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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA
RELAÇÃO ENTRE GÊNERO E SINTOMAS MOTORES EM INDIVÍDUOS
COM DOENÇA DE PARKINSON: UM ESTUDO TRANSVERSAL
ISABELLY CRISTINA RODRIGUES REGALADO
Natal
2016
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA
RELAÇÃO ENTRE GÊNERO E SINTOMAS MOTORES EM INDIVÍDUOS
COM DOENÇA DE PARKINSON: UM ESTUDO TRANSVERSAL
ISABELLY CRISTINA RODRIGUES REGALADO
Natal
2016
Dissertação apresentada à Universidade Federal do
Rio Grande do Norte - Programa de Pós-Graduação
em Fisioterapia, linha de pesquisa Avaliação e
Intervenção nos Sistemas Nervoso e
Musculoesquelético, para obtenção do título de
mestre em Fisioterapia.
Orientadora: Profª Drª Ana Raquel R. Lindquist.
UFRN / Biblioteca Central Zila Mamede
Catalogação da Publicação na Fonte
Regalado, Isabelly Cristina Rodrigues.
Relação entre gênero e sintomas motores em indivíduos com doença de Parkinson:
um estudo transversal / Isabelly Cristina Rodrigues Regalado. - Natal, RN, 2016.
78 f. : il.
Orientadora: Prof.ª Dr.ª Ana Raquel Rodrigues Lindquist.
Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Centro de
Ciências da Saúde. Programa de Pós-Graduação em Fisioterapia.
1. Doença de Parkinson - Dissertação. 2. Epidemiologia - Dissertação. 3. Gênero -
Dissertação. 4. Funcionalidade - Dissertação. I. Lindquist, Ana Raquel Rodrigues. II.
Título.
RN/UF/BCZM CDU 616.858: 615.8
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA
Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Fisioterapia:
Prof. Dr. Álvaro Campos Cavalcanti Maciel
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA
RELAÇÃO ENTRE GÊNERO E SINTOMAS MOTORES EM
INDIVÍDUOS COM DOENÇA DE PARKINSON: UM ESTUDO
TRANSVERSAL
Banca Examinadora:
Prof. Dra. Ana Raquel Rodrigues Lindquist (Presidente da banca) - UFRN
Prof. Dr. Álvaro Campos Cavalcanti Maciel (Interno) - UFRN
Profa. Dra. Maria Elisa Pimentel Piemonte (Externo) - USP
Aprovada em 12/01/2016
DEDICATÓRIA
À Deus, que me mostrou o caminho, e
esteve ao meu lado em todos os momentos
dessa trajetória.
Aos meus pais, que investiram em um
sonho, e me deram todo suporte e apoio
nessa caminhada.
Ao meu noivo, que superou os momentos
ausentes, à distância, e sempre me
incentivou a seguir em frente.
Aos pacientes com Doença de Parkinson
que eu pude acompanhar na minha
trajetória na Fisioterapia.
A vocês eu dedico essa conquista com
gratidão.
AGRADECIMENTOS
A Deus, pois sem Ele, eu não estaria onde estou. Sinto sua mão fortemente guiando
meus passos e sonhos. Sinto também que sou fruto da Sua infinita bondade, e que a Sua
vontade é real em minha vida. O Senhor esteve presente em todos os momentos, me deu
a graça de passar no mestrado, e seguiu comigo, me proporcionou força e sabedoria,
abrindo os caminhos, e trazendo pessoas boas para compartilhar comigo destes dois
anos de aprendizado.
A minha mãe, Neide, que desde muito cedo me mostrou o caminho da leitura e estudos,
me ensinou a ler, e me mostrou que não existe herança maior que o conhecimento. Sou
muito grata pelo tempo que você dedicou aos meus estudos, ao quadro de giz, e à
primeira cartilha.
Ao meu Pai, Ivonaldo, que acreditou no meu sonho sem questionar, me deixou sair de
casa aos 18 anos para fazer faculdade, e nunca me deixou faltar nada.
Ao meu noivo, Allyson, que caminha ao meu lado desde a faculdade, vivenciou comigo
momentos difíceis de distância e ausência, mas sempre esteve ao meu lado, me deu
força, carinho, e muitas vezes foi o meu único amigo nessa jornada tão solitária que é o
mestrado.
