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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS EMERSON FELIPE CARDOSO DO NASCIMENTO ANALISE DOS FATORES INTRÍNSECOS E EXTRÍNSECOS QUE INFLUENCIAM A ESCOLHA E PERMANÊNCIA NO CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS DA UFRN. Natal/RN 2015

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

EMERSON FELIPE CARDOSO DO NASCIMENTO

ANALISE DOS FATORES INTRÍNSECOS E EXTRÍNSECOS QUE INFLUENCIAM

A ESCOLHA E PERMANÊNCIA NO CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS DA

UFRN.

Natal/RN

2015

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EMERSON FELIPE CARDOSO DO NASCIMENTO

ANALISE DOS FATORES INTRÍNSECOS E EXTRÍNSECOS QUE INFLUENCIAM

A ESCOLHA E PERMANÊNCIA NO CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS DA

UFRN.

Monografia apresentada à Banca Examinadora da

Universidade Federal do Rio Grande do Norte como

requisito final à obtenção do grau de Bacharel em Ciências

Contábeis.

Orientadora: Profª MSc. Giovanna Tonetto Segantini

Natal/RN

2015

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EMERSON FELIPE CARDOSO DO NASCIMENTO

ANALISE DOS FATORES INTRÍNSECOS E EXTRÍNSECOS QUE INFLUENCIAM

A ESCOLHA E PERMANÊNCIA NO CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS DA

UFRN.

BANCA EXAMINADORA DA MONOGRAFIA:

Profª. M.sc. Giovanna Tonetto Segantini

Orientadora

Prof. M.sc. Daniele da Rocha Carvalho - Membro.

Prof. M.sc. Luiz Vieira de Oliveira Sobrinho - Membro.

Aprovada em: Natal, 01 de Julho de 2015.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus pela força que me têm concedido em todos os momentos, principalmente

nos mais difíceis.

A minha mãe, Elione Cardoso da Silva, pela minha existência, e ter proporcionado o suporte e

incentivo nos estudos, se hoje estou concluído o ensino superior ela tem uma grande parcela

nisto, e a meu pai, Francisco Canindé do Nascimento por me ensina a ser um homem a todo o

momento da minha vida.

A minha amada esposa, Kaliane Rayane Rodrigues da Silva Nascimento, por me ajuda a

concluir este trabalho, por suporta minhas dores de cabeça, por cuidar das minhas pequenas

filhas enquanto eu ficava noites estudando e por apoia em todas as situações difíceis e

complicadas da minha vida.

A professora Giovanna Segantini, por sua enorme paciência na construção deste trabalho,

especialmente pelas orientações atentas e precisas.

Aos professores que me permitiram utilizar um pouco do tempo deles para aplica os

questionários desta pesquisa. E ao corpo docente por sempre incentiva o estudo continuo

A coordenação do curso por ceder às informações necessárias que contribuirão para este

trabalho.

A todos os colegas e amigos que me incentivaram a concluir o curso.

A todos os alunos que responderam à pesquisa, imprescindíveis à conclusão do presente

trabalho.

As pessoas que ora me fogem à lembrança minha sincera gratidão.

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“Mesmo desacreditado e ignorado por todos, não posso desistir, pois para mim,

vencer é nunca desistir.”

ALBERT EINSTEIN

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RESUMO

A busca da educação superior no Brasil pode representar expectativas de

mobilidade social. O objetivo é: analisar os fatores intrínsecos e extrínsecos que

influenciam a escolha e permanecer no curso de contabilidade da UFRN. Aplicação

do estudo teve como base os fundamentos da teoria dos dois fatores, esses fatores

estão relacionados com o trabalho, mas foram adaptados ao ambiente acadêmico, a

fim de capturar os determinantes da satisfação e retenção dos alunos em relação ao

ensino superior. A motivação na situação escolar tem sido descrita como uma chave

de aprendizagem. A população e composta de alunos do 1º ao 4º período dos dois

turnos. No questionário foram discutidas as seguintes informações: sexo, idade,

período de entrada na instituição e 27 questões que estão relacionadas com os

fatores da doutrina de Herzberg. Os fatores motivacionais de maior importância no

ingresso foram: Realização profissional, Melhoria Salarial/Ascensão Profissional,

Credibilidade/Conceituação da Instituição de ensino, Mercado de trabalho com

grande oferta de empregos, Preparação para concursos públicos ou outros

processos seletivos e Remuneração satisfatória no desenvolvimento da profissão.

Os fatores de motivação para permanecer no curso foram: Possibilidade de ser

aluno da UFRN, Bons professores, aula dinâmica e sentimento de pertencer ao

grupo, à família, a turma, a biblioteca e os professores. Os resultados sugerem que

esses fatores motivacionais sobre os discentes são relevantes tanto para um

conhecimento profundo dos estudantes para os professores como motivá-los, e para

os administradores (coordenação) para melhorarem o curso com a ausência de

certo fatores motivacionais de importância significativa (monitoria).

Palavras-chave: Satisfação, Herzberg, Motivação.

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ABSTRACT

The pursuit of higher education in Brazil may represent expectations of social

mobility. The goal is: to analyze the intrinsic and extrinsic factors that influences the

choice and stay on course accounting UFRN. Study application will build on the

foundations of the theory of two factors, these factors are work-related, but have

been adapted to the academic environment in order to capture the determinants of

satisfaction and retention of students in relation to higher education. Motivation in the

school situation has been described as a learning key. The population and made up

of students from the 1st to the 4th period of two shifts. In the questionnaire were

discussed the following information: sex, age, input period in the institution and 27

issues that are related to the factors of the doctrine of Herzberg. The motivational

factors of greatest importance in the entry were: Professional Achievement,

Improvement Salary / Professional Growth, Credibility / Conceptualization of teaching

institution labor market with wide range of jobs, Preparation for civil service or other

selection processes and satisfactory remuneration in the development of profession.

The motivating factors to stay on course were: Expected to be a student at UFRN,

Good teachers, classroom dynamics and sense of belonging, family, class, library

and teachers. The results suggest that these motivational factors of the students are

relevant for both a deep knowledge of students to teachers how to motivate them,

and to administrators (coordination) to improve the course with the absence of

certain motivational factors of significant importance (monitoring).

Key-words: Satisfaction, Herzberg, Motivation.

