Upload
others
View
1
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
1
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANAacute
DIENERRY SOUZA DOS SANTOS
ANAacuteLISE DE VIABILIDADE ECONOcircMICO-FINANCEIRA PARA ABERTURA DE
UMA EMPRESA DE BOLOS E DOCES FINOS EM CURITIBA
CURITIBA
2015
2
DIENERRY SOUZA DOS SANTOS
ANAacuteLISE DE VIABILIDADE ECONOcircMICO-FINANCEIRA PARA ABERTURA DE
UMA EMPRESA DE BOLOS E DOCES FINOS EM CURITIBA
Trabalho apresentado como requisito parcial agrave obtenccedilatildeo do grau de Especialista do curso de MBA em Inteligecircncia de Negoacutecios da Universidade Federal do Paranaacute - CEPPAD Orientador Prof Dr Marcos Wagner da Fonseca
CURITIBA
2015
3
AGRADECIMENTOS
Primeiramente a Deus meu mestre por me dar forccedilas e sabedoria para seguir
em frente para concluir este objetivo
Ao meu amado esposo Mauricio Leandro dos Santos pelo seu
companheirismo respeito e paciecircncia Por estar ao meu lado em todos os momentos
principalmente nos mais difiacuteceis enxugando as minhas laacutegrimas e me confortando
com palavras e atitudes de incentivo
Ao meu estimado orientador Professor Dr Marcos Wagner da Fonseca que
se prontificou a me beneficiar com sua sabedoria e me mostrar qual a direccedilatildeo eu devia
seguir em cada etapa desta aacuterdua caminhada
4
RESUMO
O objetivo do presente trabalho eacute analisar a viabilidade econocircmico-financeira da abertura de uma empresa de bolos e doces finos no Bairro Alto em Curitiba Para o sucesso real de um novo negoacutecio eacute fundamental a elaboraccedilatildeo de um plano de negoacutecios e uma anaacutelise de viabilidade econocircmico-financeira bem estruturados e robustos pois ambos satildeo alicerces imprescindiacuteveis para dar iniacutecio em um novo empreendimento para isso foi elaborada uma anaacutelise de mercado na qual foi possiacutevel definir o mercado consumidor quais os produtos que seratildeo vendidos os concorrentes reais e potecircnciais e tambeacutem foi efetuado um levantamento do tamanho do negoacutecio onde foi definida a capacidade produtiva investimento inicial localizaccedilatildeo do empreendimento e o fluxo de caixa Foram elaborados demonstrativos de resultados financeiros para averiguar se o projeto eacute viaacutevel ou natildeo economicamente os indicadores utilizados para analisar a viabilidade ou natildeo do empreendimento foi a Valor Presente Liacutequido Taxa Interna de Retorno e payback
Palavras- Chave Plano de negoacutecios viabilidade econocircmico-financeira bolos e doces finos
5
ABSTRACT
The objective of this study is to analyze the economic feasibility of opening an cakes and gourmet company Bairro Alto in Curitiba For the real success of a new business is essential to create a business plan and an analysis of economic and financial viability well-structured and robust as both are essential foundations to start on a new venture for it was drawn up an analysis of market in which it was possible to define the consumer market which products will be sold the actual and potential competitors and has also made a business the size of the survey which was defined production capacity initial investment the project location and the cash flow Were prepared financial income statements to determine whether the project is economically viable or not the indicators used to analyze the feasibility or otherwise of the project was the Net Present Value Internal Rate of Return and payback
Key-words Business Plan economic and financial feasibility cakes and fine pastries
6
LISTA DE ILUSTRACcedilOtildeES
FOTO 1 - BOLO ARTIacuteSTICO 31
FOTO 2 - BOLO DE COPA 32
FOTO 3 - BOLO DE COPA 32
FOTO 4 - NAKED CAKE 32
FOTO 5 - DOCES TRADICIONAIS 33
FOTO 6 - DOCES ESPELHADOS 33
FOTO 7 - DOCES FINOS 33
FOTO 8 - BRIGADEIROS GOURMET 34
FOTO 9 - TACINHAS ACRIacuteLICAS 34
FOTO 10 - TRUFAS 34
FOTO 11 - BOMBONS 35
FOTO 12 - BEM CASADOS 35
FOTO 13 - BEM CASADOS 35
FOTO 14 - FOTO DO IMOacuteVEL ONDE SERAacute INSTALADA A EMPRESA 42
7
LISTA DE TABELAS
TABELA 1 - RESULTADOS DA AMOSTRA - RENDIMENTO POR PESSOA EM
CURITIBA 30
TABELA 2 - CASAMENTOS POR MEcircS DE REGISTRO SEGUNDO O LUGAR DO
REGISTRO ndash 2012 31
TABELA 3 - CONCORRENTES QUE FORNECEM BOLOS E DOCES POR BAIRRO
39
TABELA 4 - INVESTIMENTO INICIAL 41
TABELA 5 - CAPITAL DE GIRO 43
TABELA 6 - PROJECcedilAtildeO DE FLUXO DE CAIXA NOS PRIMEIROS CINCO ANOS 44
TABELA 7 - DEPRECIACcedilAtildeO 44
TABELA 8 - CALCULO DO VALOR PRESENTE LIacuteQUIDO (VPL) 45
TABELA 9 - TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR) 46
TABELA 10 - PAYBACK 46
8
LISTA DE ABREVIATURAS EOU SILGAS
IBGE ndash Instituro Brasileiro de Geograacutefia e Estatiacutestica
PIB ndash Produto Interno Bruto
SEBRAE ndash Serviccedilo Brasileiro de Apoio agraves Micro e Pequenas Empresas
TIR ndash Taxa Interna de Retorno
TMA ndash Taxa Miacutenima de Atratividade
TMT ndash Taxa Miacutenima de Toleracircncia
VAL ndash Valor Atual liacutequido
VPL ndash Valor presente liacutequido
9
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO 11
11 PROBLEMA 12
12 OBJETIVO GERAL 12
13 OBJETIVOS ESPECIacuteFICOS 12
2 REFERENCIAL TEOacuteRICO 13
21 EMPREENDEDORISMO 13
211 Caracteriacutesticas e perfil do empreendedor 15
22 PLANO DE NEGOacuteCIOS 16
221 Estrutura do plano de negoacutecios 18
2211 Capa 18
2212 Sumaacuterio 19
2213 Sumaacuterio executivo 19
2214 Anaacutelise estrateacutegica 19
2215 Descriccedilatildeo da empresa 20
2216 Produtos e serviccedilos 20
2217 Plano operacional 20
2218 Plano de recursos humanos 21
2219 Anaacutelise de mercado 21
22110 Estrateacutegia de marketing 21
22111 Plano financeiro 22
22112 Anexos 22
23 VIABILIDADE ECONOcircMICO-FINANCEIRA 22
231 Fluxo de caixa 23
232 Valor Presente Liacutequido (VPL) 24
233 Taxa Interna de Retorno (TIR) 25
234 Periacuteodo de retorno de investimento (Payback) 26
3 METODOLOGIA 27
4 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES 29
41 ANAacuteLISE DE MERCADO 29
411 Mercado consumidor 29
10
412 Produtos que seratildeo vendidos 31
413 Preccedilo de venda 36
414 Previsatildeo de vendas 36
415 Definiccedilatildeo de local de venda dos produtos 37
416 Definiccedilatildeo da demanda e da oferta 37
417 Concorrentes 38
418 Forma de divulgaccedilatildeo dos concorrentes 39
42 TAMANHO DO NEGOacuteCIO 40
421 Capacidade produtiva 40
422 Investimento 40
423 Localizaccedilatildeo 41
424 Entregas 42
43 CAPITAL DE GIRO 42
44 FLUXO DE CAIXA 43
45 ANAacuteLISE DOS INDICADORES (VPL TIR E PAYBACK) 45
451 Valor Presente Liacutequido (VPL) 45
452 Taxa Interna de Retorno (TIR) 45
453 Payback 46
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 47
REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS 48
APEcircNDICES 50
11
1 INTRODUCcedilAtildeO
Quando surge uma ideia e eacute possiacutevel identificar nela uma oportunidade eacute o
iniacutecio para a criaccedilatildeo de um negoacutecio
Qualquer empreendimento para ter ecircxito seja ele industrial comercial ou de
serviccedilos depende de inuacutemeras decisotildees que o empreendedor precisa tomar antes de
iniciaacute-lo Uma das decisotildees fundamentais eacute analisar o empreendimento
economicamente para verificar se o projeto vai ser viaacutevel e lucrativo ou natildeo poreacutem
antes das decisotildees surgem agraves duacutevidas e incertezas como qual o ponto de partida
Qual deve ser o capital investido inicialmente Quais produtos seratildeo fabricados
Onde seratildeo vendidos
Para abertura de uma empresa de bolos e doces finos em Curitiba os
questionamentos satildeo os mesmos e para conseguir as respostas para todos esses
questionamentos que andam lado a lado com todos os empreendedores quando
surge a ideia de um novo negoacutecio eacute essencial a construccedilatildeo de um plano de negoacutecios
e principalmente efetuar uma anaacutelise de viabilidade econocircmico-financeira bem
estruturada que traga informaccedilotildees fundamentais para tomar decisotildees mais assertivas
No decorrer desta pesquisa foi possiacutevel responder haacute cada um destes
questionamentos por meio da anaacutelise de mercado definiccedilatildeo do tamanho do negoacutecio
fluxo de caixa e a anaacutelise dos indicadores que estatildeo dispostos no capiacutetulo 4 deste
estudo
Dornelas (2012 p 93) afirma que ldquoum negoacutecio bem planejado teraacute mais
chances de sucesso do que aquele sem planejamento na mesma igualdade de
condiccedilotildeesrdquo
Diante deste contexto a proposta deste projeto eacute analisar a viabilidade
econocircmico-financeira da abertura de uma empresa de bolos e doces finos localizada
no Bairro Alto em Curitiba
12
11 PROBLEMA
Qual a viabilidade econocircmico-financeira da abertura de uma empresa de
bolos e doces finos em Curitiba
12 OBJETIVO GERAL
Investigar qual a viabilidade da implantaccedilatildeo de uma empresa de bolos e
doces finos em Curitiba
13 OBJETIVOS ESPECIacuteFICOS
Elaborar uma anaacutelise do mercado de bolos e doces finos em Curitiba
Definir quais os produtos seratildeo vendidos
Definir a capacidade produtiva
Analisar a viabilidade econocircmico-financeira do negoacutecio
13
2 REFERENCIAL TEOacuteRICO
21 EMPREENDEDORISMO
Um projeto empreendedor se torna possiacutevel apenas se o dono da ideia estiver
disposto a assumir todas as responsabilidades e exigecircncias de abrir um negoacutecio que
sem duacutevida passaraacute a ser seu projeto de vida
Para Dolabela (2006 sn)
Se considerarmos que as empresas quase sempre comeccedilam pequenas isso chega a ser um paradoxo Principalmente porque no mundo de hoje as pequenas empresas constituem a principal fonte de empregos e satildeo responsaacuteveis em muitos paiacuteses por mais de 50 do produto interno bruto (PIB) e pelo maior volume de exportaccedilotildees aleacutem de serem as maiores geradoras de inovaccedilotildees tecnoloacutegicas desde a Segunda Guerra Mundial
Eacute possiacutevel definir empreendedorismo comordquo a capacidade que uma pessoa
possui de formular uma ideia sobre determinado produto ou serviccedilo em um mercado
seja essa ideia nova ou natildeordquo (WILDAUER 2011 p25)
Cabe acrescentar que o empreendedorismo natildeo se refere apenas a pequenos
negoacutecios e empreendimentos novos ldquoNatildeo aborda apenas a criaccedilatildeo de novos
produtos ou serviccedilos mas sim inovaccedilotildees em todos os acircmbitos do negoacuteciordquo
(CHIAVENATO 2007 p261)
Segundo Dolabela (2006 sn) se analisarmos a natureza do
empreendedorismo eacute possiacutevel observar que
A Todas as pessoas nascem empreendedoras Os humanos satildeo
empreendedores
B Empreendedorismo natildeo eacute um assunto atual existe desde a primeira
accedilatildeo inovadora com a finalidade de aperfeiccediloar as relaccedilotildees entre os homens
C Natildeo eacute apenas um fato econocircmico mas tambeacutem social
D O empreendedor estaacute em qualquer lugar natildeo apenas nas pessoas que
abrem seu proacuteprio negoacutecio
E O empreendedorismo eacute uma demonstraccedilatildeo da liberdade humana
14
F Natildeo eacute um acontecimento pessoal e nem uma habilidade que poucas
pessoas possuem eacute algo puacuteblico
G Natildeo existe a possibilidade de fazer transferecircncia de conhecimentos
empreendedores ndash ldquoao contraacuterio do que acontece por exemplo em uma aula
de geografia porque o empreendedorismo natildeo eacute um conteuacutedo cognitivo
convencionalrdquo Nesse entendimento natildeo existe a possibilidade de ensinar
mas eacute possiacutevel aprender a ser empreendedor por meio de um sistema de
ensino bem diferente do tradicional
H Eacute um assunto global e natildeo caracteriacutestico ou complementar E deve ser
apresentado na educaccedilatildeo baacutesica
I O princiacutepio do empreendedorismo e a cidadania O que por sua vez ldquoVisa
agrave construccedilatildeo do bem-estar coletivo do espiacuterito comunitaacuterio da cooperaccedilatildeo
Antes de ser aluno o estudante deve ser considerado um cidadatildeordquo
J Natildeo existe a possibilidade de definir se uma pessoa vai ter sucesso
como empreendedor
Vale enfatizar que o empreendedorismo eacute a envoltura de pessoas e
processos que juntas transformam ideias em oportunidades E a correta efetivaccedilatildeo
destas oportunidades ocasiona a criaccedilatildeo de um negoacutecio bem sucedido (DORNELAS
2012 p 28)
Chiavenato (2007 p 22) e Dornelas (2012 p29) defendem a ideia de que
1 O empreendedorismo abrange todo o processo para criar algo novo que
possua valor e seja valorizado pelo mercado
2 Que o empreendedorismo requer doaccedilatildeo disponibilidade de tempo e
vigor para tornar o novo empreendimento em um negoacutecio de sucesso
3 O empreendedorismo demanda coragem aceitaccedilatildeo de riscos
calculados e decisotildees analiacuteticas e ter flexibilidade com os obstaacuteculos falhas
e fracassos
Eacute possiacutevel concluir que o empreendedorismo eacute um fato cultural isto eacute
consequecircncia de haacutebitos accedilotildees e valores pessoais ldquoExistem famiacutelias (assim como
cidades regiotildees e paiacuteses) mais empreendedoras do que outrasrdquo A pessoa
desenvolve o empreendedorismo no conviacutevio com outros empreendedores num local
onde a possibilidade de ter o proacuteprio negoacutecio eacute visto como algo muito bom
(DOLABELA 2006 sn)
15
Diante disso natildeo eacute possiacutevel falar de empreendedorismo sem mencionar os
empreendedores pois satildeo as atitudes de pessoas que inovam assumem todos os
riscos que proporcionam o crescimento e desenvolvimento da sociedade como um
todo
211 Caracteriacutesticas e perfil do empreendedor
Ser empreendedor eacute acima de tudo ter a capacidade e a necessidade de
realizar coisas novas
O empreendedor ldquoeacute um ser social produto do meio em que vive (eacutepoca e
lugar)rdquo E se a pessoa convive em um meio onde ser empreendedor eacute considerado
algo bom teraacute motivos para abrir seu proacuteprio negoacutecio (DOLABELA 2006 sn)
O empreendedor parte da percepccedilatildeo subjetiva para percepccedilatildeo praacutetica na
qual mostram elementos que podem ser debatidos Esses elementos satildeo os mais
variaacuteveis possiacuteveis que foram originados de perguntas contestaccedilotildees e respostas
localizadas pelo empreendedor ldquoo qual natildeo precisa ser algueacutem com uma formaccedilatildeo
superior com diploma de faculdade ou algueacutem que conte com cursos teacutecnicos ou
praacuteticosrdquo (mesmo esses sendo atributos que auxilie na agilidade de formular
questionamentos e encontrar as soluccedilotildees para os mesmos) (WILDAUER 2011 p
25)
Para Dornelas (2012 p 29) empreendedor eacute a pessoa que percebe uma
oportunidade e arquiteta um negoacutecio para captar recursos calculando todos os riscos
que vai correr Em todas as definiccedilotildees de empreendedorismo nos deparamos com no
miacutenimo as seguintes particularidades em relaccedilatildeo ao empreendedor
1 Possui a atitude de criar um novo negoacutecio e amar aquilo que faz
2 Usa o capital que possui de maneira produtiva mudando o local social e
econocircmico onde estaacute inserido
3 Assume os riscos calculados e a chance do negoacutecio natildeo dar certo
Nessa mesma perspectiva Chiavenato (2007 p7) afirma que o empreendedor
eacute a pessoa que tem a capacidade de fazer as coisas acontecerem eacute favorecido pela
sua percepccedilatildeo para os negoacutecios prudecircncia na aacuterea financeira e a habilidade de
16
perceber as oportunidades Com esse conjunto de competecircncias tem a capacidade
de transformar ideias em negoacutecios O empreendedor possui uma boa imaginaccedilatildeo e eacute
persistente qualidades que combinadas de maneira correta o capacitam para
converter ideias simples em projetos objetivos e bem sucedidos
Para Wildauer (2011 p 26)
Podemos entatildeo enumerar muitas caracteriacutesticas do empreendedor sendo as principais a atitude de saber ouvir de estar atento de saber interpretar e analisar as informaccedilotildees do mercador de ter condiccedilotildees de elaborar um planejamento de suas accedilotildees futuras de traccedilar objetivos e todo um roteiro teoacuterico-praacutetico para poder atingi-lo Sem essas premissas baacutesicas o empreendedor natildeo teraacute sucesso na formulaccedilatildeo do plano de negoacutecios muito menos na sustentaccedilatildeo de seu negoacutecio
Chiavenato (2007 p 4) acredita que ldquoos empreendedores satildeo heroacuteis
populares do mundo dos negoacuteciosrdquo Que geram empregos propagam inovaccedilotildees e
estimulam o crescimento da economia Satildeo muito mais do que somente fornecedores
de produtos e serviccedilos satildeo pessoas que assumem os riscos das oscilaccedilotildees
econocircmicas
Cabe acrescentar que o empreendedor revolucionaacuterio eacute aquele que inventa
novos mercados isto eacute a pessoa cria algo exclusivo como foi o caso do Bill Gattes
fundador da Microsoft que transformou o mundo com o sistema operacional Windows
Contudo grande parte dos empreendedores cria negoacutecios em mercados jaacute existentes
e mesmo assim criam negoacutecios de sucesso (DORNELAS 2012 p30)
Wildauer (2011 p26) conclui que ldquoo empreendedor necessita de uma estrutura
de pensamento sistecircmico e visionaacuterio com base no qual estabeleceraacute metas e
desenharaacute trajetoacuterias para alcanccedilaacute-lasrdquo
22 PLANO DE NEGOacuteCIOS
Para iniciar um empreendimento eacute fundamental fazer um plano de negoacutecios
com ele eacute possiacutevel verificar a viabilidade ou natildeo do empreendimento e definir onde
estamos para onde vamos e mostrar com mais clareza as oportunidades de negoacutecio
17
Do ponto de vista de Dornelas (2012 p 93) ldquoum negoacutecio bem planejado teraacute
mais chances de sucesso do que aquele sem planejamento na mesma igualdade de
condiccedilotildeesrdquo
Nessa mesma perspectiva Dolabela (2006 sn) afirma que vaacuterios
empreendedores bem sucedidos abriram seus empreendimentos sem compreender
pontualmente o que eacute um plano de negoacutecios Poreacutem muitos outros natildeo tiveram o
mesmo fim e o que conseguiram foram negoacutecios fracassados por conta de falhas que
poderiam ter sido evitadas Uma grande quantidade de negoacutecios que possuem um
alto potencial acabam se tornando impraticaacuteveis por conta da incapacidade dos
empreendedores Ainda assim muitas pessoas abrem e vatildeo continuar abrindo
negoacutecios capacitadas ou natildeo para isso
Wildauer (2011 p 39) define plano de negoacutecios como ldquoum documento em
forma de texto no qual eacute apresentada uma proposta de negoacutecio para um mercadordquo
Esse documento deve mostrar com clareza o ponto de vista do empreendedor sobre
o sucesso do seu produto ou serviccedilo no mercado atual
Chiavenato (2007 p132) acredita que
O plano de negoacutecio mdash business planmdash descreve a ideia de um novo empreendimento e projeta os aspectos mercadoloacutegicos operacionais e financeiros dos negoacutecios propostos geralmente para os proacuteximos trecircs ou cinco anos Seu preparo permite a anaacutelise da proposta e ajuda o futuro empreendedor a evitar uma trajetoacuteria decadente que o levaraacute do entusiasmo agrave desilusatildeo e ao fracasso
Eacute possiacutevel sintetizar o plano de negoacutecios como um documento em que o
empreendedor mostra de maneira formal e concreta o negoacutecio que quer idealizar e
expor para seus parceiros soacutecios e investidores apresentando a visatildeo a missatildeo e os
seus propoacutesitos assim como o ldquoplano operacional o plano de marketing o plano de
financeiro e o plano juriacutedicordquo desta forma facilitando a assimilaccedilatildeo e aceitaccedilatildeo do
negoacutecio pelas pessoas interessadas (WILDAUER 2011 p39)
Conforme mencionado por Chiavenato (2007 p 134) o plano de negoacutecios
mobiliza o novo empreendimento na sua totalidade Ele demonstra o levantamento
cansativo dos elementos que fazem parte do negoacutecio ldquosejam internos mdash o que deveraacute
ser produzido como onde quanto mdash sejam externos mdash para quem produzir qual eacute
o mercado quais satildeo os concorrentes etcrdquo
18
Com isso Wildauer (2011 p 45) conclui que ldquoo plano de negoacutecios eacute como um
guia uacutetil para a obtenccedilatildeo de conhecimentos para a concepccedilatildeo de um
empreendimentordquo
221 Estrutura do plano de negoacutecios
O plano de negoacutecios mobiliza todas as informaccedilotildees necessaacuterias para abrir um
negoacutecio por meio dele eacute possiacutevel detectar onde estou e para onde desejo ir dentro do
mercado
Conforme identificado por Dornelas (2012 p 101) ldquonatildeo existe uma estrutura
riacutegida e especiacutefica para se escrever um plano de negoacuteciosrdquo dado que cada negoacutecio
possui suas singularidades e equivalecircncias sendo improvaacutevel delimitar um modelo-
padratildeo de plano de negoacutecios que seja absoluto e adequado para todos os negoacutecios
Todos os planos de negoacutecios devem conter um miacutenimo de seccedilotildees que vatildeo possibilitar
uma compreensatildeo do negoacutecio como um todo Tais seccedilotildees satildeo alinhadas de maneira
que mantenham uma sequecircncia loacutegica que possibilite qualquer pessoa ler o plano e
compreender como a empresa eacute estruturada seus objetivos seus produtos seus
serviccedilos qual seu mercado seu plano financeiro e de marketing
A seguir encontra-se uma breve descriccedilatildeo de cada uma das seccedilotildees do Plano
de Negoacutecios
2211 Capa
Eacute um dos componentes fundamentais do plano de negoacutecios pois eacute a primeira
parte que eacute vista pela pessoa que vai ler deve ser desenvolvida de forma clara e com
os dados adequados (DORNELAS 2012 p 101)
19
2212 Sumaacuterio
O sumaacuterio deve incluir ldquoo tiacutetulo de cada seccedilatildeo do plano de negoacutecios e a paacutegina
respectiva onde se encontra bem como os principais assuntos relacionados em cada
seccedilatildeordquo Isso faz com que fique mais faacutecil o leitor do plano de negoacutecios identificar com
mais agilidade o que lhe interessar (DORNELAS 2012 p 101-102)
2213 Sumaacuterio executivo
O Sumaacuterio Executivo eacute a parte mais importante do plano de negoacutecios ele iraacute
definir se o leitor vai prosseguir ou natildeo com a leitura do plano de negoacutecios Dessa
forma deve ser redigido com bastante concentraccedilatildeo e revisado inuacutemeras vezes e
tambeacutem englobar as informaccedilotildees mais relevantes do plano de negoacutecios Deve ser
direcionado ao puacuteblico-alvo do plano de negoacutecios e deixar claro qual o objetivo do
mesmo em relaccedilatildeo agraves pessoas que estatildeo o lendo ldquoO Sumaacuterio Executivo deve ser a
uacuteltima seccedilatildeo a ser escrita pois depende de todas as outras seccedilotildees do plano para ser
elaboradardquo (DORNELAS 2012 p 102)
2214 Anaacutelise estrateacutegica
Nesta seccedilatildeo eacute determinada a direccedilatildeo que a empresa vai seguir ldquosua visatildeo e
missatildeo sua situaccedilatildeo atual as potencialidades e ameaccedilas externas suas forccedilas e
fraquezas seus objetivos e metas de negoacuteciordquo Essa parte eacute o alicerce para o
crescimento e o estabelecimento das outras accedilotildees redigidas no plano (DORNELAS
2012 p 102)
20
2215 Descriccedilatildeo da empresa
Eacute nessa seccedilatildeo que deve ser feita a descriccedilatildeo da empresa ldquoseu histoacuterico
crescimento faturamento dos uacuteltimos anos sua razatildeo social impostos estrutura
organizacional e legal localizaccedilatildeo parcerias serviccedilos terceirizados etcrdquo
(DORNELAS 2012 p 102)
2216 Produtos e serviccedilos
Nessa seccedilatildeo do plano de negoacutecios devem ser descritos os produtos e serviccedilos
da empresa a maneira que satildeo produzidos o capital disposto seu ciclo de vida os
elementos tecnoloacutegicos envolvidos pesquisa e desenvolvimento os seus clientes
marcas e patentes etc
Nessa seccedilatildeo pode ser incluiacuteda quando estaacute informaccedilatildeo encontra-se disponiacutevel uma visatildeo do niacutevel de satisfaccedilatildeo dos clientes com os produtos e serviccedilos da empresa Esse feedback eacute bastante importante porque costuma oferecer natildeo apenas uma visatildeo do niacutevel de qualidade percebida nos produtos e serviccedilos mas tambeacutem guiar futuros investimentos da empresa em novos desenvolvimentos e processos de produccedilatildeo (DORNELAS 2012 p 102-103)
2217 Plano operacional
Nesta seccedilatildeo devem ser expostas as accedilotildees que a empresa pretende ter na
sua estrateacutegia produtiva e no processo de produccedilatildeo apontando os resultados que
essas accedilotildees teratildeo sobre os criteacuterios de avaliaccedilatildeo dos produtos Deve incluir dados
operacionais atualizados e presumidos como ldquolead time do produto ou serviccedilo
percentual de entregas a tempo rotatividade do inventaacuterio iacutendice de refugo lead time
de desenvolvimento de produto ou serviccedilo etcrdquo (DORNELAS 2012 p 103)
21
2218 Plano de recursos humanos
Devem ser exibidas as propostas de desenvolvimento e treinamento de
pessoal da empresa Esses dados estatildeo pontualmente associados com a
competecircncia da empresa de crescer ldquoespecialmente quando esta atua em um
mercado onde a detenccedilatildeo de tecnologia eacute considerada um fator estrateacutegico de
competitividaderdquo (DORNELAS 2012 p 103)
2219 Anaacutelise de mercado
Nesta seccedilatildeo o responsaacutevel pelo plano de negoacutecios deve deixar claro que os
executivos da empresa entendem perfeitamente o mercado consumidor do seu
produto ou serviccedilo (atraveacutes de pesquisa de mercado) como estaacute segmentado
crescimento do mercado atributos do consumidor anaacutelise da concorrecircncia qual a sua
fatia de mercado e dos concorrentes etc (DORNELAS 2012 p 103)
22110 Estrateacutegia de marketing
Deve ser apresentado o objetivo da empresa para vender seu produtoserviccedilo
e consolidar seus clientes e ampliar sua demanda Deve ser informada sua estrateacutegia
de venda especificidades do produtoserviccedilo preccedilos puacuteblico-alvo canais de
distribuiccedilatildeo projeccedilatildeo das vendas (DORNELAS 2012 p 103)
22
22111 Plano financeiro
Na seccedilatildeo financeira deve mostrar em nuacutemeros todas as accedilotildees planejadas
para a empresa e suas evidecircncias por meio de projeccedilotildees futuras para um negoacutecio
bem sucedido
Deve conter demonstrativo de fluxo de caixa com horizonte de pelo menos trecircs anos balanccedilo patrimonial anaacutelise do ponto de equiliacutebrio necessidades de investimento demonstrativos de resultados anaacutelise de indicadores financeiros do negoacutecio como faturamento previsto margem prevista prazo de retorno sobre o investimento inicial (payback) taxa interna de retorno (TIR) etc (DORNELAS 2012 p 103-104)
22112 Anexos
Nesta seccedilatildeo deve incluir todos os dados considerados importantes para
melhor compreensatildeo do plano de negoacutecios O que natildeo pode ser deixado de anexar eacute
o curriculum vitae dos soacutecios da empresa (DORNELAS 2012 p 104)
23 VIABILIDADE ECONOcircMICO-FINANCEIRA
Analisar o empreendimento economicamente para verificar se o projeto eacute
viaacutevel e lucrativo ou natildeo eacute uma das decisotildees fundamentais de qualquer
empreendedor
A anaacutelise de investimento eacute um mecanismo aacutegil praacutetico e seguro que ajuda
profissionais de inuacutemeras aacutereas no processo de anaacutelise de tomada de decisotildees
financeiras (REBELATTO p 141)
Lapponi (2007 p 123) afirma que
O objetivo da decisatildeo de investimento ou do orccedilamento de capital eacute maximizar o valor da empresa A decisatildeo de alocaccedilatildeo do capital em projeto de investimento eacute fundamental para o sucesso pois os recursos da empresa
23
satildeo comprometidos por longo tempo na direccedilatildeo de seu futuro desejado e isso envolve um grande esforccedilo de tempo e de gerenciamento Cada projeto aprovado eacute um desembolso realizado pela empresa coma expectativa de obter benefiacutecios futuros quantificados pela geraccedilatildeo de um fluxo de retornos adequados em geral por um prazo maior do que um ano
A carecircncia de recursos financeiros diante das muitas necessidades faz com
que seja crucial aperfeiccediloar sua utilizaccedilatildeo A anaacutelise antecipada de investimento
possibilita que se racionalize a forma como os recursos de capital satildeo utilizados
(REBELATTO 2004 p 141)
Para analisar a viabilidade de um projeto economicamente eacute necessaacuterio reunir
uma seacuterie de informaccedilotildees e de dados que precisam ser organizados para atingir seu
objetivo final que eacute o de facilitar a tomada de decisatildeo Vale salientar que o projeto
deve ser um documento que tenha a capacidade de mostrar de uma maneira loacutegica a
visatildeo estrateacutegica do negoacutecio (MACHADO 2002 p 144)
231 Fluxo de caixa
O fluxo de caixa eacute o melhor guia para uma administraccedilatildeo financeira eficiente
de qualquer negoacutecio
O fluxo de caixa eacute a reproduccedilatildeo graacutefica de uma movimentaccedilatildeo financeira ldquoAs
movimentaccedilotildees monetaacuterias satildeo identificadas temporalmente por meio de um conjunto
de entradas e saiacutedas de caixa definido como diagrama de fluxo de caixardquo Essa
representaccedilatildeo proporciona a visualizaccedilatildeo em diferentes momentos com o que estaacute
ocorrendo com o capital (REBELATTO 2004 p 150)
ldquoA identificaccedilatildeo e a quantificaccedilatildeo das estimativas relevantes do projeto satildeo o
iniacutecio da construccedilatildeo do fluxo de caixa do projeto para empresa em funcionamentordquo
(LAPPONI 2007 p 347)
O fluxo de caixa eacute um composto de entradas e saiacutedas de valores monetaacuterios
(dinheiro) no decorrer de um determinado periacuteodo Bem como evidenciar uma opccedilatildeo
possiacutevel de transaccedilotildees financeiras ou seja pagamentos agrave vista pagamentos a prazo
tiacutetulos originais etc (REBELATTO 2004 p 151)
24
232 Valor Presente Liacutequido (VPL)
ldquoO Valor presente liacutequido (VPL) ou valor atual liacutequido (VAL) eacute o valor atual das
entradas de caixa (retornos de capital esperados) incluindo o valor residual (se
houver) menos o valor atual das saiacutedas de caixardquo (REBELATTO 2004 p 214)
A foacutermula para chegar ao VPL eacute (LAPPONI 2007 p 125)
119881119875119871 = minus119868 +119865119862
(1 + 119870)119899
Onde
I= custo inicial ou desembolso inicial
FC= fluxo de caixa
K= taxa requerida
n= prazo de anaacutelise
Rebelatto (2004 p214) afirma que os paracircmetros para que o projeto seja
aceito se refere ao valor presente liacutequido (VPL)
VPLgt0 o projeto eacute aceito
VPLlt0 o projeto eacute rejeitado
VPL=0 o projeto pode ser aceito ou natildeo pois natildeo cria e nem destroacutei
valor para empresa
Para Lapponi (2007 p 134-135) as principais vantagens do VPL satildeo
Considera o fluxo de caixa do projeto na sua totalidade
Considera o valor monetaacuterio (dinheiro) no tempo
Tem a capacidade de medir o valor criado ou destruiacutedo pelo projeto
Pode ser utilizado na avaliaccedilatildeo do projeto independentemente do tipo de
fluxo de caixa utilizado
Seleciona o projeto mais viaacutevel economicamente
25
233 Taxa Interna de Retorno (TIR)
ldquoTaxa Interna de Retorno (TIR) eacute a taxa de desconto que torna o valor atual
liacutequido (VAL) do investimento igual a zero Tambeacutem eacute chamada de taxa interna efetiva
de rentabilidaderdquo (REBELATTO 2004 p 217)
No projeto do tipo simples com o aumento da taxa requerida o VPL do projeto tende ao valor do custo inicial pois o VPL eacute uma funccedilatildeo decrescente da taxa requerida Portanto a decisatildeo com o meacutetodo TIR somente deve ser feita em projetos simples que garantem a existecircncia de uma uacutenica TIRgt -100 Nos outros tipos de fluxo de caixa em geral o meacutetodo da TIR natildeo deve ser utilizado pois haacute a possibilidade de muacuteltiplas TIRs Sendo a TIR a taxa de juro que zera o VPL do projeto simples para qualquer taxa requerida K menor que a TIR o VPL seraacute positivo e para qualquer taxa requerida K maior que a TIR o VPL seraacute negativo (LAPPONI 2007 p 175-176)
Rebelatto (2004 p 217) complementa afirmando que a TIR eacute um meacutetodo
aprimorado de anaacutelise de investimento sendo possivelmente uma das mais usadas
para avaliar projetos econocircmicos A TIR deve ser comparada com a taxa miacutenima de
atratividade (TMA) para analisar se o projeto seraacute aceito ou natildeo
Sendo assim Lapponi (2007 p 176) considera que
Se TIR gt TMA o projeto deve ser aceito pois eacute economicamente viaacutevel
Se TIR lt TMA o projeto deve ser recusado pois eacute economicamente
inviaacutevel
Se TIR = TMA eacute indiferente investir no projeto pois o mesmo natildeo criaraacute
e nem destruiraacute valor da empresa
ldquoA grande vantagem da TIR como indicador de decisatildeo eacute que prescinde de
informaccedilotildees externas ao projeto Tudo que o analista necessita eacute conhecer o perfil do
projeto e alguma ideia de magnitude da taxa de jurosrdquo (MACHADO 2002 p 127)
26
234 Periacuteodo de retorno de investimento (Payback)
ldquoO payback eacute o periacuteodo de tempo em que ocorre o retorno do investimento
Calculado no fluxo de caixa de vida uacutetil de dez anos o payback apresenta-se de vaacuterias
maneiras para cada tipo de empresardquo (BRITO 2003 p 51)
Uma empresa pode nomear o payback como um dos paracircmetros para escolha
de um projeto a fim de minimizar seus riscos Mesmo sendo esse um meacutetodo faacutecil e
simples na praacutetica eacute um dos mais utilizados para efetuar a mediccedilatildeo econocircmica de um
projeto (REBELATTO 2004 p 230)
Segundo Rebelatto (2004 p 231) a foacutermula baacutesica que demonstra o caacutelculo
do payback em fluxos de caixas regulares eacute
PB =I0
FC
Onde
PB= Payback
I0= Investimento inicial
FC= Fluxo de caixa regular
Para executar o meacutetodo payback eacute crucial estabelecer o tempo maacuteximo de
toleracircncia TMT para resgatar o custo inicial ldquoPara decidir se o projeto deve ser aceito
o payback deve ser comparado com o valor de referecircncia TMT de forma querdquo
(LAPPONI 2007 p 245)
Se PB lt TMT o projeto deve ser aceito
Se PB gt TMT o projeto deve ser recusado
A principal vantagem para utilizaccedilatildeo do meacutetodo payback eacute que ele reflete a
liquidez do projeto e por consequecircncia eacute possiacutevel efetuar a avaliaccedilatildeo do risco de natildeo
recuperar o investimento (REBELATTO 2004 p 230)
27
3 METODOLOGIA
Este capiacutetulo tem por objetivo descrever os procedimentos e teacutecnicas
utilizados na pesquisa considerando o problema e aos objetivos gerais e especiacuteficos
Para a execuccedilatildeo da revisatildeo bibliograacutefica realizada neste estudo foi utilizado
livros de especialistas na aacuterea os principais temas abordados foram o
empreendedorismo que eacute um assunto chave quando surge uma ideia para um novo
negoacutecio plano de negoacutecios que eacute um elemento fundamental para o sucesso ou
fracasso de um empreendimento e a viabilidade econocircmico-financeira tema
fundamental visto que o objetivo geral da pesquisa eacute mensurar se a mesma eacute viaacutevel
ou natildeo economicamente
Foi elaborada uma anaacutelise de mercado que estaacute disponiacutevel no item 41 deste
estudo atraveacutes da mesma foi identificado que os principais clientes satildeo das classes
A e B de Curitiba regiatildeo metropolitana no item 42 foi efetuado um levantamento do
tamanho do negoacutecio onde foi definida a capacidade produtiva o investimento inicial e
a localizaccedilatildeo do empreendimento no item 44foi elaborado o fluxo de caixa que
demonstra as previsotildees financeiras do periacuteodo de 5 anos o meacutetodo utilizado para
elaborar a pesquisa foi um estudo de caso de natureza exploratoacuteria quantitativa e
anaacutelise documental
O estudo de caso eacute evidenciado por um estudo minucioso e cansativo de um
ou poucos objetivos desta forma propicia um vasto e detalhado conhecimento sobre
o assunto uma missatildeo praticamente impossiacutevel mediante as outras maneiras de
delineamentos consideradas (GIL 2008 p 57-58)
Prodanov e Freitas (2013 p60) afirmam que o estudo de caso consiste em
recolher e analisar dados sobre determinado indiviacuteduo famiacutelia grupo ou comunidade
com a finalidade de estudar diferentes aspectos das suas vidas conforme o assunto
da pesquisa
Jaacute as pesquisas exploratoacuterias satildeo definidas por Gil (2008 p 27) como as que
Tecircm como principal finalidade desenvolver esclarecer e modificar conceitos e ideias tendo em vista a formulaccedilatildeo de problemas mais precisos ou hipoacuteteses pesquisaacuteveis para estudos posteriores De todos os tipos de pesquisa estas satildeo as que apresentam menor rigidez no planejamento Habitualmente envolvem levantamento bibliograacutefico e documental entrevistas natildeo padronizadas e estudos de caso
28
A pesquisa quantitativa ldquoconsidera que tudo pode ser quantificaacutevel o que
significa traduzir em nuacutemeros opiniotildees e informaccedilotildees para classificaacute-las e analisaacute-lasrdquo
Eacute necessaacuteria a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas estatiacutesticas tais como porcentagem meacutedia
moda desvio-padratildeo coeficiente de correlaccedilatildeo etc (PRODANOV FREITAS 2013
p 69)
Muitos dados que satildeo utilizados em pesquisas satildeo adquiridos indiretamente
por meio de documentosrdquo como livros jornais papeacuteis oficiais registros estatiacutesticos
fotos discos filmes e viacutedeos que satildeo obtidos de maneira indiretardquo Essas fontes
documentais tecircm a capacidade de disponibilizar ao pesquisador um grande nuacutemero
de informaccedilotildees com bastante qualidade para evitar a perda de tempo (GIL 2008 p
147)
Este modelo de pesquisa foi utilizado para definir os principais clientes quais
os produtos que seratildeo vendidos a capacidade produtiva assim como a viabilidade
econocircmico-financeira e operacional do negoacutecio
29
4 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES
41 ANAacuteLISE DE MERCADO
Woiler e Mathias (1994 p41) e Rebelatto (2004 p01) afirmam que a anaacutelise
de mercado eacute um dos pontos mais relevantes para elaboraccedilatildeo de um projeto Atraveacutes
do estudo do mercado obtemos muitas informaccedilotildees tais como
Fazendo a comparaccedilatildeo entre demanda e a oferta encontramos a
possiacutevel escassez da demanda futura Esse resultado proporcionaraacute
informaccedilotildees para que seja definida a escala de produccedilatildeo do projeto
A regiatildeo geograacutefica em que o produto pode ser vendido eacute um dos pontos
mais significativos para que seja definida a localizaccedilatildeo do empreendimento
O preccedilo de venda os custos de comercializaccedilatildeo e os estoques nos
canais de comercializaccedilatildeo satildeo informaccedilotildees relevantes para que seja
elaborada a projeccedilatildeo do projeto
Vale salientar que esses satildeo apenas alguns elementos importantes que eacute
possiacutevel identificar na anaacutelise de mercado existe muitos outros dados que satildeo obtidos
com a mesma
411 Mercado consumidor
ldquoTodas as decisotildees relacionadas a novos empreendimentos contecircm certo
grau de incerteza tanto no que diz respeito agrave informaccedilatildeo na qual as decisotildees estatildeo
baseadas como no que diz respeito agraves suas consequecircnciasrdquo (SEBRAE)
Chiavenato acredita que os clientes tecircm a capacidade de alavancar ou
derrubar um empreendimento ldquoUm cliente pode ser uma organizaccedilatildeo uma empresa
um usuaacuterio dos produtosserviccedilos ou um consumidor finalrdquo Eacute quem adquiri os
produtosserviccedilos ofertados pela organizaccedilatildeo no final da cadeia de transaccedilotildees Eacute ele
que estabelece direta ou indiretamente se o empreendimento teraacute ecircxito ou natildeo Por
30
isso o cliente deve ser considerado como o principal patrimocircnio da empresa (2007
p 207)
Segundo dados do censo 2010 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e
estatiacutestica) dos 576190 (quinhentos e setenta e seis mil cento e noventa) domiciacutelios
de Curitiba 292965 (duzentos e noventa e dois mil novecentos e sessenta e cinco)
possuem renda de mais de 5 a mais de 20 salaacuterios miacutenimos sendo assim cerca de
5085 dos domiciacutelios curitibanos estatildeo enquadrados nas classes A e B Ainda
segundo o IBGE cerca de 137922 (cento e trinta e sete mil novecentos e vinte e dois)
domiciacutelios curitibanos tecircm renda de mais de 10 salaacuterios miacutenimos o que representa
uma meacutedia de 24 dos domiciacutelios de Curitiba
Mais de 249000 (duzentos e quarenta e nove mil) pessoas que residem em
Curitiba cerca de 1423 da populaccedilatildeo tem rendimento mensal de mais de 5 salaacuterios
miacutenimos conforme Tabela 1
TABELA 1 - RESULTADOS DA AMOSTRA - RENDIMENTO POR PESSOA EM CURITIBA
Quantidade de pessoas Salaacuterios miacutenimos
153011 Mais de 5 a 10 salaacuterios miacutenimos
38692 Mais de 10 a 15 salaacuterios miacutenimos
25427 Mais de 15 a 20 salaacuterios miacutenimos
18264 Mais de 20 a 30 salaacuterios miacutenimos
13791 Mais de 30 salaacuterios miacutenimos
FONTE IBGE - CENSO DEMOGRAacuteFICO 2010
Curitiba possui uma populaccedilatildeo de mais de 1750000 (um milhatildeo setecentos
e cinquenta mil habitantes) segundo censo IBGE 2010 sendo que 932000
(novecentos e trinta e dois mil) pessoas com o estado civil de solteiro viuacutevo
divorciado separado judicialmentedesquitado isso mostra que tem muitas pessoas
que podem fazer festas de casamento e necessitar dos produtos que seratildeo ofertados
tais como bolos artiacutesticos doces finos e bem casados
Segundo as estatiacutesticas do registro civil do IBGE ocorreram em Curitiba e
regiatildeo metropolitana no ano 2012 exatamente 18877 (dezoito mil oitocentos e setenta
e sete) casamentos sendo que nos meses de setembro a dezembro foi onde ocorreu
um maior nuacutemero um total de 7828 (sete mil oitocentos e vinte e oito) casamentos o
que representa um total de 4147 dos casamentos ocorrem nesses quatro meses
do ano
31
TABELA 2 - CASAMENTOS POR MEcircS DE REGISTRO SEGUNDO O LUGAR DO REGISTRO ndash 2012
Lugar do registro
Casamentos por mecircs do registro
Total de
registros Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
RM Curitiba 18877 1466 1250 1572 1282 1403 1533 1248 1255 1735 1753 2118 2262
Curitiba 10351 848 692 857 692 724 872 658 658 971 968 1237 1174
FONTE IBGE DIRETORIA DE PESQUISAS COORDENACcedilAtildeO DE POPULACcedilAtildeO E INDICADORES SOCIAIS ESTATIacuteSTICAS DO REGISTRO CIVIL 2012
Nessa perspectiva foi definido que o mercado que a empresa de bolos e doces
finos vai atuar eacute de Curitiba e regiatildeo metropolitana com foco nas pessoas das classes
A e B com estado civil solteiro divorciado separado judicialmentedesquitado e viuacutevo
412 Produtos que seratildeo vendidos
ldquoNo coraccedilatildeo de uma grande marca haacute um grande produto O produto-chave
na oferta ao mercado Liacutederes de mercado geralmente oferecem produtos e serviccedilos
de qualidade superiorrdquo (KOTLER KELLER 2006 p 366)
Os principais produtos fornecidos seratildeo
Bolos artiacutesticos
FOTO1 - BOLO ARTIacuteSTICO FONTE WANDA CARDOSO - BOLOS ARTIacuteSTICOS amp DOCES
32
Bolos de copa
FOTO2 - BOLO DE COPA FONTE ELABORADO PELO AUTOR
FOTO3 - BOLO DE COPA FONTE ELABORADO PELO AUTOR
Naked cake
FOTO4 - NAKED CAKE FONTE DOCES PENEacuteLOPE
33
Doces Tradicionais
FOTO5 - DOCES TRADICIONAIS FONTE ELABORADO PELO AUTOR
Doces Espelhados
FOTO6 - DOCES ESPELHADOS FONTE PRONTO SOCORRO DAS FESTAS
Doces Finos
FOTO 7 - DOCES FINOS FONTE COMPRANDO MEU APE
34
Brigadeiros gourmet
FOTO8 - BRIGADEIROS GOURMET FONTE ELABORADO PELO AUTOR
Tacinhas acriacutelicas
FOTO9 - TACINHAS ACRIacuteLICAS FONTE BUFFET DELIacuteCIAS DA VI
Trufas
FOTO 10 - TRUFAS FONTE FOGAtildeO DA VOVOacute
35
Bombons
FOTO11 - BOMBONS FONTE DALVA GOLDEN GATE
Bem casados
FOTO12 - BEM CASADOS FONTE CASAMENTO SEM ERRO
FOTO13 - BEM CASADOS FONTE CASAMENTO SEM ERRO
36
413 Preccedilo de venda
A definiccedilatildeo do preccedilo dos produtos eacute uma das decisotildees mais relevantes da
organizaccedilatildeo que deve levar em conta a forma como a empresa deseja se posicionar
no mercado os custos a concorrecircncia e a rentabilidade almejada
O preccedilo eacute um dos elementos mais versaacuteteis pode ser modificado rapidamente
ao contraacuterio das propriedades dos produtos dos contratos com canais de distribuiccedilatildeo
e ateacute mesmo das promoccedilotildees O Preccedilo tem tambeacutem a tarefa de mostrar ao mercado o
posicionamento de valor desejado pela empresa para o seu produto ou marca
(KOTLER KELLER 2006 p 428)
A consolidaccedilatildeo dos preccedilos dos produtos seraacute elaborada levando em conta os
custos para se obter os produtos com a qualidade requinte e sofisticaccedilatildeo desejada
com a margem de lucro esperada e se baseando nos preccedilos praticados pela
concorrecircncia
414 Previsatildeo de vendas
Para Chiavenato (2007 p 2013)
A previsatildeo de vendas representa a quantidade de produtosserviccedilos que a empresa pretende vender ou colocar no mercado durante um determinado periacuteodo geralmente um mecircs ou um ano dividido em meses Constitui portanto uma estimativa ou uma expectativa de vendas Pode ser feita em unidades fiacutesicas ou em valores monetaacuterios
A produccedilatildeo vai ser em meacutedia de 5600 doces (doces finos gourmet e bem
casados) e 4 bolos procurando atender em meacutedia 4 eventos por semana e ateacute 16
eventos por mecircs sendo que nos meses de setembro a dezembro essa demanda
aumenta pelo motivo de historicamente ter um nuacutemero maior de casamentos
37
415 Definiccedilatildeo de local de venda dos produtos
ldquoA venda eacute a fase fundamental do processo de vendas Consiste na
transferecircncia do produtoserviccedilo para o cliente ou consumidorrdquo (CHIAVENATO 2007
p 210)
As vendas vatildeo ocorrer atraveacutes de site proacuteprio redes sociais telefone e
pessoalmente natildeo teremos loja fiacutesica apenas um ateliecirc para confecccedilatildeo dos bolos e
doces onde vai conter uma sala anexa na qual vai ser oferecido o serviccedilo de
degustaccedilatildeo com horaacuterios marcados para assim o cliente decidir quais os produtos
seratildeo adquiridos para o seu evento e fechamento de contrato
416 Definiccedilatildeo da demanda e da oferta
Na maior parte das encomendas os clientes solicitam os doces finos e
gourmet que contecircm chocolates frutas oleaginosas tais como castanhas nozes
avelatildes amecircndoas frutas como framboesa morango damasco cerejas e os bem
casados Os bolos mais solicitados satildeo os com decoraccedilatildeo de pasta americana que
deve obrigatoriamente ter recheios mais firmes como ganaches fios de ovos
strogonoff de nozes e os naked cake (bolo pelado) que possuem mais opccedilotildees de
recheios com chocolates frutas diversas e cremes de pacirctisserie
Em contato com algumas empresas que fornecem o mesmo tipo de produto
foi possiacutevel verificar que as encomendas devem ser feitas com antecedecircncia miacutenima
de 6 meses sendo que alguns casos somente com um ano de antecedecircncia para
conseguir na data desejada Esse eacute um dos pontos que mostra que tem espaccedilo
suficiente para entrada nesse mercado
38
417 Concorrentes
Chiavenato (2007 p 33) Kotler e Keller (2006 p 340) afirmam que os
concorrentes satildeo as organizaccedilotildees que competem pelos mesmos fornecedores
clientes e consumidores
ldquoAgrave medida que seus produtosserviccedilos tornam-se mais heterogecircneos tanto
mais heterogecircneos e diferenciados seratildeo seus concorrentes e tanto mais complexa
seraacute a competitividaderdquo (CHIAVENATO 2007 p 33)
Em busca na internet foi possiacutevel identificar que atualmente existe em meacutedia
25 concorrentes reais que oferecem exatamente os mesmos produtos que seratildeo
fornecidos com o mesmo padratildeo de qualidade valor agregado requinte e
sofisticaccedilatildeo Tambeacutem foi detectado mais 14 concorrentes potenciais que vendem
produtos similares aos que seratildeo vendidos poreacutem natildeo possuem o mesmo valor
agregado dos que vatildeo ser ofertados Foi possiacutevel identificar que alguns concorrentes
oferecem somente os doces finos dos quais foram identificados mais 3 concorrentes
reais e 3 concorrentes potenciais E foi detectado que existem concorrentes que
fornecem apenas os bolos artiacutesticos dos quais foi identificado 4 concorrentes reais
todos fornecem os bolos com o mesmo niacutevel de qualidade que seratildeo fornecidos
A tabela 3 mostra a divisatildeo dos concorrentes reais e potenciais que fornecem
bolos e doces por bairro de Curitiba
39
TABELA 3 - CONCORRENTES QUE FORNECEM BOLOS E DOCES POR BAIRRO
Bairro Quantidade de Concorrentes Reais
Quantidade de Concorrentes Potenciais
Aacutegua Verde 4 1
Ahuacute 1
Bairro Alto 2 1
Barreirinha 1
Barreirinha 1
Bom Retiro 1
Campo Comprido 1
Campo Comprido 1
Cidade Industrial 1
Colombo 1
Fazenda Rio Grande 1
Hauer 1
Hugo Lange 1
Mercecircs 1
Novo Mundo 2 1
Novo Mundo 1
Portatildeo 1
Portatildeo 1
Santa Cacircndida 1
Santa Felicidade 1 1
Santo Inaacutecio 1 1
Satildeo Joseacute dos Pinhais 1
Seminaacuterio 1
Sitio Cercado 1
Tarumatilde 1
Vila Izabel 1
Natildeo Informado 1 2
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
418 Forma de divulgaccedilatildeo dos concorrentes
Todas as empresas pesquisadas que fornecem produtos similares aos que
vamos fornecer utilizam sites proacuteprios e as redes sociais para fazer divulgaccedilatildeo dos
seus produtos todas fazem degustaccedilatildeo para os clientes conhecerem os seus
produtos e posteriormente fechar um contrato
40
42 TAMANHO DO NEGOacuteCIO
421 Capacidade produtiva
A capacidade produtiva vai ser para atender ateacute 4 eventos por semana A
produccedilatildeo vai ser de ateacute 5600 doces (doces finos gourmet e bem casados) e 4 bolos
atendendo ateacute 4 eventos por final de semana e ateacute 16 eventos por mecircs sendo que
nos meses de setembro a dezembro essa demanda aumenta pelo motivo de
historicamente ter um nuacutemero maior de casamentos
422 Investimento
Um dos pontos mais relevantes para abertura de uma empresa eacute a
determinaccedilatildeo do capital miacutenimo para dar iniacutecio nas atividades e principalmente como
obter este capital ldquoEacute com o capital inicial que a empresa tem condiccedilotildees de reunir os
recursos empresariais necessaacuterios ao seu funcionamento sejam eles recursos
humanos materiais ou financeirosrdquo A determinaccedilatildeo do capital eacute o que estabelece a
quantidade de recursos empresariais que a empresa tem disponiacutevel Indiscutivelmente
quanto maior for o volume de recursos empresariais mais faacutecil se torna o desempenho
da empresa Quando todos os recursos necessaacuterios para seu funcionamento estatildeo agrave
disposiccedilatildeo a administraccedilatildeo do empreendimento fica mais simples (CHIAVENATO
2007 p84)
Cabe acrescentar que (LAPPONI 2007 p 321)
O custo inicial refere-se aos desembolsos realizados para aquisiccedilatildeo de equipamentos ou outros ativos fixos incluindo o pagamento de fretes seguros instalaccedilotildees despesas operacionais iniciais com materiais e matildeo de obra treinamento de pessoal de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo etc resumindo o custo inicial inclui todos os desembolsos necessaacuterios para adquirir os ativos necessaacuterios e que estejam em condiccedilotildees de operar e gerar as receitas estimadas
41
O empreendimento iniciaraacute suas atividades com capital investido com
recursos proacuteprios da empreendedora
As estimativas de investimento inicial para abertura da empresa foi de
R$5162851 conforme tabela 4
TABELA 4 - INVESTIMENTO INICIAL
Descriccedilatildeo Valor (R$)
Maacutequinas e equipamentos Cozinha R$ 3084878
Utensiacutelios R$ 555075
Moacuteveis para escritoacuterio R$ 268982
Equipamentos de informaacutetica e eletrocircnicos R$ 446204
Outros custos escritoacuterio R$ 48912
Uniformes R$ 155800
Pintura Imoacutevel R$ 500000
Porta de Vidro R$ 103000
Total R$ 5162851
FONTE ELABORADO PELO AUTOR (2015)
423 Localizaccedilatildeo
Seraacute locado um imoacutevel para a instalaccedilatildeo da empresa localizado na Rua Heitor
Baggio Vidal 2508 Bairro Alto Curitiba ndash PR com o valor do aluguel mensal de
R$160000 (mil e seiscentos reais) O espaccedilo interno de 95msup2 seraacute dividido em trecircs
partes a primeira com 20msup2 vai ficar a recepccedilatildeo para receber os clientes efetuar
orccedilamentos e as degustaccedilotildees a segunda com 71msup2 a cozinha industrial onde seratildeo
fabricados os bolos e doces finos e a terceira com 4msup2 o lavabo
42
FOTO14 - FOTO DO IMOacuteVEL ONDE SERAacute INSTALADA A EMPRESA FONTE MP IMOacuteVEIS
424 Entregas
As entregas dos bolos e doces finos seratildeo efetuadas por uma empresa
parceira localizada no Bairro Alto o preccedilo das entregas em Curitiba e regiatildeo
metropolitana variam de R$2400 (vinte e quatro reais) a R$6000 (sessenta reais)
dependendo da localizaccedilatildeo tais valores seratildeo cobrados dos clientes
43 CAPITAL DE GIRO
O capital de giro inicial foi estimado levando em conta que no primeiro ano a
empresa vai produzir 8333 da sua capacidade atendendo em meacutedia 13 ventos
mensalmente sendo assim foram considerados os gastos operacionais necessaacuterios
para o iniacutecio das atividades incluindo o custo fixo mensal e o estoque inicial ambos
multiplicados por 2 e acrescidos de um percentual de 10 de margem de seguranccedila
para despesas natildeo previstas
43
TABELA 5 - CAPITAL DE GIRO
Item Valor (R$)
Estoque Inicial 5144000
Custo Fixo Mensal 3194783
Reserva (10) 833878
Total do Capital de Giro Inicial 9172662
FONTE ELABORDO PELO AUTOR
44 FLUXO DE CAIXA
ldquoFluxo de Caixa eacute um Instrumento de gestatildeo financeira que projeta para
periacuteodos futuros todas as entradas e as saiacutedas de recursos financeiros da empresa
indicando como seraacute o saldo de caixa para o periacuteodo projetadordquo (SEBRAE)
Na tabela 6 eacute apresentada a projeccedilatildeo do Fluxo de Caixa da empresa para os
seus primeiros cinco anos onde fica evidenciado que do primeiro ateacute o quinto ano a
sauacutede financeira da empresa melhora gradativamente sendo que no final do quinto
ano o saldo em caixa ultrapassa os 300 se comparado com o saldo em caixa no
final do primeiro ano
Pode-se observar que natildeo foi inserida no fluxo de caixa a opccedilatildeo de
inadimplecircncia pois todos os pagamentos seratildeo efetuados agrave vista em dinheiro ou
cartatildeo sendo que o pagamento total dos produtos deve ser efetuado no miacutenimo 10
dias antes da data do evento
44
TABELA 6 - PROJECcedilAtildeO DE FLUXO DE CAIXA NOS PRIMEIROS CINCO ANOS
Descriccedilatildeo Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5
Investimento Inicial (5162851)
Capital de Giro (9172662) 9172662
Valor Residual 1548855
Total de entradas 000 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873
Previsatildeo Receitas de vendas 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873
Total de Saiacutedas (14335513) (44888699) (54283425) (59479393) (64738409) (70291804)
(-)Fornecedores (25720000) (33641760) (36669518) (39969775) (43567055)
(-)Folha de pagamento (3267192) (3593911) (3953302) (4348633) (4783496)
(-)Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)
(963216) (1011377) (1061946) (1115043) (1170795)
(-)Retiradas soacutecios (2400000) (2640000) (3432000) (3946800) (4341480)
(-)Impostos s vendas (4654291) (5073177) (5573767) (6075406) (6622192)
(-)Alugueacuteis (1920000) (2016000) (2116800) (2222640) (2333772)
(-)Energia eleacutetrica (840000) (882000) (926100) (972405) (1021025)
(-)Aacutegua (300000) (315000) (330750) (347288) (364652)
(-)Telefone (384000) (403200) (423360) (444528) (466754)
(-)Gaacutes (588000) (617400) (648270) (680684) (714718)
(-)Serviccedilos contabilidade (960000) (1008000) (1058400) (1111320) (1166886)
(-)Manutenccedilatildeo (600000) (630000) (661500) (694575) (729304)
(-)Outras despesas com funcionaacuterios
(1296000) (1405800) (1525590) (1656320) (1799030)
(-)Taxas bancaacuterias (96000) (100800) (105840) (111132) (116689)
(-)Outros pagamentos (900000) (945000) (992250) (1041863) (1093956)
Entradas - Saiacutedas (14335513) 12981301 21410535 23027023 25193585 27734070
Depreciaccedilatildeo 000 (631377) (631377) (631377) (631377) (631377)
Saldo Final (14335513) 12349924 20779158 22395647 24562208 37824209
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
A depreciaccedilatildeo foi calculada considerando o prazo de vida uacutetil meacutedio de 10
anos das maacutequinas equipamentos instalaccedilotildees moacuteveis e utensiacutelios e para os
computadores e perifeacutericos foi considerado o prazo de vida uacutetil de 5 anos conforme
demonstrado na tabela 7
TABELA 7 - DEPRECIACcedilAtildeO
Item Valor Inicial Taxa Anual Depreciaccedilatildeo Anual (R$)
Maacutequinas e equipamentos 3084878 10 308488
Instalaccedilotildees 103000 10 10300
Moacuteveis e Utensiacutelios 824057 10 82406
Computadores e Perifeacutericos 446204 20 89241
Outros 704712 20 140942
Total 631377
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
45
O valor residual dos equipamentos e instalaccedilotildees da empresa no final do quinto
ano foi considerado em 30 referente ao valor de aquisiccedilatildeo dos mesmos no iniacutecio do
projeto
45 ANAacuteLISE DOS INDICADORES (VPL TIR E PAYBACK)
451 Valor Presente Liacutequido (VPL)
A tabela 8 mostra que o VPL (Valor Presente Liacutequido) eacute positivo isso significa
que aleacutem de recuperar o investimento inicial ainda vai ser agregado ao valor da
empresa um montante de R$ R$50392407 (quinhentos e trecircs mil novecentos e vinte
quatro reais e sete centavos)
A taxa de retorno requerida de 20 foi determinada levando em conta o niacutevel
de risco do projeto e visando o valor desejado para se obter em cima do valor
investido
TABELA 8 - CALCULO DO VALOR PRESENTE LIacuteQUIDO (VPL)
Anos FC k 2000
0 -$143355 VPL $50392407
1 $123499 VPL $50392407
2 $207792 VPL $50392407
3 $223956 VPL $21761126
4 $245622 VPL $21761126
5 $378242 Decisatildeo Aceitar o Projeto
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
452 Taxa Interna de Retorno (TIR)
Conforme a tabela 9 eacute possiacutevel verificar que a TIR (Taxa Interna de Retorno)
eacute de 11593 maior que a taxa requerida de 20 isso significa que custo inicial seraacute
46
recuperado e o projeto vai criar valor para empresa mais um resultado favoraacutevel para
a aceitaccedilatildeo do projeto
TABELA 9 - TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR)
Anos FC
0 -$143355 TIR 11593
1 $123499 TIR 2168
2 $207792 TIR 2168
3 $223956 Decisatildeo
4 $245622 k 2000
5 $378242 Aceitar o projeto
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
453 Payback
O tempo de recuperaccedilatildeo do custo inicial ocorre normalmente entre o quarto e
o quinto ano se for feita a anaacutelise da tabela 10 eacute possiacutevel verificar que o tempo
necessaacuterio para o retorno do investimento (payback) do projeto eacute de 128 anos este
indicador mostra claramente que o projeto deve ser aceito pois o tempo de retorno
estaacute bem abaixo do tempo meacutedio dos empreendimentos como um todo
TABELA 10 - PAYBACK
k 20
Anos FC SPresente
0 -$143355 -$143355 PBD-SP = 128
1 $123499 -$40439 128
2 $207792 $103861
3 $223956 $233465
4 $245622 $351917
5 $378242 $503924
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
47
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Para iniciar um negoacutecio requer muito mais do que apenas o espiacuterito
empreendedor eacute necessaacuterio ter lideranccedila conhecimento sobre o mercado que deseja
atuar organizaccedilatildeo e principalmente planejamento
O principal objetivo desse estudo foi analisar a viabilidade econocircmico-
financeira da abertura de uma empresa de bolos e doces finos no Bairro Alto em
Curitiba
O objetivo apresentado nesta pesquisa foi atingido pois todos os indicadores
analisados mostram com clareza que empresa obteacutem resultados positivos que criam
valor para a mesma e com isso o projeto eacute viaacutevel economicamente pois do primeiro
ao quinto ano fica visiacutevel o crescimento do empreendimento e a melhora significativa
da sua sauacutede financeira isso fica evidenciado no saldo final em caixa no quinto ano
que chega proacuteximo haacute 400 mil reais Apesar disso eacute crucial o acompanhamento do
mercado para seguir as tendecircncias e se atualizar constantemente para tomar
decisotildees mais assertivas
Um negoacutecio mal avaliado pode arruinar a estabilidade econocircmica do
investidor por isso eacute de extrema importacircncia fazer todos os levantamentos de custos
antes de se aventurar em qualquer empreendimento
Eacute possiacutevel comprovar que a pesquisa realizada contribui positivamente para
abertura da empresa No entanto as informaccedilotildees aqui presentes natildeo satildeo estaacuteticas e
devem ser revisadas periodicamente e se preciso ateacute mesmo ampliadas no decorrer
da implantaccedilatildeo do projeto para que o mesmo seja uma ferramenta eficiente e eficaz
no desenvolvimento da empresa como um todo
48
REFEREcircNCIAS
BRITO Paulo Anaacutelise e viabilidade de projetos de investimento Satildeo Paulo Atlas 2003 DOLABELA Fernando O segredo de Luiacutesa 30 ed Satildeo Paulo Editora de Cultura 2006 DORNELAS Joseacute Carlos Assis Empreendedorismo transformando ideias em negoacutecios 4 ed Rio de Janeiro Campus Elsevier 2012 CENSO Demograacutefico 2010 Resultados gerais da amostra Curitiba IBGE 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=410690ampidtema=87ampsearch=parana|curitiba|censo-demografico-2010-resultados-gerais-da-amostra-gt Acesso em 21 de Junho de 2015 CHIAVENATO Idalberto Empreendedorismo dando asas ao espiacuterito empreendedor empreendedorismo e a viabilidade de novas empresas um guia eficiente para iniciar e tocar seu proacuteprio negoacutecio 2 ed Satildeo Paulo Saraiva 2007 ESTATIacuteSTICAS do registro civil 2012 Curitiba IBGE 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaoregistrocivil2012default_xlsshtmgt Acesso em 21 de Junho de 2015 GIL Antonio Carlos Meacutetodos e teacutecnicas de pesquisa social 6 ed Satildeo Paulo Atlas 2008 KOTLER Philip KELLER Kevin Lane Administraccedilatildeo de Marketing 12 ed Satildeo Paulo ABDR 2006 LAPPONI Juan Carlos Projetos de Investimento na Empresa Rio de Janeiro Elsevier 2007 MACHADO Jesseacute Anderson Pinto Projetos Econocircmicos uma abordagem praacutetica de elaboraccedilatildeo Satildeo Paulo Nobel 2002 MICHEL Maria Helena Metodologia e pesquisa cientiacutefica em ciecircncias sociais 2 ed Satildeo Paulo Atlas 2009 OLIVEIRA Djalma de Pinho Rebouccedilas de Planejamento estrateacutegico conceitos metodologia e praacuteticas 20 ed Satildeo Paulo Atlas 2004 PRODANOV Cleber Cristiano ERNANI Cesar de Freitas Metodologia do trabalho cientiacutefico meacutetodo e teacutecnicas da pesquisa e do trabalho acadecircmico 2 ed Novo Hamburgo Freevale 2013
49
REBELATTO Dayse Projeto de Investimento 1 ed Barueri Manole 2004 SEBRAE Pesquisa de Mercado o que eacute e para que serve Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrsitesPortalSebraeartigosPesquisa-de-mercado-o-que-C3A9-e-para-que-servegt Acesso em 21 de Junho de 2015 SEBRAE Fluxo de caixa Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrSebraePortal20SebraeAnexos0_fluxo-de-caixapdfgt Acesso em 10 de Outubro de 2015 WILDAUER Egon Walter Plano de negoacutecios elementos construtivos e processos de elaboraccedilatildeo 2 ed Curitiba Ibpex 2011 WOILER Samsatildeo MATHIAS Washington Franco Projetos planejamento elaboraccedilatildeo anaacutelise 1 ed Satildeo Paulo Atlas 1994
50
APEcircNDICES
APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL 51
APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS 52
APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL 52
51
APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL
Item Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5
Aacutegua 25000 26250 27563 28941 30388
Aluguel 160000 168000 176400 185220 194481
Assessoria Contaacutebil 80000 84000 88200 92610 97241
Gaacutes 49000 51450 54023 56724 59560
Impostos 387858 422765 464481 506284 551849
Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)
80268 84281 88495 92920 97566
Energia eleacutetrica 70000 73500 77175 81034 85085
Manutenccedilatildeo 50000 52500 55125 57881 60775
Material de escritoacuterio 20000 21000 22050 23153 24310
Material de Limpeza 40000 42000 44100 46305 48620
Folha de pagamento 272266 299493 329442 362386 398625
Seguros 15000 15750 16538 17364 18233
Telefone fixointernet 20000 21000 22050 23153 24310
Telefone Moacutevel 12000 12600 13230 13892 14586
Vale Refeiccedilatildeo 75000 82500 90750 99825 109808
Vale Transporte 33000 34650 36383 38202 40112
Proacute- labore 200000 220000 286000 328900 361790
Taxas Bancaacuterias 8000 8400 8820 9261 9724
Total R$ 1597392 R$ 1720139 R$ 1900823 R$ 2064053 R$ 2227062
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
52
APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS
Item
Produccedilatildeo mensal meacutedia
Custo unitaacuterio total
Sugestatildeo Preccedilo de venda
Custo Mensal Total
Receita de vendas
Bolos artiacutesticos (recheios diversos) 150 6000 13500 900000 2025000
Bolos de copa (recheios diversos) 30 3600 8100 108000 243000
Naked cake (recheios diversos) 60 4200 9450 252000 567000
Doces Tradicionais 32 3500 7875 112000 252000
Doces Espelhados 32 5000 11250 160000 360000
Doces Finos 32 7500 16875 240000 540000
Brigadeiros gourmet 16 4500 10125 72000 162000
Tacinhas acriacutelicas 16 5500 12375 88000 198000
Trufas 32 5000 11250 160000 360000
Bombons 32 5000 11250 160000 360000
Bem casados 3200 100 225 320000 720000
Custo produccedilatildeo Total 2572000
Receita Total 5787000
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL
Ano Receita Bruta Variaccedilatildeo anual
Ano 1 000
Ano 2 69444000 9
Ano 3 75693960 9
Ano 4 82506416 9
Ano 5 89931994 9
Valor considerando a inflaccedilatildeo de 9 aa
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
2
DIENERRY SOUZA DOS SANTOS
ANAacuteLISE DE VIABILIDADE ECONOcircMICO-FINANCEIRA PARA ABERTURA DE
UMA EMPRESA DE BOLOS E DOCES FINOS EM CURITIBA
Trabalho apresentado como requisito parcial agrave obtenccedilatildeo do grau de Especialista do curso de MBA em Inteligecircncia de Negoacutecios da Universidade Federal do Paranaacute - CEPPAD Orientador Prof Dr Marcos Wagner da Fonseca
CURITIBA
2015
3
AGRADECIMENTOS
Primeiramente a Deus meu mestre por me dar forccedilas e sabedoria para seguir
em frente para concluir este objetivo
Ao meu amado esposo Mauricio Leandro dos Santos pelo seu
companheirismo respeito e paciecircncia Por estar ao meu lado em todos os momentos
principalmente nos mais difiacuteceis enxugando as minhas laacutegrimas e me confortando
com palavras e atitudes de incentivo
Ao meu estimado orientador Professor Dr Marcos Wagner da Fonseca que
se prontificou a me beneficiar com sua sabedoria e me mostrar qual a direccedilatildeo eu devia
seguir em cada etapa desta aacuterdua caminhada
4
RESUMO
O objetivo do presente trabalho eacute analisar a viabilidade econocircmico-financeira da abertura de uma empresa de bolos e doces finos no Bairro Alto em Curitiba Para o sucesso real de um novo negoacutecio eacute fundamental a elaboraccedilatildeo de um plano de negoacutecios e uma anaacutelise de viabilidade econocircmico-financeira bem estruturados e robustos pois ambos satildeo alicerces imprescindiacuteveis para dar iniacutecio em um novo empreendimento para isso foi elaborada uma anaacutelise de mercado na qual foi possiacutevel definir o mercado consumidor quais os produtos que seratildeo vendidos os concorrentes reais e potecircnciais e tambeacutem foi efetuado um levantamento do tamanho do negoacutecio onde foi definida a capacidade produtiva investimento inicial localizaccedilatildeo do empreendimento e o fluxo de caixa Foram elaborados demonstrativos de resultados financeiros para averiguar se o projeto eacute viaacutevel ou natildeo economicamente os indicadores utilizados para analisar a viabilidade ou natildeo do empreendimento foi a Valor Presente Liacutequido Taxa Interna de Retorno e payback
Palavras- Chave Plano de negoacutecios viabilidade econocircmico-financeira bolos e doces finos
5
ABSTRACT
The objective of this study is to analyze the economic feasibility of opening an cakes and gourmet company Bairro Alto in Curitiba For the real success of a new business is essential to create a business plan and an analysis of economic and financial viability well-structured and robust as both are essential foundations to start on a new venture for it was drawn up an analysis of market in which it was possible to define the consumer market which products will be sold the actual and potential competitors and has also made a business the size of the survey which was defined production capacity initial investment the project location and the cash flow Were prepared financial income statements to determine whether the project is economically viable or not the indicators used to analyze the feasibility or otherwise of the project was the Net Present Value Internal Rate of Return and payback
Key-words Business Plan economic and financial feasibility cakes and fine pastries
6
LISTA DE ILUSTRACcedilOtildeES
FOTO 1 - BOLO ARTIacuteSTICO 31
FOTO 2 - BOLO DE COPA 32
FOTO 3 - BOLO DE COPA 32
FOTO 4 - NAKED CAKE 32
FOTO 5 - DOCES TRADICIONAIS 33
FOTO 6 - DOCES ESPELHADOS 33
FOTO 7 - DOCES FINOS 33
FOTO 8 - BRIGADEIROS GOURMET 34
FOTO 9 - TACINHAS ACRIacuteLICAS 34
FOTO 10 - TRUFAS 34
FOTO 11 - BOMBONS 35
FOTO 12 - BEM CASADOS 35
FOTO 13 - BEM CASADOS 35
FOTO 14 - FOTO DO IMOacuteVEL ONDE SERAacute INSTALADA A EMPRESA 42
7
LISTA DE TABELAS
TABELA 1 - RESULTADOS DA AMOSTRA - RENDIMENTO POR PESSOA EM
CURITIBA 30
TABELA 2 - CASAMENTOS POR MEcircS DE REGISTRO SEGUNDO O LUGAR DO
REGISTRO ndash 2012 31
TABELA 3 - CONCORRENTES QUE FORNECEM BOLOS E DOCES POR BAIRRO
39
TABELA 4 - INVESTIMENTO INICIAL 41
TABELA 5 - CAPITAL DE GIRO 43
TABELA 6 - PROJECcedilAtildeO DE FLUXO DE CAIXA NOS PRIMEIROS CINCO ANOS 44
TABELA 7 - DEPRECIACcedilAtildeO 44
TABELA 8 - CALCULO DO VALOR PRESENTE LIacuteQUIDO (VPL) 45
TABELA 9 - TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR) 46
TABELA 10 - PAYBACK 46
8
LISTA DE ABREVIATURAS EOU SILGAS
IBGE ndash Instituro Brasileiro de Geograacutefia e Estatiacutestica
PIB ndash Produto Interno Bruto
SEBRAE ndash Serviccedilo Brasileiro de Apoio agraves Micro e Pequenas Empresas
TIR ndash Taxa Interna de Retorno
TMA ndash Taxa Miacutenima de Atratividade
TMT ndash Taxa Miacutenima de Toleracircncia
VAL ndash Valor Atual liacutequido
VPL ndash Valor presente liacutequido
9
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO 11
11 PROBLEMA 12
12 OBJETIVO GERAL 12
13 OBJETIVOS ESPECIacuteFICOS 12
2 REFERENCIAL TEOacuteRICO 13
21 EMPREENDEDORISMO 13
211 Caracteriacutesticas e perfil do empreendedor 15
22 PLANO DE NEGOacuteCIOS 16
221 Estrutura do plano de negoacutecios 18
2211 Capa 18
2212 Sumaacuterio 19
2213 Sumaacuterio executivo 19
2214 Anaacutelise estrateacutegica 19
2215 Descriccedilatildeo da empresa 20
2216 Produtos e serviccedilos 20
2217 Plano operacional 20
2218 Plano de recursos humanos 21
2219 Anaacutelise de mercado 21
22110 Estrateacutegia de marketing 21
22111 Plano financeiro 22
22112 Anexos 22
23 VIABILIDADE ECONOcircMICO-FINANCEIRA 22
231 Fluxo de caixa 23
232 Valor Presente Liacutequido (VPL) 24
233 Taxa Interna de Retorno (TIR) 25
234 Periacuteodo de retorno de investimento (Payback) 26
3 METODOLOGIA 27
4 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES 29
41 ANAacuteLISE DE MERCADO 29
411 Mercado consumidor 29
10
412 Produtos que seratildeo vendidos 31
413 Preccedilo de venda 36
414 Previsatildeo de vendas 36
415 Definiccedilatildeo de local de venda dos produtos 37
416 Definiccedilatildeo da demanda e da oferta 37
417 Concorrentes 38
418 Forma de divulgaccedilatildeo dos concorrentes 39
42 TAMANHO DO NEGOacuteCIO 40
421 Capacidade produtiva 40
422 Investimento 40
423 Localizaccedilatildeo 41
424 Entregas 42
43 CAPITAL DE GIRO 42
44 FLUXO DE CAIXA 43
45 ANAacuteLISE DOS INDICADORES (VPL TIR E PAYBACK) 45
451 Valor Presente Liacutequido (VPL) 45
452 Taxa Interna de Retorno (TIR) 45
453 Payback 46
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 47
REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS 48
APEcircNDICES 50
11
1 INTRODUCcedilAtildeO
Quando surge uma ideia e eacute possiacutevel identificar nela uma oportunidade eacute o
iniacutecio para a criaccedilatildeo de um negoacutecio
Qualquer empreendimento para ter ecircxito seja ele industrial comercial ou de
serviccedilos depende de inuacutemeras decisotildees que o empreendedor precisa tomar antes de
iniciaacute-lo Uma das decisotildees fundamentais eacute analisar o empreendimento
economicamente para verificar se o projeto vai ser viaacutevel e lucrativo ou natildeo poreacutem
antes das decisotildees surgem agraves duacutevidas e incertezas como qual o ponto de partida
Qual deve ser o capital investido inicialmente Quais produtos seratildeo fabricados
Onde seratildeo vendidos
Para abertura de uma empresa de bolos e doces finos em Curitiba os
questionamentos satildeo os mesmos e para conseguir as respostas para todos esses
questionamentos que andam lado a lado com todos os empreendedores quando
surge a ideia de um novo negoacutecio eacute essencial a construccedilatildeo de um plano de negoacutecios
e principalmente efetuar uma anaacutelise de viabilidade econocircmico-financeira bem
estruturada que traga informaccedilotildees fundamentais para tomar decisotildees mais assertivas
No decorrer desta pesquisa foi possiacutevel responder haacute cada um destes
questionamentos por meio da anaacutelise de mercado definiccedilatildeo do tamanho do negoacutecio
fluxo de caixa e a anaacutelise dos indicadores que estatildeo dispostos no capiacutetulo 4 deste
estudo
Dornelas (2012 p 93) afirma que ldquoum negoacutecio bem planejado teraacute mais
chances de sucesso do que aquele sem planejamento na mesma igualdade de
condiccedilotildeesrdquo
Diante deste contexto a proposta deste projeto eacute analisar a viabilidade
econocircmico-financeira da abertura de uma empresa de bolos e doces finos localizada
no Bairro Alto em Curitiba
12
11 PROBLEMA
Qual a viabilidade econocircmico-financeira da abertura de uma empresa de
bolos e doces finos em Curitiba
12 OBJETIVO GERAL
Investigar qual a viabilidade da implantaccedilatildeo de uma empresa de bolos e
doces finos em Curitiba
13 OBJETIVOS ESPECIacuteFICOS
Elaborar uma anaacutelise do mercado de bolos e doces finos em Curitiba
Definir quais os produtos seratildeo vendidos
Definir a capacidade produtiva
Analisar a viabilidade econocircmico-financeira do negoacutecio
13
2 REFERENCIAL TEOacuteRICO
21 EMPREENDEDORISMO
Um projeto empreendedor se torna possiacutevel apenas se o dono da ideia estiver
disposto a assumir todas as responsabilidades e exigecircncias de abrir um negoacutecio que
sem duacutevida passaraacute a ser seu projeto de vida
Para Dolabela (2006 sn)
Se considerarmos que as empresas quase sempre comeccedilam pequenas isso chega a ser um paradoxo Principalmente porque no mundo de hoje as pequenas empresas constituem a principal fonte de empregos e satildeo responsaacuteveis em muitos paiacuteses por mais de 50 do produto interno bruto (PIB) e pelo maior volume de exportaccedilotildees aleacutem de serem as maiores geradoras de inovaccedilotildees tecnoloacutegicas desde a Segunda Guerra Mundial
Eacute possiacutevel definir empreendedorismo comordquo a capacidade que uma pessoa
possui de formular uma ideia sobre determinado produto ou serviccedilo em um mercado
seja essa ideia nova ou natildeordquo (WILDAUER 2011 p25)
Cabe acrescentar que o empreendedorismo natildeo se refere apenas a pequenos
negoacutecios e empreendimentos novos ldquoNatildeo aborda apenas a criaccedilatildeo de novos
produtos ou serviccedilos mas sim inovaccedilotildees em todos os acircmbitos do negoacuteciordquo
(CHIAVENATO 2007 p261)
Segundo Dolabela (2006 sn) se analisarmos a natureza do
empreendedorismo eacute possiacutevel observar que
A Todas as pessoas nascem empreendedoras Os humanos satildeo
empreendedores
B Empreendedorismo natildeo eacute um assunto atual existe desde a primeira
accedilatildeo inovadora com a finalidade de aperfeiccediloar as relaccedilotildees entre os homens
C Natildeo eacute apenas um fato econocircmico mas tambeacutem social
D O empreendedor estaacute em qualquer lugar natildeo apenas nas pessoas que
abrem seu proacuteprio negoacutecio
E O empreendedorismo eacute uma demonstraccedilatildeo da liberdade humana
14
F Natildeo eacute um acontecimento pessoal e nem uma habilidade que poucas
pessoas possuem eacute algo puacuteblico
G Natildeo existe a possibilidade de fazer transferecircncia de conhecimentos
empreendedores ndash ldquoao contraacuterio do que acontece por exemplo em uma aula
de geografia porque o empreendedorismo natildeo eacute um conteuacutedo cognitivo
convencionalrdquo Nesse entendimento natildeo existe a possibilidade de ensinar
mas eacute possiacutevel aprender a ser empreendedor por meio de um sistema de
ensino bem diferente do tradicional
H Eacute um assunto global e natildeo caracteriacutestico ou complementar E deve ser
apresentado na educaccedilatildeo baacutesica
I O princiacutepio do empreendedorismo e a cidadania O que por sua vez ldquoVisa
agrave construccedilatildeo do bem-estar coletivo do espiacuterito comunitaacuterio da cooperaccedilatildeo
Antes de ser aluno o estudante deve ser considerado um cidadatildeordquo
J Natildeo existe a possibilidade de definir se uma pessoa vai ter sucesso
como empreendedor
Vale enfatizar que o empreendedorismo eacute a envoltura de pessoas e
processos que juntas transformam ideias em oportunidades E a correta efetivaccedilatildeo
destas oportunidades ocasiona a criaccedilatildeo de um negoacutecio bem sucedido (DORNELAS
2012 p 28)
Chiavenato (2007 p 22) e Dornelas (2012 p29) defendem a ideia de que
1 O empreendedorismo abrange todo o processo para criar algo novo que
possua valor e seja valorizado pelo mercado
2 Que o empreendedorismo requer doaccedilatildeo disponibilidade de tempo e
vigor para tornar o novo empreendimento em um negoacutecio de sucesso
3 O empreendedorismo demanda coragem aceitaccedilatildeo de riscos
calculados e decisotildees analiacuteticas e ter flexibilidade com os obstaacuteculos falhas
e fracassos
Eacute possiacutevel concluir que o empreendedorismo eacute um fato cultural isto eacute
consequecircncia de haacutebitos accedilotildees e valores pessoais ldquoExistem famiacutelias (assim como
cidades regiotildees e paiacuteses) mais empreendedoras do que outrasrdquo A pessoa
desenvolve o empreendedorismo no conviacutevio com outros empreendedores num local
onde a possibilidade de ter o proacuteprio negoacutecio eacute visto como algo muito bom
(DOLABELA 2006 sn)
15
Diante disso natildeo eacute possiacutevel falar de empreendedorismo sem mencionar os
empreendedores pois satildeo as atitudes de pessoas que inovam assumem todos os
riscos que proporcionam o crescimento e desenvolvimento da sociedade como um
todo
211 Caracteriacutesticas e perfil do empreendedor
Ser empreendedor eacute acima de tudo ter a capacidade e a necessidade de
realizar coisas novas
O empreendedor ldquoeacute um ser social produto do meio em que vive (eacutepoca e
lugar)rdquo E se a pessoa convive em um meio onde ser empreendedor eacute considerado
algo bom teraacute motivos para abrir seu proacuteprio negoacutecio (DOLABELA 2006 sn)
O empreendedor parte da percepccedilatildeo subjetiva para percepccedilatildeo praacutetica na
qual mostram elementos que podem ser debatidos Esses elementos satildeo os mais
variaacuteveis possiacuteveis que foram originados de perguntas contestaccedilotildees e respostas
localizadas pelo empreendedor ldquoo qual natildeo precisa ser algueacutem com uma formaccedilatildeo
superior com diploma de faculdade ou algueacutem que conte com cursos teacutecnicos ou
praacuteticosrdquo (mesmo esses sendo atributos que auxilie na agilidade de formular
questionamentos e encontrar as soluccedilotildees para os mesmos) (WILDAUER 2011 p
25)
Para Dornelas (2012 p 29) empreendedor eacute a pessoa que percebe uma
oportunidade e arquiteta um negoacutecio para captar recursos calculando todos os riscos
que vai correr Em todas as definiccedilotildees de empreendedorismo nos deparamos com no
miacutenimo as seguintes particularidades em relaccedilatildeo ao empreendedor
1 Possui a atitude de criar um novo negoacutecio e amar aquilo que faz
2 Usa o capital que possui de maneira produtiva mudando o local social e
econocircmico onde estaacute inserido
3 Assume os riscos calculados e a chance do negoacutecio natildeo dar certo
Nessa mesma perspectiva Chiavenato (2007 p7) afirma que o empreendedor
eacute a pessoa que tem a capacidade de fazer as coisas acontecerem eacute favorecido pela
sua percepccedilatildeo para os negoacutecios prudecircncia na aacuterea financeira e a habilidade de
16
perceber as oportunidades Com esse conjunto de competecircncias tem a capacidade
de transformar ideias em negoacutecios O empreendedor possui uma boa imaginaccedilatildeo e eacute
persistente qualidades que combinadas de maneira correta o capacitam para
converter ideias simples em projetos objetivos e bem sucedidos
Para Wildauer (2011 p 26)
Podemos entatildeo enumerar muitas caracteriacutesticas do empreendedor sendo as principais a atitude de saber ouvir de estar atento de saber interpretar e analisar as informaccedilotildees do mercador de ter condiccedilotildees de elaborar um planejamento de suas accedilotildees futuras de traccedilar objetivos e todo um roteiro teoacuterico-praacutetico para poder atingi-lo Sem essas premissas baacutesicas o empreendedor natildeo teraacute sucesso na formulaccedilatildeo do plano de negoacutecios muito menos na sustentaccedilatildeo de seu negoacutecio
Chiavenato (2007 p 4) acredita que ldquoos empreendedores satildeo heroacuteis
populares do mundo dos negoacuteciosrdquo Que geram empregos propagam inovaccedilotildees e
estimulam o crescimento da economia Satildeo muito mais do que somente fornecedores
de produtos e serviccedilos satildeo pessoas que assumem os riscos das oscilaccedilotildees
econocircmicas
Cabe acrescentar que o empreendedor revolucionaacuterio eacute aquele que inventa
novos mercados isto eacute a pessoa cria algo exclusivo como foi o caso do Bill Gattes
fundador da Microsoft que transformou o mundo com o sistema operacional Windows
Contudo grande parte dos empreendedores cria negoacutecios em mercados jaacute existentes
e mesmo assim criam negoacutecios de sucesso (DORNELAS 2012 p30)
Wildauer (2011 p26) conclui que ldquoo empreendedor necessita de uma estrutura
de pensamento sistecircmico e visionaacuterio com base no qual estabeleceraacute metas e
desenharaacute trajetoacuterias para alcanccedilaacute-lasrdquo
22 PLANO DE NEGOacuteCIOS
Para iniciar um empreendimento eacute fundamental fazer um plano de negoacutecios
com ele eacute possiacutevel verificar a viabilidade ou natildeo do empreendimento e definir onde
estamos para onde vamos e mostrar com mais clareza as oportunidades de negoacutecio
17
Do ponto de vista de Dornelas (2012 p 93) ldquoum negoacutecio bem planejado teraacute
mais chances de sucesso do que aquele sem planejamento na mesma igualdade de
condiccedilotildeesrdquo
Nessa mesma perspectiva Dolabela (2006 sn) afirma que vaacuterios
empreendedores bem sucedidos abriram seus empreendimentos sem compreender
pontualmente o que eacute um plano de negoacutecios Poreacutem muitos outros natildeo tiveram o
mesmo fim e o que conseguiram foram negoacutecios fracassados por conta de falhas que
poderiam ter sido evitadas Uma grande quantidade de negoacutecios que possuem um
alto potencial acabam se tornando impraticaacuteveis por conta da incapacidade dos
empreendedores Ainda assim muitas pessoas abrem e vatildeo continuar abrindo
negoacutecios capacitadas ou natildeo para isso
Wildauer (2011 p 39) define plano de negoacutecios como ldquoum documento em
forma de texto no qual eacute apresentada uma proposta de negoacutecio para um mercadordquo
Esse documento deve mostrar com clareza o ponto de vista do empreendedor sobre
o sucesso do seu produto ou serviccedilo no mercado atual
Chiavenato (2007 p132) acredita que
O plano de negoacutecio mdash business planmdash descreve a ideia de um novo empreendimento e projeta os aspectos mercadoloacutegicos operacionais e financeiros dos negoacutecios propostos geralmente para os proacuteximos trecircs ou cinco anos Seu preparo permite a anaacutelise da proposta e ajuda o futuro empreendedor a evitar uma trajetoacuteria decadente que o levaraacute do entusiasmo agrave desilusatildeo e ao fracasso
Eacute possiacutevel sintetizar o plano de negoacutecios como um documento em que o
empreendedor mostra de maneira formal e concreta o negoacutecio que quer idealizar e
expor para seus parceiros soacutecios e investidores apresentando a visatildeo a missatildeo e os
seus propoacutesitos assim como o ldquoplano operacional o plano de marketing o plano de
financeiro e o plano juriacutedicordquo desta forma facilitando a assimilaccedilatildeo e aceitaccedilatildeo do
negoacutecio pelas pessoas interessadas (WILDAUER 2011 p39)
Conforme mencionado por Chiavenato (2007 p 134) o plano de negoacutecios
mobiliza o novo empreendimento na sua totalidade Ele demonstra o levantamento
cansativo dos elementos que fazem parte do negoacutecio ldquosejam internos mdash o que deveraacute
ser produzido como onde quanto mdash sejam externos mdash para quem produzir qual eacute
o mercado quais satildeo os concorrentes etcrdquo
18
Com isso Wildauer (2011 p 45) conclui que ldquoo plano de negoacutecios eacute como um
guia uacutetil para a obtenccedilatildeo de conhecimentos para a concepccedilatildeo de um
empreendimentordquo
221 Estrutura do plano de negoacutecios
O plano de negoacutecios mobiliza todas as informaccedilotildees necessaacuterias para abrir um
negoacutecio por meio dele eacute possiacutevel detectar onde estou e para onde desejo ir dentro do
mercado
Conforme identificado por Dornelas (2012 p 101) ldquonatildeo existe uma estrutura
riacutegida e especiacutefica para se escrever um plano de negoacuteciosrdquo dado que cada negoacutecio
possui suas singularidades e equivalecircncias sendo improvaacutevel delimitar um modelo-
padratildeo de plano de negoacutecios que seja absoluto e adequado para todos os negoacutecios
Todos os planos de negoacutecios devem conter um miacutenimo de seccedilotildees que vatildeo possibilitar
uma compreensatildeo do negoacutecio como um todo Tais seccedilotildees satildeo alinhadas de maneira
que mantenham uma sequecircncia loacutegica que possibilite qualquer pessoa ler o plano e
compreender como a empresa eacute estruturada seus objetivos seus produtos seus
serviccedilos qual seu mercado seu plano financeiro e de marketing
A seguir encontra-se uma breve descriccedilatildeo de cada uma das seccedilotildees do Plano
de Negoacutecios
2211 Capa
Eacute um dos componentes fundamentais do plano de negoacutecios pois eacute a primeira
parte que eacute vista pela pessoa que vai ler deve ser desenvolvida de forma clara e com
os dados adequados (DORNELAS 2012 p 101)
19
2212 Sumaacuterio
O sumaacuterio deve incluir ldquoo tiacutetulo de cada seccedilatildeo do plano de negoacutecios e a paacutegina
respectiva onde se encontra bem como os principais assuntos relacionados em cada
seccedilatildeordquo Isso faz com que fique mais faacutecil o leitor do plano de negoacutecios identificar com
mais agilidade o que lhe interessar (DORNELAS 2012 p 101-102)
2213 Sumaacuterio executivo
O Sumaacuterio Executivo eacute a parte mais importante do plano de negoacutecios ele iraacute
definir se o leitor vai prosseguir ou natildeo com a leitura do plano de negoacutecios Dessa
forma deve ser redigido com bastante concentraccedilatildeo e revisado inuacutemeras vezes e
tambeacutem englobar as informaccedilotildees mais relevantes do plano de negoacutecios Deve ser
direcionado ao puacuteblico-alvo do plano de negoacutecios e deixar claro qual o objetivo do
mesmo em relaccedilatildeo agraves pessoas que estatildeo o lendo ldquoO Sumaacuterio Executivo deve ser a
uacuteltima seccedilatildeo a ser escrita pois depende de todas as outras seccedilotildees do plano para ser
elaboradardquo (DORNELAS 2012 p 102)
2214 Anaacutelise estrateacutegica
Nesta seccedilatildeo eacute determinada a direccedilatildeo que a empresa vai seguir ldquosua visatildeo e
missatildeo sua situaccedilatildeo atual as potencialidades e ameaccedilas externas suas forccedilas e
fraquezas seus objetivos e metas de negoacuteciordquo Essa parte eacute o alicerce para o
crescimento e o estabelecimento das outras accedilotildees redigidas no plano (DORNELAS
2012 p 102)
20
2215 Descriccedilatildeo da empresa
Eacute nessa seccedilatildeo que deve ser feita a descriccedilatildeo da empresa ldquoseu histoacuterico
crescimento faturamento dos uacuteltimos anos sua razatildeo social impostos estrutura
organizacional e legal localizaccedilatildeo parcerias serviccedilos terceirizados etcrdquo
(DORNELAS 2012 p 102)
2216 Produtos e serviccedilos
Nessa seccedilatildeo do plano de negoacutecios devem ser descritos os produtos e serviccedilos
da empresa a maneira que satildeo produzidos o capital disposto seu ciclo de vida os
elementos tecnoloacutegicos envolvidos pesquisa e desenvolvimento os seus clientes
marcas e patentes etc
Nessa seccedilatildeo pode ser incluiacuteda quando estaacute informaccedilatildeo encontra-se disponiacutevel uma visatildeo do niacutevel de satisfaccedilatildeo dos clientes com os produtos e serviccedilos da empresa Esse feedback eacute bastante importante porque costuma oferecer natildeo apenas uma visatildeo do niacutevel de qualidade percebida nos produtos e serviccedilos mas tambeacutem guiar futuros investimentos da empresa em novos desenvolvimentos e processos de produccedilatildeo (DORNELAS 2012 p 102-103)
2217 Plano operacional
Nesta seccedilatildeo devem ser expostas as accedilotildees que a empresa pretende ter na
sua estrateacutegia produtiva e no processo de produccedilatildeo apontando os resultados que
essas accedilotildees teratildeo sobre os criteacuterios de avaliaccedilatildeo dos produtos Deve incluir dados
operacionais atualizados e presumidos como ldquolead time do produto ou serviccedilo
percentual de entregas a tempo rotatividade do inventaacuterio iacutendice de refugo lead time
de desenvolvimento de produto ou serviccedilo etcrdquo (DORNELAS 2012 p 103)
21
2218 Plano de recursos humanos
Devem ser exibidas as propostas de desenvolvimento e treinamento de
pessoal da empresa Esses dados estatildeo pontualmente associados com a
competecircncia da empresa de crescer ldquoespecialmente quando esta atua em um
mercado onde a detenccedilatildeo de tecnologia eacute considerada um fator estrateacutegico de
competitividaderdquo (DORNELAS 2012 p 103)
2219 Anaacutelise de mercado
Nesta seccedilatildeo o responsaacutevel pelo plano de negoacutecios deve deixar claro que os
executivos da empresa entendem perfeitamente o mercado consumidor do seu
produto ou serviccedilo (atraveacutes de pesquisa de mercado) como estaacute segmentado
crescimento do mercado atributos do consumidor anaacutelise da concorrecircncia qual a sua
fatia de mercado e dos concorrentes etc (DORNELAS 2012 p 103)
22110 Estrateacutegia de marketing
Deve ser apresentado o objetivo da empresa para vender seu produtoserviccedilo
e consolidar seus clientes e ampliar sua demanda Deve ser informada sua estrateacutegia
de venda especificidades do produtoserviccedilo preccedilos puacuteblico-alvo canais de
distribuiccedilatildeo projeccedilatildeo das vendas (DORNELAS 2012 p 103)
22
22111 Plano financeiro
Na seccedilatildeo financeira deve mostrar em nuacutemeros todas as accedilotildees planejadas
para a empresa e suas evidecircncias por meio de projeccedilotildees futuras para um negoacutecio
bem sucedido
Deve conter demonstrativo de fluxo de caixa com horizonte de pelo menos trecircs anos balanccedilo patrimonial anaacutelise do ponto de equiliacutebrio necessidades de investimento demonstrativos de resultados anaacutelise de indicadores financeiros do negoacutecio como faturamento previsto margem prevista prazo de retorno sobre o investimento inicial (payback) taxa interna de retorno (TIR) etc (DORNELAS 2012 p 103-104)
22112 Anexos
Nesta seccedilatildeo deve incluir todos os dados considerados importantes para
melhor compreensatildeo do plano de negoacutecios O que natildeo pode ser deixado de anexar eacute
o curriculum vitae dos soacutecios da empresa (DORNELAS 2012 p 104)
23 VIABILIDADE ECONOcircMICO-FINANCEIRA
Analisar o empreendimento economicamente para verificar se o projeto eacute
viaacutevel e lucrativo ou natildeo eacute uma das decisotildees fundamentais de qualquer
empreendedor
A anaacutelise de investimento eacute um mecanismo aacutegil praacutetico e seguro que ajuda
profissionais de inuacutemeras aacutereas no processo de anaacutelise de tomada de decisotildees
financeiras (REBELATTO p 141)
Lapponi (2007 p 123) afirma que
O objetivo da decisatildeo de investimento ou do orccedilamento de capital eacute maximizar o valor da empresa A decisatildeo de alocaccedilatildeo do capital em projeto de investimento eacute fundamental para o sucesso pois os recursos da empresa
23
satildeo comprometidos por longo tempo na direccedilatildeo de seu futuro desejado e isso envolve um grande esforccedilo de tempo e de gerenciamento Cada projeto aprovado eacute um desembolso realizado pela empresa coma expectativa de obter benefiacutecios futuros quantificados pela geraccedilatildeo de um fluxo de retornos adequados em geral por um prazo maior do que um ano
A carecircncia de recursos financeiros diante das muitas necessidades faz com
que seja crucial aperfeiccediloar sua utilizaccedilatildeo A anaacutelise antecipada de investimento
possibilita que se racionalize a forma como os recursos de capital satildeo utilizados
(REBELATTO 2004 p 141)
Para analisar a viabilidade de um projeto economicamente eacute necessaacuterio reunir
uma seacuterie de informaccedilotildees e de dados que precisam ser organizados para atingir seu
objetivo final que eacute o de facilitar a tomada de decisatildeo Vale salientar que o projeto
deve ser um documento que tenha a capacidade de mostrar de uma maneira loacutegica a
visatildeo estrateacutegica do negoacutecio (MACHADO 2002 p 144)
231 Fluxo de caixa
O fluxo de caixa eacute o melhor guia para uma administraccedilatildeo financeira eficiente
de qualquer negoacutecio
O fluxo de caixa eacute a reproduccedilatildeo graacutefica de uma movimentaccedilatildeo financeira ldquoAs
movimentaccedilotildees monetaacuterias satildeo identificadas temporalmente por meio de um conjunto
de entradas e saiacutedas de caixa definido como diagrama de fluxo de caixardquo Essa
representaccedilatildeo proporciona a visualizaccedilatildeo em diferentes momentos com o que estaacute
ocorrendo com o capital (REBELATTO 2004 p 150)
ldquoA identificaccedilatildeo e a quantificaccedilatildeo das estimativas relevantes do projeto satildeo o
iniacutecio da construccedilatildeo do fluxo de caixa do projeto para empresa em funcionamentordquo
(LAPPONI 2007 p 347)
O fluxo de caixa eacute um composto de entradas e saiacutedas de valores monetaacuterios
(dinheiro) no decorrer de um determinado periacuteodo Bem como evidenciar uma opccedilatildeo
possiacutevel de transaccedilotildees financeiras ou seja pagamentos agrave vista pagamentos a prazo
tiacutetulos originais etc (REBELATTO 2004 p 151)
24
232 Valor Presente Liacutequido (VPL)
ldquoO Valor presente liacutequido (VPL) ou valor atual liacutequido (VAL) eacute o valor atual das
entradas de caixa (retornos de capital esperados) incluindo o valor residual (se
houver) menos o valor atual das saiacutedas de caixardquo (REBELATTO 2004 p 214)
A foacutermula para chegar ao VPL eacute (LAPPONI 2007 p 125)
119881119875119871 = minus119868 +119865119862
(1 + 119870)119899
Onde
I= custo inicial ou desembolso inicial
FC= fluxo de caixa
K= taxa requerida
n= prazo de anaacutelise
Rebelatto (2004 p214) afirma que os paracircmetros para que o projeto seja
aceito se refere ao valor presente liacutequido (VPL)
VPLgt0 o projeto eacute aceito
VPLlt0 o projeto eacute rejeitado
VPL=0 o projeto pode ser aceito ou natildeo pois natildeo cria e nem destroacutei
valor para empresa
Para Lapponi (2007 p 134-135) as principais vantagens do VPL satildeo
Considera o fluxo de caixa do projeto na sua totalidade
Considera o valor monetaacuterio (dinheiro) no tempo
Tem a capacidade de medir o valor criado ou destruiacutedo pelo projeto
Pode ser utilizado na avaliaccedilatildeo do projeto independentemente do tipo de
fluxo de caixa utilizado
Seleciona o projeto mais viaacutevel economicamente
25
233 Taxa Interna de Retorno (TIR)
ldquoTaxa Interna de Retorno (TIR) eacute a taxa de desconto que torna o valor atual
liacutequido (VAL) do investimento igual a zero Tambeacutem eacute chamada de taxa interna efetiva
de rentabilidaderdquo (REBELATTO 2004 p 217)
No projeto do tipo simples com o aumento da taxa requerida o VPL do projeto tende ao valor do custo inicial pois o VPL eacute uma funccedilatildeo decrescente da taxa requerida Portanto a decisatildeo com o meacutetodo TIR somente deve ser feita em projetos simples que garantem a existecircncia de uma uacutenica TIRgt -100 Nos outros tipos de fluxo de caixa em geral o meacutetodo da TIR natildeo deve ser utilizado pois haacute a possibilidade de muacuteltiplas TIRs Sendo a TIR a taxa de juro que zera o VPL do projeto simples para qualquer taxa requerida K menor que a TIR o VPL seraacute positivo e para qualquer taxa requerida K maior que a TIR o VPL seraacute negativo (LAPPONI 2007 p 175-176)
Rebelatto (2004 p 217) complementa afirmando que a TIR eacute um meacutetodo
aprimorado de anaacutelise de investimento sendo possivelmente uma das mais usadas
para avaliar projetos econocircmicos A TIR deve ser comparada com a taxa miacutenima de
atratividade (TMA) para analisar se o projeto seraacute aceito ou natildeo
Sendo assim Lapponi (2007 p 176) considera que
Se TIR gt TMA o projeto deve ser aceito pois eacute economicamente viaacutevel
Se TIR lt TMA o projeto deve ser recusado pois eacute economicamente
inviaacutevel
Se TIR = TMA eacute indiferente investir no projeto pois o mesmo natildeo criaraacute
e nem destruiraacute valor da empresa
ldquoA grande vantagem da TIR como indicador de decisatildeo eacute que prescinde de
informaccedilotildees externas ao projeto Tudo que o analista necessita eacute conhecer o perfil do
projeto e alguma ideia de magnitude da taxa de jurosrdquo (MACHADO 2002 p 127)
26
234 Periacuteodo de retorno de investimento (Payback)
ldquoO payback eacute o periacuteodo de tempo em que ocorre o retorno do investimento
Calculado no fluxo de caixa de vida uacutetil de dez anos o payback apresenta-se de vaacuterias
maneiras para cada tipo de empresardquo (BRITO 2003 p 51)
Uma empresa pode nomear o payback como um dos paracircmetros para escolha
de um projeto a fim de minimizar seus riscos Mesmo sendo esse um meacutetodo faacutecil e
simples na praacutetica eacute um dos mais utilizados para efetuar a mediccedilatildeo econocircmica de um
projeto (REBELATTO 2004 p 230)
Segundo Rebelatto (2004 p 231) a foacutermula baacutesica que demonstra o caacutelculo
do payback em fluxos de caixas regulares eacute
PB =I0
FC
Onde
PB= Payback
I0= Investimento inicial
FC= Fluxo de caixa regular
Para executar o meacutetodo payback eacute crucial estabelecer o tempo maacuteximo de
toleracircncia TMT para resgatar o custo inicial ldquoPara decidir se o projeto deve ser aceito
o payback deve ser comparado com o valor de referecircncia TMT de forma querdquo
(LAPPONI 2007 p 245)
Se PB lt TMT o projeto deve ser aceito
Se PB gt TMT o projeto deve ser recusado
A principal vantagem para utilizaccedilatildeo do meacutetodo payback eacute que ele reflete a
liquidez do projeto e por consequecircncia eacute possiacutevel efetuar a avaliaccedilatildeo do risco de natildeo
recuperar o investimento (REBELATTO 2004 p 230)
27
3 METODOLOGIA
Este capiacutetulo tem por objetivo descrever os procedimentos e teacutecnicas
utilizados na pesquisa considerando o problema e aos objetivos gerais e especiacuteficos
Para a execuccedilatildeo da revisatildeo bibliograacutefica realizada neste estudo foi utilizado
livros de especialistas na aacuterea os principais temas abordados foram o
empreendedorismo que eacute um assunto chave quando surge uma ideia para um novo
negoacutecio plano de negoacutecios que eacute um elemento fundamental para o sucesso ou
fracasso de um empreendimento e a viabilidade econocircmico-financeira tema
fundamental visto que o objetivo geral da pesquisa eacute mensurar se a mesma eacute viaacutevel
ou natildeo economicamente
Foi elaborada uma anaacutelise de mercado que estaacute disponiacutevel no item 41 deste
estudo atraveacutes da mesma foi identificado que os principais clientes satildeo das classes
A e B de Curitiba regiatildeo metropolitana no item 42 foi efetuado um levantamento do
tamanho do negoacutecio onde foi definida a capacidade produtiva o investimento inicial e
a localizaccedilatildeo do empreendimento no item 44foi elaborado o fluxo de caixa que
demonstra as previsotildees financeiras do periacuteodo de 5 anos o meacutetodo utilizado para
elaborar a pesquisa foi um estudo de caso de natureza exploratoacuteria quantitativa e
anaacutelise documental
O estudo de caso eacute evidenciado por um estudo minucioso e cansativo de um
ou poucos objetivos desta forma propicia um vasto e detalhado conhecimento sobre
o assunto uma missatildeo praticamente impossiacutevel mediante as outras maneiras de
delineamentos consideradas (GIL 2008 p 57-58)
Prodanov e Freitas (2013 p60) afirmam que o estudo de caso consiste em
recolher e analisar dados sobre determinado indiviacuteduo famiacutelia grupo ou comunidade
com a finalidade de estudar diferentes aspectos das suas vidas conforme o assunto
da pesquisa
Jaacute as pesquisas exploratoacuterias satildeo definidas por Gil (2008 p 27) como as que
Tecircm como principal finalidade desenvolver esclarecer e modificar conceitos e ideias tendo em vista a formulaccedilatildeo de problemas mais precisos ou hipoacuteteses pesquisaacuteveis para estudos posteriores De todos os tipos de pesquisa estas satildeo as que apresentam menor rigidez no planejamento Habitualmente envolvem levantamento bibliograacutefico e documental entrevistas natildeo padronizadas e estudos de caso
28
A pesquisa quantitativa ldquoconsidera que tudo pode ser quantificaacutevel o que
significa traduzir em nuacutemeros opiniotildees e informaccedilotildees para classificaacute-las e analisaacute-lasrdquo
Eacute necessaacuteria a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas estatiacutesticas tais como porcentagem meacutedia
moda desvio-padratildeo coeficiente de correlaccedilatildeo etc (PRODANOV FREITAS 2013
p 69)
Muitos dados que satildeo utilizados em pesquisas satildeo adquiridos indiretamente
por meio de documentosrdquo como livros jornais papeacuteis oficiais registros estatiacutesticos
fotos discos filmes e viacutedeos que satildeo obtidos de maneira indiretardquo Essas fontes
documentais tecircm a capacidade de disponibilizar ao pesquisador um grande nuacutemero
de informaccedilotildees com bastante qualidade para evitar a perda de tempo (GIL 2008 p
147)
Este modelo de pesquisa foi utilizado para definir os principais clientes quais
os produtos que seratildeo vendidos a capacidade produtiva assim como a viabilidade
econocircmico-financeira e operacional do negoacutecio
29
4 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES
41 ANAacuteLISE DE MERCADO
Woiler e Mathias (1994 p41) e Rebelatto (2004 p01) afirmam que a anaacutelise
de mercado eacute um dos pontos mais relevantes para elaboraccedilatildeo de um projeto Atraveacutes
do estudo do mercado obtemos muitas informaccedilotildees tais como
Fazendo a comparaccedilatildeo entre demanda e a oferta encontramos a
possiacutevel escassez da demanda futura Esse resultado proporcionaraacute
informaccedilotildees para que seja definida a escala de produccedilatildeo do projeto
A regiatildeo geograacutefica em que o produto pode ser vendido eacute um dos pontos
mais significativos para que seja definida a localizaccedilatildeo do empreendimento
O preccedilo de venda os custos de comercializaccedilatildeo e os estoques nos
canais de comercializaccedilatildeo satildeo informaccedilotildees relevantes para que seja
elaborada a projeccedilatildeo do projeto
Vale salientar que esses satildeo apenas alguns elementos importantes que eacute
possiacutevel identificar na anaacutelise de mercado existe muitos outros dados que satildeo obtidos
com a mesma
411 Mercado consumidor
ldquoTodas as decisotildees relacionadas a novos empreendimentos contecircm certo
grau de incerteza tanto no que diz respeito agrave informaccedilatildeo na qual as decisotildees estatildeo
baseadas como no que diz respeito agraves suas consequecircnciasrdquo (SEBRAE)
Chiavenato acredita que os clientes tecircm a capacidade de alavancar ou
derrubar um empreendimento ldquoUm cliente pode ser uma organizaccedilatildeo uma empresa
um usuaacuterio dos produtosserviccedilos ou um consumidor finalrdquo Eacute quem adquiri os
produtosserviccedilos ofertados pela organizaccedilatildeo no final da cadeia de transaccedilotildees Eacute ele
que estabelece direta ou indiretamente se o empreendimento teraacute ecircxito ou natildeo Por
30
isso o cliente deve ser considerado como o principal patrimocircnio da empresa (2007
p 207)
Segundo dados do censo 2010 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e
estatiacutestica) dos 576190 (quinhentos e setenta e seis mil cento e noventa) domiciacutelios
de Curitiba 292965 (duzentos e noventa e dois mil novecentos e sessenta e cinco)
possuem renda de mais de 5 a mais de 20 salaacuterios miacutenimos sendo assim cerca de
5085 dos domiciacutelios curitibanos estatildeo enquadrados nas classes A e B Ainda
segundo o IBGE cerca de 137922 (cento e trinta e sete mil novecentos e vinte e dois)
domiciacutelios curitibanos tecircm renda de mais de 10 salaacuterios miacutenimos o que representa
uma meacutedia de 24 dos domiciacutelios de Curitiba
Mais de 249000 (duzentos e quarenta e nove mil) pessoas que residem em
Curitiba cerca de 1423 da populaccedilatildeo tem rendimento mensal de mais de 5 salaacuterios
miacutenimos conforme Tabela 1
TABELA 1 - RESULTADOS DA AMOSTRA - RENDIMENTO POR PESSOA EM CURITIBA
Quantidade de pessoas Salaacuterios miacutenimos
153011 Mais de 5 a 10 salaacuterios miacutenimos
38692 Mais de 10 a 15 salaacuterios miacutenimos
25427 Mais de 15 a 20 salaacuterios miacutenimos
18264 Mais de 20 a 30 salaacuterios miacutenimos
13791 Mais de 30 salaacuterios miacutenimos
FONTE IBGE - CENSO DEMOGRAacuteFICO 2010
Curitiba possui uma populaccedilatildeo de mais de 1750000 (um milhatildeo setecentos
e cinquenta mil habitantes) segundo censo IBGE 2010 sendo que 932000
(novecentos e trinta e dois mil) pessoas com o estado civil de solteiro viuacutevo
divorciado separado judicialmentedesquitado isso mostra que tem muitas pessoas
que podem fazer festas de casamento e necessitar dos produtos que seratildeo ofertados
tais como bolos artiacutesticos doces finos e bem casados
Segundo as estatiacutesticas do registro civil do IBGE ocorreram em Curitiba e
regiatildeo metropolitana no ano 2012 exatamente 18877 (dezoito mil oitocentos e setenta
e sete) casamentos sendo que nos meses de setembro a dezembro foi onde ocorreu
um maior nuacutemero um total de 7828 (sete mil oitocentos e vinte e oito) casamentos o
que representa um total de 4147 dos casamentos ocorrem nesses quatro meses
do ano
31
TABELA 2 - CASAMENTOS POR MEcircS DE REGISTRO SEGUNDO O LUGAR DO REGISTRO ndash 2012
Lugar do registro
Casamentos por mecircs do registro
Total de
registros Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
RM Curitiba 18877 1466 1250 1572 1282 1403 1533 1248 1255 1735 1753 2118 2262
Curitiba 10351 848 692 857 692 724 872 658 658 971 968 1237 1174
FONTE IBGE DIRETORIA DE PESQUISAS COORDENACcedilAtildeO DE POPULACcedilAtildeO E INDICADORES SOCIAIS ESTATIacuteSTICAS DO REGISTRO CIVIL 2012
Nessa perspectiva foi definido que o mercado que a empresa de bolos e doces
finos vai atuar eacute de Curitiba e regiatildeo metropolitana com foco nas pessoas das classes
A e B com estado civil solteiro divorciado separado judicialmentedesquitado e viuacutevo
412 Produtos que seratildeo vendidos
ldquoNo coraccedilatildeo de uma grande marca haacute um grande produto O produto-chave
na oferta ao mercado Liacutederes de mercado geralmente oferecem produtos e serviccedilos
de qualidade superiorrdquo (KOTLER KELLER 2006 p 366)
Os principais produtos fornecidos seratildeo
Bolos artiacutesticos
FOTO1 - BOLO ARTIacuteSTICO FONTE WANDA CARDOSO - BOLOS ARTIacuteSTICOS amp DOCES
32
Bolos de copa
FOTO2 - BOLO DE COPA FONTE ELABORADO PELO AUTOR
FOTO3 - BOLO DE COPA FONTE ELABORADO PELO AUTOR
Naked cake
FOTO4 - NAKED CAKE FONTE DOCES PENEacuteLOPE
33
Doces Tradicionais
FOTO5 - DOCES TRADICIONAIS FONTE ELABORADO PELO AUTOR
Doces Espelhados
FOTO6 - DOCES ESPELHADOS FONTE PRONTO SOCORRO DAS FESTAS
Doces Finos
FOTO 7 - DOCES FINOS FONTE COMPRANDO MEU APE
34
Brigadeiros gourmet
FOTO8 - BRIGADEIROS GOURMET FONTE ELABORADO PELO AUTOR
Tacinhas acriacutelicas
FOTO9 - TACINHAS ACRIacuteLICAS FONTE BUFFET DELIacuteCIAS DA VI
Trufas
FOTO 10 - TRUFAS FONTE FOGAtildeO DA VOVOacute
35
Bombons
FOTO11 - BOMBONS FONTE DALVA GOLDEN GATE
Bem casados
FOTO12 - BEM CASADOS FONTE CASAMENTO SEM ERRO
FOTO13 - BEM CASADOS FONTE CASAMENTO SEM ERRO
36
413 Preccedilo de venda
A definiccedilatildeo do preccedilo dos produtos eacute uma das decisotildees mais relevantes da
organizaccedilatildeo que deve levar em conta a forma como a empresa deseja se posicionar
no mercado os custos a concorrecircncia e a rentabilidade almejada
O preccedilo eacute um dos elementos mais versaacuteteis pode ser modificado rapidamente
ao contraacuterio das propriedades dos produtos dos contratos com canais de distribuiccedilatildeo
e ateacute mesmo das promoccedilotildees O Preccedilo tem tambeacutem a tarefa de mostrar ao mercado o
posicionamento de valor desejado pela empresa para o seu produto ou marca
(KOTLER KELLER 2006 p 428)
A consolidaccedilatildeo dos preccedilos dos produtos seraacute elaborada levando em conta os
custos para se obter os produtos com a qualidade requinte e sofisticaccedilatildeo desejada
com a margem de lucro esperada e se baseando nos preccedilos praticados pela
concorrecircncia
414 Previsatildeo de vendas
Para Chiavenato (2007 p 2013)
A previsatildeo de vendas representa a quantidade de produtosserviccedilos que a empresa pretende vender ou colocar no mercado durante um determinado periacuteodo geralmente um mecircs ou um ano dividido em meses Constitui portanto uma estimativa ou uma expectativa de vendas Pode ser feita em unidades fiacutesicas ou em valores monetaacuterios
A produccedilatildeo vai ser em meacutedia de 5600 doces (doces finos gourmet e bem
casados) e 4 bolos procurando atender em meacutedia 4 eventos por semana e ateacute 16
eventos por mecircs sendo que nos meses de setembro a dezembro essa demanda
aumenta pelo motivo de historicamente ter um nuacutemero maior de casamentos
37
415 Definiccedilatildeo de local de venda dos produtos
ldquoA venda eacute a fase fundamental do processo de vendas Consiste na
transferecircncia do produtoserviccedilo para o cliente ou consumidorrdquo (CHIAVENATO 2007
p 210)
As vendas vatildeo ocorrer atraveacutes de site proacuteprio redes sociais telefone e
pessoalmente natildeo teremos loja fiacutesica apenas um ateliecirc para confecccedilatildeo dos bolos e
doces onde vai conter uma sala anexa na qual vai ser oferecido o serviccedilo de
degustaccedilatildeo com horaacuterios marcados para assim o cliente decidir quais os produtos
seratildeo adquiridos para o seu evento e fechamento de contrato
416 Definiccedilatildeo da demanda e da oferta
Na maior parte das encomendas os clientes solicitam os doces finos e
gourmet que contecircm chocolates frutas oleaginosas tais como castanhas nozes
avelatildes amecircndoas frutas como framboesa morango damasco cerejas e os bem
casados Os bolos mais solicitados satildeo os com decoraccedilatildeo de pasta americana que
deve obrigatoriamente ter recheios mais firmes como ganaches fios de ovos
strogonoff de nozes e os naked cake (bolo pelado) que possuem mais opccedilotildees de
recheios com chocolates frutas diversas e cremes de pacirctisserie
Em contato com algumas empresas que fornecem o mesmo tipo de produto
foi possiacutevel verificar que as encomendas devem ser feitas com antecedecircncia miacutenima
de 6 meses sendo que alguns casos somente com um ano de antecedecircncia para
conseguir na data desejada Esse eacute um dos pontos que mostra que tem espaccedilo
suficiente para entrada nesse mercado
38
417 Concorrentes
Chiavenato (2007 p 33) Kotler e Keller (2006 p 340) afirmam que os
concorrentes satildeo as organizaccedilotildees que competem pelos mesmos fornecedores
clientes e consumidores
ldquoAgrave medida que seus produtosserviccedilos tornam-se mais heterogecircneos tanto
mais heterogecircneos e diferenciados seratildeo seus concorrentes e tanto mais complexa
seraacute a competitividaderdquo (CHIAVENATO 2007 p 33)
Em busca na internet foi possiacutevel identificar que atualmente existe em meacutedia
25 concorrentes reais que oferecem exatamente os mesmos produtos que seratildeo
fornecidos com o mesmo padratildeo de qualidade valor agregado requinte e
sofisticaccedilatildeo Tambeacutem foi detectado mais 14 concorrentes potenciais que vendem
produtos similares aos que seratildeo vendidos poreacutem natildeo possuem o mesmo valor
agregado dos que vatildeo ser ofertados Foi possiacutevel identificar que alguns concorrentes
oferecem somente os doces finos dos quais foram identificados mais 3 concorrentes
reais e 3 concorrentes potenciais E foi detectado que existem concorrentes que
fornecem apenas os bolos artiacutesticos dos quais foi identificado 4 concorrentes reais
todos fornecem os bolos com o mesmo niacutevel de qualidade que seratildeo fornecidos
A tabela 3 mostra a divisatildeo dos concorrentes reais e potenciais que fornecem
bolos e doces por bairro de Curitiba
39
TABELA 3 - CONCORRENTES QUE FORNECEM BOLOS E DOCES POR BAIRRO
Bairro Quantidade de Concorrentes Reais
Quantidade de Concorrentes Potenciais
Aacutegua Verde 4 1
Ahuacute 1
Bairro Alto 2 1
Barreirinha 1
Barreirinha 1
Bom Retiro 1
Campo Comprido 1
Campo Comprido 1
Cidade Industrial 1
Colombo 1
Fazenda Rio Grande 1
Hauer 1
Hugo Lange 1
Mercecircs 1
Novo Mundo 2 1
Novo Mundo 1
Portatildeo 1
Portatildeo 1
Santa Cacircndida 1
Santa Felicidade 1 1
Santo Inaacutecio 1 1
Satildeo Joseacute dos Pinhais 1
Seminaacuterio 1
Sitio Cercado 1
Tarumatilde 1
Vila Izabel 1
Natildeo Informado 1 2
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
418 Forma de divulgaccedilatildeo dos concorrentes
Todas as empresas pesquisadas que fornecem produtos similares aos que
vamos fornecer utilizam sites proacuteprios e as redes sociais para fazer divulgaccedilatildeo dos
seus produtos todas fazem degustaccedilatildeo para os clientes conhecerem os seus
produtos e posteriormente fechar um contrato
40
42 TAMANHO DO NEGOacuteCIO
421 Capacidade produtiva
A capacidade produtiva vai ser para atender ateacute 4 eventos por semana A
produccedilatildeo vai ser de ateacute 5600 doces (doces finos gourmet e bem casados) e 4 bolos
atendendo ateacute 4 eventos por final de semana e ateacute 16 eventos por mecircs sendo que
nos meses de setembro a dezembro essa demanda aumenta pelo motivo de
historicamente ter um nuacutemero maior de casamentos
422 Investimento
Um dos pontos mais relevantes para abertura de uma empresa eacute a
determinaccedilatildeo do capital miacutenimo para dar iniacutecio nas atividades e principalmente como
obter este capital ldquoEacute com o capital inicial que a empresa tem condiccedilotildees de reunir os
recursos empresariais necessaacuterios ao seu funcionamento sejam eles recursos
humanos materiais ou financeirosrdquo A determinaccedilatildeo do capital eacute o que estabelece a
quantidade de recursos empresariais que a empresa tem disponiacutevel Indiscutivelmente
quanto maior for o volume de recursos empresariais mais faacutecil se torna o desempenho
da empresa Quando todos os recursos necessaacuterios para seu funcionamento estatildeo agrave
disposiccedilatildeo a administraccedilatildeo do empreendimento fica mais simples (CHIAVENATO
2007 p84)
Cabe acrescentar que (LAPPONI 2007 p 321)
O custo inicial refere-se aos desembolsos realizados para aquisiccedilatildeo de equipamentos ou outros ativos fixos incluindo o pagamento de fretes seguros instalaccedilotildees despesas operacionais iniciais com materiais e matildeo de obra treinamento de pessoal de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo etc resumindo o custo inicial inclui todos os desembolsos necessaacuterios para adquirir os ativos necessaacuterios e que estejam em condiccedilotildees de operar e gerar as receitas estimadas
41
O empreendimento iniciaraacute suas atividades com capital investido com
recursos proacuteprios da empreendedora
As estimativas de investimento inicial para abertura da empresa foi de
R$5162851 conforme tabela 4
TABELA 4 - INVESTIMENTO INICIAL
Descriccedilatildeo Valor (R$)
Maacutequinas e equipamentos Cozinha R$ 3084878
Utensiacutelios R$ 555075
Moacuteveis para escritoacuterio R$ 268982
Equipamentos de informaacutetica e eletrocircnicos R$ 446204
Outros custos escritoacuterio R$ 48912
Uniformes R$ 155800
Pintura Imoacutevel R$ 500000
Porta de Vidro R$ 103000
Total R$ 5162851
FONTE ELABORADO PELO AUTOR (2015)
423 Localizaccedilatildeo
Seraacute locado um imoacutevel para a instalaccedilatildeo da empresa localizado na Rua Heitor
Baggio Vidal 2508 Bairro Alto Curitiba ndash PR com o valor do aluguel mensal de
R$160000 (mil e seiscentos reais) O espaccedilo interno de 95msup2 seraacute dividido em trecircs
partes a primeira com 20msup2 vai ficar a recepccedilatildeo para receber os clientes efetuar
orccedilamentos e as degustaccedilotildees a segunda com 71msup2 a cozinha industrial onde seratildeo
fabricados os bolos e doces finos e a terceira com 4msup2 o lavabo
42
FOTO14 - FOTO DO IMOacuteVEL ONDE SERAacute INSTALADA A EMPRESA FONTE MP IMOacuteVEIS
424 Entregas
As entregas dos bolos e doces finos seratildeo efetuadas por uma empresa
parceira localizada no Bairro Alto o preccedilo das entregas em Curitiba e regiatildeo
metropolitana variam de R$2400 (vinte e quatro reais) a R$6000 (sessenta reais)
dependendo da localizaccedilatildeo tais valores seratildeo cobrados dos clientes
43 CAPITAL DE GIRO
O capital de giro inicial foi estimado levando em conta que no primeiro ano a
empresa vai produzir 8333 da sua capacidade atendendo em meacutedia 13 ventos
mensalmente sendo assim foram considerados os gastos operacionais necessaacuterios
para o iniacutecio das atividades incluindo o custo fixo mensal e o estoque inicial ambos
multiplicados por 2 e acrescidos de um percentual de 10 de margem de seguranccedila
para despesas natildeo previstas
43
TABELA 5 - CAPITAL DE GIRO
Item Valor (R$)
Estoque Inicial 5144000
Custo Fixo Mensal 3194783
Reserva (10) 833878
Total do Capital de Giro Inicial 9172662
FONTE ELABORDO PELO AUTOR
44 FLUXO DE CAIXA
ldquoFluxo de Caixa eacute um Instrumento de gestatildeo financeira que projeta para
periacuteodos futuros todas as entradas e as saiacutedas de recursos financeiros da empresa
indicando como seraacute o saldo de caixa para o periacuteodo projetadordquo (SEBRAE)
Na tabela 6 eacute apresentada a projeccedilatildeo do Fluxo de Caixa da empresa para os
seus primeiros cinco anos onde fica evidenciado que do primeiro ateacute o quinto ano a
sauacutede financeira da empresa melhora gradativamente sendo que no final do quinto
ano o saldo em caixa ultrapassa os 300 se comparado com o saldo em caixa no
final do primeiro ano
Pode-se observar que natildeo foi inserida no fluxo de caixa a opccedilatildeo de
inadimplecircncia pois todos os pagamentos seratildeo efetuados agrave vista em dinheiro ou
cartatildeo sendo que o pagamento total dos produtos deve ser efetuado no miacutenimo 10
dias antes da data do evento
44
TABELA 6 - PROJECcedilAtildeO DE FLUXO DE CAIXA NOS PRIMEIROS CINCO ANOS
Descriccedilatildeo Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5
Investimento Inicial (5162851)
Capital de Giro (9172662) 9172662
Valor Residual 1548855
Total de entradas 000 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873
Previsatildeo Receitas de vendas 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873
Total de Saiacutedas (14335513) (44888699) (54283425) (59479393) (64738409) (70291804)
(-)Fornecedores (25720000) (33641760) (36669518) (39969775) (43567055)
(-)Folha de pagamento (3267192) (3593911) (3953302) (4348633) (4783496)
(-)Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)
(963216) (1011377) (1061946) (1115043) (1170795)
(-)Retiradas soacutecios (2400000) (2640000) (3432000) (3946800) (4341480)
(-)Impostos s vendas (4654291) (5073177) (5573767) (6075406) (6622192)
(-)Alugueacuteis (1920000) (2016000) (2116800) (2222640) (2333772)
(-)Energia eleacutetrica (840000) (882000) (926100) (972405) (1021025)
(-)Aacutegua (300000) (315000) (330750) (347288) (364652)
(-)Telefone (384000) (403200) (423360) (444528) (466754)
(-)Gaacutes (588000) (617400) (648270) (680684) (714718)
(-)Serviccedilos contabilidade (960000) (1008000) (1058400) (1111320) (1166886)
(-)Manutenccedilatildeo (600000) (630000) (661500) (694575) (729304)
(-)Outras despesas com funcionaacuterios
(1296000) (1405800) (1525590) (1656320) (1799030)
(-)Taxas bancaacuterias (96000) (100800) (105840) (111132) (116689)
(-)Outros pagamentos (900000) (945000) (992250) (1041863) (1093956)
Entradas - Saiacutedas (14335513) 12981301 21410535 23027023 25193585 27734070
Depreciaccedilatildeo 000 (631377) (631377) (631377) (631377) (631377)
Saldo Final (14335513) 12349924 20779158 22395647 24562208 37824209
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
A depreciaccedilatildeo foi calculada considerando o prazo de vida uacutetil meacutedio de 10
anos das maacutequinas equipamentos instalaccedilotildees moacuteveis e utensiacutelios e para os
computadores e perifeacutericos foi considerado o prazo de vida uacutetil de 5 anos conforme
demonstrado na tabela 7
TABELA 7 - DEPRECIACcedilAtildeO
Item Valor Inicial Taxa Anual Depreciaccedilatildeo Anual (R$)
Maacutequinas e equipamentos 3084878 10 308488
Instalaccedilotildees 103000 10 10300
Moacuteveis e Utensiacutelios 824057 10 82406
Computadores e Perifeacutericos 446204 20 89241
Outros 704712 20 140942
Total 631377
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
45
O valor residual dos equipamentos e instalaccedilotildees da empresa no final do quinto
ano foi considerado em 30 referente ao valor de aquisiccedilatildeo dos mesmos no iniacutecio do
projeto
45 ANAacuteLISE DOS INDICADORES (VPL TIR E PAYBACK)
451 Valor Presente Liacutequido (VPL)
A tabela 8 mostra que o VPL (Valor Presente Liacutequido) eacute positivo isso significa
que aleacutem de recuperar o investimento inicial ainda vai ser agregado ao valor da
empresa um montante de R$ R$50392407 (quinhentos e trecircs mil novecentos e vinte
quatro reais e sete centavos)
A taxa de retorno requerida de 20 foi determinada levando em conta o niacutevel
de risco do projeto e visando o valor desejado para se obter em cima do valor
investido
TABELA 8 - CALCULO DO VALOR PRESENTE LIacuteQUIDO (VPL)
Anos FC k 2000
0 -$143355 VPL $50392407
1 $123499 VPL $50392407
2 $207792 VPL $50392407
3 $223956 VPL $21761126
4 $245622 VPL $21761126
5 $378242 Decisatildeo Aceitar o Projeto
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
452 Taxa Interna de Retorno (TIR)
Conforme a tabela 9 eacute possiacutevel verificar que a TIR (Taxa Interna de Retorno)
eacute de 11593 maior que a taxa requerida de 20 isso significa que custo inicial seraacute
46
recuperado e o projeto vai criar valor para empresa mais um resultado favoraacutevel para
a aceitaccedilatildeo do projeto
TABELA 9 - TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR)
Anos FC
0 -$143355 TIR 11593
1 $123499 TIR 2168
2 $207792 TIR 2168
3 $223956 Decisatildeo
4 $245622 k 2000
5 $378242 Aceitar o projeto
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
453 Payback
O tempo de recuperaccedilatildeo do custo inicial ocorre normalmente entre o quarto e
o quinto ano se for feita a anaacutelise da tabela 10 eacute possiacutevel verificar que o tempo
necessaacuterio para o retorno do investimento (payback) do projeto eacute de 128 anos este
indicador mostra claramente que o projeto deve ser aceito pois o tempo de retorno
estaacute bem abaixo do tempo meacutedio dos empreendimentos como um todo
TABELA 10 - PAYBACK
k 20
Anos FC SPresente
0 -$143355 -$143355 PBD-SP = 128
1 $123499 -$40439 128
2 $207792 $103861
3 $223956 $233465
4 $245622 $351917
5 $378242 $503924
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
47
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Para iniciar um negoacutecio requer muito mais do que apenas o espiacuterito
empreendedor eacute necessaacuterio ter lideranccedila conhecimento sobre o mercado que deseja
atuar organizaccedilatildeo e principalmente planejamento
O principal objetivo desse estudo foi analisar a viabilidade econocircmico-
financeira da abertura de uma empresa de bolos e doces finos no Bairro Alto em
Curitiba
O objetivo apresentado nesta pesquisa foi atingido pois todos os indicadores
analisados mostram com clareza que empresa obteacutem resultados positivos que criam
valor para a mesma e com isso o projeto eacute viaacutevel economicamente pois do primeiro
ao quinto ano fica visiacutevel o crescimento do empreendimento e a melhora significativa
da sua sauacutede financeira isso fica evidenciado no saldo final em caixa no quinto ano
que chega proacuteximo haacute 400 mil reais Apesar disso eacute crucial o acompanhamento do
mercado para seguir as tendecircncias e se atualizar constantemente para tomar
decisotildees mais assertivas
Um negoacutecio mal avaliado pode arruinar a estabilidade econocircmica do
investidor por isso eacute de extrema importacircncia fazer todos os levantamentos de custos
antes de se aventurar em qualquer empreendimento
Eacute possiacutevel comprovar que a pesquisa realizada contribui positivamente para
abertura da empresa No entanto as informaccedilotildees aqui presentes natildeo satildeo estaacuteticas e
devem ser revisadas periodicamente e se preciso ateacute mesmo ampliadas no decorrer
da implantaccedilatildeo do projeto para que o mesmo seja uma ferramenta eficiente e eficaz
no desenvolvimento da empresa como um todo
48
REFEREcircNCIAS
BRITO Paulo Anaacutelise e viabilidade de projetos de investimento Satildeo Paulo Atlas 2003 DOLABELA Fernando O segredo de Luiacutesa 30 ed Satildeo Paulo Editora de Cultura 2006 DORNELAS Joseacute Carlos Assis Empreendedorismo transformando ideias em negoacutecios 4 ed Rio de Janeiro Campus Elsevier 2012 CENSO Demograacutefico 2010 Resultados gerais da amostra Curitiba IBGE 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=410690ampidtema=87ampsearch=parana|curitiba|censo-demografico-2010-resultados-gerais-da-amostra-gt Acesso em 21 de Junho de 2015 CHIAVENATO Idalberto Empreendedorismo dando asas ao espiacuterito empreendedor empreendedorismo e a viabilidade de novas empresas um guia eficiente para iniciar e tocar seu proacuteprio negoacutecio 2 ed Satildeo Paulo Saraiva 2007 ESTATIacuteSTICAS do registro civil 2012 Curitiba IBGE 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaoregistrocivil2012default_xlsshtmgt Acesso em 21 de Junho de 2015 GIL Antonio Carlos Meacutetodos e teacutecnicas de pesquisa social 6 ed Satildeo Paulo Atlas 2008 KOTLER Philip KELLER Kevin Lane Administraccedilatildeo de Marketing 12 ed Satildeo Paulo ABDR 2006 LAPPONI Juan Carlos Projetos de Investimento na Empresa Rio de Janeiro Elsevier 2007 MACHADO Jesseacute Anderson Pinto Projetos Econocircmicos uma abordagem praacutetica de elaboraccedilatildeo Satildeo Paulo Nobel 2002 MICHEL Maria Helena Metodologia e pesquisa cientiacutefica em ciecircncias sociais 2 ed Satildeo Paulo Atlas 2009 OLIVEIRA Djalma de Pinho Rebouccedilas de Planejamento estrateacutegico conceitos metodologia e praacuteticas 20 ed Satildeo Paulo Atlas 2004 PRODANOV Cleber Cristiano ERNANI Cesar de Freitas Metodologia do trabalho cientiacutefico meacutetodo e teacutecnicas da pesquisa e do trabalho acadecircmico 2 ed Novo Hamburgo Freevale 2013
49
REBELATTO Dayse Projeto de Investimento 1 ed Barueri Manole 2004 SEBRAE Pesquisa de Mercado o que eacute e para que serve Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrsitesPortalSebraeartigosPesquisa-de-mercado-o-que-C3A9-e-para-que-servegt Acesso em 21 de Junho de 2015 SEBRAE Fluxo de caixa Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrSebraePortal20SebraeAnexos0_fluxo-de-caixapdfgt Acesso em 10 de Outubro de 2015 WILDAUER Egon Walter Plano de negoacutecios elementos construtivos e processos de elaboraccedilatildeo 2 ed Curitiba Ibpex 2011 WOILER Samsatildeo MATHIAS Washington Franco Projetos planejamento elaboraccedilatildeo anaacutelise 1 ed Satildeo Paulo Atlas 1994
50
APEcircNDICES
APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL 51
APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS 52
APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL 52
51
APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL
Item Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5
Aacutegua 25000 26250 27563 28941 30388
Aluguel 160000 168000 176400 185220 194481
Assessoria Contaacutebil 80000 84000 88200 92610 97241
Gaacutes 49000 51450 54023 56724 59560
Impostos 387858 422765 464481 506284 551849
Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)
80268 84281 88495 92920 97566
Energia eleacutetrica 70000 73500 77175 81034 85085
Manutenccedilatildeo 50000 52500 55125 57881 60775
Material de escritoacuterio 20000 21000 22050 23153 24310
Material de Limpeza 40000 42000 44100 46305 48620
Folha de pagamento 272266 299493 329442 362386 398625
Seguros 15000 15750 16538 17364 18233
Telefone fixointernet 20000 21000 22050 23153 24310
Telefone Moacutevel 12000 12600 13230 13892 14586
Vale Refeiccedilatildeo 75000 82500 90750 99825 109808
Vale Transporte 33000 34650 36383 38202 40112
Proacute- labore 200000 220000 286000 328900 361790
Taxas Bancaacuterias 8000 8400 8820 9261 9724
Total R$ 1597392 R$ 1720139 R$ 1900823 R$ 2064053 R$ 2227062
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
52
APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS
Item
Produccedilatildeo mensal meacutedia
Custo unitaacuterio total
Sugestatildeo Preccedilo de venda
Custo Mensal Total
Receita de vendas
Bolos artiacutesticos (recheios diversos) 150 6000 13500 900000 2025000
Bolos de copa (recheios diversos) 30 3600 8100 108000 243000
Naked cake (recheios diversos) 60 4200 9450 252000 567000
Doces Tradicionais 32 3500 7875 112000 252000
Doces Espelhados 32 5000 11250 160000 360000
Doces Finos 32 7500 16875 240000 540000
Brigadeiros gourmet 16 4500 10125 72000 162000
Tacinhas acriacutelicas 16 5500 12375 88000 198000
Trufas 32 5000 11250 160000 360000
Bombons 32 5000 11250 160000 360000
Bem casados 3200 100 225 320000 720000
Custo produccedilatildeo Total 2572000
Receita Total 5787000
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL
Ano Receita Bruta Variaccedilatildeo anual
Ano 1 000
Ano 2 69444000 9
Ano 3 75693960 9
Ano 4 82506416 9
Ano 5 89931994 9
Valor considerando a inflaccedilatildeo de 9 aa
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
3
AGRADECIMENTOS
Primeiramente a Deus meu mestre por me dar forccedilas e sabedoria para seguir
em frente para concluir este objetivo
Ao meu amado esposo Mauricio Leandro dos Santos pelo seu
companheirismo respeito e paciecircncia Por estar ao meu lado em todos os momentos
principalmente nos mais difiacuteceis enxugando as minhas laacutegrimas e me confortando
com palavras e atitudes de incentivo
Ao meu estimado orientador Professor Dr Marcos Wagner da Fonseca que
se prontificou a me beneficiar com sua sabedoria e me mostrar qual a direccedilatildeo eu devia
seguir em cada etapa desta aacuterdua caminhada
4
RESUMO
O objetivo do presente trabalho eacute analisar a viabilidade econocircmico-financeira da abertura de uma empresa de bolos e doces finos no Bairro Alto em Curitiba Para o sucesso real de um novo negoacutecio eacute fundamental a elaboraccedilatildeo de um plano de negoacutecios e uma anaacutelise de viabilidade econocircmico-financeira bem estruturados e robustos pois ambos satildeo alicerces imprescindiacuteveis para dar iniacutecio em um novo empreendimento para isso foi elaborada uma anaacutelise de mercado na qual foi possiacutevel definir o mercado consumidor quais os produtos que seratildeo vendidos os concorrentes reais e potecircnciais e tambeacutem foi efetuado um levantamento do tamanho do negoacutecio onde foi definida a capacidade produtiva investimento inicial localizaccedilatildeo do empreendimento e o fluxo de caixa Foram elaborados demonstrativos de resultados financeiros para averiguar se o projeto eacute viaacutevel ou natildeo economicamente os indicadores utilizados para analisar a viabilidade ou natildeo do empreendimento foi a Valor Presente Liacutequido Taxa Interna de Retorno e payback
Palavras- Chave Plano de negoacutecios viabilidade econocircmico-financeira bolos e doces finos
5
ABSTRACT
The objective of this study is to analyze the economic feasibility of opening an cakes and gourmet company Bairro Alto in Curitiba For the real success of a new business is essential to create a business plan and an analysis of economic and financial viability well-structured and robust as both are essential foundations to start on a new venture for it was drawn up an analysis of market in which it was possible to define the consumer market which products will be sold the actual and potential competitors and has also made a business the size of the survey which was defined production capacity initial investment the project location and the cash flow Were prepared financial income statements to determine whether the project is economically viable or not the indicators used to analyze the feasibility or otherwise of the project was the Net Present Value Internal Rate of Return and payback
Key-words Business Plan economic and financial feasibility cakes and fine pastries
6
LISTA DE ILUSTRACcedilOtildeES
FOTO 1 - BOLO ARTIacuteSTICO 31
FOTO 2 - BOLO DE COPA 32
FOTO 3 - BOLO DE COPA 32
FOTO 4 - NAKED CAKE 32
FOTO 5 - DOCES TRADICIONAIS 33
FOTO 6 - DOCES ESPELHADOS 33
FOTO 7 - DOCES FINOS 33
FOTO 8 - BRIGADEIROS GOURMET 34
FOTO 9 - TACINHAS ACRIacuteLICAS 34
FOTO 10 - TRUFAS 34
FOTO 11 - BOMBONS 35
FOTO 12 - BEM CASADOS 35
FOTO 13 - BEM CASADOS 35
FOTO 14 - FOTO DO IMOacuteVEL ONDE SERAacute INSTALADA A EMPRESA 42
7
LISTA DE TABELAS
TABELA 1 - RESULTADOS DA AMOSTRA - RENDIMENTO POR PESSOA EM
CURITIBA 30
TABELA 2 - CASAMENTOS POR MEcircS DE REGISTRO SEGUNDO O LUGAR DO
REGISTRO ndash 2012 31
TABELA 3 - CONCORRENTES QUE FORNECEM BOLOS E DOCES POR BAIRRO
39
TABELA 4 - INVESTIMENTO INICIAL 41
TABELA 5 - CAPITAL DE GIRO 43
TABELA 6 - PROJECcedilAtildeO DE FLUXO DE CAIXA NOS PRIMEIROS CINCO ANOS 44
TABELA 7 - DEPRECIACcedilAtildeO 44
TABELA 8 - CALCULO DO VALOR PRESENTE LIacuteQUIDO (VPL) 45
TABELA 9 - TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR) 46
TABELA 10 - PAYBACK 46
8
LISTA DE ABREVIATURAS EOU SILGAS
IBGE ndash Instituro Brasileiro de Geograacutefia e Estatiacutestica
PIB ndash Produto Interno Bruto
SEBRAE ndash Serviccedilo Brasileiro de Apoio agraves Micro e Pequenas Empresas
TIR ndash Taxa Interna de Retorno
TMA ndash Taxa Miacutenima de Atratividade
TMT ndash Taxa Miacutenima de Toleracircncia
VAL ndash Valor Atual liacutequido
VPL ndash Valor presente liacutequido
9
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO 11
11 PROBLEMA 12
12 OBJETIVO GERAL 12
13 OBJETIVOS ESPECIacuteFICOS 12
2 REFERENCIAL TEOacuteRICO 13
21 EMPREENDEDORISMO 13
211 Caracteriacutesticas e perfil do empreendedor 15
22 PLANO DE NEGOacuteCIOS 16
221 Estrutura do plano de negoacutecios 18
2211 Capa 18
2212 Sumaacuterio 19
2213 Sumaacuterio executivo 19
2214 Anaacutelise estrateacutegica 19
2215 Descriccedilatildeo da empresa 20
2216 Produtos e serviccedilos 20
2217 Plano operacional 20
2218 Plano de recursos humanos 21
2219 Anaacutelise de mercado 21
22110 Estrateacutegia de marketing 21
22111 Plano financeiro 22
22112 Anexos 22
23 VIABILIDADE ECONOcircMICO-FINANCEIRA 22
231 Fluxo de caixa 23
232 Valor Presente Liacutequido (VPL) 24
233 Taxa Interna de Retorno (TIR) 25
234 Periacuteodo de retorno de investimento (Payback) 26
3 METODOLOGIA 27
4 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES 29
41 ANAacuteLISE DE MERCADO 29
411 Mercado consumidor 29
10
412 Produtos que seratildeo vendidos 31
413 Preccedilo de venda 36
414 Previsatildeo de vendas 36
415 Definiccedilatildeo de local de venda dos produtos 37
416 Definiccedilatildeo da demanda e da oferta 37
417 Concorrentes 38
418 Forma de divulgaccedilatildeo dos concorrentes 39
42 TAMANHO DO NEGOacuteCIO 40
421 Capacidade produtiva 40
422 Investimento 40
423 Localizaccedilatildeo 41
424 Entregas 42
43 CAPITAL DE GIRO 42
44 FLUXO DE CAIXA 43
45 ANAacuteLISE DOS INDICADORES (VPL TIR E PAYBACK) 45
451 Valor Presente Liacutequido (VPL) 45
452 Taxa Interna de Retorno (TIR) 45
453 Payback 46
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 47
REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS 48
APEcircNDICES 50
11
1 INTRODUCcedilAtildeO
Quando surge uma ideia e eacute possiacutevel identificar nela uma oportunidade eacute o
iniacutecio para a criaccedilatildeo de um negoacutecio
Qualquer empreendimento para ter ecircxito seja ele industrial comercial ou de
serviccedilos depende de inuacutemeras decisotildees que o empreendedor precisa tomar antes de
iniciaacute-lo Uma das decisotildees fundamentais eacute analisar o empreendimento
economicamente para verificar se o projeto vai ser viaacutevel e lucrativo ou natildeo poreacutem
antes das decisotildees surgem agraves duacutevidas e incertezas como qual o ponto de partida
Qual deve ser o capital investido inicialmente Quais produtos seratildeo fabricados
Onde seratildeo vendidos
Para abertura de uma empresa de bolos e doces finos em Curitiba os
questionamentos satildeo os mesmos e para conseguir as respostas para todos esses
questionamentos que andam lado a lado com todos os empreendedores quando
surge a ideia de um novo negoacutecio eacute essencial a construccedilatildeo de um plano de negoacutecios
e principalmente efetuar uma anaacutelise de viabilidade econocircmico-financeira bem
estruturada que traga informaccedilotildees fundamentais para tomar decisotildees mais assertivas
No decorrer desta pesquisa foi possiacutevel responder haacute cada um destes
questionamentos por meio da anaacutelise de mercado definiccedilatildeo do tamanho do negoacutecio
fluxo de caixa e a anaacutelise dos indicadores que estatildeo dispostos no capiacutetulo 4 deste
estudo
Dornelas (2012 p 93) afirma que ldquoum negoacutecio bem planejado teraacute mais
chances de sucesso do que aquele sem planejamento na mesma igualdade de
condiccedilotildeesrdquo
Diante deste contexto a proposta deste projeto eacute analisar a viabilidade
econocircmico-financeira da abertura de uma empresa de bolos e doces finos localizada
no Bairro Alto em Curitiba
12
11 PROBLEMA
Qual a viabilidade econocircmico-financeira da abertura de uma empresa de
bolos e doces finos em Curitiba
12 OBJETIVO GERAL
Investigar qual a viabilidade da implantaccedilatildeo de uma empresa de bolos e
doces finos em Curitiba
13 OBJETIVOS ESPECIacuteFICOS
Elaborar uma anaacutelise do mercado de bolos e doces finos em Curitiba
Definir quais os produtos seratildeo vendidos
Definir a capacidade produtiva
Analisar a viabilidade econocircmico-financeira do negoacutecio
13
2 REFERENCIAL TEOacuteRICO
21 EMPREENDEDORISMO
Um projeto empreendedor se torna possiacutevel apenas se o dono da ideia estiver
disposto a assumir todas as responsabilidades e exigecircncias de abrir um negoacutecio que
sem duacutevida passaraacute a ser seu projeto de vida
Para Dolabela (2006 sn)
Se considerarmos que as empresas quase sempre comeccedilam pequenas isso chega a ser um paradoxo Principalmente porque no mundo de hoje as pequenas empresas constituem a principal fonte de empregos e satildeo responsaacuteveis em muitos paiacuteses por mais de 50 do produto interno bruto (PIB) e pelo maior volume de exportaccedilotildees aleacutem de serem as maiores geradoras de inovaccedilotildees tecnoloacutegicas desde a Segunda Guerra Mundial
Eacute possiacutevel definir empreendedorismo comordquo a capacidade que uma pessoa
possui de formular uma ideia sobre determinado produto ou serviccedilo em um mercado
seja essa ideia nova ou natildeordquo (WILDAUER 2011 p25)
Cabe acrescentar que o empreendedorismo natildeo se refere apenas a pequenos
negoacutecios e empreendimentos novos ldquoNatildeo aborda apenas a criaccedilatildeo de novos
produtos ou serviccedilos mas sim inovaccedilotildees em todos os acircmbitos do negoacuteciordquo
(CHIAVENATO 2007 p261)
Segundo Dolabela (2006 sn) se analisarmos a natureza do
empreendedorismo eacute possiacutevel observar que
A Todas as pessoas nascem empreendedoras Os humanos satildeo
empreendedores
B Empreendedorismo natildeo eacute um assunto atual existe desde a primeira
accedilatildeo inovadora com a finalidade de aperfeiccediloar as relaccedilotildees entre os homens
C Natildeo eacute apenas um fato econocircmico mas tambeacutem social
D O empreendedor estaacute em qualquer lugar natildeo apenas nas pessoas que
abrem seu proacuteprio negoacutecio
E O empreendedorismo eacute uma demonstraccedilatildeo da liberdade humana
14
F Natildeo eacute um acontecimento pessoal e nem uma habilidade que poucas
pessoas possuem eacute algo puacuteblico
G Natildeo existe a possibilidade de fazer transferecircncia de conhecimentos
empreendedores ndash ldquoao contraacuterio do que acontece por exemplo em uma aula
de geografia porque o empreendedorismo natildeo eacute um conteuacutedo cognitivo
convencionalrdquo Nesse entendimento natildeo existe a possibilidade de ensinar
mas eacute possiacutevel aprender a ser empreendedor por meio de um sistema de
ensino bem diferente do tradicional
H Eacute um assunto global e natildeo caracteriacutestico ou complementar E deve ser
apresentado na educaccedilatildeo baacutesica
I O princiacutepio do empreendedorismo e a cidadania O que por sua vez ldquoVisa
agrave construccedilatildeo do bem-estar coletivo do espiacuterito comunitaacuterio da cooperaccedilatildeo
Antes de ser aluno o estudante deve ser considerado um cidadatildeordquo
J Natildeo existe a possibilidade de definir se uma pessoa vai ter sucesso
como empreendedor
Vale enfatizar que o empreendedorismo eacute a envoltura de pessoas e
processos que juntas transformam ideias em oportunidades E a correta efetivaccedilatildeo
destas oportunidades ocasiona a criaccedilatildeo de um negoacutecio bem sucedido (DORNELAS
2012 p 28)
Chiavenato (2007 p 22) e Dornelas (2012 p29) defendem a ideia de que
1 O empreendedorismo abrange todo o processo para criar algo novo que
possua valor e seja valorizado pelo mercado
2 Que o empreendedorismo requer doaccedilatildeo disponibilidade de tempo e
vigor para tornar o novo empreendimento em um negoacutecio de sucesso
3 O empreendedorismo demanda coragem aceitaccedilatildeo de riscos
calculados e decisotildees analiacuteticas e ter flexibilidade com os obstaacuteculos falhas
e fracassos
Eacute possiacutevel concluir que o empreendedorismo eacute um fato cultural isto eacute
consequecircncia de haacutebitos accedilotildees e valores pessoais ldquoExistem famiacutelias (assim como
cidades regiotildees e paiacuteses) mais empreendedoras do que outrasrdquo A pessoa
desenvolve o empreendedorismo no conviacutevio com outros empreendedores num local
onde a possibilidade de ter o proacuteprio negoacutecio eacute visto como algo muito bom
(DOLABELA 2006 sn)
15
Diante disso natildeo eacute possiacutevel falar de empreendedorismo sem mencionar os
empreendedores pois satildeo as atitudes de pessoas que inovam assumem todos os
riscos que proporcionam o crescimento e desenvolvimento da sociedade como um
todo
211 Caracteriacutesticas e perfil do empreendedor
Ser empreendedor eacute acima de tudo ter a capacidade e a necessidade de
realizar coisas novas
O empreendedor ldquoeacute um ser social produto do meio em que vive (eacutepoca e
lugar)rdquo E se a pessoa convive em um meio onde ser empreendedor eacute considerado
algo bom teraacute motivos para abrir seu proacuteprio negoacutecio (DOLABELA 2006 sn)
O empreendedor parte da percepccedilatildeo subjetiva para percepccedilatildeo praacutetica na
qual mostram elementos que podem ser debatidos Esses elementos satildeo os mais
variaacuteveis possiacuteveis que foram originados de perguntas contestaccedilotildees e respostas
localizadas pelo empreendedor ldquoo qual natildeo precisa ser algueacutem com uma formaccedilatildeo
superior com diploma de faculdade ou algueacutem que conte com cursos teacutecnicos ou
praacuteticosrdquo (mesmo esses sendo atributos que auxilie na agilidade de formular
questionamentos e encontrar as soluccedilotildees para os mesmos) (WILDAUER 2011 p
25)
Para Dornelas (2012 p 29) empreendedor eacute a pessoa que percebe uma
oportunidade e arquiteta um negoacutecio para captar recursos calculando todos os riscos
que vai correr Em todas as definiccedilotildees de empreendedorismo nos deparamos com no
miacutenimo as seguintes particularidades em relaccedilatildeo ao empreendedor
1 Possui a atitude de criar um novo negoacutecio e amar aquilo que faz
2 Usa o capital que possui de maneira produtiva mudando o local social e
econocircmico onde estaacute inserido
3 Assume os riscos calculados e a chance do negoacutecio natildeo dar certo
Nessa mesma perspectiva Chiavenato (2007 p7) afirma que o empreendedor
eacute a pessoa que tem a capacidade de fazer as coisas acontecerem eacute favorecido pela
sua percepccedilatildeo para os negoacutecios prudecircncia na aacuterea financeira e a habilidade de
16
perceber as oportunidades Com esse conjunto de competecircncias tem a capacidade
de transformar ideias em negoacutecios O empreendedor possui uma boa imaginaccedilatildeo e eacute
persistente qualidades que combinadas de maneira correta o capacitam para
converter ideias simples em projetos objetivos e bem sucedidos
Para Wildauer (2011 p 26)
Podemos entatildeo enumerar muitas caracteriacutesticas do empreendedor sendo as principais a atitude de saber ouvir de estar atento de saber interpretar e analisar as informaccedilotildees do mercador de ter condiccedilotildees de elaborar um planejamento de suas accedilotildees futuras de traccedilar objetivos e todo um roteiro teoacuterico-praacutetico para poder atingi-lo Sem essas premissas baacutesicas o empreendedor natildeo teraacute sucesso na formulaccedilatildeo do plano de negoacutecios muito menos na sustentaccedilatildeo de seu negoacutecio
Chiavenato (2007 p 4) acredita que ldquoos empreendedores satildeo heroacuteis
populares do mundo dos negoacuteciosrdquo Que geram empregos propagam inovaccedilotildees e
estimulam o crescimento da economia Satildeo muito mais do que somente fornecedores
de produtos e serviccedilos satildeo pessoas que assumem os riscos das oscilaccedilotildees
econocircmicas
Cabe acrescentar que o empreendedor revolucionaacuterio eacute aquele que inventa
novos mercados isto eacute a pessoa cria algo exclusivo como foi o caso do Bill Gattes
fundador da Microsoft que transformou o mundo com o sistema operacional Windows
Contudo grande parte dos empreendedores cria negoacutecios em mercados jaacute existentes
e mesmo assim criam negoacutecios de sucesso (DORNELAS 2012 p30)
Wildauer (2011 p26) conclui que ldquoo empreendedor necessita de uma estrutura
de pensamento sistecircmico e visionaacuterio com base no qual estabeleceraacute metas e
desenharaacute trajetoacuterias para alcanccedilaacute-lasrdquo
22 PLANO DE NEGOacuteCIOS
Para iniciar um empreendimento eacute fundamental fazer um plano de negoacutecios
com ele eacute possiacutevel verificar a viabilidade ou natildeo do empreendimento e definir onde
estamos para onde vamos e mostrar com mais clareza as oportunidades de negoacutecio
17
Do ponto de vista de Dornelas (2012 p 93) ldquoum negoacutecio bem planejado teraacute
mais chances de sucesso do que aquele sem planejamento na mesma igualdade de
condiccedilotildeesrdquo
Nessa mesma perspectiva Dolabela (2006 sn) afirma que vaacuterios
empreendedores bem sucedidos abriram seus empreendimentos sem compreender
pontualmente o que eacute um plano de negoacutecios Poreacutem muitos outros natildeo tiveram o
mesmo fim e o que conseguiram foram negoacutecios fracassados por conta de falhas que
poderiam ter sido evitadas Uma grande quantidade de negoacutecios que possuem um
alto potencial acabam se tornando impraticaacuteveis por conta da incapacidade dos
empreendedores Ainda assim muitas pessoas abrem e vatildeo continuar abrindo
negoacutecios capacitadas ou natildeo para isso
Wildauer (2011 p 39) define plano de negoacutecios como ldquoum documento em
forma de texto no qual eacute apresentada uma proposta de negoacutecio para um mercadordquo
Esse documento deve mostrar com clareza o ponto de vista do empreendedor sobre
o sucesso do seu produto ou serviccedilo no mercado atual
Chiavenato (2007 p132) acredita que
O plano de negoacutecio mdash business planmdash descreve a ideia de um novo empreendimento e projeta os aspectos mercadoloacutegicos operacionais e financeiros dos negoacutecios propostos geralmente para os proacuteximos trecircs ou cinco anos Seu preparo permite a anaacutelise da proposta e ajuda o futuro empreendedor a evitar uma trajetoacuteria decadente que o levaraacute do entusiasmo agrave desilusatildeo e ao fracasso
Eacute possiacutevel sintetizar o plano de negoacutecios como um documento em que o
empreendedor mostra de maneira formal e concreta o negoacutecio que quer idealizar e
expor para seus parceiros soacutecios e investidores apresentando a visatildeo a missatildeo e os
seus propoacutesitos assim como o ldquoplano operacional o plano de marketing o plano de
financeiro e o plano juriacutedicordquo desta forma facilitando a assimilaccedilatildeo e aceitaccedilatildeo do
negoacutecio pelas pessoas interessadas (WILDAUER 2011 p39)
Conforme mencionado por Chiavenato (2007 p 134) o plano de negoacutecios
mobiliza o novo empreendimento na sua totalidade Ele demonstra o levantamento
cansativo dos elementos que fazem parte do negoacutecio ldquosejam internos mdash o que deveraacute
ser produzido como onde quanto mdash sejam externos mdash para quem produzir qual eacute
o mercado quais satildeo os concorrentes etcrdquo
18
Com isso Wildauer (2011 p 45) conclui que ldquoo plano de negoacutecios eacute como um
guia uacutetil para a obtenccedilatildeo de conhecimentos para a concepccedilatildeo de um
empreendimentordquo
221 Estrutura do plano de negoacutecios
O plano de negoacutecios mobiliza todas as informaccedilotildees necessaacuterias para abrir um
negoacutecio por meio dele eacute possiacutevel detectar onde estou e para onde desejo ir dentro do
mercado
Conforme identificado por Dornelas (2012 p 101) ldquonatildeo existe uma estrutura
riacutegida e especiacutefica para se escrever um plano de negoacuteciosrdquo dado que cada negoacutecio
possui suas singularidades e equivalecircncias sendo improvaacutevel delimitar um modelo-
padratildeo de plano de negoacutecios que seja absoluto e adequado para todos os negoacutecios
Todos os planos de negoacutecios devem conter um miacutenimo de seccedilotildees que vatildeo possibilitar
uma compreensatildeo do negoacutecio como um todo Tais seccedilotildees satildeo alinhadas de maneira
que mantenham uma sequecircncia loacutegica que possibilite qualquer pessoa ler o plano e
compreender como a empresa eacute estruturada seus objetivos seus produtos seus
serviccedilos qual seu mercado seu plano financeiro e de marketing
A seguir encontra-se uma breve descriccedilatildeo de cada uma das seccedilotildees do Plano
de Negoacutecios
2211 Capa
Eacute um dos componentes fundamentais do plano de negoacutecios pois eacute a primeira
parte que eacute vista pela pessoa que vai ler deve ser desenvolvida de forma clara e com
os dados adequados (DORNELAS 2012 p 101)
19
2212 Sumaacuterio
O sumaacuterio deve incluir ldquoo tiacutetulo de cada seccedilatildeo do plano de negoacutecios e a paacutegina
respectiva onde se encontra bem como os principais assuntos relacionados em cada
seccedilatildeordquo Isso faz com que fique mais faacutecil o leitor do plano de negoacutecios identificar com
mais agilidade o que lhe interessar (DORNELAS 2012 p 101-102)
2213 Sumaacuterio executivo
O Sumaacuterio Executivo eacute a parte mais importante do plano de negoacutecios ele iraacute
definir se o leitor vai prosseguir ou natildeo com a leitura do plano de negoacutecios Dessa
forma deve ser redigido com bastante concentraccedilatildeo e revisado inuacutemeras vezes e
tambeacutem englobar as informaccedilotildees mais relevantes do plano de negoacutecios Deve ser
direcionado ao puacuteblico-alvo do plano de negoacutecios e deixar claro qual o objetivo do
mesmo em relaccedilatildeo agraves pessoas que estatildeo o lendo ldquoO Sumaacuterio Executivo deve ser a
uacuteltima seccedilatildeo a ser escrita pois depende de todas as outras seccedilotildees do plano para ser
elaboradardquo (DORNELAS 2012 p 102)
2214 Anaacutelise estrateacutegica
Nesta seccedilatildeo eacute determinada a direccedilatildeo que a empresa vai seguir ldquosua visatildeo e
missatildeo sua situaccedilatildeo atual as potencialidades e ameaccedilas externas suas forccedilas e
fraquezas seus objetivos e metas de negoacuteciordquo Essa parte eacute o alicerce para o
crescimento e o estabelecimento das outras accedilotildees redigidas no plano (DORNELAS
2012 p 102)
20
2215 Descriccedilatildeo da empresa
Eacute nessa seccedilatildeo que deve ser feita a descriccedilatildeo da empresa ldquoseu histoacuterico
crescimento faturamento dos uacuteltimos anos sua razatildeo social impostos estrutura
organizacional e legal localizaccedilatildeo parcerias serviccedilos terceirizados etcrdquo
(DORNELAS 2012 p 102)
2216 Produtos e serviccedilos
Nessa seccedilatildeo do plano de negoacutecios devem ser descritos os produtos e serviccedilos
da empresa a maneira que satildeo produzidos o capital disposto seu ciclo de vida os
elementos tecnoloacutegicos envolvidos pesquisa e desenvolvimento os seus clientes
marcas e patentes etc
Nessa seccedilatildeo pode ser incluiacuteda quando estaacute informaccedilatildeo encontra-se disponiacutevel uma visatildeo do niacutevel de satisfaccedilatildeo dos clientes com os produtos e serviccedilos da empresa Esse feedback eacute bastante importante porque costuma oferecer natildeo apenas uma visatildeo do niacutevel de qualidade percebida nos produtos e serviccedilos mas tambeacutem guiar futuros investimentos da empresa em novos desenvolvimentos e processos de produccedilatildeo (DORNELAS 2012 p 102-103)
2217 Plano operacional
Nesta seccedilatildeo devem ser expostas as accedilotildees que a empresa pretende ter na
sua estrateacutegia produtiva e no processo de produccedilatildeo apontando os resultados que
essas accedilotildees teratildeo sobre os criteacuterios de avaliaccedilatildeo dos produtos Deve incluir dados
operacionais atualizados e presumidos como ldquolead time do produto ou serviccedilo
percentual de entregas a tempo rotatividade do inventaacuterio iacutendice de refugo lead time
de desenvolvimento de produto ou serviccedilo etcrdquo (DORNELAS 2012 p 103)
21
2218 Plano de recursos humanos
Devem ser exibidas as propostas de desenvolvimento e treinamento de
pessoal da empresa Esses dados estatildeo pontualmente associados com a
competecircncia da empresa de crescer ldquoespecialmente quando esta atua em um
mercado onde a detenccedilatildeo de tecnologia eacute considerada um fator estrateacutegico de
competitividaderdquo (DORNELAS 2012 p 103)
2219 Anaacutelise de mercado
Nesta seccedilatildeo o responsaacutevel pelo plano de negoacutecios deve deixar claro que os
executivos da empresa entendem perfeitamente o mercado consumidor do seu
produto ou serviccedilo (atraveacutes de pesquisa de mercado) como estaacute segmentado
crescimento do mercado atributos do consumidor anaacutelise da concorrecircncia qual a sua
fatia de mercado e dos concorrentes etc (DORNELAS 2012 p 103)
22110 Estrateacutegia de marketing
Deve ser apresentado o objetivo da empresa para vender seu produtoserviccedilo
e consolidar seus clientes e ampliar sua demanda Deve ser informada sua estrateacutegia
de venda especificidades do produtoserviccedilo preccedilos puacuteblico-alvo canais de
distribuiccedilatildeo projeccedilatildeo das vendas (DORNELAS 2012 p 103)
22
22111 Plano financeiro
Na seccedilatildeo financeira deve mostrar em nuacutemeros todas as accedilotildees planejadas
para a empresa e suas evidecircncias por meio de projeccedilotildees futuras para um negoacutecio
bem sucedido
Deve conter demonstrativo de fluxo de caixa com horizonte de pelo menos trecircs anos balanccedilo patrimonial anaacutelise do ponto de equiliacutebrio necessidades de investimento demonstrativos de resultados anaacutelise de indicadores financeiros do negoacutecio como faturamento previsto margem prevista prazo de retorno sobre o investimento inicial (payback) taxa interna de retorno (TIR) etc (DORNELAS 2012 p 103-104)
22112 Anexos
Nesta seccedilatildeo deve incluir todos os dados considerados importantes para
melhor compreensatildeo do plano de negoacutecios O que natildeo pode ser deixado de anexar eacute
o curriculum vitae dos soacutecios da empresa (DORNELAS 2012 p 104)
23 VIABILIDADE ECONOcircMICO-FINANCEIRA
Analisar o empreendimento economicamente para verificar se o projeto eacute
viaacutevel e lucrativo ou natildeo eacute uma das decisotildees fundamentais de qualquer
empreendedor
A anaacutelise de investimento eacute um mecanismo aacutegil praacutetico e seguro que ajuda
profissionais de inuacutemeras aacutereas no processo de anaacutelise de tomada de decisotildees
financeiras (REBELATTO p 141)
Lapponi (2007 p 123) afirma que
O objetivo da decisatildeo de investimento ou do orccedilamento de capital eacute maximizar o valor da empresa A decisatildeo de alocaccedilatildeo do capital em projeto de investimento eacute fundamental para o sucesso pois os recursos da empresa
23
satildeo comprometidos por longo tempo na direccedilatildeo de seu futuro desejado e isso envolve um grande esforccedilo de tempo e de gerenciamento Cada projeto aprovado eacute um desembolso realizado pela empresa coma expectativa de obter benefiacutecios futuros quantificados pela geraccedilatildeo de um fluxo de retornos adequados em geral por um prazo maior do que um ano
A carecircncia de recursos financeiros diante das muitas necessidades faz com
que seja crucial aperfeiccediloar sua utilizaccedilatildeo A anaacutelise antecipada de investimento
possibilita que se racionalize a forma como os recursos de capital satildeo utilizados
(REBELATTO 2004 p 141)
Para analisar a viabilidade de um projeto economicamente eacute necessaacuterio reunir
uma seacuterie de informaccedilotildees e de dados que precisam ser organizados para atingir seu
objetivo final que eacute o de facilitar a tomada de decisatildeo Vale salientar que o projeto
deve ser um documento que tenha a capacidade de mostrar de uma maneira loacutegica a
visatildeo estrateacutegica do negoacutecio (MACHADO 2002 p 144)
231 Fluxo de caixa
O fluxo de caixa eacute o melhor guia para uma administraccedilatildeo financeira eficiente
de qualquer negoacutecio
O fluxo de caixa eacute a reproduccedilatildeo graacutefica de uma movimentaccedilatildeo financeira ldquoAs
movimentaccedilotildees monetaacuterias satildeo identificadas temporalmente por meio de um conjunto
de entradas e saiacutedas de caixa definido como diagrama de fluxo de caixardquo Essa
representaccedilatildeo proporciona a visualizaccedilatildeo em diferentes momentos com o que estaacute
ocorrendo com o capital (REBELATTO 2004 p 150)
ldquoA identificaccedilatildeo e a quantificaccedilatildeo das estimativas relevantes do projeto satildeo o
iniacutecio da construccedilatildeo do fluxo de caixa do projeto para empresa em funcionamentordquo
(LAPPONI 2007 p 347)
O fluxo de caixa eacute um composto de entradas e saiacutedas de valores monetaacuterios
(dinheiro) no decorrer de um determinado periacuteodo Bem como evidenciar uma opccedilatildeo
possiacutevel de transaccedilotildees financeiras ou seja pagamentos agrave vista pagamentos a prazo
tiacutetulos originais etc (REBELATTO 2004 p 151)
24
232 Valor Presente Liacutequido (VPL)
ldquoO Valor presente liacutequido (VPL) ou valor atual liacutequido (VAL) eacute o valor atual das
entradas de caixa (retornos de capital esperados) incluindo o valor residual (se
houver) menos o valor atual das saiacutedas de caixardquo (REBELATTO 2004 p 214)
A foacutermula para chegar ao VPL eacute (LAPPONI 2007 p 125)
119881119875119871 = minus119868 +119865119862
(1 + 119870)119899
Onde
I= custo inicial ou desembolso inicial
FC= fluxo de caixa
K= taxa requerida
n= prazo de anaacutelise
Rebelatto (2004 p214) afirma que os paracircmetros para que o projeto seja
aceito se refere ao valor presente liacutequido (VPL)
VPLgt0 o projeto eacute aceito
VPLlt0 o projeto eacute rejeitado
VPL=0 o projeto pode ser aceito ou natildeo pois natildeo cria e nem destroacutei
valor para empresa
Para Lapponi (2007 p 134-135) as principais vantagens do VPL satildeo
Considera o fluxo de caixa do projeto na sua totalidade
Considera o valor monetaacuterio (dinheiro) no tempo
Tem a capacidade de medir o valor criado ou destruiacutedo pelo projeto
Pode ser utilizado na avaliaccedilatildeo do projeto independentemente do tipo de
fluxo de caixa utilizado
Seleciona o projeto mais viaacutevel economicamente
25
233 Taxa Interna de Retorno (TIR)
ldquoTaxa Interna de Retorno (TIR) eacute a taxa de desconto que torna o valor atual
liacutequido (VAL) do investimento igual a zero Tambeacutem eacute chamada de taxa interna efetiva
de rentabilidaderdquo (REBELATTO 2004 p 217)
No projeto do tipo simples com o aumento da taxa requerida o VPL do projeto tende ao valor do custo inicial pois o VPL eacute uma funccedilatildeo decrescente da taxa requerida Portanto a decisatildeo com o meacutetodo TIR somente deve ser feita em projetos simples que garantem a existecircncia de uma uacutenica TIRgt -100 Nos outros tipos de fluxo de caixa em geral o meacutetodo da TIR natildeo deve ser utilizado pois haacute a possibilidade de muacuteltiplas TIRs Sendo a TIR a taxa de juro que zera o VPL do projeto simples para qualquer taxa requerida K menor que a TIR o VPL seraacute positivo e para qualquer taxa requerida K maior que a TIR o VPL seraacute negativo (LAPPONI 2007 p 175-176)
Rebelatto (2004 p 217) complementa afirmando que a TIR eacute um meacutetodo
aprimorado de anaacutelise de investimento sendo possivelmente uma das mais usadas
para avaliar projetos econocircmicos A TIR deve ser comparada com a taxa miacutenima de
atratividade (TMA) para analisar se o projeto seraacute aceito ou natildeo
Sendo assim Lapponi (2007 p 176) considera que
Se TIR gt TMA o projeto deve ser aceito pois eacute economicamente viaacutevel
Se TIR lt TMA o projeto deve ser recusado pois eacute economicamente
inviaacutevel
Se TIR = TMA eacute indiferente investir no projeto pois o mesmo natildeo criaraacute
e nem destruiraacute valor da empresa
ldquoA grande vantagem da TIR como indicador de decisatildeo eacute que prescinde de
informaccedilotildees externas ao projeto Tudo que o analista necessita eacute conhecer o perfil do
projeto e alguma ideia de magnitude da taxa de jurosrdquo (MACHADO 2002 p 127)
26
234 Periacuteodo de retorno de investimento (Payback)
ldquoO payback eacute o periacuteodo de tempo em que ocorre o retorno do investimento
Calculado no fluxo de caixa de vida uacutetil de dez anos o payback apresenta-se de vaacuterias
maneiras para cada tipo de empresardquo (BRITO 2003 p 51)
Uma empresa pode nomear o payback como um dos paracircmetros para escolha
de um projeto a fim de minimizar seus riscos Mesmo sendo esse um meacutetodo faacutecil e
simples na praacutetica eacute um dos mais utilizados para efetuar a mediccedilatildeo econocircmica de um
projeto (REBELATTO 2004 p 230)
Segundo Rebelatto (2004 p 231) a foacutermula baacutesica que demonstra o caacutelculo
do payback em fluxos de caixas regulares eacute
PB =I0
FC
Onde
PB= Payback
I0= Investimento inicial
FC= Fluxo de caixa regular
Para executar o meacutetodo payback eacute crucial estabelecer o tempo maacuteximo de
toleracircncia TMT para resgatar o custo inicial ldquoPara decidir se o projeto deve ser aceito
o payback deve ser comparado com o valor de referecircncia TMT de forma querdquo
(LAPPONI 2007 p 245)
Se PB lt TMT o projeto deve ser aceito
Se PB gt TMT o projeto deve ser recusado
A principal vantagem para utilizaccedilatildeo do meacutetodo payback eacute que ele reflete a
liquidez do projeto e por consequecircncia eacute possiacutevel efetuar a avaliaccedilatildeo do risco de natildeo
recuperar o investimento (REBELATTO 2004 p 230)
27
3 METODOLOGIA
Este capiacutetulo tem por objetivo descrever os procedimentos e teacutecnicas
utilizados na pesquisa considerando o problema e aos objetivos gerais e especiacuteficos
Para a execuccedilatildeo da revisatildeo bibliograacutefica realizada neste estudo foi utilizado
livros de especialistas na aacuterea os principais temas abordados foram o
empreendedorismo que eacute um assunto chave quando surge uma ideia para um novo
negoacutecio plano de negoacutecios que eacute um elemento fundamental para o sucesso ou
fracasso de um empreendimento e a viabilidade econocircmico-financeira tema
fundamental visto que o objetivo geral da pesquisa eacute mensurar se a mesma eacute viaacutevel
ou natildeo economicamente
Foi elaborada uma anaacutelise de mercado que estaacute disponiacutevel no item 41 deste
estudo atraveacutes da mesma foi identificado que os principais clientes satildeo das classes
A e B de Curitiba regiatildeo metropolitana no item 42 foi efetuado um levantamento do
tamanho do negoacutecio onde foi definida a capacidade produtiva o investimento inicial e
a localizaccedilatildeo do empreendimento no item 44foi elaborado o fluxo de caixa que
demonstra as previsotildees financeiras do periacuteodo de 5 anos o meacutetodo utilizado para
elaborar a pesquisa foi um estudo de caso de natureza exploratoacuteria quantitativa e
anaacutelise documental
O estudo de caso eacute evidenciado por um estudo minucioso e cansativo de um
ou poucos objetivos desta forma propicia um vasto e detalhado conhecimento sobre
o assunto uma missatildeo praticamente impossiacutevel mediante as outras maneiras de
delineamentos consideradas (GIL 2008 p 57-58)
Prodanov e Freitas (2013 p60) afirmam que o estudo de caso consiste em
recolher e analisar dados sobre determinado indiviacuteduo famiacutelia grupo ou comunidade
com a finalidade de estudar diferentes aspectos das suas vidas conforme o assunto
da pesquisa
Jaacute as pesquisas exploratoacuterias satildeo definidas por Gil (2008 p 27) como as que
Tecircm como principal finalidade desenvolver esclarecer e modificar conceitos e ideias tendo em vista a formulaccedilatildeo de problemas mais precisos ou hipoacuteteses pesquisaacuteveis para estudos posteriores De todos os tipos de pesquisa estas satildeo as que apresentam menor rigidez no planejamento Habitualmente envolvem levantamento bibliograacutefico e documental entrevistas natildeo padronizadas e estudos de caso
28
A pesquisa quantitativa ldquoconsidera que tudo pode ser quantificaacutevel o que
significa traduzir em nuacutemeros opiniotildees e informaccedilotildees para classificaacute-las e analisaacute-lasrdquo
Eacute necessaacuteria a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas estatiacutesticas tais como porcentagem meacutedia
moda desvio-padratildeo coeficiente de correlaccedilatildeo etc (PRODANOV FREITAS 2013
p 69)
Muitos dados que satildeo utilizados em pesquisas satildeo adquiridos indiretamente
por meio de documentosrdquo como livros jornais papeacuteis oficiais registros estatiacutesticos
fotos discos filmes e viacutedeos que satildeo obtidos de maneira indiretardquo Essas fontes
documentais tecircm a capacidade de disponibilizar ao pesquisador um grande nuacutemero
de informaccedilotildees com bastante qualidade para evitar a perda de tempo (GIL 2008 p
147)
Este modelo de pesquisa foi utilizado para definir os principais clientes quais
os produtos que seratildeo vendidos a capacidade produtiva assim como a viabilidade
econocircmico-financeira e operacional do negoacutecio
29
4 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES
41 ANAacuteLISE DE MERCADO
Woiler e Mathias (1994 p41) e Rebelatto (2004 p01) afirmam que a anaacutelise
de mercado eacute um dos pontos mais relevantes para elaboraccedilatildeo de um projeto Atraveacutes
do estudo do mercado obtemos muitas informaccedilotildees tais como
Fazendo a comparaccedilatildeo entre demanda e a oferta encontramos a
possiacutevel escassez da demanda futura Esse resultado proporcionaraacute
informaccedilotildees para que seja definida a escala de produccedilatildeo do projeto
A regiatildeo geograacutefica em que o produto pode ser vendido eacute um dos pontos
mais significativos para que seja definida a localizaccedilatildeo do empreendimento
O preccedilo de venda os custos de comercializaccedilatildeo e os estoques nos
canais de comercializaccedilatildeo satildeo informaccedilotildees relevantes para que seja
elaborada a projeccedilatildeo do projeto
Vale salientar que esses satildeo apenas alguns elementos importantes que eacute
possiacutevel identificar na anaacutelise de mercado existe muitos outros dados que satildeo obtidos
com a mesma
411 Mercado consumidor
ldquoTodas as decisotildees relacionadas a novos empreendimentos contecircm certo
grau de incerteza tanto no que diz respeito agrave informaccedilatildeo na qual as decisotildees estatildeo
baseadas como no que diz respeito agraves suas consequecircnciasrdquo (SEBRAE)
Chiavenato acredita que os clientes tecircm a capacidade de alavancar ou
derrubar um empreendimento ldquoUm cliente pode ser uma organizaccedilatildeo uma empresa
um usuaacuterio dos produtosserviccedilos ou um consumidor finalrdquo Eacute quem adquiri os
produtosserviccedilos ofertados pela organizaccedilatildeo no final da cadeia de transaccedilotildees Eacute ele
que estabelece direta ou indiretamente se o empreendimento teraacute ecircxito ou natildeo Por
30
isso o cliente deve ser considerado como o principal patrimocircnio da empresa (2007
p 207)
Segundo dados do censo 2010 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e
estatiacutestica) dos 576190 (quinhentos e setenta e seis mil cento e noventa) domiciacutelios
de Curitiba 292965 (duzentos e noventa e dois mil novecentos e sessenta e cinco)
possuem renda de mais de 5 a mais de 20 salaacuterios miacutenimos sendo assim cerca de
5085 dos domiciacutelios curitibanos estatildeo enquadrados nas classes A e B Ainda
segundo o IBGE cerca de 137922 (cento e trinta e sete mil novecentos e vinte e dois)
domiciacutelios curitibanos tecircm renda de mais de 10 salaacuterios miacutenimos o que representa
uma meacutedia de 24 dos domiciacutelios de Curitiba
Mais de 249000 (duzentos e quarenta e nove mil) pessoas que residem em
Curitiba cerca de 1423 da populaccedilatildeo tem rendimento mensal de mais de 5 salaacuterios
miacutenimos conforme Tabela 1
TABELA 1 - RESULTADOS DA AMOSTRA - RENDIMENTO POR PESSOA EM CURITIBA
Quantidade de pessoas Salaacuterios miacutenimos
153011 Mais de 5 a 10 salaacuterios miacutenimos
38692 Mais de 10 a 15 salaacuterios miacutenimos
25427 Mais de 15 a 20 salaacuterios miacutenimos
18264 Mais de 20 a 30 salaacuterios miacutenimos
13791 Mais de 30 salaacuterios miacutenimos
FONTE IBGE - CENSO DEMOGRAacuteFICO 2010
Curitiba possui uma populaccedilatildeo de mais de 1750000 (um milhatildeo setecentos
e cinquenta mil habitantes) segundo censo IBGE 2010 sendo que 932000
(novecentos e trinta e dois mil) pessoas com o estado civil de solteiro viuacutevo
divorciado separado judicialmentedesquitado isso mostra que tem muitas pessoas
que podem fazer festas de casamento e necessitar dos produtos que seratildeo ofertados
tais como bolos artiacutesticos doces finos e bem casados
Segundo as estatiacutesticas do registro civil do IBGE ocorreram em Curitiba e
regiatildeo metropolitana no ano 2012 exatamente 18877 (dezoito mil oitocentos e setenta
e sete) casamentos sendo que nos meses de setembro a dezembro foi onde ocorreu
um maior nuacutemero um total de 7828 (sete mil oitocentos e vinte e oito) casamentos o
que representa um total de 4147 dos casamentos ocorrem nesses quatro meses
do ano
31
TABELA 2 - CASAMENTOS POR MEcircS DE REGISTRO SEGUNDO O LUGAR DO REGISTRO ndash 2012
Lugar do registro
Casamentos por mecircs do registro
Total de
registros Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
RM Curitiba 18877 1466 1250 1572 1282 1403 1533 1248 1255 1735 1753 2118 2262
Curitiba 10351 848 692 857 692 724 872 658 658 971 968 1237 1174
FONTE IBGE DIRETORIA DE PESQUISAS COORDENACcedilAtildeO DE POPULACcedilAtildeO E INDICADORES SOCIAIS ESTATIacuteSTICAS DO REGISTRO CIVIL 2012
Nessa perspectiva foi definido que o mercado que a empresa de bolos e doces
finos vai atuar eacute de Curitiba e regiatildeo metropolitana com foco nas pessoas das classes
A e B com estado civil solteiro divorciado separado judicialmentedesquitado e viuacutevo
412 Produtos que seratildeo vendidos
ldquoNo coraccedilatildeo de uma grande marca haacute um grande produto O produto-chave
na oferta ao mercado Liacutederes de mercado geralmente oferecem produtos e serviccedilos
de qualidade superiorrdquo (KOTLER KELLER 2006 p 366)
Os principais produtos fornecidos seratildeo
Bolos artiacutesticos
FOTO1 - BOLO ARTIacuteSTICO FONTE WANDA CARDOSO - BOLOS ARTIacuteSTICOS amp DOCES
32
Bolos de copa
FOTO2 - BOLO DE COPA FONTE ELABORADO PELO AUTOR
FOTO3 - BOLO DE COPA FONTE ELABORADO PELO AUTOR
Naked cake
FOTO4 - NAKED CAKE FONTE DOCES PENEacuteLOPE
33
Doces Tradicionais
FOTO5 - DOCES TRADICIONAIS FONTE ELABORADO PELO AUTOR
Doces Espelhados
FOTO6 - DOCES ESPELHADOS FONTE PRONTO SOCORRO DAS FESTAS
Doces Finos
FOTO 7 - DOCES FINOS FONTE COMPRANDO MEU APE
34
Brigadeiros gourmet
FOTO8 - BRIGADEIROS GOURMET FONTE ELABORADO PELO AUTOR
Tacinhas acriacutelicas
FOTO9 - TACINHAS ACRIacuteLICAS FONTE BUFFET DELIacuteCIAS DA VI
Trufas
FOTO 10 - TRUFAS FONTE FOGAtildeO DA VOVOacute
35
Bombons
FOTO11 - BOMBONS FONTE DALVA GOLDEN GATE
Bem casados
FOTO12 - BEM CASADOS FONTE CASAMENTO SEM ERRO
FOTO13 - BEM CASADOS FONTE CASAMENTO SEM ERRO
36
413 Preccedilo de venda
A definiccedilatildeo do preccedilo dos produtos eacute uma das decisotildees mais relevantes da
organizaccedilatildeo que deve levar em conta a forma como a empresa deseja se posicionar
no mercado os custos a concorrecircncia e a rentabilidade almejada
O preccedilo eacute um dos elementos mais versaacuteteis pode ser modificado rapidamente
ao contraacuterio das propriedades dos produtos dos contratos com canais de distribuiccedilatildeo
e ateacute mesmo das promoccedilotildees O Preccedilo tem tambeacutem a tarefa de mostrar ao mercado o
posicionamento de valor desejado pela empresa para o seu produto ou marca
(KOTLER KELLER 2006 p 428)
A consolidaccedilatildeo dos preccedilos dos produtos seraacute elaborada levando em conta os
custos para se obter os produtos com a qualidade requinte e sofisticaccedilatildeo desejada
com a margem de lucro esperada e se baseando nos preccedilos praticados pela
concorrecircncia
414 Previsatildeo de vendas
Para Chiavenato (2007 p 2013)
A previsatildeo de vendas representa a quantidade de produtosserviccedilos que a empresa pretende vender ou colocar no mercado durante um determinado periacuteodo geralmente um mecircs ou um ano dividido em meses Constitui portanto uma estimativa ou uma expectativa de vendas Pode ser feita em unidades fiacutesicas ou em valores monetaacuterios
A produccedilatildeo vai ser em meacutedia de 5600 doces (doces finos gourmet e bem
casados) e 4 bolos procurando atender em meacutedia 4 eventos por semana e ateacute 16
eventos por mecircs sendo que nos meses de setembro a dezembro essa demanda
aumenta pelo motivo de historicamente ter um nuacutemero maior de casamentos
37
415 Definiccedilatildeo de local de venda dos produtos
ldquoA venda eacute a fase fundamental do processo de vendas Consiste na
transferecircncia do produtoserviccedilo para o cliente ou consumidorrdquo (CHIAVENATO 2007
p 210)
As vendas vatildeo ocorrer atraveacutes de site proacuteprio redes sociais telefone e
pessoalmente natildeo teremos loja fiacutesica apenas um ateliecirc para confecccedilatildeo dos bolos e
doces onde vai conter uma sala anexa na qual vai ser oferecido o serviccedilo de
degustaccedilatildeo com horaacuterios marcados para assim o cliente decidir quais os produtos
seratildeo adquiridos para o seu evento e fechamento de contrato
416 Definiccedilatildeo da demanda e da oferta
Na maior parte das encomendas os clientes solicitam os doces finos e
gourmet que contecircm chocolates frutas oleaginosas tais como castanhas nozes
avelatildes amecircndoas frutas como framboesa morango damasco cerejas e os bem
casados Os bolos mais solicitados satildeo os com decoraccedilatildeo de pasta americana que
deve obrigatoriamente ter recheios mais firmes como ganaches fios de ovos
strogonoff de nozes e os naked cake (bolo pelado) que possuem mais opccedilotildees de
recheios com chocolates frutas diversas e cremes de pacirctisserie
Em contato com algumas empresas que fornecem o mesmo tipo de produto
foi possiacutevel verificar que as encomendas devem ser feitas com antecedecircncia miacutenima
de 6 meses sendo que alguns casos somente com um ano de antecedecircncia para
conseguir na data desejada Esse eacute um dos pontos que mostra que tem espaccedilo
suficiente para entrada nesse mercado
38
417 Concorrentes
Chiavenato (2007 p 33) Kotler e Keller (2006 p 340) afirmam que os
concorrentes satildeo as organizaccedilotildees que competem pelos mesmos fornecedores
clientes e consumidores
ldquoAgrave medida que seus produtosserviccedilos tornam-se mais heterogecircneos tanto
mais heterogecircneos e diferenciados seratildeo seus concorrentes e tanto mais complexa
seraacute a competitividaderdquo (CHIAVENATO 2007 p 33)
Em busca na internet foi possiacutevel identificar que atualmente existe em meacutedia
25 concorrentes reais que oferecem exatamente os mesmos produtos que seratildeo
fornecidos com o mesmo padratildeo de qualidade valor agregado requinte e
sofisticaccedilatildeo Tambeacutem foi detectado mais 14 concorrentes potenciais que vendem
produtos similares aos que seratildeo vendidos poreacutem natildeo possuem o mesmo valor
agregado dos que vatildeo ser ofertados Foi possiacutevel identificar que alguns concorrentes
oferecem somente os doces finos dos quais foram identificados mais 3 concorrentes
reais e 3 concorrentes potenciais E foi detectado que existem concorrentes que
fornecem apenas os bolos artiacutesticos dos quais foi identificado 4 concorrentes reais
todos fornecem os bolos com o mesmo niacutevel de qualidade que seratildeo fornecidos
A tabela 3 mostra a divisatildeo dos concorrentes reais e potenciais que fornecem
bolos e doces por bairro de Curitiba
39
TABELA 3 - CONCORRENTES QUE FORNECEM BOLOS E DOCES POR BAIRRO
Bairro Quantidade de Concorrentes Reais
Quantidade de Concorrentes Potenciais
Aacutegua Verde 4 1
Ahuacute 1
Bairro Alto 2 1
Barreirinha 1
Barreirinha 1
Bom Retiro 1
Campo Comprido 1
Campo Comprido 1
Cidade Industrial 1
Colombo 1
Fazenda Rio Grande 1
Hauer 1
Hugo Lange 1
Mercecircs 1
Novo Mundo 2 1
Novo Mundo 1
Portatildeo 1
Portatildeo 1
Santa Cacircndida 1
Santa Felicidade 1 1
Santo Inaacutecio 1 1
Satildeo Joseacute dos Pinhais 1
Seminaacuterio 1
Sitio Cercado 1
Tarumatilde 1
Vila Izabel 1
Natildeo Informado 1 2
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
418 Forma de divulgaccedilatildeo dos concorrentes
Todas as empresas pesquisadas que fornecem produtos similares aos que
vamos fornecer utilizam sites proacuteprios e as redes sociais para fazer divulgaccedilatildeo dos
seus produtos todas fazem degustaccedilatildeo para os clientes conhecerem os seus
produtos e posteriormente fechar um contrato
40
42 TAMANHO DO NEGOacuteCIO
421 Capacidade produtiva
A capacidade produtiva vai ser para atender ateacute 4 eventos por semana A
produccedilatildeo vai ser de ateacute 5600 doces (doces finos gourmet e bem casados) e 4 bolos
atendendo ateacute 4 eventos por final de semana e ateacute 16 eventos por mecircs sendo que
nos meses de setembro a dezembro essa demanda aumenta pelo motivo de
historicamente ter um nuacutemero maior de casamentos
422 Investimento
Um dos pontos mais relevantes para abertura de uma empresa eacute a
determinaccedilatildeo do capital miacutenimo para dar iniacutecio nas atividades e principalmente como
obter este capital ldquoEacute com o capital inicial que a empresa tem condiccedilotildees de reunir os
recursos empresariais necessaacuterios ao seu funcionamento sejam eles recursos
humanos materiais ou financeirosrdquo A determinaccedilatildeo do capital eacute o que estabelece a
quantidade de recursos empresariais que a empresa tem disponiacutevel Indiscutivelmente
quanto maior for o volume de recursos empresariais mais faacutecil se torna o desempenho
da empresa Quando todos os recursos necessaacuterios para seu funcionamento estatildeo agrave
disposiccedilatildeo a administraccedilatildeo do empreendimento fica mais simples (CHIAVENATO
2007 p84)
Cabe acrescentar que (LAPPONI 2007 p 321)
O custo inicial refere-se aos desembolsos realizados para aquisiccedilatildeo de equipamentos ou outros ativos fixos incluindo o pagamento de fretes seguros instalaccedilotildees despesas operacionais iniciais com materiais e matildeo de obra treinamento de pessoal de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo etc resumindo o custo inicial inclui todos os desembolsos necessaacuterios para adquirir os ativos necessaacuterios e que estejam em condiccedilotildees de operar e gerar as receitas estimadas
41
O empreendimento iniciaraacute suas atividades com capital investido com
recursos proacuteprios da empreendedora
As estimativas de investimento inicial para abertura da empresa foi de
R$5162851 conforme tabela 4
TABELA 4 - INVESTIMENTO INICIAL
Descriccedilatildeo Valor (R$)
Maacutequinas e equipamentos Cozinha R$ 3084878
Utensiacutelios R$ 555075
Moacuteveis para escritoacuterio R$ 268982
Equipamentos de informaacutetica e eletrocircnicos R$ 446204
Outros custos escritoacuterio R$ 48912
Uniformes R$ 155800
Pintura Imoacutevel R$ 500000
Porta de Vidro R$ 103000
Total R$ 5162851
FONTE ELABORADO PELO AUTOR (2015)
423 Localizaccedilatildeo
Seraacute locado um imoacutevel para a instalaccedilatildeo da empresa localizado na Rua Heitor
Baggio Vidal 2508 Bairro Alto Curitiba ndash PR com o valor do aluguel mensal de
R$160000 (mil e seiscentos reais) O espaccedilo interno de 95msup2 seraacute dividido em trecircs
partes a primeira com 20msup2 vai ficar a recepccedilatildeo para receber os clientes efetuar
orccedilamentos e as degustaccedilotildees a segunda com 71msup2 a cozinha industrial onde seratildeo
fabricados os bolos e doces finos e a terceira com 4msup2 o lavabo
42
FOTO14 - FOTO DO IMOacuteVEL ONDE SERAacute INSTALADA A EMPRESA FONTE MP IMOacuteVEIS
424 Entregas
As entregas dos bolos e doces finos seratildeo efetuadas por uma empresa
parceira localizada no Bairro Alto o preccedilo das entregas em Curitiba e regiatildeo
metropolitana variam de R$2400 (vinte e quatro reais) a R$6000 (sessenta reais)
dependendo da localizaccedilatildeo tais valores seratildeo cobrados dos clientes
43 CAPITAL DE GIRO
O capital de giro inicial foi estimado levando em conta que no primeiro ano a
empresa vai produzir 8333 da sua capacidade atendendo em meacutedia 13 ventos
mensalmente sendo assim foram considerados os gastos operacionais necessaacuterios
para o iniacutecio das atividades incluindo o custo fixo mensal e o estoque inicial ambos
multiplicados por 2 e acrescidos de um percentual de 10 de margem de seguranccedila
para despesas natildeo previstas
43
TABELA 5 - CAPITAL DE GIRO
Item Valor (R$)
Estoque Inicial 5144000
Custo Fixo Mensal 3194783
Reserva (10) 833878
Total do Capital de Giro Inicial 9172662
FONTE ELABORDO PELO AUTOR
44 FLUXO DE CAIXA
ldquoFluxo de Caixa eacute um Instrumento de gestatildeo financeira que projeta para
periacuteodos futuros todas as entradas e as saiacutedas de recursos financeiros da empresa
indicando como seraacute o saldo de caixa para o periacuteodo projetadordquo (SEBRAE)
Na tabela 6 eacute apresentada a projeccedilatildeo do Fluxo de Caixa da empresa para os
seus primeiros cinco anos onde fica evidenciado que do primeiro ateacute o quinto ano a
sauacutede financeira da empresa melhora gradativamente sendo que no final do quinto
ano o saldo em caixa ultrapassa os 300 se comparado com o saldo em caixa no
final do primeiro ano
Pode-se observar que natildeo foi inserida no fluxo de caixa a opccedilatildeo de
inadimplecircncia pois todos os pagamentos seratildeo efetuados agrave vista em dinheiro ou
cartatildeo sendo que o pagamento total dos produtos deve ser efetuado no miacutenimo 10
dias antes da data do evento
44
TABELA 6 - PROJECcedilAtildeO DE FLUXO DE CAIXA NOS PRIMEIROS CINCO ANOS
Descriccedilatildeo Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5
Investimento Inicial (5162851)
Capital de Giro (9172662) 9172662
Valor Residual 1548855
Total de entradas 000 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873
Previsatildeo Receitas de vendas 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873
Total de Saiacutedas (14335513) (44888699) (54283425) (59479393) (64738409) (70291804)
(-)Fornecedores (25720000) (33641760) (36669518) (39969775) (43567055)
(-)Folha de pagamento (3267192) (3593911) (3953302) (4348633) (4783496)
(-)Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)
(963216) (1011377) (1061946) (1115043) (1170795)
(-)Retiradas soacutecios (2400000) (2640000) (3432000) (3946800) (4341480)
(-)Impostos s vendas (4654291) (5073177) (5573767) (6075406) (6622192)
(-)Alugueacuteis (1920000) (2016000) (2116800) (2222640) (2333772)
(-)Energia eleacutetrica (840000) (882000) (926100) (972405) (1021025)
(-)Aacutegua (300000) (315000) (330750) (347288) (364652)
(-)Telefone (384000) (403200) (423360) (444528) (466754)
(-)Gaacutes (588000) (617400) (648270) (680684) (714718)
(-)Serviccedilos contabilidade (960000) (1008000) (1058400) (1111320) (1166886)
(-)Manutenccedilatildeo (600000) (630000) (661500) (694575) (729304)
(-)Outras despesas com funcionaacuterios
(1296000) (1405800) (1525590) (1656320) (1799030)
(-)Taxas bancaacuterias (96000) (100800) (105840) (111132) (116689)
(-)Outros pagamentos (900000) (945000) (992250) (1041863) (1093956)
Entradas - Saiacutedas (14335513) 12981301 21410535 23027023 25193585 27734070
Depreciaccedilatildeo 000 (631377) (631377) (631377) (631377) (631377)
Saldo Final (14335513) 12349924 20779158 22395647 24562208 37824209
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
A depreciaccedilatildeo foi calculada considerando o prazo de vida uacutetil meacutedio de 10
anos das maacutequinas equipamentos instalaccedilotildees moacuteveis e utensiacutelios e para os
computadores e perifeacutericos foi considerado o prazo de vida uacutetil de 5 anos conforme
demonstrado na tabela 7
TABELA 7 - DEPRECIACcedilAtildeO
Item Valor Inicial Taxa Anual Depreciaccedilatildeo Anual (R$)
Maacutequinas e equipamentos 3084878 10 308488
Instalaccedilotildees 103000 10 10300
Moacuteveis e Utensiacutelios 824057 10 82406
Computadores e Perifeacutericos 446204 20 89241
Outros 704712 20 140942
Total 631377
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
45
O valor residual dos equipamentos e instalaccedilotildees da empresa no final do quinto
ano foi considerado em 30 referente ao valor de aquisiccedilatildeo dos mesmos no iniacutecio do
projeto
45 ANAacuteLISE DOS INDICADORES (VPL TIR E PAYBACK)
451 Valor Presente Liacutequido (VPL)
A tabela 8 mostra que o VPL (Valor Presente Liacutequido) eacute positivo isso significa
que aleacutem de recuperar o investimento inicial ainda vai ser agregado ao valor da
empresa um montante de R$ R$50392407 (quinhentos e trecircs mil novecentos e vinte
quatro reais e sete centavos)
A taxa de retorno requerida de 20 foi determinada levando em conta o niacutevel
de risco do projeto e visando o valor desejado para se obter em cima do valor
investido
TABELA 8 - CALCULO DO VALOR PRESENTE LIacuteQUIDO (VPL)
Anos FC k 2000
0 -$143355 VPL $50392407
1 $123499 VPL $50392407
2 $207792 VPL $50392407
3 $223956 VPL $21761126
4 $245622 VPL $21761126
5 $378242 Decisatildeo Aceitar o Projeto
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
452 Taxa Interna de Retorno (TIR)
Conforme a tabela 9 eacute possiacutevel verificar que a TIR (Taxa Interna de Retorno)
eacute de 11593 maior que a taxa requerida de 20 isso significa que custo inicial seraacute
46
recuperado e o projeto vai criar valor para empresa mais um resultado favoraacutevel para
a aceitaccedilatildeo do projeto
TABELA 9 - TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR)
Anos FC
0 -$143355 TIR 11593
1 $123499 TIR 2168
2 $207792 TIR 2168
3 $223956 Decisatildeo
4 $245622 k 2000
5 $378242 Aceitar o projeto
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
453 Payback
O tempo de recuperaccedilatildeo do custo inicial ocorre normalmente entre o quarto e
o quinto ano se for feita a anaacutelise da tabela 10 eacute possiacutevel verificar que o tempo
necessaacuterio para o retorno do investimento (payback) do projeto eacute de 128 anos este
indicador mostra claramente que o projeto deve ser aceito pois o tempo de retorno
estaacute bem abaixo do tempo meacutedio dos empreendimentos como um todo
TABELA 10 - PAYBACK
k 20
Anos FC SPresente
0 -$143355 -$143355 PBD-SP = 128
1 $123499 -$40439 128
2 $207792 $103861
3 $223956 $233465
4 $245622 $351917
5 $378242 $503924
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
47
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Para iniciar um negoacutecio requer muito mais do que apenas o espiacuterito
empreendedor eacute necessaacuterio ter lideranccedila conhecimento sobre o mercado que deseja
atuar organizaccedilatildeo e principalmente planejamento
O principal objetivo desse estudo foi analisar a viabilidade econocircmico-
financeira da abertura de uma empresa de bolos e doces finos no Bairro Alto em
Curitiba
O objetivo apresentado nesta pesquisa foi atingido pois todos os indicadores
analisados mostram com clareza que empresa obteacutem resultados positivos que criam
valor para a mesma e com isso o projeto eacute viaacutevel economicamente pois do primeiro
ao quinto ano fica visiacutevel o crescimento do empreendimento e a melhora significativa
da sua sauacutede financeira isso fica evidenciado no saldo final em caixa no quinto ano
que chega proacuteximo haacute 400 mil reais Apesar disso eacute crucial o acompanhamento do
mercado para seguir as tendecircncias e se atualizar constantemente para tomar
decisotildees mais assertivas
Um negoacutecio mal avaliado pode arruinar a estabilidade econocircmica do
investidor por isso eacute de extrema importacircncia fazer todos os levantamentos de custos
antes de se aventurar em qualquer empreendimento
Eacute possiacutevel comprovar que a pesquisa realizada contribui positivamente para
abertura da empresa No entanto as informaccedilotildees aqui presentes natildeo satildeo estaacuteticas e
devem ser revisadas periodicamente e se preciso ateacute mesmo ampliadas no decorrer
da implantaccedilatildeo do projeto para que o mesmo seja uma ferramenta eficiente e eficaz
no desenvolvimento da empresa como um todo
48
REFEREcircNCIAS
BRITO Paulo Anaacutelise e viabilidade de projetos de investimento Satildeo Paulo Atlas 2003 DOLABELA Fernando O segredo de Luiacutesa 30 ed Satildeo Paulo Editora de Cultura 2006 DORNELAS Joseacute Carlos Assis Empreendedorismo transformando ideias em negoacutecios 4 ed Rio de Janeiro Campus Elsevier 2012 CENSO Demograacutefico 2010 Resultados gerais da amostra Curitiba IBGE 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=410690ampidtema=87ampsearch=parana|curitiba|censo-demografico-2010-resultados-gerais-da-amostra-gt Acesso em 21 de Junho de 2015 CHIAVENATO Idalberto Empreendedorismo dando asas ao espiacuterito empreendedor empreendedorismo e a viabilidade de novas empresas um guia eficiente para iniciar e tocar seu proacuteprio negoacutecio 2 ed Satildeo Paulo Saraiva 2007 ESTATIacuteSTICAS do registro civil 2012 Curitiba IBGE 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaoregistrocivil2012default_xlsshtmgt Acesso em 21 de Junho de 2015 GIL Antonio Carlos Meacutetodos e teacutecnicas de pesquisa social 6 ed Satildeo Paulo Atlas 2008 KOTLER Philip KELLER Kevin Lane Administraccedilatildeo de Marketing 12 ed Satildeo Paulo ABDR 2006 LAPPONI Juan Carlos Projetos de Investimento na Empresa Rio de Janeiro Elsevier 2007 MACHADO Jesseacute Anderson Pinto Projetos Econocircmicos uma abordagem praacutetica de elaboraccedilatildeo Satildeo Paulo Nobel 2002 MICHEL Maria Helena Metodologia e pesquisa cientiacutefica em ciecircncias sociais 2 ed Satildeo Paulo Atlas 2009 OLIVEIRA Djalma de Pinho Rebouccedilas de Planejamento estrateacutegico conceitos metodologia e praacuteticas 20 ed Satildeo Paulo Atlas 2004 PRODANOV Cleber Cristiano ERNANI Cesar de Freitas Metodologia do trabalho cientiacutefico meacutetodo e teacutecnicas da pesquisa e do trabalho acadecircmico 2 ed Novo Hamburgo Freevale 2013
49
REBELATTO Dayse Projeto de Investimento 1 ed Barueri Manole 2004 SEBRAE Pesquisa de Mercado o que eacute e para que serve Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrsitesPortalSebraeartigosPesquisa-de-mercado-o-que-C3A9-e-para-que-servegt Acesso em 21 de Junho de 2015 SEBRAE Fluxo de caixa Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrSebraePortal20SebraeAnexos0_fluxo-de-caixapdfgt Acesso em 10 de Outubro de 2015 WILDAUER Egon Walter Plano de negoacutecios elementos construtivos e processos de elaboraccedilatildeo 2 ed Curitiba Ibpex 2011 WOILER Samsatildeo MATHIAS Washington Franco Projetos planejamento elaboraccedilatildeo anaacutelise 1 ed Satildeo Paulo Atlas 1994
50
APEcircNDICES
APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL 51
APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS 52
APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL 52
51
APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL
Item Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5
Aacutegua 25000 26250 27563 28941 30388
Aluguel 160000 168000 176400 185220 194481
Assessoria Contaacutebil 80000 84000 88200 92610 97241
Gaacutes 49000 51450 54023 56724 59560
Impostos 387858 422765 464481 506284 551849
Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)
80268 84281 88495 92920 97566
Energia eleacutetrica 70000 73500 77175 81034 85085
Manutenccedilatildeo 50000 52500 55125 57881 60775
Material de escritoacuterio 20000 21000 22050 23153 24310
Material de Limpeza 40000 42000 44100 46305 48620
Folha de pagamento 272266 299493 329442 362386 398625
Seguros 15000 15750 16538 17364 18233
Telefone fixointernet 20000 21000 22050 23153 24310
Telefone Moacutevel 12000 12600 13230 13892 14586
Vale Refeiccedilatildeo 75000 82500 90750 99825 109808
Vale Transporte 33000 34650 36383 38202 40112
Proacute- labore 200000 220000 286000 328900 361790
Taxas Bancaacuterias 8000 8400 8820 9261 9724
Total R$ 1597392 R$ 1720139 R$ 1900823 R$ 2064053 R$ 2227062
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
52
APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS
Item
Produccedilatildeo mensal meacutedia
Custo unitaacuterio total
Sugestatildeo Preccedilo de venda
Custo Mensal Total
Receita de vendas
Bolos artiacutesticos (recheios diversos) 150 6000 13500 900000 2025000
Bolos de copa (recheios diversos) 30 3600 8100 108000 243000
Naked cake (recheios diversos) 60 4200 9450 252000 567000
Doces Tradicionais 32 3500 7875 112000 252000
Doces Espelhados 32 5000 11250 160000 360000
Doces Finos 32 7500 16875 240000 540000
Brigadeiros gourmet 16 4500 10125 72000 162000
Tacinhas acriacutelicas 16 5500 12375 88000 198000
Trufas 32 5000 11250 160000 360000
Bombons 32 5000 11250 160000 360000
Bem casados 3200 100 225 320000 720000
Custo produccedilatildeo Total 2572000
Receita Total 5787000
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL
Ano Receita Bruta Variaccedilatildeo anual
Ano 1 000
Ano 2 69444000 9
Ano 3 75693960 9
Ano 4 82506416 9
Ano 5 89931994 9
Valor considerando a inflaccedilatildeo de 9 aa
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
4
RESUMO
O objetivo do presente trabalho eacute analisar a viabilidade econocircmico-financeira da abertura de uma empresa de bolos e doces finos no Bairro Alto em Curitiba Para o sucesso real de um novo negoacutecio eacute fundamental a elaboraccedilatildeo de um plano de negoacutecios e uma anaacutelise de viabilidade econocircmico-financeira bem estruturados e robustos pois ambos satildeo alicerces imprescindiacuteveis para dar iniacutecio em um novo empreendimento para isso foi elaborada uma anaacutelise de mercado na qual foi possiacutevel definir o mercado consumidor quais os produtos que seratildeo vendidos os concorrentes reais e potecircnciais e tambeacutem foi efetuado um levantamento do tamanho do negoacutecio onde foi definida a capacidade produtiva investimento inicial localizaccedilatildeo do empreendimento e o fluxo de caixa Foram elaborados demonstrativos de resultados financeiros para averiguar se o projeto eacute viaacutevel ou natildeo economicamente os indicadores utilizados para analisar a viabilidade ou natildeo do empreendimento foi a Valor Presente Liacutequido Taxa Interna de Retorno e payback
Palavras- Chave Plano de negoacutecios viabilidade econocircmico-financeira bolos e doces finos
5
ABSTRACT
The objective of this study is to analyze the economic feasibility of opening an cakes and gourmet company Bairro Alto in Curitiba For the real success of a new business is essential to create a business plan and an analysis of economic and financial viability well-structured and robust as both are essential foundations to start on a new venture for it was drawn up an analysis of market in which it was possible to define the consumer market which products will be sold the actual and potential competitors and has also made a business the size of the survey which was defined production capacity initial investment the project location and the cash flow Were prepared financial income statements to determine whether the project is economically viable or not the indicators used to analyze the feasibility or otherwise of the project was the Net Present Value Internal Rate of Return and payback
Key-words Business Plan economic and financial feasibility cakes and fine pastries
6
LISTA DE ILUSTRACcedilOtildeES
FOTO 1 - BOLO ARTIacuteSTICO 31
FOTO 2 - BOLO DE COPA 32
FOTO 3 - BOLO DE COPA 32
FOTO 4 - NAKED CAKE 32
FOTO 5 - DOCES TRADICIONAIS 33
FOTO 6 - DOCES ESPELHADOS 33
FOTO 7 - DOCES FINOS 33
FOTO 8 - BRIGADEIROS GOURMET 34
FOTO 9 - TACINHAS ACRIacuteLICAS 34
FOTO 10 - TRUFAS 34
FOTO 11 - BOMBONS 35
FOTO 12 - BEM CASADOS 35
FOTO 13 - BEM CASADOS 35
FOTO 14 - FOTO DO IMOacuteVEL ONDE SERAacute INSTALADA A EMPRESA 42
7
LISTA DE TABELAS
TABELA 1 - RESULTADOS DA AMOSTRA - RENDIMENTO POR PESSOA EM
CURITIBA 30
TABELA 2 - CASAMENTOS POR MEcircS DE REGISTRO SEGUNDO O LUGAR DO
REGISTRO ndash 2012 31
TABELA 3 - CONCORRENTES QUE FORNECEM BOLOS E DOCES POR BAIRRO
39
TABELA 4 - INVESTIMENTO INICIAL 41
TABELA 5 - CAPITAL DE GIRO 43
TABELA 6 - PROJECcedilAtildeO DE FLUXO DE CAIXA NOS PRIMEIROS CINCO ANOS 44
TABELA 7 - DEPRECIACcedilAtildeO 44
TABELA 8 - CALCULO DO VALOR PRESENTE LIacuteQUIDO (VPL) 45
TABELA 9 - TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR) 46
TABELA 10 - PAYBACK 46
8
LISTA DE ABREVIATURAS EOU SILGAS
IBGE ndash Instituro Brasileiro de Geograacutefia e Estatiacutestica
PIB ndash Produto Interno Bruto
SEBRAE ndash Serviccedilo Brasileiro de Apoio agraves Micro e Pequenas Empresas
TIR ndash Taxa Interna de Retorno
TMA ndash Taxa Miacutenima de Atratividade
TMT ndash Taxa Miacutenima de Toleracircncia
VAL ndash Valor Atual liacutequido
VPL ndash Valor presente liacutequido
9
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO 11
11 PROBLEMA 12
12 OBJETIVO GERAL 12
13 OBJETIVOS ESPECIacuteFICOS 12
2 REFERENCIAL TEOacuteRICO 13
21 EMPREENDEDORISMO 13
211 Caracteriacutesticas e perfil do empreendedor 15
22 PLANO DE NEGOacuteCIOS 16
221 Estrutura do plano de negoacutecios 18
2211 Capa 18
2212 Sumaacuterio 19
2213 Sumaacuterio executivo 19
2214 Anaacutelise estrateacutegica 19
2215 Descriccedilatildeo da empresa 20
2216 Produtos e serviccedilos 20
2217 Plano operacional 20
2218 Plano de recursos humanos 21
2219 Anaacutelise de mercado 21
22110 Estrateacutegia de marketing 21
22111 Plano financeiro 22
22112 Anexos 22
23 VIABILIDADE ECONOcircMICO-FINANCEIRA 22
231 Fluxo de caixa 23
232 Valor Presente Liacutequido (VPL) 24
233 Taxa Interna de Retorno (TIR) 25
234 Periacuteodo de retorno de investimento (Payback) 26
3 METODOLOGIA 27
4 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES 29
41 ANAacuteLISE DE MERCADO 29
411 Mercado consumidor 29
10
412 Produtos que seratildeo vendidos 31
413 Preccedilo de venda 36
414 Previsatildeo de vendas 36
415 Definiccedilatildeo de local de venda dos produtos 37
416 Definiccedilatildeo da demanda e da oferta 37
417 Concorrentes 38
418 Forma de divulgaccedilatildeo dos concorrentes 39
42 TAMANHO DO NEGOacuteCIO 40
421 Capacidade produtiva 40
422 Investimento 40
423 Localizaccedilatildeo 41
424 Entregas 42
43 CAPITAL DE GIRO 42
44 FLUXO DE CAIXA 43
45 ANAacuteLISE DOS INDICADORES (VPL TIR E PAYBACK) 45
451 Valor Presente Liacutequido (VPL) 45
452 Taxa Interna de Retorno (TIR) 45
453 Payback 46
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 47
REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS 48
APEcircNDICES 50
11
1 INTRODUCcedilAtildeO
Quando surge uma ideia e eacute possiacutevel identificar nela uma oportunidade eacute o
iniacutecio para a criaccedilatildeo de um negoacutecio
Qualquer empreendimento para ter ecircxito seja ele industrial comercial ou de
serviccedilos depende de inuacutemeras decisotildees que o empreendedor precisa tomar antes de
iniciaacute-lo Uma das decisotildees fundamentais eacute analisar o empreendimento
economicamente para verificar se o projeto vai ser viaacutevel e lucrativo ou natildeo poreacutem
antes das decisotildees surgem agraves duacutevidas e incertezas como qual o ponto de partida
Qual deve ser o capital investido inicialmente Quais produtos seratildeo fabricados
Onde seratildeo vendidos
Para abertura de uma empresa de bolos e doces finos em Curitiba os
questionamentos satildeo os mesmos e para conseguir as respostas para todos esses
questionamentos que andam lado a lado com todos os empreendedores quando
surge a ideia de um novo negoacutecio eacute essencial a construccedilatildeo de um plano de negoacutecios
e principalmente efetuar uma anaacutelise de viabilidade econocircmico-financeira bem
estruturada que traga informaccedilotildees fundamentais para tomar decisotildees mais assertivas
No decorrer desta pesquisa foi possiacutevel responder haacute cada um destes
questionamentos por meio da anaacutelise de mercado definiccedilatildeo do tamanho do negoacutecio
fluxo de caixa e a anaacutelise dos indicadores que estatildeo dispostos no capiacutetulo 4 deste
estudo
Dornelas (2012 p 93) afirma que ldquoum negoacutecio bem planejado teraacute mais
chances de sucesso do que aquele sem planejamento na mesma igualdade de
condiccedilotildeesrdquo
Diante deste contexto a proposta deste projeto eacute analisar a viabilidade
econocircmico-financeira da abertura de uma empresa de bolos e doces finos localizada
no Bairro Alto em Curitiba
12
11 PROBLEMA
Qual a viabilidade econocircmico-financeira da abertura de uma empresa de
bolos e doces finos em Curitiba
12 OBJETIVO GERAL
Investigar qual a viabilidade da implantaccedilatildeo de uma empresa de bolos e
doces finos em Curitiba
13 OBJETIVOS ESPECIacuteFICOS
Elaborar uma anaacutelise do mercado de bolos e doces finos em Curitiba
Definir quais os produtos seratildeo vendidos
Definir a capacidade produtiva
Analisar a viabilidade econocircmico-financeira do negoacutecio
13
2 REFERENCIAL TEOacuteRICO
21 EMPREENDEDORISMO
Um projeto empreendedor se torna possiacutevel apenas se o dono da ideia estiver
disposto a assumir todas as responsabilidades e exigecircncias de abrir um negoacutecio que
sem duacutevida passaraacute a ser seu projeto de vida
Para Dolabela (2006 sn)
Se considerarmos que as empresas quase sempre comeccedilam pequenas isso chega a ser um paradoxo Principalmente porque no mundo de hoje as pequenas empresas constituem a principal fonte de empregos e satildeo responsaacuteveis em muitos paiacuteses por mais de 50 do produto interno bruto (PIB) e pelo maior volume de exportaccedilotildees aleacutem de serem as maiores geradoras de inovaccedilotildees tecnoloacutegicas desde a Segunda Guerra Mundial
Eacute possiacutevel definir empreendedorismo comordquo a capacidade que uma pessoa
possui de formular uma ideia sobre determinado produto ou serviccedilo em um mercado
seja essa ideia nova ou natildeordquo (WILDAUER 2011 p25)
Cabe acrescentar que o empreendedorismo natildeo se refere apenas a pequenos
negoacutecios e empreendimentos novos ldquoNatildeo aborda apenas a criaccedilatildeo de novos
produtos ou serviccedilos mas sim inovaccedilotildees em todos os acircmbitos do negoacuteciordquo
(CHIAVENATO 2007 p261)
Segundo Dolabela (2006 sn) se analisarmos a natureza do
empreendedorismo eacute possiacutevel observar que
A Todas as pessoas nascem empreendedoras Os humanos satildeo
empreendedores
B Empreendedorismo natildeo eacute um assunto atual existe desde a primeira
accedilatildeo inovadora com a finalidade de aperfeiccediloar as relaccedilotildees entre os homens
C Natildeo eacute apenas um fato econocircmico mas tambeacutem social
D O empreendedor estaacute em qualquer lugar natildeo apenas nas pessoas que
abrem seu proacuteprio negoacutecio
E O empreendedorismo eacute uma demonstraccedilatildeo da liberdade humana
14
F Natildeo eacute um acontecimento pessoal e nem uma habilidade que poucas
pessoas possuem eacute algo puacuteblico
G Natildeo existe a possibilidade de fazer transferecircncia de conhecimentos
empreendedores ndash ldquoao contraacuterio do que acontece por exemplo em uma aula
de geografia porque o empreendedorismo natildeo eacute um conteuacutedo cognitivo
convencionalrdquo Nesse entendimento natildeo existe a possibilidade de ensinar
mas eacute possiacutevel aprender a ser empreendedor por meio de um sistema de
ensino bem diferente do tradicional
H Eacute um assunto global e natildeo caracteriacutestico ou complementar E deve ser
apresentado na educaccedilatildeo baacutesica
I O princiacutepio do empreendedorismo e a cidadania O que por sua vez ldquoVisa
agrave construccedilatildeo do bem-estar coletivo do espiacuterito comunitaacuterio da cooperaccedilatildeo
Antes de ser aluno o estudante deve ser considerado um cidadatildeordquo
J Natildeo existe a possibilidade de definir se uma pessoa vai ter sucesso
como empreendedor
Vale enfatizar que o empreendedorismo eacute a envoltura de pessoas e
processos que juntas transformam ideias em oportunidades E a correta efetivaccedilatildeo
destas oportunidades ocasiona a criaccedilatildeo de um negoacutecio bem sucedido (DORNELAS
2012 p 28)
Chiavenato (2007 p 22) e Dornelas (2012 p29) defendem a ideia de que
1 O empreendedorismo abrange todo o processo para criar algo novo que
possua valor e seja valorizado pelo mercado
2 Que o empreendedorismo requer doaccedilatildeo disponibilidade de tempo e
vigor para tornar o novo empreendimento em um negoacutecio de sucesso
3 O empreendedorismo demanda coragem aceitaccedilatildeo de riscos
calculados e decisotildees analiacuteticas e ter flexibilidade com os obstaacuteculos falhas
e fracassos
Eacute possiacutevel concluir que o empreendedorismo eacute um fato cultural isto eacute
consequecircncia de haacutebitos accedilotildees e valores pessoais ldquoExistem famiacutelias (assim como
cidades regiotildees e paiacuteses) mais empreendedoras do que outrasrdquo A pessoa
desenvolve o empreendedorismo no conviacutevio com outros empreendedores num local
onde a possibilidade de ter o proacuteprio negoacutecio eacute visto como algo muito bom
(DOLABELA 2006 sn)
15
Diante disso natildeo eacute possiacutevel falar de empreendedorismo sem mencionar os
empreendedores pois satildeo as atitudes de pessoas que inovam assumem todos os
riscos que proporcionam o crescimento e desenvolvimento da sociedade como um
todo
211 Caracteriacutesticas e perfil do empreendedor
Ser empreendedor eacute acima de tudo ter a capacidade e a necessidade de
realizar coisas novas
O empreendedor ldquoeacute um ser social produto do meio em que vive (eacutepoca e
lugar)rdquo E se a pessoa convive em um meio onde ser empreendedor eacute considerado
algo bom teraacute motivos para abrir seu proacuteprio negoacutecio (DOLABELA 2006 sn)
O empreendedor parte da percepccedilatildeo subjetiva para percepccedilatildeo praacutetica na
qual mostram elementos que podem ser debatidos Esses elementos satildeo os mais
variaacuteveis possiacuteveis que foram originados de perguntas contestaccedilotildees e respostas
localizadas pelo empreendedor ldquoo qual natildeo precisa ser algueacutem com uma formaccedilatildeo
superior com diploma de faculdade ou algueacutem que conte com cursos teacutecnicos ou
praacuteticosrdquo (mesmo esses sendo atributos que auxilie na agilidade de formular
questionamentos e encontrar as soluccedilotildees para os mesmos) (WILDAUER 2011 p
25)
Para Dornelas (2012 p 29) empreendedor eacute a pessoa que percebe uma
oportunidade e arquiteta um negoacutecio para captar recursos calculando todos os riscos
que vai correr Em todas as definiccedilotildees de empreendedorismo nos deparamos com no
miacutenimo as seguintes particularidades em relaccedilatildeo ao empreendedor
1 Possui a atitude de criar um novo negoacutecio e amar aquilo que faz
2 Usa o capital que possui de maneira produtiva mudando o local social e
econocircmico onde estaacute inserido
3 Assume os riscos calculados e a chance do negoacutecio natildeo dar certo
Nessa mesma perspectiva Chiavenato (2007 p7) afirma que o empreendedor
eacute a pessoa que tem a capacidade de fazer as coisas acontecerem eacute favorecido pela
sua percepccedilatildeo para os negoacutecios prudecircncia na aacuterea financeira e a habilidade de
16
perceber as oportunidades Com esse conjunto de competecircncias tem a capacidade
de transformar ideias em negoacutecios O empreendedor possui uma boa imaginaccedilatildeo e eacute
persistente qualidades que combinadas de maneira correta o capacitam para
converter ideias simples em projetos objetivos e bem sucedidos
Para Wildauer (2011 p 26)
Podemos entatildeo enumerar muitas caracteriacutesticas do empreendedor sendo as principais a atitude de saber ouvir de estar atento de saber interpretar e analisar as informaccedilotildees do mercador de ter condiccedilotildees de elaborar um planejamento de suas accedilotildees futuras de traccedilar objetivos e todo um roteiro teoacuterico-praacutetico para poder atingi-lo Sem essas premissas baacutesicas o empreendedor natildeo teraacute sucesso na formulaccedilatildeo do plano de negoacutecios muito menos na sustentaccedilatildeo de seu negoacutecio
Chiavenato (2007 p 4) acredita que ldquoos empreendedores satildeo heroacuteis
populares do mundo dos negoacuteciosrdquo Que geram empregos propagam inovaccedilotildees e
estimulam o crescimento da economia Satildeo muito mais do que somente fornecedores
de produtos e serviccedilos satildeo pessoas que assumem os riscos das oscilaccedilotildees
econocircmicas
Cabe acrescentar que o empreendedor revolucionaacuterio eacute aquele que inventa
novos mercados isto eacute a pessoa cria algo exclusivo como foi o caso do Bill Gattes
fundador da Microsoft que transformou o mundo com o sistema operacional Windows
Contudo grande parte dos empreendedores cria negoacutecios em mercados jaacute existentes
e mesmo assim criam negoacutecios de sucesso (DORNELAS 2012 p30)
Wildauer (2011 p26) conclui que ldquoo empreendedor necessita de uma estrutura
de pensamento sistecircmico e visionaacuterio com base no qual estabeleceraacute metas e
desenharaacute trajetoacuterias para alcanccedilaacute-lasrdquo
22 PLANO DE NEGOacuteCIOS
Para iniciar um empreendimento eacute fundamental fazer um plano de negoacutecios
com ele eacute possiacutevel verificar a viabilidade ou natildeo do empreendimento e definir onde
estamos para onde vamos e mostrar com mais clareza as oportunidades de negoacutecio
17
Do ponto de vista de Dornelas (2012 p 93) ldquoum negoacutecio bem planejado teraacute
mais chances de sucesso do que aquele sem planejamento na mesma igualdade de
condiccedilotildeesrdquo
Nessa mesma perspectiva Dolabela (2006 sn) afirma que vaacuterios
empreendedores bem sucedidos abriram seus empreendimentos sem compreender
pontualmente o que eacute um plano de negoacutecios Poreacutem muitos outros natildeo tiveram o
mesmo fim e o que conseguiram foram negoacutecios fracassados por conta de falhas que
poderiam ter sido evitadas Uma grande quantidade de negoacutecios que possuem um
alto potencial acabam se tornando impraticaacuteveis por conta da incapacidade dos
empreendedores Ainda assim muitas pessoas abrem e vatildeo continuar abrindo
negoacutecios capacitadas ou natildeo para isso
Wildauer (2011 p 39) define plano de negoacutecios como ldquoum documento em
forma de texto no qual eacute apresentada uma proposta de negoacutecio para um mercadordquo
Esse documento deve mostrar com clareza o ponto de vista do empreendedor sobre
o sucesso do seu produto ou serviccedilo no mercado atual
Chiavenato (2007 p132) acredita que
O plano de negoacutecio mdash business planmdash descreve a ideia de um novo empreendimento e projeta os aspectos mercadoloacutegicos operacionais e financeiros dos negoacutecios propostos geralmente para os proacuteximos trecircs ou cinco anos Seu preparo permite a anaacutelise da proposta e ajuda o futuro empreendedor a evitar uma trajetoacuteria decadente que o levaraacute do entusiasmo agrave desilusatildeo e ao fracasso
Eacute possiacutevel sintetizar o plano de negoacutecios como um documento em que o
empreendedor mostra de maneira formal e concreta o negoacutecio que quer idealizar e
expor para seus parceiros soacutecios e investidores apresentando a visatildeo a missatildeo e os
seus propoacutesitos assim como o ldquoplano operacional o plano de marketing o plano de
financeiro e o plano juriacutedicordquo desta forma facilitando a assimilaccedilatildeo e aceitaccedilatildeo do
negoacutecio pelas pessoas interessadas (WILDAUER 2011 p39)
Conforme mencionado por Chiavenato (2007 p 134) o plano de negoacutecios
mobiliza o novo empreendimento na sua totalidade Ele demonstra o levantamento
cansativo dos elementos que fazem parte do negoacutecio ldquosejam internos mdash o que deveraacute
ser produzido como onde quanto mdash sejam externos mdash para quem produzir qual eacute
o mercado quais satildeo os concorrentes etcrdquo
18
Com isso Wildauer (2011 p 45) conclui que ldquoo plano de negoacutecios eacute como um
guia uacutetil para a obtenccedilatildeo de conhecimentos para a concepccedilatildeo de um
empreendimentordquo
221 Estrutura do plano de negoacutecios
O plano de negoacutecios mobiliza todas as informaccedilotildees necessaacuterias para abrir um
negoacutecio por meio dele eacute possiacutevel detectar onde estou e para onde desejo ir dentro do
mercado
Conforme identificado por Dornelas (2012 p 101) ldquonatildeo existe uma estrutura
riacutegida e especiacutefica para se escrever um plano de negoacuteciosrdquo dado que cada negoacutecio
possui suas singularidades e equivalecircncias sendo improvaacutevel delimitar um modelo-
padratildeo de plano de negoacutecios que seja absoluto e adequado para todos os negoacutecios
Todos os planos de negoacutecios devem conter um miacutenimo de seccedilotildees que vatildeo possibilitar
uma compreensatildeo do negoacutecio como um todo Tais seccedilotildees satildeo alinhadas de maneira
que mantenham uma sequecircncia loacutegica que possibilite qualquer pessoa ler o plano e
compreender como a empresa eacute estruturada seus objetivos seus produtos seus
serviccedilos qual seu mercado seu plano financeiro e de marketing
A seguir encontra-se uma breve descriccedilatildeo de cada uma das seccedilotildees do Plano
de Negoacutecios
2211 Capa
Eacute um dos componentes fundamentais do plano de negoacutecios pois eacute a primeira
parte que eacute vista pela pessoa que vai ler deve ser desenvolvida de forma clara e com
os dados adequados (DORNELAS 2012 p 101)
19
2212 Sumaacuterio
O sumaacuterio deve incluir ldquoo tiacutetulo de cada seccedilatildeo do plano de negoacutecios e a paacutegina
respectiva onde se encontra bem como os principais assuntos relacionados em cada
seccedilatildeordquo Isso faz com que fique mais faacutecil o leitor do plano de negoacutecios identificar com
mais agilidade o que lhe interessar (DORNELAS 2012 p 101-102)
2213 Sumaacuterio executivo
O Sumaacuterio Executivo eacute a parte mais importante do plano de negoacutecios ele iraacute
definir se o leitor vai prosseguir ou natildeo com a leitura do plano de negoacutecios Dessa
forma deve ser redigido com bastante concentraccedilatildeo e revisado inuacutemeras vezes e
tambeacutem englobar as informaccedilotildees mais relevantes do plano de negoacutecios Deve ser
direcionado ao puacuteblico-alvo do plano de negoacutecios e deixar claro qual o objetivo do
mesmo em relaccedilatildeo agraves pessoas que estatildeo o lendo ldquoO Sumaacuterio Executivo deve ser a
uacuteltima seccedilatildeo a ser escrita pois depende de todas as outras seccedilotildees do plano para ser
elaboradardquo (DORNELAS 2012 p 102)
2214 Anaacutelise estrateacutegica
Nesta seccedilatildeo eacute determinada a direccedilatildeo que a empresa vai seguir ldquosua visatildeo e
missatildeo sua situaccedilatildeo atual as potencialidades e ameaccedilas externas suas forccedilas e
fraquezas seus objetivos e metas de negoacuteciordquo Essa parte eacute o alicerce para o
crescimento e o estabelecimento das outras accedilotildees redigidas no plano (DORNELAS
2012 p 102)
20
2215 Descriccedilatildeo da empresa
Eacute nessa seccedilatildeo que deve ser feita a descriccedilatildeo da empresa ldquoseu histoacuterico
crescimento faturamento dos uacuteltimos anos sua razatildeo social impostos estrutura
organizacional e legal localizaccedilatildeo parcerias serviccedilos terceirizados etcrdquo
(DORNELAS 2012 p 102)
2216 Produtos e serviccedilos
Nessa seccedilatildeo do plano de negoacutecios devem ser descritos os produtos e serviccedilos
da empresa a maneira que satildeo produzidos o capital disposto seu ciclo de vida os
elementos tecnoloacutegicos envolvidos pesquisa e desenvolvimento os seus clientes
marcas e patentes etc
Nessa seccedilatildeo pode ser incluiacuteda quando estaacute informaccedilatildeo encontra-se disponiacutevel uma visatildeo do niacutevel de satisfaccedilatildeo dos clientes com os produtos e serviccedilos da empresa Esse feedback eacute bastante importante porque costuma oferecer natildeo apenas uma visatildeo do niacutevel de qualidade percebida nos produtos e serviccedilos mas tambeacutem guiar futuros investimentos da empresa em novos desenvolvimentos e processos de produccedilatildeo (DORNELAS 2012 p 102-103)
2217 Plano operacional
Nesta seccedilatildeo devem ser expostas as accedilotildees que a empresa pretende ter na
sua estrateacutegia produtiva e no processo de produccedilatildeo apontando os resultados que
essas accedilotildees teratildeo sobre os criteacuterios de avaliaccedilatildeo dos produtos Deve incluir dados
operacionais atualizados e presumidos como ldquolead time do produto ou serviccedilo
percentual de entregas a tempo rotatividade do inventaacuterio iacutendice de refugo lead time
de desenvolvimento de produto ou serviccedilo etcrdquo (DORNELAS 2012 p 103)
21
2218 Plano de recursos humanos
Devem ser exibidas as propostas de desenvolvimento e treinamento de
pessoal da empresa Esses dados estatildeo pontualmente associados com a
competecircncia da empresa de crescer ldquoespecialmente quando esta atua em um
mercado onde a detenccedilatildeo de tecnologia eacute considerada um fator estrateacutegico de
competitividaderdquo (DORNELAS 2012 p 103)
2219 Anaacutelise de mercado
Nesta seccedilatildeo o responsaacutevel pelo plano de negoacutecios deve deixar claro que os
executivos da empresa entendem perfeitamente o mercado consumidor do seu
produto ou serviccedilo (atraveacutes de pesquisa de mercado) como estaacute segmentado
crescimento do mercado atributos do consumidor anaacutelise da concorrecircncia qual a sua
fatia de mercado e dos concorrentes etc (DORNELAS 2012 p 103)
22110 Estrateacutegia de marketing
Deve ser apresentado o objetivo da empresa para vender seu produtoserviccedilo
e consolidar seus clientes e ampliar sua demanda Deve ser informada sua estrateacutegia
de venda especificidades do produtoserviccedilo preccedilos puacuteblico-alvo canais de
distribuiccedilatildeo projeccedilatildeo das vendas (DORNELAS 2012 p 103)
22
22111 Plano financeiro
Na seccedilatildeo financeira deve mostrar em nuacutemeros todas as accedilotildees planejadas
