87
i UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE FISIOTERAPIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA EFEITOS DA HOSPITALIZAÇÃO NA FORÇA DE PREENSÃO PALMAR DE IDOSOS Natal, 2017

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE … · À minha mãe que, sempre me passou sua coragem e me ensinou a ter fé para vencer os desafios de mais esta etapa profissional

  • Upload
    hangoc

  • View
    212

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE … · À minha mãe que, sempre me passou sua coragem e me ensinou a ter fé para vencer os desafios de mais esta etapa profissional

i

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

DEPARTAMENTO DE FISIOTERAPIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA

EFEITOS DA HOSPITALIZAÇÃO NA FORÇA DE PREENSÃO PALMAR DE

IDOSOS

Natal, 2017

Page 2: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE … · À minha mãe que, sempre me passou sua coragem e me ensinou a ter fé para vencer os desafios de mais esta etapa profissional

ii

ANA CLÁUDIA MAURÍCIO DE CARVALHO

EFEITOS DA HOSPITALIZAÇÃO NA FORÇA DE PREENSÃO PALMAR DE

IDOSOS

Projeto de pesquisa submetido ao Programa de Pós-graduação em Fisioterapia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte como requisito

obrigatório de Defesa de Mestrado.

ORIENTADOR: Prof. Dr. RICARDO OLIVEIRA GUERRA

Natal – RN 2017

Page 3: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE … · À minha mãe que, sempre me passou sua coragem e me ensinou a ter fé para vencer os desafios de mais esta etapa profissional

iii

Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN

Sistema de Bibliotecas - SISBI

Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Setorial do Centro Ciências da Saúde - CCS

Carvalho, Ana Cláudia Maurício de.

Efeitos da hospitalização na força de preensão palmar de

idosos / Ana Cláudia Maurício de Carvalho. - Natal, 2017.

85f.: il.

Dissertação (Mestrado) - Programa de Pós-Graduação em

Fisioterapia. Centro de Ciências da Saúde. Universidade Federal

do Rio Grande do Norte.

Orientador: Ricardo Oliveira Guerra.

1. Força muscular - Dissertação. 2. Sarcopenia - Dissertação.

3. Envelhecimento - Dissertação. I. Guerra, Ricardo Oliveira.

II. Título.

RN/UF/BS-CCS CDU 796.015.52

Page 4: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE … · À minha mãe que, sempre me passou sua coragem e me ensinou a ter fé para vencer os desafios de mais esta etapa profissional

iv

Dedicatória

À minha mãe pelo incentivo na minha

carreira profissional e na vida.

Ao meu esposo pelo amor incondicional.

Page 5: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE … · À minha mãe que, sempre me passou sua coragem e me ensinou a ter fé para vencer os desafios de mais esta etapa profissional

v

Agradecimentos

À Deus pelo dom da vida e saúde, pela força e coragem de poder conquistar

esse título e por todas coisas que o Senhor nos faz ver que És bom o tempo

todo.

À minha mãe que, sempre me passou sua coragem e me ensinou a ter fé para

vencer os desafios de mais esta etapa profissional. Obrigada mãe por tudo, te

amo!

Ao meu esposo, pela paciência, por entender meus momentos de ausência,

por me amar.

Ao Professor Ricardo, por acreditar que eu era capaz de enfrentar o desafio

que foi este trabalho. Foi uma honra alcançar esse título com o senhor, muito

obrigada!

À Jú, que me ajudou em cada página dessa dissertação, que me tirou todas as

dúvidas que me afligiam e com muita paciência soube passar o que era

necessário para completar este trabalho. Você já é uma excelente professora,

meu muito obrigada por tudo.

À Cris, que também me ajudou muito, principalmente com correções e com

frases de incentivo com ‘calma Cláudia, vai dar tudo certo!’. Eu aprendi muito

com você, torço pelo o seu sucesso como professor.

À Karla, que dividiu comigo seu trabalho, que ainda na graduação me fez

sonhar e acreditar que poderia passar no mestrado e continuar a pesquisa.

Não foi fácil, mas conseguimos!

À Pri, que me incentivou desde o início a entrar no processo seletivo, que me

puxou pela mão e me mostrou o caminho, para juntas obter o título. Pri, muito

obrigada principalmente pela sua amizade.

À Professora Tânia, que todo tempo se dispôs a ajudar e ajudou muito, tanto

na minha banca de qualificação quanto me ensinando a fazer a curva Roc.

Obrigada!

Aos idosos participantes da pesquisa, que mesmo numa situação não

agradável me recebiam com carinho e nos ajudaram a compor esse trabalho. À

todos vocês meu muito obrigada.

À toda equipe do Laboratório 7, pela harmonia, momentos de risos e

cumplicidade e sempre todos dispostos ajudar. Vocês são demais!

Aos meus pacientes do pilates e domiciliares que sempre e a todo momento

me davam palavras de incentivo e sempre se colocavam a disposição para

Page 6: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE … · À minha mãe que, sempre me passou sua coragem e me ensinou a ter fé para vencer os desafios de mais esta etapa profissional

vi

possíveis remarcações devido ao mestrado. Vocês são os melhores pacientes

que se poderia ter.

Aos familiares, principalmente os do meu esposo como meus sogros que me

acolheram como filha e vibram nesse momento de alegria como meus pais.

Obrigada.

Aos amigos, que me fizeram bem nos momentos de angústia, me fazendo rir e

mostrar o quanto sou amada por eles.

Page 7: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE … · À minha mãe que, sempre me passou sua coragem e me ensinou a ter fé para vencer os desafios de mais esta etapa profissional

vii

Sumário Lista de abreviaturas .......................................................................................... ix

Lista de tabelas .................................................................................................. x

RESUMO............................................................................................................ xi

ABSTRACT: ...................................................................................................... xii

1 INTRODUÇÃO .............................................................................................. 13

1.1 Alterações funcionais no tecido muscular decorrentes do envelhecimento

...................................................................................................................... 14

1.2 Impacto da hospitalização no idoso ........................................................ 15

1.3 Avaliação da força de preensão palmar de idosos hospitalizados .......... 16

2 OBJETIVO ..................................................................................................... 18

2.1 Geral ....................................................................................................... 19

2.2 Específicos .............................................................................................. 19

3 MÉTODOS .................................................................................................... 21

3.1 Caracterização da Pesquisa ................................................................... 22

3.2 Local de Pesquisa ................................................................................... 22

3.3 Amostra ................................................................................................... 22

3.4 Variáveis do estudo ................................................................................. 23

3.5 Instrumentos ........................................................................................... 25

3.5.1 Perfil socioeconômico e de saúde .................................................... 25

3.5.2 Capacidade Cognitiva ....................................................................... 25

3.5.3 Capacidade funcional ....................................................................... 26

3.5.4 Avaliação do Desempenho físico ...................................................... 27

3.5.5 Sintomatologia Depressiva ............................................................... 27

3.5.6 Medidas antropométricas .................................................................. 28

3.5.7 Dados relacionados à alta hospitalar e óbito .................................... 28

3.6 Procedimentos ........................................................................................ 28

3.7 Análise Estatística ................................................................................... 29

3.8 Aspectos Éticos ....................................................................................... 30

4 RESULTADOS .............................................................................................. 31

5 DISCUSSÃO ................................................................................................. 42

6 CONCLUSÃO ................................................................................................ 48

REFERÊNCIAS ................................................................................................ 50

APÊNDICE 1 .................................................................................................... 54

Page 8: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE … · À minha mãe que, sempre me passou sua coragem e me ensinou a ter fé para vencer os desafios de mais esta etapa profissional

viii

ANEXO 1 – QUESTIONÁRIO ESTRUTURADO .............................................. 56

Page 9: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE … · À minha mãe que, sempre me passou sua coragem e me ensinou a ter fé para vencer os desafios de mais esta etapa profissional

ix

Lista de abreviaturas

AVD - Atividade de vida diária

ABVD - Atividade básica de vida diária

AIVD - Atividade instrumental de vida diária

EWGSOP - European Working Group on Sarcopenia in Older People

HUOL - Hospital Universitário Onofre Lopes

RN - Rio Grande do Norte

SUS - Sistema Único de Saúde

TCLE - Termo de consentimento livre e esclarecido

PCL - Prova cognitiva de Leganés

UTI - Unidade de terapia intensiva

IMC - Índice de massa corpórea

GDS - Geriatric Depression Scale

CEP - Comitê de Ética em Pesquisa

SPSS - Statistical Package for the Social Science

DP - Desvio padrão

ROC - Receiver Operating Characteristic

MIF - Medida de Independência funcional

Page 10: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE … · À minha mãe que, sempre me passou sua coragem e me ensinou a ter fé para vencer os desafios de mais esta etapa profissional

x

Lista de tabelas

Tabela 1 – Descrição e tipo das variáveis utilizadas no estudo

Tabela 2 - Características sociodemográficas e clínicas na internação

hospitalar.

Tabela 3 - Características clínicas da alta hospitalar.

Tabela 4 - Nível cognitivo e funcional dos idosos.

Tabela 5 - Médias de força de preensão palmar na internação e na alta de

idosos hospitalizados.

Tabela 6 - Modelos de regressão linear múltipla para homens e mulheres como

variável dependente a força máxima de preensão palmar na alta hospitalar.

Page 11: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE … · À minha mãe que, sempre me passou sua coragem e me ensinou a ter fé para vencer os desafios de mais esta etapa profissional

xi

RESUMO

Objetivo: Avaliar os efeitos da hospitalização na força de preensão palmar em

idosos internados em um hospital universitário; identificar fatores relacionados

ao pior desempenho e definir pontos de corte específicos de força de preensão

palmar para homens e mulheres. Métodos: um estudo do tipo observacional

analítico do tipo coorte foi realizado no Hospital Universitário Onofre Lopes

(HUOL), Natal-RN. Foram avaliados o estado cognitivo (Prova Cognitiva de

Leganés), o estado funcional (Índice de Katz, Escala de Lawton, Limitação

funcional de Nagi), de desempenho físico (Teste de força de preensão palmar e

velocidade da marcha) e presença de sintomatologia depressiva (GDS-15)

aplicados na internação e na alta hospitalar, assim como informações sobre o

estado de saúde e funcionalidade prévias à hospitalização. Resultados: Foram

avaliados 1070 idosos, entretanto houve 75 óbitos. Em relação a força de

preensão palmar observou-se diminuição significativa nas médias de força

entre admissão e alta em homens (26,66±9,68 internação e 19,11±13,42 na

alta, p<0,0001) e mulheres (17,93±7,43 internação e 14,24±9,41 alta,

p<0,0001). Os homens apresentaram maior perda de força de preensão palmar

em relação às mulheres (-8,10±13,51homens e -4,33±9,14mulheres,

p<0,0001). Permaneceram significantes no modelo de regressão linear múltipla

final as variáveis força máxima de preensão palmar na admissão, realizar

cirurgia para ambos os grupos e apenas em mulheres ser dependente 15 dias

antes e na admissão nas ABVD. Foram definidos os pontes de corte para força

de preensão palmar de 22,0 Kgf para homens e 15 Kgf para mulheres.

Conclusão: Os resultados do presente estudo sugerem que, existe uma

diferença na força de preensão palmar nos dois momentos de avaliação e que

homens perderam mais força que mulheres. Realizar cirurgia durante a

hospitalização diminui a força muscular de homens e mulheres idosos, ser

dependente nas ABVD 15 dias antes e na admissão também foram apenas em

mulheres. Por fim, definimos os pontos de corte para força de preensão palmar

em idosos hospitalizados específicos entre os sexos.

Palavras-chave: Força Muscular, Sarcopenia, Envelhecimento

Page 12: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE … · À minha mãe que, sempre me passou sua coragem e me ensinou a ter fé para vencer os desafios de mais esta etapa profissional

xii

ABSTRACT:

Aim: To evaluate the effects of hospitalization on handgrip strength of

hospitalized older adults in a university hospital; to identify factors related to the

worst performance in the test and to define specific cutoff points to handgrip

strength in men and women older adults. Methods: An analytical observational

type of the cohort type study was carried out at University Hospital Onofre

Lopes (HUOL), Natal-RN. Were evaluated cognitive status (Leganés Cognitive

Test), functional status (Katz Index, Lawton Scale and Functional limitation

Nagi), physical performance (handgrip strength and gait speed) and presence

of depressive symptomatology (GDS-15) at admission and discharge, as well

information on the state of the health and functionality prior to hospitalization

were collected. Results: a total of 1070 hospitalized older adults were

evaluated, however 75 deaths occurred. It was observed a significant decrease

in means of handgrip strength between admission and discharge for men

(26,66±9,68 admission and 19,11±13,42 discharge, p<0,0001) and for women

(17,93±7,43 admission and 14,24±9,41 discharge, p<0,0001). Men presented

greatest decline in handgrip strength compared to women (-8,10±13,51 men

and -4,33±9,14 women, p<0,0001). Remained significant in our final multiple

linear regression the variables maximum handgrip strength at admission,

perform surgery for both groups and be dependent 15 days before and on

admission in BADL in women only. Were defined the cutoff points for handgrip

strength of 22,0 Kgf for men and 15 Kgf for women. Conclusion: Our results

suggest that there is a difference in handgrip strength at both moments of

assessment and men have lost more strength than women. Performing surgery

in both men and women decreases muscle strength. Beside this, only in women

being dependent on BADL 15 days before and at moment of admission

decreased muscle strength on discharge. Finally, we defined the cutoff points

for handgrip strength in specific hospitalized elderly between the sexes.

Keywords:Muscle Strength, Sarcopenia, Aging.

Page 13: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE … · À minha mãe que, sempre me passou sua coragem e me ensinou a ter fé para vencer os desafios de mais esta etapa profissional

13

1 INTRODUÇÃO

Page 14: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE … · À minha mãe que, sempre me passou sua coragem e me ensinou a ter fé para vencer os desafios de mais esta etapa profissional

14

1.1 Alterações funcionais no tecido muscular decorrentes do envelhecimento

A redução de massa muscular e de força em idosos predispõe à

incapacidade, fragilidade e eventualmente a perda de independência funcional,

podendo ser este um processo natural decorrente da senescência (1). A origem

da redução da força muscular relacionada à idade pode ser biologicamente

atribuída ao declínio substancial do número de fibras musculares do tipo II (2).

Um dos processos fisiológicos da morte de fibras musculares ocorre

quando elas atingem um tamanho mínimo crítico. Outra causa de apoptose é a

degeneração e perda de neurônios. Além disso, a perda de fibras diminui a

capacidade de gerar força e metabolismo muscular, aumentando assim o risco

de dano muscular. Somado a isso, a taxa de síntese protéica muscular diminui

com o processo de envelhecimento, como também, a capacidade de reparo é

reduzida com o aumento da idade (3).

O processo fisiológico de declínio da força e massa muscular em idosos

foi chamado inicialmente de Sarcopenia por Rosemberg em 1989 (4). O termo

Sarcopenia é derivado do grego "sarcos", referindo-se à carne e "penia" à

perda, ou seja, perda de carne. Ao longo dos anos, esse conceito foi sendo

contestado e ampliado considerando aspectos relacionados à funcionalidade

associada ao desempenho físico (5). Neste sentido, Manini e Clark (2012)

consideraram que o termo dinapenia seria mais adequado por se caracterizar

um processo de declínio em idosos de perda de força muscular não atribuída

primariamente à doenças neurológicas ou muscular, e que acarretaria em

consequências desfavoráveis para o desempenho das atividades diárias e

sobrevivência. Considera-se ainda que esta disfunção estaria envolvida com a

reserva metabólica vital e resistência às doenças crônicas, e incapacidade (6).

Os resultados apresentados ainda por Manini e Clarck (2012) sugerem

que o número e magnitude de associações para baixo desempenho físico ou

incapacidade foram maiores para idosos com baixa força do que para aqueles

com baixa massa muscular. Nos estudos incluídos nessa revisão a associação

entre baixa força muscular e baixo desempenho físico ou deficiência foram

significativos em 90% das vezes (18 de 20 associações), enquanto que

aqueles que examinaram a mesma associação com baixa massa muscular

Page 15: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE … · À minha mãe que, sempre me passou sua coragem e me ensinou a ter fé para vencer os desafios de mais esta etapa profissional

15

foram significativos em apenas 35% das vezes (10 de 28 associações) (6).

Esses achados apontaram para a importância da avaliação da força muscular

nesse estágio da vida do indivíduo.

