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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
DEPARTAMENTO DE ODONTOLOGIA
CURSO DE ODONTOLOGIA
MOEMA PRAXEDES SILVA BANDEIRA
CONDIÇÃO ORAL DE PACIENTES COM LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO:
UMA REVISÃO SISTEMATICA
NATAL
2015
Moema Praxedes Silva Bandeira
CONDIÇÃO ORAL DE PACIENTES COM LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO:
UMA REVISÃO SISTEMÁTICA
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à
Coordenação do Curso de Odontologia da
Universidade Federal do Rio Grande do Norte,
como requisito parcial para obtenção do título
de Cirurgião-Dentista.
Orientador: Prof. Dr. Antônio de Lisboa Lopes
Costa.
Natal
2015
Catalogação na Fonte. UFRN/ Departamento de Odontologia
Biblioteca Setorial de Odontologia “Profº Alberto Moreira Campos”.
Bandeira, Moema Praxedes Silva.
Condição oral de pacientes com lúpus eritematoso sistêmico: uma revisão
sistemática / Moema Praxedes Silva Bandeira. – Natal, RN, 2015.
24 f.: il.
Orientador: Prof. Dr. Antônio de Lisboa Lopes Costa.
Monografia (Graduação em Odontologia) – Universidade Federal do Rio
Grande do Norte. Centro de Ciências da Saúde. Departamento de Odontologia.
1. Saúde bucal – Monografia. 2. Lupus Eritematoso sistêmico – Monografia. 3.
Mucosa bucal – Monografia. I. Costa, Antônio de Lisboa Lopes. II. Título.
RN/UF/BSO Black D61
Moema Praxedes Silva Bandeira
CONDIÇÃO ORAL DE PACIENTES COM LÚPUS ERITEMATOSO
SISTÊMICO: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA
Trabalho de conclusão de curso apresentado
ao curso de Odontologia da Universidade
Federal do Rio Grande do Norte, como
requisito parcial para a obtenção do título
de Cirurgião- Dentista.
Aprovado em:____/____/____
BANCA EXAMINADORA
_______________________________________________________
Prof. Dr. Antônio de Lisboa Lopes Costa
Orientador
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
____________________________________________________________
Profª. Drª. Ana Miryam Costa de Medeiros
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
___________________________________________________________
Profª. Drª. Patrícia Teixeira de Oliveira
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho àqueles que, enviados por Deus, me deram todo o suporte
necessário em forma de amor, dedicação e cuidado, durante todo o curso: meus pais e meu
irmão.
AGRADECIMENTOS
Àquele que me dá forças e ânimo pra lutar pelos meus sonhos: Deus.
Àquele que sempre me inspirou, motivou, amou e confortou: meu ídolo, meu pai (Antônio
Genaldo Bandeira).
Àquela que é minha melhor amiga, que está sempre ao meu lado e que tem todo cuidado e
amor por mim: minha mãe (Maria de Fátima Silva).
Àquele que é meu parceiro, amigo e exemplo: meu irmão (Everton Macêdo).
Àqueles que não mediram e não medem esforços para me ajudar: meus amigos, em
especial Myla Marilana, Beatriz Azevedo e Rodolfo Macêdo que tanto me apoiaram e me
confortaram nos momentos mais difíceis.
Àqueles que estiveram caminhando comigo desde o início da graduação: turma 98.
Àqueles que torcem por mim desde o início: Minha Família.
Àqueles que são minha alegria diária e que muitas vezes levantam meu astral em dias
ruins, o amor em forma de pêlos: meus gatinhos (Ringo Star e Spock).
Àqueles que me ensinaram com tanta dedicação essa linda profissão: meus mestres.
Àquela que me ajudou bastante durante esse trabalho de conclusão de curso: Cecília
Santos.
Àquele que acreditou em mim e me orientou da melhor maneira possível: meu orientador
(Prof. Dr. Antônio de Lisboa Lopes Costa).
RESUMO
Introdução: Lupus Eritematoso sistêmico (LES) é uma doença que afeta o tecido
conjuntivo de diversos órgãos do indivíduo. É autoimune crônica inflamatória e geralmente
os pacientes são imunossuprimidos e podem sofrer alterações bucais, é importante para o
Cirurgião Dentista conhecer a condição oral desses pacientes para que tenham correto
manejo frente aos mesmos. Objetivo: Investigar a condição oral dos pacientes com LES.