para a empresa e suas evidecircncias por meio de projeccedilotildees futuras para um negoacutecio
bem sucedido
Deve conter demonstrativo de fluxo de caixa com horizonte de pelo menos trecircs anos balanccedilo patrimonial anaacutelise do ponto de equiliacutebrio necessidades de investimento demonstrativos de resultados anaacutelise de indicadores financeiros do negoacutecio como faturamento previsto margem prevista prazo de retorno sobre o investimento inicial (payback) taxa interna de retorno (TIR) etc (DORNELAS 2012 p 103-104)
22112 Anexos
Nesta seccedilatildeo deve incluir todos os dados considerados importantes para
melhor compreensatildeo do plano de negoacutecios O que natildeo pode ser deixado de anexar eacute
o curriculum vitae dos soacutecios da empresa (DORNELAS 2012 p 104)
23 VIABILIDADE ECONOcircMICO-FINANCEIRA
Analisar o empreendimento economicamente para verificar se o projeto eacute
viaacutevel e lucrativo ou natildeo eacute uma das decisotildees fundamentais de qualquer
empreendedor
A anaacutelise de investimento eacute um mecanismo aacutegil praacutetico e seguro que ajuda
profissionais de inuacutemeras aacutereas no processo de anaacutelise de tomada de decisotildees
financeiras (REBELATTO p 141)
Lapponi (2007 p 123) afirma que
O objetivo da decisatildeo de investimento ou do orccedilamento de capital eacute maximizar o valor da empresa A decisatildeo de alocaccedilatildeo do capital em projeto de investimento eacute fundamental para o sucesso pois os recursos da empresa
23
satildeo comprometidos por longo tempo na direccedilatildeo de seu futuro desejado e isso envolve um grande esforccedilo de tempo e de gerenciamento Cada projeto aprovado eacute um desembolso realizado pela empresa coma expectativa de obter benefiacutecios futuros quantificados pela geraccedilatildeo de um fluxo de retornos adequados em geral por um prazo maior do que um ano
A carecircncia de recursos financeiros diante das muitas necessidades faz com
que seja crucial aperfeiccediloar sua utilizaccedilatildeo A anaacutelise antecipada de investimento
possibilita que se racionalize a forma como os recursos de capital satildeo utilizados
(REBELATTO 2004 p 141)
Para analisar a viabilidade de um projeto economicamente eacute necessaacuterio reunir
uma seacuterie de informaccedilotildees e de dados que precisam ser organizados para atingir seu
objetivo final que eacute o de facilitar a tomada de decisatildeo Vale salientar que o projeto
deve ser um documento que tenha a capacidade de mostrar de uma maneira loacutegica a
visatildeo estrateacutegica do negoacutecio (MACHADO 2002 p 144)
231 Fluxo de caixa
O fluxo de caixa eacute o melhor guia para uma administraccedilatildeo financeira eficiente
de qualquer negoacutecio
O fluxo de caixa eacute a reproduccedilatildeo graacutefica de uma movimentaccedilatildeo financeira ldquoAs
movimentaccedilotildees monetaacuterias satildeo identificadas temporalmente por meio de um conjunto
de entradas e saiacutedas de caixa definido como diagrama de fluxo de caixardquo Essa
representaccedilatildeo proporciona a visualizaccedilatildeo em diferentes momentos com o que estaacute
ocorrendo com o capital (REBELATTO 2004 p 150)
ldquoA identificaccedilatildeo e a quantificaccedilatildeo das estimativas relevantes do projeto satildeo o
iniacutecio da construccedilatildeo do fluxo de caixa do projeto para empresa em funcionamentordquo
(LAPPONI 2007 p 347)
O fluxo de caixa eacute um composto de entradas e saiacutedas de valores monetaacuterios
(dinheiro) no decorrer de um determinado periacuteodo Bem como evidenciar uma opccedilatildeo
possiacutevel de transaccedilotildees financeiras ou seja pagamentos agrave vista pagamentos a prazo
tiacutetulos originais etc (REBELATTO 2004 p 151)
24
232 Valor Presente Liacutequido (VPL)
ldquoO Valor presente liacutequido (VPL) ou valor atual liacutequido (VAL) eacute o valor atual das
entradas de caixa (retornos de capital esperados) incluindo o valor residual (se
houver) menos o valor atual das saiacutedas de caixardquo (REBELATTO 2004 p 214)
A foacutermula para chegar ao VPL eacute (LAPPONI 2007 p 125)
119881119875119871 = minus119868 +119865119862
(1 + 119870)119899
Onde
I= custo inicial ou desembolso inicial
FC= fluxo de caixa
K= taxa requerida
n= prazo de anaacutelise
Rebelatto (2004 p214) afirma que os paracircmetros para que o projeto seja
aceito se refere ao valor presente liacutequido (VPL)
VPLgt0 o projeto eacute aceito
VPLlt0 o projeto eacute rejeitado
VPL=0 o projeto pode ser aceito ou natildeo pois natildeo cria e nem destroacutei
valor para empresa
Para Lapponi (2007 p 134-135) as principais vantagens do VPL satildeo
Considera o fluxo de caixa do projeto na sua totalidade
Considera o valor monetaacuterio (dinheiro) no tempo
Tem a capacidade de medir o valor criado ou destruiacutedo pelo projeto
Pode ser utilizado na avaliaccedilatildeo do projeto independentemente do tipo de
fluxo de caixa utilizado
Seleciona o projeto mais viaacutevel economicamente
25
233 Taxa Interna de Retorno (TIR)
ldquoTaxa Interna de Retorno (TIR) eacute a taxa de desconto que torna o valor atual
liacutequido (VAL) do investimento igual a zero Tambeacutem eacute chamada de taxa interna efetiva
de rentabilidaderdquo (REBELATTO 2004 p 217)
No projeto do tipo simples com o aumento da taxa requerida o VPL do projeto tende ao valor do custo inicial pois o VPL eacute uma funccedilatildeo decrescente da taxa requerida Portanto a decisatildeo com o meacutetodo TIR somente deve ser feita em projetos simples que garantem a existecircncia de uma uacutenica TIRgt -100 Nos outros tipos de fluxo de caixa em geral o meacutetodo da TIR natildeo deve ser utilizado pois haacute a possibilidade de muacuteltiplas TIRs Sendo a TIR a taxa de juro que zera o VPL do projeto simples para qualquer taxa requerida K menor que a TIR o VPL seraacute positivo e para qualquer taxa requerida K maior que a TIR o VPL seraacute negativo (LAPPONI 2007 p 175-176)
Rebelatto (2004 p 217) complementa afirmando que a TIR eacute um meacutetodo
aprimorado de anaacutelise de investimento sendo possivelmente uma das mais usadas
para avaliar projetos econocircmicos A TIR deve ser comparada com a taxa miacutenima de
atratividade (TMA) para analisar se o projeto seraacute aceito ou natildeo
Sendo assim Lapponi (2007 p 176) considera que
Se TIR gt TMA o projeto deve ser aceito pois eacute economicamente viaacutevel
Se TIR lt TMA o projeto deve ser recusado pois eacute economicamente
inviaacutevel
Se TIR = TMA eacute indiferente investir no projeto pois o mesmo natildeo criaraacute
e nem destruiraacute valor da empresa
ldquoA grande vantagem da TIR como indicador de decisatildeo eacute que prescinde de
informaccedilotildees externas ao projeto Tudo que o analista necessita eacute conhecer o perfil do
projeto e alguma ideia de magnitude da taxa de jurosrdquo (MACHADO 2002 p 127)
26
234 Periacuteodo de retorno de investimento (Payback)
ldquoO payback eacute o periacuteodo de tempo em que ocorre o retorno do investimento
Calculado no fluxo de caixa de vida uacutetil de dez anos o payback apresenta-se de vaacuterias
maneiras para cada tipo de empresardquo (BRITO 2003 p 51)
Uma empresa pode nomear o payback como um dos paracircmetros para escolha
de um projeto a fim de minimizar seus riscos Mesmo sendo esse um meacutetodo faacutecil e
simples na praacutetica eacute um dos mais utilizados para efetuar a mediccedilatildeo econocircmica de um
projeto (REBELATTO 2004 p 230)
Segundo Rebelatto (2004 p 231) a foacutermula baacutesica que demonstra o caacutelculo
do payback em fluxos de caixas regulares eacute
PB =I0
FC
Onde
PB= Payback
I0= Investimento inicial
FC= Fluxo de caixa regular
Para executar o meacutetodo payback eacute crucial estabelecer o tempo maacuteximo de
toleracircncia TMT para resgatar o custo inicial ldquoPara decidir se o projeto deve ser aceito
o payback deve ser comparado com o valor de referecircncia TMT de forma querdquo
(LAPPONI 2007 p 245)
Se PB lt TMT o projeto deve ser aceito
Se PB gt TMT o projeto deve ser recusado
A principal vantagem para utilizaccedilatildeo do meacutetodo payback eacute que ele reflete a
liquidez do projeto e por consequecircncia eacute possiacutevel efetuar a avaliaccedilatildeo do risco de natildeo
recuperar o investimento (REBELATTO 2004 p 230)
27
3 METODOLOGIA
Este capiacutetulo tem por objetivo descrever os procedimentos e teacutecnicas
utilizados na pesquisa considerando o problema e aos objetivos gerais e especiacuteficos
Para a execuccedilatildeo da revisatildeo bibliograacutefica realizada neste estudo foi utilizado
livros de especialistas na aacuterea os principais temas abordados foram o
empreendedorismo que eacute um assunto chave quando surge uma ideia para um novo
negoacutecio plano de negoacutecios que eacute um elemento fundamental para o sucesso ou
fracasso de um empreendimento e a viabilidade econocircmico-financeira tema
fundamental visto que o objetivo geral da pesquisa eacute mensurar se a mesma eacute viaacutevel
ou natildeo economicamente
Foi elaborada uma anaacutelise de mercado que estaacute disponiacutevel no item 41 deste
estudo atraveacutes da mesma foi identificado que os principais clientes satildeo das classes
A e B de Curitiba regiatildeo metropolitana no item 42 foi efetuado um levantamento do
tamanho do negoacutecio onde foi definida a capacidade produtiva o investimento inicial e
a localizaccedilatildeo do empreendimento no item 44foi elaborado o fluxo de caixa que
demonstra as previsotildees financeiras do periacuteodo de 5 anos o meacutetodo utilizado para
elaborar a pesquisa foi um estudo de caso de natureza exploratoacuteria quantitativa e
anaacutelise documental
O estudo de caso eacute evidenciado por um estudo minucioso e cansativo de um
ou poucos objetivos desta forma propicia um vasto e detalhado conhecimento sobre
o assunto uma missatildeo praticamente impossiacutevel mediante as outras maneiras de
delineamentos consideradas (GIL 2008 p 57-58)
Prodanov e Freitas (2013 p60) afirmam que o estudo de caso consiste em
recolher e analisar dados sobre determinado indiviacuteduo famiacutelia grupo ou comunidade
com a finalidade de estudar diferentes aspectos das suas vidas conforme o assunto
da pesquisa
Jaacute as pesquisas exploratoacuterias satildeo definidas por Gil (2008 p 27) como as que
Tecircm como principal finalidade desenvolver esclarecer e modificar conceitos e ideias tendo em vista a formulaccedilatildeo de problemas mais precisos ou hipoacuteteses pesquisaacuteveis para estudos posteriores De todos os tipos de pesquisa estas satildeo as que apresentam menor rigidez no planejamento Habitualmente envolvem levantamento bibliograacutefico e documental entrevistas natildeo padronizadas e estudos de caso
28
A pesquisa quantitativa ldquoconsidera que tudo pode ser quantificaacutevel o que
significa traduzir em nuacutemeros opiniotildees e informaccedilotildees para classificaacute-las e analisaacute-lasrdquo
Eacute necessaacuteria a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas estatiacutesticas tais como porcentagem meacutedia
moda desvio-padratildeo coeficiente de correlaccedilatildeo etc (PRODANOV FREITAS 2013
p 69)
Muitos dados que satildeo utilizados em pesquisas satildeo adquiridos indiretamente
por meio de documentosrdquo como livros jornais papeacuteis oficiais registros estatiacutesticos
fotos discos filmes e viacutedeos que satildeo obtidos de maneira indiretardquo Essas fontes
documentais tecircm a capacidade de disponibilizar ao pesquisador um grande nuacutemero
de informaccedilotildees com bastante qualidade para evitar a perda de tempo (GIL 2008 p
147)
Este modelo de pesquisa foi utilizado para definir os principais clientes quais
os produtos que seratildeo vendidos a capacidade produtiva assim como a viabilidade
econocircmico-financeira e operacional do negoacutecio
29
4 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES
41 ANAacuteLISE DE MERCADO
Woiler e Mathias (1994 p41) e Rebelatto (2004 p01) afirmam que a anaacutelise
de mercado eacute um dos pontos mais relevantes para elaboraccedilatildeo de um projeto Atraveacutes
do estudo do mercado obtemos muitas informaccedilotildees tais como
Fazendo a comparaccedilatildeo entre demanda e a oferta encontramos a
possiacutevel escassez da demanda futura Esse resultado proporcionaraacute
informaccedilotildees para que seja definida a escala de produccedilatildeo do projeto
A regiatildeo geograacutefica em que o produto pode ser vendido eacute um dos pontos
mais significativos para que seja definida a localizaccedilatildeo do empreendimento
O preccedilo de venda os custos de comercializaccedilatildeo e os estoques nos
canais de comercializaccedilatildeo satildeo informaccedilotildees relevantes para que seja
elaborada a projeccedilatildeo do projeto
Vale salientar que esses satildeo apenas alguns elementos importantes que eacute
possiacutevel identificar na anaacutelise de mercado existe muitos outros dados que satildeo obtidos
com a mesma
411 Mercado consumidor
ldquoTodas as decisotildees relacionadas a novos empreendimentos contecircm certo
grau de incerteza tanto no que diz respeito agrave informaccedilatildeo na qual as decisotildees estatildeo
baseadas como no que diz respeito agraves suas consequecircnciasrdquo (SEBRAE)
Chiavenato acredita que os clientes tecircm a capacidade de alavancar ou
derrubar um empreendimento ldquoUm cliente pode ser uma organizaccedilatildeo uma empresa
um usuaacuterio dos produtosserviccedilos ou um consumidor finalrdquo Eacute quem adquiri os
produtosserviccedilos ofertados pela organizaccedilatildeo no final da cadeia de transaccedilotildees Eacute ele
que estabelece direta ou indiretamente se o empreendimento teraacute ecircxito ou natildeo Por
30
isso o cliente deve ser considerado como o principal patrimocircnio da empresa (2007
p 207)
Segundo dados do censo 2010 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e
estatiacutestica) dos 576190 (quinhentos e setenta e seis mil cento e noventa) domiciacutelios
de Curitiba 292965 (duzentos e noventa e dois mil novecentos e sessenta e cinco)
possuem renda de mais de 5 a mais de 20 salaacuterios miacutenimos sendo assim cerca de
5085 dos domiciacutelios curitibanos estatildeo enquadrados nas classes A e B Ainda
segundo o IBGE cerca de 137922 (cento e trinta e sete mil novecentos e vinte e dois)
domiciacutelios curitibanos tecircm renda de mais de 10 salaacuterios miacutenimos o que representa
uma meacutedia de 24 dos domiciacutelios de Curitiba
Mais de 249000 (duzentos e quarenta e nove mil) pessoas que residem em
Curitiba cerca de 1423 da populaccedilatildeo tem rendimento mensal de mais de 5 salaacuterios
miacutenimos conforme Tabela 1
TABELA 1 - RESULTADOS DA AMOSTRA - RENDIMENTO POR PESSOA EM CURITIBA
Quantidade de pessoas Salaacuterios miacutenimos
153011 Mais de 5 a 10 salaacuterios miacutenimos
38692 Mais de 10 a 15 salaacuterios miacutenimos
25427 Mais de 15 a 20 salaacuterios miacutenimos
18264 Mais de 20 a 30 salaacuterios miacutenimos
13791 Mais de 30 salaacuterios miacutenimos
FONTE IBGE - CENSO DEMOGRAacuteFICO 2010
Curitiba possui uma populaccedilatildeo de mais de 1750000 (um milhatildeo setecentos
e cinquenta mil habitantes) segundo censo IBGE 2010 sendo que 932000
(novecentos e trinta e dois mil) pessoas com o estado civil de solteiro viuacutevo
divorciado separado judicialmentedesquitado isso mostra que tem muitas pessoas
que podem fazer festas de casamento e necessitar dos produtos que seratildeo ofertados
tais como bolos artiacutesticos doces finos e bem casados
Segundo as estatiacutesticas do registro civil do IBGE ocorreram em Curitiba e
regiatildeo metropolitana no ano 2012 exatamente 18877 (dezoito mil oitocentos e setenta
e sete) casamentos sendo que nos meses de setembro a dezembro foi onde ocorreu
um maior nuacutemero um total de 7828 (sete mil oitocentos e vinte e oito) casamentos o
que representa um total de 4147 dos casamentos ocorrem nesses quatro meses
do ano
31
TABELA 2 - CASAMENTOS POR MEcircS DE REGISTRO SEGUNDO O LUGAR DO REGISTRO ndash 2012
Lugar do registro
Casamentos por mecircs do registro
Total de
registros Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
RM Curitiba 18877 1466 1250 1572 1282 1403 1533 1248 1255 1735 1753 2118 2262
Curitiba 10351 848 692 857 692 724 872 658 658 971 968 1237 1174
FONTE IBGE DIRETORIA DE PESQUISAS COORDENACcedilAtildeO DE POPULACcedilAtildeO E INDICADORES SOCIAIS ESTATIacuteSTICAS DO REGISTRO CIVIL 2012
Nessa perspectiva foi definido que o mercado que a empresa de bolos e doces
finos vai atuar eacute de Curitiba e regiatildeo metropolitana com foco nas pessoas das classes
A e B com estado civil solteiro divorciado separado judicialmentedesquitado e viuacutevo
412 Produtos que seratildeo vendidos
ldquoNo coraccedilatildeo de uma grande marca haacute um grande produto O produto-chave
na oferta ao mercado Liacutederes de mercado geralmente oferecem produtos e serviccedilos
de qualidade superiorrdquo (KOTLER KELLER 2006 p 366)
Os principais produtos fornecidos seratildeo
Bolos artiacutesticos
FOTO1 - BOLO ARTIacuteSTICO FONTE WANDA CARDOSO - BOLOS ARTIacuteSTICOS amp DOCES
32
Bolos de copa
FOTO2 - BOLO DE COPA FONTE ELABORADO PELO AUTOR
FOTO3 - BOLO DE COPA FONTE ELABORADO PELO AUTOR
Naked cake
FOTO4 - NAKED CAKE FONTE DOCES PENEacuteLOPE
33
Doces Tradicionais
FOTO5 - DOCES TRADICIONAIS FONTE ELABORADO PELO AUTOR
Doces Espelhados
FOTO6 - DOCES ESPELHADOS FONTE PRONTO SOCORRO DAS FESTAS
Doces Finos
FOTO 7 - DOCES FINOS FONTE COMPRANDO MEU APE
34
Brigadeiros gourmet
FOTO8 - BRIGADEIROS GOURMET FONTE ELABORADO PELO AUTOR
Tacinhas acriacutelicas
FOTO9 - TACINHAS ACRIacuteLICAS FONTE BUFFET DELIacuteCIAS DA VI
Trufas
FOTO 10 - TRUFAS FONTE FOGAtildeO DA VOVOacute
35
Bombons
FOTO11 - BOMBONS FONTE DALVA GOLDEN GATE
Bem casados
FOTO12 - BEM CASADOS FONTE CASAMENTO SEM ERRO
FOTO13 - BEM CASADOS FONTE CASAMENTO SEM ERRO
36
413 Preccedilo de venda
A definiccedilatildeo do preccedilo dos produtos eacute uma das decisotildees mais relevantes da
organizaccedilatildeo que deve levar em conta a forma como a empresa deseja se posicionar
no mercado os custos a concorrecircncia e a rentabilidade almejada
O preccedilo eacute um dos elementos mais versaacuteteis pode ser modificado rapidamente
ao contraacuterio das propriedades dos produtos dos contratos com canais de distribuiccedilatildeo
e ateacute mesmo das promoccedilotildees O Preccedilo tem tambeacutem a tarefa de mostrar ao mercado o
posicionamento de valor desejado pela empresa para o seu produto ou marca
(KOTLER KELLER 2006 p 428)
A consolidaccedilatildeo dos preccedilos dos produtos seraacute elaborada levando em conta os
custos para se obter os produtos com a qualidade requinte e sofisticaccedilatildeo desejada
com a margem de lucro esperada e se baseando nos preccedilos praticados pela
concorrecircncia
414 Previsatildeo de vendas
Para Chiavenato (2007 p 2013)
A previsatildeo de vendas representa a quantidade de produtosserviccedilos que a empresa pretende vender ou colocar no mercado durante um determinado periacuteodo geralmente um mecircs ou um ano dividido em meses Constitui portanto uma estimativa ou uma expectativa de vendas Pode ser feita em unidades fiacutesicas ou em valores monetaacuterios
A produccedilatildeo vai ser em meacutedia de 5600 doces (doces finos gourmet e bem
casados) e 4 bolos procurando atender em meacutedia 4 eventos por semana e ateacute 16
eventos por mecircs sendo que nos meses de setembro a dezembro essa demanda
aumenta pelo motivo de historicamente ter um nuacutemero maior de casamentos
37
415 Definiccedilatildeo de local de venda dos produtos
ldquoA venda eacute a fase fundamental do processo de vendas Consiste na
transferecircncia do produtoserviccedilo para o cliente ou consumidorrdquo (CHIAVENATO 2007
p 210)
As vendas vatildeo ocorrer atraveacutes de site proacuteprio redes sociais telefone e
pessoalmente natildeo teremos loja fiacutesica apenas um ateliecirc para confecccedilatildeo dos bolos e
doces onde vai conter uma sala anexa na qual vai ser oferecido o serviccedilo de
degustaccedilatildeo com horaacuterios marcados para assim o cliente decidir quais os produtos
seratildeo adquiridos para o seu evento e fechamento de contrato
416 Definiccedilatildeo da demanda e da oferta
Na maior parte das encomendas os clientes solicitam os doces finos e
gourmet que contecircm chocolates frutas oleaginosas tais como castanhas nozes
avelatildes amecircndoas frutas como framboesa morango damasco cerejas e os bem
casados Os bolos mais solicitados satildeo os com decoraccedilatildeo de pasta americana que
deve obrigatoriamente ter recheios mais firmes como ganaches fios de ovos
strogonoff de nozes e os naked cake (bolo pelado) que possuem mais opccedilotildees de
recheios com chocolates frutas diversas e cremes de pacirctisserie
Em contato com algumas empresas que fornecem o mesmo tipo de produto
foi possiacutevel verificar que as encomendas devem ser feitas com antecedecircncia miacutenima
de 6 meses sendo que alguns casos somente com um ano de antecedecircncia para
conseguir na data desejada Esse eacute um dos pontos que mostra que tem espaccedilo
suficiente para entrada nesse mercado
38
417 Concorrentes
Chiavenato (2007 p 33) Kotler e Keller (2006 p 340) afirmam que os
concorrentes satildeo as organizaccedilotildees que competem pelos mesmos fornecedores
clientes e consumidores
ldquoAgrave medida que seus produtosserviccedilos tornam-se mais heterogecircneos tanto
mais heterogecircneos e diferenciados seratildeo seus concorrentes e tanto mais complexa
seraacute a competitividaderdquo (CHIAVENATO 2007 p 33)
Em busca na internet foi possiacutevel identificar que atualmente existe em meacutedia
25 concorrentes reais que oferecem exatamente os mesmos produtos que seratildeo
fornecidos com o mesmo padratildeo de qualidade valor agregado requinte e
sofisticaccedilatildeo Tambeacutem foi detectado mais 14 concorrentes potenciais que vendem
produtos similares aos que seratildeo vendidos poreacutem natildeo possuem o mesmo valor
agregado dos que vatildeo ser ofertados Foi possiacutevel identificar que alguns concorrentes
oferecem somente os doces finos dos quais foram identificados mais 3 concorrentes
reais e 3 concorrentes potenciais E foi detectado que existem concorrentes que
fornecem apenas os bolos artiacutesticos dos quais foi identificado 4 concorrentes reais
todos fornecem os bolos com o mesmo niacutevel de qualidade que seratildeo fornecidos
A tabela 3 mostra a divisatildeo dos concorrentes reais e potenciais que fornecem
bolos e doces por bairro de Curitiba
39
TABELA 3 - CONCORRENTES QUE FORNECEM BOLOS E DOCES POR BAIRRO
Bairro Quantidade de Concorrentes Reais
Quantidade de Concorrentes Potenciais
Aacutegua Verde 4 1
Ahuacute 1
Bairro Alto 2 1
Barreirinha 1
Barreirinha 1
Bom Retiro 1
Campo Comprido 1
Campo Comprido 1
Cidade Industrial 1
Colombo 1
Fazenda Rio Grande 1
Hauer 1
Hugo Lange 1
Mercecircs 1
Novo Mundo 2 1
Novo Mundo 1
Portatildeo 1
Portatildeo 1
Santa Cacircndida 1
Santa Felicidade 1 1
Santo Inaacutecio 1 1
Satildeo Joseacute dos Pinhais 1
Seminaacuterio 1
Sitio Cercado 1
Tarumatilde 1
Vila Izabel 1
Natildeo Informado 1 2
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
418 Forma de divulgaccedilatildeo dos concorrentes
Todas as empresas pesquisadas que fornecem produtos similares aos que
vamos fornecer utilizam sites proacuteprios e as redes sociais para fazer divulgaccedilatildeo dos
seus produtos todas fazem degustaccedilatildeo para os clientes conhecerem os seus
produtos e posteriormente fechar um contrato
40
42 TAMANHO DO NEGOacuteCIO
421 Capacidade produtiva
A capacidade produtiva vai ser para atender ateacute 4 eventos por semana A
produccedilatildeo vai ser de ateacute 5600 doces (doces finos gourmet e bem casados) e 4 bolos
atendendo ateacute 4 eventos por final de semana e ateacute 16 eventos por mecircs sendo que
nos meses de setembro a dezembro essa demanda aumenta pelo motivo de
historicamente ter um nuacutemero maior de casamentos
422 Investimento
Um dos pontos mais relevantes para abertura de uma empresa eacute a
determinaccedilatildeo do capital miacutenimo para dar iniacutecio nas atividades e principalmente como
obter este capital ldquoEacute com o capital inicial que a empresa tem condiccedilotildees de reunir os
recursos empresariais necessaacuterios ao seu funcionamento sejam eles recursos
humanos materiais ou financeirosrdquo A determinaccedilatildeo do capital eacute o que estabelece a
quantidade de recursos empresariais que a empresa tem disponiacutevel Indiscutivelmente
quanto maior for o volume de recursos empresariais mais faacutecil se torna o desempenho
da empresa Quando todos os recursos necessaacuterios para seu funcionamento estatildeo agrave
disposiccedilatildeo a administraccedilatildeo do empreendimento fica mais simples (CHIAVENATO
2007 p84)
Cabe acrescentar que (LAPPONI 2007 p 321)
O custo inicial refere-se aos desembolsos realizados para aquisiccedilatildeo de equipamentos ou outros ativos fixos incluindo o pagamento de fretes seguros instalaccedilotildees despesas operacionais iniciais com materiais e matildeo de obra treinamento de pessoal de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo etc resumindo o custo inicial inclui todos os desembolsos necessaacuterios para adquirir os ativos necessaacuterios e que estejam em condiccedilotildees de operar e gerar as receitas estimadas
41
O empreendimento iniciaraacute suas atividades com capital investido com
recursos proacuteprios da empreendedora
As estimativas de investimento inicial para abertura da empresa foi de
R$5162851 conforme tabela 4
TABELA 4 - INVESTIMENTO INICIAL
Descriccedilatildeo Valor (R$)
Maacutequinas e equipamentos Cozinha R$ 3084878
Utensiacutelios R$ 555075
Moacuteveis para escritoacuterio R$ 268982
Equipamentos de informaacutetica e eletrocircnicos R$ 446204
Outros custos escritoacuterio R$ 48912
Uniformes R$ 155800
Pintura Imoacutevel R$ 500000
Porta de Vidro R$ 103000
Total R$ 5162851
FONTE ELABORADO PELO AUTOR (2015)
423 Localizaccedilatildeo
Seraacute locado um imoacutevel para a instalaccedilatildeo da empresa localizado na Rua Heitor
Baggio Vidal 2508 Bairro Alto Curitiba ndash PR com o valor do aluguel mensal de
R$160000 (mil e seiscentos reais) O espaccedilo interno de 95msup2 seraacute dividido em trecircs
partes a primeira com 20msup2 vai ficar a recepccedilatildeo para receber os clientes efetuar
orccedilamentos e as degustaccedilotildees a segunda com 71msup2 a cozinha industrial onde seratildeo
fabricados os bolos e doces finos e a terceira com 4msup2 o lavabo
42
FOTO14 - FOTO DO IMOacuteVEL ONDE SERAacute INSTALADA A EMPRESA FONTE MP IMOacuteVEIS
424 Entregas
As entregas dos bolos e doces finos seratildeo efetuadas por uma empresa
parceira localizada no Bairro Alto o preccedilo das entregas em Curitiba e regiatildeo
metropolitana variam de R$2400 (vinte e quatro reais) a R$6000 (sessenta reais)
dependendo da localizaccedilatildeo tais valores seratildeo cobrados dos clientes
43 CAPITAL DE GIRO
O capital de giro inicial foi estimado levando em conta que no primeiro ano a
empresa vai produzir 8333 da sua capacidade atendendo em meacutedia 13 ventos
mensalmente sendo assim foram considerados os gastos operacionais necessaacuterios
para o iniacutecio das atividades incluindo o custo fixo mensal e o estoque inicial ambos
multiplicados por 2 e acrescidos de um percentual de 10 de margem de seguranccedila
para despesas natildeo previstas
43
TABELA 5 - CAPITAL DE GIRO
Item Valor (R$)
Estoque Inicial 5144000
Custo Fixo Mensal 3194783
Reserva (10) 833878
Total do Capital de Giro Inicial 9172662
FONTE ELABORDO PELO AUTOR
44 FLUXO DE CAIXA
ldquoFluxo de Caixa eacute um Instrumento de gestatildeo financeira que projeta para
periacuteodos futuros todas as entradas e as saiacutedas de recursos financeiros da empresa
indicando como seraacute o saldo de caixa para o periacuteodo projetadordquo (SEBRAE)
Na tabela 6 eacute apresentada a projeccedilatildeo do Fluxo de Caixa da empresa para os
seus primeiros cinco anos onde fica evidenciado que do primeiro ateacute o quinto ano a
sauacutede financeira da empresa melhora gradativamente sendo que no final do quinto
ano o saldo em caixa ultrapassa os 300 se comparado com o saldo em caixa no
final do primeiro ano
Pode-se observar que natildeo foi inserida no fluxo de caixa a opccedilatildeo de
inadimplecircncia pois todos os pagamentos seratildeo efetuados agrave vista em dinheiro ou
cartatildeo sendo que o pagamento total dos produtos deve ser efetuado no miacutenimo 10
dias antes da data do evento
44
TABELA 6 - PROJECcedilAtildeO DE FLUXO DE CAIXA NOS PRIMEIROS CINCO ANOS
Descriccedilatildeo Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5
Investimento Inicial (5162851)
Capital de Giro (9172662) 9172662
Valor Residual 1548855
Total de entradas 000 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873
Previsatildeo Receitas de vendas 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873
Total de Saiacutedas (14335513) (44888699) (54283425) (59479393) (64738409) (70291804)
(-)Fornecedores (25720000) (33641760) (36669518) (39969775) (43567055)
(-)Folha de pagamento (3267192) (3593911) (3953302) (4348633) (4783496)
(-)Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)
(963216) (1011377) (1061946) (1115043) (1170795)
(-)Retiradas soacutecios (2400000) (2640000) (3432000) (3946800) (4341480)
(-)Impostos s vendas (4654291) (5073177) (5573767) (6075406) (6622192)
(-)Alugueacuteis (1920000) (2016000) (2116800) (2222640) (2333772)
(-)Energia eleacutetrica (840000) (882000) (926100) (972405) (1021025)
(-)Aacutegua (300000) (315000) (330750) (347288) (364652)
(-)Telefone (384000) (403200) (423360) (444528) (466754)
(-)Gaacutes (588000) (617400) (648270) (680684) (714718)
(-)Serviccedilos contabilidade (960000) (1008000) (1058400) (1111320) (1166886)
(-)Manutenccedilatildeo (600000) (630000) (661500) (694575) (729304)
(-)Outras despesas com funcionaacuterios
(1296000) (1405800) (1525590) (1656320) (1799030)
(-)Taxas bancaacuterias (96000) (100800) (105840) (111132) (116689)
(-)Outros pagamentos (900000) (945000) (992250) (1041863) (1093956)
Entradas - Saiacutedas (14335513) 12981301 21410535 23027023 25193585 27734070
Depreciaccedilatildeo 000 (631377) (631377) (631377) (631377) (631377)
Saldo Final (14335513) 12349924 20779158 22395647 24562208 37824209
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
A depreciaccedilatildeo foi calculada considerando o prazo de vida uacutetil meacutedio de 10
anos das maacutequinas equipamentos instalaccedilotildees moacuteveis e utensiacutelios e para os
computadores e perifeacutericos foi considerado o prazo de vida uacutetil de 5 anos conforme
demonstrado na tabela 7
TABELA 7 - DEPRECIACcedilAtildeO
Item Valor Inicial Taxa Anual Depreciaccedilatildeo Anual (R$)
Maacutequinas e equipamentos 3084878 10 308488
Instalaccedilotildees 103000 10 10300
Moacuteveis e Utensiacutelios 824057 10 82406
Computadores e Perifeacutericos 446204 20 89241
Outros 704712 20 140942
Total 631377
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
45
O valor residual dos equipamentos e instalaccedilotildees da empresa no final do quinto
ano foi considerado em 30 referente ao valor de aquisiccedilatildeo dos mesmos no iniacutecio do
projeto
45 ANAacuteLISE DOS INDICADORES (VPL TIR E PAYBACK)
451 Valor Presente Liacutequido (VPL)
A tabela 8 mostra que o VPL (Valor Presente Liacutequido) eacute positivo isso significa
que aleacutem de recuperar o investimento inicial ainda vai ser agregado ao valor da
empresa um montante de R$ R$50392407 (quinhentos e trecircs mil novecentos e vinte
quatro reais e sete centavos)
A taxa de retorno requerida de 20 foi determinada levando em conta o niacutevel
de risco do projeto e visando o valor desejado para se obter em cima do valor
investido
TABELA 8 - CALCULO DO VALOR PRESENTE LIacuteQUIDO (VPL)
Anos FC k 2000
0 -$143355 VPL $50392407
1 $123499 VPL $50392407
2 $207792 VPL $50392407
3 $223956 VPL $21761126
4 $245622 VPL $21761126
5 $378242 Decisatildeo Aceitar o Projeto
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
452 Taxa Interna de Retorno (TIR)
Conforme a tabela 9 eacute possiacutevel verificar que a TIR (Taxa Interna de Retorno)
eacute de 11593 maior que a taxa requerida de 20 isso significa que custo inicial seraacute
46
recuperado e o projeto vai criar valor para empresa mais um resultado favoraacutevel para
a aceitaccedilatildeo do projeto
TABELA 9 - TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR)
Anos FC
0 -$143355 TIR 11593
1 $123499 TIR 2168
2 $207792 TIR 2168
3 $223956 Decisatildeo
4 $245622 k 2000
5 $378242 Aceitar o projeto
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
453 Payback
O tempo de recuperaccedilatildeo do custo inicial ocorre normalmente entre o quarto e
o quinto ano se for feita a anaacutelise da tabela 10 eacute possiacutevel verificar que o tempo
necessaacuterio para o retorno do investimento (payback) do projeto eacute de 128 anos este
indicador mostra claramente que o projeto deve ser aceito pois o tempo de retorno
estaacute bem abaixo do tempo meacutedio dos empreendimentos como um todo
TABELA 10 - PAYBACK
k 20
Anos FC SPresente
0 -$143355 -$143355 PBD-SP = 128
1 $123499 -$40439 128
2 $207792 $103861
3 $223956 $233465
4 $245622 $351917
5 $378242 $503924
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
47
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Para iniciar um negoacutecio requer muito mais do que apenas o espiacuterito
empreendedor eacute necessaacuterio ter lideranccedila conhecimento sobre o mercado que deseja
atuar organizaccedilatildeo e principalmente planejamento
O principal objetivo desse estudo foi analisar a viabilidade econocircmico-
financeira da abertura de uma empresa de bolos e doces finos no Bairro Alto em
Curitiba
O objetivo apresentado nesta pesquisa foi atingido pois todos os indicadores
analisados mostram com clareza que empresa obteacutem resultados positivos que criam
valor para a mesma e com isso o projeto eacute viaacutevel economicamente pois do primeiro
ao quinto ano fica visiacutevel o crescimento do empreendimento e a melhora significativa
da sua sauacutede financeira isso fica evidenciado no saldo final em caixa no quinto ano
que chega proacuteximo haacute 400 mil reais Apesar disso eacute crucial o acompanhamento do
mercado para seguir as tendecircncias e se atualizar constantemente para tomar
decisotildees mais assertivas
Um negoacutecio mal avaliado pode arruinar a estabilidade econocircmica do
investidor por isso eacute de extrema importacircncia fazer todos os levantamentos de custos
antes de se aventurar em qualquer empreendimento
Eacute possiacutevel comprovar que a pesquisa realizada contribui positivamente para
abertura da empresa No entanto as informaccedilotildees aqui presentes natildeo satildeo estaacuteticas e
devem ser revisadas periodicamente e se preciso ateacute mesmo ampliadas no decorrer
da implantaccedilatildeo do projeto para que o mesmo seja uma ferramenta eficiente e eficaz
no desenvolvimento da empresa como um todo
48
REFEREcircNCIAS
BRITO Paulo Anaacutelise e viabilidade de projetos de investimento Satildeo Paulo Atlas 2003 DOLABELA Fernando O segredo de Luiacutesa 30 ed Satildeo Paulo Editora de Cultura 2006 DORNELAS Joseacute Carlos Assis Empreendedorismo transformando ideias em negoacutecios 4 ed Rio de Janeiro Campus Elsevier 2012 CENSO Demograacutefico 2010 Resultados gerais da amostra Curitiba IBGE 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=410690ampidtema=87ampsearch=parana|curitiba|censo-demografico-2010-resultados-gerais-da-amostra-gt Acesso em 21 de Junho de 2015 CHIAVENATO Idalberto Empreendedorismo dando asas ao espiacuterito empreendedor empreendedorismo e a viabilidade de novas empresas um guia eficiente para iniciar e tocar seu proacuteprio negoacutecio 2 ed Satildeo Paulo Saraiva 2007 ESTATIacuteSTICAS do registro civil 2012 Curitiba IBGE 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaoregistrocivil2012default_xlsshtmgt Acesso em 21 de Junho de 2015 GIL Antonio Carlos Meacutetodos e teacutecnicas de pesquisa social 6 ed Satildeo Paulo Atlas 2008 KOTLER Philip KELLER Kevin Lane Administraccedilatildeo de Marketing 12 ed Satildeo Paulo ABDR 2006 LAPPONI Juan Carlos Projetos de Investimento na Empresa Rio de Janeiro Elsevier 2007 MACHADO Jesseacute Anderson Pinto Projetos Econocircmicos uma abordagem praacutetica de elaboraccedilatildeo Satildeo Paulo Nobel 2002 MICHEL Maria Helena Metodologia e pesquisa cientiacutefica em ciecircncias sociais 2 ed Satildeo Paulo Atlas 2009 OLIVEIRA Djalma de Pinho Rebouccedilas de Planejamento estrateacutegico conceitos metodologia e praacuteticas 20 ed Satildeo Paulo Atlas 2004 PRODANOV Cleber Cristiano ERNANI Cesar de Freitas Metodologia do trabalho cientiacutefico meacutetodo e teacutecnicas da pesquisa e do trabalho acadecircmico 2 ed Novo Hamburgo Freevale 2013
49
REBELATTO Dayse Projeto de Investimento 1 ed Barueri Manole 2004 SEBRAE Pesquisa de Mercado o que eacute e para que serve Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrsitesPortalSebraeartigosPesquisa-de-mercado-o-que-C3A9-e-para-que-servegt Acesso em 21 de Junho de 2015 SEBRAE Fluxo de caixa Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrSebraePortal20SebraeAnexos0_fluxo-de-caixapdfgt Acesso em 10 de Outubro de 2015 WILDAUER Egon Walter Plano de negoacutecios elementos construtivos e processos de elaboraccedilatildeo 2 ed Curitiba Ibpex 2011 WOILER Samsatildeo MATHIAS Washington Franco Projetos planejamento elaboraccedilatildeo anaacutelise 1 ed Satildeo Paulo Atlas 1994
50
APEcircNDICES
APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL 51
APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS 52
APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL 52
51
APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL
Item Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5
Aacutegua 25000 26250 27563 28941 30388
Aluguel 160000 168000 176400 185220 194481
Assessoria Contaacutebil 80000 84000 88200 92610 97241
Gaacutes 49000 51450 54023 56724 59560
Impostos 387858 422765 464481 506284 551849
Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)
80268 84281 88495 92920 97566
Energia eleacutetrica 70000 73500 77175 81034 85085
Manutenccedilatildeo 50000 52500 55125 57881 60775
Material de escritoacuterio 20000 21000 22050 23153 24310
Material de Limpeza 40000 42000 44100 46305 48620
Folha de pagamento 272266 299493 329442 362386 398625
Seguros 15000 15750 16538 17364 18233
Telefone fixointernet 20000 21000 22050 23153 24310
Telefone Moacutevel 12000 12600 13230 13892 14586
Vale Refeiccedilatildeo 75000 82500 90750 99825 109808
Vale Transporte 33000 34650 36383 38202 40112
Proacute- labore 200000 220000 286000 328900 361790
Taxas Bancaacuterias 8000 8400 8820 9261 9724
Total R$ 1597392 R$ 1720139 R$ 1900823 R$ 2064053 R$ 2227062
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
52
APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS
Item
Produccedilatildeo mensal meacutedia
Custo unitaacuterio total
Sugestatildeo Preccedilo de venda
Custo Mensal Total
Receita de vendas
Bolos artiacutesticos (recheios diversos) 150 6000 13500 900000 2025000
Bolos de copa (recheios diversos) 30 3600 8100 108000 243000
Naked cake (recheios diversos) 60 4200 9450 252000 567000
Doces Tradicionais 32 3500 7875 112000 252000
Doces Espelhados 32 5000 11250 160000 360000
Doces Finos 32 7500 16875 240000 540000
Brigadeiros gourmet 16 4500 10125 72000 162000
Tacinhas acriacutelicas 16 5500 12375 88000 198000
Trufas 32 5000 11250 160000 360000
Bombons 32 5000 11250 160000 360000
Bem casados 3200 100 225 320000 720000
Custo produccedilatildeo Total 2572000
Receita Total 5787000
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL
Ano Receita Bruta Variaccedilatildeo anual
Ano 1 000
Ano 2 69444000 9
Ano 3 75693960 9
Ano 4 82506416 9
Ano 5 89931994 9
Valor considerando a inflaccedilatildeo de 9 aa
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
5
ABSTRACT
The objective of this study is to analyze the economic feasibility of opening an cakes and gourmet company Bairro Alto in Curitiba For the real success of a new business is essential to create a business plan and an analysis of economic and financial viability well-structured and robust as both are essential foundations to start on a new venture for it was drawn up an analysis of market in which it was possible to define the consumer market which products will be sold the actual and potential competitors and has also made a business the size of the survey which was defined production capacity initial investment the project location and the cash flow Were prepared financial income statements to determine whether the project is economically viable or not the indicators used to analyze the feasibility or otherwise of the project was the Net Present Value Internal Rate of Return and payback
Key-words Business Plan economic and financial feasibility cakes and fine pastries
6
LISTA DE ILUSTRACcedilOtildeES
FOTO 1 - BOLO ARTIacuteSTICO 31
FOTO 2 - BOLO DE COPA 32
FOTO 3 - BOLO DE COPA 32
FOTO 4 - NAKED CAKE 32
FOTO 5 - DOCES TRADICIONAIS 33
FOTO 6 - DOCES ESPELHADOS 33
FOTO 7 - DOCES FINOS 33
FOTO 8 - BRIGADEIROS GOURMET 34
FOTO 9 - TACINHAS ACRIacuteLICAS 34
FOTO 10 - TRUFAS 34
FOTO 11 - BOMBONS 35
FOTO 12 - BEM CASADOS 35
FOTO 13 - BEM CASADOS 35
FOTO 14 - FOTO DO IMOacuteVEL ONDE SERAacute INSTALADA A EMPRESA 42
7
LISTA DE TABELAS
TABELA 1 - RESULTADOS DA AMOSTRA - RENDIMENTO POR PESSOA EM
CURITIBA 30
TABELA 2 - CASAMENTOS POR MEcircS DE REGISTRO SEGUNDO O LUGAR DO
REGISTRO ndash 2012 31
TABELA 3 - CONCORRENTES QUE FORNECEM BOLOS E DOCES POR BAIRRO
39
TABELA 4 - INVESTIMENTO INICIAL 41
TABELA 5 - CAPITAL DE GIRO 43
TABELA 6 - PROJECcedilAtildeO DE FLUXO DE CAIXA NOS PRIMEIROS CINCO ANOS 44
TABELA 7 - DEPRECIACcedilAtildeO 44
TABELA 8 - CALCULO DO VALOR PRESENTE LIacuteQUIDO (VPL) 45
TABELA 9 - TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR) 46
TABELA 10 - PAYBACK 46
8
LISTA DE ABREVIATURAS EOU SILGAS
IBGE ndash Instituro Brasileiro de Geograacutefia e Estatiacutestica
PIB ndash Produto Interno Bruto
SEBRAE ndash Serviccedilo Brasileiro de Apoio agraves Micro e Pequenas Empresas
TIR ndash Taxa Interna de Retorno
TMA ndash Taxa Miacutenima de Atratividade
TMT ndash Taxa Miacutenima de Toleracircncia
VAL ndash Valor Atual liacutequido
VPL ndash Valor presente liacutequido
9
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO 11
11 PROBLEMA 12
12 OBJETIVO GERAL 12
13 OBJETIVOS ESPECIacuteFICOS 12
2 REFERENCIAL TEOacuteRICO 13
21 EMPREENDEDORISMO 13
211 Caracteriacutesticas e perfil do empreendedor 15
22 PLANO DE NEGOacuteCIOS 16
221 Estrutura do plano de negoacutecios 18
2211 Capa 18
2212 Sumaacuterio 19
2213 Sumaacuterio executivo 19
2214 Anaacutelise estrateacutegica 19
2215 Descriccedilatildeo da empresa 20
2216 Produtos e serviccedilos 20
2217 Plano operacional 20
2218 Plano de recursos humanos 21
2219 Anaacutelise de mercado 21
22110 Estrateacutegia de marketing 21
22111 Plano financeiro 22
22112 Anexos 22
23 VIABILIDADE ECONOcircMICO-FINANCEIRA 22
231 Fluxo de caixa 23
232 Valor Presente Liacutequido (VPL) 24
233 Taxa Interna de Retorno (TIR) 25
234 Periacuteodo de retorno de investimento (Payback) 26
3 METODOLOGIA 27
4 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES 29
41 ANAacuteLISE DE MERCADO 29
411 Mercado consumidor 29
10
412 Produtos que seratildeo vendidos 31
413 Preccedilo de venda 36
414 Previsatildeo de vendas 36
415 Definiccedilatildeo de local de venda dos produtos 37
416 Definiccedilatildeo da demanda e da oferta 37
417 Concorrentes 38
418 Forma de divulgaccedilatildeo dos concorrentes 39
42 TAMANHO DO NEGOacuteCIO 40
421 Capacidade produtiva 40
422 Investimento 40
423 Localizaccedilatildeo 41
424 Entregas 42
43 CAPITAL DE GIRO 42
44 FLUXO DE CAIXA 43
45 ANAacuteLISE DOS INDICADORES (VPL TIR E PAYBACK) 45
451 Valor Presente Liacutequido (VPL) 45
452 Taxa Interna de Retorno (TIR) 45
453 Payback 46
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 47
REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS 48
APEcircNDICES 50
11
1 INTRODUCcedilAtildeO
Quando surge uma ideia e eacute possiacutevel identificar nela uma oportunidade eacute o
iniacutecio para a criaccedilatildeo de um negoacutecio
Qualquer empreendimento para ter ecircxito seja ele industrial comercial ou de
serviccedilos depende de inuacutemeras decisotildees que o empreendedor precisa tomar antes de
iniciaacute-lo Uma das decisotildees fundamentais eacute analisar o empreendimento
economicamente para verificar se o projeto vai ser viaacutevel e lucrativo ou natildeo poreacutem
antes das decisotildees surgem agraves duacutevidas e incertezas como qual o ponto de partida
Qual deve ser o capital investido inicialmente Quais produtos seratildeo fabricados
Onde seratildeo vendidos
Para abertura de uma empresa de bolos e doces finos em Curitiba os
questionamentos satildeo os mesmos e para conseguir as respostas para todos esses
questionamentos que andam lado a lado com todos os empreendedores quando
surge a ideia de um novo negoacutecio eacute essencial a construccedilatildeo de um plano de negoacutecios
e principalmente efetuar uma anaacutelise de viabilidade econocircmico-financeira bem
estruturada que traga informaccedilotildees fundamentais para tomar decisotildees mais assertivas
No decorrer desta pesquisa foi possiacutevel responder haacute cada um destes
questionamentos por meio da anaacutelise de mercado definiccedilatildeo do tamanho do negoacutecio
fluxo de caixa e a anaacutelise dos indicadores que estatildeo dispostos no capiacutetulo 4 deste
estudo
Dornelas (2012 p 93) afirma que ldquoum negoacutecio bem planejado teraacute mais
chances de sucesso do que aquele sem planejamento na mesma igualdade de
condiccedilotildeesrdquo
Diante deste contexto a proposta deste projeto eacute analisar a viabilidade
econocircmico-financeira da abertura de uma empresa de bolos e doces finos localizada
no Bairro Alto em Curitiba
12
11 PROBLEMA
Qual a viabilidade econocircmico-financeira da abertura de uma empresa de
bolos e doces finos em Curitiba
12 OBJETIVO GERAL
Investigar qual a viabilidade da implantaccedilatildeo de uma empresa de bolos e
doces finos em Curitiba
13 OBJETIVOS ESPECIacuteFICOS
Elaborar uma anaacutelise do mercado de bolos e doces finos em Curitiba
Definir quais os produtos seratildeo vendidos
Definir a capacidade produtiva
Analisar a viabilidade econocircmico-financeira do negoacutecio
13
2 REFERENCIAL TEOacuteRICO
21 EMPREENDEDORISMO
Um projeto empreendedor se torna possiacutevel apenas se o dono da ideia estiver
disposto a assumir todas as responsabilidades e exigecircncias de abrir um negoacutecio que
sem duacutevida passaraacute a ser seu projeto de vida
Para Dolabela (2006 sn)
Se considerarmos que as empresas quase sempre comeccedilam pequenas isso chega a ser um paradoxo Principalmente porque no mundo de hoje as pequenas empresas constituem a principal fonte de empregos e satildeo responsaacuteveis em muitos paiacuteses por mais de 50 do produto interno bruto (PIB) e pelo maior volume de exportaccedilotildees aleacutem de serem as maiores geradoras de inovaccedilotildees tecnoloacutegicas desde a Segunda Guerra Mundial
Eacute possiacutevel definir empreendedorismo comordquo a capacidade que uma pessoa
possui de formular uma ideia sobre determinado produto ou serviccedilo em um mercado
seja essa ideia nova ou natildeordquo (WILDAUER 2011 p25)
Cabe acrescentar que o empreendedorismo natildeo se refere apenas a pequenos
negoacutecios e empreendimentos novos ldquoNatildeo aborda apenas a criaccedilatildeo de novos
produtos ou serviccedilos mas sim inovaccedilotildees em todos os acircmbitos do negoacuteciordquo
(CHIAVENATO 2007 p261)
Segundo Dolabela (2006 sn) se analisarmos a natureza do
empreendedorismo eacute possiacutevel observar que
A Todas as pessoas nascem empreendedoras Os humanos satildeo
empreendedores
B Empreendedorismo natildeo eacute um assunto atual existe desde a primeira
accedilatildeo inovadora com a finalidade de aperfeiccediloar as relaccedilotildees entre os homens
C Natildeo eacute apenas um fato econocircmico mas tambeacutem social
D O empreendedor estaacute em qualquer lugar natildeo apenas nas pessoas que
abrem seu proacuteprio negoacutecio
E O empreendedorismo eacute uma demonstraccedilatildeo da liberdade humana
14
F Natildeo eacute um acontecimento pessoal e nem uma habilidade que poucas
pessoas possuem eacute algo puacuteblico
G Natildeo existe a possibilidade de fazer transferecircncia de conhecimentos
empreendedores ndash ldquoao contraacuterio do que acontece por exemplo em uma aula
de geografia porque o empreendedorismo natildeo eacute um conteuacutedo cognitivo
convencionalrdquo Nesse entendimento natildeo existe a possibilidade de ensinar
mas eacute possiacutevel aprender a ser empreendedor por meio de um sistema de
ensino bem diferente do tradicional
H Eacute um assunto global e natildeo caracteriacutestico ou complementar E deve ser
apresentado na educaccedilatildeo baacutesica
I O princiacutepio do empreendedorismo e a cidadania O que por sua vez ldquoVisa
agrave construccedilatildeo do bem-estar coletivo do espiacuterito comunitaacuterio da cooperaccedilatildeo
Antes de ser aluno o estudante deve ser considerado um cidadatildeordquo
J Natildeo existe a possibilidade de definir se uma pessoa vai ter sucesso
como empreendedor
Vale enfatizar que o empreendedorismo eacute a envoltura de pessoas e
processos que juntas transformam ideias em oportunidades E a correta efetivaccedilatildeo
destas oportunidades ocasiona a criaccedilatildeo de um negoacutecio bem sucedido (DORNELAS
2012 p 28)
Chiavenato (2007 p 22) e Dornelas (2012 p29) defendem a ideia de que
1 O empreendedorismo abrange todo o processo para criar algo novo que
possua valor e seja valorizado pelo mercado
2 Que o empreendedorismo requer doaccedilatildeo disponibilidade de tempo e
vigor para tornar o novo empreendimento em um negoacutecio de sucesso
3 O empreendedorismo demanda coragem aceitaccedilatildeo de riscos
calculados e decisotildees analiacuteticas e ter flexibilidade com os obstaacuteculos falhas
e fracassos
Eacute possiacutevel concluir que o empreendedorismo eacute um fato cultural isto eacute
consequecircncia de haacutebitos accedilotildees e valores pessoais ldquoExistem famiacutelias (assim como
cidades regiotildees e paiacuteses) mais empreendedoras do que outrasrdquo A pessoa
desenvolve o empreendedorismo no conviacutevio com outros empreendedores num local
onde a possibilidade de ter o proacuteprio negoacutecio eacute visto como algo muito bom
(DOLABELA 2006 sn)
15
Diante disso natildeo eacute possiacutevel falar de empreendedorismo sem mencionar os
empreendedores pois satildeo as atitudes de pessoas que inovam assumem todos os
riscos que proporcionam o crescimento e desenvolvimento da sociedade como um
todo
211 Caracteriacutesticas e perfil do empreendedor
Ser empreendedor eacute acima de tudo ter a capacidade e a necessidade de
realizar coisas novas
O empreendedor ldquoeacute um ser social produto do meio em que vive (eacutepoca e
lugar)rdquo E se a pessoa convive em um meio onde ser empreendedor eacute considerado
algo bom teraacute motivos para abrir seu proacuteprio negoacutecio (DOLABELA 2006 sn)
O empreendedor parte da percepccedilatildeo subjetiva para percepccedilatildeo praacutetica na
qual mostram elementos que podem ser debatidos Esses elementos satildeo os mais
variaacuteveis possiacuteveis que foram originados de perguntas contestaccedilotildees e respostas
localizadas pelo empreendedor ldquoo qual natildeo precisa ser algueacutem com uma formaccedilatildeo
superior com diploma de faculdade ou algueacutem que conte com cursos teacutecnicos ou
praacuteticosrdquo (mesmo esses sendo atributos que auxilie na agilidade de formular
questionamentos e encontrar as soluccedilotildees para os mesmos) (WILDAUER 2011 p
25)
Para Dornelas (2012 p 29) empreendedor eacute a pessoa que percebe uma
oportunidade e arquiteta um negoacutecio para captar recursos calculando todos os riscos
que vai correr Em todas as definiccedilotildees de empreendedorismo nos deparamos com no
miacutenimo as seguintes particularidades em relaccedilatildeo ao empreendedor
1 Possui a atitude de criar um novo negoacutecio e amar aquilo que faz
2 Usa o capital que possui de maneira produtiva mudando o local social e
econocircmico onde estaacute inserido
3 Assume os riscos calculados e a chance do negoacutecio natildeo dar certo
Nessa mesma perspectiva Chiavenato (2007 p7) afirma que o empreendedor
eacute a pessoa que tem a capacidade de fazer as coisas acontecerem eacute favorecido pela
sua percepccedilatildeo para os negoacutecios prudecircncia na aacuterea financeira e a habilidade de
16
perceber as oportunidades Com esse conjunto de competecircncias tem a capacidade
de transformar ideias em negoacutecios O empreendedor possui uma boa imaginaccedilatildeo e eacute
persistente qualidades que combinadas de maneira correta o capacitam para
converter ideias simples em projetos objetivos e bem sucedidos
Para Wildauer (2011 p 26)
Podemos entatildeo enumerar muitas caracteriacutesticas do empreendedor sendo as principais a atitude de saber ouvir de estar atento de saber interpretar e analisar as informaccedilotildees do mercador de ter condiccedilotildees de elaborar um planejamento de suas accedilotildees futuras de traccedilar objetivos e todo um roteiro teoacuterico-praacutetico para poder atingi-lo Sem essas premissas baacutesicas o empreendedor natildeo teraacute sucesso na formulaccedilatildeo do plano de negoacutecios muito menos na sustentaccedilatildeo de seu negoacutecio
Chiavenato (2007 p 4) acredita que ldquoos empreendedores satildeo heroacuteis
populares do mundo dos negoacuteciosrdquo Que geram empregos propagam inovaccedilotildees e
estimulam o crescimento da economia Satildeo muito mais do que somente fornecedores
de produtos e serviccedilos satildeo pessoas que assumem os riscos das oscilaccedilotildees
econocircmicas
Cabe acrescentar que o empreendedor revolucionaacuterio eacute aquele que inventa
novos mercados isto eacute a pessoa cria algo exclusivo como foi o caso do Bill Gattes
fundador da Microsoft que transformou o mundo com o sistema operacional Windows
Contudo grande parte dos empreendedores cria negoacutecios em mercados jaacute existentes
e mesmo assim criam negoacutecios de sucesso (DORNELAS 2012 p30)
Wildauer (2011 p26) conclui que ldquoo empreendedor necessita de uma estrutura
de pensamento sistecircmico e visionaacuterio com base no qual estabeleceraacute metas e
desenharaacute trajetoacuterias para alcanccedilaacute-lasrdquo
22 PLANO DE NEGOacuteCIOS
Para iniciar um empreendimento eacute fundamental fazer um plano de negoacutecios
com ele eacute possiacutevel verificar a viabilidade ou natildeo do empreendimento e definir onde
estamos para onde vamos e mostrar com mais clareza as oportunidades de negoacutecio
17
Do ponto de vista de Dornelas (2012 p 93) ldquoum negoacutecio bem planejado teraacute
mais chances de sucesso do que aquele sem planejamento na mesma igualdade de
condiccedilotildeesrdquo
Nessa mesma perspectiva Dolabela (2006 sn) afirma que vaacuterios
empreendedores bem sucedidos abriram seus empreendimentos sem compreender
pontualmente o que eacute um plano de negoacutecios Poreacutem muitos outros natildeo tiveram o
mesmo fim e o que conseguiram foram negoacutecios fracassados por conta de falhas que
poderiam ter sido evitadas Uma grande quantidade de negoacutecios que possuem um
alto potencial acabam se tornando impraticaacuteveis por conta da incapacidade dos
empreendedores Ainda assim muitas pessoas abrem e vatildeo continuar abrindo
negoacutecios capacitadas ou natildeo para isso
Wildauer (2011 p 39) define plano de negoacutecios como ldquoum documento em
forma de texto no qual eacute apresentada uma proposta de negoacutecio para um mercadordquo
Esse documento deve mostrar com clareza o ponto de vista do empreendedor sobre
o sucesso do seu produto ou serviccedilo no mercado atual
Chiavenato (2007 p132) acredita que
O plano de negoacutecio mdash business planmdash descreve a ideia de um novo empreendimento e projeta os aspectos mercadoloacutegicos operacionais e financeiros dos negoacutecios propostos geralmente para os proacuteximos trecircs ou cinco anos Seu preparo permite a anaacutelise da proposta e ajuda o futuro empreendedor a evitar uma trajetoacuteria decadente que o levaraacute do entusiasmo agrave desilusatildeo e ao fracasso
Eacute possiacutevel sintetizar o plano de negoacutecios como um documento em que o
empreendedor mostra de maneira formal e concreta o negoacutecio que quer idealizar e
expor para seus parceiros soacutecios e investidores apresentando a visatildeo a missatildeo e os
seus propoacutesitos assim como o ldquoplano operacional o plano de marketing o plano de
financeiro e o plano juriacutedicordquo desta forma facilitando a assimilaccedilatildeo e aceitaccedilatildeo do
negoacutecio pelas pessoas interessadas (WILDAUER 2011 p39)
Conforme mencionado por Chiavenato (2007 p 134) o plano de negoacutecios
mobiliza o novo empreendimento na sua totalidade Ele demonstra o levantamento
cansativo dos elementos que fazem parte do negoacutecio ldquosejam internos mdash o que deveraacute
ser produzido como onde quanto mdash sejam externos mdash para quem produzir qual eacute
o mercado quais satildeo os concorrentes etcrdquo
18
Com isso Wildauer (2011 p 45) conclui que ldquoo plano de negoacutecios eacute como um
guia uacutetil para a obtenccedilatildeo de conhecimentos para a concepccedilatildeo de um
empreendimentordquo
221 Estrutura do plano de negoacutecios
O plano de negoacutecios mobiliza todas as informaccedilotildees necessaacuterias para abrir um
negoacutecio por meio dele eacute possiacutevel detectar onde estou e para onde desejo ir dentro do
mercado
Conforme identificado por Dornelas (2012 p 101) ldquonatildeo existe uma estrutura
riacutegida e especiacutefica para se escrever um plano de negoacuteciosrdquo dado que cada negoacutecio
possui suas singularidades e equivalecircncias sendo improvaacutevel delimitar um modelo-
padratildeo de plano de negoacutecios que seja absoluto e adequado para todos os negoacutecios
Todos os planos de negoacutecios devem conter um miacutenimo de seccedilotildees que vatildeo possibilitar
uma compreensatildeo do negoacutecio como um todo Tais seccedilotildees satildeo alinhadas de maneira
que mantenham uma sequecircncia loacutegica que possibilite qualquer pessoa ler o plano e
compreender como a empresa eacute estruturada seus objetivos seus produtos seus
serviccedilos qual seu mercado seu plano financeiro e de marketing
A seguir encontra-se uma breve descriccedilatildeo de cada uma das seccedilotildees do Plano
de Negoacutecios
2211 Capa
Eacute um dos componentes fundamentais do plano de negoacutecios pois eacute a primeira
parte que eacute vista pela pessoa que vai ler deve ser desenvolvida de forma clara e com
os dados adequados (DORNELAS 2012 p 101)
19
2212 Sumaacuterio
O sumaacuterio deve incluir ldquoo tiacutetulo de cada seccedilatildeo do plano de negoacutecios e a paacutegina
respectiva onde se encontra bem como os principais assuntos relacionados em cada
seccedilatildeordquo Isso faz com que fique mais faacutecil o leitor do plano de negoacutecios identificar com
mais agilidade o que lhe interessar (DORNELAS 2012 p 101-102)
2213 Sumaacuterio executivo
O Sumaacuterio Executivo eacute a parte mais importante do plano de negoacutecios ele iraacute
definir se o leitor vai prosseguir ou natildeo com a leitura do plano de negoacutecios Dessa
forma deve ser redigido com bastante concentraccedilatildeo e revisado inuacutemeras vezes e
tambeacutem englobar as informaccedilotildees mais relevantes do plano de negoacutecios Deve ser
direcionado ao puacuteblico-alvo do plano de negoacutecios e deixar claro qual o objetivo do
mesmo em relaccedilatildeo agraves pessoas que estatildeo o lendo ldquoO Sumaacuterio Executivo deve ser a
uacuteltima seccedilatildeo a ser escrita pois depende de todas as outras seccedilotildees do plano para ser
elaboradardquo (DORNELAS 2012 p 102)
2214 Anaacutelise estrateacutegica
Nesta seccedilatildeo eacute determinada a direccedilatildeo que a empresa vai seguir ldquosua visatildeo e
missatildeo sua situaccedilatildeo atual as potencialidades e ameaccedilas externas suas forccedilas e
fraquezas seus objetivos e metas de negoacuteciordquo Essa parte eacute o alicerce para o
crescimento e o estabelecimento das outras accedilotildees redigidas no plano (DORNELAS
2012 p 102)
20
2215 Descriccedilatildeo da empresa
Eacute nessa seccedilatildeo que deve ser feita a descriccedilatildeo da empresa ldquoseu histoacuterico
crescimento faturamento dos uacuteltimos anos sua razatildeo social impostos estrutura
organizacional e legal localizaccedilatildeo parcerias serviccedilos terceirizados etcrdquo
(DORNELAS 2012 p 102)
2216 Produtos e serviccedilos
Nessa seccedilatildeo do plano de negoacutecios devem ser descritos os produtos e serviccedilos
da empresa a maneira que satildeo produzidos o capital disposto seu ciclo de vida os
elementos tecnoloacutegicos envolvidos pesquisa e desenvolvimento os seus clientes
marcas e patentes etc
Nessa seccedilatildeo pode ser incluiacuteda quando estaacute informaccedilatildeo encontra-se disponiacutevel uma visatildeo do niacutevel de satisfaccedilatildeo dos clientes com os produtos e serviccedilos da empresa Esse feedback eacute bastante importante porque costuma oferecer natildeo apenas uma visatildeo do niacutevel de qualidade percebida nos produtos e serviccedilos mas tambeacutem guiar futuros investimentos da empresa em novos desenvolvimentos e processos de produccedilatildeo (DORNELAS 2012 p 102-103)
2217 Plano operacional
Nesta seccedilatildeo devem ser expostas as accedilotildees que a empresa pretende ter na
sua estrateacutegia produtiva e no processo de produccedilatildeo apontando os resultados que
essas accedilotildees teratildeo sobre os criteacuterios de avaliaccedilatildeo dos produtos Deve incluir dados
operacionais atualizados e presumidos como ldquolead time do produto ou serviccedilo
percentual de entregas a tempo rotatividade do inventaacuterio iacutendice de refugo lead time
de desenvolvimento de produto ou serviccedilo etcrdquo (DORNELAS 2012 p 103)
21
2218 Plano de recursos humanos
Devem ser exibidas as propostas de desenvolvimento e treinamento de
pessoal da empresa Esses dados estatildeo pontualmente associados com a
competecircncia da empresa de crescer ldquoespecialmente quando esta atua em um
mercado onde a detenccedilatildeo de tecnologia eacute considerada um fator estrateacutegico de
competitividaderdquo (DORNELAS 2012 p 103)
2219 Anaacutelise de mercado
Nesta seccedilatildeo o responsaacutevel pelo plano de negoacutecios deve deixar claro que os
executivos da empresa entendem perfeitamente o mercado consumidor do seu
produto ou serviccedilo (atraveacutes de pesquisa de mercado) como estaacute segmentado
crescimento do mercado atributos do consumidor anaacutelise da concorrecircncia qual a sua
fatia de mercado e dos concorrentes etc (DORNELAS 2012 p 103)
22110 Estrateacutegia de marketing
Deve ser apresentado o objetivo da empresa para vender seu produtoserviccedilo
e consolidar seus clientes e ampliar sua demanda Deve ser informada sua estrateacutegia
de venda especificidades do produtoserviccedilo preccedilos puacuteblico-alvo canais de
distribuiccedilatildeo projeccedilatildeo das vendas (DORNELAS 2012 p 103)
22
22111 Plano financeiro
Na seccedilatildeo financeira deve mostrar em nuacutemeros todas as accedilotildees planejadas
para a empresa e suas evidecircncias por meio de projeccedilotildees futuras para um negoacutecio
bem sucedido
Deve conter demonstrativo de fluxo de caixa com horizonte de pelo menos trecircs anos balanccedilo patrimonial anaacutelise do ponto de equiliacutebrio necessidades de investimento demonstrativos de resultados anaacutelise de indicadores financeiros do negoacutecio como faturamento previsto margem prevista prazo de retorno sobre o investimento inicial (payback) taxa interna de retorno (TIR) etc (DORNELAS 2012 p 103-104)
22112 Anexos
Nesta seccedilatildeo deve incluir todos os dados considerados importantes para
melhor compreensatildeo do plano de negoacutecios O que natildeo pode ser deixado de anexar eacute
o curriculum vitae dos soacutecios da empresa (DORNELAS 2012 p 104)
23 VIABILIDADE ECONOcircMICO-FINANCEIRA
Analisar o empreendimento economicamente para verificar se o projeto eacute
viaacutevel e lucrativo ou natildeo eacute uma das decisotildees fundamentais de qualquer
empreendedor
A anaacutelise de investimento eacute um mecanismo aacutegil praacutetico e seguro que ajuda
profissionais de inuacutemeras aacutereas no processo de anaacutelise de tomada de decisotildees
financeiras (REBELATTO p 141)
Lapponi (2007 p 123) afirma que
O objetivo da decisatildeo de investimento ou do orccedilamento de capital eacute maximizar o valor da empresa A decisatildeo de alocaccedilatildeo do capital em projeto de investimento eacute fundamental para o sucesso pois os recursos da empresa
23
satildeo comprometidos por longo tempo na direccedilatildeo de seu futuro desejado e isso envolve um grande esforccedilo de tempo e de gerenciamento Cada projeto aprovado eacute um desembolso realizado pela empresa coma expectativa de obter benefiacutecios futuros quantificados pela geraccedilatildeo de um fluxo de retornos adequados em geral por um prazo maior do que um ano
A carecircncia de recursos financeiros diante das muitas necessidades faz com
que seja crucial aperfeiccediloar sua utilizaccedilatildeo A anaacutelise antecipada de investimento
possibilita que se racionalize a forma como os recursos de capital satildeo utilizados
(REBELATTO 2004 p 141)
Para analisar a viabilidade de um projeto economicamente eacute necessaacuterio reunir
uma seacuterie de informaccedilotildees e de dados que precisam ser organizados para atingir seu
objetivo final que eacute o de facilitar a tomada de decisatildeo Vale salientar que o projeto
deve ser um documento que tenha a capacidade de mostrar de uma maneira loacutegica a
visatildeo estrateacutegica do negoacutecio (MACHADO 2002 p 144)
231 Fluxo de caixa
O fluxo de caixa eacute o melhor guia para uma administraccedilatildeo financeira eficiente
de qualquer negoacutecio
O fluxo de caixa eacute a reproduccedilatildeo graacutefica de uma movimentaccedilatildeo financeira ldquoAs
movimentaccedilotildees monetaacuterias satildeo identificadas temporalmente por meio de um conjunto
de entradas e saiacutedas de caixa definido como diagrama de fluxo de caixardquo Essa
representaccedilatildeo proporciona a visualizaccedilatildeo em diferentes momentos com o que estaacute
ocorrendo com o capital (REBELATTO 2004 p 150)
ldquoA identificaccedilatildeo e a quantificaccedilatildeo das estimativas relevantes do projeto satildeo o
iniacutecio da construccedilatildeo do fluxo de caixa do projeto para empresa em funcionamentordquo
(LAPPONI 2007 p 347)
O fluxo de caixa eacute um composto de entradas e saiacutedas de valores monetaacuterios
(dinheiro) no decorrer de um determinado periacuteodo Bem como evidenciar uma opccedilatildeo
possiacutevel de transaccedilotildees financeiras ou seja pagamentos agrave vista pagamentos a prazo
tiacutetulos originais etc (REBELATTO 2004 p 151)
24
232 Valor Presente Liacutequido (VPL)
ldquoO Valor presente liacutequido (VPL) ou valor atual liacutequido (VAL) eacute o valor atual das
entradas de caixa (retornos de capital esperados) incluindo o valor residual (se
houver) menos o valor atual das saiacutedas de caixardquo (REBELATTO 2004 p 214)
A foacutermula para chegar ao VPL eacute (LAPPONI 2007 p 125)
119881119875119871 = minus119868 +119865119862
(1 + 119870)119899
Onde
I= custo inicial ou desembolso inicial
FC= fluxo de caixa
K= taxa requerida
n= prazo de anaacutelise
Rebelatto (2004 p214) afirma que os paracircmetros para que o projeto seja
aceito se refere ao valor presente liacutequido (VPL)
VPLgt0 o projeto eacute aceito
VPLlt0 o projeto eacute rejeitado
VPL=0 o projeto pode ser aceito ou natildeo pois natildeo cria e nem destroacutei
valor para empresa
Para Lapponi (2007 p 134-135) as principais vantagens do VPL satildeo
Considera o fluxo de caixa do projeto na sua totalidade
Considera o valor monetaacuterio (dinheiro) no tempo
Tem a capacidade de medir o valor criado ou destruiacutedo pelo projeto
Pode ser utilizado na avaliaccedilatildeo do projeto independentemente do tipo de
fluxo de caixa utilizado
Seleciona o projeto mais viaacutevel economicamente
25
233 Taxa Interna de Retorno (TIR)
ldquoTaxa Interna de Retorno (TIR) eacute a taxa de desconto que torna o valor atual
liacutequido (VAL) do investimento igual a zero Tambeacutem eacute chamada de taxa interna efetiva
de rentabilidaderdquo (REBELATTO 2004 p 217)
No projeto do tipo simples com o aumento da taxa requerida o VPL do projeto tende ao valor do custo inicial pois o VPL eacute uma funccedilatildeo decrescente da taxa requerida Portanto a decisatildeo com o meacutetodo TIR somente deve ser feita em projetos simples que garantem a existecircncia de uma uacutenica TIRgt -100 Nos outros tipos de fluxo de caixa em geral o meacutetodo da TIR natildeo deve ser utilizado pois haacute a possibilidade de muacuteltiplas TIRs Sendo a TIR a taxa de juro que zera o VPL do projeto simples para qualquer taxa requerida K menor que a TIR o VPL seraacute positivo e para qualquer taxa requerida K maior que a TIR o VPL seraacute negativo (LAPPONI 2007 p 175-176)
Rebelatto (2004 p 217) complementa afirmando que a TIR eacute um meacutetodo
aprimorado de anaacutelise de investimento sendo possivelmente uma das mais usadas
para avaliar projetos econocircmicos A TIR deve ser comparada com a taxa miacutenima de
atratividade (TMA) para analisar se o projeto seraacute aceito ou natildeo
Sendo assim Lapponi (2007 p 176) considera que
Se TIR gt TMA o projeto deve ser aceito pois eacute economicamente viaacutevel
Se TIR lt TMA o projeto deve ser recusado pois eacute economicamente
inviaacutevel
Se TIR = TMA eacute indiferente investir no projeto pois o mesmo natildeo criaraacute
e nem destruiraacute valor da empresa
ldquoA grande vantagem da TIR como indicador de decisatildeo eacute que prescinde de
informaccedilotildees externas ao projeto Tudo que o analista necessita eacute conhecer o perfil do
projeto e alguma ideia de magnitude da taxa de jurosrdquo (MACHADO 2002 p 127)
26
234 Periacuteodo de retorno de investimento (Payback)
ldquoO payback eacute o periacuteodo de tempo em que ocorre o retorno do investimento
Calculado no fluxo de caixa de vida uacutetil de dez anos o payback apresenta-se de vaacuterias
maneiras para cada tipo de empresardquo (BRITO 2003 p 51)
Uma empresa pode nomear o payback como um dos paracircmetros para escolha
de um projeto a fim de minimizar seus riscos Mesmo sendo esse um meacutetodo faacutecil e
simples na praacutetica eacute um dos mais utilizados para efetuar a mediccedilatildeo econocircmica de um
projeto (REBELATTO 2004 p 230)
Segundo Rebelatto (2004 p 231) a foacutermula baacutesica que demonstra o caacutelculo
do payback em fluxos de caixas regulares eacute
PB =I0
FC
Onde
PB= Payback
I0= Investimento inicial
FC= Fluxo de caixa regular
Para executar o meacutetodo payback eacute crucial estabelecer o tempo maacuteximo de
toleracircncia TMT para resgatar o custo inicial ldquoPara decidir se o projeto deve ser aceito
o payback deve ser comparado com o valor de referecircncia TMT de forma querdquo
(LAPPONI 2007 p 245)
Se PB lt TMT o projeto deve ser aceito
Se PB gt TMT o projeto deve ser recusado
A principal vantagem para utilizaccedilatildeo do meacutetodo payback eacute que ele reflete a
liquidez do projeto e por consequecircncia eacute possiacutevel efetuar a avaliaccedilatildeo do risco de natildeo
recuperar o investimento (REBELATTO 2004 p 230)
27
3 METODOLOGIA
Este capiacutetulo tem por objetivo descrever os procedimentos e teacutecnicas
utilizados na pesquisa considerando o problema e aos objetivos gerais e especiacuteficos
Para a execuccedilatildeo da revisatildeo bibliograacutefica realizada neste estudo foi utilizado
livros de especialistas na aacuterea os principais temas abordados foram o
empreendedorismo que eacute um assunto chave quando surge uma ideia para um novo
negoacutecio plano de negoacutecios que eacute um elemento fundamental para o sucesso ou
fracasso de um empreendimento e a viabilidade econocircmico-financeira tema
fundamental visto que o objetivo geral da pesquisa eacute mensurar se a mesma eacute viaacutevel
ou natildeo economicamente
Foi elaborada uma anaacutelise de mercado que estaacute disponiacutevel no item 41 deste
estudo atraveacutes da mesma foi identificado que os principais clientes satildeo das classes
A e B de Curitiba regiatildeo metropolitana no item 42 foi efetuado um levantamento do
tamanho do negoacutecio onde foi definida a capacidade produtiva o investimento inicial e
a localizaccedilatildeo do empreendimento no item 44foi elaborado o fluxo de caixa que
demonstra as previsotildees financeiras do periacuteodo de 5 anos o meacutetodo utilizado para
elaborar a pesquisa foi um estudo de caso de natureza exploratoacuteria quantitativa e
anaacutelise documental
O estudo de caso eacute evidenciado por um estudo minucioso e cansativo de um
ou poucos objetivos desta forma propicia um vasto e detalhado conhecimento sobre
o assunto uma missatildeo praticamente impossiacutevel mediante as outras maneiras de
delineamentos consideradas (GIL 2008 p 57-58)
Prodanov e Freitas (2013 p60) afirmam que o estudo de caso consiste em
recolher e analisar dados sobre determinado indiviacuteduo famiacutelia grupo ou comunidade
com a finalidade de estudar diferentes aspectos das suas vidas conforme o assunto
da pesquisa
Jaacute as pesquisas exploratoacuterias satildeo definidas por Gil (2008 p 27) como as que
Tecircm como principal finalidade desenvolver esclarecer e modificar conceitos e ideias tendo em vista a formulaccedilatildeo de problemas mais precisos ou hipoacuteteses pesquisaacuteveis para estudos posteriores De todos os tipos de pesquisa estas satildeo as que apresentam menor rigidez no planejamento Habitualmente envolvem levantamento bibliograacutefico e documental entrevistas natildeo padronizadas e estudos de caso
28
A pesquisa quantitativa ldquoconsidera que tudo pode ser quantificaacutevel o que
significa traduzir em nuacutemeros opiniotildees e informaccedilotildees para classificaacute-las e analisaacute-lasrdquo
Eacute necessaacuteria a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas estatiacutesticas tais como porcentagem meacutedia
moda desvio-padratildeo coeficiente de correlaccedilatildeo etc (PRODANOV FREITAS 2013
p 69)
Muitos dados que satildeo utilizados em pesquisas satildeo adquiridos indiretamente
por meio de documentosrdquo como livros jornais papeacuteis oficiais registros estatiacutesticos
fotos discos filmes e viacutedeos que satildeo obtidos de maneira indiretardquo Essas fontes
documentais tecircm a capacidade de disponibilizar ao pesquisador um grande nuacutemero
de informaccedilotildees com bastante qualidade para evitar a perda de tempo (GIL 2008 p
147)
Este modelo de pesquisa foi utilizado para definir os principais clientes quais
os produtos que seratildeo vendidos a capacidade produtiva assim como a viabilidade
econocircmico-financeira e operacional do negoacutecio
29
4 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES
41 ANAacuteLISE DE MERCADO
Woiler e Mathias (1994 p41) e Rebelatto (2004 p01) afirmam que a anaacutelise
de mercado eacute um dos pontos mais relevantes para elaboraccedilatildeo de um projeto Atraveacutes
do estudo do mercado obtemos muitas informaccedilotildees tais como
Fazendo a comparaccedilatildeo entre demanda e a oferta encontramos a
possiacutevel escassez da demanda futura Esse resultado proporcionaraacute
informaccedilotildees para que seja definida a escala de produccedilatildeo do projeto
A regiatildeo geograacutefica em que o produto pode ser vendido eacute um dos pontos
mais significativos para que seja definida a localizaccedilatildeo do empreendimento
O preccedilo de venda os custos de comercializaccedilatildeo e os estoques nos
canais de comercializaccedilatildeo satildeo informaccedilotildees relevantes para que seja
elaborada a projeccedilatildeo do projeto
Vale salientar que esses satildeo apenas alguns elementos importantes que eacute
possiacutevel identificar na anaacutelise de mercado existe muitos outros dados que satildeo obtidos
com a mesma
411 Mercado consumidor
ldquoTodas as decisotildees relacionadas a novos empreendimentos contecircm certo
grau de incerteza tanto no que diz respeito agrave informaccedilatildeo na qual as decisotildees estatildeo
baseadas como no que diz respeito agraves suas consequecircnciasrdquo (SEBRAE)
Chiavenato acredita que os clientes tecircm a capacidade de alavancar ou
derrubar um empreendimento ldquoUm cliente pode ser uma organizaccedilatildeo uma empresa
um usuaacuterio dos produtosserviccedilos ou um consumidor finalrdquo Eacute quem adquiri os
produtosserviccedilos ofertados pela organizaccedilatildeo no final da cadeia de transaccedilotildees Eacute ele
que estabelece direta ou indiretamente se o empreendimento teraacute ecircxito ou natildeo Por
30
isso o cliente deve ser considerado como o principal patrimocircnio da empresa (2007
p 207)
Segundo dados do censo 2010 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e
estatiacutestica) dos 576190 (quinhentos e setenta e seis mil cento e noventa) domiciacutelios
de Curitiba 292965 (duzentos e noventa e dois mil novecentos e sessenta e cinco)
possuem renda de mais de 5 a mais de 20 salaacuterios miacutenimos sendo assim cerca de
5085 dos domiciacutelios curitibanos estatildeo enquadrados nas classes A e B Ainda
segundo o IBGE cerca de 137922 (cento e trinta e sete mil novecentos e vinte e dois)
domiciacutelios curitibanos tecircm renda de mais de 10 salaacuterios miacutenimos o que representa
uma meacutedia de 24 dos domiciacutelios de Curitiba
Mais de 249000 (duzentos e quarenta e nove mil) pessoas que residem em
Curitiba cerca de 1423 da populaccedilatildeo tem rendimento mensal de mais de 5 salaacuterios
miacutenimos conforme Tabela 1
TABELA 1 - RESULTADOS DA AMOSTRA - RENDIMENTO POR PESSOA EM CURITIBA
Quantidade de pessoas Salaacuterios miacutenimos
153011 Mais de 5 a 10 salaacuterios miacutenimos
38692 Mais de 10 a 15 salaacuterios miacutenimos
25427 Mais de 15 a 20 salaacuterios miacutenimos
18264 Mais de 20 a 30 salaacuterios miacutenimos
13791 Mais de 30 salaacuterios miacutenimos
FONTE IBGE - CENSO DEMOGRAacuteFICO 2010
Curitiba possui uma populaccedilatildeo de mais de 1750000 (um milhatildeo setecentos
e cinquenta mil habitantes) segundo censo IBGE 2010 sendo que 932000
(novecentos e trinta e dois mil) pessoas com o estado civil de solteiro viuacutevo
divorciado separado judicialmentedesquitado isso mostra que tem muitas pessoas
que podem fazer festas de casamento e necessitar dos produtos que seratildeo ofertados
tais como bolos artiacutesticos doces finos e bem casados
Segundo as estatiacutesticas do registro civil do IBGE ocorreram em Curitiba e
regiatildeo metropolitana no ano 2012 exatamente 18877 (dezoito mil oitocentos e setenta
e sete) casamentos sendo que nos meses de setembro a dezembro foi onde ocorreu
um maior nuacutemero um total de 7828 (sete mil oitocentos e vinte e oito) casamentos o
que representa um total de 4147 dos casamentos ocorrem nesses quatro meses
do ano
31
TABELA 2 - CASAMENTOS POR MEcircS DE REGISTRO SEGUNDO O LUGAR DO REGISTRO ndash 2012
Lugar do registro
Casamentos por mecircs do registro
Total de
registros Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
RM Curitiba 18877 1466 1250 1572 1282 1403 1533 1248 1255 1735 1753 2118 2262
Curitiba 10351 848 692 857 692 724 872 658 658 971 968 1237 1174
FONTE IBGE DIRETORIA DE PESQUISAS COORDENACcedilAtildeO DE POPULACcedilAtildeO E INDICADORES SOCIAIS ESTATIacuteSTICAS DO REGISTRO CIVIL 2012
Nessa perspectiva foi definido que o mercado que a empresa de bolos e doces
finos vai atuar eacute de Curitiba e regiatildeo metropolitana com foco nas pessoas das classes
A e B com estado civil solteiro divorciado separado judicialmentedesquitado e viuacutevo
412 Produtos que seratildeo vendidos
ldquoNo coraccedilatildeo de uma grande marca haacute um grande produto O produto-chave
na oferta ao mercado Liacutederes de mercado geralmente oferecem produtos e serviccedilos
de qualidade superiorrdquo (KOTLER KELLER 2006 p 366)
Os principais produtos fornecidos seratildeo
Bolos artiacutesticos
FOTO1 - BOLO ARTIacuteSTICO FONTE WANDA CARDOSO - BOLOS ARTIacuteSTICOS amp DOCES
32
Bolos de copa
FOTO2 - BOLO DE COPA FONTE ELABORADO PELO AUTOR
FOTO3 - BOLO DE COPA FONTE ELABORADO PELO AUTOR
Naked cake
FOTO4 - NAKED CAKE FONTE DOCES PENEacuteLOPE
33
Doces Tradicionais
FOTO5 - DOCES TRADICIONAIS FONTE ELABORADO PELO AUTOR
Doces Espelhados
FOTO6 - DOCES ESPELHADOS FONTE PRONTO SOCORRO DAS FESTAS
Doces Finos
FOTO 7 - DOCES FINOS FONTE COMPRANDO MEU APE
34
Brigadeiros gourmet
FOTO8 - BRIGADEIROS GOURMET FONTE ELABORADO PELO AUTOR
Tacinhas acriacutelicas
FOTO9 - TACINHAS ACRIacuteLICAS FONTE BUFFET DELIacuteCIAS DA VI
Trufas
FOTO 10 - TRUFAS FONTE FOGAtildeO DA VOVOacute
35
Bombons
FOTO11 - BOMBONS FONTE DALVA GOLDEN GATE
Bem casados
FOTO12 - BEM CASADOS FONTE CASAMENTO SEM ERRO
FOTO13 - BEM CASADOS FONTE CASAMENTO SEM ERRO
36
413 Preccedilo de venda
A definiccedilatildeo do preccedilo dos produtos eacute uma das decisotildees mais relevantes da
organizaccedilatildeo que deve levar em conta a forma como a empresa deseja se posicionar
no mercado os custos a concorrecircncia e a rentabilidade almejada
O preccedilo eacute um dos elementos mais versaacuteteis pode ser modificado rapidamente
ao contraacuterio das propriedades dos produtos dos contratos com canais de distribuiccedilatildeo
e ateacute mesmo das promoccedilotildees O Preccedilo tem tambeacutem a tarefa de mostrar ao mercado o
posicionamento de valor desejado pela empresa para o seu produto ou marca
(KOTLER KELLER 2006 p 428)
A consolidaccedilatildeo dos preccedilos dos produtos seraacute elaborada levando em conta os
custos para se obter os produtos com a qualidade requinte e sofisticaccedilatildeo desejada
com a margem de lucro esperada e se baseando nos preccedilos praticados pela
concorrecircncia
414 Previsatildeo de vendas
Para Chiavenato (2007 p 2013)
A previsatildeo de vendas representa a quantidade de produtosserviccedilos que a empresa pretende vender ou colocar no mercado durante um determinado periacuteodo geralmente um mecircs ou um ano dividido em meses Constitui portanto uma estimativa ou uma expectativa de vendas Pode ser feita em unidades fiacutesicas ou em valores monetaacuterios
A produccedilatildeo vai ser em meacutedia de 5600 doces (doces finos gourmet e bem
casados) e 4 bolos procurando atender em meacutedia 4 eventos por semana e ateacute 16
eventos por mecircs sendo que nos meses de setembro a dezembro essa demanda
aumenta pelo motivo de historicamente ter um nuacutemero maior de casamentos
37
415 Definiccedilatildeo de local de venda dos produtos
ldquoA venda eacute a fase fundamental do processo de vendas Consiste na
transferecircncia do produtoserviccedilo para o cliente ou consumidorrdquo (CHIAVENATO 2007
p 210)
As vendas vatildeo ocorrer atraveacutes de site proacuteprio redes sociais telefone e
pessoalmente natildeo teremos loja fiacutesica apenas um ateliecirc para confecccedilatildeo dos bolos e
doces onde vai conter uma sala anexa na qual vai ser oferecido o serviccedilo de
degustaccedilatildeo com horaacuterios marcados para assim o cliente decidir quais os produtos
seratildeo adquiridos para o seu evento e fechamento de contrato
416 Definiccedilatildeo da demanda e da oferta
Na maior parte das encomendas os clientes solicitam os doces finos e
gourmet que contecircm chocolates frutas oleaginosas tais como castanhas nozes
avelatildes amecircndoas frutas como framboesa morango damasco cerejas e os bem
casados Os bolos mais solicitados satildeo os com decoraccedilatildeo de pasta americana que
deve obrigatoriamente ter recheios mais firmes como ganaches fios de ovos
strogonoff de nozes e os naked cake (bolo pelado) que possuem mais opccedilotildees de
recheios com chocolates frutas diversas e cremes de pacirctisserie
Em contato com algumas empresas que fornecem o mesmo tipo de produto
foi possiacutevel verificar que as encomendas devem ser feitas com antecedecircncia miacutenima
de 6 meses sendo que alguns casos somente com um ano de antecedecircncia para
conseguir na data desejada Esse eacute um dos pontos que mostra que tem espaccedilo
suficiente para entrada nesse mercado
38
417 Concorrentes
Chiavenato (2007 p 33) Kotler e Keller (2006 p 340) afirmam que os
concorrentes satildeo as organizaccedilotildees que competem pelos mesmos fornecedores
clientes e consumidores
ldquoAgrave medida que seus produtosserviccedilos tornam-se mais heterogecircneos tanto
mais heterogecircneos e diferenciados seratildeo seus concorrentes e tanto mais complexa
seraacute a competitividaderdquo (CHIAVENATO 2007 p 33)
Em busca na internet foi possiacutevel identificar que atualmente existe em meacutedia
25 concorrentes reais que oferecem exatamente os mesmos produtos que seratildeo
fornecidos com o mesmo padratildeo de qualidade valor agregado requinte e
sofisticaccedilatildeo Tambeacutem foi detectado mais 14 concorrentes potenciais que vendem
produtos similares aos que seratildeo vendidos poreacutem natildeo possuem o mesmo valor
agregado dos que vatildeo ser ofertados Foi possiacutevel identificar que alguns concorrentes
oferecem somente os doces finos dos quais foram identificados mais 3 concorrentes
reais e 3 concorrentes potenciais E foi detectado que existem concorrentes que
fornecem apenas os bolos artiacutesticos dos quais foi identificado 4 concorrentes reais
todos fornecem os bolos com o mesmo niacutevel de qualidade que seratildeo fornecidos
A tabela 3 mostra a divisatildeo dos concorrentes reais e potenciais que fornecem
bolos e doces por bairro de Curitiba
39
TABELA 3 - CONCORRENTES QUE FORNECEM BOLOS E DOCES POR BAIRRO
Bairro Quantidade de Concorrentes Reais
Quantidade de Concorrentes Potenciais
Aacutegua Verde 4 1
Ahuacute 1
Bairro Alto 2 1
Barreirinha 1
Barreirinha 1
Bom Retiro 1
Campo Comprido 1
Campo Comprido 1
Cidade Industrial 1
Colombo 1
Fazenda Rio Grande 1
Hauer 1
Hugo Lange 1
Mercecircs 1
Novo Mundo 2 1
Novo Mundo 1
Portatildeo 1
Portatildeo 1
Santa Cacircndida 1
Santa Felicidade 1 1
Santo Inaacutecio 1 1
Satildeo Joseacute dos Pinhais 1
Seminaacuterio 1
Sitio Cercado 1
Tarumatilde 1
Vila Izabel 1
Natildeo Informado 1 2
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
418 Forma de divulgaccedilatildeo dos concorrentes
Todas as empresas pesquisadas que fornecem produtos similares aos que
vamos fornecer utilizam sites proacuteprios e as redes sociais para fazer divulgaccedilatildeo dos
seus produtos todas fazem degustaccedilatildeo para os clientes conhecerem os seus
produtos e posteriormente fechar um contrato
40
42 TAMANHO DO NEGOacuteCIO
421 Capacidade produtiva
A capacidade produtiva vai ser para atender ateacute 4 eventos por semana A
produccedilatildeo vai ser de ateacute 5600 doces (doces finos gourmet e bem casados) e 4 bolos
atendendo ateacute 4 eventos por final de semana e ateacute 16 eventos por mecircs sendo que
nos meses de setembro a dezembro essa demanda aumenta pelo motivo de
historicamente ter um nuacutemero maior de casamentos
422 Investimento
Um dos pontos mais relevantes para abertura de uma empresa eacute a
determinaccedilatildeo do capital miacutenimo para dar iniacutecio nas atividades e principalmente como
obter este capital ldquoEacute com o capital inicial que a empresa tem condiccedilotildees de reunir os
recursos empresariais necessaacuterios ao seu funcionamento sejam eles recursos
humanos materiais ou financeirosrdquo A determinaccedilatildeo do capital eacute o que estabelece a
quantidade de recursos empresariais que a empresa tem disponiacutevel Indiscutivelmente
quanto maior for o volume de recursos empresariais mais faacutecil se torna o desempenho
da empresa Quando todos os recursos necessaacuterios para seu funcionamento estatildeo agrave
disposiccedilatildeo a administraccedilatildeo do empreendimento fica mais simples (CHIAVENATO
2007 p84)
Cabe acrescentar que (LAPPONI 2007 p 321)
O custo inicial refere-se aos desembolsos realizados para aquisiccedilatildeo de equipamentos ou outros ativos fixos incluindo o pagamento de fretes seguros instalaccedilotildees despesas operacionais iniciais com materiais e matildeo de obra treinamento de pessoal de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo etc resumindo o custo inicial inclui todos os desembolsos necessaacuterios para adquirir os ativos necessaacuterios e que estejam em condiccedilotildees de operar e gerar as receitas estimadas
41
O empreendimento iniciaraacute suas atividades com capital investido com
recursos proacuteprios da empreendedora
As estimativas de investimento inicial para abertura da empresa foi de
R$5162851 conforme tabela 4
TABELA 4 - INVESTIMENTO INICIAL
Descriccedilatildeo Valor (R$)
Maacutequinas e equipamentos Cozinha R$ 3084878
Utensiacutelios R$ 555075
Moacuteveis para escritoacuterio R$ 268982
Equipamentos de informaacutetica e eletrocircnicos R$ 446204
Outros custos escritoacuterio R$ 48912
Uniformes R$ 155800
Pintura Imoacutevel R$ 500000
Porta de Vidro R$ 103000
Total R$ 5162851
FONTE ELABORADO PELO AUTOR (2015)
423 Localizaccedilatildeo
Seraacute locado um imoacutevel para a instalaccedilatildeo da empresa localizado na Rua Heitor
Baggio Vidal 2508 Bairro Alto Curitiba ndash PR com o valor do aluguel mensal de
R$160000 (mil e seiscentos reais) O espaccedilo interno de 95msup2 seraacute dividido em trecircs
partes a primeira com 20msup2 vai ficar a recepccedilatildeo para receber os clientes efetuar
orccedilamentos e as degustaccedilotildees a segunda com 71msup2 a cozinha industrial onde seratildeo
fabricados os bolos e doces finos e a terceira com 4msup2 o lavabo
42
FOTO14 - FOTO DO IMOacuteVEL ONDE SERAacute INSTALADA A EMPRESA FONTE MP IMOacuteVEIS
424 Entregas
As entregas dos bolos e doces finos seratildeo efetuadas por uma empresa
parceira localizada no Bairro Alto o preccedilo das entregas em Curitiba e regiatildeo
metropolitana variam de R$2400 (vinte e quatro reais) a R$6000 (sessenta reais)
dependendo da localizaccedilatildeo tais valores seratildeo cobrados dos clientes
43 CAPITAL DE GIRO
O capital de giro inicial foi estimado levando em conta que no primeiro ano a
empresa vai produzir 8333 da sua capacidade atendendo em meacutedia 13 ventos
mensalmente sendo assim foram considerados os gastos operacionais necessaacuterios
para o iniacutecio das atividades incluindo o custo fixo mensal e o estoque inicial ambos
multiplicados por 2 e acrescidos de um percentual de 10 de margem de seguranccedila
para despesas natildeo previstas
43
TABELA 5 - CAPITAL DE GIRO
Item Valor (R$)
Estoque Inicial 5144000
Custo Fixo Mensal 3194783
Reserva (10) 833878
Total do Capital de Giro Inicial 9172662
FONTE ELABORDO PELO AUTOR
44 FLUXO DE CAIXA
ldquoFluxo de Caixa eacute um Instrumento de gestatildeo financeira que projeta para
periacuteodos futuros todas as entradas e as saiacutedas de recursos financeiros da empresa
indicando como seraacute o saldo de caixa para o periacuteodo projetadordquo (SEBRAE)
Na tabela 6 eacute apresentada a projeccedilatildeo do Fluxo de Caixa da empresa para os
seus primeiros cinco anos onde fica evidenciado que do primeiro ateacute o quinto ano a
sauacutede financeira da empresa melhora gradativamente sendo que no final do quinto
ano o saldo em caixa ultrapassa os 300 se comparado com o saldo em caixa no
final do primeiro ano
Pode-se observar que natildeo foi inserida no fluxo de caixa a opccedilatildeo de
inadimplecircncia pois todos os pagamentos seratildeo efetuados agrave vista em dinheiro ou
cartatildeo sendo que o pagamento total dos produtos deve ser efetuado no miacutenimo 10
dias antes da data do evento
44
TABELA 6 - PROJECcedilAtildeO DE FLUXO DE CAIXA NOS PRIMEIROS CINCO ANOS
Descriccedilatildeo Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5
Investimento Inicial (5162851)
Capital de Giro (9172662) 9172662
Valor Residual 1548855
Total de entradas 000 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873
Previsatildeo Receitas de vendas 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873
Total de Saiacutedas (14335513) (44888699) (54283425) (59479393) (64738409) (70291804)
(-)Fornecedores (25720000) (33641760) (36669518) (39969775) (43567055)
(-)Folha de pagamento (3267192) (3593911) (3953302) (4348633) (4783496)
(-)Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)
(963216) (1011377) (1061946) (1115043) (1170795)
(-)Retiradas soacutecios (2400000) (2640000) (3432000) (3946800) (4341480)
(-)Impostos s vendas (4654291) (5073177) (5573767) (6075406) (6622192)
(-)Alugueacuteis (1920000) (2016000) (2116800) (2222640) (2333772)
(-)Energia eleacutetrica (840000) (882000) (926100) (972405) (1021025)
(-)Aacutegua (300000) (315000) (330750) (347288) (364652)
(-)Telefone (384000) (403200) (423360) (444528) (466754)
(-)Gaacutes (588000) (617400) (648270) (680684) (714718)
(-)Serviccedilos contabilidade (960000) (1008000) (1058400) (1111320) (1166886)
(-)Manutenccedilatildeo (600000) (630000) (661500) (694575) (729304)
(-)Outras despesas com funcionaacuterios
(1296000) (1405800) (1525590) (1656320) (1799030)
(-)Taxas bancaacuterias (96000) (100800) (105840) (111132) (116689)
(-)Outros pagamentos (900000) (945000) (992250) (1041863) (1093956)
Entradas - Saiacutedas (14335513) 12981301 21410535 23027023 25193585 27734070
Depreciaccedilatildeo 000 (631377) (631377) (631377) (631377) (631377)
Saldo Final (14335513) 12349924 20779158 22395647 24562208 37824209
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
A depreciaccedilatildeo foi calculada considerando o prazo de vida uacutetil meacutedio de 10
anos das maacutequinas equipamentos instalaccedilotildees moacuteveis e utensiacutelios e para os
computadores e perifeacutericos foi considerado o prazo de vida uacutetil de 5 anos conforme
demonstrado na tabela 7
TABELA 7 - DEPRECIACcedilAtildeO
Item Valor Inicial Taxa Anual Depreciaccedilatildeo Anual (R$)
Maacutequinas e equipamentos 3084878 10 308488
Instalaccedilotildees 103000 10 10300
Moacuteveis e Utensiacutelios 824057 10 82406
Computadores e Perifeacutericos 446204 20 89241
Outros 704712 20 140942
Total 631377
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
45
O valor residual dos equipamentos e instalaccedilotildees da empresa no final do quinto
ano foi considerado em 30 referente ao valor de aquisiccedilatildeo dos mesmos no iniacutecio do
projeto
45 ANAacuteLISE DOS INDICADORES (VPL TIR E PAYBACK)
451 Valor Presente Liacutequido (VPL)
A tabela 8 mostra que o VPL (Valor Presente Liacutequido) eacute positivo isso significa
que aleacutem de recuperar o investimento inicial ainda vai ser agregado ao valor da
empresa um montante de R$ R$50392407 (quinhentos e trecircs mil novecentos e vinte
quatro reais e sete centavos)
A taxa de retorno requerida de 20 foi determinada levando em conta o niacutevel
de risco do projeto e visando o valor desejado para se obter em cima do valor
investido
TABELA 8 - CALCULO DO VALOR PRESENTE LIacuteQUIDO (VPL)
Anos FC k 2000
0 -$143355 VPL $50392407
1 $123499 VPL $50392407
2 $207792 VPL $50392407
3 $223956 VPL $21761126
4 $245622 VPL $21761126
5 $378242 Decisatildeo Aceitar o Projeto
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
452 Taxa Interna de Retorno (TIR)
Conforme a tabela 9 eacute possiacutevel verificar que a TIR (Taxa Interna de Retorno)
eacute de 11593 maior que a taxa requerida de 20 isso significa que custo inicial seraacute
46
recuperado e o projeto vai criar valor para empresa mais um resultado favoraacutevel para
a aceitaccedilatildeo do projeto
TABELA 9 - TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR)
Anos FC
0 -$143355 TIR 11593
1 $123499 TIR 2168
2 $207792 TIR 2168
3 $223956 Decisatildeo
4 $245622 k 2000
5 $378242 Aceitar o projeto
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
453 Payback
O tempo de recuperaccedilatildeo do custo inicial ocorre normalmente entre o quarto e
o quinto ano se for feita a anaacutelise da tabela 10 eacute possiacutevel verificar que o tempo
necessaacuterio para o retorno do investimento (payback) do projeto eacute de 128 anos este
indicador mostra claramente que o projeto deve ser aceito pois o tempo de retorno
estaacute bem abaixo do tempo meacutedio dos empreendimentos como um todo
TABELA 10 - PAYBACK
k 20
Anos FC SPresente
0 -$143355 -$143355 PBD-SP = 128
1 $123499 -$40439 128
2 $207792 $103861
3 $223956 $233465
4 $245622 $351917
5 $378242 $503924
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
47
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Para iniciar um negoacutecio requer muito mais do que apenas o espiacuterito
empreendedor eacute necessaacuterio ter lideranccedila conhecimento sobre o mercado que deseja
atuar organizaccedilatildeo e principalmente planejamento
O principal objetivo desse estudo foi analisar a viabilidade econocircmico-
financeira da abertura de uma empresa de bolos e doces finos no Bairro Alto em
Curitiba
O objetivo apresentado nesta pesquisa foi atingido pois todos os indicadores
analisados mostram com clareza que empresa obteacutem resultados positivos que criam
valor para a mesma e com isso o projeto eacute viaacutevel economicamente pois do primeiro
ao quinto ano fica visiacutevel o crescimento do empreendimento e a melhora significativa
da sua sauacutede financeira isso fica evidenciado no saldo final em caixa no quinto ano
que chega proacuteximo haacute 400 mil reais Apesar disso eacute crucial o acompanhamento do
mercado para seguir as tendecircncias e se atualizar constantemente para tomar
decisotildees mais assertivas
Um negoacutecio mal avaliado pode arruinar a estabilidade econocircmica do
investidor por isso eacute de extrema importacircncia fazer todos os levantamentos de custos
antes de se aventurar em qualquer empreendimento
Eacute possiacutevel comprovar que a pesquisa realizada contribui positivamente para
abertura da empresa No entanto as informaccedilotildees aqui presentes natildeo satildeo estaacuteticas e
devem ser revisadas periodicamente e se preciso ateacute mesmo ampliadas no decorrer
da implantaccedilatildeo do projeto para que o mesmo seja uma ferramenta eficiente e eficaz
no desenvolvimento da empresa como um todo
48
REFEREcircNCIAS
BRITO Paulo Anaacutelise e viabilidade de projetos de investimento Satildeo Paulo Atlas 2003 DOLABELA Fernando O segredo de Luiacutesa 30 ed Satildeo Paulo Editora de Cultura 2006 DORNELAS Joseacute Carlos Assis Empreendedorismo transformando ideias em negoacutecios 4 ed Rio de Janeiro Campus Elsevier 2012 CENSO Demograacutefico 2010 Resultados gerais da amostra Curitiba IBGE 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=410690ampidtema=87ampsearch=parana|curitiba|censo-demografico-2010-resultados-gerais-da-amostra-gt Acesso em 21 de Junho de 2015 CHIAVENATO Idalberto Empreendedorismo dando asas ao espiacuterito empreendedor empreendedorismo e a viabilidade de novas empresas um guia eficiente para iniciar e tocar seu proacuteprio negoacutecio 2 ed Satildeo Paulo Saraiva 2007 ESTATIacuteSTICAS do registro civil 2012 Curitiba IBGE 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaoregistrocivil2012default_xlsshtmgt Acesso em 21 de Junho de 2015 GIL Antonio Carlos Meacutetodos e teacutecnicas de pesquisa social 6 ed Satildeo Paulo Atlas 2008 KOTLER Philip KELLER Kevin Lane Administraccedilatildeo de Marketing 12 ed Satildeo Paulo ABDR 2006 LAPPONI Juan Carlos Projetos de Investimento na Empresa Rio de Janeiro Elsevier 2007 MACHADO Jesseacute Anderson Pinto Projetos Econocircmicos uma abordagem praacutetica de elaboraccedilatildeo Satildeo Paulo Nobel 2002 MICHEL Maria Helena Metodologia e pesquisa cientiacutefica em ciecircncias sociais 2 ed Satildeo Paulo Atlas 2009 OLIVEIRA Djalma de Pinho Rebouccedilas de Planejamento estrateacutegico conceitos metodologia e praacuteticas 20 ed Satildeo Paulo Atlas 2004 PRODANOV Cleber Cristiano ERNANI Cesar de Freitas Metodologia do trabalho cientiacutefico meacutetodo e teacutecnicas da pesquisa e do trabalho acadecircmico 2 ed Novo Hamburgo Freevale 2013
49
REBELATTO Dayse Projeto de Investimento 1 ed Barueri Manole 2004 SEBRAE Pesquisa de Mercado o que eacute e para que serve Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrsitesPortalSebraeartigosPesquisa-de-mercado-o-que-C3A9-e-para-que-servegt Acesso em 21 de Junho de 2015 SEBRAE Fluxo de caixa Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrSebraePortal20SebraeAnexos0_fluxo-de-caixapdfgt Acesso em 10 de Outubro de 2015 WILDAUER Egon Walter Plano de negoacutecios elementos construtivos e processos de elaboraccedilatildeo 2 ed Curitiba Ibpex 2011 WOILER Samsatildeo MATHIAS Washington Franco Projetos planejamento elaboraccedilatildeo anaacutelise 1 ed Satildeo Paulo Atlas 1994
50
APEcircNDICES
APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL 51
APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS 52
APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL 52
51
APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL
Item Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5
Aacutegua 25000 26250 27563 28941 30388
Aluguel 160000 168000 176400 185220 194481
Assessoria Contaacutebil 80000 84000 88200 92610 97241
Gaacutes 49000 51450 54023 56724 59560
Impostos 387858 422765 464481 506284 551849
Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)
80268 84281 88495 92920 97566
Energia eleacutetrica 70000 73500 77175 81034 85085
Manutenccedilatildeo 50000 52500 55125 57881 60775
Material de escritoacuterio 20000 21000 22050 23153 24310
Material de Limpeza 40000 42000 44100 46305 48620
Folha de pagamento 272266 299493 329442 362386 398625
Seguros 15000 15750 16538 17364 18233
Telefone fixointernet 20000 21000 22050 23153 24310
Telefone Moacutevel 12000 12600 13230 13892 14586
Vale Refeiccedilatildeo 75000 82500 90750 99825 109808
Vale Transporte 33000 34650 36383 38202 40112
Proacute- labore 200000 220000 286000 328900 361790
Taxas Bancaacuterias 8000 8400 8820 9261 9724
Total R$ 1597392 R$ 1720139 R$ 1900823 R$ 2064053 R$ 2227062
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
52
APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS
Item
Produccedilatildeo mensal meacutedia
Custo unitaacuterio total
Sugestatildeo Preccedilo de venda
Custo Mensal Total
Receita de vendas
Bolos artiacutesticos (recheios diversos) 150 6000 13500 900000 2025000
Bolos de copa (recheios diversos) 30 3600 8100 108000 243000
Naked cake (recheios diversos) 60 4200 9450 252000 567000
Doces Tradicionais 32 3500 7875 112000 252000
Doces Espelhados 32 5000 11250 160000 360000
Doces Finos 32 7500 16875 240000 540000
Brigadeiros gourmet 16 4500 10125 72000 162000
Tacinhas acriacutelicas 16 5500 12375 88000 198000
Trufas 32 5000 11250 160000 360000
Bombons 32 5000 11250 160000 360000
Bem casados 3200 100 225 320000 720000
Custo produccedilatildeo Total 2572000
Receita Total 5787000
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL
Ano Receita Bruta Variaccedilatildeo anual
Ano 1 000
Ano 2 69444000 9
Ano 3 75693960 9
Ano 4 82506416 9
Ano 5 89931994 9
Valor considerando a inflaccedilatildeo de 9 aa
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
6
LISTA DE ILUSTRACcedilOtildeES
FOTO 1 - BOLO ARTIacuteSTICO 31
FOTO 2 - BOLO DE COPA 32
FOTO 3 - BOLO DE COPA 32
FOTO 4 - NAKED CAKE 32
FOTO 5 - DOCES TRADICIONAIS 33
FOTO 6 - DOCES ESPELHADOS 33
FOTO 7 - DOCES FINOS 33
FOTO 8 - BRIGADEIROS GOURMET 34
FOTO 9 - TACINHAS ACRIacuteLICAS 34
FOTO 10 - TRUFAS 34
FOTO 11 - BOMBONS 35
FOTO 12 - BEM CASADOS 35
FOTO 13 - BEM CASADOS 35
FOTO 14 - FOTO DO IMOacuteVEL ONDE SERAacute INSTALADA A EMPRESA 42
7
LISTA DE TABELAS
TABELA 1 - RESULTADOS DA AMOSTRA - RENDIMENTO POR PESSOA EM
CURITIBA 30
TABELA 2 - CASAMENTOS POR MEcircS DE REGISTRO SEGUNDO O LUGAR DO
REGISTRO ndash 2012 31
TABELA 3 - CONCORRENTES QUE FORNECEM BOLOS E DOCES POR BAIRRO
39
TABELA 4 - INVESTIMENTO INICIAL 41
TABELA 5 - CAPITAL DE GIRO 43
TABELA 6 - PROJECcedilAtildeO DE FLUXO DE CAIXA NOS PRIMEIROS CINCO ANOS 44
TABELA 7 - DEPRECIACcedilAtildeO 44
TABELA 8 - CALCULO DO VALOR PRESENTE LIacuteQUIDO (VPL) 45
TABELA 9 - TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR) 46
TABELA 10 - PAYBACK 46
8
LISTA DE ABREVIATURAS EOU SILGAS
IBGE ndash Instituro Brasileiro de Geograacutefia e Estatiacutestica
PIB ndash Produto Interno Bruto
SEBRAE ndash Serviccedilo Brasileiro de Apoio agraves Micro e Pequenas Empresas
TIR ndash Taxa Interna de Retorno
TMA ndash Taxa Miacutenima de Atratividade
TMT ndash Taxa Miacutenima de Toleracircncia
VAL ndash Valor Atual liacutequido
VPL ndash Valor presente liacutequido
9
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO 11
11 PROBLEMA 12
12 OBJETIVO GERAL 12
13 OBJETIVOS ESPECIacuteFICOS 12
2 REFERENCIAL TEOacuteRICO 13
21 EMPREENDEDORISMO 13
211 Caracteriacutesticas e perfil do empreendedor 15
22 PLANO DE NEGOacuteCIOS 16
221 Estrutura do plano de negoacutecios 18
2211 Capa 18
2212 Sumaacuterio 19
2213 Sumaacuterio executivo 19
2214 Anaacutelise estrateacutegica 19
2215 Descriccedilatildeo da empresa 20
2216 Produtos e serviccedilos 20
2217 Plano operacional 20
2218 Plano de recursos humanos 21
2219 Anaacutelise de mercado 21
22110 Estrateacutegia de marketing 21
22111 Plano financeiro 22
22112 Anexos 22
23 VIABILIDADE ECONOcircMICO-FINANCEIRA 22
231 Fluxo de caixa 23
232 Valor Presente Liacutequido (VPL) 24
233 Taxa Interna de Retorno (TIR) 25
234 Periacuteodo de retorno de investimento (Payback) 26
3 METODOLOGIA 27
4 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES 29
41 ANAacuteLISE DE MERCADO 29
411 Mercado consumidor 29
10
412 Produtos que seratildeo vendidos 31
413 Preccedilo de venda 36
414 Previsatildeo de vendas 36
415 Definiccedilatildeo de local de venda dos produtos 37
416 Definiccedilatildeo da demanda e da oferta 37
417 Concorrentes 38
418 Forma de divulgaccedilatildeo dos concorrentes 39
42 TAMANHO DO NEGOacuteCIO 40
421 Capacidade produtiva 40
422 Investimento 40
423 Localizaccedilatildeo 41
424 Entregas 42
43 CAPITAL DE GIRO 42
44 FLUXO DE CAIXA 43
45 ANAacuteLISE DOS INDICADORES (VPL TIR E PAYBACK) 45
451 Valor Presente Liacutequido (VPL) 45
452 Taxa Interna de Retorno (TIR) 45
453 Payback 46
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 47
REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS 48
APEcircNDICES 50
11
1 INTRODUCcedilAtildeO
Quando surge uma ideia e eacute possiacutevel identificar nela uma oportunidade eacute o
iniacutecio para a criaccedilatildeo de um negoacutecio
Qualquer empreendimento para ter ecircxito seja ele industrial comercial ou de
serviccedilos depende de inuacutemeras decisotildees que o empreendedor precisa tomar antes de
iniciaacute-lo Uma das decisotildees fundamentais eacute analisar o empreendimento
economicamente para verificar se o projeto vai ser viaacutevel e lucrativo ou natildeo poreacutem
antes das decisotildees surgem agraves duacutevidas e incertezas como qual o ponto de partida
Qual deve ser o capital investido inicialmente Quais produtos seratildeo fabricados
Onde seratildeo vendidos
Para abertura de uma empresa de bolos e doces finos em Curitiba os
questionamentos satildeo os mesmos e para conseguir as respostas para todos esses
questionamentos que andam lado a lado com todos os empreendedores quando
surge a ideia de um novo negoacutecio eacute essencial a construccedilatildeo de um plano de negoacutecios
e principalmente efetuar uma anaacutelise de viabilidade econocircmico-financeira bem
estruturada que traga informaccedilotildees fundamentais para tomar decisotildees mais assertivas
No decorrer desta pesquisa foi possiacutevel responder haacute cada um destes
questionamentos por meio da anaacutelise de mercado definiccedilatildeo do tamanho do negoacutecio
fluxo de caixa e a anaacutelise dos indicadores que estatildeo dispostos no capiacutetulo 4 deste
estudo
Dornelas (2012 p 93) afirma que ldquoum negoacutecio bem planejado teraacute mais
chances de sucesso do que aquele sem planejamento na mesma igualdade de
condiccedilotildeesrdquo
Diante deste contexto a proposta deste projeto eacute analisar a viabilidade
econocircmico-financeira da abertura de uma empresa de bolos e doces finos localizada
no Bairro Alto em Curitiba
12
11 PROBLEMA
Qual a viabilidade econocircmico-financeira da abertura de uma empresa de
bolos e doces finos em Curitiba
12 OBJETIVO GERAL
Investigar qual a viabilidade da implantaccedilatildeo de uma empresa de bolos e
doces finos em Curitiba
13 OBJETIVOS ESPECIacuteFICOS
Elaborar uma anaacutelise do mercado de bolos e doces finos em Curitiba
Definir quais os produtos seratildeo vendidos
Definir a capacidade produtiva
Analisar a viabilidade econocircmico-financeira do negoacutecio
13
2 REFERENCIAL TEOacuteRICO
21 EMPREENDEDORISMO
Um projeto empreendedor se torna possiacutevel apenas se o dono da ideia estiver
disposto a assumir todas as responsabilidades e exigecircncias de abrir um negoacutecio que
sem duacutevida passaraacute a ser seu projeto de vida
Para Dolabela (2006 sn)
Se considerarmos que as empresas quase sempre comeccedilam pequenas isso chega a ser um paradoxo Principalmente porque no mundo de hoje as pequenas empresas constituem a principal fonte de empregos e satildeo responsaacuteveis em muitos paiacuteses por mais de 50 do produto interno bruto (PIB) e pelo maior volume de exportaccedilotildees aleacutem de serem as maiores geradoras de inovaccedilotildees tecnoloacutegicas desde a Segunda Guerra Mundial
Eacute possiacutevel definir empreendedorismo comordquo a capacidade que uma pessoa
possui de formular uma ideia sobre determinado produto ou serviccedilo em um mercado
seja essa ideia nova ou natildeordquo (WILDAUER 2011 p25)
Cabe acrescentar que o empreendedorismo natildeo se refere apenas a pequenos
negoacutecios e empreendimentos novos ldquoNatildeo aborda apenas a criaccedilatildeo de novos
produtos ou serviccedilos mas sim inovaccedilotildees em todos os acircmbitos do negoacuteciordquo
(CHIAVENATO 2007 p261)
Segundo Dolabela (2006 sn) se analisarmos a natureza do
empreendedorismo eacute possiacutevel observar que
A Todas as pessoas nascem empreendedoras Os humanos satildeo
empreendedores
B Empreendedorismo natildeo eacute um assunto atual existe desde a primeira
accedilatildeo inovadora com a finalidade de aperfeiccediloar as relaccedilotildees entre os homens
C Natildeo eacute apenas um fato econocircmico mas tambeacutem social
D O empreendedor estaacute em qualquer lugar natildeo apenas nas pessoas que
abrem seu proacuteprio negoacutecio
E O empreendedorismo eacute uma demonstraccedilatildeo da liberdade humana
14
F Natildeo eacute um acontecimento pessoal e nem uma habilidade que poucas
pessoas possuem eacute algo puacuteblico
G Natildeo existe a possibilidade de fazer transferecircncia de conhecimentos
empreendedores ndash ldquoao contraacuterio do que acontece por exemplo em uma aula
de geografia porque o empreendedorismo natildeo eacute um conteuacutedo cognitivo
convencionalrdquo Nesse entendimento natildeo existe a possibilidade de ensinar
mas eacute possiacutevel aprender a ser empreendedor por meio de um sistema de
ensino bem diferente do tradicional
H Eacute um assunto global e natildeo caracteriacutestico ou complementar E deve ser
apresentado na educaccedilatildeo baacutesica
I O princiacutepio do empreendedorismo e a cidadania O que por sua vez ldquoVisa
agrave construccedilatildeo do bem-estar coletivo do espiacuterito comunitaacuterio da cooperaccedilatildeo
Antes de ser aluno o estudante deve ser considerado um cidadatildeordquo
J Natildeo existe a possibilidade de definir se uma pessoa vai ter sucesso
como empreendedor
Vale enfatizar que o empreendedorismo eacute a envoltura de pessoas e
processos que juntas transformam ideias em oportunidades E a correta efetivaccedilatildeo
destas oportunidades ocasiona a criaccedilatildeo de um negoacutecio bem sucedido (DORNELAS
2012 p 28)
Chiavenato (2007 p 22) e Dornelas (2012 p29) defendem a ideia de que
1 O empreendedorismo abrange todo o processo para criar algo novo que
possua valor e seja valorizado pelo mercado
2 Que o empreendedorismo requer doaccedilatildeo disponibilidade de tempo e
vigor para tornar o novo empreendimento em um negoacutecio de sucesso
3 O empreendedorismo demanda coragem aceitaccedilatildeo de riscos
calculados e decisotildees analiacuteticas e ter flexibilidade com os obstaacuteculos falhas
e fracassos
Eacute possiacutevel concluir que o empreendedorismo eacute um fato cultural isto eacute
consequecircncia de haacutebitos accedilotildees e valores pessoais ldquoExistem famiacutelias (assim como
cidades regiotildees e paiacuteses) mais empreendedoras do que outrasrdquo A pessoa
desenvolve o empreendedorismo no conviacutevio com outros empreendedores num local
onde a possibilidade de ter o proacuteprio negoacutecio eacute visto como algo muito bom
(DOLABELA 2006 sn)
15
Diante disso natildeo eacute possiacutevel falar de empreendedorismo sem mencionar os
empreendedores pois satildeo as atitudes de pessoas que inovam assumem todos os
riscos que proporcionam o crescimento e desenvolvimento da sociedade como um
todo
211 Caracteriacutesticas e perfil do empreendedor
Ser empreendedor eacute acima de tudo ter a capacidade e a necessidade de
realizar coisas novas
O empreendedor ldquoeacute um ser social produto do meio em que vive (eacutepoca e
lugar)rdquo E se a pessoa convive em um meio onde ser empreendedor eacute considerado
algo bom teraacute motivos para abrir seu proacuteprio negoacutecio (DOLABELA 2006 sn)
O empreendedor parte da percepccedilatildeo subjetiva para percepccedilatildeo praacutetica na
qual mostram elementos que podem ser debatidos Esses elementos satildeo os mais
variaacuteveis possiacuteveis que foram originados de perguntas contestaccedilotildees e respostas
localizadas pelo empreendedor ldquoo qual natildeo precisa ser algueacutem com uma formaccedilatildeo
superior com diploma de faculdade ou algueacutem que conte com cursos teacutecnicos ou
praacuteticosrdquo (mesmo esses sendo atributos que auxilie na agilidade de formular
questionamentos e encontrar as soluccedilotildees para os mesmos) (WILDAUER 2011 p
25)
Para Dornelas (2012 p 29) empreendedor eacute a pessoa que percebe uma
oportunidade e arquiteta um negoacutecio para captar recursos calculando todos os riscos
que vai correr Em todas as definiccedilotildees de empreendedorismo nos deparamos com no
miacutenimo as seguintes particularidades em relaccedilatildeo ao empreendedor
1 Possui a atitude de criar um novo negoacutecio e amar aquilo que faz
2 Usa o capital que possui de maneira produtiva mudando o local social e
econocircmico onde estaacute inserido
3 Assume os riscos calculados e a chance do negoacutecio natildeo dar certo
Nessa mesma perspectiva Chiavenato (2007 p7) afirma que o empreendedor
eacute a pessoa que tem a capacidade de fazer as coisas acontecerem eacute favorecido pela
sua percepccedilatildeo para os negoacutecios prudecircncia na aacuterea financeira e a habilidade de
16
perceber as oportunidades Com esse conjunto de competecircncias tem a capacidade
de transformar ideias em negoacutecios O empreendedor possui uma boa imaginaccedilatildeo e eacute
persistente qualidades que combinadas de maneira correta o capacitam para
converter ideias simples em projetos objetivos e bem sucedidos
Para Wildauer (2011 p 26)
Podemos entatildeo enumerar muitas caracteriacutesticas do empreendedor sendo as principais a atitude de saber ouvir de estar atento de saber interpretar e analisar as informaccedilotildees do mercador de ter condiccedilotildees de elaborar um planejamento de suas accedilotildees futuras de traccedilar objetivos e todo um roteiro teoacuterico-praacutetico para poder atingi-lo Sem essas premissas baacutesicas o empreendedor natildeo teraacute sucesso na formulaccedilatildeo do plano de negoacutecios muito menos na sustentaccedilatildeo de seu negoacutecio
Chiavenato (2007 p 4) acredita que ldquoos empreendedores satildeo heroacuteis
populares do mundo dos negoacuteciosrdquo Que geram empregos propagam inovaccedilotildees e
estimulam o crescimento da economia Satildeo muito mais do que somente fornecedores
de produtos e serviccedilos satildeo pessoas que assumem os riscos das oscilaccedilotildees
econocircmicas
Cabe acrescentar que o empreendedor revolucionaacuterio eacute aquele que inventa
novos mercados isto eacute a pessoa cria algo exclusivo como foi o caso do Bill Gattes
fundador da Microsoft que transformou o mundo com o sistema operacional Windows
Contudo grande parte dos empreendedores cria negoacutecios em mercados jaacute existentes
e mesmo assim criam negoacutecios de sucesso (DORNELAS 2012 p30)
Wildauer (2011 p26) conclui que ldquoo empreendedor necessita de uma estrutura
de pensamento sistecircmico e visionaacuterio com base no qual estabeleceraacute metas e
desenharaacute trajetoacuterias para alcanccedilaacute-lasrdquo
22 PLANO DE NEGOacuteCIOS
Para iniciar um empreendimento eacute fundamental fazer um plano de negoacutecios
com ele eacute possiacutevel verificar a viabilidade ou natildeo do empreendimento e definir onde
estamos para onde vamos e mostrar com mais clareza as oportunidades de negoacutecio
17
Do ponto de vista de Dornelas (2012 p 93) ldquoum negoacutecio bem planejado teraacute
mais chances de sucesso do que aquele sem planejamento na mesma igualdade de
condiccedilotildeesrdquo
Nessa mesma perspectiva Dolabela (2006 sn) afirma que vaacuterios
empreendedores bem sucedidos abriram seus empreendimentos sem compreender
pontualmente o que eacute um plano de negoacutecios Poreacutem muitos outros natildeo tiveram o
mesmo fim e o que conseguiram foram negoacutecios fracassados por conta de falhas que
poderiam ter sido evitadas Uma grande quantidade de negoacutecios que possuem um
alto potencial acabam se tornando impraticaacuteveis por conta da incapacidade dos
empreendedores Ainda assim muitas pessoas abrem e vatildeo continuar abrindo
negoacutecios capacitadas ou natildeo para isso
Wildauer (2011 p 39) define plano de negoacutecios como ldquoum documento em
forma de texto no qual eacute apresentada uma proposta de negoacutecio para um mercadordquo
Esse documento deve mostrar com clareza o ponto de vista do empreendedor sobre
o sucesso do seu produto ou serviccedilo no mercado atual
Chiavenato (2007 p132) acredita que
O plano de negoacutecio mdash business planmdash descreve a ideia de um novo empreendimento e projeta os aspectos mercadoloacutegicos operacionais e financeiros dos negoacutecios propostos geralmente para os proacuteximos trecircs ou cinco anos Seu preparo permite a anaacutelise da proposta e ajuda o futuro empreendedor a evitar uma trajetoacuteria decadente que o levaraacute do entusiasmo agrave desilusatildeo e ao fracasso
Eacute possiacutevel sintetizar o plano de negoacutecios como um documento em que o
empreendedor mostra de maneira formal e concreta o negoacutecio que quer idealizar e
expor para seus parceiros soacutecios e investidores apresentando a visatildeo a missatildeo e os
seus propoacutesitos assim como o ldquoplano operacional o plano de marketing o plano de
financeiro e o plano juriacutedicordquo desta forma facilitando a assimilaccedilatildeo e aceitaccedilatildeo do
negoacutecio pelas pessoas interessadas (WILDAUER 2011 p39)
Conforme mencionado por Chiavenato (2007 p 134) o plano de negoacutecios
mobiliza o novo empreendimento na sua totalidade Ele demonstra o levantamento
cansativo dos elementos que fazem parte do negoacutecio ldquosejam internos mdash o que deveraacute
ser produzido como onde quanto mdash sejam externos mdash para quem produzir qual eacute
o mercado quais satildeo os concorrentes etcrdquo
18
Com isso Wildauer (2011 p 45) conclui que ldquoo plano de negoacutecios eacute como um
guia uacutetil para a obtenccedilatildeo de conhecimentos para a concepccedilatildeo de um
empreendimentordquo
221 Estrutura do plano de negoacutecios
O plano de negoacutecios mobiliza todas as informaccedilotildees necessaacuterias para abrir um
negoacutecio por meio dele eacute possiacutevel detectar onde estou e para onde desejo ir dentro do
mercado
Conforme identificado por Dornelas (2012 p 101) ldquonatildeo existe uma estrutura
riacutegida e especiacutefica para se escrever um plano de negoacuteciosrdquo dado que cada negoacutecio
possui suas singularidades e equivalecircncias sendo improvaacutevel delimitar um modelo-
padratildeo de plano de negoacutecios que seja absoluto e adequado para todos os negoacutecios
Todos os planos de negoacutecios devem conter um miacutenimo de seccedilotildees que vatildeo possibilitar
uma compreensatildeo do negoacutecio como um todo Tais seccedilotildees satildeo alinhadas de maneira
que mantenham uma sequecircncia loacutegica que possibilite qualquer pessoa ler o plano e
compreender como a empresa eacute estruturada seus objetivos seus produtos seus
serviccedilos qual seu mercado seu plano financeiro e de marketing
A seguir encontra-se uma breve descriccedilatildeo de cada uma das seccedilotildees do Plano
de Negoacutecios
2211 Capa
Eacute um dos componentes fundamentais do plano de negoacutecios pois eacute a primeira
parte que eacute vista pela pessoa que vai ler deve ser desenvolvida de forma clara e com
os dados adequados (DORNELAS 2012 p 101)
19
2212 Sumaacuterio
O sumaacuterio deve incluir ldquoo tiacutetulo de cada seccedilatildeo do plano de negoacutecios e a paacutegina
respectiva onde se encontra bem como os principais assuntos relacionados em cada
seccedilatildeordquo Isso faz com que fique mais faacutecil o leitor do plano de negoacutecios identificar com
mais agilidade o que lhe interessar (DORNELAS 2012 p 101-102)
2213 Sumaacuterio executivo
O Sumaacuterio Executivo eacute a parte mais importante do plano de negoacutecios ele iraacute
definir se o leitor vai prosseguir ou natildeo com a leitura do plano de negoacutecios Dessa
forma deve ser redigido com bastante concentraccedilatildeo e revisado inuacutemeras vezes e
tambeacutem englobar as informaccedilotildees mais relevantes do plano de negoacutecios Deve ser
direcionado ao puacuteblico-alvo do plano de negoacutecios e deixar claro qual o objetivo do
mesmo em relaccedilatildeo agraves pessoas que estatildeo o lendo ldquoO Sumaacuterio Executivo deve ser a
uacuteltima seccedilatildeo a ser escrita pois depende de todas as outras seccedilotildees do plano para ser
elaboradardquo (DORNELAS 2012 p 102)
2214 Anaacutelise estrateacutegica
Nesta seccedilatildeo eacute determinada a direccedilatildeo que a empresa vai seguir ldquosua visatildeo e
missatildeo sua situaccedilatildeo atual as potencialidades e ameaccedilas externas suas forccedilas e
fraquezas seus objetivos e metas de negoacuteciordquo Essa parte eacute o alicerce para o
crescimento e o estabelecimento das outras accedilotildees redigidas no plano (DORNELAS
2012 p 102)
20
2215 Descriccedilatildeo da empresa
Eacute nessa seccedilatildeo que deve ser feita a descriccedilatildeo da empresa ldquoseu histoacuterico
crescimento faturamento dos uacuteltimos anos sua razatildeo social impostos estrutura
organizacional e legal localizaccedilatildeo parcerias serviccedilos terceirizados etcrdquo
(DORNELAS 2012 p 102)
2216 Produtos e serviccedilos
Nessa seccedilatildeo do plano de negoacutecios devem ser descritos os produtos e serviccedilos
da empresa a maneira que satildeo produzidos o capital disposto seu ciclo de vida os
elementos tecnoloacutegicos envolvidos pesquisa e desenvolvimento os seus clientes
marcas e patentes etc
Nessa seccedilatildeo pode ser incluiacuteda quando estaacute informaccedilatildeo encontra-se disponiacutevel uma visatildeo do niacutevel de satisfaccedilatildeo dos clientes com os produtos e serviccedilos da empresa Esse feedback eacute bastante importante porque costuma oferecer natildeo apenas uma visatildeo do niacutevel de qualidade percebida nos produtos e serviccedilos mas tambeacutem guiar futuros investimentos da empresa em novos desenvolvimentos e processos de produccedilatildeo (DORNELAS 2012 p 102-103)
2217 Plano operacional
Nesta seccedilatildeo devem ser expostas as accedilotildees que a empresa pretende ter na
sua estrateacutegia produtiva e no processo de produccedilatildeo apontando os resultados que
essas accedilotildees teratildeo sobre os criteacuterios de avaliaccedilatildeo dos produtos Deve incluir dados
operacionais atualizados e presumidos como ldquolead time do produto ou serviccedilo
percentual de entregas a tempo rotatividade do inventaacuterio iacutendice de refugo lead time
de desenvolvimento de produto ou serviccedilo etcrdquo (DORNELAS 2012 p 103)
21
2218 Plano de recursos humanos
Devem ser exibidas as propostas de desenvolvimento e treinamento de
pessoal da empresa Esses dados estatildeo pontualmente associados com a
competecircncia da empresa de crescer ldquoespecialmente quando esta atua em um
mercado onde a detenccedilatildeo de tecnologia eacute considerada um fator estrateacutegico de
competitividaderdquo (DORNELAS 2012 p 103)
2219 Anaacutelise de mercado
Nesta seccedilatildeo o responsaacutevel pelo plano de negoacutecios deve deixar claro que os
executivos da empresa entendem perfeitamente o mercado consumidor do seu
produto ou serviccedilo (atraveacutes de pesquisa de mercado) como estaacute segmentado
crescimento do mercado atributos do consumidor anaacutelise da concorrecircncia qual a sua
fatia de mercado e dos concorrentes etc (DORNELAS 2012 p 103)
22110 Estrateacutegia de marketing
Deve ser apresentado o objetivo da empresa para vender seu produtoserviccedilo
e consolidar seus clientes e ampliar sua demanda Deve ser informada sua estrateacutegia
de venda especificidades do produtoserviccedilo preccedilos puacuteblico-alvo canais de
distribuiccedilatildeo projeccedilatildeo das vendas (DORNELAS 2012 p 103)
22
22111 Plano financeiro
Na seccedilatildeo financeira deve mostrar em nuacutemeros todas as accedilotildees planejadas
para a empresa e suas evidecircncias por meio de projeccedilotildees futuras para um negoacutecio
bem sucedido
Deve conter demonstrativo de fluxo de caixa com horizonte de pelo menos trecircs anos balanccedilo patrimonial anaacutelise do ponto de equiliacutebrio necessidades de investimento demonstrativos de resultados anaacutelise de indicadores financeiros do negoacutecio como faturamento previsto margem prevista prazo de retorno sobre o investimento inicial (payback) taxa interna de retorno (TIR) etc (DORNELAS 2012 p 103-104)
22112 Anexos
Nesta seccedilatildeo deve incluir todos os dados considerados importantes para
melhor compreensatildeo do plano de negoacutecios O que natildeo pode ser deixado de anexar eacute
o curriculum vitae dos soacutecios da empresa (DORNELAS 2012 p 104)
23 VIABILIDADE ECONOcircMICO-FINANCEIRA
Analisar o empreendimento economicamente para verificar se o projeto eacute
viaacutevel e lucrativo ou natildeo eacute uma das decisotildees fundamentais de qualquer
empreendedor
A anaacutelise de investimento eacute um mecanismo aacutegil praacutetico e seguro que ajuda
profissionais de inuacutemeras aacutereas no processo de anaacutelise de tomada de decisotildees
financeiras (REBELATTO p 141)
Lapponi (2007 p 123) afirma que
O objetivo da decisatildeo de investimento ou do orccedilamento de capital eacute maximizar o valor da empresa A decisatildeo de alocaccedilatildeo do capital em projeto de investimento eacute fundamental para o sucesso pois os recursos da empresa
23
satildeo comprometidos por longo tempo na direccedilatildeo de seu futuro desejado e isso envolve um grande esforccedilo de tempo e de gerenciamento Cada projeto aprovado eacute um desembolso realizado pela empresa coma expectativa de obter benefiacutecios futuros quantificados pela geraccedilatildeo de um fluxo de retornos adequados em geral por um prazo maior do que um ano
A carecircncia de recursos financeiros diante das muitas necessidades faz com
que seja crucial aperfeiccediloar sua utilizaccedilatildeo A anaacutelise antecipada de investimento
possibilita que se racionalize a forma como os recursos de capital satildeo utilizados
(REBELATTO 2004 p 141)
Para analisar a viabilidade de um projeto economicamente eacute necessaacuterio reunir
uma seacuterie de informaccedilotildees e de dados que precisam ser organizados para atingir seu
objetivo final que eacute o de facilitar a tomada de decisatildeo Vale salientar que o projeto
deve ser um documento que tenha a capacidade de mostrar de uma maneira loacutegica a
visatildeo estrateacutegica do negoacutecio (MACHADO 2002 p 144)
231 Fluxo de caixa
O fluxo de caixa eacute o melhor guia para uma administraccedilatildeo financeira eficiente
de qualquer negoacutecio
O fluxo de caixa eacute a reproduccedilatildeo graacutefica de uma movimentaccedilatildeo financeira ldquoAs
movimentaccedilotildees monetaacuterias satildeo identificadas temporalmente por meio de um conjunto
de entradas e saiacutedas de caixa definido como diagrama de fluxo de caixardquo Essa
representaccedilatildeo proporciona a visualizaccedilatildeo em diferentes momentos com o que estaacute
ocorrendo com o capital (REBELATTO 2004 p 150)
ldquoA identificaccedilatildeo e a quantificaccedilatildeo das estimativas relevantes do projeto satildeo o
iniacutecio da construccedilatildeo do fluxo de caixa do projeto para empresa em funcionamentordquo
(LAPPONI 2007 p 347)
O fluxo de caixa eacute um composto de entradas e saiacutedas de valores monetaacuterios
(dinheiro) no decorrer de um determinado periacuteodo Bem como evidenciar uma opccedilatildeo
possiacutevel de transaccedilotildees financeiras ou seja pagamentos agrave vista pagamentos a prazo
tiacutetulos originais etc (REBELATTO 2004 p 151)
24
232 Valor Presente Liacutequido (VPL)
ldquoO Valor presente liacutequido (VPL) ou valor atual liacutequido (VAL) eacute o valor atual das
entradas de caixa (retornos de capital esperados) incluindo o valor residual (se
houver) menos o valor atual das saiacutedas de caixardquo (REBELATTO 2004 p 214)
A foacutermula para chegar ao VPL eacute (LAPPONI 2007 p 125)
119881119875119871 = minus119868 +119865119862
(1 + 119870)119899
Onde
I= custo inicial ou desembolso inicial
FC= fluxo de caixa
K= taxa requerida
n= prazo de anaacutelise
Rebelatto (2004 p214) afirma que os paracircmetros para que o projeto seja
aceito se refere ao valor presente liacutequido (VPL)
VPLgt0 o projeto eacute aceito
VPLlt0 o projeto eacute rejeitado
VPL=0 o projeto pode ser aceito ou natildeo pois natildeo cria e nem destroacutei
valor para empresa
Para Lapponi (2007 p 134-135) as principais vantagens do VPL satildeo
Considera o fluxo de caixa do projeto na sua totalidade
Considera o valor monetaacuterio (dinheiro) no tempo
Tem a capacidade de medir o valor criado ou destruiacutedo pelo projeto
Pode ser utilizado na avaliaccedilatildeo do projeto independentemente do tipo de
fluxo de caixa utilizado
Seleciona o projeto mais viaacutevel economicamente
25
233 Taxa Interna de Retorno (TIR)
ldquoTaxa Interna de Retorno (TIR) eacute a taxa de desconto que torna o valor atual
liacutequido (VAL) do investimento igual a zero Tambeacutem eacute chamada de taxa interna efetiva
de rentabilidaderdquo (REBELATTO 2004 p 217)
No projeto do tipo simples com o aumento da taxa requerida o VPL do projeto tende ao valor do custo inicial pois o VPL eacute uma funccedilatildeo decrescente da taxa requerida Portanto a decisatildeo com o meacutetodo TIR somente deve ser feita em projetos simples que garantem a existecircncia de uma uacutenica TIRgt -100 Nos outros tipos de fluxo de caixa em geral o meacutetodo da TIR natildeo deve ser utilizado pois haacute a possibilidade de muacuteltiplas TIRs Sendo a TIR a taxa de juro que zera o VPL do projeto simples para qualquer taxa requerida K menor que a TIR o VPL seraacute positivo e para qualquer taxa requerida K maior que a TIR o VPL seraacute negativo (LAPPONI 2007 p 175-176)
Rebelatto (2004 p 217) complementa afirmando que a TIR eacute um meacutetodo
aprimorado de anaacutelise de investimento sendo possivelmente uma das mais usadas
para avaliar projetos econocircmicos A TIR deve ser comparada com a taxa miacutenima de
atratividade (TMA) para analisar se o projeto seraacute aceito ou natildeo
Sendo assim Lapponi (2007 p 176) considera que
Se TIR gt TMA o projeto deve ser aceito pois eacute economicamente viaacutevel
Se TIR lt TMA o projeto deve ser recusado pois eacute economicamente
inviaacutevel
Se TIR = TMA eacute indiferente investir no projeto pois o mesmo natildeo criaraacute
e nem destruiraacute valor da empresa
ldquoA grande vantagem da TIR como indicador de decisatildeo eacute que prescinde de
informaccedilotildees externas ao projeto Tudo que o analista necessita eacute conhecer o perfil do
projeto e alguma ideia de magnitude da taxa de jurosrdquo (MACHADO 2002 p 127)
26
234 Periacuteodo de retorno de investimento (Payback)
ldquoO payback eacute o periacuteodo de tempo em que ocorre o retorno do investimento
Calculado no fluxo de caixa de vida uacutetil de dez anos o payback apresenta-se de vaacuterias
maneiras para cada tipo de empresardquo (BRITO 2003 p 51)
Uma empresa pode nomear o payback como um dos paracircmetros para escolha
de um projeto a fim de minimizar seus riscos Mesmo sendo esse um meacutetodo faacutecil e
simples na praacutetica eacute um dos mais utilizados para efetuar a mediccedilatildeo econocircmica de um
projeto (REBELATTO 2004 p 230)
Segundo Rebelatto (2004 p 231) a foacutermula baacutesica que demonstra o caacutelculo
do payback em fluxos de caixas regulares eacute
PB =I0
FC
Onde
PB= Payback
I0= Investimento inicial
FC= Fluxo de caixa regular
Para executar o meacutetodo payback eacute crucial estabelecer o tempo maacuteximo de
toleracircncia TMT para resgatar o custo inicial ldquoPara decidir se o projeto deve ser aceito
o payback deve ser comparado com o valor de referecircncia TMT de forma querdquo
(LAPPONI 2007 p 245)
Se PB lt TMT o projeto deve ser aceito
Se PB gt TMT o projeto deve ser recusado
A principal vantagem para utilizaccedilatildeo do meacutetodo payback eacute que ele reflete a
liquidez do projeto e por consequecircncia eacute possiacutevel efetuar a avaliaccedilatildeo do risco de natildeo
recuperar o investimento (REBELATTO 2004 p 230)
27
3 METODOLOGIA
Este capiacutetulo tem por objetivo descrever os procedimentos e teacutecnicas
utilizados na pesquisa considerando o problema e aos objetivos gerais e especiacuteficos
Para a execuccedilatildeo da revisatildeo bibliograacutefica realizada neste estudo foi utilizado
livros de especialistas na aacuterea os principais temas abordados foram o
empreendedorismo que eacute um assunto chave quando surge uma ideia para um novo
negoacutecio plano de negoacutecios que eacute um elemento fundamental para o sucesso ou
fracasso de um empreendimento e a viabilidade econocircmico-financeira tema
fundamental visto que o objetivo geral da pesquisa eacute mensurar se a mesma eacute viaacutevel
ou natildeo economicamente
Foi elaborada uma anaacutelise de mercado que estaacute disponiacutevel no item 41 deste
estudo atraveacutes da mesma foi identificado que os principais clientes satildeo das classes
A e B de Curitiba regiatildeo metropolitana no item 42 foi efetuado um levantamento do
tamanho do negoacutecio onde foi definida a capacidade produtiva o investimento inicial e
a localizaccedilatildeo do empreendimento no item 44foi elaborado o fluxo de caixa que
demonstra as previsotildees financeiras do periacuteodo de 5 anos o meacutetodo utilizado para
elaborar a pesquisa foi um estudo de caso de natureza exploratoacuteria quantitativa e
anaacutelise documental
O estudo de caso eacute evidenciado por um estudo minucioso e cansativo de um
ou poucos objetivos desta forma propicia um vasto e detalhado conhecimento sobre
o assunto uma missatildeo praticamente impossiacutevel mediante as outras maneiras de
delineamentos consideradas (GIL 2008 p 57-58)
Prodanov e Freitas (2013 p60) afirmam que o estudo de caso consiste em
recolher e analisar dados sobre determinado indiviacuteduo famiacutelia grupo ou comunidade
com a finalidade de estudar diferentes aspectos das suas vidas conforme o assunto
da pesquisa
Jaacute as pesquisas exploratoacuterias satildeo definidas por Gil (2008 p 27) como as que
Tecircm como principal finalidade desenvolver esclarecer e modificar conceitos e ideias tendo em vista a formulaccedilatildeo de problemas mais precisos ou hipoacuteteses pesquisaacuteveis para estudos posteriores De todos os tipos de pesquisa estas satildeo as que apresentam menor rigidez no planejamento Habitualmente envolvem levantamento bibliograacutefico e documental entrevistas natildeo padronizadas e estudos de caso
28
A pesquisa quantitativa ldquoconsidera que tudo pode ser quantificaacutevel o que
significa traduzir em nuacutemeros opiniotildees e informaccedilotildees para classificaacute-las e analisaacute-lasrdquo
Eacute necessaacuteria a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas estatiacutesticas tais como porcentagem meacutedia
moda desvio-padratildeo coeficiente de correlaccedilatildeo etc (PRODANOV FREITAS 2013
p 69)
Muitos dados que satildeo utilizados em pesquisas satildeo adquiridos indiretamente
por meio de documentosrdquo como livros jornais papeacuteis oficiais registros estatiacutesticos
fotos discos filmes e viacutedeos que satildeo obtidos de maneira indiretardquo Essas fontes
documentais tecircm a capacidade de disponibilizar ao pesquisador um grande nuacutemero
de informaccedilotildees com bastante qualidade para evitar a perda de tempo (GIL 2008 p
147)
Este modelo de pesquisa foi utilizado para definir os principais clientes quais
os produtos que seratildeo vendidos a capacidade produtiva assim como a viabilidade
econocircmico-financeira e operacional do negoacutecio
29
4 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES
41 ANAacuteLISE DE MERCADO
Woiler e Mathias (1994 p41) e Rebelatto (2004 p01) afirmam que a anaacutelise
de mercado eacute um dos pontos mais relevantes para elaboraccedilatildeo de um projeto Atraveacutes
do estudo do mercado obtemos muitas informaccedilotildees tais como
Fazendo a comparaccedilatildeo entre demanda e a oferta encontramos a
possiacutevel escassez da demanda futura Esse resultado proporcionaraacute
informaccedilotildees para que seja definida a escala de produccedilatildeo do projeto
A regiatildeo geograacutefica em que o produto pode ser vendido eacute um dos pontos
mais significativos para que seja definida a localizaccedilatildeo do empreendimento
O preccedilo de venda os custos de comercializaccedilatildeo e os estoques nos
canais de comercializaccedilatildeo satildeo informaccedilotildees relevantes para que seja
elaborada a projeccedilatildeo do projeto
Vale salientar que esses satildeo apenas alguns elementos importantes que eacute
possiacutevel identificar na anaacutelise de mercado existe muitos outros dados que satildeo obtidos
com a mesma
411 Mercado consumidor
ldquoTodas as decisotildees relacionadas a novos empreendimentos contecircm certo
grau de incerteza tanto no que diz respeito agrave informaccedilatildeo na qual as decisotildees estatildeo
baseadas como no que diz respeito agraves suas consequecircnciasrdquo (SEBRAE)
Chiavenato acredita que os clientes tecircm a capacidade de alavancar ou
derrubar um empreendimento ldquoUm cliente pode ser uma organizaccedilatildeo uma empresa
um usuaacuterio dos produtosserviccedilos ou um consumidor finalrdquo Eacute quem adquiri os
produtosserviccedilos ofertados pela organizaccedilatildeo no final da cadeia de transaccedilotildees Eacute ele
que estabelece direta ou indiretamente se o empreendimento teraacute ecircxito ou natildeo Por
30
isso o cliente deve ser considerado como o principal patrimocircnio da empresa (2007
p 207)
Segundo dados do censo 2010 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e
estatiacutestica) dos 576190 (quinhentos e setenta e seis mil cento e noventa) domiciacutelios
de Curitiba 292965 (duzentos e noventa e dois mil novecentos e sessenta e cinco)
possuem renda de mais de 5 a mais de 20 salaacuterios miacutenimos sendo assim cerca de
5085 dos domiciacutelios curitibanos estatildeo enquadrados nas classes A e B Ainda
segundo o IBGE cerca de 137922 (cento e trinta e sete mil novecentos e vinte e dois)
domiciacutelios curitibanos tecircm renda de mais de 10 salaacuterios miacutenimos o que representa
uma meacutedia de 24 dos domiciacutelios de Curitiba
Mais de 249000 (duzentos e quarenta e nove mil) pessoas que residem em
Curitiba cerca de 1423 da populaccedilatildeo tem rendimento mensal de mais de 5 salaacuterios
miacutenimos conforme Tabela 1
TABELA 1 - RESULTADOS DA AMOSTRA - RENDIMENTO POR PESSOA EM CURITIBA
Quantidade de pessoas Salaacuterios miacutenimos
153011 Mais de 5 a 10 salaacuterios miacutenimos
38692 Mais de 10 a 15 salaacuterios miacutenimos
25427 Mais de 15 a 20 salaacuterios miacutenimos
18264 Mais de 20 a 30 salaacuterios miacutenimos
13791 Mais de 30 salaacuterios miacutenimos
FONTE IBGE - CENSO DEMOGRAacuteFICO 2010
Curitiba possui uma populaccedilatildeo de mais de 1750000 (um milhatildeo setecentos
e cinquenta mil habitantes) segundo censo IBGE 2010 sendo que 932000
(novecentos e trinta e dois mil) pessoas com o estado civil de solteiro viuacutevo
divorciado separado judicialmentedesquitado isso mostra que tem muitas pessoas
que podem fazer festas de casamento e necessitar dos produtos que seratildeo ofertados
tais como bolos artiacutesticos doces finos e bem casados
Segundo as estatiacutesticas do registro civil do IBGE ocorreram em Curitiba e
regiatildeo metropolitana no ano 2012 exatamente 18877 (dezoito mil oitocentos e setenta
e sete) casamentos sendo que nos meses de setembro a dezembro foi onde ocorreu
um maior nuacutemero um total de 7828 (sete mil oitocentos e vinte e oito) casamentos o
que representa um total de 4147 dos casamentos ocorrem nesses quatro meses
do ano
31
TABELA 2 - CASAMENTOS POR MEcircS DE REGISTRO SEGUNDO O LUGAR DO REGISTRO ndash 2012
Lugar do registro
Casamentos por mecircs do registro
Total de
registros Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
RM Curitiba 18877 1466 1250 1572 1282 1403 1533 1248 1255 1735 1753 2118 2262
Curitiba 10351 848 692 857 692 724 872 658 658 971 968 1237 1174
FONTE IBGE DIRETORIA DE PESQUISAS COORDENACcedilAtildeO DE POPULACcedilAtildeO E INDICADORES SOCIAIS ESTATIacuteSTICAS DO REGISTRO CIVIL 2012
Nessa perspectiva foi definido que o mercado que a empresa de bolos e doces
finos vai atuar eacute de Curitiba e regiatildeo metropolitana com foco nas pessoas das classes
A e B com estado civil solteiro divorciado separado judicialmentedesquitado e viuacutevo
412 Produtos que seratildeo vendidos
ldquoNo coraccedilatildeo de uma grande marca haacute um grande produto O produto-chave
na oferta ao mercado Liacutederes de mercado geralmente oferecem produtos e serviccedilos
de qualidade superiorrdquo (KOTLER KELLER 2006 p 366)
Os principais produtos fornecidos seratildeo
Bolos artiacutesticos
FOTO1 - BOLO ARTIacuteSTICO FONTE WANDA CARDOSO - BOLOS ARTIacuteSTICOS amp DOCES
32
Bolos de copa
FOTO2 - BOLO DE COPA FONTE ELABORADO PELO AUTOR
FOTO3 - BOLO DE COPA FONTE ELABORADO PELO AUTOR
Naked cake
FOTO4 - NAKED CAKE FONTE DOCES PENEacuteLOPE
33
Doces Tradicionais
FOTO5 - DOCES TRADICIONAIS FONTE ELABORADO PELO AUTOR
Doces Espelhados
FOTO6 - DOCES ESPELHADOS FONTE PRONTO SOCORRO DAS FESTAS
Doces Finos
FOTO 7 - DOCES FINOS FONTE COMPRANDO MEU APE
34
Brigadeiros gourmet
FOTO8 - BRIGADEIROS GOURMET FONTE ELABORADO PELO AUTOR
Tacinhas acriacutelicas
FOTO9 - TACINHAS ACRIacuteLICAS FONTE BUFFET DELIacuteCIAS DA VI
Trufas
FOTO 10 - TRUFAS FONTE FOGAtildeO DA VOVOacute
35
Bombons
FOTO11 - BOMBONS FONTE DALVA GOLDEN GATE
Bem casados
FOTO12 - BEM CASADOS FONTE CASAMENTO SEM ERRO
FOTO13 - BEM CASADOS FONTE CASAMENTO SEM ERRO
36
413 Preccedilo de venda
A definiccedilatildeo do preccedilo dos produtos eacute uma das decisotildees mais relevantes da
organizaccedilatildeo que deve levar em conta a forma como a empresa deseja se posicionar
no mercado os custos a concorrecircncia e a rentabilidade almejada
O preccedilo eacute um dos elementos mais versaacuteteis pode ser modificado rapidamente
ao contraacuterio das propriedades dos produtos dos contratos com canais de distribuiccedilatildeo
e ateacute mesmo das promoccedilotildees O Preccedilo tem tambeacutem a tarefa de mostrar ao mercado o
posicionamento de valor desejado pela empresa para o seu produto ou marca
(KOTLER KELLER 2006 p 428)
A consolidaccedilatildeo dos preccedilos dos produtos seraacute elaborada levando em conta os
custos para se obter os produtos com a qualidade requinte e sofisticaccedilatildeo desejada
com a margem de lucro esperada e se baseando nos preccedilos praticados pela
concorrecircncia
414 Previsatildeo de vendas
Para Chiavenato (2007 p 2013)
A previsatildeo de vendas representa a quantidade de produtosserviccedilos que a empresa pretende vender ou colocar no mercado durante um determinado periacuteodo geralmente um mecircs ou um ano dividido em meses Constitui portanto uma estimativa ou uma expectativa de vendas Pode ser feita em unidades fiacutesicas ou em valores monetaacuterios
A produccedilatildeo vai ser em meacutedia de 5600 doces (doces finos gourmet e bem
casados) e 4 bolos procurando atender em meacutedia 4 eventos por semana e ateacute 16
eventos por mecircs sendo que nos meses de setembro a dezembro essa demanda
aumenta pelo motivo de historicamente ter um nuacutemero maior de casamentos
37
415 Definiccedilatildeo de local de venda dos produtos
ldquoA venda eacute a fase fundamental do processo de vendas Consiste na
transferecircncia do produtoserviccedilo para o cliente ou consumidorrdquo (CHIAVENATO 2007
p 210)
As vendas vatildeo ocorrer atraveacutes de site proacuteprio redes sociais telefone e
pessoalmente natildeo teremos loja fiacutesica apenas um ateliecirc para confecccedilatildeo dos bolos e
doces onde vai conter uma sala anexa na qual vai ser oferecido o serviccedilo de
degustaccedilatildeo com horaacuterios marcados para assim o cliente decidir quais os produtos
seratildeo adquiridos para o seu evento e fechamento de contrato
416 Definiccedilatildeo da demanda e da oferta
Na maior parte das encomendas os clientes solicitam os doces finos e
gourmet que contecircm chocolates frutas oleaginosas tais como castanhas nozes
avelatildes amecircndoas frutas como framboesa morango damasco cerejas e os bem
casados Os bolos mais solicitados satildeo os com decoraccedilatildeo de pasta americana que
deve obrigatoriamente ter recheios mais firmes como ganaches fios de ovos
strogonoff de nozes e os naked cake (bolo pelado) que possuem mais opccedilotildees de
recheios com chocolates frutas diversas e cremes de pacirctisserie
Em contato com algumas empresas que fornecem o mesmo tipo de produto
foi possiacutevel verificar que as encomendas devem ser feitas com antecedecircncia miacutenima
de 6 meses sendo que alguns casos somente com um ano de antecedecircncia para
conseguir na data desejada Esse eacute um dos pontos que mostra que tem espaccedilo
suficiente para entrada nesse mercado
38
417 Concorrentes
Chiavenato (2007 p 33) Kotler e Keller (2006 p 340) afirmam que os
concorrentes satildeo as organizaccedilotildees que competem pelos mesmos fornecedores
clientes e consumidores
ldquoAgrave medida que seus produtosserviccedilos tornam-se mais heterogecircneos tanto
mais heterogecircneos e diferenciados seratildeo seus concorrentes e tanto mais complexa
seraacute a competitividaderdquo (CHIAVENATO 2007 p 33)
Em busca na internet foi possiacutevel identificar que atualmente existe em meacutedia
25 concorrentes reais que oferecem exatamente os mesmos produtos que seratildeo
fornecidos com o mesmo padratildeo de qualidade valor agregado requinte e
sofisticaccedilatildeo Tambeacutem foi detectado mais 14 concorrentes potenciais que vendem
produtos similares aos que seratildeo vendidos poreacutem natildeo possuem o mesmo valor
agregado dos que vatildeo ser ofertados Foi possiacutevel identificar que alguns concorrentes
oferecem somente os doces finos dos quais foram identificados mais 3 concorrentes
reais e 3 concorrentes potenciais E foi detectado que existem concorrentes que
fornecem apenas os bolos artiacutesticos dos quais foi identificado 4 concorrentes reais
todos fornecem os bolos com o mesmo niacutevel de qualidade que seratildeo fornecidos
A tabela 3 mostra a divisatildeo dos concorrentes reais e potenciais que fornecem
bolos e doces por bairro de Curitiba
39
TABELA 3 - CONCORRENTES QUE FORNECEM BOLOS E DOCES POR BAIRRO
Bairro Quantidade de Concorrentes Reais
Quantidade de Concorrentes Potenciais
Aacutegua Verde 4 1
Ahuacute 1
Bairro Alto 2 1
Barreirinha 1
Barreirinha 1
Bom Retiro 1
Campo Comprido 1
Campo Comprido 1
Cidade Industrial 1
Colombo 1
Fazenda Rio Grande 1
Hauer 1
Hugo Lange 1
Mercecircs 1
Novo Mundo 2 1
Novo Mundo 1
Portatildeo 1
Portatildeo 1
Santa Cacircndida 1
Santa Felicidade 1 1
Santo Inaacutecio 1 1
Satildeo Joseacute dos Pinhais 1
Seminaacuterio 1
Sitio Cercado 1
Tarumatilde 1
Vila Izabel 1
Natildeo Informado 1 2
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
418 Forma de divulgaccedilatildeo dos concorrentes
Todas as empresas pesquisadas que fornecem produtos similares aos que
vamos fornecer utilizam sites proacuteprios e as redes sociais para fazer divulgaccedilatildeo dos
seus produtos todas fazem degustaccedilatildeo para os clientes conhecerem os seus
produtos e posteriormente fechar um contrato
40
42 TAMANHO DO NEGOacuteCIO
421 Capacidade produtiva
A capacidade produtiva vai ser para atender ateacute 4 eventos por semana A
produccedilatildeo vai ser de ateacute 5600 doces (doces finos gourmet e bem casados) e 4 bolos
atendendo ateacute 4 eventos por final de semana e ateacute 16 eventos por mecircs sendo que
nos meses de setembro a dezembro essa demanda aumenta pelo motivo de
historicamente ter um nuacutemero maior de casamentos
422 Investimento
Um dos pontos mais relevantes para abertura de uma empresa eacute a
determinaccedilatildeo do capital miacutenimo para dar iniacutecio nas atividades e principalmente como
obter este capital ldquoEacute com o capital inicial que a empresa tem condiccedilotildees de reunir os
recursos empresariais necessaacuterios ao seu funcionamento sejam eles recursos
humanos materiais ou financeirosrdquo A determinaccedilatildeo do capital eacute o que estabelece a
quantidade de recursos empresariais que a empresa tem disponiacutevel Indiscutivelmente
quanto maior for o volume de recursos empresariais mais faacutecil se torna o desempenho
da empresa Quando todos os recursos necessaacuterios para seu funcionamento estatildeo agrave
disposiccedilatildeo a administraccedilatildeo do empreendimento fica mais simples (CHIAVENATO
2007 p84)
Cabe acrescentar que (LAPPONI 2007 p 321)
O custo inicial refere-se aos desembolsos realizados para aquisiccedilatildeo de equipamentos ou outros ativos fixos incluindo o pagamento de fretes seguros instalaccedilotildees despesas operacionais iniciais com materiais e matildeo de obra treinamento de pessoal de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo etc resumindo o custo inicial inclui todos os desembolsos necessaacuterios para adquirir os ativos necessaacuterios e que estejam em condiccedilotildees de operar e gerar as receitas estimadas
41
O empreendimento iniciaraacute suas atividades com capital investido com
recursos proacuteprios da empreendedora
As estimativas de investimento inicial para abertura da empresa foi de
R$5162851 conforme tabela 4
TABELA 4 - INVESTIMENTO INICIAL
Descriccedilatildeo Valor (R$)
Maacutequinas e equipamentos Cozinha R$ 3084878
Utensiacutelios R$ 555075
Moacuteveis para escritoacuterio R$ 268982
Equipamentos de informaacutetica e eletrocircnicos R$ 446204
Outros custos escritoacuterio R$ 48912
Uniformes R$ 155800
Pintura Imoacutevel R$ 500000
Porta de Vidro R$ 103000
Total R$ 5162851
FONTE ELABORADO PELO AUTOR (2015)
423 Localizaccedilatildeo
Seraacute locado um imoacutevel para a instalaccedilatildeo da empresa localizado na Rua Heitor
Baggio Vidal 2508 Bairro Alto Curitiba ndash PR com o valor do aluguel mensal de
R$160000 (mil e seiscentos reais) O espaccedilo interno de 95msup2 seraacute dividido em trecircs
partes a primeira com 20msup2 vai ficar a recepccedilatildeo para receber os clientes efetuar
orccedilamentos e as degustaccedilotildees a segunda com 71msup2 a cozinha industrial onde seratildeo
fabricados os bolos e doces finos e a terceira com 4msup2 o lavabo
42
FOTO14 - FOTO DO IMOacuteVEL ONDE SERAacute INSTALADA A EMPRESA FONTE MP IMOacuteVEIS
424 Entregas
As entregas dos bolos e doces finos seratildeo efetuadas por uma empresa
parceira localizada no Bairro Alto o preccedilo das entregas em Curitiba e regiatildeo
metropolitana variam de R$2400 (vinte e quatro reais) a R$6000 (sessenta reais)
dependendo da localizaccedilatildeo tais valores seratildeo cobrados dos clientes
43 CAPITAL DE GIRO
O capital de giro inicial foi estimado levando em conta que no primeiro ano a
empresa vai produzir 8333 da sua capacidade atendendo em meacutedia 13 ventos
mensalmente sendo assim foram considerados os gastos operacionais necessaacuterios
para o iniacutecio das atividades incluindo o custo fixo mensal e o estoque inicial ambos
multiplicados por 2 e acrescidos de um percentual de 10 de margem de seguranccedila
para despesas natildeo previstas
43
TABELA 5 - CAPITAL DE GIRO
Item Valor (R$)
Estoque Inicial 5144000
Custo Fixo Mensal 3194783
Reserva (10) 833878
Total do Capital de Giro Inicial 9172662
FONTE ELABORDO PELO AUTOR
44 FLUXO DE CAIXA
ldquoFluxo de Caixa eacute um Instrumento de gestatildeo financeira que projeta para
periacuteodos futuros todas as entradas e as saiacutedas de recursos financeiros da empresa
indicando como seraacute o saldo de caixa para o periacuteodo projetadordquo (SEBRAE)
Na tabela 6 eacute apresentada a projeccedilatildeo do Fluxo de Caixa da empresa para os
seus primeiros cinco anos onde fica evidenciado que do primeiro ateacute o quinto ano a
sauacutede financeira da empresa melhora gradativamente sendo que no final do quinto
ano o saldo em caixa ultrapassa os 300 se comparado com o saldo em caixa no
final do primeiro ano
Pode-se observar que natildeo foi inserida no fluxo de caixa a opccedilatildeo de
inadimplecircncia pois todos os pagamentos seratildeo efetuados agrave vista em dinheiro ou
cartatildeo sendo que o pagamento total dos produtos deve ser efetuado no miacutenimo 10
dias antes da data do evento
44
TABELA 6 - PROJECcedilAtildeO DE FLUXO DE CAIXA NOS PRIMEIROS CINCO ANOS
Descriccedilatildeo Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5
Investimento Inicial (5162851)
Capital de Giro (9172662) 9172662
Valor Residual 1548855
Total de entradas 000 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873
Previsatildeo Receitas de vendas 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873
Total de Saiacutedas (14335513) (44888699) (54283425) (59479393) (64738409) (70291804)
(-)Fornecedores (25720000) (33641760) (36669518) (39969775) (43567055)
(-)Folha de pagamento (3267192) (3593911) (3953302) (4348633) (4783496)
(-)Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)
(963216) (1011377) (1061946) (1115043) (1170795)
(-)Retiradas soacutecios (2400000) (2640000) (3432000) (3946800) (4341480)
(-)Impostos s vendas (4654291) (5073177) (5573767) (6075406) (6622192)
(-)Alugueacuteis (1920000) (2016000) (2116800) (2222640) (2333772)
(-)Energia eleacutetrica (840000) (882000) (926100) (972405) (1021025)
(-)Aacutegua (300000) (315000) (330750) (347288) (364652)
(-)Telefone (384000) (403200) (423360) (444528) (466754)
(-)Gaacutes (588000) (617400) (648270) (680684) (714718)
(-)Serviccedilos contabilidade (960000) (1008000) (1058400) (1111320) (1166886)
(-)Manutenccedilatildeo (600000) (630000) (661500) (694575) (729304)
(-)Outras despesas com funcionaacuterios
(1296000) (1405800) (1525590) (1656320) (1799030)
(-)Taxas bancaacuterias (96000) (100800) (105840) (111132) (116689)
(-)Outros pagamentos (900000) (945000) (992250) (1041863) (1093956)
Entradas - Saiacutedas (14335513) 12981301 21410535 23027023 25193585 27734070
Depreciaccedilatildeo 000 (631377) (631377) (631377) (631377) (631377)
Saldo Final (14335513) 12349924 20779158 22395647 24562208 37824209
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
A depreciaccedilatildeo foi calculada considerando o prazo de vida uacutetil meacutedio de 10
anos das maacutequinas equipamentos instalaccedilotildees moacuteveis e utensiacutelios e para os
computadores e perifeacutericos foi considerado o prazo de vida uacutetil de 5 anos conforme
demonstrado na tabela 7
TABELA 7 - DEPRECIACcedilAtildeO
Item Valor Inicial Taxa Anual Depreciaccedilatildeo Anual (R$)
Maacutequinas e equipamentos 3084878 10 308488
Instalaccedilotildees 103000 10 10300
Moacuteveis e Utensiacutelios 824057 10 82406
Computadores e Perifeacutericos 446204 20 89241
Outros 704712 20 140942
Total 631377
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
45
O valor residual dos equipamentos e instalaccedilotildees da empresa no final do quinto
ano foi considerado em 30 referente ao valor de aquisiccedilatildeo dos mesmos no iniacutecio do
projeto
45 ANAacuteLISE DOS INDICADORES (VPL TIR E PAYBACK)
451 Valor Presente Liacutequido (VPL)
A tabela 8 mostra que o VPL (Valor Presente Liacutequido) eacute positivo isso significa
que aleacutem de recuperar o investimento inicial ainda vai ser agregado ao valor da
empresa um montante de R$ R$50392407 (quinhentos e trecircs mil novecentos e vinte
quatro reais e sete centavos)
A taxa de retorno requerida de 20 foi determinada levando em conta o niacutevel
de risco do projeto e visando o valor desejado para se obter em cima do valor
investido
TABELA 8 - CALCULO DO VALOR PRESENTE LIacuteQUIDO (VPL)
Anos FC k 2000
0 -$143355 VPL $50392407
1 $123499 VPL $50392407
2 $207792 VPL $50392407
3 $223956 VPL $21761126
4 $245622 VPL $21761126
5 $378242 Decisatildeo Aceitar o Projeto
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
452 Taxa Interna de Retorno (TIR)
Conforme a tabela 9 eacute possiacutevel verificar que a TIR (Taxa Interna de Retorno)
eacute de 11593 maior que a taxa requerida de 20 isso significa que custo inicial seraacute
46
recuperado e o projeto vai criar valor para empresa mais um resultado favoraacutevel para
a aceitaccedilatildeo do projeto
TABELA 9 - TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR)
Anos FC
0 -$143355 TIR 11593
1 $123499 TIR 2168
2 $207792 TIR 2168
3 $223956 Decisatildeo
4 $245622 k 2000
5 $378242 Aceitar o projeto
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
453 Payback
O tempo de recuperaccedilatildeo do custo inicial ocorre normalmente entre o quarto e
o quinto ano se for feita a anaacutelise da tabela 10 eacute possiacutevel verificar que o tempo
necessaacuterio para o retorno do investimento (payback) do projeto eacute de 128 anos este
indicador mostra claramente que o projeto deve ser aceito pois o tempo de retorno
estaacute bem abaixo do tempo meacutedio dos empreendimentos como um todo
TABELA 10 - PAYBACK
k 20
Anos FC SPresente
0 -$143355 -$143355 PBD-SP = 128
1 $123499 -$40439 128
2 $207792 $103861
3 $223956 $233465
4 $245622 $351917
5 $378242 $503924
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
47
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Para iniciar um negoacutecio requer muito mais do que apenas o espiacuterito
empreendedor eacute necessaacuterio ter lideranccedila conhecimento sobre o mercado que deseja
atuar organizaccedilatildeo e principalmente planejamento
O principal objetivo desse estudo foi analisar a viabilidade econocircmico-
financeira da abertura de uma empresa de bolos e doces finos no Bairro Alto em
Curitiba
O objetivo apresentado nesta pesquisa foi atingido pois todos os indicadores
analisados mostram com clareza que empresa obteacutem resultados positivos que criam
valor para a mesma e com isso o projeto eacute viaacutevel economicamente pois do primeiro
ao quinto ano fica visiacutevel o crescimento do empreendimento e a melhora significativa
da sua sauacutede financeira isso fica evidenciado no saldo final em caixa no quinto ano
que chega proacuteximo haacute 400 mil reais Apesar disso eacute crucial o acompanhamento do
mercado para seguir as tendecircncias e se atualizar constantemente para tomar
decisotildees mais assertivas
Um negoacutecio mal avaliado pode arruinar a estabilidade econocircmica do
investidor por isso eacute de extrema importacircncia fazer todos os levantamentos de custos
antes de se aventurar em qualquer empreendimento
Eacute possiacutevel comprovar que a pesquisa realizada contribui positivamente para
abertura da empresa No entanto as informaccedilotildees aqui presentes natildeo satildeo estaacuteticas e
devem ser revisadas periodicamente e se preciso ateacute mesmo ampliadas no decorrer
da implantaccedilatildeo do projeto para que o mesmo seja uma ferramenta eficiente e eficaz
no desenvolvimento da empresa como um todo
48
REFEREcircNCIAS
BRITO Paulo Anaacutelise e viabilidade de projetos de investimento Satildeo Paulo Atlas 2003 DOLABELA Fernando O segredo de Luiacutesa 30 ed Satildeo Paulo Editora de Cultura 2006 DORNELAS Joseacute Carlos Assis Empreendedorismo transformando ideias em negoacutecios 4 ed Rio de Janeiro Campus Elsevier 2012 CENSO Demograacutefico 2010 Resultados gerais da amostra Curitiba IBGE 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=410690ampidtema=87ampsearch=parana|curitiba|censo-demografico-2010-resultados-gerais-da-amostra-gt Acesso em 21 de Junho de 2015 CHIAVENATO Idalberto Empreendedorismo dando asas ao espiacuterito empreendedor empreendedorismo e a viabilidade de novas empresas um guia eficiente para iniciar e tocar seu proacuteprio negoacutecio 2 ed Satildeo Paulo Saraiva 2007 ESTATIacuteSTICAS do registro civil 2012 Curitiba IBGE 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaoregistrocivil2012default_xlsshtmgt Acesso em 21 de Junho de 2015 GIL Antonio Carlos Meacutetodos e teacutecnicas de pesquisa social 6 ed Satildeo Paulo Atlas 2008 KOTLER Philip KELLER Kevin Lane Administraccedilatildeo de Marketing 12 ed Satildeo Paulo ABDR 2006 LAPPONI Juan Carlos Projetos de Investimento na Empresa Rio de Janeiro Elsevier 2007 MACHADO Jesseacute Anderson Pinto Projetos Econocircmicos uma abordagem praacutetica de elaboraccedilatildeo Satildeo Paulo Nobel 2002 MICHEL Maria Helena Metodologia e pesquisa cientiacutefica em ciecircncias sociais 2 ed Satildeo Paulo Atlas 2009 OLIVEIRA Djalma de Pinho Rebouccedilas de Planejamento estrateacutegico conceitos metodologia e praacuteticas 20 ed Satildeo Paulo Atlas 2004 PRODANOV Cleber Cristiano ERNANI Cesar de Freitas Metodologia do trabalho cientiacutefico meacutetodo e teacutecnicas da pesquisa e do trabalho acadecircmico 2 ed Novo Hamburgo Freevale 2013
49
REBELATTO Dayse Projeto de Investimento 1 ed Barueri Manole 2004 SEBRAE Pesquisa de Mercado o que eacute e para que serve Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrsitesPortalSebraeartigosPesquisa-de-mercado-o-que-C3A9-e-para-que-servegt Acesso em 21 de Junho de 2015 SEBRAE Fluxo de caixa Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrSebraePortal20SebraeAnexos0_fluxo-de-caixapdfgt Acesso em 10 de Outubro de 2015 WILDAUER Egon Walter Plano de negoacutecios elementos construtivos e processos de elaboraccedilatildeo 2 ed Curitiba Ibpex 2011 WOILER Samsatildeo MATHIAS Washington Franco Projetos planejamento elaboraccedilatildeo anaacutelise 1 ed Satildeo Paulo Atlas 1994
50
APEcircNDICES
APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL 51
APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS 52
APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL 52
51
APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL
Item Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5
Aacutegua 25000 26250 27563 28941 30388
Aluguel 160000 168000 176400 185220 194481
Assessoria Contaacutebil 80000 84000 88200 92610 97241
Gaacutes 49000 51450 54023 56724 59560
Impostos 387858 422765 464481 506284 551849
Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)
80268 84281 88495 92920 97566
Energia eleacutetrica 70000 73500 77175 81034 85085
Manutenccedilatildeo 50000 52500 55125 57881 60775
Material de escritoacuterio 20000 21000 22050 23153 24310
Material de Limpeza 40000 42000 44100 46305 48620
Folha de pagamento 272266 299493 329442 362386 398625
Seguros 15000 15750 16538 17364 18233
Telefone fixointernet 20000 21000 22050 23153 24310
Telefone Moacutevel 12000 12600 13230 13892 14586
Vale Refeiccedilatildeo 75000 82500 90750 99825 109808
Vale Transporte 33000 34650 36383 38202 40112
Proacute- labore 200000 220000 286000 328900 361790
Taxas Bancaacuterias 8000 8400 8820 9261 9724
Total R$ 1597392 R$ 1720139 R$ 1900823 R$ 2064053 R$ 2227062
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
52
APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS
Item
Produccedilatildeo mensal meacutedia
Custo unitaacuterio total
Sugestatildeo Preccedilo de venda
Custo Mensal Total
Receita de vendas
Bolos artiacutesticos (recheios diversos) 150 6000 13500 900000 2025000
Bolos de copa (recheios diversos) 30 3600 8100 108000 243000
Naked cake (recheios diversos) 60 4200 9450 252000 567000
Doces Tradicionais 32 3500 7875 112000 252000
Doces Espelhados 32 5000 11250 160000 360000
Doces Finos 32 7500 16875 240000 540000
Brigadeiros gourmet 16 4500 10125 72000 162000
Tacinhas acriacutelicas 16 5500 12375 88000 198000
Trufas 32 5000 11250 160000 360000
Bombons 32 5000 11250 160000 360000
Bem casados 3200 100 225 320000 720000
Custo produccedilatildeo Total 2572000
Receita Total 5787000
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL
Ano Receita Bruta Variaccedilatildeo anual
Ano 1 000
Ano 2 69444000 9
Ano 3 75693960 9
Ano 4 82506416 9
Ano 5 89931994 9
Valor considerando a inflaccedilatildeo de 9 aa
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
7
LISTA DE TABELAS
TABELA 1 - RESULTADOS DA AMOSTRA - RENDIMENTO POR PESSOA EM
CURITIBA 30
TABELA 2 - CASAMENTOS POR MEcircS DE REGISTRO SEGUNDO O LUGAR DO
REGISTRO ndash 2012 31
TABELA 3 - CONCORRENTES QUE FORNECEM BOLOS E DOCES POR BAIRRO
39
TABELA 4 - INVESTIMENTO INICIAL 41
TABELA 5 - CAPITAL DE GIRO 43
TABELA 6 - PROJECcedilAtildeO DE FLUXO DE CAIXA NOS PRIMEIROS CINCO ANOS 44
TABELA 7 - DEPRECIACcedilAtildeO 44
TABELA 8 - CALCULO DO VALOR PRESENTE LIacuteQUIDO (VPL) 45
TABELA 9 - TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR) 46
TABELA 10 - PAYBACK 46
8
LISTA DE ABREVIATURAS EOU SILGAS
IBGE ndash Instituro Brasileiro de Geograacutefia e Estatiacutestica
PIB ndash Produto Interno Bruto
SEBRAE ndash Serviccedilo Brasileiro de Apoio agraves Micro e Pequenas Empresas
TIR ndash Taxa Interna de Retorno
TMA ndash Taxa Miacutenima de Atratividade
TMT ndash Taxa Miacutenima de Toleracircncia
VAL ndash Valor Atual liacutequido
VPL ndash Valor presente liacutequido
9
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO 11
11 PROBLEMA 12
12 OBJETIVO GERAL 12
13 OBJETIVOS ESPECIacuteFICOS 12
2 REFERENCIAL TEOacuteRICO 13
21 EMPREENDEDORISMO 13
211 Caracteriacutesticas e perfil do empreendedor 15
22 PLANO DE NEGOacuteCIOS 16
221 Estrutura do plano de negoacutecios 18
2211 Capa 18
2212 Sumaacuterio 19
2213 Sumaacuterio executivo 19
2214 Anaacutelise estrateacutegica 19
2215 Descriccedilatildeo da empresa 20
2216 Produtos e serviccedilos 20
2217 Plano operacional 20
2218 Plano de recursos humanos 21
2219 Anaacutelise de mercado 21
22110 Estrateacutegia de marketing 21
22111 Plano financeiro 22
22112 Anexos 22
23 VIABILIDADE ECONOcircMICO-FINANCEIRA 22
231 Fluxo de caixa 23
232 Valor Presente Liacutequido (VPL) 24
233 Taxa Interna de Retorno (TIR) 25
234 Periacuteodo de retorno de investimento (Payback) 26
3 METODOLOGIA 27
4 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES 29
41 ANAacuteLISE DE MERCADO 29
411 Mercado consumidor 29
10
412 Produtos que seratildeo vendidos 31
413 Preccedilo de venda 36
414 Previsatildeo de vendas 36
415 Definiccedilatildeo de local de venda dos produtos 37
416 Definiccedilatildeo da demanda e da oferta 37
417 Concorrentes 38
418 Forma de divulgaccedilatildeo dos concorrentes 39
42 TAMANHO DO NEGOacuteCIO 40
421 Capacidade produtiva 40
422 Investimento 40
423 Localizaccedilatildeo 41
424 Entregas 42
43 CAPITAL DE GIRO 42
44 FLUXO DE CAIXA 43
45 ANAacuteLISE DOS INDICADORES (VPL TIR E PAYBACK) 45
451 Valor Presente Liacutequido (VPL) 45
452 Taxa Interna de Retorno (TIR) 45
453 Payback 46
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 47
REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS 48
APEcircNDICES 50
11
1 INTRODUCcedilAtildeO
Quando surge uma ideia e eacute possiacutevel identificar nela uma oportunidade eacute o
iniacutecio para a criaccedilatildeo de um negoacutecio
Qualquer empreendimento para ter ecircxito seja ele industrial comercial ou de
serviccedilos depende de inuacutemeras decisotildees que o empreendedor precisa tomar antes de
iniciaacute-lo Uma das decisotildees fundamentais eacute analisar o empreendimento
economicamente para verificar se o projeto vai ser viaacutevel e lucrativo ou natildeo poreacutem
antes das decisotildees surgem agraves duacutevidas e incertezas como qual o ponto de partida
Qual deve ser o capital investido inicialmente Quais produtos seratildeo fabricados
Onde seratildeo vendidos
Para abertura de uma empresa de bolos e doces finos em Curitiba os
questionamentos satildeo os mesmos e para conseguir as respostas para todos esses
questionamentos que andam lado a lado com todos os empreendedores quando
surge a ideia de um novo negoacutecio eacute essencial a construccedilatildeo de um plano de negoacutecios
e principalmente efetuar uma anaacutelise de viabilidade econocircmico-financeira bem
estruturada que traga informaccedilotildees fundamentais para tomar decisotildees mais assertivas
No decorrer desta pesquisa foi possiacutevel responder haacute cada um destes
questionamentos por meio da anaacutelise de mercado definiccedilatildeo do tamanho do negoacutecio
fluxo de caixa e a anaacutelise dos indicadores que estatildeo dispostos no capiacutetulo 4 deste
estudo
Dornelas (2012 p 93) afirma que ldquoum negoacutecio bem planejado teraacute mais
chances de sucesso do que aquele sem planejamento na mesma igualdade de
condiccedilotildeesrdquo
Diante deste contexto a proposta deste projeto eacute analisar a viabilidade
econocircmico-financeira da abertura de uma empresa de bolos e doces finos localizada
no Bairro Alto em Curitiba
12
11 PROBLEMA
Qual a viabilidade econocircmico-financeira da abertura de uma empresa de
bolos e doces finos em Curitiba
12 OBJETIVO GERAL
Investigar qual a viabilidade da implantaccedilatildeo de uma empresa de bolos e
doces finos em Curitiba
13 OBJETIVOS ESPECIacuteFICOS
Elaborar uma anaacutelise do mercado de bolos e doces finos em Curitiba
Definir quais os produtos seratildeo vendidos
Definir a capacidade produtiva
Analisar a viabilidade econocircmico-financeira do negoacutecio
13
2 REFERENCIAL TEOacuteRICO
21 EMPREENDEDORISMO
Um projeto empreendedor se torna possiacutevel apenas se o dono da ideia estiver
disposto a assumir todas as responsabilidades e exigecircncias de abrir um negoacutecio que
sem duacutevida passaraacute a ser seu projeto de vida
Para Dolabela (2006 sn)
Se considerarmos que as empresas quase sempre comeccedilam pequenas isso chega a ser um paradoxo Principalmente porque no mundo de hoje as pequenas empresas constituem a principal fonte de empregos e satildeo responsaacuteveis em muitos paiacuteses por mais de 50 do produto interno bruto (PIB) e pelo maior volume de exportaccedilotildees aleacutem de serem as maiores geradoras de inovaccedilotildees tecnoloacutegicas desde a Segunda Guerra Mundial
Eacute possiacutevel definir empreendedorismo comordquo a capacidade que uma pessoa
possui de formular uma ideia sobre determinado produto ou serviccedilo em um mercado
seja essa ideia nova ou natildeordquo (WILDAUER 2011 p25)
Cabe acrescentar que o empreendedorismo natildeo se refere apenas a pequenos
negoacutecios e empreendimentos novos ldquoNatildeo aborda apenas a criaccedilatildeo de novos
produtos ou serviccedilos mas sim inovaccedilotildees em todos os acircmbitos do negoacuteciordquo
(CHIAVENATO 2007 p261)
Segundo Dolabela (2006 sn) se analisarmos a natureza do
empreendedorismo eacute possiacutevel observar que
A Todas as pessoas nascem empreendedoras Os humanos satildeo
empreendedores
B Empreendedorismo natildeo eacute um assunto atual existe desde a primeira
accedilatildeo inovadora com a finalidade de aperfeiccediloar as relaccedilotildees entre os homens
C Natildeo eacute apenas um fato econocircmico mas tambeacutem social
D O empreendedor estaacute em qualquer lugar natildeo apenas nas pessoas que
abrem seu proacuteprio negoacutecio
E O empreendedorismo eacute uma demonstraccedilatildeo da liberdade humana
14
F Natildeo eacute um acontecimento pessoal e nem uma habilidade que poucas
pessoas possuem eacute algo puacuteblico
G Natildeo existe a possibilidade de fazer transferecircncia de conhecimentos
empreendedores ndash ldquoao contraacuterio do que acontece por exemplo em uma aula
de geografia porque o empreendedorismo natildeo eacute um conteuacutedo cognitivo
convencionalrdquo Nesse entendimento natildeo existe a possibilidade de ensinar
mas eacute possiacutevel aprender a ser empreendedor por meio de um sistema de
ensino bem diferente do tradicional
H Eacute um assunto global e natildeo caracteriacutestico ou complementar E deve ser
apresentado na educaccedilatildeo baacutesica
I O princiacutepio do empreendedorismo e a cidadania O que por sua vez ldquoVisa
agrave construccedilatildeo do bem-estar coletivo do espiacuterito comunitaacuterio da cooperaccedilatildeo
Antes de ser aluno o estudante deve ser considerado um cidadatildeordquo
J Natildeo existe a possibilidade de definir se uma pessoa vai ter sucesso
como empreendedor
Vale enfatizar que o empreendedorismo eacute a envoltura de pessoas e
processos que juntas transformam ideias em oportunidades E a correta efetivaccedilatildeo
destas oportunidades ocasiona a criaccedilatildeo de um negoacutecio bem sucedido (DORNELAS
2012 p 28)
Chiavenato (2007 p 22) e Dornelas (2012 p29) defendem a ideia de que
1 O empreendedorismo abrange todo o processo para criar algo novo que
possua valor e seja valorizado pelo mercado
2 Que o empreendedorismo requer doaccedilatildeo disponibilidade de tempo e
vigor para tornar o novo empreendimento em um negoacutecio de sucesso
3 O empreendedorismo demanda coragem aceitaccedilatildeo de riscos
calculados e decisotildees analiacuteticas e ter flexibilidade com os obstaacuteculos falhas
e fracassos
Eacute possiacutevel concluir que o empreendedorismo eacute um fato cultural isto eacute
consequecircncia de haacutebitos accedilotildees e valores pessoais ldquoExistem famiacutelias (assim como
cidades regiotildees e paiacuteses) mais empreendedoras do que outrasrdquo A pessoa
desenvolve o empreendedorismo no conviacutevio com outros empreendedores num local
onde a possibilidade de ter o proacuteprio negoacutecio eacute visto como algo muito bom
(DOLABELA 2006 sn)
15
Diante disso natildeo eacute possiacutevel falar de empreendedorismo sem mencionar os
empreendedores pois satildeo as atitudes de pessoas que inovam assumem todos os
riscos que proporcionam o crescimento e desenvolvimento da sociedade como um
todo
211 Caracteriacutesticas e perfil do empreendedor
Ser empreendedor eacute acima de tudo ter a capacidade e a necessidade de
realizar coisas novas
O empreendedor ldquoeacute um ser social produto do meio em que vive (eacutepoca e
lugar)rdquo E se a pessoa convive em um meio onde ser empreendedor eacute considerado
algo bom teraacute motivos para abrir seu proacuteprio negoacutecio (DOLABELA 2006 sn)
O empreendedor parte da percepccedilatildeo subjetiva para percepccedilatildeo praacutetica na
qual mostram elementos que podem ser debatidos Esses elementos satildeo os mais
variaacuteveis possiacuteveis que foram originados de perguntas contestaccedilotildees e respostas
localizadas pelo empreendedor ldquoo qual natildeo precisa ser algueacutem com uma formaccedilatildeo
superior com diploma de faculdade ou algueacutem que conte com cursos teacutecnicos ou
praacuteticosrdquo (mesmo esses sendo atributos que auxilie na agilidade de formular
questionamentos e encontrar as soluccedilotildees para os mesmos) (WILDAUER 2011 p
25)
Para Dornelas (2012 p 29) empreendedor eacute a pessoa que percebe uma
oportunidade e arquiteta um negoacutecio para captar recursos calculando todos os riscos
que vai correr Em todas as definiccedilotildees de empreendedorismo nos deparamos com no
miacutenimo as seguintes particularidades em relaccedilatildeo ao empreendedor
1 Possui a atitude de criar um novo negoacutecio e amar aquilo que faz
2 Usa o capital que possui de maneira produtiva mudando o local social e
econocircmico onde estaacute inserido
3 Assume os riscos calculados e a chance do negoacutecio natildeo dar certo
Nessa mesma perspectiva Chiavenato (2007 p7) afirma que o empreendedor
eacute a pessoa que tem a capacidade de fazer as coisas acontecerem eacute favorecido pela
sua percepccedilatildeo para os negoacutecios prudecircncia na aacuterea financeira e a habilidade de
16
perceber as oportunidades Com esse conjunto de competecircncias tem a capacidade
de transformar ideias em negoacutecios O empreendedor possui uma boa imaginaccedilatildeo e eacute
persistente qualidades que combinadas de maneira correta o capacitam para
converter ideias simples em projetos objetivos e bem sucedidos
Para Wildauer (2011 p 26)
Podemos entatildeo enumerar muitas caracteriacutesticas do empreendedor sendo as principais a atitude de saber ouvir de estar atento de saber interpretar e analisar as informaccedilotildees do mercador de ter condiccedilotildees de elaborar um planejamento de suas accedilotildees futuras de traccedilar objetivos e todo um roteiro teoacuterico-praacutetico para poder atingi-lo Sem essas premissas baacutesicas o empreendedor natildeo teraacute sucesso na formulaccedilatildeo do plano de negoacutecios muito menos na sustentaccedilatildeo de seu negoacutecio
Chiavenato (2007 p 4) acredita que ldquoos empreendedores satildeo heroacuteis
populares do mundo dos negoacuteciosrdquo Que geram empregos propagam inovaccedilotildees e
estimulam o crescimento da economia Satildeo muito mais do que somente fornecedores
de produtos e serviccedilos satildeo pessoas que assumem os riscos das oscilaccedilotildees
econocircmicas
Cabe acrescentar que o empreendedor revolucionaacuterio eacute aquele que inventa
novos mercados isto eacute a pessoa cria algo exclusivo como foi o caso do Bill Gattes
fundador da Microsoft que transformou o mundo com o sistema operacional Windows
Contudo grande parte dos empreendedores cria negoacutecios em mercados jaacute existentes
e mesmo assim criam negoacutecios de sucesso (DORNELAS 2012 p30)
Wildauer (2011 p26) conclui que ldquoo empreendedor necessita de uma estrutura
de pensamento sistecircmico e visionaacuterio com base no qual estabeleceraacute metas e
desenharaacute trajetoacuterias para alcanccedilaacute-lasrdquo
22 PLANO DE NEGOacuteCIOS
Para iniciar um empreendimento eacute fundamental fazer um plano de negoacutecios
com ele eacute possiacutevel verificar a viabilidade ou natildeo do empreendimento e definir onde
estamos para onde vamos e mostrar com mais clareza as oportunidades de negoacutecio
17
Do ponto de vista de Dornelas (2012 p 93) ldquoum negoacutecio bem planejado teraacute
mais chances de sucesso do que aquele sem planejamento na mesma igualdade de
condiccedilotildeesrdquo
Nessa mesma perspectiva Dolabela (2006 sn) afirma que vaacuterios
empreendedores bem sucedidos abriram seus empreendimentos sem compreender
pontualmente o que eacute um plano de negoacutecios Poreacutem muitos outros natildeo tiveram o
mesmo fim e o que conseguiram foram negoacutecios fracassados por conta de falhas que
poderiam ter sido evitadas Uma grande quantidade de negoacutecios que possuem um
alto potencial acabam se tornando impraticaacuteveis por conta da incapacidade dos
empreendedores Ainda assim muitas pessoas abrem e vatildeo continuar abrindo
negoacutecios capacitadas ou natildeo para isso
Wildauer (2011 p 39) define plano de negoacutecios como ldquoum documento em
forma de texto no qual eacute apresentada uma proposta de negoacutecio para um mercadordquo
Esse documento deve mostrar com clareza o ponto de vista do empreendedor sobre
o sucesso do seu produto ou serviccedilo no mercado atual
Chiavenato (2007 p132) acredita que
O plano de negoacutecio mdash business planmdash descreve a ideia de um novo empreendimento e projeta os aspectos mercadoloacutegicos operacionais e financeiros dos negoacutecios propostos geralmente para os proacuteximos trecircs ou cinco anos Seu preparo permite a anaacutelise da proposta e ajuda o futuro empreendedor a evitar uma trajetoacuteria decadente que o levaraacute do entusiasmo agrave desilusatildeo e ao fracasso
Eacute possiacutevel sintetizar o plano de negoacutecios como um documento em que o
empreendedor mostra de maneira formal e concreta o negoacutecio que quer idealizar e
expor para seus parceiros soacutecios e investidores apresentando a visatildeo a missatildeo e os
seus propoacutesitos assim como o ldquoplano operacional o plano de marketing o plano de
financeiro e o plano juriacutedicordquo desta forma facilitando a assimilaccedilatildeo e aceitaccedilatildeo do
negoacutecio pelas pessoas interessadas (WILDAUER 2011 p39)
Conforme mencionado por Chiavenato (2007 p 134) o plano de negoacutecios
mobiliza o novo empreendimento na sua totalidade Ele demonstra o levantamento
cansativo dos elementos que fazem parte do negoacutecio ldquosejam internos mdash o que deveraacute
ser produzido como onde quanto mdash sejam externos mdash para quem produzir qual eacute
o mercado quais satildeo os concorrentes etcrdquo
18
Com isso Wildauer (2011 p 45) conclui que ldquoo plano de negoacutecios eacute como um
guia uacutetil para a obtenccedilatildeo de conhecimentos para a concepccedilatildeo de um
empreendimentordquo
221 Estrutura do plano de negoacutecios
O plano de negoacutecios mobiliza todas as informaccedilotildees necessaacuterias para abrir um
negoacutecio por meio dele eacute possiacutevel detectar onde estou e para onde desejo ir dentro do
mercado
Conforme identificado por Dornelas (2012 p 101) ldquonatildeo existe uma estrutura
riacutegida e especiacutefica para se escrever um plano de negoacuteciosrdquo dado que cada negoacutecio
possui suas singularidades e equivalecircncias sendo improvaacutevel delimitar um modelo-
padratildeo de plano de negoacutecios que seja absoluto e adequado para todos os negoacutecios
Todos os planos de negoacutecios devem conter um miacutenimo de seccedilotildees que vatildeo possibilitar
uma compreensatildeo do negoacutecio como um todo Tais seccedilotildees satildeo alinhadas de maneira
que mantenham uma sequecircncia loacutegica que possibilite qualquer pessoa ler o plano e
compreender como a empresa eacute estruturada seus objetivos seus produtos seus
serviccedilos qual seu mercado seu plano financeiro e de marketing
A seguir encontra-se uma breve descriccedilatildeo de cada uma das seccedilotildees do Plano
de Negoacutecios
2211 Capa
Eacute um dos componentes fundamentais do plano de negoacutecios pois eacute a primeira
parte que eacute vista pela pessoa que vai ler deve ser desenvolvida de forma clara e com
os dados adequados (DORNELAS 2012 p 101)
19
2212 Sumaacuterio
O sumaacuterio deve incluir ldquoo tiacutetulo de cada seccedilatildeo do plano de negoacutecios e a paacutegina
respectiva onde se encontra bem como os principais assuntos relacionados em cada
seccedilatildeordquo Isso faz com que fique mais faacutecil o leitor do plano de negoacutecios identificar com
mais agilidade o que lhe interessar (DORNELAS 2012 p 101-102)
2213 Sumaacuterio executivo
O Sumaacuterio Executivo eacute a parte mais importante do plano de negoacutecios ele iraacute
definir se o leitor vai prosseguir ou natildeo com a leitura do plano de negoacutecios Dessa
forma deve ser redigido com bastante concentraccedilatildeo e revisado inuacutemeras vezes e
tambeacutem englobar as informaccedilotildees mais relevantes do plano de negoacutecios Deve ser
direcionado ao puacuteblico-alvo do plano de negoacutecios e deixar claro qual o objetivo do
mesmo em relaccedilatildeo agraves pessoas que estatildeo o lendo ldquoO Sumaacuterio Executivo deve ser a
uacuteltima seccedilatildeo a ser escrita pois depende de todas as outras seccedilotildees do plano para ser
elaboradardquo (DORNELAS 2012 p 102)
2214 Anaacutelise estrateacutegica
Nesta seccedilatildeo eacute determinada a direccedilatildeo que a empresa vai seguir ldquosua visatildeo e
missatildeo sua situaccedilatildeo atual as potencialidades e ameaccedilas externas suas forccedilas e
fraquezas seus objetivos e metas de negoacuteciordquo Essa parte eacute o alicerce para o
crescimento e o estabelecimento das outras accedilotildees redigidas no plano (DORNELAS
2012 p 102)
20
2215 Descriccedilatildeo da empresa
Eacute nessa seccedilatildeo que deve ser feita a descriccedilatildeo da empresa ldquoseu histoacuterico
crescimento faturamento dos uacuteltimos anos sua razatildeo social impostos estrutura
organizacional e legal localizaccedilatildeo parcerias serviccedilos terceirizados etcrdquo
(DORNELAS 2012 p 102)
2216 Produtos e serviccedilos
Nessa seccedilatildeo do plano de negoacutecios devem ser descritos os produtos e serviccedilos
da empresa a maneira que satildeo produzidos o capital disposto seu ciclo de vida os
elementos tecnoloacutegicos envolvidos pesquisa e desenvolvimento os seus clientes
marcas e patentes etc
Nessa seccedilatildeo pode ser incluiacuteda quando estaacute informaccedilatildeo encontra-se disponiacutevel uma visatildeo do niacutevel de satisfaccedilatildeo dos clientes com os produtos e serviccedilos da empresa Esse feedback eacute bastante importante porque costuma oferecer natildeo apenas uma visatildeo do niacutevel de qualidade percebida nos produtos e serviccedilos mas tambeacutem guiar futuros investimentos da empresa em novos desenvolvimentos e processos de produccedilatildeo (DORNELAS 2012 p 102-103)
2217 Plano operacional
Nesta seccedilatildeo devem ser expostas as accedilotildees que a empresa pretende ter na
sua estrateacutegia produtiva e no processo de produccedilatildeo apontando os resultados que
essas accedilotildees teratildeo sobre os criteacuterios de avaliaccedilatildeo dos produtos Deve incluir dados
operacionais atualizados e presumidos como ldquolead time do produto ou serviccedilo
percentual de entregas a tempo rotatividade do inventaacuterio iacutendice de refugo lead time
de desenvolvimento de produto ou serviccedilo etcrdquo (DORNELAS 2012 p 103)
21
2218 Plano de recursos humanos
Devem ser exibidas as propostas de desenvolvimento e treinamento de
pessoal da empresa Esses dados estatildeo pontualmente associados com a
competecircncia da empresa de crescer ldquoespecialmente quando esta atua em um
mercado onde a detenccedilatildeo de tecnologia eacute considerada um fator estrateacutegico de
competitividaderdquo (DORNELAS 2012 p 103)
2219 Anaacutelise de mercado
Nesta seccedilatildeo o responsaacutevel pelo plano de negoacutecios deve deixar claro que os
executivos da empresa entendem perfeitamente o mercado consumidor do seu
produto ou serviccedilo (atraveacutes de pesquisa de mercado) como estaacute segmentado
crescimento do mercado atributos do consumidor anaacutelise da concorrecircncia qual a sua
fatia de mercado e dos concorrentes etc (DORNELAS 2012 p 103)
22110 Estrateacutegia de marketing
Deve ser apresentado o objetivo da empresa para vender seu produtoserviccedilo
e consolidar seus clientes e ampliar sua demanda Deve ser informada sua estrateacutegia
de venda especificidades do produtoserviccedilo preccedilos puacuteblico-alvo canais de
distribuiccedilatildeo projeccedilatildeo das vendas (DORNELAS 2012 p 103)
22
22111 Plano financeiro
Na seccedilatildeo financeira deve mostrar em nuacutemeros todas as accedilotildees planejadas
para a empresa e suas evidecircncias por meio de projeccedilotildees futuras para um negoacutecio
bem sucedido
Deve conter demonstrativo de fluxo de caixa com horizonte de pelo menos trecircs anos balanccedilo patrimonial anaacutelise do ponto de equiliacutebrio necessidades de investimento demonstrativos de resultados anaacutelise de indicadores financeiros do negoacutecio como faturamento previsto margem prevista prazo de retorno sobre o investimento inicial (payback) taxa interna de retorno (TIR) etc (DORNELAS 2012 p 103-104)
22112 Anexos
Nesta seccedilatildeo deve incluir todos os dados considerados importantes para
melhor compreensatildeo do plano de negoacutecios O que natildeo pode ser deixado de anexar eacute
o curriculum vitae dos soacutecios da empresa (DORNELAS 2012 p 104)
23 VIABILIDADE ECONOcircMICO-FINANCEIRA
Analisar o empreendimento economicamente para verificar se o projeto eacute
viaacutevel e lucrativo ou natildeo eacute uma das decisotildees fundamentais de qualquer
empreendedor
A anaacutelise de investimento eacute um mecanismo aacutegil praacutetico e seguro que ajuda
profissionais de inuacutemeras aacutereas no processo de anaacutelise de tomada de decisotildees
financeiras (REBELATTO p 141)
Lapponi (2007 p 123) afirma que
O objetivo da decisatildeo de investimento ou do orccedilamento de capital eacute maximizar o valor da empresa A decisatildeo de alocaccedilatildeo do capital em projeto de investimento eacute fundamental para o sucesso pois os recursos da empresa
23
satildeo comprometidos por longo tempo na direccedilatildeo de seu futuro desejado e isso envolve um grande esforccedilo de tempo e de gerenciamento Cada projeto aprovado eacute um desembolso realizado pela empresa coma expectativa de obter benefiacutecios futuros quantificados pela geraccedilatildeo de um fluxo de retornos adequados em geral por um prazo maior do que um ano
A carecircncia de recursos financeiros diante das muitas necessidades faz com
que seja crucial aperfeiccediloar sua utilizaccedilatildeo A anaacutelise antecipada de investimento
possibilita que se racionalize a forma como os recursos de capital satildeo utilizados
(REBELATTO 2004 p 141)
Para analisar a viabilidade de um projeto economicamente eacute necessaacuterio reunir
uma seacuterie de informaccedilotildees e de dados que precisam ser organizados para atingir seu
objetivo final que eacute o de facilitar a tomada de decisatildeo Vale salientar que o projeto
deve ser um documento que tenha a capacidade de mostrar de uma maneira loacutegica a
visatildeo estrateacutegica do negoacutecio (MACHADO 2002 p 144)
231 Fluxo de caixa
O fluxo de caixa eacute o melhor guia para uma administraccedilatildeo financeira eficiente
de qualquer negoacutecio
O fluxo de caixa eacute a reproduccedilatildeo graacutefica de uma movimentaccedilatildeo financeira ldquoAs
movimentaccedilotildees monetaacuterias satildeo identificadas temporalmente por meio de um conjunto
de entradas e saiacutedas de caixa definido como diagrama de fluxo de caixardquo Essa
representaccedilatildeo proporciona a visualizaccedilatildeo em diferentes momentos com o que estaacute
ocorrendo com o capital (REBELATTO 2004 p 150)
ldquoA identificaccedilatildeo e a quantificaccedilatildeo das estimativas relevantes do projeto satildeo o
iniacutecio da construccedilatildeo do fluxo de caixa do projeto para empresa em funcionamentordquo
(LAPPONI 2007 p 347)
O fluxo de caixa eacute um composto de entradas e saiacutedas de valores monetaacuterios
(dinheiro) no decorrer de um determinado periacuteodo Bem como evidenciar uma opccedilatildeo
possiacutevel de transaccedilotildees financeiras ou seja pagamentos agrave vista pagamentos a prazo
tiacutetulos originais etc (REBELATTO 2004 p 151)
24
232 Valor Presente Liacutequido (VPL)
ldquoO Valor presente liacutequido (VPL) ou valor atual liacutequido (VAL) eacute o valor atual das
entradas de caixa (retornos de capital esperados) incluindo o valor residual (se
houver) menos o valor atual das saiacutedas de caixardquo (REBELATTO 2004 p 214)
A foacutermula para chegar ao VPL eacute (LAPPONI 2007 p 125)
119881119875119871 = minus119868 +119865119862
(1 + 119870)119899
Onde
I= custo inicial ou desembolso inicial
FC= fluxo de caixa
K= taxa requerida
n= prazo de anaacutelise
Rebelatto (2004 p214) afirma que os paracircmetros para que o projeto seja
aceito se refere ao valor presente liacutequido (VPL)
VPLgt0 o projeto eacute aceito
VPLlt0 o projeto eacute rejeitado
VPL=0 o projeto pode ser aceito ou natildeo pois natildeo cria e nem destroacutei
valor para empresa
Para Lapponi (2007 p 134-135) as principais vantagens do VPL satildeo
Considera o fluxo de caixa do projeto na sua totalidade
Considera o valor monetaacuterio (dinheiro) no tempo
Tem a capacidade de medir o valor criado ou destruiacutedo pelo projeto
Pode ser utilizado na avaliaccedilatildeo do projeto independentemente do tipo de
fluxo de caixa utilizado
Seleciona o projeto mais viaacutevel economicamente
25
233 Taxa Interna de Retorno (TIR)
ldquoTaxa Interna de Retorno (TIR) eacute a taxa de desconto que torna o valor atual
liacutequido (VAL) do investimento igual a zero Tambeacutem eacute chamada de taxa interna efetiva
de rentabilidaderdquo (REBELATTO 2004 p 217)
No projeto do tipo simples com o aumento da taxa requerida o VPL do projeto tende ao valor do custo inicial pois o VPL eacute uma funccedilatildeo decrescente da taxa requerida Portanto a decisatildeo com o meacutetodo TIR somente deve ser feita em projetos simples que garantem a existecircncia de uma uacutenica TIRgt -100 Nos outros tipos de fluxo de caixa em geral o meacutetodo da TIR natildeo deve ser utilizado pois haacute a possibilidade de muacuteltiplas TIRs Sendo a TIR a taxa de juro que zera o VPL do projeto simples para qualquer taxa requerida K menor que a TIR o VPL seraacute positivo e para qualquer taxa requerida K maior que a TIR o VPL seraacute negativo (LAPPONI 2007 p 175-176)
Rebelatto (2004 p 217) complementa afirmando que a TIR eacute um meacutetodo
aprimorado de anaacutelise de investimento sendo possivelmente uma das mais usadas
para avaliar projetos econocircmicos A TIR deve ser comparada com a taxa miacutenima de
atratividade (TMA) para analisar se o projeto seraacute aceito ou natildeo
Sendo assim Lapponi (2007 p 176) considera que
Se TIR gt TMA o projeto deve ser aceito pois eacute economicamente viaacutevel
Se TIR lt TMA o projeto deve ser recusado pois eacute economicamente
inviaacutevel
Se TIR = TMA eacute indiferente investir no projeto pois o mesmo natildeo criaraacute
e nem destruiraacute valor da empresa
ldquoA grande vantagem da TIR como indicador de decisatildeo eacute que prescinde de
informaccedilotildees externas ao projeto Tudo que o analista necessita eacute conhecer o perfil do
projeto e alguma ideia de magnitude da taxa de jurosrdquo (MACHADO 2002 p 127)
26
234 Periacuteodo de retorno de investimento (Payback)
ldquoO payback eacute o periacuteodo de tempo em que ocorre o retorno do investimento
Calculado no fluxo de caixa de vida uacutetil de dez anos o payback apresenta-se de vaacuterias
maneiras para cada tipo de empresardquo (BRITO 2003 p 51)
Uma empresa pode nomear o payback como um dos paracircmetros para escolha
de um projeto a fim de minimizar seus riscos Mesmo sendo esse um meacutetodo faacutecil e
simples na praacutetica eacute um dos mais utilizados para efetuar a mediccedilatildeo econocircmica de um
projeto (REBELATTO 2004 p 230)
Segundo Rebelatto (2004 p 231) a foacutermula baacutesica que demonstra o caacutelculo
do payback em fluxos de caixas regulares eacute
PB =I0
FC
Onde
PB= Payback
I0= Investimento inicial
FC= Fluxo de caixa regular
Para executar o meacutetodo payback eacute crucial estabelecer o tempo maacuteximo de
toleracircncia TMT para resgatar o custo inicial ldquoPara decidir se o projeto deve ser aceito
o payback deve ser comparado com o valor de referecircncia TMT de forma querdquo
(LAPPONI 2007 p 245)
Se PB lt TMT o projeto deve ser aceito
Se PB gt TMT o projeto deve ser recusado
A principal vantagem para utilizaccedilatildeo do meacutetodo payback eacute que ele reflete a
liquidez do projeto e por consequecircncia eacute possiacutevel efetuar a avaliaccedilatildeo do risco de natildeo
recuperar o investimento (REBELATTO 2004 p 230)
27
3 METODOLOGIA
Este capiacutetulo tem por objetivo descrever os procedimentos e teacutecnicas
utilizados na pesquisa considerando o problema e aos objetivos gerais e especiacuteficos
Para a execuccedilatildeo da revisatildeo bibliograacutefica realizada neste estudo foi utilizado
livros de especialistas na aacuterea os principais temas abordados foram o
empreendedorismo que eacute um assunto chave quando surge uma ideia para um novo
negoacutecio plano de negoacutecios que eacute um elemento fundamental para o sucesso ou
fracasso de um empreendimento e a viabilidade econocircmico-financeira tema
fundamental visto que o objetivo geral da pesquisa eacute mensurar se a mesma eacute viaacutevel
ou natildeo economicamente
Foi elaborada uma anaacutelise de mercado que estaacute disponiacutevel no item 41 deste
estudo atraveacutes da mesma foi identificado que os principais clientes satildeo das classes
A e B de Curitiba regiatildeo metropolitana no item 42 foi efetuado um levantamento do
tamanho do negoacutecio onde foi definida a capacidade produtiva o investimento inicial e
a localizaccedilatildeo do empreendimento no item 44foi elaborado o fluxo de caixa que
demonstra as previsotildees financeiras do periacuteodo de 5 anos o meacutetodo utilizado para
elaborar a pesquisa foi um estudo de caso de natureza exploratoacuteria quantitativa e
anaacutelise documental
O estudo de caso eacute evidenciado por um estudo minucioso e cansativo de um
ou poucos objetivos desta forma propicia um vasto e detalhado conhecimento sobre
o assunto uma missatildeo praticamente impossiacutevel mediante as outras maneiras de
delineamentos consideradas (GIL 2008 p 57-58)
Prodanov e Freitas (2013 p60) afirmam que o estudo de caso consiste em
recolher e analisar dados sobre determinado indiviacuteduo famiacutelia grupo ou comunidade
com a finalidade de estudar diferentes aspectos das suas vidas conforme o assunto
da pesquisa
Jaacute as pesquisas exploratoacuterias satildeo definidas por Gil (2008 p 27) como as que
Tecircm como principal finalidade desenvolver esclarecer e modificar conceitos e ideias tendo em vista a formulaccedilatildeo de problemas mais precisos ou hipoacuteteses pesquisaacuteveis para estudos posteriores De todos os tipos de pesquisa estas satildeo as que apresentam menor rigidez no planejamento Habitualmente envolvem levantamento bibliograacutefico e documental entrevistas natildeo padronizadas e estudos de caso
28
A pesquisa quantitativa ldquoconsidera que tudo pode ser quantificaacutevel o que
significa traduzir em nuacutemeros opiniotildees e informaccedilotildees para classificaacute-las e analisaacute-lasrdquo
Eacute necessaacuteria a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas estatiacutesticas tais como porcentagem meacutedia
moda desvio-padratildeo coeficiente de correlaccedilatildeo etc (PRODANOV FREITAS 2013
p 69)
Muitos dados que satildeo utilizados em pesquisas satildeo adquiridos indiretamente
por meio de documentosrdquo como livros jornais papeacuteis oficiais registros estatiacutesticos
fotos discos filmes e viacutedeos que satildeo obtidos de maneira indiretardquo Essas fontes
documentais tecircm a capacidade de disponibilizar ao pesquisador um grande nuacutemero
de informaccedilotildees com bastante qualidade para evitar a perda de tempo (GIL 2008 p
147)
Este modelo de pesquisa foi utilizado para definir os principais clientes quais
os produtos que seratildeo vendidos a capacidade produtiva assim como a viabilidade
econocircmico-financeira e operacional do negoacutecio
29
4 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES
41 ANAacuteLISE DE MERCADO
Woiler e Mathias (1994 p41) e Rebelatto (2004 p01) afirmam que a anaacutelise
de mercado eacute um dos pontos mais relevantes para elaboraccedilatildeo de um projeto Atraveacutes
do estudo do mercado obtemos muitas informaccedilotildees tais como
Fazendo a comparaccedilatildeo entre demanda e a oferta encontramos a
possiacutevel escassez da demanda futura Esse resultado proporcionaraacute
informaccedilotildees para que seja definida a escala de produccedilatildeo do projeto
A regiatildeo geograacutefica em que o produto pode ser vendido eacute um dos pontos
mais significativos para que seja definida a localizaccedilatildeo do empreendimento
O preccedilo de venda os custos de comercializaccedilatildeo e os estoques nos
canais de comercializaccedilatildeo satildeo informaccedilotildees relevantes para que seja
elaborada a projeccedilatildeo do projeto
Vale salientar que esses satildeo apenas alguns elementos importantes que eacute
possiacutevel identificar na anaacutelise de mercado existe muitos outros dados que satildeo obtidos
com a mesma
411 Mercado consumidor
ldquoTodas as decisotildees relacionadas a novos empreendimentos contecircm certo
grau de incerteza tanto no que diz respeito agrave informaccedilatildeo na qual as decisotildees estatildeo
baseadas como no que diz respeito agraves suas consequecircnciasrdquo (SEBRAE)
Chiavenato acredita que os clientes tecircm a capacidade de alavancar ou
derrubar um empreendimento ldquoUm cliente pode ser uma organizaccedilatildeo uma empresa
um usuaacuterio dos produtosserviccedilos ou um consumidor finalrdquo Eacute quem adquiri os
produtosserviccedilos ofertados pela organizaccedilatildeo no final da cadeia de transaccedilotildees Eacute ele
que estabelece direta ou indiretamente se o empreendimento teraacute ecircxito ou natildeo Por
30
isso o cliente deve ser considerado como o principal patrimocircnio da empresa (2007
p 207)
Segundo dados do censo 2010 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e
estatiacutestica) dos 576190 (quinhentos e setenta e seis mil cento e noventa) domiciacutelios
de Curitiba 292965 (duzentos e noventa e dois mil novecentos e sessenta e cinco)
possuem renda de mais de 5 a mais de 20 salaacuterios miacutenimos sendo assim cerca de
5085 dos domiciacutelios curitibanos estatildeo enquadrados nas classes A e B Ainda
segundo o IBGE cerca de 137922 (cento e trinta e sete mil novecentos e vinte e dois)
domiciacutelios curitibanos tecircm renda de mais de 10 salaacuterios miacutenimos o que representa
uma meacutedia de 24 dos domiciacutelios de Curitiba
Mais de 249000 (duzentos e quarenta e nove mil) pessoas que residem em
Curitiba cerca de 1423 da populaccedilatildeo tem rendimento mensal de mais de 5 salaacuterios
miacutenimos conforme Tabela 1
TABELA 1 - RESULTADOS DA AMOSTRA - RENDIMENTO POR PESSOA EM CURITIBA
Quantidade de pessoas Salaacuterios miacutenimos
153011 Mais de 5 a 10 salaacuterios miacutenimos
38692 Mais de 10 a 15 salaacuterios miacutenimos
25427 Mais de 15 a 20 salaacuterios miacutenimos
18264 Mais de 20 a 30 salaacuterios miacutenimos
13791 Mais de 30 salaacuterios miacutenimos
FONTE IBGE - CENSO DEMOGRAacuteFICO 2010
Curitiba possui uma populaccedilatildeo de mais de 1750000 (um milhatildeo setecentos
e cinquenta mil habitantes) segundo censo IBGE 2010 sendo que 932000
(novecentos e trinta e dois mil) pessoas com o estado civil de solteiro viuacutevo
divorciado separado judicialmentedesquitado isso mostra que tem muitas pessoas
que podem fazer festas de casamento e necessitar dos produtos que seratildeo ofertados
tais como bolos artiacutesticos doces finos e bem casados
Segundo as estatiacutesticas do registro civil do IBGE ocorreram em Curitiba e
regiatildeo metropolitana no ano 2012 exatamente 18877 (dezoito mil oitocentos e setenta
e sete) casamentos sendo que nos meses de setembro a dezembro foi onde ocorreu
um maior nuacutemero um total de 7828 (sete mil oitocentos e vinte e oito) casamentos o
que representa um total de 4147 dos casamentos ocorrem nesses quatro meses
do ano
31
TABELA 2 - CASAMENTOS POR MEcircS DE REGISTRO SEGUNDO O LUGAR DO REGISTRO ndash 2012
Lugar do registro
Casamentos por mecircs do registro
Total de
registros Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
RM Curitiba 18877 1466 1250 1572 1282 1403 1533 1248 1255 1735 1753 2118 2262
Curitiba 10351 848 692 857 692 724 872 658 658 971 968 1237 1174
FONTE IBGE DIRETORIA DE PESQUISAS COORDENACcedilAtildeO DE POPULACcedilAtildeO E INDICADORES SOCIAIS ESTATIacuteSTICAS DO REGISTRO CIVIL 2012
Nessa perspectiva foi definido que o mercado que a empresa de bolos e doces
finos vai atuar eacute de Curitiba e regiatildeo metropolitana com foco nas pessoas das classes
A e B com estado civil solteiro divorciado separado judicialmentedesquitado e viuacutevo
412 Produtos que seratildeo vendidos
ldquoNo coraccedilatildeo de uma grande marca haacute um grande produto O produto-chave
na oferta ao mercado Liacutederes de mercado geralmente oferecem produtos e serviccedilos
de qualidade superiorrdquo (KOTLER KELLER 2006 p 366)
Os principais produtos fornecidos seratildeo
Bolos artiacutesticos
FOTO1 - BOLO ARTIacuteSTICO FONTE WANDA CARDOSO - BOLOS ARTIacuteSTICOS amp DOCES
32
Bolos de copa
FOTO2 - BOLO DE COPA FONTE ELABORADO PELO AUTOR
FOTO3 - BOLO DE COPA FONTE ELABORADO PELO AUTOR
Naked cake
FOTO4 - NAKED CAKE FONTE DOCES PENEacuteLOPE
33
Doces Tradicionais
FOTO5 - DOCES TRADICIONAIS FONTE ELABORADO PELO AUTOR
Doces Espelhados
FOTO6 - DOCES ESPELHADOS FONTE PRONTO SOCORRO DAS FESTAS
Doces Finos
FOTO 7 - DOCES FINOS FONTE COMPRANDO MEU APE
34
Brigadeiros gourmet
FOTO8 - BRIGADEIROS GOURMET FONTE ELABORADO PELO AUTOR
Tacinhas acriacutelicas
FOTO9 - TACINHAS ACRIacuteLICAS FONTE BUFFET DELIacuteCIAS DA VI
Trufas
FOTO 10 - TRUFAS FONTE FOGAtildeO DA VOVOacute
35
Bombons
FOTO11 - BOMBONS FONTE DALVA GOLDEN GATE
Bem casados
FOTO12 - BEM CASADOS FONTE CASAMENTO SEM ERRO
FOTO13 - BEM CASADOS FONTE CASAMENTO SEM ERRO
36
413 Preccedilo de venda
A definiccedilatildeo do preccedilo dos produtos eacute uma das decisotildees mais relevantes da
organizaccedilatildeo que deve levar em conta a forma como a empresa deseja se posicionar
no mercado os custos a concorrecircncia e a rentabilidade almejada
O preccedilo eacute um dos elementos mais versaacuteteis pode ser modificado rapidamente
ao contraacuterio das propriedades dos produtos dos contratos com canais de distribuiccedilatildeo
e ateacute mesmo das promoccedilotildees O Preccedilo tem tambeacutem a tarefa de mostrar ao mercado o
posicionamento de valor desejado pela empresa para o seu produto ou marca
(KOTLER KELLER 2006 p 428)
A consolidaccedilatildeo dos preccedilos dos produtos seraacute elaborada levando em conta os
custos para se obter os produtos com a qualidade requinte e sofisticaccedilatildeo desejada
com a margem de lucro esperada e se baseando nos preccedilos praticados pela
concorrecircncia
414 Previsatildeo de vendas
Para Chiavenato (2007 p 2013)
A previsatildeo de vendas representa a quantidade de produtosserviccedilos que a empresa pretende vender ou colocar no mercado durante um determinado periacuteodo geralmente um mecircs ou um ano dividido em meses Constitui portanto uma estimativa ou uma expectativa de vendas Pode ser feita em unidades fiacutesicas ou em valores monetaacuterios
A produccedilatildeo vai ser em meacutedia de 5600 doces (doces finos gourmet e bem
casados) e 4 bolos procurando atender em meacutedia 4 eventos por semana e ateacute 16
eventos por mecircs sendo que nos meses de setembro a dezembro essa demanda
aumenta pelo motivo de historicamente ter um nuacutemero maior de casamentos
37
415 Definiccedilatildeo de local de venda dos produtos
ldquoA venda eacute a fase fundamental do processo de vendas Consiste na
transferecircncia do produtoserviccedilo para o cliente ou consumidorrdquo (CHIAVENATO 2007
p 210)
As vendas vatildeo ocorrer atraveacutes de site proacuteprio redes sociais telefone e
pessoalmente natildeo teremos loja fiacutesica apenas um ateliecirc para confecccedilatildeo dos bolos e
doces onde vai conter uma sala anexa na qual vai ser oferecido o serviccedilo de
degustaccedilatildeo com horaacuterios marcados para assim o cliente decidir quais os produtos
seratildeo adquiridos para o seu evento e fechamento de contrato
416 Definiccedilatildeo da demanda e da oferta
Na maior parte das encomendas os clientes solicitam os doces finos e
gourmet que contecircm chocolates frutas oleaginosas tais como castanhas nozes
avelatildes amecircndoas frutas como framboesa morango damasco cerejas e os bem
casados Os bolos mais solicitados satildeo os com decoraccedilatildeo de pasta americana que
deve obrigatoriamente ter recheios mais firmes como ganaches fios de ovos
strogonoff de nozes e os naked cake (bolo pelado) que possuem mais opccedilotildees de
recheios com chocolates frutas diversas e cremes de pacirctisserie
Em contato com algumas empresas que fornecem o mesmo tipo de produto
foi possiacutevel verificar que as encomendas devem ser feitas com antecedecircncia miacutenima
de 6 meses sendo que alguns casos somente com um ano de antecedecircncia para
conseguir na data desejada Esse eacute um dos pontos que mostra que tem espaccedilo
suficiente para entrada nesse mercado
38
417 Concorrentes
Chiavenato (2007 p 33) Kotler e Keller (2006 p 340) afirmam que os
concorrentes satildeo as organizaccedilotildees que competem pelos mesmos fornecedores
clientes e consumidores
ldquoAgrave medida que seus produtosserviccedilos tornam-se mais heterogecircneos tanto
mais heterogecircneos e diferenciados seratildeo seus concorrentes e tanto mais complexa
seraacute a competitividaderdquo (CHIAVENATO 2007 p 33)
Em busca na internet foi possiacutevel identificar que atualmente existe em meacutedia
25 concorrentes reais que oferecem exatamente os mesmos produtos que seratildeo
fornecidos com o mesmo padratildeo de qualidade valor agregado requinte e
sofisticaccedilatildeo Tambeacutem foi detectado mais 14 concorrentes potenciais que vendem
produtos similares aos que seratildeo vendidos poreacutem natildeo possuem o mesmo valor
agregado dos que vatildeo ser ofertados Foi possiacutevel identificar que alguns concorrentes
oferecem somente os doces finos dos quais foram identificados mais 3 concorrentes
reais e 3 concorrentes potenciais E foi detectado que existem concorrentes que
fornecem apenas os bolos artiacutesticos dos quais foi identificado 4 concorrentes reais
todos fornecem os bolos com o mesmo niacutevel de qualidade que seratildeo fornecidos
A tabela 3 mostra a divisatildeo dos concorrentes reais e potenciais que fornecem
bolos e doces por bairro de Curitiba
39
TABELA 3 - CONCORRENTES QUE FORNECEM BOLOS E DOCES POR BAIRRO
Bairro Quantidade de Concorrentes Reais
Quantidade de Concorrentes Potenciais
Aacutegua Verde 4 1
Ahuacute 1
Bairro Alto 2 1
Barreirinha 1
Barreirinha 1
Bom Retiro 1
Campo Comprido 1
Campo Comprido 1
Cidade Industrial 1
Colombo 1
Fazenda Rio Grande 1
Hauer 1
Hugo Lange 1
Mercecircs 1
Novo Mundo 2 1
Novo Mundo 1
Portatildeo 1
Portatildeo 1
Santa Cacircndida 1
Santa Felicidade 1 1
Santo Inaacutecio 1 1
Satildeo Joseacute dos Pinhais 1
Seminaacuterio 1
Sitio Cercado 1
Tarumatilde 1
Vila Izabel 1
Natildeo Informado 1 2
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
418 Forma de divulgaccedilatildeo dos concorrentes
Todas as empresas pesquisadas que fornecem produtos similares aos que
vamos fornecer utilizam sites proacuteprios e as redes sociais para fazer divulgaccedilatildeo dos
seus produtos todas fazem degustaccedilatildeo para os clientes conhecerem os seus
produtos e posteriormente fechar um contrato
40
42 TAMANHO DO NEGOacuteCIO
421 Capacidade produtiva
A capacidade produtiva vai ser para atender ateacute 4 eventos por semana A
produccedilatildeo vai ser de ateacute 5600 doces (doces finos gourmet e bem casados) e 4 bolos
atendendo ateacute 4 eventos por final de semana e ateacute 16 eventos por mecircs sendo que
nos meses de setembro a dezembro essa demanda aumenta pelo motivo de
historicamente ter um nuacutemero maior de casamentos
422 Investimento
Um dos pontos mais relevantes para abertura de uma empresa eacute a
determinaccedilatildeo do capital miacutenimo para dar iniacutecio nas atividades e principalmente como
obter este capital ldquoEacute com o capital inicial que a empresa tem condiccedilotildees de reunir os
recursos empresariais necessaacuterios ao seu funcionamento sejam eles recursos
humanos materiais ou financeirosrdquo A determinaccedilatildeo do capital eacute o que estabelece a
quantidade de recursos empresariais que a empresa tem disponiacutevel Indiscutivelmente
quanto maior for o volume de recursos empresariais mais faacutecil se torna o desempenho
da empresa Quando todos os recursos necessaacuterios para seu funcionamento estatildeo agrave
disposiccedilatildeo a administraccedilatildeo do empreendimento fica mais simples (CHIAVENATO
2007 p84)
Cabe acrescentar que (LAPPONI 2007 p 321)
O custo inicial refere-se aos desembolsos realizados para aquisiccedilatildeo de equipamentos ou outros ativos fixos incluindo o pagamento de fretes seguros instalaccedilotildees despesas operacionais iniciais com materiais e matildeo de obra treinamento de pessoal de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo etc resumindo o custo inicial inclui todos os desembolsos necessaacuterios para adquirir os ativos necessaacuterios e que estejam em condiccedilotildees de operar e gerar as receitas estimadas
41
O empreendimento iniciaraacute suas atividades com capital investido com
recursos proacuteprios da empreendedora
As estimativas de investimento inicial para abertura da empresa foi de
R$5162851 conforme tabela 4
TABELA 4 - INVESTIMENTO INICIAL
Descriccedilatildeo Valor (R$)
Maacutequinas e equipamentos Cozinha R$ 3084878
Utensiacutelios R$ 555075
Moacuteveis para escritoacuterio R$ 268982
Equipamentos de informaacutetica e eletrocircnicos R$ 446204
Outros custos escritoacuterio R$ 48912
Uniformes R$ 155800
Pintura Imoacutevel R$ 500000
Porta de Vidro R$ 103000
Total R$ 5162851
FONTE ELABORADO PELO AUTOR (2015)
423 Localizaccedilatildeo
Seraacute locado um imoacutevel para a instalaccedilatildeo da empresa localizado na Rua Heitor
Baggio Vidal 2508 Bairro Alto Curitiba ndash PR com o valor do aluguel mensal de
R$160000 (mil e seiscentos reais) O espaccedilo interno de 95msup2 seraacute dividido em trecircs
partes a primeira com 20msup2 vai ficar a recepccedilatildeo para receber os clientes efetuar
orccedilamentos e as degustaccedilotildees a segunda com 71msup2 a cozinha industrial onde seratildeo
fabricados os bolos e doces finos e a terceira com 4msup2 o lavabo
42
FOTO14 - FOTO DO IMOacuteVEL ONDE SERAacute INSTALADA A EMPRESA FONTE MP IMOacuteVEIS
424 Entregas
As entregas dos bolos e doces finos seratildeo efetuadas por uma empresa
parceira localizada no Bairro Alto o preccedilo das entregas em Curitiba e regiatildeo
metropolitana variam de R$2400 (vinte e quatro reais) a R$6000 (sessenta reais)
dependendo da localizaccedilatildeo tais valores seratildeo cobrados dos clientes
43 CAPITAL DE GIRO
O capital de giro inicial foi estimado levando em conta que no primeiro ano a
empresa vai produzir 8333 da sua capacidade atendendo em meacutedia 13 ventos
mensalmente sendo assim foram considerados os gastos operacionais necessaacuterios
para o iniacutecio das atividades incluindo o custo fixo mensal e o estoque inicial ambos
multiplicados por 2 e acrescidos de um percentual de 10 de margem de seguranccedila
para despesas natildeo previstas
43
TABELA 5 - CAPITAL DE GIRO
Item Valor (R$)
Estoque Inicial 5144000
Custo Fixo Mensal 3194783
Reserva (10) 833878
Total do Capital de Giro Inicial 9172662
FONTE ELABORDO PELO AUTOR
44 FLUXO DE CAIXA
ldquoFluxo de Caixa eacute um Instrumento de gestatildeo financeira que projeta para
periacuteodos futuros todas as entradas e as saiacutedas de recursos financeiros da empresa
indicando como seraacute o saldo de caixa para o periacuteodo projetadordquo (SEBRAE)
Na tabela 6 eacute apresentada a projeccedilatildeo do Fluxo de Caixa da empresa para os
seus primeiros cinco anos onde fica evidenciado que do primeiro ateacute o quinto ano a
sauacutede financeira da empresa melhora gradativamente sendo que no final do quinto
ano o saldo em caixa ultrapassa os 300 se comparado com o saldo em caixa no
final do primeiro ano
Pode-se observar que natildeo foi inserida no fluxo de caixa a opccedilatildeo de
inadimplecircncia pois todos os pagamentos seratildeo efetuados agrave vista em dinheiro ou
cartatildeo sendo que o pagamento total dos produtos deve ser efetuado no miacutenimo 10
dias antes da data do evento
44
TABELA 6 - PROJECcedilAtildeO DE FLUXO DE CAIXA NOS PRIMEIROS CINCO ANOS
Descriccedilatildeo Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5
Investimento Inicial (5162851)
Capital de Giro (9172662) 9172662
Valor Residual 1548855
Total de entradas 000 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873
Previsatildeo Receitas de vendas 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873
Total de Saiacutedas (14335513) (44888699) (54283425) (59479393) (64738409) (70291804)
(-)Fornecedores (25720000) (33641760) (36669518) (39969775) (43567055)
(-)Folha de pagamento (3267192) (3593911) (3953302) (4348633) (4783496)
(-)Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)
(963216) (1011377) (1061946) (1115043) (1170795)
(-)Retiradas soacutecios (2400000) (2640000) (3432000) (3946800) (4341480)
(-)Impostos s vendas (4654291) (5073177) (5573767) (6075406) (6622192)
(-)Alugueacuteis (1920000) (2016000) (2116800) (2222640) (2333772)
(-)Energia eleacutetrica (840000) (882000) (926100) (972405) (1021025)
(-)Aacutegua (300000) (315000) (330750) (347288) (364652)
(-)Telefone (384000) (403200) (423360) (444528) (466754)
(-)Gaacutes (588000) (617400) (648270) (680684) (714718)
(-)Serviccedilos contabilidade (960000) (1008000) (1058400) (1111320) (1166886)
(-)Manutenccedilatildeo (600000) (630000) (661500) (694575) (729304)
(-)Outras despesas com funcionaacuterios
(1296000) (1405800) (1525590) (1656320) (1799030)
(-)Taxas bancaacuterias (96000) (100800) (105840) (111132) (116689)
(-)Outros pagamentos (900000) (945000) (992250) (1041863) (1093956)
Entradas - Saiacutedas (14335513) 12981301 21410535 23027023 25193585 27734070
Depreciaccedilatildeo 000 (631377) (631377) (631377) (631377) (631377)
Saldo Final (14335513) 12349924 20779158 22395647 24562208 37824209
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
A depreciaccedilatildeo foi calculada considerando o prazo de vida uacutetil meacutedio de 10
anos das maacutequinas equipamentos instalaccedilotildees moacuteveis e utensiacutelios e para os
computadores e perifeacutericos foi considerado o prazo de vida uacutetil de 5 anos conforme
demonstrado na tabela 7
TABELA 7 - DEPRECIACcedilAtildeO
Item Valor Inicial Taxa Anual Depreciaccedilatildeo Anual (R$)
Maacutequinas e equipamentos 3084878 10 308488
Instalaccedilotildees 103000 10 10300
Moacuteveis e Utensiacutelios 824057 10 82406
Computadores e Perifeacutericos 446204 20 89241
Outros 704712 20 140942
Total 631377
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
45
O valor residual dos equipamentos e instalaccedilotildees da empresa no final do quinto
ano foi considerado em 30 referente ao valor de aquisiccedilatildeo dos mesmos no iniacutecio do
projeto
45 ANAacuteLISE DOS INDICADORES (VPL TIR E PAYBACK)
451 Valor Presente Liacutequido (VPL)
A tabela 8 mostra que o VPL (Valor Presente Liacutequido) eacute positivo isso significa
que aleacutem de recuperar o investimento inicial ainda vai ser agregado ao valor da
empresa um montante de R$ R$50392407 (quinhentos e trecircs mil novecentos e vinte
quatro reais e sete centavos)
A taxa de retorno requerida de 20 foi determinada levando em conta o niacutevel
de risco do projeto e visando o valor desejado para se obter em cima do valor
investido
TABELA 8 - CALCULO DO VALOR PRESENTE LIacuteQUIDO (VPL)
Anos FC k 2000
0 -$143355 VPL $50392407
1 $123499 VPL $50392407
2 $207792 VPL $50392407
3 $223956 VPL $21761126
4 $245622 VPL $21761126
5 $378242 Decisatildeo Aceitar o Projeto
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
452 Taxa Interna de Retorno (TIR)
Conforme a tabela 9 eacute possiacutevel verificar que a TIR (Taxa Interna de Retorno)
eacute de 11593 maior que a taxa requerida de 20 isso significa que custo inicial seraacute
46
recuperado e o projeto vai criar valor para empresa mais um resultado favoraacutevel para
a aceitaccedilatildeo do projeto
TABELA 9 - TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR)
Anos FC
0 -$143355 TIR 11593
1 $123499 TIR 2168
2 $207792 TIR 2168
3 $223956 Decisatildeo
4 $245622 k 2000
5 $378242 Aceitar o projeto
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
453 Payback
O tempo de recuperaccedilatildeo do custo inicial ocorre normalmente entre o quarto e
o quinto ano se for feita a anaacutelise da tabela 10 eacute possiacutevel verificar que o tempo
necessaacuterio para o retorno do investimento (payback) do projeto eacute de 128 anos este
indicador mostra claramente que o projeto deve ser aceito pois o tempo de retorno
estaacute bem abaixo do tempo meacutedio dos empreendimentos como um todo
TABELA 10 - PAYBACK
k 20
Anos FC SPresente
0 -$143355 -$143355 PBD-SP = 128
1 $123499 -$40439 128
2 $207792 $103861
3 $223956 $233465
4 $245622 $351917
5 $378242 $503924
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
47
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Para iniciar um negoacutecio requer muito mais do que apenas o espiacuterito
empreendedor eacute necessaacuterio ter lideranccedila conhecimento sobre o mercado que deseja
atuar organizaccedilatildeo e principalmente planejamento
O principal objetivo desse estudo foi analisar a viabilidade econocircmico-
financeira da abertura de uma empresa de bolos e doces finos no Bairro Alto em
Curitiba
O objetivo apresentado nesta pesquisa foi atingido pois todos os indicadores
