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i
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
DEPARTAMENTO DE FISIOTERAPIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA
EFEITOS DA HOSPITALIZAÇÃO NA FORÇA DE PREENSÃO PALMAR DE
IDOSOS
Natal, 2017
ii
ANA CLÁUDIA MAURÍCIO DE CARVALHO
EFEITOS DA HOSPITALIZAÇÃO NA FORÇA DE PREENSÃO PALMAR DE
IDOSOS
Projeto de pesquisa submetido ao Programa de Pós-graduação em Fisioterapia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte como requisito
obrigatório de Defesa de Mestrado.
ORIENTADOR: Prof. Dr. RICARDO OLIVEIRA GUERRA
Natal – RN 2017
iii
Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN
Sistema de Bibliotecas - SISBI
Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Setorial do Centro Ciências da Saúde - CCS
Carvalho, Ana Cláudia Maurício de.
Efeitos da hospitalização na força de preensão palmar de
idosos / Ana Cláudia Maurício de Carvalho. - Natal, 2017.
85f.: il.
Dissertação (Mestrado) - Programa de Pós-Graduação em
Fisioterapia. Centro de Ciências da Saúde. Universidade Federal
do Rio Grande do Norte.
Orientador: Ricardo Oliveira Guerra.
1. Força muscular - Dissertação. 2. Sarcopenia - Dissertação.
3. Envelhecimento - Dissertação. I. Guerra, Ricardo Oliveira.
II. Título.
RN/UF/BS-CCS CDU 796.015.52
iv
Dedicatória
À minha mãe pelo incentivo na minha
carreira profissional e na vida.
Ao meu esposo pelo amor incondicional.
v
Agradecimentos
À Deus pelo dom da vida e saúde, pela força e coragem de poder conquistar
esse título e por todas coisas que o Senhor nos faz ver que És bom o tempo
todo.
À minha mãe que, sempre me passou sua coragem e me ensinou a ter fé para
vencer os desafios de mais esta etapa profissional. Obrigada mãe por tudo, te
amo!
Ao meu esposo, pela paciência, por entender meus momentos de ausência,
por me amar.
Ao Professor Ricardo, por acreditar que eu era capaz de enfrentar o desafio
que foi este trabalho. Foi uma honra alcançar esse título com o senhor, muito
obrigada!
À Jú, que me ajudou em cada página dessa dissertação, que me tirou todas as
dúvidas que me afligiam e com muita paciência soube passar o que era
necessário para completar este trabalho. Você já é uma excelente professora,
meu muito obrigada por tudo.
À Cris, que também me ajudou muito, principalmente com correções e com
frases de incentivo com ‘calma Cláudia, vai dar tudo certo!’. Eu aprendi muito
com você, torço pelo o seu sucesso como professor.
À Karla, que dividiu comigo seu trabalho, que ainda na graduação me fez
sonhar e acreditar que poderia passar no mestrado e continuar a pesquisa.
Não foi fácil, mas conseguimos!
À Pri, que me incentivou desde o início a entrar no processo seletivo, que me
puxou pela mão e me mostrou o caminho, para juntas obter o título. Pri, muito
obrigada principalmente pela sua amizade.
À Professora Tânia, que todo tempo se dispôs a ajudar e ajudou muito, tanto
na minha banca de qualificação quanto me ensinando a fazer a curva Roc.
Obrigada!
Aos idosos participantes da pesquisa, que mesmo numa situação não
agradável me recebiam com carinho e nos ajudaram a compor esse trabalho. À
todos vocês meu muito obrigada.
À toda equipe do Laboratório 7, pela harmonia, momentos de risos e
cumplicidade e sempre todos dispostos ajudar. Vocês são demais!
Aos meus pacientes do pilates e domiciliares que sempre e a todo momento
me davam palavras de incentivo e sempre se colocavam a disposição para
vi
possíveis remarcações devido ao mestrado. Vocês são os melhores pacientes
que se poderia ter.
Aos familiares, principalmente os do meu esposo como meus sogros que me
acolheram como filha e vibram nesse momento de alegria como meus pais.
Obrigada.
Aos amigos, que me fizeram bem nos momentos de angústia, me fazendo rir e
mostrar o quanto sou amada por eles.
vii
Sumário Lista de abreviaturas .......................................................................................... ix
Lista de tabelas .................................................................................................. x
RESUMO............................................................................................................ xi
ABSTRACT: ...................................................................................................... xii
1 INTRODUÇÃO .............................................................................................. 13
1.1 Alterações funcionais no tecido muscular decorrentes do envelhecimento
...................................................................................................................... 14
1.2 Impacto da hospitalização no idoso ........................................................ 15
1.3 Avaliação da força de preensão palmar de idosos hospitalizados .......... 16
2 OBJETIVO ..................................................................................................... 18
2.1 Geral ....................................................................................................... 19
2.2 Específicos .............................................................................................. 19
3 MÉTODOS .................................................................................................... 21
3.1 Caracterização da Pesquisa ................................................................... 22
3.2 Local de Pesquisa ................................................................................... 22
3.3 Amostra ................................................................................................... 22
3.4 Variáveis do estudo ................................................................................. 23
3.5 Instrumentos ........................................................................................... 25
3.5.1 Perfil socioeconômico e de saúde .................................................... 25
3.5.2 Capacidade Cognitiva ....................................................................... 25
3.5.3 Capacidade funcional ....................................................................... 26
3.5.4 Avaliação do Desempenho físico ...................................................... 27
3.5.5 Sintomatologia Depressiva ............................................................... 27
3.5.6 Medidas antropométricas .................................................................. 28
3.5.7 Dados relacionados à alta hospitalar e óbito .................................... 28
3.6 Procedimentos ........................................................................................ 28
3.7 Análise Estatística ................................................................................... 29
3.8 Aspectos Éticos ....................................................................................... 30
4 RESULTADOS .............................................................................................. 31
5 DISCUSSÃO ................................................................................................. 42
6 CONCLUSÃO ................................................................................................ 48
REFERÊNCIAS ................................................................................................ 50
APÊNDICE 1 .................................................................................................... 54
viii
ANEXO 1 – QUESTIONÁRIO ESTRUTURADO .............................................. 56
ix
Lista de abreviaturas
AVD - Atividade de vida diária
ABVD - Atividade básica de vida diária
AIVD - Atividade instrumental de vida diária
EWGSOP - European Working Group on Sarcopenia in Older People
HUOL - Hospital Universitário Onofre Lopes
RN - Rio Grande do Norte
SUS - Sistema Único de Saúde
TCLE - Termo de consentimento livre e esclarecido
PCL - Prova cognitiva de Leganés
UTI - Unidade de terapia intensiva
IMC - Índice de massa corpórea
GDS - Geriatric Depression Scale
CEP - Comitê de Ética em Pesquisa
SPSS - Statistical Package for the Social Science
DP - Desvio padrão
ROC - Receiver Operating Characteristic
MIF - Medida de Independência funcional
x
Lista de tabelas
Tabela 1 – Descrição e tipo das variáveis utilizadas no estudo
Tabela 2 - Características sociodemográficas e clínicas na internação
hospitalar.
Tabela 3 - Características clínicas da alta hospitalar.
Tabela 4 - Nível cognitivo e funcional dos idosos.
Tabela 5 - Médias de força de preensão palmar na internação e na alta de
idosos hospitalizados.
Tabela 6 - Modelos de regressão linear múltipla para homens e mulheres como
variável dependente a força máxima de preensão palmar na alta hospitalar.
xi
RESUMO
Objetivo: Avaliar os efeitos da hospitalização na força de preensão palmar em
idosos internados em um hospital universitário; identificar fatores relacionados
ao pior desempenho e definir pontos de corte específicos de força de preensão
palmar para homens e mulheres. Métodos: um estudo do tipo observacional
analítico do tipo coorte foi realizado no Hospital Universitário Onofre Lopes
(HUOL), Natal-RN. Foram avaliados o estado cognitivo (Prova Cognitiva de
Leganés), o estado funcional (Índice de Katz, Escala de Lawton, Limitação
funcional de Nagi), de desempenho físico (Teste de força de preensão palmar e
velocidade da marcha) e presença de sintomatologia depressiva (GDS-15)
aplicados na internação e na alta hospitalar, assim como informações sobre o
estado de saúde e funcionalidade prévias à hospitalização. Resultados: Foram
avaliados 1070 idosos, entretanto houve 75 óbitos. Em relação a força de
preensão palmar observou-se diminuição significativa nas médias de força
entre admissão e alta em homens (26,66±9,68 internação e 19,11±13,42 na
alta, p<0,0001) e mulheres (17,93±7,43 internação e 14,24±9,41 alta,
p<0,0001). Os homens apresentaram maior perda de força de preensão palmar
em relação às mulheres (-8,10±13,51homens e -4,33±9,14mulheres,
p<0,0001). Permaneceram significantes no modelo de regressão linear múltipla
final as variáveis força máxima de preensão palmar na admissão, realizar
cirurgia para ambos os grupos e apenas em mulheres ser dependente 15 dias
antes e na admissão nas ABVD. Foram definidos os pontes de corte para força
de preensão palmar de 22,0 Kgf para homens e 15 Kgf para mulheres.
Conclusão: Os resultados do presente estudo sugerem que, existe uma
diferença na força de preensão palmar nos dois momentos de avaliação e que
homens perderam mais força que mulheres. Realizar cirurgia durante a
hospitalização diminui a força muscular de homens e mulheres idosos, ser
dependente nas ABVD 15 dias antes e na admissão também foram apenas em
mulheres. Por fim, definimos os pontos de corte para força de preensão palmar
em idosos hospitalizados específicos entre os sexos.
Palavras-chave: Força Muscular, Sarcopenia, Envelhecimento
xii
ABSTRACT:
Aim: To evaluate the effects of hospitalization on handgrip strength of
hospitalized older adults in a university hospital; to identify factors related to the
worst performance in the test and to define specific cutoff points to handgrip
strength in men and women older adults. Methods: An analytical observational
type of the cohort type study was carried out at University Hospital Onofre
Lopes (HUOL), Natal-RN. Were evaluated cognitive status (Leganés Cognitive
Test), functional status (Katz Index, Lawton Scale and Functional limitation
Nagi), physical performance (handgrip strength and gait speed) and presence
of depressive symptomatology (GDS-15) at admission and discharge, as well
information on the state of the health and functionality prior to hospitalization
were collected. Results: a total of 1070 hospitalized older adults were
evaluated, however 75 deaths occurred. It was observed a significant decrease
in means of handgrip strength between admission and discharge for men
(26,66±9,68 admission and 19,11±13,42 discharge, p<0,0001) and for women
(17,93±7,43 admission and 14,24±9,41 discharge, p<0,0001). Men presented
greatest decline in handgrip strength compared to women (-8,10±13,51 men
and -4,33±9,14 women, p<0,0001). Remained significant in our final multiple
linear regression the variables maximum handgrip strength at admission,
perform surgery for both groups and be dependent 15 days before and on
admission in BADL in women only. Were defined the cutoff points for handgrip
strength of 22,0 Kgf for men and 15 Kgf for women. Conclusion: Our results
suggest that there is a difference in handgrip strength at both moments of
assessment and men have lost more strength than women. Performing surgery
in both men and women decreases muscle strength. Beside this, only in women
being dependent on BADL 15 days before and at moment of admission
decreased muscle strength on discharge. Finally, we defined the cutoff points
for handgrip strength in specific hospitalized elderly between the sexes.
Keywords:Muscle Strength, Sarcopenia, Aging.
13
1 INTRODUÇÃO
14
1.1 Alterações funcionais no tecido muscular decorrentes do envelhecimento
A redução de massa muscular e de força em idosos predispõe à
incapacidade, fragilidade e eventualmente a perda de independência funcional,
podendo ser este um processo natural decorrente da senescência (1). A origem
da redução da força muscular relacionada à idade pode ser biologicamente
atribuída ao declínio substancial do número de fibras musculares do tipo II (2).
Um dos processos fisiológicos da morte de fibras musculares ocorre
quando elas atingem um tamanho mínimo crítico. Outra causa de apoptose é a
degeneração e perda de neurônios. Além disso, a perda de fibras diminui a
capacidade de gerar força e metabolismo muscular, aumentando assim o risco
de dano muscular. Somado a isso, a taxa de síntese protéica muscular diminui
com o processo de envelhecimento, como também, a capacidade de reparo é
reduzida com o aumento da idade (3).
O processo fisiológico de declínio da força e massa muscular em idosos
foi chamado inicialmente de Sarcopenia por Rosemberg em 1989 (4). O termo
Sarcopenia é derivado do grego "sarcos", referindo-se à carne e "penia" à
perda, ou seja, perda de carne. Ao longo dos anos, esse conceito foi sendo
contestado e ampliado considerando aspectos relacionados à funcionalidade
associada ao desempenho físico (5). Neste sentido, Manini e Clark (2012)
consideraram que o termo dinapenia seria mais adequado por se caracterizar
um processo de declínio em idosos de perda de força muscular não atribuída
primariamente à doenças neurológicas ou muscular, e que acarretaria em
consequências desfavoráveis para o desempenho das atividades diárias e
sobrevivência. Considera-se ainda que esta disfunção estaria envolvida com a
reserva metabólica vital e resistência às doenças crônicas, e incapacidade (6).