Agradeço a Glênia, Fábio, Salenice e Heitor, que foram as pessoas com quem mais
convivi nesses dois anos. Eu vi laços de família se formarem nesse tempo. Agradeço as
ligações, o acolhimento, e as milhares de vezes que foram me buscar para não passar o
fim de semana sozinha. Obrigado pelo amor e cuidado. Espero um dia poder retribuir
tudo que fizeram e fazem por mim.
A minha orientadora Ana Raquel, que foi um presente de Deus na minha vida, e que é
um exemplo de ser humano, uma pessoa que traz consigo uma paz que transborda. E
transbordou em mim, que cheguei ao mestrado cheia de medo e anseios, e vi eles se
dissiparem a cada encontro. Muito obrigada por me receber e acolher como sua aluna.
Tenho maior orgulho de dizer que sou aluna de Ana Raquel.
A minha querida amiga Larissa Coutinho, que esteve ao meu lado durante as coletas, e
tornou essa jornada bem mais alegre e divertida. Juntas pudemos ultrapassar as
barreiras, e chegar ao fim com uma sensação de que fizemos o melhor, e também
tiramos o melhor de cada experiência vivida.
A toda equipe LIAM, meus queridíssimos Leonardo, Ozana, Sayara, Karina, Matheus,
Lorena, e Hyanne, agradeço o compromisso e dedicação com o projeto e com os
pacientes. Sem vocês não teríamos conseguido êxito.
Agradeço também as minha amigas de mestrado, que foram fundamentais durante a
época das disciplinas. Nossos cafés de sexta-feira à tarde, tornava tudo mais leve.
Afastamo-nos um pouco devido as coletas, mas sempre unidas pelas redes sociais, e se
Deus quiser novamente unidas durante o doutorado. Obrigada pelas risadas, pelas
saídas, pelas conversas e conselhos. Vocês são especiais.
Aos professores do Programa de Pós Graduação em Fisioterapia da UFRN também
deixo meu muito obrigado. Vocês foram um divisor de águas na minha vida, me
fizeram amar mais ainda a Fisioterapia, e foram agentes ativos no meu crescimento
intelectual e profissional como Fisioterapeuta. Guardarei cada um de vocês na minha
memória com um carinho muito especial. Agradeço em especial ao professor Álvaro
Campos, que além de professor, foi banca examinadora da minha dissertação e
contribuiu para o aprimoramento do meu trabalho.
Agradeço a Maria Elisa Pimentel Piemonte, que prontamente aceitou ser banca
examinadora do meu trabalho, e pelas considerações que contribuirão para o
aprimoramento do meu trabalho.
A todos que contribuíram de alguma maneira para que eu chegasse até aqui, muito
obrigada!!!
SUMÁRIO
LISTA DE ABREVIATURAS ............................................................................................... 10
RESUMO ................................................................................................................................. 11
1.INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 12
1.1 Justificativa ........................................................................................................... 17
1.2 Objetivos ............................................................................................................... 17
2.MATERIAIS E MÉTODOS ............................................................................................... 19
2.1 Delineamento do estudo ................................................................................... 20
2.2 Local e período do estudo ................................................................................ 20
2.3 População e amostra ......................................................................................... 20
2.4 Critérios de elegibilidade ................................................................................. 22
2.4.1 Critérios de inclusão .................................................................................... 22
2.4.2 Critérios de exclusão .................................................................................... 22
2.5 Aspectos éticos ..................................................................................................... 22
2.6 Instrumentos de medida ........................................................................................ 22
2.7 Definição e operacionalização das variáveis ........................................................ 25
2.7.1 Independentes ................................................................................................. 25
2.7.2Dependentes .................................................................................................... 26
2.8 Procedimentos de avaliação .................................................................................. 27