analisados mostram com clareza que empresa obteacutem resultados positivos que criam
valor para a mesma e com isso o projeto eacute viaacutevel economicamente pois do primeiro
ao quinto ano fica visiacutevel o crescimento do empreendimento e a melhora significativa
da sua sauacutede financeira isso fica evidenciado no saldo final em caixa no quinto ano
que chega proacuteximo haacute 400 mil reais Apesar disso eacute crucial o acompanhamento do
mercado para seguir as tendecircncias e se atualizar constantemente para tomar
decisotildees mais assertivas
Um negoacutecio mal avaliado pode arruinar a estabilidade econocircmica do
investidor por isso eacute de extrema importacircncia fazer todos os levantamentos de custos
antes de se aventurar em qualquer empreendimento
Eacute possiacutevel comprovar que a pesquisa realizada contribui positivamente para
abertura da empresa No entanto as informaccedilotildees aqui presentes natildeo satildeo estaacuteticas e
devem ser revisadas periodicamente e se preciso ateacute mesmo ampliadas no decorrer
da implantaccedilatildeo do projeto para que o mesmo seja uma ferramenta eficiente e eficaz
no desenvolvimento da empresa como um todo
48
REFEREcircNCIAS
BRITO Paulo Anaacutelise e viabilidade de projetos de investimento Satildeo Paulo Atlas 2003 DOLABELA Fernando O segredo de Luiacutesa 30 ed Satildeo Paulo Editora de Cultura 2006 DORNELAS Joseacute Carlos Assis Empreendedorismo transformando ideias em negoacutecios 4 ed Rio de Janeiro Campus Elsevier 2012 CENSO Demograacutefico 2010 Resultados gerais da amostra Curitiba IBGE 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=410690ampidtema=87ampsearch=parana|curitiba|censo-demografico-2010-resultados-gerais-da-amostra-gt Acesso em 21 de Junho de 2015 CHIAVENATO Idalberto Empreendedorismo dando asas ao espiacuterito empreendedor empreendedorismo e a viabilidade de novas empresas um guia eficiente para iniciar e tocar seu proacuteprio negoacutecio 2 ed Satildeo Paulo Saraiva 2007 ESTATIacuteSTICAS do registro civil 2012 Curitiba IBGE 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaoregistrocivil2012default_xlsshtmgt Acesso em 21 de Junho de 2015 GIL Antonio Carlos Meacutetodos e teacutecnicas de pesquisa social 6 ed Satildeo Paulo Atlas 2008 KOTLER Philip KELLER Kevin Lane Administraccedilatildeo de Marketing 12 ed Satildeo Paulo ABDR 2006 LAPPONI Juan Carlos Projetos de Investimento na Empresa Rio de Janeiro Elsevier 2007 MACHADO Jesseacute Anderson Pinto Projetos Econocircmicos uma abordagem praacutetica de elaboraccedilatildeo Satildeo Paulo Nobel 2002 MICHEL Maria Helena Metodologia e pesquisa cientiacutefica em ciecircncias sociais 2 ed Satildeo Paulo Atlas 2009 OLIVEIRA Djalma de Pinho Rebouccedilas de Planejamento estrateacutegico conceitos metodologia e praacuteticas 20 ed Satildeo Paulo Atlas 2004 PRODANOV Cleber Cristiano ERNANI Cesar de Freitas Metodologia do trabalho cientiacutefico meacutetodo e teacutecnicas da pesquisa e do trabalho acadecircmico 2 ed Novo Hamburgo Freevale 2013
49
REBELATTO Dayse Projeto de Investimento 1 ed Barueri Manole 2004 SEBRAE Pesquisa de Mercado o que eacute e para que serve Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrsitesPortalSebraeartigosPesquisa-de-mercado-o-que-C3A9-e-para-que-servegt Acesso em 21 de Junho de 2015 SEBRAE Fluxo de caixa Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrSebraePortal20SebraeAnexos0_fluxo-de-caixapdfgt Acesso em 10 de Outubro de 2015 WILDAUER Egon Walter Plano de negoacutecios elementos construtivos e processos de elaboraccedilatildeo 2 ed Curitiba Ibpex 2011 WOILER Samsatildeo MATHIAS Washington Franco Projetos planejamento elaboraccedilatildeo anaacutelise 1 ed Satildeo Paulo Atlas 1994
50
APEcircNDICES
APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL 51
APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS 52
APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL 52
51
APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL
Item Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5
Aacutegua 25000 26250 27563 28941 30388
Aluguel 160000 168000 176400 185220 194481
Assessoria Contaacutebil 80000 84000 88200 92610 97241
Gaacutes 49000 51450 54023 56724 59560
Impostos 387858 422765 464481 506284 551849
Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)
80268 84281 88495 92920 97566
Energia eleacutetrica 70000 73500 77175 81034 85085
Manutenccedilatildeo 50000 52500 55125 57881 60775
Material de escritoacuterio 20000 21000 22050 23153 24310
Material de Limpeza 40000 42000 44100 46305 48620
Folha de pagamento 272266 299493 329442 362386 398625
Seguros 15000 15750 16538 17364 18233
Telefone fixointernet 20000 21000 22050 23153 24310
Telefone Moacutevel 12000 12600 13230 13892 14586
Vale Refeiccedilatildeo 75000 82500 90750 99825 109808
Vale Transporte 33000 34650 36383 38202 40112
Proacute- labore 200000 220000 286000 328900 361790
Taxas Bancaacuterias 8000 8400 8820 9261 9724
Total R$ 1597392 R$ 1720139 R$ 1900823 R$ 2064053 R$ 2227062
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
52
APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS
Item
Produccedilatildeo mensal meacutedia
Custo unitaacuterio total
Sugestatildeo Preccedilo de venda
Custo Mensal Total
Receita de vendas
Bolos artiacutesticos (recheios diversos) 150 6000 13500 900000 2025000
Bolos de copa (recheios diversos) 30 3600 8100 108000 243000
Naked cake (recheios diversos) 60 4200 9450 252000 567000
Doces Tradicionais 32 3500 7875 112000 252000
Doces Espelhados 32 5000 11250 160000 360000
Doces Finos 32 7500 16875 240000 540000
Brigadeiros gourmet 16 4500 10125 72000 162000
Tacinhas acriacutelicas 16 5500 12375 88000 198000
Trufas 32 5000 11250 160000 360000
Bombons 32 5000 11250 160000 360000
Bem casados 3200 100 225 320000 720000
Custo produccedilatildeo Total 2572000
Receita Total 5787000
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL
Ano Receita Bruta Variaccedilatildeo anual
Ano 1 000
Ano 2 69444000 9
Ano 3 75693960 9
Ano 4 82506416 9
Ano 5 89931994 9
Valor considerando a inflaccedilatildeo de 9 aa
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
8
LISTA DE ABREVIATURAS EOU SILGAS
IBGE ndash Instituro Brasileiro de Geograacutefia e Estatiacutestica
PIB ndash Produto Interno Bruto
SEBRAE ndash Serviccedilo Brasileiro de Apoio agraves Micro e Pequenas Empresas
TIR ndash Taxa Interna de Retorno
TMA ndash Taxa Miacutenima de Atratividade
TMT ndash Taxa Miacutenima de Toleracircncia
VAL ndash Valor Atual liacutequido
VPL ndash Valor presente liacutequido
9
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO 11
11 PROBLEMA 12
12 OBJETIVO GERAL 12
13 OBJETIVOS ESPECIacuteFICOS 12
2 REFERENCIAL TEOacuteRICO 13
21 EMPREENDEDORISMO 13
211 Caracteriacutesticas e perfil do empreendedor 15
22 PLANO DE NEGOacuteCIOS 16
221 Estrutura do plano de negoacutecios 18
2211 Capa 18
2212 Sumaacuterio 19
2213 Sumaacuterio executivo 19
2214 Anaacutelise estrateacutegica 19
2215 Descriccedilatildeo da empresa 20
2216 Produtos e serviccedilos 20
2217 Plano operacional 20
2218 Plano de recursos humanos 21
2219 Anaacutelise de mercado 21
22110 Estrateacutegia de marketing 21
22111 Plano financeiro 22
22112 Anexos 22
23 VIABILIDADE ECONOcircMICO-FINANCEIRA 22
231 Fluxo de caixa 23
232 Valor Presente Liacutequido (VPL) 24
233 Taxa Interna de Retorno (TIR) 25
234 Periacuteodo de retorno de investimento (Payback) 26
3 METODOLOGIA 27
4 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES 29
41 ANAacuteLISE DE MERCADO 29
411 Mercado consumidor 29
10
412 Produtos que seratildeo vendidos 31
413 Preccedilo de venda 36
414 Previsatildeo de vendas 36
415 Definiccedilatildeo de local de venda dos produtos 37
416 Definiccedilatildeo da demanda e da oferta 37
417 Concorrentes 38
418 Forma de divulgaccedilatildeo dos concorrentes 39
42 TAMANHO DO NEGOacuteCIO 40
421 Capacidade produtiva 40
422 Investimento 40
423 Localizaccedilatildeo 41
424 Entregas 42
43 CAPITAL DE GIRO 42
44 FLUXO DE CAIXA 43
45 ANAacuteLISE DOS INDICADORES (VPL TIR E PAYBACK) 45
451 Valor Presente Liacutequido (VPL) 45
452 Taxa Interna de Retorno (TIR) 45
453 Payback 46
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 47
REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS 48
APEcircNDICES 50
11
1 INTRODUCcedilAtildeO
Quando surge uma ideia e eacute possiacutevel identificar nela uma oportunidade eacute o
iniacutecio para a criaccedilatildeo de um negoacutecio
Qualquer empreendimento para ter ecircxito seja ele industrial comercial ou de
serviccedilos depende de inuacutemeras decisotildees que o empreendedor precisa tomar antes de
iniciaacute-lo Uma das decisotildees fundamentais eacute analisar o empreendimento
economicamente para verificar se o projeto vai ser viaacutevel e lucrativo ou natildeo poreacutem
antes das decisotildees surgem agraves duacutevidas e incertezas como qual o ponto de partida
Qual deve ser o capital investido inicialmente Quais produtos seratildeo fabricados
Onde seratildeo vendidos
Para abertura de uma empresa de bolos e doces finos em Curitiba os
questionamentos satildeo os mesmos e para conseguir as respostas para todos esses
questionamentos que andam lado a lado com todos os empreendedores quando
surge a ideia de um novo negoacutecio eacute essencial a construccedilatildeo de um plano de negoacutecios
e principalmente efetuar uma anaacutelise de viabilidade econocircmico-financeira bem
estruturada que traga informaccedilotildees fundamentais para tomar decisotildees mais assertivas
No decorrer desta pesquisa foi possiacutevel responder haacute cada um destes
questionamentos por meio da anaacutelise de mercado definiccedilatildeo do tamanho do negoacutecio
fluxo de caixa e a anaacutelise dos indicadores que estatildeo dispostos no capiacutetulo 4 deste
estudo
Dornelas (2012 p 93) afirma que ldquoum negoacutecio bem planejado teraacute mais
chances de sucesso do que aquele sem planejamento na mesma igualdade de
condiccedilotildeesrdquo
Diante deste contexto a proposta deste projeto eacute analisar a viabilidade
econocircmico-financeira da abertura de uma empresa de bolos e doces finos localizada
no Bairro Alto em Curitiba
12
11 PROBLEMA
Qual a viabilidade econocircmico-financeira da abertura de uma empresa de
bolos e doces finos em Curitiba
12 OBJETIVO GERAL
Investigar qual a viabilidade da implantaccedilatildeo de uma empresa de bolos e
doces finos em Curitiba
13 OBJETIVOS ESPECIacuteFICOS
Elaborar uma anaacutelise do mercado de bolos e doces finos em Curitiba
Definir quais os produtos seratildeo vendidos
Definir a capacidade produtiva
Analisar a viabilidade econocircmico-financeira do negoacutecio
13
2 REFERENCIAL TEOacuteRICO
21 EMPREENDEDORISMO
Um projeto empreendedor se torna possiacutevel apenas se o dono da ideia estiver
disposto a assumir todas as responsabilidades e exigecircncias de abrir um negoacutecio que
sem duacutevida passaraacute a ser seu projeto de vida
Para Dolabela (2006 sn)
Se considerarmos que as empresas quase sempre comeccedilam pequenas isso chega a ser um paradoxo Principalmente porque no mundo de hoje as pequenas empresas constituem a principal fonte de empregos e satildeo responsaacuteveis em muitos paiacuteses por mais de 50 do produto interno bruto (PIB) e pelo maior volume de exportaccedilotildees aleacutem de serem as maiores geradoras de inovaccedilotildees tecnoloacutegicas desde a Segunda Guerra Mundial
Eacute possiacutevel definir empreendedorismo comordquo a capacidade que uma pessoa
possui de formular uma ideia sobre determinado produto ou serviccedilo em um mercado
seja essa ideia nova ou natildeordquo (WILDAUER 2011 p25)
Cabe acrescentar que o empreendedorismo natildeo se refere apenas a pequenos
negoacutecios e empreendimentos novos ldquoNatildeo aborda apenas a criaccedilatildeo de novos
produtos ou serviccedilos mas sim inovaccedilotildees em todos os acircmbitos do negoacuteciordquo
(CHIAVENATO 2007 p261)
Segundo Dolabela (2006 sn) se analisarmos a natureza do
empreendedorismo eacute possiacutevel observar que
A Todas as pessoas nascem empreendedoras Os humanos satildeo
empreendedores
B Empreendedorismo natildeo eacute um assunto atual existe desde a primeira
accedilatildeo inovadora com a finalidade de aperfeiccediloar as relaccedilotildees entre os homens
C Natildeo eacute apenas um fato econocircmico mas tambeacutem social
D O empreendedor estaacute em qualquer lugar natildeo apenas nas pessoas que
abrem seu proacuteprio negoacutecio
E O empreendedorismo eacute uma demonstraccedilatildeo da liberdade humana
14
F Natildeo eacute um acontecimento pessoal e nem uma habilidade que poucas
pessoas possuem eacute algo puacuteblico
G Natildeo existe a possibilidade de fazer transferecircncia de conhecimentos
empreendedores ndash ldquoao contraacuterio do que acontece por exemplo em uma aula
de geografia porque o empreendedorismo natildeo eacute um conteuacutedo cognitivo
convencionalrdquo Nesse entendimento natildeo existe a possibilidade de ensinar
mas eacute possiacutevel aprender a ser empreendedor por meio de um sistema de
ensino bem diferente do tradicional
H Eacute um assunto global e natildeo caracteriacutestico ou complementar E deve ser
apresentado na educaccedilatildeo baacutesica
I O princiacutepio do empreendedorismo e a cidadania O que por sua vez ldquoVisa
agrave construccedilatildeo do bem-estar coletivo do espiacuterito comunitaacuterio da cooperaccedilatildeo
Antes de ser aluno o estudante deve ser considerado um cidadatildeordquo
J Natildeo existe a possibilidade de definir se uma pessoa vai ter sucesso
como empreendedor
Vale enfatizar que o empreendedorismo eacute a envoltura de pessoas e
processos que juntas transformam ideias em oportunidades E a correta efetivaccedilatildeo
destas oportunidades ocasiona a criaccedilatildeo de um negoacutecio bem sucedido (DORNELAS
2012 p 28)
Chiavenato (2007 p 22) e Dornelas (2012 p29) defendem a ideia de que
1 O empreendedorismo abrange todo o processo para criar algo novo que
possua valor e seja valorizado pelo mercado
2 Que o empreendedorismo requer doaccedilatildeo disponibilidade de tempo e
vigor para tornar o novo empreendimento em um negoacutecio de sucesso
3 O empreendedorismo demanda coragem aceitaccedilatildeo de riscos
calculados e decisotildees analiacuteticas e ter flexibilidade com os obstaacuteculos falhas
e fracassos
Eacute possiacutevel concluir que o empreendedorismo eacute um fato cultural isto eacute
consequecircncia de haacutebitos accedilotildees e valores pessoais ldquoExistem famiacutelias (assim como
cidades regiotildees e paiacuteses) mais empreendedoras do que outrasrdquo A pessoa
desenvolve o empreendedorismo no conviacutevio com outros empreendedores num local
onde a possibilidade de ter o proacuteprio negoacutecio eacute visto como algo muito bom
(DOLABELA 2006 sn)
15
Diante disso natildeo eacute possiacutevel falar de empreendedorismo sem mencionar os
empreendedores pois satildeo as atitudes de pessoas que inovam assumem todos os
riscos que proporcionam o crescimento e desenvolvimento da sociedade como um
todo
211 Caracteriacutesticas e perfil do empreendedor
Ser empreendedor eacute acima de tudo ter a capacidade e a necessidade de
realizar coisas novas
O empreendedor ldquoeacute um ser social produto do meio em que vive (eacutepoca e
lugar)rdquo E se a pessoa convive em um meio onde ser empreendedor eacute considerado
algo bom teraacute motivos para abrir seu proacuteprio negoacutecio (DOLABELA 2006 sn)
O empreendedor parte da percepccedilatildeo subjetiva para percepccedilatildeo praacutetica na
qual mostram elementos que podem ser debatidos Esses elementos satildeo os mais
variaacuteveis possiacuteveis que foram originados de perguntas contestaccedilotildees e respostas
localizadas pelo empreendedor ldquoo qual natildeo precisa ser algueacutem com uma formaccedilatildeo
superior com diploma de faculdade ou algueacutem que conte com cursos teacutecnicos ou
praacuteticosrdquo (mesmo esses sendo atributos que auxilie na agilidade de formular
questionamentos e encontrar as soluccedilotildees para os mesmos) (WILDAUER 2011 p
25)
Para Dornelas (2012 p 29) empreendedor eacute a pessoa que percebe uma
oportunidade e arquiteta um negoacutecio para captar recursos calculando todos os riscos
que vai correr Em todas as definiccedilotildees de empreendedorismo nos deparamos com no
miacutenimo as seguintes particularidades em relaccedilatildeo ao empreendedor
1 Possui a atitude de criar um novo negoacutecio e amar aquilo que faz
2 Usa o capital que possui de maneira produtiva mudando o local social e
econocircmico onde estaacute inserido
3 Assume os riscos calculados e a chance do negoacutecio natildeo dar certo
Nessa mesma perspectiva Chiavenato (2007 p7) afirma que o empreendedor
eacute a pessoa que tem a capacidade de fazer as coisas acontecerem eacute favorecido pela
sua percepccedilatildeo para os negoacutecios prudecircncia na aacuterea financeira e a habilidade de
16
perceber as oportunidades Com esse conjunto de competecircncias tem a capacidade
de transformar ideias em negoacutecios O empreendedor possui uma boa imaginaccedilatildeo e eacute
persistente qualidades que combinadas de maneira correta o capacitam para
converter ideias simples em projetos objetivos e bem sucedidos
Para Wildauer (2011 p 26)
Podemos entatildeo enumerar muitas caracteriacutesticas do empreendedor sendo as principais a atitude de saber ouvir de estar atento de saber interpretar e analisar as informaccedilotildees do mercador de ter condiccedilotildees de elaborar um planejamento de suas accedilotildees futuras de traccedilar objetivos e todo um roteiro teoacuterico-praacutetico para poder atingi-lo Sem essas premissas baacutesicas o empreendedor natildeo teraacute sucesso na formulaccedilatildeo do plano de negoacutecios muito menos na sustentaccedilatildeo de seu negoacutecio
Chiavenato (2007 p 4) acredita que ldquoos empreendedores satildeo heroacuteis
populares do mundo dos negoacuteciosrdquo Que geram empregos propagam inovaccedilotildees e
estimulam o crescimento da economia Satildeo muito mais do que somente fornecedores
de produtos e serviccedilos satildeo pessoas que assumem os riscos das oscilaccedilotildees
econocircmicas
Cabe acrescentar que o empreendedor revolucionaacuterio eacute aquele que inventa
novos mercados isto eacute a pessoa cria algo exclusivo como foi o caso do Bill Gattes
fundador da Microsoft que transformou o mundo com o sistema operacional Windows
Contudo grande parte dos empreendedores cria negoacutecios em mercados jaacute existentes
e mesmo assim criam negoacutecios de sucesso (DORNELAS 2012 p30)
Wildauer (2011 p26) conclui que ldquoo empreendedor necessita de uma estrutura
de pensamento sistecircmico e visionaacuterio com base no qual estabeleceraacute metas e
desenharaacute trajetoacuterias para alcanccedilaacute-lasrdquo
22 PLANO DE NEGOacuteCIOS
Para iniciar um empreendimento eacute fundamental fazer um plano de negoacutecios
com ele eacute possiacutevel verificar a viabilidade ou natildeo do empreendimento e definir onde
estamos para onde vamos e mostrar com mais clareza as oportunidades de negoacutecio
17
Do ponto de vista de Dornelas (2012 p 93) ldquoum negoacutecio bem planejado teraacute
mais chances de sucesso do que aquele sem planejamento na mesma igualdade de
condiccedilotildeesrdquo
Nessa mesma perspectiva Dolabela (2006 sn) afirma que vaacuterios
empreendedores bem sucedidos abriram seus empreendimentos sem compreender
pontualmente o que eacute um plano de negoacutecios Poreacutem muitos outros natildeo tiveram o
mesmo fim e o que conseguiram foram negoacutecios fracassados por conta de falhas que
poderiam ter sido evitadas Uma grande quantidade de negoacutecios que possuem um
alto potencial acabam se tornando impraticaacuteveis por conta da incapacidade dos
empreendedores Ainda assim muitas pessoas abrem e vatildeo continuar abrindo
negoacutecios capacitadas ou natildeo para isso
Wildauer (2011 p 39) define plano de negoacutecios como ldquoum documento em
forma de texto no qual eacute apresentada uma proposta de negoacutecio para um mercadordquo
Esse documento deve mostrar com clareza o ponto de vista do empreendedor sobre
o sucesso do seu produto ou serviccedilo no mercado atual
Chiavenato (2007 p132) acredita que
O plano de negoacutecio mdash business planmdash descreve a ideia de um novo empreendimento e projeta os aspectos mercadoloacutegicos operacionais e financeiros dos negoacutecios propostos geralmente para os proacuteximos trecircs ou cinco anos Seu preparo permite a anaacutelise da proposta e ajuda o futuro empreendedor a evitar uma trajetoacuteria decadente que o levaraacute do entusiasmo agrave desilusatildeo e ao fracasso
Eacute possiacutevel sintetizar o plano de negoacutecios como um documento em que o
empreendedor mostra de maneira formal e concreta o negoacutecio que quer idealizar e
expor para seus parceiros soacutecios e investidores apresentando a visatildeo a missatildeo e os
seus propoacutesitos assim como o ldquoplano operacional o plano de marketing o plano de
financeiro e o plano juriacutedicordquo desta forma facilitando a assimilaccedilatildeo e aceitaccedilatildeo do
negoacutecio pelas pessoas interessadas (WILDAUER 2011 p39)
Conforme mencionado por Chiavenato (2007 p 134) o plano de negoacutecios
mobiliza o novo empreendimento na sua totalidade Ele demonstra o levantamento
cansativo dos elementos que fazem parte do negoacutecio ldquosejam internos mdash o que deveraacute
ser produzido como onde quanto mdash sejam externos mdash para quem produzir qual eacute
o mercado quais satildeo os concorrentes etcrdquo
18
Com isso Wildauer (2011 p 45) conclui que ldquoo plano de negoacutecios eacute como um
guia uacutetil para a obtenccedilatildeo de conhecimentos para a concepccedilatildeo de um
empreendimentordquo
221 Estrutura do plano de negoacutecios
O plano de negoacutecios mobiliza todas as informaccedilotildees necessaacuterias para abrir um
negoacutecio por meio dele eacute possiacutevel detectar onde estou e para onde desejo ir dentro do
mercado
Conforme identificado por Dornelas (2012 p 101) ldquonatildeo existe uma estrutura
riacutegida e especiacutefica para se escrever um plano de negoacuteciosrdquo dado que cada negoacutecio
possui suas singularidades e equivalecircncias sendo improvaacutevel delimitar um modelo-
padratildeo de plano de negoacutecios que seja absoluto e adequado para todos os negoacutecios
Todos os planos de negoacutecios devem conter um miacutenimo de seccedilotildees que vatildeo possibilitar
uma compreensatildeo do negoacutecio como um todo Tais seccedilotildees satildeo alinhadas de maneira
que mantenham uma sequecircncia loacutegica que possibilite qualquer pessoa ler o plano e
compreender como a empresa eacute estruturada seus objetivos seus produtos seus
serviccedilos qual seu mercado seu plano financeiro e de marketing
A seguir encontra-se uma breve descriccedilatildeo de cada uma das seccedilotildees do Plano
de Negoacutecios
2211 Capa
Eacute um dos componentes fundamentais do plano de negoacutecios pois eacute a primeira
parte que eacute vista pela pessoa que vai ler deve ser desenvolvida de forma clara e com
os dados adequados (DORNELAS 2012 p 101)
19
2212 Sumaacuterio
O sumaacuterio deve incluir ldquoo tiacutetulo de cada seccedilatildeo do plano de negoacutecios e a paacutegina
respectiva onde se encontra bem como os principais assuntos relacionados em cada
seccedilatildeordquo Isso faz com que fique mais faacutecil o leitor do plano de negoacutecios identificar com
mais agilidade o que lhe interessar (DORNELAS 2012 p 101-102)
2213 Sumaacuterio executivo
O Sumaacuterio Executivo eacute a parte mais importante do plano de negoacutecios ele iraacute
definir se o leitor vai prosseguir ou natildeo com a leitura do plano de negoacutecios Dessa
forma deve ser redigido com bastante concentraccedilatildeo e revisado inuacutemeras vezes e
tambeacutem englobar as informaccedilotildees mais relevantes do plano de negoacutecios Deve ser
direcionado ao puacuteblico-alvo do plano de negoacutecios e deixar claro qual o objetivo do
mesmo em relaccedilatildeo agraves pessoas que estatildeo o lendo ldquoO Sumaacuterio Executivo deve ser a
uacuteltima seccedilatildeo a ser escrita pois depende de todas as outras seccedilotildees do plano para ser
elaboradardquo (DORNELAS 2012 p 102)
2214 Anaacutelise estrateacutegica
Nesta seccedilatildeo eacute determinada a direccedilatildeo que a empresa vai seguir ldquosua visatildeo e
missatildeo sua situaccedilatildeo atual as potencialidades e ameaccedilas externas suas forccedilas e
fraquezas seus objetivos e metas de negoacuteciordquo Essa parte eacute o alicerce para o
crescimento e o estabelecimento das outras accedilotildees redigidas no plano (DORNELAS
2012 p 102)
20
2215 Descriccedilatildeo da empresa
Eacute nessa seccedilatildeo que deve ser feita a descriccedilatildeo da empresa ldquoseu histoacuterico
crescimento faturamento dos uacuteltimos anos sua razatildeo social impostos estrutura
organizacional e legal localizaccedilatildeo parcerias serviccedilos terceirizados etcrdquo
(DORNELAS 2012 p 102)
2216 Produtos e serviccedilos
Nessa seccedilatildeo do plano de negoacutecios devem ser descritos os produtos e serviccedilos
da empresa a maneira que satildeo produzidos o capital disposto seu ciclo de vida os
elementos tecnoloacutegicos envolvidos pesquisa e desenvolvimento os seus clientes
marcas e patentes etc
Nessa seccedilatildeo pode ser incluiacuteda quando estaacute informaccedilatildeo encontra-se disponiacutevel uma visatildeo do niacutevel de satisfaccedilatildeo dos clientes com os produtos e serviccedilos da empresa Esse feedback eacute bastante importante porque costuma oferecer natildeo apenas uma visatildeo do niacutevel de qualidade percebida nos produtos e serviccedilos mas tambeacutem guiar futuros investimentos da empresa em novos desenvolvimentos e processos de produccedilatildeo (DORNELAS 2012 p 102-103)
2217 Plano operacional
Nesta seccedilatildeo devem ser expostas as accedilotildees que a empresa pretende ter na
sua estrateacutegia produtiva e no processo de produccedilatildeo apontando os resultados que
essas accedilotildees teratildeo sobre os criteacuterios de avaliaccedilatildeo dos produtos Deve incluir dados
operacionais atualizados e presumidos como ldquolead time do produto ou serviccedilo
percentual de entregas a tempo rotatividade do inventaacuterio iacutendice de refugo lead time
de desenvolvimento de produto ou serviccedilo etcrdquo (DORNELAS 2012 p 103)
21
2218 Plano de recursos humanos
Devem ser exibidas as propostas de desenvolvimento e treinamento de
pessoal da empresa Esses dados estatildeo pontualmente associados com a
competecircncia da empresa de crescer ldquoespecialmente quando esta atua em um
mercado onde a detenccedilatildeo de tecnologia eacute considerada um fator estrateacutegico de
competitividaderdquo (DORNELAS 2012 p 103)
2219 Anaacutelise de mercado
Nesta seccedilatildeo o responsaacutevel pelo plano de negoacutecios deve deixar claro que os
executivos da empresa entendem perfeitamente o mercado consumidor do seu
produto ou serviccedilo (atraveacutes de pesquisa de mercado) como estaacute segmentado
crescimento do mercado atributos do consumidor anaacutelise da concorrecircncia qual a sua
fatia de mercado e dos concorrentes etc (DORNELAS 2012 p 103)
22110 Estrateacutegia de marketing
Deve ser apresentado o objetivo da empresa para vender seu produtoserviccedilo
e consolidar seus clientes e ampliar sua demanda Deve ser informada sua estrateacutegia
de venda especificidades do produtoserviccedilo preccedilos puacuteblico-alvo canais de
distribuiccedilatildeo projeccedilatildeo das vendas (DORNELAS 2012 p 103)
22
22111 Plano financeiro
Na seccedilatildeo financeira deve mostrar em nuacutemeros todas as accedilotildees planejadas
para a empresa e suas evidecircncias por meio de projeccedilotildees futuras para um negoacutecio
bem sucedido
Deve conter demonstrativo de fluxo de caixa com horizonte de pelo menos trecircs anos balanccedilo patrimonial anaacutelise do ponto de equiliacutebrio necessidades de investimento demonstrativos de resultados anaacutelise de indicadores financeiros do negoacutecio como faturamento previsto margem prevista prazo de retorno sobre o investimento inicial (payback) taxa interna de retorno (TIR) etc (DORNELAS 2012 p 103-104)
22112 Anexos
Nesta seccedilatildeo deve incluir todos os dados considerados importantes para
melhor compreensatildeo do plano de negoacutecios O que natildeo pode ser deixado de anexar eacute
o curriculum vitae dos soacutecios da empresa (DORNELAS 2012 p 104)
23 VIABILIDADE ECONOcircMICO-FINANCEIRA
Analisar o empreendimento economicamente para verificar se o projeto eacute
viaacutevel e lucrativo ou natildeo eacute uma das decisotildees fundamentais de qualquer
empreendedor
A anaacutelise de investimento eacute um mecanismo aacutegil praacutetico e seguro que ajuda
profissionais de inuacutemeras aacutereas no processo de anaacutelise de tomada de decisotildees
financeiras (REBELATTO p 141)
Lapponi (2007 p 123) afirma que
O objetivo da decisatildeo de investimento ou do orccedilamento de capital eacute maximizar o valor da empresa A decisatildeo de alocaccedilatildeo do capital em projeto de investimento eacute fundamental para o sucesso pois os recursos da empresa
23
satildeo comprometidos por longo tempo na direccedilatildeo de seu futuro desejado e isso envolve um grande esforccedilo de tempo e de gerenciamento Cada projeto aprovado eacute um desembolso realizado pela empresa coma expectativa de obter benefiacutecios futuros quantificados pela geraccedilatildeo de um fluxo de retornos adequados em geral por um prazo maior do que um ano
A carecircncia de recursos financeiros diante das muitas necessidades faz com
que seja crucial aperfeiccediloar sua utilizaccedilatildeo A anaacutelise antecipada de investimento
possibilita que se racionalize a forma como os recursos de capital satildeo utilizados
(REBELATTO 2004 p 141)
Para analisar a viabilidade de um projeto economicamente eacute necessaacuterio reunir
uma seacuterie de informaccedilotildees e de dados que precisam ser organizados para atingir seu
objetivo final que eacute o de facilitar a tomada de decisatildeo Vale salientar que o projeto
deve ser um documento que tenha a capacidade de mostrar de uma maneira loacutegica a
visatildeo estrateacutegica do negoacutecio (MACHADO 2002 p 144)
231 Fluxo de caixa
O fluxo de caixa eacute o melhor guia para uma administraccedilatildeo financeira eficiente
de qualquer negoacutecio
O fluxo de caixa eacute a reproduccedilatildeo graacutefica de uma movimentaccedilatildeo financeira ldquoAs
movimentaccedilotildees monetaacuterias satildeo identificadas temporalmente por meio de um conjunto
de entradas e saiacutedas de caixa definido como diagrama de fluxo de caixardquo Essa
representaccedilatildeo proporciona a visualizaccedilatildeo em diferentes momentos com o que estaacute
ocorrendo com o capital (REBELATTO 2004 p 150)
ldquoA identificaccedilatildeo e a quantificaccedilatildeo das estimativas relevantes do projeto satildeo o
iniacutecio da construccedilatildeo do fluxo de caixa do projeto para empresa em funcionamentordquo
(LAPPONI 2007 p 347)
O fluxo de caixa eacute um composto de entradas e saiacutedas de valores monetaacuterios
(dinheiro) no decorrer de um determinado periacuteodo Bem como evidenciar uma opccedilatildeo
possiacutevel de transaccedilotildees financeiras ou seja pagamentos agrave vista pagamentos a prazo
tiacutetulos originais etc (REBELATTO 2004 p 151)
24
232 Valor Presente Liacutequido (VPL)
ldquoO Valor presente liacutequido (VPL) ou valor atual liacutequido (VAL) eacute o valor atual das
entradas de caixa (retornos de capital esperados) incluindo o valor residual (se
houver) menos o valor atual das saiacutedas de caixardquo (REBELATTO 2004 p 214)
A foacutermula para chegar ao VPL eacute (LAPPONI 2007 p 125)
119881119875119871 = minus119868 +119865119862
(1 + 119870)119899
Onde
I= custo inicial ou desembolso inicial
FC= fluxo de caixa
K= taxa requerida
n= prazo de anaacutelise
Rebelatto (2004 p214) afirma que os paracircmetros para que o projeto seja
aceito se refere ao valor presente liacutequido (VPL)
VPLgt0 o projeto eacute aceito
VPLlt0 o projeto eacute rejeitado
VPL=0 o projeto pode ser aceito ou natildeo pois natildeo cria e nem destroacutei
valor para empresa
Para Lapponi (2007 p 134-135) as principais vantagens do VPL satildeo
Considera o fluxo de caixa do projeto na sua totalidade
Considera o valor monetaacuterio (dinheiro) no tempo
Tem a capacidade de medir o valor criado ou destruiacutedo pelo projeto
Pode ser utilizado na avaliaccedilatildeo do projeto independentemente do tipo de
fluxo de caixa utilizado
Seleciona o projeto mais viaacutevel economicamente
25
233 Taxa Interna de Retorno (TIR)
ldquoTaxa Interna de Retorno (TIR) eacute a taxa de desconto que torna o valor atual
liacutequido (VAL) do investimento igual a zero Tambeacutem eacute chamada de taxa interna efetiva
de rentabilidaderdquo (REBELATTO 2004 p 217)
No projeto do tipo simples com o aumento da taxa requerida o VPL do projeto tende ao valor do custo inicial pois o VPL eacute uma funccedilatildeo decrescente da taxa requerida Portanto a decisatildeo com o meacutetodo TIR somente deve ser feita em projetos simples que garantem a existecircncia de uma uacutenica TIRgt -100 Nos outros tipos de fluxo de caixa em geral o meacutetodo da TIR natildeo deve ser utilizado pois haacute a possibilidade de muacuteltiplas TIRs Sendo a TIR a taxa de juro que zera o VPL do projeto simples para qualquer taxa requerida K menor que a TIR o VPL seraacute positivo e para qualquer taxa requerida K maior que a TIR o VPL seraacute negativo (LAPPONI 2007 p 175-176)
Rebelatto (2004 p 217) complementa afirmando que a TIR eacute um meacutetodo
aprimorado de anaacutelise de investimento sendo possivelmente uma das mais usadas
para avaliar projetos econocircmicos A TIR deve ser comparada com a taxa miacutenima de
atratividade (TMA) para analisar se o projeto seraacute aceito ou natildeo
Sendo assim Lapponi (2007 p 176) considera que
Se TIR gt TMA o projeto deve ser aceito pois eacute economicamente viaacutevel
Se TIR lt TMA o projeto deve ser recusado pois eacute economicamente
inviaacutevel
Se TIR = TMA eacute indiferente investir no projeto pois o mesmo natildeo criaraacute
e nem destruiraacute valor da empresa
ldquoA grande vantagem da TIR como indicador de decisatildeo eacute que prescinde de
informaccedilotildees externas ao projeto Tudo que o analista necessita eacute conhecer o perfil do
projeto e alguma ideia de magnitude da taxa de jurosrdquo (MACHADO 2002 p 127)
26
234 Periacuteodo de retorno de investimento (Payback)
ldquoO payback eacute o periacuteodo de tempo em que ocorre o retorno do investimento
Calculado no fluxo de caixa de vida uacutetil de dez anos o payback apresenta-se de vaacuterias
maneiras para cada tipo de empresardquo (BRITO 2003 p 51)
Uma empresa pode nomear o payback como um dos paracircmetros para escolha
de um projeto a fim de minimizar seus riscos Mesmo sendo esse um meacutetodo faacutecil e
simples na praacutetica eacute um dos mais utilizados para efetuar a mediccedilatildeo econocircmica de um
projeto (REBELATTO 2004 p 230)
Segundo Rebelatto (2004 p 231) a foacutermula baacutesica que demonstra o caacutelculo
do payback em fluxos de caixas regulares eacute
PB =I0
FC
Onde
PB= Payback
I0= Investimento inicial
FC= Fluxo de caixa regular
Para executar o meacutetodo payback eacute crucial estabelecer o tempo maacuteximo de
toleracircncia TMT para resgatar o custo inicial ldquoPara decidir se o projeto deve ser aceito
o payback deve ser comparado com o valor de referecircncia TMT de forma querdquo
(LAPPONI 2007 p 245)
Se PB lt TMT o projeto deve ser aceito
Se PB gt TMT o projeto deve ser recusado
A principal vantagem para utilizaccedilatildeo do meacutetodo payback eacute que ele reflete a
liquidez do projeto e por consequecircncia eacute possiacutevel efetuar a avaliaccedilatildeo do risco de natildeo
recuperar o investimento (REBELATTO 2004 p 230)
27
3 METODOLOGIA
Este capiacutetulo tem por objetivo descrever os procedimentos e teacutecnicas
utilizados na pesquisa considerando o problema e aos objetivos gerais e especiacuteficos
Para a execuccedilatildeo da revisatildeo bibliograacutefica realizada neste estudo foi utilizado
livros de especialistas na aacuterea os principais temas abordados foram o
empreendedorismo que eacute um assunto chave quando surge uma ideia para um novo
negoacutecio plano de negoacutecios que eacute um elemento fundamental para o sucesso ou
fracasso de um empreendimento e a viabilidade econocircmico-financeira tema
fundamental visto que o objetivo geral da pesquisa eacute mensurar se a mesma eacute viaacutevel
ou natildeo economicamente
Foi elaborada uma anaacutelise de mercado que estaacute disponiacutevel no item 41 deste
estudo atraveacutes da mesma foi identificado que os principais clientes satildeo das classes
A e B de Curitiba regiatildeo metropolitana no item 42 foi efetuado um levantamento do
tamanho do negoacutecio onde foi definida a capacidade produtiva o investimento inicial e
a localizaccedilatildeo do empreendimento no item 44foi elaborado o fluxo de caixa que
demonstra as previsotildees financeiras do periacuteodo de 5 anos o meacutetodo utilizado para
elaborar a pesquisa foi um estudo de caso de natureza exploratoacuteria quantitativa e
anaacutelise documental
O estudo de caso eacute evidenciado por um estudo minucioso e cansativo de um
ou poucos objetivos desta forma propicia um vasto e detalhado conhecimento sobre
o assunto uma missatildeo praticamente impossiacutevel mediante as outras maneiras de
delineamentos consideradas (GIL 2008 p 57-58)
Prodanov e Freitas (2013 p60) afirmam que o estudo de caso consiste em
recolher e analisar dados sobre determinado indiviacuteduo famiacutelia grupo ou comunidade
com a finalidade de estudar diferentes aspectos das suas vidas conforme o assunto
da pesquisa
Jaacute as pesquisas exploratoacuterias satildeo definidas por Gil (2008 p 27) como as que
Tecircm como principal finalidade desenvolver esclarecer e modificar conceitos e ideias tendo em vista a formulaccedilatildeo de problemas mais precisos ou hipoacuteteses pesquisaacuteveis para estudos posteriores De todos os tipos de pesquisa estas satildeo as que apresentam menor rigidez no planejamento Habitualmente envolvem levantamento bibliograacutefico e documental entrevistas natildeo padronizadas e estudos de caso
28
A pesquisa quantitativa ldquoconsidera que tudo pode ser quantificaacutevel o que
significa traduzir em nuacutemeros opiniotildees e informaccedilotildees para classificaacute-las e analisaacute-lasrdquo
Eacute necessaacuteria a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas estatiacutesticas tais como porcentagem meacutedia
moda desvio-padratildeo coeficiente de correlaccedilatildeo etc (PRODANOV FREITAS 2013
p 69)
Muitos dados que satildeo utilizados em pesquisas satildeo adquiridos indiretamente
por meio de documentosrdquo como livros jornais papeacuteis oficiais registros estatiacutesticos
fotos discos filmes e viacutedeos que satildeo obtidos de maneira indiretardquo Essas fontes
documentais tecircm a capacidade de disponibilizar ao pesquisador um grande nuacutemero
de informaccedilotildees com bastante qualidade para evitar a perda de tempo (GIL 2008 p
147)
Este modelo de pesquisa foi utilizado para definir os principais clientes quais
os produtos que seratildeo vendidos a capacidade produtiva assim como a viabilidade
econocircmico-financeira e operacional do negoacutecio
29
4 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES
41 ANAacuteLISE DE MERCADO
Woiler e Mathias (1994 p41) e Rebelatto (2004 p01) afirmam que a anaacutelise
de mercado eacute um dos pontos mais relevantes para elaboraccedilatildeo de um projeto Atraveacutes
do estudo do mercado obtemos muitas informaccedilotildees tais como
Fazendo a comparaccedilatildeo entre demanda e a oferta encontramos a
possiacutevel escassez da demanda futura Esse resultado proporcionaraacute
informaccedilotildees para que seja definida a escala de produccedilatildeo do projeto
A regiatildeo geograacutefica em que o produto pode ser vendido eacute um dos pontos
mais significativos para que seja definida a localizaccedilatildeo do empreendimento
O preccedilo de venda os custos de comercializaccedilatildeo e os estoques nos
canais de comercializaccedilatildeo satildeo informaccedilotildees relevantes para que seja
elaborada a projeccedilatildeo do projeto
Vale salientar que esses satildeo apenas alguns elementos importantes que eacute
possiacutevel identificar na anaacutelise de mercado existe muitos outros dados que satildeo obtidos
com a mesma
411 Mercado consumidor
ldquoTodas as decisotildees relacionadas a novos empreendimentos contecircm certo
grau de incerteza tanto no que diz respeito agrave informaccedilatildeo na qual as decisotildees estatildeo
baseadas como no que diz respeito agraves suas consequecircnciasrdquo (SEBRAE)
Chiavenato acredita que os clientes tecircm a capacidade de alavancar ou
derrubar um empreendimento ldquoUm cliente pode ser uma organizaccedilatildeo uma empresa
um usuaacuterio dos produtosserviccedilos ou um consumidor finalrdquo Eacute quem adquiri os
produtosserviccedilos ofertados pela organizaccedilatildeo no final da cadeia de transaccedilotildees Eacute ele
que estabelece direta ou indiretamente se o empreendimento teraacute ecircxito ou natildeo Por
30
isso o cliente deve ser considerado como o principal patrimocircnio da empresa (2007
p 207)
Segundo dados do censo 2010 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e
estatiacutestica) dos 576190 (quinhentos e setenta e seis mil cento e noventa) domiciacutelios
de Curitiba 292965 (duzentos e noventa e dois mil novecentos e sessenta e cinco)
possuem renda de mais de 5 a mais de 20 salaacuterios miacutenimos sendo assim cerca de
5085 dos domiciacutelios curitibanos estatildeo enquadrados nas classes A e B Ainda
segundo o IBGE cerca de 137922 (cento e trinta e sete mil novecentos e vinte e dois)
domiciacutelios curitibanos tecircm renda de mais de 10 salaacuterios miacutenimos o que representa
uma meacutedia de 24 dos domiciacutelios de Curitiba
Mais de 249000 (duzentos e quarenta e nove mil) pessoas que residem em
Curitiba cerca de 1423 da populaccedilatildeo tem rendimento mensal de mais de 5 salaacuterios
miacutenimos conforme Tabela 1
TABELA 1 - RESULTADOS DA AMOSTRA - RENDIMENTO POR PESSOA EM CURITIBA
Quantidade de pessoas Salaacuterios miacutenimos
153011 Mais de 5 a 10 salaacuterios miacutenimos
38692 Mais de 10 a 15 salaacuterios miacutenimos
25427 Mais de 15 a 20 salaacuterios miacutenimos
18264 Mais de 20 a 30 salaacuterios miacutenimos
13791 Mais de 30 salaacuterios miacutenimos
FONTE IBGE - CENSO DEMOGRAacuteFICO 2010
Curitiba possui uma populaccedilatildeo de mais de 1750000 (um milhatildeo setecentos
e cinquenta mil habitantes) segundo censo IBGE 2010 sendo que 932000
(novecentos e trinta e dois mil) pessoas com o estado civil de solteiro viuacutevo
divorciado separado judicialmentedesquitado isso mostra que tem muitas pessoas
que podem fazer festas de casamento e necessitar dos produtos que seratildeo ofertados
tais como bolos artiacutesticos doces finos e bem casados
Segundo as estatiacutesticas do registro civil do IBGE ocorreram em Curitiba e
regiatildeo metropolitana no ano 2012 exatamente 18877 (dezoito mil oitocentos e setenta
e sete) casamentos sendo que nos meses de setembro a dezembro foi onde ocorreu
um maior nuacutemero um total de 7828 (sete mil oitocentos e vinte e oito) casamentos o
que representa um total de 4147 dos casamentos ocorrem nesses quatro meses
do ano
31
TABELA 2 - CASAMENTOS POR MEcircS DE REGISTRO SEGUNDO O LUGAR DO REGISTRO ndash 2012
Lugar do registro
Casamentos por mecircs do registro
Total de
registros Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
RM Curitiba 18877 1466 1250 1572 1282 1403 1533 1248 1255 1735 1753 2118 2262
Curitiba 10351 848 692 857 692 724 872 658 658 971 968 1237 1174
FONTE IBGE DIRETORIA DE PESQUISAS COORDENACcedilAtildeO DE POPULACcedilAtildeO E INDICADORES SOCIAIS ESTATIacuteSTICAS DO REGISTRO CIVIL 2012
Nessa perspectiva foi definido que o mercado que a empresa de bolos e doces
finos vai atuar eacute de Curitiba e regiatildeo metropolitana com foco nas pessoas das classes
A e B com estado civil solteiro divorciado separado judicialmentedesquitado e viuacutevo
412 Produtos que seratildeo vendidos
ldquoNo coraccedilatildeo de uma grande marca haacute um grande produto O produto-chave
na oferta ao mercado Liacutederes de mercado geralmente oferecem produtos e serviccedilos
de qualidade superiorrdquo (KOTLER KELLER 2006 p 366)
Os principais produtos fornecidos seratildeo
Bolos artiacutesticos
FOTO1 - BOLO ARTIacuteSTICO FONTE WANDA CARDOSO - BOLOS ARTIacuteSTICOS amp DOCES
32
Bolos de copa
FOTO2 - BOLO DE COPA FONTE ELABORADO PELO AUTOR
FOTO3 - BOLO DE COPA FONTE ELABORADO PELO AUTOR
Naked cake
FOTO4 - NAKED CAKE FONTE DOCES PENEacuteLOPE
33
Doces Tradicionais
FOTO5 - DOCES TRADICIONAIS FONTE ELABORADO PELO AUTOR
Doces Espelhados
FOTO6 - DOCES ESPELHADOS FONTE PRONTO SOCORRO DAS FESTAS
Doces Finos
FOTO 7 - DOCES FINOS FONTE COMPRANDO MEU APE
34
Brigadeiros gourmet
FOTO8 - BRIGADEIROS GOURMET FONTE ELABORADO PELO AUTOR
Tacinhas acriacutelicas
FOTO9 - TACINHAS ACRIacuteLICAS FONTE BUFFET DELIacuteCIAS DA VI
Trufas
FOTO 10 - TRUFAS FONTE FOGAtildeO DA VOVOacute
35
Bombons
FOTO11 - BOMBONS FONTE DALVA GOLDEN GATE
Bem casados
FOTO12 - BEM CASADOS FONTE CASAMENTO SEM ERRO
FOTO13 - BEM CASADOS FONTE CASAMENTO SEM ERRO
36
413 Preccedilo de venda
A definiccedilatildeo do preccedilo dos produtos eacute uma das decisotildees mais relevantes da
organizaccedilatildeo que deve levar em conta a forma como a empresa deseja se posicionar
no mercado os custos a concorrecircncia e a rentabilidade almejada
O preccedilo eacute um dos elementos mais versaacuteteis pode ser modificado rapidamente
ao contraacuterio das propriedades dos produtos dos contratos com canais de distribuiccedilatildeo
e ateacute mesmo das promoccedilotildees O Preccedilo tem tambeacutem a tarefa de mostrar ao mercado o
posicionamento de valor desejado pela empresa para o seu produto ou marca
(KOTLER KELLER 2006 p 428)
A consolidaccedilatildeo dos preccedilos dos produtos seraacute elaborada levando em conta os
custos para se obter os produtos com a qualidade requinte e sofisticaccedilatildeo desejada
com a margem de lucro esperada e se baseando nos preccedilos praticados pela
concorrecircncia
414 Previsatildeo de vendas
Para Chiavenato (2007 p 2013)
A previsatildeo de vendas representa a quantidade de produtosserviccedilos que a empresa pretende vender ou colocar no mercado durante um determinado periacuteodo geralmente um mecircs ou um ano dividido em meses Constitui portanto uma estimativa ou uma expectativa de vendas Pode ser feita em unidades fiacutesicas ou em valores monetaacuterios
A produccedilatildeo vai ser em meacutedia de 5600 doces (doces finos gourmet e bem
casados) e 4 bolos procurando atender em meacutedia 4 eventos por semana e ateacute 16
eventos por mecircs sendo que nos meses de setembro a dezembro essa demanda
aumenta pelo motivo de historicamente ter um nuacutemero maior de casamentos
37
415 Definiccedilatildeo de local de venda dos produtos
ldquoA venda eacute a fase fundamental do processo de vendas Consiste na
transferecircncia do produtoserviccedilo para o cliente ou consumidorrdquo (CHIAVENATO 2007
p 210)
As vendas vatildeo ocorrer atraveacutes de site proacuteprio redes sociais telefone e
pessoalmente natildeo teremos loja fiacutesica apenas um ateliecirc para confecccedilatildeo dos bolos e
doces onde vai conter uma sala anexa na qual vai ser oferecido o serviccedilo de
degustaccedilatildeo com horaacuterios marcados para assim o cliente decidir quais os produtos
seratildeo adquiridos para o seu evento e fechamento de contrato
416 Definiccedilatildeo da demanda e da oferta
Na maior parte das encomendas os clientes solicitam os doces finos e
gourmet que contecircm chocolates frutas oleaginosas tais como castanhas nozes
avelatildes amecircndoas frutas como framboesa morango damasco cerejas e os bem
casados Os bolos mais solicitados satildeo os com decoraccedilatildeo de pasta americana que
deve obrigatoriamente ter recheios mais firmes como ganaches fios de ovos
strogonoff de nozes e os naked cake (bolo pelado) que possuem mais opccedilotildees de
recheios com chocolates frutas diversas e cremes de pacirctisserie
Em contato com algumas empresas que fornecem o mesmo tipo de produto
foi possiacutevel verificar que as encomendas devem ser feitas com antecedecircncia miacutenima
de 6 meses sendo que alguns casos somente com um ano de antecedecircncia para
conseguir na data desejada Esse eacute um dos pontos que mostra que tem espaccedilo
suficiente para entrada nesse mercado
38
417 Concorrentes
Chiavenato (2007 p 33) Kotler e Keller (2006 p 340) afirmam que os
concorrentes satildeo as organizaccedilotildees que competem pelos mesmos fornecedores
clientes e consumidores
ldquoAgrave medida que seus produtosserviccedilos tornam-se mais heterogecircneos tanto
mais heterogecircneos e diferenciados seratildeo seus concorrentes e tanto mais complexa
seraacute a competitividaderdquo (CHIAVENATO 2007 p 33)
Em busca na internet foi possiacutevel identificar que atualmente existe em meacutedia
25 concorrentes reais que oferecem exatamente os mesmos produtos que seratildeo
fornecidos com o mesmo padratildeo de qualidade valor agregado requinte e
sofisticaccedilatildeo Tambeacutem foi detectado mais 14 concorrentes potenciais que vendem
produtos similares aos que seratildeo vendidos poreacutem natildeo possuem o mesmo valor
agregado dos que vatildeo ser ofertados Foi possiacutevel identificar que alguns concorrentes
oferecem somente os doces finos dos quais foram identificados mais 3 concorrentes
reais e 3 concorrentes potenciais E foi detectado que existem concorrentes que
fornecem apenas os bolos artiacutesticos dos quais foi identificado 4 concorrentes reais
todos fornecem os bolos com o mesmo niacutevel de qualidade que seratildeo fornecidos
A tabela 3 mostra a divisatildeo dos concorrentes reais e potenciais que fornecem
bolos e doces por bairro de Curitiba
39
TABELA 3 - CONCORRENTES QUE FORNECEM BOLOS E DOCES POR BAIRRO
Bairro Quantidade de Concorrentes Reais
Quantidade de Concorrentes Potenciais
Aacutegua Verde 4 1
Ahuacute 1
Bairro Alto 2 1
Barreirinha 1
Barreirinha 1
Bom Retiro 1
Campo Comprido 1
Campo Comprido 1
Cidade Industrial 1
Colombo 1
Fazenda Rio Grande 1
Hauer 1
Hugo Lange 1
Mercecircs 1
Novo Mundo 2 1
Novo Mundo 1
Portatildeo 1
Portatildeo 1
Santa Cacircndida 1
Santa Felicidade 1 1
Santo Inaacutecio 1 1
Satildeo Joseacute dos Pinhais 1
Seminaacuterio 1
Sitio Cercado 1
Tarumatilde 1
Vila Izabel 1
Natildeo Informado 1 2
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
418 Forma de divulgaccedilatildeo dos concorrentes
Todas as empresas pesquisadas que fornecem produtos similares aos que
vamos fornecer utilizam sites proacuteprios e as redes sociais para fazer divulgaccedilatildeo dos
seus produtos todas fazem degustaccedilatildeo para os clientes conhecerem os seus
produtos e posteriormente fechar um contrato
40
42 TAMANHO DO NEGOacuteCIO
421 Capacidade produtiva
A capacidade produtiva vai ser para atender ateacute 4 eventos por semana A
produccedilatildeo vai ser de ateacute 5600 doces (doces finos gourmet e bem casados) e 4 bolos
atendendo ateacute 4 eventos por final de semana e ateacute 16 eventos por mecircs sendo que
nos meses de setembro a dezembro essa demanda aumenta pelo motivo de
historicamente ter um nuacutemero maior de casamentos
422 Investimento
Um dos pontos mais relevantes para abertura de uma empresa eacute a
determinaccedilatildeo do capital miacutenimo para dar iniacutecio nas atividades e principalmente como
obter este capital ldquoEacute com o capital inicial que a empresa tem condiccedilotildees de reunir os
recursos empresariais necessaacuterios ao seu funcionamento sejam eles recursos
humanos materiais ou financeirosrdquo A determinaccedilatildeo do capital eacute o que estabelece a
quantidade de recursos empresariais que a empresa tem disponiacutevel Indiscutivelmente
quanto maior for o volume de recursos empresariais mais faacutecil se torna o desempenho
da empresa Quando todos os recursos necessaacuterios para seu funcionamento estatildeo agrave
disposiccedilatildeo a administraccedilatildeo do empreendimento fica mais simples (CHIAVENATO
2007 p84)
Cabe acrescentar que (LAPPONI 2007 p 321)
O custo inicial refere-se aos desembolsos realizados para aquisiccedilatildeo de equipamentos ou outros ativos fixos incluindo o pagamento de fretes seguros instalaccedilotildees despesas operacionais iniciais com materiais e matildeo de obra treinamento de pessoal de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo etc resumindo o custo inicial inclui todos os desembolsos necessaacuterios para adquirir os ativos necessaacuterios e que estejam em condiccedilotildees de operar e gerar as receitas estimadas
41
O empreendimento iniciaraacute suas atividades com capital investido com
recursos proacuteprios da empreendedora
As estimativas de investimento inicial para abertura da empresa foi de
R$5162851 conforme tabela 4
TABELA 4 - INVESTIMENTO INICIAL
Descriccedilatildeo Valor (R$)
Maacutequinas e equipamentos Cozinha R$ 3084878
Utensiacutelios R$ 555075
Moacuteveis para escritoacuterio R$ 268982
Equipamentos de informaacutetica e eletrocircnicos R$ 446204
Outros custos escritoacuterio R$ 48912
Uniformes R$ 155800
Pintura Imoacutevel R$ 500000
Porta de Vidro R$ 103000
Total R$ 5162851
FONTE ELABORADO PELO AUTOR (2015)
423 Localizaccedilatildeo
Seraacute locado um imoacutevel para a instalaccedilatildeo da empresa localizado na Rua Heitor
Baggio Vidal 2508 Bairro Alto Curitiba ndash PR com o valor do aluguel mensal de
R$160000 (mil e seiscentos reais) O espaccedilo interno de 95msup2 seraacute dividido em trecircs
partes a primeira com 20msup2 vai ficar a recepccedilatildeo para receber os clientes efetuar
orccedilamentos e as degustaccedilotildees a segunda com 71msup2 a cozinha industrial onde seratildeo
fabricados os bolos e doces finos e a terceira com 4msup2 o lavabo
42
FOTO14 - FOTO DO IMOacuteVEL ONDE SERAacute INSTALADA A EMPRESA FONTE MP IMOacuteVEIS
424 Entregas
As entregas dos bolos e doces finos seratildeo efetuadas por uma empresa
parceira localizada no Bairro Alto o preccedilo das entregas em Curitiba e regiatildeo
metropolitana variam de R$2400 (vinte e quatro reais) a R$6000 (sessenta reais)
dependendo da localizaccedilatildeo tais valores seratildeo cobrados dos clientes
43 CAPITAL DE GIRO
O capital de giro inicial foi estimado levando em conta que no primeiro ano a
empresa vai produzir 8333 da sua capacidade atendendo em meacutedia 13 ventos
mensalmente sendo assim foram considerados os gastos operacionais necessaacuterios
para o iniacutecio das atividades incluindo o custo fixo mensal e o estoque inicial ambos
multiplicados por 2 e acrescidos de um percentual de 10 de margem de seguranccedila
para despesas natildeo previstas
43
TABELA 5 - CAPITAL DE GIRO
Item Valor (R$)
Estoque Inicial 5144000
Custo Fixo Mensal 3194783
Reserva (10) 833878
Total do Capital de Giro Inicial 9172662
FONTE ELABORDO PELO AUTOR
44 FLUXO DE CAIXA
ldquoFluxo de Caixa eacute um Instrumento de gestatildeo financeira que projeta para
periacuteodos futuros todas as entradas e as saiacutedas de recursos financeiros da empresa
indicando como seraacute o saldo de caixa para o periacuteodo projetadordquo (SEBRAE)
Na tabela 6 eacute apresentada a projeccedilatildeo do Fluxo de Caixa da empresa para os
seus primeiros cinco anos onde fica evidenciado que do primeiro ateacute o quinto ano a
sauacutede financeira da empresa melhora gradativamente sendo que no final do quinto
ano o saldo em caixa ultrapassa os 300 se comparado com o saldo em caixa no
final do primeiro ano
Pode-se observar que natildeo foi inserida no fluxo de caixa a opccedilatildeo de
inadimplecircncia pois todos os pagamentos seratildeo efetuados agrave vista em dinheiro ou
cartatildeo sendo que o pagamento total dos produtos deve ser efetuado no miacutenimo 10
dias antes da data do evento
44
TABELA 6 - PROJECcedilAtildeO DE FLUXO DE CAIXA NOS PRIMEIROS CINCO ANOS
Descriccedilatildeo Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5
Investimento Inicial (5162851)
Capital de Giro (9172662) 9172662
Valor Residual 1548855
Total de entradas 000 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873
Previsatildeo Receitas de vendas 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873
Total de Saiacutedas (14335513) (44888699) (54283425) (59479393) (64738409) (70291804)
(-)Fornecedores (25720000) (33641760) (36669518) (39969775) (43567055)
(-)Folha de pagamento (3267192) (3593911) (3953302) (4348633) (4783496)
(-)Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)
(963216) (1011377) (1061946) (1115043) (1170795)
(-)Retiradas soacutecios (2400000) (2640000) (3432000) (3946800) (4341480)
(-)Impostos s vendas (4654291) (5073177) (5573767) (6075406) (6622192)
(-)Alugueacuteis (1920000) (2016000) (2116800) (2222640) (2333772)
(-)Energia eleacutetrica (840000) (882000) (926100) (972405) (1021025)
(-)Aacutegua (300000) (315000) (330750) (347288) (364652)
(-)Telefone (384000) (403200) (423360) (444528) (466754)
(-)Gaacutes (588000) (617400) (648270) (680684) (714718)
(-)Serviccedilos contabilidade (960000) (1008000) (1058400) (1111320) (1166886)
(-)Manutenccedilatildeo (600000) (630000) (661500) (694575) (729304)
(-)Outras despesas com funcionaacuterios
(1296000) (1405800) (1525590) (1656320) (1799030)
(-)Taxas bancaacuterias (96000) (100800) (105840) (111132) (116689)
(-)Outros pagamentos (900000) (945000) (992250) (1041863) (1093956)
Entradas - Saiacutedas (14335513) 12981301 21410535 23027023 25193585 27734070
Depreciaccedilatildeo 000 (631377) (631377) (631377) (631377) (631377)
Saldo Final (14335513) 12349924 20779158 22395647 24562208 37824209
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
A depreciaccedilatildeo foi calculada considerando o prazo de vida uacutetil meacutedio de 10
anos das maacutequinas equipamentos instalaccedilotildees moacuteveis e utensiacutelios e para os
computadores e perifeacutericos foi considerado o prazo de vida uacutetil de 5 anos conforme
demonstrado na tabela 7
TABELA 7 - DEPRECIACcedilAtildeO
Item Valor Inicial Taxa Anual Depreciaccedilatildeo Anual (R$)
Maacutequinas e equipamentos 3084878 10 308488
Instalaccedilotildees 103000 10 10300
Moacuteveis e Utensiacutelios 824057 10 82406
Computadores e Perifeacutericos 446204 20 89241
Outros 704712 20 140942
Total 631377
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
45
O valor residual dos equipamentos e instalaccedilotildees da empresa no final do quinto
ano foi considerado em 30 referente ao valor de aquisiccedilatildeo dos mesmos no iniacutecio do
projeto
45 ANAacuteLISE DOS INDICADORES (VPL TIR E PAYBACK)
451 Valor Presente Liacutequido (VPL)
A tabela 8 mostra que o VPL (Valor Presente Liacutequido) eacute positivo isso significa
que aleacutem de recuperar o investimento inicial ainda vai ser agregado ao valor da
empresa um montante de R$ R$50392407 (quinhentos e trecircs mil novecentos e vinte
quatro reais e sete centavos)
A taxa de retorno requerida de 20 foi determinada levando em conta o niacutevel
de risco do projeto e visando o valor desejado para se obter em cima do valor
investido
TABELA 8 - CALCULO DO VALOR PRESENTE LIacuteQUIDO (VPL)
Anos FC k 2000
0 -$143355 VPL $50392407
1 $123499 VPL $50392407
2 $207792 VPL $50392407
3 $223956 VPL $21761126
4 $245622 VPL $21761126
5 $378242 Decisatildeo Aceitar o Projeto
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
452 Taxa Interna de Retorno (TIR)
Conforme a tabela 9 eacute possiacutevel verificar que a TIR (Taxa Interna de Retorno)
eacute de 11593 maior que a taxa requerida de 20 isso significa que custo inicial seraacute
46
recuperado e o projeto vai criar valor para empresa mais um resultado favoraacutevel para
a aceitaccedilatildeo do projeto
TABELA 9 - TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR)
Anos FC
0 -$143355 TIR 11593
1 $123499 TIR 2168
2 $207792 TIR 2168
3 $223956 Decisatildeo
4 $245622 k 2000
5 $378242 Aceitar o projeto
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
453 Payback
O tempo de recuperaccedilatildeo do custo inicial ocorre normalmente entre o quarto e
o quinto ano se for feita a anaacutelise da tabela 10 eacute possiacutevel verificar que o tempo
necessaacuterio para o retorno do investimento (payback) do projeto eacute de 128 anos este
indicador mostra claramente que o projeto deve ser aceito pois o tempo de retorno
estaacute bem abaixo do tempo meacutedio dos empreendimentos como um todo
TABELA 10 - PAYBACK
k 20
Anos FC SPresente
0 -$143355 -$143355 PBD-SP = 128
1 $123499 -$40439 128
2 $207792 $103861
3 $223956 $233465
4 $245622 $351917
5 $378242 $503924
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
47
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Para iniciar um negoacutecio requer muito mais do que apenas o espiacuterito
empreendedor eacute necessaacuterio ter lideranccedila conhecimento sobre o mercado que deseja
atuar organizaccedilatildeo e principalmente planejamento
O principal objetivo desse estudo foi analisar a viabilidade econocircmico-
financeira da abertura de uma empresa de bolos e doces finos no Bairro Alto em
Curitiba
O objetivo apresentado nesta pesquisa foi atingido pois todos os indicadores
analisados mostram com clareza que empresa obteacutem resultados positivos que criam
valor para a mesma e com isso o projeto eacute viaacutevel economicamente pois do primeiro
ao quinto ano fica visiacutevel o crescimento do empreendimento e a melhora significativa
da sua sauacutede financeira isso fica evidenciado no saldo final em caixa no quinto ano
que chega proacuteximo haacute 400 mil reais Apesar disso eacute crucial o acompanhamento do
mercado para seguir as tendecircncias e se atualizar constantemente para tomar
decisotildees mais assertivas
Um negoacutecio mal avaliado pode arruinar a estabilidade econocircmica do
investidor por isso eacute de extrema importacircncia fazer todos os levantamentos de custos
antes de se aventurar em qualquer empreendimento
Eacute possiacutevel comprovar que a pesquisa realizada contribui positivamente para
abertura da empresa No entanto as informaccedilotildees aqui presentes natildeo satildeo estaacuteticas e
devem ser revisadas periodicamente e se preciso ateacute mesmo ampliadas no decorrer
da implantaccedilatildeo do projeto para que o mesmo seja uma ferramenta eficiente e eficaz
no desenvolvimento da empresa como um todo
48
REFEREcircNCIAS
BRITO Paulo Anaacutelise e viabilidade de projetos de investimento Satildeo Paulo Atlas 2003 DOLABELA Fernando O segredo de Luiacutesa 30 ed Satildeo Paulo Editora de Cultura 2006 DORNELAS Joseacute Carlos Assis Empreendedorismo transformando ideias em negoacutecios 4 ed Rio de Janeiro Campus Elsevier 2012 CENSO Demograacutefico 2010 Resultados gerais da amostra Curitiba IBGE 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=410690ampidtema=87ampsearch=parana|curitiba|censo-demografico-2010-resultados-gerais-da-amostra-gt Acesso em 21 de Junho de 2015 CHIAVENATO Idalberto Empreendedorismo dando asas ao espiacuterito empreendedor empreendedorismo e a viabilidade de novas empresas um guia eficiente para iniciar e tocar seu proacuteprio negoacutecio 2 ed Satildeo Paulo Saraiva 2007 ESTATIacuteSTICAS do registro civil 2012 Curitiba IBGE 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaoregistrocivil2012default_xlsshtmgt Acesso em 21 de Junho de 2015 GIL Antonio Carlos Meacutetodos e teacutecnicas de pesquisa social 6 ed Satildeo Paulo Atlas 2008 KOTLER Philip KELLER Kevin Lane Administraccedilatildeo de Marketing 12 ed Satildeo Paulo ABDR 2006 LAPPONI Juan Carlos Projetos de Investimento na Empresa Rio de Janeiro Elsevier 2007 MACHADO Jesseacute Anderson Pinto Projetos Econocircmicos uma abordagem praacutetica de elaboraccedilatildeo Satildeo Paulo Nobel 2002 MICHEL Maria Helena Metodologia e pesquisa cientiacutefica em ciecircncias sociais 2 ed Satildeo Paulo Atlas 2009 OLIVEIRA Djalma de Pinho Rebouccedilas de Planejamento estrateacutegico conceitos metodologia e praacuteticas 20 ed Satildeo Paulo Atlas 2004 PRODANOV Cleber Cristiano ERNANI Cesar de Freitas Metodologia do trabalho cientiacutefico meacutetodo e teacutecnicas da pesquisa e do trabalho acadecircmico 2 ed Novo Hamburgo Freevale 2013
49
REBELATTO Dayse Projeto de Investimento 1 ed Barueri Manole 2004 SEBRAE Pesquisa de Mercado o que eacute e para que serve Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrsitesPortalSebraeartigosPesquisa-de-mercado-o-que-C3A9-e-para-que-servegt Acesso em 21 de Junho de 2015 SEBRAE Fluxo de caixa Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrSebraePortal20SebraeAnexos0_fluxo-de-caixapdfgt Acesso em 10 de Outubro de 2015 WILDAUER Egon Walter Plano de negoacutecios elementos construtivos e processos de elaboraccedilatildeo 2 ed Curitiba Ibpex 2011 WOILER Samsatildeo MATHIAS Washington Franco Projetos planejamento elaboraccedilatildeo anaacutelise 1 ed Satildeo Paulo Atlas 1994
50
APEcircNDICES
APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL 51
APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS 52
APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL 52
51
APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL
Item Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5
Aacutegua 25000 26250 27563 28941 30388
Aluguel 160000 168000 176400 185220 194481
Assessoria Contaacutebil 80000 84000 88200 92610 97241
Gaacutes 49000 51450 54023 56724 59560
Impostos 387858 422765 464481 506284 551849
Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)
80268 84281 88495 92920 97566
Energia eleacutetrica 70000 73500 77175 81034 85085
Manutenccedilatildeo 50000 52500 55125 57881 60775
Material de escritoacuterio 20000 21000 22050 23153 24310
Material de Limpeza 40000 42000 44100 46305 48620
Folha de pagamento 272266 299493 329442 362386 398625
Seguros 15000 15750 16538 17364 18233
Telefone fixointernet 20000 21000 22050 23153 24310
Telefone Moacutevel 12000 12600 13230 13892 14586
Vale Refeiccedilatildeo 75000 82500 90750 99825 109808
Vale Transporte 33000 34650 36383 38202 40112
Proacute- labore 200000 220000 286000 328900 361790
Taxas Bancaacuterias 8000 8400 8820 9261 9724
Total R$ 1597392 R$ 1720139 R$ 1900823 R$ 2064053 R$ 2227062
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
52
APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS
Item
Produccedilatildeo mensal meacutedia
Custo unitaacuterio total
Sugestatildeo Preccedilo de venda
Custo Mensal Total
Receita de vendas
Bolos artiacutesticos (recheios diversos) 150 6000 13500 900000 2025000
Bolos de copa (recheios diversos) 30 3600 8100 108000 243000
Naked cake (recheios diversos) 60 4200 9450 252000 567000
Doces Tradicionais 32 3500 7875 112000 252000
Doces Espelhados 32 5000 11250 160000 360000
Doces Finos 32 7500 16875 240000 540000
Brigadeiros gourmet 16 4500 10125 72000 162000
Tacinhas acriacutelicas 16 5500 12375 88000 198000
Trufas 32 5000 11250 160000 360000
Bombons 32 5000 11250 160000 360000
Bem casados 3200 100 225 320000 720000
Custo produccedilatildeo Total 2572000
Receita Total 5787000
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL
Ano Receita Bruta Variaccedilatildeo anual
Ano 1 000
Ano 2 69444000 9
Ano 3 75693960 9
Ano 4 82506416 9
Ano 5 89931994 9
Valor considerando a inflaccedilatildeo de 9 aa
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
9
SUMAacuteRIO
1 INTRODUCcedilAtildeO 11
11 PROBLEMA 12
12 OBJETIVO GERAL 12
13 OBJETIVOS ESPECIacuteFICOS 12
2 REFERENCIAL TEOacuteRICO 13
21 EMPREENDEDORISMO 13
211 Caracteriacutesticas e perfil do empreendedor 15
22 PLANO DE NEGOacuteCIOS 16
221 Estrutura do plano de negoacutecios 18
2211 Capa 18
2212 Sumaacuterio 19
2213 Sumaacuterio executivo 19
2214 Anaacutelise estrateacutegica 19
2215 Descriccedilatildeo da empresa 20
2216 Produtos e serviccedilos 20
2217 Plano operacional 20
2218 Plano de recursos humanos 21
2219 Anaacutelise de mercado 21
22110 Estrateacutegia de marketing 21
22111 Plano financeiro 22
22112 Anexos 22
23 VIABILIDADE ECONOcircMICO-FINANCEIRA 22
231 Fluxo de caixa 23
232 Valor Presente Liacutequido (VPL) 24
233 Taxa Interna de Retorno (TIR) 25
234 Periacuteodo de retorno de investimento (Payback) 26
3 METODOLOGIA 27
4 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES 29
41 ANAacuteLISE DE MERCADO 29
411 Mercado consumidor 29
10
412 Produtos que seratildeo vendidos 31
413 Preccedilo de venda 36
414 Previsatildeo de vendas 36
415 Definiccedilatildeo de local de venda dos produtos 37
416 Definiccedilatildeo da demanda e da oferta 37
417 Concorrentes 38
418 Forma de divulgaccedilatildeo dos concorrentes 39
42 TAMANHO DO NEGOacuteCIO 40
421 Capacidade produtiva 40
422 Investimento 40
423 Localizaccedilatildeo 41
424 Entregas 42
43 CAPITAL DE GIRO 42
44 FLUXO DE CAIXA 43
45 ANAacuteLISE DOS INDICADORES (VPL TIR E PAYBACK) 45
451 Valor Presente Liacutequido (VPL) 45
452 Taxa Interna de Retorno (TIR) 45
453 Payback 46
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 47
REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS 48
APEcircNDICES 50
11
1 INTRODUCcedilAtildeO
Quando surge uma ideia e eacute possiacutevel identificar nela uma oportunidade eacute o
iniacutecio para a criaccedilatildeo de um negoacutecio
Qualquer empreendimento para ter ecircxito seja ele industrial comercial ou de
serviccedilos depende de inuacutemeras decisotildees que o empreendedor precisa tomar antes de
iniciaacute-lo Uma das decisotildees fundamentais eacute analisar o empreendimento
economicamente para verificar se o projeto vai ser viaacutevel e lucrativo ou natildeo poreacutem
antes das decisotildees surgem agraves duacutevidas e incertezas como qual o ponto de partida
Qual deve ser o capital investido inicialmente Quais produtos seratildeo fabricados
Onde seratildeo vendidos
Para abertura de uma empresa de bolos e doces finos em Curitiba os
questionamentos satildeo os mesmos e para conseguir as respostas para todos esses
questionamentos que andam lado a lado com todos os empreendedores quando
surge a ideia de um novo negoacutecio eacute essencial a construccedilatildeo de um plano de negoacutecios
e principalmente efetuar uma anaacutelise de viabilidade econocircmico-financeira bem
estruturada que traga informaccedilotildees fundamentais para tomar decisotildees mais assertivas
No decorrer desta pesquisa foi possiacutevel responder haacute cada um destes
questionamentos por meio da anaacutelise de mercado definiccedilatildeo do tamanho do negoacutecio
fluxo de caixa e a anaacutelise dos indicadores que estatildeo dispostos no capiacutetulo 4 deste
estudo
Dornelas (2012 p 93) afirma que ldquoum negoacutecio bem planejado teraacute mais
chances de sucesso do que aquele sem planejamento na mesma igualdade de
condiccedilotildeesrdquo
Diante deste contexto a proposta deste projeto eacute analisar a viabilidade
econocircmico-financeira da abertura de uma empresa de bolos e doces finos localizada
no Bairro Alto em Curitiba
12
11 PROBLEMA
Qual a viabilidade econocircmico-financeira da abertura de uma empresa de
bolos e doces finos em Curitiba
12 OBJETIVO GERAL
Investigar qual a viabilidade da implantaccedilatildeo de uma empresa de bolos e
doces finos em Curitiba
13 OBJETIVOS ESPECIacuteFICOS
Elaborar uma anaacutelise do mercado de bolos e doces finos em Curitiba
Definir quais os produtos seratildeo vendidos
Definir a capacidade produtiva
Analisar a viabilidade econocircmico-financeira do negoacutecio
13
2 REFERENCIAL TEOacuteRICO
21 EMPREENDEDORISMO
Um projeto empreendedor se torna possiacutevel apenas se o dono da ideia estiver
disposto a assumir todas as responsabilidades e exigecircncias de abrir um negoacutecio que
sem duacutevida passaraacute a ser seu projeto de vida
Para Dolabela (2006 sn)
Se considerarmos que as empresas quase sempre comeccedilam pequenas isso chega a ser um paradoxo Principalmente porque no mundo de hoje as pequenas empresas constituem a principal fonte de empregos e satildeo responsaacuteveis em muitos paiacuteses por mais de 50 do produto interno bruto (PIB) e pelo maior volume de exportaccedilotildees aleacutem de serem as maiores geradoras de inovaccedilotildees tecnoloacutegicas desde a Segunda Guerra Mundial
Eacute possiacutevel definir empreendedorismo comordquo a capacidade que uma pessoa
possui de formular uma ideia sobre determinado produto ou serviccedilo em um mercado
seja essa ideia nova ou natildeordquo (WILDAUER 2011 p25)
Cabe acrescentar que o empreendedorismo natildeo se refere apenas a pequenos
negoacutecios e empreendimentos novos ldquoNatildeo aborda apenas a criaccedilatildeo de novos
produtos ou serviccedilos mas sim inovaccedilotildees em todos os acircmbitos do negoacuteciordquo
(CHIAVENATO 2007 p261)
Segundo Dolabela (2006 sn) se analisarmos a natureza do
empreendedorismo eacute possiacutevel observar que
A Todas as pessoas nascem empreendedoras Os humanos satildeo
empreendedores
B Empreendedorismo natildeo eacute um assunto atual existe desde a primeira
accedilatildeo inovadora com a finalidade de aperfeiccediloar as relaccedilotildees entre os homens
C Natildeo eacute apenas um fato econocircmico mas tambeacutem social
D O empreendedor estaacute em qualquer lugar natildeo apenas nas pessoas que
abrem seu proacuteprio negoacutecio
E O empreendedorismo eacute uma demonstraccedilatildeo da liberdade humana
14
F Natildeo eacute um acontecimento pessoal e nem uma habilidade que poucas
pessoas possuem eacute algo puacuteblico
G Natildeo existe a possibilidade de fazer transferecircncia de conhecimentos
empreendedores ndash ldquoao contraacuterio do que acontece por exemplo em uma aula
de geografia porque o empreendedorismo natildeo eacute um conteuacutedo cognitivo
convencionalrdquo Nesse entendimento natildeo existe a possibilidade de ensinar
mas eacute possiacutevel aprender a ser empreendedor por meio de um sistema de
ensino bem diferente do tradicional
H Eacute um assunto global e natildeo caracteriacutestico ou complementar E deve ser
apresentado na educaccedilatildeo baacutesica
I O princiacutepio do empreendedorismo e a cidadania O que por sua vez ldquoVisa
agrave construccedilatildeo do bem-estar coletivo do espiacuterito comunitaacuterio da cooperaccedilatildeo
Antes de ser aluno o estudante deve ser considerado um cidadatildeordquo
J Natildeo existe a possibilidade de definir se uma pessoa vai ter sucesso
como empreendedor
Vale enfatizar que o empreendedorismo eacute a envoltura de pessoas e
processos que juntas transformam ideias em oportunidades E a correta efetivaccedilatildeo
destas oportunidades ocasiona a criaccedilatildeo de um negoacutecio bem sucedido (DORNELAS
2012 p 28)
Chiavenato (2007 p 22) e Dornelas (2012 p29) defendem a ideia de que
1 O empreendedorismo abrange todo o processo para criar algo novo que
possua valor e seja valorizado pelo mercado
2 Que o empreendedorismo requer doaccedilatildeo disponibilidade de tempo e
vigor para tornar o novo empreendimento em um negoacutecio de sucesso
3 O empreendedorismo demanda coragem aceitaccedilatildeo de riscos
calculados e decisotildees analiacuteticas e ter flexibilidade com os obstaacuteculos falhas
e fracassos
Eacute possiacutevel concluir que o empreendedorismo eacute um fato cultural isto eacute
consequecircncia de haacutebitos accedilotildees e valores pessoais ldquoExistem famiacutelias (assim como
cidades regiotildees e paiacuteses) mais empreendedoras do que outrasrdquo A pessoa
desenvolve o empreendedorismo no conviacutevio com outros empreendedores num local
onde a possibilidade de ter o proacuteprio negoacutecio eacute visto como algo muito bom
(DOLABELA 2006 sn)
15
Diante disso natildeo eacute possiacutevel falar de empreendedorismo sem mencionar os
empreendedores pois satildeo as atitudes de pessoas que inovam assumem todos os
riscos que proporcionam o crescimento e desenvolvimento da sociedade como um
todo
211 Caracteriacutesticas e perfil do empreendedor
Ser empreendedor eacute acima de tudo ter a capacidade e a necessidade de
realizar coisas novas
O empreendedor ldquoeacute um ser social produto do meio em que vive (eacutepoca e
lugar)rdquo E se a pessoa convive em um meio onde ser empreendedor eacute considerado
algo bom teraacute motivos para abrir seu proacuteprio negoacutecio (DOLABELA 2006 sn)
O empreendedor parte da percepccedilatildeo subjetiva para percepccedilatildeo praacutetica na
qual mostram elementos que podem ser debatidos Esses elementos satildeo os mais
variaacuteveis possiacuteveis que foram originados de perguntas contestaccedilotildees e respostas
localizadas pelo empreendedor ldquoo qual natildeo precisa ser algueacutem com uma formaccedilatildeo
superior com diploma de faculdade ou algueacutem que conte com cursos teacutecnicos ou
praacuteticosrdquo (mesmo esses sendo atributos que auxilie na agilidade de formular
questionamentos e encontrar as soluccedilotildees para os mesmos) (WILDAUER 2011 p
25)
Para Dornelas (2012 p 29) empreendedor eacute a pessoa que percebe uma
oportunidade e arquiteta um negoacutecio para captar recursos calculando todos os riscos
que vai correr Em todas as definiccedilotildees de empreendedorismo nos deparamos com no
miacutenimo as seguintes particularidades em relaccedilatildeo ao empreendedor
1 Possui a atitude de criar um novo negoacutecio e amar aquilo que faz
2 Usa o capital que possui de maneira produtiva mudando o local social e
econocircmico onde estaacute inserido
3 Assume os riscos calculados e a chance do negoacutecio natildeo dar certo
Nessa mesma perspectiva Chiavenato (2007 p7) afirma que o empreendedor
eacute a pessoa que tem a capacidade de fazer as coisas acontecerem eacute favorecido pela
sua percepccedilatildeo para os negoacutecios prudecircncia na aacuterea financeira e a habilidade de
16
perceber as oportunidades Com esse conjunto de competecircncias tem a capacidade
de transformar ideias em negoacutecios O empreendedor possui uma boa imaginaccedilatildeo e eacute
persistente qualidades que combinadas de maneira correta o capacitam para
converter ideias simples em projetos objetivos e bem sucedidos
Para Wildauer (2011 p 26)
Podemos entatildeo enumerar muitas caracteriacutesticas do empreendedor sendo as principais a atitude de saber ouvir de estar atento de saber interpretar e analisar as informaccedilotildees do mercador de ter condiccedilotildees de elaborar um planejamento de suas accedilotildees futuras de traccedilar objetivos e todo um roteiro teoacuterico-praacutetico para poder atingi-lo Sem essas premissas baacutesicas o empreendedor natildeo teraacute sucesso na formulaccedilatildeo do plano de negoacutecios muito menos na sustentaccedilatildeo de seu negoacutecio
Chiavenato (2007 p 4) acredita que ldquoos empreendedores satildeo heroacuteis
populares do mundo dos negoacuteciosrdquo Que geram empregos propagam inovaccedilotildees e
estimulam o crescimento da economia Satildeo muito mais do que somente fornecedores
de produtos e serviccedilos satildeo pessoas que assumem os riscos das oscilaccedilotildees
econocircmicas
Cabe acrescentar que o empreendedor revolucionaacuterio eacute aquele que inventa
novos mercados isto eacute a pessoa cria algo exclusivo como foi o caso do Bill Gattes
fundador da Microsoft que transformou o mundo com o sistema operacional Windows
Contudo grande parte dos empreendedores cria negoacutecios em mercados jaacute existentes
e mesmo assim criam negoacutecios de sucesso (DORNELAS 2012 p30)
Wildauer (2011 p26) conclui que ldquoo empreendedor necessita de uma estrutura
de pensamento sistecircmico e visionaacuterio com base no qual estabeleceraacute metas e
desenharaacute trajetoacuterias para alcanccedilaacute-lasrdquo
22 PLANO DE NEGOacuteCIOS
Para iniciar um empreendimento eacute fundamental fazer um plano de negoacutecios
com ele eacute possiacutevel verificar a viabilidade ou natildeo do empreendimento e definir onde
estamos para onde vamos e mostrar com mais clareza as oportunidades de negoacutecio
17
Do ponto de vista de Dornelas (2012 p 93) ldquoum negoacutecio bem planejado teraacute
mais chances de sucesso do que aquele sem planejamento na mesma igualdade de
condiccedilotildeesrdquo
Nessa mesma perspectiva Dolabela (2006 sn) afirma que vaacuterios
empreendedores bem sucedidos abriram seus empreendimentos sem compreender
pontualmente o que eacute um plano de negoacutecios Poreacutem muitos outros natildeo tiveram o
mesmo fim e o que conseguiram foram negoacutecios fracassados por conta de falhas que
poderiam ter sido evitadas Uma grande quantidade de negoacutecios que possuem um
alto potencial acabam se tornando impraticaacuteveis por conta da incapacidade dos
empreendedores Ainda assim muitas pessoas abrem e vatildeo continuar abrindo
negoacutecios capacitadas ou natildeo para isso
Wildauer (2011 p 39) define plano de negoacutecios como ldquoum documento em
forma de texto no qual eacute apresentada uma proposta de negoacutecio para um mercadordquo
Esse documento deve mostrar com clareza o ponto de vista do empreendedor sobre
o sucesso do seu produto ou serviccedilo no mercado atual
Chiavenato (2007 p132) acredita que
O plano de negoacutecio mdash business planmdash descreve a ideia de um novo empreendimento e projeta os aspectos mercadoloacutegicos operacionais e financeiros dos negoacutecios propostos geralmente para os proacuteximos trecircs ou cinco anos Seu preparo permite a anaacutelise da proposta e ajuda o futuro empreendedor a evitar uma trajetoacuteria decadente que o levaraacute do entusiasmo agrave desilusatildeo e ao fracasso
Eacute possiacutevel sintetizar o plano de negoacutecios como um documento em que o
empreendedor mostra de maneira formal e concreta o negoacutecio que quer idealizar e
expor para seus parceiros soacutecios e investidores apresentando a visatildeo a missatildeo e os
seus propoacutesitos assim como o ldquoplano operacional o plano de marketing o plano de
financeiro e o plano juriacutedicordquo desta forma facilitando a assimilaccedilatildeo e aceitaccedilatildeo do
negoacutecio pelas pessoas interessadas (WILDAUER 2011 p39)
Conforme mencionado por Chiavenato (2007 p 134) o plano de negoacutecios
mobiliza o novo empreendimento na sua totalidade Ele demonstra o levantamento
cansativo dos elementos que fazem parte do negoacutecio ldquosejam internos mdash o que deveraacute
ser produzido como onde quanto mdash sejam externos mdash para quem produzir qual eacute
o mercado quais satildeo os concorrentes etcrdquo
18
Com isso Wildauer (2011 p 45) conclui que ldquoo plano de negoacutecios eacute como um
guia uacutetil para a obtenccedilatildeo de conhecimentos para a concepccedilatildeo de um
empreendimentordquo
221 Estrutura do plano de negoacutecios
O plano de negoacutecios mobiliza todas as informaccedilotildees necessaacuterias para abrir um
negoacutecio por meio dele eacute possiacutevel detectar onde estou e para onde desejo ir dentro do
mercado
Conforme identificado por Dornelas (2012 p 101) ldquonatildeo existe uma estrutura
riacutegida e especiacutefica para se escrever um plano de negoacuteciosrdquo dado que cada negoacutecio
possui suas singularidades e equivalecircncias sendo improvaacutevel delimitar um modelo-
padratildeo de plano de negoacutecios que seja absoluto e adequado para todos os negoacutecios
Todos os planos de negoacutecios devem conter um miacutenimo de seccedilotildees que vatildeo possibilitar
uma compreensatildeo do negoacutecio como um todo Tais seccedilotildees satildeo alinhadas de maneira
que mantenham uma sequecircncia loacutegica que possibilite qualquer pessoa ler o plano e
compreender como a empresa eacute estruturada seus objetivos seus produtos seus
serviccedilos qual seu mercado seu plano financeiro e de marketing
A seguir encontra-se uma breve descriccedilatildeo de cada uma das seccedilotildees do Plano
de Negoacutecios
2211 Capa
Eacute um dos componentes fundamentais do plano de negoacutecios pois eacute a primeira
parte que eacute vista pela pessoa que vai ler deve ser desenvolvida de forma clara e com
os dados adequados (DORNELAS 2012 p 101)
19
2212 Sumaacuterio
O sumaacuterio deve incluir ldquoo tiacutetulo de cada seccedilatildeo do plano de negoacutecios e a paacutegina
respectiva onde se encontra bem como os principais assuntos relacionados em cada
seccedilatildeordquo Isso faz com que fique mais faacutecil o leitor do plano de negoacutecios identificar com
mais agilidade o que lhe interessar (DORNELAS 2012 p 101-102)
2213 Sumaacuterio executivo
O Sumaacuterio Executivo eacute a parte mais importante do plano de negoacutecios ele iraacute
definir se o leitor vai prosseguir ou natildeo com a leitura do plano de negoacutecios Dessa
forma deve ser redigido com bastante concentraccedilatildeo e revisado inuacutemeras vezes e
tambeacutem englobar as informaccedilotildees mais relevantes do plano de negoacutecios Deve ser
direcionado ao puacuteblico-alvo do plano de negoacutecios e deixar claro qual o objetivo do
mesmo em relaccedilatildeo agraves pessoas que estatildeo o lendo ldquoO Sumaacuterio Executivo deve ser a
uacuteltima seccedilatildeo a ser escrita pois depende de todas as outras seccedilotildees do plano para ser
elaboradardquo (DORNELAS 2012 p 102)
2214 Anaacutelise estrateacutegica
Nesta seccedilatildeo eacute determinada a direccedilatildeo que a empresa vai seguir ldquosua visatildeo e
missatildeo sua situaccedilatildeo atual as potencialidades e ameaccedilas externas suas forccedilas e
fraquezas seus objetivos e metas de negoacuteciordquo Essa parte eacute o alicerce para o
crescimento e o estabelecimento das outras accedilotildees redigidas no plano (DORNELAS
2012 p 102)
20
2215 Descriccedilatildeo da empresa
Eacute nessa seccedilatildeo que deve ser feita a descriccedilatildeo da empresa ldquoseu histoacuterico
crescimento faturamento dos uacuteltimos anos sua razatildeo social impostos estrutura
organizacional e legal localizaccedilatildeo parcerias serviccedilos terceirizados etcrdquo
(DORNELAS 2012 p 102)
2216 Produtos e serviccedilos
Nessa seccedilatildeo do plano de negoacutecios devem ser descritos os produtos e serviccedilos
da empresa a maneira que satildeo produzidos o capital disposto seu ciclo de vida os
elementos tecnoloacutegicos envolvidos pesquisa e desenvolvimento os seus clientes
marcas e patentes etc
Nessa seccedilatildeo pode ser incluiacuteda quando estaacute informaccedilatildeo encontra-se disponiacutevel uma visatildeo do niacutevel de satisfaccedilatildeo dos clientes com os produtos e serviccedilos da empresa Esse feedback eacute bastante importante porque costuma oferecer natildeo apenas uma visatildeo do niacutevel de qualidade percebida nos produtos e serviccedilos mas tambeacutem guiar futuros investimentos da empresa em novos desenvolvimentos e processos de produccedilatildeo (DORNELAS 2012 p 102-103)
2217 Plano operacional
Nesta seccedilatildeo devem ser expostas as accedilotildees que a empresa pretende ter na
sua estrateacutegia produtiva e no processo de produccedilatildeo apontando os resultados que
essas accedilotildees teratildeo sobre os criteacuterios de avaliaccedilatildeo dos produtos Deve incluir dados
operacionais atualizados e presumidos como ldquolead time do produto ou serviccedilo
percentual de entregas a tempo rotatividade do inventaacuterio iacutendice de refugo lead time
de desenvolvimento de produto ou serviccedilo etcrdquo (DORNELAS 2012 p 103)
21
2218 Plano de recursos humanos
Devem ser exibidas as propostas de desenvolvimento e treinamento de
pessoal da empresa Esses dados estatildeo pontualmente associados com a
competecircncia da empresa de crescer ldquoespecialmente quando esta atua em um
mercado onde a detenccedilatildeo de tecnologia eacute considerada um fator estrateacutegico de
competitividaderdquo (DORNELAS 2012 p 103)
2219 Anaacutelise de mercado
Nesta seccedilatildeo o responsaacutevel pelo plano de negoacutecios deve deixar claro que os
executivos da empresa entendem perfeitamente o mercado consumidor do seu
produto ou serviccedilo (atraveacutes de pesquisa de mercado) como estaacute segmentado
crescimento do mercado atributos do consumidor anaacutelise da concorrecircncia qual a sua
fatia de mercado e dos concorrentes etc (DORNELAS 2012 p 103)
22110 Estrateacutegia de marketing
Deve ser apresentado o objetivo da empresa para vender seu produtoserviccedilo
e consolidar seus clientes e ampliar sua demanda Deve ser informada sua estrateacutegia
de venda especificidades do produtoserviccedilo preccedilos puacuteblico-alvo canais de
distribuiccedilatildeo projeccedilatildeo das vendas (DORNELAS 2012 p 103)
22
22111 Plano financeiro
Na seccedilatildeo financeira deve mostrar em nuacutemeros todas as accedilotildees planejadas
para a empresa e suas evidecircncias por meio de projeccedilotildees futuras para um negoacutecio
bem sucedido
Deve conter demonstrativo de fluxo de caixa com horizonte de pelo menos trecircs anos balanccedilo patrimonial anaacutelise do ponto de equiliacutebrio necessidades de investimento demonstrativos de resultados anaacutelise de indicadores financeiros do negoacutecio como faturamento previsto margem prevista prazo de retorno sobre o investimento inicial (payback) taxa interna de retorno (TIR) etc (DORNELAS 2012 p 103-104)
22112 Anexos
Nesta seccedilatildeo deve incluir todos os dados considerados importantes para
melhor compreensatildeo do plano de negoacutecios O que natildeo pode ser deixado de anexar eacute
o curriculum vitae dos soacutecios da empresa (DORNELAS 2012 p 104)
23 VIABILIDADE ECONOcircMICO-FINANCEIRA
Analisar o empreendimento economicamente para verificar se o projeto eacute
viaacutevel e lucrativo ou natildeo eacute uma das decisotildees fundamentais de qualquer
empreendedor
A anaacutelise de investimento eacute um mecanismo aacutegil praacutetico e seguro que ajuda
profissionais de inuacutemeras aacutereas no processo de anaacutelise de tomada de decisotildees
financeiras (REBELATTO p 141)
Lapponi (2007 p 123) afirma que
O objetivo da decisatildeo de investimento ou do orccedilamento de capital eacute maximizar o valor da empresa A decisatildeo de alocaccedilatildeo do capital em projeto de investimento eacute fundamental para o sucesso pois os recursos da empresa
23
satildeo comprometidos por longo tempo na direccedilatildeo de seu futuro desejado e isso envolve um grande esforccedilo de tempo e de gerenciamento Cada projeto aprovado eacute um desembolso realizado pela empresa coma expectativa de obter benefiacutecios futuros quantificados pela geraccedilatildeo de um fluxo de retornos adequados em geral por um prazo maior do que um ano
A carecircncia de recursos financeiros diante das muitas necessidades faz com
que seja crucial aperfeiccediloar sua utilizaccedilatildeo A anaacutelise antecipada de investimento
possibilita que se racionalize a forma como os recursos de capital satildeo utilizados
(REBELATTO 2004 p 141)
Para analisar a viabilidade de um projeto economicamente eacute necessaacuterio reunir
uma seacuterie de informaccedilotildees e de dados que precisam ser organizados para atingir seu
objetivo final que eacute o de facilitar a tomada de decisatildeo Vale salientar que o projeto
deve ser um documento que tenha a capacidade de mostrar de uma maneira loacutegica a
visatildeo estrateacutegica do negoacutecio (MACHADO 2002 p 144)
231 Fluxo de caixa
O fluxo de caixa eacute o melhor guia para uma administraccedilatildeo financeira eficiente
de qualquer negoacutecio
O fluxo de caixa eacute a reproduccedilatildeo graacutefica de uma movimentaccedilatildeo financeira ldquoAs
movimentaccedilotildees monetaacuterias satildeo identificadas temporalmente por meio de um conjunto
de entradas e saiacutedas de caixa definido como diagrama de fluxo de caixardquo Essa
representaccedilatildeo proporciona a visualizaccedilatildeo em diferentes momentos com o que estaacute
ocorrendo com o capital (REBELATTO 2004 p 150)
ldquoA identificaccedilatildeo e a quantificaccedilatildeo das estimativas relevantes do projeto satildeo o
iniacutecio da construccedilatildeo do fluxo de caixa do projeto para empresa em funcionamentordquo
(LAPPONI 2007 p 347)
O fluxo de caixa eacute um composto de entradas e saiacutedas de valores monetaacuterios
(dinheiro) no decorrer de um determinado periacuteodo Bem como evidenciar uma opccedilatildeo
possiacutevel de transaccedilotildees financeiras ou seja pagamentos agrave vista pagamentos a prazo
tiacutetulos originais etc (REBELATTO 2004 p 151)
24
232 Valor Presente Liacutequido (VPL)
ldquoO Valor presente liacutequido (VPL) ou valor atual liacutequido (VAL) eacute o valor atual das
entradas de caixa (retornos de capital esperados) incluindo o valor residual (se
houver) menos o valor atual das saiacutedas de caixardquo (REBELATTO 2004 p 214)
A foacutermula para chegar ao VPL eacute (LAPPONI 2007 p 125)
119881119875119871 = minus119868 +119865119862
(1 + 119870)119899
Onde
I= custo inicial ou desembolso inicial
FC= fluxo de caixa
K= taxa requerida
n= prazo de anaacutelise
Rebelatto (2004 p214) afirma que os paracircmetros para que o projeto seja
aceito se refere ao valor presente liacutequido (VPL)
VPLgt0 o projeto eacute aceito
VPLlt0 o projeto eacute rejeitado
VPL=0 o projeto pode ser aceito ou natildeo pois natildeo cria e nem destroacutei
valor para empresa
Para Lapponi (2007 p 134-135) as principais vantagens do VPL satildeo
Considera o fluxo de caixa do projeto na sua totalidade
Considera o valor monetaacuterio (dinheiro) no tempo
Tem a capacidade de medir o valor criado ou destruiacutedo pelo projeto
Pode ser utilizado na avaliaccedilatildeo do projeto independentemente do tipo de
fluxo de caixa utilizado
Seleciona o projeto mais viaacutevel economicamente
25
233 Taxa Interna de Retorno (TIR)
ldquoTaxa Interna de Retorno (TIR) eacute a taxa de desconto que torna o valor atual
liacutequido (VAL) do investimento igual a zero Tambeacutem eacute chamada de taxa interna efetiva
de rentabilidaderdquo (REBELATTO 2004 p 217)
No projeto do tipo simples com o aumento da taxa requerida o VPL do projeto tende ao valor do custo inicial pois o VPL eacute uma funccedilatildeo decrescente da taxa requerida Portanto a decisatildeo com o meacutetodo TIR somente deve ser feita em projetos simples que garantem a existecircncia de uma uacutenica TIRgt -100 Nos outros tipos de fluxo de caixa em geral o meacutetodo da TIR natildeo deve ser utilizado pois haacute a possibilidade de muacuteltiplas TIRs Sendo a TIR a taxa de juro que zera o VPL do projeto simples para qualquer taxa requerida K menor que a TIR o VPL seraacute positivo e para qualquer taxa requerida K maior que a TIR o VPL seraacute negativo (LAPPONI 2007 p 175-176)
Rebelatto (2004 p 217) complementa afirmando que a TIR eacute um meacutetodo
aprimorado de anaacutelise de investimento sendo possivelmente uma das mais usadas
para avaliar projetos econocircmicos A TIR deve ser comparada com a taxa miacutenima de
atratividade (TMA) para analisar se o projeto seraacute aceito ou natildeo
Sendo assim Lapponi (2007 p 176) considera que
Se TIR gt TMA o projeto deve ser aceito pois eacute economicamente viaacutevel
Se TIR lt TMA o projeto deve ser recusado pois eacute economicamente
inviaacutevel
Se TIR = TMA eacute indiferente investir no projeto pois o mesmo natildeo criaraacute
e nem destruiraacute valor da empresa
ldquoA grande vantagem da TIR como indicador de decisatildeo eacute que prescinde de
informaccedilotildees externas ao projeto Tudo que o analista necessita eacute conhecer o perfil do
projeto e alguma ideia de magnitude da taxa de jurosrdquo (MACHADO 2002 p 127)
26
234 Periacuteodo de retorno de investimento (Payback)
ldquoO payback eacute o periacuteodo de tempo em que ocorre o retorno do investimento
Calculado no fluxo de caixa de vida uacutetil de dez anos o payback apresenta-se de vaacuterias
maneiras para cada tipo de empresardquo (BRITO 2003 p 51)
Uma empresa pode nomear o payback como um dos paracircmetros para escolha
de um projeto a fim de minimizar seus riscos Mesmo sendo esse um meacutetodo faacutecil e
simples na praacutetica eacute um dos mais utilizados para efetuar a mediccedilatildeo econocircmica de um
projeto (REBELATTO 2004 p 230)
Segundo Rebelatto (2004 p 231) a foacutermula baacutesica que demonstra o caacutelculo
do payback em fluxos de caixas regulares eacute
PB =I0
FC
Onde
PB= Payback
I0= Investimento inicial
FC= Fluxo de caixa regular
Para executar o meacutetodo payback eacute crucial estabelecer o tempo maacuteximo de
toleracircncia TMT para resgatar o custo inicial ldquoPara decidir se o projeto deve ser aceito
o payback deve ser comparado com o valor de referecircncia TMT de forma querdquo
(LAPPONI 2007 p 245)
Se PB lt TMT o projeto deve ser aceito
Se PB gt TMT o projeto deve ser recusado
A principal vantagem para utilizaccedilatildeo do meacutetodo payback eacute que ele reflete a
liquidez do projeto e por consequecircncia eacute possiacutevel efetuar a avaliaccedilatildeo do risco de natildeo
recuperar o investimento (REBELATTO 2004 p 230)
27
3 METODOLOGIA
Este capiacutetulo tem por objetivo descrever os procedimentos e teacutecnicas
utilizados na pesquisa considerando o problema e aos objetivos gerais e especiacuteficos
Para a execuccedilatildeo da revisatildeo bibliograacutefica realizada neste estudo foi utilizado
livros de especialistas na aacuterea os principais temas abordados foram o
empreendedorismo que eacute um assunto chave quando surge uma ideia para um novo
negoacutecio plano de negoacutecios que eacute um elemento fundamental para o sucesso ou
fracasso de um empreendimento e a viabilidade econocircmico-financeira tema
fundamental visto que o objetivo geral da pesquisa eacute mensurar se a mesma eacute viaacutevel
ou natildeo economicamente
Foi elaborada uma anaacutelise de mercado que estaacute disponiacutevel no item 41 deste
estudo atraveacutes da mesma foi identificado que os principais clientes satildeo das classes
A e B de Curitiba regiatildeo metropolitana no item 42 foi efetuado um levantamento do
tamanho do negoacutecio onde foi definida a capacidade produtiva o investimento inicial e
a localizaccedilatildeo do empreendimento no item 44foi elaborado o fluxo de caixa que
demonstra as previsotildees financeiras do periacuteodo de 5 anos o meacutetodo utilizado para
elaborar a pesquisa foi um estudo de caso de natureza exploratoacuteria quantitativa e
anaacutelise documental
O estudo de caso eacute evidenciado por um estudo minucioso e cansativo de um
ou poucos objetivos desta forma propicia um vasto e detalhado conhecimento sobre
o assunto uma missatildeo praticamente impossiacutevel mediante as outras maneiras de
delineamentos consideradas (GIL 2008 p 57-58)
Prodanov e Freitas (2013 p60) afirmam que o estudo de caso consiste em
recolher e analisar dados sobre determinado indiviacuteduo famiacutelia grupo ou comunidade
com a finalidade de estudar diferentes aspectos das suas vidas conforme o assunto
da pesquisa
Jaacute as pesquisas exploratoacuterias satildeo definidas por Gil (2008 p 27) como as que
Tecircm como principal finalidade desenvolver esclarecer e modificar conceitos e ideias tendo em vista a formulaccedilatildeo de problemas mais precisos ou hipoacuteteses pesquisaacuteveis para estudos posteriores De todos os tipos de pesquisa estas satildeo as que apresentam menor rigidez no planejamento Habitualmente envolvem levantamento bibliograacutefico e documental entrevistas natildeo padronizadas e estudos de caso
28
A pesquisa quantitativa ldquoconsidera que tudo pode ser quantificaacutevel o que
significa traduzir em nuacutemeros opiniotildees e informaccedilotildees para classificaacute-las e analisaacute-lasrdquo
Eacute necessaacuteria a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas estatiacutesticas tais como porcentagem meacutedia
moda desvio-padratildeo coeficiente de correlaccedilatildeo etc (PRODANOV FREITAS 2013
p 69)
Muitos dados que satildeo utilizados em pesquisas satildeo adquiridos indiretamente
por meio de documentosrdquo como livros jornais papeacuteis oficiais registros estatiacutesticos
fotos discos filmes e viacutedeos que satildeo obtidos de maneira indiretardquo Essas fontes
documentais tecircm a capacidade de disponibilizar ao pesquisador um grande nuacutemero
de informaccedilotildees com bastante qualidade para evitar a perda de tempo (GIL 2008 p
147)
Este modelo de pesquisa foi utilizado para definir os principais clientes quais
os produtos que seratildeo vendidos a capacidade produtiva assim como a viabilidade
econocircmico-financeira e operacional do negoacutecio
29
4 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES
41 ANAacuteLISE DE MERCADO
Woiler e Mathias (1994 p41) e Rebelatto (2004 p01) afirmam que a anaacutelise
de mercado eacute um dos pontos mais relevantes para elaboraccedilatildeo de um projeto Atraveacutes
do estudo do mercado obtemos muitas informaccedilotildees tais como
Fazendo a comparaccedilatildeo entre demanda e a oferta encontramos a
possiacutevel escassez da demanda futura Esse resultado proporcionaraacute
informaccedilotildees para que seja definida a escala de produccedilatildeo do projeto
A regiatildeo geograacutefica em que o produto pode ser vendido eacute um dos pontos
mais significativos para que seja definida a localizaccedilatildeo do empreendimento
O preccedilo de venda os custos de comercializaccedilatildeo e os estoques nos
canais de comercializaccedilatildeo satildeo informaccedilotildees relevantes para que seja
elaborada a projeccedilatildeo do projeto
Vale salientar que esses satildeo apenas alguns elementos importantes que eacute
possiacutevel identificar na anaacutelise de mercado existe muitos outros dados que satildeo obtidos
com a mesma
411 Mercado consumidor
ldquoTodas as decisotildees relacionadas a novos empreendimentos contecircm certo
grau de incerteza tanto no que diz respeito agrave informaccedilatildeo na qual as decisotildees estatildeo
baseadas como no que diz respeito agraves suas consequecircnciasrdquo (SEBRAE)
Chiavenato acredita que os clientes tecircm a capacidade de alavancar ou
derrubar um empreendimento ldquoUm cliente pode ser uma organizaccedilatildeo uma empresa
um usuaacuterio dos produtosserviccedilos ou um consumidor finalrdquo Eacute quem adquiri os
produtosserviccedilos ofertados pela organizaccedilatildeo no final da cadeia de transaccedilotildees Eacute ele
que estabelece direta ou indiretamente se o empreendimento teraacute ecircxito ou natildeo Por
30
isso o cliente deve ser considerado como o principal patrimocircnio da empresa (2007
p 207)
Segundo dados do censo 2010 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e
estatiacutestica) dos 576190 (quinhentos e setenta e seis mil cento e noventa) domiciacutelios
de Curitiba 292965 (duzentos e noventa e dois mil novecentos e sessenta e cinco)
possuem renda de mais de 5 a mais de 20 salaacuterios miacutenimos sendo assim cerca de
5085 dos domiciacutelios curitibanos estatildeo enquadrados nas classes A e B Ainda
segundo o IBGE cerca de 137922 (cento e trinta e sete mil novecentos e vinte e dois)
domiciacutelios curitibanos tecircm renda de mais de 10 salaacuterios miacutenimos o que representa
uma meacutedia de 24 dos domiciacutelios de Curitiba
Mais de 249000 (duzentos e quarenta e nove mil) pessoas que residem em
Curitiba cerca de 1423 da populaccedilatildeo tem rendimento mensal de mais de 5 salaacuterios
miacutenimos conforme Tabela 1
TABELA 1 - RESULTADOS DA AMOSTRA - RENDIMENTO POR PESSOA EM CURITIBA
Quantidade de pessoas Salaacuterios miacutenimos
153011 Mais de 5 a 10 salaacuterios miacutenimos
38692 Mais de 10 a 15 salaacuterios miacutenimos
25427 Mais de 15 a 20 salaacuterios miacutenimos
18264 Mais de 20 a 30 salaacuterios miacutenimos
13791 Mais de 30 salaacuterios miacutenimos
FONTE IBGE - CENSO DEMOGRAacuteFICO 2010
Curitiba possui uma populaccedilatildeo de mais de 1750000 (um milhatildeo setecentos
e cinquenta mil habitantes) segundo censo IBGE 2010 sendo que 932000
(novecentos e trinta e dois mil) pessoas com o estado civil de solteiro viuacutevo
divorciado separado judicialmentedesquitado isso mostra que tem muitas pessoas
que podem fazer festas de casamento e necessitar dos produtos que seratildeo ofertados
tais como bolos artiacutesticos doces finos e bem casados
Segundo as estatiacutesticas do registro civil do IBGE ocorreram em Curitiba e
regiatildeo metropolitana no ano 2012 exatamente 18877 (dezoito mil oitocentos e setenta
e sete) casamentos sendo que nos meses de setembro a dezembro foi onde ocorreu
um maior nuacutemero um total de 7828 (sete mil oitocentos e vinte e oito) casamentos o
que representa um total de 4147 dos casamentos ocorrem nesses quatro meses
do ano
31
TABELA 2 - CASAMENTOS POR MEcircS DE REGISTRO SEGUNDO O LUGAR DO REGISTRO ndash 2012
Lugar do registro
Casamentos por mecircs do registro
Total de
registros Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
RM Curitiba 18877 1466 1250 1572 1282 1403 1533 1248 1255 1735 1753 2118 2262
Curitiba 10351 848 692 857 692 724 872 658 658 971 968 1237 1174
FONTE IBGE DIRETORIA DE PESQUISAS COORDENACcedilAtildeO DE POPULACcedilAtildeO E INDICADORES SOCIAIS ESTATIacuteSTICAS DO REGISTRO CIVIL 2012
Nessa perspectiva foi definido que o mercado que a empresa de bolos e doces
finos vai atuar eacute de Curitiba e regiatildeo metropolitana com foco nas pessoas das classes
A e B com estado civil solteiro divorciado separado judicialmentedesquitado e viuacutevo
412 Produtos que seratildeo vendidos
ldquoNo coraccedilatildeo de uma grande marca haacute um grande produto O produto-chave
na oferta ao mercado Liacutederes de mercado geralmente oferecem produtos e serviccedilos
de qualidade superiorrdquo (KOTLER KELLER 2006 p 366)
Os principais produtos fornecidos seratildeo
Bolos artiacutesticos
FOTO1 - BOLO ARTIacuteSTICO FONTE WANDA CARDOSO - BOLOS ARTIacuteSTICOS amp DOCES
32
Bolos de copa
FOTO2 - BOLO DE COPA FONTE ELABORADO PELO AUTOR
FOTO3 - BOLO DE COPA FONTE ELABORADO PELO AUTOR
Naked cake
FOTO4 - NAKED CAKE FONTE DOCES PENEacuteLOPE
33
Doces Tradicionais
FOTO5 - DOCES TRADICIONAIS FONTE ELABORADO PELO AUTOR
Doces Espelhados
FOTO6 - DOCES ESPELHADOS FONTE PRONTO SOCORRO DAS FESTAS
Doces Finos
FOTO 7 - DOCES FINOS FONTE COMPRANDO MEU APE
34
Brigadeiros gourmet
FOTO8 - BRIGADEIROS GOURMET FONTE ELABORADO PELO AUTOR
Tacinhas acriacutelicas
FOTO9 - TACINHAS ACRIacuteLICAS FONTE BUFFET DELIacuteCIAS DA VI
Trufas
FOTO 10 - TRUFAS FONTE FOGAtildeO DA VOVOacute
35
Bombons
FOTO11 - BOMBONS FONTE DALVA GOLDEN GATE
Bem casados
FOTO12 - BEM CASADOS FONTE CASAMENTO SEM ERRO
FOTO13 - BEM CASADOS FONTE CASAMENTO SEM ERRO
36
413 Preccedilo de venda
A definiccedilatildeo do preccedilo dos produtos eacute uma das decisotildees mais relevantes da
organizaccedilatildeo que deve levar em conta a forma como a empresa deseja se posicionar
no mercado os custos a concorrecircncia e a rentabilidade almejada
O preccedilo eacute um dos elementos mais versaacuteteis pode ser modificado rapidamente
ao contraacuterio das propriedades dos produtos dos contratos com canais de distribuiccedilatildeo
e ateacute mesmo das promoccedilotildees O Preccedilo tem tambeacutem a tarefa de mostrar ao mercado o
posicionamento de valor desejado pela empresa para o seu produto ou marca
(KOTLER KELLER 2006 p 428)
A consolidaccedilatildeo dos preccedilos dos produtos seraacute elaborada levando em conta os
custos para se obter os produtos com a qualidade requinte e sofisticaccedilatildeo desejada
com a margem de lucro esperada e se baseando nos preccedilos praticados pela
concorrecircncia
414 Previsatildeo de vendas
Para Chiavenato (2007 p 2013)
A previsatildeo de vendas representa a quantidade de produtosserviccedilos que a empresa pretende vender ou colocar no mercado durante um determinado periacuteodo geralmente um mecircs ou um ano dividido em meses Constitui portanto uma estimativa ou uma expectativa de vendas Pode ser feita em unidades fiacutesicas ou em valores monetaacuterios
A produccedilatildeo vai ser em meacutedia de 5600 doces (doces finos gourmet e bem
casados) e 4 bolos procurando atender em meacutedia 4 eventos por semana e ateacute 16
eventos por mecircs sendo que nos meses de setembro a dezembro essa demanda
aumenta pelo motivo de historicamente ter um nuacutemero maior de casamentos
37
415 Definiccedilatildeo de local de venda dos produtos
ldquoA venda eacute a fase fundamental do processo de vendas Consiste na
transferecircncia do produtoserviccedilo para o cliente ou consumidorrdquo (CHIAVENATO 2007
p 210)
As vendas vatildeo ocorrer atraveacutes de site proacuteprio redes sociais telefone e
pessoalmente natildeo teremos loja fiacutesica apenas um ateliecirc para confecccedilatildeo dos bolos e
doces onde vai conter uma sala anexa na qual vai ser oferecido o serviccedilo de
degustaccedilatildeo com horaacuterios marcados para assim o cliente decidir quais os produtos
seratildeo adquiridos para o seu evento e fechamento de contrato
416 Definiccedilatildeo da demanda e da oferta
Na maior parte das encomendas os clientes solicitam os doces finos e
gourmet que contecircm chocolates frutas oleaginosas tais como castanhas nozes
avelatildes amecircndoas frutas como framboesa morango damasco cerejas e os bem
casados Os bolos mais solicitados satildeo os com decoraccedilatildeo de pasta americana que
deve obrigatoriamente ter recheios mais firmes como ganaches fios de ovos
strogonoff de nozes e os naked cake (bolo pelado) que possuem mais opccedilotildees de
recheios com chocolates frutas diversas e cremes de pacirctisserie
Em contato com algumas empresas que fornecem o mesmo tipo de produto
foi possiacutevel verificar que as encomendas devem ser feitas com antecedecircncia miacutenima
de 6 meses sendo que alguns casos somente com um ano de antecedecircncia para
conseguir na data desejada Esse eacute um dos pontos que mostra que tem espaccedilo
suficiente para entrada nesse mercado
38
417 Concorrentes
Chiavenato (2007 p 33) Kotler e Keller (2006 p 340) afirmam que os
concorrentes satildeo as organizaccedilotildees que competem pelos mesmos fornecedores
clientes e consumidores
ldquoAgrave medida que seus produtosserviccedilos tornam-se mais heterogecircneos tanto
mais heterogecircneos e diferenciados seratildeo seus concorrentes e tanto mais complexa
seraacute a competitividaderdquo (CHIAVENATO 2007 p 33)
Em busca na internet foi possiacutevel identificar que atualmente existe em meacutedia
25 concorrentes reais que oferecem exatamente os mesmos produtos que seratildeo
fornecidos com o mesmo padratildeo de qualidade valor agregado requinte e
sofisticaccedilatildeo Tambeacutem foi detectado mais 14 concorrentes potenciais que vendem
produtos similares aos que seratildeo vendidos poreacutem natildeo possuem o mesmo valor
agregado dos que vatildeo ser ofertados Foi possiacutevel identificar que alguns concorrentes
oferecem somente os doces finos dos quais foram identificados mais 3 concorrentes
reais e 3 concorrentes potenciais E foi detectado que existem concorrentes que
fornecem apenas os bolos artiacutesticos dos quais foi identificado 4 concorrentes reais
todos fornecem os bolos com o mesmo niacutevel de qualidade que seratildeo fornecidos
A tabela 3 mostra a divisatildeo dos concorrentes reais e potenciais que fornecem
bolos e doces por bairro de Curitiba
39
TABELA 3 - CONCORRENTES QUE FORNECEM BOLOS E DOCES POR BAIRRO
Bairro Quantidade de Concorrentes Reais
Quantidade de Concorrentes Potenciais
Aacutegua Verde 4 1
Ahuacute 1
Bairro Alto 2 1
Barreirinha 1
Barreirinha 1
Bom Retiro 1
Campo Comprido 1
Campo Comprido 1
Cidade Industrial 1
Colombo 1
Fazenda Rio Grande 1
Hauer 1
Hugo Lange 1
Mercecircs 1
Novo Mundo 2 1
Novo Mundo 1
Portatildeo 1
Portatildeo 1
Santa Cacircndida 1
Santa Felicidade 1 1
Santo Inaacutecio 1 1
Satildeo Joseacute dos Pinhais 1
Seminaacuterio 1
Sitio Cercado 1
Tarumatilde 1
Vila Izabel 1
Natildeo Informado 1 2
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
418 Forma de divulgaccedilatildeo dos concorrentes
Todas as empresas pesquisadas que fornecem produtos similares aos que
vamos fornecer utilizam sites proacuteprios e as redes sociais para fazer divulgaccedilatildeo dos
seus produtos todas fazem degustaccedilatildeo para os clientes conhecerem os seus
produtos e posteriormente fechar um contrato
40
42 TAMANHO DO NEGOacuteCIO
421 Capacidade produtiva
A capacidade produtiva vai ser para atender ateacute 4 eventos por semana A
produccedilatildeo vai ser de ateacute 5600 doces (doces finos gourmet e bem casados) e 4 bolos
atendendo ateacute 4 eventos por final de semana e ateacute 16 eventos por mecircs sendo que
nos meses de setembro a dezembro essa demanda aumenta pelo motivo de
historicamente ter um nuacutemero maior de casamentos
422 Investimento
Um dos pontos mais relevantes para abertura de uma empresa eacute a
determinaccedilatildeo do capital miacutenimo para dar iniacutecio nas atividades e principalmente como
obter este capital ldquoEacute com o capital inicial que a empresa tem condiccedilotildees de reunir os
recursos empresariais necessaacuterios ao seu funcionamento sejam eles recursos
humanos materiais ou financeirosrdquo A determinaccedilatildeo do capital eacute o que estabelece a
quantidade de recursos empresariais que a empresa tem disponiacutevel Indiscutivelmente
quanto maior for o volume de recursos empresariais mais faacutecil se torna o desempenho
da empresa Quando todos os recursos necessaacuterios para seu funcionamento estatildeo agrave
disposiccedilatildeo a administraccedilatildeo do empreendimento fica mais simples (CHIAVENATO
2007 p84)
Cabe acrescentar que (LAPPONI 2007 p 321)
O custo inicial refere-se aos desembolsos realizados para aquisiccedilatildeo de equipamentos ou outros ativos fixos incluindo o pagamento de fretes seguros instalaccedilotildees despesas operacionais iniciais com materiais e matildeo de obra treinamento de pessoal de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo etc resumindo o custo inicial inclui todos os desembolsos necessaacuterios para adquirir os ativos necessaacuterios e que estejam em condiccedilotildees de operar e gerar as receitas estimadas
41
O empreendimento iniciaraacute suas atividades com capital investido com
recursos proacuteprios da empreendedora
As estimativas de investimento inicial para abertura da empresa foi de
R$5162851 conforme tabela 4
TABELA 4 - INVESTIMENTO INICIAL
Descriccedilatildeo Valor (R$)
Maacutequinas e equipamentos Cozinha R$ 3084878
Utensiacutelios R$ 555075
Moacuteveis para escritoacuterio R$ 268982
Equipamentos de informaacutetica e eletrocircnicos R$ 446204
Outros custos escritoacuterio R$ 48912
Uniformes R$ 155800
Pintura Imoacutevel R$ 500000
Porta de Vidro R$ 103000
Total R$ 5162851
FONTE ELABORADO PELO AUTOR (2015)
423 Localizaccedilatildeo
Seraacute locado um imoacutevel para a instalaccedilatildeo da empresa localizado na Rua Heitor
Baggio Vidal 2508 Bairro Alto Curitiba ndash PR com o valor do aluguel mensal de
R$160000 (mil e seiscentos reais) O espaccedilo interno de 95msup2 seraacute dividido em trecircs
partes a primeira com 20msup2 vai ficar a recepccedilatildeo para receber os clientes efetuar
orccedilamentos e as degustaccedilotildees a segunda com 71msup2 a cozinha industrial onde seratildeo
fabricados os bolos e doces finos e a terceira com 4msup2 o lavabo
42
FOTO14 - FOTO DO IMOacuteVEL ONDE SERAacute INSTALADA A EMPRESA FONTE MP IMOacuteVEIS
424 Entregas
As entregas dos bolos e doces finos seratildeo efetuadas por uma empresa
parceira localizada no Bairro Alto o preccedilo das entregas em Curitiba e regiatildeo
metropolitana variam de R$2400 (vinte e quatro reais) a R$6000 (sessenta reais)
dependendo da localizaccedilatildeo tais valores seratildeo cobrados dos clientes
43 CAPITAL DE GIRO
O capital de giro inicial foi estimado levando em conta que no primeiro ano a
empresa vai produzir 8333 da sua capacidade atendendo em meacutedia 13 ventos
mensalmente sendo assim foram considerados os gastos operacionais necessaacuterios
para o iniacutecio das atividades incluindo o custo fixo mensal e o estoque inicial ambos
multiplicados por 2 e acrescidos de um percentual de 10 de margem de seguranccedila
para despesas natildeo previstas
43
TABELA 5 - CAPITAL DE GIRO
Item Valor (R$)
Estoque Inicial 5144000
Custo Fixo Mensal 3194783
Reserva (10) 833878
Total do Capital de Giro Inicial 9172662
FONTE ELABORDO PELO AUTOR
44 FLUXO DE CAIXA
ldquoFluxo de Caixa eacute um Instrumento de gestatildeo financeira que projeta para
periacuteodos futuros todas as entradas e as saiacutedas de recursos financeiros da empresa
indicando como seraacute o saldo de caixa para o periacuteodo projetadordquo (SEBRAE)
Na tabela 6 eacute apresentada a projeccedilatildeo do Fluxo de Caixa da empresa para os
seus primeiros cinco anos onde fica evidenciado que do primeiro ateacute o quinto ano a
sauacutede financeira da empresa melhora gradativamente sendo que no final do quinto
ano o saldo em caixa ultrapassa os 300 se comparado com o saldo em caixa no
final do primeiro ano
Pode-se observar que natildeo foi inserida no fluxo de caixa a opccedilatildeo de
inadimplecircncia pois todos os pagamentos seratildeo efetuados agrave vista em dinheiro ou
cartatildeo sendo que o pagamento total dos produtos deve ser efetuado no miacutenimo 10
dias antes da data do evento
44
TABELA 6 - PROJECcedilAtildeO DE FLUXO DE CAIXA NOS PRIMEIROS CINCO ANOS
Descriccedilatildeo Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5
Investimento Inicial (5162851)
Capital de Giro (9172662) 9172662
Valor Residual 1548855
Total de entradas 000 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873
Previsatildeo Receitas de vendas 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873
Total de Saiacutedas (14335513) (44888699) (54283425) (59479393) (64738409) (70291804)
(-)Fornecedores (25720000) (33641760) (36669518) (39969775) (43567055)
(-)Folha de pagamento (3267192) (3593911) (3953302) (4348633) (4783496)
(-)Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)
(963216) (1011377) (1061946) (1115043) (1170795)
(-)Retiradas soacutecios (2400000) (2640000) (3432000) (3946800) (4341480)
(-)Impostos s vendas (4654291) (5073177) (5573767) (6075406) (6622192)
(-)Alugueacuteis (1920000) (2016000) (2116800) (2222640) (2333772)
(-)Energia eleacutetrica (840000) (882000) (926100) (972405) (1021025)
(-)Aacutegua (300000) (315000) (330750) (347288) (364652)
(-)Telefone (384000) (403200) (423360) (444528) (466754)
(-)Gaacutes (588000) (617400) (648270) (680684) (714718)
(-)Serviccedilos contabilidade (960000) (1008000) (1058400) (1111320) (1166886)
(-)Manutenccedilatildeo (600000) (630000) (661500) (694575) (729304)
(-)Outras despesas com funcionaacuterios
(1296000) (1405800) (1525590) (1656320) (1799030)
(-)Taxas bancaacuterias (96000) (100800) (105840) (111132) (116689)
(-)Outros pagamentos (900000) (945000) (992250) (1041863) (1093956)
Entradas - Saiacutedas (14335513) 12981301 21410535 23027023 25193585 27734070
Depreciaccedilatildeo 000 (631377) (631377) (631377) (631377) (631377)
Saldo Final (14335513) 12349924 20779158 22395647 24562208 37824209
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
A depreciaccedilatildeo foi calculada considerando o prazo de vida uacutetil meacutedio de 10
anos das maacutequinas equipamentos instalaccedilotildees moacuteveis e utensiacutelios e para os
computadores e perifeacutericos foi considerado o prazo de vida uacutetil de 5 anos conforme
demonstrado na tabela 7
TABELA 7 - DEPRECIACcedilAtildeO
Item Valor Inicial Taxa Anual Depreciaccedilatildeo Anual (R$)
Maacutequinas e equipamentos 3084878 10 308488
Instalaccedilotildees 103000 10 10300
Moacuteveis e Utensiacutelios 824057 10 82406
Computadores e Perifeacutericos 446204 20 89241
Outros 704712 20 140942
Total 631377
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
45
O valor residual dos equipamentos e instalaccedilotildees da empresa no final do quinto
ano foi considerado em 30 referente ao valor de aquisiccedilatildeo dos mesmos no iniacutecio do
projeto
45 ANAacuteLISE DOS INDICADORES (VPL TIR E PAYBACK)
451 Valor Presente Liacutequido (VPL)
A tabela 8 mostra que o VPL (Valor Presente Liacutequido) eacute positivo isso significa
que aleacutem de recuperar o investimento inicial ainda vai ser agregado ao valor da
empresa um montante de R$ R$50392407 (quinhentos e trecircs mil novecentos e vinte
quatro reais e sete centavos)
A taxa de retorno requerida de 20 foi determinada levando em conta o niacutevel
de risco do projeto e visando o valor desejado para se obter em cima do valor
investido
TABELA 8 - CALCULO DO VALOR PRESENTE LIacuteQUIDO (VPL)
Anos FC k 2000
0 -$143355 VPL $50392407
1 $123499 VPL $50392407
2 $207792 VPL $50392407
3 $223956 VPL $21761126
4 $245622 VPL $21761126
5 $378242 Decisatildeo Aceitar o Projeto
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
452 Taxa Interna de Retorno (TIR)
Conforme a tabela 9 eacute possiacutevel verificar que a TIR (Taxa Interna de Retorno)
eacute de 11593 maior que a taxa requerida de 20 isso significa que custo inicial seraacute
46
recuperado e o projeto vai criar valor para empresa mais um resultado favoraacutevel para
a aceitaccedilatildeo do projeto
TABELA 9 - TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR)
Anos FC
0 -$143355 TIR 11593
1 $123499 TIR 2168
2 $207792 TIR 2168
3 $223956 Decisatildeo
4 $245622 k 2000
5 $378242 Aceitar o projeto
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
453 Payback
O tempo de recuperaccedilatildeo do custo inicial ocorre normalmente entre o quarto e
o quinto ano se for feita a anaacutelise da tabela 10 eacute possiacutevel verificar que o tempo
necessaacuterio para o retorno do investimento (payback) do projeto eacute de 128 anos este
indicador mostra claramente que o projeto deve ser aceito pois o tempo de retorno
estaacute bem abaixo do tempo meacutedio dos empreendimentos como um todo
TABELA 10 - PAYBACK
k 20
Anos FC SPresente
0 -$143355 -$143355 PBD-SP = 128
1 $123499 -$40439 128
2 $207792 $103861
3 $223956 $233465
4 $245622 $351917
5 $378242 $503924
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
47
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Para iniciar um negoacutecio requer muito mais do que apenas o espiacuterito
empreendedor eacute necessaacuterio ter lideranccedila conhecimento sobre o mercado que deseja
atuar organizaccedilatildeo e principalmente planejamento
O principal objetivo desse estudo foi analisar a viabilidade econocircmico-
financeira da abertura de uma empresa de bolos e doces finos no Bairro Alto em
Curitiba
O objetivo apresentado nesta pesquisa foi atingido pois todos os indicadores
analisados mostram com clareza que empresa obteacutem resultados positivos que criam
valor para a mesma e com isso o projeto eacute viaacutevel economicamente pois do primeiro
ao quinto ano fica visiacutevel o crescimento do empreendimento e a melhora significativa
da sua sauacutede financeira isso fica evidenciado no saldo final em caixa no quinto ano
que chega proacuteximo haacute 400 mil reais Apesar disso eacute crucial o acompanhamento do
mercado para seguir as tendecircncias e se atualizar constantemente para tomar
decisotildees mais assertivas
Um negoacutecio mal avaliado pode arruinar a estabilidade econocircmica do
investidor por isso eacute de extrema importacircncia fazer todos os levantamentos de custos
antes de se aventurar em qualquer empreendimento
Eacute possiacutevel comprovar que a pesquisa realizada contribui positivamente para
abertura da empresa No entanto as informaccedilotildees aqui presentes natildeo satildeo estaacuteticas e
devem ser revisadas periodicamente e se preciso ateacute mesmo ampliadas no decorrer
da implantaccedilatildeo do projeto para que o mesmo seja uma ferramenta eficiente e eficaz
no desenvolvimento da empresa como um todo
48
REFEREcircNCIAS
BRITO Paulo Anaacutelise e viabilidade de projetos de investimento Satildeo Paulo Atlas 2003 DOLABELA Fernando O segredo de Luiacutesa 30 ed Satildeo Paulo Editora de Cultura 2006 DORNELAS Joseacute Carlos Assis Empreendedorismo transformando ideias em negoacutecios 4 ed Rio de Janeiro Campus Elsevier 2012 CENSO Demograacutefico 2010 Resultados gerais da amostra Curitiba IBGE 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=410690ampidtema=87ampsearch=parana|curitiba|censo-demografico-2010-resultados-gerais-da-amostra-gt Acesso em 21 de Junho de 2015 CHIAVENATO Idalberto Empreendedorismo dando asas ao espiacuterito empreendedor empreendedorismo e a viabilidade de novas empresas um guia eficiente para iniciar e tocar seu proacuteprio negoacutecio 2 ed Satildeo Paulo Saraiva 2007 ESTATIacuteSTICAS do registro civil 2012 Curitiba IBGE 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaoregistrocivil2012default_xlsshtmgt Acesso em 21 de Junho de 2015 GIL Antonio Carlos Meacutetodos e teacutecnicas de pesquisa social 6 ed Satildeo Paulo Atlas 2008 KOTLER Philip KELLER Kevin Lane Administraccedilatildeo de Marketing 12 ed Satildeo Paulo ABDR 2006 LAPPONI Juan Carlos Projetos de Investimento na Empresa Rio de Janeiro Elsevier 2007 MACHADO Jesseacute Anderson Pinto Projetos Econocircmicos uma abordagem praacutetica de elaboraccedilatildeo Satildeo Paulo Nobel 2002 MICHEL Maria Helena Metodologia e pesquisa cientiacutefica em ciecircncias sociais 2 ed Satildeo Paulo Atlas 2009 OLIVEIRA Djalma de Pinho Rebouccedilas de Planejamento estrateacutegico conceitos metodologia e praacuteticas 20 ed Satildeo Paulo Atlas 2004 PRODANOV Cleber Cristiano ERNANI Cesar de Freitas Metodologia do trabalho cientiacutefico meacutetodo e teacutecnicas da pesquisa e do trabalho acadecircmico 2 ed Novo Hamburgo Freevale 2013
49
REBELATTO Dayse Projeto de Investimento 1 ed Barueri Manole 2004 SEBRAE Pesquisa de Mercado o que eacute e para que serve Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrsitesPortalSebraeartigosPesquisa-de-mercado-o-que-C3A9-e-para-que-servegt Acesso em 21 de Junho de 2015 SEBRAE Fluxo de caixa Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrSebraePortal20SebraeAnexos0_fluxo-de-caixapdfgt Acesso em 10 de Outubro de 2015 WILDAUER Egon Walter Plano de negoacutecios elementos construtivos e processos de elaboraccedilatildeo 2 ed Curitiba Ibpex 2011 WOILER Samsatildeo MATHIAS Washington Franco Projetos planejamento elaboraccedilatildeo anaacutelise 1 ed Satildeo Paulo Atlas 1994
50
APEcircNDICES
APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL 51
APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS 52
APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL 52
51
APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL
Item Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5
Aacutegua 25000 26250 27563 28941 30388
Aluguel 160000 168000 176400 185220 194481
Assessoria Contaacutebil 80000 84000 88200 92610 97241
Gaacutes 49000 51450 54023 56724 59560
Impostos 387858 422765 464481 506284 551849
Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)
80268 84281 88495 92920 97566
Energia eleacutetrica 70000 73500 77175 81034 85085
Manutenccedilatildeo 50000 52500 55125 57881 60775
Material de escritoacuterio 20000 21000 22050 23153 24310
Material de Limpeza 40000 42000 44100 46305 48620
Folha de pagamento 272266 299493 329442 362386 398625
Seguros 15000 15750 16538 17364 18233
Telefone fixointernet 20000 21000 22050 23153 24310
Telefone Moacutevel 12000 12600 13230 13892 14586
Vale Refeiccedilatildeo 75000 82500 90750 99825 109808
Vale Transporte 33000 34650 36383 38202 40112
Proacute- labore 200000 220000 286000 328900 361790
Taxas Bancaacuterias 8000 8400 8820 9261 9724
Total R$ 1597392 R$ 1720139 R$ 1900823 R$ 2064053 R$ 2227062
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
52
APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS
Item
Produccedilatildeo mensal meacutedia
Custo unitaacuterio total
Sugestatildeo Preccedilo de venda
Custo Mensal Total
Receita de vendas
Bolos artiacutesticos (recheios diversos) 150 6000 13500 900000 2025000
Bolos de copa (recheios diversos) 30 3600 8100 108000 243000
Naked cake (recheios diversos) 60 4200 9450 252000 567000
Doces Tradicionais 32 3500 7875 112000 252000
Doces Espelhados 32 5000 11250 160000 360000
Doces Finos 32 7500 16875 240000 540000
Brigadeiros gourmet 16 4500 10125 72000 162000
Tacinhas acriacutelicas 16 5500 12375 88000 198000
Trufas 32 5000 11250 160000 360000
Bombons 32 5000 11250 160000 360000
Bem casados 3200 100 225 320000 720000
Custo produccedilatildeo Total 2572000
Receita Total 5787000
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL
Ano Receita Bruta Variaccedilatildeo anual
Ano 1 000
Ano 2 69444000 9
Ano 3 75693960 9
Ano 4 82506416 9
Ano 5 89931994 9
Valor considerando a inflaccedilatildeo de 9 aa
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
10
412 Produtos que seratildeo vendidos 31
413 Preccedilo de venda 36
414 Previsatildeo de vendas 36
415 Definiccedilatildeo de local de venda dos produtos 37
416 Definiccedilatildeo da demanda e da oferta 37
417 Concorrentes 38
418 Forma de divulgaccedilatildeo dos concorrentes 39
42 TAMANHO DO NEGOacuteCIO 40
421 Capacidade produtiva 40
422 Investimento 40
423 Localizaccedilatildeo 41
424 Entregas 42
43 CAPITAL DE GIRO 42
44 FLUXO DE CAIXA 43
45 ANAacuteLISE DOS INDICADORES (VPL TIR E PAYBACK) 45
451 Valor Presente Liacutequido (VPL) 45
452 Taxa Interna de Retorno (TIR) 45
453 Payback 46
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 47
REFEREcircNCIAS BIBLIOGRAacuteFICAS 48
APEcircNDICES 50
11
1 INTRODUCcedilAtildeO
Quando surge uma ideia e eacute possiacutevel identificar nela uma oportunidade eacute o
iniacutecio para a criaccedilatildeo de um negoacutecio
Qualquer empreendimento para ter ecircxito seja ele industrial comercial ou de
serviccedilos depende de inuacutemeras decisotildees que o empreendedor precisa tomar antes de
iniciaacute-lo Uma das decisotildees fundamentais eacute analisar o empreendimento
economicamente para verificar se o projeto vai ser viaacutevel e lucrativo ou natildeo poreacutem
antes das decisotildees surgem agraves duacutevidas e incertezas como qual o ponto de partida
Qual deve ser o capital investido inicialmente Quais produtos seratildeo fabricados
Onde seratildeo vendidos
Para abertura de uma empresa de bolos e doces finos em Curitiba os
questionamentos satildeo os mesmos e para conseguir as respostas para todos esses
questionamentos que andam lado a lado com todos os empreendedores quando
surge a ideia de um novo negoacutecio eacute essencial a construccedilatildeo de um plano de negoacutecios
e principalmente efetuar uma anaacutelise de viabilidade econocircmico-financeira bem
estruturada que traga informaccedilotildees fundamentais para tomar decisotildees mais assertivas
No decorrer desta pesquisa foi possiacutevel responder haacute cada um destes
questionamentos por meio da anaacutelise de mercado definiccedilatildeo do tamanho do negoacutecio
fluxo de caixa e a anaacutelise dos indicadores que estatildeo dispostos no capiacutetulo 4 deste
estudo
Dornelas (2012 p 93) afirma que ldquoum negoacutecio bem planejado teraacute mais
chances de sucesso do que aquele sem planejamento na mesma igualdade de
condiccedilotildeesrdquo
Diante deste contexto a proposta deste projeto eacute analisar a viabilidade
econocircmico-financeira da abertura de uma empresa de bolos e doces finos localizada
no Bairro Alto em Curitiba
12
11 PROBLEMA
Qual a viabilidade econocircmico-financeira da abertura de uma empresa de
bolos e doces finos em Curitiba
12 OBJETIVO GERAL
Investigar qual a viabilidade da implantaccedilatildeo de uma empresa de bolos e
doces finos em Curitiba
13 OBJETIVOS ESPECIacuteFICOS
Elaborar uma anaacutelise do mercado de bolos e doces finos em Curitiba
Definir quais os produtos seratildeo vendidos
Definir a capacidade produtiva
Analisar a viabilidade econocircmico-financeira do negoacutecio
13
2 REFERENCIAL TEOacuteRICO
21 EMPREENDEDORISMO
Um projeto empreendedor se torna possiacutevel apenas se o dono da ideia estiver
disposto a assumir todas as responsabilidades e exigecircncias de abrir um negoacutecio que
sem duacutevida passaraacute a ser seu projeto de vida
Para Dolabela (2006 sn)
Se considerarmos que as empresas quase sempre comeccedilam pequenas isso chega a ser um paradoxo Principalmente porque no mundo de hoje as pequenas empresas constituem a principal fonte de empregos e satildeo responsaacuteveis em muitos paiacuteses por mais de 50 do produto interno bruto (PIB) e pelo maior volume de exportaccedilotildees aleacutem de serem as maiores geradoras de inovaccedilotildees tecnoloacutegicas desde a Segunda Guerra Mundial
Eacute possiacutevel definir empreendedorismo comordquo a capacidade que uma pessoa
possui de formular uma ideia sobre determinado produto ou serviccedilo em um mercado
seja essa ideia nova ou natildeordquo (WILDAUER 2011 p25)
Cabe acrescentar que o empreendedorismo natildeo se refere apenas a pequenos
negoacutecios e empreendimentos novos ldquoNatildeo aborda apenas a criaccedilatildeo de novos
produtos ou serviccedilos mas sim inovaccedilotildees em todos os acircmbitos do negoacuteciordquo
(CHIAVENATO 2007 p261)
Segundo Dolabela (2006 sn) se analisarmos a natureza do
empreendedorismo eacute possiacutevel observar que
A Todas as pessoas nascem empreendedoras Os humanos satildeo
empreendedores
B Empreendedorismo natildeo eacute um assunto atual existe desde a primeira
accedilatildeo inovadora com a finalidade de aperfeiccediloar as relaccedilotildees entre os homens
C Natildeo eacute apenas um fato econocircmico mas tambeacutem social
D O empreendedor estaacute em qualquer lugar natildeo apenas nas pessoas que
abrem seu proacuteprio negoacutecio
E O empreendedorismo eacute uma demonstraccedilatildeo da liberdade humana
14
F Natildeo eacute um acontecimento pessoal e nem uma habilidade que poucas
pessoas possuem eacute algo puacuteblico
G Natildeo existe a possibilidade de fazer transferecircncia de conhecimentos
empreendedores ndash ldquoao contraacuterio do que acontece por exemplo em uma aula
de geografia porque o empreendedorismo natildeo eacute um conteuacutedo cognitivo
convencionalrdquo Nesse entendimento natildeo existe a possibilidade de ensinar
mas eacute possiacutevel aprender a ser empreendedor por meio de um sistema de
ensino bem diferente do tradicional
H Eacute um assunto global e natildeo caracteriacutestico ou complementar E deve ser
apresentado na educaccedilatildeo baacutesica
I O princiacutepio do empreendedorismo e a cidadania O que por sua vez ldquoVisa
agrave construccedilatildeo do bem-estar coletivo do espiacuterito comunitaacuterio da cooperaccedilatildeo
Antes de ser aluno o estudante deve ser considerado um cidadatildeordquo
J Natildeo existe a possibilidade de definir se uma pessoa vai ter sucesso
como empreendedor
Vale enfatizar que o empreendedorismo eacute a envoltura de pessoas e
processos que juntas transformam ideias em oportunidades E a correta efetivaccedilatildeo
destas oportunidades ocasiona a criaccedilatildeo de um negoacutecio bem sucedido (DORNELAS
2012 p 28)
Chiavenato (2007 p 22) e Dornelas (2012 p29) defendem a ideia de que
1 O empreendedorismo abrange todo o processo para criar algo novo que
possua valor e seja valorizado pelo mercado
2 Que o empreendedorismo requer doaccedilatildeo disponibilidade de tempo e
vigor para tornar o novo empreendimento em um negoacutecio de sucesso
3 O empreendedorismo demanda coragem aceitaccedilatildeo de riscos
calculados e decisotildees analiacuteticas e ter flexibilidade com os obstaacuteculos falhas
e fracassos
Eacute possiacutevel concluir que o empreendedorismo eacute um fato cultural isto eacute
consequecircncia de haacutebitos accedilotildees e valores pessoais ldquoExistem famiacutelias (assim como
cidades regiotildees e paiacuteses) mais empreendedoras do que outrasrdquo A pessoa
desenvolve o empreendedorismo no conviacutevio com outros empreendedores num local
onde a possibilidade de ter o proacuteprio negoacutecio eacute visto como algo muito bom
(DOLABELA 2006 sn)
15
Diante disso natildeo eacute possiacutevel falar de empreendedorismo sem mencionar os
empreendedores pois satildeo as atitudes de pessoas que inovam assumem todos os
riscos que proporcionam o crescimento e desenvolvimento da sociedade como um
todo
211 Caracteriacutesticas e perfil do empreendedor
Ser empreendedor eacute acima de tudo ter a capacidade e a necessidade de
realizar coisas novas
O empreendedor ldquoeacute um ser social produto do meio em que vive (eacutepoca e
lugar)rdquo E se a pessoa convive em um meio onde ser empreendedor eacute considerado
algo bom teraacute motivos para abrir seu proacuteprio negoacutecio (DOLABELA 2006 sn)
O empreendedor parte da percepccedilatildeo subjetiva para percepccedilatildeo praacutetica na
qual mostram elementos que podem ser debatidos Esses elementos satildeo os mais
variaacuteveis possiacuteveis que foram originados de perguntas contestaccedilotildees e respostas
localizadas pelo empreendedor ldquoo qual natildeo precisa ser algueacutem com uma formaccedilatildeo
superior com diploma de faculdade ou algueacutem que conte com cursos teacutecnicos ou
praacuteticosrdquo (mesmo esses sendo atributos que auxilie na agilidade de formular
questionamentos e encontrar as soluccedilotildees para os mesmos) (WILDAUER 2011 p
25)
Para Dornelas (2012 p 29) empreendedor eacute a pessoa que percebe uma
oportunidade e arquiteta um negoacutecio para captar recursos calculando todos os riscos
que vai correr Em todas as definiccedilotildees de empreendedorismo nos deparamos com no
miacutenimo as seguintes particularidades em relaccedilatildeo ao empreendedor
1 Possui a atitude de criar um novo negoacutecio e amar aquilo que faz
2 Usa o capital que possui de maneira produtiva mudando o local social e
econocircmico onde estaacute inserido
3 Assume os riscos calculados e a chance do negoacutecio natildeo dar certo
Nessa mesma perspectiva Chiavenato (2007 p7) afirma que o empreendedor
eacute a pessoa que tem a capacidade de fazer as coisas acontecerem eacute favorecido pela
sua percepccedilatildeo para os negoacutecios prudecircncia na aacuterea financeira e a habilidade de
16
perceber as oportunidades Com esse conjunto de competecircncias tem a capacidade
de transformar ideias em negoacutecios O empreendedor possui uma boa imaginaccedilatildeo e eacute
persistente qualidades que combinadas de maneira correta o capacitam para
converter ideias simples em projetos objetivos e bem sucedidos
Para Wildauer (2011 p 26)
Podemos entatildeo enumerar muitas caracteriacutesticas do empreendedor sendo as principais a atitude de saber ouvir de estar atento de saber interpretar e analisar as informaccedilotildees do mercador de ter condiccedilotildees de elaborar um planejamento de suas accedilotildees futuras de traccedilar objetivos e todo um roteiro teoacuterico-praacutetico para poder atingi-lo Sem essas premissas baacutesicas o empreendedor natildeo teraacute sucesso na formulaccedilatildeo do plano de negoacutecios muito menos na sustentaccedilatildeo de seu negoacutecio
Chiavenato (2007 p 4) acredita que ldquoos empreendedores satildeo heroacuteis
populares do mundo dos negoacuteciosrdquo Que geram empregos propagam inovaccedilotildees e
estimulam o crescimento da economia Satildeo muito mais do que somente fornecedores
de produtos e serviccedilos satildeo pessoas que assumem os riscos das oscilaccedilotildees
econocircmicas
Cabe acrescentar que o empreendedor revolucionaacuterio eacute aquele que inventa
novos mercados isto eacute a pessoa cria algo exclusivo como foi o caso do Bill Gattes
fundador da Microsoft que transformou o mundo com o sistema operacional Windows
Contudo grande parte dos empreendedores cria negoacutecios em mercados jaacute existentes
e mesmo assim criam negoacutecios de sucesso (DORNELAS 2012 p30)
Wildauer (2011 p26) conclui que ldquoo empreendedor necessita de uma estrutura
de pensamento sistecircmico e visionaacuterio com base no qual estabeleceraacute metas e
desenharaacute trajetoacuterias para alcanccedilaacute-lasrdquo
22 PLANO DE NEGOacuteCIOS
Para iniciar um empreendimento eacute fundamental fazer um plano de negoacutecios
com ele eacute possiacutevel verificar a viabilidade ou natildeo do empreendimento e definir onde
estamos para onde vamos e mostrar com mais clareza as oportunidades de negoacutecio
17
Do ponto de vista de Dornelas (2012 p 93) ldquoum negoacutecio bem planejado teraacute
mais chances de sucesso do que aquele sem planejamento na mesma igualdade de
condiccedilotildeesrdquo
Nessa mesma perspectiva Dolabela (2006 sn) afirma que vaacuterios
empreendedores bem sucedidos abriram seus empreendimentos sem compreender
pontualmente o que eacute um plano de negoacutecios Poreacutem muitos outros natildeo tiveram o
mesmo fim e o que conseguiram foram negoacutecios fracassados por conta de falhas que
poderiam ter sido evitadas Uma grande quantidade de negoacutecios que possuem um
alto potencial acabam se tornando impraticaacuteveis por conta da incapacidade dos
empreendedores Ainda assim muitas pessoas abrem e vatildeo continuar abrindo
negoacutecios capacitadas ou natildeo para isso
Wildauer (2011 p 39) define plano de negoacutecios como ldquoum documento em
forma de texto no qual eacute apresentada uma proposta de negoacutecio para um mercadordquo
Esse documento deve mostrar com clareza o ponto de vista do empreendedor sobre
o sucesso do seu produto ou serviccedilo no mercado atual
Chiavenato (2007 p132) acredita que
O plano de negoacutecio mdash business planmdash descreve a ideia de um novo empreendimento e projeta os aspectos mercadoloacutegicos operacionais e financeiros dos negoacutecios propostos geralmente para os proacuteximos trecircs ou cinco anos Seu preparo permite a anaacutelise da proposta e ajuda o futuro empreendedor a evitar uma trajetoacuteria decadente que o levaraacute do entusiasmo agrave desilusatildeo e ao fracasso
Eacute possiacutevel sintetizar o plano de negoacutecios como um documento em que o
empreendedor mostra de maneira formal e concreta o negoacutecio que quer idealizar e
expor para seus parceiros soacutecios e investidores apresentando a visatildeo a missatildeo e os
seus propoacutesitos assim como o ldquoplano operacional o plano de marketing o plano de
financeiro e o plano juriacutedicordquo desta forma facilitando a assimilaccedilatildeo e aceitaccedilatildeo do
negoacutecio pelas pessoas interessadas (WILDAUER 2011 p39)
Conforme mencionado por Chiavenato (2007 p 134) o plano de negoacutecios
mobiliza o novo empreendimento na sua totalidade Ele demonstra o levantamento
cansativo dos elementos que fazem parte do negoacutecio ldquosejam internos mdash o que deveraacute
ser produzido como onde quanto mdash sejam externos mdash para quem produzir qual eacute
o mercado quais satildeo os concorrentes etcrdquo
18
Com isso Wildauer (2011 p 45) conclui que ldquoo plano de negoacutecios eacute como um
guia uacutetil para a obtenccedilatildeo de conhecimentos para a concepccedilatildeo de um
empreendimentordquo
221 Estrutura do plano de negoacutecios
O plano de negoacutecios mobiliza todas as informaccedilotildees necessaacuterias para abrir um
negoacutecio por meio dele eacute possiacutevel detectar onde estou e para onde desejo ir dentro do
mercado
Conforme identificado por Dornelas (2012 p 101) ldquonatildeo existe uma estrutura
riacutegida e especiacutefica para se escrever um plano de negoacuteciosrdquo dado que cada negoacutecio
possui suas singularidades e equivalecircncias sendo improvaacutevel delimitar um modelo-
padratildeo de plano de negoacutecios que seja absoluto e adequado para todos os negoacutecios
Todos os planos de negoacutecios devem conter um miacutenimo de seccedilotildees que vatildeo possibilitar
uma compreensatildeo do negoacutecio como um todo Tais seccedilotildees satildeo alinhadas de maneira
que mantenham uma sequecircncia loacutegica que possibilite qualquer pessoa ler o plano e
compreender como a empresa eacute estruturada seus objetivos seus produtos seus
serviccedilos qual seu mercado seu plano financeiro e de marketing
A seguir encontra-se uma breve descriccedilatildeo de cada uma das seccedilotildees do Plano
de Negoacutecios
2211 Capa
Eacute um dos componentes fundamentais do plano de negoacutecios pois eacute a primeira
parte que eacute vista pela pessoa que vai ler deve ser desenvolvida de forma clara e com
os dados adequados (DORNELAS 2012 p 101)
19
2212 Sumaacuterio
O sumaacuterio deve incluir ldquoo tiacutetulo de cada seccedilatildeo do plano de negoacutecios e a paacutegina
respectiva onde se encontra bem como os principais assuntos relacionados em cada
seccedilatildeordquo Isso faz com que fique mais faacutecil o leitor do plano de negoacutecios identificar com
mais agilidade o que lhe interessar (DORNELAS 2012 p 101-102)
2213 Sumaacuterio executivo
O Sumaacuterio Executivo eacute a parte mais importante do plano de negoacutecios ele iraacute
definir se o leitor vai prosseguir ou natildeo com a leitura do plano de negoacutecios Dessa
forma deve ser redigido com bastante concentraccedilatildeo e revisado inuacutemeras vezes e
tambeacutem englobar as informaccedilotildees mais relevantes do plano de negoacutecios Deve ser
direcionado ao puacuteblico-alvo do plano de negoacutecios e deixar claro qual o objetivo do
mesmo em relaccedilatildeo agraves pessoas que estatildeo o lendo ldquoO Sumaacuterio Executivo deve ser a
uacuteltima seccedilatildeo a ser escrita pois depende de todas as outras seccedilotildees do plano para ser
elaboradardquo (DORNELAS 2012 p 102)
2214 Anaacutelise estrateacutegica
Nesta seccedilatildeo eacute determinada a direccedilatildeo que a empresa vai seguir ldquosua visatildeo e
missatildeo sua situaccedilatildeo atual as potencialidades e ameaccedilas externas suas forccedilas e
fraquezas seus objetivos e metas de negoacuteciordquo Essa parte eacute o alicerce para o
crescimento e o estabelecimento das outras accedilotildees redigidas no plano (DORNELAS
2012 p 102)
20
2215 Descriccedilatildeo da empresa
Eacute nessa seccedilatildeo que deve ser feita a descriccedilatildeo da empresa ldquoseu histoacuterico
crescimento faturamento dos uacuteltimos anos sua razatildeo social impostos estrutura
organizacional e legal localizaccedilatildeo parcerias serviccedilos terceirizados etcrdquo
(DORNELAS 2012 p 102)
2216 Produtos e serviccedilos
Nessa seccedilatildeo do plano de negoacutecios devem ser descritos os produtos e serviccedilos
da empresa a maneira que satildeo produzidos o capital disposto seu ciclo de vida os
elementos tecnoloacutegicos envolvidos pesquisa e desenvolvimento os seus clientes
marcas e patentes etc
Nessa seccedilatildeo pode ser incluiacuteda quando estaacute informaccedilatildeo encontra-se disponiacutevel uma visatildeo do niacutevel de satisfaccedilatildeo dos clientes com os produtos e serviccedilos da empresa Esse feedback eacute bastante importante porque costuma oferecer natildeo apenas uma visatildeo do niacutevel de qualidade percebida nos produtos e serviccedilos mas tambeacutem guiar futuros investimentos da empresa em novos desenvolvimentos e processos de produccedilatildeo (DORNELAS 2012 p 102-103)
2217 Plano operacional
Nesta seccedilatildeo devem ser expostas as accedilotildees que a empresa pretende ter na
sua estrateacutegia produtiva e no processo de produccedilatildeo apontando os resultados que
essas accedilotildees teratildeo sobre os criteacuterios de avaliaccedilatildeo dos produtos Deve incluir dados
operacionais atualizados e presumidos como ldquolead time do produto ou serviccedilo
percentual de entregas a tempo rotatividade do inventaacuterio iacutendice de refugo lead time
de desenvolvimento de produto ou serviccedilo etcrdquo (DORNELAS 2012 p 103)
21
2218 Plano de recursos humanos
Devem ser exibidas as propostas de desenvolvimento e treinamento de
pessoal da empresa Esses dados estatildeo pontualmente associados com a
competecircncia da empresa de crescer ldquoespecialmente quando esta atua em um
mercado onde a detenccedilatildeo de tecnologia eacute considerada um fator estrateacutegico de
competitividaderdquo (DORNELAS 2012 p 103)
2219 Anaacutelise de mercado
Nesta seccedilatildeo o responsaacutevel pelo plano de negoacutecios deve deixar claro que os
executivos da empresa entendem perfeitamente o mercado consumidor do seu
produto ou serviccedilo (atraveacutes de pesquisa de mercado) como estaacute segmentado
crescimento do mercado atributos do consumidor anaacutelise da concorrecircncia qual a sua
fatia de mercado e dos concorrentes etc (DORNELAS 2012 p 103)
22110 Estrateacutegia de marketing
Deve ser apresentado o objetivo da empresa para vender seu produtoserviccedilo
e consolidar seus clientes e ampliar sua demanda Deve ser informada sua estrateacutegia
de venda especificidades do produtoserviccedilo preccedilos puacuteblico-alvo canais de
distribuiccedilatildeo projeccedilatildeo das vendas (DORNELAS 2012 p 103)
22
22111 Plano financeiro
Na seccedilatildeo financeira deve mostrar em nuacutemeros todas as accedilotildees planejadas
para a empresa e suas evidecircncias por meio de projeccedilotildees futuras para um negoacutecio
bem sucedido
Deve conter demonstrativo de fluxo de caixa com horizonte de pelo menos trecircs anos balanccedilo patrimonial anaacutelise do ponto de equiliacutebrio necessidades de investimento demonstrativos de resultados anaacutelise de indicadores financeiros do negoacutecio como faturamento previsto margem prevista prazo de retorno sobre o investimento inicial (payback) taxa interna de retorno (TIR) etc (DORNELAS 2012 p 103-104)
22112 Anexos
Nesta seccedilatildeo deve incluir todos os dados considerados importantes para
melhor compreensatildeo do plano de negoacutecios O que natildeo pode ser deixado de anexar eacute
o curriculum vitae dos soacutecios da empresa (DORNELAS 2012 p 104)
23 VIABILIDADE ECONOcircMICO-FINANCEIRA
Analisar o empreendimento economicamente para verificar se o projeto eacute
viaacutevel e lucrativo ou natildeo eacute uma das decisotildees fundamentais de qualquer
empreendedor
A anaacutelise de investimento eacute um mecanismo aacutegil praacutetico e seguro que ajuda
profissionais de inuacutemeras aacutereas no processo de anaacutelise de tomada de decisotildees
financeiras (REBELATTO p 141)
Lapponi (2007 p 123) afirma que
O objetivo da decisatildeo de investimento ou do orccedilamento de capital eacute maximizar o valor da empresa A decisatildeo de alocaccedilatildeo do capital em projeto de investimento eacute fundamental para o sucesso pois os recursos da empresa
23
satildeo comprometidos por longo tempo na direccedilatildeo de seu futuro desejado e isso envolve um grande esforccedilo de tempo e de gerenciamento Cada projeto aprovado eacute um desembolso realizado pela empresa coma expectativa de obter benefiacutecios futuros quantificados pela geraccedilatildeo de um fluxo de retornos adequados em geral por um prazo maior do que um ano
A carecircncia de recursos financeiros diante das muitas necessidades faz com
que seja crucial aperfeiccediloar sua utilizaccedilatildeo A anaacutelise antecipada de investimento
possibilita que se racionalize a forma como os recursos de capital satildeo utilizados
(REBELATTO 2004 p 141)
Para analisar a viabilidade de um projeto economicamente eacute necessaacuterio reunir
uma seacuterie de informaccedilotildees e de dados que precisam ser organizados para atingir seu
objetivo final que eacute o de facilitar a tomada de decisatildeo Vale salientar que o projeto
deve ser um documento que tenha a capacidade de mostrar de uma maneira loacutegica a
visatildeo estrateacutegica do negoacutecio (MACHADO 2002 p 144)
231 Fluxo de caixa
O fluxo de caixa eacute o melhor guia para uma administraccedilatildeo financeira eficiente
de qualquer negoacutecio
O fluxo de caixa eacute a reproduccedilatildeo graacutefica de uma movimentaccedilatildeo financeira ldquoAs
movimentaccedilotildees monetaacuterias satildeo identificadas temporalmente por meio de um conjunto
de entradas e saiacutedas de caixa definido como diagrama de fluxo de caixardquo Essa
representaccedilatildeo proporciona a visualizaccedilatildeo em diferentes momentos com o que estaacute
ocorrendo com o capital (REBELATTO 2004 p 150)
ldquoA identificaccedilatildeo e a quantificaccedilatildeo das estimativas relevantes do projeto satildeo o
iniacutecio da construccedilatildeo do fluxo de caixa do projeto para empresa em funcionamentordquo
(LAPPONI 2007 p 347)
O fluxo de caixa eacute um composto de entradas e saiacutedas de valores monetaacuterios
(dinheiro) no decorrer de um determinado periacuteodo Bem como evidenciar uma opccedilatildeo
possiacutevel de transaccedilotildees financeiras ou seja pagamentos agrave vista pagamentos a prazo
tiacutetulos originais etc (REBELATTO 2004 p 151)
24
232 Valor Presente Liacutequido (VPL)
ldquoO Valor presente liacutequido (VPL) ou valor atual liacutequido (VAL) eacute o valor atual das
entradas de caixa (retornos de capital esperados) incluindo o valor residual (se
houver) menos o valor atual das saiacutedas de caixardquo (REBELATTO 2004 p 214)
A foacutermula para chegar ao VPL eacute (LAPPONI 2007 p 125)
119881119875119871 = minus119868 +119865119862
(1 + 119870)119899
Onde
I= custo inicial ou desembolso inicial
FC= fluxo de caixa
K= taxa requerida
n= prazo de anaacutelise
Rebelatto (2004 p214) afirma que os paracircmetros para que o projeto seja
aceito se refere ao valor presente liacutequido (VPL)
VPLgt0 o projeto eacute aceito
VPLlt0 o projeto eacute rejeitado
VPL=0 o projeto pode ser aceito ou natildeo pois natildeo cria e nem destroacutei
valor para empresa
Para Lapponi (2007 p 134-135) as principais vantagens do VPL satildeo
Considera o fluxo de caixa do projeto na sua totalidade
Considera o valor monetaacuterio (dinheiro) no tempo
Tem a capacidade de medir o valor criado ou destruiacutedo pelo projeto
Pode ser utilizado na avaliaccedilatildeo do projeto independentemente do tipo de
fluxo de caixa utilizado
Seleciona o projeto mais viaacutevel economicamente
25
233 Taxa Interna de Retorno (TIR)
ldquoTaxa Interna de Retorno (TIR) eacute a taxa de desconto que torna o valor atual
liacutequido (VAL) do investimento igual a zero Tambeacutem eacute chamada de taxa interna efetiva
de rentabilidaderdquo (REBELATTO 2004 p 217)
No projeto do tipo simples com o aumento da taxa requerida o VPL do projeto tende ao valor do custo inicial pois o VPL eacute uma funccedilatildeo decrescente da taxa requerida Portanto a decisatildeo com o meacutetodo TIR somente deve ser feita em projetos simples que garantem a existecircncia de uma uacutenica TIRgt -100 Nos outros tipos de fluxo de caixa em geral o meacutetodo da TIR natildeo deve ser utilizado pois haacute a possibilidade de muacuteltiplas TIRs Sendo a TIR a taxa de juro que zera o VPL do projeto simples para qualquer taxa requerida K menor que a TIR o VPL seraacute positivo e para qualquer taxa requerida K maior que a TIR o VPL seraacute negativo (LAPPONI 2007 p 175-176)
Rebelatto (2004 p 217) complementa afirmando que a TIR eacute um meacutetodo
aprimorado de anaacutelise de investimento sendo possivelmente uma das mais usadas
para avaliar projetos econocircmicos A TIR deve ser comparada com a taxa miacutenima de
atratividade (TMA) para analisar se o projeto seraacute aceito ou natildeo
Sendo assim Lapponi (2007 p 176) considera que
Se TIR gt TMA o projeto deve ser aceito pois eacute economicamente viaacutevel
Se TIR lt TMA o projeto deve ser recusado pois eacute economicamente
inviaacutevel
Se TIR = TMA eacute indiferente investir no projeto pois o mesmo natildeo criaraacute
e nem destruiraacute valor da empresa
ldquoA grande vantagem da TIR como indicador de decisatildeo eacute que prescinde de
informaccedilotildees externas ao projeto Tudo que o analista necessita eacute conhecer o perfil do
projeto e alguma ideia de magnitude da taxa de jurosrdquo (MACHADO 2002 p 127)
26
234 Periacuteodo de retorno de investimento (Payback)
ldquoO payback eacute o periacuteodo de tempo em que ocorre o retorno do investimento
Calculado no fluxo de caixa de vida uacutetil de dez anos o payback apresenta-se de vaacuterias
maneiras para cada tipo de empresardquo (BRITO 2003 p 51)
Uma empresa pode nomear o payback como um dos paracircmetros para escolha
de um projeto a fim de minimizar seus riscos Mesmo sendo esse um meacutetodo faacutecil e
simples na praacutetica eacute um dos mais utilizados para efetuar a mediccedilatildeo econocircmica de um
projeto (REBELATTO 2004 p 230)
Segundo Rebelatto (2004 p 231) a foacutermula baacutesica que demonstra o caacutelculo
do payback em fluxos de caixas regulares eacute
PB =I0
FC
Onde
PB= Payback
I0= Investimento inicial
FC= Fluxo de caixa regular
Para executar o meacutetodo payback eacute crucial estabelecer o tempo maacuteximo de
toleracircncia TMT para resgatar o custo inicial ldquoPara decidir se o projeto deve ser aceito
o payback deve ser comparado com o valor de referecircncia TMT de forma querdquo
(LAPPONI 2007 p 245)
Se PB lt TMT o projeto deve ser aceito
Se PB gt TMT o projeto deve ser recusado
A principal vantagem para utilizaccedilatildeo do meacutetodo payback eacute que ele reflete a
liquidez do projeto e por consequecircncia eacute possiacutevel efetuar a avaliaccedilatildeo do risco de natildeo
recuperar o investimento (REBELATTO 2004 p 230)
27
3 METODOLOGIA
Este capiacutetulo tem por objetivo descrever os procedimentos e teacutecnicas
utilizados na pesquisa considerando o problema e aos objetivos gerais e especiacuteficos
Para a execuccedilatildeo da revisatildeo bibliograacutefica realizada neste estudo foi utilizado
livros de especialistas na aacuterea os principais temas abordados foram o
empreendedorismo que eacute um assunto chave quando surge uma ideia para um novo
negoacutecio plano de negoacutecios que eacute um elemento fundamental para o sucesso ou
fracasso de um empreendimento e a viabilidade econocircmico-financeira tema
fundamental visto que o objetivo geral da pesquisa eacute mensurar se a mesma eacute viaacutevel
ou natildeo economicamente
Foi elaborada uma anaacutelise de mercado que estaacute disponiacutevel no item 41 deste
estudo atraveacutes da mesma foi identificado que os principais clientes satildeo das classes
A e B de Curitiba regiatildeo metropolitana no item 42 foi efetuado um levantamento do
tamanho do negoacutecio onde foi definida a capacidade produtiva o investimento inicial e
a localizaccedilatildeo do empreendimento no item 44foi elaborado o fluxo de caixa que
demonstra as previsotildees financeiras do periacuteodo de 5 anos o meacutetodo utilizado para
elaborar a pesquisa foi um estudo de caso de natureza exploratoacuteria quantitativa e
anaacutelise documental
O estudo de caso eacute evidenciado por um estudo minucioso e cansativo de um
ou poucos objetivos desta forma propicia um vasto e detalhado conhecimento sobre
o assunto uma missatildeo praticamente impossiacutevel mediante as outras maneiras de
delineamentos consideradas (GIL 2008 p 57-58)
Prodanov e Freitas (2013 p60) afirmam que o estudo de caso consiste em
recolher e analisar dados sobre determinado indiviacuteduo famiacutelia grupo ou comunidade
com a finalidade de estudar diferentes aspectos das suas vidas conforme o assunto
da pesquisa
Jaacute as pesquisas exploratoacuterias satildeo definidas por Gil (2008 p 27) como as que
Tecircm como principal finalidade desenvolver esclarecer e modificar conceitos e ideias tendo em vista a formulaccedilatildeo de problemas mais precisos ou hipoacuteteses pesquisaacuteveis para estudos posteriores De todos os tipos de pesquisa estas satildeo as que apresentam menor rigidez no planejamento Habitualmente envolvem levantamento bibliograacutefico e documental entrevistas natildeo padronizadas e estudos de caso
28
A pesquisa quantitativa ldquoconsidera que tudo pode ser quantificaacutevel o que
significa traduzir em nuacutemeros opiniotildees e informaccedilotildees para classificaacute-las e analisaacute-lasrdquo
Eacute necessaacuteria a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas estatiacutesticas tais como porcentagem meacutedia
moda desvio-padratildeo coeficiente de correlaccedilatildeo etc (PRODANOV FREITAS 2013
p 69)
Muitos dados que satildeo utilizados em pesquisas satildeo adquiridos indiretamente
por meio de documentosrdquo como livros jornais papeacuteis oficiais registros estatiacutesticos
fotos discos filmes e viacutedeos que satildeo obtidos de maneira indiretardquo Essas fontes
documentais tecircm a capacidade de disponibilizar ao pesquisador um grande nuacutemero
de informaccedilotildees com bastante qualidade para evitar a perda de tempo (GIL 2008 p
147)
Este modelo de pesquisa foi utilizado para definir os principais clientes quais
os produtos que seratildeo vendidos a capacidade produtiva assim como a viabilidade
econocircmico-financeira e operacional do negoacutecio
29
4 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES
41 ANAacuteLISE DE MERCADO
Woiler e Mathias (1994 p41) e Rebelatto (2004 p01) afirmam que a anaacutelise
de mercado eacute um dos pontos mais relevantes para elaboraccedilatildeo de um projeto Atraveacutes
do estudo do mercado obtemos muitas informaccedilotildees tais como
Fazendo a comparaccedilatildeo entre demanda e a oferta encontramos a
possiacutevel escassez da demanda futura Esse resultado proporcionaraacute
informaccedilotildees para que seja definida a escala de produccedilatildeo do projeto
A regiatildeo geograacutefica em que o produto pode ser vendido eacute um dos pontos
mais significativos para que seja definida a localizaccedilatildeo do empreendimento
O preccedilo de venda os custos de comercializaccedilatildeo e os estoques nos
canais de comercializaccedilatildeo satildeo informaccedilotildees relevantes para que seja
elaborada a projeccedilatildeo do projeto
Vale salientar que esses satildeo apenas alguns elementos importantes que eacute
possiacutevel identificar na anaacutelise de mercado existe muitos outros dados que satildeo obtidos
com a mesma
411 Mercado consumidor
ldquoTodas as decisotildees relacionadas a novos empreendimentos contecircm certo
grau de incerteza tanto no que diz respeito agrave informaccedilatildeo na qual as decisotildees estatildeo
baseadas como no que diz respeito agraves suas consequecircnciasrdquo (SEBRAE)
Chiavenato acredita que os clientes tecircm a capacidade de alavancar ou
derrubar um empreendimento ldquoUm cliente pode ser uma organizaccedilatildeo uma empresa
um usuaacuterio dos produtosserviccedilos ou um consumidor finalrdquo Eacute quem adquiri os
produtosserviccedilos ofertados pela organizaccedilatildeo no final da cadeia de transaccedilotildees Eacute ele
que estabelece direta ou indiretamente se o empreendimento teraacute ecircxito ou natildeo Por
30
isso o cliente deve ser considerado como o principal patrimocircnio da empresa (2007
p 207)
Segundo dados do censo 2010 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e
estatiacutestica) dos 576190 (quinhentos e setenta e seis mil cento e noventa) domiciacutelios
de Curitiba 292965 (duzentos e noventa e dois mil novecentos e sessenta e cinco)
possuem renda de mais de 5 a mais de 20 salaacuterios miacutenimos sendo assim cerca de
5085 dos domiciacutelios curitibanos estatildeo enquadrados nas classes A e B Ainda
segundo o IBGE cerca de 137922 (cento e trinta e sete mil novecentos e vinte e dois)
domiciacutelios curitibanos tecircm renda de mais de 10 salaacuterios miacutenimos o que representa
uma meacutedia de 24 dos domiciacutelios de Curitiba
Mais de 249000 (duzentos e quarenta e nove mil) pessoas que residem em
Curitiba cerca de 1423 da populaccedilatildeo tem rendimento mensal de mais de 5 salaacuterios
miacutenimos conforme Tabela 1
TABELA 1 - RESULTADOS DA AMOSTRA - RENDIMENTO POR PESSOA EM CURITIBA
Quantidade de pessoas Salaacuterios miacutenimos
153011 Mais de 5 a 10 salaacuterios miacutenimos
38692 Mais de 10 a 15 salaacuterios miacutenimos
25427 Mais de 15 a 20 salaacuterios miacutenimos
18264 Mais de 20 a 30 salaacuterios miacutenimos
13791 Mais de 30 salaacuterios miacutenimos
FONTE IBGE - CENSO DEMOGRAacuteFICO 2010
Curitiba possui uma populaccedilatildeo de mais de 1750000 (um milhatildeo setecentos
e cinquenta mil habitantes) segundo censo IBGE 2010 sendo que 932000
(novecentos e trinta e dois mil) pessoas com o estado civil de solteiro viuacutevo
divorciado separado judicialmentedesquitado isso mostra que tem muitas pessoas
que podem fazer festas de casamento e necessitar dos produtos que seratildeo ofertados
tais como bolos artiacutesticos doces finos e bem casados
Segundo as estatiacutesticas do registro civil do IBGE ocorreram em Curitiba e
regiatildeo metropolitana no ano 2012 exatamente 18877 (dezoito mil oitocentos e setenta
e sete) casamentos sendo que nos meses de setembro a dezembro foi onde ocorreu
um maior nuacutemero um total de 7828 (sete mil oitocentos e vinte e oito) casamentos o
que representa um total de 4147 dos casamentos ocorrem nesses quatro meses
do ano
31
TABELA 2 - CASAMENTOS POR MEcircS DE REGISTRO SEGUNDO O LUGAR DO REGISTRO ndash 2012
Lugar do registro
Casamentos por mecircs do registro
Total de
registros Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
RM Curitiba 18877 1466 1250 1572 1282 1403 1533 1248 1255 1735 1753 2118 2262
Curitiba 10351 848 692 857 692 724 872 658 658 971 968 1237 1174
FONTE IBGE DIRETORIA DE PESQUISAS COORDENACcedilAtildeO DE POPULACcedilAtildeO E INDICADORES SOCIAIS ESTATIacuteSTICAS DO REGISTRO CIVIL 2012
Nessa perspectiva foi definido que o mercado que a empresa de bolos e doces
finos vai atuar eacute de Curitiba e regiatildeo metropolitana com foco nas pessoas das classes
A e B com estado civil solteiro divorciado separado judicialmentedesquitado e viuacutevo
412 Produtos que seratildeo vendidos
ldquoNo coraccedilatildeo de uma grande marca haacute um grande produto O produto-chave
na oferta ao mercado Liacutederes de mercado geralmente oferecem produtos e serviccedilos
de qualidade superiorrdquo (KOTLER KELLER 2006 p 366)
Os principais produtos fornecidos seratildeo
Bolos artiacutesticos
FOTO1 - BOLO ARTIacuteSTICO FONTE WANDA CARDOSO - BOLOS ARTIacuteSTICOS amp DOCES
32
Bolos de copa
FOTO2 - BOLO DE COPA FONTE ELABORADO PELO AUTOR
FOTO3 - BOLO DE COPA FONTE ELABORADO PELO AUTOR
Naked cake
FOTO4 - NAKED CAKE FONTE DOCES PENEacuteLOPE
33
Doces Tradicionais
FOTO5 - DOCES TRADICIONAIS FONTE ELABORADO PELO AUTOR
Doces Espelhados
FOTO6 - DOCES ESPELHADOS FONTE PRONTO SOCORRO DAS FESTAS
Doces Finos
FOTO 7 - DOCES FINOS FONTE COMPRANDO MEU APE
34
Brigadeiros gourmet
FOTO8 - BRIGADEIROS GOURMET FONTE ELABORADO PELO AUTOR
Tacinhas acriacutelicas
FOTO9 - TACINHAS ACRIacuteLICAS FONTE BUFFET DELIacuteCIAS DA VI
Trufas
FOTO 10 - TRUFAS FONTE FOGAtildeO DA VOVOacute
35
Bombons
FOTO11 - BOMBONS FONTE DALVA GOLDEN GATE
Bem casados
FOTO12 - BEM CASADOS FONTE CASAMENTO SEM ERRO
FOTO13 - BEM CASADOS FONTE CASAMENTO SEM ERRO
36
413 Preccedilo de venda
A definiccedilatildeo do preccedilo dos produtos eacute uma das decisotildees mais relevantes da
organizaccedilatildeo que deve levar em conta a forma como a empresa deseja se posicionar
no mercado os custos a concorrecircncia e a rentabilidade almejada
O preccedilo eacute um dos elementos mais versaacuteteis pode ser modificado rapidamente
ao contraacuterio das propriedades dos produtos dos contratos com canais de distribuiccedilatildeo
e ateacute mesmo das promoccedilotildees O Preccedilo tem tambeacutem a tarefa de mostrar ao mercado o
posicionamento de valor desejado pela empresa para o seu produto ou marca
(KOTLER KELLER 2006 p 428)
A consolidaccedilatildeo dos preccedilos dos produtos seraacute elaborada levando em conta os
custos para se obter os produtos com a qualidade requinte e sofisticaccedilatildeo desejada
com a margem de lucro esperada e se baseando nos preccedilos praticados pela
concorrecircncia
414 Previsatildeo de vendas
Para Chiavenato (2007 p 2013)
A previsatildeo de vendas representa a quantidade de produtosserviccedilos que a empresa pretende vender ou colocar no mercado durante um determinado periacuteodo geralmente um mecircs ou um ano dividido em meses Constitui portanto uma estimativa ou uma expectativa de vendas Pode ser feita em unidades fiacutesicas ou em valores monetaacuterios
A produccedilatildeo vai ser em meacutedia de 5600 doces (doces finos gourmet e bem
casados) e 4 bolos procurando atender em meacutedia 4 eventos por semana e ateacute 16
eventos por mecircs sendo que nos meses de setembro a dezembro essa demanda
aumenta pelo motivo de historicamente ter um nuacutemero maior de casamentos
37
415 Definiccedilatildeo de local de venda dos produtos
ldquoA venda eacute a fase fundamental do processo de vendas Consiste na
transferecircncia do produtoserviccedilo para o cliente ou consumidorrdquo (CHIAVENATO 2007
p 210)
As vendas vatildeo ocorrer atraveacutes de site proacuteprio redes sociais telefone e
pessoalmente natildeo teremos loja fiacutesica apenas um ateliecirc para confecccedilatildeo dos bolos e
doces onde vai conter uma sala anexa na qual vai ser oferecido o serviccedilo de
degustaccedilatildeo com horaacuterios marcados para assim o cliente decidir quais os produtos
seratildeo adquiridos para o seu evento e fechamento de contrato
416 Definiccedilatildeo da demanda e da oferta
Na maior parte das encomendas os clientes solicitam os doces finos e
gourmet que contecircm chocolates frutas oleaginosas tais como castanhas nozes
avelatildes amecircndoas frutas como framboesa morango damasco cerejas e os bem
casados Os bolos mais solicitados satildeo os com decoraccedilatildeo de pasta americana que
deve obrigatoriamente ter recheios mais firmes como ganaches fios de ovos
strogonoff de nozes e os naked cake (bolo pelado) que possuem mais opccedilotildees de
recheios com chocolates frutas diversas e cremes de pacirctisserie
Em contato com algumas empresas que fornecem o mesmo tipo de produto
foi possiacutevel verificar que as encomendas devem ser feitas com antecedecircncia miacutenima
de 6 meses sendo que alguns casos somente com um ano de antecedecircncia para
conseguir na data desejada Esse eacute um dos pontos que mostra que tem espaccedilo
suficiente para entrada nesse mercado
38
417 Concorrentes
Chiavenato (2007 p 33) Kotler e Keller (2006 p 340) afirmam que os
concorrentes satildeo as organizaccedilotildees que competem pelos mesmos fornecedores
clientes e consumidores
ldquoAgrave medida que seus produtosserviccedilos tornam-se mais heterogecircneos tanto
mais heterogecircneos e diferenciados seratildeo seus concorrentes e tanto mais complexa
seraacute a competitividaderdquo (CHIAVENATO 2007 p 33)
Em busca na internet foi possiacutevel identificar que atualmente existe em meacutedia
25 concorrentes reais que oferecem exatamente os mesmos produtos que seratildeo
fornecidos com o mesmo padratildeo de qualidade valor agregado requinte e
sofisticaccedilatildeo Tambeacutem foi detectado mais 14 concorrentes potenciais que vendem
produtos similares aos que seratildeo vendidos poreacutem natildeo possuem o mesmo valor
agregado dos que vatildeo ser ofertados Foi possiacutevel identificar que alguns concorrentes
oferecem somente os doces finos dos quais foram identificados mais 3 concorrentes
reais e 3 concorrentes potenciais E foi detectado que existem concorrentes que
fornecem apenas os bolos artiacutesticos dos quais foi identificado 4 concorrentes reais
todos fornecem os bolos com o mesmo niacutevel de qualidade que seratildeo fornecidos
A tabela 3 mostra a divisatildeo dos concorrentes reais e potenciais que fornecem
bolos e doces por bairro de Curitiba
39
TABELA 3 - CONCORRENTES QUE FORNECEM BOLOS E DOCES POR BAIRRO
Bairro Quantidade de Concorrentes Reais
Quantidade de Concorrentes Potenciais
Aacutegua Verde 4 1
Ahuacute 1
Bairro Alto 2 1
Barreirinha 1
Barreirinha 1
Bom Retiro 1
Campo Comprido 1
Campo Comprido 1
Cidade Industrial 1
Colombo 1
Fazenda Rio Grande 1
Hauer 1
Hugo Lange 1
Mercecircs 1
Novo Mundo 2 1
Novo Mundo 1
Portatildeo 1
Portatildeo 1
Santa Cacircndida 1
Santa Felicidade 1 1
Santo Inaacutecio 1 1
Satildeo Joseacute dos Pinhais 1
Seminaacuterio 1
Sitio Cercado 1
Tarumatilde 1
Vila Izabel 1
Natildeo Informado 1 2
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
418 Forma de divulgaccedilatildeo dos concorrentes
Todas as empresas pesquisadas que fornecem produtos similares aos que
vamos fornecer utilizam sites proacuteprios e as redes sociais para fazer divulgaccedilatildeo dos
seus produtos todas fazem degustaccedilatildeo para os clientes conhecerem os seus
produtos e posteriormente fechar um contrato
40
42 TAMANHO DO NEGOacuteCIO
421 Capacidade produtiva
A capacidade produtiva vai ser para atender ateacute 4 eventos por semana A
produccedilatildeo vai ser de ateacute 5600 doces (doces finos gourmet e bem casados) e 4 bolos
atendendo ateacute 4 eventos por final de semana e ateacute 16 eventos por mecircs sendo que
nos meses de setembro a dezembro essa demanda aumenta pelo motivo de
historicamente ter um nuacutemero maior de casamentos
422 Investimento
Um dos pontos mais relevantes para abertura de uma empresa eacute a
determinaccedilatildeo do capital miacutenimo para dar iniacutecio nas atividades e principalmente como
obter este capital ldquoEacute com o capital inicial que a empresa tem condiccedilotildees de reunir os
recursos empresariais necessaacuterios ao seu funcionamento sejam eles recursos
humanos materiais ou financeirosrdquo A determinaccedilatildeo do capital eacute o que estabelece a
quantidade de recursos empresariais que a empresa tem disponiacutevel Indiscutivelmente
quanto maior for o volume de recursos empresariais mais faacutecil se torna o desempenho
da empresa Quando todos os recursos necessaacuterios para seu funcionamento estatildeo agrave
disposiccedilatildeo a administraccedilatildeo do empreendimento fica mais simples (CHIAVENATO
2007 p84)
Cabe acrescentar que (LAPPONI 2007 p 321)
O custo inicial refere-se aos desembolsos realizados para aquisiccedilatildeo de equipamentos ou outros ativos fixos incluindo o pagamento de fretes seguros instalaccedilotildees despesas operacionais iniciais com materiais e matildeo de obra treinamento de pessoal de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo etc resumindo o custo inicial inclui todos os desembolsos necessaacuterios para adquirir os ativos necessaacuterios e que estejam em condiccedilotildees de operar e gerar as receitas estimadas
41
O empreendimento iniciaraacute suas atividades com capital investido com
recursos proacuteprios da empreendedora
As estimativas de investimento inicial para abertura da empresa foi de
R$5162851 conforme tabela 4
TABELA 4 - INVESTIMENTO INICIAL
Descriccedilatildeo Valor (R$)
Maacutequinas e equipamentos Cozinha R$ 3084878
Utensiacutelios R$ 555075
Moacuteveis para escritoacuterio R$ 268982
Equipamentos de informaacutetica e eletrocircnicos R$ 446204
Outros custos escritoacuterio R$ 48912
Uniformes R$ 155800
Pintura Imoacutevel R$ 500000
Porta de Vidro R$ 103000
Total R$ 5162851
FONTE ELABORADO PELO AUTOR (2015)
423 Localizaccedilatildeo
Seraacute locado um imoacutevel para a instalaccedilatildeo da empresa localizado na Rua Heitor
Baggio Vidal 2508 Bairro Alto Curitiba ndash PR com o valor do aluguel mensal de
R$160000 (mil e seiscentos reais) O espaccedilo interno de 95msup2 seraacute dividido em trecircs
partes a primeira com 20msup2 vai ficar a recepccedilatildeo para receber os clientes efetuar
orccedilamentos e as degustaccedilotildees a segunda com 71msup2 a cozinha industrial onde seratildeo
fabricados os bolos e doces finos e a terceira com 4msup2 o lavabo
42
FOTO14 - FOTO DO IMOacuteVEL ONDE SERAacute INSTALADA A EMPRESA FONTE MP IMOacuteVEIS
424 Entregas
As entregas dos bolos e doces finos seratildeo efetuadas por uma empresa
parceira localizada no Bairro Alto o preccedilo das entregas em Curitiba e regiatildeo
metropolitana variam de R$2400 (vinte e quatro reais) a R$6000 (sessenta reais)
dependendo da localizaccedilatildeo tais valores seratildeo cobrados dos clientes
43 CAPITAL DE GIRO
O capital de giro inicial foi estimado levando em conta que no primeiro ano a
empresa vai produzir 8333 da sua capacidade atendendo em meacutedia 13 ventos
mensalmente sendo assim foram considerados os gastos operacionais necessaacuterios
para o iniacutecio das atividades incluindo o custo fixo mensal e o estoque inicial ambos
multiplicados por 2 e acrescidos de um percentual de 10 de margem de seguranccedila
para despesas natildeo previstas
43
TABELA 5 - CAPITAL DE GIRO
Item Valor (R$)
Estoque Inicial 5144000
Custo Fixo Mensal 3194783
Reserva (10) 833878
Total do Capital de Giro Inicial 9172662
FONTE ELABORDO PELO AUTOR
44 FLUXO DE CAIXA
ldquoFluxo de Caixa eacute um Instrumento de gestatildeo financeira que projeta para
periacuteodos futuros todas as entradas e as saiacutedas de recursos financeiros da empresa
indicando como seraacute o saldo de caixa para o periacuteodo projetadordquo (SEBRAE)
Na tabela 6 eacute apresentada a projeccedilatildeo do Fluxo de Caixa da empresa para os
seus primeiros cinco anos onde fica evidenciado que do primeiro ateacute o quinto ano a
sauacutede financeira da empresa melhora gradativamente sendo que no final do quinto
ano o saldo em caixa ultrapassa os 300 se comparado com o saldo em caixa no
final do primeiro ano
Pode-se observar que natildeo foi inserida no fluxo de caixa a opccedilatildeo de
inadimplecircncia pois todos os pagamentos seratildeo efetuados agrave vista em dinheiro ou
cartatildeo sendo que o pagamento total dos produtos deve ser efetuado no miacutenimo 10
dias antes da data do evento
44
TABELA 6 - PROJECcedilAtildeO DE FLUXO DE CAIXA NOS PRIMEIROS CINCO ANOS
Descriccedilatildeo Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5
Investimento Inicial (5162851)
Capital de Giro (9172662) 9172662
Valor Residual 1548855
Total de entradas 000 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873
Previsatildeo Receitas de vendas 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873
Total de Saiacutedas (14335513) (44888699) (54283425) (59479393) (64738409) (70291804)
(-)Fornecedores (25720000) (33641760) (36669518) (39969775) (43567055)
(-)Folha de pagamento (3267192) (3593911) (3953302) (4348633) (4783496)
(-)Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)
(963216) (1011377) (1061946) (1115043) (1170795)
(-)Retiradas soacutecios (2400000) (2640000) (3432000) (3946800) (4341480)
(-)Impostos s vendas (4654291) (5073177) (5573767) (6075406) (6622192)
(-)Alugueacuteis (1920000) (2016000) (2116800) (2222640) (2333772)
(-)Energia eleacutetrica (840000) (882000) (926100) (972405) (1021025)
(-)Aacutegua (300000) (315000) (330750) (347288) (364652)
(-)Telefone (384000) (403200) (423360) (444528) (466754)
(-)Gaacutes (588000) (617400) (648270) (680684) (714718)
(-)Serviccedilos contabilidade (960000) (1008000) (1058400) (1111320) (1166886)
(-)Manutenccedilatildeo (600000) (630000) (661500) (694575) (729304)
(-)Outras despesas com funcionaacuterios
(1296000) (1405800) (1525590) (1656320) (1799030)
(-)Taxas bancaacuterias (96000) (100800) (105840) (111132) (116689)
(-)Outros pagamentos (900000) (945000) (992250) (1041863) (1093956)
Entradas - Saiacutedas (14335513) 12981301 21410535 23027023 25193585 27734070
Depreciaccedilatildeo 000 (631377) (631377) (631377) (631377) (631377)
Saldo Final (14335513) 12349924 20779158 22395647 24562208 37824209
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
A depreciaccedilatildeo foi calculada considerando o prazo de vida uacutetil meacutedio de 10
anos das maacutequinas equipamentos instalaccedilotildees moacuteveis e utensiacutelios e para os
computadores e perifeacutericos foi considerado o prazo de vida uacutetil de 5 anos conforme
demonstrado na tabela 7
TABELA 7 - DEPRECIACcedilAtildeO
Item Valor Inicial Taxa Anual Depreciaccedilatildeo Anual (R$)
Maacutequinas e equipamentos 3084878 10 308488
Instalaccedilotildees 103000 10 10300
Moacuteveis e Utensiacutelios 824057 10 82406
Computadores e Perifeacutericos 446204 20 89241
Outros 704712 20 140942
Total 631377
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
45
O valor residual dos equipamentos e instalaccedilotildees da empresa no final do quinto
ano foi considerado em 30 referente ao valor de aquisiccedilatildeo dos mesmos no iniacutecio do
projeto
45 ANAacuteLISE DOS INDICADORES (VPL TIR E PAYBACK)
451 Valor Presente Liacutequido (VPL)
A tabela 8 mostra que o VPL (Valor Presente Liacutequido) eacute positivo isso significa
que aleacutem de recuperar o investimento inicial ainda vai ser agregado ao valor da
empresa um montante de R$ R$50392407 (quinhentos e trecircs mil novecentos e vinte
quatro reais e sete centavos)
A taxa de retorno requerida de 20 foi determinada levando em conta o niacutevel
de risco do projeto e visando o valor desejado para se obter em cima do valor
investido
TABELA 8 - CALCULO DO VALOR PRESENTE LIacuteQUIDO (VPL)
Anos FC k 2000
0 -$143355 VPL $50392407
1 $123499 VPL $50392407
2 $207792 VPL $50392407
3 $223956 VPL $21761126
4 $245622 VPL $21761126
5 $378242 Decisatildeo Aceitar o Projeto
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
452 Taxa Interna de Retorno (TIR)
Conforme a tabela 9 eacute possiacutevel verificar que a TIR (Taxa Interna de Retorno)
eacute de 11593 maior que a taxa requerida de 20 isso significa que custo inicial seraacute
46
recuperado e o projeto vai criar valor para empresa mais um resultado favoraacutevel para
a aceitaccedilatildeo do projeto
TABELA 9 - TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR)
Anos FC
0 -$143355 TIR 11593
1 $123499 TIR 2168
2 $207792 TIR 2168
3 $223956 Decisatildeo
4 $245622 k 2000
5 $378242 Aceitar o projeto
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
453 Payback
O tempo de recuperaccedilatildeo do custo inicial ocorre normalmente entre o quarto e
o quinto ano se for feita a anaacutelise da tabela 10 eacute possiacutevel verificar que o tempo
necessaacuterio para o retorno do investimento (payback) do projeto eacute de 128 anos este
indicador mostra claramente que o projeto deve ser aceito pois o tempo de retorno
estaacute bem abaixo do tempo meacutedio dos empreendimentos como um todo
TABELA 10 - PAYBACK
k 20
Anos FC SPresente
0 -$143355 -$143355 PBD-SP = 128
1 $123499 -$40439 128
2 $207792 $103861
3 $223956 $233465
4 $245622 $351917
5 $378242 $503924
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
47
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Para iniciar um negoacutecio requer muito mais do que apenas o espiacuterito
empreendedor eacute necessaacuterio ter lideranccedila conhecimento sobre o mercado que deseja
atuar organizaccedilatildeo e principalmente planejamento
O principal objetivo desse estudo foi analisar a viabilidade econocircmico-
financeira da abertura de uma empresa de bolos e doces finos no Bairro Alto em
Curitiba
O objetivo apresentado nesta pesquisa foi atingido pois todos os indicadores
analisados mostram com clareza que empresa obteacutem resultados positivos que criam
valor para a mesma e com isso o projeto eacute viaacutevel economicamente pois do primeiro
ao quinto ano fica visiacutevel o crescimento do empreendimento e a melhora significativa
da sua sauacutede financeira isso fica evidenciado no saldo final em caixa no quinto ano
que chega proacuteximo haacute 400 mil reais Apesar disso eacute crucial o acompanhamento do
mercado para seguir as tendecircncias e se atualizar constantemente para tomar
decisotildees mais assertivas
Um negoacutecio mal avaliado pode arruinar a estabilidade econocircmica do
investidor por isso eacute de extrema importacircncia fazer todos os levantamentos de custos
antes de se aventurar em qualquer empreendimento
Eacute possiacutevel comprovar que a pesquisa realizada contribui positivamente para
abertura da empresa No entanto as informaccedilotildees aqui presentes natildeo satildeo estaacuteticas e
devem ser revisadas periodicamente e se preciso ateacute mesmo ampliadas no decorrer
da implantaccedilatildeo do projeto para que o mesmo seja uma ferramenta eficiente e eficaz
no desenvolvimento da empresa como um todo
48
REFEREcircNCIAS
BRITO Paulo Anaacutelise e viabilidade de projetos de investimento Satildeo Paulo Atlas 2003 DOLABELA Fernando O segredo de Luiacutesa 30 ed Satildeo Paulo Editora de Cultura 2006 DORNELAS Joseacute Carlos Assis Empreendedorismo transformando ideias em negoacutecios 4 ed Rio de Janeiro Campus Elsevier 2012 CENSO Demograacutefico 2010 Resultados gerais da amostra Curitiba IBGE 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=410690ampidtema=87ampsearch=parana|curitiba|censo-demografico-2010-resultados-gerais-da-amostra-gt Acesso em 21 de Junho de 2015 CHIAVENATO Idalberto Empreendedorismo dando asas ao espiacuterito empreendedor empreendedorismo e a viabilidade de novas empresas um guia eficiente para iniciar e tocar seu proacuteprio negoacutecio 2 ed Satildeo Paulo Saraiva 2007 ESTATIacuteSTICAS do registro civil 2012 Curitiba IBGE 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaoregistrocivil2012default_xlsshtmgt Acesso em 21 de Junho de 2015 GIL Antonio Carlos Meacutetodos e teacutecnicas de pesquisa social 6 ed Satildeo Paulo Atlas 2008 KOTLER Philip KELLER Kevin Lane Administraccedilatildeo de Marketing 12 ed Satildeo Paulo ABDR 2006 LAPPONI Juan Carlos Projetos de Investimento na Empresa Rio de Janeiro Elsevier 2007 MACHADO Jesseacute Anderson Pinto Projetos Econocircmicos uma abordagem praacutetica de elaboraccedilatildeo Satildeo Paulo Nobel 2002 MICHEL Maria Helena Metodologia e pesquisa cientiacutefica em ciecircncias sociais 2 ed Satildeo Paulo Atlas 2009 OLIVEIRA Djalma de Pinho Rebouccedilas de Planejamento estrateacutegico conceitos metodologia e praacuteticas 20 ed Satildeo Paulo Atlas 2004 PRODANOV Cleber Cristiano ERNANI Cesar de Freitas Metodologia do trabalho cientiacutefico meacutetodo e teacutecnicas da pesquisa e do trabalho acadecircmico 2 ed Novo Hamburgo Freevale 2013
49
REBELATTO Dayse Projeto de Investimento 1 ed Barueri Manole 2004 SEBRAE Pesquisa de Mercado o que eacute e para que serve Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrsitesPortalSebraeartigosPesquisa-de-mercado-o-que-C3A9-e-para-que-servegt Acesso em 21 de Junho de 2015 SEBRAE Fluxo de caixa Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrSebraePortal20SebraeAnexos0_fluxo-de-caixapdfgt Acesso em 10 de Outubro de 2015 WILDAUER Egon Walter Plano de negoacutecios elementos construtivos e processos de elaboraccedilatildeo 2 ed Curitiba Ibpex 2011 WOILER Samsatildeo MATHIAS Washington Franco Projetos planejamento elaboraccedilatildeo anaacutelise 1 ed Satildeo Paulo Atlas 1994
50
APEcircNDICES
APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL 51
APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS 52
APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL 52
51
APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL
Item Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5
Aacutegua 25000 26250 27563 28941 30388
Aluguel 160000 168000 176400 185220 194481
Assessoria Contaacutebil 80000 84000 88200 92610 97241
Gaacutes 49000 51450 54023 56724 59560
Impostos 387858 422765 464481 506284 551849
Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)
80268 84281 88495 92920 97566
Energia eleacutetrica 70000 73500 77175 81034 85085
Manutenccedilatildeo 50000 52500 55125 57881 60775
Material de escritoacuterio 20000 21000 22050 23153 24310
Material de Limpeza 40000 42000 44100 46305 48620
Folha de pagamento 272266 299493 329442 362386 398625
Seguros 15000 15750 16538 17364 18233
Telefone fixointernet 20000 21000 22050 23153 24310
Telefone Moacutevel 12000 12600 13230 13892 14586
Vale Refeiccedilatildeo 75000 82500 90750 99825 109808
Vale Transporte 33000 34650 36383 38202 40112
Proacute- labore 200000 220000 286000 328900 361790
Taxas Bancaacuterias 8000 8400 8820 9261 9724
Total R$ 1597392 R$ 1720139 R$ 1900823 R$ 2064053 R$ 2227062
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
52
APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS
Item
Produccedilatildeo mensal meacutedia
Custo unitaacuterio total
Sugestatildeo Preccedilo de venda
Custo Mensal Total
Receita de vendas
Bolos artiacutesticos (recheios diversos) 150 6000 13500 900000 2025000
Bolos de copa (recheios diversos) 30 3600 8100 108000 243000
Naked cake (recheios diversos) 60 4200 9450 252000 567000
Doces Tradicionais 32 3500 7875 112000 252000
Doces Espelhados 32 5000 11250 160000 360000
Doces Finos 32 7500 16875 240000 540000
Brigadeiros gourmet 16 4500 10125 72000 162000
Tacinhas acriacutelicas 16 5500 12375 88000 198000
Trufas 32 5000 11250 160000 360000
Bombons 32 5000 11250 160000 360000
Bem casados 3200 100 225 320000 720000
Custo produccedilatildeo Total 2572000
Receita Total 5787000
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL
Ano Receita Bruta Variaccedilatildeo anual
Ano 1 000
Ano 2 69444000 9
Ano 3 75693960 9
Ano 4 82506416 9
Ano 5 89931994 9
Valor considerando a inflaccedilatildeo de 9 aa
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
11
1 INTRODUCcedilAtildeO
Quando surge uma ideia e eacute possiacutevel identificar nela uma oportunidade eacute o
iniacutecio para a criaccedilatildeo de um negoacutecio
Qualquer empreendimento para ter ecircxito seja ele industrial comercial ou de
serviccedilos depende de inuacutemeras decisotildees que o empreendedor precisa tomar antes de
iniciaacute-lo Uma das decisotildees fundamentais eacute analisar o empreendimento
economicamente para verificar se o projeto vai ser viaacutevel e lucrativo ou natildeo poreacutem
antes das decisotildees surgem agraves duacutevidas e incertezas como qual o ponto de partida
Qual deve ser o capital investido inicialmente Quais produtos seratildeo fabricados
Onde seratildeo vendidos
Para abertura de uma empresa de bolos e doces finos em Curitiba os
questionamentos satildeo os mesmos e para conseguir as respostas para todos esses
questionamentos que andam lado a lado com todos os empreendedores quando
surge a ideia de um novo negoacutecio eacute essencial a construccedilatildeo de um plano de negoacutecios
e principalmente efetuar uma anaacutelise de viabilidade econocircmico-financeira bem
estruturada que traga informaccedilotildees fundamentais para tomar decisotildees mais assertivas
No decorrer desta pesquisa foi possiacutevel responder haacute cada um destes
questionamentos por meio da anaacutelise de mercado definiccedilatildeo do tamanho do negoacutecio
fluxo de caixa e a anaacutelise dos indicadores que estatildeo dispostos no capiacutetulo 4 deste
estudo
Dornelas (2012 p 93) afirma que ldquoum negoacutecio bem planejado teraacute mais
chances de sucesso do que aquele sem planejamento na mesma igualdade de
condiccedilotildeesrdquo
Diante deste contexto a proposta deste projeto eacute analisar a viabilidade
econocircmico-financeira da abertura de uma empresa de bolos e doces finos localizada
no Bairro Alto em Curitiba
12
11 PROBLEMA
Qual a viabilidade econocircmico-financeira da abertura de uma empresa de
bolos e doces finos em Curitiba
12 OBJETIVO GERAL
Investigar qual a viabilidade da implantaccedilatildeo de uma empresa de bolos e
doces finos em Curitiba
13 OBJETIVOS ESPECIacuteFICOS
Elaborar uma anaacutelise do mercado de bolos e doces finos em Curitiba
Definir quais os produtos seratildeo vendidos
Definir a capacidade produtiva
Analisar a viabilidade econocircmico-financeira do negoacutecio
13
2 REFERENCIAL TEOacuteRICO
21 EMPREENDEDORISMO
Um projeto empreendedor se torna possiacutevel apenas se o dono da ideia estiver
disposto a assumir todas as responsabilidades e exigecircncias de abrir um negoacutecio que
sem duacutevida passaraacute a ser seu projeto de vida
Para Dolabela (2006 sn)
Se considerarmos que as empresas quase sempre comeccedilam pequenas isso chega a ser um paradoxo Principalmente porque no mundo de hoje as pequenas empresas constituem a principal fonte de empregos e satildeo responsaacuteveis em muitos paiacuteses por mais de 50 do produto interno bruto (PIB) e pelo maior volume de exportaccedilotildees aleacutem de serem as maiores geradoras de inovaccedilotildees tecnoloacutegicas desde a Segunda Guerra Mundial
Eacute possiacutevel definir empreendedorismo comordquo a capacidade que uma pessoa
possui de formular uma ideia sobre determinado produto ou serviccedilo em um mercado
seja essa ideia nova ou natildeordquo (WILDAUER 2011 p25)
Cabe acrescentar que o empreendedorismo natildeo se refere apenas a pequenos
negoacutecios e empreendimentos novos ldquoNatildeo aborda apenas a criaccedilatildeo de novos
produtos ou serviccedilos mas sim inovaccedilotildees em todos os acircmbitos do negoacuteciordquo
(CHIAVENATO 2007 p261)
Segundo Dolabela (2006 sn) se analisarmos a natureza do
empreendedorismo eacute possiacutevel observar que
A Todas as pessoas nascem empreendedoras Os humanos satildeo
empreendedores
B Empreendedorismo natildeo eacute um assunto atual existe desde a primeira
accedilatildeo inovadora com a finalidade de aperfeiccediloar as relaccedilotildees entre os homens
C Natildeo eacute apenas um fato econocircmico mas tambeacutem social
D O empreendedor estaacute em qualquer lugar natildeo apenas nas pessoas que
abrem seu proacuteprio negoacutecio
E O empreendedorismo eacute uma demonstraccedilatildeo da liberdade humana
14
F Natildeo eacute um acontecimento pessoal e nem uma habilidade que poucas
pessoas possuem eacute algo puacuteblico
G Natildeo existe a possibilidade de fazer transferecircncia de conhecimentos
empreendedores ndash ldquoao contraacuterio do que acontece por exemplo em uma aula
de geografia porque o empreendedorismo natildeo eacute um conteuacutedo cognitivo
convencionalrdquo Nesse entendimento natildeo existe a possibilidade de ensinar
mas eacute possiacutevel aprender a ser empreendedor por meio de um sistema de
ensino bem diferente do tradicional
H Eacute um assunto global e natildeo caracteriacutestico ou complementar E deve ser
apresentado na educaccedilatildeo baacutesica
I O princiacutepio do empreendedorismo e a cidadania O que por sua vez ldquoVisa
agrave construccedilatildeo do bem-estar coletivo do espiacuterito comunitaacuterio da cooperaccedilatildeo
Antes de ser aluno o estudante deve ser considerado um cidadatildeordquo
J Natildeo existe a possibilidade de definir se uma pessoa vai ter sucesso
como empreendedor
Vale enfatizar que o empreendedorismo eacute a envoltura de pessoas e
processos que juntas transformam ideias em oportunidades E a correta efetivaccedilatildeo
destas oportunidades ocasiona a criaccedilatildeo de um negoacutecio bem sucedido (DORNELAS
2012 p 28)
Chiavenato (2007 p 22) e Dornelas (2012 p29) defendem a ideia de que
1 O empreendedorismo abrange todo o processo para criar algo novo que
possua valor e seja valorizado pelo mercado
2 Que o empreendedorismo requer doaccedilatildeo disponibilidade de tempo e
vigor para tornar o novo empreendimento em um negoacutecio de sucesso
3 O empreendedorismo demanda coragem aceitaccedilatildeo de riscos
calculados e decisotildees analiacuteticas e ter flexibilidade com os obstaacuteculos falhas
e fracassos
Eacute possiacutevel concluir que o empreendedorismo eacute um fato cultural isto eacute
consequecircncia de haacutebitos accedilotildees e valores pessoais ldquoExistem famiacutelias (assim como
cidades regiotildees e paiacuteses) mais empreendedoras do que outrasrdquo A pessoa
desenvolve o empreendedorismo no conviacutevio com outros empreendedores num local
onde a possibilidade de ter o proacuteprio negoacutecio eacute visto como algo muito bom
(DOLABELA 2006 sn)
15
Diante disso natildeo eacute possiacutevel falar de empreendedorismo sem mencionar os
empreendedores pois satildeo as atitudes de pessoas que inovam assumem todos os
riscos que proporcionam o crescimento e desenvolvimento da sociedade como um
todo
211 Caracteriacutesticas e perfil do empreendedor
Ser empreendedor eacute acima de tudo ter a capacidade e a necessidade de
realizar coisas novas
O empreendedor ldquoeacute um ser social produto do meio em que vive (eacutepoca e
lugar)rdquo E se a pessoa convive em um meio onde ser empreendedor eacute considerado
algo bom teraacute motivos para abrir seu proacuteprio negoacutecio (DOLABELA 2006 sn)
O empreendedor parte da percepccedilatildeo subjetiva para percepccedilatildeo praacutetica na
qual mostram elementos que podem ser debatidos Esses elementos satildeo os mais
variaacuteveis possiacuteveis que foram originados de perguntas contestaccedilotildees e respostas
localizadas pelo empreendedor ldquoo qual natildeo precisa ser algueacutem com uma formaccedilatildeo
superior com diploma de faculdade ou algueacutem que conte com cursos teacutecnicos ou
praacuteticosrdquo (mesmo esses sendo atributos que auxilie na agilidade de formular
questionamentos e encontrar as soluccedilotildees para os mesmos) (WILDAUER 2011 p
25)
Para Dornelas (2012 p 29) empreendedor eacute a pessoa que percebe uma
oportunidade e arquiteta um negoacutecio para captar recursos calculando todos os riscos
que vai correr Em todas as definiccedilotildees de empreendedorismo nos deparamos com no
miacutenimo as seguintes particularidades em relaccedilatildeo ao empreendedor
1 Possui a atitude de criar um novo negoacutecio e amar aquilo que faz
2 Usa o capital que possui de maneira produtiva mudando o local social e
econocircmico onde estaacute inserido
3 Assume os riscos calculados e a chance do negoacutecio natildeo dar certo
Nessa mesma perspectiva Chiavenato (2007 p7) afirma que o empreendedor
eacute a pessoa que tem a capacidade de fazer as coisas acontecerem eacute favorecido pela
sua percepccedilatildeo para os negoacutecios prudecircncia na aacuterea financeira e a habilidade de
16
perceber as oportunidades Com esse conjunto de competecircncias tem a capacidade
de transformar ideias em negoacutecios O empreendedor possui uma boa imaginaccedilatildeo e eacute
persistente qualidades que combinadas de maneira correta o capacitam para
converter ideias simples em projetos objetivos e bem sucedidos
Para Wildauer (2011 p 26)
Podemos entatildeo enumerar muitas caracteriacutesticas do empreendedor sendo as principais a atitude de saber ouvir de estar atento de saber interpretar e analisar as informaccedilotildees do mercador de ter condiccedilotildees de elaborar um planejamento de suas accedilotildees futuras de traccedilar objetivos e todo um roteiro teoacuterico-praacutetico para poder atingi-lo Sem essas premissas baacutesicas o empreendedor natildeo teraacute sucesso na formulaccedilatildeo do plano de negoacutecios muito menos na sustentaccedilatildeo de seu negoacutecio
Chiavenato (2007 p 4) acredita que ldquoos empreendedores satildeo heroacuteis
populares do mundo dos negoacuteciosrdquo Que geram empregos propagam inovaccedilotildees e
estimulam o crescimento da economia Satildeo muito mais do que somente fornecedores
de produtos e serviccedilos satildeo pessoas que assumem os riscos das oscilaccedilotildees
econocircmicas
Cabe acrescentar que o empreendedor revolucionaacuterio eacute aquele que inventa
novos mercados isto eacute a pessoa cria algo exclusivo como foi o caso do Bill Gattes
fundador da Microsoft que transformou o mundo com o sistema operacional Windows
Contudo grande parte dos empreendedores cria negoacutecios em mercados jaacute existentes
e mesmo assim criam negoacutecios de sucesso (DORNELAS 2012 p30)
Wildauer (2011 p26) conclui que ldquoo empreendedor necessita de uma estrutura
de pensamento sistecircmico e visionaacuterio com base no qual estabeleceraacute metas e
desenharaacute trajetoacuterias para alcanccedilaacute-lasrdquo
22 PLANO DE NEGOacuteCIOS
Para iniciar um empreendimento eacute fundamental fazer um plano de negoacutecios
com ele eacute possiacutevel verificar a viabilidade ou natildeo do empreendimento e definir onde
estamos para onde vamos e mostrar com mais clareza as oportunidades de negoacutecio
17
Do ponto de vista de Dornelas (2012 p 93) ldquoum negoacutecio bem planejado teraacute
mais chances de sucesso do que aquele sem planejamento na mesma igualdade de
condiccedilotildeesrdquo
Nessa mesma perspectiva Dolabela (2006 sn) afirma que vaacuterios
empreendedores bem sucedidos abriram seus empreendimentos sem compreender
pontualmente o que eacute um plano de negoacutecios Poreacutem muitos outros natildeo tiveram o
mesmo fim e o que conseguiram foram negoacutecios fracassados por conta de falhas que
poderiam ter sido evitadas Uma grande quantidade de negoacutecios que possuem um
alto potencial acabam se tornando impraticaacuteveis por conta da incapacidade dos
empreendedores Ainda assim muitas pessoas abrem e vatildeo continuar abrindo
negoacutecios capacitadas ou natildeo para isso
Wildauer (2011 p 39) define plano de negoacutecios como ldquoum documento em
forma de texto no qual eacute apresentada uma proposta de negoacutecio para um mercadordquo
Esse documento deve mostrar com clareza o ponto de vista do empreendedor sobre
o sucesso do seu produto ou serviccedilo no mercado atual
Chiavenato (2007 p132) acredita que
O plano de negoacutecio mdash business planmdash descreve a ideia de um novo empreendimento e projeta os aspectos mercadoloacutegicos operacionais e financeiros dos negoacutecios propostos geralmente para os proacuteximos trecircs ou cinco anos Seu preparo permite a anaacutelise da proposta e ajuda o futuro empreendedor a evitar uma trajetoacuteria decadente que o levaraacute do entusiasmo agrave desilusatildeo e ao fracasso
Eacute possiacutevel sintetizar o plano de negoacutecios como um documento em que o
empreendedor mostra de maneira formal e concreta o negoacutecio que quer idealizar e
expor para seus parceiros soacutecios e investidores apresentando a visatildeo a missatildeo e os
seus propoacutesitos assim como o ldquoplano operacional o plano de marketing o plano de
financeiro e o plano juriacutedicordquo desta forma facilitando a assimilaccedilatildeo e aceitaccedilatildeo do
negoacutecio pelas pessoas interessadas (WILDAUER 2011 p39)
Conforme mencionado por Chiavenato (2007 p 134) o plano de negoacutecios
mobiliza o novo empreendimento na sua totalidade Ele demonstra o levantamento
cansativo dos elementos que fazem parte do negoacutecio ldquosejam internos mdash o que deveraacute
ser produzido como onde quanto mdash sejam externos mdash para quem produzir qual eacute
o mercado quais satildeo os concorrentes etcrdquo
18
Com isso Wildauer (2011 p 45) conclui que ldquoo plano de negoacutecios eacute como um
guia uacutetil para a obtenccedilatildeo de conhecimentos para a concepccedilatildeo de um
empreendimentordquo
221 Estrutura do plano de negoacutecios
O plano de negoacutecios mobiliza todas as informaccedilotildees necessaacuterias para abrir um
negoacutecio por meio dele eacute possiacutevel detectar onde estou e para onde desejo ir dentro do
mercado
Conforme identificado por Dornelas (2012 p 101) ldquonatildeo existe uma estrutura
riacutegida e especiacutefica para se escrever um plano de negoacuteciosrdquo dado que cada negoacutecio
possui suas singularidades e equivalecircncias sendo improvaacutevel delimitar um modelo-
padratildeo de plano de negoacutecios que seja absoluto e adequado para todos os negoacutecios
Todos os planos de negoacutecios devem conter um miacutenimo de seccedilotildees que vatildeo possibilitar
uma compreensatildeo do negoacutecio como um todo Tais seccedilotildees satildeo alinhadas de maneira
que mantenham uma sequecircncia loacutegica que possibilite qualquer pessoa ler o plano e
compreender como a empresa eacute estruturada seus objetivos seus produtos seus
serviccedilos qual seu mercado seu plano financeiro e de marketing
A seguir encontra-se uma breve descriccedilatildeo de cada uma das seccedilotildees do Plano
de Negoacutecios
2211 Capa
Eacute um dos componentes fundamentais do plano de negoacutecios pois eacute a primeira
parte que eacute vista pela pessoa que vai ler deve ser desenvolvida de forma clara e com
os dados adequados (DORNELAS 2012 p 101)
19
2212 Sumaacuterio
O sumaacuterio deve incluir ldquoo tiacutetulo de cada seccedilatildeo do plano de negoacutecios e a paacutegina
respectiva onde se encontra bem como os principais assuntos relacionados em cada
seccedilatildeordquo Isso faz com que fique mais faacutecil o leitor do plano de negoacutecios identificar com
mais agilidade o que lhe interessar (DORNELAS 2012 p 101-102)
2213 Sumaacuterio executivo
O Sumaacuterio Executivo eacute a parte mais importante do plano de negoacutecios ele iraacute
definir se o leitor vai prosseguir ou natildeo com a leitura do plano de negoacutecios Dessa
forma deve ser redigido com bastante concentraccedilatildeo e revisado inuacutemeras vezes e
tambeacutem englobar as informaccedilotildees mais relevantes do plano de negoacutecios Deve ser
direcionado ao puacuteblico-alvo do plano de negoacutecios e deixar claro qual o objetivo do
mesmo em relaccedilatildeo agraves pessoas que estatildeo o lendo ldquoO Sumaacuterio Executivo deve ser a
uacuteltima seccedilatildeo a ser escrita pois depende de todas as outras seccedilotildees do plano para ser
elaboradardquo (DORNELAS 2012 p 102)
2214 Anaacutelise estrateacutegica
Nesta seccedilatildeo eacute determinada a direccedilatildeo que a empresa vai seguir ldquosua visatildeo e
missatildeo sua situaccedilatildeo atual as potencialidades e ameaccedilas externas suas forccedilas e
fraquezas seus objetivos e metas de negoacuteciordquo Essa parte eacute o alicerce para o
crescimento e o estabelecimento das outras accedilotildees redigidas no plano (DORNELAS
2012 p 102)
20
2215 Descriccedilatildeo da empresa
Eacute nessa seccedilatildeo que deve ser feita a descriccedilatildeo da empresa ldquoseu histoacuterico
crescimento faturamento dos uacuteltimos anos sua razatildeo social impostos estrutura
organizacional e legal localizaccedilatildeo parcerias serviccedilos terceirizados etcrdquo
(DORNELAS 2012 p 102)
2216 Produtos e serviccedilos
Nessa seccedilatildeo do plano de negoacutecios devem ser descritos os produtos e serviccedilos
da empresa a maneira que satildeo produzidos o capital disposto seu ciclo de vida os
elementos tecnoloacutegicos envolvidos pesquisa e desenvolvimento os seus clientes
marcas e patentes etc
Nessa seccedilatildeo pode ser incluiacuteda quando estaacute informaccedilatildeo encontra-se disponiacutevel uma visatildeo do niacutevel de satisfaccedilatildeo dos clientes com os produtos e serviccedilos da empresa Esse feedback eacute bastante importante porque costuma oferecer natildeo apenas uma visatildeo do niacutevel de qualidade percebida nos produtos e serviccedilos mas tambeacutem guiar futuros investimentos da empresa em novos desenvolvimentos e processos de produccedilatildeo (DORNELAS 2012 p 102-103)
2217 Plano operacional
Nesta seccedilatildeo devem ser expostas as accedilotildees que a empresa pretende ter na
sua estrateacutegia produtiva e no processo de produccedilatildeo apontando os resultados que
essas accedilotildees teratildeo sobre os criteacuterios de avaliaccedilatildeo dos produtos Deve incluir dados
operacionais atualizados e presumidos como ldquolead time do produto ou serviccedilo
percentual de entregas a tempo rotatividade do inventaacuterio iacutendice de refugo lead time
de desenvolvimento de produto ou serviccedilo etcrdquo (DORNELAS 2012 p 103)
21
2218 Plano de recursos humanos
Devem ser exibidas as propostas de desenvolvimento e treinamento de
pessoal da empresa Esses dados estatildeo pontualmente associados com a
competecircncia da empresa de crescer ldquoespecialmente quando esta atua em um
mercado onde a detenccedilatildeo de tecnologia eacute considerada um fator estrateacutegico de
competitividaderdquo (DORNELAS 2012 p 103)
2219 Anaacutelise de mercado
Nesta seccedilatildeo o responsaacutevel pelo plano de negoacutecios deve deixar claro que os
executivos da empresa entendem perfeitamente o mercado consumidor do seu
produto ou serviccedilo (atraveacutes de pesquisa de mercado) como estaacute segmentado
crescimento do mercado atributos do consumidor anaacutelise da concorrecircncia qual a sua
fatia de mercado e dos concorrentes etc (DORNELAS 2012 p 103)
22110 Estrateacutegia de marketing
Deve ser apresentado o objetivo da empresa para vender seu produtoserviccedilo
e consolidar seus clientes e ampliar sua demanda Deve ser informada sua estrateacutegia
de venda especificidades do produtoserviccedilo preccedilos puacuteblico-alvo canais de
distribuiccedilatildeo projeccedilatildeo das vendas (DORNELAS 2012 p 103)
22
22111 Plano financeiro
Na seccedilatildeo financeira deve mostrar em nuacutemeros todas as accedilotildees planejadas
para a empresa e suas evidecircncias por meio de projeccedilotildees futuras para um negoacutecio
bem sucedido
Deve conter demonstrativo de fluxo de caixa com horizonte de pelo menos trecircs anos balanccedilo patrimonial anaacutelise do ponto de equiliacutebrio necessidades de investimento demonstrativos de resultados anaacutelise de indicadores financeiros do negoacutecio como faturamento previsto margem prevista prazo de retorno sobre o investimento inicial (payback) taxa interna de retorno (TIR) etc (DORNELAS 2012 p 103-104)
22112 Anexos
Nesta seccedilatildeo deve incluir todos os dados considerados importantes para
melhor compreensatildeo do plano de negoacutecios O que natildeo pode ser deixado de anexar eacute
o curriculum vitae dos soacutecios da empresa (DORNELAS 2012 p 104)
23 VIABILIDADE ECONOcircMICO-FINANCEIRA
Analisar o empreendimento economicamente para verificar se o projeto eacute
viaacutevel e lucrativo ou natildeo eacute uma das decisotildees fundamentais de qualquer
empreendedor
A anaacutelise de investimento eacute um mecanismo aacutegil praacutetico e seguro que ajuda
profissionais de inuacutemeras aacutereas no processo de anaacutelise de tomada de decisotildees
financeiras (REBELATTO p 141)
Lapponi (2007 p 123) afirma que
O objetivo da decisatildeo de investimento ou do orccedilamento de capital eacute maximizar o valor da empresa A decisatildeo de alocaccedilatildeo do capital em projeto de investimento eacute fundamental para o sucesso pois os recursos da empresa
23
satildeo comprometidos por longo tempo na direccedilatildeo de seu futuro desejado e isso envolve um grande esforccedilo de tempo e de gerenciamento Cada projeto aprovado eacute um desembolso realizado pela empresa coma expectativa de obter benefiacutecios futuros quantificados pela geraccedilatildeo de um fluxo de retornos adequados em geral por um prazo maior do que um ano
A carecircncia de recursos financeiros diante das muitas necessidades faz com
que seja crucial aperfeiccediloar sua utilizaccedilatildeo A anaacutelise antecipada de investimento
possibilita que se racionalize a forma como os recursos de capital satildeo utilizados
(REBELATTO 2004 p 141)
Para analisar a viabilidade de um projeto economicamente eacute necessaacuterio reunir
uma seacuterie de informaccedilotildees e de dados que precisam ser organizados para atingir seu
objetivo final que eacute o de facilitar a tomada de decisatildeo Vale salientar que o projeto
deve ser um documento que tenha a capacidade de mostrar de uma maneira loacutegica a
visatildeo estrateacutegica do negoacutecio (MACHADO 2002 p 144)
231 Fluxo de caixa
O fluxo de caixa eacute o melhor guia para uma administraccedilatildeo financeira eficiente
de qualquer negoacutecio
O fluxo de caixa eacute a reproduccedilatildeo graacutefica de uma movimentaccedilatildeo financeira ldquoAs
movimentaccedilotildees monetaacuterias satildeo identificadas temporalmente por meio de um conjunto
de entradas e saiacutedas de caixa definido como diagrama de fluxo de caixardquo Essa
representaccedilatildeo proporciona a visualizaccedilatildeo em diferentes momentos com o que estaacute
ocorrendo com o capital (REBELATTO 2004 p 150)
ldquoA identificaccedilatildeo e a quantificaccedilatildeo das estimativas relevantes do projeto satildeo o
iniacutecio da construccedilatildeo do fluxo de caixa do projeto para empresa em funcionamentordquo
(LAPPONI 2007 p 347)
O fluxo de caixa eacute um composto de entradas e saiacutedas de valores monetaacuterios
(dinheiro) no decorrer de um determinado periacuteodo Bem como evidenciar uma opccedilatildeo
possiacutevel de transaccedilotildees financeiras ou seja pagamentos agrave vista pagamentos a prazo
tiacutetulos originais etc (REBELATTO 2004 p 151)
24
232 Valor Presente Liacutequido (VPL)
ldquoO Valor presente liacutequido (VPL) ou valor atual liacutequido (VAL) eacute o valor atual das
entradas de caixa (retornos de capital esperados) incluindo o valor residual (se
houver) menos o valor atual das saiacutedas de caixardquo (REBELATTO 2004 p 214)
A foacutermula para chegar ao VPL eacute (LAPPONI 2007 p 125)
119881119875119871 = minus119868 +119865119862
(1 + 119870)119899
Onde
I= custo inicial ou desembolso inicial
FC= fluxo de caixa
K= taxa requerida
n= prazo de anaacutelise
Rebelatto (2004 p214) afirma que os paracircmetros para que o projeto seja
aceito se refere ao valor presente liacutequido (VPL)
VPLgt0 o projeto eacute aceito
VPLlt0 o projeto eacute rejeitado
VPL=0 o projeto pode ser aceito ou natildeo pois natildeo cria e nem destroacutei
valor para empresa
Para Lapponi (2007 p 134-135) as principais vantagens do VPL satildeo
Considera o fluxo de caixa do projeto na sua totalidade
Considera o valor monetaacuterio (dinheiro) no tempo
Tem a capacidade de medir o valor criado ou destruiacutedo pelo projeto
Pode ser utilizado na avaliaccedilatildeo do projeto independentemente do tipo de
fluxo de caixa utilizado
Seleciona o projeto mais viaacutevel economicamente
25
233 Taxa Interna de Retorno (TIR)
ldquoTaxa Interna de Retorno (TIR) eacute a taxa de desconto que torna o valor atual
liacutequido (VAL) do investimento igual a zero Tambeacutem eacute chamada de taxa interna efetiva
de rentabilidaderdquo (REBELATTO 2004 p 217)
No projeto do tipo simples com o aumento da taxa requerida o VPL do projeto tende ao valor do custo inicial pois o VPL eacute uma funccedilatildeo decrescente da taxa requerida Portanto a decisatildeo com o meacutetodo TIR somente deve ser feita em projetos simples que garantem a existecircncia de uma uacutenica TIRgt -100 Nos outros tipos de fluxo de caixa em geral o meacutetodo da TIR natildeo deve ser utilizado pois haacute a possibilidade de muacuteltiplas TIRs Sendo a TIR a taxa de juro que zera o VPL do projeto simples para qualquer taxa requerida K menor que a TIR o VPL seraacute positivo e para qualquer taxa requerida K maior que a TIR o VPL seraacute negativo (LAPPONI 2007 p 175-176)
Rebelatto (2004 p 217) complementa afirmando que a TIR eacute um meacutetodo
aprimorado de anaacutelise de investimento sendo possivelmente uma das mais usadas
para avaliar projetos econocircmicos A TIR deve ser comparada com a taxa miacutenima de
atratividade (TMA) para analisar se o projeto seraacute aceito ou natildeo
Sendo assim Lapponi (2007 p 176) considera que
Se TIR gt TMA o projeto deve ser aceito pois eacute economicamente viaacutevel
Se TIR lt TMA o projeto deve ser recusado pois eacute economicamente
inviaacutevel
Se TIR = TMA eacute indiferente investir no projeto pois o mesmo natildeo criaraacute
e nem destruiraacute valor da empresa
ldquoA grande vantagem da TIR como indicador de decisatildeo eacute que prescinde de
informaccedilotildees externas ao projeto Tudo que o analista necessita eacute conhecer o perfil do
projeto e alguma ideia de magnitude da taxa de jurosrdquo (MACHADO 2002 p 127)
26
234 Periacuteodo de retorno de investimento (Payback)
ldquoO payback eacute o periacuteodo de tempo em que ocorre o retorno do investimento
Calculado no fluxo de caixa de vida uacutetil de dez anos o payback apresenta-se de vaacuterias
maneiras para cada tipo de empresardquo (BRITO 2003 p 51)
Uma empresa pode nomear o payback como um dos paracircmetros para escolha
de um projeto a fim de minimizar seus riscos Mesmo sendo esse um meacutetodo faacutecil e
simples na praacutetica eacute um dos mais utilizados para efetuar a mediccedilatildeo econocircmica de um
projeto (REBELATTO 2004 p 230)
Segundo Rebelatto (2004 p 231) a foacutermula baacutesica que demonstra o caacutelculo
do payback em fluxos de caixas regulares eacute
PB =I0
FC
Onde
PB= Payback
I0= Investimento inicial
FC= Fluxo de caixa regular
Para executar o meacutetodo payback eacute crucial estabelecer o tempo maacuteximo de
toleracircncia TMT para resgatar o custo inicial ldquoPara decidir se o projeto deve ser aceito
o payback deve ser comparado com o valor de referecircncia TMT de forma querdquo
(LAPPONI 2007 p 245)
Se PB lt TMT o projeto deve ser aceito
Se PB gt TMT o projeto deve ser recusado
A principal vantagem para utilizaccedilatildeo do meacutetodo payback eacute que ele reflete a
liquidez do projeto e por consequecircncia eacute possiacutevel efetuar a avaliaccedilatildeo do risco de natildeo
recuperar o investimento (REBELATTO 2004 p 230)
27
3 METODOLOGIA
Este capiacutetulo tem por objetivo descrever os procedimentos e teacutecnicas
utilizados na pesquisa considerando o problema e aos objetivos gerais e especiacuteficos
Para a execuccedilatildeo da revisatildeo bibliograacutefica realizada neste estudo foi utilizado
livros de especialistas na aacuterea os principais temas abordados foram o
empreendedorismo que eacute um assunto chave quando surge uma ideia para um novo
negoacutecio plano de negoacutecios que eacute um elemento fundamental para o sucesso ou
fracasso de um empreendimento e a viabilidade econocircmico-financeira tema
fundamental visto que o objetivo geral da pesquisa eacute mensurar se a mesma eacute viaacutevel
ou natildeo economicamente
Foi elaborada uma anaacutelise de mercado que estaacute disponiacutevel no item 41 deste
estudo atraveacutes da mesma foi identificado que os principais clientes satildeo das classes
A e B de Curitiba regiatildeo metropolitana no item 42 foi efetuado um levantamento do
tamanho do negoacutecio onde foi definida a capacidade produtiva o investimento inicial e
a localizaccedilatildeo do empreendimento no item 44foi elaborado o fluxo de caixa que
demonstra as previsotildees financeiras do periacuteodo de 5 anos o meacutetodo utilizado para
elaborar a pesquisa foi um estudo de caso de natureza exploratoacuteria quantitativa e
anaacutelise documental
O estudo de caso eacute evidenciado por um estudo minucioso e cansativo de um
ou poucos objetivos desta forma propicia um vasto e detalhado conhecimento sobre
o assunto uma missatildeo praticamente impossiacutevel mediante as outras maneiras de
delineamentos consideradas (GIL 2008 p 57-58)
Prodanov e Freitas (2013 p60) afirmam que o estudo de caso consiste em
recolher e analisar dados sobre determinado indiviacuteduo famiacutelia grupo ou comunidade
com a finalidade de estudar diferentes aspectos das suas vidas conforme o assunto
da pesquisa
Jaacute as pesquisas exploratoacuterias satildeo definidas por Gil (2008 p 27) como as que
Tecircm como principal finalidade desenvolver esclarecer e modificar conceitos e ideias tendo em vista a formulaccedilatildeo de problemas mais precisos ou hipoacuteteses pesquisaacuteveis para estudos posteriores De todos os tipos de pesquisa estas satildeo as que apresentam menor rigidez no planejamento Habitualmente envolvem levantamento bibliograacutefico e documental entrevistas natildeo padronizadas e estudos de caso
28
A pesquisa quantitativa ldquoconsidera que tudo pode ser quantificaacutevel o que
significa traduzir em nuacutemeros opiniotildees e informaccedilotildees para classificaacute-las e analisaacute-lasrdquo
Eacute necessaacuteria a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas estatiacutesticas tais como porcentagem meacutedia
moda desvio-padratildeo coeficiente de correlaccedilatildeo etc (PRODANOV FREITAS 2013
p 69)
Muitos dados que satildeo utilizados em pesquisas satildeo adquiridos indiretamente
por meio de documentosrdquo como livros jornais papeacuteis oficiais registros estatiacutesticos
fotos discos filmes e viacutedeos que satildeo obtidos de maneira indiretardquo Essas fontes
documentais tecircm a capacidade de disponibilizar ao pesquisador um grande nuacutemero
de informaccedilotildees com bastante qualidade para evitar a perda de tempo (GIL 2008 p
147)
Este modelo de pesquisa foi utilizado para definir os principais clientes quais
os produtos que seratildeo vendidos a capacidade produtiva assim como a viabilidade
econocircmico-financeira e operacional do negoacutecio
29
4 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES
41 ANAacuteLISE DE MERCADO
Woiler e Mathias (1994 p41) e Rebelatto (2004 p01) afirmam que a anaacutelise
de mercado eacute um dos pontos mais relevantes para elaboraccedilatildeo de um projeto Atraveacutes
do estudo do mercado obtemos muitas informaccedilotildees tais como
Fazendo a comparaccedilatildeo entre demanda e a oferta encontramos a
possiacutevel escassez da demanda futura Esse resultado proporcionaraacute
informaccedilotildees para que seja definida a escala de produccedilatildeo do projeto
A regiatildeo geograacutefica em que o produto pode ser vendido eacute um dos pontos
mais significativos para que seja definida a localizaccedilatildeo do empreendimento
O preccedilo de venda os custos de comercializaccedilatildeo e os estoques nos
canais de comercializaccedilatildeo satildeo informaccedilotildees relevantes para que seja
elaborada a projeccedilatildeo do projeto
Vale salientar que esses satildeo apenas alguns elementos importantes que eacute
possiacutevel identificar na anaacutelise de mercado existe muitos outros dados que satildeo obtidos
com a mesma
411 Mercado consumidor
ldquoTodas as decisotildees relacionadas a novos empreendimentos contecircm certo
grau de incerteza tanto no que diz respeito agrave informaccedilatildeo na qual as decisotildees estatildeo
baseadas como no que diz respeito agraves suas consequecircnciasrdquo (SEBRAE)
Chiavenato acredita que os clientes tecircm a capacidade de alavancar ou
derrubar um empreendimento ldquoUm cliente pode ser uma organizaccedilatildeo uma empresa
um usuaacuterio dos produtosserviccedilos ou um consumidor finalrdquo Eacute quem adquiri os
produtosserviccedilos ofertados pela organizaccedilatildeo no final da cadeia de transaccedilotildees Eacute ele
que estabelece direta ou indiretamente se o empreendimento teraacute ecircxito ou natildeo Por
30