Métodos: Consultas as bases de dados eletrônicas WEB OF SCIENCE, SCOPUS,
PUBMED, MEDLINE E LILACS. Tendo como critérios de inclusão: publicação no
período de janeiro de 2005 a outubro de 2015, idiomas português, inglês e espanhol e
relato dos aspectos clínicos dos pacientes portadores de LES quanto à cárie dentária,
doença periodontal, alterações na mucosa e outras interferências orais. Foram excluídos
artigos que não se enquadraram nos critérios de inclusão. Na estratégia de busca para as
bases WEB OF SCIENCE e SCOPUS foram utilizadas LupusErythematosus, Systemicand
Oral Health como palavras e na base de dados PUBMED como descritores de assunto, nas
bases MEDLINE e LILACS foram utilizados os descritores saúde bucal e lúpus
eritematoso sistêmico sendo “and” o operador lógico de pesquisa. O refinamento foi feito
através da leitura dos resumos dos artigos encontrados. Desenho: Revisão sistemática.
Resultados: Foram selecionados 5 (cinco) artigos, sendo 3 (três) estudos transversais, 1
(um) estudo de intervenção e 1(um) caso controle, sendo que 40% avaliaram a experiência
de cárie, 80% a condição periodontal, 40% a ATM e musculatura e 20% a prevalência de
lesões na mucosa oral. Conclusão: Lesões na mucosa e doença periodontal foram as
alterações que mostraram maior relação com o LES, as outras alterações não
demonstraram significativa associação.
Descritores: Saúde bucal; Lúpus Eritematoso Sistêmico. Mucosa Bucal.
ABSTRACT
Introduction: Systemic lupus erythematosus (SLE) is an inflammatory chronic
autoimmune disease, which affects the individual's connective tissue of several organs.
Usually, people with SLE are immunocompromised patients, who may suffer buccal
changes. It is important to the dentist to know the oral condition of these patients, so that
they can properly manage them. Objective: To investigate the oral condition of people
with SLE. Methods: Access to WEB OF SCIENCE, SCOPUS, PUBMED, MEDLINE E
LILACS electronic databases, with the following inclusion criteria: publications dated
between january of 2005 and october of 2015; portuguese, english and spanish languages;
and reports of the clinical aspects of people with SLE related to dental caries, periodontal
disease, changes in the oral mucosa, and some other oral conditions. Those articles that did
not fit the inclusion criteria were excluded. To the search strategy at WEB OF SCIENCE
and SCOPUS, the used words were LupusErythematosus, Systemicand Oral Health. The
same words were used at PUBMED as subject descriptors. At MEDLINE and LILACS,
the subject descriptors were "saúde bucal" and "lúpus eritematoso sistêmico", with "and"
being the logical search operator. The articles selection was made through abstract reading.
Design: Systematic review. Results: 5 (five) articles were selected and 3 (three) of them
were cross-sectional studies, 1 (one) was an intervention study and 1 (one) case-control.
40% evaluated the carie experience, 80% verified the periodontal condition, 40% analysed
the TMA and its muscles, and 20% studied the oral mucosa injuries prevalence.
Conclusion: Mucosa injuries and periodontal disease were the most frequent alterations
related to SLE. The other modifications did not show significant association.
Key-words: Oral health; Systemic lupus erythematosus. Mouth Mucosa.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ---------------------------------------------------------------------------------- 8
2 METODOLOGIA ------------------------------------------------------------------------------- 10
3 RESULTADOS ---------------------------------------------------------------------------------- 11
4 DISCUSSÃO ------------------------------------------------------------------------------------- 14
5 CONCLUSÃO ----------------------------------------------------------------------------------- 17
REFERÊNCIAS ---------------------------------------------------------------------------------18
ANEXOS --------------------------------------------------------------------------------------19
8
1 INTRODUÇÃO
Lupus Eritematoso Sistêmico (LES) é uma doença autoimune crônica
inflamatória, que afeta o tecido conjuntivo de vários órgãos do indivíduo. Possui várias
manifestações clínicas, apresentando períodos de exacerbação e remissão, com curso e
prognóstico variáveis1,2,3,4
. Sendo mais comum em mulheres na segunda e terceira
década de vida e pode estar associado a outras doenças autoimunes1,3
, tendo seu
desenvolvimento associado a predisposições genéticas e fatores ambientais3.
É uma doença multi-sistêmica que pode afetar diversas regiões do corpo,
podendo envolver tanto pele, articulações e mucosas quanto órgãos como rins, coração
entre outros e causar sérios problemas ao longo da vida3,5
. Isso se deve ao sistema
imunológico que deixa de reconhecer antígenos de células próprias, demonstrando uma
deficiência nos mecanismos reguladores que suprimem as respostas auto-imunes,
levando anticorpos a agirem contra o próprio organismo caracterizando reações de
hipersensibilidade na maioria das vezes, podendo causar lesões, inflamações e dores3,4
.
De acordo com a literatura a presença de lesões orais no LES é moderadamente
frequente, variando de 9 à 45% dos pacientes2,5,6
, e estas encontram-se principalmente
nas regiões de língua, mucosa jugal, lábios e palato, apresentando-se principalmente
como ulcerações agudas e/ou eritemas1,2
. Também podem ser encontradas como,
queilite angular, mucosite, glossite, lesões discóides e uma forma muito comum é com
aspecto de linhas brancas muito semelhante ao líquen plano bucal2,6
.