2.9 Análise estatística ................................................................................................. 27
3. RESULTADOS ................................................................................................................... 29
3.1 Caracterização sociodemográfica de sujeitos com Doença de Parkinson do
município de Natal- RN. ............................................................................................. 30
3.2 Análise dos sintomas motores de sujeitos com Doença de Parkinson .................. 31
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 51
APENDICES ........................................................................................................................... 61
ANEXOS ................................................................................................................................. 68
APÊNDICE 01 – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
APÊNDICE 02 – Formulário de identificação do participante
ANEXO 01 – Hoehn e Yarh modificada (HY)
ANEXO 02 - Montreal Cognitive Assessment (MoCA)
ANEXO 02 – Unified Parkinson´s Disease Rate Scale (UPDRS)
ANEXO 03 – Balance Evaluation Systems Test (MiniBESTest)
ANEXO 03- Timed “up and go” (TUG)
ANEXO 04 – Teste de sentar e levantar 5 vezes (ST-DP5X)
LISTA DE ABREVIATURAS
BESTest – Balance Evaluation Systems Test
DA- Dopamina
DP - Doença de Parkinson
HY - Escala de Hoehn e Yahr modificada
LIAM - Laboratório de Intervenção e Análise de Movimento
SPSS - Statistical Package for the Social Science
TCLE - Termo de consentimento livre e esclarecido
TUG - Timed “Up Go” test
UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte
UPDRS - Unified Parkinson’s Disease Rating Scale
SNC - Sistema Nervoso Central
STROBE - Strengthening the Reporting of Observational Studies in Epidemiology
STDP 5X – Teste de sentar e levantar cinco vezes
RESUMO
Introdução: A Doença de Parkinson (DP) é uma patologia neurodegenerativa crônica,
que acomete preferencialmente o gênero masculino, e atinge com maior frequência as
pessoas idosas. Entre as características clínicas da doença estão o tremor, rigidez,
bradicinesia e alteração postural, além de diminuição da mobilidade funcional, risco de
quedas e distúrbios cognitivos. Existe a possibilidade de haver diferenças na
apresentação desses sintomas entre homens e mulheres, devido à presença do hormônio
estrogênio o qual é um hormônio neuroprotetor, presente somente no gênero feminino.
Objetivo: Analisar a influência do gênero sobre os sintomas motores em sujeitos com
DP na cidade de Natal-RN. Metodologia A pesquisa consistiu de um desenho
epidemiológico observacional, do tipo analítico, de caráter transversal. Os sujeitos
foram recrutados em centros de saúde, ambulatórios, clínicas das instituições envolvidas
e na comunidade em geral da cidade de Natal- RN. Foi analisado o perfil neurológico e
o socioeconômico dos sujeitos por meio de questionário sociodemográfico; o estágio de
incapacidade dos sujeitos foi analisado através da Escala de Estadiamento de Hoenh e
Yahr (HY); a análise clínico-funcional foi avaliada pelo Unified Parkinson´s Disease
Rate Scale (UPDRS); os distúrbios, relacionados ao equilíbrio e à marcha, foram
avaliados através do instrumento Balance Evaluation Systems Test (Mini BESTest );
mobilidade funcional e risco de quedas foram analisados através do Timed “up and go”
(TUG) e teste de sentar e levantar 5 vezes (ST-DP5X). O estudo foi aprovado pelo
Comitê de Ética em Pesquisa da UFRN. Resultados: Encontrou-se uma população
predominantemente masculina, com baixa escolaridade, e maior percentual de casados.
Todos os sujeitos avaliados, em ambos os grupos, apresentaram homogeneidade na
escala de HY, sendo observada incapacidade de leve à moderada da DP. Na análise
bivariada entre os gêneros houve diferença somente para o equilíbrio. No teste de
regressão, porém, não houve diferença entre os gêneros considerando os sintomas
motores. As variáveis associadas aos sintomas motores foram a idade, o estágio da
doença, cognição e atividade física. Conclusão: Os achados sugerem que o gênero não
influencia os sintomas motores, pois ambos os grupos apresentaram sintomatologia
motora semelhante nesse estudo. No entanto, os resultados mostraram que a idade, o
estágio da doença, a cognição e atividade física são capazes de modificar a apresentação
da doença.
PALAVRAS-CHAVES: Doença de Parkinson, Epidemiologia, Gênero,
Funcionalidade.