isso o cliente deve ser considerado como o principal patrimocircnio da empresa (2007
p 207)
Segundo dados do censo 2010 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e
estatiacutestica) dos 576190 (quinhentos e setenta e seis mil cento e noventa) domiciacutelios
de Curitiba 292965 (duzentos e noventa e dois mil novecentos e sessenta e cinco)
possuem renda de mais de 5 a mais de 20 salaacuterios miacutenimos sendo assim cerca de
5085 dos domiciacutelios curitibanos estatildeo enquadrados nas classes A e B Ainda
segundo o IBGE cerca de 137922 (cento e trinta e sete mil novecentos e vinte e dois)
domiciacutelios curitibanos tecircm renda de mais de 10 salaacuterios miacutenimos o que representa
uma meacutedia de 24 dos domiciacutelios de Curitiba
Mais de 249000 (duzentos e quarenta e nove mil) pessoas que residem em
Curitiba cerca de 1423 da populaccedilatildeo tem rendimento mensal de mais de 5 salaacuterios
miacutenimos conforme Tabela 1
TABELA 1 - RESULTADOS DA AMOSTRA - RENDIMENTO POR PESSOA EM CURITIBA
Quantidade de pessoas Salaacuterios miacutenimos
153011 Mais de 5 a 10 salaacuterios miacutenimos
38692 Mais de 10 a 15 salaacuterios miacutenimos
25427 Mais de 15 a 20 salaacuterios miacutenimos
18264 Mais de 20 a 30 salaacuterios miacutenimos
13791 Mais de 30 salaacuterios miacutenimos
FONTE IBGE - CENSO DEMOGRAacuteFICO 2010
Curitiba possui uma populaccedilatildeo de mais de 1750000 (um milhatildeo setecentos
e cinquenta mil habitantes) segundo censo IBGE 2010 sendo que 932000
(novecentos e trinta e dois mil) pessoas com o estado civil de solteiro viuacutevo
divorciado separado judicialmentedesquitado isso mostra que tem muitas pessoas
que podem fazer festas de casamento e necessitar dos produtos que seratildeo ofertados
tais como bolos artiacutesticos doces finos e bem casados
Segundo as estatiacutesticas do registro civil do IBGE ocorreram em Curitiba e
regiatildeo metropolitana no ano 2012 exatamente 18877 (dezoito mil oitocentos e setenta
e sete) casamentos sendo que nos meses de setembro a dezembro foi onde ocorreu
um maior nuacutemero um total de 7828 (sete mil oitocentos e vinte e oito) casamentos o
que representa um total de 4147 dos casamentos ocorrem nesses quatro meses
do ano
31
TABELA 2 - CASAMENTOS POR MEcircS DE REGISTRO SEGUNDO O LUGAR DO REGISTRO ndash 2012
Lugar do registro
Casamentos por mecircs do registro
Total de
registros Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
RM Curitiba 18877 1466 1250 1572 1282 1403 1533 1248 1255 1735 1753 2118 2262
Curitiba 10351 848 692 857 692 724 872 658 658 971 968 1237 1174
FONTE IBGE DIRETORIA DE PESQUISAS COORDENACcedilAtildeO DE POPULACcedilAtildeO E INDICADORES SOCIAIS ESTATIacuteSTICAS DO REGISTRO CIVIL 2012
Nessa perspectiva foi definido que o mercado que a empresa de bolos e doces
finos vai atuar eacute de Curitiba e regiatildeo metropolitana com foco nas pessoas das classes
A e B com estado civil solteiro divorciado separado judicialmentedesquitado e viuacutevo
412 Produtos que seratildeo vendidos
ldquoNo coraccedilatildeo de uma grande marca haacute um grande produto O produto-chave
na oferta ao mercado Liacutederes de mercado geralmente oferecem produtos e serviccedilos
de qualidade superiorrdquo (KOTLER KELLER 2006 p 366)
Os principais produtos fornecidos seratildeo
Bolos artiacutesticos
FOTO1 - BOLO ARTIacuteSTICO FONTE WANDA CARDOSO - BOLOS ARTIacuteSTICOS amp DOCES
32
Bolos de copa
FOTO2 - BOLO DE COPA FONTE ELABORADO PELO AUTOR
FOTO3 - BOLO DE COPA FONTE ELABORADO PELO AUTOR
Naked cake
FOTO4 - NAKED CAKE FONTE DOCES PENEacuteLOPE
33
Doces Tradicionais
FOTO5 - DOCES TRADICIONAIS FONTE ELABORADO PELO AUTOR
Doces Espelhados
FOTO6 - DOCES ESPELHADOS FONTE PRONTO SOCORRO DAS FESTAS
Doces Finos
FOTO 7 - DOCES FINOS FONTE COMPRANDO MEU APE
34
Brigadeiros gourmet
FOTO8 - BRIGADEIROS GOURMET FONTE ELABORADO PELO AUTOR
Tacinhas acriacutelicas
FOTO9 - TACINHAS ACRIacuteLICAS FONTE BUFFET DELIacuteCIAS DA VI
Trufas
FOTO 10 - TRUFAS FONTE FOGAtildeO DA VOVOacute
35
Bombons
FOTO11 - BOMBONS FONTE DALVA GOLDEN GATE
Bem casados
FOTO12 - BEM CASADOS FONTE CASAMENTO SEM ERRO
FOTO13 - BEM CASADOS FONTE CASAMENTO SEM ERRO
36
413 Preccedilo de venda
A definiccedilatildeo do preccedilo dos produtos eacute uma das decisotildees mais relevantes da
organizaccedilatildeo que deve levar em conta a forma como a empresa deseja se posicionar
no mercado os custos a concorrecircncia e a rentabilidade almejada
O preccedilo eacute um dos elementos mais versaacuteteis pode ser modificado rapidamente
ao contraacuterio das propriedades dos produtos dos contratos com canais de distribuiccedilatildeo
e ateacute mesmo das promoccedilotildees O Preccedilo tem tambeacutem a tarefa de mostrar ao mercado o
posicionamento de valor desejado pela empresa para o seu produto ou marca
(KOTLER KELLER 2006 p 428)
A consolidaccedilatildeo dos preccedilos dos produtos seraacute elaborada levando em conta os
custos para se obter os produtos com a qualidade requinte e sofisticaccedilatildeo desejada
com a margem de lucro esperada e se baseando nos preccedilos praticados pela
concorrecircncia
414 Previsatildeo de vendas
Para Chiavenato (2007 p 2013)
A previsatildeo de vendas representa a quantidade de produtosserviccedilos que a empresa pretende vender ou colocar no mercado durante um determinado periacuteodo geralmente um mecircs ou um ano dividido em meses Constitui portanto uma estimativa ou uma expectativa de vendas Pode ser feita em unidades fiacutesicas ou em valores monetaacuterios
A produccedilatildeo vai ser em meacutedia de 5600 doces (doces finos gourmet e bem
casados) e 4 bolos procurando atender em meacutedia 4 eventos por semana e ateacute 16
eventos por mecircs sendo que nos meses de setembro a dezembro essa demanda
aumenta pelo motivo de historicamente ter um nuacutemero maior de casamentos
37
415 Definiccedilatildeo de local de venda dos produtos
ldquoA venda eacute a fase fundamental do processo de vendas Consiste na
transferecircncia do produtoserviccedilo para o cliente ou consumidorrdquo (CHIAVENATO 2007
p 210)
As vendas vatildeo ocorrer atraveacutes de site proacuteprio redes sociais telefone e
pessoalmente natildeo teremos loja fiacutesica apenas um ateliecirc para confecccedilatildeo dos bolos e
doces onde vai conter uma sala anexa na qual vai ser oferecido o serviccedilo de
degustaccedilatildeo com horaacuterios marcados para assim o cliente decidir quais os produtos
seratildeo adquiridos para o seu evento e fechamento de contrato
416 Definiccedilatildeo da demanda e da oferta
Na maior parte das encomendas os clientes solicitam os doces finos e
gourmet que contecircm chocolates frutas oleaginosas tais como castanhas nozes
avelatildes amecircndoas frutas como framboesa morango damasco cerejas e os bem
casados Os bolos mais solicitados satildeo os com decoraccedilatildeo de pasta americana que
deve obrigatoriamente ter recheios mais firmes como ganaches fios de ovos
strogonoff de nozes e os naked cake (bolo pelado) que possuem mais opccedilotildees de
recheios com chocolates frutas diversas e cremes de pacirctisserie
Em contato com algumas empresas que fornecem o mesmo tipo de produto
foi possiacutevel verificar que as encomendas devem ser feitas com antecedecircncia miacutenima
de 6 meses sendo que alguns casos somente com um ano de antecedecircncia para
conseguir na data desejada Esse eacute um dos pontos que mostra que tem espaccedilo
suficiente para entrada nesse mercado
38
417 Concorrentes
Chiavenato (2007 p 33) Kotler e Keller (2006 p 340) afirmam que os
concorrentes satildeo as organizaccedilotildees que competem pelos mesmos fornecedores
clientes e consumidores
ldquoAgrave medida que seus produtosserviccedilos tornam-se mais heterogecircneos tanto
mais heterogecircneos e diferenciados seratildeo seus concorrentes e tanto mais complexa
seraacute a competitividaderdquo (CHIAVENATO 2007 p 33)
Em busca na internet foi possiacutevel identificar que atualmente existe em meacutedia
25 concorrentes reais que oferecem exatamente os mesmos produtos que seratildeo
fornecidos com o mesmo padratildeo de qualidade valor agregado requinte e
sofisticaccedilatildeo Tambeacutem foi detectado mais 14 concorrentes potenciais que vendem
produtos similares aos que seratildeo vendidos poreacutem natildeo possuem o mesmo valor
agregado dos que vatildeo ser ofertados Foi possiacutevel identificar que alguns concorrentes
oferecem somente os doces finos dos quais foram identificados mais 3 concorrentes
reais e 3 concorrentes potenciais E foi detectado que existem concorrentes que
fornecem apenas os bolos artiacutesticos dos quais foi identificado 4 concorrentes reais
todos fornecem os bolos com o mesmo niacutevel de qualidade que seratildeo fornecidos
A tabela 3 mostra a divisatildeo dos concorrentes reais e potenciais que fornecem
bolos e doces por bairro de Curitiba
39
TABELA 3 - CONCORRENTES QUE FORNECEM BOLOS E DOCES POR BAIRRO
Bairro Quantidade de Concorrentes Reais
Quantidade de Concorrentes Potenciais
Aacutegua Verde 4 1
Ahuacute 1
Bairro Alto 2 1
Barreirinha 1
Barreirinha 1
Bom Retiro 1
Campo Comprido 1
Campo Comprido 1
Cidade Industrial 1
Colombo 1
Fazenda Rio Grande 1
Hauer 1
Hugo Lange 1
Mercecircs 1
Novo Mundo 2 1
Novo Mundo 1
Portatildeo 1
Portatildeo 1
Santa Cacircndida 1
Santa Felicidade 1 1
Santo Inaacutecio 1 1
Satildeo Joseacute dos Pinhais 1
Seminaacuterio 1
Sitio Cercado 1
Tarumatilde 1
Vila Izabel 1
Natildeo Informado 1 2
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
418 Forma de divulgaccedilatildeo dos concorrentes
Todas as empresas pesquisadas que fornecem produtos similares aos que
vamos fornecer utilizam sites proacuteprios e as redes sociais para fazer divulgaccedilatildeo dos
seus produtos todas fazem degustaccedilatildeo para os clientes conhecerem os seus
produtos e posteriormente fechar um contrato
40
42 TAMANHO DO NEGOacuteCIO
421 Capacidade produtiva
A capacidade produtiva vai ser para atender ateacute 4 eventos por semana A
produccedilatildeo vai ser de ateacute 5600 doces (doces finos gourmet e bem casados) e 4 bolos
atendendo ateacute 4 eventos por final de semana e ateacute 16 eventos por mecircs sendo que
nos meses de setembro a dezembro essa demanda aumenta pelo motivo de
historicamente ter um nuacutemero maior de casamentos
422 Investimento
Um dos pontos mais relevantes para abertura de uma empresa eacute a
determinaccedilatildeo do capital miacutenimo para dar iniacutecio nas atividades e principalmente como
obter este capital ldquoEacute com o capital inicial que a empresa tem condiccedilotildees de reunir os
recursos empresariais necessaacuterios ao seu funcionamento sejam eles recursos
humanos materiais ou financeirosrdquo A determinaccedilatildeo do capital eacute o que estabelece a
quantidade de recursos empresariais que a empresa tem disponiacutevel Indiscutivelmente
quanto maior for o volume de recursos empresariais mais faacutecil se torna o desempenho
da empresa Quando todos os recursos necessaacuterios para seu funcionamento estatildeo agrave
disposiccedilatildeo a administraccedilatildeo do empreendimento fica mais simples (CHIAVENATO
2007 p84)
Cabe acrescentar que (LAPPONI 2007 p 321)
O custo inicial refere-se aos desembolsos realizados para aquisiccedilatildeo de equipamentos ou outros ativos fixos incluindo o pagamento de fretes seguros instalaccedilotildees despesas operacionais iniciais com materiais e matildeo de obra treinamento de pessoal de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo etc resumindo o custo inicial inclui todos os desembolsos necessaacuterios para adquirir os ativos necessaacuterios e que estejam em condiccedilotildees de operar e gerar as receitas estimadas
41
O empreendimento iniciaraacute suas atividades com capital investido com
recursos proacuteprios da empreendedora
As estimativas de investimento inicial para abertura da empresa foi de
R$5162851 conforme tabela 4
TABELA 4 - INVESTIMENTO INICIAL
Descriccedilatildeo Valor (R$)
Maacutequinas e equipamentos Cozinha R$ 3084878
Utensiacutelios R$ 555075
Moacuteveis para escritoacuterio R$ 268982
Equipamentos de informaacutetica e eletrocircnicos R$ 446204
Outros custos escritoacuterio R$ 48912
Uniformes R$ 155800
Pintura Imoacutevel R$ 500000
Porta de Vidro R$ 103000
Total R$ 5162851
FONTE ELABORADO PELO AUTOR (2015)
423 Localizaccedilatildeo
Seraacute locado um imoacutevel para a instalaccedilatildeo da empresa localizado na Rua Heitor
Baggio Vidal 2508 Bairro Alto Curitiba ndash PR com o valor do aluguel mensal de
R$160000 (mil e seiscentos reais) O espaccedilo interno de 95msup2 seraacute dividido em trecircs
partes a primeira com 20msup2 vai ficar a recepccedilatildeo para receber os clientes efetuar
orccedilamentos e as degustaccedilotildees a segunda com 71msup2 a cozinha industrial onde seratildeo
fabricados os bolos e doces finos e a terceira com 4msup2 o lavabo
42
FOTO14 - FOTO DO IMOacuteVEL ONDE SERAacute INSTALADA A EMPRESA FONTE MP IMOacuteVEIS
424 Entregas
As entregas dos bolos e doces finos seratildeo efetuadas por uma empresa
parceira localizada no Bairro Alto o preccedilo das entregas em Curitiba e regiatildeo
metropolitana variam de R$2400 (vinte e quatro reais) a R$6000 (sessenta reais)
dependendo da localizaccedilatildeo tais valores seratildeo cobrados dos clientes
43 CAPITAL DE GIRO
O capital de giro inicial foi estimado levando em conta que no primeiro ano a
empresa vai produzir 8333 da sua capacidade atendendo em meacutedia 13 ventos
mensalmente sendo assim foram considerados os gastos operacionais necessaacuterios
para o iniacutecio das atividades incluindo o custo fixo mensal e o estoque inicial ambos
multiplicados por 2 e acrescidos de um percentual de 10 de margem de seguranccedila
para despesas natildeo previstas
43
TABELA 5 - CAPITAL DE GIRO
Item Valor (R$)
Estoque Inicial 5144000
Custo Fixo Mensal 3194783
Reserva (10) 833878
Total do Capital de Giro Inicial 9172662
FONTE ELABORDO PELO AUTOR
44 FLUXO DE CAIXA
ldquoFluxo de Caixa eacute um Instrumento de gestatildeo financeira que projeta para
periacuteodos futuros todas as entradas e as saiacutedas de recursos financeiros da empresa
indicando como seraacute o saldo de caixa para o periacuteodo projetadordquo (SEBRAE)
Na tabela 6 eacute apresentada a projeccedilatildeo do Fluxo de Caixa da empresa para os
seus primeiros cinco anos onde fica evidenciado que do primeiro ateacute o quinto ano a
sauacutede financeira da empresa melhora gradativamente sendo que no final do quinto
ano o saldo em caixa ultrapassa os 300 se comparado com o saldo em caixa no
final do primeiro ano
Pode-se observar que natildeo foi inserida no fluxo de caixa a opccedilatildeo de
inadimplecircncia pois todos os pagamentos seratildeo efetuados agrave vista em dinheiro ou
cartatildeo sendo que o pagamento total dos produtos deve ser efetuado no miacutenimo 10
dias antes da data do evento
44
TABELA 6 - PROJECcedilAtildeO DE FLUXO DE CAIXA NOS PRIMEIROS CINCO ANOS
Descriccedilatildeo Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5
Investimento Inicial (5162851)
Capital de Giro (9172662) 9172662
Valor Residual 1548855
Total de entradas 000 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873
Previsatildeo Receitas de vendas 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873
Total de Saiacutedas (14335513) (44888699) (54283425) (59479393) (64738409) (70291804)
(-)Fornecedores (25720000) (33641760) (36669518) (39969775) (43567055)
(-)Folha de pagamento (3267192) (3593911) (3953302) (4348633) (4783496)
(-)Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)
(963216) (1011377) (1061946) (1115043) (1170795)
(-)Retiradas soacutecios (2400000) (2640000) (3432000) (3946800) (4341480)
(-)Impostos s vendas (4654291) (5073177) (5573767) (6075406) (6622192)
(-)Alugueacuteis (1920000) (2016000) (2116800) (2222640) (2333772)
(-)Energia eleacutetrica (840000) (882000) (926100) (972405) (1021025)
(-)Aacutegua (300000) (315000) (330750) (347288) (364652)
(-)Telefone (384000) (403200) (423360) (444528) (466754)
(-)Gaacutes (588000) (617400) (648270) (680684) (714718)
(-)Serviccedilos contabilidade (960000) (1008000) (1058400) (1111320) (1166886)
(-)Manutenccedilatildeo (600000) (630000) (661500) (694575) (729304)
(-)Outras despesas com funcionaacuterios
(1296000) (1405800) (1525590) (1656320) (1799030)
(-)Taxas bancaacuterias (96000) (100800) (105840) (111132) (116689)
(-)Outros pagamentos (900000) (945000) (992250) (1041863) (1093956)
Entradas - Saiacutedas (14335513) 12981301 21410535 23027023 25193585 27734070
Depreciaccedilatildeo 000 (631377) (631377) (631377) (631377) (631377)
Saldo Final (14335513) 12349924 20779158 22395647 24562208 37824209
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
A depreciaccedilatildeo foi calculada considerando o prazo de vida uacutetil meacutedio de 10
anos das maacutequinas equipamentos instalaccedilotildees moacuteveis e utensiacutelios e para os
computadores e perifeacutericos foi considerado o prazo de vida uacutetil de 5 anos conforme
demonstrado na tabela 7
TABELA 7 - DEPRECIACcedilAtildeO
Item Valor Inicial Taxa Anual Depreciaccedilatildeo Anual (R$)
Maacutequinas e equipamentos 3084878 10 308488
Instalaccedilotildees 103000 10 10300
Moacuteveis e Utensiacutelios 824057 10 82406
Computadores e Perifeacutericos 446204 20 89241
Outros 704712 20 140942
Total 631377
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
45
O valor residual dos equipamentos e instalaccedilotildees da empresa no final do quinto
ano foi considerado em 30 referente ao valor de aquisiccedilatildeo dos mesmos no iniacutecio do
projeto
45 ANAacuteLISE DOS INDICADORES (VPL TIR E PAYBACK)
451 Valor Presente Liacutequido (VPL)
A tabela 8 mostra que o VPL (Valor Presente Liacutequido) eacute positivo isso significa
que aleacutem de recuperar o investimento inicial ainda vai ser agregado ao valor da
empresa um montante de R$ R$50392407 (quinhentos e trecircs mil novecentos e vinte
quatro reais e sete centavos)
A taxa de retorno requerida de 20 foi determinada levando em conta o niacutevel
de risco do projeto e visando o valor desejado para se obter em cima do valor
investido
TABELA 8 - CALCULO DO VALOR PRESENTE LIacuteQUIDO (VPL)
Anos FC k 2000
0 -$143355 VPL $50392407
1 $123499 VPL $50392407
2 $207792 VPL $50392407
3 $223956 VPL $21761126
4 $245622 VPL $21761126
5 $378242 Decisatildeo Aceitar o Projeto
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
452 Taxa Interna de Retorno (TIR)
Conforme a tabela 9 eacute possiacutevel verificar que a TIR (Taxa Interna de Retorno)
eacute de 11593 maior que a taxa requerida de 20 isso significa que custo inicial seraacute
46
recuperado e o projeto vai criar valor para empresa mais um resultado favoraacutevel para
a aceitaccedilatildeo do projeto
TABELA 9 - TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR)
Anos FC
0 -$143355 TIR 11593
1 $123499 TIR 2168
2 $207792 TIR 2168
3 $223956 Decisatildeo
4 $245622 k 2000
5 $378242 Aceitar o projeto
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
453 Payback
O tempo de recuperaccedilatildeo do custo inicial ocorre normalmente entre o quarto e
o quinto ano se for feita a anaacutelise da tabela 10 eacute possiacutevel verificar que o tempo
necessaacuterio para o retorno do investimento (payback) do projeto eacute de 128 anos este
indicador mostra claramente que o projeto deve ser aceito pois o tempo de retorno
estaacute bem abaixo do tempo meacutedio dos empreendimentos como um todo
TABELA 10 - PAYBACK
k 20
Anos FC SPresente
0 -$143355 -$143355 PBD-SP = 128
1 $123499 -$40439 128
2 $207792 $103861
3 $223956 $233465
4 $245622 $351917
5 $378242 $503924
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
47
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Para iniciar um negoacutecio requer muito mais do que apenas o espiacuterito
empreendedor eacute necessaacuterio ter lideranccedila conhecimento sobre o mercado que deseja
atuar organizaccedilatildeo e principalmente planejamento
O principal objetivo desse estudo foi analisar a viabilidade econocircmico-
financeira da abertura de uma empresa de bolos e doces finos no Bairro Alto em
Curitiba
O objetivo apresentado nesta pesquisa foi atingido pois todos os indicadores
analisados mostram com clareza que empresa obteacutem resultados positivos que criam
valor para a mesma e com isso o projeto eacute viaacutevel economicamente pois do primeiro
ao quinto ano fica visiacutevel o crescimento do empreendimento e a melhora significativa
da sua sauacutede financeira isso fica evidenciado no saldo final em caixa no quinto ano
que chega proacuteximo haacute 400 mil reais Apesar disso eacute crucial o acompanhamento do
mercado para seguir as tendecircncias e se atualizar constantemente para tomar
decisotildees mais assertivas
Um negoacutecio mal avaliado pode arruinar a estabilidade econocircmica do
investidor por isso eacute de extrema importacircncia fazer todos os levantamentos de custos
antes de se aventurar em qualquer empreendimento
Eacute possiacutevel comprovar que a pesquisa realizada contribui positivamente para
abertura da empresa No entanto as informaccedilotildees aqui presentes natildeo satildeo estaacuteticas e
devem ser revisadas periodicamente e se preciso ateacute mesmo ampliadas no decorrer
da implantaccedilatildeo do projeto para que o mesmo seja uma ferramenta eficiente e eficaz
no desenvolvimento da empresa como um todo
48
REFEREcircNCIAS
BRITO Paulo Anaacutelise e viabilidade de projetos de investimento Satildeo Paulo Atlas 2003 DOLABELA Fernando O segredo de Luiacutesa 30 ed Satildeo Paulo Editora de Cultura 2006 DORNELAS Joseacute Carlos Assis Empreendedorismo transformando ideias em negoacutecios 4 ed Rio de Janeiro Campus Elsevier 2012 CENSO Demograacutefico 2010 Resultados gerais da amostra Curitiba IBGE 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=410690ampidtema=87ampsearch=parana|curitiba|censo-demografico-2010-resultados-gerais-da-amostra-gt Acesso em 21 de Junho de 2015 CHIAVENATO Idalberto Empreendedorismo dando asas ao espiacuterito empreendedor empreendedorismo e a viabilidade de novas empresas um guia eficiente para iniciar e tocar seu proacuteprio negoacutecio 2 ed Satildeo Paulo Saraiva 2007 ESTATIacuteSTICAS do registro civil 2012 Curitiba IBGE 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaoregistrocivil2012default_xlsshtmgt Acesso em 21 de Junho de 2015 GIL Antonio Carlos Meacutetodos e teacutecnicas de pesquisa social 6 ed Satildeo Paulo Atlas 2008 KOTLER Philip KELLER Kevin Lane Administraccedilatildeo de Marketing 12 ed Satildeo Paulo ABDR 2006 LAPPONI Juan Carlos Projetos de Investimento na Empresa Rio de Janeiro Elsevier 2007 MACHADO Jesseacute Anderson Pinto Projetos Econocircmicos uma abordagem praacutetica de elaboraccedilatildeo Satildeo Paulo Nobel 2002 MICHEL Maria Helena Metodologia e pesquisa cientiacutefica em ciecircncias sociais 2 ed Satildeo Paulo Atlas 2009 OLIVEIRA Djalma de Pinho Rebouccedilas de Planejamento estrateacutegico conceitos metodologia e praacuteticas 20 ed Satildeo Paulo Atlas 2004 PRODANOV Cleber Cristiano ERNANI Cesar de Freitas Metodologia do trabalho cientiacutefico meacutetodo e teacutecnicas da pesquisa e do trabalho acadecircmico 2 ed Novo Hamburgo Freevale 2013
49
REBELATTO Dayse Projeto de Investimento 1 ed Barueri Manole 2004 SEBRAE Pesquisa de Mercado o que eacute e para que serve Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrsitesPortalSebraeartigosPesquisa-de-mercado-o-que-C3A9-e-para-que-servegt Acesso em 21 de Junho de 2015 SEBRAE Fluxo de caixa Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrSebraePortal20SebraeAnexos0_fluxo-de-caixapdfgt Acesso em 10 de Outubro de 2015 WILDAUER Egon Walter Plano de negoacutecios elementos construtivos e processos de elaboraccedilatildeo 2 ed Curitiba Ibpex 2011 WOILER Samsatildeo MATHIAS Washington Franco Projetos planejamento elaboraccedilatildeo anaacutelise 1 ed Satildeo Paulo Atlas 1994
50
APEcircNDICES
APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL 51
APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS 52
APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL 52
51
APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL
Item Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5
Aacutegua 25000 26250 27563 28941 30388
Aluguel 160000 168000 176400 185220 194481
Assessoria Contaacutebil 80000 84000 88200 92610 97241
Gaacutes 49000 51450 54023 56724 59560
Impostos 387858 422765 464481 506284 551849
Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)
80268 84281 88495 92920 97566
Energia eleacutetrica 70000 73500 77175 81034 85085
Manutenccedilatildeo 50000 52500 55125 57881 60775
Material de escritoacuterio 20000 21000 22050 23153 24310
Material de Limpeza 40000 42000 44100 46305 48620
Folha de pagamento 272266 299493 329442 362386 398625
Seguros 15000 15750 16538 17364 18233
Telefone fixointernet 20000 21000 22050 23153 24310
Telefone Moacutevel 12000 12600 13230 13892 14586
Vale Refeiccedilatildeo 75000 82500 90750 99825 109808
Vale Transporte 33000 34650 36383 38202 40112
Proacute- labore 200000 220000 286000 328900 361790
Taxas Bancaacuterias 8000 8400 8820 9261 9724
Total R$ 1597392 R$ 1720139 R$ 1900823 R$ 2064053 R$ 2227062
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
52
APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS
Item
Produccedilatildeo mensal meacutedia
Custo unitaacuterio total
Sugestatildeo Preccedilo de venda
Custo Mensal Total
Receita de vendas
Bolos artiacutesticos (recheios diversos) 150 6000 13500 900000 2025000
Bolos de copa (recheios diversos) 30 3600 8100 108000 243000
Naked cake (recheios diversos) 60 4200 9450 252000 567000
Doces Tradicionais 32 3500 7875 112000 252000
Doces Espelhados 32 5000 11250 160000 360000
Doces Finos 32 7500 16875 240000 540000
Brigadeiros gourmet 16 4500 10125 72000 162000
Tacinhas acriacutelicas 16 5500 12375 88000 198000
Trufas 32 5000 11250 160000 360000
Bombons 32 5000 11250 160000 360000
Bem casados 3200 100 225 320000 720000
Custo produccedilatildeo Total 2572000
Receita Total 5787000
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL
Ano Receita Bruta Variaccedilatildeo anual
Ano 1 000
Ano 2 69444000 9
Ano 3 75693960 9
Ano 4 82506416 9
Ano 5 89931994 9
Valor considerando a inflaccedilatildeo de 9 aa
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
12
11 PROBLEMA
Qual a viabilidade econocircmico-financeira da abertura de uma empresa de
bolos e doces finos em Curitiba
12 OBJETIVO GERAL
Investigar qual a viabilidade da implantaccedilatildeo de uma empresa de bolos e
doces finos em Curitiba
13 OBJETIVOS ESPECIacuteFICOS
Elaborar uma anaacutelise do mercado de bolos e doces finos em Curitiba
Definir quais os produtos seratildeo vendidos
Definir a capacidade produtiva
Analisar a viabilidade econocircmico-financeira do negoacutecio
13
2 REFERENCIAL TEOacuteRICO
21 EMPREENDEDORISMO
Um projeto empreendedor se torna possiacutevel apenas se o dono da ideia estiver
disposto a assumir todas as responsabilidades e exigecircncias de abrir um negoacutecio que
sem duacutevida passaraacute a ser seu projeto de vida
Para Dolabela (2006 sn)
Se considerarmos que as empresas quase sempre comeccedilam pequenas isso chega a ser um paradoxo Principalmente porque no mundo de hoje as pequenas empresas constituem a principal fonte de empregos e satildeo responsaacuteveis em muitos paiacuteses por mais de 50 do produto interno bruto (PIB) e pelo maior volume de exportaccedilotildees aleacutem de serem as maiores geradoras de inovaccedilotildees tecnoloacutegicas desde a Segunda Guerra Mundial
Eacute possiacutevel definir empreendedorismo comordquo a capacidade que uma pessoa
possui de formular uma ideia sobre determinado produto ou serviccedilo em um mercado
seja essa ideia nova ou natildeordquo (WILDAUER 2011 p25)
Cabe acrescentar que o empreendedorismo natildeo se refere apenas a pequenos
negoacutecios e empreendimentos novos ldquoNatildeo aborda apenas a criaccedilatildeo de novos
produtos ou serviccedilos mas sim inovaccedilotildees em todos os acircmbitos do negoacuteciordquo
(CHIAVENATO 2007 p261)
Segundo Dolabela (2006 sn) se analisarmos a natureza do
empreendedorismo eacute possiacutevel observar que
A Todas as pessoas nascem empreendedoras Os humanos satildeo
empreendedores
B Empreendedorismo natildeo eacute um assunto atual existe desde a primeira
accedilatildeo inovadora com a finalidade de aperfeiccediloar as relaccedilotildees entre os homens
C Natildeo eacute apenas um fato econocircmico mas tambeacutem social
D O empreendedor estaacute em qualquer lugar natildeo apenas nas pessoas que
abrem seu proacuteprio negoacutecio
E O empreendedorismo eacute uma demonstraccedilatildeo da liberdade humana
14
F Natildeo eacute um acontecimento pessoal e nem uma habilidade que poucas
pessoas possuem eacute algo puacuteblico
G Natildeo existe a possibilidade de fazer transferecircncia de conhecimentos
empreendedores ndash ldquoao contraacuterio do que acontece por exemplo em uma aula
de geografia porque o empreendedorismo natildeo eacute um conteuacutedo cognitivo
convencionalrdquo Nesse entendimento natildeo existe a possibilidade de ensinar
mas eacute possiacutevel aprender a ser empreendedor por meio de um sistema de
ensino bem diferente do tradicional
H Eacute um assunto global e natildeo caracteriacutestico ou complementar E deve ser
apresentado na educaccedilatildeo baacutesica
I O princiacutepio do empreendedorismo e a cidadania O que por sua vez ldquoVisa
agrave construccedilatildeo do bem-estar coletivo do espiacuterito comunitaacuterio da cooperaccedilatildeo
Antes de ser aluno o estudante deve ser considerado um cidadatildeordquo
J Natildeo existe a possibilidade de definir se uma pessoa vai ter sucesso
como empreendedor
Vale enfatizar que o empreendedorismo eacute a envoltura de pessoas e
processos que juntas transformam ideias em oportunidades E a correta efetivaccedilatildeo
destas oportunidades ocasiona a criaccedilatildeo de um negoacutecio bem sucedido (DORNELAS
2012 p 28)
Chiavenato (2007 p 22) e Dornelas (2012 p29) defendem a ideia de que
1 O empreendedorismo abrange todo o processo para criar algo novo que
possua valor e seja valorizado pelo mercado
2 Que o empreendedorismo requer doaccedilatildeo disponibilidade de tempo e
vigor para tornar o novo empreendimento em um negoacutecio de sucesso
3 O empreendedorismo demanda coragem aceitaccedilatildeo de riscos
calculados e decisotildees analiacuteticas e ter flexibilidade com os obstaacuteculos falhas
e fracassos
Eacute possiacutevel concluir que o empreendedorismo eacute um fato cultural isto eacute
consequecircncia de haacutebitos accedilotildees e valores pessoais ldquoExistem famiacutelias (assim como
cidades regiotildees e paiacuteses) mais empreendedoras do que outrasrdquo A pessoa
desenvolve o empreendedorismo no conviacutevio com outros empreendedores num local
onde a possibilidade de ter o proacuteprio negoacutecio eacute visto como algo muito bom
(DOLABELA 2006 sn)
15
Diante disso natildeo eacute possiacutevel falar de empreendedorismo sem mencionar os
empreendedores pois satildeo as atitudes de pessoas que inovam assumem todos os
riscos que proporcionam o crescimento e desenvolvimento da sociedade como um
todo
211 Caracteriacutesticas e perfil do empreendedor
Ser empreendedor eacute acima de tudo ter a capacidade e a necessidade de
realizar coisas novas
O empreendedor ldquoeacute um ser social produto do meio em que vive (eacutepoca e
lugar)rdquo E se a pessoa convive em um meio onde ser empreendedor eacute considerado
algo bom teraacute motivos para abrir seu proacuteprio negoacutecio (DOLABELA 2006 sn)
O empreendedor parte da percepccedilatildeo subjetiva para percepccedilatildeo praacutetica na
qual mostram elementos que podem ser debatidos Esses elementos satildeo os mais
variaacuteveis possiacuteveis que foram originados de perguntas contestaccedilotildees e respostas
localizadas pelo empreendedor ldquoo qual natildeo precisa ser algueacutem com uma formaccedilatildeo
superior com diploma de faculdade ou algueacutem que conte com cursos teacutecnicos ou
praacuteticosrdquo (mesmo esses sendo atributos que auxilie na agilidade de formular
questionamentos e encontrar as soluccedilotildees para os mesmos) (WILDAUER 2011 p
25)
Para Dornelas (2012 p 29) empreendedor eacute a pessoa que percebe uma
oportunidade e arquiteta um negoacutecio para captar recursos calculando todos os riscos
que vai correr Em todas as definiccedilotildees de empreendedorismo nos deparamos com no
miacutenimo as seguintes particularidades em relaccedilatildeo ao empreendedor
1 Possui a atitude de criar um novo negoacutecio e amar aquilo que faz
2 Usa o capital que possui de maneira produtiva mudando o local social e
econocircmico onde estaacute inserido
3 Assume os riscos calculados e a chance do negoacutecio natildeo dar certo
Nessa mesma perspectiva Chiavenato (2007 p7) afirma que o empreendedor
eacute a pessoa que tem a capacidade de fazer as coisas acontecerem eacute favorecido pela
sua percepccedilatildeo para os negoacutecios prudecircncia na aacuterea financeira e a habilidade de
16
perceber as oportunidades Com esse conjunto de competecircncias tem a capacidade
de transformar ideias em negoacutecios O empreendedor possui uma boa imaginaccedilatildeo e eacute
persistente qualidades que combinadas de maneira correta o capacitam para
converter ideias simples em projetos objetivos e bem sucedidos
Para Wildauer (2011 p 26)
Podemos entatildeo enumerar muitas caracteriacutesticas do empreendedor sendo as principais a atitude de saber ouvir de estar atento de saber interpretar e analisar as informaccedilotildees do mercador de ter condiccedilotildees de elaborar um planejamento de suas accedilotildees futuras de traccedilar objetivos e todo um roteiro teoacuterico-praacutetico para poder atingi-lo Sem essas premissas baacutesicas o empreendedor natildeo teraacute sucesso na formulaccedilatildeo do plano de negoacutecios muito menos na sustentaccedilatildeo de seu negoacutecio
Chiavenato (2007 p 4) acredita que ldquoos empreendedores satildeo heroacuteis
populares do mundo dos negoacuteciosrdquo Que geram empregos propagam inovaccedilotildees e
estimulam o crescimento da economia Satildeo muito mais do que somente fornecedores
de produtos e serviccedilos satildeo pessoas que assumem os riscos das oscilaccedilotildees
econocircmicas
Cabe acrescentar que o empreendedor revolucionaacuterio eacute aquele que inventa
novos mercados isto eacute a pessoa cria algo exclusivo como foi o caso do Bill Gattes
fundador da Microsoft que transformou o mundo com o sistema operacional Windows
Contudo grande parte dos empreendedores cria negoacutecios em mercados jaacute existentes
e mesmo assim criam negoacutecios de sucesso (DORNELAS 2012 p30)
Wildauer (2011 p26) conclui que ldquoo empreendedor necessita de uma estrutura
de pensamento sistecircmico e visionaacuterio com base no qual estabeleceraacute metas e
desenharaacute trajetoacuterias para alcanccedilaacute-lasrdquo
22 PLANO DE NEGOacuteCIOS
Para iniciar um empreendimento eacute fundamental fazer um plano de negoacutecios
com ele eacute possiacutevel verificar a viabilidade ou natildeo do empreendimento e definir onde
estamos para onde vamos e mostrar com mais clareza as oportunidades de negoacutecio
17
Do ponto de vista de Dornelas (2012 p 93) ldquoum negoacutecio bem planejado teraacute
mais chances de sucesso do que aquele sem planejamento na mesma igualdade de
condiccedilotildeesrdquo
Nessa mesma perspectiva Dolabela (2006 sn) afirma que vaacuterios
empreendedores bem sucedidos abriram seus empreendimentos sem compreender
pontualmente o que eacute um plano de negoacutecios Poreacutem muitos outros natildeo tiveram o
mesmo fim e o que conseguiram foram negoacutecios fracassados por conta de falhas que
poderiam ter sido evitadas Uma grande quantidade de negoacutecios que possuem um
alto potencial acabam se tornando impraticaacuteveis por conta da incapacidade dos
empreendedores Ainda assim muitas pessoas abrem e vatildeo continuar abrindo
negoacutecios capacitadas ou natildeo para isso
Wildauer (2011 p 39) define plano de negoacutecios como ldquoum documento em
forma de texto no qual eacute apresentada uma proposta de negoacutecio para um mercadordquo
Esse documento deve mostrar com clareza o ponto de vista do empreendedor sobre
o sucesso do seu produto ou serviccedilo no mercado atual
Chiavenato (2007 p132) acredita que
O plano de negoacutecio mdash business planmdash descreve a ideia de um novo empreendimento e projeta os aspectos mercadoloacutegicos operacionais e financeiros dos negoacutecios propostos geralmente para os proacuteximos trecircs ou cinco anos Seu preparo permite a anaacutelise da proposta e ajuda o futuro empreendedor a evitar uma trajetoacuteria decadente que o levaraacute do entusiasmo agrave desilusatildeo e ao fracasso
Eacute possiacutevel sintetizar o plano de negoacutecios como um documento em que o
empreendedor mostra de maneira formal e concreta o negoacutecio que quer idealizar e
expor para seus parceiros soacutecios e investidores apresentando a visatildeo a missatildeo e os
seus propoacutesitos assim como o ldquoplano operacional o plano de marketing o plano de
financeiro e o plano juriacutedicordquo desta forma facilitando a assimilaccedilatildeo e aceitaccedilatildeo do
negoacutecio pelas pessoas interessadas (WILDAUER 2011 p39)
Conforme mencionado por Chiavenato (2007 p 134) o plano de negoacutecios
mobiliza o novo empreendimento na sua totalidade Ele demonstra o levantamento
cansativo dos elementos que fazem parte do negoacutecio ldquosejam internos mdash o que deveraacute
ser produzido como onde quanto mdash sejam externos mdash para quem produzir qual eacute
o mercado quais satildeo os concorrentes etcrdquo
18
Com isso Wildauer (2011 p 45) conclui que ldquoo plano de negoacutecios eacute como um
guia uacutetil para a obtenccedilatildeo de conhecimentos para a concepccedilatildeo de um
empreendimentordquo
221 Estrutura do plano de negoacutecios
O plano de negoacutecios mobiliza todas as informaccedilotildees necessaacuterias para abrir um
negoacutecio por meio dele eacute possiacutevel detectar onde estou e para onde desejo ir dentro do
mercado
Conforme identificado por Dornelas (2012 p 101) ldquonatildeo existe uma estrutura
riacutegida e especiacutefica para se escrever um plano de negoacuteciosrdquo dado que cada negoacutecio
possui suas singularidades e equivalecircncias sendo improvaacutevel delimitar um modelo-
padratildeo de plano de negoacutecios que seja absoluto e adequado para todos os negoacutecios
Todos os planos de negoacutecios devem conter um miacutenimo de seccedilotildees que vatildeo possibilitar
uma compreensatildeo do negoacutecio como um todo Tais seccedilotildees satildeo alinhadas de maneira
que mantenham uma sequecircncia loacutegica que possibilite qualquer pessoa ler o plano e
compreender como a empresa eacute estruturada seus objetivos seus produtos seus
serviccedilos qual seu mercado seu plano financeiro e de marketing
A seguir encontra-se uma breve descriccedilatildeo de cada uma das seccedilotildees do Plano
de Negoacutecios
2211 Capa
Eacute um dos componentes fundamentais do plano de negoacutecios pois eacute a primeira
parte que eacute vista pela pessoa que vai ler deve ser desenvolvida de forma clara e com
os dados adequados (DORNELAS 2012 p 101)
19
2212 Sumaacuterio
O sumaacuterio deve incluir ldquoo tiacutetulo de cada seccedilatildeo do plano de negoacutecios e a paacutegina
respectiva onde se encontra bem como os principais assuntos relacionados em cada
seccedilatildeordquo Isso faz com que fique mais faacutecil o leitor do plano de negoacutecios identificar com
mais agilidade o que lhe interessar (DORNELAS 2012 p 101-102)
2213 Sumaacuterio executivo
O Sumaacuterio Executivo eacute a parte mais importante do plano de negoacutecios ele iraacute
definir se o leitor vai prosseguir ou natildeo com a leitura do plano de negoacutecios Dessa
forma deve ser redigido com bastante concentraccedilatildeo e revisado inuacutemeras vezes e
tambeacutem englobar as informaccedilotildees mais relevantes do plano de negoacutecios Deve ser
direcionado ao puacuteblico-alvo do plano de negoacutecios e deixar claro qual o objetivo do
mesmo em relaccedilatildeo agraves pessoas que estatildeo o lendo ldquoO Sumaacuterio Executivo deve ser a
uacuteltima seccedilatildeo a ser escrita pois depende de todas as outras seccedilotildees do plano para ser
elaboradardquo (DORNELAS 2012 p 102)
2214 Anaacutelise estrateacutegica
Nesta seccedilatildeo eacute determinada a direccedilatildeo que a empresa vai seguir ldquosua visatildeo e
missatildeo sua situaccedilatildeo atual as potencialidades e ameaccedilas externas suas forccedilas e
fraquezas seus objetivos e metas de negoacuteciordquo Essa parte eacute o alicerce para o
crescimento e o estabelecimento das outras accedilotildees redigidas no plano (DORNELAS
2012 p 102)
20
2215 Descriccedilatildeo da empresa
Eacute nessa seccedilatildeo que deve ser feita a descriccedilatildeo da empresa ldquoseu histoacuterico
crescimento faturamento dos uacuteltimos anos sua razatildeo social impostos estrutura
organizacional e legal localizaccedilatildeo parcerias serviccedilos terceirizados etcrdquo
(DORNELAS 2012 p 102)
2216 Produtos e serviccedilos
Nessa seccedilatildeo do plano de negoacutecios devem ser descritos os produtos e serviccedilos
da empresa a maneira que satildeo produzidos o capital disposto seu ciclo de vida os
elementos tecnoloacutegicos envolvidos pesquisa e desenvolvimento os seus clientes
marcas e patentes etc
Nessa seccedilatildeo pode ser incluiacuteda quando estaacute informaccedilatildeo encontra-se disponiacutevel uma visatildeo do niacutevel de satisfaccedilatildeo dos clientes com os produtos e serviccedilos da empresa Esse feedback eacute bastante importante porque costuma oferecer natildeo apenas uma visatildeo do niacutevel de qualidade percebida nos produtos e serviccedilos mas tambeacutem guiar futuros investimentos da empresa em novos desenvolvimentos e processos de produccedilatildeo (DORNELAS 2012 p 102-103)
2217 Plano operacional
Nesta seccedilatildeo devem ser expostas as accedilotildees que a empresa pretende ter na
sua estrateacutegia produtiva e no processo de produccedilatildeo apontando os resultados que
essas accedilotildees teratildeo sobre os criteacuterios de avaliaccedilatildeo dos produtos Deve incluir dados
operacionais atualizados e presumidos como ldquolead time do produto ou serviccedilo
percentual de entregas a tempo rotatividade do inventaacuterio iacutendice de refugo lead time
de desenvolvimento de produto ou serviccedilo etcrdquo (DORNELAS 2012 p 103)
21
2218 Plano de recursos humanos
Devem ser exibidas as propostas de desenvolvimento e treinamento de
pessoal da empresa Esses dados estatildeo pontualmente associados com a
competecircncia da empresa de crescer ldquoespecialmente quando esta atua em um
mercado onde a detenccedilatildeo de tecnologia eacute considerada um fator estrateacutegico de
competitividaderdquo (DORNELAS 2012 p 103)
2219 Anaacutelise de mercado
Nesta seccedilatildeo o responsaacutevel pelo plano de negoacutecios deve deixar claro que os
executivos da empresa entendem perfeitamente o mercado consumidor do seu
produto ou serviccedilo (atraveacutes de pesquisa de mercado) como estaacute segmentado
crescimento do mercado atributos do consumidor anaacutelise da concorrecircncia qual a sua
fatia de mercado e dos concorrentes etc (DORNELAS 2012 p 103)
22110 Estrateacutegia de marketing
Deve ser apresentado o objetivo da empresa para vender seu produtoserviccedilo
e consolidar seus clientes e ampliar sua demanda Deve ser informada sua estrateacutegia
de venda especificidades do produtoserviccedilo preccedilos puacuteblico-alvo canais de
distribuiccedilatildeo projeccedilatildeo das vendas (DORNELAS 2012 p 103)
22
22111 Plano financeiro
Na seccedilatildeo financeira deve mostrar em nuacutemeros todas as accedilotildees planejadas
para a empresa e suas evidecircncias por meio de projeccedilotildees futuras para um negoacutecio
bem sucedido
Deve conter demonstrativo de fluxo de caixa com horizonte de pelo menos trecircs anos balanccedilo patrimonial anaacutelise do ponto de equiliacutebrio necessidades de investimento demonstrativos de resultados anaacutelise de indicadores financeiros do negoacutecio como faturamento previsto margem prevista prazo de retorno sobre o investimento inicial (payback) taxa interna de retorno (TIR) etc (DORNELAS 2012 p 103-104)
22112 Anexos
Nesta seccedilatildeo deve incluir todos os dados considerados importantes para
melhor compreensatildeo do plano de negoacutecios O que natildeo pode ser deixado de anexar eacute
o curriculum vitae dos soacutecios da empresa (DORNELAS 2012 p 104)
23 VIABILIDADE ECONOcircMICO-FINANCEIRA
Analisar o empreendimento economicamente para verificar se o projeto eacute
viaacutevel e lucrativo ou natildeo eacute uma das decisotildees fundamentais de qualquer
empreendedor
A anaacutelise de investimento eacute um mecanismo aacutegil praacutetico e seguro que ajuda
profissionais de inuacutemeras aacutereas no processo de anaacutelise de tomada de decisotildees
financeiras (REBELATTO p 141)
Lapponi (2007 p 123) afirma que
O objetivo da decisatildeo de investimento ou do orccedilamento de capital eacute maximizar o valor da empresa A decisatildeo de alocaccedilatildeo do capital em projeto de investimento eacute fundamental para o sucesso pois os recursos da empresa
23
satildeo comprometidos por longo tempo na direccedilatildeo de seu futuro desejado e isso envolve um grande esforccedilo de tempo e de gerenciamento Cada projeto aprovado eacute um desembolso realizado pela empresa coma expectativa de obter benefiacutecios futuros quantificados pela geraccedilatildeo de um fluxo de retornos adequados em geral por um prazo maior do que um ano
A carecircncia de recursos financeiros diante das muitas necessidades faz com
que seja crucial aperfeiccediloar sua utilizaccedilatildeo A anaacutelise antecipada de investimento
possibilita que se racionalize a forma como os recursos de capital satildeo utilizados
(REBELATTO 2004 p 141)
Para analisar a viabilidade de um projeto economicamente eacute necessaacuterio reunir
uma seacuterie de informaccedilotildees e de dados que precisam ser organizados para atingir seu
objetivo final que eacute o de facilitar a tomada de decisatildeo Vale salientar que o projeto
deve ser um documento que tenha a capacidade de mostrar de uma maneira loacutegica a
visatildeo estrateacutegica do negoacutecio (MACHADO 2002 p 144)
231 Fluxo de caixa
O fluxo de caixa eacute o melhor guia para uma administraccedilatildeo financeira eficiente
de qualquer negoacutecio
O fluxo de caixa eacute a reproduccedilatildeo graacutefica de uma movimentaccedilatildeo financeira ldquoAs
movimentaccedilotildees monetaacuterias satildeo identificadas temporalmente por meio de um conjunto
de entradas e saiacutedas de caixa definido como diagrama de fluxo de caixardquo Essa
representaccedilatildeo proporciona a visualizaccedilatildeo em diferentes momentos com o que estaacute
ocorrendo com o capital (REBELATTO 2004 p 150)
ldquoA identificaccedilatildeo e a quantificaccedilatildeo das estimativas relevantes do projeto satildeo o
iniacutecio da construccedilatildeo do fluxo de caixa do projeto para empresa em funcionamentordquo
(LAPPONI 2007 p 347)
O fluxo de caixa eacute um composto de entradas e saiacutedas de valores monetaacuterios
(dinheiro) no decorrer de um determinado periacuteodo Bem como evidenciar uma opccedilatildeo
possiacutevel de transaccedilotildees financeiras ou seja pagamentos agrave vista pagamentos a prazo
tiacutetulos originais etc (REBELATTO 2004 p 151)
24
232 Valor Presente Liacutequido (VPL)
ldquoO Valor presente liacutequido (VPL) ou valor atual liacutequido (VAL) eacute o valor atual das
entradas de caixa (retornos de capital esperados) incluindo o valor residual (se
houver) menos o valor atual das saiacutedas de caixardquo (REBELATTO 2004 p 214)
A foacutermula para chegar ao VPL eacute (LAPPONI 2007 p 125)
119881119875119871 = minus119868 +119865119862
(1 + 119870)119899
Onde
I= custo inicial ou desembolso inicial
FC= fluxo de caixa
K= taxa requerida
n= prazo de anaacutelise
Rebelatto (2004 p214) afirma que os paracircmetros para que o projeto seja
aceito se refere ao valor presente liacutequido (VPL)
VPLgt0 o projeto eacute aceito
VPLlt0 o projeto eacute rejeitado
VPL=0 o projeto pode ser aceito ou natildeo pois natildeo cria e nem destroacutei
valor para empresa
Para Lapponi (2007 p 134-135) as principais vantagens do VPL satildeo
Considera o fluxo de caixa do projeto na sua totalidade
Considera o valor monetaacuterio (dinheiro) no tempo
Tem a capacidade de medir o valor criado ou destruiacutedo pelo projeto
Pode ser utilizado na avaliaccedilatildeo do projeto independentemente do tipo de
fluxo de caixa utilizado
Seleciona o projeto mais viaacutevel economicamente
25
233 Taxa Interna de Retorno (TIR)
ldquoTaxa Interna de Retorno (TIR) eacute a taxa de desconto que torna o valor atual
liacutequido (VAL) do investimento igual a zero Tambeacutem eacute chamada de taxa interna efetiva
de rentabilidaderdquo (REBELATTO 2004 p 217)
No projeto do tipo simples com o aumento da taxa requerida o VPL do projeto tende ao valor do custo inicial pois o VPL eacute uma funccedilatildeo decrescente da taxa requerida Portanto a decisatildeo com o meacutetodo TIR somente deve ser feita em projetos simples que garantem a existecircncia de uma uacutenica TIRgt -100 Nos outros tipos de fluxo de caixa em geral o meacutetodo da TIR natildeo deve ser utilizado pois haacute a possibilidade de muacuteltiplas TIRs Sendo a TIR a taxa de juro que zera o VPL do projeto simples para qualquer taxa requerida K menor que a TIR o VPL seraacute positivo e para qualquer taxa requerida K maior que a TIR o VPL seraacute negativo (LAPPONI 2007 p 175-176)
Rebelatto (2004 p 217) complementa afirmando que a TIR eacute um meacutetodo
aprimorado de anaacutelise de investimento sendo possivelmente uma das mais usadas
para avaliar projetos econocircmicos A TIR deve ser comparada com a taxa miacutenima de
atratividade (TMA) para analisar se o projeto seraacute aceito ou natildeo
Sendo assim Lapponi (2007 p 176) considera que
Se TIR gt TMA o projeto deve ser aceito pois eacute economicamente viaacutevel
Se TIR lt TMA o projeto deve ser recusado pois eacute economicamente
inviaacutevel
Se TIR = TMA eacute indiferente investir no projeto pois o mesmo natildeo criaraacute
e nem destruiraacute valor da empresa
ldquoA grande vantagem da TIR como indicador de decisatildeo eacute que prescinde de
informaccedilotildees externas ao projeto Tudo que o analista necessita eacute conhecer o perfil do
projeto e alguma ideia de magnitude da taxa de jurosrdquo (MACHADO 2002 p 127)
26
234 Periacuteodo de retorno de investimento (Payback)
ldquoO payback eacute o periacuteodo de tempo em que ocorre o retorno do investimento
Calculado no fluxo de caixa de vida uacutetil de dez anos o payback apresenta-se de vaacuterias
maneiras para cada tipo de empresardquo (BRITO 2003 p 51)
Uma empresa pode nomear o payback como um dos paracircmetros para escolha
de um projeto a fim de minimizar seus riscos Mesmo sendo esse um meacutetodo faacutecil e
simples na praacutetica eacute um dos mais utilizados para efetuar a mediccedilatildeo econocircmica de um
projeto (REBELATTO 2004 p 230)
Segundo Rebelatto (2004 p 231) a foacutermula baacutesica que demonstra o caacutelculo
do payback em fluxos de caixas regulares eacute
PB =I0
FC
Onde
PB= Payback
I0= Investimento inicial
FC= Fluxo de caixa regular
Para executar o meacutetodo payback eacute crucial estabelecer o tempo maacuteximo de
toleracircncia TMT para resgatar o custo inicial ldquoPara decidir se o projeto deve ser aceito
o payback deve ser comparado com o valor de referecircncia TMT de forma querdquo
(LAPPONI 2007 p 245)
Se PB lt TMT o projeto deve ser aceito
Se PB gt TMT o projeto deve ser recusado
A principal vantagem para utilizaccedilatildeo do meacutetodo payback eacute que ele reflete a
liquidez do projeto e por consequecircncia eacute possiacutevel efetuar a avaliaccedilatildeo do risco de natildeo
recuperar o investimento (REBELATTO 2004 p 230)
27
3 METODOLOGIA
Este capiacutetulo tem por objetivo descrever os procedimentos e teacutecnicas
utilizados na pesquisa considerando o problema e aos objetivos gerais e especiacuteficos
Para a execuccedilatildeo da revisatildeo bibliograacutefica realizada neste estudo foi utilizado
livros de especialistas na aacuterea os principais temas abordados foram o
empreendedorismo que eacute um assunto chave quando surge uma ideia para um novo
negoacutecio plano de negoacutecios que eacute um elemento fundamental para o sucesso ou
fracasso de um empreendimento e a viabilidade econocircmico-financeira tema
fundamental visto que o objetivo geral da pesquisa eacute mensurar se a mesma eacute viaacutevel
ou natildeo economicamente
Foi elaborada uma anaacutelise de mercado que estaacute disponiacutevel no item 41 deste
estudo atraveacutes da mesma foi identificado que os principais clientes satildeo das classes
A e B de Curitiba regiatildeo metropolitana no item 42 foi efetuado um levantamento do
tamanho do negoacutecio onde foi definida a capacidade produtiva o investimento inicial e
a localizaccedilatildeo do empreendimento no item 44foi elaborado o fluxo de caixa que
demonstra as previsotildees financeiras do periacuteodo de 5 anos o meacutetodo utilizado para
elaborar a pesquisa foi um estudo de caso de natureza exploratoacuteria quantitativa e
anaacutelise documental
O estudo de caso eacute evidenciado por um estudo minucioso e cansativo de um
ou poucos objetivos desta forma propicia um vasto e detalhado conhecimento sobre
o assunto uma missatildeo praticamente impossiacutevel mediante as outras maneiras de
delineamentos consideradas (GIL 2008 p 57-58)
Prodanov e Freitas (2013 p60) afirmam que o estudo de caso consiste em
recolher e analisar dados sobre determinado indiviacuteduo famiacutelia grupo ou comunidade
com a finalidade de estudar diferentes aspectos das suas vidas conforme o assunto
da pesquisa
Jaacute as pesquisas exploratoacuterias satildeo definidas por Gil (2008 p 27) como as que
Tecircm como principal finalidade desenvolver esclarecer e modificar conceitos e ideias tendo em vista a formulaccedilatildeo de problemas mais precisos ou hipoacuteteses pesquisaacuteveis para estudos posteriores De todos os tipos de pesquisa estas satildeo as que apresentam menor rigidez no planejamento Habitualmente envolvem levantamento bibliograacutefico e documental entrevistas natildeo padronizadas e estudos de caso
28
A pesquisa quantitativa ldquoconsidera que tudo pode ser quantificaacutevel o que
significa traduzir em nuacutemeros opiniotildees e informaccedilotildees para classificaacute-las e analisaacute-lasrdquo
Eacute necessaacuteria a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas estatiacutesticas tais como porcentagem meacutedia
moda desvio-padratildeo coeficiente de correlaccedilatildeo etc (PRODANOV FREITAS 2013
p 69)
Muitos dados que satildeo utilizados em pesquisas satildeo adquiridos indiretamente
por meio de documentosrdquo como livros jornais papeacuteis oficiais registros estatiacutesticos
fotos discos filmes e viacutedeos que satildeo obtidos de maneira indiretardquo Essas fontes
documentais tecircm a capacidade de disponibilizar ao pesquisador um grande nuacutemero
de informaccedilotildees com bastante qualidade para evitar a perda de tempo (GIL 2008 p
147)
Este modelo de pesquisa foi utilizado para definir os principais clientes quais
os produtos que seratildeo vendidos a capacidade produtiva assim como a viabilidade
econocircmico-financeira e operacional do negoacutecio
29
4 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES
41 ANAacuteLISE DE MERCADO
Woiler e Mathias (1994 p41) e Rebelatto (2004 p01) afirmam que a anaacutelise
de mercado eacute um dos pontos mais relevantes para elaboraccedilatildeo de um projeto Atraveacutes
do estudo do mercado obtemos muitas informaccedilotildees tais como
Fazendo a comparaccedilatildeo entre demanda e a oferta encontramos a
possiacutevel escassez da demanda futura Esse resultado proporcionaraacute
informaccedilotildees para que seja definida a escala de produccedilatildeo do projeto
A regiatildeo geograacutefica em que o produto pode ser vendido eacute um dos pontos
mais significativos para que seja definida a localizaccedilatildeo do empreendimento
O preccedilo de venda os custos de comercializaccedilatildeo e os estoques nos
canais de comercializaccedilatildeo satildeo informaccedilotildees relevantes para que seja
elaborada a projeccedilatildeo do projeto
Vale salientar que esses satildeo apenas alguns elementos importantes que eacute
possiacutevel identificar na anaacutelise de mercado existe muitos outros dados que satildeo obtidos
com a mesma
411 Mercado consumidor
ldquoTodas as decisotildees relacionadas a novos empreendimentos contecircm certo
grau de incerteza tanto no que diz respeito agrave informaccedilatildeo na qual as decisotildees estatildeo
baseadas como no que diz respeito agraves suas consequecircnciasrdquo (SEBRAE)
Chiavenato acredita que os clientes tecircm a capacidade de alavancar ou
derrubar um empreendimento ldquoUm cliente pode ser uma organizaccedilatildeo uma empresa
um usuaacuterio dos produtosserviccedilos ou um consumidor finalrdquo Eacute quem adquiri os
produtosserviccedilos ofertados pela organizaccedilatildeo no final da cadeia de transaccedilotildees Eacute ele
que estabelece direta ou indiretamente se o empreendimento teraacute ecircxito ou natildeo Por
30
isso o cliente deve ser considerado como o principal patrimocircnio da empresa (2007
p 207)
Segundo dados do censo 2010 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e
estatiacutestica) dos 576190 (quinhentos e setenta e seis mil cento e noventa) domiciacutelios
de Curitiba 292965 (duzentos e noventa e dois mil novecentos e sessenta e cinco)
possuem renda de mais de 5 a mais de 20 salaacuterios miacutenimos sendo assim cerca de
5085 dos domiciacutelios curitibanos estatildeo enquadrados nas classes A e B Ainda
segundo o IBGE cerca de 137922 (cento e trinta e sete mil novecentos e vinte e dois)
domiciacutelios curitibanos tecircm renda de mais de 10 salaacuterios miacutenimos o que representa
uma meacutedia de 24 dos domiciacutelios de Curitiba
Mais de 249000 (duzentos e quarenta e nove mil) pessoas que residem em
Curitiba cerca de 1423 da populaccedilatildeo tem rendimento mensal de mais de 5 salaacuterios
miacutenimos conforme Tabela 1
TABELA 1 - RESULTADOS DA AMOSTRA - RENDIMENTO POR PESSOA EM CURITIBA
Quantidade de pessoas Salaacuterios miacutenimos
153011 Mais de 5 a 10 salaacuterios miacutenimos
38692 Mais de 10 a 15 salaacuterios miacutenimos
25427 Mais de 15 a 20 salaacuterios miacutenimos
18264 Mais de 20 a 30 salaacuterios miacutenimos
13791 Mais de 30 salaacuterios miacutenimos
FONTE IBGE - CENSO DEMOGRAacuteFICO 2010
Curitiba possui uma populaccedilatildeo de mais de 1750000 (um milhatildeo setecentos
e cinquenta mil habitantes) segundo censo IBGE 2010 sendo que 932000
(novecentos e trinta e dois mil) pessoas com o estado civil de solteiro viuacutevo
divorciado separado judicialmentedesquitado isso mostra que tem muitas pessoas
que podem fazer festas de casamento e necessitar dos produtos que seratildeo ofertados
tais como bolos artiacutesticos doces finos e bem casados
Segundo as estatiacutesticas do registro civil do IBGE ocorreram em Curitiba e
regiatildeo metropolitana no ano 2012 exatamente 18877 (dezoito mil oitocentos e setenta
e sete) casamentos sendo que nos meses de setembro a dezembro foi onde ocorreu
um maior nuacutemero um total de 7828 (sete mil oitocentos e vinte e oito) casamentos o
que representa um total de 4147 dos casamentos ocorrem nesses quatro meses
do ano
31
TABELA 2 - CASAMENTOS POR MEcircS DE REGISTRO SEGUNDO O LUGAR DO REGISTRO ndash 2012
Lugar do registro
Casamentos por mecircs do registro
Total de
registros Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
RM Curitiba 18877 1466 1250 1572 1282 1403 1533 1248 1255 1735 1753 2118 2262
Curitiba 10351 848 692 857 692 724 872 658 658 971 968 1237 1174
FONTE IBGE DIRETORIA DE PESQUISAS COORDENACcedilAtildeO DE POPULACcedilAtildeO E INDICADORES SOCIAIS ESTATIacuteSTICAS DO REGISTRO CIVIL 2012
Nessa perspectiva foi definido que o mercado que a empresa de bolos e doces
finos vai atuar eacute de Curitiba e regiatildeo metropolitana com foco nas pessoas das classes
A e B com estado civil solteiro divorciado separado judicialmentedesquitado e viuacutevo
412 Produtos que seratildeo vendidos
ldquoNo coraccedilatildeo de uma grande marca haacute um grande produto O produto-chave
na oferta ao mercado Liacutederes de mercado geralmente oferecem produtos e serviccedilos
de qualidade superiorrdquo (KOTLER KELLER 2006 p 366)
Os principais produtos fornecidos seratildeo
Bolos artiacutesticos
FOTO1 - BOLO ARTIacuteSTICO FONTE WANDA CARDOSO - BOLOS ARTIacuteSTICOS amp DOCES
32
Bolos de copa
FOTO2 - BOLO DE COPA FONTE ELABORADO PELO AUTOR
FOTO3 - BOLO DE COPA FONTE ELABORADO PELO AUTOR
Naked cake
FOTO4 - NAKED CAKE FONTE DOCES PENEacuteLOPE
33
Doces Tradicionais
FOTO5 - DOCES TRADICIONAIS FONTE ELABORADO PELO AUTOR
Doces Espelhados
FOTO6 - DOCES ESPELHADOS FONTE PRONTO SOCORRO DAS FESTAS
Doces Finos
FOTO 7 - DOCES FINOS FONTE COMPRANDO MEU APE
34
Brigadeiros gourmet
FOTO8 - BRIGADEIROS GOURMET FONTE ELABORADO PELO AUTOR
Tacinhas acriacutelicas
FOTO9 - TACINHAS ACRIacuteLICAS FONTE BUFFET DELIacuteCIAS DA VI
Trufas
FOTO 10 - TRUFAS FONTE FOGAtildeO DA VOVOacute
35
Bombons
FOTO11 - BOMBONS FONTE DALVA GOLDEN GATE
Bem casados
FOTO12 - BEM CASADOS FONTE CASAMENTO SEM ERRO
FOTO13 - BEM CASADOS FONTE CASAMENTO SEM ERRO
36
413 Preccedilo de venda
A definiccedilatildeo do preccedilo dos produtos eacute uma das decisotildees mais relevantes da
organizaccedilatildeo que deve levar em conta a forma como a empresa deseja se posicionar
no mercado os custos a concorrecircncia e a rentabilidade almejada
O preccedilo eacute um dos elementos mais versaacuteteis pode ser modificado rapidamente
ao contraacuterio das propriedades dos produtos dos contratos com canais de distribuiccedilatildeo
e ateacute mesmo das promoccedilotildees O Preccedilo tem tambeacutem a tarefa de mostrar ao mercado o
posicionamento de valor desejado pela empresa para o seu produto ou marca
(KOTLER KELLER 2006 p 428)
A consolidaccedilatildeo dos preccedilos dos produtos seraacute elaborada levando em conta os
custos para se obter os produtos com a qualidade requinte e sofisticaccedilatildeo desejada
com a margem de lucro esperada e se baseando nos preccedilos praticados pela
concorrecircncia
414 Previsatildeo de vendas
Para Chiavenato (2007 p 2013)
A previsatildeo de vendas representa a quantidade de produtosserviccedilos que a empresa pretende vender ou colocar no mercado durante um determinado periacuteodo geralmente um mecircs ou um ano dividido em meses Constitui portanto uma estimativa ou uma expectativa de vendas Pode ser feita em unidades fiacutesicas ou em valores monetaacuterios
A produccedilatildeo vai ser em meacutedia de 5600 doces (doces finos gourmet e bem
casados) e 4 bolos procurando atender em meacutedia 4 eventos por semana e ateacute 16
eventos por mecircs sendo que nos meses de setembro a dezembro essa demanda
aumenta pelo motivo de historicamente ter um nuacutemero maior de casamentos
37
415 Definiccedilatildeo de local de venda dos produtos
ldquoA venda eacute a fase fundamental do processo de vendas Consiste na
transferecircncia do produtoserviccedilo para o cliente ou consumidorrdquo (CHIAVENATO 2007
p 210)
As vendas vatildeo ocorrer atraveacutes de site proacuteprio redes sociais telefone e
pessoalmente natildeo teremos loja fiacutesica apenas um ateliecirc para confecccedilatildeo dos bolos e
doces onde vai conter uma sala anexa na qual vai ser oferecido o serviccedilo de
degustaccedilatildeo com horaacuterios marcados para assim o cliente decidir quais os produtos
seratildeo adquiridos para o seu evento e fechamento de contrato
416 Definiccedilatildeo da demanda e da oferta
Na maior parte das encomendas os clientes solicitam os doces finos e
gourmet que contecircm chocolates frutas oleaginosas tais como castanhas nozes
avelatildes amecircndoas frutas como framboesa morango damasco cerejas e os bem
casados Os bolos mais solicitados satildeo os com decoraccedilatildeo de pasta americana que
deve obrigatoriamente ter recheios mais firmes como ganaches fios de ovos
strogonoff de nozes e os naked cake (bolo pelado) que possuem mais opccedilotildees de
recheios com chocolates frutas diversas e cremes de pacirctisserie
Em contato com algumas empresas que fornecem o mesmo tipo de produto
foi possiacutevel verificar que as encomendas devem ser feitas com antecedecircncia miacutenima
de 6 meses sendo que alguns casos somente com um ano de antecedecircncia para
conseguir na data desejada Esse eacute um dos pontos que mostra que tem espaccedilo
suficiente para entrada nesse mercado
38
417 Concorrentes
Chiavenato (2007 p 33) Kotler e Keller (2006 p 340) afirmam que os
concorrentes satildeo as organizaccedilotildees que competem pelos mesmos fornecedores
clientes e consumidores
ldquoAgrave medida que seus produtosserviccedilos tornam-se mais heterogecircneos tanto
mais heterogecircneos e diferenciados seratildeo seus concorrentes e tanto mais complexa
seraacute a competitividaderdquo (CHIAVENATO 2007 p 33)
Em busca na internet foi possiacutevel identificar que atualmente existe em meacutedia
25 concorrentes reais que oferecem exatamente os mesmos produtos que seratildeo
fornecidos com o mesmo padratildeo de qualidade valor agregado requinte e
sofisticaccedilatildeo Tambeacutem foi detectado mais 14 concorrentes potenciais que vendem
produtos similares aos que seratildeo vendidos poreacutem natildeo possuem o mesmo valor
agregado dos que vatildeo ser ofertados Foi possiacutevel identificar que alguns concorrentes
oferecem somente os doces finos dos quais foram identificados mais 3 concorrentes
reais e 3 concorrentes potenciais E foi detectado que existem concorrentes que
fornecem apenas os bolos artiacutesticos dos quais foi identificado 4 concorrentes reais
todos fornecem os bolos com o mesmo niacutevel de qualidade que seratildeo fornecidos
A tabela 3 mostra a divisatildeo dos concorrentes reais e potenciais que fornecem
bolos e doces por bairro de Curitiba
39
TABELA 3 - CONCORRENTES QUE FORNECEM BOLOS E DOCES POR BAIRRO
Bairro Quantidade de Concorrentes Reais
Quantidade de Concorrentes Potenciais
Aacutegua Verde 4 1
Ahuacute 1
Bairro Alto 2 1
Barreirinha 1
Barreirinha 1
Bom Retiro 1
Campo Comprido 1
Campo Comprido 1
Cidade Industrial 1
Colombo 1
Fazenda Rio Grande 1
Hauer 1
Hugo Lange 1
Mercecircs 1
Novo Mundo 2 1
Novo Mundo 1
Portatildeo 1
Portatildeo 1
Santa Cacircndida 1
Santa Felicidade 1 1
Santo Inaacutecio 1 1
Satildeo Joseacute dos Pinhais 1
Seminaacuterio 1
Sitio Cercado 1
Tarumatilde 1
Vila Izabel 1
Natildeo Informado 1 2
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
418 Forma de divulgaccedilatildeo dos concorrentes
Todas as empresas pesquisadas que fornecem produtos similares aos que
vamos fornecer utilizam sites proacuteprios e as redes sociais para fazer divulgaccedilatildeo dos
seus produtos todas fazem degustaccedilatildeo para os clientes conhecerem os seus
produtos e posteriormente fechar um contrato
40
42 TAMANHO DO NEGOacuteCIO
421 Capacidade produtiva
A capacidade produtiva vai ser para atender ateacute 4 eventos por semana A
produccedilatildeo vai ser de ateacute 5600 doces (doces finos gourmet e bem casados) e 4 bolos
atendendo ateacute 4 eventos por final de semana e ateacute 16 eventos por mecircs sendo que
nos meses de setembro a dezembro essa demanda aumenta pelo motivo de
historicamente ter um nuacutemero maior de casamentos
422 Investimento
Um dos pontos mais relevantes para abertura de uma empresa eacute a
determinaccedilatildeo do capital miacutenimo para dar iniacutecio nas atividades e principalmente como
obter este capital ldquoEacute com o capital inicial que a empresa tem condiccedilotildees de reunir os
recursos empresariais necessaacuterios ao seu funcionamento sejam eles recursos
humanos materiais ou financeirosrdquo A determinaccedilatildeo do capital eacute o que estabelece a
quantidade de recursos empresariais que a empresa tem disponiacutevel Indiscutivelmente
quanto maior for o volume de recursos empresariais mais faacutecil se torna o desempenho
da empresa Quando todos os recursos necessaacuterios para seu funcionamento estatildeo agrave
disposiccedilatildeo a administraccedilatildeo do empreendimento fica mais simples (CHIAVENATO
2007 p84)
Cabe acrescentar que (LAPPONI 2007 p 321)
O custo inicial refere-se aos desembolsos realizados para aquisiccedilatildeo de equipamentos ou outros ativos fixos incluindo o pagamento de fretes seguros instalaccedilotildees despesas operacionais iniciais com materiais e matildeo de obra treinamento de pessoal de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo etc resumindo o custo inicial inclui todos os desembolsos necessaacuterios para adquirir os ativos necessaacuterios e que estejam em condiccedilotildees de operar e gerar as receitas estimadas
41
O empreendimento iniciaraacute suas atividades com capital investido com
recursos proacuteprios da empreendedora
As estimativas de investimento inicial para abertura da empresa foi de
R$5162851 conforme tabela 4
TABELA 4 - INVESTIMENTO INICIAL
Descriccedilatildeo Valor (R$)
Maacutequinas e equipamentos Cozinha R$ 3084878
Utensiacutelios R$ 555075
Moacuteveis para escritoacuterio R$ 268982
Equipamentos de informaacutetica e eletrocircnicos R$ 446204
Outros custos escritoacuterio R$ 48912
Uniformes R$ 155800
Pintura Imoacutevel R$ 500000
Porta de Vidro R$ 103000
Total R$ 5162851
FONTE ELABORADO PELO AUTOR (2015)
423 Localizaccedilatildeo
Seraacute locado um imoacutevel para a instalaccedilatildeo da empresa localizado na Rua Heitor
Baggio Vidal 2508 Bairro Alto Curitiba ndash PR com o valor do aluguel mensal de
R$160000 (mil e seiscentos reais) O espaccedilo interno de 95msup2 seraacute dividido em trecircs
partes a primeira com 20msup2 vai ficar a recepccedilatildeo para receber os clientes efetuar
orccedilamentos e as degustaccedilotildees a segunda com 71msup2 a cozinha industrial onde seratildeo
fabricados os bolos e doces finos e a terceira com 4msup2 o lavabo
42
FOTO14 - FOTO DO IMOacuteVEL ONDE SERAacute INSTALADA A EMPRESA FONTE MP IMOacuteVEIS
424 Entregas
As entregas dos bolos e doces finos seratildeo efetuadas por uma empresa
parceira localizada no Bairro Alto o preccedilo das entregas em Curitiba e regiatildeo
metropolitana variam de R$2400 (vinte e quatro reais) a R$6000 (sessenta reais)
dependendo da localizaccedilatildeo tais valores seratildeo cobrados dos clientes
43 CAPITAL DE GIRO
O capital de giro inicial foi estimado levando em conta que no primeiro ano a
empresa vai produzir 8333 da sua capacidade atendendo em meacutedia 13 ventos
mensalmente sendo assim foram considerados os gastos operacionais necessaacuterios
para o iniacutecio das atividades incluindo o custo fixo mensal e o estoque inicial ambos
multiplicados por 2 e acrescidos de um percentual de 10 de margem de seguranccedila
para despesas natildeo previstas
43
TABELA 5 - CAPITAL DE GIRO
Item Valor (R$)
Estoque Inicial 5144000
Custo Fixo Mensal 3194783
Reserva (10) 833878
Total do Capital de Giro Inicial 9172662
FONTE ELABORDO PELO AUTOR
44 FLUXO DE CAIXA
ldquoFluxo de Caixa eacute um Instrumento de gestatildeo financeira que projeta para
periacuteodos futuros todas as entradas e as saiacutedas de recursos financeiros da empresa
indicando como seraacute o saldo de caixa para o periacuteodo projetadordquo (SEBRAE)
Na tabela 6 eacute apresentada a projeccedilatildeo do Fluxo de Caixa da empresa para os
seus primeiros cinco anos onde fica evidenciado que do primeiro ateacute o quinto ano a
sauacutede financeira da empresa melhora gradativamente sendo que no final do quinto
ano o saldo em caixa ultrapassa os 300 se comparado com o saldo em caixa no
final do primeiro ano
Pode-se observar que natildeo foi inserida no fluxo de caixa a opccedilatildeo de
inadimplecircncia pois todos os pagamentos seratildeo efetuados agrave vista em dinheiro ou
cartatildeo sendo que o pagamento total dos produtos deve ser efetuado no miacutenimo 10
dias antes da data do evento
44
TABELA 6 - PROJECcedilAtildeO DE FLUXO DE CAIXA NOS PRIMEIROS CINCO ANOS
Descriccedilatildeo Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5
Investimento Inicial (5162851)
Capital de Giro (9172662) 9172662
Valor Residual 1548855
Total de entradas 000 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873
Previsatildeo Receitas de vendas 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873
Total de Saiacutedas (14335513) (44888699) (54283425) (59479393) (64738409) (70291804)
(-)Fornecedores (25720000) (33641760) (36669518) (39969775) (43567055)
(-)Folha de pagamento (3267192) (3593911) (3953302) (4348633) (4783496)
(-)Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)
(963216) (1011377) (1061946) (1115043) (1170795)
(-)Retiradas soacutecios (2400000) (2640000) (3432000) (3946800) (4341480)
(-)Impostos s vendas (4654291) (5073177) (5573767) (6075406) (6622192)
(-)Alugueacuteis (1920000) (2016000) (2116800) (2222640) (2333772)
(-)Energia eleacutetrica (840000) (882000) (926100) (972405) (1021025)
(-)Aacutegua (300000) (315000) (330750) (347288) (364652)
(-)Telefone (384000) (403200) (423360) (444528) (466754)
(-)Gaacutes (588000) (617400) (648270) (680684) (714718)
(-)Serviccedilos contabilidade (960000) (1008000) (1058400) (1111320) (1166886)
(-)Manutenccedilatildeo (600000) (630000) (661500) (694575) (729304)
(-)Outras despesas com funcionaacuterios
(1296000) (1405800) (1525590) (1656320) (1799030)
(-)Taxas bancaacuterias (96000) (100800) (105840) (111132) (116689)
(-)Outros pagamentos (900000) (945000) (992250) (1041863) (1093956)
Entradas - Saiacutedas (14335513) 12981301 21410535 23027023 25193585 27734070
Depreciaccedilatildeo 000 (631377) (631377) (631377) (631377) (631377)
Saldo Final (14335513) 12349924 20779158 22395647 24562208 37824209
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
A depreciaccedilatildeo foi calculada considerando o prazo de vida uacutetil meacutedio de 10
anos das maacutequinas equipamentos instalaccedilotildees moacuteveis e utensiacutelios e para os
computadores e perifeacutericos foi considerado o prazo de vida uacutetil de 5 anos conforme
demonstrado na tabela 7
TABELA 7 - DEPRECIACcedilAtildeO
Item Valor Inicial Taxa Anual Depreciaccedilatildeo Anual (R$)
Maacutequinas e equipamentos 3084878 10 308488
Instalaccedilotildees 103000 10 10300
Moacuteveis e Utensiacutelios 824057 10 82406
Computadores e Perifeacutericos 446204 20 89241
Outros 704712 20 140942
Total 631377
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
45
O valor residual dos equipamentos e instalaccedilotildees da empresa no final do quinto
ano foi considerado em 30 referente ao valor de aquisiccedilatildeo dos mesmos no iniacutecio do
projeto
45 ANAacuteLISE DOS INDICADORES (VPL TIR E PAYBACK)
451 Valor Presente Liacutequido (VPL)
A tabela 8 mostra que o VPL (Valor Presente Liacutequido) eacute positivo isso significa
que aleacutem de recuperar o investimento inicial ainda vai ser agregado ao valor da
empresa um montante de R$ R$50392407 (quinhentos e trecircs mil novecentos e vinte
quatro reais e sete centavos)
A taxa de retorno requerida de 20 foi determinada levando em conta o niacutevel
de risco do projeto e visando o valor desejado para se obter em cima do valor
investido
TABELA 8 - CALCULO DO VALOR PRESENTE LIacuteQUIDO (VPL)
Anos FC k 2000
0 -$143355 VPL $50392407
1 $123499 VPL $50392407
2 $207792 VPL $50392407
3 $223956 VPL $21761126
4 $245622 VPL $21761126
5 $378242 Decisatildeo Aceitar o Projeto
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
452 Taxa Interna de Retorno (TIR)
Conforme a tabela 9 eacute possiacutevel verificar que a TIR (Taxa Interna de Retorno)
eacute de 11593 maior que a taxa requerida de 20 isso significa que custo inicial seraacute
46
recuperado e o projeto vai criar valor para empresa mais um resultado favoraacutevel para
a aceitaccedilatildeo do projeto
TABELA 9 - TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR)
Anos FC
0 -$143355 TIR 11593
1 $123499 TIR 2168
2 $207792 TIR 2168
3 $223956 Decisatildeo
4 $245622 k 2000
5 $378242 Aceitar o projeto
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
453 Payback
O tempo de recuperaccedilatildeo do custo inicial ocorre normalmente entre o quarto e
o quinto ano se for feita a anaacutelise da tabela 10 eacute possiacutevel verificar que o tempo
necessaacuterio para o retorno do investimento (payback) do projeto eacute de 128 anos este
indicador mostra claramente que o projeto deve ser aceito pois o tempo de retorno
estaacute bem abaixo do tempo meacutedio dos empreendimentos como um todo
TABELA 10 - PAYBACK
k 20
Anos FC SPresente
0 -$143355 -$143355 PBD-SP = 128
1 $123499 -$40439 128
2 $207792 $103861
3 $223956 $233465
4 $245622 $351917
5 $378242 $503924
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
47
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Para iniciar um negoacutecio requer muito mais do que apenas o espiacuterito
empreendedor eacute necessaacuterio ter lideranccedila conhecimento sobre o mercado que deseja
atuar organizaccedilatildeo e principalmente planejamento
O principal objetivo desse estudo foi analisar a viabilidade econocircmico-
financeira da abertura de uma empresa de bolos e doces finos no Bairro Alto em
Curitiba
O objetivo apresentado nesta pesquisa foi atingido pois todos os indicadores
analisados mostram com clareza que empresa obteacutem resultados positivos que criam
valor para a mesma e com isso o projeto eacute viaacutevel economicamente pois do primeiro
ao quinto ano fica visiacutevel o crescimento do empreendimento e a melhora significativa
da sua sauacutede financeira isso fica evidenciado no saldo final em caixa no quinto ano
que chega proacuteximo haacute 400 mil reais Apesar disso eacute crucial o acompanhamento do
mercado para seguir as tendecircncias e se atualizar constantemente para tomar
decisotildees mais assertivas
Um negoacutecio mal avaliado pode arruinar a estabilidade econocircmica do
investidor por isso eacute de extrema importacircncia fazer todos os levantamentos de custos
antes de se aventurar em qualquer empreendimento
Eacute possiacutevel comprovar que a pesquisa realizada contribui positivamente para
abertura da empresa No entanto as informaccedilotildees aqui presentes natildeo satildeo estaacuteticas e
devem ser revisadas periodicamente e se preciso ateacute mesmo ampliadas no decorrer
da implantaccedilatildeo do projeto para que o mesmo seja uma ferramenta eficiente e eficaz
no desenvolvimento da empresa como um todo
48
REFEREcircNCIAS
BRITO Paulo Anaacutelise e viabilidade de projetos de investimento Satildeo Paulo Atlas 2003 DOLABELA Fernando O segredo de Luiacutesa 30 ed Satildeo Paulo Editora de Cultura 2006 DORNELAS Joseacute Carlos Assis Empreendedorismo transformando ideias em negoacutecios 4 ed Rio de Janeiro Campus Elsevier 2012 CENSO Demograacutefico 2010 Resultados gerais da amostra Curitiba IBGE 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=410690ampidtema=87ampsearch=parana|curitiba|censo-demografico-2010-resultados-gerais-da-amostra-gt Acesso em 21 de Junho de 2015 CHIAVENATO Idalberto Empreendedorismo dando asas ao espiacuterito empreendedor empreendedorismo e a viabilidade de novas empresas um guia eficiente para iniciar e tocar seu proacuteprio negoacutecio 2 ed Satildeo Paulo Saraiva 2007 ESTATIacuteSTICAS do registro civil 2012 Curitiba IBGE 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaoregistrocivil2012default_xlsshtmgt Acesso em 21 de Junho de 2015 GIL Antonio Carlos Meacutetodos e teacutecnicas de pesquisa social 6 ed Satildeo Paulo Atlas 2008 KOTLER Philip KELLER Kevin Lane Administraccedilatildeo de Marketing 12 ed Satildeo Paulo ABDR 2006 LAPPONI Juan Carlos Projetos de Investimento na Empresa Rio de Janeiro Elsevier 2007 MACHADO Jesseacute Anderson Pinto Projetos Econocircmicos uma abordagem praacutetica de elaboraccedilatildeo Satildeo Paulo Nobel 2002 MICHEL Maria Helena Metodologia e pesquisa cientiacutefica em ciecircncias sociais 2 ed Satildeo Paulo Atlas 2009 OLIVEIRA Djalma de Pinho Rebouccedilas de Planejamento estrateacutegico conceitos metodologia e praacuteticas 20 ed Satildeo Paulo Atlas 2004 PRODANOV Cleber Cristiano ERNANI Cesar de Freitas Metodologia do trabalho cientiacutefico meacutetodo e teacutecnicas da pesquisa e do trabalho acadecircmico 2 ed Novo Hamburgo Freevale 2013
49
REBELATTO Dayse Projeto de Investimento 1 ed Barueri Manole 2004 SEBRAE Pesquisa de Mercado o que eacute e para que serve Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrsitesPortalSebraeartigosPesquisa-de-mercado-o-que-C3A9-e-para-que-servegt Acesso em 21 de Junho de 2015 SEBRAE Fluxo de caixa Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrSebraePortal20SebraeAnexos0_fluxo-de-caixapdfgt Acesso em 10 de Outubro de 2015 WILDAUER Egon Walter Plano de negoacutecios elementos construtivos e processos de elaboraccedilatildeo 2 ed Curitiba Ibpex 2011 WOILER Samsatildeo MATHIAS Washington Franco Projetos planejamento elaboraccedilatildeo anaacutelise 1 ed Satildeo Paulo Atlas 1994
50
APEcircNDICES
APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL 51
APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS 52
APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL 52
51
APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL
Item Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5
Aacutegua 25000 26250 27563 28941 30388
Aluguel 160000 168000 176400 185220 194481
Assessoria Contaacutebil 80000 84000 88200 92610 97241
Gaacutes 49000 51450 54023 56724 59560
Impostos 387858 422765 464481 506284 551849
Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)
80268 84281 88495 92920 97566
Energia eleacutetrica 70000 73500 77175 81034 85085
Manutenccedilatildeo 50000 52500 55125 57881 60775
Material de escritoacuterio 20000 21000 22050 23153 24310
Material de Limpeza 40000 42000 44100 46305 48620
Folha de pagamento 272266 299493 329442 362386 398625
Seguros 15000 15750 16538 17364 18233
Telefone fixointernet 20000 21000 22050 23153 24310
Telefone Moacutevel 12000 12600 13230 13892 14586
Vale Refeiccedilatildeo 75000 82500 90750 99825 109808
Vale Transporte 33000 34650 36383 38202 40112
Proacute- labore 200000 220000 286000 328900 361790
Taxas Bancaacuterias 8000 8400 8820 9261 9724
Total R$ 1597392 R$ 1720139 R$ 1900823 R$ 2064053 R$ 2227062
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
52
APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS
Item
Produccedilatildeo mensal meacutedia
Custo unitaacuterio total
Sugestatildeo Preccedilo de venda
Custo Mensal Total
Receita de vendas
Bolos artiacutesticos (recheios diversos) 150 6000 13500 900000 2025000
Bolos de copa (recheios diversos) 30 3600 8100 108000 243000
Naked cake (recheios diversos) 60 4200 9450 252000 567000
Doces Tradicionais 32 3500 7875 112000 252000
Doces Espelhados 32 5000 11250 160000 360000
Doces Finos 32 7500 16875 240000 540000
Brigadeiros gourmet 16 4500 10125 72000 162000
Tacinhas acriacutelicas 16 5500 12375 88000 198000
Trufas 32 5000 11250 160000 360000
Bombons 32 5000 11250 160000 360000
Bem casados 3200 100 225 320000 720000
Custo produccedilatildeo Total 2572000
Receita Total 5787000
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL
Ano Receita Bruta Variaccedilatildeo anual
Ano 1 000
Ano 2 69444000 9
Ano 3 75693960 9
Ano 4 82506416 9
Ano 5 89931994 9
Valor considerando a inflaccedilatildeo de 9 aa
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
13
2 REFERENCIAL TEOacuteRICO
21 EMPREENDEDORISMO
Um projeto empreendedor se torna possiacutevel apenas se o dono da ideia estiver
disposto a assumir todas as responsabilidades e exigecircncias de abrir um negoacutecio que
sem duacutevida passaraacute a ser seu projeto de vida
Para Dolabela (2006 sn)
Se considerarmos que as empresas quase sempre comeccedilam pequenas isso chega a ser um paradoxo Principalmente porque no mundo de hoje as pequenas empresas constituem a principal fonte de empregos e satildeo responsaacuteveis em muitos paiacuteses por mais de 50 do produto interno bruto (PIB) e pelo maior volume de exportaccedilotildees aleacutem de serem as maiores geradoras de inovaccedilotildees tecnoloacutegicas desde a Segunda Guerra Mundial
Eacute possiacutevel definir empreendedorismo comordquo a capacidade que uma pessoa
possui de formular uma ideia sobre determinado produto ou serviccedilo em um mercado
seja essa ideia nova ou natildeordquo (WILDAUER 2011 p25)
Cabe acrescentar que o empreendedorismo natildeo se refere apenas a pequenos
negoacutecios e empreendimentos novos ldquoNatildeo aborda apenas a criaccedilatildeo de novos
produtos ou serviccedilos mas sim inovaccedilotildees em todos os acircmbitos do negoacuteciordquo
(CHIAVENATO 2007 p261)
Segundo Dolabela (2006 sn) se analisarmos a natureza do
empreendedorismo eacute possiacutevel observar que
A Todas as pessoas nascem empreendedoras Os humanos satildeo
empreendedores
B Empreendedorismo natildeo eacute um assunto atual existe desde a primeira
accedilatildeo inovadora com a finalidade de aperfeiccediloar as relaccedilotildees entre os homens
C Natildeo eacute apenas um fato econocircmico mas tambeacutem social
D O empreendedor estaacute em qualquer lugar natildeo apenas nas pessoas que
abrem seu proacuteprio negoacutecio
E O empreendedorismo eacute uma demonstraccedilatildeo da liberdade humana
14
F Natildeo eacute um acontecimento pessoal e nem uma habilidade que poucas
pessoas possuem eacute algo puacuteblico
G Natildeo existe a possibilidade de fazer transferecircncia de conhecimentos
empreendedores ndash ldquoao contraacuterio do que acontece por exemplo em uma aula
de geografia porque o empreendedorismo natildeo eacute um conteuacutedo cognitivo
convencionalrdquo Nesse entendimento natildeo existe a possibilidade de ensinar
mas eacute possiacutevel aprender a ser empreendedor por meio de um sistema de
ensino bem diferente do tradicional
H Eacute um assunto global e natildeo caracteriacutestico ou complementar E deve ser
apresentado na educaccedilatildeo baacutesica
I O princiacutepio do empreendedorismo e a cidadania O que por sua vez ldquoVisa
agrave construccedilatildeo do bem-estar coletivo do espiacuterito comunitaacuterio da cooperaccedilatildeo
Antes de ser aluno o estudante deve ser considerado um cidadatildeordquo
J Natildeo existe a possibilidade de definir se uma pessoa vai ter sucesso
como empreendedor
Vale enfatizar que o empreendedorismo eacute a envoltura de pessoas e
processos que juntas transformam ideias em oportunidades E a correta efetivaccedilatildeo
destas oportunidades ocasiona a criaccedilatildeo de um negoacutecio bem sucedido (DORNELAS
2012 p 28)
Chiavenato (2007 p 22) e Dornelas (2012 p29) defendem a ideia de que
1 O empreendedorismo abrange todo o processo para criar algo novo que
possua valor e seja valorizado pelo mercado
2 Que o empreendedorismo requer doaccedilatildeo disponibilidade de tempo e
vigor para tornar o novo empreendimento em um negoacutecio de sucesso
3 O empreendedorismo demanda coragem aceitaccedilatildeo de riscos
calculados e decisotildees analiacuteticas e ter flexibilidade com os obstaacuteculos falhas
e fracassos
Eacute possiacutevel concluir que o empreendedorismo eacute um fato cultural isto eacute
consequecircncia de haacutebitos accedilotildees e valores pessoais ldquoExistem famiacutelias (assim como
cidades regiotildees e paiacuteses) mais empreendedoras do que outrasrdquo A pessoa
desenvolve o empreendedorismo no conviacutevio com outros empreendedores num local
onde a possibilidade de ter o proacuteprio negoacutecio eacute visto como algo muito bom
(DOLABELA 2006 sn)
15
Diante disso natildeo eacute possiacutevel falar de empreendedorismo sem mencionar os
empreendedores pois satildeo as atitudes de pessoas que inovam assumem todos os
riscos que proporcionam o crescimento e desenvolvimento da sociedade como um
todo
211 Caracteriacutesticas e perfil do empreendedor
Ser empreendedor eacute acima de tudo ter a capacidade e a necessidade de
realizar coisas novas
O empreendedor ldquoeacute um ser social produto do meio em que vive (eacutepoca e
lugar)rdquo E se a pessoa convive em um meio onde ser empreendedor eacute considerado
algo bom teraacute motivos para abrir seu proacuteprio negoacutecio (DOLABELA 2006 sn)
O empreendedor parte da percepccedilatildeo subjetiva para percepccedilatildeo praacutetica na
qual mostram elementos que podem ser debatidos Esses elementos satildeo os mais
variaacuteveis possiacuteveis que foram originados de perguntas contestaccedilotildees e respostas
localizadas pelo empreendedor ldquoo qual natildeo precisa ser algueacutem com uma formaccedilatildeo
superior com diploma de faculdade ou algueacutem que conte com cursos teacutecnicos ou
praacuteticosrdquo (mesmo esses sendo atributos que auxilie na agilidade de formular
questionamentos e encontrar as soluccedilotildees para os mesmos) (WILDAUER 2011 p
25)
Para Dornelas (2012 p 29) empreendedor eacute a pessoa que percebe uma
oportunidade e arquiteta um negoacutecio para captar recursos calculando todos os riscos
que vai correr Em todas as definiccedilotildees de empreendedorismo nos deparamos com no
miacutenimo as seguintes particularidades em relaccedilatildeo ao empreendedor
1 Possui a atitude de criar um novo negoacutecio e amar aquilo que faz
2 Usa o capital que possui de maneira produtiva mudando o local social e
econocircmico onde estaacute inserido
3 Assume os riscos calculados e a chance do negoacutecio natildeo dar certo
Nessa mesma perspectiva Chiavenato (2007 p7) afirma que o empreendedor
eacute a pessoa que tem a capacidade de fazer as coisas acontecerem eacute favorecido pela
sua percepccedilatildeo para os negoacutecios prudecircncia na aacuterea financeira e a habilidade de
16
perceber as oportunidades Com esse conjunto de competecircncias tem a capacidade
de transformar ideias em negoacutecios O empreendedor possui uma boa imaginaccedilatildeo e eacute
persistente qualidades que combinadas de maneira correta o capacitam para
converter ideias simples em projetos objetivos e bem sucedidos
Para Wildauer (2011 p 26)
Podemos entatildeo enumerar muitas caracteriacutesticas do empreendedor sendo as principais a atitude de saber ouvir de estar atento de saber interpretar e analisar as informaccedilotildees do mercador de ter condiccedilotildees de elaborar um planejamento de suas accedilotildees futuras de traccedilar objetivos e todo um roteiro teoacuterico-praacutetico para poder atingi-lo Sem essas premissas baacutesicas o empreendedor natildeo teraacute sucesso na formulaccedilatildeo do plano de negoacutecios muito menos na sustentaccedilatildeo de seu negoacutecio
Chiavenato (2007 p 4) acredita que ldquoos empreendedores satildeo heroacuteis
populares do mundo dos negoacuteciosrdquo Que geram empregos propagam inovaccedilotildees e
estimulam o crescimento da economia Satildeo muito mais do que somente fornecedores
de produtos e serviccedilos satildeo pessoas que assumem os riscos das oscilaccedilotildees
econocircmicas
Cabe acrescentar que o empreendedor revolucionaacuterio eacute aquele que inventa
novos mercados isto eacute a pessoa cria algo exclusivo como foi o caso do Bill Gattes
fundador da Microsoft que transformou o mundo com o sistema operacional Windows
Contudo grande parte dos empreendedores cria negoacutecios em mercados jaacute existentes
e mesmo assim criam negoacutecios de sucesso (DORNELAS 2012 p30)
Wildauer (2011 p26) conclui que ldquoo empreendedor necessita de uma estrutura
de pensamento sistecircmico e visionaacuterio com base no qual estabeleceraacute metas e
desenharaacute trajetoacuterias para alcanccedilaacute-lasrdquo
22 PLANO DE NEGOacuteCIOS
Para iniciar um empreendimento eacute fundamental fazer um plano de negoacutecios
com ele eacute possiacutevel verificar a viabilidade ou natildeo do empreendimento e definir onde
estamos para onde vamos e mostrar com mais clareza as oportunidades de negoacutecio
17
Do ponto de vista de Dornelas (2012 p 93) ldquoum negoacutecio bem planejado teraacute
mais chances de sucesso do que aquele sem planejamento na mesma igualdade de
condiccedilotildeesrdquo
Nessa mesma perspectiva Dolabela (2006 sn) afirma que vaacuterios
empreendedores bem sucedidos abriram seus empreendimentos sem compreender
pontualmente o que eacute um plano de negoacutecios Poreacutem muitos outros natildeo tiveram o
mesmo fim e o que conseguiram foram negoacutecios fracassados por conta de falhas que
poderiam ter sido evitadas Uma grande quantidade de negoacutecios que possuem um
alto potencial acabam se tornando impraticaacuteveis por conta da incapacidade dos
empreendedores Ainda assim muitas pessoas abrem e vatildeo continuar abrindo
negoacutecios capacitadas ou natildeo para isso
Wildauer (2011 p 39) define plano de negoacutecios como ldquoum documento em
forma de texto no qual eacute apresentada uma proposta de negoacutecio para um mercadordquo
Esse documento deve mostrar com clareza o ponto de vista do empreendedor sobre
o sucesso do seu produto ou serviccedilo no mercado atual
Chiavenato (2007 p132) acredita que
O plano de negoacutecio mdash business planmdash descreve a ideia de um novo empreendimento e projeta os aspectos mercadoloacutegicos operacionais e financeiros dos negoacutecios propostos geralmente para os proacuteximos trecircs ou cinco anos Seu preparo permite a anaacutelise da proposta e ajuda o futuro empreendedor a evitar uma trajetoacuteria decadente que o levaraacute do entusiasmo agrave desilusatildeo e ao fracasso
Eacute possiacutevel sintetizar o plano de negoacutecios como um documento em que o
empreendedor mostra de maneira formal e concreta o negoacutecio que quer idealizar e
expor para seus parceiros soacutecios e investidores apresentando a visatildeo a missatildeo e os
seus propoacutesitos assim como o ldquoplano operacional o plano de marketing o plano de
financeiro e o plano juriacutedicordquo desta forma facilitando a assimilaccedilatildeo e aceitaccedilatildeo do
negoacutecio pelas pessoas interessadas (WILDAUER 2011 p39)
Conforme mencionado por Chiavenato (2007 p 134) o plano de negoacutecios
mobiliza o novo empreendimento na sua totalidade Ele demonstra o levantamento
cansativo dos elementos que fazem parte do negoacutecio ldquosejam internos mdash o que deveraacute
ser produzido como onde quanto mdash sejam externos mdash para quem produzir qual eacute
o mercado quais satildeo os concorrentes etcrdquo
18
Com isso Wildauer (2011 p 45) conclui que ldquoo plano de negoacutecios eacute como um
guia uacutetil para a obtenccedilatildeo de conhecimentos para a concepccedilatildeo de um
empreendimentordquo
221 Estrutura do plano de negoacutecios
O plano de negoacutecios mobiliza todas as informaccedilotildees necessaacuterias para abrir um
negoacutecio por meio dele eacute possiacutevel detectar onde estou e para onde desejo ir dentro do
mercado
Conforme identificado por Dornelas (2012 p 101) ldquonatildeo existe uma estrutura
riacutegida e especiacutefica para se escrever um plano de negoacuteciosrdquo dado que cada negoacutecio
possui suas singularidades e equivalecircncias sendo improvaacutevel delimitar um modelo-
padratildeo de plano de negoacutecios que seja absoluto e adequado para todos os negoacutecios
Todos os planos de negoacutecios devem conter um miacutenimo de seccedilotildees que vatildeo possibilitar
uma compreensatildeo do negoacutecio como um todo Tais seccedilotildees satildeo alinhadas de maneira
que mantenham uma sequecircncia loacutegica que possibilite qualquer pessoa ler o plano e
compreender como a empresa eacute estruturada seus objetivos seus produtos seus
serviccedilos qual seu mercado seu plano financeiro e de marketing
A seguir encontra-se uma breve descriccedilatildeo de cada uma das seccedilotildees do Plano
de Negoacutecios
2211 Capa
Eacute um dos componentes fundamentais do plano de negoacutecios pois eacute a primeira
parte que eacute vista pela pessoa que vai ler deve ser desenvolvida de forma clara e com
os dados adequados (DORNELAS 2012 p 101)
19
2212 Sumaacuterio
O sumaacuterio deve incluir ldquoo tiacutetulo de cada seccedilatildeo do plano de negoacutecios e a paacutegina
respectiva onde se encontra bem como os principais assuntos relacionados em cada
seccedilatildeordquo Isso faz com que fique mais faacutecil o leitor do plano de negoacutecios identificar com
mais agilidade o que lhe interessar (DORNELAS 2012 p 101-102)
2213 Sumaacuterio executivo
O Sumaacuterio Executivo eacute a parte mais importante do plano de negoacutecios ele iraacute
definir se o leitor vai prosseguir ou natildeo com a leitura do plano de negoacutecios Dessa
forma deve ser redigido com bastante concentraccedilatildeo e revisado inuacutemeras vezes e
tambeacutem englobar as informaccedilotildees mais relevantes do plano de negoacutecios Deve ser
direcionado ao puacuteblico-alvo do plano de negoacutecios e deixar claro qual o objetivo do
mesmo em relaccedilatildeo agraves pessoas que estatildeo o lendo ldquoO Sumaacuterio Executivo deve ser a
uacuteltima seccedilatildeo a ser escrita pois depende de todas as outras seccedilotildees do plano para ser
elaboradardquo (DORNELAS 2012 p 102)
2214 Anaacutelise estrateacutegica
Nesta seccedilatildeo eacute determinada a direccedilatildeo que a empresa vai seguir ldquosua visatildeo e
missatildeo sua situaccedilatildeo atual as potencialidades e ameaccedilas externas suas forccedilas e
fraquezas seus objetivos e metas de negoacuteciordquo Essa parte eacute o alicerce para o
crescimento e o estabelecimento das outras accedilotildees redigidas no plano (DORNELAS
2012 p 102)
20
2215 Descriccedilatildeo da empresa
Eacute nessa seccedilatildeo que deve ser feita a descriccedilatildeo da empresa ldquoseu histoacuterico
crescimento faturamento dos uacuteltimos anos sua razatildeo social impostos estrutura
organizacional e legal localizaccedilatildeo parcerias serviccedilos terceirizados etcrdquo
(DORNELAS 2012 p 102)
2216 Produtos e serviccedilos
Nessa seccedilatildeo do plano de negoacutecios devem ser descritos os produtos e serviccedilos
da empresa a maneira que satildeo produzidos o capital disposto seu ciclo de vida os
elementos tecnoloacutegicos envolvidos pesquisa e desenvolvimento os seus clientes
marcas e patentes etc
Nessa seccedilatildeo pode ser incluiacuteda quando estaacute informaccedilatildeo encontra-se disponiacutevel uma visatildeo do niacutevel de satisfaccedilatildeo dos clientes com os produtos e serviccedilos da empresa Esse feedback eacute bastante importante porque costuma oferecer natildeo apenas uma visatildeo do niacutevel de qualidade percebida nos produtos e serviccedilos mas tambeacutem guiar futuros investimentos da empresa em novos desenvolvimentos e processos de produccedilatildeo (DORNELAS 2012 p 102-103)
2217 Plano operacional
Nesta seccedilatildeo devem ser expostas as accedilotildees que a empresa pretende ter na
sua estrateacutegia produtiva e no processo de produccedilatildeo apontando os resultados que
essas accedilotildees teratildeo sobre os criteacuterios de avaliaccedilatildeo dos produtos Deve incluir dados
operacionais atualizados e presumidos como ldquolead time do produto ou serviccedilo
percentual de entregas a tempo rotatividade do inventaacuterio iacutendice de refugo lead time
de desenvolvimento de produto ou serviccedilo etcrdquo (DORNELAS 2012 p 103)
21
2218 Plano de recursos humanos
Devem ser exibidas as propostas de desenvolvimento e treinamento de
pessoal da empresa Esses dados estatildeo pontualmente associados com a
competecircncia da empresa de crescer ldquoespecialmente quando esta atua em um
mercado onde a detenccedilatildeo de tecnologia eacute considerada um fator estrateacutegico de
competitividaderdquo (DORNELAS 2012 p 103)
2219 Anaacutelise de mercado
Nesta seccedilatildeo o responsaacutevel pelo plano de negoacutecios deve deixar claro que os
executivos da empresa entendem perfeitamente o mercado consumidor do seu
produto ou serviccedilo (atraveacutes de pesquisa de mercado) como estaacute segmentado
crescimento do mercado atributos do consumidor anaacutelise da concorrecircncia qual a sua
fatia de mercado e dos concorrentes etc (DORNELAS 2012 p 103)
22110 Estrateacutegia de marketing
Deve ser apresentado o objetivo da empresa para vender seu produtoserviccedilo
e consolidar seus clientes e ampliar sua demanda Deve ser informada sua estrateacutegia
de venda especificidades do produtoserviccedilo preccedilos puacuteblico-alvo canais de
distribuiccedilatildeo projeccedilatildeo das vendas (DORNELAS 2012 p 103)
22
22111 Plano financeiro
Na seccedilatildeo financeira deve mostrar em nuacutemeros todas as accedilotildees planejadas
para a empresa e suas evidecircncias por meio de projeccedilotildees futuras para um negoacutecio
bem sucedido
Deve conter demonstrativo de fluxo de caixa com horizonte de pelo menos trecircs anos balanccedilo patrimonial anaacutelise do ponto de equiliacutebrio necessidades de investimento demonstrativos de resultados anaacutelise de indicadores financeiros do negoacutecio como faturamento previsto margem prevista prazo de retorno sobre o investimento inicial (payback) taxa interna de retorno (TIR) etc (DORNELAS 2012 p 103-104)
22112 Anexos
Nesta seccedilatildeo deve incluir todos os dados considerados importantes para
melhor compreensatildeo do plano de negoacutecios O que natildeo pode ser deixado de anexar eacute
o curriculum vitae dos soacutecios da empresa (DORNELAS 2012 p 104)
23 VIABILIDADE ECONOcircMICO-FINANCEIRA
Analisar o empreendimento economicamente para verificar se o projeto eacute
viaacutevel e lucrativo ou natildeo eacute uma das decisotildees fundamentais de qualquer
empreendedor
A anaacutelise de investimento eacute um mecanismo aacutegil praacutetico e seguro que ajuda
profissionais de inuacutemeras aacutereas no processo de anaacutelise de tomada de decisotildees
financeiras (REBELATTO p 141)
Lapponi (2007 p 123) afirma que
O objetivo da decisatildeo de investimento ou do orccedilamento de capital eacute maximizar o valor da empresa A decisatildeo de alocaccedilatildeo do capital em projeto de investimento eacute fundamental para o sucesso pois os recursos da empresa
23
satildeo comprometidos por longo tempo na direccedilatildeo de seu futuro desejado e isso envolve um grande esforccedilo de tempo e de gerenciamento Cada projeto aprovado eacute um desembolso realizado pela empresa coma expectativa de obter benefiacutecios futuros quantificados pela geraccedilatildeo de um fluxo de retornos adequados em geral por um prazo maior do que um ano
A carecircncia de recursos financeiros diante das muitas necessidades faz com
que seja crucial aperfeiccediloar sua utilizaccedilatildeo A anaacutelise antecipada de investimento
possibilita que se racionalize a forma como os recursos de capital satildeo utilizados
(REBELATTO 2004 p 141)
Para analisar a viabilidade de um projeto economicamente eacute necessaacuterio reunir
uma seacuterie de informaccedilotildees e de dados que precisam ser organizados para atingir seu
objetivo final que eacute o de facilitar a tomada de decisatildeo Vale salientar que o projeto
deve ser um documento que tenha a capacidade de mostrar de uma maneira loacutegica a
visatildeo estrateacutegica do negoacutecio (MACHADO 2002 p 144)
231 Fluxo de caixa
O fluxo de caixa eacute o melhor guia para uma administraccedilatildeo financeira eficiente
de qualquer negoacutecio
O fluxo de caixa eacute a reproduccedilatildeo graacutefica de uma movimentaccedilatildeo financeira ldquoAs
movimentaccedilotildees monetaacuterias satildeo identificadas temporalmente por meio de um conjunto
de entradas e saiacutedas de caixa definido como diagrama de fluxo de caixardquo Essa
representaccedilatildeo proporciona a visualizaccedilatildeo em diferentes momentos com o que estaacute
ocorrendo com o capital (REBELATTO 2004 p 150)
ldquoA identificaccedilatildeo e a quantificaccedilatildeo das estimativas relevantes do projeto satildeo o
iniacutecio da construccedilatildeo do fluxo de caixa do projeto para empresa em funcionamentordquo
(LAPPONI 2007 p 347)
O fluxo de caixa eacute um composto de entradas e saiacutedas de valores monetaacuterios
(dinheiro) no decorrer de um determinado periacuteodo Bem como evidenciar uma opccedilatildeo
possiacutevel de transaccedilotildees financeiras ou seja pagamentos agrave vista pagamentos a prazo
tiacutetulos originais etc (REBELATTO 2004 p 151)
24
232 Valor Presente Liacutequido (VPL)
ldquoO Valor presente liacutequido (VPL) ou valor atual liacutequido (VAL) eacute o valor atual das
entradas de caixa (retornos de capital esperados) incluindo o valor residual (se
houver) menos o valor atual das saiacutedas de caixardquo (REBELATTO 2004 p 214)
A foacutermula para chegar ao VPL eacute (LAPPONI 2007 p 125)
119881119875119871 = minus119868 +119865119862
(1 + 119870)119899
Onde
I= custo inicial ou desembolso inicial
FC= fluxo de caixa
K= taxa requerida
n= prazo de anaacutelise
Rebelatto (2004 p214) afirma que os paracircmetros para que o projeto seja
aceito se refere ao valor presente liacutequido (VPL)
VPLgt0 o projeto eacute aceito
VPLlt0 o projeto eacute rejeitado
VPL=0 o projeto pode ser aceito ou natildeo pois natildeo cria e nem destroacutei
valor para empresa
Para Lapponi (2007 p 134-135) as principais vantagens do VPL satildeo
Considera o fluxo de caixa do projeto na sua totalidade
Considera o valor monetaacuterio (dinheiro) no tempo
Tem a capacidade de medir o valor criado ou destruiacutedo pelo projeto
Pode ser utilizado na avaliaccedilatildeo do projeto independentemente do tipo de
fluxo de caixa utilizado
Seleciona o projeto mais viaacutevel economicamente
25
233 Taxa Interna de Retorno (TIR)
ldquoTaxa Interna de Retorno (TIR) eacute a taxa de desconto que torna o valor atual
liacutequido (VAL) do investimento igual a zero Tambeacutem eacute chamada de taxa interna efetiva
de rentabilidaderdquo (REBELATTO 2004 p 217)
No projeto do tipo simples com o aumento da taxa requerida o VPL do projeto tende ao valor do custo inicial pois o VPL eacute uma funccedilatildeo decrescente da taxa requerida Portanto a decisatildeo com o meacutetodo TIR somente deve ser feita em projetos simples que garantem a existecircncia de uma uacutenica TIRgt -100 Nos outros tipos de fluxo de caixa em geral o meacutetodo da TIR natildeo deve ser utilizado pois haacute a possibilidade de muacuteltiplas TIRs Sendo a TIR a taxa de juro que zera o VPL do projeto simples para qualquer taxa requerida K menor que a TIR o VPL seraacute positivo e para qualquer taxa requerida K maior que a TIR o VPL seraacute negativo (LAPPONI 2007 p 175-176)
Rebelatto (2004 p 217) complementa afirmando que a TIR eacute um meacutetodo
aprimorado de anaacutelise de investimento sendo possivelmente uma das mais usadas
para avaliar projetos econocircmicos A TIR deve ser comparada com a taxa miacutenima de
atratividade (TMA) para analisar se o projeto seraacute aceito ou natildeo
Sendo assim Lapponi (2007 p 176) considera que
Se TIR gt TMA o projeto deve ser aceito pois eacute economicamente viaacutevel
Se TIR lt TMA o projeto deve ser recusado pois eacute economicamente
inviaacutevel
Se TIR = TMA eacute indiferente investir no projeto pois o mesmo natildeo criaraacute
e nem destruiraacute valor da empresa
ldquoA grande vantagem da TIR como indicador de decisatildeo eacute que prescinde de
informaccedilotildees externas ao projeto Tudo que o analista necessita eacute conhecer o perfil do
projeto e alguma ideia de magnitude da taxa de jurosrdquo (MACHADO 2002 p 127)
26
234 Periacuteodo de retorno de investimento (Payback)
ldquoO payback eacute o periacuteodo de tempo em que ocorre o retorno do investimento
Calculado no fluxo de caixa de vida uacutetil de dez anos o payback apresenta-se de vaacuterias
maneiras para cada tipo de empresardquo (BRITO 2003 p 51)
Uma empresa pode nomear o payback como um dos paracircmetros para escolha
de um projeto a fim de minimizar seus riscos Mesmo sendo esse um meacutetodo faacutecil e
simples na praacutetica eacute um dos mais utilizados para efetuar a mediccedilatildeo econocircmica de um
projeto (REBELATTO 2004 p 230)
Segundo Rebelatto (2004 p 231) a foacutermula baacutesica que demonstra o caacutelculo
do payback em fluxos de caixas regulares eacute
PB =I0
FC
Onde
PB= Payback
I0= Investimento inicial
FC= Fluxo de caixa regular
Para executar o meacutetodo payback eacute crucial estabelecer o tempo maacuteximo de
toleracircncia TMT para resgatar o custo inicial ldquoPara decidir se o projeto deve ser aceito
o payback deve ser comparado com o valor de referecircncia TMT de forma querdquo
(LAPPONI 2007 p 245)
Se PB lt TMT o projeto deve ser aceito
Se PB gt TMT o projeto deve ser recusado
A principal vantagem para utilizaccedilatildeo do meacutetodo payback eacute que ele reflete a
liquidez do projeto e por consequecircncia eacute possiacutevel efetuar a avaliaccedilatildeo do risco de natildeo
recuperar o investimento (REBELATTO 2004 p 230)
27
3 METODOLOGIA
Este capiacutetulo tem por objetivo descrever os procedimentos e teacutecnicas
utilizados na pesquisa considerando o problema e aos objetivos gerais e especiacuteficos
Para a execuccedilatildeo da revisatildeo bibliograacutefica realizada neste estudo foi utilizado
livros de especialistas na aacuterea os principais temas abordados foram o
empreendedorismo que eacute um assunto chave quando surge uma ideia para um novo
negoacutecio plano de negoacutecios que eacute um elemento fundamental para o sucesso ou
fracasso de um empreendimento e a viabilidade econocircmico-financeira tema
fundamental visto que o objetivo geral da pesquisa eacute mensurar se a mesma eacute viaacutevel
ou natildeo economicamente
Foi elaborada uma anaacutelise de mercado que estaacute disponiacutevel no item 41 deste
estudo atraveacutes da mesma foi identificado que os principais clientes satildeo das classes
A e B de Curitiba regiatildeo metropolitana no item 42 foi efetuado um levantamento do
tamanho do negoacutecio onde foi definida a capacidade produtiva o investimento inicial e
a localizaccedilatildeo do empreendimento no item 44foi elaborado o fluxo de caixa que
demonstra as previsotildees financeiras do periacuteodo de 5 anos o meacutetodo utilizado para
elaborar a pesquisa foi um estudo de caso de natureza exploratoacuteria quantitativa e
anaacutelise documental
O estudo de caso eacute evidenciado por um estudo minucioso e cansativo de um
ou poucos objetivos desta forma propicia um vasto e detalhado conhecimento sobre
o assunto uma missatildeo praticamente impossiacutevel mediante as outras maneiras de
delineamentos consideradas (GIL 2008 p 57-58)
Prodanov e Freitas (2013 p60) afirmam que o estudo de caso consiste em
recolher e analisar dados sobre determinado indiviacuteduo famiacutelia grupo ou comunidade
com a finalidade de estudar diferentes aspectos das suas vidas conforme o assunto
da pesquisa
Jaacute as pesquisas exploratoacuterias satildeo definidas por Gil (2008 p 27) como as que
Tecircm como principal finalidade desenvolver esclarecer e modificar conceitos e ideias tendo em vista a formulaccedilatildeo de problemas mais precisos ou hipoacuteteses pesquisaacuteveis para estudos posteriores De todos os tipos de pesquisa estas satildeo as que apresentam menor rigidez no planejamento Habitualmente envolvem levantamento bibliograacutefico e documental entrevistas natildeo padronizadas e estudos de caso
28
A pesquisa quantitativa ldquoconsidera que tudo pode ser quantificaacutevel o que
significa traduzir em nuacutemeros opiniotildees e informaccedilotildees para classificaacute-las e analisaacute-lasrdquo
Eacute necessaacuteria a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas estatiacutesticas tais como porcentagem meacutedia
moda desvio-padratildeo coeficiente de correlaccedilatildeo etc (PRODANOV FREITAS 2013
p 69)
Muitos dados que satildeo utilizados em pesquisas satildeo adquiridos indiretamente
por meio de documentosrdquo como livros jornais papeacuteis oficiais registros estatiacutesticos
fotos discos filmes e viacutedeos que satildeo obtidos de maneira indiretardquo Essas fontes
documentais tecircm a capacidade de disponibilizar ao pesquisador um grande nuacutemero
de informaccedilotildees com bastante qualidade para evitar a perda de tempo (GIL 2008 p
147)
Este modelo de pesquisa foi utilizado para definir os principais clientes quais
os produtos que seratildeo vendidos a capacidade produtiva assim como a viabilidade
econocircmico-financeira e operacional do negoacutecio
29
4 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES
41 ANAacuteLISE DE MERCADO
Woiler e Mathias (1994 p41) e Rebelatto (2004 p01) afirmam que a anaacutelise
de mercado eacute um dos pontos mais relevantes para elaboraccedilatildeo de um projeto Atraveacutes
do estudo do mercado obtemos muitas informaccedilotildees tais como
Fazendo a comparaccedilatildeo entre demanda e a oferta encontramos a
possiacutevel escassez da demanda futura Esse resultado proporcionaraacute
informaccedilotildees para que seja definida a escala de produccedilatildeo do projeto
A regiatildeo geograacutefica em que o produto pode ser vendido eacute um dos pontos
mais significativos para que seja definida a localizaccedilatildeo do empreendimento
O preccedilo de venda os custos de comercializaccedilatildeo e os estoques nos
canais de comercializaccedilatildeo satildeo informaccedilotildees relevantes para que seja
elaborada a projeccedilatildeo do projeto
Vale salientar que esses satildeo apenas alguns elementos importantes que eacute
possiacutevel identificar na anaacutelise de mercado existe muitos outros dados que satildeo obtidos
com a mesma
411 Mercado consumidor
ldquoTodas as decisotildees relacionadas a novos empreendimentos contecircm certo
grau de incerteza tanto no que diz respeito agrave informaccedilatildeo na qual as decisotildees estatildeo
baseadas como no que diz respeito agraves suas consequecircnciasrdquo (SEBRAE)
Chiavenato acredita que os clientes tecircm a capacidade de alavancar ou
derrubar um empreendimento ldquoUm cliente pode ser uma organizaccedilatildeo uma empresa
um usuaacuterio dos produtosserviccedilos ou um consumidor finalrdquo Eacute quem adquiri os
produtosserviccedilos ofertados pela organizaccedilatildeo no final da cadeia de transaccedilotildees Eacute ele
que estabelece direta ou indiretamente se o empreendimento teraacute ecircxito ou natildeo Por
30
isso o cliente deve ser considerado como o principal patrimocircnio da empresa (2007
p 207)
Segundo dados do censo 2010 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e
estatiacutestica) dos 576190 (quinhentos e setenta e seis mil cento e noventa) domiciacutelios
de Curitiba 292965 (duzentos e noventa e dois mil novecentos e sessenta e cinco)
possuem renda de mais de 5 a mais de 20 salaacuterios miacutenimos sendo assim cerca de
5085 dos domiciacutelios curitibanos estatildeo enquadrados nas classes A e B Ainda
segundo o IBGE cerca de 137922 (cento e trinta e sete mil novecentos e vinte e dois)
domiciacutelios curitibanos tecircm renda de mais de 10 salaacuterios miacutenimos o que representa
uma meacutedia de 24 dos domiciacutelios de Curitiba
Mais de 249000 (duzentos e quarenta e nove mil) pessoas que residem em
Curitiba cerca de 1423 da populaccedilatildeo tem rendimento mensal de mais de 5 salaacuterios
miacutenimos conforme Tabela 1
TABELA 1 - RESULTADOS DA AMOSTRA - RENDIMENTO POR PESSOA EM CURITIBA
Quantidade de pessoas Salaacuterios miacutenimos
153011 Mais de 5 a 10 salaacuterios miacutenimos
38692 Mais de 10 a 15 salaacuterios miacutenimos
25427 Mais de 15 a 20 salaacuterios miacutenimos
18264 Mais de 20 a 30 salaacuterios miacutenimos
13791 Mais de 30 salaacuterios miacutenimos
FONTE IBGE - CENSO DEMOGRAacuteFICO 2010
Curitiba possui uma populaccedilatildeo de mais de 1750000 (um milhatildeo setecentos
e cinquenta mil habitantes) segundo censo IBGE 2010 sendo que 932000
(novecentos e trinta e dois mil) pessoas com o estado civil de solteiro viuacutevo
divorciado separado judicialmentedesquitado isso mostra que tem muitas pessoas
que podem fazer festas de casamento e necessitar dos produtos que seratildeo ofertados
tais como bolos artiacutesticos doces finos e bem casados
Segundo as estatiacutesticas do registro civil do IBGE ocorreram em Curitiba e
regiatildeo metropolitana no ano 2012 exatamente 18877 (dezoito mil oitocentos e setenta
e sete) casamentos sendo que nos meses de setembro a dezembro foi onde ocorreu
um maior nuacutemero um total de 7828 (sete mil oitocentos e vinte e oito) casamentos o
que representa um total de 4147 dos casamentos ocorrem nesses quatro meses
do ano
31
TABELA 2 - CASAMENTOS POR MEcircS DE REGISTRO SEGUNDO O LUGAR DO REGISTRO ndash 2012
Lugar do registro
Casamentos por mecircs do registro
Total de
registros Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
RM Curitiba 18877 1466 1250 1572 1282 1403 1533 1248 1255 1735 1753 2118 2262
Curitiba 10351 848 692 857 692 724 872 658 658 971 968 1237 1174
FONTE IBGE DIRETORIA DE PESQUISAS COORDENACcedilAtildeO DE POPULACcedilAtildeO E INDICADORES SOCIAIS ESTATIacuteSTICAS DO REGISTRO CIVIL 2012
Nessa perspectiva foi definido que o mercado que a empresa de bolos e doces
finos vai atuar eacute de Curitiba e regiatildeo metropolitana com foco nas pessoas das classes
A e B com estado civil solteiro divorciado separado judicialmentedesquitado e viuacutevo
412 Produtos que seratildeo vendidos
ldquoNo coraccedilatildeo de uma grande marca haacute um grande produto O produto-chave
na oferta ao mercado Liacutederes de mercado geralmente oferecem produtos e serviccedilos
de qualidade superiorrdquo (KOTLER KELLER 2006 p 366)
Os principais produtos fornecidos seratildeo
Bolos artiacutesticos
FOTO1 - BOLO ARTIacuteSTICO FONTE WANDA CARDOSO - BOLOS ARTIacuteSTICOS amp DOCES
32
Bolos de copa
FOTO2 - BOLO DE COPA FONTE ELABORADO PELO AUTOR
FOTO3 - BOLO DE COPA FONTE ELABORADO PELO AUTOR
Naked cake
FOTO4 - NAKED CAKE FONTE DOCES PENEacuteLOPE
33
Doces Tradicionais
FOTO5 - DOCES TRADICIONAIS FONTE ELABORADO PELO AUTOR
Doces Espelhados
FOTO6 - DOCES ESPELHADOS FONTE PRONTO SOCORRO DAS FESTAS
Doces Finos
FOTO 7 - DOCES FINOS FONTE COMPRANDO MEU APE
34
Brigadeiros gourmet
FOTO8 - BRIGADEIROS GOURMET FONTE ELABORADO PELO AUTOR
Tacinhas acriacutelicas
FOTO9 - TACINHAS ACRIacuteLICAS FONTE BUFFET DELIacuteCIAS DA VI
Trufas
FOTO 10 - TRUFAS FONTE FOGAtildeO DA VOVOacute
35
Bombons
FOTO11 - BOMBONS FONTE DALVA GOLDEN GATE
Bem casados
FOTO12 - BEM CASADOS FONTE CASAMENTO SEM ERRO
FOTO13 - BEM CASADOS FONTE CASAMENTO SEM ERRO
36
413 Preccedilo de venda
A definiccedilatildeo do preccedilo dos produtos eacute uma das decisotildees mais relevantes da
organizaccedilatildeo que deve levar em conta a forma como a empresa deseja se posicionar
no mercado os custos a concorrecircncia e a rentabilidade almejada
O preccedilo eacute um dos elementos mais versaacuteteis pode ser modificado rapidamente
ao contraacuterio das propriedades dos produtos dos contratos com canais de distribuiccedilatildeo
e ateacute mesmo das promoccedilotildees O Preccedilo tem tambeacutem a tarefa de mostrar ao mercado o
posicionamento de valor desejado pela empresa para o seu produto ou marca
(KOTLER KELLER 2006 p 428)
A consolidaccedilatildeo dos preccedilos dos produtos seraacute elaborada levando em conta os
custos para se obter os produtos com a qualidade requinte e sofisticaccedilatildeo desejada
com a margem de lucro esperada e se baseando nos preccedilos praticados pela
concorrecircncia
414 Previsatildeo de vendas
Para Chiavenato (2007 p 2013)
A previsatildeo de vendas representa a quantidade de produtosserviccedilos que a empresa pretende vender ou colocar no mercado durante um determinado periacuteodo geralmente um mecircs ou um ano dividido em meses Constitui portanto uma estimativa ou uma expectativa de vendas Pode ser feita em unidades fiacutesicas ou em valores monetaacuterios
A produccedilatildeo vai ser em meacutedia de 5600 doces (doces finos gourmet e bem
casados) e 4 bolos procurando atender em meacutedia 4 eventos por semana e ateacute 16
eventos por mecircs sendo que nos meses de setembro a dezembro essa demanda
aumenta pelo motivo de historicamente ter um nuacutemero maior de casamentos
37
415 Definiccedilatildeo de local de venda dos produtos
ldquoA venda eacute a fase fundamental do processo de vendas Consiste na
transferecircncia do produtoserviccedilo para o cliente ou consumidorrdquo (CHIAVENATO 2007
p 210)
As vendas vatildeo ocorrer atraveacutes de site proacuteprio redes sociais telefone e
pessoalmente natildeo teremos loja fiacutesica apenas um ateliecirc para confecccedilatildeo dos bolos e
doces onde vai conter uma sala anexa na qual vai ser oferecido o serviccedilo de
degustaccedilatildeo com horaacuterios marcados para assim o cliente decidir quais os produtos
seratildeo adquiridos para o seu evento e fechamento de contrato
416 Definiccedilatildeo da demanda e da oferta
Na maior parte das encomendas os clientes solicitam os doces finos e
gourmet que contecircm chocolates frutas oleaginosas tais como castanhas nozes
avelatildes amecircndoas frutas como framboesa morango damasco cerejas e os bem
casados Os bolos mais solicitados satildeo os com decoraccedilatildeo de pasta americana que
deve obrigatoriamente ter recheios mais firmes como ganaches fios de ovos
strogonoff de nozes e os naked cake (bolo pelado) que possuem mais opccedilotildees de
recheios com chocolates frutas diversas e cremes de pacirctisserie
Em contato com algumas empresas que fornecem o mesmo tipo de produto
foi possiacutevel verificar que as encomendas devem ser feitas com antecedecircncia miacutenima
de 6 meses sendo que alguns casos somente com um ano de antecedecircncia para
conseguir na data desejada Esse eacute um dos pontos que mostra que tem espaccedilo
suficiente para entrada nesse mercado
38
417 Concorrentes
Chiavenato (2007 p 33) Kotler e Keller (2006 p 340) afirmam que os
concorrentes satildeo as organizaccedilotildees que competem pelos mesmos fornecedores
clientes e consumidores
ldquoAgrave medida que seus produtosserviccedilos tornam-se mais heterogecircneos tanto
mais heterogecircneos e diferenciados seratildeo seus concorrentes e tanto mais complexa
seraacute a competitividaderdquo (CHIAVENATO 2007 p 33)
Em busca na internet foi possiacutevel identificar que atualmente existe em meacutedia
25 concorrentes reais que oferecem exatamente os mesmos produtos que seratildeo
fornecidos com o mesmo padratildeo de qualidade valor agregado requinte e
sofisticaccedilatildeo Tambeacutem foi detectado mais 14 concorrentes potenciais que vendem
produtos similares aos que seratildeo vendidos poreacutem natildeo possuem o mesmo valor
agregado dos que vatildeo ser ofertados Foi possiacutevel identificar que alguns concorrentes
oferecem somente os doces finos dos quais foram identificados mais 3 concorrentes
reais e 3 concorrentes potenciais E foi detectado que existem concorrentes que
fornecem apenas os bolos artiacutesticos dos quais foi identificado 4 concorrentes reais
todos fornecem os bolos com o mesmo niacutevel de qualidade que seratildeo fornecidos
A tabela 3 mostra a divisatildeo dos concorrentes reais e potenciais que fornecem
bolos e doces por bairro de Curitiba
39
TABELA 3 - CONCORRENTES QUE FORNECEM BOLOS E DOCES POR BAIRRO
Bairro Quantidade de Concorrentes Reais
Quantidade de Concorrentes Potenciais
Aacutegua Verde 4 1
Ahuacute 1
Bairro Alto 2 1
Barreirinha 1
Barreirinha 1
Bom Retiro 1
Campo Comprido 1
Campo Comprido 1
Cidade Industrial 1
Colombo 1
Fazenda Rio Grande 1
Hauer 1
Hugo Lange 1
Mercecircs 1
Novo Mundo 2 1
Novo Mundo 1
Portatildeo 1
Portatildeo 1
Santa Cacircndida 1
Santa Felicidade 1 1
Santo Inaacutecio 1 1
Satildeo Joseacute dos Pinhais 1
Seminaacuterio 1
Sitio Cercado 1
Tarumatilde 1
Vila Izabel 1
Natildeo Informado 1 2
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
418 Forma de divulgaccedilatildeo dos concorrentes
Todas as empresas pesquisadas que fornecem produtos similares aos que
vamos fornecer utilizam sites proacuteprios e as redes sociais para fazer divulgaccedilatildeo dos
seus produtos todas fazem degustaccedilatildeo para os clientes conhecerem os seus
produtos e posteriormente fechar um contrato
40
42 TAMANHO DO NEGOacuteCIO
421 Capacidade produtiva
A capacidade produtiva vai ser para atender ateacute 4 eventos por semana A
produccedilatildeo vai ser de ateacute 5600 doces (doces finos gourmet e bem casados) e 4 bolos
atendendo ateacute 4 eventos por final de semana e ateacute 16 eventos por mecircs sendo que
nos meses de setembro a dezembro essa demanda aumenta pelo motivo de
historicamente ter um nuacutemero maior de casamentos
422 Investimento
Um dos pontos mais relevantes para abertura de uma empresa eacute a
determinaccedilatildeo do capital miacutenimo para dar iniacutecio nas atividades e principalmente como
obter este capital ldquoEacute com o capital inicial que a empresa tem condiccedilotildees de reunir os
recursos empresariais necessaacuterios ao seu funcionamento sejam eles recursos
humanos materiais ou financeirosrdquo A determinaccedilatildeo do capital eacute o que estabelece a
quantidade de recursos empresariais que a empresa tem disponiacutevel Indiscutivelmente
quanto maior for o volume de recursos empresariais mais faacutecil se torna o desempenho
da empresa Quando todos os recursos necessaacuterios para seu funcionamento estatildeo agrave
disposiccedilatildeo a administraccedilatildeo do empreendimento fica mais simples (CHIAVENATO
2007 p84)
Cabe acrescentar que (LAPPONI 2007 p 321)
O custo inicial refere-se aos desembolsos realizados para aquisiccedilatildeo de equipamentos ou outros ativos fixos incluindo o pagamento de fretes seguros instalaccedilotildees despesas operacionais iniciais com materiais e matildeo de obra treinamento de pessoal de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo etc resumindo o custo inicial inclui todos os desembolsos necessaacuterios para adquirir os ativos necessaacuterios e que estejam em condiccedilotildees de operar e gerar as receitas estimadas
41
O empreendimento iniciaraacute suas atividades com capital investido com
recursos proacuteprios da empreendedora
As estimativas de investimento inicial para abertura da empresa foi de
R$5162851 conforme tabela 4
TABELA 4 - INVESTIMENTO INICIAL
Descriccedilatildeo Valor (R$)
Maacutequinas e equipamentos Cozinha R$ 3084878
Utensiacutelios R$ 555075
Moacuteveis para escritoacuterio R$ 268982
Equipamentos de informaacutetica e eletrocircnicos R$ 446204
Outros custos escritoacuterio R$ 48912
Uniformes R$ 155800
Pintura Imoacutevel R$ 500000
Porta de Vidro R$ 103000
Total R$ 5162851
FONTE ELABORADO PELO AUTOR (2015)
423 Localizaccedilatildeo
Seraacute locado um imoacutevel para a instalaccedilatildeo da empresa localizado na Rua Heitor
Baggio Vidal 2508 Bairro Alto Curitiba ndash PR com o valor do aluguel mensal de
R$160000 (mil e seiscentos reais) O espaccedilo interno de 95msup2 seraacute dividido em trecircs
partes a primeira com 20msup2 vai ficar a recepccedilatildeo para receber os clientes efetuar
orccedilamentos e as degustaccedilotildees a segunda com 71msup2 a cozinha industrial onde seratildeo
fabricados os bolos e doces finos e a terceira com 4msup2 o lavabo
42
FOTO14 - FOTO DO IMOacuteVEL ONDE SERAacute INSTALADA A EMPRESA FONTE MP IMOacuteVEIS
424 Entregas
As entregas dos bolos e doces finos seratildeo efetuadas por uma empresa
parceira localizada no Bairro Alto o preccedilo das entregas em Curitiba e regiatildeo
metropolitana variam de R$2400 (vinte e quatro reais) a R$6000 (sessenta reais)
dependendo da localizaccedilatildeo tais valores seratildeo cobrados dos clientes
43 CAPITAL DE GIRO
O capital de giro inicial foi estimado levando em conta que no primeiro ano a
empresa vai produzir 8333 da sua capacidade atendendo em meacutedia 13 ventos
mensalmente sendo assim foram considerados os gastos operacionais necessaacuterios
para o iniacutecio das atividades incluindo o custo fixo mensal e o estoque inicial ambos
multiplicados por 2 e acrescidos de um percentual de 10 de margem de seguranccedila
para despesas natildeo previstas
43
TABELA 5 - CAPITAL DE GIRO
Item Valor (R$)
Estoque Inicial 5144000
Custo Fixo Mensal 3194783
Reserva (10) 833878
Total do Capital de Giro Inicial 9172662
FONTE ELABORDO PELO AUTOR
44 FLUXO DE CAIXA
ldquoFluxo de Caixa eacute um Instrumento de gestatildeo financeira que projeta para
periacuteodos futuros todas as entradas e as saiacutedas de recursos financeiros da empresa
indicando como seraacute o saldo de caixa para o periacuteodo projetadordquo (SEBRAE)
Na tabela 6 eacute apresentada a projeccedilatildeo do Fluxo de Caixa da empresa para os
seus primeiros cinco anos onde fica evidenciado que do primeiro ateacute o quinto ano a
sauacutede financeira da empresa melhora gradativamente sendo que no final do quinto
ano o saldo em caixa ultrapassa os 300 se comparado com o saldo em caixa no
final do primeiro ano
Pode-se observar que natildeo foi inserida no fluxo de caixa a opccedilatildeo de
inadimplecircncia pois todos os pagamentos seratildeo efetuados agrave vista em dinheiro ou
cartatildeo sendo que o pagamento total dos produtos deve ser efetuado no miacutenimo 10
dias antes da data do evento
44
TABELA 6 - PROJECcedilAtildeO DE FLUXO DE CAIXA NOS PRIMEIROS CINCO ANOS
Descriccedilatildeo Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5
Investimento Inicial (5162851)
Capital de Giro (9172662) 9172662
Valor Residual 1548855
Total de entradas 000 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873
Previsatildeo Receitas de vendas 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873
Total de Saiacutedas (14335513) (44888699) (54283425) (59479393) (64738409) (70291804)
(-)Fornecedores (25720000) (33641760) (36669518) (39969775) (43567055)
(-)Folha de pagamento (3267192) (3593911) (3953302) (4348633) (4783496)
(-)Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)
(963216) (1011377) (1061946) (1115043) (1170795)
(-)Retiradas soacutecios (2400000) (2640000) (3432000) (3946800) (4341480)
(-)Impostos s vendas (4654291) (5073177) (5573767) (6075406) (6622192)
(-)Alugueacuteis (1920000) (2016000) (2116800) (2222640) (2333772)
(-)Energia eleacutetrica (840000) (882000) (926100) (972405) (1021025)
(-)Aacutegua (300000) (315000) (330750) (347288) (364652)
(-)Telefone (384000) (403200) (423360) (444528) (466754)
(-)Gaacutes (588000) (617400) (648270) (680684) (714718)
(-)Serviccedilos contabilidade (960000) (1008000) (1058400) (1111320) (1166886)
(-)Manutenccedilatildeo (600000) (630000) (661500) (694575) (729304)
(-)Outras despesas com funcionaacuterios
(1296000) (1405800) (1525590) (1656320) (1799030)
(-)Taxas bancaacuterias (96000) (100800) (105840) (111132) (116689)
(-)Outros pagamentos (900000) (945000) (992250) (1041863) (1093956)
Entradas - Saiacutedas (14335513) 12981301 21410535 23027023 25193585 27734070
Depreciaccedilatildeo 000 (631377) (631377) (631377) (631377) (631377)
Saldo Final (14335513) 12349924 20779158 22395647 24562208 37824209
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
A depreciaccedilatildeo foi calculada considerando o prazo de vida uacutetil meacutedio de 10
anos das maacutequinas equipamentos instalaccedilotildees moacuteveis e utensiacutelios e para os
computadores e perifeacutericos foi considerado o prazo de vida uacutetil de 5 anos conforme
demonstrado na tabela 7
TABELA 7 - DEPRECIACcedilAtildeO
Item Valor Inicial Taxa Anual Depreciaccedilatildeo Anual (R$)
Maacutequinas e equipamentos 3084878 10 308488
Instalaccedilotildees 103000 10 10300
Moacuteveis e Utensiacutelios 824057 10 82406
Computadores e Perifeacutericos 446204 20 89241
Outros 704712 20 140942
Total 631377
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
45
O valor residual dos equipamentos e instalaccedilotildees da empresa no final do quinto
ano foi considerado em 30 referente ao valor de aquisiccedilatildeo dos mesmos no iniacutecio do
projeto
45 ANAacuteLISE DOS INDICADORES (VPL TIR E PAYBACK)
451 Valor Presente Liacutequido (VPL)
A tabela 8 mostra que o VPL (Valor Presente Liacutequido) eacute positivo isso significa
que aleacutem de recuperar o investimento inicial ainda vai ser agregado ao valor da
empresa um montante de R$ R$50392407 (quinhentos e trecircs mil novecentos e vinte
quatro reais e sete centavos)
A taxa de retorno requerida de 20 foi determinada levando em conta o niacutevel
de risco do projeto e visando o valor desejado para se obter em cima do valor
investido
TABELA 8 - CALCULO DO VALOR PRESENTE LIacuteQUIDO (VPL)
Anos FC k 2000
0 -$143355 VPL $50392407
1 $123499 VPL $50392407
2 $207792 VPL $50392407
3 $223956 VPL $21761126
4 $245622 VPL $21761126
5 $378242 Decisatildeo Aceitar o Projeto
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
452 Taxa Interna de Retorno (TIR)
Conforme a tabela 9 eacute possiacutevel verificar que a TIR (Taxa Interna de Retorno)
eacute de 11593 maior que a taxa requerida de 20 isso significa que custo inicial seraacute
46
recuperado e o projeto vai criar valor para empresa mais um resultado favoraacutevel para
a aceitaccedilatildeo do projeto
TABELA 9 - TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR)
Anos FC
0 -$143355 TIR 11593
1 $123499 TIR 2168
2 $207792 TIR 2168
3 $223956 Decisatildeo
4 $245622 k 2000
5 $378242 Aceitar o projeto
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
453 Payback
O tempo de recuperaccedilatildeo do custo inicial ocorre normalmente entre o quarto e
o quinto ano se for feita a anaacutelise da tabela 10 eacute possiacutevel verificar que o tempo
necessaacuterio para o retorno do investimento (payback) do projeto eacute de 128 anos este
indicador mostra claramente que o projeto deve ser aceito pois o tempo de retorno
estaacute bem abaixo do tempo meacutedio dos empreendimentos como um todo
TABELA 10 - PAYBACK
k 20
Anos FC SPresente
0 -$143355 -$143355 PBD-SP = 128
1 $123499 -$40439 128
2 $207792 $103861
3 $223956 $233465
4 $245622 $351917
5 $378242 $503924
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
47
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Para iniciar um negoacutecio requer muito mais do que apenas o espiacuterito
empreendedor eacute necessaacuterio ter lideranccedila conhecimento sobre o mercado que deseja
atuar organizaccedilatildeo e principalmente planejamento
O principal objetivo desse estudo foi analisar a viabilidade econocircmico-
financeira da abertura de uma empresa de bolos e doces finos no Bairro Alto em
Curitiba
O objetivo apresentado nesta pesquisa foi atingido pois todos os indicadores
analisados mostram com clareza que empresa obteacutem resultados positivos que criam
valor para a mesma e com isso o projeto eacute viaacutevel economicamente pois do primeiro
ao quinto ano fica visiacutevel o crescimento do empreendimento e a melhora significativa
da sua sauacutede financeira isso fica evidenciado no saldo final em caixa no quinto ano
que chega proacuteximo haacute 400 mil reais Apesar disso eacute crucial o acompanhamento do
mercado para seguir as tendecircncias e se atualizar constantemente para tomar
decisotildees mais assertivas
Um negoacutecio mal avaliado pode arruinar a estabilidade econocircmica do
investidor por isso eacute de extrema importacircncia fazer todos os levantamentos de custos
antes de se aventurar em qualquer empreendimento
Eacute possiacutevel comprovar que a pesquisa realizada contribui positivamente para
abertura da empresa No entanto as informaccedilotildees aqui presentes natildeo satildeo estaacuteticas e
devem ser revisadas periodicamente e se preciso ateacute mesmo ampliadas no decorrer
da implantaccedilatildeo do projeto para que o mesmo seja uma ferramenta eficiente e eficaz
no desenvolvimento da empresa como um todo
48
REFEREcircNCIAS
BRITO Paulo Anaacutelise e viabilidade de projetos de investimento Satildeo Paulo Atlas 2003 DOLABELA Fernando O segredo de Luiacutesa 30 ed Satildeo Paulo Editora de Cultura 2006 DORNELAS Joseacute Carlos Assis Empreendedorismo transformando ideias em negoacutecios 4 ed Rio de Janeiro Campus Elsevier 2012 CENSO Demograacutefico 2010 Resultados gerais da amostra Curitiba IBGE 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=410690ampidtema=87ampsearch=parana|curitiba|censo-demografico-2010-resultados-gerais-da-amostra-gt Acesso em 21 de Junho de 2015 CHIAVENATO Idalberto Empreendedorismo dando asas ao espiacuterito empreendedor empreendedorismo e a viabilidade de novas empresas um guia eficiente para iniciar e tocar seu proacuteprio negoacutecio 2 ed Satildeo Paulo Saraiva 2007 ESTATIacuteSTICAS do registro civil 2012 Curitiba IBGE 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaoregistrocivil2012default_xlsshtmgt Acesso em 21 de Junho de 2015 GIL Antonio Carlos Meacutetodos e teacutecnicas de pesquisa social 6 ed Satildeo Paulo Atlas 2008 KOTLER Philip KELLER Kevin Lane Administraccedilatildeo de Marketing 12 ed Satildeo Paulo ABDR 2006 LAPPONI Juan Carlos Projetos de Investimento na Empresa Rio de Janeiro Elsevier 2007 MACHADO Jesseacute Anderson Pinto Projetos Econocircmicos uma abordagem praacutetica de elaboraccedilatildeo Satildeo Paulo Nobel 2002 MICHEL Maria Helena Metodologia e pesquisa cientiacutefica em ciecircncias sociais 2 ed Satildeo Paulo Atlas 2009 OLIVEIRA Djalma de Pinho Rebouccedilas de Planejamento estrateacutegico conceitos metodologia e praacuteticas 20 ed Satildeo Paulo Atlas 2004 PRODANOV Cleber Cristiano ERNANI Cesar de Freitas Metodologia do trabalho cientiacutefico meacutetodo e teacutecnicas da pesquisa e do trabalho acadecircmico 2 ed Novo Hamburgo Freevale 2013
49
REBELATTO Dayse Projeto de Investimento 1 ed Barueri Manole 2004 SEBRAE Pesquisa de Mercado o que eacute e para que serve Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrsitesPortalSebraeartigosPesquisa-de-mercado-o-que-C3A9-e-para-que-servegt Acesso em 21 de Junho de 2015 SEBRAE Fluxo de caixa Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrSebraePortal20SebraeAnexos0_fluxo-de-caixapdfgt Acesso em 10 de Outubro de 2015 WILDAUER Egon Walter Plano de negoacutecios elementos construtivos e processos de elaboraccedilatildeo 2 ed Curitiba Ibpex 2011 WOILER Samsatildeo MATHIAS Washington Franco Projetos planejamento elaboraccedilatildeo anaacutelise 1 ed Satildeo Paulo Atlas 1994
50
APEcircNDICES
APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL 51
APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS 52
APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL 52
51
APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL
Item Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5
Aacutegua 25000 26250 27563 28941 30388
Aluguel 160000 168000 176400 185220 194481
Assessoria Contaacutebil 80000 84000 88200 92610 97241
Gaacutes 49000 51450 54023 56724 59560
Impostos 387858 422765 464481 506284 551849
Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)
80268 84281 88495 92920 97566
Energia eleacutetrica 70000 73500 77175 81034 85085
Manutenccedilatildeo 50000 52500 55125 57881 60775
Material de escritoacuterio 20000 21000 22050 23153 24310
Material de Limpeza 40000 42000 44100 46305 48620
Folha de pagamento 272266 299493 329442 362386 398625
Seguros 15000 15750 16538 17364 18233
Telefone fixointernet 20000 21000 22050 23153 24310
Telefone Moacutevel 12000 12600 13230 13892 14586
Vale Refeiccedilatildeo 75000 82500 90750 99825 109808
Vale Transporte 33000 34650 36383 38202 40112
Proacute- labore 200000 220000 286000 328900 361790
Taxas Bancaacuterias 8000 8400 8820 9261 9724
Total R$ 1597392 R$ 1720139 R$ 1900823 R$ 2064053 R$ 2227062
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
52
APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS
Item
Produccedilatildeo mensal meacutedia
Custo unitaacuterio total
Sugestatildeo Preccedilo de venda
Custo Mensal Total
Receita de vendas
Bolos artiacutesticos (recheios diversos) 150 6000 13500 900000 2025000
Bolos de copa (recheios diversos) 30 3600 8100 108000 243000
Naked cake (recheios diversos) 60 4200 9450 252000 567000
Doces Tradicionais 32 3500 7875 112000 252000
Doces Espelhados 32 5000 11250 160000 360000
Doces Finos 32 7500 16875 240000 540000
Brigadeiros gourmet 16 4500 10125 72000 162000
Tacinhas acriacutelicas 16 5500 12375 88000 198000
Trufas 32 5000 11250 160000 360000
Bombons 32 5000 11250 160000 360000
Bem casados 3200 100 225 320000 720000
Custo produccedilatildeo Total 2572000
Receita Total 5787000
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL
Ano Receita Bruta Variaccedilatildeo anual
Ano 1 000
Ano 2 69444000 9
Ano 3 75693960 9
Ano 4 82506416 9
Ano 5 89931994 9
Valor considerando a inflaccedilatildeo de 9 aa
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
14
F Natildeo eacute um acontecimento pessoal e nem uma habilidade que poucas
pessoas possuem eacute algo puacuteblico
G Natildeo existe a possibilidade de fazer transferecircncia de conhecimentos
empreendedores ndash ldquoao contraacuterio do que acontece por exemplo em uma aula
de geografia porque o empreendedorismo natildeo eacute um conteuacutedo cognitivo
convencionalrdquo Nesse entendimento natildeo existe a possibilidade de ensinar
mas eacute possiacutevel aprender a ser empreendedor por meio de um sistema de
ensino bem diferente do tradicional
H Eacute um assunto global e natildeo caracteriacutestico ou complementar E deve ser
apresentado na educaccedilatildeo baacutesica
I O princiacutepio do empreendedorismo e a cidadania O que por sua vez ldquoVisa
agrave construccedilatildeo do bem-estar coletivo do espiacuterito comunitaacuterio da cooperaccedilatildeo
Antes de ser aluno o estudante deve ser considerado um cidadatildeordquo
J Natildeo existe a possibilidade de definir se uma pessoa vai ter sucesso
como empreendedor
Vale enfatizar que o empreendedorismo eacute a envoltura de pessoas e
processos que juntas transformam ideias em oportunidades E a correta efetivaccedilatildeo
destas oportunidades ocasiona a criaccedilatildeo de um negoacutecio bem sucedido (DORNELAS
2012 p 28)
Chiavenato (2007 p 22) e Dornelas (2012 p29) defendem a ideia de que
1 O empreendedorismo abrange todo o processo para criar algo novo que
possua valor e seja valorizado pelo mercado
2 Que o empreendedorismo requer doaccedilatildeo disponibilidade de tempo e
vigor para tornar o novo empreendimento em um negoacutecio de sucesso
3 O empreendedorismo demanda coragem aceitaccedilatildeo de riscos
calculados e decisotildees analiacuteticas e ter flexibilidade com os obstaacuteculos falhas
e fracassos
Eacute possiacutevel concluir que o empreendedorismo eacute um fato cultural isto eacute
consequecircncia de haacutebitos accedilotildees e valores pessoais ldquoExistem famiacutelias (assim como
cidades regiotildees e paiacuteses) mais empreendedoras do que outrasrdquo A pessoa
desenvolve o empreendedorismo no conviacutevio com outros empreendedores num local
onde a possibilidade de ter o proacuteprio negoacutecio eacute visto como algo muito bom
(DOLABELA 2006 sn)
15
Diante disso natildeo eacute possiacutevel falar de empreendedorismo sem mencionar os
empreendedores pois satildeo as atitudes de pessoas que inovam assumem todos os
riscos que proporcionam o crescimento e desenvolvimento da sociedade como um
todo
211 Caracteriacutesticas e perfil do empreendedor
Ser empreendedor eacute acima de tudo ter a capacidade e a necessidade de
realizar coisas novas
O empreendedor ldquoeacute um ser social produto do meio em que vive (eacutepoca e
lugar)rdquo E se a pessoa convive em um meio onde ser empreendedor eacute considerado
algo bom teraacute motivos para abrir seu proacuteprio negoacutecio (DOLABELA 2006 sn)
O empreendedor parte da percepccedilatildeo subjetiva para percepccedilatildeo praacutetica na
qual mostram elementos que podem ser debatidos Esses elementos satildeo os mais
variaacuteveis possiacuteveis que foram originados de perguntas contestaccedilotildees e respostas
localizadas pelo empreendedor ldquoo qual natildeo precisa ser algueacutem com uma formaccedilatildeo
superior com diploma de faculdade ou algueacutem que conte com cursos teacutecnicos ou
praacuteticosrdquo (mesmo esses sendo atributos que auxilie na agilidade de formular
questionamentos e encontrar as soluccedilotildees para os mesmos) (WILDAUER 2011 p
25)
Para Dornelas (2012 p 29) empreendedor eacute a pessoa que percebe uma
oportunidade e arquiteta um negoacutecio para captar recursos calculando todos os riscos
que vai correr Em todas as definiccedilotildees de empreendedorismo nos deparamos com no
miacutenimo as seguintes particularidades em relaccedilatildeo ao empreendedor
1 Possui a atitude de criar um novo negoacutecio e amar aquilo que faz
2 Usa o capital que possui de maneira produtiva mudando o local social e
econocircmico onde estaacute inserido
3 Assume os riscos calculados e a chance do negoacutecio natildeo dar certo
Nessa mesma perspectiva Chiavenato (2007 p7) afirma que o empreendedor
eacute a pessoa que tem a capacidade de fazer as coisas acontecerem eacute favorecido pela
sua percepccedilatildeo para os negoacutecios prudecircncia na aacuterea financeira e a habilidade de
16
perceber as oportunidades Com esse conjunto de competecircncias tem a capacidade
de transformar ideias em negoacutecios O empreendedor possui uma boa imaginaccedilatildeo e eacute
persistente qualidades que combinadas de maneira correta o capacitam para
converter ideias simples em projetos objetivos e bem sucedidos
Para Wildauer (2011 p 26)
Podemos entatildeo enumerar muitas caracteriacutesticas do empreendedor sendo as principais a atitude de saber ouvir de estar atento de saber interpretar e analisar as informaccedilotildees do mercador de ter condiccedilotildees de elaborar um planejamento de suas accedilotildees futuras de traccedilar objetivos e todo um roteiro teoacuterico-praacutetico para poder atingi-lo Sem essas premissas baacutesicas o empreendedor natildeo teraacute sucesso na formulaccedilatildeo do plano de negoacutecios muito menos na sustentaccedilatildeo de seu negoacutecio
Chiavenato (2007 p 4) acredita que ldquoos empreendedores satildeo heroacuteis
populares do mundo dos negoacuteciosrdquo Que geram empregos propagam inovaccedilotildees e
estimulam o crescimento da economia Satildeo muito mais do que somente fornecedores
de produtos e serviccedilos satildeo pessoas que assumem os riscos das oscilaccedilotildees
econocircmicas
Cabe acrescentar que o empreendedor revolucionaacuterio eacute aquele que inventa
novos mercados isto eacute a pessoa cria algo exclusivo como foi o caso do Bill Gattes
fundador da Microsoft que transformou o mundo com o sistema operacional Windows
Contudo grande parte dos empreendedores cria negoacutecios em mercados jaacute existentes
e mesmo assim criam negoacutecios de sucesso (DORNELAS 2012 p30)
Wildauer (2011 p26) conclui que ldquoo empreendedor necessita de uma estrutura
de pensamento sistecircmico e visionaacuterio com base no qual estabeleceraacute metas e
desenharaacute trajetoacuterias para alcanccedilaacute-lasrdquo
22 PLANO DE NEGOacuteCIOS
Para iniciar um empreendimento eacute fundamental fazer um plano de negoacutecios
com ele eacute possiacutevel verificar a viabilidade ou natildeo do empreendimento e definir onde
estamos para onde vamos e mostrar com mais clareza as oportunidades de negoacutecio
17
Do ponto de vista de Dornelas (2012 p 93) ldquoum negoacutecio bem planejado teraacute
mais chances de sucesso do que aquele sem planejamento na mesma igualdade de
condiccedilotildeesrdquo
Nessa mesma perspectiva Dolabela (2006 sn) afirma que vaacuterios
empreendedores bem sucedidos abriram seus empreendimentos sem compreender
pontualmente o que eacute um plano de negoacutecios Poreacutem muitos outros natildeo tiveram o
mesmo fim e o que conseguiram foram negoacutecios fracassados por conta de falhas que
poderiam ter sido evitadas Uma grande quantidade de negoacutecios que possuem um
alto potencial acabam se tornando impraticaacuteveis por conta da incapacidade dos
empreendedores Ainda assim muitas pessoas abrem e vatildeo continuar abrindo
negoacutecios capacitadas ou natildeo para isso
Wildauer (2011 p 39) define plano de negoacutecios como ldquoum documento em
forma de texto no qual eacute apresentada uma proposta de negoacutecio para um mercadordquo
Esse documento deve mostrar com clareza o ponto de vista do empreendedor sobre
o sucesso do seu produto ou serviccedilo no mercado atual
Chiavenato (2007 p132) acredita que
O plano de negoacutecio mdash business planmdash descreve a ideia de um novo empreendimento e projeta os aspectos mercadoloacutegicos operacionais e financeiros dos negoacutecios propostos geralmente para os proacuteximos trecircs ou cinco anos Seu preparo permite a anaacutelise da proposta e ajuda o futuro empreendedor a evitar uma trajetoacuteria decadente que o levaraacute do entusiasmo agrave desilusatildeo e ao fracasso
Eacute possiacutevel sintetizar o plano de negoacutecios como um documento em que o
empreendedor mostra de maneira formal e concreta o negoacutecio que quer idealizar e
expor para seus parceiros soacutecios e investidores apresentando a visatildeo a missatildeo e os
seus propoacutesitos assim como o ldquoplano operacional o plano de marketing o plano de
financeiro e o plano juriacutedicordquo desta forma facilitando a assimilaccedilatildeo e aceitaccedilatildeo do
negoacutecio pelas pessoas interessadas (WILDAUER 2011 p39)
Conforme mencionado por Chiavenato (2007 p 134) o plano de negoacutecios
mobiliza o novo empreendimento na sua totalidade Ele demonstra o levantamento
cansativo dos elementos que fazem parte do negoacutecio ldquosejam internos mdash o que deveraacute
ser produzido como onde quanto mdash sejam externos mdash para quem produzir qual eacute
o mercado quais satildeo os concorrentes etcrdquo
18
Com isso Wildauer (2011 p 45) conclui que ldquoo plano de negoacutecios eacute como um
guia uacutetil para a obtenccedilatildeo de conhecimentos para a concepccedilatildeo de um
empreendimentordquo
221 Estrutura do plano de negoacutecios
O plano de negoacutecios mobiliza todas as informaccedilotildees necessaacuterias para abrir um
negoacutecio por meio dele eacute possiacutevel detectar onde estou e para onde desejo ir dentro do
mercado
Conforme identificado por Dornelas (2012 p 101) ldquonatildeo existe uma estrutura
riacutegida e especiacutefica para se escrever um plano de negoacuteciosrdquo dado que cada negoacutecio
possui suas singularidades e equivalecircncias sendo improvaacutevel delimitar um modelo-
padratildeo de plano de negoacutecios que seja absoluto e adequado para todos os negoacutecios
Todos os planos de negoacutecios devem conter um miacutenimo de seccedilotildees que vatildeo possibilitar
uma compreensatildeo do negoacutecio como um todo Tais seccedilotildees satildeo alinhadas de maneira
que mantenham uma sequecircncia loacutegica que possibilite qualquer pessoa ler o plano e
compreender como a empresa eacute estruturada seus objetivos seus produtos seus
serviccedilos qual seu mercado seu plano financeiro e de marketing
A seguir encontra-se uma breve descriccedilatildeo de cada uma das seccedilotildees do Plano
de Negoacutecios
2211 Capa
Eacute um dos componentes fundamentais do plano de negoacutecios pois eacute a primeira
parte que eacute vista pela pessoa que vai ler deve ser desenvolvida de forma clara e com
os dados adequados (DORNELAS 2012 p 101)
19
2212 Sumaacuterio
O sumaacuterio deve incluir ldquoo tiacutetulo de cada seccedilatildeo do plano de negoacutecios e a paacutegina
respectiva onde se encontra bem como os principais assuntos relacionados em cada
seccedilatildeordquo Isso faz com que fique mais faacutecil o leitor do plano de negoacutecios identificar com
mais agilidade o que lhe interessar (DORNELAS 2012 p 101-102)
2213 Sumaacuterio executivo
O Sumaacuterio Executivo eacute a parte mais importante do plano de negoacutecios ele iraacute
definir se o leitor vai prosseguir ou natildeo com a leitura do plano de negoacutecios Dessa
forma deve ser redigido com bastante concentraccedilatildeo e revisado inuacutemeras vezes e
tambeacutem englobar as informaccedilotildees mais relevantes do plano de negoacutecios Deve ser
direcionado ao puacuteblico-alvo do plano de negoacutecios e deixar claro qual o objetivo do
mesmo em relaccedilatildeo agraves pessoas que estatildeo o lendo ldquoO Sumaacuterio Executivo deve ser a
uacuteltima seccedilatildeo a ser escrita pois depende de todas as outras seccedilotildees do plano para ser
elaboradardquo (DORNELAS 2012 p 102)
2214 Anaacutelise estrateacutegica
Nesta seccedilatildeo eacute determinada a direccedilatildeo que a empresa vai seguir ldquosua visatildeo e
missatildeo sua situaccedilatildeo atual as potencialidades e ameaccedilas externas suas forccedilas e
fraquezas seus objetivos e metas de negoacuteciordquo Essa parte eacute o alicerce para o
crescimento e o estabelecimento das outras accedilotildees redigidas no plano (DORNELAS
2012 p 102)
20
2215 Descriccedilatildeo da empresa
Eacute nessa seccedilatildeo que deve ser feita a descriccedilatildeo da empresa ldquoseu histoacuterico
crescimento faturamento dos uacuteltimos anos sua razatildeo social impostos estrutura
organizacional e legal localizaccedilatildeo parcerias serviccedilos terceirizados etcrdquo
(DORNELAS 2012 p 102)
2216 Produtos e serviccedilos
Nessa seccedilatildeo do plano de negoacutecios devem ser descritos os produtos e serviccedilos
da empresa a maneira que satildeo produzidos o capital disposto seu ciclo de vida os
elementos tecnoloacutegicos envolvidos pesquisa e desenvolvimento os seus clientes
marcas e patentes etc
Nessa seccedilatildeo pode ser incluiacuteda quando estaacute informaccedilatildeo encontra-se disponiacutevel uma visatildeo do niacutevel de satisfaccedilatildeo dos clientes com os produtos e serviccedilos da empresa Esse feedback eacute bastante importante porque costuma oferecer natildeo apenas uma visatildeo do niacutevel de qualidade percebida nos produtos e serviccedilos mas tambeacutem guiar futuros investimentos da empresa em novos desenvolvimentos e processos de produccedilatildeo (DORNELAS 2012 p 102-103)
2217 Plano operacional
Nesta seccedilatildeo devem ser expostas as accedilotildees que a empresa pretende ter na
sua estrateacutegia produtiva e no processo de produccedilatildeo apontando os resultados que
essas accedilotildees teratildeo sobre os criteacuterios de avaliaccedilatildeo dos produtos Deve incluir dados
operacionais atualizados e presumidos como ldquolead time do produto ou serviccedilo
percentual de entregas a tempo rotatividade do inventaacuterio iacutendice de refugo lead time
de desenvolvimento de produto ou serviccedilo etcrdquo (DORNELAS 2012 p 103)
21
2218 Plano de recursos humanos
Devem ser exibidas as propostas de desenvolvimento e treinamento de
pessoal da empresa Esses dados estatildeo pontualmente associados com a
competecircncia da empresa de crescer ldquoespecialmente quando esta atua em um
mercado onde a detenccedilatildeo de tecnologia eacute considerada um fator estrateacutegico de
competitividaderdquo (DORNELAS 2012 p 103)
2219 Anaacutelise de mercado
Nesta seccedilatildeo o responsaacutevel pelo plano de negoacutecios deve deixar claro que os
executivos da empresa entendem perfeitamente o mercado consumidor do seu
produto ou serviccedilo (atraveacutes de pesquisa de mercado) como estaacute segmentado
crescimento do mercado atributos do consumidor anaacutelise da concorrecircncia qual a sua
fatia de mercado e dos concorrentes etc (DORNELAS 2012 p 103)
22110 Estrateacutegia de marketing
Deve ser apresentado o objetivo da empresa para vender seu produtoserviccedilo
e consolidar seus clientes e ampliar sua demanda Deve ser informada sua estrateacutegia
de venda especificidades do produtoserviccedilo preccedilos puacuteblico-alvo canais de
distribuiccedilatildeo projeccedilatildeo das vendas (DORNELAS 2012 p 103)
22
22111 Plano financeiro
Na seccedilatildeo financeira deve mostrar em nuacutemeros todas as accedilotildees planejadas
para a empresa e suas evidecircncias por meio de projeccedilotildees futuras para um negoacutecio
bem sucedido
Deve conter demonstrativo de fluxo de caixa com horizonte de pelo menos trecircs anos balanccedilo patrimonial anaacutelise do ponto de equiliacutebrio necessidades de investimento demonstrativos de resultados anaacutelise de indicadores financeiros do negoacutecio como faturamento previsto margem prevista prazo de retorno sobre o investimento inicial (payback) taxa interna de retorno (TIR) etc (DORNELAS 2012 p 103-104)
22112 Anexos
Nesta seccedilatildeo deve incluir todos os dados considerados importantes para
melhor compreensatildeo do plano de negoacutecios O que natildeo pode ser deixado de anexar eacute
o curriculum vitae dos soacutecios da empresa (DORNELAS 2012 p 104)
23 VIABILIDADE ECONOcircMICO-FINANCEIRA
Analisar o empreendimento economicamente para verificar se o projeto eacute
viaacutevel e lucrativo ou natildeo eacute uma das decisotildees fundamentais de qualquer
empreendedor
A anaacutelise de investimento eacute um mecanismo aacutegil praacutetico e seguro que ajuda
profissionais de inuacutemeras aacutereas no processo de anaacutelise de tomada de decisotildees
financeiras (REBELATTO p 141)
Lapponi (2007 p 123) afirma que
O objetivo da decisatildeo de investimento ou do orccedilamento de capital eacute maximizar o valor da empresa A decisatildeo de alocaccedilatildeo do capital em projeto de investimento eacute fundamental para o sucesso pois os recursos da empresa
23
satildeo comprometidos por longo tempo na direccedilatildeo de seu futuro desejado e isso envolve um grande esforccedilo de tempo e de gerenciamento Cada projeto aprovado eacute um desembolso realizado pela empresa coma expectativa de obter benefiacutecios futuros quantificados pela geraccedilatildeo de um fluxo de retornos adequados em geral por um prazo maior do que um ano
A carecircncia de recursos financeiros diante das muitas necessidades faz com
que seja crucial aperfeiccediloar sua utilizaccedilatildeo A anaacutelise antecipada de investimento
possibilita que se racionalize a forma como os recursos de capital satildeo utilizados
(REBELATTO 2004 p 141)
Para analisar a viabilidade de um projeto economicamente eacute necessaacuterio reunir
uma seacuterie de informaccedilotildees e de dados que precisam ser organizados para atingir seu
objetivo final que eacute o de facilitar a tomada de decisatildeo Vale salientar que o projeto
deve ser um documento que tenha a capacidade de mostrar de uma maneira loacutegica a
visatildeo estrateacutegica do negoacutecio (MACHADO 2002 p 144)
231 Fluxo de caixa
O fluxo de caixa eacute o melhor guia para uma administraccedilatildeo financeira eficiente
de qualquer negoacutecio
O fluxo de caixa eacute a reproduccedilatildeo graacutefica de uma movimentaccedilatildeo financeira ldquoAs
movimentaccedilotildees monetaacuterias satildeo identificadas temporalmente por meio de um conjunto
de entradas e saiacutedas de caixa definido como diagrama de fluxo de caixardquo Essa
representaccedilatildeo proporciona a visualizaccedilatildeo em diferentes momentos com o que estaacute
ocorrendo com o capital (REBELATTO 2004 p 150)
ldquoA identificaccedilatildeo e a quantificaccedilatildeo das estimativas relevantes do projeto satildeo o
iniacutecio da construccedilatildeo do fluxo de caixa do projeto para empresa em funcionamentordquo
(LAPPONI 2007 p 347)
O fluxo de caixa eacute um composto de entradas e saiacutedas de valores monetaacuterios
(dinheiro) no decorrer de um determinado periacuteodo Bem como evidenciar uma opccedilatildeo
possiacutevel de transaccedilotildees financeiras ou seja pagamentos agrave vista pagamentos a prazo
tiacutetulos originais etc (REBELATTO 2004 p 151)
24
232 Valor Presente Liacutequido (VPL)
ldquoO Valor presente liacutequido (VPL) ou valor atual liacutequido (VAL) eacute o valor atual das
entradas de caixa (retornos de capital esperados) incluindo o valor residual (se
houver) menos o valor atual das saiacutedas de caixardquo (REBELATTO 2004 p 214)
A foacutermula para chegar ao VPL eacute (LAPPONI 2007 p 125)
119881119875119871 = minus119868 +119865119862
(1 + 119870)119899
Onde
I= custo inicial ou desembolso inicial
FC= fluxo de caixa
K= taxa requerida
n= prazo de anaacutelise
Rebelatto (2004 p214) afirma que os paracircmetros para que o projeto seja
aceito se refere ao valor presente liacutequido (VPL)
VPLgt0 o projeto eacute aceito
VPLlt0 o projeto eacute rejeitado
VPL=0 o projeto pode ser aceito ou natildeo pois natildeo cria e nem destroacutei
valor para empresa
Para Lapponi (2007 p 134-135) as principais vantagens do VPL satildeo
Considera o fluxo de caixa do projeto na sua totalidade
Considera o valor monetaacuterio (dinheiro) no tempo
Tem a capacidade de medir o valor criado ou destruiacutedo pelo projeto
Pode ser utilizado na avaliaccedilatildeo do projeto independentemente do tipo de
fluxo de caixa utilizado
Seleciona o projeto mais viaacutevel economicamente
25
233 Taxa Interna de Retorno (TIR)
ldquoTaxa Interna de Retorno (TIR) eacute a taxa de desconto que torna o valor atual
liacutequido (VAL) do investimento igual a zero Tambeacutem eacute chamada de taxa interna efetiva
de rentabilidaderdquo (REBELATTO 2004 p 217)
No projeto do tipo simples com o aumento da taxa requerida o VPL do projeto tende ao valor do custo inicial pois o VPL eacute uma funccedilatildeo decrescente da taxa requerida Portanto a decisatildeo com o meacutetodo TIR somente deve ser feita em projetos simples que garantem a existecircncia de uma uacutenica TIRgt -100 Nos outros tipos de fluxo de caixa em geral o meacutetodo da TIR natildeo deve ser utilizado pois haacute a possibilidade de muacuteltiplas TIRs Sendo a TIR a taxa de juro que zera o VPL do projeto simples para qualquer taxa requerida K menor que a TIR o VPL seraacute positivo e para qualquer taxa requerida K maior que a TIR o VPL seraacute negativo (LAPPONI 2007 p 175-176)
Rebelatto (2004 p 217) complementa afirmando que a TIR eacute um meacutetodo
aprimorado de anaacutelise de investimento sendo possivelmente uma das mais usadas
para avaliar projetos econocircmicos A TIR deve ser comparada com a taxa miacutenima de
atratividade (TMA) para analisar se o projeto seraacute aceito ou natildeo
Sendo assim Lapponi (2007 p 176) considera que
Se TIR gt TMA o projeto deve ser aceito pois eacute economicamente viaacutevel
Se TIR lt TMA o projeto deve ser recusado pois eacute economicamente
inviaacutevel
Se TIR = TMA eacute indiferente investir no projeto pois o mesmo natildeo criaraacute
e nem destruiraacute valor da empresa
ldquoA grande vantagem da TIR como indicador de decisatildeo eacute que prescinde de
informaccedilotildees externas ao projeto Tudo que o analista necessita eacute conhecer o perfil do
projeto e alguma ideia de magnitude da taxa de jurosrdquo (MACHADO 2002 p 127)
26
234 Periacuteodo de retorno de investimento (Payback)
ldquoO payback eacute o periacuteodo de tempo em que ocorre o retorno do investimento
Calculado no fluxo de caixa de vida uacutetil de dez anos o payback apresenta-se de vaacuterias
maneiras para cada tipo de empresardquo (BRITO 2003 p 51)
Uma empresa pode nomear o payback como um dos paracircmetros para escolha
de um projeto a fim de minimizar seus riscos Mesmo sendo esse um meacutetodo faacutecil e
simples na praacutetica eacute um dos mais utilizados para efetuar a mediccedilatildeo econocircmica de um
projeto (REBELATTO 2004 p 230)
Segundo Rebelatto (2004 p 231) a foacutermula baacutesica que demonstra o caacutelculo
do payback em fluxos de caixas regulares eacute
PB =I0
FC
Onde
PB= Payback
I0= Investimento inicial
FC= Fluxo de caixa regular
Para executar o meacutetodo payback eacute crucial estabelecer o tempo maacuteximo de
toleracircncia TMT para resgatar o custo inicial ldquoPara decidir se o projeto deve ser aceito
o payback deve ser comparado com o valor de referecircncia TMT de forma querdquo
(LAPPONI 2007 p 245)
Se PB lt TMT o projeto deve ser aceito
Se PB gt TMT o projeto deve ser recusado
A principal vantagem para utilizaccedilatildeo do meacutetodo payback eacute que ele reflete a
liquidez do projeto e por consequecircncia eacute possiacutevel efetuar a avaliaccedilatildeo do risco de natildeo
recuperar o investimento (REBELATTO 2004 p 230)
27
3 METODOLOGIA
Este capiacutetulo tem por objetivo descrever os procedimentos e teacutecnicas
utilizados na pesquisa considerando o problema e aos objetivos gerais e especiacuteficos
Para a execuccedilatildeo da revisatildeo bibliograacutefica realizada neste estudo foi utilizado
livros de especialistas na aacuterea os principais temas abordados foram o
empreendedorismo que eacute um assunto chave quando surge uma ideia para um novo
negoacutecio plano de negoacutecios que eacute um elemento fundamental para o sucesso ou
fracasso de um empreendimento e a viabilidade econocircmico-financeira tema
fundamental visto que o objetivo geral da pesquisa eacute mensurar se a mesma eacute viaacutevel
ou natildeo economicamente
Foi elaborada uma anaacutelise de mercado que estaacute disponiacutevel no item 41 deste
estudo atraveacutes da mesma foi identificado que os principais clientes satildeo das classes
A e B de Curitiba regiatildeo metropolitana no item 42 foi efetuado um levantamento do
tamanho do negoacutecio onde foi definida a capacidade produtiva o investimento inicial e
a localizaccedilatildeo do empreendimento no item 44foi elaborado o fluxo de caixa que
demonstra as previsotildees financeiras do periacuteodo de 5 anos o meacutetodo utilizado para
elaborar a pesquisa foi um estudo de caso de natureza exploratoacuteria quantitativa e
anaacutelise documental
O estudo de caso eacute evidenciado por um estudo minucioso e cansativo de um
ou poucos objetivos desta forma propicia um vasto e detalhado conhecimento sobre
o assunto uma missatildeo praticamente impossiacutevel mediante as outras maneiras de
delineamentos consideradas (GIL 2008 p 57-58)
Prodanov e Freitas (2013 p60) afirmam que o estudo de caso consiste em
recolher e analisar dados sobre determinado indiviacuteduo famiacutelia grupo ou comunidade
com a finalidade de estudar diferentes aspectos das suas vidas conforme o assunto
da pesquisa
Jaacute as pesquisas exploratoacuterias satildeo definidas por Gil (2008 p 27) como as que
Tecircm como principal finalidade desenvolver esclarecer e modificar conceitos e ideias tendo em vista a formulaccedilatildeo de problemas mais precisos ou hipoacuteteses pesquisaacuteveis para estudos posteriores De todos os tipos de pesquisa estas satildeo as que apresentam menor rigidez no planejamento Habitualmente envolvem levantamento bibliograacutefico e documental entrevistas natildeo padronizadas e estudos de caso
28
A pesquisa quantitativa ldquoconsidera que tudo pode ser quantificaacutevel o que
significa traduzir em nuacutemeros opiniotildees e informaccedilotildees para classificaacute-las e analisaacute-lasrdquo
Eacute necessaacuteria a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas estatiacutesticas tais como porcentagem meacutedia
moda desvio-padratildeo coeficiente de correlaccedilatildeo etc (PRODANOV FREITAS 2013
p 69)
Muitos dados que satildeo utilizados em pesquisas satildeo adquiridos indiretamente
por meio de documentosrdquo como livros jornais papeacuteis oficiais registros estatiacutesticos
fotos discos filmes e viacutedeos que satildeo obtidos de maneira indiretardquo Essas fontes
documentais tecircm a capacidade de disponibilizar ao pesquisador um grande nuacutemero
de informaccedilotildees com bastante qualidade para evitar a perda de tempo (GIL 2008 p
147)
Este modelo de pesquisa foi utilizado para definir os principais clientes quais
os produtos que seratildeo vendidos a capacidade produtiva assim como a viabilidade
econocircmico-financeira e operacional do negoacutecio
29
4 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES
41 ANAacuteLISE DE MERCADO
Woiler e Mathias (1994 p41) e Rebelatto (2004 p01) afirmam que a anaacutelise
de mercado eacute um dos pontos mais relevantes para elaboraccedilatildeo de um projeto Atraveacutes
do estudo do mercado obtemos muitas informaccedilotildees tais como
Fazendo a comparaccedilatildeo entre demanda e a oferta encontramos a
possiacutevel escassez da demanda futura Esse resultado proporcionaraacute
informaccedilotildees para que seja definida a escala de produccedilatildeo do projeto
A regiatildeo geograacutefica em que o produto pode ser vendido eacute um dos pontos
mais significativos para que seja definida a localizaccedilatildeo do empreendimento
O preccedilo de venda os custos de comercializaccedilatildeo e os estoques nos
canais de comercializaccedilatildeo satildeo informaccedilotildees relevantes para que seja
elaborada a projeccedilatildeo do projeto
Vale salientar que esses satildeo apenas alguns elementos importantes que eacute
possiacutevel identificar na anaacutelise de mercado existe muitos outros dados que satildeo obtidos
com a mesma
411 Mercado consumidor
ldquoTodas as decisotildees relacionadas a novos empreendimentos contecircm certo
grau de incerteza tanto no que diz respeito agrave informaccedilatildeo na qual as decisotildees estatildeo
baseadas como no que diz respeito agraves suas consequecircnciasrdquo (SEBRAE)
Chiavenato acredita que os clientes tecircm a capacidade de alavancar ou
derrubar um empreendimento ldquoUm cliente pode ser uma organizaccedilatildeo uma empresa
um usuaacuterio dos produtosserviccedilos ou um consumidor finalrdquo Eacute quem adquiri os
produtosserviccedilos ofertados pela organizaccedilatildeo no final da cadeia de transaccedilotildees Eacute ele
que estabelece direta ou indiretamente se o empreendimento teraacute ecircxito ou natildeo Por
30
isso o cliente deve ser considerado como o principal patrimocircnio da empresa (2007
p 207)
Segundo dados do censo 2010 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e
estatiacutestica) dos 576190 (quinhentos e setenta e seis mil cento e noventa) domiciacutelios
de Curitiba 292965 (duzentos e noventa e dois mil novecentos e sessenta e cinco)
possuem renda de mais de 5 a mais de 20 salaacuterios miacutenimos sendo assim cerca de
5085 dos domiciacutelios curitibanos estatildeo enquadrados nas classes A e B Ainda
segundo o IBGE cerca de 137922 (cento e trinta e sete mil novecentos e vinte e dois)
domiciacutelios curitibanos tecircm renda de mais de 10 salaacuterios miacutenimos o que representa
uma meacutedia de 24 dos domiciacutelios de Curitiba
Mais de 249000 (duzentos e quarenta e nove mil) pessoas que residem em
Curitiba cerca de 1423 da populaccedilatildeo tem rendimento mensal de mais de 5 salaacuterios
miacutenimos conforme Tabela 1
TABELA 1 - RESULTADOS DA AMOSTRA - RENDIMENTO POR PESSOA EM CURITIBA
Quantidade de pessoas Salaacuterios miacutenimos
153011 Mais de 5 a 10 salaacuterios miacutenimos
38692 Mais de 10 a 15 salaacuterios miacutenimos
25427 Mais de 15 a 20 salaacuterios miacutenimos
18264 Mais de 20 a 30 salaacuterios miacutenimos
13791 Mais de 30 salaacuterios miacutenimos
FONTE IBGE - CENSO DEMOGRAacuteFICO 2010
Curitiba possui uma populaccedilatildeo de mais de 1750000 (um milhatildeo setecentos
e cinquenta mil habitantes) segundo censo IBGE 2010 sendo que 932000
(novecentos e trinta e dois mil) pessoas com o estado civil de solteiro viuacutevo
divorciado separado judicialmentedesquitado isso mostra que tem muitas pessoas
que podem fazer festas de casamento e necessitar dos produtos que seratildeo ofertados
tais como bolos artiacutesticos doces finos e bem casados
Segundo as estatiacutesticas do registro civil do IBGE ocorreram em Curitiba e
regiatildeo metropolitana no ano 2012 exatamente 18877 (dezoito mil oitocentos e setenta
e sete) casamentos sendo que nos meses de setembro a dezembro foi onde ocorreu
um maior nuacutemero um total de 7828 (sete mil oitocentos e vinte e oito) casamentos o
que representa um total de 4147 dos casamentos ocorrem nesses quatro meses
do ano
31
TABELA 2 - CASAMENTOS POR MEcircS DE REGISTRO SEGUNDO O LUGAR DO REGISTRO ndash 2012
Lugar do registro
Casamentos por mecircs do registro
Total de
registros Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
RM Curitiba 18877 1466 1250 1572 1282 1403 1533 1248 1255 1735 1753 2118 2262
Curitiba 10351 848 692 857 692 724 872 658 658 971 968 1237 1174
FONTE IBGE DIRETORIA DE PESQUISAS COORDENACcedilAtildeO DE POPULACcedilAtildeO E INDICADORES SOCIAIS ESTATIacuteSTICAS DO REGISTRO CIVIL 2012
Nessa perspectiva foi definido que o mercado que a empresa de bolos e doces
finos vai atuar eacute de Curitiba e regiatildeo metropolitana com foco nas pessoas das classes
A e B com estado civil solteiro divorciado separado judicialmentedesquitado e viuacutevo
412 Produtos que seratildeo vendidos
ldquoNo coraccedilatildeo de uma grande marca haacute um grande produto O produto-chave
na oferta ao mercado Liacutederes de mercado geralmente oferecem produtos e serviccedilos
de qualidade superiorrdquo (KOTLER KELLER 2006 p 366)
Os principais produtos fornecidos seratildeo
Bolos artiacutesticos
FOTO1 - BOLO ARTIacuteSTICO FONTE WANDA CARDOSO - BOLOS ARTIacuteSTICOS amp DOCES
32
Bolos de copa
FOTO2 - BOLO DE COPA FONTE ELABORADO PELO AUTOR
FOTO3 - BOLO DE COPA FONTE ELABORADO PELO AUTOR
Naked cake
FOTO4 - NAKED CAKE FONTE DOCES PENEacuteLOPE
33
Doces Tradicionais
FOTO5 - DOCES TRADICIONAIS FONTE ELABORADO PELO AUTOR
Doces Espelhados
FOTO6 - DOCES ESPELHADOS FONTE PRONTO SOCORRO DAS FESTAS
Doces Finos
FOTO 7 - DOCES FINOS FONTE COMPRANDO MEU APE
34
Brigadeiros gourmet
FOTO8 - BRIGADEIROS GOURMET FONTE ELABORADO PELO AUTOR
Tacinhas acriacutelicas
FOTO9 - TACINHAS ACRIacuteLICAS FONTE BUFFET DELIacuteCIAS DA VI
Trufas
FOTO 10 - TRUFAS FONTE FOGAtildeO DA VOVOacute
35
Bombons
FOTO11 - BOMBONS FONTE DALVA GOLDEN GATE
Bem casados
FOTO12 - BEM CASADOS FONTE CASAMENTO SEM ERRO
FOTO13 - BEM CASADOS FONTE CASAMENTO SEM ERRO
36
413 Preccedilo de venda
A definiccedilatildeo do preccedilo dos produtos eacute uma das decisotildees mais relevantes da
organizaccedilatildeo que deve levar em conta a forma como a empresa deseja se posicionar
no mercado os custos a concorrecircncia e a rentabilidade almejada
O preccedilo eacute um dos elementos mais versaacuteteis pode ser modificado rapidamente
ao contraacuterio das propriedades dos produtos dos contratos com canais de distribuiccedilatildeo
e ateacute mesmo das promoccedilotildees O Preccedilo tem tambeacutem a tarefa de mostrar ao mercado o
posicionamento de valor desejado pela empresa para o seu produto ou marca
(KOTLER KELLER 2006 p 428)
A consolidaccedilatildeo dos preccedilos dos produtos seraacute elaborada levando em conta os
custos para se obter os produtos com a qualidade requinte e sofisticaccedilatildeo desejada
com a margem de lucro esperada e se baseando nos preccedilos praticados pela
concorrecircncia
414 Previsatildeo de vendas
Para Chiavenato (2007 p 2013)
A previsatildeo de vendas representa a quantidade de produtosserviccedilos que a empresa pretende vender ou colocar no mercado durante um determinado periacuteodo geralmente um mecircs ou um ano dividido em meses Constitui portanto uma estimativa ou uma expectativa de vendas Pode ser feita em unidades fiacutesicas ou em valores monetaacuterios
A produccedilatildeo vai ser em meacutedia de 5600 doces (doces finos gourmet e bem
casados) e 4 bolos procurando atender em meacutedia 4 eventos por semana e ateacute 16
eventos por mecircs sendo que nos meses de setembro a dezembro essa demanda
aumenta pelo motivo de historicamente ter um nuacutemero maior de casamentos
37
415 Definiccedilatildeo de local de venda dos produtos
ldquoA venda eacute a fase fundamental do processo de vendas Consiste na
transferecircncia do produtoserviccedilo para o cliente ou consumidorrdquo (CHIAVENATO 2007
p 210)
As vendas vatildeo ocorrer atraveacutes de site proacuteprio redes sociais telefone e
pessoalmente natildeo teremos loja fiacutesica apenas um ateliecirc para confecccedilatildeo dos bolos e
doces onde vai conter uma sala anexa na qual vai ser oferecido o serviccedilo de
degustaccedilatildeo com horaacuterios marcados para assim o cliente decidir quais os produtos
seratildeo adquiridos para o seu evento e fechamento de contrato
416 Definiccedilatildeo da demanda e da oferta
Na maior parte das encomendas os clientes solicitam os doces finos e
gourmet que contecircm chocolates frutas oleaginosas tais como castanhas nozes
avelatildes amecircndoas frutas como framboesa morango damasco cerejas e os bem
casados Os bolos mais solicitados satildeo os com decoraccedilatildeo de pasta americana que
deve obrigatoriamente ter recheios mais firmes como ganaches fios de ovos
strogonoff de nozes e os naked cake (bolo pelado) que possuem mais opccedilotildees de
recheios com chocolates frutas diversas e cremes de pacirctisserie
Em contato com algumas empresas que fornecem o mesmo tipo de produto
foi possiacutevel verificar que as encomendas devem ser feitas com antecedecircncia miacutenima
de 6 meses sendo que alguns casos somente com um ano de antecedecircncia para
conseguir na data desejada Esse eacute um dos pontos que mostra que tem espaccedilo
suficiente para entrada nesse mercado
38
417 Concorrentes
Chiavenato (2007 p 33) Kotler e Keller (2006 p 340) afirmam que os
concorrentes satildeo as organizaccedilotildees que competem pelos mesmos fornecedores
clientes e consumidores
ldquoAgrave medida que seus produtosserviccedilos tornam-se mais heterogecircneos tanto
mais heterogecircneos e diferenciados seratildeo seus concorrentes e tanto mais complexa
seraacute a competitividaderdquo (CHIAVENATO 2007 p 33)
Em busca na internet foi possiacutevel identificar que atualmente existe em meacutedia
25 concorrentes reais que oferecem exatamente os mesmos produtos que seratildeo
fornecidos com o mesmo padratildeo de qualidade valor agregado requinte e
sofisticaccedilatildeo Tambeacutem foi detectado mais 14 concorrentes potenciais que vendem
produtos similares aos que seratildeo vendidos poreacutem natildeo possuem o mesmo valor
agregado dos que vatildeo ser ofertados Foi possiacutevel identificar que alguns concorrentes
oferecem somente os doces finos dos quais foram identificados mais 3 concorrentes
reais e 3 concorrentes potenciais E foi detectado que existem concorrentes que
fornecem apenas os bolos artiacutesticos dos quais foi identificado 4 concorrentes reais
todos fornecem os bolos com o mesmo niacutevel de qualidade que seratildeo fornecidos
A tabela 3 mostra a divisatildeo dos concorrentes reais e potenciais que fornecem
bolos e doces por bairro de Curitiba
39
TABELA 3 - CONCORRENTES QUE FORNECEM BOLOS E DOCES POR BAIRRO
Bairro Quantidade de Concorrentes Reais
Quantidade de Concorrentes Potenciais
Aacutegua Verde 4 1
Ahuacute 1
Bairro Alto 2 1
Barreirinha 1
Barreirinha 1
Bom Retiro 1
Campo Comprido 1
Campo Comprido 1
Cidade Industrial 1
Colombo 1
Fazenda Rio Grande 1
Hauer 1
Hugo Lange 1
Mercecircs 1
Novo Mundo 2 1
Novo Mundo 1
Portatildeo 1
Portatildeo 1
Santa Cacircndida 1
Santa Felicidade 1 1
Santo Inaacutecio 1 1
Satildeo Joseacute dos Pinhais 1
Seminaacuterio 1
Sitio Cercado 1
Tarumatilde 1
Vila Izabel 1
Natildeo Informado 1 2
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
418 Forma de divulgaccedilatildeo dos concorrentes
Todas as empresas pesquisadas que fornecem produtos similares aos que
vamos fornecer utilizam sites proacuteprios e as redes sociais para fazer divulgaccedilatildeo dos
seus produtos todas fazem degustaccedilatildeo para os clientes conhecerem os seus
produtos e posteriormente fechar um contrato
40
42 TAMANHO DO NEGOacuteCIO
421 Capacidade produtiva
A capacidade produtiva vai ser para atender ateacute 4 eventos por semana A
produccedilatildeo vai ser de ateacute 5600 doces (doces finos gourmet e bem casados) e 4 bolos
atendendo ateacute 4 eventos por final de semana e ateacute 16 eventos por mecircs sendo que
nos meses de setembro a dezembro essa demanda aumenta pelo motivo de
historicamente ter um nuacutemero maior de casamentos
422 Investimento
Um dos pontos mais relevantes para abertura de uma empresa eacute a
determinaccedilatildeo do capital miacutenimo para dar iniacutecio nas atividades e principalmente como
obter este capital ldquoEacute com o capital inicial que a empresa tem condiccedilotildees de reunir os
recursos empresariais necessaacuterios ao seu funcionamento sejam eles recursos
humanos materiais ou financeirosrdquo A determinaccedilatildeo do capital eacute o que estabelece a
quantidade de recursos empresariais que a empresa tem disponiacutevel Indiscutivelmente
quanto maior for o volume de recursos empresariais mais faacutecil se torna o desempenho
da empresa Quando todos os recursos necessaacuterios para seu funcionamento estatildeo agrave
disposiccedilatildeo a administraccedilatildeo do empreendimento fica mais simples (CHIAVENATO
2007 p84)
Cabe acrescentar que (LAPPONI 2007 p 321)
O custo inicial refere-se aos desembolsos realizados para aquisiccedilatildeo de equipamentos ou outros ativos fixos incluindo o pagamento de fretes seguros instalaccedilotildees despesas operacionais iniciais com materiais e matildeo de obra treinamento de pessoal de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo etc resumindo o custo inicial inclui todos os desembolsos necessaacuterios para adquirir os ativos necessaacuterios e que estejam em condiccedilotildees de operar e gerar as receitas estimadas
41
O empreendimento iniciaraacute suas atividades com capital investido com
recursos proacuteprios da empreendedora
As estimativas de investimento inicial para abertura da empresa foi de
R$5162851 conforme tabela 4
TABELA 4 - INVESTIMENTO INICIAL
Descriccedilatildeo Valor (R$)
Maacutequinas e equipamentos Cozinha R$ 3084878
Utensiacutelios R$ 555075
Moacuteveis para escritoacuterio R$ 268982
Equipamentos de informaacutetica e eletrocircnicos R$ 446204
Outros custos escritoacuterio R$ 48912
Uniformes R$ 155800
Pintura Imoacutevel R$ 500000
Porta de Vidro R$ 103000
Total R$ 5162851
FONTE ELABORADO PELO AUTOR (2015)
423 Localizaccedilatildeo
Seraacute locado um imoacutevel para a instalaccedilatildeo da empresa localizado na Rua Heitor
Baggio Vidal 2508 Bairro Alto Curitiba ndash PR com o valor do aluguel mensal de
R$160000 (mil e seiscentos reais) O espaccedilo interno de 95msup2 seraacute dividido em trecircs
partes a primeira com 20msup2 vai ficar a recepccedilatildeo para receber os clientes efetuar
orccedilamentos e as degustaccedilotildees a segunda com 71msup2 a cozinha industrial onde seratildeo
fabricados os bolos e doces finos e a terceira com 4msup2 o lavabo
42
FOTO14 - FOTO DO IMOacuteVEL ONDE SERAacute INSTALADA A EMPRESA FONTE MP IMOacuteVEIS
424 Entregas
As entregas dos bolos e doces finos seratildeo efetuadas por uma empresa
parceira localizada no Bairro Alto o preccedilo das entregas em Curitiba e regiatildeo
metropolitana variam de R$2400 (vinte e quatro reais) a R$6000 (sessenta reais)
dependendo da localizaccedilatildeo tais valores seratildeo cobrados dos clientes
43 CAPITAL DE GIRO
O capital de giro inicial foi estimado levando em conta que no primeiro ano a
empresa vai produzir 8333 da sua capacidade atendendo em meacutedia 13 ventos
mensalmente sendo assim foram considerados os gastos operacionais necessaacuterios
para o iniacutecio das atividades incluindo o custo fixo mensal e o estoque inicial ambos
multiplicados por 2 e acrescidos de um percentual de 10 de margem de seguranccedila
para despesas natildeo previstas
43
TABELA 5 - CAPITAL DE GIRO
Item Valor (R$)
Estoque Inicial 5144000
Custo Fixo Mensal 3194783
Reserva (10) 833878
Total do Capital de Giro Inicial 9172662
FONTE ELABORDO PELO AUTOR
44 FLUXO DE CAIXA
ldquoFluxo de Caixa eacute um Instrumento de gestatildeo financeira que projeta para
periacuteodos futuros todas as entradas e as saiacutedas de recursos financeiros da empresa
indicando como seraacute o saldo de caixa para o periacuteodo projetadordquo (SEBRAE)
Na tabela 6 eacute apresentada a projeccedilatildeo do Fluxo de Caixa da empresa para os
seus primeiros cinco anos onde fica evidenciado que do primeiro ateacute o quinto ano a
sauacutede financeira da empresa melhora gradativamente sendo que no final do quinto
ano o saldo em caixa ultrapassa os 300 se comparado com o saldo em caixa no
final do primeiro ano
Pode-se observar que natildeo foi inserida no fluxo de caixa a opccedilatildeo de
inadimplecircncia pois todos os pagamentos seratildeo efetuados agrave vista em dinheiro ou
cartatildeo sendo que o pagamento total dos produtos deve ser efetuado no miacutenimo 10
dias antes da data do evento
44
TABELA 6 - PROJECcedilAtildeO DE FLUXO DE CAIXA NOS PRIMEIROS CINCO ANOS
Descriccedilatildeo Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5
Investimento Inicial (5162851)
Capital de Giro (9172662) 9172662
Valor Residual 1548855
Total de entradas 000 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873
Previsatildeo Receitas de vendas 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873
Total de Saiacutedas (14335513) (44888699) (54283425) (59479393) (64738409) (70291804)
(-)Fornecedores (25720000) (33641760) (36669518) (39969775) (43567055)
(-)Folha de pagamento (3267192) (3593911) (3953302) (4348633) (4783496)
(-)Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)
(963216) (1011377) (1061946) (1115043) (1170795)
(-)Retiradas soacutecios (2400000) (2640000) (3432000) (3946800) (4341480)
(-)Impostos s vendas (4654291) (5073177) (5573767) (6075406) (6622192)
(-)Alugueacuteis (1920000) (2016000) (2116800) (2222640) (2333772)
(-)Energia eleacutetrica (840000) (882000) (926100) (972405) (1021025)
(-)Aacutegua (300000) (315000) (330750) (347288) (364652)
(-)Telefone (384000) (403200) (423360) (444528) (466754)
(-)Gaacutes (588000) (617400) (648270) (680684) (714718)
(-)Serviccedilos contabilidade (960000) (1008000) (1058400) (1111320) (1166886)
(-)Manutenccedilatildeo (600000) (630000) (661500) (694575) (729304)
(-)Outras despesas com funcionaacuterios
(1296000) (1405800) (1525590) (1656320) (1799030)
(-)Taxas bancaacuterias (96000) (100800) (105840) (111132) (116689)
(-)Outros pagamentos (900000) (945000) (992250) (1041863) (1093956)
Entradas - Saiacutedas (14335513) 12981301 21410535 23027023 25193585 27734070
Depreciaccedilatildeo 000 (631377) (631377) (631377) (631377) (631377)
Saldo Final (14335513) 12349924 20779158 22395647 24562208 37824209
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
A depreciaccedilatildeo foi calculada considerando o prazo de vida uacutetil meacutedio de 10
anos das maacutequinas equipamentos instalaccedilotildees moacuteveis e utensiacutelios e para os
computadores e perifeacutericos foi considerado o prazo de vida uacutetil de 5 anos conforme
demonstrado na tabela 7
TABELA 7 - DEPRECIACcedilAtildeO
Item Valor Inicial Taxa Anual Depreciaccedilatildeo Anual (R$)
Maacutequinas e equipamentos 3084878 10 308488
Instalaccedilotildees 103000 10 10300
Moacuteveis e Utensiacutelios 824057 10 82406
Computadores e Perifeacutericos 446204 20 89241
Outros 704712 20 140942
Total 631377
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
45
O valor residual dos equipamentos e instalaccedilotildees da empresa no final do quinto
ano foi considerado em 30 referente ao valor de aquisiccedilatildeo dos mesmos no iniacutecio do
projeto
45 ANAacuteLISE DOS INDICADORES (VPL TIR E PAYBACK)
451 Valor Presente Liacutequido (VPL)
A tabela 8 mostra que o VPL (Valor Presente Liacutequido) eacute positivo isso significa
que aleacutem de recuperar o investimento inicial ainda vai ser agregado ao valor da
empresa um montante de R$ R$50392407 (quinhentos e trecircs mil novecentos e vinte
quatro reais e sete centavos)
A taxa de retorno requerida de 20 foi determinada levando em conta o niacutevel
de risco do projeto e visando o valor desejado para se obter em cima do valor
investido
TABELA 8 - CALCULO DO VALOR PRESENTE LIacuteQUIDO (VPL)
Anos FC k 2000
0 -$143355 VPL $50392407
1 $123499 VPL $50392407
2 $207792 VPL $50392407
3 $223956 VPL $21761126
4 $245622 VPL $21761126
5 $378242 Decisatildeo Aceitar o Projeto
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
452 Taxa Interna de Retorno (TIR)
Conforme a tabela 9 eacute possiacutevel verificar que a TIR (Taxa Interna de Retorno)
eacute de 11593 maior que a taxa requerida de 20 isso significa que custo inicial seraacute
46
recuperado e o projeto vai criar valor para empresa mais um resultado favoraacutevel para
a aceitaccedilatildeo do projeto
TABELA 9 - TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR)
Anos FC
0 -$143355 TIR 11593
1 $123499 TIR 2168
2 $207792 TIR 2168
3 $223956 Decisatildeo
4 $245622 k 2000
5 $378242 Aceitar o projeto
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
453 Payback
O tempo de recuperaccedilatildeo do custo inicial ocorre normalmente entre o quarto e
o quinto ano se for feita a anaacutelise da tabela 10 eacute possiacutevel verificar que o tempo
necessaacuterio para o retorno do investimento (payback) do projeto eacute de 128 anos este
indicador mostra claramente que o projeto deve ser aceito pois o tempo de retorno
estaacute bem abaixo do tempo meacutedio dos empreendimentos como um todo
TABELA 10 - PAYBACK
k 20
Anos FC SPresente
0 -$143355 -$143355 PBD-SP = 128
1 $123499 -$40439 128
2 $207792 $103861
3 $223956 $233465
4 $245622 $351917
5 $378242 $503924
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
47
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Para iniciar um negoacutecio requer muito mais do que apenas o espiacuterito
empreendedor eacute necessaacuterio ter lideranccedila conhecimento sobre o mercado que deseja
atuar organizaccedilatildeo e principalmente planejamento
O principal objetivo desse estudo foi analisar a viabilidade econocircmico-
financeira da abertura de uma empresa de bolos e doces finos no Bairro Alto em
Curitiba
O objetivo apresentado nesta pesquisa foi atingido pois todos os indicadores
analisados mostram com clareza que empresa obteacutem resultados positivos que criam
valor para a mesma e com isso o projeto eacute viaacutevel economicamente pois do primeiro
ao quinto ano fica visiacutevel o crescimento do empreendimento e a melhora significativa
da sua sauacutede financeira isso fica evidenciado no saldo final em caixa no quinto ano
que chega proacuteximo haacute 400 mil reais Apesar disso eacute crucial o acompanhamento do
mercado para seguir as tendecircncias e se atualizar constantemente para tomar
decisotildees mais assertivas
Um negoacutecio mal avaliado pode arruinar a estabilidade econocircmica do
investidor por isso eacute de extrema importacircncia fazer todos os levantamentos de custos
antes de se aventurar em qualquer empreendimento
Eacute possiacutevel comprovar que a pesquisa realizada contribui positivamente para
abertura da empresa No entanto as informaccedilotildees aqui presentes natildeo satildeo estaacuteticas e
devem ser revisadas periodicamente e se preciso ateacute mesmo ampliadas no decorrer
da implantaccedilatildeo do projeto para que o mesmo seja uma ferramenta eficiente e eficaz
no desenvolvimento da empresa como um todo
48
REFEREcircNCIAS
BRITO Paulo Anaacutelise e viabilidade de projetos de investimento Satildeo Paulo Atlas 2003 DOLABELA Fernando O segredo de Luiacutesa 30 ed Satildeo Paulo Editora de Cultura 2006 DORNELAS Joseacute Carlos Assis Empreendedorismo transformando ideias em negoacutecios 4 ed Rio de Janeiro Campus Elsevier 2012 CENSO Demograacutefico 2010 Resultados gerais da amostra Curitiba IBGE 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=410690ampidtema=87ampsearch=parana|curitiba|censo-demografico-2010-resultados-gerais-da-amostra-gt Acesso em 21 de Junho de 2015 CHIAVENATO Idalberto Empreendedorismo dando asas ao espiacuterito empreendedor empreendedorismo e a viabilidade de novas empresas um guia eficiente para iniciar e tocar seu proacuteprio negoacutecio 2 ed Satildeo Paulo Saraiva 2007 ESTATIacuteSTICAS do registro civil 2012 Curitiba IBGE 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaoregistrocivil2012default_xlsshtmgt Acesso em 21 de Junho de 2015 GIL Antonio Carlos Meacutetodos e teacutecnicas de pesquisa social 6 ed Satildeo Paulo Atlas 2008 KOTLER Philip KELLER Kevin Lane Administraccedilatildeo de Marketing 12 ed Satildeo Paulo ABDR 2006 LAPPONI Juan Carlos Projetos de Investimento na Empresa Rio de Janeiro Elsevier 2007 MACHADO Jesseacute Anderson Pinto Projetos Econocircmicos uma abordagem praacutetica de elaboraccedilatildeo Satildeo Paulo Nobel 2002 MICHEL Maria Helena Metodologia e pesquisa cientiacutefica em ciecircncias sociais 2 ed Satildeo Paulo Atlas 2009 OLIVEIRA Djalma de Pinho Rebouccedilas de Planejamento estrateacutegico conceitos metodologia e praacuteticas 20 ed Satildeo Paulo Atlas 2004 PRODANOV Cleber Cristiano ERNANI Cesar de Freitas Metodologia do trabalho cientiacutefico meacutetodo e teacutecnicas da pesquisa e do trabalho acadecircmico 2 ed Novo Hamburgo Freevale 2013
49
REBELATTO Dayse Projeto de Investimento 1 ed Barueri Manole 2004 SEBRAE Pesquisa de Mercado o que eacute e para que serve Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrsitesPortalSebraeartigosPesquisa-de-mercado-o-que-C3A9-e-para-que-servegt Acesso em 21 de Junho de 2015 SEBRAE Fluxo de caixa Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrSebraePortal20SebraeAnexos0_fluxo-de-caixapdfgt Acesso em 10 de Outubro de 2015 WILDAUER Egon Walter Plano de negoacutecios elementos construtivos e processos de elaboraccedilatildeo 2 ed Curitiba Ibpex 2011 WOILER Samsatildeo MATHIAS Washington Franco Projetos planejamento elaboraccedilatildeo anaacutelise 1 ed Satildeo Paulo Atlas 1994
50
APEcircNDICES
APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL 51
APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS 52
APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL 52
51
APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL
Item Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5
Aacutegua 25000 26250 27563 28941 30388
Aluguel 160000 168000 176400 185220 194481
Assessoria Contaacutebil 80000 84000 88200 92610 97241
Gaacutes 49000 51450 54023 56724 59560
Impostos 387858 422765 464481 506284 551849
Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)
80268 84281 88495 92920 97566
Energia eleacutetrica 70000 73500 77175 81034 85085
Manutenccedilatildeo 50000 52500 55125 57881 60775
Material de escritoacuterio 20000 21000 22050 23153 24310
Material de Limpeza 40000 42000 44100 46305 48620
Folha de pagamento 272266 299493 329442 362386 398625
Seguros 15000 15750 16538 17364 18233
Telefone fixointernet 20000 21000 22050 23153 24310
Telefone Moacutevel 12000 12600 13230 13892 14586
Vale Refeiccedilatildeo 75000 82500 90750 99825 109808
Vale Transporte 33000 34650 36383 38202 40112
Proacute- labore 200000 220000 286000 328900 361790
Taxas Bancaacuterias 8000 8400 8820 9261 9724
Total R$ 1597392 R$ 1720139 R$ 1900823 R$ 2064053 R$ 2227062
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
52
APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS
Item
Produccedilatildeo mensal meacutedia
Custo unitaacuterio total
Sugestatildeo Preccedilo de venda
Custo Mensal Total
Receita de vendas
Bolos artiacutesticos (recheios diversos) 150 6000 13500 900000 2025000
Bolos de copa (recheios diversos) 30 3600 8100 108000 243000
Naked cake (recheios diversos) 60 4200 9450 252000 567000
Doces Tradicionais 32 3500 7875 112000 252000
Doces Espelhados 32 5000 11250 160000 360000
Doces Finos 32 7500 16875 240000 540000
Brigadeiros gourmet 16 4500 10125 72000 162000
Tacinhas acriacutelicas 16 5500 12375 88000 198000
Trufas 32 5000 11250 160000 360000
Bombons 32 5000 11250 160000 360000
Bem casados 3200 100 225 320000 720000
Custo produccedilatildeo Total 2572000
Receita Total 5787000
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL
Ano Receita Bruta Variaccedilatildeo anual
Ano 1 000
Ano 2 69444000 9
Ano 3 75693960 9
Ano 4 82506416 9
Ano 5 89931994 9
Valor considerando a inflaccedilatildeo de 9 aa
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
15
Diante disso natildeo eacute possiacutevel falar de empreendedorismo sem mencionar os
empreendedores pois satildeo as atitudes de pessoas que inovam assumem todos os
riscos que proporcionam o crescimento e desenvolvimento da sociedade como um
todo
211 Caracteriacutesticas e perfil do empreendedor
Ser empreendedor eacute acima de tudo ter a capacidade e a necessidade de
realizar coisas novas
O empreendedor ldquoeacute um ser social produto do meio em que vive (eacutepoca e
lugar)rdquo E se a pessoa convive em um meio onde ser empreendedor eacute considerado
algo bom teraacute motivos para abrir seu proacuteprio negoacutecio (DOLABELA 2006 sn)
O empreendedor parte da percepccedilatildeo subjetiva para percepccedilatildeo praacutetica na
qual mostram elementos que podem ser debatidos Esses elementos satildeo os mais
variaacuteveis possiacuteveis que foram originados de perguntas contestaccedilotildees e respostas
localizadas pelo empreendedor ldquoo qual natildeo precisa ser algueacutem com uma formaccedilatildeo
superior com diploma de faculdade ou algueacutem que conte com cursos teacutecnicos ou
praacuteticosrdquo (mesmo esses sendo atributos que auxilie na agilidade de formular
questionamentos e encontrar as soluccedilotildees para os mesmos) (WILDAUER 2011 p
25)
Para Dornelas (2012 p 29) empreendedor eacute a pessoa que percebe uma
oportunidade e arquiteta um negoacutecio para captar recursos calculando todos os riscos
que vai correr Em todas as definiccedilotildees de empreendedorismo nos deparamos com no
miacutenimo as seguintes particularidades em relaccedilatildeo ao empreendedor
1 Possui a atitude de criar um novo negoacutecio e amar aquilo que faz
2 Usa o capital que possui de maneira produtiva mudando o local social e
econocircmico onde estaacute inserido
3 Assume os riscos calculados e a chance do negoacutecio natildeo dar certo
Nessa mesma perspectiva Chiavenato (2007 p7) afirma que o empreendedor
eacute a pessoa que tem a capacidade de fazer as coisas acontecerem eacute favorecido pela
sua percepccedilatildeo para os negoacutecios prudecircncia na aacuterea financeira e a habilidade de
16
perceber as oportunidades Com esse conjunto de competecircncias tem a capacidade
de transformar ideias em negoacutecios O empreendedor possui uma boa imaginaccedilatildeo e eacute
persistente qualidades que combinadas de maneira correta o capacitam para
converter ideias simples em projetos objetivos e bem sucedidos
Para Wildauer (2011 p 26)
Podemos entatildeo enumerar muitas caracteriacutesticas do empreendedor sendo as principais a atitude de saber ouvir de estar atento de saber interpretar e analisar as informaccedilotildees do mercador de ter condiccedilotildees de elaborar um planejamento de suas accedilotildees futuras de traccedilar objetivos e todo um roteiro teoacuterico-praacutetico para poder atingi-lo Sem essas premissas baacutesicas o empreendedor natildeo teraacute sucesso na formulaccedilatildeo do plano de negoacutecios muito menos na sustentaccedilatildeo de seu negoacutecio
Chiavenato (2007 p 4) acredita que ldquoos empreendedores satildeo heroacuteis
populares do mundo dos negoacuteciosrdquo Que geram empregos propagam inovaccedilotildees e
estimulam o crescimento da economia Satildeo muito mais do que somente fornecedores
de produtos e serviccedilos satildeo pessoas que assumem os riscos das oscilaccedilotildees
econocircmicas
Cabe acrescentar que o empreendedor revolucionaacuterio eacute aquele que inventa
novos mercados isto eacute a pessoa cria algo exclusivo como foi o caso do Bill Gattes
fundador da Microsoft que transformou o mundo com o sistema operacional Windows
Contudo grande parte dos empreendedores cria negoacutecios em mercados jaacute existentes
e mesmo assim criam negoacutecios de sucesso (DORNELAS 2012 p30)
Wildauer (2011 p26) conclui que ldquoo empreendedor necessita de uma estrutura
de pensamento sistecircmico e visionaacuterio com base no qual estabeleceraacute metas e
desenharaacute trajetoacuterias para alcanccedilaacute-lasrdquo
22 PLANO DE NEGOacuteCIOS
Para iniciar um empreendimento eacute fundamental fazer um plano de negoacutecios
com ele eacute possiacutevel verificar a viabilidade ou natildeo do empreendimento e definir onde
estamos para onde vamos e mostrar com mais clareza as oportunidades de negoacutecio
17
Do ponto de vista de Dornelas (2012 p 93) ldquoum negoacutecio bem planejado teraacute
mais chances de sucesso do que aquele sem planejamento na mesma igualdade de
condiccedilotildeesrdquo
Nessa mesma perspectiva Dolabela (2006 sn) afirma que vaacuterios
empreendedores bem sucedidos abriram seus empreendimentos sem compreender
pontualmente o que eacute um plano de negoacutecios Poreacutem muitos outros natildeo tiveram o
mesmo fim e o que conseguiram foram negoacutecios fracassados por conta de falhas que
poderiam ter sido evitadas Uma grande quantidade de negoacutecios que possuem um
alto potencial acabam se tornando impraticaacuteveis por conta da incapacidade dos
empreendedores Ainda assim muitas pessoas abrem e vatildeo continuar abrindo
negoacutecios capacitadas ou natildeo para isso
Wildauer (2011 p 39) define plano de negoacutecios como ldquoum documento em
forma de texto no qual eacute apresentada uma proposta de negoacutecio para um mercadordquo
Esse documento deve mostrar com clareza o ponto de vista do empreendedor sobre
o sucesso do seu produto ou serviccedilo no mercado atual
Chiavenato (2007 p132) acredita que
O plano de negoacutecio mdash business planmdash descreve a ideia de um novo empreendimento e projeta os aspectos mercadoloacutegicos operacionais e financeiros dos negoacutecios propostos geralmente para os proacuteximos trecircs ou cinco anos Seu preparo permite a anaacutelise da proposta e ajuda o futuro empreendedor a evitar uma trajetoacuteria decadente que o levaraacute do entusiasmo agrave desilusatildeo e ao fracasso
Eacute possiacutevel sintetizar o plano de negoacutecios como um documento em que o
empreendedor mostra de maneira formal e concreta o negoacutecio que quer idealizar e
expor para seus parceiros soacutecios e investidores apresentando a visatildeo a missatildeo e os
seus propoacutesitos assim como o ldquoplano operacional o plano de marketing o plano de
financeiro e o plano juriacutedicordquo desta forma facilitando a assimilaccedilatildeo e aceitaccedilatildeo do
negoacutecio pelas pessoas interessadas (WILDAUER 2011 p39)
Conforme mencionado por Chiavenato (2007 p 134) o plano de negoacutecios
mobiliza o novo empreendimento na sua totalidade Ele demonstra o levantamento
cansativo dos elementos que fazem parte do negoacutecio ldquosejam internos mdash o que deveraacute
ser produzido como onde quanto mdash sejam externos mdash para quem produzir qual eacute
o mercado quais satildeo os concorrentes etcrdquo
18
Com isso Wildauer (2011 p 45) conclui que ldquoo plano de negoacutecios eacute como um
guia uacutetil para a obtenccedilatildeo de conhecimentos para a concepccedilatildeo de um
empreendimentordquo
221 Estrutura do plano de negoacutecios
O plano de negoacutecios mobiliza todas as informaccedilotildees necessaacuterias para abrir um
negoacutecio por meio dele eacute possiacutevel detectar onde estou e para onde desejo ir dentro do
mercado
Conforme identificado por Dornelas (2012 p 101) ldquonatildeo existe uma estrutura
riacutegida e especiacutefica para se escrever um plano de negoacuteciosrdquo dado que cada negoacutecio
possui suas singularidades e equivalecircncias sendo improvaacutevel delimitar um modelo-
padratildeo de plano de negoacutecios que seja absoluto e adequado para todos os negoacutecios
Todos os planos de negoacutecios devem conter um miacutenimo de seccedilotildees que vatildeo possibilitar
uma compreensatildeo do negoacutecio como um todo Tais seccedilotildees satildeo alinhadas de maneira
que mantenham uma sequecircncia loacutegica que possibilite qualquer pessoa ler o plano e
compreender como a empresa eacute estruturada seus objetivos seus produtos seus
serviccedilos qual seu mercado seu plano financeiro e de marketing
A seguir encontra-se uma breve descriccedilatildeo de cada uma das seccedilotildees do Plano
de Negoacutecios
2211 Capa
Eacute um dos componentes fundamentais do plano de negoacutecios pois eacute a primeira
parte que eacute vista pela pessoa que vai ler deve ser desenvolvida de forma clara e com
os dados adequados (DORNELAS 2012 p 101)
19
2212 Sumaacuterio
O sumaacuterio deve incluir ldquoo tiacutetulo de cada seccedilatildeo do plano de negoacutecios e a paacutegina
respectiva onde se encontra bem como os principais assuntos relacionados em cada
seccedilatildeordquo Isso faz com que fique mais faacutecil o leitor do plano de negoacutecios identificar com
mais agilidade o que lhe interessar (DORNELAS 2012 p 101-102)
2213 Sumaacuterio executivo
O Sumaacuterio Executivo eacute a parte mais importante do plano de negoacutecios ele iraacute
definir se o leitor vai prosseguir ou natildeo com a leitura do plano de negoacutecios Dessa
forma deve ser redigido com bastante concentraccedilatildeo e revisado inuacutemeras vezes e
tambeacutem englobar as informaccedilotildees mais relevantes do plano de negoacutecios Deve ser
direcionado ao puacuteblico-alvo do plano de negoacutecios e deixar claro qual o objetivo do
mesmo em relaccedilatildeo agraves pessoas que estatildeo o lendo ldquoO Sumaacuterio Executivo deve ser a
uacuteltima seccedilatildeo a ser escrita pois depende de todas as outras seccedilotildees do plano para ser
elaboradardquo (DORNELAS 2012 p 102)
2214 Anaacutelise estrateacutegica
Nesta seccedilatildeo eacute determinada a direccedilatildeo que a empresa vai seguir ldquosua visatildeo e
missatildeo sua situaccedilatildeo atual as potencialidades e ameaccedilas externas suas forccedilas e
fraquezas seus objetivos e metas de negoacuteciordquo Essa parte eacute o alicerce para o
crescimento e o estabelecimento das outras accedilotildees redigidas no plano (DORNELAS
2012 p 102)
20
2215 Descriccedilatildeo da empresa
Eacute nessa seccedilatildeo que deve ser feita a descriccedilatildeo da empresa ldquoseu histoacuterico
crescimento faturamento dos uacuteltimos anos sua razatildeo social impostos estrutura
organizacional e legal localizaccedilatildeo parcerias serviccedilos terceirizados etcrdquo
(DORNELAS 2012 p 102)
2216 Produtos e serviccedilos
Nessa seccedilatildeo do plano de negoacutecios devem ser descritos os produtos e serviccedilos
da empresa a maneira que satildeo produzidos o capital disposto seu ciclo de vida os
elementos tecnoloacutegicos envolvidos pesquisa e desenvolvimento os seus clientes
marcas e patentes etc
Nessa seccedilatildeo pode ser incluiacuteda quando estaacute informaccedilatildeo encontra-se disponiacutevel uma visatildeo do niacutevel de satisfaccedilatildeo dos clientes com os produtos e serviccedilos da empresa Esse feedback eacute bastante importante porque costuma oferecer natildeo apenas uma visatildeo do niacutevel de qualidade percebida nos produtos e serviccedilos mas tambeacutem guiar futuros investimentos da empresa em novos desenvolvimentos e processos de produccedilatildeo (DORNELAS 2012 p 102-103)
2217 Plano operacional
Nesta seccedilatildeo devem ser expostas as accedilotildees que a empresa pretende ter na
sua estrateacutegia produtiva e no processo de produccedilatildeo apontando os resultados que
essas accedilotildees teratildeo sobre os criteacuterios de avaliaccedilatildeo dos produtos Deve incluir dados
operacionais atualizados e presumidos como ldquolead time do produto ou serviccedilo
percentual de entregas a tempo rotatividade do inventaacuterio iacutendice de refugo lead time
de desenvolvimento de produto ou serviccedilo etcrdquo (DORNELAS 2012 p 103)
21
2218 Plano de recursos humanos
Devem ser exibidas as propostas de desenvolvimento e treinamento de
pessoal da empresa Esses dados estatildeo pontualmente associados com a
competecircncia da empresa de crescer ldquoespecialmente quando esta atua em um
mercado onde a detenccedilatildeo de tecnologia eacute considerada um fator estrateacutegico de
competitividaderdquo (DORNELAS 2012 p 103)
2219 Anaacutelise de mercado
Nesta seccedilatildeo o responsaacutevel pelo plano de negoacutecios deve deixar claro que os
executivos da empresa entendem perfeitamente o mercado consumidor do seu
produto ou serviccedilo (atraveacutes de pesquisa de mercado) como estaacute segmentado
crescimento do mercado atributos do consumidor anaacutelise da concorrecircncia qual a sua
fatia de mercado e dos concorrentes etc (DORNELAS 2012 p 103)
22110 Estrateacutegia de marketing
Deve ser apresentado o objetivo da empresa para vender seu produtoserviccedilo
e consolidar seus clientes e ampliar sua demanda Deve ser informada sua estrateacutegia
de venda especificidades do produtoserviccedilo preccedilos puacuteblico-alvo canais de
distribuiccedilatildeo projeccedilatildeo das vendas (DORNELAS 2012 p 103)
22
22111 Plano financeiro
Na seccedilatildeo financeira deve mostrar em nuacutemeros todas as accedilotildees planejadas
para a empresa e suas evidecircncias por meio de projeccedilotildees futuras para um negoacutecio
bem sucedido
Deve conter demonstrativo de fluxo de caixa com horizonte de pelo menos trecircs anos balanccedilo patrimonial anaacutelise do ponto de equiliacutebrio necessidades de investimento demonstrativos de resultados anaacutelise de indicadores financeiros do negoacutecio como faturamento previsto margem prevista prazo de retorno sobre o investimento inicial (payback) taxa interna de retorno (TIR) etc (DORNELAS 2012 p 103-104)
22112 Anexos
Nesta seccedilatildeo deve incluir todos os dados considerados importantes para
melhor compreensatildeo do plano de negoacutecios O que natildeo pode ser deixado de anexar eacute
o curriculum vitae dos soacutecios da empresa (DORNELAS 2012 p 104)
23 VIABILIDADE ECONOcircMICO-FINANCEIRA
Analisar o empreendimento economicamente para verificar se o projeto eacute
viaacutevel e lucrativo ou natildeo eacute uma das decisotildees fundamentais de qualquer
empreendedor
A anaacutelise de investimento eacute um mecanismo aacutegil praacutetico e seguro que ajuda
profissionais de inuacutemeras aacutereas no processo de anaacutelise de tomada de decisotildees
financeiras (REBELATTO p 141)
Lapponi (2007 p 123) afirma que
O objetivo da decisatildeo de investimento ou do orccedilamento de capital eacute maximizar o valor da empresa A decisatildeo de alocaccedilatildeo do capital em projeto de investimento eacute fundamental para o sucesso pois os recursos da empresa
23
satildeo comprometidos por longo tempo na direccedilatildeo de seu futuro desejado e isso envolve um grande esforccedilo de tempo e de gerenciamento Cada projeto aprovado eacute um desembolso realizado pela empresa coma expectativa de obter benefiacutecios futuros quantificados pela geraccedilatildeo de um fluxo de retornos adequados em geral por um prazo maior do que um ano
A carecircncia de recursos financeiros diante das muitas necessidades faz com
que seja crucial aperfeiccediloar sua utilizaccedilatildeo A anaacutelise antecipada de investimento
possibilita que se racionalize a forma como os recursos de capital satildeo utilizados
(REBELATTO 2004 p 141)
Para analisar a viabilidade de um projeto economicamente eacute necessaacuterio reunir
uma seacuterie de informaccedilotildees e de dados que precisam ser organizados para atingir seu
objetivo final que eacute o de facilitar a tomada de decisatildeo Vale salientar que o projeto
deve ser um documento que tenha a capacidade de mostrar de uma maneira loacutegica a
visatildeo estrateacutegica do negoacutecio (MACHADO 2002 p 144)
231 Fluxo de caixa
O fluxo de caixa eacute o melhor guia para uma administraccedilatildeo financeira eficiente
de qualquer negoacutecio
O fluxo de caixa eacute a reproduccedilatildeo graacutefica de uma movimentaccedilatildeo financeira ldquoAs
movimentaccedilotildees monetaacuterias satildeo identificadas temporalmente por meio de um conjunto
de entradas e saiacutedas de caixa definido como diagrama de fluxo de caixardquo Essa
representaccedilatildeo proporciona a visualizaccedilatildeo em diferentes momentos com o que estaacute
ocorrendo com o capital (REBELATTO 2004 p 150)
ldquoA identificaccedilatildeo e a quantificaccedilatildeo das estimativas relevantes do projeto satildeo o
iniacutecio da construccedilatildeo do fluxo de caixa do projeto para empresa em funcionamentordquo
(LAPPONI 2007 p 347)
O fluxo de caixa eacute um composto de entradas e saiacutedas de valores monetaacuterios
(dinheiro) no decorrer de um determinado periacuteodo Bem como evidenciar uma opccedilatildeo
possiacutevel de transaccedilotildees financeiras ou seja pagamentos agrave vista pagamentos a prazo
tiacutetulos originais etc (REBELATTO 2004 p 151)
24
232 Valor Presente Liacutequido (VPL)
ldquoO Valor presente liacutequido (VPL) ou valor atual liacutequido (VAL) eacute o valor atual das
entradas de caixa (retornos de capital esperados) incluindo o valor residual (se
houver) menos o valor atual das saiacutedas de caixardquo (REBELATTO 2004 p 214)
A foacutermula para chegar ao VPL eacute (LAPPONI 2007 p 125)
119881119875119871 = minus119868 +119865119862
(1 + 119870)119899
Onde
I= custo inicial ou desembolso inicial
FC= fluxo de caixa
K= taxa requerida
n= prazo de anaacutelise
Rebelatto (2004 p214) afirma que os paracircmetros para que o projeto seja
aceito se refere ao valor presente liacutequido (VPL)
VPLgt0 o projeto eacute aceito
VPLlt0 o projeto eacute rejeitado
VPL=0 o projeto pode ser aceito ou natildeo pois natildeo cria e nem destroacutei
valor para empresa
Para Lapponi (2007 p 134-135) as principais vantagens do VPL satildeo
Considera o fluxo de caixa do projeto na sua totalidade
Considera o valor monetaacuterio (dinheiro) no tempo
Tem a capacidade de medir o valor criado ou destruiacutedo pelo projeto
Pode ser utilizado na avaliaccedilatildeo do projeto independentemente do tipo de
fluxo de caixa utilizado
Seleciona o projeto mais viaacutevel economicamente
25
233 Taxa Interna de Retorno (TIR)
ldquoTaxa Interna de Retorno (TIR) eacute a taxa de desconto que torna o valor atual
liacutequido (VAL) do investimento igual a zero Tambeacutem eacute chamada de taxa interna efetiva
de rentabilidaderdquo (REBELATTO 2004 p 217)
No projeto do tipo simples com o aumento da taxa requerida o VPL do projeto tende ao valor do custo inicial pois o VPL eacute uma funccedilatildeo decrescente da taxa requerida Portanto a decisatildeo com o meacutetodo TIR somente deve ser feita em projetos simples que garantem a existecircncia de uma uacutenica TIRgt -100 Nos outros tipos de fluxo de caixa em geral o meacutetodo da TIR natildeo deve ser utilizado pois haacute a possibilidade de muacuteltiplas TIRs Sendo a TIR a taxa de juro que zera o VPL do projeto simples para qualquer taxa requerida K menor que a TIR o VPL seraacute positivo e para qualquer taxa requerida K maior que a TIR o VPL seraacute negativo (LAPPONI 2007 p 175-176)
Rebelatto (2004 p 217) complementa afirmando que a TIR eacute um meacutetodo
aprimorado de anaacutelise de investimento sendo possivelmente uma das mais usadas
para avaliar projetos econocircmicos A TIR deve ser comparada com a taxa miacutenima de
atratividade (TMA) para analisar se o projeto seraacute aceito ou natildeo
Sendo assim Lapponi (2007 p 176) considera que
Se TIR gt TMA o projeto deve ser aceito pois eacute economicamente viaacutevel
Se TIR lt TMA o projeto deve ser recusado pois eacute economicamente
inviaacutevel
Se TIR = TMA eacute indiferente investir no projeto pois o mesmo natildeo criaraacute
e nem destruiraacute valor da empresa
ldquoA grande vantagem da TIR como indicador de decisatildeo eacute que prescinde de
informaccedilotildees externas ao projeto Tudo que o analista necessita eacute conhecer o perfil do
projeto e alguma ideia de magnitude da taxa de jurosrdquo (MACHADO 2002 p 127)
26
234 Periacuteodo de retorno de investimento (Payback)
ldquoO payback eacute o periacuteodo de tempo em que ocorre o retorno do investimento
Calculado no fluxo de caixa de vida uacutetil de dez anos o payback apresenta-se de vaacuterias
maneiras para cada tipo de empresardquo (BRITO 2003 p 51)
Uma empresa pode nomear o payback como um dos paracircmetros para escolha
de um projeto a fim de minimizar seus riscos Mesmo sendo esse um meacutetodo faacutecil e
simples na praacutetica eacute um dos mais utilizados para efetuar a mediccedilatildeo econocircmica de um
projeto (REBELATTO 2004 p 230)
Segundo Rebelatto (2004 p 231) a foacutermula baacutesica que demonstra o caacutelculo
do payback em fluxos de caixas regulares eacute
PB =I0
FC
Onde
PB= Payback
I0= Investimento inicial
FC= Fluxo de caixa regular
Para executar o meacutetodo payback eacute crucial estabelecer o tempo maacuteximo de
toleracircncia TMT para resgatar o custo inicial ldquoPara decidir se o projeto deve ser aceito
o payback deve ser comparado com o valor de referecircncia TMT de forma querdquo
(LAPPONI 2007 p 245)
Se PB lt TMT o projeto deve ser aceito
Se PB gt TMT o projeto deve ser recusado
A principal vantagem para utilizaccedilatildeo do meacutetodo payback eacute que ele reflete a
liquidez do projeto e por consequecircncia eacute possiacutevel efetuar a avaliaccedilatildeo do risco de natildeo
recuperar o investimento (REBELATTO 2004 p 230)
27
3 METODOLOGIA
Este capiacutetulo tem por objetivo descrever os procedimentos e teacutecnicas
utilizados na pesquisa considerando o problema e aos objetivos gerais e especiacuteficos
Para a execuccedilatildeo da revisatildeo bibliograacutefica realizada neste estudo foi utilizado
livros de especialistas na aacuterea os principais temas abordados foram o
empreendedorismo que eacute um assunto chave quando surge uma ideia para um novo
negoacutecio plano de negoacutecios que eacute um elemento fundamental para o sucesso ou
fracasso de um empreendimento e a viabilidade econocircmico-financeira tema
fundamental visto que o objetivo geral da pesquisa eacute mensurar se a mesma eacute viaacutevel
ou natildeo economicamente
Foi elaborada uma anaacutelise de mercado que estaacute disponiacutevel no item 41 deste
estudo atraveacutes da mesma foi identificado que os principais clientes satildeo das classes
A e B de Curitiba regiatildeo metropolitana no item 42 foi efetuado um levantamento do
tamanho do negoacutecio onde foi definida a capacidade produtiva o investimento inicial e
a localizaccedilatildeo do empreendimento no item 44foi elaborado o fluxo de caixa que
demonstra as previsotildees financeiras do periacuteodo de 5 anos o meacutetodo utilizado para
elaborar a pesquisa foi um estudo de caso de natureza exploratoacuteria quantitativa e
anaacutelise documental
O estudo de caso eacute evidenciado por um estudo minucioso e cansativo de um
ou poucos objetivos desta forma propicia um vasto e detalhado conhecimento sobre
o assunto uma missatildeo praticamente impossiacutevel mediante as outras maneiras de
delineamentos consideradas (GIL 2008 p 57-58)
Prodanov e Freitas (2013 p60) afirmam que o estudo de caso consiste em
recolher e analisar dados sobre determinado indiviacuteduo famiacutelia grupo ou comunidade
com a finalidade de estudar diferentes aspectos das suas vidas conforme o assunto
da pesquisa
Jaacute as pesquisas exploratoacuterias satildeo definidas por Gil (2008 p 27) como as que
Tecircm como principal finalidade desenvolver esclarecer e modificar conceitos e ideias tendo em vista a formulaccedilatildeo de problemas mais precisos ou hipoacuteteses pesquisaacuteveis para estudos posteriores De todos os tipos de pesquisa estas satildeo as que apresentam menor rigidez no planejamento Habitualmente envolvem levantamento bibliograacutefico e documental entrevistas natildeo padronizadas e estudos de caso
28
A pesquisa quantitativa ldquoconsidera que tudo pode ser quantificaacutevel o que
significa traduzir em nuacutemeros opiniotildees e informaccedilotildees para classificaacute-las e analisaacute-lasrdquo
Eacute necessaacuteria a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas estatiacutesticas tais como porcentagem meacutedia
moda desvio-padratildeo coeficiente de correlaccedilatildeo etc (PRODANOV FREITAS 2013
p 69)
Muitos dados que satildeo utilizados em pesquisas satildeo adquiridos indiretamente
por meio de documentosrdquo como livros jornais papeacuteis oficiais registros estatiacutesticos
fotos discos filmes e viacutedeos que satildeo obtidos de maneira indiretardquo Essas fontes
documentais tecircm a capacidade de disponibilizar ao pesquisador um grande nuacutemero
de informaccedilotildees com bastante qualidade para evitar a perda de tempo (GIL 2008 p
147)
Este modelo de pesquisa foi utilizado para definir os principais clientes quais
os produtos que seratildeo vendidos a capacidade produtiva assim como a viabilidade
econocircmico-financeira e operacional do negoacutecio
29
4 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES
41 ANAacuteLISE DE MERCADO
Woiler e Mathias (1994 p41) e Rebelatto (2004 p01) afirmam que a anaacutelise
de mercado eacute um dos pontos mais relevantes para elaboraccedilatildeo de um projeto Atraveacutes
do estudo do mercado obtemos muitas informaccedilotildees tais como
Fazendo a comparaccedilatildeo entre demanda e a oferta encontramos a
possiacutevel escassez da demanda futura Esse resultado proporcionaraacute
informaccedilotildees para que seja definida a escala de produccedilatildeo do projeto
A regiatildeo geograacutefica em que o produto pode ser vendido eacute um dos pontos
mais significativos para que seja definida a localizaccedilatildeo do empreendimento
O preccedilo de venda os custos de comercializaccedilatildeo e os estoques nos
canais de comercializaccedilatildeo satildeo informaccedilotildees relevantes para que seja
elaborada a projeccedilatildeo do projeto
Vale salientar que esses satildeo apenas alguns elementos importantes que eacute
possiacutevel identificar na anaacutelise de mercado existe muitos outros dados que satildeo obtidos
com a mesma
411 Mercado consumidor
ldquoTodas as decisotildees relacionadas a novos empreendimentos contecircm certo
