacute

46

recuperado e o projeto vai criar valor para empresa mais um resultado favoraacutevel para

a aceitaccedilatildeo do projeto

TABELA 9 - TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR)

Anos FC

0 -$143355 TIR 11593

1 $123499 TIR 2168

2 $207792 TIR 2168

3 $223956 Decisatildeo

4 $245622 k 2000

5 $378242 Aceitar o projeto

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

453 Payback

O tempo de recuperaccedilatildeo do custo inicial ocorre normalmente entre o quarto e

o quinto ano se for feita a anaacutelise da tabela 10 eacute possiacutevel verificar que o tempo

necessaacuterio para o retorno do investimento (payback) do projeto eacute de 128 anos este

indicador mostra claramente que o projeto deve ser aceito pois o tempo de retorno

estaacute bem abaixo do tempo meacutedio dos empreendimentos como um todo

TABELA 10 - PAYBACK

k 20

Anos FC SPresente

0 -$143355 -$143355 PBD-SP = 128

1 $123499 -$40439 128

2 $207792 $103861

3 $223956 $233465

4 $245622 $351917

5 $378242 $503924

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

47

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Para iniciar um negoacutecio requer muito mais do que apenas o espiacuterito

empreendedor eacute necessaacuterio ter lideranccedila conhecimento sobre o mercado que deseja

atuar organizaccedilatildeo e principalmente planejamento

O principal objetivo desse estudo foi analisar a viabilidade econocircmico-

financeira da abertura de uma empresa de bolos e doces finos no Bairro Alto em

Curitiba

O objetivo apresentado nesta pesquisa foi atingido pois todos os indicadores

analisados mostram com clareza que empresa obteacutem resultados positivos que criam

valor para a mesma e com isso o projeto eacute viaacutevel economicamente pois do primeiro

ao quinto ano fica visiacutevel o crescimento do empreendimento e a melhora significativa

da sua sauacutede financeira isso fica evidenciado no saldo final em caixa no quinto ano

que chega proacuteximo haacute 400 mil reais Apesar disso eacute crucial o acompanhamento do

mercado para seguir as tendecircncias e se atualizar constantemente para tomar

decisotildees mais assertivas

Um negoacutecio mal avaliado pode arruinar a estabilidade econocircmica do

investidor por isso eacute de extrema importacircncia fazer todos os levantamentos de custos

antes de se aventurar em qualquer empreendimento

Eacute possiacutevel comprovar que a pesquisa realizada contribui positivamente para

abertura da empresa No entanto as informaccedilotildees aqui presentes natildeo satildeo estaacuteticas e

devem ser revisadas periodicamente e se preciso ateacute mesmo ampliadas no decorrer

da implantaccedilatildeo do projeto para que o mesmo seja uma ferramenta eficiente e eficaz

no desenvolvimento da empresa como um todo

48

REFEREcircNCIAS

BRITO Paulo Anaacutelise e viabilidade de projetos de investimento Satildeo Paulo Atlas 2003 DOLABELA Fernando O segredo de Luiacutesa 30 ed Satildeo Paulo Editora de Cultura 2006 DORNELAS Joseacute Carlos Assis Empreendedorismo transformando ideias em negoacutecios 4 ed Rio de Janeiro Campus Elsevier 2012 CENSO Demograacutefico 2010 Resultados gerais da amostra Curitiba IBGE 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=410690ampidtema=87ampsearch=parana|curitiba|censo-demografico-2010-resultados-gerais-da-amostra-gt Acesso em 21 de Junho de 2015 CHIAVENATO Idalberto Empreendedorismo dando asas ao espiacuterito empreendedor empreendedorismo e a viabilidade de novas empresas um guia eficiente para iniciar e tocar seu proacuteprio negoacutecio 2 ed Satildeo Paulo Saraiva 2007 ESTATIacuteSTICAS do registro civil 2012 Curitiba IBGE 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaoregistrocivil2012default_xlsshtmgt Acesso em 21 de Junho de 2015 GIL Antonio Carlos Meacutetodos e teacutecnicas de pesquisa social 6 ed Satildeo Paulo Atlas 2008 KOTLER Philip KELLER Kevin Lane Administraccedilatildeo de Marketing 12 ed Satildeo Paulo ABDR 2006 LAPPONI Juan Carlos Projetos de Investimento na Empresa Rio de Janeiro Elsevier 2007 MACHADO Jesseacute Anderson Pinto Projetos Econocircmicos uma abordagem praacutetica de elaboraccedilatildeo Satildeo Paulo Nobel 2002 MICHEL Maria Helena Metodologia e pesquisa cientiacutefica em ciecircncias sociais 2 ed Satildeo Paulo Atlas 2009 OLIVEIRA Djalma de Pinho Rebouccedilas de Planejamento estrateacutegico conceitos metodologia e praacuteticas 20 ed Satildeo Paulo Atlas 2004 PRODANOV Cleber Cristiano ERNANI Cesar de Freitas Metodologia do trabalho cientiacutefico meacutetodo e teacutecnicas da pesquisa e do trabalho acadecircmico 2 ed Novo Hamburgo Freevale 2013

49

REBELATTO Dayse Projeto de Investimento 1 ed Barueri Manole 2004 SEBRAE Pesquisa de Mercado o que eacute e para que serve Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrsitesPortalSebraeartigosPesquisa-de-mercado-o-que-C3A9-e-para-que-servegt Acesso em 21 de Junho de 2015 SEBRAE Fluxo de caixa Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrSebraePortal20SebraeAnexos0_fluxo-de-caixapdfgt Acesso em 10 de Outubro de 2015 WILDAUER Egon Walter Plano de negoacutecios elementos construtivos e processos de elaboraccedilatildeo 2 ed Curitiba Ibpex 2011 WOILER Samsatildeo MATHIAS Washington Franco Projetos planejamento elaboraccedilatildeo anaacutelise 1 ed Satildeo Paulo Atlas 1994

50

APEcircNDICES

APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL 51

APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS 52

APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL 52

51

APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL

Item Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

Aacutegua 25000 26250 27563 28941 30388

Aluguel 160000 168000 176400 185220 194481

Assessoria Contaacutebil 80000 84000 88200 92610 97241

Gaacutes 49000 51450 54023 56724 59560

Impostos 387858 422765 464481 506284 551849

Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)

80268 84281 88495 92920 97566

Energia eleacutetrica 70000 73500 77175 81034 85085

Manutenccedilatildeo 50000 52500 55125 57881 60775

Material de escritoacuterio 20000 21000 22050 23153 24310

Material de Limpeza 40000 42000 44100 46305 48620

Folha de pagamento 272266 299493 329442 362386 398625

Seguros 15000 15750 16538 17364 18233

Telefone fixointernet 20000 21000 22050 23153 24310

Telefone Moacutevel 12000 12600 13230 13892 14586

Vale Refeiccedilatildeo 75000 82500 90750 99825 109808

Vale Transporte 33000 34650 36383 38202 40112

Proacute- labore 200000 220000 286000 328900 361790

Taxas Bancaacuterias 8000 8400 8820 9261 9724

Total R$ 1597392 R$ 1720139 R$ 1900823 R$ 2064053 R$ 2227062

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

52

APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS

Item

Produccedilatildeo mensal meacutedia

Custo unitaacuterio total

Sugestatildeo Preccedilo de venda

Custo Mensal Total

Receita de vendas

Bolos artiacutesticos (recheios diversos) 150 6000 13500 900000 2025000

Bolos de copa (recheios diversos) 30 3600 8100 108000 243000

Naked cake (recheios diversos) 60 4200 9450 252000 567000

Doces Tradicionais 32 3500 7875 112000 252000

Doces Espelhados 32 5000 11250 160000 360000

Doces Finos 32 7500 16875 240000 540000

Brigadeiros gourmet 16 4500 10125 72000 162000

Tacinhas acriacutelicas 16 5500 12375 88000 198000

Trufas 32 5000 11250 160000 360000

Bombons 32 5000 11250 160000 360000

Bem casados 3200 100 225 320000 720000

Custo produccedilatildeo Total 2572000

Receita Total 5787000

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL

Ano Receita Bruta Variaccedilatildeo anual

Ano 1 000

Ano 2 69444000 9

Ano 3 75693960 9

Ano 4 82506416 9

Ano 5 89931994 9

Valor considerando a inflaccedilatildeo de 9 aa

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

31

TABELA 2 - CASAMENTOS POR MEcircS DE REGISTRO SEGUNDO O LUGAR DO REGISTRO ndash 2012

Lugar do registro

Casamentos por mecircs do registro

Total de

registros Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

RM Curitiba 18877 1466 1250 1572 1282 1403 1533 1248 1255 1735 1753 2118 2262

Curitiba 10351 848 692 857 692 724 872 658 658 971 968 1237 1174

FONTE IBGE DIRETORIA DE PESQUISAS COORDENACcedilAtildeO DE POPULACcedilAtildeO E INDICADORES SOCIAIS ESTATIacuteSTICAS DO REGISTRO CIVIL 2012

Nessa perspectiva foi definido que o mercado que a empresa de bolos e doces

finos vai atuar eacute de Curitiba e regiatildeo metropolitana com foco nas pessoas das classes

A e B com estado civil solteiro divorciado separado judicialmentedesquitado e viuacutevo

412 Produtos que seratildeo vendidos

ldquoNo coraccedilatildeo de uma grande marca haacute um grande produto O produto-chave

na oferta ao mercado Liacutederes de mercado geralmente oferecem produtos e serviccedilos

de qualidade superiorrdquo (KOTLER KELLER 2006 p 366)

Os principais produtos fornecidos seratildeo

Bolos artiacutesticos

FOTO1 - BOLO ARTIacuteSTICO FONTE WANDA CARDOSO - BOLOS ARTIacuteSTICOS amp DOCES

32

Bolos de copa

FOTO2 - BOLO DE COPA FONTE ELABORADO PELO AUTOR

FOTO3 - BOLO DE COPA FONTE ELABORADO PELO AUTOR

Naked cake

FOTO4 - NAKED CAKE FONTE DOCES PENEacuteLOPE

33

Doces Tradicionais

FOTO5 - DOCES TRADICIONAIS FONTE ELABORADO PELO AUTOR

Doces Espelhados

FOTO6 - DOCES ESPELHADOS FONTE PRONTO SOCORRO DAS FESTAS

Doces Finos

FOTO 7 - DOCES FINOS FONTE COMPRANDO MEU APE

34

Brigadeiros gourmet

FOTO8 - BRIGADEIROS GOURMET FONTE ELABORADO PELO AUTOR

Tacinhas acriacutelicas

FOTO9 - TACINHAS ACRIacuteLICAS FONTE BUFFET DELIacuteCIAS DA VI

Trufas

FOTO 10 - TRUFAS FONTE FOGAtildeO DA VOVOacute

35

Bombons

FOTO11 - BOMBONS FONTE DALVA GOLDEN GATE

Bem casados

FOTO12 - BEM CASADOS FONTE CASAMENTO SEM ERRO

FOTO13 - BEM CASADOS FONTE CASAMENTO SEM ERRO

36

413 Preccedilo de venda

A definiccedilatildeo do preccedilo dos produtos eacute uma das decisotildees mais relevantes da

organizaccedilatildeo que deve levar em conta a forma como a empresa deseja se posicionar

no mercado os custos a concorrecircncia e a rentabilidade almejada

O preccedilo eacute um dos elementos mais versaacuteteis pode ser modificado rapidamente

ao contraacuterio das propriedades dos produtos dos contratos com canais de distribuiccedilatildeo

e ateacute mesmo das promoccedilotildees O Preccedilo tem tambeacutem a tarefa de mostrar ao mercado o

posicionamento de valor desejado pela empresa para o seu produto ou marca

(KOTLER KELLER 2006 p 428)

A consolidaccedilatildeo dos preccedilos dos produtos seraacute elaborada levando em conta os

custos para se obter os produtos com a qualidade requinte e sofisticaccedilatildeo desejada

com a margem de lucro esperada e se baseando nos preccedilos praticados pela

concorrecircncia

414 Previsatildeo de vendas

Para Chiavenato (2007 p 2013)

A previsatildeo de vendas representa a quantidade de produtosserviccedilos que a empresa pretende vender ou colocar no mercado durante um determinado periacuteodo geralmente um mecircs ou um ano dividido em meses Constitui portanto uma estimativa ou uma expectativa de vendas Pode ser feita em unidades fiacutesicas ou em valores monetaacuterios

A produccedilatildeo vai ser em meacutedia de 5600 doces (doces finos gourmet e bem

casados) e 4 bolos procurando atender em meacutedia 4 eventos por semana e ateacute 16

eventos por mecircs sendo que nos meses de setembro a dezembro essa demanda

aumenta pelo motivo de historicamente ter um nuacutemero maior de casamentos

37

415 Definiccedilatildeo de local de venda dos produtos

ldquoA venda eacute a fase fundamental do processo de vendas Consiste na

transferecircncia do produtoserviccedilo para o cliente ou consumidorrdquo (CHIAVENATO 2007

p 210)

As vendas vatildeo ocorrer atraveacutes de site proacuteprio redes sociais telefone e

pessoalmente natildeo teremos loja fiacutesica apenas um ateliecirc para confecccedilatildeo dos bolos e

doces onde vai conter uma sala anexa na qual vai ser oferecido o serviccedilo de

degustaccedilatildeo com horaacuterios marcados para assim o cliente decidir quais os produtos

seratildeo adquiridos para o seu evento e fechamento de contrato

416 Definiccedilatildeo da demanda e da oferta

Na maior parte das encomendas os clientes solicitam os doces finos e

gourmet que contecircm chocolates frutas oleaginosas tais como castanhas nozes

avelatildes amecircndoas frutas como framboesa morango damasco cerejas e os bem

casados Os bolos mais solicitados satildeo os com decoraccedilatildeo de pasta americana que

deve obrigatoriamente ter recheios mais firmes como ganaches fios de ovos

strogonoff de nozes e os naked cake (bolo pelado) que possuem mais opccedilotildees de

recheios com chocolates frutas diversas e cremes de pacirctisserie

Em contato com algumas empresas que fornecem o mesmo tipo de produto

foi possiacutevel verificar que as encomendas devem ser feitas com antecedecircncia miacutenima

de 6 meses sendo que alguns casos somente com um ano de antecedecircncia para

conseguir na data desejada Esse eacute um dos pontos que mostra que tem espaccedilo

suficiente para entrada nesse mercado

38

417 Concorrentes

Chiavenato (2007 p 33) Kotler e Keller (2006 p 340) afirmam que os

concorrentes satildeo as organizaccedilotildees que competem pelos mesmos fornecedores

clientes e consumidores

ldquoAgrave medida que seus produtosserviccedilos tornam-se mais heterogecircneos tanto

mais heterogecircneos e diferenciados seratildeo seus concorrentes e tanto mais complexa

seraacute a competitividaderdquo (CHIAVENATO 2007 p 33)

Em busca na internet foi possiacutevel identificar que atualmente existe em meacutedia

25 concorrentes reais que oferecem exatamente os mesmos produtos que seratildeo

fornecidos com o mesmo padratildeo de qualidade valor agregado requinte e

sofisticaccedilatildeo Tambeacutem foi detectado mais 14 concorrentes potenciais que vendem

produtos similares aos que seratildeo vendidos poreacutem natildeo possuem o mesmo valor

agregado dos que vatildeo ser ofertados Foi possiacutevel identificar que alguns concorrentes

oferecem somente os doces finos dos quais foram identificados mais 3 concorrentes

reais e 3 concorrentes potenciais E foi detectado que existem concorrentes que

fornecem apenas os bolos artiacutesticos dos quais foi identificado 4 concorrentes reais

todos fornecem os bolos com o mesmo niacutevel de qualidade que seratildeo fornecidos

A tabela 3 mostra a divisatildeo dos concorrentes reais e potenciais que fornecem

bolos e doces por bairro de Curitiba

39

TABELA 3 - CONCORRENTES QUE FORNECEM BOLOS E DOCES POR BAIRRO

Bairro Quantidade de Concorrentes Reais

Quantidade de Concorrentes Potenciais

Aacutegua Verde 4 1

Ahuacute 1

Bairro Alto 2 1

Barreirinha 1

Barreirinha 1

Bom Retiro 1

Campo Comprido 1

Campo Comprido 1

Cidade Industrial 1

Colombo 1

Fazenda Rio Grande 1

Hauer 1

Hugo Lange 1

Mercecircs 1

Novo Mundo 2 1

Novo Mundo 1

Portatildeo 1

Portatildeo 1

Santa Cacircndida 1

Santa Felicidade 1 1

Santo Inaacutecio 1 1

Satildeo Joseacute dos Pinhais 1

Seminaacuterio 1

Sitio Cercado 1

Tarumatilde 1

Vila Izabel 1

Natildeo Informado 1 2

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

418 Forma de divulgaccedilatildeo dos concorrentes

Todas as empresas pesquisadas que fornecem produtos similares aos que

vamos fornecer utilizam sites proacuteprios e as redes sociais para fazer divulgaccedilatildeo dos

seus produtos todas fazem degustaccedilatildeo para os clientes conhecerem os seus

produtos e posteriormente fechar um contrato

40

42 TAMANHO DO NEGOacuteCIO

421 Capacidade produtiva

A capacidade produtiva vai ser para atender ateacute 4 eventos por semana A

produccedilatildeo vai ser de ateacute 5600 doces (doces finos gourmet e bem casados) e 4 bolos

atendendo ateacute 4 eventos por final de semana e ateacute 16 eventos por mecircs sendo que

nos meses de setembro a dezembro essa demanda aumenta pelo motivo de

historicamente ter um nuacutemero maior de casamentos

422 Investimento

Um dos pontos mais relevantes para abertura de uma empresa eacute a

determinaccedilatildeo do capital miacutenimo para dar iniacutecio nas atividades e principalmente como

obter este capital ldquoEacute com o capital inicial que a empresa tem condiccedilotildees de reunir os

recursos empresariais necessaacuterios ao seu funcionamento sejam eles recursos

humanos materiais ou financeirosrdquo A determinaccedilatildeo do capital eacute o que estabelece a

quantidade de recursos empresariais que a empresa tem disponiacutevel Indiscutivelmente

quanto maior for o volume de recursos empresariais mais faacutecil se torna o desempenho

da empresa Quando todos os recursos necessaacuterios para seu funcionamento estatildeo agrave

disposiccedilatildeo a administraccedilatildeo do empreendimento fica mais simples (CHIAVENATO

2007 p84)

Cabe acrescentar que (LAPPONI 2007 p 321)

O custo inicial refere-se aos desembolsos realizados para aquisiccedilatildeo de equipamentos ou outros ativos fixos incluindo o pagamento de fretes seguros instalaccedilotildees despesas operacionais iniciais com materiais e matildeo de obra treinamento de pessoal de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo etc resumindo o custo inicial inclui todos os desembolsos necessaacuterios para adquirir os ativos necessaacuterios e que estejam em condiccedilotildees de operar e gerar as receitas estimadas

41

O empreendimento iniciaraacute suas atividades com capital investido com

recursos proacuteprios da empreendedora

As estimativas de investimento inicial para abertura da empresa foi de

R$5162851 conforme tabela 4

TABELA 4 - INVESTIMENTO INICIAL

Descriccedilatildeo Valor (R$)

Maacutequinas e equipamentos Cozinha R$ 3084878

Utensiacutelios R$ 555075

Moacuteveis para escritoacuterio R$ 268982

Equipamentos de informaacutetica e eletrocircnicos R$ 446204

Outros custos escritoacuterio R$ 48912

Uniformes R$ 155800

Pintura Imoacutevel R$ 500000

Porta de Vidro R$ 103000

Total R$ 5162851

FONTE ELABORADO PELO AUTOR (2015)

423 Localizaccedilatildeo

Seraacute locado um imoacutevel para a instalaccedilatildeo da empresa localizado na Rua Heitor

Baggio Vidal 2508 Bairro Alto Curitiba ndash PR com o valor do aluguel mensal de

R$160000 (mil e seiscentos reais) O espaccedilo interno de 95msup2 seraacute dividido em trecircs

partes a primeira com 20msup2 vai ficar a recepccedilatildeo para receber os clientes efetuar

orccedilamentos e as degustaccedilotildees a segunda com 71msup2 a cozinha industrial onde seratildeo

fabricados os bolos e doces finos e a terceira com 4msup2 o lavabo

42

FOTO14 - FOTO DO IMOacuteVEL ONDE SERAacute INSTALADA A EMPRESA FONTE MP IMOacuteVEIS

424 Entregas

As entregas dos bolos e doces finos seratildeo efetuadas por uma empresa

parceira localizada no Bairro Alto o preccedilo das entregas em Curitiba e regiatildeo

metropolitana variam de R$2400 (vinte e quatro reais) a R$6000 (sessenta reais)

dependendo da localizaccedilatildeo tais valores seratildeo cobrados dos clientes

43 CAPITAL DE GIRO

O capital de giro inicial foi estimado levando em conta que no primeiro ano a

empresa vai produzir 8333 da sua capacidade atendendo em meacutedia 13 ventos

mensalmente sendo assim foram considerados os gastos operacionais necessaacuterios

para o iniacutecio das atividades incluindo o custo fixo mensal e o estoque inicial ambos

multiplicados por 2 e acrescidos de um percentual de 10 de margem de seguranccedila

para despesas natildeo previstas

43

TABELA 5 - CAPITAL DE GIRO

Item Valor (R$)

Estoque Inicial 5144000

Custo Fixo Mensal 3194783

Reserva (10) 833878

Total do Capital de Giro Inicial 9172662

FONTE ELABORDO PELO AUTOR

44 FLUXO DE CAIXA

ldquoFluxo de Caixa eacute um Instrumento de gestatildeo financeira que projeta para

periacuteodos futuros todas as entradas e as saiacutedas de recursos financeiros da empresa

indicando como seraacute o saldo de caixa para o periacuteodo projetadordquo (SEBRAE)

Na tabela 6 eacute apresentada a projeccedilatildeo do Fluxo de Caixa da empresa para os

seus primeiros cinco anos onde fica evidenciado que do primeiro ateacute o quinto ano a

sauacutede financeira da empresa melhora gradativamente sendo que no final do quinto

ano o saldo em caixa ultrapassa os 300 se comparado com o saldo em caixa no

final do primeiro ano

Pode-se observar que natildeo foi inserida no fluxo de caixa a opccedilatildeo de

inadimplecircncia pois todos os pagamentos seratildeo efetuados agrave vista em dinheiro ou

cartatildeo sendo que o pagamento total dos produtos deve ser efetuado no miacutenimo 10

dias antes da data do evento

44

TABELA 6 - PROJECcedilAtildeO DE FLUXO DE CAIXA NOS PRIMEIROS CINCO ANOS

Descriccedilatildeo Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

Investimento Inicial (5162851)

Capital de Giro (9172662) 9172662

Valor Residual 1548855

Total de entradas 000 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873

Previsatildeo Receitas de vendas 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873

Total de Saiacutedas (14335513) (44888699) (54283425) (59479393) (64738409) (70291804)

(-)Fornecedores (25720000) (33641760) (36669518) (39969775) (43567055)

(-)Folha de pagamento (3267192) (3593911) (3953302) (4348633) (4783496)

(-)Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)

(963216) (1011377) (1061946) (1115043) (1170795)

(-)Retiradas soacutecios (2400000) (2640000) (3432000) (3946800) (4341480)

(-)Impostos s vendas (4654291) (5073177) (5573767) (6075406) (6622192)

(-)Alugueacuteis (1920000) (2016000) (2116800) (2222640) (2333772)

(-)Energia eleacutetrica (840000) (882000) (926100) (972405) (1021025)

(-)Aacutegua (300000) (315000) (330750) (347288) (364652)

(-)Telefone (384000) (403200) (423360) (444528) (466754)

(-)Gaacutes (588000) (617400) (648270) (680684) (714718)

(-)Serviccedilos contabilidade (960000) (1008000) (1058400) (1111320) (1166886)

(-)Manutenccedilatildeo (600000) (630000) (661500) (694575) (729304)

(-)Outras despesas com funcionaacuterios

(1296000) (1405800) (1525590) (1656320) (1799030)

(-)Taxas bancaacuterias (96000) (100800) (105840) (111132) (116689)

(-)Outros pagamentos (900000) (945000) (992250) (1041863) (1093956)

Entradas - Saiacutedas (14335513) 12981301 21410535 23027023 25193585 27734070

Depreciaccedilatildeo 000 (631377) (631377) (631377) (631377) (631377)

Saldo Final (14335513) 12349924 20779158 22395647 24562208 37824209

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

A depreciaccedilatildeo foi calculada considerando o prazo de vida uacutetil meacutedio de 10

anos das maacutequinas equipamentos instalaccedilotildees moacuteveis e utensiacutelios e para os

computadores e perifeacutericos foi considerado o prazo de vida uacutetil de 5 anos conforme

demonstrado na tabela 7

TABELA 7 - DEPRECIACcedilAtildeO

Item Valor Inicial Taxa Anual Depreciaccedilatildeo Anual (R$)

Maacutequinas e equipamentos 3084878 10 308488

Instalaccedilotildees 103000 10 10300

Moacuteveis e Utensiacutelios 824057 10 82406

Computadores e Perifeacutericos 446204 20 89241

Outros 704712 20 140942

Total 631377

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

45

O valor residual dos equipamentos e instalaccedilotildees da empresa no final do quinto

ano foi considerado em 30 referente ao valor de aquisiccedilatildeo dos mesmos no iniacutecio do

projeto

45 ANAacuteLISE DOS INDICADORES (VPL TIR E PAYBACK)

451 Valor Presente Liacutequido (VPL)

A tabela 8 mostra que o VPL (Valor Presente Liacutequido) eacute positivo isso significa

que aleacutem de recuperar o investimento inicial ainda vai ser agregado ao valor da

empresa um montante de R$ R$50392407 (quinhentos e trecircs mil novecentos e vinte

quatro reais e sete centavos)

A taxa de retorno requerida de 20 foi determinada levando em conta o niacutevel

de risco do projeto e visando o valor desejado para se obter em cima do valor

investido

TABELA 8 - CALCULO DO VALOR PRESENTE LIacuteQUIDO (VPL)

Anos FC k 2000

0 -$143355 VPL $50392407

1 $123499 VPL $50392407

2 $207792 VPL $50392407

3 $223956 VPL $21761126

4 $245622 VPL $21761126

5 $378242 Decisatildeo Aceitar o Projeto

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

452 Taxa Interna de Retorno (TIR)

Conforme a tabela 9 eacute possiacutevel verificar que a TIR (Taxa Interna de Retorno)

eacute de 11593 maior que a taxa requerida de 20 isso significa que custo inicial seraacute

46

recuperado e o projeto vai criar valor para empresa mais um resultado favoraacutevel para

a aceitaccedilatildeo do projeto

TABELA 9 - TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR)

Anos FC

0 -$143355 TIR 11593

1 $123499 TIR 2168

2 $207792 TIR 2168

3 $223956 Decisatildeo

4 $245622 k 2000

5 $378242 Aceitar o projeto

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

453 Payback

O tempo de recuperaccedilatildeo do custo inicial ocorre normalmente entre o quarto e

o quinto ano se for feita a anaacutelise da tabela 10 eacute possiacutevel verificar que o tempo

necessaacuterio para o retorno do investimento (payback) do projeto eacute de 128 anos este

indicador mostra claramente que o projeto deve ser aceito pois o tempo de retorno

estaacute bem abaixo do tempo meacutedio dos empreendimentos como um todo

TABELA 10 - PAYBACK

k 20

Anos FC SPresente

0 -$143355 -$143355 PBD-SP = 128

1 $123499 -$40439 128

2 $207792 $103861

3 $223956 $233465

4 $245622 $351917

5 $378242 $503924

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

47

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Para iniciar um negoacutecio requer muito mais do que apenas o espiacuterito

empreendedor eacute necessaacuterio ter lideranccedila conhecimento sobre o mercado que deseja

atuar organizaccedilatildeo e principalmente planejamento

O principal objetivo desse estudo foi analisar a viabilidade econocircmico-

financeira da abertura de uma empresa de bolos e doces finos no Bairro Alto em

Curitiba

O objetivo apresentado nesta pesquisa foi atingido pois todos os indicadores

analisados mostram com clareza que empresa obteacutem resultados positivos que criam

valor para a mesma e com isso o projeto eacute viaacutevel economicamente pois do primeiro

ao quinto ano fica visiacutevel o crescimento do empreendimento e a melhora significativa

da sua sauacutede financeira isso fica evidenciado no saldo final em caixa no quinto ano

que chega proacuteximo haacute 400 mil reais Apesar disso eacute crucial o acompanhamento do

mercado para seguir as tendecircncias e se atualizar constantemente para tomar

decisotildees mais assertivas

Um negoacutecio mal avaliado pode arruinar a estabilidade econocircmica do

investidor por isso eacute de extrema importacircncia fazer todos os levantamentos de custos

antes de se aventurar em qualquer empreendimento

Eacute possiacutevel comprovar que a pesquisa realizada contribui positivamente para

abertura da empresa No entanto as informaccedilotildees aqui presentes natildeo satildeo estaacuteticas e

devem ser revisadas periodicamente e se preciso ateacute mesmo ampliadas no decorrer

da implantaccedilatildeo do projeto para que o mesmo seja uma ferramenta eficiente e eficaz

no desenvolvimento da empresa como um todo

48

REFEREcircNCIAS

BRITO Paulo Anaacutelise e viabilidade de projetos de investimento Satildeo Paulo Atlas 2003 DOLABELA Fernando O segredo de Luiacutesa 30 ed Satildeo Paulo Editora de Cultura 2006 DORNELAS Joseacute Carlos Assis Empreendedorismo transformando ideias em negoacutecios 4 ed Rio de Janeiro Campus Elsevier 2012 CENSO Demograacutefico 2010 Resultados gerais da amostra Curitiba IBGE 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=410690ampidtema=87ampsearch=parana|curitiba|censo-demografico-2010-resultados-gerais-da-amostra-gt Acesso em 21 de Junho de 2015 CHIAVENATO Idalberto Empreendedorismo dando asas ao espiacuterito empreendedor empreendedorismo e a viabilidade de novas empresas um guia eficiente para iniciar e tocar seu proacuteprio negoacutecio 2 ed Satildeo Paulo Saraiva 2007 ESTATIacuteSTICAS do registro civil 2012 Curitiba IBGE 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaoregistrocivil2012default_xlsshtmgt Acesso em 21 de Junho de 2015 GIL Antonio Carlos Meacutetodos e teacutecnicas de pesquisa social 6 ed Satildeo Paulo Atlas 2008 KOTLER Philip KELLER Kevin Lane Administraccedilatildeo de Marketing 12 ed Satildeo Paulo ABDR 2006 LAPPONI Juan Carlos Projetos de Investimento na Empresa Rio de Janeiro Elsevier 2007 MACHADO Jesseacute Anderson Pinto Projetos Econocircmicos uma abordagem praacutetica de elaboraccedilatildeo Satildeo Paulo Nobel 2002 MICHEL Maria Helena Metodologia e pesquisa cientiacutefica em ciecircncias sociais 2 ed Satildeo Paulo Atlas 2009 OLIVEIRA Djalma de Pinho Rebouccedilas de Planejamento estrateacutegico conceitos metodologia e praacuteticas 20 ed Satildeo Paulo Atlas 2004 PRODANOV Cleber Cristiano ERNANI Cesar de Freitas Metodologia do trabalho cientiacutefico meacutetodo e teacutecnicas da pesquisa e do trabalho acadecircmico 2 ed Novo Hamburgo Freevale 2013

49

REBELATTO Dayse Projeto de Investimento 1 ed Barueri Manole 2004 SEBRAE Pesquisa de Mercado o que eacute e para que serve Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrsitesPortalSebraeartigosPesquisa-de-mercado-o-que-C3A9-e-para-que-servegt Acesso em 21 de Junho de 2015 SEBRAE Fluxo de caixa Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrSebraePortal20SebraeAnexos0_fluxo-de-caixapdfgt Acesso em 10 de Outubro de 2015 WILDAUER Egon Walter Plano de negoacutecios elementos construtivos e processos de elaboraccedilatildeo 2 ed Curitiba Ibpex 2011 WOILER Samsatildeo MATHIAS Washington Franco Projetos planejamento elaboraccedilatildeo anaacutelise 1 ed Satildeo Paulo Atlas 1994

50

APEcircNDICES

APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL 51

APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS 52

APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL 52

51

APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL

Item Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

Aacutegua 25000 26250 27563 28941 30388

Aluguel 160000 168000 176400 185220 194481

Assessoria Contaacutebil 80000 84000 88200 92610 97241

Gaacutes 49000 51450 54023 56724 59560

Impostos 387858 422765 464481 506284 551849

Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)

80268 84281 88495 92920 97566

Energia eleacutetrica 70000 73500 77175 81034 85085

Manutenccedilatildeo 50000 52500 55125 57881 60775

Material de escritoacuterio 20000 21000 22050 23153 24310

Material de Limpeza 40000 42000 44100 46305 48620

Folha de pagamento 272266 299493 329442 362386 398625

Seguros 15000 15750 16538 17364 18233

Telefone fixointernet 20000 21000 22050 23153 24310

Telefone Moacutevel 12000 12600 13230 13892 14586

Vale Refeiccedilatildeo 75000 82500 90750 99825 109808

Vale Transporte 33000 34650 36383 38202 40112

Proacute- labore 200000 220000 286000 328900 361790

Taxas Bancaacuterias 8000 8400 8820 9261 9724

Total R$ 1597392 R$ 1720139 R$ 1900823 R$ 2064053 R$ 2227062

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

52

APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS

Item

Produccedilatildeo mensal meacutedia

Custo unitaacuterio total

Sugestatildeo Preccedilo de venda

Custo Mensal Total

Receita de vendas

Bolos artiacutesticos (recheios diversos) 150 6000 13500 900000 2025000

Bolos de copa (recheios diversos) 30 3600 8100 108000 243000

Naked cake (recheios diversos) 60 4200 9450 252000 567000

Doces Tradicionais 32 3500 7875 112000 252000

Doces Espelhados 32 5000 11250 160000 360000

Doces Finos 32 7500 16875 240000 540000

Brigadeiros gourmet 16 4500 10125 72000 162000

Tacinhas acriacutelicas 16 5500 12375 88000 198000

Trufas 32 5000 11250 160000 360000

Bombons 32 5000 11250 160000 360000

Bem casados 3200 100 225 320000 720000

Custo produccedilatildeo Total 2572000

Receita Total 5787000

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL

Ano Receita Bruta Variaccedilatildeo anual

Ano 1 000

Ano 2 69444000 9

Ano 3 75693960 9

Ano 4 82506416 9

Ano 5 89931994 9

Valor considerando a inflaccedilatildeo de 9 aa

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

32

Bolos de copa

FOTO2 - BOLO DE COPA FONTE ELABORADO PELO AUTOR

FOTO3 - BOLO DE COPA FONTE ELABORADO PELO AUTOR

Naked cake

FOTO4 - NAKED CAKE FONTE DOCES PENEacuteLOPE

33

Doces Tradicionais

FOTO5 - DOCES TRADICIONAIS FONTE ELABORADO PELO AUTOR

Doces Espelhados

FOTO6 - DOCES ESPELHADOS FONTE PRONTO SOCORRO DAS FESTAS

Doces Finos

FOTO 7 - DOCES FINOS FONTE COMPRANDO MEU APE

34

Brigadeiros gourmet

FOTO8 - BRIGADEIROS GOURMET FONTE ELABORADO PELO AUTOR

Tacinhas acriacutelicas

FOTO9 - TACINHAS ACRIacuteLICAS FONTE BUFFET DELIacuteCIAS DA VI

Trufas

FOTO 10 - TRUFAS FONTE FOGAtildeO DA VOVOacute

35

Bombons

FOTO11 - BOMBONS FONTE DALVA GOLDEN GATE

Bem casados

FOTO12 - BEM CASADOS FONTE CASAMENTO SEM ERRO

FOTO13 - BEM CASADOS FONTE CASAMENTO SEM ERRO

36

413 Preccedilo de venda

A definiccedilatildeo do preccedilo dos produtos eacute uma das decisotildees mais relevantes da

organizaccedilatildeo que deve levar em conta a forma como a empresa deseja se posicionar

no mercado os custos a concorrecircncia e a rentabilidade almejada

O preccedilo eacute um dos elementos mais versaacuteteis pode ser modificado rapidamente

ao contraacuterio das propriedades dos produtos dos contratos com canais de distribuiccedilatildeo

e ateacute mesmo das promoccedilotildees O Preccedilo tem tambeacutem a tarefa de mostrar ao mercado o

posicionamento de valor desejado pela empresa para o seu produto ou marca

(KOTLER KELLER 2006 p 428)

A consolidaccedilatildeo dos preccedilos dos produtos seraacute elaborada levando em conta os

custos para se obter os produtos com a qualidade requinte e sofisticaccedilatildeo desejada

com a margem de lucro esperada e se baseando nos preccedilos praticados pela

concorrecircncia

414 Previsatildeo de vendas

Para Chiavenato (2007 p 2013)

A previsatildeo de vendas representa a quantidade de produtosserviccedilos que a empresa pretende vender ou colocar no mercado durante um determinado periacuteodo geralmente um mecircs ou um ano dividido em meses Constitui portanto uma estimativa ou uma expectativa de vendas Pode ser feita em unidades fiacutesicas ou em valores monetaacuterios

A produccedilatildeo vai ser em meacutedia de 5600 doces (doces finos gourmet e bem

casados) e 4 bolos procurando atender em meacutedia 4 eventos por semana e ateacute 16

eventos por mecircs sendo que nos meses de setembro a dezembro essa demanda

aumenta pelo motivo de historicamente ter um nuacutemero maior de casamentos

37

415 Definiccedilatildeo de local de venda dos produtos

ldquoA venda eacute a fase fundamental do processo de vendas Consiste na

transferecircncia do produtoserviccedilo para o cliente ou consumidorrdquo (CHIAVENATO 2007

p 210)

As vendas vatildeo ocorrer atraveacutes de site proacuteprio redes sociais telefone e

pessoalmente natildeo teremos loja fiacutesica apenas um ateliecirc para confecccedilatildeo dos bolos e

doces onde vai conter uma sala anexa na qual vai ser oferecido o serviccedilo de

degustaccedilatildeo com horaacuterios marcados para assim o cliente decidir quais os produtos

seratildeo adquiridos para o seu evento e fechamento de contrato

416 Definiccedilatildeo da demanda e da oferta

Na maior parte das encomendas os clientes solicitam os doces finos e

gourmet que contecircm chocolates frutas oleaginosas tais como castanhas nozes

avelatildes amecircndoas frutas como framboesa morango damasco cerejas e os bem

casados Os bolos mais solicitados satildeo os com decoraccedilatildeo de pasta americana que

deve obrigatoriamente ter recheios mais firmes como ganaches fios de ovos

strogonoff de nozes e os naked cake (bolo pelado) que possuem mais opccedilotildees de

recheios com chocolates frutas diversas e cremes de pacirctisserie

Em contato com algumas empresas que fornecem o mesmo tipo de produto

foi possiacutevel verificar que as encomendas devem ser feitas com antecedecircncia miacutenima

de 6 meses sendo que alguns casos somente com um ano de antecedecircncia para

conseguir na data desejada Esse eacute um dos pontos que mostra que tem espaccedilo

suficiente para entrada nesse mercado

38

417 Concorrentes

Chiavenato (2007 p 33) Kotler e Keller (2006 p 340) afirmam que os

concorrentes satildeo as organizaccedilotildees que competem pelos mesmos fornecedores

clientes e consumidores

ldquoAgrave medida que seus produtosserviccedilos tornam-se mais heterogecircneos tanto

mais heterogecircneos e diferenciados seratildeo seus concorrentes e tanto mais complexa

seraacute a competitividaderdquo (CHIAVENATO 2007 p 33)

Em busca na internet foi possiacutevel identificar que atualmente existe em meacutedia

25 concorrentes reais que oferecem exatamente os mesmos produtos que seratildeo

fornecidos com o mesmo padratildeo de qualidade valor agregado requinte e

sofisticaccedilatildeo Tambeacutem foi detectado mais 14 concorrentes potenciais que vendem

produtos similares aos que seratildeo vendidos poreacutem natildeo possuem o mesmo valor

agregado dos que vatildeo ser ofertados Foi possiacutevel identificar que alguns concorrentes

oferecem somente os doces finos dos quais foram identificados mais 3 concorrentes

reais e 3 concorrentes potenciais E foi detectado que existem concorrentes que

fornecem apenas os bolos artiacutesticos dos quais foi identificado 4 concorrentes reais

todos fornecem os bolos com o mesmo niacutevel de qualidade que seratildeo fornecidos