Os resultados apresentados ainda por Manini e Clarck (2012) sugerem
que o número e magnitude de associações para baixo desempenho físico ou
incapacidade foram maiores para idosos com baixa força do que para aqueles
com baixa massa muscular. Nos estudos incluídos nessa revisão a associação
entre baixa força muscular e baixo desempenho físico ou deficiência foram
significativos em 90% das vezes (18 de 20 associações), enquanto que
aqueles que examinaram a mesma associação com baixa massa muscular
15
foram significativos em apenas 35% das vezes (10 de 28 associações) (6).
Esses achados apontaram para a importância da avaliação da força muscular
nesse estágio da vida do indivíduo.
1.2 Impacto da hospitalização no idoso
A hospitalização é considerada um evento crítico na história clínica de
uma pessoa idosa, e se configura como uma das principais causas de
incapacidade em longo prazo (7). Estudos anteriores indicam que a
hospitalização afeta negativamente os resultados funcionais de idosos, mesmo
em pessoas com condições não incapacitantes e com relativamente boa
função basal (8). Além disso, baixos níveis de desempenho físico estão
associados à incapacidade funcional e quando as duas condições estão
presentes simultaneamente pode levar ao declínio funcional nas AVD desde a
alta e persistindo até um mês depois (9).
De forma geral, pacientes que realizam procedimentos eletivos obtêm
melhores resultados que idosos que foram hospitalizados em condições
agudas (10). Enfermidades preexistentes associados a quadros agudos
potencializam o risco de novas incapacidades e complicações durante o
período de hospitalização (11), assim como institucionalização e morte (12). A
mobilidade e funcionalidade parecem estar também fortemente relacionadas
com a hospitalização em idosos, mesmo em curtos períodos de internação,
bem como sendo diretamente associadas com os resultados funcionais pós-
hospitalização (13).
Estudos recentes mostram que, uma parte significativa do declínio
funcional ocorre poucos dias antes da admissão hospitalar enquanto outra
parcela é perdida durante a internação (14,15). O declínio observado na
admissão hospitalar pode ser consequência do efeito de uma doença aguda
sobre o estado funcional em pacientes com algum nível de vulnerabilidade, e
isso pode ter um significado relevante no prognóstico, agindo assim como um
potencial fator preditor da redução da reserva fisiológica e de fragilidade (14).
Sendo assim, a ocorrência de eventos adversos e a piora da capacidade
funcional durante a internação são decorrentes de uma combinação de fatores
16
em virtude de alterações fisiológicas do envelhecimento, efeitos deletérios da
imobilização, da restrição ao leito, da doença aguda e as reações adversas a
medicamentos e procedimentos terapêuticos (16).
1.3 Avaliação da força de preensão palmar de idosos hospitalizados
Existem vários testes e escalas para avaliação do declínio funcional
após alta hospitalar de idosos, no entanto a maioria destes procedimentos são
onerosos ou subjetivos com pouca comparabilidade e padronização (17). A
avaliação da força de preensão palmar é uma medida fácil para utilização em
populações idosas seja comunitárias ou hospitalizadas (5).
Embora existam numerosas alternativas para quantificar de forma
objetiva a força muscular do idoso, predominam as medidas de força de
preensão palmar e a força de extensão de joelho. Dentre essas, a força de
preensão palmar tem a vantagem em termos de acessibilidade, portabilidade,
simplicidade e rapidez (18).
Para o grupo europeu de estudos sobre sarcopenia The European
Working Groupon Sarcopenia in Older People (EWGSOP), a força de preensão
palmar é uma das técnicas de avaliação recomendada para a mensuração da
força muscular, e um método simples para avaliação da função muscular que
reflete a saúde global do idoso, tornando-se um “sinal vital” na prática clínica
(5).
Além disso, a força de preensão palmar é um teste de desempenho
físico, amplamente utilizado nos idosos para avaliar diferentes fins (5), como
função do membro superior (19), mobilidade (20), hospitalização (21) e
mortalidade (21). Para a realização do teste de avaliação da força de preensão
palmar é exigida pouca formação e requer apenas poucos minutos, com
medidas precisas e resultados comparáveis entre populações (22).
Estudos longitudinais confirmam que a força de preensão palmar diminui
após a meia idade, acelerando com o envelhecimento e em idades mais
avançadas (23,24). Somado a isso, novos estudos demonstram esse declínio
em diferentes contextos como na hospitalização. Isaia e colaboradores (2013),
por exemplo, avaliaram o impacto na redução de força de preensão palmar de
17
re-hospitalizações em 3 meses e 1 ano. Seus resultados sugerem que fraqueza
durante hospitalização poderia ser considerada como um valor preditivo para
morte e novas admissões hospitalares em pacientes idosos. Além disso, os
efeitos da redução da força de preensão palmar que ocorrem durante um
período de hospitalização, poderiam produzir efeitos até depois da mesma
hospitalização (24).
García-Peña et al. (2014) avaliou a força de preensão palmar, também
em idosos hospitalizados, para predizer declínio funcional na alta. Nesse
estudo, não foram encontradas associações significantes entre força de
preensão palmar e declínio funcional em mulheres idosas, apenas em homens.
Esse mesmo estudo identificou ainda o risco de declínio funcional em homens
com mais de sessenta anos, porém não esclareceu a existência na diferença
entre homens e mulheres idosos (22).
Tendo em vista que ainda são escassos os achados na literatura sobre a
relação entre o impacto da hospitalização na força muscular em idosos e que,
além disso, os achados vigentes são advindos de populações estrangeiras, o
presente estudo se propõe a avaliar os efeitos da hospitalização na força de
preensão palmar em uma amostra de idosos internados em um hospital
universitário público de uma cidade do nordeste brasileiro.
18
2 OBJETIVO
19
2.1 Geral
Avaliar os efeitos da hospitalização na força de preensão palmar em
idosos.
2.2 Específicos
Comparar as médias de força de preensão palmar dos participantes na
admissão e na alta hospitalar.
Identificar quais fatores estão relacionados ao pior desempenho no teste
de preensão palmar na alta hospitalar.
Definir pontos de corte para força de preensão palmar em homens e
mulheres idosos hospitalizados.
20
21
3 MÉTODOS
22
3.1 Caracterização da Pesquisa
Este estudo é do tipo observacional analítico do tipo coorte e faz parte
de um estudo maior intitulado “Impacto da hospitalização na capacidade
funcional do idoso”.
3.2 Local de Pesquisa
O presente estudo foi realizado no Hospital Universitário Onofre Lopes
(HUOL), localizado no município de Natal-RN. Atualmente o Hospital possui
220 leitos em 6 enfermarias para tratamento clínico, cirúrgico e psiquiátrico
sendo destinados para o atendimento de pacientes provenientes
exclusivamente do Sistema Único de Saúde (SUS).
3.3 Amostra
A amostra foi selecionada por conveniência, composta por idosos que
tiveram internação no Hospital Universitário durante o período de janeiro de
2014 a abril de 2015 e que preencheram os critérios de elegibilidade descritos
abaixo:
Idade igual ou superior a 60 anos, de ambos os sexos;
Passar por internação hospitalar em qualquer área clínica ou
cirúrgica;
Vir previamente do seu domicílio e não de outra unidade hospitalar;
Não ter comprometimento severo na visão e audição;
Ser independente em duas ou mais atividades básicas de vida diária,
pela a Escala de Katz;
Não ter realizado procedimento invasivo prévio a abordagem para a
participação da pesquisa;
Aceitar participar da pesquisa e assinar o Termo de Consentimento
Livre e Esclarecido ou obter consentimento do acompanhante
(Apêndice 1).
Foram excluídos da pesquisa aqueles pacientes que foram transferidos
para outras unidades hospitalares ou que se recusaram a responder o
questionário na alta hospitalar.
23
3.4 Variáveis do estudo
Tabela 1 – Descrição e tipo das variáveis utilizadas no estudo
Nome Descrição Tipo
Sexo Homem ou mulher Categórica
nominal
Idade Idade dos voluntários em anos Quantitativa
contínua
Estado Civil Categorizada em: casado (a), solteiro
(a), viúvo (a) e divorciado (a)
Categórica
nominal
Escolaridade Anos de estudo Quantitativa
contínua
Renda
satisfatória
Sim ou não
Categórica
nominal
Vive sozinho (a) Sim ou não Categórica
nominal
Queda nos
últimos 6 meses
Sim ou não Categórica
nominal
Auto relato de
saúde
Boa ou ruim Categórica
nominal
Prova cognitiva
de Leganés
Nível cognitivo: Normal (≥22 pontos)
ou declínio (<22 pontos)
Categórica
nominal
Avaliação das
atividades
instrumentais de
vida diária –
Lawton e Brody
Independente quando indivíduo realiza
todas as atividades ou dependente
quando não realiza uma ou mais
atividade.
Categórica
nominal
Avaliação das
atividades
básicas de vida
diária – Índice de
Katz
Independente quando indivíduo realiza
todas as atividades ou dependente
quando não realiza uma ou mais
atividade.
Categórica
nominal
Limitação Independente quando indivíduo realiza Categórica
24
funcional – Nagi todas as atividades ou dependente
quando não realiza uma ou mais
atividade.
nominal
UTI Precisou ser admitido em UTI: sim ou
não.
Categórica
nominal
Cirurgia Passou por procedimento cirúrgico:
sim ou não.
Categórica
nominal
Fisioterapia Realizou fisioterapia: sim ou não Categórica
nominal
Depressão Avaliada pela GDS-15, com ponto de
corte 5, indicando presença (>5) ou
não de sintomatologia depressiva.
Categórica
nominal
Peso Medida padronizada do peso, em
quilogramas (Kg)
Quantitativa
contínua
Altura Medida padronizada da altura, em
metros (m)
Quantitativa
contínua
Doenças
crônicas
número de doenças crônicas Quantitativa
contínua
Classificação do
IMC
Quociente do peso pela altura elevada
à segunda potência, em quilogramas
por metro quadrado (Kg/m2). Foram
categorizadas da forma abaixo :
Abaixo do peso normal (<18,5 Kg),
normal (18,5 – 25,0 Kg), sobrepeso
(25,1 – 30,0 Kg) e acima do peso
(>30,0 Kg).
Categórica
ordinal
Velocidade da
marcha
Avaliada em metros por segundo após
caminhada percorrida de 4 metros. Foi
categorizada de acordo com ponto de
corte 0,6 ms, ≥0,6 ms normal e <0,6
com declínio na mobilidade.
Categórica
nominal
25
Força de
preensão palmar
Medida com dinamômetro portátil em
quilogramas-força (Kgf).
Quantitativa
contínua
Morte Óbito sim ou não durante
hospitalização
Categórica
nominal
3.5 Instrumentos
Na coleta dos dados, foi utilizado um questionário estruturado contendo
testes e escalas validados, com boa confiabilidade e que são amplamente
utilizados na literatura (Anexo 1).
3.5.1 Perfil socioeconômico e de saúde
Para traçar o perfil do idoso foi elaborado um questionário estruturado
com objetivo de avaliar os aspectos sociodemográficos e de saúde do idoso
hospitalizado. Esse questionário possui questões relacionadas aos dados
pessoais do idoso, aos dados relacionados à família e à hospitalização atual.
Os dados pessoais compreenderam idade, escolaridade, sexo, renda familiar,
composição familiar e informações sobre o cuidador. Os dados relacionados à
saúde corresponderam ao motivo da internação, serviço que o internou,
doenças crônicas, medicamentos em uso, estado nutricional, quedas nos
últimos 6 meses, saúde percebida, qualidade do sono e presença de
acompanhante.
3.5.2 Capacidade Cognitiva
A Prova Cognitiva de Leganés (PCL) é um teste de rastreio cognitivo
desenvolvido na cidade de Leganés, na Espanha. A PCL foi desenvolvida com
o propósito de ser uma escala de fácil aplicação e sem influência da
escolaridade no escore final obtido. A realização do teste não depende da
habilidade de escrever, calcular, desenhar, ou desenvolver pensamento
abstrato, possibilitando o rastreio cognitivo adequado em populações com
baixo nível de escolaridade.
O teste possui 32 questões, agrupadas em 07 categorias: orientação
temporal (3 pontos); orientação espacial (2 pontos); informações pessoais (3
pontos); teste de nomeação (6 pontos); memória imediata (6 pontos); memória
tardia (6 pontos); memória lógica (6 pontos). As categorias da PCL podem ser
26
ainda classificadas em dois domínios distintos: memória e orientação. As
categorias orientação temporal, orientação espacial e informações pessoais
são referentes ao domínio orientação, enquanto as demais compõem o
domínio memória. A pontuação total varia de 0 a 32, podendo alcançar de 0 a 8
no domínio orientação e de 0 a 24 no domínio memória. Melhores escores
estão associados ao melhor desempenho e o ponto de corte para déficit
cognitivo utilizado nesse estudo foi de 22 pontos (25).
3.5.3 Capacidade funcional
A capacidade funcional foi medida através da avaliação de atividades
básicas e instrumentais de vida diária e pela limitação funcional por meio de
três instrumentos específicos. Para avaliação das atividades básica da vida
diária (ABVD) foi utilizado o Índice de Katz. Este instrumento é destinado a
mensurar a independência em seis atividades de vida diária. São elas: banhar-
se, vestir-se, ir ao banheiro, transferências, continência e alimentação. O
mesmo possui duas categorias de classificação: independente quando realiza
todas as atividades e dependente quando realiza uma ou mais atividades com
ajuda. O mesmo ainda pode ser classificado em independente ou dependente
por tarefa. É uma escala amplamente utilizada e apresenta algumas versões
com modificações a partir de sua versão original (26).