grau de incerteza tanto no que diz respeito agrave informaccedilatildeo na qual as decisotildees estatildeo
baseadas como no que diz respeito agraves suas consequecircnciasrdquo (SEBRAE)
Chiavenato acredita que os clientes tecircm a capacidade de alavancar ou
derrubar um empreendimento ldquoUm cliente pode ser uma organizaccedilatildeo uma empresa
um usuaacuterio dos produtosserviccedilos ou um consumidor finalrdquo Eacute quem adquiri os
produtosserviccedilos ofertados pela organizaccedilatildeo no final da cadeia de transaccedilotildees Eacute ele
que estabelece direta ou indiretamente se o empreendimento teraacute ecircxito ou natildeo Por
30
isso o cliente deve ser considerado como o principal patrimocircnio da empresa (2007
p 207)
Segundo dados do censo 2010 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e
estatiacutestica) dos 576190 (quinhentos e setenta e seis mil cento e noventa) domiciacutelios
de Curitiba 292965 (duzentos e noventa e dois mil novecentos e sessenta e cinco)
possuem renda de mais de 5 a mais de 20 salaacuterios miacutenimos sendo assim cerca de
5085 dos domiciacutelios curitibanos estatildeo enquadrados nas classes A e B Ainda
segundo o IBGE cerca de 137922 (cento e trinta e sete mil novecentos e vinte e dois)
domiciacutelios curitibanos tecircm renda de mais de 10 salaacuterios miacutenimos o que representa
uma meacutedia de 24 dos domiciacutelios de Curitiba
Mais de 249000 (duzentos e quarenta e nove mil) pessoas que residem em
Curitiba cerca de 1423 da populaccedilatildeo tem rendimento mensal de mais de 5 salaacuterios
miacutenimos conforme Tabela 1
TABELA 1 - RESULTADOS DA AMOSTRA - RENDIMENTO POR PESSOA EM CURITIBA
Quantidade de pessoas Salaacuterios miacutenimos
153011 Mais de 5 a 10 salaacuterios miacutenimos
38692 Mais de 10 a 15 salaacuterios miacutenimos
25427 Mais de 15 a 20 salaacuterios miacutenimos
18264 Mais de 20 a 30 salaacuterios miacutenimos
13791 Mais de 30 salaacuterios miacutenimos
FONTE IBGE - CENSO DEMOGRAacuteFICO 2010
Curitiba possui uma populaccedilatildeo de mais de 1750000 (um milhatildeo setecentos
e cinquenta mil habitantes) segundo censo IBGE 2010 sendo que 932000
(novecentos e trinta e dois mil) pessoas com o estado civil de solteiro viuacutevo
divorciado separado judicialmentedesquitado isso mostra que tem muitas pessoas
que podem fazer festas de casamento e necessitar dos produtos que seratildeo ofertados
tais como bolos artiacutesticos doces finos e bem casados
Segundo as estatiacutesticas do registro civil do IBGE ocorreram em Curitiba e
regiatildeo metropolitana no ano 2012 exatamente 18877 (dezoito mil oitocentos e setenta
e sete) casamentos sendo que nos meses de setembro a dezembro foi onde ocorreu
um maior nuacutemero um total de 7828 (sete mil oitocentos e vinte e oito) casamentos o
que representa um total de 4147 dos casamentos ocorrem nesses quatro meses
do ano
31
TABELA 2 - CASAMENTOS POR MEcircS DE REGISTRO SEGUNDO O LUGAR DO REGISTRO ndash 2012
Lugar do registro
Casamentos por mecircs do registro
Total de
registros Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
RM Curitiba 18877 1466 1250 1572 1282 1403 1533 1248 1255 1735 1753 2118 2262
Curitiba 10351 848 692 857 692 724 872 658 658 971 968 1237 1174
FONTE IBGE DIRETORIA DE PESQUISAS COORDENACcedilAtildeO DE POPULACcedilAtildeO E INDICADORES SOCIAIS ESTATIacuteSTICAS DO REGISTRO CIVIL 2012
Nessa perspectiva foi definido que o mercado que a empresa de bolos e doces
finos vai atuar eacute de Curitiba e regiatildeo metropolitana com foco nas pessoas das classes
A e B com estado civil solteiro divorciado separado judicialmentedesquitado e viuacutevo
412 Produtos que seratildeo vendidos
ldquoNo coraccedilatildeo de uma grande marca haacute um grande produto O produto-chave
na oferta ao mercado Liacutederes de mercado geralmente oferecem produtos e serviccedilos
de qualidade superiorrdquo (KOTLER KELLER 2006 p 366)
Os principais produtos fornecidos seratildeo
Bolos artiacutesticos
FOTO1 - BOLO ARTIacuteSTICO FONTE WANDA CARDOSO - BOLOS ARTIacuteSTICOS amp DOCES
32
Bolos de copa
FOTO2 - BOLO DE COPA FONTE ELABORADO PELO AUTOR
FOTO3 - BOLO DE COPA FONTE ELABORADO PELO AUTOR
Naked cake
FOTO4 - NAKED CAKE FONTE DOCES PENEacuteLOPE
33
Doces Tradicionais
FOTO5 - DOCES TRADICIONAIS FONTE ELABORADO PELO AUTOR
Doces Espelhados
FOTO6 - DOCES ESPELHADOS FONTE PRONTO SOCORRO DAS FESTAS
Doces Finos
FOTO 7 - DOCES FINOS FONTE COMPRANDO MEU APE
34
Brigadeiros gourmet
FOTO8 - BRIGADEIROS GOURMET FONTE ELABORADO PELO AUTOR
Tacinhas acriacutelicas
FOTO9 - TACINHAS ACRIacuteLICAS FONTE BUFFET DELIacuteCIAS DA VI
Trufas
FOTO 10 - TRUFAS FONTE FOGAtildeO DA VOVOacute
35
Bombons
FOTO11 - BOMBONS FONTE DALVA GOLDEN GATE
Bem casados
FOTO12 - BEM CASADOS FONTE CASAMENTO SEM ERRO
FOTO13 - BEM CASADOS FONTE CASAMENTO SEM ERRO
36
413 Preccedilo de venda
A definiccedilatildeo do preccedilo dos produtos eacute uma das decisotildees mais relevantes da
organizaccedilatildeo que deve levar em conta a forma como a empresa deseja se posicionar
no mercado os custos a concorrecircncia e a rentabilidade almejada
O preccedilo eacute um dos elementos mais versaacuteteis pode ser modificado rapidamente
ao contraacuterio das propriedades dos produtos dos contratos com canais de distribuiccedilatildeo
e ateacute mesmo das promoccedilotildees O Preccedilo tem tambeacutem a tarefa de mostrar ao mercado o
posicionamento de valor desejado pela empresa para o seu produto ou marca
(KOTLER KELLER 2006 p 428)
A consolidaccedilatildeo dos preccedilos dos produtos seraacute elaborada levando em conta os
custos para se obter os produtos com a qualidade requinte e sofisticaccedilatildeo desejada
com a margem de lucro esperada e se baseando nos preccedilos praticados pela
concorrecircncia
414 Previsatildeo de vendas
Para Chiavenato (2007 p 2013)
A previsatildeo de vendas representa a quantidade de produtosserviccedilos que a empresa pretende vender ou colocar no mercado durante um determinado periacuteodo geralmente um mecircs ou um ano dividido em meses Constitui portanto uma estimativa ou uma expectativa de vendas Pode ser feita em unidades fiacutesicas ou em valores monetaacuterios
A produccedilatildeo vai ser em meacutedia de 5600 doces (doces finos gourmet e bem
casados) e 4 bolos procurando atender em meacutedia 4 eventos por semana e ateacute 16
eventos por mecircs sendo que nos meses de setembro a dezembro essa demanda
aumenta pelo motivo de historicamente ter um nuacutemero maior de casamentos
37
415 Definiccedilatildeo de local de venda dos produtos
ldquoA venda eacute a fase fundamental do processo de vendas Consiste na
transferecircncia do produtoserviccedilo para o cliente ou consumidorrdquo (CHIAVENATO 2007
p 210)
As vendas vatildeo ocorrer atraveacutes de site proacuteprio redes sociais telefone e
pessoalmente natildeo teremos loja fiacutesica apenas um ateliecirc para confecccedilatildeo dos bolos e
doces onde vai conter uma sala anexa na qual vai ser oferecido o serviccedilo de
degustaccedilatildeo com horaacuterios marcados para assim o cliente decidir quais os produtos
seratildeo adquiridos para o seu evento e fechamento de contrato
416 Definiccedilatildeo da demanda e da oferta
Na maior parte das encomendas os clientes solicitam os doces finos e
gourmet que contecircm chocolates frutas oleaginosas tais como castanhas nozes
avelatildes amecircndoas frutas como framboesa morango damasco cerejas e os bem
casados Os bolos mais solicitados satildeo os com decoraccedilatildeo de pasta americana que
deve obrigatoriamente ter recheios mais firmes como ganaches fios de ovos
strogonoff de nozes e os naked cake (bolo pelado) que possuem mais opccedilotildees de
recheios com chocolates frutas diversas e cremes de pacirctisserie
Em contato com algumas empresas que fornecem o mesmo tipo de produto
foi possiacutevel verificar que as encomendas devem ser feitas com antecedecircncia miacutenima
de 6 meses sendo que alguns casos somente com um ano de antecedecircncia para
conseguir na data desejada Esse eacute um dos pontos que mostra que tem espaccedilo
suficiente para entrada nesse mercado
38
417 Concorrentes
Chiavenato (2007 p 33) Kotler e Keller (2006 p 340) afirmam que os
concorrentes satildeo as organizaccedilotildees que competem pelos mesmos fornecedores
clientes e consumidores
ldquoAgrave medida que seus produtosserviccedilos tornam-se mais heterogecircneos tanto
mais heterogecircneos e diferenciados seratildeo seus concorrentes e tanto mais complexa
seraacute a competitividaderdquo (CHIAVENATO 2007 p 33)
Em busca na internet foi possiacutevel identificar que atualmente existe em meacutedia
25 concorrentes reais que oferecem exatamente os mesmos produtos que seratildeo
fornecidos com o mesmo padratildeo de qualidade valor agregado requinte e
sofisticaccedilatildeo Tambeacutem foi detectado mais 14 concorrentes potenciais que vendem
produtos similares aos que seratildeo vendidos poreacutem natildeo possuem o mesmo valor
agregado dos que vatildeo ser ofertados Foi possiacutevel identificar que alguns concorrentes
oferecem somente os doces finos dos quais foram identificados mais 3 concorrentes
reais e 3 concorrentes potenciais E foi detectado que existem concorrentes que
fornecem apenas os bolos artiacutesticos dos quais foi identificado 4 concorrentes reais
todos fornecem os bolos com o mesmo niacutevel de qualidade que seratildeo fornecidos
A tabela 3 mostra a divisatildeo dos concorrentes reais e potenciais que fornecem
bolos e doces por bairro de Curitiba
39
TABELA 3 - CONCORRENTES QUE FORNECEM BOLOS E DOCES POR BAIRRO
Bairro Quantidade de Concorrentes Reais
Quantidade de Concorrentes Potenciais
Aacutegua Verde 4 1
Ahuacute 1
Bairro Alto 2 1
Barreirinha 1
Barreirinha 1
Bom Retiro 1
Campo Comprido 1
Campo Comprido 1
Cidade Industrial 1
Colombo 1
Fazenda Rio Grande 1
Hauer 1
Hugo Lange 1
Mercecircs 1
Novo Mundo 2 1
Novo Mundo 1
Portatildeo 1
Portatildeo 1
Santa Cacircndida 1
Santa Felicidade 1 1
Santo Inaacutecio 1 1
Satildeo Joseacute dos Pinhais 1
Seminaacuterio 1
Sitio Cercado 1
Tarumatilde 1
Vila Izabel 1
Natildeo Informado 1 2
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
418 Forma de divulgaccedilatildeo dos concorrentes
Todas as empresas pesquisadas que fornecem produtos similares aos que
vamos fornecer utilizam sites proacuteprios e as redes sociais para fazer divulgaccedilatildeo dos
seus produtos todas fazem degustaccedilatildeo para os clientes conhecerem os seus
produtos e posteriormente fechar um contrato
40
42 TAMANHO DO NEGOacuteCIO
421 Capacidade produtiva
A capacidade produtiva vai ser para atender ateacute 4 eventos por semana A
produccedilatildeo vai ser de ateacute 5600 doces (doces finos gourmet e bem casados) e 4 bolos
atendendo ateacute 4 eventos por final de semana e ateacute 16 eventos por mecircs sendo que
nos meses de setembro a dezembro essa demanda aumenta pelo motivo de
historicamente ter um nuacutemero maior de casamentos
422 Investimento
Um dos pontos mais relevantes para abertura de uma empresa eacute a
determinaccedilatildeo do capital miacutenimo para dar iniacutecio nas atividades e principalmente como
obter este capital ldquoEacute com o capital inicial que a empresa tem condiccedilotildees de reunir os
recursos empresariais necessaacuterios ao seu funcionamento sejam eles recursos
humanos materiais ou financeirosrdquo A determinaccedilatildeo do capital eacute o que estabelece a
quantidade de recursos empresariais que a empresa tem disponiacutevel Indiscutivelmente
quanto maior for o volume de recursos empresariais mais faacutecil se torna o desempenho
da empresa Quando todos os recursos necessaacuterios para seu funcionamento estatildeo agrave
disposiccedilatildeo a administraccedilatildeo do empreendimento fica mais simples (CHIAVENATO
2007 p84)
Cabe acrescentar que (LAPPONI 2007 p 321)
O custo inicial refere-se aos desembolsos realizados para aquisiccedilatildeo de equipamentos ou outros ativos fixos incluindo o pagamento de fretes seguros instalaccedilotildees despesas operacionais iniciais com materiais e matildeo de obra treinamento de pessoal de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo etc resumindo o custo inicial inclui todos os desembolsos necessaacuterios para adquirir os ativos necessaacuterios e que estejam em condiccedilotildees de operar e gerar as receitas estimadas
41
O empreendimento iniciaraacute suas atividades com capital investido com
recursos proacuteprios da empreendedora
As estimativas de investimento inicial para abertura da empresa foi de
R$5162851 conforme tabela 4
TABELA 4 - INVESTIMENTO INICIAL
Descriccedilatildeo Valor (R$)
Maacutequinas e equipamentos Cozinha R$ 3084878
Utensiacutelios R$ 555075
Moacuteveis para escritoacuterio R$ 268982
Equipamentos de informaacutetica e eletrocircnicos R$ 446204
Outros custos escritoacuterio R$ 48912
Uniformes R$ 155800
Pintura Imoacutevel R$ 500000
Porta de Vidro R$ 103000
Total R$ 5162851
FONTE ELABORADO PELO AUTOR (2015)
423 Localizaccedilatildeo
Seraacute locado um imoacutevel para a instalaccedilatildeo da empresa localizado na Rua Heitor
Baggio Vidal 2508 Bairro Alto Curitiba ndash PR com o valor do aluguel mensal de
R$160000 (mil e seiscentos reais) O espaccedilo interno de 95msup2 seraacute dividido em trecircs
partes a primeira com 20msup2 vai ficar a recepccedilatildeo para receber os clientes efetuar
orccedilamentos e as degustaccedilotildees a segunda com 71msup2 a cozinha industrial onde seratildeo
fabricados os bolos e doces finos e a terceira com 4msup2 o lavabo
42
FOTO14 - FOTO DO IMOacuteVEL ONDE SERAacute INSTALADA A EMPRESA FONTE MP IMOacuteVEIS
424 Entregas
As entregas dos bolos e doces finos seratildeo efetuadas por uma empresa
parceira localizada no Bairro Alto o preccedilo das entregas em Curitiba e regiatildeo
metropolitana variam de R$2400 (vinte e quatro reais) a R$6000 (sessenta reais)
dependendo da localizaccedilatildeo tais valores seratildeo cobrados dos clientes
43 CAPITAL DE GIRO
O capital de giro inicial foi estimado levando em conta que no primeiro ano a
empresa vai produzir 8333 da sua capacidade atendendo em meacutedia 13 ventos
mensalmente sendo assim foram considerados os gastos operacionais necessaacuterios
para o iniacutecio das atividades incluindo o custo fixo mensal e o estoque inicial ambos
multiplicados por 2 e acrescidos de um percentual de 10 de margem de seguranccedila
para despesas natildeo previstas
43
TABELA 5 - CAPITAL DE GIRO
Item Valor (R$)
Estoque Inicial 5144000
Custo Fixo Mensal 3194783
Reserva (10) 833878
Total do Capital de Giro Inicial 9172662
FONTE ELABORDO PELO AUTOR
44 FLUXO DE CAIXA
ldquoFluxo de Caixa eacute um Instrumento de gestatildeo financeira que projeta para
periacuteodos futuros todas as entradas e as saiacutedas de recursos financeiros da empresa
indicando como seraacute o saldo de caixa para o periacuteodo projetadordquo (SEBRAE)
Na tabela 6 eacute apresentada a projeccedilatildeo do Fluxo de Caixa da empresa para os
seus primeiros cinco anos onde fica evidenciado que do primeiro ateacute o quinto ano a
sauacutede financeira da empresa melhora gradativamente sendo que no final do quinto
ano o saldo em caixa ultrapassa os 300 se comparado com o saldo em caixa no
final do primeiro ano
Pode-se observar que natildeo foi inserida no fluxo de caixa a opccedilatildeo de
inadimplecircncia pois todos os pagamentos seratildeo efetuados agrave vista em dinheiro ou
cartatildeo sendo que o pagamento total dos produtos deve ser efetuado no miacutenimo 10
dias antes da data do evento
44
TABELA 6 - PROJECcedilAtildeO DE FLUXO DE CAIXA NOS PRIMEIROS CINCO ANOS
Descriccedilatildeo Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5
Investimento Inicial (5162851)
Capital de Giro (9172662) 9172662
Valor Residual 1548855
Total de entradas 000 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873
Previsatildeo Receitas de vendas 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873
Total de Saiacutedas (14335513) (44888699) (54283425) (59479393) (64738409) (70291804)
(-)Fornecedores (25720000) (33641760) (36669518) (39969775) (43567055)
(-)Folha de pagamento (3267192) (3593911) (3953302) (4348633) (4783496)
(-)Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)
(963216) (1011377) (1061946) (1115043) (1170795)
(-)Retiradas soacutecios (2400000) (2640000) (3432000) (3946800) (4341480)
(-)Impostos s vendas (4654291) (5073177) (5573767) (6075406) (6622192)
(-)Alugueacuteis (1920000) (2016000) (2116800) (2222640) (2333772)
(-)Energia eleacutetrica (840000) (882000) (926100) (972405) (1021025)
(-)Aacutegua (300000) (315000) (330750) (347288) (364652)
(-)Telefone (384000) (403200) (423360) (444528) (466754)
(-)Gaacutes (588000) (617400) (648270) (680684) (714718)
(-)Serviccedilos contabilidade (960000) (1008000) (1058400) (1111320) (1166886)
(-)Manutenccedilatildeo (600000) (630000) (661500) (694575) (729304)
(-)Outras despesas com funcionaacuterios
(1296000) (1405800) (1525590) (1656320) (1799030)
(-)Taxas bancaacuterias (96000) (100800) (105840) (111132) (116689)
(-)Outros pagamentos (900000) (945000) (992250) (1041863) (1093956)
Entradas - Saiacutedas (14335513) 12981301 21410535 23027023 25193585 27734070
Depreciaccedilatildeo 000 (631377) (631377) (631377) (631377) (631377)
Saldo Final (14335513) 12349924 20779158 22395647 24562208 37824209
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
A depreciaccedilatildeo foi calculada considerando o prazo de vida uacutetil meacutedio de 10
anos das maacutequinas equipamentos instalaccedilotildees moacuteveis e utensiacutelios e para os
computadores e perifeacutericos foi considerado o prazo de vida uacutetil de 5 anos conforme
demonstrado na tabela 7
TABELA 7 - DEPRECIACcedilAtildeO
Item Valor Inicial Taxa Anual Depreciaccedilatildeo Anual (R$)
Maacutequinas e equipamentos 3084878 10 308488
Instalaccedilotildees 103000 10 10300
Moacuteveis e Utensiacutelios 824057 10 82406
Computadores e Perifeacutericos 446204 20 89241
Outros 704712 20 140942
Total 631377
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
45
O valor residual dos equipamentos e instalaccedilotildees da empresa no final do quinto
ano foi considerado em 30 referente ao valor de aquisiccedilatildeo dos mesmos no iniacutecio do
projeto
45 ANAacuteLISE DOS INDICADORES (VPL TIR E PAYBACK)
451 Valor Presente Liacutequido (VPL)
A tabela 8 mostra que o VPL (Valor Presente Liacutequido) eacute positivo isso significa
que aleacutem de recuperar o investimento inicial ainda vai ser agregado ao valor da
empresa um montante de R$ R$50392407 (quinhentos e trecircs mil novecentos e vinte
quatro reais e sete centavos)
A taxa de retorno requerida de 20 foi determinada levando em conta o niacutevel
de risco do projeto e visando o valor desejado para se obter em cima do valor
investido
TABELA 8 - CALCULO DO VALOR PRESENTE LIacuteQUIDO (VPL)
Anos FC k 2000
0 -$143355 VPL $50392407
1 $123499 VPL $50392407
2 $207792 VPL $50392407
3 $223956 VPL $21761126
4 $245622 VPL $21761126
5 $378242 Decisatildeo Aceitar o Projeto
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
452 Taxa Interna de Retorno (TIR)
Conforme a tabela 9 eacute possiacutevel verificar que a TIR (Taxa Interna de Retorno)
eacute de 11593 maior que a taxa requerida de 20 isso significa que custo inicial seraacute
46
recuperado e o projeto vai criar valor para empresa mais um resultado favoraacutevel para
a aceitaccedilatildeo do projeto
TABELA 9 - TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR)
Anos FC
0 -$143355 TIR 11593
1 $123499 TIR 2168
2 $207792 TIR 2168
3 $223956 Decisatildeo
4 $245622 k 2000
5 $378242 Aceitar o projeto
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
453 Payback
O tempo de recuperaccedilatildeo do custo inicial ocorre normalmente entre o quarto e
o quinto ano se for feita a anaacutelise da tabela 10 eacute possiacutevel verificar que o tempo
necessaacuterio para o retorno do investimento (payback) do projeto eacute de 128 anos este
indicador mostra claramente que o projeto deve ser aceito pois o tempo de retorno
estaacute bem abaixo do tempo meacutedio dos empreendimentos como um todo
TABELA 10 - PAYBACK
k 20
Anos FC SPresente
0 -$143355 -$143355 PBD-SP = 128
1 $123499 -$40439 128
2 $207792 $103861
3 $223956 $233465
4 $245622 $351917
5 $378242 $503924
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
47
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Para iniciar um negoacutecio requer muito mais do que apenas o espiacuterito
empreendedor eacute necessaacuterio ter lideranccedila conhecimento sobre o mercado que deseja
atuar organizaccedilatildeo e principalmente planejamento
O principal objetivo desse estudo foi analisar a viabilidade econocircmico-
financeira da abertura de uma empresa de bolos e doces finos no Bairro Alto em
Curitiba
O objetivo apresentado nesta pesquisa foi atingido pois todos os indicadores
analisados mostram com clareza que empresa obteacutem resultados positivos que criam
valor para a mesma e com isso o projeto eacute viaacutevel economicamente pois do primeiro
ao quinto ano fica visiacutevel o crescimento do empreendimento e a melhora significativa
da sua sauacutede financeira isso fica evidenciado no saldo final em caixa no quinto ano
que chega proacuteximo haacute 400 mil reais Apesar disso eacute crucial o acompanhamento do
mercado para seguir as tendecircncias e se atualizar constantemente para tomar
decisotildees mais assertivas
Um negoacutecio mal avaliado pode arruinar a estabilidade econocircmica do
investidor por isso eacute de extrema importacircncia fazer todos os levantamentos de custos
antes de se aventurar em qualquer empreendimento
Eacute possiacutevel comprovar que a pesquisa realizada contribui positivamente para
abertura da empresa No entanto as informaccedilotildees aqui presentes natildeo satildeo estaacuteticas e
devem ser revisadas periodicamente e se preciso ateacute mesmo ampliadas no decorrer
da implantaccedilatildeo do projeto para que o mesmo seja uma ferramenta eficiente e eficaz
no desenvolvimento da empresa como um todo
48
REFEREcircNCIAS
BRITO Paulo Anaacutelise e viabilidade de projetos de investimento Satildeo Paulo Atlas 2003 DOLABELA Fernando O segredo de Luiacutesa 30 ed Satildeo Paulo Editora de Cultura 2006 DORNELAS Joseacute Carlos Assis Empreendedorismo transformando ideias em negoacutecios 4 ed Rio de Janeiro Campus Elsevier 2012 CENSO Demograacutefico 2010 Resultados gerais da amostra Curitiba IBGE 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=410690ampidtema=87ampsearch=parana|curitiba|censo-demografico-2010-resultados-gerais-da-amostra-gt Acesso em 21 de Junho de 2015 CHIAVENATO Idalberto Empreendedorismo dando asas ao espiacuterito empreendedor empreendedorismo e a viabilidade de novas empresas um guia eficiente para iniciar e tocar seu proacuteprio negoacutecio 2 ed Satildeo Paulo Saraiva 2007 ESTATIacuteSTICAS do registro civil 2012 Curitiba IBGE 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaoregistrocivil2012default_xlsshtmgt Acesso em 21 de Junho de 2015 GIL Antonio Carlos Meacutetodos e teacutecnicas de pesquisa social 6 ed Satildeo Paulo Atlas 2008 KOTLER Philip KELLER Kevin Lane Administraccedilatildeo de Marketing 12 ed Satildeo Paulo ABDR 2006 LAPPONI Juan Carlos Projetos de Investimento na Empresa Rio de Janeiro Elsevier 2007 MACHADO Jesseacute Anderson Pinto Projetos Econocircmicos uma abordagem praacutetica de elaboraccedilatildeo Satildeo Paulo Nobel 2002 MICHEL Maria Helena Metodologia e pesquisa cientiacutefica em ciecircncias sociais 2 ed Satildeo Paulo Atlas 2009 OLIVEIRA Djalma de Pinho Rebouccedilas de Planejamento estrateacutegico conceitos metodologia e praacuteticas 20 ed Satildeo Paulo Atlas 2004 PRODANOV Cleber Cristiano ERNANI Cesar de Freitas Metodologia do trabalho cientiacutefico meacutetodo e teacutecnicas da pesquisa e do trabalho acadecircmico 2 ed Novo Hamburgo Freevale 2013
49
REBELATTO Dayse Projeto de Investimento 1 ed Barueri Manole 2004 SEBRAE Pesquisa de Mercado o que eacute e para que serve Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrsitesPortalSebraeartigosPesquisa-de-mercado-o-que-C3A9-e-para-que-servegt Acesso em 21 de Junho de 2015 SEBRAE Fluxo de caixa Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrSebraePortal20SebraeAnexos0_fluxo-de-caixapdfgt Acesso em 10 de Outubro de 2015 WILDAUER Egon Walter Plano de negoacutecios elementos construtivos e processos de elaboraccedilatildeo 2 ed Curitiba Ibpex 2011 WOILER Samsatildeo MATHIAS Washington Franco Projetos planejamento elaboraccedilatildeo anaacutelise 1 ed Satildeo Paulo Atlas 1994
50
APEcircNDICES
APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL 51
APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS 52
APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL 52
51
APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL
Item Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5
Aacutegua 25000 26250 27563 28941 30388
Aluguel 160000 168000 176400 185220 194481
Assessoria Contaacutebil 80000 84000 88200 92610 97241
Gaacutes 49000 51450 54023 56724 59560
Impostos 387858 422765 464481 506284 551849
Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)
80268 84281 88495 92920 97566
Energia eleacutetrica 70000 73500 77175 81034 85085
Manutenccedilatildeo 50000 52500 55125 57881 60775
Material de escritoacuterio 20000 21000 22050 23153 24310
Material de Limpeza 40000 42000 44100 46305 48620
Folha de pagamento 272266 299493 329442 362386 398625
Seguros 15000 15750 16538 17364 18233
Telefone fixointernet 20000 21000 22050 23153 24310
Telefone Moacutevel 12000 12600 13230 13892 14586
Vale Refeiccedilatildeo 75000 82500 90750 99825 109808
Vale Transporte 33000 34650 36383 38202 40112
Proacute- labore 200000 220000 286000 328900 361790
Taxas Bancaacuterias 8000 8400 8820 9261 9724
Total R$ 1597392 R$ 1720139 R$ 1900823 R$ 2064053 R$ 2227062
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
52
APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS
Item
Produccedilatildeo mensal meacutedia
Custo unitaacuterio total
Sugestatildeo Preccedilo de venda
Custo Mensal Total
Receita de vendas
Bolos artiacutesticos (recheios diversos) 150 6000 13500 900000 2025000
Bolos de copa (recheios diversos) 30 3600 8100 108000 243000
Naked cake (recheios diversos) 60 4200 9450 252000 567000
Doces Tradicionais 32 3500 7875 112000 252000
Doces Espelhados 32 5000 11250 160000 360000
Doces Finos 32 7500 16875 240000 540000
Brigadeiros gourmet 16 4500 10125 72000 162000
Tacinhas acriacutelicas 16 5500 12375 88000 198000
Trufas 32 5000 11250 160000 360000
Bombons 32 5000 11250 160000 360000
Bem casados 3200 100 225 320000 720000
Custo produccedilatildeo Total 2572000
Receita Total 5787000
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL
Ano Receita Bruta Variaccedilatildeo anual
Ano 1 000
Ano 2 69444000 9
Ano 3 75693960 9
Ano 4 82506416 9
Ano 5 89931994 9
Valor considerando a inflaccedilatildeo de 9 aa
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
16
perceber as oportunidades Com esse conjunto de competecircncias tem a capacidade
de transformar ideias em negoacutecios O empreendedor possui uma boa imaginaccedilatildeo e eacute
persistente qualidades que combinadas de maneira correta o capacitam para
converter ideias simples em projetos objetivos e bem sucedidos
Para Wildauer (2011 p 26)
Podemos entatildeo enumerar muitas caracteriacutesticas do empreendedor sendo as principais a atitude de saber ouvir de estar atento de saber interpretar e analisar as informaccedilotildees do mercador de ter condiccedilotildees de elaborar um planejamento de suas accedilotildees futuras de traccedilar objetivos e todo um roteiro teoacuterico-praacutetico para poder atingi-lo Sem essas premissas baacutesicas o empreendedor natildeo teraacute sucesso na formulaccedilatildeo do plano de negoacutecios muito menos na sustentaccedilatildeo de seu negoacutecio
Chiavenato (2007 p 4) acredita que ldquoos empreendedores satildeo heroacuteis
populares do mundo dos negoacuteciosrdquo Que geram empregos propagam inovaccedilotildees e
estimulam o crescimento da economia Satildeo muito mais do que somente fornecedores
de produtos e serviccedilos satildeo pessoas que assumem os riscos das oscilaccedilotildees
econocircmicas
Cabe acrescentar que o empreendedor revolucionaacuterio eacute aquele que inventa
novos mercados isto eacute a pessoa cria algo exclusivo como foi o caso do Bill Gattes
fundador da Microsoft que transformou o mundo com o sistema operacional Windows
Contudo grande parte dos empreendedores cria negoacutecios em mercados jaacute existentes
e mesmo assim criam negoacutecios de sucesso (DORNELAS 2012 p30)
Wildauer (2011 p26) conclui que ldquoo empreendedor necessita de uma estrutura
de pensamento sistecircmico e visionaacuterio com base no qual estabeleceraacute metas e
desenharaacute trajetoacuterias para alcanccedilaacute-lasrdquo
22 PLANO DE NEGOacuteCIOS
Para iniciar um empreendimento eacute fundamental fazer um plano de negoacutecios
com ele eacute possiacutevel verificar a viabilidade ou natildeo do empreendimento e definir onde
estamos para onde vamos e mostrar com mais clareza as oportunidades de negoacutecio
17
Do ponto de vista de Dornelas (2012 p 93) ldquoum negoacutecio bem planejado teraacute
mais chances de sucesso do que aquele sem planejamento na mesma igualdade de
condiccedilotildeesrdquo
Nessa mesma perspectiva Dolabela (2006 sn) afirma que vaacuterios
empreendedores bem sucedidos abriram seus empreendimentos sem compreender
pontualmente o que eacute um plano de negoacutecios Poreacutem muitos outros natildeo tiveram o
mesmo fim e o que conseguiram foram negoacutecios fracassados por conta de falhas que
poderiam ter sido evitadas Uma grande quantidade de negoacutecios que possuem um
alto potencial acabam se tornando impraticaacuteveis por conta da incapacidade dos
empreendedores Ainda assim muitas pessoas abrem e vatildeo continuar abrindo
negoacutecios capacitadas ou natildeo para isso
Wildauer (2011 p 39) define plano de negoacutecios como ldquoum documento em
forma de texto no qual eacute apresentada uma proposta de negoacutecio para um mercadordquo
Esse documento deve mostrar com clareza o ponto de vista do empreendedor sobre
o sucesso do seu produto ou serviccedilo no mercado atual
Chiavenato (2007 p132) acredita que
O plano de negoacutecio mdash business planmdash descreve a ideia de um novo empreendimento e projeta os aspectos mercadoloacutegicos operacionais e financeiros dos negoacutecios propostos geralmente para os proacuteximos trecircs ou cinco anos Seu preparo permite a anaacutelise da proposta e ajuda o futuro empreendedor a evitar uma trajetoacuteria decadente que o levaraacute do entusiasmo agrave desilusatildeo e ao fracasso
Eacute possiacutevel sintetizar o plano de negoacutecios como um documento em que o
empreendedor mostra de maneira formal e concreta o negoacutecio que quer idealizar e
expor para seus parceiros soacutecios e investidores apresentando a visatildeo a missatildeo e os
seus propoacutesitos assim como o ldquoplano operacional o plano de marketing o plano de
financeiro e o plano juriacutedicordquo desta forma facilitando a assimilaccedilatildeo e aceitaccedilatildeo do
negoacutecio pelas pessoas interessadas (WILDAUER 2011 p39)
Conforme mencionado por Chiavenato (2007 p 134) o plano de negoacutecios
mobiliza o novo empreendimento na sua totalidade Ele demonstra o levantamento
cansativo dos elementos que fazem parte do negoacutecio ldquosejam internos mdash o que deveraacute
ser produzido como onde quanto mdash sejam externos mdash para quem produzir qual eacute
o mercado quais satildeo os concorrentes etcrdquo
18
Com isso Wildauer (2011 p 45) conclui que ldquoo plano de negoacutecios eacute como um
guia uacutetil para a obtenccedilatildeo de conhecimentos para a concepccedilatildeo de um
empreendimentordquo
221 Estrutura do plano de negoacutecios
O plano de negoacutecios mobiliza todas as informaccedilotildees necessaacuterias para abrir um
negoacutecio por meio dele eacute possiacutevel detectar onde estou e para onde desejo ir dentro do
mercado
Conforme identificado por Dornelas (2012 p 101) ldquonatildeo existe uma estrutura
riacutegida e especiacutefica para se escrever um plano de negoacuteciosrdquo dado que cada negoacutecio
possui suas singularidades e equivalecircncias sendo improvaacutevel delimitar um modelo-
padratildeo de plano de negoacutecios que seja absoluto e adequado para todos os negoacutecios
Todos os planos de negoacutecios devem conter um miacutenimo de seccedilotildees que vatildeo possibilitar
uma compreensatildeo do negoacutecio como um todo Tais seccedilotildees satildeo alinhadas de maneira
que mantenham uma sequecircncia loacutegica que possibilite qualquer pessoa ler o plano e
compreender como a empresa eacute estruturada seus objetivos seus produtos seus
serviccedilos qual seu mercado seu plano financeiro e de marketing
A seguir encontra-se uma breve descriccedilatildeo de cada uma das seccedilotildees do Plano
de Negoacutecios
2211 Capa
Eacute um dos componentes fundamentais do plano de negoacutecios pois eacute a primeira
parte que eacute vista pela pessoa que vai ler deve ser desenvolvida de forma clara e com
os dados adequados (DORNELAS 2012 p 101)
19
2212 Sumaacuterio
O sumaacuterio deve incluir ldquoo tiacutetulo de cada seccedilatildeo do plano de negoacutecios e a paacutegina
respectiva onde se encontra bem como os principais assuntos relacionados em cada
seccedilatildeordquo Isso faz com que fique mais faacutecil o leitor do plano de negoacutecios identificar com
mais agilidade o que lhe interessar (DORNELAS 2012 p 101-102)
2213 Sumaacuterio executivo
O Sumaacuterio Executivo eacute a parte mais importante do plano de negoacutecios ele iraacute
definir se o leitor vai prosseguir ou natildeo com a leitura do plano de negoacutecios Dessa
forma deve ser redigido com bastante concentraccedilatildeo e revisado inuacutemeras vezes e
tambeacutem englobar as informaccedilotildees mais relevantes do plano de negoacutecios Deve ser
direcionado ao puacuteblico-alvo do plano de negoacutecios e deixar claro qual o objetivo do
mesmo em relaccedilatildeo agraves pessoas que estatildeo o lendo ldquoO Sumaacuterio Executivo deve ser a
uacuteltima seccedilatildeo a ser escrita pois depende de todas as outras seccedilotildees do plano para ser
elaboradardquo (DORNELAS 2012 p 102)
2214 Anaacutelise estrateacutegica
Nesta seccedilatildeo eacute determinada a direccedilatildeo que a empresa vai seguir ldquosua visatildeo e
missatildeo sua situaccedilatildeo atual as potencialidades e ameaccedilas externas suas forccedilas e
fraquezas seus objetivos e metas de negoacuteciordquo Essa parte eacute o alicerce para o
crescimento e o estabelecimento das outras accedilotildees redigidas no plano (DORNELAS
2012 p 102)
20
2215 Descriccedilatildeo da empresa
Eacute nessa seccedilatildeo que deve ser feita a descriccedilatildeo da empresa ldquoseu histoacuterico
crescimento faturamento dos uacuteltimos anos sua razatildeo social impostos estrutura
organizacional e legal localizaccedilatildeo parcerias serviccedilos terceirizados etcrdquo
(DORNELAS 2012 p 102)
2216 Produtos e serviccedilos
Nessa seccedilatildeo do plano de negoacutecios devem ser descritos os produtos e serviccedilos
da empresa a maneira que satildeo produzidos o capital disposto seu ciclo de vida os
elementos tecnoloacutegicos envolvidos pesquisa e desenvolvimento os seus clientes
marcas e patentes etc
Nessa seccedilatildeo pode ser incluiacuteda quando estaacute informaccedilatildeo encontra-se disponiacutevel uma visatildeo do niacutevel de satisfaccedilatildeo dos clientes com os produtos e serviccedilos da empresa Esse feedback eacute bastante importante porque costuma oferecer natildeo apenas uma visatildeo do niacutevel de qualidade percebida nos produtos e serviccedilos mas tambeacutem guiar futuros investimentos da empresa em novos desenvolvimentos e processos de produccedilatildeo (DORNELAS 2012 p 102-103)
2217 Plano operacional
Nesta seccedilatildeo devem ser expostas as accedilotildees que a empresa pretende ter na
sua estrateacutegia produtiva e no processo de produccedilatildeo apontando os resultados que
essas accedilotildees teratildeo sobre os criteacuterios de avaliaccedilatildeo dos produtos Deve incluir dados
operacionais atualizados e presumidos como ldquolead time do produto ou serviccedilo
percentual de entregas a tempo rotatividade do inventaacuterio iacutendice de refugo lead time
de desenvolvimento de produto ou serviccedilo etcrdquo (DORNELAS 2012 p 103)
21
2218 Plano de recursos humanos
Devem ser exibidas as propostas de desenvolvimento e treinamento de
pessoal da empresa Esses dados estatildeo pontualmente associados com a
competecircncia da empresa de crescer ldquoespecialmente quando esta atua em um
mercado onde a detenccedilatildeo de tecnologia eacute considerada um fator estrateacutegico de
competitividaderdquo (DORNELAS 2012 p 103)
2219 Anaacutelise de mercado
Nesta seccedilatildeo o responsaacutevel pelo plano de negoacutecios deve deixar claro que os
executivos da empresa entendem perfeitamente o mercado consumidor do seu
produto ou serviccedilo (atraveacutes de pesquisa de mercado) como estaacute segmentado
crescimento do mercado atributos do consumidor anaacutelise da concorrecircncia qual a sua
fatia de mercado e dos concorrentes etc (DORNELAS 2012 p 103)
22110 Estrateacutegia de marketing
Deve ser apresentado o objetivo da empresa para vender seu produtoserviccedilo
e consolidar seus clientes e ampliar sua demanda Deve ser informada sua estrateacutegia
de venda especificidades do produtoserviccedilo preccedilos puacuteblico-alvo canais de
distribuiccedilatildeo projeccedilatildeo das vendas (DORNELAS 2012 p 103)
22
22111 Plano financeiro
Na seccedilatildeo financeira deve mostrar em nuacutemeros todas as accedilotildees planejadas
para a empresa e suas evidecircncias por meio de projeccedilotildees futuras para um negoacutecio
bem sucedido
Deve conter demonstrativo de fluxo de caixa com horizonte de pelo menos trecircs anos balanccedilo patrimonial anaacutelise do ponto de equiliacutebrio necessidades de investimento demonstrativos de resultados anaacutelise de indicadores financeiros do negoacutecio como faturamento previsto margem prevista prazo de retorno sobre o investimento inicial (payback) taxa interna de retorno (TIR) etc (DORNELAS 2012 p 103-104)
22112 Anexos
Nesta seccedilatildeo deve incluir todos os dados considerados importantes para
melhor compreensatildeo do plano de negoacutecios O que natildeo pode ser deixado de anexar eacute
o curriculum vitae dos soacutecios da empresa (DORNELAS 2012 p 104)
23 VIABILIDADE ECONOcircMICO-FINANCEIRA
Analisar o empreendimento economicamente para verificar se o projeto eacute
viaacutevel e lucrativo ou natildeo eacute uma das decisotildees fundamentais de qualquer
empreendedor
A anaacutelise de investimento eacute um mecanismo aacutegil praacutetico e seguro que ajuda
profissionais de inuacutemeras aacutereas no processo de anaacutelise de tomada de decisotildees
financeiras (REBELATTO p 141)
Lapponi (2007 p 123) afirma que
O objetivo da decisatildeo de investimento ou do orccedilamento de capital eacute maximizar o valor da empresa A decisatildeo de alocaccedilatildeo do capital em projeto de investimento eacute fundamental para o sucesso pois os recursos da empresa
23
satildeo comprometidos por longo tempo na direccedilatildeo de seu futuro desejado e isso envolve um grande esforccedilo de tempo e de gerenciamento Cada projeto aprovado eacute um desembolso realizado pela empresa coma expectativa de obter benefiacutecios futuros quantificados pela geraccedilatildeo de um fluxo de retornos adequados em geral por um prazo maior do que um ano
A carecircncia de recursos financeiros diante das muitas necessidades faz com
que seja crucial aperfeiccediloar sua utilizaccedilatildeo A anaacutelise antecipada de investimento
possibilita que se racionalize a forma como os recursos de capital satildeo utilizados
(REBELATTO 2004 p 141)
Para analisar a viabilidade de um projeto economicamente eacute necessaacuterio reunir
uma seacuterie de informaccedilotildees e de dados que precisam ser organizados para atingir seu
objetivo final que eacute o de facilitar a tomada de decisatildeo Vale salientar que o projeto
deve ser um documento que tenha a capacidade de mostrar de uma maneira loacutegica a
visatildeo estrateacutegica do negoacutecio (MACHADO 2002 p 144)
231 Fluxo de caixa
O fluxo de caixa eacute o melhor guia para uma administraccedilatildeo financeira eficiente
de qualquer negoacutecio
O fluxo de caixa eacute a reproduccedilatildeo graacutefica de uma movimentaccedilatildeo financeira ldquoAs
movimentaccedilotildees monetaacuterias satildeo identificadas temporalmente por meio de um conjunto
de entradas e saiacutedas de caixa definido como diagrama de fluxo de caixardquo Essa
representaccedilatildeo proporciona a visualizaccedilatildeo em diferentes momentos com o que estaacute
ocorrendo com o capital (REBELATTO 2004 p 150)
ldquoA identificaccedilatildeo e a quantificaccedilatildeo das estimativas relevantes do projeto satildeo o
iniacutecio da construccedilatildeo do fluxo de caixa do projeto para empresa em funcionamentordquo
(LAPPONI 2007 p 347)
O fluxo de caixa eacute um composto de entradas e saiacutedas de valores monetaacuterios
(dinheiro) no decorrer de um determinado periacuteodo Bem como evidenciar uma opccedilatildeo
possiacutevel de transaccedilotildees financeiras ou seja pagamentos agrave vista pagamentos a prazo
tiacutetulos originais etc (REBELATTO 2004 p 151)
24
232 Valor Presente Liacutequido (VPL)
ldquoO Valor presente liacutequido (VPL) ou valor atual liacutequido (VAL) eacute o valor atual das
entradas de caixa (retornos de capital esperados) incluindo o valor residual (se
houver) menos o valor atual das saiacutedas de caixardquo (REBELATTO 2004 p 214)
A foacutermula para chegar ao VPL eacute (LAPPONI 2007 p 125)
119881119875119871 = minus119868 +119865119862
(1 + 119870)119899
Onde
I= custo inicial ou desembolso inicial
FC= fluxo de caixa
K= taxa requerida
n= prazo de anaacutelise
Rebelatto (2004 p214) afirma que os paracircmetros para que o projeto seja
aceito se refere ao valor presente liacutequido (VPL)
VPLgt0 o projeto eacute aceito
VPLlt0 o projeto eacute rejeitado
VPL=0 o projeto pode ser aceito ou natildeo pois natildeo cria e nem destroacutei
valor para empresa
Para Lapponi (2007 p 134-135) as principais vantagens do VPL satildeo
Considera o fluxo de caixa do projeto na sua totalidade
Considera o valor monetaacuterio (dinheiro) no tempo
Tem a capacidade de medir o valor criado ou destruiacutedo pelo projeto
Pode ser utilizado na avaliaccedilatildeo do projeto independentemente do tipo de
fluxo de caixa utilizado
Seleciona o projeto mais viaacutevel economicamente
25
233 Taxa Interna de Retorno (TIR)
ldquoTaxa Interna de Retorno (TIR) eacute a taxa de desconto que torna o valor atual
liacutequido (VAL) do investimento igual a zero Tambeacutem eacute chamada de taxa interna efetiva
de rentabilidaderdquo (REBELATTO 2004 p 217)
No projeto do tipo simples com o aumento da taxa requerida o VPL do projeto tende ao valor do custo inicial pois o VPL eacute uma funccedilatildeo decrescente da taxa requerida Portanto a decisatildeo com o meacutetodo TIR somente deve ser feita em projetos simples que garantem a existecircncia de uma uacutenica TIRgt -100 Nos outros tipos de fluxo de caixa em geral o meacutetodo da TIR natildeo deve ser utilizado pois haacute a possibilidade de muacuteltiplas TIRs Sendo a TIR a taxa de juro que zera o VPL do projeto simples para qualquer taxa requerida K menor que a TIR o VPL seraacute positivo e para qualquer taxa requerida K maior que a TIR o VPL seraacute negativo (LAPPONI 2007 p 175-176)
Rebelatto (2004 p 217) complementa afirmando que a TIR eacute um meacutetodo
aprimorado de anaacutelise de investimento sendo possivelmente uma das mais usadas
para avaliar projetos econocircmicos A TIR deve ser comparada com a taxa miacutenima de
atratividade (TMA) para analisar se o projeto seraacute aceito ou natildeo
Sendo assim Lapponi (2007 p 176) considera que
Se TIR gt TMA o projeto deve ser aceito pois eacute economicamente viaacutevel
Se TIR lt TMA o projeto deve ser recusado pois eacute economicamente
inviaacutevel
Se TIR = TMA eacute indiferente investir no projeto pois o mesmo natildeo criaraacute
e nem destruiraacute valor da empresa
ldquoA grande vantagem da TIR como indicador de decisatildeo eacute que prescinde de
informaccedilotildees externas ao projeto Tudo que o analista necessita eacute conhecer o perfil do
projeto e alguma ideia de magnitude da taxa de jurosrdquo (MACHADO 2002 p 127)
26
234 Periacuteodo de retorno de investimento (Payback)
ldquoO payback eacute o periacuteodo de tempo em que ocorre o retorno do investimento
Calculado no fluxo de caixa de vida uacutetil de dez anos o payback apresenta-se de vaacuterias
maneiras para cada tipo de empresardquo (BRITO 2003 p 51)
Uma empresa pode nomear o payback como um dos paracircmetros para escolha
de um projeto a fim de minimizar seus riscos Mesmo sendo esse um meacutetodo faacutecil e
simples na praacutetica eacute um dos mais utilizados para efetuar a mediccedilatildeo econocircmica de um
projeto (REBELATTO 2004 p 230)
Segundo Rebelatto (2004 p 231) a foacutermula baacutesica que demonstra o caacutelculo
do payback em fluxos de caixas regulares eacute
PB =I0
FC
Onde
PB= Payback
I0= Investimento inicial
FC= Fluxo de caixa regular
Para executar o meacutetodo payback eacute crucial estabelecer o tempo maacuteximo de
toleracircncia TMT para resgatar o custo inicial ldquoPara decidir se o projeto deve ser aceito
o payback deve ser comparado com o valor de referecircncia TMT de forma querdquo
(LAPPONI 2007 p 245)
Se PB lt TMT o projeto deve ser aceito
Se PB gt TMT o projeto deve ser recusado
A principal vantagem para utilizaccedilatildeo do meacutetodo payback eacute que ele reflete a
liquidez do projeto e por consequecircncia eacute possiacutevel efetuar a avaliaccedilatildeo do risco de natildeo
recuperar o investimento (REBELATTO 2004 p 230)
27
3 METODOLOGIA
Este capiacutetulo tem por objetivo descrever os procedimentos e teacutecnicas
utilizados na pesquisa considerando o problema e aos objetivos gerais e especiacuteficos
Para a execuccedilatildeo da revisatildeo bibliograacutefica realizada neste estudo foi utilizado
livros de especialistas na aacuterea os principais temas abordados foram o
empreendedorismo que eacute um assunto chave quando surge uma ideia para um novo
negoacutecio plano de negoacutecios que eacute um elemento fundamental para o sucesso ou
fracasso de um empreendimento e a viabilidade econocircmico-financeira tema
fundamental visto que o objetivo geral da pesquisa eacute mensurar se a mesma eacute viaacutevel
ou natildeo economicamente
Foi elaborada uma anaacutelise de mercado que estaacute disponiacutevel no item 41 deste
estudo atraveacutes da mesma foi identificado que os principais clientes satildeo das classes
A e B de Curitiba regiatildeo metropolitana no item 42 foi efetuado um levantamento do
tamanho do negoacutecio onde foi definida a capacidade produtiva o investimento inicial e
a localizaccedilatildeo do empreendimento no item 44foi elaborado o fluxo de caixa que
demonstra as previsotildees financeiras do periacuteodo de 5 anos o meacutetodo utilizado para
elaborar a pesquisa foi um estudo de caso de natureza exploratoacuteria quantitativa e
anaacutelise documental
O estudo de caso eacute evidenciado por um estudo minucioso e cansativo de um
ou poucos objetivos desta forma propicia um vasto e detalhado conhecimento sobre
o assunto uma missatildeo praticamente impossiacutevel mediante as outras maneiras de
delineamentos consideradas (GIL 2008 p 57-58)
Prodanov e Freitas (2013 p60) afirmam que o estudo de caso consiste em
recolher e analisar dados sobre determinado indiviacuteduo famiacutelia grupo ou comunidade
com a finalidade de estudar diferentes aspectos das suas vidas conforme o assunto
da pesquisa
Jaacute as pesquisas exploratoacuterias satildeo definidas por Gil (2008 p 27) como as que
Tecircm como principal finalidade desenvolver esclarecer e modificar conceitos e ideias tendo em vista a formulaccedilatildeo de problemas mais precisos ou hipoacuteteses pesquisaacuteveis para estudos posteriores De todos os tipos de pesquisa estas satildeo as que apresentam menor rigidez no planejamento Habitualmente envolvem levantamento bibliograacutefico e documental entrevistas natildeo padronizadas e estudos de caso
28
A pesquisa quantitativa ldquoconsidera que tudo pode ser quantificaacutevel o que
significa traduzir em nuacutemeros opiniotildees e informaccedilotildees para classificaacute-las e analisaacute-lasrdquo
Eacute necessaacuteria a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas estatiacutesticas tais como porcentagem meacutedia
moda desvio-padratildeo coeficiente de correlaccedilatildeo etc (PRODANOV FREITAS 2013
p 69)
Muitos dados que satildeo utilizados em pesquisas satildeo adquiridos indiretamente
por meio de documentosrdquo como livros jornais papeacuteis oficiais registros estatiacutesticos
fotos discos filmes e viacutedeos que satildeo obtidos de maneira indiretardquo Essas fontes
documentais tecircm a capacidade de disponibilizar ao pesquisador um grande nuacutemero
de informaccedilotildees com bastante qualidade para evitar a perda de tempo (GIL 2008 p
147)
Este modelo de pesquisa foi utilizado para definir os principais clientes quais
os produtos que seratildeo vendidos a capacidade produtiva assim como a viabilidade
econocircmico-financeira e operacional do negoacutecio
29
4 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES
41 ANAacuteLISE DE MERCADO
Woiler e Mathias (1994 p41) e Rebelatto (2004 p01) afirmam que a anaacutelise
de mercado eacute um dos pontos mais relevantes para elaboraccedilatildeo de um projeto Atraveacutes
do estudo do mercado obtemos muitas informaccedilotildees tais como
Fazendo a comparaccedilatildeo entre demanda e a oferta encontramos a
possiacutevel escassez da demanda futura Esse resultado proporcionaraacute
informaccedilotildees para que seja definida a escala de produccedilatildeo do projeto
A regiatildeo geograacutefica em que o produto pode ser vendido eacute um dos pontos
mais significativos para que seja definida a localizaccedilatildeo do empreendimento
O preccedilo de venda os custos de comercializaccedilatildeo e os estoques nos
canais de comercializaccedilatildeo satildeo informaccedilotildees relevantes para que seja
elaborada a projeccedilatildeo do projeto
Vale salientar que esses satildeo apenas alguns elementos importantes que eacute
possiacutevel identificar na anaacutelise de mercado existe muitos outros dados que satildeo obtidos
com a mesma
411 Mercado consumidor
ldquoTodas as decisotildees relacionadas a novos empreendimentos contecircm certo
grau de incerteza tanto no que diz respeito agrave informaccedilatildeo na qual as decisotildees estatildeo
baseadas como no que diz respeito agraves suas consequecircnciasrdquo (SEBRAE)
Chiavenato acredita que os clientes tecircm a capacidade de alavancar ou
derrubar um empreendimento ldquoUm cliente pode ser uma organizaccedilatildeo uma empresa
um usuaacuterio dos produtosserviccedilos ou um consumidor finalrdquo Eacute quem adquiri os
produtosserviccedilos ofertados pela organizaccedilatildeo no final da cadeia de transaccedilotildees Eacute ele
que estabelece direta ou indiretamente se o empreendimento teraacute ecircxito ou natildeo Por
30
isso o cliente deve ser considerado como o principal patrimocircnio da empresa (2007
p 207)
Segundo dados do censo 2010 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e
estatiacutestica) dos 576190 (quinhentos e setenta e seis mil cento e noventa) domiciacutelios
de Curitiba 292965 (duzentos e noventa e dois mil novecentos e sessenta e cinco)
possuem renda de mais de 5 a mais de 20 salaacuterios miacutenimos sendo assim cerca de
5085 dos domiciacutelios curitibanos estatildeo enquadrados nas classes A e B Ainda
segundo o IBGE cerca de 137922 (cento e trinta e sete mil novecentos e vinte e dois)
domiciacutelios curitibanos tecircm renda de mais de 10 salaacuterios miacutenimos o que representa
uma meacutedia de 24 dos domiciacutelios de Curitiba
Mais de 249000 (duzentos e quarenta e nove mil) pessoas que residem em
Curitiba cerca de 1423 da populaccedilatildeo tem rendimento mensal de mais de 5 salaacuterios
miacutenimos conforme Tabela 1
TABELA 1 - RESULTADOS DA AMOSTRA - RENDIMENTO POR PESSOA EM CURITIBA
Quantidade de pessoas Salaacuterios miacutenimos
153011 Mais de 5 a 10 salaacuterios miacutenimos
38692 Mais de 10 a 15 salaacuterios miacutenimos
25427 Mais de 15 a 20 salaacuterios miacutenimos
18264 Mais de 20 a 30 salaacuterios miacutenimos
13791 Mais de 30 salaacuterios miacutenimos
FONTE IBGE - CENSO DEMOGRAacuteFICO 2010
Curitiba possui uma populaccedilatildeo de mais de 1750000 (um milhatildeo setecentos
e cinquenta mil habitantes) segundo censo IBGE 2010 sendo que 932000
(novecentos e trinta e dois mil) pessoas com o estado civil de solteiro viuacutevo
divorciado separado judicialmentedesquitado isso mostra que tem muitas pessoas
que podem fazer festas de casamento e necessitar dos produtos que seratildeo ofertados
tais como bolos artiacutesticos doces finos e bem casados
Segundo as estatiacutesticas do registro civil do IBGE ocorreram em Curitiba e
regiatildeo metropolitana no ano 2012 exatamente 18877 (dezoito mil oitocentos e setenta
e sete) casamentos sendo que nos meses de setembro a dezembro foi onde ocorreu
um maior nuacutemero um total de 7828 (sete mil oitocentos e vinte e oito) casamentos o
que representa um total de 4147 dos casamentos ocorrem nesses quatro meses
do ano
31
TABELA 2 - CASAMENTOS POR MEcircS DE REGISTRO SEGUNDO O LUGAR DO REGISTRO ndash 2012
Lugar do registro
Casamentos por mecircs do registro
Total de
registros Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
RM Curitiba 18877 1466 1250 1572 1282 1403 1533 1248 1255 1735 1753 2118 2262
Curitiba 10351 848 692 857 692 724 872 658 658 971 968 1237 1174
FONTE IBGE DIRETORIA DE PESQUISAS COORDENACcedilAtildeO DE POPULACcedilAtildeO E INDICADORES SOCIAIS ESTATIacuteSTICAS DO REGISTRO CIVIL 2012
Nessa perspectiva foi definido que o mercado que a empresa de bolos e doces
finos vai atuar eacute de Curitiba e regiatildeo metropolitana com foco nas pessoas das classes
A e B com estado civil solteiro divorciado separado judicialmentedesquitado e viuacutevo
412 Produtos que seratildeo vendidos
ldquoNo coraccedilatildeo de uma grande marca haacute um grande produto O produto-chave
na oferta ao mercado Liacutederes de mercado geralmente oferecem produtos e serviccedilos
de qualidade superiorrdquo (KOTLER KELLER 2006 p 366)
Os principais produtos fornecidos seratildeo
Bolos artiacutesticos
FOTO1 - BOLO ARTIacuteSTICO FONTE WANDA CARDOSO - BOLOS ARTIacuteSTICOS amp DOCES
32
Bolos de copa
FOTO2 - BOLO DE COPA FONTE ELABORADO PELO AUTOR
FOTO3 - BOLO DE COPA FONTE ELABORADO PELO AUTOR
Naked cake
FOTO4 - NAKED CAKE FONTE DOCES PENEacuteLOPE
33
Doces Tradicionais
FOTO5 - DOCES TRADICIONAIS FONTE ELABORADO PELO AUTOR
Doces Espelhados
FOTO6 - DOCES ESPELHADOS FONTE PRONTO SOCORRO DAS FESTAS
Doces Finos
FOTO 7 - DOCES FINOS FONTE COMPRANDO MEU APE
34
Brigadeiros gourmet
FOTO8 - BRIGADEIROS GOURMET FONTE ELABORADO PELO AUTOR
Tacinhas acriacutelicas
FOTO9 - TACINHAS ACRIacuteLICAS FONTE BUFFET DELIacuteCIAS DA VI
Trufas
FOTO 10 - TRUFAS FONTE FOGAtildeO DA VOVOacute
35
Bombons
FOTO11 - BOMBONS FONTE DALVA GOLDEN GATE
Bem casados
FOTO12 - BEM CASADOS FONTE CASAMENTO SEM ERRO
FOTO13 - BEM CASADOS FONTE CASAMENTO SEM ERRO
36
413 Preccedilo de venda
A definiccedilatildeo do preccedilo dos produtos eacute uma das decisotildees mais relevantes da
organizaccedilatildeo que deve levar em conta a forma como a empresa deseja se posicionar
no mercado os custos a concorrecircncia e a rentabilidade almejada
O preccedilo eacute um dos elementos mais versaacuteteis pode ser modificado rapidamente
ao contraacuterio das propriedades dos produtos dos contratos com canais de distribuiccedilatildeo
e ateacute mesmo das promoccedilotildees O Preccedilo tem tambeacutem a tarefa de mostrar ao mercado o
posicionamento de valor desejado pela empresa para o seu produto ou marca
(KOTLER KELLER 2006 p 428)
A consolidaccedilatildeo dos preccedilos dos produtos seraacute elaborada levando em conta os
custos para se obter os produtos com a qualidade requinte e sofisticaccedilatildeo desejada
com a margem de lucro esperada e se baseando nos preccedilos praticados pela
concorrecircncia
414 Previsatildeo de vendas
Para Chiavenato (2007 p 2013)
A previsatildeo de vendas representa a quantidade de produtosserviccedilos que a empresa pretende vender ou colocar no mercado durante um determinado periacuteodo geralmente um mecircs ou um ano dividido em meses Constitui portanto uma estimativa ou uma expectativa de vendas Pode ser feita em unidades fiacutesicas ou em valores monetaacuterios
A produccedilatildeo vai ser em meacutedia de 5600 doces (doces finos gourmet e bem
casados) e 4 bolos procurando atender em meacutedia 4 eventos por semana e ateacute 16
eventos por mecircs sendo que nos meses de setembro a dezembro essa demanda
aumenta pelo motivo de historicamente ter um nuacutemero maior de casamentos
37
415 Definiccedilatildeo de local de venda dos produtos
ldquoA venda eacute a fase fundamental do processo de vendas Consiste na
transferecircncia do produtoserviccedilo para o cliente ou consumidorrdquo (CHIAVENATO 2007
p 210)
As vendas vatildeo ocorrer atraveacutes de site proacuteprio redes sociais telefone e
pessoalmente natildeo teremos loja fiacutesica apenas um ateliecirc para confecccedilatildeo dos bolos e
doces onde vai conter uma sala anexa na qual vai ser oferecido o serviccedilo de
degustaccedilatildeo com horaacuterios marcados para assim o cliente decidir quais os produtos
seratildeo adquiridos para o seu evento e fechamento de contrato
416 Definiccedilatildeo da demanda e da oferta
Na maior parte das encomendas os clientes solicitam os doces finos e
gourmet que contecircm chocolates frutas oleaginosas tais como castanhas nozes
avelatildes amecircndoas frutas como framboesa morango damasco cerejas e os bem
casados Os bolos mais solicitados satildeo os com decoraccedilatildeo de pasta americana que
deve obrigatoriamente ter recheios mais firmes como ganaches fios de ovos
strogonoff de nozes e os naked cake (bolo pelado) que possuem mais opccedilotildees de
recheios com chocolates frutas diversas e cremes de pacirctisserie
Em contato com algumas empresas que fornecem o mesmo tipo de produto
foi possiacutevel verificar que as encomendas devem ser feitas com antecedecircncia miacutenima
de 6 meses sendo que alguns casos somente com um ano de antecedecircncia para
conseguir na data desejada Esse eacute um dos pontos que mostra que tem espaccedilo
suficiente para entrada nesse mercado
38
417 Concorrentes
Chiavenato (2007 p 33) Kotler e Keller (2006 p 340) afirmam que os
concorrentes satildeo as organizaccedilotildees que competem pelos mesmos fornecedores
clientes e consumidores
ldquoAgrave medida que seus produtosserviccedilos tornam-se mais heterogecircneos tanto
mais heterogecircneos e diferenciados seratildeo seus concorrentes e tanto mais complexa
seraacute a competitividaderdquo (CHIAVENATO 2007 p 33)
Em busca na internet foi possiacutevel identificar que atualmente existe em meacutedia
25 concorrentes reais que oferecem exatamente os mesmos produtos que seratildeo
fornecidos com o mesmo padratildeo de qualidade valor agregado requinte e
sofisticaccedilatildeo Tambeacutem foi detectado mais 14 concorrentes potenciais que vendem
produtos similares aos que seratildeo vendidos poreacutem natildeo possuem o mesmo valor
agregado dos que vatildeo ser ofertados Foi possiacutevel identificar que alguns concorrentes
oferecem somente os doces finos dos quais foram identificados mais 3 concorrentes
reais e 3 concorrentes potenciais E foi detectado que existem concorrentes que
fornecem apenas os bolos artiacutesticos dos quais foi identificado 4 concorrentes reais
todos fornecem os bolos com o mesmo niacutevel de qualidade que seratildeo fornecidos
A tabela 3 mostra a divisatildeo dos concorrentes reais e potenciais que fornecem
bolos e doces por bairro de Curitiba
39
TABELA 3 - CONCORRENTES QUE FORNECEM BOLOS E DOCES POR BAIRRO
Bairro Quantidade de Concorrentes Reais
Quantidade de Concorrentes Potenciais
Aacutegua Verde 4 1
Ahuacute 1
Bairro Alto 2 1
Barreirinha 1
Barreirinha 1
Bom Retiro 1
Campo Comprido 1
Campo Comprido 1
Cidade Industrial 1
Colombo 1
Fazenda Rio Grande 1
Hauer 1
Hugo Lange 1
Mercecircs 1
Novo Mundo 2 1
Novo Mundo 1
Portatildeo 1
Portatildeo 1
Santa Cacircndida 1
Santa Felicidade 1 1
Santo Inaacutecio 1 1
Satildeo Joseacute dos Pinhais 1
Seminaacuterio 1
Sitio Cercado 1
Tarumatilde 1
Vila Izabel 1
Natildeo Informado 1 2
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
418 Forma de divulgaccedilatildeo dos concorrentes
Todas as empresas pesquisadas que fornecem produtos similares aos que
vamos fornecer utilizam sites proacuteprios e as redes sociais para fazer divulgaccedilatildeo dos
seus produtos todas fazem degustaccedilatildeo para os clientes conhecerem os seus
produtos e posteriormente fechar um contrato
40
42 TAMANHO DO NEGOacuteCIO
421 Capacidade produtiva
A capacidade produtiva vai ser para atender ateacute 4 eventos por semana A
produccedilatildeo vai ser de ateacute 5600 doces (doces finos gourmet e bem casados) e 4 bolos
atendendo ateacute 4 eventos por final de semana e ateacute 16 eventos por mecircs sendo que
nos meses de setembro a dezembro essa demanda aumenta pelo motivo de
historicamente ter um nuacutemero maior de casamentos
422 Investimento
Um dos pontos mais relevantes para abertura de uma empresa eacute a
determinaccedilatildeo do capital miacutenimo para dar iniacutecio nas atividades e principalmente como
obter este capital ldquoEacute com o capital inicial que a empresa tem condiccedilotildees de reunir os
recursos empresariais necessaacuterios ao seu funcionamento sejam eles recursos
humanos materiais ou financeirosrdquo A determinaccedilatildeo do capital eacute o que estabelece a
quantidade de recursos empresariais que a empresa tem disponiacutevel Indiscutivelmente
quanto maior for o volume de recursos empresariais mais faacutecil se torna o desempenho
da empresa Quando todos os recursos necessaacuterios para seu funcionamento estatildeo agrave
disposiccedilatildeo a administraccedilatildeo do empreendimento fica mais simples (CHIAVENATO
2007 p84)
Cabe acrescentar que (LAPPONI 2007 p 321)
O custo inicial refere-se aos desembolsos realizados para aquisiccedilatildeo de equipamentos ou outros ativos fixos incluindo o pagamento de fretes seguros instalaccedilotildees despesas operacionais iniciais com materiais e matildeo de obra treinamento de pessoal de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo etc resumindo o custo inicial inclui todos os desembolsos necessaacuterios para adquirir os ativos necessaacuterios e que estejam em condiccedilotildees de operar e gerar as receitas estimadas
41
O empreendimento iniciaraacute suas atividades com capital investido com
recursos proacuteprios da empreendedora
As estimativas de investimento inicial para abertura da empresa foi de
R$5162851 conforme tabela 4
TABELA 4 - INVESTIMENTO INICIAL
Descriccedilatildeo Valor (R$)
Maacutequinas e equipamentos Cozinha R$ 3084878
Utensiacutelios R$ 555075
Moacuteveis para escritoacuterio R$ 268982
Equipamentos de informaacutetica e eletrocircnicos R$ 446204
Outros custos escritoacuterio R$ 48912
Uniformes R$ 155800
Pintura Imoacutevel R$ 500000
Porta de Vidro R$ 103000
Total R$ 5162851
FONTE ELABORADO PELO AUTOR (2015)
423 Localizaccedilatildeo
Seraacute locado um imoacutevel para a instalaccedilatildeo da empresa localizado na Rua Heitor
Baggio Vidal 2508 Bairro Alto Curitiba ndash PR com o valor do aluguel mensal de
R$160000 (mil e seiscentos reais) O espaccedilo interno de 95msup2 seraacute dividido em trecircs
partes a primeira com 20msup2 vai ficar a recepccedilatildeo para receber os clientes efetuar
orccedilamentos e as degustaccedilotildees a segunda com 71msup2 a cozinha industrial onde seratildeo
fabricados os bolos e doces finos e a terceira com 4msup2 o lavabo
42
FOTO14 - FOTO DO IMOacuteVEL ONDE SERAacute INSTALADA A EMPRESA FONTE MP IMOacuteVEIS
424 Entregas
As entregas dos bolos e doces finos seratildeo efetuadas por uma empresa
parceira localizada no Bairro Alto o preccedilo das entregas em Curitiba e regiatildeo
metropolitana variam de R$2400 (vinte e quatro reais) a R$6000 (sessenta reais)
dependendo da localizaccedilatildeo tais valores seratildeo cobrados dos clientes
43 CAPITAL DE GIRO
O capital de giro inicial foi estimado levando em conta que no primeiro ano a
empresa vai produzir 8333 da sua capacidade atendendo em meacutedia 13 ventos
mensalmente sendo assim foram considerados os gastos operacionais necessaacuterios
para o iniacutecio das atividades incluindo o custo fixo mensal e o estoque inicial ambos
multiplicados por 2 e acrescidos de um percentual de 10 de margem de seguranccedila
para despesas natildeo previstas
43
TABELA 5 - CAPITAL DE GIRO
Item Valor (R$)
Estoque Inicial 5144000
Custo Fixo Mensal 3194783
Reserva (10) 833878
Total do Capital de Giro Inicial 9172662
FONTE ELABORDO PELO AUTOR
44 FLUXO DE CAIXA
ldquoFluxo de Caixa eacute um Instrumento de gestatildeo financeira que projeta para
periacuteodos futuros todas as entradas e as saiacutedas de recursos financeiros da empresa
indicando como seraacute o saldo de caixa para o periacuteodo projetadordquo (SEBRAE)
Na tabela 6 eacute apresentada a projeccedilatildeo do Fluxo de Caixa da empresa para os
seus primeiros cinco anos onde fica evidenciado que do primeiro ateacute o quinto ano a
sauacutede financeira da empresa melhora gradativamente sendo que no final do quinto
ano o saldo em caixa ultrapassa os 300 se comparado com o saldo em caixa no
final do primeiro ano
Pode-se observar que natildeo foi inserida no fluxo de caixa a opccedilatildeo de
inadimplecircncia pois todos os pagamentos seratildeo efetuados agrave vista em dinheiro ou
cartatildeo sendo que o pagamento total dos produtos deve ser efetuado no miacutenimo 10
dias antes da data do evento
44
TABELA 6 - PROJECcedilAtildeO DE FLUXO DE CAIXA NOS PRIMEIROS CINCO ANOS
Descriccedilatildeo Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5
Investimento Inicial (5162851)
Capital de Giro (9172662) 9172662
Valor Residual 1548855
Total de entradas 000 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873
Previsatildeo Receitas de vendas 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873
Total de Saiacutedas (14335513) (44888699) (54283425) (59479393) (64738409) (70291804)
(-)Fornecedores (25720000) (33641760) (36669518) (39969775) (43567055)
(-)Folha de pagamento (3267192) (3593911) (3953302) (4348633) (4783496)
(-)Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)
(963216) (1011377) (1061946) (1115043) (1170795)
(-)Retiradas soacutecios (2400000) (2640000) (3432000) (3946800) (4341480)
(-)Impostos s vendas (4654291) (5073177) (5573767) (6075406) (6622192)
(-)Alugueacuteis (1920000) (2016000) (2116800) (2222640) (2333772)
(-)Energia eleacutetrica (840000) (882000) (926100) (972405) (1021025)
(-)Aacutegua (300000) (315000) (330750) (347288) (364652)
(-)Telefone (384000) (403200) (423360) (444528) (466754)
(-)Gaacutes (588000) (617400) (648270) (680684) (714718)
(-)Serviccedilos contabilidade (960000) (1008000) (1058400) (1111320) (1166886)
(-)Manutenccedilatildeo (600000) (630000) (661500) (694575) (729304)
(-)Outras despesas com funcionaacuterios
(1296000) (1405800) (1525590) (1656320) (1799030)
(-)Taxas bancaacuterias (96000) (100800) (105840) (111132) (116689)
(-)Outros pagamentos (900000) (945000) (992250) (1041863) (1093956)
Entradas - Saiacutedas (14335513) 12981301 21410535 23027023 25193585 27734070
Depreciaccedilatildeo 000 (631377) (631377) (631377) (631377) (631377)
Saldo Final (14335513) 12349924 20779158 22395647 24562208 37824209
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
A depreciaccedilatildeo foi calculada considerando o prazo de vida uacutetil meacutedio de 10
anos das maacutequinas equipamentos instalaccedilotildees moacuteveis e utensiacutelios e para os
computadores e perifeacutericos foi considerado o prazo de vida uacutetil de 5 anos conforme
demonstrado na tabela 7
TABELA 7 - DEPRECIACcedilAtildeO
Item Valor Inicial Taxa Anual Depreciaccedilatildeo Anual (R$)
Maacutequinas e equipamentos 3084878 10 308488
Instalaccedilotildees 103000 10 10300
Moacuteveis e Utensiacutelios 824057 10 82406
Computadores e Perifeacutericos 446204 20 89241
Outros 704712 20 140942
Total 631377
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
45
O valor residual dos equipamentos e instalaccedilotildees da empresa no final do quinto
ano foi considerado em 30 referente ao valor de aquisiccedilatildeo dos mesmos no iniacutecio do
projeto
45 ANAacuteLISE DOS INDICADORES (VPL TIR E PAYBACK)
451 Valor Presente Liacutequido (VPL)
A tabela 8 mostra que o VPL (Valor Presente Liacutequido) eacute positivo isso significa
que aleacutem de recuperar o investimento inicial ainda vai ser agregado ao valor da
empresa um montante de R$ R$50392407 (quinhentos e trecircs mil novecentos e vinte
quatro reais e sete centavos)
A taxa de retorno requerida de 20 foi determinada levando em conta o niacutevel
de risco do projeto e visando o valor desejado para se obter em cima do valor
investido
TABELA 8 - CALCULO DO VALOR PRESENTE LIacuteQUIDO (VPL)
Anos FC k 2000
0 -$143355 VPL $50392407
1 $123499 VPL $50392407
2 $207792 VPL $50392407
3 $223956 VPL $21761126
4 $245622 VPL $21761126
5 $378242 Decisatildeo Aceitar o Projeto
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
452 Taxa Interna de Retorno (TIR)
Conforme a tabela 9 eacute possiacutevel verificar que a TIR (Taxa Interna de Retorno)
eacute de 11593 maior que a taxa requerida de 20 isso significa que custo inicial seraacute
46
recuperado e o projeto vai criar valor para empresa mais um resultado favoraacutevel para
a aceitaccedilatildeo do projeto
TABELA 9 - TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR)
Anos FC
0 -$143355 TIR 11593
1 $123499 TIR 2168
2 $207792 TIR 2168
3 $223956 Decisatildeo
4 $245622 k 2000
5 $378242 Aceitar o projeto
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
453 Payback
O tempo de recuperaccedilatildeo do custo inicial ocorre normalmente entre o quarto e
o quinto ano se for feita a anaacutelise da tabela 10 eacute possiacutevel verificar que o tempo
necessaacuterio para o retorno do investimento (payback) do projeto eacute de 128 anos este
indicador mostra claramente que o projeto deve ser aceito pois o tempo de retorno
estaacute bem abaixo do tempo meacutedio dos empreendimentos como um todo
TABELA 10 - PAYBACK
k 20
Anos FC SPresente
0 -$143355 -$143355 PBD-SP = 128
1 $123499 -$40439 128
2 $207792 $103861
3 $223956 $233465
4 $245622 $351917
5 $378242 $503924
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
47
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Para iniciar um negoacutecio requer muito mais do que apenas o espiacuterito
empreendedor eacute necessaacuterio ter lideranccedila conhecimento sobre o mercado que deseja
atuar organizaccedilatildeo e principalmente planejamento
O principal objetivo desse estudo foi analisar a viabilidade econocircmico-
financeira da abertura de uma empresa de bolos e doces finos no Bairro Alto em
Curitiba
O objetivo apresentado nesta pesquisa foi atingido pois todos os indicadores
analisados mostram com clareza que empresa obteacutem resultados positivos que criam
valor para a mesma e com isso o projeto eacute viaacutevel economicamente pois do primeiro
ao quinto ano fica visiacutevel o crescimento do empreendimento e a melhora significativa
da sua sauacutede financeira isso fica evidenciado no saldo final em caixa no quinto ano
que chega proacuteximo haacute 400 mil reais Apesar disso eacute crucial o acompanhamento do
mercado para seguir as tendecircncias e se atualizar constantemente para tomar
decisotildees mais assertivas
Um negoacutecio mal avaliado pode arruinar a estabilidade econocircmica do
investidor por isso eacute de extrema importacircncia fazer todos os levantamentos de custos
antes de se aventurar em qualquer empreendimento
Eacute possiacutevel comprovar que a pesquisa realizada contribui positivamente para
abertura da empresa No entanto as informaccedilotildees aqui presentes natildeo satildeo estaacuteticas e
devem ser revisadas periodicamente e se preciso ateacute mesmo ampliadas no decorrer
da implantaccedilatildeo do projeto para que o mesmo seja uma ferramenta eficiente e eficaz
no desenvolvimento da empresa como um todo
48
REFEREcircNCIAS
BRITO Paulo Anaacutelise e viabilidade de projetos de investimento Satildeo Paulo Atlas 2003 DOLABELA Fernando O segredo de Luiacutesa 30 ed Satildeo Paulo Editora de Cultura 2006 DORNELAS Joseacute Carlos Assis Empreendedorismo transformando ideias em negoacutecios 4 ed Rio de Janeiro Campus Elsevier 2012 CENSO Demograacutefico 2010 Resultados gerais da amostra Curitiba IBGE 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=410690ampidtema=87ampsearch=parana|curitiba|censo-demografico-2010-resultados-gerais-da-amostra-gt Acesso em 21 de Junho de 2015 CHIAVENATO Idalberto Empreendedorismo dando asas ao espiacuterito empreendedor empreendedorismo e a viabilidade de novas empresas um guia eficiente para iniciar e tocar seu proacuteprio negoacutecio 2 ed Satildeo Paulo Saraiva 2007 ESTATIacuteSTICAS do registro civil 2012 Curitiba IBGE 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaoregistrocivil2012default_xlsshtmgt Acesso em 21 de Junho de 2015 GIL Antonio Carlos Meacutetodos e teacutecnicas de pesquisa social 6 ed Satildeo Paulo Atlas 2008 KOTLER Philip KELLER Kevin Lane Administraccedilatildeo de Marketing 12 ed Satildeo Paulo ABDR 2006 LAPPONI Juan Carlos Projetos de Investimento na Empresa Rio de Janeiro Elsevier 2007 MACHADO Jesseacute Anderson Pinto Projetos Econocircmicos uma abordagem praacutetica de elaboraccedilatildeo Satildeo Paulo Nobel 2002 MICHEL Maria Helena Metodologia e pesquisa cientiacutefica em ciecircncias sociais 2 ed Satildeo Paulo Atlas 2009 OLIVEIRA Djalma de Pinho Rebouccedilas de Planejamento estrateacutegico conceitos metodologia e praacuteticas 20 ed Satildeo Paulo Atlas 2004 PRODANOV Cleber Cristiano ERNANI Cesar de Freitas Metodologia do trabalho cientiacutefico meacutetodo e teacutecnicas da pesquisa e do trabalho acadecircmico 2 ed Novo Hamburgo Freevale 2013
49
REBELATTO Dayse Projeto de Investimento 1 ed Barueri Manole 2004 SEBRAE Pesquisa de Mercado o que eacute e para que serve Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrsitesPortalSebraeartigosPesquisa-de-mercado-o-que-C3A9-e-para-que-servegt Acesso em 21 de Junho de 2015 SEBRAE Fluxo de caixa Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrSebraePortal20SebraeAnexos0_fluxo-de-caixapdfgt Acesso em 10 de Outubro de 2015 WILDAUER Egon Walter Plano de negoacutecios elementos construtivos e processos de elaboraccedilatildeo 2 ed Curitiba Ibpex 2011 WOILER Samsatildeo MATHIAS Washington Franco Projetos planejamento elaboraccedilatildeo anaacutelise 1 ed Satildeo Paulo Atlas 1994
50
APEcircNDICES
APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL 51
APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS 52
APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL 52
51
APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL
Item Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5
Aacutegua 25000 26250 27563 28941 30388
Aluguel 160000 168000 176400 185220 194481
Assessoria Contaacutebil 80000 84000 88200 92610 97241
Gaacutes 49000 51450 54023 56724 59560
Impostos 387858 422765 464481 506284 551849
Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)
80268 84281 88495 92920 97566
Energia eleacutetrica 70000 73500 77175 81034 85085
Manutenccedilatildeo 50000 52500 55125 57881 60775
Material de escritoacuterio 20000 21000 22050 23153 24310
Material de Limpeza 40000 42000 44100 46305 48620
Folha de pagamento 272266 299493 329442 362386 398625
Seguros 15000 15750 16538 17364 18233
Telefone fixointernet 20000 21000 22050 23153 24310
Telefone Moacutevel 12000 12600 13230 13892 14586
Vale Refeiccedilatildeo 75000 82500 90750 99825 109808
Vale Transporte 33000 34650 36383 38202 40112
Proacute- labore 200000 220000 286000 328900 361790
Taxas Bancaacuterias 8000 8400 8820 9261 9724
Total R$ 1597392 R$ 1720139 R$ 1900823 R$ 2064053 R$ 2227062
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
52
APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS
Item
Produccedilatildeo mensal meacutedia
Custo unitaacuterio total
Sugestatildeo Preccedilo de venda
Custo Mensal Total
Receita de vendas
Bolos artiacutesticos (recheios diversos) 150 6000 13500 900000 2025000
Bolos de copa (recheios diversos) 30 3600 8100 108000 243000
Naked cake (recheios diversos) 60 4200 9450 252000 567000
Doces Tradicionais 32 3500 7875 112000 252000
Doces Espelhados 32 5000 11250 160000 360000
Doces Finos 32 7500 16875 240000 540000
Brigadeiros gourmet 16 4500 10125 72000 162000
Tacinhas acriacutelicas 16 5500 12375 88000 198000
Trufas 32 5000 11250 160000 360000
Bombons 32 5000 11250 160000 360000
Bem casados 3200 100 225 320000 720000
Custo produccedilatildeo Total 2572000
Receita Total 5787000
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL
Ano Receita Bruta Variaccedilatildeo anual
Ano 1 000
Ano 2 69444000 9
Ano 3 75693960 9
Ano 4 82506416 9
Ano 5 89931994 9
Valor considerando a inflaccedilatildeo de 9 aa
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
17
Do ponto de vista de Dornelas (2012 p 93) ldquoum negoacutecio bem planejado teraacute
mais chances de sucesso do que aquele sem planejamento na mesma igualdade de
condiccedilotildeesrdquo
Nessa mesma perspectiva Dolabela (2006 sn) afirma que vaacuterios
empreendedores bem sucedidos abriram seus empreendimentos sem compreender
pontualmente o que eacute um plano de negoacutecios Poreacutem muitos outros natildeo tiveram o
mesmo fim e o que conseguiram foram negoacutecios fracassados por conta de falhas que
poderiam ter sido evitadas Uma grande quantidade de negoacutecios que possuem um
alto potencial acabam se tornando impraticaacuteveis por conta da incapacidade dos
empreendedores Ainda assim muitas pessoas abrem e vatildeo continuar abrindo
negoacutecios capacitadas ou natildeo para isso
Wildauer (2011 p 39) define plano de negoacutecios como ldquoum documento em
forma de texto no qual eacute apresentada uma proposta de negoacutecio para um mercadordquo
Esse documento deve mostrar com clareza o ponto de vista do empreendedor sobre
o sucesso do seu produto ou serviccedilo no mercado atual
Chiavenato (2007 p132) acredita que
O plano de negoacutecio mdash business planmdash descreve a ideia de um novo empreendimento e projeta os aspectos mercadoloacutegicos operacionais e financeiros dos negoacutecios propostos geralmente para os proacuteximos trecircs ou cinco anos Seu preparo permite a anaacutelise da proposta e ajuda o futuro empreendedor a evitar uma trajetoacuteria decadente que o levaraacute do entusiasmo agrave desilusatildeo e ao fracasso
Eacute possiacutevel sintetizar o plano de negoacutecios como um documento em que o
empreendedor mostra de maneira formal e concreta o negoacutecio que quer idealizar e
expor para seus parceiros soacutecios e investidores apresentando a visatildeo a missatildeo e os
seus propoacutesitos assim como o ldquoplano operacional o plano de marketing o plano de
financeiro e o plano juriacutedicordquo desta forma facilitando a assimilaccedilatildeo e aceitaccedilatildeo do
negoacutecio pelas pessoas interessadas (WILDAUER 2011 p39)
Conforme mencionado por Chiavenato (2007 p 134) o plano de negoacutecios
mobiliza o novo empreendimento na sua totalidade Ele demonstra o levantamento
cansativo dos elementos que fazem parte do negoacutecio ldquosejam internos mdash o que deveraacute
ser produzido como onde quanto mdash sejam externos mdash para quem produzir qual eacute
o mercado quais satildeo os concorrentes etcrdquo
18
Com isso Wildauer (2011 p 45) conclui que ldquoo plano de negoacutecios eacute como um
guia uacutetil para a obtenccedilatildeo de conhecimentos para a concepccedilatildeo de um
empreendimentordquo
221 Estrutura do plano de negoacutecios
O plano de negoacutecios mobiliza todas as informaccedilotildees necessaacuterias para abrir um
negoacutecio por meio dele eacute possiacutevel detectar onde estou e para onde desejo ir dentro do
mercado
Conforme identificado por Dornelas (2012 p 101) ldquonatildeo existe uma estrutura
riacutegida e especiacutefica para se escrever um plano de negoacuteciosrdquo dado que cada negoacutecio
possui suas singularidades e equivalecircncias sendo improvaacutevel delimitar um modelo-
padratildeo de plano de negoacutecios que seja absoluto e adequado para todos os negoacutecios
Todos os planos de negoacutecios devem conter um miacutenimo de seccedilotildees que vatildeo possibilitar
uma compreensatildeo do negoacutecio como um todo Tais seccedilotildees satildeo alinhadas de maneira
que mantenham uma sequecircncia loacutegica que possibilite qualquer pessoa ler o plano e
compreender como a empresa eacute estruturada seus objetivos seus produtos seus
serviccedilos qual seu mercado seu plano financeiro e de marketing
A seguir encontra-se uma breve descriccedilatildeo de cada uma das seccedilotildees do Plano
de Negoacutecios
2211 Capa
Eacute um dos componentes fundamentais do plano de negoacutecios pois eacute a primeira
parte que eacute vista pela pessoa que vai ler deve ser desenvolvida de forma clara e com
os dados adequados (DORNELAS 2012 p 101)
19
2212 Sumaacuterio
O sumaacuterio deve incluir ldquoo tiacutetulo de cada seccedilatildeo do plano de negoacutecios e a paacutegina
respectiva onde se encontra bem como os principais assuntos relacionados em cada
seccedilatildeordquo Isso faz com que fique mais faacutecil o leitor do plano de negoacutecios identificar com
mais agilidade o que lhe interessar (DORNELAS 2012 p 101-102)
2213 Sumaacuterio executivo
O Sumaacuterio Executivo eacute a parte mais importante do plano de negoacutecios ele iraacute
definir se o leitor vai prosseguir ou natildeo com a leitura do plano de negoacutecios Dessa
forma deve ser redigido com bastante concentraccedilatildeo e revisado inuacutemeras vezes e
tambeacutem englobar as informaccedilotildees mais relevantes do plano de negoacutecios Deve ser
direcionado ao puacuteblico-alvo do plano de negoacutecios e deixar claro qual o objetivo do
mesmo em relaccedilatildeo agraves pessoas que estatildeo o lendo ldquoO Sumaacuterio Executivo deve ser a
uacuteltima seccedilatildeo a ser escrita pois depende de todas as outras seccedilotildees do plano para ser
elaboradardquo (DORNELAS 2012 p 102)
2214 Anaacutelise estrateacutegica
Nesta seccedilatildeo eacute determinada a direccedilatildeo que a empresa vai seguir ldquosua visatildeo e
missatildeo sua situaccedilatildeo atual as potencialidades e ameaccedilas externas suas forccedilas e
fraquezas seus objetivos e metas de negoacuteciordquo Essa parte eacute o alicerce para o
crescimento e o estabelecimento das outras accedilotildees redigidas no plano (DORNELAS
2012 p 102)
20
2215 Descriccedilatildeo da empresa
Eacute nessa seccedilatildeo que deve ser feita a descriccedilatildeo da empresa ldquoseu histoacuterico
crescimento faturamento dos uacuteltimos anos sua razatildeo social impostos estrutura
organizacional e legal localizaccedilatildeo parcerias serviccedilos terceirizados etcrdquo
(DORNELAS 2012 p 102)
2216 Produtos e serviccedilos
Nessa seccedilatildeo do plano de negoacutecios devem ser descritos os produtos e serviccedilos
da empresa a maneira que satildeo produzidos o capital disposto seu ciclo de vida os
elementos tecnoloacutegicos envolvidos pesquisa e desenvolvimento os seus clientes
marcas e patentes etc
Nessa seccedilatildeo pode ser incluiacuteda quando estaacute informaccedilatildeo encontra-se disponiacutevel uma visatildeo do niacutevel de satisfaccedilatildeo dos clientes com os produtos e serviccedilos da empresa Esse feedback eacute bastante importante porque costuma oferecer natildeo apenas uma visatildeo do niacutevel de qualidade percebida nos produtos e serviccedilos mas tambeacutem guiar futuros investimentos da empresa em novos desenvolvimentos e processos de produccedilatildeo (DORNELAS 2012 p 102-103)
2217 Plano operacional
Nesta seccedilatildeo devem ser expostas as accedilotildees que a empresa pretende ter na
sua estrateacutegia produtiva e no processo de produccedilatildeo apontando os resultados que
essas accedilotildees teratildeo sobre os criteacuterios de avaliaccedilatildeo dos produtos Deve incluir dados
operacionais atualizados e presumidos como ldquolead time do produto ou serviccedilo
percentual de entregas a tempo rotatividade do inventaacuterio iacutendice de refugo lead time
de desenvolvimento de produto ou serviccedilo etcrdquo (DORNELAS 2012 p 103)
21
2218 Plano de recursos humanos
Devem ser exibidas as propostas de desenvolvimento e treinamento de
pessoal da empresa Esses dados estatildeo pontualmente associados com a
competecircncia da empresa de crescer ldquoespecialmente quando esta atua em um
mercado onde a detenccedilatildeo de tecnologia eacute considerada um fator estrateacutegico de
competitividaderdquo (DORNELAS 2012 p 103)
2219 Anaacutelise de mercado
Nesta seccedilatildeo o responsaacutevel pelo plano de negoacutecios deve deixar claro que os
executivos da empresa entendem perfeitamente o mercado consumidor do seu
produto ou serviccedilo (atraveacutes de pesquisa de mercado) como estaacute segmentado
crescimento do mercado atributos do consumidor anaacutelise da concorrecircncia qual a sua
fatia de mercado e dos concorrentes etc (DORNELAS 2012 p 103)
22110 Estrateacutegia de marketing
Deve ser apresentado o objetivo da empresa para vender seu produtoserviccedilo
e consolidar seus clientes e ampliar sua demanda Deve ser informada sua estrateacutegia
de venda especificidades do produtoserviccedilo preccedilos puacuteblico-alvo canais de
distribuiccedilatildeo projeccedilatildeo das vendas (DORNELAS 2012 p 103)
22
22111 Plano financeiro
Na seccedilatildeo financeira deve mostrar em nuacutemeros todas as accedilotildees planejadas
para a empresa e suas evidecircncias por meio de projeccedilotildees futuras para um negoacutecio
bem sucedido
Deve conter demonstrativo de fluxo de caixa com horizonte de pelo menos trecircs anos balanccedilo patrimonial anaacutelise do ponto de equiliacutebrio necessidades de investimento demonstrativos de resultados anaacutelise de indicadores financeiros do negoacutecio como faturamento previsto margem prevista prazo de retorno sobre o investimento inicial (payback) taxa interna de retorno (TIR) etc (DORNELAS 2012 p 103-104)
22112 Anexos
Nesta seccedilatildeo deve incluir todos os dados considerados importantes para
melhor compreensatildeo do plano de negoacutecios O que natildeo pode ser deixado de anexar eacute
o curriculum vitae dos soacutecios da empresa (DORNELAS 2012 p 104)
23 VIABILIDADE ECONOcircMICO-FINANCEIRA
Analisar o empreendimento economicamente para verificar se o projeto eacute
viaacutevel e lucrativo ou natildeo eacute uma das decisotildees fundamentais de qualquer
empreendedor
A anaacutelise de investimento eacute um mecanismo aacutegil praacutetico e seguro que ajuda
profissionais de inuacutemeras aacutereas no processo de anaacutelise de tomada de decisotildees
financeiras (REBELATTO p 141)
Lapponi (2007 p 123) afirma que
O objetivo da decisatildeo de investimento ou do orccedilamento de capital eacute maximizar o valor da empresa A decisatildeo de alocaccedilatildeo do capital em projeto de investimento eacute fundamental para o sucesso pois os recursos da empresa
23
satildeo comprometidos por longo tempo na direccedilatildeo de seu futuro desejado e isso envolve um grande esforccedilo de tempo e de gerenciamento Cada projeto aprovado eacute um desembolso realizado pela empresa coma expectativa de obter benefiacutecios futuros quantificados pela geraccedilatildeo de um fluxo de retornos adequados em geral por um prazo maior do que um ano
A carecircncia de recursos financeiros diante das muitas necessidades faz com
que seja crucial aperfeiccediloar sua utilizaccedilatildeo A anaacutelise antecipada de investimento
possibilita que se racionalize a forma como os recursos de capital satildeo utilizados
(REBELATTO 2004 p 141)
Para analisar a viabilidade de um projeto economicamente eacute necessaacuterio reunir
uma seacuterie de informaccedilotildees e de dados que precisam ser organizados para atingir seu
objetivo final que eacute o de facilitar a tomada de decisatildeo Vale salientar que o projeto
deve ser um documento que tenha a capacidade de mostrar de uma maneira loacutegica a
visatildeo estrateacutegica do negoacutecio (MACHADO 2002 p 144)
231 Fluxo de caixa
O fluxo de caixa eacute o melhor guia para uma administraccedilatildeo financeira eficiente
de qualquer negoacutecio
O fluxo de caixa eacute a reproduccedilatildeo graacutefica de uma movimentaccedilatildeo financeira ldquoAs
movimentaccedilotildees monetaacuterias satildeo identificadas temporalmente por meio de um conjunto
de entradas e saiacutedas de caixa definido como diagrama de fluxo de caixardquo Essa
representaccedilatildeo proporciona a visualizaccedilatildeo em diferentes momentos com o que estaacute
ocorrendo com o capital (REBELATTO 2004 p 150)
ldquoA identificaccedilatildeo e a quantificaccedilatildeo das estimativas relevantes do projeto satildeo o
iniacutecio da construccedilatildeo do fluxo de caixa do projeto para empresa em funcionamentordquo
(LAPPONI 2007 p 347)
O fluxo de caixa eacute um composto de entradas e saiacutedas de valores monetaacuterios
(dinheiro) no decorrer de um determinado periacuteodo Bem como evidenciar uma opccedilatildeo
possiacutevel de transaccedilotildees financeiras ou seja pagamentos agrave vista pagamentos a prazo
tiacutetulos originais etc (REBELATTO 2004 p 151)
24
232 Valor Presente Liacutequido (VPL)
ldquoO Valor presente liacutequido (VPL) ou valor atual liacutequido (VAL) eacute o valor atual das
entradas de caixa (retornos de capital esperados) incluindo o valor residual (se
houver) menos o valor atual das saiacutedas de caixardquo (REBELATTO 2004 p 214)
A foacutermula para chegar ao VPL eacute (LAPPONI 2007 p 125)
119881119875119871 = minus119868 +119865119862
(1 + 119870)119899
Onde
I= custo inicial ou desembolso inicial
FC= fluxo de caixa
K= taxa requerida
n= prazo de anaacutelise
Rebelatto (2004 p214) afirma que os paracircmetros para que o projeto seja
aceito se refere ao valor presente liacutequido (VPL)
VPLgt0 o projeto eacute aceito
VPLlt0 o projeto eacute rejeitado
VPL=0 o projeto pode ser aceito ou natildeo pois natildeo cria e nem destroacutei
valor para empresa
Para Lapponi (2007 p 134-135) as principais vantagens do VPL satildeo
Considera o fluxo de caixa do projeto na sua totalidade
Considera o valor monetaacuterio (dinheiro) no tempo
Tem a capacidade de medir o valor criado ou destruiacutedo pelo projeto
Pode ser utilizado na avaliaccedilatildeo do projeto independentemente do tipo de
fluxo de caixa utilizado
Seleciona o projeto mais viaacutevel economicamente
25
233 Taxa Interna de Retorno (TIR)
ldquoTaxa Interna de Retorno (TIR) eacute a taxa de desconto que torna o valor atual
liacutequido (VAL) do investimento igual a zero Tambeacutem eacute chamada de taxa interna efetiva
de rentabilidaderdquo (REBELATTO 2004 p 217)
No projeto do tipo simples com o aumento da taxa requerida o VPL do projeto tende ao valor do custo inicial pois o VPL eacute uma funccedilatildeo decrescente da taxa requerida Portanto a decisatildeo com o meacutetodo TIR somente deve ser feita em projetos simples que garantem a existecircncia de uma uacutenica TIRgt -100 Nos outros tipos de fluxo de caixa em geral o meacutetodo da TIR natildeo deve ser utilizado pois haacute a possibilidade de muacuteltiplas TIRs Sendo a TIR a taxa de juro que zera o VPL do projeto simples para qualquer taxa requerida K menor que a TIR o VPL seraacute positivo e para qualquer taxa requerida K maior que a TIR o VPL seraacute negativo (LAPPONI 2007 p 175-176)
Rebelatto (2004 p 217) complementa afirmando que a TIR eacute um meacutetodo
aprimorado de anaacutelise de investimento sendo possivelmente uma das mais usadas
para avaliar projetos econocircmicos A TIR deve ser comparada com a taxa miacutenima de
atratividade (TMA) para analisar se o projeto seraacute aceito ou natildeo
Sendo assim Lapponi (2007 p 176) considera que
Se TIR gt TMA o projeto deve ser aceito pois eacute economicamente viaacutevel
Se TIR lt TMA o projeto deve ser recusado pois eacute economicamente
inviaacutevel
Se TIR = TMA eacute indiferente investir no projeto pois o mesmo natildeo criaraacute
e nem destruiraacute valor da empresa
ldquoA grande vantagem da TIR como indicador de decisatildeo eacute que prescinde de
informaccedilotildees externas ao projeto Tudo que o analista necessita eacute conhecer o perfil do
projeto e alguma ideia de magnitude da taxa de jurosrdquo (MACHADO 2002 p 127)
26
234 Periacuteodo de retorno de investimento (Payback)
ldquoO payback eacute o periacuteodo de tempo em que ocorre o retorno do investimento
Calculado no fluxo de caixa de vida uacutetil de dez anos o payback apresenta-se de vaacuterias
maneiras para cada tipo de empresardquo (BRITO 2003 p 51)
Uma empresa pode nomear o payback como um dos paracircmetros para escolha
de um projeto a fim de minimizar seus riscos Mesmo sendo esse um meacutetodo faacutecil e
simples na praacutetica eacute um dos mais utilizados para efetuar a mediccedilatildeo econocircmica de um
projeto (REBELATTO 2004 p 230)
Segundo Rebelatto (2004 p 231) a foacutermula baacutesica que demonstra o caacutelculo
do payback em fluxos de caixas regulares eacute
PB =I0
FC
Onde
PB= Payback
I0= Investimento inicial
FC= Fluxo de caixa regular
Para executar o meacutetodo payback eacute crucial estabelecer o tempo maacuteximo de
toleracircncia TMT para resgatar o custo inicial ldquoPara decidir se o projeto deve ser aceito
o payback deve ser comparado com o valor de referecircncia TMT de forma querdquo
(LAPPONI 2007 p 245)
Se PB lt TMT o projeto deve ser aceito
Se PB gt TMT o projeto deve ser recusado
A principal vantagem para utilizaccedilatildeo do meacutetodo payback eacute que ele reflete a
liquidez do projeto e por consequecircncia eacute possiacutevel efetuar a avaliaccedilatildeo do risco de natildeo
recuperar o investimento (REBELATTO 2004 p 230)
27
3 METODOLOGIA
Este capiacutetulo tem por objetivo descrever os procedimentos e teacutecnicas
utilizados na pesquisa considerando o problema e aos objetivos gerais e especiacuteficos
Para a execuccedilatildeo da revisatildeo bibliograacutefica realizada neste estudo foi utilizado
livros de especialistas na aacuterea os principais temas abordados foram o
empreendedorismo que eacute um assunto chave quando surge uma ideia para um novo
negoacutecio plano de negoacutecios que eacute um elemento fundamental para o sucesso ou
fracasso de um empreendimento e a viabilidade econocircmico-financeira tema
fundamental visto que o objetivo geral da pesquisa eacute mensurar se a mesma eacute viaacutevel
ou natildeo economicamente
Foi elaborada uma anaacutelise de mercado que estaacute disponiacutevel no item 41 deste
estudo atraveacutes da mesma foi identificado que os principais clientes satildeo das classes
A e B de Curitiba regiatildeo metropolitana no item 42 foi efetuado um levantamento do
tamanho do negoacutecio onde foi definida a capacidade produtiva o investimento inicial e
a localizaccedilatildeo do empreendimento no item 44foi elaborado o fluxo de caixa que
demonstra as previsotildees financeiras do periacuteodo de 5 anos o meacutetodo utilizado para
elaborar a pesquisa foi um estudo de caso de natureza exploratoacuteria quantitativa e
anaacutelise documental
O estudo de caso eacute evidenciado por um estudo minucioso e cansativo de um
ou poucos objetivos desta forma propicia um vasto e detalhado conhecimento sobre
o assunto uma missatildeo praticamente impossiacutevel mediante as outras maneiras de
delineamentos consideradas (GIL 2008 p 57-58)
Prodanov e Freitas (2013 p60) afirmam que o estudo de caso consiste em
recolher e analisar dados sobre determinado indiviacuteduo famiacutelia grupo ou comunidade
com a finalidade de estudar diferentes aspectos das suas vidas conforme o assunto
da pesquisa
Jaacute as pesquisas exploratoacuterias satildeo definidas por Gil (2008 p 27) como as que
Tecircm como principal finalidade desenvolver esclarecer e modificar conceitos e ideias tendo em vista a formulaccedilatildeo de problemas mais precisos ou hipoacuteteses pesquisaacuteveis para estudos posteriores De todos os tipos de pesquisa estas satildeo as que apresentam menor rigidez no planejamento Habitualmente envolvem levantamento bibliograacutefico e documental entrevistas natildeo padronizadas e estudos de caso
28
A pesquisa quantitativa ldquoconsidera que tudo pode ser quantificaacutevel o que
significa traduzir em nuacutemeros opiniotildees e informaccedilotildees para classificaacute-las e analisaacute-lasrdquo
Eacute necessaacuteria a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas estatiacutesticas tais como porcentagem meacutedia
moda desvio-padratildeo coeficiente de correlaccedilatildeo etc (PRODANOV FREITAS 2013
p 69)
Muitos dados que satildeo utilizados em pesquisas satildeo adquiridos indiretamente
por meio de documentosrdquo como livros jornais papeacuteis oficiais registros estatiacutesticos
fotos discos filmes e viacutedeos que satildeo obtidos de maneira indiretardquo Essas fontes
documentais tecircm a capacidade de disponibilizar ao pesquisador um grande nuacutemero
de informaccedilotildees com bastante qualidade para evitar a perda de tempo (GIL 2008 p
147)
Este modelo de pesquisa foi utilizado para definir os principais clientes quais
os produtos que seratildeo vendidos a capacidade produtiva assim como a viabilidade
econocircmico-financeira e operacional do negoacutecio
29
4 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES
41 ANAacuteLISE DE MERCADO
Woiler e Mathias (1994 p41) e Rebelatto (2004 p01) afirmam que a anaacutelise
de mercado eacute um dos pontos mais relevantes para elaboraccedilatildeo de um projeto Atraveacutes
do estudo do mercado obtemos muitas informaccedilotildees tais como
Fazendo a comparaccedilatildeo entre demanda e a oferta encontramos a
possiacutevel escassez da demanda futura Esse resultado proporcionaraacute
informaccedilotildees para que seja definida a escala de produccedilatildeo do projeto
A regiatildeo geograacutefica em que o produto pode ser vendido eacute um dos pontos
mais significativos para que seja definida a localizaccedilatildeo do empreendimento
O preccedilo de venda os custos de comercializaccedilatildeo e os estoques nos
canais de comercializaccedilatildeo satildeo informaccedilotildees relevantes para que seja
elaborada a projeccedilatildeo do projeto
Vale salientar que esses satildeo apenas alguns elementos importantes que eacute
possiacutevel identificar na anaacutelise de mercado existe muitos outros dados que satildeo obtidos
com a mesma
411 Mercado consumidor
ldquoTodas as decisotildees relacionadas a novos empreendimentos contecircm certo
grau de incerteza tanto no que diz respeito agrave informaccedilatildeo na qual as decisotildees estatildeo
baseadas como no que diz respeito agraves suas consequecircnciasrdquo (SEBRAE)
Chiavenato acredita que os clientes tecircm a capacidade de alavancar ou
derrubar um empreendimento ldquoUm cliente pode ser uma organizaccedilatildeo uma empresa
um usuaacuterio dos produtosserviccedilos ou um consumidor finalrdquo Eacute quem adquiri os
produtosserviccedilos ofertados pela organizaccedilatildeo no final da cadeia de transaccedilotildees Eacute ele
que estabelece direta ou indiretamente se o empreendimento teraacute ecircxito ou natildeo Por
30
isso o cliente deve ser considerado como o principal patrimocircnio da empresa (2007
p 207)
Segundo dados do censo 2010 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e
estatiacutestica) dos 576190 (quinhentos e setenta e seis mil cento e noventa) domiciacutelios
de Curitiba 292965 (duzentos e noventa e dois mil novecentos e sessenta e cinco)
possuem renda de mais de 5 a mais de 20 salaacuterios miacutenimos sendo assim cerca de
5085 dos domiciacutelios curitibanos estatildeo enquadrados nas classes A e B Ainda
segundo o IBGE cerca de 137922 (cento e trinta e sete mil novecentos e vinte e dois)
domiciacutelios curitibanos tecircm renda de mais de 10 salaacuterios miacutenimos o que representa
uma meacutedia de 24 dos domiciacutelios de Curitiba
Mais de 249000 (duzentos e quarenta e nove mil) pessoas que residem em
Curitiba cerca de 1423 da populaccedilatildeo tem rendimento mensal de mais de 5 salaacuterios
miacutenimos conforme Tabela 1
TABELA 1 - RESULTADOS DA AMOSTRA - RENDIMENTO POR PESSOA EM CURITIBA
Quantidade de pessoas Salaacuterios miacutenimos
153011 Mais de 5 a 10 salaacuterios miacutenimos
38692 Mais de 10 a 15 salaacuterios miacutenimos
25427 Mais de 15 a 20 salaacuterios miacutenimos
18264 Mais de 20 a 30 salaacuterios miacutenimos
13791 Mais de 30 salaacuterios miacutenimos
FONTE IBGE - CENSO DEMOGRAacuteFICO 2010
Curitiba possui uma populaccedilatildeo de mais de 1750000 (um milhatildeo setecentos
e cinquenta mil habitantes) segundo censo IBGE 2010 sendo que 932000
(novecentos e trinta e dois mil) pessoas com o estado civil de solteiro viuacutevo
divorciado separado judicialmentedesquitado isso mostra que tem muitas pessoas
que podem fazer festas de casamento e necessitar dos produtos que seratildeo ofertados
tais como bolos artiacutesticos doces finos e bem casados
Segundo as estatiacutesticas do registro civil do IBGE ocorreram em Curitiba e
regiatildeo metropolitana no ano 2012 exatamente 18877 (dezoito mil oitocentos e setenta
e sete) casamentos sendo que nos meses de setembro a dezembro foi onde ocorreu
um maior nuacutemero um total de 7828 (sete mil oitocentos e vinte e oito) casamentos o
que representa um total de 4147 dos casamentos ocorrem nesses quatro meses
do ano
31
TABELA 2 - CASAMENTOS POR MEcircS DE REGISTRO SEGUNDO O LUGAR DO REGISTRO ndash 2012
Lugar do registro
Casamentos por mecircs do registro
Total de
registros Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
RM Curitiba 18877 1466 1250 1572 1282 1403 1533 1248 1255 1735 1753 2118 2262
Curitiba 10351 848 692 857 692 724 872 658 658 971 968 1237 1174
FONTE IBGE DIRETORIA DE PESQUISAS COORDENACcedilAtildeO DE POPULACcedilAtildeO E INDICADORES SOCIAIS ESTATIacuteSTICAS DO REGISTRO CIVIL 2012
Nessa perspectiva foi definido que o mercado que a empresa de bolos e doces
finos vai atuar eacute de Curitiba e regiatildeo metropolitana com foco nas pessoas das classes
A e B com estado civil solteiro divorciado separado judicialmentedesquitado e viuacutevo
412 Produtos que seratildeo vendidos
ldquoNo coraccedilatildeo de uma grande marca haacute um grande produto O produto-chave
na oferta ao mercado Liacutederes de mercado geralmente oferecem produtos e serviccedilos
de qualidade superiorrdquo (KOTLER KELLER 2006 p 366)
Os principais produtos fornecidos seratildeo
Bolos artiacutesticos
FOTO1 - BOLO ARTIacuteSTICO FONTE WANDA CARDOSO - BOLOS ARTIacuteSTICOS amp DOCES
32
Bolos de copa
FOTO2 - BOLO DE COPA FONTE ELABORADO PELO AUTOR
FOTO3 - BOLO DE COPA FONTE ELABORADO PELO AUTOR
Naked cake
FOTO4 - NAKED CAKE FONTE DOCES PENEacuteLOPE
33
Doces Tradicionais
FOTO5 - DOCES TRADICIONAIS FONTE ELABORADO PELO AUTOR
Doces Espelhados
FOTO6 - DOCES ESPELHADOS FONTE PRONTO SOCORRO DAS FESTAS
Doces Finos
FOTO 7 - DOCES FINOS FONTE COMPRANDO MEU APE
34
Brigadeiros gourmet
FOTO8 - BRIGADEIROS GOURMET FONTE ELABORADO PELO AUTOR
Tacinhas acriacutelicas
FOTO9 - TACINHAS ACRIacuteLICAS FONTE BUFFET DELIacuteCIAS DA VI
Trufas
FOTO 10 - TRUFAS FONTE FOGAtildeO DA VOVOacute
35
Bombons
FOTO11 - BOMBONS FONTE DALVA GOLDEN GATE
Bem casados
FOTO12 - BEM CASADOS FONTE CASAMENTO SEM ERRO
FOTO13 - BEM CASADOS FONTE CASAMENTO SEM ERRO
36
413 Preccedilo de venda
A definiccedilatildeo do preccedilo dos produtos eacute uma das decisotildees mais relevantes da
organizaccedilatildeo que deve levar em conta a forma como a empresa deseja se posicionar
no mercado os custos a concorrecircncia e a rentabilidade almejada
O preccedilo eacute um dos elementos mais versaacuteteis pode ser modificado rapidamente
ao contraacuterio das propriedades dos produtos dos contratos com canais de distribuiccedilatildeo
e ateacute mesmo das promoccedilotildees O Preccedilo tem tambeacutem a tarefa de mostrar ao mercado o
posicionamento de valor desejado pela empresa para o seu produto ou marca
(KOTLER KELLER 2006 p 428)
A consolidaccedilatildeo dos preccedilos dos produtos seraacute elaborada levando em conta os
custos para se obter os produtos com a qualidade requinte e sofisticaccedilatildeo desejada
com a margem de lucro esperada e se baseando nos preccedilos praticados pela
concorrecircncia
414 Previsatildeo de vendas
Para Chiavenato (2007 p 2013)
A previsatildeo de vendas representa a quantidade de produtosserviccedilos que a empresa pretende vender ou colocar no mercado durante um determinado periacuteodo geralmente um mecircs ou um ano dividido em meses Constitui portanto uma estimativa ou uma expectativa de vendas Pode ser feita em unidades fiacutesicas ou em valores monetaacuterios
A produccedilatildeo vai ser em meacutedia de 5600 doces (doces finos gourmet e bem
casados) e 4 bolos procurando atender em meacutedia 4 eventos por semana e ateacute 16
eventos por mecircs sendo que nos meses de setembro a dezembro essa demanda
aumenta pelo motivo de historicamente ter um nuacutemero maior de casamentos
37
415 Definiccedilatildeo de local de venda dos produtos
ldquoA venda eacute a fase fundamental do processo de vendas Consiste na
transferecircncia do produtoserviccedilo para o cliente ou consumidorrdquo (CHIAVENATO 2007
p 210)
As vendas vatildeo ocorrer atraveacutes de site proacuteprio redes sociais telefone e
pessoalmente natildeo teremos loja fiacutesica apenas um ateliecirc para confecccedilatildeo dos bolos e
doces onde vai conter uma sala anexa na qual vai ser oferecido o serviccedilo de
degustaccedilatildeo com horaacuterios marcados para assim o cliente decidir quais os produtos
seratildeo adquiridos para o seu evento e fechamento de contrato
416 Definiccedilatildeo da demanda e da oferta
Na maior parte das encomendas os clientes solicitam os doces finos e
gourmet que contecircm chocolates frutas oleaginosas tais como castanhas nozes
avelatildes amecircndoas frutas como framboesa morango damasco cerejas e os bem
casados Os bolos mais solicitados satildeo os com decoraccedilatildeo de pasta americana que
deve obrigatoriamente ter recheios mais firmes como ganaches fios de ovos
strogonoff de nozes e os naked cake (bolo pelado) que possuem mais opccedilotildees de
recheios com chocolates frutas diversas e cremes de pacirctisserie
Em contato com algumas empresas que fornecem o mesmo tipo de produto
foi possiacutevel verificar que as encomendas devem ser feitas com antecedecircncia miacutenima
de 6 meses sendo que alguns casos somente com um ano de antecedecircncia para
conseguir na data desejada Esse eacute um dos pontos que mostra que tem espaccedilo
suficiente para entrada nesse mercado
38
417 Concorrentes
Chiavenato (2007 p 33) Kotler e Keller (2006 p 340) afirmam que os
concorrentes satildeo as organizaccedilotildees que competem pelos mesmos fornecedores
clientes e consumidores
ldquoAgrave medida que seus produtosserviccedilos tornam-se mais heterogecircneos tanto
mais heterogecircneos e diferenciados seratildeo seus concorrentes e tanto mais complexa
seraacute a competitividaderdquo (CHIAVENATO 2007 p 33)
Em busca na internet foi possiacutevel identificar que atualmente existe em meacutedia
25 concorrentes reais que oferecem exatamente os mesmos produtos que seratildeo
fornecidos com o mesmo padratildeo de qualidade valor agregado requinte e
sofisticaccedilatildeo Tambeacutem foi detectado mais 14 concorrentes potenciais que vendem
produtos similares aos que seratildeo vendidos poreacutem natildeo possuem o mesmo valor
agregado dos que vatildeo ser ofertados Foi possiacutevel identificar que alguns concorrentes
oferecem somente os doces finos dos quais foram identificados mais 3 concorrentes
reais e 3 concorrentes potenciais E foi detectado que existem concorrentes que
fornecem apenas os bolos artiacutesticos dos quais foi identificado 4 concorrentes reais
todos fornecem os bolos com o mesmo niacutevel de qualidade que seratildeo fornecidos
A tabela 3 mostra a divisatildeo dos concorrentes reais e potenciais que fornecem
bolos e doces por bairro de Curitiba
39
TABELA 3 - CONCORRENTES QUE FORNECEM BOLOS E DOCES POR BAIRRO
Bairro Quantidade de Concorrentes Reais
Quantidade de Concorrentes Potenciais
Aacutegua Verde 4 1
Ahuacute 1
Bairro Alto 2 1
Barreirinha 1
Barreirinha 1
Bom Retiro 1
Campo Comprido 1
Campo Comprido 1
Cidade Industrial 1
Colombo 1
Fazenda Rio Grande 1
Hauer 1
Hugo Lange 1
Mercecircs 1
Novo Mundo 2 1
Novo Mundo 1
Portatildeo 1
Portatildeo 1
Santa Cacircndida 1
Santa Felicidade 1 1
Santo Inaacutecio 1 1
Satildeo Joseacute dos Pinhais 1
Seminaacuterio 1
Sitio Cercado 1
Tarumatilde 1
Vila Izabel 1
Natildeo Informado 1 2
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
418 Forma de divulgaccedilatildeo dos concorrentes
Todas as empresas pesquisadas que fornecem produtos similares aos que
vamos fornecer utilizam sites proacuteprios e as redes sociais para fazer divulgaccedilatildeo dos
seus produtos todas fazem degustaccedilatildeo para os clientes conhecerem os seus
produtos e posteriormente fechar um contrato
40
42 TAMANHO DO NEGOacuteCIO
421 Capacidade produtiva
A capacidade produtiva vai ser para atender ateacute 4 eventos por semana A
produccedilatildeo vai ser de ateacute 5600 doces (doces finos gourmet e bem casados) e 4 bolos
atendendo ateacute 4 eventos por final de semana e ateacute 16 eventos por mecircs sendo que
nos meses de setembro a dezembro essa demanda aumenta pelo motivo de
historicamente ter um nuacutemero maior de casamentos
422 Investimento
Um dos pontos mais relevantes para abertura de uma empresa eacute a
determinaccedilatildeo do capital miacutenimo para dar iniacutecio nas atividades e principalmente como
obter este capital ldquoEacute com o capital inicial que a empresa tem condiccedilotildees de reunir os
recursos empresariais necessaacuterios ao seu funcionamento sejam eles recursos
humanos materiais ou financeirosrdquo A determinaccedilatildeo do capital eacute o que estabelece a
quantidade de recursos empresariais que a empresa tem disponiacutevel Indiscutivelmente
quanto maior for o volume de recursos empresariais mais faacutecil se torna o desempenho
da empresa Quando todos os recursos necessaacuterios para seu funcionamento estatildeo agrave
disposiccedilatildeo a administraccedilatildeo do empreendimento fica mais simples (CHIAVENATO
2007 p84)
Cabe acrescentar que (LAPPONI 2007 p 321)
O custo inicial refere-se aos desembolsos realizados para aquisiccedilatildeo de equipamentos ou outros ativos fixos incluindo o pagamento de fretes seguros instalaccedilotildees despesas operacionais iniciais com materiais e matildeo de obra treinamento de pessoal de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo etc resumindo o custo inicial inclui todos os desembolsos necessaacuterios para adquirir os ativos necessaacuterios e que estejam em condiccedilotildees de operar e gerar as receitas estimadas
41
O empreendimento iniciaraacute suas atividades com capital investido com
recursos proacuteprios da empreendedora
As estimativas de investimento inicial para abertura da empresa foi de
R$5162851 conforme tabela 4
TABELA 4 - INVESTIMENTO INICIAL
Descriccedilatildeo Valor (R$)
Maacutequinas e equipamentos Cozinha R$ 3084878
Utensiacutelios R$ 555075
Moacuteveis para escritoacuterio R$ 268982
Equipamentos de informaacutetica e eletrocircnicos R$ 446204
Outros custos escritoacuterio R$ 48912
Uniformes R$ 155800
Pintura Imoacutevel R$ 500000
Porta de Vidro R$ 103000
Total R$ 5162851
FONTE ELABORADO PELO AUTOR (2015)
423 Localizaccedilatildeo
Seraacute locado um imoacutevel para a instalaccedilatildeo da empresa localizado na Rua Heitor
Baggio Vidal 2508 Bairro Alto Curitiba ndash PR com o valor do aluguel mensal de
R$160000 (mil e seiscentos reais) O espaccedilo interno de 95msup2 seraacute dividido em trecircs
partes a primeira com 20msup2 vai ficar a recepccedilatildeo para receber os clientes efetuar
orccedilamentos e as degustaccedilotildees a segunda com 71msup2 a cozinha industrial onde seratildeo
fabricados os bolos e doces finos e a terceira com 4msup2 o lavabo
42
FOTO14 - FOTO DO IMOacuteVEL ONDE SERAacute INSTALADA A EMPRESA FONTE MP IMOacuteVEIS
424 Entregas
As entregas dos bolos e doces finos seratildeo efetuadas por uma empresa
parceira localizada no Bairro Alto o preccedilo das entregas em Curitiba e regiatildeo
metropolitana variam de R$2400 (vinte e quatro reais) a R$6000 (sessenta reais)
dependendo da localizaccedilatildeo tais valores seratildeo cobrados dos clientes
43 CAPITAL DE GIRO
O capital de giro inicial foi estimado levando em conta que no primeiro ano a
empresa vai produzir 8333 da sua capacidade atendendo em meacutedia 13 ventos
mensalmente sendo assim foram considerados os gastos operacionais necessaacuterios
para o iniacutecio das atividades incluindo o custo fixo mensal e o estoque inicial ambos
multiplicados por 2 e acrescidos de um percentual de 10 de margem de seguranccedila
para despesas natildeo previstas
43
TABELA 5 - CAPITAL DE GIRO
Item Valor (R$)
Estoque Inicial 5144000
Custo Fixo Mensal 3194783
Reserva (10) 833878
Total do Capital de Giro Inicial 9172662
FONTE ELABORDO PELO AUTOR
44 FLUXO DE CAIXA
ldquoFluxo de Caixa eacute um Instrumento de gestatildeo financeira que projeta para
periacuteodos futuros todas as entradas e as saiacutedas de recursos financeiros da empresa
indicando como seraacute o saldo de caixa para o periacuteodo projetadordquo (SEBRAE)
Na tabela 6 eacute apresentada a projeccedilatildeo do Fluxo de Caixa da empresa para os
seus primeiros cinco anos onde fica evidenciado que do primeiro ateacute o quinto ano a
sauacutede financeira da empresa melhora gradativamente sendo que no final do quinto
ano o saldo em caixa ultrapassa os 300 se comparado com o saldo em caixa no
final do primeiro ano
Pode-se observar que natildeo foi inserida no fluxo de caixa a opccedilatildeo de
inadimplecircncia pois todos os pagamentos seratildeo efetuados agrave vista em dinheiro ou
cartatildeo sendo que o pagamento total dos produtos deve ser efetuado no miacutenimo 10
dias antes da data do evento
44
TABELA 6 - PROJECcedilAtildeO DE FLUXO DE CAIXA NOS PRIMEIROS CINCO ANOS
Descriccedilatildeo Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5
Investimento Inicial (5162851)
Capital de Giro (9172662) 9172662
Valor Residual 1548855
Total de entradas 000 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873
Previsatildeo Receitas de vendas 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873
Total de Saiacutedas (14335513) (44888699) (54283425) (59479393) (64738409) (70291804)
(-)Fornecedores (25720000) (33641760) (36669518) (39969775) (43567055)
(-)Folha de pagamento (3267192) (3593911) (3953302) (4348633) (4783496)
(-)Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)
(963216) (1011377) (1061946) (1115043) (1170795)
(-)Retiradas soacutecios (2400000) (2640000) (3432000) (3946800) (4341480)
(-)Impostos s vendas (4654291) (5073177) (5573767) (6075406) (6622192)
(-)Alugueacuteis (1920000) (2016000) (2116800) (2222640) (2333772)
(-)Energia eleacutetrica (840000) (882000) (926100) (972405) (1021025)
(-)Aacutegua (300000) (315000) (330750) (347288) (364652)
(-)Telefone (384000) (403200) (423360) (444528) (466754)
(-)Gaacutes (588000) (617400) (648270) (680684) (714718)
(-)Serviccedilos contabilidade (960000) (1008000) (1058400) (1111320) (1166886)
(-)Manutenccedilatildeo (600000) (630000) (661500) (694575) (729304)
(-)Outras despesas com funcionaacuterios
(1296000) (1405800) (1525590) (1656320) (1799030)
(-)Taxas bancaacuterias (96000) (100800) (105840) (111132) (116689)
(-)Outros pagamentos (900000) (945000) (992250) (1041863) (1093956)
Entradas - Saiacutedas (14335513) 12981301 21410535 23027023 25193585 27734070
Depreciaccedilatildeo 000 (631377) (631377) (631377) (631377) (631377)
Saldo Final (14335513) 12349924 20779158 22395647 24562208 37824209
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
A depreciaccedilatildeo foi calculada considerando o prazo de vida uacutetil meacutedio de 10
anos das maacutequinas equipamentos instalaccedilotildees moacuteveis e utensiacutelios e para os
computadores e perifeacutericos foi considerado o prazo de vida uacutetil de 5 anos conforme
demonstrado na tabela 7
TABELA 7 - DEPRECIACcedilAtildeO
Item Valor Inicial Taxa Anual Depreciaccedilatildeo Anual (R$)
Maacutequinas e equipamentos 3084878 10 308488
Instalaccedilotildees 103000 10 10300
Moacuteveis e Utensiacutelios 824057 10 82406
Computadores e Perifeacutericos 446204 20 89241
Outros 704712 20 140942
Total 631377
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
45
O valor residual dos equipamentos e instalaccedilotildees da empresa no final do quinto
ano foi considerado em 30 referente ao valor de aquisiccedilatildeo dos mesmos no iniacutecio do
projeto
45 ANAacuteLISE DOS INDICADORES (VPL TIR E PAYBACK)
451 Valor Presente Liacutequido (VPL)
A tabela 8 mostra que o VPL (Valor Presente Liacutequido) eacute positivo isso significa
que aleacutem de recuperar o investimento inicial ainda vai ser agregado ao valor da
empresa um montante de R$ R$50392407 (quinhentos e trecircs mil novecentos e vinte
quatro reais e sete centavos)
A taxa de retorno requerida de 20 foi determinada levando em conta o niacutevel
de risco do projeto e visando o valor desejado para se obter em cima do valor
investido
TABELA 8 - CALCULO DO VALOR PRESENTE LIacuteQUIDO (VPL)
Anos FC k 2000
0 -$143355 VPL $50392407
1 $123499 VPL $50392407
2 $207792 VPL $50392407
3 $223956 VPL $21761126
4 $245622 VPL $21761126
5 $378242 Decisatildeo Aceitar o Projeto
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
452 Taxa Interna de Retorno (TIR)
Conforme a tabela 9 eacute possiacutevel verificar que a TIR (Taxa Interna de Retorno)
eacute de 11593 maior que a taxa requerida de 20 isso significa que custo inicial seraacute
46
recuperado e o projeto vai criar valor para empresa mais um resultado favoraacutevel para
a aceitaccedilatildeo do projeto
TABELA 9 - TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR)
Anos FC
0 -$143355 TIR 11593
1 $123499 TIR 2168
2 $207792 TIR 2168
3 $223956 Decisatildeo
4 $245622 k 2000
5 $378242 Aceitar o projeto
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
453 Payback
O tempo de recuperaccedilatildeo do custo inicial ocorre normalmente entre o quarto e
o quinto ano se for feita a anaacutelise da tabela 10 eacute possiacutevel verificar que o tempo
necessaacuterio para o retorno do investimento (payback) do projeto eacute de 128 anos este
indicador mostra claramente que o projeto deve ser aceito pois o tempo de retorno
estaacute bem abaixo do tempo meacutedio dos empreendimentos como um todo
TABELA 10 - PAYBACK
k 20
Anos FC SPresente
0 -$143355 -$143355 PBD-SP = 128
1 $123499 -$40439 128
2 $207792 $103861
3 $223956 $233465
4 $245622 $351917
5 $378242 $503924
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
47
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Para iniciar um negoacutecio requer muito mais do que apenas o espiacuterito
empreendedor eacute necessaacuterio ter lideranccedila conhecimento sobre o mercado que deseja
atuar organizaccedilatildeo e principalmente planejamento
O principal objetivo desse estudo foi analisar a viabilidade econocircmico-
financeira da abertura de uma empresa de bolos e doces finos no Bairro Alto em
Curitiba
O objetivo apresentado nesta pesquisa foi atingido pois todos os indicadores
analisados mostram com clareza que empresa obteacutem resultados positivos que criam
valor para a mesma e com isso o projeto eacute viaacutevel economicamente pois do primeiro
ao quinto ano fica visiacutevel o crescimento do empreendimento e a melhora significativa
da sua sauacutede financeira isso fica evidenciado no saldo final em caixa no quinto ano
que chega proacuteximo haacute 400 mil reais Apesar disso eacute crucial o acompanhamento do
mercado para seguir as tendecircncias e se atualizar constantemente para tomar
decisotildees mais assertivas
Um negoacutecio mal avaliado pode arruinar a estabilidade econocircmica do
investidor por isso eacute de extrema importacircncia fazer todos os levantamentos de custos
antes de se aventurar em qualquer empreendimento
Eacute possiacutevel comprovar que a pesquisa realizada contribui positivamente para
abertura da empresa No entanto as informaccedilotildees aqui presentes natildeo satildeo estaacuteticas e
devem ser revisadas periodicamente e se preciso ateacute mesmo ampliadas no decorrer
da implantaccedilatildeo do projeto para que o mesmo seja uma ferramenta eficiente e eficaz
no desenvolvimento da empresa como um todo
48
REFEREcircNCIAS
BRITO Paulo Anaacutelise e viabilidade de projetos de investimento Satildeo Paulo Atlas 2003 DOLABELA Fernando O segredo de Luiacutesa 30 ed Satildeo Paulo Editora de Cultura 2006 DORNELAS Joseacute Carlos Assis Empreendedorismo transformando ideias em negoacutecios 4 ed Rio de Janeiro Campus Elsevier 2012 CENSO Demograacutefico 2010 Resultados gerais da amostra Curitiba IBGE 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=410690ampidtema=87ampsearch=parana|curitiba|censo-demografico-2010-resultados-gerais-da-amostra-gt Acesso em 21 de Junho de 2015 CHIAVENATO Idalberto Empreendedorismo dando asas ao espiacuterito empreendedor empreendedorismo e a viabilidade de novas empresas um guia eficiente para iniciar e tocar seu proacuteprio negoacutecio 2 ed Satildeo Paulo Saraiva 2007 ESTATIacuteSTICAS do registro civil 2012 Curitiba IBGE 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaoregistrocivil2012default_xlsshtmgt Acesso em 21 de Junho de 2015 GIL Antonio Carlos Meacutetodos e teacutecnicas de pesquisa social 6 ed Satildeo Paulo Atlas 2008 KOTLER Philip KELLER Kevin Lane Administraccedilatildeo de Marketing 12 ed Satildeo Paulo ABDR 2006 LAPPONI Juan Carlos Projetos de Investimento na Empresa Rio de Janeiro Elsevier 2007 MACHADO Jesseacute Anderson Pinto Projetos Econocircmicos uma abordagem praacutetica de elaboraccedilatildeo Satildeo Paulo Nobel 2002 MICHEL Maria Helena Metodologia e pesquisa cientiacutefica em ciecircncias sociais 2 ed Satildeo Paulo Atlas 2009 OLIVEIRA Djalma de Pinho Rebouccedilas de Planejamento estrateacutegico conceitos metodologia e praacuteticas 20 ed Satildeo Paulo Atlas 2004 PRODANOV Cleber Cristiano ERNANI Cesar de Freitas Metodologia do trabalho cientiacutefico meacutetodo e teacutecnicas da pesquisa e do trabalho acadecircmico 2 ed Novo Hamburgo Freevale 2013
49
REBELATTO Dayse Projeto de Investimento 1 ed Barueri Manole 2004 SEBRAE Pesquisa de Mercado o que eacute e para que serve Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrsitesPortalSebraeartigosPesquisa-de-mercado-o-que-C3A9-e-para-que-servegt Acesso em 21 de Junho de 2015 SEBRAE Fluxo de caixa Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrSebraePortal20SebraeAnexos0_fluxo-de-caixapdfgt Acesso em 10 de Outubro de 2015 WILDAUER Egon Walter Plano de negoacutecios elementos construtivos e processos de elaboraccedilatildeo 2 ed Curitiba Ibpex 2011 WOILER Samsatildeo MATHIAS Washington Franco Projetos planejamento elaboraccedilatildeo anaacutelise 1 ed Satildeo Paulo Atlas 1994
50
APEcircNDICES
APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL 51
APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS 52
APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL 52
51
APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL
Item Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5
Aacutegua 25000 26250 27563 28941 30388
Aluguel 160000 168000 176400 185220 194481
Assessoria Contaacutebil 80000 84000 88200 92610 97241
Gaacutes 49000 51450 54023 56724 59560
Impostos 387858 422765 464481 506284 551849
Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)
80268 84281 88495 92920 97566
Energia eleacutetrica 70000 73500 77175 81034 85085
Manutenccedilatildeo 50000 52500 55125 57881 60775
Material de escritoacuterio 20000 21000 22050 23153 24310
Material de Limpeza 40000 42000 44100 46305 48620
Folha de pagamento 272266 299493 329442 362386 398625
Seguros 15000 15750 16538 17364 18233
Telefone fixointernet 20000 21000 22050 23153 24310
Telefone Moacutevel 12000 12600 13230 13892 14586
Vale Refeiccedilatildeo 75000 82500 90750 99825 109808
Vale Transporte 33000 34650 36383 38202 40112
Proacute- labore 200000 220000 286000 328900 361790
Taxas Bancaacuterias 8000 8400 8820 9261 9724
Total R$ 1597392 R$ 1720139 R$ 1900823 R$ 2064053 R$ 2227062
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
52
APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS
Item
Produccedilatildeo mensal meacutedia
Custo unitaacuterio total
Sugestatildeo Preccedilo de venda
Custo Mensal Total
Receita de vendas
Bolos artiacutesticos (recheios diversos) 150 6000 13500 900000 2025000
Bolos de copa (recheios diversos) 30 3600 8100 108000 243000
Naked cake (recheios diversos) 60 4200 9450 252000 567000
Doces Tradicionais 32 3500 7875 112000 252000
Doces Espelhados 32 5000 11250 160000 360000
Doces Finos 32 7500 16875 240000 540000
Brigadeiros gourmet 16 4500 10125 72000 162000
Tacinhas acriacutelicas 16 5500 12375 88000 198000
Trufas 32 5000 11250 160000 360000
Bombons 32 5000 11250 160000 360000
Bem casados 3200 100 225 320000 720000
Custo produccedilatildeo Total 2572000
Receita Total 5787000
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL
Ano Receita Bruta Variaccedilatildeo anual
Ano 1 000
Ano 2 69444000 9
Ano 3 75693960 9
Ano 4 82506416 9
Ano 5 89931994 9
Valor considerando a inflaccedilatildeo de 9 aa
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
18
Com isso Wildauer (2011 p 45) conclui que ldquoo plano de negoacutecios eacute como um
guia uacutetil para a obtenccedilatildeo de conhecimentos para a concepccedilatildeo de um
empreendimentordquo
221 Estrutura do plano de negoacutecios
O plano de negoacutecios mobiliza todas as informaccedilotildees necessaacuterias para abrir um
negoacutecio por meio dele eacute possiacutevel detectar onde estou e para onde desejo ir dentro do
mercado
Conforme identificado por Dornelas (2012 p 101) ldquonatildeo existe uma estrutura
riacutegida e especiacutefica para se escrever um plano de negoacuteciosrdquo dado que cada negoacutecio
possui suas singularidades e equivalecircncias sendo improvaacutevel delimitar um modelo-
padratildeo de plano de negoacutecios que seja absoluto e adequado para todos os negoacutecios
Todos os planos de negoacutecios devem conter um miacutenimo de seccedilotildees que vatildeo possibilitar
uma compreensatildeo do negoacutecio como um todo Tais seccedilotildees satildeo alinhadas de maneira
que mantenham uma sequecircncia loacutegica que possibilite qualquer pessoa ler o plano e
compreender como a empresa eacute estruturada seus objetivos seus produtos seus
serviccedilos qual seu mercado seu plano financeiro e de marketing
A seguir encontra-se uma breve descriccedilatildeo de cada uma das seccedilotildees do Plano
de Negoacutecios
2211 Capa
Eacute um dos componentes fundamentais do plano de negoacutecios pois eacute a primeira
parte que eacute vista pela pessoa que vai ler deve ser desenvolvida de forma clara e com
os dados adequados (DORNELAS 2012 p 101)
19
2212 Sumaacuterio
O sumaacuterio deve incluir ldquoo tiacutetulo de cada seccedilatildeo do plano de negoacutecios e a paacutegina
respectiva onde se encontra bem como os principais assuntos relacionados em cada
seccedilatildeordquo Isso faz com que fique mais faacutecil o leitor do plano de negoacutecios identificar com
mais agilidade o que lhe interessar (DORNELAS 2012 p 101-102)
2213 Sumaacuterio executivo
O Sumaacuterio Executivo eacute a parte mais importante do plano de negoacutecios ele iraacute
definir se o leitor vai prosseguir ou natildeo com a leitura do plano de negoacutecios Dessa
forma deve ser redigido com bastante concentraccedilatildeo e revisado inuacutemeras vezes e
tambeacutem englobar as informaccedilotildees mais relevantes do plano de negoacutecios Deve ser
direcionado ao puacuteblico-alvo do plano de negoacutecios e deixar claro qual o objetivo do
mesmo em relaccedilatildeo agraves pessoas que estatildeo o lendo ldquoO Sumaacuterio Executivo deve ser a
uacuteltima seccedilatildeo a ser escrita pois depende de todas as outras seccedilotildees do plano para ser
elaboradardquo (DORNELAS 2012 p 102)
2214 Anaacutelise estrateacutegica
Nesta seccedilatildeo eacute determinada a direccedilatildeo que a empresa vai seguir ldquosua visatildeo e
missatildeo sua situaccedilatildeo atual as potencialidades e ameaccedilas externas suas forccedilas e
fraquezas seus objetivos e metas de negoacuteciordquo Essa parte eacute o alicerce para o
crescimento e o estabelecimento das outras accedilotildees redigidas no plano (DORNELAS
2012 p 102)
20
2215 Descriccedilatildeo da empresa
Eacute nessa seccedilatildeo que deve ser feita a descriccedilatildeo da empresa ldquoseu histoacuterico
crescimento faturamento dos uacuteltimos anos sua razatildeo social impostos estrutura
organizacional e legal localizaccedilatildeo parcerias serviccedilos terceirizados etcrdquo
(DORNELAS 2012 p 102)
2216 Produtos e serviccedilos
Nessa seccedilatildeo do plano de negoacutecios devem ser descritos os produtos e serviccedilos
da empresa a maneira que satildeo produzidos o capital disposto seu ciclo de vida os
elementos tecnoloacutegicos envolvidos pesquisa e desenvolvimento os seus clientes
marcas e patentes etc
Nessa seccedilatildeo pode ser incluiacuteda quando estaacute informaccedilatildeo encontra-se disponiacutevel uma visatildeo do niacutevel de satisfaccedilatildeo dos clientes com os produtos e serviccedilos da empresa Esse feedback eacute bastante importante porque costuma oferecer natildeo apenas uma visatildeo do niacutevel de qualidade percebida nos produtos e serviccedilos mas tambeacutem guiar futuros investimentos da empresa em novos desenvolvimentos e processos de produccedilatildeo (DORNELAS 2012 p 102-103)
2217 Plano operacional
Nesta seccedilatildeo devem ser expostas as accedilotildees que a empresa pretende ter na
sua estrateacutegia produtiva e no processo de produccedilatildeo apontando os resultados que
essas accedilotildees teratildeo sobre os criteacuterios de avaliaccedilatildeo dos produtos Deve incluir dados
operacionais atualizados e presumidos como ldquolead time do produto ou serviccedilo
percentual de entregas a tempo rotatividade do inventaacuterio iacutendice de refugo lead time
de desenvolvimento de produto ou serviccedilo etcrdquo (DORNELAS 2012 p 103)
21
2218 Plano de recursos humanos
Devem ser exibidas as propostas de desenvolvimento e treinamento de
pessoal da empresa Esses dados estatildeo pontualmente associados com a
competecircncia da empresa de crescer ldquoespecialmente quando esta atua em um
mercado onde a detenccedilatildeo de tecnologia eacute considerada um fator estrateacutegico de
competitividaderdquo (DORNELAS 2012 p 103)
2219 Anaacutelise de mercado
Nesta seccedilatildeo o responsaacutevel pelo plano de negoacutecios deve deixar claro que os
executivos da empresa entendem perfeitamente o mercado consumidor do seu
produto ou serviccedilo (atraveacutes de pesquisa de mercado) como estaacute segmentado
crescimento do mercado atributos do consumidor anaacutelise da concorrecircncia qual a sua
fatia de mercado e dos concorrentes etc (DORNELAS 2012 p 103)
22110 Estrateacutegia de marketing
Deve ser apresentado o objetivo da empresa para vender seu produtoserviccedilo
e consolidar seus clientes e ampliar sua demanda Deve ser informada sua estrateacutegia
de venda especificidades do produtoserviccedilo preccedilos puacuteblico-alvo canais de
distribuiccedilatildeo projeccedilatildeo das vendas (DORNELAS 2012 p 103)
22
22111 Plano financeiro
Na seccedilatildeo financeira deve mostrar em nuacutemeros todas as accedilotildees planejadas
para a empresa e suas evidecircncias por meio de projeccedilotildees futuras para um negoacutecio
bem sucedido
Deve conter demonstrativo de fluxo de caixa com horizonte de pelo menos trecircs anos balanccedilo patrimonial anaacutelise do ponto de equiliacutebrio necessidades de investimento demonstrativos de resultados anaacutelise de indicadores financeiros do negoacutecio como faturamento previsto margem prevista prazo de retorno sobre o investimento inicial (payback) taxa interna de retorno (TIR) etc (DORNELAS 2012 p 103-104)
22112 Anexos
Nesta seccedilatildeo deve incluir todos os dados considerados importantes para
melhor compreensatildeo do plano de negoacutecios O que natildeo pode ser deixado de anexar eacute
o curriculum vitae dos soacutecios da empresa (DORNELAS 2012 p 104)
23 VIABILIDADE ECONOcircMICO-FINANCEIRA
Analisar o empreendimento economicamente para verificar se o projeto eacute
viaacutevel e lucrativo ou natildeo eacute uma das decisotildees fundamentais de qualquer
empreendedor
A anaacutelise de investimento eacute um mecanismo aacutegil praacutetico e seguro que ajuda
profissionais de inuacutemeras aacutereas no processo de anaacutelise de tomada de decisotildees
financeiras (REBELATTO p 141)
Lapponi (2007 p 123) afirma que
O objetivo da decisatildeo de investimento ou do orccedilamento de capital eacute maximizar o valor da empresa A decisatildeo de alocaccedilatildeo do capital em projeto de investimento eacute fundamental para o sucesso pois os recursos da empresa
23
satildeo comprometidos por longo tempo na direccedilatildeo de seu futuro desejado e isso envolve um grande esforccedilo de tempo e de gerenciamento Cada projeto aprovado eacute um desembolso realizado pela empresa coma expectativa de obter benefiacutecios futuros quantificados pela geraccedilatildeo de um fluxo de retornos adequados em geral por um prazo maior do que um ano
A carecircncia de recursos financeiros diante das muitas necessidades faz com
que seja crucial aperfeiccediloar sua utilizaccedilatildeo A anaacutelise antecipada de investimento
possibilita que se racionalize a forma como os recursos de capital satildeo utilizados
(REBELATTO 2004 p 141)
Para analisar a viabilidade de um projeto economicamente eacute necessaacuterio reunir
uma seacuterie de informaccedilotildees e de dados que precisam ser organizados para atingir seu
objetivo final que eacute o de facilitar a tomada de decisatildeo Vale salientar que o projeto
deve ser um documento que tenha a capacidade de mostrar de uma maneira loacutegica a
visatildeo estrateacutegica do negoacutecio (MACHADO 2002 p 144)
231 Fluxo de caixa
O fluxo de caixa eacute o melhor guia para uma administraccedilatildeo financeira eficiente
de qualquer negoacutecio
O fluxo de caixa eacute a reproduccedilatildeo graacutefica de uma movimentaccedilatildeo financeira ldquoAs
movimentaccedilotildees monetaacuterias satildeo identificadas temporalmente por meio de um conjunto
de entradas e saiacutedas de caixa definido como diagrama de fluxo de caixardquo Essa
representaccedilatildeo proporciona a visualizaccedilatildeo em diferentes momentos com o que estaacute
ocorrendo com o capital (REBELATTO 2004 p 150)
ldquoA identificaccedilatildeo e a quantificaccedilatildeo das estimativas relevantes do projeto satildeo o
iniacutecio da construccedilatildeo do fluxo de caixa do projeto para empresa em funcionamentordquo
(LAPPONI 2007 p 347)
O fluxo de caixa eacute um composto de entradas e saiacutedas de valores monetaacuterios
(dinheiro) no decorrer de um determinado periacuteodo Bem como evidenciar uma opccedilatildeo
possiacutevel de transaccedilotildees financeiras ou seja pagamentos agrave vista pagamentos a prazo
tiacutetulos originais etc (REBELATTO 2004 p 151)
24
232 Valor Presente Liacutequido (VPL)
ldquoO Valor presente liacutequido (VPL) ou valor atual liacutequido (VAL) eacute o valor atual das
entradas de caixa (retornos de capital esperados) incluindo o valor residual (se
houver) menos o valor atual das saiacutedas de caixardquo (REBELATTO 2004 p 214)
A foacutermula para chegar ao VPL eacute (LAPPONI 2007 p 125)
119881119875119871 = minus119868 +119865119862
(1 + 119870)119899
Onde
I= custo inicial ou desembolso inicial
FC= fluxo de caixa
K= taxa requerida
n= prazo de anaacutelise
Rebelatto (2004 p214) afirma que os paracircmetros para que o projeto seja
aceito se refere ao valor presente liacutequido (VPL)
VPLgt0 o projeto eacute aceito
VPLlt0 o projeto eacute rejeitado
VPL=0 o projeto pode ser aceito ou natildeo pois natildeo cria e nem destroacutei
valor para empresa
Para Lapponi (2007 p 134-135) as principais vantagens do VPL satildeo
Considera o fluxo de caixa do projeto na sua totalidade
Considera o valor monetaacuterio (dinheiro) no tempo
Tem a capacidade de medir o valor criado ou destruiacutedo pelo projeto
Pode ser utilizado na avaliaccedilatildeo do projeto independentemente do tipo de
fluxo de caixa utilizado
Seleciona o projeto mais viaacutevel economicamente
25
233 Taxa Interna de Retorno (TIR)
ldquoTaxa Interna de Retorno (TIR) eacute a taxa de desconto que torna o valor atual
liacutequido (VAL) do investimento igual a zero Tambeacutem eacute chamada de taxa interna efetiva
de rentabilidaderdquo (REBELATTO 2004 p 217)
No projeto do tipo simples com o aumento da taxa requerida o VPL do projeto tende ao valor do custo inicial pois o VPL eacute uma funccedilatildeo decrescente da taxa requerida Portanto a decisatildeo com o meacutetodo TIR somente deve ser feita em projetos simples que garantem a existecircncia de uma uacutenica TIRgt -100 Nos outros tipos de fluxo de caixa em geral o meacutetodo da TIR natildeo deve ser utilizado pois haacute a possibilidade de muacuteltiplas TIRs Sendo a TIR a taxa de juro que zera o VPL do projeto simples para qualquer taxa requerida K menor que a TIR o VPL seraacute positivo e para qualquer taxa requerida K maior que a TIR o VPL seraacute negativo (LAPPONI 2007 p 175-176)
Rebelatto (2004 p 217) complementa afirmando que a TIR eacute um meacutetodo
aprimorado de anaacutelise de investimento sendo possivelmente uma das mais usadas
para avaliar projetos econocircmicos A TIR deve ser comparada com a taxa miacutenima de
atratividade (TMA) para analisar se o projeto seraacute aceito ou natildeo
Sendo assim Lapponi (2007 p 176) considera que
Se TIR gt TMA o projeto deve ser aceito pois eacute economicamente viaacutevel
Se TIR lt TMA o projeto deve ser recusado pois eacute economicamente
inviaacutevel
Se TIR = TMA eacute indiferente investir no projeto pois o mesmo natildeo criaraacute
e nem destruiraacute valor da empresa
ldquoA grande vantagem da TIR como indicador de decisatildeo eacute que prescinde de
informaccedilotildees externas ao projeto Tudo que o analista necessita eacute conhecer o perfil do
projeto e alguma ideia de magnitude da taxa de jurosrdquo (MACHADO 2002 p 127)
26
234 Periacuteodo de retorno de investimento (Payback)
ldquoO payback eacute o periacuteodo de tempo em que ocorre o retorno do investimento
Calculado no fluxo de caixa de vida uacutetil de dez anos o payback apresenta-se de vaacuterias
maneiras para cada tipo de empresardquo (BRITO 2003 p 51)
Uma empresa pode nomear o payback como um dos paracircmetros para escolha
de um projeto a fim de minimizar seus riscos Mesmo sendo esse um meacutetodo faacutecil e
simples na praacutetica eacute um dos mais utilizados para efetuar a mediccedilatildeo econocircmica de um
projeto (REBELATTO 2004 p 230)
Segundo Rebelatto (2004 p 231) a foacutermula baacutesica que demonstra o caacutelculo
do payback em fluxos de caixas regulares eacute
PB =I0
FC
Onde
PB= Payback
I0= Investimento inicial
FC= Fluxo de caixa regular
Para executar o meacutetodo payback eacute crucial estabelecer o tempo maacuteximo de
toleracircncia TMT para resgatar o custo inicial ldquoPara decidir se o projeto deve ser aceito
o payback deve ser comparado com o valor de referecircncia TMT de forma querdquo
(LAPPONI 2007 p 245)
Se PB lt TMT o projeto deve ser aceito
Se PB gt TMT o projeto deve ser recusado
A principal vantagem para utilizaccedilatildeo do meacutetodo payback eacute que ele reflete a
liquidez do projeto e por consequecircncia eacute possiacutevel efetuar a avaliaccedilatildeo do risco de natildeo
recuperar o investimento (REBELATTO 2004 p 230)
27
3 METODOLOGIA
Este capiacutetulo tem por objetivo descrever os procedimentos e teacutecnicas
utilizados na pesquisa considerando o problema e aos objetivos gerais e especiacuteficos
Para a execuccedilatildeo da revisatildeo bibliograacutefica realizada neste estudo foi utilizado
livros de especialistas na aacuterea os principais temas abordados foram o
empreendedorismo que eacute um assunto chave quando surge uma ideia para um novo
negoacutecio plano de negoacutecios que eacute um elemento fundamental para o sucesso ou
fracasso de um empreendimento e a viabilidade econocircmico-financeira tema
fundamental visto que o objetivo geral da pesquisa eacute mensurar se a mesma eacute viaacutevel
ou natildeo economicamente
Foi elaborada uma anaacutelise de mercado que estaacute disponiacutevel no item 41 deste
estudo atraveacutes da mesma foi identificado que os principais clientes satildeo das classes
A e B de Curitiba regiatildeo metropolitana no item 42 foi efetuado um levantamento do
tamanho do negoacutecio onde foi definida a capacidade produtiva o investimento inicial e
a localizaccedilatildeo do empreendimento no item 44foi elaborado o fluxo de caixa que
demonstra as previsotildees financeiras do periacuteodo de 5 anos o meacutetodo utilizado para
elaborar a pesquisa foi um estudo de caso de natureza exploratoacuteria quantitativa e
anaacutelise documental
O estudo de caso eacute evidenciado por um estudo minucioso e cansativo de um
ou poucos objetivos desta forma propicia um vasto e detalhado conhecimento sobre
o assunto uma missatildeo praticamente impossiacutevel mediante as outras maneiras de
delineamentos consideradas (GIL 2008 p 57-58)
Prodanov e Freitas (2013 p60) afirmam que o estudo de caso consiste em
recolher e analisar dados sobre determinado indiviacuteduo famiacutelia grupo ou comunidade
com a finalidade de estudar diferentes aspectos das suas vidas conforme o assunto
da pesquisa
Jaacute as pesquisas exploratoacuterias satildeo definidas por Gil (2008 p 27) como as que
Tecircm como principal finalidade desenvolver esclarecer e modificar conceitos e ideias tendo em vista a formulaccedilatildeo de problemas mais precisos ou hipoacuteteses pesquisaacuteveis para estudos posteriores De todos os tipos de pesquisa estas satildeo as que apresentam menor rigidez no planejamento Habitualmente envolvem levantamento bibliograacutefico e documental entrevistas natildeo padronizadas e estudos de caso
28
A pesquisa quantitativa ldquoconsidera que tudo pode ser quantificaacutevel o que
significa traduzir em nuacutemeros opiniotildees e informaccedilotildees para classificaacute-las e analisaacute-lasrdquo
Eacute necessaacuteria a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas estatiacutesticas tais como porcentagem meacutedia
moda desvio-padratildeo coeficiente de correlaccedilatildeo etc (PRODANOV FREITAS 2013
p 69)
Muitos dados que satildeo utilizados em pesquisas satildeo adquiridos indiretamente
por meio de documentosrdquo como livros jornais papeacuteis oficiais registros estatiacutesticos
fotos discos filmes e viacutedeos que satildeo obtidos de maneira indiretardquo Essas fontes
documentais tecircm a capacidade de disponibilizar ao pesquisador um grande nuacutemero
de informaccedilotildees com bastante qualidade para evitar a perda de tempo (GIL 2008 p
147)
Este modelo de pesquisa foi utilizado para definir os principais clientes quais
os produtos que seratildeo vendidos a capacidade produtiva assim como a viabilidade
econocircmico-financeira e operacional do negoacutecio
29
4 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES
41 ANAacuteLISE DE MERCADO
Woiler e Mathias (1994 p41) e Rebelatto (2004 p01) afirmam que a anaacutelise
de mercado eacute um dos pontos mais relevantes para elaboraccedilatildeo de um projeto Atraveacutes
do estudo do mercado obtemos muitas informaccedilotildees tais como
Fazendo a comparaccedilatildeo entre demanda e a oferta encontramos a
possiacutevel escassez da demanda futura Esse resultado proporcionaraacute
informaccedilotildees para que seja definida a escala de produccedilatildeo do projeto
A regiatildeo geograacutefica em que o produto pode ser vendido eacute um dos pontos
mais significativos para que seja definida a localizaccedilatildeo do empreendimento
O preccedilo de venda os custos de comercializaccedilatildeo e os estoques nos
canais de comercializaccedilatildeo satildeo informaccedilotildees relevantes para que seja
elaborada a projeccedilatildeo do projeto
Vale salientar que esses satildeo apenas alguns elementos importantes que eacute
possiacutevel identificar na anaacutelise de mercado existe muitos outros dados que satildeo obtidos
com a mesma
411 Mercado consumidor
ldquoTodas as decisotildees relacionadas a novos empreendimentos contecircm certo
grau de incerteza tanto no que diz respeito agrave informaccedilatildeo na qual as decisotildees estatildeo
baseadas como no que diz respeito agraves suas consequecircnciasrdquo (SEBRAE)
Chiavenato acredita que os clientes tecircm a capacidade de alavancar ou
derrubar um empreendimento ldquoUm cliente pode ser uma organizaccedilatildeo uma empresa
um usuaacuterio dos produtosserviccedilos ou um consumidor finalrdquo Eacute quem adquiri os
produtosserviccedilos ofertados pela organizaccedilatildeo no final da cadeia de transaccedilotildees Eacute ele
que estabelece direta ou indiretamente se o empreendimento teraacute ecircxito ou natildeo Por
30
isso o cliente deve ser considerado como o principal patrimocircnio da empresa (2007
p 207)
Segundo dados do censo 2010 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e
estatiacutestica) dos 576190 (quinhentos e setenta e seis mil cento e noventa) domiciacutelios
de Curitiba 292965 (duzentos e noventa e dois mil novecentos e sessenta e cinco)
possuem renda de mais de 5 a mais de 20 salaacuterios miacutenimos sendo assim cerca de
5085 dos domiciacutelios curitibanos estatildeo enquadrados nas classes A e B Ainda
segundo o IBGE cerca de 137922 (cento e trinta e sete mil novecentos e vinte e dois)
domiciacutelios curitibanos tecircm renda de mais de 10 salaacuterios miacutenimos o que representa
uma meacutedia de 24 dos domiciacutelios de Curitiba
Mais de 249000 (duzentos e quarenta e nove mil) pessoas que residem em
Curitiba cerca de 1423 da populaccedilatildeo tem rendimento mensal de mais de 5 salaacuterios
miacutenimos conforme Tabela 1
TABELA 1 - RESULTADOS DA AMOSTRA - RENDIMENTO POR PESSOA EM CURITIBA
Quantidade de pessoas Salaacuterios miacutenimos
153011 Mais de 5 a 10 salaacuterios miacutenimos
38692 Mais de 10 a 15 salaacuterios miacutenimos
25427 Mais de 15 a 20 salaacuterios miacutenimos
18264 Mais de 20 a 30 salaacuterios miacutenimos
13791 Mais de 30 salaacuterios miacutenimos
FONTE IBGE - CENSO DEMOGRAacuteFICO 2010
Curitiba possui uma populaccedilatildeo de mais de 1750000 (um milhatildeo setecentos
e cinquenta mil habitantes) segundo censo IBGE 2010 sendo que 932000
(novecentos e trinta e dois mil) pessoas com o estado civil de solteiro viuacutevo
divorciado separado judicialmentedesquitado isso mostra que tem muitas pessoas
que podem fazer festas de casamento e necessitar dos produtos que seratildeo ofertados
tais como bolos artiacutesticos doces finos e bem casados
Segundo as estatiacutesticas do registro civil do IBGE ocorreram em Curitiba e
regiatildeo metropolitana no ano 2012 exatamente 18877 (dezoito mil oitocentos e setenta
e sete) casamentos sendo que nos meses de setembro a dezembro foi onde ocorreu
um maior nuacutemero um total de 7828 (sete mil oitocentos e vinte e oito) casamentos o
que representa um total de 4147 dos casamentos ocorrem nesses quatro meses
do ano
31
TABELA 2 - CASAMENTOS POR MEcircS DE REGISTRO SEGUNDO O LUGAR DO REGISTRO ndash 2012
Lugar do registro
Casamentos por mecircs do registro
Total de
registros Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
RM Curitiba 18877 1466 1250 1572 1282 1403 1533 1248 1255 1735 1753 2118 2262
Curitiba 10351 848 692 857 692 724 872 658 658 971 968 1237 1174
FONTE IBGE DIRETORIA DE PESQUISAS COORDENACcedilAtildeO DE POPULACcedilAtildeO E INDICADORES SOCIAIS ESTATIacuteSTICAS DO REGISTRO CIVIL 2012
Nessa perspectiva foi definido que o mercado que a empresa de bolos e doces
finos vai atuar eacute de Curitiba e regiatildeo metropolitana com foco nas pessoas das classes
A e B com estado civil solteiro divorciado separado judicialmentedesquitado e viuacutevo
412 Produtos que seratildeo vendidos
ldquoNo coraccedilatildeo de uma grande marca haacute um grande produto O produto-chave
na oferta ao mercado Liacutederes de mercado geralmente oferecem produtos e serviccedilos
de qualidade superiorrdquo (KOTLER KELLER 2006 p 366)
Os principais produtos fornecidos seratildeo
Bolos artiacutesticos
FOTO1 - BOLO ARTIacuteSTICO FONTE WANDA CARDOSO - BOLOS ARTIacuteSTICOS amp DOCES
32
Bolos de copa
FOTO2 - BOLO DE COPA FONTE ELABORADO PELO AUTOR
FOTO3 - BOLO DE COPA FONTE ELABORADO PELO AUTOR
Naked cake
FOTO4 - NAKED CAKE FONTE DOCES PENEacuteLOPE
33
Doces Tradicionais
FOTO5 - DOCES TRADICIONAIS FONTE ELABORADO PELO AUTOR
Doces Espelhados
FOTO6 - DOCES ESPELHADOS FONTE PRONTO SOCORRO DAS FESTAS
Doces Finos
FOTO 7 - DOCES FINOS FONTE COMPRANDO MEU APE
34
Brigadeiros gourmet
FOTO8 - BRIGADEIROS GOURMET FONTE ELABORADO PELO AUTOR
Tacinhas acriacutelicas
FOTO9 - TACINHAS ACRIacuteLICAS FONTE BUFFET DELIacuteCIAS DA VI
Trufas
FOTO 10 - TRUFAS FONTE FOGAtildeO DA VOVOacute
35
Bombons
FOTO11 - BOMBONS FONTE DALVA GOLDEN GATE
Bem casados
FOTO12 - BEM CASADOS FONTE CASAMENTO SEM ERRO
FOTO13 - BEM CASADOS FONTE CASAMENTO SEM ERRO
36
413 Preccedilo de venda
A definiccedilatildeo do preccedilo dos produtos eacute uma das decisotildees mais relevantes da
organizaccedilatildeo que deve levar em conta a forma como a empresa deseja se posicionar
no mercado os custos a concorrecircncia e a rentabilidade almejada
O preccedilo eacute um dos elementos mais versaacuteteis pode ser modificado rapidamente
ao contraacuterio das propriedades dos produtos dos contratos com canais de distribuiccedilatildeo
e ateacute mesmo das promoccedilotildees O Preccedilo tem tambeacutem a tarefa de mostrar ao mercado o
posicionamento de valor desejado pela empresa para o seu produto ou marca
(KOTLER KELLER 2006 p 428)
A consolidaccedilatildeo dos preccedilos dos produtos seraacute elaborada levando em conta os
custos para se obter os produtos com a qualidade requinte e sofisticaccedilatildeo desejada
com a margem de lucro esperada e se baseando nos preccedilos praticados pela
concorrecircncia
414 Previsatildeo de vendas
Para Chiavenato (2007 p 2013)
A previsatildeo de vendas representa a quantidade de produtosserviccedilos que a empresa pretende vender ou colocar no mercado durante um determinado periacuteodo geralmente um mecircs ou um ano dividido em meses Constitui portanto uma estimativa ou uma expectativa de vendas Pode ser feita em unidades fiacutesicas ou em valores monetaacuterios
A produccedilatildeo vai ser em meacutedia de 5600 doces (doces finos gourmet e bem
casados) e 4 bolos procurando atender em meacutedia 4 eventos por semana e ateacute 16
eventos por mecircs sendo que nos meses de setembro a dezembro essa demanda
aumenta pelo motivo de historicamente ter um nuacutemero maior de casamentos
37
415 Definiccedilatildeo de local de venda dos produtos
ldquoA venda eacute a fase fundamental do processo de vendas Consiste na
transferecircncia do produtoserviccedilo para o cliente ou consumidorrdquo (CHIAVENATO 2007
p 210)
As vendas vatildeo ocorrer atraveacutes de site proacuteprio redes sociais telefone e
pessoalmente natildeo teremos loja fiacutesica apenas um ateliecirc para confecccedilatildeo dos bolos e
doces onde vai conter uma sala anexa na qual vai ser oferecido o serviccedilo de
degustaccedilatildeo com horaacuterios marcados para assim o cliente decidir quais os produtos
seratildeo adquiridos para o seu evento e fechamento de contrato
416 Definiccedilatildeo da demanda e da oferta
Na maior parte das encomendas os clientes solicitam os doces finos e
gourmet que contecircm chocolates frutas oleaginosas tais como castanhas nozes
avelatildes amecircndoas frutas como framboesa morango damasco cerejas e os bem
casados Os bolos mais solicitados satildeo os com decoraccedilatildeo de pasta americana que
deve obrigatoriamente ter recheios mais firmes como ganaches fios de ovos
strogonoff de nozes e os naked cake (bolo pelado) que possuem mais opccedilotildees de
recheios com chocolates frutas diversas e cremes de pacirctisserie
Em contato com algumas empresas que fornecem o mesmo tipo de produto
foi possiacutevel verificar que as encomendas devem ser feitas com antecedecircncia miacutenima
de 6 meses sendo que alguns casos somente com um ano de antecedecircncia para
conseguir na data desejada Esse eacute um dos pontos que mostra que tem espaccedilo
suficiente para entrada nesse mercado
38
417 Concorrentes
Chiavenato (2007 p 33) Kotler e Keller (2006 p 340) afirmam que os
concorrentes satildeo as organizaccedilotildees que competem pelos mesmos fornecedores
clientes e consumidores
ldquoAgrave medida que seus produtosserviccedilos tornam-se mais heterogecircneos tanto
mais heterogecircneos e diferenciados seratildeo seus concorrentes e tanto mais complexa
seraacute a competitividaderdquo (CHIAVENATO 2007 p 33)
Em busca na internet foi possiacutevel identificar que atualmente existe em meacutedia
25 concorrentes reais que oferecem exatamente os mesmos produtos que seratildeo
fornecidos com o mesmo padratildeo de qualidade valor agregado requinte e
sofisticaccedilatildeo Tambeacutem foi detectado mais 14 concorrentes potenciais que vendem
produtos similares aos que seratildeo vendidos poreacutem natildeo possuem o mesmo valor
agregado dos que vatildeo ser ofertados Foi possiacutevel identificar que alguns concorrentes
oferecem somente os doces finos dos quais foram identificados mais 3 concorrentes
reais e 3 concorrentes potenciais E foi detectado que existem concorrentes que
fornecem apenas os bolos artiacutesticos dos quais foi identificado 4 concorrentes reais
todos fornecem os bolos com o mesmo niacutevel de qualidade que seratildeo fornecidos
A tabela 3 mostra a divisatildeo dos concorrentes reais e potenciais que fornecem
bolos e doces por bairro de Curitiba
39
TABELA 3 - CONCORRENTES QUE FORNECEM BOLOS E DOCES POR BAIRRO
Bairro Quantidade de Concorrentes Reais
Quantidade de Concorrentes Potenciais
Aacutegua Verde 4 1
Ahuacute 1
Bairro Alto 2 1
Barreirinha 1
Barreirinha 1
Bom Retiro 1
Campo Comprido 1
Campo Comprido 1
Cidade Industrial 1
Colombo 1
Fazenda Rio Grande 1
Hauer 1
Hugo Lange 1
Mercecircs 1
Novo Mundo 2 1
Novo Mundo 1
Portatildeo 1
Portatildeo 1
Santa Cacircndida 1
Santa Felicidade 1 1
Santo Inaacutecio 1 1
Satildeo Joseacute dos Pinhais 1
Seminaacuterio 1
Sitio Cercado 1
Tarumatilde 1
Vila Izabel 1
Natildeo Informado 1 2
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
418 Forma de divulgaccedilatildeo dos concorrentes
Todas as empresas pesquisadas que fornecem produtos similares aos que
vamos fornecer utilizam sites proacuteprios e as redes sociais para fazer divulgaccedilatildeo dos
seus produtos todas fazem degustaccedilatildeo para os clientes conhecerem os seus
produtos e posteriormente fechar um contrato
40
42 TAMANHO DO NEGOacuteCIO
421 Capacidade produtiva
A capacidade produtiva vai ser para atender ateacute 4 eventos por semana A
produccedilatildeo vai ser de ateacute 5600 doces (doces finos gourmet e bem casados) e 4 bolos
atendendo ateacute 4 eventos por final de semana e ateacute 16 eventos por mecircs sendo que
nos meses de setembro a dezembro essa demanda aumenta pelo motivo de
historicamente ter um nuacutemero maior de casamentos
422 Investimento
Um dos pontos mais relevantes para abertura de uma empresa eacute a
determinaccedilatildeo do capital miacutenimo para dar iniacutecio nas atividades e principalmente como
obter este capital ldquoEacute com o capital inicial que a empresa tem condiccedilotildees de reunir os
recursos empresariais necessaacuterios ao seu funcionamento sejam eles recursos
humanos materiais ou financeirosrdquo A determinaccedilatildeo do capital eacute o que estabelece a
quantidade de recursos empresariais que a empresa tem disponiacutevel Indiscutivelmente
quanto maior for o volume de recursos empresariais mais faacutecil se torna o desempenho
da empresa Quando todos os recursos necessaacuterios para seu funcionamento estatildeo agrave
disposiccedilatildeo a administraccedilatildeo do empreendimento fica mais simples (CHIAVENATO
2007 p84)
Cabe acrescentar que (LAPPONI 2007 p 321)
O custo inicial refere-se aos desembolsos realizados para aquisiccedilatildeo de equipamentos ou outros ativos fixos incluindo o pagamento de fretes seguros instalaccedilotildees despesas operacionais iniciais com materiais e matildeo de obra treinamento de pessoal de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo etc resumindo o custo inicial inclui todos os desembolsos necessaacuterios para adquirir os ativos necessaacuterios e que estejam em condiccedilotildees de operar e gerar as receitas estimadas
41
O empreendimento iniciaraacute suas atividades com capital investido com
recursos proacuteprios da empreendedora
As estimativas de investimento inicial para abertura da empresa foi de
R$5162851 conforme tabela 4
TABELA 4 - INVESTIMENTO INICIAL
Descriccedilatildeo Valor (R$)
Maacutequinas e equipamentos Cozinha R$ 3084878
Utensiacutelios R$ 555075
Moacuteveis para escritoacuterio R$ 268982
Equipamentos de informaacutetica e eletrocircnicos R$ 446204
Outros custos escritoacuterio R$ 48912
Uniformes R$ 155800
Pintura Imoacutevel R$ 500000
Porta de Vidro R$ 103000
Total R$ 5162851
FONTE ELABORADO PELO AUTOR (2015)
423 Localizaccedilatildeo
Seraacute locado um imoacutevel para a instalaccedilatildeo da empresa localizado na Rua Heitor
Baggio Vidal 2508 Bairro Alto Curitiba ndash PR com o valor do aluguel mensal de
R$160000 (mil e seiscentos reais) O espaccedilo interno de 95msup2 seraacute dividido em trecircs
partes a primeira com 20msup2 vai ficar a recepccedilatildeo para receber os clientes efetuar
orccedilamentos e as degustaccedilotildees a segunda com 71msup2 a cozinha industrial onde seratildeo
fabricados os bolos e doces finos e a terceira com 4msup2 o lavabo
42
FOTO14 - FOTO DO IMOacuteVEL ONDE SERAacute INSTALADA A EMPRESA FONTE MP IMOacuteVEIS
424 Entregas
As entregas dos bolos e doces finos seratildeo efetuadas por uma empresa
parceira localizada no Bairro Alto o preccedilo das entregas em Curitiba e regiatildeo
metropolitana variam de R$2400 (vinte e quatro reais) a R$6000 (sessenta reais)
dependendo da localizaccedilatildeo tais valores seratildeo cobrados dos clientes
43 CAPITAL DE GIRO
O capital de giro inicial foi estimado levando em conta que no primeiro ano a
empresa vai produzir 8333 da sua capacidade atendendo em meacutedia 13 ventos
mensalmente sendo assim foram considerados os gastos operacionais necessaacuterios
para o iniacutecio das atividades incluindo o custo fixo mensal e o estoque inicial ambos
multiplicados por 2 e acrescidos de um percentual de 10 de margem de seguranccedila
para despesas natildeo previstas
43
TABELA 5 - CAPITAL DE GIRO
Item Valor (R$)
Estoque Inicial 5144000
Custo Fixo Mensal 3194783
Reserva (10) 833878
Total do Capital de Giro Inicial 9172662
FONTE ELABORDO PELO AUTOR
44 FLUXO DE CAIXA
ldquoFluxo de Caixa eacute um Instrumento de gestatildeo financeira que projeta para
periacuteodos futuros todas as entradas e as saiacutedas de recursos financeiros da empresa
indicando como seraacute o saldo de caixa para o periacuteodo projetadordquo (SEBRAE)
Na tabela 6 eacute apresentada a projeccedilatildeo do Fluxo de Caixa da empresa para os
seus primeiros cinco anos onde fica evidenciado que do primeiro ateacute o quinto ano a
sauacutede financeira da empresa melhora gradativamente sendo que no final do quinto
ano o saldo em caixa ultrapassa os 300 se comparado com o saldo em caixa no
final do primeiro ano
Pode-se observar que natildeo foi inserida no fluxo de caixa a opccedilatildeo de
inadimplecircncia pois todos os pagamentos seratildeo efetuados agrave vista em dinheiro ou
cartatildeo sendo que o pagamento total dos produtos deve ser efetuado no miacutenimo 10
dias antes da data do evento
44
TABELA 6 - PROJECcedilAtildeO DE FLUXO DE CAIXA NOS PRIMEIROS CINCO ANOS
Descriccedilatildeo Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5
Investimento Inicial (5162851)
Capital de Giro (9172662) 9172662
Valor Residual 1548855
Total de entradas 000 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873
Previsatildeo Receitas de vendas 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873
Total de Saiacutedas (14335513) (44888699) (54283425) (59479393) (64738409) (70291804)
(-)Fornecedores (25720000) (33641760) (36669518) (39969775) (43567055)
(-)Folha de pagamento (3267192) (3593911) (3953302) (4348633) (4783496)
(-)Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)
(963216) (1011377) (1061946) (1115043) (1170795)
(-)Retiradas soacutecios (2400000) (2640000) (3432000) (3946800) (4341480)
(-)Impostos s vendas (4654291) (5073177) (5573767) (6075406) (6622192)
(-)Alugueacuteis (1920000) (2016000) (2116800) (2222640) (2333772)
(-)Energia eleacutetrica (840000) (882000) (926100) (972405) (1021025)
(-)Aacutegua (300000) (315000) (330750) (347288) (364652)
(-)Telefone (384000) (403200) (423360) (444528) (466754)
(-)Gaacutes (588000) (617400) (648270) (680684) (714718)
(-)Serviccedilos contabilidade (960000) (1008000) (1058400) (1111320) (1166886)
(-)Manutenccedilatildeo (600000) (630000) (661500) (694575) (729304)
(-)Outras despesas com funcionaacuterios
(1296000) (1405800) (1525590) (1656320) (1799030)
(-)Taxas bancaacuterias (96000) (100800) (105840) (111132) (116689)
(-)Outros pagamentos (900000) (945000) (992250) (1041863) (1093956)
Entradas - Saiacutedas (14335513) 12981301 21410535 23027023 25193585 27734070
Depreciaccedilatildeo 000 (631377) (631377) (631377) (631377) (631377)
Saldo Final (14335513) 12349924 20779158 22395647 24562208 37824209
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
A depreciaccedilatildeo foi calculada considerando o prazo de vida uacutetil meacutedio de 10
anos das maacutequinas equipamentos instalaccedilotildees moacuteveis e utensiacutelios e para os
computadores e perifeacutericos foi considerado o prazo de vida uacutetil de 5 anos conforme
demonstrado na tabela 7
TABELA 7 - DEPRECIACcedilAtildeO
Item Valor Inicial Taxa Anual Depreciaccedilatildeo Anual (R$)
Maacutequinas e equipamentos 3084878 10 308488
Instalaccedilotildees 103000 10 10300
Moacuteveis e Utensiacutelios 824057 10 82406
Computadores e Perifeacutericos 446204 20 89241
Outros 704712 20 140942
Total 631377
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
45
O valor residual dos equipamentos e instalaccedilotildees da empresa no final do quinto
ano foi considerado em 30 referente ao valor de aquisiccedilatildeo dos mesmos no iniacutecio do
projeto
45 ANAacuteLISE DOS INDICADORES (VPL TIR E PAYBACK)
451 Valor Presente Liacutequido (VPL)
A tabela 8 mostra que o VPL (Valor Presente Liacutequido) eacute positivo isso significa
que aleacutem de recuperar o investimento inicial ainda vai ser agregado ao valor da
empresa um montante de R$ R$50392407 (quinhentos e trecircs mil novecentos e vinte
quatro reais e sete centavos)
A taxa de retorno requerida de 20 foi determinada levando em conta o niacutevel
de risco do projeto e visando o valor desejado para se obter em cima do valor
investido
TABELA 8 - CALCULO DO VALOR PRESENTE LIacuteQUIDO (VPL)
Anos FC k 2000
0 -$143355 VPL $50392407
1 $123499 VPL $50392407
2 $207792 VPL $50392407
3 $223956 VPL $21761126
4 $245622 VPL $21761126
5 $378242 Decisatildeo Aceitar o Projeto
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
452 Taxa Interna de Retorno (TIR)
Conforme a tabela 9 eacute possiacutevel verificar que a TIR (Taxa Interna de Retorno)
eacute de 11593 maior que a taxa requerida de 20 isso significa que custo inicial seraacute
46
recuperado e o projeto vai criar valor para empresa mais um resultado favoraacutevel para
a aceitaccedilatildeo do projeto
TABELA 9 - TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR)
Anos FC
0 -$143355 TIR 11593
1 $123499 TIR 2168
2 $207792 TIR 2168
3 $223956 Decisatildeo
4 $245622 k 2000
5 $378242 Aceitar o projeto
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
453 Payback
O tempo de recuperaccedilatildeo do custo inicial ocorre normalmente entre o quarto e
o quinto ano se for feita a anaacutelise da tabela 10 eacute possiacutevel verificar que o tempo
necessaacuterio para o retorno do investimento (payback) do projeto eacute de 128 anos este
indicador mostra claramente que o projeto deve ser aceito pois o tempo de retorno
estaacute bem abaixo do tempo meacutedio dos empreendimentos como um todo
TABELA 10 - PAYBACK
k 20
Anos FC SPresente
0 -$143355 -$143355 PBD-SP = 128
1 $123499 -$40439 128
2 $207792 $103861
3 $223956 $233465
4 $245622 $351917
5 $378242 $503924
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
47
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Para iniciar um negoacutecio requer muito mais do que apenas o espiacuterito
empreendedor eacute necessaacuterio ter lideranccedila conhecimento sobre o mercado que deseja
atuar organizaccedilatildeo e principalmente planejamento
O principal objetivo desse estudo foi analisar a viabilidade econocircmico-
financeira da abertura de uma empresa de bolos e doces finos no Bairro Alto em
Curitiba
O objetivo apresentado nesta pesquisa foi atingido pois todos os indicadores
analisados mostram com clareza que empresa obteacutem resultados positivos que criam
valor para a mesma e com isso o projeto eacute viaacutevel economicamente pois do primeiro
ao quinto ano fica visiacutevel o crescimento do empreendimento e a melhora significativa
da sua sauacutede financeira isso fica evidenciado no saldo final em caixa no quinto ano
que chega proacuteximo haacute 400 mil reais Apesar disso eacute crucial o acompanhamento do
mercado para seguir as tendecircncias e se atualizar constantemente para tomar
decisotildees mais assertivas
Um negoacutecio mal avaliado pode arruinar a estabilidade econocircmica do
investidor por isso eacute de extrema importacircncia fazer todos os levantamentos de custos
antes de se aventurar em qualquer empreendimento
Eacute possiacutevel comprovar que a pesquisa realizada contribui positivamente para
abertura da empresa No entanto as informaccedilotildees aqui presentes natildeo satildeo estaacuteticas e
devem ser revisadas periodicamente e se preciso ateacute mesmo ampliadas no decorrer
da implantaccedilatildeo do projeto para que o mesmo seja uma ferramenta eficiente e eficaz
no desenvolvimento da empresa como um todo
48
REFEREcircNCIAS
BRITO Paulo Anaacutelise e viabilidade de projetos de investimento Satildeo Paulo Atlas 2003 DOLABELA Fernando O segredo de Luiacutesa 30 ed Satildeo Paulo Editora de Cultura 2006 DORNELAS Joseacute Carlos Assis Empreendedorismo transformando ideias em negoacutecios 4 ed Rio de Janeiro Campus Elsevier 2012 CENSO Demograacutefico 2010 Resultados gerais da amostra Curitiba IBGE 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=410690ampidtema=87ampsearch=parana|curitiba|censo-demografico-2010-resultados-gerais-da-amostra-gt Acesso em 21 de Junho de 2015 CHIAVENATO Idalberto Empreendedorismo dando asas ao espiacuterito empreendedor empreendedorismo e a viabilidade de novas empresas um guia eficiente para iniciar e tocar seu proacuteprio negoacutecio 2 ed Satildeo Paulo Saraiva 2007 ESTATIacuteSTICAS do registro civil 2012 Curitiba IBGE 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaoregistrocivil2012default_xlsshtmgt Acesso em 21 de Junho de 2015 GIL Antonio Carlos Meacutetodos e teacutecnicas de pesquisa social 6 ed Satildeo Paulo Atlas 2008 KOTLER Philip KELLER Kevin Lane Administraccedilatildeo de Marketing 12 ed Satildeo Paulo ABDR 2006 LAPPONI Juan Carlos Projetos de Investimento na Empresa Rio de Janeiro Elsevier 2007 MACHADO Jesseacute Anderson Pinto Projetos Econocircmicos uma abordagem praacutetica de elaboraccedilatildeo Satildeo Paulo Nobel 2002 MICHEL Maria Helena Metodologia e pesquisa cientiacutefica em ciecircncias sociais 2 ed Satildeo Paulo Atlas 2009 OLIVEIRA Djalma de Pinho Rebouccedilas de Planejamento estrateacutegico conceitos metodologia e praacuteticas 20 ed Satildeo Paulo Atlas 2004 PRODANOV Cleber Cristiano ERNANI Cesar de Freitas Metodologia do trabalho cientiacutefico meacutetodo e teacutecnicas da pesquisa e do trabalho acadecircmico 2 ed Novo Hamburgo Freevale 2013
49
REBELATTO Dayse Projeto de Investimento 1 ed Barueri Manole 2004 SEBRAE Pesquisa de Mercado o que eacute e para que serve Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrsitesPortalSebraeartigosPesquisa-de-mercado-o-que-C3A9-e-para-que-servegt Acesso em 21 de Junho de 2015 SEBRAE Fluxo de caixa Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrSebraePortal20SebraeAnexos0_fluxo-de-caixapdfgt Acesso em 10 de Outubro de 2015 WILDAUER Egon Walter Plano de negoacutecios elementos construtivos e processos de elaboraccedilatildeo 2 ed Curitiba Ibpex 2011 WOILER Samsatildeo MATHIAS Washington Franco Projetos planejamento elaboraccedilatildeo anaacutelise 1 ed Satildeo Paulo Atlas 1994
50
APEcircNDICES
APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL 51
APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS 52
APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL 52
51
APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL
Item Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5
Aacutegua 25000 26250 27563 28941 30388
Aluguel 160000 168000 176400 185220 194481
Assessoria Contaacutebil 80000 84000 88200 92610 97241
Gaacutes 49000 51450 54023 56724 59560
Impostos 387858 422765 464481 506284 551849
Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)
80268 84281 88495 92920 97566
Energia eleacutetrica 70000 73500 77175 81034 85085
Manutenccedilatildeo 50000 52500 55125 57881 60775
Material de escritoacuterio 20000 21000 22050 23153 24310
Material de Limpeza 40000 42000 44100 46305 48620
Folha de pagamento 272266 299493 329442 362386 398625
Seguros 15000 15750 16538 17364 18233
Telefone fixointernet 20000 21000 22050 23153 24310
Telefone Moacutevel 12000 12600 13230 13892 14586
Vale Refeiccedilatildeo 75000 82500 90750 99825 109808
Vale Transporte 33000 34650 36383 38202 40112
Proacute- labore 200000 220000 286000 328900 361790
Taxas Bancaacuterias 8000 8400 8820 9261 9724
Total R$ 1597392 R$ 1720139 R$ 1900823 R$ 2064053 R$ 2227062
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
52
APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS
Item
Produccedilatildeo mensal meacutedia
Custo unitaacuterio total
Sugestatildeo Preccedilo de venda
Custo Mensal Total
Receita de vendas
Bolos artiacutesticos (recheios diversos) 150 6000 13500 900000 2025000
Bolos de copa (recheios diversos) 30 3600 8100 108000 243000
Naked cake (recheios diversos) 60 4200 9450 252000 567000
Doces Tradicionais 32 3500 7875 112000 252000
Doces Espelhados 32 5000 11250 160000 360000
Doces Finos 32 7500 16875 240000 540000
Brigadeiros gourmet 16 4500 10125 72000 162000
Tacinhas acriacutelicas 16 5500 12375 88000 198000
Trufas 32 5000 11250 160000 360000
Bombons 32 5000 11250 160000 360000
Bem casados 3200 100 225 320000 720000
Custo produccedilatildeo Total 2572000
Receita Total 5787000
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL
Ano Receita Bruta Variaccedilatildeo anual
Ano 1 000
Ano 2 69444000 9
Ano 3 75693960 9
Ano 4 82506416 9
Ano 5 89931994 9
Valor considerando a inflaccedilatildeo de 9 aa
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
19
2212 Sumaacuterio
O sumaacuterio deve incluir ldquoo tiacutetulo de cada seccedilatildeo do plano de negoacutecios e a paacutegina
respectiva onde se encontra bem como os principais assuntos relacionados em cada
seccedilatildeordquo Isso faz com que fique mais faacutecil o leitor do plano de negoacutecios identificar com
mais agilidade o que lhe interessar (DORNELAS 2012 p 101-102)
2213 Sumaacuterio executivo
O Sumaacuterio Executivo eacute a parte mais importante do plano de negoacutecios ele iraacute
definir se o leitor vai prosseguir ou natildeo com a leitura do plano de negoacutecios Dessa
forma deve ser redigido com bastante concentraccedilatildeo e revisado inuacutemeras vezes e
tambeacutem englobar as informaccedilotildees mais relevantes do plano de negoacutecios Deve ser
direcionado ao puacuteblico-alvo do plano de negoacutecios e deixar claro qual o objetivo do
mesmo em relaccedilatildeo agraves pessoas que estatildeo o lendo ldquoO Sumaacuterio Executivo deve ser a
uacuteltima seccedilatildeo a ser escrita pois depende de todas as outras seccedilotildees do plano para ser
elaboradardquo (DORNELAS 2012 p 102)
2214 Anaacutelise estrateacutegica
Nesta seccedilatildeo eacute determinada a direccedilatildeo que a empresa vai seguir ldquosua visatildeo e
missatildeo sua situaccedilatildeo atual as potencialidades e ameaccedilas externas suas forccedilas e
fraquezas seus objetivos e metas de negoacuteciordquo Essa parte eacute o alicerce para o
crescimento e o estabelecimento das outras accedilotildees redigidas no plano (DORNELAS
2012 p 102)
20
2215 Descriccedilatildeo da empresa
Eacute nessa seccedilatildeo que deve ser feita a descriccedilatildeo da empresa ldquoseu histoacuterico
crescimento faturamento dos uacuteltimos anos sua razatildeo social impostos estrutura
organizacional e legal localizaccedilatildeo parcerias serviccedilos terceirizados etcrdquo
(DORNELAS 2012 p 102)
2216 Produtos e serviccedilos
Nessa seccedilatildeo do plano de negoacutecios devem ser descritos os produtos e serviccedilos
da empresa a maneira que satildeo produzidos o capital disposto seu ciclo de vida os
elementos tecnoloacutegicos envolvidos pesquisa e desenvolvimento os seus clientes
marcas e patentes etc
Nessa seccedilatildeo pode ser incluiacuteda quando estaacute informaccedilatildeo encontra-se disponiacutevel uma visatildeo do niacutevel de satisfaccedilatildeo dos clientes com os produtos e serviccedilos da empresa Esse feedback eacute bastante importante porque costuma oferecer natildeo apenas uma visatildeo do niacutevel de qualidade percebida nos produtos e serviccedilos mas tambeacutem guiar futuros investimentos da empresa em novos desenvolvimentos e processos de produccedilatildeo (DORNELAS 2012 p 102-103)
2217 Plano operacional
Nesta seccedilatildeo devem ser expostas as accedilotildees que a empresa pretende ter na
sua estrateacutegia produtiva e no processo de produccedilatildeo apontando os resultados que
essas accedilotildees teratildeo sobre os criteacuterios de avaliaccedilatildeo dos produtos Deve incluir dados
operacionais atualizados e presumidos como ldquolead time do produto ou serviccedilo
percentual de entregas a tempo rotatividade do inventaacuterio iacutendice de refugo lead time
de desenvolvimento de produto ou serviccedilo etcrdquo (DORNELAS 2012 p 103)
21
2218 Plano de recursos humanos
Devem ser exibidas as propostas de desenvolvimento e treinamento de
pessoal da empresa Esses dados estatildeo pontualmente associados com a
competecircncia da empresa de crescer ldquoespecialmente quando esta atua em um
mercado onde a detenccedilatildeo de tecnologia eacute considerada um fator estrateacutegico de
competitividaderdquo (DORNELAS 2012 p 103)
2219 Anaacutelise de mercado
Nesta seccedilatildeo o responsaacutevel pelo plano de negoacutecios deve deixar claro que os
executivos da empresa entendem perfeitamente o mercado consumidor do seu
produto ou serviccedilo (atraveacutes de pesquisa de mercado) como estaacute segmentado
crescimento do mercado atributos do consumidor anaacutelise da concorrecircncia qual a sua
fatia de mercado e dos concorrentes etc (DORNELAS 2012 p 103)
22110 Estrateacutegia de marketing
Deve ser apresentado o objetivo da empresa para vender seu produtoserviccedilo
e consolidar seus clientes e ampliar sua demanda Deve ser informada sua estrateacutegia
de venda especificidades do produtoserviccedilo preccedilos puacuteblico-alvo canais de
distribuiccedilatildeo projeccedilatildeo das vendas (DORNELAS 2012 p 103)
22
22111 Plano financeiro
Na seccedilatildeo financeira deve mostrar em nuacutemeros todas as accedilotildees planejadas
para a empresa e suas evidecircncias por meio de projeccedilotildees futuras para um negoacutecio
bem sucedido
Deve conter demonstrativo de fluxo de caixa com horizonte de pelo menos trecircs anos balanccedilo patrimonial anaacutelise do ponto de equiliacutebrio necessidades de investimento demonstrativos de resultados anaacutelise de indicadores financeiros do negoacutecio como faturamento previsto margem prevista prazo de retorno sobre o investimento inicial (payback) taxa interna de retorno (TIR) etc (DORNELAS 2012 p 103-104)
22112 Anexos
Nesta seccedilatildeo deve incluir todos os dados considerados importantes para
melhor compreensatildeo do plano de negoacutecios O que natildeo pode ser deixado de anexar eacute
o curriculum vitae dos soacutecios da empresa (DORNELAS 2012 p 104)
23 VIABILIDADE ECONOcircMICO-FINANCEIRA
Analisar o empreendimento economicamente para verificar se o projeto eacute
viaacutevel e lucrativo ou natildeo eacute uma das decisotildees fundamentais de qualquer
empreendedor
A anaacutelise de investimento eacute um mecanismo aacutegil praacutetico e seguro que ajuda
profissionais de inuacutemeras aacutereas no processo de anaacutelise de tomada de decisotildees
financeiras (REBELATTO p 141)
Lapponi (2007 p 123) afirma que
O objetivo da decisatildeo de investimento ou do orccedilamento de capital eacute maximizar o valor da empresa A decisatildeo de alocaccedilatildeo do capital em projeto de investimento eacute fundamental para o sucesso pois os recursos da empresa
23
satildeo comprometidos por longo tempo na direccedilatildeo de seu futuro desejado e isso envolve um grande esforccedilo de tempo e de gerenciamento Cada projeto aprovado eacute um desembolso realizado pela empresa coma expectativa de obter benefiacutecios futuros quantificados pela geraccedilatildeo de um fluxo de retornos adequados em geral por um prazo maior do que um ano
A carecircncia de recursos financeiros diante das muitas necessidades faz com
que seja crucial aperfeiccediloar sua utilizaccedilatildeo A anaacutelise antecipada de investimento
possibilita que se racionalize a forma como os recursos de capital satildeo utilizados
(REBELATTO 2004 p 141)
Para analisar a viabilidade de um projeto economicamente eacute necessaacuterio reunir
uma seacuterie de informaccedilotildees e de dados que precisam ser organizados para atingir seu
objetivo final que eacute o de facilitar a tomada de decisatildeo Vale salientar que o projeto
deve ser um documento que tenha a capacidade de mostrar de uma maneira loacutegica a
visatildeo estrateacutegica do negoacutecio (MACHADO 2002 p 144)
231 Fluxo de caixa
O fluxo de caixa eacute o melhor guia para uma administraccedilatildeo financeira eficiente
de qualquer negoacutecio
O fluxo de caixa eacute a reproduccedilatildeo graacutefica de uma movimentaccedilatildeo financeira ldquoAs
movimentaccedilotildees monetaacuterias satildeo identificadas temporalmente por meio de um conjunto
de entradas e saiacutedas de caixa definido como diagrama de fluxo de caixardquo Essa
representaccedilatildeo proporciona a visualizaccedilatildeo em diferentes momentos com o que estaacute
ocorrendo com o capital (REBELATTO 2004 p 150)
ldquoA identificaccedilatildeo e a quantificaccedilatildeo das estimativas relevantes do projeto satildeo o
iniacutecio da construccedilatildeo do fluxo de caixa do projeto para empresa em funcionamentordquo
(LAPPONI 2007 p 347)
O fluxo de caixa eacute um composto de entradas e saiacutedas de valores monetaacuterios
(dinheiro) no decorrer de um determinado periacuteodo Bem como evidenciar uma opccedilatildeo
possiacutevel de transaccedilotildees financeiras ou seja pagamentos agrave vista pagamentos a prazo
tiacutetulos originais etc (REBELATTO 2004 p 151)
24
232 Valor Presente Liacutequido (VPL)
ldquoO Valor presente liacutequido (VPL) ou valor atual liacutequido (VAL) eacute o valor atual das
entradas de caixa (retornos de capital esperados) incluindo o valor residual (se
houver) menos o valor atual das saiacutedas de caixardquo (REBELATTO 2004 p 214)
A foacutermula para chegar ao VPL eacute (LAPPONI 2007 p 125)
119881119875119871 = minus119868 +119865119862
(1 + 119870)119899
Onde
I= custo inicial ou desembolso inicial
FC= fluxo de caixa
K= taxa requerida
n= prazo de anaacutelise
Rebelatto (2004 p214) afirma que os paracircmetros para que o projeto seja
aceito se refere ao valor presente liacutequido (VPL)
VPLgt0 o projeto eacute aceito
VPLlt0 o projeto eacute rejeitado
VPL=0 o projeto pode ser aceito ou natildeo pois natildeo cria e nem destroacutei
valor para empresa
Para Lapponi (2007 p 134-135) as principais vantagens do VPL satildeo
Considera o fluxo de caixa do projeto na sua totalidade
Considera o valor monetaacuterio (dinheiro) no tempo
Tem a capacidade de medir o valor criado ou destruiacutedo pelo projeto
Pode ser utilizado na avaliaccedilatildeo do projeto independentemente do tipo de
fluxo de caixa utilizado
Seleciona o projeto mais viaacutevel economicamente
25
233 Taxa Interna de Retorno (TIR)
ldquoTaxa Interna de Retorno (TIR) eacute a taxa de desconto que torna o valor atual
liacutequido (VAL) do investimento igual a zero Tambeacutem eacute chamada de taxa interna efetiva
de rentabilidaderdquo (REBELATTO 2004 p 217)
No projeto do tipo simples com o aumento da taxa requerida o VPL do projeto tende ao valor do custo inicial pois o VPL eacute uma funccedilatildeo decrescente da taxa requerida Portanto a decisatildeo com o meacutetodo TIR somente deve ser feita em projetos simples que garantem a existecircncia de uma uacutenica TIRgt -100 Nos outros tipos de fluxo de caixa em geral o meacutetodo da TIR natildeo deve ser utilizado pois haacute a possibilidade de muacuteltiplas TIRs Sendo a TIR a taxa de juro que zera o VPL do projeto simples para qualquer taxa requerida K menor que a TIR o VPL seraacute positivo e para qualquer taxa requerida K maior que a TIR o VPL seraacute negativo (LAPPONI 2007 p 175-176)
Rebelatto (2004 p 217) complementa afirmando que a TIR eacute um meacutetodo
aprimorado de anaacutelise de investimento sendo possivelmente uma das mais usadas
para avaliar projetos econocircmicos A TIR deve ser comparada com a taxa miacutenima de
atratividade (TMA) para analisar se o projeto seraacute aceito ou natildeo
Sendo assim Lapponi (2007 p 176) considera que
Se TIR gt TMA o projeto deve ser aceito pois eacute economicamente viaacutevel
Se TIR lt TMA o projeto deve ser recusado pois eacute economicamente
inviaacutevel
Se TIR = TMA eacute indiferente investir no projeto pois o mesmo natildeo criaraacute
e nem destruiraacute valor da empresa
ldquoA grande vantagem da TIR como indicador de decisatildeo eacute que prescinde de
informaccedilotildees externas ao projeto Tudo que o analista necessita eacute conhecer o perfil do
projeto e alguma ideia de magnitude da taxa de jurosrdquo (MACHADO 2002 p 127)
26
234 Periacuteodo de retorno de investimento (Payback)
ldquoO payback eacute o periacuteodo de tempo em que ocorre o retorno do investimento
Calculado no fluxo de caixa de vida uacutetil de dez anos o payback apresenta-se de vaacuterias
maneiras para cada tipo de empresardquo (BRITO 2003 p 51)
Uma empresa pode nomear o payback como um dos paracircmetros para escolha
de um projeto a fim de minimizar seus riscos Mesmo sendo esse um meacutetodo faacutecil e
simples na praacutetica eacute um dos mais utilizados para efetuar a mediccedilatildeo econocircmica de um
projeto (REBELATTO 2004 p 230)
Segundo Rebelatto (2004 p 231) a foacutermula baacutesica que demonstra o caacutelculo
do payback em fluxos de caixas regulares eacute
PB =I0
FC
Onde
PB= Payback
I0= Investimento inicial
FC= Fluxo de caixa regular
Para executar o meacutetodo payback eacute crucial estabelecer o tempo maacuteximo de
toleracircncia TMT para resgatar o custo inicial ldquoPara decidir se o projeto deve ser aceito
o payback deve ser comparado com o valor de referecircncia TMT de forma querdquo
(LAPPONI 2007 p 245)
Se PB lt TMT o projeto deve ser aceito
Se PB gt TMT o projeto deve ser recusado
A principal vantagem para utilizaccedilatildeo do meacutetodo payback eacute que ele reflete a
liquidez do projeto e por consequecircncia eacute possiacutevel efetuar a avaliaccedilatildeo do risco de natildeo
recuperar o investimento (REBELATTO 2004 p 230)
27
3 METODOLOGIA
Este capiacutetulo tem por objetivo descrever os procedimentos e teacutecnicas
utilizados na pesquisa considerando o problema e aos objetivos gerais e especiacuteficos
Para a execuccedilatildeo da revisatildeo bibliograacutefica realizada neste estudo foi utilizado
livros de especialistas na aacuterea os principais temas abordados foram o
empreendedorismo que eacute um assunto chave quando surge uma ideia para um novo
negoacutecio plano de negoacutecios que eacute um elemento fundamental para o sucesso ou
fracasso de um empreendimento e a viabilidade econocircmico-financeira tema
fundamental visto que o objetivo geral da pesquisa eacute mensurar se a mesma eacute viaacutevel
ou natildeo economicamente
Foi elaborada uma anaacutelise de mercado que estaacute disponiacutevel no item 41 deste
estudo atraveacutes da mesma foi identificado que os principais clientes satildeo das classes
A e B de Curitiba regiatildeo metropolitana no item 42 foi efetuado um levantamento do
tamanho do negoacutecio onde foi definida a capacidade produtiva o investimento inicial e
a localizaccedilatildeo do empreendimento no item 44foi elaborado o fluxo de caixa que
demonstra as previsotildees financeiras do periacuteodo de 5 anos o meacutetodo utilizado para
elaborar a pesquisa foi um estudo de caso de natureza exploratoacuteria quantitativa e
anaacutelise documental
O estudo de caso eacute evidenciado por um estudo minucioso e cansativo de um
ou poucos objetivos desta forma propicia um vasto e detalhado conhecimento sobre
o assunto uma missatildeo praticamente impossiacutevel mediante as outras maneiras de
delineamentos consideradas (GIL 2008 p 57-58)
Prodanov e Freitas (2013 p60) afirmam que o estudo de caso consiste em
recolher e analisar dados sobre determinado indiviacuteduo famiacutelia grupo ou comunidade
com a finalidade de estudar diferentes aspectos das suas vidas conforme o assunto
da pesquisa
Jaacute as pesquisas exploratoacuterias satildeo definidas por Gil (2008 p 27) como as que
Tecircm como principal finalidade desenvolver esclarecer e modificar conceitos e ideias tendo em vista a formulaccedilatildeo de problemas mais precisos ou hipoacuteteses pesquisaacuteveis para estudos posteriores De todos os tipos de pesquisa estas satildeo as que apresentam menor rigidez no planejamento Habitualmente envolvem levantamento bibliograacutefico e documental entrevistas natildeo padronizadas e estudos de caso
28
A pesquisa quantitativa ldquoconsidera que tudo pode ser quantificaacutevel o que
significa traduzir em nuacutemeros opiniotildees e informaccedilotildees para classificaacute-las e analisaacute-lasrdquo
Eacute necessaacuteria a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas estatiacutesticas tais como porcentagem meacutedia
moda desvio-padratildeo coeficiente de correlaccedilatildeo etc (PRODANOV FREITAS 2013
p 69)
Muitos dados que satildeo utilizados em pesquisas satildeo adquiridos indiretamente
por meio de documentosrdquo como livros jornais papeacuteis oficiais registros estatiacutesticos
fotos discos filmes e viacutedeos que satildeo obtidos de maneira indiretardquo Essas fontes
documentais tecircm a capacidade de disponibilizar ao pesquisador um grande nuacutemero
de informaccedilotildees com bastante qualidade para evitar a perda de tempo (GIL 2008 p
147)
Este modelo de pesquisa foi utilizado para definir os principais clientes quais
os produtos que seratildeo vendidos a capacidade produtiva assim como a viabilidade
econocircmico-financeira e operacional do negoacutecio
29
4 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES
41 ANAacuteLISE DE MERCADO
Woiler e Mathias (1994 p41) e Rebelatto (2004 p01) afirmam que a anaacutelise
de mercado eacute um dos pontos mais relevantes para elaboraccedilatildeo de um projeto Atraveacutes
do estudo do mercado obtemos muitas informaccedilotildees tais como
Fazendo a comparaccedilatildeo entre demanda e a oferta encontramos a
possiacutevel escassez da demanda futura Esse resultado proporcionaraacute
informaccedilotildees para que seja definida a escala de produccedilatildeo do projeto
A regiatildeo geograacutefica em que o produto pode ser vendido eacute um dos pontos
mais significativos para que seja definida a localizaccedilatildeo do empreendimento
O preccedilo de venda os custos de comercializaccedilatildeo e os estoques nos
canais de comercializaccedilatildeo satildeo informaccedilotildees relevantes para que seja
elaborada a projeccedilatildeo do projeto
Vale salientar que esses satildeo apenas alguns elementos importantes que eacute
possiacutevel identificar na anaacutelise de mercado existe muitos outros dados que satildeo obtidos
com a mesma
411 Mercado consumidor
ldquoTodas as decisotildees relacionadas a novos empreendimentos contecircm certo
grau de incerteza tanto no que diz respeito agrave informaccedilatildeo na qual as decisotildees estatildeo
baseadas como no que diz respeito agraves suas consequecircnciasrdquo (SEBRAE)
Chiavenato acredita que os clientes tecircm a capacidade de alavancar ou
derrubar um empreendimento ldquoUm cliente pode ser uma organizaccedilatildeo uma empresa
um usuaacuterio dos produtosserviccedilos ou um consumidor finalrdquo Eacute quem adquiri os
produtosserviccedilos ofertados pela organizaccedilatildeo no final da cadeia de transaccedilotildees Eacute ele
que estabelece direta ou indiretamente se o empreendimento teraacute ecircxito ou natildeo Por
30
isso o cliente deve ser considerado como o principal patrimocircnio da empresa (2007
p 207)
Segundo dados do censo 2010 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e
estatiacutestica) dos 576190 (quinhentos e setenta e seis mil cento e noventa) domiciacutelios
de Curitiba 292965 (duzentos e noventa e dois mil novecentos e sessenta e cinco)
possuem renda de mais de 5 a mais de 20 salaacuterios miacutenimos sendo assim cerca de
5085 dos domiciacutelios curitibanos estatildeo enquadrados nas classes A e B Ainda
segundo o IBGE cerca de 137922 (cento e trinta e sete mil novecentos e vinte e dois)
domiciacutelios curitibanos tecircm renda de mais de 10 salaacuterios miacutenimos o que representa
uma meacutedia de 24 dos domiciacutelios de Curitiba
Mais de 249000 (duzentos e quarenta e nove mil) pessoas que residem em
Curitiba cerca de 1423 da populaccedilatildeo tem rendimento mensal de mais de 5 salaacuterios
miacutenimos conforme Tabela 1
TABELA 1 - RESULTADOS DA AMOSTRA - RENDIMENTO POR PESSOA EM CURITIBA
Quantidade de pessoas Salaacuterios miacutenimos
153011 Mais de 5 a 10 salaacuterios miacutenimos
38692 Mais de 10 a 15 salaacuterios miacutenimos
25427 Mais de 15 a 20 salaacuterios miacutenimos
18264 Mais de 20 a 30 salaacuterios miacutenimos
13791 Mais de 30 salaacuterios miacutenimos
FONTE IBGE - CENSO DEMOGRAacuteFICO 2010
Curitiba possui uma populaccedilatildeo de mais de 1750000 (um milhatildeo setecentos
e cinquenta mil habitantes) segundo censo IBGE 2010 sendo que 932000
(novecentos e trinta e dois mil) pessoas com o estado civil de solteiro viuacutevo
divorciado separado judicialmentedesquitado isso mostra que tem muitas pessoas
que podem fazer festas de casamento e necessitar dos produtos que seratildeo ofertados
tais como bolos artiacutesticos doces finos e bem casados
Segundo as estatiacutesticas do registro civil do IBGE ocorreram em Curitiba e
regiatildeo metropolitana no ano 2012 exatamente 18877 (dezoito mil oitocentos e setenta
e sete) casamentos sendo que nos meses de setembro a dezembro foi onde ocorreu
um maior nuacutemero um total de 7828 (sete mil oitocentos e vinte e oito) casamentos o
que representa um total de 4147 dos casamentos ocorrem nesses quatro meses
do ano
31
TABELA 2 - CASAMENTOS POR MEcircS DE REGISTRO SEGUNDO O LUGAR DO REGISTRO ndash 2012
Lugar do registro
Casamentos por mecircs do registro
Total de
registros Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
RM Curitiba 18877 1466 1250 1572 1282 1403 1533 1248 1255 1735 1753 2118 2262
Curitiba 10351 848 692 857 692 724 872 658 658 971 968 1237 1174
FONTE IBGE DIRETORIA DE PESQUISAS COORDENACcedilAtildeO DE POPULACcedilAtildeO E INDICADORES SOCIAIS ESTATIacuteSTICAS DO REGISTRO CIVIL 2012
Nessa perspectiva foi definido que o mercado que a empresa de bolos e doces
finos vai atuar eacute de Curitiba e regiatildeo metropolitana com foco nas pessoas das classes
A e B com estado civil solteiro divorciado separado judicialmentedesquitado e viuacutevo
412 Produtos que seratildeo vendidos
ldquoNo coraccedilatildeo de uma grande marca haacute um grande produto O produto-chave
na oferta ao mercado Liacutederes de mercado geralmente oferecem produtos e serviccedilos
de qualidade superiorrdquo (KOTLER KELLER 2006 p 366)
Os principais produtos fornecidos seratildeo
Bolos artiacutesticos
FOTO1 - BOLO ARTIacuteSTICO FONTE WANDA CARDOSO - BOLOS ARTIacuteSTICOS amp DOCES
32
Bolos de copa
FOTO2 - BOLO DE COPA FONTE ELABORADO PELO AUTOR
FOTO3 - BOLO DE COPA FONTE ELABORADO PELO AUTOR
Naked cake
FOTO4 - NAKED CAKE FONTE DOCES PENEacuteLOPE
33
Doces Tradicionais
FOTO5 - DOCES TRADICIONAIS FONTE ELABORADO PELO AUTOR
Doces Espelhados
FOTO6 - DOCES ESPELHADOS FONTE PRONTO SOCORRO DAS FESTAS
Doces Finos
FOTO 7 - DOCES FINOS FONTE COMPRANDO MEU APE
34
Brigadeiros gourmet
FOTO8 - BRIGADEIROS GOURMET FONTE ELABORADO PELO AUTOR
Tacinhas acriacutelicas
FOTO9 - TACINHAS ACRIacuteLICAS FONTE BUFFET DELIacuteCIAS DA VI
Trufas
FOTO 10 - TRUFAS FONTE FOGAtildeO DA VOVOacute
35
Bombons
FOTO11 - BOMBONS FONTE DALVA GOLDEN GATE
Bem casados
FOTO12 - BEM CASADOS FONTE CASAMENTO SEM ERRO
FOTO13 - BEM CASADOS FONTE CASAMENTO SEM ERRO
36
413 Preccedilo de venda
A definiccedilatildeo do preccedilo dos produtos eacute uma das decisotildees mais relevantes da
organizaccedilatildeo que deve levar em conta a forma como a empresa deseja se posicionar
no mercado os custos a concorrecircncia e a rentabilidade almejada
O preccedilo eacute um dos elementos mais versaacuteteis pode ser modificado rapidamente
ao contraacuterio das propriedades dos produtos dos contratos com canais de distribuiccedilatildeo
e ateacute mesmo das promoccedilotildees O Preccedilo tem tambeacutem a tarefa de mostrar ao mercado o
posicionamento de valor desejado pela empresa para o seu produto ou marca
(KOTLER KELLER 2006 p 428)
A consolidaccedilatildeo dos preccedilos dos produtos seraacute elaborada levando em conta os
custos para se obter os produtos com a qualidade requinte e sofisticaccedilatildeo desejada
com a margem de lucro esperada e se baseando nos preccedilos praticados pela
concorrecircncia
414 Previsatildeo de vendas
Para Chiavenato (2007 p 2013)
A previsatildeo de vendas representa a quantidade de produtosserviccedilos que a empresa pretende vender ou colocar no mercado durante um determinado periacuteodo geralmente um mecircs ou um ano dividido em meses Constitui portanto uma estimativa ou uma expectativa de vendas Pode ser feita em unidades fiacutesicas ou em valores monetaacuterios
A produccedilatildeo vai ser em meacutedia de 5600 doces (doces finos gourmet e bem
casados) e 4 bolos procurando atender em meacutedia 4 eventos por semana e ateacute 16
eventos por mecircs sendo que nos meses de setembro a dezembro essa demanda
aumenta pelo motivo de historicamente ter um nuacutemero maior de casamentos
37
415 Definiccedilatildeo de local de venda dos produtos
ldquoA venda eacute a fase fundamental do processo de vendas Consiste na
transferecircncia do produtoserviccedilo para o cliente ou consumidorrdquo (CHIAVENATO 2007
p 210)
As vendas vatildeo ocorrer atraveacutes de site proacuteprio redes sociais telefone e
pessoalmente natildeo teremos loja fiacutesica apenas um ateliecirc para confecccedilatildeo dos bolos e
doces onde vai conter uma sala anexa na qual vai ser oferecido o serviccedilo de
degustaccedilatildeo com horaacuterios marcados para assim o cliente decidir quais os produtos
seratildeo adquiridos para o seu evento e fechamento de contrato
416 Definiccedilatildeo da demanda e da oferta
Na maior parte das encomendas os clientes solicitam os doces finos e
gourmet que contecircm chocolates frutas oleaginosas tais como castanhas nozes
avelatildes amecircndoas frutas como framboesa morango damasco cerejas e os bem
casados Os bolos mais solicitados satildeo os com decoraccedilatildeo de pasta americana que
deve obrigatoriamente ter recheios mais firmes como ganaches fios de ovos
strogonoff de nozes e os naked cake (bolo pelado) que possuem mais opccedilotildees de
recheios com chocolates frutas diversas e cremes de pacirctisserie
Em contato com algumas empresas que fornecem o mesmo tipo de produto
foi possiacutevel verificar que as encomendas devem ser feitas com antecedecircncia miacutenima
de 6 meses sendo que alguns casos somente com um ano de antecedecircncia para
conseguir na data desejada Esse eacute um dos pontos que mostra que tem espaccedilo
suficiente para entrada nesse mercado
38
417 Concorrentes
Chiavenato (2007 p 33) Kotler e Keller (2006 p 340) afirmam que os
concorrentes satildeo as organizaccedilotildees que competem pelos mesmos fornecedores
clientes e consumidores
ldquoAgrave medida que seus produtosserviccedilos tornam-se mais heterogecircneos tanto
mais heterogecircneos e diferenciados seratildeo seus concorrentes e tanto mais complexa
seraacute a competitividaderdquo (CHIAVENATO 2007 p 33)
Em busca na internet foi possiacutevel identificar que atualmente existe em meacutedia
25 concorrentes reais que oferecem exatamente os mesmos produtos que seratildeo
fornecidos com o mesmo padratildeo de qualidade valor agregado requinte e
sofisticaccedilatildeo Tambeacutem foi detectado mais 14 concorrentes potenciais que vendem
produtos similares aos que seratildeo vendidos poreacutem natildeo possuem o mesmo valor
agregado dos que vatildeo ser ofertados Foi possiacutevel identificar que alguns concorrentes
oferecem somente os doces finos dos quais foram identificados mais 3 concorrentes
reais e 3 concorrentes potenciais E foi detectado que existem concorrentes que
fornecem apenas os bolos artiacutesticos dos quais foi identificado 4 concorrentes reais
todos fornecem os bolos com o mesmo niacutevel de qualidade que seratildeo fornecidos
A tabela 3 mostra a divisatildeo dos concorrentes reais e potenciais que fornecem
bolos e doces por bairro de Curitiba
39
TABELA 3 - CONCORRENTES QUE FORNECEM BOLOS E DOCES POR BAIRRO
Bairro Quantidade de Concorrentes Reais
Quantidade de Concorrentes Potenciais
Aacutegua Verde 4 1
Ahuacute 1
Bairro Alto 2 1
Barreirinha 1
Barreirinha 1
Bom Retiro 1
Campo Comprido 1
Campo Comprido 1
Cidade Industrial 1
Colombo 1
Fazenda Rio Grande 1
Hauer 1
Hugo Lange 1
Mercecircs 1
Novo Mundo 2 1
Novo Mundo 1
Portatildeo 1
Portatildeo 1
Santa Cacircndida 1
Santa Felicidade 1 1
Santo Inaacutecio 1 1
Satildeo Joseacute dos Pinhais 1
Seminaacuterio 1
Sitio Cercado 1
Tarumatilde 1
Vila Izabel 1
Natildeo Informado 1 2
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
418 Forma de divulgaccedilatildeo dos concorrentes
Todas as empresas pesquisadas que fornecem produtos similares aos que
vamos fornecer utilizam sites proacuteprios e as redes sociais para fazer divulgaccedilatildeo dos
seus produtos todas fazem degustaccedilatildeo para os clientes conhecerem os seus
produtos e posteriormente fechar um contrato
40
42 TAMANHO DO NEGOacuteCIO
421 Capacidade produtiva
A capacidade produtiva vai ser para atender ateacute 4 eventos por semana A
produccedilatildeo vai ser de ateacute 5600 doces (doces finos gourmet e bem casados) e 4 bolos
atendendo ateacute 4 eventos por final de semana e ateacute 16 eventos por mecircs sendo que
nos meses de setembro a dezembro essa demanda aumenta pelo motivo de
historicamente ter um nuacutemero maior de casamentos
422 Investimento
Um dos pontos mais relevantes para abertura de uma empresa eacute a
determinaccedilatildeo do capital miacutenimo para dar iniacutecio nas atividades e principalmente como
obter este capital ldquoEacute com o capital inicial que a empresa tem condiccedilotildees de reunir os
recursos empresariais necessaacuterios ao seu funcionamento sejam eles recursos
humanos materiais ou financeirosrdquo A determinaccedilatildeo do capital eacute o que estabelece a
quantidade de recursos empresariais que a empresa tem disponiacutevel Indiscutivelmente
quanto maior for o volume de recursos empresariais mais faacutecil se torna o desempenho
da empresa Quando todos os recursos necessaacuterios para seu funcionamento estatildeo agrave
disposiccedilatildeo a administraccedilatildeo do empreendimento fica mais simples (CHIAVENATO
2007 p84)
Cabe acrescentar que (LAPPONI 2007 p 321)
O custo inicial refere-se aos desembolsos realizados para aquisiccedilatildeo de equipamentos ou outros ativos fixos incluindo o pagamento de fretes seguros instalaccedilotildees despesas operacionais iniciais com materiais e matildeo de obra treinamento de pessoal de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo etc resumindo o custo inicial inclui todos os desembolsos necessaacuterios para adquirir os ativos necessaacuterios e que estejam em condiccedilotildees de operar e gerar as receitas estimadas
41
O empreendimento iniciaraacute suas atividades com capital investido com
recursos proacuteprios da empreendedora
As estimativas de investimento inicial para abertura da empresa foi de
R$5162851 conforme tabela 4
TABELA 4 - INVESTIMENTO INICIAL
Descriccedilatildeo Valor (R$)
Maacutequinas e equipamentos Cozinha R$ 3084878
Utensiacutelios R$ 555075
Moacuteveis para escritoacuterio R$ 268982
Equipamentos de informaacutetica e eletrocircnicos R$ 446204
Outros custos escritoacuterio R$ 48912
Uniformes R$ 155800
Pintura Imoacutevel R$ 500000
Porta de Vidro R$ 103000
Total R$ 5162851
FONTE ELABORADO PELO AUTOR (2015)
423 Localizaccedilatildeo
Seraacute locado um imoacutevel para a instalaccedilatildeo da empresa localizado na Rua Heitor
Baggio Vidal 2508 Bairro Alto Curitiba ndash PR com o valor do aluguel mensal de
R$160000 (mil e seiscentos reais) O espaccedilo interno de 95msup2 seraacute dividido em trecircs
partes a primeira com 20msup2 vai ficar a recepccedilatildeo para receber os clientes efetuar
orccedilamentos e as degustaccedilotildees a segunda com 71msup2 a cozinha industrial onde seratildeo
fabricados os bolos e doces finos e a terceira com 4msup2 o lavabo
42
FOTO14 - FOTO DO IMOacuteVEL ONDE SERAacute INSTALADA A EMPRESA FONTE MP IMOacuteVEIS
424 Entregas
As entregas dos bolos e doces finos seratildeo efetuadas por uma empresa
parceira localizada no Bairro Alto o preccedilo das entregas em Curitiba e regiatildeo
metropolitana variam de R$2400 (vinte e quatro reais) a R$6000 (sessenta reais)
dependendo da localizaccedilatildeo tais valores seratildeo cobrados dos clientes
43 CAPITAL DE GIRO
O capital de giro inicial foi estimado levando em conta que no primeiro ano a
empresa vai produzir 8333 da sua capacidade atendendo em meacutedia 13 ventos
mensalmente sendo assim foram considerados os gastos operacionais necessaacuterios
para o iniacutecio das atividades incluindo o custo fixo mensal e o estoque inicial ambos
multiplicados por 2 e acrescidos de um percentual de 10 de margem de seguranccedila
para despesas natildeo previstas
43
TABELA 5 - CAPITAL DE GIRO
Item Valor (R$)
Estoque Inicial 5144000
Custo Fixo Mensal 3194783
Reserva (10) 833878
Total do Capital de Giro Inicial 9172662
FONTE ELABORDO PELO AUTOR
44 FLUXO DE CAIXA
ldquoFluxo de Caixa eacute um Instrumento de gestatildeo financeira que projeta para
periacuteodos futuros todas as entradas e as saiacutedas de recursos financeiros da empresa
indicando como seraacute o saldo de caixa para o periacuteodo projetadordquo (SEBRAE)
Na tabela 6 eacute apresentada a projeccedilatildeo do Fluxo de Caixa da empresa para os
seus primeiros cinco anos onde fica evidenciado que do primeiro ateacute o quinto ano a
sauacutede financeira da empresa melhora gradativamente sendo que no final do quinto
ano o saldo em caixa ultrapassa os 300 se comparado com o saldo em caixa no
final do primeiro ano
Pode-se observar que natildeo foi inserida no fluxo de caixa a opccedilatildeo de
inadimplecircncia pois todos os pagamentos seratildeo efetuados agrave vista em dinheiro ou
cartatildeo sendo que o pagamento total dos produtos deve ser efetuado no miacutenimo 10
dias antes da data do evento
44
TABELA 6 - PROJECcedilAtildeO DE FLUXO DE CAIXA NOS PRIMEIROS CINCO ANOS
Descriccedilatildeo Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5
Investimento Inicial (5162851)
Capital de Giro (9172662) 9172662
Valor Residual 1548855
Total de entradas 000 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873
Previsatildeo Receitas de vendas 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873
Total de Saiacutedas (14335513) (44888699) (54283425) (59479393) (64738409) (70291804)
(-)Fornecedores (25720000) (33641760) (36669518) (39969775) (43567055)
(-)Folha de pagamento (3267192) (3593911) (3953302) (4348633) (4783496)
(-)Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)
(963216) (1011377) (1061946) (1115043) (1170795)
(-)Retiradas soacutecios (2400000) (2640000) (3432000) (3946800) (4341480)
(-)Impostos s vendas (4654291) (5073177) (5573767) (6075406) (6622192)
(-)Alugueacuteis (1920000) (2016000) (2116800) (2222640) (2333772)
(-)Energia eleacutetrica (840000) (882000) (926100) (972405) (1021025)
(-)Aacutegua (300000) (315000) (330750) (347288) (364652)
(-)Telefone (384000) (403200) (423360) (444528) (466754)
(-)Gaacutes (588000) (617400) (648270) (680684) (714718)
(-)Serviccedilos contabilidade (960000) (1008000) (1058400) (1111320) (1166886)
(-)Manutenccedilatildeo (600000) (630000) (661500) (694575) (729304)
(-)Outras despesas com funcionaacuterios
(1296000) (1405800) (1525590) (1656320) (1799030)
(-)Taxas bancaacuterias (96000) (100800) (105840) (111132) (116689)
(-)Outros pagamentos (900000) (945000) (992250) (1041863) (1093956)
Entradas - Saiacutedas (14335513) 12981301 21410535 23027023 25193585 27734070
Depreciaccedilatildeo 000 (631377) (631377) (631377) (631377) (631377)
Saldo Final (14335513) 12349924 20779158 22395647 24562208 37824209
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
A depreciaccedilatildeo foi calculada considerando o prazo de vida uacutetil meacutedio de 10
anos das maacutequinas equipamentos instalaccedilotildees moacuteveis e utensiacutelios e para os
computadores e perifeacutericos foi considerado o prazo de vida uacutetil de 5 anos conforme
demonstrado na tabela 7
TABELA 7 - DEPRECIACcedilAtildeO
Item Valor Inicial Taxa Anual Depreciaccedilatildeo Anual (R$)
Maacutequinas e equipamentos 3084878 10 308488
Instalaccedilotildees 103000 10 10300
Moacuteveis e Utensiacutelios 824057 10 82406
Computadores e Perifeacutericos 446204 20 89241
Outros 704712 20 140942
Total 631377
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
45
O valor residual dos equipamentos e instalaccedilotildees da empresa no final do quinto
ano foi considerado em 30 referente ao valor de aquisiccedilatildeo dos mesmos no iniacutecio do
projeto
45 ANAacuteLISE DOS INDICADORES (VPL TIR E PAYBACK)
451 Valor Presente Liacutequido (VPL)
A tabela 8 mostra que o VPL (Valor Presente Liacutequido) eacute positivo isso significa
que aleacutem de recuperar o investimento inicial ainda vai ser agregado ao valor da
empresa um montante de R$ R$50392407 (quinhentos e trecircs mil novecentos e vinte
quatro reais e sete centavos)
A taxa de retorno requerida de 20 foi determinada levando em conta o niacutevel
de risco do projeto e visando o valor desejado para se obter em cima do valor
investido
TABELA 8 - CALCULO DO VALOR PRESENTE LIacuteQUIDO (VPL)
Anos FC k 2000
0 -$143355 VPL $50392407
1 $123499 VPL $50392407
2 $207792 VPL $50392407
3 $223956 VPL $21761126
4 $245622 VPL $21761126
5 $378242 Decisatildeo Aceitar o Projeto
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
452 Taxa Interna de Retorno (TIR)
Conforme a tabela 9 eacute possiacutevel verificar que a TIR (Taxa Interna de Retorno)
eacute de 11593 maior que a taxa requerida de 20 isso significa que custo inicial seraacute
46
recuperado e o projeto vai criar valor para empresa mais um resultado favoraacutevel para
a aceitaccedilatildeo do projeto
TABELA 9 - TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR)
Anos FC
0 -$143355 TIR 11593
1 $123499 TIR 2168
2 $207792 TIR 2168
3 $223956 Decisatildeo
4 $245622 k 2000
5 $378242 Aceitar o projeto
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
453 Payback
O tempo de recuperaccedilatildeo do custo inicial ocorre normalmente entre o quarto e
o quinto ano se for feita a anaacutelise da tabela 10 eacute possiacutevel verificar que o tempo
necessaacuterio para o retorno do investimento (payback) do projeto eacute de 128 anos este
indicador mostra claramente que o projeto deve ser aceito pois o tempo de retorno
estaacute bem abaixo do tempo meacutedio dos empreendimentos como um todo
TABELA 10 - PAYBACK
k 20
Anos FC SPresente
0 -$143355 -$143355 PBD-SP = 128
1 $123499 -$40439 128
2 $207792 $103861
3 $223956 $233465
4 $245622 $351917
5 $378242 $503924
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
47
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Para iniciar um negoacutecio requer muito mais do que apenas o espiacuterito
empreendedor eacute necessaacuterio ter lideranccedila conhecimento sobre o mercado que deseja
atuar organizaccedilatildeo e principalmente planejamento
O principal objetivo desse estudo foi analisar a viabilidade econocircmico-
financeira da abertura de uma empresa de bolos e doces finos no Bairro Alto em
Curitiba
O objetivo apresentado nesta pesquisa foi atingido pois todos os indicadores
analisados mostram com clareza que empresa obteacutem resultados positivos que criam
valor para a mesma e com isso o projeto eacute viaacutevel economicamente pois do primeiro
ao quinto ano fica visiacutevel o crescimento do empreendimento e a melhora significativa
da sua sauacutede financeira isso fica evidenciado no saldo final em caixa no quinto ano
que chega proacuteximo haacute 400 mil reais Apesar disso eacute crucial o acompanhamento do
mercado para seguir as tendecircncias e se atualizar constantemente para tomar
decisotildees mais assertivas
Um negoacutecio mal avaliado pode arruinar a estabilidade econocircmica do
investidor por isso eacute de extrema importacircncia fazer todos os levantamentos de custos
antes de se aventurar em qualquer empreendimento
Eacute possiacutevel comprovar que a pesquisa realizada contribui positivamente para
abertura da empresa No entanto as informaccedilotildees aqui presentes natildeo satildeo estaacuteticas e
devem ser revisadas periodicamente e se preciso ateacute mesmo ampliadas no decorrer
da implantaccedilatildeo do projeto para que o mesmo seja uma ferramenta eficiente e eficaz
no desenvolvimento da empresa como um todo
48
REFEREcircNCIAS
BRITO Paulo Anaacutelise e viabilidade de projetos de investimento Satildeo Paulo Atlas 2003 DOLABELA Fernando O segredo de Luiacutesa 30 ed Satildeo Paulo Editora de Cultura 2006 DORNELAS Joseacute Carlos Assis Empreendedorismo transformando ideias em negoacutecios 4 ed Rio de Janeiro Campus Elsevier 2012 CENSO Demograacutefico 2010 Resultados gerais da amostra Curitiba IBGE 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=410690ampidtema=87ampsearch=parana|curitiba|censo-demografico-2010-resultados-gerais-da-amostra-gt Acesso em 21 de Junho de 2015 CHIAVENATO Idalberto Empreendedorismo dando asas ao espiacuterito empreendedor empreendedorismo e a viabilidade de novas empresas um guia eficiente para iniciar e tocar seu proacuteprio negoacutecio 2 ed Satildeo Paulo Saraiva 2007 ESTATIacuteSTICAS do registro civil 2012 Curitiba IBGE 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaoregistrocivil2012default_xlsshtmgt Acesso em 21 de Junho de 2015 GIL Antonio Carlos Meacutetodos e teacutecnicas de pesquisa social 6 ed Satildeo Paulo Atlas 2008 KOTLER Philip KELLER Kevin Lane Administraccedilatildeo de Marketing 12 ed Satildeo Paulo ABDR 2006 LAPPONI Juan Carlos Projetos de Investimento na Empresa Rio de Janeiro Elsevier 2007 MACHADO Jesseacute Anderson Pinto Projetos Econocircmicos uma abordagem praacutetica de elaboraccedilatildeo Satildeo Paulo Nobel 2002 MICHEL Maria Helena Metodologia e pesquisa cientiacutefica em ciecircncias sociais 2 ed Satildeo Paulo Atlas 2009 OLIVEIRA Djalma de Pinho Rebouccedilas de Planejamento estrateacutegico conceitos metodologia e praacuteticas 20 ed Satildeo Paulo Atlas 2004 PRODANOV Cleber Cristiano ERNANI Cesar de Freitas Metodologia do trabalho cientiacutefico meacutetodo e teacutecnicas da pesquisa e do trabalho acadecircmico 2 ed Novo Hamburgo Freevale 2013
49
REBELATTO Dayse Projeto de Investimento 1 ed Barueri Manole 2004 SEBRAE Pesquisa de Mercado o que eacute e para que serve Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrsitesPortalSebraeartigosPesquisa-de-mercado-o-que-C3A9-e-para-que-servegt Acesso em 21 de Junho de 2015 SEBRAE Fluxo de caixa Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrSebraePortal20SebraeAnexos0_fluxo-de-caixapdfgt Acesso em 10 de Outubro de 2015 WILDAUER Egon Walter Plano de negoacutecios elementos construtivos e processos de elaboraccedilatildeo 2 ed Curitiba Ibpex 2011 WOILER Samsatildeo MATHIAS Washington Franco Projetos planejamento elaboraccedilatildeo anaacutelise 1 ed Satildeo Paulo Atlas 1994
50
APEcircNDICES
APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL 51
APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS 52
APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL 52
51
APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL
Item Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5
Aacutegua 25000 26250 27563 28941 30388
Aluguel 160000 168000 176400 185220 194481
Assessoria Contaacutebil 80000 84000 88200 92610 97241
Gaacutes 49000 51450 54023 56724 59560
Impostos 387858 422765 464481 506284 551849
Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)
80268 84281 88495 92920 97566
Energia eleacutetrica 70000 73500 77175 81034 85085
Manutenccedilatildeo 50000 52500 55125 57881 60775
Material de escritoacuterio 20000 21000 22050 23153 24310
Material de Limpeza 40000 42000 44100 46305 48620
Folha de pagamento 272266 299493 329442 362386 398625
Seguros 15000 15750 16538 17364 18233
Telefone fixointernet 20000 21000 22050 23153 24310
Telefone Moacutevel 12000 12600 13230 13892 14586
Vale Refeiccedilatildeo 75000 82500 90750 99825 109808
Vale Transporte 33000 34650 36383 38202 40112
Proacute- labore 200000 220000 286000 328900 361790
Taxas Bancaacuterias 8000 8400 8820 9261 9724
Total R$ 1597392 R$ 1720139 R$ 1900823 R$ 2064053 R$ 2227062
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
52
APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS
Item
Produccedilatildeo mensal meacutedia
Custo unitaacuterio total
Sugestatildeo Preccedilo de venda
Custo Mensal Total
Receita de vendas
Bolos artiacutesticos (recheios diversos) 150 6000 13500 900000 2025000
Bolos de copa (recheios diversos) 30 3600 8100 108000 243000
Naked cake (recheios diversos) 60 4200 9450 252000 567000
Doces Tradicionais 32 3500 7875 112000 252000
Doces Espelhados 32 5000 11250 160000 360000
Doces Finos 32 7500 16875 240000 540000
Brigadeiros gourmet 16 4500 10125 72000 162000
Tacinhas acriacutelicas 16 5500 12375 88000 198000
Trufas 32 5000 11250 160000 360000
Bombons 32 5000 11250 160000 360000
Bem casados 3200 100 225 320000 720000
Custo produccedilatildeo Total 2572000
Receita Total 5787000
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL
Ano Receita Bruta Variaccedilatildeo anual
Ano 1 000
Ano 2 69444000 9
Ano 3 75693960 9
Ano 4 82506416 9
Ano 5 89931994 9
Valor considerando a inflaccedilatildeo de 9 aa
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
20
2215 Descriccedilatildeo da empresa
Eacute nessa seccedilatildeo que deve ser feita a descriccedilatildeo da empresa ldquoseu histoacuterico
crescimento faturamento dos uacuteltimos anos sua razatildeo social impostos estrutura
organizacional e legal localizaccedilatildeo parcerias serviccedilos terceirizados etcrdquo
(DORNELAS 2012 p 102)
2216 Produtos e serviccedilos
Nessa seccedilatildeo do plano de negoacutecios devem ser descritos os produtos e serviccedilos
da empresa a maneira que satildeo produzidos o capital disposto seu ciclo de vida os
elementos tecnoloacutegicos envolvidos pesquisa e desenvolvimento os seus clientes
marcas e patentes etc
Nessa seccedilatildeo pode ser incluiacuteda quando estaacute informaccedilatildeo encontra-se disponiacutevel uma visatildeo do niacutevel de satisfaccedilatildeo dos clientes com os produtos e serviccedilos da empresa Esse feedback eacute bastante importante porque costuma oferecer natildeo apenas uma visatildeo do niacutevel de qualidade percebida nos produtos e serviccedilos mas tambeacutem guiar futuros investimentos da empresa em novos desenvolvimentos e processos de produccedilatildeo (DORNELAS 2012 p 102-103)
2217 Plano operacional
Nesta seccedilatildeo devem ser expostas as accedilotildees que a empresa pretende ter na
sua estrateacutegia produtiva e no processo de produccedilatildeo apontando os resultados que
essas accedilotildees teratildeo sobre os criteacuterios de avaliaccedilatildeo dos produtos Deve incluir dados
operacionais atualizados e presumidos como ldquolead time do produto ou serviccedilo
percentual de entregas a tempo rotatividade do inventaacuterio iacutendice de refugo lead time
de desenvolvimento de produto ou serviccedilo etcrdquo (DORNELAS 2012 p 103)
21
2218 Plano de recursos humanos
Devem ser exibidas as propostas de desenvolvimento e treinamento de
pessoal da empresa Esses dados estatildeo pontualmente associados com a
competecircncia da empresa de crescer ldquoespecialmente quando esta atua em um
mercado onde a detenccedilatildeo de tecnologia eacute considerada um fator estrateacutegico de
competitividaderdquo (DORNELAS 2012 p 103)
2219 Anaacutelise de mercado
Nesta seccedilatildeo o responsaacutevel pelo plano de negoacutecios deve deixar claro que os
executivos da empresa entendem perfeitamente o mercado consumidor do seu
produto ou serviccedilo (atraveacutes de pesquisa de mercado) como estaacute segmentado
crescimento do mercado atributos do consumidor anaacutelise da concorrecircncia qual a sua
fatia de mercado e dos concorrentes etc (DORNELAS 2012 p 103)
22110 Estrateacutegia de marketing
Deve ser apresentado o objetivo da empresa para vender seu produtoserviccedilo
e consolidar seus clientes e ampliar sua demanda Deve ser informada sua estrateacutegia
de venda especificidades do produtoserviccedilo preccedilos puacuteblico-alvo canais de
distribuiccedilatildeo projeccedilatildeo das vendas (DORNELAS 2012 p 103)
22
22111 Plano financeiro
Na seccedilatildeo financeira deve mostrar em nuacutemeros todas as accedilotildees planejadas
para a empresa e suas evidecircncias por meio de projeccedilotildees futuras para um negoacutecio
bem sucedido
Deve conter demonstrativo de fluxo de caixa com horizonte de pelo menos trecircs anos balanccedilo patrimonial anaacutelise do ponto de equiliacutebrio necessidades de investimento demonstrativos de resultados anaacutelise de indicadores financeiros do negoacutecio como faturamento previsto margem prevista prazo de retorno sobre o investimento inicial (payback) taxa interna de retorno (TIR) etc (DORNELAS 2012 p 103-104)
22112 Anexos
Nesta seccedilatildeo deve incluir todos os dados considerados importantes para
melhor compreensatildeo do plano de negoacutecios O que natildeo pode ser deixado de anexar eacute
o curriculum vitae dos soacutecios da empresa (DORNELAS 2012 p 104)
23 VIABILIDADE ECONOcircMICO-FINANCEIRA
Analisar o empreendimento economicamente para verificar se o projeto eacute
viaacutevel e lucrativo ou natildeo eacute uma das decisotildees fundamentais de qualquer
empreendedor
A anaacutelise de investimento eacute um mecanismo aacutegil praacutetico e seguro que ajuda
profissionais de inuacutemeras aacutereas no processo de anaacutelise de tomada de decisotildees
financeiras (REBELATTO p 141)
Lapponi (2007 p 123) afirma que
O objetivo da decisatildeo de investimento ou do orccedilamento de capital eacute maximizar o valor da empresa A decisatildeo de alocaccedilatildeo do capital em projeto de investimento eacute fundamental para o sucesso pois os recursos da empresa
23
satildeo comprometidos por longo tempo na direccedilatildeo de seu futuro desejado e isso envolve um grande esforccedilo de tempo e de gerenciamento Cada projeto aprovado eacute um desembolso realizado pela empresa coma expectativa de obter benefiacutecios futuros quantificados pela geraccedilatildeo de um fluxo de retornos adequados em geral por um prazo maior do que um ano
A carecircncia de recursos financeiros diante das muitas necessidades faz com
que seja crucial aperfeiccediloar sua utilizaccedilatildeo A anaacutelise antecipada de investimento
possibilita que se racionalize a forma como os recursos de capital satildeo utilizados
