Upload
others
View
1
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
DEPARTAMENTO DE ODONTOLOGIA CURSO DE ODONTOLOGIA
LENISE ANAND DE OLIVEIRA CARVALHO
A INFLUÊNCIA DO POLIMENTO ADICIONAL EM SUPERFÍCIES DE COMPÓSITOS: UMA ANÁLISE DE RUGOSIDADE SUPERFICIAL, MICROSCOPIA
E MOLHABILIDADE.
Natal/RN Dezembro/2015
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
DEPARTAMENTO DE ODONTOLOGIA CURSO DE ODONTOLOGIA
LENISE ANAND DE OLIVEIRA CARVALHO
A INFLUÊNCIA DO POLIMENTO ADICIONAL EM SUPERFÍCIES DE COMPÓSITOS: UMA ANÁLISE DE RUGOSIDADE SUPERFICIAL, MICROSCOPIA
E MOLHABILIDADE.
Trabalho apresentado no curso de graduação em Odontologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte como requisito para conclusão da disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso, sob orientação da Profª.Drª. Isauremi Vieira de Assunção.
Natal-RN
Dezembro/ 2015
LENISE ANAND DE OLIVEIRA CARVALHO
A INFLUÊNCIA DO POLIMENTO ADICIONAL EM SUPERFÍCIES DE COMPÓSITOS: UMA ANÁLISE DE RUGOSIDADE SUPERFICIAL, MICROSCOPIA
E MOLHABILIDADE.
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como exigência parcial para obtenção do título de graduação à Faculdade de odontologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
Data da aprovação: ___/____/____ NOTA:
Banca Examinadora
_________________________________________________________
Prof. Dra. Orientador (a) Isauremi Vieira de Assunção(Departamento de
Odontologia-UFRN)
____________________________________________________
Prof. Dr. André Luis Dorini (Departamento de Odontologia-UFRN)
_______________________________________________________
Prof. Ma. Giovanna de Fátima Alves da Costa (Departamento de Odontologia-
UFRN).
1
RELEVÂNCIA CLÍNICA
A adição de mais um passo clínico, (polimento adicional) mostrou-se
importante na obtenção de uma maior lisura superficial, bem como de uma menor
molhabilidade nos compósitos testados. Fato que contribui para o sucesso das
restaurações em longo prazo, uma vez que aumentam a longevidade das mesmas,
além de deixa-las mais estéticas. Ausência de lisura propicia uma maior dificuldade
da remoção mecânica do biofilme e consequentemente facilita manchamento e
reduz propriedades mecânicas.
2
A INFLUÊNCIA DO POLIMENTO ADICIONAL EM SUPERFÍCIES DE COMPÓSITOS: UMA ANÁLISE DE RUGOSIDADE SUPERFICIAL, MICROSCOPIA E MOLHABILIDADE.
Lenise Anand de Oliveira Carvalho1, Isauremi Vieira de Assunção2, Boniek Castillo
Dutra Borges3 , Giovanna de Fátima Alves da Costa4, ; Aldenora5 ; Ana Carla6.
1. Acadêmica do 9º semestre do Curso de Odontologia da Universidade Federal do
Rio Grande do Norte – Natal/RN. 2. Porfa Dra. Isauremi Vieira de Assunção,
Universidade Federal do Rio Grande do Norte – Natal/RN. 3. Prof. Dr. Boniek
Castillo Dutra Borges, Universidade Federal do Rio Grande do Norte. 4. Profa Dra.
Giovanna de Fátima Alves da Costa, Doutoranda Universidade Federal do Rio
Grande do Norte. 5. Aldenora Cardoso de Andrade, Mestranda de Engenharia
mecânica pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte. 6. Ana Carla Bezerra
de Carvalho Justo Fernandes, mestranda em saúde coletiva – área de concentração
em odontologia da UFRN.
RESUMO:
Este trabalho objetivou avaliar a influência de métodos de acabamento e polimento
bem como polimento adicional sobre a morfologia de duas diferentes marcas de
resina composta. Foram utilizadas as resinas compostas fotopolimerizáveis: Filtek
Z350 XT (3M) e IPS Empress (Ivoclar Vivadent). Cento e vinte espécimes foram
confeccionados em incremento único, fotoativados por 20 segundos sobre uma tira
de poliéster e armazenados durante 24 horas em água destilada. Os espécimes
foram divididos em 12 grupos (n=10), sendo distribuídos de acordo com o tipo de
resina composta e com o protocolo de acabamento e polimento: sem acabamento e
polimento, acabamento e polimento com Sof-lex Pop On, acabamento e polimento
com Sof-lex Pop On mais polimento adicional com Astropol e ainda com polimento
adicional com disco de feltro com pasta diamantada. Em seguida os espécimes
foram submetidos a uma sequência de análises laboratoriais: rugosidade média
(Ra), (avaliada através do rugosímetro Taylor Hobson), imagem de microscópia
eletrônica de varredura (Hitachi Tabletop Microscope TM-3000), imagem de
3
microscopia de força atômica (AFM, SPM-9700) e molhabilidade (Goniômetro
adaptado). A análise estatística foi realizada através dos testes de análise de
variância (ANOVA) de dois fatores e o teste de Tukey. Os testes foram empregados
para avaliar a presença de diferenças estatisticamente significativas entre os grupos,
no quesito rugosidade superficial e molhabilidade(p < 0,01). Observou-se que não
houve diferença estatisticamente significativa entre as resinas em estudo e que o
polimento adicional é um método aconselhado, pois melhora a lisura superficial e
diminui a molhabilidade das resinas testadas.
Palavras chaves: Polimento dentário. Resinas compostas. MEV. AFM.