Dos estudos sobre lesões bucais em pacientes com LES, histoatológicamente
demonstram paraceratose ou ortoceratose, degeneração da membrana basal, infiltrado
mononuclear liquenoide, atrofia epitelial e vasculite profunda. Além destas
9
características, observa-se também espessamento da membrana basal que difere do
aspecto histológico do líquen plano bucal, principal diagnóstico diferencial com o
LES1,3
. A análise clínica e histopatológica dessas lesões são muito importantes para o
diagnóstico precoce do LES, já que estas podem ser a primeira manifestação desta
doença5.
A relação entre a periodontite e o LES é pouco avaliada na literatura2,7,8
por ser
iniciada pelas bactérias presentes no biofilme dental, caracterizada por uma inflamação
crônica que varia de severidade independendo do grau de infecção bacteriana, sugere-se
que a desregulação da resposta inflamatória do hospedeiro influencie na progressão da
periodontite, surgindo assim uma hipótese de possível associação com o LES1,8
. No
entanto alguns autores afirmam não haver nenhuma evidência sobre a associação entre
essas duas doenças2,7
.
A literatura é escassa sobre a possível associação de carie dentária com o LES e
sugere não haver relação entre as duas doenças1, acredita-se que a higiene oral precária
nos pacientes com LES devido a presença de lesões dolorosas na mucosa podem
desencadear o aparecimento de lesões cariosas3.
Outras manifestações orais também acometem pacientes com LES, como
xerostomia, doenças em glândulas salivares e disfunções temporomandibulares6. Desde
modo pretende-se através de uma revisão sistemática da literatura investigar a condição
oral de pacientes com LES.
10
2 METODOLOGIA
Foram utilizadas como fontes de pesquisa as bases de dados eletrônicas: WEB
OF SCIENCE, SCOPUS, PUBMED, MEDLINE E LILACS. Tendo como critérios de
inclusão: publicação no período de janeiro de 2005 a outubro de 2015, idiomas
português, inglês e espanhol e relato dos aspectos clínicos dos pacientes portadores de
Lúpus Eritematoso Sistêmico quanto à cárie dentária, doença periodontal, alterações na
mucosa e outras interferências orais. O critério de exclusão foi artigos que não se
enquadravam dentro dos parâmetros estabelecidos pelos critérios de inclusão. Na
estratégia de busca para as bases WEB OF SCIENCE e SCOPUS foram utilizadas
LupusErythematosus, Systemicand Oral Health como palavras e na base de dados
PUBMED como descritores de assunto, nas bases MEDLINE e LILACS foram
utilizados os descritores saúde bucal e lúpus eritematoso sistêmico sendo “and” o
operador lógico de pesquisa. O refinamento foi feito através da leitura dos resumos dos
artigos encontrados.
11
3 RESULTADOS
Na base de dados MEDLINE, foi encontrado 1 (um) artigo e este se enquadrou
nos critérios de inclusão pré-estabelecidos. No LILACS 1 (um) artigo foi encontrado
sendo incluído na revisão, no WEB OF SCIENCE foram obtidos 70 artigos ficando 5
após o refinamento, sendo 1 (um) duplicado com o MEDLINE e na própria base. Dos
54 encontrados no SCOPUS 1 (um) ficou após o refinamento, sendo este duplicado com
o MEDLINE, já no PUBMED um artigo foi encontrado e este igualmente estava
duplicado com o MEDLINE. (Tabela 1)
Dos artigos selecionados três (60%) eram estudos transversais, um (20%) era
estudo de intervenção e um (20%) era caso-controle. Dois (40%) utilizaram o índice
CPO-D para avaliar a saúde bucal dos pacientes com LES, quatro (80%) avaliaram a
condição periodontal de pacientes com LES, dois artigos (40%) avaliaram também as
condições da articulação temporo mandibular e musculatura. (Tabela 1)
Foi avaliada a xerostomia em pacientes com LES e pneumonia em comparação
com pacientes apenas com LES em 1 (um) (20%) dos artigos, a prevalência de lesões
da mucosa oral foi avaliada em 1 (um) (20%) dos artigos . (Tabela 1)
Os estudos analisados demonstram que a doença periodontal e lesões da mucosa
oral estão mais relacionadas com LES do que as demais características bucais avaliadas,
incluindo a carie que não teve significativa relação com a doença segundo as analises.
12
Quadro 1- Informações relevantes dos artigos selecionados para a Revisão Sistemática. Natal – RN, 2015.