A tabela 3 mostra a divisatildeo dos concorrentes reais e potenciais que fornecem

bolos e doces por bairro de Curitiba

39

TABELA 3 - CONCORRENTES QUE FORNECEM BOLOS E DOCES POR BAIRRO

Bairro Quantidade de Concorrentes Reais

Quantidade de Concorrentes Potenciais

Aacutegua Verde 4 1

Ahuacute 1

Bairro Alto 2 1

Barreirinha 1

Barreirinha 1

Bom Retiro 1

Campo Comprido 1

Campo Comprido 1

Cidade Industrial 1

Colombo 1

Fazenda Rio Grande 1

Hauer 1

Hugo Lange 1

Mercecircs 1

Novo Mundo 2 1

Novo Mundo 1

Portatildeo 1

Portatildeo 1

Santa Cacircndida 1

Santa Felicidade 1 1

Santo Inaacutecio 1 1

Satildeo Joseacute dos Pinhais 1

Seminaacuterio 1

Sitio Cercado 1

Tarumatilde 1

Vila Izabel 1

Natildeo Informado 1 2

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

418 Forma de divulgaccedilatildeo dos concorrentes

Todas as empresas pesquisadas que fornecem produtos similares aos que

vamos fornecer utilizam sites proacuteprios e as redes sociais para fazer divulgaccedilatildeo dos

seus produtos todas fazem degustaccedilatildeo para os clientes conhecerem os seus

produtos e posteriormente fechar um contrato

40

42 TAMANHO DO NEGOacuteCIO

421 Capacidade produtiva

A capacidade produtiva vai ser para atender ateacute 4 eventos por semana A

produccedilatildeo vai ser de ateacute 5600 doces (doces finos gourmet e bem casados) e 4 bolos

atendendo ateacute 4 eventos por final de semana e ateacute 16 eventos por mecircs sendo que

nos meses de setembro a dezembro essa demanda aumenta pelo motivo de

historicamente ter um nuacutemero maior de casamentos

422 Investimento

Um dos pontos mais relevantes para abertura de uma empresa eacute a

determinaccedilatildeo do capital miacutenimo para dar iniacutecio nas atividades e principalmente como

obter este capital ldquoEacute com o capital inicial que a empresa tem condiccedilotildees de reunir os

recursos empresariais necessaacuterios ao seu funcionamento sejam eles recursos

humanos materiais ou financeirosrdquo A determinaccedilatildeo do capital eacute o que estabelece a

quantidade de recursos empresariais que a empresa tem disponiacutevel Indiscutivelmente

quanto maior for o volume de recursos empresariais mais faacutecil se torna o desempenho

da empresa Quando todos os recursos necessaacuterios para seu funcionamento estatildeo agrave

disposiccedilatildeo a administraccedilatildeo do empreendimento fica mais simples (CHIAVENATO

2007 p84)

Cabe acrescentar que (LAPPONI 2007 p 321)

O custo inicial refere-se aos desembolsos realizados para aquisiccedilatildeo de equipamentos ou outros ativos fixos incluindo o pagamento de fretes seguros instalaccedilotildees despesas operacionais iniciais com materiais e matildeo de obra treinamento de pessoal de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo etc resumindo o custo inicial inclui todos os desembolsos necessaacuterios para adquirir os ativos necessaacuterios e que estejam em condiccedilotildees de operar e gerar as receitas estimadas

41

O empreendimento iniciaraacute suas atividades com capital investido com

recursos proacuteprios da empreendedora

As estimativas de investimento inicial para abertura da empresa foi de

R$5162851 conforme tabela 4

TABELA 4 - INVESTIMENTO INICIAL

Descriccedilatildeo Valor (R$)

Maacutequinas e equipamentos Cozinha R$ 3084878

Utensiacutelios R$ 555075

Moacuteveis para escritoacuterio R$ 268982

Equipamentos de informaacutetica e eletrocircnicos R$ 446204

Outros custos escritoacuterio R$ 48912

Uniformes R$ 155800

Pintura Imoacutevel R$ 500000

Porta de Vidro R$ 103000

Total R$ 5162851

FONTE ELABORADO PELO AUTOR (2015)

423 Localizaccedilatildeo

Seraacute locado um imoacutevel para a instalaccedilatildeo da empresa localizado na Rua Heitor

Baggio Vidal 2508 Bairro Alto Curitiba ndash PR com o valor do aluguel mensal de

R$160000 (mil e seiscentos reais) O espaccedilo interno de 95msup2 seraacute dividido em trecircs

partes a primeira com 20msup2 vai ficar a recepccedilatildeo para receber os clientes efetuar

orccedilamentos e as degustaccedilotildees a segunda com 71msup2 a cozinha industrial onde seratildeo

fabricados os bolos e doces finos e a terceira com 4msup2 o lavabo

42

FOTO14 - FOTO DO IMOacuteVEL ONDE SERAacute INSTALADA A EMPRESA FONTE MP IMOacuteVEIS

424 Entregas

As entregas dos bolos e doces finos seratildeo efetuadas por uma empresa

parceira localizada no Bairro Alto o preccedilo das entregas em Curitiba e regiatildeo

metropolitana variam de R$2400 (vinte e quatro reais) a R$6000 (sessenta reais)

dependendo da localizaccedilatildeo tais valores seratildeo cobrados dos clientes

43 CAPITAL DE GIRO

O capital de giro inicial foi estimado levando em conta que no primeiro ano a

empresa vai produzir 8333 da sua capacidade atendendo em meacutedia 13 ventos

mensalmente sendo assim foram considerados os gastos operacionais necessaacuterios

para o iniacutecio das atividades incluindo o custo fixo mensal e o estoque inicial ambos

multiplicados por 2 e acrescidos de um percentual de 10 de margem de seguranccedila

para despesas natildeo previstas

43

TABELA 5 - CAPITAL DE GIRO

Item Valor (R$)

Estoque Inicial 5144000

Custo Fixo Mensal 3194783

Reserva (10) 833878

Total do Capital de Giro Inicial 9172662

FONTE ELABORDO PELO AUTOR

44 FLUXO DE CAIXA

ldquoFluxo de Caixa eacute um Instrumento de gestatildeo financeira que projeta para

periacuteodos futuros todas as entradas e as saiacutedas de recursos financeiros da empresa

indicando como seraacute o saldo de caixa para o periacuteodo projetadordquo (SEBRAE)

Na tabela 6 eacute apresentada a projeccedilatildeo do Fluxo de Caixa da empresa para os

seus primeiros cinco anos onde fica evidenciado que do primeiro ateacute o quinto ano a

sauacutede financeira da empresa melhora gradativamente sendo que no final do quinto

ano o saldo em caixa ultrapassa os 300 se comparado com o saldo em caixa no

final do primeiro ano

Pode-se observar que natildeo foi inserida no fluxo de caixa a opccedilatildeo de

inadimplecircncia pois todos os pagamentos seratildeo efetuados agrave vista em dinheiro ou

cartatildeo sendo que o pagamento total dos produtos deve ser efetuado no miacutenimo 10

dias antes da data do evento

44

TABELA 6 - PROJECcedilAtildeO DE FLUXO DE CAIXA NOS PRIMEIROS CINCO ANOS

Descriccedilatildeo Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

Investimento Inicial (5162851)

Capital de Giro (9172662) 9172662

Valor Residual 1548855

Total de entradas 000 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873

Previsatildeo Receitas de vendas 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873

Total de Saiacutedas (14335513) (44888699) (54283425) (59479393) (64738409) (70291804)

(-)Fornecedores (25720000) (33641760) (36669518) (39969775) (43567055)

(-)Folha de pagamento (3267192) (3593911) (3953302) (4348633) (4783496)

(-)Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)

(963216) (1011377) (1061946) (1115043) (1170795)

(-)Retiradas soacutecios (2400000) (2640000) (3432000) (3946800) (4341480)

(-)Impostos s vendas (4654291) (5073177) (5573767) (6075406) (6622192)

(-)Alugueacuteis (1920000) (2016000) (2116800) (2222640) (2333772)

(-)Energia eleacutetrica (840000) (882000) (926100) (972405) (1021025)

(-)Aacutegua (300000) (315000) (330750) (347288) (364652)

(-)Telefone (384000) (403200) (423360) (444528) (466754)

(-)Gaacutes (588000) (617400) (648270) (680684) (714718)

(-)Serviccedilos contabilidade (960000) (1008000) (1058400) (1111320) (1166886)

(-)Manutenccedilatildeo (600000) (630000) (661500) (694575) (729304)

(-)Outras despesas com funcionaacuterios

(1296000) (1405800) (1525590) (1656320) (1799030)

(-)Taxas bancaacuterias (96000) (100800) (105840) (111132) (116689)

(-)Outros pagamentos (900000) (945000) (992250) (1041863) (1093956)

Entradas - Saiacutedas (14335513) 12981301 21410535 23027023 25193585 27734070

Depreciaccedilatildeo 000 (631377) (631377) (631377) (631377) (631377)

Saldo Final (14335513) 12349924 20779158 22395647 24562208 37824209

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

A depreciaccedilatildeo foi calculada considerando o prazo de vida uacutetil meacutedio de 10

anos das maacutequinas equipamentos instalaccedilotildees moacuteveis e utensiacutelios e para os

computadores e perifeacutericos foi considerado o prazo de vida uacutetil de 5 anos conforme

demonstrado na tabela 7

TABELA 7 - DEPRECIACcedilAtildeO

Item Valor Inicial Taxa Anual Depreciaccedilatildeo Anual (R$)

Maacutequinas e equipamentos 3084878 10 308488

Instalaccedilotildees 103000 10 10300

Moacuteveis e Utensiacutelios 824057 10 82406

Computadores e Perifeacutericos 446204 20 89241

Outros 704712 20 140942

Total 631377

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

45

O valor residual dos equipamentos e instalaccedilotildees da empresa no final do quinto

ano foi considerado em 30 referente ao valor de aquisiccedilatildeo dos mesmos no iniacutecio do

projeto

45 ANAacuteLISE DOS INDICADORES (VPL TIR E PAYBACK)

451 Valor Presente Liacutequido (VPL)

A tabela 8 mostra que o VPL (Valor Presente Liacutequido) eacute positivo isso significa

que aleacutem de recuperar o investimento inicial ainda vai ser agregado ao valor da

empresa um montante de R$ R$50392407 (quinhentos e trecircs mil novecentos e vinte

quatro reais e sete centavos)

A taxa de retorno requerida de 20 foi determinada levando em conta o niacutevel

de risco do projeto e visando o valor desejado para se obter em cima do valor

investido

TABELA 8 - CALCULO DO VALOR PRESENTE LIacuteQUIDO (VPL)

Anos FC k 2000

0 -$143355 VPL $50392407

1 $123499 VPL $50392407

2 $207792 VPL $50392407

3 $223956 VPL $21761126

4 $245622 VPL $21761126

5 $378242 Decisatildeo Aceitar o Projeto

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

452 Taxa Interna de Retorno (TIR)

Conforme a tabela 9 eacute possiacutevel verificar que a TIR (Taxa Interna de Retorno)

eacute de 11593 maior que a taxa requerida de 20 isso significa que custo inicial seraacute

46

recuperado e o projeto vai criar valor para empresa mais um resultado favoraacutevel para

a aceitaccedilatildeo do projeto

TABELA 9 - TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR)

Anos FC

0 -$143355 TIR 11593

1 $123499 TIR 2168

2 $207792 TIR 2168

3 $223956 Decisatildeo

4 $245622 k 2000

5 $378242 Aceitar o projeto

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

453 Payback

O tempo de recuperaccedilatildeo do custo inicial ocorre normalmente entre o quarto e

o quinto ano se for feita a anaacutelise da tabela 10 eacute possiacutevel verificar que o tempo

necessaacuterio para o retorno do investimento (payback) do projeto eacute de 128 anos este

indicador mostra claramente que o projeto deve ser aceito pois o tempo de retorno

estaacute bem abaixo do tempo meacutedio dos empreendimentos como um todo

TABELA 10 - PAYBACK

k 20

Anos FC SPresente

0 -$143355 -$143355 PBD-SP = 128

1 $123499 -$40439 128

2 $207792 $103861

3 $223956 $233465

4 $245622 $351917

5 $378242 $503924

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

47

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Para iniciar um negoacutecio requer muito mais do que apenas o espiacuterito

empreendedor eacute necessaacuterio ter lideranccedila conhecimento sobre o mercado que deseja

atuar organizaccedilatildeo e principalmente planejamento

O principal objetivo desse estudo foi analisar a viabilidade econocircmico-

financeira da abertura de uma empresa de bolos e doces finos no Bairro Alto em

Curitiba

O objetivo apresentado nesta pesquisa foi atingido pois todos os indicadores

analisados mostram com clareza que empresa obteacutem resultados positivos que criam

valor para a mesma e com isso o projeto eacute viaacutevel economicamente pois do primeiro

ao quinto ano fica visiacutevel o crescimento do empreendimento e a melhora significativa

da sua sauacutede financeira isso fica evidenciado no saldo final em caixa no quinto ano

que chega proacuteximo haacute 400 mil reais Apesar disso eacute crucial o acompanhamento do

mercado para seguir as tendecircncias e se atualizar constantemente para tomar

decisotildees mais assertivas

Um negoacutecio mal avaliado pode arruinar a estabilidade econocircmica do

investidor por isso eacute de extrema importacircncia fazer todos os levantamentos de custos

antes de se aventurar em qualquer empreendimento

Eacute possiacutevel comprovar que a pesquisa realizada contribui positivamente para

abertura da empresa No entanto as informaccedilotildees aqui presentes natildeo satildeo estaacuteticas e

devem ser revisadas periodicamente e se preciso ateacute mesmo ampliadas no decorrer

da implantaccedilatildeo do projeto para que o mesmo seja uma ferramenta eficiente e eficaz

no desenvolvimento da empresa como um todo

48

REFEREcircNCIAS

BRITO Paulo Anaacutelise e viabilidade de projetos de investimento Satildeo Paulo Atlas 2003 DOLABELA Fernando O segredo de Luiacutesa 30 ed Satildeo Paulo Editora de Cultura 2006 DORNELAS Joseacute Carlos Assis Empreendedorismo transformando ideias em negoacutecios 4 ed Rio de Janeiro Campus Elsevier 2012 CENSO Demograacutefico 2010 Resultados gerais da amostra Curitiba IBGE 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=410690ampidtema=87ampsearch=parana|curitiba|censo-demografico-2010-resultados-gerais-da-amostra-gt Acesso em 21 de Junho de 2015 CHIAVENATO Idalberto Empreendedorismo dando asas ao espiacuterito empreendedor empreendedorismo e a viabilidade de novas empresas um guia eficiente para iniciar e tocar seu proacuteprio negoacutecio 2 ed Satildeo Paulo Saraiva 2007 ESTATIacuteSTICAS do registro civil 2012 Curitiba IBGE 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaoregistrocivil2012default_xlsshtmgt Acesso em 21 de Junho de 2015 GIL Antonio Carlos Meacutetodos e teacutecnicas de pesquisa social 6 ed Satildeo Paulo Atlas 2008 KOTLER Philip KELLER Kevin Lane Administraccedilatildeo de Marketing 12 ed Satildeo Paulo ABDR 2006 LAPPONI Juan Carlos Projetos de Investimento na Empresa Rio de Janeiro Elsevier 2007 MACHADO Jesseacute Anderson Pinto Projetos Econocircmicos uma abordagem praacutetica de elaboraccedilatildeo Satildeo Paulo Nobel 2002 MICHEL Maria Helena Metodologia e pesquisa cientiacutefica em ciecircncias sociais 2 ed Satildeo Paulo Atlas 2009 OLIVEIRA Djalma de Pinho Rebouccedilas de Planejamento estrateacutegico conceitos metodologia e praacuteticas 20 ed Satildeo Paulo Atlas 2004 PRODANOV Cleber Cristiano ERNANI Cesar de Freitas Metodologia do trabalho cientiacutefico meacutetodo e teacutecnicas da pesquisa e do trabalho acadecircmico 2 ed Novo Hamburgo Freevale 2013

49

REBELATTO Dayse Projeto de Investimento 1 ed Barueri Manole 2004 SEBRAE Pesquisa de Mercado o que eacute e para que serve Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrsitesPortalSebraeartigosPesquisa-de-mercado-o-que-C3A9-e-para-que-servegt Acesso em 21 de Junho de 2015 SEBRAE Fluxo de caixa Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrSebraePortal20SebraeAnexos0_fluxo-de-caixapdfgt Acesso em 10 de Outubro de 2015 WILDAUER Egon Walter Plano de negoacutecios elementos construtivos e processos de elaboraccedilatildeo 2 ed Curitiba Ibpex 2011 WOILER Samsatildeo MATHIAS Washington Franco Projetos planejamento elaboraccedilatildeo anaacutelise 1 ed Satildeo Paulo Atlas 1994

50

APEcircNDICES

APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL 51

APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS 52

APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL 52

51

APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL

Item Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

Aacutegua 25000 26250 27563 28941 30388

Aluguel 160000 168000 176400 185220 194481

Assessoria Contaacutebil 80000 84000 88200 92610 97241

Gaacutes 49000 51450 54023 56724 59560

Impostos 387858 422765 464481 506284 551849

Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)

80268 84281 88495 92920 97566

Energia eleacutetrica 70000 73500 77175 81034 85085

Manutenccedilatildeo 50000 52500 55125 57881 60775

Material de escritoacuterio 20000 21000 22050 23153 24310

Material de Limpeza 40000 42000 44100 46305 48620

Folha de pagamento 272266 299493 329442 362386 398625

Seguros 15000 15750 16538 17364 18233

Telefone fixointernet 20000 21000 22050 23153 24310

Telefone Moacutevel 12000 12600 13230 13892 14586

Vale Refeiccedilatildeo 75000 82500 90750 99825 109808

Vale Transporte 33000 34650 36383 38202 40112

Proacute- labore 200000 220000 286000 328900 361790

Taxas Bancaacuterias 8000 8400 8820 9261 9724

Total R$ 1597392 R$ 1720139 R$ 1900823 R$ 2064053 R$ 2227062

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

52

APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS

Item

Produccedilatildeo mensal meacutedia

Custo unitaacuterio total

Sugestatildeo Preccedilo de venda

Custo Mensal Total

Receita de vendas

Bolos artiacutesticos (recheios diversos) 150 6000 13500 900000 2025000

Bolos de copa (recheios diversos) 30 3600 8100 108000 243000

Naked cake (recheios diversos) 60 4200 9450 252000 567000

Doces Tradicionais 32 3500 7875 112000 252000

Doces Espelhados 32 5000 11250 160000 360000

Doces Finos 32 7500 16875 240000 540000

Brigadeiros gourmet 16 4500 10125 72000 162000

Tacinhas acriacutelicas 16 5500 12375 88000 198000

Trufas 32 5000 11250 160000 360000

Bombons 32 5000 11250 160000 360000

Bem casados 3200 100 225 320000 720000

Custo produccedilatildeo Total 2572000

Receita Total 5787000

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL

Ano Receita Bruta Variaccedilatildeo anual

Ano 1 000

Ano 2 69444000 9

Ano 3 75693960 9

Ano 4 82506416 9

Ano 5 89931994 9

Valor considerando a inflaccedilatildeo de 9 aa

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

33

Doces Tradicionais

FOTO5 - DOCES TRADICIONAIS FONTE ELABORADO PELO AUTOR

Doces Espelhados

FOTO6 - DOCES ESPELHADOS FONTE PRONTO SOCORRO DAS FESTAS

Doces Finos

FOTO 7 - DOCES FINOS FONTE COMPRANDO MEU APE

34

Brigadeiros gourmet

FOTO8 - BRIGADEIROS GOURMET FONTE ELABORADO PELO AUTOR

Tacinhas acriacutelicas

FOTO9 - TACINHAS ACRIacuteLICAS FONTE BUFFET DELIacuteCIAS DA VI

Trufas

FOTO 10 - TRUFAS FONTE FOGAtildeO DA VOVOacute

35

Bombons

FOTO11 - BOMBONS FONTE DALVA GOLDEN GATE

Bem casados

FOTO12 - BEM CASADOS FONTE CASAMENTO SEM ERRO

FOTO13 - BEM CASADOS FONTE CASAMENTO SEM ERRO

36

413 Preccedilo de venda

A definiccedilatildeo do preccedilo dos produtos eacute uma das decisotildees mais relevantes da

organizaccedilatildeo que deve levar em conta a forma como a empresa deseja se posicionar

no mercado os custos a concorrecircncia e a rentabilidade almejada

O preccedilo eacute um dos elementos mais versaacuteteis pode ser modificado rapidamente

ao contraacuterio das propriedades dos produtos dos contratos com canais de distribuiccedilatildeo

e ateacute mesmo das promoccedilotildees O Preccedilo tem tambeacutem a tarefa de mostrar ao mercado o

posicionamento de valor desejado pela empresa para o seu produto ou marca

(KOTLER KELLER 2006 p 428)

A consolidaccedilatildeo dos preccedilos dos produtos seraacute elaborada levando em conta os

custos para se obter os produtos com a qualidade requinte e sofisticaccedilatildeo desejada

com a margem de lucro esperada e se baseando nos preccedilos praticados pela

concorrecircncia

414 Previsatildeo de vendas

Para Chiavenato (2007 p 2013)

A previsatildeo de vendas representa a quantidade de produtosserviccedilos que a empresa pretende vender ou colocar no mercado durante um determinado periacuteodo geralmente um mecircs ou um ano dividido em meses Constitui portanto uma estimativa ou uma expectativa de vendas Pode ser feita em unidades fiacutesicas ou em valores monetaacuterios

A produccedilatildeo vai ser em meacutedia de 5600 doces (doces finos gourmet e bem

casados) e 4 bolos procurando atender em meacutedia 4 eventos por semana e ateacute 16

eventos por mecircs sendo que nos meses de setembro a dezembro essa demanda

aumenta pelo motivo de historicamente ter um nuacutemero maior de casamentos

37

415 Definiccedilatildeo de local de venda dos produtos

ldquoA venda eacute a fase fundamental do processo de vendas Consiste na

transferecircncia do produtoserviccedilo para o cliente ou consumidorrdquo (CHIAVENATO 2007

p 210)

As vendas vatildeo ocorrer atraveacutes de site proacuteprio redes sociais telefone e

pessoalmente natildeo teremos loja fiacutesica apenas um ateliecirc para confecccedilatildeo dos bolos e

doces onde vai conter uma sala anexa na qual vai ser oferecido o serviccedilo de

degustaccedilatildeo com horaacuterios marcados para assim o cliente decidir quais os produtos

seratildeo adquiridos para o seu evento e fechamento de contrato

416 Definiccedilatildeo da demanda e da oferta

Na maior parte das encomendas os clientes solicitam os doces finos e

gourmet que contecircm chocolates frutas oleaginosas tais como castanhas nozes

avelatildes amecircndoas frutas como framboesa morango damasco cerejas e os bem

casados Os bolos mais solicitados satildeo os com decoraccedilatildeo de pasta americana que

deve obrigatoriamente ter recheios mais firmes como ganaches fios de ovos

strogonoff de nozes e os naked cake (bolo pelado) que possuem mais opccedilotildees de

recheios com chocolates frutas diversas e cremes de pacirctisserie

Em contato com algumas empresas que fornecem o mesmo tipo de produto

foi possiacutevel verificar que as encomendas devem ser feitas com antecedecircncia miacutenima

de 6 meses sendo que alguns casos somente com um ano de antecedecircncia para

conseguir na data desejada Esse eacute um dos pontos que mostra que tem espaccedilo

suficiente para entrada nesse mercado

38

417 Concorrentes

Chiavenato (2007 p 33) Kotler e Keller (2006 p 340) afirmam que os

concorrentes satildeo as organizaccedilotildees que competem pelos mesmos fornecedores

clientes e consumidores

ldquoAgrave medida que seus produtosserviccedilos tornam-se mais heterogecircneos tanto

mais heterogecircneos e diferenciados seratildeo seus concorrentes e tanto mais complexa

seraacute a competitividaderdquo (CHIAVENATO 2007 p 33)

Em busca na internet foi possiacutevel identificar que atualmente existe em meacutedia

25 concorrentes reais que oferecem exatamente os mesmos produtos que seratildeo

fornecidos com o mesmo padratildeo de qualidade valor agregado requinte e

sofisticaccedilatildeo Tambeacutem foi detectado mais 14 concorrentes potenciais que vendem

produtos similares aos que seratildeo vendidos poreacutem natildeo possuem o mesmo valor

agregado dos que vatildeo ser ofertados Foi possiacutevel identificar que alguns concorrentes

oferecem somente os doces finos dos quais foram identificados mais 3 concorrentes

reais e 3 concorrentes potenciais E foi detectado que existem concorrentes que

fornecem apenas os bolos artiacutesticos dos quais foi identificado 4 concorrentes reais

todos fornecem os bolos com o mesmo niacutevel de qualidade que seratildeo fornecidos

A tabela 3 mostra a divisatildeo dos concorrentes reais e potenciais que fornecem

bolos e doces por bairro de Curitiba

39

TABELA 3 - CONCORRENTES QUE FORNECEM BOLOS E DOCES POR BAIRRO

Bairro Quantidade de Concorrentes Reais

Quantidade de Concorrentes Potenciais

Aacutegua Verde 4 1

Ahuacute 1

Bairro Alto 2 1

Barreirinha 1

Barreirinha 1

Bom Retiro 1

Campo Comprido 1

Campo Comprido 1

Cidade Industrial 1

Colombo 1

Fazenda Rio Grande 1

Hauer 1

Hugo Lange 1

Mercecircs 1

Novo Mundo 2 1

Novo Mundo 1

Portatildeo 1

Portatildeo 1

Santa Cacircndida 1

Santa Felicidade 1 1

Santo Inaacutecio 1 1

Satildeo Joseacute dos Pinhais 1

Seminaacuterio 1

Sitio Cercado 1

Tarumatilde 1

Vila Izabel 1

Natildeo Informado 1 2

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

418 Forma de divulgaccedilatildeo dos concorrentes

Todas as empresas pesquisadas que fornecem produtos similares aos que

vamos fornecer utilizam sites proacuteprios e as redes sociais para fazer divulgaccedilatildeo dos

seus produtos todas fazem degustaccedilatildeo para os clientes conhecerem os seus

produtos e posteriormente fechar um contrato

40

42 TAMANHO DO NEGOacuteCIO

421 Capacidade produtiva

A capacidade produtiva vai ser para atender ateacute 4 eventos por semana A

produccedilatildeo vai ser de ateacute 5600 doces (doces finos gourmet e bem casados) e 4 bolos

atendendo ateacute 4 eventos por final de semana e ateacute 16 eventos por mecircs sendo que

nos meses de setembro a dezembro essa demanda aumenta pelo motivo de

historicamente ter um nuacutemero maior de casamentos

422 Investimento

Um dos pontos mais relevantes para abertura de uma empresa eacute a

determinaccedilatildeo do capital miacutenimo para dar iniacutecio nas atividades e principalmente como

obter este capital ldquoEacute com o capital inicial que a empresa tem condiccedilotildees de reunir os

recursos empresariais necessaacuterios ao seu funcionamento sejam eles recursos

humanos materiais ou financeirosrdquo A determinaccedilatildeo do capital eacute o que estabelece a

quantidade de recursos empresariais que a empresa tem disponiacutevel Indiscutivelmente

quanto maior for o volume de recursos empresariais mais faacutecil se torna o desempenho

da empresa Quando todos os recursos necessaacuterios para seu funcionamento estatildeo agrave

disposiccedilatildeo a administraccedilatildeo do empreendimento fica mais simples (CHIAVENATO

2007 p84)

Cabe acrescentar que (LAPPONI 2007 p 321)

O custo inicial refere-se aos desembolsos realizados para aquisiccedilatildeo de equipamentos ou outros ativos fixos incluindo o pagamento de fretes seguros instalaccedilotildees despesas operacionais iniciais com materiais e matildeo de obra treinamento de pessoal de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo etc resumindo o custo inicial inclui todos os desembolsos necessaacuterios para adquirir os ativos necessaacuterios e que estejam em condiccedilotildees de operar e gerar as receitas estimadas

41

O empreendimento iniciaraacute suas atividades com capital investido com

recursos proacuteprios da empreendedora

As estimativas de investimento inicial para abertura da empresa foi de

R$5162851 conforme tabela 4

TABELA 4 - INVESTIMENTO INICIAL

Descriccedilatildeo Valor (R$)

Maacutequinas e equipamentos Cozinha R$ 3084878

Utensiacutelios R$ 555075

Moacuteveis para escritoacuterio R$ 268982

Equipamentos de informaacutetica e eletrocircnicos R$ 446204

Outros custos escritoacuterio R$ 48912

Uniformes R$ 155800

Pintura Imoacutevel R$ 500000

Porta de Vidro R$ 103000

Total R$ 5162851

FONTE ELABORADO PELO AUTOR (2015)

423 Localizaccedilatildeo

Seraacute locado um imoacutevel para a instalaccedilatildeo da empresa localizado na Rua Heitor

Baggio Vidal 2508 Bairro Alto Curitiba ndash PR com o valor do aluguel mensal de

R$160000 (mil e seiscentos reais) O espaccedilo interno de 95msup2 seraacute dividido em trecircs

partes a primeira com 20msup2 vai ficar a recepccedilatildeo para receber os clientes efetuar

orccedilamentos e as degustaccedilotildees a segunda com 71msup2 a cozinha industrial onde seratildeo

fabricados os bolos e doces finos e a terceira com 4msup2 o lavabo

42

FOTO14 - FOTO DO IMOacuteVEL ONDE SERAacute INSTALADA A EMPRESA FONTE MP IMOacuteVEIS

424 Entregas

As entregas dos bolos e doces finos seratildeo efetuadas por uma empresa

parceira localizada no Bairro Alto o preccedilo das entregas em Curitiba e regiatildeo

metropolitana variam de R$2400 (vinte e quatro reais) a R$6000 (sessenta reais)

dependendo da localizaccedilatildeo tais valores seratildeo cobrados dos clientes

43 CAPITAL DE GIRO

O capital de giro inicial foi estimado levando em conta que no primeiro ano a

empresa vai produzir 8333 da sua capacidade atendendo em meacutedia 13 ventos

mensalmente sendo assim foram considerados os gastos operacionais necessaacuterios

para o iniacutecio das atividades incluindo o custo fixo mensal e o estoque inicial ambos

multiplicados por 2 e acrescidos de um percentual de 10 de margem de seguranccedila

para despesas natildeo previstas

43

TABELA 5 - CAPITAL DE GIRO

Item Valor (R$)

Estoque Inicial 5144000

Custo Fixo Mensal 3194783

Reserva (10) 833878

Total do Capital de Giro Inicial 9172662

FONTE ELABORDO PELO AUTOR

44 FLUXO DE CAIXA

ldquoFluxo de Caixa eacute um Instrumento de gestatildeo financeira que projeta para

periacuteodos futuros todas as entradas e as saiacutedas de recursos financeiros da empresa

indicando como seraacute o saldo de caixa para o periacuteodo projetadordquo (SEBRAE)

Na tabela 6 eacute apresentada a projeccedilatildeo do Fluxo de Caixa da empresa para os

seus primeiros cinco anos onde fica evidenciado que do primeiro ateacute o quinto ano a

sauacutede financeira da empresa melhora gradativamente sendo que no final do quinto

ano o saldo em caixa ultrapassa os 300 se comparado com o saldo em caixa no

final do primeiro ano

Pode-se observar que natildeo foi inserida no fluxo de caixa a opccedilatildeo de

inadimplecircncia pois todos os pagamentos seratildeo efetuados agrave vista em dinheiro ou

cartatildeo sendo que o pagamento total dos produtos deve ser efetuado no miacutenimo 10

dias antes da data do evento

44

TABELA 6 - PROJECcedilAtildeO DE FLUXO DE CAIXA NOS PRIMEIROS CINCO ANOS

Descriccedilatildeo Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

Investimento Inicial (5162851)

Capital de Giro (9172662) 9172662

Valor Residual 1548855

Total de entradas 000 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873

Previsatildeo Receitas de vendas 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873

Total de Saiacutedas (14335513) (44888699) (54283425) (59479393) (64738409) (70291804)

(-)Fornecedores (25720000) (33641760) (36669518) (39969775) (43567055)

(-)Folha de pagamento (3267192) (3593911) (3953302) (4348633) (4783496)

(-)Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)

(963216) (1011377) (1061946) (1115043) (1170795)

(-)Retiradas soacutecios (2400000) (2640000) (3432000) (3946800) (4341480)

(-)Impostos s vendas (4654291) (5073177) (5573767) (6075406) (6622192)

(-)Alugueacuteis (1920000) (2016000) (2116800) (2222640) (2333772)

(-)Energia eleacutetrica (840000) (882000) (926100) (972405) (1021025)

(-)Aacutegua (300000) (315000) (330750) (347288) (364652)

(-)Telefone (384000) (403200) (423360) (444528) (466754)

(-)Gaacutes (588000) (617400) (648270) (680684) (714718)

(-)Serviccedilos contabilidade (960000) (1008000) (1058400) (1111320) (1166886)

(-)Manutenccedilatildeo (600000) (630000) (661500) (694575) (729304)

(-)Outras despesas com funcionaacuterios

(1296000) (1405800) (1525590) (1656320) (1799030)

(-)Taxas bancaacuterias (96000) (100800) (105840) (111132) (116689)

(-)Outros pagamentos (900000) (945000) (992250) (1041863) (1093956)

Entradas - Saiacutedas (14335513) 12981301 21410535 23027023 25193585 27734070

Depreciaccedilatildeo 000 (631377) (631377) (631377) (631377) (631377)

Saldo Final (14335513) 12349924 20779158 22395647 24562208 37824209

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

A depreciaccedilatildeo foi calculada considerando o prazo de vida uacutetil meacutedio de 10

anos das maacutequinas equipamentos instalaccedilotildees moacuteveis e utensiacutelios e para os

computadores e perifeacutericos foi considerado o prazo de vida uacutetil de 5 anos conforme

demonstrado na tabela 7

TABELA 7 - DEPRECIACcedilAtildeO

Item Valor Inicial Taxa Anual Depreciaccedilatildeo Anual (R$)

Maacutequinas e equipamentos 3084878 10 308488

Instalaccedilotildees 103000 10 10300

Moacuteveis e Utensiacutelios 824057 10 82406

Computadores e Perifeacutericos 446204 20 89241

Outros 704712 20 140942

Total 631377

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

45

O valor residual dos equipamentos e instalaccedilotildees da empresa no final do quinto

ano foi considerado em 30 referente ao valor de aquisiccedilatildeo dos mesmos no iniacutecio do

projeto

45 ANAacuteLISE DOS INDICADORES (VPL TIR E PAYBACK)

451 Valor Presente Liacutequido (VPL)

A tabela 8 mostra que o VPL (Valor Presente Liacutequido) eacute positivo isso significa

que aleacutem de recuperar o investimento inicial ainda vai ser agregado ao valor da

empresa um montante de R$ R$50392407 (quinhentos e trecircs mil novecentos e vinte

quatro reais e sete centavos)

A taxa de retorno requerida de 20 foi determinada levando em conta o niacutevel

de risco do projeto e visando o valor desejado para se obter em cima do valor

investido

TABELA 8 - CALCULO DO VALOR PRESENTE LIacuteQUIDO (VPL)

Anos FC k 2000

0 -$143355 VPL $50392407

1 $123499 VPL $50392407

2 $207792 VPL $50392407

3 $223956 VPL $21761126

4 $245622 VPL $21761126

5 $378242 Decisatildeo Aceitar o Projeto

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

452 Taxa Interna de Retorno (TIR)

Conforme a tabela 9 eacute possiacutevel verificar que a TIR (Taxa Interna de Retorno)

eacute de 11593 maior que a taxa requerida de 20 isso significa que custo inicial seraacute

46

recuperado e o projeto vai criar valor para empresa mais um resultado favoraacutevel para

a aceitaccedilatildeo do projeto

TABELA 9 - TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR)

Anos FC

0 -$143355 TIR 11593

1 $123499 TIR 2168

2 $207792 TIR 2168

3 $223956 Decisatildeo

4 $245622 k 2000

5 $378242 Aceitar o projeto

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

453 Payback

O tempo de recuperaccedilatildeo do custo inicial ocorre normalmente entre o quarto e

o quinto ano se for feita a anaacutelise da tabela 10 eacute possiacutevel verificar que o tempo

necessaacuterio para o retorno do investimento (payback) do projeto eacute de 128 anos este

indicador mostra claramente que o projeto deve ser aceito pois o tempo de retorno

estaacute bem abaixo do tempo meacutedio dos empreendimentos como um todo

TABELA 10 - PAYBACK

k 20

Anos FC SPresente

0 -$143355 -$143355 PBD-SP = 128

1 $123499 -$40439 128

2 $207792 $103861

3 $223956 $233465

4 $245622 $351917

5 $378242 $503924

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

47

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Para iniciar um negoacutecio requer muito mais do que apenas o espiacuterito

empreendedor eacute necessaacuterio ter lideranccedila conhecimento sobre o mercado que deseja

atuar organizaccedilatildeo e principalmente planejamento

O principal objetivo desse estudo foi analisar a viabilidade econocircmico-

financeira da abertura de uma empresa de bolos e doces finos no Bairro Alto em

Curitiba

O objetivo apresentado nesta pesquisa foi atingido pois todos os indicadores

analisados mostram com clareza que empresa obteacutem resultados positivos que criam

valor para a mesma e com isso o projeto eacute viaacutevel economicamente pois do primeiro

ao quinto ano fica visiacutevel o crescimento do empreendimento e a melhora significativa

da sua sauacutede financeira isso fica evidenciado no saldo final em caixa no quinto ano

que chega proacuteximo haacute 400 mil reais Apesar disso eacute crucial o acompanhamento do

mercado para seguir as tendecircncias e se atualizar constantemente para tomar

decisotildees mais assertivas

Um negoacutecio mal avaliado pode arruinar a estabilidade econocircmica do

investidor por isso eacute de extrema importacircncia fazer todos os levantamentos de custos

antes de se aventurar em qualquer empreendimento

Eacute possiacutevel comprovar que a pesquisa realizada contribui positivamente para

abertura da empresa No entanto as informaccedilotildees aqui presentes natildeo satildeo estaacuteticas e

devem ser revisadas periodicamente e se preciso ateacute mesmo ampliadas no decorrer

da implantaccedilatildeo do projeto para que o mesmo seja uma ferramenta eficiente e eficaz

no desenvolvimento da empresa como um todo

48

REFEREcircNCIAS

BRITO Paulo Anaacutelise e viabilidade de projetos de investimento Satildeo Paulo Atlas 2003 DOLABELA Fernando O segredo de Luiacutesa 30 ed Satildeo Paulo Editora de Cultura 2006 DORNELAS Joseacute Carlos Assis Empreendedorismo transformando ideias em negoacutecios 4 ed Rio de Janeiro Campus Elsevier 2012 CENSO Demograacutefico 2010 Resultados gerais da amostra Curitiba IBGE 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=410690ampidtema=87ampsearch=parana|curitiba|censo-demografico-2010-resultados-gerais-da-amostra-gt Acesso em 21 de Junho de 2015 CHIAVENATO Idalberto Empreendedorismo dando asas ao espiacuterito empreendedor empreendedorismo e a viabilidade de novas empresas um guia eficiente para iniciar e tocar seu proacuteprio negoacutecio 2 ed Satildeo Paulo Saraiva 2007 ESTATIacuteSTICAS do registro civil 2012 Curitiba IBGE 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaoregistrocivil2012default_xlsshtmgt Acesso em 21 de Junho de 2015 GIL Antonio Carlos Meacutetodos e teacutecnicas de pesquisa social 6 ed Satildeo Paulo Atlas 2008 KOTLER Philip KELLER Kevin Lane Administraccedilatildeo de Marketing 12 ed Satildeo Paulo ABDR 2006 LAPPONI Juan Carlos Projetos de Investimento na Empresa Rio de Janeiro Elsevier 2007 MACHADO Jesseacute Anderson Pinto Projetos Econocircmicos uma abordagem praacutetica de elaboraccedilatildeo Satildeo Paulo Nobel 2002 MICHEL Maria Helena Metodologia e pesquisa cientiacutefica em ciecircncias sociais 2 ed Satildeo Paulo Atlas 2009 OLIVEIRA Djalma de Pinho Rebouccedilas de Planejamento estrateacutegico conceitos metodologia e praacuteticas 20 ed Satildeo Paulo Atlas 2004 PRODANOV Cleber Cristiano ERNANI Cesar de Freitas Metodologia do trabalho cientiacutefico meacutetodo e teacutecnicas da pesquisa e do trabalho acadecircmico 2 ed Novo Hamburgo Freevale 2013