1.2 Impacto da hospitalização no idoso

A hospitalização é considerada um evento crítico na história clínica de

uma pessoa idosa, e se configura como uma das principais causas de

incapacidade em longo prazo (7). Estudos anteriores indicam que a

hospitalização afeta negativamente os resultados funcionais de idosos, mesmo

em pessoas com condições não incapacitantes e com relativamente boa

função basal (8). Além disso, baixos níveis de desempenho físico estão

associados à incapacidade funcional e quando as duas condições estão

presentes simultaneamente pode levar ao declínio funcional nas AVD desde a

alta e persistindo até um mês depois (9).

De forma geral, pacientes que realizam procedimentos eletivos obtêm

melhores resultados que idosos que foram hospitalizados em condições

agudas (10). Enfermidades preexistentes associados a quadros agudos

potencializam o risco de novas incapacidades e complicações durante o

período de hospitalização (11), assim como institucionalização e morte (12). A

mobilidade e funcionalidade parecem estar também fortemente relacionadas

com a hospitalização em idosos, mesmo em curtos períodos de internação,

bem como sendo diretamente associadas com os resultados funcionais pós-

hospitalização (13).

Estudos recentes mostram que, uma parte significativa do declínio

funcional ocorre poucos dias antes da admissão hospitalar enquanto outra

parcela é perdida durante a internação (14,15). O declínio observado na

admissão hospitalar pode ser consequência do efeito de uma doença aguda

sobre o estado funcional em pacientes com algum nível de vulnerabilidade, e

isso pode ter um significado relevante no prognóstico, agindo assim como um

potencial fator preditor da redução da reserva fisiológica e de fragilidade (14).

Sendo assim, a ocorrência de eventos adversos e a piora da capacidade

funcional durante a internação são decorrentes de uma combinação de fatores

Page 16: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE … · À minha mãe que, sempre me passou sua coragem e me ensinou a ter fé para vencer os desafios de mais esta etapa profissional

16

em virtude de alterações fisiológicas do envelhecimento, efeitos deletérios da

imobilização, da restrição ao leito, da doença aguda e as reações adversas a

medicamentos e procedimentos terapêuticos (16).

1.3 Avaliação da força de preensão palmar de idosos hospitalizados

Existem vários testes e escalas para avaliação do declínio funcional

após alta hospitalar de idosos, no entanto a maioria destes procedimentos são

onerosos ou subjetivos com pouca comparabilidade e padronização (17). A

avaliação da força de preensão palmar é uma medida fácil para utilização em

populações idosas seja comunitárias ou hospitalizadas (5).

Embora existam numerosas alternativas para quantificar de forma

objetiva a força muscular do idoso, predominam as medidas de força de

preensão palmar e a força de extensão de joelho. Dentre essas, a força de

preensão palmar tem a vantagem em termos de acessibilidade, portabilidade,

simplicidade e rapidez (18).

Para o grupo europeu de estudos sobre sarcopenia The European

Working Groupon Sarcopenia in Older People (EWGSOP), a força de preensão

palmar é uma das técnicas de avaliação recomendada para a mensuração da

força muscular, e um método simples para avaliação da função muscular que

reflete a saúde global do idoso, tornando-se um “sinal vital” na prática clínica

(5).

Além disso, a força de preensão palmar é um teste de desempenho

físico, amplamente utilizado nos idosos para avaliar diferentes fins (5), como

função do membro superior (19), mobilidade (20), hospitalização (21) e

mortalidade (21). Para a realização do teste de avaliação da força de preensão

palmar é exigida pouca formação e requer apenas poucos minutos, com

medidas precisas e resultados comparáveis entre populações (22).

Estudos longitudinais confirmam que a força de preensão palmar diminui

após a meia idade, acelerando com o envelhecimento e em idades mais

avançadas (23,24). Somado a isso, novos estudos demonstram esse declínio

em diferentes contextos como na hospitalização. Isaia e colaboradores (2013),

por exemplo, avaliaram o impacto na redução de força de preensão palmar de

Page 17: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE … · À minha mãe que, sempre me passou sua coragem e me ensinou a ter fé para vencer os desafios de mais esta etapa profissional

17

re-hospitalizações em 3 meses e 1 ano. Seus resultados sugerem que fraqueza

durante hospitalização poderia ser considerada como um valor preditivo para

morte e novas admissões hospitalares em pacientes idosos. Além disso, os

efeitos da redução da força de preensão palmar que ocorrem durante um

período de hospitalização, poderiam produzir efeitos até depois da mesma

hospitalização (24).

García-Peña et al. (2014) avaliou a força de preensão palmar, também

em idosos hospitalizados, para predizer declínio funcional na alta. Nesse

estudo, não foram encontradas associações significantes entre força de

preensão palmar e declínio funcional em mulheres idosas, apenas em homens.

Esse mesmo estudo identificou ainda o risco de declínio funcional em homens

com mais de sessenta anos, porém não esclareceu a existência na diferença

entre homens e mulheres idosos (22).

Tendo em vista que ainda são escassos os achados na literatura sobre a

relação entre o impacto da hospitalização na força muscular em idosos e que,

além disso, os achados vigentes são advindos de populações estrangeiras, o

presente estudo se propõe a avaliar os efeitos da hospitalização na força de

preensão palmar em uma amostra de idosos internados em um hospital

universitário público de uma cidade do nordeste brasileiro.

Page 18: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE … · À minha mãe que, sempre me passou sua coragem e me ensinou a ter fé para vencer os desafios de mais esta etapa profissional

18

2 OBJETIVO

Page 19: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE … · À minha mãe que, sempre me passou sua coragem e me ensinou a ter fé para vencer os desafios de mais esta etapa profissional

19

2.1 Geral

Avaliar os efeitos da hospitalização na força de preensão palmar em

idosos.

2.2 Específicos

Comparar as médias de força de preensão palmar dos participantes na

admissão e na alta hospitalar.

Identificar quais fatores estão relacionados ao pior desempenho no teste

de preensão palmar na alta hospitalar.

Definir pontos de corte para força de preensão palmar em homens e

mulheres idosos hospitalizados.

Page 20: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE … · À minha mãe que, sempre me passou sua coragem e me ensinou a ter fé para vencer os desafios de mais esta etapa profissional

20

Page 21: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE … · À minha mãe que, sempre me passou sua coragem e me ensinou a ter fé para vencer os desafios de mais esta etapa profissional

21

3 MÉTODOS

Page 22: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE … · À minha mãe que, sempre me passou sua coragem e me ensinou a ter fé para vencer os desafios de mais esta etapa profissional

22

3.1 Caracterização da Pesquisa

Este estudo é do tipo observacional analítico do tipo coorte e faz parte

de um estudo maior intitulado “Impacto da hospitalização na capacidade

funcional do idoso”.

3.2 Local de Pesquisa

O presente estudo foi realizado no Hospital Universitário Onofre Lopes

(HUOL), localizado no município de Natal-RN. Atualmente o Hospital possui

220 leitos em 6 enfermarias para tratamento clínico, cirúrgico e psiquiátrico

sendo destinados para o atendimento de pacientes provenientes

exclusivamente do Sistema Único de Saúde (SUS).

3.3 Amostra

A amostra foi selecionada por conveniência, composta por idosos que

tiveram internação no Hospital Universitário durante o período de janeiro de

2014 a abril de 2015 e que preencheram os critérios de elegibilidade descritos

abaixo:

Idade igual ou superior a 60 anos, de ambos os sexos;

Passar por internação hospitalar em qualquer área clínica ou

cirúrgica;

Vir previamente do seu domicílio e não de outra unidade hospitalar;

Não ter comprometimento severo na visão e audição;

Ser independente em duas ou mais atividades básicas de vida diária,

pela a Escala de Katz;

Não ter realizado procedimento invasivo prévio a abordagem para a

participação da pesquisa;

Aceitar participar da pesquisa e assinar o Termo de Consentimento

Livre e Esclarecido ou obter consentimento do acompanhante

(Apêndice 1).

Foram excluídos da pesquisa aqueles pacientes que foram transferidos

para outras unidades hospitalares ou que se recusaram a responder o

questionário na alta hospitalar.

Page 23: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE … · À minha mãe que, sempre me passou sua coragem e me ensinou a ter fé para vencer os desafios de mais esta etapa profissional

23

3.4 Variáveis do estudo

Tabela 1 – Descrição e tipo das variáveis utilizadas no estudo

Nome Descrição Tipo

Sexo Homem ou mulher Categórica

nominal

Idade Idade dos voluntários em anos Quantitativa

contínua

Estado Civil Categorizada em: casado (a), solteiro

(a), viúvo (a) e divorciado (a)

Categórica

nominal

Escolaridade Anos de estudo Quantitativa

contínua

Renda

satisfatória

Sim ou não

Categórica

nominal

Vive sozinho (a) Sim ou não Categórica

nominal

Queda nos

últimos 6 meses

Sim ou não Categórica

nominal

Auto relato de

saúde

Boa ou ruim Categórica

nominal

Prova cognitiva

de Leganés

Nível cognitivo: Normal (≥22 pontos)

ou declínio (<22 pontos)

Categórica

nominal

Avaliação das

atividades

instrumentais de

vida diária –

Lawton e Brody

Independente quando indivíduo realiza

todas as atividades ou dependente

quando não realiza uma ou mais

atividade.

Categórica

nominal

Avaliação das

atividades

básicas de vida

diária – Índice de

Katz

Independente quando indivíduo realiza

todas as atividades ou dependente

quando não realiza uma ou mais

atividade.

Categórica

nominal

Limitação Independente quando indivíduo realiza Categórica

Page 24: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE … · À minha mãe que, sempre me passou sua coragem e me ensinou a ter fé para vencer os desafios de mais esta etapa profissional

24

funcional – Nagi todas as atividades ou dependente

quando não realiza uma ou mais

atividade.

nominal

UTI Precisou ser admitido em UTI: sim ou

não.

Categórica

nominal

Cirurgia Passou por procedimento cirúrgico:

sim ou não.

Categórica

nominal

Fisioterapia Realizou fisioterapia: sim ou não Categórica

nominal

Depressão Avaliada pela GDS-15, com ponto de

corte 5, indicando presença (>5) ou

não de sintomatologia depressiva.

Categórica

nominal

Peso Medida padronizada do peso, em

quilogramas (Kg)

Quantitativa

contínua

Altura Medida padronizada da altura, em

metros (m)

Quantitativa

contínua

Doenças

crônicas

número de doenças crônicas Quantitativa

contínua

Classificação do

IMC

Quociente do peso pela altura elevada

à segunda potência, em quilogramas

por metro quadrado (Kg/m2). Foram

categorizadas da forma abaixo :

Abaixo do peso normal (<18,5 Kg),

normal (18,5 – 25,0 Kg), sobrepeso

(25,1 – 30,0 Kg) e acima do peso

(>30,0 Kg).

Categórica

ordinal

Velocidade da

marcha

Avaliada em metros por segundo após

caminhada percorrida de 4 metros. Foi

categorizada de acordo com ponto de

corte 0,6 ms, ≥0,6 ms normal e <0,6

com declínio na mobilidade.

Categórica

nominal

Page 25: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE … · À minha mãe que, sempre me passou sua coragem e me ensinou a ter fé para vencer os desafios de mais esta etapa profissional

25

Força de

preensão palmar

Medida com dinamômetro portátil em

quilogramas-força (Kgf).

Quantitativa

contínua

Morte Óbito sim ou não durante

hospitalização

Categórica

nominal

3.5 Instrumentos

Na coleta dos dados, foi utilizado um questionário estruturado contendo

testes e escalas validados, com boa confiabilidade e que são amplamente

utilizados na literatura (Anexo 1).

3.5.1 Perfil socioeconômico e de saúde

Para traçar o perfil do idoso foi elaborado um questionário estruturado

com objetivo de avaliar os aspectos sociodemográficos e de saúde do idoso

hospitalizado. Esse questionário possui questões relacionadas aos dados

pessoais do idoso, aos dados relacionados à família e à hospitalização atual.

Os dados pessoais compreenderam idade, escolaridade, sexo, renda familiar,

composição familiar e informações sobre o cuidador. Os dados relacionados à

saúde corresponderam ao motivo da internação, serviço que o internou,

doenças crônicas, medicamentos em uso, estado nutricional, quedas nos

últimos 6 meses, saúde percebida, qualidade do sono e presença de

acompanhante.

3.5.2 Capacidade Cognitiva

A Prova Cognitiva de Leganés (PCL) é um teste de rastreio cognitivo

desenvolvido na cidade de Leganés, na Espanha. A PCL foi desenvolvida com

o propósito de ser uma escala de fácil aplicação e sem influência da

escolaridade no escore final obtido. A realização do teste não depende da

habilidade de escrever, calcular, desenhar, ou desenvolver pensamento

abstrato, possibilitando o rastreio cognitivo adequado em populações com

baixo nível de escolaridade.

O teste possui 32 questões, agrupadas em 07 categorias: orientação

temporal (3 pontos); orientação espacial (2 pontos); informações pessoais (3

pontos); teste de nomeação (6 pontos); memória imediata (6 pontos); memória

tardia (6 pontos); memória lógica (6 pontos). As categorias da PCL podem ser

Page 26: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE … · À minha mãe que, sempre me passou sua coragem e me ensinou a ter fé para vencer os desafios de mais esta etapa profissional

26

ainda classificadas em dois domínios distintos: memória e orientação. As

categorias orientação temporal, orientação espacial e informações pessoais

são referentes ao domínio orientação, enquanto as demais compõem o

domínio memória. A pontuação total varia de 0 a 32, podendo alcançar de 0 a 8

no domínio orientação e de 0 a 24 no domínio memória. Melhores escores

estão associados ao melhor desempenho e o ponto de corte para déficit

cognitivo utilizado nesse estudo foi de 22 pontos (25).

3.5.3 Capacidade funcional

A capacidade funcional foi medida através da avaliação de atividades

básicas e instrumentais de vida diária e pela limitação funcional por meio de

três instrumentos específicos. Para avaliação das atividades básica da vida

diária (ABVD) foi utilizado o Índice de Katz. Este instrumento é destinado a

mensurar a independência em seis atividades de vida diária. São elas: banhar-

se, vestir-se, ir ao banheiro, transferências, continência e alimentação. O

mesmo possui duas categorias de classificação: independente quando realiza

todas as atividades e dependente quando realiza uma ou mais atividades com

ajuda. O mesmo ainda pode ser classificado em independente ou dependente

por tarefa. É uma escala amplamente utilizada e apresenta algumas versões

com modificações a partir de sua versão original (26).

Na avaliação das atividades instrumentais da vida diária (AIVD) foi

aplicada a Escala de Lawton. Ela determina a independência por meio da

execução de sete atividades (uso de telefone, fazer compras, preparo de

refeição, tarefas domésticas, usar meio de transporte, tomar medicações e

controle financeiro). O escore total varia entre 7 e 21 pontos, sendo que quanto

menor o valor obtido, maior o grau de comprometimento funcional (27). Foram

classificados como independentes aqueles indivíduos que atingiram 21 pontos

e dependente quando tiveram total escore <21.

A limitação funcional foi avaliada através da Escala de Limitação

Funcional de Nagi (28). Com o uso desta escala, é possível identificar

limitações na realização de tarefas como deslocar um objeto pesado,

transportar pesos, subir escadas, caminhar, ajoelhar-se, manusear objetos

pequenos e levantar os braços acima da cabeça. Cada item possui cinco

opções: nenhuma dificuldade, um pouco, mais ou menos, muito ou incapaz de

Page 27: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE … · À minha mãe que, sempre me passou sua coragem e me ensinou a ter fé para vencer os desafios de mais esta etapa profissional

27

realizar a tarefa, pontuando 1, nenhuma dificuldade e 5, incapaz de executar,

variando o escore total de 7 a 35. Indivíduos que não tiveram dificuldade em

realizar as 7 tarefas foram classificados como independentes e os que tiveram

qualquer dificuldade em executar uma ou mais tarefas foram classificados

como dependentes.