12
1. INTRODUÇÃO
13
A Doença de Parkinson (DP) é uma doença neurodegenerativa e progressiva
(SCHENKMAN, et al., 2001; MORRIS, et al., 2000; CARR, SHEPHERD, 1998;
WEINTRAUB, et al., 2008), caracterizada por distúrbio na via dopaminérgica, que
resulta na morte de neurônios da substância negra e, consequente, redução da dopamina
(DA) na via nigroestriatal (MARSDEN,1994).
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a DP é uma desordem
neurológica universal e a taxa de incidência bruta varia de 4,5 a 19 a cada 100.000
indivíduos da população por ano. Considerando que a DP é uma desordem crônica, com
um curso prolongado, a prevalência bruta é bem maior que a incidência, variando de 18
a 328 a cada 100.000 habitantes nos países desenvolvidos. No Brasil, é a segunda
doença neurodegenerativa mais comum em idosos, com prevalência estimada de 3,3%
(BARBOSA et al., 2006). Segundo Dorsey et al. (2007), o número de indivíduos com
DP com mais de 50 anos nos 10 países mais populosos do mundo, incluindo o Brasil,
será entre 8,7 a 9,3 milhões, no ano 2030 (DORSEY, et al., 2007).
A etiologia da DP não está elucidada, porém, sua patogenia consiste na
diminuição da dopamina (DA) na região compacta da substância negra, com
consequente despigmentação desta estrutura, promovendo uma aceleração anormal do
processo de envelhecimento (UMPHRED, 2004). Essa degeneração do SNC leva à
falência dos dispositivos neuronais. Na atualidade, consideram-se como fatores
etiológicos importantes, a combinação de predisposição genética com fatores tóxicos
ambientais, ou seja, a chamada “causa multifatorial” (CARDOSO et al., 2001).
A DA é produzida na parte compacta da substância negra e, por meio de
conexões no SNC, promove ação inibitória sobre neurônios intra-estriatais (caudado e
putâmen). A alteração dessa via dopaminérgica provoca perda neural e despigmentação
da substância negra no nível da parte compacta e no lócus cerúleos, com consequentes
alterações na condução neuronal da via nigroestriatal. (DORETTO, 2006; COHEN,
2001; UC & FOLLET, 2007). Essa diminuição da DA no núcleo estriado só é percebida
quando, aproximadamente, 80% dos neurônios dopaminérgicos nigroestriatais são
perdidos (CARR E SHEPHERD, 2008). Após essa perda neuronal, iniciam-se os
sintomas da DP, que se caracterizam por quatro sinais cardinais: tremor de repouso,
rigidez muscular, bradicinesia e instabilidade postural. Esses sinais levam o indivíduo a
14
adotar uma “postura simiesca”, caracterizada por joelhos e quadris semifletidos, ombros
arqueados e cabeça inclinada para frente (STOKES, 2000; COHEN, 2001).
A progressão natural da doença e a perda gradual da eficácia da medicação
resultam em perda de mobilidade, independência, autonomia (MIYAI, et al., 2000; DE
GOEDE, et al., 2001), restrições na participação de atividades sociais (POEWE, 2006) e
déficits importantes na marcha (MIYAI, et al., 2000; MORRIS, 2006; NIEUWBOER,
et al., 2001; NIEUWBOER, et al., 2007;). Além disso, evidenciam-se também
complicações secundárias não motoras, tais como alterações do domínio mental,
emocional, social e econômico. Essas características da doença afetam a funcionalidade
e qualidade de vida dos sujeitos com DP, revelando-se extremamente incapacitante
(SOFUWA, et al., 2005; BALTAKJIEVA, et al., 2006; MORRIS, 2006; YANG, et al.,
2008; CAMARGOS et al., 2004).
O início da progressão da DP é gradual, sendo somente diagnosticada quando os
sintomas motores começam a surgir. Geralmente, a doença é descoberta quando se
iniciam sintomas como um tremor de repouso leve e esporádico, diminuição das letras
durante a escrita, mudanças na destreza, diminuição da deambulação e um lado mais
comprometido que outro. O tremor é o sintoma mais reconhecível, e apesar de
preocupar bastante os pacientes e médicos, não é um sintoma incapacitante em si, pois
cessa durante a ação. Outro sintoma presente na DP é a bradicinesia que, ao contrário do
tremor, desenvolve um perfil de incapacidade, com lentidão nos movimentos, perda da
destreza, mascaramento das expressões e mudança no andar. Vão existir déficits na
marcha e no equilíbrio, com apresentação de base diminuída, passos curtos, lentos e
freezing, contribuindo para a redução dos níveis de atividade física com aumento do
sedentarismo (LIM et al., 2009; VAN NIMWEGEN, et al, 2011). A instabilidade
postural é um dos últimos sintomas a surgirem na DP, sendo considerado um sintoma
avançado da doença (SHULMAN, 2007).