49

REBELATTO Dayse Projeto de Investimento 1 ed Barueri Manole 2004 SEBRAE Pesquisa de Mercado o que eacute e para que serve Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrsitesPortalSebraeartigosPesquisa-de-mercado-o-que-C3A9-e-para-que-servegt Acesso em 21 de Junho de 2015 SEBRAE Fluxo de caixa Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrSebraePortal20SebraeAnexos0_fluxo-de-caixapdfgt Acesso em 10 de Outubro de 2015 WILDAUER Egon Walter Plano de negoacutecios elementos construtivos e processos de elaboraccedilatildeo 2 ed Curitiba Ibpex 2011 WOILER Samsatildeo MATHIAS Washington Franco Projetos planejamento elaboraccedilatildeo anaacutelise 1 ed Satildeo Paulo Atlas 1994

50

APEcircNDICES

APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL 51

APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS 52

APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL 52

51

APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL

Item Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

Aacutegua 25000 26250 27563 28941 30388

Aluguel 160000 168000 176400 185220 194481

Assessoria Contaacutebil 80000 84000 88200 92610 97241

Gaacutes 49000 51450 54023 56724 59560

Impostos 387858 422765 464481 506284 551849

Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)

80268 84281 88495 92920 97566

Energia eleacutetrica 70000 73500 77175 81034 85085

Manutenccedilatildeo 50000 52500 55125 57881 60775

Material de escritoacuterio 20000 21000 22050 23153 24310

Material de Limpeza 40000 42000 44100 46305 48620

Folha de pagamento 272266 299493 329442 362386 398625

Seguros 15000 15750 16538 17364 18233

Telefone fixointernet 20000 21000 22050 23153 24310

Telefone Moacutevel 12000 12600 13230 13892 14586

Vale Refeiccedilatildeo 75000 82500 90750 99825 109808

Vale Transporte 33000 34650 36383 38202 40112

Proacute- labore 200000 220000 286000 328900 361790

Taxas Bancaacuterias 8000 8400 8820 9261 9724

Total R$ 1597392 R$ 1720139 R$ 1900823 R$ 2064053 R$ 2227062

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

52

APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS

Item

Produccedilatildeo mensal meacutedia

Custo unitaacuterio total

Sugestatildeo Preccedilo de venda

Custo Mensal Total

Receita de vendas

Bolos artiacutesticos (recheios diversos) 150 6000 13500 900000 2025000

Bolos de copa (recheios diversos) 30 3600 8100 108000 243000

Naked cake (recheios diversos) 60 4200 9450 252000 567000

Doces Tradicionais 32 3500 7875 112000 252000

Doces Espelhados 32 5000 11250 160000 360000

Doces Finos 32 7500 16875 240000 540000

Brigadeiros gourmet 16 4500 10125 72000 162000

Tacinhas acriacutelicas 16 5500 12375 88000 198000

Trufas 32 5000 11250 160000 360000

Bombons 32 5000 11250 160000 360000

Bem casados 3200 100 225 320000 720000

Custo produccedilatildeo Total 2572000

Receita Total 5787000

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL

Ano Receita Bruta Variaccedilatildeo anual

Ano 1 000

Ano 2 69444000 9

Ano 3 75693960 9

Ano 4 82506416 9

Ano 5 89931994 9

Valor considerando a inflaccedilatildeo de 9 aa

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

34

Brigadeiros gourmet

FOTO8 - BRIGADEIROS GOURMET FONTE ELABORADO PELO AUTOR

Tacinhas acriacutelicas

FOTO9 - TACINHAS ACRIacuteLICAS FONTE BUFFET DELIacuteCIAS DA VI

Trufas

FOTO 10 - TRUFAS FONTE FOGAtildeO DA VOVOacute

35

Bombons

FOTO11 - BOMBONS FONTE DALVA GOLDEN GATE

Bem casados

FOTO12 - BEM CASADOS FONTE CASAMENTO SEM ERRO

FOTO13 - BEM CASADOS FONTE CASAMENTO SEM ERRO

36

413 Preccedilo de venda

A definiccedilatildeo do preccedilo dos produtos eacute uma das decisotildees mais relevantes da

organizaccedilatildeo que deve levar em conta a forma como a empresa deseja se posicionar

no mercado os custos a concorrecircncia e a rentabilidade almejada

O preccedilo eacute um dos elementos mais versaacuteteis pode ser modificado rapidamente

ao contraacuterio das propriedades dos produtos dos contratos com canais de distribuiccedilatildeo

e ateacute mesmo das promoccedilotildees O Preccedilo tem tambeacutem a tarefa de mostrar ao mercado o

posicionamento de valor desejado pela empresa para o seu produto ou marca

(KOTLER KELLER 2006 p 428)

A consolidaccedilatildeo dos preccedilos dos produtos seraacute elaborada levando em conta os

custos para se obter os produtos com a qualidade requinte e sofisticaccedilatildeo desejada

com a margem de lucro esperada e se baseando nos preccedilos praticados pela

concorrecircncia

414 Previsatildeo de vendas

Para Chiavenato (2007 p 2013)

A previsatildeo de vendas representa a quantidade de produtosserviccedilos que a empresa pretende vender ou colocar no mercado durante um determinado periacuteodo geralmente um mecircs ou um ano dividido em meses Constitui portanto uma estimativa ou uma expectativa de vendas Pode ser feita em unidades fiacutesicas ou em valores monetaacuterios

A produccedilatildeo vai ser em meacutedia de 5600 doces (doces finos gourmet e bem

casados) e 4 bolos procurando atender em meacutedia 4 eventos por semana e ateacute 16

eventos por mecircs sendo que nos meses de setembro a dezembro essa demanda

aumenta pelo motivo de historicamente ter um nuacutemero maior de casamentos

37

415 Definiccedilatildeo de local de venda dos produtos

ldquoA venda eacute a fase fundamental do processo de vendas Consiste na

transferecircncia do produtoserviccedilo para o cliente ou consumidorrdquo (CHIAVENATO 2007

p 210)

As vendas vatildeo ocorrer atraveacutes de site proacuteprio redes sociais telefone e

pessoalmente natildeo teremos loja fiacutesica apenas um ateliecirc para confecccedilatildeo dos bolos e

doces onde vai conter uma sala anexa na qual vai ser oferecido o serviccedilo de

degustaccedilatildeo com horaacuterios marcados para assim o cliente decidir quais os produtos

seratildeo adquiridos para o seu evento e fechamento de contrato

416 Definiccedilatildeo da demanda e da oferta

Na maior parte das encomendas os clientes solicitam os doces finos e

gourmet que contecircm chocolates frutas oleaginosas tais como castanhas nozes

avelatildes amecircndoas frutas como framboesa morango damasco cerejas e os bem

casados Os bolos mais solicitados satildeo os com decoraccedilatildeo de pasta americana que

deve obrigatoriamente ter recheios mais firmes como ganaches fios de ovos

strogonoff de nozes e os naked cake (bolo pelado) que possuem mais opccedilotildees de

recheios com chocolates frutas diversas e cremes de pacirctisserie

Em contato com algumas empresas que fornecem o mesmo tipo de produto

foi possiacutevel verificar que as encomendas devem ser feitas com antecedecircncia miacutenima

de 6 meses sendo que alguns casos somente com um ano de antecedecircncia para

conseguir na data desejada Esse eacute um dos pontos que mostra que tem espaccedilo

suficiente para entrada nesse mercado

38

417 Concorrentes

Chiavenato (2007 p 33) Kotler e Keller (2006 p 340) afirmam que os

concorrentes satildeo as organizaccedilotildees que competem pelos mesmos fornecedores

clientes e consumidores

ldquoAgrave medida que seus produtosserviccedilos tornam-se mais heterogecircneos tanto

mais heterogecircneos e diferenciados seratildeo seus concorrentes e tanto mais complexa

seraacute a competitividaderdquo (CHIAVENATO 2007 p 33)

Em busca na internet foi possiacutevel identificar que atualmente existe em meacutedia

25 concorrentes reais que oferecem exatamente os mesmos produtos que seratildeo

fornecidos com o mesmo padratildeo de qualidade valor agregado requinte e

sofisticaccedilatildeo Tambeacutem foi detectado mais 14 concorrentes potenciais que vendem

produtos similares aos que seratildeo vendidos poreacutem natildeo possuem o mesmo valor

agregado dos que vatildeo ser ofertados Foi possiacutevel identificar que alguns concorrentes

oferecem somente os doces finos dos quais foram identificados mais 3 concorrentes

reais e 3 concorrentes potenciais E foi detectado que existem concorrentes que

fornecem apenas os bolos artiacutesticos dos quais foi identificado 4 concorrentes reais

todos fornecem os bolos com o mesmo niacutevel de qualidade que seratildeo fornecidos

A tabela 3 mostra a divisatildeo dos concorrentes reais e potenciais que fornecem

bolos e doces por bairro de Curitiba

39

TABELA 3 - CONCORRENTES QUE FORNECEM BOLOS E DOCES POR BAIRRO

Bairro Quantidade de Concorrentes Reais

Quantidade de Concorrentes Potenciais

Aacutegua Verde 4 1

Ahuacute 1

Bairro Alto 2 1

Barreirinha 1

Barreirinha 1

Bom Retiro 1

Campo Comprido 1

Campo Comprido 1

Cidade Industrial 1

Colombo 1

Fazenda Rio Grande 1

Hauer 1

Hugo Lange 1

Mercecircs 1

Novo Mundo 2 1

Novo Mundo 1

Portatildeo 1

Portatildeo 1

Santa Cacircndida 1

Santa Felicidade 1 1

Santo Inaacutecio 1 1

Satildeo Joseacute dos Pinhais 1

Seminaacuterio 1

Sitio Cercado 1

Tarumatilde 1

Vila Izabel 1

Natildeo Informado 1 2

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

418 Forma de divulgaccedilatildeo dos concorrentes

Todas as empresas pesquisadas que fornecem produtos similares aos que

vamos fornecer utilizam sites proacuteprios e as redes sociais para fazer divulgaccedilatildeo dos

seus produtos todas fazem degustaccedilatildeo para os clientes conhecerem os seus

produtos e posteriormente fechar um contrato

40

42 TAMANHO DO NEGOacuteCIO

421 Capacidade produtiva

A capacidade produtiva vai ser para atender ateacute 4 eventos por semana A

produccedilatildeo vai ser de ateacute 5600 doces (doces finos gourmet e bem casados) e 4 bolos

atendendo ateacute 4 eventos por final de semana e ateacute 16 eventos por mecircs sendo que

nos meses de setembro a dezembro essa demanda aumenta pelo motivo de

historicamente ter um nuacutemero maior de casamentos

422 Investimento

Um dos pontos mais relevantes para abertura de uma empresa eacute a

determinaccedilatildeo do capital miacutenimo para dar iniacutecio nas atividades e principalmente como

obter este capital ldquoEacute com o capital inicial que a empresa tem condiccedilotildees de reunir os

recursos empresariais necessaacuterios ao seu funcionamento sejam eles recursos

humanos materiais ou financeirosrdquo A determinaccedilatildeo do capital eacute o que estabelece a

quantidade de recursos empresariais que a empresa tem disponiacutevel Indiscutivelmente

quanto maior for o volume de recursos empresariais mais faacutecil se torna o desempenho

da empresa Quando todos os recursos necessaacuterios para seu funcionamento estatildeo agrave

disposiccedilatildeo a administraccedilatildeo do empreendimento fica mais simples (CHIAVENATO

2007 p84)

Cabe acrescentar que (LAPPONI 2007 p 321)

O custo inicial refere-se aos desembolsos realizados para aquisiccedilatildeo de equipamentos ou outros ativos fixos incluindo o pagamento de fretes seguros instalaccedilotildees despesas operacionais iniciais com materiais e matildeo de obra treinamento de pessoal de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo etc resumindo o custo inicial inclui todos os desembolsos necessaacuterios para adquirir os ativos necessaacuterios e que estejam em condiccedilotildees de operar e gerar as receitas estimadas

41

O empreendimento iniciaraacute suas atividades com capital investido com

recursos proacuteprios da empreendedora

As estimativas de investimento inicial para abertura da empresa foi de

R$5162851 conforme tabela 4

TABELA 4 - INVESTIMENTO INICIAL

Descriccedilatildeo Valor (R$)

Maacutequinas e equipamentos Cozinha R$ 3084878

Utensiacutelios R$ 555075

Moacuteveis para escritoacuterio R$ 268982

Equipamentos de informaacutetica e eletrocircnicos R$ 446204

Outros custos escritoacuterio R$ 48912

Uniformes R$ 155800

Pintura Imoacutevel R$ 500000

Porta de Vidro R$ 103000

Total R$ 5162851

FONTE ELABORADO PELO AUTOR (2015)

423 Localizaccedilatildeo

Seraacute locado um imoacutevel para a instalaccedilatildeo da empresa localizado na Rua Heitor

Baggio Vidal 2508 Bairro Alto Curitiba ndash PR com o valor do aluguel mensal de

R$160000 (mil e seiscentos reais) O espaccedilo interno de 95msup2 seraacute dividido em trecircs

partes a primeira com 20msup2 vai ficar a recepccedilatildeo para receber os clientes efetuar

orccedilamentos e as degustaccedilotildees a segunda com 71msup2 a cozinha industrial onde seratildeo

fabricados os bolos e doces finos e a terceira com 4msup2 o lavabo

42

FOTO14 - FOTO DO IMOacuteVEL ONDE SERAacute INSTALADA A EMPRESA FONTE MP IMOacuteVEIS

424 Entregas

As entregas dos bolos e doces finos seratildeo efetuadas por uma empresa

parceira localizada no Bairro Alto o preccedilo das entregas em Curitiba e regiatildeo

metropolitana variam de R$2400 (vinte e quatro reais) a R$6000 (sessenta reais)

dependendo da localizaccedilatildeo tais valores seratildeo cobrados dos clientes

43 CAPITAL DE GIRO

O capital de giro inicial foi estimado levando em conta que no primeiro ano a

empresa vai produzir 8333 da sua capacidade atendendo em meacutedia 13 ventos

mensalmente sendo assim foram considerados os gastos operacionais necessaacuterios

para o iniacutecio das atividades incluindo o custo fixo mensal e o estoque inicial ambos

multiplicados por 2 e acrescidos de um percentual de 10 de margem de seguranccedila

para despesas natildeo previstas

43

TABELA 5 - CAPITAL DE GIRO

Item Valor (R$)

Estoque Inicial 5144000

Custo Fixo Mensal 3194783

Reserva (10) 833878

Total do Capital de Giro Inicial 9172662

FONTE ELABORDO PELO AUTOR

44 FLUXO DE CAIXA

ldquoFluxo de Caixa eacute um Instrumento de gestatildeo financeira que projeta para

periacuteodos futuros todas as entradas e as saiacutedas de recursos financeiros da empresa

indicando como seraacute o saldo de caixa para o periacuteodo projetadordquo (SEBRAE)

Na tabela 6 eacute apresentada a projeccedilatildeo do Fluxo de Caixa da empresa para os

seus primeiros cinco anos onde fica evidenciado que do primeiro ateacute o quinto ano a

sauacutede financeira da empresa melhora gradativamente sendo que no final do quinto

ano o saldo em caixa ultrapassa os 300 se comparado com o saldo em caixa no

final do primeiro ano

Pode-se observar que natildeo foi inserida no fluxo de caixa a opccedilatildeo de

inadimplecircncia pois todos os pagamentos seratildeo efetuados agrave vista em dinheiro ou

cartatildeo sendo que o pagamento total dos produtos deve ser efetuado no miacutenimo 10

dias antes da data do evento

44

TABELA 6 - PROJECcedilAtildeO DE FLUXO DE CAIXA NOS PRIMEIROS CINCO ANOS

Descriccedilatildeo Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

Investimento Inicial (5162851)

Capital de Giro (9172662) 9172662

Valor Residual 1548855

Total de entradas 000 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873

Previsatildeo Receitas de vendas 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873

Total de Saiacutedas (14335513) (44888699) (54283425) (59479393) (64738409) (70291804)

(-)Fornecedores (25720000) (33641760) (36669518) (39969775) (43567055)

(-)Folha de pagamento (3267192) (3593911) (3953302) (4348633) (4783496)

(-)Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)

(963216) (1011377) (1061946) (1115043) (1170795)

(-)Retiradas soacutecios (2400000) (2640000) (3432000) (3946800) (4341480)

(-)Impostos s vendas (4654291) (5073177) (5573767) (6075406) (6622192)

(-)Alugueacuteis (1920000) (2016000) (2116800) (2222640) (2333772)

(-)Energia eleacutetrica (840000) (882000) (926100) (972405) (1021025)

(-)Aacutegua (300000) (315000) (330750) (347288) (364652)

(-)Telefone (384000) (403200) (423360) (444528) (466754)

(-)Gaacutes (588000) (617400) (648270) (680684) (714718)

(-)Serviccedilos contabilidade (960000) (1008000) (1058400) (1111320) (1166886)

(-)Manutenccedilatildeo (600000) (630000) (661500) (694575) (729304)

(-)Outras despesas com funcionaacuterios

(1296000) (1405800) (1525590) (1656320) (1799030)

(-)Taxas bancaacuterias (96000) (100800) (105840) (111132) (116689)

(-)Outros pagamentos (900000) (945000) (992250) (1041863) (1093956)

Entradas - Saiacutedas (14335513) 12981301 21410535 23027023 25193585 27734070

Depreciaccedilatildeo 000 (631377) (631377) (631377) (631377) (631377)

Saldo Final (14335513) 12349924 20779158 22395647 24562208 37824209

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

A depreciaccedilatildeo foi calculada considerando o prazo de vida uacutetil meacutedio de 10

anos das maacutequinas equipamentos instalaccedilotildees moacuteveis e utensiacutelios e para os

computadores e perifeacutericos foi considerado o prazo de vida uacutetil de 5 anos conforme

demonstrado na tabela 7

TABELA 7 - DEPRECIACcedilAtildeO

Item Valor Inicial Taxa Anual Depreciaccedilatildeo Anual (R$)

Maacutequinas e equipamentos 3084878 10 308488

Instalaccedilotildees 103000 10 10300

Moacuteveis e Utensiacutelios 824057 10 82406

Computadores e Perifeacutericos 446204 20 89241

Outros 704712 20 140942

Total 631377

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

45

O valor residual dos equipamentos e instalaccedilotildees da empresa no final do quinto

ano foi considerado em 30 referente ao valor de aquisiccedilatildeo dos mesmos no iniacutecio do

projeto

45 ANAacuteLISE DOS INDICADORES (VPL TIR E PAYBACK)

451 Valor Presente Liacutequido (VPL)

A tabela 8 mostra que o VPL (Valor Presente Liacutequido) eacute positivo isso significa

que aleacutem de recuperar o investimento inicial ainda vai ser agregado ao valor da

empresa um montante de R$ R$50392407 (quinhentos e trecircs mil novecentos e vinte

quatro reais e sete centavos)

A taxa de retorno requerida de 20 foi determinada levando em conta o niacutevel

de risco do projeto e visando o valor desejado para se obter em cima do valor

investido

TABELA 8 - CALCULO DO VALOR PRESENTE LIacuteQUIDO (VPL)

Anos FC k 2000

0 -$143355 VPL $50392407

1 $123499 VPL $50392407

2 $207792 VPL $50392407

3 $223956 VPL $21761126

4 $245622 VPL $21761126

5 $378242 Decisatildeo Aceitar o Projeto

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

452 Taxa Interna de Retorno (TIR)

Conforme a tabela 9 eacute possiacutevel verificar que a TIR (Taxa Interna de Retorno)

eacute de 11593 maior que a taxa requerida de 20 isso significa que custo inicial seraacute

46

recuperado e o projeto vai criar valor para empresa mais um resultado favoraacutevel para

a aceitaccedilatildeo do projeto

TABELA 9 - TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR)

Anos FC

0 -$143355 TIR 11593

1 $123499 TIR 2168

2 $207792 TIR 2168

3 $223956 Decisatildeo

4 $245622 k 2000

5 $378242 Aceitar o projeto

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

453 Payback

O tempo de recuperaccedilatildeo do custo inicial ocorre normalmente entre o quarto e

o quinto ano se for feita a anaacutelise da tabela 10 eacute possiacutevel verificar que o tempo

necessaacuterio para o retorno do investimento (payback) do projeto eacute de 128 anos este

indicador mostra claramente que o projeto deve ser aceito pois o tempo de retorno

estaacute bem abaixo do tempo meacutedio dos empreendimentos como um todo

TABELA 10 - PAYBACK

k 20

Anos FC SPresente

0 -$143355 -$143355 PBD-SP = 128

1 $123499 -$40439 128

2 $207792 $103861

3 $223956 $233465

4 $245622 $351917

5 $378242 $503924

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

47

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Para iniciar um negoacutecio requer muito mais do que apenas o espiacuterito

empreendedor eacute necessaacuterio ter lideranccedila conhecimento sobre o mercado que deseja

atuar organizaccedilatildeo e principalmente planejamento

O principal objetivo desse estudo foi analisar a viabilidade econocircmico-

financeira da abertura de uma empresa de bolos e doces finos no Bairro Alto em

Curitiba

O objetivo apresentado nesta pesquisa foi atingido pois todos os indicadores

analisados mostram com clareza que empresa obteacutem resultados positivos que criam

valor para a mesma e com isso o projeto eacute viaacutevel economicamente pois do primeiro

ao quinto ano fica visiacutevel o crescimento do empreendimento e a melhora significativa

da sua sauacutede financeira isso fica evidenciado no saldo final em caixa no quinto ano

que chega proacuteximo haacute 400 mil reais Apesar disso eacute crucial o acompanhamento do

mercado para seguir as tendecircncias e se atualizar constantemente para tomar

decisotildees mais assertivas

Um negoacutecio mal avaliado pode arruinar a estabilidade econocircmica do

investidor por isso eacute de extrema importacircncia fazer todos os levantamentos de custos

antes de se aventurar em qualquer empreendimento

Eacute possiacutevel comprovar que a pesquisa realizada contribui positivamente para

abertura da empresa No entanto as informaccedilotildees aqui presentes natildeo satildeo estaacuteticas e

devem ser revisadas periodicamente e se preciso ateacute mesmo ampliadas no decorrer

da implantaccedilatildeo do projeto para que o mesmo seja uma ferramenta eficiente e eficaz

no desenvolvimento da empresa como um todo

48

REFEREcircNCIAS

BRITO Paulo Anaacutelise e viabilidade de projetos de investimento Satildeo Paulo Atlas 2003 DOLABELA Fernando O segredo de Luiacutesa 30 ed Satildeo Paulo Editora de Cultura 2006 DORNELAS Joseacute Carlos Assis Empreendedorismo transformando ideias em negoacutecios 4 ed Rio de Janeiro Campus Elsevier 2012 CENSO Demograacutefico 2010 Resultados gerais da amostra Curitiba IBGE 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=410690ampidtema=87ampsearch=parana|curitiba|censo-demografico-2010-resultados-gerais-da-amostra-gt Acesso em 21 de Junho de 2015 CHIAVENATO Idalberto Empreendedorismo dando asas ao espiacuterito empreendedor empreendedorismo e a viabilidade de novas empresas um guia eficiente para iniciar e tocar seu proacuteprio negoacutecio 2 ed Satildeo Paulo Saraiva 2007 ESTATIacuteSTICAS do registro civil 2012 Curitiba IBGE 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaoregistrocivil2012default_xlsshtmgt Acesso em 21 de Junho de 2015 GIL Antonio Carlos Meacutetodos e teacutecnicas de pesquisa social 6 ed Satildeo Paulo Atlas 2008 KOTLER Philip KELLER Kevin Lane Administraccedilatildeo de Marketing 12 ed Satildeo Paulo ABDR 2006 LAPPONI Juan Carlos Projetos de Investimento na Empresa Rio de Janeiro Elsevier 2007 MACHADO Jesseacute Anderson Pinto Projetos Econocircmicos uma abordagem praacutetica de elaboraccedilatildeo Satildeo Paulo Nobel 2002 MICHEL Maria Helena Metodologia e pesquisa cientiacutefica em ciecircncias sociais 2 ed Satildeo Paulo Atlas 2009 OLIVEIRA Djalma de Pinho Rebouccedilas de Planejamento estrateacutegico conceitos metodologia e praacuteticas 20 ed Satildeo Paulo Atlas 2004 PRODANOV Cleber Cristiano ERNANI Cesar de Freitas Metodologia do trabalho cientiacutefico meacutetodo e teacutecnicas da pesquisa e do trabalho acadecircmico 2 ed Novo Hamburgo Freevale 2013

49

REBELATTO Dayse Projeto de Investimento 1 ed Barueri Manole 2004 SEBRAE Pesquisa de Mercado o que eacute e para que serve Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrsitesPortalSebraeartigosPesquisa-de-mercado-o-que-C3A9-e-para-que-servegt Acesso em 21 de Junho de 2015 SEBRAE Fluxo de caixa Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrSebraePortal20SebraeAnexos0_fluxo-de-caixapdfgt Acesso em 10 de Outubro de 2015 WILDAUER Egon Walter Plano de negoacutecios elementos construtivos e processos de elaboraccedilatildeo 2 ed Curitiba Ibpex 2011 WOILER Samsatildeo MATHIAS Washington Franco Projetos planejamento elaboraccedilatildeo anaacutelise 1 ed Satildeo Paulo Atlas 1994

50

APEcircNDICES

APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL 51

APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS 52

APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL 52

51

APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL

Item Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

Aacutegua 25000 26250 27563 28941 30388

Aluguel 160000 168000 176400 185220 194481

Assessoria Contaacutebil 80000 84000 88200 92610 97241

Gaacutes 49000 51450 54023 56724 59560

Impostos 387858 422765 464481 506284 551849

Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)

80268 84281 88495 92920 97566

Energia eleacutetrica 70000 73500 77175 81034 85085

Manutenccedilatildeo 50000 52500 55125 57881 60775

Material de escritoacuterio 20000 21000 22050 23153 24310

Material de Limpeza 40000 42000 44100 46305 48620

Folha de pagamento 272266 299493 329442 362386 398625

Seguros 15000 15750 16538 17364 18233

Telefone fixointernet 20000 21000 22050 23153 24310

Telefone Moacutevel 12000 12600 13230 13892 14586

Vale Refeiccedilatildeo 75000 82500 90750 99825 109808

Vale Transporte 33000 34650 36383 38202 40112

Proacute- labore 200000 220000 286000 328900 361790

Taxas Bancaacuterias 8000 8400 8820 9261 9724

Total R$ 1597392 R$ 1720139 R$ 1900823 R$ 2064053 R$ 2227062

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

52

APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS

Item

Produccedilatildeo mensal meacutedia

Custo unitaacuterio total

Sugestatildeo Preccedilo de venda

Custo Mensal Total

Receita de vendas

Bolos artiacutesticos (recheios diversos) 150 6000 13500 900000 2025000

Bolos de copa (recheios diversos) 30 3600 8100 108000 243000

Naked cake (recheios diversos) 60 4200 9450 252000 567000

Doces Tradicionais 32 3500 7875 112000 252000

Doces Espelhados 32 5000 11250 160000 360000

Doces Finos 32 7500 16875 240000 540000

Brigadeiros gourmet 16 4500 10125 72000 162000

Tacinhas acriacutelicas 16 5500 12375 88000 198000

Trufas 32 5000 11250 160000 360000

Bombons 32 5000 11250 160000 360000

Bem casados 3200 100 225 320000 720000

Custo produccedilatildeo Total 2572000

Receita Total 5787000

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL

Ano Receita Bruta Variaccedilatildeo anual

Ano 1 000

Ano 2 69444000 9

Ano 3 75693960 9

Ano 4 82506416 9

Ano 5 89931994 9

Valor considerando a inflaccedilatildeo de 9 aa

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

35

Bombons

FOTO11 - BOMBONS FONTE DALVA GOLDEN GATE

Bem casados

FOTO12 - BEM CASADOS FONTE CASAMENTO SEM ERRO

FOTO13 - BEM CASADOS FONTE CASAMENTO SEM ERRO

36

413 Preccedilo de venda

A definiccedilatildeo do preccedilo dos produtos eacute uma das decisotildees mais relevantes da

organizaccedilatildeo que deve levar em conta a forma como a empresa deseja se posicionar

no mercado os custos a concorrecircncia e a rentabilidade almejada

O preccedilo eacute um dos elementos mais versaacuteteis pode ser modificado rapidamente

ao contraacuterio das propriedades dos produtos dos contratos com canais de distribuiccedilatildeo

e ateacute mesmo das promoccedilotildees O Preccedilo tem tambeacutem a tarefa de mostrar ao mercado o

posicionamento de valor desejado pela empresa para o seu produto ou marca

(KOTLER KELLER 2006 p 428)

A consolidaccedilatildeo dos preccedilos dos produtos seraacute elaborada levando em conta os

custos para se obter os produtos com a qualidade requinte e sofisticaccedilatildeo desejada

com a margem de lucro esperada e se baseando nos preccedilos praticados pela

concorrecircncia

414 Previsatildeo de vendas

Para Chiavenato (2007 p 2013)

A previsatildeo de vendas representa a quantidade de produtosserviccedilos que a empresa pretende vender ou colocar no mercado durante um determinado periacuteodo geralmente um mecircs ou um ano dividido em meses Constitui portanto uma estimativa ou uma expectativa de vendas Pode ser feita em unidades fiacutesicas ou em valores monetaacuterios

A produccedilatildeo vai ser em meacutedia de 5600 doces (doces finos gourmet e bem

casados) e 4 bolos procurando atender em meacutedia 4 eventos por semana e ateacute 16

eventos por mecircs sendo que nos meses de setembro a dezembro essa demanda

aumenta pelo motivo de historicamente ter um nuacutemero maior de casamentos

37

415 Definiccedilatildeo de local de venda dos produtos

ldquoA venda eacute a fase fundamental do processo de vendas Consiste na

transferecircncia do produtoserviccedilo para o cliente ou consumidorrdquo (CHIAVENATO 2007

p 210)

As vendas vatildeo ocorrer atraveacutes de site proacuteprio redes sociais telefone e

pessoalmente natildeo teremos loja fiacutesica apenas um ateliecirc para confecccedilatildeo dos bolos e

doces onde vai conter uma sala anexa na qual vai ser oferecido o serviccedilo de

degustaccedilatildeo com horaacuterios marcados para assim o cliente decidir quais os produtos

seratildeo adquiridos para o seu evento e fechamento de contrato

416 Definiccedilatildeo da demanda e da oferta

Na maior parte das encomendas os clientes solicitam os doces finos e

gourmet que contecircm chocolates frutas oleaginosas tais como castanhas nozes

avelatildes amecircndoas frutas como framboesa morango damasco cerejas e os bem

casados Os bolos mais solicitados satildeo os com decoraccedilatildeo de pasta americana que

deve obrigatoriamente ter recheios mais firmes como ganaches fios de ovos

strogonoff de nozes e os naked cake (bolo pelado) que possuem mais opccedilotildees de

recheios com chocolates frutas diversas e cremes de pacirctisserie

Em contato com algumas empresas que fornecem o mesmo tipo de produto

foi possiacutevel verificar que as encomendas devem ser feitas com antecedecircncia miacutenima

de 6 meses sendo que alguns casos somente com um ano de antecedecircncia para

conseguir na data desejada Esse eacute um dos pontos que mostra que tem espaccedilo

suficiente para entrada nesse mercado

38

417 Concorrentes

Chiavenato (2007 p 33) Kotler e Keller (2006 p 340) afirmam que os

concorrentes satildeo as organizaccedilotildees que competem pelos mesmos fornecedores

clientes e consumidores

ldquoAgrave medida que seus produtosserviccedilos tornam-se mais heterogecircneos tanto

mais heterogecircneos e diferenciados seratildeo seus concorrentes e tanto mais complexa

seraacute a competitividaderdquo (CHIAVENATO 2007 p 33)

Em busca na internet foi possiacutevel identificar que atualmente existe em meacutedia

25 concorrentes reais que oferecem exatamente os mesmos produtos que seratildeo

fornecidos com o mesmo padratildeo de qualidade valor agregado requinte e

sofisticaccedilatildeo Tambeacutem foi detectado mais 14 concorrentes potenciais que vendem

produtos similares aos que seratildeo vendidos poreacutem natildeo possuem o mesmo valor

agregado dos que vatildeo ser ofertados Foi possiacutevel identificar que alguns concorrentes

oferecem somente os doces finos dos quais foram identificados mais 3 concorrentes

reais e 3 concorrentes potenciais E foi detectado que existem concorrentes que

fornecem apenas os bolos artiacutesticos dos quais foi identificado 4 concorrentes reais

todos fornecem os bolos com o mesmo niacutevel de qualidade que seratildeo fornecidos

A tabela 3 mostra a divisatildeo dos concorrentes reais e potenciais que fornecem

bolos e doces por bairro de Curitiba

39

TABELA 3 - CONCORRENTES QUE FORNECEM BOLOS E DOCES POR BAIRRO

Bairro Quantidade de Concorrentes Reais

Quantidade de Concorrentes Potenciais

Aacutegua Verde 4 1

Ahuacute 1

Bairro Alto 2 1

Barreirinha 1

Barreirinha 1

Bom Retiro 1

Campo Comprido 1

Campo Comprido 1

Cidade Industrial 1

Colombo 1

Fazenda Rio Grande 1

Hauer 1

Hugo Lange 1

Mercecircs 1

Novo Mundo 2 1

Novo Mundo 1

Portatildeo 1

Portatildeo 1

Santa Cacircndida 1

Santa Felicidade 1 1

Santo Inaacutecio 1 1

Satildeo Joseacute dos Pinhais 1

Seminaacuterio 1

Sitio Cercado 1

Tarumatilde 1

Vila Izabel 1

Natildeo Informado 1 2

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

418 Forma de divulgaccedilatildeo dos concorrentes

Todas as empresas pesquisadas que fornecem produtos similares aos que

vamos fornecer utilizam sites proacuteprios e as redes sociais para fazer divulgaccedilatildeo dos

seus produtos todas fazem degustaccedilatildeo para os clientes conhecerem os seus

produtos e posteriormente fechar um contrato

40

42 TAMANHO DO NEGOacuteCIO

421 Capacidade produtiva

A capacidade produtiva vai ser para atender ateacute 4 eventos por semana A

produccedilatildeo vai ser de ateacute 5600 doces (doces finos gourmet e bem casados) e 4 bolos

atendendo ateacute 4 eventos por final de semana e ateacute 16 eventos por mecircs sendo que

nos meses de setembro a dezembro essa demanda aumenta pelo motivo de

historicamente ter um nuacutemero maior de casamentos

422 Investimento

Um dos pontos mais relevantes para abertura de uma empresa eacute a

determinaccedilatildeo do capital miacutenimo para dar iniacutecio nas atividades e principalmente como

obter este capital ldquoEacute com o capital inicial que a empresa tem condiccedilotildees de reunir os

recursos empresariais necessaacuterios ao seu funcionamento sejam eles recursos

humanos materiais ou financeirosrdquo A determinaccedilatildeo do capital eacute o que estabelece a

quantidade de recursos empresariais que a empresa tem disponiacutevel Indiscutivelmente

quanto maior for o volume de recursos empresariais mais faacutecil se torna o desempenho

da empresa Quando todos os recursos necessaacuterios para seu funcionamento estatildeo agrave

disposiccedilatildeo a administraccedilatildeo do empreendimento fica mais simples (CHIAVENATO

2007 p84)

Cabe acrescentar que (LAPPONI 2007 p 321)

O custo inicial refere-se aos desembolsos realizados para aquisiccedilatildeo de equipamentos ou outros ativos fixos incluindo o pagamento de fretes seguros instalaccedilotildees despesas operacionais iniciais com materiais e matildeo de obra treinamento de pessoal de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo etc resumindo o custo inicial inclui todos os desembolsos necessaacuterios para adquirir os ativos necessaacuterios e que estejam em condiccedilotildees de operar e gerar as receitas estimadas

41

O empreendimento iniciaraacute suas atividades com capital investido com

recursos proacuteprios da empreendedora

As estimativas de investimento inicial para abertura da empresa foi de

R$5162851 conforme tabela 4

TABELA 4 - INVESTIMENTO INICIAL

Descriccedilatildeo Valor (R$)

Maacutequinas e equipamentos Cozinha R$ 3084878

Utensiacutelios R$ 555075

Moacuteveis para escritoacuterio R$ 268982

Equipamentos de informaacutetica e eletrocircnicos R$ 446204

Outros custos escritoacuterio R$ 48912

Uniformes R$ 155800

Pintura Imoacutevel R$ 500000

Porta de Vidro R$ 103000

Total R$ 5162851

FONTE ELABORADO PELO AUTOR (2015)

423 Localizaccedilatildeo

Seraacute locado um imoacutevel para a instalaccedilatildeo da empresa localizado na Rua Heitor

Baggio Vidal 2508 Bairro Alto Curitiba ndash PR com o valor do aluguel mensal de

R$160000 (mil e seiscentos reais) O espaccedilo interno de 95msup2 seraacute dividido em trecircs

partes a primeira com 20msup2 vai ficar a recepccedilatildeo para receber os clientes efetuar

orccedilamentos e as degustaccedilotildees a segunda com 71msup2 a cozinha industrial onde seratildeo

fabricados os bolos e doces finos e a terceira com 4msup2 o lavabo

42

FOTO14 - FOTO DO IMOacuteVEL ONDE SERAacute INSTALADA A EMPRESA FONTE MP IMOacuteVEIS

424 Entregas

As entregas dos bolos e doces finos seratildeo efetuadas por uma empresa

parceira localizada no Bairro Alto o preccedilo das entregas em Curitiba e regiatildeo

metropolitana variam de R$2400 (vinte e quatro reais) a R$6000 (sessenta reais)

dependendo da localizaccedilatildeo tais valores seratildeo cobrados dos clientes

43 CAPITAL DE GIRO

O capital de giro inicial foi estimado levando em conta que no primeiro ano a

empresa vai produzir 8333 da sua capacidade atendendo em meacutedia 13 ventos

mensalmente sendo assim foram considerados os gastos operacionais necessaacuterios

para o iniacutecio das atividades incluindo o custo fixo mensal e o estoque inicial ambos

multiplicados por 2 e acrescidos de um percentual de 10 de margem de seguranccedila

para despesas natildeo previstas

43

TABELA 5 - CAPITAL DE GIRO

Item Valor (R$)

Estoque Inicial 5144000

Custo Fixo Mensal 3194783

Reserva (10) 833878

Total do Capital de Giro Inicial 9172662

FONTE ELABORDO PELO AUTOR

44 FLUXO DE CAIXA

ldquoFluxo de Caixa eacute um Instrumento de gestatildeo financeira que projeta para

periacuteodos futuros todas as entradas e as saiacutedas de recursos financeiros da empresa

indicando como seraacute o saldo de caixa para o periacuteodo projetadordquo (SEBRAE)

Na tabela 6 eacute apresentada a projeccedilatildeo do Fluxo de Caixa da empresa para os

seus primeiros cinco anos onde fica evidenciado que do primeiro ateacute o quinto ano a

sauacutede financeira da empresa melhora gradativamente sendo que no final do quinto

ano o saldo em caixa ultrapassa os 300 se comparado com o saldo em caixa no

final do primeiro ano

Pode-se observar que natildeo foi inserida no fluxo de caixa a opccedilatildeo de

inadimplecircncia pois todos os pagamentos seratildeo efetuados agrave vista em dinheiro ou

cartatildeo sendo que o pagamento total dos produtos deve ser efetuado no miacutenimo 10

dias antes da data do evento

44

TABELA 6 - PROJECcedilAtildeO DE FLUXO DE CAIXA NOS PRIMEIROS CINCO ANOS

Descriccedilatildeo Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

Investimento Inicial (5162851)