(REBELATTO 2004 p 141)
Para analisar a viabilidade de um projeto economicamente eacute necessaacuterio reunir
uma seacuterie de informaccedilotildees e de dados que precisam ser organizados para atingir seu
objetivo final que eacute o de facilitar a tomada de decisatildeo Vale salientar que o projeto
deve ser um documento que tenha a capacidade de mostrar de uma maneira loacutegica a
visatildeo estrateacutegica do negoacutecio (MACHADO 2002 p 144)
231 Fluxo de caixa
O fluxo de caixa eacute o melhor guia para uma administraccedilatildeo financeira eficiente
de qualquer negoacutecio
O fluxo de caixa eacute a reproduccedilatildeo graacutefica de uma movimentaccedilatildeo financeira ldquoAs
movimentaccedilotildees monetaacuterias satildeo identificadas temporalmente por meio de um conjunto
de entradas e saiacutedas de caixa definido como diagrama de fluxo de caixardquo Essa
representaccedilatildeo proporciona a visualizaccedilatildeo em diferentes momentos com o que estaacute
ocorrendo com o capital (REBELATTO 2004 p 150)
ldquoA identificaccedilatildeo e a quantificaccedilatildeo das estimativas relevantes do projeto satildeo o
iniacutecio da construccedilatildeo do fluxo de caixa do projeto para empresa em funcionamentordquo
(LAPPONI 2007 p 347)
O fluxo de caixa eacute um composto de entradas e saiacutedas de valores monetaacuterios
(dinheiro) no decorrer de um determinado periacuteodo Bem como evidenciar uma opccedilatildeo
possiacutevel de transaccedilotildees financeiras ou seja pagamentos agrave vista pagamentos a prazo
tiacutetulos originais etc (REBELATTO 2004 p 151)
24
232 Valor Presente Liacutequido (VPL)
ldquoO Valor presente liacutequido (VPL) ou valor atual liacutequido (VAL) eacute o valor atual das
entradas de caixa (retornos de capital esperados) incluindo o valor residual (se
houver) menos o valor atual das saiacutedas de caixardquo (REBELATTO 2004 p 214)
A foacutermula para chegar ao VPL eacute (LAPPONI 2007 p 125)
119881119875119871 = minus119868 +119865119862
(1 + 119870)119899
Onde
I= custo inicial ou desembolso inicial
FC= fluxo de caixa
K= taxa requerida
n= prazo de anaacutelise
Rebelatto (2004 p214) afirma que os paracircmetros para que o projeto seja
aceito se refere ao valor presente liacutequido (VPL)
VPLgt0 o projeto eacute aceito
VPLlt0 o projeto eacute rejeitado
VPL=0 o projeto pode ser aceito ou natildeo pois natildeo cria e nem destroacutei
valor para empresa
Para Lapponi (2007 p 134-135) as principais vantagens do VPL satildeo
Considera o fluxo de caixa do projeto na sua totalidade
Considera o valor monetaacuterio (dinheiro) no tempo
Tem a capacidade de medir o valor criado ou destruiacutedo pelo projeto
Pode ser utilizado na avaliaccedilatildeo do projeto independentemente do tipo de
fluxo de caixa utilizado
Seleciona o projeto mais viaacutevel economicamente
25
233 Taxa Interna de Retorno (TIR)
ldquoTaxa Interna de Retorno (TIR) eacute a taxa de desconto que torna o valor atual
liacutequido (VAL) do investimento igual a zero Tambeacutem eacute chamada de taxa interna efetiva
de rentabilidaderdquo (REBELATTO 2004 p 217)
No projeto do tipo simples com o aumento da taxa requerida o VPL do projeto tende ao valor do custo inicial pois o VPL eacute uma funccedilatildeo decrescente da taxa requerida Portanto a decisatildeo com o meacutetodo TIR somente deve ser feita em projetos simples que garantem a existecircncia de uma uacutenica TIRgt -100 Nos outros tipos de fluxo de caixa em geral o meacutetodo da TIR natildeo deve ser utilizado pois haacute a possibilidade de muacuteltiplas TIRs Sendo a TIR a taxa de juro que zera o VPL do projeto simples para qualquer taxa requerida K menor que a TIR o VPL seraacute positivo e para qualquer taxa requerida K maior que a TIR o VPL seraacute negativo (LAPPONI 2007 p 175-176)
Rebelatto (2004 p 217) complementa afirmando que a TIR eacute um meacutetodo
aprimorado de anaacutelise de investimento sendo possivelmente uma das mais usadas
para avaliar projetos econocircmicos A TIR deve ser comparada com a taxa miacutenima de
atratividade (TMA) para analisar se o projeto seraacute aceito ou natildeo
Sendo assim Lapponi (2007 p 176) considera que
Se TIR gt TMA o projeto deve ser aceito pois eacute economicamente viaacutevel
Se TIR lt TMA o projeto deve ser recusado pois eacute economicamente
inviaacutevel
Se TIR = TMA eacute indiferente investir no projeto pois o mesmo natildeo criaraacute
e nem destruiraacute valor da empresa
ldquoA grande vantagem da TIR como indicador de decisatildeo eacute que prescinde de
informaccedilotildees externas ao projeto Tudo que o analista necessita eacute conhecer o perfil do
projeto e alguma ideia de magnitude da taxa de jurosrdquo (MACHADO 2002 p 127)
26
234 Periacuteodo de retorno de investimento (Payback)
ldquoO payback eacute o periacuteodo de tempo em que ocorre o retorno do investimento
Calculado no fluxo de caixa de vida uacutetil de dez anos o payback apresenta-se de vaacuterias
maneiras para cada tipo de empresardquo (BRITO 2003 p 51)
Uma empresa pode nomear o payback como um dos paracircmetros para escolha
de um projeto a fim de minimizar seus riscos Mesmo sendo esse um meacutetodo faacutecil e
simples na praacutetica eacute um dos mais utilizados para efetuar a mediccedilatildeo econocircmica de um
projeto (REBELATTO 2004 p 230)
Segundo Rebelatto (2004 p 231) a foacutermula baacutesica que demonstra o caacutelculo
do payback em fluxos de caixas regulares eacute
PB =I0
FC
Onde
PB= Payback
I0= Investimento inicial
FC= Fluxo de caixa regular
Para executar o meacutetodo payback eacute crucial estabelecer o tempo maacuteximo de
toleracircncia TMT para resgatar o custo inicial ldquoPara decidir se o projeto deve ser aceito
o payback deve ser comparado com o valor de referecircncia TMT de forma querdquo
(LAPPONI 2007 p 245)
Se PB lt TMT o projeto deve ser aceito
Se PB gt TMT o projeto deve ser recusado
A principal vantagem para utilizaccedilatildeo do meacutetodo payback eacute que ele reflete a
liquidez do projeto e por consequecircncia eacute possiacutevel efetuar a avaliaccedilatildeo do risco de natildeo
recuperar o investimento (REBELATTO 2004 p 230)
27
3 METODOLOGIA
Este capiacutetulo tem por objetivo descrever os procedimentos e teacutecnicas
utilizados na pesquisa considerando o problema e aos objetivos gerais e especiacuteficos
Para a execuccedilatildeo da revisatildeo bibliograacutefica realizada neste estudo foi utilizado
livros de especialistas na aacuterea os principais temas abordados foram o
empreendedorismo que eacute um assunto chave quando surge uma ideia para um novo
negoacutecio plano de negoacutecios que eacute um elemento fundamental para o sucesso ou
fracasso de um empreendimento e a viabilidade econocircmico-financeira tema
fundamental visto que o objetivo geral da pesquisa eacute mensurar se a mesma eacute viaacutevel
ou natildeo economicamente
Foi elaborada uma anaacutelise de mercado que estaacute disponiacutevel no item 41 deste
estudo atraveacutes da mesma foi identificado que os principais clientes satildeo das classes
A e B de Curitiba regiatildeo metropolitana no item 42 foi efetuado um levantamento do
tamanho do negoacutecio onde foi definida a capacidade produtiva o investimento inicial e
a localizaccedilatildeo do empreendimento no item 44foi elaborado o fluxo de caixa que
demonstra as previsotildees financeiras do periacuteodo de 5 anos o meacutetodo utilizado para
elaborar a pesquisa foi um estudo de caso de natureza exploratoacuteria quantitativa e
anaacutelise documental
O estudo de caso eacute evidenciado por um estudo minucioso e cansativo de um
ou poucos objetivos desta forma propicia um vasto e detalhado conhecimento sobre
o assunto uma missatildeo praticamente impossiacutevel mediante as outras maneiras de
delineamentos consideradas (GIL 2008 p 57-58)
Prodanov e Freitas (2013 p60) afirmam que o estudo de caso consiste em
recolher e analisar dados sobre determinado indiviacuteduo famiacutelia grupo ou comunidade
com a finalidade de estudar diferentes aspectos das suas vidas conforme o assunto
da pesquisa
Jaacute as pesquisas exploratoacuterias satildeo definidas por Gil (2008 p 27) como as que
Tecircm como principal finalidade desenvolver esclarecer e modificar conceitos e ideias tendo em vista a formulaccedilatildeo de problemas mais precisos ou hipoacuteteses pesquisaacuteveis para estudos posteriores De todos os tipos de pesquisa estas satildeo as que apresentam menor rigidez no planejamento Habitualmente envolvem levantamento bibliograacutefico e documental entrevistas natildeo padronizadas e estudos de caso
28
A pesquisa quantitativa ldquoconsidera que tudo pode ser quantificaacutevel o que
significa traduzir em nuacutemeros opiniotildees e informaccedilotildees para classificaacute-las e analisaacute-lasrdquo
Eacute necessaacuteria a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas estatiacutesticas tais como porcentagem meacutedia
moda desvio-padratildeo coeficiente de correlaccedilatildeo etc (PRODANOV FREITAS 2013
p 69)
Muitos dados que satildeo utilizados em pesquisas satildeo adquiridos indiretamente
por meio de documentosrdquo como livros jornais papeacuteis oficiais registros estatiacutesticos
fotos discos filmes e viacutedeos que satildeo obtidos de maneira indiretardquo Essas fontes
documentais tecircm a capacidade de disponibilizar ao pesquisador um grande nuacutemero
de informaccedilotildees com bastante qualidade para evitar a perda de tempo (GIL 2008 p
147)
Este modelo de pesquisa foi utilizado para definir os principais clientes quais
os produtos que seratildeo vendidos a capacidade produtiva assim como a viabilidade
econocircmico-financeira e operacional do negoacutecio
29
4 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES
41 ANAacuteLISE DE MERCADO
Woiler e Mathias (1994 p41) e Rebelatto (2004 p01) afirmam que a anaacutelise
de mercado eacute um dos pontos mais relevantes para elaboraccedilatildeo de um projeto Atraveacutes
do estudo do mercado obtemos muitas informaccedilotildees tais como
Fazendo a comparaccedilatildeo entre demanda e a oferta encontramos a
possiacutevel escassez da demanda futura Esse resultado proporcionaraacute
informaccedilotildees para que seja definida a escala de produccedilatildeo do projeto
A regiatildeo geograacutefica em que o produto pode ser vendido eacute um dos pontos
mais significativos para que seja definida a localizaccedilatildeo do empreendimento
O preccedilo de venda os custos de comercializaccedilatildeo e os estoques nos
canais de comercializaccedilatildeo satildeo informaccedilotildees relevantes para que seja
elaborada a projeccedilatildeo do projeto
Vale salientar que esses satildeo apenas alguns elementos importantes que eacute
possiacutevel identificar na anaacutelise de mercado existe muitos outros dados que satildeo obtidos
com a mesma
411 Mercado consumidor
ldquoTodas as decisotildees relacionadas a novos empreendimentos contecircm certo
grau de incerteza tanto no que diz respeito agrave informaccedilatildeo na qual as decisotildees estatildeo
baseadas como no que diz respeito agraves suas consequecircnciasrdquo (SEBRAE)
Chiavenato acredita que os clientes tecircm a capacidade de alavancar ou
derrubar um empreendimento ldquoUm cliente pode ser uma organizaccedilatildeo uma empresa
um usuaacuterio dos produtosserviccedilos ou um consumidor finalrdquo Eacute quem adquiri os
produtosserviccedilos ofertados pela organizaccedilatildeo no final da cadeia de transaccedilotildees Eacute ele
que estabelece direta ou indiretamente se o empreendimento teraacute ecircxito ou natildeo Por
30
isso o cliente deve ser considerado como o principal patrimocircnio da empresa (2007
p 207)
Segundo dados do censo 2010 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e
estatiacutestica) dos 576190 (quinhentos e setenta e seis mil cento e noventa) domiciacutelios
de Curitiba 292965 (duzentos e noventa e dois mil novecentos e sessenta e cinco)
possuem renda de mais de 5 a mais de 20 salaacuterios miacutenimos sendo assim cerca de
5085 dos domiciacutelios curitibanos estatildeo enquadrados nas classes A e B Ainda
segundo o IBGE cerca de 137922 (cento e trinta e sete mil novecentos e vinte e dois)
domiciacutelios curitibanos tecircm renda de mais de 10 salaacuterios miacutenimos o que representa
uma meacutedia de 24 dos domiciacutelios de Curitiba
Mais de 249000 (duzentos e quarenta e nove mil) pessoas que residem em
Curitiba cerca de 1423 da populaccedilatildeo tem rendimento mensal de mais de 5 salaacuterios
miacutenimos conforme Tabela 1
TABELA 1 - RESULTADOS DA AMOSTRA - RENDIMENTO POR PESSOA EM CURITIBA
Quantidade de pessoas Salaacuterios miacutenimos
153011 Mais de 5 a 10 salaacuterios miacutenimos
38692 Mais de 10 a 15 salaacuterios miacutenimos
25427 Mais de 15 a 20 salaacuterios miacutenimos
18264 Mais de 20 a 30 salaacuterios miacutenimos
13791 Mais de 30 salaacuterios miacutenimos
FONTE IBGE - CENSO DEMOGRAacuteFICO 2010
Curitiba possui uma populaccedilatildeo de mais de 1750000 (um milhatildeo setecentos
e cinquenta mil habitantes) segundo censo IBGE 2010 sendo que 932000
(novecentos e trinta e dois mil) pessoas com o estado civil de solteiro viuacutevo
divorciado separado judicialmentedesquitado isso mostra que tem muitas pessoas
que podem fazer festas de casamento e necessitar dos produtos que seratildeo ofertados
tais como bolos artiacutesticos doces finos e bem casados
Segundo as estatiacutesticas do registro civil do IBGE ocorreram em Curitiba e
regiatildeo metropolitana no ano 2012 exatamente 18877 (dezoito mil oitocentos e setenta
e sete) casamentos sendo que nos meses de setembro a dezembro foi onde ocorreu
um maior nuacutemero um total de 7828 (sete mil oitocentos e vinte e oito) casamentos o
que representa um total de 4147 dos casamentos ocorrem nesses quatro meses
do ano
31
TABELA 2 - CASAMENTOS POR MEcircS DE REGISTRO SEGUNDO O LUGAR DO REGISTRO ndash 2012
Lugar do registro
Casamentos por mecircs do registro
Total de
registros Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
RM Curitiba 18877 1466 1250 1572 1282 1403 1533 1248 1255 1735 1753 2118 2262
Curitiba 10351 848 692 857 692 724 872 658 658 971 968 1237 1174
FONTE IBGE DIRETORIA DE PESQUISAS COORDENACcedilAtildeO DE POPULACcedilAtildeO E INDICADORES SOCIAIS ESTATIacuteSTICAS DO REGISTRO CIVIL 2012
Nessa perspectiva foi definido que o mercado que a empresa de bolos e doces
finos vai atuar eacute de Curitiba e regiatildeo metropolitana com foco nas pessoas das classes
A e B com estado civil solteiro divorciado separado judicialmentedesquitado e viuacutevo
412 Produtos que seratildeo vendidos
ldquoNo coraccedilatildeo de uma grande marca haacute um grande produto O produto-chave
na oferta ao mercado Liacutederes de mercado geralmente oferecem produtos e serviccedilos
de qualidade superiorrdquo (KOTLER KELLER 2006 p 366)
Os principais produtos fornecidos seratildeo
Bolos artiacutesticos
FOTO1 - BOLO ARTIacuteSTICO FONTE WANDA CARDOSO - BOLOS ARTIacuteSTICOS amp DOCES
32
Bolos de copa
FOTO2 - BOLO DE COPA FONTE ELABORADO PELO AUTOR
FOTO3 - BOLO DE COPA FONTE ELABORADO PELO AUTOR
Naked cake
FOTO4 - NAKED CAKE FONTE DOCES PENEacuteLOPE
33
Doces Tradicionais
FOTO5 - DOCES TRADICIONAIS FONTE ELABORADO PELO AUTOR
Doces Espelhados
FOTO6 - DOCES ESPELHADOS FONTE PRONTO SOCORRO DAS FESTAS
Doces Finos
FOTO 7 - DOCES FINOS FONTE COMPRANDO MEU APE
34
Brigadeiros gourmet
FOTO8 - BRIGADEIROS GOURMET FONTE ELABORADO PELO AUTOR
Tacinhas acriacutelicas
FOTO9 - TACINHAS ACRIacuteLICAS FONTE BUFFET DELIacuteCIAS DA VI
Trufas
FOTO 10 - TRUFAS FONTE FOGAtildeO DA VOVOacute
35
Bombons
FOTO11 - BOMBONS FONTE DALVA GOLDEN GATE
Bem casados
FOTO12 - BEM CASADOS FONTE CASAMENTO SEM ERRO
FOTO13 - BEM CASADOS FONTE CASAMENTO SEM ERRO
36
413 Preccedilo de venda
A definiccedilatildeo do preccedilo dos produtos eacute uma das decisotildees mais relevantes da
organizaccedilatildeo que deve levar em conta a forma como a empresa deseja se posicionar
no mercado os custos a concorrecircncia e a rentabilidade almejada
O preccedilo eacute um dos elementos mais versaacuteteis pode ser modificado rapidamente
ao contraacuterio das propriedades dos produtos dos contratos com canais de distribuiccedilatildeo
e ateacute mesmo das promoccedilotildees O Preccedilo tem tambeacutem a tarefa de mostrar ao mercado o
posicionamento de valor desejado pela empresa para o seu produto ou marca
(KOTLER KELLER 2006 p 428)
A consolidaccedilatildeo dos preccedilos dos produtos seraacute elaborada levando em conta os
custos para se obter os produtos com a qualidade requinte e sofisticaccedilatildeo desejada
com a margem de lucro esperada e se baseando nos preccedilos praticados pela
concorrecircncia
414 Previsatildeo de vendas
Para Chiavenato (2007 p 2013)
A previsatildeo de vendas representa a quantidade de produtosserviccedilos que a empresa pretende vender ou colocar no mercado durante um determinado periacuteodo geralmente um mecircs ou um ano dividido em meses Constitui portanto uma estimativa ou uma expectativa de vendas Pode ser feita em unidades fiacutesicas ou em valores monetaacuterios
A produccedilatildeo vai ser em meacutedia de 5600 doces (doces finos gourmet e bem
casados) e 4 bolos procurando atender em meacutedia 4 eventos por semana e ateacute 16
eventos por mecircs sendo que nos meses de setembro a dezembro essa demanda
aumenta pelo motivo de historicamente ter um nuacutemero maior de casamentos
37
415 Definiccedilatildeo de local de venda dos produtos
ldquoA venda eacute a fase fundamental do processo de vendas Consiste na
transferecircncia do produtoserviccedilo para o cliente ou consumidorrdquo (CHIAVENATO 2007
p 210)
As vendas vatildeo ocorrer atraveacutes de site proacuteprio redes sociais telefone e
pessoalmente natildeo teremos loja fiacutesica apenas um ateliecirc para confecccedilatildeo dos bolos e
doces onde vai conter uma sala anexa na qual vai ser oferecido o serviccedilo de
degustaccedilatildeo com horaacuterios marcados para assim o cliente decidir quais os produtos
seratildeo adquiridos para o seu evento e fechamento de contrato
416 Definiccedilatildeo da demanda e da oferta
Na maior parte das encomendas os clientes solicitam os doces finos e
gourmet que contecircm chocolates frutas oleaginosas tais como castanhas nozes
avelatildes amecircndoas frutas como framboesa morango damasco cerejas e os bem
casados Os bolos mais solicitados satildeo os com decoraccedilatildeo de pasta americana que
deve obrigatoriamente ter recheios mais firmes como ganaches fios de ovos
strogonoff de nozes e os naked cake (bolo pelado) que possuem mais opccedilotildees de
recheios com chocolates frutas diversas e cremes de pacirctisserie
Em contato com algumas empresas que fornecem o mesmo tipo de produto
foi possiacutevel verificar que as encomendas devem ser feitas com antecedecircncia miacutenima
de 6 meses sendo que alguns casos somente com um ano de antecedecircncia para
conseguir na data desejada Esse eacute um dos pontos que mostra que tem espaccedilo
suficiente para entrada nesse mercado
38
417 Concorrentes
Chiavenato (2007 p 33) Kotler e Keller (2006 p 340) afirmam que os
concorrentes satildeo as organizaccedilotildees que competem pelos mesmos fornecedores
clientes e consumidores
ldquoAgrave medida que seus produtosserviccedilos tornam-se mais heterogecircneos tanto
mais heterogecircneos e diferenciados seratildeo seus concorrentes e tanto mais complexa
seraacute a competitividaderdquo (CHIAVENATO 2007 p 33)
Em busca na internet foi possiacutevel identificar que atualmente existe em meacutedia
25 concorrentes reais que oferecem exatamente os mesmos produtos que seratildeo
fornecidos com o mesmo padratildeo de qualidade valor agregado requinte e
sofisticaccedilatildeo Tambeacutem foi detectado mais 14 concorrentes potenciais que vendem
produtos similares aos que seratildeo vendidos poreacutem natildeo possuem o mesmo valor
agregado dos que vatildeo ser ofertados Foi possiacutevel identificar que alguns concorrentes
oferecem somente os doces finos dos quais foram identificados mais 3 concorrentes
reais e 3 concorrentes potenciais E foi detectado que existem concorrentes que
fornecem apenas os bolos artiacutesticos dos quais foi identificado 4 concorrentes reais
todos fornecem os bolos com o mesmo niacutevel de qualidade que seratildeo fornecidos
A tabela 3 mostra a divisatildeo dos concorrentes reais e potenciais que fornecem
bolos e doces por bairro de Curitiba
39
TABELA 3 - CONCORRENTES QUE FORNECEM BOLOS E DOCES POR BAIRRO
Bairro Quantidade de Concorrentes Reais
Quantidade de Concorrentes Potenciais
Aacutegua Verde 4 1
Ahuacute 1
Bairro Alto 2 1
Barreirinha 1
Barreirinha 1
Bom Retiro 1
Campo Comprido 1
Campo Comprido 1
Cidade Industrial 1
Colombo 1
Fazenda Rio Grande 1
Hauer 1
Hugo Lange 1
Mercecircs 1
Novo Mundo 2 1
Novo Mundo 1
Portatildeo 1
Portatildeo 1
Santa Cacircndida 1
Santa Felicidade 1 1
Santo Inaacutecio 1 1
Satildeo Joseacute dos Pinhais 1
Seminaacuterio 1
Sitio Cercado 1
Tarumatilde 1
Vila Izabel 1
Natildeo Informado 1 2
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
418 Forma de divulgaccedilatildeo dos concorrentes
Todas as empresas pesquisadas que fornecem produtos similares aos que
vamos fornecer utilizam sites proacuteprios e as redes sociais para fazer divulgaccedilatildeo dos
seus produtos todas fazem degustaccedilatildeo para os clientes conhecerem os seus
produtos e posteriormente fechar um contrato
40
42 TAMANHO DO NEGOacuteCIO
421 Capacidade produtiva
A capacidade produtiva vai ser para atender ateacute 4 eventos por semana A
produccedilatildeo vai ser de ateacute 5600 doces (doces finos gourmet e bem casados) e 4 bolos
atendendo ateacute 4 eventos por final de semana e ateacute 16 eventos por mecircs sendo que
nos meses de setembro a dezembro essa demanda aumenta pelo motivo de
historicamente ter um nuacutemero maior de casamentos
422 Investimento
Um dos pontos mais relevantes para abertura de uma empresa eacute a
determinaccedilatildeo do capital miacutenimo para dar iniacutecio nas atividades e principalmente como
obter este capital ldquoEacute com o capital inicial que a empresa tem condiccedilotildees de reunir os
recursos empresariais necessaacuterios ao seu funcionamento sejam eles recursos
humanos materiais ou financeirosrdquo A determinaccedilatildeo do capital eacute o que estabelece a
quantidade de recursos empresariais que a empresa tem disponiacutevel Indiscutivelmente
quanto maior for o volume de recursos empresariais mais faacutecil se torna o desempenho
da empresa Quando todos os recursos necessaacuterios para seu funcionamento estatildeo agrave
disposiccedilatildeo a administraccedilatildeo do empreendimento fica mais simples (CHIAVENATO
2007 p84)
Cabe acrescentar que (LAPPONI 2007 p 321)
O custo inicial refere-se aos desembolsos realizados para aquisiccedilatildeo de equipamentos ou outros ativos fixos incluindo o pagamento de fretes seguros instalaccedilotildees despesas operacionais iniciais com materiais e matildeo de obra treinamento de pessoal de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo etc resumindo o custo inicial inclui todos os desembolsos necessaacuterios para adquirir os ativos necessaacuterios e que estejam em condiccedilotildees de operar e gerar as receitas estimadas
41
O empreendimento iniciaraacute suas atividades com capital investido com
recursos proacuteprios da empreendedora
As estimativas de investimento inicial para abertura da empresa foi de
R$5162851 conforme tabela 4
TABELA 4 - INVESTIMENTO INICIAL
Descriccedilatildeo Valor (R$)
Maacutequinas e equipamentos Cozinha R$ 3084878
Utensiacutelios R$ 555075
Moacuteveis para escritoacuterio R$ 268982
Equipamentos de informaacutetica e eletrocircnicos R$ 446204
Outros custos escritoacuterio R$ 48912
Uniformes R$ 155800
Pintura Imoacutevel R$ 500000
Porta de Vidro R$ 103000
Total R$ 5162851
FONTE ELABORADO PELO AUTOR (2015)
423 Localizaccedilatildeo
Seraacute locado um imoacutevel para a instalaccedilatildeo da empresa localizado na Rua Heitor
Baggio Vidal 2508 Bairro Alto Curitiba ndash PR com o valor do aluguel mensal de
R$160000 (mil e seiscentos reais) O espaccedilo interno de 95msup2 seraacute dividido em trecircs
partes a primeira com 20msup2 vai ficar a recepccedilatildeo para receber os clientes efetuar
orccedilamentos e as degustaccedilotildees a segunda com 71msup2 a cozinha industrial onde seratildeo
fabricados os bolos e doces finos e a terceira com 4msup2 o lavabo
42
FOTO14 - FOTO DO IMOacuteVEL ONDE SERAacute INSTALADA A EMPRESA FONTE MP IMOacuteVEIS
424 Entregas
As entregas dos bolos e doces finos seratildeo efetuadas por uma empresa
parceira localizada no Bairro Alto o preccedilo das entregas em Curitiba e regiatildeo
metropolitana variam de R$2400 (vinte e quatro reais) a R$6000 (sessenta reais)
dependendo da localizaccedilatildeo tais valores seratildeo cobrados dos clientes
43 CAPITAL DE GIRO
O capital de giro inicial foi estimado levando em conta que no primeiro ano a
empresa vai produzir 8333 da sua capacidade atendendo em meacutedia 13 ventos
mensalmente sendo assim foram considerados os gastos operacionais necessaacuterios
para o iniacutecio das atividades incluindo o custo fixo mensal e o estoque inicial ambos
multiplicados por 2 e acrescidos de um percentual de 10 de margem de seguranccedila
para despesas natildeo previstas
43
TABELA 5 - CAPITAL DE GIRO
Item Valor (R$)
Estoque Inicial 5144000
Custo Fixo Mensal 3194783
Reserva (10) 833878
Total do Capital de Giro Inicial 9172662
FONTE ELABORDO PELO AUTOR
44 FLUXO DE CAIXA
ldquoFluxo de Caixa eacute um Instrumento de gestatildeo financeira que projeta para
periacuteodos futuros todas as entradas e as saiacutedas de recursos financeiros da empresa
indicando como seraacute o saldo de caixa para o periacuteodo projetadordquo (SEBRAE)
Na tabela 6 eacute apresentada a projeccedilatildeo do Fluxo de Caixa da empresa para os
seus primeiros cinco anos onde fica evidenciado que do primeiro ateacute o quinto ano a
sauacutede financeira da empresa melhora gradativamente sendo que no final do quinto
ano o saldo em caixa ultrapassa os 300 se comparado com o saldo em caixa no
final do primeiro ano
Pode-se observar que natildeo foi inserida no fluxo de caixa a opccedilatildeo de
inadimplecircncia pois todos os pagamentos seratildeo efetuados agrave vista em dinheiro ou
cartatildeo sendo que o pagamento total dos produtos deve ser efetuado no miacutenimo 10
dias antes da data do evento
44
TABELA 6 - PROJECcedilAtildeO DE FLUXO DE CAIXA NOS PRIMEIROS CINCO ANOS
Descriccedilatildeo Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5
Investimento Inicial (5162851)
Capital de Giro (9172662) 9172662
Valor Residual 1548855
Total de entradas 000 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873
Previsatildeo Receitas de vendas 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873
Total de Saiacutedas (14335513) (44888699) (54283425) (59479393) (64738409) (70291804)
(-)Fornecedores (25720000) (33641760) (36669518) (39969775) (43567055)
(-)Folha de pagamento (3267192) (3593911) (3953302) (4348633) (4783496)
(-)Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)
(963216) (1011377) (1061946) (1115043) (1170795)
(-)Retiradas soacutecios (2400000) (2640000) (3432000) (3946800) (4341480)
(-)Impostos s vendas (4654291) (5073177) (5573767) (6075406) (6622192)
(-)Alugueacuteis (1920000) (2016000) (2116800) (2222640) (2333772)
(-)Energia eleacutetrica (840000) (882000) (926100) (972405) (1021025)
(-)Aacutegua (300000) (315000) (330750) (347288) (364652)
(-)Telefone (384000) (403200) (423360) (444528) (466754)
(-)Gaacutes (588000) (617400) (648270) (680684) (714718)
(-)Serviccedilos contabilidade (960000) (1008000) (1058400) (1111320) (1166886)
(-)Manutenccedilatildeo (600000) (630000) (661500) (694575) (729304)
(-)Outras despesas com funcionaacuterios
(1296000) (1405800) (1525590) (1656320) (1799030)
(-)Taxas bancaacuterias (96000) (100800) (105840) (111132) (116689)
(-)Outros pagamentos (900000) (945000) (992250) (1041863) (1093956)
Entradas - Saiacutedas (14335513) 12981301 21410535 23027023 25193585 27734070
Depreciaccedilatildeo 000 (631377) (631377) (631377) (631377) (631377)
Saldo Final (14335513) 12349924 20779158 22395647 24562208 37824209
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
A depreciaccedilatildeo foi calculada considerando o prazo de vida uacutetil meacutedio de 10
anos das maacutequinas equipamentos instalaccedilotildees moacuteveis e utensiacutelios e para os
computadores e perifeacutericos foi considerado o prazo de vida uacutetil de 5 anos conforme
demonstrado na tabela 7
TABELA 7 - DEPRECIACcedilAtildeO
Item Valor Inicial Taxa Anual Depreciaccedilatildeo Anual (R$)
Maacutequinas e equipamentos 3084878 10 308488
Instalaccedilotildees 103000 10 10300
Moacuteveis e Utensiacutelios 824057 10 82406
Computadores e Perifeacutericos 446204 20 89241
Outros 704712 20 140942
Total 631377
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
45
O valor residual dos equipamentos e instalaccedilotildees da empresa no final do quinto
ano foi considerado em 30 referente ao valor de aquisiccedilatildeo dos mesmos no iniacutecio do
projeto
45 ANAacuteLISE DOS INDICADORES (VPL TIR E PAYBACK)
451 Valor Presente Liacutequido (VPL)
A tabela 8 mostra que o VPL (Valor Presente Liacutequido) eacute positivo isso significa
que aleacutem de recuperar o investimento inicial ainda vai ser agregado ao valor da
empresa um montante de R$ R$50392407 (quinhentos e trecircs mil novecentos e vinte
quatro reais e sete centavos)
A taxa de retorno requerida de 20 foi determinada levando em conta o niacutevel
de risco do projeto e visando o valor desejado para se obter em cima do valor
investido
TABELA 8 - CALCULO DO VALOR PRESENTE LIacuteQUIDO (VPL)
Anos FC k 2000
0 -$143355 VPL $50392407
1 $123499 VPL $50392407
2 $207792 VPL $50392407
3 $223956 VPL $21761126
4 $245622 VPL $21761126
5 $378242 Decisatildeo Aceitar o Projeto
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
452 Taxa Interna de Retorno (TIR)
Conforme a tabela 9 eacute possiacutevel verificar que a TIR (Taxa Interna de Retorno)
eacute de 11593 maior que a taxa requerida de 20 isso significa que custo inicial seraacute
46
recuperado e o projeto vai criar valor para empresa mais um resultado favoraacutevel para
a aceitaccedilatildeo do projeto
TABELA 9 - TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR)
Anos FC
0 -$143355 TIR 11593
1 $123499 TIR 2168
2 $207792 TIR 2168
3 $223956 Decisatildeo
4 $245622 k 2000
5 $378242 Aceitar o projeto
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
453 Payback
O tempo de recuperaccedilatildeo do custo inicial ocorre normalmente entre o quarto e
o quinto ano se for feita a anaacutelise da tabela 10 eacute possiacutevel verificar que o tempo
necessaacuterio para o retorno do investimento (payback) do projeto eacute de 128 anos este
indicador mostra claramente que o projeto deve ser aceito pois o tempo de retorno
estaacute bem abaixo do tempo meacutedio dos empreendimentos como um todo
TABELA 10 - PAYBACK
k 20
Anos FC SPresente
0 -$143355 -$143355 PBD-SP = 128
1 $123499 -$40439 128
2 $207792 $103861
3 $223956 $233465
4 $245622 $351917
5 $378242 $503924
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
47
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Para iniciar um negoacutecio requer muito mais do que apenas o espiacuterito
empreendedor eacute necessaacuterio ter lideranccedila conhecimento sobre o mercado que deseja
atuar organizaccedilatildeo e principalmente planejamento
O principal objetivo desse estudo foi analisar a viabilidade econocircmico-
financeira da abertura de uma empresa de bolos e doces finos no Bairro Alto em
Curitiba
O objetivo apresentado nesta pesquisa foi atingido pois todos os indicadores
analisados mostram com clareza que empresa obteacutem resultados positivos que criam
valor para a mesma e com isso o projeto eacute viaacutevel economicamente pois do primeiro
ao quinto ano fica visiacutevel o crescimento do empreendimento e a melhora significativa
da sua sauacutede financeira isso fica evidenciado no saldo final em caixa no quinto ano
que chega proacuteximo haacute 400 mil reais Apesar disso eacute crucial o acompanhamento do
mercado para seguir as tendecircncias e se atualizar constantemente para tomar
decisotildees mais assertivas
Um negoacutecio mal avaliado pode arruinar a estabilidade econocircmica do
investidor por isso eacute de extrema importacircncia fazer todos os levantamentos de custos
antes de se aventurar em qualquer empreendimento
Eacute possiacutevel comprovar que a pesquisa realizada contribui positivamente para
abertura da empresa No entanto as informaccedilotildees aqui presentes natildeo satildeo estaacuteticas e
devem ser revisadas periodicamente e se preciso ateacute mesmo ampliadas no decorrer
da implantaccedilatildeo do projeto para que o mesmo seja uma ferramenta eficiente e eficaz
no desenvolvimento da empresa como um todo
48
REFEREcircNCIAS
BRITO Paulo Anaacutelise e viabilidade de projetos de investimento Satildeo Paulo Atlas 2003 DOLABELA Fernando O segredo de Luiacutesa 30 ed Satildeo Paulo Editora de Cultura 2006 DORNELAS Joseacute Carlos Assis Empreendedorismo transformando ideias em negoacutecios 4 ed Rio de Janeiro Campus Elsevier 2012 CENSO Demograacutefico 2010 Resultados gerais da amostra Curitiba IBGE 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=410690ampidtema=87ampsearch=parana|curitiba|censo-demografico-2010-resultados-gerais-da-amostra-gt Acesso em 21 de Junho de 2015 CHIAVENATO Idalberto Empreendedorismo dando asas ao espiacuterito empreendedor empreendedorismo e a viabilidade de novas empresas um guia eficiente para iniciar e tocar seu proacuteprio negoacutecio 2 ed Satildeo Paulo Saraiva 2007 ESTATIacuteSTICAS do registro civil 2012 Curitiba IBGE 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaoregistrocivil2012default_xlsshtmgt Acesso em 21 de Junho de 2015 GIL Antonio Carlos Meacutetodos e teacutecnicas de pesquisa social 6 ed Satildeo Paulo Atlas 2008 KOTLER Philip KELLER Kevin Lane Administraccedilatildeo de Marketing 12 ed Satildeo Paulo ABDR 2006 LAPPONI Juan Carlos Projetos de Investimento na Empresa Rio de Janeiro Elsevier 2007 MACHADO Jesseacute Anderson Pinto Projetos Econocircmicos uma abordagem praacutetica de elaboraccedilatildeo Satildeo Paulo Nobel 2002 MICHEL Maria Helena Metodologia e pesquisa cientiacutefica em ciecircncias sociais 2 ed Satildeo Paulo Atlas 2009 OLIVEIRA Djalma de Pinho Rebouccedilas de Planejamento estrateacutegico conceitos metodologia e praacuteticas 20 ed Satildeo Paulo Atlas 2004 PRODANOV Cleber Cristiano ERNANI Cesar de Freitas Metodologia do trabalho cientiacutefico meacutetodo e teacutecnicas da pesquisa e do trabalho acadecircmico 2 ed Novo Hamburgo Freevale 2013
49
REBELATTO Dayse Projeto de Investimento 1 ed Barueri Manole 2004 SEBRAE Pesquisa de Mercado o que eacute e para que serve Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrsitesPortalSebraeartigosPesquisa-de-mercado-o-que-C3A9-e-para-que-servegt Acesso em 21 de Junho de 2015 SEBRAE Fluxo de caixa Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrSebraePortal20SebraeAnexos0_fluxo-de-caixapdfgt Acesso em 10 de Outubro de 2015 WILDAUER Egon Walter Plano de negoacutecios elementos construtivos e processos de elaboraccedilatildeo 2 ed Curitiba Ibpex 2011 WOILER Samsatildeo MATHIAS Washington Franco Projetos planejamento elaboraccedilatildeo anaacutelise 1 ed Satildeo Paulo Atlas 1994
50
APEcircNDICES
APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL 51
APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS 52
APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL 52
51
APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL
Item Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5
Aacutegua 25000 26250 27563 28941 30388
Aluguel 160000 168000 176400 185220 194481
Assessoria Contaacutebil 80000 84000 88200 92610 97241
Gaacutes 49000 51450 54023 56724 59560
Impostos 387858 422765 464481 506284 551849
Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)
80268 84281 88495 92920 97566
Energia eleacutetrica 70000 73500 77175 81034 85085
Manutenccedilatildeo 50000 52500 55125 57881 60775
Material de escritoacuterio 20000 21000 22050 23153 24310
Material de Limpeza 40000 42000 44100 46305 48620
Folha de pagamento 272266 299493 329442 362386 398625
Seguros 15000 15750 16538 17364 18233
Telefone fixointernet 20000 21000 22050 23153 24310
Telefone Moacutevel 12000 12600 13230 13892 14586
Vale Refeiccedilatildeo 75000 82500 90750 99825 109808
Vale Transporte 33000 34650 36383 38202 40112
Proacute- labore 200000 220000 286000 328900 361790
Taxas Bancaacuterias 8000 8400 8820 9261 9724
Total R$ 1597392 R$ 1720139 R$ 1900823 R$ 2064053 R$ 2227062
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
52
APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS
Item
Produccedilatildeo mensal meacutedia
Custo unitaacuterio total
Sugestatildeo Preccedilo de venda
Custo Mensal Total
Receita de vendas
Bolos artiacutesticos (recheios diversos) 150 6000 13500 900000 2025000
Bolos de copa (recheios diversos) 30 3600 8100 108000 243000
Naked cake (recheios diversos) 60 4200 9450 252000 567000
Doces Tradicionais 32 3500 7875 112000 252000
Doces Espelhados 32 5000 11250 160000 360000
Doces Finos 32 7500 16875 240000 540000
Brigadeiros gourmet 16 4500 10125 72000 162000
Tacinhas acriacutelicas 16 5500 12375 88000 198000
Trufas 32 5000 11250 160000 360000
Bombons 32 5000 11250 160000 360000
Bem casados 3200 100 225 320000 720000
Custo produccedilatildeo Total 2572000
Receita Total 5787000
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL
Ano Receita Bruta Variaccedilatildeo anual
Ano 1 000
Ano 2 69444000 9
Ano 3 75693960 9
Ano 4 82506416 9
Ano 5 89931994 9
Valor considerando a inflaccedilatildeo de 9 aa
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
21
2218 Plano de recursos humanos
Devem ser exibidas as propostas de desenvolvimento e treinamento de
pessoal da empresa Esses dados estatildeo pontualmente associados com a
competecircncia da empresa de crescer ldquoespecialmente quando esta atua em um
mercado onde a detenccedilatildeo de tecnologia eacute considerada um fator estrateacutegico de
competitividaderdquo (DORNELAS 2012 p 103)
2219 Anaacutelise de mercado
Nesta seccedilatildeo o responsaacutevel pelo plano de negoacutecios deve deixar claro que os
executivos da empresa entendem perfeitamente o mercado consumidor do seu
produto ou serviccedilo (atraveacutes de pesquisa de mercado) como estaacute segmentado
crescimento do mercado atributos do consumidor anaacutelise da concorrecircncia qual a sua
fatia de mercado e dos concorrentes etc (DORNELAS 2012 p 103)
22110 Estrateacutegia de marketing
Deve ser apresentado o objetivo da empresa para vender seu produtoserviccedilo
e consolidar seus clientes e ampliar sua demanda Deve ser informada sua estrateacutegia
de venda especificidades do produtoserviccedilo preccedilos puacuteblico-alvo canais de
distribuiccedilatildeo projeccedilatildeo das vendas (DORNELAS 2012 p 103)
22
22111 Plano financeiro
Na seccedilatildeo financeira deve mostrar em nuacutemeros todas as accedilotildees planejadas
para a empresa e suas evidecircncias por meio de projeccedilotildees futuras para um negoacutecio
bem sucedido
Deve conter demonstrativo de fluxo de caixa com horizonte de pelo menos trecircs anos balanccedilo patrimonial anaacutelise do ponto de equiliacutebrio necessidades de investimento demonstrativos de resultados anaacutelise de indicadores financeiros do negoacutecio como faturamento previsto margem prevista prazo de retorno sobre o investimento inicial (payback) taxa interna de retorno (TIR) etc (DORNELAS 2012 p 103-104)
22112 Anexos
Nesta seccedilatildeo deve incluir todos os dados considerados importantes para
melhor compreensatildeo do plano de negoacutecios O que natildeo pode ser deixado de anexar eacute
o curriculum vitae dos soacutecios da empresa (DORNELAS 2012 p 104)
23 VIABILIDADE ECONOcircMICO-FINANCEIRA
Analisar o empreendimento economicamente para verificar se o projeto eacute
viaacutevel e lucrativo ou natildeo eacute uma das decisotildees fundamentais de qualquer
empreendedor
A anaacutelise de investimento eacute um mecanismo aacutegil praacutetico e seguro que ajuda
profissionais de inuacutemeras aacutereas no processo de anaacutelise de tomada de decisotildees
financeiras (REBELATTO p 141)
Lapponi (2007 p 123) afirma que
O objetivo da decisatildeo de investimento ou do orccedilamento de capital eacute maximizar o valor da empresa A decisatildeo de alocaccedilatildeo do capital em projeto de investimento eacute fundamental para o sucesso pois os recursos da empresa
23
satildeo comprometidos por longo tempo na direccedilatildeo de seu futuro desejado e isso envolve um grande esforccedilo de tempo e de gerenciamento Cada projeto aprovado eacute um desembolso realizado pela empresa coma expectativa de obter benefiacutecios futuros quantificados pela geraccedilatildeo de um fluxo de retornos adequados em geral por um prazo maior do que um ano
A carecircncia de recursos financeiros diante das muitas necessidades faz com
que seja crucial aperfeiccediloar sua utilizaccedilatildeo A anaacutelise antecipada de investimento
possibilita que se racionalize a forma como os recursos de capital satildeo utilizados
(REBELATTO 2004 p 141)
Para analisar a viabilidade de um projeto economicamente eacute necessaacuterio reunir
uma seacuterie de informaccedilotildees e de dados que precisam ser organizados para atingir seu
objetivo final que eacute o de facilitar a tomada de decisatildeo Vale salientar que o projeto
deve ser um documento que tenha a capacidade de mostrar de uma maneira loacutegica a
visatildeo estrateacutegica do negoacutecio (MACHADO 2002 p 144)
231 Fluxo de caixa
O fluxo de caixa eacute o melhor guia para uma administraccedilatildeo financeira eficiente
de qualquer negoacutecio
O fluxo de caixa eacute a reproduccedilatildeo graacutefica de uma movimentaccedilatildeo financeira ldquoAs
movimentaccedilotildees monetaacuterias satildeo identificadas temporalmente por meio de um conjunto
de entradas e saiacutedas de caixa definido como diagrama de fluxo de caixardquo Essa
representaccedilatildeo proporciona a visualizaccedilatildeo em diferentes momentos com o que estaacute
ocorrendo com o capital (REBELATTO 2004 p 150)
ldquoA identificaccedilatildeo e a quantificaccedilatildeo das estimativas relevantes do projeto satildeo o
iniacutecio da construccedilatildeo do fluxo de caixa do projeto para empresa em funcionamentordquo
(LAPPONI 2007 p 347)
O fluxo de caixa eacute um composto de entradas e saiacutedas de valores monetaacuterios
(dinheiro) no decorrer de um determinado periacuteodo Bem como evidenciar uma opccedilatildeo
possiacutevel de transaccedilotildees financeiras ou seja pagamentos agrave vista pagamentos a prazo
tiacutetulos originais etc (REBELATTO 2004 p 151)
24
232 Valor Presente Liacutequido (VPL)
ldquoO Valor presente liacutequido (VPL) ou valor atual liacutequido (VAL) eacute o valor atual das
entradas de caixa (retornos de capital esperados) incluindo o valor residual (se
houver) menos o valor atual das saiacutedas de caixardquo (REBELATTO 2004 p 214)
A foacutermula para chegar ao VPL eacute (LAPPONI 2007 p 125)
119881119875119871 = minus119868 +119865119862
(1 + 119870)119899
Onde
I= custo inicial ou desembolso inicial
FC= fluxo de caixa
K= taxa requerida
n= prazo de anaacutelise
Rebelatto (2004 p214) afirma que os paracircmetros para que o projeto seja
aceito se refere ao valor presente liacutequido (VPL)
VPLgt0 o projeto eacute aceito
VPLlt0 o projeto eacute rejeitado
VPL=0 o projeto pode ser aceito ou natildeo pois natildeo cria e nem destroacutei
valor para empresa
Para Lapponi (2007 p 134-135) as principais vantagens do VPL satildeo
Considera o fluxo de caixa do projeto na sua totalidade
Considera o valor monetaacuterio (dinheiro) no tempo
Tem a capacidade de medir o valor criado ou destruiacutedo pelo projeto
Pode ser utilizado na avaliaccedilatildeo do projeto independentemente do tipo de
fluxo de caixa utilizado
Seleciona o projeto mais viaacutevel economicamente
25
233 Taxa Interna de Retorno (TIR)
ldquoTaxa Interna de Retorno (TIR) eacute a taxa de desconto que torna o valor atual
liacutequido (VAL) do investimento igual a zero Tambeacutem eacute chamada de taxa interna efetiva
de rentabilidaderdquo (REBELATTO 2004 p 217)
No projeto do tipo simples com o aumento da taxa requerida o VPL do projeto tende ao valor do custo inicial pois o VPL eacute uma funccedilatildeo decrescente da taxa requerida Portanto a decisatildeo com o meacutetodo TIR somente deve ser feita em projetos simples que garantem a existecircncia de uma uacutenica TIRgt -100 Nos outros tipos de fluxo de caixa em geral o meacutetodo da TIR natildeo deve ser utilizado pois haacute a possibilidade de muacuteltiplas TIRs Sendo a TIR a taxa de juro que zera o VPL do projeto simples para qualquer taxa requerida K menor que a TIR o VPL seraacute positivo e para qualquer taxa requerida K maior que a TIR o VPL seraacute negativo (LAPPONI 2007 p 175-176)
Rebelatto (2004 p 217) complementa afirmando que a TIR eacute um meacutetodo
aprimorado de anaacutelise de investimento sendo possivelmente uma das mais usadas
para avaliar projetos econocircmicos A TIR deve ser comparada com a taxa miacutenima de
atratividade (TMA) para analisar se o projeto seraacute aceito ou natildeo
Sendo assim Lapponi (2007 p 176) considera que
Se TIR gt TMA o projeto deve ser aceito pois eacute economicamente viaacutevel
Se TIR lt TMA o projeto deve ser recusado pois eacute economicamente
inviaacutevel
Se TIR = TMA eacute indiferente investir no projeto pois o mesmo natildeo criaraacute
e nem destruiraacute valor da empresa
ldquoA grande vantagem da TIR como indicador de decisatildeo eacute que prescinde de
informaccedilotildees externas ao projeto Tudo que o analista necessita eacute conhecer o perfil do
projeto e alguma ideia de magnitude da taxa de jurosrdquo (MACHADO 2002 p 127)
26
234 Periacuteodo de retorno de investimento (Payback)
ldquoO payback eacute o periacuteodo de tempo em que ocorre o retorno do investimento
Calculado no fluxo de caixa de vida uacutetil de dez anos o payback apresenta-se de vaacuterias
maneiras para cada tipo de empresardquo (BRITO 2003 p 51)
Uma empresa pode nomear o payback como um dos paracircmetros para escolha
de um projeto a fim de minimizar seus riscos Mesmo sendo esse um meacutetodo faacutecil e
simples na praacutetica eacute um dos mais utilizados para efetuar a mediccedilatildeo econocircmica de um
projeto (REBELATTO 2004 p 230)
Segundo Rebelatto (2004 p 231) a foacutermula baacutesica que demonstra o caacutelculo
do payback em fluxos de caixas regulares eacute
PB =I0
FC
Onde
PB= Payback
I0= Investimento inicial
FC= Fluxo de caixa regular
Para executar o meacutetodo payback eacute crucial estabelecer o tempo maacuteximo de
toleracircncia TMT para resgatar o custo inicial ldquoPara decidir se o projeto deve ser aceito
o payback deve ser comparado com o valor de referecircncia TMT de forma querdquo
(LAPPONI 2007 p 245)
Se PB lt TMT o projeto deve ser aceito
Se PB gt TMT o projeto deve ser recusado
A principal vantagem para utilizaccedilatildeo do meacutetodo payback eacute que ele reflete a
liquidez do projeto e por consequecircncia eacute possiacutevel efetuar a avaliaccedilatildeo do risco de natildeo
recuperar o investimento (REBELATTO 2004 p 230)
27
3 METODOLOGIA
Este capiacutetulo tem por objetivo descrever os procedimentos e teacutecnicas
utilizados na pesquisa considerando o problema e aos objetivos gerais e especiacuteficos
Para a execuccedilatildeo da revisatildeo bibliograacutefica realizada neste estudo foi utilizado
livros de especialistas na aacuterea os principais temas abordados foram o
empreendedorismo que eacute um assunto chave quando surge uma ideia para um novo
negoacutecio plano de negoacutecios que eacute um elemento fundamental para o sucesso ou
fracasso de um empreendimento e a viabilidade econocircmico-financeira tema
fundamental visto que o objetivo geral da pesquisa eacute mensurar se a mesma eacute viaacutevel
ou natildeo economicamente
Foi elaborada uma anaacutelise de mercado que estaacute disponiacutevel no item 41 deste
estudo atraveacutes da mesma foi identificado que os principais clientes satildeo das classes
A e B de Curitiba regiatildeo metropolitana no item 42 foi efetuado um levantamento do
tamanho do negoacutecio onde foi definida a capacidade produtiva o investimento inicial e
a localizaccedilatildeo do empreendimento no item 44foi elaborado o fluxo de caixa que
demonstra as previsotildees financeiras do periacuteodo de 5 anos o meacutetodo utilizado para
elaborar a pesquisa foi um estudo de caso de natureza exploratoacuteria quantitativa e
anaacutelise documental
O estudo de caso eacute evidenciado por um estudo minucioso e cansativo de um
ou poucos objetivos desta forma propicia um vasto e detalhado conhecimento sobre
o assunto uma missatildeo praticamente impossiacutevel mediante as outras maneiras de
delineamentos consideradas (GIL 2008 p 57-58)
Prodanov e Freitas (2013 p60) afirmam que o estudo de caso consiste em
recolher e analisar dados sobre determinado indiviacuteduo famiacutelia grupo ou comunidade
com a finalidade de estudar diferentes aspectos das suas vidas conforme o assunto
da pesquisa
Jaacute as pesquisas exploratoacuterias satildeo definidas por Gil (2008 p 27) como as que
Tecircm como principal finalidade desenvolver esclarecer e modificar conceitos e ideias tendo em vista a formulaccedilatildeo de problemas mais precisos ou hipoacuteteses pesquisaacuteveis para estudos posteriores De todos os tipos de pesquisa estas satildeo as que apresentam menor rigidez no planejamento Habitualmente envolvem levantamento bibliograacutefico e documental entrevistas natildeo padronizadas e estudos de caso
28
A pesquisa quantitativa ldquoconsidera que tudo pode ser quantificaacutevel o que
significa traduzir em nuacutemeros opiniotildees e informaccedilotildees para classificaacute-las e analisaacute-lasrdquo
Eacute necessaacuteria a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas estatiacutesticas tais como porcentagem meacutedia
moda desvio-padratildeo coeficiente de correlaccedilatildeo etc (PRODANOV FREITAS 2013
p 69)
Muitos dados que satildeo utilizados em pesquisas satildeo adquiridos indiretamente
por meio de documentosrdquo como livros jornais papeacuteis oficiais registros estatiacutesticos
fotos discos filmes e viacutedeos que satildeo obtidos de maneira indiretardquo Essas fontes
documentais tecircm a capacidade de disponibilizar ao pesquisador um grande nuacutemero
de informaccedilotildees com bastante qualidade para evitar a perda de tempo (GIL 2008 p
147)
Este modelo de pesquisa foi utilizado para definir os principais clientes quais
os produtos que seratildeo vendidos a capacidade produtiva assim como a viabilidade
econocircmico-financeira e operacional do negoacutecio
29
4 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES
41 ANAacuteLISE DE MERCADO
Woiler e Mathias (1994 p41) e Rebelatto (2004 p01) afirmam que a anaacutelise
de mercado eacute um dos pontos mais relevantes para elaboraccedilatildeo de um projeto Atraveacutes
do estudo do mercado obtemos muitas informaccedilotildees tais como
Fazendo a comparaccedilatildeo entre demanda e a oferta encontramos a
possiacutevel escassez da demanda futura Esse resultado proporcionaraacute
informaccedilotildees para que seja definida a escala de produccedilatildeo do projeto
A regiatildeo geograacutefica em que o produto pode ser vendido eacute um dos pontos
mais significativos para que seja definida a localizaccedilatildeo do empreendimento
O preccedilo de venda os custos de comercializaccedilatildeo e os estoques nos
canais de comercializaccedilatildeo satildeo informaccedilotildees relevantes para que seja
elaborada a projeccedilatildeo do projeto
Vale salientar que esses satildeo apenas alguns elementos importantes que eacute
possiacutevel identificar na anaacutelise de mercado existe muitos outros dados que satildeo obtidos
com a mesma
411 Mercado consumidor
ldquoTodas as decisotildees relacionadas a novos empreendimentos contecircm certo
grau de incerteza tanto no que diz respeito agrave informaccedilatildeo na qual as decisotildees estatildeo
baseadas como no que diz respeito agraves suas consequecircnciasrdquo (SEBRAE)
Chiavenato acredita que os clientes tecircm a capacidade de alavancar ou
derrubar um empreendimento ldquoUm cliente pode ser uma organizaccedilatildeo uma empresa
um usuaacuterio dos produtosserviccedilos ou um consumidor finalrdquo Eacute quem adquiri os
produtosserviccedilos ofertados pela organizaccedilatildeo no final da cadeia de transaccedilotildees Eacute ele
que estabelece direta ou indiretamente se o empreendimento teraacute ecircxito ou natildeo Por
30
isso o cliente deve ser considerado como o principal patrimocircnio da empresa (2007
p 207)
Segundo dados do censo 2010 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e
estatiacutestica) dos 576190 (quinhentos e setenta e seis mil cento e noventa) domiciacutelios
de Curitiba 292965 (duzentos e noventa e dois mil novecentos e sessenta e cinco)
possuem renda de mais de 5 a mais de 20 salaacuterios miacutenimos sendo assim cerca de
5085 dos domiciacutelios curitibanos estatildeo enquadrados nas classes A e B Ainda
segundo o IBGE cerca de 137922 (cento e trinta e sete mil novecentos e vinte e dois)
domiciacutelios curitibanos tecircm renda de mais de 10 salaacuterios miacutenimos o que representa
uma meacutedia de 24 dos domiciacutelios de Curitiba
Mais de 249000 (duzentos e quarenta e nove mil) pessoas que residem em
Curitiba cerca de 1423 da populaccedilatildeo tem rendimento mensal de mais de 5 salaacuterios
miacutenimos conforme Tabela 1
TABELA 1 - RESULTADOS DA AMOSTRA - RENDIMENTO POR PESSOA EM CURITIBA
Quantidade de pessoas Salaacuterios miacutenimos
153011 Mais de 5 a 10 salaacuterios miacutenimos
38692 Mais de 10 a 15 salaacuterios miacutenimos
25427 Mais de 15 a 20 salaacuterios miacutenimos
18264 Mais de 20 a 30 salaacuterios miacutenimos
13791 Mais de 30 salaacuterios miacutenimos
FONTE IBGE - CENSO DEMOGRAacuteFICO 2010
Curitiba possui uma populaccedilatildeo de mais de 1750000 (um milhatildeo setecentos
e cinquenta mil habitantes) segundo censo IBGE 2010 sendo que 932000
(novecentos e trinta e dois mil) pessoas com o estado civil de solteiro viuacutevo
divorciado separado judicialmentedesquitado isso mostra que tem muitas pessoas
que podem fazer festas de casamento e necessitar dos produtos que seratildeo ofertados
tais como bolos artiacutesticos doces finos e bem casados
Segundo as estatiacutesticas do registro civil do IBGE ocorreram em Curitiba e
regiatildeo metropolitana no ano 2012 exatamente 18877 (dezoito mil oitocentos e setenta
e sete) casamentos sendo que nos meses de setembro a dezembro foi onde ocorreu
um maior nuacutemero um total de 7828 (sete mil oitocentos e vinte e oito) casamentos o
que representa um total de 4147 dos casamentos ocorrem nesses quatro meses
do ano
31
TABELA 2 - CASAMENTOS POR MEcircS DE REGISTRO SEGUNDO O LUGAR DO REGISTRO ndash 2012
Lugar do registro
Casamentos por mecircs do registro
Total de
registros Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
RM Curitiba 18877 1466 1250 1572 1282 1403 1533 1248 1255 1735 1753 2118 2262
Curitiba 10351 848 692 857 692 724 872 658 658 971 968 1237 1174
FONTE IBGE DIRETORIA DE PESQUISAS COORDENACcedilAtildeO DE POPULACcedilAtildeO E INDICADORES SOCIAIS ESTATIacuteSTICAS DO REGISTRO CIVIL 2012
Nessa perspectiva foi definido que o mercado que a empresa de bolos e doces
finos vai atuar eacute de Curitiba e regiatildeo metropolitana com foco nas pessoas das classes
A e B com estado civil solteiro divorciado separado judicialmentedesquitado e viuacutevo
412 Produtos que seratildeo vendidos
ldquoNo coraccedilatildeo de uma grande marca haacute um grande produto O produto-chave
na oferta ao mercado Liacutederes de mercado geralmente oferecem produtos e serviccedilos
de qualidade superiorrdquo (KOTLER KELLER 2006 p 366)
Os principais produtos fornecidos seratildeo
Bolos artiacutesticos
FOTO1 - BOLO ARTIacuteSTICO FONTE WANDA CARDOSO - BOLOS ARTIacuteSTICOS amp DOCES
32
Bolos de copa
FOTO2 - BOLO DE COPA FONTE ELABORADO PELO AUTOR
FOTO3 - BOLO DE COPA FONTE ELABORADO PELO AUTOR
Naked cake
FOTO4 - NAKED CAKE FONTE DOCES PENEacuteLOPE
33
Doces Tradicionais
FOTO5 - DOCES TRADICIONAIS FONTE ELABORADO PELO AUTOR
Doces Espelhados
FOTO6 - DOCES ESPELHADOS FONTE PRONTO SOCORRO DAS FESTAS
Doces Finos
FOTO 7 - DOCES FINOS FONTE COMPRANDO MEU APE
34
Brigadeiros gourmet
FOTO8 - BRIGADEIROS GOURMET FONTE ELABORADO PELO AUTOR
Tacinhas acriacutelicas
FOTO9 - TACINHAS ACRIacuteLICAS FONTE BUFFET DELIacuteCIAS DA VI
Trufas
FOTO 10 - TRUFAS FONTE FOGAtildeO DA VOVOacute
35
Bombons
FOTO11 - BOMBONS FONTE DALVA GOLDEN GATE
Bem casados
FOTO12 - BEM CASADOS FONTE CASAMENTO SEM ERRO
FOTO13 - BEM CASADOS FONTE CASAMENTO SEM ERRO
36
413 Preccedilo de venda
A definiccedilatildeo do preccedilo dos produtos eacute uma das decisotildees mais relevantes da
organizaccedilatildeo que deve levar em conta a forma como a empresa deseja se posicionar
no mercado os custos a concorrecircncia e a rentabilidade almejada
O preccedilo eacute um dos elementos mais versaacuteteis pode ser modificado rapidamente
ao contraacuterio das propriedades dos produtos dos contratos com canais de distribuiccedilatildeo
e ateacute mesmo das promoccedilotildees O Preccedilo tem tambeacutem a tarefa de mostrar ao mercado o
posicionamento de valor desejado pela empresa para o seu produto ou marca
(KOTLER KELLER 2006 p 428)
A consolidaccedilatildeo dos preccedilos dos produtos seraacute elaborada levando em conta os
custos para se obter os produtos com a qualidade requinte e sofisticaccedilatildeo desejada
com a margem de lucro esperada e se baseando nos preccedilos praticados pela
concorrecircncia
414 Previsatildeo de vendas
Para Chiavenato (2007 p 2013)
A previsatildeo de vendas representa a quantidade de produtosserviccedilos que a empresa pretende vender ou colocar no mercado durante um determinado periacuteodo geralmente um mecircs ou um ano dividido em meses Constitui portanto uma estimativa ou uma expectativa de vendas Pode ser feita em unidades fiacutesicas ou em valores monetaacuterios
A produccedilatildeo vai ser em meacutedia de 5600 doces (doces finos gourmet e bem
casados) e 4 bolos procurando atender em meacutedia 4 eventos por semana e ateacute 16
eventos por mecircs sendo que nos meses de setembro a dezembro essa demanda
aumenta pelo motivo de historicamente ter um nuacutemero maior de casamentos
37
415 Definiccedilatildeo de local de venda dos produtos
ldquoA venda eacute a fase fundamental do processo de vendas Consiste na
transferecircncia do produtoserviccedilo para o cliente ou consumidorrdquo (CHIAVENATO 2007
p 210)
As vendas vatildeo ocorrer atraveacutes de site proacuteprio redes sociais telefone e
pessoalmente natildeo teremos loja fiacutesica apenas um ateliecirc para confecccedilatildeo dos bolos e
doces onde vai conter uma sala anexa na qual vai ser oferecido o serviccedilo de
degustaccedilatildeo com horaacuterios marcados para assim o cliente decidir quais os produtos
seratildeo adquiridos para o seu evento e fechamento de contrato
416 Definiccedilatildeo da demanda e da oferta
Na maior parte das encomendas os clientes solicitam os doces finos e
gourmet que contecircm chocolates frutas oleaginosas tais como castanhas nozes
avelatildes amecircndoas frutas como framboesa morango damasco cerejas e os bem
casados Os bolos mais solicitados satildeo os com decoraccedilatildeo de pasta americana que
deve obrigatoriamente ter recheios mais firmes como ganaches fios de ovos
strogonoff de nozes e os naked cake (bolo pelado) que possuem mais opccedilotildees de
recheios com chocolates frutas diversas e cremes de pacirctisserie
Em contato com algumas empresas que fornecem o mesmo tipo de produto
foi possiacutevel verificar que as encomendas devem ser feitas com antecedecircncia miacutenima
de 6 meses sendo que alguns casos somente com um ano de antecedecircncia para
conseguir na data desejada Esse eacute um dos pontos que mostra que tem espaccedilo
suficiente para entrada nesse mercado
38
417 Concorrentes
Chiavenato (2007 p 33) Kotler e Keller (2006 p 340) afirmam que os
concorrentes satildeo as organizaccedilotildees que competem pelos mesmos fornecedores
clientes e consumidores
ldquoAgrave medida que seus produtosserviccedilos tornam-se mais heterogecircneos tanto
mais heterogecircneos e diferenciados seratildeo seus concorrentes e tanto mais complexa
seraacute a competitividaderdquo (CHIAVENATO 2007 p 33)
Em busca na internet foi possiacutevel identificar que atualmente existe em meacutedia
25 concorrentes reais que oferecem exatamente os mesmos produtos que seratildeo
fornecidos com o mesmo padratildeo de qualidade valor agregado requinte e
sofisticaccedilatildeo Tambeacutem foi detectado mais 14 concorrentes potenciais que vendem
produtos similares aos que seratildeo vendidos poreacutem natildeo possuem o mesmo valor
agregado dos que vatildeo ser ofertados Foi possiacutevel identificar que alguns concorrentes
oferecem somente os doces finos dos quais foram identificados mais 3 concorrentes
reais e 3 concorrentes potenciais E foi detectado que existem concorrentes que
fornecem apenas os bolos artiacutesticos dos quais foi identificado 4 concorrentes reais
todos fornecem os bolos com o mesmo niacutevel de qualidade que seratildeo fornecidos
A tabela 3 mostra a divisatildeo dos concorrentes reais e potenciais que fornecem
bolos e doces por bairro de Curitiba
39
TABELA 3 - CONCORRENTES QUE FORNECEM BOLOS E DOCES POR BAIRRO
Bairro Quantidade de Concorrentes Reais
Quantidade de Concorrentes Potenciais
Aacutegua Verde 4 1
Ahuacute 1
Bairro Alto 2 1
Barreirinha 1
Barreirinha 1
Bom Retiro 1
Campo Comprido 1
Campo Comprido 1
Cidade Industrial 1
Colombo 1
Fazenda Rio Grande 1
Hauer 1
Hugo Lange 1
Mercecircs 1
Novo Mundo 2 1
Novo Mundo 1
Portatildeo 1
Portatildeo 1
Santa Cacircndida 1
Santa Felicidade 1 1
Santo Inaacutecio 1 1
Satildeo Joseacute dos Pinhais 1
Seminaacuterio 1
Sitio Cercado 1
Tarumatilde 1
Vila Izabel 1
Natildeo Informado 1 2
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
418 Forma de divulgaccedilatildeo dos concorrentes
Todas as empresas pesquisadas que fornecem produtos similares aos que
vamos fornecer utilizam sites proacuteprios e as redes sociais para fazer divulgaccedilatildeo dos
seus produtos todas fazem degustaccedilatildeo para os clientes conhecerem os seus
produtos e posteriormente fechar um contrato
40
42 TAMANHO DO NEGOacuteCIO
421 Capacidade produtiva
A capacidade produtiva vai ser para atender ateacute 4 eventos por semana A
produccedilatildeo vai ser de ateacute 5600 doces (doces finos gourmet e bem casados) e 4 bolos
atendendo ateacute 4 eventos por final de semana e ateacute 16 eventos por mecircs sendo que
nos meses de setembro a dezembro essa demanda aumenta pelo motivo de
historicamente ter um nuacutemero maior de casamentos
422 Investimento
Um dos pontos mais relevantes para abertura de uma empresa eacute a
determinaccedilatildeo do capital miacutenimo para dar iniacutecio nas atividades e principalmente como
obter este capital ldquoEacute com o capital inicial que a empresa tem condiccedilotildees de reunir os
recursos empresariais necessaacuterios ao seu funcionamento sejam eles recursos
humanos materiais ou financeirosrdquo A determinaccedilatildeo do capital eacute o que estabelece a
quantidade de recursos empresariais que a empresa tem disponiacutevel Indiscutivelmente
quanto maior for o volume de recursos empresariais mais faacutecil se torna o desempenho
da empresa Quando todos os recursos necessaacuterios para seu funcionamento estatildeo agrave
disposiccedilatildeo a administraccedilatildeo do empreendimento fica mais simples (CHIAVENATO
2007 p84)
Cabe acrescentar que (LAPPONI 2007 p 321)
O custo inicial refere-se aos desembolsos realizados para aquisiccedilatildeo de equipamentos ou outros ativos fixos incluindo o pagamento de fretes seguros instalaccedilotildees despesas operacionais iniciais com materiais e matildeo de obra treinamento de pessoal de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo etc resumindo o custo inicial inclui todos os desembolsos necessaacuterios para adquirir os ativos necessaacuterios e que estejam em condiccedilotildees de operar e gerar as receitas estimadas
41
O empreendimento iniciaraacute suas atividades com capital investido com
recursos proacuteprios da empreendedora
As estimativas de investimento inicial para abertura da empresa foi de
R$5162851 conforme tabela 4
TABELA 4 - INVESTIMENTO INICIAL
Descriccedilatildeo Valor (R$)
Maacutequinas e equipamentos Cozinha R$ 3084878
Utensiacutelios R$ 555075
Moacuteveis para escritoacuterio R$ 268982
Equipamentos de informaacutetica e eletrocircnicos R$ 446204
Outros custos escritoacuterio R$ 48912
Uniformes R$ 155800
Pintura Imoacutevel R$ 500000
Porta de Vidro R$ 103000
Total R$ 5162851
FONTE ELABORADO PELO AUTOR (2015)
423 Localizaccedilatildeo
Seraacute locado um imoacutevel para a instalaccedilatildeo da empresa localizado na Rua Heitor
Baggio Vidal 2508 Bairro Alto Curitiba ndash PR com o valor do aluguel mensal de
R$160000 (mil e seiscentos reais) O espaccedilo interno de 95msup2 seraacute dividido em trecircs
partes a primeira com 20msup2 vai ficar a recepccedilatildeo para receber os clientes efetuar
orccedilamentos e as degustaccedilotildees a segunda com 71msup2 a cozinha industrial onde seratildeo
fabricados os bolos e doces finos e a terceira com 4msup2 o lavabo
42
FOTO14 - FOTO DO IMOacuteVEL ONDE SERAacute INSTALADA A EMPRESA FONTE MP IMOacuteVEIS
424 Entregas
As entregas dos bolos e doces finos seratildeo efetuadas por uma empresa
parceira localizada no Bairro Alto o preccedilo das entregas em Curitiba e regiatildeo
metropolitana variam de R$2400 (vinte e quatro reais) a R$6000 (sessenta reais)
dependendo da localizaccedilatildeo tais valores seratildeo cobrados dos clientes
43 CAPITAL DE GIRO
O capital de giro inicial foi estimado levando em conta que no primeiro ano a
empresa vai produzir 8333 da sua capacidade atendendo em meacutedia 13 ventos
mensalmente sendo assim foram considerados os gastos operacionais necessaacuterios
para o iniacutecio das atividades incluindo o custo fixo mensal e o estoque inicial ambos
multiplicados por 2 e acrescidos de um percentual de 10 de margem de seguranccedila
para despesas natildeo previstas
43
TABELA 5 - CAPITAL DE GIRO
Item Valor (R$)
Estoque Inicial 5144000
Custo Fixo Mensal 3194783
Reserva (10) 833878
Total do Capital de Giro Inicial 9172662
FONTE ELABORDO PELO AUTOR
44 FLUXO DE CAIXA
ldquoFluxo de Caixa eacute um Instrumento de gestatildeo financeira que projeta para
periacuteodos futuros todas as entradas e as saiacutedas de recursos financeiros da empresa
indicando como seraacute o saldo de caixa para o periacuteodo projetadordquo (SEBRAE)
Na tabela 6 eacute apresentada a projeccedilatildeo do Fluxo de Caixa da empresa para os
seus primeiros cinco anos onde fica evidenciado que do primeiro ateacute o quinto ano a
sauacutede financeira da empresa melhora gradativamente sendo que no final do quinto
ano o saldo em caixa ultrapassa os 300 se comparado com o saldo em caixa no
final do primeiro ano
Pode-se observar que natildeo foi inserida no fluxo de caixa a opccedilatildeo de
inadimplecircncia pois todos os pagamentos seratildeo efetuados agrave vista em dinheiro ou
cartatildeo sendo que o pagamento total dos produtos deve ser efetuado no miacutenimo 10
dias antes da data do evento
44
TABELA 6 - PROJECcedilAtildeO DE FLUXO DE CAIXA NOS PRIMEIROS CINCO ANOS
Descriccedilatildeo Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5
Investimento Inicial (5162851)
Capital de Giro (9172662) 9172662
Valor Residual 1548855
Total de entradas 000 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873
Previsatildeo Receitas de vendas 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873
Total de Saiacutedas (14335513) (44888699) (54283425) (59479393) (64738409) (70291804)
(-)Fornecedores (25720000) (33641760) (36669518) (39969775) (43567055)
(-)Folha de pagamento (3267192) (3593911) (3953302) (4348633) (4783496)
(-)Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)
(963216) (1011377) (1061946) (1115043) (1170795)
(-)Retiradas soacutecios (2400000) (2640000) (3432000) (3946800) (4341480)
(-)Impostos s vendas (4654291) (5073177) (5573767) (6075406) (6622192)
(-)Alugueacuteis (1920000) (2016000) (2116800) (2222640) (2333772)
(-)Energia eleacutetrica (840000) (882000) (926100) (972405) (1021025)
(-)Aacutegua (300000) (315000) (330750) (347288) (364652)
(-)Telefone (384000) (403200) (423360) (444528) (466754)
(-)Gaacutes (588000) (617400) (648270) (680684) (714718)
(-)Serviccedilos contabilidade (960000) (1008000) (1058400) (1111320) (1166886)
(-)Manutenccedilatildeo (600000) (630000) (661500) (694575) (729304)
(-)Outras despesas com funcionaacuterios
(1296000) (1405800) (1525590) (1656320) (1799030)
(-)Taxas bancaacuterias (96000) (100800) (105840) (111132) (116689)
(-)Outros pagamentos (900000) (945000) (992250) (1041863) (1093956)
Entradas - Saiacutedas (14335513) 12981301 21410535 23027023 25193585 27734070
Depreciaccedilatildeo 000 (631377) (631377) (631377) (631377) (631377)
Saldo Final (14335513) 12349924 20779158 22395647 24562208 37824209
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
A depreciaccedilatildeo foi calculada considerando o prazo de vida uacutetil meacutedio de 10
anos das maacutequinas equipamentos instalaccedilotildees moacuteveis e utensiacutelios e para os
computadores e perifeacutericos foi considerado o prazo de vida uacutetil de 5 anos conforme
demonstrado na tabela 7
TABELA 7 - DEPRECIACcedilAtildeO
Item Valor Inicial Taxa Anual Depreciaccedilatildeo Anual (R$)
Maacutequinas e equipamentos 3084878 10 308488
Instalaccedilotildees 103000 10 10300
Moacuteveis e Utensiacutelios 824057 10 82406
Computadores e Perifeacutericos 446204 20 89241
Outros 704712 20 140942
Total 631377
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
45
O valor residual dos equipamentos e instalaccedilotildees da empresa no final do quinto
ano foi considerado em 30 referente ao valor de aquisiccedilatildeo dos mesmos no iniacutecio do
projeto
45 ANAacuteLISE DOS INDICADORES (VPL TIR E PAYBACK)
451 Valor Presente Liacutequido (VPL)
A tabela 8 mostra que o VPL (Valor Presente Liacutequido) eacute positivo isso significa
que aleacutem de recuperar o investimento inicial ainda vai ser agregado ao valor da
empresa um montante de R$ R$50392407 (quinhentos e trecircs mil novecentos e vinte
quatro reais e sete centavos)
A taxa de retorno requerida de 20 foi determinada levando em conta o niacutevel
de risco do projeto e visando o valor desejado para se obter em cima do valor
investido
TABELA 8 - CALCULO DO VALOR PRESENTE LIacuteQUIDO (VPL)
Anos FC k 2000
0 -$143355 VPL $50392407
1 $123499 VPL $50392407
2 $207792 VPL $50392407
3 $223956 VPL $21761126
4 $245622 VPL $21761126
5 $378242 Decisatildeo Aceitar o Projeto
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
452 Taxa Interna de Retorno (TIR)
Conforme a tabela 9 eacute possiacutevel verificar que a TIR (Taxa Interna de Retorno)
eacute de 11593 maior que a taxa requerida de 20 isso significa que custo inicial seraacute
46
recuperado e o projeto vai criar valor para empresa mais um resultado favoraacutevel para
a aceitaccedilatildeo do projeto
TABELA 9 - TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR)
Anos FC
0 -$143355 TIR 11593
1 $123499 TIR 2168
2 $207792 TIR 2168
3 $223956 Decisatildeo
4 $245622 k 2000
5 $378242 Aceitar o projeto
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
453 Payback
O tempo de recuperaccedilatildeo do custo inicial ocorre normalmente entre o quarto e
o quinto ano se for feita a anaacutelise da tabela 10 eacute possiacutevel verificar que o tempo
necessaacuterio para o retorno do investimento (payback) do projeto eacute de 128 anos este
indicador mostra claramente que o projeto deve ser aceito pois o tempo de retorno
estaacute bem abaixo do tempo meacutedio dos empreendimentos como um todo
TABELA 10 - PAYBACK
k 20
Anos FC SPresente
0 -$143355 -$143355 PBD-SP = 128
1 $123499 -$40439 128
2 $207792 $103861
3 $223956 $233465
4 $245622 $351917
5 $378242 $503924
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
47
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Para iniciar um negoacutecio requer muito mais do que apenas o espiacuterito
empreendedor eacute necessaacuterio ter lideranccedila conhecimento sobre o mercado que deseja
atuar organizaccedilatildeo e principalmente planejamento
O principal objetivo desse estudo foi analisar a viabilidade econocircmico-
financeira da abertura de uma empresa de bolos e doces finos no Bairro Alto em
Curitiba
O objetivo apresentado nesta pesquisa foi atingido pois todos os indicadores
analisados mostram com clareza que empresa obteacutem resultados positivos que criam
valor para a mesma e com isso o projeto eacute viaacutevel economicamente pois do primeiro
ao quinto ano fica visiacutevel o crescimento do empreendimento e a melhora significativa
da sua sauacutede financeira isso fica evidenciado no saldo final em caixa no quinto ano
que chega proacuteximo haacute 400 mil reais Apesar disso eacute crucial o acompanhamento do
mercado para seguir as tendecircncias e se atualizar constantemente para tomar
decisotildees mais assertivas
Um negoacutecio mal avaliado pode arruinar a estabilidade econocircmica do
investidor por isso eacute de extrema importacircncia fazer todos os levantamentos de custos
antes de se aventurar em qualquer empreendimento
Eacute possiacutevel comprovar que a pesquisa realizada contribui positivamente para
abertura da empresa No entanto as informaccedilotildees aqui presentes natildeo satildeo estaacuteticas e
devem ser revisadas periodicamente e se preciso ateacute mesmo ampliadas no decorrer
da implantaccedilatildeo do projeto para que o mesmo seja uma ferramenta eficiente e eficaz
no desenvolvimento da empresa como um todo
48
REFEREcircNCIAS
BRITO Paulo Anaacutelise e viabilidade de projetos de investimento Satildeo Paulo Atlas 2003 DOLABELA Fernando O segredo de Luiacutesa 30 ed Satildeo Paulo Editora de Cultura 2006 DORNELAS Joseacute Carlos Assis Empreendedorismo transformando ideias em negoacutecios 4 ed Rio de Janeiro Campus Elsevier 2012 CENSO Demograacutefico 2010 Resultados gerais da amostra Curitiba IBGE 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=410690ampidtema=87ampsearch=parana|curitiba|censo-demografico-2010-resultados-gerais-da-amostra-gt Acesso em 21 de Junho de 2015 CHIAVENATO Idalberto Empreendedorismo dando asas ao espiacuterito empreendedor empreendedorismo e a viabilidade de novas empresas um guia eficiente para iniciar e tocar seu proacuteprio negoacutecio 2 ed Satildeo Paulo Saraiva 2007 ESTATIacuteSTICAS do registro civil 2012 Curitiba IBGE 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaoregistrocivil2012default_xlsshtmgt Acesso em 21 de Junho de 2015 GIL Antonio Carlos Meacutetodos e teacutecnicas de pesquisa social 6 ed Satildeo Paulo Atlas 2008 KOTLER Philip KELLER Kevin Lane Administraccedilatildeo de Marketing 12 ed Satildeo Paulo ABDR 2006 LAPPONI Juan Carlos Projetos de Investimento na Empresa Rio de Janeiro Elsevier 2007 MACHADO Jesseacute Anderson Pinto Projetos Econocircmicos uma abordagem praacutetica de elaboraccedilatildeo Satildeo Paulo Nobel 2002 MICHEL Maria Helena Metodologia e pesquisa cientiacutefica em ciecircncias sociais 2 ed Satildeo Paulo Atlas 2009 OLIVEIRA Djalma de Pinho Rebouccedilas de Planejamento estrateacutegico conceitos metodologia e praacuteticas 20 ed Satildeo Paulo Atlas 2004 PRODANOV Cleber Cristiano ERNANI Cesar de Freitas Metodologia do trabalho cientiacutefico meacutetodo e teacutecnicas da pesquisa e do trabalho acadecircmico 2 ed Novo Hamburgo Freevale 2013
49
REBELATTO Dayse Projeto de Investimento 1 ed Barueri Manole 2004 SEBRAE Pesquisa de Mercado o que eacute e para que serve Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrsitesPortalSebraeartigosPesquisa-de-mercado-o-que-C3A9-e-para-que-servegt Acesso em 21 de Junho de 2015 SEBRAE Fluxo de caixa Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrSebraePortal20SebraeAnexos0_fluxo-de-caixapdfgt Acesso em 10 de Outubro de 2015 WILDAUER Egon Walter Plano de negoacutecios elementos construtivos e processos de elaboraccedilatildeo 2 ed Curitiba Ibpex 2011 WOILER Samsatildeo MATHIAS Washington Franco Projetos planejamento elaboraccedilatildeo anaacutelise 1 ed Satildeo Paulo Atlas 1994
50
APEcircNDICES
APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL 51
APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS 52
APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL 52
51
APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL
Item Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5
Aacutegua 25000 26250 27563 28941 30388
Aluguel 160000 168000 176400 185220 194481
Assessoria Contaacutebil 80000 84000 88200 92610 97241
Gaacutes 49000 51450 54023 56724 59560
Impostos 387858 422765 464481 506284 551849
Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)
80268 84281 88495 92920 97566
Energia eleacutetrica 70000 73500 77175 81034 85085
Manutenccedilatildeo 50000 52500 55125 57881 60775
Material de escritoacuterio 20000 21000 22050 23153 24310
Material de Limpeza 40000 42000 44100 46305 48620
Folha de pagamento 272266 299493 329442 362386 398625
Seguros 15000 15750 16538 17364 18233
Telefone fixointernet 20000 21000 22050 23153 24310
Telefone Moacutevel 12000 12600 13230 13892 14586
Vale Refeiccedilatildeo 75000 82500 90750 99825 109808
Vale Transporte 33000 34650 36383 38202 40112
Proacute- labore 200000 220000 286000 328900 361790
Taxas Bancaacuterias 8000 8400 8820 9261 9724
Total R$ 1597392 R$ 1720139 R$ 1900823 R$ 2064053 R$ 2227062
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
52
APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS
Item
Produccedilatildeo mensal meacutedia
Custo unitaacuterio total
Sugestatildeo Preccedilo de venda
Custo Mensal Total
Receita de vendas
Bolos artiacutesticos (recheios diversos) 150 6000 13500 900000 2025000
Bolos de copa (recheios diversos) 30 3600 8100 108000 243000
Naked cake (recheios diversos) 60 4200 9450 252000 567000
Doces Tradicionais 32 3500 7875 112000 252000
Doces Espelhados 32 5000 11250 160000 360000
Doces Finos 32 7500 16875 240000 540000
Brigadeiros gourmet 16 4500 10125 72000 162000
Tacinhas acriacutelicas 16 5500 12375 88000 198000
Trufas 32 5000 11250 160000 360000
Bombons 32 5000 11250 160000 360000
Bem casados 3200 100 225 320000 720000
Custo produccedilatildeo Total 2572000
Receita Total 5787000
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL
Ano Receita Bruta Variaccedilatildeo anual
Ano 1 000
Ano 2 69444000 9
Ano 3 75693960 9
Ano 4 82506416 9
Ano 5 89931994 9
Valor considerando a inflaccedilatildeo de 9 aa
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
22
22111 Plano financeiro
Na seccedilatildeo financeira deve mostrar em nuacutemeros todas as accedilotildees planejadas
para a empresa e suas evidecircncias por meio de projeccedilotildees futuras para um negoacutecio
bem sucedido
Deve conter demonstrativo de fluxo de caixa com horizonte de pelo menos trecircs anos balanccedilo patrimonial anaacutelise do ponto de equiliacutebrio necessidades de investimento demonstrativos de resultados anaacutelise de indicadores financeiros do negoacutecio como faturamento previsto margem prevista prazo de retorno sobre o investimento inicial (payback) taxa interna de retorno (TIR) etc (DORNELAS 2012 p 103-104)
22112 Anexos
Nesta seccedilatildeo deve incluir todos os dados considerados importantes para
melhor compreensatildeo do plano de negoacutecios O que natildeo pode ser deixado de anexar eacute
o curriculum vitae dos soacutecios da empresa (DORNELAS 2012 p 104)
23 VIABILIDADE ECONOcircMICO-FINANCEIRA
Analisar o empreendimento economicamente para verificar se o projeto eacute
viaacutevel e lucrativo ou natildeo eacute uma das decisotildees fundamentais de qualquer
empreendedor
A anaacutelise de investimento eacute um mecanismo aacutegil praacutetico e seguro que ajuda
profissionais de inuacutemeras aacutereas no processo de anaacutelise de tomada de decisotildees
financeiras (REBELATTO p 141)
Lapponi (2007 p 123) afirma que
O objetivo da decisatildeo de investimento ou do orccedilamento de capital eacute maximizar o valor da empresa A decisatildeo de alocaccedilatildeo do capital em projeto de investimento eacute fundamental para o sucesso pois os recursos da empresa
23
satildeo comprometidos por longo tempo na direccedilatildeo de seu futuro desejado e isso envolve um grande esforccedilo de tempo e de gerenciamento Cada projeto aprovado eacute um desembolso realizado pela empresa coma expectativa de obter benefiacutecios futuros quantificados pela geraccedilatildeo de um fluxo de retornos adequados em geral por um prazo maior do que um ano
A carecircncia de recursos financeiros diante das muitas necessidades faz com
que seja crucial aperfeiccediloar sua utilizaccedilatildeo A anaacutelise antecipada de investimento
possibilita que se racionalize a forma como os recursos de capital satildeo utilizados
(REBELATTO 2004 p 141)
Para analisar a viabilidade de um projeto economicamente eacute necessaacuterio reunir
uma seacuterie de informaccedilotildees e de dados que precisam ser organizados para atingir seu
objetivo final que eacute o de facilitar a tomada de decisatildeo Vale salientar que o projeto
deve ser um documento que tenha a capacidade de mostrar de uma maneira loacutegica a
visatildeo estrateacutegica do negoacutecio (MACHADO 2002 p 144)
231 Fluxo de caixa
O fluxo de caixa eacute o melhor guia para uma administraccedilatildeo financeira eficiente
de qualquer negoacutecio
O fluxo de caixa eacute a reproduccedilatildeo graacutefica de uma movimentaccedilatildeo financeira ldquoAs
movimentaccedilotildees monetaacuterias satildeo identificadas temporalmente por meio de um conjunto
de entradas e saiacutedas de caixa definido como diagrama de fluxo de caixardquo Essa
representaccedilatildeo proporciona a visualizaccedilatildeo em diferentes momentos com o que estaacute
ocorrendo com o capital (REBELATTO 2004 p 150)
ldquoA identificaccedilatildeo e a quantificaccedilatildeo das estimativas relevantes do projeto satildeo o
iniacutecio da construccedilatildeo do fluxo de caixa do projeto para empresa em funcionamentordquo
(LAPPONI 2007 p 347)
O fluxo de caixa eacute um composto de entradas e saiacutedas de valores monetaacuterios
(dinheiro) no decorrer de um determinado periacuteodo Bem como evidenciar uma opccedilatildeo
possiacutevel de transaccedilotildees financeiras ou seja pagamentos agrave vista pagamentos a prazo
tiacutetulos originais etc (REBELATTO 2004 p 151)
24
232 Valor Presente Liacutequido (VPL)
ldquoO Valor presente liacutequido (VPL) ou valor atual liacutequido (VAL) eacute o valor atual das
entradas de caixa (retornos de capital esperados) incluindo o valor residual (se
houver) menos o valor atual das saiacutedas de caixardquo (REBELATTO 2004 p 214)
A foacutermula para chegar ao VPL eacute (LAPPONI 2007 p 125)
119881119875119871 = minus119868 +119865119862
(1 + 119870)119899
Onde
I= custo inicial ou desembolso inicial
FC= fluxo de caixa
K= taxa requerida
n= prazo de anaacutelise
Rebelatto (2004 p214) afirma que os paracircmetros para que o projeto seja
aceito se refere ao valor presente liacutequido (VPL)
VPLgt0 o projeto eacute aceito
VPLlt0 o projeto eacute rejeitado
VPL=0 o projeto pode ser aceito ou natildeo pois natildeo cria e nem destroacutei
valor para empresa
Para Lapponi (2007 p 134-135) as principais vantagens do VPL satildeo
Considera o fluxo de caixa do projeto na sua totalidade
Considera o valor monetaacuterio (dinheiro) no tempo
Tem a capacidade de medir o valor criado ou destruiacutedo pelo projeto
Pode ser utilizado na avaliaccedilatildeo do projeto independentemente do tipo de
fluxo de caixa utilizado
Seleciona o projeto mais viaacutevel economicamente
25
233 Taxa Interna de Retorno (TIR)
ldquoTaxa Interna de Retorno (TIR) eacute a taxa de desconto que torna o valor atual
liacutequido (VAL) do investimento igual a zero Tambeacutem eacute chamada de taxa interna efetiva
de rentabilidaderdquo (REBELATTO 2004 p 217)
No projeto do tipo simples com o aumento da taxa requerida o VPL do projeto tende ao valor do custo inicial pois o VPL eacute uma funccedilatildeo decrescente da taxa requerida Portanto a decisatildeo com o meacutetodo TIR somente deve ser feita em projetos simples que garantem a existecircncia de uma uacutenica TIRgt -100 Nos outros tipos de fluxo de caixa em geral o meacutetodo da TIR natildeo deve ser utilizado pois haacute a possibilidade de muacuteltiplas TIRs Sendo a TIR a taxa de juro que zera o VPL do projeto simples para qualquer taxa requerida K menor que a TIR o VPL seraacute positivo e para qualquer taxa requerida K maior que a TIR o VPL seraacute negativo (LAPPONI 2007 p 175-176)
Rebelatto (2004 p 217) complementa afirmando que a TIR eacute um meacutetodo
aprimorado de anaacutelise de investimento sendo possivelmente uma das mais usadas
para avaliar projetos econocircmicos A TIR deve ser comparada com a taxa miacutenima de
atratividade (TMA) para analisar se o projeto seraacute aceito ou natildeo
Sendo assim Lapponi (2007 p 176) considera que
Se TIR gt TMA o projeto deve ser aceito pois eacute economicamente viaacutevel
Se TIR lt TMA o projeto deve ser recusado pois eacute economicamente
inviaacutevel
Se TIR = TMA eacute indiferente investir no projeto pois o mesmo natildeo criaraacute
e nem destruiraacute valor da empresa
ldquoA grande vantagem da TIR como indicador de decisatildeo eacute que prescinde de
informaccedilotildees externas ao projeto Tudo que o analista necessita eacute conhecer o perfil do
projeto e alguma ideia de magnitude da taxa de jurosrdquo (MACHADO 2002 p 127)
26
234 Periacuteodo de retorno de investimento (Payback)
ldquoO payback eacute o periacuteodo de tempo em que ocorre o retorno do investimento
Calculado no fluxo de caixa de vida uacutetil de dez anos o payback apresenta-se de vaacuterias
maneiras para cada tipo de empresardquo (BRITO 2003 p 51)
Uma empresa pode nomear o payback como um dos paracircmetros para escolha
de um projeto a fim de minimizar seus riscos Mesmo sendo esse um meacutetodo faacutecil e
simples na praacutetica eacute um dos mais utilizados para efetuar a mediccedilatildeo econocircmica de um
projeto (REBELATTO 2004 p 230)
Segundo Rebelatto (2004 p 231) a foacutermula baacutesica que demonstra o caacutelculo
do payback em fluxos de caixas regulares eacute
PB =I0
FC
Onde
PB= Payback
I0= Investimento inicial
FC= Fluxo de caixa regular
Para executar o meacutetodo payback eacute crucial estabelecer o tempo maacuteximo de
toleracircncia TMT para resgatar o custo inicial ldquoPara decidir se o projeto deve ser aceito
o payback deve ser comparado com o valor de referecircncia TMT de forma querdquo
(LAPPONI 2007 p 245)
Se PB lt TMT o projeto deve ser aceito
Se PB gt TMT o projeto deve ser recusado
A principal vantagem para utilizaccedilatildeo do meacutetodo payback eacute que ele reflete a
liquidez do projeto e por consequecircncia eacute possiacutevel efetuar a avaliaccedilatildeo do risco de natildeo
recuperar o investimento (REBELATTO 2004 p 230)
27
3 METODOLOGIA
Este capiacutetulo tem por objetivo descrever os procedimentos e teacutecnicas
utilizados na pesquisa considerando o problema e aos objetivos gerais e especiacuteficos
Para a execuccedilatildeo da revisatildeo bibliograacutefica realizada neste estudo foi utilizado
livros de especialistas na aacuterea os principais temas abordados foram o
empreendedorismo que eacute um assunto chave quando surge uma ideia para um novo
negoacutecio plano de negoacutecios que eacute um elemento fundamental para o sucesso ou
fracasso de um empreendimento e a viabilidade econocircmico-financeira tema
fundamental visto que o objetivo geral da pesquisa eacute mensurar se a mesma eacute viaacutevel
ou natildeo economicamente
Foi elaborada uma anaacutelise de mercado que estaacute disponiacutevel no item 41 deste
estudo atraveacutes da mesma foi identificado que os principais clientes satildeo das classes
A e B de Curitiba regiatildeo metropolitana no item 42 foi efetuado um levantamento do
tamanho do negoacutecio onde foi definida a capacidade produtiva o investimento inicial e
a localizaccedilatildeo do empreendimento no item 44foi elaborado o fluxo de caixa que
demonstra as previsotildees financeiras do periacuteodo de 5 anos o meacutetodo utilizado para
elaborar a pesquisa foi um estudo de caso de natureza exploratoacuteria quantitativa e
anaacutelise documental
O estudo de caso eacute evidenciado por um estudo minucioso e cansativo de um
ou poucos objetivos desta forma propicia um vasto e detalhado conhecimento sobre
o assunto uma missatildeo praticamente impossiacutevel mediante as outras maneiras de
delineamentos consideradas (GIL 2008 p 57-58)
Prodanov e Freitas (2013 p60) afirmam que o estudo de caso consiste em
recolher e analisar dados sobre determinado indiviacuteduo famiacutelia grupo ou comunidade
com a finalidade de estudar diferentes aspectos das suas vidas conforme o assunto
da pesquisa
Jaacute as pesquisas exploratoacuterias satildeo definidas por Gil (2008 p 27) como as que
Tecircm como principal finalidade desenvolver esclarecer e modificar conceitos e ideias tendo em vista a formulaccedilatildeo de problemas mais precisos ou hipoacuteteses pesquisaacuteveis para estudos posteriores De todos os tipos de pesquisa estas satildeo as que apresentam menor rigidez no planejamento Habitualmente envolvem levantamento bibliograacutefico e documental entrevistas natildeo padronizadas e estudos de caso
28
A pesquisa quantitativa ldquoconsidera que tudo pode ser quantificaacutevel o que
significa traduzir em nuacutemeros opiniotildees e informaccedilotildees para classificaacute-las e analisaacute-lasrdquo
Eacute necessaacuteria a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas estatiacutesticas tais como porcentagem meacutedia
moda desvio-padratildeo coeficiente de correlaccedilatildeo etc (PRODANOV FREITAS 2013
p 69)
Muitos dados que satildeo utilizados em pesquisas satildeo adquiridos indiretamente
por meio de documentosrdquo como livros jornais papeacuteis oficiais registros estatiacutesticos
fotos discos filmes e viacutedeos que satildeo obtidos de maneira indiretardquo Essas fontes
documentais tecircm a capacidade de disponibilizar ao pesquisador um grande nuacutemero
de informaccedilotildees com bastante qualidade para evitar a perda de tempo (GIL 2008 p
147)
Este modelo de pesquisa foi utilizado para definir os principais clientes quais
os produtos que seratildeo vendidos a capacidade produtiva assim como a viabilidade
econocircmico-financeira e operacional do negoacutecio
29
4 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES
41 ANAacuteLISE DE MERCADO
Woiler e Mathias (1994 p41) e Rebelatto (2004 p01) afirmam que a anaacutelise
de mercado eacute um dos pontos mais relevantes para elaboraccedilatildeo de um projeto Atraveacutes
do estudo do mercado obtemos muitas informaccedilotildees tais como
Fazendo a comparaccedilatildeo entre demanda e a oferta encontramos a
possiacutevel escassez da demanda futura Esse resultado proporcionaraacute
informaccedilotildees para que seja definida a escala de produccedilatildeo do projeto
A regiatildeo geograacutefica em que o produto pode ser vendido eacute um dos pontos
mais significativos para que seja definida a localizaccedilatildeo do empreendimento
O preccedilo de venda os custos de comercializaccedilatildeo e os estoques nos
canais de comercializaccedilatildeo satildeo informaccedilotildees relevantes para que seja
elaborada a projeccedilatildeo do projeto
Vale salientar que esses satildeo apenas alguns elementos importantes que eacute
possiacutevel identificar na anaacutelise de mercado existe muitos outros dados que satildeo obtidos
com a mesma
411 Mercado consumidor
ldquoTodas as decisotildees relacionadas a novos empreendimentos contecircm certo
grau de incerteza tanto no que diz respeito agrave informaccedilatildeo na qual as decisotildees estatildeo
baseadas como no que diz respeito agraves suas consequecircnciasrdquo (SEBRAE)
Chiavenato acredita que os clientes tecircm a capacidade de alavancar ou
derrubar um empreendimento ldquoUm cliente pode ser uma organizaccedilatildeo uma empresa
um usuaacuterio dos produtosserviccedilos ou um consumidor finalrdquo Eacute quem adquiri os
produtosserviccedilos ofertados pela organizaccedilatildeo no final da cadeia de transaccedilotildees Eacute ele
que estabelece direta ou indiretamente se o empreendimento teraacute ecircxito ou natildeo Por
30
isso o cliente deve ser considerado como o principal patrimocircnio da empresa (2007
p 207)
Segundo dados do censo 2010 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e
estatiacutestica) dos 576190 (quinhentos e setenta e seis mil cento e noventa) domiciacutelios
de Curitiba 292965 (duzentos e noventa e dois mil novecentos e sessenta e cinco)
possuem renda de mais de 5 a mais de 20 salaacuterios miacutenimos sendo assim cerca de
5085 dos domiciacutelios curitibanos estatildeo enquadrados nas classes A e B Ainda
segundo o IBGE cerca de 137922 (cento e trinta e sete mil novecentos e vinte e dois)
domiciacutelios curitibanos tecircm renda de mais de 10 salaacuterios miacutenimos o que representa
uma meacutedia de 24 dos domiciacutelios de Curitiba
Mais de 249000 (duzentos e quarenta e nove mil) pessoas que residem em
Curitiba cerca de 1423 da populaccedilatildeo tem rendimento mensal de mais de 5 salaacuterios
miacutenimos conforme Tabela 1
TABELA 1 - RESULTADOS DA AMOSTRA - RENDIMENTO POR PESSOA EM CURITIBA
Quantidade de pessoas Salaacuterios miacutenimos
153011 Mais de 5 a 10 salaacuterios miacutenimos
38692 Mais de 10 a 15 salaacuterios miacutenimos
25427 Mais de 15 a 20 salaacuterios miacutenimos
18264 Mais de 20 a 30 salaacuterios miacutenimos
13791 Mais de 30 salaacuterios miacutenimos
FONTE IBGE - CENSO DEMOGRAacuteFICO 2010
Curitiba possui uma populaccedilatildeo de mais de 1750000 (um milhatildeo setecentos
e cinquenta mil habitantes) segundo censo IBGE 2010 sendo que 932000
(novecentos e trinta e dois mil) pessoas com o estado civil de solteiro viuacutevo
divorciado separado judicialmentedesquitado isso mostra que tem muitas pessoas
que podem fazer festas de casamento e necessitar dos produtos que seratildeo ofertados
tais como bolos artiacutesticos doces finos e bem casados
Segundo as estatiacutesticas do registro civil do IBGE ocorreram em Curitiba e
regiatildeo metropolitana no ano 2012 exatamente 18877 (dezoito mil oitocentos e setenta
e sete) casamentos sendo que nos meses de setembro a dezembro foi onde ocorreu
um maior nuacutemero um total de 7828 (sete mil oitocentos e vinte e oito) casamentos o
que representa um total de 4147 dos casamentos ocorrem nesses quatro meses
do ano
31
TABELA 2 - CASAMENTOS POR MEcircS DE REGISTRO SEGUNDO O LUGAR DO REGISTRO ndash 2012
Lugar do registro
Casamentos por mecircs do registro
Total de
registros Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
RM Curitiba 18877 1466 1250 1572 1282 1403 1533 1248 1255 1735 1753 2118 2262
Curitiba 10351 848 692 857 692 724 872 658 658 971 968 1237 1174
FONTE IBGE DIRETORIA DE PESQUISAS COORDENACcedilAtildeO DE POPULACcedilAtildeO E INDICADORES SOCIAIS ESTATIacuteSTICAS DO REGISTRO CIVIL 2012
Nessa perspectiva foi definido que o mercado que a empresa de bolos e doces
finos vai atuar eacute de Curitiba e regiatildeo metropolitana com foco nas pessoas das classes
A e B com estado civil solteiro divorciado separado judicialmentedesquitado e viuacutevo
412 Produtos que seratildeo vendidos
ldquoNo coraccedilatildeo de uma grande marca haacute um grande produto O produto-chave
na oferta ao mercado Liacutederes de mercado geralmente oferecem produtos e serviccedilos
de qualidade superiorrdquo (KOTLER KELLER 2006 p 366)
Os principais produtos fornecidos seratildeo
Bolos artiacutesticos
FOTO1 - BOLO ARTIacuteSTICO FONTE WANDA CARDOSO - BOLOS ARTIacuteSTICOS amp DOCES
32
Bolos de copa
FOTO2 - BOLO DE COPA FONTE ELABORADO PELO AUTOR
FOTO3 - BOLO DE COPA FONTE ELABORADO PELO AUTOR
Naked cake
FOTO4 - NAKED CAKE FONTE DOCES PENEacuteLOPE
33
Doces Tradicionais
FOTO5 - DOCES TRADICIONAIS FONTE ELABORADO PELO AUTOR
Doces Espelhados
FOTO6 - DOCES ESPELHADOS FONTE PRONTO SOCORRO DAS FESTAS
Doces Finos
FOTO 7 - DOCES FINOS FONTE COMPRANDO MEU APE
34
Brigadeiros gourmet
FOTO8 - BRIGADEIROS GOURMET FONTE ELABORADO PELO AUTOR
Tacinhas acriacutelicas
FOTO9 - TACINHAS ACRIacuteLICAS FONTE BUFFET DELIacuteCIAS DA VI
Trufas
FOTO 10 - TRUFAS FONTE FOGAtildeO DA VOVOacute
35
Bombons
FOTO11 - BOMBONS FONTE DALVA GOLDEN GATE
Bem casados
FOTO12 - BEM CASADOS FONTE CASAMENTO SEM ERRO
FOTO13 - BEM CASADOS FONTE CASAMENTO SEM ERRO
36
413 Preccedilo de venda
A definiccedilatildeo do preccedilo dos produtos eacute uma das decisotildees mais relevantes da
organizaccedilatildeo que deve levar em conta a forma como a empresa deseja se posicionar
no mercado os custos a concorrecircncia e a rentabilidade almejada
O preccedilo eacute um dos elementos mais versaacuteteis pode ser modificado rapidamente
ao contraacuterio das propriedades dos produtos dos contratos com canais de distribuiccedilatildeo
e ateacute mesmo das promoccedilotildees O Preccedilo tem tambeacutem a tarefa de mostrar ao mercado o
posicionamento de valor desejado pela empresa para o seu produto ou marca
(KOTLER KELLER 2006 p 428)
A consolidaccedilatildeo dos preccedilos dos produtos seraacute elaborada levando em conta os
custos para se obter os produtos com a qualidade requinte e sofisticaccedilatildeo desejada
com a margem de lucro esperada e se baseando nos preccedilos praticados pela
concorrecircncia
414 Previsatildeo de vendas
Para Chiavenato (2007 p 2013)
A previsatildeo de vendas representa a quantidade de produtosserviccedilos que a empresa pretende vender ou colocar no mercado durante um determinado periacuteodo geralmente um mecircs ou um ano dividido em meses Constitui portanto uma estimativa ou uma expectativa de vendas Pode ser feita em unidades fiacutesicas ou em valores monetaacuterios
A produccedilatildeo vai ser em meacutedia de 5600 doces (doces finos gourmet e bem
casados) e 4 bolos procurando atender em meacutedia 4 eventos por semana e ateacute 16
eventos por mecircs sendo que nos meses de setembro a dezembro essa demanda
aumenta pelo motivo de historicamente ter um nuacutemero maior de casamentos
37
415 Definiccedilatildeo de local de venda dos produtos
ldquoA venda eacute a fase fundamental do processo de vendas Consiste na
transferecircncia do produtoserviccedilo para o cliente ou consumidorrdquo (CHIAVENATO 2007
p 210)
As vendas vatildeo ocorrer atraveacutes de site proacuteprio redes sociais telefone e
pessoalmente natildeo teremos loja fiacutesica apenas um ateliecirc para confecccedilatildeo dos bolos e
doces onde vai conter uma sala anexa na qual vai ser oferecido o serviccedilo de
degustaccedilatildeo com horaacuterios marcados para assim o cliente decidir quais os produtos
seratildeo adquiridos para o seu evento e fechamento de contrato
416 Definiccedilatildeo da demanda e da oferta
Na maior parte das encomendas os clientes solicitam os doces finos e
gourmet que contecircm chocolates frutas oleaginosas tais como castanhas nozes
avelatildes amecircndoas frutas como framboesa morango damasco cerejas e os bem
casados Os bolos mais solicitados satildeo os com decoraccedilatildeo de pasta americana que
deve obrigatoriamente ter recheios mais firmes como ganaches fios de ovos
strogonoff de nozes e os naked cake (bolo pelado) que possuem mais opccedilotildees de
recheios com chocolates frutas diversas e cremes de pacirctisserie
Em contato com algumas empresas que fornecem o mesmo tipo de produto
foi possiacutevel verificar que as encomendas devem ser feitas com antecedecircncia miacutenima
de 6 meses sendo que alguns casos somente com um ano de antecedecircncia para
conseguir na data desejada Esse eacute um dos pontos que mostra que tem espaccedilo
suficiente para entrada nesse mercado
38
417 Concorrentes
Chiavenato (2007 p 33) Kotler e Keller (2006 p 340) afirmam que os
concorrentes satildeo as organizaccedilotildees que competem pelos mesmos fornecedores
clientes e consumidores
ldquoAgrave medida que seus produtosserviccedilos tornam-se mais heterogecircneos tanto
mais heterogecircneos e diferenciados seratildeo seus concorrentes e tanto mais complexa
seraacute a competitividaderdquo (CHIAVENATO 2007 p 33)
Em busca na internet foi possiacutevel identificar que atualmente existe em meacutedia
25 concorrentes reais que oferecem exatamente os mesmos produtos que seratildeo
fornecidos com o mesmo padratildeo de qualidade valor agregado requinte e
sofisticaccedilatildeo Tambeacutem foi detectado mais 14 concorrentes potenciais que vendem
produtos similares aos que seratildeo vendidos poreacutem natildeo possuem o mesmo valor
agregado dos que vatildeo ser ofertados Foi possiacutevel identificar que alguns concorrentes
oferecem somente os doces finos dos quais foram identificados mais 3 concorrentes
reais e 3 concorrentes potenciais E foi detectado que existem concorrentes que
fornecem apenas os bolos artiacutesticos dos quais foi identificado 4 concorrentes reais
todos fornecem os bolos com o mesmo niacutevel de qualidade que seratildeo fornecidos
A tabela 3 mostra a divisatildeo dos concorrentes reais e potenciais que fornecem
bolos e doces por bairro de Curitiba
39
TABELA 3 - CONCORRENTES QUE FORNECEM BOLOS E DOCES POR BAIRRO
Bairro Quantidade de Concorrentes Reais
Quantidade de Concorrentes Potenciais
Aacutegua Verde 4 1
Ahuacute 1
Bairro Alto 2 1
Barreirinha 1
Barreirinha 1
Bom Retiro 1
Campo Comprido 1
Campo Comprido 1
Cidade Industrial 1
Colombo 1
Fazenda Rio Grande 1
Hauer 1
Hugo Lange 1
Mercecircs 1
Novo Mundo 2 1
Novo Mundo 1
Portatildeo 1
Portatildeo 1
Santa Cacircndida 1
Santa Felicidade 1 1
Santo Inaacutecio 1 1
Satildeo Joseacute dos Pinhais 1
Seminaacuterio 1
Sitio Cercado 1
Tarumatilde 1
Vila Izabel 1
Natildeo Informado 1 2
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
418 Forma de divulgaccedilatildeo dos concorrentes
Todas as empresas pesquisadas que fornecem produtos similares aos que
vamos fornecer utilizam sites proacuteprios e as redes sociais para fazer divulgaccedilatildeo dos
seus produtos todas fazem degustaccedilatildeo para os clientes conhecerem os seus
produtos e posteriormente fechar um contrato
40
42 TAMANHO DO NEGOacuteCIO
421 Capacidade produtiva
A capacidade produtiva vai ser para atender ateacute 4 eventos por semana A
produccedilatildeo vai ser de ateacute 5600 doces (doces finos gourmet e bem casados) e 4 bolos
atendendo ateacute 4 eventos por final de semana e ateacute 16 eventos por mecircs sendo que
nos meses de setembro a dezembro essa demanda aumenta pelo motivo de
historicamente ter um nuacutemero maior de casamentos
422 Investimento
Um dos pontos mais relevantes para abertura de uma empresa eacute a
determinaccedilatildeo do capital miacutenimo para dar iniacutecio nas atividades e principalmente como
obter este capital ldquoEacute com o capital inicial que a empresa tem condiccedilotildees de reunir os
recursos empresariais necessaacuterios ao seu funcionamento sejam eles recursos
humanos materiais ou financeirosrdquo A determinaccedilatildeo do capital eacute o que estabelece a
quantidade de recursos empresariais que a empresa tem disponiacutevel Indiscutivelmente
quanto maior for o volume de recursos empresariais mais faacutecil se torna o desempenho
da empresa Quando todos os recursos necessaacuterios para seu funcionamento estatildeo agrave
disposiccedilatildeo a administraccedilatildeo do empreendimento fica mais simples (CHIAVENATO
2007 p84)
Cabe acrescentar que (LAPPONI 2007 p 321)
O custo inicial refere-se aos desembolsos realizados para aquisiccedilatildeo de equipamentos ou outros ativos fixos incluindo o pagamento de fretes seguros instalaccedilotildees despesas operacionais iniciais com materiais e matildeo de obra treinamento de pessoal de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo etc resumindo o custo inicial inclui todos os desembolsos necessaacuterios para adquirir os ativos necessaacuterios e que estejam em condiccedilotildees de operar e gerar as receitas estimadas
41
O empreendimento iniciaraacute suas atividades com capital investido com
recursos proacuteprios da empreendedora
As estimativas de investimento inicial para abertura da empresa foi de
R$5162851 conforme tabela 4
TABELA 4 - INVESTIMENTO INICIAL
Descriccedilatildeo Valor (R$)
Maacutequinas e equipamentos Cozinha R$ 3084878
Utensiacutelios R$ 555075
Moacuteveis para escritoacuterio R$ 268982
Equipamentos de informaacutetica e eletrocircnicos R$ 446204
Outros custos escritoacuterio R$ 48912
Uniformes R$ 155800
Pintura Imoacutevel R$ 500000
Porta de Vidro R$ 103000
Total R$ 5162851
FONTE ELABORADO PELO AUTOR (2015)
423 Localizaccedilatildeo
Seraacute locado um imoacutevel para a instalaccedilatildeo da empresa localizado na Rua Heitor
Baggio Vidal 2508 Bairro Alto Curitiba ndash PR com o valor do aluguel mensal de
R$160000 (mil e seiscentos reais) O espaccedilo interno de 95msup2 seraacute dividido em trecircs
partes a primeira com 20msup2 vai ficar a recepccedilatildeo para receber os clientes efetuar
orccedilamentos e as degustaccedilotildees a segunda com 71msup2 a cozinha industrial onde seratildeo
fabricados os bolos e doces finos e a terceira com 4msup2 o lavabo
42
FOTO14 - FOTO DO IMOacuteVEL ONDE SERAacute INSTALADA A EMPRESA FONTE MP IMOacuteVEIS
424 Entregas
As entregas dos bolos e doces finos seratildeo efetuadas por uma empresa
parceira localizada no Bairro Alto o preccedilo das entregas em Curitiba e regiatildeo
metropolitana variam de R$2400 (vinte e quatro reais) a R$6000 (sessenta reais)
dependendo da localizaccedilatildeo tais valores seratildeo cobrados dos clientes
43 CAPITAL DE GIRO
O capital de giro inicial foi estimado levando em conta que no primeiro ano a
empresa vai produzir 8333 da sua capacidade atendendo em meacutedia 13 ventos
mensalmente sendo assim foram considerados os gastos operacionais necessaacuterios
para o iniacutecio das atividades incluindo o custo fixo mensal e o estoque inicial ambos
multiplicados por 2 e acrescidos de um percentual de 10 de margem de seguranccedila
para despesas natildeo previstas
43
TABELA 5 - CAPITAL DE GIRO
Item Valor (R$)
Estoque Inicial 5144000
Custo Fixo Mensal 3194783
Reserva (10) 833878
Total do Capital de Giro Inicial 9172662
FONTE ELABORDO PELO AUTOR
44 FLUXO DE CAIXA
ldquoFluxo de Caixa eacute um Instrumento de gestatildeo financeira que projeta para
periacuteodos futuros todas as entradas e as saiacutedas de recursos financeiros da empresa
indicando como seraacute o saldo de caixa para o periacuteodo projetadordquo (SEBRAE)
Na tabela 6 eacute apresentada a projeccedilatildeo do Fluxo de Caixa da empresa para os
seus primeiros cinco anos onde fica evidenciado que do primeiro ateacute o quinto ano a
sauacutede financeira da empresa melhora gradativamente sendo que no final do quinto
ano o saldo em caixa ultrapassa os 300 se comparado com o saldo em caixa no
final do primeiro ano
Pode-se observar que natildeo foi inserida no fluxo de caixa a opccedilatildeo de
inadimplecircncia pois todos os pagamentos seratildeo efetuados agrave vista em dinheiro ou
cartatildeo sendo que o pagamento total dos produtos deve ser efetuado no miacutenimo 10
dias antes da data do evento
44
TABELA 6 - PROJECcedilAtildeO DE FLUXO DE CAIXA NOS PRIMEIROS CINCO ANOS
Descriccedilatildeo Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5
Investimento Inicial (5162851)
Capital de Giro (9172662) 9172662
Valor Residual 1548855
Total de entradas 000 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873
Previsatildeo Receitas de vendas 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873
Total de Saiacutedas (14335513) (44888699) (54283425) (59479393) (64738409) (70291804)
(-)Fornecedores (25720000) (33641760) (36669518) (39969775) (43567055)
(-)Folha de pagamento (3267192) (3593911) (3953302) (4348633) (4783496)
(-)Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)
(963216) (1011377) (1061946) (1115043) (1170795)
(-)Retiradas soacutecios (2400000) (2640000) (3432000) (3946800) (4341480)
(-)Impostos s vendas (4654291) (5073177) (5573767) (6075406) (6622192)
(-)Alugueacuteis (1920000) (2016000) (2116800) (2222640) (2333772)
(-)Energia eleacutetrica (840000) (882000) (926100) (972405) (1021025)
(-)Aacutegua (300000) (315000) (330750) (347288) (364652)
(-)Telefone (384000) (403200) (423360) (444528) (466754)
(-)Gaacutes (588000) (617400) (648270) (680684) (714718)
(-)Serviccedilos contabilidade (960000) (1008000) (1058400) (1111320) (1166886)
(-)Manutenccedilatildeo (600000) (630000) (661500) (694575) (729304)
(-)Outras despesas com funcionaacuterios
(1296000) (1405800) (1525590) (1656320) (1799030)
(-)Taxas bancaacuterias (96000) (100800) (105840) (111132) (116689)
(-)Outros pagamentos (900000) (945000) (992250) (1041863) (1093956)
Entradas - Saiacutedas (14335513) 12981301 21410535 23027023 25193585 27734070
Depreciaccedilatildeo 000 (631377) (631377) (631377) (631377) (631377)
Saldo Final (14335513) 12349924 20779158 22395647 24562208 37824209
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
A depreciaccedilatildeo foi calculada considerando o prazo de vida uacutetil meacutedio de 10
anos das maacutequinas equipamentos instalaccedilotildees moacuteveis e utensiacutelios e para os
computadores e perifeacutericos foi considerado o prazo de vida uacutetil de 5 anos conforme
demonstrado na tabela 7
TABELA 7 - DEPRECIACcedilAtildeO
Item Valor Inicial Taxa Anual Depreciaccedilatildeo Anual (R$)
Maacutequinas e equipamentos 3084878 10 308488
Instalaccedilotildees 103000 10 10300
Moacuteveis e Utensiacutelios 824057 10 82406
Computadores e Perifeacutericos 446204 20 89241
Outros 704712 20 140942
Total 631377
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
45
O valor residual dos equipamentos e instalaccedilotildees da empresa no final do quinto
ano foi considerado em 30 referente ao valor de aquisiccedilatildeo dos mesmos no iniacutecio do
projeto
45 ANAacuteLISE DOS INDICADORES (VPL TIR E PAYBACK)
451 Valor Presente Liacutequido (VPL)
A tabela 8 mostra que o VPL (Valor Presente Liacutequido) eacute positivo isso significa
que aleacutem de recuperar o investimento inicial ainda vai ser agregado ao valor da
empresa um montante de R$ R$50392407 (quinhentos e trecircs mil novecentos e vinte
quatro reais e sete centavos)
A taxa de retorno requerida de 20 foi determinada levando em conta o niacutevel
de risco do projeto e visando o valor desejado para se obter em cima do valor
investido
TABELA 8 - CALCULO DO VALOR PRESENTE LIacuteQUIDO (VPL)
Anos FC k 2000
0 -$143355 VPL $50392407
1 $123499 VPL $50392407
2 $207792 VPL $50392407
3 $223956 VPL $21761126
4 $245622 VPL $21761126
5 $378242 Decisatildeo Aceitar o Projeto
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
452 Taxa Interna de Retorno (TIR)
Conforme a tabela 9 eacute possiacutevel verificar que a TIR (Taxa Interna de Retorno)
eacute de 11593 maior que a taxa requerida de 20 isso significa que custo inicial seraacute
46
recuperado e o projeto vai criar valor para empresa mais um resultado favoraacutevel para
a aceitaccedilatildeo do projeto
TABELA 9 - TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR)
Anos FC
0 -$143355 TIR 11593
1 $123499 TIR 2168
2 $207792 TIR 2168
3 $223956 Decisatildeo
4 $245622 k 2000
5 $378242 Aceitar o projeto
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
453 Payback
O tempo de recuperaccedilatildeo do custo inicial ocorre normalmente entre o quarto e
o quinto ano se for feita a anaacutelise da tabela 10 eacute possiacutevel verificar que o tempo
necessaacuterio para o retorno do investimento (payback) do projeto eacute de 128 anos este
indicador mostra claramente que o projeto deve ser aceito pois o tempo de retorno
estaacute bem abaixo do tempo meacutedio dos empreendimentos como um todo
TABELA 10 - PAYBACK
k 20
Anos FC SPresente
0 -$143355 -$143355 PBD-SP = 128
1 $123499 -$40439 128
2 $207792 $103861
3 $223956 $233465
4 $245622 $351917
5 $378242 $503924
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
47
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Para iniciar um negoacutecio requer muito mais do que apenas o espiacuterito
empreendedor eacute necessaacuterio ter lideranccedila conhecimento sobre o mercado que deseja
atuar organizaccedilatildeo e principalmente planejamento
O principal objetivo desse estudo foi analisar a viabilidade econocircmico-
financeira da abertura de uma empresa de bolos e doces finos no Bairro Alto em
Curitiba
O objetivo apresentado nesta pesquisa foi atingido pois todos os indicadores
analisados mostram com clareza que empresa obteacutem resultados positivos que criam
valor para a mesma e com isso o projeto eacute viaacutevel economicamente pois do primeiro
ao quinto ano fica visiacutevel o crescimento do empreendimento e a melhora significativa
da sua sauacutede financeira isso fica evidenciado no saldo final em caixa no quinto ano
que chega proacuteximo haacute 400 mil reais Apesar disso eacute crucial o acompanhamento do
mercado para seguir as tendecircncias e se atualizar constantemente para tomar
decisotildees mais assertivas
Um negoacutecio mal avaliado pode arruinar a estabilidade econocircmica do
investidor por isso eacute de extrema importacircncia fazer todos os levantamentos de custos
antes de se aventurar em qualquer empreendimento
Eacute possiacutevel comprovar que a pesquisa realizada contribui positivamente para
abertura da empresa No entanto as informaccedilotildees aqui presentes natildeo satildeo estaacuteticas e
devem ser revisadas periodicamente e se preciso ateacute mesmo ampliadas no decorrer
da implantaccedilatildeo do projeto para que o mesmo seja uma ferramenta eficiente e eficaz
no desenvolvimento da empresa como um todo
48
REFEREcircNCIAS
BRITO Paulo Anaacutelise e viabilidade de projetos de investimento Satildeo Paulo Atlas 2003 DOLABELA Fernando O segredo de Luiacutesa 30 ed Satildeo Paulo Editora de Cultura 2006 DORNELAS Joseacute Carlos Assis Empreendedorismo transformando ideias em negoacutecios 4 ed Rio de Janeiro Campus Elsevier 2012 CENSO Demograacutefico 2010 Resultados gerais da amostra Curitiba IBGE 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=410690ampidtema=87ampsearch=parana|curitiba|censo-demografico-2010-resultados-gerais-da-amostra-gt Acesso em 21 de Junho de 2015 CHIAVENATO Idalberto Empreendedorismo dando asas ao espiacuterito empreendedor empreendedorismo e a viabilidade de novas empresas um guia eficiente para iniciar e tocar seu proacuteprio negoacutecio 2 ed Satildeo Paulo Saraiva 2007 ESTATIacuteSTICAS do registro civil 2012 Curitiba IBGE 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaoregistrocivil2012default_xlsshtmgt Acesso em 21 de Junho de 2015 GIL Antonio Carlos Meacutetodos e teacutecnicas de pesquisa social 6 ed Satildeo Paulo Atlas 2008 KOTLER Philip KELLER Kevin Lane Administraccedilatildeo de Marketing 12 ed Satildeo Paulo ABDR 2006 LAPPONI Juan Carlos Projetos de Investimento na Empresa Rio de Janeiro Elsevier 2007 MACHADO Jesseacute Anderson Pinto Projetos Econocircmicos uma abordagem praacutetica de elaboraccedilatildeo Satildeo Paulo Nobel 2002 MICHEL Maria Helena Metodologia e pesquisa cientiacutefica em ciecircncias sociais 2 ed Satildeo Paulo Atlas 2009 OLIVEIRA Djalma de Pinho Rebouccedilas de Planejamento estrateacutegico conceitos metodologia e praacuteticas 20 ed Satildeo Paulo Atlas 2004 PRODANOV Cleber Cristiano ERNANI Cesar de Freitas Metodologia do trabalho cientiacutefico meacutetodo e teacutecnicas da pesquisa e do trabalho acadecircmico 2 ed Novo Hamburgo Freevale 2013
49
REBELATTO Dayse Projeto de Investimento 1 ed Barueri Manole 2004 SEBRAE Pesquisa de Mercado o que eacute e para que serve Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrsitesPortalSebraeartigosPesquisa-de-mercado-o-que-C3A9-e-para-que-servegt Acesso em 21 de Junho de 2015 SEBRAE Fluxo de caixa Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrSebraePortal20SebraeAnexos0_fluxo-de-caixapdfgt Acesso em 10 de Outubro de 2015 WILDAUER Egon Walter Plano de negoacutecios elementos construtivos e processos de elaboraccedilatildeo 2 ed Curitiba Ibpex 2011 WOILER Samsatildeo MATHIAS Washington Franco Projetos planejamento elaboraccedilatildeo anaacutelise 1 ed Satildeo Paulo Atlas 1994
50
APEcircNDICES
APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL 51
APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS 52
APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL 52
51
APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL
Item Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5
Aacutegua 25000 26250 27563 28941 30388
Aluguel 160000 168000 176400 185220 194481
Assessoria Contaacutebil 80000 84000 88200 92610 97241
Gaacutes 49000 51450 54023 56724 59560
Impostos 387858 422765 464481 506284 551849
Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)
80268 84281 88495 92920 97566
Energia eleacutetrica 70000 73500 77175 81034 85085
Manutenccedilatildeo 50000 52500 55125 57881 60775
Material de escritoacuterio 20000 21000 22050 23153 24310
Material de Limpeza 40000 42000 44100 46305 48620
Folha de pagamento 272266 299493 329442 362386 398625
Seguros 15000 15750 16538 17364 18233
Telefone fixointernet 20000 21000 22050 23153 24310
Telefone Moacutevel 12000 12600 13230 13892 14586
Vale Refeiccedilatildeo 75000 82500 90750 99825 109808
Vale Transporte 33000 34650 36383 38202 40112
Proacute- labore 200000 220000 286000 328900 361790
Taxas Bancaacuterias 8000 8400 8820 9261 9724
Total R$ 1597392 R$ 1720139 R$ 1900823 R$ 2064053 R$ 2227062
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
52
APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS
Item
Produccedilatildeo mensal meacutedia
Custo unitaacuterio total
Sugestatildeo Preccedilo de venda
Custo Mensal Total
Receita de vendas
Bolos artiacutesticos (recheios diversos) 150 6000 13500 900000 2025000
Bolos de copa (recheios diversos) 30 3600 8100 108000 243000
Naked cake (recheios diversos) 60 4200 9450 252000 567000
Doces Tradicionais 32 3500 7875 112000 252000
Doces Espelhados 32 5000 11250 160000 360000
Doces Finos 32 7500 16875 240000 540000
Brigadeiros gourmet 16 4500 10125 72000 162000
Tacinhas acriacutelicas 16 5500 12375 88000 198000
Trufas 32 5000 11250 160000 360000
Bombons 32 5000 11250 160000 360000
Bem casados 3200 100 225 320000 720000
Custo produccedilatildeo Total 2572000
Receita Total 5787000
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL
Ano Receita Bruta Variaccedilatildeo anual
Ano 1 000
Ano 2 69444000 9
Ano 3 75693960 9
Ano 4 82506416 9
Ano 5 89931994 9
Valor considerando a inflaccedilatildeo de 9 aa
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
23
satildeo comprometidos por longo tempo na direccedilatildeo de seu futuro desejado e isso envolve um grande esforccedilo de tempo e de gerenciamento Cada projeto aprovado eacute um desembolso realizado pela empresa coma expectativa de obter benefiacutecios futuros quantificados pela geraccedilatildeo de um fluxo de retornos adequados em geral por um prazo maior do que um ano
A carecircncia de recursos financeiros diante das muitas necessidades faz com
que seja crucial aperfeiccediloar sua utilizaccedilatildeo A anaacutelise antecipada de investimento
possibilita que se racionalize a forma como os recursos de capital satildeo utilizados
(REBELATTO 2004 p 141)
Para analisar a viabilidade de um projeto economicamente eacute necessaacuterio reunir
uma seacuterie de informaccedilotildees e de dados que precisam ser organizados para atingir seu
objetivo final que eacute o de facilitar a tomada de decisatildeo Vale salientar que o projeto
deve ser um documento que tenha a capacidade de mostrar de uma maneira loacutegica a
visatildeo estrateacutegica do negoacutecio (MACHADO 2002 p 144)
231 Fluxo de caixa
O fluxo de caixa eacute o melhor guia para uma administraccedilatildeo financeira eficiente
de qualquer negoacutecio
O fluxo de caixa eacute a reproduccedilatildeo graacutefica de uma movimentaccedilatildeo financeira ldquoAs
movimentaccedilotildees monetaacuterias satildeo identificadas temporalmente por meio de um conjunto
de entradas e saiacutedas de caixa definido como diagrama de fluxo de caixardquo Essa
representaccedilatildeo proporciona a visualizaccedilatildeo em diferentes momentos com o que estaacute
ocorrendo com o capital (REBELATTO 2004 p 150)
ldquoA identificaccedilatildeo e a quantificaccedilatildeo das estimativas relevantes do projeto satildeo o
iniacutecio da construccedilatildeo do fluxo de caixa do projeto para empresa em funcionamentordquo
(LAPPONI 2007 p 347)
O fluxo de caixa eacute um composto de entradas e saiacutedas de valores monetaacuterios
(dinheiro) no decorrer de um determinado periacuteodo Bem como evidenciar uma opccedilatildeo
possiacutevel de transaccedilotildees financeiras ou seja pagamentos agrave vista pagamentos a prazo
tiacutetulos originais etc (REBELATTO 2004 p 151)
24
232 Valor Presente Liacutequido (VPL)
ldquoO Valor presente liacutequido (VPL) ou valor atual liacutequido (VAL) eacute o valor atual das
entradas de caixa (retornos de capital esperados) incluindo o valor residual (se
houver) menos o valor atual das saiacutedas de caixardquo (REBELATTO 2004 p 214)
A foacutermula para chegar ao VPL eacute (LAPPONI 2007 p 125)
119881119875119871 = minus119868 +119865119862
(1 + 119870)119899
Onde
I= custo inicial ou desembolso inicial
FC= fluxo de caixa
K= taxa requerida
n= prazo de anaacutelise
Rebelatto (2004 p214) afirma que os paracircmetros para que o projeto seja
aceito se refere ao valor presente liacutequido (VPL)
VPLgt0 o projeto eacute aceito
VPLlt0 o projeto eacute rejeitado
VPL=0 o projeto pode ser aceito ou natildeo pois natildeo cria e nem destroacutei
valor para empresa
Para Lapponi (2007 p 134-135) as principais vantagens do VPL satildeo
Considera o fluxo de caixa do projeto na sua totalidade
Considera o valor monetaacuterio (dinheiro) no tempo
Tem a capacidade de medir o valor criado ou destruiacutedo pelo projeto
Pode ser utilizado na avaliaccedilatildeo do projeto independentemente do tipo de
fluxo de caixa utilizado
Seleciona o projeto mais viaacutevel economicamente
25
233 Taxa Interna de Retorno (TIR)
ldquoTaxa Interna de Retorno (TIR) eacute a taxa de desconto que torna o valor atual
liacutequido (VAL) do investimento igual a zero Tambeacutem eacute chamada de taxa interna efetiva
de rentabilidaderdquo (REBELATTO 2004 p 217)
No projeto do tipo simples com o aumento da taxa requerida o VPL do projeto tende ao valor do custo inicial pois o VPL eacute uma funccedilatildeo decrescente da taxa requerida Portanto a decisatildeo com o meacutetodo TIR somente deve ser feita em projetos simples que garantem a existecircncia de uma uacutenica TIRgt -100 Nos outros tipos de fluxo de caixa em geral o meacutetodo da TIR natildeo deve ser utilizado pois haacute a possibilidade de muacuteltiplas TIRs Sendo a TIR a taxa de juro que zera o VPL do projeto simples para qualquer taxa requerida K menor que a TIR o VPL seraacute positivo e para qualquer taxa requerida K maior que a TIR o VPL seraacute negativo (LAPPONI 2007 p 175-176)
Rebelatto (2004 p 217) complementa afirmando que a TIR eacute um meacutetodo
aprimorado de anaacutelise de investimento sendo possivelmente uma das mais usadas
para avaliar projetos econocircmicos A TIR deve ser comparada com a taxa miacutenima de
atratividade (TMA) para analisar se o projeto seraacute aceito ou natildeo
Sendo assim Lapponi (2007 p 176) considera que
Se TIR gt TMA o projeto deve ser aceito pois eacute economicamente viaacutevel
Se TIR lt TMA o projeto deve ser recusado pois eacute economicamente
inviaacutevel
Se TIR = TMA eacute indiferente investir no projeto pois o mesmo natildeo criaraacute
e nem destruiraacute valor da empresa
ldquoA grande vantagem da TIR como indicador de decisatildeo eacute que prescinde de
informaccedilotildees externas ao projeto Tudo que o analista necessita eacute conhecer o perfil do
projeto e alguma ideia de magnitude da taxa de jurosrdquo (MACHADO 2002 p 127)
26
234 Periacuteodo de retorno de investimento (Payback)
ldquoO payback eacute o periacuteodo de tempo em que ocorre o retorno do investimento
Calculado no fluxo de caixa de vida uacutetil de dez anos o payback apresenta-se de vaacuterias
maneiras para cada tipo de empresardquo (BRITO 2003 p 51)
Uma empresa pode nomear o payback como um dos paracircmetros para escolha
de um projeto a fim de minimizar seus riscos Mesmo sendo esse um meacutetodo faacutecil e
simples na praacutetica eacute um dos mais utilizados para efetuar a mediccedilatildeo econocircmica de um
projeto (REBELATTO 2004 p 230)
Segundo Rebelatto (2004 p 231) a foacutermula baacutesica que demonstra o caacutelculo
do payback em fluxos de caixas regulares eacute
PB =I0
FC
Onde
PB= Payback
I0= Investimento inicial
FC= Fluxo de caixa regular
Para executar o meacutetodo payback eacute crucial estabelecer o tempo maacuteximo de
toleracircncia TMT para resgatar o custo inicial ldquoPara decidir se o projeto deve ser aceito
o payback deve ser comparado com o valor de referecircncia TMT de forma querdquo
(LAPPONI 2007 p 245)
Se PB lt TMT o projeto deve ser aceito
Se PB gt TMT o projeto deve ser recusado
A principal vantagem para utilizaccedilatildeo do meacutetodo payback eacute que ele reflete a
liquidez do projeto e por consequecircncia eacute possiacutevel efetuar a avaliaccedilatildeo do risco de natildeo
recuperar o investimento (REBELATTO 2004 p 230)
27
3 METODOLOGIA
Este capiacutetulo tem por objetivo descrever os procedimentos e teacutecnicas
utilizados na pesquisa considerando o problema e aos objetivos gerais e especiacuteficos
Para a execuccedilatildeo da revisatildeo bibliograacutefica realizada neste estudo foi utilizado
livros de especialistas na aacuterea os principais temas abordados foram o
empreendedorismo que eacute um assunto chave quando surge uma ideia para um novo
negoacutecio plano de negoacutecios que eacute um elemento fundamental para o sucesso ou
fracasso de um empreendimento e a viabilidade econocircmico-financeira tema
fundamental visto que o objetivo geral da pesquisa eacute mensurar se a mesma eacute viaacutevel
ou natildeo economicamente
Foi elaborada uma anaacutelise de mercado que estaacute disponiacutevel no item 41 deste
estudo atraveacutes da mesma foi identificado que os principais clientes satildeo das classes
A e B de Curitiba regiatildeo metropolitana no item 42 foi efetuado um levantamento do
tamanho do negoacutecio onde foi definida a capacidade produtiva o investimento inicial e
a localizaccedilatildeo do empreendimento no item 44foi elaborado o fluxo de caixa que
demonstra as previsotildees financeiras do periacuteodo de 5 anos o meacutetodo utilizado para
elaborar a pesquisa foi um estudo de caso de natureza exploratoacuteria quantitativa e
anaacutelise documental
O estudo de caso eacute evidenciado por um estudo minucioso e cansativo de um
ou poucos objetivos desta forma propicia um vasto e detalhado conhecimento sobre
o assunto uma missatildeo praticamente impossiacutevel mediante as outras maneiras de
delineamentos consideradas (GIL 2008 p 57-58)
Prodanov e Freitas (2013 p60) afirmam que o estudo de caso consiste em
recolher e analisar dados sobre determinado indiviacuteduo famiacutelia grupo ou comunidade
com a finalidade de estudar diferentes aspectos das suas vidas conforme o assunto
da pesquisa
Jaacute as pesquisas exploratoacuterias satildeo definidas por Gil (2008 p 27) como as que
Tecircm como principal finalidade desenvolver esclarecer e modificar conceitos e ideias tendo em vista a formulaccedilatildeo de problemas mais precisos ou hipoacuteteses pesquisaacuteveis para estudos posteriores De todos os tipos de pesquisa estas satildeo as que apresentam menor rigidez no planejamento Habitualmente envolvem levantamento bibliograacutefico e documental entrevistas natildeo padronizadas e estudos de caso
28
A pesquisa quantitativa ldquoconsidera que tudo pode ser quantificaacutevel o que
significa traduzir em nuacutemeros opiniotildees e informaccedilotildees para classificaacute-las e analisaacute-lasrdquo
Eacute necessaacuteria a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas estatiacutesticas tais como porcentagem meacutedia
moda desvio-padratildeo coeficiente de correlaccedilatildeo etc (PRODANOV FREITAS 2013
p 69)
Muitos dados que satildeo utilizados em pesquisas satildeo adquiridos indiretamente
por meio de documentosrdquo como livros jornais papeacuteis oficiais registros estatiacutesticos
fotos discos filmes e viacutedeos que satildeo obtidos de maneira indiretardquo Essas fontes
documentais tecircm a capacidade de disponibilizar ao pesquisador um grande nuacutemero
de informaccedilotildees com bastante qualidade para evitar a perda de tempo (GIL 2008 p
147)
Este modelo de pesquisa foi utilizado para definir os principais clientes quais
os produtos que seratildeo vendidos a capacidade produtiva assim como a viabilidade
econocircmico-financeira e operacional do negoacutecio
29
4 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES
41 ANAacuteLISE DE MERCADO
Woiler e Mathias (1994 p41) e Rebelatto (2004 p01) afirmam que a anaacutelise
de mercado eacute um dos pontos mais relevantes para elaboraccedilatildeo de um projeto Atraveacutes
do estudo do mercado obtemos muitas informaccedilotildees tais como
Fazendo a comparaccedilatildeo entre demanda e a oferta encontramos a
possiacutevel escassez da demanda futura Esse resultado proporcionaraacute
informaccedilotildees para que seja definida a escala de produccedilatildeo do projeto
A regiatildeo geograacutefica em que o produto pode ser vendido eacute um dos pontos
mais significativos para que seja definida a localizaccedilatildeo do empreendimento
O preccedilo de venda os custos de comercializaccedilatildeo e os estoques nos
canais de comercializaccedilatildeo satildeo informaccedilotildees relevantes para que seja
elaborada a projeccedilatildeo do projeto
Vale salientar que esses satildeo apenas alguns elementos importantes que eacute
possiacutevel identificar na anaacutelise de mercado existe muitos outros dados que satildeo obtidos
com a mesma
411 Mercado consumidor
ldquoTodas as decisotildees relacionadas a novos empreendimentos contecircm certo
grau de incerteza tanto no que diz respeito agrave informaccedilatildeo na qual as decisotildees estatildeo
baseadas como no que diz respeito agraves suas consequecircnciasrdquo (SEBRAE)
Chiavenato acredita que os clientes tecircm a capacidade de alavancar ou
derrubar um empreendimento ldquoUm cliente pode ser uma organizaccedilatildeo uma empresa
um usuaacuterio dos produtosserviccedilos ou um consumidor finalrdquo Eacute quem adquiri os
produtosserviccedilos ofertados pela organizaccedilatildeo no final da cadeia de transaccedilotildees Eacute ele
que estabelece direta ou indiretamente se o empreendimento teraacute ecircxito ou natildeo Por
30
isso o cliente deve ser considerado como o principal patrimocircnio da empresa (2007
p 207)
Segundo dados do censo 2010 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e
estatiacutestica) dos 576190 (quinhentos e setenta e seis mil cento e noventa) domiciacutelios
de Curitiba 292965 (duzentos e noventa e dois mil novecentos e sessenta e cinco)
possuem renda de mais de 5 a mais de 20 salaacuterios miacutenimos sendo assim cerca de
5085 dos domiciacutelios curitibanos estatildeo enquadrados nas classes A e B Ainda
segundo o IBGE cerca de 137922 (cento e trinta e sete mil novecentos e vinte e dois)
domiciacutelios curitibanos tecircm renda de mais de 10 salaacuterios miacutenimos o que representa
uma meacutedia de 24 dos domiciacutelios de Curitiba
Mais de 249000 (duzentos e quarenta e nove mil) pessoas que residem em
Curitiba cerca de 1423 da populaccedilatildeo tem rendimento mensal de mais de 5 salaacuterios
miacutenimos conforme Tabela 1
TABELA 1 - RESULTADOS DA AMOSTRA - RENDIMENTO POR PESSOA EM CURITIBA
Quantidade de pessoas Salaacuterios miacutenimos
153011 Mais de 5 a 10 salaacuterios miacutenimos
38692 Mais de 10 a 15 salaacuterios miacutenimos
25427 Mais de 15 a 20 salaacuterios miacutenimos
18264 Mais de 20 a 30 salaacuterios miacutenimos
13791 Mais de 30 salaacuterios miacutenimos
FONTE IBGE - CENSO DEMOGRAacuteFICO 2010
Curitiba possui uma populaccedilatildeo de mais de 1750000 (um milhatildeo setecentos
e cinquenta mil habitantes) segundo censo IBGE 2010 sendo que 932000
(novecentos e trinta e dois mil) pessoas com o estado civil de solteiro viuacutevo
divorciado separado judicialmentedesquitado isso mostra que tem muitas pessoas
que podem fazer festas de casamento e necessitar dos produtos que seratildeo ofertados
tais como bolos artiacutesticos doces finos e bem casados
Segundo as estatiacutesticas do registro civil do IBGE ocorreram em Curitiba e
regiatildeo metropolitana no ano 2012 exatamente 18877 (dezoito mil oitocentos e setenta
e sete) casamentos sendo que nos meses de setembro a dezembro foi onde ocorreu
um maior nuacutemero um total de 7828 (sete mil oitocentos e vinte e oito) casamentos o
que representa um total de 4147 dos casamentos ocorrem nesses quatro meses
do ano
31
TABELA 2 - CASAMENTOS POR MEcircS DE REGISTRO SEGUNDO O LUGAR DO REGISTRO ndash 2012
Lugar do registro
Casamentos por mecircs do registro
Total de
registros Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
RM Curitiba 18877 1466 1250 1572 1282 1403 1533 1248 1255 1735 1753 2118 2262
Curitiba 10351 848 692 857 692 724 872 658 658 971 968 1237 1174
FONTE IBGE DIRETORIA DE PESQUISAS COORDENACcedilAtildeO DE POPULACcedilAtildeO E INDICADORES SOCIAIS ESTATIacuteSTICAS DO REGISTRO CIVIL 2012
Nessa perspectiva foi definido que o mercado que a empresa de bolos e doces
finos vai atuar eacute de Curitiba e regiatildeo metropolitana com foco nas pessoas das classes
A e B com estado civil solteiro divorciado separado judicialmentedesquitado e viuacutevo
412 Produtos que seratildeo vendidos
ldquoNo coraccedilatildeo de uma grande marca haacute um grande produto O produto-chave
na oferta ao mercado Liacutederes de mercado geralmente oferecem produtos e serviccedilos
de qualidade superiorrdquo (KOTLER KELLER 2006 p 366)
Os principais produtos fornecidos seratildeo
Bolos artiacutesticos
FOTO1 - BOLO ARTIacuteSTICO FONTE WANDA CARDOSO - BOLOS ARTIacuteSTICOS amp DOCES
32
Bolos de copa
FOTO2 - BOLO DE COPA FONTE ELABORADO PELO AUTOR
FOTO3 - BOLO DE COPA FONTE ELABORADO PELO AUTOR
Naked cake
FOTO4 - NAKED CAKE FONTE DOCES PENEacuteLOPE
33
Doces Tradicionais
FOTO5 - DOCES TRADICIONAIS FONTE ELABORADO PELO AUTOR
Doces Espelhados
FOTO6 - DOCES ESPELHADOS FONTE PRONTO SOCORRO DAS FESTAS
Doces Finos
FOTO 7 - DOCES FINOS FONTE COMPRANDO MEU APE
34
Brigadeiros gourmet
FOTO8 - BRIGADEIROS GOURMET FONTE ELABORADO PELO AUTOR
Tacinhas acriacutelicas
FOTO9 - TACINHAS ACRIacuteLICAS FONTE BUFFET DELIacuteCIAS DA VI
Trufas
FOTO 10 - TRUFAS FONTE FOGAtildeO DA VOVOacute
35
Bombons
FOTO11 - BOMBONS FONTE DALVA GOLDEN GATE
Bem casados
FOTO12 - BEM CASADOS FONTE CASAMENTO SEM ERRO
FOTO13 - BEM CASADOS FONTE CASAMENTO SEM ERRO
36
413 Preccedilo de venda
A definiccedilatildeo do preccedilo dos produtos eacute uma das decisotildees mais relevantes da
organizaccedilatildeo que deve levar em conta a forma como a empresa deseja se posicionar
no mercado os custos a concorrecircncia e a rentabilidade almejada
O preccedilo eacute um dos elementos mais versaacuteteis pode ser modificado rapidamente
ao contraacuterio das propriedades dos produtos dos contratos com canais de distribuiccedilatildeo
e ateacute mesmo das promoccedilotildees O Preccedilo tem tambeacutem a tarefa de mostrar ao mercado o
posicionamento de valor desejado pela empresa para o seu produto ou marca
(KOTLER KELLER 2006 p 428)
A consolidaccedilatildeo dos preccedilos dos produtos seraacute elaborada levando em conta os
custos para se obter os produtos com a qualidade requinte e sofisticaccedilatildeo desejada
com a margem de lucro esperada e se baseando nos preccedilos praticados pela
concorrecircncia
414 Previsatildeo de vendas
Para Chiavenato (2007 p 2013)
A previsatildeo de vendas representa a quantidade de produtosserviccedilos que a empresa pretende vender ou colocar no mercado durante um determinado periacuteodo geralmente um mecircs ou um ano dividido em meses Constitui portanto uma estimativa ou uma expectativa de vendas Pode ser feita em unidades fiacutesicas ou em valores monetaacuterios
A produccedilatildeo vai ser em meacutedia de 5600 doces (doces finos gourmet e bem
casados) e 4 bolos procurando atender em meacutedia 4 eventos por semana e ateacute 16
eventos por mecircs sendo que nos meses de setembro a dezembro essa demanda
aumenta pelo motivo de historicamente ter um nuacutemero maior de casamentos
37
415 Definiccedilatildeo de local de venda dos produtos
ldquoA venda eacute a fase fundamental do processo de vendas Consiste na
transferecircncia do produtoserviccedilo para o cliente ou consumidorrdquo (CHIAVENATO 2007
p 210)
As vendas vatildeo ocorrer atraveacutes de site proacuteprio redes sociais telefone e
pessoalmente natildeo teremos loja fiacutesica apenas um ateliecirc para confecccedilatildeo dos bolos e
doces onde vai conter uma sala anexa na qual vai ser oferecido o serviccedilo de
degustaccedilatildeo com horaacuterios marcados para assim o cliente decidir quais os produtos
seratildeo adquiridos para o seu evento e fechamento de contrato
416 Definiccedilatildeo da demanda e da oferta
Na maior parte das encomendas os clientes solicitam os doces finos e
gourmet que contecircm chocolates frutas oleaginosas tais como castanhas nozes
avelatildes amecircndoas frutas como framboesa morango damasco cerejas e os bem
casados Os bolos mais solicitados satildeo os com decoraccedilatildeo de pasta americana que
deve obrigatoriamente ter recheios mais firmes como ganaches fios de ovos
strogonoff de nozes e os naked cake (bolo pelado) que possuem mais opccedilotildees de
recheios com chocolates frutas diversas e cremes de pacirctisserie
Em contato com algumas empresas que fornecem o mesmo tipo de produto
foi possiacutevel verificar que as encomendas devem ser feitas com antecedecircncia miacutenima
de 6 meses sendo que alguns casos somente com um ano de antecedecircncia para
conseguir na data desejada Esse eacute um dos pontos que mostra que tem espaccedilo
suficiente para entrada nesse mercado
38
417 Concorrentes
Chiavenato (2007 p 33) Kotler e Keller (2006 p 340) afirmam que os
concorrentes satildeo as organizaccedilotildees que competem pelos mesmos fornecedores
clientes e consumidores
ldquoAgrave medida que seus produtosserviccedilos tornam-se mais heterogecircneos tanto
mais heterogecircneos e diferenciados seratildeo seus concorrentes e tanto mais complexa
seraacute a competitividaderdquo (CHIAVENATO 2007 p 33)
Em busca na internet foi possiacutevel identificar que atualmente existe em meacutedia
25 concorrentes reais que oferecem exatamente os mesmos produtos que seratildeo
fornecidos com o mesmo padratildeo de qualidade valor agregado requinte e
sofisticaccedilatildeo Tambeacutem foi detectado mais 14 concorrentes potenciais que vendem
produtos similares aos que seratildeo vendidos poreacutem natildeo possuem o mesmo valor
agregado dos que vatildeo ser ofertados Foi possiacutevel identificar que alguns concorrentes
oferecem somente os doces finos dos quais foram identificados mais 3 concorrentes
reais e 3 concorrentes potenciais E foi detectado que existem concorrentes que
fornecem apenas os bolos artiacutesticos dos quais foi identificado 4 concorrentes reais
todos fornecem os bolos com o mesmo niacutevel de qualidade que seratildeo fornecidos
A tabela 3 mostra a divisatildeo dos concorrentes reais e potenciais que fornecem
bolos e doces por bairro de Curitiba
39
TABELA 3 - CONCORRENTES QUE FORNECEM BOLOS E DOCES POR BAIRRO
Bairro Quantidade de Concorrentes Reais
Quantidade de Concorrentes Potenciais
Aacutegua Verde 4 1
Ahuacute 1
Bairro Alto 2 1
Barreirinha 1
Barreirinha 1
Bom Retiro 1
Campo Comprido 1
Campo Comprido 1
Cidade Industrial 1
Colombo 1
Fazenda Rio Grande 1
Hauer 1
Hugo Lange 1
Mercecircs 1
Novo Mundo 2 1
Novo Mundo 1
Portatildeo 1
Portatildeo 1
Santa Cacircndida 1
Santa Felicidade 1 1
Santo Inaacutecio 1 1
Satildeo Joseacute dos Pinhais 1
Seminaacuterio 1
Sitio Cercado 1
Tarumatilde 1
Vila Izabel 1
Natildeo Informado 1 2
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
418 Forma de divulgaccedilatildeo dos concorrentes
Todas as empresas pesquisadas que fornecem produtos similares aos que
vamos fornecer utilizam sites proacuteprios e as redes sociais para fazer divulgaccedilatildeo dos
seus produtos todas fazem degustaccedilatildeo para os clientes conhecerem os seus
produtos e posteriormente fechar um contrato
40
42 TAMANHO DO NEGOacuteCIO
421 Capacidade produtiva
A capacidade produtiva vai ser para atender ateacute 4 eventos por semana A
produccedilatildeo vai ser de ateacute 5600 doces (doces finos gourmet e bem casados) e 4 bolos
atendendo ateacute 4 eventos por final de semana e ateacute 16 eventos por mecircs sendo que
nos meses de setembro a dezembro essa demanda aumenta pelo motivo de
historicamente ter um nuacutemero maior de casamentos
422 Investimento
Um dos pontos mais relevantes para abertura de uma empresa eacute a
determinaccedilatildeo do capital miacutenimo para dar iniacutecio nas atividades e principalmente como
obter este capital ldquoEacute com o capital inicial que a empresa tem condiccedilotildees de reunir os
recursos empresariais necessaacuterios ao seu funcionamento sejam eles recursos
humanos materiais ou financeirosrdquo A determinaccedilatildeo do capital eacute o que estabelece a
quantidade de recursos empresariais que a empresa tem disponiacutevel Indiscutivelmente
quanto maior for o volume de recursos empresariais mais faacutecil se torna o desempenho
da empresa Quando todos os recursos necessaacuterios para seu funcionamento estatildeo agrave
disposiccedilatildeo a administraccedilatildeo do empreendimento fica mais simples (CHIAVENATO
2007 p84)
Cabe acrescentar que (LAPPONI 2007 p 321)
O custo inicial refere-se aos desembolsos realizados para aquisiccedilatildeo de equipamentos ou outros ativos fixos incluindo o pagamento de fretes seguros instalaccedilotildees despesas operacionais iniciais com materiais e matildeo de obra treinamento de pessoal de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo etc resumindo o custo inicial inclui todos os desembolsos necessaacuterios para adquirir os ativos necessaacuterios e que estejam em condiccedilotildees de operar e gerar as receitas estimadas
41
O empreendimento iniciaraacute suas atividades com capital investido com
recursos proacuteprios da empreendedora
As estimativas de investimento inicial para abertura da empresa foi de
R$5162851 conforme tabela 4
TABELA 4 - INVESTIMENTO INICIAL
Descriccedilatildeo Valor (R$)
Maacutequinas e equipamentos Cozinha R$ 3084878
Utensiacutelios R$ 555075
Moacuteveis para escritoacuterio R$ 268982
Equipamentos de informaacutetica e eletrocircnicos R$ 446204
Outros custos escritoacuterio R$ 48912
Uniformes R$ 155800
Pintura Imoacutevel R$ 500000
Porta de Vidro R$ 103000
Total R$ 5162851
FONTE ELABORADO PELO AUTOR (2015)
423 Localizaccedilatildeo
Seraacute locado um imoacutevel para a instalaccedilatildeo da empresa localizado na Rua Heitor
Baggio Vidal 2508 Bairro Alto Curitiba ndash PR com o valor do aluguel mensal de
R$160000 (mil e seiscentos reais) O espaccedilo interno de 95msup2 seraacute dividido em trecircs
partes a primeira com 20msup2 vai ficar a recepccedilatildeo para receber os clientes efetuar
orccedilamentos e as degustaccedilotildees a segunda com 71msup2 a cozinha industrial onde seratildeo
fabricados os bolos e doces finos e a terceira com 4msup2 o lavabo
42
FOTO14 - FOTO DO IMOacuteVEL ONDE SERAacute INSTALADA A EMPRESA FONTE MP IMOacuteVEIS
424 Entregas
As entregas dos bolos e doces finos seratildeo efetuadas por uma empresa
parceira localizada no Bairro Alto o preccedilo das entregas em Curitiba e regiatildeo
metropolitana variam de R$2400 (vinte e quatro reais) a R$6000 (sessenta reais)
dependendo da localizaccedilatildeo tais valores seratildeo cobrados dos clientes
43 CAPITAL DE GIRO
O capital de giro inicial foi estimado levando em conta que no primeiro ano a
empresa vai produzir 8333 da sua capacidade atendendo em meacutedia 13 ventos
mensalmente sendo assim foram considerados os gastos operacionais necessaacuterios
para o iniacutecio das atividades incluindo o custo fixo mensal e o estoque inicial ambos
multiplicados por 2 e acrescidos de um percentual de 10 de margem de seguranccedila
para despesas natildeo previstas
43
TABELA 5 - CAPITAL DE GIRO
Item Valor (R$)
Estoque Inicial 5144000
Custo Fixo Mensal 3194783
Reserva (10) 833878
Total do Capital de Giro Inicial 9172662
FONTE ELABORDO PELO AUTOR
44 FLUXO DE CAIXA
ldquoFluxo de Caixa eacute um Instrumento de gestatildeo financeira que projeta para
periacuteodos futuros todas as entradas e as saiacutedas de recursos financeiros da empresa
indicando como seraacute o saldo de caixa para o periacuteodo projetadordquo (SEBRAE)
Na tabela 6 eacute apresentada a projeccedilatildeo do Fluxo de Caixa da empresa para os
seus primeiros cinco anos onde fica evidenciado que do primeiro ateacute o quinto ano a
sauacutede financeira da empresa melhora gradativamente sendo que no final do quinto
ano o saldo em caixa ultrapassa os 300 se comparado com o saldo em caixa no
final do primeiro ano
Pode-se observar que natildeo foi inserida no fluxo de caixa a opccedilatildeo de
inadimplecircncia pois todos os pagamentos seratildeo efetuados agrave vista em dinheiro ou
cartatildeo sendo que o pagamento total dos produtos deve ser efetuado no miacutenimo 10
dias antes da data do evento
44
TABELA 6 - PROJECcedilAtildeO DE FLUXO DE CAIXA NOS PRIMEIROS CINCO ANOS
Descriccedilatildeo Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5
Investimento Inicial (5162851)
Capital de Giro (9172662) 9172662
Valor Residual 1548855
Total de entradas 000 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873
Previsatildeo Receitas de vendas 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873
Total de Saiacutedas (14335513) (44888699) (54283425) (59479393) (64738409) (70291804)
(-)Fornecedores (25720000) (33641760) (36669518) (39969775) (43567055)
(-)Folha de pagamento (3267192) (3593911) (3953302) (4348633) (4783496)
(-)Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)
(963216) (1011377) (1061946) (1115043) (1170795)
(-)Retiradas soacutecios (2400000) (2640000) (3432000) (3946800) (4341480)
(-)Impostos s vendas (4654291) (5073177) (5573767) (6075406) (6622192)
(-)Alugueacuteis (1920000) (2016000) (2116800) (2222640) (2333772)
(-)Energia eleacutetrica (840000) (882000) (926100) (972405) (1021025)
(-)Aacutegua (300000) (315000) (330750) (347288) (364652)
(-)Telefone (384000) (403200) (423360) (444528) (466754)
(-)Gaacutes (588000) (617400) (648270) (680684) (714718)
(-)Serviccedilos contabilidade (960000) (1008000) (1058400) (1111320) (1166886)
(-)Manutenccedilatildeo (600000) (630000) (661500) (694575) (729304)
(-)Outras despesas com funcionaacuterios
(1296000) (1405800) (1525590) (1656320) (1799030)
(-)Taxas bancaacuterias (96000) (100800) (105840) (111132) (116689)
(-)Outros pagamentos (900000) (945000) (992250) (1041863) (1093956)
Entradas - Saiacutedas (14335513) 12981301 21410535 23027023 25193585 27734070
Depreciaccedilatildeo 000 (631377) (631377) (631377) (631377) (631377)
Saldo Final (14335513) 12349924 20779158 22395647 24562208 37824209
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
A depreciaccedilatildeo foi calculada considerando o prazo de vida uacutetil meacutedio de 10
anos das maacutequinas equipamentos instalaccedilotildees moacuteveis e utensiacutelios e para os
computadores e perifeacutericos foi considerado o prazo de vida uacutetil de 5 anos conforme
demonstrado na tabela 7
TABELA 7 - DEPRECIACcedilAtildeO
Item Valor Inicial Taxa Anual Depreciaccedilatildeo Anual (R$)
Maacutequinas e equipamentos 3084878 10 308488
Instalaccedilotildees 103000 10 10300
Moacuteveis e Utensiacutelios 824057 10 82406
Computadores e Perifeacutericos 446204 20 89241
Outros 704712 20 140942
Total 631377
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
45
O valor residual dos equipamentos e instalaccedilotildees da empresa no final do quinto
ano foi considerado em 30 referente ao valor de aquisiccedilatildeo dos mesmos no iniacutecio do
projeto
45 ANAacuteLISE DOS INDICADORES (VPL TIR E PAYBACK)
451 Valor Presente Liacutequido (VPL)
A tabela 8 mostra que o VPL (Valor Presente Liacutequido) eacute positivo isso significa
que aleacutem de recuperar o investimento inicial ainda vai ser agregado ao valor da
empresa um montante de R$ R$50392407 (quinhentos e trecircs mil novecentos e vinte
quatro reais e sete centavos)
A taxa de retorno requerida de 20 foi determinada levando em conta o niacutevel
de risco do projeto e visando o valor desejado para se obter em cima do valor
investido
TABELA 8 - CALCULO DO VALOR PRESENTE LIacuteQUIDO (VPL)
Anos FC k 2000
0 -$143355 VPL $50392407
1 $123499 VPL $50392407
2 $207792 VPL $50392407
3 $223956 VPL $21761126
4 $245622 VPL $21761126
5 $378242 Decisatildeo Aceitar o Projeto
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
452 Taxa Interna de Retorno (TIR)
Conforme a tabela 9 eacute possiacutevel verificar que a TIR (Taxa Interna de Retorno)
eacute de 11593 maior que a taxa requerida de 20 isso significa que custo inicial seraacute
46
recuperado e o projeto vai criar valor para empresa mais um resultado favoraacutevel para
a aceitaccedilatildeo do projeto
TABELA 9 - TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR)
Anos FC
0 -$143355 TIR 11593
1 $123499 TIR 2168
2 $207792 TIR 2168
3 $223956 Decisatildeo
4 $245622 k 2000
5 $378242 Aceitar o projeto
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
453 Payback
O tempo de recuperaccedilatildeo do custo inicial ocorre normalmente entre o quarto e
o quinto ano se for feita a anaacutelise da tabela 10 eacute possiacutevel verificar que o tempo
necessaacuterio para o retorno do investimento (payback) do projeto eacute de 128 anos este
indicador mostra claramente que o projeto deve ser aceito pois o tempo de retorno
estaacute bem abaixo do tempo meacutedio dos empreendimentos como um todo
TABELA 10 - PAYBACK
k 20
Anos FC SPresente
0 -$143355 -$143355 PBD-SP = 128
1 $123499 -$40439 128
2 $207792 $103861
3 $223956 $233465
4 $245622 $351917
5 $378242 $503924
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
47
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Para iniciar um negoacutecio requer muito mais do que apenas o espiacuterito
empreendedor eacute necessaacuterio ter lideranccedila conhecimento sobre o mercado que deseja
atuar organizaccedilatildeo e principalmente planejamento
O principal objetivo desse estudo foi analisar a viabilidade econocircmico-
financeira da abertura de uma empresa de bolos e doces finos no Bairro Alto em
Curitiba
O objetivo apresentado nesta pesquisa foi atingido pois todos os indicadores
analisados mostram com clareza que empresa obteacutem resultados positivos que criam
valor para a mesma e com isso o projeto eacute viaacutevel economicamente pois do primeiro
ao quinto ano fica visiacutevel o crescimento do empreendimento e a melhora significativa
da sua sauacutede financeira isso fica evidenciado no saldo final em caixa no quinto ano
que chega proacuteximo haacute 400 mil reais Apesar disso eacute crucial o acompanhamento do
mercado para seguir as tendecircncias e se atualizar constantemente para tomar
decisotildees mais assertivas
Um negoacutecio mal avaliado pode arruinar a estabilidade econocircmica do
investidor por isso eacute de extrema importacircncia fazer todos os levantamentos de custos
antes de se aventurar em qualquer empreendimento
Eacute possiacutevel comprovar que a pesquisa realizada contribui positivamente para
abertura da empresa No entanto as informaccedilotildees aqui presentes natildeo satildeo estaacuteticas e
devem ser revisadas periodicamente e se preciso ateacute mesmo ampliadas no decorrer
da implantaccedilatildeo do projeto para que o mesmo seja uma ferramenta eficiente e eficaz
no desenvolvimento da empresa como um todo
48
REFEREcircNCIAS
BRITO Paulo Anaacutelise e viabilidade de projetos de investimento Satildeo Paulo Atlas 2003 DOLABELA Fernando O segredo de Luiacutesa 30 ed Satildeo Paulo Editora de Cultura 2006 DORNELAS Joseacute Carlos Assis Empreendedorismo transformando ideias em negoacutecios 4 ed Rio de Janeiro Campus Elsevier 2012 CENSO Demograacutefico 2010 Resultados gerais da amostra Curitiba IBGE 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=410690ampidtema=87ampsearch=parana|curitiba|censo-demografico-2010-resultados-gerais-da-amostra-gt Acesso em 21 de Junho de 2015 CHIAVENATO Idalberto Empreendedorismo dando asas ao espiacuterito empreendedor empreendedorismo e a viabilidade de novas empresas um guia eficiente para iniciar e tocar seu proacuteprio negoacutecio 2 ed Satildeo Paulo Saraiva 2007 ESTATIacuteSTICAS do registro civil 2012 Curitiba IBGE 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaoregistrocivil2012default_xlsshtmgt Acesso em 21 de Junho de 2015 GIL Antonio Carlos Meacutetodos e teacutecnicas de pesquisa social 6 ed Satildeo Paulo Atlas 2008 KOTLER Philip KELLER Kevin Lane Administraccedilatildeo de Marketing 12 ed Satildeo Paulo ABDR 2006 LAPPONI Juan Carlos Projetos de Investimento na Empresa Rio de Janeiro Elsevier 2007 MACHADO Jesseacute Anderson Pinto Projetos Econocircmicos uma abordagem praacutetica de elaboraccedilatildeo Satildeo Paulo Nobel 2002 MICHEL Maria Helena Metodologia e pesquisa cientiacutefica em ciecircncias sociais 2 ed Satildeo Paulo Atlas 2009 OLIVEIRA Djalma de Pinho Rebouccedilas de Planejamento estrateacutegico conceitos metodologia e praacuteticas 20 ed Satildeo Paulo Atlas 2004 PRODANOV Cleber Cristiano ERNANI Cesar de Freitas Metodologia do trabalho cientiacutefico meacutetodo e teacutecnicas da pesquisa e do trabalho acadecircmico 2 ed Novo Hamburgo Freevale 2013
49
REBELATTO Dayse Projeto de Investimento 1 ed Barueri Manole 2004 SEBRAE Pesquisa de Mercado o que eacute e para que serve Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrsitesPortalSebraeartigosPesquisa-de-mercado-o-que-C3A9-e-para-que-servegt Acesso em 21 de Junho de 2015 SEBRAE Fluxo de caixa Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrSebraePortal20SebraeAnexos0_fluxo-de-caixapdfgt Acesso em 10 de Outubro de 2015 WILDAUER Egon Walter Plano de negoacutecios elementos construtivos e processos de elaboraccedilatildeo 2 ed Curitiba Ibpex 2011 WOILER Samsatildeo MATHIAS Washington Franco Projetos planejamento elaboraccedilatildeo anaacutelise 1 ed Satildeo Paulo Atlas 1994
50
APEcircNDICES
APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL 51
APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS 52
APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL 52
51
APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL
Item Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5
Aacutegua 25000 26250 27563 28941 30388
Aluguel 160000 168000 176400 185220 194481
Assessoria Contaacutebil 80000 84000 88200 92610 97241
Gaacutes 49000 51450 54023 56724 59560
Impostos 387858 422765 464481 506284 551849
Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)
80268 84281 88495 92920 97566
Energia eleacutetrica 70000 73500 77175 81034 85085
Manutenccedilatildeo 50000 52500 55125 57881 60775
Material de escritoacuterio 20000 21000 22050 23153 24310
Material de Limpeza 40000 42000 44100 46305 48620
Folha de pagamento 272266 299493 329442 362386 398625
Seguros 15000 15750 16538 17364 18233
Telefone fixointernet 20000 21000 22050 23153 24310
Telefone Moacutevel 12000 12600 13230 13892 14586
Vale Refeiccedilatildeo 75000 82500 90750 99825 109808
Vale Transporte 33000 34650 36383 38202 40112
Proacute- labore 200000 220000 286000 328900 361790
Taxas Bancaacuterias 8000 8400 8820 9261 9724
Total R$ 1597392 R$ 1720139 R$ 1900823 R$ 2064053 R$ 2227062
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
52
APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS
Item
Produccedilatildeo mensal meacutedia
Custo unitaacuterio total
Sugestatildeo Preccedilo de venda
Custo Mensal Total
Receita de vendas
Bolos artiacutesticos (recheios diversos) 150 6000 13500 900000 2025000
Bolos de copa (recheios diversos) 30 3600 8100 108000 243000
Naked cake (recheios diversos) 60 4200 9450 252000 567000
Doces Tradicionais 32 3500 7875 112000 252000
Doces Espelhados 32 5000 11250 160000 360000
Doces Finos 32 7500 16875 240000 540000
Brigadeiros gourmet 16 4500 10125 72000 162000
Tacinhas acriacutelicas 16 5500 12375 88000 198000
Trufas 32 5000 11250 160000 360000
Bombons 32 5000 11250 160000 360000
Bem casados 3200 100 225 320000 720000
Custo produccedilatildeo Total 2572000
Receita Total 5787000
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL
Ano Receita Bruta Variaccedilatildeo anual
Ano 1 000
Ano 2 69444000 9
Ano 3 75693960 9
Ano 4 82506416 9
Ano 5 89931994 9
Valor considerando a inflaccedilatildeo de 9 aa
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
24
232 Valor Presente Liacutequido (VPL)
ldquoO Valor presente liacutequido (VPL) ou valor atual liacutequido (VAL) eacute o valor atual das
entradas de caixa (retornos de capital esperados) incluindo o valor residual (se
houver) menos o valor atual das saiacutedas de caixardquo (REBELATTO 2004 p 214)
A foacutermula para chegar ao VPL eacute (LAPPONI 2007 p 125)
119881119875119871 = minus119868 +119865119862
(1 + 119870)119899
Onde
I= custo inicial ou desembolso inicial
FC= fluxo de caixa
K= taxa requerida
n= prazo de anaacutelise
Rebelatto (2004 p214) afirma que os paracircmetros para que o projeto seja
aceito se refere ao valor presente liacutequido (VPL)
VPLgt0 o projeto eacute aceito
VPLlt0 o projeto eacute rejeitado
VPL=0 o projeto pode ser aceito ou natildeo pois natildeo cria e nem destroacutei
valor para empresa
Para Lapponi (2007 p 134-135) as principais vantagens do VPL satildeo
Considera o fluxo de caixa do projeto na sua totalidade
Considera o valor monetaacuterio (dinheiro) no tempo
Tem a capacidade de medir o valor criado ou destruiacutedo pelo projeto
Pode ser utilizado na avaliaccedilatildeo do projeto independentemente do tipo de
fluxo de caixa utilizado
Seleciona o projeto mais viaacutevel economicamente
25
233 Taxa Interna de Retorno (TIR)
ldquoTaxa Interna de Retorno (TIR) eacute a taxa de desconto que torna o valor atual
liacutequido (VAL) do investimento igual a zero Tambeacutem eacute chamada de taxa interna efetiva
de rentabilidaderdquo (REBELATTO 2004 p 217)
No projeto do tipo simples com o aumento da taxa requerida o VPL do projeto tende ao valor do custo inicial pois o VPL eacute uma funccedilatildeo decrescente da taxa requerida Portanto a decisatildeo com o meacutetodo TIR somente deve ser feita em projetos simples que garantem a existecircncia de uma uacutenica TIRgt -100 Nos outros tipos de fluxo de caixa em geral o meacutetodo da TIR natildeo deve ser utilizado pois haacute a possibilidade de muacuteltiplas TIRs Sendo a TIR a taxa de juro que zera o VPL do projeto simples para qualquer taxa requerida K menor que a TIR o VPL seraacute positivo e para qualquer taxa requerida K maior que a TIR o VPL seraacute negativo (LAPPONI 2007 p 175-176)
Rebelatto (2004 p 217) complementa afirmando que a TIR eacute um meacutetodo
aprimorado de anaacutelise de investimento sendo possivelmente uma das mais usadas
para avaliar projetos econocircmicos A TIR deve ser comparada com a taxa miacutenima de
atratividade (TMA) para analisar se o projeto seraacute aceito ou natildeo
Sendo assim Lapponi (2007 p 176) considera que
Se TIR gt TMA o projeto deve ser aceito pois eacute economicamente viaacutevel
Se TIR lt TMA o projeto deve ser recusado pois eacute economicamente
inviaacutevel
Se TIR = TMA eacute indiferente investir no projeto pois o mesmo natildeo criaraacute
e nem destruiraacute valor da empresa
ldquoA grande vantagem da TIR como indicador de decisatildeo eacute que prescinde de
informaccedilotildees externas ao projeto Tudo que o analista necessita eacute conhecer o perfil do
projeto e alguma ideia de magnitude da taxa de jurosrdquo (MACHADO 2002 p 127)
26
234 Periacuteodo de retorno de investimento (Payback)
ldquoO payback eacute o periacuteodo de tempo em que ocorre o retorno do investimento
Calculado no fluxo de caixa de vida uacutetil de dez anos o payback apresenta-se de vaacuterias
maneiras para cada tipo de empresardquo (BRITO 2003 p 51)
Uma empresa pode nomear o payback como um dos paracircmetros para escolha
de um projeto a fim de minimizar seus riscos Mesmo sendo esse um meacutetodo faacutecil e
simples na praacutetica eacute um dos mais utilizados para efetuar a mediccedilatildeo econocircmica de um
projeto (REBELATTO 2004 p 230)
Segundo Rebelatto (2004 p 231) a foacutermula baacutesica que demonstra o caacutelculo
do payback em fluxos de caixas regulares eacute
PB =I0
FC
Onde
PB= Payback
I0= Investimento inicial
FC= Fluxo de caixa regular
Para executar o meacutetodo payback eacute crucial estabelecer o tempo maacuteximo de
toleracircncia TMT para resgatar o custo inicial ldquoPara decidir se o projeto deve ser aceito
o payback deve ser comparado com o valor de referecircncia TMT de forma querdquo
(LAPPONI 2007 p 245)
Se PB lt TMT o projeto deve ser aceito
Se PB gt TMT o projeto deve ser recusado
A principal vantagem para utilizaccedilatildeo do meacutetodo payback eacute que ele reflete a
liquidez do projeto e por consequecircncia eacute possiacutevel efetuar a avaliaccedilatildeo do risco de natildeo
recuperar o investimento (REBELATTO 2004 p 230)
27
3 METODOLOGIA
Este capiacutetulo tem por objetivo descrever os procedimentos e teacutecnicas
utilizados na pesquisa considerando o problema e aos objetivos gerais e especiacuteficos
Para a execuccedilatildeo da revisatildeo bibliograacutefica realizada neste estudo foi utilizado
livros de especialistas na aacuterea os principais temas abordados foram o
empreendedorismo que eacute um assunto chave quando surge uma ideia para um novo
negoacutecio plano de negoacutecios que eacute um elemento fundamental para o sucesso ou
fracasso de um empreendimento e a viabilidade econocircmico-financeira tema
fundamental visto que o objetivo geral da pesquisa eacute mensurar se a mesma eacute viaacutevel
ou natildeo economicamente
Foi elaborada uma anaacutelise de mercado que estaacute disponiacutevel no item 41 deste
estudo atraveacutes da mesma foi identificado que os principais clientes satildeo das classes
A e B de Curitiba regiatildeo metropolitana no item 42 foi efetuado um levantamento do
tamanho do negoacutecio onde foi definida a capacidade produtiva o investimento inicial e
a localizaccedilatildeo do empreendimento no item 44foi elaborado o fluxo de caixa que
demonstra as previsotildees financeiras do periacuteodo de 5 anos o meacutetodo utilizado para
elaborar a pesquisa foi um estudo de caso de natureza exploratoacuteria quantitativa e
anaacutelise documental
O estudo de caso eacute evidenciado por um estudo minucioso e cansativo de um
ou poucos objetivos desta forma propicia um vasto e detalhado conhecimento sobre
o assunto uma missatildeo praticamente impossiacutevel mediante as outras maneiras de
delineamentos consideradas (GIL 2008 p 57-58)
Prodanov e Freitas (2013 p60) afirmam que o estudo de caso consiste em
recolher e analisar dados sobre determinado indiviacuteduo famiacutelia grupo ou comunidade
com a finalidade de estudar diferentes aspectos das suas vidas conforme o assunto
da pesquisa
Jaacute as pesquisas exploratoacuterias satildeo definidas por Gil (2008 p 27) como as que
Tecircm como principal finalidade desenvolver esclarecer e modificar conceitos e ideias tendo em vista a formulaccedilatildeo de problemas mais precisos ou hipoacuteteses pesquisaacuteveis para estudos posteriores De todos os tipos de pesquisa estas satildeo as que apresentam menor rigidez no planejamento Habitualmente envolvem levantamento bibliograacutefico e documental entrevistas natildeo padronizadas e estudos de caso
28
A pesquisa quantitativa ldquoconsidera que tudo pode ser quantificaacutevel o que
significa traduzir em nuacutemeros opiniotildees e informaccedilotildees para classificaacute-las e analisaacute-lasrdquo
Eacute necessaacuteria a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas estatiacutesticas tais como porcentagem meacutedia
moda desvio-padratildeo coeficiente de correlaccedilatildeo etc (PRODANOV FREITAS 2013
p 69)
Muitos dados que satildeo utilizados em pesquisas satildeo adquiridos indiretamente
por meio de documentosrdquo como livros jornais papeacuteis oficiais registros estatiacutesticos
fotos discos filmes e viacutedeos que satildeo obtidos de maneira indiretardquo Essas fontes
documentais tecircm a capacidade de disponibilizar ao pesquisador um grande nuacutemero
de informaccedilotildees com bastante qualidade para evitar a perda de tempo (GIL 2008 p
147)
Este modelo de pesquisa foi utilizado para definir os principais clientes quais
os produtos que seratildeo vendidos a capacidade produtiva assim como a viabilidade
econocircmico-financeira e operacional do negoacutecio
29
4 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES
41 ANAacuteLISE DE MERCADO
Woiler e Mathias (1994 p41) e Rebelatto (2004 p01) afirmam que a anaacutelise
de mercado eacute um dos pontos mais relevantes para elaboraccedilatildeo de um projeto Atraveacutes
do estudo do mercado obtemos muitas informaccedilotildees tais como
Fazendo a comparaccedilatildeo entre demanda e a oferta encontramos a
possiacutevel escassez da demanda futura Esse resultado proporcionaraacute
informaccedilotildees para que seja definida a escala de produccedilatildeo do projeto
A regiatildeo geograacutefica em que o produto pode ser vendido eacute um dos pontos
mais significativos para que seja definida a localizaccedilatildeo do empreendimento
O preccedilo de venda os custos de comercializaccedilatildeo e os estoques nos
canais de comercializaccedilatildeo satildeo informaccedilotildees relevantes para que seja
elaborada a projeccedilatildeo do projeto
Vale salientar que esses satildeo apenas alguns elementos importantes que eacute
possiacutevel identificar na anaacutelise de mercado existe muitos outros dados que satildeo obtidos
com a mesma
411 Mercado consumidor
ldquoTodas as decisotildees relacionadas a novos empreendimentos contecircm certo
grau de incerteza tanto no que diz respeito agrave informaccedilatildeo na qual as decisotildees estatildeo
baseadas como no que diz respeito agraves suas consequecircnciasrdquo (SEBRAE)
Chiavenato acredita que os clientes tecircm a capacidade de alavancar ou
derrubar um empreendimento ldquoUm cliente pode ser uma organizaccedilatildeo uma empresa
um usuaacuterio dos produtosserviccedilos ou um consumidor finalrdquo Eacute quem adquiri os
produtosserviccedilos ofertados pela organizaccedilatildeo no final da cadeia de transaccedilotildees Eacute ele
que estabelece direta ou indiretamente se o empreendimento teraacute ecircxito ou natildeo Por
30
isso o cliente deve ser considerado como o principal patrimocircnio da empresa (2007
p 207)
Segundo dados do censo 2010 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e
estatiacutestica) dos 576190 (quinhentos e setenta e seis mil cento e noventa) domiciacutelios
de Curitiba 292965 (duzentos e noventa e dois mil novecentos e sessenta e cinco)
possuem renda de mais de 5 a mais de 20 salaacuterios miacutenimos sendo assim cerca de
5085 dos domiciacutelios curitibanos estatildeo enquadrados nas classes A e B Ainda
segundo o IBGE cerca de 137922 (cento e trinta e sete mil novecentos e vinte e dois)
domiciacutelios curitibanos tecircm renda de mais de 10 salaacuterios miacutenimos o que representa
uma meacutedia de 24 dos domiciacutelios de Curitiba
Mais de 249000 (duzentos e quarenta e nove mil) pessoas que residem em
Curitiba cerca de 1423 da populaccedilatildeo tem rendimento mensal de mais de 5 salaacuterios
miacutenimos conforme Tabela 1
TABELA 1 - RESULTADOS DA AMOSTRA - RENDIMENTO POR PESSOA EM CURITIBA
Quantidade de pessoas Salaacuterios miacutenimos
153011 Mais de 5 a 10 salaacuterios miacutenimos
38692 Mais de 10 a 15 salaacuterios miacutenimos
25427 Mais de 15 a 20 salaacuterios miacutenimos
18264 Mais de 20 a 30 salaacuterios miacutenimos
13791 Mais de 30 salaacuterios miacutenimos
FONTE IBGE - CENSO DEMOGRAacuteFICO 2010
Curitiba possui uma populaccedilatildeo de mais de 1750000 (um milhatildeo setecentos
e cinquenta mil habitantes) segundo censo IBGE 2010 sendo que 932000
(novecentos e trinta e dois mil) pessoas com o estado civil de solteiro viuacutevo
divorciado separado judicialmentedesquitado isso mostra que tem muitas pessoas
que podem fazer festas de casamento e necessitar dos produtos que seratildeo ofertados
tais como bolos artiacutesticos doces finos e bem casados
Segundo as estatiacutesticas do registro civil do IBGE ocorreram em Curitiba e
regiatildeo metropolitana no ano 2012 exatamente 18877 (dezoito mil oitocentos e setenta
e sete) casamentos sendo que nos meses de setembro a dezembro foi onde ocorreu
um maior nuacutemero um total de 7828 (sete mil oitocentos e vinte e oito) casamentos o
que representa um total de 4147 dos casamentos ocorrem nesses quatro meses
do ano
31
TABELA 2 - CASAMENTOS POR MEcircS DE REGISTRO SEGUNDO O LUGAR DO REGISTRO ndash 2012
Lugar do registro
Casamentos por mecircs do registro
Total de
registros Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
RM Curitiba 18877 1466 1250 1572 1282 1403 1533 1248 1255 1735 1753 2118 2262
Curitiba 10351 848 692 857 692 724 872 658 658 971 968 1237 1174
FONTE IBGE DIRETORIA DE PESQUISAS COORDENACcedilAtildeO DE POPULACcedilAtildeO E INDICADORES SOCIAIS ESTATIacuteSTICAS DO REGISTRO CIVIL 2012
Nessa perspectiva foi definido que o mercado que a empresa de bolos e doces
finos vai atuar eacute de Curitiba e regiatildeo metropolitana com foco nas pessoas das classes
A e B com estado civil solteiro divorciado separado judicialmentedesquitado e viuacutevo
412 Produtos que seratildeo vendidos
ldquoNo coraccedilatildeo de uma grande marca haacute um grande produto O produto-chave
na oferta ao mercado Liacutederes de mercado geralmente oferecem produtos e serviccedilos
de qualidade superiorrdquo (KOTLER KELLER 2006 p 366)
Os principais produtos fornecidos seratildeo
Bolos artiacutesticos
FOTO1 - BOLO ARTIacuteSTICO FONTE WANDA CARDOSO - BOLOS ARTIacuteSTICOS amp DOCES
32
Bolos de copa
FOTO2 - BOLO DE COPA FONTE ELABORADO PELO AUTOR
FOTO3 - BOLO DE COPA FONTE ELABORADO PELO AUTOR
Naked cake
FOTO4 - NAKED CAKE FONTE DOCES PENEacuteLOPE
33
Doces Tradicionais
FOTO5 - DOCES TRADICIONAIS FONTE ELABORADO PELO AUTOR
Doces Espelhados
FOTO6 - DOCES ESPELHADOS FONTE PRONTO SOCORRO DAS FESTAS
Doces Finos
FOTO 7 - DOCES FINOS FONTE COMPRANDO MEU APE
34
Brigadeiros gourmet
FOTO8 - BRIGADEIROS GOURMET FONTE ELABORADO PELO AUTOR
Tacinhas acriacutelicas
FOTO9 - TACINHAS ACRIacuteLICAS FONTE BUFFET DELIacuteCIAS DA VI
Trufas
FOTO 10 - TRUFAS FONTE FOGAtildeO DA VOVOacute
35
Bombons
FOTO11 - BOMBONS FONTE DALVA GOLDEN GATE
Bem casados
FOTO12 - BEM CASADOS FONTE CASAMENTO SEM ERRO
FOTO13 - BEM CASADOS FONTE CASAMENTO SEM ERRO
36
413 Preccedilo de venda
A definiccedilatildeo do preccedilo dos produtos eacute uma das decisotildees mais relevantes da
organizaccedilatildeo que deve levar em conta a forma como a empresa deseja se posicionar
no mercado os custos a concorrecircncia e a rentabilidade almejada
O preccedilo eacute um dos elementos mais versaacuteteis pode ser modificado rapidamente
ao contraacuterio das propriedades dos produtos dos contratos com canais de distribuiccedilatildeo
e ateacute mesmo das promoccedilotildees O Preccedilo tem tambeacutem a tarefa de mostrar ao mercado o
posicionamento de valor desejado pela empresa para o seu produto ou marca
(KOTLER KELLER 2006 p 428)
A consolidaccedilatildeo dos preccedilos dos produtos seraacute elaborada levando em conta os
custos para se obter os produtos com a qualidade requinte e sofisticaccedilatildeo desejada
com a margem de lucro esperada e se baseando nos preccedilos praticados pela
concorrecircncia
414 Previsatildeo de vendas
Para Chiavenato (2007 p 2013)
A previsatildeo de vendas representa a quantidade de produtosserviccedilos que a empresa pretende vender ou colocar no mercado durante um determinado periacuteodo geralmente um mecircs ou um ano dividido em meses Constitui portanto uma estimativa ou uma expectativa de vendas Pode ser feita em unidades fiacutesicas ou em valores monetaacuterios
A produccedilatildeo vai ser em meacutedia de 5600 doces (doces finos gourmet e bem
casados) e 4 bolos procurando atender em meacutedia 4 eventos por semana e ateacute 16
eventos por mecircs sendo que nos meses de setembro a dezembro essa demanda
aumenta pelo motivo de historicamente ter um nuacutemero maior de casamentos
37
415 Definiccedilatildeo de local de venda dos produtos
ldquoA venda eacute a fase fundamental do processo de vendas Consiste na
transferecircncia do produtoserviccedilo para o cliente ou consumidorrdquo (CHIAVENATO 2007
p 210)
As vendas vatildeo ocorrer atraveacutes de site proacuteprio redes sociais telefone e
pessoalmente natildeo teremos loja fiacutesica apenas um ateliecirc para confecccedilatildeo dos bolos e
doces onde vai conter uma sala anexa na qual vai ser oferecido o serviccedilo de
degustaccedilatildeo com horaacuterios marcados para assim o cliente decidir quais os produtos
seratildeo adquiridos para o seu evento e fechamento de contrato
416 Definiccedilatildeo da demanda e da oferta
Na maior parte das encomendas os clientes solicitam os doces finos e
gourmet que contecircm chocolates frutas oleaginosas tais como castanhas nozes
avelatildes amecircndoas frutas como framboesa morango damasco cerejas e os bem
casados Os bolos mais solicitados satildeo os com decoraccedilatildeo de pasta americana que
deve obrigatoriamente ter recheios mais firmes como ganaches fios de ovos
strogonoff de nozes e os naked cake (bolo pelado) que possuem mais opccedilotildees de
recheios com chocolates frutas diversas e cremes de pacirctisserie
Em contato com algumas empresas que fornecem o mesmo tipo de produto
foi possiacutevel verificar que as encomendas devem ser feitas com antecedecircncia miacutenima
de 6 meses sendo que alguns casos somente com um ano de antecedecircncia para
conseguir na data desejada Esse eacute um dos pontos que mostra que tem espaccedilo
suficiente para entrada nesse mercado
38
417 Concorrentes
Chiavenato (2007 p 33) Kotler e Keller (2006 p 340) afirmam que os
concorrentes satildeo as organizaccedilotildees que competem pelos mesmos fornecedores
clientes e consumidores
ldquoAgrave medida que seus produtosserviccedilos tornam-se mais heterogecircneos tanto
mais heterogecircneos e diferenciados seratildeo seus concorrentes e tanto mais complexa
seraacute a competitividaderdquo (CHIAVENATO 2007 p 33)
Em busca na internet foi possiacutevel identificar que atualmente existe em meacutedia
25 concorrentes reais que oferecem exatamente os mesmos produtos que seratildeo
fornecidos com o mesmo padratildeo de qualidade valor agregado requinte e
sofisticaccedilatildeo Tambeacutem foi detectado mais 14 concorrentes potenciais que vendem
produtos similares aos que seratildeo vendidos poreacutem natildeo possuem o mesmo valor
agregado dos que vatildeo ser ofertados Foi possiacutevel identificar que alguns concorrentes
oferecem somente os doces finos dos quais foram identificados mais 3 concorrentes
reais e 3 concorrentes potenciais E foi detectado que existem concorrentes que
fornecem apenas os bolos artiacutesticos dos quais foi identificado 4 concorrentes reais
todos fornecem os bolos com o mesmo niacutevel de qualidade que seratildeo fornecidos
A tabela 3 mostra a divisatildeo dos concorrentes reais e potenciais que fornecem
bolos e doces por bairro de Curitiba
39
TABELA 3 - CONCORRENTES QUE FORNECEM BOLOS E DOCES POR BAIRRO
Bairro Quantidade de Concorrentes Reais
Quantidade de Concorrentes Potenciais
Aacutegua Verde 4 1
Ahuacute 1
Bairro Alto 2 1
Barreirinha 1
Barreirinha 1
Bom Retiro 1
Campo Comprido 1
Campo Comprido 1
Cidade Industrial 1
Colombo 1
Fazenda Rio Grande 1
Hauer 1
Hugo Lange 1
Mercecircs 1
Novo Mundo 2 1
Novo Mundo 1
Portatildeo 1
Portatildeo 1
Santa Cacircndida 1
Santa Felicidade 1 1
Santo Inaacutecio 1 1
Satildeo Joseacute dos Pinhais 1
Seminaacuterio 1
Sitio Cercado 1
Tarumatilde 1
Vila Izabel 1
Natildeo Informado 1 2
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
418 Forma de divulgaccedilatildeo dos concorrentes
Todas as empresas pesquisadas que fornecem produtos similares aos que
vamos fornecer utilizam sites proacuteprios e as redes sociais para fazer divulgaccedilatildeo dos
seus produtos todas fazem degustaccedilatildeo para os clientes conhecerem os seus
produtos e posteriormente fechar um contrato
40
42 TAMANHO DO NEGOacuteCIO
421 Capacidade produtiva
A capacidade produtiva vai ser para atender ateacute 4 eventos por semana A
produccedilatildeo vai ser de ateacute 5600 doces (doces finos gourmet e bem casados) e 4 bolos
atendendo ateacute 4 eventos por final de semana e ateacute 16 eventos por mecircs sendo que
nos meses de setembro a dezembro essa demanda aumenta pelo motivo de
historicamente ter um nuacutemero maior de casamentos
422 Investimento
Um dos pontos mais relevantes para abertura de uma empresa eacute a
determinaccedilatildeo do capital miacutenimo para dar iniacutecio nas atividades e principalmente como
obter este capital ldquoEacute com o capital inicial que a empresa tem condiccedilotildees de reunir os
recursos empresariais necessaacuterios ao seu funcionamento sejam eles recursos
humanos materiais ou financeirosrdquo A determinaccedilatildeo do capital eacute o que estabelece a
quantidade de recursos empresariais que a empresa tem disponiacutevel Indiscutivelmente
quanto maior for o volume de recursos empresariais mais faacutecil se torna o desempenho
da empresa Quando todos os recursos necessaacuterios para seu funcionamento estatildeo agrave
disposiccedilatildeo a administraccedilatildeo do empreendimento fica mais simples (CHIAVENATO
2007 p84)
Cabe acrescentar que (LAPPONI 2007 p 321)
O custo inicial refere-se aos desembolsos realizados para aquisiccedilatildeo de equipamentos ou outros ativos fixos incluindo o pagamento de fretes seguros instalaccedilotildees despesas operacionais iniciais com materiais e matildeo de obra treinamento de pessoal de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo etc resumindo o custo inicial inclui todos os desembolsos necessaacuterios para adquirir os ativos necessaacuterios e que estejam em condiccedilotildees de operar e gerar as receitas estimadas
41
O empreendimento iniciaraacute suas atividades com capital investido com
recursos proacuteprios da empreendedora
As estimativas de investimento inicial para abertura da empresa foi de
R$5162851 conforme tabela 4
TABELA 4 - INVESTIMENTO INICIAL
Descriccedilatildeo Valor (R$)
Maacutequinas e equipamentos Cozinha R$ 3084878
Utensiacutelios R$ 555075
Moacuteveis para escritoacuterio R$ 268982
Equipamentos de informaacutetica e eletrocircnicos R$ 446204
Outros custos escritoacuterio R$ 48912
Uniformes R$ 155800
Pintura Imoacutevel R$ 500000
Porta de Vidro R$ 103000
Total R$ 5162851
FONTE ELABORADO PELO AUTOR (2015)
423 Localizaccedilatildeo
Seraacute locado um imoacutevel para a instalaccedilatildeo da empresa localizado na Rua Heitor
Baggio Vidal 2508 Bairro Alto Curitiba ndash PR com o valor do aluguel mensal de
R$160000 (mil e seiscentos reais) O espaccedilo interno de 95msup2 seraacute dividido em trecircs
partes a primeira com 20msup2 vai ficar a recepccedilatildeo para receber os clientes efetuar
orccedilamentos e as degustaccedilotildees a segunda com 71msup2 a cozinha industrial onde seratildeo
fabricados os bolos e doces finos e a terceira com 4msup2 o lavabo
42
FOTO14 - FOTO DO IMOacuteVEL ONDE SERAacute INSTALADA A EMPRESA FONTE MP IMOacuteVEIS
424 Entregas
As entregas dos bolos e doces finos seratildeo efetuadas por uma empresa
parceira localizada no Bairro Alto o preccedilo das entregas em Curitiba e regiatildeo
metropolitana variam de R$2400 (vinte e quatro reais) a R$6000 (sessenta reais)
dependendo da localizaccedilatildeo tais valores seratildeo cobrados dos clientes
43 CAPITAL DE GIRO
O capital de giro inicial foi estimado levando em conta que no primeiro ano a
empresa vai produzir 8333 da sua capacidade atendendo em meacutedia 13 ventos
mensalmente sendo assim foram considerados os gastos operacionais necessaacuterios
para o iniacutecio das atividades incluindo o custo fixo mensal e o estoque inicial ambos
multiplicados por 2 e acrescidos de um percentual de 10 de margem de seguranccedila
para despesas natildeo previstas
43
TABELA 5 - CAPITAL DE GIRO
Item Valor (R$)
Estoque Inicial 5144000
Custo Fixo Mensal 3194783
Reserva (10) 833878
Total do Capital de Giro Inicial 9172662
FONTE ELABORDO PELO AUTOR
44 FLUXO DE CAIXA
ldquoFluxo de Caixa eacute um Instrumento de gestatildeo financeira que projeta para
periacuteodos futuros todas as entradas e as saiacutedas de recursos financeiros da empresa
indicando como seraacute o saldo de caixa para o periacuteodo projetadordquo (SEBRAE)
Na tabela 6 eacute apresentada a projeccedilatildeo do Fluxo de Caixa da empresa para os
seus primeiros cinco anos onde fica evidenciado que do primeiro ateacute o quinto ano a
sauacutede financeira da empresa melhora gradativamente sendo que no final do quinto
ano o saldo em caixa ultrapassa os 300 se comparado com o saldo em caixa no
final do primeiro ano
Pode-se observar que natildeo foi inserida no fluxo de caixa a opccedilatildeo de
inadimplecircncia pois todos os pagamentos seratildeo efetuados agrave vista em dinheiro ou
cartatildeo sendo que o pagamento total dos produtos deve ser efetuado no miacutenimo 10
dias antes da data do evento
44
TABELA 6 - PROJECcedilAtildeO DE FLUXO DE CAIXA NOS PRIMEIROS CINCO ANOS
Descriccedilatildeo Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5
Investimento Inicial (5162851)
Capital de Giro (9172662) 9172662
Valor Residual 1548855
Total de entradas 000 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873
Previsatildeo Receitas de vendas 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873
Total de Saiacutedas (14335513) (44888699) (54283425) (59479393) (64738409) (70291804)
(-)Fornecedores (25720000) (33641760) (36669518) (39969775) (43567055)
(-)Folha de pagamento (3267192) (3593911) (3953302) (4348633) (4783496)
(-)Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)
(963216) (1011377) (1061946) (1115043) (1170795)
(-)Retiradas soacutecios (2400000) (2640000) (3432000) (3946800) (4341480)
(-)Impostos s vendas (4654291) (5073177) (5573767) (6075406) (6622192)
(-)Alugueacuteis (1920000) (2016000) (2116800) (2222640) (2333772)
(-)Energia eleacutetrica (840000) (882000) (926100) (972405) (1021025)
(-)Aacutegua (300000) (315000) (330750) (347288) (364652)
(-)Telefone (384000) (403200) (423360) (444528) (466754)
(-)Gaacutes (588000) (617400) (648270) (680684) (714718)
(-)Serviccedilos contabilidade (960000) (1008000) (1058400) (1111320) (1166886)
(-)Manutenccedilatildeo (600000) (630000) (661500) (694575) (729304)
(-)Outras despesas com funcionaacuterios
(1296000) (1405800) (1525590) (1656320) (1799030)
(-)Taxas bancaacuterias (96000) (100800) (105840) (111132) (116689)
(-)Outros pagamentos (900000) (945000) (992250) (1041863) (1093956)
Entradas - Saiacutedas (14335513) 12981301 21410535 23027023 25193585 27734070
Depreciaccedilatildeo 000 (631377) (631377) (631377) (631377) (631377)
Saldo Final (14335513) 12349924 20779158 22395647 24562208 37824209
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
A depreciaccedilatildeo foi calculada considerando o prazo de vida uacutetil meacutedio de 10
anos das maacutequinas equipamentos instalaccedilotildees moacuteveis e utensiacutelios e para os
computadores e perifeacutericos foi considerado o prazo de vida uacutetil de 5 anos conforme
demonstrado na tabela 7
TABELA 7 - DEPRECIACcedilAtildeO
Item Valor Inicial Taxa Anual Depreciaccedilatildeo Anual (R$)
Maacutequinas e equipamentos 3084878 10 308488
Instalaccedilotildees 103000 10 10300
Moacuteveis e Utensiacutelios 824057 10 82406
Computadores e Perifeacutericos 446204 20 89241
Outros 704712 20 140942
Total 631377
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
45
O valor residual dos equipamentos e instalaccedilotildees da empresa no final do quinto
ano foi considerado em 30 referente ao valor de aquisiccedilatildeo dos mesmos no iniacutecio do
projeto
45 ANAacuteLISE DOS INDICADORES (VPL TIR E PAYBACK)
451 Valor Presente Liacutequido (VPL)
A tabela 8 mostra que o VPL (Valor Presente Liacutequido) eacute positivo isso significa
que aleacutem de recuperar o investimento inicial ainda vai ser agregado ao valor da
empresa um montante de R$ R$50392407 (quinhentos e trecircs mil novecentos e vinte
quatro reais e sete centavos)
A taxa de retorno requerida de 20 foi determinada levando em conta o niacutevel
de risco do projeto e visando o valor desejado para se obter em cima do valor
investido
TABELA 8 - CALCULO DO VALOR PRESENTE LIacuteQUIDO (VPL)
Anos FC k 2000
0 -$143355 VPL $50392407
1 $123499 VPL $50392407
2 $207792 VPL $50392407
3 $223956 VPL $21761126
4 $245622 VPL $21761126
5 $378242 Decisatildeo Aceitar o Projeto
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
452 Taxa Interna de Retorno (TIR)
Conforme a tabela 9 eacute possiacutevel verificar que a TIR (Taxa Interna de Retorno)
eacute de 11593 maior que a taxa requerida de 20 isso significa que custo inicial seraacute
46
recuperado e o projeto vai criar valor para empresa mais um resultado favoraacutevel para
a aceitaccedilatildeo do projeto
TABELA 9 - TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR)
Anos FC
0 -$143355 TIR 11593
1 $123499 TIR 2168
2 $207792 TIR 2168
3 $223956 Decisatildeo
4 $245622 k 2000
5 $378242 Aceitar o projeto
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
453 Payback
O tempo de recuperaccedilatildeo do custo inicial ocorre normalmente entre o quarto e
o quinto ano se for feita a anaacutelise da tabela 10 eacute possiacutevel verificar que o tempo
necessaacuterio para o retorno do investimento (payback) do projeto eacute de 128 anos este
indicador mostra claramente que o projeto deve ser aceito pois o tempo de retorno
estaacute bem abaixo do tempo meacutedio dos empreendimentos como um todo
TABELA 10 - PAYBACK
k 20
Anos FC SPresente
0 -$143355 -$143355 PBD-SP = 128
1 $123499 -$40439 128
2 $207792 $103861
3 $223956 $233465
4 $245622 $351917
5 $378242 $503924
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
47
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Para iniciar um negoacutecio requer muito mais do que apenas o espiacuterito
empreendedor eacute necessaacuterio ter lideranccedila conhecimento sobre o mercado que deseja
atuar organizaccedilatildeo e principalmente planejamento
O principal objetivo desse estudo foi analisar a viabilidade econocircmico-
financeira da abertura de uma empresa de bolos e doces finos no Bairro Alto em
Curitiba
O objetivo apresentado nesta pesquisa foi atingido pois todos os indicadores
analisados mostram com clareza que empresa obteacutem resultados positivos que criam
valor para a mesma e com isso o projeto eacute viaacutevel economicamente pois do primeiro
ao quinto ano fica visiacutevel o crescimento do empreendimento e a melhora significativa
da sua sauacutede financeira isso fica evidenciado no saldo final em caixa no quinto ano
que chega proacuteximo haacute 400 mil reais Apesar disso eacute crucial o acompanhamento do
mercado para seguir as tendecircncias e se atualizar constantemente para tomar
decisotildees mais assertivas
Um negoacutecio mal avaliado pode arruinar a estabilidade econocircmica do
investidor por isso eacute de extrema importacircncia fazer todos os levantamentos de custos
antes de se aventurar em qualquer empreendimento
Eacute possiacutevel comprovar que a pesquisa realizada contribui positivamente para
abertura da empresa No entanto as informaccedilotildees aqui presentes natildeo satildeo estaacuteticas e
devem ser revisadas periodicamente e se preciso ateacute mesmo ampliadas no decorrer
da implantaccedilatildeo do projeto para que o mesmo seja uma ferramenta eficiente e eficaz
no desenvolvimento da empresa como um todo
48
REFEREcircNCIAS
BRITO Paulo Anaacutelise e viabilidade de projetos de investimento Satildeo Paulo Atlas 2003 DOLABELA Fernando O segredo de Luiacutesa 30 ed Satildeo Paulo Editora de Cultura 2006 DORNELAS Joseacute Carlos Assis Empreendedorismo transformando ideias em negoacutecios 4 ed Rio de Janeiro Campus Elsevier 2012 CENSO Demograacutefico 2010 Resultados gerais da amostra Curitiba IBGE 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=410690ampidtema=87ampsearch=parana|curitiba|censo-demografico-2010-resultados-gerais-da-amostra-gt Acesso em 21 de Junho de 2015 CHIAVENATO Idalberto Empreendedorismo dando asas ao espiacuterito empreendedor empreendedorismo e a viabilidade de novas empresas um guia eficiente para iniciar e tocar seu proacuteprio negoacutecio 2 ed Satildeo Paulo Saraiva 2007 ESTATIacuteSTICAS do registro civil 2012 Curitiba IBGE 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaoregistrocivil2012default_xlsshtmgt Acesso em 21 de Junho de 2015 GIL Antonio Carlos Meacutetodos e teacutecnicas de pesquisa social 6 ed Satildeo Paulo Atlas 2008 KOTLER Philip KELLER Kevin Lane Administraccedilatildeo de Marketing 12 ed Satildeo Paulo ABDR 2006 LAPPONI Juan Carlos Projetos de Investimento na Empresa Rio de Janeiro Elsevier 2007 MACHADO Jesseacute Anderson Pinto Projetos Econocircmicos uma abordagem praacutetica de elaboraccedilatildeo Satildeo Paulo Nobel 2002 MICHEL Maria Helena Metodologia e pesquisa cientiacutefica em ciecircncias sociais 2 ed Satildeo Paulo Atlas 2009 OLIVEIRA Djalma de Pinho Rebouccedilas de Planejamento estrateacutegico conceitos metodologia e praacuteticas 20 ed Satildeo Paulo Atlas 2004 PRODANOV Cleber Cristiano ERNANI Cesar de Freitas Metodologia do trabalho cientiacutefico meacutetodo e teacutecnicas da pesquisa e do trabalho acadecircmico 2 ed Novo Hamburgo Freevale 2013
49
REBELATTO Dayse Projeto de Investimento 1 ed Barueri Manole 2004 SEBRAE Pesquisa de Mercado o que eacute e para que serve Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrsitesPortalSebraeartigosPesquisa-de-mercado-o-que-C3A9-e-para-que-servegt Acesso em 21 de Junho de 2015 SEBRAE Fluxo de caixa Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrSebraePortal20SebraeAnexos0_fluxo-de-caixapdfgt Acesso em 10 de Outubro de 2015 WILDAUER Egon Walter Plano de negoacutecios elementos construtivos e processos de elaboraccedilatildeo 2 ed Curitiba Ibpex 2011 WOILER Samsatildeo MATHIAS Washington Franco Projetos planejamento elaboraccedilatildeo anaacutelise 1 ed Satildeo Paulo Atlas 1994
50
APEcircNDICES
APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL 51
APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS 52
APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL 52
51
APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL
Item Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5
Aacutegua 25000 26250 27563 28941 30388
Aluguel 160000 168000 176400 185220 194481
Assessoria Contaacutebil 80000 84000 88200 92610 97241
Gaacutes 49000 51450 54023 56724 59560
Impostos 387858 422765 464481 506284 551849
Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)
80268 84281 88495 92920 97566
Energia eleacutetrica 70000 73500 77175 81034 85085
Manutenccedilatildeo 50000 52500 55125 57881 60775
Material de escritoacuterio 20000 21000 22050 23153 24310
Material de Limpeza 40000 42000 44100 46305 48620
Folha de pagamento 272266 299493 329442 362386 398625
Seguros 15000 15750 16538 17364 18233
Telefone fixointernet 20000 21000 22050 23153 24310
Telefone Moacutevel 12000 12600 13230 13892 14586
Vale Refeiccedilatildeo 75000 82500 90750 99825 109808
Vale Transporte 33000 34650 36383 38202 40112
Proacute- labore 200000 220000 286000 328900 361790
Taxas Bancaacuterias 8000 8400 8820 9261 9724
Total R$ 1597392 R$ 1720139 R$ 1900823 R$ 2064053 R$ 2227062
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
52
APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS
Item
Produccedilatildeo mensal meacutedia
Custo unitaacuterio total
Sugestatildeo Preccedilo de venda
Custo Mensal Total
Receita de vendas
Bolos artiacutesticos (recheios diversos) 150 6000 13500 900000 2025000
Bolos de copa (recheios diversos) 30 3600 8100 108000 243000
Naked cake (recheios diversos) 60 4200 9450 252000 567000
Doces Tradicionais 32 3500 7875 112000 252000
Doces Espelhados 32 5000 11250 160000 360000
Doces Finos 32 7500 16875 240000 540000
Brigadeiros gourmet 16 4500 10125 72000 162000
Tacinhas acriacutelicas 16 5500 12375 88000 198000
Trufas 32 5000 11250 160000 360000
Bombons 32 5000 11250 160000 360000
Bem casados 3200 100 225 320000 720000
Custo produccedilatildeo Total 2572000
Receita Total 5787000
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL
Ano Receita Bruta Variaccedilatildeo anual
Ano 1 000
Ano 2 69444000 9
Ano 3 75693960 9
Ano 4 82506416 9
Ano 5 89931994 9
Valor considerando a inflaccedilatildeo de 9 aa
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
25
233 Taxa Interna de Retorno (TIR)
ldquoTaxa Interna de Retorno (TIR) eacute a taxa de desconto que torna o valor atual
liacutequido (VAL) do investimento igual a zero Tambeacutem eacute chamada de taxa interna efetiva
de rentabilidaderdquo (REBELATTO 2004 p 217)
No projeto do tipo simples com o aumento da taxa requerida o VPL do projeto tende ao valor do custo inicial pois o VPL eacute uma funccedilatildeo decrescente da taxa requerida Portanto a decisatildeo com o meacutetodo TIR somente deve ser feita em projetos simples que garantem a existecircncia de uma uacutenica TIRgt -100 Nos outros tipos de fluxo de caixa em geral o meacutetodo da TIR natildeo deve ser utilizado pois haacute a possibilidade de muacuteltiplas TIRs Sendo a TIR a taxa de juro que zera o VPL do projeto simples para qualquer taxa requerida K menor que a TIR o VPL seraacute positivo e para qualquer taxa requerida K maior que a TIR o VPL seraacute negativo (LAPPONI 2007 p 175-176)
Rebelatto (2004 p 217) complementa afirmando que a TIR eacute um meacutetodo
aprimorado de anaacutelise de investimento sendo possivelmente uma das mais usadas
para avaliar projetos econocircmicos A TIR deve ser comparada com a taxa miacutenima de
atratividade (TMA) para analisar se o projeto seraacute aceito ou natildeo
Sendo assim Lapponi (2007 p 176) considera que
Se TIR gt TMA o projeto deve ser aceito pois eacute economicamente viaacutevel
Se TIR lt TMA o projeto deve ser recusado pois eacute economicamente
inviaacutevel
Se TIR = TMA eacute indiferente investir no projeto pois o mesmo natildeo criaraacute
e nem destruiraacute valor da empresa
ldquoA grande vantagem da TIR como indicador de decisatildeo eacute que prescinde de
informaccedilotildees externas ao projeto Tudo que o analista necessita eacute conhecer o perfil do
projeto e alguma ideia de magnitude da taxa de jurosrdquo (MACHADO 2002 p 127)
26
234 Periacuteodo de retorno de investimento (Payback)
ldquoO payback eacute o periacuteodo de tempo em que ocorre o retorno do investimento
Calculado no fluxo de caixa de vida uacutetil de dez anos o payback apresenta-se de vaacuterias
maneiras para cada tipo de empresardquo (BRITO 2003 p 51)
Uma empresa pode nomear o payback como um dos paracircmetros para escolha
de um projeto a fim de minimizar seus riscos Mesmo sendo esse um meacutetodo faacutecil e
simples na praacutetica eacute um dos mais utilizados para efetuar a mediccedilatildeo econocircmica de um
projeto (REBELATTO 2004 p 230)
Segundo Rebelatto (2004 p 231) a foacutermula baacutesica que demonstra o caacutelculo
do payback em fluxos de caixas regulares eacute
PB =I0
FC
Onde
PB= Payback
I0= Investimento inicial
FC= Fluxo de caixa regular
Para executar o meacutetodo payback eacute crucial estabelecer o tempo maacuteximo de
toleracircncia TMT para resgatar o custo inicial ldquoPara decidir se o projeto deve ser aceito
o payback deve ser comparado com o valor de referecircncia TMT de forma querdquo
(LAPPONI 2007 p 245)
Se PB lt TMT o projeto deve ser aceito
Se PB gt TMT o projeto deve ser recusado
A principal vantagem para utilizaccedilatildeo do meacutetodo payback eacute que ele reflete a
liquidez do projeto e por consequecircncia eacute possiacutevel efetuar a avaliaccedilatildeo do risco de natildeo
recuperar o investimento (REBELATTO 2004 p 230)
27
3 METODOLOGIA
Este capiacutetulo tem por objetivo descrever os procedimentos e teacutecnicas
utilizados na pesquisa considerando o problema e aos objetivos gerais e especiacuteficos
Para a execuccedilatildeo da revisatildeo bibliograacutefica realizada neste estudo foi utilizado
livros de especialistas na aacuterea os principais temas abordados foram o
empreendedorismo que eacute um assunto chave quando surge uma ideia para um novo
negoacutecio plano de negoacutecios que eacute um elemento fundamental para o sucesso ou
fracasso de um empreendimento e a viabilidade econocircmico-financeira tema
fundamental visto que o objetivo geral da pesquisa eacute mensurar se a mesma eacute viaacutevel
ou natildeo economicamente
Foi elaborada uma anaacutelise de mercado que estaacute disponiacutevel no item 41 deste
estudo atraveacutes da mesma foi identificado que os principais clientes satildeo das classes
A e B de Curitiba regiatildeo metropolitana no item 42 foi efetuado um levantamento do
tamanho do negoacutecio onde foi definida a capacidade produtiva o investimento inicial e
a localizaccedilatildeo do empreendimento no item 44foi elaborado o fluxo de caixa que
demonstra as previsotildees financeiras do periacuteodo de 5 anos o meacutetodo utilizado para
elaborar a pesquisa foi um estudo de caso de natureza exploratoacuteria quantitativa e
anaacutelise documental
O estudo de caso eacute evidenciado por um estudo minucioso e cansativo de um
ou poucos objetivos desta forma propicia um vasto e detalhado conhecimento sobre
o assunto uma missatildeo praticamente impossiacutevel mediante as outras maneiras de
delineamentos consideradas (GIL 2008 p 57-58)
Prodanov e Freitas (2013 p60) afirmam que o estudo de caso consiste em
recolher e analisar dados sobre determinado indiviacuteduo famiacutelia grupo ou comunidade
com a finalidade de estudar diferentes aspectos das suas vidas conforme o assunto
da pesquisa
Jaacute as pesquisas exploratoacuterias satildeo definidas por Gil (2008 p 27) como as que
Tecircm como principal finalidade desenvolver esclarecer e modificar conceitos e ideias tendo em vista a formulaccedilatildeo de problemas mais precisos ou hipoacuteteses pesquisaacuteveis para estudos posteriores De todos os tipos de pesquisa estas satildeo as que apresentam menor rigidez no planejamento Habitualmente envolvem levantamento bibliograacutefico e documental entrevistas natildeo padronizadas e estudos de caso
28
A pesquisa quantitativa ldquoconsidera que tudo pode ser quantificaacutevel o que
significa traduzir em nuacutemeros opiniotildees e informaccedilotildees para classificaacute-las e analisaacute-lasrdquo
Eacute necessaacuteria a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas estatiacutesticas tais como porcentagem meacutedia
moda desvio-padratildeo coeficiente de correlaccedilatildeo etc (PRODANOV FREITAS 2013
p 69)
Muitos dados que satildeo utilizados em pesquisas satildeo adquiridos indiretamente
por meio de documentosrdquo como livros jornais papeacuteis oficiais registros estatiacutesticos
fotos discos filmes e viacutedeos que satildeo obtidos de maneira indiretardquo Essas fontes
documentais tecircm a capacidade de disponibilizar ao pesquisador um grande nuacutemero
de informaccedilotildees com bastante qualidade para evitar a perda de tempo (GIL 2008 p
147)
Este modelo de pesquisa foi utilizado para definir os principais clientes quais
os produtos que seratildeo vendidos a capacidade produtiva assim como a viabilidade
econocircmico-financeira e operacional do negoacutecio
29
4 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES
41 ANAacuteLISE DE MERCADO
Woiler e Mathias (1994 p41) e Rebelatto (2004 p01) afirmam que a anaacutelise
de mercado eacute um dos pontos mais relevantes para elaboraccedilatildeo de um projeto Atraveacutes
do estudo do mercado obtemos muitas informaccedilotildees tais como
Fazendo a comparaccedilatildeo entre demanda e a oferta encontramos a
possiacutevel escassez da demanda futura Esse resultado proporcionaraacute
informaccedilotildees para que seja definida a escala de produccedilatildeo do projeto
A regiatildeo geograacutefica em que o produto pode ser vendido eacute um dos pontos
mais significativos para que seja definida a localizaccedilatildeo do empreendimento
O preccedilo de venda os custos de comercializaccedilatildeo e os estoques nos
canais de comercializaccedilatildeo satildeo informaccedilotildees relevantes para que seja
elaborada a projeccedilatildeo do projeto
Vale salientar que esses satildeo apenas alguns elementos importantes que eacute
possiacutevel identificar na anaacutelise de mercado existe muitos outros dados que satildeo obtidos
com a mesma
411 Mercado consumidor
ldquoTodas as decisotildees relacionadas a novos empreendimentos contecircm certo
grau de incerteza tanto no que diz respeito agrave informaccedilatildeo na qual as decisotildees estatildeo
baseadas como no que diz respeito agraves suas consequecircnciasrdquo (SEBRAE)
Chiavenato acredita que os clientes tecircm a capacidade de alavancar ou
derrubar um empreendimento ldquoUm cliente pode ser uma organizaccedilatildeo uma empresa
um usuaacuterio dos produtosserviccedilos ou um consumidor finalrdquo Eacute quem adquiri os
produtosserviccedilos ofertados pela organizaccedilatildeo no final da cadeia de transaccedilotildees Eacute ele
que estabelece direta ou indiretamente se o empreendimento teraacute ecircxito ou natildeo Por
30
isso o cliente deve ser considerado como o principal patrimocircnio da empresa (2007
p 207)
Segundo dados do censo 2010 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e
estatiacutestica) dos 576190 (quinhentos e setenta e seis mil cento e noventa) domiciacutelios
de Curitiba 292965 (duzentos e noventa e dois mil novecentos e sessenta e cinco)
possuem renda de mais de 5 a mais de 20 salaacuterios miacutenimos sendo assim cerca de
5085 dos domiciacutelios curitibanos estatildeo enquadrados nas classes A e B Ainda
segundo o IBGE cerca de 137922 (cento e trinta e sete mil novecentos e vinte e dois)
domiciacutelios curitibanos tecircm renda de mais de 10 salaacuterios miacutenimos o que representa
uma meacutedia de 24 dos domiciacutelios de Curitiba
Mais de 249000 (duzentos e quarenta e nove mil) pessoas que residem em
Curitiba cerca de 1423 da populaccedilatildeo tem rendimento mensal de mais de 5 salaacuterios
miacutenimos conforme Tabela 1
TABELA 1 - RESULTADOS DA AMOSTRA - RENDIMENTO POR PESSOA EM CURITIBA
Quantidade de pessoas Salaacuterios miacutenimos
153011 Mais de 5 a 10 salaacuterios miacutenimos
38692 Mais de 10 a 15 salaacuterios miacutenimos
25427 Mais de 15 a 20 salaacuterios miacutenimos
18264 Mais de 20 a 30 salaacuterios miacutenimos
13791 Mais de 30 salaacuterios miacutenimos
FONTE IBGE - CENSO DEMOGRAacuteFICO 2010
Curitiba possui uma populaccedilatildeo de mais de 1750000 (um milhatildeo setecentos
e cinquenta mil habitantes) segundo censo IBGE 2010 sendo que 932000
(novecentos e trinta e dois mil) pessoas com o estado civil de solteiro viuacutevo
divorciado separado judicialmentedesquitado isso mostra que tem muitas pessoas
que podem fazer festas de casamento e necessitar dos produtos que seratildeo ofertados
tais como bolos artiacutesticos doces finos e bem casados
Segundo as estatiacutesticas do registro civil do IBGE ocorreram em Curitiba e
regiatildeo metropolitana no ano 2012 exatamente 18877 (dezoito mil oitocentos e setenta
e sete) casamentos sendo que nos meses de setembro a dezembro foi onde ocorreu
um maior nuacutemero um total de 7828 (sete mil oitocentos e vinte e oito) casamentos o
que representa um total de 4147 dos casamentos ocorrem nesses quatro meses
do ano
31
TABELA 2 - CASAMENTOS POR MEcircS DE REGISTRO SEGUNDO O LUGAR DO REGISTRO ndash 2012
Lugar do registro
Casamentos por mecircs do registro
Total de
registros Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
RM Curitiba 18877 1466 1250 1572 1282 1403 1533 1248 1255 1735 1753 2118 2262
Curitiba 10351 848 692 857 692 724 872 658 658 971 968 1237 1174
FONTE IBGE DIRETORIA DE PESQUISAS COORDENACcedilAtildeO DE POPULACcedilAtildeO E INDICADORES SOCIAIS ESTATIacuteSTICAS DO REGISTRO CIVIL 2012
Nessa perspectiva foi definido que o mercado que a empresa de bolos e doces
finos vai atuar eacute de Curitiba e regiatildeo metropolitana com foco nas pessoas das classes
A e B com estado civil solteiro divorciado separado judicialmentedesquitado e viuacutevo
412 Produtos que seratildeo vendidos
ldquoNo coraccedilatildeo de uma grande marca haacute um grande produto O produto-chave
na oferta ao mercado Liacutederes de mercado geralmente oferecem produtos e serviccedilos
de qualidade superiorrdquo (KOTLER KELLER 2006 p 366)
Os principais produtos fornecidos seratildeo
Bolos artiacutesticos
FOTO1 - BOLO ARTIacuteSTICO FONTE WANDA CARDOSO - BOLOS ARTIacuteSTICOS amp DOCES
32
Bolos de copa
FOTO2 - BOLO DE COPA FONTE ELABORADO PELO AUTOR
FOTO3 - BOLO DE COPA FONTE ELABORADO PELO AUTOR
Naked cake
FOTO4 - NAKED CAKE FONTE DOCES PENEacuteLOPE
33
Doces Tradicionais
FOTO5 - DOCES TRADICIONAIS FONTE ELABORADO PELO AUTOR
Doces Espelhados
FOTO6 - DOCES ESPELHADOS FONTE PRONTO SOCORRO DAS FESTAS
Doces Finos
FOTO 7 - DOCES FINOS FONTE COMPRANDO MEU APE
34
Brigadeiros gourmet
FOTO8 - BRIGADEIROS GOURMET FONTE ELABORADO PELO AUTOR
Tacinhas acriacutelicas
FOTO9 - TACINHAS ACRIacuteLICAS FONTE BUFFET DELIacuteCIAS DA VI
Trufas
FOTO 10 - TRUFAS FONTE FOGAtildeO DA VOVOacute
35
Bombons
FOTO11 - BOMBONS FONTE DALVA GOLDEN GATE
Bem casados
FOTO12 - BEM CASADOS FONTE CASAMENTO SEM ERRO
FOTO13 - BEM CASADOS FONTE CASAMENTO SEM ERRO
36
413 Preccedilo de venda
A definiccedilatildeo do preccedilo dos produtos eacute uma das decisotildees mais relevantes da
organizaccedilatildeo que deve levar em conta a forma como a empresa deseja se posicionar
no mercado os custos a concorrecircncia e a rentabilidade almejada
O preccedilo eacute um dos elementos mais versaacuteteis pode ser modificado rapidamente
ao contraacuterio das propriedades dos produtos dos contratos com canais de distribuiccedilatildeo
e ateacute mesmo das promoccedilotildees O Preccedilo tem tambeacutem a tarefa de mostrar ao mercado o
posicionamento de valor desejado pela empresa para o seu produto ou marca
(KOTLER KELLER 2006 p 428)
A consolidaccedilatildeo dos preccedilos dos produtos seraacute elaborada levando em conta os
custos para se obter os produtos com a qualidade requinte e sofisticaccedilatildeo desejada
com a margem de lucro esperada e se baseando nos preccedilos praticados pela
concorrecircncia
414 Previsatildeo de vendas
Para Chiavenato (2007 p 2013)
A previsatildeo de vendas representa a quantidade de produtosserviccedilos que a empresa pretende vender ou colocar no mercado durante um determinado periacuteodo geralmente um mecircs ou um ano dividido em meses Constitui portanto uma estimativa ou uma expectativa de vendas Pode ser feita em unidades fiacutesicas ou em valores monetaacuterios
A produccedilatildeo vai ser em meacutedia de 5600 doces (doces finos gourmet e bem
casados) e 4 bolos procurando atender em meacutedia 4 eventos por semana e ateacute 16
eventos por mecircs sendo que nos meses de setembro a dezembro essa demanda
aumenta pelo motivo de historicamente ter um nuacutemero maior de casamentos
37
415 Definiccedilatildeo de local de venda dos produtos
ldquoA venda eacute a fase fundamental do processo de vendas Consiste na
transferecircncia do produtoserviccedilo para o cliente ou consumidorrdquo (CHIAVENATO 2007
p 210)
As vendas vatildeo ocorrer atraveacutes de site proacuteprio redes sociais telefone e
pessoalmente natildeo teremos loja fiacutesica apenas um ateliecirc para confecccedilatildeo dos bolos e
doces onde vai conter uma sala anexa na qual vai ser oferecido o serviccedilo de
degustaccedilatildeo com horaacuterios marcados para assim o cliente decidir quais os produtos
seratildeo adquiridos para o seu evento e fechamento de contrato
416 Definiccedilatildeo da demanda e da oferta
Na maior parte das encomendas os clientes solicitam os doces finos e
gourmet que contecircm chocolates frutas oleaginosas tais como castanhas nozes
avelatildes amecircndoas frutas como framboesa morango damasco cerejas e os bem
casados Os bolos mais solicitados satildeo os com decoraccedilatildeo de pasta americana que
deve obrigatoriamente ter recheios mais firmes como ganaches fios de ovos
strogonoff de nozes e os naked cake (bolo pelado) que possuem mais opccedilotildees de
recheios com chocolates frutas diversas e cremes de pacirctisserie
Em contato com algumas empresas que fornecem o mesmo tipo de produto
foi possiacutevel verificar que as encomendas devem ser feitas com antecedecircncia miacutenima
de 6 meses sendo que alguns casos somente com um ano de antecedecircncia para
conseguir na data desejada Esse eacute um dos pontos que mostra que tem espaccedilo
suficiente para entrada nesse mercado
38
417 Concorrentes
Chiavenato (2007 p 33) Kotler e Keller (2006 p 340) afirmam que os
concorrentes satildeo as organizaccedilotildees que competem pelos mesmos fornecedores
clientes e consumidores
ldquoAgrave medida que seus produtosserviccedilos tornam-se mais heterogecircneos tanto
mais heterogecircneos e diferenciados seratildeo seus concorrentes e tanto mais complexa
seraacute a competitividaderdquo (CHIAVENATO 2007 p 33)
Em busca na internet foi possiacutevel identificar que atualmente existe em meacutedia
25 concorrentes reais que oferecem exatamente os mesmos produtos que seratildeo
fornecidos com o mesmo padratildeo de qualidade valor agregado requinte e
sofisticaccedilatildeo Tambeacutem foi detectado mais 14 concorrentes potenciais que vendem
produtos similares aos que seratildeo vendidos poreacutem natildeo possuem o mesmo valor
agregado dos que vatildeo ser ofertados Foi possiacutevel identificar que alguns concorrentes
oferecem somente os doces finos dos quais foram identificados mais 3 concorrentes
reais e 3 concorrentes potenciais E foi detectado que existem concorrentes que
fornecem apenas os bolos artiacutesticos dos quais foi identificado 4 concorrentes reais
todos fornecem os bolos com o mesmo niacutevel de qualidade que seratildeo fornecidos
A tabela 3 mostra a divisatildeo dos concorrentes reais e potenciais que fornecem
bolos e doces por bairro de Curitiba
39
TABELA 3 - CONCORRENTES QUE FORNECEM BOLOS E DOCES POR BAIRRO
Bairro Quantidade de Concorrentes Reais
Quantidade de Concorrentes Potenciais
Aacutegua Verde 4 1
Ahuacute 1
Bairro Alto 2 1
Barreirinha 1
Barreirinha 1
Bom Retiro 1
Campo Comprido 1
Campo Comprido 1
Cidade Industrial 1
Colombo 1
Fazenda Rio Grande 1
Hauer 1
Hugo Lange 1
Mercecircs 1
Novo Mundo 2 1
Novo Mundo 1
Portatildeo 1
Portatildeo 1
Santa Cacircndida 1
Santa Felicidade 1 1
Santo Inaacutecio 1 1
Satildeo Joseacute dos Pinhais 1
Seminaacuterio 1
Sitio Cercado 1
Tarumatilde 1
Vila Izabel 1
Natildeo Informado 1 2
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
418 Forma de divulgaccedilatildeo dos concorrentes
Todas as empresas pesquisadas que fornecem produtos similares aos que
vamos fornecer utilizam sites proacuteprios e as redes sociais para fazer divulgaccedilatildeo dos
seus produtos todas fazem degustaccedilatildeo para os clientes conhecerem os seus
produtos e posteriormente fechar um contrato
40
42 TAMANHO DO NEGOacuteCIO
421 Capacidade produtiva
A capacidade produtiva vai ser para atender ateacute 4 eventos por semana A
produccedilatildeo vai ser de ateacute 5600 doces (doces finos gourmet e bem casados) e 4 bolos
atendendo ateacute 4 eventos por final de semana e ateacute 16 eventos por mecircs sendo que
nos meses de setembro a dezembro essa demanda aumenta pelo motivo de
historicamente ter um nuacutemero maior de casamentos
422 Investimento
Um dos pontos mais relevantes para abertura de uma empresa eacute a
determinaccedilatildeo do capital miacutenimo para dar iniacutecio nas atividades e principalmente como
obter este capital ldquoEacute com o capital inicial que a empresa tem condiccedilotildees de reunir os
recursos empresariais necessaacuterios ao seu funcionamento sejam eles recursos
humanos materiais ou financeirosrdquo A determinaccedilatildeo do capital eacute o que estabelece a
quantidade de recursos empresariais que a empresa tem disponiacutevel Indiscutivelmente
quanto maior for o volume de recursos empresariais mais faacutecil se torna o desempenho
da empresa Quando todos os recursos necessaacuterios para seu funcionamento estatildeo agrave
disposiccedilatildeo a administraccedilatildeo do empreendimento fica mais simples (CHIAVENATO
2007 p84)
Cabe acrescentar que (LAPPONI 2007 p 321)
O custo inicial refere-se aos desembolsos realizados para aquisiccedilatildeo de equipamentos ou outros ativos fixos incluindo o pagamento de fretes seguros instalaccedilotildees despesas operacionais iniciais com materiais e matildeo de obra treinamento de pessoal de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo etc resumindo o custo inicial inclui todos os desembolsos necessaacuterios para adquirir os ativos necessaacuterios e que estejam em condiccedilotildees de operar e gerar as receitas estimadas
41
O empreendimento iniciaraacute suas atividades com capital investido com
recursos proacuteprios da empreendedora
As estimativas de investimento inicial para abertura da empresa foi de
R$5162851 conforme tabela 4
TABELA 4 - INVESTIMENTO INICIAL
Descriccedilatildeo Valor (R$)
Maacutequinas e equipamentos Cozinha R$ 3084878
Utensiacutelios R$ 555075
Moacuteveis para escritoacuterio R$ 268982
Equipamentos de informaacutetica e eletrocircnicos R$ 446204
Outros custos escritoacuterio R$ 48912
Uniformes R$ 155800
Pintura Imoacutevel R$ 500000
Porta de Vidro R$ 103000
Total R$ 5162851
FONTE ELABORADO PELO AUTOR (2015)
423 Localizaccedilatildeo
Seraacute locado um imoacutevel para a instalaccedilatildeo da empresa localizado na Rua Heitor
Baggio Vidal 2508 Bairro Alto Curitiba ndash PR com o valor do aluguel mensal de
R$160000 (mil e seiscentos reais) O espaccedilo interno de 95msup2 seraacute dividido em trecircs
partes a primeira com 20msup2 vai ficar a recepccedilatildeo para receber os clientes efetuar
orccedilamentos e as degustaccedilotildees a segunda com 71msup2 a cozinha industrial onde seratildeo
fabricados os bolos e doces finos e a terceira com 4msup2 o lavabo
42
FOTO14 - FOTO DO IMOacuteVEL ONDE SERAacute INSTALADA A EMPRESA FONTE MP IMOacuteVEIS
424 Entregas
As entregas dos bolos e doces finos seratildeo efetuadas por uma empresa
parceira localizada no Bairro Alto o preccedilo das entregas em Curitiba e regiatildeo
metropolitana variam de R$2400 (vinte e quatro reais) a R$6000 (sessenta reais)
dependendo da localizaccedilatildeo tais valores seratildeo cobrados dos clientes
43 CAPITAL DE GIRO
O capital de giro inicial foi estimado levando em conta que no primeiro ano a
empresa vai produzir 8333 da sua capacidade atendendo em meacutedia 13 ventos
mensalmente sendo assim foram considerados os gastos operacionais necessaacuterios
para o iniacutecio das atividades incluindo o custo fixo mensal e o estoque inicial ambos
multiplicados por 2 e acrescidos de um percentual de 10 de margem de seguranccedila
para despesas natildeo previstas
43
TABELA 5 - CAPITAL DE GIRO
Item Valor (R$)
Estoque Inicial 5144000
Custo Fixo Mensal 3194783
Reserva (10) 833878
Total do Capital de Giro Inicial 9172662
FONTE ELABORDO PELO AUTOR
44 FLUXO DE CAIXA
ldquoFluxo de Caixa eacute um Instrumento de gestatildeo financeira que projeta para
periacuteodos futuros todas as entradas e as saiacutedas de recursos financeiros da empresa
indicando como seraacute o saldo de caixa para o periacuteodo projetadordquo (SEBRAE)
Na tabela 6 eacute apresentada a projeccedilatildeo do Fluxo de Caixa da empresa para os
seus primeiros cinco anos onde fica evidenciado que do primeiro ateacute o quinto ano a
sauacutede financeira da empresa melhora gradativamente sendo que no final do quinto
ano o saldo em caixa ultrapassa os 300 se comparado com o saldo em caixa no
final do primeiro ano
Pode-se observar que natildeo foi inserida no fluxo de caixa a opccedilatildeo de
inadimplecircncia pois todos os pagamentos seratildeo efetuados agrave vista em dinheiro ou
cartatildeo sendo que o pagamento total dos produtos deve ser efetuado no miacutenimo 10
dias antes da data do evento
44
TABELA 6 - PROJECcedilAtildeO DE FLUXO DE CAIXA NOS PRIMEIROS CINCO ANOS
Descriccedilatildeo Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5
Investimento Inicial (5162851)
Capital de Giro (9172662) 9172662
Valor Residual 1548855
Total de entradas 000 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873
Previsatildeo Receitas de vendas 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873
Total de Saiacutedas (14335513) (44888699) (54283425) (59479393) (64738409) (70291804)
(-)Fornecedores (25720000) (33641760) (36669518) (39969775) (43567055)
(-)Folha de pagamento (3267192) (3593911) (3953302) (4348633) (4783496)
(-)Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)
(963216) (1011377) (1061946) (1115043) (1170795)
(-)Retiradas soacutecios (2400000) (2640000) (3432000) (3946800) (4341480)
(-)Impostos s vendas (4654291) (5073177) (5573767) (6075406) (6622192)
(-)Alugueacuteis (1920000) (2016000) (2116800) (2222640) (2333772)
(-)Energia eleacutetrica (840000) (882000) (926100) (972405) (1021025)
(-)Aacutegua (300000) (315000) (330750) (347288) (364652)
(-)Telefone (384000) (403200) (423360) (444528) (466754)
(-)Gaacutes (588000) (617400) (648270) (680684) (714718)
(-)Serviccedilos contabilidade (960000) (1008000) (1058400) (1111320) (1166886)
(-)Manutenccedilatildeo (600000) (630000) (661500) (694575) (729304)
(-)Outras despesas com funcionaacuterios
(1296000) (1405800) (1525590) (1656320) (1799030)
(-)Taxas bancaacuterias (96000) (100800) (105840) (111132) (116689)
(-)Outros pagamentos (900000) (945000) (992250) (1041863) (1093956)
Entradas - Saiacutedas (14335513) 12981301 21410535 23027023 25193585 27734070
Depreciaccedilatildeo 000 (631377) (631377) (631377) (631377) (631377)
Saldo Final (14335513) 12349924 20779158 22395647 24562208 37824209
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
A depreciaccedilatildeo foi calculada considerando o prazo de vida uacutetil meacutedio de 10
anos das maacutequinas equipamentos instalaccedilotildees moacuteveis e utensiacutelios e para os
computadores e perifeacutericos foi considerado o prazo de vida uacutetil de 5 anos conforme
demonstrado na tabela 7
TABELA 7 - DEPRECIACcedilAtildeO
Item Valor Inicial Taxa Anual Depreciaccedilatildeo Anual (R$)
Maacutequinas e equipamentos 3084878 10 308488
Instalaccedilotildees 103000 10 10300
Moacuteveis e Utensiacutelios 824057 10 82406
Computadores e Perifeacutericos 446204 20 89241
Outros 704712 20 140942
Total 631377
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
45
O valor residual dos equipamentos e instalaccedilotildees da empresa no final do quinto
ano foi considerado em 30 referente ao valor de aquisiccedilatildeo dos mesmos no iniacutecio do
projeto
45 ANAacuteLISE DOS INDICADORES (VPL TIR E PAYBACK)
451 Valor Presente Liacutequido (VPL)
A tabela 8 mostra que o VPL (Valor Presente Liacutequido) eacute positivo isso significa
que aleacutem de recuperar o investimento inicial ainda vai ser agregado ao valor da
empresa um montante de R$ R$50392407 (quinhentos e trecircs mil novecentos e vinte
quatro reais e sete centavos)
A taxa de retorno requerida de 20 foi determinada levando em conta o niacutevel
de risco do projeto e visando o valor desejado para se obter em cima do valor
investido
TABELA 8 - CALCULO DO VALOR PRESENTE LIacuteQUIDO (VPL)
Anos FC k 2000
0 -$143355 VPL $50392407
1 $123499 VPL $50392407
2 $207792 VPL $50392407
3 $223956 VPL $21761126
4 $245622 VPL $21761126
5 $378242 Decisatildeo Aceitar o Projeto
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
452 Taxa Interna de Retorno (TIR)
Conforme a tabela 9 eacute possiacutevel verificar que a TIR (Taxa Interna de Retorno)
eacute de 11593 maior que a taxa requerida de 20 isso significa que custo inicial seraacute
46
recuperado e o projeto vai criar valor para empresa mais um resultado favoraacutevel para
a aceitaccedilatildeo do projeto
TABELA 9 - TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR)
Anos FC
0 -$143355 TIR 11593
1 $123499 TIR 2168
2 $207792 TIR 2168
3 $223956 Decisatildeo
4 $245622 k 2000
5 $378242 Aceitar o projeto
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
453 Payback
O tempo de recuperaccedilatildeo do custo inicial ocorre normalmente entre o quarto e
o quinto ano se for feita a anaacutelise da tabela 10 eacute possiacutevel verificar que o tempo
necessaacuterio para o retorno do investimento (payback) do projeto eacute de 128 anos este
indicador mostra claramente que o projeto deve ser aceito pois o tempo de retorno
estaacute bem abaixo do tempo meacutedio dos empreendimentos como um todo
TABELA 10 - PAYBACK
k 20
Anos FC SPresente
0 -$143355 -$143355 PBD-SP = 128
1 $123499 -$40439 128
2 $207792 $103861
3 $223956 $233465
4 $245622 $351917
5 $378242 $503924
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
47
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Para iniciar um negoacutecio requer muito mais do que apenas o espiacuterito