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Pontuação média dos fatores motivacionais referentes aos

aspectos profissionais para o ingresso no curso....................................... 26

Tabela 2 – Pontuação Media dos fatores motivacionais no aspecto pratico

para ingressar no curso................................................................................. 27

Tabela 3 – Pontuação média dos fatores motivacionais no aspecto

Socialização e Qualidade/Capacitação do corpo docente para

permanência no curso.................................................................................... 28

Tabela 4 – Pontuação média dos fatores motivacionais no aspecto

influencia dos docentes motivados os alunos para permanecerem no

curso................................................................................................................ 29

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 11

1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO PROBLEMA 11

1.1 OBJETIVOS 12

1.2.1 OBJETIVO GERAL 12

1.2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 12

1.2 JUSTIFICATIVA 12

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 13

2.1 DEFINIÇÃO DE MOTIVAÇÃO 13

2.1.1 A Teoria dos dois fatores 15

2.2 ENSINO DE CONTABILIDADE ATUALMENTE 18

3 METODOLOGIA 21

3.1 O AMBIENTE DA PESQUISA 21

3.2 TIPOS DE PESQUISA 22

3.3 INSTRUMENTOS E PROCESSO DE COLETA DE DADOS 23

4 DESCRIÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS 25

4.1 ANÁLISE DAS VARIÁVEIS ESTUDADAS 25

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 32

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1 INTRODUÇÃO

1.1 Contextualização do problema

A procura pela formação superior no Brasil pode representar expectativas de

ascensão social, pois conforme pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de

Geografia e Estatística – IBGE, quem tem formação superior ganha remuneração

salarial até três vezes maior do quem não tem (Portal IBGE, 2011). Desta forma, a

formação superior apresenta sua relevância no contexto socioeconômico.

No que diz respeito à Contabilidade, o profissional após sua formação, tem

expressivo papel na sociedade, por ser responsável em administrar o patrimônio de

terceiros. Segundo Neves e Viceconti (2000), a contabilidade é uma ciência que

desenvolveu uma metodologia própria com a finalidade de controlar o patrimônio das

entidades, apurar o resultado e prestar informações aos seus usuários. Sendo

assim, uma formação superior de qualidade é indispensável frente à importância do

profissional contábil perante as entidades.

Contudo, Marion (2001) aponta que 68% dos novos profissionais em

contabilidade não se sentem preparados para assumir a contabilidade de uma

empresa, e até o mesmo afirma que se sentiu frustrado em concluir o curso de

ciências contábeis sem se sentir capaz de exercer a profissão.

Apesar das distinções dos posicionamentos dos autores sobre o ensino

contábil ser voltado para a técnica e/ou cientificidade, é de suma importância

ressaltar que este é apenas um dos diversos fatores que influenciam no processo de

ensino-aprendizagem.

O uso de diferentes métodos aplicados de forma simultânea ou não, é

fundamental para “manter acesa a chama da motivação com a qual o aluno ingressa

na faculdade” de acordo com MARION (2001). E para garantir esta motivação o

professor bem qualificado é de fundamental importância.

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Frente a este contraste entre o aumento da procura pela formação superior e a

qualidade e satisfação desta formação no processo de ensino-aprendizagem. O

estudo traz uma reflexão sobre os fatores motivacionais que estimularam os alunos

a ingressar no curso de ciências contábeis na UFRN, imergindo neste complexo

momento da relação escolha-ensino-aprendizagem. Quais os motivos que

determinaram o ingresso no curso de ciências contábeis na UFRN?

1.2 Objetivos

1.2.1 Objetivo Geral

A pesquisa tem como objetivo geral: analisar os fatores intrínsecos e

extrínsecos que influenciam a escolha e permanência no curso de ciências

contábeis da UFRN, fazendo assim uma análise dos motivos que levou os alunos a

optar pelo curso nesta instituição. Evidenciando quais foram os fatores que mais

incentiva o acadêmico.

1.2.2 Objetivos Específicos

Com o fim de alcançar o objetivo geral proposto, são traçados os seguintes

objetivos específicos:

Identificar os fatores que causam maiores influencias no ingresso do curso;

Identificar os fatores que causam maiores influencias na permanência no curso;

Relacionar os fatores relevantes e determinar um perfil desses alunos.

1.3 Justificativa

Este estudo anseia trazer informações que contribuam com o desenvolvimento

de pesquisas, baseadas nos alunos do ensino superior no âmbito motivacional.

Conhecendo melhor os discentes, principalmente o motivado, conseguiremos

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identificar qual o tipo de motivação, distinguindo quais os fatores relacionados a ela

e até os fatores ausentes.

O tema é de grande relevância, pois um aluno motivado se transforma em um

agente ativo no processo de aprendizagem, para que este possa ter preparação

adequada e continuada no curso, e ainda aliar a teoria e a prática profissional, para

que a universidade possa cumprir seu papel com excelência, pois conforme Marion

(2001, p. 11), “A universidade (ou qualquer instituição de ensino superior) é o local

adequado para a construção de conhecimento, para a formação da competência

humana”. Auxiliara também os gestores que coordenam o curso, pois conheceram a

verdadeira estrutura motivacional com base nas opiniões dos próprios alunos, que

poderá servir para subsidiar futuras ações da coordenação no sentido de melhoria

contínua do curso de Ciências Contábeis e do aprimoramento da formação dos

profissionais. Todo e qualquer estudo voltado para a melhora da qualidade de

ensino e resultando na busca do aperfeiçoamento profissional, é de grande

significância para a classe contábil.

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 Definição de motivação

Na psicologia o tema motivação humana tem recebido muita atenção com

diversas pesquisas e teorias sobre esse assunto como os estudos de Maslow,

Herzberg, McGregor, Skinner, e atualmente Mihaly Csikszentmihalyi, por ser um

assunto complexo e de difícil entendimento tente-se a intensificar os estudos para

conseguir compreender melhor este fenômeno. Apesar de diversas teorias e suas

particularidades, elas acabam complementando umas as outras e o desafio é

conectá-las para tentar entender melhor o seu inter-relacionamento.

Para uma compreensão mais adequada sobre o conceito de motivação,

necessitamos delinear a base motivacional que é: a intensidade, a direção e a

persistência.

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Segundo Spector a motivação esta relacionada na direção, persistência e

intensidade do comportamento de um indivíduo, optando por comportamentos

específicos no ambiente em que ser encontra. O desejo de adquirir algo ou alcançar

algum objetivo, à vontade, a necessidade, todos eles resultam em motivação

(SPECTOR, 2006).