Capital de Giro (9172662) 9172662

Valor Residual 1548855

Total de entradas 000 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873

Previsatildeo Receitas de vendas 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873

Total de Saiacutedas (14335513) (44888699) (54283425) (59479393) (64738409) (70291804)

(-)Fornecedores (25720000) (33641760) (36669518) (39969775) (43567055)

(-)Folha de pagamento (3267192) (3593911) (3953302) (4348633) (4783496)

(-)Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)

(963216) (1011377) (1061946) (1115043) (1170795)

(-)Retiradas soacutecios (2400000) (2640000) (3432000) (3946800) (4341480)

(-)Impostos s vendas (4654291) (5073177) (5573767) (6075406) (6622192)

(-)Alugueacuteis (1920000) (2016000) (2116800) (2222640) (2333772)

(-)Energia eleacutetrica (840000) (882000) (926100) (972405) (1021025)

(-)Aacutegua (300000) (315000) (330750) (347288) (364652)

(-)Telefone (384000) (403200) (423360) (444528) (466754)

(-)Gaacutes (588000) (617400) (648270) (680684) (714718)

(-)Serviccedilos contabilidade (960000) (1008000) (1058400) (1111320) (1166886)

(-)Manutenccedilatildeo (600000) (630000) (661500) (694575) (729304)

(-)Outras despesas com funcionaacuterios

(1296000) (1405800) (1525590) (1656320) (1799030)

(-)Taxas bancaacuterias (96000) (100800) (105840) (111132) (116689)

(-)Outros pagamentos (900000) (945000) (992250) (1041863) (1093956)

Entradas - Saiacutedas (14335513) 12981301 21410535 23027023 25193585 27734070

Depreciaccedilatildeo 000 (631377) (631377) (631377) (631377) (631377)

Saldo Final (14335513) 12349924 20779158 22395647 24562208 37824209

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

A depreciaccedilatildeo foi calculada considerando o prazo de vida uacutetil meacutedio de 10

anos das maacutequinas equipamentos instalaccedilotildees moacuteveis e utensiacutelios e para os

computadores e perifeacutericos foi considerado o prazo de vida uacutetil de 5 anos conforme

demonstrado na tabela 7

TABELA 7 - DEPRECIACcedilAtildeO

Item Valor Inicial Taxa Anual Depreciaccedilatildeo Anual (R$)

Maacutequinas e equipamentos 3084878 10 308488

Instalaccedilotildees 103000 10 10300

Moacuteveis e Utensiacutelios 824057 10 82406

Computadores e Perifeacutericos 446204 20 89241

Outros 704712 20 140942

Total 631377

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

45

O valor residual dos equipamentos e instalaccedilotildees da empresa no final do quinto

ano foi considerado em 30 referente ao valor de aquisiccedilatildeo dos mesmos no iniacutecio do

projeto

45 ANAacuteLISE DOS INDICADORES (VPL TIR E PAYBACK)

451 Valor Presente Liacutequido (VPL)

A tabela 8 mostra que o VPL (Valor Presente Liacutequido) eacute positivo isso significa

que aleacutem de recuperar o investimento inicial ainda vai ser agregado ao valor da

empresa um montante de R$ R$50392407 (quinhentos e trecircs mil novecentos e vinte

quatro reais e sete centavos)

A taxa de retorno requerida de 20 foi determinada levando em conta o niacutevel

de risco do projeto e visando o valor desejado para se obter em cima do valor

investido

TABELA 8 - CALCULO DO VALOR PRESENTE LIacuteQUIDO (VPL)

Anos FC k 2000

0 -$143355 VPL $50392407

1 $123499 VPL $50392407

2 $207792 VPL $50392407

3 $223956 VPL $21761126

4 $245622 VPL $21761126

5 $378242 Decisatildeo Aceitar o Projeto

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

452 Taxa Interna de Retorno (TIR)

Conforme a tabela 9 eacute possiacutevel verificar que a TIR (Taxa Interna de Retorno)

eacute de 11593 maior que a taxa requerida de 20 isso significa que custo inicial seraacute

46

recuperado e o projeto vai criar valor para empresa mais um resultado favoraacutevel para

a aceitaccedilatildeo do projeto

TABELA 9 - TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR)

Anos FC

0 -$143355 TIR 11593

1 $123499 TIR 2168

2 $207792 TIR 2168

3 $223956 Decisatildeo

4 $245622 k 2000

5 $378242 Aceitar o projeto

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

453 Payback

O tempo de recuperaccedilatildeo do custo inicial ocorre normalmente entre o quarto e

o quinto ano se for feita a anaacutelise da tabela 10 eacute possiacutevel verificar que o tempo

necessaacuterio para o retorno do investimento (payback) do projeto eacute de 128 anos este

indicador mostra claramente que o projeto deve ser aceito pois o tempo de retorno

estaacute bem abaixo do tempo meacutedio dos empreendimentos como um todo

TABELA 10 - PAYBACK

k 20

Anos FC SPresente

0 -$143355 -$143355 PBD-SP = 128

1 $123499 -$40439 128

2 $207792 $103861

3 $223956 $233465

4 $245622 $351917

5 $378242 $503924

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

47

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Para iniciar um negoacutecio requer muito mais do que apenas o espiacuterito

empreendedor eacute necessaacuterio ter lideranccedila conhecimento sobre o mercado que deseja

atuar organizaccedilatildeo e principalmente planejamento

O principal objetivo desse estudo foi analisar a viabilidade econocircmico-

financeira da abertura de uma empresa de bolos e doces finos no Bairro Alto em

Curitiba

O objetivo apresentado nesta pesquisa foi atingido pois todos os indicadores

analisados mostram com clareza que empresa obteacutem resultados positivos que criam

valor para a mesma e com isso o projeto eacute viaacutevel economicamente pois do primeiro

ao quinto ano fica visiacutevel o crescimento do empreendimento e a melhora significativa

da sua sauacutede financeira isso fica evidenciado no saldo final em caixa no quinto ano

que chega proacuteximo haacute 400 mil reais Apesar disso eacute crucial o acompanhamento do

mercado para seguir as tendecircncias e se atualizar constantemente para tomar

decisotildees mais assertivas

Um negoacutecio mal avaliado pode arruinar a estabilidade econocircmica do

investidor por isso eacute de extrema importacircncia fazer todos os levantamentos de custos

antes de se aventurar em qualquer empreendimento

Eacute possiacutevel comprovar que a pesquisa realizada contribui positivamente para

abertura da empresa No entanto as informaccedilotildees aqui presentes natildeo satildeo estaacuteticas e

devem ser revisadas periodicamente e se preciso ateacute mesmo ampliadas no decorrer

da implantaccedilatildeo do projeto para que o mesmo seja uma ferramenta eficiente e eficaz

no desenvolvimento da empresa como um todo

48

REFEREcircNCIAS

BRITO Paulo Anaacutelise e viabilidade de projetos de investimento Satildeo Paulo Atlas 2003 DOLABELA Fernando O segredo de Luiacutesa 30 ed Satildeo Paulo Editora de Cultura 2006 DORNELAS Joseacute Carlos Assis Empreendedorismo transformando ideias em negoacutecios 4 ed Rio de Janeiro Campus Elsevier 2012 CENSO Demograacutefico 2010 Resultados gerais da amostra Curitiba IBGE 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=410690ampidtema=87ampsearch=parana|curitiba|censo-demografico-2010-resultados-gerais-da-amostra-gt Acesso em 21 de Junho de 2015 CHIAVENATO Idalberto Empreendedorismo dando asas ao espiacuterito empreendedor empreendedorismo e a viabilidade de novas empresas um guia eficiente para iniciar e tocar seu proacuteprio negoacutecio 2 ed Satildeo Paulo Saraiva 2007 ESTATIacuteSTICAS do registro civil 2012 Curitiba IBGE 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaoregistrocivil2012default_xlsshtmgt Acesso em 21 de Junho de 2015 GIL Antonio Carlos Meacutetodos e teacutecnicas de pesquisa social 6 ed Satildeo Paulo Atlas 2008 KOTLER Philip KELLER Kevin Lane Administraccedilatildeo de Marketing 12 ed Satildeo Paulo ABDR 2006 LAPPONI Juan Carlos Projetos de Investimento na Empresa Rio de Janeiro Elsevier 2007 MACHADO Jesseacute Anderson Pinto Projetos Econocircmicos uma abordagem praacutetica de elaboraccedilatildeo Satildeo Paulo Nobel 2002 MICHEL Maria Helena Metodologia e pesquisa cientiacutefica em ciecircncias sociais 2 ed Satildeo Paulo Atlas 2009 OLIVEIRA Djalma de Pinho Rebouccedilas de Planejamento estrateacutegico conceitos metodologia e praacuteticas 20 ed Satildeo Paulo Atlas 2004 PRODANOV Cleber Cristiano ERNANI Cesar de Freitas Metodologia do trabalho cientiacutefico meacutetodo e teacutecnicas da pesquisa e do trabalho acadecircmico 2 ed Novo Hamburgo Freevale 2013

49

REBELATTO Dayse Projeto de Investimento 1 ed Barueri Manole 2004 SEBRAE Pesquisa de Mercado o que eacute e para que serve Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrsitesPortalSebraeartigosPesquisa-de-mercado-o-que-C3A9-e-para-que-servegt Acesso em 21 de Junho de 2015 SEBRAE Fluxo de caixa Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrSebraePortal20SebraeAnexos0_fluxo-de-caixapdfgt Acesso em 10 de Outubro de 2015 WILDAUER Egon Walter Plano de negoacutecios elementos construtivos e processos de elaboraccedilatildeo 2 ed Curitiba Ibpex 2011 WOILER Samsatildeo MATHIAS Washington Franco Projetos planejamento elaboraccedilatildeo anaacutelise 1 ed Satildeo Paulo Atlas 1994

50

APEcircNDICES

APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL 51

APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS 52

APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL 52

51

APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL

Item Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

Aacutegua 25000 26250 27563 28941 30388

Aluguel 160000 168000 176400 185220 194481

Assessoria Contaacutebil 80000 84000 88200 92610 97241

Gaacutes 49000 51450 54023 56724 59560

Impostos 387858 422765 464481 506284 551849

Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)

80268 84281 88495 92920 97566

Energia eleacutetrica 70000 73500 77175 81034 85085

Manutenccedilatildeo 50000 52500 55125 57881 60775

Material de escritoacuterio 20000 21000 22050 23153 24310

Material de Limpeza 40000 42000 44100 46305 48620

Folha de pagamento 272266 299493 329442 362386 398625

Seguros 15000 15750 16538 17364 18233

Telefone fixointernet 20000 21000 22050 23153 24310

Telefone Moacutevel 12000 12600 13230 13892 14586

Vale Refeiccedilatildeo 75000 82500 90750 99825 109808

Vale Transporte 33000 34650 36383 38202 40112

Proacute- labore 200000 220000 286000 328900 361790

Taxas Bancaacuterias 8000 8400 8820 9261 9724

Total R$ 1597392 R$ 1720139 R$ 1900823 R$ 2064053 R$ 2227062

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

52

APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS

Item

Produccedilatildeo mensal meacutedia

Custo unitaacuterio total

Sugestatildeo Preccedilo de venda

Custo Mensal Total

Receita de vendas

Bolos artiacutesticos (recheios diversos) 150 6000 13500 900000 2025000

Bolos de copa (recheios diversos) 30 3600 8100 108000 243000

Naked cake (recheios diversos) 60 4200 9450 252000 567000

Doces Tradicionais 32 3500 7875 112000 252000

Doces Espelhados 32 5000 11250 160000 360000

Doces Finos 32 7500 16875 240000 540000

Brigadeiros gourmet 16 4500 10125 72000 162000

Tacinhas acriacutelicas 16 5500 12375 88000 198000

Trufas 32 5000 11250 160000 360000

Bombons 32 5000 11250 160000 360000

Bem casados 3200 100 225 320000 720000

Custo produccedilatildeo Total 2572000

Receita Total 5787000

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL

Ano Receita Bruta Variaccedilatildeo anual

Ano 1 000

Ano 2 69444000 9

Ano 3 75693960 9

Ano 4 82506416 9

Ano 5 89931994 9

Valor considerando a inflaccedilatildeo de 9 aa

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

36

413 Preccedilo de venda

A definiccedilatildeo do preccedilo dos produtos eacute uma das decisotildees mais relevantes da

organizaccedilatildeo que deve levar em conta a forma como a empresa deseja se posicionar

no mercado os custos a concorrecircncia e a rentabilidade almejada

O preccedilo eacute um dos elementos mais versaacuteteis pode ser modificado rapidamente

ao contraacuterio das propriedades dos produtos dos contratos com canais de distribuiccedilatildeo

e ateacute mesmo das promoccedilotildees O Preccedilo tem tambeacutem a tarefa de mostrar ao mercado o

posicionamento de valor desejado pela empresa para o seu produto ou marca

(KOTLER KELLER 2006 p 428)

A consolidaccedilatildeo dos preccedilos dos produtos seraacute elaborada levando em conta os

custos para se obter os produtos com a qualidade requinte e sofisticaccedilatildeo desejada

com a margem de lucro esperada e se baseando nos preccedilos praticados pela

concorrecircncia

414 Previsatildeo de vendas

Para Chiavenato (2007 p 2013)

A previsatildeo de vendas representa a quantidade de produtosserviccedilos que a empresa pretende vender ou colocar no mercado durante um determinado periacuteodo geralmente um mecircs ou um ano dividido em meses Constitui portanto uma estimativa ou uma expectativa de vendas Pode ser feita em unidades fiacutesicas ou em valores monetaacuterios

A produccedilatildeo vai ser em meacutedia de 5600 doces (doces finos gourmet e bem

casados) e 4 bolos procurando atender em meacutedia 4 eventos por semana e ateacute 16

eventos por mecircs sendo que nos meses de setembro a dezembro essa demanda

aumenta pelo motivo de historicamente ter um nuacutemero maior de casamentos

37

415 Definiccedilatildeo de local de venda dos produtos

ldquoA venda eacute a fase fundamental do processo de vendas Consiste na

transferecircncia do produtoserviccedilo para o cliente ou consumidorrdquo (CHIAVENATO 2007

p 210)

As vendas vatildeo ocorrer atraveacutes de site proacuteprio redes sociais telefone e

pessoalmente natildeo teremos loja fiacutesica apenas um ateliecirc para confecccedilatildeo dos bolos e

doces onde vai conter uma sala anexa na qual vai ser oferecido o serviccedilo de

degustaccedilatildeo com horaacuterios marcados para assim o cliente decidir quais os produtos

seratildeo adquiridos para o seu evento e fechamento de contrato

416 Definiccedilatildeo da demanda e da oferta

Na maior parte das encomendas os clientes solicitam os doces finos e

gourmet que contecircm chocolates frutas oleaginosas tais como castanhas nozes

avelatildes amecircndoas frutas como framboesa morango damasco cerejas e os bem

casados Os bolos mais solicitados satildeo os com decoraccedilatildeo de pasta americana que

deve obrigatoriamente ter recheios mais firmes como ganaches fios de ovos

strogonoff de nozes e os naked cake (bolo pelado) que possuem mais opccedilotildees de

recheios com chocolates frutas diversas e cremes de pacirctisserie

Em contato com algumas empresas que fornecem o mesmo tipo de produto

foi possiacutevel verificar que as encomendas devem ser feitas com antecedecircncia miacutenima

de 6 meses sendo que alguns casos somente com um ano de antecedecircncia para

conseguir na data desejada Esse eacute um dos pontos que mostra que tem espaccedilo

suficiente para entrada nesse mercado

38

417 Concorrentes

Chiavenato (2007 p 33) Kotler e Keller (2006 p 340) afirmam que os

concorrentes satildeo as organizaccedilotildees que competem pelos mesmos fornecedores

clientes e consumidores

ldquoAgrave medida que seus produtosserviccedilos tornam-se mais heterogecircneos tanto

mais heterogecircneos e diferenciados seratildeo seus concorrentes e tanto mais complexa

seraacute a competitividaderdquo (CHIAVENATO 2007 p 33)

Em busca na internet foi possiacutevel identificar que atualmente existe em meacutedia

25 concorrentes reais que oferecem exatamente os mesmos produtos que seratildeo

fornecidos com o mesmo padratildeo de qualidade valor agregado requinte e

sofisticaccedilatildeo Tambeacutem foi detectado mais 14 concorrentes potenciais que vendem

produtos similares aos que seratildeo vendidos poreacutem natildeo possuem o mesmo valor

agregado dos que vatildeo ser ofertados Foi possiacutevel identificar que alguns concorrentes

oferecem somente os doces finos dos quais foram identificados mais 3 concorrentes

reais e 3 concorrentes potenciais E foi detectado que existem concorrentes que

fornecem apenas os bolos artiacutesticos dos quais foi identificado 4 concorrentes reais

todos fornecem os bolos com o mesmo niacutevel de qualidade que seratildeo fornecidos

A tabela 3 mostra a divisatildeo dos concorrentes reais e potenciais que fornecem

bolos e doces por bairro de Curitiba

39

TABELA 3 - CONCORRENTES QUE FORNECEM BOLOS E DOCES POR BAIRRO

Bairro Quantidade de Concorrentes Reais

Quantidade de Concorrentes Potenciais

Aacutegua Verde 4 1

Ahuacute 1

Bairro Alto 2 1

Barreirinha 1

Barreirinha 1

Bom Retiro 1

Campo Comprido 1

Campo Comprido 1

Cidade Industrial 1

Colombo 1

Fazenda Rio Grande 1

Hauer 1

Hugo Lange 1

Mercecircs 1

Novo Mundo 2 1

Novo Mundo 1

Portatildeo 1

Portatildeo 1

Santa Cacircndida 1

Santa Felicidade 1 1

Santo Inaacutecio 1 1

Satildeo Joseacute dos Pinhais 1

Seminaacuterio 1

Sitio Cercado 1

Tarumatilde 1

Vila Izabel 1

Natildeo Informado 1 2

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

418 Forma de divulgaccedilatildeo dos concorrentes

Todas as empresas pesquisadas que fornecem produtos similares aos que

vamos fornecer utilizam sites proacuteprios e as redes sociais para fazer divulgaccedilatildeo dos

seus produtos todas fazem degustaccedilatildeo para os clientes conhecerem os seus

produtos e posteriormente fechar um contrato

40

42 TAMANHO DO NEGOacuteCIO

421 Capacidade produtiva

A capacidade produtiva vai ser para atender ateacute 4 eventos por semana A

produccedilatildeo vai ser de ateacute 5600 doces (doces finos gourmet e bem casados) e 4 bolos

atendendo ateacute 4 eventos por final de semana e ateacute 16 eventos por mecircs sendo que

nos meses de setembro a dezembro essa demanda aumenta pelo motivo de

historicamente ter um nuacutemero maior de casamentos

422 Investimento

Um dos pontos mais relevantes para abertura de uma empresa eacute a

determinaccedilatildeo do capital miacutenimo para dar iniacutecio nas atividades e principalmente como

obter este capital ldquoEacute com o capital inicial que a empresa tem condiccedilotildees de reunir os

recursos empresariais necessaacuterios ao seu funcionamento sejam eles recursos

humanos materiais ou financeirosrdquo A determinaccedilatildeo do capital eacute o que estabelece a

quantidade de recursos empresariais que a empresa tem disponiacutevel Indiscutivelmente

quanto maior for o volume de recursos empresariais mais faacutecil se torna o desempenho

da empresa Quando todos os recursos necessaacuterios para seu funcionamento estatildeo agrave

disposiccedilatildeo a administraccedilatildeo do empreendimento fica mais simples (CHIAVENATO

2007 p84)

Cabe acrescentar que (LAPPONI 2007 p 321)

O custo inicial refere-se aos desembolsos realizados para aquisiccedilatildeo de equipamentos ou outros ativos fixos incluindo o pagamento de fretes seguros instalaccedilotildees despesas operacionais iniciais com materiais e matildeo de obra treinamento de pessoal de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo etc resumindo o custo inicial inclui todos os desembolsos necessaacuterios para adquirir os ativos necessaacuterios e que estejam em condiccedilotildees de operar e gerar as receitas estimadas

41

O empreendimento iniciaraacute suas atividades com capital investido com

recursos proacuteprios da empreendedora

As estimativas de investimento inicial para abertura da empresa foi de

R$5162851 conforme tabela 4

TABELA 4 - INVESTIMENTO INICIAL

Descriccedilatildeo Valor (R$)

Maacutequinas e equipamentos Cozinha R$ 3084878

Utensiacutelios R$ 555075

Moacuteveis para escritoacuterio R$ 268982

Equipamentos de informaacutetica e eletrocircnicos R$ 446204

Outros custos escritoacuterio R$ 48912

Uniformes R$ 155800

Pintura Imoacutevel R$ 500000

Porta de Vidro R$ 103000

Total R$ 5162851

FONTE ELABORADO PELO AUTOR (2015)

423 Localizaccedilatildeo

Seraacute locado um imoacutevel para a instalaccedilatildeo da empresa localizado na Rua Heitor

Baggio Vidal 2508 Bairro Alto Curitiba ndash PR com o valor do aluguel mensal de

R$160000 (mil e seiscentos reais) O espaccedilo interno de 95msup2 seraacute dividido em trecircs

partes a primeira com 20msup2 vai ficar a recepccedilatildeo para receber os clientes efetuar

orccedilamentos e as degustaccedilotildees a segunda com 71msup2 a cozinha industrial onde seratildeo

fabricados os bolos e doces finos e a terceira com 4msup2 o lavabo

42

FOTO14 - FOTO DO IMOacuteVEL ONDE SERAacute INSTALADA A EMPRESA FONTE MP IMOacuteVEIS

424 Entregas

As entregas dos bolos e doces finos seratildeo efetuadas por uma empresa

parceira localizada no Bairro Alto o preccedilo das entregas em Curitiba e regiatildeo

metropolitana variam de R$2400 (vinte e quatro reais) a R$6000 (sessenta reais)

dependendo da localizaccedilatildeo tais valores seratildeo cobrados dos clientes

43 CAPITAL DE GIRO

O capital de giro inicial foi estimado levando em conta que no primeiro ano a

empresa vai produzir 8333 da sua capacidade atendendo em meacutedia 13 ventos

mensalmente sendo assim foram considerados os gastos operacionais necessaacuterios

para o iniacutecio das atividades incluindo o custo fixo mensal e o estoque inicial ambos

multiplicados por 2 e acrescidos de um percentual de 10 de margem de seguranccedila

para despesas natildeo previstas

43

TABELA 5 - CAPITAL DE GIRO

Item Valor (R$)

Estoque Inicial 5144000

Custo Fixo Mensal 3194783

Reserva (10) 833878

Total do Capital de Giro Inicial 9172662

FONTE ELABORDO PELO AUTOR

44 FLUXO DE CAIXA

ldquoFluxo de Caixa eacute um Instrumento de gestatildeo financeira que projeta para

periacuteodos futuros todas as entradas e as saiacutedas de recursos financeiros da empresa

indicando como seraacute o saldo de caixa para o periacuteodo projetadordquo (SEBRAE)

Na tabela 6 eacute apresentada a projeccedilatildeo do Fluxo de Caixa da empresa para os

seus primeiros cinco anos onde fica evidenciado que do primeiro ateacute o quinto ano a

sauacutede financeira da empresa melhora gradativamente sendo que no final do quinto

ano o saldo em caixa ultrapassa os 300 se comparado com o saldo em caixa no

final do primeiro ano

Pode-se observar que natildeo foi inserida no fluxo de caixa a opccedilatildeo de

inadimplecircncia pois todos os pagamentos seratildeo efetuados agrave vista em dinheiro ou

cartatildeo sendo que o pagamento total dos produtos deve ser efetuado no miacutenimo 10

dias antes da data do evento

44

TABELA 6 - PROJECcedilAtildeO DE FLUXO DE CAIXA NOS PRIMEIROS CINCO ANOS

Descriccedilatildeo Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

Investimento Inicial (5162851)

Capital de Giro (9172662) 9172662

Valor Residual 1548855

Total de entradas 000 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873

Previsatildeo Receitas de vendas 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873

Total de Saiacutedas (14335513) (44888699) (54283425) (59479393) (64738409) (70291804)

(-)Fornecedores (25720000) (33641760) (36669518) (39969775) (43567055)

(-)Folha de pagamento (3267192) (3593911) (3953302) (4348633) (4783496)

(-)Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)

(963216) (1011377) (1061946) (1115043) (1170795)

(-)Retiradas soacutecios (2400000) (2640000) (3432000) (3946800) (4341480)

(-)Impostos s vendas (4654291) (5073177) (5573767) (6075406) (6622192)

(-)Alugueacuteis (1920000) (2016000) (2116800) (2222640) (2333772)

(-)Energia eleacutetrica (840000) (882000) (926100) (972405) (1021025)

(-)Aacutegua (300000) (315000) (330750) (347288) (364652)

(-)Telefone (384000) (403200) (423360) (444528) (466754)

(-)Gaacutes (588000) (617400) (648270) (680684) (714718)

(-)Serviccedilos contabilidade (960000) (1008000) (1058400) (1111320) (1166886)

(-)Manutenccedilatildeo (600000) (630000) (661500) (694575) (729304)

(-)Outras despesas com funcionaacuterios

(1296000) (1405800) (1525590) (1656320) (1799030)

(-)Taxas bancaacuterias (96000) (100800) (105840) (111132) (116689)

(-)Outros pagamentos (900000) (945000) (992250) (1041863) (1093956)

Entradas - Saiacutedas (14335513) 12981301 21410535 23027023 25193585 27734070

Depreciaccedilatildeo 000 (631377) (631377) (631377) (631377) (631377)

Saldo Final (14335513) 12349924 20779158 22395647 24562208 37824209

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

A depreciaccedilatildeo foi calculada considerando o prazo de vida uacutetil meacutedio de 10

anos das maacutequinas equipamentos instalaccedilotildees moacuteveis e utensiacutelios e para os

computadores e perifeacutericos foi considerado o prazo de vida uacutetil de 5 anos conforme

demonstrado na tabela 7

TABELA 7 - DEPRECIACcedilAtildeO

Item Valor Inicial Taxa Anual Depreciaccedilatildeo Anual (R$)

Maacutequinas e equipamentos 3084878 10 308488

Instalaccedilotildees 103000 10 10300

Moacuteveis e Utensiacutelios 824057 10 82406

Computadores e Perifeacutericos 446204 20 89241

Outros 704712 20 140942

Total 631377

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

45

O valor residual dos equipamentos e instalaccedilotildees da empresa no final do quinto

ano foi considerado em 30 referente ao valor de aquisiccedilatildeo dos mesmos no iniacutecio do

projeto

45 ANAacuteLISE DOS INDICADORES (VPL TIR E PAYBACK)

451 Valor Presente Liacutequido (VPL)

A tabela 8 mostra que o VPL (Valor Presente Liacutequido) eacute positivo isso significa

que aleacutem de recuperar o investimento inicial ainda vai ser agregado ao valor da

empresa um montante de R$ R$50392407 (quinhentos e trecircs mil novecentos e vinte

quatro reais e sete centavos)

A taxa de retorno requerida de 20 foi determinada levando em conta o niacutevel

de risco do projeto e visando o valor desejado para se obter em cima do valor

investido

TABELA 8 - CALCULO DO VALOR PRESENTE LIacuteQUIDO (VPL)

Anos FC k 2000

0 -$143355 VPL $50392407

1 $123499 VPL $50392407

2 $207792 VPL $50392407

3 $223956 VPL $21761126

4 $245622 VPL $21761126

5 $378242 Decisatildeo Aceitar o Projeto

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

452 Taxa Interna de Retorno (TIR)

Conforme a tabela 9 eacute possiacutevel verificar que a TIR (Taxa Interna de Retorno)

eacute de 11593 maior que a taxa requerida de 20 isso significa que custo inicial seraacute

46

recuperado e o projeto vai criar valor para empresa mais um resultado favoraacutevel para

a aceitaccedilatildeo do projeto

TABELA 9 - TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR)

Anos FC

0 -$143355 TIR 11593

1 $123499 TIR 2168

2 $207792 TIR 2168

3 $223956 Decisatildeo

4 $245622 k 2000

5 $378242 Aceitar o projeto

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

453 Payback

O tempo de recuperaccedilatildeo do custo inicial ocorre normalmente entre o quarto e

o quinto ano se for feita a anaacutelise da tabela 10 eacute possiacutevel verificar que o tempo

necessaacuterio para o retorno do investimento (payback) do projeto eacute de 128 anos este

indicador mostra claramente que o projeto deve ser aceito pois o tempo de retorno

estaacute bem abaixo do tempo meacutedio dos empreendimentos como um todo

TABELA 10 - PAYBACK

k 20

Anos FC SPresente

0 -$143355 -$143355 PBD-SP = 128

1 $123499 -$40439 128

2 $207792 $103861

3 $223956 $233465

4 $245622 $351917

5 $378242 $503924

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

47

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Para iniciar um negoacutecio requer muito mais do que apenas o espiacuterito

empreendedor eacute necessaacuterio ter lideranccedila conhecimento sobre o mercado que deseja

atuar organizaccedilatildeo e principalmente planejamento

O principal objetivo desse estudo foi analisar a viabilidade econocircmico-

financeira da abertura de uma empresa de bolos e doces finos no Bairro Alto em

Curitiba

O objetivo apresentado nesta pesquisa foi atingido pois todos os indicadores

analisados mostram com clareza que empresa obteacutem resultados positivos que criam

valor para a mesma e com isso o projeto eacute viaacutevel economicamente pois do primeiro

ao quinto ano fica visiacutevel o crescimento do empreendimento e a melhora significativa

da sua sauacutede financeira isso fica evidenciado no saldo final em caixa no quinto ano

que chega proacuteximo haacute 400 mil reais Apesar disso eacute crucial o acompanhamento do

mercado para seguir as tendecircncias e se atualizar constantemente para tomar

decisotildees mais assertivas

Um negoacutecio mal avaliado pode arruinar a estabilidade econocircmica do

investidor por isso eacute de extrema importacircncia fazer todos os levantamentos de custos

antes de se aventurar em qualquer empreendimento

Eacute possiacutevel comprovar que a pesquisa realizada contribui positivamente para

abertura da empresa No entanto as informaccedilotildees aqui presentes natildeo satildeo estaacuteticas e

devem ser revisadas periodicamente e se preciso ateacute mesmo ampliadas no decorrer

da implantaccedilatildeo do projeto para que o mesmo seja uma ferramenta eficiente e eficaz

no desenvolvimento da empresa como um todo

48

REFEREcircNCIAS

BRITO Paulo Anaacutelise e viabilidade de projetos de investimento Satildeo Paulo Atlas 2003 DOLABELA Fernando O segredo de Luiacutesa 30 ed Satildeo Paulo Editora de Cultura 2006 DORNELAS Joseacute Carlos Assis Empreendedorismo transformando ideias em negoacutecios 4 ed Rio de Janeiro Campus Elsevier 2012 CENSO Demograacutefico 2010 Resultados gerais da amostra Curitiba IBGE 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=410690ampidtema=87ampsearch=parana|curitiba|censo-demografico-2010-resultados-gerais-da-amostra-gt Acesso em 21 de Junho de 2015 CHIAVENATO Idalberto Empreendedorismo dando asas ao espiacuterito empreendedor empreendedorismo e a viabilidade de novas empresas um guia eficiente para iniciar e tocar seu proacuteprio negoacutecio 2 ed Satildeo Paulo Saraiva 2007 ESTATIacuteSTICAS do registro civil 2012 Curitiba IBGE 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaoregistrocivil2012default_xlsshtmgt Acesso em 21 de Junho de 2015 GIL Antonio Carlos Meacutetodos e teacutecnicas de pesquisa social 6 ed Satildeo Paulo Atlas 2008 KOTLER Philip KELLER Kevin Lane Administraccedilatildeo de Marketing 12 ed Satildeo Paulo ABDR 2006 LAPPONI Juan Carlos Projetos de Investimento na Empresa Rio de Janeiro Elsevier 2007 MACHADO Jesseacute Anderson Pinto Projetos Econocircmicos uma abordagem praacutetica de elaboraccedilatildeo Satildeo Paulo Nobel 2002 MICHEL Maria Helena Metodologia e pesquisa cientiacutefica em ciecircncias sociais 2 ed Satildeo Paulo Atlas 2009 OLIVEIRA Djalma de Pinho Rebouccedilas de Planejamento estrateacutegico conceitos metodologia e praacuteticas 20 ed Satildeo Paulo Atlas 2004 PRODANOV Cleber Cristiano ERNANI Cesar de Freitas Metodologia do trabalho cientiacutefico meacutetodo e teacutecnicas da pesquisa e do trabalho acadecircmico 2 ed Novo Hamburgo Freevale 2013

49

REBELATTO Dayse Projeto de Investimento 1 ed Barueri Manole 2004 SEBRAE Pesquisa de Mercado o que eacute e para que serve Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrsitesPortalSebraeartigosPesquisa-de-mercado-o-que-C3A9-e-para-que-servegt Acesso em 21 de Junho de 2015 SEBRAE Fluxo de caixa Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrSebraePortal20SebraeAnexos0_fluxo-de-caixapdfgt Acesso em 10 de Outubro de 2015 WILDAUER Egon Walter Plano de negoacutecios elementos construtivos e processos de elaboraccedilatildeo 2 ed Curitiba Ibpex 2011 WOILER Samsatildeo MATHIAS Washington Franco Projetos planejamento elaboraccedilatildeo anaacutelise 1 ed Satildeo Paulo Atlas 1994

50

APEcircNDICES

APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL 51

APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS 52

APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL 52

51

APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL

Item Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

Aacutegua 25000 26250 27563 28941 30388

Aluguel 160000 168000 176400 185220 194481

Assessoria Contaacutebil 80000 84000 88200 92610 97241

Gaacutes 49000 51450 54023 56724 59560

Impostos 387858 422765 464481 506284 551849

Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)

80268 84281 88495 92920 97566

Energia eleacutetrica 70000 73500 77175 81034 85085

Manutenccedilatildeo 50000 52500 55125 57881 60775

Material de escritoacuterio 20000 21000 22050 23153 24310

Material de Limpeza 40000 42000 44100 46305 48620

Folha de pagamento 272266 299493 329442 362386 398625

Seguros 15000 15750 16538 17364 18233

Telefone fixointernet 20000 21000 22050 23153 24310

Telefone Moacutevel 12000 12600 13230 13892 14586

Vale Refeiccedilatildeo 75000 82500 90750 99825 109808

Vale Transporte 33000 34650 36383 38202 40112

Proacute- labore 200000 220000 286000 328900 361790

Taxas Bancaacuterias 8000 8400 8820 9261 9724

Total R$ 1597392 R$ 1720139 R$ 1900823 R$ 2064053 R$ 2227062

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

52

APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS

Item

Produccedilatildeo mensal meacutedia

Custo unitaacuterio total

Sugestatildeo Preccedilo de venda

Custo Mensal Total

Receita de vendas

Bolos artiacutesticos (recheios diversos) 150 6000 13500 900000 2025000

Bolos de copa (recheios diversos) 30 3600 8100 108000 243000

Naked cake (recheios diversos) 60 4200 9450 252000 567000

Doces Tradicionais 32 3500 7875 112000 252000

Doces Espelhados 32 5000 11250 160000 360000

Doces Finos 32 7500 16875 240000 540000

Brigadeiros gourmet 16 4500 10125 72000 162000

Tacinhas acriacutelicas 16 5500 12375 88000 198000

Trufas 32 5000 11250 160000 360000

Bombons 32 5000 11250 160000 360000

Bem casados 3200 100 225 320000 720000

Custo produccedilatildeo Total 2572000

Receita Total 5787000

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL

Ano Receita Bruta Variaccedilatildeo anual

Ano 1 000

Ano 2 69444000 9

Ano 3 75693960 9

Ano 4 82506416 9

Ano 5 89931994 9

Valor considerando a inflaccedilatildeo de 9 aa

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

37

415 Definiccedilatildeo de local de venda dos produtos

ldquoA venda eacute a fase fundamental do processo de vendas Consiste na

transferecircncia do produtoserviccedilo para o cliente ou consumidorrdquo (CHIAVENATO 2007

p 210)

As vendas vatildeo ocorrer atraveacutes de site proacuteprio redes sociais telefone e

pessoalmente natildeo teremos loja fiacutesica apenas um ateliecirc para confecccedilatildeo dos bolos e

doces onde vai conter uma sala anexa na qual vai ser oferecido o serviccedilo de

degustaccedilatildeo com horaacuterios marcados para assim o cliente decidir quais os produtos

seratildeo adquiridos para o seu evento e fechamento de contrato

416 Definiccedilatildeo da demanda e da oferta

Na maior parte das encomendas os clientes solicitam os doces finos e

gourmet que contecircm chocolates frutas oleaginosas tais como castanhas nozes

avelatildes amecircndoas frutas como framboesa morango damasco cerejas e os bem

casados Os bolos mais solicitados satildeo os com decoraccedilatildeo de pasta americana que

deve obrigatoriamente ter recheios mais firmes como ganaches fios de ovos

strogonoff de nozes e os naked cake (bolo pelado) que possuem mais opccedilotildees de

recheios com chocolates frutas diversas e cremes de pacirctisserie

Em contato com algumas empresas que fornecem o mesmo tipo de produto

foi possiacutevel verificar que as encomendas devem ser feitas com antecedecircncia miacutenima

de 6 meses sendo que alguns casos somente com um ano de antecedecircncia para

conseguir na data desejada Esse eacute um dos pontos que mostra que tem espaccedilo

suficiente para entrada nesse mercado

38

417 Concorrentes

Chiavenato (2007 p 33) Kotler e Keller (2006 p 340) afirmam que os

concorrentes satildeo as organizaccedilotildees que competem pelos mesmos fornecedores

clientes e consumidores

ldquoAgrave medida que seus produtosserviccedilos tornam-se mais heterogecircneos tanto

mais heterogecircneos e diferenciados seratildeo seus concorrentes e tanto mais complexa

seraacute a competitividaderdquo (CHIAVENATO 2007 p 33)

Em busca na internet foi possiacutevel identificar que atualmente existe em meacutedia

25 concorrentes reais que oferecem exatamente os mesmos produtos que seratildeo

fornecidos com o mesmo padratildeo de qualidade valor agregado requinte e

sofisticaccedilatildeo Tambeacutem foi detectado mais 14 concorrentes potenciais que vendem

produtos similares aos que seratildeo vendidos poreacutem natildeo possuem o mesmo valor

agregado dos que vatildeo ser ofertados Foi possiacutevel identificar que alguns concorrentes

oferecem somente os doces finos dos quais foram identificados mais 3 concorrentes

reais e 3 concorrentes potenciais E foi detectado que existem concorrentes que

fornecem apenas os bolos artiacutesticos dos quais foi identificado 4 concorrentes reais

todos fornecem os bolos com o mesmo niacutevel de qualidade que seratildeo fornecidos