Molhabilidade. Rugosidade.
THE INFLUENCE OF ADDITIONAL IN COMPOSITES SURFACES: AN ANALYSIS
OF SURFACE ROUGHNESS, MICROSCOPY AND WETTABILITY.
ABSTRACT:
This study evaluated the influence of finishing and polishing methods and additional
polishing on the morphology of two different brands of composites resins. The light-
curing composites were used: Filtek Z350 XT (3M) and IPS Empress (Ivoclar
Vivadent). One hundred and twenty specimens were made in a single increment,
light cured for 20 seconds on a polyester strip and stored for 24 hours in distilled
water. The specimens were divided into 12 groups (n=10), distributed according to
the type of composite resin and the finishing and polishing protocol: no finishing and
polishing, finishing and polishing with Sof-Lex Pop On and additional polishing
Astropol or felt disc with diamond paste. Then the specimens were subjected to a
series of laboratory tests: average roughness (Ra) (evaluated by rugosimeter Taylor
Hobson), scanning electron microscopy image (Hitachi Tabletop Microscope TM-
3000), atomic force microscopy image (AFM-9700 SPM) and wettability (goniometer
adapted). Statistical analyzes were performed using analysis of variance (ANOVA) of
two factors and Tukey's test. The tests were used to assess the presence of
statistically significant differences between the groups in the category surface
4
roughness and wettability (p <0.01). There was no statistically significant difference
between the resins under study and that both carried treatments improve the surface
roughness and the wettability of the tested resins.
Key words: Dental polishing. Composites resins. MEV. AFM. Wettability. Roughness.
INTRODUÇÃO
Uma das maiores preocupações da odontologia é encontrar um material
restaurador que concentre satisfação estética e longevidade no mesmo produto.
Foram muitos anos de evolução iniciados por Bowen (1962) e muitas conquistas
alcançadas com as resinas compostas. As mesmas são constituídas basicamente
por matriz orgânica (Bis-GMA ou o UDMA), cargas inorgânicas, agente de união e
sistema acelerador-iniciador12.
As principais propriedades físico-mecânicas de uma resina composta são
determinadas pelo tamanho e quantidade das partículas de carga. Quanto maior o
percentual de carga inorgânica, maior a resistência e o módulo de elasticidade e
menor a contração de polimerização. Quanto menor o tamanho das partículas, maior
a lisura superficial12, 15.
Devido a este fato, tem sido introduzido no mercado odontológico um material
com nanopartículas (0,005 e 0,01mm), com o intuito de unir resistência e lisura
superficial em um só produto, reproduzindo propriedades oferecidas pela união das
resinas hibridas com as microparticuladas 8, 14.
Apesar das melhorias, as resinas compostas ainda são acompanhadas de
desvantagens como a instabilidade de cor que pode ser influenciada por fatores
extrínsecos, como corantes provenientes da alimentação, hábitos de fumar, ingestão
de bebidas, entre outros fatores1, 5, 20. A porosidade superficial da resina composta
tem mostrado interferir também na estabilidade de cor, facilitando a penetração de
corantes. A alteração de cor gerada representa um dos principais motivos de troca
de restaurações5, 9, 20. Portanto, mostra-se importante a adoção de medidas
preventivas e conservadoras, realizando acabamento e polimento como etapa
subsequente a sessão clínica restauradora.
5
Sabe-se que a lisura superficial da resina é de fundamental importância para
o sucesso estético e para sua longevidade, pois irregularidades propiciam a
dificuldade da remoção mecânica do biofilme provocando manchamento e eventual
diminuição das propriedades mecânicas e com isso, influência direta na
longevidade.
Este trabalho objetivou realizar um estudo in-vitro, para verificar a rugosidade
superficial de dois materiais restauradores, quando submetidos a diferentes tipos de
acabamento e polimento e ainda com ou sem o uso de polimento adcional, através
de análise de rugosidade superficial e molhabilidade.
A hipótese nula é que ambos os métodos de polimento adicional testados
proporcionarão uma maior lisura superficial e menor molhabilidade nos compósitos.
MATERIAIS E MÉTODOS
Para a obtenção dos corpos-de-prova foi desenvolvida uma matriz de teflon
medindo 8 mm de diâmetro por 2 mm de espessura (Figura1).
Figura 1: Matriz de Teflon. Fonte: Dados da pesquisa, 2015.
Foram confeccionados 120 corpos de prova, utilizando dois compósitos
indicados para restaurações diretas. Resina nanoparticulada Filtek Z350 XT (3M) e a
resina nanohíbrida Empress( Ivoclar Vivadent )( tabela 1) . Ambas as resinas
testadas foram na cor A2 de esmalte. As amostras foram divididas em 12 grupos (G1
a G12) de acordo com o sistema de acabamento e polimento realizado (tabela 2).
6
Tabela1: Composição das resinas compostas testadas.
Tabela 2: Distribuição dos grupos de acordo com a resina e o
sistema de acabamento e polimento testados.
Um único operador previamente calibrado realizou a técnica de inserção única
da resina, com auxílio de uma espátula de Suprafill nº1 (DUFLEX-SS White, Juiz de
Fora, MG, Brasil) uma tira matriz de poliéster e uma lamínula de vidro no topo da
superfície antes da fotoativação de cada amostra. Assim foram fotoativadas por 20
segundos utilizando o Coltolux® LED (Coltene/Whaledent, Altstatten, Switzerland)
com irradiância de 1.264mW/cm 2 , comprimento de onda entre 450-480nm. A
ponteira de 0,8 cm de diâmetro foi apoiada sobre a lamínula de vidro de maneira a
prover uma distância igual de todos os corpos-de-prova até a ponteira do
Resina Composta
Matriz Orgânica
Carga Inorgânica
Filtek Z350 XT (nanoparticulada)
bis-GMA, TEGDMA, UDMA e bis-EMA. Sílica e zircônia.
