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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU EM ENFERMAGEM
CURSO DE MESTRADO ACADÊMICO
VANESSA PINHEIRO BARRETO
ANÁLISE DA SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DAS ARBOVIROSES DENGUE,
CHIKUNGUNYA E ZIKA NO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE, BRASIL
NATAL/RN
2018
VANESSA PINHEIRO BARRETO
ANÁLISE DA SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DAS ARBOVIROSES DENGUE,
CHIKUNGUNYA E ZIKA NO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE, BRASIL
Dissertação apresentada ao Programa de Pós-
Graduação em Enfermagem da Universidade Federal
do Rio Grande do Norte, como requisito para
obtenção do título de Mestre em Enfermagem.
Área de concentração: Enfermagem na Atenção à
Saúde
Linha de pesquisa: Enfermagem na Vigilância à
Saúde
Orientadora: Prof.ª Dr.ª Alexsandra Rodrigues
Feijão
Co-orientador: Prof. Dr. Rodrigo Assis Neves
Dantas
NATAL/RN
2018
Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN
Sistema de Bibliotecas - SISBI
Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Setorial Bertha Cruz Enders Escola
de Saúde da UFRN – ESUFRN
Barreto, Vanessa Pinheiro.
Análise da situação epidemiológica das arboviroses dengue,
chikungunya e zika no estado do Rio Grande do Norte, Brasil /
Vanessa Pinheiro Barreto. - 2019.
87f.: il.
Dissertação(Mestrado)-Universidade Federal do Rio Grande do
Norte, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em
Enfermagem. Natal, RN, 2019.
Orientadora: Profa. Dra. Alexsandra Rodrigues Feijão.
1. Infecções por Arbovírus - Dissertação. 2. Epidemiologia -
Dissertação. 3. Educação em Saúde - Dissertação. 4. Rio Grande do
Norte - Dissertação. I. Feijão, Alexsandra Rodrigues. II. Título.
RN/UF/BS-Escola de Saúde CDU 616.98(813.2)
ANÁLISE DA SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DAS ARBOVIROSES DENGUE,
CHIKUNGUNYA E ZIKA NO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE, BRASIL
Dissertação apresentada ao Programa de Pós-
Graduação em Enfermagem da Universidade Federal
do Rio Grande do Norte, como requisito para
obtenção do título de Mestre em Enfermagem.
Resultado: Aprovada
Natal/RN, 20 de dezembro de 2018.
BANCA EXAMINADORA
_______________________________________________
Profa. Dra. Alexsandra Rodrigues Feijão (Presidente)
Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN
_______________________________________________
Profa. Dra. Érika Simone Galvão Pinto (Avaliadora Interna)
Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN
_______________________________________________
Prof. Dr. Rodrigo Assis Neves Dantas (Avaliador Interno)
Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN
_______________________________________________
Profa. Dra. Karina Cardoso Meira (Avaliadora Externa)
Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN
_______________________________________________
Profa. Dra. Patrícia Peres de Oliveira (Avaliadora Externa)
Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJR)
DEDICATÓRIA
Dedico esta dissertação aos meus
pais Sebastiana e Hélio, ao meu
irmão Wagner e minha
tia/madrinha Ednir. Amo vocês!
AGRADECIMENTOS
À Deus, por me permitir traçar essa longa caminhada e superar todos os obstáculos,
guiar meus passos e me permitir alcançar mais esse objetivo. Gratidão.
Aos meus pais, Sebastiana e Hélio, pelo amor incondicional, por sempre acreditarem
em mim e no que eu sou capaz. Mesmo estando longe vocês me dão forças para seguir em
frente e alcançar todos os meus propósitos. Tudo o que sou devo a vocês. Obrigada por tudo.
Esta vitória não é apenas minha, é nossa.
Ao meu irmão Wagner, que sempre acreditou em mim e me deu todo o suporte,
mesmo estando longe.
À minha tia e madrinha Ednir, a quem eu tenho muito amor e gratidão por tudo que
me ensinou e pelo exemplo de ser humano que é para mim.
A minha tia Edileuza, que sempre torceu muito pelo meu sucesso, me deu muito apoio
e carinho e a quem eu tenho muita admiração.
Ao meu grande amigo Alysson, que sempre esteve presente em todos os momentos da
minha vida e é um companheiro para todas as situações, tenho você como um irmão.
À minha grande amiga Monic, que sempre foi uma grande companheira na minha vida
durante toda a graduação até o mestrado. Percorremos esse caminho juntas e tenho muita
gratidão por tudo que fez por mim.
Aos meus amigos Flávia, Manacés e Renilly, pelo apoio, companheirismo diário,
momentos de alegria e muita cumplicidade. Vocês tornam os meus dias mais felizes.
À minha orientadora, Professora Alexsandra Feijão a quem eu admiro muito e que
sempre me acolheu muito bem desde o início, me deu a mão, não me deixou desistir e sempre
acreditou em mim, mais do que eu mesma. Muita gratidão à Deus por tê-la colocado em
minha vida.
Aos professores Karina, Érika, Rodrigo e Patrícia pelo aceite em participar da banca
pelas contribuições valiosas para a construção da dissertação.
À Iraci e Flávia, que me ajudaram muito durante a coleta de dados e disponibilizaram
o pouco tempo que tinham. Sem vocês essa etapa teria sido mais árdua.
À Cristiane, por toda cumplicidade e que mesmo longe neste último ano, sempre se fez
presente e demonstrou que posso contar em todos os momentos.
À Barbara, que desde o início se dispôs a me ajudar quando precisei e que fortaleceu o
nosso grupo de pesquisa com a sua chegada.
Ao grupo de pesquisa (GEPEBE), que me acolheu muito bem desde o princípio.
Vocês foram essenciais.
Ao Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Universidade Federal do Rio
Grande do Norte, pelas oportunidades e incentivos.
À Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior pela concessão da
bolsa durante o mestrado.
BARRETO, V. P. Análise da situação epidemiológica das arboviroses dengue, zika e
chikungunya no estado do Rio Grande do Norte, Brasil. 2018. 87f. Dissertação (Mestrado)
– Programa de Pós-Graduação em Enfermagem (PPGEnf), Universidade Federal do Rio
Grande do Norte, Natal-RN, 2018.
RESUMO
O acompanhamento do comportamento epidemiológico das arboviroses é de extrema
relevância, tendo em vista que o conhecimento acerca da circulação simultânea dos vírus da
dengue, zika e chikungunya ainda é incipiente. Diante da necessidade de investigações que
abranjam sintomas, agentes etiológicos e fatores sociais e ambientais que possam estar
associados às epidemias, este estudo objetiva proceder uma análise da série temporal, perfil
epidemiológico e distribuição espacial dos casos de dengue, chikungunya e zika no Estado do
Rio Grande do Norte A população foi composta pela série histórica dos casos notificados de
dengue no período de 2007 a 2016 disponíveis no Departamento de Informática do Sistema
Único de Saúde e por todos os casos confirmados de dengue, chikungunya e zika notificados
no Sistema de Informação de Agravos de Notificação durante o período de 2015-2017 e
obtidos, respectivamente, através da plataforma Datasus e das fichas de notificação e
investigação dos casos disponíveis na Secretaria da Saúde Pública do Estado do Rio Grande
do Norte. O estudo foi aprovado e seguiu todos os preceitos da Resolução nº 466 de 2012 do
Conselho Nacional de Saúde e obteve parecer favorável do Comitê de Ética em Pesquisa da
Universidade Federal do Rio Grande do Norte sob número 2.445.935, além do Certificado de
Apresentação para Apreciação Ética 80007217.0.0000.5537. A região em que foram
registrados mais casos notificados de dengue durante a série temporal foi a região
Metropolitana (VII) com 93.424 casos notificados. O ano em que houve maior acometimento
em concomitância das três arboviroses foi 2016 e a região de saúde que mais obteve casos
confirmados no período de 2015-2017 foi a região de Mossoró (II), com o total de 12.253
casos confirmados de dengue, chikungunya e zika. Sobre a caracterização sociodemográfica,
o sexo mais acometido foi o feminino, a faixa etária com maior incidência da série temporal
foi 60-69 anos e dos casos confirmados das três arboviroses nos anos 2015-2017 foi 20-34
anos. De acordo com os sinais clínicos os que obtiveram maior frequência relativa foram:
cefaleia, febre, mialgia e artralgia intensa. Referente a variável hospitalização, houve o
predomínio de informações preenchidas como ignorado/branco, os percentuais obtiveram
valores acima de 56% e, sobre a evolução do caso, aproximadamente 63% evoluíram para
cura. Percebeu-se que durante o ano 2016 houve uma substancial melhora no preenchimento
dessas fichas, o qual obteve mais informações sobre as variáveis que estão presentes nas
fichas e os dados analisados foram mais condizentes com as informações contidas nos
boletins epidemiológicos. Portanto, encoraja-se o desenvolvimento de ações para capacitação
dos profissionais que são responsáveis pelo preenchimento das fichas de notificação e, a partir
disto, haver mais efetividade no preenchimento havendo, consequentemente, a melhoria da
qualidade da informação.
Palavras-chave: Infecções por Arbovírus; Epidemiologia; Educação em Saúde.
BARRETO, V. P. Analysis of the epidemiological situation of dengue, zika and
chikungunya arboviruses in the state of Rio Grande do Norte, Brazil. 2018. 87f.
Dissertação (Mestrado) – Programa de Pós-Graduação em Enfermagem (PPGEnf),
Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal-RN, 2018.
ABSTRACT
Monitoring the epidemiological behavior of arboviruses is extremely relevant, since
knowledge about the simultaneous circulation of dengue, zika and chikungunya viruses is st ill
incipient. The objective of this study is to analyze the time series, epidemiological profile and
spatial distribution of dengue, chikungunya and zika cases in the State of Rio de Janeiro,
Brazil, Grande do Norte The population was composed of the historical series of reported
cases of dengue in the period from 2007 to 2016 available in the Department of Informatics of
the Unified Health System and for all confirmed cases of dengue, chikungunya and zika
reported in the Aggravated Disease Information System during the period 2015-2017, and
obtained through the Datasus platform and the fact sheets of notification and investigation of
cases available at the Public Health Secretariat of the State of Rio Grande do Norte. The study
was approved and followed all the precepts of Resolution No. 466 of 2012 of the National
Health Council and obtained a favorable opinion from the Research Ethics Committee of the
Federal University of Rio Grande do Norte under number 2,445,935, in addition to the
Certificate of Presentation for Ethics Assessment 80007217.0.0000.5537. The region in which
most reported cases of dengue fever were recorded during the time series was the
Metropolitan Region (VII) with 93,424 reported cases. The year in which the three
arboviruses were most affected was 2016 and the health region with the highest number of
confirmed cases in the period 2015-2017 was the region of Mossoró (II), with a total of
12,253 confirmed cases of dengue, chikungunya and zika. Regarding the sociodemographic
characterization, the sex most affected was the female, the age group with the highest
incidence of the time series was 60-69 years and the confirmed cases of the three arboviruses
in the years 2015-2017 was 20-34 years. According to the clinical signs, the ones that
obtained the highest frequency were: headache, fever, myalgia and intense arthralgia.
Regarding the variable hospitalization, there was a predominance of information as ignored /
blank, the percentages obtained values above 56% and, on the evolution of the case,
approximately 63% evolved to cure. It was noticed that during the year 2016 there was a
substantial improvement in the completion of these records, which obtained more information
about the variables that are present in the records and the data analyzed were more in keeping
with the information contained in the epidemiological bulletins. Therefore, it is encouraged
the development of actions to qualify professionals who are responsible for completing the
notification forms and, from this, there is more effectiveness in completing it, consequently,
improving the quality of information.
Keywords: Arbovirus Infections; Epidemiology; Health Education.
LISTA DE SIGLAS
CAAE Certificado de Apresentação para Apreciação Ética
CEP Comitê de Ética em Pesquisa
CHIK Chikungunya vírus
DATASUS Departamento de Informática do SUS
DENV Dengue vírus
DENV-1 Sorotipo da dengue 1
DENV-2 Sorotipo da dengue 2
DENV-3 Sorotipo da dengue 3
DENV-4 Sorotipo da dengue 4
ECSA Comunidade de Saúde da África Leste, Central e Sul.
GEPEBE Grupo de ensino e pesquisa em enfermagem baseada em evidências
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
IgM Imunoglobulina M
NSP3 “Rotavirus protein”
NS1 “Non-structural protein 1” (proteína viral não-estrutural 1)
OMS Organização Mundial da Saúde
OPAS Organização Pan-Americana da Saúde
PRNT “Plaque reduction neutralization test” (teste de neutralização por redução de
placas)
RN Rio Grande do Norte
RNA Ácido ribonucleico
RT-PCR Técnica de transcriptase reversa com reação em cadeia da polimerase
SE Semana epidemiológica
SESAP-RN Secretaria de Estado da Saúde Pública do Rio Grande do Norte
SGB Síndrome de Guillain-Barré
SINAN Sistema de Informação de Agravos de Notificação
TCLE Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
UFRN Universidade Federal do Rio Grande do Norte
ZIKV Zika vírus
LISTA DE QUADROS
Quadro 1- Descrição das variáveis sociodemográficas, clínicas e evolução do
caso. Natal, 2018................................................................................ 22
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 Taxa de incidência da série temporal dos casos notificados de dengue por faixa
etária e sexo por 10.000 habitantes na Região de Saúde I (São José de
Mipibu)..................................................................................................................