Corroborando com Spector, Robbins (2002) define a motivação como o processo

responsável pela intensidade, direção e persistência dos esforços de uma pessoa

para o alcance de uma determinada meta. Apesar da motivação esta relacionada com

o esforço para atingir o objetivo o resultado pode ser influenciado pela situação em

que se encontra o individuo.

Ao definir motivação os dois autores citam três elementos-chave: intensidade,

direção e persistência. A intensidade é o esforço que a pessoa gasta em função de

algo, porém a intensidade para ter resultados favoráveis deve ser direcionada em

favor da organização. Deste modo, é preciso considerar a qualidade e a intensidade

do esforço. O esforço deve busca uma direção coerente aos da organização, só então

a motivação terá uma dimensão de persistência. Que esta por sua vez é o período

que uma pessoa consegue manter seu esforço (ROBBINS, 2002).

Com dito anteriormente a motivação varia entre diferentes pessoas ou numa

mesma pessoa em momentos distintos. Assim para satisfazer algumas

necessidades individuais devem ser exercidos altos níveis de esforço em direção

aos objetivos, seja organizacional ou pessoal.

A motivação na situação escolar tem sido descrita como um determinante

crítico do nível e da qualidade da aprendizagem e do desempenho.

Tendo em vista que o ensino superior geralmente tem objetivo voltado para o

ensino, pesquisa e extensão, este objetivo entra em contradição com os anseios

reais esperados pelos acadêmicos, que visam, com a formação contábil, além de

conhecimento científico, um conjunto de conhecimento técnico e prático para

contribuir com a formação profissional e consequentemente na sua atuação no

mercado de trabalho (MORETTO et al, 2005).

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Moraes comenta que no ambiente acadêmico, o tema motivação

correlacionado com o aprendizado esta sempre em evidência, ocasionando que os

professores estejam preparados para implantar novas estratégias e metodologias no

ensino contábil e estimular assim o acadêmico, atualmente já se sabe que a

motivação é um sentimento, o individuo tem ou não tem, mas nada impede que as

pessoas consigam vivenciá-la com o tempo (MORAES, 2007).

A pesquisa de Almeida propõe-se investigar a motivação dos alunos no ensino

superior e os fatores a ela relacionados, foram selecionados 1.269 alunos de

instituições públicas e privadas de todas as regiões do país. Os dados foram

analisados pelos fatores exploratórios, alfa de Cronbach, análise correlacionais e de

regressão. Os resultados destacar que: as escalas de avaliação da motivação e do

esforço apresentam evidencias de validade, a variável esforço foi desmembrada em

três conceitos: estudo, evitação e frequência, a motivação para concluir os estudos

destaca-se: atuar na área de formação e desempenho do curso. Os alunos

valorizam os cursos que proporcionam crescimento pessoal e contribuição para a

qualificação técnica (ALMEIDA, 2012).

Os autores nas suas pesquisas constataram que existi motivação em nível

escola e deve ser sempre discutido e avaliado pelo corpo docente das instituições,

para estimular os alunos a continuarem motivados no curso até sua conclusão.

2.1.1 A Teoria dos dois fatores

O psicólogo Frederick Herzberg desenvolveu uma teoria que se trata da

motivação no trabalho. Também conhecida como teoria dos fatores higiênicos e

motivacionais. Ele argumenta que a compreensão do comportamento das pessoas

no trabalho esta diretamente relacionada com fatores identificados com o cargo e

também ao contexto em que o cargo esta inserido. Herzberg afirma que há um

conjunto de fatores que responde pela satisfação e outro conjunto que responde

pela insatisfação do individuo no trabalho.

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Localizados no ambiente que rodeia os indivíduos, os fatores higiênicos ou

fatores extrínsecos abrangem as condições dentro da área do trabalho. Essas

condições são administradas e decididas pela empresa, de tal modo elas estão fora

do controle das pessoas. Os principais fatores higiênicos são: salário, benefícios

sociais, tipo de chefia ou supervisão que as pessoas recebem de seus superiores,

condições físicas e ambientais de trabalho, políticas e diretrizes da empresa, clima

de relacionamento entre a empresa e os funcionários e regulamentos internos.

As pesquisas de Herzberg revelam que se os fatores higiênicos quando ótimos,

eles apenas impedem a insatisfação dos empregados e se elevar a satisfação, não

conseguem sustentá-la por muito tempo. Entretanto se os fatores higiênicos são

precários, eles geram a insatisfação dos empregados. Devido a essa influência mais

voltada para a insatisfação, clima de relacionamento entre a empresa e os

funcionários e regulamentos internos estes são chamados de fatores extrínsecos,

pois apenas evitam a insatisfação, mas não provocam a satisfação. Também são

chamados de fatores insatisfacientes.

Os fatores motivacionais: ou fatores intrínsecos, estão entrelaçados com o

conteúdo do cargo e a natureza das tarefas que os indivíduos executam. Os fatores

intrínsecos estão sob o controle do indivíduo, porque estão relacionados com aquilo

que ele faz e realiza. Os fatores intrínsecos abrangem sentimentos de crescimento

individual, reconhecimento profissional e autorrealização dependendo das tarefas

que o indivíduo concretiza no trabalho, causando assim efeitos profundos e estáveis

nas pessoas. Quando eles são ótimos, provocam a satisfação nas pessoas, porém

quando são precários, eles a evitam. Por estarem relacionados com a satisfação dos

indivíduos, são também chamados de fatores satisfacientes.

Como afirmou o próprio Herzberg, os fatores extrínsecos dizem respeito a

como as pessoas são tratadas pela organização e os fatores intrínsecos estão

ligados ao uso que a organização faz da energia motivacional de cada um. Os

fatores extrínsecos e intrínsecos são independentes e não se vinculam entre si. Os

fatores responsáveis pela satisfação profissional das pessoas são totalmente

desligados e distintos dos fatores responsáveis pela insatisfação profissional.

Certamente que os fatores extrínsecos são importantes, visto como são eles

que garantem a subsistência das pessoas e geram uma sensação de conforto

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quando plenamente satisfeitos. Porém, a motivação vai além de salários,

recompensas e promoções, ela está intimamente ligada às emoções e aos valores

de cada indivíduo.

Uma das principais contribuições da teoria dos dois fatores foi à conclusão de

que os fatores envolvidos na motivação no trabalho diferem dos fatores que causam

a insatisfação no trabalho. Para Herzberg (1987, p.8) “O oposto de satisfação no

trabalho não é a insatisfação no trabalho, mas sim ausência de satisfação; e da

mesma forma, o oposto de insatisfação no trabalho não é satisfação no trabalho,

mas sim ausência de insatisfação”.