IPS Empress Direct (nanohíbrida)
bis-GMA e UDMA Vidro de bário, trifluoreto de itérbio, óxidos mistos, dióxido de silício e copolímero.
DISCRIMINAÇÃO
G1 Filtek Z350 + Tira matriz poliéster.
G2 Filtek Z350 + Tira matriz poliéster.
G3 IPS Empress Direct + Tira matriz poliéster.
G4 IPS Empress Direct + Tira matriz poliéster.
G5 Filtek Z350 + Soflex Pop On.
G6 Filtek Z350 + Soflex Pop On.
G7 IPS Empress Direct + Soflex Pop On.
G8 IPS Empress Direct + Soflex Pop On.
G9 Filtek Z350 + Soflex Pop On + Astropol.
G10 Filtek Z350 + Soflex Pop On + Pasta.
G11 IPS Empress Direct + Soflex Pop On + Astropol.
G12 IPS Empress Direct + Soflex Pop On + Pasta.
7
fotopolimerizador. Padronizou-se então a textura superficial, e a distância do
aparelho fotopolimerizador.
As amostras foram armazenadas em água destilada num recipiente escuro
que impedia a exposição à luz e em temperatura ambiente 37°C por 24 horas. Com
a finalidade de padronizar qual superfície do corpo-de-prova receberia o
acabamento e polimento, uma marcação com uma ponta diamantada esférica
#1011(KG Sorense, Brasil) na parte inferior do corpo-de-prova foi feita. Após
confecção e armazenamento, os corpos-de-prova foram divididos em 4 grupos,
caracterizados de acordo com o tipo de resina (Filtek Z350 XT e IPS Empress Direct)
e sistema de acabamento e polimento utilizado: Sof-Lex Pop-On (3M ESPE, USA) ,
Astropol (Ivoclar Vivadent, USA) e disco de feltro com pasta diamantada(FGM,
Portugal).
O sistema de acabamento e polimento selecionado para ambas as resinas,
foram os discos sof-lex Pop-on série laranja. E como polimento adicional foram
testados o kit Astropol (Ivoclar) utilizando as borrachas verde e rosa e também o
polimento adicional com disco de feltro e pasta diamantada (FGM, Portugal). (Tabela
3)
Tabela 3: Caracteristicas dos materiais de acabamento e polimento testados.
Material utilizado. Sof-lex Pop-on Astropol Discos de feltro Diamond e pasta Diamond Excel.
Classificação Discos Flexíveis em poliéster Mylar com centro metálico.
Pontas siliconadas. Disco de feltro natural; Pasta polidora.
Composição do abrasivo.
Óxido de alumínio. Carboneto de silício e pigmentos coloridos. Partículas de Diamante, óxido de alumínio, óxido de titânio e óxido de ferro.
Diamante Micronizado, base lubrificante, espessante e emulsionante.
Diâmetros dos discos.
½ polegada ou 12,77mm. 8 mm.
Graus de abrasividade.
Vermelho (grosso)=17,01 Laranja Médio (médio)=7,01 Laranja Claro (fino)=5,72 Amarelo (ultra-fino)=1,68
Ponta siliconada verde= 12,8 Ponta siliconada rosa=3,8
Granulação extra fina (2 a 4 microns).
Fabricante. 3M ESPE Dental Products. Ivoclar Vivadent, New York, USA.
FGM.
8
Após o período de 24 horas na água destilada, os corpos de prova foram
secos com jatos de ar, para posteriormente serem analisados quanto à rugosidade,
molhabilidade, microscopia de força atômica e microscópia eletrônica de varredura.
Com o auxilio de uma peça de contra-ângulo acoplada a um micro-motor foi
feito o acabamento e polimento das amostras. As 80 amostras receberam
inicialmente o mesmo tratamento com discos Sof-lex Pop-On de acordo com
orientações do fabricante (disco vermelho, disco laranja médio, disco laranja claro e
disco amarelo). Os discos foram passados de forma intermitente, na mesma direção
e durante 20 segundos. (Figura 2) A cada troca de disco as amostras foram levadas
a cuba ultrassônica (kondortech 2500 ml) para retirar o pó deixado nas amostras
após a passagem de um disco para o outro, por 280 segundos. Em seguida foram
secas com um jato de ar. Finalizado os acabamentos e polimentos, as amostras
passaram pela sequência de medições laboratoriais, (rugosidade, molhabilidade,
AFM e MEV).
Figura 2: Sequência de discos Sof-Lex Pop-On. A) Disco vermelho; B) Disco laranja médio; C)Disco laranja claro D) Disco amarelo. Fonte: Dados da pesquisa, 2015
9
As 10 amostras dos grupos G9 e G11 receberam polimento adicional com
astropol verde e rosa, seguindo orientação do fabricante. Com o auxilio de uma peça
de contra-ângulo acoplada a um micro-motor as taças de astropol foram passadas
nas amostras de forma intermitente por 20 segundos, de forma seguencial, primeiro
a verde em seguida a rosa (Figura 3). Cada taça foi utilizada em 5 amostras e
depois desprezada. Após a aplicação de cada taça as amostras passaram 280
segundos na cuba ultrassônica, com a finalidade de remover partículas abrasivas
deixadas na amostra, logo em seguida foram secas com jato de ar.
Figura 3: Sequência de polimento adicional com Astropol A)Taça verde; B) Taça rosa. Fonte: Dados da pesquisa, 2015.