26
Tabela 2 Taxa de incidência da série temporal dos casos notificados de dengue por faixa
etária e sexo por 10.000 habitantes na Região de Saúde II
(Mossoró).............................................................................................................. 28
Tabela 3 Taxa de incidência da série temporal dos casos notificados de dengue por faixa
etária e sexo por 10.000 habitantes na Região de Saúde III (João
Câmara)................................................................................................................. 30
Tabela 4 Taxa de incidência da série temporal dos casos de notificados dengue por faixa
etária e sexo por 10.000 habitantes na Região de Saúde IV
(Caicó)................................................................................................................... 33
Tabela 5 Taxa de incidência da série temporal dos casos notificados de dengue por faixa
etária e sexo por 10.000 habitantes na Região de Saúde V (Santa
Cruz)...................................................................................................................... 35
Tabela 6 Taxa de incidência da série temporal dos casos notificados de dengue por faixa
etária e sexo por 10.000 habitantes na Região de Saúde VI (Pau dos
Ferros)................................................................................................................... 37
Tabela 7 Taxa de incidência da série temporal dos casos notificados de dengue por faixa
etária e sexo por 10.000 habitantes na Região de Saúde VII
(Metropolitana)...................................................................................................... 40
Tabela 8 Taxa de incidência da série temporal dos casos notificados de dengue por faixa
etária e sexo por 10.000 habitantes na Região de Saúde VIII
(Assu).................................................................................................................... 42
Tabela 9 Frequência dos casos confirmados de dengue, chikungunya e zika por ano
(2015 a 2017) ....................................................................................................... 44
Tabela 10 Caracterização sociodemográfica e clínica dos casos confirmados de dengue
por ano (2015 a 2017) .......................................................................................... 44
Tabela 11 Caracterização sociodemográfica e clínica dos casos confirmados de
chikungunya por ano (2015 a 2017) .................................................................... 47
Tabela 12 Caracterização sociodemográfica do número de casos confirmados de zika por
ano (2015 a 2017) ................................................................................................. 47
Tabela 13 Taxa trienal dos casos confirmados de dengue, chikungunya e zika por região
de saúde nos anos (2015 a 2017) ......................................................................... 48
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1- Taxa de incidência de sexo masculino e feminino por 10.000 habitantes da
Região de Saúde I (São José de Mipibu), anos 2007 a 2016.......................... 27
Figura 2- Taxa de incidência por tendência ascendente da faixa etária por 10.000
habitantes da Região de Saúde I (São José de Mipibu), anos 2007 a
2016.................................................................................................................. 28
Figura 3- Taxa de incidência de sexo masculino e feminino por 10.000 habitantes da
Região de Saúde II (Mossoró), anos 2007 a
2016................................................................................................................ .. 29
Figura 4- Taxa de incidência por tendência ascendente por 10.000 habitantes da
Região de Saúde II (Mossoró), anos 2007 a
2016.................................................................................................................. 30
Figura 5- Taxa de incidência de sexo masculino e feminino por 10.000 habitantes da
Região de Saúde III (João Câmara), anos 2007 a 2016................................... 31
Figura 6- Taxa de incidência por tendência ascendente da faixa etária por 10.000
habitantes da Região de Saúde III (João Câmara), anos 2007 a 2016............. 32
Figura 7- Taxa de incidência de sexo masculino e feminino por 10.000 habitantes da
Região de Saúde IV (Caicó), anos 2007 a 2016.............................................. 34
Figura 8- Taxa de incidência por tendência ascendente da faixa etária por 10.000
habitantes da Região de Saúde IV (Caicó), anos 2007 a 2016........................ 34
Figura 9- Taxa de incidência de sexo masculino e feminino por 10.000 habitantes da
Região de Saúde V (Santa Cruz), anos 2007 a 2016....................................... 36
Figura 10- Taxa de incidência por tendência ascendente da faixa etária por 10.000
habitantes da Região de Saúde V (Santa Cruz), anos 2007 a
2016.................................................................................................................. 37
Figura 11- Taxa de incidência de sexo masculino e feminino por 10.000 habitantes da
Região de Saúde VI (Pau dos Ferros), anos 2007 a 2016................................ 38
Figura 12- Taxa de incidência por tendência ascendente da faixa etária por 10.000
habitantes da Região de Saúde VI (Pau dos Ferros), anos 2007 a 2016.......... 39
Figura 13- Taxa de incidência de sexo masculino e feminino por 10.000 habitantes da
Região de Saúde VII (Metropolitana), anos 2007 a 2016................................ 41
Figura 14- Taxa de incidência por tendência ascendente da faixa etária por 10.000
habitantes da Região de Saúde VII (Metropolitana), anos 2007 a 2016.......... 41
Figura 15- Taxa de incidência de sexo masculino e feminino por 10.000 habitantes da
Região de Saúde VIII (Assu), anos 2007 a 2016............................................. 43
Figura 16- Taxa de incidência por tendência ascendente da faixa etária por 10.000
habitantes da Região de Saúde VIII (Assu), anos 2007 a 2016....................... 43
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO..................................................................................................... 8
2 JUSTIFICATIVA.................................................................................................. 11
3 OBJETIVOS.......................................................................................................... 13
3.1 OBJETIVO GERAL........................................................................................... 13
3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS............................................................................. 13
4 REVISÃO DA LITERATURA............................................................................. 14
4.1 VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA.................................................................. 14
4.2 DENGUE............................................................................................................ 15
4.3 CHIKUNGUNYA.............................................................................................. 16
4.4 ZIKA................................................................................................................... 16
5 METODOLOGIA.................................................................................................. 20
5.1 TIPO DE ESTUDO............................................................................................ 20
5.2 POPULAÇÃO E AMOSTRA............................................................................ 20
5.3 COLETA DE DADOS E VARIÁVEIS DO ESTUDO...................................... 21
5.4 ANÁLISE E ORGANIZAÇÃO DOS DADOS.................................................. 23
5.5 ASPECTOS ÉTICOS E LEGAIS....................................................................... 24
5.6 FINANCIAMENTO........................................................................................... 24
6 RESULTADOS...................................................................................................... 25
7 DISCUSSÃO.......................................................................................................... 49
8 CONCLUSÃO........................................................................................................ 57
REFERÊNCIAS......................................................................................................... 59
APÊNDICES.............................................................................................................. 71
APÊNDICE A............................................................................................................. 72
ANEXOS.............................................................................................................. ....... 73
ANEXO A................................................................................................................... 74
ANEXO B................................................................................................................... 79
8
1 INTRODUÇÃO
Arbovírus são vírus transmitidos por artrópodes (Arthropod-borne virus) e são assim
designados não apenas pela sua veiculação através destes, mas, pelo fato de parte do seu ciclo
replicativo ocorrer nos insetos. Os arbovírus que causam doenças em animais de sangue
quente e seres humanos são membros de cinco famílias virais: Bunyaviridae, Togaviridae,
Flaviviridae, Reoviridae e Rhabdoviridae (LOPES; NOZAWA; LINHARES, 2014; CASSEB
et al., 2013).
As arboviroses, de uma maneira geral, tornaram-se constantes ameaças à saúde
humana devido às mudanças climáticas, desmatamentos, ocupação desordenada de áreas
urbanas e precariedade das condições sanitárias que favorecem altos índices de infestação de
vetores e, consequentemente, o aumento da transmissão viral (LOPES; NOZAWA;
LINHARES, 2014).
Além dessas alterações ambientais, Lima-Camara (2016) destaca a globalização e
expansão da migração internacional, cujos movimentos populacionais elevam os riscos de
viajantes carrearem patógenos ainda não detectados em outras áreas, o que contribui
sobremaneira para a emergência e reemergência destas doenças.
No Brasil, atualmente, dentre as arboviroses que apresentam maior circulação, estão o Dengue
(DENV), o Chikungunya (CHIKV) e o Zika (ZIKV) (BRASIL, 2015). DENV e ZIKV
pertencem à família Flaviviridae e o CHIKV está incluído na família Togaviridae. Os sinais e
sintomas relacionados a estas arboviroses são bastante semelhantes, o que acaba interferindo
no diagnóstico clínico preciso dessas doenças, além de serem transmitidas pelos mesmos
vetores, Aedes aegypti e Aedes albopictus (RODRIGUEZ-MORALES, 2015).
Em relação a Chikungunya, foi inicialmente isolado em 1952 na Tanzânia e sua
expansão territorial iniciou-se desde 2004 suscitando o lançamento de um alerta da
Organização Pan-americana da Saúde (OPAS), dirigido a todo o continente americano
(OPAS, 2012). Nunes et al. (2015) afirma que o Brasil redobrou os esforços de vigilância
epidemiológica e chegou a enviar médicos para o Caribe com o objetivo de capacitá-los no
reconhecimento dos sinais e sintomas de infecção por CHIKV.
A entrada desse vírus no país se deu em setembro de 2014, na cidade de Oiapoque
(AP), sendo confirmada a transmissão autóctone de CHIKV entre os brasileiros.
A Chikungunya tem caráter epidêmico devido à alta densidade do vetor, à presença de
indivíduos susceptíveis e à intensa circulação de pessoas em áreas endêmicas. Na região das
Américas, até o momento, a letalidade por Chikungunya é menor do que a observada por
9
dengue. Os casos graves e óbitos ocorrem com maior frequência em pacientes com
comorbidades e em extremos de idade, como crianças e idosos. Entretanto, apresenta elevada
taxa de morbidade associada à artralgia persistente (aspecto clínico muito frequente entre as
pessoas que apresentam a doença), tendo como consequência a redução da produtividade e da
qualidade de vida dos indivíduos acometidos (BRASIL, 2017; BRASIL, 2015).
Relativo ao ZIKV, casos dessa doença exantemática têm sido reportados desde final
do ano de 2014 e início de 2015 no Brasil. Em 2016 ocorreu uma grande epidemia por este
vírus. Há pelo menos três razões diferenciais para esta situação peculiar: total de pessoas
afetadas e velocidade de disseminação do vírus; gravidade das manifestações possivelmente
associadas ao vírus e epidemia de desinformação, disseminada tão – ou mais – rapidamente
que a própria situação de Saúde Pública (VALLE; PIMENTA; AGUIAR, 2016).
Portanto, diante do significativo aumento da incidência de casos de síndromes
neurológicas e microcefalias, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou Estado de
Emergência em Saúde Pública Internacional. Esse tipo de decisão foi tomada anteriormente
em apenas três situações: H1N1 (2009), poliomielite (2014) e ebola (2014). Em resposta,
imediatamente o Ministério da Saúde divulgou a portaria de nº 204 (17/02/2016) que tornou
compulsória a notificação de casos suspeitos de zika em todo país.
Especificamente aos casos de ZIKV no Estado do Rio Grande do Norte (RN), em
2015 pacientes do município de Natal apresentaram sintomas semelhantes com a febre da
dengue. Neste mesmo ano, foram identificados os primeiros casos do vírus Zika em amostras
de soro de pacientes daquela cidade (CARDOSO et al., 2015; ZANLUCA et al., 2015) e de
Camaçari (CAMPOS; BANDEIRA; SARDI, 2015), neste último com cocirculação de dengue
e chikungunya.
Em relação ao vetor, Moura et al. (2014) apontam que ao longo de muitas décadas, um
programa para a erradicação do Aedes aegypti foi conduzido pela OPAS, a partir de 1946.
Embora ao longo dos primeiros 30 anos um progresso possa ter ocorrido e vários países
tenham sido capazes de erradicar o mosquito, outros países não conseguiram alcançar o
mesmo feito, e outros, simplesmente, abandonaram o programa.
Portanto, é importante ressaltar que, durante este período, o Brasil passou por uma
desarticulação de suas campanhas sanitaristas. Devido ao período pós-guerra, o Brasil foi
marcado pela fase desenvolvimentista, onde as principais características foi o deslocamento
das atenções do estado para o meio urbano-industrial. Com isso, houve nessa época fortes
influências internacionais como a OPAS e a OMS sobre o planejamento e a operacionalização
das políticas de saúde, por este fato, os governos brasileiros diminuíram significativamente as
10
ações de combate as endemias e começaram a promover o crescimento de uma rede de
assistência médico hospitalar com predominância urbana (SILVA, 2003; BRASIL, 2004).
As ações relacionadas ao controle de endemias mesmo mantidas, foram perdendo sua
importância na lógica oficial, porém não mais com a prioridade dada no início da década de
1950. E assim, o Aedes aegypti, que foi erradicado em 1955, voltou ao país por diversas
vezes, mas sempre foi eliminado. Contudo, em 1973 constatou-se a reinfestação do país e não
mais sendo alcançada a erradicação (SILVA, 2003).
A partir da década de 1950, especialmente com a criação do Ministério da Saúde, em
1953 e do Departamento Nacional de Endemias Rurais, em 1956 que vieram com a proposta
de incorporar os programas sob a responsabilidade do Departamento Nacional de Saúde
(febre amarela, malária e peste) e da Divisão de Organização Sanitária (bouba,
esquistossomose e tracoma) (BRASIL, 2004).
Sobre as arboviroses, ressalta-se que são consideradas negligenciadas, doenças estas
que não apresentam atrativos econômicos para o desenvolvimento de fármacos, quer seja pela
baixa prevalência ou por atingir populações de regiões em desenvolvimento (ANVISA, 2006).
Desde 1986, enfrentam-se epidemias de dengue no Brasil de forma quase ininterrupta.
Atualmente, os quatro sorotipos do DENV (DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4)
circulam no país, sendo o DENV-2 o sorotipo mais prevalente no mundo. Tal fato mostra que
o país convive com falhas na prevenção, dependentes de muitos aspectos que extrapolam as
atribuições do setor da saúde (LOPES; NOZAWA; LINHARES, 2014).
A recente introdução dos vírus CHIKV e ZIKV no território brasileiro é muito
preocupante, pois expõe a população a infecções às quais todos os indivíduos são suscetíveis,
pois não há disponibilidade de vacinas para profilaxia e medicações antivirais para o
tratamento efetivo. Tal situação em associação ao conhecido cenário endêmico ocasionado
pelo DENV no Brasil pode gerar severo impacto social, econômico e nos serviços de saúde
devido à concomitância das epidemias (HONÓRIO et al. 2015; LIMA-CAMARA, 2016).
Ainda, Lima-Camara (2016) ressaltam que, apesar da baixa mortalidade por CHIKV e
ZIKV, há casos reportados de coinfecção com outras arboviroses em pacientes de outros
continentes. Este fato chama a atenção para que os serviços e profissionais de saúde estejam
capacitados e treinados para o diagnóstico, já que a interação desses vírus no homem ainda
não é bem conhecida, especialmente no Brasil.
11
2 JUSTIFICATIVA
As arboviroses, de uma maneira geral, tornaram-se constantes ameaças à saúde
humana devido às mudanças climáticas, desmatamentos, ocupação desordenada de áreas
urbanas e precariedade das condições sanitárias que favorecem altos índices de infestação de
vetores e, consequentemente, o aumento da transmissão viral (LOPES; NOZAWA;
LINHARES, 2014).
Além dessas alterações ambientais, Lima-Camara (2016) destaca a globalização e
expansão da migração internacional, cujos movimentos populacionais elevam os riscos de
viajantes carrearem patógenos ainda não detectados em outras áreas, o que contribui
sobremaneira para a emergência e reemergência destas doenças.
De acordo com o Ministério da Saúde, a região Centro-Oeste registrou o maior
número de casos prováveis (102.284 casos; incidência 635,9) em relação ao total do país.
Logo em seguida estão as regiões Sudeste (75.421 casos; incidência 86,0), Nordeste (67.256
casos; incidência 118,5), Norte (18.293 casos; incidência 100,6) e Sul (2.680 casos; incidência
9,0). Em relação a região Nordeste, o Estado do Rio Grande do Norte apresentou a maior
incidência por 100.000 habitantes no ano de 2018 (679,5) (BRASIL, 2019).
A recente introdução dos vírus CHIKV e ZIKV no território brasileiro é muito
preocupante, pois expõe a população a infecções às quais todos os indivíduos são suscetíveis,
bem como não há disponibilidade de vacinas para profilaxia e medicações antivirais para o
tratamento efetivo. Esta situação em associação ao conhecido cenário endêmico ocasionado
pelo DENV no Brasil pode gerar severo impacto social, econômico e nos serviços de saúde
devido à concomitância das epidemias (HONÓRIO et al. 2015; LIMA-CAMARA, 2016).
Associado a isso, diante do significativo aumento da incidência de casos de síndromes
neurológicas e microcefalias potencialmente relacionados ao vírus da zika, em fevereiro de
2016 a OMS declarou Estado de Emergência em Saúde Pública Internacional.