Portanto, os sentimentos de satisfação e insatisfação no trabalho não são

antagônicos e, os fatores que os determinam devem ser analisados separados.

A insatisfação no trabalho relaciona-se com necessidades derivadas da própria

natureza animal humana. Os fatores extrínsecos representam as variáveis que

determinam o nível de insatisfação no trabalho ou a ausência de insatisfação.

Apesar da teoria de Herzberg investigar os fatores motivacionais que levam a

satisfação no trabalho, alguns autores empregaram seus conceitos no contexto

acadêmico com objetivo de captar os determinantes de satisfação e retenção dos

estudantes em relação aos cursos da área de negócios.

Os resultados de estudos sobre o tema demonstraram que os principais fatores

para o estudante evadir do curso são: não tinham vocação para área, choque entre

horários (trabalho e o curso), escolheu o curso para participar de processos seletivos

(concursos públicos), influência dos pais e familiares; a sede do curso distante da

cidade reside, expectativas frustradas em relação ao curso, requererem a permuta

para outras Universidade/Faculdade, dentre outros (MORAES; VARELA, 2007,

SILVA, 2008).

Lacerda encontrou nos seus estudos que os fatores intrínsecos, novos

conhecimentos e agregar experiências e os fatores extrínsecos, melhoria salarial e

ascensão profissional, são os principais motivos para a escolha do curso. Além

disso, os resultados indicam que os fatores intrínsecos, a interação entre alunos e

professores e o desafio de aprendizagem, e entre os fatores extrínsecos a

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possibilidade de ingresso no mercado de trabalho, revelam-se importantes para a

permanência do discente no curso (LACERDA 2008).

No trabalho de Igarashi sobre o tema os resultados sugerem que a

aprendizagem percebida é influenciada, sobretudo, pelas dimensões satisfação,

métodos de ensino, qualidade do ensino, empregabilidade, confiança nas pessoas

da IES, atitude da coordenação e grade curricular, as quais apresentaram valor de

significância p<0,001 Já às dimensões autoeficácia e imagem social apresentaram

uma significância de p<0,05 (IGARASHI, 2008).

2.2 Ensino de contabilidade atualmente

Alguns eventos impactaram na evolução da contabilidade atual são eles: A

criação da Escola de Comercio Álvares Penteados e Faculdade de Economia e

Administração da USP (FEA), as edições da lei 6.404/76 e a lei 6.385/76, lei das

Sociedades por Ações e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) respectivamente.

Dados do Ministério da Educação/ Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas

Educacionais - MEC/INEP registram a existência de 1.110 cursos de Ciências

Contábeis em todo o Brasil, divididos em 73 no Norte, 202 no Nordeste, 478 no

Sudeste, 134 no Centro-Oeste e 223 no Sul. E devem seguir a resolução do

Conselho Nacional de Educação / Câmara de Educação Superior CNE/CES nº 10 no

seu artigo 5º, aonde discorre sobre as temáticas que os cursos de ciências contábeis

deveriam abordar são eles: conteúdos de formação básica estudos relacionados à

administração, economia, direito, métodos quantitativos, matemática e estatística;

conteúdos de formação profissional estudos específicos sobre a teoria da

contabilidade, noções das atividades atuariais e de quantificações de informações

financeiras, patrimoniais, governamentais e não governamentais, de auditorias,

perícias e controladoria, especificando os dois setores de atuação (público e

privado); conteúdo teórico-prático: estágio curricular supervisionado, atividades

complementares, conteúdos optativos, prática em laboratórios de informática

utilizando softwares atualizados para contabilidade.

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Outro fato de relevância na contabilidade foi à criação do Comitê de

Pronunciamentos Contábeis (CPC), que em 2008 emitiu 15 pronunciamentos e

interpretação técnica sobre os temas contábeis que foram objeto das leis.

Para Oliveira (2010) no ensino da contabilidade houve grandes mudanças

quando foram publicadas as leis 11.638/07 e a 11.941/09, pois necessitou quebrar

velhos paradigmas dando espaço para ideias inovadoras, conciliado o ensino com a

aprendizagem harmonicamente, verificando as condições da globalização e

procurando desenvolver soluções eficientes e eficazes.

Visto que há muitas oportunidades de trabalho na área contábil tem se

intensificado o ingresso nos cursos de contabilidade, mas o estudante precisa

acompanhar as mudanças que surgiram com o advento da globalização,

necessitando capacitar e aprimorar seus conhecimentos para enfrentar o novo

mercado de trabalho, que é amplo e versátil, pois estes profissionais são

indispensáveis para qualquer organização seja da área pública ou da privada. Além

disso, o profissional da contabilidade deve também saber diferenciar às

peculiaridades de cada região, mas exerce com uniformidade devido aos aspectos

legais e éticos que o envolve.

Silva e Rodrigues (2013) checaram com dados estáticos do INEP, que houve

um grande crescimento nas instituições que oferecem o curso de Ciências

Contábeis. Baseando-se nos seus estudos, os autores perceberam que esse

crescimento foi motivado pela grande importância da profissão no novo cenário

mundial e o crescimento no setor educacional no país.

As instituições de ensino devem buscar parcerias com instituições particulares,

empresas, associações e demais órgãos com o propósito de trabalhar em sinergia

contínua para a melhoria da capacitação dos estudantes, porque serão os futuros

profissionais que trabalharão arduamente na busca da qualidade dos resultados

éticos, econômicos, sociais e políticos das organizações.

Suas metodologias são através de exercícios, estudos de casos, atividades

práticas, recursos didáticos multimídias e demais recursos tecnológicos. A ideia não

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é extinguirmos a teoria, mesmo porque ela é de suma importância para a formação

educacional e profissional constituindo a essência da contabilidade. O objetivo é

fazer com que prática e teoria caminhem juntas de modo que cada conceito teoria

tem uma experiência prática.

O Prof. Dr. José Carlos Marion corrobora dizendo que “o ensino da

Contabilidade deveria combinar a teoria com a prática, com o tempo dedicado a

ambas, variando de acordo com a necessidade dos alunos” (MARION, 2001).

Silva (2005) fala que o curso de ciências contábeis deve proporcionar uma

formação holística e generalista para capacita-lo a responder-nos diversos

ambientes organizacionais e societários.