Na avaliação das atividades instrumentais da vida diária (AIVD) foi
aplicada a Escala de Lawton. Ela determina a independência por meio da
execução de sete atividades (uso de telefone, fazer compras, preparo de
refeição, tarefas domésticas, usar meio de transporte, tomar medicações e
controle financeiro). O escore total varia entre 7 e 21 pontos, sendo que quanto
menor o valor obtido, maior o grau de comprometimento funcional (27). Foram
classificados como independentes aqueles indivíduos que atingiram 21 pontos
e dependente quando tiveram total escore <21.
A limitação funcional foi avaliada através da Escala de Limitação
Funcional de Nagi (28). Com o uso desta escala, é possível identificar
limitações na realização de tarefas como deslocar um objeto pesado,
transportar pesos, subir escadas, caminhar, ajoelhar-se, manusear objetos
pequenos e levantar os braços acima da cabeça. Cada item possui cinco
opções: nenhuma dificuldade, um pouco, mais ou menos, muito ou incapaz de
27
realizar a tarefa, pontuando 1, nenhuma dificuldade e 5, incapaz de executar,
variando o escore total de 7 a 35. Indivíduos que não tiveram dificuldade em
realizar as 7 tarefas foram classificados como independentes e os que tiveram
qualquer dificuldade em executar uma ou mais tarefas foram classificados
como dependentes.
3.5.4 Avaliação do Desempenho físico
Para a avaliação da força muscular, a força de preensão palmar foi
testada por meio do dinamômetro JAMAR, um instrumento padrão para medir
força de preensão palmar tanto na prática clínica quanto em pesquisa (29). O
dinamômetro foi colocado, preferencialmente, na mão dominante tendo o ajuste
da 2º alça para homens e mulheres como recomenda a Sociedade Americana
de Terapia de Mão (30) na posição sentada em uma cadeira padrão, com apoio
nas costas, sem apoio nos braços. Foram obtidas três medidas em
quilogramas força (Kgf) com isometria de 6 segundos a cada intervalo de um
minuto entre elas e foi obtido o valor médio das três medidas e selecionado a
medida máxima de força de preensão palmar.
Na avaliação da função física, utilizamos o teste de velocidade da
marcha. Essa medida foi avaliada através do tempo percorrido em quatro
metros e configura um melhor resultado àqueles que a fazem em um menor
tempo (21,29,31). Foi solicitado que o paciente realizasse duas vezes o teste
com o intervalo de 30 segundos entre as avaliações. O menor valor das duas
provas foi selecionado para as análises. O ponto de corte 0,6ms-1 (metros por
segundo) foi adotado para esse estudo por ser considerado preditor de
institucionalização e hospitalização em idosos (32).
3.5.5 Sintomatologia Depressiva
Avaliada através da versão curta da Escala Geriárica de Depressão com
15 questões (GDS-15), muito utilizada na identificação de depressão nesta
população foi traduzida e validada para o português (33). Cada item da escala
varia de 0 a 1, atribuindo a pontuação de 1 para aquelas respostas que indicam
sintomatologia depressiva, tem ponto de corte para presença de depressão
indivíduos com total escore >5 pontos.
28
3.5.6 Medidas antropométricas
O peso dos participantes foi avaliado através de uma balança digital,
com o resultado dado em quilogramas (Kg). A Altura foi medida com uma fita
métrica com o indivíduo descalço na posição anatômica próximo a parede com
o resultado em metros (m). Através dessas medidas encontramos o IMC
dividindo o peso pela altura ao quadrado. O resultado é dado em Kg/m2.
3.5.7 Dados relacionados à alta hospitalar e óbito
Neste questionário, continham dados referentes ao período de
hospitalização como peso, se o paciente precisou ir a Unidade de Terapia
Intensiva (UTI), se realizou cirurgia, auto relato de saúde e se realizou
fisioterapia. No questionário de óbito tinham informações colhidas do prontuário
do paciente como, por exemplo, se foi admitido na UTI, se passou por
procedimento cirúrgico, uso de fisioterapia, causa da morte e dia do óbito.
3.6 Procedimentos
Após aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) do Hospital
Universitário Onofre Lopes, com o parecer 496.645, o estudo teve início nas
enfermarias deste hospital. Para a coleta dos dados 3 entrevistadores foram
treinados para realizar o preenchimento adequado do questionário e a
realização correta dos testes para diminuir as possibilidades de vieses. Após
esse treinamento, foi realizado um estudo piloto com 30 idosos com objetivo de
calibrar os instrumentos e treinar os entrevistadores.
Um estudo piloto foi realizado com 30 idosos que preencheram os
critérios de elegibilidade adotados para esta pesquisa. Antes de iniciar as
coletas, o idoso devia assinar o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.
Nas coletas propriamente ditas, o idoso respondeu ao questionário
estruturado para traçar o perfil socioeconômico, aos questionários que avaliam
a capacidade funcional (Índice de Katz e Escala de Lawton, Limitação
Funcional de Nagi, Teste de força de preensão palmar e velocidade da
marcha), a capacidade cognitiva (Prova Cognitiva de Leganés) e depressão
(GDS-15) no questionário da internação.
29
Na ocasião da alta hospitalar a mesma bateria de testes foi aplicada
(adicionando os dados da alta hospitalar ou óbito) à exceção do questionário
socioeconômico.
3.7 Análise Estatística
Os dados foram analisados utilizando o programa estatístico SPSS
(Statistical Package for the Social Science) versão 18.00. A normalidade de
distribuição dos dados foi mensurada através do teste de Kolmogorov-Smirnoff
devido ao tamanho da amostra e todas as análises foram separadas pelo sexo.
A análise descritiva foi realizada utilizando média e desvio padrão. Para
a comparação das médias de força de preensão palmar foi utilizado o teste T
pareado das duas avaliações (internação e alta). Como também o test T para
comparação das médias de força de preensão palmar pela diferença (delta) da
alta para a internação de homens e mulheres.
Para construção de um modelo preditivo para pior força de preensão
palmar na alta, foram utilizados modelos de regressão linear múltipla, utilizando
a força de preensão palmar máxima na alta como variável dependente.
Para análise de regressão linear, foram inseridas no modelo aquelas
variáveis que apresentaram significância estatística nas análises bivariadas.
Para isso foram realizados o test t de student para comparar a força de
preensão palmar máxima com o sexo, estado civil, cirurgia, estado cognitivo na
admissão, capacidade funcional, pela escala e Katz, limitação funcional pela
escala de Nagi e velocidade da marcha na admissão. Para o teste de
correlação de Pearson, foi utilizado para observar as relações entre força e as
variáveis idade, número de doenças crônicas, anos de estudo e número de
dias de hospitalização. Por fim, o teste ANOVA foi utilizado para a comparação
entre as categorias do IMC na internação e a força muscular.
Foram selecionadas as variáveis com p<0,05, sendo acrescentadas no
modelo de regressão 1 as variáveis contidas no questionário de internação e
no modelo 2 variáveis do questionário de alta. As variáveis foram colocadas em
ordem decrescente de coeficiente de correlação e pela significância utilizando o
método stepwise forward.
30
No desejo de se obter pontos de corte para força de preensão palmar de
homens e mulheres separadamente, utilizamos as análises de curva Roc tendo
a velocidade da marcha como método padrão-ouro com utilização do ponto de
corte de 0,6 m/s. A definição de pontos de corte de força associados a pior
mobilidade já vem sendo muito utilizado na literatura em populações de idosas
comunitários (34–36). Para todas as análises foram utilizadas o intervalo de
confiança de 95% e o nível de significância de p<0,05.
3.8 Aspectos Éticos
Considerado os aspectos éticos referentes a pesquisas envolvendo
seres humanos, o presente estudo foi submetido ao Comitê de Ética em
Pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, fazendo parte de
uma pesquisa já existente, denominada “Impacto da hospitalização na
capacidade funcional do idoso” e foi aprovado com o parecer de número
496.645.
Foi solicitada, aos participantes, a leitura do Termo de Consentimento
Livre e Esclarecido, de acordo com o determinado pela Resolução 196/96, do
Conselho Nacional de Saúde (CNS). Este documento deixou explícito o convite
aos idosos para participação no estudo, por via escrita, informando ainda, que
este consentimento garantiria ao entrevistado o direito de interromper sua
colaboração na pesquisa a qualquer momento, caso julgasse necessário, sem
que isso implicasse em constrangimento ou prejuízo de qualquer ordem.
No momento da aplicação dos instrumentos, os participantes da
pesquisa foram informados previamente a respeito dos objetivos e
procedimentos desta, assim como do seu anonimato e da confidencialidade de
suas respostas.
31
4 RESULTADOS
32
Nossa amostra foi composta inicialmente de 633 homens (70,49±7,03
anos) e 437 mulheres (69,21±7,40 anos). Dentre os quais, 113 (17,9%)
homens e 78 (17,8%) mulheres sofreram pelo menos uma queda, e ainda 415
(65,1%) homens e 287 (65,6%) mulheres relataram pior estado de saúde
(tabela 2). As demais características gerais da amostra na admissão estão
descritas na tabela 2. A média de dias de internação entre homens foi de
8,55±12,49 dias de internação enquanto que para mulheres foi de 7,75±9,05.
Cerca de 468 (73,9%) homens e 313 (71,6%) mulheres passaram por cirurgia
eletiva ou de urgência. Por fim, 30 (4,7%) homens e 25 (5,7%) vieram a óbito
(Tabela 3). Alguns pacientes na internação (82 homens e 122 mulheres) não
tiveram o coeficiente do IMC devido os mesmos durante a medição não
conseguirem ficar na posição correta de avaliação, principalmente para a
altura. Na alta, o mesmo ocorreu com 76 homens e 117 mulheres.
Tabela 2. Características sociodemográficas e clínicas na internação hospitalar (n=1070)
Internação, N (%)
Variável Homens (n=633) Mulheres (n=437)
Estado civil
Casado 451 (71,2%) 259 (59,2%)
Solteiro 24 (3.8%) 38 (8,7%)
Viúvo 96 (15,2%) 93 (21,3%)
Divorciado 62 (9,8%) 47 (10,8%)
Vive sozinho
Sim 64 (10,1%) 31 (7,1%)
Não 569 (89,9%) 406 (92,9%)
Renda satisfatória
Sim 274 (43,3%) 194 (44,3%)
Não 359 (56,7%) 243 (55,7%)
Queda nos últimos 6 meses
Não 520 (82,1%) 359 (82,2%)
Sim 113 (17,9%) 78 (17,8%)
Auto relato de saúde
Boa 218 (34,5%) 150 (34,4%)
Ruim 415 (65,5%) 287 (65,6%)
IMC*
Abaixo do peso normal 7 (1,3%) 13 (4,1%)
Normal 252 (45,7%) 139 (44,1%)
Sobrepeso 225 (40,8%) 104 (33,1%)
Obesidade 67 (12,2%) 59 (18,7%)
*O N referente ao Índice Massa Corpórea (IMC) foi menor que as demais variáveis 551 homens e 315 mulheres.
33
Tabela 3. Características clínicas da alta hospitalar (n=1070)
Alta Hospitala, N (%)
Variáveis Homens (n=633) Mulheres (n=437)
IMC*
Abaixo do peso normal 14 (2,6%) 13 (4,4%)
Normal 249 (47,1%) 118 (40,0%)
Sobrepeso 194 (36,7%) 101 (34,2%)
Obesidade 72 (13,6%) 63 (21,4%)
Internação em UTI
Não 517 (81,7%) 350 (80,1%)
Sim 116 (18,3%) 87 (19,9%)
Realização de Cirurgia
Não 165 (26,1%) 124 (28,4%)
Sim 468 (73,9%) 313 (71,6%)
Auto relato de saúde**
Boa 298 (49,5%) 180 (43,7%)
Ruim 305 (51,5%) 232 (56,3%)
Óbito
Não 603 (95,3%) 412 (94,3%)
Sim 30 (4,7%) 25 (5,7%)
Realização de Fisioterapia
Não 511 (80,7%) 334 (76,4%)
Sim 122 (19,3%) 103 (23,6%) *O N referente ao Índice de Massa Corpórea (IMC) e auto relato** de saúde foram menores
que as demais variáveis, 527 homens e 295 mulheres para IMC e 603 homens e 412 mulheres para auto relato de saúde.
Em relação ao estado funcional, foi observado à ocorrência
predominante de dependência funcional pelas escalas de Lawton e Nagi 15
dias antes da admissão, na internação e na alta em ambos homens e mulheres
(tabela 4). Enquanto que em relação à escala de Katz o inverso foi encontrado
nas mulheres. As quais, em maior número, nessa escala foram classificadas
como independentes 15 dias antes da admissão, na internação e na alta. Já
para os homens foi observado maior estado de dependência funcional no
momento da alta hospitalar (tabela 4).
34
Tabela 4. Nível cognitivo e funcional dos idosos na internação e alta hospitalar.