BIBLIOGRAFIA OBJETIVO METODOLOGIA RESULTADOS
Oral health and the
masticatory system in
juvenile systemic lupus
erythematosus. EGC
FERNANDES et. al.;
Lupus, 2007
Avaliar características
orofaciais de pacientes com
LES juvenil e grupo
controle para verificar
associação entre o
envolvimento dental e facial
com manifestações da
doença.
Desenho: Estudo transversal.
Participantes: 48 pacientes com LES
juvenil e 48 crianças e adolescentes
saudáveis. Desfecho:índice CPO-D;
índice de placa; índice de
sangramento gengival; relações
dentárias; perfil facial; disfunção
clínica; índices de mobilidade nos
inferiores.
Os índices de sangramento e placa
apresentaram medianas maiores no
grupo com LES e a disfunção clínica e
índices de mobilidade na mandíbula
também foram maiores no grupo com
LES. A diferença entre os dois grupos
foi significativa.
Periodontitis treatment
improves systemic lupus
erythematosus response to
immunosuppressive
therapy. FABBRI et. al.;
Clin. Rheumatol, 2014
Avaliar o impacto de
controlar a doença
periodontal, inflamação
gengival e remoção de placa
bacteriana em pacientes
com LES sob terapia
imunossupressora.
Desenho: Estudo de intervenção.
Participantes: 49 pacientes com LES
e doença periodontal do sexo
feminino sob tratamento com
corticosteróides e ciclofosfamida
intravenosa. Desfecho:índice de
sangramento gengival; profundidade
de sondagem; nível de inserção de
sondagem; avaliação dos níveis de
proteína c-reativa e taxa de
sedimentação de eritrócitos.
Houve diminuição significativa no
índice de atividade do LES nos
pacientes tratados, em contraste com
os não tratados, onde os parâmetros
permaneceram praticamente
inalterados.
13
BIBLIOGRAFIA OBJETIVO METODOLOGIA RESULTADOS
Estudo das características
estomatológicas e sistêmicas
em pacientes com lúpus
eritematoso sistêmico.
AMARAL et. al.; Rev
Assoc Paul Cir Dent, 2014
Verificar a condição de
saúde bucal e geral de
pacientes com LES.
Desenho: estudo transversal.
Participantes: 34 pacientes
portadores de LES. Desfecho:
entrevista sobre a condição sistêmica
e exame clínico bucal avaliando:
índice CPO-D; condição de saúde
gengival; dor na articulação temporo
mandibular.
CPO-D média 15,3; 65% com
gengivite; 94% com artrite;
envolvimento hematológico 41%;
envolvimento renal 29%;
envolvimento cardiovascular e
pulmonar 18%.
Association Between Dental
Caries and Pneumonia in
Patients with Systemic
Lupus Erythematosus.
PASCUAL-RAMOS et. al.;
J. Rheumatol, 2006
Estabelecer a associação
entre patologia oral e
pneumonia em pacientes
com LES.
Desenho: Estudo caso controle.
Participantes: 30 pacientes com
LES e 60 controles com LES, mas
sem pneumonia. Desfecho:
Questionário padronizado para
avaliação de saúde oral; testes
para xerostomia; avaliação através
de exame clínico; índice de placa
visível; índice de higiene oral
simplificado; índice de retenção;
índice dentário total; PSR; CPO-
D.
Boca seca foi mais comum em
pacientes com pneumonia (p=0,04),
lesões periapicais, cervicais e cáries
de terceiro grau foram mais
frequentes entre o grupo com
pneumonia do que entre os grupos
controles, eles também tiveram
maior número de cáries por
paciente (p=0,04), já o número de
bolsas periodontais não teve
diferença significante entre os três
grupos.
The prevalence of oral
mucosal lesions and related
factors in 188 patients with
systemic lupus
erythematosus. M
KHATIBI et. al.; Lupus,
2012
Avaliar a prevalência de
lesões da mucosa oral e
seus fatores relacionados
em pacientes com LES
em três ambulatórios de
reumatologia no Teerã.
Desenho: estudo transversal.
Participantes: 188 pacientes com
LES. Desfecho: Avaliação através
de exame clínico, questionários e
registros médicos.
Dos 188 pacientes, 102 (54 %)
apresentaram lesões nas mucosas,
sendo a mais comum (28,1%) a
úlcera e as regiões mais acometidas
foram: mucosa bucal e labial.
14
4 DISCUSSÃO
Uma saúde bucal adequada e dentição são de grande importância para que a
mastigação seja eficiente, assim como para a fala e o sorriso. Com a falta de higiene
apropriada e de tratamentos odontológicos, pode ocorrer o surgimento de cáries, doenças
periodontais, entre outras alterações que podem acometer a cavidade oral, levando a
presença de dor e infecções2,7
.
No caso de pacientes sistemicamente comprometidos e/ou passando por tratamento
imunossupressor essas infecções de origem bucais têm um risco maior de causar
complicações sistêmicas2,7
.