Uma estatística realizada pelo Conselho Federal de Contabilidade mostra que

70% dos profissionais de contabilidade, são absorvidas pelo setor público e os

outros 30% pela indústria e comércio.

A contabilidade está entre as maiores e mais promissoras profissões do século,

entretanto apesar das inúmeras vantagens é fundamental o equilíbrio entre a ética e

a competência. Devendo apresentar-se como um tradutor e não simplesmente como

um apurador de dados. Suas informações devem prover aos usuários bases sólidas

para tomada de decisão.

A dificuldade dos recém-formados de encontrar o primeiro emprego é mais

evidente no setor privado, são 71,64%, contra 28,36% no setor público. Este aspecto

pode ser decorrente da formação histórica do quadro docente, que historicamente

tem sido constituído por profissionais geralmente ligados a empresas públicas e que

tinham na atividade de ensino uma fonte complementar de ocupação e renda.

No trabalho de Nossa (1999) sobre o ensino de contabilidade no Brasil com

ênfase na formação do corpo docente na época, ele verificou que nas instituições

pesquisadas, 19% dos docentes têm cursos de pós-graduação, divididos em 4%

nível de doutorado e 15% em nível de mestrado. Os 81% só possuem cursos de

graduação e/ou especialização e desses apenas 16% dos professores trabalham em

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regime de tempo integral, os demais são horistas ou trabalhadores em tempo

parcial. No entanto, este quadro tem se modificado com a crescente

profissionalização do corpo docente na área de ciências contábeis, bem como com a

expansão das oportunidades de qualificação e pesquisa relacionadas.

3 METODOLOGIA

3.1 O ambiente da Pesquisa

Com a finalidade de evidenciar os fatores estruturais ou ambientais que a teoria

afirmar, necessita uma breve apresentação da Universidade Federal do Rio Grande

do Norte. Os dados foram coletados através de pesquisas em revistas da área, no

site do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira

(INEP) e no próprio site da autarquia.

A Universidade Federal do Rio Grande do Norte criada em 25 de junho de

1958, através de lei estadual, e federalizada em 18 de dezembro de 1960. A UFRN

foi formada a partir de faculdades e escolas de nível superior já existente em Natal,

como a Faculdade de Farmácia e Odontologia; a Faculdade de Direito; a Faculdade

de Medicina; a Escola de Engenharia, entre outras.

Nos anos 70, teve início a construção do Campus Central, numa área de 123

hectares. O Campus abriga atualmente um arrojado complexo arquitetônico,

circundado por um anel viário que o integra à malha urbana da cidade de Natal.

Uma reforma do Estatuto da UFRN, concluída em 1996, estabeleceu a

estrutura em vigor hoje na Universidade criando a estrutura acadêmica, as Unidades

Acadêmicas Especializadas e os Núcleos de Estudos Interdisciplinares.

Além dos diversos setores de aulas, laboratórios e bibliotecas, o Campus

Central possui um Centro de Convivência com restaurante, agências bancárias,

livrarias, galeria de arte e agência dos correios. No prédio da Reitoria funcionam o

Gabinete do Reitor, as Pró-Reitorias e todos os setores da Administração Central.

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Atualmente, a UFRN oferece 74 cursos de graduação presencial, 5 cursos de

graduação à distância e 73 cursos de pós-graduação. Sua comunidade acadêmica é

formada por mais de 37.000 estudantes (graduação e pós-graduação), 3.146

servidores técnico-administrativos e dois mil docentes efetivos, além dos professores

substitutos e visitantes. É a principal universidade do estado e uma das dez maiores

universidades federal do Brasil em número de alunos de graduação matriculada.

De acordo com o Índice Geral de Cursos divulga anualmente no Ranking

Universitário Folha, O desempenho da UFRN foi a mais bem avaliado no Rio Grande

do Norte e das regiões Norte e Nordeste, com um total de 82,64 pontos, estando na

21ª posição entre as instituições de nível superiores nacionais. E o Curso de

Ciências Contábeis da UFRN aparece em 11º se comparado com as outras

instituições que fornecem o curso.

Esse resultado demonstra a dedicação e trabalho da instituição, além de

acrescentar uma maior responsabilidade para continuar melhorando e consolidar o

curso de Ciências Contábeis como referência em nosso país.

O objetivo do Curso e a formação de profissionais com capacidade crítico-

analítica para entender, interpretar e divulgar os fenômenos que afetam o patrimônio

das pessoas físicas e jurídicas, agindo de acordo com princípios legais, éticos e

científicos no cumprimento dessas responsabilidades perante a sociedade.

3.2 Tipos de Pesquisa

A escolha da metodologia se mostra essencial e determinante para o alcance

dos objetivos propostos pela pesquisa. Amparando na busca dos dados e

direcionando a sua respectiva coleta, não se deixando de questionar ao tipo de

pesquisa a ser seguido e buscar o mais apropriado ao tema escolhido.

Este estudo configurou-se como descritivo que de acordo com Prodanov e

Freitas (2013, p.52).

Quando o pesquisador apenas registra e descreve os fatos observados sem interferir neles. Visa expor as características de determinada população ou fenômeno ou o estabelecimento de relações entre variáveis. Envolve o uso de técnicas padronizadas de coleta de dados: questionário e observação sistemática.

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De acordo com Gil (2010, p. 42) a pesquisa descritiva “... tem como objetivo

descrever características de determinada população. Podem ser elaboradas também

com a finalidade de identificar possíveis relações entre as variáveis”.

Ao que se refere aos procedimentos técnicos à pesquisa e do tipo

levantamento, pois foi utilizado questionário focado num grupo de pessoas

envolvidas no problema estudado.

O Prodanov e Freitas (2013, p.57) na sua obra consideram.

Esse tipo de pesquisa quando envolve a interrogação direta das pessoas cujo comportamento desejamos conhecer através de algum tipo de questionário. Em geral, procedemos à solicitação de informações a um

grupo significativo de pessoas acerca do problema.

As informações obtidas foram analisadas e classificadas de forma qualitativas e

quantitativas. Os autores Kauark (2010, p.26) e Prodanov e Freitas (2013, p. 70)

escrevem nas suas respectivas obras que a abordagem qualitativa (2010, p.26).