empreendedor eacute necessaacuterio ter lideranccedila conhecimento sobre o mercado que deseja
atuar organizaccedilatildeo e principalmente planejamento
O principal objetivo desse estudo foi analisar a viabilidade econocircmico-
financeira da abertura de uma empresa de bolos e doces finos no Bairro Alto em
Curitiba
O objetivo apresentado nesta pesquisa foi atingido pois todos os indicadores
analisados mostram com clareza que empresa obteacutem resultados positivos que criam
valor para a mesma e com isso o projeto eacute viaacutevel economicamente pois do primeiro
ao quinto ano fica visiacutevel o crescimento do empreendimento e a melhora significativa
da sua sauacutede financeira isso fica evidenciado no saldo final em caixa no quinto ano
que chega proacuteximo haacute 400 mil reais Apesar disso eacute crucial o acompanhamento do
mercado para seguir as tendecircncias e se atualizar constantemente para tomar
decisotildees mais assertivas
Um negoacutecio mal avaliado pode arruinar a estabilidade econocircmica do
investidor por isso eacute de extrema importacircncia fazer todos os levantamentos de custos
antes de se aventurar em qualquer empreendimento
Eacute possiacutevel comprovar que a pesquisa realizada contribui positivamente para
abertura da empresa No entanto as informaccedilotildees aqui presentes natildeo satildeo estaacuteticas e
devem ser revisadas periodicamente e se preciso ateacute mesmo ampliadas no decorrer
da implantaccedilatildeo do projeto para que o mesmo seja uma ferramenta eficiente e eficaz
no desenvolvimento da empresa como um todo
48
REFEREcircNCIAS
BRITO Paulo Anaacutelise e viabilidade de projetos de investimento Satildeo Paulo Atlas 2003 DOLABELA Fernando O segredo de Luiacutesa 30 ed Satildeo Paulo Editora de Cultura 2006 DORNELAS Joseacute Carlos Assis Empreendedorismo transformando ideias em negoacutecios 4 ed Rio de Janeiro Campus Elsevier 2012 CENSO Demograacutefico 2010 Resultados gerais da amostra Curitiba IBGE 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=410690ampidtema=87ampsearch=parana|curitiba|censo-demografico-2010-resultados-gerais-da-amostra-gt Acesso em 21 de Junho de 2015 CHIAVENATO Idalberto Empreendedorismo dando asas ao espiacuterito empreendedor empreendedorismo e a viabilidade de novas empresas um guia eficiente para iniciar e tocar seu proacuteprio negoacutecio 2 ed Satildeo Paulo Saraiva 2007 ESTATIacuteSTICAS do registro civil 2012 Curitiba IBGE 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaoregistrocivil2012default_xlsshtmgt Acesso em 21 de Junho de 2015 GIL Antonio Carlos Meacutetodos e teacutecnicas de pesquisa social 6 ed Satildeo Paulo Atlas 2008 KOTLER Philip KELLER Kevin Lane Administraccedilatildeo de Marketing 12 ed Satildeo Paulo ABDR 2006 LAPPONI Juan Carlos Projetos de Investimento na Empresa Rio de Janeiro Elsevier 2007 MACHADO Jesseacute Anderson Pinto Projetos Econocircmicos uma abordagem praacutetica de elaboraccedilatildeo Satildeo Paulo Nobel 2002 MICHEL Maria Helena Metodologia e pesquisa cientiacutefica em ciecircncias sociais 2 ed Satildeo Paulo Atlas 2009 OLIVEIRA Djalma de Pinho Rebouccedilas de Planejamento estrateacutegico conceitos metodologia e praacuteticas 20 ed Satildeo Paulo Atlas 2004 PRODANOV Cleber Cristiano ERNANI Cesar de Freitas Metodologia do trabalho cientiacutefico meacutetodo e teacutecnicas da pesquisa e do trabalho acadecircmico 2 ed Novo Hamburgo Freevale 2013
49
REBELATTO Dayse Projeto de Investimento 1 ed Barueri Manole 2004 SEBRAE Pesquisa de Mercado o que eacute e para que serve Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrsitesPortalSebraeartigosPesquisa-de-mercado-o-que-C3A9-e-para-que-servegt Acesso em 21 de Junho de 2015 SEBRAE Fluxo de caixa Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrSebraePortal20SebraeAnexos0_fluxo-de-caixapdfgt Acesso em 10 de Outubro de 2015 WILDAUER Egon Walter Plano de negoacutecios elementos construtivos e processos de elaboraccedilatildeo 2 ed Curitiba Ibpex 2011 WOILER Samsatildeo MATHIAS Washington Franco Projetos planejamento elaboraccedilatildeo anaacutelise 1 ed Satildeo Paulo Atlas 1994
50
APEcircNDICES
APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL 51
APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS 52
APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL 52
51
APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL
Item Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5
Aacutegua 25000 26250 27563 28941 30388
Aluguel 160000 168000 176400 185220 194481
Assessoria Contaacutebil 80000 84000 88200 92610 97241
Gaacutes 49000 51450 54023 56724 59560
Impostos 387858 422765 464481 506284 551849
Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)
80268 84281 88495 92920 97566
Energia eleacutetrica 70000 73500 77175 81034 85085
Manutenccedilatildeo 50000 52500 55125 57881 60775
Material de escritoacuterio 20000 21000 22050 23153 24310
Material de Limpeza 40000 42000 44100 46305 48620
Folha de pagamento 272266 299493 329442 362386 398625
Seguros 15000 15750 16538 17364 18233
Telefone fixointernet 20000 21000 22050 23153 24310
Telefone Moacutevel 12000 12600 13230 13892 14586
Vale Refeiccedilatildeo 75000 82500 90750 99825 109808
Vale Transporte 33000 34650 36383 38202 40112
Proacute- labore 200000 220000 286000 328900 361790
Taxas Bancaacuterias 8000 8400 8820 9261 9724
Total R$ 1597392 R$ 1720139 R$ 1900823 R$ 2064053 R$ 2227062
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
52
APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS
Item
Produccedilatildeo mensal meacutedia
Custo unitaacuterio total
Sugestatildeo Preccedilo de venda
Custo Mensal Total
Receita de vendas
Bolos artiacutesticos (recheios diversos) 150 6000 13500 900000 2025000
Bolos de copa (recheios diversos) 30 3600 8100 108000 243000
Naked cake (recheios diversos) 60 4200 9450 252000 567000
Doces Tradicionais 32 3500 7875 112000 252000
Doces Espelhados 32 5000 11250 160000 360000
Doces Finos 32 7500 16875 240000 540000
Brigadeiros gourmet 16 4500 10125 72000 162000
Tacinhas acriacutelicas 16 5500 12375 88000 198000
Trufas 32 5000 11250 160000 360000
Bombons 32 5000 11250 160000 360000
Bem casados 3200 100 225 320000 720000
Custo produccedilatildeo Total 2572000
Receita Total 5787000
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL
Ano Receita Bruta Variaccedilatildeo anual
Ano 1 000
Ano 2 69444000 9
Ano 3 75693960 9
Ano 4 82506416 9
Ano 5 89931994 9
Valor considerando a inflaccedilatildeo de 9 aa
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
26
234 Periacuteodo de retorno de investimento (Payback)
ldquoO payback eacute o periacuteodo de tempo em que ocorre o retorno do investimento
Calculado no fluxo de caixa de vida uacutetil de dez anos o payback apresenta-se de vaacuterias
maneiras para cada tipo de empresardquo (BRITO 2003 p 51)
Uma empresa pode nomear o payback como um dos paracircmetros para escolha
de um projeto a fim de minimizar seus riscos Mesmo sendo esse um meacutetodo faacutecil e
simples na praacutetica eacute um dos mais utilizados para efetuar a mediccedilatildeo econocircmica de um
projeto (REBELATTO 2004 p 230)
Segundo Rebelatto (2004 p 231) a foacutermula baacutesica que demonstra o caacutelculo
do payback em fluxos de caixas regulares eacute
PB =I0
FC
Onde
PB= Payback
I0= Investimento inicial
FC= Fluxo de caixa regular
Para executar o meacutetodo payback eacute crucial estabelecer o tempo maacuteximo de
toleracircncia TMT para resgatar o custo inicial ldquoPara decidir se o projeto deve ser aceito
o payback deve ser comparado com o valor de referecircncia TMT de forma querdquo
(LAPPONI 2007 p 245)
Se PB lt TMT o projeto deve ser aceito
Se PB gt TMT o projeto deve ser recusado
A principal vantagem para utilizaccedilatildeo do meacutetodo payback eacute que ele reflete a
liquidez do projeto e por consequecircncia eacute possiacutevel efetuar a avaliaccedilatildeo do risco de natildeo
recuperar o investimento (REBELATTO 2004 p 230)
27
3 METODOLOGIA
Este capiacutetulo tem por objetivo descrever os procedimentos e teacutecnicas
utilizados na pesquisa considerando o problema e aos objetivos gerais e especiacuteficos
Para a execuccedilatildeo da revisatildeo bibliograacutefica realizada neste estudo foi utilizado
livros de especialistas na aacuterea os principais temas abordados foram o
empreendedorismo que eacute um assunto chave quando surge uma ideia para um novo
negoacutecio plano de negoacutecios que eacute um elemento fundamental para o sucesso ou
fracasso de um empreendimento e a viabilidade econocircmico-financeira tema
fundamental visto que o objetivo geral da pesquisa eacute mensurar se a mesma eacute viaacutevel
ou natildeo economicamente
Foi elaborada uma anaacutelise de mercado que estaacute disponiacutevel no item 41 deste
estudo atraveacutes da mesma foi identificado que os principais clientes satildeo das classes
A e B de Curitiba regiatildeo metropolitana no item 42 foi efetuado um levantamento do
tamanho do negoacutecio onde foi definida a capacidade produtiva o investimento inicial e
a localizaccedilatildeo do empreendimento no item 44foi elaborado o fluxo de caixa que
demonstra as previsotildees financeiras do periacuteodo de 5 anos o meacutetodo utilizado para
elaborar a pesquisa foi um estudo de caso de natureza exploratoacuteria quantitativa e
anaacutelise documental
O estudo de caso eacute evidenciado por um estudo minucioso e cansativo de um
ou poucos objetivos desta forma propicia um vasto e detalhado conhecimento sobre
o assunto uma missatildeo praticamente impossiacutevel mediante as outras maneiras de
delineamentos consideradas (GIL 2008 p 57-58)
Prodanov e Freitas (2013 p60) afirmam que o estudo de caso consiste em
recolher e analisar dados sobre determinado indiviacuteduo famiacutelia grupo ou comunidade
com a finalidade de estudar diferentes aspectos das suas vidas conforme o assunto
da pesquisa
Jaacute as pesquisas exploratoacuterias satildeo definidas por Gil (2008 p 27) como as que
Tecircm como principal finalidade desenvolver esclarecer e modificar conceitos e ideias tendo em vista a formulaccedilatildeo de problemas mais precisos ou hipoacuteteses pesquisaacuteveis para estudos posteriores De todos os tipos de pesquisa estas satildeo as que apresentam menor rigidez no planejamento Habitualmente envolvem levantamento bibliograacutefico e documental entrevistas natildeo padronizadas e estudos de caso
28
A pesquisa quantitativa ldquoconsidera que tudo pode ser quantificaacutevel o que
significa traduzir em nuacutemeros opiniotildees e informaccedilotildees para classificaacute-las e analisaacute-lasrdquo
Eacute necessaacuteria a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas estatiacutesticas tais como porcentagem meacutedia
moda desvio-padratildeo coeficiente de correlaccedilatildeo etc (PRODANOV FREITAS 2013
p 69)
Muitos dados que satildeo utilizados em pesquisas satildeo adquiridos indiretamente
por meio de documentosrdquo como livros jornais papeacuteis oficiais registros estatiacutesticos
fotos discos filmes e viacutedeos que satildeo obtidos de maneira indiretardquo Essas fontes
documentais tecircm a capacidade de disponibilizar ao pesquisador um grande nuacutemero
de informaccedilotildees com bastante qualidade para evitar a perda de tempo (GIL 2008 p
147)
Este modelo de pesquisa foi utilizado para definir os principais clientes quais
os produtos que seratildeo vendidos a capacidade produtiva assim como a viabilidade
econocircmico-financeira e operacional do negoacutecio
29
4 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES
41 ANAacuteLISE DE MERCADO
Woiler e Mathias (1994 p41) e Rebelatto (2004 p01) afirmam que a anaacutelise
de mercado eacute um dos pontos mais relevantes para elaboraccedilatildeo de um projeto Atraveacutes
do estudo do mercado obtemos muitas informaccedilotildees tais como
Fazendo a comparaccedilatildeo entre demanda e a oferta encontramos a
possiacutevel escassez da demanda futura Esse resultado proporcionaraacute
informaccedilotildees para que seja definida a escala de produccedilatildeo do projeto
A regiatildeo geograacutefica em que o produto pode ser vendido eacute um dos pontos
mais significativos para que seja definida a localizaccedilatildeo do empreendimento
O preccedilo de venda os custos de comercializaccedilatildeo e os estoques nos
canais de comercializaccedilatildeo satildeo informaccedilotildees relevantes para que seja
elaborada a projeccedilatildeo do projeto
Vale salientar que esses satildeo apenas alguns elementos importantes que eacute
possiacutevel identificar na anaacutelise de mercado existe muitos outros dados que satildeo obtidos
com a mesma
411 Mercado consumidor
ldquoTodas as decisotildees relacionadas a novos empreendimentos contecircm certo
grau de incerteza tanto no que diz respeito agrave informaccedilatildeo na qual as decisotildees estatildeo
baseadas como no que diz respeito agraves suas consequecircnciasrdquo (SEBRAE)
Chiavenato acredita que os clientes tecircm a capacidade de alavancar ou
derrubar um empreendimento ldquoUm cliente pode ser uma organizaccedilatildeo uma empresa
um usuaacuterio dos produtosserviccedilos ou um consumidor finalrdquo Eacute quem adquiri os
produtosserviccedilos ofertados pela organizaccedilatildeo no final da cadeia de transaccedilotildees Eacute ele
que estabelece direta ou indiretamente se o empreendimento teraacute ecircxito ou natildeo Por
30
isso o cliente deve ser considerado como o principal patrimocircnio da empresa (2007
p 207)
Segundo dados do censo 2010 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e
estatiacutestica) dos 576190 (quinhentos e setenta e seis mil cento e noventa) domiciacutelios
de Curitiba 292965 (duzentos e noventa e dois mil novecentos e sessenta e cinco)
possuem renda de mais de 5 a mais de 20 salaacuterios miacutenimos sendo assim cerca de
5085 dos domiciacutelios curitibanos estatildeo enquadrados nas classes A e B Ainda
segundo o IBGE cerca de 137922 (cento e trinta e sete mil novecentos e vinte e dois)
domiciacutelios curitibanos tecircm renda de mais de 10 salaacuterios miacutenimos o que representa
uma meacutedia de 24 dos domiciacutelios de Curitiba
Mais de 249000 (duzentos e quarenta e nove mil) pessoas que residem em
Curitiba cerca de 1423 da populaccedilatildeo tem rendimento mensal de mais de 5 salaacuterios
miacutenimos conforme Tabela 1
TABELA 1 - RESULTADOS DA AMOSTRA - RENDIMENTO POR PESSOA EM CURITIBA
Quantidade de pessoas Salaacuterios miacutenimos
153011 Mais de 5 a 10 salaacuterios miacutenimos
38692 Mais de 10 a 15 salaacuterios miacutenimos
25427 Mais de 15 a 20 salaacuterios miacutenimos
18264 Mais de 20 a 30 salaacuterios miacutenimos
13791 Mais de 30 salaacuterios miacutenimos
FONTE IBGE - CENSO DEMOGRAacuteFICO 2010
Curitiba possui uma populaccedilatildeo de mais de 1750000 (um milhatildeo setecentos
e cinquenta mil habitantes) segundo censo IBGE 2010 sendo que 932000
(novecentos e trinta e dois mil) pessoas com o estado civil de solteiro viuacutevo
divorciado separado judicialmentedesquitado isso mostra que tem muitas pessoas
que podem fazer festas de casamento e necessitar dos produtos que seratildeo ofertados
tais como bolos artiacutesticos doces finos e bem casados
Segundo as estatiacutesticas do registro civil do IBGE ocorreram em Curitiba e
regiatildeo metropolitana no ano 2012 exatamente 18877 (dezoito mil oitocentos e setenta
e sete) casamentos sendo que nos meses de setembro a dezembro foi onde ocorreu
um maior nuacutemero um total de 7828 (sete mil oitocentos e vinte e oito) casamentos o
que representa um total de 4147 dos casamentos ocorrem nesses quatro meses
do ano
31
TABELA 2 - CASAMENTOS POR MEcircS DE REGISTRO SEGUNDO O LUGAR DO REGISTRO ndash 2012
Lugar do registro
Casamentos por mecircs do registro
Total de
registros Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
RM Curitiba 18877 1466 1250 1572 1282 1403 1533 1248 1255 1735 1753 2118 2262
Curitiba 10351 848 692 857 692 724 872 658 658 971 968 1237 1174
FONTE IBGE DIRETORIA DE PESQUISAS COORDENACcedilAtildeO DE POPULACcedilAtildeO E INDICADORES SOCIAIS ESTATIacuteSTICAS DO REGISTRO CIVIL 2012
Nessa perspectiva foi definido que o mercado que a empresa de bolos e doces
finos vai atuar eacute de Curitiba e regiatildeo metropolitana com foco nas pessoas das classes
A e B com estado civil solteiro divorciado separado judicialmentedesquitado e viuacutevo
412 Produtos que seratildeo vendidos
ldquoNo coraccedilatildeo de uma grande marca haacute um grande produto O produto-chave
na oferta ao mercado Liacutederes de mercado geralmente oferecem produtos e serviccedilos
de qualidade superiorrdquo (KOTLER KELLER 2006 p 366)
Os principais produtos fornecidos seratildeo
Bolos artiacutesticos
FOTO1 - BOLO ARTIacuteSTICO FONTE WANDA CARDOSO - BOLOS ARTIacuteSTICOS amp DOCES
32
Bolos de copa
FOTO2 - BOLO DE COPA FONTE ELABORADO PELO AUTOR
FOTO3 - BOLO DE COPA FONTE ELABORADO PELO AUTOR
Naked cake
FOTO4 - NAKED CAKE FONTE DOCES PENEacuteLOPE
33
Doces Tradicionais
FOTO5 - DOCES TRADICIONAIS FONTE ELABORADO PELO AUTOR
Doces Espelhados
FOTO6 - DOCES ESPELHADOS FONTE PRONTO SOCORRO DAS FESTAS
Doces Finos
FOTO 7 - DOCES FINOS FONTE COMPRANDO MEU APE
34
Brigadeiros gourmet
FOTO8 - BRIGADEIROS GOURMET FONTE ELABORADO PELO AUTOR
Tacinhas acriacutelicas
FOTO9 - TACINHAS ACRIacuteLICAS FONTE BUFFET DELIacuteCIAS DA VI
Trufas
FOTO 10 - TRUFAS FONTE FOGAtildeO DA VOVOacute
35
Bombons
FOTO11 - BOMBONS FONTE DALVA GOLDEN GATE
Bem casados
FOTO12 - BEM CASADOS FONTE CASAMENTO SEM ERRO
FOTO13 - BEM CASADOS FONTE CASAMENTO SEM ERRO
36
413 Preccedilo de venda
A definiccedilatildeo do preccedilo dos produtos eacute uma das decisotildees mais relevantes da
organizaccedilatildeo que deve levar em conta a forma como a empresa deseja se posicionar
no mercado os custos a concorrecircncia e a rentabilidade almejada
O preccedilo eacute um dos elementos mais versaacuteteis pode ser modificado rapidamente
ao contraacuterio das propriedades dos produtos dos contratos com canais de distribuiccedilatildeo
e ateacute mesmo das promoccedilotildees O Preccedilo tem tambeacutem a tarefa de mostrar ao mercado o
posicionamento de valor desejado pela empresa para o seu produto ou marca
(KOTLER KELLER 2006 p 428)
A consolidaccedilatildeo dos preccedilos dos produtos seraacute elaborada levando em conta os
custos para se obter os produtos com a qualidade requinte e sofisticaccedilatildeo desejada
com a margem de lucro esperada e se baseando nos preccedilos praticados pela
concorrecircncia
414 Previsatildeo de vendas
Para Chiavenato (2007 p 2013)
A previsatildeo de vendas representa a quantidade de produtosserviccedilos que a empresa pretende vender ou colocar no mercado durante um determinado periacuteodo geralmente um mecircs ou um ano dividido em meses Constitui portanto uma estimativa ou uma expectativa de vendas Pode ser feita em unidades fiacutesicas ou em valores monetaacuterios
A produccedilatildeo vai ser em meacutedia de 5600 doces (doces finos gourmet e bem
casados) e 4 bolos procurando atender em meacutedia 4 eventos por semana e ateacute 16
eventos por mecircs sendo que nos meses de setembro a dezembro essa demanda
aumenta pelo motivo de historicamente ter um nuacutemero maior de casamentos
37
415 Definiccedilatildeo de local de venda dos produtos
ldquoA venda eacute a fase fundamental do processo de vendas Consiste na
transferecircncia do produtoserviccedilo para o cliente ou consumidorrdquo (CHIAVENATO 2007
p 210)
As vendas vatildeo ocorrer atraveacutes de site proacuteprio redes sociais telefone e
pessoalmente natildeo teremos loja fiacutesica apenas um ateliecirc para confecccedilatildeo dos bolos e
doces onde vai conter uma sala anexa na qual vai ser oferecido o serviccedilo de
degustaccedilatildeo com horaacuterios marcados para assim o cliente decidir quais os produtos
seratildeo adquiridos para o seu evento e fechamento de contrato
416 Definiccedilatildeo da demanda e da oferta
Na maior parte das encomendas os clientes solicitam os doces finos e
gourmet que contecircm chocolates frutas oleaginosas tais como castanhas nozes
avelatildes amecircndoas frutas como framboesa morango damasco cerejas e os bem
casados Os bolos mais solicitados satildeo os com decoraccedilatildeo de pasta americana que
deve obrigatoriamente ter recheios mais firmes como ganaches fios de ovos
strogonoff de nozes e os naked cake (bolo pelado) que possuem mais opccedilotildees de
recheios com chocolates frutas diversas e cremes de pacirctisserie
Em contato com algumas empresas que fornecem o mesmo tipo de produto
foi possiacutevel verificar que as encomendas devem ser feitas com antecedecircncia miacutenima
de 6 meses sendo que alguns casos somente com um ano de antecedecircncia para
conseguir na data desejada Esse eacute um dos pontos que mostra que tem espaccedilo
suficiente para entrada nesse mercado
38
417 Concorrentes
Chiavenato (2007 p 33) Kotler e Keller (2006 p 340) afirmam que os
concorrentes satildeo as organizaccedilotildees que competem pelos mesmos fornecedores
clientes e consumidores
ldquoAgrave medida que seus produtosserviccedilos tornam-se mais heterogecircneos tanto
mais heterogecircneos e diferenciados seratildeo seus concorrentes e tanto mais complexa
seraacute a competitividaderdquo (CHIAVENATO 2007 p 33)
Em busca na internet foi possiacutevel identificar que atualmente existe em meacutedia
25 concorrentes reais que oferecem exatamente os mesmos produtos que seratildeo
fornecidos com o mesmo padratildeo de qualidade valor agregado requinte e
sofisticaccedilatildeo Tambeacutem foi detectado mais 14 concorrentes potenciais que vendem
produtos similares aos que seratildeo vendidos poreacutem natildeo possuem o mesmo valor
agregado dos que vatildeo ser ofertados Foi possiacutevel identificar que alguns concorrentes
oferecem somente os doces finos dos quais foram identificados mais 3 concorrentes
reais e 3 concorrentes potenciais E foi detectado que existem concorrentes que
fornecem apenas os bolos artiacutesticos dos quais foi identificado 4 concorrentes reais
todos fornecem os bolos com o mesmo niacutevel de qualidade que seratildeo fornecidos
A tabela 3 mostra a divisatildeo dos concorrentes reais e potenciais que fornecem
bolos e doces por bairro de Curitiba
39
TABELA 3 - CONCORRENTES QUE FORNECEM BOLOS E DOCES POR BAIRRO
Bairro Quantidade de Concorrentes Reais
Quantidade de Concorrentes Potenciais
Aacutegua Verde 4 1
Ahuacute 1
Bairro Alto 2 1
Barreirinha 1
Barreirinha 1
Bom Retiro 1
Campo Comprido 1
Campo Comprido 1
Cidade Industrial 1
Colombo 1
Fazenda Rio Grande 1
Hauer 1
Hugo Lange 1
Mercecircs 1
Novo Mundo 2 1
Novo Mundo 1
Portatildeo 1
Portatildeo 1
Santa Cacircndida 1
Santa Felicidade 1 1
Santo Inaacutecio 1 1
Satildeo Joseacute dos Pinhais 1
Seminaacuterio 1
Sitio Cercado 1
Tarumatilde 1
Vila Izabel 1
Natildeo Informado 1 2
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
418 Forma de divulgaccedilatildeo dos concorrentes
Todas as empresas pesquisadas que fornecem produtos similares aos que
vamos fornecer utilizam sites proacuteprios e as redes sociais para fazer divulgaccedilatildeo dos
seus produtos todas fazem degustaccedilatildeo para os clientes conhecerem os seus
produtos e posteriormente fechar um contrato
40
42 TAMANHO DO NEGOacuteCIO
421 Capacidade produtiva
A capacidade produtiva vai ser para atender ateacute 4 eventos por semana A
produccedilatildeo vai ser de ateacute 5600 doces (doces finos gourmet e bem casados) e 4 bolos
atendendo ateacute 4 eventos por final de semana e ateacute 16 eventos por mecircs sendo que
nos meses de setembro a dezembro essa demanda aumenta pelo motivo de
historicamente ter um nuacutemero maior de casamentos
422 Investimento
Um dos pontos mais relevantes para abertura de uma empresa eacute a
determinaccedilatildeo do capital miacutenimo para dar iniacutecio nas atividades e principalmente como
obter este capital ldquoEacute com o capital inicial que a empresa tem condiccedilotildees de reunir os
recursos empresariais necessaacuterios ao seu funcionamento sejam eles recursos
humanos materiais ou financeirosrdquo A determinaccedilatildeo do capital eacute o que estabelece a
quantidade de recursos empresariais que a empresa tem disponiacutevel Indiscutivelmente
quanto maior for o volume de recursos empresariais mais faacutecil se torna o desempenho
da empresa Quando todos os recursos necessaacuterios para seu funcionamento estatildeo agrave
disposiccedilatildeo a administraccedilatildeo do empreendimento fica mais simples (CHIAVENATO
2007 p84)
Cabe acrescentar que (LAPPONI 2007 p 321)
O custo inicial refere-se aos desembolsos realizados para aquisiccedilatildeo de equipamentos ou outros ativos fixos incluindo o pagamento de fretes seguros instalaccedilotildees despesas operacionais iniciais com materiais e matildeo de obra treinamento de pessoal de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo etc resumindo o custo inicial inclui todos os desembolsos necessaacuterios para adquirir os ativos necessaacuterios e que estejam em condiccedilotildees de operar e gerar as receitas estimadas
41
O empreendimento iniciaraacute suas atividades com capital investido com
recursos proacuteprios da empreendedora
As estimativas de investimento inicial para abertura da empresa foi de
R$5162851 conforme tabela 4
TABELA 4 - INVESTIMENTO INICIAL
Descriccedilatildeo Valor (R$)
Maacutequinas e equipamentos Cozinha R$ 3084878
Utensiacutelios R$ 555075
Moacuteveis para escritoacuterio R$ 268982
Equipamentos de informaacutetica e eletrocircnicos R$ 446204
Outros custos escritoacuterio R$ 48912
Uniformes R$ 155800
Pintura Imoacutevel R$ 500000
Porta de Vidro R$ 103000
Total R$ 5162851
FONTE ELABORADO PELO AUTOR (2015)
423 Localizaccedilatildeo
Seraacute locado um imoacutevel para a instalaccedilatildeo da empresa localizado na Rua Heitor
Baggio Vidal 2508 Bairro Alto Curitiba ndash PR com o valor do aluguel mensal de
R$160000 (mil e seiscentos reais) O espaccedilo interno de 95msup2 seraacute dividido em trecircs
partes a primeira com 20msup2 vai ficar a recepccedilatildeo para receber os clientes efetuar
orccedilamentos e as degustaccedilotildees a segunda com 71msup2 a cozinha industrial onde seratildeo
fabricados os bolos e doces finos e a terceira com 4msup2 o lavabo
42
FOTO14 - FOTO DO IMOacuteVEL ONDE SERAacute INSTALADA A EMPRESA FONTE MP IMOacuteVEIS
424 Entregas
As entregas dos bolos e doces finos seratildeo efetuadas por uma empresa
parceira localizada no Bairro Alto o preccedilo das entregas em Curitiba e regiatildeo
metropolitana variam de R$2400 (vinte e quatro reais) a R$6000 (sessenta reais)
dependendo da localizaccedilatildeo tais valores seratildeo cobrados dos clientes
43 CAPITAL DE GIRO
O capital de giro inicial foi estimado levando em conta que no primeiro ano a
empresa vai produzir 8333 da sua capacidade atendendo em meacutedia 13 ventos
mensalmente sendo assim foram considerados os gastos operacionais necessaacuterios
para o iniacutecio das atividades incluindo o custo fixo mensal e o estoque inicial ambos
multiplicados por 2 e acrescidos de um percentual de 10 de margem de seguranccedila
para despesas natildeo previstas
43
TABELA 5 - CAPITAL DE GIRO
Item Valor (R$)
Estoque Inicial 5144000
Custo Fixo Mensal 3194783
Reserva (10) 833878
Total do Capital de Giro Inicial 9172662
FONTE ELABORDO PELO AUTOR
44 FLUXO DE CAIXA
ldquoFluxo de Caixa eacute um Instrumento de gestatildeo financeira que projeta para
periacuteodos futuros todas as entradas e as saiacutedas de recursos financeiros da empresa
indicando como seraacute o saldo de caixa para o periacuteodo projetadordquo (SEBRAE)
Na tabela 6 eacute apresentada a projeccedilatildeo do Fluxo de Caixa da empresa para os
seus primeiros cinco anos onde fica evidenciado que do primeiro ateacute o quinto ano a
sauacutede financeira da empresa melhora gradativamente sendo que no final do quinto
ano o saldo em caixa ultrapassa os 300 se comparado com o saldo em caixa no
final do primeiro ano
Pode-se observar que natildeo foi inserida no fluxo de caixa a opccedilatildeo de
inadimplecircncia pois todos os pagamentos seratildeo efetuados agrave vista em dinheiro ou
cartatildeo sendo que o pagamento total dos produtos deve ser efetuado no miacutenimo 10
dias antes da data do evento
44
TABELA 6 - PROJECcedilAtildeO DE FLUXO DE CAIXA NOS PRIMEIROS CINCO ANOS
Descriccedilatildeo Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5
Investimento Inicial (5162851)
Capital de Giro (9172662) 9172662
Valor Residual 1548855
Total de entradas 000 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873
Previsatildeo Receitas de vendas 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873
Total de Saiacutedas (14335513) (44888699) (54283425) (59479393) (64738409) (70291804)
(-)Fornecedores (25720000) (33641760) (36669518) (39969775) (43567055)
(-)Folha de pagamento (3267192) (3593911) (3953302) (4348633) (4783496)
(-)Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)
(963216) (1011377) (1061946) (1115043) (1170795)
(-)Retiradas soacutecios (2400000) (2640000) (3432000) (3946800) (4341480)
(-)Impostos s vendas (4654291) (5073177) (5573767) (6075406) (6622192)
(-)Alugueacuteis (1920000) (2016000) (2116800) (2222640) (2333772)
(-)Energia eleacutetrica (840000) (882000) (926100) (972405) (1021025)
(-)Aacutegua (300000) (315000) (330750) (347288) (364652)
(-)Telefone (384000) (403200) (423360) (444528) (466754)
(-)Gaacutes (588000) (617400) (648270) (680684) (714718)
(-)Serviccedilos contabilidade (960000) (1008000) (1058400) (1111320) (1166886)
(-)Manutenccedilatildeo (600000) (630000) (661500) (694575) (729304)
(-)Outras despesas com funcionaacuterios
(1296000) (1405800) (1525590) (1656320) (1799030)
(-)Taxas bancaacuterias (96000) (100800) (105840) (111132) (116689)
(-)Outros pagamentos (900000) (945000) (992250) (1041863) (1093956)
Entradas - Saiacutedas (14335513) 12981301 21410535 23027023 25193585 27734070
Depreciaccedilatildeo 000 (631377) (631377) (631377) (631377) (631377)
Saldo Final (14335513) 12349924 20779158 22395647 24562208 37824209
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
A depreciaccedilatildeo foi calculada considerando o prazo de vida uacutetil meacutedio de 10
anos das maacutequinas equipamentos instalaccedilotildees moacuteveis e utensiacutelios e para os
computadores e perifeacutericos foi considerado o prazo de vida uacutetil de 5 anos conforme
demonstrado na tabela 7
TABELA 7 - DEPRECIACcedilAtildeO
Item Valor Inicial Taxa Anual Depreciaccedilatildeo Anual (R$)
Maacutequinas e equipamentos 3084878 10 308488
Instalaccedilotildees 103000 10 10300
Moacuteveis e Utensiacutelios 824057 10 82406
Computadores e Perifeacutericos 446204 20 89241
Outros 704712 20 140942
Total 631377
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
45
O valor residual dos equipamentos e instalaccedilotildees da empresa no final do quinto
ano foi considerado em 30 referente ao valor de aquisiccedilatildeo dos mesmos no iniacutecio do
projeto
45 ANAacuteLISE DOS INDICADORES (VPL TIR E PAYBACK)
451 Valor Presente Liacutequido (VPL)
A tabela 8 mostra que o VPL (Valor Presente Liacutequido) eacute positivo isso significa
que aleacutem de recuperar o investimento inicial ainda vai ser agregado ao valor da
empresa um montante de R$ R$50392407 (quinhentos e trecircs mil novecentos e vinte
quatro reais e sete centavos)
A taxa de retorno requerida de 20 foi determinada levando em conta o niacutevel
de risco do projeto e visando o valor desejado para se obter em cima do valor
investido
TABELA 8 - CALCULO DO VALOR PRESENTE LIacuteQUIDO (VPL)
Anos FC k 2000
0 -$143355 VPL $50392407
1 $123499 VPL $50392407
2 $207792 VPL $50392407
3 $223956 VPL $21761126
4 $245622 VPL $21761126
5 $378242 Decisatildeo Aceitar o Projeto
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
452 Taxa Interna de Retorno (TIR)
Conforme a tabela 9 eacute possiacutevel verificar que a TIR (Taxa Interna de Retorno)
eacute de 11593 maior que a taxa requerida de 20 isso significa que custo inicial seraacute
46
recuperado e o projeto vai criar valor para empresa mais um resultado favoraacutevel para
a aceitaccedilatildeo do projeto
TABELA 9 - TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR)
Anos FC
0 -$143355 TIR 11593
1 $123499 TIR 2168
2 $207792 TIR 2168
3 $223956 Decisatildeo
4 $245622 k 2000
5 $378242 Aceitar o projeto
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
453 Payback
O tempo de recuperaccedilatildeo do custo inicial ocorre normalmente entre o quarto e
o quinto ano se for feita a anaacutelise da tabela 10 eacute possiacutevel verificar que o tempo
necessaacuterio para o retorno do investimento (payback) do projeto eacute de 128 anos este
indicador mostra claramente que o projeto deve ser aceito pois o tempo de retorno
estaacute bem abaixo do tempo meacutedio dos empreendimentos como um todo
TABELA 10 - PAYBACK
k 20
Anos FC SPresente
0 -$143355 -$143355 PBD-SP = 128
1 $123499 -$40439 128
2 $207792 $103861
3 $223956 $233465
4 $245622 $351917
5 $378242 $503924
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
47
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Para iniciar um negoacutecio requer muito mais do que apenas o espiacuterito
empreendedor eacute necessaacuterio ter lideranccedila conhecimento sobre o mercado que deseja
atuar organizaccedilatildeo e principalmente planejamento
O principal objetivo desse estudo foi analisar a viabilidade econocircmico-
financeira da abertura de uma empresa de bolos e doces finos no Bairro Alto em
Curitiba
O objetivo apresentado nesta pesquisa foi atingido pois todos os indicadores
analisados mostram com clareza que empresa obteacutem resultados positivos que criam
valor para a mesma e com isso o projeto eacute viaacutevel economicamente pois do primeiro
ao quinto ano fica visiacutevel o crescimento do empreendimento e a melhora significativa
da sua sauacutede financeira isso fica evidenciado no saldo final em caixa no quinto ano
que chega proacuteximo haacute 400 mil reais Apesar disso eacute crucial o acompanhamento do
mercado para seguir as tendecircncias e se atualizar constantemente para tomar
decisotildees mais assertivas
Um negoacutecio mal avaliado pode arruinar a estabilidade econocircmica do
investidor por isso eacute de extrema importacircncia fazer todos os levantamentos de custos
antes de se aventurar em qualquer empreendimento
Eacute possiacutevel comprovar que a pesquisa realizada contribui positivamente para
abertura da empresa No entanto as informaccedilotildees aqui presentes natildeo satildeo estaacuteticas e
devem ser revisadas periodicamente e se preciso ateacute mesmo ampliadas no decorrer
da implantaccedilatildeo do projeto para que o mesmo seja uma ferramenta eficiente e eficaz
no desenvolvimento da empresa como um todo
48
REFEREcircNCIAS
BRITO Paulo Anaacutelise e viabilidade de projetos de investimento Satildeo Paulo Atlas 2003 DOLABELA Fernando O segredo de Luiacutesa 30 ed Satildeo Paulo Editora de Cultura 2006 DORNELAS Joseacute Carlos Assis Empreendedorismo transformando ideias em negoacutecios 4 ed Rio de Janeiro Campus Elsevier 2012 CENSO Demograacutefico 2010 Resultados gerais da amostra Curitiba IBGE 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=410690ampidtema=87ampsearch=parana|curitiba|censo-demografico-2010-resultados-gerais-da-amostra-gt Acesso em 21 de Junho de 2015 CHIAVENATO Idalberto Empreendedorismo dando asas ao espiacuterito empreendedor empreendedorismo e a viabilidade de novas empresas um guia eficiente para iniciar e tocar seu proacuteprio negoacutecio 2 ed Satildeo Paulo Saraiva 2007 ESTATIacuteSTICAS do registro civil 2012 Curitiba IBGE 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaoregistrocivil2012default_xlsshtmgt Acesso em 21 de Junho de 2015 GIL Antonio Carlos Meacutetodos e teacutecnicas de pesquisa social 6 ed Satildeo Paulo Atlas 2008 KOTLER Philip KELLER Kevin Lane Administraccedilatildeo de Marketing 12 ed Satildeo Paulo ABDR 2006 LAPPONI Juan Carlos Projetos de Investimento na Empresa Rio de Janeiro Elsevier 2007 MACHADO Jesseacute Anderson Pinto Projetos Econocircmicos uma abordagem praacutetica de elaboraccedilatildeo Satildeo Paulo Nobel 2002 MICHEL Maria Helena Metodologia e pesquisa cientiacutefica em ciecircncias sociais 2 ed Satildeo Paulo Atlas 2009 OLIVEIRA Djalma de Pinho Rebouccedilas de Planejamento estrateacutegico conceitos metodologia e praacuteticas 20 ed Satildeo Paulo Atlas 2004 PRODANOV Cleber Cristiano ERNANI Cesar de Freitas Metodologia do trabalho cientiacutefico meacutetodo e teacutecnicas da pesquisa e do trabalho acadecircmico 2 ed Novo Hamburgo Freevale 2013
49
REBELATTO Dayse Projeto de Investimento 1 ed Barueri Manole 2004 SEBRAE Pesquisa de Mercado o que eacute e para que serve Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrsitesPortalSebraeartigosPesquisa-de-mercado-o-que-C3A9-e-para-que-servegt Acesso em 21 de Junho de 2015 SEBRAE Fluxo de caixa Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrSebraePortal20SebraeAnexos0_fluxo-de-caixapdfgt Acesso em 10 de Outubro de 2015 WILDAUER Egon Walter Plano de negoacutecios elementos construtivos e processos de elaboraccedilatildeo 2 ed Curitiba Ibpex 2011 WOILER Samsatildeo MATHIAS Washington Franco Projetos planejamento elaboraccedilatildeo anaacutelise 1 ed Satildeo Paulo Atlas 1994
50
APEcircNDICES
APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL 51
APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS 52
APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL 52
51
APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL
Item Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5
Aacutegua 25000 26250 27563 28941 30388
Aluguel 160000 168000 176400 185220 194481
Assessoria Contaacutebil 80000 84000 88200 92610 97241
Gaacutes 49000 51450 54023 56724 59560
Impostos 387858 422765 464481 506284 551849
Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)
80268 84281 88495 92920 97566
Energia eleacutetrica 70000 73500 77175 81034 85085
Manutenccedilatildeo 50000 52500 55125 57881 60775
Material de escritoacuterio 20000 21000 22050 23153 24310
Material de Limpeza 40000 42000 44100 46305 48620
Folha de pagamento 272266 299493 329442 362386 398625
Seguros 15000 15750 16538 17364 18233
Telefone fixointernet 20000 21000 22050 23153 24310
Telefone Moacutevel 12000 12600 13230 13892 14586
Vale Refeiccedilatildeo 75000 82500 90750 99825 109808
Vale Transporte 33000 34650 36383 38202 40112
Proacute- labore 200000 220000 286000 328900 361790
Taxas Bancaacuterias 8000 8400 8820 9261 9724
Total R$ 1597392 R$ 1720139 R$ 1900823 R$ 2064053 R$ 2227062
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
52
APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS
Item
Produccedilatildeo mensal meacutedia
Custo unitaacuterio total
Sugestatildeo Preccedilo de venda
Custo Mensal Total
Receita de vendas
Bolos artiacutesticos (recheios diversos) 150 6000 13500 900000 2025000
Bolos de copa (recheios diversos) 30 3600 8100 108000 243000
Naked cake (recheios diversos) 60 4200 9450 252000 567000
Doces Tradicionais 32 3500 7875 112000 252000
Doces Espelhados 32 5000 11250 160000 360000
Doces Finos 32 7500 16875 240000 540000
Brigadeiros gourmet 16 4500 10125 72000 162000
Tacinhas acriacutelicas 16 5500 12375 88000 198000
Trufas 32 5000 11250 160000 360000
Bombons 32 5000 11250 160000 360000
Bem casados 3200 100 225 320000 720000
Custo produccedilatildeo Total 2572000
Receita Total 5787000
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL
Ano Receita Bruta Variaccedilatildeo anual
Ano 1 000
Ano 2 69444000 9
Ano 3 75693960 9
Ano 4 82506416 9
Ano 5 89931994 9
Valor considerando a inflaccedilatildeo de 9 aa
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
27
3 METODOLOGIA
Este capiacutetulo tem por objetivo descrever os procedimentos e teacutecnicas
utilizados na pesquisa considerando o problema e aos objetivos gerais e especiacuteficos
Para a execuccedilatildeo da revisatildeo bibliograacutefica realizada neste estudo foi utilizado
livros de especialistas na aacuterea os principais temas abordados foram o
empreendedorismo que eacute um assunto chave quando surge uma ideia para um novo
negoacutecio plano de negoacutecios que eacute um elemento fundamental para o sucesso ou
fracasso de um empreendimento e a viabilidade econocircmico-financeira tema
fundamental visto que o objetivo geral da pesquisa eacute mensurar se a mesma eacute viaacutevel
ou natildeo economicamente
Foi elaborada uma anaacutelise de mercado que estaacute disponiacutevel no item 41 deste
estudo atraveacutes da mesma foi identificado que os principais clientes satildeo das classes
A e B de Curitiba regiatildeo metropolitana no item 42 foi efetuado um levantamento do
tamanho do negoacutecio onde foi definida a capacidade produtiva o investimento inicial e
a localizaccedilatildeo do empreendimento no item 44foi elaborado o fluxo de caixa que
demonstra as previsotildees financeiras do periacuteodo de 5 anos o meacutetodo utilizado para
elaborar a pesquisa foi um estudo de caso de natureza exploratoacuteria quantitativa e
anaacutelise documental
O estudo de caso eacute evidenciado por um estudo minucioso e cansativo de um
ou poucos objetivos desta forma propicia um vasto e detalhado conhecimento sobre
o assunto uma missatildeo praticamente impossiacutevel mediante as outras maneiras de
delineamentos consideradas (GIL 2008 p 57-58)
Prodanov e Freitas (2013 p60) afirmam que o estudo de caso consiste em
recolher e analisar dados sobre determinado indiviacuteduo famiacutelia grupo ou comunidade
com a finalidade de estudar diferentes aspectos das suas vidas conforme o assunto
da pesquisa
Jaacute as pesquisas exploratoacuterias satildeo definidas por Gil (2008 p 27) como as que
Tecircm como principal finalidade desenvolver esclarecer e modificar conceitos e ideias tendo em vista a formulaccedilatildeo de problemas mais precisos ou hipoacuteteses pesquisaacuteveis para estudos posteriores De todos os tipos de pesquisa estas satildeo as que apresentam menor rigidez no planejamento Habitualmente envolvem levantamento bibliograacutefico e documental entrevistas natildeo padronizadas e estudos de caso
28
A pesquisa quantitativa ldquoconsidera que tudo pode ser quantificaacutevel o que
significa traduzir em nuacutemeros opiniotildees e informaccedilotildees para classificaacute-las e analisaacute-lasrdquo
Eacute necessaacuteria a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas estatiacutesticas tais como porcentagem meacutedia
moda desvio-padratildeo coeficiente de correlaccedilatildeo etc (PRODANOV FREITAS 2013
p 69)
Muitos dados que satildeo utilizados em pesquisas satildeo adquiridos indiretamente
por meio de documentosrdquo como livros jornais papeacuteis oficiais registros estatiacutesticos
fotos discos filmes e viacutedeos que satildeo obtidos de maneira indiretardquo Essas fontes
documentais tecircm a capacidade de disponibilizar ao pesquisador um grande nuacutemero
de informaccedilotildees com bastante qualidade para evitar a perda de tempo (GIL 2008 p
147)
Este modelo de pesquisa foi utilizado para definir os principais clientes quais
os produtos que seratildeo vendidos a capacidade produtiva assim como a viabilidade
econocircmico-financeira e operacional do negoacutecio
29
4 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES
41 ANAacuteLISE DE MERCADO
Woiler e Mathias (1994 p41) e Rebelatto (2004 p01) afirmam que a anaacutelise
de mercado eacute um dos pontos mais relevantes para elaboraccedilatildeo de um projeto Atraveacutes
do estudo do mercado obtemos muitas informaccedilotildees tais como
Fazendo a comparaccedilatildeo entre demanda e a oferta encontramos a
possiacutevel escassez da demanda futura Esse resultado proporcionaraacute
informaccedilotildees para que seja definida a escala de produccedilatildeo do projeto
A regiatildeo geograacutefica em que o produto pode ser vendido eacute um dos pontos
mais significativos para que seja definida a localizaccedilatildeo do empreendimento
O preccedilo de venda os custos de comercializaccedilatildeo e os estoques nos
canais de comercializaccedilatildeo satildeo informaccedilotildees relevantes para que seja
elaborada a projeccedilatildeo do projeto
Vale salientar que esses satildeo apenas alguns elementos importantes que eacute
possiacutevel identificar na anaacutelise de mercado existe muitos outros dados que satildeo obtidos
com a mesma
411 Mercado consumidor
ldquoTodas as decisotildees relacionadas a novos empreendimentos contecircm certo
grau de incerteza tanto no que diz respeito agrave informaccedilatildeo na qual as decisotildees estatildeo
baseadas como no que diz respeito agraves suas consequecircnciasrdquo (SEBRAE)
Chiavenato acredita que os clientes tecircm a capacidade de alavancar ou
derrubar um empreendimento ldquoUm cliente pode ser uma organizaccedilatildeo uma empresa
um usuaacuterio dos produtosserviccedilos ou um consumidor finalrdquo Eacute quem adquiri os
produtosserviccedilos ofertados pela organizaccedilatildeo no final da cadeia de transaccedilotildees Eacute ele
que estabelece direta ou indiretamente se o empreendimento teraacute ecircxito ou natildeo Por
30
isso o cliente deve ser considerado como o principal patrimocircnio da empresa (2007
p 207)
Segundo dados do censo 2010 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e
estatiacutestica) dos 576190 (quinhentos e setenta e seis mil cento e noventa) domiciacutelios
de Curitiba 292965 (duzentos e noventa e dois mil novecentos e sessenta e cinco)
possuem renda de mais de 5 a mais de 20 salaacuterios miacutenimos sendo assim cerca de
5085 dos domiciacutelios curitibanos estatildeo enquadrados nas classes A e B Ainda
segundo o IBGE cerca de 137922 (cento e trinta e sete mil novecentos e vinte e dois)
domiciacutelios curitibanos tecircm renda de mais de 10 salaacuterios miacutenimos o que representa
uma meacutedia de 24 dos domiciacutelios de Curitiba
Mais de 249000 (duzentos e quarenta e nove mil) pessoas que residem em
Curitiba cerca de 1423 da populaccedilatildeo tem rendimento mensal de mais de 5 salaacuterios
miacutenimos conforme Tabela 1
TABELA 1 - RESULTADOS DA AMOSTRA - RENDIMENTO POR PESSOA EM CURITIBA
Quantidade de pessoas Salaacuterios miacutenimos
153011 Mais de 5 a 10 salaacuterios miacutenimos
38692 Mais de 10 a 15 salaacuterios miacutenimos
25427 Mais de 15 a 20 salaacuterios miacutenimos
18264 Mais de 20 a 30 salaacuterios miacutenimos
13791 Mais de 30 salaacuterios miacutenimos
FONTE IBGE - CENSO DEMOGRAacuteFICO 2010
Curitiba possui uma populaccedilatildeo de mais de 1750000 (um milhatildeo setecentos
e cinquenta mil habitantes) segundo censo IBGE 2010 sendo que 932000
(novecentos e trinta e dois mil) pessoas com o estado civil de solteiro viuacutevo
divorciado separado judicialmentedesquitado isso mostra que tem muitas pessoas
que podem fazer festas de casamento e necessitar dos produtos que seratildeo ofertados
tais como bolos artiacutesticos doces finos e bem casados
Segundo as estatiacutesticas do registro civil do IBGE ocorreram em Curitiba e
regiatildeo metropolitana no ano 2012 exatamente 18877 (dezoito mil oitocentos e setenta
e sete) casamentos sendo que nos meses de setembro a dezembro foi onde ocorreu
um maior nuacutemero um total de 7828 (sete mil oitocentos e vinte e oito) casamentos o
que representa um total de 4147 dos casamentos ocorrem nesses quatro meses
do ano
31
TABELA 2 - CASAMENTOS POR MEcircS DE REGISTRO SEGUNDO O LUGAR DO REGISTRO ndash 2012
Lugar do registro
Casamentos por mecircs do registro
Total de
registros Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
RM Curitiba 18877 1466 1250 1572 1282 1403 1533 1248 1255 1735 1753 2118 2262
Curitiba 10351 848 692 857 692 724 872 658 658 971 968 1237 1174
FONTE IBGE DIRETORIA DE PESQUISAS COORDENACcedilAtildeO DE POPULACcedilAtildeO E INDICADORES SOCIAIS ESTATIacuteSTICAS DO REGISTRO CIVIL 2012
Nessa perspectiva foi definido que o mercado que a empresa de bolos e doces
finos vai atuar eacute de Curitiba e regiatildeo metropolitana com foco nas pessoas das classes
A e B com estado civil solteiro divorciado separado judicialmentedesquitado e viuacutevo
412 Produtos que seratildeo vendidos
ldquoNo coraccedilatildeo de uma grande marca haacute um grande produto O produto-chave
na oferta ao mercado Liacutederes de mercado geralmente oferecem produtos e serviccedilos
de qualidade superiorrdquo (KOTLER KELLER 2006 p 366)
Os principais produtos fornecidos seratildeo
Bolos artiacutesticos
FOTO1 - BOLO ARTIacuteSTICO FONTE WANDA CARDOSO - BOLOS ARTIacuteSTICOS amp DOCES
32
Bolos de copa
FOTO2 - BOLO DE COPA FONTE ELABORADO PELO AUTOR
FOTO3 - BOLO DE COPA FONTE ELABORADO PELO AUTOR
Naked cake
FOTO4 - NAKED CAKE FONTE DOCES PENEacuteLOPE
33
Doces Tradicionais
FOTO5 - DOCES TRADICIONAIS FONTE ELABORADO PELO AUTOR
Doces Espelhados
FOTO6 - DOCES ESPELHADOS FONTE PRONTO SOCORRO DAS FESTAS
Doces Finos
FOTO 7 - DOCES FINOS FONTE COMPRANDO MEU APE
34
Brigadeiros gourmet
FOTO8 - BRIGADEIROS GOURMET FONTE ELABORADO PELO AUTOR
Tacinhas acriacutelicas
FOTO9 - TACINHAS ACRIacuteLICAS FONTE BUFFET DELIacuteCIAS DA VI
Trufas
FOTO 10 - TRUFAS FONTE FOGAtildeO DA VOVOacute
35
Bombons
FOTO11 - BOMBONS FONTE DALVA GOLDEN GATE
Bem casados
FOTO12 - BEM CASADOS FONTE CASAMENTO SEM ERRO
FOTO13 - BEM CASADOS FONTE CASAMENTO SEM ERRO
36
413 Preccedilo de venda
A definiccedilatildeo do preccedilo dos produtos eacute uma das decisotildees mais relevantes da
organizaccedilatildeo que deve levar em conta a forma como a empresa deseja se posicionar
no mercado os custos a concorrecircncia e a rentabilidade almejada
O preccedilo eacute um dos elementos mais versaacuteteis pode ser modificado rapidamente
ao contraacuterio das propriedades dos produtos dos contratos com canais de distribuiccedilatildeo
e ateacute mesmo das promoccedilotildees O Preccedilo tem tambeacutem a tarefa de mostrar ao mercado o
posicionamento de valor desejado pela empresa para o seu produto ou marca
(KOTLER KELLER 2006 p 428)
A consolidaccedilatildeo dos preccedilos dos produtos seraacute elaborada levando em conta os
custos para se obter os produtos com a qualidade requinte e sofisticaccedilatildeo desejada
com a margem de lucro esperada e se baseando nos preccedilos praticados pela
concorrecircncia
414 Previsatildeo de vendas
Para Chiavenato (2007 p 2013)
A previsatildeo de vendas representa a quantidade de produtosserviccedilos que a empresa pretende vender ou colocar no mercado durante um determinado periacuteodo geralmente um mecircs ou um ano dividido em meses Constitui portanto uma estimativa ou uma expectativa de vendas Pode ser feita em unidades fiacutesicas ou em valores monetaacuterios
A produccedilatildeo vai ser em meacutedia de 5600 doces (doces finos gourmet e bem
casados) e 4 bolos procurando atender em meacutedia 4 eventos por semana e ateacute 16
eventos por mecircs sendo que nos meses de setembro a dezembro essa demanda
aumenta pelo motivo de historicamente ter um nuacutemero maior de casamentos
37
415 Definiccedilatildeo de local de venda dos produtos
ldquoA venda eacute a fase fundamental do processo de vendas Consiste na
transferecircncia do produtoserviccedilo para o cliente ou consumidorrdquo (CHIAVENATO 2007
p 210)
As vendas vatildeo ocorrer atraveacutes de site proacuteprio redes sociais telefone e
pessoalmente natildeo teremos loja fiacutesica apenas um ateliecirc para confecccedilatildeo dos bolos e
doces onde vai conter uma sala anexa na qual vai ser oferecido o serviccedilo de
degustaccedilatildeo com horaacuterios marcados para assim o cliente decidir quais os produtos
seratildeo adquiridos para o seu evento e fechamento de contrato
416 Definiccedilatildeo da demanda e da oferta
Na maior parte das encomendas os clientes solicitam os doces finos e
gourmet que contecircm chocolates frutas oleaginosas tais como castanhas nozes
avelatildes amecircndoas frutas como framboesa morango damasco cerejas e os bem
casados Os bolos mais solicitados satildeo os com decoraccedilatildeo de pasta americana que
deve obrigatoriamente ter recheios mais firmes como ganaches fios de ovos
strogonoff de nozes e os naked cake (bolo pelado) que possuem mais opccedilotildees de
recheios com chocolates frutas diversas e cremes de pacirctisserie
Em contato com algumas empresas que fornecem o mesmo tipo de produto
foi possiacutevel verificar que as encomendas devem ser feitas com antecedecircncia miacutenima
de 6 meses sendo que alguns casos somente com um ano de antecedecircncia para
conseguir na data desejada Esse eacute um dos pontos que mostra que tem espaccedilo
suficiente para entrada nesse mercado
38
417 Concorrentes
Chiavenato (2007 p 33) Kotler e Keller (2006 p 340) afirmam que os
concorrentes satildeo as organizaccedilotildees que competem pelos mesmos fornecedores
clientes e consumidores
ldquoAgrave medida que seus produtosserviccedilos tornam-se mais heterogecircneos tanto
mais heterogecircneos e diferenciados seratildeo seus concorrentes e tanto mais complexa
seraacute a competitividaderdquo (CHIAVENATO 2007 p 33)
Em busca na internet foi possiacutevel identificar que atualmente existe em meacutedia
25 concorrentes reais que oferecem exatamente os mesmos produtos que seratildeo
fornecidos com o mesmo padratildeo de qualidade valor agregado requinte e
sofisticaccedilatildeo Tambeacutem foi detectado mais 14 concorrentes potenciais que vendem
produtos similares aos que seratildeo vendidos poreacutem natildeo possuem o mesmo valor
agregado dos que vatildeo ser ofertados Foi possiacutevel identificar que alguns concorrentes
oferecem somente os doces finos dos quais foram identificados mais 3 concorrentes
reais e 3 concorrentes potenciais E foi detectado que existem concorrentes que
fornecem apenas os bolos artiacutesticos dos quais foi identificado 4 concorrentes reais
todos fornecem os bolos com o mesmo niacutevel de qualidade que seratildeo fornecidos
A tabela 3 mostra a divisatildeo dos concorrentes reais e potenciais que fornecem
bolos e doces por bairro de Curitiba
39
TABELA 3 - CONCORRENTES QUE FORNECEM BOLOS E DOCES POR BAIRRO
Bairro Quantidade de Concorrentes Reais
Quantidade de Concorrentes Potenciais
Aacutegua Verde 4 1
Ahuacute 1
Bairro Alto 2 1
Barreirinha 1
Barreirinha 1
Bom Retiro 1
Campo Comprido 1
Campo Comprido 1
Cidade Industrial 1
Colombo 1
Fazenda Rio Grande 1
Hauer 1
Hugo Lange 1
Mercecircs 1
Novo Mundo 2 1
Novo Mundo 1
Portatildeo 1
Portatildeo 1
Santa Cacircndida 1
Santa Felicidade 1 1
Santo Inaacutecio 1 1
Satildeo Joseacute dos Pinhais 1
Seminaacuterio 1
Sitio Cercado 1
Tarumatilde 1
Vila Izabel 1
Natildeo Informado 1 2
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
418 Forma de divulgaccedilatildeo dos concorrentes
Todas as empresas pesquisadas que fornecem produtos similares aos que
vamos fornecer utilizam sites proacuteprios e as redes sociais para fazer divulgaccedilatildeo dos
seus produtos todas fazem degustaccedilatildeo para os clientes conhecerem os seus
produtos e posteriormente fechar um contrato
40
42 TAMANHO DO NEGOacuteCIO
421 Capacidade produtiva
A capacidade produtiva vai ser para atender ateacute 4 eventos por semana A
produccedilatildeo vai ser de ateacute 5600 doces (doces finos gourmet e bem casados) e 4 bolos
atendendo ateacute 4 eventos por final de semana e ateacute 16 eventos por mecircs sendo que
nos meses de setembro a dezembro essa demanda aumenta pelo motivo de
historicamente ter um nuacutemero maior de casamentos
422 Investimento
Um dos pontos mais relevantes para abertura de uma empresa eacute a
determinaccedilatildeo do capital miacutenimo para dar iniacutecio nas atividades e principalmente como
obter este capital ldquoEacute com o capital inicial que a empresa tem condiccedilotildees de reunir os
recursos empresariais necessaacuterios ao seu funcionamento sejam eles recursos
humanos materiais ou financeirosrdquo A determinaccedilatildeo do capital eacute o que estabelece a
quantidade de recursos empresariais que a empresa tem disponiacutevel Indiscutivelmente
quanto maior for o volume de recursos empresariais mais faacutecil se torna o desempenho
da empresa Quando todos os recursos necessaacuterios para seu funcionamento estatildeo agrave
disposiccedilatildeo a administraccedilatildeo do empreendimento fica mais simples (CHIAVENATO
2007 p84)
Cabe acrescentar que (LAPPONI 2007 p 321)
O custo inicial refere-se aos desembolsos realizados para aquisiccedilatildeo de equipamentos ou outros ativos fixos incluindo o pagamento de fretes seguros instalaccedilotildees despesas operacionais iniciais com materiais e matildeo de obra treinamento de pessoal de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo etc resumindo o custo inicial inclui todos os desembolsos necessaacuterios para adquirir os ativos necessaacuterios e que estejam em condiccedilotildees de operar e gerar as receitas estimadas
41
O empreendimento iniciaraacute suas atividades com capital investido com
recursos proacuteprios da empreendedora
As estimativas de investimento inicial para abertura da empresa foi de
R$5162851 conforme tabela 4
TABELA 4 - INVESTIMENTO INICIAL
Descriccedilatildeo Valor (R$)
Maacutequinas e equipamentos Cozinha R$ 3084878
Utensiacutelios R$ 555075
Moacuteveis para escritoacuterio R$ 268982
Equipamentos de informaacutetica e eletrocircnicos R$ 446204
Outros custos escritoacuterio R$ 48912
Uniformes R$ 155800
Pintura Imoacutevel R$ 500000
Porta de Vidro R$ 103000
Total R$ 5162851
FONTE ELABORADO PELO AUTOR (2015)
423 Localizaccedilatildeo
Seraacute locado um imoacutevel para a instalaccedilatildeo da empresa localizado na Rua Heitor
Baggio Vidal 2508 Bairro Alto Curitiba ndash PR com o valor do aluguel mensal de
R$160000 (mil e seiscentos reais) O espaccedilo interno de 95msup2 seraacute dividido em trecircs
partes a primeira com 20msup2 vai ficar a recepccedilatildeo para receber os clientes efetuar
orccedilamentos e as degustaccedilotildees a segunda com 71msup2 a cozinha industrial onde seratildeo
fabricados os bolos e doces finos e a terceira com 4msup2 o lavabo
42
FOTO14 - FOTO DO IMOacuteVEL ONDE SERAacute INSTALADA A EMPRESA FONTE MP IMOacuteVEIS
424 Entregas
As entregas dos bolos e doces finos seratildeo efetuadas por uma empresa
parceira localizada no Bairro Alto o preccedilo das entregas em Curitiba e regiatildeo
metropolitana variam de R$2400 (vinte e quatro reais) a R$6000 (sessenta reais)
dependendo da localizaccedilatildeo tais valores seratildeo cobrados dos clientes
43 CAPITAL DE GIRO
O capital de giro inicial foi estimado levando em conta que no primeiro ano a
empresa vai produzir 8333 da sua capacidade atendendo em meacutedia 13 ventos
mensalmente sendo assim foram considerados os gastos operacionais necessaacuterios
para o iniacutecio das atividades incluindo o custo fixo mensal e o estoque inicial ambos
multiplicados por 2 e acrescidos de um percentual de 10 de margem de seguranccedila
para despesas natildeo previstas
43
TABELA 5 - CAPITAL DE GIRO
Item Valor (R$)
Estoque Inicial 5144000
Custo Fixo Mensal 3194783
Reserva (10) 833878
Total do Capital de Giro Inicial 9172662
FONTE ELABORDO PELO AUTOR
44 FLUXO DE CAIXA
ldquoFluxo de Caixa eacute um Instrumento de gestatildeo financeira que projeta para
periacuteodos futuros todas as entradas e as saiacutedas de recursos financeiros da empresa
indicando como seraacute o saldo de caixa para o periacuteodo projetadordquo (SEBRAE)
Na tabela 6 eacute apresentada a projeccedilatildeo do Fluxo de Caixa da empresa para os
seus primeiros cinco anos onde fica evidenciado que do primeiro ateacute o quinto ano a
sauacutede financeira da empresa melhora gradativamente sendo que no final do quinto
ano o saldo em caixa ultrapassa os 300 se comparado com o saldo em caixa no
final do primeiro ano
Pode-se observar que natildeo foi inserida no fluxo de caixa a opccedilatildeo de
inadimplecircncia pois todos os pagamentos seratildeo efetuados agrave vista em dinheiro ou
cartatildeo sendo que o pagamento total dos produtos deve ser efetuado no miacutenimo 10
dias antes da data do evento
44
TABELA 6 - PROJECcedilAtildeO DE FLUXO DE CAIXA NOS PRIMEIROS CINCO ANOS
Descriccedilatildeo Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5
Investimento Inicial (5162851)
Capital de Giro (9172662) 9172662
Valor Residual 1548855
Total de entradas 000 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873
Previsatildeo Receitas de vendas 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873
Total de Saiacutedas (14335513) (44888699) (54283425) (59479393) (64738409) (70291804)
(-)Fornecedores (25720000) (33641760) (36669518) (39969775) (43567055)
(-)Folha de pagamento (3267192) (3593911) (3953302) (4348633) (4783496)
(-)Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)
(963216) (1011377) (1061946) (1115043) (1170795)
(-)Retiradas soacutecios (2400000) (2640000) (3432000) (3946800) (4341480)
(-)Impostos s vendas (4654291) (5073177) (5573767) (6075406) (6622192)
(-)Alugueacuteis (1920000) (2016000) (2116800) (2222640) (2333772)
(-)Energia eleacutetrica (840000) (882000) (926100) (972405) (1021025)
(-)Aacutegua (300000) (315000) (330750) (347288) (364652)
(-)Telefone (384000) (403200) (423360) (444528) (466754)
(-)Gaacutes (588000) (617400) (648270) (680684) (714718)
(-)Serviccedilos contabilidade (960000) (1008000) (1058400) (1111320) (1166886)
(-)Manutenccedilatildeo (600000) (630000) (661500) (694575) (729304)
(-)Outras despesas com funcionaacuterios
(1296000) (1405800) (1525590) (1656320) (1799030)
(-)Taxas bancaacuterias (96000) (100800) (105840) (111132) (116689)
(-)Outros pagamentos (900000) (945000) (992250) (1041863) (1093956)
Entradas - Saiacutedas (14335513) 12981301 21410535 23027023 25193585 27734070
Depreciaccedilatildeo 000 (631377) (631377) (631377) (631377) (631377)
Saldo Final (14335513) 12349924 20779158 22395647 24562208 37824209
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
A depreciaccedilatildeo foi calculada considerando o prazo de vida uacutetil meacutedio de 10
anos das maacutequinas equipamentos instalaccedilotildees moacuteveis e utensiacutelios e para os
computadores e perifeacutericos foi considerado o prazo de vida uacutetil de 5 anos conforme
demonstrado na tabela 7
TABELA 7 - DEPRECIACcedilAtildeO
Item Valor Inicial Taxa Anual Depreciaccedilatildeo Anual (R$)
Maacutequinas e equipamentos 3084878 10 308488
Instalaccedilotildees 103000 10 10300
Moacuteveis e Utensiacutelios 824057 10 82406
Computadores e Perifeacutericos 446204 20 89241
Outros 704712 20 140942
Total 631377
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
45
O valor residual dos equipamentos e instalaccedilotildees da empresa no final do quinto
ano foi considerado em 30 referente ao valor de aquisiccedilatildeo dos mesmos no iniacutecio do
projeto
45 ANAacuteLISE DOS INDICADORES (VPL TIR E PAYBACK)
451 Valor Presente Liacutequido (VPL)
A tabela 8 mostra que o VPL (Valor Presente Liacutequido) eacute positivo isso significa
que aleacutem de recuperar o investimento inicial ainda vai ser agregado ao valor da
empresa um montante de R$ R$50392407 (quinhentos e trecircs mil novecentos e vinte
quatro reais e sete centavos)
A taxa de retorno requerida de 20 foi determinada levando em conta o niacutevel
de risco do projeto e visando o valor desejado para se obter em cima do valor
investido
TABELA 8 - CALCULO DO VALOR PRESENTE LIacuteQUIDO (VPL)
Anos FC k 2000
0 -$143355 VPL $50392407
1 $123499 VPL $50392407
2 $207792 VPL $50392407
3 $223956 VPL $21761126
4 $245622 VPL $21761126
5 $378242 Decisatildeo Aceitar o Projeto
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
452 Taxa Interna de Retorno (TIR)
Conforme a tabela 9 eacute possiacutevel verificar que a TIR (Taxa Interna de Retorno)
eacute de 11593 maior que a taxa requerida de 20 isso significa que custo inicial seraacute
46
recuperado e o projeto vai criar valor para empresa mais um resultado favoraacutevel para
a aceitaccedilatildeo do projeto
TABELA 9 - TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR)
Anos FC
0 -$143355 TIR 11593
1 $123499 TIR 2168
2 $207792 TIR 2168
3 $223956 Decisatildeo
4 $245622 k 2000
5 $378242 Aceitar o projeto
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
453 Payback
O tempo de recuperaccedilatildeo do custo inicial ocorre normalmente entre o quarto e
o quinto ano se for feita a anaacutelise da tabela 10 eacute possiacutevel verificar que o tempo
necessaacuterio para o retorno do investimento (payback) do projeto eacute de 128 anos este
indicador mostra claramente que o projeto deve ser aceito pois o tempo de retorno
estaacute bem abaixo do tempo meacutedio dos empreendimentos como um todo
TABELA 10 - PAYBACK
k 20
Anos FC SPresente
0 -$143355 -$143355 PBD-SP = 128
1 $123499 -$40439 128
2 $207792 $103861
3 $223956 $233465
4 $245622 $351917
5 $378242 $503924
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
47
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Para iniciar um negoacutecio requer muito mais do que apenas o espiacuterito
empreendedor eacute necessaacuterio ter lideranccedila conhecimento sobre o mercado que deseja
atuar organizaccedilatildeo e principalmente planejamento
O principal objetivo desse estudo foi analisar a viabilidade econocircmico-
financeira da abertura de uma empresa de bolos e doces finos no Bairro Alto em
Curitiba
O objetivo apresentado nesta pesquisa foi atingido pois todos os indicadores
analisados mostram com clareza que empresa obteacutem resultados positivos que criam
valor para a mesma e com isso o projeto eacute viaacutevel economicamente pois do primeiro
ao quinto ano fica visiacutevel o crescimento do empreendimento e a melhora significativa
da sua sauacutede financeira isso fica evidenciado no saldo final em caixa no quinto ano
que chega proacuteximo haacute 400 mil reais Apesar disso eacute crucial o acompanhamento do
mercado para seguir as tendecircncias e se atualizar constantemente para tomar
decisotildees mais assertivas
Um negoacutecio mal avaliado pode arruinar a estabilidade econocircmica do
investidor por isso eacute de extrema importacircncia fazer todos os levantamentos de custos
antes de se aventurar em qualquer empreendimento
Eacute possiacutevel comprovar que a pesquisa realizada contribui positivamente para
abertura da empresa No entanto as informaccedilotildees aqui presentes natildeo satildeo estaacuteticas e
devem ser revisadas periodicamente e se preciso ateacute mesmo ampliadas no decorrer
da implantaccedilatildeo do projeto para que o mesmo seja uma ferramenta eficiente e eficaz
no desenvolvimento da empresa como um todo
48
REFEREcircNCIAS
BRITO Paulo Anaacutelise e viabilidade de projetos de investimento Satildeo Paulo Atlas 2003 DOLABELA Fernando O segredo de Luiacutesa 30 ed Satildeo Paulo Editora de Cultura 2006 DORNELAS Joseacute Carlos Assis Empreendedorismo transformando ideias em negoacutecios 4 ed Rio de Janeiro Campus Elsevier 2012 CENSO Demograacutefico 2010 Resultados gerais da amostra Curitiba IBGE 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=410690ampidtema=87ampsearch=parana|curitiba|censo-demografico-2010-resultados-gerais-da-amostra-gt Acesso em 21 de Junho de 2015 CHIAVENATO Idalberto Empreendedorismo dando asas ao espiacuterito empreendedor empreendedorismo e a viabilidade de novas empresas um guia eficiente para iniciar e tocar seu proacuteprio negoacutecio 2 ed Satildeo Paulo Saraiva 2007 ESTATIacuteSTICAS do registro civil 2012 Curitiba IBGE 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaoregistrocivil2012default_xlsshtmgt Acesso em 21 de Junho de 2015 GIL Antonio Carlos Meacutetodos e teacutecnicas de pesquisa social 6 ed Satildeo Paulo Atlas 2008 KOTLER Philip KELLER Kevin Lane Administraccedilatildeo de Marketing 12 ed Satildeo Paulo ABDR 2006 LAPPONI Juan Carlos Projetos de Investimento na Empresa Rio de Janeiro Elsevier 2007 MACHADO Jesseacute Anderson Pinto Projetos Econocircmicos uma abordagem praacutetica de elaboraccedilatildeo Satildeo Paulo Nobel 2002 MICHEL Maria Helena Metodologia e pesquisa cientiacutefica em ciecircncias sociais 2 ed Satildeo Paulo Atlas 2009 OLIVEIRA Djalma de Pinho Rebouccedilas de Planejamento estrateacutegico conceitos metodologia e praacuteticas 20 ed Satildeo Paulo Atlas 2004 PRODANOV Cleber Cristiano ERNANI Cesar de Freitas Metodologia do trabalho cientiacutefico meacutetodo e teacutecnicas da pesquisa e do trabalho acadecircmico 2 ed Novo Hamburgo Freevale 2013
49
REBELATTO Dayse Projeto de Investimento 1 ed Barueri Manole 2004 SEBRAE Pesquisa de Mercado o que eacute e para que serve Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrsitesPortalSebraeartigosPesquisa-de-mercado-o-que-C3A9-e-para-que-servegt Acesso em 21 de Junho de 2015 SEBRAE Fluxo de caixa Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrSebraePortal20SebraeAnexos0_fluxo-de-caixapdfgt Acesso em 10 de Outubro de 2015 WILDAUER Egon Walter Plano de negoacutecios elementos construtivos e processos de elaboraccedilatildeo 2 ed Curitiba Ibpex 2011 WOILER Samsatildeo MATHIAS Washington Franco Projetos planejamento elaboraccedilatildeo anaacutelise 1 ed Satildeo Paulo Atlas 1994
50
APEcircNDICES
APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL 51
APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS 52
APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL 52
51
APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL
Item Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5
Aacutegua 25000 26250 27563 28941 30388
Aluguel 160000 168000 176400 185220 194481
Assessoria Contaacutebil 80000 84000 88200 92610 97241
Gaacutes 49000 51450 54023 56724 59560
Impostos 387858 422765 464481 506284 551849
Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)
80268 84281 88495 92920 97566
Energia eleacutetrica 70000 73500 77175 81034 85085
Manutenccedilatildeo 50000 52500 55125 57881 60775
Material de escritoacuterio 20000 21000 22050 23153 24310
Material de Limpeza 40000 42000 44100 46305 48620
Folha de pagamento 272266 299493 329442 362386 398625
Seguros 15000 15750 16538 17364 18233
Telefone fixointernet 20000 21000 22050 23153 24310
Telefone Moacutevel 12000 12600 13230 13892 14586
Vale Refeiccedilatildeo 75000 82500 90750 99825 109808
Vale Transporte 33000 34650 36383 38202 40112
Proacute- labore 200000 220000 286000 328900 361790
Taxas Bancaacuterias 8000 8400 8820 9261 9724
Total R$ 1597392 R$ 1720139 R$ 1900823 R$ 2064053 R$ 2227062
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
52
APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS
Item
Produccedilatildeo mensal meacutedia
Custo unitaacuterio total
Sugestatildeo Preccedilo de venda
Custo Mensal Total
Receita de vendas
Bolos artiacutesticos (recheios diversos) 150 6000 13500 900000 2025000
Bolos de copa (recheios diversos) 30 3600 8100 108000 243000
Naked cake (recheios diversos) 60 4200 9450 252000 567000
Doces Tradicionais 32 3500 7875 112000 252000
Doces Espelhados 32 5000 11250 160000 360000
Doces Finos 32 7500 16875 240000 540000
Brigadeiros gourmet 16 4500 10125 72000 162000
Tacinhas acriacutelicas 16 5500 12375 88000 198000
Trufas 32 5000 11250 160000 360000
Bombons 32 5000 11250 160000 360000
Bem casados 3200 100 225 320000 720000
Custo produccedilatildeo Total 2572000
Receita Total 5787000
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL
Ano Receita Bruta Variaccedilatildeo anual
Ano 1 000
Ano 2 69444000 9
Ano 3 75693960 9
Ano 4 82506416 9
Ano 5 89931994 9
Valor considerando a inflaccedilatildeo de 9 aa
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
28
A pesquisa quantitativa ldquoconsidera que tudo pode ser quantificaacutevel o que
significa traduzir em nuacutemeros opiniotildees e informaccedilotildees para classificaacute-las e analisaacute-lasrdquo
Eacute necessaacuteria a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas estatiacutesticas tais como porcentagem meacutedia
moda desvio-padratildeo coeficiente de correlaccedilatildeo etc (PRODANOV FREITAS 2013
p 69)
Muitos dados que satildeo utilizados em pesquisas satildeo adquiridos indiretamente
por meio de documentosrdquo como livros jornais papeacuteis oficiais registros estatiacutesticos
fotos discos filmes e viacutedeos que satildeo obtidos de maneira indiretardquo Essas fontes
documentais tecircm a capacidade de disponibilizar ao pesquisador um grande nuacutemero
de informaccedilotildees com bastante qualidade para evitar a perda de tempo (GIL 2008 p
147)
Este modelo de pesquisa foi utilizado para definir os principais clientes quais
os produtos que seratildeo vendidos a capacidade produtiva assim como a viabilidade
econocircmico-financeira e operacional do negoacutecio
29
4 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES
41 ANAacuteLISE DE MERCADO
Woiler e Mathias (1994 p41) e Rebelatto (2004 p01) afirmam que a anaacutelise
de mercado eacute um dos pontos mais relevantes para elaboraccedilatildeo de um projeto Atraveacutes
do estudo do mercado obtemos muitas informaccedilotildees tais como
Fazendo a comparaccedilatildeo entre demanda e a oferta encontramos a
possiacutevel escassez da demanda futura Esse resultado proporcionaraacute
informaccedilotildees para que seja definida a escala de produccedilatildeo do projeto
A regiatildeo geograacutefica em que o produto pode ser vendido eacute um dos pontos
mais significativos para que seja definida a localizaccedilatildeo do empreendimento
O preccedilo de venda os custos de comercializaccedilatildeo e os estoques nos
canais de comercializaccedilatildeo satildeo informaccedilotildees relevantes para que seja
elaborada a projeccedilatildeo do projeto
Vale salientar que esses satildeo apenas alguns elementos importantes que eacute
possiacutevel identificar na anaacutelise de mercado existe muitos outros dados que satildeo obtidos
com a mesma
411 Mercado consumidor
ldquoTodas as decisotildees relacionadas a novos empreendimentos contecircm certo
grau de incerteza tanto no que diz respeito agrave informaccedilatildeo na qual as decisotildees estatildeo
baseadas como no que diz respeito agraves suas consequecircnciasrdquo (SEBRAE)
Chiavenato acredita que os clientes tecircm a capacidade de alavancar ou
derrubar um empreendimento ldquoUm cliente pode ser uma organizaccedilatildeo uma empresa
um usuaacuterio dos produtosserviccedilos ou um consumidor finalrdquo Eacute quem adquiri os
produtosserviccedilos ofertados pela organizaccedilatildeo no final da cadeia de transaccedilotildees Eacute ele
que estabelece direta ou indiretamente se o empreendimento teraacute ecircxito ou natildeo Por
30
isso o cliente deve ser considerado como o principal patrimocircnio da empresa (2007
p 207)
Segundo dados do censo 2010 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e
estatiacutestica) dos 576190 (quinhentos e setenta e seis mil cento e noventa) domiciacutelios
de Curitiba 292965 (duzentos e noventa e dois mil novecentos e sessenta e cinco)
possuem renda de mais de 5 a mais de 20 salaacuterios miacutenimos sendo assim cerca de
5085 dos domiciacutelios curitibanos estatildeo enquadrados nas classes A e B Ainda
segundo o IBGE cerca de 137922 (cento e trinta e sete mil novecentos e vinte e dois)
domiciacutelios curitibanos tecircm renda de mais de 10 salaacuterios miacutenimos o que representa
uma meacutedia de 24 dos domiciacutelios de Curitiba
Mais de 249000 (duzentos e quarenta e nove mil) pessoas que residem em
Curitiba cerca de 1423 da populaccedilatildeo tem rendimento mensal de mais de 5 salaacuterios
miacutenimos conforme Tabela 1
TABELA 1 - RESULTADOS DA AMOSTRA - RENDIMENTO POR PESSOA EM CURITIBA
Quantidade de pessoas Salaacuterios miacutenimos
153011 Mais de 5 a 10 salaacuterios miacutenimos
38692 Mais de 10 a 15 salaacuterios miacutenimos
25427 Mais de 15 a 20 salaacuterios miacutenimos
18264 Mais de 20 a 30 salaacuterios miacutenimos
13791 Mais de 30 salaacuterios miacutenimos
FONTE IBGE - CENSO DEMOGRAacuteFICO 2010
Curitiba possui uma populaccedilatildeo de mais de 1750000 (um milhatildeo setecentos
e cinquenta mil habitantes) segundo censo IBGE 2010 sendo que 932000
(novecentos e trinta e dois mil) pessoas com o estado civil de solteiro viuacutevo
divorciado separado judicialmentedesquitado isso mostra que tem muitas pessoas
que podem fazer festas de casamento e necessitar dos produtos que seratildeo ofertados
tais como bolos artiacutesticos doces finos e bem casados
Segundo as estatiacutesticas do registro civil do IBGE ocorreram em Curitiba e
regiatildeo metropolitana no ano 2012 exatamente 18877 (dezoito mil oitocentos e setenta
e sete) casamentos sendo que nos meses de setembro a dezembro foi onde ocorreu
um maior nuacutemero um total de 7828 (sete mil oitocentos e vinte e oito) casamentos o
que representa um total de 4147 dos casamentos ocorrem nesses quatro meses
do ano
31
TABELA 2 - CASAMENTOS POR MEcircS DE REGISTRO SEGUNDO O LUGAR DO REGISTRO ndash 2012
Lugar do registro
Casamentos por mecircs do registro
Total de
registros Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
RM Curitiba 18877 1466 1250 1572 1282 1403 1533 1248 1255 1735 1753 2118 2262
Curitiba 10351 848 692 857 692 724 872 658 658 971 968 1237 1174
FONTE IBGE DIRETORIA DE PESQUISAS COORDENACcedilAtildeO DE POPULACcedilAtildeO E INDICADORES SOCIAIS ESTATIacuteSTICAS DO REGISTRO CIVIL 2012
Nessa perspectiva foi definido que o mercado que a empresa de bolos e doces
finos vai atuar eacute de Curitiba e regiatildeo metropolitana com foco nas pessoas das classes
A e B com estado civil solteiro divorciado separado judicialmentedesquitado e viuacutevo
412 Produtos que seratildeo vendidos
ldquoNo coraccedilatildeo de uma grande marca haacute um grande produto O produto-chave
na oferta ao mercado Liacutederes de mercado geralmente oferecem produtos e serviccedilos
de qualidade superiorrdquo (KOTLER KELLER 2006 p 366)
Os principais produtos fornecidos seratildeo
Bolos artiacutesticos
FOTO1 - BOLO ARTIacuteSTICO FONTE WANDA CARDOSO - BOLOS ARTIacuteSTICOS amp DOCES
32
Bolos de copa
FOTO2 - BOLO DE COPA FONTE ELABORADO PELO AUTOR
FOTO3 - BOLO DE COPA FONTE ELABORADO PELO AUTOR
Naked cake
FOTO4 - NAKED CAKE FONTE DOCES PENEacuteLOPE
33
Doces Tradicionais
FOTO5 - DOCES TRADICIONAIS FONTE ELABORADO PELO AUTOR
Doces Espelhados
FOTO6 - DOCES ESPELHADOS FONTE PRONTO SOCORRO DAS FESTAS
Doces Finos
FOTO 7 - DOCES FINOS FONTE COMPRANDO MEU APE
34
Brigadeiros gourmet
FOTO8 - BRIGADEIROS GOURMET FONTE ELABORADO PELO AUTOR
Tacinhas acriacutelicas
FOTO9 - TACINHAS ACRIacuteLICAS FONTE BUFFET DELIacuteCIAS DA VI
Trufas
FOTO 10 - TRUFAS FONTE FOGAtildeO DA VOVOacute
35
Bombons
FOTO11 - BOMBONS FONTE DALVA GOLDEN GATE
Bem casados
FOTO12 - BEM CASADOS FONTE CASAMENTO SEM ERRO
FOTO13 - BEM CASADOS FONTE CASAMENTO SEM ERRO
36
413 Preccedilo de venda
A definiccedilatildeo do preccedilo dos produtos eacute uma das decisotildees mais relevantes da
organizaccedilatildeo que deve levar em conta a forma como a empresa deseja se posicionar
no mercado os custos a concorrecircncia e a rentabilidade almejada
O preccedilo eacute um dos elementos mais versaacuteteis pode ser modificado rapidamente
ao contraacuterio das propriedades dos produtos dos contratos com canais de distribuiccedilatildeo
e ateacute mesmo das promoccedilotildees O Preccedilo tem tambeacutem a tarefa de mostrar ao mercado o
posicionamento de valor desejado pela empresa para o seu produto ou marca
(KOTLER KELLER 2006 p 428)
A consolidaccedilatildeo dos preccedilos dos produtos seraacute elaborada levando em conta os
custos para se obter os produtos com a qualidade requinte e sofisticaccedilatildeo desejada
com a margem de lucro esperada e se baseando nos preccedilos praticados pela
concorrecircncia
414 Previsatildeo de vendas
Para Chiavenato (2007 p 2013)
A previsatildeo de vendas representa a quantidade de produtosserviccedilos que a empresa pretende vender ou colocar no mercado durante um determinado periacuteodo geralmente um mecircs ou um ano dividido em meses Constitui portanto uma estimativa ou uma expectativa de vendas Pode ser feita em unidades fiacutesicas ou em valores monetaacuterios
A produccedilatildeo vai ser em meacutedia de 5600 doces (doces finos gourmet e bem
casados) e 4 bolos procurando atender em meacutedia 4 eventos por semana e ateacute 16
eventos por mecircs sendo que nos meses de setembro a dezembro essa demanda
aumenta pelo motivo de historicamente ter um nuacutemero maior de casamentos
37
415 Definiccedilatildeo de local de venda dos produtos
ldquoA venda eacute a fase fundamental do processo de vendas Consiste na
transferecircncia do produtoserviccedilo para o cliente ou consumidorrdquo (CHIAVENATO 2007
p 210)
As vendas vatildeo ocorrer atraveacutes de site proacuteprio redes sociais telefone e
pessoalmente natildeo teremos loja fiacutesica apenas um ateliecirc para confecccedilatildeo dos bolos e
doces onde vai conter uma sala anexa na qual vai ser oferecido o serviccedilo de
degustaccedilatildeo com horaacuterios marcados para assim o cliente decidir quais os produtos
seratildeo adquiridos para o seu evento e fechamento de contrato
416 Definiccedilatildeo da demanda e da oferta
Na maior parte das encomendas os clientes solicitam os doces finos e
gourmet que contecircm chocolates frutas oleaginosas tais como castanhas nozes
avelatildes amecircndoas frutas como framboesa morango damasco cerejas e os bem
casados Os bolos mais solicitados satildeo os com decoraccedilatildeo de pasta americana que
deve obrigatoriamente ter recheios mais firmes como ganaches fios de ovos
strogonoff de nozes e os naked cake (bolo pelado) que possuem mais opccedilotildees de
recheios com chocolates frutas diversas e cremes de pacirctisserie
Em contato com algumas empresas que fornecem o mesmo tipo de produto
foi possiacutevel verificar que as encomendas devem ser feitas com antecedecircncia miacutenima
de 6 meses sendo que alguns casos somente com um ano de antecedecircncia para
conseguir na data desejada Esse eacute um dos pontos que mostra que tem espaccedilo
suficiente para entrada nesse mercado
38
417 Concorrentes
Chiavenato (2007 p 33) Kotler e Keller (2006 p 340) afirmam que os
concorrentes satildeo as organizaccedilotildees que competem pelos mesmos fornecedores
clientes e consumidores
ldquoAgrave medida que seus produtosserviccedilos tornam-se mais heterogecircneos tanto
mais heterogecircneos e diferenciados seratildeo seus concorrentes e tanto mais complexa
seraacute a competitividaderdquo (CHIAVENATO 2007 p 33)
Em busca na internet foi possiacutevel identificar que atualmente existe em meacutedia
25 concorrentes reais que oferecem exatamente os mesmos produtos que seratildeo
fornecidos com o mesmo padratildeo de qualidade valor agregado requinte e
sofisticaccedilatildeo Tambeacutem foi detectado mais 14 concorrentes potenciais que vendem
produtos similares aos que seratildeo vendidos poreacutem natildeo possuem o mesmo valor
agregado dos que vatildeo ser ofertados Foi possiacutevel identificar que alguns concorrentes
oferecem somente os doces finos dos quais foram identificados mais 3 concorrentes
reais e 3 concorrentes potenciais E foi detectado que existem concorrentes que
fornecem apenas os bolos artiacutesticos dos quais foi identificado 4 concorrentes reais
todos fornecem os bolos com o mesmo niacutevel de qualidade que seratildeo fornecidos
A tabela 3 mostra a divisatildeo dos concorrentes reais e potenciais que fornecem
bolos e doces por bairro de Curitiba
39
TABELA 3 - CONCORRENTES QUE FORNECEM BOLOS E DOCES POR BAIRRO
Bairro Quantidade de Concorrentes Reais
Quantidade de Concorrentes Potenciais
Aacutegua Verde 4 1
Ahuacute 1
Bairro Alto 2 1
Barreirinha 1
Barreirinha 1
Bom Retiro 1
Campo Comprido 1
Campo Comprido 1
Cidade Industrial 1
Colombo 1
Fazenda Rio Grande 1
Hauer 1
Hugo Lange 1
Mercecircs 1
Novo Mundo 2 1
Novo Mundo 1
Portatildeo 1
Portatildeo 1
Santa Cacircndida 1
Santa Felicidade 1 1
Santo Inaacutecio 1 1
Satildeo Joseacute dos Pinhais 1
Seminaacuterio 1
Sitio Cercado 1
Tarumatilde 1
Vila Izabel 1
Natildeo Informado 1 2
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
418 Forma de divulgaccedilatildeo dos concorrentes
Todas as empresas pesquisadas que fornecem produtos similares aos que
vamos fornecer utilizam sites proacuteprios e as redes sociais para fazer divulgaccedilatildeo dos
seus produtos todas fazem degustaccedilatildeo para os clientes conhecerem os seus
produtos e posteriormente fechar um contrato
40
42 TAMANHO DO NEGOacuteCIO
421 Capacidade produtiva
A capacidade produtiva vai ser para atender ateacute 4 eventos por semana A
produccedilatildeo vai ser de ateacute 5600 doces (doces finos gourmet e bem casados) e 4 bolos
atendendo ateacute 4 eventos por final de semana e ateacute 16 eventos por mecircs sendo que
nos meses de setembro a dezembro essa demanda aumenta pelo motivo de
historicamente ter um nuacutemero maior de casamentos
422 Investimento
Um dos pontos mais relevantes para abertura de uma empresa eacute a
determinaccedilatildeo do capital miacutenimo para dar iniacutecio nas atividades e principalmente como
obter este capital ldquoEacute com o capital inicial que a empresa tem condiccedilotildees de reunir os
recursos empresariais necessaacuterios ao seu funcionamento sejam eles recursos
humanos materiais ou financeirosrdquo A determinaccedilatildeo do capital eacute o que estabelece a
quantidade de recursos empresariais que a empresa tem disponiacutevel Indiscutivelmente
quanto maior for o volume de recursos empresariais mais faacutecil se torna o desempenho
da empresa Quando todos os recursos necessaacuterios para seu funcionamento estatildeo agrave
disposiccedilatildeo a administraccedilatildeo do empreendimento fica mais simples (CHIAVENATO
2007 p84)
Cabe acrescentar que (LAPPONI 2007 p 321)
O custo inicial refere-se aos desembolsos realizados para aquisiccedilatildeo de equipamentos ou outros ativos fixos incluindo o pagamento de fretes seguros instalaccedilotildees despesas operacionais iniciais com materiais e matildeo de obra treinamento de pessoal de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo etc resumindo o custo inicial inclui todos os desembolsos necessaacuterios para adquirir os ativos necessaacuterios e que estejam em condiccedilotildees de operar e gerar as receitas estimadas
41
O empreendimento iniciaraacute suas atividades com capital investido com
recursos proacuteprios da empreendedora
As estimativas de investimento inicial para abertura da empresa foi de
R$5162851 conforme tabela 4
TABELA 4 - INVESTIMENTO INICIAL
Descriccedilatildeo Valor (R$)
Maacutequinas e equipamentos Cozinha R$ 3084878
Utensiacutelios R$ 555075
Moacuteveis para escritoacuterio R$ 268982
Equipamentos de informaacutetica e eletrocircnicos R$ 446204
Outros custos escritoacuterio R$ 48912
Uniformes R$ 155800
Pintura Imoacutevel R$ 500000
Porta de Vidro R$ 103000
Total R$ 5162851
FONTE ELABORADO PELO AUTOR (2015)
423 Localizaccedilatildeo
Seraacute locado um imoacutevel para a instalaccedilatildeo da empresa localizado na Rua Heitor
Baggio Vidal 2508 Bairro Alto Curitiba ndash PR com o valor do aluguel mensal de
R$160000 (mil e seiscentos reais) O espaccedilo interno de 95msup2 seraacute dividido em trecircs
partes a primeira com 20msup2 vai ficar a recepccedilatildeo para receber os clientes efetuar
orccedilamentos e as degustaccedilotildees a segunda com 71msup2 a cozinha industrial onde seratildeo
fabricados os bolos e doces finos e a terceira com 4msup2 o lavabo
42
FOTO14 - FOTO DO IMOacuteVEL ONDE SERAacute INSTALADA A EMPRESA FONTE MP IMOacuteVEIS
424 Entregas
As entregas dos bolos e doces finos seratildeo efetuadas por uma empresa
parceira localizada no Bairro Alto o preccedilo das entregas em Curitiba e regiatildeo
metropolitana variam de R$2400 (vinte e quatro reais) a R$6000 (sessenta reais)
dependendo da localizaccedilatildeo tais valores seratildeo cobrados dos clientes
43 CAPITAL DE GIRO
O capital de giro inicial foi estimado levando em conta que no primeiro ano a
empresa vai produzir 8333 da sua capacidade atendendo em meacutedia 13 ventos
mensalmente sendo assim foram considerados os gastos operacionais necessaacuterios
para o iniacutecio das atividades incluindo o custo fixo mensal e o estoque inicial ambos
multiplicados por 2 e acrescidos de um percentual de 10 de margem de seguranccedila
para despesas natildeo previstas
43
TABELA 5 - CAPITAL DE GIRO
Item Valor (R$)
Estoque Inicial 5144000
Custo Fixo Mensal 3194783
Reserva (10) 833878
Total do Capital de Giro Inicial 9172662
FONTE ELABORDO PELO AUTOR
44 FLUXO DE CAIXA
ldquoFluxo de Caixa eacute um Instrumento de gestatildeo financeira que projeta para
periacuteodos futuros todas as entradas e as saiacutedas de recursos financeiros da empresa
indicando como seraacute o saldo de caixa para o periacuteodo projetadordquo (SEBRAE)
Na tabela 6 eacute apresentada a projeccedilatildeo do Fluxo de Caixa da empresa para os
seus primeiros cinco anos onde fica evidenciado que do primeiro ateacute o quinto ano a
sauacutede financeira da empresa melhora gradativamente sendo que no final do quinto
ano o saldo em caixa ultrapassa os 300 se comparado com o saldo em caixa no
final do primeiro ano
Pode-se observar que natildeo foi inserida no fluxo de caixa a opccedilatildeo de
inadimplecircncia pois todos os pagamentos seratildeo efetuados agrave vista em dinheiro ou
cartatildeo sendo que o pagamento total dos produtos deve ser efetuado no miacutenimo 10
dias antes da data do evento
44
TABELA 6 - PROJECcedilAtildeO DE FLUXO DE CAIXA NOS PRIMEIROS CINCO ANOS
Descriccedilatildeo Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5
Investimento Inicial (5162851)
Capital de Giro (9172662) 9172662
Valor Residual 1548855
Total de entradas 000 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873
Previsatildeo Receitas de vendas 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873
Total de Saiacutedas (14335513) (44888699) (54283425) (59479393) (64738409) (70291804)
(-)Fornecedores (25720000) (33641760) (36669518) (39969775) (43567055)
(-)Folha de pagamento (3267192) (3593911) (3953302) (4348633) (4783496)
(-)Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)
(963216) (1011377) (1061946) (1115043) (1170795)
(-)Retiradas soacutecios (2400000) (2640000) (3432000) (3946800) (4341480)
(-)Impostos s vendas (4654291) (5073177) (5573767) (6075406) (6622192)
(-)Alugueacuteis (1920000) (2016000) (2116800) (2222640) (2333772)
(-)Energia eleacutetrica (840000) (882000) (926100) (972405) (1021025)
(-)Aacutegua (300000) (315000) (330750) (347288) (364652)
(-)Telefone (384000) (403200) (423360) (444528) (466754)
(-)Gaacutes (588000) (617400) (648270) (680684) (714718)
(-)Serviccedilos contabilidade (960000) (1008000) (1058400) (1111320) (1166886)
(-)Manutenccedilatildeo (600000) (630000) (661500) (694575) (729304)
(-)Outras despesas com funcionaacuterios
(1296000) (1405800) (1525590) (1656320) (1799030)
(-)Taxas bancaacuterias (96000) (100800) (105840) (111132) (116689)
(-)Outros pagamentos (900000) (945000) (992250) (1041863) (1093956)
Entradas - Saiacutedas (14335513) 12981301 21410535 23027023 25193585 27734070
Depreciaccedilatildeo 000 (631377) (631377) (631377) (631377) (631377)
Saldo Final (14335513) 12349924 20779158 22395647 24562208 37824209
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
A depreciaccedilatildeo foi calculada considerando o prazo de vida uacutetil meacutedio de 10
anos das maacutequinas equipamentos instalaccedilotildees moacuteveis e utensiacutelios e para os
computadores e perifeacutericos foi considerado o prazo de vida uacutetil de 5 anos conforme
demonstrado na tabela 7
TABELA 7 - DEPRECIACcedilAtildeO
Item Valor Inicial Taxa Anual Depreciaccedilatildeo Anual (R$)
Maacutequinas e equipamentos 3084878 10 308488
Instalaccedilotildees 103000 10 10300
Moacuteveis e Utensiacutelios 824057 10 82406
Computadores e Perifeacutericos 446204 20 89241
Outros 704712 20 140942
Total 631377
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
45
O valor residual dos equipamentos e instalaccedilotildees da empresa no final do quinto
ano foi considerado em 30 referente ao valor de aquisiccedilatildeo dos mesmos no iniacutecio do
projeto
45 ANAacuteLISE DOS INDICADORES (VPL TIR E PAYBACK)
451 Valor Presente Liacutequido (VPL)
A tabela 8 mostra que o VPL (Valor Presente Liacutequido) eacute positivo isso significa
que aleacutem de recuperar o investimento inicial ainda vai ser agregado ao valor da
empresa um montante de R$ R$50392407 (quinhentos e trecircs mil novecentos e vinte
quatro reais e sete centavos)
A taxa de retorno requerida de 20 foi determinada levando em conta o niacutevel
de risco do projeto e visando o valor desejado para se obter em cima do valor
investido
TABELA 8 - CALCULO DO VALOR PRESENTE LIacuteQUIDO (VPL)
Anos FC k 2000
0 -$143355 VPL $50392407
1 $123499 VPL $50392407
2 $207792 VPL $50392407
3 $223956 VPL $21761126
4 $245622 VPL $21761126
5 $378242 Decisatildeo Aceitar o Projeto
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
452 Taxa Interna de Retorno (TIR)
Conforme a tabela 9 eacute possiacutevel verificar que a TIR (Taxa Interna de Retorno)
eacute de 11593 maior que a taxa requerida de 20 isso significa que custo inicial seraacute
46
recuperado e o projeto vai criar valor para empresa mais um resultado favoraacutevel para
a aceitaccedilatildeo do projeto
TABELA 9 - TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR)
Anos FC
0 -$143355 TIR 11593
1 $123499 TIR 2168
2 $207792 TIR 2168
3 $223956 Decisatildeo
4 $245622 k 2000
5 $378242 Aceitar o projeto
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
453 Payback
O tempo de recuperaccedilatildeo do custo inicial ocorre normalmente entre o quarto e
o quinto ano se for feita a anaacutelise da tabela 10 eacute possiacutevel verificar que o tempo
necessaacuterio para o retorno do investimento (payback) do projeto eacute de 128 anos este
indicador mostra claramente que o projeto deve ser aceito pois o tempo de retorno
estaacute bem abaixo do tempo meacutedio dos empreendimentos como um todo
TABELA 10 - PAYBACK
k 20
Anos FC SPresente
0 -$143355 -$143355 PBD-SP = 128
1 $123499 -$40439 128
2 $207792 $103861
3 $223956 $233465
4 $245622 $351917
5 $378242 $503924
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
47
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Para iniciar um negoacutecio requer muito mais do que apenas o espiacuterito
empreendedor eacute necessaacuterio ter lideranccedila conhecimento sobre o mercado que deseja
atuar organizaccedilatildeo e principalmente planejamento
O principal objetivo desse estudo foi analisar a viabilidade econocircmico-
financeira da abertura de uma empresa de bolos e doces finos no Bairro Alto em
Curitiba
O objetivo apresentado nesta pesquisa foi atingido pois todos os indicadores
analisados mostram com clareza que empresa obteacutem resultados positivos que criam
valor para a mesma e com isso o projeto eacute viaacutevel economicamente pois do primeiro
ao quinto ano fica visiacutevel o crescimento do empreendimento e a melhora significativa
da sua sauacutede financeira isso fica evidenciado no saldo final em caixa no quinto ano
que chega proacuteximo haacute 400 mil reais Apesar disso eacute crucial o acompanhamento do
mercado para seguir as tendecircncias e se atualizar constantemente para tomar
decisotildees mais assertivas
Um negoacutecio mal avaliado pode arruinar a estabilidade econocircmica do
investidor por isso eacute de extrema importacircncia fazer todos os levantamentos de custos
antes de se aventurar em qualquer empreendimento
Eacute possiacutevel comprovar que a pesquisa realizada contribui positivamente para
abertura da empresa No entanto as informaccedilotildees aqui presentes natildeo satildeo estaacuteticas e
devem ser revisadas periodicamente e se preciso ateacute mesmo ampliadas no decorrer
da implantaccedilatildeo do projeto para que o mesmo seja uma ferramenta eficiente e eficaz
no desenvolvimento da empresa como um todo
48
REFEREcircNCIAS
BRITO Paulo Anaacutelise e viabilidade de projetos de investimento Satildeo Paulo Atlas 2003 DOLABELA Fernando O segredo de Luiacutesa 30 ed Satildeo Paulo Editora de Cultura 2006 DORNELAS Joseacute Carlos Assis Empreendedorismo transformando ideias em negoacutecios 4 ed Rio de Janeiro Campus Elsevier 2012 CENSO Demograacutefico 2010 Resultados gerais da amostra Curitiba IBGE 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=410690ampidtema=87ampsearch=parana|curitiba|censo-demografico-2010-resultados-gerais-da-amostra-gt Acesso em 21 de Junho de 2015 CHIAVENATO Idalberto Empreendedorismo dando asas ao espiacuterito empreendedor empreendedorismo e a viabilidade de novas empresas um guia eficiente para iniciar e tocar seu proacuteprio negoacutecio 2 ed Satildeo Paulo Saraiva 2007 ESTATIacuteSTICAS do registro civil 2012 Curitiba IBGE 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaoregistrocivil2012default_xlsshtmgt Acesso em 21 de Junho de 2015 GIL Antonio Carlos Meacutetodos e teacutecnicas de pesquisa social 6 ed Satildeo Paulo Atlas 2008 KOTLER Philip KELLER Kevin Lane Administraccedilatildeo de Marketing 12 ed Satildeo Paulo ABDR 2006 LAPPONI Juan Carlos Projetos de Investimento na Empresa Rio de Janeiro Elsevier 2007 MACHADO Jesseacute Anderson Pinto Projetos Econocircmicos uma abordagem praacutetica de elaboraccedilatildeo Satildeo Paulo Nobel 2002 MICHEL Maria Helena Metodologia e pesquisa cientiacutefica em ciecircncias sociais 2 ed Satildeo Paulo Atlas 2009 OLIVEIRA Djalma de Pinho Rebouccedilas de Planejamento estrateacutegico conceitos metodologia e praacuteticas 20 ed Satildeo Paulo Atlas 2004 PRODANOV Cleber Cristiano ERNANI Cesar de Freitas Metodologia do trabalho cientiacutefico meacutetodo e teacutecnicas da pesquisa e do trabalho acadecircmico 2 ed Novo Hamburgo Freevale 2013
49
REBELATTO Dayse Projeto de Investimento 1 ed Barueri Manole 2004 SEBRAE Pesquisa de Mercado o que eacute e para que serve Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrsitesPortalSebraeartigosPesquisa-de-mercado-o-que-C3A9-e-para-que-servegt Acesso em 21 de Junho de 2015 SEBRAE Fluxo de caixa Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrSebraePortal20SebraeAnexos0_fluxo-de-caixapdfgt Acesso em 10 de Outubro de 2015 WILDAUER Egon Walter Plano de negoacutecios elementos construtivos e processos de elaboraccedilatildeo 2 ed Curitiba Ibpex 2011 WOILER Samsatildeo MATHIAS Washington Franco Projetos planejamento elaboraccedilatildeo anaacutelise 1 ed Satildeo Paulo Atlas 1994
50
APEcircNDICES
APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL 51
APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS 52
APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL 52
51
APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL
Item Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5
Aacutegua 25000 26250 27563 28941 30388
Aluguel 160000 168000 176400 185220 194481
Assessoria Contaacutebil 80000 84000 88200 92610 97241
Gaacutes 49000 51450 54023 56724 59560
Impostos 387858 422765 464481 506284 551849
Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)
80268 84281 88495 92920 97566
Energia eleacutetrica 70000 73500 77175 81034 85085
Manutenccedilatildeo 50000 52500 55125 57881 60775
Material de escritoacuterio 20000 21000 22050 23153 24310
Material de Limpeza 40000 42000 44100 46305 48620
Folha de pagamento 272266 299493 329442 362386 398625
Seguros 15000 15750 16538 17364 18233
Telefone fixointernet 20000 21000 22050 23153 24310
Telefone Moacutevel 12000 12600 13230 13892 14586
Vale Refeiccedilatildeo 75000 82500 90750 99825 109808
Vale Transporte 33000 34650 36383 38202 40112
Proacute- labore 200000 220000 286000 328900 361790
Taxas Bancaacuterias 8000 8400 8820 9261 9724
Total R$ 1597392 R$ 1720139 R$ 1900823 R$ 2064053 R$ 2227062
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
52
APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS
Item
Produccedilatildeo mensal meacutedia
Custo unitaacuterio total
Sugestatildeo Preccedilo de venda
Custo Mensal Total
Receita de vendas
Bolos artiacutesticos (recheios diversos) 150 6000 13500 900000 2025000
Bolos de copa (recheios diversos) 30 3600 8100 108000 243000
Naked cake (recheios diversos) 60 4200 9450 252000 567000
Doces Tradicionais 32 3500 7875 112000 252000
Doces Espelhados 32 5000 11250 160000 360000
Doces Finos 32 7500 16875 240000 540000
Brigadeiros gourmet 16 4500 10125 72000 162000
Tacinhas acriacutelicas 16 5500 12375 88000 198000
Trufas 32 5000 11250 160000 360000
Bombons 32 5000 11250 160000 360000
Bem casados 3200 100 225 320000 720000
Custo produccedilatildeo Total 2572000
Receita Total 5787000
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL
Ano Receita Bruta Variaccedilatildeo anual
Ano 1 000
Ano 2 69444000 9
Ano 3 75693960 9
Ano 4 82506416 9
Ano 5 89931994 9
Valor considerando a inflaccedilatildeo de 9 aa
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
29
4 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES
41 ANAacuteLISE DE MERCADO
Woiler e Mathias (1994 p41) e Rebelatto (2004 p01) afirmam que a anaacutelise
de mercado eacute um dos pontos mais relevantes para elaboraccedilatildeo de um projeto Atraveacutes
do estudo do mercado obtemos muitas informaccedilotildees tais como
Fazendo a comparaccedilatildeo entre demanda e a oferta encontramos a
possiacutevel escassez da demanda futura Esse resultado proporcionaraacute
informaccedilotildees para que seja definida a escala de produccedilatildeo do projeto
A regiatildeo geograacutefica em que o produto pode ser vendido eacute um dos pontos
mais significativos para que seja definida a localizaccedilatildeo do empreendimento
O preccedilo de venda os custos de comercializaccedilatildeo e os estoques nos
canais de comercializaccedilatildeo satildeo informaccedilotildees relevantes para que seja
elaborada a projeccedilatildeo do projeto
Vale salientar que esses satildeo apenas alguns elementos importantes que eacute
possiacutevel identificar na anaacutelise de mercado existe muitos outros dados que satildeo obtidos
com a mesma
411 Mercado consumidor
ldquoTodas as decisotildees relacionadas a novos empreendimentos contecircm certo
grau de incerteza tanto no que diz respeito agrave informaccedilatildeo na qual as decisotildees estatildeo
baseadas como no que diz respeito agraves suas consequecircnciasrdquo (SEBRAE)
Chiavenato acredita que os clientes tecircm a capacidade de alavancar ou
derrubar um empreendimento ldquoUm cliente pode ser uma organizaccedilatildeo uma empresa
um usuaacuterio dos produtosserviccedilos ou um consumidor finalrdquo Eacute quem adquiri os
produtosserviccedilos ofertados pela organizaccedilatildeo no final da cadeia de transaccedilotildees Eacute ele
que estabelece direta ou indiretamente se o empreendimento teraacute ecircxito ou natildeo Por
30
isso o cliente deve ser considerado como o principal patrimocircnio da empresa (2007
p 207)
Segundo dados do censo 2010 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e
estatiacutestica) dos 576190 (quinhentos e setenta e seis mil cento e noventa) domiciacutelios
de Curitiba 292965 (duzentos e noventa e dois mil novecentos e sessenta e cinco)
possuem renda de mais de 5 a mais de 20 salaacuterios miacutenimos sendo assim cerca de
5085 dos domiciacutelios curitibanos estatildeo enquadrados nas classes A e B Ainda
segundo o IBGE cerca de 137922 (cento e trinta e sete mil novecentos e vinte e dois)
domiciacutelios curitibanos tecircm renda de mais de 10 salaacuterios miacutenimos o que representa
uma meacutedia de 24 dos domiciacutelios de Curitiba
Mais de 249000 (duzentos e quarenta e nove mil) pessoas que residem em
Curitiba cerca de 1423 da populaccedilatildeo tem rendimento mensal de mais de 5 salaacuterios
miacutenimos conforme Tabela 1
TABELA 1 - RESULTADOS DA AMOSTRA - RENDIMENTO POR PESSOA EM CURITIBA
Quantidade de pessoas Salaacuterios miacutenimos
153011 Mais de 5 a 10 salaacuterios miacutenimos
38692 Mais de 10 a 15 salaacuterios miacutenimos
25427 Mais de 15 a 20 salaacuterios miacutenimos
18264 Mais de 20 a 30 salaacuterios miacutenimos
13791 Mais de 30 salaacuterios miacutenimos
FONTE IBGE - CENSO DEMOGRAacuteFICO 2010
Curitiba possui uma populaccedilatildeo de mais de 1750000 (um milhatildeo setecentos
e cinquenta mil habitantes) segundo censo IBGE 2010 sendo que 932000
(novecentos e trinta e dois mil) pessoas com o estado civil de solteiro viuacutevo
divorciado separado judicialmentedesquitado isso mostra que tem muitas pessoas
que podem fazer festas de casamento e necessitar dos produtos que seratildeo ofertados
tais como bolos artiacutesticos doces finos e bem casados
Segundo as estatiacutesticas do registro civil do IBGE ocorreram em Curitiba e
regiatildeo metropolitana no ano 2012 exatamente 18877 (dezoito mil oitocentos e setenta
e sete) casamentos sendo que nos meses de setembro a dezembro foi onde ocorreu
um maior nuacutemero um total de 7828 (sete mil oitocentos e vinte e oito) casamentos o
que representa um total de 4147 dos casamentos ocorrem nesses quatro meses
do ano
31
TABELA 2 - CASAMENTOS POR MEcircS DE REGISTRO SEGUNDO O LUGAR DO REGISTRO ndash 2012
Lugar do registro
Casamentos por mecircs do registro
Total de
registros Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
RM Curitiba 18877 1466 1250 1572 1282 1403 1533 1248 1255 1735 1753 2118 2262
Curitiba 10351 848 692 857 692 724 872 658 658 971 968 1237 1174
FONTE IBGE DIRETORIA DE PESQUISAS COORDENACcedilAtildeO DE POPULACcedilAtildeO E INDICADORES SOCIAIS ESTATIacuteSTICAS DO REGISTRO CIVIL 2012
Nessa perspectiva foi definido que o mercado que a empresa de bolos e doces
finos vai atuar eacute de Curitiba e regiatildeo metropolitana com foco nas pessoas das classes
A e B com estado civil solteiro divorciado separado judicialmentedesquitado e viuacutevo
412 Produtos que seratildeo vendidos
ldquoNo coraccedilatildeo de uma grande marca haacute um grande produto O produto-chave
na oferta ao mercado Liacutederes de mercado geralmente oferecem produtos e serviccedilos
de qualidade superiorrdquo (KOTLER KELLER 2006 p 366)
Os principais produtos fornecidos seratildeo
Bolos artiacutesticos
FOTO1 - BOLO ARTIacuteSTICO FONTE WANDA CARDOSO - BOLOS ARTIacuteSTICOS amp DOCES
32
Bolos de copa
FOTO2 - BOLO DE COPA FONTE ELABORADO PELO AUTOR
FOTO3 - BOLO DE COPA FONTE ELABORADO PELO AUTOR
Naked cake
FOTO4 - NAKED CAKE FONTE DOCES PENEacuteLOPE
33
Doces Tradicionais
FOTO5 - DOCES TRADICIONAIS FONTE ELABORADO PELO AUTOR
Doces Espelhados
FOTO6 - DOCES ESPELHADOS FONTE PRONTO SOCORRO DAS FESTAS
Doces Finos
FOTO 7 - DOCES FINOS FONTE COMPRANDO MEU APE
34
Brigadeiros gourmet
FOTO8 - BRIGADEIROS GOURMET FONTE ELABORADO PELO AUTOR
Tacinhas acriacutelicas
FOTO9 - TACINHAS ACRIacuteLICAS FONTE BUFFET DELIacuteCIAS DA VI
Trufas
FOTO 10 - TRUFAS FONTE FOGAtildeO DA VOVOacute
35
Bombons
FOTO11 - BOMBONS FONTE DALVA GOLDEN GATE
Bem casados
FOTO12 - BEM CASADOS FONTE CASAMENTO SEM ERRO
FOTO13 - BEM CASADOS FONTE CASAMENTO SEM ERRO
36
413 Preccedilo de venda
A definiccedilatildeo do preccedilo dos produtos eacute uma das decisotildees mais relevantes da
organizaccedilatildeo que deve levar em conta a forma como a empresa deseja se posicionar
no mercado os custos a concorrecircncia e a rentabilidade almejada
O preccedilo eacute um dos elementos mais versaacuteteis pode ser modificado rapidamente
ao contraacuterio das propriedades dos produtos dos contratos com canais de distribuiccedilatildeo
e ateacute mesmo das promoccedilotildees O Preccedilo tem tambeacutem a tarefa de mostrar ao mercado o
posicionamento de valor desejado pela empresa para o seu produto ou marca
(KOTLER KELLER 2006 p 428)
A consolidaccedilatildeo dos preccedilos dos produtos seraacute elaborada levando em conta os
custos para se obter os produtos com a qualidade requinte e sofisticaccedilatildeo desejada
com a margem de lucro esperada e se baseando nos preccedilos praticados pela
concorrecircncia
414 Previsatildeo de vendas
Para Chiavenato (2007 p 2013)
A previsatildeo de vendas representa a quantidade de produtosserviccedilos que a empresa pretende vender ou colocar no mercado durante um determinado periacuteodo geralmente um mecircs ou um ano dividido em meses Constitui portanto uma estimativa ou uma expectativa de vendas Pode ser feita em unidades fiacutesicas ou em valores monetaacuterios
A produccedilatildeo vai ser em meacutedia de 5600 doces (doces finos gourmet e bem
casados) e 4 bolos procurando atender em meacutedia 4 eventos por semana e ateacute 16
eventos por mecircs sendo que nos meses de setembro a dezembro essa demanda
aumenta pelo motivo de historicamente ter um nuacutemero maior de casamentos
37
415 Definiccedilatildeo de local de venda dos produtos
ldquoA venda eacute a fase fundamental do processo de vendas Consiste na
transferecircncia do produtoserviccedilo para o cliente ou consumidorrdquo (CHIAVENATO 2007
p 210)
As vendas vatildeo ocorrer atraveacutes de site proacuteprio redes sociais telefone e
pessoalmente natildeo teremos loja fiacutesica apenas um ateliecirc para confecccedilatildeo dos bolos e
doces onde vai conter uma sala anexa na qual vai ser oferecido o serviccedilo de
degustaccedilatildeo com horaacuterios marcados para assim o cliente decidir quais os produtos
seratildeo adquiridos para o seu evento e fechamento de contrato
416 Definiccedilatildeo da demanda e da oferta
Na maior parte das encomendas os clientes solicitam os doces finos e
gourmet que contecircm chocolates frutas oleaginosas tais como castanhas nozes
avelatildes amecircndoas frutas como framboesa morango damasco cerejas e os bem
casados Os bolos mais solicitados satildeo os com decoraccedilatildeo de pasta americana que
deve obrigatoriamente ter recheios mais firmes como ganaches fios de ovos
strogonoff de nozes e os naked cake (bolo pelado) que possuem mais opccedilotildees de
recheios com chocolates frutas diversas e cremes de pacirctisserie
Em contato com algumas empresas que fornecem o mesmo tipo de produto
foi possiacutevel verificar que as encomendas devem ser feitas com antecedecircncia miacutenima
de 6 meses sendo que alguns casos somente com um ano de antecedecircncia para
conseguir na data desejada Esse eacute um dos pontos que mostra que tem espaccedilo
suficiente para entrada nesse mercado
38
417 Concorrentes
Chiavenato (2007 p 33) Kotler e Keller (2006 p 340) afirmam que os
concorrentes satildeo as organizaccedilotildees que competem pelos mesmos fornecedores
clientes e consumidores
ldquoAgrave medida que seus produtosserviccedilos tornam-se mais heterogecircneos tanto
mais heterogecircneos e diferenciados seratildeo seus concorrentes e tanto mais complexa
seraacute a competitividaderdquo (CHIAVENATO 2007 p 33)
Em busca na internet foi possiacutevel identificar que atualmente existe em meacutedia
25 concorrentes reais que oferecem exatamente os mesmos produtos que seratildeo
fornecidos com o mesmo padratildeo de qualidade valor agregado requinte e
sofisticaccedilatildeo Tambeacutem foi detectado mais 14 concorrentes potenciais que vendem
produtos similares aos que seratildeo vendidos poreacutem natildeo possuem o mesmo valor
agregado dos que vatildeo ser ofertados Foi possiacutevel identificar que alguns concorrentes
oferecem somente os doces finos dos quais foram identificados mais 3 concorrentes
reais e 3 concorrentes potenciais E foi detectado que existem concorrentes que
fornecem apenas os bolos artiacutesticos dos quais foi identificado 4 concorrentes reais
todos fornecem os bolos com o mesmo niacutevel de qualidade que seratildeo fornecidos
A tabela 3 mostra a divisatildeo dos concorrentes reais e potenciais que fornecem
bolos e doces por bairro de Curitiba
39
TABELA 3 - CONCORRENTES QUE FORNECEM BOLOS E DOCES POR BAIRRO
Bairro Quantidade de Concorrentes Reais
Quantidade de Concorrentes Potenciais
Aacutegua Verde 4 1
Ahuacute 1
Bairro Alto 2 1
Barreirinha 1
Barreirinha 1
Bom Retiro 1
Campo Comprido 1
Campo Comprido 1
Cidade Industrial 1
Colombo 1
Fazenda Rio Grande 1
Hauer 1
Hugo Lange 1
Mercecircs 1
Novo Mundo 2 1
Novo Mundo 1
Portatildeo 1
Portatildeo 1
Santa Cacircndida 1
Santa Felicidade 1 1
Santo Inaacutecio 1 1
Satildeo Joseacute dos Pinhais 1
Seminaacuterio 1
Sitio Cercado 1
Tarumatilde 1
Vila Izabel 1
Natildeo Informado 1 2
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
418 Forma de divulgaccedilatildeo dos concorrentes
Todas as empresas pesquisadas que fornecem produtos similares aos que
vamos fornecer utilizam sites proacuteprios e as redes sociais para fazer divulgaccedilatildeo dos
seus produtos todas fazem degustaccedilatildeo para os clientes conhecerem os seus
produtos e posteriormente fechar um contrato
40
42 TAMANHO DO NEGOacuteCIO
421 Capacidade produtiva
A capacidade produtiva vai ser para atender ateacute 4 eventos por semana A
produccedilatildeo vai ser de ateacute 5600 doces (doces finos gourmet e bem casados) e 4 bolos
atendendo ateacute 4 eventos por final de semana e ateacute 16 eventos por mecircs sendo que
nos meses de setembro a dezembro essa demanda aumenta pelo motivo de
historicamente ter um nuacutemero maior de casamentos
422 Investimento
Um dos pontos mais relevantes para abertura de uma empresa eacute a
determinaccedilatildeo do capital miacutenimo para dar iniacutecio nas atividades e principalmente como
obter este capital ldquoEacute com o capital inicial que a empresa tem condiccedilotildees de reunir os
recursos empresariais necessaacuterios ao seu funcionamento sejam eles recursos
humanos materiais ou financeirosrdquo A determinaccedilatildeo do capital eacute o que estabelece a
quantidade de recursos empresariais que a empresa tem disponiacutevel Indiscutivelmente
quanto maior for o volume de recursos empresariais mais faacutecil se torna o desempenho
da empresa Quando todos os recursos necessaacuterios para seu funcionamento estatildeo agrave
disposiccedilatildeo a administraccedilatildeo do empreendimento fica mais simples (CHIAVENATO
2007 p84)
Cabe acrescentar que (LAPPONI 2007 p 321)
O custo inicial refere-se aos desembolsos realizados para aquisiccedilatildeo de equipamentos ou outros ativos fixos incluindo o pagamento de fretes seguros instalaccedilotildees despesas operacionais iniciais com materiais e matildeo de obra treinamento de pessoal de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo etc resumindo o custo inicial inclui todos os desembolsos necessaacuterios para adquirir os ativos necessaacuterios e que estejam em condiccedilotildees de operar e gerar as receitas estimadas
41
O empreendimento iniciaraacute suas atividades com capital investido com
recursos proacuteprios da empreendedora
As estimativas de investimento inicial para abertura da empresa foi de
R$5162851 conforme tabela 4
TABELA 4 - INVESTIMENTO INICIAL
Descriccedilatildeo Valor (R$)
Maacutequinas e equipamentos Cozinha R$ 3084878
Utensiacutelios R$ 555075
Moacuteveis para escritoacuterio R$ 268982
Equipamentos de informaacutetica e eletrocircnicos R$ 446204
Outros custos escritoacuterio R$ 48912
Uniformes R$ 155800
Pintura Imoacutevel R$ 500000
Porta de Vidro R$ 103000
Total R$ 5162851
FONTE ELABORADO PELO AUTOR (2015)
423 Localizaccedilatildeo
Seraacute locado um imoacutevel para a instalaccedilatildeo da empresa localizado na Rua Heitor
Baggio Vidal 2508 Bairro Alto Curitiba ndash PR com o valor do aluguel mensal de
R$160000 (mil e seiscentos reais) O espaccedilo interno de 95msup2 seraacute dividido em trecircs
partes a primeira com 20msup2 vai ficar a recepccedilatildeo para receber os clientes efetuar
orccedilamentos e as degustaccedilotildees a segunda com 71msup2 a cozinha industrial onde seratildeo
fabricados os bolos e doces finos e a terceira com 4msup2 o lavabo
42
FOTO14 - FOTO DO IMOacuteVEL ONDE SERAacute INSTALADA A EMPRESA FONTE MP IMOacuteVEIS
424 Entregas
As entregas dos bolos e doces finos seratildeo efetuadas por uma empresa
parceira localizada no Bairro Alto o preccedilo das entregas em Curitiba e regiatildeo
metropolitana variam de R$2400 (vinte e quatro reais) a R$6000 (sessenta reais)
dependendo da localizaccedilatildeo tais valores seratildeo cobrados dos clientes
43 CAPITAL DE GIRO
O capital de giro inicial foi estimado levando em conta que no primeiro ano a
empresa vai produzir 8333 da sua capacidade atendendo em meacutedia 13 ventos
mensalmente sendo assim foram considerados os gastos operacionais necessaacuterios
para o iniacutecio das atividades incluindo o custo fixo mensal e o estoque inicial ambos
multiplicados por 2 e acrescidos de um percentual de 10 de margem de seguranccedila
para despesas natildeo previstas
43
TABELA 5 - CAPITAL DE GIRO
Item Valor (R$)
Estoque Inicial 5144000
Custo Fixo Mensal 3194783
Reserva (10) 833878
Total do Capital de Giro Inicial 9172662
FONTE ELABORDO PELO AUTOR
44 FLUXO DE CAIXA
ldquoFluxo de Caixa eacute um Instrumento de gestatildeo financeira que projeta para
periacuteodos futuros todas as entradas e as saiacutedas de recursos financeiros da empresa
indicando como seraacute o saldo de caixa para o periacuteodo projetadordquo (SEBRAE)
Na tabela 6 eacute apresentada a projeccedilatildeo do Fluxo de Caixa da empresa para os
seus primeiros cinco anos onde fica evidenciado que do primeiro ateacute o quinto ano a
sauacutede financeira da empresa melhora gradativamente sendo que no final do quinto
ano o saldo em caixa ultrapassa os 300 se comparado com o saldo em caixa no
final do primeiro ano
Pode-se observar que natildeo foi inserida no fluxo de caixa a opccedilatildeo de
inadimplecircncia pois todos os pagamentos seratildeo efetuados agrave vista em dinheiro ou
cartatildeo sendo que o pagamento total dos produtos deve ser efetuado no miacutenimo 10
dias antes da data do evento
44
TABELA 6 - PROJECcedilAtildeO DE FLUXO DE CAIXA NOS PRIMEIROS CINCO ANOS
Descriccedilatildeo Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5
Investimento Inicial (5162851)
Capital de Giro (9172662) 9172662
Valor Residual 1548855
Total de entradas 000 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873
Previsatildeo Receitas de vendas 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873
Total de Saiacutedas (14335513) (44888699) (54283425) (59479393) (64738409) (70291804)
(-)Fornecedores (25720000) (33641760) (36669518) (39969775) (43567055)
(-)Folha de pagamento (3267192) (3593911) (3953302) (4348633) (4783496)
(-)Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)
(963216) (1011377) (1061946) (1115043) (1170795)
(-)Retiradas soacutecios (2400000) (2640000) (3432000) (3946800) (4341480)
(-)Impostos s vendas (4654291) (5073177) (5573767) (6075406) (6622192)
(-)Alugueacuteis (1920000) (2016000) (2116800) (2222640) (2333772)
(-)Energia eleacutetrica (840000) (882000) (926100) (972405) (1021025)
(-)Aacutegua (300000) (315000) (330750) (347288) (364652)
(-)Telefone (384000) (403200) (423360) (444528) (466754)
(-)Gaacutes (588000) (617400) (648270) (680684) (714718)
(-)Serviccedilos contabilidade (960000) (1008000) (1058400) (1111320) (1166886)
(-)Manutenccedilatildeo (600000) (630000) (661500) (694575) (729304)
(-)Outras despesas com funcionaacuterios
(1296000) (1405800) (1525590) (1656320) (1799030)
(-)Taxas bancaacuterias (96000) (100800) (105840) (111132) (116689)
(-)Outros pagamentos (900000) (945000) (992250) (1041863) (1093956)
Entradas - Saiacutedas (14335513) 12981301 21410535 23027023 25193585 27734070
Depreciaccedilatildeo 000 (631377) (631377) (631377) (631377) (631377)
Saldo Final (14335513) 12349924 20779158 22395647 24562208 37824209
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
A depreciaccedilatildeo foi calculada considerando o prazo de vida uacutetil meacutedio de 10
anos das maacutequinas equipamentos instalaccedilotildees moacuteveis e utensiacutelios e para os
computadores e perifeacutericos foi considerado o prazo de vida uacutetil de 5 anos conforme
demonstrado na tabela 7
TABELA 7 - DEPRECIACcedilAtildeO
Item Valor Inicial Taxa Anual Depreciaccedilatildeo Anual (R$)
Maacutequinas e equipamentos 3084878 10 308488
Instalaccedilotildees 103000 10 10300
Moacuteveis e Utensiacutelios 824057 10 82406
Computadores e Perifeacutericos 446204 20 89241
Outros 704712 20 140942
Total 631377
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
45
O valor residual dos equipamentos e instalaccedilotildees da empresa no final do quinto
ano foi considerado em 30 referente ao valor de aquisiccedilatildeo dos mesmos no iniacutecio do
projeto
45 ANAacuteLISE DOS INDICADORES (VPL TIR E PAYBACK)
451 Valor Presente Liacutequido (VPL)
A tabela 8 mostra que o VPL (Valor Presente Liacutequido) eacute positivo isso significa
que aleacutem de recuperar o investimento inicial ainda vai ser agregado ao valor da
empresa um montante de R$ R$50392407 (quinhentos e trecircs mil novecentos e vinte
quatro reais e sete centavos)
A taxa de retorno requerida de 20 foi determinada levando em conta o niacutevel
de risco do projeto e visando o valor desejado para se obter em cima do valor
investido
TABELA 8 - CALCULO DO VALOR PRESENTE LIacuteQUIDO (VPL)
Anos FC k 2000
0 -$143355 VPL $50392407
1 $123499 VPL $50392407
2 $207792 VPL $50392407
3 $223956 VPL $21761126
4 $245622 VPL $21761126
5 $378242 Decisatildeo Aceitar o Projeto
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
452 Taxa Interna de Retorno (TIR)
Conforme a tabela 9 eacute possiacutevel verificar que a TIR (Taxa Interna de Retorno)
eacute de 11593 maior que a taxa requerida de 20 isso significa que custo inicial seraacute
46
recuperado e o projeto vai criar valor para empresa mais um resultado favoraacutevel para
a aceitaccedilatildeo do projeto
TABELA 9 - TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR)
Anos FC
0 -$143355 TIR 11593
1 $123499 TIR 2168
2 $207792 TIR 2168
3 $223956 Decisatildeo
4 $245622 k 2000
5 $378242 Aceitar o projeto
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
453 Payback
O tempo de recuperaccedilatildeo do custo inicial ocorre normalmente entre o quarto e
o quinto ano se for feita a anaacutelise da tabela 10 eacute possiacutevel verificar que o tempo
necessaacuterio para o retorno do investimento (payback) do projeto eacute de 128 anos este
indicador mostra claramente que o projeto deve ser aceito pois o tempo de retorno
estaacute bem abaixo do tempo meacutedio dos empreendimentos como um todo
TABELA 10 - PAYBACK
k 20
Anos FC SPresente
0 -$143355 -$143355 PBD-SP = 128
1 $123499 -$40439 128
2 $207792 $103861
3 $223956 $233465
4 $245622 $351917
5 $378242 $503924
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
47
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Para iniciar um negoacutecio requer muito mais do que apenas o espiacuterito
empreendedor eacute necessaacuterio ter lideranccedila conhecimento sobre o mercado que deseja
atuar organizaccedilatildeo e principalmente planejamento
O principal objetivo desse estudo foi analisar a viabilidade econocircmico-
financeira da abertura de uma empresa de bolos e doces finos no Bairro Alto em
Curitiba
O objetivo apresentado nesta pesquisa foi atingido pois todos os indicadores
analisados mostram com clareza que empresa obteacutem resultados positivos que criam
valor para a mesma e com isso o projeto eacute viaacutevel economicamente pois do primeiro
ao quinto ano fica visiacutevel o crescimento do empreendimento e a melhora significativa
da sua sauacutede financeira isso fica evidenciado no saldo final em caixa no quinto ano
que chega proacuteximo haacute 400 mil reais Apesar disso eacute crucial o acompanhamento do
mercado para seguir as tendecircncias e se atualizar constantemente para tomar
decisotildees mais assertivas
Um negoacutecio mal avaliado pode arruinar a estabilidade econocircmica do
investidor por isso eacute de extrema importacircncia fazer todos os levantamentos de custos
antes de se aventurar em qualquer empreendimento
Eacute possiacutevel comprovar que a pesquisa realizada contribui positivamente para
abertura da empresa No entanto as informaccedilotildees aqui presentes natildeo satildeo estaacuteticas e
devem ser revisadas periodicamente e se preciso ateacute mesmo ampliadas no decorrer
da implantaccedilatildeo do projeto para que o mesmo seja uma ferramenta eficiente e eficaz
no desenvolvimento da empresa como um todo
48
REFEREcircNCIAS
BRITO Paulo Anaacutelise e viabilidade de projetos de investimento Satildeo Paulo Atlas 2003 DOLABELA Fernando O segredo de Luiacutesa 30 ed Satildeo Paulo Editora de Cultura 2006 DORNELAS Joseacute Carlos Assis Empreendedorismo transformando ideias em negoacutecios 4 ed Rio de Janeiro Campus Elsevier 2012 CENSO Demograacutefico 2010 Resultados gerais da amostra Curitiba IBGE 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=410690ampidtema=87ampsearch=parana|curitiba|censo-demografico-2010-resultados-gerais-da-amostra-gt Acesso em 21 de Junho de 2015 CHIAVENATO Idalberto Empreendedorismo dando asas ao espiacuterito empreendedor empreendedorismo e a viabilidade de novas empresas um guia eficiente para iniciar e tocar seu proacuteprio negoacutecio 2 ed Satildeo Paulo Saraiva 2007 ESTATIacuteSTICAS do registro civil 2012 Curitiba IBGE 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaoregistrocivil2012default_xlsshtmgt Acesso em 21 de Junho de 2015 GIL Antonio Carlos Meacutetodos e teacutecnicas de pesquisa social 6 ed Satildeo Paulo Atlas 2008 KOTLER Philip KELLER Kevin Lane Administraccedilatildeo de Marketing 12 ed Satildeo Paulo ABDR 2006 LAPPONI Juan Carlos Projetos de Investimento na Empresa Rio de Janeiro Elsevier 2007 MACHADO Jesseacute Anderson Pinto Projetos Econocircmicos uma abordagem praacutetica de elaboraccedilatildeo Satildeo Paulo Nobel 2002 MICHEL Maria Helena Metodologia e pesquisa cientiacutefica em ciecircncias sociais 2 ed Satildeo Paulo Atlas 2009 OLIVEIRA Djalma de Pinho Rebouccedilas de Planejamento estrateacutegico conceitos metodologia e praacuteticas 20 ed Satildeo Paulo Atlas 2004 PRODANOV Cleber Cristiano ERNANI Cesar de Freitas Metodologia do trabalho cientiacutefico meacutetodo e teacutecnicas da pesquisa e do trabalho acadecircmico 2 ed Novo Hamburgo Freevale 2013
49
REBELATTO Dayse Projeto de Investimento 1 ed Barueri Manole 2004 SEBRAE Pesquisa de Mercado o que eacute e para que serve Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrsitesPortalSebraeartigosPesquisa-de-mercado-o-que-C3A9-e-para-que-servegt Acesso em 21 de Junho de 2015 SEBRAE Fluxo de caixa Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrSebraePortal20SebraeAnexos0_fluxo-de-caixapdfgt Acesso em 10 de Outubro de 2015 WILDAUER Egon Walter Plano de negoacutecios elementos construtivos e processos de elaboraccedilatildeo 2 ed Curitiba Ibpex 2011 WOILER Samsatildeo MATHIAS Washington Franco Projetos planejamento elaboraccedilatildeo anaacutelise 1 ed Satildeo Paulo Atlas 1994
50
APEcircNDICES
APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL 51
APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS 52
APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL 52
51
APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL
Item Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5
Aacutegua 25000 26250 27563 28941 30388
Aluguel 160000 168000 176400 185220 194481
Assessoria Contaacutebil 80000 84000 88200 92610 97241
Gaacutes 49000 51450 54023 56724 59560
Impostos 387858 422765 464481 506284 551849
Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)
80268 84281 88495 92920 97566
Energia eleacutetrica 70000 73500 77175 81034 85085
Manutenccedilatildeo 50000 52500 55125 57881 60775
Material de escritoacuterio 20000 21000 22050 23153 24310
Material de Limpeza 40000 42000 44100 46305 48620
Folha de pagamento 272266 299493 329442 362386 398625
Seguros 15000 15750 16538 17364 18233
Telefone fixointernet 20000 21000 22050 23153 24310
Telefone Moacutevel 12000 12600 13230 13892 14586
Vale Refeiccedilatildeo 75000 82500 90750 99825 109808
Vale Transporte 33000 34650 36383 38202 40112
Proacute- labore 200000 220000 286000 328900 361790
Taxas Bancaacuterias 8000 8400 8820 9261 9724
Total R$ 1597392 R$ 1720139 R$ 1900823 R$ 2064053 R$ 2227062
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
52
APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS
Item
Produccedilatildeo mensal meacutedia
Custo unitaacuterio total
Sugestatildeo Preccedilo de venda
Custo Mensal Total
Receita de vendas
Bolos artiacutesticos (recheios diversos) 150 6000 13500 900000 2025000
Bolos de copa (recheios diversos) 30 3600 8100 108000 243000
Naked cake (recheios diversos) 60 4200 9450 252000 567000
Doces Tradicionais 32 3500 7875 112000 252000
Doces Espelhados 32 5000 11250 160000 360000
Doces Finos 32 7500 16875 240000 540000
Brigadeiros gourmet 16 4500 10125 72000 162000
Tacinhas acriacutelicas 16 5500 12375 88000 198000
Trufas 32 5000 11250 160000 360000
Bombons 32 5000 11250 160000 360000
Bem casados 3200 100 225 320000 720000
Custo produccedilatildeo Total 2572000
Receita Total 5787000
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL
Ano Receita Bruta Variaccedilatildeo anual
Ano 1 000
Ano 2 69444000 9
Ano 3 75693960 9
Ano 4 82506416 9
Ano 5 89931994 9
Valor considerando a inflaccedilatildeo de 9 aa
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
30
isso o cliente deve ser considerado como o principal patrimocircnio da empresa (2007
p 207)
Segundo dados do censo 2010 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e
estatiacutestica) dos 576190 (quinhentos e setenta e seis mil cento e noventa) domiciacutelios
de Curitiba 292965 (duzentos e noventa e dois mil novecentos e sessenta e cinco)
possuem renda de mais de 5 a mais de 20 salaacuterios miacutenimos sendo assim cerca de
5085 dos domiciacutelios curitibanos estatildeo enquadrados nas classes A e B Ainda
segundo o IBGE cerca de 137922 (cento e trinta e sete mil novecentos e vinte e dois)
domiciacutelios curitibanos tecircm renda de mais de 10 salaacuterios miacutenimos o que representa
uma meacutedia de 24 dos domiciacutelios de Curitiba
Mais de 249000 (duzentos e quarenta e nove mil) pessoas que residem em
Curitiba cerca de 1423 da populaccedilatildeo tem rendimento mensal de mais de 5 salaacuterios
miacutenimos conforme Tabela 1
TABELA 1 - RESULTADOS DA AMOSTRA - RENDIMENTO POR PESSOA EM CURITIBA
Quantidade de pessoas Salaacuterios miacutenimos
153011 Mais de 5 a 10 salaacuterios miacutenimos
38692 Mais de 10 a 15 salaacuterios miacutenimos
25427 Mais de 15 a 20 salaacuterios miacutenimos
18264 Mais de 20 a 30 salaacuterios miacutenimos
13791 Mais de 30 salaacuterios miacutenimos
FONTE IBGE - CENSO DEMOGRAacuteFICO 2010
Curitiba possui uma populaccedilatildeo de mais de 1750000 (um milhatildeo setecentos
e cinquenta mil habitantes) segundo censo IBGE 2010 sendo que 932000
(novecentos e trinta e dois mil) pessoas com o estado civil de solteiro viuacutevo
divorciado separado judicialmentedesquitado isso mostra que tem muitas pessoas
que podem fazer festas de casamento e necessitar dos produtos que seratildeo ofertados
tais como bolos artiacutesticos doces finos e bem casados
Segundo as estatiacutesticas do registro civil do IBGE ocorreram em Curitiba e
regiatildeo metropolitana no ano 2012 exatamente 18877 (dezoito mil oitocentos e setenta
e sete) casamentos sendo que nos meses de setembro a dezembro foi onde ocorreu
um maior nuacutemero um total de 7828 (sete mil oitocentos e vinte e oito) casamentos o
que representa um total de 4147 dos casamentos ocorrem nesses quatro meses
do ano
31
TABELA 2 - CASAMENTOS POR MEcircS DE REGISTRO SEGUNDO O LUGAR DO REGISTRO ndash 2012
Lugar do registro
Casamentos por mecircs do registro
Total de
registros Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
RM Curitiba 18877 1466 1250 1572 1282 1403 1533 1248 1255 1735 1753 2118 2262
Curitiba 10351 848 692 857 692 724 872 658 658 971 968 1237 1174
FONTE IBGE DIRETORIA DE PESQUISAS COORDENACcedilAtildeO DE POPULACcedilAtildeO E INDICADORES SOCIAIS ESTATIacuteSTICAS DO REGISTRO CIVIL 2012
Nessa perspectiva foi definido que o mercado que a empresa de bolos e doces
finos vai atuar eacute de Curitiba e regiatildeo metropolitana com foco nas pessoas das classes
A e B com estado civil solteiro divorciado separado judicialmentedesquitado e viuacutevo
412 Produtos que seratildeo vendidos
ldquoNo coraccedilatildeo de uma grande marca haacute um grande produto O produto-chave
na oferta ao mercado Liacutederes de mercado geralmente oferecem produtos e serviccedilos
de qualidade superiorrdquo (KOTLER KELLER 2006 p 366)
Os principais produtos fornecidos seratildeo
Bolos artiacutesticos
FOTO1 - BOLO ARTIacuteSTICO FONTE WANDA CARDOSO - BOLOS ARTIacuteSTICOS amp DOCES
32
Bolos de copa
FOTO2 - BOLO DE COPA FONTE ELABORADO PELO AUTOR
FOTO3 - BOLO DE COPA FONTE ELABORADO PELO AUTOR
Naked cake
FOTO4 - NAKED CAKE FONTE DOCES PENEacuteLOPE
33
Doces Tradicionais
FOTO5 - DOCES TRADICIONAIS FONTE ELABORADO PELO AUTOR
Doces Espelhados
FOTO6 - DOCES ESPELHADOS FONTE PRONTO SOCORRO DAS FESTAS
Doces Finos
FOTO 7 - DOCES FINOS FONTE COMPRANDO MEU APE
34
Brigadeiros gourmet
FOTO8 - BRIGADEIROS GOURMET FONTE ELABORADO PELO AUTOR
Tacinhas acriacutelicas
FOTO9 - TACINHAS ACRIacuteLICAS FONTE BUFFET DELIacuteCIAS DA VI
Trufas
FOTO 10 - TRUFAS FONTE FOGAtildeO DA VOVOacute
35
Bombons
FOTO11 - BOMBONS FONTE DALVA GOLDEN GATE
Bem casados
FOTO12 - BEM CASADOS FONTE CASAMENTO SEM ERRO
FOTO13 - BEM CASADOS FONTE CASAMENTO SEM ERRO
36
413 Preccedilo de venda
A definiccedilatildeo do preccedilo dos produtos eacute uma das decisotildees mais relevantes da
organizaccedilatildeo que deve levar em conta a forma como a empresa deseja se posicionar
no mercado os custos a concorrecircncia e a rentabilidade almejada
O preccedilo eacute um dos elementos mais versaacuteteis pode ser modificado rapidamente
ao contraacuterio das propriedades dos produtos dos contratos com canais de distribuiccedilatildeo
e ateacute mesmo das promoccedilotildees O Preccedilo tem tambeacutem a tarefa de mostrar ao mercado o
posicionamento de valor desejado pela empresa para o seu produto ou marca
(KOTLER KELLER 2006 p 428)
A consolidaccedilatildeo dos preccedilos dos produtos seraacute elaborada levando em conta os
custos para se obter os produtos com a qualidade requinte e sofisticaccedilatildeo desejada
com a margem de lucro esperada e se baseando nos preccedilos praticados pela
concorrecircncia
414 Previsatildeo de vendas
Para Chiavenato (2007 p 2013)
A previsatildeo de vendas representa a quantidade de produtosserviccedilos que a empresa pretende vender ou colocar no mercado durante um determinado periacuteodo geralmente um mecircs ou um ano dividido em meses Constitui portanto uma estimativa ou uma expectativa de vendas Pode ser feita em unidades fiacutesicas ou em valores monetaacuterios
A produccedilatildeo vai ser em meacutedia de 5600 doces (doces finos gourmet e bem
casados) e 4 bolos procurando atender em meacutedia 4 eventos por semana e ateacute 16
eventos por mecircs sendo que nos meses de setembro a dezembro essa demanda
aumenta pelo motivo de historicamente ter um nuacutemero maior de casamentos
37
415 Definiccedilatildeo de local de venda dos produtos
ldquoA venda eacute a fase fundamental do processo de vendas Consiste na
transferecircncia do produtoserviccedilo para o cliente ou consumidorrdquo (CHIAVENATO 2007
p 210)
As vendas vatildeo ocorrer atraveacutes de site proacuteprio redes sociais telefone e
pessoalmente natildeo teremos loja fiacutesica apenas um ateliecirc para confecccedilatildeo dos bolos e
doces onde vai conter uma sala anexa na qual vai ser oferecido o serviccedilo de
degustaccedilatildeo com horaacuterios marcados para assim o cliente decidir quais os produtos
seratildeo adquiridos para o seu evento e fechamento de contrato
416 Definiccedilatildeo da demanda e da oferta
Na maior parte das encomendas os clientes solicitam os doces finos e
gourmet que contecircm chocolates frutas oleaginosas tais como castanhas nozes
avelatildes amecircndoas frutas como framboesa morango damasco cerejas e os bem
casados Os bolos mais solicitados satildeo os com decoraccedilatildeo de pasta americana que
deve obrigatoriamente ter recheios mais firmes como ganaches fios de ovos
strogonoff de nozes e os naked cake (bolo pelado) que possuem mais opccedilotildees de
recheios com chocolates frutas diversas e cremes de pacirctisserie
Em contato com algumas empresas que fornecem o mesmo tipo de produto
foi possiacutevel verificar que as encomendas devem ser feitas com antecedecircncia miacutenima
de 6 meses sendo que alguns casos somente com um ano de antecedecircncia para
conseguir na data desejada Esse eacute um dos pontos que mostra que tem espaccedilo
suficiente para entrada nesse mercado
38
417 Concorrentes
Chiavenato (2007 p 33) Kotler e Keller (2006 p 340) afirmam que os
concorrentes satildeo as organizaccedilotildees que competem pelos mesmos fornecedores
clientes e consumidores
ldquoAgrave medida que seus produtosserviccedilos tornam-se mais heterogecircneos tanto
mais heterogecircneos e diferenciados seratildeo seus concorrentes e tanto mais complexa
seraacute a competitividaderdquo (CHIAVENATO 2007 p 33)
Em busca na internet foi possiacutevel identificar que atualmente existe em meacutedia
25 concorrentes reais que oferecem exatamente os mesmos produtos que seratildeo
fornecidos com o mesmo padratildeo de qualidade valor agregado requinte e
sofisticaccedilatildeo Tambeacutem foi detectado mais 14 concorrentes potenciais que vendem
produtos similares aos que seratildeo vendidos poreacutem natildeo possuem o mesmo valor
agregado dos que vatildeo ser ofertados Foi possiacutevel identificar que alguns concorrentes
oferecem somente os doces finos dos quais foram identificados mais 3 concorrentes
reais e 3 concorrentes potenciais E foi detectado que existem concorrentes que
fornecem apenas os bolos artiacutesticos dos quais foi identificado 4 concorrentes reais
todos fornecem os bolos com o mesmo niacutevel de qualidade que seratildeo fornecidos
A tabela 3 mostra a divisatildeo dos concorrentes reais e potenciais que fornecem
bolos e doces por bairro de Curitiba
39
TABELA 3 - CONCORRENTES QUE FORNECEM BOLOS E DOCES POR BAIRRO
Bairro Quantidade de Concorrentes Reais
Quantidade de Concorrentes Potenciais
Aacutegua Verde 4 1
Ahuacute 1
Bairro Alto 2 1
Barreirinha 1
Barreirinha 1
Bom Retiro 1
Campo Comprido 1
Campo Comprido 1
Cidade Industrial 1
Colombo 1
Fazenda Rio Grande 1
Hauer 1
Hugo Lange 1
Mercecircs 1
Novo Mundo 2 1
Novo Mundo 1
Portatildeo 1
Portatildeo 1
Santa Cacircndida 1
Santa Felicidade 1 1
Santo Inaacutecio 1 1
Satildeo Joseacute dos Pinhais 1
Seminaacuterio 1
Sitio Cercado 1
Tarumatilde 1
Vila Izabel 1
Natildeo Informado 1 2
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
418 Forma de divulgaccedilatildeo dos concorrentes
Todas as empresas pesquisadas que fornecem produtos similares aos que
vamos fornecer utilizam sites proacuteprios e as redes sociais para fazer divulgaccedilatildeo dos
seus produtos todas fazem degustaccedilatildeo para os clientes conhecerem os seus
produtos e posteriormente fechar um contrato
40
42 TAMANHO DO NEGOacuteCIO
421 Capacidade produtiva
A capacidade produtiva vai ser para atender ateacute 4 eventos por semana A
produccedilatildeo vai ser de ateacute 5600 doces (doces finos gourmet e bem casados) e 4 bolos
atendendo ateacute 4 eventos por final de semana e ateacute 16 eventos por mecircs sendo que
nos meses de setembro a dezembro essa demanda aumenta pelo motivo de
historicamente ter um nuacutemero maior de casamentos
422 Investimento
Um dos pontos mais relevantes para abertura de uma empresa eacute a
determinaccedilatildeo do capital miacutenimo para dar iniacutecio nas atividades e principalmente como
obter este capital ldquoEacute com o capital inicial que a empresa tem condiccedilotildees de reunir os
recursos empresariais necessaacuterios ao seu funcionamento sejam eles recursos
humanos materiais ou financeirosrdquo A determinaccedilatildeo do capital eacute o que estabelece a
quantidade de recursos empresariais que a empresa tem disponiacutevel Indiscutivelmente
quanto maior for o volume de recursos empresariais mais faacutecil se torna o desempenho
da empresa Quando todos os recursos necessaacuterios para seu funcionamento estatildeo agrave
disposiccedilatildeo a administraccedilatildeo do empreendimento fica mais simples (CHIAVENATO
2007 p84)
Cabe acrescentar que (LAPPONI 2007 p 321)
O custo inicial refere-se aos desembolsos realizados para aquisiccedilatildeo de equipamentos ou outros ativos fixos incluindo o pagamento de fretes seguros instalaccedilotildees despesas operacionais iniciais com materiais e matildeo de obra treinamento de pessoal de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo etc resumindo o custo inicial inclui todos os desembolsos necessaacuterios para adquirir os ativos necessaacuterios e que estejam em condiccedilotildees de operar e gerar as receitas estimadas
41
O empreendimento iniciaraacute suas atividades com capital investido com
recursos proacuteprios da empreendedora
As estimativas de investimento inicial para abertura da empresa foi de
R$5162851 conforme tabela 4
TABELA 4 - INVESTIMENTO INICIAL
Descriccedilatildeo Valor (R$)
Maacutequinas e equipamentos Cozinha R$ 3084878
Utensiacutelios R$ 555075
Moacuteveis para escritoacuterio R$ 268982
Equipamentos de informaacutetica e eletrocircnicos R$ 446204
Outros custos escritoacuterio R$ 48912
Uniformes R$ 155800
Pintura Imoacutevel R$ 500000
Porta de Vidro R$ 103000
Total R$ 5162851
FONTE ELABORADO PELO AUTOR (2015)
423 Localizaccedilatildeo
Seraacute locado um imoacutevel para a instalaccedilatildeo da empresa localizado na Rua Heitor
Baggio Vidal 2508 Bairro Alto Curitiba ndash PR com o valor do aluguel mensal de
R$160000 (mil e seiscentos reais) O espaccedilo interno de 95msup2 seraacute dividido em trecircs
partes a primeira com 20msup2 vai ficar a recepccedilatildeo para receber os clientes efetuar
orccedilamentos e as degustaccedilotildees a segunda com 71msup2 a cozinha industrial onde seratildeo
fabricados os bolos e doces finos e a terceira com 4msup2 o lavabo
42
FOTO14 - FOTO DO IMOacuteVEL ONDE SERAacute INSTALADA A EMPRESA FONTE MP IMOacuteVEIS
424 Entregas
As entregas dos bolos e doces finos seratildeo efetuadas por uma empresa
parceira localizada no Bairro Alto o preccedilo das entregas em Curitiba e regiatildeo
metropolitana variam de R$2400 (vinte e quatro reais) a R$6000 (sessenta reais)
dependendo da localizaccedilatildeo tais valores seratildeo cobrados dos clientes
43 CAPITAL DE GIRO
O capital de giro inicial foi estimado levando em conta que no primeiro ano a
empresa vai produzir 8333 da sua capacidade atendendo em meacutedia 13 ventos
mensalmente sendo assim foram considerados os gastos operacionais necessaacuterios
para o iniacutecio das atividades incluindo o custo fixo mensal e o estoque inicial ambos
multiplicados por 2 e acrescidos de um percentual de 10 de margem de seguranccedila
para despesas natildeo previstas
43
TABELA 5 - CAPITAL DE GIRO
Item Valor (R$)
Estoque Inicial 5144000
Custo Fixo Mensal 3194783
Reserva (10) 833878
Total do Capital de Giro Inicial 9172662
FONTE ELABORDO PELO AUTOR
44 FLUXO DE CAIXA
ldquoFluxo de Caixa eacute um Instrumento de gestatildeo financeira que projeta para
periacuteodos futuros todas as entradas e as saiacutedas de recursos financeiros da empresa
indicando como seraacute o saldo de caixa para o periacuteodo projetadordquo (SEBRAE)
Na tabela 6 eacute apresentada a projeccedilatildeo do Fluxo de Caixa da empresa para os
seus primeiros cinco anos onde fica evidenciado que do primeiro ateacute o quinto ano a
sauacutede financeira da empresa melhora gradativamente sendo que no final do quinto
ano o saldo em caixa ultrapassa os 300 se comparado com o saldo em caixa no
final do primeiro ano
Pode-se observar que natildeo foi inserida no fluxo de caixa a opccedilatildeo de
inadimplecircncia pois todos os pagamentos seratildeo efetuados agrave vista em dinheiro ou
cartatildeo sendo que o pagamento total dos produtos deve ser efetuado no miacutenimo 10
dias antes da data do evento
44
TABELA 6 - PROJECcedilAtildeO DE FLUXO DE CAIXA NOS PRIMEIROS CINCO ANOS
Descriccedilatildeo Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5
Investimento Inicial (5162851)
Capital de Giro (9172662) 9172662
Valor Residual 1548855
Total de entradas 000 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873
Previsatildeo Receitas de vendas 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873
Total de Saiacutedas (14335513) (44888699) (54283425) (59479393) (64738409) (70291804)
(-)Fornecedores (25720000) (33641760) (36669518) (39969775) (43567055)
(-)Folha de pagamento (3267192) (3593911) (3953302) (4348633) (4783496)
(-)Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)
(963216) (1011377) (1061946) (1115043) (1170795)
(-)Retiradas soacutecios (2400000) (2640000) (3432000) (3946800) (4341480)
(-)Impostos s vendas (4654291) (5073177) (5573767) (6075406) (6622192)
(-)Alugueacuteis (1920000) (2016000) (2116800) (2222640) (2333772)
(-)Energia eleacutetrica (840000) (882000) (926100) (972405) (1021025)
(-)Aacutegua (300000) (315000) (330750) (347288) (364652)
(-)Telefone (384000) (403200) (423360) (444528) (466754)
(-)Gaacutes (588000) (617400) (648270) (680684) (714718)
(-)Serviccedilos contabilidade (960000) (1008000) (1058400) (1111320) (1166886)
(-)Manutenccedilatildeo (600000) (630000) (661500) (694575) (729304)
(-)Outras despesas com funcionaacuterios
(1296000) (1405800) (1525590) (1656320) (1799030)
(-)Taxas bancaacuterias (96000) (100800) (105840) (111132) (116689)
(-)Outros pagamentos (900000) (945000) (992250) (1041863) (1093956)
Entradas - Saiacutedas (14335513) 12981301 21410535 23027023 25193585 27734070
Depreciaccedilatildeo 000 (631377) (631377) (631377) (631377) (631377)
Saldo Final (14335513) 12349924 20779158 22395647 24562208 37824209
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
A depreciaccedilatildeo foi calculada considerando o prazo de vida uacutetil meacutedio de 10
anos das maacutequinas equipamentos instalaccedilotildees moacuteveis e utensiacutelios e para os
computadores e perifeacutericos foi considerado o prazo de vida uacutetil de 5 anos conforme
demonstrado na tabela 7
TABELA 7 - DEPRECIACcedilAtildeO
Item Valor Inicial Taxa Anual Depreciaccedilatildeo Anual (R$)
Maacutequinas e equipamentos 3084878 10 308488
Instalaccedilotildees 103000 10 10300
Moacuteveis e Utensiacutelios 824057 10 82406
Computadores e Perifeacutericos 446204 20 89241
Outros 704712 20 140942
Total 631377
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
45
O valor residual dos equipamentos e instalaccedilotildees da empresa no final do quinto
ano foi considerado em 30 referente ao valor de aquisiccedilatildeo dos mesmos no iniacutecio do
projeto
45 ANAacuteLISE DOS INDICADORES (VPL TIR E PAYBACK)
451 Valor Presente Liacutequido (VPL)
A tabela 8 mostra que o VPL (Valor Presente Liacutequido) eacute positivo isso significa
que aleacutem de recuperar o investimento inicial ainda vai ser agregado ao valor da
empresa um montante de R$ R$50392407 (quinhentos e trecircs mil novecentos e vinte
quatro reais e sete centavos)
A taxa de retorno requerida de 20 foi determinada levando em conta o niacutevel
de risco do projeto e visando o valor desejado para se obter em cima do valor
investido
TABELA 8 - CALCULO DO VALOR PRESENTE LIacuteQUIDO (VPL)
Anos FC k 2000
0 -$143355 VPL $50392407
1 $123499 VPL $50392407
2 $207792 VPL $50392407
3 $223956 VPL $21761126
4 $245622 VPL $21761126
5 $378242 Decisatildeo Aceitar o Projeto
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
452 Taxa Interna de Retorno (TIR)
Conforme a tabela 9 eacute possiacutevel verificar que a TIR (Taxa Interna de Retorno)
eacute de 11593 maior que a taxa requerida de 20 isso significa que custo inicial seraacute
46
recuperado e o projeto vai criar valor para empresa mais um resultado favoraacutevel para
a aceitaccedilatildeo do projeto
TABELA 9 - TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR)
Anos FC
0 -$143355 TIR 11593
1 $123499 TIR 2168
2 $207792 TIR 2168
3 $223956 Decisatildeo
4 $245622 k 2000
5 $378242 Aceitar o projeto
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
453 Payback
O tempo de recuperaccedilatildeo do custo inicial ocorre normalmente entre o quarto e
o quinto ano se for feita a anaacutelise da tabela 10 eacute possiacutevel verificar que o tempo
necessaacuterio para o retorno do investimento (payback) do projeto eacute de 128 anos este
indicador mostra claramente que o projeto deve ser aceito pois o tempo de retorno
estaacute bem abaixo do tempo meacutedio dos empreendimentos como um todo
TABELA 10 - PAYBACK
k 20
Anos FC SPresente
0 -$143355 -$143355 PBD-SP = 128
1 $123499 -$40439 128
2 $207792 $103861
3 $223956 $233465
4 $245622 $351917
5 $378242 $503924
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
47
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Para iniciar um negoacutecio requer muito mais do que apenas o espiacuterito
empreendedor eacute necessaacuterio ter lideranccedila conhecimento sobre o mercado que deseja
atuar organizaccedilatildeo e principalmente planejamento
O principal objetivo desse estudo foi analisar a viabilidade econocircmico-
financeira da abertura de uma empresa de bolos e doces finos no Bairro Alto em
Curitiba
O objetivo apresentado nesta pesquisa foi atingido pois todos os indicadores
analisados mostram com clareza que empresa obteacutem resultados positivos que criam
valor para a mesma e com isso o projeto eacute viaacutevel economicamente pois do primeiro
ao quinto ano fica visiacutevel o crescimento do empreendimento e a melhora significativa
da sua sauacutede financeira isso fica evidenciado no saldo final em caixa no quinto ano
que chega proacuteximo haacute 400 mil reais Apesar disso eacute crucial o acompanhamento do
mercado para seguir as tendecircncias e se atualizar constantemente para tomar
decisotildees mais assertivas
Um negoacutecio mal avaliado pode arruinar a estabilidade econocircmica do
investidor por isso eacute de extrema importacircncia fazer todos os levantamentos de custos
antes de se aventurar em qualquer empreendimento
Eacute possiacutevel comprovar que a pesquisa realizada contribui positivamente para
abertura da empresa No entanto as informaccedilotildees aqui presentes natildeo satildeo estaacuteticas e
devem ser revisadas periodicamente e se preciso ateacute mesmo ampliadas no decorrer
da implantaccedilatildeo do projeto para que o mesmo seja uma ferramenta eficiente e eficaz
no desenvolvimento da empresa como um todo
48
REFEREcircNCIAS
BRITO Paulo Anaacutelise e viabilidade de projetos de investimento Satildeo Paulo Atlas 2003 DOLABELA Fernando O segredo de Luiacutesa 30 ed Satildeo Paulo Editora de Cultura 2006 DORNELAS Joseacute Carlos Assis Empreendedorismo transformando ideias em negoacutecios 4 ed Rio de Janeiro Campus Elsevier 2012 CENSO Demograacutefico 2010 Resultados gerais da amostra Curitiba IBGE 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=410690ampidtema=87ampsearch=parana|curitiba|censo-demografico-2010-resultados-gerais-da-amostra-gt Acesso em 21 de Junho de 2015 CHIAVENATO Idalberto Empreendedorismo dando asas ao espiacuterito empreendedor empreendedorismo e a viabilidade de novas empresas um guia eficiente para iniciar e tocar seu proacuteprio negoacutecio 2 ed Satildeo Paulo Saraiva 2007 ESTATIacuteSTICAS do registro civil 2012 Curitiba IBGE 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaoregistrocivil2012default_xlsshtmgt Acesso em 21 de Junho de 2015 GIL Antonio Carlos Meacutetodos e teacutecnicas de pesquisa social 6 ed Satildeo Paulo Atlas 2008 KOTLER Philip KELLER Kevin Lane Administraccedilatildeo de Marketing 12 ed Satildeo Paulo ABDR 2006 LAPPONI Juan Carlos Projetos de Investimento na Empresa Rio de Janeiro Elsevier 2007 MACHADO Jesseacute Anderson Pinto Projetos Econocircmicos uma abordagem praacutetica de elaboraccedilatildeo Satildeo Paulo Nobel 2002 MICHEL Maria Helena Metodologia e pesquisa cientiacutefica em ciecircncias sociais 2 ed Satildeo Paulo Atlas 2009 OLIVEIRA Djalma de Pinho Rebouccedilas de Planejamento estrateacutegico conceitos metodologia e praacuteticas 20 ed Satildeo Paulo Atlas 2004 PRODANOV Cleber Cristiano ERNANI Cesar de Freitas Metodologia do trabalho cientiacutefico meacutetodo e teacutecnicas da pesquisa e do trabalho acadecircmico 2 ed Novo Hamburgo Freevale 2013
49
REBELATTO Dayse Projeto de Investimento 1 ed Barueri Manole 2004 SEBRAE Pesquisa de Mercado o que eacute e para que serve Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrsitesPortalSebraeartigosPesquisa-de-mercado-o-que-C3A9-e-para-que-servegt Acesso em 21 de Junho de 2015 SEBRAE Fluxo de caixa Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrSebraePortal20SebraeAnexos0_fluxo-de-caixapdfgt Acesso em 10 de Outubro de 2015 WILDAUER Egon Walter Plano de negoacutecios elementos construtivos e processos de elaboraccedilatildeo 2 ed Curitiba Ibpex 2011 WOILER Samsatildeo MATHIAS Washington Franco Projetos planejamento elaboraccedilatildeo anaacutelise 1 ed Satildeo Paulo Atlas 1994
50
APEcircNDICES
APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL 51
APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS 52
APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL 52
51
APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL
Item Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5
Aacutegua 25000 26250 27563 28941 30388
Aluguel 160000 168000 176400 185220 194481
Assessoria Contaacutebil 80000 84000 88200 92610 97241
Gaacutes 49000 51450 54023 56724 59560
Impostos 387858 422765 464481 506284 551849
Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)
80268 84281 88495 92920 97566
Energia eleacutetrica 70000 73500 77175 81034 85085
Manutenccedilatildeo 50000 52500 55125 57881 60775
Material de escritoacuterio 20000 21000 22050 23153 24310
Material de Limpeza 40000 42000 44100 46305 48620
Folha de pagamento 272266 299493 329442 362386 398625
Seguros 15000 15750 16538 17364 18233
Telefone fixointernet 20000 21000 22050 23153 24310
Telefone Moacutevel 12000 12600 13230 13892 14586
Vale Refeiccedilatildeo 75000 82500 90750 99825 109808
Vale Transporte 33000 34650 36383 38202 40112
Proacute- labore 200000 220000 286000 328900 361790
Taxas Bancaacuterias 8000 8400 8820 9261 9724
Total R$ 1597392 R$ 1720139 R$ 1900823 R$ 2064053 R$ 2227062
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
52
APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS
Item
Produccedilatildeo mensal meacutedia
Custo unitaacuterio total
Sugestatildeo Preccedilo de venda
Custo Mensal Total
Receita de vendas
Bolos artiacutesticos (recheios diversos) 150 6000 13500 900000 2025000
Bolos de copa (recheios diversos) 30 3600 8100 108000 243000
Naked cake (recheios diversos) 60 4200 9450 252000 567000
Doces Tradicionais 32 3500 7875 112000 252000
Doces Espelhados 32 5000 11250 160000 360000
Doces Finos 32 7500 16875 240000 540000
Brigadeiros gourmet 16 4500 10125 72000 162000
Tacinhas acriacutelicas 16 5500 12375 88000 198000
Trufas 32 5000 11250 160000 360000
Bombons 32 5000 11250 160000 360000
Bem casados 3200 100 225 320000 720000
Custo produccedilatildeo Total 2572000
Receita Total 5787000
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL
Ano Receita Bruta Variaccedilatildeo anual
Ano 1 000
Ano 2 69444000 9
Ano 3 75693960 9
Ano 4 82506416 9
Ano 5 89931994 9
Valor considerando a inflaccedilatildeo de 9 aa
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
31
TABELA 2 - CASAMENTOS POR MEcircS DE REGISTRO SEGUNDO O LUGAR DO REGISTRO ndash 2012
Lugar do registro
Casamentos por mecircs do registro
Total de
registros Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
RM Curitiba 18877 1466 1250 1572 1282 1403 1533 1248 1255 1735 1753 2118 2262
Curitiba 10351 848 692 857 692 724 872 658 658 971 968 1237 1174
FONTE IBGE DIRETORIA DE PESQUISAS COORDENACcedilAtildeO DE POPULACcedilAtildeO E INDICADORES SOCIAIS ESTATIacuteSTICAS DO REGISTRO CIVIL 2012
Nessa perspectiva foi definido que o mercado que a empresa de bolos e doces
finos vai atuar eacute de Curitiba e regiatildeo metropolitana com foco nas pessoas das classes
A e B com estado civil solteiro divorciado separado judicialmentedesquitado e viuacutevo
412 Produtos que seratildeo vendidos
ldquoNo coraccedilatildeo de uma grande marca haacute um grande produto O produto-chave
na oferta ao mercado Liacutederes de mercado geralmente oferecem produtos e serviccedilos
de qualidade superiorrdquo (KOTLER KELLER 2006 p 366)
Os principais produtos fornecidos seratildeo
Bolos artiacutesticos
FOTO1 - BOLO ARTIacuteSTICO FONTE WANDA CARDOSO - BOLOS ARTIacuteSTICOS amp DOCES
32
Bolos de copa
FOTO2 - BOLO DE COPA FONTE ELABORADO PELO AUTOR
FOTO3 - BOLO DE COPA FONTE ELABORADO PELO AUTOR
Naked cake
FOTO4 - NAKED CAKE FONTE DOCES PENEacuteLOPE
33
Doces Tradicionais
FOTO5 - DOCES TRADICIONAIS FONTE ELABORADO PELO AUTOR
Doces Espelhados
FOTO6 - DOCES ESPELHADOS FONTE PRONTO SOCORRO DAS FESTAS
Doces Finos
FOTO 7 - DOCES FINOS FONTE COMPRANDO MEU APE
34
Brigadeiros gourmet
FOTO8 - BRIGADEIROS GOURMET FONTE ELABORADO PELO AUTOR
Tacinhas acriacutelicas
FOTO9 - TACINHAS ACRIacuteLICAS FONTE BUFFET DELIacuteCIAS DA VI
Trufas
FOTO 10 - TRUFAS FONTE FOGAtildeO DA VOVOacute
35
Bombons
FOTO11 - BOMBONS FONTE DALVA GOLDEN GATE
Bem casados
FOTO12 - BEM CASADOS FONTE CASAMENTO SEM ERRO
FOTO13 - BEM CASADOS FONTE CASAMENTO SEM ERRO
36
413 Preccedilo de venda
A definiccedilatildeo do preccedilo dos produtos eacute uma das decisotildees mais relevantes da
organizaccedilatildeo que deve levar em conta a forma como a empresa deseja se posicionar
no mercado os custos a concorrecircncia e a rentabilidade almejada
O preccedilo eacute um dos elementos mais versaacuteteis pode ser modificado rapidamente
ao contraacuterio das propriedades dos produtos dos contratos com canais de distribuiccedilatildeo
e ateacute mesmo das promoccedilotildees O Preccedilo tem tambeacutem a tarefa de mostrar ao mercado o
posicionamento de valor desejado pela empresa para o seu produto ou marca
(KOTLER KELLER 2006 p 428)
A consolidaccedilatildeo dos preccedilos dos produtos seraacute elaborada levando em conta os
custos para se obter os produtos com a qualidade requinte e sofisticaccedilatildeo desejada
com a margem de lucro esperada e se baseando nos preccedilos praticados pela
concorrecircncia
414 Previsatildeo de vendas
Para Chiavenato (2007 p 2013)
A previsatildeo de vendas representa a quantidade de produtosserviccedilos que a empresa pretende vender ou colocar no mercado durante um determinado periacuteodo geralmente um mecircs ou um ano dividido em meses Constitui portanto uma estimativa ou uma expectativa de vendas Pode ser feita em unidades fiacutesicas ou em valores monetaacuterios
A produccedilatildeo vai ser em meacutedia de 5600 doces (doces finos gourmet e bem
casados) e 4 bolos procurando atender em meacutedia 4 eventos por semana e ateacute 16
eventos por mecircs sendo que nos meses de setembro a dezembro essa demanda
aumenta pelo motivo de historicamente ter um nuacutemero maior de casamentos
37
415 Definiccedilatildeo de local de venda dos produtos
ldquoA venda eacute a fase fundamental do processo de vendas Consiste na
transferecircncia do produtoserviccedilo para o cliente ou consumidorrdquo (CHIAVENATO 2007
p 210)
As vendas vatildeo ocorrer atraveacutes de site proacuteprio redes sociais telefone e
pessoalmente natildeo teremos loja fiacutesica apenas um ateliecirc para confecccedilatildeo dos bolos e
doces onde vai conter uma sala anexa na qual vai ser oferecido o serviccedilo de
degustaccedilatildeo com horaacuterios marcados para assim o cliente decidir quais os produtos
seratildeo adquiridos para o seu evento e fechamento de contrato
416 Definiccedilatildeo da demanda e da oferta
Na maior parte das encomendas os clientes solicitam os doces finos e
gourmet que contecircm chocolates frutas oleaginosas tais como castanhas nozes
avelatildes amecircndoas frutas como framboesa morango damasco cerejas e os bem
casados Os bolos mais solicitados satildeo os com decoraccedilatildeo de pasta americana que
deve obrigatoriamente ter recheios mais firmes como ganaches fios de ovos
strogonoff de nozes e os naked cake (bolo pelado) que possuem mais opccedilotildees de
recheios com chocolates frutas diversas e cremes de pacirctisserie
Em contato com algumas empresas que fornecem o mesmo tipo de produto
foi possiacutevel verificar que as encomendas devem ser feitas com antecedecircncia miacutenima
de 6 meses sendo que alguns casos somente com um ano de antecedecircncia para
conseguir na data desejada Esse eacute um dos pontos que mostra que tem espaccedilo
suficiente para entrada nesse mercado
38
417 Concorrentes
Chiavenato (2007 p 33) Kotler e Keller (2006 p 340) afirmam que os
concorrentes satildeo as organizaccedilotildees que competem pelos mesmos fornecedores
clientes e consumidores
ldquoAgrave medida que seus produtosserviccedilos tornam-se mais heterogecircneos tanto
mais heterogecircneos e diferenciados seratildeo seus concorrentes e tanto mais complexa
seraacute a competitividaderdquo (CHIAVENATO 2007 p 33)
Em busca na internet foi possiacutevel identificar que atualmente existe em meacutedia
25 concorrentes reais que oferecem exatamente os mesmos produtos que seratildeo
fornecidos com o mesmo padratildeo de qualidade valor agregado requinte e
sofisticaccedilatildeo Tambeacutem foi detectado mais 14 concorrentes potenciais que vendem
produtos similares aos que seratildeo vendidos poreacutem natildeo possuem o mesmo valor
agregado dos que vatildeo ser ofertados Foi possiacutevel identificar que alguns concorrentes
oferecem somente os doces finos dos quais foram identificados mais 3 concorrentes
reais e 3 concorrentes potenciais E foi detectado que existem concorrentes que
fornecem apenas os bolos artiacutesticos dos quais foi identificado 4 concorrentes reais
todos fornecem os bolos com o mesmo niacutevel de qualidade que seratildeo fornecidos
A tabela 3 mostra a divisatildeo dos concorrentes reais e potenciais que fornecem
bolos e doces por bairro de Curitiba
39
TABELA 3 - CONCORRENTES QUE FORNECEM BOLOS E DOCES POR BAIRRO
Bairro Quantidade de Concorrentes Reais
Quantidade de Concorrentes Potenciais
Aacutegua Verde 4 1
Ahuacute 1
Bairro Alto 2 1
Barreirinha 1
Barreirinha 1
Bom Retiro 1
Campo Comprido 1
Campo Comprido 1
Cidade Industrial 1
Colombo 1
Fazenda Rio Grande 1
Hauer 1
Hugo Lange 1
Mercecircs 1
Novo Mundo 2 1
Novo Mundo 1
Portatildeo 1
Portatildeo 1
Santa Cacircndida 1
Santa Felicidade 1 1
Santo Inaacutecio 1 1
Satildeo Joseacute dos Pinhais 1
Seminaacuterio 1
Sitio Cercado 1
Tarumatilde 1
Vila Izabel 1
Natildeo Informado 1 2
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
418 Forma de divulgaccedilatildeo dos concorrentes
Todas as empresas pesquisadas que fornecem produtos similares aos que
vamos fornecer utilizam sites proacuteprios e as redes sociais para fazer divulgaccedilatildeo dos
seus produtos todas fazem degustaccedilatildeo para os clientes conhecerem os seus
produtos e posteriormente fechar um contrato
40
42 TAMANHO DO NEGOacuteCIO
421 Capacidade produtiva
A capacidade produtiva vai ser para atender ateacute 4 eventos por semana A
produccedilatildeo vai ser de ateacute 5600 doces (doces finos gourmet e bem casados) e 4 bolos
atendendo ateacute 4 eventos por final de semana e ateacute 16 eventos por mecircs sendo que
nos meses de setembro a dezembro essa demanda aumenta pelo motivo de
historicamente ter um nuacutemero maior de casamentos
422 Investimento
Um dos pontos mais relevantes para abertura de uma empresa eacute a
determinaccedilatildeo do capital miacutenimo para dar iniacutecio nas atividades e principalmente como
obter este capital ldquoEacute com o capital inicial que a empresa tem condiccedilotildees de reunir os
recursos empresariais necessaacuterios ao seu funcionamento sejam eles recursos
humanos materiais ou financeirosrdquo A determinaccedilatildeo do capital eacute o que estabelece a
quantidade de recursos empresariais que a empresa tem disponiacutevel Indiscutivelmente
quanto maior for o volume de recursos empresariais mais faacutecil se torna o desempenho
da empresa Quando todos os recursos necessaacuterios para seu funcionamento estatildeo agrave
disposiccedilatildeo a administraccedilatildeo do empreendimento fica mais simples (CHIAVENATO
2007 p84)
Cabe acrescentar que (LAPPONI 2007 p 321)
O custo inicial refere-se aos desembolsos realizados para aquisiccedilatildeo de equipamentos ou outros ativos fixos incluindo o pagamento de fretes seguros instalaccedilotildees despesas operacionais iniciais com materiais e matildeo de obra treinamento de pessoal de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo etc resumindo o custo inicial inclui todos os desembolsos necessaacuterios para adquirir os ativos necessaacuterios e que estejam em condiccedilotildees de operar e gerar as receitas estimadas
41
O empreendimento iniciaraacute suas atividades com capital investido com
recursos proacuteprios da empreendedora
As estimativas de investimento inicial para abertura da empresa foi de
R$5162851 conforme tabela 4
TABELA 4 - INVESTIMENTO INICIAL
Descriccedilatildeo Valor (R$)
Maacutequinas e equipamentos Cozinha R$ 3084878
Utensiacutelios R$ 555075
Moacuteveis para escritoacuterio R$ 268982
Equipamentos de informaacutetica e eletrocircnicos R$ 446204
Outros custos escritoacuterio R$ 48912
Uniformes R$ 155800
Pintura Imoacutevel R$ 500000
Porta de Vidro R$ 103000
Total R$ 5162851
FONTE ELABORADO PELO AUTOR (2015)
423 Localizaccedilatildeo
Seraacute locado um imoacutevel para a instalaccedilatildeo da empresa localizado na Rua Heitor
Baggio Vidal 2508 Bairro Alto Curitiba ndash PR com o valor do aluguel mensal de
R$160000 (mil e seiscentos reais) O espaccedilo interno de 95msup2 seraacute dividido em trecircs
partes a primeira com 20msup2 vai ficar a recepccedilatildeo para receber os clientes efetuar
orccedilamentos e as degustaccedilotildees a segunda com 71msup2 a cozinha industrial onde seratildeo
fabricados os bolos e doces finos e a terceira com 4msup2 o lavabo
42
FOTO14 - FOTO DO IMOacuteVEL ONDE SERAacute INSTALADA A EMPRESA FONTE MP IMOacuteVEIS
424 Entregas
As entregas dos bolos e doces finos seratildeo efetuadas por uma empresa
parceira localizada no Bairro Alto o preccedilo das entregas em Curitiba e regiatildeo
metropolitana variam de R$2400 (vinte e quatro reais) a R$6000 (sessenta reais)
dependendo da localizaccedilatildeo tais valores seratildeo cobrados dos clientes
43 CAPITAL DE GIRO
O capital de giro inicial foi estimado levando em conta que no primeiro ano a
empresa vai produzir 8333 da sua capacidade atendendo em meacutedia 13 ventos
mensalmente sendo assim foram considerados os gastos operacionais necessaacuterios
para o iniacutecio das atividades incluindo o custo fixo mensal e o estoque inicial ambos
multiplicados por 2 e acrescidos de um percentual de 10 de margem de seguranccedila
para despesas natildeo previstas
43
TABELA 5 - CAPITAL DE GIRO
Item Valor (R$)
Estoque Inicial 5144000
Custo Fixo Mensal 3194783
Reserva (10) 833878
Total do Capital de Giro Inicial 9172662
FONTE ELABORDO PELO AUTOR
44 FLUXO DE CAIXA
ldquoFluxo de Caixa eacute um Instrumento de gestatildeo financeira que projeta para
periacuteodos futuros todas as entradas e as saiacutedas de recursos financeiros da empresa
indicando como seraacute o saldo de caixa para o periacuteodo projetadordquo (SEBRAE)
Na tabela 6 eacute apresentada a projeccedilatildeo do Fluxo de Caixa da empresa para os
seus primeiros cinco anos onde fica evidenciado que do primeiro ateacute o quinto ano a
sauacutede financeira da empresa melhora gradativamente sendo que no final do quinto
ano o saldo em caixa ultrapassa os 300 se comparado com o saldo em caixa no
final do primeiro ano
Pode-se observar que natildeo foi inserida no fluxo de caixa a opccedilatildeo de
inadimplecircncia pois todos os pagamentos seratildeo efetuados agrave vista em dinheiro ou
cartatildeo sendo que o pagamento total dos produtos deve ser efetuado no miacutenimo 10
dias antes da data do evento
44
TABELA 6 - PROJECcedilAtildeO DE FLUXO DE CAIXA NOS PRIMEIROS CINCO ANOS
Descriccedilatildeo Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5
Investimento Inicial (5162851)
Capital de Giro (9172662) 9172662
Valor Residual 1548855
Total de entradas 000 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873
Previsatildeo Receitas de vendas 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873
Total de Saiacutedas (14335513) (44888699) (54283425) (59479393) (64738409) (70291804)
(-)Fornecedores (25720000) (33641760) (36669518) (39969775) (43567055)
(-)Folha de pagamento (3267192) (3593911) (3953302) (4348633) (4783496)
(-)Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)
(963216) (1011377) (1061946) (1115043) (1170795)
(-)Retiradas soacutecios (2400000) (2640000) (3432000) (3946800) (4341480)
(-)Impostos s vendas (4654291) (5073177) (5573767) (6075406) (6622192)
(-)Alugueacuteis (1920000) (2016000) (2116800) (2222640) (2333772)
(-)Energia eleacutetrica (840000) (882000) (926100) (972405) (1021025)
(-)Aacutegua (300000) (315000) (330750) (347288) (364652)
(-)Telefone (384000) (403200) (423360) (444528) (466754)
(-)Gaacutes (588000) (617400) (648270) (680684) (714718)
(-)Serviccedilos contabilidade (960000) (1008000) (1058400) (1111320) (1166886)
(-)Manutenccedilatildeo (600000) (630000) (661500) (694575) (729304)
(-)Outras despesas com funcionaacuterios
(1296000) (1405800) (1525590) (1656320) (1799030)
(-)Taxas bancaacuterias (96000) (100800) (105840) (111132) (116689)
(-)Outros pagamentos (900000) (945000) (992250) (1041863) (1093956)
Entradas - Saiacutedas (14335513) 12981301 21410535 23027023 25193585 27734070
Depreciaccedilatildeo 000 (631377) (631377) (631377) (631377) (631377)
Saldo Final (14335513) 12349924 20779158 22395647 24562208 37824209
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
A depreciaccedilatildeo foi calculada considerando o prazo de vida uacutetil meacutedio de 10
anos das maacutequinas equipamentos instalaccedilotildees moacuteveis e utensiacutelios e para os
computadores e perifeacutericos foi considerado o prazo de vida uacutetil de 5 anos conforme
demonstrado na tabela 7
TABELA 7 - DEPRECIACcedilAtildeO
Item Valor Inicial Taxa Anual Depreciaccedilatildeo Anual (R$)
Maacutequinas e equipamentos 3084878 10 308488
Instalaccedilotildees 103000 10 10300
Moacuteveis e Utensiacutelios 824057 10 82406
Computadores e Perifeacutericos 446204 20 89241
Outros 704712 20 140942
Total 631377
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
45
O valor residual dos equipamentos e instalaccedilotildees da empresa no final do quinto
ano foi considerado em 30 referente ao valor de aquisiccedilatildeo dos mesmos no iniacutecio do
projeto
45 ANAacuteLISE DOS INDICADORES (VPL TIR E PAYBACK)
451 Valor Presente Liacutequido (VPL)
A tabela 8 mostra que o VPL (Valor Presente Liacutequido) eacute positivo isso significa
que aleacutem de recuperar o investimento inicial ainda vai ser agregado ao valor da
empresa um montante de R$ R$50392407 (quinhentos e trecircs mil novecentos e vinte
quatro reais e sete centavos)
A taxa de retorno requerida de 20 foi determinada levando em conta o niacutevel
de risco do projeto e visando o valor desejado para se obter em cima do valor
investido
TABELA 8 - CALCULO DO VALOR PRESENTE LIacuteQUIDO (VPL)
Anos FC k 2000
0 -$143355 VPL $50392407
1 $123499 VPL $50392407
2 $207792 VPL $50392407
3 $223956 VPL $21761126
4 $245622 VPL $21761126
5 $378242 Decisatildeo Aceitar o Projeto
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
452 Taxa Interna de Retorno (TIR)
Conforme a tabela 9 eacute possiacutevel verificar que a TIR (Taxa Interna de Retorno)
eacute de 11593 maior que a taxa requerida de 20 isso significa que custo inicial seraacute
46
recuperado e o projeto vai criar valor para empresa mais um resultado favoraacutevel para
a aceitaccedilatildeo do projeto
TABELA 9 - TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR)
Anos FC
0 -$143355 TIR 11593
1 $123499 TIR 2168
2 $207792 TIR 2168
3 $223956 Decisatildeo
4 $245622 k 2000
5 $378242 Aceitar o projeto
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
453 Payback
O tempo de recuperaccedilatildeo do custo inicial ocorre normalmente entre o quarto e
o quinto ano se for feita a anaacutelise da tabela 10 eacute possiacutevel verificar que o tempo
necessaacuterio para o retorno do investimento (payback) do projeto eacute de 128 anos este
indicador mostra claramente que o projeto deve ser aceito pois o tempo de retorno
estaacute bem abaixo do tempo meacutedio dos empreendimentos como um todo
TABELA 10 - PAYBACK
k 20
Anos FC SPresente
0 -$143355 -$143355 PBD-SP = 128
1 $123499 -$40439 128
2 $207792 $103861
3 $223956 $233465
4 $245622 $351917
5 $378242 $503924
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
47
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Para iniciar um negoacutecio requer muito mais do que apenas o espiacuterito
empreendedor eacute necessaacuterio ter lideranccedila conhecimento sobre o mercado que deseja
atuar organizaccedilatildeo e principalmente planejamento
O principal objetivo desse estudo foi analisar a viabilidade econocircmico-
financeira da abertura de uma empresa de bolos e doces finos no Bairro Alto em
Curitiba
O objetivo apresentado nesta pesquisa foi atingido pois todos os indicadores
analisados mostram com clareza que empresa obteacutem resultados positivos que criam
valor para a mesma e com isso o projeto eacute viaacutevel economicamente pois do primeiro
ao quinto ano fica visiacutevel o crescimento do empreendimento e a melhora significativa
da sua sauacutede financeira isso fica evidenciado no saldo final em caixa no quinto ano
que chega proacuteximo haacute 400 mil reais Apesar disso eacute crucial o acompanhamento do
mercado para seguir as tendecircncias e se atualizar constantemente para tomar
decisotildees mais assertivas
Um negoacutecio mal avaliado pode arruinar a estabilidade econocircmica do
investidor por isso eacute de extrema importacircncia fazer todos os levantamentos de custos
antes de se aventurar em qualquer empreendimento
Eacute possiacutevel comprovar que a pesquisa realizada contribui positivamente para
abertura da empresa No entanto as informaccedilotildees aqui presentes natildeo satildeo estaacuteticas e
devem ser revisadas periodicamente e se preciso ateacute mesmo ampliadas no decorrer
da implantaccedilatildeo do projeto para que o mesmo seja uma ferramenta eficiente e eficaz
no desenvolvimento da empresa como um todo
48
REFEREcircNCIAS
BRITO Paulo Anaacutelise e viabilidade de projetos de investimento Satildeo Paulo Atlas 2003 DOLABELA Fernando O segredo de Luiacutesa 30 ed Satildeo Paulo Editora de Cultura 2006 DORNELAS Joseacute Carlos Assis Empreendedorismo transformando ideias em negoacutecios 4 ed Rio de Janeiro Campus Elsevier 2012 CENSO Demograacutefico 2010 Resultados gerais da amostra Curitiba IBGE 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=410690ampidtema=87ampsearch=parana|curitiba|censo-demografico-2010-resultados-gerais-da-amostra-gt Acesso em 21 de Junho de 2015 CHIAVENATO Idalberto Empreendedorismo dando asas ao espiacuterito empreendedor empreendedorismo e a viabilidade de novas empresas um guia eficiente para iniciar e tocar seu proacuteprio negoacutecio 2 ed Satildeo Paulo Saraiva 2007 ESTATIacuteSTICAS do registro civil 2012 Curitiba IBGE 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaoregistrocivil2012default_xlsshtmgt Acesso em 21 de Junho de 2015 GIL Antonio Carlos Meacutetodos e teacutecnicas de pesquisa social 6 ed Satildeo Paulo Atlas 2008 KOTLER Philip KELLER Kevin Lane Administraccedilatildeo de Marketing 12 ed Satildeo Paulo ABDR 2006 LAPPONI Juan Carlos Projetos de Investimento na Empresa Rio de Janeiro Elsevier 2007 MACHADO Jesseacute Anderson Pinto Projetos Econocircmicos uma abordagem praacutetica de elaboraccedilatildeo Satildeo Paulo Nobel 2002 MICHEL Maria Helena Metodologia e pesquisa cientiacutefica em ciecircncias sociais 2 ed Satildeo Paulo Atlas 2009 OLIVEIRA Djalma de Pinho Rebouccedilas de Planejamento estrateacutegico conceitos metodologia e praacuteticas 20 ed Satildeo Paulo Atlas 2004 PRODANOV Cleber Cristiano ERNANI Cesar de Freitas Metodologia do trabalho cientiacutefico meacutetodo e teacutecnicas da pesquisa e do trabalho acadecircmico 2 ed Novo Hamburgo Freevale 2013
49
REBELATTO Dayse Projeto de Investimento 1 ed Barueri Manole 2004 SEBRAE Pesquisa de Mercado o que eacute e para que serve Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrsitesPortalSebraeartigosPesquisa-de-mercado-o-que-C3A9-e-para-que-servegt Acesso em 21 de Junho de 2015 SEBRAE Fluxo de caixa Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrSebraePortal20SebraeAnexos0_fluxo-de-caixapdfgt Acesso em 10 de Outubro de 2015 WILDAUER Egon Walter Plano de negoacutecios elementos construtivos e processos de elaboraccedilatildeo 2 ed Curitiba Ibpex 2011 WOILER Samsatildeo MATHIAS Washington Franco Projetos planejamento elaboraccedilatildeo anaacutelise 1 ed Satildeo Paulo Atlas 1994
50
APEcircNDICES
APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL 51
APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS 52
APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL 52
51
APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL
Item Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5
Aacutegua 25000 26250 27563 28941 30388
Aluguel 160000 168000 176400 185220 194481
Assessoria Contaacutebil 80000 84000 88200 92610 97241
Gaacutes 49000 51450 54023 56724 59560
Impostos 387858 422765 464481 506284 551849
Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)
80268 84281 88495 92920 97566
Energia eleacutetrica 70000 73500 77175 81034 85085
Manutenccedilatildeo 50000 52500 55125 57881 60775
Material de escritoacuterio 20000 21000 22050 23153 24310
Material de Limpeza 40000 42000 44100 46305 48620
Folha de pagamento 272266 299493 329442 362386 398625
Seguros 15000 15750 16538 17364 18233
Telefone fixointernet 20000 21000 22050 23153 24310
Telefone Moacutevel 12000 12600 13230 13892 14586
Vale Refeiccedilatildeo 75000 82500 90750 99825 109808
Vale Transporte 33000 34650 36383 38202 40112
Proacute- labore 200000 220000 286000 328900 361790
Taxas Bancaacuterias 8000 8400 8820 9261 9724
Total R$ 1597392 R$ 1720139 R$ 1900823 R$ 2064053 R$ 2227062
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
52
APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS
Item
Produccedilatildeo mensal meacutedia
Custo unitaacuterio total
Sugestatildeo Preccedilo de venda
Custo Mensal Total
Receita de vendas
Bolos artiacutesticos (recheios diversos) 150 6000 13500 900000 2025000
Bolos de copa (recheios diversos) 30 3600 8100 108000 243000
Naked cake (recheios diversos) 60 4200 9450 252000 567000
Doces Tradicionais 32 3500 7875 112000 252000
Doces Espelhados 32 5000 11250 160000 360000
Doces Finos 32 7500 16875 240000 540000
Brigadeiros gourmet 16 4500 10125 72000 162000
Tacinhas acriacutelicas 16 5500 12375 88000 198000
Trufas 32 5000 11250 160000 360000
Bombons 32 5000 11250 160000 360000
Bem casados 3200 100 225 320000 720000
Custo produccedilatildeo Total 2572000
Receita Total 5787000
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL
Ano Receita Bruta Variaccedilatildeo anual
Ano 1 000
Ano 2 69444000 9
Ano 3 75693960 9
Ano 4 82506416 9
Ano 5 89931994 9
Valor considerando a inflaccedilatildeo de 9 aa
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
32
Bolos de copa
FOTO2 - BOLO DE COPA FONTE ELABORADO PELO AUTOR
FOTO3 - BOLO DE COPA FONTE ELABORADO PELO AUTOR
Naked cake
FOTO4 - NAKED CAKE FONTE DOCES PENEacuteLOPE
33
Doces Tradicionais
FOTO5 - DOCES TRADICIONAIS FONTE ELABORADO PELO AUTOR
Doces Espelhados
FOTO6 - DOCES ESPELHADOS FONTE PRONTO SOCORRO DAS FESTAS
Doces Finos
FOTO 7 - DOCES FINOS FONTE COMPRANDO MEU APE
34
Brigadeiros gourmet
FOTO8 - BRIGADEIROS GOURMET FONTE ELABORADO PELO AUTOR
Tacinhas acriacutelicas
FOTO9 - TACINHAS ACRIacuteLICAS FONTE BUFFET DELIacuteCIAS DA VI
Trufas
FOTO 10 - TRUFAS FONTE FOGAtildeO DA VOVOacute
35
Bombons
FOTO11 - BOMBONS FONTE DALVA GOLDEN GATE
Bem casados
FOTO12 - BEM CASADOS FONTE CASAMENTO SEM ERRO
FOTO13 - BEM CASADOS FONTE CASAMENTO SEM ERRO
36
413 Preccedilo de venda
A definiccedilatildeo do preccedilo dos produtos eacute uma das decisotildees mais relevantes da
organizaccedilatildeo que deve levar em conta a forma como a empresa deseja se posicionar
no mercado os custos a concorrecircncia e a rentabilidade almejada
O preccedilo eacute um dos elementos mais versaacuteteis pode ser modificado rapidamente
ao contraacuterio das propriedades dos produtos dos contratos com canais de distribuiccedilatildeo
e ateacute mesmo das promoccedilotildees O Preccedilo tem tambeacutem a tarefa de mostrar ao mercado o
posicionamento de valor desejado pela empresa para o seu produto ou marca
(KOTLER KELLER 2006 p 428)
A consolidaccedilatildeo dos preccedilos dos produtos seraacute elaborada levando em conta os
custos para se obter os produtos com a qualidade requinte e sofisticaccedilatildeo desejada
com a margem de lucro esperada e se baseando nos preccedilos praticados pela
concorrecircncia
414 Previsatildeo de vendas
Para Chiavenato (2007 p 2013)
A previsatildeo de vendas representa a quantidade de produtosserviccedilos que a empresa pretende vender ou colocar no mercado durante um determinado periacuteodo geralmente um mecircs ou um ano dividido em meses Constitui portanto uma estimativa ou uma expectativa de vendas Pode ser feita em unidades fiacutesicas ou em valores monetaacuterios
A produccedilatildeo vai ser em meacutedia de 5600 doces (doces finos gourmet e bem
casados) e 4 bolos procurando atender em meacutedia 4 eventos por semana e ateacute 16
eventos por mecircs sendo que nos meses de setembro a dezembro essa demanda
aumenta pelo motivo de historicamente ter um nuacutemero maior de casamentos
37
415 Definiccedilatildeo de local de venda dos produtos
ldquoA venda eacute a fase fundamental do processo de vendas Consiste na
transferecircncia do produtoserviccedilo para o cliente ou consumidorrdquo (CHIAVENATO 2007
p 210)
As vendas vatildeo ocorrer atraveacutes de site proacuteprio redes sociais telefone e
pessoalmente natildeo teremos loja fiacutesica apenas um ateliecirc para confecccedilatildeo dos bolos e
doces onde vai conter uma sala anexa na qual vai ser oferecido o serviccedilo de
degustaccedilatildeo com horaacuterios marcados para assim o cliente decidir quais os produtos
seratildeo adquiridos para o seu evento e fechamento de contrato
416 Definiccedilatildeo da demanda e da oferta
Na maior parte das encomendas os clientes solicitam os doces finos e
gourmet que contecircm chocolates frutas oleaginosas tais como castanhas nozes
avelatildes amecircndoas frutas como framboesa morango damasco cerejas e os bem
casados Os bolos mais solicitados satildeo os com decoraccedilatildeo de pasta americana que
deve obrigatoriamente ter recheios mais firmes como ganaches fios de ovos
strogonoff de nozes e os naked cake (bolo pelado) que possuem mais opccedilotildees de
recheios com chocolates frutas diversas e cremes de pacirctisserie
Em contato com algumas empresas que fornecem o mesmo tipo de produto
foi possiacutevel verificar que as encomendas devem ser feitas com antecedecircncia miacutenima
de 6 meses sendo que alguns casos somente com um ano de antecedecircncia para
conseguir na data desejada Esse eacute um dos pontos que mostra que tem espaccedilo
suficiente para entrada nesse mercado
38
417 Concorrentes
Chiavenato (2007 p 33) Kotler e Keller (2006 p 340) afirmam que os
concorrentes satildeo as organizaccedilotildees que competem pelos mesmos fornecedores
clientes e consumidores
ldquoAgrave medida que seus produtosserviccedilos tornam-se mais heterogecircneos tanto
mais heterogecircneos e diferenciados seratildeo seus concorrentes e tanto mais complexa
seraacute a competitividaderdquo (CHIAVENATO 2007 p 33)
Em busca na internet foi possiacutevel identificar que atualmente existe em meacutedia
25 concorrentes reais que oferecem exatamente os mesmos produtos que seratildeo
fornecidos com o mesmo padratildeo de qualidade valor agregado requinte e
sofisticaccedilatildeo Tambeacutem foi detectado mais 14 concorrentes potenciais que vendem
produtos similares aos que seratildeo vendidos poreacutem natildeo possuem o mesmo valor
agregado dos que vatildeo ser ofertados Foi possiacutevel identificar que alguns concorrentes
oferecem somente os doces finos dos quais foram identificados mais 3 concorrentes
reais e 3 concorrentes potenciais E foi detectado que existem concorrentes que
fornecem apenas os bolos artiacutesticos dos quais foi identificado 4 concorrentes reais
todos fornecem os bolos com o mesmo niacutevel de qualidade que seratildeo fornecidos
A tabela 3 mostra a divisatildeo dos concorrentes reais e potenciais que fornecem
bolos e doces por bairro de Curitiba
39
TABELA 3 - CONCORRENTES QUE FORNECEM BOLOS E DOCES POR BAIRRO
Bairro Quantidade de Concorrentes Reais
Quantidade de Concorrentes Potenciais
Aacutegua Verde 4 1
Ahuacute 1
Bairro Alto 2 1
Barreirinha 1
Barreirinha 1
Bom Retiro 1
Campo Comprido 1
Campo Comprido 1
Cidade Industrial 1
Colombo 1
Fazenda Rio Grande 1
Hauer 1
Hugo Lange 1
Mercecircs 1
Novo Mundo 2 1
Novo Mundo 1
Portatildeo 1
Portatildeo 1
Santa Cacircndida 1
Santa Felicidade 1 1
Santo Inaacutecio 1 1
Satildeo Joseacute dos Pinhais 1
Seminaacuterio 1
Sitio Cercado 1
Tarumatilde 1
Vila Izabel 1
Natildeo Informado 1 2
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
418 Forma de divulgaccedilatildeo dos concorrentes
Todas as empresas pesquisadas que fornecem produtos similares aos que
vamos fornecer utilizam sites proacuteprios e as redes sociais para fazer divulgaccedilatildeo dos
seus produtos todas fazem degustaccedilatildeo para os clientes conhecerem os seus
produtos e posteriormente fechar um contrato
40
42 TAMANHO DO NEGOacuteCIO
421 Capacidade produtiva
A capacidade produtiva vai ser para atender ateacute 4 eventos por semana A
produccedilatildeo vai ser de ateacute 5600 doces (doces finos gourmet e bem casados) e 4 bolos
atendendo ateacute 4 eventos por final de semana e ateacute 16 eventos por mecircs sendo que
nos meses de setembro a dezembro essa demanda aumenta pelo motivo de
historicamente ter um nuacutemero maior de casamentos
422 Investimento
Um dos pontos mais relevantes para abertura de uma empresa eacute a
determinaccedilatildeo do capital miacutenimo para dar iniacutecio nas atividades e principalmente como
obter este capital ldquoEacute com o capital inicial que a empresa tem condiccedilotildees de reunir os
recursos empresariais necessaacuterios ao seu funcionamento sejam eles recursos
humanos materiais ou financeirosrdquo A determinaccedilatildeo do capital eacute o que estabelece a
quantidade de recursos empresariais que a empresa tem disponiacutevel Indiscutivelmente
quanto maior for o volume de recursos empresariais mais faacutecil se torna o desempenho
da empresa Quando todos os recursos necessaacuterios para seu funcionamento estatildeo agrave
disposiccedilatildeo a administraccedilatildeo do empreendimento fica mais simples (CHIAVENATO
2007 p84)
Cabe acrescentar que (LAPPONI 2007 p 321)
O custo inicial refere-se aos desembolsos realizados para aquisiccedilatildeo de equipamentos ou outros ativos fixos incluindo o pagamento de fretes seguros instalaccedilotildees despesas operacionais iniciais com materiais e matildeo de obra treinamento de pessoal de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo etc resumindo o custo inicial inclui todos os desembolsos necessaacuterios para adquirir os ativos necessaacuterios e que estejam em condiccedilotildees de operar e gerar as receitas estimadas
41
O empreendimento iniciaraacute suas atividades com capital investido com
recursos proacuteprios da empreendedora
As estimativas de investimento inicial para abertura da empresa foi de
R$5162851 conforme tabela 4
TABELA 4 - INVESTIMENTO INICIAL
Descriccedilatildeo Valor (R$)
Maacutequinas e equipamentos Cozinha R$ 3084878
Utensiacutelios R$ 555075
Moacuteveis para escritoacuterio R$ 268982
Equipamentos de informaacutetica e eletrocircnicos R$ 446204
Outros custos escritoacuterio R$ 48912
Uniformes R$ 155800
Pintura Imoacutevel R$ 500000
Porta de Vidro R$ 103000
Total R$ 5162851
FONTE ELABORADO PELO AUTOR (2015)
423 Localizaccedilatildeo
Seraacute locado um imoacutevel para a instalaccedilatildeo da empresa localizado na Rua Heitor
Baggio Vidal 2508 Bairro Alto Curitiba ndash PR com o valor do aluguel mensal de
R$160000 (mil e seiscentos reais) O espaccedilo interno de 95msup2 seraacute dividido em trecircs
partes a primeira com 20msup2 vai ficar a recepccedilatildeo para receber os clientes efetuar
orccedilamentos e as degustaccedilotildees a segunda com 71msup2 a cozinha industrial onde seratildeo
fabricados os bolos e doces finos e a terceira com 4msup2 o lavabo
42
FOTO14 - FOTO DO IMOacuteVEL ONDE SERAacute INSTALADA A EMPRESA FONTE MP IMOacuteVEIS
424 Entregas
As entregas dos bolos e doces finos seratildeo efetuadas por uma empresa
parceira localizada no Bairro Alto o preccedilo das entregas em Curitiba e regiatildeo
metropolitana variam de R$2400 (vinte e quatro reais) a R$6000 (sessenta reais)
dependendo da localizaccedilatildeo tais valores seratildeo cobrados dos clientes
43 CAPITAL DE GIRO
O capital de giro inicial foi estimado levando em conta que no primeiro ano a
empresa vai produzir 8333 da sua capacidade atendendo em meacutedia 13 ventos
mensalmente sendo assim foram considerados os gastos operacionais necessaacuterios
para o iniacutecio das atividades incluindo o custo fixo mensal e o estoque inicial ambos
multiplicados por 2 e acrescidos de um percentual de 10 de margem de seguranccedila
para despesas natildeo previstas
43
TABELA 5 - CAPITAL DE GIRO
Item Valor (R$)
Estoque Inicial 5144000
Custo Fixo Mensal 3194783
Reserva (10) 833878
Total do Capital de Giro Inicial 9172662
FONTE ELABORDO PELO AUTOR
44 FLUXO DE CAIXA
ldquoFluxo de Caixa eacute um Instrumento de gestatildeo financeira que projeta para
periacuteodos futuros todas as entradas e as saiacutedas de recursos financeiros da empresa
indicando como seraacute o saldo de caixa para o periacuteodo projetadordquo (SEBRAE)
Na tabela 6 eacute apresentada a projeccedilatildeo do Fluxo de Caixa da empresa para os
seus primeiros cinco anos onde fica evidenciado que do primeiro ateacute o quinto ano a
sauacutede financeira da empresa melhora gradativamente sendo que no final do quinto
ano o saldo em caixa ultrapassa os 300 se comparado com o saldo em caixa no
final do primeiro ano
Pode-se observar que natildeo foi inserida no fluxo de caixa a opccedilatildeo de
inadimplecircncia pois todos os pagamentos seratildeo efetuados agrave vista em dinheiro ou
cartatildeo sendo que o pagamento total dos produtos deve ser efetuado no miacutenimo 10
dias antes da data do evento
44
TABELA 6 - PROJECcedilAtildeO DE FLUXO DE CAIXA NOS PRIMEIROS CINCO ANOS
Descriccedilatildeo Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5
Investimento Inicial (5162851)
Capital de Giro (9172662) 9172662
Valor Residual 1548855
Total de entradas 000 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873
Previsatildeo Receitas de vendas 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873
Total de Saiacutedas (14335513) (44888699) (54283425) (59479393) (64738409) (70291804)
(-)Fornecedores (25720000) (33641760) (36669518) (39969775) (43567055)
(-)Folha de pagamento (3267192) (3593911) (3953302) (4348633) (4783496)
(-)Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)
(963216) (1011377) (1061946) (1115043) (1170795)
(-)Retiradas soacutecios (2400000) (2640000) (3432000) (3946800) (4341480)
(-)Impostos s vendas (4654291) (5073177) (5573767) (6075406) (6622192)
(-)Alugueacuteis (1920000) (2016000) (2116800) (2222640) (2333772)
(-)Energia eleacutetrica (840000) (882000) (926100) (972405) (1021025)
(-)Aacutegua (300000) (315000) (330750) (347288) (364652)
(-)Telefone (384000) (403200) (423360) (444528) (466754)
(-)Gaacutes (588000) (617400) (648270) (680684) (714718)
(-)Serviccedilos contabilidade (960000) (1008000) (1058400) (1111320) (1166886)
(-)Manutenccedilatildeo (600000) (630000) (661500) (694575) (729304)
(-)Outras despesas com funcionaacuterios
(1296000) (1405800) (1525590) (1656320) (1799030)
(-)Taxas bancaacuterias (96000) (100800) (105840) (111132) (116689)
(-)Outros pagamentos (900000) (945000) (992250) (1041863) (1093956)
Entradas - Saiacutedas (14335513) 12981301 21410535 23027023 25193585 27734070
Depreciaccedilatildeo 000 (631377) (631377) (631377) (631377) (631377)
Saldo Final (14335513) 12349924 20779158 22395647 24562208 37824209
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
A depreciaccedilatildeo foi calculada considerando o prazo de vida uacutetil meacutedio de 10
anos das maacutequinas equipamentos instalaccedilotildees moacuteveis e utensiacutelios e para os
computadores e perifeacutericos foi considerado o prazo de vida uacutetil de 5 anos conforme
demonstrado na tabela 7
TABELA 7 - DEPRECIACcedilAtildeO
Item Valor Inicial Taxa Anual Depreciaccedilatildeo Anual (R$)
Maacutequinas e equipamentos 3084878 10 308488
Instalaccedilotildees 103000 10 10300
Moacuteveis e Utensiacutelios 824057 10 82406
Computadores e Perifeacutericos 446204 20 89241
Outros 704712 20 140942
Total 631377
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
45
O valor residual dos equipamentos e instalaccedilotildees da empresa no final do quinto
ano foi considerado em 30 referente ao valor de aquisiccedilatildeo dos mesmos no iniacutecio do
projeto
45 ANAacuteLISE DOS INDICADORES (VPL TIR E PAYBACK)
451 Valor Presente Liacutequido (VPL)
A tabela 8 mostra que o VPL (Valor Presente Liacutequido) eacute positivo isso significa
que aleacutem de recuperar o investimento inicial ainda vai ser agregado ao valor da
empresa um montante de R$ R$50392407 (quinhentos e trecircs mil novecentos e vinte
quatro reais e sete centavos)
A taxa de retorno requerida de 20 foi determinada levando em conta o niacutevel
de risco do projeto e visando o valor desejado para se obter em cima do valor
investido
TABELA 8 - CALCULO DO VALOR PRESENTE LIacuteQUIDO (VPL)
Anos FC k 2000
0 -$143355 VPL $50392407
1 $123499 VPL $50392407
2 $207792 VPL $50392407
3 $223956 VPL $21761126
4 $245622 VPL $21761126
5 $378242 Decisatildeo Aceitar o Projeto
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
452 Taxa Interna de Retorno (TIR)
Conforme a tabela 9 eacute possiacutevel verificar que a TIR (Taxa Interna de Retorno)
eacute de 11593 maior que a taxa requerida de 20 isso significa que custo inicial seraacute
46
recuperado e o projeto vai criar valor para empresa mais um resultado favoraacutevel para
a aceitaccedilatildeo do projeto
TABELA 9 - TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR)
Anos FC
0 -$143355 TIR 11593
1 $123499 TIR 2168
2 $207792 TIR 2168
3 $223956 Decisatildeo
4 $245622 k 2000
5 $378242 Aceitar o projeto
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
453 Payback
O tempo de recuperaccedilatildeo do custo inicial ocorre normalmente entre o quarto e
o quinto ano se for feita a anaacutelise da tabela 10 eacute possiacutevel verificar que o tempo
necessaacuterio para o retorno do investimento (payback) do projeto eacute de 128 anos este
indicador mostra claramente que o projeto deve ser aceito pois o tempo de retorno
estaacute bem abaixo do tempo meacutedio dos empreendimentos como um todo
TABELA 10 - PAYBACK
k 20
Anos FC SPresente
0 -$143355 -$143355 PBD-SP = 128
1 $123499 -$40439 128
2 $207792 $103861
3 $223956 $233465
4 $245622 $351917
5 $378242 $503924
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
47
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Para iniciar um negoacutecio requer muito mais do que apenas o espiacuterito
empreendedor eacute necessaacuterio ter lideranccedila conhecimento sobre o mercado que deseja
atuar organizaccedilatildeo e principalmente planejamento
O principal objetivo desse estudo foi analisar a viabilidade econocircmico-
financeira da abertura de uma empresa de bolos e doces finos no Bairro Alto em
Curitiba
O objetivo apresentado nesta pesquisa foi atingido pois todos os indicadores
analisados mostram com clareza que empresa obteacutem resultados positivos que criam
valor para a mesma e com isso o projeto eacute viaacutevel economicamente pois do primeiro
ao quinto ano fica visiacutevel o crescimento do empreendimento e a melhora significativa
da sua sauacutede financeira isso fica evidenciado no saldo final em caixa no quinto ano
que chega proacuteximo haacute 400 mil reais Apesar disso eacute crucial o acompanhamento do
mercado para seguir as tendecircncias e se atualizar constantemente para tomar
decisotildees mais assertivas
Um negoacutecio mal avaliado pode arruinar a estabilidade econocircmica do
investidor por isso eacute de extrema importacircncia fazer todos os levantamentos de custos
antes de se aventurar em qualquer empreendimento
Eacute possiacutevel comprovar que a pesquisa realizada contribui positivamente para
abertura da empresa No entanto as informaccedilotildees aqui presentes natildeo satildeo estaacuteticas e
devem ser revisadas periodicamente e se preciso ateacute mesmo ampliadas no decorrer
da implantaccedilatildeo do projeto para que o mesmo seja uma ferramenta eficiente e eficaz
no desenvolvimento da empresa como um todo
48
REFEREcircNCIAS
BRITO Paulo Anaacutelise e viabilidade de projetos de investimento Satildeo Paulo Atlas 2003 DOLABELA Fernando O segredo de Luiacutesa 30 ed Satildeo Paulo Editora de Cultura 2006 DORNELAS Joseacute Carlos Assis Empreendedorismo transformando ideias em negoacutecios 4 ed Rio de Janeiro Campus Elsevier 2012 CENSO Demograacutefico 2010 Resultados gerais da amostra Curitiba IBGE 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=410690ampidtema=87ampsearch=parana|curitiba|censo-demografico-2010-resultados-gerais-da-amostra-gt Acesso em 21 de Junho de 2015 CHIAVENATO Idalberto Empreendedorismo dando asas ao espiacuterito empreendedor empreendedorismo e a viabilidade de novas empresas um guia eficiente para iniciar e tocar seu proacuteprio negoacutecio 2 ed Satildeo Paulo Saraiva 2007 ESTATIacuteSTICAS do registro civil 2012 Curitiba IBGE 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaoregistrocivil2012default_xlsshtmgt Acesso em 21 de Junho de 2015 GIL Antonio Carlos Meacutetodos e teacutecnicas de pesquisa social 6 ed Satildeo Paulo Atlas 2008 KOTLER Philip KELLER Kevin Lane Administraccedilatildeo de Marketing 12 ed Satildeo Paulo ABDR 2006 LAPPONI Juan Carlos Projetos de Investimento na Empresa Rio de Janeiro Elsevier 2007 MACHADO Jesseacute Anderson Pinto Projetos Econocircmicos uma abordagem praacutetica de elaboraccedilatildeo Satildeo Paulo Nobel 2002 MICHEL Maria Helena Metodologia e pesquisa cientiacutefica em ciecircncias sociais 2 ed Satildeo Paulo Atlas 2009 OLIVEIRA Djalma de Pinho Rebouccedilas de Planejamento estrateacutegico conceitos metodologia e praacuteticas 20 ed Satildeo Paulo Atlas 2004 PRODANOV Cleber Cristiano ERNANI Cesar de Freitas Metodologia do trabalho cientiacutefico meacutetodo e teacutecnicas da pesquisa e do trabalho acadecircmico 2 ed Novo Hamburgo Freevale 2013
49
REBELATTO Dayse Projeto de Investimento 1 ed Barueri Manole 2004 SEBRAE Pesquisa de Mercado o que eacute e para que serve Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrsitesPortalSebraeartigosPesquisa-de-mercado-o-que-C3A9-e-para-que-servegt Acesso em 21 de Junho de 2015 SEBRAE Fluxo de caixa Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrSebraePortal20SebraeAnexos0_fluxo-de-caixapdfgt Acesso em 10 de Outubro de 2015 WILDAUER Egon Walter Plano de negoacutecios elementos construtivos e processos de elaboraccedilatildeo 2 ed Curitiba Ibpex 2011 WOILER Samsatildeo MATHIAS Washington Franco Projetos planejamento elaboraccedilatildeo anaacutelise 1 ed Satildeo Paulo Atlas 1994
50
APEcircNDICES
APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL 51
APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS 52
APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL 52
51
APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL
Item Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5
Aacutegua 25000 26250 27563 28941 30388
Aluguel 160000 168000 176400 185220 194481
Assessoria Contaacutebil 80000 84000 88200 92610 97241
Gaacutes 49000 51450 54023 56724 59560
Impostos 387858 422765 464481 506284 551849
Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)
80268 84281 88495 92920 97566
Energia eleacutetrica 70000 73500 77175 81034 85085
Manutenccedilatildeo 50000 52500 55125 57881 60775
Material de escritoacuterio 20000 21000 22050 23153 24310
Material de Limpeza 40000 42000 44100 46305 48620
Folha de pagamento 272266 299493 329442 362386 398625
Seguros 15000 15750 16538 17364 18233
Telefone fixointernet 20000 21000 22050 23153 24310
Telefone Moacutevel 12000 12600 13230 13892 14586
Vale Refeiccedilatildeo 75000 82500 90750 99825 109808
Vale Transporte 33000 34650 36383 38202 40112
Proacute- labore 200000 220000 286000 328900 361790
Taxas Bancaacuterias 8000 8400 8820 9261 9724
Total R$ 1597392 R$ 1720139 R$ 1900823 R$ 2064053 R$ 2227062
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
52
APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS
Item
Produccedilatildeo mensal meacutedia
Custo unitaacuterio total
Sugestatildeo Preccedilo de venda
Custo Mensal Total
Receita de vendas
Bolos artiacutesticos (recheios diversos) 150 6000 13500 900000 2025000
Bolos de copa (recheios diversos) 30 3600 8100 108000 243000
Naked cake (recheios diversos) 60 4200 9450 252000 567000
Doces Tradicionais 32 3500 7875 112000 252000
Doces Espelhados 32 5000 11250 160000 360000
Doces Finos 32 7500 16875 240000 540000
Brigadeiros gourmet 16 4500 10125 72000 162000
Tacinhas acriacutelicas 16 5500 12375 88000 198000
Trufas 32 5000 11250 160000 360000
Bombons 32 5000 11250 160000 360000
Bem casados 3200 100 225 320000 720000
Custo produccedilatildeo Total 2572000
Receita Total 5787000
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL
Ano Receita Bruta Variaccedilatildeo anual
Ano 1 000
Ano 2 69444000 9
Ano 3 75693960 9
Ano 4 82506416 9
Ano 5 89931994 9
Valor considerando a inflaccedilatildeo de 9 aa
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
33
Doces Tradicionais
FOTO5 - DOCES TRADICIONAIS FONTE ELABORADO PELO AUTOR
Doces Espelhados
FOTO6 - DOCES ESPELHADOS FONTE PRONTO SOCORRO DAS FESTAS
Doces Finos
FOTO 7 - DOCES FINOS FONTE COMPRANDO MEU APE
34
Brigadeiros gourmet
FOTO8 - BRIGADEIROS GOURMET FONTE ELABORADO PELO AUTOR
Tacinhas acriacutelicas
FOTO9 - TACINHAS ACRIacuteLICAS FONTE BUFFET DELIacuteCIAS DA VI
Trufas
FOTO 10 - TRUFAS FONTE FOGAtildeO DA VOVOacute
35
Bombons
FOTO11 - BOMBONS FONTE DALVA GOLDEN GATE
Bem casados
FOTO12 - BEM CASADOS FONTE CASAMENTO SEM ERRO
FOTO13 - BEM CASADOS FONTE CASAMENTO SEM ERRO
36
413 Preccedilo de venda
A definiccedilatildeo do preccedilo dos produtos eacute uma das decisotildees mais relevantes da
organizaccedilatildeo que deve levar em conta a forma como a empresa deseja se posicionar
no mercado os custos a concorrecircncia e a rentabilidade almejada
O preccedilo eacute um dos elementos mais versaacuteteis pode ser modificado rapidamente
ao contraacuterio das propriedades dos produtos dos contratos com canais de distribuiccedilatildeo
e ateacute mesmo das promoccedilotildees O Preccedilo tem tambeacutem a tarefa de mostrar ao mercado o
posicionamento de valor desejado pela empresa para o seu produto ou marca
(KOTLER KELLER 2006 p 428)
A consolidaccedilatildeo dos preccedilos dos produtos seraacute elaborada levando em conta os
custos para se obter os produtos com a qualidade requinte e sofisticaccedilatildeo desejada
com a margem de lucro esperada e se baseando nos preccedilos praticados pela
concorrecircncia
414 Previsatildeo de vendas
Para Chiavenato (2007 p 2013)
A previsatildeo de vendas representa a quantidade de produtosserviccedilos que a empresa pretende vender ou colocar no mercado durante um determinado periacuteodo geralmente um mecircs ou um ano dividido em meses Constitui portanto uma estimativa ou uma expectativa de vendas Pode ser feita em unidades fiacutesicas ou em valores monetaacuterios
A produccedilatildeo vai ser em meacutedia de 5600 doces (doces finos gourmet e bem
casados) e 4 bolos procurando atender em meacutedia 4 eventos por semana e ateacute 16
eventos por mecircs sendo que nos meses de setembro a dezembro essa demanda
aumenta pelo motivo de historicamente ter um nuacutemero maior de casamentos
37
415 Definiccedilatildeo de local de venda dos produtos
ldquoA venda eacute a fase fundamental do processo de vendas Consiste na
transferecircncia do produtoserviccedilo para o cliente ou consumidorrdquo (CHIAVENATO 2007
p 210)
As vendas vatildeo ocorrer atraveacutes de site proacuteprio redes sociais telefone e
pessoalmente natildeo teremos loja fiacutesica apenas um ateliecirc para confecccedilatildeo dos bolos e
doces onde vai conter uma sala anexa na qual vai ser oferecido o serviccedilo de
degustaccedilatildeo com horaacuterios marcados para assim o cliente decidir quais os produtos
seratildeo adquiridos para o seu evento e fechamento de contrato
416 Definiccedilatildeo da demanda e da oferta
Na maior parte das encomendas os clientes solicitam os doces finos e
gourmet que contecircm chocolates frutas oleaginosas tais como castanhas nozes
avelatildes amecircndoas frutas como framboesa morango damasco cerejas e os bem
casados Os bolos mais solicitados satildeo os com decoraccedilatildeo de pasta americana que
deve obrigatoriamente ter recheios mais firmes como ganaches fios de ovos
strogonoff de nozes e os naked cake (bolo pelado) que possuem mais opccedilotildees de
recheios com chocolates frutas diversas e cremes de pacirctisserie
Em contato com algumas empresas que fornecem o mesmo tipo de produto
foi possiacutevel verificar que as encomendas devem ser feitas com antecedecircncia miacutenima
de 6 meses sendo que alguns casos somente com um ano de antecedecircncia para
conseguir na data desejada Esse eacute um dos pontos que mostra que tem espaccedilo
suficiente para entrada nesse mercado
38
417 Concorrentes
Chiavenato (2007 p 33) Kotler e Keller (2006 p 340) afirmam que os
concorrentes satildeo as organizaccedilotildees que competem pelos mesmos fornecedores
clientes e consumidores
ldquoAgrave medida que seus produtosserviccedilos tornam-se mais heterogecircneos tanto
mais heterogecircneos e diferenciados seratildeo seus concorrentes e tanto mais complexa
seraacute a competitividaderdquo (CHIAVENATO 2007 p 33)
Em busca na internet foi possiacutevel identificar que atualmente existe em meacutedia
25 concorrentes reais que oferecem exatamente os mesmos produtos que seratildeo
fornecidos com o mesmo padratildeo de qualidade valor agregado requinte e
sofisticaccedilatildeo Tambeacutem foi detectado mais 14 concorrentes potenciais que vendem
produtos similares aos que seratildeo vendidos poreacutem natildeo possuem o mesmo valor
agregado dos que vatildeo ser ofertados Foi possiacutevel identificar que alguns concorrentes
oferecem somente os doces finos dos quais foram identificados mais 3 concorrentes
reais e 3 concorrentes potenciais E foi detectado que existem concorrentes que
fornecem apenas os bolos artiacutesticos dos quais foi identificado 4 concorrentes reais
todos fornecem os bolos com o mesmo niacutevel de qualidade que seratildeo fornecidos
A tabela 3 mostra a divisatildeo dos concorrentes reais e potenciais que fornecem
bolos e doces por bairro de Curitiba
39
TABELA 3 - CONCORRENTES QUE FORNECEM BOLOS E DOCES POR BAIRRO
Bairro Quantidade de Concorrentes Reais
Quantidade de Concorrentes Potenciais
Aacutegua Verde 4 1
Ahuacute 1
Bairro Alto 2 1
Barreirinha 1
Barreirinha 1
Bom Retiro 1
Campo Comprido 1
Campo Comprido 1
Cidade Industrial 1
Colombo 1
Fazenda Rio Grande 1
Hauer 1
Hugo Lange 1
Mercecircs 1
Novo Mundo 2 1
Novo Mundo 1
Portatildeo 1
Portatildeo 1
Santa Cacircndida 1
Santa Felicidade 1 1
Santo Inaacutecio 1 1
Satildeo Joseacute dos Pinhais 1
Seminaacuterio 1
Sitio Cercado 1
Tarumatilde 1
Vila Izabel 1
Natildeo Informado 1 2
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
418 Forma de divulgaccedilatildeo dos concorrentes
Todas as empresas pesquisadas que fornecem produtos similares aos que
vamos fornecer utilizam sites proacuteprios e as redes sociais para fazer divulgaccedilatildeo dos
seus produtos todas fazem degustaccedilatildeo para os clientes conhecerem os seus
produtos e posteriormente fechar um contrato
40
42 TAMANHO DO NEGOacuteCIO
421 Capacidade produtiva
A capacidade produtiva vai ser para atender ateacute 4 eventos por semana A
produccedilatildeo vai ser de ateacute 5600 doces (doces finos gourmet e bem casados) e 4 bolos
atendendo ateacute 4 eventos por final de semana e ateacute 16 eventos por mecircs sendo que
nos meses de setembro a dezembro essa demanda aumenta pelo motivo de
historicamente ter um nuacutemero maior de casamentos
422 Investimento
Um dos pontos mais relevantes para abertura de uma empresa eacute a
determinaccedilatildeo do capital miacutenimo para dar iniacutecio nas atividades e principalmente como
obter este capital ldquoEacute com o capital inicial que a empresa tem condiccedilotildees de reunir os
recursos empresariais necessaacuterios ao seu funcionamento sejam eles recursos
humanos materiais ou financeirosrdquo A determinaccedilatildeo do capital eacute o que estabelece a
quantidade de recursos empresariais que a empresa tem disponiacutevel Indiscutivelmente
quanto maior for o volume de recursos empresariais mais faacutecil se torna o desempenho
da empresa Quando todos os recursos necessaacuterios para seu funcionamento estatildeo agrave
disposiccedilatildeo a administraccedilatildeo do empreendimento fica mais simples (CHIAVENATO
2007 p84)
Cabe acrescentar que (LAPPONI 2007 p 321)
O custo inicial refere-se aos desembolsos realizados para aquisiccedilatildeo de equipamentos ou outros ativos fixos incluindo o pagamento de fretes seguros instalaccedilotildees despesas operacionais iniciais com materiais e matildeo de obra treinamento de pessoal de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo etc resumindo o custo inicial inclui todos os desembolsos necessaacuterios para adquirir os ativos necessaacuterios e que estejam em condiccedilotildees de operar e gerar as receitas estimadas
41
O empreendimento iniciaraacute suas atividades com capital investido com
recursos proacuteprios da empreendedora
As estimativas de investimento inicial para abertura da empresa foi de
R$5162851 conforme tabela 4
TABELA 4 - INVESTIMENTO INICIAL
Descriccedilatildeo Valor (R$)
Maacutequinas e equipamentos Cozinha R$ 3084878
Utensiacutelios R$ 555075
Moacuteveis para escritoacuterio R$ 268982
Equipamentos de informaacutetica e eletrocircnicos R$ 446204
Outros custos escritoacuterio R$ 48912
Uniformes R$ 155800
Pintura Imoacutevel R$ 500000
Porta de Vidro R$ 103000
Total R$ 5162851
FONTE ELABORADO PELO AUTOR (2015)
423 Localizaccedilatildeo
Seraacute locado um imoacutevel para a instalaccedilatildeo da empresa localizado na Rua Heitor
Baggio Vidal 2508 Bairro Alto Curitiba ndash PR com o valor do aluguel mensal de
R$160000 (mil e seiscentos reais) O espaccedilo interno de 95msup2 seraacute dividido em trecircs
partes a primeira com 20msup2 vai ficar a recepccedilatildeo para receber os clientes efetuar
orccedilamentos e as degustaccedilotildees a segunda com 71msup2 a cozinha industrial onde seratildeo
fabricados os bolos e doces finos e a terceira com 4msup2 o lavabo
42
FOTO14 - FOTO DO IMOacuteVEL ONDE SERAacute INSTALADA A EMPRESA FONTE MP IMOacuteVEIS
424 Entregas
As entregas dos bolos e doces finos seratildeo efetuadas por uma empresa
parceira localizada no Bairro Alto o preccedilo das entregas em Curitiba e regiatildeo
metropolitana variam de R$2400 (vinte e quatro reais) a R$6000 (sessenta reais)
dependendo da localizaccedilatildeo tais valores seratildeo cobrados dos clientes
43 CAPITAL DE GIRO
O capital de giro inicial foi estimado levando em conta que no primeiro ano a
empresa vai produzir 8333 da sua capacidade atendendo em meacutedia 13 ventos
mensalmente sendo assim foram considerados os gastos operacionais necessaacuterios
para o iniacutecio das atividades incluindo o custo fixo mensal e o estoque inicial ambos
multiplicados por 2 e acrescidos de um percentual de 10 de margem de seguranccedila
para despesas natildeo previstas
43
TABELA 5 - CAPITAL DE GIRO
Item Valor (R$)
Estoque Inicial 5144000
Custo Fixo Mensal 3194783
Reserva (10) 833878
Total do Capital de Giro Inicial 9172662
FONTE ELABORDO PELO AUTOR
44 FLUXO DE CAIXA
ldquoFluxo de Caixa eacute um Instrumento de gestatildeo financeira que projeta para
periacuteodos futuros todas as entradas e as saiacutedas de recursos financeiros da empresa
indicando como seraacute o saldo de caixa para o periacuteodo projetadordquo (SEBRAE)
Na tabela 6 eacute apresentada a projeccedilatildeo do Fluxo de Caixa da empresa para os
seus primeiros cinco anos onde fica evidenciado que do primeiro ateacute o quinto ano a
sauacutede financeira da empresa melhora gradativamente sendo que no final do quinto
ano o saldo em caixa ultrapassa os 300 se comparado com o saldo em caixa no
final do primeiro ano
Pode-se observar que natildeo foi inserida no fluxo de caixa a opccedilatildeo de
inadimplecircncia pois todos os pagamentos seratildeo efetuados agrave vista em dinheiro ou
cartatildeo sendo que o pagamento total dos produtos deve ser efetuado no miacutenimo 10
dias antes da data do evento
44
TABELA 6 - PROJECcedilAtildeO DE FLUXO DE CAIXA NOS PRIMEIROS CINCO ANOS
Descriccedilatildeo Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5
Investimento Inicial (5162851)
Capital de Giro (9172662) 9172662
Valor Residual 1548855
Total de entradas 000 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873
Previsatildeo Receitas de vendas 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873
Total de Saiacutedas (14335513) (44888699) (54283425) (59479393) (64738409) (70291804)
(-)Fornecedores (25720000) (33641760) (36669518) (39969775) (43567055)
(-)Folha de pagamento (3267192) (3593911) (3953302) (4348633) (4783496)
(-)Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)
(963216) (1011377) (1061946) (1115043) (1170795)
(-)Retiradas soacutecios (2400000) (2640000) (3432000) (3946800) (4341480)
(-)Impostos s vendas (4654291) (5073177) (5573767) (6075406) (6622192)
(-)Alugueacuteis (1920000) (2016000) (2116800) (2222640) (2333772)
(-)Energia eleacutetrica (840000) (882000) (926100) (972405) (1021025)
(-)Aacutegua (300000) (315000) (330750) (347288) (364652)
(-)Telefone (384000) (403200) (423360) (444528) (466754)
(-)Gaacutes (588000) (617400) (648270) (680684) (714718)
(-)Serviccedilos contabilidade (960000) (1008000) (1058400) (1111320) (1166886)
(-)Manutenccedilatildeo (600000) (630000) (661500) (694575) (729304)
(-)Outras despesas com funcionaacuterios
(1296000) (1405800) (1525590) (1656320) (1799030)
(-)Taxas bancaacuterias (96000) (100800) (105840) (111132) (116689)
(-)Outros pagamentos (900000) (945000) (992250) (1041863) (1093956)
Entradas - Saiacutedas (14335513) 12981301 21410535 23027023 25193585 27734070
Depreciaccedilatildeo 000 (631377) (631377) (631377) (631377) (631377)
Saldo Final (14335513) 12349924 20779158 22395647 24562208 37824209
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
A depreciaccedilatildeo foi calculada considerando o prazo de vida uacutetil meacutedio de 10
anos das maacutequinas equipamentos instalaccedilotildees moacuteveis e utensiacutelios e para os
computadores e perifeacutericos foi considerado o prazo de vida uacutetil de 5 anos conforme
demonstrado na tabela 7
TABELA 7 - DEPRECIACcedilAtildeO
Item Valor Inicial Taxa Anual Depreciaccedilatildeo Anual (R$)
Maacutequinas e equipamentos 3084878 10 308488
Instalaccedilotildees 103000 10 10300
Moacuteveis e Utensiacutelios 824057 10 82406
Computadores e Perifeacutericos 446204 20 89241
Outros 704712 20 140942
Total 631377
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
45
O valor residual dos equipamentos e instalaccedilotildees da empresa no final do quinto
ano foi considerado em 30 referente ao valor de aquisiccedilatildeo dos mesmos no iniacutecio do
projeto
45 ANAacuteLISE DOS INDICADORES (VPL TIR E PAYBACK)
451 Valor Presente Liacutequido (VPL)
A tabela 8 mostra que o VPL (Valor Presente Liacutequido) eacute positivo isso significa
que aleacutem de recuperar o investimento inicial ainda vai ser agregado ao valor da
empresa um montante de R$ R$50392407 (quinhentos e trecircs mil novecentos e vinte
quatro reais e sete centavos)
A taxa de retorno requerida de 20 foi determinada levando em conta o niacutevel
de risco do projeto e visando o valor desejado para se obter em cima do valor
investido
TABELA 8 - CALCULO DO VALOR PRESENTE LIacuteQUIDO (VPL)
Anos FC k 2000
0 -$143355 VPL $50392407
1 $123499 VPL $50392407
2 $207792 VPL $50392407
3 $223956 VPL $21761126
4 $245622 VPL $21761126
5 $378242 Decisatildeo Aceitar o Projeto
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
452 Taxa Interna de Retorno (TIR)
Conforme a tabela 9 eacute possiacutevel verificar que a TIR (Taxa Interna de Retorno)
eacute de 11593 maior que a taxa requerida de 20 isso significa que custo inicial seraacute
46
recuperado e o projeto vai criar valor para empresa mais um resultado favoraacutevel para
a aceitaccedilatildeo do projeto
TABELA 9 - TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR)
Anos FC
0 -$143355 TIR 11593
1 $123499 TIR 2168
2 $207792 TIR 2168
3 $223956 Decisatildeo
4 $245622 k 2000
5 $378242 Aceitar o projeto
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
453 Payback
O tempo de recuperaccedilatildeo do custo inicial ocorre normalmente entre o quarto e
o quinto ano se for feita a anaacutelise da tabela 10 eacute possiacutevel verificar que o tempo
necessaacuterio para o retorno do investimento (payback) do projeto eacute de 128 anos este
indicador mostra claramente que o projeto deve ser aceito pois o tempo de retorno
estaacute bem abaixo do tempo meacutedio dos empreendimentos como um todo
TABELA 10 - PAYBACK
k 20
Anos FC SPresente
0 -$143355 -$143355 PBD-SP = 128
1 $123499 -$40439 128
2 $207792 $103861
3 $223956 $233465
4 $245622 $351917
5 $378242 $503924
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
47
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Para iniciar um negoacutecio requer muito mais do que apenas o espiacuterito
empreendedor eacute necessaacuterio ter lideranccedila conhecimento sobre o mercado que deseja
atuar organizaccedilatildeo e principalmente planejamento
O principal objetivo desse estudo foi analisar a viabilidade econocircmico-
financeira da abertura de uma empresa de bolos e doces finos no Bairro Alto em
Curitiba
O objetivo apresentado nesta pesquisa foi atingido pois todos os indicadores
analisados mostram com clareza que empresa obteacutem resultados positivos que criam
valor para a mesma e com isso o projeto eacute viaacutevel economicamente pois do primeiro
ao quinto ano fica visiacutevel o crescimento do empreendimento e a melhora significativa
da sua sauacutede financeira isso fica evidenciado no saldo final em caixa no quinto ano
que chega proacuteximo haacute 400 mil reais Apesar disso eacute crucial o acompanhamento do
mercado para seguir as tendecircncias e se atualizar constantemente para tomar
decisotildees mais assertivas
Um negoacutecio mal avaliado pode arruinar a estabilidade econocircmica do
investidor por isso eacute de extrema importacircncia fazer todos os levantamentos de custos
antes de se aventurar em qualquer empreendimento
Eacute possiacutevel comprovar que a pesquisa realizada contribui positivamente para
abertura da empresa No entanto as informaccedilotildees aqui presentes natildeo satildeo estaacuteticas e
devem ser revisadas periodicamente e se preciso ateacute mesmo ampliadas no decorrer
da implantaccedilatildeo do projeto para que o mesmo seja uma ferramenta eficiente e eficaz
no desenvolvimento da empresa como um todo
48
REFEREcircNCIAS
BRITO Paulo Anaacutelise e viabilidade de projetos de investimento Satildeo Paulo Atlas 2003 DOLABELA Fernando O segredo de Luiacutesa 30 ed Satildeo Paulo Editora de Cultura 2006 DORNELAS Joseacute Carlos Assis Empreendedorismo transformando ideias em negoacutecios 4 ed Rio de Janeiro Campus Elsevier 2012 CENSO Demograacutefico 2010 Resultados gerais da amostra Curitiba IBGE 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=410690ampidtema=87ampsearch=parana|curitiba|censo-demografico-2010-resultados-gerais-da-amostra-gt Acesso em 21 de Junho de 2015 CHIAVENATO Idalberto Empreendedorismo dando asas ao espiacuterito empreendedor empreendedorismo e a viabilidade de novas empresas um guia eficiente para iniciar e tocar seu proacuteprio negoacutecio 2 ed Satildeo Paulo Saraiva 2007 ESTATIacuteSTICAS do registro civil 2012 Curitiba IBGE 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaoregistrocivil2012default_xlsshtmgt Acesso em 21 de Junho de 2015 GIL Antonio Carlos Meacutetodos e teacutecnicas de pesquisa social 6 ed Satildeo Paulo Atlas 2008 KOTLER Philip KELLER Kevin Lane Administraccedilatildeo de Marketing 12 ed Satildeo Paulo ABDR 2006 LAPPONI Juan Carlos Projetos de Investimento na Empresa Rio de Janeiro Elsevier 2007 MACHADO Jesseacute Anderson Pinto Projetos Econocircmicos uma abordagem praacutetica de elaboraccedilatildeo Satildeo Paulo Nobel 2002 MICHEL Maria Helena Metodologia e pesquisa cientiacutefica em ciecircncias sociais 2 ed Satildeo Paulo Atlas 2009 OLIVEIRA Djalma de Pinho Rebouccedilas de Planejamento estrateacutegico conceitos metodologia e praacuteticas 20 ed Satildeo Paulo Atlas 2004 PRODANOV Cleber Cristiano ERNANI Cesar de Freitas Metodologia do trabalho cientiacutefico meacutetodo e teacutecnicas da pesquisa e do trabalho acadecircmico 2 ed Novo Hamburgo Freevale 2013
49
REBELATTO Dayse Projeto de Investimento 1 ed Barueri Manole 2004 SEBRAE Pesquisa de Mercado o que eacute e para que serve Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrsitesPortalSebraeartigosPesquisa-de-mercado-o-que-C3A9-e-para-que-servegt Acesso em 21 de Junho de 2015 SEBRAE Fluxo de caixa Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrSebraePortal20SebraeAnexos0_fluxo-de-caixapdfgt Acesso em 10 de Outubro de 2015 WILDAUER Egon Walter Plano de negoacutecios elementos construtivos e processos de elaboraccedilatildeo 2 ed Curitiba Ibpex 2011 WOILER Samsatildeo MATHIAS Washington Franco Projetos planejamento elaboraccedilatildeo anaacutelise 1 ed Satildeo Paulo Atlas 1994
50
APEcircNDICES
APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL 51
APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS 52
APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL 52