Neste sentido, o acompanhamento do comportamento epidemiológico destas
arboviroses é de extrema relevância, tendo em vista que o conhecimento acerca das
consequências da circulação simultânea desses vírus ainda é incipiente. A compreensão
abrangente da realidade regional é essencial para o estabelecimento de estratégias importantes
para a redução de risco e vulnerabilidade de indivíduos e comunidades, além da adaptação das
políticas públicas vigentes no contexto epidemiológico local.
O estado do Rio Grande do Norte foi escolhido para a realização do estudo devido
aproximadamente 90% dos municípios apresentarem alto índice de infestação predial pelas
12
larvas do vetor Aedes aegypti, ser considerado um dos estados do Nordeste que registra os
maiores números de casos prováveis e confirmados e, com isso, ser considerado uma área
endêmica. Portanto, a relevância do estudo trata-se de evidenciar as causas do aumento do
número de casos confirmados e o porquê do estado do RN ser considerado estado de alerta
para as arboviroses, principalmente dengue, chikungunya e zika. A partir dessa
problematização, questiona-se: qual a situação epidemiológica dos casos confirmados de
dengue, chikungunya e zika no Estado do Rio Grande do Norte? Qual a distribuição
geográfica desses casos?
Diante da necessidade de investigações que abranjam sintomas, agentes etiológicos e
fatores sociais e ambientais que possam estar associados às epidemias, este estudo objetiva
proceder a uma análise da série temporal, perfil epidemiológico e distribuição espacial dos
casos de dengue, chikungunya e zika no Estado do Rio Grande do Norte.
13
3 OBJETIVOS
3.1 OBJETIVO GERAL
Analisar a situação epidemiológica das arboviroses dengue, chikungunya e zika no
Estado do Rio Grande do Norte.
3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Descrever a série histórica dos casos notificados de dengue no Estado do Rio Grande
do Norte no período de 2007 a 2016;
Caracterizar os casos confirmados das arboviroses dengue, chikungunya e zika quanto
à situação sociodemográfica e aspectos clínicos no período de 2015 a 2017;
Mostrar a distribuição geográfica dos casos confirmados das arboviroses segundo as
regiões de saúde do Estado do Rio Grande do Norte.
14
4 REVISÃO DA LITERATURA
4.1 VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
O controle das arboviroses em geral, é considerado uma atividade complexa pelas
ações de controle de baixa eficácia e pela transmissão vetorial, o que acaba por impossibilitar
a erradicação e as transformam em um problema de Saúde Pública desafiador para o Brasil
(BRASIL, 2009).
É importante ressaltar que a vigilância epidemiológica apresenta um papel primordial
e relevante no desenvolvimento de atividades de prevenção e controle das doenças: a
capacidade de detectar precocemente o aumento de epidemias e casos, além dos casos mais
graves e a alteração no perfil epidemiológico. Portanto, faz-se necessário informações
oportunas e consistentes, critérios de definição de casos e objetivos, diagnóstico laboratorial
otimizado e profissionais de saúde com o conhecimento clínico da doença (BARBOSA et al.,
2015).
Os serviços de vigilância possuem extrema relevância devido a notificação dos casos
suspeitos integrarem a base de dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação
(SINAN) e, a partir disto, o sistema de vigilância epidemiológica executa as suas atividades a
partir do conhecimento sobre os casos suspeitos que são identificados pela equipe de
profissionais da saúde (BRASIL, 2009).
De acordo com o contexto, a vigilância epidemiológica é responsável pelo
acompanhamento sistemático de eventos adversos à saúde, devido o propósito de
aprimoramento das medidas de controle contra agravos que são responsáveis por desencadear
problemas de saúde pública (MONKEN; BATISTELLA, 2008; WALDMAN, 1998).
Uma das propostas da vigilância epidemiológica é ser o conceito central para a teoria e
prática da saúde pública, o que resulta em uma vigilância em saúde pública. Portanto, a
vigilância epidemiológica dentro do modelo da vigilância em saúde resulta no planejamento
estratégico situacional com base no território de acordo com ações intersetoriais, promoção,
prevenção, assistência e reabilitação. A partir do contexto, o planejamento e articulação
dessas ações devem resultar na prevenção e controle das arboviroses (HONÓRIO et al.,
2015).
A efetividade do controle das arboviroses dependem, principalmente, do rápido
diagnóstico em locais onde há o vetor competente e a população é suscetível. É necessário o
reconhecimento precoce da transmissão local, a rápida efetividade no controle dos vetores e
15
outras medidas de saúde pública são consideradas medidas para impedir a ocorrência de
grandes surtos (VEGA-RÚA et al., 2015).
O planejamento de ações aumenta a sensibilidade da vigilância para o melhor
reconhecimento da doença, disponibilizar testes diagnósticos rápidos, melhorar o fluxo e a
comunicação de resultados e notificações entre os laboratórios comerciais e estaduais e órgãos
de saúde pública, incentivar os programas de mobilização social para a ampliação de medidas
preventivas e compartilhar informações com os cidadãos, minimizando assim o risco de
disseminação do vírus (VEGA-RÚA et al., 2014).
4.2 DENGUE
O vírus da dengue é composto de ácido ribonucleico (RNA) não-segmentado de fita
simples, pertence a família Flaviviridade e ao gênero Flavivirus. A dengue é uma doença
aguda que pode ser causada por qualquer um dos quatro sorotipos (DENV-1 a DENV-4), o
que pode variar de uma doença febril aguda para uma forma mais grave, que se caracteriza
por sangramento e vazamento de plasma (AZEREDO et al., 2018).
A população brasileira vem sofrendo com as consequências da epidemia de dengue
nos últimos 30 anos, a partir da introdução do DENV-1 nos anos 80, com isso houve o
aumento do número de casos graves alterando a epidemiologia da doença. Segundo o boletim
epidemiológico de 2016, no ano de 2015 o Brasil registrou 1,65 milhões de casos suspeitos de
dengue e 854 óbitos causados pela doença (BRASIL, 2017).
A dengue é a mais antiga e frequente das arboviroses e tem causado surtos epidêmicos
por décadas. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), houve estimativas de
mais de 100 milhões de casos por ano em 100 países onde a doença é endêmica e está
associada a riscos graves e/ou de morte, porém não está associada a complicações
neurológicas ou malformações fetais. Em 2015, no Brasil houveram 1.5000.578 casos com
833 óbitos confirmados. A região Nordeste é considerada a terceira região com mais casos
notificados de doenças transmitidas pelo Aedes, como a dengue, e, dentre os estados da
região, o Rio Grande do Norte ocupa a terceira posição em números de casos notificados de
dengue em taxa de incidência (por 100.000 hab). Em 2018, até a Semana Epidemiológica 44,
11.744 casos foram confirmados, representando uma incidência de 799,65 casos por 100.000
habitantes (WHO, 2012; BRASIL, 2015; BRASIL, 2016; BRASIL, 2018).
Sobre a situação epidemiológica da dengue no mundo, atualmente é endêmica na Ásia,
nas Américas, no Mediterrâneo Oriental e Pacífico Ocidental. A doença ocorre principalmente
16
no Sudeste da Ásia, nas Américas e no Pacífico Ocidental e, portanto, há uma tendência cada
vez maior nos registros de dengue e dengue grave (SOUZA, 2017).
O modo de transmissão mais comum do dengue, zika e chikungunya se dá através do
vetor Aedes. O mosquito é infectado com sangue contaminado e após o período de incubação,
o vírus apresenta-se na glândula salivar do mosquito e é transmitido aos humanos através da
picada do mosquito contaminado. Os fatores ambientais, climáticos, a interação entre
hospedeiro e patógeno são considerados alguns fatores que podem influenciar no mecanismo
de transmissão. O principal período de incubação da dengue varia de 3 a 14 dias (PAIXÃO;
TEIXEIRA; RODRIGUES, 2017).
Dentre as características clínicas com maior frequência estão: alta frequência de
vômitos, tontura, anorexia e prostração. Segundo estudos, pacientes que apresentaram
coinfecção DENV/ZIKV apresentaram menor recorrência de exantema e prurido (PAIXÃO;
TEIXEIRA; RODRIGUES, 2017).
Durante as fases iniciais não há diferenças entre os sintomas, porém quando há
evolução da dengue para a forma hemorrágica os sintomas são caracterizados pelo rápido
início de extravasamento capilar com ou sem hemorragia, acompanhada de trombocitopenia e
lesão hepática e, em alguns casos, pode evoluir para óbito (PAIXÃO; TEIXEIRA;
RODRIGUES, 2017).
As principais formas clínicas das arboviroses dengue, zika e chikungunya são
semelhantes. Os sintomas iniciais podem ser semelhantes e inespecíficos, incluem febre,
mialgia, artralgia, cefaleia, erupção maculopapular, linfadenopatias e dor retro-orbital. A
partir disto, pode ser difícil de diferir os sintomas iniciais entre as três doenças, pois
considera-se que o diagnóstico clínico ainda é desafiador (PAIXÃO; TEIXEIRA;
RODRIGUES, 2017).
4.3 CHIKUNGUNYA
A Chikungunya pertence ao gênero Alphavirus e a família Togaviridae, possui um
capsídeoicosaédrico, um envelope de fosfolipídeo e um genoma RNA de fita simples.
Existem quatro genótipos do CHIKV: a linhagem Leste-Centro-Sul-África, África Ocidental,
Ásia e Oceano Índico (PAIXÃO; TEIXEIRA; RODRIGUES, 2017).
O A. aegypti é originário da África, porém devido a grande migração populacional há
uma alta taxa mundial de infecção por ele. O A. albopictus que é originário da Ásia
predomina principalmente nos Estados Unidos, Brasil, México, Guatemala, Argentina e
Bolívia. Os períodos de maior frequência de transmissão são pela manhã e ao anoitecer,
17
juntamente com os domicílios que não possuem as medidas adequadas de combate ao vírus
(PORTA, 2012).
Estudos apontam que o vírus da chikungunya originou-se na África Central/Oriental e
logo após propagou-se para a Ásia. A partir disso, outras pesquisas apontam que foi possível
identificar três linhagens que emergiram simultaneamente: as cepas asiáticas, da África
Ocidental e África do leste, centro e sul (ECSA). Acredita-se que a linhagem da África do Sul
tenha afetado as ilhas do Oceano Índico, iniciando assim a propagação do vírus. O vírus
circulante na América não pertence a ECSA, porém está relacionado geneticamente a cepas
identificadas na Indonésia em 2007 e nas Filipinas em 2013, apresentando algumas alterações
específicas, como a deleção do gene NSP3 (SCHUFFENECKER et al., 2006; PORTA, 2012;
LEPARC-GOFFART et al., 2014).
Estudo mostrou que no ano de 2014, o vírus chikungunya se espalhou para,
aproximadamente, 20 países no Caribe a na América Central e do Sul, registrados mais de
500.000 casos novos em 2016. A principal complicação desta doença é a gravidade
significativa da doença, o que pode resultar em óbitos ocorridos na fase aguda da doença, com
frequentes complicações neurológicas. O que a difere das demais arboviroses é o fato de que
esta resulta em formas crônicas da doença, com aproximadamente 40% dos pacientes em fase
aguda que progridem por meses ou anos para artrite crônica (MORRISON, 2014; WHO,
2016; RENAULT et al., 2007; RODRIGUEZ-MORALEZ et al., 2016).
Referente aos casos de chikungunya, segundo o Boletim Epidemiológico da Secretaria
de Estado da Saúde Pública (SESAP), no Estado do RN, em 2018 até a SE 44 foram
confirmados 1.067 casos, o que representa uma incidência de 98,28 casos por 100.000
habitantes. A partir dessa informação, percebe-se que houve um aumento significativo no
número de casos novos, visto que no ano anterior foram confirmados 875 casos, (71,68 casos
por 100.000 habitantes), o que caracteriza uma melhoria do SINAN devido ao aumento do
número de notificações (BRASIL, 2018).
O principal mecanismo de transmissão do vírus chikungunya se dá pela picada da
fêmea hematófaga do vetor Aedes aegypti ou Aedes albopictus. Esse mecanismo de
transmissão é chamado de ciclo epidêmico que pode ser mantido apenas pelo A. aegypti ou A.
albopictus, estes são chamados de vetores antropofílicos responsáveis pela transmissão
humano-mosquito-humano (PORTA, 2012).
Segundo Morcerf, et al (2015) e Azevedo et al (2015), o CHIK possui três fases:
aguda, subaguda e crônica, atingem indivíduos de qualquer idade ou sexo, porém os sinais e
sintomas apresentam-se de forma mais intensa em crianças e idosos, podendo ser
18
assintomática ou sintomática. A fase aguda tem duração de até 10 dias, a subaguda dura até
três meses e a crônica pode chegar a anos. As principais manifestações clínicas são: febre alta,
exantema e artralgia, atingem principalmente as pequenas e grandes articulações. Em alguns
casos, a doença evolui para poliartralgia em processo crônico, o que implica na incapacidade
de movimentos que variam de semanas a anos e compromete grande parte das pessoas
infectadas (SOUZA, 2017).
4.4 ZIKA
De acordo com Weaver (2014), o reconhecimento de casos autóctones de infecção
pelo zika vírus no Brasil ocorreu em maio de 2015. O ZIKV até o ano de 2007 era um vírus
pouco estudado, restrito apenas a África e regiões da Ásia. Este é originalmente encontrado
em áreas silvestres ou rurais da África (na floresta de Zika e Tanzânia), regiões essas nas
quais predominavam mosquitos silvestres e primatas não humanos (HAYES, 2009).
No Brasil, a circulação da doença começou em 2015, simultaneamente nos estados de
São Paulo e Bahia, desta forma, posteriormente foi rapidamente confirmada através de testes
moleculares no Rio Grande do Norte, Maranhão, Alagoas, Pará e Rio de Janeiro, o que
comprova a grande capacidade de dispersão do vírus. A partir da década de 1950, o processo
de urbanização tornou-se cada vez mais acelerado e impactou negativamente a saúde da
população devido ao mau planejamento de áreas habitacionais, favorecendo a emergência de
vetores geradores de arboviroses (VASCONCELOS, 2015; ARAÚJO et al. 2009).
Nunes et al. (2015), Zanluca et al. (2015) e Cardoso et al. (2015) afirmam que o
reconhecimento dos casos autóctones de infecção pelo ZIKV ocorreu em maio de 2015, em
amostras de soro de pacientes da cidade de Natal/RN e de Camaçari/BA, o que difere do
CHIKV, notificado em setembro de 2014 (CAMPOS; BANDEIRA; SARDI, 2015). Estima-se
que o percentual de pessoas infectadas pelo ZIKV e que manifestam sintomatologia é de
apenas 20%, diferentemente da chikungunya, que chega a 80% (DUFF et al., 2009; MORO et
al., 2010).