Considerar que há uma relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito, isto é, um vínculo indissociável entre o mundo objetivo e a subjetividade do sujeito que não pode ser traduzido em números. A interpretação dos fenômenos e a atribuição de significados são básicas no processo de pesquisa qualitativa. Não requer o uso de métodos e técnicas estatísticas. O ambiente natural é a fonte direta para coleta de dados e o pesquisador é o instrumento-chave. É descritiva. Os pesquisadores tendem a analisar seus dados indutivamente. O processo e seu significado são os focos principais de abordagem.

Gil na sua obra define quantitativo como [...] utilizam processamento eletrônico,

os dados são organizados em tabelas e permitem o teste das hipóteses estatísticas.

Os dados recolhidos foram informatizados em arquivo eletrônico e a análise

dos dados foi efetuada com o auxílio da ferramenta do pacote de Office Excel,

versão para Windows. Os cálculos de frequências foram mensurados pela formula

de média ponderada, obtida mediante a divisão dos seguintes valores: somatório do

produto obtido pela multiplicação de cada valor da escala pela respectiva frequência

absoluta do seu aparecimento nas respostas obtidas para cada afirmação

(dividendo) e o somatório das frequências absolutas obtidas para os valores em

cada afirmação (divisor).

3.3 Instrumentos e processo de coleta de dados

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Os dados para a pesquisa foram coletados através de um questionário com

objetivo do trabalho identificar e conhecer diretamente dos alunos quais são suas

motivações.

Os dados foram obtidos através de fontes primárias, aplicando os questionários

nas salas de aula do primeiro ao quarto período, nos dois turnos (matutino e

noturno), no dia 28 de maio 2015 e por e-mail eletrônico. Com essas informações

tem como objetivo resolver o problema exposto na pesquisa.

Collins e Hussey (2005) destacam os benefícios para o uso do questionário

como ferramenta de coleta de dados, argumentando que este e um artifício bastante

usado entre os acadêmicos, por ser mais econômico e menos demorado para

conduzir a pesquisa. Os autores ainda destacam em sua obra a importância da

confiabilidade das repostas conseguidas.

A amostra e não probabilística porque é totalmente subjetiva, já que se baseia

nas decisões pessoais do pesquisador escolhendo elementos arbitrários e não se

conhece a população total e de caráter convencional já que pesquisador seleciona

membros da população mais acessíveis, sua variabilidade amostral não pode ser

calculada com precisão.

A população consiste em 297 alunos do 1º ao 4º período dos turnos matutino e

noturno que estão matriculados no curso no período de 2015.1. O motivo de não

englobar todos os alunos do curso foi pelo fato do objetivo do estudo focar no

ingresso dos estudantes na instituição que normalmente se encontrar no 1º e 2º

período e os alunos do 3º e 4º período por esta relacionada com um número

expressivo de insucesso do curso, sendo esta, uma constante nos últimos quatro

semestres anteriores, de acordo com os dados coletados na coordenação do curso

(pelo SIGAA). Caracteriza com insucesso todos os alunos que: trancou o curso,

cancelaram ou reprovaram por nota ou falta.

A problemática é a analisar os motivos de ingresso e permanência dos alunos

de Ciências Contábeis da UFRN, avaliando de acordo com os fatores da teoria de

Herzberg. No questionário foram abordadas as seguintes informações: gênero,

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idade, semestre de ingresso na instituição e 27 quesitos que estão relacionados com

os fatores fundamentados na doutrina de Herzberg. Os fatores intrínsecos e

extrínsecos foram exibidos e retirados da teoria de Herzberg, que se situa num

ambiente organizacional, e adaptado para o ambiente acadêmico, com o intuito de

captar os fatores decisivos de satisfação e retenção dos estudantes no curso de

contabilidade. As questões são abertas é foram respondida utilizada uma escala do

tipo likert, atribuído valores de 1 a 5, na qual 1 significa grau de menos importância e

5 grau de maior importância. E tem como embasamento no trabalho de Lacerda que

serviu de estímulo para trabalha o tema.

4 DESCRIÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS

4.1 Análise das variáveis estudadas

O total da amostra foi de 172 participantes, sendo 95 homens (55,23%) e 77

mulheres (44,77%). Representando 57,91% da população. A maioria é representada

pelo gênero masculino, se assemelhando aos de Pimentel (2012) e Ferro (2008), no

entanto no censo de educação superior do INEP o resultado dos matriculados por

gênero no curso de ciências contábeis são 58,32% mulheres contra 41,68%

masculino. Assim a amostra esta próxima da realidade atual (em termos de

porcentagem).

Como já e de se espera a maioria dos participantes são jovens com média de

idade entre 18 a 21 anos, sendo 45% masculino e 57% feminino, que persistem

motivados a continuar nos seus estudos. Um ponto a destacar é que apesar da

predominância ser de alunos “mais novos”, a uma porcentagem significativa de

alunos com 27 anos ou mais, do gênero masculino que se soma em 27% da

amostra, revelando que os “adultos” desse gênero, também buscando o curso de

nível superior.

Os fatores motivacionais relacionadas à escolha do curso de Ciências

Contábeis foram classificados em dois grandes grupos: fatores para ingressar e os

fatores para permanecer no curso. Subdivididos em aspectos profissionais e

aspectos práticos (ingresso) e os aspectos da socialização e qualidade/capacitação

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do corpo docente e influencia dos docentes sobre os alunos (permanência). Os

fatores avaliados com maior grau de importância alcançaram pontuações superiores

a 4 (quatro).

A tabela a seguir mostra a pontuação média, que foi calculado conforme a

formula explicada na metodologia, sobre fatores motivacionais para ingressar no

curso, classificados no aspecto profissional.

Tabela 1 – Pontuação média dos fatores motivacionais referentes aos

aspectos profissionais para o ingresso no curso.

FATORES MOTIVACIONAIS DO ASPECTO PROFISSIONAL PARA

INGRESSAR NO CURSO PONTUAÇÃO

MEDIA ITEM 1 2 3 4 5

Realização Profissional. 7 9 34 45 77 4,02

Melhoria Salarial/Ascensão Profissional. 5 14 25 55 73 4,03

Exigência Legal/Profissional. 36 22 46 47 21 2,97

Credibilidade/Conceituação da Instituição de

ensino. 5 7 30 38 92 4,19

Fonte: Próprio autor

Nesta categoria, os fatores realização profissional, melhoria salarial/ascensão

profissional e credibilidade/conceituação da instituição de ensino, obtiveram

pontuação quatro, indica que os discentes conseguem compreender que o cenário

da contabilidade esta mais competitivo e complexo, forçando a buscar pelo ensino

de nível superior em instituições mais preparadas e conceituadas na área dos

negócios, construindo assim um profissional capacitado a exercer a contabilidade

com perfeição.