3.5.4 Avaliação do Desempenho físico

Para a avaliação da força muscular, a força de preensão palmar foi

testada por meio do dinamômetro JAMAR, um instrumento padrão para medir

força de preensão palmar tanto na prática clínica quanto em pesquisa (29). O

dinamômetro foi colocado, preferencialmente, na mão dominante tendo o ajuste

da 2º alça para homens e mulheres como recomenda a Sociedade Americana

de Terapia de Mão (30) na posição sentada em uma cadeira padrão, com apoio

nas costas, sem apoio nos braços. Foram obtidas três medidas em

quilogramas força (Kgf) com isometria de 6 segundos a cada intervalo de um

minuto entre elas e foi obtido o valor médio das três medidas e selecionado a

medida máxima de força de preensão palmar.

Na avaliação da função física, utilizamos o teste de velocidade da

marcha. Essa medida foi avaliada através do tempo percorrido em quatro

metros e configura um melhor resultado àqueles que a fazem em um menor

tempo (21,29,31). Foi solicitado que o paciente realizasse duas vezes o teste

com o intervalo de 30 segundos entre as avaliações. O menor valor das duas

provas foi selecionado para as análises. O ponto de corte 0,6ms-1 (metros por

segundo) foi adotado para esse estudo por ser considerado preditor de

institucionalização e hospitalização em idosos (32).

3.5.5 Sintomatologia Depressiva

Avaliada através da versão curta da Escala Geriárica de Depressão com

15 questões (GDS-15), muito utilizada na identificação de depressão nesta

população foi traduzida e validada para o português (33). Cada item da escala

varia de 0 a 1, atribuindo a pontuação de 1 para aquelas respostas que indicam

sintomatologia depressiva, tem ponto de corte para presença de depressão

indivíduos com total escore >5 pontos.

Page 28: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE … · À minha mãe que, sempre me passou sua coragem e me ensinou a ter fé para vencer os desafios de mais esta etapa profissional

28

3.5.6 Medidas antropométricas

O peso dos participantes foi avaliado através de uma balança digital,

com o resultado dado em quilogramas (Kg). A Altura foi medida com uma fita

métrica com o indivíduo descalço na posição anatômica próximo a parede com

o resultado em metros (m). Através dessas medidas encontramos o IMC

dividindo o peso pela altura ao quadrado. O resultado é dado em Kg/m2.

3.5.7 Dados relacionados à alta hospitalar e óbito

Neste questionário, continham dados referentes ao período de

hospitalização como peso, se o paciente precisou ir a Unidade de Terapia

Intensiva (UTI), se realizou cirurgia, auto relato de saúde e se realizou

fisioterapia. No questionário de óbito tinham informações colhidas do prontuário

do paciente como, por exemplo, se foi admitido na UTI, se passou por

procedimento cirúrgico, uso de fisioterapia, causa da morte e dia do óbito.

3.6 Procedimentos

Após aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) do Hospital

Universitário Onofre Lopes, com o parecer 496.645, o estudo teve início nas

enfermarias deste hospital. Para a coleta dos dados 3 entrevistadores foram

treinados para realizar o preenchimento adequado do questionário e a

realização correta dos testes para diminuir as possibilidades de vieses. Após

esse treinamento, foi realizado um estudo piloto com 30 idosos com objetivo de

calibrar os instrumentos e treinar os entrevistadores.

Um estudo piloto foi realizado com 30 idosos que preencheram os

critérios de elegibilidade adotados para esta pesquisa. Antes de iniciar as

coletas, o idoso devia assinar o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.

Nas coletas propriamente ditas, o idoso respondeu ao questionário

estruturado para traçar o perfil socioeconômico, aos questionários que avaliam

a capacidade funcional (Índice de Katz e Escala de Lawton, Limitação

Funcional de Nagi, Teste de força de preensão palmar e velocidade da

marcha), a capacidade cognitiva (Prova Cognitiva de Leganés) e depressão

(GDS-15) no questionário da internação.

Page 29: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE … · À minha mãe que, sempre me passou sua coragem e me ensinou a ter fé para vencer os desafios de mais esta etapa profissional

29

Na ocasião da alta hospitalar a mesma bateria de testes foi aplicada

(adicionando os dados da alta hospitalar ou óbito) à exceção do questionário

socioeconômico.

3.7 Análise Estatística

Os dados foram analisados utilizando o programa estatístico SPSS

(Statistical Package for the Social Science) versão 18.00. A normalidade de

distribuição dos dados foi mensurada através do teste de Kolmogorov-Smirnoff

devido ao tamanho da amostra e todas as análises foram separadas pelo sexo.

A análise descritiva foi realizada utilizando média e desvio padrão. Para

a comparação das médias de força de preensão palmar foi utilizado o teste T

pareado das duas avaliações (internação e alta). Como também o test T para

comparação das médias de força de preensão palmar pela diferença (delta) da

alta para a internação de homens e mulheres.

Para construção de um modelo preditivo para pior força de preensão

palmar na alta, foram utilizados modelos de regressão linear múltipla, utilizando

a força de preensão palmar máxima na alta como variável dependente.

Para análise de regressão linear, foram inseridas no modelo aquelas

variáveis que apresentaram significância estatística nas análises bivariadas.

Para isso foram realizados o test t de student para comparar a força de

preensão palmar máxima com o sexo, estado civil, cirurgia, estado cognitivo na

admissão, capacidade funcional, pela escala e Katz, limitação funcional pela

escala de Nagi e velocidade da marcha na admissão. Para o teste de

correlação de Pearson, foi utilizado para observar as relações entre força e as

variáveis idade, número de doenças crônicas, anos de estudo e número de

dias de hospitalização. Por fim, o teste ANOVA foi utilizado para a comparação

entre as categorias do IMC na internação e a força muscular.

Foram selecionadas as variáveis com p<0,05, sendo acrescentadas no

modelo de regressão 1 as variáveis contidas no questionário de internação e

no modelo 2 variáveis do questionário de alta. As variáveis foram colocadas em

ordem decrescente de coeficiente de correlação e pela significância utilizando o

método stepwise forward.

Page 30: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE … · À minha mãe que, sempre me passou sua coragem e me ensinou a ter fé para vencer os desafios de mais esta etapa profissional

30

No desejo de se obter pontos de corte para força de preensão palmar de

homens e mulheres separadamente, utilizamos as análises de curva Roc tendo

a velocidade da marcha como método padrão-ouro com utilização do ponto de

corte de 0,6 m/s. A definição de pontos de corte de força associados a pior

mobilidade já vem sendo muito utilizado na literatura em populações de idosas

comunitários (34–36). Para todas as análises foram utilizadas o intervalo de

confiança de 95% e o nível de significância de p<0,05.

3.8 Aspectos Éticos

Considerado os aspectos éticos referentes a pesquisas envolvendo

seres humanos, o presente estudo foi submetido ao Comitê de Ética em

Pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, fazendo parte de

uma pesquisa já existente, denominada “Impacto da hospitalização na

capacidade funcional do idoso” e foi aprovado com o parecer de número

496.645.

Foi solicitada, aos participantes, a leitura do Termo de Consentimento

Livre e Esclarecido, de acordo com o determinado pela Resolução 196/96, do

Conselho Nacional de Saúde (CNS). Este documento deixou explícito o convite

aos idosos para participação no estudo, por via escrita, informando ainda, que

este consentimento garantiria ao entrevistado o direito de interromper sua

colaboração na pesquisa a qualquer momento, caso julgasse necessário, sem

que isso implicasse em constrangimento ou prejuízo de qualquer ordem.

No momento da aplicação dos instrumentos, os participantes da

pesquisa foram informados previamente a respeito dos objetivos e

procedimentos desta, assim como do seu anonimato e da confidencialidade de

suas respostas.

Page 31: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE … · À minha mãe que, sempre me passou sua coragem e me ensinou a ter fé para vencer os desafios de mais esta etapa profissional

31

4 RESULTADOS

Page 32: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE … · À minha mãe que, sempre me passou sua coragem e me ensinou a ter fé para vencer os desafios de mais esta etapa profissional

32

Nossa amostra foi composta inicialmente de 633 homens (70,49±7,03

anos) e 437 mulheres (69,21±7,40 anos). Dentre os quais, 113 (17,9%)

homens e 78 (17,8%) mulheres sofreram pelo menos uma queda, e ainda 415

(65,1%) homens e 287 (65,6%) mulheres relataram pior estado de saúde

(tabela 2). As demais características gerais da amostra na admissão estão

descritas na tabela 2. A média de dias de internação entre homens foi de

8,55±12,49 dias de internação enquanto que para mulheres foi de 7,75±9,05.

Cerca de 468 (73,9%) homens e 313 (71,6%) mulheres passaram por cirurgia

eletiva ou de urgência. Por fim, 30 (4,7%) homens e 25 (5,7%) vieram a óbito

(Tabela 3). Alguns pacientes na internação (82 homens e 122 mulheres) não

tiveram o coeficiente do IMC devido os mesmos durante a medição não

conseguirem ficar na posição correta de avaliação, principalmente para a

altura. Na alta, o mesmo ocorreu com 76 homens e 117 mulheres.

Tabela 2. Características sociodemográficas e clínicas na internação hospitalar (n=1070)

Internação, N (%)

Variável Homens (n=633) Mulheres (n=437)

Estado civil

Casado 451 (71,2%) 259 (59,2%)

Solteiro 24 (3.8%) 38 (8,7%)

Viúvo 96 (15,2%) 93 (21,3%)

Divorciado 62 (9,8%) 47 (10,8%)

Vive sozinho

Sim 64 (10,1%) 31 (7,1%)

Não 569 (89,9%) 406 (92,9%)

Renda satisfatória

Sim 274 (43,3%) 194 (44,3%)

Não 359 (56,7%) 243 (55,7%)

Queda nos últimos 6 meses

Não 520 (82,1%) 359 (82,2%)

Sim 113 (17,9%) 78 (17,8%)

Auto relato de saúde

Boa 218 (34,5%) 150 (34,4%)

Ruim 415 (65,5%) 287 (65,6%)

IMC*

Abaixo do peso normal 7 (1,3%) 13 (4,1%)

Normal 252 (45,7%) 139 (44,1%)

Sobrepeso 225 (40,8%) 104 (33,1%)

Obesidade 67 (12,2%) 59 (18,7%)

*O N referente ao Índice Massa Corpórea (IMC) foi menor que as demais variáveis 551 homens e 315 mulheres.

Page 33: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE … · À minha mãe que, sempre me passou sua coragem e me ensinou a ter fé para vencer os desafios de mais esta etapa profissional

33

Tabela 3. Características clínicas da alta hospitalar (n=1070)

Alta Hospitala, N (%)

Variáveis Homens (n=633) Mulheres (n=437)

IMC*

Abaixo do peso normal 14 (2,6%) 13 (4,4%)

Normal 249 (47,1%) 118 (40,0%)

Sobrepeso 194 (36,7%) 101 (34,2%)

Obesidade 72 (13,6%) 63 (21,4%)

Internação em UTI

Não 517 (81,7%) 350 (80,1%)

Sim 116 (18,3%) 87 (19,9%)

Realização de Cirurgia

Não 165 (26,1%) 124 (28,4%)

Sim 468 (73,9%) 313 (71,6%)

Auto relato de saúde**

Boa 298 (49,5%) 180 (43,7%)

Ruim 305 (51,5%) 232 (56,3%)

Óbito

Não 603 (95,3%) 412 (94,3%)

Sim 30 (4,7%) 25 (5,7%)

Realização de Fisioterapia

Não 511 (80,7%) 334 (76,4%)

Sim 122 (19,3%) 103 (23,6%) *O N referente ao Índice de Massa Corpórea (IMC) e auto relato** de saúde foram menores

que as demais variáveis, 527 homens e 295 mulheres para IMC e 603 homens e 412 mulheres para auto relato de saúde.

Em relação ao estado funcional, foi observado à ocorrência

predominante de dependência funcional pelas escalas de Lawton e Nagi 15

dias antes da admissão, na internação e na alta em ambos homens e mulheres

(tabela 4). Enquanto que em relação à escala de Katz o inverso foi encontrado

nas mulheres. As quais, em maior número, nessa escala foram classificadas

como independentes 15 dias antes da admissão, na internação e na alta. Já

para os homens foi observado maior estado de dependência funcional no

momento da alta hospitalar (tabela 4).

Page 34: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE … · À minha mãe que, sempre me passou sua coragem e me ensinou a ter fé para vencer os desafios de mais esta etapa profissional

34

Tabela 4. Nível cognitivo e funcional dos idosos na internação e alta hospitalar.

Variável

Internação, N (%) Alta, N (%)

Homens (n=633)

Mulheres (n=437)

Homens (n=603*)

Mulheres (n=412*)

Estado Cognitivo

Normal 536 (84,7%) 374 (85,6%) 527 (87,4%) 361 (87,6%)

Declínio 97 (15,3%) 63 (14,4%) 76 (12,6%) 51 (12,4%)

Lawton – AIVD (15 dias antes)

Independente 100 (15,8%) 81 (18,5%)

Dependente 533 (84,2%) 356 (81,5%)

Katz – ABVD (15 dias antes)

Independente 487 (76,9%) 319 (73,0%)

Dependente 146 (23,1%) 118 (27,0%)

NAGI – Limitação Funcional (15 dias antes)

Independente 141 (22,3%) 39 (8,9%)

Dependente 492 (77,7%) 398 (91,1%)

Lawton – AIVD

Independente 109 (17,2%) 68 (15,6%) 73 (12,1%) 55 (13,3%)

Dependente 524 (82,8%) 369 (84,4%) 530 (87,9%) 357 (86,7%)

Katz – ABVD

Independente 461 (72,8%) 298 (68,2%) 276 (45,8%) 210 (51,0%)

Dependente 172 (27,2%) 139 (31,8%) 327 (54,2%) 202 (49,0%)

NAGI – Limitação Funcional

Independente 149 (23,5%) 45 (10,3%) 74 (12,3%) 29 (7,0%)

Dependente 484 (76,5%) 392 (89,7%) 529 (87,7%) 383 (93,0%)

*N referente ao momento da alta é menor devido às mortes (30 homens e 25 mulheres a

menos)

A figura 1 descreve o declínio do estado funcional dos idosos 15 dias

antes, na admissão e na alta pela escala de Katz. Foi observado um declínio

nos indivíduos que são independentes e aumento dos dependentes da

avaliação referente há 15 dias antes até a alta, mostrando que os mesmos

retornaram para suas residências dependentes nas ABVD.

Page 35: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE … · À minha mãe que, sempre me passou sua coragem e me ensinou a ter fé para vencer os desafios de mais esta etapa profissional

35

Figura 1- Fluxograma da trajetória do estado funcional pela escala de Katz de

homens e mulheres durante a internação.

As médias de força de preensão palmar entre homens e mulheres estão

apresentadas na tabela 5. Houve uma diminuição nas médias de força de

preensão palmar após a hospitalização e essa diferença foi estatisticamente

significante (p<0,0001) em homens e mulheres. Foi encontrado que homens

apresentaram maior queda nos valores de preensão palmar máximo na alta

hospitalar com perda de 8,10 Kg e essa diferença também foi estatísticamente

significante (p<0,0001) (tabela 5). Além dos 30 homens e 25 mulheres que

morreram outros 10 homens e 2 mulheres não realizaram a força de preensão

palmar na alta por não realizar a transferência para a cadeira do teste.