Estudos mostram que o zika vírus é preocupante, pois a infecção em mulheres
grávidas pode resultar em algumas anormalidades fetais, principalmente a microcefalia. A
transmissão vertical do ZIKV de mulheres grávidas para o feto é responsável pela epidemia
de microcefalia. Entretanto, em adultos não gestantes cerca de 1% das infecções podem
resultar na Síndrome de Guillain-Barré (SGB), caracteriza-se como um distúrbio inflamatório
que causa paralisia flácida aguda (PAIXÃO, TEIXEIRA, RODRIGUES, 2017; BRASIL et al,
2016; PAIXÃO et al; KRAUER et al, 2017; DOS SANTOS et al, 2016).
19
Dados da Organização Mundial da Saúde confirmaram que a infecção por Zika é
considerada uma emergência em saúde pública de preocupação mundial, devido as alterações
neurológicas causadas (SGB) e, logo após, o surto de microcefalia no Brasil durante o ano de
2015 (WHO, 2016).
No Estado do RN, em 2018 até a SE 44 foram confirmados 44 casos de zika,
representando uma incidência de 28,11 casos por 100.000 habitantes. Neste mesmo período
no ano de 2017 foram confirmados 17, (15,02 casos por 100.000 habitantes), confirmando
que houve aumento na incidência dos casos (BRASIL, 2018).
De acordo com a transmissão do zika vírus, alguns estudos destacam que uma
variedade de fatores ecológicos e econômicos podem contribuir para epidemias de arbovírus,
o que inclui, dentre eles, infraestrutura de saneamento e reservatórios de água parada que se
tornam criadouros de mosquitos (FULLER et al., 2017).
As principais manifestações clínicas das arboviroses estão associadas à doença febril,
ocorrência de alterações no quadro clínico com erupções cutâneas, artralgia, síndrome
hemorrágica e síndrome neurológica (VASCONCELOS, 2015).
Hauser e Amato (2015) discutem em seu estudo que nos casos de síndrome
neurológica, podem ocorrer alterações comportamentais, convulsões, paresia, paralisia e
dificuldade de coordenação. Uma das principais alterações é a SGB, uma
poliradiculoneuropatia autoimune aguda, esta manifesta-se como paralisia arreflexa com ou
sem alterações sensitivas. O nervo craniano mais afetado é o VII, mas ocasionalmente o II,
IV, VI, X, XI e XII são acometidos, devido este acometimento podem ocorrer alterações na
deglutição e manutenção de ventilação adequada.
20
5 METODOLOGIA
5.1 TIPO DE ESTUDO
Trata-se de um estudo ecológico de tendência temporal, documental e retrospectivo
que permitiu organizar dados que não sofreram tratamento analítico e se encontram dispersos,
a fim de proporcionar uma nova importância como fonte de informação (PRODANOV,
2013).
O estudo foi constituído a partir da análise de séries temporais sobre a distribuição
geográfica e o perfil epidemiológico da dengue Estado do RN de 2007 a 2016. Esse recorte
temporal foi estabelecido, pois apenas a partir de 2014 e 2015 que se iniciaram as notificações
de casos de chikungunya e zika no Estado, estabelecendo a concomitante circulação dos três
vírus e, por este fato, não existem informações referentes a dez anos para permitir a realização
da série temporal de casos destes agravos.
Realizou-se a avaliação da tendência temporal dos casos de dengue durante o período
de 2007 a 2016, este recorte temporal de 10 anos foi determinado para avaliar o impacto da
introdução das outras arboviroses.
A área geográfica do estudo foi o Estado do RN, que se caracteriza como a 16ª
unidade da federação brasileira mais populosa e a décima mais povoada com uma população
de 3.474.998 habitantes, distribuídos em 167 municípios que ocupam uma área de 52.811,110
km², resultando em uma densidade de 59,99 hab./km². Essas evidências são de acordo com os
dados do último Censo Demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
do ano de 2016. As principais cidades do Rio Grande do Norte são: Natal, Mossoró,
Parnamirim, São Gonçalo do Amarante, Ceará-Mirim, Macaíba, Caicó, Assu, Currais Novos,
São José do Mipibú, João Câmara e Nova Cruz.
5.2 POPULAÇÃO E AMOSTRA
A população foi composta pelos casos confirmados de Dengue, Chikungunya e Zika
notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) durante o período
de 2015 a 2017, obtidos por meio das fichas de notificação e investigação dos casos
disponíveis na Secretaria de Estado da Saúde Pública do Rio Grande do Norte (SESAP-RN) e
pelos casos notificados de dengue no período de 2007 a 2016 disponíveis na página eletrônica
do Departamento de Informática do SUS (DATASUS).
Segundo os boletins epidemiológicos divulgados na página eletrônica da SESAP-RN,
em 2016 foram notificados 27.525 casos suspeitos de dengue e destes foram confirmados
21
1.692 casos. Relativo ao Chikungunya, em 2016, até a 12ª semana epidemiológica (SE) foram
notificadas 2.171 suspeitas, sendo confirmados 195. Relativo à Zika, no mesmo ano foram
notificados 1.232 casos suspeitos, dos quais 73 foram confirmados. Neste estudo, durante o
período analisado da série temporal de casos, foram notificados durante os dez anos 221.238
casos de dengue no estado do RN. No que se refere ao período de 2015-2017, foram
confirmados 30.776 casos de dengue, 9.151 de chikungunya e 260 casos de zika.
A série histórica dos casos de dengue foi realizada a partir dos casos notificados nos -
anos de 2007 a 2016. Escolheu-se trabalhar com o número de casos notificados, pois no
DATASUS ainda não estão disponíveis os casos confirmados de dengue. Os dados foram
analisados com base nas regiões de saúde do estado do Rio Grande do Norte. O estado do RN
é composto por oito regiões de saúde, com as respectivas nomenclaturas: Região de Saúde I
(São José de Mipibu) com 25 municípios; Região de Saúde II (Mossoró) com 14 municípios;
Região de Saúde III (João Câmara) com 26 municípios, Região de Saúde IV (Caicó) 25
municípios; Região de Saúde V (Santa Cruz) 21 municípios; Região de Saúde VI (Pau dos
Ferros) 37 municípios; Região de Saúde VII (Metropolitana) 5 municípios; Região de Saúde
VIII (Assu) 12 municípios.
5.3 COLETA DE DADOS E VARIÁVEIS DO ESTUDO
A primeira parte foi composta por dados de variáveis sociodemográficas: idade, sexo,
estado civil, raça/cor, município de residência, escolaridade e ocupação. Em seguida, na
segunda parte, as variáveis clínicas: sinais clínicos (febre, cefaleia, vômito, dor nas costas,
artrite, petéquias, prova do laço positiva, mialgia, exantema, náuseas, conjuntivite, artralgia
intensa, leucopenia, dor retroorbital, outros); exame sorológico IgM para dengue; exame NS1;
exame sorológico IgM chikungunya; exame PRNT; exame sorológico IgM zika; isolamento
viral; sorotipo (chikungunya/dengue); RT-PCR; histopatologia; imunohistoquímica; doenças
pré-existentes e hospitalização. A terceira parte contendo o desfecho clínico: local provável de
infecção, doença relacionada ao trabalho e evolução do caso. A quarta parte será preenchida
apenas se houver evolução da doença para o dengue grave.
22
Quadro 1- Descrição das variáveis sociodemográficas, clínicas, sorologias, desfecho clínico e
evolução do dengue grave. Natal, 2018.
VARIÁVEIS CATEGORIAS CLASSIFICAÇÃO
DAS VARIÁVEIS
CARACTERIZAÇÃO SOCIODEMOGRÁFICA
Idade Em anos completos Quantitativa discreta
Sexo Masculino (1); Feminino (2) Qualitativa nominal
Município de residência
Não mencionado (0); Capital do
estado (1); interior do estado (2);
proveniente de outro estado (3)
Qualitativa nominal
VARIÁVEIS CLÍNICAS
Sinais Clínicos Febre (1); Cefaleia (2);
Vômito (3); Dor nas costas (4);
Artrite (5); Petéquias (6); Mialgia (7);
Exantema (8); Náuseas (9); Artralgia
intensa (10); Leucopenia (11); Dor
retroorbital (12).
Qualitativa nominal
Se sorologia positiva
para zika: Gestante
1º trimestre (1), 2º trimestre (2), 3º
trimestre (3), Idade gestacional
ignorada (4), Não (5), Não se aplica
(6), Ignorado (7)
Qualitativa nominal
Hospitalização Sim (1); Não (2) Qualitativa nominal
DESFECHO CLÍNICO
Evolução do caso Cura (1); Óbito por dengue (2); Óbito
por outras causas (3) Qualitativa nominal
Fonte: Elaboração da autora (2018).
Durante o procedimento de coleta de dados, pretendeu-se realizar a coleta das
informações através de um instrumento do tipo formulário composto por perguntas fechadas e
variáveis categóricas e numéricas, dividido em partes com dados socioeconômicos, clínicos e
laboratoriais e desfecho clínico, instrumento este elaborado com base nas fichas de
23
notificação e investigação epidemiológica. Porém, a partir do contato prévio que houve com
os responsáveis pelo setor das arboviroses da SESAP, foi visto que se tornou inviável a coleta
de dados ser realizada a partir das fichas de notificação disponíveis no site do SINAN online.
Isto ocorreu devido o sistema SINAN online permitir o acesso apenas a 200 fichas por
vez e o login se encerrava após 10min, tendo que haver a reconexão do acesso. Percebeu-se
que se tornaria inviável, visto que não havia a garantia de não estar preenchendo o
instrumento com as fichas repetidas. Neste caso, ao invés do preenchimento do instrumento
de coleta de dados, foi disponibilizado bancos de dados disponíveis no SINAN online e
tabulados pelo Tabwin e salvos em planilhas do Microsoft Excel 2013.
5.4 ANÁLISE E ORGANIZAÇÃO DOS DADOS
A série histórica dos casos foi realizada a partir do período de 10 anos (2007 a 2016).
Os dados dos anos 2007 a 2012 foram extraídos através do site DATASUS Online, o qual
contempla informações disponíveis para o público. No entanto, os anos de 2013 a 2016 foram
disponibilizados pela SESAP durante a coleta de dados. Os dados dos anos 2015-2017 foram
analisados através de frequências absolutas e relativas e taxa trienal.
No processo de modelagem da tendência temporal da incidência pela dengue no
período de 2007 a 2016, utilizou-se modelos de regressão polinomial. Inicialmente
construíram-se diagramas de dispersão em relação ao tempo para visualizar qual a função que
mais se ajusta à trajetória do processo: linear, parábola, exponencial, entre outros
(LATORRE; CARDOSO, 2001; MORETTIN; TOLOI, 2006).
As taxas padronizadas de incidência foram consideradas como variável dependente (y)
e os anos do período de estudo como variável independente (x), utilizando modelos de
regressão. Para evitar a correlação serial entre os termos da equação de regressão, recomenda-
se fazer a transformação do variável período no variável período- centralizada (período menos
o ponto médio da série histórica), estimando-se, então, o modelo de regressão correspondente.
Os modelos polinomiais a serem testados são: regressão linear simples e, posteriormente,
segundo grau ou parabólico, terceiro grau, e o exponencial (LATORRE; CARDOSO, 2001;
MORETTIN; TOLOI, 2006).
Como critérios para a escolha do modelo que melhor se ajusta aos dados, foram
considerados o nível de significância e a análise dos resíduos. Quando mais de um modelo
satisfazia os critérios de seleção, optou-se pelo mais simples. Os dados foram digitados e
organizados em um banco utilizando-se o Programa Microsoft Excel 2013. Todas as análises
foram realizadas no programa estatístico R versão 3.1.0.
24
5.5 ASPECTOS ÉTICOS E LEGAIS
O estudo seguiu todos os preceitos da Resolução nº 466/2012 do Conselho Nacional
de Saúde, que trata de pesquisas com seres humanos. Para a realização das etapas propostas,
foi solicitada a anuência da instituição quanto à realização da pesquisa e obteve-se o parecer
favorável do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Norte
(CEP-UFRN) sob número 2.445.935 e Certificado de Apresentação para Apreciação Ética
(CAAE): 80007217.0.0000.5537 (ANEXO A).
A SESAP foi abordada previamente sobre o interesse no desenvolvimento do estudo.
Foi autorizada a realização do projeto por meio da assinatura da Carta de anuência da
instituição e o Termo de Concessão para realização da coleta de dados (ANEXO B).
Por tratar-se de um estudo retrospectivo com dados provenientes das fichas de
notificação e investigação epidemiológica, solicitou-se ao CEP da UFRN a dispensa do
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) (APÊNDICE B).
5.6 FINANCIAMENTO
O financiamento para a execução da pesquisa foi através da bolsa de estudos fornecida
pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).
25 6 RESULTADOS
No intuito de facilitar a compreensão, a apresentação dos resultados foi organizada em
dois tópicos, a saber: Série histórica dos casos de dengue por região de saúde e Caracterização
sociodemográfica e clínica dos casos confirmados de dengue, chikungunya e zika entre 2015
e 2017.
6.1 SÉRIE HISTÓRICA DOS CASOS DE DENGUE POR REGIÃO DE SAÚDE
6.1.1 Região de Saúde I (São José de Mipibu)
A partir da análise da série histórica dos casos notificados de dengue na região de
saúde I pode-se identificar que o maior número de notificações ocorreu nos anos de 2015 e
2016, e dentre estas, houve maior taxa de incidência do sexo feminino, com as taxas
correspondentes a 67,94 e 68,79, respectivamente (Tabela 1). A região de saúde I obteve o
total de 12.021 casos notificados durante os dez anos analisados na série temporal de dengue.
Tabela 1- Taxa de incidência da série temporal dos casos notificados de dengue por faixa
etária e sexo por 10.000 habitantes na Região de Saúde I (São José de Mipibu).
Variáveis 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Sexo
Masculino 26,56 25,78 2,13 4,08 37,90 29,01 45,29 16,15 43,55 51,90
Feminino 41,32 29,90 2,45 5,93 53,32 48,90 64,09 21,18 67,94 68,79
Faixa etária
<1 ano 20,51 30,78 1,28 12,15 62,45 51,90 31,26 19,83 41,27 28,82
01 a 04 18,74 21,08 3,30 4,25 43,62 19,74 55,02 26,22 75,99 69,43
05-09 30,94 39,33 2,20 4,27 30,86 19,80 50,91 10,81 38,24 44,95
10-14 31,47 25,24 2,03 4,26 49,93 31,98 48,56 16,27 43,72 57,57
26
y = 0,6643x2 - 4,051x + 24,944R² = 0,4262
y = 0,8098x2 - 4,1974x + 32,297R² = 0,3977
0
10
20
30
40
50
60
70
80
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Taxa
de
inci
dên
cia
po
r 10
.000
h
abit
ante
s
Sexo maculino Sexo feminino Polinômio (Sexo maculino) Polinômio (Sexo feminino)
15-19 33,56 22,68 2,01 5,18 48,13 40,78 68,83 17,80 55,11 65,97
20-39 37,85 73,21 2,86 5,95 48,38 55,15 54,26 197,02 49,32 52,28
40-59 18,46 13,05 1,01 2,16 24,84 17,64 22,99 8,63 24,61 25,69
60-69 377,03 294,74 26,05 49,97 459,42 445,82 523,16 193,25 510,55 538,00
70-79 31,51 14,84 0,90 2,45 24,32 21,73 28,48 6,07 14,55 58,21
80+ 18,01 14,29 0,00 0,00 29,80 14,79 23,92 15,33 23,37 53,43
Fonte: SINAN/DATASUS, SESAP-RN (2007-2016).