A tabela 3 mostra a divisatildeo dos concorrentes reais e potenciais que fornecem

bolos e doces por bairro de Curitiba

39

TABELA 3 - CONCORRENTES QUE FORNECEM BOLOS E DOCES POR BAIRRO

Bairro Quantidade de Concorrentes Reais

Quantidade de Concorrentes Potenciais

Aacutegua Verde 4 1

Ahuacute 1

Bairro Alto 2 1

Barreirinha 1

Barreirinha 1

Bom Retiro 1

Campo Comprido 1

Campo Comprido 1

Cidade Industrial 1

Colombo 1

Fazenda Rio Grande 1

Hauer 1

Hugo Lange 1

Mercecircs 1

Novo Mundo 2 1

Novo Mundo 1

Portatildeo 1

Portatildeo 1

Santa Cacircndida 1

Santa Felicidade 1 1

Santo Inaacutecio 1 1

Satildeo Joseacute dos Pinhais 1

Seminaacuterio 1

Sitio Cercado 1

Tarumatilde 1

Vila Izabel 1

Natildeo Informado 1 2

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

418 Forma de divulgaccedilatildeo dos concorrentes

Todas as empresas pesquisadas que fornecem produtos similares aos que

vamos fornecer utilizam sites proacuteprios e as redes sociais para fazer divulgaccedilatildeo dos

seus produtos todas fazem degustaccedilatildeo para os clientes conhecerem os seus

produtos e posteriormente fechar um contrato

40

42 TAMANHO DO NEGOacuteCIO

421 Capacidade produtiva

A capacidade produtiva vai ser para atender ateacute 4 eventos por semana A

produccedilatildeo vai ser de ateacute 5600 doces (doces finos gourmet e bem casados) e 4 bolos

atendendo ateacute 4 eventos por final de semana e ateacute 16 eventos por mecircs sendo que

nos meses de setembro a dezembro essa demanda aumenta pelo motivo de

historicamente ter um nuacutemero maior de casamentos

422 Investimento

Um dos pontos mais relevantes para abertura de uma empresa eacute a

determinaccedilatildeo do capital miacutenimo para dar iniacutecio nas atividades e principalmente como

obter este capital ldquoEacute com o capital inicial que a empresa tem condiccedilotildees de reunir os

recursos empresariais necessaacuterios ao seu funcionamento sejam eles recursos

humanos materiais ou financeirosrdquo A determinaccedilatildeo do capital eacute o que estabelece a

quantidade de recursos empresariais que a empresa tem disponiacutevel Indiscutivelmente

quanto maior for o volume de recursos empresariais mais faacutecil se torna o desempenho

da empresa Quando todos os recursos necessaacuterios para seu funcionamento estatildeo agrave

disposiccedilatildeo a administraccedilatildeo do empreendimento fica mais simples (CHIAVENATO

2007 p84)

Cabe acrescentar que (LAPPONI 2007 p 321)

O custo inicial refere-se aos desembolsos realizados para aquisiccedilatildeo de equipamentos ou outros ativos fixos incluindo o pagamento de fretes seguros instalaccedilotildees despesas operacionais iniciais com materiais e matildeo de obra treinamento de pessoal de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo etc resumindo o custo inicial inclui todos os desembolsos necessaacuterios para adquirir os ativos necessaacuterios e que estejam em condiccedilotildees de operar e gerar as receitas estimadas

41

O empreendimento iniciaraacute suas atividades com capital investido com

recursos proacuteprios da empreendedora

As estimativas de investimento inicial para abertura da empresa foi de

R$5162851 conforme tabela 4

TABELA 4 - INVESTIMENTO INICIAL

Descriccedilatildeo Valor (R$)

Maacutequinas e equipamentos Cozinha R$ 3084878

Utensiacutelios R$ 555075

Moacuteveis para escritoacuterio R$ 268982

Equipamentos de informaacutetica e eletrocircnicos R$ 446204

Outros custos escritoacuterio R$ 48912

Uniformes R$ 155800

Pintura Imoacutevel R$ 500000

Porta de Vidro R$ 103000

Total R$ 5162851

FONTE ELABORADO PELO AUTOR (2015)

423 Localizaccedilatildeo

Seraacute locado um imoacutevel para a instalaccedilatildeo da empresa localizado na Rua Heitor

Baggio Vidal 2508 Bairro Alto Curitiba ndash PR com o valor do aluguel mensal de

R$160000 (mil e seiscentos reais) O espaccedilo interno de 95msup2 seraacute dividido em trecircs

partes a primeira com 20msup2 vai ficar a recepccedilatildeo para receber os clientes efetuar

orccedilamentos e as degustaccedilotildees a segunda com 71msup2 a cozinha industrial onde seratildeo

fabricados os bolos e doces finos e a terceira com 4msup2 o lavabo

42

FOTO14 - FOTO DO IMOacuteVEL ONDE SERAacute INSTALADA A EMPRESA FONTE MP IMOacuteVEIS

424 Entregas

As entregas dos bolos e doces finos seratildeo efetuadas por uma empresa

parceira localizada no Bairro Alto o preccedilo das entregas em Curitiba e regiatildeo

metropolitana variam de R$2400 (vinte e quatro reais) a R$6000 (sessenta reais)

dependendo da localizaccedilatildeo tais valores seratildeo cobrados dos clientes

43 CAPITAL DE GIRO

O capital de giro inicial foi estimado levando em conta que no primeiro ano a

empresa vai produzir 8333 da sua capacidade atendendo em meacutedia 13 ventos

mensalmente sendo assim foram considerados os gastos operacionais necessaacuterios

para o iniacutecio das atividades incluindo o custo fixo mensal e o estoque inicial ambos

multiplicados por 2 e acrescidos de um percentual de 10 de margem de seguranccedila

para despesas natildeo previstas

43

TABELA 5 - CAPITAL DE GIRO

Item Valor (R$)

Estoque Inicial 5144000

Custo Fixo Mensal 3194783

Reserva (10) 833878

Total do Capital de Giro Inicial 9172662

FONTE ELABORDO PELO AUTOR

44 FLUXO DE CAIXA

ldquoFluxo de Caixa eacute um Instrumento de gestatildeo financeira que projeta para

periacuteodos futuros todas as entradas e as saiacutedas de recursos financeiros da empresa

indicando como seraacute o saldo de caixa para o periacuteodo projetadordquo (SEBRAE)

Na tabela 6 eacute apresentada a projeccedilatildeo do Fluxo de Caixa da empresa para os

seus primeiros cinco anos onde fica evidenciado que do primeiro ateacute o quinto ano a

sauacutede financeira da empresa melhora gradativamente sendo que no final do quinto

ano o saldo em caixa ultrapassa os 300 se comparado com o saldo em caixa no

final do primeiro ano

Pode-se observar que natildeo foi inserida no fluxo de caixa a opccedilatildeo de

inadimplecircncia pois todos os pagamentos seratildeo efetuados agrave vista em dinheiro ou

cartatildeo sendo que o pagamento total dos produtos deve ser efetuado no miacutenimo 10

dias antes da data do evento

44

TABELA 6 - PROJECcedilAtildeO DE FLUXO DE CAIXA NOS PRIMEIROS CINCO ANOS

Descriccedilatildeo Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

Investimento Inicial (5162851)

Capital de Giro (9172662) 9172662

Valor Residual 1548855

Total de entradas 000 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873

Previsatildeo Receitas de vendas 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873

Total de Saiacutedas (14335513) (44888699) (54283425) (59479393) (64738409) (70291804)

(-)Fornecedores (25720000) (33641760) (36669518) (39969775) (43567055)

(-)Folha de pagamento (3267192) (3593911) (3953302) (4348633) (4783496)

(-)Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)

(963216) (1011377) (1061946) (1115043) (1170795)

(-)Retiradas soacutecios (2400000) (2640000) (3432000) (3946800) (4341480)

(-)Impostos s vendas (4654291) (5073177) (5573767) (6075406) (6622192)

(-)Alugueacuteis (1920000) (2016000) (2116800) (2222640) (2333772)

(-)Energia eleacutetrica (840000) (882000) (926100) (972405) (1021025)

(-)Aacutegua (300000) (315000) (330750) (347288) (364652)

(-)Telefone (384000) (403200) (423360) (444528) (466754)

(-)Gaacutes (588000) (617400) (648270) (680684) (714718)

(-)Serviccedilos contabilidade (960000) (1008000) (1058400) (1111320) (1166886)

(-)Manutenccedilatildeo (600000) (630000) (661500) (694575) (729304)

(-)Outras despesas com funcionaacuterios

(1296000) (1405800) (1525590) (1656320) (1799030)

(-)Taxas bancaacuterias (96000) (100800) (105840) (111132) (116689)

(-)Outros pagamentos (900000) (945000) (992250) (1041863) (1093956)

Entradas - Saiacutedas (14335513) 12981301 21410535 23027023 25193585 27734070

Depreciaccedilatildeo 000 (631377) (631377) (631377) (631377) (631377)

Saldo Final (14335513) 12349924 20779158 22395647 24562208 37824209

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

A depreciaccedilatildeo foi calculada considerando o prazo de vida uacutetil meacutedio de 10

anos das maacutequinas equipamentos instalaccedilotildees moacuteveis e utensiacutelios e para os

computadores e perifeacutericos foi considerado o prazo de vida uacutetil de 5 anos conforme

demonstrado na tabela 7

TABELA 7 - DEPRECIACcedilAtildeO

Item Valor Inicial Taxa Anual Depreciaccedilatildeo Anual (R$)

Maacutequinas e equipamentos 3084878 10 308488

Instalaccedilotildees 103000 10 10300

Moacuteveis e Utensiacutelios 824057 10 82406

Computadores e Perifeacutericos 446204 20 89241

Outros 704712 20 140942

Total 631377

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

45

O valor residual dos equipamentos e instalaccedilotildees da empresa no final do quinto

ano foi considerado em 30 referente ao valor de aquisiccedilatildeo dos mesmos no iniacutecio do

projeto

45 ANAacuteLISE DOS INDICADORES (VPL TIR E PAYBACK)

451 Valor Presente Liacutequido (VPL)

A tabela 8 mostra que o VPL (Valor Presente Liacutequido) eacute positivo isso significa

que aleacutem de recuperar o investimento inicial ainda vai ser agregado ao valor da

empresa um montante de R$ R$50392407 (quinhentos e trecircs mil novecentos e vinte

quatro reais e sete centavos)

A taxa de retorno requerida de 20 foi determinada levando em conta o niacutevel

de risco do projeto e visando o valor desejado para se obter em cima do valor

investido

TABELA 8 - CALCULO DO VALOR PRESENTE LIacuteQUIDO (VPL)

Anos FC k 2000

0 -$143355 VPL $50392407

1 $123499 VPL $50392407

2 $207792 VPL $50392407

3 $223956 VPL $21761126

4 $245622 VPL $21761126

5 $378242 Decisatildeo Aceitar o Projeto

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

452 Taxa Interna de Retorno (TIR)

Conforme a tabela 9 eacute possiacutevel verificar que a TIR (Taxa Interna de Retorno)

eacute de 11593 maior que a taxa requerida de 20 isso significa que custo inicial seraacute

46

recuperado e o projeto vai criar valor para empresa mais um resultado favoraacutevel para

a aceitaccedilatildeo do projeto

TABELA 9 - TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR)

Anos FC

0 -$143355 TIR 11593

1 $123499 TIR 2168

2 $207792 TIR 2168

3 $223956 Decisatildeo

4 $245622 k 2000

5 $378242 Aceitar o projeto

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

453 Payback

O tempo de recuperaccedilatildeo do custo inicial ocorre normalmente entre o quarto e

o quinto ano se for feita a anaacutelise da tabela 10 eacute possiacutevel verificar que o tempo

necessaacuterio para o retorno do investimento (payback) do projeto eacute de 128 anos este

indicador mostra claramente que o projeto deve ser aceito pois o tempo de retorno

estaacute bem abaixo do tempo meacutedio dos empreendimentos como um todo

TABELA 10 - PAYBACK

k 20

Anos FC SPresente

0 -$143355 -$143355 PBD-SP = 128

1 $123499 -$40439 128

2 $207792 $103861

3 $223956 $233465

4 $245622 $351917

5 $378242 $503924

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

47

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Para iniciar um negoacutecio requer muito mais do que apenas o espiacuterito

empreendedor eacute necessaacuterio ter lideranccedila conhecimento sobre o mercado que deseja

atuar organizaccedilatildeo e principalmente planejamento

O principal objetivo desse estudo foi analisar a viabilidade econocircmico-

financeira da abertura de uma empresa de bolos e doces finos no Bairro Alto em

Curitiba

O objetivo apresentado nesta pesquisa foi atingido pois todos os indicadores

analisados mostram com clareza que empresa obteacutem resultados positivos que criam

valor para a mesma e com isso o projeto eacute viaacutevel economicamente pois do primeiro

ao quinto ano fica visiacutevel o crescimento do empreendimento e a melhora significativa

da sua sauacutede financeira isso fica evidenciado no saldo final em caixa no quinto ano

que chega proacuteximo haacute 400 mil reais Apesar disso eacute crucial o acompanhamento do

mercado para seguir as tendecircncias e se atualizar constantemente para tomar

decisotildees mais assertivas

Um negoacutecio mal avaliado pode arruinar a estabilidade econocircmica do

investidor por isso eacute de extrema importacircncia fazer todos os levantamentos de custos

antes de se aventurar em qualquer empreendimento

Eacute possiacutevel comprovar que a pesquisa realizada contribui positivamente para

abertura da empresa No entanto as informaccedilotildees aqui presentes natildeo satildeo estaacuteticas e

devem ser revisadas periodicamente e se preciso ateacute mesmo ampliadas no decorrer

da implantaccedilatildeo do projeto para que o mesmo seja uma ferramenta eficiente e eficaz

no desenvolvimento da empresa como um todo

48

REFEREcircNCIAS

BRITO Paulo Anaacutelise e viabilidade de projetos de investimento Satildeo Paulo Atlas 2003 DOLABELA Fernando O segredo de Luiacutesa 30 ed Satildeo Paulo Editora de Cultura 2006 DORNELAS Joseacute Carlos Assis Empreendedorismo transformando ideias em negoacutecios 4 ed Rio de Janeiro Campus Elsevier 2012 CENSO Demograacutefico 2010 Resultados gerais da amostra Curitiba IBGE 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=410690ampidtema=87ampsearch=parana|curitiba|censo-demografico-2010-resultados-gerais-da-amostra-gt Acesso em 21 de Junho de 2015 CHIAVENATO Idalberto Empreendedorismo dando asas ao espiacuterito empreendedor empreendedorismo e a viabilidade de novas empresas um guia eficiente para iniciar e tocar seu proacuteprio negoacutecio 2 ed Satildeo Paulo Saraiva 2007 ESTATIacuteSTICAS do registro civil 2012 Curitiba IBGE 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaoregistrocivil2012default_xlsshtmgt Acesso em 21 de Junho de 2015 GIL Antonio Carlos Meacutetodos e teacutecnicas de pesquisa social 6 ed Satildeo Paulo Atlas 2008 KOTLER Philip KELLER Kevin Lane Administraccedilatildeo de Marketing 12 ed Satildeo Paulo ABDR 2006 LAPPONI Juan Carlos Projetos de Investimento na Empresa Rio de Janeiro Elsevier 2007 MACHADO Jesseacute Anderson Pinto Projetos Econocircmicos uma abordagem praacutetica de elaboraccedilatildeo Satildeo Paulo Nobel 2002 MICHEL Maria Helena Metodologia e pesquisa cientiacutefica em ciecircncias sociais 2 ed Satildeo Paulo Atlas 2009 OLIVEIRA Djalma de Pinho Rebouccedilas de Planejamento estrateacutegico conceitos metodologia e praacuteticas 20 ed Satildeo Paulo Atlas 2004 PRODANOV Cleber Cristiano ERNANI Cesar de Freitas Metodologia do trabalho cientiacutefico meacutetodo e teacutecnicas da pesquisa e do trabalho acadecircmico 2 ed Novo Hamburgo Freevale 2013

49

REBELATTO Dayse Projeto de Investimento 1 ed Barueri Manole 2004 SEBRAE Pesquisa de Mercado o que eacute e para que serve Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrsitesPortalSebraeartigosPesquisa-de-mercado-o-que-C3A9-e-para-que-servegt Acesso em 21 de Junho de 2015 SEBRAE Fluxo de caixa Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrSebraePortal20SebraeAnexos0_fluxo-de-caixapdfgt Acesso em 10 de Outubro de 2015 WILDAUER Egon Walter Plano de negoacutecios elementos construtivos e processos de elaboraccedilatildeo 2 ed Curitiba Ibpex 2011 WOILER Samsatildeo MATHIAS Washington Franco Projetos planejamento elaboraccedilatildeo anaacutelise 1 ed Satildeo Paulo Atlas 1994

50

APEcircNDICES

APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL 51

APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS 52

APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL 52

51

APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL

Item Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

Aacutegua 25000 26250 27563 28941 30388

Aluguel 160000 168000 176400 185220 194481

Assessoria Contaacutebil 80000 84000 88200 92610 97241

Gaacutes 49000 51450 54023 56724 59560

Impostos 387858 422765 464481 506284 551849

Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)

80268 84281 88495 92920 97566

Energia eleacutetrica 70000 73500 77175 81034 85085

Manutenccedilatildeo 50000 52500 55125 57881 60775

Material de escritoacuterio 20000 21000 22050 23153 24310

Material de Limpeza 40000 42000 44100 46305 48620

Folha de pagamento 272266 299493 329442 362386 398625

Seguros 15000 15750 16538 17364 18233

Telefone fixointernet 20000 21000 22050 23153 24310

Telefone Moacutevel 12000 12600 13230 13892 14586

Vale Refeiccedilatildeo 75000 82500 90750 99825 109808

Vale Transporte 33000 34650 36383 38202 40112

Proacute- labore 200000 220000 286000 328900 361790

Taxas Bancaacuterias 8000 8400 8820 9261 9724

Total R$ 1597392 R$ 1720139 R$ 1900823 R$ 2064053 R$ 2227062

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

52

APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS

Item

Produccedilatildeo mensal meacutedia

Custo unitaacuterio total

Sugestatildeo Preccedilo de venda

Custo Mensal Total

Receita de vendas

Bolos artiacutesticos (recheios diversos) 150 6000 13500 900000 2025000

Bolos de copa (recheios diversos) 30 3600 8100 108000 243000

Naked cake (recheios diversos) 60 4200 9450 252000 567000

Doces Tradicionais 32 3500 7875 112000 252000

Doces Espelhados 32 5000 11250 160000 360000

Doces Finos 32 7500 16875 240000 540000

Brigadeiros gourmet 16 4500 10125 72000 162000

Tacinhas acriacutelicas 16 5500 12375 88000 198000

Trufas 32 5000 11250 160000 360000

Bombons 32 5000 11250 160000 360000

Bem casados 3200 100 225 320000 720000

Custo produccedilatildeo Total 2572000

Receita Total 5787000

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL

Ano Receita Bruta Variaccedilatildeo anual

Ano 1 000

Ano 2 69444000 9

Ano 3 75693960 9

Ano 4 82506416 9

Ano 5 89931994 9

Valor considerando a inflaccedilatildeo de 9 aa

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

38

417 Concorrentes

Chiavenato (2007 p 33) Kotler e Keller (2006 p 340) afirmam que os

concorrentes satildeo as organizaccedilotildees que competem pelos mesmos fornecedores

clientes e consumidores

ldquoAgrave medida que seus produtosserviccedilos tornam-se mais heterogecircneos tanto

mais heterogecircneos e diferenciados seratildeo seus concorrentes e tanto mais complexa

seraacute a competitividaderdquo (CHIAVENATO 2007 p 33)

Em busca na internet foi possiacutevel identificar que atualmente existe em meacutedia

25 concorrentes reais que oferecem exatamente os mesmos produtos que seratildeo

fornecidos com o mesmo padratildeo de qualidade valor agregado requinte e

sofisticaccedilatildeo Tambeacutem foi detectado mais 14 concorrentes potenciais que vendem

produtos similares aos que seratildeo vendidos poreacutem natildeo possuem o mesmo valor

agregado dos que vatildeo ser ofertados Foi possiacutevel identificar que alguns concorrentes

oferecem somente os doces finos dos quais foram identificados mais 3 concorrentes

reais e 3 concorrentes potenciais E foi detectado que existem concorrentes que

fornecem apenas os bolos artiacutesticos dos quais foi identificado 4 concorrentes reais

todos fornecem os bolos com o mesmo niacutevel de qualidade que seratildeo fornecidos

A tabela 3 mostra a divisatildeo dos concorrentes reais e potenciais que fornecem

bolos e doces por bairro de Curitiba

39

TABELA 3 - CONCORRENTES QUE FORNECEM BOLOS E DOCES POR BAIRRO

Bairro Quantidade de Concorrentes Reais

Quantidade de Concorrentes Potenciais

Aacutegua Verde 4 1

Ahuacute 1

Bairro Alto 2 1

Barreirinha 1

Barreirinha 1

Bom Retiro 1

Campo Comprido 1

Campo Comprido 1

Cidade Industrial 1

Colombo 1

Fazenda Rio Grande 1

Hauer 1

Hugo Lange 1

Mercecircs 1

Novo Mundo 2 1

Novo Mundo 1

Portatildeo 1

Portatildeo 1

Santa Cacircndida 1

Santa Felicidade 1 1

Santo Inaacutecio 1 1

Satildeo Joseacute dos Pinhais 1

Seminaacuterio 1

Sitio Cercado 1

Tarumatilde 1

Vila Izabel 1

Natildeo Informado 1 2

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

418 Forma de divulgaccedilatildeo dos concorrentes

Todas as empresas pesquisadas que fornecem produtos similares aos que

vamos fornecer utilizam sites proacuteprios e as redes sociais para fazer divulgaccedilatildeo dos

seus produtos todas fazem degustaccedilatildeo para os clientes conhecerem os seus

produtos e posteriormente fechar um contrato

40

42 TAMANHO DO NEGOacuteCIO

421 Capacidade produtiva

A capacidade produtiva vai ser para atender ateacute 4 eventos por semana A

produccedilatildeo vai ser de ateacute 5600 doces (doces finos gourmet e bem casados) e 4 bolos

atendendo ateacute 4 eventos por final de semana e ateacute 16 eventos por mecircs sendo que

nos meses de setembro a dezembro essa demanda aumenta pelo motivo de

historicamente ter um nuacutemero maior de casamentos

422 Investimento

Um dos pontos mais relevantes para abertura de uma empresa eacute a

determinaccedilatildeo do capital miacutenimo para dar iniacutecio nas atividades e principalmente como

obter este capital ldquoEacute com o capital inicial que a empresa tem condiccedilotildees de reunir os

recursos empresariais necessaacuterios ao seu funcionamento sejam eles recursos

humanos materiais ou financeirosrdquo A determinaccedilatildeo do capital eacute o que estabelece a

quantidade de recursos empresariais que a empresa tem disponiacutevel Indiscutivelmente

quanto maior for o volume de recursos empresariais mais faacutecil se torna o desempenho

da empresa Quando todos os recursos necessaacuterios para seu funcionamento estatildeo agrave

disposiccedilatildeo a administraccedilatildeo do empreendimento fica mais simples (CHIAVENATO

2007 p84)

Cabe acrescentar que (LAPPONI 2007 p 321)

O custo inicial refere-se aos desembolsos realizados para aquisiccedilatildeo de equipamentos ou outros ativos fixos incluindo o pagamento de fretes seguros instalaccedilotildees despesas operacionais iniciais com materiais e matildeo de obra treinamento de pessoal de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo etc resumindo o custo inicial inclui todos os desembolsos necessaacuterios para adquirir os ativos necessaacuterios e que estejam em condiccedilotildees de operar e gerar as receitas estimadas

41

O empreendimento iniciaraacute suas atividades com capital investido com

recursos proacuteprios da empreendedora

As estimativas de investimento inicial para abertura da empresa foi de

R$5162851 conforme tabela 4

TABELA 4 - INVESTIMENTO INICIAL

Descriccedilatildeo Valor (R$)

Maacutequinas e equipamentos Cozinha R$ 3084878

Utensiacutelios R$ 555075

Moacuteveis para escritoacuterio R$ 268982

Equipamentos de informaacutetica e eletrocircnicos R$ 446204

Outros custos escritoacuterio R$ 48912

Uniformes R$ 155800

Pintura Imoacutevel R$ 500000

Porta de Vidro R$ 103000

Total R$ 5162851

FONTE ELABORADO PELO AUTOR (2015)

423 Localizaccedilatildeo

Seraacute locado um imoacutevel para a instalaccedilatildeo da empresa localizado na Rua Heitor

Baggio Vidal 2508 Bairro Alto Curitiba ndash PR com o valor do aluguel mensal de

R$160000 (mil e seiscentos reais) O espaccedilo interno de 95msup2 seraacute dividido em trecircs

partes a primeira com 20msup2 vai ficar a recepccedilatildeo para receber os clientes efetuar

orccedilamentos e as degustaccedilotildees a segunda com 71msup2 a cozinha industrial onde seratildeo

fabricados os bolos e doces finos e a terceira com 4msup2 o lavabo

42

FOTO14 - FOTO DO IMOacuteVEL ONDE SERAacute INSTALADA A EMPRESA FONTE MP IMOacuteVEIS

424 Entregas

As entregas dos bolos e doces finos seratildeo efetuadas por uma empresa

parceira localizada no Bairro Alto o preccedilo das entregas em Curitiba e regiatildeo

metropolitana variam de R$2400 (vinte e quatro reais) a R$6000 (sessenta reais)

dependendo da localizaccedilatildeo tais valores seratildeo cobrados dos clientes

43 CAPITAL DE GIRO

O capital de giro inicial foi estimado levando em conta que no primeiro ano a

empresa vai produzir 8333 da sua capacidade atendendo em meacutedia 13 ventos

mensalmente sendo assim foram considerados os gastos operacionais necessaacuterios

para o iniacutecio das atividades incluindo o custo fixo mensal e o estoque inicial ambos

multiplicados por 2 e acrescidos de um percentual de 10 de margem de seguranccedila

para despesas natildeo previstas

43

TABELA 5 - CAPITAL DE GIRO

Item Valor (R$)

Estoque Inicial 5144000

Custo Fixo Mensal 3194783

Reserva (10) 833878

Total do Capital de Giro Inicial 9172662

FONTE ELABORDO PELO AUTOR

44 FLUXO DE CAIXA

ldquoFluxo de Caixa eacute um Instrumento de gestatildeo financeira que projeta para

periacuteodos futuros todas as entradas e as saiacutedas de recursos financeiros da empresa

indicando como seraacute o saldo de caixa para o periacuteodo projetadordquo (SEBRAE)

Na tabela 6 eacute apresentada a projeccedilatildeo do Fluxo de Caixa da empresa para os

seus primeiros cinco anos onde fica evidenciado que do primeiro ateacute o quinto ano a

sauacutede financeira da empresa melhora gradativamente sendo que no final do quinto

ano o saldo em caixa ultrapassa os 300 se comparado com o saldo em caixa no

final do primeiro ano

Pode-se observar que natildeo foi inserida no fluxo de caixa a opccedilatildeo de

inadimplecircncia pois todos os pagamentos seratildeo efetuados agrave vista em dinheiro ou

cartatildeo sendo que o pagamento total dos produtos deve ser efetuado no miacutenimo 10

dias antes da data do evento

44

TABELA 6 - PROJECcedilAtildeO DE FLUXO DE CAIXA NOS PRIMEIROS CINCO ANOS

Descriccedilatildeo Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

Investimento Inicial (5162851)

Capital de Giro (9172662) 9172662

Valor Residual 1548855

Total de entradas 000 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873

Previsatildeo Receitas de vendas 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873

Total de Saiacutedas (14335513) (44888699) (54283425) (59479393) (64738409) (70291804)

(-)Fornecedores (25720000) (33641760) (36669518) (39969775) (43567055)

(-)Folha de pagamento (3267192) (3593911) (3953302) (4348633) (4783496)

(-)Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)

(963216) (1011377) (1061946) (1115043) (1170795)

(-)Retiradas soacutecios (2400000) (2640000) (3432000) (3946800) (4341480)

(-)Impostos s vendas (4654291) (5073177) (5573767) (6075406) (6622192)

(-)Alugueacuteis (1920000) (2016000) (2116800) (2222640) (2333772)

(-)Energia eleacutetrica (840000) (882000) (926100) (972405) (1021025)

(-)Aacutegua (300000) (315000) (330750) (347288) (364652)

(-)Telefone (384000) (403200) (423360) (444528) (466754)

(-)Gaacutes (588000) (617400) (648270) (680684) (714718)

(-)Serviccedilos contabilidade (960000) (1008000) (1058400) (1111320) (1166886)

(-)Manutenccedilatildeo (600000) (630000) (661500) (694575) (729304)

(-)Outras despesas com funcionaacuterios

(1296000) (1405800) (1525590) (1656320) (1799030)

(-)Taxas bancaacuterias (96000) (100800) (105840) (111132) (116689)

(-)Outros pagamentos (900000) (945000) (992250) (1041863) (1093956)

Entradas - Saiacutedas (14335513) 12981301 21410535 23027023 25193585 27734070

Depreciaccedilatildeo 000 (631377) (631377) (631377) (631377) (631377)

Saldo Final (14335513) 12349924 20779158 22395647 24562208 37824209

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

A depreciaccedilatildeo foi calculada considerando o prazo de vida uacutetil meacutedio de 10

anos das maacutequinas equipamentos instalaccedilotildees moacuteveis e utensiacutelios e para os

computadores e perifeacutericos foi considerado o prazo de vida uacutetil de 5 anos conforme

demonstrado na tabela 7

TABELA 7 - DEPRECIACcedilAtildeO

Item Valor Inicial Taxa Anual Depreciaccedilatildeo Anual (R$)

Maacutequinas e equipamentos 3084878 10 308488

Instalaccedilotildees 103000 10 10300

Moacuteveis e Utensiacutelios 824057 10 82406

Computadores e Perifeacutericos 446204 20 89241

Outros 704712 20 140942

Total 631377

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

45

O valor residual dos equipamentos e instalaccedilotildees da empresa no final do quinto

ano foi considerado em 30 referente ao valor de aquisiccedilatildeo dos mesmos no iniacutecio do

projeto

45 ANAacuteLISE DOS INDICADORES (VPL TIR E PAYBACK)

451 Valor Presente Liacutequido (VPL)

A tabela 8 mostra que o VPL (Valor Presente Liacutequido) eacute positivo isso significa

que aleacutem de recuperar o investimento inicial ainda vai ser agregado ao valor da

empresa um montante de R$ R$50392407 (quinhentos e trecircs mil novecentos e vinte

quatro reais e sete centavos)

A taxa de retorno requerida de 20 foi determinada levando em conta o niacutevel

de risco do projeto e visando o valor desejado para se obter em cima do valor

investido

TABELA 8 - CALCULO DO VALOR PRESENTE LIacuteQUIDO (VPL)

Anos FC k 2000

0 -$143355 VPL $50392407

1 $123499 VPL $50392407

2 $207792 VPL $50392407

3 $223956 VPL $21761126

4 $245622 VPL $21761126

5 $378242 Decisatildeo Aceitar o Projeto

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

452 Taxa Interna de Retorno (TIR)

Conforme a tabela 9 eacute possiacutevel verificar que a TIR (Taxa Interna de Retorno)

eacute de 11593 maior que a taxa requerida de 20 isso significa que custo inicial seraacute

46

recuperado e o projeto vai criar valor para empresa mais um resultado favoraacutevel para

a aceitaccedilatildeo do projeto

TABELA 9 - TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR)

Anos FC

0 -$143355 TIR 11593

1 $123499 TIR 2168

2 $207792 TIR 2168

3 $223956 Decisatildeo

4 $245622 k 2000

5 $378242 Aceitar o projeto

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

453 Payback

O tempo de recuperaccedilatildeo do custo inicial ocorre normalmente entre o quarto e

o quinto ano se for feita a anaacutelise da tabela 10 eacute possiacutevel verificar que o tempo

necessaacuterio para o retorno do investimento (payback) do projeto eacute de 128 anos este

indicador mostra claramente que o projeto deve ser aceito pois o tempo de retorno

estaacute bem abaixo do tempo meacutedio dos empreendimentos como um todo

TABELA 10 - PAYBACK

k 20

Anos FC SPresente

0 -$143355 -$143355 PBD-SP = 128

1 $123499 -$40439 128

2 $207792 $103861

3 $223956 $233465

4 $245622 $351917

5 $378242 $503924

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

47

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Para iniciar um negoacutecio requer muito mais do que apenas o espiacuterito

empreendedor eacute necessaacuterio ter lideranccedila conhecimento sobre o mercado que deseja

atuar organizaccedilatildeo e principalmente planejamento

O principal objetivo desse estudo foi analisar a viabilidade econocircmico-

financeira da abertura de uma empresa de bolos e doces finos no Bairro Alto em

Curitiba

O objetivo apresentado nesta pesquisa foi atingido pois todos os indicadores

analisados mostram com clareza que empresa obteacutem resultados positivos que criam

valor para a mesma e com isso o projeto eacute viaacutevel economicamente pois do primeiro

ao quinto ano fica visiacutevel o crescimento do empreendimento e a melhora significativa

da sua sauacutede financeira isso fica evidenciado no saldo final em caixa no quinto ano

que chega proacuteximo haacute 400 mil reais Apesar disso eacute crucial o acompanhamento do

mercado para seguir as tendecircncias e se atualizar constantemente para tomar

decisotildees mais assertivas

Um negoacutecio mal avaliado pode arruinar a estabilidade econocircmica do

investidor por isso eacute de extrema importacircncia fazer todos os levantamentos de custos

antes de se aventurar em qualquer empreendimento

Eacute possiacutevel comprovar que a pesquisa realizada contribui positivamente para

abertura da empresa No entanto as informaccedilotildees aqui presentes natildeo satildeo estaacuteticas e

devem ser revisadas periodicamente e se preciso ateacute mesmo ampliadas no decorrer

da implantaccedilatildeo do projeto para que o mesmo seja uma ferramenta eficiente e eficaz

no desenvolvimento da empresa como um todo

48

REFEREcircNCIAS

BRITO Paulo Anaacutelise e viabilidade de projetos de investimento Satildeo Paulo Atlas 2003 DOLABELA Fernando O segredo de Luiacutesa 30 ed Satildeo Paulo Editora de Cultura 2006 DORNELAS Joseacute Carlos Assis Empreendedorismo transformando ideias em negoacutecios 4 ed Rio de Janeiro Campus Elsevier 2012 CENSO Demograacutefico 2010 Resultados gerais da amostra Curitiba IBGE 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=410690ampidtema=87ampsearch=parana|curitiba|censo-demografico-2010-resultados-gerais-da-amostra-gt Acesso em 21 de Junho de 2015 CHIAVENATO Idalberto Empreendedorismo dando asas ao espiacuterito empreendedor empreendedorismo e a viabilidade de novas empresas um guia eficiente para iniciar e tocar seu proacuteprio negoacutecio 2 ed Satildeo Paulo Saraiva 2007 ESTATIacuteSTICAS do registro civil 2012 Curitiba IBGE 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaoregistrocivil2012default_xlsshtmgt Acesso em 21 de Junho de 2015 GIL Antonio Carlos Meacutetodos e teacutecnicas de pesquisa social 6 ed Satildeo Paulo Atlas 2008 KOTLER Philip KELLER Kevin Lane Administraccedilatildeo de Marketing 12 ed Satildeo Paulo ABDR 2006 LAPPONI Juan Carlos Projetos de Investimento na Empresa Rio de Janeiro Elsevier 2007 MACHADO Jesseacute Anderson Pinto Projetos Econocircmicos uma abordagem praacutetica de elaboraccedilatildeo Satildeo Paulo Nobel 2002 MICHEL Maria Helena Metodologia e pesquisa cientiacutefica em ciecircncias sociais 2 ed Satildeo Paulo Atlas 2009 OLIVEIRA Djalma de Pinho Rebouccedilas de Planejamento estrateacutegico conceitos metodologia e praacuteticas 20 ed Satildeo Paulo Atlas 2004 PRODANOV Cleber Cristiano ERNANI Cesar de Freitas Metodologia do trabalho cientiacutefico meacutetodo e teacutecnicas da pesquisa e do trabalho acadecircmico 2 ed Novo Hamburgo Freevale 2013

49

REBELATTO Dayse Projeto de Investimento 1 ed Barueri Manole 2004 SEBRAE Pesquisa de Mercado o que eacute e para que serve Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrsitesPortalSebraeartigosPesquisa-de-mercado-o-que-C3A9-e-para-que-servegt Acesso em 21 de Junho de 2015 SEBRAE Fluxo de caixa Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrSebraePortal20SebraeAnexos0_fluxo-de-caixapdfgt Acesso em 10 de Outubro de 2015 WILDAUER Egon Walter Plano de negoacutecios elementos construtivos e processos de elaboraccedilatildeo 2 ed Curitiba Ibpex 2011 WOILER Samsatildeo MATHIAS Washington Franco Projetos planejamento elaboraccedilatildeo anaacutelise 1 ed Satildeo Paulo Atlas 1994

50

APEcircNDICES

APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL 51

APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS 52

APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL 52

51

APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL

Item Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

Aacutegua 25000 26250 27563 28941 30388

Aluguel 160000 168000 176400 185220 194481

Assessoria Contaacutebil 80000 84000 88200 92610 97241

Gaacutes 49000 51450 54023 56724 59560

Impostos 387858 422765 464481 506284 551849

Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)

80268 84281 88495 92920 97566

Energia eleacutetrica 70000 73500 77175 81034 85085

Manutenccedilatildeo 50000 52500 55125 57881 60775

Material de escritoacuterio 20000 21000 22050 23153 24310

Material de Limpeza 40000 42000 44100 46305 48620

Folha de pagamento 272266 299493 329442 362386 398625

Seguros 15000 15750 16538 17364 18233

Telefone fixointernet 20000 21000 22050 23153 24310

Telefone Moacutevel 12000 12600 13230 13892 14586

Vale Refeiccedilatildeo 75000 82500 90750 99825 109808

Vale Transporte 33000 34650 36383 38202 40112

Proacute- labore 200000 220000 286000 328900 361790

Taxas Bancaacuterias 8000 8400 8820 9261 9724

Total R$ 1597392 R$ 1720139 R$ 1900823 R$ 2064053 R$ 2227062

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

52

APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS

Item

Produccedilatildeo mensal meacutedia

Custo unitaacuterio total

Sugestatildeo Preccedilo de venda

Custo Mensal Total

Receita de vendas

Bolos artiacutesticos (recheios diversos) 150 6000 13500 900000 2025000

Bolos de copa (recheios diversos) 30 3600 8100 108000 243000

Naked cake (recheios diversos) 60 4200 9450 252000 567000

Doces Tradicionais 32 3500 7875 112000 252000

Doces Espelhados 32 5000 11250 160000 360000

Doces Finos 32 7500 16875 240000 540000

Brigadeiros gourmet 16 4500 10125 72000 162000

Tacinhas acriacutelicas 16 5500 12375 88000 198000

Trufas 32 5000 11250 160000 360000

Bombons 32 5000 11250 160000 360000

Bem casados 3200 100 225 320000 720000

Custo produccedilatildeo Total 2572000

Receita Total 5787000

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL

Ano Receita Bruta Variaccedilatildeo anual

Ano 1 000

Ano 2 69444000 9

Ano 3 75693960 9

Ano 4 82506416 9

Ano 5 89931994 9

Valor considerando a inflaccedilatildeo de 9 aa

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

39

TABELA 3 - CONCORRENTES QUE FORNECEM BOLOS E DOCES POR BAIRRO

Bairro Quantidade de Concorrentes Reais

Quantidade de Concorrentes Potenciais

Aacutegua Verde 4 1

Ahuacute 1

Bairro Alto 2 1

Barreirinha 1

Barreirinha 1

Bom Retiro 1

Campo Comprido 1

Campo Comprido 1

Cidade Industrial 1

Colombo 1

Fazenda Rio Grande 1

Hauer 1

Hugo Lange 1

Mercecircs 1

Novo Mundo 2 1

Novo Mundo 1

Portatildeo 1

Portatildeo 1

Santa Cacircndida 1

Santa Felicidade 1 1

Santo Inaacutecio 1 1

Satildeo Joseacute dos Pinhais 1

Seminaacuterio 1

Sitio Cercado 1

Tarumatilde 1

Vila Izabel 1

Natildeo Informado 1 2

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

418 Forma de divulgaccedilatildeo dos concorrentes

Todas as empresas pesquisadas que fornecem produtos similares aos que

vamos fornecer utilizam sites proacuteprios e as redes sociais para fazer divulgaccedilatildeo dos

seus produtos todas fazem degustaccedilatildeo para os clientes conhecerem os seus

produtos e posteriormente fechar um contrato

40

42 TAMANHO DO NEGOacuteCIO

421 Capacidade produtiva

A capacidade produtiva vai ser para atender ateacute 4 eventos por semana A

produccedilatildeo vai ser de ateacute 5600 doces (doces finos gourmet e bem casados) e 4 bolos

atendendo ateacute 4 eventos por final de semana e ateacute 16 eventos por mecircs sendo que

nos meses de setembro a dezembro essa demanda aumenta pelo motivo de

historicamente ter um nuacutemero maior de casamentos

422 Investimento

Um dos pontos mais relevantes para abertura de uma empresa eacute a

determinaccedilatildeo do capital miacutenimo para dar iniacutecio nas atividades e principalmente como

obter este capital ldquoEacute com o capital inicial que a empresa tem condiccedilotildees de reunir os

recursos empresariais necessaacuterios ao seu funcionamento sejam eles recursos

humanos materiais ou financeirosrdquo A determinaccedilatildeo do capital eacute o que estabelece a

quantidade de recursos empresariais que a empresa tem disponiacutevel Indiscutivelmente

quanto maior for o volume de recursos empresariais mais faacutecil se torna o desempenho

da empresa Quando todos os recursos necessaacuterios para seu funcionamento estatildeo agrave

disposiccedilatildeo a administraccedilatildeo do empreendimento fica mais simples (CHIAVENATO