O LES é uma doença autoimune crônica inflamatória, que afeta o tecido conjuntivo
de vários órgãos do indivíduo e possui várias manifestações clínicas, apresentando
períodos de exacerbação e remissão, com curso e prognóstico variáveis1,2,3
. Sendo mais
comum em mulheres na segunda e terceira década de vida e pode estar associado a outras
doenças autoimunes1,3
, tendo seu desenvolvimento associado a predisposições genéticas e
fatores ambientais3.
Como pode afetar várias regiões do corpo e pode envolver pele, articulações e
mucosas, além de órgãos como rins, coração entre outros e causar sérios problemas ao
longo da vida, a boca também pode ser afetada por essa doença3. Devido à desregulação
que ocorre no sistema imunológico, este deixa de distinguir antígenos de células próprias,
podendo levar a reações hipersensibilidade como também causar lesões, inflamações e
dores3.
A presença de lesões orais é moderadamente frequente, variando de 9 a 45% dos
pacientes com LES2,6
. O líquen plano bucal por sua vez, faz diagnóstico diferencial com
LES3.
15
A fim de avaliar a prevalência das lesões de mucosa oral e seus fatores relacionados
em pacientes com LES, M KHATIBI et. al. (2012) avaliaram 188 pacientes através de
exame clínico, questionários e registros médicos. Em seu estudo 102 (54,3%) pacientes
apresentavam lesões orais, sendo a úlcera a mais comum das lesões, presente em 53
(28,1%) pacientes, os autores encontraram também uma significativa relação entre a
presença de lesões e a higiene oral (p=0,01), de forma que quando a presença de biofilme
dentário era controlada a presença de lesões diminuía.
Outra relação que mostrou significância foi com a duração da doença (p=0.001),
nos pacientes que tinham LES a um período de tempo maior houve menos lesões, uma vez
que as lesões são mais frequentes no período ativo da doença. Com o diagnostico e
tratamento a doença passa a ser controlada e entra em uma fase inativa. Da mesma forma a
associação com a gravidez (p=0,016), mostra que mulheres grávidas apresentam menos
lesões, provavelmente pelo fato de serem aconselhadas a engravidar no período em que a
doença esteja inativa6.
Existe uma hipótese sobre uma possível associação da doença periodontal com o
LES. Devido à primeira variar de severidade independendo do grau de infecção bacteriana,
sugerindo que alguma desregulação da resposta inflamatória do hospedeiro influencie na
sua progressão8.
Ao comparar pacientes com LES com controles saudáveis, as medianas dos índices
de placa visível e de sangramento gengival foram significativamente maiores (61,5 contra
38,1, P=0, 003; e 26,0 contra 15,6, P=0, 014)2. No estudo de Amaral et. al. (2014) 65% dos
pacientes com LES tinham algum grau de gengivite, deixando sinais de uma higiene bucal
precária e de uma possível associação com a condição sistêmica desses pacientes.
Quando tratada a doença periodontal o índice de atividade do LES diminuiu
significativamente (p=0,04), enquanto os que não foram submetidos ao tratamento o índice
16
permaneceu praticamente igual. O tratamento foi benéfico para a condição sistêmica dos
pacientes, sendo sugestivo que a periodontite possa ser um fator importante para a
manutenção da resposta inflamatória que ocorre no LES, sendo considerado um gatilho
para a evolução da doença auto-imune8.
No estudo de Fernandes et. al. (2007) que avaliou a experiência de cárie dos
pacientes com LES, o índice CPO-D não foi significativamente maior em relação aos
pacientes saudáveis (p=0,746) e Amaral et. al. (2014) obtiveram CPO-D médio de 15,3 e
observaram que quanto maior a idade dos pacientes maior foi sua experiência de cárie.
Quando os pacientes além de LES tinham pneumonia como agravante o índice de
cárie foi maior7, não sendo encontrado nenhum indício de que o LES interfira na presença
de cárie2,3,7
.
Outras manifestações orais também acometem pacientes com LES, como
xerostomia, doenças em glândulas salivares e disfunções temporomandibulares6. Dos
pacientes entrevistados 41% apresentavam cansaço ao mastigar e bruxismo ou apertamento
e mais da metade apresentaram dor a palpação muscular e articular3, já quando comparados
com um grupo controle saudável não houve significativa diferença em relação à dor
mandíbula muscular, dor na ATM e dor nos movimentos mandibulares2.
Os pacientes com LES são acometidos por uma variedade de alterações bucais e a
literatura ainda é escassa sobre esse assunto sendo difícil deixar evidente que haja alguma
associação da doença sistêmica com as alterações orais.
A saúde bucal é de grande importância para os indivíduos em geral e quando se
trata de pacientes sistemicamente comprometidos e/ou imunossuprimidos deve-se ter uma
atenção especial, como visto nesse estudo a condição oral pode servir para o diagnóstico
precoce do LES como quando mantida saudável pode diminuir o índice de atividade da
doença.