Esse resultado vai de encontro com a pesquisa de Ferro (2008) que na sua

amostra os funcionários estavam satisfeitas com a remuneração recebida, tendo um

alto nível de motivação na realização da profissão.

Nos resultados de Lacerda (2008) foram bem próximos do exposto no trabalho,

pois seus alunos também visão a realização profissional, com o resultado de salários

mais elevados.

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Maciel (2007) por sua vez, também encontrou na sua pesquisa que a

realização pessoal e profissional é fundamental para os indivíduos e que devem ser

reconhecidas por parte de seus superiores nas suas atividades profissionais

A realização profissional e remuneração elevada ainda são os grandes

motivadores dos indivíduos, independente da classe ou ambiente em que estejam

inseridos.

A tabela 2 revela os fatores motivacionais no ingresso dos alunos no curso no

aspecto pratico.

Tabela 2 – Pontuação Media dos fatores motivacionais no aspecto

pratico para ingressar no curso.

FATORES MOTIVACIONAIS DO ASPECTO PRÁTICO PARA INGRESSAR NO

CURSO PONTUAÇÃ

O MEDIA ITEM 1 2 3 4 5

Convênios existentes entre universidade/empresa. 59 44 24 34 11 2,38

Disponibilidade de tempo. 43 33 45 37 14 2,69

Facilidade de Ingresso. 63 40 37 20 11 2,27

Flexibilidade. 40 41 46 34 11 2,62

Indicação/Incentivo dos colegas. 61 30 46 23 12 2,39

Mercado de trabalho com grande oferta de

empregos. 7 11 35 49 70 3,95

Preparação para concursos públicos ou outros

processos seletivos. 11 9 33 49 70 3,92

Remuneração satisfatória no desenvolvimento da

profissão. 15 14 38 63 42 3,60

Única opção/Circunstancia. 110 31 24 4 3 1,60

Fonte: Próprio autor

Os aspectos práticos são os fatores relacionados com as causas que os alunos

ingressaram no curso e por que nesta instituição. Os mais significantes com notas

entre 3 e 4 (entre a média e bastante importância) foram: Mercado de trabalho com

grande oferta de empregos, Preparação para concursos públicos ou outros

processos seletivos e Remuneração satisfatória no desenvolvimento da profissão.

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Mostrando que muitos entraram na universidade visando se capacitar para

ingressar no mercado de trabalho que tem uma grande demanda de emprego

dependente da área a qual vai atuar (setor público ou setor privado).

Mostrar-se parecido com o resultado de Silva e Rodrigues (2013) que no

estudo os alunos encontram-se preocupados com o mercado crescente e o novo

cenário mundial da profissão.

Os resultados são semelhantes com os de Lacerda (2008), que na sua

pesquisa, também encontrou esse fatores com um grau maior de relevância.

Outro dado interessante e que o fator de menor importância é a Única

opção/Circunstância, sugerindo que os alunos estão no curso por compreender a

relevância da contabilidade para sociedade. A tabela 3 evidencia os dados coletados

sobre os fatores motivacionais para a permanência no curso no aspecto

Socialização e a qualificação/capacitação do corpo docente.

Tabela 3 – Pontuação média dos fatores motivacionais no aspecto

Socialização e Qualidade/Capacitação do corpo docente para permanência no

curso.

FATORES MOTIVADORES PARA A PERMANÊNCIA NO CURSO:

SOCIALIZAÇÃO E QUALIDADE/CAPACITAÇÃO DO CORPO DOCENTE Pontuação

Media ITEM 1 2 3 4 5

Interação entre alunos/professores. 53 37 49 22 11 2,42

Flexibilidade/melhor utilizado do tempo disponível. 42 40 55 25 10 2,54

Possibilidade de ser aluno da UFRN. 38 24 35 41 34 3,05

Bons professores, aula dinâmica e sentimento de

pertencer ao grupo. 33 29 51 34 25 2,94

Boa monitoria, bons matérias, atendimento rápido e

individual. 46 42 47 23 14 2,52

Carinho dedicação, comprometimento e confiança. 35 33 49 33 22 2,85

Fonte: Próprio autor

Os resultados com maior pontuação são: Possibilidade de ser aluno da UFRN,

Bons professores, aula dinâmica e sentimento de pertencer ao grupo e Carinho

dedicação, comprometimento e confiança (apesar dois últimos não atingirem a

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média). As exposições de aulas dinâmicas e de qualidade revelam que os alunos se

preocupam com o ensino-aprendizado e que os professores ainda são grandes

motivadores para os discentes permanecerem no curso. Os dados também podem

indicar que os alunos procuram estudar em instituições com capacidade de

transmitir um excelente ensino, portanto o motivando a permanecer no curso.

Nos ensinamentos de Herzberg (1968, p.8), a interação do indivíduo ou relações

interpessoais é posta como um fator extrínseco causando satisfação ou insatisfação

ao indivíduo. “Todo ser humano necessita de interação com o meio, como o processo

ensino-aprendizagem utiliza-se dessa relação, aluno e o meio pode-se alcançar a

motivação deste.”

Garcia (2007) encontrou resultados similares, já que neste quesito capacitação

do corpo docente obteve-se um grau de coeficiente alto (0,93), Assim nos sugere que

os alunos se preocupam com a qualidade do corpo docente.

Lacerda (2008) detectou no trabalho que os alunos valorizam a instituição e os

bons professores com aulas enérgicas e de qualidade, motivando-os também a

permanecer no curso.

Os outros fatores conseguiram uma nota um pouco abaixo da media podendo

significar que essas atividades esta sendo pouco aproveitadas, evidenciado que

devem ser trabalhados para se tornarem fatores motivacionais.

Os resultados da influencia dos docentes motivando os alunos para

permanecerem no curso estas expostas na tabela 4.

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Tabela 4 – Pontuação média dos fatores motivacionais no aspecto

influencia dos docentes motivados os alunos para permanecerem no curso.