Variável
Internação, N (%) Alta, N (%)
Homens (n=633)
Mulheres (n=437)
Homens (n=603*)
Mulheres (n=412*)
Estado Cognitivo
Normal 536 (84,7%) 374 (85,6%) 527 (87,4%) 361 (87,6%)
Declínio 97 (15,3%) 63 (14,4%) 76 (12,6%) 51 (12,4%)
Lawton – AIVD (15 dias antes)
Independente 100 (15,8%) 81 (18,5%)
Dependente 533 (84,2%) 356 (81,5%)
Katz – ABVD (15 dias antes)
Independente 487 (76,9%) 319 (73,0%)
Dependente 146 (23,1%) 118 (27,0%)
NAGI – Limitação Funcional (15 dias antes)
Independente 141 (22,3%) 39 (8,9%)
Dependente 492 (77,7%) 398 (91,1%)
Lawton – AIVD
Independente 109 (17,2%) 68 (15,6%) 73 (12,1%) 55 (13,3%)
Dependente 524 (82,8%) 369 (84,4%) 530 (87,9%) 357 (86,7%)
Katz – ABVD
Independente 461 (72,8%) 298 (68,2%) 276 (45,8%) 210 (51,0%)
Dependente 172 (27,2%) 139 (31,8%) 327 (54,2%) 202 (49,0%)
NAGI – Limitação Funcional
Independente 149 (23,5%) 45 (10,3%) 74 (12,3%) 29 (7,0%)
Dependente 484 (76,5%) 392 (89,7%) 529 (87,7%) 383 (93,0%)
*N referente ao momento da alta é menor devido às mortes (30 homens e 25 mulheres a
menos)
A figura 1 descreve o declínio do estado funcional dos idosos 15 dias
antes, na admissão e na alta pela escala de Katz. Foi observado um declínio
nos indivíduos que são independentes e aumento dos dependentes da
avaliação referente há 15 dias antes até a alta, mostrando que os mesmos
retornaram para suas residências dependentes nas ABVD.
35
Figura 1- Fluxograma da trajetória do estado funcional pela escala de Katz de
homens e mulheres durante a internação.
As médias de força de preensão palmar entre homens e mulheres estão
apresentadas na tabela 5. Houve uma diminuição nas médias de força de
preensão palmar após a hospitalização e essa diferença foi estatisticamente
significante (p<0,0001) em homens e mulheres. Foi encontrado que homens
apresentaram maior queda nos valores de preensão palmar máximo na alta
hospitalar com perda de 8,10 Kg e essa diferença também foi estatísticamente
significante (p<0,0001) (tabela 5). Além dos 30 homens e 25 mulheres que
morreram outros 10 homens e 2 mulheres não realizaram a força de preensão
palmar na alta por não realizar a transferência para a cadeira do teste.
Tabela 4. Médias de força de preensão palmar na internação e na alta de idosos hospitalizados, entre homens e mulheres
Sexo N Internação Alta P-valor Diferença alta-
internação P-valor
Homens 593 26,66±9,68 19,11±13,42 0,0001 -8,10±13,51 0,0001
15 dias antes: (n=633)
• Independente: 487 -76,9%
• Dependente: 146 -23,1%
Admissão
• Independente: 461 -72,8%
• Dependente: 172 -27,2%
Alta
• Independente: 276 -43,60%
• Dependente: 327 -51,65%
• Morte: 30 - 4,75%
15 dias antes: (n=437)
• Independente: 319 -73%
• Dependente: 118 -27%
Admissão
• Independente: 298 -68,2%
• Dependente: 139 -31,8%
Alta
• Independente: 210 -48,05%
• Dependente: 202 -46,23
• Morte: 25 - 5,72%
Homens
Mulheres
36
Mulheres 410 17,93±7,43 14,24±9,41 0,0001 -4,33±9,14
Usando as análises de regressão linear, nós examinamos quais
variáveis contribuíram para o maior declínio de força de preensão palmar na
alta hospitalar em homens e mulheres separadamente (tabela 6). Para homens
foi observado que aqueles que possuíam maiores valores de força no momento
de internação apresentaram menor declínio na alta hospitalar (B=0,56, p-valor
<0,01). Esse achado pode ser entendido que a cada aumento de 1 Kgf na
admissão, aumenta 0,56 kgf a força no momento da alta. No entanto, aqueles
indivíduos que realizaram procedimento cirúrgico durante a internação
apresentaram uma diminuição de 4,24 Kgf a força no momento de alta
hospitalar (p-valor <0,01) (tabela 6). Em relação as mulheres, no modelo 1
aquelas que foram classificadas como dependentes 15 dias antes da
internação apresentaram declínio de 4,7 kgf força na alta hospitalar (p-valor
<0,01). Enquanto que semelhante ao ocorrido em homens, aquelas que
apresentaram maiores valores de força máxima de preensão palmar na
admissão, a cada 1 kgf na admissão também tiveram menor declínio na alta
(B=0,56, p-valor <0,01). Além disso, as mulheres que foram classificadas como
dependentes na admissão hospitalar pela escala de Katz apresentaram
diminuição de força de preensão palmar na alta hospitalar de 3,47 kgf (p-valor
<0,04). Os valores de F nos modelos 1 e 2 foram 21,22 e 2,01 para homens e
10,70 e 1,63 para mulheres respectivamente, com significância estatística no
modelo 1 (p<0,0001 para homens e p=0,001 para mulheres) e sem
significância estatística no modelo 2 (p=0,15 e p=0,20 respectivamente).
Tabela 5. Modelos de regressão linear múltipla para homens e mulheres como
variável dependente a força máxima de preensão palmar na alta hospitalar.
Homens
R2 ajustado B EP p
Modelo 1 0,01
Intercept 29,52
Katz 15 dias antes – -2,40 1,39 0,08
37
Dependente
(referência)
Independente
Nagi 15 dias antes:
Dependente
(referência)
-2,51 1,40 0,07
Independente
Idade -0,08 0,08 0,27
Número de doenças
crônicas
-0,56 0,84 0,50
Modelo 2 0,18
Intercept 11,63
Idade -0,03 0,07 0,65
Estado cognitivo:
declínio (referência)
-0,77 1,48 0,60
Normal
Velocidade da
marcha 0,6: declínio
(referência)
-0,85 1,16 0,46
Normal
Depressão na
admissão: sim
(referência)
0,95 1,24 0,44
Não
Cirurgia: sim
(referência)
-4,24 1,23 0,01
não
Força Máxima 0,56 0,05 0,01
Katz – Admissão:
dependente
(referência)
-0,93 1,27 0,46
independente
Nagi – Admissão -1,18 1,28 0,35
38
dependente
(referência)
Independente
Dias de
hospitalização
-0,05 0,04 0,30
Mulheres
R2 ajustado B EP p
Modelo 1 0,04
Intercept 17,06
Katz 15 dias antes:
dependente
(referência)
-4,75 1,08 0,01
Independente
Nagi 15 dias antes:
dependente
(referência)
0,82 1,74 0,64
Independente
Idade -0,00 0,06 0,92
Número de doenças
crônicas
-1,20 0,65 0,06
Modelo 2 0,24
Intercept 7,18
Idade 0,01 0,05 0,83
Estado cognitivo:
declínio (referência)
1,99 1,24 0,10
Normal
Velocidade da
marcha 0,6: declínio
(referência)
-0,76 0,92 0,41
Normal
Depressão na
admissão: sim
(referência)
1,27 0,96 0,18
39
Não
Cirurgia: sim
(referência)
-3,47 0,96 0,01
Não
Força Máxima 0,56 0,06 0,01
Katz – Admissão:
dependente
(referência)
-1,99 1,01 0,04
Independente
Nagi – Admissão:
dependente
(referência)
-0,59 1,45 0,68
Independente
Dias de
hospitalização
-0,08 0,05 0,12
Para averiguar pontos de corte de força de preensão palmar associados
a mobilidade específicos para idosos hospitalizados análises da curva Roc
foram realizadas separadamente para homens e mulheres. As análises
demonstraram uma área sob a curva e erro padrão de 0,70±0,02 em homens e
0,68±0,02 nas mulheres hospitalizadas e intervalo de confiança de 0,65-0,74
para homens e 0,63-0,73 para mulheres.
A curva Roc identificou 114 valores diferentes de pontos de corte que
variaram de -1,0 á 52,0 Kgf em homens e 104 valores variando de -1,0 á 51,33
kgf em mulheres, sendo os pontos de corte que representaram o melhor
equilíbrio entre sensibilidade (78% para homens e 77% mulheres) e
especificidade (46% para homens e 48% mulheres) 22,0 Kgf para homens
(Figura 2) e 15,0 kgf para mulheres (Figura 3). Para ambos os sexos a curva
Roc apresentou significância, com p=0,0001.
40
Figura 2 – Curva Roc com diferentes pontos de corte para força de preensão
palmar em homens idosos hospitalizados.
41
Figura 3 – Curva Roc com diferentes pontos de corte para força de preensão
palmar de mulheres idosas hospitalizadas.
42
5 DISCUSSÃO
43
Este trabalho avaliou os efeitos da hospitalização na força de preensão
palmar em idosos admitidos em enfermarias de um hospital público, bem como
comparou as médias de força de preensão palmar nos momentos de admissão
e alta, identificando os fatores relacionados ao pior desempenho no teste e por
fim, definiu pontos de corte para força de preensão palmar específicos entre os
sexos.
A trajetória funcional encontrada na nossa amostra demonstra que os
idosos que passaram pelo evento hospitalar recebem alta, embora, os
mesmos, na sua maioria não retornam ao seu ambiente familiar funcionalmente
independentes. As razões que levam a desenvolver um processo de
incapacidade, ou mesmo de manutenção da capacidade funcional anterior à
internação são várias e complexas. Entre elas, o nível de funcionalidade na
admissão associado à idade podem ser fatores determinantes para a
progressão de disfunções após a alta hospitalar. Hoogerduijn et al (2012) (37)
observaram que ser dependente nas ABVD já na admissão em indivíduos com
mais de 70 anos foi fator de risco para dependência na alta hospitalar, o que
corrobora com nossos resultados.
Nossos resultados apresentaram o forte impacto da hospitalização na
força muscular de idosos. Em nossa amostra foi observado que as mulheres
apresentaram perda de 4,33 Kgf, enquanto os homens apresentaram declínio
mais acentuado, com uma perda de 8,10 Kgf após hospitalização. É possível
então, que a internação hospitalar pode configurar um fator de risco para esse
declínio devido à presença de doença aguda em pacientes idosos, alto índice
de catabolismo, repouso no leito privação de sono e polifarmácia (11,38–40).
Poucos estudos demonstram o curso da perda de força muscular em
idosos hospitalizados. Boldisen et al (2013), investigou a associação entre
hospitalização aguda, perda de força muscular e desempenho funcional na
alta e 30 dias após (41). Nesse estudo, a força de preensão palmar não teve
alteração significante nos três momentos de avaliação e apesar do baixo nível
de mobilidade no hospital, o desempenho funcional dos participantes, avaliado
através do Timed Up and Go melhorou na alta. Similarmente de Buyser et al.
(2014) encontrou que houve uma melhora na média geral do desempenho
44
físico durante a internação (38). Ambos estudos foram realizados em países
desenvolvidos que diferem amplamente das condições de saúde da nossa
população, o que demonstra o efeito da hospitalização na saúde física de
idosos advindos de condições socioeconômicas desfavoráveis. Em populações
de idosos comunitários vários estudos demonstram a influencia das condições
socioeconômicas no desempenho físico dos idosos (36,42,43).
Em relação aos fatores que afetaram o desempenho na força durante a
internação hospitalar nossos resultados demonstraram que a força de
preensão palmar basal, a realização de cirurgia foram aspectos comuns que
influenciaram a força muscular na alta hospitalar em homens e mulheres.
Nossos resultados apontam que os idosos com maiores valores de força
muscular na admissão também apresentaram maiores valores na alta
hospitalar o que reflete um fator protetor da força basal para a alta hospitalar.
Estudos prévios realizados em idosos demonstram o risco aumentado que a
fraqueza muscular acarreta, leva a um desenvolvimento de incapacidades,
hospitalização e morte (44–46). Em idosos hospitalizados, a literatura
demonstra também a importância da força muscular para o desenvolvimento de
incapacidades nessa população mais vulnerável (22,47).
Os valores de força de preensão palmar na alta hospitalar sofreram
impactos negativos frente à realização de procedimento cirúrgico, tornando tal
procedimento um marco importante no período de internação, o que pode
comprometer o estado funcional do individuo no retorno ao seu domicílio. No
estudo de Suetta (2007) cita uma possível justificativa para a ocorrência de
perda de força devido a realização de cirurgia. Isto se deve pela presença no
pós-cirúrgico em idosos hospitalizados de um estresse catabólico que leva a
uma redução na síntese proteica seguindo com redução no tecido muscular
(40) e isso está associado a risco de mobilidade e incapacidade. Corroborando
com nossos Buyser et al. (2014) encontrou que os idosos que foram admitidos
para realização de procedimentos eletivos tiveram menos propensão de
apresentar melhores valores de força muscular (38).
O estado funcional nas ABVD 15 dias antes e no momento da internação
influenciou os valores de força de preensão palmar na alta hospitalar para as
45
mulheres, ou seja, aquelas que adentraram na unidade hospitalar já com a
incapacidade instalada apresentaram piores valores de força no momento de
alta. Estudos prévios em idosos comunitários já demonstraram essa relação
entre força muscular e declínio na funcionalidade, uma vez que a demanda
para realização das AVD exige um certo nível mínimo de força muscular.