Os grupos G10 e G12 receberam ainda, como polimento adicional, feltro
Diomond (FGM) com pasta Diomond excel (FGM). Foi acoplado ao contra-ângulo o
conjunto mandril (FGM) e feltro, o feltro foi desprezado após ser utilizado em uma
amostra. Para padronizar a quantidade de pasta utilizada, dispersou uma porção de
pasta diamantada na metade da parte ativa da espátula Suprafill nº1. O conjunto foi
passado nas amostras de forma intermitente, circular, por 20 segundos (Figura 4).
10
Figura 4: Sequência de polimento adicional com Feltro e Pasta A)Feltro Diamond; B)Pasta diamantada Diamond Excel. Fonte: Dados da pesquisa, 2015.
Rugosidade
Os espécimes foram levados ao laboratório de Metrologia da Universidade
Federal do Rio Grande do Norte para a realização da análise de sua rugosidade
superficial, utilizando o aparelho rugosímetro portátil Taylor Hobson®
PrecisionSurtronic 25, Cutt off 0,25 e comprimento 1,25mm. Foram feitas três
medições em cada amostra e ao final feita à média aritmética das medições (Figura
5).
Figura 5: Rugosímetro portátil Taylor Hobson® Fonte: Dados da pesquisa, 2015.
Molhabilidade
11
Os 120 espécimes foram levados ao laboratório de Materiais da Universidade
Federal do Rio Grande do Norte para a realização do teste de molhabilidade
(Goniômetro adaptado). O aparelho possui um conta gotas pré-dosado pra liberar
10,7microlitros de água destilada. Com o auxilio de uma máquina fotográfica (Canon
T3i, Objetiva Canon macro 100) acoplada a um tripé a uma distância fixa (30 cm)
foram feitos os registros das gotas sendo dispersa sobre a amostra. A máquina
fotográfica encontrava-se programada pra capturar a imagem em 5 segundos. Todas
as medições foram feitas pelo mesmo operador, realizados em ambiente fechado e
em temperatura ambiente controlada (25°C).
O ângulo de contato é definido como o ângulo entre um plano tangente a uma
gota do líquido e um plano contendo a superfície onde o líquido se encontra
depositado. A molhabilidade de uma superfície depende do equilíbrio termodinâmico
entre estes sistemas de três interfaces: sólido, líquido e vapor. Assim, o ângulo de
contato representa uma medida quantitativa do processo de molhabilidade( Figura
6).
Figura 6: Esquemática de molhabilidade. Fonte: http://alfaconnection.pro.br/pag_avsf/fqm0101.htm.
Em seguida, foi feito a medição de cada ângulo por três vezes, através de um
software (Geogebra 5.0), que define o ângulo de contato da gota dispersante e a
superfície. No caso em questão, foi água destilada e resina composta.
12
MEV e AFM
No departamento de engenharia dos materiais na Universidade Federal do
Rio Grande do Norte as amostras foram levadas ao MEV (Hitachi Tabletop
Microscope TM-3000) as fotomicrografias foram feitas com aumento de 500 vezes
referente a cada espécime, para melhor visualização de sua microestrutura. Em
seguida levadas ao AFM ( SPM-9700) microscópio que faz varredura de superfícies
de amostras com uma sonda extremamente afiada para observar imagens
tridimensionais. As imagens são formadas através de uma deflexão pela interação
da agulha com a amostra e geradas a partir de um Sofware SPM-9700. As
medições foram feitas no modo não contato. Foi escolhida apenas uma amostra de
cada grupo. Todas as leituras do MEV e do AFM foram realizadas pelo mesmo
técnico, que estava cego em relação à resina e ao tratamento aplicado.
A análise estatística foi realizada através dos testes de análise de variância
(ANOVA) de dois fatores e teste de Turkey. Ambos foram empregados para avaliar a
presença de diferenças estatisticamente significativas entre os grupos para a
rugosidade superficial e molhabilidade (p < 0,01).
RESULTADOS
Não houve diferenças estatisticamente significativas entre as resinas testadas
dentro de cada sistema de acabamento/polimento e polimento adicional (p<0,01).
Entretanto, houve diferenças estatisticamente significativas de rugosidade
superficial (Ra) na interação entre os diferentes sistemas de acabamento/ polimento
e polimento adicional com cada tipo de resina isoladamente. A comparação entre os
grupos em estudo está listada na Tabela 4.
13
Tabela 4 - Médias de rugosidade superficial (Ra) em µm produzidas por métodos de acabamento e polimento em resinas compostas e desvios-padrão.
SISTEMAS DE ACABAMENTO E
POLIMENTO
RESINAS COMPOSTAS
Filtek Z350 XT
DP IPS Empress
DP DP
Tira matriz de poliéster(Controle)
0,15 ± 0,08 aB 0,11 ± 0,05 aB
Discos Sof-Lex Pop On 0,24 ± 0,08 aA 0,26 ± 0,14 aA
Discos Sof-Lex Pop On + Astropol
0,19 ± 0,08 aAB 0,20 ± 0,03 aA
Sof-Lex Pop On + feltro e pasta de polimento
0,21 ± 0,06 aAB 0,19 ± 0,08 aAB
*DP: desvio padrão *Letras minúsculas: comparação entre resinas compostas dentro de um mesmo sistema de acabamento e polimento. *Letras maiúsculas: comparação entre os agentes de acabamento e polimento na mesma resina composta. *Letras iguais não são diferentes estatisticamente e letras diferentes são significativamente diferentes.