FATORES MOTIVADORES PARA A PERMANÊNCIA NO CURSO: INFLUENCIA

DOS DOCENTES SOBRE OS ALUNOS. Pontuação

Media ITEM 1 2 3 4 5

Professores. 23 23 56 44 26 3,16

Coordenação de curso. 50 31 39 36 16 2,63

Chefia de departamento. 56 40 37 23 16 2,44

Secretaria geral. 51 35 52 22 13 2,49

Biblioteca. 26 15 29 52 50 3,49

Monitoria. 63 44 31 22 12 2,28

Turma. 26 16 44 43 43 3,35

Família. 16 17 32 39 68 3,73

Fonte: Próprio autor

Com esses resultados demonstram que a família ainda é um grande fator de

motivação para os participantes com o intuito de permanecerem no curso, incidindo

na vida universitária ou na vida profissional, a família e de suma importância para o

ser humano no sentido de apoio e reconhecimento.

A turma assim como a família são grandes motivadores para os acadêmicos,

explicando que a convivência com a turma ajuda na motivação, ainda que passado

pelas dificuldades e desafio proposto pelo curso ou pela própria vida pessoal. Esses

fatores intrínsecos estão relacionados com psique dos alunos.

A biblioteca e os professores esta mais relacionada à instituição e suas

estruturas confirmando o que diz a teoria Herzberg que a estrutura do local auxilia a

motivar o individuo, trazendo um conforto, uma comodidade e elevando a satisfação

dos indivíduos.

Corroborando com o resultado, Garcia (2007) verificou que os acadêmicos

necessitam de uma estrutura agradável que permita receber os ensinamentos como

qualidade.

Os fatores restantes esta um pouco abaixo da media, principalmente o fator

monitoria. Este pode ser justificada como pouco ou nenhum conhecimento desta

atividade que tem mais valor no transcorre do curso, próximo ao final.

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Com estes resultados podemos estrutura um perfil motivacional com baseado

na teoria de Herzberg. Assim: a maioria dos alunos tende a ter 18 a 21 anos, sem

predominância de gênero, há uma preocupação com o futuro, já que compreendem

que mercado de trabalho esta exigindo pessoas qualificadas e profissionais

capacitados para supri a demanda e como recompensa salários maiores e ascensão

profissional. Demonstra também, que os alunos persistem no curso por motivos

estruturais da instituição de ensino, por causa de um corpo docente preparado

qualificado e um grande acervo de materiais complementares, pelo reconhecimento

da instituição a nível nacional e fatores intrínsecos como a influencia da família e da

turma.

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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A pesquisa teve como tema analisar os fatores que mais influenciaram os

alunos da UFRN a ingressarem e permanecerem no curso de ciências contábeis.

Aplicado a teoria de Herzberg, baseando-se na literatura sobre o tema, e trabalhos

que utilizaram a teoria e um questionário embasado nesses fatores, nos alunos do 1º

ao 4º período dos turnos matutino e noturno.

Assim os fatores motivacionais de maior grau de importância no ingresso do

curso para os alunos foram: Realização profissional, Melhoria Salarial/Ascensão

Profissional, Credibilidade/Conceituação da Instituição de ensino, Mercado de

trabalho com grande oferta de empregos, Preparação para concursos públicos ou

outros processos seletivos e Remuneração satisfatória no desenvolvimento da

profissão. Enquanto os fatores motivacionais para permanecer no curso foram:

Possibilidade de ser aluno da UFRN, Bons professores, aula dinâmica e sentimento

de pertencer ao grupo, Carinho dedicação, comprometimento e confiança, à família,

a turma, a biblioteca e os professores.

Os objetivos do trabalho foram alcançados uma vez que obteve os fatores

motivacionais propostos. O ingresso e permanência no curso englobam diversos

fatores motivacionais, tanto extrínsecos e intrínsecos. Todavia, a maioria são fatores

extrínsecos, que podem ser administradas pelos docentes da instituição. Deste

modo, os resultados sugerem que esses fatores motivacionais sobre os discentes

são relevantes tanto para um conhecimento profundo dos estudantes para os

professores como motivá-los, e para os administradores (coordenação) para

melhorarem o curso com a ausência de certo fatores motivacionais de importância

significativa (monitoria).

Perceber-se que esta investigação forneceu informações a respeito da situação

motivacional dos estudantes da UFRN. No entanto, abrangesse que pelo fato de ser

uma pesquisa descritiva e uma amostragem não probabilística já evidencia a sua

limitação.

Almejar-se que este trabalho sirva de alicerce para o surgimento de outros

estudos sobre o tema, ampliando a população para diferentes instituições de ensino

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superiores públicas ou privadas ou até comparando-as, bem como acrescentar

outros fatores motivacionais (teorias motivacionais) ou modificando a análise dos

dados (outras ferramentas estatísticas).

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REFERÊNCIAS

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APÊNDICE

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

PESQUISADORES: Emerson Felipe Cardoso do Nascimento e Giovanna

Segantini

Caro (a) Senhor (a)

O Questionário a seguir faz parte de um estudo sobre motivação e satisfação dos

alunos de ciência contábeis que estudam na Universidade Federal do Rio Grande do

Norte e tem por finalidade a coletar de dados para o desenvolvimento de um trabalho de

conclusão de curso. Todas as informações observadas no levantamento dos dados serão

utilizadas apenas para a pesquisa e, também, será assegurado o anonimato do

participante.

O questionário não tem a intenção de medir o conhecimento do participante, sendo

assim não existem respostas certas ou erradas. Sinta-se a vontade para participar. A sua

opinião e muito importante para a pesquisa.

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Idade:______________ Sexo: M ( ) F ( ) Ano de Ingresso no curso:______________

Quais desses fatores influenciaram você no ingresso e na permanência do curso

1 2 3 4 5

Realização profissional.

Melhoria Salarial/Ascensão Profissional.

Exigência Legal/Profissional.

Credibilidade/Conceituação da Instituição de ensino.

Convênios existentes entre universidade/empresa.

Disponibilidade de tempo.

Facilidade de Ingresso.

Flexibilidade.

Indicação/Incentivo dos colegas.

Mercado de trabalho com grande oferta de empregos.

Preparação para concursos públicos ou outros processos seletivos.

Remuneração satisfatória no desenvolvimento da profissão.

Única opção/Circunstancia.

Interação entre alunos/professores.

Flexibilidade/melhor utilizado do tempo disponível.

Possibilidade de ser aluno da UFRN.

Bons professores, aula dinâmica e sentimento de pertencer ao grupo.

Boa monitoria, boas matérias, atendimento rápido e individual.

Carinho dedicação, comprometimento e confiança.

Professores.

Coordenação de curso.

Chefia de departamento.

Secretaria geral.

Biblioteca.

Monitoria.

Turma.

Família.