Tabela 4. Médias de força de preensão palmar na internação e na alta de idosos hospitalizados, entre homens e mulheres

Sexo N Internação Alta P-valor Diferença alta-

internação P-valor

Homens 593 26,66±9,68 19,11±13,42 0,0001 -8,10±13,51 0,0001

15 dias antes: (n=633)

• Independente: 487 -76,9%

• Dependente: 146 -23,1%

Admissão

• Independente: 461 -72,8%

• Dependente: 172 -27,2%

Alta

• Independente: 276 -43,60%

• Dependente: 327 -51,65%

• Morte: 30 - 4,75%

15 dias antes: (n=437)

• Independente: 319 -73%

• Dependente: 118 -27%

Admissão

• Independente: 298 -68,2%

• Dependente: 139 -31,8%

Alta

• Independente: 210 -48,05%

• Dependente: 202 -46,23

• Morte: 25 - 5,72%

Homens

Mulheres

Page 36: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE … · À minha mãe que, sempre me passou sua coragem e me ensinou a ter fé para vencer os desafios de mais esta etapa profissional

36

Mulheres 410 17,93±7,43 14,24±9,41 0,0001 -4,33±9,14

Usando as análises de regressão linear, nós examinamos quais

variáveis contribuíram para o maior declínio de força de preensão palmar na

alta hospitalar em homens e mulheres separadamente (tabela 6). Para homens

foi observado que aqueles que possuíam maiores valores de força no momento

de internação apresentaram menor declínio na alta hospitalar (B=0,56, p-valor

<0,01). Esse achado pode ser entendido que a cada aumento de 1 Kgf na

admissão, aumenta 0,56 kgf a força no momento da alta. No entanto, aqueles

indivíduos que realizaram procedimento cirúrgico durante a internação

apresentaram uma diminuição de 4,24 Kgf a força no momento de alta

hospitalar (p-valor <0,01) (tabela 6). Em relação as mulheres, no modelo 1

aquelas que foram classificadas como dependentes 15 dias antes da

internação apresentaram declínio de 4,7 kgf força na alta hospitalar (p-valor

<0,01). Enquanto que semelhante ao ocorrido em homens, aquelas que

apresentaram maiores valores de força máxima de preensão palmar na

admissão, a cada 1 kgf na admissão também tiveram menor declínio na alta

(B=0,56, p-valor <0,01). Além disso, as mulheres que foram classificadas como

dependentes na admissão hospitalar pela escala de Katz apresentaram

diminuição de força de preensão palmar na alta hospitalar de 3,47 kgf (p-valor

<0,04). Os valores de F nos modelos 1 e 2 foram 21,22 e 2,01 para homens e

10,70 e 1,63 para mulheres respectivamente, com significância estatística no

modelo 1 (p<0,0001 para homens e p=0,001 para mulheres) e sem

significância estatística no modelo 2 (p=0,15 e p=0,20 respectivamente).

Tabela 5. Modelos de regressão linear múltipla para homens e mulheres como

variável dependente a força máxima de preensão palmar na alta hospitalar.

Homens

R2 ajustado B EP p

Modelo 1 0,01

Intercept 29,52

Katz 15 dias antes – -2,40 1,39 0,08

Page 37: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE … · À minha mãe que, sempre me passou sua coragem e me ensinou a ter fé para vencer os desafios de mais esta etapa profissional

37

Dependente

(referência)

Independente

Nagi 15 dias antes:

Dependente

(referência)

-2,51 1,40 0,07

Independente

Idade -0,08 0,08 0,27

Número de doenças

crônicas

-0,56 0,84 0,50

Modelo 2 0,18

Intercept 11,63

Idade -0,03 0,07 0,65

Estado cognitivo:

declínio (referência)

-0,77 1,48 0,60

Normal

Velocidade da

marcha 0,6: declínio

(referência)

-0,85 1,16 0,46

Normal

Depressão na

admissão: sim

(referência)

0,95 1,24 0,44

Não

Cirurgia: sim

(referência)

-4,24 1,23 0,01

não

Força Máxima 0,56 0,05 0,01

Katz – Admissão:

dependente

(referência)

-0,93 1,27 0,46

independente

Nagi – Admissão -1,18 1,28 0,35

Page 38: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE … · À minha mãe que, sempre me passou sua coragem e me ensinou a ter fé para vencer os desafios de mais esta etapa profissional

38

dependente

(referência)

Independente

Dias de

hospitalização

-0,05 0,04 0,30

Mulheres

R2 ajustado B EP p

Modelo 1 0,04

Intercept 17,06

Katz 15 dias antes:

dependente

(referência)

-4,75 1,08 0,01

Independente

Nagi 15 dias antes:

dependente

(referência)

0,82 1,74 0,64

Independente

Idade -0,00 0,06 0,92

Número de doenças

crônicas

-1,20 0,65 0,06

Modelo 2 0,24

Intercept 7,18

Idade 0,01 0,05 0,83

Estado cognitivo:

declínio (referência)

1,99 1,24 0,10

Normal

Velocidade da

marcha 0,6: declínio

(referência)

-0,76 0,92 0,41

Normal

Depressão na

admissão: sim

(referência)

1,27 0,96 0,18

Page 39: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE … · À minha mãe que, sempre me passou sua coragem e me ensinou a ter fé para vencer os desafios de mais esta etapa profissional

39

Não

Cirurgia: sim

(referência)

-3,47 0,96 0,01

Não

Força Máxima 0,56 0,06 0,01

Katz – Admissão:

dependente

(referência)

-1,99 1,01 0,04

Independente

Nagi – Admissão:

dependente

(referência)

-0,59 1,45 0,68

Independente

Dias de

hospitalização

-0,08 0,05 0,12

Para averiguar pontos de corte de força de preensão palmar associados

a mobilidade específicos para idosos hospitalizados análises da curva Roc

foram realizadas separadamente para homens e mulheres. As análises

demonstraram uma área sob a curva e erro padrão de 0,70±0,02 em homens e

0,68±0,02 nas mulheres hospitalizadas e intervalo de confiança de 0,65-0,74

para homens e 0,63-0,73 para mulheres.

A curva Roc identificou 114 valores diferentes de pontos de corte que

variaram de -1,0 á 52,0 Kgf em homens e 104 valores variando de -1,0 á 51,33

kgf em mulheres, sendo os pontos de corte que representaram o melhor

equilíbrio entre sensibilidade (78% para homens e 77% mulheres) e

especificidade (46% para homens e 48% mulheres) 22,0 Kgf para homens

(Figura 2) e 15,0 kgf para mulheres (Figura 3). Para ambos os sexos a curva

Roc apresentou significância, com p=0,0001.

Page 40: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE … · À minha mãe que, sempre me passou sua coragem e me ensinou a ter fé para vencer os desafios de mais esta etapa profissional

40

Figura 2 – Curva Roc com diferentes pontos de corte para força de preensão

palmar em homens idosos hospitalizados.

Page 41: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE … · À minha mãe que, sempre me passou sua coragem e me ensinou a ter fé para vencer os desafios de mais esta etapa profissional

41

Figura 3 – Curva Roc com diferentes pontos de corte para força de preensão

palmar de mulheres idosas hospitalizadas.

Page 42: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE … · À minha mãe que, sempre me passou sua coragem e me ensinou a ter fé para vencer os desafios de mais esta etapa profissional

42

5 DISCUSSÃO

Page 43: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE … · À minha mãe que, sempre me passou sua coragem e me ensinou a ter fé para vencer os desafios de mais esta etapa profissional

43

Este trabalho avaliou os efeitos da hospitalização na força de preensão

palmar em idosos admitidos em enfermarias de um hospital público, bem como

comparou as médias de força de preensão palmar nos momentos de admissão

e alta, identificando os fatores relacionados ao pior desempenho no teste e por

fim, definiu pontos de corte para força de preensão palmar específicos entre os

sexos.

A trajetória funcional encontrada na nossa amostra demonstra que os

idosos que passaram pelo evento hospitalar recebem alta, embora, os

mesmos, na sua maioria não retornam ao seu ambiente familiar funcionalmente

independentes. As razões que levam a desenvolver um processo de

incapacidade, ou mesmo de manutenção da capacidade funcional anterior à

internação são várias e complexas. Entre elas, o nível de funcionalidade na

admissão associado à idade podem ser fatores determinantes para a

progressão de disfunções após a alta hospitalar. Hoogerduijn et al (2012) (37)

observaram que ser dependente nas ABVD já na admissão em indivíduos com

mais de 70 anos foi fator de risco para dependência na alta hospitalar, o que

corrobora com nossos resultados.

Nossos resultados apresentaram o forte impacto da hospitalização na

força muscular de idosos. Em nossa amostra foi observado que as mulheres

apresentaram perda de 4,33 Kgf, enquanto os homens apresentaram declínio

mais acentuado, com uma perda de 8,10 Kgf após hospitalização. É possível

então, que a internação hospitalar pode configurar um fator de risco para esse

declínio devido à presença de doença aguda em pacientes idosos, alto índice

de catabolismo, repouso no leito privação de sono e polifarmácia (11,38–40).

Poucos estudos demonstram o curso da perda de força muscular em

idosos hospitalizados. Boldisen et al (2013), investigou a associação entre

hospitalização aguda, perda de força muscular e desempenho funcional na

alta e 30 dias após (41). Nesse estudo, a força de preensão palmar não teve

alteração significante nos três momentos de avaliação e apesar do baixo nível

de mobilidade no hospital, o desempenho funcional dos participantes, avaliado

através do Timed Up and Go melhorou na alta. Similarmente de Buyser et al.

(2014) encontrou que houve uma melhora na média geral do desempenho

Page 44: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE … · À minha mãe que, sempre me passou sua coragem e me ensinou a ter fé para vencer os desafios de mais esta etapa profissional

44

físico durante a internação (38). Ambos estudos foram realizados em países

desenvolvidos que diferem amplamente das condições de saúde da nossa

população, o que demonstra o efeito da hospitalização na saúde física de

idosos advindos de condições socioeconômicas desfavoráveis. Em populações

de idosos comunitários vários estudos demonstram a influencia das condições

socioeconômicas no desempenho físico dos idosos (36,42,43).

Em relação aos fatores que afetaram o desempenho na força durante a

internação hospitalar nossos resultados demonstraram que a força de

preensão palmar basal, a realização de cirurgia foram aspectos comuns que

influenciaram a força muscular na alta hospitalar em homens e mulheres.

Nossos resultados apontam que os idosos com maiores valores de força

muscular na admissão também apresentaram maiores valores na alta

hospitalar o que reflete um fator protetor da força basal para a alta hospitalar.

Estudos prévios realizados em idosos demonstram o risco aumentado que a

fraqueza muscular acarreta, leva a um desenvolvimento de incapacidades,

hospitalização e morte (44–46). Em idosos hospitalizados, a literatura

demonstra também a importância da força muscular para o desenvolvimento de

incapacidades nessa população mais vulnerável (22,47).

Os valores de força de preensão palmar na alta hospitalar sofreram

impactos negativos frente à realização de procedimento cirúrgico, tornando tal

procedimento um marco importante no período de internação, o que pode

comprometer o estado funcional do individuo no retorno ao seu domicílio. No

estudo de Suetta (2007) cita uma possível justificativa para a ocorrência de

perda de força devido a realização de cirurgia. Isto se deve pela presença no

pós-cirúrgico em idosos hospitalizados de um estresse catabólico que leva a

uma redução na síntese proteica seguindo com redução no tecido muscular

(40) e isso está associado a risco de mobilidade e incapacidade. Corroborando

com nossos Buyser et al. (2014) encontrou que os idosos que foram admitidos

para realização de procedimentos eletivos tiveram menos propensão de

apresentar melhores valores de força muscular (38).

O estado funcional nas ABVD 15 dias antes e no momento da internação

influenciou os valores de força de preensão palmar na alta hospitalar para as

Page 45: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE … · À minha mãe que, sempre me passou sua coragem e me ensinou a ter fé para vencer os desafios de mais esta etapa profissional

45

mulheres, ou seja, aquelas que adentraram na unidade hospitalar já com a

incapacidade instalada apresentaram piores valores de força no momento de

alta. Estudos prévios em idosos comunitários já demonstraram essa relação

entre força muscular e declínio na funcionalidade, uma vez que a demanda

para realização das AVD exige um certo nível mínimo de força muscular.

Entretanto nossos achados demonstram que isso parece ser mais importante

nas mulheres. Kerr et al. (2006) avaliando o tempo de hospitalização e o

retorno ao domicílio, também encontrou associação entre força de preensão

palmar e ABVD em seu estudo (48).

No estudo de McAniff et al. (2002), foi encontrado que a força de

preensão palmar não foi estatisticamente significante na predição do tempo de

internação e na função de auto-cuidados na alta quando se tomou em

consideração a função de auto-cuidado na internação. O presente estudo

avaliou as ABVD através da Escala de Katz, que contém 6 ABVD, já no estudo

de McAniff et al. foi utilizada a MIF (Medida de Independência funcional) que é

formada por 18 itens incluindo questões do estado cognitivo (49). Com isso,

pode ser explicado as diferenças nos nossos resultados, como também o fato

das análises não serem separadas por sexo o que pode ter mascarado o baixo

desempenho das mulheres.

O presente estudo definiu ainda os pontos de cortes específicos para

idosos hospitalizados para homens (22 Kgf) e mulheres (15 Kgf). Guerra et al.

2014 estabeleceu pontos de corte para força de preensão palmar com base no

estado nutricional e faixa etária. Os valores estabelecidos por esses autores

para a população com mais de 65 anos foi de 30,2 Kgf, valor muito acima dos

valores propostos pelo nosso estudo (50).

García-Peña et al (2014) avaliando 223 participantes idosos estabeleceu

ponto de corte de 20.65 kgf com especificidade de 91,3% para homens, sendo

muito próximo ao nosso que foi de 22,0 kgf com especificidade de 46%,

contudo não foi encontrado um ponto de corte para mulheres. Similarmente ao

estudo de Guerra RS et al (2015) (50), que utilizou o Índice de Barthel como

base para definição dos pontos de corte para força de preensão palmar (22). O

Page 46: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE … · À minha mãe que, sempre me passou sua coragem e me ensinou a ter fé para vencer os desafios de mais esta etapa profissional

46

presente estudo encontrou ponto de corte de 15,0 kgf com especificidade de

48% em mulheres hospitalizadas.

O desempenho físico mais fraco de mulheres em relação aos homens

sugere que fatores sexuais específicos podem influenciar os níveis máximos de

desempenho físico, como a menopausa. As mudanças hormonais começam a

diminuir o desempenho físico das mulheres a partir da meia idade. No estudo

de Cooper et al. (2011), a relação entre força de preensão palmar e hormônios

deixa claro sua influencia sobre força muscular a partir da meia idade em

mulheres (51). Por isso, vimos a necessidade de realizar todas as análises

separadamente pelo sexo.

Foi utilizada como variável padrão na curva Roc a velocidade da marcha

de 0,6 ms configurando bom desempenho para aqueles indivíduos que

realizaram o teste de velocidade da marcha com velocidade acima 0,6ms,

ponto de corte estabelecido para idosos hospitalizados e institucionalizados

(32). Beseler et al (2014) avaliou a habilidade de caminhar dentro do hospital

com a força de preensão palmar e observou associação entre realizar

deambulação durante a internação e boa força de preensão palmar (52). Esses

pontos justificam o uso da variável padrão ser a velocidade da marcha.

Forças e limitações do estudo

O presente estudo possui limitações a serem consideradas. Nossos

modelos finais de regressão linear explicaram apenas 11% para homens e 13%

para mulheres, deixando uma margem grande do que nossas variáveis não

puderam explicar. No entanto, nossas análises foram todas realizadas

separando os grupos por sexo, tendo em vista as diferenças bem estabelecidas

em força e desempenho funcional, o que não foi observado na maioria dos

outros estudos.

Também, foram incluídos pacientes que realizaram cirurgia eletiva, de

urgência e internados por doença aguda, esse fato pode ter gerado diferença

nos resultados funcionais que poderia ser minimizado separando-os por

grupos, separando principalmente aqueles que realizaram procedimento

cirúrgico dos indivíduos que tiveram admissão por doença aguda, isto poderia

Page 47: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE … · À minha mãe que, sempre me passou sua coragem e me ensinou a ter fé para vencer os desafios de mais esta etapa profissional

47

ter como resultado em diferenças funcionais, pois é de conhecimento a

necessidade do imobilismo ao leito no pós-cirurgico e dos seus efeitos

deletérios. Ainda assim, realizar procedimento cirúrgico foi um fator importante

que entrou no nosso modelo final de homens e mulheres.

Apesar dessas limitações, o nosso estudo demonstra vários aspectos

fortes. Até o presente momento esse é o primeiro estudo realizado em idosos

hospitalizados no nordeste brasileiro, que possui contextos epidemiológicos

ímpar em relação as demais regiões do Brasil e do mundo. O tamanho da

nossa amostra é um aspecto positivo do nosso estudo. Além disso, todas as

análises foram realizadas separadas pelo sexo, o que fornece dados mais

adequados para uma medida que difere amplamente entre homens e mulheres.

Finalmente estabelecemos pontos de corte específicos para essa população o

que pode auxiliar na avaliação global no momento da alta hospitalar.

Novos estudos são necessários, para encontrar novas variáveis que

expliquem o motivo da perda de máxima de preensão durante hospitalização,

como também a possibilidade da separação de grupos de pacientes para que

sejam minimizadas ao máximo possíveis vieses nos resultados funcionais. É

necessário ainda que avaliações sejam realizadas após a alta hospitalar no

intuito de verificar o curso da força muscular após o evento da hospitalização.