2007 p84)

Cabe acrescentar que (LAPPONI 2007 p 321)

O custo inicial refere-se aos desembolsos realizados para aquisiccedilatildeo de equipamentos ou outros ativos fixos incluindo o pagamento de fretes seguros instalaccedilotildees despesas operacionais iniciais com materiais e matildeo de obra treinamento de pessoal de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo etc resumindo o custo inicial inclui todos os desembolsos necessaacuterios para adquirir os ativos necessaacuterios e que estejam em condiccedilotildees de operar e gerar as receitas estimadas

41

O empreendimento iniciaraacute suas atividades com capital investido com

recursos proacuteprios da empreendedora

As estimativas de investimento inicial para abertura da empresa foi de

R$5162851 conforme tabela 4

TABELA 4 - INVESTIMENTO INICIAL

Descriccedilatildeo Valor (R$)

Maacutequinas e equipamentos Cozinha R$ 3084878

Utensiacutelios R$ 555075

Moacuteveis para escritoacuterio R$ 268982

Equipamentos de informaacutetica e eletrocircnicos R$ 446204

Outros custos escritoacuterio R$ 48912

Uniformes R$ 155800

Pintura Imoacutevel R$ 500000

Porta de Vidro R$ 103000

Total R$ 5162851

FONTE ELABORADO PELO AUTOR (2015)

423 Localizaccedilatildeo

Seraacute locado um imoacutevel para a instalaccedilatildeo da empresa localizado na Rua Heitor

Baggio Vidal 2508 Bairro Alto Curitiba ndash PR com o valor do aluguel mensal de

R$160000 (mil e seiscentos reais) O espaccedilo interno de 95msup2 seraacute dividido em trecircs

partes a primeira com 20msup2 vai ficar a recepccedilatildeo para receber os clientes efetuar

orccedilamentos e as degustaccedilotildees a segunda com 71msup2 a cozinha industrial onde seratildeo

fabricados os bolos e doces finos e a terceira com 4msup2 o lavabo

42

FOTO14 - FOTO DO IMOacuteVEL ONDE SERAacute INSTALADA A EMPRESA FONTE MP IMOacuteVEIS

424 Entregas

As entregas dos bolos e doces finos seratildeo efetuadas por uma empresa

parceira localizada no Bairro Alto o preccedilo das entregas em Curitiba e regiatildeo

metropolitana variam de R$2400 (vinte e quatro reais) a R$6000 (sessenta reais)

dependendo da localizaccedilatildeo tais valores seratildeo cobrados dos clientes

43 CAPITAL DE GIRO

O capital de giro inicial foi estimado levando em conta que no primeiro ano a

empresa vai produzir 8333 da sua capacidade atendendo em meacutedia 13 ventos

mensalmente sendo assim foram considerados os gastos operacionais necessaacuterios

para o iniacutecio das atividades incluindo o custo fixo mensal e o estoque inicial ambos

multiplicados por 2 e acrescidos de um percentual de 10 de margem de seguranccedila

para despesas natildeo previstas

43

TABELA 5 - CAPITAL DE GIRO

Item Valor (R$)

Estoque Inicial 5144000

Custo Fixo Mensal 3194783

Reserva (10) 833878

Total do Capital de Giro Inicial 9172662

FONTE ELABORDO PELO AUTOR

44 FLUXO DE CAIXA

ldquoFluxo de Caixa eacute um Instrumento de gestatildeo financeira que projeta para

periacuteodos futuros todas as entradas e as saiacutedas de recursos financeiros da empresa

indicando como seraacute o saldo de caixa para o periacuteodo projetadordquo (SEBRAE)

Na tabela 6 eacute apresentada a projeccedilatildeo do Fluxo de Caixa da empresa para os

seus primeiros cinco anos onde fica evidenciado que do primeiro ateacute o quinto ano a

sauacutede financeira da empresa melhora gradativamente sendo que no final do quinto

ano o saldo em caixa ultrapassa os 300 se comparado com o saldo em caixa no

final do primeiro ano

Pode-se observar que natildeo foi inserida no fluxo de caixa a opccedilatildeo de

inadimplecircncia pois todos os pagamentos seratildeo efetuados agrave vista em dinheiro ou

cartatildeo sendo que o pagamento total dos produtos deve ser efetuado no miacutenimo 10

dias antes da data do evento

44

TABELA 6 - PROJECcedilAtildeO DE FLUXO DE CAIXA NOS PRIMEIROS CINCO ANOS

Descriccedilatildeo Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

Investimento Inicial (5162851)

Capital de Giro (9172662) 9172662

Valor Residual 1548855

Total de entradas 000 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873

Previsatildeo Receitas de vendas 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873

Total de Saiacutedas (14335513) (44888699) (54283425) (59479393) (64738409) (70291804)

(-)Fornecedores (25720000) (33641760) (36669518) (39969775) (43567055)

(-)Folha de pagamento (3267192) (3593911) (3953302) (4348633) (4783496)

(-)Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)

(963216) (1011377) (1061946) (1115043) (1170795)

(-)Retiradas soacutecios (2400000) (2640000) (3432000) (3946800) (4341480)

(-)Impostos s vendas (4654291) (5073177) (5573767) (6075406) (6622192)

(-)Alugueacuteis (1920000) (2016000) (2116800) (2222640) (2333772)

(-)Energia eleacutetrica (840000) (882000) (926100) (972405) (1021025)

(-)Aacutegua (300000) (315000) (330750) (347288) (364652)

(-)Telefone (384000) (403200) (423360) (444528) (466754)

(-)Gaacutes (588000) (617400) (648270) (680684) (714718)

(-)Serviccedilos contabilidade (960000) (1008000) (1058400) (1111320) (1166886)

(-)Manutenccedilatildeo (600000) (630000) (661500) (694575) (729304)

(-)Outras despesas com funcionaacuterios

(1296000) (1405800) (1525590) (1656320) (1799030)

(-)Taxas bancaacuterias (96000) (100800) (105840) (111132) (116689)

(-)Outros pagamentos (900000) (945000) (992250) (1041863) (1093956)

Entradas - Saiacutedas (14335513) 12981301 21410535 23027023 25193585 27734070

Depreciaccedilatildeo 000 (631377) (631377) (631377) (631377) (631377)

Saldo Final (14335513) 12349924 20779158 22395647 24562208 37824209

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

A depreciaccedilatildeo foi calculada considerando o prazo de vida uacutetil meacutedio de 10

anos das maacutequinas equipamentos instalaccedilotildees moacuteveis e utensiacutelios e para os

computadores e perifeacutericos foi considerado o prazo de vida uacutetil de 5 anos conforme

demonstrado na tabela 7

TABELA 7 - DEPRECIACcedilAtildeO

Item Valor Inicial Taxa Anual Depreciaccedilatildeo Anual (R$)

Maacutequinas e equipamentos 3084878 10 308488

Instalaccedilotildees 103000 10 10300

Moacuteveis e Utensiacutelios 824057 10 82406

Computadores e Perifeacutericos 446204 20 89241

Outros 704712 20 140942

Total 631377

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

45

O valor residual dos equipamentos e instalaccedilotildees da empresa no final do quinto

ano foi considerado em 30 referente ao valor de aquisiccedilatildeo dos mesmos no iniacutecio do

projeto

45 ANAacuteLISE DOS INDICADORES (VPL TIR E PAYBACK)

451 Valor Presente Liacutequido (VPL)

A tabela 8 mostra que o VPL (Valor Presente Liacutequido) eacute positivo isso significa

que aleacutem de recuperar o investimento inicial ainda vai ser agregado ao valor da

empresa um montante de R$ R$50392407 (quinhentos e trecircs mil novecentos e vinte

quatro reais e sete centavos)

A taxa de retorno requerida de 20 foi determinada levando em conta o niacutevel

de risco do projeto e visando o valor desejado para se obter em cima do valor

investido

TABELA 8 - CALCULO DO VALOR PRESENTE LIacuteQUIDO (VPL)

Anos FC k 2000

0 -$143355 VPL $50392407

1 $123499 VPL $50392407

2 $207792 VPL $50392407

3 $223956 VPL $21761126

4 $245622 VPL $21761126

5 $378242 Decisatildeo Aceitar o Projeto

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

452 Taxa Interna de Retorno (TIR)

Conforme a tabela 9 eacute possiacutevel verificar que a TIR (Taxa Interna de Retorno)

eacute de 11593 maior que a taxa requerida de 20 isso significa que custo inicial seraacute

46

recuperado e o projeto vai criar valor para empresa mais um resultado favoraacutevel para

a aceitaccedilatildeo do projeto

TABELA 9 - TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR)

Anos FC

0 -$143355 TIR 11593

1 $123499 TIR 2168

2 $207792 TIR 2168

3 $223956 Decisatildeo

4 $245622 k 2000

5 $378242 Aceitar o projeto

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

453 Payback

O tempo de recuperaccedilatildeo do custo inicial ocorre normalmente entre o quarto e

o quinto ano se for feita a anaacutelise da tabela 10 eacute possiacutevel verificar que o tempo

necessaacuterio para o retorno do investimento (payback) do projeto eacute de 128 anos este

indicador mostra claramente que o projeto deve ser aceito pois o tempo de retorno

estaacute bem abaixo do tempo meacutedio dos empreendimentos como um todo

TABELA 10 - PAYBACK

k 20

Anos FC SPresente

0 -$143355 -$143355 PBD-SP = 128

1 $123499 -$40439 128

2 $207792 $103861

3 $223956 $233465

4 $245622 $351917

5 $378242 $503924

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

47

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Para iniciar um negoacutecio requer muito mais do que apenas o espiacuterito

empreendedor eacute necessaacuterio ter lideranccedila conhecimento sobre o mercado que deseja

atuar organizaccedilatildeo e principalmente planejamento

O principal objetivo desse estudo foi analisar a viabilidade econocircmico-

financeira da abertura de uma empresa de bolos e doces finos no Bairro Alto em

Curitiba

O objetivo apresentado nesta pesquisa foi atingido pois todos os indicadores

analisados mostram com clareza que empresa obteacutem resultados positivos que criam

valor para a mesma e com isso o projeto eacute viaacutevel economicamente pois do primeiro

ao quinto ano fica visiacutevel o crescimento do empreendimento e a melhora significativa

da sua sauacutede financeira isso fica evidenciado no saldo final em caixa no quinto ano

que chega proacuteximo haacute 400 mil reais Apesar disso eacute crucial o acompanhamento do

mercado para seguir as tendecircncias e se atualizar constantemente para tomar

decisotildees mais assertivas

Um negoacutecio mal avaliado pode arruinar a estabilidade econocircmica do

investidor por isso eacute de extrema importacircncia fazer todos os levantamentos de custos

antes de se aventurar em qualquer empreendimento

Eacute possiacutevel comprovar que a pesquisa realizada contribui positivamente para

abertura da empresa No entanto as informaccedilotildees aqui presentes natildeo satildeo estaacuteticas e

devem ser revisadas periodicamente e se preciso ateacute mesmo ampliadas no decorrer

da implantaccedilatildeo do projeto para que o mesmo seja uma ferramenta eficiente e eficaz

no desenvolvimento da empresa como um todo

48

REFEREcircNCIAS

BRITO Paulo Anaacutelise e viabilidade de projetos de investimento Satildeo Paulo Atlas 2003 DOLABELA Fernando O segredo de Luiacutesa 30 ed Satildeo Paulo Editora de Cultura 2006 DORNELAS Joseacute Carlos Assis Empreendedorismo transformando ideias em negoacutecios 4 ed Rio de Janeiro Campus Elsevier 2012 CENSO Demograacutefico 2010 Resultados gerais da amostra Curitiba IBGE 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=410690ampidtema=87ampsearch=parana|curitiba|censo-demografico-2010-resultados-gerais-da-amostra-gt Acesso em 21 de Junho de 2015 CHIAVENATO Idalberto Empreendedorismo dando asas ao espiacuterito empreendedor empreendedorismo e a viabilidade de novas empresas um guia eficiente para iniciar e tocar seu proacuteprio negoacutecio 2 ed Satildeo Paulo Saraiva 2007 ESTATIacuteSTICAS do registro civil 2012 Curitiba IBGE 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaoregistrocivil2012default_xlsshtmgt Acesso em 21 de Junho de 2015 GIL Antonio Carlos Meacutetodos e teacutecnicas de pesquisa social 6 ed Satildeo Paulo Atlas 2008 KOTLER Philip KELLER Kevin Lane Administraccedilatildeo de Marketing 12 ed Satildeo Paulo ABDR 2006 LAPPONI Juan Carlos Projetos de Investimento na Empresa Rio de Janeiro Elsevier 2007 MACHADO Jesseacute Anderson Pinto Projetos Econocircmicos uma abordagem praacutetica de elaboraccedilatildeo Satildeo Paulo Nobel 2002 MICHEL Maria Helena Metodologia e pesquisa cientiacutefica em ciecircncias sociais 2 ed Satildeo Paulo Atlas 2009 OLIVEIRA Djalma de Pinho Rebouccedilas de Planejamento estrateacutegico conceitos metodologia e praacuteticas 20 ed Satildeo Paulo Atlas 2004 PRODANOV Cleber Cristiano ERNANI Cesar de Freitas Metodologia do trabalho cientiacutefico meacutetodo e teacutecnicas da pesquisa e do trabalho acadecircmico 2 ed Novo Hamburgo Freevale 2013

49

REBELATTO Dayse Projeto de Investimento 1 ed Barueri Manole 2004 SEBRAE Pesquisa de Mercado o que eacute e para que serve Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrsitesPortalSebraeartigosPesquisa-de-mercado-o-que-C3A9-e-para-que-servegt Acesso em 21 de Junho de 2015 SEBRAE Fluxo de caixa Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrSebraePortal20SebraeAnexos0_fluxo-de-caixapdfgt Acesso em 10 de Outubro de 2015 WILDAUER Egon Walter Plano de negoacutecios elementos construtivos e processos de elaboraccedilatildeo 2 ed Curitiba Ibpex 2011 WOILER Samsatildeo MATHIAS Washington Franco Projetos planejamento elaboraccedilatildeo anaacutelise 1 ed Satildeo Paulo Atlas 1994

50

APEcircNDICES

APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL 51

APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS 52

APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL 52

51

APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL

Item Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

Aacutegua 25000 26250 27563 28941 30388

Aluguel 160000 168000 176400 185220 194481

Assessoria Contaacutebil 80000 84000 88200 92610 97241

Gaacutes 49000 51450 54023 56724 59560

Impostos 387858 422765 464481 506284 551849

Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)

80268 84281 88495 92920 97566

Energia eleacutetrica 70000 73500 77175 81034 85085

Manutenccedilatildeo 50000 52500 55125 57881 60775

Material de escritoacuterio 20000 21000 22050 23153 24310

Material de Limpeza 40000 42000 44100 46305 48620

Folha de pagamento 272266 299493 329442 362386 398625

Seguros 15000 15750 16538 17364 18233

Telefone fixointernet 20000 21000 22050 23153 24310

Telefone Moacutevel 12000 12600 13230 13892 14586

Vale Refeiccedilatildeo 75000 82500 90750 99825 109808

Vale Transporte 33000 34650 36383 38202 40112

Proacute- labore 200000 220000 286000 328900 361790

Taxas Bancaacuterias 8000 8400 8820 9261 9724

Total R$ 1597392 R$ 1720139 R$ 1900823 R$ 2064053 R$ 2227062

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

52

APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS

Item

Produccedilatildeo mensal meacutedia

Custo unitaacuterio total

Sugestatildeo Preccedilo de venda

Custo Mensal Total

Receita de vendas

Bolos artiacutesticos (recheios diversos) 150 6000 13500 900000 2025000

Bolos de copa (recheios diversos) 30 3600 8100 108000 243000

Naked cake (recheios diversos) 60 4200 9450 252000 567000

Doces Tradicionais 32 3500 7875 112000 252000

Doces Espelhados 32 5000 11250 160000 360000

Doces Finos 32 7500 16875 240000 540000

Brigadeiros gourmet 16 4500 10125 72000 162000

Tacinhas acriacutelicas 16 5500 12375 88000 198000

Trufas 32 5000 11250 160000 360000

Bombons 32 5000 11250 160000 360000

Bem casados 3200 100 225 320000 720000

Custo produccedilatildeo Total 2572000

Receita Total 5787000

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL

Ano Receita Bruta Variaccedilatildeo anual

Ano 1 000

Ano 2 69444000 9

Ano 3 75693960 9

Ano 4 82506416 9

Ano 5 89931994 9

Valor considerando a inflaccedilatildeo de 9 aa

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

40

42 TAMANHO DO NEGOacuteCIO

421 Capacidade produtiva

A capacidade produtiva vai ser para atender ateacute 4 eventos por semana A

produccedilatildeo vai ser de ateacute 5600 doces (doces finos gourmet e bem casados) e 4 bolos

atendendo ateacute 4 eventos por final de semana e ateacute 16 eventos por mecircs sendo que

nos meses de setembro a dezembro essa demanda aumenta pelo motivo de

historicamente ter um nuacutemero maior de casamentos

422 Investimento

Um dos pontos mais relevantes para abertura de uma empresa eacute a

determinaccedilatildeo do capital miacutenimo para dar iniacutecio nas atividades e principalmente como

obter este capital ldquoEacute com o capital inicial que a empresa tem condiccedilotildees de reunir os

recursos empresariais necessaacuterios ao seu funcionamento sejam eles recursos

humanos materiais ou financeirosrdquo A determinaccedilatildeo do capital eacute o que estabelece a

quantidade de recursos empresariais que a empresa tem disponiacutevel Indiscutivelmente

quanto maior for o volume de recursos empresariais mais faacutecil se torna o desempenho

da empresa Quando todos os recursos necessaacuterios para seu funcionamento estatildeo agrave

disposiccedilatildeo a administraccedilatildeo do empreendimento fica mais simples (CHIAVENATO

2007 p84)

Cabe acrescentar que (LAPPONI 2007 p 321)

O custo inicial refere-se aos desembolsos realizados para aquisiccedilatildeo de equipamentos ou outros ativos fixos incluindo o pagamento de fretes seguros instalaccedilotildees despesas operacionais iniciais com materiais e matildeo de obra treinamento de pessoal de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo etc resumindo o custo inicial inclui todos os desembolsos necessaacuterios para adquirir os ativos necessaacuterios e que estejam em condiccedilotildees de operar e gerar as receitas estimadas

41

O empreendimento iniciaraacute suas atividades com capital investido com

recursos proacuteprios da empreendedora

As estimativas de investimento inicial para abertura da empresa foi de

R$5162851 conforme tabela 4

TABELA 4 - INVESTIMENTO INICIAL

Descriccedilatildeo Valor (R$)

Maacutequinas e equipamentos Cozinha R$ 3084878

Utensiacutelios R$ 555075

Moacuteveis para escritoacuterio R$ 268982

Equipamentos de informaacutetica e eletrocircnicos R$ 446204

Outros custos escritoacuterio R$ 48912

Uniformes R$ 155800

Pintura Imoacutevel R$ 500000

Porta de Vidro R$ 103000

Total R$ 5162851

FONTE ELABORADO PELO AUTOR (2015)

423 Localizaccedilatildeo

Seraacute locado um imoacutevel para a instalaccedilatildeo da empresa localizado na Rua Heitor

Baggio Vidal 2508 Bairro Alto Curitiba ndash PR com o valor do aluguel mensal de

R$160000 (mil e seiscentos reais) O espaccedilo interno de 95msup2 seraacute dividido em trecircs

partes a primeira com 20msup2 vai ficar a recepccedilatildeo para receber os clientes efetuar

orccedilamentos e as degustaccedilotildees a segunda com 71msup2 a cozinha industrial onde seratildeo

fabricados os bolos e doces finos e a terceira com 4msup2 o lavabo

42

FOTO14 - FOTO DO IMOacuteVEL ONDE SERAacute INSTALADA A EMPRESA FONTE MP IMOacuteVEIS

424 Entregas

As entregas dos bolos e doces finos seratildeo efetuadas por uma empresa

parceira localizada no Bairro Alto o preccedilo das entregas em Curitiba e regiatildeo

metropolitana variam de R$2400 (vinte e quatro reais) a R$6000 (sessenta reais)

dependendo da localizaccedilatildeo tais valores seratildeo cobrados dos clientes

43 CAPITAL DE GIRO

O capital de giro inicial foi estimado levando em conta que no primeiro ano a

empresa vai produzir 8333 da sua capacidade atendendo em meacutedia 13 ventos

mensalmente sendo assim foram considerados os gastos operacionais necessaacuterios

para o iniacutecio das atividades incluindo o custo fixo mensal e o estoque inicial ambos

multiplicados por 2 e acrescidos de um percentual de 10 de margem de seguranccedila

para despesas natildeo previstas

43

TABELA 5 - CAPITAL DE GIRO

Item Valor (R$)

Estoque Inicial 5144000

Custo Fixo Mensal 3194783

Reserva (10) 833878

Total do Capital de Giro Inicial 9172662

FONTE ELABORDO PELO AUTOR

44 FLUXO DE CAIXA

ldquoFluxo de Caixa eacute um Instrumento de gestatildeo financeira que projeta para

periacuteodos futuros todas as entradas e as saiacutedas de recursos financeiros da empresa

indicando como seraacute o saldo de caixa para o periacuteodo projetadordquo (SEBRAE)

Na tabela 6 eacute apresentada a projeccedilatildeo do Fluxo de Caixa da empresa para os

seus primeiros cinco anos onde fica evidenciado que do primeiro ateacute o quinto ano a

sauacutede financeira da empresa melhora gradativamente sendo que no final do quinto

ano o saldo em caixa ultrapassa os 300 se comparado com o saldo em caixa no

final do primeiro ano

Pode-se observar que natildeo foi inserida no fluxo de caixa a opccedilatildeo de

inadimplecircncia pois todos os pagamentos seratildeo efetuados agrave vista em dinheiro ou

cartatildeo sendo que o pagamento total dos produtos deve ser efetuado no miacutenimo 10

dias antes da data do evento

44

TABELA 6 - PROJECcedilAtildeO DE FLUXO DE CAIXA NOS PRIMEIROS CINCO ANOS

Descriccedilatildeo Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

Investimento Inicial (5162851)

Capital de Giro (9172662) 9172662

Valor Residual 1548855

Total de entradas 000 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873

Previsatildeo Receitas de vendas 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873

Total de Saiacutedas (14335513) (44888699) (54283425) (59479393) (64738409) (70291804)

(-)Fornecedores (25720000) (33641760) (36669518) (39969775) (43567055)

(-)Folha de pagamento (3267192) (3593911) (3953302) (4348633) (4783496)

(-)Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)

(963216) (1011377) (1061946) (1115043) (1170795)

(-)Retiradas soacutecios (2400000) (2640000) (3432000) (3946800) (4341480)

(-)Impostos s vendas (4654291) (5073177) (5573767) (6075406) (6622192)

(-)Alugueacuteis (1920000) (2016000) (2116800) (2222640) (2333772)

(-)Energia eleacutetrica (840000) (882000) (926100) (972405) (1021025)

(-)Aacutegua (300000) (315000) (330750) (347288) (364652)

(-)Telefone (384000) (403200) (423360) (444528) (466754)

(-)Gaacutes (588000) (617400) (648270) (680684) (714718)

(-)Serviccedilos contabilidade (960000) (1008000) (1058400) (1111320) (1166886)

(-)Manutenccedilatildeo (600000) (630000) (661500) (694575) (729304)

(-)Outras despesas com funcionaacuterios

(1296000) (1405800) (1525590) (1656320) (1799030)

(-)Taxas bancaacuterias (96000) (100800) (105840) (111132) (116689)

(-)Outros pagamentos (900000) (945000) (992250) (1041863) (1093956)

Entradas - Saiacutedas (14335513) 12981301 21410535 23027023 25193585 27734070

Depreciaccedilatildeo 000 (631377) (631377) (631377) (631377) (631377)

Saldo Final (14335513) 12349924 20779158 22395647 24562208 37824209

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

A depreciaccedilatildeo foi calculada considerando o prazo de vida uacutetil meacutedio de 10

anos das maacutequinas equipamentos instalaccedilotildees moacuteveis e utensiacutelios e para os

computadores e perifeacutericos foi considerado o prazo de vida uacutetil de 5 anos conforme

demonstrado na tabela 7

TABELA 7 - DEPRECIACcedilAtildeO

Item Valor Inicial Taxa Anual Depreciaccedilatildeo Anual (R$)

Maacutequinas e equipamentos 3084878 10 308488

Instalaccedilotildees 103000 10 10300

Moacuteveis e Utensiacutelios 824057 10 82406

Computadores e Perifeacutericos 446204 20 89241

Outros 704712 20 140942

Total 631377

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

45

O valor residual dos equipamentos e instalaccedilotildees da empresa no final do quinto

ano foi considerado em 30 referente ao valor de aquisiccedilatildeo dos mesmos no iniacutecio do

projeto

45 ANAacuteLISE DOS INDICADORES (VPL TIR E PAYBACK)

451 Valor Presente Liacutequido (VPL)

A tabela 8 mostra que o VPL (Valor Presente Liacutequido) eacute positivo isso significa

que aleacutem de recuperar o investimento inicial ainda vai ser agregado ao valor da

empresa um montante de R$ R$50392407 (quinhentos e trecircs mil novecentos e vinte

quatro reais e sete centavos)

A taxa de retorno requerida de 20 foi determinada levando em conta o niacutevel

de risco do projeto e visando o valor desejado para se obter em cima do valor

investido

TABELA 8 - CALCULO DO VALOR PRESENTE LIacuteQUIDO (VPL)

Anos FC k 2000

0 -$143355 VPL $50392407

1 $123499 VPL $50392407

2 $207792 VPL $50392407

3 $223956 VPL $21761126

4 $245622 VPL $21761126

5 $378242 Decisatildeo Aceitar o Projeto

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

452 Taxa Interna de Retorno (TIR)

Conforme a tabela 9 eacute possiacutevel verificar que a TIR (Taxa Interna de Retorno)

eacute de 11593 maior que a taxa requerida de 20 isso significa que custo inicial seraacute

46

recuperado e o projeto vai criar valor para empresa mais um resultado favoraacutevel para

a aceitaccedilatildeo do projeto

TABELA 9 - TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR)

Anos FC

0 -$143355 TIR 11593

1 $123499 TIR 2168

2 $207792 TIR 2168

3 $223956 Decisatildeo

4 $245622 k 2000

5 $378242 Aceitar o projeto

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

453 Payback

O tempo de recuperaccedilatildeo do custo inicial ocorre normalmente entre o quarto e

o quinto ano se for feita a anaacutelise da tabela 10 eacute possiacutevel verificar que o tempo

necessaacuterio para o retorno do investimento (payback) do projeto eacute de 128 anos este

indicador mostra claramente que o projeto deve ser aceito pois o tempo de retorno

estaacute bem abaixo do tempo meacutedio dos empreendimentos como um todo

TABELA 10 - PAYBACK

k 20

Anos FC SPresente

0 -$143355 -$143355 PBD-SP = 128

1 $123499 -$40439 128

2 $207792 $103861

3 $223956 $233465

4 $245622 $351917

5 $378242 $503924

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

47

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Para iniciar um negoacutecio requer muito mais do que apenas o espiacuterito

empreendedor eacute necessaacuterio ter lideranccedila conhecimento sobre o mercado que deseja

atuar organizaccedilatildeo e principalmente planejamento

O principal objetivo desse estudo foi analisar a viabilidade econocircmico-

financeira da abertura de uma empresa de bolos e doces finos no Bairro Alto em

Curitiba

O objetivo apresentado nesta pesquisa foi atingido pois todos os indicadores

analisados mostram com clareza que empresa obteacutem resultados positivos que criam

valor para a mesma e com isso o projeto eacute viaacutevel economicamente pois do primeiro

ao quinto ano fica visiacutevel o crescimento do empreendimento e a melhora significativa

da sua sauacutede financeira isso fica evidenciado no saldo final em caixa no quinto ano

que chega proacuteximo haacute 400 mil reais Apesar disso eacute crucial o acompanhamento do

mercado para seguir as tendecircncias e se atualizar constantemente para tomar

decisotildees mais assertivas

Um negoacutecio mal avaliado pode arruinar a estabilidade econocircmica do

investidor por isso eacute de extrema importacircncia fazer todos os levantamentos de custos

antes de se aventurar em qualquer empreendimento

Eacute possiacutevel comprovar que a pesquisa realizada contribui positivamente para

abertura da empresa No entanto as informaccedilotildees aqui presentes natildeo satildeo estaacuteticas e

devem ser revisadas periodicamente e se preciso ateacute mesmo ampliadas no decorrer

da implantaccedilatildeo do projeto para que o mesmo seja uma ferramenta eficiente e eficaz

no desenvolvimento da empresa como um todo

48

REFEREcircNCIAS

BRITO Paulo Anaacutelise e viabilidade de projetos de investimento Satildeo Paulo Atlas 2003 DOLABELA Fernando O segredo de Luiacutesa 30 ed Satildeo Paulo Editora de Cultura 2006 DORNELAS Joseacute Carlos Assis Empreendedorismo transformando ideias em negoacutecios 4 ed Rio de Janeiro Campus Elsevier 2012 CENSO Demograacutefico 2010 Resultados gerais da amostra Curitiba IBGE 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=410690ampidtema=87ampsearch=parana|curitiba|censo-demografico-2010-resultados-gerais-da-amostra-gt Acesso em 21 de Junho de 2015 CHIAVENATO Idalberto Empreendedorismo dando asas ao espiacuterito empreendedor empreendedorismo e a viabilidade de novas empresas um guia eficiente para iniciar e tocar seu proacuteprio negoacutecio 2 ed Satildeo Paulo Saraiva 2007 ESTATIacuteSTICAS do registro civil 2012 Curitiba IBGE 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaoregistrocivil2012default_xlsshtmgt Acesso em 21 de Junho de 2015 GIL Antonio Carlos Meacutetodos e teacutecnicas de pesquisa social 6 ed Satildeo Paulo Atlas 2008 KOTLER Philip KELLER Kevin Lane Administraccedilatildeo de Marketing 12 ed Satildeo Paulo ABDR 2006 LAPPONI Juan Carlos Projetos de Investimento na Empresa Rio de Janeiro Elsevier 2007 MACHADO Jesseacute Anderson Pinto Projetos Econocircmicos uma abordagem praacutetica de elaboraccedilatildeo Satildeo Paulo Nobel 2002 MICHEL Maria Helena Metodologia e pesquisa cientiacutefica em ciecircncias sociais 2 ed Satildeo Paulo Atlas 2009 OLIVEIRA Djalma de Pinho Rebouccedilas de Planejamento estrateacutegico conceitos metodologia e praacuteticas 20 ed Satildeo Paulo Atlas 2004 PRODANOV Cleber Cristiano ERNANI Cesar de Freitas Metodologia do trabalho cientiacutefico meacutetodo e teacutecnicas da pesquisa e do trabalho acadecircmico 2 ed Novo Hamburgo Freevale 2013

49

REBELATTO Dayse Projeto de Investimento 1 ed Barueri Manole 2004 SEBRAE Pesquisa de Mercado o que eacute e para que serve Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrsitesPortalSebraeartigosPesquisa-de-mercado-o-que-C3A9-e-para-que-servegt Acesso em 21 de Junho de 2015 SEBRAE Fluxo de caixa Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrSebraePortal20SebraeAnexos0_fluxo-de-caixapdfgt Acesso em 10 de Outubro de 2015 WILDAUER Egon Walter Plano de negoacutecios elementos construtivos e processos de elaboraccedilatildeo 2 ed Curitiba Ibpex 2011 WOILER Samsatildeo MATHIAS Washington Franco Projetos planejamento elaboraccedilatildeo anaacutelise 1 ed Satildeo Paulo Atlas 1994

50

APEcircNDICES

APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL 51

APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS 52

APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL 52

51

APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL

Item Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

Aacutegua 25000 26250 27563 28941 30388

Aluguel 160000 168000 176400 185220 194481

Assessoria Contaacutebil 80000 84000 88200 92610 97241

Gaacutes 49000 51450 54023 56724 59560

Impostos 387858 422765 464481 506284 551849

Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)

80268 84281 88495 92920 97566

Energia eleacutetrica 70000 73500 77175 81034 85085

Manutenccedilatildeo 50000 52500 55125 57881 60775

Material de escritoacuterio 20000 21000 22050 23153 24310

Material de Limpeza 40000 42000 44100 46305 48620

Folha de pagamento 272266 299493 329442 362386 398625

Seguros 15000 15750 16538 17364 18233

Telefone fixointernet 20000 21000 22050 23153 24310

Telefone Moacutevel 12000 12600 13230 13892 14586

Vale Refeiccedilatildeo 75000 82500 90750 99825 109808

Vale Transporte 33000 34650 36383 38202 40112

Proacute- labore 200000 220000 286000 328900 361790

Taxas Bancaacuterias 8000 8400 8820 9261 9724

Total R$ 1597392 R$ 1720139 R$ 1900823 R$ 2064053 R$ 2227062

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

52

APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS

Item

Produccedilatildeo mensal meacutedia

Custo unitaacuterio total

Sugestatildeo Preccedilo de venda

Custo Mensal Total

Receita de vendas

Bolos artiacutesticos (recheios diversos) 150 6000 13500 900000 2025000

Bolos de copa (recheios diversos) 30 3600 8100 108000 243000

Naked cake (recheios diversos) 60 4200 9450 252000 567000

Doces Tradicionais 32 3500 7875 112000 252000

Doces Espelhados 32 5000 11250 160000 360000

Doces Finos 32 7500 16875 240000 540000

Brigadeiros gourmet 16 4500 10125 72000 162000

Tacinhas acriacutelicas 16 5500 12375 88000 198000

Trufas 32 5000 11250 160000 360000

Bombons 32 5000 11250 160000 360000

Bem casados 3200 100 225 320000 720000

Custo produccedilatildeo Total 2572000

Receita Total 5787000

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL

Ano Receita Bruta Variaccedilatildeo anual

Ano 1 000

Ano 2 69444000 9

Ano 3 75693960 9

Ano 4 82506416 9

Ano 5 89931994 9

Valor considerando a inflaccedilatildeo de 9 aa

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

41

O empreendimento iniciaraacute suas atividades com capital investido com

recursos proacuteprios da empreendedora

As estimativas de investimento inicial para abertura da empresa foi de

R$5162851 conforme tabela 4

TABELA 4 - INVESTIMENTO INICIAL

Descriccedilatildeo Valor (R$)

Maacutequinas e equipamentos Cozinha R$ 3084878

Utensiacutelios R$ 555075

Moacuteveis para escritoacuterio R$ 268982

Equipamentos de informaacutetica e eletrocircnicos R$ 446204

Outros custos escritoacuterio R$ 48912

Uniformes R$ 155800

Pintura Imoacutevel R$ 500000

Porta de Vidro R$ 103000

Total R$ 5162851

FONTE ELABORADO PELO AUTOR (2015)

423 Localizaccedilatildeo

Seraacute locado um imoacutevel para a instalaccedilatildeo da empresa localizado na Rua Heitor

Baggio Vidal 2508 Bairro Alto Curitiba ndash PR com o valor do aluguel mensal de

R$160000 (mil e seiscentos reais) O espaccedilo interno de 95msup2 seraacute dividido em trecircs

partes a primeira com 20msup2 vai ficar a recepccedilatildeo para receber os clientes efetuar

orccedilamentos e as degustaccedilotildees a segunda com 71msup2 a cozinha industrial onde seratildeo

fabricados os bolos e doces finos e a terceira com 4msup2 o lavabo

42

FOTO14 - FOTO DO IMOacuteVEL ONDE SERAacute INSTALADA A EMPRESA FONTE MP IMOacuteVEIS

424 Entregas

As entregas dos bolos e doces finos seratildeo efetuadas por uma empresa

parceira localizada no Bairro Alto o preccedilo das entregas em Curitiba e regiatildeo

metropolitana variam de R$2400 (vinte e quatro reais) a R$6000 (sessenta reais)

dependendo da localizaccedilatildeo tais valores seratildeo cobrados dos clientes

43 CAPITAL DE GIRO

O capital de giro inicial foi estimado levando em conta que no primeiro ano a

empresa vai produzir 8333 da sua capacidade atendendo em meacutedia 13 ventos

mensalmente sendo assim foram considerados os gastos operacionais necessaacuterios

para o iniacutecio das atividades incluindo o custo fixo mensal e o estoque inicial ambos

multiplicados por 2 e acrescidos de um percentual de 10 de margem de seguranccedila

para despesas natildeo previstas

43

TABELA 5 - CAPITAL DE GIRO

Item Valor (R$)

Estoque Inicial 5144000

Custo Fixo Mensal 3194783

Reserva (10) 833878

Total do Capital de Giro Inicial 9172662

FONTE ELABORDO PELO AUTOR

44 FLUXO DE CAIXA

ldquoFluxo de Caixa eacute um Instrumento de gestatildeo financeira que projeta para

periacuteodos futuros todas as entradas e as saiacutedas de recursos financeiros da empresa

indicando como seraacute o saldo de caixa para o periacuteodo projetadordquo (SEBRAE)

Na tabela 6 eacute apresentada a projeccedilatildeo do Fluxo de Caixa da empresa para os

seus primeiros cinco anos onde fica evidenciado que do primeiro ateacute o quinto ano a

sauacutede financeira da empresa melhora gradativamente sendo que no final do quinto

ano o saldo em caixa ultrapassa os 300 se comparado com o saldo em caixa no

final do primeiro ano

Pode-se observar que natildeo foi inserida no fluxo de caixa a opccedilatildeo de

inadimplecircncia pois todos os pagamentos seratildeo efetuados agrave vista em dinheiro ou

cartatildeo sendo que o pagamento total dos produtos deve ser efetuado no miacutenimo 10

dias antes da data do evento

44

TABELA 6 - PROJECcedilAtildeO DE FLUXO DE CAIXA NOS PRIMEIROS CINCO ANOS

Descriccedilatildeo Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

Investimento Inicial (5162851)

Capital de Giro (9172662) 9172662

Valor Residual 1548855

Total de entradas 000 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873

Previsatildeo Receitas de vendas 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873

Total de Saiacutedas (14335513) (44888699) (54283425) (59479393) (64738409) (70291804)

(-)Fornecedores (25720000) (33641760) (36669518) (39969775) (43567055)

(-)Folha de pagamento (3267192) (3593911) (3953302) (4348633) (4783496)

(-)Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)

(963216) (1011377) (1061946) (1115043) (1170795)

(-)Retiradas soacutecios (2400000) (2640000) (3432000) (3946800) (4341480)

(-)Impostos s vendas (4654291) (5073177) (5573767) (6075406) (6622192)

(-)Alugueacuteis (1920000) (2016000) (2116800) (2222640) (2333772)

(-)Energia eleacutetrica (840000) (882000) (926100) (972405) (1021025)

(-)Aacutegua (300000) (315000) (330750) (347288) (364652)

(-)Telefone (384000) (403200) (423360) (444528) (466754)

(-)Gaacutes (588000) (617400) (648270) (680684) (714718)

(-)Serviccedilos contabilidade (960000) (1008000) (1058400) (1111320) (1166886)

(-)Manutenccedilatildeo (600000) (630000) (661500) (694575) (729304)

(-)Outras despesas com funcionaacuterios

(1296000) (1405800) (1525590) (1656320) (1799030)

(-)Taxas bancaacuterias (96000) (100800) (105840) (111132) (116689)

(-)Outros pagamentos (900000) (945000) (992250) (1041863) (1093956)

Entradas - Saiacutedas (14335513) 12981301 21410535 23027023 25193585 27734070

Depreciaccedilatildeo 000 (631377) (631377) (631377) (631377) (631377)