A DP acomete preferencialmente o gênero masculino, a partir da sexta década de
vida, numa média de 1,5 mais vezes que as mulheres. Essa maior incidência de homens
com DP vêm sendo pesquisada, e estudos indicam que a presença do hormônio
estrogênio pode estar interferindo na aquisição e progressão da DP entre as mulheres
(SANCHES, 2010; SWEIDI, 2011). As condições da DP diferem em prevalência,
progressão e gravidade entre os gêneros durante o curso da doença, sendo a prevalência
15
da DP maior em homens do que em mulheres em condições de pré-menopausa da
mesma idade (CURRIE, 2004).
Estudos recentes mostram que, além da DP atingir várias áreas cerebrais, existe
também a possibilidade de ocorrerem diferenças no sistema dopaminérgico
nigroestriatal entre homens e mulheres, causadas pela ação do estrogênio no SNC
(GILLIES E MCARTHUR, 2010; WONG, 2012). O estrogênio, que antes era restrito a
regulação da ovulação e comportamento reprodutivo das mulheres, é descrito hoje como
um hormônio capaz de influenciar a memória, aprendizagem, humor, estado mental,
desenvolvimento neurológico e processos degenerativos. Essa mudança na atuação do
estrogênio sugere que o gênero pode ser um fator importante no desenvolvimento e
progressão do Parkinson. Assim, existe a necessidade de se compreender as respostas
do cérebro ao estrogênio, ou à sua ausência (GILLIES E MCARTHUR, 2010;
PICILLO, 2014).
O papel do estrogênio na DP está relacionado à regulação da neurotransmissão
dopaminérgica nos gânglios basais, aumentando a liberação e a velocidade de captação
da DA no estriado. Este hormônio também modula a síntese da DA, atua nos receptores
e locais de absorção, bem como interfere nas enzimas Monoamina Oxidase e Catecol-o-
metil-transferase, que são enzimas que degradam a DA (CYR et al., 2002; TAMÁS et
al., 2006; SHULMAN, 2007). O mecanismo que explica de que forma o estrogênio atua
sobre as estruturas que envolvem a DP, ainda não foi totalmente esclarecido.
Estudos sugerem que o estrogênio se liga a receptores que possuem padrões
similares de expressão e modulação nas áreas pré-ópticas, do núcleo amigdaloide e do
núcleo estriado, que faz parte do sistema nigroestriatal. Assim, o estrogênio pode atuar,
indiretamente ou através de receptores independentes, para influenciar os neurônios
dopaminérgicos, promovendo assim, um efeito neuroprotetor sobre algumas estruturas
envolvidas na DP (SAWADA, 2003; SWEIDI, 2011). Após a menopausa, esse fator de
proteção diminui drasticamente desenvolvendo um fator de exposição às doenças
neurodegenerativas (SWEIDI, 2011; RODRIGUES-PERES, 2013). O sistema nervoso
central masculino e feminino será desafiado por fatores externos e internos, tais como
estresse e doença, e o cérebro irá responder de diferentes formas, desenvolvendo
diferentes tipos de vulnerabilidades (WONG, 2012).
16
Os dados clínicos sugerem que os efeitos protetores do estrogênio em mulheres
podem contribuir para o surgimento tardio da DP, e também para a menor probabilidade
de desenvolver a doença (SAWADA, 2003; SWEIDI, 2011). Porém, há pouco
conhecimento sobre como os sintomas da DP se manifestam em homens e mulheres. O
estudo de Roland (2013) evidenciou, através de eletromiografia, que existem diferenças
na ativação muscular, velocidade de pico, e ativação dos agonistas entre homens e
mulheres, indicando que as mulheres têm maior declínio de força muscular, diminuição
na velocidade do movimento e aumento da fadiga, em comparação aos homens. Essas
diferenças vão afetar o desempenho funcional das mulheres durante as atividades de
vida diária e, consequentemente, sua capacidade funcional e qualidade de vida
(SHULMAN, 2007).