Para a resina Filtek Z350 XT o grupo controle foi estatisticamente diferente
dos outros grupos, apresentado a menor rugosidade superficial ( Ra=0,15 µm). O
grupo que utilizou apenas Sof-lex Pop On, apresentou a maior rugosidade superficial
(Ra=0,24 µm), sendo estatisticamente diferente dos outros grupos. Os grupos que
receberam polimento adicional apresentaram estatística semelhante ao grupo
controle e ao grupo que utilizou Sof-Lex Pop On sem polimento adicional. O que
condiz com as fotomicrografias apresentadas nas figuras 7 e 8.
14
Figura 7: Fotomicrografias (MEV) de amostras de resina Z350 XT. A) - Tira Matriz de Poliéster; B) Sof-Lex Pop-On; C) Sof-Lex Pop-On + Astropol; D) Sof-Lex Pop-On + Feltro com pasta. Fonte: Dados da pesquisa, 2015.
15
Figura 8: Fotomicrografia em 3 D (AFM) de amostras de resina Z350 XT. A) Tira Matriz de Poliéster (38,38nm); B) Sof-Lex Pop-On (189,93nm); C) Sof-Lex Pop-On + Astropol (139,52nm); D) Sof-Lex Pop-On + Feltro com pasta (164,05nm). Fonte: Dados da pesquisa, 2015.
Para a resina IPS Empress houve diferença estatisticamente significativa
entre o grupo controle e os sistemas de acabamento/polimento e polimento
adicional. O grupo controle apresentou menor rugosidade superficial (0,11 µm). O
grupo que utilizou somente Sof-Lex Pop On (0,26 µm) foi estatisticamente
semelhante ao grupo que recebeu polimento adicional com Astropol (0,20 µm),
sendo os grupos de maior rugosidade superficial. O grupo que utilizou polimento
16
adicional com disco de feltro e pasta diamantada apresentou estatística semelhante
aos outros grupos. O que condiz com a fotomicrografia mostrada nas figuras 9 e 10.
Figura 9: Fotomicrografias (MEV) de amostras de resina IPS Empress. A) Tira Matriz de Poliéster; B) Sof-Lex Pop-On; C) Sof-Lex Pop-On + Astropol; D) Sof-Lex Pop-On + Feltro com pasta. Fonte: Dados da pesquisa, 2015.
17
Figura 10: Fotomicrografia em 3 D da resina IPS Empress. A) Tira Matriz de Poliéster(91,97nm); B) Sof-Lex Pop-On(227,35nm); C) Sof-Lex Pop-On + Astropol(179,52nm); D) Sof-Lex Pop-On + Feltro com pasta(146,67nm). Fonte: Dados da pesquisa, 2015.
Houve diferença estatisticamente significativa no ângulo de contato dos
diferentes materiais no grupo Filtek Z350 XT e Sof-Lex Pop On (Tabela 5).
18
Tabela 5 - Médias de ângulos de contato em graus produzidas por métodos de acabamento e polimento em resinas compostas e desvios-padrão.
SISTEMAS DE ACABAMENTO E
POLIMENTO
RESINAS COMPOSTAS
Filtek Z350 XT
DP IPS Empress
DP DP
Tira matriz de poliéster (Controle)
65,5 ± 2,8 aC 66,5 ± 2,7 aB
Discos Sof-Lex Pop On 78,0 ± 2,8 bB 82,1 ± 4,3 aA
Discos Sof-Lex Pop On + Astropol
80,3 ± 4,7 aB 83,3 ± 5,0 aA
Sof-Lex Pop On + feltro e pasta de polimento
88,0 ± 4,9 aA 86,7 ± 3,2 aA
Fonte: Dados da pesquisa, 2014. *DP: desvio padrão *Letras minúsculas: comparação entre resinas compostas dentro de um mesmo sistema de acabamento e polimento. *Letras maiúsculas: comparação entre os agentes de acabamento e polimento na mesma resina composta. *Letras iguais não são diferentes estatisticamente e letras diferentes são significativamente diferentes.
Para a Filtek Z350 XT o grupo controle foi estatisticamente diferente dos
demais grupos, apresentando o menor ângulo de contato (65,5°). Os grupos que
utilizaram Sof-Lex Pop On e polimento adicional com Astrpol foram estatisticamente
iquais entre si e diferente dos demais grupos. O grupo que utilizou disco de feltro e
pasta diamantada foi estatisticamente diferente dos demais, com o maior ângulo de
contato (88°). O que condiz com os perfis das gotas (Figura 11).
19
Figura 11: Molhabilidade de amostras de resina Z350 XT. A) Tira Matriz de Poliéster (65,4°); B) Sof-Lex Pop-On (77,74°); C) Sof-Lex Pop-On + Astropol (79,47°); D) Sof-Lex Pop-On + Feltro com pasta (88,55°). Fonte: Dados da pesquisa, 2015.
Para a resina IPS Empress o grupo controle apresentou diferença
estatisticamente significativa dos outros grupos, sendo o de menor ângulo de
contato. Os grupos que receberam acabamento/polimento e polimento adicional
foram os de maiores ângulos de contato. O que condiz os perfis das gotas (figura
12).
20
Figura 12: Molhabilidade de amostras de resina IPS Empress. A) Tira Matriz de Poliéster (66,31°); B) Sof-Lex Pop-On (81,28°); C) Sof-Lex Pop-On + Astropol (83,63°); D) Sof-Lex Pop-On + Feltro com pasta (86,73°). Fonte: Dados da pesquisa, 2015. DISCUSSÃO
A lisura de superfície da resina composta contribui para o sucesso e
longevidade das restaurações17. Este aspecto minimiza o acúmulo de biofilme,
melhora as propriedades físicas, reduz à abrasividade e o desgaste da superfície
das restaurações, o que interfere diretamente no conforto do paciente em termos de
percepção tátil pela língua 7,11. .