Entretanto nossos achados demonstram que isso parece ser mais importante
nas mulheres. Kerr et al. (2006) avaliando o tempo de hospitalização e o
retorno ao domicílio, também encontrou associação entre força de preensão
palmar e ABVD em seu estudo (48).
No estudo de McAniff et al. (2002), foi encontrado que a força de
preensão palmar não foi estatisticamente significante na predição do tempo de
internação e na função de auto-cuidados na alta quando se tomou em
consideração a função de auto-cuidado na internação. O presente estudo
avaliou as ABVD através da Escala de Katz, que contém 6 ABVD, já no estudo
de McAniff et al. foi utilizada a MIF (Medida de Independência funcional) que é
formada por 18 itens incluindo questões do estado cognitivo (49). Com isso,
pode ser explicado as diferenças nos nossos resultados, como também o fato
das análises não serem separadas por sexo o que pode ter mascarado o baixo
desempenho das mulheres.
O presente estudo definiu ainda os pontos de cortes específicos para
idosos hospitalizados para homens (22 Kgf) e mulheres (15 Kgf). Guerra et al.
2014 estabeleceu pontos de corte para força de preensão palmar com base no
estado nutricional e faixa etária. Os valores estabelecidos por esses autores
para a população com mais de 65 anos foi de 30,2 Kgf, valor muito acima dos
valores propostos pelo nosso estudo (50).
García-Peña et al (2014) avaliando 223 participantes idosos estabeleceu
ponto de corte de 20.65 kgf com especificidade de 91,3% para homens, sendo
muito próximo ao nosso que foi de 22,0 kgf com especificidade de 46%,
contudo não foi encontrado um ponto de corte para mulheres. Similarmente ao
estudo de Guerra RS et al (2015) (50), que utilizou o Índice de Barthel como
base para definição dos pontos de corte para força de preensão palmar (22). O
46
presente estudo encontrou ponto de corte de 15,0 kgf com especificidade de
48% em mulheres hospitalizadas.
O desempenho físico mais fraco de mulheres em relação aos homens
sugere que fatores sexuais específicos podem influenciar os níveis máximos de
desempenho físico, como a menopausa. As mudanças hormonais começam a
diminuir o desempenho físico das mulheres a partir da meia idade. No estudo
de Cooper et al. (2011), a relação entre força de preensão palmar e hormônios
deixa claro sua influencia sobre força muscular a partir da meia idade em
mulheres (51). Por isso, vimos a necessidade de realizar todas as análises
separadamente pelo sexo.
Foi utilizada como variável padrão na curva Roc a velocidade da marcha
de 0,6 ms configurando bom desempenho para aqueles indivíduos que
realizaram o teste de velocidade da marcha com velocidade acima 0,6ms,
ponto de corte estabelecido para idosos hospitalizados e institucionalizados
(32). Beseler et al (2014) avaliou a habilidade de caminhar dentro do hospital
com a força de preensão palmar e observou associação entre realizar
deambulação durante a internação e boa força de preensão palmar (52). Esses
pontos justificam o uso da variável padrão ser a velocidade da marcha.
Forças e limitações do estudo
O presente estudo possui limitações a serem consideradas. Nossos
modelos finais de regressão linear explicaram apenas 11% para homens e 13%
para mulheres, deixando uma margem grande do que nossas variáveis não
puderam explicar. No entanto, nossas análises foram todas realizadas
separando os grupos por sexo, tendo em vista as diferenças bem estabelecidas
em força e desempenho funcional, o que não foi observado na maioria dos
outros estudos.
Também, foram incluídos pacientes que realizaram cirurgia eletiva, de
urgência e internados por doença aguda, esse fato pode ter gerado diferença
nos resultados funcionais que poderia ser minimizado separando-os por
grupos, separando principalmente aqueles que realizaram procedimento
cirúrgico dos indivíduos que tiveram admissão por doença aguda, isto poderia
47
ter como resultado em diferenças funcionais, pois é de conhecimento a
necessidade do imobilismo ao leito no pós-cirurgico e dos seus efeitos
deletérios. Ainda assim, realizar procedimento cirúrgico foi um fator importante
que entrou no nosso modelo final de homens e mulheres.
Apesar dessas limitações, o nosso estudo demonstra vários aspectos
fortes. Até o presente momento esse é o primeiro estudo realizado em idosos
hospitalizados no nordeste brasileiro, que possui contextos epidemiológicos
ímpar em relação as demais regiões do Brasil e do mundo. O tamanho da
nossa amostra é um aspecto positivo do nosso estudo. Além disso, todas as
análises foram realizadas separadas pelo sexo, o que fornece dados mais
adequados para uma medida que difere amplamente entre homens e mulheres.
Finalmente estabelecemos pontos de corte específicos para essa população o
que pode auxiliar na avaliação global no momento da alta hospitalar.
Novos estudos são necessários, para encontrar novas variáveis que
expliquem o motivo da perda de máxima de preensão durante hospitalização,
como também a possibilidade da separação de grupos de pacientes para que
sejam minimizadas ao máximo possíveis vieses nos resultados funcionais. É
necessário ainda que avaliações sejam realizadas após a alta hospitalar no
intuito de verificar o curso da força muscular após o evento da hospitalização.
48
6 CONCLUSÃO
49
Os resultados encontrados no presente estudo apresentaram um
declínio importante da força de preensão palmar durante o período de
internação hospitalar, observado principalmente em homens. A realização de
cirurgia durante a hospitalização foi o principal fator de declínio de força de
preensão palmar em homens e mulheres. O estado funcional precário anterior
à hospitalização foi determinante para o declínio da força palmar nas mulheres.
Nossos resultados apontam que os pontos de corte para avaliação da força de
preensão palmar em ambiente hospitalar foram de 22 kgf e 15 Kgf para
homens e mulheres respectivamente.
50
REFERÊNCIAS
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54
APÊNDICE 1
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO – TCLE
Esclarecimentos
Este é um convite para você participar da pesquisa: Capacidade
Funcional e Força de Prenssão Palmar em Idosos Hospitalizados.
Esta pesquisa pretende avaliar a hospitalização como fator de risco para
o declínio funcional do idoso em realizar suas atividades de vida diária.
O motivo que nos leva a fazer este estudo é a necessidade de identificar
quais são os fatores que podem estar relacionados à diminuição da capacidade
funcional do idoso em realizar suas atividades básicas (ABVD) e instrumentais
(AIVD) de vida diária quando ele é internado no hospital para tratamento
médico.
Caso você decida participar, você deverá responder a um questionário
que contem questões sobre sua vida pessoal como idade, escolaridade, nível
econômico, estado civil e religião; questões sobre sua capacidade cognitiva e
força dos membros superiores (apertar um aparelho manual).
Durante a realização da entrevista a previsão de riscos é mínima. No
entanto, pode acontecer de haver algum constrangimento ao responder o
questionário com relação aos seus rendimentos ou a questões gerais sobre
sua saúde e capacidade cognitiva. Além do mais, durante os testes físicos
pode ocorrer fadiga, cansaço, tontura, desequilíbrio ou eventual queda.
Contudo, todos os cuidados serão tomados pela equipe para minimizar os
possíveis danos.
Em caso de algum problema que você possa ter, relacionado com a
pesquisa, você terá direito a assistência gratuita que será prestada pelo
entrevistador presente e o responsável por isso será o pesquisador
responsável.
Você tem o direito de se recusar a participar ou retirar seu
consentimento, em qualquer fase da pesquisa, sem nenhum prejuízo para
você.
Os dados que você irão nos fornecer serão confidenciais e serão
divulgados apenas em congressos ou publicações científicas, não havendo
divulgação de nenhum dado que possa lhe identificar.
Esses dados serão guardados pelo pesquisador responsável por essa
pesquisa em local seguro e por um período de 5 anos.
Se você tiver algum gasto pela sua participação nessa pesquisa, ele
será assumido pelo pesquisador e reembolsado para você.
Se você sofrer algum dano comprovadamente decorrente desta
pesquisa, você será indenizado.
55
Qualquer dúvida sobre a ética dessa pesquisa você deverá ligar para o
Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital Universitário Onofre Lopes, telefone
3342-5003, enviar email para [email protected] ou entrar em contato no
endereço Av. Nilo Peçanha, 620, Petrópolis, CEP 59012-300, Natal/RN.
Este documento foi impresso em duas vias. Uma ficará com você e a
outra com o pesquisador responsável
Consentimento Livre e Esclarecido
Após ter sido esclarecido sobre os objetivos, importância e o modo como
os dados serão coletados nessa pesquisa, além de conhecer os riscos,
desconfortos e benefícios que ela trará para mim e ter ficado ciente de todos os
meus direitos, concordo em participar da pesquisa Impacto da hospitalização
no declínio funcional de idosos e autorizo a divulgação das informações por
mim fornecidas em congressos e/ou publicações científicas desde que nenhum
dado possa me identificar.
Natal ___/___/___.
__________________________________
Assinatura do participante da pesquisa
___________________________________
Assinatura do responsável pelo idoso
___________________________________
Assinatura do pesquisador responsável
Impressão datiloscópica
do participante
56
ANEXO 1 – QUESTIONÁRIO ESTRUTURADO
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ONOFRE LOPES
Questionário de identificação
Dados socioeconômicos A Participante:
_______________________________________________________________
__
Sexo: 1. Feminino 2. Masculino Identificação:
_______________
Data de nascimento: ____/____/____ Idade: ____________
Entrevistador: ______________________ data da entrevista:
____/____/____
Horário inicio entrevista: ___(h):___(min) Horário fim entrevista:
___(h):___(min)
1. Qual o seu estado civil?
2. Quantos anos você estudou?
3. Você sabe ler e escrever?
4. Até que ano você estudou?
5. Com quem você vive atualmente?
1. Solteiro (a) 2. Casado ou vive com
cônjuge 3. Viúvo (a) 4. Separado/Divorciado
(a) 5. Religioso (a)
__________________________________
1. Não, não sei ler nem escrever
2. Entendo o que leio, mas não sei escrever
3. Sim, sei ler e escrever 1. Nunca foi a escola
2. De 1 a 4 anos de
estudo
3. De 5 a 8 anos de
estudo
4. 1º grau incompleto
5. 1º grau completo
6. 2º grau incompleto
7. 2º grau completo
8. Técnico
9. Curso superior
incompleto
10. Curso superior
completo
11. Pós-graduação
12. Não sei
1. Sozinho 2. Irmãos 3. Cônjuge 4. Parentes próximos 5. Filhos 6. Vizinhos/amigos 7. Genros/noras 8. Netos 9. Outros (especificar
____________________)
57
6. A quem recorre quando precisa de ajuda?
7. Você acha que sua renda é satisfatória para suas necessidades?
8. Qual o grau de parentesco com o cuidador que está com você durante essa internação?
9. Como foi escolhido para ser o cuidador do idoso?
10. Há outras pessoas que também podem ficar cuidando do idoso?
______________________________
______
1. Muito bem 2. Conveniente 3. Não muito bem 4. Não é o suficiente 5. Não sabe 6. Não respondeu
1. ( ) Filho(a) 2. ( ) Esposo(a) 3. ( ) Sobrinho(a) 4. ( ) Irmão(a) 5. ( ) Outros Se Outros qual? _____________
1. ( ) Iniciativa própria 2. ( ) Escolha da família 3. ( ) Disponibilidade de tempo 4. ( ) Outros __________________________
Não Sim
58
Dados relacionados à saúde
B 1. Você possui alguma dessas
Comorbidades? (PODE MARCAR MAIS DE UMA)
2. Faz uso de algum medicamento?
3. Sofreu alguma queda nos últimos seis meses?
4. Tem medo de cair?
Se Sim, deixou de fazer alguma das suas atividades por causa desse medo?
5. Tem comido pior por falta de apetite?
1. Doença do coração como angina, infarto do coração
2. Pressão alta/Hipertensão
3. Derrame/AVC 4. Diabetes 5. Tumor/câncer 6. Artrite ou reumatismo 7. Doença do pulmão 8. Depressão 9. Osteoporose 1. Anti-hipertensivos 2. Anticoagulantes 3. Antidepressivos 4. Anti-inflamatórios 5. Analgésicos 6. Calmantes 7. Relaxante muscular 8. Ansiolíticos 9. Anticonvulsivantes 10. Outros (especificar
__________________________)
1. Não 2. Sim Quantas?
_________ 1. Não 2. Sim
6. Tem perdido ou ganho peso sem Razão aparente nos últimos 6 meses?
7. Qual o seu peso (kg)?
8. Qual a sua altura (metros)?
9. Alguma vez surgiu a vontade repentina de urinar e não conseguiu chegar a tempo no banheiro?
1. Não 2. Sim
1. Não 2. Sim
IMC
1. Não 2. Sim
1. Não 2. Sim
59
11. Alguma vez teve perda de urina quando tossia, ria ou fazia algum esforço?
12. Tem problemas de obstipação
(intestino preso)?
13. Sente-se sonolento durante o dia?
14. Está satisfeito com o seu sono?
15. Você diria que a sua saúde é:
16. Qual o motivo da atual internação?
Qual serviço que o internou?
1. Não 2. Sim
1. Não 2. Sim
1. Não 2. Sim
1. Não 2. Sim
1. Excelente 2. Muito boa 3. Boa 4. Mais ou menos 5. Ruim 6. Péssima 7. Não sabe 8. Não respondeu
60
« As vezes, as pessoas se queixam de problemas de memória, o que fazer para ter uma boa memória. Nós vamos fazer um teste e vamos compor uma série de questões que vai nos ajudar a detectar os problemas de memória. Se você está de acordo pode responder algumas perguntas? » SIM NÃO
“Você deve responder essas perguntas sozinhas sem ajuda de outra pessoa
Qual é a data de hoje?