Page 48: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE … · À minha mãe que, sempre me passou sua coragem e me ensinou a ter fé para vencer os desafios de mais esta etapa profissional

48

6 CONCLUSÃO

Page 49: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE … · À minha mãe que, sempre me passou sua coragem e me ensinou a ter fé para vencer os desafios de mais esta etapa profissional

49

Os resultados encontrados no presente estudo apresentaram um

declínio importante da força de preensão palmar durante o período de

internação hospitalar, observado principalmente em homens. A realização de

cirurgia durante a hospitalização foi o principal fator de declínio de força de

preensão palmar em homens e mulheres. O estado funcional precário anterior

à hospitalização foi determinante para o declínio da força palmar nas mulheres.

Nossos resultados apontam que os pontos de corte para avaliação da força de

preensão palmar em ambiente hospitalar foram de 22 kgf e 15 Kgf para

homens e mulheres respectivamente.

Page 50: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE … · À minha mãe que, sempre me passou sua coragem e me ensinou a ter fé para vencer os desafios de mais esta etapa profissional

50

REFERÊNCIAS

1. Mitchell WK, Williams J, Atherton P, Larvin M, Lund J, Narici M. Sarcopenia, Dynapenia, and the Impact of Advancing Age on Human Skeletal Muscle Size and Strength; a Quantitative Review. Front Physiol. 2012;3.

2. Nilwik R, Snijders T, Leenders M, Groen BBL, van Kranenburg J, Verdijk LB, et al. The decline in skeletal muscle mass with aging is mainly attributed to a reduction in type II muscle fiber size. Exp Gerontol [Internet]. 2013;48(5):492–8.

3. Keller K, Engelhardt M. Strength and muscle mass loss with aging process . Age and strength loss. 2013;3(4):346–50.

4. Rosenberg I. Summary comments. Am J Clin Nutr. 1989;50:1231–1233. 5. Roberts HC, Denison HJ, Martin HJ, Patel HP, Syddall H, Cooper C, et al.

A review of the measurement of grip strength in clinical and epidemiological studies: Towards a standardised approach. Age Ageing. 2011;40(4):423–9.

6. Manini TM, Clark BC. Dynapenia and Aging: An Update. Journals Gerontol Ser A Biol Sci Med Sci. 2012 Jan 1;67A(1):28–40.

7. Gill TM, Allore HG, Gahbauer EA, Murphy TE. Change in Disability After Hospitalization or Restricted Activity in Older Persons. JAMA. 2010 Nov 3;304(17):1919.

8. Boyd CM, Xue Q, Guralnik JM, Fried LP. Hospitalization and Development of Dependence in Activities of Daily Living in a Cohort of Disabled Older Women : The Women ’ s Health and Aging Study I. 2005;60(7):888–93.

9. Zisberg A, Shadmi E, Sinoff G, Gur-Yaish N, Srulovici E, Admi H. Low mobility during hospitalization and functional decline in older adults. J Am Geriatr Soc. 2011;59(2):266–73.

10. Buurman BM, Han L, Murphy TE, Gahbauer EA, Leo-Summers L, Allore HG, et al. Trajectories of Disability Among Older Persons Before and After a Hospitalization Leading to a Skilled Nursing Facility Admission. J Am Med Dir Assoc. 2016 Mar;17(3):225–31.

11. Vetrano DL, Landi F, De Buyser SL, Carfì A, Zuccalà G, Petrovic M, et al. Predictors of length of hospital stay among older adults admitted to acute care wards: a multicentre observational study. Eur J Intern Med. 2014 Jan;25(1):56–62.

12. De Saint-Hubert M, Schoevaerdts D, Cornette P, D’Hoore W, Boland B, Swine C. Predicting functional adverse outcomes in hospitalized older patients: a systematic review of screening tools. J Nutr Health Aging. 2010 May;14(5):394–9.

13. Pedersen MM, Bodilsen AC, Petersen J, Beyer N, Andersen O, Lawson-Smith L, et al. Twenty-Four-Hour Mobility During Acute Hospitalization in Older Medical Patients. Journals Gerontol Ser A Biol Sci Med Sci. 2013 Mar;68(3):331–7.

14. Palleschi L, Fimognari FL, Pierantozzi A, Salani B, Marsilii A, Zuccaro

Page 51: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE … · À minha mãe que, sempre me passou sua coragem e me ensinou a ter fé para vencer os desafios de mais esta etapa profissional

51

SM, et al. Acute functional decline before hospitalization in older patients. Geriatr Gerontol Int. 2014 Oct;14(4):769–77.

15. Sleiman I, Rozzini R, Barbisoni P, Morandi A, Ricci A, Giordano A, et al. Functional Trajectories During Hospitalization: A Prognostic Sign for Elderly Patients. Journals Gerontol Ser A Biol Sci Med Sci. 2009 Jun 1;64A(6):659–63.

16. Vasconcelos M, Sales DC, Junqueira T. Efeitos adversos da internação hospitalar para o idoso. (11).

17. Mehta KM, Pierluissi E, Boscardin WJ, Kirby KA, Walter LC, Chren M-M, et al. A Clinical Index to Stratify Hospitalized Older Adults According to Risk for New-Onset Disability. J Am Geriatr Soc. 2011 Jul;59(7):1206–16.

18. Bohannon RW, Magasi S. Identification of dynapenia in older adults through the use of grip strength t-scores. Muscle and Nerve. 2015;51(1):102–5.

19. Wang CY, Chen LY. Grip Strength in Older Adults : Test-Retest Reliability and Cutoff for Subjective Weakness of Using the Hands. YAPMR [Internet]. 2010;91(11):1747–51.

20. Sallinen, Janne; Stenholm, Sari; Rantanen, Taina; Heliövaara, Markku; Sainio, Päivi; Koskinen S. Hand-Grip Strength Cut-Points to Screen Older Persons at Risk for Mobility Limitation. J Am Geriatr Soc. 2011;58(9):1721–6.

21. Legrand D, Vaes B, Mathe C. Mortality , Hospitalization , and Disability in the Oldest Old. 2014;1030–8.

22. García-Peña C, García-Fabela LC, Gutiérrez-Robledo LM, García-González JJ, Arango-Lopera VE, Pérez-Zepeda MU. Handgrip Strength Predicts Functional Decline at Discharge in Hospitalized Male Elderly: A Hospital Cohort Study. PLoS One. 2013;8(7).

23. Bohannon RW. Hand-Grip Dynamometry Predicts Future Outcomes in Aging Adults. J Geriatr Phys Ther. 2008;31.

24. Isaia G, Greppi F, Pastorino A, Maria E. Predictive effects of muscle strength after hospitalization in old patients. Aging Clin Exp Res. 2013;633–6.

25. Caldas VV de A, Zunzunegui MV, Freire A do NF, Guerra RO. Translation, cultural adaptation and psychometric evaluation of the Leganés cognitive test in a low educated elderly Brazilian population. Arq Neuropsiquiatr. 2012;70(1):22–7.

26. Duarte YA de O, de Andrade CL, Lebrão ML. O Índece de Katz na avaliação da funcionalidade dos idosos. Rev da Esc Enferm. 2007;41(2):317–25.

27. Lopes dos Santos R, Sindra Virtuoso Júnior J. Reliability of the Brazilian version of the Scale of Instrumental. Rev Bras em Promoção Saúde. 2008;21(4):290–6.

28. Nagi SZ. An Epidemiology of Disability among Adults in the United States. 1976;54(4):439–67.

29. Freire AN, Guerra RO, Alvarado B, Guralnik JM, Zunzunegui MV. Validity and Reliability of the Short Physical Performance Battery in Two Diverse Older Adult Populations in Quebec and Brazil. 2016;

30. Shechtman O, Gestewitz L, Kimble C. Reliability and validity of the DynEx dynamometer. J Hand Ther. 2005;18(3):339–47.

31. Guralnik JM, Simonsick EM, Ferrucci L, Glynn RJ, Berkman LF, Blazer

Page 52: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE … · À minha mãe que, sempre me passou sua coragem e me ensinou a ter fé para vencer os desafios de mais esta etapa profissional

52

DG, et al. A Short Physical Performance Battery Assessing Lower Extremity Function : Association With Self-Reported Disability and Prediction of Mortality and Nursing Home Admission. 1994;49(2):85–94.

32. G. Abellán-Van Kan, Y. Rolland, S. Andrieu, J. Bauer, O. Beauchet, M. Cesari et al. VanKan_2009_GAIT SPEED AT USUAL PACE AS A PREDICTOR. J Nutr Health Aging. 2009;13.

33. Almeida OP, Almeida SA. SHORT VERSIONS OF THE GERIATRIC DEPRESSION SCALE : A STUDY OF THEIR VALIDITY FOR THE DIAGNOSIS OF A MAJOR DEPRESSIVE EPISODE ACCORDING TO ICD-10 AND DSM-IV. Int J Geriat Psychiatry. 1999;14:858–65.

34. Hicks GE, Shardell M, Alley DE, Miller RR, Bandinelli S, Guralnik J, et al. Absolute Strength and Loss of Strength as Predictors of Mobility Decline in Older Adults : The InCHIANTI Study. 2012;(1):66–73.

35. Alley DE, Shardell MD, Peters KW, Mclean RR, Dam TL, Kenny AM, et al. Grip Strength Cutpoints for the Identification of Clinically Relevant Weakness. 2014;69(5):559–66.

36. Fernandes J, Barbosa DS, Ulises M, Zepeda P. Clinically relevant weakness in diverse populations of older adults participating in the International Mobility in Aging Study. 2016;

37. Hoogerduijn JG, Buurman BM, Korevaar JC, Grobbee DE, Rooil SE, Schuurmans MJ. The prediction of functional decline in older hospitalised patients. Age Ageing. 2012;381–7.

38. Buyser SL De, Petrovic M, Taes YE, Vetrano DL, Corsonello A, Volpato S, et al. Functional Changes during Hospital Stay in Older Patients Admitted to an Acute Care Ward : A Multicenter Observational Study. 2014;9(5):1–7.

39. Sganga F, Vetrano DL, Volpato S, Cherubini A, Ruggiero C, Corsonello A, et al. PHYSICAL PERFORMANCE MEASURES AND POLYPHARMACY AMONG HOSPITALIZED OLDER ADULTS : RESULTS FROM THE CRIME STUDY. 2011;(June 2010).

40. Suetta C, Magnusson SP, Beyer N, Kjaer M. Effect of strength training on muscle function in elderly hospitalized patients. 2007;464–72.

41. Bodilsen AC, Pedersen MM, Petersen J, Beyer N, Andersen O, Lawson-Smith L, et al. Acute Hospitalization of the Older Patient. Am J Phys Med Rehabil. 2013;92:789–96.

42. Pessoa J, Bez DO. Velocidade da marcha , força de preensão e saúde percebida em idosos : dados da rede FIBRA Campinas , São Paulo , Brasil Gait speed , grip strength and self-rated health among the elderly : data from the FIBRA Campinas network , São Paulo , Brazil. :3343–54.

43. Pegorari MS, Tavares DM dos S. Factors associated with the frailty syndrome in elderly individuals living in the urban area 1. Rev Latino-Am Enferm. 2014;22(5):874–82.

44. Rantanen T. Muscle strength, disability and mortality. Scand J Med Sci Sport. 2003;3–8.

45. Rijk JM, Roos PRKM, Deckx L, Akker M Van Den, Buntinx F. Prognostic value of handgrip strength in people aged 60 years and older : A systematic review and meta-analysis. 2016;5–20.

46. Cawthon PM, Fox KM, Gandra SR, Delmonico MJ, Chiou C, Anthony MS, et al. Do muscle mass, muscle density, strength and physical function similarly influence risk of hospitalization in older adults? J Am Geriatr Soc.

Page 53: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE … · À minha mãe que, sempre me passou sua coragem e me ensinou a ter fé para vencer os desafios de mais esta etapa profissional

53

2012;57(8):1411–9. 47. Humphreys J, Maza P De, Hirsch S. Muscle Strength as a Predictor of

Loss of Functional Status in Hospitalized Patients. 2002;9007(2):616–20. 48. Kerr A, Syddall HE, Cooper C, Turner GF, Briggs RS, Aihie Sayer A.

Does admission grip strength predict length of stay in hospitalised older patients ? Age Ageing. 2006;82–4.

49. McAniff C hristine M, Bohannon RW. Validity of Grip Strength Dynamometry in. J Phys Ther Sci. 2002;41–6.

50. Guerra RS, Fonseca I, Pichel F, Restivo MT, Amaral TF. Handgrip strength and associated factors in hospitalized patients. JPEN J Parenter Enteral Nutr. 2015;39(3):322–30.

51. Cooper R, Mishra G, Clennell S, Guralnik J. Europe PMC Funders Group Menopausal status and physical performance in midlife : findings from a British birth cohort study. 2011;15(6):1079–85.

52. Beseler MR, Rubio C, Duarte E, Hervás D, Guevara MC, Giner-Pascual M, et al. Clinical effectiveness of grip strength in predicting ambulation of elderly inpatients. Clin Interv Aging. 2014 Jan;9:1873–7.

Page 54: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE … · À minha mãe que, sempre me passou sua coragem e me ensinou a ter fé para vencer os desafios de mais esta etapa profissional

54

APÊNDICE 1

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO – TCLE

Esclarecimentos

Este é um convite para você participar da pesquisa: Capacidade

Funcional e Força de Prenssão Palmar em Idosos Hospitalizados.

Esta pesquisa pretende avaliar a hospitalização como fator de risco para

o declínio funcional do idoso em realizar suas atividades de vida diária.

O motivo que nos leva a fazer este estudo é a necessidade de identificar

quais são os fatores que podem estar relacionados à diminuição da capacidade

funcional do idoso em realizar suas atividades básicas (ABVD) e instrumentais

(AIVD) de vida diária quando ele é internado no hospital para tratamento

médico.

Caso você decida participar, você deverá responder a um questionário

que contem questões sobre sua vida pessoal como idade, escolaridade, nível

econômico, estado civil e religião; questões sobre sua capacidade cognitiva e

força dos membros superiores (apertar um aparelho manual).

Durante a realização da entrevista a previsão de riscos é mínima. No

entanto, pode acontecer de haver algum constrangimento ao responder o

questionário com relação aos seus rendimentos ou a questões gerais sobre

sua saúde e capacidade cognitiva. Além do mais, durante os testes físicos

pode ocorrer fadiga, cansaço, tontura, desequilíbrio ou eventual queda.

Contudo, todos os cuidados serão tomados pela equipe para minimizar os

possíveis danos.

Em caso de algum problema que você possa ter, relacionado com a

pesquisa, você terá direito a assistência gratuita que será prestada pelo

entrevistador presente e o responsável por isso será o pesquisador

responsável.

Você tem o direito de se recusar a participar ou retirar seu

consentimento, em qualquer fase da pesquisa, sem nenhum prejuízo para

você.

Os dados que você irão nos fornecer serão confidenciais e serão

divulgados apenas em congressos ou publicações científicas, não havendo

divulgação de nenhum dado que possa lhe identificar.

Esses dados serão guardados pelo pesquisador responsável por essa

pesquisa em local seguro e por um período de 5 anos.

Se você tiver algum gasto pela sua participação nessa pesquisa, ele

será assumido pelo pesquisador e reembolsado para você.

Se você sofrer algum dano comprovadamente decorrente desta

pesquisa, você será indenizado.

Page 55: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE … · À minha mãe que, sempre me passou sua coragem e me ensinou a ter fé para vencer os desafios de mais esta etapa profissional

55

Qualquer dúvida sobre a ética dessa pesquisa você deverá ligar para o

Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital Universitário Onofre Lopes, telefone

3342-5003, enviar email para [email protected] ou entrar em contato no

endereço Av. Nilo Peçanha, 620, Petrópolis, CEP 59012-300, Natal/RN.

Este documento foi impresso em duas vias. Uma ficará com você e a

outra com o pesquisador responsável

Consentimento Livre e Esclarecido

Após ter sido esclarecido sobre os objetivos, importância e o modo como

os dados serão coletados nessa pesquisa, além de conhecer os riscos,

desconfortos e benefícios que ela trará para mim e ter ficado ciente de todos os

meus direitos, concordo em participar da pesquisa Impacto da hospitalização

no declínio funcional de idosos e autorizo a divulgação das informações por

mim fornecidas em congressos e/ou publicações científicas desde que nenhum

dado possa me identificar.

Natal ___/___/___.