17
O LES é uma doença que acomete diversas partes do corpo e a cavidade oral
também sofre alterações, é importante para o profissional de Odontologia saber avaliar,
diagnosticar e tratar as alterações bucais nesses pacientes visando não só a melhora local
como também uma melhoria na condição sistêmica.
18
5 CONCLUSÃO
De acordo com os estudos apresentados nessa revisão, a condição oral dos
pacientes com LES está associada ao curso clínico da doença, observando-se que as lesões
na mucosa são mais prevalentes no período ativo da doença, a doença periodontal acomete
mais os pacientes com LES do que os saudáveis e quando tratada pode diminuir a atividade
do LES. As outras alterações não demonstraram significativa associação, porém é
necessário que mais estudos sobre a condição oral desses pacientes sejam feitos para que se
tenha um melhor esclarecimento sobre esse assunto.
19
REFERÊNCIAS
1. Umbelino Junior AA, Cantisano MH, Klumb EM, Dias EP, Silva AA. Achados bucais e
laboratoriais em pacientes com lúpus eritematoso sistêmico. J Bras Patol Med Lab. 2010;
46(6): 479-486.
2. Fernandes EGC, Savioli C, Siqueira JTT, Silva CAA. Oral health and the masticatory
system in juvenile systemic lupus erythematosus. Lupus. 2007; 16: 713-719.
3. Amaral COF, Dias AA, Bonilha ACP, Parizi AGS, Oliveira A, Logar GA, et. al. Estudo
das características estomatológicas e sistêmicas em pacientes com lúpus eritematoso
sistêmico. REV ASSOC PAUL CIR DENT. 2014; 68(3): 223-9.
4. Navas EAFA. Prevalência de microrganismos potencialmente superinfectantes na cavidade
bucal de pacientes com lúpus eritematoso sistêmico. 2009. 78. Tese (Doutorado em
Biopatologia Bucal) – Faculdade de Odontologia, UNESP, São José dos Campos, 2009.
5. Carvalho FRG. Manifestações orais de lúpus eritematoso: avaliação clínica,
histopatológica e perfil imuno-histoquímico dos componentes epitelial, membrana basal e
resposta inflamatória. 2008. 91. Dissertação (Mestrado em ciências) – Faculdade de
Medicina, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2008.
6. Khatibi M, Shakoorpour AH, Moosavian Jahromi Z, Ahmadzadeh A. The prevalence of
oral mucosal lesions and related factors in 188 patients with systemic lupus erythematosus.
Lupus. 2012; 21: 1312-1315.
7. Pascual-Ramos V, Hernández-Hernández C, Soto-Rojas AE, Celis-Aguilar E, Sánchez-
Guerrero J. Association Between Dental Caries and Pneumonia in Patients with Systemic
Lupus Erythematosus. J Rheumatol. 2006; 33:1996–2002.
8. Fabbri C, Fuller R, Bonfá E, Guedes LKN, D’Alleva PSR, Borba EF. Periodontitis
treatment improves systemic lupus erythematosus response to immunosuppressive therapy.
Clin Rheumatol. 2014; 33: 505–509.
20
ANEXO A
Normas da Revista Brasileira de Otorrinolaringologia
Instruções aos autores
Escopo e política
A política editorial da Revista Brasileira de Otorrinolaringologia é voltada para a
divulgação de trabalhos científicos de grande interesse da especialidade e de suas áreas
de atuação, procurando privilegiar os trabalhos originais (sobretudo os ensaios clínicos
e os estudos experimentais) e para dar vazão às pesquisas feitas no âmbito dos cursos
de pós-graduação da área, obedecendo a ordem de submissão dos manuscritos. Relatos
de caso que sejam de forte impacto para o conhecimento científico, bem como artigos
de revisão também têm seus espaços. Além disso, cada fascículo contém um editorial
que procura discutir temas de interesse científico, acadêmico ou profissional da
especialidade.
Todos os trabalhos submetidos são avaliados por dois ou mais revisores
otorrinolaringologistas de reconhecida atividade científica em instituições públicas ou
privadas ligadas ao ensino da otorrinolaringologia em programas de pós-graduação.
A revista é dirigida a um público basicamente de otorrinolaringologistas de todo o
mundo, visto que possui uma versão em inglês indexada, mas também aos
profissionais de atividades correlatas (fonoaudiólogos, odontólogos, cirurgiões de
cabeça e pescoço, cirurgiões plásticos, pediatras entre outros).