Saldo Final (14335513) 12349924 20779158 22395647 24562208 37824209

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

A depreciaccedilatildeo foi calculada considerando o prazo de vida uacutetil meacutedio de 10

anos das maacutequinas equipamentos instalaccedilotildees moacuteveis e utensiacutelios e para os

computadores e perifeacutericos foi considerado o prazo de vida uacutetil de 5 anos conforme

demonstrado na tabela 7

TABELA 7 - DEPRECIACcedilAtildeO

Item Valor Inicial Taxa Anual Depreciaccedilatildeo Anual (R$)

Maacutequinas e equipamentos 3084878 10 308488

Instalaccedilotildees 103000 10 10300

Moacuteveis e Utensiacutelios 824057 10 82406

Computadores e Perifeacutericos 446204 20 89241

Outros 704712 20 140942

Total 631377

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

45

O valor residual dos equipamentos e instalaccedilotildees da empresa no final do quinto

ano foi considerado em 30 referente ao valor de aquisiccedilatildeo dos mesmos no iniacutecio do

projeto

45 ANAacuteLISE DOS INDICADORES (VPL TIR E PAYBACK)

451 Valor Presente Liacutequido (VPL)

A tabela 8 mostra que o VPL (Valor Presente Liacutequido) eacute positivo isso significa

que aleacutem de recuperar o investimento inicial ainda vai ser agregado ao valor da

empresa um montante de R$ R$50392407 (quinhentos e trecircs mil novecentos e vinte

quatro reais e sete centavos)

A taxa de retorno requerida de 20 foi determinada levando em conta o niacutevel

de risco do projeto e visando o valor desejado para se obter em cima do valor

investido

TABELA 8 - CALCULO DO VALOR PRESENTE LIacuteQUIDO (VPL)

Anos FC k 2000

0 -$143355 VPL $50392407

1 $123499 VPL $50392407

2 $207792 VPL $50392407

3 $223956 VPL $21761126

4 $245622 VPL $21761126

5 $378242 Decisatildeo Aceitar o Projeto

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

452 Taxa Interna de Retorno (TIR)

Conforme a tabela 9 eacute possiacutevel verificar que a TIR (Taxa Interna de Retorno)

eacute de 11593 maior que a taxa requerida de 20 isso significa que custo inicial seraacute

46

recuperado e o projeto vai criar valor para empresa mais um resultado favoraacutevel para

a aceitaccedilatildeo do projeto

TABELA 9 - TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR)

Anos FC

0 -$143355 TIR 11593

1 $123499 TIR 2168

2 $207792 TIR 2168

3 $223956 Decisatildeo

4 $245622 k 2000

5 $378242 Aceitar o projeto

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

453 Payback

O tempo de recuperaccedilatildeo do custo inicial ocorre normalmente entre o quarto e

o quinto ano se for feita a anaacutelise da tabela 10 eacute possiacutevel verificar que o tempo

necessaacuterio para o retorno do investimento (payback) do projeto eacute de 128 anos este

indicador mostra claramente que o projeto deve ser aceito pois o tempo de retorno

estaacute bem abaixo do tempo meacutedio dos empreendimentos como um todo

TABELA 10 - PAYBACK

k 20

Anos FC SPresente

0 -$143355 -$143355 PBD-SP = 128

1 $123499 -$40439 128

2 $207792 $103861

3 $223956 $233465

4 $245622 $351917

5 $378242 $503924

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

47

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Para iniciar um negoacutecio requer muito mais do que apenas o espiacuterito

empreendedor eacute necessaacuterio ter lideranccedila conhecimento sobre o mercado que deseja

atuar organizaccedilatildeo e principalmente planejamento

O principal objetivo desse estudo foi analisar a viabilidade econocircmico-

financeira da abertura de uma empresa de bolos e doces finos no Bairro Alto em

Curitiba

O objetivo apresentado nesta pesquisa foi atingido pois todos os indicadores

analisados mostram com clareza que empresa obteacutem resultados positivos que criam

valor para a mesma e com isso o projeto eacute viaacutevel economicamente pois do primeiro

ao quinto ano fica visiacutevel o crescimento do empreendimento e a melhora significativa

da sua sauacutede financeira isso fica evidenciado no saldo final em caixa no quinto ano

que chega proacuteximo haacute 400 mil reais Apesar disso eacute crucial o acompanhamento do

mercado para seguir as tendecircncias e se atualizar constantemente para tomar

decisotildees mais assertivas

Um negoacutecio mal avaliado pode arruinar a estabilidade econocircmica do

investidor por isso eacute de extrema importacircncia fazer todos os levantamentos de custos

antes de se aventurar em qualquer empreendimento

Eacute possiacutevel comprovar que a pesquisa realizada contribui positivamente para

abertura da empresa No entanto as informaccedilotildees aqui presentes natildeo satildeo estaacuteticas e

devem ser revisadas periodicamente e se preciso ateacute mesmo ampliadas no decorrer

da implantaccedilatildeo do projeto para que o mesmo seja uma ferramenta eficiente e eficaz

no desenvolvimento da empresa como um todo

48

REFEREcircNCIAS

BRITO Paulo Anaacutelise e viabilidade de projetos de investimento Satildeo Paulo Atlas 2003 DOLABELA Fernando O segredo de Luiacutesa 30 ed Satildeo Paulo Editora de Cultura 2006 DORNELAS Joseacute Carlos Assis Empreendedorismo transformando ideias em negoacutecios 4 ed Rio de Janeiro Campus Elsevier 2012 CENSO Demograacutefico 2010 Resultados gerais da amostra Curitiba IBGE 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=410690ampidtema=87ampsearch=parana|curitiba|censo-demografico-2010-resultados-gerais-da-amostra-gt Acesso em 21 de Junho de 2015 CHIAVENATO Idalberto Empreendedorismo dando asas ao espiacuterito empreendedor empreendedorismo e a viabilidade de novas empresas um guia eficiente para iniciar e tocar seu proacuteprio negoacutecio 2 ed Satildeo Paulo Saraiva 2007 ESTATIacuteSTICAS do registro civil 2012 Curitiba IBGE 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaoregistrocivil2012default_xlsshtmgt Acesso em 21 de Junho de 2015 GIL Antonio Carlos Meacutetodos e teacutecnicas de pesquisa social 6 ed Satildeo Paulo Atlas 2008 KOTLER Philip KELLER Kevin Lane Administraccedilatildeo de Marketing 12 ed Satildeo Paulo ABDR 2006 LAPPONI Juan Carlos Projetos de Investimento na Empresa Rio de Janeiro Elsevier 2007 MACHADO Jesseacute Anderson Pinto Projetos Econocircmicos uma abordagem praacutetica de elaboraccedilatildeo Satildeo Paulo Nobel 2002 MICHEL Maria Helena Metodologia e pesquisa cientiacutefica em ciecircncias sociais 2 ed Satildeo Paulo Atlas 2009 OLIVEIRA Djalma de Pinho Rebouccedilas de Planejamento estrateacutegico conceitos metodologia e praacuteticas 20 ed Satildeo Paulo Atlas 2004 PRODANOV Cleber Cristiano ERNANI Cesar de Freitas Metodologia do trabalho cientiacutefico meacutetodo e teacutecnicas da pesquisa e do trabalho acadecircmico 2 ed Novo Hamburgo Freevale 2013

49

REBELATTO Dayse Projeto de Investimento 1 ed Barueri Manole 2004 SEBRAE Pesquisa de Mercado o que eacute e para que serve Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrsitesPortalSebraeartigosPesquisa-de-mercado-o-que-C3A9-e-para-que-servegt Acesso em 21 de Junho de 2015 SEBRAE Fluxo de caixa Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrSebraePortal20SebraeAnexos0_fluxo-de-caixapdfgt Acesso em 10 de Outubro de 2015 WILDAUER Egon Walter Plano de negoacutecios elementos construtivos e processos de elaboraccedilatildeo 2 ed Curitiba Ibpex 2011 WOILER Samsatildeo MATHIAS Washington Franco Projetos planejamento elaboraccedilatildeo anaacutelise 1 ed Satildeo Paulo Atlas 1994

50

APEcircNDICES

APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL 51

APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS 52

APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL 52

51

APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL

Item Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

Aacutegua 25000 26250 27563 28941 30388

Aluguel 160000 168000 176400 185220 194481

Assessoria Contaacutebil 80000 84000 88200 92610 97241

Gaacutes 49000 51450 54023 56724 59560

Impostos 387858 422765 464481 506284 551849

Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)

80268 84281 88495 92920 97566

Energia eleacutetrica 70000 73500 77175 81034 85085

Manutenccedilatildeo 50000 52500 55125 57881 60775

Material de escritoacuterio 20000 21000 22050 23153 24310

Material de Limpeza 40000 42000 44100 46305 48620

Folha de pagamento 272266 299493 329442 362386 398625

Seguros 15000 15750 16538 17364 18233

Telefone fixointernet 20000 21000 22050 23153 24310

Telefone Moacutevel 12000 12600 13230 13892 14586

Vale Refeiccedilatildeo 75000 82500 90750 99825 109808

Vale Transporte 33000 34650 36383 38202 40112

Proacute- labore 200000 220000 286000 328900 361790

Taxas Bancaacuterias 8000 8400 8820 9261 9724

Total R$ 1597392 R$ 1720139 R$ 1900823 R$ 2064053 R$ 2227062

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

52

APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS

Item

Produccedilatildeo mensal meacutedia

Custo unitaacuterio total

Sugestatildeo Preccedilo de venda

Custo Mensal Total

Receita de vendas

Bolos artiacutesticos (recheios diversos) 150 6000 13500 900000 2025000

Bolos de copa (recheios diversos) 30 3600 8100 108000 243000

Naked cake (recheios diversos) 60 4200 9450 252000 567000

Doces Tradicionais 32 3500 7875 112000 252000

Doces Espelhados 32 5000 11250 160000 360000

Doces Finos 32 7500 16875 240000 540000

Brigadeiros gourmet 16 4500 10125 72000 162000

Tacinhas acriacutelicas 16 5500 12375 88000 198000

Trufas 32 5000 11250 160000 360000

Bombons 32 5000 11250 160000 360000

Bem casados 3200 100 225 320000 720000

Custo produccedilatildeo Total 2572000

Receita Total 5787000

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL

Ano Receita Bruta Variaccedilatildeo anual

Ano 1 000

Ano 2 69444000 9

Ano 3 75693960 9

Ano 4 82506416 9

Ano 5 89931994 9

Valor considerando a inflaccedilatildeo de 9 aa

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

42

FOTO14 - FOTO DO IMOacuteVEL ONDE SERAacute INSTALADA A EMPRESA FONTE MP IMOacuteVEIS

424 Entregas

As entregas dos bolos e doces finos seratildeo efetuadas por uma empresa

parceira localizada no Bairro Alto o preccedilo das entregas em Curitiba e regiatildeo

metropolitana variam de R$2400 (vinte e quatro reais) a R$6000 (sessenta reais)

dependendo da localizaccedilatildeo tais valores seratildeo cobrados dos clientes

43 CAPITAL DE GIRO

O capital de giro inicial foi estimado levando em conta que no primeiro ano a

empresa vai produzir 8333 da sua capacidade atendendo em meacutedia 13 ventos

mensalmente sendo assim foram considerados os gastos operacionais necessaacuterios

para o iniacutecio das atividades incluindo o custo fixo mensal e o estoque inicial ambos

multiplicados por 2 e acrescidos de um percentual de 10 de margem de seguranccedila

para despesas natildeo previstas

43

TABELA 5 - CAPITAL DE GIRO

Item Valor (R$)

Estoque Inicial 5144000

Custo Fixo Mensal 3194783

Reserva (10) 833878

Total do Capital de Giro Inicial 9172662

FONTE ELABORDO PELO AUTOR

44 FLUXO DE CAIXA

ldquoFluxo de Caixa eacute um Instrumento de gestatildeo financeira que projeta para

periacuteodos futuros todas as entradas e as saiacutedas de recursos financeiros da empresa

indicando como seraacute o saldo de caixa para o periacuteodo projetadordquo (SEBRAE)

Na tabela 6 eacute apresentada a projeccedilatildeo do Fluxo de Caixa da empresa para os

seus primeiros cinco anos onde fica evidenciado que do primeiro ateacute o quinto ano a

sauacutede financeira da empresa melhora gradativamente sendo que no final do quinto

ano o saldo em caixa ultrapassa os 300 se comparado com o saldo em caixa no

final do primeiro ano

Pode-se observar que natildeo foi inserida no fluxo de caixa a opccedilatildeo de

inadimplecircncia pois todos os pagamentos seratildeo efetuados agrave vista em dinheiro ou

cartatildeo sendo que o pagamento total dos produtos deve ser efetuado no miacutenimo 10

dias antes da data do evento

44

TABELA 6 - PROJECcedilAtildeO DE FLUXO DE CAIXA NOS PRIMEIROS CINCO ANOS

Descriccedilatildeo Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

Investimento Inicial (5162851)

Capital de Giro (9172662) 9172662

Valor Residual 1548855

Total de entradas 000 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873

Previsatildeo Receitas de vendas 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873

Total de Saiacutedas (14335513) (44888699) (54283425) (59479393) (64738409) (70291804)

(-)Fornecedores (25720000) (33641760) (36669518) (39969775) (43567055)

(-)Folha de pagamento (3267192) (3593911) (3953302) (4348633) (4783496)

(-)Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)

(963216) (1011377) (1061946) (1115043) (1170795)

(-)Retiradas soacutecios (2400000) (2640000) (3432000) (3946800) (4341480)

(-)Impostos s vendas (4654291) (5073177) (5573767) (6075406) (6622192)

(-)Alugueacuteis (1920000) (2016000) (2116800) (2222640) (2333772)

(-)Energia eleacutetrica (840000) (882000) (926100) (972405) (1021025)

(-)Aacutegua (300000) (315000) (330750) (347288) (364652)

(-)Telefone (384000) (403200) (423360) (444528) (466754)

(-)Gaacutes (588000) (617400) (648270) (680684) (714718)

(-)Serviccedilos contabilidade (960000) (1008000) (1058400) (1111320) (1166886)

(-)Manutenccedilatildeo (600000) (630000) (661500) (694575) (729304)

(-)Outras despesas com funcionaacuterios

(1296000) (1405800) (1525590) (1656320) (1799030)

(-)Taxas bancaacuterias (96000) (100800) (105840) (111132) (116689)

(-)Outros pagamentos (900000) (945000) (992250) (1041863) (1093956)

Entradas - Saiacutedas (14335513) 12981301 21410535 23027023 25193585 27734070

Depreciaccedilatildeo 000 (631377) (631377) (631377) (631377) (631377)

Saldo Final (14335513) 12349924 20779158 22395647 24562208 37824209

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

A depreciaccedilatildeo foi calculada considerando o prazo de vida uacutetil meacutedio de 10

anos das maacutequinas equipamentos instalaccedilotildees moacuteveis e utensiacutelios e para os

computadores e perifeacutericos foi considerado o prazo de vida uacutetil de 5 anos conforme

demonstrado na tabela 7

TABELA 7 - DEPRECIACcedilAtildeO

Item Valor Inicial Taxa Anual Depreciaccedilatildeo Anual (R$)

Maacutequinas e equipamentos 3084878 10 308488

Instalaccedilotildees 103000 10 10300

Moacuteveis e Utensiacutelios 824057 10 82406

Computadores e Perifeacutericos 446204 20 89241

Outros 704712 20 140942

Total 631377

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

45

O valor residual dos equipamentos e instalaccedilotildees da empresa no final do quinto

ano foi considerado em 30 referente ao valor de aquisiccedilatildeo dos mesmos no iniacutecio do

projeto

45 ANAacuteLISE DOS INDICADORES (VPL TIR E PAYBACK)

451 Valor Presente Liacutequido (VPL)

A tabela 8 mostra que o VPL (Valor Presente Liacutequido) eacute positivo isso significa

que aleacutem de recuperar o investimento inicial ainda vai ser agregado ao valor da

empresa um montante de R$ R$50392407 (quinhentos e trecircs mil novecentos e vinte

quatro reais e sete centavos)

A taxa de retorno requerida de 20 foi determinada levando em conta o niacutevel

de risco do projeto e visando o valor desejado para se obter em cima do valor

investido

TABELA 8 - CALCULO DO VALOR PRESENTE LIacuteQUIDO (VPL)

Anos FC k 2000

0 -$143355 VPL $50392407

1 $123499 VPL $50392407

2 $207792 VPL $50392407

3 $223956 VPL $21761126

4 $245622 VPL $21761126

5 $378242 Decisatildeo Aceitar o Projeto

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

452 Taxa Interna de Retorno (TIR)

Conforme a tabela 9 eacute possiacutevel verificar que a TIR (Taxa Interna de Retorno)

eacute de 11593 maior que a taxa requerida de 20 isso significa que custo inicial seraacute

46

recuperado e o projeto vai criar valor para empresa mais um resultado favoraacutevel para

a aceitaccedilatildeo do projeto

TABELA 9 - TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR)

Anos FC

0 -$143355 TIR 11593

1 $123499 TIR 2168

2 $207792 TIR 2168

3 $223956 Decisatildeo

4 $245622 k 2000

5 $378242 Aceitar o projeto

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

453 Payback

O tempo de recuperaccedilatildeo do custo inicial ocorre normalmente entre o quarto e

o quinto ano se for feita a anaacutelise da tabela 10 eacute possiacutevel verificar que o tempo

necessaacuterio para o retorno do investimento (payback) do projeto eacute de 128 anos este

indicador mostra claramente que o projeto deve ser aceito pois o tempo de retorno

estaacute bem abaixo do tempo meacutedio dos empreendimentos como um todo

TABELA 10 - PAYBACK

k 20

Anos FC SPresente

0 -$143355 -$143355 PBD-SP = 128

1 $123499 -$40439 128

2 $207792 $103861

3 $223956 $233465

4 $245622 $351917

5 $378242 $503924

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

47

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Para iniciar um negoacutecio requer muito mais do que apenas o espiacuterito

empreendedor eacute necessaacuterio ter lideranccedila conhecimento sobre o mercado que deseja

atuar organizaccedilatildeo e principalmente planejamento

O principal objetivo desse estudo foi analisar a viabilidade econocircmico-

financeira da abertura de uma empresa de bolos e doces finos no Bairro Alto em

Curitiba

O objetivo apresentado nesta pesquisa foi atingido pois todos os indicadores

analisados mostram com clareza que empresa obteacutem resultados positivos que criam

valor para a mesma e com isso o projeto eacute viaacutevel economicamente pois do primeiro

ao quinto ano fica visiacutevel o crescimento do empreendimento e a melhora significativa

da sua sauacutede financeira isso fica evidenciado no saldo final em caixa no quinto ano

que chega proacuteximo haacute 400 mil reais Apesar disso eacute crucial o acompanhamento do

mercado para seguir as tendecircncias e se atualizar constantemente para tomar

decisotildees mais assertivas

Um negoacutecio mal avaliado pode arruinar a estabilidade econocircmica do

investidor por isso eacute de extrema importacircncia fazer todos os levantamentos de custos

antes de se aventurar em qualquer empreendimento

Eacute possiacutevel comprovar que a pesquisa realizada contribui positivamente para

abertura da empresa No entanto as informaccedilotildees aqui presentes natildeo satildeo estaacuteticas e

devem ser revisadas periodicamente e se preciso ateacute mesmo ampliadas no decorrer

da implantaccedilatildeo do projeto para que o mesmo seja uma ferramenta eficiente e eficaz

no desenvolvimento da empresa como um todo

48

REFEREcircNCIAS

BRITO Paulo Anaacutelise e viabilidade de projetos de investimento Satildeo Paulo Atlas 2003 DOLABELA Fernando O segredo de Luiacutesa 30 ed Satildeo Paulo Editora de Cultura 2006 DORNELAS Joseacute Carlos Assis Empreendedorismo transformando ideias em negoacutecios 4 ed Rio de Janeiro Campus Elsevier 2012 CENSO Demograacutefico 2010 Resultados gerais da amostra Curitiba IBGE 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=410690ampidtema=87ampsearch=parana|curitiba|censo-demografico-2010-resultados-gerais-da-amostra-gt Acesso em 21 de Junho de 2015 CHIAVENATO Idalberto Empreendedorismo dando asas ao espiacuterito empreendedor empreendedorismo e a viabilidade de novas empresas um guia eficiente para iniciar e tocar seu proacuteprio negoacutecio 2 ed Satildeo Paulo Saraiva 2007 ESTATIacuteSTICAS do registro civil 2012 Curitiba IBGE 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaoregistrocivil2012default_xlsshtmgt Acesso em 21 de Junho de 2015 GIL Antonio Carlos Meacutetodos e teacutecnicas de pesquisa social 6 ed Satildeo Paulo Atlas 2008 KOTLER Philip KELLER Kevin Lane Administraccedilatildeo de Marketing 12 ed Satildeo Paulo ABDR 2006 LAPPONI Juan Carlos Projetos de Investimento na Empresa Rio de Janeiro Elsevier 2007 MACHADO Jesseacute Anderson Pinto Projetos Econocircmicos uma abordagem praacutetica de elaboraccedilatildeo Satildeo Paulo Nobel 2002 MICHEL Maria Helena Metodologia e pesquisa cientiacutefica em ciecircncias sociais 2 ed Satildeo Paulo Atlas 2009 OLIVEIRA Djalma de Pinho Rebouccedilas de Planejamento estrateacutegico conceitos metodologia e praacuteticas 20 ed Satildeo Paulo Atlas 2004 PRODANOV Cleber Cristiano ERNANI Cesar de Freitas Metodologia do trabalho cientiacutefico meacutetodo e teacutecnicas da pesquisa e do trabalho acadecircmico 2 ed Novo Hamburgo Freevale 2013

49

REBELATTO Dayse Projeto de Investimento 1 ed Barueri Manole 2004 SEBRAE Pesquisa de Mercado o que eacute e para que serve Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrsitesPortalSebraeartigosPesquisa-de-mercado-o-que-C3A9-e-para-que-servegt Acesso em 21 de Junho de 2015 SEBRAE Fluxo de caixa Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrSebraePortal20SebraeAnexos0_fluxo-de-caixapdfgt Acesso em 10 de Outubro de 2015 WILDAUER Egon Walter Plano de negoacutecios elementos construtivos e processos de elaboraccedilatildeo 2 ed Curitiba Ibpex 2011 WOILER Samsatildeo MATHIAS Washington Franco Projetos planejamento elaboraccedilatildeo anaacutelise 1 ed Satildeo Paulo Atlas 1994

50

APEcircNDICES

APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL 51

APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS 52

APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL 52

51

APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL

Item Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

Aacutegua 25000 26250 27563 28941 30388

Aluguel 160000 168000 176400 185220 194481

Assessoria Contaacutebil 80000 84000 88200 92610 97241

Gaacutes 49000 51450 54023 56724 59560

Impostos 387858 422765 464481 506284 551849

Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)

80268 84281 88495 92920 97566

Energia eleacutetrica 70000 73500 77175 81034 85085

Manutenccedilatildeo 50000 52500 55125 57881 60775

Material de escritoacuterio 20000 21000 22050 23153 24310

Material de Limpeza 40000 42000 44100 46305 48620

Folha de pagamento 272266 299493 329442 362386 398625

Seguros 15000 15750 16538 17364 18233

Telefone fixointernet 20000 21000 22050 23153 24310

Telefone Moacutevel 12000 12600 13230 13892 14586

Vale Refeiccedilatildeo 75000 82500 90750 99825 109808

Vale Transporte 33000 34650 36383 38202 40112

Proacute- labore 200000 220000 286000 328900 361790

Taxas Bancaacuterias 8000 8400 8820 9261 9724

Total R$ 1597392 R$ 1720139 R$ 1900823 R$ 2064053 R$ 2227062

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

52

APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS

Item

Produccedilatildeo mensal meacutedia

Custo unitaacuterio total

Sugestatildeo Preccedilo de venda

Custo Mensal Total

Receita de vendas

Bolos artiacutesticos (recheios diversos) 150 6000 13500 900000 2025000

Bolos de copa (recheios diversos) 30 3600 8100 108000 243000

Naked cake (recheios diversos) 60 4200 9450 252000 567000

Doces Tradicionais 32 3500 7875 112000 252000

Doces Espelhados 32 5000 11250 160000 360000

Doces Finos 32 7500 16875 240000 540000

Brigadeiros gourmet 16 4500 10125 72000 162000

Tacinhas acriacutelicas 16 5500 12375 88000 198000

Trufas 32 5000 11250 160000 360000

Bombons 32 5000 11250 160000 360000

Bem casados 3200 100 225 320000 720000

Custo produccedilatildeo Total 2572000

Receita Total 5787000

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL

Ano Receita Bruta Variaccedilatildeo anual

Ano 1 000

Ano 2 69444000 9

Ano 3 75693960 9

Ano 4 82506416 9

Ano 5 89931994 9

Valor considerando a inflaccedilatildeo de 9 aa

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

43

TABELA 5 - CAPITAL DE GIRO

Item Valor (R$)

Estoque Inicial 5144000

Custo Fixo Mensal 3194783

Reserva (10) 833878

Total do Capital de Giro Inicial 9172662

FONTE ELABORDO PELO AUTOR

44 FLUXO DE CAIXA

ldquoFluxo de Caixa eacute um Instrumento de gestatildeo financeira que projeta para

periacuteodos futuros todas as entradas e as saiacutedas de recursos financeiros da empresa

indicando como seraacute o saldo de caixa para o periacuteodo projetadordquo (SEBRAE)

Na tabela 6 eacute apresentada a projeccedilatildeo do Fluxo de Caixa da empresa para os

seus primeiros cinco anos onde fica evidenciado que do primeiro ateacute o quinto ano a

sauacutede financeira da empresa melhora gradativamente sendo que no final do quinto

ano o saldo em caixa ultrapassa os 300 se comparado com o saldo em caixa no

final do primeiro ano

Pode-se observar que natildeo foi inserida no fluxo de caixa a opccedilatildeo de

inadimplecircncia pois todos os pagamentos seratildeo efetuados agrave vista em dinheiro ou

cartatildeo sendo que o pagamento total dos produtos deve ser efetuado no miacutenimo 10

dias antes da data do evento

44

TABELA 6 - PROJECcedilAtildeO DE FLUXO DE CAIXA NOS PRIMEIROS CINCO ANOS

Descriccedilatildeo Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

Investimento Inicial (5162851)

Capital de Giro (9172662) 9172662

Valor Residual 1548855

Total de entradas 000 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873

Previsatildeo Receitas de vendas 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873

Total de Saiacutedas (14335513) (44888699) (54283425) (59479393) (64738409) (70291804)

(-)Fornecedores (25720000) (33641760) (36669518) (39969775) (43567055)

(-)Folha de pagamento (3267192) (3593911) (3953302) (4348633) (4783496)

(-)Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)

(963216) (1011377) (1061946) (1115043) (1170795)

(-)Retiradas soacutecios (2400000) (2640000) (3432000) (3946800) (4341480)

(-)Impostos s vendas (4654291) (5073177) (5573767) (6075406) (6622192)

(-)Alugueacuteis (1920000) (2016000) (2116800) (2222640) (2333772)

(-)Energia eleacutetrica (840000) (882000) (926100) (972405) (1021025)

(-)Aacutegua (300000) (315000) (330750) (347288) (364652)

(-)Telefone (384000) (403200) (423360) (444528) (466754)

(-)Gaacutes (588000) (617400) (648270) (680684) (714718)

(-)Serviccedilos contabilidade (960000) (1008000) (1058400) (1111320) (1166886)

(-)Manutenccedilatildeo (600000) (630000) (661500) (694575) (729304)

(-)Outras despesas com funcionaacuterios

(1296000) (1405800) (1525590) (1656320) (1799030)

(-)Taxas bancaacuterias (96000) (100800) (105840) (111132) (116689)

(-)Outros pagamentos (900000) (945000) (992250) (1041863) (1093956)

Entradas - Saiacutedas (14335513) 12981301 21410535 23027023 25193585 27734070

Depreciaccedilatildeo 000 (631377) (631377) (631377) (631377) (631377)

Saldo Final (14335513) 12349924 20779158 22395647 24562208 37824209

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

A depreciaccedilatildeo foi calculada considerando o prazo de vida uacutetil meacutedio de 10

anos das maacutequinas equipamentos instalaccedilotildees moacuteveis e utensiacutelios e para os

computadores e perifeacutericos foi considerado o prazo de vida uacutetil de 5 anos conforme

demonstrado na tabela 7

TABELA 7 - DEPRECIACcedilAtildeO

Item Valor Inicial Taxa Anual Depreciaccedilatildeo Anual (R$)

Maacutequinas e equipamentos 3084878 10 308488

Instalaccedilotildees 103000 10 10300

Moacuteveis e Utensiacutelios 824057 10 82406

Computadores e Perifeacutericos 446204 20 89241

Outros 704712 20 140942

Total 631377

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

45

O valor residual dos equipamentos e instalaccedilotildees da empresa no final do quinto

ano foi considerado em 30 referente ao valor de aquisiccedilatildeo dos mesmos no iniacutecio do

projeto

45 ANAacuteLISE DOS INDICADORES (VPL TIR E PAYBACK)

451 Valor Presente Liacutequido (VPL)

A tabela 8 mostra que o VPL (Valor Presente Liacutequido) eacute positivo isso significa

que aleacutem de recuperar o investimento inicial ainda vai ser agregado ao valor da

empresa um montante de R$ R$50392407 (quinhentos e trecircs mil novecentos e vinte

quatro reais e sete centavos)

A taxa de retorno requerida de 20 foi determinada levando em conta o niacutevel

de risco do projeto e visando o valor desejado para se obter em cima do valor

investido

TABELA 8 - CALCULO DO VALOR PRESENTE LIacuteQUIDO (VPL)

Anos FC k 2000

0 -$143355 VPL $50392407

1 $123499 VPL $50392407

2 $207792 VPL $50392407

3 $223956 VPL $21761126

4 $245622 VPL $21761126

5 $378242 Decisatildeo Aceitar o Projeto

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

452 Taxa Interna de Retorno (TIR)

Conforme a tabela 9 eacute possiacutevel verificar que a TIR (Taxa Interna de Retorno)

eacute de 11593 maior que a taxa requerida de 20 isso significa que custo inicial seraacute

46

recuperado e o projeto vai criar valor para empresa mais um resultado favoraacutevel para

a aceitaccedilatildeo do projeto

TABELA 9 - TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR)

Anos FC

0 -$143355 TIR 11593

1 $123499 TIR 2168

2 $207792 TIR 2168

3 $223956 Decisatildeo

4 $245622 k 2000

5 $378242 Aceitar o projeto

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

453 Payback

O tempo de recuperaccedilatildeo do custo inicial ocorre normalmente entre o quarto e

o quinto ano se for feita a anaacutelise da tabela 10 eacute possiacutevel verificar que o tempo

necessaacuterio para o retorno do investimento (payback) do projeto eacute de 128 anos este

indicador mostra claramente que o projeto deve ser aceito pois o tempo de retorno

estaacute bem abaixo do tempo meacutedio dos empreendimentos como um todo

TABELA 10 - PAYBACK

k 20

Anos FC SPresente

0 -$143355 -$143355 PBD-SP = 128

1 $123499 -$40439 128

2 $207792 $103861

3 $223956 $233465

4 $245622 $351917

5 $378242 $503924

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

47

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Para iniciar um negoacutecio requer muito mais do que apenas o espiacuterito

empreendedor eacute necessaacuterio ter lideranccedila conhecimento sobre o mercado que deseja

atuar organizaccedilatildeo e principalmente planejamento

O principal objetivo desse estudo foi analisar a viabilidade econocircmico-

financeira da abertura de uma empresa de bolos e doces finos no Bairro Alto em

Curitiba

O objetivo apresentado nesta pesquisa foi atingido pois todos os indicadores

analisados mostram com clareza que empresa obteacutem resultados positivos que criam

valor para a mesma e com isso o projeto eacute viaacutevel economicamente pois do primeiro

ao quinto ano fica visiacutevel o crescimento do empreendimento e a melhora significativa

da sua sauacutede financeira isso fica evidenciado no saldo final em caixa no quinto ano

que chega proacuteximo haacute 400 mil reais Apesar disso eacute crucial o acompanhamento do

mercado para seguir as tendecircncias e se atualizar constantemente para tomar

decisotildees mais assertivas

Um negoacutecio mal avaliado pode arruinar a estabilidade econocircmica do

investidor por isso eacute de extrema importacircncia fazer todos os levantamentos de custos

antes de se aventurar em qualquer empreendimento

Eacute possiacutevel comprovar que a pesquisa realizada contribui positivamente para

abertura da empresa No entanto as informaccedilotildees aqui presentes natildeo satildeo estaacuteticas e

devem ser revisadas periodicamente e se preciso ateacute mesmo ampliadas no decorrer

da implantaccedilatildeo do projeto para que o mesmo seja uma ferramenta eficiente e eficaz

no desenvolvimento da empresa como um todo

48

REFEREcircNCIAS

BRITO Paulo Anaacutelise e viabilidade de projetos de investimento Satildeo Paulo Atlas 2003 DOLABELA Fernando O segredo de Luiacutesa 30 ed Satildeo Paulo Editora de Cultura 2006 DORNELAS Joseacute Carlos Assis Empreendedorismo transformando ideias em negoacutecios 4 ed Rio de Janeiro Campus Elsevier 2012 CENSO Demograacutefico 2010 Resultados gerais da amostra Curitiba IBGE 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=410690ampidtema=87ampsearch=parana|curitiba|censo-demografico-2010-resultados-gerais-da-amostra-gt Acesso em 21 de Junho de 2015 CHIAVENATO Idalberto Empreendedorismo dando asas ao espiacuterito empreendedor empreendedorismo e a viabilidade de novas empresas um guia eficiente para iniciar e tocar seu proacuteprio negoacutecio 2 ed Satildeo Paulo Saraiva 2007 ESTATIacuteSTICAS do registro civil 2012 Curitiba IBGE 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaoregistrocivil2012default_xlsshtmgt Acesso em 21 de Junho de 2015 GIL Antonio Carlos Meacutetodos e teacutecnicas de pesquisa social 6 ed Satildeo Paulo Atlas 2008 KOTLER Philip KELLER Kevin Lane Administraccedilatildeo de Marketing 12 ed Satildeo Paulo ABDR 2006 LAPPONI Juan Carlos Projetos de Investimento na Empresa Rio de Janeiro Elsevier 2007 MACHADO Jesseacute Anderson Pinto Projetos Econocircmicos uma abordagem praacutetica de elaboraccedilatildeo Satildeo Paulo Nobel 2002 MICHEL Maria Helena Metodologia e pesquisa cientiacutefica em ciecircncias sociais 2 ed Satildeo Paulo Atlas 2009 OLIVEIRA Djalma de Pinho Rebouccedilas de Planejamento estrateacutegico conceitos metodologia e praacuteticas 20 ed Satildeo Paulo Atlas 2004 PRODANOV Cleber Cristiano ERNANI Cesar de Freitas Metodologia do trabalho cientiacutefico meacutetodo e teacutecnicas da pesquisa e do trabalho acadecircmico 2 ed Novo Hamburgo Freevale 2013

49

REBELATTO Dayse Projeto de Investimento 1 ed Barueri Manole 2004 SEBRAE Pesquisa de Mercado o que eacute e para que serve Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrsitesPortalSebraeartigosPesquisa-de-mercado-o-que-C3A9-e-para-que-servegt Acesso em 21 de Junho de 2015 SEBRAE Fluxo de caixa Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrSebraePortal20SebraeAnexos0_fluxo-de-caixapdfgt Acesso em 10 de Outubro de 2015 WILDAUER Egon Walter Plano de negoacutecios elementos construtivos e processos de elaboraccedilatildeo 2 ed Curitiba Ibpex 2011 WOILER Samsatildeo MATHIAS Washington Franco Projetos planejamento elaboraccedilatildeo anaacutelise 1 ed Satildeo Paulo Atlas 1994

50

APEcircNDICES

APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL 51

APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS 52

APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL 52

51

APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL

Item Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

Aacutegua 25000 26250 27563 28941 30388

Aluguel 160000 168000 176400 185220 194481

Assessoria Contaacutebil 80000 84000 88200 92610 97241

Gaacutes 49000 51450 54023 56724 59560

Impostos 387858 422765 464481 506284 551849

Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)

80268 84281 88495 92920 97566

Energia eleacutetrica 70000 73500 77175 81034 85085

Manutenccedilatildeo 50000 52500 55125 57881 60775

Material de escritoacuterio 20000 21000 22050 23153 24310

Material de Limpeza 40000 42000 44100 46305 48620

Folha de pagamento 272266 299493 329442 362386 398625

Seguros 15000 15750 16538 17364 18233

Telefone fixointernet 20000 21000 22050 23153 24310

Telefone Moacutevel 12000 12600 13230 13892 14586

Vale Refeiccedilatildeo 75000 82500 90750 99825 109808

Vale Transporte 33000 34650 36383 38202 40112

Proacute- labore 200000 220000 286000 328900 361790

Taxas Bancaacuterias 8000 8400 8820 9261 9724

Total R$ 1597392 R$ 1720139 R$ 1900823 R$ 2064053 R$ 2227062

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

52

APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS

Item

Produccedilatildeo mensal meacutedia

Custo unitaacuterio total

Sugestatildeo Preccedilo de venda

Custo Mensal Total

Receita de vendas

Bolos artiacutesticos (recheios diversos) 150 6000 13500 900000 2025000

Bolos de copa (recheios diversos) 30 3600 8100 108000 243000

Naked cake (recheios diversos) 60 4200 9450 252000 567000

Doces Tradicionais 32 3500 7875 112000 252000

Doces Espelhados 32 5000 11250 160000 360000

Doces Finos 32 7500 16875 240000 540000

Brigadeiros gourmet 16 4500 10125 72000 162000

Tacinhas acriacutelicas 16 5500 12375 88000 198000

Trufas 32 5000 11250 160000 360000

Bombons 32 5000 11250 160000 360000

Bem casados 3200 100 225 320000 720000

Custo produccedilatildeo Total 2572000

Receita Total 5787000

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL

Ano Receita Bruta Variaccedilatildeo anual

Ano 1 000

Ano 2 69444000 9

Ano 3 75693960 9

Ano 4 82506416 9

Ano 5 89931994 9

Valor considerando a inflaccedilatildeo de 9 aa

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

44

TABELA 6 - PROJECcedilAtildeO DE FLUXO DE CAIXA NOS PRIMEIROS CINCO ANOS

Descriccedilatildeo Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

Investimento Inicial (5162851)

Capital de Giro (9172662) 9172662

Valor Residual 1548855

Total de entradas 000 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873

Previsatildeo Receitas de vendas 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873

Total de Saiacutedas (14335513) (44888699) (54283425) (59479393) (64738409) (70291804)

(-)Fornecedores (25720000) (33641760) (36669518) (39969775) (43567055)

(-)Folha de pagamento (3267192) (3593911) (3953302) (4348633) (4783496)

(-)Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)

(963216) (1011377) (1061946) (1115043) (1170795)

(-)Retiradas soacutecios (2400000) (2640000) (3432000) (3946800) (4341480)

(-)Impostos s vendas (4654291) (5073177) (5573767) (6075406) (6622192)

(-)Alugueacuteis (1920000) (2016000) (2116800) (2222640) (2333772)

(-)Energia eleacutetrica (840000) (882000) (926100) (972405) (1021025)

(-)Aacutegua (300000) (315000) (330750) (347288) (364652)

(-)Telefone (384000) (403200) (423360) (444528) (466754)

(-)Gaacutes (588000) (617400) (648270) (680684) (714718)

(-)Serviccedilos contabilidade (960000) (1008000) (1058400) (1111320) (1166886)

(-)Manutenccedilatildeo (600000) (630000) (661500) (694575) (729304)

(-)Outras despesas com funcionaacuterios

(1296000) (1405800) (1525590) (1656320) (1799030)

(-)Taxas bancaacuterias (96000) (100800) (105840) (111132) (116689)

(-)Outros pagamentos (900000) (945000) (992250) (1041863) (1093956)

Entradas - Saiacutedas (14335513) 12981301 21410535 23027023 25193585 27734070

Depreciaccedilatildeo 000 (631377) (631377) (631377) (631377) (631377)

Saldo Final (14335513) 12349924 20779158 22395647 24562208 37824209

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

A depreciaccedilatildeo foi calculada considerando o prazo de vida uacutetil meacutedio de 10

anos das maacutequinas equipamentos instalaccedilotildees moacuteveis e utensiacutelios e para os

computadores e perifeacutericos foi considerado o prazo de vida uacutetil de 5 anos conforme

demonstrado na tabela 7

TABELA 7 - DEPRECIACcedilAtildeO

Item Valor Inicial Taxa Anual Depreciaccedilatildeo Anual (R$)