__________________________________

Assinatura do participante da pesquisa

___________________________________

Assinatura do responsável pelo idoso

___________________________________

Assinatura do pesquisador responsável

Impressão datiloscópica

do participante

Page 56: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE … · À minha mãe que, sempre me passou sua coragem e me ensinou a ter fé para vencer os desafios de mais esta etapa profissional

56

ANEXO 1 – QUESTIONÁRIO ESTRUTURADO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ONOFRE LOPES

Questionário de identificação

Dados socioeconômicos A Participante:

_______________________________________________________________

__

Sexo: 1. Feminino 2. Masculino Identificação:

_______________

Data de nascimento: ____/____/____ Idade: ____________

Entrevistador: ______________________ data da entrevista:

____/____/____

Horário inicio entrevista: ___(h):___(min) Horário fim entrevista:

___(h):___(min)

1. Qual o seu estado civil?

2. Quantos anos você estudou?

3. Você sabe ler e escrever?

4. Até que ano você estudou?

5. Com quem você vive atualmente?

1. Solteiro (a) 2. Casado ou vive com

cônjuge 3. Viúvo (a) 4. Separado/Divorciado

(a) 5. Religioso (a)

__________________________________

1. Não, não sei ler nem escrever

2. Entendo o que leio, mas não sei escrever

3. Sim, sei ler e escrever 1. Nunca foi a escola

2. De 1 a 4 anos de

estudo

3. De 5 a 8 anos de

estudo

4. 1º grau incompleto

5. 1º grau completo

6. 2º grau incompleto

7. 2º grau completo

8. Técnico

9. Curso superior

incompleto

10. Curso superior

completo

11. Pós-graduação

12. Não sei

1. Sozinho 2. Irmãos 3. Cônjuge 4. Parentes próximos 5. Filhos 6. Vizinhos/amigos 7. Genros/noras 8. Netos 9. Outros (especificar

____________________)

Page 57: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE … · À minha mãe que, sempre me passou sua coragem e me ensinou a ter fé para vencer os desafios de mais esta etapa profissional

57

6. A quem recorre quando precisa de ajuda?

7. Você acha que sua renda é satisfatória para suas necessidades?

8. Qual o grau de parentesco com o cuidador que está com você durante essa internação?

9. Como foi escolhido para ser o cuidador do idoso?

10. Há outras pessoas que também podem ficar cuidando do idoso?

______________________________

______

1. Muito bem 2. Conveniente 3. Não muito bem 4. Não é o suficiente 5. Não sabe 6. Não respondeu

1. ( ) Filho(a) 2. ( ) Esposo(a) 3. ( ) Sobrinho(a) 4. ( ) Irmão(a) 5. ( ) Outros Se Outros qual? _____________

1. ( ) Iniciativa própria 2. ( ) Escolha da família 3. ( ) Disponibilidade de tempo 4. ( ) Outros __________________________

Não Sim

Page 58: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE … · À minha mãe que, sempre me passou sua coragem e me ensinou a ter fé para vencer os desafios de mais esta etapa profissional

58

Dados relacionados à saúde

B 1. Você possui alguma dessas

Comorbidades? (PODE MARCAR MAIS DE UMA)

2. Faz uso de algum medicamento?

3. Sofreu alguma queda nos últimos seis meses?

4. Tem medo de cair?

Se Sim, deixou de fazer alguma das suas atividades por causa desse medo?

5. Tem comido pior por falta de apetite?

1. Doença do coração como angina, infarto do coração

2. Pressão alta/Hipertensão

3. Derrame/AVC 4. Diabetes 5. Tumor/câncer 6. Artrite ou reumatismo 7. Doença do pulmão 8. Depressão 9. Osteoporose 1. Anti-hipertensivos 2. Anticoagulantes 3. Antidepressivos 4. Anti-inflamatórios 5. Analgésicos 6. Calmantes 7. Relaxante muscular 8. Ansiolíticos 9. Anticonvulsivantes 10. Outros (especificar

__________________________)

1. Não 2. Sim Quantas?

_________ 1. Não 2. Sim

6. Tem perdido ou ganho peso sem Razão aparente nos últimos 6 meses?

7. Qual o seu peso (kg)?

8. Qual a sua altura (metros)?

9. Alguma vez surgiu a vontade repentina de urinar e não conseguiu chegar a tempo no banheiro?

1. Não 2. Sim

1. Não 2. Sim

IMC

1. Não 2. Sim

1. Não 2. Sim

Page 59: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE … · À minha mãe que, sempre me passou sua coragem e me ensinou a ter fé para vencer os desafios de mais esta etapa profissional

59

11. Alguma vez teve perda de urina quando tossia, ria ou fazia algum esforço?

12. Tem problemas de obstipação

(intestino preso)?

13. Sente-se sonolento durante o dia?

14. Está satisfeito com o seu sono?

15. Você diria que a sua saúde é:

16. Qual o motivo da atual internação?

Qual serviço que o internou?

1. Não 2. Sim

1. Não 2. Sim

1. Não 2. Sim

1. Não 2. Sim

1. Excelente 2. Muito boa 3. Boa 4. Mais ou menos 5. Ruim 6. Péssima 7. Não sabe 8. Não respondeu

Page 60: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE … · À minha mãe que, sempre me passou sua coragem e me ensinou a ter fé para vencer os desafios de mais esta etapa profissional

60

« As vezes, as pessoas se queixam de problemas de memória, o que fazer para ter uma boa memória. Nós vamos fazer um teste e vamos compor uma série de questões que vai nos ajudar a detectar os problemas de memória. Se você está de acordo pode responder algumas perguntas? » SIM NÃO

“Você deve responder essas perguntas sozinhas sem ajuda de outra pessoa

Qual é a data de hoje?

Ano mês dia

Correto 1 Incorreto 0

Que horas são?

(+ / - 2 horas)

:

H Min

Correto 1 Incorreto 0

Que dia da semana

estamos?

Correto 1 Incorreto 0

Qual é o seu endereço

completo?

Correto 1

Incorreto 0

Em que bairro nos estamos? Correto 1 Incorreto 0

Que idade você tem? Correto 1 Incorreto 0

Qual é sua data de

nascimento?

Ano Mês Dia

Correto 1 Incorreto 0

Qual é a idade e o nome

do(a) filho (a) mais novo da

sua mãe?

Correto 1 Incorreto 0

Total ________ ________

“Nesse momento vou mostrar algumas imagens e vou lhe perguntar o que elas representam para você.” Mostre as

imagens ao participante e marque se a resposta é correta ou não.

Vaca Correto 1 Incorreto 0

Barco/navio Correto 1 Incorreto 0

Colher Correto 1 Incorreto 0

Avião Correto 1 Incorreto 0

Garrafa Correto 1 Incorreto 0

Caminhão Correto 1 Incorreto 0

Total ________ ________

Capacidade cognitiva

C

Page 61: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE … · À minha mãe que, sempre me passou sua coragem e me ensinou a ter fé para vencer os desafios de mais esta etapa profissional

61

“Agora vou repetir todos os objetos para você olhar. Daqui a pouco vou lhe perguntar quais os objetos que você viu.

Você pode me dizer os objetos que você viu, por favor.”

Vaca Correto 1 Incorreto 0

Barco/navio Correto 1 Incorreto 0

Colher Correto 1 Incorreto 0

Avião Correto 1 Incorreto 0

Garrafa Correto 1 Incorreto 0

Caminhão Correto 1 Incorreto 0

Total ________ ________

“Vou lhe contar uma história. Você vai ficar atenta, porque só vou contar uma vez. Quando eu terminar

depois de alguns segundos vou lhe perguntar e quero que você repita o que aprendeu. A história é (ler

lentamente):

Três crianças estavam sozinhas em casa quando começou a incendiar. Um bravo bombeiro chegou a tempo entrou

pela janela, entrou dentro de casa e levou as crianças para um lugar seguro. Salvo alguns cortes e arranhões as

crianças ficaram sans e salvas.”

(Peça ao participante depois de 2 minutos para dizer o que ela entendeu da história)

Três crianças Correto 1 Incorreto 0

Incendio Correto 1 Incorreto 0

Bombeiro que entrou Correto 1 Incorreto 0

Crianças foram socorridas Correto 1 Incorreto 0

Cortes e arranhões Correto 1 Incorreto 0

Sans e salvas Correto 1 Incorreto 0

Total ________ ________

5 minutos depois de mostrar as imagens (durante esse tempo, você pode medir a pressão arterial do participante)

“Você pode repetir os objetos que você viu a poucos minutos?”

Vaca Correto 1 Incorreto 0

Barco/navio Correto 1 Incorreto 0

Colher Correto 1 Incorreto 0

Avião Correto 1 Incorreto 0

Garrafa Correto 1 Incorreto 0

Caminhão Correto 1 Incorreto 0

Total ________ ________

TOTAL SCORE: Adicionar o total de todas as seções

Page 62: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE … · À minha mãe que, sempre me passou sua coragem e me ensinou a ter fé para vencer os desafios de mais esta etapa profissional

62

Page 63: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE … · À minha mãe que, sempre me passou sua coragem e me ensinou a ter fé para vencer os desafios de mais esta etapa profissional

63

- REFERENTE À 15 DIAS ANTES:

AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES INSTRUMENTAIS DA VIDA DIÁRIA (Lawton e

Brody)

1. Capacidade para usar o telefone: 1. Utiliza o telefone por

iniciativa própria; procura e marca os números, etc.

2. Marca alguns números que conhece bem

3. Atende o telefone mas não marca os números

4. Não usa o telefone

2. Fazer compras

3. Preparar refeições

4. Cuidar da casa

5. Lavar a roupa

1 Faz as compras que necessita sozinho

2 Compra sozinho pequenas coisas 3 Necessita de ser acompanhado

para qualquer compra

4. Incapaz de fazer compras

1. Planeja, prepara e serve refeições adequadas, sozinho

2. Prepara refeições adequadas se possuir ingredientes necessários

3. Aquece, serve e prepara refeições mas não mantem uma dieta adequada

4. Necessita de refeiões preparadas e servidas

1. Cuida da casa só ou com ajuda ocasional (exemplo: “trabalho doméstico pesado”

2. Realiza tarefas diárias como lavar louça ou fazer a cama

3. Realiza tarefas domésticas diárias mas não mantem um nível aceitável de limpeza

4. Necessita de ajuda em todas as tarefas domésticas

5. Não participa em nenhuma tarefa doméstica

1. Lava toda a sua roupa 2. Lava pequenas peças de roupa

3. É incapaz de lavar a sua roupa

Page 64: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE … · À minha mãe que, sempre me passou sua coragem e me ensinou a ter fé para vencer os desafios de mais esta etapa profissional

64

6. Modo de transporte

6. Responsabilidade pela própria

1. Desloca-se em transportes públicos ou viatura própria

2. Não usa transportes públicos, exceto taxi

3. Desloca-se em transportes públicos quando acompanhado

4. Desloca-se utilizando taxi ou automóvel quando acompanhado por outro

5. Incapaz de se deslocar

1. Toma a medicação nas doses e horas corretas

2. Toma a medicação preparada e separada por outros

3. É incapaz de tomar a medicação

8. Habilidade para lidar com

dinheiro

PONTUAÇÃO TOTAL:________

AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES BÁSICAS DA VIDA DIÁRIA (Índice de Katz)

1. Lavar-se

2. Vestir-se

3. Utilizar o sanitário

1. Resolve problemas monetários sozinho, como: cheques, pagar a renda

2. Lida com compras do dia a dia mas necessita de ajuda para efetuar compras maiores

3. Incapaz de lidar com o dinheiro

1. Toma banho sem necessitar de qualquer ajuda

2. Precisa apenas de ajuda para lavar uma parte do corpo

3. Precisa de ajuda para lavar mais do que uma parte do corpo, ou para entrar e sair do banho

1. Escolhe a roupa e veste-se por completo, sem necessitar de ajuda

2. Apenas necessita de ajuda para apertar os sapatos

3. Precisa de ajuda para escolher a roupa e não se veste por completo

1. Utiliza o sanitário, limpa-se e veste a roupa, sem qualquer ajuda. Utiliza bacia durante a noite e despeja-a de manha sem ajuda

2. Precisa de ajuda para ir ao sanitário, para se limpar, para vestir a roupa e para usar a bacia a noite

3. Não consegue utilizar o sanitário

Page 65: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE … · À minha mãe que, sempre me passou sua coragem e me ensinou a ter fé para vencer os desafios de mais esta etapa profissional

65

4. Movimentar-se

5. Continência

1. Entra e sai da cama, senta-se e levanta-se sem ajuda

2. Entra e sai da cama e senta-se e levanta-se da cadeira, com ajuda

3. Não se levanta da cama

1. Controla completamente os esfíncteres, anal e vesical, não tendo perdas

2. Tem incontinência ocasional

3. É incontinente ou usa sonda

vesical, necessitando de vigilância.

6. Alimentar-se

PONTUAÇÃO TOTAL: _______________

LIMITAÇÃO FUNCIONAL – NAGI

Vou perguntar se você tem dificuldade em fazer algumas atividades:

1. Você tem dificuldade de tirar ou colocar um grande objeto como uma poltrona?

2. Você tem dificuldade levantar ou transportar pesos acima de 5kg

3. Você tem dificuldade de subir um lance de escada?

Você usa algum dispositivo auxiliar para auxiliá-lo a subir escadas?

4. Você tem dificuldade de caminhar 400 metros?

1. Come sem qualquer ajuda 2. Necessita de ajuda só

para cortar os alimentos ou passar manteiga no pão

3. Necessita de ajuda para comer, ou é alimentado parcial ou totalmente, por sonda ou por via endovenosa.

1. Nenhuma 2. Um pouco 3. Mais ou menos 4. Muito 5. Incapaz

1. Nenhuma 2. Um pouco

3. Mais ou menos 4. Muito 5. Incapaz

1. Nenhuma

2. Um pouco 3. Mais ou menos 4. Muito

5. Incapaz

1. Sim Qual?_____________

2. Não 3. Não sei 4. Não tenho resposta

1. Nenhuma 2. Um pouco 3. Mais ou menos 4. Muito 5. Incapaz

Page 66: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE … · À minha mãe que, sempre me passou sua coragem e me ensinou a ter fé para vencer os desafios de mais esta etapa profissional

66

Você usa algum dispositivo auxiliar para auxiliá-lo na caminhada de 400m?