Ano mês dia
Correto 1 Incorreto 0
Que horas são?
(+ / - 2 horas)
:
H Min
Correto 1 Incorreto 0
Que dia da semana
estamos?
Correto 1 Incorreto 0
Qual é o seu endereço
completo?
Correto 1
Incorreto 0
Em que bairro nos estamos? Correto 1 Incorreto 0
Que idade você tem? Correto 1 Incorreto 0
Qual é sua data de
nascimento?
Ano Mês Dia
Correto 1 Incorreto 0
Qual é a idade e o nome
do(a) filho (a) mais novo da
sua mãe?
Correto 1 Incorreto 0
Total ________ ________
“Nesse momento vou mostrar algumas imagens e vou lhe perguntar o que elas representam para você.” Mostre as
imagens ao participante e marque se a resposta é correta ou não.
Vaca Correto 1 Incorreto 0
Barco/navio Correto 1 Incorreto 0
Colher Correto 1 Incorreto 0
Avião Correto 1 Incorreto 0
Garrafa Correto 1 Incorreto 0
Caminhão Correto 1 Incorreto 0
Total ________ ________
Capacidade cognitiva
C
61
“Agora vou repetir todos os objetos para você olhar. Daqui a pouco vou lhe perguntar quais os objetos que você viu.
Você pode me dizer os objetos que você viu, por favor.”
Vaca Correto 1 Incorreto 0
Barco/navio Correto 1 Incorreto 0
Colher Correto 1 Incorreto 0
Avião Correto 1 Incorreto 0
Garrafa Correto 1 Incorreto 0
Caminhão Correto 1 Incorreto 0
Total ________ ________
“Vou lhe contar uma história. Você vai ficar atenta, porque só vou contar uma vez. Quando eu terminar
depois de alguns segundos vou lhe perguntar e quero que você repita o que aprendeu. A história é (ler
lentamente):
Três crianças estavam sozinhas em casa quando começou a incendiar. Um bravo bombeiro chegou a tempo entrou
pela janela, entrou dentro de casa e levou as crianças para um lugar seguro. Salvo alguns cortes e arranhões as
crianças ficaram sans e salvas.”
(Peça ao participante depois de 2 minutos para dizer o que ela entendeu da história)
Três crianças Correto 1 Incorreto 0
Incendio Correto 1 Incorreto 0
Bombeiro que entrou Correto 1 Incorreto 0
Crianças foram socorridas Correto 1 Incorreto 0
Cortes e arranhões Correto 1 Incorreto 0
Sans e salvas Correto 1 Incorreto 0
Total ________ ________
5 minutos depois de mostrar as imagens (durante esse tempo, você pode medir a pressão arterial do participante)
“Você pode repetir os objetos que você viu a poucos minutos?”
Vaca Correto 1 Incorreto 0
Barco/navio Correto 1 Incorreto 0
Colher Correto 1 Incorreto 0
Avião Correto 1 Incorreto 0
Garrafa Correto 1 Incorreto 0
Caminhão Correto 1 Incorreto 0
Total ________ ________
TOTAL SCORE: Adicionar o total de todas as seções
62
63
- REFERENTE À 15 DIAS ANTES:
AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES INSTRUMENTAIS DA VIDA DIÁRIA (Lawton e
Brody)
1. Capacidade para usar o telefone: 1. Utiliza o telefone por
iniciativa própria; procura e marca os números, etc.
2. Marca alguns números que conhece bem
3. Atende o telefone mas não marca os números
4. Não usa o telefone
2. Fazer compras
3. Preparar refeições
4. Cuidar da casa
5. Lavar a roupa
1 Faz as compras que necessita sozinho
2 Compra sozinho pequenas coisas 3 Necessita de ser acompanhado
para qualquer compra
4. Incapaz de fazer compras
1. Planeja, prepara e serve refeições adequadas, sozinho
2. Prepara refeições adequadas se possuir ingredientes necessários
3. Aquece, serve e prepara refeições mas não mantem uma dieta adequada
4. Necessita de refeiões preparadas e servidas
1. Cuida da casa só ou com ajuda ocasional (exemplo: “trabalho doméstico pesado”
2. Realiza tarefas diárias como lavar louça ou fazer a cama
3. Realiza tarefas domésticas diárias mas não mantem um nível aceitável de limpeza
4. Necessita de ajuda em todas as tarefas domésticas
5. Não participa em nenhuma tarefa doméstica
1. Lava toda a sua roupa 2. Lava pequenas peças de roupa
3. É incapaz de lavar a sua roupa
64
6. Modo de transporte
6. Responsabilidade pela própria
1. Desloca-se em transportes públicos ou viatura própria
2. Não usa transportes públicos, exceto taxi
3. Desloca-se em transportes públicos quando acompanhado
4. Desloca-se utilizando taxi ou automóvel quando acompanhado por outro
5. Incapaz de se deslocar
1. Toma a medicação nas doses e horas corretas
2. Toma a medicação preparada e separada por outros
3. É incapaz de tomar a medicação
8. Habilidade para lidar com
dinheiro
PONTUAÇÃO TOTAL:________
AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES BÁSICAS DA VIDA DIÁRIA (Índice de Katz)
1. Lavar-se
2. Vestir-se
3. Utilizar o sanitário
1. Resolve problemas monetários sozinho, como: cheques, pagar a renda
2. Lida com compras do dia a dia mas necessita de ajuda para efetuar compras maiores
3. Incapaz de lidar com o dinheiro
1. Toma banho sem necessitar de qualquer ajuda
2. Precisa apenas de ajuda para lavar uma parte do corpo
3. Precisa de ajuda para lavar mais do que uma parte do corpo, ou para entrar e sair do banho
1. Escolhe a roupa e veste-se por completo, sem necessitar de ajuda
2. Apenas necessita de ajuda para apertar os sapatos
3. Precisa de ajuda para escolher a roupa e não se veste por completo
1. Utiliza o sanitário, limpa-se e veste a roupa, sem qualquer ajuda. Utiliza bacia durante a noite e despeja-a de manha sem ajuda
2. Precisa de ajuda para ir ao sanitário, para se limpar, para vestir a roupa e para usar a bacia a noite
3. Não consegue utilizar o sanitário
65
4. Movimentar-se
5. Continência
1. Entra e sai da cama, senta-se e levanta-se sem ajuda
2. Entra e sai da cama e senta-se e levanta-se da cadeira, com ajuda
3. Não se levanta da cama
1. Controla completamente os esfíncteres, anal e vesical, não tendo perdas
2. Tem incontinência ocasional
3. É incontinente ou usa sonda
vesical, necessitando de vigilância.
6. Alimentar-se
PONTUAÇÃO TOTAL: _______________
LIMITAÇÃO FUNCIONAL – NAGI
Vou perguntar se você tem dificuldade em fazer algumas atividades:
1. Você tem dificuldade de tirar ou colocar um grande objeto como uma poltrona?
2. Você tem dificuldade levantar ou transportar pesos acima de 5kg
3. Você tem dificuldade de subir um lance de escada?
Você usa algum dispositivo auxiliar para auxiliá-lo a subir escadas?
4. Você tem dificuldade de caminhar 400 metros?
1. Come sem qualquer ajuda 2. Necessita de ajuda só
para cortar os alimentos ou passar manteiga no pão
3. Necessita de ajuda para comer, ou é alimentado parcial ou totalmente, por sonda ou por via endovenosa.
1. Nenhuma 2. Um pouco 3. Mais ou menos 4. Muito 5. Incapaz
1. Nenhuma 2. Um pouco
3. Mais ou menos 4. Muito 5. Incapaz
1. Nenhuma
2. Um pouco 3. Mais ou menos 4. Muito
5. Incapaz
1. Sim Qual?_____________
2. Não 3. Não sei 4. Não tenho resposta
1. Nenhuma 2. Um pouco 3. Mais ou menos 4. Muito 5. Incapaz
66
Você usa algum dispositivo auxiliar para auxiliá-lo na caminhada de 400m?
5. Você tem dificuldade de se abaixar ou de se ajoelhar?
6. Você tem dificuldade de pegar ou manusear pequenos objetos com os dedos?
7. Você tem dificuldade de levantar os braços acima da cabeça?
PONTUAÇÃO TOTAL:_____________
1. Nenhuma 2. Um pouco 3. Mais ou menos 4. Muito 5. Incapaz
1. Nenhuma 2. Um pouco 3. Mais ou menos 4. Muito 5. Incapaz
1. Nenhuma 2. Um pouco 3. Mais ou menos 4. Muito 5. Incapaz
1. Sim Qual?_____________
2. Não 3. Não sei 4. Não tenho resposta
67
- REFERENTE AO DIA DE ADMISSÃO:
AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES INSTRUMENTAIS DA VIDA DIÁRIA (Lawton e
Brody)
1. Capacidade para usar o telefone: 1. Utiliza o telefone por iniciativa
própria; procura e marca os números, etc. 2. Marca alguns números que conhece bem 3. Atende o telefone mas não marca os números 4. Não usa o telefone
2. Fazer compras
3. Preparar refeições
4. Cuidar da casa
5. Lavar a roupa
1. Faz as compras que necessita
sozinho 2. Compra sozinho pequenas coisas 3. Necessita de ser acompanhado para qualquer compra 4. Incapaz de fazer compras
1. Planeja, prepara e serve
refeições adequadas, sozinho 2. Prepara refeições adequadas se possuir ingredientes necessários 3. Aquece, serve e prepara refeições mas não mantem uma dieta adequada 4. Necessita de refeiões preparadas e servidas
1. Cuida da casa só ou com
ajuda ocasional (exemplo: “trabalho doméstico pesado” 2. Realiza tarefas diárias como lavar louça ou fazer a cama 3. Realiza tarefas domésticas diárias mas não mantem um nível aceitável de limpeza 4. Necessita de ajuda em todas as tarefas domésticas 5. Não participa em nenhuma tarefa doméstica
1. Lava toda a sua roupa
2. Lava pequenas peças de roupa 3. É incapaz de lavar a sua roupa
68
6. Modo de transporte
7. Responsabilidade pela própria
1. Desloca-se em transportes
públicos ou viatura própria 2. Não usa transportes públicos, exceto taxi 3. Desloca-se em transportes públicos quando acompanhado 4. Desloca-se utilizando taxi ou automóvel quando acompanhado por outro
5. Incapaz de se deslocar
1. Toma a medicação nas doses e
horas corretas 2. Toma a medicação preparada e separada por outros 3. É incapaz de tomar a medicação
8. Habilidade para lidar com
dinheiro
PONTUAÇÃO TOTAL:________
AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES BÁSICAS DA VIDA DIÁRIA (Índice de Katz)
1. Lavar-se
2. Vestir-se
3. Utilizar o sanitário
1. Resolve problemas monetários
sozinho, como: cheques, pagar a renda 2. Lida com compras do dia a dia mas necessita de ajuda para efetuar compras maiores
3. Incapaz de lidar com o dinheiro
1. Toma banho sem necessitar
de qualquer ajuda 2. Precisa apenas de ajuda para lavar uma parte do corpo 3. Precisa de ajuda para lavar mais do que uma parte do corpo, ou para entrar e sair do banho
1. Escolhe a roupa e veste-se por
completo, sem necessitar de ajuda 2. Apenas necessita de ajuda para apertar os sapatos 3. Precisa de ajuda para escolher a roupa e não se veste por completo
1. Utiliza o sanitário, limpa-se e veste a roupa, sem qualquer ajuda. Utiliza bacia durante a noite e despeja-a de manha sem ajuda 2. Precisa de ajuda para ir ao sanitário, para se limpar, para vestir a roupa e para usar a bacia a noite 3. Não consegue utilizar o sanitário
69
4. Movimentar-se
5. Continência
1. Entra e sai da cama, senta-se e levanta-se sem ajuda
2. Entra e sai da cama e senta-se e levanta-se da cadeira, com ajuda
3. Não se levanta da cama
1. Controla completamente os
esfíncteres, anal e vesical, não tendo perdas 2. Tem incontinência ocasional 3. É incontinente ou usa sonda vesical, necessitando de vigilância.
6. Alimentar-se
PONTUAÇÃO TOTAL: _______________
LIMITAÇÃO FUNCIONAL – NAGI
Vou perguntar se você tem dificuldade em fazer algumas atividades:
1. Você tem dificuldade de tirar ou colocar um grande objeto como uma poltrona?
2. Você tem dificuldade levantar ou transportar pesos acima de 5kg
3. Você tem dificuldade de subir um lance de escada?
Você usa algum dispositivo auxiliar para auxiliá-lo a subir escadas?
4. Você tem dificuldade de caminhar 400 metros?
1. Come sem qualquer ajuda
2. Necessita de ajuda só para cortar os alimentos ou passar manteiga no pão 3. Necessita de ajuda para comer, ou é alimentado parcial ou totalmente, por sonda ou por via endovenosa.