Maacutequinas e equipamentos 3084878 10 308488

Instalaccedilotildees 103000 10 10300

Moacuteveis e Utensiacutelios 824057 10 82406

Computadores e Perifeacutericos 446204 20 89241

Outros 704712 20 140942

Total 631377

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

45

O valor residual dos equipamentos e instalaccedilotildees da empresa no final do quinto

ano foi considerado em 30 referente ao valor de aquisiccedilatildeo dos mesmos no iniacutecio do

projeto

45 ANAacuteLISE DOS INDICADORES (VPL TIR E PAYBACK)

451 Valor Presente Liacutequido (VPL)

A tabela 8 mostra que o VPL (Valor Presente Liacutequido) eacute positivo isso significa

que aleacutem de recuperar o investimento inicial ainda vai ser agregado ao valor da

empresa um montante de R$ R$50392407 (quinhentos e trecircs mil novecentos e vinte

quatro reais e sete centavos)

A taxa de retorno requerida de 20 foi determinada levando em conta o niacutevel

de risco do projeto e visando o valor desejado para se obter em cima do valor

investido

TABELA 8 - CALCULO DO VALOR PRESENTE LIacuteQUIDO (VPL)

Anos FC k 2000

0 -$143355 VPL $50392407

1 $123499 VPL $50392407

2 $207792 VPL $50392407

3 $223956 VPL $21761126

4 $245622 VPL $21761126

5 $378242 Decisatildeo Aceitar o Projeto

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

452 Taxa Interna de Retorno (TIR)

Conforme a tabela 9 eacute possiacutevel verificar que a TIR (Taxa Interna de Retorno)

eacute de 11593 maior que a taxa requerida de 20 isso significa que custo inicial seraacute

46

recuperado e o projeto vai criar valor para empresa mais um resultado favoraacutevel para

a aceitaccedilatildeo do projeto

TABELA 9 - TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR)

Anos FC

0 -$143355 TIR 11593

1 $123499 TIR 2168

2 $207792 TIR 2168

3 $223956 Decisatildeo

4 $245622 k 2000

5 $378242 Aceitar o projeto

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

453 Payback

O tempo de recuperaccedilatildeo do custo inicial ocorre normalmente entre o quarto e

o quinto ano se for feita a anaacutelise da tabela 10 eacute possiacutevel verificar que o tempo

necessaacuterio para o retorno do investimento (payback) do projeto eacute de 128 anos este

indicador mostra claramente que o projeto deve ser aceito pois o tempo de retorno

estaacute bem abaixo do tempo meacutedio dos empreendimentos como um todo

TABELA 10 - PAYBACK

k 20

Anos FC SPresente

0 -$143355 -$143355 PBD-SP = 128

1 $123499 -$40439 128

2 $207792 $103861

3 $223956 $233465

4 $245622 $351917

5 $378242 $503924

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

47

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Para iniciar um negoacutecio requer muito mais do que apenas o espiacuterito

empreendedor eacute necessaacuterio ter lideranccedila conhecimento sobre o mercado que deseja

atuar organizaccedilatildeo e principalmente planejamento

O principal objetivo desse estudo foi analisar a viabilidade econocircmico-

financeira da abertura de uma empresa de bolos e doces finos no Bairro Alto em

Curitiba

O objetivo apresentado nesta pesquisa foi atingido pois todos os indicadores

analisados mostram com clareza que empresa obteacutem resultados positivos que criam

valor para a mesma e com isso o projeto eacute viaacutevel economicamente pois do primeiro

ao quinto ano fica visiacutevel o crescimento do empreendimento e a melhora significativa

da sua sauacutede financeira isso fica evidenciado no saldo final em caixa no quinto ano

que chega proacuteximo haacute 400 mil reais Apesar disso eacute crucial o acompanhamento do

mercado para seguir as tendecircncias e se atualizar constantemente para tomar

decisotildees mais assertivas

Um negoacutecio mal avaliado pode arruinar a estabilidade econocircmica do

investidor por isso eacute de extrema importacircncia fazer todos os levantamentos de custos

antes de se aventurar em qualquer empreendimento

Eacute possiacutevel comprovar que a pesquisa realizada contribui positivamente para

abertura da empresa No entanto as informaccedilotildees aqui presentes natildeo satildeo estaacuteticas e

devem ser revisadas periodicamente e se preciso ateacute mesmo ampliadas no decorrer

da implantaccedilatildeo do projeto para que o mesmo seja uma ferramenta eficiente e eficaz

no desenvolvimento da empresa como um todo

48

REFEREcircNCIAS

BRITO Paulo Anaacutelise e viabilidade de projetos de investimento Satildeo Paulo Atlas 2003 DOLABELA Fernando O segredo de Luiacutesa 30 ed Satildeo Paulo Editora de Cultura 2006 DORNELAS Joseacute Carlos Assis Empreendedorismo transformando ideias em negoacutecios 4 ed Rio de Janeiro Campus Elsevier 2012 CENSO Demograacutefico 2010 Resultados gerais da amostra Curitiba IBGE 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=410690ampidtema=87ampsearch=parana|curitiba|censo-demografico-2010-resultados-gerais-da-amostra-gt Acesso em 21 de Junho de 2015 CHIAVENATO Idalberto Empreendedorismo dando asas ao espiacuterito empreendedor empreendedorismo e a viabilidade de novas empresas um guia eficiente para iniciar e tocar seu proacuteprio negoacutecio 2 ed Satildeo Paulo Saraiva 2007 ESTATIacuteSTICAS do registro civil 2012 Curitiba IBGE 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaoregistrocivil2012default_xlsshtmgt Acesso em 21 de Junho de 2015 GIL Antonio Carlos Meacutetodos e teacutecnicas de pesquisa social 6 ed Satildeo Paulo Atlas 2008 KOTLER Philip KELLER Kevin Lane Administraccedilatildeo de Marketing 12 ed Satildeo Paulo ABDR 2006 LAPPONI Juan Carlos Projetos de Investimento na Empresa Rio de Janeiro Elsevier 2007 MACHADO Jesseacute Anderson Pinto Projetos Econocircmicos uma abordagem praacutetica de elaboraccedilatildeo Satildeo Paulo Nobel 2002 MICHEL Maria Helena Metodologia e pesquisa cientiacutefica em ciecircncias sociais 2 ed Satildeo Paulo Atlas 2009 OLIVEIRA Djalma de Pinho Rebouccedilas de Planejamento estrateacutegico conceitos metodologia e praacuteticas 20 ed Satildeo Paulo Atlas 2004 PRODANOV Cleber Cristiano ERNANI Cesar de Freitas Metodologia do trabalho cientiacutefico meacutetodo e teacutecnicas da pesquisa e do trabalho acadecircmico 2 ed Novo Hamburgo Freevale 2013

49

REBELATTO Dayse Projeto de Investimento 1 ed Barueri Manole 2004 SEBRAE Pesquisa de Mercado o que eacute e para que serve Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrsitesPortalSebraeartigosPesquisa-de-mercado-o-que-C3A9-e-para-que-servegt Acesso em 21 de Junho de 2015 SEBRAE Fluxo de caixa Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrSebraePortal20SebraeAnexos0_fluxo-de-caixapdfgt Acesso em 10 de Outubro de 2015 WILDAUER Egon Walter Plano de negoacutecios elementos construtivos e processos de elaboraccedilatildeo 2 ed Curitiba Ibpex 2011 WOILER Samsatildeo MATHIAS Washington Franco Projetos planejamento elaboraccedilatildeo anaacutelise 1 ed Satildeo Paulo Atlas 1994

50

APEcircNDICES

APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL 51

APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS 52

APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL 52

51

APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL

Item Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

Aacutegua 25000 26250 27563 28941 30388

Aluguel 160000 168000 176400 185220 194481

Assessoria Contaacutebil 80000 84000 88200 92610 97241

Gaacutes 49000 51450 54023 56724 59560

Impostos 387858 422765 464481 506284 551849

Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)

80268 84281 88495 92920 97566

Energia eleacutetrica 70000 73500 77175 81034 85085

Manutenccedilatildeo 50000 52500 55125 57881 60775

Material de escritoacuterio 20000 21000 22050 23153 24310

Material de Limpeza 40000 42000 44100 46305 48620

Folha de pagamento 272266 299493 329442 362386 398625

Seguros 15000 15750 16538 17364 18233

Telefone fixointernet 20000 21000 22050 23153 24310

Telefone Moacutevel 12000 12600 13230 13892 14586

Vale Refeiccedilatildeo 75000 82500 90750 99825 109808

Vale Transporte 33000 34650 36383 38202 40112

Proacute- labore 200000 220000 286000 328900 361790

Taxas Bancaacuterias 8000 8400 8820 9261 9724

Total R$ 1597392 R$ 1720139 R$ 1900823 R$ 2064053 R$ 2227062

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

52

APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS

Item

Produccedilatildeo mensal meacutedia

Custo unitaacuterio total

Sugestatildeo Preccedilo de venda

Custo Mensal Total

Receita de vendas

Bolos artiacutesticos (recheios diversos) 150 6000 13500 900000 2025000

Bolos de copa (recheios diversos) 30 3600 8100 108000 243000

Naked cake (recheios diversos) 60 4200 9450 252000 567000

Doces Tradicionais 32 3500 7875 112000 252000

Doces Espelhados 32 5000 11250 160000 360000

Doces Finos 32 7500 16875 240000 540000

Brigadeiros gourmet 16 4500 10125 72000 162000

Tacinhas acriacutelicas 16 5500 12375 88000 198000

Trufas 32 5000 11250 160000 360000

Bombons 32 5000 11250 160000 360000

Bem casados 3200 100 225 320000 720000

Custo produccedilatildeo Total 2572000

Receita Total 5787000

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL

Ano Receita Bruta Variaccedilatildeo anual

Ano 1 000

Ano 2 69444000 9

Ano 3 75693960 9

Ano 4 82506416 9

Ano 5 89931994 9

Valor considerando a inflaccedilatildeo de 9 aa

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

45

O valor residual dos equipamentos e instalaccedilotildees da empresa no final do quinto

ano foi considerado em 30 referente ao valor de aquisiccedilatildeo dos mesmos no iniacutecio do

projeto

45 ANAacuteLISE DOS INDICADORES (VPL TIR E PAYBACK)

451 Valor Presente Liacutequido (VPL)

A tabela 8 mostra que o VPL (Valor Presente Liacutequido) eacute positivo isso significa

que aleacutem de recuperar o investimento inicial ainda vai ser agregado ao valor da

empresa um montante de R$ R$50392407 (quinhentos e trecircs mil novecentos e vinte

quatro reais e sete centavos)

A taxa de retorno requerida de 20 foi determinada levando em conta o niacutevel

de risco do projeto e visando o valor desejado para se obter em cima do valor

investido

TABELA 8 - CALCULO DO VALOR PRESENTE LIacuteQUIDO (VPL)

Anos FC k 2000

0 -$143355 VPL $50392407

1 $123499 VPL $50392407

2 $207792 VPL $50392407

3 $223956 VPL $21761126

4 $245622 VPL $21761126

5 $378242 Decisatildeo Aceitar o Projeto

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

452 Taxa Interna de Retorno (TIR)

Conforme a tabela 9 eacute possiacutevel verificar que a TIR (Taxa Interna de Retorno)

eacute de 11593 maior que a taxa requerida de 20 isso significa que custo inicial seraacute

46

recuperado e o projeto vai criar valor para empresa mais um resultado favoraacutevel para

a aceitaccedilatildeo do projeto

TABELA 9 - TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR)

Anos FC

0 -$143355 TIR 11593

1 $123499 TIR 2168

2 $207792 TIR 2168

3 $223956 Decisatildeo

4 $245622 k 2000

5 $378242 Aceitar o projeto

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

453 Payback

O tempo de recuperaccedilatildeo do custo inicial ocorre normalmente entre o quarto e

o quinto ano se for feita a anaacutelise da tabela 10 eacute possiacutevel verificar que o tempo

necessaacuterio para o retorno do investimento (payback) do projeto eacute de 128 anos este

indicador mostra claramente que o projeto deve ser aceito pois o tempo de retorno

estaacute bem abaixo do tempo meacutedio dos empreendimentos como um todo

TABELA 10 - PAYBACK

k 20

Anos FC SPresente

0 -$143355 -$143355 PBD-SP = 128

1 $123499 -$40439 128

2 $207792 $103861

3 $223956 $233465

4 $245622 $351917

5 $378242 $503924

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

47

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Para iniciar um negoacutecio requer muito mais do que apenas o espiacuterito

empreendedor eacute necessaacuterio ter lideranccedila conhecimento sobre o mercado que deseja

atuar organizaccedilatildeo e principalmente planejamento

O principal objetivo desse estudo foi analisar a viabilidade econocircmico-

financeira da abertura de uma empresa de bolos e doces finos no Bairro Alto em

Curitiba

O objetivo apresentado nesta pesquisa foi atingido pois todos os indicadores

analisados mostram com clareza que empresa obteacutem resultados positivos que criam

valor para a mesma e com isso o projeto eacute viaacutevel economicamente pois do primeiro

ao quinto ano fica visiacutevel o crescimento do empreendimento e a melhora significativa

da sua sauacutede financeira isso fica evidenciado no saldo final em caixa no quinto ano

que chega proacuteximo haacute 400 mil reais Apesar disso eacute crucial o acompanhamento do

mercado para seguir as tendecircncias e se atualizar constantemente para tomar

decisotildees mais assertivas

Um negoacutecio mal avaliado pode arruinar a estabilidade econocircmica do

investidor por isso eacute de extrema importacircncia fazer todos os levantamentos de custos

antes de se aventurar em qualquer empreendimento

Eacute possiacutevel comprovar que a pesquisa realizada contribui positivamente para

abertura da empresa No entanto as informaccedilotildees aqui presentes natildeo satildeo estaacuteticas e

devem ser revisadas periodicamente e se preciso ateacute mesmo ampliadas no decorrer

da implantaccedilatildeo do projeto para que o mesmo seja uma ferramenta eficiente e eficaz

no desenvolvimento da empresa como um todo

48

REFEREcircNCIAS

BRITO Paulo Anaacutelise e viabilidade de projetos de investimento Satildeo Paulo Atlas 2003 DOLABELA Fernando O segredo de Luiacutesa 30 ed Satildeo Paulo Editora de Cultura 2006 DORNELAS Joseacute Carlos Assis Empreendedorismo transformando ideias em negoacutecios 4 ed Rio de Janeiro Campus Elsevier 2012 CENSO Demograacutefico 2010 Resultados gerais da amostra Curitiba IBGE 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=410690ampidtema=87ampsearch=parana|curitiba|censo-demografico-2010-resultados-gerais-da-amostra-gt Acesso em 21 de Junho de 2015 CHIAVENATO Idalberto Empreendedorismo dando asas ao espiacuterito empreendedor empreendedorismo e a viabilidade de novas empresas um guia eficiente para iniciar e tocar seu proacuteprio negoacutecio 2 ed Satildeo Paulo Saraiva 2007 ESTATIacuteSTICAS do registro civil 2012 Curitiba IBGE 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaoregistrocivil2012default_xlsshtmgt Acesso em 21 de Junho de 2015 GIL Antonio Carlos Meacutetodos e teacutecnicas de pesquisa social 6 ed Satildeo Paulo Atlas 2008 KOTLER Philip KELLER Kevin Lane Administraccedilatildeo de Marketing 12 ed Satildeo Paulo ABDR 2006 LAPPONI Juan Carlos Projetos de Investimento na Empresa Rio de Janeiro Elsevier 2007 MACHADO Jesseacute Anderson Pinto Projetos Econocircmicos uma abordagem praacutetica de elaboraccedilatildeo Satildeo Paulo Nobel 2002 MICHEL Maria Helena Metodologia e pesquisa cientiacutefica em ciecircncias sociais 2 ed Satildeo Paulo Atlas 2009 OLIVEIRA Djalma de Pinho Rebouccedilas de Planejamento estrateacutegico conceitos metodologia e praacuteticas 20 ed Satildeo Paulo Atlas 2004 PRODANOV Cleber Cristiano ERNANI Cesar de Freitas Metodologia do trabalho cientiacutefico meacutetodo e teacutecnicas da pesquisa e do trabalho acadecircmico 2 ed Novo Hamburgo Freevale 2013

49

REBELATTO Dayse Projeto de Investimento 1 ed Barueri Manole 2004 SEBRAE Pesquisa de Mercado o que eacute e para que serve Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrsitesPortalSebraeartigosPesquisa-de-mercado-o-que-C3A9-e-para-que-servegt Acesso em 21 de Junho de 2015 SEBRAE Fluxo de caixa Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrSebraePortal20SebraeAnexos0_fluxo-de-caixapdfgt Acesso em 10 de Outubro de 2015 WILDAUER Egon Walter Plano de negoacutecios elementos construtivos e processos de elaboraccedilatildeo 2 ed Curitiba Ibpex 2011 WOILER Samsatildeo MATHIAS Washington Franco Projetos planejamento elaboraccedilatildeo anaacutelise 1 ed Satildeo Paulo Atlas 1994

50

APEcircNDICES

APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL 51

APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS 52

APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL 52

51

APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL

Item Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

Aacutegua 25000 26250 27563 28941 30388

Aluguel 160000 168000 176400 185220 194481

Assessoria Contaacutebil 80000 84000 88200 92610 97241

Gaacutes 49000 51450 54023 56724 59560

Impostos 387858 422765 464481 506284 551849

Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)

80268 84281 88495 92920 97566

Energia eleacutetrica 70000 73500 77175 81034 85085

Manutenccedilatildeo 50000 52500 55125 57881 60775

Material de escritoacuterio 20000 21000 22050 23153 24310

Material de Limpeza 40000 42000 44100 46305 48620

Folha de pagamento 272266 299493 329442 362386 398625

Seguros 15000 15750 16538 17364 18233

Telefone fixointernet 20000 21000 22050 23153 24310

Telefone Moacutevel 12000 12600 13230 13892 14586

Vale Refeiccedilatildeo 75000 82500 90750 99825 109808

Vale Transporte 33000 34650 36383 38202 40112

Proacute- labore 200000 220000 286000 328900 361790

Taxas Bancaacuterias 8000 8400 8820 9261 9724

Total R$ 1597392 R$ 1720139 R$ 1900823 R$ 2064053 R$ 2227062

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

52

APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS

Item

Produccedilatildeo mensal meacutedia

Custo unitaacuterio total

Sugestatildeo Preccedilo de venda

Custo Mensal Total

Receita de vendas

Bolos artiacutesticos (recheios diversos) 150 6000 13500 900000 2025000

Bolos de copa (recheios diversos) 30 3600 8100 108000 243000

Naked cake (recheios diversos) 60 4200 9450 252000 567000

Doces Tradicionais 32 3500 7875 112000 252000

Doces Espelhados 32 5000 11250 160000 360000

Doces Finos 32 7500 16875 240000 540000

Brigadeiros gourmet 16 4500 10125 72000 162000

Tacinhas acriacutelicas 16 5500 12375 88000 198000

Trufas 32 5000 11250 160000 360000

Bombons 32 5000 11250 160000 360000

Bem casados 3200 100 225 320000 720000

Custo produccedilatildeo Total 2572000

Receita Total 5787000

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL

Ano Receita Bruta Variaccedilatildeo anual

Ano 1 000

Ano 2 69444000 9

Ano 3 75693960 9

Ano 4 82506416 9

Ano 5 89931994 9

Valor considerando a inflaccedilatildeo de 9 aa

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

46

recuperado e o projeto vai criar valor para empresa mais um resultado favoraacutevel para

a aceitaccedilatildeo do projeto

TABELA 9 - TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR)

Anos FC

0 -$143355 TIR 11593

1 $123499 TIR 2168

2 $207792 TIR 2168

3 $223956 Decisatildeo

4 $245622 k 2000

5 $378242 Aceitar o projeto

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

453 Payback

O tempo de recuperaccedilatildeo do custo inicial ocorre normalmente entre o quarto e

o quinto ano se for feita a anaacutelise da tabela 10 eacute possiacutevel verificar que o tempo

necessaacuterio para o retorno do investimento (payback) do projeto eacute de 128 anos este

indicador mostra claramente que o projeto deve ser aceito pois o tempo de retorno

estaacute bem abaixo do tempo meacutedio dos empreendimentos como um todo

TABELA 10 - PAYBACK

k 20

Anos FC SPresente

0 -$143355 -$143355 PBD-SP = 128

1 $123499 -$40439 128

2 $207792 $103861

3 $223956 $233465

4 $245622 $351917

5 $378242 $503924

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

47

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Para iniciar um negoacutecio requer muito mais do que apenas o espiacuterito

empreendedor eacute necessaacuterio ter lideranccedila conhecimento sobre o mercado que deseja

atuar organizaccedilatildeo e principalmente planejamento

O principal objetivo desse estudo foi analisar a viabilidade econocircmico-

financeira da abertura de uma empresa de bolos e doces finos no Bairro Alto em

Curitiba

O objetivo apresentado nesta pesquisa foi atingido pois todos os indicadores

analisados mostram com clareza que empresa obteacutem resultados positivos que criam

valor para a mesma e com isso o projeto eacute viaacutevel economicamente pois do primeiro

ao quinto ano fica visiacutevel o crescimento do empreendimento e a melhora significativa

da sua sauacutede financeira isso fica evidenciado no saldo final em caixa no quinto ano

que chega proacuteximo haacute 400 mil reais Apesar disso eacute crucial o acompanhamento do

mercado para seguir as tendecircncias e se atualizar constantemente para tomar

decisotildees mais assertivas

Um negoacutecio mal avaliado pode arruinar a estabilidade econocircmica do

investidor por isso eacute de extrema importacircncia fazer todos os levantamentos de custos

antes de se aventurar em qualquer empreendimento

Eacute possiacutevel comprovar que a pesquisa realizada contribui positivamente para

abertura da empresa No entanto as informaccedilotildees aqui presentes natildeo satildeo estaacuteticas e

devem ser revisadas periodicamente e se preciso ateacute mesmo ampliadas no decorrer

da implantaccedilatildeo do projeto para que o mesmo seja uma ferramenta eficiente e eficaz

no desenvolvimento da empresa como um todo

48

REFEREcircNCIAS

BRITO Paulo Anaacutelise e viabilidade de projetos de investimento Satildeo Paulo Atlas 2003 DOLABELA Fernando O segredo de Luiacutesa 30 ed Satildeo Paulo Editora de Cultura 2006 DORNELAS Joseacute Carlos Assis Empreendedorismo transformando ideias em negoacutecios 4 ed Rio de Janeiro Campus Elsevier 2012 CENSO Demograacutefico 2010 Resultados gerais da amostra Curitiba IBGE 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=410690ampidtema=87ampsearch=parana|curitiba|censo-demografico-2010-resultados-gerais-da-amostra-gt Acesso em 21 de Junho de 2015 CHIAVENATO Idalberto Empreendedorismo dando asas ao espiacuterito empreendedor empreendedorismo e a viabilidade de novas empresas um guia eficiente para iniciar e tocar seu proacuteprio negoacutecio 2 ed Satildeo Paulo Saraiva 2007 ESTATIacuteSTICAS do registro civil 2012 Curitiba IBGE 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaoregistrocivil2012default_xlsshtmgt Acesso em 21 de Junho de 2015 GIL Antonio Carlos Meacutetodos e teacutecnicas de pesquisa social 6 ed Satildeo Paulo Atlas 2008 KOTLER Philip KELLER Kevin Lane Administraccedilatildeo de Marketing 12 ed Satildeo Paulo ABDR 2006 LAPPONI Juan Carlos Projetos de Investimento na Empresa Rio de Janeiro Elsevier 2007 MACHADO Jesseacute Anderson Pinto Projetos Econocircmicos uma abordagem praacutetica de elaboraccedilatildeo Satildeo Paulo Nobel 2002 MICHEL Maria Helena Metodologia e pesquisa cientiacutefica em ciecircncias sociais 2 ed Satildeo Paulo Atlas 2009 OLIVEIRA Djalma de Pinho Rebouccedilas de Planejamento estrateacutegico conceitos metodologia e praacuteticas 20 ed Satildeo Paulo Atlas 2004 PRODANOV Cleber Cristiano ERNANI Cesar de Freitas Metodologia do trabalho cientiacutefico meacutetodo e teacutecnicas da pesquisa e do trabalho acadecircmico 2 ed Novo Hamburgo Freevale 2013

49

REBELATTO Dayse Projeto de Investimento 1 ed Barueri Manole 2004 SEBRAE Pesquisa de Mercado o que eacute e para que serve Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrsitesPortalSebraeartigosPesquisa-de-mercado-o-que-C3A9-e-para-que-servegt Acesso em 21 de Junho de 2015 SEBRAE Fluxo de caixa Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrSebraePortal20SebraeAnexos0_fluxo-de-caixapdfgt Acesso em 10 de Outubro de 2015 WILDAUER Egon Walter Plano de negoacutecios elementos construtivos e processos de elaboraccedilatildeo 2 ed Curitiba Ibpex 2011 WOILER Samsatildeo MATHIAS Washington Franco Projetos planejamento elaboraccedilatildeo anaacutelise 1 ed Satildeo Paulo Atlas 1994

50

APEcircNDICES

APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL 51

APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS 52

APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL 52

51

APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL

Item Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

Aacutegua 25000 26250 27563 28941 30388

Aluguel 160000 168000 176400 185220 194481

Assessoria Contaacutebil 80000 84000 88200 92610 97241

Gaacutes 49000 51450 54023 56724 59560

Impostos 387858 422765 464481 506284 551849

Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)

80268 84281 88495 92920 97566

Energia eleacutetrica 70000 73500 77175 81034 85085

Manutenccedilatildeo 50000 52500 55125 57881 60775

Material de escritoacuterio 20000 21000 22050 23153 24310

Material de Limpeza 40000 42000 44100 46305 48620

Folha de pagamento 272266 299493 329442 362386 398625

Seguros 15000 15750 16538 17364 18233

Telefone fixointernet 20000 21000 22050 23153 24310

Telefone Moacutevel 12000 12600 13230 13892 14586

Vale Refeiccedilatildeo 75000 82500 90750 99825 109808

Vale Transporte 33000 34650 36383 38202 40112

Proacute- labore 200000 220000 286000 328900 361790

Taxas Bancaacuterias 8000 8400 8820 9261 9724

Total R$ 1597392 R$ 1720139 R$ 1900823 R$ 2064053 R$ 2227062

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

52

APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS

Item

Produccedilatildeo mensal meacutedia

Custo unitaacuterio total

Sugestatildeo Preccedilo de venda

Custo Mensal Total

Receita de vendas

Bolos artiacutesticos (recheios diversos) 150 6000 13500 900000 2025000

Bolos de copa (recheios diversos) 30 3600 8100 108000 243000

Naked cake (recheios diversos) 60 4200 9450 252000 567000

Doces Tradicionais 32 3500 7875 112000 252000

Doces Espelhados 32 5000 11250 160000 360000

Doces Finos 32 7500 16875 240000 540000

Brigadeiros gourmet 16 4500 10125 72000 162000

Tacinhas acriacutelicas 16 5500 12375 88000 198000

Trufas 32 5000 11250 160000 360000

Bombons 32 5000 11250 160000 360000

Bem casados 3200 100 225 320000 720000

Custo produccedilatildeo Total 2572000

Receita Total 5787000

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL

Ano Receita Bruta Variaccedilatildeo anual

Ano 1 000

Ano 2 69444000 9

Ano 3 75693960 9

Ano 4 82506416 9

Ano 5 89931994 9

Valor considerando a inflaccedilatildeo de 9 aa

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

47

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Para iniciar um negoacutecio requer muito mais do que apenas o espiacuterito

empreendedor eacute necessaacuterio ter lideranccedila conhecimento sobre o mercado que deseja

atuar organizaccedilatildeo e principalmente planejamento

O principal objetivo desse estudo foi analisar a viabilidade econocircmico-

financeira da abertura de uma empresa de bolos e doces finos no Bairro Alto em

Curitiba

O objetivo apresentado nesta pesquisa foi atingido pois todos os indicadores

analisados mostram com clareza que empresa obteacutem resultados positivos que criam

valor para a mesma e com isso o projeto eacute viaacutevel economicamente pois do primeiro

ao quinto ano fica visiacutevel o crescimento do empreendimento e a melhora significativa

da sua sauacutede financeira isso fica evidenciado no saldo final em caixa no quinto ano

que chega proacuteximo haacute 400 mil reais Apesar disso eacute crucial o acompanhamento do

mercado para seguir as tendecircncias e se atualizar constantemente para tomar

decisotildees mais assertivas

Um negoacutecio mal avaliado pode arruinar a estabilidade econocircmica do

investidor por isso eacute de extrema importacircncia fazer todos os levantamentos de custos

antes de se aventurar em qualquer empreendimento

Eacute possiacutevel comprovar que a pesquisa realizada contribui positivamente para

abertura da empresa No entanto as informaccedilotildees aqui presentes natildeo satildeo estaacuteticas e

devem ser revisadas periodicamente e se preciso ateacute mesmo ampliadas no decorrer

da implantaccedilatildeo do projeto para que o mesmo seja uma ferramenta eficiente e eficaz

no desenvolvimento da empresa como um todo

48

REFEREcircNCIAS

BRITO Paulo Anaacutelise e viabilidade de projetos de investimento Satildeo Paulo Atlas 2003 DOLABELA Fernando O segredo de Luiacutesa 30 ed Satildeo Paulo Editora de Cultura 2006 DORNELAS Joseacute Carlos Assis Empreendedorismo transformando ideias em negoacutecios 4 ed Rio de Janeiro Campus Elsevier 2012 CENSO Demograacutefico 2010 Resultados gerais da amostra Curitiba IBGE 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=410690ampidtema=87ampsearch=parana|curitiba|censo-demografico-2010-resultados-gerais-da-amostra-gt Acesso em 21 de Junho de 2015 CHIAVENATO Idalberto Empreendedorismo dando asas ao espiacuterito empreendedor empreendedorismo e a viabilidade de novas empresas um guia eficiente para iniciar e tocar seu proacuteprio negoacutecio 2 ed Satildeo Paulo Saraiva 2007 ESTATIacuteSTICAS do registro civil 2012 Curitiba IBGE 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaoregistrocivil2012default_xlsshtmgt Acesso em 21 de Junho de 2015 GIL Antonio Carlos Meacutetodos e teacutecnicas de pesquisa social 6 ed Satildeo Paulo Atlas 2008 KOTLER Philip KELLER Kevin Lane Administraccedilatildeo de Marketing 12 ed Satildeo Paulo ABDR 2006 LAPPONI Juan Carlos Projetos de Investimento na Empresa Rio de Janeiro Elsevier 2007 MACHADO Jesseacute Anderson Pinto Projetos Econocircmicos uma abordagem praacutetica de elaboraccedilatildeo Satildeo Paulo Nobel 2002 MICHEL Maria Helena Metodologia e pesquisa cientiacutefica em ciecircncias sociais 2 ed Satildeo Paulo Atlas 2009 OLIVEIRA Djalma de Pinho Rebouccedilas de Planejamento estrateacutegico conceitos metodologia e praacuteticas 20 ed Satildeo Paulo Atlas 2004 PRODANOV Cleber Cristiano ERNANI Cesar de Freitas Metodologia do trabalho cientiacutefico meacutetodo e teacutecnicas da pesquisa e do trabalho acadecircmico 2 ed Novo Hamburgo Freevale 2013

49

REBELATTO Dayse Projeto de Investimento 1 ed Barueri Manole 2004 SEBRAE Pesquisa de Mercado o que eacute e para que serve Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrsitesPortalSebraeartigosPesquisa-de-mercado-o-que-C3A9-e-para-que-servegt Acesso em 21 de Junho de 2015 SEBRAE Fluxo de caixa Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrSebraePortal20SebraeAnexos0_fluxo-de-caixapdfgt Acesso em 10 de Outubro de 2015 WILDAUER Egon Walter Plano de negoacutecios elementos construtivos e processos de elaboraccedilatildeo 2 ed Curitiba Ibpex 2011 WOILER Samsatildeo MATHIAS Washington Franco Projetos planejamento elaboraccedilatildeo anaacutelise 1 ed Satildeo Paulo Atlas 1994

50

APEcircNDICES

APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL 51

APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS 52

APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL 52

51

APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL

Item Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

Aacutegua 25000 26250 27563 28941 30388

Aluguel 160000 168000 176400 185220 194481

Assessoria Contaacutebil 80000 84000 88200 92610 97241

Gaacutes 49000 51450 54023 56724 59560

Impostos 387858 422765 464481 506284 551849

Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)

80268 84281 88495 92920 97566

Energia eleacutetrica 70000 73500 77175 81034 85085

Manutenccedilatildeo 50000 52500 55125 57881 60775

Material de escritoacuterio 20000 21000 22050 23153 24310

Material de Limpeza 40000 42000 44100 46305 48620

Folha de pagamento 272266 299493 329442 362386 398625

Seguros 15000 15750 16538 17364 18233

Telefone fixointernet 20000 21000 22050 23153 24310

Telefone Moacutevel 12000 12600 13230 13892 14586

Vale Refeiccedilatildeo 75000 82500 90750 99825 109808

Vale Transporte 33000 34650 36383 38202 40112

Proacute- labore 200000 220000 286000 328900 361790

Taxas Bancaacuterias 8000 8400 8820 9261 9724

Total R$ 1597392 R$ 1720139 R$ 1900823 R$ 2064053 R$ 2227062

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

52

APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS

Item

Produccedilatildeo mensal meacutedia

Custo unitaacuterio total

Sugestatildeo Preccedilo de venda

Custo Mensal Total

Receita de vendas

Bolos artiacutesticos (recheios diversos) 150 6000 13500 900000 2025000

Bolos de copa (recheios diversos) 30 3600 8100 108000 243000

Naked cake (recheios diversos) 60 4200 9450 252000 567000

Doces Tradicionais 32 3500 7875 112000 252000

Doces Espelhados 32 5000 11250 160000 360000

Doces Finos 32 7500 16875 240000 540000

Brigadeiros gourmet 16 4500 10125 72000 162000

Tacinhas acriacutelicas 16 5500 12375 88000 198000

Trufas 32 5000 11250 160000 360000

Bombons 32 5000 11250 160000 360000

Bem casados 3200 100 225 320000 720000

Custo produccedilatildeo Total 2572000

Receita Total 5787000

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL

Ano Receita Bruta Variaccedilatildeo anual

Ano 1 000

Ano 2 69444000 9

Ano 3 75693960 9

Ano 4 82506416 9

Ano 5 89931994 9

Valor considerando a inflaccedilatildeo de 9 aa

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

48

REFEREcircNCIAS

BRITO Paulo Anaacutelise e viabilidade de projetos de investimento Satildeo Paulo Atlas 2003 DOLABELA Fernando O segredo de Luiacutesa 30 ed Satildeo Paulo Editora de Cultura 2006 DORNELAS Joseacute Carlos Assis Empreendedorismo transformando ideias em negoacutecios 4 ed Rio de Janeiro Campus Elsevier 2012 CENSO Demograacutefico 2010 Resultados gerais da amostra Curitiba IBGE 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=410690ampidtema=87ampsearch=parana|curitiba|censo-demografico-2010-resultados-gerais-da-amostra-gt Acesso em 21 de Junho de 2015 CHIAVENATO Idalberto Empreendedorismo dando asas ao espiacuterito empreendedor empreendedorismo e a viabilidade de novas empresas um guia eficiente para iniciar e tocar seu proacuteprio negoacutecio 2 ed Satildeo Paulo Saraiva 2007 ESTATIacuteSTICAS do registro civil 2012 Curitiba IBGE 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaoregistrocivil2012default_xlsshtmgt Acesso em 21 de Junho de 2015 GIL Antonio Carlos Meacutetodos e teacutecnicas de pesquisa social 6 ed Satildeo Paulo Atlas 2008 KOTLER Philip KELLER Kevin Lane Administraccedilatildeo de Marketing 12 ed Satildeo Paulo ABDR 2006 LAPPONI Juan Carlos Projetos de Investimento na Empresa Rio de Janeiro Elsevier 2007 MACHADO Jesseacute Anderson Pinto Projetos Econocircmicos uma abordagem praacutetica de elaboraccedilatildeo Satildeo Paulo Nobel 2002 MICHEL Maria Helena Metodologia e pesquisa cientiacutefica em ciecircncias sociais 2 ed Satildeo Paulo Atlas 2009 OLIVEIRA Djalma de Pinho Rebouccedilas de Planejamento estrateacutegico conceitos metodologia e praacuteticas 20 ed Satildeo Paulo Atlas 2004 PRODANOV Cleber Cristiano ERNANI Cesar de Freitas Metodologia do trabalho cientiacutefico meacutetodo e teacutecnicas da pesquisa e do trabalho acadecircmico 2 ed Novo Hamburgo Freevale 2013

49

REBELATTO Dayse Projeto de Investimento 1 ed Barueri Manole 2004 SEBRAE Pesquisa de Mercado o que eacute e para que serve Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrsitesPortalSebraeartigosPesquisa-de-mercado-o-que-C3A9-e-para-que-servegt Acesso em 21 de Junho de 2015 SEBRAE Fluxo de caixa Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrSebraePortal20SebraeAnexos0_fluxo-de-caixapdfgt Acesso em 10 de Outubro de 2015 WILDAUER Egon Walter Plano de negoacutecios elementos construtivos e processos de elaboraccedilatildeo 2 ed Curitiba Ibpex 2011 WOILER Samsatildeo MATHIAS Washington Franco Projetos planejamento elaboraccedilatildeo anaacutelise 1 ed Satildeo Paulo Atlas 1994

50

APEcircNDICES

APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL 51

APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS 52

APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL 52

51

APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL

Item Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5

Aacutegua 25000 26250 27563 28941 30388

Aluguel 160000 168000 176400 185220 194481

Assessoria Contaacutebil 80000 84000 88200 92610 97241

Gaacutes 49000 51450 54023 56724 59560

Impostos 387858 422765 464481 506284 551849

Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)

80268 84281 88495 92920 97566

Energia eleacutetrica 70000 73500 77175 81034 85085

Manutenccedilatildeo 50000 52500 55125 57881 60775

Material de escritoacuterio 20000 21000 22050 23153 24310

Material de Limpeza 40000 42000 44100 46305 48620

Folha de pagamento 272266 299493 329442 362386 398625

Seguros 15000 15750 16538 17364 18233

Telefone fixointernet 20000 21000 22050 23153 24310

Telefone Moacutevel 12000 12600 13230 13892 14586

Vale Refeiccedilatildeo 75000 82500 90750 99825 109808

Vale Transporte 33000 34650 36383 38202 40112

Proacute- labore 200000 220000 286000 328900 361790

Taxas Bancaacuterias 8000 8400 8820 9261 9724

Total R$ 1597392 R$ 1720139 R$ 1900823 R$ 2064053 R$ 2227062

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

52

APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS

Item

Produccedilatildeo mensal meacutedia

Custo unitaacuterio total

Sugestatildeo Preccedilo de venda

Custo Mensal Total

Receita de vendas

Bolos artiacutesticos (recheios diversos) 150 6000 13500 900000 2025000

Bolos de copa (recheios diversos) 30 3600 8100 108000 243000

Naked cake (recheios diversos) 60 4200 9450 252000 567000

Doces Tradicionais 32 3500 7875 112000 252000

Doces Espelhados 32 5000 11250 160000 360000

Doces Finos 32 7500 16875 240000 540000

Brigadeiros gourmet 16 4500 10125 72000 162000

Tacinhas acriacutelicas 16 5500 12375 88000 198000

Trufas 32 5000 11250 160000 360000

Bombons 32 5000 11250 160000 360000

Bem casados 3200 100 225 320000 720000

Custo produccedilatildeo Total 2572000

Receita Total 5787000

FONTE ELABORADO PELO AUTOR

APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL

Ano Receita Bruta Variaccedilatildeo anual

Ano 1 000

Ano 2 69444000 9

Ano 3 75693960 9

Ano 4 82506416 9

Ano 5 89931994 9

Valor considerando a inflaccedilatildeo de 9 aa

FONTE ELABORADO PELO AUTOR