O processo de acabamento e polimento tem mostrado ser um aliado na
tentativa de prover superfícies mais lisas. A adesão bacteriana é um dos riscos
promovidos por restaurações que não passam por processos de acabamento e
polimento, sendo a rugosidade superficial um indicador quantitativo da adesão
bacteriana, onde o limite crítico estabelecido para adesão é de 0,2 µm6, 7, 16.
As resinas compostas pesquisadas possuem nanopartículas em sua
composição, o que permite obter uma maior quantidade de partículas por volume,
proporcionando maior proteção da matriz orgânica, impedindo maiores desgastes,
produzindo superfícies mais lisas18.
21
No presente trabalho as médias de rugosidade foram menores nos grupos
controles, onde não foi realizada nenhuma técnica de acabamento e polimento,
sendo da IPS Empress de 0,15 µm e Filtek Z350 XT de 0,11 µm. O que é compatível
com o limite crítico para adesão bacteriana. Superfícies sem polimento resultam em
redução da dureza e a restauração fica mais susceptível ao manchamento o que
gera instabilidade de cor19. Além disso, a tira de poliéster não é aplicável
clinicamente para tais fins. Os grupos, Filtek Z350 XT com astropol (0,19 µm) e IPS
Empress com feltro e pasta (0,19 µm), que receberam polimento adicional também
apresentam médias de rugosidade abaixo do limite considerado crítico para adesão
bacteriana. Evidenciando a importância do polimento adicional.
As duas resinas não apresentaram diferenças estatisticamente significativas
entre si com relação à rugosidade superficial, mostrando que a lisura superficial não
é inerente apenas à composição do compósito, como também aos sistemas de
acabamento e polimento utilizado, o que condiz com outros trabalhos encontrados
na literatura4, 6.
Para uma análise qualitativa foram feitas fotomicrografias através da
microscopia eletrônica de varredura e da microscopia de força atômica. Dispositivos
mais sensíveis, tais como microscopia de força atômica (AFM) pode fornecer uma
imagem mais detalhada da rugosidade da superfície 6, 8, 16.
O AFM obteve imagens mais adequadas para mostrar a topografia das
resinas, com melhores definições e mais detalhes da textura superficial do que o
MEV, fornecendo o primeiro imagens em 3D e o segundo imagens em 2 D10.
A combinação de medições quantitativas como o rugosímetro e dados
qualitativos como a microscopia, fornece embasamento necessário para
caracterização da rugosidade de superfície. O grupo controle mostrou-se mais liso
nas quatro análises realizadas, seguido de um maior valor de rugosidade nos grupos
que foi utilizado o sof-lex pop-on, apresentando alguns sulcos pouco profundos e
não uniformes. Já no polimento adicional as ranhuras se tornaram mais suaves em
ambas as resinas.
A molhabilidade das amostras foi verificada a partir dos ângulos de contato
formados através de uma gota de água destilada desprezada sobre a superfície das
22
resinas. Sendo as resinas testadas hidrofóbicas possuindo ângulos de contato de
pelo menos 65°14.
Os menores ângulos de contato foram encontrados no grupo controle o que é
justificado pelo afloramento da matriz orgânica, pois esta é hidrofílica e possui uma
alta sorção de água19, 2. Os maiores ângulos de contato encontrados foram nas
amostras que receberam o polimento adicional. Isto ocorreu em ambas às resinas, o
que evidenciou o aumento da hidrofobia da resina composta após os tratamentos
recebidos. Fato este que contribui para a diminuição da molhabilidade da resina
composta, reduzindo a penetração contínua de água ou solventes, prevenindo a
degradação química e formação de poros. O que evita o aumento da rugosidade
superficial e contribui para uma menor susceptibilidade a adesão de película salivar
e biofilme oral3.
Uma série de fatores contribui para lisura superficial das resinas compostas,
na quantidade de componentes de enchimento, variação no espaçamento
interpartículas, distribuição de material de enchimento, a presença de aglomeração
de enchimento agregados, a qualidade de aderência à matriz do material13. Ambas
as resinas testadas possuíam nanopartículas em sua composição, embora uma
delas nanoparticulada pura (Filtek Z350 XT) e a outra nanohíbrida (IPS Empress)
sendo mesclada com partículas híbridas e mesmo assim apresentaram
comportamentos similares, o que nos leva a crer que apenas a presença de
nanoparticuladas na composição, já ajuda na manutenção da lisura superficial
necessária.
A hipótese nula foi aceita, pois o polimento adicional proporcionou uma maior
lisura superficial e uma menor molhabilidade. Sendo indicada como mais um passo
clínico após 24 horas da restauração.
23
CONCLUSÕES
1. O polimento adicional ao tratamento de acabamento e polimento das resinas
compostas pesquisadas é um método aconselhado, pois melhora a lisura superficial
e diminui a molhabilidade das mesmas.
2. Ambas as resinas testadas não apresentaram diferenças significativas entre elas
mesmas uma sendo nanoparticulada pura, Filtek Z350 XT, e a outra, IPS Empress,
ser nanohíbrida.
24
REFERÊNCIAS
1. Alawjali SS & Lui JL (2013) Effect of one-step polishing system on the color stability of nanocomposites Journal of dentistry 41 Suppl 3 53-61.
2. Berger, S. B., Palialol, A. R. M., Cavalli, V., & Giannini, M. (2009). Characterization of water sorption, solubility and filler particles of light-cured composite resins. Brazilian dental journal, 20(4), 314-318.
3. Borges, Márcio AP, et al. (2011)"Degradation of polymeric restorative materials subjected to a high caries challenge." dental materials 27.3 244-252.
4. Botta, Ana Carolina, Sillas Duarte, and Simoni Maria Gheno(2008). "Effect of dental finishing instruments on the surface roughness of composite resins as elucidated by atomic force microscopy." Microscopy and microanalysis 14.05 :380-386.