5. Você tem dificuldade de se abaixar ou de se ajoelhar?

6. Você tem dificuldade de pegar ou manusear pequenos objetos com os dedos?

7. Você tem dificuldade de levantar os braços acima da cabeça?

PONTUAÇÃO TOTAL:_____________

1. Nenhuma 2. Um pouco 3. Mais ou menos 4. Muito 5. Incapaz

1. Nenhuma 2. Um pouco 3. Mais ou menos 4. Muito 5. Incapaz

1. Nenhuma 2. Um pouco 3. Mais ou menos 4. Muito 5. Incapaz

1. Sim Qual?_____________

2. Não 3. Não sei 4. Não tenho resposta

Page 67: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE … · À minha mãe que, sempre me passou sua coragem e me ensinou a ter fé para vencer os desafios de mais esta etapa profissional

67

- REFERENTE AO DIA DE ADMISSÃO:

AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES INSTRUMENTAIS DA VIDA DIÁRIA (Lawton e

Brody)

1. Capacidade para usar o telefone: 1. Utiliza o telefone por iniciativa

própria; procura e marca os números, etc. 2. Marca alguns números que conhece bem 3. Atende o telefone mas não marca os números 4. Não usa o telefone

2. Fazer compras

3. Preparar refeições

4. Cuidar da casa

5. Lavar a roupa

1. Faz as compras que necessita

sozinho 2. Compra sozinho pequenas coisas 3. Necessita de ser acompanhado para qualquer compra 4. Incapaz de fazer compras

1. Planeja, prepara e serve

refeições adequadas, sozinho 2. Prepara refeições adequadas se possuir ingredientes necessários 3. Aquece, serve e prepara refeições mas não mantem uma dieta adequada 4. Necessita de refeiões preparadas e servidas

1. Cuida da casa só ou com

ajuda ocasional (exemplo: “trabalho doméstico pesado” 2. Realiza tarefas diárias como lavar louça ou fazer a cama 3. Realiza tarefas domésticas diárias mas não mantem um nível aceitável de limpeza 4. Necessita de ajuda em todas as tarefas domésticas 5. Não participa em nenhuma tarefa doméstica

1. Lava toda a sua roupa

2. Lava pequenas peças de roupa 3. É incapaz de lavar a sua roupa

Page 68: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE … · À minha mãe que, sempre me passou sua coragem e me ensinou a ter fé para vencer os desafios de mais esta etapa profissional

68

6. Modo de transporte

7. Responsabilidade pela própria

1. Desloca-se em transportes

públicos ou viatura própria 2. Não usa transportes públicos, exceto taxi 3. Desloca-se em transportes públicos quando acompanhado 4. Desloca-se utilizando taxi ou automóvel quando acompanhado por outro

5. Incapaz de se deslocar

1. Toma a medicação nas doses e

horas corretas 2. Toma a medicação preparada e separada por outros 3. É incapaz de tomar a medicação

8. Habilidade para lidar com

dinheiro

PONTUAÇÃO TOTAL:________

AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES BÁSICAS DA VIDA DIÁRIA (Índice de Katz)

1. Lavar-se

2. Vestir-se

3. Utilizar o sanitário

1. Resolve problemas monetários

sozinho, como: cheques, pagar a renda 2. Lida com compras do dia a dia mas necessita de ajuda para efetuar compras maiores

3. Incapaz de lidar com o dinheiro

1. Toma banho sem necessitar

de qualquer ajuda 2. Precisa apenas de ajuda para lavar uma parte do corpo 3. Precisa de ajuda para lavar mais do que uma parte do corpo, ou para entrar e sair do banho

1. Escolhe a roupa e veste-se por

completo, sem necessitar de ajuda 2. Apenas necessita de ajuda para apertar os sapatos 3. Precisa de ajuda para escolher a roupa e não se veste por completo

1. Utiliza o sanitário, limpa-se e veste a roupa, sem qualquer ajuda. Utiliza bacia durante a noite e despeja-a de manha sem ajuda 2. Precisa de ajuda para ir ao sanitário, para se limpar, para vestir a roupa e para usar a bacia a noite 3. Não consegue utilizar o sanitário

Page 69: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE … · À minha mãe que, sempre me passou sua coragem e me ensinou a ter fé para vencer os desafios de mais esta etapa profissional

69

4. Movimentar-se

5. Continência

1. Entra e sai da cama, senta-se e levanta-se sem ajuda

2. Entra e sai da cama e senta-se e levanta-se da cadeira, com ajuda

3. Não se levanta da cama

1. Controla completamente os

esfíncteres, anal e vesical, não tendo perdas 2. Tem incontinência ocasional 3. É incontinente ou usa sonda vesical, necessitando de vigilância.

6. Alimentar-se

PONTUAÇÃO TOTAL: _______________

LIMITAÇÃO FUNCIONAL – NAGI

Vou perguntar se você tem dificuldade em fazer algumas atividades:

1. Você tem dificuldade de tirar ou colocar um grande objeto como uma poltrona?

2. Você tem dificuldade levantar ou transportar pesos acima de 5kg

3. Você tem dificuldade de subir um lance de escada?

Você usa algum dispositivo auxiliar para auxiliá-lo a subir escadas?

4. Você tem dificuldade de caminhar 400 metros?

1. Come sem qualquer ajuda

2. Necessita de ajuda só para cortar os alimentos ou passar manteiga no pão 3. Necessita de ajuda para comer, ou é alimentado parcial ou totalmente, por sonda ou por via endovenosa.

1. Nenhuma 2. Um pouco 3. Mais ou menos 4. Muito 5. Incapaz

1. Nenhuma 2. Um pouco

4. Mais ou menos 4. Muito 5. Incapaz

1. Nenhuma

2. Um pouco 4. Mais ou menos 4. Muito

5. Incapaz

1. Sim Qual?_____________

2. Não 3. Não sei 4. Não tenho resposta

1. Nenhuma 2. Um pouco 3. Mais ou menos 4. Muito 5. Incapaz

Page 70: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE … · À minha mãe que, sempre me passou sua coragem e me ensinou a ter fé para vencer os desafios de mais esta etapa profissional

70

Você usa algum dispositivo auxiliar para auxiliá-lo na caminhada de 400m?

5.Você tem dificuldade de se abaixar ou de se ajoelhar?

6. Você tem dificuldade de pegar ou manusear pequenos objetos com os dedos?

7. Você tem dificuldade de levantar os braços acima da cabeça?

PONTUAÇÃO TOTAL:_____________

Teste de velocidade de marcha

Instruções para o Avaliador Instruções para o Paciente

Material: fita crepe ou fita adesiva,

espaço de 4 metros, fita métrica ou

trena e cronômetro.

Agora eu vou observar o(a) Sr(a) andando

normalmente. Se precisar de bengala ou andador

para caminhar, pode utilizá-los.

A. Primeira tentativa

1. Demonstre a caminhada para o paciente. Eu caminharei primeiro e só depois o (a)

Sr (a) irá caminhar da marca inicial até

ultrapassar completamente a marca

final, no seu passo de costume, como

se estivesse andando na rua para ir a

uma loja.

2. Posicione o paciente em pé com a ponta

dos pés tocando a marca inicial.

a) Caminhe até ultrapassar

completamente a marca final e depois

1. Nenhuma 2. Um pouco 3. Mais ou menos 4. Muito 5. Incapaz

1. Nenhuma 2. Um pouco 3. Mais ou menos 4. Muito 5. Incapaz

1. Nenhuma 2. Um pouco 3. Mais ou menos 4. Muito 5. Incapaz

1. Sim Qual?_____________

2. Não 3. Não sei 4. Não tenho resposta

Page 71: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE … · À minha mãe que, sempre me passou sua coragem e me ensinou a ter fé para vencer os desafios de mais esta etapa profissional

71

pare.

b) Eu caminharei com o (a) Sr(a) sente-se

seguro para fazer isto?

3. Dispare o cronômetro assim que o paciente

tirar o pé do chão.

4. Caminhe ao lado e logo atrás do paciente.

a) Quando eu disser “Já” o (a) Sr(a)

começa a andar.

b) “Entendeu? Assim que o paciente

disser que sim: Diga: então preparar, já”.

5. Quando um dos pés do paciente

ultrapassar completamente a marca final pare

de marcar o tempo.

Tempo da Primeira Tentativa

A tempo para 4 metros:__ __:__ __ segundos.

B. Se o paciente não realizou o teste ou falhou, marque o motivo:

(1) Tentou, mas não conseguiu.

(2) O paciente não conseguiu caminhar sem ajuda de outra pessoa.

(3) Não tentou, o avaliador julgou inseguro.

(4) Não tentou, o paciente sentiu-se inseguro.

(5) O paciente não conseguiu entender as instruções.

(6) Outros (Especifique) ____________

(7) O paciente recusou participação.

C. Apoios para a segunda caminhada: ❒Nenhum ❒ Bengala ❒ Outro

D. Se o paciente não conseguiu realizar a caminhada pontue: ❒ 0 ponto

Page 72: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE … · À minha mãe que, sempre me passou sua coragem e me ensinou a ter fé para vencer os desafios de mais esta etapa profissional

72

Teste de velocidade de marcha

Instruções para o Avaliador Instruções para o Paciente

Material: fita crepe ou fita adesiva,

espaço de 4 metros, fita métrica ou

trena e cronômetro.

Agora eu vou observar o(a) Sr(a) andando

normalmente. Se precisar de bengala ou andador

para caminhar, pode utilizá-los.

A. Segunda tentativa

1. Demonstre a caminhada para o paciente. Eu caminharei primeiro e só depois o (a)

Sr (a) irá caminhar da marca inicial até

ultrapassar completamente a marca

final, no seu passo de costume, como

se estivesse andando na rua para ir a

uma loja.

2. Posicione o paciente em pé com a ponta

dos pés tocando a marca inicial.

a) Caminhe até ultrapassar

completamente a marca final e depois

pare.

b) Eu caminharei com o (a) Sr(a) sente-se

seguro para fazer isto?

3. Dispare o cronômetro assim que o paciente

tirar o pé do chão.

4. Caminhe ao lado e logo atrás do paciente.

a) Quando eu disser “Já” o (a) Sr(a)

começa a andar.

b) “Entendeu? Assim que o paciente

disser que sim: Diga: então preparar, já”.

5. Quando um dos pés do paciente

ultrapassar completamente a marca final pare

de marcar o tempo.

Tempo da Segunda Tentativa

A tempo para 4 metros:__ __:__ __ segundos.

B. Se o paciente não realizou o teste ou falhou, marque o motivo:

(1) Tentou, mas não conseguiu.

(2) O paciente não conseguiu caminhar sem ajuda de outra pessoa.

(3) Não tentou, o avaliador julgou inseguro.

(4) Não tentou, o paciente sentiu-se inseguro.

(5) O paciente não conseguiu entender as instruções.

(6) Outros (Especifique) ____________

(7) O paciente recusou participação.

C. Apoios para a segunda caminhada: ❒Nenhum ❒ Bengala ❒ Outro

D. Se o paciente não conseguiu realizar a caminhada pontue: ❒ 0 ponto

Page 73: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE … · À minha mãe que, sempre me passou sua coragem e me ensinou a ter fé para vencer os desafios de mais esta etapa profissional

73

Pontuação do teste de velocidade e marcha

Extensão do teste de marcha: Quatro metros ❒ ou ❒ Três metros

Qual foi o tempo mais rápido dentre as duas caminhadas?

Marque o menor dos dois tempos: __ __. __ __ segundos e utilize para pontuar

[Se somente uma caminhada foi realizada, marque esse tempo] __ __. __ __ segundos

Se o paciente não conseguiu realizar a caminhada: ❒ 0 ponto

Pontuação para a caminhada de 3 metros

Se o tempo for maior que 6,52 segundos:

❒1 ponto

Se o tempo for de 4,66 a 6,52 segundos:

❒ 2 pontos

Se o tempo for de 4,62 a 4,65 segundos:

❒ 3 pontos

Se o tempo for menor que 3,62 segundos:

❒ 4 pontos

Pontuação para a caminhada de 4 metros

Se o tempo for maior que 8,70 segundos:

❒1 ponto

Se o tempo for de 6,21 a 8,70 segundos:

❒ 2 pontos

Se o tempo for de 4,82 a 6,20 segundos:

❒ 3 pontos

Se o tempo for menor que 4,82 segundos:

❒ 4 pontos

Teste de força de preensão manual

Agora vou pedir para você realizar um teste de força. Qual a mão que você sente mais força?

(O idoso deve estar sentado confortavelmente em uma cadeira, com o ombro aduzido, o cotovelo fletido a 90º, o antebraço em posição neutra e a posição do punho pode variar de 0 a 30º de extensão. Utilizar o membro dominante) 1ª avaliação ____________________(kg) 2ª avaliação ____________________(kg) 3º avaliação ____________________(kg)

Quando eu disser já o senhor aperta

com toda a sua força (encorajar o

idoso a dar um esforço máximo.

Nenhum outro movimento do corpo é

permitido). Anote o resultado.

Realizar a 2ª avaliação da mesma

forma da primeira. Anote o resultado.

Realizar a 3ª avaliação das outras

duas. Anote o resultado.

Page 74: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE … · À minha mãe que, sempre me passou sua coragem e me ensinou a ter fé para vencer os desafios de mais esta etapa profissional

74

- Sintomatologia Depressiva: GDS-15

1. Você esta satisfeito com a sua vida?

2. Diminuiu a maior parte de suas atividades e interesses?

3. Sente que a vida está vazia?

4. Aborrece-se com frequência?

5. Sente-se de bem com a vida na maior parte do tempo?

6. Teme que algo ruim possa lhe acontecer?

7. Sente-se feliz a maior parte do tempo?

8. Sente-se frequentemente desamparado (a)?

9. Prefere ficar em casa a sair e fazer coisas novas?

10. Acha que tem mais problemas de memória

que a maioria?

11. Acha que é maravilhoso estar vivo agora?

12. Vale a pena viver como vive agora?

13. Sente-se cheio(a) de energia?

14. Acha que sua situação tem solução?

15. Acha que tem muita gente em situação melhor?

Avaliação: Pontuação total: ____________

0 = Quando a resposta for diferente do exemplo entre parênteses.

1= Quando a resposta for igual ao exemplo entre parênteses.

Total > 5 = suspeita de depressão

Não (1) Sim (0)

Não (0) Sim (1)

Não (0) Sim (1)

Não (0) Sim (1)

Não (1) Sim (0)

Não (0) Sim (1)

Não (1) Sim (0)

Não (0) Sim (1)

Não (0) Sim (1)

Não (0) Sim (1)

Não (1) Sim (0)

Não (1) Sim (0)

Não (1) Sim (0)

Não (1) Sim (0)

Não (0) Sim (1)

Page 75: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE … · À minha mãe que, sempre me passou sua coragem e me ensinou a ter fé para vencer os desafios de mais esta etapa profissional

75

Dados alta hospitalar

1. Quantos dias ficou internado?

2. Precisou de tratamento intensivo (UTI)?

3. Precisou fazer uso de oxigênio durante

algum período da internação?

4. Sofreu alguma queda enquanto estava

internado?

5. Chegou a fazer uso ou esta fazendo

uso de fraldas descartáveis?

6. Fez algum procedimento cirúrgico durante essa

internação?

7. Esta satisfeito com seu sono agora?

8. A patologia que causou a internação foi Sim

resolvida? Não Motivo?

9. Avaliação antropométrica

10. Como você avalia sua saúde agora?

11. Caso o paciente venha a falecer colocar a causa _______________________

do óbito (ver prontuário). _______________________

_______________________

__________________

Não Sim Quantos dias?

____ Não Sim Quantas?

________ Não Sim Motivo?

________________________________ Não

Sim Motivo?

Não Sim

Peso atual:___________(Kg) Altura: ______________(m) IMC: ___________________

1. Excelente 2. Muito boa 3. Boa 4. Mais ou

menos 5. Ruim 6. Péssima 7. Não sabe 8. Não

respondeu

Não Sim

Participante:

_______________________________________________________________

__

Identificação: _______________ Data da alta: ____/____/____ Idade:

____________

Entrevistador: ______________________ data da entrevista:

____/____/____

Horário inicio entrevista: ___(h):___(min) Horário fim entrevista:

___(h):___(min)

Page 76: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE … · À minha mãe que, sempre me passou sua coragem e me ensinou a ter fé para vencer os desafios de mais esta etapa profissional

76

« As vezes, as pessoas se queixam de problemas de memória, o que fazer para ter uma boa memória. Nós vamos fazer um teste e vamos compor uma série de questões que vai nos ajudar a detectar os problemas de memória. Se você está de acordo pode responder algumas perguntas? » SIM NÃO

“Você deve responder essas perguntas sozinhas sem ajuda de outra pessoa

Qual é a data de hoje?

Ano mês dia

Correto 1 Incorreto 0

Que horas são?

(+ / - 2 horas)

:

H Min

Correto 1 Incorreto 0

Que dia da semana

estamos?

Correto 1 Incorreto 0

Qual é o seu endereço

completo?

Correto 1

Incorreto 0

Em que bairro nos estamos? Correto 1 Incorreto 0

Que idade você tem? Correto 1 Incorreto 0

Qual é sua data de

nascimento?

Ano Mês Dia

Correto 1 Incorreto 0

Qual é a idade e o nome

do(a) filho (a) mais novo da

sua mãe?

Correto 1 Incorreto 0

Total ________ ________

“Nesse momento vou mostrar algumas imagens e vou lhe perguntar o que elas representam para você.” Mostre as

imagens ao participante e marque se a resposta é correta ou não.

Vaca Correto 1 Incorreto 0

Barco/navio Correto 1 Incorreto 0

Colher Correto 1 Incorreto 0

Avião Correto 1 Incorreto 0

Garrafa Correto 1 Incorreto 0

Caminhão Correto 1 Incorreto 0

Total ________ ________

Capacidade cognitiva

C

Page 77: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE … · À minha mãe que, sempre me passou sua coragem e me ensinou a ter fé para vencer os desafios de mais esta etapa profissional

77

“Agora vou repetir todos os objetos para você olhar. Daqui a pouco vou lhe perguntar quais os objetos que você viu.

Você pode me dizer os objetos que você viu, por favor.”