Na figura um observa-se que houve tendência ascendente da incidência de casos
notificados, tendência esta que foi estatisticamente significativa. A qual constatou-se que o
sexo feminino apresentou maior incidência comparado ao sexo masculino, com as maiores
taxas nos anos de 2015 e 2016.
Figura 1 – Taxa de incidência dos casos notificados de dengue por sexo por 10.000
habitantes da Região de Saúde I (São José de Mipibu), anos 2007 a 2016.
Fonte: SINAN/DATASUS, SESAP-RN (2007-2016).
27
A figura dois representa o gráfico de tendência ascendente nos dez anos de análises
por 10.000 habitantes. Observou-se que houve aumento da taxa no ano 2009, porém as
maiores incidências correspondem ao período de 2015 e 2016.
Figura 2 - Taxa de incidência por tendência ascendente da faixa etária por 10.000 habitantes
da Região de Saúde I (São José de Mipibu), anos 2007 a 2016.
Fonte: SINAN/DATASUS, SESAP-RN (2007-2016).
6.1.2 Região de Saúde II (Mossoró)
Sobre a faixa etária, as que obtiveram maior incidência foi de 01 a 04 e 60 a 69 anos,
apresentando incidência de 102,38 e 338,30 em 2016, conforme demonstram a tabela dois.
Tabela 2- Taxa de incidência da série temporal dos casos notificados de dengue por 10.000
habitantes na Região de Saúde II (Mossoró).
Variáveis 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Sexo
Masculino 7,38 42,25 5,57 6,56 47,23 39,62 17,34 16,46 48,98 102,48
Feminino 7,79 46,58 3,79 6,61 43,65 46,55 19,17 15,88 66,82 117,90
Faixa etária
28
y = 1,517x2 - 10,734x + 34,026R² = 0,5147
y = 1,9815x2 - 14,319x + 39,946R² = 0,5915
0
20
40
60
80
100
120
140
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Taxa
de
inci
dên
cia
po
r 10
.00
0
hab
itan
tes
Sexo masculino Sexo feminino
Polinômio (Sexo masculino) Polinômio (Sexo feminino)
<1 ano 17,62 61,66 13,04 12,36 65,46 36,78 7,95 10,61 21,86 25,06
01 a 04 10,16 64,65 4,65 5,33 71,34 27,79 27,57 39,28 70,92 102,38
05-09 14,61 86,0 5,79 17,13 89,88 34,95 13,86 13,26 32,22 77,43
10-14 6,70 46,83 3,87 8,36 48,08 45,79 17,23 10,89 41,38 96,15
15-19 4,75 33,38 5,11 6,53 48,47 45,02 23,11 15,90 60,82 125,84
20-39 8,06 42,20 4,50 6,27 40,02 47,65 15,11 15,44 55,98 97,67
40-59 5,77 34,26 3,91 3,70 37,45 47,24 18,64 13,35 61,64 95,62
60-69 3,04 28,9 4,13 5,99 26,70 33,15 41,13 38,11 161,35 338,30
70-79 4,49 29,7 6,61 0,75 23,19 32,59 13,96 9,21 21,89 129,98
80+ 1,75 23,04 3,20 3,91 10,33 26,87 19,26 14,46 26,78 171,97
Fonte: SINAN/DATASUS, SESAP-RN (2007-2016).
Referente a região de saúde II, o sexo que obteve maior incidência foi o feminino,
durante os anos de 2015 e 2016, estes apresentaram taxas referentes a 66,82 e 117,9,
respectivamente (Tabela 2). Esta região notificou 16.146 casos de dengue durante a série
temporal.
Figura 3 - Taxa de incidência dos casos notificados de dengue por sexo por 10.000
habitantes da Região de Saúde II (Mossoró), anos 2007 a 2016.
29
y = 1,7512x2 - 12,538x + 37R² = 0,5591
Tendência ascendente
0
20
40
60
80
100
120
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Taxa
de
inci
dên
cia
po
r 10
.000
h
abit
ante
s
Fonte: SINAN/DATASUS, SESAP-RN (2007-2016).
A figura quatro é referente ao gráfico de tendência ascendente nos 10 anos de análises
por 10.000 habitantes. Observou-se que houve maior taxa de incidência no período de 2015 e
2016.
Figura 4 - Taxa de incidência por tendência ascendente por 10.000 habitantes da Região de
Saúde II (Mossoró), anos 2007 a 2016.
Fonte: SINAN/DATASUS, SESAP-RN (2007-2016).
6.1.3 Região de Saúde III (João Câmara)
Tabela 3 - Taxa de incidência da série temporal dos casos notificados de dengue por 10.000
habitantes na Região de Saúde III (João Câmara).
Variáveis 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Sexo
Masculino 26,83 78,68 3,48 4,83 51,73 52,93 29,10 17,06 63,99 279,12
Feminino 31,99 98,45 8,22 4,98 64,61 86,17 35,06 25,42 120,82 383,55
Faixa etária
<1 ano 46,92 149,54 11,23 7,72 119,94 76,37 25,91 36,85 76,90 190,85
30
y = 10,554x - 2,4358R² = 0,209
y = 3,0504x2 - 20,532x + 68,963R² = 0,3246
0
50
100
150
200
250
300
350
400
450
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 Total
Taxa
de
inci
dên
cia
po
r 1
0.00
0 h
abit
ante
s
Sexo masculino Sexo feminino Linear (Sexo masculino) Polinômio (Sexo feminino)
01 a 04 39,83 94,29 5,73 5,36 53,67 35,80 29,90 38,89 178,27 305,50
05-09 28,26 127,14 1,77 4,56 63,76 48,83 14,83 20,32 68,42 227,37
10-14 27,18 90,77 5,69 3,73 50,99 59,40 12,74 44,41 68,70 206,68
15-19 23,21 75,90 1,88 6,02 70,2 79,55 16,10 19,82 87,49 299,54
20-39 28,05 85,36 3,74 5,09 62,04 89,73 15,71 18,48 83,45 265,94
40-59 33,13 84,89 3,24 5,59 55,69 74,00 19,13 23,98 107,3 342,54
60-69 30,30 59,07 1,80 2,18 36,95 50,18 30,61 38,19 189,92 1033,77
70-79 19,74 59,12 1,05 3,89 32,88 25,94 12,28 8,23 26,45 402,15
80+ 9,96 2704 0,00 3,30 27,90 24,45 9,39 13,04 23,67 471,68
Fonte: SINAN/DATASUS, SESAP-RN (2007-2016).
Sobre a figura cinco, o gráfico representa que o maior número de casos foi do sexo
feminino e a maior taxa de incidência permaneceu nos anos de 2015 e 2016.
Figura 5 – Taxa de incidência dos casos notificados de dengue por sexo por 10.000
habitantes da Região de Saúde III (João Câmara), anos 2007 a 2016.
Fonte: SINAN/DATASUS, SESAP-RN (2007-2016).
31
y = 7,0551x2 - 60,553x + 132,44R² = 0,6327
Tendência ascendente
0
50
100
150
200
250
300
350
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Taxa
de
inci
dên
cia
po
r 10
.000
hab
itan
tes
De acordo com o sexo, o mais incidente na região de saúde III foi o feminino em
todos os anos analisados, com a maior taxa de 383,55 no ano de 2016. Nesta região foram
notificados o total de 24.099 casos. A faixa etária com maior incidência foi de 60-69 anos.
A figura seis mostra o ano em que mais houveram casos notificados, portanto pode-se
perceber que o maior número de casos permaneceu no período de 2015 e 2016 (1033,77).
Figura 6 - Taxa de incidência por tendência ascendente da faixa etária por 10.000 habitantes
da Região de Saúde III (João Câmara), anos 2007 a 2016.
Fonte: SINAN/DATASUS, SESAP-RN (2007-2016).
6.1.4 Região de Saúde IV (Caicó)
De acordo com a região de saúde IV (Caicó), o sexo que apresentou maior incidência
foi o feminino, durante os anos 2013 e 2016, com taxas de 233,79 e 509,90, respectivamente
(Tabela 4). Esta região notificou 33.677 casos nos dez anos analisados.
32 Tabela 4 - Taxa de incidência da série temporal dos casos notificados de dengue por faixa
etária e sexo por 10.000 habitantes na Região de Saúde IV (Caicó).
Variáveis 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Sexo
Masculino 16,76 52,51 3,78 12,31 22,70 62,68 156,53 104,00 105,56 369,51
Feminino 24,46 65,18 4,93 17,75 36,29 102,76 233,79 147,19 204,29 509,90
Faixa etária
<1 ano 36,25 103,09 14,66 37,5 47,68 80,83 73,89 68,67 98,79 148,66
01 a 04 17,74 73,18 6,13 15,32 39,54 46,17 193,50 168,95 226,22 410,89
05-09 19,07 79,38 2,74 23,03 49,07 65,03 126,46 102,63 120,01 288,20
10-14 17,57 68,86 1,22 14,39 39,94 78,42 169,21 111,36 103,06 287,66
15-19 27,87 49,82 5,42 16,72 34,49 101,55 182,91 161,04 178,40 457,71
20-39 19,58 54,20 5,38 15,46 27,12 91,93 144,00 112,04 134,38 331,18
40-59 26,07 59,78 4,08 12,51 23,67 97,27 148,83 122,39 170,18 407,02
60-69 23,70 54,61 1,63 13,87 22,53 74,55 310,13 423,06 435,47 1570,2
70-79 10,42 30,09 3,66 10,85 9,15 45,63 174,81 76,34 101,69 299,11
80+ 20,07 19,92 1,51 1,26 10,07 16,32 55,57 40,75 60,34 667,94
Fonte: SINAN/DATASUS, SESAP-RN (2007-2016).
33
y = 6,3559x2 - 42,522x + 79,808R² = 0,7671
y = 8,6446x2 - 54,068x + 99,219R² = 0,8339
0
100
200
300
400
500
600
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Taxa
de
inci
dên
cia
po
r 10
.000
h
abit
ante
s
Sexo masculino Sexo feminino
Polinômio (Sexo masculino) Polinômio (Sexo feminino)
y = 7,9337x2 - 53,17x + 97,649R² = 0,849
Tendência Ascendente
0
50
100
150
200
250
300
350
400
450
500
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Taxa
de
inci
dên
cia
po
r 10
.00
0 h
abit
ante
sFigura 7 - Taxa de incidência dos casos notificados de dengue por sexo por 10.000
habitantes da Região de Saúde IV (Caicó), anos 2007 a 2016.
Fonte: SINAN/DATASUS, SESAP-RN (2007-2016).
A figura oito mostra o período que houve maiores taxas de incidência durante os anos
analisados, dentre estes está o período de 2015 a 2016, chegando a atingir o total de 450.000
por 10.000 habitantes.
Figura 8 - Taxa de incidência por tendência ascendente da faixa etária por 10.000 habitantes
da Região de Saúde IV, anos 2007 a 2016.
Fonte: SINAN/DATASUS, SESAP-RN (2007-2016).
34 6.1.5 Região de Saúde V (Santa Cruz)
Na região de saúde V, o sexo com maior incidência foi novamente o feminino, com
taxas de 158,89 e 207,31 durante os anos de 2015 e 2016. Nesta região foram notificados
15.849 casos nos dez anos analisados.
Tabela 5 - Taxa de incidência da série temporal dos casos notificados de dengue por faixa
etária e sexo por 10.000 habitantes na Região de Saúde V (Santa Cruz).
Variáveis 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Sexo
Masculino 57,66 106,00 11,89 14,52 77,55 37,78 132,82 24,41 93,96 151,82
Feminino 69,11 146,97 11,62 16,92 93,77 54,22 191,76 25,56 158,89 207,31
Faixa etária
<1 ano 91,31 168,26 7,80 45,35 177,41 98,40 96,89 38,83 66,40 112,89
01 a 04 36,99 107,78 5,27 26,63 91,62 38,25 230,24 58,25 143,44 147,42
05-09 49,16 151,42 12,98 18,17 89,64 26,28 117,74 21,48 10,44 95,74
10-14 82,36 143,57 8,54 19,11 94,92 36,71 128,05 14,65 69,25 206,16
15-19 74,10 120,98 18,93 18,17 104,68 55,83 187,20 32,17 84,19 223,61
20-39 70,21 134,94 16,09 16,42 94,58 54,46 151,90 24,65 82,95 146,41
40-59 60,48 115,65 8,97 9,68 75,25 50,30 150,60 17,75 100,46 177,48
60-69 61,85 107,75 3,68 6,01 47,76 33,91 259,73 42,48 201,42 515,02
70-79 42,69 88,02 5,71 8,05 36,67 33,12 71,35 13,75 49,24 177,75
80+ 31,61 61,72 10,18 8,52 19,04 12,60 84,50 14,34 34,99 223,98
Fonte: SINAN/DATASUS, SESAP-RN (2007-2016).
35
y = 2,7165x2 - 22,966x + 92,575R² = 0,3519
y = 11,406x + 34,885R² = 0,2195
0
50
100
150
200
250
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Taxa
de
inci
dêc
nia
po
r 10
.000
hab
itan
tes
Título do Eixo
Sexo masculino Sexo feminino Polinômio (Sexo masculino) Linear (Sexo feminino)
A figura nove mostra que o sexo feminino incidiu sobre o masculino, porém não
houveram muitas diferenças entre as taxas. Observou-se também que os anos com maiores
incidências foram 2008, 2013, 2015, 2016.
Figura 9 - Taxa de incidência dos casos notificados de dengue por sexo por 10.000
habitantes da Região de Saúde V (Santa Cruz), anos 2007 a 2016.
Fonte: SINAN/DATASUS, SESAP-RN (2007-2016).
Sobre a figura 10, esta representa a tendência ascendente da taxa de incidência por
10.000 habitantes. O gráfico representa a curva ascendente durante o período de dez anos
analisados e o aumento da incidência se deu nos anos 2013, 2015 e 2016.
36 Figura 10 - Taxa de incidência por tendência ascendente da faixa etária por 10.000 habitantes
da Região de Saúde V, anos 2007 a 2016.
Fonte: SINAN/DATASUS, SESAP-RN (2007-2016).
6.1.6 Região de Saúde VI (Pau dos Ferros)
No que concerne ao sexo, a região de saúde VI apresentou maior taxa de incidência no
sexo feminino e maior número de notificações nos anos 2013 (175,75) e 2016 (347,20). O
sexo masculino obteve maior taxa no ano 2016 (244,17). Sobre a faixa etária, 60-69 anos
obteve o maior coeficiente (972,42).