A Revista Brasileira de Otorrinolaringologia apóia as políticas para registro de
ensaios clínicos da Organização Mundial de Saúde (OMS) e do International
Committee of Medical Journal Editors (ICMJE), reconhecendo a importância
dessas iniciativas para o registro e divulgação internacional de informação sobre
estudos clínicos, em acesso aberto. Sendo assim, somente são aceitos para publicação
os artigos de pesquisas clínicas que tenham recebido um número de identificação em
um dos Registros de Ensaios Clínicos validados pelos critérios estabelecidos
pela OMS e ICMJE, cujos endereços estão disponíveis no site do ICMJE. O número
de identificação deve ser registrado ao final do resumo.
Forma e preparação de manuscritos
Extensão e apresentação
O artigo completo não deve exceder 25 laudas de papel tamanho A4 (21cm x 29,7cm),
escritas em letra Times New Roman de tamanho 12, espaço duplo entre linhas e com
margens laterais, superior e inferior de 3 cm. Se o revisor considerar pertinente poderá
21
sugerir ao autor a supressão de gráficos e tabelas ou mesmo condensação de texto.
Título e autores
O título deverá se limitar ao máximo de dez palavras e seu conteúdo deve descrever de
forma concisa e clara o tema do artigo.
Devem ser citados como autores somente aqueles que participaram efetivamente do
trabalho. Outras formas de citação podem vir ao final do artigo. Um trabalho com mais
de 7 autores só deverá ser aceito se o tema for de abrangência multidisciplinar ou de
ciências básicas.
Se o indivíduo não se encaixar na figura de autor, mas tiver sua importância para o
trabalho final, pode ser lembrado nos agradecimentos finais.
Resumo e palavras-chave (descritores)
Cada artigo DEVE ser acompanhado de um resumo em português e outro em inglês de
cerca de 200 palavras, com seus tópicos devidamente salientados (estruturado), e
indicando claramente:
1) As premissas teóricas e justificativas do estudo (introdução);
2) os objetivos do estudo (objetivo);
3) método básico utilizado (material e método);
4) desenho científico utilizado (estudo de caso, estudo de série, retrospectivo,
prospectivo, clínico e experimental);
5) resultados principais e sua interpretação estatística (resultados) e
6) conclusões alcançadas (conclusão).
Em caso de ensaios clínicos, no final do resumo, deve ser colocado o número de
protocolo do registro de ensaios clínicos em uma das bases aprovadas pelo ICMJE.
Após o resumo devem estar descritos com três a cinco palavras, para fins de
indexação, os descritores científicos baseados no DeCS (Descritores em Ciências da
Saúde) e MeSH (Medical Subject Headings), que pode ser a acessado na página
eletrônica da BIREME (Biblioteca Regional de Medicina), www.bireme.org, ou em
outro local do site da RBORL.
Corpo do artigo
Os trabalhos que expõem investigações ou estudos devem estar no chamado formato
IMRDC: introdução, material e método, resultados, discussão e conclusões.
Na Introdução é onde estão a revisão da literatura, as premissas teóricas, a
justificativa e o objetivo do trabalho.
No Material e Método espera-se encontrar a descrição da amostra estudada e um
detalhamento suficiente do instrumento de investigação.
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Nos estudos envolvendo seres humanos ou animais deve ser informado o número de
protocolo de aprovação do estudo pela Comissão de Ética da instituição onde o
mesmo foi realizado.
A amostra deve ser bem definida e os critérios de inclusão e exclusão descritos
claramente. Também a maneira de seleção e alocação em grupos deve ser esclarecida
(pareamento, sorteio, sequenciamento, estratificação, etc)
O método deve ter coerência com a questão apresentada e deve ser explicitado o
desenho do estudo (coorte, caso-controle, experimental, contemporâneo, historio,
estudo de prontuários, etc.)
Os Resultados devem ser apresentados de forma sintética e clara. O uso de gráficos e
tabelas deve ser estimulado, assim como análises estatísticas descritivas e
comparativas.
Na Discussão esperamos que o autor apresente sua experiência pessoal no assunto,
explore seus referenciais teóricos e discuta os resultados frente a estas premissas.
As Conclusões devem ser sucintas e se ater ao objetivo proposto.
Os TRABALHOS DE REVISÃO e ATUALIZAÇÃO devem ter uma boa introdução
com o formato seguindo as necessidades do trabalho, assim como apresentar a
sistemática de levantamento utilizada. Não deve ter caráter opinativo, reservando esta
tarefa para os comentários finais.
Os RELATOS DE CASO devem conter introdução com revisão pertinente que
justifique sua importância, seja pela raridade ou impacto clínico, apresentação do caso
com riqueza de detalhes visuais e de descrição e comentários finais, com discussão das
nuanças que façam deste caso um artigo digno de publicação. Não há necessidade de
envio de seu resumo.
1) Título: conciso e descritivo com no máximo 100 caracteres, não devendo constar as
palavras relato de caso e revisão de literatura.
2) Palavras chave: no máximo 5 e em ordem alfabética.