1. Nenhuma 2. Um pouco 3. Mais ou menos 4. Muito 5. Incapaz
1. Nenhuma 2. Um pouco
4. Mais ou menos 4. Muito 5. Incapaz
1. Nenhuma
2. Um pouco 4. Mais ou menos 4. Muito
5. Incapaz
1. Sim Qual?_____________
2. Não 3. Não sei 4. Não tenho resposta
1. Nenhuma 2. Um pouco 3. Mais ou menos 4. Muito 5. Incapaz
70
Você usa algum dispositivo auxiliar para auxiliá-lo na caminhada de 400m?
5.Você tem dificuldade de se abaixar ou de se ajoelhar?
6. Você tem dificuldade de pegar ou manusear pequenos objetos com os dedos?
7. Você tem dificuldade de levantar os braços acima da cabeça?
PONTUAÇÃO TOTAL:_____________
Teste de velocidade de marcha
Instruções para o Avaliador Instruções para o Paciente
Material: fita crepe ou fita adesiva,
espaço de 4 metros, fita métrica ou
trena e cronômetro.
Agora eu vou observar o(a) Sr(a) andando
normalmente. Se precisar de bengala ou andador
para caminhar, pode utilizá-los.
A. Primeira tentativa
1. Demonstre a caminhada para o paciente. Eu caminharei primeiro e só depois o (a)
Sr (a) irá caminhar da marca inicial até
ultrapassar completamente a marca
final, no seu passo de costume, como
se estivesse andando na rua para ir a
uma loja.
2. Posicione o paciente em pé com a ponta
dos pés tocando a marca inicial.
a) Caminhe até ultrapassar
completamente a marca final e depois
1. Nenhuma 2. Um pouco 3. Mais ou menos 4. Muito 5. Incapaz
1. Nenhuma 2. Um pouco 3. Mais ou menos 4. Muito 5. Incapaz
1. Nenhuma 2. Um pouco 3. Mais ou menos 4. Muito 5. Incapaz
1. Sim Qual?_____________
2. Não 3. Não sei 4. Não tenho resposta
71
pare.
b) Eu caminharei com o (a) Sr(a) sente-se
seguro para fazer isto?
3. Dispare o cronômetro assim que o paciente
tirar o pé do chão.
4. Caminhe ao lado e logo atrás do paciente.
a) Quando eu disser “Já” o (a) Sr(a)
começa a andar.
b) “Entendeu? Assim que o paciente
disser que sim: Diga: então preparar, já”.
5. Quando um dos pés do paciente
ultrapassar completamente a marca final pare
de marcar o tempo.
Tempo da Primeira Tentativa
A tempo para 4 metros:__ __:__ __ segundos.
B. Se o paciente não realizou o teste ou falhou, marque o motivo:
(1) Tentou, mas não conseguiu.
(2) O paciente não conseguiu caminhar sem ajuda de outra pessoa.
(3) Não tentou, o avaliador julgou inseguro.
(4) Não tentou, o paciente sentiu-se inseguro.
(5) O paciente não conseguiu entender as instruções.
(6) Outros (Especifique) ____________
(7) O paciente recusou participação.
C. Apoios para a segunda caminhada: ❒Nenhum ❒ Bengala ❒ Outro
D. Se o paciente não conseguiu realizar a caminhada pontue: ❒ 0 ponto
72
Teste de velocidade de marcha
Instruções para o Avaliador Instruções para o Paciente
Material: fita crepe ou fita adesiva,
espaço de 4 metros, fita métrica ou
trena e cronômetro.
Agora eu vou observar o(a) Sr(a) andando
normalmente. Se precisar de bengala ou andador
para caminhar, pode utilizá-los.
A. Segunda tentativa
1. Demonstre a caminhada para o paciente. Eu caminharei primeiro e só depois o (a)
Sr (a) irá caminhar da marca inicial até
ultrapassar completamente a marca
final, no seu passo de costume, como
se estivesse andando na rua para ir a
uma loja.
2. Posicione o paciente em pé com a ponta
dos pés tocando a marca inicial.
a) Caminhe até ultrapassar
completamente a marca final e depois
pare.
b) Eu caminharei com o (a) Sr(a) sente-se
seguro para fazer isto?
3. Dispare o cronômetro assim que o paciente
tirar o pé do chão.
4. Caminhe ao lado e logo atrás do paciente.
a) Quando eu disser “Já” o (a) Sr(a)
começa a andar.
b) “Entendeu? Assim que o paciente
disser que sim: Diga: então preparar, já”.
5. Quando um dos pés do paciente
ultrapassar completamente a marca final pare
de marcar o tempo.
Tempo da Segunda Tentativa
A tempo para 4 metros:__ __:__ __ segundos.
B. Se o paciente não realizou o teste ou falhou, marque o motivo:
(1) Tentou, mas não conseguiu.
(2) O paciente não conseguiu caminhar sem ajuda de outra pessoa.
(3) Não tentou, o avaliador julgou inseguro.
(4) Não tentou, o paciente sentiu-se inseguro.
(5) O paciente não conseguiu entender as instruções.
(6) Outros (Especifique) ____________
(7) O paciente recusou participação.
C. Apoios para a segunda caminhada: ❒Nenhum ❒ Bengala ❒ Outro
D. Se o paciente não conseguiu realizar a caminhada pontue: ❒ 0 ponto
73
Pontuação do teste de velocidade e marcha
Extensão do teste de marcha: Quatro metros ❒ ou ❒ Três metros
Qual foi o tempo mais rápido dentre as duas caminhadas?
Marque o menor dos dois tempos: __ __. __ __ segundos e utilize para pontuar
[Se somente uma caminhada foi realizada, marque esse tempo] __ __. __ __ segundos
Se o paciente não conseguiu realizar a caminhada: ❒ 0 ponto
Pontuação para a caminhada de 3 metros
Se o tempo for maior que 6,52 segundos:
❒1 ponto
Se o tempo for de 4,66 a 6,52 segundos:
❒ 2 pontos
Se o tempo for de 4,62 a 4,65 segundos:
❒ 3 pontos
Se o tempo for menor que 3,62 segundos:
❒ 4 pontos
Pontuação para a caminhada de 4 metros
Se o tempo for maior que 8,70 segundos:
❒1 ponto
Se o tempo for de 6,21 a 8,70 segundos:
❒ 2 pontos
Se o tempo for de 4,82 a 6,20 segundos:
❒ 3 pontos
Se o tempo for menor que 4,82 segundos:
❒ 4 pontos
Teste de força de preensão manual
Agora vou pedir para você realizar um teste de força. Qual a mão que você sente mais força?
(O idoso deve estar sentado confortavelmente em uma cadeira, com o ombro aduzido, o cotovelo fletido a 90º, o antebraço em posição neutra e a posição do punho pode variar de 0 a 30º de extensão. Utilizar o membro dominante) 1ª avaliação ____________________(kg) 2ª avaliação ____________________(kg) 3º avaliação ____________________(kg)
Quando eu disser já o senhor aperta
com toda a sua força (encorajar o
idoso a dar um esforço máximo.
Nenhum outro movimento do corpo é
permitido). Anote o resultado.
Realizar a 2ª avaliação da mesma
forma da primeira. Anote o resultado.
Realizar a 3ª avaliação das outras
duas. Anote o resultado.
74
- Sintomatologia Depressiva: GDS-15
1. Você esta satisfeito com a sua vida?
2. Diminuiu a maior parte de suas atividades e interesses?
3. Sente que a vida está vazia?
4. Aborrece-se com frequência?
5. Sente-se de bem com a vida na maior parte do tempo?
6. Teme que algo ruim possa lhe acontecer?
7. Sente-se feliz a maior parte do tempo?
8. Sente-se frequentemente desamparado (a)?
9. Prefere ficar em casa a sair e fazer coisas novas?
10. Acha que tem mais problemas de memória
que a maioria?
11. Acha que é maravilhoso estar vivo agora?
12. Vale a pena viver como vive agora?
13. Sente-se cheio(a) de energia?
14. Acha que sua situação tem solução?
15. Acha que tem muita gente em situação melhor?
Avaliação: Pontuação total: ____________
0 = Quando a resposta for diferente do exemplo entre parênteses.
1= Quando a resposta for igual ao exemplo entre parênteses.
Total > 5 = suspeita de depressão
Não (1) Sim (0)
Não (0) Sim (1)
Não (0) Sim (1)
Não (0) Sim (1)
Não (1) Sim (0)
Não (0) Sim (1)
Não (1) Sim (0)
Não (0) Sim (1)
Não (0) Sim (1)
Não (0) Sim (1)
Não (1) Sim (0)
Não (1) Sim (0)
Não (1) Sim (0)
Não (1) Sim (0)
Não (0) Sim (1)
75
Dados alta hospitalar
1. Quantos dias ficou internado?
2. Precisou de tratamento intensivo (UTI)?
3. Precisou fazer uso de oxigênio durante
algum período da internação?
4. Sofreu alguma queda enquanto estava
internado?
5. Chegou a fazer uso ou esta fazendo
uso de fraldas descartáveis?
6. Fez algum procedimento cirúrgico durante essa
internação?
7. Esta satisfeito com seu sono agora?
8. A patologia que causou a internação foi Sim
resolvida? Não Motivo?
9. Avaliação antropométrica
10. Como você avalia sua saúde agora?
11. Caso o paciente venha a falecer colocar a causa _______________________
do óbito (ver prontuário). _______________________
_______________________
__________________
Não Sim Quantos dias?
____ Não Sim Quantas?
________ Não Sim Motivo?
________________________________ Não
Sim Motivo?
Não Sim
Peso atual:___________(Kg) Altura: ______________(m) IMC: ___________________
1. Excelente 2. Muito boa 3. Boa 4. Mais ou
menos 5. Ruim 6. Péssima 7. Não sabe 8. Não
respondeu
Não Sim
Participante:
_______________________________________________________________
__
Identificação: _______________ Data da alta: ____/____/____ Idade:
____________
Entrevistador: ______________________ data da entrevista:
____/____/____
Horário inicio entrevista: ___(h):___(min) Horário fim entrevista:
___(h):___(min)
76
« As vezes, as pessoas se queixam de problemas de memória, o que fazer para ter uma boa memória. Nós vamos fazer um teste e vamos compor uma série de questões que vai nos ajudar a detectar os problemas de memória. Se você está de acordo pode responder algumas perguntas? » SIM NÃO
“Você deve responder essas perguntas sozinhas sem ajuda de outra pessoa
Qual é a data de hoje?
Ano mês dia
Correto 1 Incorreto 0
Que horas são?
(+ / - 2 horas)
:
H Min
Correto 1 Incorreto 0
Que dia da semana
estamos?
Correto 1 Incorreto 0
Qual é o seu endereço
completo?
Correto 1
Incorreto 0
Em que bairro nos estamos? Correto 1 Incorreto 0
Que idade você tem? Correto 1 Incorreto 0
Qual é sua data de
nascimento?
Ano Mês Dia
Correto 1 Incorreto 0
Qual é a idade e o nome
do(a) filho (a) mais novo da
sua mãe?
Correto 1 Incorreto 0
Total ________ ________
“Nesse momento vou mostrar algumas imagens e vou lhe perguntar o que elas representam para você.” Mostre as
imagens ao participante e marque se a resposta é correta ou não.
Vaca Correto 1 Incorreto 0
Barco/navio Correto 1 Incorreto 0
Colher Correto 1 Incorreto 0
Avião Correto 1 Incorreto 0
Garrafa Correto 1 Incorreto 0
Caminhão Correto 1 Incorreto 0
Total ________ ________
Capacidade cognitiva
C
77
“Agora vou repetir todos os objetos para você olhar. Daqui a pouco vou lhe perguntar quais os objetos que você viu.
Você pode me dizer os objetos que você viu, por favor.”
Vaca Correto 1 Incorreto 0
Barco/navio Correto 1 Incorreto 0
Colher Correto 1 Incorreto 0
Avião Correto 1 Incorreto 0
Garrafa Correto 1 Incorreto 0
Caminhão Correto 1 Incorreto 0
Total ________ ________
“Vou lhe contar uma história. Você vai ficar atenta, porque só vou contar uma vez. Quando eu terminar
depois de alguns segundos vou lhe perguntar e quero que você repita o que aprendeu. A história é (ler
lentamente):
Três crianças estavam sozinhas em casa quando começou a incendiar. Um bravo bombeiro chegou a tempo entrou
pela janela, entrou dentro de casa e levou as crianças para um lugar seguro. Salvo alguns cortes e arranhões as
crianças ficaram sans e salvas.”
(Peça ao participante depois de 2 minutos para dizer o que ela entendeu da história)
Três crianças Correto 1 Incorreto 0
Incendio Correto 1 Incorreto 0
Bombeiro que entrou Correto 1 Incorreto 0
Crianças foram socorridas Correto 1 Incorreto 0
Cortes e arranhões Correto 1 Incorreto 0
Sans e salvas Correto 1 Incorreto 0
Total ________ ________
5 minutos depois de mostrar as imagens (durante esse tempo, você pode medir a pressão arterial do participante)
“Você pode repetir os objetos que você viu a poucos minutos?”