Tabela 6 - Taxa de incidência da série temporal dos casos notificados de dengue por faixa
etária e sexo por 10.000 habitantes na Região de Saúde VI (Pau dos Ferros).
Variáveis 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Sexo
Masculino 19,80 113,54 3,18 33,13 44,02 66,15 83,64 68,56 34,30 244,17
Feminino 25,34 134,28 1,76 41,30 55,17 95,52 175,75 81,32 49,27 347,20
Faixa etária
<1 ano 40,46 163,35 2,40 41,54 96,89 45,44 26,52 18,75 25,62 91,81
01 a 04 11,07 122,09 0,00 22,02 38,70 46,84 41,82 44,81 68,32 207,11
y = 3,2211x2 - 27,847x + 108,85R² = 0,3214
Tendência ascendente
0
20
40
60
80
100
120
140
160
180
200
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Taxa
de
inci
dên
cia
po
r 10
.000
h
abit
ante
s
37
y = 11,91x + 5,5468R² = 0,274
y = 4,7931x2 - 33,674x + 101,37R² = 0,4591
0
50
100
150
200
250
300
350
400
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Taxa
de
inci
dên
cia
po
r 1
0.0
00
hab
itan
tres
Título do Eixo
Sexo masculino Sexo feminino
Linear (Sexo masculino) Polinômio (Sexo feminino)
05-09 20,16 119,77 3,18 35,61 47,93 31,36 37,90 44,86 38,34 136,04
10-14 22,69 125,65 1,42 33,41 42,70 60,04 58,11 62,61 33,95 195,91
15-19 22,68 131,40 2,70 35,63 48,77 81,75 132,05 95,09 41,22 303,28
20-39 29,20 140,50 3,41 43,64 58,71 101,90 135,91 68,04 35,62 237,07
40-59 21,56 118,46 2,71 39,25 50,80 106,33 138,21 72,61 42,68 293,70
60-69 14,16 94,32 1,27 38,34 38,20 69,34 253,87 171,47 94,92 972,42
70-79 13,72 72,70 0,00 18,45 33,88 44,39 174,68 127,11 24,15 364,10
80+ 4,15 64,42 1,90 6,66 14,94 33,07 35,98 37,20 21,78 486,47
Fonte: SINAN/DATASUS, SESAP-RN (2007-2016).
O gráfico da figura 11 representa a taxa de incidência do sexo masculino e feminino
por 10.000 habitantes na região de saúde VI. Este demonstra que não houve grandes
diferenças entre as taxas entre os sexos, porém o sexo feminino permaneceu com maior taxa
de incidência. Esta região de saúde notificou o total de 21.137 casos durante os dez anos
analisados.
Figura 11 - Taxa de incidência dos casos notificados de dengue por sexo por 10.000
habitantes da Região de Saúde VI (Pau dos Ferros), anos 2007 a 2016.
Fonte: SINAN/DATASUS, SESAP-RN (2007-2016).
38
y = 4,5101x2 - 34,112x + 99,222R² = 0,4714
Tendência ascendente
0
50
100
150
200
250
300
350
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Taxa
de
inci
dên
cia
po
r 10
.000
h
abit
ante
s
A figura 12 apresenta o gráfico de tendência ascendente entre o período de 2007 a
2016 e ilustra os anos com maiores taxas de incidência (2015 e 2016) e um aumento
considerável em 2008, quando comparado aos demais anos.
Figura 12- Taxa de incidência por tendência ascendente da faixa etária por 10.000 habitantes
da Região de Saúde VI (Pau dos Ferros), anos 2007 a 2016.
Fonte: SINAN/DATASUS, SESAP-RN (2007-2016).
6.1.7 Região de Saúde VII (Metropolitana)
A tabela sete apresenta os anos que mais obtiveram notificações de casos, segundo
sexo e faixa etária. O sexo com maior incidência no ano de 2016 foi o feminino (144,97),
contudo, durante os dez anos o sexo masculino apresentou a incidência mais elevada em 2016
(112,19). A faixa etária de maior taxa foi 60-69 anos (383,86).
39
Tabela 7 - Taxa de incidência da série temporal dos casos notificados de dengue por faixa
etária e sexo por 10.000 habitantes na Região de Saúde VII (Metropolitana).
Variáveis 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Sexo
Masculino 67,25 127,09 16,09 38,12 89,39 110,71 50,61 37,84 69,12 112,19
Feminino 73,99 139,28 15,74 40,34 98,06 131,26 58,84 41,09 94,02 144,97
Faixa etária
<1 ano 77,02 2,61 38,98 66,15 155,95 146,18 36,85 28,49 51,95 85,33
01 a 04 51,00 58,22 13,37 21,87 85,51 74,88 61,08 49,08 100,35 136,44
05-09 62,02 123,56 7,98 40,63 125,68 97,00 34,35 26,19 52,78 91,98
10-14 62,93 201,85 12,02 40,39 113,49 132,08 38,26 29,87 47,53 97,68
15-19 63,89 129,76 15,01 45,91 92,63 115,01 224,79 39,59 75,25 115,90
20-39 83,18 27,83 21,14 44,58 91,65 138,09 54,31 39,00 78,91 112,4
40-59 75,62 226,18 14,94 36,47 87,81 126,80 52,53 34,75 5,10 116,30
60-69 53,17 588,55 6,87 28,76 78,05 99,96 124,94 108,1 212,42 383,86
70-79 39,66 69,64 6,22 20,77 66,40 70,11 82,03 29,11 50,78 160,36
80+ 30,35 69,25 6,72 14,16 49,53 57,48 37,97 27,40 32,97 208,81
Fonte: SINAN/DATASUS, SESAP-RN (2007-2016).
A figura 13 corresponde a região de saúde VII e representa que não houve
discrepância entre os valores das taxas dos sexos masculino e feminino, os anos que
apresentaram maior crescimento foram 2008, 2012, 2015 e 2016. Nesta região foram
notificados o total de 93.424 casos.
40
y = 1,3205x2 - 13,518x + 95,353R² = 0,0811
y = 3,2572x + 65,849R² = 0,0475
0
20
40
60
80
100
120
140
160
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Taxa
de
inci
dên
cia
de
10.0
00 h
abit
ante
s
Título do Eixo
Sexo masculino Sexo feminino
Polinômio (Sexo masculino) Linear (Sexo feminino)
y = 1,3901x2 - 13,317x + 99,04R² = 0,0869
tendência ascendente
0
20
40
60
80
100
120
140
160
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Taxa
de
inci
dên
cia
po
r 1
0.0
00
hab
itan
tes
Figura 13- Taxa de incidência dos casos notificados de dengue por sexo masculino e
feminino por 10.000 habitantes da Região de Saúde VII (Metropolitana), anos 2007 a 2016.
Fonte: SINAN/DATASUS, SESAP-RN (2007-2016).
Quanto a taxa de incidência dos casos na região metropolitana, percebe-se que houve
um aumento considerável no ano de 2008 com aproximadamente 135,00 por 10.000
habitantes. Este valor apresentou-se mais elevado quando comparado ao ano de 2016, que
obteve um valor aproximado a 134,00.
Figura 14 - Taxa de incidência por tendência ascendente da faixa etária por 10.000 habitantes
da Região de Saúde VII (Metropolitana), anos 2007 a 2016.
Fonte: SINAN/DATASUS, SESAP-RN (2007-2016).
41
6.1.8 Região de Saúde VIII (Assu)
De acordo com a taxa de incidência, o sexo feminino apresentou maior taxa de
incidência comparado ao masculino, e o ano com maior valor foi de 2016 (129,46). A faixa
etária que obteve taxas mais elevadas foi 60-69 (403,37).
Tabela 8 - Taxa de incidência da série temporal dos casos notificados de dengue por faixa
etária e sexo por 10.000 habitantes na Região de Saúde VIII (Assu).
Variáveis 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Sexo
Masculino 8,82 47,20 4,85 2,35 23,52 51,46 10,79 12,13 26,49 89,33
Feminino 8,54 57,61 5,00 4,42 23,30 73,20 12,07 15,20 52,43 129,46
Faixa etária
<1 ano 11,82 120,48 7,85 4,74 50,57 118,45 9,92 5,10 8,77 38,5
01 a 04 10,73 73,11 4,84 4,42 38,58 51,41 9,92 28,9 70,1 92,96
05-09 17,92 100,48 3,01 8,06 41,56 65,88 7,92 12,14 34,51 62,56
10-14 5,70 51,87 3,18 1,49 22,18 59,43 11,22 9,51 27,34 82,71
15-19 3,56 42,39 6,11 1,53 22,04 72,42 6,96 10,49 35,96 116,88
20-39 10,51 44,10 6,98 2,44 21,19 63,69 10,01 8,40 10,06 88,53
40-59 6,13 42,47 5,28 4,04 20,04 65,97 9,80 15,82 49,10 108,09
60-69 4,28 37,63 1,29 7,48 13,62 61,49 13,74 54,56 97,57 403,37
70-79 7,42 38,13 2,34 0,00 11,05 21,96 0,00 6,29 14,12 106,94
80+ 0,00 38,28 3,80 0,00 9,55 9,49 0,00 7,26 10,66 156,36
Fonte: SINAN/DATASUS, SESAP-RN (2007-2016).
42
y = 1,8053x2 - 14,651x + 42,994R² = 0,3837Ascendente
0
20
40
60
80
100
120
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Taxa
de
inci
dê
nci
a p
or
10
.00
0
hab
itan
tes
A seguir, a figura 15 corresponde à região de saúde VIII, o qual permitiu analisar a
maior incidência do sexo feminino comparada ao masculino. Nesta região foram notificados o
total de 4.891 casos nos dez anos analisados. O gráfico ilustra que a linha do sexo masculino
permaneceu linear e o feminino representou o polinômio.
Figura 15 - Taxa de incidência dos casos notificados de dengue por sexo masculino e
feminino por 10.000 habitantes da Região de Saúde VIII (Assu), anos 2007 a 2016.
Fonte: SINAN/DATASUS, SESAP-RN (2007-2016).
De acordo com o gráfico da figura 16, este representa a curva indicando a tendência
ascendente e observa-se as maiores taxas de incidência por 10.000 habitantes foram no
período de 2008, 2012 e 2016.
Figura 16- Taxa de incidência por tendência ascendente da faixa etária por 10.000 habitantes
da Região de Saúde VIII (Assu), anos 2007 a 2016.
y = 4,0558x + 5,3906R² = 0,1992
y = 2,2439x2 - 17,557x + 48,3R² = 0,4662
0
20
40
60
80
100
120
140
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Taxa
de
inci
dên
cia
po
r 10
.000
h
abit
ante
s
Título do Eixo
Sexo masculino Sexo feminino
Linear (Sexo masculino) Polinômio (Sexo feminino)
43
Fonte: SINAN/DATASUS, SESAP-RN (2007-2016).
A Tabela 9 refere-se ao número de casos confirmados no período de 2015 a 2017,
foram confirmados o total de 30.776 casos de dengue, 9.151 casos de chikungunya e 260
casos de zika no estado do Rio Grande do Norte.
Tabela 9 - Frequência dos casos confirmados de dengue, chikungunya e zika por ano (2015 a
2017).
Ano
Dengue
FR%
Chikungunya
FR%
Zika
FR%
2015 11.375 36,96 14 0,15 35 13,46
2016 16.105 52,32 8275 90,42 208 80,00
2017 3.296 10,70 862 9,41 17 6,53
Total 30.776 100 9.151 100 260 100
Fonte: SESAP/RN (2015-2017).
Legenda: Frequência relativa.
6.2 Caracterização sociodemográfica e clínica dos casos confirmados de dengue,
chikungunya e zika entre 2015 e 2017.
Quanto à caracterização sociodemográfica e clínica dos casos de dengue, no período
de 2015 a 2017, pode-se identificar que o sexo feminino se destacou em todos os anos
analisados (57,7%) e a faixa etária mais frequente foi de 20-34 anos (28,5%). De acordo com
os sinais clínicos, os que obtiveram maiores proporções foram cefaleia (25,84%), mialgia
(21,02%) e artralgia intensa (11,17%). Com relação a variável hospitalização, o número que
se destacou foi de ignorado/branco (56,01%) e sobre a evolução, 63,20% dos casos evoluíram
para cura.
Tabela 10 - Caracterização sociodemográfica e clínica dos casos confirmados de dengue por
ano (2015 a 2017).
Variáveis Nº de casos Nº de casos Nº de casos Freq. Relativa Total
(%)
Dengue
Sexo 2015 2016 2017 -
Masculino 4.287 7.055 4.273 42,29
Feminino 7.145 9.147 5.014 57,70
Faixa etária
<1 ano 313 308 96 2,32
44
1-4 706 637 197 4,98
5-9 736 1.002 223 6,34
10-14 771 1.285 251 7,46
15-19 948 1.423 404 8,98
20-34 3262 4.438 1.125 28,57
35-49 2.782 3.373 535 21,65
50-64 1.396 2.151 293 12,43
65-79 454 1.251 125 5,92
80+ 10 344 48 1,30
Sinais clínicos 2015 2016 2017 -
Cefaleia 26 5.501 1.244 25,84
Vômito 6 1.827 400 5,52
Náuseas 2 1969 308 8,70
Mialgia 26 4.317 1.165 21,02
Artralgia intensa 3 2622 301 11,17
Dor nas costas 3 1736 228 7,50
Petéquias 0 644 50 2,64
Leucopenia 0 127 40 0,63
Exantema 3 2198 172 9,05
Dor retroorbital 15 979 283 4,87
Hospitalização
Sim
Não
Ign/Branco
Evolução
Cura
Óbito pelo agravo
Ign/Branco
0,00
0,00
0,00
0,0
0,0
0,00
534
6.339
9.304
12.539
37
3.469
73
360
0,00
2.358
12
6.900
3,65
40,33
56,01
63,20
0,17
36,62 Fonte: SESAP/RN (2015-2017). Legenda: Frequência relativa total.
Com relação a caracterização sociodemográfica dos casos confirmados de
chikugunya, 59,34% eram do sexo feminino, a faixa etária que mais se destacou foi de 20-34
anos (27,04%). Os sinais clínicos mais frequentes foram artralgia intensa (18,51%) e febre
(18,47%). Sobre a hospitalização, o número de informações ignorado/branco obteve maior
percentual novamente (54,22%).
45
Tabela 11 - Caracterização sociodemográfica e clínica dos casos confirmados de
chikungunya por ano (2015 a 2017).