Vaca Correto 1 Incorreto 0

Barco/navio Correto 1 Incorreto 0

Colher Correto 1 Incorreto 0

Avião Correto 1 Incorreto 0

Garrafa Correto 1 Incorreto 0

Caminhão Correto 1 Incorreto 0

Total ________ ________

“Vou lhe contar uma história. Você vai ficar atenta, porque só vou contar uma vez. Quando eu terminar

depois de alguns segundos vou lhe perguntar e quero que você repita o que aprendeu. A história é (ler

lentamente):

Três crianças estavam sozinhas em casa quando começou a incendiar. Um bravo bombeiro chegou a tempo entrou

pela janela, entrou dentro de casa e levou as crianças para um lugar seguro. Salvo alguns cortes e arranhões as

crianças ficaram sans e salvas.”

(Peça ao participante depois de 2 minutos para dizer o que ela entendeu da história)

Três crianças Correto 1 Incorreto 0

Incendio Correto 1 Incorreto 0

Bombeiro que entrou Correto 1 Incorreto 0

Crianças foram socorridas Correto 1 Incorreto 0

Cortes e arranhões Correto 1 Incorreto 0

Sans e salvas Correto 1 Incorreto 0

Total ________ ________

5 minutos depois de mostrar as imagens (durante esse tempo, você pode medir a pressão arterial do participante)

“Você pode repetir os objetos que você viu a poucos minutos?”

Vaca Correto 1 Incorreto 0

Barco/navio Correto 1 Incorreto 0

Colher Correto 1 Incorreto 0

Avião Correto 1 Incorreto 0

Garrafa Correto 1 Incorreto 0

Caminhão Correto 1 Incorreto 0

Total ________ ________

TOTAL SCORE: Adicionar o total de todas as seções

Page 78: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE … · À minha mãe que, sempre me passou sua coragem e me ensinou a ter fé para vencer os desafios de mais esta etapa profissional

78

Page 79: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE … · À minha mãe que, sempre me passou sua coragem e me ensinou a ter fé para vencer os desafios de mais esta etapa profissional

79

- REFERENTE À ALTA HOSTPITALAR:

AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES INSTRUMENTAIS DA VIDA DIÁRIA (Lawton e

Brody)

1. Capacidade para usar o telefone: 1. Utiliza o telefone por iniciativa

própria; procura e marca os números, etc. 2. Marca alguns números que conhece bem 3. Atende o telefone mas não marca os números

4. Não usa o telefone

2. Fazer compras

3. Preparar refeições

4. Cuidar da casa

5. Lavar a roupa

1. Faz as compras que necessita

sozinho 2. Compra sozinho pequenas coisas 3. Necessita de ser acompanhado para qualquer compra

4. Incapaz de fazer compras

1. Planeja, prepara e serve

refeições adequadas, sozinho 2. Prepara refeições adequadas se possuir ingredientes necessários 3. Aquece, serve e prepara refeições mas não mantem uma dieta adequada 4. Necessita de refeiões preparadas e servidas

1. Cuida da casa só ou com

ajuda ocasional (exemplo: “trabalho doméstico pesado” 2. Realiza tarefas diárias como lavar louça ou fazer a cama 3. Realiza tarefas domésticas diárias mas não mantem um nível aceitável de limpeza 4. Necessita de ajuda em todas as tarefas domésticas 5. Não participa em nenhuma tarefa doméstica

1. Lava toda a sua roupa

2. Lava pequenas peças de roupa

3. É incapaz de lavar a sua roupa

Page 80: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE … · À minha mãe que, sempre me passou sua coragem e me ensinou a ter fé para vencer os desafios de mais esta etapa profissional

80

6. Modo de transporte

7.Responsabilidade pela própria

1. Desloca-se em transportes

públicos ou viatura própria 2. Não usa transportes públicos, exceto taxi 3. Desloca-se em transportes públicos quando acompanhado 4. Desloca-se utilizando taxi ou automóvel quando acompanhado por outro

5. Incapaz de se deslocar

1. Toma a medicação nas doses e

horas corretas 2. Toma a medicação preparada e separada por outros 3. É incapaz de tomar a medicação

8. Habilidade para lidar com

dinheiro

PONTUAÇÃO TOTAL:________

AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES BÁSICAS DA VIDA DIÁRIA (Índice de Katz)

1.Lavar-se

2.Vestir-se

3.Utilizar o sanitário

1. Resolve problemas monetários

sozinho, como: cheques, pagar a renda 2. Lida com compras do dia a dia mas necessita de ajuda para efetuar compras maiores 3. Incapaz de lidar com o dinheiro

1. Toma banho sem necessitar

de qualquer ajuda 2. Precisa apenas de ajuda para lavar uma parte do corpo 3. Precisa de ajuda para lavar mais do que uma parte do corpo, ou para entrar e sair do banho

1. Escolhe a roupa e veste-se por

completo, sem necessitar de ajuda 2. Apenas necessita de ajuda para apertar os sapatos 3. Precisa de ajuda para escolher a roupa e não se veste por completo

1. Utiliza o sanitário, limpa-se e veste a roupa, sem qualquer ajuda. Utiliza bacia durante a noite e despeja-a de manha sem ajuda 2. Precisa de ajuda para ir ao sanitário, para se limpar, para vestir a roupa e para usar a bacia a noite 3. Não consegue utilizar o sanitário

Page 81: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE … · À minha mãe que, sempre me passou sua coragem e me ensinou a ter fé para vencer os desafios de mais esta etapa profissional

81

4. Movimentar-se

5. Continência

1. Entra e sai da cama, senta-se

e levanta-se sem ajuda 2. Entra e sai da cama e senta-se e levanta-se da cadeira, com ajuda

3. Não se levanta da cama

1. Controla completamente os

esfíncteres, anal e vesical, não tendo perdas 2. Tem incontinência ocasional 3. É incontinente ou usa sonda vesical, necessitando de vigilância.

6. Alimentar-se

PONTUAÇÃO TOTAL: _______________

LIMITAÇÃO FUNCIONAL – NAGI

Vou perguntar se você tem dificuldade em fazer algumas atividades:

1. Você tem dificuldade de tirar ou colocar um grande objeto como uma poltrona?

2. Você tem dificuldade levantar ou transportar pesos acima de 5kg

3. Você tem dificuldade de subir um lance de escada?

Você usa algum dispositivo auxiliar para auxiliá-lo a subir escadas?

4. Você tem dificuldade de caminhar 400 metros?

1. Come sem qualquer ajuda

2. Necessita de ajuda só para cortar os alimentos ou passar manteiga no pão 3. Necessita de ajuda para comer, ou é alimentado parcial ou totalmente, por sonda ou por via endovenosa.

1.Nenhuma 2. Um pouco 3. Mais ou menos 4. Muito 5.. Incapaz

1. Nenhuma 2. Um pouco

3. Mais ou menos 4. Muito 5. Incapaz

1. Nenhuma

2. Um pouco 3. Mais ou menos 4. Muito

5. Incapaz

1.Sim Qual?_____________ 2. Não 3. Não sei 4. Não tenho resposta

1. Nenhuma 2. Um pouco 3. Mais ou menos 4. Muito 5. Incapaz

Page 82: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE … · À minha mãe que, sempre me passou sua coragem e me ensinou a ter fé para vencer os desafios de mais esta etapa profissional

82

Você usa algum dispositivo auxiliar para auxiliá-lo na caminhada de 400m?

5. Você tem dificuldade de se abaixar ou de se ajoelhar?

6. Você tem dificuldade de pegar ou manusear pequenos objetos com os dedos?

7. Você tem dificuldade de levantar os braços acima da cabeça?

PONTUAÇÃO TOTAL:_____________

Teste de velocidade de marcha

Instruções para o Avaliador Instruções para o Paciente

Material: fita crepe ou fita adesiva,

espaço de 4 metros, fita métrica ou

trena e cronômetro.

Agora eu vou observar o(a) Sr(a) andando

normalmente. Se precisar de bengala ou andador

para caminhar, pode utilizá-los.

A. Primeira tentativa

1. Demonstre a caminhada para o paciente. Eu caminharei primeiro e só depois o (a)

Sr (a) irá caminhar da marca inicial até

ultrapassar completamente a marca

final, no seu passo de costume, como

se estivesse andando na rua para ir a

uma loja.

2. Posicione o paciente em pé com a ponta

dos pés tocando a marca inicial.

a) Caminhe até ultrapassar

completamente a marca final e depois

pare.

b) Eu caminharei com o (a) Sr(a) sente-se

1. Nenhuma 2. Um pouco 3. Mais ou menos 4. Muito 5. Incapaz

1. Nenhuma 2. Um pouco 3. Mais ou menos 4. Muito 5. Incapaz

1. Nenhuma 2. Um pouco 3. Mais ou menos 4. Muito 5. Incapaz

1. Sim Qual?_____________ 2. Não 3. Não sei 4. Não tenho resposta

Page 83: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE … · À minha mãe que, sempre me passou sua coragem e me ensinou a ter fé para vencer os desafios de mais esta etapa profissional

83

seguro para fazer isto?

3. Dispare o cronômetro assim que o paciente

tirar o pé do chão.

4. Caminhe ao lado e logo atrás do paciente.

a) Quando eu disser “Já” o (a) Sr(a)

começa a andar.

b) “Entendeu? Assim que o paciente

disser que sim: Diga: então preparar, já”.

5. Quando um dos pés do paciente

ultrapassar completamente a marca final pare

de marcar o tempo.

Tempo da Primeira Tentativa

A tempo para 4 metros:__ __:__ __ segundos.

B. Se o paciente não realizou o teste ou falhou, marque o motivo:

(1) Tentou, mas não conseguiu.

(2) O paciente não conseguiu caminhar sem ajuda de outra pessoa.

(3) Não tentou, o avaliador julgou inseguro.

(4) Não tentou, o paciente sentiu-se inseguro.

(5) O paciente não conseguiu entender as instruções.

(6) Outros (Especifique) ____________

(7) O paciente recusou participação.

C. Apoios para a segunda caminhada: ❒Nenhum ❒ Bengala ❒ Outro

D. Se o paciente não conseguiu realizar a caminhada pontue: ❒ 0 ponto

Page 84: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE … · À minha mãe que, sempre me passou sua coragem e me ensinou a ter fé para vencer os desafios de mais esta etapa profissional

84

Teste de velocidade de marcha

Instruções para o Avaliador Instruções para o Paciente

Material: fita crepe ou fita adesiva,

espaço de 4 metros, fita métrica ou

trena e cronômetro.

Agora eu vou observar o(a) Sr(a) andando

normalmente. Se precisar de bengala ou andador

para caminhar, pode utilizá-los.

A. Segunda tentativa

1. Demonstre a caminhada para o paciente. Eu caminharei primeiro e só depois o (a)

Sr (a) irá caminhar da marca inicial até

ultrapassar completamente a marca

final, no seu passo de costume, como

se estivesse andando na rua para ir a

uma loja.

2. Posicione o paciente em pé com a ponta

dos pés tocando a marca inicial.

a) Caminhe até ultrapassar

completamente a marca final e depois

pare.

b) Eu caminharei com o (a) Sr(a) sente-se

seguro para fazer isto?

3. Dispare o cronômetro assim que o paciente

tirar o pé do chão.

4. Caminhe ao lado e logo atrás do paciente.

a) Quando eu disser “Já” o (a) Sr(a)

começa a andar.

b) “Entendeu? Assim que o paciente

disser que sim: Diga: então preparar, já”.

5. Quando um dos pés do paciente

ultrapassar completamente a marca final pare

de marcar o tempo.

Tempo da Segunda Tentativa

A tempo para 4 metros:__ __:__ __ segundos.

B. Se o paciente não realizou o teste ou falhou, marque o motivo:

(1) Tentou, mas não conseguiu.

(2) O paciente não conseguiu caminhar sem ajuda de outra pessoa.

(3) Não tentou, o avaliador julgou inseguro.

(4) Não tentou, o paciente sentiu-se inseguro.

(5) O paciente não conseguiu entender as instruções.

(6) Outros (Especifique) ____________

(7) O paciente recusou participação.

C. Apoios para a segunda caminhada: ❒Nenhum ❒ Bengala ❒ Outro

D. Se o paciente não conseguiu realizar a caminhada pontue: ❒ 0 ponto

Page 85: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE … · À minha mãe que, sempre me passou sua coragem e me ensinou a ter fé para vencer os desafios de mais esta etapa profissional

85

Pontuação do teste de velocidade e marcha

Extensão do teste de marcha: Quatro metros ❒ ou ❒ Três metros

Qual foi o tempo mais rápido dentre as duas caminhadas?

Marque o menor dos dois tempos: __ __. __ __ segundos e utilize para pontuar

[Se somente uma caminhada foi realizada, marque esse tempo] __ __. __ __ segundos

Se o paciente não conseguiu realizar a caminhada: ❒ 0 ponto

Pontuação para a caminhada de 3 metros

Se o tempo for maior que 6,52 segundos:

❒1 ponto

Se o tempo for de 4,66 a 6,52 segundos:

❒ 2 pontos

Se o tempo for de 4,62 a 4,65 segundos:

❒ 3 pontos

Se o tempo for menor que 3,62 segundos:

❒ 4 pontos

Pontuação para a caminhada de 4 metros

Se o tempo for maior que 8,70 segundos:

❒1 ponto

Se o tempo for de 6,21 a 8,70 segundos:

❒ 2 pontos

Se o tempo for de 4,82 a 6,20 segundos:

❒ 3 pontos

Se o tempo for menor que 4,82 segundos:

❒ 4 pontos

Teste de força de preensão manual

Agora vou pedir para você realizar um teste de força. Qual a mão que você sente mais força?

(O idoso deve estar sentado confortavelmente em uma cadeira, com o ombro aduzido, o cotovelo fletido a 90º, o antebraço em posição neutra e a posição do punho pode variar de 0 a 30º de extensão. Utilizar o membro dominante) 1ª avaliação ____________________(kg) 2ª avaliação ____________________(kg) 3º avaliação ____________________(kg)

Quando eu disser já o senhor aperta

com toda a sua força (encorajar o

idoso a dar um esforço máximo.

Nenhum outro movimento do corpo é

permitido). Anote o resultado.

Realizar a 2ª avaliação da mesma

forma da primeira. Anote o resultado.

Realizar a 3ª avaliação das outras

duas. Anote o resultado.

Page 86: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE … · À minha mãe que, sempre me passou sua coragem e me ensinou a ter fé para vencer os desafios de mais esta etapa profissional

86

- Sintomatologia Depressiva: GDS-15

1.Você esta satisfeito com a sua vida?

2. Diminuiu a maior parte de suas atividades e interesses?

3.Sente que a vida está vazia?

4.Aborrece-se com frequência?

5.Sente-se de bem com a vida na maior parte do tempo?

6.Teme que algo ruim possa lhe acontecer?

7.Sente-se feliz a maior parte do tempo?

8.Sente-se frequentemente desamparado (a)?

9.Prefere ficar em casa a sair e fazer coisas novas?

10.Acha que tem mais problemas de memória

que a maioria?

11.Acha que é maravilhoso estar vivo agora?

12.Vale a pena viver como vive agora?

13.Sente-se cheio(a) de energia?

14.Acha que sua situação tem solução?

15.Acha que tem muita gente em situação melhor?

Avaliação: Pontuação total: ____________

0 = Quando a resposta for diferente do exemplo entre parênteses.

1= Quando a resposta for igual ao exemplo entre parênteses.

Total > 5 = suspeita de depressão

Não (1) Sim (0)

Não (0) Sim (1)

Não (0) Sim (1)

Não (0) Sim (1)

Não (1) Sim (0)

Não (0) Sim (1)

Não (1) Sim (0)

Não (0) Sim (1)

Não (0) Sim (1)

Não (0) Sim (1)

Não (1) Sim (0)

Não (1) Sim (0)

Não (1) Sim (0)

Não (1) Sim (0)

Não (0) Sim (1)

Page 87: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE … · À minha mãe que, sempre me passou sua coragem e me ensinou a ter fé para vencer os desafios de mais esta etapa profissional

87

Dados Óbito

Participante:

_______________________________________________________________

__

Identificação: _______________ Data do óbito: ____/____/____ Idade:

____________

Entrevistador: ______________________

1. Quantos dias ficou internado?

2. Precisou de tratamento intensivo (UTI)?

3. Precisou fazer uso de oxigênio durante

algum período da internação?

4. Fez algum procedimento cirúrgico durante essa

internação?

5. Causa do óbito

Não Sim, quantos dias

Não

Sim, quantos dias

Não

Sim