51
APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL
Item Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5
Aacutegua 25000 26250 27563 28941 30388
Aluguel 160000 168000 176400 185220 194481
Assessoria Contaacutebil 80000 84000 88200 92610 97241
Gaacutes 49000 51450 54023 56724 59560
Impostos 387858 422765 464481 506284 551849
Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)
80268 84281 88495 92920 97566
Energia eleacutetrica 70000 73500 77175 81034 85085
Manutenccedilatildeo 50000 52500 55125 57881 60775
Material de escritoacuterio 20000 21000 22050 23153 24310
Material de Limpeza 40000 42000 44100 46305 48620
Folha de pagamento 272266 299493 329442 362386 398625
Seguros 15000 15750 16538 17364 18233
Telefone fixointernet 20000 21000 22050 23153 24310
Telefone Moacutevel 12000 12600 13230 13892 14586
Vale Refeiccedilatildeo 75000 82500 90750 99825 109808
Vale Transporte 33000 34650 36383 38202 40112
Proacute- labore 200000 220000 286000 328900 361790
Taxas Bancaacuterias 8000 8400 8820 9261 9724
Total R$ 1597392 R$ 1720139 R$ 1900823 R$ 2064053 R$ 2227062
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
52
APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS
Item
Produccedilatildeo mensal meacutedia
Custo unitaacuterio total
Sugestatildeo Preccedilo de venda
Custo Mensal Total
Receita de vendas
Bolos artiacutesticos (recheios diversos) 150 6000 13500 900000 2025000
Bolos de copa (recheios diversos) 30 3600 8100 108000 243000
Naked cake (recheios diversos) 60 4200 9450 252000 567000
Doces Tradicionais 32 3500 7875 112000 252000
Doces Espelhados 32 5000 11250 160000 360000
Doces Finos 32 7500 16875 240000 540000
Brigadeiros gourmet 16 4500 10125 72000 162000
Tacinhas acriacutelicas 16 5500 12375 88000 198000
Trufas 32 5000 11250 160000 360000
Bombons 32 5000 11250 160000 360000
Bem casados 3200 100 225 320000 720000
Custo produccedilatildeo Total 2572000
Receita Total 5787000
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL
Ano Receita Bruta Variaccedilatildeo anual
Ano 1 000
Ano 2 69444000 9
Ano 3 75693960 9
Ano 4 82506416 9
Ano 5 89931994 9
Valor considerando a inflaccedilatildeo de 9 aa
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
34
Brigadeiros gourmet
FOTO8 - BRIGADEIROS GOURMET FONTE ELABORADO PELO AUTOR
Tacinhas acriacutelicas
FOTO9 - TACINHAS ACRIacuteLICAS FONTE BUFFET DELIacuteCIAS DA VI
Trufas
FOTO 10 - TRUFAS FONTE FOGAtildeO DA VOVOacute
35
Bombons
FOTO11 - BOMBONS FONTE DALVA GOLDEN GATE
Bem casados
FOTO12 - BEM CASADOS FONTE CASAMENTO SEM ERRO
FOTO13 - BEM CASADOS FONTE CASAMENTO SEM ERRO
36
413 Preccedilo de venda
A definiccedilatildeo do preccedilo dos produtos eacute uma das decisotildees mais relevantes da
organizaccedilatildeo que deve levar em conta a forma como a empresa deseja se posicionar
no mercado os custos a concorrecircncia e a rentabilidade almejada
O preccedilo eacute um dos elementos mais versaacuteteis pode ser modificado rapidamente
ao contraacuterio das propriedades dos produtos dos contratos com canais de distribuiccedilatildeo
e ateacute mesmo das promoccedilotildees O Preccedilo tem tambeacutem a tarefa de mostrar ao mercado o
posicionamento de valor desejado pela empresa para o seu produto ou marca
(KOTLER KELLER 2006 p 428)
A consolidaccedilatildeo dos preccedilos dos produtos seraacute elaborada levando em conta os
custos para se obter os produtos com a qualidade requinte e sofisticaccedilatildeo desejada
com a margem de lucro esperada e se baseando nos preccedilos praticados pela
concorrecircncia
414 Previsatildeo de vendas
Para Chiavenato (2007 p 2013)
A previsatildeo de vendas representa a quantidade de produtosserviccedilos que a empresa pretende vender ou colocar no mercado durante um determinado periacuteodo geralmente um mecircs ou um ano dividido em meses Constitui portanto uma estimativa ou uma expectativa de vendas Pode ser feita em unidades fiacutesicas ou em valores monetaacuterios
A produccedilatildeo vai ser em meacutedia de 5600 doces (doces finos gourmet e bem
casados) e 4 bolos procurando atender em meacutedia 4 eventos por semana e ateacute 16
eventos por mecircs sendo que nos meses de setembro a dezembro essa demanda
aumenta pelo motivo de historicamente ter um nuacutemero maior de casamentos
37
415 Definiccedilatildeo de local de venda dos produtos
ldquoA venda eacute a fase fundamental do processo de vendas Consiste na
transferecircncia do produtoserviccedilo para o cliente ou consumidorrdquo (CHIAVENATO 2007
p 210)
As vendas vatildeo ocorrer atraveacutes de site proacuteprio redes sociais telefone e
pessoalmente natildeo teremos loja fiacutesica apenas um ateliecirc para confecccedilatildeo dos bolos e
doces onde vai conter uma sala anexa na qual vai ser oferecido o serviccedilo de
degustaccedilatildeo com horaacuterios marcados para assim o cliente decidir quais os produtos
seratildeo adquiridos para o seu evento e fechamento de contrato
416 Definiccedilatildeo da demanda e da oferta
Na maior parte das encomendas os clientes solicitam os doces finos e
gourmet que contecircm chocolates frutas oleaginosas tais como castanhas nozes
avelatildes amecircndoas frutas como framboesa morango damasco cerejas e os bem
casados Os bolos mais solicitados satildeo os com decoraccedilatildeo de pasta americana que
deve obrigatoriamente ter recheios mais firmes como ganaches fios de ovos
strogonoff de nozes e os naked cake (bolo pelado) que possuem mais opccedilotildees de
recheios com chocolates frutas diversas e cremes de pacirctisserie
Em contato com algumas empresas que fornecem o mesmo tipo de produto
foi possiacutevel verificar que as encomendas devem ser feitas com antecedecircncia miacutenima
de 6 meses sendo que alguns casos somente com um ano de antecedecircncia para
conseguir na data desejada Esse eacute um dos pontos que mostra que tem espaccedilo
suficiente para entrada nesse mercado
38
417 Concorrentes
Chiavenato (2007 p 33) Kotler e Keller (2006 p 340) afirmam que os
concorrentes satildeo as organizaccedilotildees que competem pelos mesmos fornecedores
clientes e consumidores
ldquoAgrave medida que seus produtosserviccedilos tornam-se mais heterogecircneos tanto
mais heterogecircneos e diferenciados seratildeo seus concorrentes e tanto mais complexa
seraacute a competitividaderdquo (CHIAVENATO 2007 p 33)
Em busca na internet foi possiacutevel identificar que atualmente existe em meacutedia
25 concorrentes reais que oferecem exatamente os mesmos produtos que seratildeo
fornecidos com o mesmo padratildeo de qualidade valor agregado requinte e
sofisticaccedilatildeo Tambeacutem foi detectado mais 14 concorrentes potenciais que vendem
produtos similares aos que seratildeo vendidos poreacutem natildeo possuem o mesmo valor
agregado dos que vatildeo ser ofertados Foi possiacutevel identificar que alguns concorrentes
oferecem somente os doces finos dos quais foram identificados mais 3 concorrentes
reais e 3 concorrentes potenciais E foi detectado que existem concorrentes que
fornecem apenas os bolos artiacutesticos dos quais foi identificado 4 concorrentes reais
todos fornecem os bolos com o mesmo niacutevel de qualidade que seratildeo fornecidos
A tabela 3 mostra a divisatildeo dos concorrentes reais e potenciais que fornecem
bolos e doces por bairro de Curitiba
39
TABELA 3 - CONCORRENTES QUE FORNECEM BOLOS E DOCES POR BAIRRO
Bairro Quantidade de Concorrentes Reais
Quantidade de Concorrentes Potenciais
Aacutegua Verde 4 1
Ahuacute 1
Bairro Alto 2 1
Barreirinha 1
Barreirinha 1
Bom Retiro 1
Campo Comprido 1
Campo Comprido 1
Cidade Industrial 1
Colombo 1
Fazenda Rio Grande 1
Hauer 1
Hugo Lange 1
Mercecircs 1
Novo Mundo 2 1
Novo Mundo 1
Portatildeo 1
Portatildeo 1
Santa Cacircndida 1
Santa Felicidade 1 1
Santo Inaacutecio 1 1
Satildeo Joseacute dos Pinhais 1
Seminaacuterio 1
Sitio Cercado 1
Tarumatilde 1
Vila Izabel 1
Natildeo Informado 1 2
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
418 Forma de divulgaccedilatildeo dos concorrentes
Todas as empresas pesquisadas que fornecem produtos similares aos que
vamos fornecer utilizam sites proacuteprios e as redes sociais para fazer divulgaccedilatildeo dos
seus produtos todas fazem degustaccedilatildeo para os clientes conhecerem os seus
produtos e posteriormente fechar um contrato
40
42 TAMANHO DO NEGOacuteCIO
421 Capacidade produtiva
A capacidade produtiva vai ser para atender ateacute 4 eventos por semana A
produccedilatildeo vai ser de ateacute 5600 doces (doces finos gourmet e bem casados) e 4 bolos
atendendo ateacute 4 eventos por final de semana e ateacute 16 eventos por mecircs sendo que
nos meses de setembro a dezembro essa demanda aumenta pelo motivo de
historicamente ter um nuacutemero maior de casamentos
422 Investimento
Um dos pontos mais relevantes para abertura de uma empresa eacute a
determinaccedilatildeo do capital miacutenimo para dar iniacutecio nas atividades e principalmente como
obter este capital ldquoEacute com o capital inicial que a empresa tem condiccedilotildees de reunir os
recursos empresariais necessaacuterios ao seu funcionamento sejam eles recursos
humanos materiais ou financeirosrdquo A determinaccedilatildeo do capital eacute o que estabelece a
quantidade de recursos empresariais que a empresa tem disponiacutevel Indiscutivelmente
quanto maior for o volume de recursos empresariais mais faacutecil se torna o desempenho
da empresa Quando todos os recursos necessaacuterios para seu funcionamento estatildeo agrave
disposiccedilatildeo a administraccedilatildeo do empreendimento fica mais simples (CHIAVENATO
2007 p84)
Cabe acrescentar que (LAPPONI 2007 p 321)
O custo inicial refere-se aos desembolsos realizados para aquisiccedilatildeo de equipamentos ou outros ativos fixos incluindo o pagamento de fretes seguros instalaccedilotildees despesas operacionais iniciais com materiais e matildeo de obra treinamento de pessoal de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo etc resumindo o custo inicial inclui todos os desembolsos necessaacuterios para adquirir os ativos necessaacuterios e que estejam em condiccedilotildees de operar e gerar as receitas estimadas
41
O empreendimento iniciaraacute suas atividades com capital investido com
recursos proacuteprios da empreendedora
As estimativas de investimento inicial para abertura da empresa foi de
R$5162851 conforme tabela 4
TABELA 4 - INVESTIMENTO INICIAL
Descriccedilatildeo Valor (R$)
Maacutequinas e equipamentos Cozinha R$ 3084878
Utensiacutelios R$ 555075
Moacuteveis para escritoacuterio R$ 268982
Equipamentos de informaacutetica e eletrocircnicos R$ 446204
Outros custos escritoacuterio R$ 48912
Uniformes R$ 155800
Pintura Imoacutevel R$ 500000
Porta de Vidro R$ 103000
Total R$ 5162851
FONTE ELABORADO PELO AUTOR (2015)
423 Localizaccedilatildeo
Seraacute locado um imoacutevel para a instalaccedilatildeo da empresa localizado na Rua Heitor
Baggio Vidal 2508 Bairro Alto Curitiba ndash PR com o valor do aluguel mensal de
R$160000 (mil e seiscentos reais) O espaccedilo interno de 95msup2 seraacute dividido em trecircs
partes a primeira com 20msup2 vai ficar a recepccedilatildeo para receber os clientes efetuar
orccedilamentos e as degustaccedilotildees a segunda com 71msup2 a cozinha industrial onde seratildeo
fabricados os bolos e doces finos e a terceira com 4msup2 o lavabo
42
FOTO14 - FOTO DO IMOacuteVEL ONDE SERAacute INSTALADA A EMPRESA FONTE MP IMOacuteVEIS
424 Entregas
As entregas dos bolos e doces finos seratildeo efetuadas por uma empresa
parceira localizada no Bairro Alto o preccedilo das entregas em Curitiba e regiatildeo
metropolitana variam de R$2400 (vinte e quatro reais) a R$6000 (sessenta reais)
dependendo da localizaccedilatildeo tais valores seratildeo cobrados dos clientes
43 CAPITAL DE GIRO
O capital de giro inicial foi estimado levando em conta que no primeiro ano a
empresa vai produzir 8333 da sua capacidade atendendo em meacutedia 13 ventos
mensalmente sendo assim foram considerados os gastos operacionais necessaacuterios
para o iniacutecio das atividades incluindo o custo fixo mensal e o estoque inicial ambos
multiplicados por 2 e acrescidos de um percentual de 10 de margem de seguranccedila
para despesas natildeo previstas
43
TABELA 5 - CAPITAL DE GIRO
Item Valor (R$)
Estoque Inicial 5144000
Custo Fixo Mensal 3194783
Reserva (10) 833878
Total do Capital de Giro Inicial 9172662
FONTE ELABORDO PELO AUTOR
44 FLUXO DE CAIXA
ldquoFluxo de Caixa eacute um Instrumento de gestatildeo financeira que projeta para
periacuteodos futuros todas as entradas e as saiacutedas de recursos financeiros da empresa
indicando como seraacute o saldo de caixa para o periacuteodo projetadordquo (SEBRAE)
Na tabela 6 eacute apresentada a projeccedilatildeo do Fluxo de Caixa da empresa para os
seus primeiros cinco anos onde fica evidenciado que do primeiro ateacute o quinto ano a
sauacutede financeira da empresa melhora gradativamente sendo que no final do quinto
ano o saldo em caixa ultrapassa os 300 se comparado com o saldo em caixa no
final do primeiro ano
Pode-se observar que natildeo foi inserida no fluxo de caixa a opccedilatildeo de
inadimplecircncia pois todos os pagamentos seratildeo efetuados agrave vista em dinheiro ou
cartatildeo sendo que o pagamento total dos produtos deve ser efetuado no miacutenimo 10
dias antes da data do evento
44
TABELA 6 - PROJECcedilAtildeO DE FLUXO DE CAIXA NOS PRIMEIROS CINCO ANOS
Descriccedilatildeo Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5
Investimento Inicial (5162851)
Capital de Giro (9172662) 9172662
Valor Residual 1548855
Total de entradas 000 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873
Previsatildeo Receitas de vendas 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873
Total de Saiacutedas (14335513) (44888699) (54283425) (59479393) (64738409) (70291804)
(-)Fornecedores (25720000) (33641760) (36669518) (39969775) (43567055)
(-)Folha de pagamento (3267192) (3593911) (3953302) (4348633) (4783496)
(-)Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)
(963216) (1011377) (1061946) (1115043) (1170795)
(-)Retiradas soacutecios (2400000) (2640000) (3432000) (3946800) (4341480)
(-)Impostos s vendas (4654291) (5073177) (5573767) (6075406) (6622192)
(-)Alugueacuteis (1920000) (2016000) (2116800) (2222640) (2333772)
(-)Energia eleacutetrica (840000) (882000) (926100) (972405) (1021025)
(-)Aacutegua (300000) (315000) (330750) (347288) (364652)
(-)Telefone (384000) (403200) (423360) (444528) (466754)
(-)Gaacutes (588000) (617400) (648270) (680684) (714718)
(-)Serviccedilos contabilidade (960000) (1008000) (1058400) (1111320) (1166886)
(-)Manutenccedilatildeo (600000) (630000) (661500) (694575) (729304)
(-)Outras despesas com funcionaacuterios
(1296000) (1405800) (1525590) (1656320) (1799030)
(-)Taxas bancaacuterias (96000) (100800) (105840) (111132) (116689)
(-)Outros pagamentos (900000) (945000) (992250) (1041863) (1093956)
Entradas - Saiacutedas (14335513) 12981301 21410535 23027023 25193585 27734070
Depreciaccedilatildeo 000 (631377) (631377) (631377) (631377) (631377)
Saldo Final (14335513) 12349924 20779158 22395647 24562208 37824209
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
A depreciaccedilatildeo foi calculada considerando o prazo de vida uacutetil meacutedio de 10
anos das maacutequinas equipamentos instalaccedilotildees moacuteveis e utensiacutelios e para os
computadores e perifeacutericos foi considerado o prazo de vida uacutetil de 5 anos conforme
demonstrado na tabela 7
TABELA 7 - DEPRECIACcedilAtildeO
Item Valor Inicial Taxa Anual Depreciaccedilatildeo Anual (R$)
Maacutequinas e equipamentos 3084878 10 308488
Instalaccedilotildees 103000 10 10300
Moacuteveis e Utensiacutelios 824057 10 82406
Computadores e Perifeacutericos 446204 20 89241
Outros 704712 20 140942
Total 631377
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
45
O valor residual dos equipamentos e instalaccedilotildees da empresa no final do quinto
ano foi considerado em 30 referente ao valor de aquisiccedilatildeo dos mesmos no iniacutecio do
projeto
45 ANAacuteLISE DOS INDICADORES (VPL TIR E PAYBACK)
451 Valor Presente Liacutequido (VPL)
A tabela 8 mostra que o VPL (Valor Presente Liacutequido) eacute positivo isso significa
que aleacutem de recuperar o investimento inicial ainda vai ser agregado ao valor da
empresa um montante de R$ R$50392407 (quinhentos e trecircs mil novecentos e vinte
quatro reais e sete centavos)
A taxa de retorno requerida de 20 foi determinada levando em conta o niacutevel
de risco do projeto e visando o valor desejado para se obter em cima do valor
investido
TABELA 8 - CALCULO DO VALOR PRESENTE LIacuteQUIDO (VPL)
Anos FC k 2000
0 -$143355 VPL $50392407
1 $123499 VPL $50392407
2 $207792 VPL $50392407
3 $223956 VPL $21761126
4 $245622 VPL $21761126
5 $378242 Decisatildeo Aceitar o Projeto
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
452 Taxa Interna de Retorno (TIR)
Conforme a tabela 9 eacute possiacutevel verificar que a TIR (Taxa Interna de Retorno)
eacute de 11593 maior que a taxa requerida de 20 isso significa que custo inicial seraacute
46
recuperado e o projeto vai criar valor para empresa mais um resultado favoraacutevel para
a aceitaccedilatildeo do projeto
TABELA 9 - TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR)
Anos FC
0 -$143355 TIR 11593
1 $123499 TIR 2168
2 $207792 TIR 2168
3 $223956 Decisatildeo
4 $245622 k 2000
5 $378242 Aceitar o projeto
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
453 Payback
O tempo de recuperaccedilatildeo do custo inicial ocorre normalmente entre o quarto e
o quinto ano se for feita a anaacutelise da tabela 10 eacute possiacutevel verificar que o tempo
necessaacuterio para o retorno do investimento (payback) do projeto eacute de 128 anos este
indicador mostra claramente que o projeto deve ser aceito pois o tempo de retorno
estaacute bem abaixo do tempo meacutedio dos empreendimentos como um todo
TABELA 10 - PAYBACK
k 20
Anos FC SPresente
0 -$143355 -$143355 PBD-SP = 128
1 $123499 -$40439 128
2 $207792 $103861
3 $223956 $233465
4 $245622 $351917
5 $378242 $503924
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
47
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Para iniciar um negoacutecio requer muito mais do que apenas o espiacuterito
empreendedor eacute necessaacuterio ter lideranccedila conhecimento sobre o mercado que deseja
atuar organizaccedilatildeo e principalmente planejamento
O principal objetivo desse estudo foi analisar a viabilidade econocircmico-
financeira da abertura de uma empresa de bolos e doces finos no Bairro Alto em
Curitiba
O objetivo apresentado nesta pesquisa foi atingido pois todos os indicadores
analisados mostram com clareza que empresa obteacutem resultados positivos que criam
valor para a mesma e com isso o projeto eacute viaacutevel economicamente pois do primeiro
ao quinto ano fica visiacutevel o crescimento do empreendimento e a melhora significativa
da sua sauacutede financeira isso fica evidenciado no saldo final em caixa no quinto ano
que chega proacuteximo haacute 400 mil reais Apesar disso eacute crucial o acompanhamento do
mercado para seguir as tendecircncias e se atualizar constantemente para tomar
decisotildees mais assertivas
Um negoacutecio mal avaliado pode arruinar a estabilidade econocircmica do
investidor por isso eacute de extrema importacircncia fazer todos os levantamentos de custos
antes de se aventurar em qualquer empreendimento
Eacute possiacutevel comprovar que a pesquisa realizada contribui positivamente para
abertura da empresa No entanto as informaccedilotildees aqui presentes natildeo satildeo estaacuteticas e
devem ser revisadas periodicamente e se preciso ateacute mesmo ampliadas no decorrer
da implantaccedilatildeo do projeto para que o mesmo seja uma ferramenta eficiente e eficaz
no desenvolvimento da empresa como um todo
48
REFEREcircNCIAS
BRITO Paulo Anaacutelise e viabilidade de projetos de investimento Satildeo Paulo Atlas 2003 DOLABELA Fernando O segredo de Luiacutesa 30 ed Satildeo Paulo Editora de Cultura 2006 DORNELAS Joseacute Carlos Assis Empreendedorismo transformando ideias em negoacutecios 4 ed Rio de Janeiro Campus Elsevier 2012 CENSO Demograacutefico 2010 Resultados gerais da amostra Curitiba IBGE 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=410690ampidtema=87ampsearch=parana|curitiba|censo-demografico-2010-resultados-gerais-da-amostra-gt Acesso em 21 de Junho de 2015 CHIAVENATO Idalberto Empreendedorismo dando asas ao espiacuterito empreendedor empreendedorismo e a viabilidade de novas empresas um guia eficiente para iniciar e tocar seu proacuteprio negoacutecio 2 ed Satildeo Paulo Saraiva 2007 ESTATIacuteSTICAS do registro civil 2012 Curitiba IBGE 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaoregistrocivil2012default_xlsshtmgt Acesso em 21 de Junho de 2015 GIL Antonio Carlos Meacutetodos e teacutecnicas de pesquisa social 6 ed Satildeo Paulo Atlas 2008 KOTLER Philip KELLER Kevin Lane Administraccedilatildeo de Marketing 12 ed Satildeo Paulo ABDR 2006 LAPPONI Juan Carlos Projetos de Investimento na Empresa Rio de Janeiro Elsevier 2007 MACHADO Jesseacute Anderson Pinto Projetos Econocircmicos uma abordagem praacutetica de elaboraccedilatildeo Satildeo Paulo Nobel 2002 MICHEL Maria Helena Metodologia e pesquisa cientiacutefica em ciecircncias sociais 2 ed Satildeo Paulo Atlas 2009 OLIVEIRA Djalma de Pinho Rebouccedilas de Planejamento estrateacutegico conceitos metodologia e praacuteticas 20 ed Satildeo Paulo Atlas 2004 PRODANOV Cleber Cristiano ERNANI Cesar de Freitas Metodologia do trabalho cientiacutefico meacutetodo e teacutecnicas da pesquisa e do trabalho acadecircmico 2 ed Novo Hamburgo Freevale 2013
49
REBELATTO Dayse Projeto de Investimento 1 ed Barueri Manole 2004 SEBRAE Pesquisa de Mercado o que eacute e para que serve Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrsitesPortalSebraeartigosPesquisa-de-mercado-o-que-C3A9-e-para-que-servegt Acesso em 21 de Junho de 2015 SEBRAE Fluxo de caixa Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrSebraePortal20SebraeAnexos0_fluxo-de-caixapdfgt Acesso em 10 de Outubro de 2015 WILDAUER Egon Walter Plano de negoacutecios elementos construtivos e processos de elaboraccedilatildeo 2 ed Curitiba Ibpex 2011 WOILER Samsatildeo MATHIAS Washington Franco Projetos planejamento elaboraccedilatildeo anaacutelise 1 ed Satildeo Paulo Atlas 1994
50
APEcircNDICES
APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL 51
APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS 52
APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL 52
51
APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL
Item Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5
Aacutegua 25000 26250 27563 28941 30388
Aluguel 160000 168000 176400 185220 194481
Assessoria Contaacutebil 80000 84000 88200 92610 97241
Gaacutes 49000 51450 54023 56724 59560
Impostos 387858 422765 464481 506284 551849
Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)
80268 84281 88495 92920 97566
Energia eleacutetrica 70000 73500 77175 81034 85085
Manutenccedilatildeo 50000 52500 55125 57881 60775
Material de escritoacuterio 20000 21000 22050 23153 24310
Material de Limpeza 40000 42000 44100 46305 48620
Folha de pagamento 272266 299493 329442 362386 398625
Seguros 15000 15750 16538 17364 18233
Telefone fixointernet 20000 21000 22050 23153 24310
Telefone Moacutevel 12000 12600 13230 13892 14586
Vale Refeiccedilatildeo 75000 82500 90750 99825 109808
Vale Transporte 33000 34650 36383 38202 40112
Proacute- labore 200000 220000 286000 328900 361790
Taxas Bancaacuterias 8000 8400 8820 9261 9724
Total R$ 1597392 R$ 1720139 R$ 1900823 R$ 2064053 R$ 2227062
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
52
APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS
Item
Produccedilatildeo mensal meacutedia
Custo unitaacuterio total
Sugestatildeo Preccedilo de venda
Custo Mensal Total
Receita de vendas
Bolos artiacutesticos (recheios diversos) 150 6000 13500 900000 2025000
Bolos de copa (recheios diversos) 30 3600 8100 108000 243000
Naked cake (recheios diversos) 60 4200 9450 252000 567000
Doces Tradicionais 32 3500 7875 112000 252000
Doces Espelhados 32 5000 11250 160000 360000
Doces Finos 32 7500 16875 240000 540000
Brigadeiros gourmet 16 4500 10125 72000 162000
Tacinhas acriacutelicas 16 5500 12375 88000 198000
Trufas 32 5000 11250 160000 360000
Bombons 32 5000 11250 160000 360000
Bem casados 3200 100 225 320000 720000
Custo produccedilatildeo Total 2572000
Receita Total 5787000
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL
Ano Receita Bruta Variaccedilatildeo anual
Ano 1 000
Ano 2 69444000 9
Ano 3 75693960 9
Ano 4 82506416 9
Ano 5 89931994 9
Valor considerando a inflaccedilatildeo de 9 aa
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
35
Bombons
FOTO11 - BOMBONS FONTE DALVA GOLDEN GATE
Bem casados
FOTO12 - BEM CASADOS FONTE CASAMENTO SEM ERRO
FOTO13 - BEM CASADOS FONTE CASAMENTO SEM ERRO
36
413 Preccedilo de venda
A definiccedilatildeo do preccedilo dos produtos eacute uma das decisotildees mais relevantes da
organizaccedilatildeo que deve levar em conta a forma como a empresa deseja se posicionar
no mercado os custos a concorrecircncia e a rentabilidade almejada
O preccedilo eacute um dos elementos mais versaacuteteis pode ser modificado rapidamente
ao contraacuterio das propriedades dos produtos dos contratos com canais de distribuiccedilatildeo
e ateacute mesmo das promoccedilotildees O Preccedilo tem tambeacutem a tarefa de mostrar ao mercado o
posicionamento de valor desejado pela empresa para o seu produto ou marca
(KOTLER KELLER 2006 p 428)
A consolidaccedilatildeo dos preccedilos dos produtos seraacute elaborada levando em conta os
custos para se obter os produtos com a qualidade requinte e sofisticaccedilatildeo desejada
com a margem de lucro esperada e se baseando nos preccedilos praticados pela
concorrecircncia
414 Previsatildeo de vendas
Para Chiavenato (2007 p 2013)
A previsatildeo de vendas representa a quantidade de produtosserviccedilos que a empresa pretende vender ou colocar no mercado durante um determinado periacuteodo geralmente um mecircs ou um ano dividido em meses Constitui portanto uma estimativa ou uma expectativa de vendas Pode ser feita em unidades fiacutesicas ou em valores monetaacuterios
A produccedilatildeo vai ser em meacutedia de 5600 doces (doces finos gourmet e bem
casados) e 4 bolos procurando atender em meacutedia 4 eventos por semana e ateacute 16
eventos por mecircs sendo que nos meses de setembro a dezembro essa demanda
aumenta pelo motivo de historicamente ter um nuacutemero maior de casamentos
37
415 Definiccedilatildeo de local de venda dos produtos
ldquoA venda eacute a fase fundamental do processo de vendas Consiste na
transferecircncia do produtoserviccedilo para o cliente ou consumidorrdquo (CHIAVENATO 2007
p 210)
As vendas vatildeo ocorrer atraveacutes de site proacuteprio redes sociais telefone e
pessoalmente natildeo teremos loja fiacutesica apenas um ateliecirc para confecccedilatildeo dos bolos e
doces onde vai conter uma sala anexa na qual vai ser oferecido o serviccedilo de
degustaccedilatildeo com horaacuterios marcados para assim o cliente decidir quais os produtos
seratildeo adquiridos para o seu evento e fechamento de contrato
416 Definiccedilatildeo da demanda e da oferta
Na maior parte das encomendas os clientes solicitam os doces finos e
gourmet que contecircm chocolates frutas oleaginosas tais como castanhas nozes
avelatildes amecircndoas frutas como framboesa morango damasco cerejas e os bem
casados Os bolos mais solicitados satildeo os com decoraccedilatildeo de pasta americana que
deve obrigatoriamente ter recheios mais firmes como ganaches fios de ovos
strogonoff de nozes e os naked cake (bolo pelado) que possuem mais opccedilotildees de
recheios com chocolates frutas diversas e cremes de pacirctisserie
Em contato com algumas empresas que fornecem o mesmo tipo de produto
foi possiacutevel verificar que as encomendas devem ser feitas com antecedecircncia miacutenima
de 6 meses sendo que alguns casos somente com um ano de antecedecircncia para
conseguir na data desejada Esse eacute um dos pontos que mostra que tem espaccedilo
suficiente para entrada nesse mercado
38
417 Concorrentes
Chiavenato (2007 p 33) Kotler e Keller (2006 p 340) afirmam que os
concorrentes satildeo as organizaccedilotildees que competem pelos mesmos fornecedores
clientes e consumidores
ldquoAgrave medida que seus produtosserviccedilos tornam-se mais heterogecircneos tanto
mais heterogecircneos e diferenciados seratildeo seus concorrentes e tanto mais complexa
seraacute a competitividaderdquo (CHIAVENATO 2007 p 33)
Em busca na internet foi possiacutevel identificar que atualmente existe em meacutedia
25 concorrentes reais que oferecem exatamente os mesmos produtos que seratildeo
fornecidos com o mesmo padratildeo de qualidade valor agregado requinte e
sofisticaccedilatildeo Tambeacutem foi detectado mais 14 concorrentes potenciais que vendem
produtos similares aos que seratildeo vendidos poreacutem natildeo possuem o mesmo valor
agregado dos que vatildeo ser ofertados Foi possiacutevel identificar que alguns concorrentes
oferecem somente os doces finos dos quais foram identificados mais 3 concorrentes
reais e 3 concorrentes potenciais E foi detectado que existem concorrentes que
fornecem apenas os bolos artiacutesticos dos quais foi identificado 4 concorrentes reais
todos fornecem os bolos com o mesmo niacutevel de qualidade que seratildeo fornecidos
A tabela 3 mostra a divisatildeo dos concorrentes reais e potenciais que fornecem
bolos e doces por bairro de Curitiba
39
TABELA 3 - CONCORRENTES QUE FORNECEM BOLOS E DOCES POR BAIRRO
Bairro Quantidade de Concorrentes Reais
Quantidade de Concorrentes Potenciais
Aacutegua Verde 4 1
Ahuacute 1
Bairro Alto 2 1
Barreirinha 1
Barreirinha 1
Bom Retiro 1
Campo Comprido 1
Campo Comprido 1
Cidade Industrial 1
Colombo 1
Fazenda Rio Grande 1
Hauer 1
Hugo Lange 1
Mercecircs 1
Novo Mundo 2 1
Novo Mundo 1
Portatildeo 1
Portatildeo 1
Santa Cacircndida 1
Santa Felicidade 1 1
Santo Inaacutecio 1 1
Satildeo Joseacute dos Pinhais 1
Seminaacuterio 1
Sitio Cercado 1
Tarumatilde 1
Vila Izabel 1
Natildeo Informado 1 2
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
418 Forma de divulgaccedilatildeo dos concorrentes
Todas as empresas pesquisadas que fornecem produtos similares aos que
vamos fornecer utilizam sites proacuteprios e as redes sociais para fazer divulgaccedilatildeo dos
seus produtos todas fazem degustaccedilatildeo para os clientes conhecerem os seus
produtos e posteriormente fechar um contrato
40
42 TAMANHO DO NEGOacuteCIO
421 Capacidade produtiva
A capacidade produtiva vai ser para atender ateacute 4 eventos por semana A
produccedilatildeo vai ser de ateacute 5600 doces (doces finos gourmet e bem casados) e 4 bolos
atendendo ateacute 4 eventos por final de semana e ateacute 16 eventos por mecircs sendo que
nos meses de setembro a dezembro essa demanda aumenta pelo motivo de
historicamente ter um nuacutemero maior de casamentos
422 Investimento
Um dos pontos mais relevantes para abertura de uma empresa eacute a
determinaccedilatildeo do capital miacutenimo para dar iniacutecio nas atividades e principalmente como
obter este capital ldquoEacute com o capital inicial que a empresa tem condiccedilotildees de reunir os
recursos empresariais necessaacuterios ao seu funcionamento sejam eles recursos
humanos materiais ou financeirosrdquo A determinaccedilatildeo do capital eacute o que estabelece a
quantidade de recursos empresariais que a empresa tem disponiacutevel Indiscutivelmente
quanto maior for o volume de recursos empresariais mais faacutecil se torna o desempenho
da empresa Quando todos os recursos necessaacuterios para seu funcionamento estatildeo agrave
disposiccedilatildeo a administraccedilatildeo do empreendimento fica mais simples (CHIAVENATO
2007 p84)
Cabe acrescentar que (LAPPONI 2007 p 321)
O custo inicial refere-se aos desembolsos realizados para aquisiccedilatildeo de equipamentos ou outros ativos fixos incluindo o pagamento de fretes seguros instalaccedilotildees despesas operacionais iniciais com materiais e matildeo de obra treinamento de pessoal de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo etc resumindo o custo inicial inclui todos os desembolsos necessaacuterios para adquirir os ativos necessaacuterios e que estejam em condiccedilotildees de operar e gerar as receitas estimadas
41
O empreendimento iniciaraacute suas atividades com capital investido com
recursos proacuteprios da empreendedora
As estimativas de investimento inicial para abertura da empresa foi de
R$5162851 conforme tabela 4
TABELA 4 - INVESTIMENTO INICIAL
Descriccedilatildeo Valor (R$)
Maacutequinas e equipamentos Cozinha R$ 3084878
Utensiacutelios R$ 555075
Moacuteveis para escritoacuterio R$ 268982
Equipamentos de informaacutetica e eletrocircnicos R$ 446204
Outros custos escritoacuterio R$ 48912
Uniformes R$ 155800
Pintura Imoacutevel R$ 500000
Porta de Vidro R$ 103000
Total R$ 5162851
FONTE ELABORADO PELO AUTOR (2015)
423 Localizaccedilatildeo
Seraacute locado um imoacutevel para a instalaccedilatildeo da empresa localizado na Rua Heitor
Baggio Vidal 2508 Bairro Alto Curitiba ndash PR com o valor do aluguel mensal de
R$160000 (mil e seiscentos reais) O espaccedilo interno de 95msup2 seraacute dividido em trecircs
partes a primeira com 20msup2 vai ficar a recepccedilatildeo para receber os clientes efetuar
orccedilamentos e as degustaccedilotildees a segunda com 71msup2 a cozinha industrial onde seratildeo
fabricados os bolos e doces finos e a terceira com 4msup2 o lavabo
42
FOTO14 - FOTO DO IMOacuteVEL ONDE SERAacute INSTALADA A EMPRESA FONTE MP IMOacuteVEIS
424 Entregas
As entregas dos bolos e doces finos seratildeo efetuadas por uma empresa
parceira localizada no Bairro Alto o preccedilo das entregas em Curitiba e regiatildeo
metropolitana variam de R$2400 (vinte e quatro reais) a R$6000 (sessenta reais)
dependendo da localizaccedilatildeo tais valores seratildeo cobrados dos clientes
43 CAPITAL DE GIRO
O capital de giro inicial foi estimado levando em conta que no primeiro ano a
empresa vai produzir 8333 da sua capacidade atendendo em meacutedia 13 ventos
mensalmente sendo assim foram considerados os gastos operacionais necessaacuterios
para o iniacutecio das atividades incluindo o custo fixo mensal e o estoque inicial ambos
multiplicados por 2 e acrescidos de um percentual de 10 de margem de seguranccedila
para despesas natildeo previstas
43
TABELA 5 - CAPITAL DE GIRO
Item Valor (R$)
Estoque Inicial 5144000
Custo Fixo Mensal 3194783
Reserva (10) 833878
Total do Capital de Giro Inicial 9172662
FONTE ELABORDO PELO AUTOR
44 FLUXO DE CAIXA
ldquoFluxo de Caixa eacute um Instrumento de gestatildeo financeira que projeta para
periacuteodos futuros todas as entradas e as saiacutedas de recursos financeiros da empresa
indicando como seraacute o saldo de caixa para o periacuteodo projetadordquo (SEBRAE)
Na tabela 6 eacute apresentada a projeccedilatildeo do Fluxo de Caixa da empresa para os
seus primeiros cinco anos onde fica evidenciado que do primeiro ateacute o quinto ano a
sauacutede financeira da empresa melhora gradativamente sendo que no final do quinto
ano o saldo em caixa ultrapassa os 300 se comparado com o saldo em caixa no
final do primeiro ano
Pode-se observar que natildeo foi inserida no fluxo de caixa a opccedilatildeo de
inadimplecircncia pois todos os pagamentos seratildeo efetuados agrave vista em dinheiro ou
cartatildeo sendo que o pagamento total dos produtos deve ser efetuado no miacutenimo 10
dias antes da data do evento
44
TABELA 6 - PROJECcedilAtildeO DE FLUXO DE CAIXA NOS PRIMEIROS CINCO ANOS
Descriccedilatildeo Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5
Investimento Inicial (5162851)
Capital de Giro (9172662) 9172662
Valor Residual 1548855
Total de entradas 000 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873
Previsatildeo Receitas de vendas 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873
Total de Saiacutedas (14335513) (44888699) (54283425) (59479393) (64738409) (70291804)
(-)Fornecedores (25720000) (33641760) (36669518) (39969775) (43567055)
(-)Folha de pagamento (3267192) (3593911) (3953302) (4348633) (4783496)
(-)Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)
(963216) (1011377) (1061946) (1115043) (1170795)
(-)Retiradas soacutecios (2400000) (2640000) (3432000) (3946800) (4341480)
(-)Impostos s vendas (4654291) (5073177) (5573767) (6075406) (6622192)
(-)Alugueacuteis (1920000) (2016000) (2116800) (2222640) (2333772)
(-)Energia eleacutetrica (840000) (882000) (926100) (972405) (1021025)
(-)Aacutegua (300000) (315000) (330750) (347288) (364652)
(-)Telefone (384000) (403200) (423360) (444528) (466754)
(-)Gaacutes (588000) (617400) (648270) (680684) (714718)
(-)Serviccedilos contabilidade (960000) (1008000) (1058400) (1111320) (1166886)
(-)Manutenccedilatildeo (600000) (630000) (661500) (694575) (729304)
(-)Outras despesas com funcionaacuterios
(1296000) (1405800) (1525590) (1656320) (1799030)
(-)Taxas bancaacuterias (96000) (100800) (105840) (111132) (116689)
(-)Outros pagamentos (900000) (945000) (992250) (1041863) (1093956)
Entradas - Saiacutedas (14335513) 12981301 21410535 23027023 25193585 27734070
Depreciaccedilatildeo 000 (631377) (631377) (631377) (631377) (631377)
Saldo Final (14335513) 12349924 20779158 22395647 24562208 37824209
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
A depreciaccedilatildeo foi calculada considerando o prazo de vida uacutetil meacutedio de 10
anos das maacutequinas equipamentos instalaccedilotildees moacuteveis e utensiacutelios e para os
computadores e perifeacutericos foi considerado o prazo de vida uacutetil de 5 anos conforme
demonstrado na tabela 7
TABELA 7 - DEPRECIACcedilAtildeO
Item Valor Inicial Taxa Anual Depreciaccedilatildeo Anual (R$)
Maacutequinas e equipamentos 3084878 10 308488
Instalaccedilotildees 103000 10 10300
Moacuteveis e Utensiacutelios 824057 10 82406
Computadores e Perifeacutericos 446204 20 89241
Outros 704712 20 140942
Total 631377
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
45
O valor residual dos equipamentos e instalaccedilotildees da empresa no final do quinto
ano foi considerado em 30 referente ao valor de aquisiccedilatildeo dos mesmos no iniacutecio do
projeto
45 ANAacuteLISE DOS INDICADORES (VPL TIR E PAYBACK)
451 Valor Presente Liacutequido (VPL)
A tabela 8 mostra que o VPL (Valor Presente Liacutequido) eacute positivo isso significa
que aleacutem de recuperar o investimento inicial ainda vai ser agregado ao valor da
empresa um montante de R$ R$50392407 (quinhentos e trecircs mil novecentos e vinte
quatro reais e sete centavos)
A taxa de retorno requerida de 20 foi determinada levando em conta o niacutevel
de risco do projeto e visando o valor desejado para se obter em cima do valor
investido
TABELA 8 - CALCULO DO VALOR PRESENTE LIacuteQUIDO (VPL)
Anos FC k 2000
0 -$143355 VPL $50392407
1 $123499 VPL $50392407
2 $207792 VPL $50392407
3 $223956 VPL $21761126
4 $245622 VPL $21761126
5 $378242 Decisatildeo Aceitar o Projeto
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
452 Taxa Interna de Retorno (TIR)
Conforme a tabela 9 eacute possiacutevel verificar que a TIR (Taxa Interna de Retorno)
eacute de 11593 maior que a taxa requerida de 20 isso significa que custo inicial seraacute
46
recuperado e o projeto vai criar valor para empresa mais um resultado favoraacutevel para
a aceitaccedilatildeo do projeto
TABELA 9 - TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR)
Anos FC
0 -$143355 TIR 11593
1 $123499 TIR 2168
2 $207792 TIR 2168
3 $223956 Decisatildeo
4 $245622 k 2000
5 $378242 Aceitar o projeto
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
453 Payback
O tempo de recuperaccedilatildeo do custo inicial ocorre normalmente entre o quarto e
o quinto ano se for feita a anaacutelise da tabela 10 eacute possiacutevel verificar que o tempo
necessaacuterio para o retorno do investimento (payback) do projeto eacute de 128 anos este
indicador mostra claramente que o projeto deve ser aceito pois o tempo de retorno
estaacute bem abaixo do tempo meacutedio dos empreendimentos como um todo
TABELA 10 - PAYBACK
k 20
Anos FC SPresente
0 -$143355 -$143355 PBD-SP = 128
1 $123499 -$40439 128
2 $207792 $103861
3 $223956 $233465
4 $245622 $351917
5 $378242 $503924
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
47
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Para iniciar um negoacutecio requer muito mais do que apenas o espiacuterito
empreendedor eacute necessaacuterio ter lideranccedila conhecimento sobre o mercado que deseja
atuar organizaccedilatildeo e principalmente planejamento
O principal objetivo desse estudo foi analisar a viabilidade econocircmico-
financeira da abertura de uma empresa de bolos e doces finos no Bairro Alto em
Curitiba
O objetivo apresentado nesta pesquisa foi atingido pois todos os indicadores
analisados mostram com clareza que empresa obteacutem resultados positivos que criam
valor para a mesma e com isso o projeto eacute viaacutevel economicamente pois do primeiro
ao quinto ano fica visiacutevel o crescimento do empreendimento e a melhora significativa
da sua sauacutede financeira isso fica evidenciado no saldo final em caixa no quinto ano
que chega proacuteximo haacute 400 mil reais Apesar disso eacute crucial o acompanhamento do
mercado para seguir as tendecircncias e se atualizar constantemente para tomar
decisotildees mais assertivas
Um negoacutecio mal avaliado pode arruinar a estabilidade econocircmica do
investidor por isso eacute de extrema importacircncia fazer todos os levantamentos de custos
antes de se aventurar em qualquer empreendimento
Eacute possiacutevel comprovar que a pesquisa realizada contribui positivamente para
abertura da empresa No entanto as informaccedilotildees aqui presentes natildeo satildeo estaacuteticas e
devem ser revisadas periodicamente e se preciso ateacute mesmo ampliadas no decorrer
da implantaccedilatildeo do projeto para que o mesmo seja uma ferramenta eficiente e eficaz
no desenvolvimento da empresa como um todo
48
REFEREcircNCIAS
BRITO Paulo Anaacutelise e viabilidade de projetos de investimento Satildeo Paulo Atlas 2003 DOLABELA Fernando O segredo de Luiacutesa 30 ed Satildeo Paulo Editora de Cultura 2006 DORNELAS Joseacute Carlos Assis Empreendedorismo transformando ideias em negoacutecios 4 ed Rio de Janeiro Campus Elsevier 2012 CENSO Demograacutefico 2010 Resultados gerais da amostra Curitiba IBGE 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=410690ampidtema=87ampsearch=parana|curitiba|censo-demografico-2010-resultados-gerais-da-amostra-gt Acesso em 21 de Junho de 2015 CHIAVENATO Idalberto Empreendedorismo dando asas ao espiacuterito empreendedor empreendedorismo e a viabilidade de novas empresas um guia eficiente para iniciar e tocar seu proacuteprio negoacutecio 2 ed Satildeo Paulo Saraiva 2007 ESTATIacuteSTICAS do registro civil 2012 Curitiba IBGE 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaoregistrocivil2012default_xlsshtmgt Acesso em 21 de Junho de 2015 GIL Antonio Carlos Meacutetodos e teacutecnicas de pesquisa social 6 ed Satildeo Paulo Atlas 2008 KOTLER Philip KELLER Kevin Lane Administraccedilatildeo de Marketing 12 ed Satildeo Paulo ABDR 2006 LAPPONI Juan Carlos Projetos de Investimento na Empresa Rio de Janeiro Elsevier 2007 MACHADO Jesseacute Anderson Pinto Projetos Econocircmicos uma abordagem praacutetica de elaboraccedilatildeo Satildeo Paulo Nobel 2002 MICHEL Maria Helena Metodologia e pesquisa cientiacutefica em ciecircncias sociais 2 ed Satildeo Paulo Atlas 2009 OLIVEIRA Djalma de Pinho Rebouccedilas de Planejamento estrateacutegico conceitos metodologia e praacuteticas 20 ed Satildeo Paulo Atlas 2004 PRODANOV Cleber Cristiano ERNANI Cesar de Freitas Metodologia do trabalho cientiacutefico meacutetodo e teacutecnicas da pesquisa e do trabalho acadecircmico 2 ed Novo Hamburgo Freevale 2013
49
REBELATTO Dayse Projeto de Investimento 1 ed Barueri Manole 2004 SEBRAE Pesquisa de Mercado o que eacute e para que serve Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrsitesPortalSebraeartigosPesquisa-de-mercado-o-que-C3A9-e-para-que-servegt Acesso em 21 de Junho de 2015 SEBRAE Fluxo de caixa Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrSebraePortal20SebraeAnexos0_fluxo-de-caixapdfgt Acesso em 10 de Outubro de 2015 WILDAUER Egon Walter Plano de negoacutecios elementos construtivos e processos de elaboraccedilatildeo 2 ed Curitiba Ibpex 2011 WOILER Samsatildeo MATHIAS Washington Franco Projetos planejamento elaboraccedilatildeo anaacutelise 1 ed Satildeo Paulo Atlas 1994
50
APEcircNDICES
APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL 51
APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS 52
APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL 52
51
APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL
Item Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5
Aacutegua 25000 26250 27563 28941 30388
Aluguel 160000 168000 176400 185220 194481
Assessoria Contaacutebil 80000 84000 88200 92610 97241
Gaacutes 49000 51450 54023 56724 59560
Impostos 387858 422765 464481 506284 551849
Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)
80268 84281 88495 92920 97566
Energia eleacutetrica 70000 73500 77175 81034 85085
Manutenccedilatildeo 50000 52500 55125 57881 60775
Material de escritoacuterio 20000 21000 22050 23153 24310
Material de Limpeza 40000 42000 44100 46305 48620
Folha de pagamento 272266 299493 329442 362386 398625
Seguros 15000 15750 16538 17364 18233
Telefone fixointernet 20000 21000 22050 23153 24310
Telefone Moacutevel 12000 12600 13230 13892 14586
Vale Refeiccedilatildeo 75000 82500 90750 99825 109808
Vale Transporte 33000 34650 36383 38202 40112
Proacute- labore 200000 220000 286000 328900 361790
Taxas Bancaacuterias 8000 8400 8820 9261 9724
Total R$ 1597392 R$ 1720139 R$ 1900823 R$ 2064053 R$ 2227062
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
52
APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS
Item
Produccedilatildeo mensal meacutedia
Custo unitaacuterio total
Sugestatildeo Preccedilo de venda
Custo Mensal Total
Receita de vendas
Bolos artiacutesticos (recheios diversos) 150 6000 13500 900000 2025000
Bolos de copa (recheios diversos) 30 3600 8100 108000 243000
Naked cake (recheios diversos) 60 4200 9450 252000 567000
Doces Tradicionais 32 3500 7875 112000 252000
Doces Espelhados 32 5000 11250 160000 360000
Doces Finos 32 7500 16875 240000 540000
Brigadeiros gourmet 16 4500 10125 72000 162000
Tacinhas acriacutelicas 16 5500 12375 88000 198000
Trufas 32 5000 11250 160000 360000
Bombons 32 5000 11250 160000 360000
Bem casados 3200 100 225 320000 720000
Custo produccedilatildeo Total 2572000
Receita Total 5787000
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL
Ano Receita Bruta Variaccedilatildeo anual
Ano 1 000
Ano 2 69444000 9
Ano 3 75693960 9
Ano 4 82506416 9
Ano 5 89931994 9
Valor considerando a inflaccedilatildeo de 9 aa
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
36
413 Preccedilo de venda
A definiccedilatildeo do preccedilo dos produtos eacute uma das decisotildees mais relevantes da
organizaccedilatildeo que deve levar em conta a forma como a empresa deseja se posicionar
no mercado os custos a concorrecircncia e a rentabilidade almejada
O preccedilo eacute um dos elementos mais versaacuteteis pode ser modificado rapidamente
ao contraacuterio das propriedades dos produtos dos contratos com canais de distribuiccedilatildeo
e ateacute mesmo das promoccedilotildees O Preccedilo tem tambeacutem a tarefa de mostrar ao mercado o
posicionamento de valor desejado pela empresa para o seu produto ou marca
(KOTLER KELLER 2006 p 428)
A consolidaccedilatildeo dos preccedilos dos produtos seraacute elaborada levando em conta os
custos para se obter os produtos com a qualidade requinte e sofisticaccedilatildeo desejada
com a margem de lucro esperada e se baseando nos preccedilos praticados pela
concorrecircncia
414 Previsatildeo de vendas
Para Chiavenato (2007 p 2013)
A previsatildeo de vendas representa a quantidade de produtosserviccedilos que a empresa pretende vender ou colocar no mercado durante um determinado periacuteodo geralmente um mecircs ou um ano dividido em meses Constitui portanto uma estimativa ou uma expectativa de vendas Pode ser feita em unidades fiacutesicas ou em valores monetaacuterios
A produccedilatildeo vai ser em meacutedia de 5600 doces (doces finos gourmet e bem
casados) e 4 bolos procurando atender em meacutedia 4 eventos por semana e ateacute 16
eventos por mecircs sendo que nos meses de setembro a dezembro essa demanda
aumenta pelo motivo de historicamente ter um nuacutemero maior de casamentos
37
415 Definiccedilatildeo de local de venda dos produtos
ldquoA venda eacute a fase fundamental do processo de vendas Consiste na
transferecircncia do produtoserviccedilo para o cliente ou consumidorrdquo (CHIAVENATO 2007
p 210)
As vendas vatildeo ocorrer atraveacutes de site proacuteprio redes sociais telefone e
pessoalmente natildeo teremos loja fiacutesica apenas um ateliecirc para confecccedilatildeo dos bolos e
doces onde vai conter uma sala anexa na qual vai ser oferecido o serviccedilo de
degustaccedilatildeo com horaacuterios marcados para assim o cliente decidir quais os produtos
seratildeo adquiridos para o seu evento e fechamento de contrato
416 Definiccedilatildeo da demanda e da oferta
Na maior parte das encomendas os clientes solicitam os doces finos e
gourmet que contecircm chocolates frutas oleaginosas tais como castanhas nozes
avelatildes amecircndoas frutas como framboesa morango damasco cerejas e os bem
casados Os bolos mais solicitados satildeo os com decoraccedilatildeo de pasta americana que
deve obrigatoriamente ter recheios mais firmes como ganaches fios de ovos
strogonoff de nozes e os naked cake (bolo pelado) que possuem mais opccedilotildees de
recheios com chocolates frutas diversas e cremes de pacirctisserie
Em contato com algumas empresas que fornecem o mesmo tipo de produto
foi possiacutevel verificar que as encomendas devem ser feitas com antecedecircncia miacutenima
de 6 meses sendo que alguns casos somente com um ano de antecedecircncia para
conseguir na data desejada Esse eacute um dos pontos que mostra que tem espaccedilo
suficiente para entrada nesse mercado
38
417 Concorrentes
Chiavenato (2007 p 33) Kotler e Keller (2006 p 340) afirmam que os
concorrentes satildeo as organizaccedilotildees que competem pelos mesmos fornecedores
clientes e consumidores
ldquoAgrave medida que seus produtosserviccedilos tornam-se mais heterogecircneos tanto
mais heterogecircneos e diferenciados seratildeo seus concorrentes e tanto mais complexa
seraacute a competitividaderdquo (CHIAVENATO 2007 p 33)
Em busca na internet foi possiacutevel identificar que atualmente existe em meacutedia
25 concorrentes reais que oferecem exatamente os mesmos produtos que seratildeo
fornecidos com o mesmo padratildeo de qualidade valor agregado requinte e
sofisticaccedilatildeo Tambeacutem foi detectado mais 14 concorrentes potenciais que vendem
produtos similares aos que seratildeo vendidos poreacutem natildeo possuem o mesmo valor
agregado dos que vatildeo ser ofertados Foi possiacutevel identificar que alguns concorrentes
oferecem somente os doces finos dos quais foram identificados mais 3 concorrentes
reais e 3 concorrentes potenciais E foi detectado que existem concorrentes que
fornecem apenas os bolos artiacutesticos dos quais foi identificado 4 concorrentes reais
todos fornecem os bolos com o mesmo niacutevel de qualidade que seratildeo fornecidos
A tabela 3 mostra a divisatildeo dos concorrentes reais e potenciais que fornecem
bolos e doces por bairro de Curitiba
39
TABELA 3 - CONCORRENTES QUE FORNECEM BOLOS E DOCES POR BAIRRO
Bairro Quantidade de Concorrentes Reais
Quantidade de Concorrentes Potenciais
Aacutegua Verde 4 1
Ahuacute 1
Bairro Alto 2 1
Barreirinha 1
Barreirinha 1
Bom Retiro 1
Campo Comprido 1
Campo Comprido 1
Cidade Industrial 1
Colombo 1
Fazenda Rio Grande 1
Hauer 1
Hugo Lange 1
Mercecircs 1
Novo Mundo 2 1
Novo Mundo 1
Portatildeo 1
Portatildeo 1
Santa Cacircndida 1
Santa Felicidade 1 1
Santo Inaacutecio 1 1
Satildeo Joseacute dos Pinhais 1
Seminaacuterio 1
Sitio Cercado 1
Tarumatilde 1
Vila Izabel 1
Natildeo Informado 1 2
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
418 Forma de divulgaccedilatildeo dos concorrentes
Todas as empresas pesquisadas que fornecem produtos similares aos que
vamos fornecer utilizam sites proacuteprios e as redes sociais para fazer divulgaccedilatildeo dos
seus produtos todas fazem degustaccedilatildeo para os clientes conhecerem os seus
produtos e posteriormente fechar um contrato
40
42 TAMANHO DO NEGOacuteCIO
421 Capacidade produtiva
A capacidade produtiva vai ser para atender ateacute 4 eventos por semana A
produccedilatildeo vai ser de ateacute 5600 doces (doces finos gourmet e bem casados) e 4 bolos
atendendo ateacute 4 eventos por final de semana e ateacute 16 eventos por mecircs sendo que
nos meses de setembro a dezembro essa demanda aumenta pelo motivo de
historicamente ter um nuacutemero maior de casamentos
422 Investimento
Um dos pontos mais relevantes para abertura de uma empresa eacute a
determinaccedilatildeo do capital miacutenimo para dar iniacutecio nas atividades e principalmente como
obter este capital ldquoEacute com o capital inicial que a empresa tem condiccedilotildees de reunir os
recursos empresariais necessaacuterios ao seu funcionamento sejam eles recursos
humanos materiais ou financeirosrdquo A determinaccedilatildeo do capital eacute o que estabelece a
quantidade de recursos empresariais que a empresa tem disponiacutevel Indiscutivelmente
quanto maior for o volume de recursos empresariais mais faacutecil se torna o desempenho
da empresa Quando todos os recursos necessaacuterios para seu funcionamento estatildeo agrave
disposiccedilatildeo a administraccedilatildeo do empreendimento fica mais simples (CHIAVENATO
2007 p84)
Cabe acrescentar que (LAPPONI 2007 p 321)
O custo inicial refere-se aos desembolsos realizados para aquisiccedilatildeo de equipamentos ou outros ativos fixos incluindo o pagamento de fretes seguros instalaccedilotildees despesas operacionais iniciais com materiais e matildeo de obra treinamento de pessoal de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo etc resumindo o custo inicial inclui todos os desembolsos necessaacuterios para adquirir os ativos necessaacuterios e que estejam em condiccedilotildees de operar e gerar as receitas estimadas
41
O empreendimento iniciaraacute suas atividades com capital investido com
recursos proacuteprios da empreendedora
As estimativas de investimento inicial para abertura da empresa foi de
R$5162851 conforme tabela 4
TABELA 4 - INVESTIMENTO INICIAL
Descriccedilatildeo Valor (R$)
Maacutequinas e equipamentos Cozinha R$ 3084878
Utensiacutelios R$ 555075
Moacuteveis para escritoacuterio R$ 268982
Equipamentos de informaacutetica e eletrocircnicos R$ 446204
Outros custos escritoacuterio R$ 48912
Uniformes R$ 155800
Pintura Imoacutevel R$ 500000
Porta de Vidro R$ 103000
Total R$ 5162851
FONTE ELABORADO PELO AUTOR (2015)
423 Localizaccedilatildeo
Seraacute locado um imoacutevel para a instalaccedilatildeo da empresa localizado na Rua Heitor
Baggio Vidal 2508 Bairro Alto Curitiba ndash PR com o valor do aluguel mensal de
R$160000 (mil e seiscentos reais) O espaccedilo interno de 95msup2 seraacute dividido em trecircs
partes a primeira com 20msup2 vai ficar a recepccedilatildeo para receber os clientes efetuar
orccedilamentos e as degustaccedilotildees a segunda com 71msup2 a cozinha industrial onde seratildeo
fabricados os bolos e doces finos e a terceira com 4msup2 o lavabo
42
FOTO14 - FOTO DO IMOacuteVEL ONDE SERAacute INSTALADA A EMPRESA FONTE MP IMOacuteVEIS
424 Entregas
As entregas dos bolos e doces finos seratildeo efetuadas por uma empresa
parceira localizada no Bairro Alto o preccedilo das entregas em Curitiba e regiatildeo
metropolitana variam de R$2400 (vinte e quatro reais) a R$6000 (sessenta reais)
dependendo da localizaccedilatildeo tais valores seratildeo cobrados dos clientes
43 CAPITAL DE GIRO
O capital de giro inicial foi estimado levando em conta que no primeiro ano a
empresa vai produzir 8333 da sua capacidade atendendo em meacutedia 13 ventos
mensalmente sendo assim foram considerados os gastos operacionais necessaacuterios
para o iniacutecio das atividades incluindo o custo fixo mensal e o estoque inicial ambos
multiplicados por 2 e acrescidos de um percentual de 10 de margem de seguranccedila
para despesas natildeo previstas
43
TABELA 5 - CAPITAL DE GIRO
Item Valor (R$)
Estoque Inicial 5144000
Custo Fixo Mensal 3194783
Reserva (10) 833878
Total do Capital de Giro Inicial 9172662
FONTE ELABORDO PELO AUTOR
44 FLUXO DE CAIXA
ldquoFluxo de Caixa eacute um Instrumento de gestatildeo financeira que projeta para
periacuteodos futuros todas as entradas e as saiacutedas de recursos financeiros da empresa
indicando como seraacute o saldo de caixa para o periacuteodo projetadordquo (SEBRAE)
Na tabela 6 eacute apresentada a projeccedilatildeo do Fluxo de Caixa da empresa para os
seus primeiros cinco anos onde fica evidenciado que do primeiro ateacute o quinto ano a
sauacutede financeira da empresa melhora gradativamente sendo que no final do quinto
ano o saldo em caixa ultrapassa os 300 se comparado com o saldo em caixa no
final do primeiro ano
Pode-se observar que natildeo foi inserida no fluxo de caixa a opccedilatildeo de
inadimplecircncia pois todos os pagamentos seratildeo efetuados agrave vista em dinheiro ou
cartatildeo sendo que o pagamento total dos produtos deve ser efetuado no miacutenimo 10
dias antes da data do evento
44
TABELA 6 - PROJECcedilAtildeO DE FLUXO DE CAIXA NOS PRIMEIROS CINCO ANOS
Descriccedilatildeo Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5
Investimento Inicial (5162851)
Capital de Giro (9172662) 9172662
Valor Residual 1548855
Total de entradas 000 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873
Previsatildeo Receitas de vendas 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873
Total de Saiacutedas (14335513) (44888699) (54283425) (59479393) (64738409) (70291804)
(-)Fornecedores (25720000) (33641760) (36669518) (39969775) (43567055)
(-)Folha de pagamento (3267192) (3593911) (3953302) (4348633) (4783496)
(-)Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)
(963216) (1011377) (1061946) (1115043) (1170795)
(-)Retiradas soacutecios (2400000) (2640000) (3432000) (3946800) (4341480)
(-)Impostos s vendas (4654291) (5073177) (5573767) (6075406) (6622192)
(-)Alugueacuteis (1920000) (2016000) (2116800) (2222640) (2333772)
(-)Energia eleacutetrica (840000) (882000) (926100) (972405) (1021025)
(-)Aacutegua (300000) (315000) (330750) (347288) (364652)
(-)Telefone (384000) (403200) (423360) (444528) (466754)
(-)Gaacutes (588000) (617400) (648270) (680684) (714718)
(-)Serviccedilos contabilidade (960000) (1008000) (1058400) (1111320) (1166886)
(-)Manutenccedilatildeo (600000) (630000) (661500) (694575) (729304)
(-)Outras despesas com funcionaacuterios
(1296000) (1405800) (1525590) (1656320) (1799030)
(-)Taxas bancaacuterias (96000) (100800) (105840) (111132) (116689)
(-)Outros pagamentos (900000) (945000) (992250) (1041863) (1093956)
Entradas - Saiacutedas (14335513) 12981301 21410535 23027023 25193585 27734070
Depreciaccedilatildeo 000 (631377) (631377) (631377) (631377) (631377)
Saldo Final (14335513) 12349924 20779158 22395647 24562208 37824209
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
A depreciaccedilatildeo foi calculada considerando o prazo de vida uacutetil meacutedio de 10
anos das maacutequinas equipamentos instalaccedilotildees moacuteveis e utensiacutelios e para os
computadores e perifeacutericos foi considerado o prazo de vida uacutetil de 5 anos conforme
demonstrado na tabela 7
TABELA 7 - DEPRECIACcedilAtildeO
Item Valor Inicial Taxa Anual Depreciaccedilatildeo Anual (R$)
Maacutequinas e equipamentos 3084878 10 308488
Instalaccedilotildees 103000 10 10300
Moacuteveis e Utensiacutelios 824057 10 82406
Computadores e Perifeacutericos 446204 20 89241
Outros 704712 20 140942
Total 631377
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
45
O valor residual dos equipamentos e instalaccedilotildees da empresa no final do quinto
ano foi considerado em 30 referente ao valor de aquisiccedilatildeo dos mesmos no iniacutecio do
projeto
45 ANAacuteLISE DOS INDICADORES (VPL TIR E PAYBACK)
451 Valor Presente Liacutequido (VPL)
A tabela 8 mostra que o VPL (Valor Presente Liacutequido) eacute positivo isso significa
que aleacutem de recuperar o investimento inicial ainda vai ser agregado ao valor da
empresa um montante de R$ R$50392407 (quinhentos e trecircs mil novecentos e vinte
quatro reais e sete centavos)
A taxa de retorno requerida de 20 foi determinada levando em conta o niacutevel
de risco do projeto e visando o valor desejado para se obter em cima do valor
investido
TABELA 8 - CALCULO DO VALOR PRESENTE LIacuteQUIDO (VPL)
Anos FC k 2000
0 -$143355 VPL $50392407
1 $123499 VPL $50392407
2 $207792 VPL $50392407
3 $223956 VPL $21761126
4 $245622 VPL $21761126
5 $378242 Decisatildeo Aceitar o Projeto
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
452 Taxa Interna de Retorno (TIR)
Conforme a tabela 9 eacute possiacutevel verificar que a TIR (Taxa Interna de Retorno)
eacute de 11593 maior que a taxa requerida de 20 isso significa que custo inicial seraacute
46
recuperado e o projeto vai criar valor para empresa mais um resultado favoraacutevel para
a aceitaccedilatildeo do projeto
TABELA 9 - TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR)
Anos FC
0 -$143355 TIR 11593
1 $123499 TIR 2168
2 $207792 TIR 2168
3 $223956 Decisatildeo
4 $245622 k 2000
5 $378242 Aceitar o projeto
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
453 Payback
O tempo de recuperaccedilatildeo do custo inicial ocorre normalmente entre o quarto e
o quinto ano se for feita a anaacutelise da tabela 10 eacute possiacutevel verificar que o tempo
necessaacuterio para o retorno do investimento (payback) do projeto eacute de 128 anos este
indicador mostra claramente que o projeto deve ser aceito pois o tempo de retorno
estaacute bem abaixo do tempo meacutedio dos empreendimentos como um todo
TABELA 10 - PAYBACK
k 20
Anos FC SPresente
0 -$143355 -$143355 PBD-SP = 128
1 $123499 -$40439 128
2 $207792 $103861
3 $223956 $233465
4 $245622 $351917
5 $378242 $503924
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
47
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Para iniciar um negoacutecio requer muito mais do que apenas o espiacuterito
empreendedor eacute necessaacuterio ter lideranccedila conhecimento sobre o mercado que deseja
atuar organizaccedilatildeo e principalmente planejamento
O principal objetivo desse estudo foi analisar a viabilidade econocircmico-
financeira da abertura de uma empresa de bolos e doces finos no Bairro Alto em
Curitiba
O objetivo apresentado nesta pesquisa foi atingido pois todos os indicadores
analisados mostram com clareza que empresa obteacutem resultados positivos que criam
valor para a mesma e com isso o projeto eacute viaacutevel economicamente pois do primeiro
ao quinto ano fica visiacutevel o crescimento do empreendimento e a melhora significativa
da sua sauacutede financeira isso fica evidenciado no saldo final em caixa no quinto ano
que chega proacuteximo haacute 400 mil reais Apesar disso eacute crucial o acompanhamento do
mercado para seguir as tendecircncias e se atualizar constantemente para tomar
decisotildees mais assertivas
Um negoacutecio mal avaliado pode arruinar a estabilidade econocircmica do
investidor por isso eacute de extrema importacircncia fazer todos os levantamentos de custos
antes de se aventurar em qualquer empreendimento
Eacute possiacutevel comprovar que a pesquisa realizada contribui positivamente para
abertura da empresa No entanto as informaccedilotildees aqui presentes natildeo satildeo estaacuteticas e
devem ser revisadas periodicamente e se preciso ateacute mesmo ampliadas no decorrer
da implantaccedilatildeo do projeto para que o mesmo seja uma ferramenta eficiente e eficaz
no desenvolvimento da empresa como um todo
48
REFEREcircNCIAS
BRITO Paulo Anaacutelise e viabilidade de projetos de investimento Satildeo Paulo Atlas 2003 DOLABELA Fernando O segredo de Luiacutesa 30 ed Satildeo Paulo Editora de Cultura 2006 DORNELAS Joseacute Carlos Assis Empreendedorismo transformando ideias em negoacutecios 4 ed Rio de Janeiro Campus Elsevier 2012 CENSO Demograacutefico 2010 Resultados gerais da amostra Curitiba IBGE 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=410690ampidtema=87ampsearch=parana|curitiba|censo-demografico-2010-resultados-gerais-da-amostra-gt Acesso em 21 de Junho de 2015 CHIAVENATO Idalberto Empreendedorismo dando asas ao espiacuterito empreendedor empreendedorismo e a viabilidade de novas empresas um guia eficiente para iniciar e tocar seu proacuteprio negoacutecio 2 ed Satildeo Paulo Saraiva 2007 ESTATIacuteSTICAS do registro civil 2012 Curitiba IBGE 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaoregistrocivil2012default_xlsshtmgt Acesso em 21 de Junho de 2015 GIL Antonio Carlos Meacutetodos e teacutecnicas de pesquisa social 6 ed Satildeo Paulo Atlas 2008 KOTLER Philip KELLER Kevin Lane Administraccedilatildeo de Marketing 12 ed Satildeo Paulo ABDR 2006 LAPPONI Juan Carlos Projetos de Investimento na Empresa Rio de Janeiro Elsevier 2007 MACHADO Jesseacute Anderson Pinto Projetos Econocircmicos uma abordagem praacutetica de elaboraccedilatildeo Satildeo Paulo Nobel 2002 MICHEL Maria Helena Metodologia e pesquisa cientiacutefica em ciecircncias sociais 2 ed Satildeo Paulo Atlas 2009 OLIVEIRA Djalma de Pinho Rebouccedilas de Planejamento estrateacutegico conceitos metodologia e praacuteticas 20 ed Satildeo Paulo Atlas 2004 PRODANOV Cleber Cristiano ERNANI Cesar de Freitas Metodologia do trabalho cientiacutefico meacutetodo e teacutecnicas da pesquisa e do trabalho acadecircmico 2 ed Novo Hamburgo Freevale 2013
49
REBELATTO Dayse Projeto de Investimento 1 ed Barueri Manole 2004 SEBRAE Pesquisa de Mercado o que eacute e para que serve Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrsitesPortalSebraeartigosPesquisa-de-mercado-o-que-C3A9-e-para-que-servegt Acesso em 21 de Junho de 2015 SEBRAE Fluxo de caixa Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrSebraePortal20SebraeAnexos0_fluxo-de-caixapdfgt Acesso em 10 de Outubro de 2015 WILDAUER Egon Walter Plano de negoacutecios elementos construtivos e processos de elaboraccedilatildeo 2 ed Curitiba Ibpex 2011 WOILER Samsatildeo MATHIAS Washington Franco Projetos planejamento elaboraccedilatildeo anaacutelise 1 ed Satildeo Paulo Atlas 1994
50
APEcircNDICES
APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL 51
APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS 52
APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL 52
51
APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL
Item Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5
Aacutegua 25000 26250 27563 28941 30388
Aluguel 160000 168000 176400 185220 194481
Assessoria Contaacutebil 80000 84000 88200 92610 97241
Gaacutes 49000 51450 54023 56724 59560
Impostos 387858 422765 464481 506284 551849
Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)
80268 84281 88495 92920 97566
Energia eleacutetrica 70000 73500 77175 81034 85085
Manutenccedilatildeo 50000 52500 55125 57881 60775
Material de escritoacuterio 20000 21000 22050 23153 24310
Material de Limpeza 40000 42000 44100 46305 48620
Folha de pagamento 272266 299493 329442 362386 398625
Seguros 15000 15750 16538 17364 18233
Telefone fixointernet 20000 21000 22050 23153 24310
Telefone Moacutevel 12000 12600 13230 13892 14586
Vale Refeiccedilatildeo 75000 82500 90750 99825 109808
Vale Transporte 33000 34650 36383 38202 40112
Proacute- labore 200000 220000 286000 328900 361790
Taxas Bancaacuterias 8000 8400 8820 9261 9724
Total R$ 1597392 R$ 1720139 R$ 1900823 R$ 2064053 R$ 2227062
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
52
APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS
Item
Produccedilatildeo mensal meacutedia
Custo unitaacuterio total
Sugestatildeo Preccedilo de venda
Custo Mensal Total
Receita de vendas
Bolos artiacutesticos (recheios diversos) 150 6000 13500 900000 2025000
Bolos de copa (recheios diversos) 30 3600 8100 108000 243000
Naked cake (recheios diversos) 60 4200 9450 252000 567000
Doces Tradicionais 32 3500 7875 112000 252000
Doces Espelhados 32 5000 11250 160000 360000
Doces Finos 32 7500 16875 240000 540000
Brigadeiros gourmet 16 4500 10125 72000 162000
Tacinhas acriacutelicas 16 5500 12375 88000 198000
Trufas 32 5000 11250 160000 360000
Bombons 32 5000 11250 160000 360000
Bem casados 3200 100 225 320000 720000
Custo produccedilatildeo Total 2572000
Receita Total 5787000
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL
Ano Receita Bruta Variaccedilatildeo anual
Ano 1 000
Ano 2 69444000 9
Ano 3 75693960 9
Ano 4 82506416 9
Ano 5 89931994 9
Valor considerando a inflaccedilatildeo de 9 aa
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
37
415 Definiccedilatildeo de local de venda dos produtos
ldquoA venda eacute a fase fundamental do processo de vendas Consiste na
transferecircncia do produtoserviccedilo para o cliente ou consumidorrdquo (CHIAVENATO 2007
p 210)
As vendas vatildeo ocorrer atraveacutes de site proacuteprio redes sociais telefone e
pessoalmente natildeo teremos loja fiacutesica apenas um ateliecirc para confecccedilatildeo dos bolos e
doces onde vai conter uma sala anexa na qual vai ser oferecido o serviccedilo de
degustaccedilatildeo com horaacuterios marcados para assim o cliente decidir quais os produtos
seratildeo adquiridos para o seu evento e fechamento de contrato
416 Definiccedilatildeo da demanda e da oferta
Na maior parte das encomendas os clientes solicitam os doces finos e
gourmet que contecircm chocolates frutas oleaginosas tais como castanhas nozes
avelatildes amecircndoas frutas como framboesa morango damasco cerejas e os bem
casados Os bolos mais solicitados satildeo os com decoraccedilatildeo de pasta americana que
deve obrigatoriamente ter recheios mais firmes como ganaches fios de ovos
strogonoff de nozes e os naked cake (bolo pelado) que possuem mais opccedilotildees de
recheios com chocolates frutas diversas e cremes de pacirctisserie
Em contato com algumas empresas que fornecem o mesmo tipo de produto
foi possiacutevel verificar que as encomendas devem ser feitas com antecedecircncia miacutenima
de 6 meses sendo que alguns casos somente com um ano de antecedecircncia para
conseguir na data desejada Esse eacute um dos pontos que mostra que tem espaccedilo
suficiente para entrada nesse mercado
38
417 Concorrentes
Chiavenato (2007 p 33) Kotler e Keller (2006 p 340) afirmam que os
concorrentes satildeo as organizaccedilotildees que competem pelos mesmos fornecedores
clientes e consumidores
ldquoAgrave medida que seus produtosserviccedilos tornam-se mais heterogecircneos tanto
mais heterogecircneos e diferenciados seratildeo seus concorrentes e tanto mais complexa
seraacute a competitividaderdquo (CHIAVENATO 2007 p 33)
Em busca na internet foi possiacutevel identificar que atualmente existe em meacutedia
25 concorrentes reais que oferecem exatamente os mesmos produtos que seratildeo
fornecidos com o mesmo padratildeo de qualidade valor agregado requinte e
sofisticaccedilatildeo Tambeacutem foi detectado mais 14 concorrentes potenciais que vendem
produtos similares aos que seratildeo vendidos poreacutem natildeo possuem o mesmo valor
agregado dos que vatildeo ser ofertados Foi possiacutevel identificar que alguns concorrentes
oferecem somente os doces finos dos quais foram identificados mais 3 concorrentes
reais e 3 concorrentes potenciais E foi detectado que existem concorrentes que
fornecem apenas os bolos artiacutesticos dos quais foi identificado 4 concorrentes reais
todos fornecem os bolos com o mesmo niacutevel de qualidade que seratildeo fornecidos
A tabela 3 mostra a divisatildeo dos concorrentes reais e potenciais que fornecem
bolos e doces por bairro de Curitiba
39
TABELA 3 - CONCORRENTES QUE FORNECEM BOLOS E DOCES POR BAIRRO
Bairro Quantidade de Concorrentes Reais
Quantidade de Concorrentes Potenciais
Aacutegua Verde 4 1
Ahuacute 1
Bairro Alto 2 1
Barreirinha 1
Barreirinha 1
Bom Retiro 1
Campo Comprido 1
Campo Comprido 1
Cidade Industrial 1
Colombo 1
Fazenda Rio Grande 1
Hauer 1
Hugo Lange 1
Mercecircs 1
Novo Mundo 2 1
Novo Mundo 1
Portatildeo 1
Portatildeo 1
Santa Cacircndida 1
Santa Felicidade 1 1
Santo Inaacutecio 1 1
Satildeo Joseacute dos Pinhais 1
Seminaacuterio 1
Sitio Cercado 1
Tarumatilde 1
Vila Izabel 1
Natildeo Informado 1 2
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
418 Forma de divulgaccedilatildeo dos concorrentes
Todas as empresas pesquisadas que fornecem produtos similares aos que
vamos fornecer utilizam sites proacuteprios e as redes sociais para fazer divulgaccedilatildeo dos
seus produtos todas fazem degustaccedilatildeo para os clientes conhecerem os seus
produtos e posteriormente fechar um contrato
40
42 TAMANHO DO NEGOacuteCIO
421 Capacidade produtiva
A capacidade produtiva vai ser para atender ateacute 4 eventos por semana A
produccedilatildeo vai ser de ateacute 5600 doces (doces finos gourmet e bem casados) e 4 bolos
atendendo ateacute 4 eventos por final de semana e ateacute 16 eventos por mecircs sendo que
nos meses de setembro a dezembro essa demanda aumenta pelo motivo de
historicamente ter um nuacutemero maior de casamentos
422 Investimento
Um dos pontos mais relevantes para abertura de uma empresa eacute a
determinaccedilatildeo do capital miacutenimo para dar iniacutecio nas atividades e principalmente como
obter este capital ldquoEacute com o capital inicial que a empresa tem condiccedilotildees de reunir os
recursos empresariais necessaacuterios ao seu funcionamento sejam eles recursos
humanos materiais ou financeirosrdquo A determinaccedilatildeo do capital eacute o que estabelece a
quantidade de recursos empresariais que a empresa tem disponiacutevel Indiscutivelmente
quanto maior for o volume de recursos empresariais mais faacutecil se torna o desempenho
da empresa Quando todos os recursos necessaacuterios para seu funcionamento estatildeo agrave
disposiccedilatildeo a administraccedilatildeo do empreendimento fica mais simples (CHIAVENATO
2007 p84)
Cabe acrescentar que (LAPPONI 2007 p 321)
O custo inicial refere-se aos desembolsos realizados para aquisiccedilatildeo de equipamentos ou outros ativos fixos incluindo o pagamento de fretes seguros instalaccedilotildees despesas operacionais iniciais com materiais e matildeo de obra treinamento de pessoal de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo etc resumindo o custo inicial inclui todos os desembolsos necessaacuterios para adquirir os ativos necessaacuterios e que estejam em condiccedilotildees de operar e gerar as receitas estimadas
41
O empreendimento iniciaraacute suas atividades com capital investido com
recursos proacuteprios da empreendedora
As estimativas de investimento inicial para abertura da empresa foi de
R$5162851 conforme tabela 4
TABELA 4 - INVESTIMENTO INICIAL
Descriccedilatildeo Valor (R$)
Maacutequinas e equipamentos Cozinha R$ 3084878
Utensiacutelios R$ 555075
Moacuteveis para escritoacuterio R$ 268982
Equipamentos de informaacutetica e eletrocircnicos R$ 446204
Outros custos escritoacuterio R$ 48912
Uniformes R$ 155800
Pintura Imoacutevel R$ 500000
Porta de Vidro R$ 103000
Total R$ 5162851
FONTE ELABORADO PELO AUTOR (2015)
423 Localizaccedilatildeo
Seraacute locado um imoacutevel para a instalaccedilatildeo da empresa localizado na Rua Heitor
Baggio Vidal 2508 Bairro Alto Curitiba ndash PR com o valor do aluguel mensal de
R$160000 (mil e seiscentos reais) O espaccedilo interno de 95msup2 seraacute dividido em trecircs
partes a primeira com 20msup2 vai ficar a recepccedilatildeo para receber os clientes efetuar
orccedilamentos e as degustaccedilotildees a segunda com 71msup2 a cozinha industrial onde seratildeo
fabricados os bolos e doces finos e a terceira com 4msup2 o lavabo
42
FOTO14 - FOTO DO IMOacuteVEL ONDE SERAacute INSTALADA A EMPRESA FONTE MP IMOacuteVEIS
424 Entregas
As entregas dos bolos e doces finos seratildeo efetuadas por uma empresa
parceira localizada no Bairro Alto o preccedilo das entregas em Curitiba e regiatildeo
metropolitana variam de R$2400 (vinte e quatro reais) a R$6000 (sessenta reais)
dependendo da localizaccedilatildeo tais valores seratildeo cobrados dos clientes
43 CAPITAL DE GIRO
O capital de giro inicial foi estimado levando em conta que no primeiro ano a
empresa vai produzir 8333 da sua capacidade atendendo em meacutedia 13 ventos
mensalmente sendo assim foram considerados os gastos operacionais necessaacuterios
para o iniacutecio das atividades incluindo o custo fixo mensal e o estoque inicial ambos
multiplicados por 2 e acrescidos de um percentual de 10 de margem de seguranccedila
para despesas natildeo previstas
43
TABELA 5 - CAPITAL DE GIRO
Item Valor (R$)
Estoque Inicial 5144000
Custo Fixo Mensal 3194783
Reserva (10) 833878
Total do Capital de Giro Inicial 9172662
FONTE ELABORDO PELO AUTOR
44 FLUXO DE CAIXA
ldquoFluxo de Caixa eacute um Instrumento de gestatildeo financeira que projeta para
periacuteodos futuros todas as entradas e as saiacutedas de recursos financeiros da empresa
indicando como seraacute o saldo de caixa para o periacuteodo projetadordquo (SEBRAE)
Na tabela 6 eacute apresentada a projeccedilatildeo do Fluxo de Caixa da empresa para os
seus primeiros cinco anos onde fica evidenciado que do primeiro ateacute o quinto ano a
sauacutede financeira da empresa melhora gradativamente sendo que no final do quinto
ano o saldo em caixa ultrapassa os 300 se comparado com o saldo em caixa no
final do primeiro ano
Pode-se observar que natildeo foi inserida no fluxo de caixa a opccedilatildeo de
inadimplecircncia pois todos os pagamentos seratildeo efetuados agrave vista em dinheiro ou
cartatildeo sendo que o pagamento total dos produtos deve ser efetuado no miacutenimo 10
dias antes da data do evento
44
TABELA 6 - PROJECcedilAtildeO DE FLUXO DE CAIXA NOS PRIMEIROS CINCO ANOS
Descriccedilatildeo Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5
Investimento Inicial (5162851)
Capital de Giro (9172662) 9172662
Valor Residual 1548855
Total de entradas 000 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873
Previsatildeo Receitas de vendas 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873
Total de Saiacutedas (14335513) (44888699) (54283425) (59479393) (64738409) (70291804)
(-)Fornecedores (25720000) (33641760) (36669518) (39969775) (43567055)
(-)Folha de pagamento (3267192) (3593911) (3953302) (4348633) (4783496)
(-)Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)
(963216) (1011377) (1061946) (1115043) (1170795)
(-)Retiradas soacutecios (2400000) (2640000) (3432000) (3946800) (4341480)
(-)Impostos s vendas (4654291) (5073177) (5573767) (6075406) (6622192)
(-)Alugueacuteis (1920000) (2016000) (2116800) (2222640) (2333772)
(-)Energia eleacutetrica (840000) (882000) (926100) (972405) (1021025)
(-)Aacutegua (300000) (315000) (330750) (347288) (364652)
(-)Telefone (384000) (403200) (423360) (444528) (466754)
(-)Gaacutes (588000) (617400) (648270) (680684) (714718)
(-)Serviccedilos contabilidade (960000) (1008000) (1058400) (1111320) (1166886)
(-)Manutenccedilatildeo (600000) (630000) (661500) (694575) (729304)
(-)Outras despesas com funcionaacuterios
(1296000) (1405800) (1525590) (1656320) (1799030)
(-)Taxas bancaacuterias (96000) (100800) (105840) (111132) (116689)
(-)Outros pagamentos (900000) (945000) (992250) (1041863) (1093956)
Entradas - Saiacutedas (14335513) 12981301 21410535 23027023 25193585 27734070
Depreciaccedilatildeo 000 (631377) (631377) (631377) (631377) (631377)
Saldo Final (14335513) 12349924 20779158 22395647 24562208 37824209
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
A depreciaccedilatildeo foi calculada considerando o prazo de vida uacutetil meacutedio de 10
anos das maacutequinas equipamentos instalaccedilotildees moacuteveis e utensiacutelios e para os
computadores e perifeacutericos foi considerado o prazo de vida uacutetil de 5 anos conforme
demonstrado na tabela 7
TABELA 7 - DEPRECIACcedilAtildeO
Item Valor Inicial Taxa Anual Depreciaccedilatildeo Anual (R$)
Maacutequinas e equipamentos 3084878 10 308488
Instalaccedilotildees 103000 10 10300
Moacuteveis e Utensiacutelios 824057 10 82406
Computadores e Perifeacutericos 446204 20 89241
Outros 704712 20 140942
Total 631377
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
45
O valor residual dos equipamentos e instalaccedilotildees da empresa no final do quinto
ano foi considerado em 30 referente ao valor de aquisiccedilatildeo dos mesmos no iniacutecio do
projeto
45 ANAacuteLISE DOS INDICADORES (VPL TIR E PAYBACK)
451 Valor Presente Liacutequido (VPL)
A tabela 8 mostra que o VPL (Valor Presente Liacutequido) eacute positivo isso significa
que aleacutem de recuperar o investimento inicial ainda vai ser agregado ao valor da
empresa um montante de R$ R$50392407 (quinhentos e trecircs mil novecentos e vinte
quatro reais e sete centavos)
A taxa de retorno requerida de 20 foi determinada levando em conta o niacutevel
de risco do projeto e visando o valor desejado para se obter em cima do valor
investido
TABELA 8 - CALCULO DO VALOR PRESENTE LIacuteQUIDO (VPL)
Anos FC k 2000
0 -$143355 VPL $50392407
1 $123499 VPL $50392407
2 $207792 VPL $50392407
3 $223956 VPL $21761126
4 $245622 VPL $21761126
5 $378242 Decisatildeo Aceitar o Projeto
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
452 Taxa Interna de Retorno (TIR)
Conforme a tabela 9 eacute possiacutevel verificar que a TIR (Taxa Interna de Retorno)
eacute de 11593 maior que a taxa requerida de 20 isso significa que custo inicial seraacute
46
recuperado e o projeto vai criar valor para empresa mais um resultado favoraacutevel para
a aceitaccedilatildeo do projeto
TABELA 9 - TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR)
Anos FC
0 -$143355 TIR 11593
1 $123499 TIR 2168
2 $207792 TIR 2168
3 $223956 Decisatildeo
4 $245622 k 2000
5 $378242 Aceitar o projeto
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
453 Payback
O tempo de recuperaccedilatildeo do custo inicial ocorre normalmente entre o quarto e
o quinto ano se for feita a anaacutelise da tabela 10 eacute possiacutevel verificar que o tempo
necessaacuterio para o retorno do investimento (payback) do projeto eacute de 128 anos este
indicador mostra claramente que o projeto deve ser aceito pois o tempo de retorno
estaacute bem abaixo do tempo meacutedio dos empreendimentos como um todo
TABELA 10 - PAYBACK
k 20
Anos FC SPresente
0 -$143355 -$143355 PBD-SP = 128
1 $123499 -$40439 128
2 $207792 $103861
3 $223956 $233465
4 $245622 $351917
5 $378242 $503924
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
47
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Para iniciar um negoacutecio requer muito mais do que apenas o espiacuterito
empreendedor eacute necessaacuterio ter lideranccedila conhecimento sobre o mercado que deseja
atuar organizaccedilatildeo e principalmente planejamento
O principal objetivo desse estudo foi analisar a viabilidade econocircmico-
financeira da abertura de uma empresa de bolos e doces finos no Bairro Alto em
Curitiba
O objetivo apresentado nesta pesquisa foi atingido pois todos os indicadores
analisados mostram com clareza que empresa obteacutem resultados positivos que criam
valor para a mesma e com isso o projeto eacute viaacutevel economicamente pois do primeiro
ao quinto ano fica visiacutevel o crescimento do empreendimento e a melhora significativa
da sua sauacutede financeira isso fica evidenciado no saldo final em caixa no quinto ano
que chega proacuteximo haacute 400 mil reais Apesar disso eacute crucial o acompanhamento do
mercado para seguir as tendecircncias e se atualizar constantemente para tomar
decisotildees mais assertivas
Um negoacutecio mal avaliado pode arruinar a estabilidade econocircmica do
investidor por isso eacute de extrema importacircncia fazer todos os levantamentos de custos
antes de se aventurar em qualquer empreendimento
Eacute possiacutevel comprovar que a pesquisa realizada contribui positivamente para
abertura da empresa No entanto as informaccedilotildees aqui presentes natildeo satildeo estaacuteticas e
devem ser revisadas periodicamente e se preciso ateacute mesmo ampliadas no decorrer
da implantaccedilatildeo do projeto para que o mesmo seja uma ferramenta eficiente e eficaz
no desenvolvimento da empresa como um todo
48
REFEREcircNCIAS
BRITO Paulo Anaacutelise e viabilidade de projetos de investimento Satildeo Paulo Atlas 2003 DOLABELA Fernando O segredo de Luiacutesa 30 ed Satildeo Paulo Editora de Cultura 2006 DORNELAS Joseacute Carlos Assis Empreendedorismo transformando ideias em negoacutecios 4 ed Rio de Janeiro Campus Elsevier 2012 CENSO Demograacutefico 2010 Resultados gerais da amostra Curitiba IBGE 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=410690ampidtema=87ampsearch=parana|curitiba|censo-demografico-2010-resultados-gerais-da-amostra-gt Acesso em 21 de Junho de 2015 CHIAVENATO Idalberto Empreendedorismo dando asas ao espiacuterito empreendedor empreendedorismo e a viabilidade de novas empresas um guia eficiente para iniciar e tocar seu proacuteprio negoacutecio 2 ed Satildeo Paulo Saraiva 2007 ESTATIacuteSTICAS do registro civil 2012 Curitiba IBGE 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaoregistrocivil2012default_xlsshtmgt Acesso em 21 de Junho de 2015 GIL Antonio Carlos Meacutetodos e teacutecnicas de pesquisa social 6 ed Satildeo Paulo Atlas 2008 KOTLER Philip KELLER Kevin Lane Administraccedilatildeo de Marketing 12 ed Satildeo Paulo ABDR 2006 LAPPONI Juan Carlos Projetos de Investimento na Empresa Rio de Janeiro Elsevier 2007 MACHADO Jesseacute Anderson Pinto Projetos Econocircmicos uma abordagem praacutetica de elaboraccedilatildeo Satildeo Paulo Nobel 2002 MICHEL Maria Helena Metodologia e pesquisa cientiacutefica em ciecircncias sociais 2 ed Satildeo Paulo Atlas 2009 OLIVEIRA Djalma de Pinho Rebouccedilas de Planejamento estrateacutegico conceitos metodologia e praacuteticas 20 ed Satildeo Paulo Atlas 2004 PRODANOV Cleber Cristiano ERNANI Cesar de Freitas Metodologia do trabalho cientiacutefico meacutetodo e teacutecnicas da pesquisa e do trabalho acadecircmico 2 ed Novo Hamburgo Freevale 2013
49
REBELATTO Dayse Projeto de Investimento 1 ed Barueri Manole 2004 SEBRAE Pesquisa de Mercado o que eacute e para que serve Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrsitesPortalSebraeartigosPesquisa-de-mercado-o-que-C3A9-e-para-que-servegt Acesso em 21 de Junho de 2015 SEBRAE Fluxo de caixa Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrSebraePortal20SebraeAnexos0_fluxo-de-caixapdfgt Acesso em 10 de Outubro de 2015 WILDAUER Egon Walter Plano de negoacutecios elementos construtivos e processos de elaboraccedilatildeo 2 ed Curitiba Ibpex 2011 WOILER Samsatildeo MATHIAS Washington Franco Projetos planejamento elaboraccedilatildeo anaacutelise 1 ed Satildeo Paulo Atlas 1994
50
APEcircNDICES
APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL 51
APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS 52
APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL 52
51
APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL
Item Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5
Aacutegua 25000 26250 27563 28941 30388
Aluguel 160000 168000 176400 185220 194481
Assessoria Contaacutebil 80000 84000 88200 92610 97241
Gaacutes 49000 51450 54023 56724 59560
Impostos 387858 422765 464481 506284 551849
Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)
80268 84281 88495 92920 97566
Energia eleacutetrica 70000 73500 77175 81034 85085
Manutenccedilatildeo 50000 52500 55125 57881 60775
Material de escritoacuterio 20000 21000 22050 23153 24310
Material de Limpeza 40000 42000 44100 46305 48620
Folha de pagamento 272266 299493 329442 362386 398625
Seguros 15000 15750 16538 17364 18233
Telefone fixointernet 20000 21000 22050 23153 24310
Telefone Moacutevel 12000 12600 13230 13892 14586
Vale Refeiccedilatildeo 75000 82500 90750 99825 109808
Vale Transporte 33000 34650 36383 38202 40112
Proacute- labore 200000 220000 286000 328900 361790
Taxas Bancaacuterias 8000 8400 8820 9261 9724
Total R$ 1597392 R$ 1720139 R$ 1900823 R$ 2064053 R$ 2227062
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
52
APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS
Item
Produccedilatildeo mensal meacutedia
Custo unitaacuterio total
Sugestatildeo Preccedilo de venda
Custo Mensal Total
Receita de vendas
Bolos artiacutesticos (recheios diversos) 150 6000 13500 900000 2025000
Bolos de copa (recheios diversos) 30 3600 8100 108000 243000
Naked cake (recheios diversos) 60 4200 9450 252000 567000
Doces Tradicionais 32 3500 7875 112000 252000
Doces Espelhados 32 5000 11250 160000 360000
Doces Finos 32 7500 16875 240000 540000
Brigadeiros gourmet 16 4500 10125 72000 162000
Tacinhas acriacutelicas 16 5500 12375 88000 198000
Trufas 32 5000 11250 160000 360000
Bombons 32 5000 11250 160000 360000
Bem casados 3200 100 225 320000 720000
Custo produccedilatildeo Total 2572000
Receita Total 5787000
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL
Ano Receita Bruta Variaccedilatildeo anual
Ano 1 000
Ano 2 69444000 9
Ano 3 75693960 9
Ano 4 82506416 9
Ano 5 89931994 9
Valor considerando a inflaccedilatildeo de 9 aa
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
38
417 Concorrentes
Chiavenato (2007 p 33) Kotler e Keller (2006 p 340) afirmam que os
concorrentes satildeo as organizaccedilotildees que competem pelos mesmos fornecedores
clientes e consumidores
ldquoAgrave medida que seus produtosserviccedilos tornam-se mais heterogecircneos tanto
mais heterogecircneos e diferenciados seratildeo seus concorrentes e tanto mais complexa
seraacute a competitividaderdquo (CHIAVENATO 2007 p 33)
Em busca na internet foi possiacutevel identificar que atualmente existe em meacutedia
25 concorrentes reais que oferecem exatamente os mesmos produtos que seratildeo
fornecidos com o mesmo padratildeo de qualidade valor agregado requinte e
sofisticaccedilatildeo Tambeacutem foi detectado mais 14 concorrentes potenciais que vendem
produtos similares aos que seratildeo vendidos poreacutem natildeo possuem o mesmo valor
agregado dos que vatildeo ser ofertados Foi possiacutevel identificar que alguns concorrentes
oferecem somente os doces finos dos quais foram identificados mais 3 concorrentes
reais e 3 concorrentes potenciais E foi detectado que existem concorrentes que
fornecem apenas os bolos artiacutesticos dos quais foi identificado 4 concorrentes reais
todos fornecem os bolos com o mesmo niacutevel de qualidade que seratildeo fornecidos
A tabela 3 mostra a divisatildeo dos concorrentes reais e potenciais que fornecem
bolos e doces por bairro de Curitiba
39
TABELA 3 - CONCORRENTES QUE FORNECEM BOLOS E DOCES POR BAIRRO
Bairro Quantidade de Concorrentes Reais
Quantidade de Concorrentes Potenciais
Aacutegua Verde 4 1
Ahuacute 1
Bairro Alto 2 1
Barreirinha 1
Barreirinha 1
Bom Retiro 1
Campo Comprido 1
Campo Comprido 1
Cidade Industrial 1
Colombo 1
Fazenda Rio Grande 1
Hauer 1
Hugo Lange 1
Mercecircs 1
Novo Mundo 2 1
Novo Mundo 1
Portatildeo 1
Portatildeo 1
Santa Cacircndida 1
Santa Felicidade 1 1
Santo Inaacutecio 1 1
Satildeo Joseacute dos Pinhais 1
Seminaacuterio 1
Sitio Cercado 1
Tarumatilde 1
Vila Izabel 1
Natildeo Informado 1 2
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
418 Forma de divulgaccedilatildeo dos concorrentes
Todas as empresas pesquisadas que fornecem produtos similares aos que
vamos fornecer utilizam sites proacuteprios e as redes sociais para fazer divulgaccedilatildeo dos
seus produtos todas fazem degustaccedilatildeo para os clientes conhecerem os seus
produtos e posteriormente fechar um contrato
40
42 TAMANHO DO NEGOacuteCIO
421 Capacidade produtiva
A capacidade produtiva vai ser para atender ateacute 4 eventos por semana A
produccedilatildeo vai ser de ateacute 5600 doces (doces finos gourmet e bem casados) e 4 bolos
atendendo ateacute 4 eventos por final de semana e ateacute 16 eventos por mecircs sendo que
nos meses de setembro a dezembro essa demanda aumenta pelo motivo de
historicamente ter um nuacutemero maior de casamentos
422 Investimento
Um dos pontos mais relevantes para abertura de uma empresa eacute a
determinaccedilatildeo do capital miacutenimo para dar iniacutecio nas atividades e principalmente como
obter este capital ldquoEacute com o capital inicial que a empresa tem condiccedilotildees de reunir os
recursos empresariais necessaacuterios ao seu funcionamento sejam eles recursos
humanos materiais ou financeirosrdquo A determinaccedilatildeo do capital eacute o que estabelece a
quantidade de recursos empresariais que a empresa tem disponiacutevel Indiscutivelmente
quanto maior for o volume de recursos empresariais mais faacutecil se torna o desempenho
da empresa Quando todos os recursos necessaacuterios para seu funcionamento estatildeo agrave
disposiccedilatildeo a administraccedilatildeo do empreendimento fica mais simples (CHIAVENATO
2007 p84)
Cabe acrescentar que (LAPPONI 2007 p 321)
O custo inicial refere-se aos desembolsos realizados para aquisiccedilatildeo de equipamentos ou outros ativos fixos incluindo o pagamento de fretes seguros instalaccedilotildees despesas operacionais iniciais com materiais e matildeo de obra treinamento de pessoal de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo etc resumindo o custo inicial inclui todos os desembolsos necessaacuterios para adquirir os ativos necessaacuterios e que estejam em condiccedilotildees de operar e gerar as receitas estimadas
41
O empreendimento iniciaraacute suas atividades com capital investido com
recursos proacuteprios da empreendedora
As estimativas de investimento inicial para abertura da empresa foi de
R$5162851 conforme tabela 4
TABELA 4 - INVESTIMENTO INICIAL
Descriccedilatildeo Valor (R$)
Maacutequinas e equipamentos Cozinha R$ 3084878
Utensiacutelios R$ 555075
Moacuteveis para escritoacuterio R$ 268982
Equipamentos de informaacutetica e eletrocircnicos R$ 446204
Outros custos escritoacuterio R$ 48912
Uniformes R$ 155800
Pintura Imoacutevel R$ 500000
Porta de Vidro R$ 103000
Total R$ 5162851
FONTE ELABORADO PELO AUTOR (2015)
423 Localizaccedilatildeo
Seraacute locado um imoacutevel para a instalaccedilatildeo da empresa localizado na Rua Heitor
Baggio Vidal 2508 Bairro Alto Curitiba ndash PR com o valor do aluguel mensal de
R$160000 (mil e seiscentos reais) O espaccedilo interno de 95msup2 seraacute dividido em trecircs
partes a primeira com 20msup2 vai ficar a recepccedilatildeo para receber os clientes efetuar
orccedilamentos e as degustaccedilotildees a segunda com 71msup2 a cozinha industrial onde seratildeo
fabricados os bolos e doces finos e a terceira com 4msup2 o lavabo
42
FOTO14 - FOTO DO IMOacuteVEL ONDE SERAacute INSTALADA A EMPRESA FONTE MP IMOacuteVEIS
424 Entregas
As entregas dos bolos e doces finos seratildeo efetuadas por uma empresa
parceira localizada no Bairro Alto o preccedilo das entregas em Curitiba e regiatildeo
metropolitana variam de R$2400 (vinte e quatro reais) a R$6000 (sessenta reais)
dependendo da localizaccedilatildeo tais valores seratildeo cobrados dos clientes
43 CAPITAL DE GIRO
O capital de giro inicial foi estimado levando em conta que no primeiro ano a
empresa vai produzir 8333 da sua capacidade atendendo em meacutedia 13 ventos
mensalmente sendo assim foram considerados os gastos operacionais necessaacuterios
para o iniacutecio das atividades incluindo o custo fixo mensal e o estoque inicial ambos
multiplicados por 2 e acrescidos de um percentual de 10 de margem de seguranccedila
para despesas natildeo previstas
43
TABELA 5 - CAPITAL DE GIRO
Item Valor (R$)
Estoque Inicial 5144000
Custo Fixo Mensal 3194783
Reserva (10) 833878
Total do Capital de Giro Inicial 9172662
FONTE ELABORDO PELO AUTOR
44 FLUXO DE CAIXA
ldquoFluxo de Caixa eacute um Instrumento de gestatildeo financeira que projeta para
periacuteodos futuros todas as entradas e as saiacutedas de recursos financeiros da empresa
indicando como seraacute o saldo de caixa para o periacuteodo projetadordquo (SEBRAE)
Na tabela 6 eacute apresentada a projeccedilatildeo do Fluxo de Caixa da empresa para os
seus primeiros cinco anos onde fica evidenciado que do primeiro ateacute o quinto ano a
sauacutede financeira da empresa melhora gradativamente sendo que no final do quinto
ano o saldo em caixa ultrapassa os 300 se comparado com o saldo em caixa no
final do primeiro ano
Pode-se observar que natildeo foi inserida no fluxo de caixa a opccedilatildeo de
inadimplecircncia pois todos os pagamentos seratildeo efetuados agrave vista em dinheiro ou
cartatildeo sendo que o pagamento total dos produtos deve ser efetuado no miacutenimo 10
dias antes da data do evento
44
TABELA 6 - PROJECcedilAtildeO DE FLUXO DE CAIXA NOS PRIMEIROS CINCO ANOS
Descriccedilatildeo Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5
Investimento Inicial (5162851)
Capital de Giro (9172662) 9172662
Valor Residual 1548855
Total de entradas 000 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873
Previsatildeo Receitas de vendas 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873
Total de Saiacutedas (14335513) (44888699) (54283425) (59479393) (64738409) (70291804)
(-)Fornecedores (25720000) (33641760) (36669518) (39969775) (43567055)
(-)Folha de pagamento (3267192) (3593911) (3953302) (4348633) (4783496)
(-)Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)
(963216) (1011377) (1061946) (1115043) (1170795)
(-)Retiradas soacutecios (2400000) (2640000) (3432000) (3946800) (4341480)
(-)Impostos s vendas (4654291) (5073177) (5573767) (6075406) (6622192)
(-)Alugueacuteis (1920000) (2016000) (2116800) (2222640) (2333772)
(-)Energia eleacutetrica (840000) (882000) (926100) (972405) (1021025)
(-)Aacutegua (300000) (315000) (330750) (347288) (364652)
(-)Telefone (384000) (403200) (423360) (444528) (466754)
(-)Gaacutes (588000) (617400) (648270) (680684) (714718)
(-)Serviccedilos contabilidade (960000) (1008000) (1058400) (1111320) (1166886)
(-)Manutenccedilatildeo (600000) (630000) (661500) (694575) (729304)
(-)Outras despesas com funcionaacuterios
(1296000) (1405800) (1525590) (1656320) (1799030)
(-)Taxas bancaacuterias (96000) (100800) (105840) (111132) (116689)
(-)Outros pagamentos (900000) (945000) (992250) (1041863) (1093956)
Entradas - Saiacutedas (14335513) 12981301 21410535 23027023 25193585 27734070
Depreciaccedilatildeo 000 (631377) (631377) (631377) (631377) (631377)
Saldo Final (14335513) 12349924 20779158 22395647 24562208 37824209
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
A depreciaccedilatildeo foi calculada considerando o prazo de vida uacutetil meacutedio de 10
anos das maacutequinas equipamentos instalaccedilotildees moacuteveis e utensiacutelios e para os
computadores e perifeacutericos foi considerado o prazo de vida uacutetil de 5 anos conforme
demonstrado na tabela 7
TABELA 7 - DEPRECIACcedilAtildeO
Item Valor Inicial Taxa Anual Depreciaccedilatildeo Anual (R$)
Maacutequinas e equipamentos 3084878 10 308488
Instalaccedilotildees 103000 10 10300
Moacuteveis e Utensiacutelios 824057 10 82406
Computadores e Perifeacutericos 446204 20 89241
Outros 704712 20 140942
Total 631377
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
45
O valor residual dos equipamentos e instalaccedilotildees da empresa no final do quinto
ano foi considerado em 30 referente ao valor de aquisiccedilatildeo dos mesmos no iniacutecio do
projeto
45 ANAacuteLISE DOS INDICADORES (VPL TIR E PAYBACK)
451 Valor Presente Liacutequido (VPL)
A tabela 8 mostra que o VPL (Valor Presente Liacutequido) eacute positivo isso significa
que aleacutem de recuperar o investimento inicial ainda vai ser agregado ao valor da
empresa um montante de R$ R$50392407 (quinhentos e trecircs mil novecentos e vinte
quatro reais e sete centavos)
A taxa de retorno requerida de 20 foi determinada levando em conta o niacutevel
de risco do projeto e visando o valor desejado para se obter em cima do valor
investido
TABELA 8 - CALCULO DO VALOR PRESENTE LIacuteQUIDO (VPL)
Anos FC k 2000
0 -$143355 VPL $50392407
1 $123499 VPL $50392407
2 $207792 VPL $50392407
3 $223956 VPL $21761126
4 $245622 VPL $21761126
5 $378242 Decisatildeo Aceitar o Projeto
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
452 Taxa Interna de Retorno (TIR)
Conforme a tabela 9 eacute possiacutevel verificar que a TIR (Taxa Interna de Retorno)
eacute de 11593 maior que a taxa requerida de 20 isso significa que custo inicial seraacute
46
recuperado e o projeto vai criar valor para empresa mais um resultado favoraacutevel para
a aceitaccedilatildeo do projeto
TABELA 9 - TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR)
Anos FC
0 -$143355 TIR 11593
1 $123499 TIR 2168
2 $207792 TIR 2168
3 $223956 Decisatildeo
4 $245622 k 2000
5 $378242 Aceitar o projeto
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
453 Payback
O tempo de recuperaccedilatildeo do custo inicial ocorre normalmente entre o quarto e
o quinto ano se for feita a anaacutelise da tabela 10 eacute possiacutevel verificar que o tempo
necessaacuterio para o retorno do investimento (payback) do projeto eacute de 128 anos este
indicador mostra claramente que o projeto deve ser aceito pois o tempo de retorno
estaacute bem abaixo do tempo meacutedio dos empreendimentos como um todo
TABELA 10 - PAYBACK
k 20
Anos FC SPresente
0 -$143355 -$143355 PBD-SP = 128
1 $123499 -$40439 128
2 $207792 $103861
3 $223956 $233465
4 $245622 $351917
5 $378242 $503924
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
47
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Para iniciar um negoacutecio requer muito mais do que apenas o espiacuterito
empreendedor eacute necessaacuterio ter lideranccedila conhecimento sobre o mercado que deseja
atuar organizaccedilatildeo e principalmente planejamento
O principal objetivo desse estudo foi analisar a viabilidade econocircmico-
financeira da abertura de uma empresa de bolos e doces finos no Bairro Alto em
Curitiba
O objetivo apresentado nesta pesquisa foi atingido pois todos os indicadores
analisados mostram com clareza que empresa obteacutem resultados positivos que criam
valor para a mesma e com isso o projeto eacute viaacutevel economicamente pois do primeiro
ao quinto ano fica visiacutevel o crescimento do empreendimento e a melhora significativa
da sua sauacutede financeira isso fica evidenciado no saldo final em caixa no quinto ano
que chega proacuteximo haacute 400 mil reais Apesar disso eacute crucial o acompanhamento do
mercado para seguir as tendecircncias e se atualizar constantemente para tomar
decisotildees mais assertivas
Um negoacutecio mal avaliado pode arruinar a estabilidade econocircmica do
investidor por isso eacute de extrema importacircncia fazer todos os levantamentos de custos
antes de se aventurar em qualquer empreendimento
Eacute possiacutevel comprovar que a pesquisa realizada contribui positivamente para
abertura da empresa No entanto as informaccedilotildees aqui presentes natildeo satildeo estaacuteticas e
devem ser revisadas periodicamente e se preciso ateacute mesmo ampliadas no decorrer
da implantaccedilatildeo do projeto para que o mesmo seja uma ferramenta eficiente e eficaz
no desenvolvimento da empresa como um todo
48
REFEREcircNCIAS
BRITO Paulo Anaacutelise e viabilidade de projetos de investimento Satildeo Paulo Atlas 2003 DOLABELA Fernando O segredo de Luiacutesa 30 ed Satildeo Paulo Editora de Cultura 2006 DORNELAS Joseacute Carlos Assis Empreendedorismo transformando ideias em negoacutecios 4 ed Rio de Janeiro Campus Elsevier 2012 CENSO Demograacutefico 2010 Resultados gerais da amostra Curitiba IBGE 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=410690ampidtema=87ampsearch=parana|curitiba|censo-demografico-2010-resultados-gerais-da-amostra-gt Acesso em 21 de Junho de 2015 CHIAVENATO Idalberto Empreendedorismo dando asas ao espiacuterito empreendedor empreendedorismo e a viabilidade de novas empresas um guia eficiente para iniciar e tocar seu proacuteprio negoacutecio 2 ed Satildeo Paulo Saraiva 2007 ESTATIacuteSTICAS do registro civil 2012 Curitiba IBGE 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaoregistrocivil2012default_xlsshtmgt Acesso em 21 de Junho de 2015 GIL Antonio Carlos Meacutetodos e teacutecnicas de pesquisa social 6 ed Satildeo Paulo Atlas 2008 KOTLER Philip KELLER Kevin Lane Administraccedilatildeo de Marketing 12 ed Satildeo Paulo ABDR 2006 LAPPONI Juan Carlos Projetos de Investimento na Empresa Rio de Janeiro Elsevier 2007 MACHADO Jesseacute Anderson Pinto Projetos Econocircmicos uma abordagem praacutetica de elaboraccedilatildeo Satildeo Paulo Nobel 2002 MICHEL Maria Helena Metodologia e pesquisa cientiacutefica em ciecircncias sociais 2 ed Satildeo Paulo Atlas 2009 OLIVEIRA Djalma de Pinho Rebouccedilas de Planejamento estrateacutegico conceitos metodologia e praacuteticas 20 ed Satildeo Paulo Atlas 2004 PRODANOV Cleber Cristiano ERNANI Cesar de Freitas Metodologia do trabalho cientiacutefico meacutetodo e teacutecnicas da pesquisa e do trabalho acadecircmico 2 ed Novo Hamburgo Freevale 2013
49
REBELATTO Dayse Projeto de Investimento 1 ed Barueri Manole 2004 SEBRAE Pesquisa de Mercado o que eacute e para que serve Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrsitesPortalSebraeartigosPesquisa-de-mercado-o-que-C3A9-e-para-que-servegt Acesso em 21 de Junho de 2015 SEBRAE Fluxo de caixa Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrSebraePortal20SebraeAnexos0_fluxo-de-caixapdfgt Acesso em 10 de Outubro de 2015 WILDAUER Egon Walter Plano de negoacutecios elementos construtivos e processos de elaboraccedilatildeo 2 ed Curitiba Ibpex 2011 WOILER Samsatildeo MATHIAS Washington Franco Projetos planejamento elaboraccedilatildeo anaacutelise 1 ed Satildeo Paulo Atlas 1994
50
APEcircNDICES
APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL 51
APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS 52
APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL 52
51
APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL
Item Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5
Aacutegua 25000 26250 27563 28941 30388
Aluguel 160000 168000 176400 185220 194481
Assessoria Contaacutebil 80000 84000 88200 92610 97241
Gaacutes 49000 51450 54023 56724 59560
Impostos 387858 422765 464481 506284 551849
Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)
80268 84281 88495 92920 97566
Energia eleacutetrica 70000 73500 77175 81034 85085
Manutenccedilatildeo 50000 52500 55125 57881 60775
Material de escritoacuterio 20000 21000 22050 23153 24310
Material de Limpeza 40000 42000 44100 46305 48620
Folha de pagamento 272266 299493 329442 362386 398625
Seguros 15000 15750 16538 17364 18233
Telefone fixointernet 20000 21000 22050 23153 24310
Telefone Moacutevel 12000 12600 13230 13892 14586
Vale Refeiccedilatildeo 75000 82500 90750 99825 109808
Vale Transporte 33000 34650 36383 38202 40112
Proacute- labore 200000 220000 286000 328900 361790
Taxas Bancaacuterias 8000 8400 8820 9261 9724
Total R$ 1597392 R$ 1720139 R$ 1900823 R$ 2064053 R$ 2227062
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
52
APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS
Item
Produccedilatildeo mensal meacutedia
Custo unitaacuterio total
Sugestatildeo Preccedilo de venda
Custo Mensal Total
Receita de vendas
Bolos artiacutesticos (recheios diversos) 150 6000 13500 900000 2025000
Bolos de copa (recheios diversos) 30 3600 8100 108000 243000
Naked cake (recheios diversos) 60 4200 9450 252000 567000
Doces Tradicionais 32 3500 7875 112000 252000
Doces Espelhados 32 5000 11250 160000 360000
Doces Finos 32 7500 16875 240000 540000
Brigadeiros gourmet 16 4500 10125 72000 162000
Tacinhas acriacutelicas 16 5500 12375 88000 198000
Trufas 32 5000 11250 160000 360000
Bombons 32 5000 11250 160000 360000
Bem casados 3200 100 225 320000 720000
Custo produccedilatildeo Total 2572000
Receita Total 5787000
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL
Ano Receita Bruta Variaccedilatildeo anual
Ano 1 000
Ano 2 69444000 9
Ano 3 75693960 9
Ano 4 82506416 9
Ano 5 89931994 9
Valor considerando a inflaccedilatildeo de 9 aa
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
39
TABELA 3 - CONCORRENTES QUE FORNECEM BOLOS E DOCES POR BAIRRO
Bairro Quantidade de Concorrentes Reais
Quantidade de Concorrentes Potenciais
Aacutegua Verde 4 1
Ahuacute 1
Bairro Alto 2 1
Barreirinha 1
Barreirinha 1
Bom Retiro 1
Campo Comprido 1
Campo Comprido 1
Cidade Industrial 1
Colombo 1
Fazenda Rio Grande 1
Hauer 1
Hugo Lange 1
Mercecircs 1
Novo Mundo 2 1
Novo Mundo 1
Portatildeo 1
Portatildeo 1
Santa Cacircndida 1
Santa Felicidade 1 1
Santo Inaacutecio 1 1
Satildeo Joseacute dos Pinhais 1
Seminaacuterio 1
Sitio Cercado 1
Tarumatilde 1
Vila Izabel 1
Natildeo Informado 1 2
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
418 Forma de divulgaccedilatildeo dos concorrentes
Todas as empresas pesquisadas que fornecem produtos similares aos que
vamos fornecer utilizam sites proacuteprios e as redes sociais para fazer divulgaccedilatildeo dos
seus produtos todas fazem degustaccedilatildeo para os clientes conhecerem os seus
produtos e posteriormente fechar um contrato
40
42 TAMANHO DO NEGOacuteCIO
421 Capacidade produtiva
A capacidade produtiva vai ser para atender ateacute 4 eventos por semana A
produccedilatildeo vai ser de ateacute 5600 doces (doces finos gourmet e bem casados) e 4 bolos
atendendo ateacute 4 eventos por final de semana e ateacute 16 eventos por mecircs sendo que
nos meses de setembro a dezembro essa demanda aumenta pelo motivo de
historicamente ter um nuacutemero maior de casamentos
422 Investimento
Um dos pontos mais relevantes para abertura de uma empresa eacute a
determinaccedilatildeo do capital miacutenimo para dar iniacutecio nas atividades e principalmente como
obter este capital ldquoEacute com o capital inicial que a empresa tem condiccedilotildees de reunir os
recursos empresariais necessaacuterios ao seu funcionamento sejam eles recursos
humanos materiais ou financeirosrdquo A determinaccedilatildeo do capital eacute o que estabelece a
quantidade de recursos empresariais que a empresa tem disponiacutevel Indiscutivelmente
quanto maior for o volume de recursos empresariais mais faacutecil se torna o desempenho
da empresa Quando todos os recursos necessaacuterios para seu funcionamento estatildeo agrave
disposiccedilatildeo a administraccedilatildeo do empreendimento fica mais simples (CHIAVENATO
2007 p84)
Cabe acrescentar que (LAPPONI 2007 p 321)
O custo inicial refere-se aos desembolsos realizados para aquisiccedilatildeo de equipamentos ou outros ativos fixos incluindo o pagamento de fretes seguros instalaccedilotildees despesas operacionais iniciais com materiais e matildeo de obra treinamento de pessoal de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo etc resumindo o custo inicial inclui todos os desembolsos necessaacuterios para adquirir os ativos necessaacuterios e que estejam em condiccedilotildees de operar e gerar as receitas estimadas
41
O empreendimento iniciaraacute suas atividades com capital investido com
recursos proacuteprios da empreendedora
As estimativas de investimento inicial para abertura da empresa foi de
R$5162851 conforme tabela 4
TABELA 4 - INVESTIMENTO INICIAL
Descriccedilatildeo Valor (R$)
Maacutequinas e equipamentos Cozinha R$ 3084878
Utensiacutelios R$ 555075
Moacuteveis para escritoacuterio R$ 268982
Equipamentos de informaacutetica e eletrocircnicos R$ 446204
Outros custos escritoacuterio R$ 48912
Uniformes R$ 155800
Pintura Imoacutevel R$ 500000
Porta de Vidro R$ 103000
Total R$ 5162851
FONTE ELABORADO PELO AUTOR (2015)
423 Localizaccedilatildeo
Seraacute locado um imoacutevel para a instalaccedilatildeo da empresa localizado na Rua Heitor
Baggio Vidal 2508 Bairro Alto Curitiba ndash PR com o valor do aluguel mensal de
R$160000 (mil e seiscentos reais) O espaccedilo interno de 95msup2 seraacute dividido em trecircs
partes a primeira com 20msup2 vai ficar a recepccedilatildeo para receber os clientes efetuar
orccedilamentos e as degustaccedilotildees a segunda com 71msup2 a cozinha industrial onde seratildeo
fabricados os bolos e doces finos e a terceira com 4msup2 o lavabo
42
FOTO14 - FOTO DO IMOacuteVEL ONDE SERAacute INSTALADA A EMPRESA FONTE MP IMOacuteVEIS
424 Entregas
As entregas dos bolos e doces finos seratildeo efetuadas por uma empresa
parceira localizada no Bairro Alto o preccedilo das entregas em Curitiba e regiatildeo
metropolitana variam de R$2400 (vinte e quatro reais) a R$6000 (sessenta reais)
dependendo da localizaccedilatildeo tais valores seratildeo cobrados dos clientes
43 CAPITAL DE GIRO
O capital de giro inicial foi estimado levando em conta que no primeiro ano a
empresa vai produzir 8333 da sua capacidade atendendo em meacutedia 13 ventos
mensalmente sendo assim foram considerados os gastos operacionais necessaacuterios
para o iniacutecio das atividades incluindo o custo fixo mensal e o estoque inicial ambos
multiplicados por 2 e acrescidos de um percentual de 10 de margem de seguranccedila
para despesas natildeo previstas
43
TABELA 5 - CAPITAL DE GIRO
Item Valor (R$)
Estoque Inicial 5144000
Custo Fixo Mensal 3194783
Reserva (10) 833878
Total do Capital de Giro Inicial 9172662
FONTE ELABORDO PELO AUTOR
44 FLUXO DE CAIXA
ldquoFluxo de Caixa eacute um Instrumento de gestatildeo financeira que projeta para
periacuteodos futuros todas as entradas e as saiacutedas de recursos financeiros da empresa
indicando como seraacute o saldo de caixa para o periacuteodo projetadordquo (SEBRAE)
Na tabela 6 eacute apresentada a projeccedilatildeo do Fluxo de Caixa da empresa para os
seus primeiros cinco anos onde fica evidenciado que do primeiro ateacute o quinto ano a
sauacutede financeira da empresa melhora gradativamente sendo que no final do quinto
ano o saldo em caixa ultrapassa os 300 se comparado com o saldo em caixa no
final do primeiro ano
Pode-se observar que natildeo foi inserida no fluxo de caixa a opccedilatildeo de
inadimplecircncia pois todos os pagamentos seratildeo efetuados agrave vista em dinheiro ou
cartatildeo sendo que o pagamento total dos produtos deve ser efetuado no miacutenimo 10
dias antes da data do evento
44
TABELA 6 - PROJECcedilAtildeO DE FLUXO DE CAIXA NOS PRIMEIROS CINCO ANOS
Descriccedilatildeo Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5
Investimento Inicial (5162851)
Capital de Giro (9172662) 9172662
Valor Residual 1548855
Total de entradas 000 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873
Previsatildeo Receitas de vendas 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873
Total de Saiacutedas (14335513) (44888699) (54283425) (59479393) (64738409) (70291804)
(-)Fornecedores (25720000) (33641760) (36669518) (39969775) (43567055)
(-)Folha de pagamento (3267192) (3593911) (3953302) (4348633) (4783496)
(-)Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)
(963216) (1011377) (1061946) (1115043) (1170795)
(-)Retiradas soacutecios (2400000) (2640000) (3432000) (3946800) (4341480)
(-)Impostos s vendas (4654291) (5073177) (5573767) (6075406) (6622192)
(-)Alugueacuteis (1920000) (2016000) (2116800) (2222640) (2333772)
(-)Energia eleacutetrica (840000) (882000) (926100) (972405) (1021025)
(-)Aacutegua (300000) (315000) (330750) (347288) (364652)
(-)Telefone (384000) (403200) (423360) (444528) (466754)
(-)Gaacutes (588000) (617400) (648270) (680684) (714718)
(-)Serviccedilos contabilidade (960000) (1008000) (1058400) (1111320) (1166886)
(-)Manutenccedilatildeo (600000) (630000) (661500) (694575) (729304)
(-)Outras despesas com funcionaacuterios
(1296000) (1405800) (1525590) (1656320) (1799030)
(-)Taxas bancaacuterias (96000) (100800) (105840) (111132) (116689)
(-)Outros pagamentos (900000) (945000) (992250) (1041863) (1093956)
Entradas - Saiacutedas (14335513) 12981301 21410535 23027023 25193585 27734070
Depreciaccedilatildeo 000 (631377) (631377) (631377) (631377) (631377)
Saldo Final (14335513) 12349924 20779158 22395647 24562208 37824209
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
A depreciaccedilatildeo foi calculada considerando o prazo de vida uacutetil meacutedio de 10
anos das maacutequinas equipamentos instalaccedilotildees moacuteveis e utensiacutelios e para os
computadores e perifeacutericos foi considerado o prazo de vida uacutetil de 5 anos conforme
demonstrado na tabela 7
TABELA 7 - DEPRECIACcedilAtildeO
Item Valor Inicial Taxa Anual Depreciaccedilatildeo Anual (R$)
Maacutequinas e equipamentos 3084878 10 308488
Instalaccedilotildees 103000 10 10300
Moacuteveis e Utensiacutelios 824057 10 82406
Computadores e Perifeacutericos 446204 20 89241
Outros 704712 20 140942
Total 631377
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
45
O valor residual dos equipamentos e instalaccedilotildees da empresa no final do quinto
ano foi considerado em 30 referente ao valor de aquisiccedilatildeo dos mesmos no iniacutecio do
projeto
45 ANAacuteLISE DOS INDICADORES (VPL TIR E PAYBACK)
451 Valor Presente Liacutequido (VPL)
A tabela 8 mostra que o VPL (Valor Presente Liacutequido) eacute positivo isso significa
que aleacutem de recuperar o investimento inicial ainda vai ser agregado ao valor da
empresa um montante de R$ R$50392407 (quinhentos e trecircs mil novecentos e vinte
quatro reais e sete centavos)
A taxa de retorno requerida de 20 foi determinada levando em conta o niacutevel
de risco do projeto e visando o valor desejado para se obter em cima do valor
investido
TABELA 8 - CALCULO DO VALOR PRESENTE LIacuteQUIDO (VPL)
Anos FC k 2000
0 -$143355 VPL $50392407
1 $123499 VPL $50392407
2 $207792 VPL $50392407
3 $223956 VPL $21761126
4 $245622 VPL $21761126
5 $378242 Decisatildeo Aceitar o Projeto
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
452 Taxa Interna de Retorno (TIR)
Conforme a tabela 9 eacute possiacutevel verificar que a TIR (Taxa Interna de Retorno)
eacute de 11593 maior que a taxa requerida de 20 isso significa que custo inicial seraacute
46
recuperado e o projeto vai criar valor para empresa mais um resultado favoraacutevel para
a aceitaccedilatildeo do projeto
TABELA 9 - TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR)
Anos FC
0 -$143355 TIR 11593
1 $123499 TIR 2168
2 $207792 TIR 2168
3 $223956 Decisatildeo
4 $245622 k 2000
5 $378242 Aceitar o projeto
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
453 Payback
O tempo de recuperaccedilatildeo do custo inicial ocorre normalmente entre o quarto e
o quinto ano se for feita a anaacutelise da tabela 10 eacute possiacutevel verificar que o tempo
necessaacuterio para o retorno do investimento (payback) do projeto eacute de 128 anos este
indicador mostra claramente que o projeto deve ser aceito pois o tempo de retorno
estaacute bem abaixo do tempo meacutedio dos empreendimentos como um todo
TABELA 10 - PAYBACK
k 20
Anos FC SPresente
0 -$143355 -$143355 PBD-SP = 128
1 $123499 -$40439 128
2 $207792 $103861
3 $223956 $233465
4 $245622 $351917
5 $378242 $503924
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
47
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Para iniciar um negoacutecio requer muito mais do que apenas o espiacuterito
empreendedor eacute necessaacuterio ter lideranccedila conhecimento sobre o mercado que deseja
atuar organizaccedilatildeo e principalmente planejamento
O principal objetivo desse estudo foi analisar a viabilidade econocircmico-
financeira da abertura de uma empresa de bolos e doces finos no Bairro Alto em
Curitiba
O objetivo apresentado nesta pesquisa foi atingido pois todos os indicadores
analisados mostram com clareza que empresa obteacutem resultados positivos que criam
valor para a mesma e com isso o projeto eacute viaacutevel economicamente pois do primeiro
ao quinto ano fica visiacutevel o crescimento do empreendimento e a melhora significativa
da sua sauacutede financeira isso fica evidenciado no saldo final em caixa no quinto ano
que chega proacuteximo haacute 400 mil reais Apesar disso eacute crucial o acompanhamento do
mercado para seguir as tendecircncias e se atualizar constantemente para tomar
decisotildees mais assertivas
Um negoacutecio mal avaliado pode arruinar a estabilidade econocircmica do
investidor por isso eacute de extrema importacircncia fazer todos os levantamentos de custos
antes de se aventurar em qualquer empreendimento
Eacute possiacutevel comprovar que a pesquisa realizada contribui positivamente para
abertura da empresa No entanto as informaccedilotildees aqui presentes natildeo satildeo estaacuteticas e
devem ser revisadas periodicamente e se preciso ateacute mesmo ampliadas no decorrer
da implantaccedilatildeo do projeto para que o mesmo seja uma ferramenta eficiente e eficaz
no desenvolvimento da empresa como um todo
48
REFEREcircNCIAS
BRITO Paulo Anaacutelise e viabilidade de projetos de investimento Satildeo Paulo Atlas 2003 DOLABELA Fernando O segredo de Luiacutesa 30 ed Satildeo Paulo Editora de Cultura 2006 DORNELAS Joseacute Carlos Assis Empreendedorismo transformando ideias em negoacutecios 4 ed Rio de Janeiro Campus Elsevier 2012 CENSO Demograacutefico 2010 Resultados gerais da amostra Curitiba IBGE 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=410690ampidtema=87ampsearch=parana|curitiba|censo-demografico-2010-resultados-gerais-da-amostra-gt Acesso em 21 de Junho de 2015 CHIAVENATO Idalberto Empreendedorismo dando asas ao espiacuterito empreendedor empreendedorismo e a viabilidade de novas empresas um guia eficiente para iniciar e tocar seu proacuteprio negoacutecio 2 ed Satildeo Paulo Saraiva 2007 ESTATIacuteSTICAS do registro civil 2012 Curitiba IBGE 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaoregistrocivil2012default_xlsshtmgt Acesso em 21 de Junho de 2015 GIL Antonio Carlos Meacutetodos e teacutecnicas de pesquisa social 6 ed Satildeo Paulo Atlas 2008 KOTLER Philip KELLER Kevin Lane Administraccedilatildeo de Marketing 12 ed Satildeo Paulo ABDR 2006 LAPPONI Juan Carlos Projetos de Investimento na Empresa Rio de Janeiro Elsevier 2007 MACHADO Jesseacute Anderson Pinto Projetos Econocircmicos uma abordagem praacutetica de elaboraccedilatildeo Satildeo Paulo Nobel 2002 MICHEL Maria Helena Metodologia e pesquisa cientiacutefica em ciecircncias sociais 2 ed Satildeo Paulo Atlas 2009 OLIVEIRA Djalma de Pinho Rebouccedilas de Planejamento estrateacutegico conceitos metodologia e praacuteticas 20 ed Satildeo Paulo Atlas 2004 PRODANOV Cleber Cristiano ERNANI Cesar de Freitas Metodologia do trabalho cientiacutefico meacutetodo e teacutecnicas da pesquisa e do trabalho acadecircmico 2 ed Novo Hamburgo Freevale 2013
49
REBELATTO Dayse Projeto de Investimento 1 ed Barueri Manole 2004 SEBRAE Pesquisa de Mercado o que eacute e para que serve Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrsitesPortalSebraeartigosPesquisa-de-mercado-o-que-C3A9-e-para-que-servegt Acesso em 21 de Junho de 2015 SEBRAE Fluxo de caixa Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrSebraePortal20SebraeAnexos0_fluxo-de-caixapdfgt Acesso em 10 de Outubro de 2015 WILDAUER Egon Walter Plano de negoacutecios elementos construtivos e processos de elaboraccedilatildeo 2 ed Curitiba Ibpex 2011 WOILER Samsatildeo MATHIAS Washington Franco Projetos planejamento elaboraccedilatildeo anaacutelise 1 ed Satildeo Paulo Atlas 1994
50
APEcircNDICES
APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL 51
APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS 52
APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL 52
51
APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL
Item Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5
Aacutegua 25000 26250 27563 28941 30388
Aluguel 160000 168000 176400 185220 194481
Assessoria Contaacutebil 80000 84000 88200 92610 97241
Gaacutes 49000 51450 54023 56724 59560
Impostos 387858 422765 464481 506284 551849
Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)
80268 84281 88495 92920 97566
Energia eleacutetrica 70000 73500 77175 81034 85085
Manutenccedilatildeo 50000 52500 55125 57881 60775
Material de escritoacuterio 20000 21000 22050 23153 24310
Material de Limpeza 40000 42000 44100 46305 48620
Folha de pagamento 272266 299493 329442 362386 398625
Seguros 15000 15750 16538 17364 18233
Telefone fixointernet 20000 21000 22050 23153 24310
Telefone Moacutevel 12000 12600 13230 13892 14586
Vale Refeiccedilatildeo 75000 82500 90750 99825 109808
Vale Transporte 33000 34650 36383 38202 40112
Proacute- labore 200000 220000 286000 328900 361790
Taxas Bancaacuterias 8000 8400 8820 9261 9724
Total R$ 1597392 R$ 1720139 R$ 1900823 R$ 2064053 R$ 2227062
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
52
APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS
Item
Produccedilatildeo mensal meacutedia
Custo unitaacuterio total
Sugestatildeo Preccedilo de venda
Custo Mensal Total
Receita de vendas
Bolos artiacutesticos (recheios diversos) 150 6000 13500 900000 2025000
Bolos de copa (recheios diversos) 30 3600 8100 108000 243000
Naked cake (recheios diversos) 60 4200 9450 252000 567000
Doces Tradicionais 32 3500 7875 112000 252000
Doces Espelhados 32 5000 11250 160000 360000
Doces Finos 32 7500 16875 240000 540000
Brigadeiros gourmet 16 4500 10125 72000 162000
Tacinhas acriacutelicas 16 5500 12375 88000 198000
Trufas 32 5000 11250 160000 360000
Bombons 32 5000 11250 160000 360000
Bem casados 3200 100 225 320000 720000
Custo produccedilatildeo Total 2572000
Receita Total 5787000
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL
Ano Receita Bruta Variaccedilatildeo anual
Ano 1 000
Ano 2 69444000 9
Ano 3 75693960 9
Ano 4 82506416 9
Ano 5 89931994 9
Valor considerando a inflaccedilatildeo de 9 aa
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
40
42 TAMANHO DO NEGOacuteCIO
421 Capacidade produtiva
A capacidade produtiva vai ser para atender ateacute 4 eventos por semana A
produccedilatildeo vai ser de ateacute 5600 doces (doces finos gourmet e bem casados) e 4 bolos
atendendo ateacute 4 eventos por final de semana e ateacute 16 eventos por mecircs sendo que
nos meses de setembro a dezembro essa demanda aumenta pelo motivo de
historicamente ter um nuacutemero maior de casamentos
422 Investimento
Um dos pontos mais relevantes para abertura de uma empresa eacute a
determinaccedilatildeo do capital miacutenimo para dar iniacutecio nas atividades e principalmente como
obter este capital ldquoEacute com o capital inicial que a empresa tem condiccedilotildees de reunir os
recursos empresariais necessaacuterios ao seu funcionamento sejam eles recursos
humanos materiais ou financeirosrdquo A determinaccedilatildeo do capital eacute o que estabelece a
quantidade de recursos empresariais que a empresa tem disponiacutevel Indiscutivelmente
quanto maior for o volume de recursos empresariais mais faacutecil se torna o desempenho
da empresa Quando todos os recursos necessaacuterios para seu funcionamento estatildeo agrave
disposiccedilatildeo a administraccedilatildeo do empreendimento fica mais simples (CHIAVENATO
2007 p84)
Cabe acrescentar que (LAPPONI 2007 p 321)
O custo inicial refere-se aos desembolsos realizados para aquisiccedilatildeo de equipamentos ou outros ativos fixos incluindo o pagamento de fretes seguros instalaccedilotildees despesas operacionais iniciais com materiais e matildeo de obra treinamento de pessoal de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo etc resumindo o custo inicial inclui todos os desembolsos necessaacuterios para adquirir os ativos necessaacuterios e que estejam em condiccedilotildees de operar e gerar as receitas estimadas
41
O empreendimento iniciaraacute suas atividades com capital investido com
recursos proacuteprios da empreendedora
As estimativas de investimento inicial para abertura da empresa foi de
R$5162851 conforme tabela 4
TABELA 4 - INVESTIMENTO INICIAL
Descriccedilatildeo Valor (R$)
Maacutequinas e equipamentos Cozinha R$ 3084878
Utensiacutelios R$ 555075
Moacuteveis para escritoacuterio R$ 268982
Equipamentos de informaacutetica e eletrocircnicos R$ 446204
Outros custos escritoacuterio R$ 48912
Uniformes R$ 155800
Pintura Imoacutevel R$ 500000
Porta de Vidro R$ 103000
Total R$ 5162851
FONTE ELABORADO PELO AUTOR (2015)
423 Localizaccedilatildeo
Seraacute locado um imoacutevel para a instalaccedilatildeo da empresa localizado na Rua Heitor
Baggio Vidal 2508 Bairro Alto Curitiba ndash PR com o valor do aluguel mensal de
R$160000 (mil e seiscentos reais) O espaccedilo interno de 95msup2 seraacute dividido em trecircs
partes a primeira com 20msup2 vai ficar a recepccedilatildeo para receber os clientes efetuar
orccedilamentos e as degustaccedilotildees a segunda com 71msup2 a cozinha industrial onde seratildeo
fabricados os bolos e doces finos e a terceira com 4msup2 o lavabo
42
FOTO14 - FOTO DO IMOacuteVEL ONDE SERAacute INSTALADA A EMPRESA FONTE MP IMOacuteVEIS
424 Entregas
As entregas dos bolos e doces finos seratildeo efetuadas por uma empresa
parceira localizada no Bairro Alto o preccedilo das entregas em Curitiba e regiatildeo
metropolitana variam de R$2400 (vinte e quatro reais) a R$6000 (sessenta reais)
dependendo da localizaccedilatildeo tais valores seratildeo cobrados dos clientes
43 CAPITAL DE GIRO
O capital de giro inicial foi estimado levando em conta que no primeiro ano a
empresa vai produzir 8333 da sua capacidade atendendo em meacutedia 13 ventos
mensalmente sendo assim foram considerados os gastos operacionais necessaacuterios
para o iniacutecio das atividades incluindo o custo fixo mensal e o estoque inicial ambos
multiplicados por 2 e acrescidos de um percentual de 10 de margem de seguranccedila
para despesas natildeo previstas
43
TABELA 5 - CAPITAL DE GIRO
Item Valor (R$)
Estoque Inicial 5144000
Custo Fixo Mensal 3194783
Reserva (10) 833878
Total do Capital de Giro Inicial 9172662
FONTE ELABORDO PELO AUTOR
44 FLUXO DE CAIXA
ldquoFluxo de Caixa eacute um Instrumento de gestatildeo financeira que projeta para
periacuteodos futuros todas as entradas e as saiacutedas de recursos financeiros da empresa
indicando como seraacute o saldo de caixa para o periacuteodo projetadordquo (SEBRAE)
Na tabela 6 eacute apresentada a projeccedilatildeo do Fluxo de Caixa da empresa para os
seus primeiros cinco anos onde fica evidenciado que do primeiro ateacute o quinto ano a
sauacutede financeira da empresa melhora gradativamente sendo que no final do quinto
ano o saldo em caixa ultrapassa os 300 se comparado com o saldo em caixa no
final do primeiro ano
Pode-se observar que natildeo foi inserida no fluxo de caixa a opccedilatildeo de
inadimplecircncia pois todos os pagamentos seratildeo efetuados agrave vista em dinheiro ou
cartatildeo sendo que o pagamento total dos produtos deve ser efetuado no miacutenimo 10
dias antes da data do evento
44
TABELA 6 - PROJECcedilAtildeO DE FLUXO DE CAIXA NOS PRIMEIROS CINCO ANOS
Descriccedilatildeo Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5
Investimento Inicial (5162851)
Capital de Giro (9172662) 9172662
Valor Residual 1548855
Total de entradas 000 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873
Previsatildeo Receitas de vendas 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873
Total de Saiacutedas (14335513) (44888699) (54283425) (59479393) (64738409) (70291804)
(-)Fornecedores (25720000) (33641760) (36669518) (39969775) (43567055)
(-)Folha de pagamento (3267192) (3593911) (3953302) (4348633) (4783496)
(-)Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)
(963216) (1011377) (1061946) (1115043) (1170795)
(-)Retiradas soacutecios (2400000) (2640000) (3432000) (3946800) (4341480)
(-)Impostos s vendas (4654291) (5073177) (5573767) (6075406) (6622192)
(-)Alugueacuteis (1920000) (2016000) (2116800) (2222640) (2333772)
(-)Energia eleacutetrica (840000) (882000) (926100) (972405) (1021025)
(-)Aacutegua (300000) (315000) (330750) (347288) (364652)
(-)Telefone (384000) (403200) (423360) (444528) (466754)
(-)Gaacutes (588000) (617400) (648270) (680684) (714718)
(-)Serviccedilos contabilidade (960000) (1008000) (1058400) (1111320) (1166886)
(-)Manutenccedilatildeo (600000) (630000) (661500) (694575) (729304)
(-)Outras despesas com funcionaacuterios
(1296000) (1405800) (1525590) (1656320) (1799030)
(-)Taxas bancaacuterias (96000) (100800) (105840) (111132) (116689)
(-)Outros pagamentos (900000) (945000) (992250) (1041863) (1093956)
Entradas - Saiacutedas (14335513) 12981301 21410535 23027023 25193585 27734070
Depreciaccedilatildeo 000 (631377) (631377) (631377) (631377) (631377)
Saldo Final (14335513) 12349924 20779158 22395647 24562208 37824209
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
A depreciaccedilatildeo foi calculada considerando o prazo de vida uacutetil meacutedio de 10
anos das maacutequinas equipamentos instalaccedilotildees moacuteveis e utensiacutelios e para os
computadores e perifeacutericos foi considerado o prazo de vida uacutetil de 5 anos conforme
demonstrado na tabela 7
TABELA 7 - DEPRECIACcedilAtildeO
Item Valor Inicial Taxa Anual Depreciaccedilatildeo Anual (R$)
Maacutequinas e equipamentos 3084878 10 308488
Instalaccedilotildees 103000 10 10300
Moacuteveis e Utensiacutelios 824057 10 82406
Computadores e Perifeacutericos 446204 20 89241
Outros 704712 20 140942
Total 631377
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
45
O valor residual dos equipamentos e instalaccedilotildees da empresa no final do quinto
ano foi considerado em 30 referente ao valor de aquisiccedilatildeo dos mesmos no iniacutecio do
projeto
45 ANAacuteLISE DOS INDICADORES (VPL TIR E PAYBACK)
451 Valor Presente Liacutequido (VPL)
A tabela 8 mostra que o VPL (Valor Presente Liacutequido) eacute positivo isso significa
que aleacutem de recuperar o investimento inicial ainda vai ser agregado ao valor da
empresa um montante de R$ R$50392407 (quinhentos e trecircs mil novecentos e vinte
quatro reais e sete centavos)
A taxa de retorno requerida de 20 foi determinada levando em conta o niacutevel
de risco do projeto e visando o valor desejado para se obter em cima do valor
investido
TABELA 8 - CALCULO DO VALOR PRESENTE LIacuteQUIDO (VPL)
Anos FC k 2000
0 -$143355 VPL $50392407
1 $123499 VPL $50392407
2 $207792 VPL $50392407
3 $223956 VPL $21761126
4 $245622 VPL $21761126
5 $378242 Decisatildeo Aceitar o Projeto
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
452 Taxa Interna de Retorno (TIR)
Conforme a tabela 9 eacute possiacutevel verificar que a TIR (Taxa Interna de Retorno)
eacute de 11593 maior que a taxa requerida de 20 isso significa que custo inicial seraacute
46
recuperado e o projeto vai criar valor para empresa mais um resultado favoraacutevel para
a aceitaccedilatildeo do projeto
TABELA 9 - TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR)
Anos FC
0 -$143355 TIR 11593
1 $123499 TIR 2168
2 $207792 TIR 2168
3 $223956 Decisatildeo
4 $245622 k 2000
5 $378242 Aceitar o projeto
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
453 Payback
O tempo de recuperaccedilatildeo do custo inicial ocorre normalmente entre o quarto e
o quinto ano se for feita a anaacutelise da tabela 10 eacute possiacutevel verificar que o tempo
necessaacuterio para o retorno do investimento (payback) do projeto eacute de 128 anos este
indicador mostra claramente que o projeto deve ser aceito pois o tempo de retorno
estaacute bem abaixo do tempo meacutedio dos empreendimentos como um todo
TABELA 10 - PAYBACK
k 20
Anos FC SPresente
0 -$143355 -$143355 PBD-SP = 128
1 $123499 -$40439 128
2 $207792 $103861
3 $223956 $233465
4 $245622 $351917
5 $378242 $503924
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
47
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Para iniciar um negoacutecio requer muito mais do que apenas o espiacuterito
empreendedor eacute necessaacuterio ter lideranccedila conhecimento sobre o mercado que deseja
atuar organizaccedilatildeo e principalmente planejamento
O principal objetivo desse estudo foi analisar a viabilidade econocircmico-
financeira da abertura de uma empresa de bolos e doces finos no Bairro Alto em
Curitiba
O objetivo apresentado nesta pesquisa foi atingido pois todos os indicadores
analisados mostram com clareza que empresa obteacutem resultados positivos que criam
valor para a mesma e com isso o projeto eacute viaacutevel economicamente pois do primeiro
ao quinto ano fica visiacutevel o crescimento do empreendimento e a melhora significativa
da sua sauacutede financeira isso fica evidenciado no saldo final em caixa no quinto ano
que chega proacuteximo haacute 400 mil reais Apesar disso eacute crucial o acompanhamento do
mercado para seguir as tendecircncias e se atualizar constantemente para tomar
decisotildees mais assertivas
Um negoacutecio mal avaliado pode arruinar a estabilidade econocircmica do
investidor por isso eacute de extrema importacircncia fazer todos os levantamentos de custos
antes de se aventurar em qualquer empreendimento
Eacute possiacutevel comprovar que a pesquisa realizada contribui positivamente para
abertura da empresa No entanto as informaccedilotildees aqui presentes natildeo satildeo estaacuteticas e
devem ser revisadas periodicamente e se preciso ateacute mesmo ampliadas no decorrer
da implantaccedilatildeo do projeto para que o mesmo seja uma ferramenta eficiente e eficaz
no desenvolvimento da empresa como um todo
48
REFEREcircNCIAS
BRITO Paulo Anaacutelise e viabilidade de projetos de investimento Satildeo Paulo Atlas 2003 DOLABELA Fernando O segredo de Luiacutesa 30 ed Satildeo Paulo Editora de Cultura 2006 DORNELAS Joseacute Carlos Assis Empreendedorismo transformando ideias em negoacutecios 4 ed Rio de Janeiro Campus Elsevier 2012 CENSO Demograacutefico 2010 Resultados gerais da amostra Curitiba IBGE 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=410690ampidtema=87ampsearch=parana|curitiba|censo-demografico-2010-resultados-gerais-da-amostra-gt Acesso em 21 de Junho de 2015 CHIAVENATO Idalberto Empreendedorismo dando asas ao espiacuterito empreendedor empreendedorismo e a viabilidade de novas empresas um guia eficiente para iniciar e tocar seu proacuteprio negoacutecio 2 ed Satildeo Paulo Saraiva 2007 ESTATIacuteSTICAS do registro civil 2012 Curitiba IBGE 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaoregistrocivil2012default_xlsshtmgt Acesso em 21 de Junho de 2015 GIL Antonio Carlos Meacutetodos e teacutecnicas de pesquisa social 6 ed Satildeo Paulo Atlas 2008 KOTLER Philip KELLER Kevin Lane Administraccedilatildeo de Marketing 12 ed Satildeo Paulo ABDR 2006 LAPPONI Juan Carlos Projetos de Investimento na Empresa Rio de Janeiro Elsevier 2007 MACHADO Jesseacute Anderson Pinto Projetos Econocircmicos uma abordagem praacutetica de elaboraccedilatildeo Satildeo Paulo Nobel 2002 MICHEL Maria Helena Metodologia e pesquisa cientiacutefica em ciecircncias sociais 2 ed Satildeo Paulo Atlas 2009 OLIVEIRA Djalma de Pinho Rebouccedilas de Planejamento estrateacutegico conceitos metodologia e praacuteticas 20 ed Satildeo Paulo Atlas 2004 PRODANOV Cleber Cristiano ERNANI Cesar de Freitas Metodologia do trabalho cientiacutefico meacutetodo e teacutecnicas da pesquisa e do trabalho acadecircmico 2 ed Novo Hamburgo Freevale 2013
49
REBELATTO Dayse Projeto de Investimento 1 ed Barueri Manole 2004 SEBRAE Pesquisa de Mercado o que eacute e para que serve Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrsitesPortalSebraeartigosPesquisa-de-mercado-o-que-C3A9-e-para-que-servegt Acesso em 21 de Junho de 2015 SEBRAE Fluxo de caixa Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrSebraePortal20SebraeAnexos0_fluxo-de-caixapdfgt Acesso em 10 de Outubro de 2015 WILDAUER Egon Walter Plano de negoacutecios elementos construtivos e processos de elaboraccedilatildeo 2 ed Curitiba Ibpex 2011 WOILER Samsatildeo MATHIAS Washington Franco Projetos planejamento elaboraccedilatildeo anaacutelise 1 ed Satildeo Paulo Atlas 1994
50
APEcircNDICES
APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL 51
APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS 52
APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL 52
51
APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL
Item Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5
Aacutegua 25000 26250 27563 28941 30388
Aluguel 160000 168000 176400 185220 194481
Assessoria Contaacutebil 80000 84000 88200 92610 97241
Gaacutes 49000 51450 54023 56724 59560
Impostos 387858 422765 464481 506284 551849
Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)
80268 84281 88495 92920 97566
Energia eleacutetrica 70000 73500 77175 81034 85085
Manutenccedilatildeo 50000 52500 55125 57881 60775
Material de escritoacuterio 20000 21000 22050 23153 24310
Material de Limpeza 40000 42000 44100 46305 48620
Folha de pagamento 272266 299493 329442 362386 398625
Seguros 15000 15750 16538 17364 18233
Telefone fixointernet 20000 21000 22050 23153 24310
Telefone Moacutevel 12000 12600 13230 13892 14586
Vale Refeiccedilatildeo 75000 82500 90750 99825 109808
Vale Transporte 33000 34650 36383 38202 40112
Proacute- labore 200000 220000 286000 328900 361790
Taxas Bancaacuterias 8000 8400 8820 9261 9724
Total R$ 1597392 R$ 1720139 R$ 1900823 R$ 2064053 R$ 2227062
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
52
APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS
Item
Produccedilatildeo mensal meacutedia
Custo unitaacuterio total
Sugestatildeo Preccedilo de venda
Custo Mensal Total
Receita de vendas
Bolos artiacutesticos (recheios diversos) 150 6000 13500 900000 2025000
Bolos de copa (recheios diversos) 30 3600 8100 108000 243000
Naked cake (recheios diversos) 60 4200 9450 252000 567000
Doces Tradicionais 32 3500 7875 112000 252000
Doces Espelhados 32 5000 11250 160000 360000
Doces Finos 32 7500 16875 240000 540000
Brigadeiros gourmet 16 4500 10125 72000 162000
Tacinhas acriacutelicas 16 5500 12375 88000 198000
Trufas 32 5000 11250 160000 360000
Bombons 32 5000 11250 160000 360000
Bem casados 3200 100 225 320000 720000
Custo produccedilatildeo Total 2572000
Receita Total 5787000
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL
Ano Receita Bruta Variaccedilatildeo anual
Ano 1 000
Ano 2 69444000 9
Ano 3 75693960 9
Ano 4 82506416 9
Ano 5 89931994 9
Valor considerando a inflaccedilatildeo de 9 aa
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
41
O empreendimento iniciaraacute suas atividades com capital investido com
recursos proacuteprios da empreendedora
As estimativas de investimento inicial para abertura da empresa foi de
R$5162851 conforme tabela 4
TABELA 4 - INVESTIMENTO INICIAL
Descriccedilatildeo Valor (R$)
Maacutequinas e equipamentos Cozinha R$ 3084878
Utensiacutelios R$ 555075
Moacuteveis para escritoacuterio R$ 268982
Equipamentos de informaacutetica e eletrocircnicos R$ 446204
Outros custos escritoacuterio R$ 48912
Uniformes R$ 155800
Pintura Imoacutevel R$ 500000
Porta de Vidro R$ 103000
Total R$ 5162851
FONTE ELABORADO PELO AUTOR (2015)
423 Localizaccedilatildeo
Seraacute locado um imoacutevel para a instalaccedilatildeo da empresa localizado na Rua Heitor
Baggio Vidal 2508 Bairro Alto Curitiba ndash PR com o valor do aluguel mensal de
R$160000 (mil e seiscentos reais) O espaccedilo interno de 95msup2 seraacute dividido em trecircs
partes a primeira com 20msup2 vai ficar a recepccedilatildeo para receber os clientes efetuar
orccedilamentos e as degustaccedilotildees a segunda com 71msup2 a cozinha industrial onde seratildeo
fabricados os bolos e doces finos e a terceira com 4msup2 o lavabo
42
FOTO14 - FOTO DO IMOacuteVEL ONDE SERAacute INSTALADA A EMPRESA FONTE MP IMOacuteVEIS
424 Entregas
As entregas dos bolos e doces finos seratildeo efetuadas por uma empresa
parceira localizada no Bairro Alto o preccedilo das entregas em Curitiba e regiatildeo
metropolitana variam de R$2400 (vinte e quatro reais) a R$6000 (sessenta reais)
dependendo da localizaccedilatildeo tais valores seratildeo cobrados dos clientes
43 CAPITAL DE GIRO
O capital de giro inicial foi estimado levando em conta que no primeiro ano a
empresa vai produzir 8333 da sua capacidade atendendo em meacutedia 13 ventos
mensalmente sendo assim foram considerados os gastos operacionais necessaacuterios
para o iniacutecio das atividades incluindo o custo fixo mensal e o estoque inicial ambos
multiplicados por 2 e acrescidos de um percentual de 10 de margem de seguranccedila
para despesas natildeo previstas
43
TABELA 5 - CAPITAL DE GIRO
Item Valor (R$)
Estoque Inicial 5144000
Custo Fixo Mensal 3194783
Reserva (10) 833878
Total do Capital de Giro Inicial 9172662
FONTE ELABORDO PELO AUTOR
44 FLUXO DE CAIXA
ldquoFluxo de Caixa eacute um Instrumento de gestatildeo financeira que projeta para
periacuteodos futuros todas as entradas e as saiacutedas de recursos financeiros da empresa
indicando como seraacute o saldo de caixa para o periacuteodo projetadordquo (SEBRAE)
Na tabela 6 eacute apresentada a projeccedilatildeo do Fluxo de Caixa da empresa para os
seus primeiros cinco anos onde fica evidenciado que do primeiro ateacute o quinto ano a
sauacutede financeira da empresa melhora gradativamente sendo que no final do quinto
ano o saldo em caixa ultrapassa os 300 se comparado com o saldo em caixa no
final do primeiro ano
Pode-se observar que natildeo foi inserida no fluxo de caixa a opccedilatildeo de
inadimplecircncia pois todos os pagamentos seratildeo efetuados agrave vista em dinheiro ou
cartatildeo sendo que o pagamento total dos produtos deve ser efetuado no miacutenimo 10
dias antes da data do evento
44
TABELA 6 - PROJECcedilAtildeO DE FLUXO DE CAIXA NOS PRIMEIROS CINCO ANOS
Descriccedilatildeo Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5
Investimento Inicial (5162851)
Capital de Giro (9172662) 9172662
Valor Residual 1548855
Total de entradas 000 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873
Previsatildeo Receitas de vendas 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873
Total de Saiacutedas (14335513) (44888699) (54283425) (59479393) (64738409) (70291804)
(-)Fornecedores (25720000) (33641760) (36669518) (39969775) (43567055)
(-)Folha de pagamento (3267192) (3593911) (3953302) (4348633) (4783496)
(-)Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)
(963216) (1011377) (1061946) (1115043) (1170795)
(-)Retiradas soacutecios (2400000) (2640000) (3432000) (3946800) (4341480)
(-)Impostos s vendas (4654291) (5073177) (5573767) (6075406) (6622192)
(-)Alugueacuteis (1920000) (2016000) (2116800) (2222640) (2333772)
(-)Energia eleacutetrica (840000) (882000) (926100) (972405) (1021025)
(-)Aacutegua (300000) (315000) (330750) (347288) (364652)
(-)Telefone (384000) (403200) (423360) (444528) (466754)
(-)Gaacutes (588000) (617400) (648270) (680684) (714718)
(-)Serviccedilos contabilidade (960000) (1008000) (1058400) (1111320) (1166886)
(-)Manutenccedilatildeo (600000) (630000) (661500) (694575) (729304)
(-)Outras despesas com funcionaacuterios
(1296000) (1405800) (1525590) (1656320) (1799030)
(-)Taxas bancaacuterias (96000) (100800) (105840) (111132) (116689)
(-)Outros pagamentos (900000) (945000) (992250) (1041863) (1093956)
Entradas - Saiacutedas (14335513) 12981301 21410535 23027023 25193585 27734070
Depreciaccedilatildeo 000 (631377) (631377) (631377) (631377) (631377)
Saldo Final (14335513) 12349924 20779158 22395647 24562208 37824209
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
A depreciaccedilatildeo foi calculada considerando o prazo de vida uacutetil meacutedio de 10
anos das maacutequinas equipamentos instalaccedilotildees moacuteveis e utensiacutelios e para os
computadores e perifeacutericos foi considerado o prazo de vida uacutetil de 5 anos conforme
demonstrado na tabela 7
TABELA 7 - DEPRECIACcedilAtildeO
Item Valor Inicial Taxa Anual Depreciaccedilatildeo Anual (R$)
Maacutequinas e equipamentos 3084878 10 308488
Instalaccedilotildees 103000 10 10300
Moacuteveis e Utensiacutelios 824057 10 82406
Computadores e Perifeacutericos 446204 20 89241
Outros 704712 20 140942
Total 631377
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
45
O valor residual dos equipamentos e instalaccedilotildees da empresa no final do quinto
ano foi considerado em 30 referente ao valor de aquisiccedilatildeo dos mesmos no iniacutecio do
projeto
45 ANAacuteLISE DOS INDICADORES (VPL TIR E PAYBACK)
451 Valor Presente Liacutequido (VPL)
A tabela 8 mostra que o VPL (Valor Presente Liacutequido) eacute positivo isso significa
que aleacutem de recuperar o investimento inicial ainda vai ser agregado ao valor da
empresa um montante de R$ R$50392407 (quinhentos e trecircs mil novecentos e vinte
quatro reais e sete centavos)
A taxa de retorno requerida de 20 foi determinada levando em conta o niacutevel
de risco do projeto e visando o valor desejado para se obter em cima do valor
investido
TABELA 8 - CALCULO DO VALOR PRESENTE LIacuteQUIDO (VPL)
Anos FC k 2000
0 -$143355 VPL $50392407
1 $123499 VPL $50392407
2 $207792 VPL $50392407
3 $223956 VPL $21761126
4 $245622 VPL $21761126
5 $378242 Decisatildeo Aceitar o Projeto
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
452 Taxa Interna de Retorno (TIR)
Conforme a tabela 9 eacute possiacutevel verificar que a TIR (Taxa Interna de Retorno)
eacute de 11593 maior que a taxa requerida de 20 isso significa que custo inicial seraacute
46
recuperado e o projeto vai criar valor para empresa mais um resultado favoraacutevel para
a aceitaccedilatildeo do projeto
TABELA 9 - TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR)
Anos FC
0 -$143355 TIR 11593
1 $123499 TIR 2168
2 $207792 TIR 2168
3 $223956 Decisatildeo
4 $245622 k 2000
5 $378242 Aceitar o projeto
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
453 Payback
O tempo de recuperaccedilatildeo do custo inicial ocorre normalmente entre o quarto e
o quinto ano se for feita a anaacutelise da tabela 10 eacute possiacutevel verificar que o tempo
necessaacuterio para o retorno do investimento (payback) do projeto eacute de 128 anos este
indicador mostra claramente que o projeto deve ser aceito pois o tempo de retorno
estaacute bem abaixo do tempo meacutedio dos empreendimentos como um todo
TABELA 10 - PAYBACK
k 20
Anos FC SPresente
0 -$143355 -$143355 PBD-SP = 128
1 $123499 -$40439 128
2 $207792 $103861
3 $223956 $233465
4 $245622 $351917
5 $378242 $503924
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
47
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Para iniciar um negoacutecio requer muito mais do que apenas o espiacuterito
empreendedor eacute necessaacuterio ter lideranccedila conhecimento sobre o mercado que deseja
atuar organizaccedilatildeo e principalmente planejamento
O principal objetivo desse estudo foi analisar a viabilidade econocircmico-
financeira da abertura de uma empresa de bolos e doces finos no Bairro Alto em
Curitiba
O objetivo apresentado nesta pesquisa foi atingido pois todos os indicadores
analisados mostram com clareza que empresa obteacutem resultados positivos que criam
valor para a mesma e com isso o projeto eacute viaacutevel economicamente pois do primeiro
ao quinto ano fica visiacutevel o crescimento do empreendimento e a melhora significativa
da sua sauacutede financeira isso fica evidenciado no saldo final em caixa no quinto ano
que chega proacuteximo haacute 400 mil reais Apesar disso eacute crucial o acompanhamento do
mercado para seguir as tendecircncias e se atualizar constantemente para tomar
decisotildees mais assertivas
Um negoacutecio mal avaliado pode arruinar a estabilidade econocircmica do
investidor por isso eacute de extrema importacircncia fazer todos os levantamentos de custos
antes de se aventurar em qualquer empreendimento
Eacute possiacutevel comprovar que a pesquisa realizada contribui positivamente para
abertura da empresa No entanto as informaccedilotildees aqui presentes natildeo satildeo estaacuteticas e
devem ser revisadas periodicamente e se preciso ateacute mesmo ampliadas no decorrer
da implantaccedilatildeo do projeto para que o mesmo seja uma ferramenta eficiente e eficaz
no desenvolvimento da empresa como um todo
48
REFEREcircNCIAS
BRITO Paulo Anaacutelise e viabilidade de projetos de investimento Satildeo Paulo Atlas 2003 DOLABELA Fernando O segredo de Luiacutesa 30 ed Satildeo Paulo Editora de Cultura 2006 DORNELAS Joseacute Carlos Assis Empreendedorismo transformando ideias em negoacutecios 4 ed Rio de Janeiro Campus Elsevier 2012 CENSO Demograacutefico 2010 Resultados gerais da amostra Curitiba IBGE 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=410690ampidtema=87ampsearch=parana|curitiba|censo-demografico-2010-resultados-gerais-da-amostra-gt Acesso em 21 de Junho de 2015 CHIAVENATO Idalberto Empreendedorismo dando asas ao espiacuterito empreendedor empreendedorismo e a viabilidade de novas empresas um guia eficiente para iniciar e tocar seu proacuteprio negoacutecio 2 ed Satildeo Paulo Saraiva 2007 ESTATIacuteSTICAS do registro civil 2012 Curitiba IBGE 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaoregistrocivil2012default_xlsshtmgt Acesso em 21 de Junho de 2015 GIL Antonio Carlos Meacutetodos e teacutecnicas de pesquisa social 6 ed Satildeo Paulo Atlas 2008 KOTLER Philip KELLER Kevin Lane Administraccedilatildeo de Marketing 12 ed Satildeo Paulo ABDR 2006 LAPPONI Juan Carlos Projetos de Investimento na Empresa Rio de Janeiro Elsevier 2007 MACHADO Jesseacute Anderson Pinto Projetos Econocircmicos uma abordagem praacutetica de elaboraccedilatildeo Satildeo Paulo Nobel 2002 MICHEL Maria Helena Metodologia e pesquisa cientiacutefica em ciecircncias sociais 2 ed Satildeo Paulo Atlas 2009 OLIVEIRA Djalma de Pinho Rebouccedilas de Planejamento estrateacutegico conceitos metodologia e praacuteticas 20 ed Satildeo Paulo Atlas 2004 PRODANOV Cleber Cristiano ERNANI Cesar de Freitas Metodologia do trabalho cientiacutefico meacutetodo e teacutecnicas da pesquisa e do trabalho acadecircmico 2 ed Novo Hamburgo Freevale 2013
49
REBELATTO Dayse Projeto de Investimento 1 ed Barueri Manole 2004 SEBRAE Pesquisa de Mercado o que eacute e para que serve Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrsitesPortalSebraeartigosPesquisa-de-mercado-o-que-C3A9-e-para-que-servegt Acesso em 21 de Junho de 2015 SEBRAE Fluxo de caixa Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrSebraePortal20SebraeAnexos0_fluxo-de-caixapdfgt Acesso em 10 de Outubro de 2015 WILDAUER Egon Walter Plano de negoacutecios elementos construtivos e processos de elaboraccedilatildeo 2 ed Curitiba Ibpex 2011 WOILER Samsatildeo MATHIAS Washington Franco Projetos planejamento elaboraccedilatildeo anaacutelise 1 ed Satildeo Paulo Atlas 1994
50
APEcircNDICES
APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL 51
APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS 52
APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL 52
51
APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL
Item Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5
Aacutegua 25000 26250 27563 28941 30388
Aluguel 160000 168000 176400 185220 194481
Assessoria Contaacutebil 80000 84000 88200 92610 97241
Gaacutes 49000 51450 54023 56724 59560
Impostos 387858 422765 464481 506284 551849
Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)
80268 84281 88495 92920 97566
Energia eleacutetrica 70000 73500 77175 81034 85085
Manutenccedilatildeo 50000 52500 55125 57881 60775
Material de escritoacuterio 20000 21000 22050 23153 24310
Material de Limpeza 40000 42000 44100 46305 48620
Folha de pagamento 272266 299493 329442 362386 398625
Seguros 15000 15750 16538 17364 18233
Telefone fixointernet 20000 21000 22050 23153 24310
Telefone Moacutevel 12000 12600 13230 13892 14586
Vale Refeiccedilatildeo 75000 82500 90750 99825 109808
Vale Transporte 33000 34650 36383 38202 40112
Proacute- labore 200000 220000 286000 328900 361790
Taxas Bancaacuterias 8000 8400 8820 9261 9724
Total R$ 1597392 R$ 1720139 R$ 1900823 R$ 2064053 R$ 2227062
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
52
APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS
Item
Produccedilatildeo mensal meacutedia
Custo unitaacuterio total
Sugestatildeo Preccedilo de venda
Custo Mensal Total
Receita de vendas
Bolos artiacutesticos (recheios diversos) 150 6000 13500 900000 2025000
Bolos de copa (recheios diversos) 30 3600 8100 108000 243000
Naked cake (recheios diversos) 60 4200 9450 252000 567000
Doces Tradicionais 32 3500 7875 112000 252000
Doces Espelhados 32 5000 11250 160000 360000
Doces Finos 32 7500 16875 240000 540000
Brigadeiros gourmet 16 4500 10125 72000 162000
Tacinhas acriacutelicas 16 5500 12375 88000 198000
Trufas 32 5000 11250 160000 360000
Bombons 32 5000 11250 160000 360000
Bem casados 3200 100 225 320000 720000
Custo produccedilatildeo Total 2572000
Receita Total 5787000
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL
Ano Receita Bruta Variaccedilatildeo anual
Ano 1 000
Ano 2 69444000 9
Ano 3 75693960 9
Ano 4 82506416 9
Ano 5 89931994 9
Valor considerando a inflaccedilatildeo de 9 aa
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
42
FOTO14 - FOTO DO IMOacuteVEL ONDE SERAacute INSTALADA A EMPRESA FONTE MP IMOacuteVEIS
424 Entregas
As entregas dos bolos e doces finos seratildeo efetuadas por uma empresa
parceira localizada no Bairro Alto o preccedilo das entregas em Curitiba e regiatildeo
metropolitana variam de R$2400 (vinte e quatro reais) a R$6000 (sessenta reais)
dependendo da localizaccedilatildeo tais valores seratildeo cobrados dos clientes
43 CAPITAL DE GIRO
O capital de giro inicial foi estimado levando em conta que no primeiro ano a
empresa vai produzir 8333 da sua capacidade atendendo em meacutedia 13 ventos
mensalmente sendo assim foram considerados os gastos operacionais necessaacuterios
para o iniacutecio das atividades incluindo o custo fixo mensal e o estoque inicial ambos
multiplicados por 2 e acrescidos de um percentual de 10 de margem de seguranccedila
para despesas natildeo previstas
43
TABELA 5 - CAPITAL DE GIRO
Item Valor (R$)
Estoque Inicial 5144000
Custo Fixo Mensal 3194783
Reserva (10) 833878
Total do Capital de Giro Inicial 9172662
FONTE ELABORDO PELO AUTOR
44 FLUXO DE CAIXA
ldquoFluxo de Caixa eacute um Instrumento de gestatildeo financeira que projeta para
periacuteodos futuros todas as entradas e as saiacutedas de recursos financeiros da empresa
indicando como seraacute o saldo de caixa para o periacuteodo projetadordquo (SEBRAE)
Na tabela 6 eacute apresentada a projeccedilatildeo do Fluxo de Caixa da empresa para os
seus primeiros cinco anos onde fica evidenciado que do primeiro ateacute o quinto ano a
sauacutede financeira da empresa melhora gradativamente sendo que no final do quinto
ano o saldo em caixa ultrapassa os 300 se comparado com o saldo em caixa no
final do primeiro ano
Pode-se observar que natildeo foi inserida no fluxo de caixa a opccedilatildeo de
inadimplecircncia pois todos os pagamentos seratildeo efetuados agrave vista em dinheiro ou
cartatildeo sendo que o pagamento total dos produtos deve ser efetuado no miacutenimo 10
dias antes da data do evento
44
TABELA 6 - PROJECcedilAtildeO DE FLUXO DE CAIXA NOS PRIMEIROS CINCO ANOS
Descriccedilatildeo Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5
Investimento Inicial (5162851)
Capital de Giro (9172662) 9172662
Valor Residual 1548855
Total de entradas 000 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873
Previsatildeo Receitas de vendas 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873
Total de Saiacutedas (14335513) (44888699) (54283425) (59479393) (64738409) (70291804)
(-)Fornecedores (25720000) (33641760) (36669518) (39969775) (43567055)
(-)Folha de pagamento (3267192) (3593911) (3953302) (4348633) (4783496)
(-)Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)
(963216) (1011377) (1061946) (1115043) (1170795)
(-)Retiradas soacutecios (2400000) (2640000) (3432000) (3946800) (4341480)
(-)Impostos s vendas (4654291) (5073177) (5573767) (6075406) (6622192)
(-)Alugueacuteis (1920000) (2016000) (2116800) (2222640) (2333772)
(-)Energia eleacutetrica (840000) (882000) (926100) (972405) (1021025)
(-)Aacutegua (300000) (315000) (330750) (347288) (364652)
(-)Telefone (384000) (403200) (423360) (444528) (466754)
(-)Gaacutes (588000) (617400) (648270) (680684) (714718)
(-)Serviccedilos contabilidade (960000) (1008000) (1058400) (1111320) (1166886)
(-)Manutenccedilatildeo (600000) (630000) (661500) (694575) (729304)
(-)Outras despesas com funcionaacuterios
(1296000) (1405800) (1525590) (1656320) (1799030)
(-)Taxas bancaacuterias (96000) (100800) (105840) (111132) (116689)
(-)Outros pagamentos (900000) (945000) (992250) (1041863) (1093956)
Entradas - Saiacutedas (14335513) 12981301 21410535 23027023 25193585 27734070
Depreciaccedilatildeo 000 (631377) (631377) (631377) (631377) (631377)
Saldo Final (14335513) 12349924 20779158 22395647 24562208 37824209
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
A depreciaccedilatildeo foi calculada considerando o prazo de vida uacutetil meacutedio de 10
anos das maacutequinas equipamentos instalaccedilotildees moacuteveis e utensiacutelios e para os
computadores e perifeacutericos foi considerado o prazo de vida uacutetil de 5 anos conforme
demonstrado na tabela 7
TABELA 7 - DEPRECIACcedilAtildeO
Item Valor Inicial Taxa Anual Depreciaccedilatildeo Anual (R$)
Maacutequinas e equipamentos 3084878 10 308488
Instalaccedilotildees 103000 10 10300
Moacuteveis e Utensiacutelios 824057 10 82406
Computadores e Perifeacutericos 446204 20 89241
Outros 704712 20 140942
Total 631377
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
45
O valor residual dos equipamentos e instalaccedilotildees da empresa no final do quinto
ano foi considerado em 30 referente ao valor de aquisiccedilatildeo dos mesmos no iniacutecio do
projeto
45 ANAacuteLISE DOS INDICADORES (VPL TIR E PAYBACK)
451 Valor Presente Liacutequido (VPL)
A tabela 8 mostra que o VPL (Valor Presente Liacutequido) eacute positivo isso significa
que aleacutem de recuperar o investimento inicial ainda vai ser agregado ao valor da
empresa um montante de R$ R$50392407 (quinhentos e trecircs mil novecentos e vinte
quatro reais e sete centavos)
A taxa de retorno requerida de 20 foi determinada levando em conta o niacutevel
de risco do projeto e visando o valor desejado para se obter em cima do valor
investido
TABELA 8 - CALCULO DO VALOR PRESENTE LIacuteQUIDO (VPL)
Anos FC k 2000
0 -$143355 VPL $50392407
1 $123499 VPL $50392407
2 $207792 VPL $50392407
3 $223956 VPL $21761126
4 $245622 VPL $21761126
5 $378242 Decisatildeo Aceitar o Projeto
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
452 Taxa Interna de Retorno (TIR)
Conforme a tabela 9 eacute possiacutevel verificar que a TIR (Taxa Interna de Retorno)
eacute de 11593 maior que a taxa requerida de 20 isso significa que custo inicial seraacute
46
recuperado e o projeto vai criar valor para empresa mais um resultado favoraacutevel para
a aceitaccedilatildeo do projeto
TABELA 9 - TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR)
Anos FC
0 -$143355 TIR 11593
1 $123499 TIR 2168
2 $207792 TIR 2168
3 $223956 Decisatildeo
4 $245622 k 2000
5 $378242 Aceitar o projeto
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
453 Payback
O tempo de recuperaccedilatildeo do custo inicial ocorre normalmente entre o quarto e
o quinto ano se for feita a anaacutelise da tabela 10 eacute possiacutevel verificar que o tempo
necessaacuterio para o retorno do investimento (payback) do projeto eacute de 128 anos este
indicador mostra claramente que o projeto deve ser aceito pois o tempo de retorno
estaacute bem abaixo do tempo meacutedio dos empreendimentos como um todo
TABELA 10 - PAYBACK
k 20
Anos FC SPresente
0 -$143355 -$143355 PBD-SP = 128
1 $123499 -$40439 128
2 $207792 $103861
3 $223956 $233465
4 $245622 $351917
5 $378242 $503924
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
47
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Para iniciar um negoacutecio requer muito mais do que apenas o espiacuterito
empreendedor eacute necessaacuterio ter lideranccedila conhecimento sobre o mercado que deseja
atuar organizaccedilatildeo e principalmente planejamento
O principal objetivo desse estudo foi analisar a viabilidade econocircmico-
financeira da abertura de uma empresa de bolos e doces finos no Bairro Alto em
Curitiba
O objetivo apresentado nesta pesquisa foi atingido pois todos os indicadores
analisados mostram com clareza que empresa obteacutem resultados positivos que criam
valor para a mesma e com isso o projeto eacute viaacutevel economicamente pois do primeiro
ao quinto ano fica visiacutevel o crescimento do empreendimento e a melhora significativa
da sua sauacutede financeira isso fica evidenciado no saldo final em caixa no quinto ano
que chega proacuteximo haacute 400 mil reais Apesar disso eacute crucial o acompanhamento do
mercado para seguir as tendecircncias e se atualizar constantemente para tomar
decisotildees mais assertivas
Um negoacutecio mal avaliado pode arruinar a estabilidade econocircmica do
investidor por isso eacute de extrema importacircncia fazer todos os levantamentos de custos
antes de se aventurar em qualquer empreendimento
Eacute possiacutevel comprovar que a pesquisa realizada contribui positivamente para
abertura da empresa No entanto as informaccedilotildees aqui presentes natildeo satildeo estaacuteticas e
devem ser revisadas periodicamente e se preciso ateacute mesmo ampliadas no decorrer
da implantaccedilatildeo do projeto para que o mesmo seja uma ferramenta eficiente e eficaz
no desenvolvimento da empresa como um todo
48
REFEREcircNCIAS
BRITO Paulo Anaacutelise e viabilidade de projetos de investimento Satildeo Paulo Atlas 2003 DOLABELA Fernando O segredo de Luiacutesa 30 ed Satildeo Paulo Editora de Cultura 2006 DORNELAS Joseacute Carlos Assis Empreendedorismo transformando ideias em negoacutecios 4 ed Rio de Janeiro Campus Elsevier 2012 CENSO Demograacutefico 2010 Resultados gerais da amostra Curitiba IBGE 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=410690ampidtema=87ampsearch=parana|curitiba|censo-demografico-2010-resultados-gerais-da-amostra-gt Acesso em 21 de Junho de 2015 CHIAVENATO Idalberto Empreendedorismo dando asas ao espiacuterito empreendedor empreendedorismo e a viabilidade de novas empresas um guia eficiente para iniciar e tocar seu proacuteprio negoacutecio 2 ed Satildeo Paulo Saraiva 2007 ESTATIacuteSTICAS do registro civil 2012 Curitiba IBGE 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaoregistrocivil2012default_xlsshtmgt Acesso em 21 de Junho de 2015 GIL Antonio Carlos Meacutetodos e teacutecnicas de pesquisa social 6 ed Satildeo Paulo Atlas 2008 KOTLER Philip KELLER Kevin Lane Administraccedilatildeo de Marketing 12 ed Satildeo Paulo ABDR 2006 LAPPONI Juan Carlos Projetos de Investimento na Empresa Rio de Janeiro Elsevier 2007 MACHADO Jesseacute Anderson Pinto Projetos Econocircmicos uma abordagem praacutetica de elaboraccedilatildeo Satildeo Paulo Nobel 2002 MICHEL Maria Helena Metodologia e pesquisa cientiacutefica em ciecircncias sociais 2 ed Satildeo Paulo Atlas 2009 OLIVEIRA Djalma de Pinho Rebouccedilas de Planejamento estrateacutegico conceitos metodologia e praacuteticas 20 ed Satildeo Paulo Atlas 2004 PRODANOV Cleber Cristiano ERNANI Cesar de Freitas Metodologia do trabalho cientiacutefico meacutetodo e teacutecnicas da pesquisa e do trabalho acadecircmico 2 ed Novo Hamburgo Freevale 2013
49
REBELATTO Dayse Projeto de Investimento 1 ed Barueri Manole 2004 SEBRAE Pesquisa de Mercado o que eacute e para que serve Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrsitesPortalSebraeartigosPesquisa-de-mercado-o-que-C3A9-e-para-que-servegt Acesso em 21 de Junho de 2015 SEBRAE Fluxo de caixa Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrSebraePortal20SebraeAnexos0_fluxo-de-caixapdfgt Acesso em 10 de Outubro de 2015 WILDAUER Egon Walter Plano de negoacutecios elementos construtivos e processos de elaboraccedilatildeo 2 ed Curitiba Ibpex 2011 WOILER Samsatildeo MATHIAS Washington Franco Projetos planejamento elaboraccedilatildeo anaacutelise 1 ed Satildeo Paulo Atlas 1994
50
APEcircNDICES
APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL 51
APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS 52
APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL 52
51
APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL
Item Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5
Aacutegua 25000 26250 27563 28941 30388
Aluguel 160000 168000 176400 185220 194481
Assessoria Contaacutebil 80000 84000 88200 92610 97241
Gaacutes 49000 51450 54023 56724 59560
Impostos 387858 422765 464481 506284 551849
Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)
80268 84281 88495 92920 97566
Energia eleacutetrica 70000 73500 77175 81034 85085
Manutenccedilatildeo 50000 52500 55125 57881 60775
Material de escritoacuterio 20000 21000 22050 23153 24310
Material de Limpeza 40000 42000 44100 46305 48620
Folha de pagamento 272266 299493 329442 362386 398625
Seguros 15000 15750 16538 17364 18233
Telefone fixointernet 20000 21000 22050 23153 24310
Telefone Moacutevel 12000 12600 13230 13892 14586
Vale Refeiccedilatildeo 75000 82500 90750 99825 109808
Vale Transporte 33000 34650 36383 38202 40112
Proacute- labore 200000 220000 286000 328900 361790
Taxas Bancaacuterias 8000 8400 8820 9261 9724
Total R$ 1597392 R$ 1720139 R$ 1900823 R$ 2064053 R$ 2227062
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
52
APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS
Item
Produccedilatildeo mensal meacutedia
Custo unitaacuterio total
Sugestatildeo Preccedilo de venda
Custo Mensal Total
Receita de vendas
Bolos artiacutesticos (recheios diversos) 150 6000 13500 900000 2025000
Bolos de copa (recheios diversos) 30 3600 8100 108000 243000
Naked cake (recheios diversos) 60 4200 9450 252000 567000
Doces Tradicionais 32 3500 7875 112000 252000
Doces Espelhados 32 5000 11250 160000 360000
Doces Finos 32 7500 16875 240000 540000
Brigadeiros gourmet 16 4500 10125 72000 162000
Tacinhas acriacutelicas 16 5500 12375 88000 198000
Trufas 32 5000 11250 160000 360000
Bombons 32 5000 11250 160000 360000
Bem casados 3200 100 225 320000 720000
Custo produccedilatildeo Total 2572000
Receita Total 5787000
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL
Ano Receita Bruta Variaccedilatildeo anual
Ano 1 000
Ano 2 69444000 9
Ano 3 75693960 9
Ano 4 82506416 9
Ano 5 89931994 9
Valor considerando a inflaccedilatildeo de 9 aa
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
43
TABELA 5 - CAPITAL DE GIRO
Item Valor (R$)
Estoque Inicial 5144000
Custo Fixo Mensal 3194783
Reserva (10) 833878
Total do Capital de Giro Inicial 9172662
FONTE ELABORDO PELO AUTOR
44 FLUXO DE CAIXA
ldquoFluxo de Caixa eacute um Instrumento de gestatildeo financeira que projeta para
periacuteodos futuros todas as entradas e as saiacutedas de recursos financeiros da empresa
indicando como seraacute o saldo de caixa para o periacuteodo projetadordquo (SEBRAE)
Na tabela 6 eacute apresentada a projeccedilatildeo do Fluxo de Caixa da empresa para os
seus primeiros cinco anos onde fica evidenciado que do primeiro ateacute o quinto ano a
sauacutede financeira da empresa melhora gradativamente sendo que no final do quinto
ano o saldo em caixa ultrapassa os 300 se comparado com o saldo em caixa no
final do primeiro ano
Pode-se observar que natildeo foi inserida no fluxo de caixa a opccedilatildeo de
inadimplecircncia pois todos os pagamentos seratildeo efetuados agrave vista em dinheiro ou
cartatildeo sendo que o pagamento total dos produtos deve ser efetuado no miacutenimo 10
dias antes da data do evento
44
TABELA 6 - PROJECcedilAtildeO DE FLUXO DE CAIXA NOS PRIMEIROS CINCO ANOS
Descriccedilatildeo Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5
Investimento Inicial (5162851)
Capital de Giro (9172662) 9172662
Valor Residual 1548855
Total de entradas 000 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873
Previsatildeo Receitas de vendas 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873
Total de Saiacutedas (14335513) (44888699) (54283425) (59479393) (64738409) (70291804)
(-)Fornecedores (25720000) (33641760) (36669518) (39969775) (43567055)
(-)Folha de pagamento (3267192) (3593911) (3953302) (4348633) (4783496)
(-)Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)
(963216) (1011377) (1061946) (1115043) (1170795)
(-)Retiradas soacutecios (2400000) (2640000) (3432000) (3946800) (4341480)
(-)Impostos s vendas (4654291) (5073177) (5573767) (6075406) (6622192)
(-)Alugueacuteis (1920000) (2016000) (2116800) (2222640) (2333772)
(-)Energia eleacutetrica (840000) (882000) (926100) (972405) (1021025)
(-)Aacutegua (300000) (315000) (330750) (347288) (364652)
(-)Telefone (384000) (403200) (423360) (444528) (466754)
(-)Gaacutes (588000) (617400) (648270) (680684) (714718)
(-)Serviccedilos contabilidade (960000) (1008000) (1058400) (1111320) (1166886)
(-)Manutenccedilatildeo (600000) (630000) (661500) (694575) (729304)
(-)Outras despesas com funcionaacuterios
(1296000) (1405800) (1525590) (1656320) (1799030)
(-)Taxas bancaacuterias (96000) (100800) (105840) (111132) (116689)
(-)Outros pagamentos (900000) (945000) (992250) (1041863) (1093956)
Entradas - Saiacutedas (14335513) 12981301 21410535 23027023 25193585 27734070
Depreciaccedilatildeo 000 (631377) (631377) (631377) (631377) (631377)
Saldo Final (14335513) 12349924 20779158 22395647 24562208 37824209
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
A depreciaccedilatildeo foi calculada considerando o prazo de vida uacutetil meacutedio de 10
anos das maacutequinas equipamentos instalaccedilotildees moacuteveis e utensiacutelios e para os
computadores e perifeacutericos foi considerado o prazo de vida uacutetil de 5 anos conforme
demonstrado na tabela 7
TABELA 7 - DEPRECIACcedilAtildeO
Item Valor Inicial Taxa Anual Depreciaccedilatildeo Anual (R$)
Maacutequinas e equipamentos 3084878 10 308488
Instalaccedilotildees 103000 10 10300
Moacuteveis e Utensiacutelios 824057 10 82406
Computadores e Perifeacutericos 446204 20 89241
Outros 704712 20 140942
Total 631377
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
45
O valor residual dos equipamentos e instalaccedilotildees da empresa no final do quinto
ano foi considerado em 30 referente ao valor de aquisiccedilatildeo dos mesmos no iniacutecio do
projeto
45 ANAacuteLISE DOS INDICADORES (VPL TIR E PAYBACK)
451 Valor Presente Liacutequido (VPL)
A tabela 8 mostra que o VPL (Valor Presente Liacutequido) eacute positivo isso significa
que aleacutem de recuperar o investimento inicial ainda vai ser agregado ao valor da
empresa um montante de R$ R$50392407 (quinhentos e trecircs mil novecentos e vinte
quatro reais e sete centavos)
A taxa de retorno requerida de 20 foi determinada levando em conta o niacutevel
de risco do projeto e visando o valor desejado para se obter em cima do valor
investido
TABELA 8 - CALCULO DO VALOR PRESENTE LIacuteQUIDO (VPL)
Anos FC k 2000
0 -$143355 VPL $50392407
1 $123499 VPL $50392407
2 $207792 VPL $50392407
3 $223956 VPL $21761126
4 $245622 VPL $21761126
5 $378242 Decisatildeo Aceitar o Projeto
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
452 Taxa Interna de Retorno (TIR)
Conforme a tabela 9 eacute possiacutevel verificar que a TIR (Taxa Interna de Retorno)
eacute de 11593 maior que a taxa requerida de 20 isso significa que custo inicial seraacute
46
recuperado e o projeto vai criar valor para empresa mais um resultado favoraacutevel para
a aceitaccedilatildeo do projeto
TABELA 9 - TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR)
Anos FC
0 -$143355 TIR 11593
1 $123499 TIR 2168
2 $207792 TIR 2168
3 $223956 Decisatildeo
4 $245622 k 2000
5 $378242 Aceitar o projeto
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
453 Payback
O tempo de recuperaccedilatildeo do custo inicial ocorre normalmente entre o quarto e
o quinto ano se for feita a anaacutelise da tabela 10 eacute possiacutevel verificar que o tempo
necessaacuterio para o retorno do investimento (payback) do projeto eacute de 128 anos este
indicador mostra claramente que o projeto deve ser aceito pois o tempo de retorno
estaacute bem abaixo do tempo meacutedio dos empreendimentos como um todo
TABELA 10 - PAYBACK
k 20
Anos FC SPresente
0 -$143355 -$143355 PBD-SP = 128
1 $123499 -$40439 128
2 $207792 $103861
3 $223956 $233465
4 $245622 $351917
5 $378242 $503924
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
47
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Para iniciar um negoacutecio requer muito mais do que apenas o espiacuterito
empreendedor eacute necessaacuterio ter lideranccedila conhecimento sobre o mercado que deseja
atuar organizaccedilatildeo e principalmente planejamento
O principal objetivo desse estudo foi analisar a viabilidade econocircmico-
financeira da abertura de uma empresa de bolos e doces finos no Bairro Alto em
Curitiba
O objetivo apresentado nesta pesquisa foi atingido pois todos os indicadores
analisados mostram com clareza que empresa obteacutem resultados positivos que criam
valor para a mesma e com isso o projeto eacute viaacutevel economicamente pois do primeiro
ao quinto ano fica visiacutevel o crescimento do empreendimento e a melhora significativa
da sua sauacutede financeira isso fica evidenciado no saldo final em caixa no quinto ano
que chega proacuteximo haacute 400 mil reais Apesar disso eacute crucial o acompanhamento do
mercado para seguir as tendecircncias e se atualizar constantemente para tomar
decisotildees mais assertivas
Um negoacutecio mal avaliado pode arruinar a estabilidade econocircmica do
investidor por isso eacute de extrema importacircncia fazer todos os levantamentos de custos
antes de se aventurar em qualquer empreendimento
Eacute possiacutevel comprovar que a pesquisa realizada contribui positivamente para
abertura da empresa No entanto as informaccedilotildees aqui presentes natildeo satildeo estaacuteticas e
devem ser revisadas periodicamente e se preciso ateacute mesmo ampliadas no decorrer
da implantaccedilatildeo do projeto para que o mesmo seja uma ferramenta eficiente e eficaz
no desenvolvimento da empresa como um todo
48
REFEREcircNCIAS
BRITO Paulo Anaacutelise e viabilidade de projetos de investimento Satildeo Paulo Atlas 2003 DOLABELA Fernando O segredo de Luiacutesa 30 ed Satildeo Paulo Editora de Cultura 2006 DORNELAS Joseacute Carlos Assis Empreendedorismo transformando ideias em negoacutecios 4 ed Rio de Janeiro Campus Elsevier 2012 CENSO Demograacutefico 2010 Resultados gerais da amostra Curitiba IBGE 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=410690ampidtema=87ampsearch=parana|curitiba|censo-demografico-2010-resultados-gerais-da-amostra-gt Acesso em 21 de Junho de 2015 CHIAVENATO Idalberto Empreendedorismo dando asas ao espiacuterito empreendedor empreendedorismo e a viabilidade de novas empresas um guia eficiente para iniciar e tocar seu proacuteprio negoacutecio 2 ed Satildeo Paulo Saraiva 2007 ESTATIacuteSTICAS do registro civil 2012 Curitiba IBGE 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaoregistrocivil2012default_xlsshtmgt Acesso em 21 de Junho de 2015 GIL Antonio Carlos Meacutetodos e teacutecnicas de pesquisa social 6 ed Satildeo Paulo Atlas 2008 KOTLER Philip KELLER Kevin Lane Administraccedilatildeo de Marketing 12 ed Satildeo Paulo ABDR 2006 LAPPONI Juan Carlos Projetos de Investimento na Empresa Rio de Janeiro Elsevier 2007 MACHADO Jesseacute Anderson Pinto Projetos Econocircmicos uma abordagem praacutetica de elaboraccedilatildeo Satildeo Paulo Nobel 2002 MICHEL Maria Helena Metodologia e pesquisa cientiacutefica em ciecircncias sociais 2 ed Satildeo Paulo Atlas 2009 OLIVEIRA Djalma de Pinho Rebouccedilas de Planejamento estrateacutegico conceitos metodologia e praacuteticas 20 ed Satildeo Paulo Atlas 2004 PRODANOV Cleber Cristiano ERNANI Cesar de Freitas Metodologia do trabalho cientiacutefico meacutetodo e teacutecnicas da pesquisa e do trabalho acadecircmico 2 ed Novo Hamburgo Freevale 2013
49
REBELATTO Dayse Projeto de Investimento 1 ed Barueri Manole 2004 SEBRAE Pesquisa de Mercado o que eacute e para que serve Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrsitesPortalSebraeartigosPesquisa-de-mercado-o-que-C3A9-e-para-que-servegt Acesso em 21 de Junho de 2015 SEBRAE Fluxo de caixa Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrSebraePortal20SebraeAnexos0_fluxo-de-caixapdfgt Acesso em 10 de Outubro de 2015 WILDAUER Egon Walter Plano de negoacutecios elementos construtivos e processos de elaboraccedilatildeo 2 ed Curitiba Ibpex 2011 WOILER Samsatildeo MATHIAS Washington Franco Projetos planejamento elaboraccedilatildeo anaacutelise 1 ed Satildeo Paulo Atlas 1994
50
APEcircNDICES
APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL 51
APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS 52
APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL 52
51
APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL
Item Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5
Aacutegua 25000 26250 27563 28941 30388
Aluguel 160000 168000 176400 185220 194481
Assessoria Contaacutebil 80000 84000 88200 92610 97241
Gaacutes 49000 51450 54023 56724 59560
Impostos 387858 422765 464481 506284 551849
Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)
80268 84281 88495 92920 97566
Energia eleacutetrica 70000 73500 77175 81034 85085
Manutenccedilatildeo 50000 52500 55125 57881 60775
Material de escritoacuterio 20000 21000 22050 23153 24310
Material de Limpeza 40000 42000 44100 46305 48620
Folha de pagamento 272266 299493 329442 362386 398625
Seguros 15000 15750 16538 17364 18233
Telefone fixointernet 20000 21000 22050 23153 24310
Telefone Moacutevel 12000 12600 13230 13892 14586
Vale Refeiccedilatildeo 75000 82500 90750 99825 109808
Vale Transporte 33000 34650 36383 38202 40112
Proacute- labore 200000 220000 286000 328900 361790
Taxas Bancaacuterias 8000 8400 8820 9261 9724
Total R$ 1597392 R$ 1720139 R$ 1900823 R$ 2064053 R$ 2227062
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
52
APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS
Item
Produccedilatildeo mensal meacutedia
Custo unitaacuterio total
Sugestatildeo Preccedilo de venda
Custo Mensal Total
Receita de vendas
Bolos artiacutesticos (recheios diversos) 150 6000 13500 900000 2025000
Bolos de copa (recheios diversos) 30 3600 8100 108000 243000
Naked cake (recheios diversos) 60 4200 9450 252000 567000
Doces Tradicionais 32 3500 7875 112000 252000
Doces Espelhados 32 5000 11250 160000 360000
Doces Finos 32 7500 16875 240000 540000
Brigadeiros gourmet 16 4500 10125 72000 162000
Tacinhas acriacutelicas 16 5500 12375 88000 198000
Trufas 32 5000 11250 160000 360000
Bombons 32 5000 11250 160000 360000
Bem casados 3200 100 225 320000 720000
Custo produccedilatildeo Total 2572000
Receita Total 5787000
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL
Ano Receita Bruta Variaccedilatildeo anual
Ano 1 000
Ano 2 69444000 9
Ano 3 75693960 9
Ano 4 82506416 9
Ano 5 89931994 9
Valor considerando a inflaccedilatildeo de 9 aa
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
44
TABELA 6 - PROJECcedilAtildeO DE FLUXO DE CAIXA NOS PRIMEIROS CINCO ANOS
Descriccedilatildeo Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5
Investimento Inicial (5162851)
Capital de Giro (9172662) 9172662
Valor Residual 1548855
Total de entradas 000 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873
Previsatildeo Receitas de vendas 57870000 75693960 82506416 89931994 98025873
Total de Saiacutedas (14335513) (44888699) (54283425) (59479393) (64738409) (70291804)
(-)Fornecedores (25720000) (33641760) (36669518) (39969775) (43567055)
(-)Folha de pagamento (3267192) (3593911) (3953302) (4348633) (4783496)
(-)Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)
(963216) (1011377) (1061946) (1115043) (1170795)
(-)Retiradas soacutecios (2400000) (2640000) (3432000) (3946800) (4341480)
(-)Impostos s vendas (4654291) (5073177) (5573767) (6075406) (6622192)
(-)Alugueacuteis (1920000) (2016000) (2116800) (2222640) (2333772)
(-)Energia eleacutetrica (840000) (882000) (926100) (972405) (1021025)
(-)Aacutegua (300000) (315000) (330750) (347288) (364652)
(-)Telefone (384000) (403200) (423360) (444528) (466754)
(-)Gaacutes (588000) (617400) (648270) (680684) (714718)
(-)Serviccedilos contabilidade (960000) (1008000) (1058400) (1111320) (1166886)
(-)Manutenccedilatildeo (600000) (630000) (661500) (694575) (729304)
(-)Outras despesas com funcionaacuterios
(1296000) (1405800) (1525590) (1656320) (1799030)
(-)Taxas bancaacuterias (96000) (100800) (105840) (111132) (116689)
(-)Outros pagamentos (900000) (945000) (992250) (1041863) (1093956)
Entradas - Saiacutedas (14335513) 12981301 21410535 23027023 25193585 27734070
Depreciaccedilatildeo 000 (631377) (631377) (631377) (631377) (631377)
Saldo Final (14335513) 12349924 20779158 22395647 24562208 37824209
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
A depreciaccedilatildeo foi calculada considerando o prazo de vida uacutetil meacutedio de 10
anos das maacutequinas equipamentos instalaccedilotildees moacuteveis e utensiacutelios e para os
computadores e perifeacutericos foi considerado o prazo de vida uacutetil de 5 anos conforme
demonstrado na tabela 7
TABELA 7 - DEPRECIACcedilAtildeO
Item Valor Inicial Taxa Anual Depreciaccedilatildeo Anual (R$)
Maacutequinas e equipamentos 3084878 10 308488
Instalaccedilotildees 103000 10 10300
Moacuteveis e Utensiacutelios 824057 10 82406
Computadores e Perifeacutericos 446204 20 89241
Outros 704712 20 140942
Total 631377
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
45
O valor residual dos equipamentos e instalaccedilotildees da empresa no final do quinto
ano foi considerado em 30 referente ao valor de aquisiccedilatildeo dos mesmos no iniacutecio do
projeto
45 ANAacuteLISE DOS INDICADORES (VPL TIR E PAYBACK)
451 Valor Presente Liacutequido (VPL)
A tabela 8 mostra que o VPL (Valor Presente Liacutequido) eacute positivo isso significa
que aleacutem de recuperar o investimento inicial ainda vai ser agregado ao valor da
empresa um montante de R$ R$50392407 (quinhentos e trecircs mil novecentos e vinte
quatro reais e sete centavos)
A taxa de retorno requerida de 20 foi determinada levando em conta o niacutevel
de risco do projeto e visando o valor desejado para se obter em cima do valor
investido
TABELA 8 - CALCULO DO VALOR PRESENTE LIacuteQUIDO (VPL)
Anos FC k 2000
0 -$143355 VPL $50392407
1 $123499 VPL $50392407
2 $207792 VPL $50392407
3 $223956 VPL $21761126
4 $245622 VPL $21761126
5 $378242 Decisatildeo Aceitar o Projeto
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
452 Taxa Interna de Retorno (TIR)
Conforme a tabela 9 eacute possiacutevel verificar que a TIR (Taxa Interna de Retorno)
eacute de 11593 maior que a taxa requerida de 20 isso significa que custo inicial seraacute
46
recuperado e o projeto vai criar valor para empresa mais um resultado favoraacutevel para
a aceitaccedilatildeo do projeto
TABELA 9 - TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR)
Anos FC
0 -$143355 TIR 11593
1 $123499 TIR 2168
2 $207792 TIR 2168
3 $223956 Decisatildeo
4 $245622 k 2000
5 $378242 Aceitar o projeto
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
453 Payback
O tempo de recuperaccedilatildeo do custo inicial ocorre normalmente entre o quarto e
o quinto ano se for feita a anaacutelise da tabela 10 eacute possiacutevel verificar que o tempo
necessaacuterio para o retorno do investimento (payback) do projeto eacute de 128 anos este
indicador mostra claramente que o projeto deve ser aceito pois o tempo de retorno
estaacute bem abaixo do tempo meacutedio dos empreendimentos como um todo
TABELA 10 - PAYBACK
k 20
Anos FC SPresente
0 -$143355 -$143355 PBD-SP = 128
1 $123499 -$40439 128
2 $207792 $103861
3 $223956 $233465
4 $245622 $351917
5 $378242 $503924
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
47
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Para iniciar um negoacutecio requer muito mais do que apenas o espiacuterito
empreendedor eacute necessaacuterio ter lideranccedila conhecimento sobre o mercado que deseja
atuar organizaccedilatildeo e principalmente planejamento
O principal objetivo desse estudo foi analisar a viabilidade econocircmico-
financeira da abertura de uma empresa de bolos e doces finos no Bairro Alto em
Curitiba
O objetivo apresentado nesta pesquisa foi atingido pois todos os indicadores
analisados mostram com clareza que empresa obteacutem resultados positivos que criam
valor para a mesma e com isso o projeto eacute viaacutevel economicamente pois do primeiro
ao quinto ano fica visiacutevel o crescimento do empreendimento e a melhora significativa
da sua sauacutede financeira isso fica evidenciado no saldo final em caixa no quinto ano
que chega proacuteximo haacute 400 mil reais Apesar disso eacute crucial o acompanhamento do
mercado para seguir as tendecircncias e se atualizar constantemente para tomar
decisotildees mais assertivas
Um negoacutecio mal avaliado pode arruinar a estabilidade econocircmica do
investidor por isso eacute de extrema importacircncia fazer todos os levantamentos de custos
antes de se aventurar em qualquer empreendimento
Eacute possiacutevel comprovar que a pesquisa realizada contribui positivamente para
abertura da empresa No entanto as informaccedilotildees aqui presentes natildeo satildeo estaacuteticas e
devem ser revisadas periodicamente e se preciso ateacute mesmo ampliadas no decorrer
da implantaccedilatildeo do projeto para que o mesmo seja uma ferramenta eficiente e eficaz
no desenvolvimento da empresa como um todo
48
REFEREcircNCIAS
BRITO Paulo Anaacutelise e viabilidade de projetos de investimento Satildeo Paulo Atlas 2003 DOLABELA Fernando O segredo de Luiacutesa 30 ed Satildeo Paulo Editora de Cultura 2006 DORNELAS Joseacute Carlos Assis Empreendedorismo transformando ideias em negoacutecios 4 ed Rio de Janeiro Campus Elsevier 2012 CENSO Demograacutefico 2010 Resultados gerais da amostra Curitiba IBGE 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=410690ampidtema=87ampsearch=parana|curitiba|censo-demografico-2010-resultados-gerais-da-amostra-gt Acesso em 21 de Junho de 2015 CHIAVENATO Idalberto Empreendedorismo dando asas ao espiacuterito empreendedor empreendedorismo e a viabilidade de novas empresas um guia eficiente para iniciar e tocar seu proacuteprio negoacutecio 2 ed Satildeo Paulo Saraiva 2007 ESTATIacuteSTICAS do registro civil 2012 Curitiba IBGE 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaoregistrocivil2012default_xlsshtmgt Acesso em 21 de Junho de 2015 GIL Antonio Carlos Meacutetodos e teacutecnicas de pesquisa social 6 ed Satildeo Paulo Atlas 2008 KOTLER Philip KELLER Kevin Lane Administraccedilatildeo de Marketing 12 ed Satildeo Paulo ABDR 2006 LAPPONI Juan Carlos Projetos de Investimento na Empresa Rio de Janeiro Elsevier 2007 MACHADO Jesseacute Anderson Pinto Projetos Econocircmicos uma abordagem praacutetica de elaboraccedilatildeo Satildeo Paulo Nobel 2002 MICHEL Maria Helena Metodologia e pesquisa cientiacutefica em ciecircncias sociais 2 ed Satildeo Paulo Atlas 2009 OLIVEIRA Djalma de Pinho Rebouccedilas de Planejamento estrateacutegico conceitos metodologia e praacuteticas 20 ed Satildeo Paulo Atlas 2004 PRODANOV Cleber Cristiano ERNANI Cesar de Freitas Metodologia do trabalho cientiacutefico meacutetodo e teacutecnicas da pesquisa e do trabalho acadecircmico 2 ed Novo Hamburgo Freevale 2013
49
REBELATTO Dayse Projeto de Investimento 1 ed Barueri Manole 2004 SEBRAE Pesquisa de Mercado o que eacute e para que serve Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrsitesPortalSebraeartigosPesquisa-de-mercado-o-que-C3A9-e-para-que-servegt Acesso em 21 de Junho de 2015 SEBRAE Fluxo de caixa Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrSebraePortal20SebraeAnexos0_fluxo-de-caixapdfgt Acesso em 10 de Outubro de 2015 WILDAUER Egon Walter Plano de negoacutecios elementos construtivos e processos de elaboraccedilatildeo 2 ed Curitiba Ibpex 2011 WOILER Samsatildeo MATHIAS Washington Franco Projetos planejamento elaboraccedilatildeo anaacutelise 1 ed Satildeo Paulo Atlas 1994
50
APEcircNDICES
APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL 51
APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS 52
APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL 52
51
APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL
Item Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5
Aacutegua 25000 26250 27563 28941 30388
Aluguel 160000 168000 176400 185220 194481
Assessoria Contaacutebil 80000 84000 88200 92610 97241
Gaacutes 49000 51450 54023 56724 59560
Impostos 387858 422765 464481 506284 551849
Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)
80268 84281 88495 92920 97566
Energia eleacutetrica 70000 73500 77175 81034 85085
Manutenccedilatildeo 50000 52500 55125 57881 60775
Material de escritoacuterio 20000 21000 22050 23153 24310
Material de Limpeza 40000 42000 44100 46305 48620
Folha de pagamento 272266 299493 329442 362386 398625
Seguros 15000 15750 16538 17364 18233
Telefone fixointernet 20000 21000 22050 23153 24310
Telefone Moacutevel 12000 12600 13230 13892 14586
Vale Refeiccedilatildeo 75000 82500 90750 99825 109808
Vale Transporte 33000 34650 36383 38202 40112
Proacute- labore 200000 220000 286000 328900 361790
Taxas Bancaacuterias 8000 8400 8820 9261 9724
Total R$ 1597392 R$ 1720139 R$ 1900823 R$ 2064053 R$ 2227062
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
52
APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS
Item
Produccedilatildeo mensal meacutedia
Custo unitaacuterio total
Sugestatildeo Preccedilo de venda
Custo Mensal Total
Receita de vendas
Bolos artiacutesticos (recheios diversos) 150 6000 13500 900000 2025000
Bolos de copa (recheios diversos) 30 3600 8100 108000 243000
Naked cake (recheios diversos) 60 4200 9450 252000 567000
Doces Tradicionais 32 3500 7875 112000 252000
Doces Espelhados 32 5000 11250 160000 360000
Doces Finos 32 7500 16875 240000 540000
Brigadeiros gourmet 16 4500 10125 72000 162000
Tacinhas acriacutelicas 16 5500 12375 88000 198000
Trufas 32 5000 11250 160000 360000
Bombons 32 5000 11250 160000 360000
Bem casados 3200 100 225 320000 720000
Custo produccedilatildeo Total 2572000
Receita Total 5787000
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL
Ano Receita Bruta Variaccedilatildeo anual
Ano 1 000
Ano 2 69444000 9
Ano 3 75693960 9
Ano 4 82506416 9
Ano 5 89931994 9
Valor considerando a inflaccedilatildeo de 9 aa
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
45
O valor residual dos equipamentos e instalaccedilotildees da empresa no final do quinto
ano foi considerado em 30 referente ao valor de aquisiccedilatildeo dos mesmos no iniacutecio do
projeto
45 ANAacuteLISE DOS INDICADORES (VPL TIR E PAYBACK)
451 Valor Presente Liacutequido (VPL)
A tabela 8 mostra que o VPL (Valor Presente Liacutequido) eacute positivo isso significa
que aleacutem de recuperar o investimento inicial ainda vai ser agregado ao valor da
empresa um montante de R$ R$50392407 (quinhentos e trecircs mil novecentos e vinte
quatro reais e sete centavos)
A taxa de retorno requerida de 20 foi determinada levando em conta o niacutevel
de risco do projeto e visando o valor desejado para se obter em cima do valor
investido
TABELA 8 - CALCULO DO VALOR PRESENTE LIacuteQUIDO (VPL)
Anos FC k 2000
0 -$143355 VPL $50392407
1 $123499 VPL $50392407
2 $207792 VPL $50392407
3 $223956 VPL $21761126
4 $245622 VPL $21761126
5 $378242 Decisatildeo Aceitar o Projeto
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
452 Taxa Interna de Retorno (TIR)
Conforme a tabela 9 eacute possiacutevel verificar que a TIR (Taxa Interna de Retorno)
eacute de 11593 maior que a taxa requerida de 20 isso significa que custo inicial seraacute
46
recuperado e o projeto vai criar valor para empresa mais um resultado favoraacutevel para
a aceitaccedilatildeo do projeto
TABELA 9 - TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR)
Anos FC
0 -$143355 TIR 11593
1 $123499 TIR 2168
2 $207792 TIR 2168
3 $223956 Decisatildeo
4 $245622 k 2000
5 $378242 Aceitar o projeto
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
453 Payback
O tempo de recuperaccedilatildeo do custo inicial ocorre normalmente entre o quarto e
o quinto ano se for feita a anaacutelise da tabela 10 eacute possiacutevel verificar que o tempo
necessaacuterio para o retorno do investimento (payback) do projeto eacute de 128 anos este
indicador mostra claramente que o projeto deve ser aceito pois o tempo de retorno
estaacute bem abaixo do tempo meacutedio dos empreendimentos como um todo
TABELA 10 - PAYBACK
k 20
Anos FC SPresente
0 -$143355 -$143355 PBD-SP = 128
1 $123499 -$40439 128
2 $207792 $103861
3 $223956 $233465
4 $245622 $351917
5 $378242 $503924
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
47
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Para iniciar um negoacutecio requer muito mais do que apenas o espiacuterito
empreendedor eacute necessaacuterio ter lideranccedila conhecimento sobre o mercado que deseja
atuar organizaccedilatildeo e principalmente planejamento
O principal objetivo desse estudo foi analisar a viabilidade econocircmico-
financeira da abertura de uma empresa de bolos e doces finos no Bairro Alto em
Curitiba
O objetivo apresentado nesta pesquisa foi atingido pois todos os indicadores
analisados mostram com clareza que empresa obteacutem resultados positivos que criam
valor para a mesma e com isso o projeto eacute viaacutevel economicamente pois do primeiro
ao quinto ano fica visiacutevel o crescimento do empreendimento e a melhora significativa
da sua sauacutede financeira isso fica evidenciado no saldo final em caixa no quinto ano
que chega proacuteximo haacute 400 mil reais Apesar disso eacute crucial o acompanhamento do
mercado para seguir as tendecircncias e se atualizar constantemente para tomar
decisotildees mais assertivas
Um negoacutecio mal avaliado pode arruinar a estabilidade econocircmica do
investidor por isso eacute de extrema importacircncia fazer todos os levantamentos de custos
antes de se aventurar em qualquer empreendimento
Eacute possiacutevel comprovar que a pesquisa realizada contribui positivamente para
abertura da empresa No entanto as informaccedilotildees aqui presentes natildeo satildeo estaacuteticas e
devem ser revisadas periodicamente e se preciso ateacute mesmo ampliadas no decorrer
da implantaccedilatildeo do projeto para que o mesmo seja uma ferramenta eficiente e eficaz
no desenvolvimento da empresa como um todo
48
REFEREcircNCIAS
BRITO Paulo Anaacutelise e viabilidade de projetos de investimento Satildeo Paulo Atlas 2003 DOLABELA Fernando O segredo de Luiacutesa 30 ed Satildeo Paulo Editora de Cultura 2006 DORNELAS Joseacute Carlos Assis Empreendedorismo transformando ideias em negoacutecios 4 ed Rio de Janeiro Campus Elsevier 2012 CENSO Demograacutefico 2010 Resultados gerais da amostra Curitiba IBGE 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=410690ampidtema=87ampsearch=parana|curitiba|censo-demografico-2010-resultados-gerais-da-amostra-gt Acesso em 21 de Junho de 2015 CHIAVENATO Idalberto Empreendedorismo dando asas ao espiacuterito empreendedor empreendedorismo e a viabilidade de novas empresas um guia eficiente para iniciar e tocar seu proacuteprio negoacutecio 2 ed Satildeo Paulo Saraiva 2007 ESTATIacuteSTICAS do registro civil 2012 Curitiba IBGE 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaoregistrocivil2012default_xlsshtmgt Acesso em 21 de Junho de 2015 GIL Antonio Carlos Meacutetodos e teacutecnicas de pesquisa social 6 ed Satildeo Paulo Atlas 2008 KOTLER Philip KELLER Kevin Lane Administraccedilatildeo de Marketing 12 ed Satildeo Paulo ABDR 2006 LAPPONI Juan Carlos Projetos de Investimento na Empresa Rio de Janeiro Elsevier 2007 MACHADO Jesseacute Anderson Pinto Projetos Econocircmicos uma abordagem praacutetica de elaboraccedilatildeo Satildeo Paulo Nobel 2002 MICHEL Maria Helena Metodologia e pesquisa cientiacutefica em ciecircncias sociais 2 ed Satildeo Paulo Atlas 2009 OLIVEIRA Djalma de Pinho Rebouccedilas de Planejamento estrateacutegico conceitos metodologia e praacuteticas 20 ed Satildeo Paulo Atlas 2004 PRODANOV Cleber Cristiano ERNANI Cesar de Freitas Metodologia do trabalho cientiacutefico meacutetodo e teacutecnicas da pesquisa e do trabalho acadecircmico 2 ed Novo Hamburgo Freevale 2013
49
REBELATTO Dayse Projeto de Investimento 1 ed Barueri Manole 2004 SEBRAE Pesquisa de Mercado o que eacute e para que serve Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrsitesPortalSebraeartigosPesquisa-de-mercado-o-que-C3A9-e-para-que-servegt Acesso em 21 de Junho de 2015 SEBRAE Fluxo de caixa Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrSebraePortal20SebraeAnexos0_fluxo-de-caixapdfgt Acesso em 10 de Outubro de 2015 WILDAUER Egon Walter Plano de negoacutecios elementos construtivos e processos de elaboraccedilatildeo 2 ed Curitiba Ibpex 2011 WOILER Samsatildeo MATHIAS Washington Franco Projetos planejamento elaboraccedilatildeo anaacutelise 1 ed Satildeo Paulo Atlas 1994
50
APEcircNDICES
APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL 51
APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS 52
APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL 52
51
APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL
Item Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5
Aacutegua 25000 26250 27563 28941 30388
Aluguel 160000 168000 176400 185220 194481
Assessoria Contaacutebil 80000 84000 88200 92610 97241
Gaacutes 49000 51450 54023 56724 59560
Impostos 387858 422765 464481 506284 551849
Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)
80268 84281 88495 92920 97566
Energia eleacutetrica 70000 73500 77175 81034 85085
Manutenccedilatildeo 50000 52500 55125 57881 60775
Material de escritoacuterio 20000 21000 22050 23153 24310
Material de Limpeza 40000 42000 44100 46305 48620
Folha de pagamento 272266 299493 329442 362386 398625
Seguros 15000 15750 16538 17364 18233
Telefone fixointernet 20000 21000 22050 23153 24310
Telefone Moacutevel 12000 12600 13230 13892 14586
Vale Refeiccedilatildeo 75000 82500 90750 99825 109808
Vale Transporte 33000 34650 36383 38202 40112
Proacute- labore 200000 220000 286000 328900 361790
Taxas Bancaacuterias 8000 8400 8820 9261 9724
Total R$ 1597392 R$ 1720139 R$ 1900823 R$ 2064053 R$ 2227062
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
52
APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS
Item
Produccedilatildeo mensal meacutedia
Custo unitaacuterio total
Sugestatildeo Preccedilo de venda
Custo Mensal Total
Receita de vendas
Bolos artiacutesticos (recheios diversos) 150 6000 13500 900000 2025000
Bolos de copa (recheios diversos) 30 3600 8100 108000 243000
Naked cake (recheios diversos) 60 4200 9450 252000 567000
Doces Tradicionais 32 3500 7875 112000 252000
Doces Espelhados 32 5000 11250 160000 360000
Doces Finos 32 7500 16875 240000 540000
Brigadeiros gourmet 16 4500 10125 72000 162000
Tacinhas acriacutelicas 16 5500 12375 88000 198000
Trufas 32 5000 11250 160000 360000
Bombons 32 5000 11250 160000 360000
Bem casados 3200 100 225 320000 720000
Custo produccedilatildeo Total 2572000
Receita Total 5787000
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL
Ano Receita Bruta Variaccedilatildeo anual
Ano 1 000
Ano 2 69444000 9
Ano 3 75693960 9
Ano 4 82506416 9
Ano 5 89931994 9
Valor considerando a inflaccedilatildeo de 9 aa
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
46
recuperado e o projeto vai criar valor para empresa mais um resultado favoraacutevel para
a aceitaccedilatildeo do projeto
TABELA 9 - TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR)
Anos FC
0 -$143355 TIR 11593
1 $123499 TIR 2168
2 $207792 TIR 2168
3 $223956 Decisatildeo
4 $245622 k 2000
5 $378242 Aceitar o projeto
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
453 Payback
O tempo de recuperaccedilatildeo do custo inicial ocorre normalmente entre o quarto e
o quinto ano se for feita a anaacutelise da tabela 10 eacute possiacutevel verificar que o tempo
necessaacuterio para o retorno do investimento (payback) do projeto eacute de 128 anos este
indicador mostra claramente que o projeto deve ser aceito pois o tempo de retorno
estaacute bem abaixo do tempo meacutedio dos empreendimentos como um todo
TABELA 10 - PAYBACK
k 20
Anos FC SPresente
0 -$143355 -$143355 PBD-SP = 128
1 $123499 -$40439 128
2 $207792 $103861
3 $223956 $233465
4 $245622 $351917
5 $378242 $503924
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
47
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Para iniciar um negoacutecio requer muito mais do que apenas o espiacuterito
empreendedor eacute necessaacuterio ter lideranccedila conhecimento sobre o mercado que deseja
atuar organizaccedilatildeo e principalmente planejamento
O principal objetivo desse estudo foi analisar a viabilidade econocircmico-
financeira da abertura de uma empresa de bolos e doces finos no Bairro Alto em
Curitiba
O objetivo apresentado nesta pesquisa foi atingido pois todos os indicadores
analisados mostram com clareza que empresa obteacutem resultados positivos que criam
valor para a mesma e com isso o projeto eacute viaacutevel economicamente pois do primeiro
ao quinto ano fica visiacutevel o crescimento do empreendimento e a melhora significativa
da sua sauacutede financeira isso fica evidenciado no saldo final em caixa no quinto ano
que chega proacuteximo haacute 400 mil reais Apesar disso eacute crucial o acompanhamento do
mercado para seguir as tendecircncias e se atualizar constantemente para tomar
decisotildees mais assertivas
Um negoacutecio mal avaliado pode arruinar a estabilidade econocircmica do
investidor por isso eacute de extrema importacircncia fazer todos os levantamentos de custos
antes de se aventurar em qualquer empreendimento
Eacute possiacutevel comprovar que a pesquisa realizada contribui positivamente para
abertura da empresa No entanto as informaccedilotildees aqui presentes natildeo satildeo estaacuteticas e
devem ser revisadas periodicamente e se preciso ateacute mesmo ampliadas no decorrer
da implantaccedilatildeo do projeto para que o mesmo seja uma ferramenta eficiente e eficaz
no desenvolvimento da empresa como um todo
48
REFEREcircNCIAS
BRITO Paulo Anaacutelise e viabilidade de projetos de investimento Satildeo Paulo Atlas 2003 DOLABELA Fernando O segredo de Luiacutesa 30 ed Satildeo Paulo Editora de Cultura 2006 DORNELAS Joseacute Carlos Assis Empreendedorismo transformando ideias em negoacutecios 4 ed Rio de Janeiro Campus Elsevier 2012 CENSO Demograacutefico 2010 Resultados gerais da amostra Curitiba IBGE 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=410690ampidtema=87ampsearch=parana|curitiba|censo-demografico-2010-resultados-gerais-da-amostra-gt Acesso em 21 de Junho de 2015 CHIAVENATO Idalberto Empreendedorismo dando asas ao espiacuterito empreendedor empreendedorismo e a viabilidade de novas empresas um guia eficiente para iniciar e tocar seu proacuteprio negoacutecio 2 ed Satildeo Paulo Saraiva 2007 ESTATIacuteSTICAS do registro civil 2012 Curitiba IBGE 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaoregistrocivil2012default_xlsshtmgt Acesso em 21 de Junho de 2015 GIL Antonio Carlos Meacutetodos e teacutecnicas de pesquisa social 6 ed Satildeo Paulo Atlas 2008 KOTLER Philip KELLER Kevin Lane Administraccedilatildeo de Marketing 12 ed Satildeo Paulo ABDR 2006 LAPPONI Juan Carlos Projetos de Investimento na Empresa Rio de Janeiro Elsevier 2007 MACHADO Jesseacute Anderson Pinto Projetos Econocircmicos uma abordagem praacutetica de elaboraccedilatildeo Satildeo Paulo Nobel 2002 MICHEL Maria Helena Metodologia e pesquisa cientiacutefica em ciecircncias sociais 2 ed Satildeo Paulo Atlas 2009 OLIVEIRA Djalma de Pinho Rebouccedilas de Planejamento estrateacutegico conceitos metodologia e praacuteticas 20 ed Satildeo Paulo Atlas 2004 PRODANOV Cleber Cristiano ERNANI Cesar de Freitas Metodologia do trabalho cientiacutefico meacutetodo e teacutecnicas da pesquisa e do trabalho acadecircmico 2 ed Novo Hamburgo Freevale 2013
49
REBELATTO Dayse Projeto de Investimento 1 ed Barueri Manole 2004 SEBRAE Pesquisa de Mercado o que eacute e para que serve Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrsitesPortalSebraeartigosPesquisa-de-mercado-o-que-C3A9-e-para-que-servegt Acesso em 21 de Junho de 2015 SEBRAE Fluxo de caixa Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrSebraePortal20SebraeAnexos0_fluxo-de-caixapdfgt Acesso em 10 de Outubro de 2015 WILDAUER Egon Walter Plano de negoacutecios elementos construtivos e processos de elaboraccedilatildeo 2 ed Curitiba Ibpex 2011 WOILER Samsatildeo MATHIAS Washington Franco Projetos planejamento elaboraccedilatildeo anaacutelise 1 ed Satildeo Paulo Atlas 1994
50
APEcircNDICES
APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL 51
APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS 52
APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL 52
51
APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL
Item Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5
Aacutegua 25000 26250 27563 28941 30388
Aluguel 160000 168000 176400 185220 194481
Assessoria Contaacutebil 80000 84000 88200 92610 97241
Gaacutes 49000 51450 54023 56724 59560
Impostos 387858 422765 464481 506284 551849
Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)
80268 84281 88495 92920 97566
Energia eleacutetrica 70000 73500 77175 81034 85085
Manutenccedilatildeo 50000 52500 55125 57881 60775
Material de escritoacuterio 20000 21000 22050 23153 24310
Material de Limpeza 40000 42000 44100 46305 48620
Folha de pagamento 272266 299493 329442 362386 398625
Seguros 15000 15750 16538 17364 18233
Telefone fixointernet 20000 21000 22050 23153 24310
Telefone Moacutevel 12000 12600 13230 13892 14586
Vale Refeiccedilatildeo 75000 82500 90750 99825 109808
Vale Transporte 33000 34650 36383 38202 40112
Proacute- labore 200000 220000 286000 328900 361790
Taxas Bancaacuterias 8000 8400 8820 9261 9724
Total R$ 1597392 R$ 1720139 R$ 1900823 R$ 2064053 R$ 2227062
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
52
APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS
Item
Produccedilatildeo mensal meacutedia
Custo unitaacuterio total
Sugestatildeo Preccedilo de venda
Custo Mensal Total
Receita de vendas
Bolos artiacutesticos (recheios diversos) 150 6000 13500 900000 2025000
Bolos de copa (recheios diversos) 30 3600 8100 108000 243000
Naked cake (recheios diversos) 60 4200 9450 252000 567000
Doces Tradicionais 32 3500 7875 112000 252000
Doces Espelhados 32 5000 11250 160000 360000
Doces Finos 32 7500 16875 240000 540000
Brigadeiros gourmet 16 4500 10125 72000 162000
Tacinhas acriacutelicas 16 5500 12375 88000 198000
Trufas 32 5000 11250 160000 360000
Bombons 32 5000 11250 160000 360000
Bem casados 3200 100 225 320000 720000
Custo produccedilatildeo Total 2572000
Receita Total 5787000
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL
Ano Receita Bruta Variaccedilatildeo anual
Ano 1 000
Ano 2 69444000 9
Ano 3 75693960 9
Ano 4 82506416 9
Ano 5 89931994 9
Valor considerando a inflaccedilatildeo de 9 aa
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
47
5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Para iniciar um negoacutecio requer muito mais do que apenas o espiacuterito
empreendedor eacute necessaacuterio ter lideranccedila conhecimento sobre o mercado que deseja
atuar organizaccedilatildeo e principalmente planejamento
O principal objetivo desse estudo foi analisar a viabilidade econocircmico-
financeira da abertura de uma empresa de bolos e doces finos no Bairro Alto em
Curitiba
O objetivo apresentado nesta pesquisa foi atingido pois todos os indicadores
analisados mostram com clareza que empresa obteacutem resultados positivos que criam
valor para a mesma e com isso o projeto eacute viaacutevel economicamente pois do primeiro
ao quinto ano fica visiacutevel o crescimento do empreendimento e a melhora significativa
da sua sauacutede financeira isso fica evidenciado no saldo final em caixa no quinto ano
que chega proacuteximo haacute 400 mil reais Apesar disso eacute crucial o acompanhamento do
mercado para seguir as tendecircncias e se atualizar constantemente para tomar
decisotildees mais assertivas
Um negoacutecio mal avaliado pode arruinar a estabilidade econocircmica do
investidor por isso eacute de extrema importacircncia fazer todos os levantamentos de custos
antes de se aventurar em qualquer empreendimento
Eacute possiacutevel comprovar que a pesquisa realizada contribui positivamente para
abertura da empresa No entanto as informaccedilotildees aqui presentes natildeo satildeo estaacuteticas e
devem ser revisadas periodicamente e se preciso ateacute mesmo ampliadas no decorrer
da implantaccedilatildeo do projeto para que o mesmo seja uma ferramenta eficiente e eficaz
no desenvolvimento da empresa como um todo
48
REFEREcircNCIAS
BRITO Paulo Anaacutelise e viabilidade de projetos de investimento Satildeo Paulo Atlas 2003 DOLABELA Fernando O segredo de Luiacutesa 30 ed Satildeo Paulo Editora de Cultura 2006 DORNELAS Joseacute Carlos Assis Empreendedorismo transformando ideias em negoacutecios 4 ed Rio de Janeiro Campus Elsevier 2012 CENSO Demograacutefico 2010 Resultados gerais da amostra Curitiba IBGE 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=410690ampidtema=87ampsearch=parana|curitiba|censo-demografico-2010-resultados-gerais-da-amostra-gt Acesso em 21 de Junho de 2015 CHIAVENATO Idalberto Empreendedorismo dando asas ao espiacuterito empreendedor empreendedorismo e a viabilidade de novas empresas um guia eficiente para iniciar e tocar seu proacuteprio negoacutecio 2 ed Satildeo Paulo Saraiva 2007 ESTATIacuteSTICAS do registro civil 2012 Curitiba IBGE 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaoregistrocivil2012default_xlsshtmgt Acesso em 21 de Junho de 2015 GIL Antonio Carlos Meacutetodos e teacutecnicas de pesquisa social 6 ed Satildeo Paulo Atlas 2008 KOTLER Philip KELLER Kevin Lane Administraccedilatildeo de Marketing 12 ed Satildeo Paulo ABDR 2006 LAPPONI Juan Carlos Projetos de Investimento na Empresa Rio de Janeiro Elsevier 2007 MACHADO Jesseacute Anderson Pinto Projetos Econocircmicos uma abordagem praacutetica de elaboraccedilatildeo Satildeo Paulo Nobel 2002 MICHEL Maria Helena Metodologia e pesquisa cientiacutefica em ciecircncias sociais 2 ed Satildeo Paulo Atlas 2009 OLIVEIRA Djalma de Pinho Rebouccedilas de Planejamento estrateacutegico conceitos metodologia e praacuteticas 20 ed Satildeo Paulo Atlas 2004 PRODANOV Cleber Cristiano ERNANI Cesar de Freitas Metodologia do trabalho cientiacutefico meacutetodo e teacutecnicas da pesquisa e do trabalho acadecircmico 2 ed Novo Hamburgo Freevale 2013
49
REBELATTO Dayse Projeto de Investimento 1 ed Barueri Manole 2004 SEBRAE Pesquisa de Mercado o que eacute e para que serve Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrsitesPortalSebraeartigosPesquisa-de-mercado-o-que-C3A9-e-para-que-servegt Acesso em 21 de Junho de 2015 SEBRAE Fluxo de caixa Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrSebraePortal20SebraeAnexos0_fluxo-de-caixapdfgt Acesso em 10 de Outubro de 2015 WILDAUER Egon Walter Plano de negoacutecios elementos construtivos e processos de elaboraccedilatildeo 2 ed Curitiba Ibpex 2011 WOILER Samsatildeo MATHIAS Washington Franco Projetos planejamento elaboraccedilatildeo anaacutelise 1 ed Satildeo Paulo Atlas 1994
50
APEcircNDICES
APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL 51
APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS 52
APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL 52
51
APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL
Item Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5
Aacutegua 25000 26250 27563 28941 30388
Aluguel 160000 168000 176400 185220 194481
Assessoria Contaacutebil 80000 84000 88200 92610 97241
Gaacutes 49000 51450 54023 56724 59560
Impostos 387858 422765 464481 506284 551849
Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)
80268 84281 88495 92920 97566
Energia eleacutetrica 70000 73500 77175 81034 85085
Manutenccedilatildeo 50000 52500 55125 57881 60775
Material de escritoacuterio 20000 21000 22050 23153 24310
Material de Limpeza 40000 42000 44100 46305 48620
Folha de pagamento 272266 299493 329442 362386 398625
Seguros 15000 15750 16538 17364 18233
Telefone fixointernet 20000 21000 22050 23153 24310
Telefone Moacutevel 12000 12600 13230 13892 14586
Vale Refeiccedilatildeo 75000 82500 90750 99825 109808
Vale Transporte 33000 34650 36383 38202 40112
Proacute- labore 200000 220000 286000 328900 361790
Taxas Bancaacuterias 8000 8400 8820 9261 9724
Total R$ 1597392 R$ 1720139 R$ 1900823 R$ 2064053 R$ 2227062
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
52
APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS
Item
Produccedilatildeo mensal meacutedia
Custo unitaacuterio total
Sugestatildeo Preccedilo de venda
Custo Mensal Total
Receita de vendas
Bolos artiacutesticos (recheios diversos) 150 6000 13500 900000 2025000
Bolos de copa (recheios diversos) 30 3600 8100 108000 243000
Naked cake (recheios diversos) 60 4200 9450 252000 567000
Doces Tradicionais 32 3500 7875 112000 252000
Doces Espelhados 32 5000 11250 160000 360000
Doces Finos 32 7500 16875 240000 540000
Brigadeiros gourmet 16 4500 10125 72000 162000
Tacinhas acriacutelicas 16 5500 12375 88000 198000
Trufas 32 5000 11250 160000 360000
Bombons 32 5000 11250 160000 360000
Bem casados 3200 100 225 320000 720000
Custo produccedilatildeo Total 2572000
Receita Total 5787000
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL
Ano Receita Bruta Variaccedilatildeo anual
Ano 1 000
Ano 2 69444000 9
Ano 3 75693960 9
Ano 4 82506416 9
Ano 5 89931994 9
Valor considerando a inflaccedilatildeo de 9 aa
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
48
REFEREcircNCIAS
BRITO Paulo Anaacutelise e viabilidade de projetos de investimento Satildeo Paulo Atlas 2003 DOLABELA Fernando O segredo de Luiacutesa 30 ed Satildeo Paulo Editora de Cultura 2006 DORNELAS Joseacute Carlos Assis Empreendedorismo transformando ideias em negoacutecios 4 ed Rio de Janeiro Campus Elsevier 2012 CENSO Demograacutefico 2010 Resultados gerais da amostra Curitiba IBGE 2010 Disponiacutevel em lthttpwwwcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=410690ampidtema=87ampsearch=parana|curitiba|censo-demografico-2010-resultados-gerais-da-amostra-gt Acesso em 21 de Junho de 2015 CHIAVENATO Idalberto Empreendedorismo dando asas ao espiacuterito empreendedor empreendedorismo e a viabilidade de novas empresas um guia eficiente para iniciar e tocar seu proacuteprio negoacutecio 2 ed Satildeo Paulo Saraiva 2007 ESTATIacuteSTICAS do registro civil 2012 Curitiba IBGE 2012 Disponiacutevel em lthttpwwwibgegovbrhomeestatisticapopulacaoregistrocivil2012default_xlsshtmgt Acesso em 21 de Junho de 2015 GIL Antonio Carlos Meacutetodos e teacutecnicas de pesquisa social 6 ed Satildeo Paulo Atlas 2008 KOTLER Philip KELLER Kevin Lane Administraccedilatildeo de Marketing 12 ed Satildeo Paulo ABDR 2006 LAPPONI Juan Carlos Projetos de Investimento na Empresa Rio de Janeiro Elsevier 2007 MACHADO Jesseacute Anderson Pinto Projetos Econocircmicos uma abordagem praacutetica de elaboraccedilatildeo Satildeo Paulo Nobel 2002 MICHEL Maria Helena Metodologia e pesquisa cientiacutefica em ciecircncias sociais 2 ed Satildeo Paulo Atlas 2009 OLIVEIRA Djalma de Pinho Rebouccedilas de Planejamento estrateacutegico conceitos metodologia e praacuteticas 20 ed Satildeo Paulo Atlas 2004 PRODANOV Cleber Cristiano ERNANI Cesar de Freitas Metodologia do trabalho cientiacutefico meacutetodo e teacutecnicas da pesquisa e do trabalho acadecircmico 2 ed Novo Hamburgo Freevale 2013
49
REBELATTO Dayse Projeto de Investimento 1 ed Barueri Manole 2004 SEBRAE Pesquisa de Mercado o que eacute e para que serve Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrsitesPortalSebraeartigosPesquisa-de-mercado-o-que-C3A9-e-para-que-servegt Acesso em 21 de Junho de 2015 SEBRAE Fluxo de caixa Disponiacutevel em lthttpwwwsebraecombrSebraePortal20SebraeAnexos0_fluxo-de-caixapdfgt Acesso em 10 de Outubro de 2015 WILDAUER Egon Walter Plano de negoacutecios elementos construtivos e processos de elaboraccedilatildeo 2 ed Curitiba Ibpex 2011 WOILER Samsatildeo MATHIAS Washington Franco Projetos planejamento elaboraccedilatildeo anaacutelise 1 ed Satildeo Paulo Atlas 1994
50
APEcircNDICES
APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL 51
APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS 52
APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL 52
51
APEcircNDICE 1 - CUSTO FIXO MENSAL
Item Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5
Aacutegua 25000 26250 27563 28941 30388
Aluguel 160000 168000 176400 185220 194481
Assessoria Contaacutebil 80000 84000 88200 92610 97241
Gaacutes 49000 51450 54023 56724 59560
Impostos 387858 422765 464481 506284 551849
Impostos Folha de pagamento (INSS e FGTS)
80268 84281 88495 92920 97566
Energia eleacutetrica 70000 73500 77175 81034 85085
Manutenccedilatildeo 50000 52500 55125 57881 60775
Material de escritoacuterio 20000 21000 22050 23153 24310
Material de Limpeza 40000 42000 44100 46305 48620
Folha de pagamento 272266 299493 329442 362386 398625
Seguros 15000 15750 16538 17364 18233
Telefone fixointernet 20000 21000 22050 23153 24310
Telefone Moacutevel 12000 12600 13230 13892 14586
Vale Refeiccedilatildeo 75000 82500 90750 99825 109808
Vale Transporte 33000 34650 36383 38202 40112
Proacute- labore 200000 220000 286000 328900 361790
Taxas Bancaacuterias 8000 8400 8820 9261 9724
Total R$ 1597392 R$ 1720139 R$ 1900823 R$ 2064053 R$ 2227062
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
52
APEcircNDICE 2 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS
Item
Produccedilatildeo mensal meacutedia
Custo unitaacuterio total
Sugestatildeo Preccedilo de venda
Custo Mensal Total
Receita de vendas
Bolos artiacutesticos (recheios diversos) 150 6000 13500 900000 2025000
Bolos de copa (recheios diversos) 30 3600 8100 108000 243000
Naked cake (recheios diversos) 60 4200 9450 252000 567000
Doces Tradicionais 32 3500 7875 112000 252000
Doces Espelhados 32 5000 11250 160000 360000
Doces Finos 32 7500 16875 240000 540000
Brigadeiros gourmet 16 4500 10125 72000 162000
Tacinhas acriacutelicas 16 5500 12375 88000 198000
Trufas 32 5000 11250 160000 360000
Bombons 32 5000 11250 160000 360000
Bem casados 3200 100 225 320000 720000
Custo produccedilatildeo Total 2572000
Receita Total 5787000
FONTE ELABORADO PELO AUTOR
APEcircNDICE 3 - ESTIMATIVAS DE CUSTOS E RECEITAS ANUAL
Ano Receita Bruta Variaccedilatildeo anual
Ano 1 000
Ano 2 69444000 9
Ano 3 75693960 9
Ano 4 82506416 9
Ano 5 89931994 9
Valor considerando a inflaccedilatildeo de 9 aa
FONTE ELABORADO PELO AUTOR