Variáveis Nº de casos Nº de casos Nº de casos
Freq. Relativa Total
(%)
Chikungunya
Sexo 2015 2016 2017 -
Masculino 4 3.348 388 40,65
Feminino 10 4.946 503 59,34
Faixa etária
<1 ano 0,00 116 12 1,39
1-4 0,00 190 22 2,30
5-9 1 343 31 4,07
10-14 1 439 38 5,19
15-19 0,00 555 58 6,66
20-34 3 2.238 246 27,02
35-49 4 1.923 240 23,54
50-64 2 1.472 146 17,60
65-79 3 795 84 9,58
80+ 0,0 228 14 2,62
Sinais clínicos 2015 2016 2017 -
Febre 0,00 2.283 851 18,47
Cefaleia 0,00 2.107 592 15,90
Vômito 0,00 709 123 4,90
Náuseas 0,00 969 184 6,79
Mialgia 0,00 2.097 602 15,90
Artralgia
intensa 0,00 2.435 707 18,51
Dor nas
costas 0,00 1.192 171 8,03
Petéquias 0,00 221 33 1,49
Leucopenia 0,00 43 18 0,35
Exantema 0,00 1.045 187 7,26
Dor
retroorbital 0,00 305 92 2,33
Hospitalização
Sim 0,00 184 58 5,82
Não 0,00 1.540 121 39,95
Ign/Branco 0,00 1.542 712 54,22
46
Evolução
Cura 0,00 7.245 719 86,00
Óbito pelo
agravo 0,00 49 2 0,00
Ign/Branco 0,00 999 175 12,00 Fonte: SESAP/RN (2015-2017).
Legenda: Frequência relativa total.
Referente a caracterização sociodemográfica e clínica da zika, o maior percentual foi
no sexo feminino (72,44%), com a faixa etária 20-34 anos (35,26%), destes 81,25% dos casos
evoluíram para cura, 18,30% das informações foram preenchidas como ignorado/branco,
24,56% das mulheres estavam no 2º período de gestação, no entanto, 59,64% foram
informações ign/branco.
Tabela 12 - Caracterização sociodemográfica do número de casos confirmados de zika por
ano (2015 a 2017).
Variáveis Nº de casos Nº de casos Nº de casos Freq. Relativa Total
(%)
Sexo 2015 2016 2017 -
Masculino 0,00 60 2 27,55
Feminino 0,00 148 15 72,44
Faixa etária
<1 ano 0,00 6 1 3,12
1-4 0,00 8 2 4,46
5-9 0,00 5 0 2,23
10-14 0,00 12 1 5,80
15-19 0,00 22 1 10,26
20-34 0,00 72 7 35,26
35-49 0,00 39 2 18,30
50-64 0,00 29 2 13,83
65-79 0,00 12 1 5,80
80+ 0,00 2 0 0,89
Evolução
Cura 0,00 169 13 81,25
Óbito pelo
agravo
0,00 1 0 0,44
Ign/Branco 0,00 37 4 18,30
Gestante
47
1º trimestre 0,00 1 2 5,26
2º trimestre 0,00 13 1 24,56
3° trimestre 0,00 3 3 10,52
Ign/Branco 0,00 23 11 59,64
Fonte: SESAP/RN (2015-2017).
Legenda: Frequência relativa total.
A tabela 13 representa o número total de casos confirmados das arboviroses por
regiões de saúde e o valor da taxa trienal de 2015 a 2017. O maior quantitativo de casos
corresponde a dengue, o ano em que mais houveram casos confirmados foi 2016 e a região de
saúde com maior número de casos confirmados correspondeu a região II (Mossoró), 12.253
casos no total.
Tabela 13 - Taxa trienal dos casos confirmados de dengue, chikungunya e zika por região de
saúde nos anos 2015 a 2017.
Regiões de
Saúde
Arboviroses 2015 2016 2017
N N
N
Freq.
Relativa
Total %
São José de
Mipibu
Dengue 1098 1.068 69 39,58
Chikungunya 1 745 3 6,63
Zika 3 14 4 0,18
Mossoró
Dengue 2.249 4.109 604 49,07
Chikungunya 2 4.611 621 36,89
Zika 0,00 57 0,00 0,40
João Câmara
Dengue 1.783 3.807 233 56,17
Chikungunya 1 305 15 3,09
Zika 4 11 1 0,15
Caicó
Dengue 2.136 2.493 406 54,09
Chikungunya 2 900 10 9,74
Zika 14 3 6 0,24
Santa Cruz
Dengue 1.782 1.556 156 0,61
Chikungunya 1 223 29 42,65
Zika 4 67 1 1,21
Pau dos Ferros Dengue 281 662 173 14,73
48
Chikungunya 0,00 272 16 3,80
Zika 0,00 16 1 0,22
Metropolitana
Dengue 1.752 1.895 1.604 13,47
Chikungunya 4 873 156 26,51
Zika 6 24 4 0,08
Assu
Dengue 294 515 51 18,56
Chikungunya 3 346 12 7,79
Zika 4 16 0 0,43
Fonte: SESAP/RN (2015-2017).
49
7 DISCUSSÃO
Em referência ao número de notificações da série temporal da dengue, a região de
saúde VII (Metropolitana) apresentou o maior número, obtendo o total de 93.424 casos
notificados durante os dez anos analisados (2007 a 2016) e, pode-se observar que o ano com
mais notificações registradas foi em 2016 (17.091 casos) e a que menos notificou a região de
Assu, com 4.891 casos. Este fato pode ser explicado devido haver diferenças de competência
vetorial em cada região, portanto sugere-se que em algumas áreas os vetores conseguem se
adaptam melhor a determinadas condições ambientais, aumentar seu tempo de vida e,
consequentemente, transmitir o vírus por mais tempo, além de outros fatores: a adaptação do
vetor a região, a susceptibilidade da população, devido haver um maior número de pessoas e,
com isso, dificultar o acesso à saúde (OLIVEIRA; ARAÚJO; CAVALCANTI, 2018).
Sobre o maior número de casos terem sido notificados no ano de 2016, esta
informação corrobora com os dados dos Boletins Epidemiológicos da SESAP, pois estes
mostram que os maiores números de casos notificados e confirmados ocorreram no ano 2016
devido a epidemia causada pelas três arboviroses: dengue, zika e chikungunya. Neste ano
mesmo ano, foi registrado no estado do Rio Grande do Norte a maior taxa de incidência da
doença, com 1.150,8/100.000 habitantes, informações essas que mostram o quanto o RN vem
sofrendo com sucessivas epidemias de dengue (BRASIL, 2016). Isto justifica-se devido a uma
maior preocupação dos serviços de saúde em realizar as notificações devido à co-circulação
das demais arboviroses.
Diante desta situação, a dengue continua a ser um grave problema de Saúde Pública,
pois além dos quatro sorotipos circulantes, a presença do vetor principal somada à co-
circulação de outros arbovírus como chikungunya e zika, aumenta a dificuldade de
diagnóstico e tratamento precoce adequado, portanto as epidemias de dengue passam a ser
potencialmente mais grave, o que pode ser explicado pela epidemia de 2016 (OLIVEIRA;
ARAÚJO; CAVALCANTI, 2018).
Quanto a caracterização dos casos da série temporal, o estudo identificou as maiores
taxas de incidência no sexo feminino e se repetiu quase em todas as oito regiões de saúde, o
mesmo ocorre em outros estudos que trazem este sexo como o mais predominante entre os
casos (OLIVEIRA; ARAÚJO; CAVALCANTI, 2018). A região que obteve maiores índices
de incidência foi a região de saúde IV (Caicó) durante o ano 2016, com 369,51 no sexo
masculino e 509,90 no sexo feminino. Este predomínio do sexo feminino corrobora com os
resultados de estudos realizados em Fortaleza-CE, Salvador-BA e Teresina-PI, que se justifica
devido as mulheres buscarem com mais frequência os serviços de saúde, por estarem em
50
diversos ambientes, como em casa, no trabalho, estando assim mais expostas ao vetor e, por
isso, apresentam maior número de notificações quando comparado aos homens (BARRETO;
TEIXEIRA, 2008; SILVA JUNIOR, 2012).
Concernente ao sexo masculino, algumas regiões de saúde do estado do RN no ano
2009 apresentaram maior incidência quando comparado ao sexo feminino, respectivamente,
região Metropolitana (16,09); Santa Cruz (11,89); Mossoró (5,57) e Pau dos Ferros (3,18).
Estes resultados corroboram com o estudo de Barbosa et al. (2012), no qual encontrou-se
distribuição semelhante nos casos notificados em 2009 e o sexo masculino superou a
proporção do sexo feminino no Estado do RN.
No que se refere a caracterização da faixa etária da série temporal de casos da dengue,
pode-se observar que a faixa etária com maiores valores de incidência por 10.000 habitantes
foi de 60 a 69 anos em todas as regiões de saúde do estado, com exceção da região de saúde
III (João Câmara), que obteve a taxa de incidência mais expressiva na faixa etária de 05 a 09
anos (600,57/10.000 hab). Estas informações diferem de alguns estudos, onde o número de
casos de dengue, em sua grande maioria, ocorre entre adultos jovens entre 15 a 49 anos. No
entanto, justifica-se que não existe um comportamento único na ocorrência de dengue por
idade (RIBEIRO; SOUZA; ARAÚJO, 2008; EVANGELISTA et al., 2012; ECOSTEGUY et
al., 2013; AGUILAR; ASSUNÇÃO, 2014; FATINATI et al., 2013; SANTOS et al., 2009).
Segundo Singhi, Kissoon e Bansal (2007), ocorrem 50 a 100 milhões de casos de
dengue e, no mínimo 12.000 mortes são relatadas no mundo, sendo que 90% destes óbitos
ocorrem em crianças com menos de 15 anos. As crianças acometidas pela doença necessitam
de um acompanhamento mais cuidadoso, visto que a doença pode desencadear algumas
complicações, como desconforto respiratório, sangramento intenso, falência múltipla de
órgãos, síndrome do desconforto respiratório agudo, essas complicações ocorrem
principalmente nos casos de dengue grave.
Ainda relacionado as crianças, especialmente aquelas com menos de 15 anos, podem
apresentar doença febril não diferenciada e pode vir acompanhada de exantema
maculopapular. Dentre as principais manifestações clínicas apresentadas pelas crianças, estão:
febre, prurido, mialgia, rubor diarreia e coriza. A infecção por dengue em crianças é
considerada leve, porém de difícil diagnóstico, visto que assemelha-se com causas comuns de
outras doenças febris (SINGHI; KISSOON; BANSAL, 2007).
Sobre as faixas etárias mais elevadas, Ribeiro, Souza e Araújo (2008) afirmam que a
maior incidência nestas faixas etárias costuma ser observado em áreas endêmicas, após a
introdução de um novo sorotipo de vírus, portanto, a incidência de faixas etárias mais
51
elevadas observadas na grande maioria das regiões de saúde do estado pode ser justificada
devido este fato.
Sobre a região de saúde III que apresentou a faixa etária de maior incidência (05 a 09
anos), também difere de informações apresentadas em outros estudos, nos quais a idade com
mais incidência é de adultos/jovens. Porém, o menor número de casos que é observado em
crianças pode ser explicado devido a infecção nas crianças apresentar, de forma geral, quadro
clínico de maneira mais amena quando comparado a adultos, o que pode também ser
confundido com outras doenças que apresentam manifestações clínicas semelhantes aos da
dengue (ROCHA, 2011).
Fernandes et al. (2013), trouxe nos resultados de seu estudo, realizado no estado do
Maranhão durante o período de 2000 a 2007, que a faixa etária mais acometida foi em
crianças e adolescentes de 05 a 15 anos e associa-se com as informações do Ministério da
Saúde, onde afirma-se que a partir do ano de 2008 a doença foi caracterizada por um padrão
de migração de gravidade para as crianças, o que acarreta no maior acometimento de pessoas
com essas idades.
Em grande parte das regiões de saúde, o número de casos notificados no ano 2008
apresentou um aumento significativo quando comparado aos demais anos, com exceção de
2015 e 2016. As regiões que obtiveram as maiores taxas de incidência neste ano foram:
Mossoró (44,43); João Câmara (88,43); Caicó (58,80); Santa Cruz (126,18); Pau dos Ferros
(124,06); Metropolitana (134,03) e Assu (52,40), com exceção apenas das regiões São José de
Mipibu e Assu. Este aumento considerável do número de casos notificados justifica-se pela
epidemia de 2008, que foi registrada como sendo a maior registrada na década de 2000, no
país. No Brasil foram notificados apenas neste ano o total de 815.903 casos de dengue
(BARBOSA et al., 2015).
Nos achados do estudo, observou-se que além da epidemia de 2008 também houve
outro ano o qual houve um aumento significativo no número de notificações, comparado aos
demais, o ano de 2016. Neste ano, houve aumento no número de casos notificados e
confirmados em todo o Estado do RN e, portanto, pode-se observar que em todas as regiões
de saúde as taxas de incidência por 10.000 habitantes elevaram bastante. As regiões de saúde
com mais casos notificados em 2016 foram: região Metropolitana (17.091 casos); região de
Caicó (13.746 casos) e região de João Câmara (10.886 casos).
Estudos mostram que a ocorrência de epidemias em determinados períodos pode estar
relacionada com a estrutura social-urbana, devido às condições climáticas favoráveis ao
desenvolvimento das espécies de insetos, a ausência de chuvas em determinados meses do
52
ano, pois indicam que mantém reservatórios com as condições adequadas à oviposição e
desenvolvimento das larvas. Achados de um estudo corroboram com essas informações, o
qual apontou que a temperatura influencia o tempo de desenvolvimento larval, o período de
incubação do vírus da dengue no Aedes aegypti, portanto a incidência de casos tende a
aumentar em algumas regiões no período chuvoso, entre os meses de janeiro e maio (COSTA;
CALADO, 2016).
Em contrapartida, estudos evidenciam que a baixa umidade pode também diminuir a
população do vetor, visto que no Brasil, a dengue apresenta um padrão de transmissão
sazonal, com o maior surgimento de casos nos primeiros cinco meses do ano, que é
considerado o período mais quente e úmido (principalmente nas regiões de praias), com o
padrão dos climas tropicais (JANSEN; BEEBE, 2010; COSTA; CALADO, 2016).
No caso da dengue, uma das razões para essas epidemias se dá através da circulação
dos diferentes sorotipos. Um estudo apontou que até o ano de 2010 verificou-se a circulação
de três dos quatro sorotipos da dengue, o DENV-1, DENV-2 e DENV-3, com isso, no
decorrer deste período houve aumento no número de casos prováveis da doença em menores
de 15 anos, ao passar de 17% no ano 2002 para 27,5% em 2008, o que expressa uma mudança
relevante no perfil epidemiológico da doença. Portanto, pode-se observar que a transmissão
de dengue no Brasil apresenta um padrão marcado por ciclos, onde o predomínio de um
sorotipo determinado do vírus marca alterações importantes no que se refere a epidemiologia
da doença (RAMOS; MACHADO, 2014).
Em consonância com os resultados do presente estudo, observou-se que as maiores
epidemias do estado se deram nos anos 2008 e 2016. Segundo o Boletim Epidemiológico da
SESAP-RN, em 2016 até a SE 52 os casos de dengue notificados foram 63.482 e
representaram uma incidência acumulada de 1.844,24/100.000 habitantes, o que foi
considerado um aumento importante no percentual quando comparado ao mesmo período de
2015, quando foram notificados 28.074 casos suspeitos e incidência de 815,59/100.000
habitantes.