5. Erta, Ertan et al(2011). Color Stability of Resin Composites after Immersion
in Different Drinks. Dental Materials Journal v. 25,n2,371-376, 2006.ence, v.
19, n. 3, p. 204-211.
6. Ereifej, N. S., Y. G. Oweis, and G. Eliades (2012). "The effect of polishing technique on 3-D surface roughness and gloss of dental restorative resin composites." Operative dentistry 38.1 :E9-E20.
7. Ferreira, Polyana Moura, et al(2015). "Impact of a novel polishing method on the surface roughness and micromorphology of nanofilled and microhybrid composite resins." Revista Portuguesa de Estomatologia, Medicina Dentária e Cirurgia Maxilofacial 56.1 :18-24.
8. Giacomelli L, Derchi G, Frustaci A, Orlando B, Covani U, Barone A, de Santis D,Chiappelli F.(2010). Surface roughness of commercial composites after differentpolishing protocols: an analysis with atomic force microscopy. Open Dent J 4:191-194.
9. GÖNÜLOL, Nihan; YILMAZ, Fikret (2012). The effects of finishing and polishing techniques on surface roughness and color stability of nanocomposites. Journal of dentistry, v. 40, p. e64-e70.
25
10. Janus, J., et al. (2010) "Surface roughness and morphology of three nanocomposites after two different polishing treatments by a multitechnique approach." dental materials 26.5: 416-425.
11. Jung M, Sehr K, & Klimek J (2007) Surface texture of four nanofilled one
hybrid composite after finishing Operative Dentistry 32(1) 45-52.
12. MARGEAS, R. (2013) Composite materials: advances lead to ease of use, better performance. Compendium of continuing education in dentistry (Jamesburg, NJ: 1995), v. 34, n. 5, p. 370.
13. Marghalani, Hanadi Yousif(2010). "Effect of filler particles on surface
roughness of experimental composite series." Journal of Applied Oral
Science 18.1: 59-67.
14. Nahedh, Hend ; Awliya,Wedad(2013). The effectiveness of four methods for
stain removal from direct resin-based composite restorative materials. The Saudi Dental Journal,v. 25, p. 61–67
15. Oliveira, Gabriela Ulian de, et al(2012). "Impact of filler size and distribution on roughness and wear of composite resin after simulated toothbrushing."Journal of Applied Oral Science 20.5 (2012): 510-516.
16. Perez, C. dos R., et al(2009). "Effect of a glaze/composite sealant on the 3-D surface roughness of esthetic restorative materials." Operative Dentistry 34.6 674-680.
17. Schmitt, Vera Lucia, et al(2011). "Effect of finishing and polishing techniques on the surface roughness of a nanoparticle composite resin." Brazilian Journal of Oral Sciences 10.2 :105-108.
18. Scheibe, Kristine Guará Brusaca Almeida, et al(2009). "Effect of different polishing systems on the surface roughness of microhybrid composites." Journal of Applied Oral Science 17.1 : 21-26.
26
19. Sideridou, I. D., Karabela, M. M., & Vouvoudi, E. C. (2011). Physical properties of current dental nanohybrid and nanofill light-cured resin composites. dental materials, 27(6), 598-607.
20. Sirin Karaarslan, Emine, et al(2013). "Effects of different polishing methods on color stability of resin composites after accelerated aging." Dental materials journal 32.1 : 58-67.
27
INSTRUCTIONS TO AUTHORS New Instructions as of 20 September 2008
Operative Dentistry requires electronic submission of all manuscripts. All submissions
must be sent to Operative Dentistry using the Allen Track upload site. Your
manuscript will only be considered officially submitted after it has been approved
through our initial quality control check, and any problems have been fixed. You will
have 6 days from when you start the process to submit and approve the
manuscript. After the 6 day limit, if you have not finished the submission, your
submission will be removed from the server. You are still able to submit the
manuscript, but you must start from the beginning. Be prepared to submit the following
manuscript files in your upload:
A Laboratory or Clinical Research Manuscript file must include:
o a title
o a running (short) title
o a clinical relevance statement
o a concise summary (abstract)
o introduction, methods & materials, results, discussion and conclusion
o references (see Below)
o The manuscript MUST NOT include any:
identifying information such as:
Authors
Acknowledgements
Correspondence information
Figures
Graphs
Tables
An acknowledgement, disclaimer and/or recognition of support (if applicable)
must in a separate file and uploaded as supplemental material.
All figures, illustrations, graphs and tables must also be provided as individual
files. These should be high resolution images, which are used by the editor in the
actual typesetting of your manuscript. Please refer to the instructions below for
acceptable formats.
All other manuscript types use this template, with the appropriate changes as
listed below.
Complete the online form which includes complete author information and
select the files you would like to send to Operative Dentistry. Manuscripts that
do not meet our formatting and data requirements listed below will be sent
back to the corresponding author for correction.
GENERAL INFORMATION
All materials submitted for publication must be submitted exclusively to
Operative Dentistry.
28
The editor reserves the right to make literary corrections.
Currently, color will be provided at no cost to the author if the editor deems it
essential to the manuscript. However, we reserve the right to convert to gray
scale if color does not contribute significantly to the quality and/or information
content of the paper.
The author(s) retain(s) the right to formally withdraw the paper from
consideration and/or publication if they disagree with editorial decisions.
International authors whose native language is not English must have their work
reviewed by a native English speaker prior to submission.
Spelling must conform to the American Heritage Dictionary of the English
Language, and SI units for scientific measurement are preferred.