Vaca Correto 1 Incorreto 0
Barco/navio Correto 1 Incorreto 0
Colher Correto 1 Incorreto 0
Avião Correto 1 Incorreto 0
Garrafa Correto 1 Incorreto 0
Caminhão Correto 1 Incorreto 0
Total ________ ________
TOTAL SCORE: Adicionar o total de todas as seções
78
79
- REFERENTE À ALTA HOSTPITALAR:
AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES INSTRUMENTAIS DA VIDA DIÁRIA (Lawton e
Brody)
1. Capacidade para usar o telefone: 1. Utiliza o telefone por iniciativa
própria; procura e marca os números, etc. 2. Marca alguns números que conhece bem 3. Atende o telefone mas não marca os números
4. Não usa o telefone
2. Fazer compras
3. Preparar refeições
4. Cuidar da casa
5. Lavar a roupa
1. Faz as compras que necessita
sozinho 2. Compra sozinho pequenas coisas 3. Necessita de ser acompanhado para qualquer compra
4. Incapaz de fazer compras
1. Planeja, prepara e serve
refeições adequadas, sozinho 2. Prepara refeições adequadas se possuir ingredientes necessários 3. Aquece, serve e prepara refeições mas não mantem uma dieta adequada 4. Necessita de refeiões preparadas e servidas
1. Cuida da casa só ou com
ajuda ocasional (exemplo: “trabalho doméstico pesado” 2. Realiza tarefas diárias como lavar louça ou fazer a cama 3. Realiza tarefas domésticas diárias mas não mantem um nível aceitável de limpeza 4. Necessita de ajuda em todas as tarefas domésticas 5. Não participa em nenhuma tarefa doméstica
1. Lava toda a sua roupa
2. Lava pequenas peças de roupa
3. É incapaz de lavar a sua roupa
80
6. Modo de transporte
7.Responsabilidade pela própria
1. Desloca-se em transportes
públicos ou viatura própria 2. Não usa transportes públicos, exceto taxi 3. Desloca-se em transportes públicos quando acompanhado 4. Desloca-se utilizando taxi ou automóvel quando acompanhado por outro
5. Incapaz de se deslocar
1. Toma a medicação nas doses e
horas corretas 2. Toma a medicação preparada e separada por outros 3. É incapaz de tomar a medicação
8. Habilidade para lidar com
dinheiro
PONTUAÇÃO TOTAL:________
AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES BÁSICAS DA VIDA DIÁRIA (Índice de Katz)
1.Lavar-se
2.Vestir-se
3.Utilizar o sanitário
1. Resolve problemas monetários
sozinho, como: cheques, pagar a renda 2. Lida com compras do dia a dia mas necessita de ajuda para efetuar compras maiores 3. Incapaz de lidar com o dinheiro
1. Toma banho sem necessitar
de qualquer ajuda 2. Precisa apenas de ajuda para lavar uma parte do corpo 3. Precisa de ajuda para lavar mais do que uma parte do corpo, ou para entrar e sair do banho
1. Escolhe a roupa e veste-se por
completo, sem necessitar de ajuda 2. Apenas necessita de ajuda para apertar os sapatos 3. Precisa de ajuda para escolher a roupa e não se veste por completo
1. Utiliza o sanitário, limpa-se e veste a roupa, sem qualquer ajuda. Utiliza bacia durante a noite e despeja-a de manha sem ajuda 2. Precisa de ajuda para ir ao sanitário, para se limpar, para vestir a roupa e para usar a bacia a noite 3. Não consegue utilizar o sanitário
81
4. Movimentar-se
5. Continência
1. Entra e sai da cama, senta-se
e levanta-se sem ajuda 2. Entra e sai da cama e senta-se e levanta-se da cadeira, com ajuda
3. Não se levanta da cama
1. Controla completamente os
esfíncteres, anal e vesical, não tendo perdas 2. Tem incontinência ocasional 3. É incontinente ou usa sonda vesical, necessitando de vigilância.
6. Alimentar-se
PONTUAÇÃO TOTAL: _______________
LIMITAÇÃO FUNCIONAL – NAGI
Vou perguntar se você tem dificuldade em fazer algumas atividades:
1. Você tem dificuldade de tirar ou colocar um grande objeto como uma poltrona?
2. Você tem dificuldade levantar ou transportar pesos acima de 5kg
3. Você tem dificuldade de subir um lance de escada?
Você usa algum dispositivo auxiliar para auxiliá-lo a subir escadas?
4. Você tem dificuldade de caminhar 400 metros?
1. Come sem qualquer ajuda
2. Necessita de ajuda só para cortar os alimentos ou passar manteiga no pão 3. Necessita de ajuda para comer, ou é alimentado parcial ou totalmente, por sonda ou por via endovenosa.
1.Nenhuma 2. Um pouco 3. Mais ou menos 4. Muito 5.. Incapaz
1. Nenhuma 2. Um pouco
3. Mais ou menos 4. Muito 5. Incapaz
1. Nenhuma
2. Um pouco 3. Mais ou menos 4. Muito
5. Incapaz
1.Sim Qual?_____________ 2. Não 3. Não sei 4. Não tenho resposta
1. Nenhuma 2. Um pouco 3. Mais ou menos 4. Muito 5. Incapaz
82
Você usa algum dispositivo auxiliar para auxiliá-lo na caminhada de 400m?
5. Você tem dificuldade de se abaixar ou de se ajoelhar?
6. Você tem dificuldade de pegar ou manusear pequenos objetos com os dedos?
7. Você tem dificuldade de levantar os braços acima da cabeça?
PONTUAÇÃO TOTAL:_____________
Teste de velocidade de marcha
Instruções para o Avaliador Instruções para o Paciente
Material: fita crepe ou fita adesiva,
espaço de 4 metros, fita métrica ou
trena e cronômetro.
Agora eu vou observar o(a) Sr(a) andando
normalmente. Se precisar de bengala ou andador
para caminhar, pode utilizá-los.
A. Primeira tentativa
1. Demonstre a caminhada para o paciente. Eu caminharei primeiro e só depois o (a)
Sr (a) irá caminhar da marca inicial até
ultrapassar completamente a marca
final, no seu passo de costume, como
se estivesse andando na rua para ir a
uma loja.
2. Posicione o paciente em pé com a ponta
dos pés tocando a marca inicial.
a) Caminhe até ultrapassar
completamente a marca final e depois
pare.
b) Eu caminharei com o (a) Sr(a) sente-se
1. Nenhuma 2. Um pouco 3. Mais ou menos 4. Muito 5. Incapaz
1. Nenhuma 2. Um pouco 3. Mais ou menos 4. Muito 5. Incapaz
1. Nenhuma 2. Um pouco 3. Mais ou menos 4. Muito 5. Incapaz
1. Sim Qual?_____________ 2. Não 3. Não sei 4. Não tenho resposta
83
seguro para fazer isto?
3. Dispare o cronômetro assim que o paciente
tirar o pé do chão.
4. Caminhe ao lado e logo atrás do paciente.
a) Quando eu disser “Já” o (a) Sr(a)
começa a andar.
b) “Entendeu? Assim que o paciente
disser que sim: Diga: então preparar, já”.
5. Quando um dos pés do paciente
ultrapassar completamente a marca final pare
de marcar o tempo.
Tempo da Primeira Tentativa
A tempo para 4 metros:__ __:__ __ segundos.
B. Se o paciente não realizou o teste ou falhou, marque o motivo:
(1) Tentou, mas não conseguiu.
(2) O paciente não conseguiu caminhar sem ajuda de outra pessoa.
(3) Não tentou, o avaliador julgou inseguro.
(4) Não tentou, o paciente sentiu-se inseguro.
(5) O paciente não conseguiu entender as instruções.
(6) Outros (Especifique) ____________
(7) O paciente recusou participação.
C. Apoios para a segunda caminhada: ❒Nenhum ❒ Bengala ❒ Outro
D. Se o paciente não conseguiu realizar a caminhada pontue: ❒ 0 ponto
84
Teste de velocidade de marcha
Instruções para o Avaliador Instruções para o Paciente
Material: fita crepe ou fita adesiva,
espaço de 4 metros, fita métrica ou
trena e cronômetro.
Agora eu vou observar o(a) Sr(a) andando
normalmente. Se precisar de bengala ou andador
para caminhar, pode utilizá-los.
A. Segunda tentativa
1. Demonstre a caminhada para o paciente. Eu caminharei primeiro e só depois o (a)
Sr (a) irá caminhar da marca inicial até
ultrapassar completamente a marca
final, no seu passo de costume, como
se estivesse andando na rua para ir a
uma loja.
2. Posicione o paciente em pé com a ponta
dos pés tocando a marca inicial.
a) Caminhe até ultrapassar
completamente a marca final e depois
pare.
b) Eu caminharei com o (a) Sr(a) sente-se
seguro para fazer isto?
3. Dispare o cronômetro assim que o paciente
tirar o pé do chão.
4. Caminhe ao lado e logo atrás do paciente.
a) Quando eu disser “Já” o (a) Sr(a)
começa a andar.
b) “Entendeu? Assim que o paciente
disser que sim: Diga: então preparar, já”.
5. Quando um dos pés do paciente
ultrapassar completamente a marca final pare
de marcar o tempo.
Tempo da Segunda Tentativa
A tempo para 4 metros:__ __:__ __ segundos.
B. Se o paciente não realizou o teste ou falhou, marque o motivo:
(1) Tentou, mas não conseguiu.
(2) O paciente não conseguiu caminhar sem ajuda de outra pessoa.
(3) Não tentou, o avaliador julgou inseguro.
(4) Não tentou, o paciente sentiu-se inseguro.
(5) O paciente não conseguiu entender as instruções.
(6) Outros (Especifique) ____________
(7) O paciente recusou participação.
C. Apoios para a segunda caminhada: ❒Nenhum ❒ Bengala ❒ Outro
D. Se o paciente não conseguiu realizar a caminhada pontue: ❒ 0 ponto
85
Pontuação do teste de velocidade e marcha
Extensão do teste de marcha: Quatro metros ❒ ou ❒ Três metros
Qual foi o tempo mais rápido dentre as duas caminhadas?
Marque o menor dos dois tempos: __ __. __ __ segundos e utilize para pontuar
[Se somente uma caminhada foi realizada, marque esse tempo] __ __. __ __ segundos
Se o paciente não conseguiu realizar a caminhada: ❒ 0 ponto
Pontuação para a caminhada de 3 metros
Se o tempo for maior que 6,52 segundos:
❒1 ponto
Se o tempo for de 4,66 a 6,52 segundos:
❒ 2 pontos
Se o tempo for de 4,62 a 4,65 segundos:
❒ 3 pontos
Se o tempo for menor que 3,62 segundos:
❒ 4 pontos
Pontuação para a caminhada de 4 metros
Se o tempo for maior que 8,70 segundos:
❒1 ponto
Se o tempo for de 6,21 a 8,70 segundos:
❒ 2 pontos
Se o tempo for de 4,82 a 6,20 segundos:
❒ 3 pontos
Se o tempo for menor que 4,82 segundos:
❒ 4 pontos
Teste de força de preensão manual
Agora vou pedir para você realizar um teste de força. Qual a mão que você sente mais força?
(O idoso deve estar sentado confortavelmente em uma cadeira, com o ombro aduzido, o cotovelo fletido a 90º, o antebraço em posição neutra e a posição do punho pode variar de 0 a 30º de extensão. Utilizar o membro dominante) 1ª avaliação ____________________(kg) 2ª avaliação ____________________(kg) 3º avaliação ____________________(kg)
Quando eu disser já o senhor aperta
com toda a sua força (encorajar o
idoso a dar um esforço máximo.
Nenhum outro movimento do corpo é
permitido). Anote o resultado.
Realizar a 2ª avaliação da mesma
forma da primeira. Anote o resultado.
Realizar a 3ª avaliação das outras
duas. Anote o resultado.
86
- Sintomatologia Depressiva: GDS-15
1.Você esta satisfeito com a sua vida?
2. Diminuiu a maior parte de suas atividades e interesses?
3.Sente que a vida está vazia?
4.Aborrece-se com frequência?
5.Sente-se de bem com a vida na maior parte do tempo?
6.Teme que algo ruim possa lhe acontecer?
7.Sente-se feliz a maior parte do tempo?
8.Sente-se frequentemente desamparado (a)?
9.Prefere ficar em casa a sair e fazer coisas novas?
10.Acha que tem mais problemas de memória
que a maioria?
11.Acha que é maravilhoso estar vivo agora?
12.Vale a pena viver como vive agora?
13.Sente-se cheio(a) de energia?
14.Acha que sua situação tem solução?
15.Acha que tem muita gente em situação melhor?
Avaliação: Pontuação total: ____________
0 = Quando a resposta for diferente do exemplo entre parênteses.
1= Quando a resposta for igual ao exemplo entre parênteses.
Total > 5 = suspeita de depressão
Não (1) Sim (0)
Não (0) Sim (1)
Não (0) Sim (1)
Não (0) Sim (1)
Não (1) Sim (0)
Não (0) Sim (1)
Não (1) Sim (0)
Não (0) Sim (1)
Não (0) Sim (1)
Não (0) Sim (1)
Não (1) Sim (0)
Não (1) Sim (0)
Não (1) Sim (0)
Não (1) Sim (0)
Não (0) Sim (1)
87
Dados Óbito
Participante:
_______________________________________________________________
__
Identificação: _______________ Data do óbito: ____/____/____ Idade:
____________
Entrevistador: ______________________
1. Quantos dias ficou internado?
2. Precisou de tratamento intensivo (UTI)?
3. Precisou fazer uso de oxigênio durante
algum período da internação?
4. Fez algum procedimento cirúrgico durante essa
internação?
5. Causa do óbito
Não Sim, quantos dias
Não
Sim, quantos dias
Não
Sim