De acordo com os casos confirmados das arboviroses dengue, chikungunya e zika no
período de 2015 a 2017, observou-se que o maior número foi relativo a dengue, obtendo-se o
total de 30.776 casos confirmados durante os três anos. Logo após vem a chikungunya, com o
total de 9.151 casos e depois a zika, 260 casos. Durante o período analisado, o ano em que
houve maior registro de casos foi novamente o de 2016, com os respectivos percentuais:
dengue 16.105 (52,32%); chikungunya 8.275 (90,42%) e zika 208 (80%).
53
Outro estudo sobre a situação epidemiológica da dengue, chikungunya e zika no
estado do RN apresenta dados semelhantes, pois um dos fatores mais importantes foi a alta
infestação do Aedes aegypti e o elevado índice de suspeição dos casos, que é resultante da
articulação com a assistência e a com a atenção básica. Esta situação pode estar diretamente
relacionada com a infraestrutura dos centros urbanos que apresentam reservatórios de água
inadequados, coleta ineficaz de lixo, bem como regiões sem saneamento básico e habitações
deficientes. Todos esses problemas citados podem acarretar em um cenário que é resultante da
intensa imigração das áreas rurais para as urbanas nas últimas décadas e da ausência de
políticas públicas efetivas para combater esses agravos (OLIVEIRA; DIAS, 2016).
Segundo o Programa Estadual de Controle da Dengue (PECD), no ano de 2016 cerca
de 102 (61,1%) dos municípios do RN apresentaram alta incidência nos casos de dengue deste
mesmo ano, dos municípios que notificaram mais de 300 casos da doença por 100.000
habitantes, 33 (19,8%) apresentaram média incidência, 26 (15,6%) baixa incidência e seis
municípios não apresentaram notificação alguma e permanecem em estado silencioso
(BRASIL, 2016).
Dentre as regiões de saúde do Estado do RN, aquelas que mais apresentaram casos
confirmados das três arboviroses no período de 2015-2017 foram, respectivamente: região de
Caicó, com as taxas trienais de dengue (54,09%) e chikungunya (9,74%); região de Mossoró,
dengue (49,07%) e chikungunya (36,89%); a região de Santa Cruz com o maior percentual
dos casos de chikungunya representado nos três anos (42,65%) e de zika (1,21%).
Vale ressaltar que, no total, em 2015 foram confirmados 14 (0,15%) casos de
chikungunya, 35 (13,46%) casos de zika e em 2016 apenas 17 (6,53%) casos correspondentes
ao ZIKV. Essa diminuição no número de casos confirmados, principalmente no que se refere
a zika se dá devido ao mau preenchimento e acaba resultando na subnotificação das fichas, o
que interfere na qualidade da informação.
Relativo a este fato, um estudo que avaliou a não completude das notificações
compulsórias que a qualidade dos dados foi, em sua maioria, classificada como regular e
muito ruim, o que reflete e contribui para o não conhecimento do real perfil epidemiológico
das arboviroses em geral. Esta situação faz com que haja maior dificuldade na avaliação do
agravo/doença e na tomada de decisão do enfermeiro ou de outros profissionais da saúde
(MARQUES; SIQUEIRA; PORTUGAL, 2018).
Sobre a caracterização sociodemográfica dos casos confirmados de dengue,
chikungunya e zika, o estudo identificou maior frequência no sexo feminino de acordo com os
três anos de análise, todos com o percentual acima de 50%, portanto a zika se destacou,
54
apresentando o total de 72,44%. Estudos justificaram o maior acometimento das mulheres
devido estas terem acesso com mais frequência aos serviços de saúde comparado aos homens,
no entanto, justifica a maior prevalência do sexo feminino (FANTINATI et al. 2013;
KAJEGUKA et al. 2017; OLIVEIRA; DIAS, 2016; NASCIMENTO et al. 2015; RIOS et al.,
2018).
No que concerne a faixa etária, a que obteve maior predominância foi de 20-34 anos
em todas as arboviroses e anos analisados. Este resultado reafirma os achados encontrados em
outros estudos, os quais trazem que a faixa etária mais acometida são, em sua grande maioria,
jovens adultos e, consequentemente o maior número de internações ocorre com mais
frequência na idade adulta e com menor frequência na terceira idade e infância. Isto se
justifica devido a esta faixa etária ser mais ativa e estar mais exposta, comparada as demais
(MENDONÇA; SOUZA; DUTRA, 2009; NASCIMENTO et al., 2013; OLIVEIRA;
ARAÚJO; CAVALCANTI, 2018).
De acordo com a caracterização clínica, os sinais e sintomas que apresentaram maiores
valores percentuais foram cefaleia, febre, mialgia e artralgia intensa no que se refere a dengue
e chikungunya. Estes sinais e sintomas são os mais característicos das três arboviroses,
portanto, todo indivíduo que apresentar febre com duração máxima de sete dias acompanhada
de pelo menos dois sintomas – cefaleia, dor retroorbital, mialgia, artralgia ou exantema e com
exposição a área de transmissão nos últimos 14 dias, deve ser notificado a vigilância
epidemiológica (NASCIMENTO et al., 2017). Sobre a zika, o não preenchimento dessas
informações sobre sinais clínicos nas fichas de notificação impossibilitou a análise das
variáveis referentes a esse agravo.
O estudo de Muianga (2015) evidenciou que as principais manifestações clínicas da
infecção pelo CHIKV foram febre, artralgia, cefaleia e mialgia, dados estes que corroboram
com os sinais clínicos avaliados no presente estudo. As manifestações clínicas mais evidentes
nos casos de dengue febre acima de 38ºC, vômitos, náuseas, cefaleia retro-orbitária e mialgia,
com relação a zika, os sintomas incluem, principalmente, edema de extremidades, febre baixa,
hiperemia conjuntival e exantema, esses últimos estando mais presentes na zika em
comparação as outras arboviroses (RODRIGUEZ-MORALEZ, 2015; MANIERO et al. 2016).
Destes sinais e sintomas, o mais específico e característico da chikungunya é a
artralgia intensa. Um estudo realizado em Cuba identificou que 100% dos pacientes
acometidos pela chikungunya apresentaram artralgia. A ocorrência deste sintoma se dá
principalmente na fase crônica da doença e este estudo evidenciou que todos os pacientes
55
evoluíram para esta fase e, em alguns casos, a dor persiste após os três anos da infecção
(RIOS et al., 2018).
Referente a variável hospitalização, mais de 50% dos casos apresentaram
preenchimento como ignorado/branco e mais de 40% como não. A existência de registros
incompletos acaba comprometendo na análise de algumas variáveis. No caso desse estudo, a
não completude das informações das fichas de notificação implicou em não ter como avaliar
as demais variáveis de caracterização clínica e sociodemográfica, bem como a evolução do
caso para o dengue grave, pois houve campos que chegavam a 99% das informações
preenchidas como ign/branco. Portanto, isso acaba refletindo no não conhecimento do real
perfil epidemiológico dos casos e dificulta a avaliação da situação do agravo (MARQUES;
SIQUEIRA; PORTUGAL, 2018).
No que concerne a evolução do caso, na dengue 63,20% evoluíram para cura e na
chikungunya e zika, mais de 80%. Embora os percentuais se apresentarem mais elevados,
ainda houveram mais de 50% informações ign/branco. Conforme achados de outro estudo,
60,9% das doenças evoluíram para cura, apesar de grande parte dos dados terem sido
ignorados nas fichas de notificação, o que pode interferir diretamente nas medidas de controle
e redução dos agravos (FANTINATI et al, 2013).
Ainda sobre a zika, 24,56% das mulheres estavam no 3º trimestre de gravidez e
10,52% no 2º trimestre, porém, o número de ign/branco foi superior a esses valores, chegando
a quase 60% das informações. O preenchimento desse campo está mais voltado para os casos
suspeitos de zika, devido a associação e epidemia de microcefalia no ano de 2016, em
crianças as quais as mães foram acometidas durante a gravidez e acarretando no possível
desenvolvimento de lesões neurológicas (VALLE; PIMENTA; AGUIAR, 2016).
A não completude das informações interferiu na análise de muitas variáveis existentes
nas fichas de notificação e investigação epidemiológica, dentre elas a caracterização
sociodemográfica e grande parte da caracterização clínica dos casos de zika em 2015 e 2017.
Outras variáveis como sorologias para o diagnóstico (IgM, NS1, RT-PCR e PRNT)
doenças pré-existentes, alguns sinais clínicos, classificação e evolução do caso para dengue
com sinais de alarme e dengue grave não puderam ser avaliados devido ao não preenchimento
dessas informações e, consequentemente, o grande percentual de ign/branco. Isto implica na
possibilidade de as taxas analisadas subestimarem a incidência e a real situação
epidemiológicas dessas doenças.
O estudo de Barbosa et al. (2015) avaliou a completude dos dados referentes as fichas
de notificação epidemiológica, contudo a análise variou de boa (70 a 89%) a regular (50 a
56
69%), exceto as variáveis de preenchimento obrigatório, como sexo e idade, que apresentaram
completude excelente (acima de 98%). Em relação ao número de campos sem preenchimento
(campos em ignorado ou branco), o percentual aumentou de acordo com o aumento de casos
notificados e as principais variáveis sem o preenchimento foram: classificação final, critérios
para confirmação do caso e evolução, ou seja, todas estas informações corroboram com os
resultados encontrados no presente estudo, o qual destaca a importância do preenchimento das
fichas.
Portanto, faz-se necessário abordar sobre a gestão dos serviços de saúde, que envolve
a melhoria do funcionamento das informações, o qual é caracterizado pelo conjunto de fatores
que condicionam a saúde e a doença. Com isso, percebe-se a importância da gestão da
informação para o planejamento e avaliação em saúde, visto que tendo uma gestão de
qualidade as informações obtidas serão de melhor qualidade, obtendo-se assim dados com
maior confiabilidade e legibilidade (TANAKA; TAMAKI, 2012).
Em suma, a partir dos resultados analisados nesta pesquisa, observou-se que a
arbovirose com mais casos notificados e confirmados foi a dengue em relação as demais, a
região em que foram registrados mais casos notificados de dengue durante a série temporal foi
a região Metropolitana (VII), o ano em que houve maior acometimento em concomitância das
três arboviroses foi em 2016 e a região de saúde que mais obteve casos confirmados no
período de 2015-2017 foi a região de Mossoró (II).
57
8 CONCLUSÃO
Com base nos objetivos propostos, considera-se que estes foram alcançados e permitiu
a análise da situação epidemiológica da série temporal de dez anos dos casos notificados de
dengue e a análise dos casos confirmados de dengue, chikungunya e zika no período 2015-
2017.
A região de saúde que mais houve casos de dengue notificados durante a análise da
série temporal foi a região Metropolitana (região de saúde VII) e o ano em que houveram
mais notificações e casos confirmados foi o de 2016, em todos os anos analisados. Referente a
região em que houveram mais casos confirmados foi a região de saúde II (Mossoró),
superando a região Metropolitana, que possui a maior população.
O aumento expressivo no número de casos, tanto notificados quanto confirmados,
durante o ano 2016, se deu através da grande epidemia ocorrida neste ano juntamente com a
concomitância dos vírus chikungunya e zika, o que agravou mais a situação epidemiológica.
Com a entrada do CHIKV e ZIKV no país e a associação destes agravos a dengue tornou o
Estado do RN uma área considerada endêmica por apresentar clima e situações favoráveis a
proliferação dos vírus, aumentando expressivamente a transmissão.
Como a proliferação dessas arboviroses ocorre com predominância no período de
chuvas, o número de casos costuma aumentar principalmente durante os seis primeiros meses
do ano, referente ao estado do RN.
Dentre as limitações da pesquisa, destaca-se o não preenchimento adequado das fichas
de notificação e investigação epidemiológica dos agravos dengue, chikungunya e zika, o que
resultou na impossibilidade de analisar variáveis importantes que constam nas fichas, mas não
são preenchidas na realidade. As variáveis de caracterização sociodemográfica e clínica, como
raça/cor, escolaridade, ocupação, zona de residência, alguns sinais clínicos, doenças pré-
existentes, sorologias (IgM, RT-PCR e NS1), classificação final do caso, evolução do dengue
com sinais de alarme e dengue grave não puderam ser analisadas, devido a não completude
das informações contidas nas fichas e, portanto, ao alto percentual de informações ignoradas.
Destarte, o não preenchimento dessas informações acaba não refletindo a real situação
epidemiológica do Estado, portanto pode haver subestimação dessas informações e resulta na
subnotificação dessas doenças, o que impede o reconhecimento das reais condições de saúde
que a população se encontra. A não completude dessas informações deixam lacunas em
variáveis importantes e que dificultaram o conhecimento da caracterização sociodemográfica
e clínica dos casos.
58
Contudo, esta limitação estende-se também aos profissionais de saúde, que são os
responsáveis pelo preenchimento das fichas de notificação e que, durante o processo de
notificação e investigação dos casos ocorre a perda dessas informações tão relevantes para o
Estado e a população.
Este estudo apresenta importante relevância para a equipe de enfermagem como um
todo, pois possui o maior contingente de profissionais trabalhando nos serviços de saúdem por
isso, são os que mais notificam e atuam diretamente com a população. Portanto, a melhoria da
qualidade das informações irá contribuir para a elaboração de planos assistenciais de
enfermagem e implica no desenvolvimento de ações de prevenção da saúde para combater
essas arboviroses.
Percebeu-se que durante o ano 2016 houve uma substancial melhora no preenchimento
dessas fichas, o qual obteve mais informações sobre as variáveis que estão presentes nas
fichas e os dados analisados foram mais condizentes com as informações contidas nos
boletins epidemiológicos da SESAP.
Portanto, encoraja-se o desenvolvimento de ações para capacitação dos profissionais
que são responsáveis pelo preenchimento das fichas de notificação e, a partir disto, haver mais
efetividade no preenchimento havendo, consequentemente, a melhoria da qualidade da
informação.
O desenvolvimento deste estudo culminou em alertar sobre a atual situação
epidemiológica que o estado do RN se encontra e o quão importante é o preenchimento
correto dessas fichas para a população e as autoridades de saúde que são responsáveis pela
articulação de políticas públicas efetivas no combate a esses agravos.
A partir das análises realizadas nesse estudo, sugere-se a articulação dos serviços de
saúde com os profissionais para haver o preenchimento correto das fichas e resultar na
melhora da qualidade da informação, como também a necessidade de ações mais efetivas de
prevenção para o combate dessas arboviroses, reestruturação da vigilância epidemiológica e a
integração de ações com o governo e o município.
A relevância do estudo é alertar para a atual situação de saúde que se encontra o estado
do RN, bem como o desenvolvimento de prevenção, vigilância da saúde e controle de doenças
infecciosas e consideradas como agravos de saúde pública em nível individual e coletivo.
59
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71
APÊNDICES
72
APÊNDICE A- Justificativa para dispensa do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
(TCLE)
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ANEXOS
74
ANEXO A- Parecer Consubstanciado do Comitê de Ética em Pesquisa
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76
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ANEXO B- Termo de concessão para a realização de pesquisa no Sistema de Informação de
Agravos de Notificação (SINAN)