While we do not currently have limitations on the length of manuscripts, we
expect papers to be concise; Authors are also encouraged to be selective in their
use of figures and tables, using only those that contribute significantly to the
understanding of the research.
Acknowledgement of receipt is sent automatically. If you do not receive such an
acknowledgement, please contact us at [email protected] rather than resending
your paper.
IMPORTANT: Please add our e-mail address to your address book on your server
to prevent transmission problems from spam and other filters. Also make sure
that your server will accept larger file sizes. This is particularly important since
we send page-proofs for review and correction as .pdf files.
REQUIREMENTS
FOR ALL MANUSCRIPTS
1. CORRESPONDING AUTHOR must provide a WORKING / VALID e-mail
address which will be used for all communication with the journal.
NOTE: Corresponding authors MUST update their profile if their e-mail
or postal address changes. If we cannot contact authors within seven days,
their manuscript will be removed from our publication queue.
2. AUTHOR INFORMATION must include:
full name of all authors
complete mailing address for each author
degrees (e.g. DDS, DMD, PhD)
affiliation (e.g. Department of Dental Materials, School of
Dentistry, University of Michigan)
3. MENTION OF COMMERCIAL PRODUCTS/EQUIPMENT must include:
full name of product
full name of manufacturer
city, state and/or country of manufacturer
4. MANUSCRIPTS AND TABLES must be provided as Word files. Please
limit size of tables to no more than one US letter sized page. (8 ½ ” x 11”)
29
5. ILLUSTRATIONS, GRAPHS AND FIGURES must be provided as TIFF or
JPEG files with the following parameters
line art (and tables that are submitted as a graphic) must be sized
at approximately 5” x 7” and have a resolution of 1200 dpi.
gray scale/black & white figures must have a minimum size of 3.5”
x 5”, and a maximum size of 5” x 7” and a minimum resolution of
300 dpi and a maximum of 400 dpi.
color figures must have a minimum size of 2.5” x 3.5”, and a
maximum size of 3.5” x 5” and a minimum resolution of 300 dpi
and a maximum of 400 dpi.
color photographs must be sized at approximately 3.5” x 5” and
have a resolution of 300 dpi.
OTHER MANUSCRIPT TYPES
1. CLINICAL TECHNIQUE/CASE STUDY MANUSCRIPTS must include:
a running (short) title
purpose
description of technique
list of materials used
potential problems
summary of advantages and disadvantages
references (see below)
2. LITERATURE AND BOOK REVIEW MANUSCRIPTS must include:
a running (short) title
a clinical relevance statement based on the conclusions of the
review
conclusions based on the literature review…without this, the
review is just an exercise
references (see below)
FOR REFERENCES
REFERENCES must be numbered (superscripted numbers)
consecutively as they appear in the text and, where applicable, they
should appear after punctuation.
The reference list should be arranged in numeric sequence at the end
of the manuscript and should include:
1. Author(s) last name(s) and initial (ALL AUTHORS must be
listed) followed by the date of publication in parentheses.
2. Full article title.
3. Full journal name in italics (no abbreviations), volume and issue
numbers and first and last page numbers complete (i.e. 163-168
NOT attenuated 163-68).
30
4. Abstracts should be avoided when possible but, if used, must
include the above plus the abstract number and page number.
5. Book chapters must include chapter title, book title in italics,
editors’ names (if appropriate), name of publisher and publishing
address.
6. Websites may be used as references, but must include the date
(day, month and year) accessed for the information.
7. Papers in the course of publication should only be entered in the
references if they have been accepted for publication by a journal
and then given in the standard manner with “In press” following
the journal name.
8. DO NOT include unpublished data or personal communications
in the reference list. Cite such references parenthetically in the
text and include a date.
EXAMPLES OF REFERENCE STYLE
Journal article: two authors
Evans DB & Neme AM (1999) Shear bond strength of composite resin and
amalgam adhesive systems to dentin American Journal of Dentistry 12(1) 19-25.
Journal article: multiple authors
Eick JD, Gwinnett AJ, Pashley DH & Robinson SJ (1997) Current concepts on
adhesion to dentin Critical Review of Oral and Biological Medicine 8(3) 306-335.
Journal article: special issue/supplement
Van Meerbeek B, Vargas M, Inoue S, Yoshida Y, Peumans M, Lambrechts P &
Vanherle G (2001) Adhesives and cements to promote preservation
dentistry Operative Dentistry (Supplement 6) 119-144.
Abstract:
Yoshida Y, Van Meerbeek B, Okazaki M, Shintani H & Suzuki K (2003)
Comparative study on adhesive performance of functional monomers Journal of
Dental Research 82(Special Issue B) Abstract #0051 p B-19.
Corporate publication:
ISO-Standards (1997) ISO 4287 Geometrical Product Specifications Surface
texture: Profile method – Terms, definitions and surface texture
parameters Geneve: International Organization for Standardization 1st edition 1-
25.
Book: single author
Mount GJ (1990) An Atlas of Glass-ionomer Cements Martin Duntz Ltd, London.
Book: two authors
Nakabayashi N & Pashley DH (1998) Hybridization of Dental Hard
Tissues Quintessence Publishing, Tokyo.
31
Book: chapter
Hilton TJ (1996) Direct posterior composite restorations In: Schwarts RS,
Summitt JB, Robbins JW (eds) Fundamentals of Operative
Dentistry Quintessence, Chicago 207-228.
Website: single author
Carlson L (2003) Web site evolution; Retrieved online July 23, 2003
from: http://www.d.umn.edu/~lcarlson/cms/evolution.html
Website: corporate publication
National Association of Social Workers (2000) NASW Practice research survey
2000. NASW Practice Research Network, 1. 3. Retrieved online September 8,
2003 from:http://www.socialworkers.org/naswprn/default