3) Os textos não poderão ter mais de 5 autores, no caso de mais, uma justificativa deve
ser enviada.
4) Corpo do texto estruturado em: introdução, apresentação do caso, discussão e
comentários finais.
5) O texto completo, excetuando título e referências não deverá ultrapassar 600
palavras.
6) Referência bibliográfica: no máximo 6.
7) Aceitaremos 1 tabela ou figura apenas.
A CARTA AO EDITOR é utilizada para que os leitores da revista possam externar
suas opiniões sobre os temas e artigos nela publicados. Sua submissão será através do
sistema da internet, assim como qualquer outro artigo, devendo adequar-se à seguinte
estruturação:
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1) Quanto à formatação, deverão seguir as mesmas regras dos relatos de casos.
2) A carta será enviada ao autor do artigo, que terá 6 semanas para respondê-la.
3) A resposta deverá seguir a mesma formatação dos relatos de casos.
4) A carta e a resposta serão publicadas no mesmo número da revista, e não haverá
mais réplicas.
5) As cartas não serão revisadas pelo corpo editorial. Contudo, se apresentarem caráter
pessoal ou agressivo, a critério do Editor, poderão ter sua publicação negada.
Referências bibliográficas
São essenciais para identificar as fontes originais dos conceitos, métodos e técnicas a
que se faz referência no texto e que provam de investigações, estudos e experiências
anteriores; apoiar os atos e opiniões expressados pelo autor; e proporcionar ao leitor a
informação bibliográfica que necessita para consultar as fontes primárias.
As referências devem ser pertinentes e atualizadas.
Todas as referências devem ser citadas no texto com números consecutivos em forma
de superíndices, segundo a ordem de sua aparição. No final do artigo estas citações
farão parte das referências bibliográficas organizadas conforme as normas de
Vancouver.
Tabelas
As Tabelas, cujo propósito é agrupar valores em linhas e colunas fáceis de assimilar,
devem apresentar-se em uma forma compreensível para o leitor; devem explicar-se por
si mesmas e complementar - não duplicar - o texto. Não devem conter demasiada
informação estatística, pois acabam incompreensíveis e confusas.
Devem ter um título breve, mas completo, de maneira que o leitor possa determinar,
sem dificuldade, o que se tabulou; indicar, além disso, lugar, data e fonte da
informação.
Figuras
As ilustrações (gráficos, diagramas, mapas ou fotografias, entre outros) devem ser
fáceis de compreender e agregar informação. Podem ser publicadas em cores
dependendo da qualidade do material e da necessidade de identificação de cores, bem
como da capacidade da revista.
As figuras devem ser digitalizadas com pelo menos 300 dpi (em arquivo .TIFF ou .
JPG não compactados).
Qualquer material previamente publicado deve ter indicada a fonte original e uma
permissão por escrito do proprietário dos direitos autorais.
Fotografias de indivíduos não devem permitir a sua identificação ou devem ter o
consentimento escrito dos mesmos para uso e publicação.
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Legendas para Ilustrações
Em espaçamento duplo, numeradas conforme a ordem de aparecimento no texto.
Unidades de Medida
Medidas de comprimento como altura, peso e volume devem ser informadas em
unidades métricas (metro, quilograma, ou litro) ou seus múltiplos decimais.
As temperaturas devem ser informadas em graus centígrados. As pressões sanguíneas
devem ser em milímetros de mercúrio.
Os dados hematológicos e medidas de análise laboratoriais devem aparecer no sistema
métrico em termos do Sistema Internacional de Unidades (SI).
Abreviaturas e siglas
Utilizar o menos possível. Na primeira vez que uma abreviatura ou sigla aparece no
texto, deve-se escrever o termo completo a que se refere, seguido da sigla ou
abreviatura entre parênteses, como no exemplo, Programa Ampliado de Imunização
(PAI). Devem ser expressas em português, por exemplo, DP (desvio padrão) e não SD
(standard deviation), exceto quando correspondam a entidades de alcance nacional
(FBI) ou conhecidas internacionalmente por suas siglas não portuguesas (UNICEF), ou
a substâncias químicas cujas siglas inglesas estão estabelecidas como denominação
internacional, como GH (hormônio do crescimento), não HC.
Envio de manuscritos
Todos os manuscritos serão submetidos em português. Somente serão aceitos em
inglês quando nenhum autor for brasileiro. Deverão ser digitados em espaço duplo.
A submissão deverá ser feita on-line, através do endereço do SGP/RBORL na internet:
www.rborl.org.br/sgp. Quando entrar neste link, o sistema irá pedir o nome de usuário
e senha. Se o autor não está cadastrado, deve clicar no botão "Quero me cadastrar" e
fazer o cadastro.
As regras para formatação do artigo e os passos para a submissão encontram-se
descritos no link http://www.rborl.org.br/criterios.asp.