Outro estudo, realizado por Haaxma (2007), avaliou como se comportava a
evolução dos sintomas motores entre homens e mulheres e observou que além das
mulheres terem a tendência de desenvolver a DP com mais idade, tendem também a
apresentar menos sintomas motores que os homens. Já em relação ao tremor, os homens
apresentaram pequena vantagem sobre as mulheres as quais desenvolveram tremor mais
cedo. Em contrapartida, Solla (2012), na Itália, analisou as diferenças motoras e não
motoras da DP entre os gêneros em vários estágios. Na análise motora foi percebido que
as mulheres apresentaram maior instabilidade postural, enquanto na avaliação não
motora, as mulheres apresentaram maiores sintomas de fadiga, falta de motivação e
tristeza, evidenciando que as mulheres apresentam maiores alterações que os homens
com DP. Song (2014), em um estudo prospectivo com sujeitos com pouco tempo de
diagnóstico da DP, também estudou a apresentação dos sintomas motores na DP, e
observou que não existem diferenças nos sintomas motores entre os gêneros.
Percebendo a divergência entre os dados apresentados, e que os estudos,
desenvolvidos para avaliar a apresentação da doença entre os gêneros, não possuem
homogeneidade, surge a necessidade de desenvolver um estudo com o objetivo de
analisar a relação entre o gênero e os sintomas motores em indivíduos com DP, a fim de
verificar se existe diferença na apresentação dos sintomas entre homens e mulheres com
DP na cidade de Natal-RN.
17
1.1 Justificativa
A DP afeta a capacidade funcional do indivíduo, mobilidade, equilíbrio e
coordenação motora, impedindo-o de realizar suas atividades básicas da vida diária de
maneira independente, prejudicando sua independência e a qualidade de vida. Sugere-se
que os homens são mais acometidos pela DP que as mulheres, mas ainda não existe,
entre os pesquisadores, uma unanimidade nos dados encontrados. Além de existirem
muitas questões sobre as diferenças entre homens e mulheres com DP, até o momento,
no Brasil, não há nenhum estudo que tenha comtemplado a caracterização do perfil
motor da DP e avaliado de forma concisa como a doença se comporta entre os gêneros.
A compreensão das diferenças entre os gêneros no desenvolvimento e
progressão da DP é fundamental para que terapias específicas sejam desenvolvidas, com
abordagens direcionadas aos reais sintomas e às necessidades dos pacientes. A partir de
informações sobre como a doença se apresenta nessa população, torna-se possível
conhecer as verdadeiras demandas a serem contempladas pela intervenção da
Fisioterapia, aumentar a competência dos profissionais diante das necessidades da
população alvo e permitir que políticas públicas sejam mais efetivas no tratamento da
DP.
1.2 Objetivos
1.2.1 Objetivo Geral
Analisar a relação entre o gênero e os sintomas motores em indivíduos com DP
na cidade de Natal-RN.
1.2.2 Objetivos Específicos
Traçar o perfil epidemiológico dos pacientes com DP do município de Natal/RN;
Investigar os sintomas motores relacionados à análise clínico-funcional,
equilíbrio, mobilidade funcional e risco de quedas, entre os gêneros;
Identificar se existe diferença na apresentação da DP entre os gêneros;
18
Avaliar as relações dos sintomas motores com o estágio da doença, com a idade,
tempo de doença, cognição e depressão.
19
2. MATERIAIS E MÉTODOS
20
2.1 Delineamento do estudo
A pesquisa consistiu em um desenho epidemiológico observacional do tipo
analítico, de caráter transversal, seguindo as recomendações estabelecidas pelo
Strengthening the Reporting of Observational Studies in Epidemiology - STROBE
(MALTA et al., 2010). Esse tipo de estudo se caracteriza por buscar informações da
situação de saúde de uma determinada população, onde fator e efeito são analisados em
um mesmo momento (ROUQUAYROL, 1999).
2.2 Local e período do estudo
O estudo foi realizado no município do Natal, capital do estado do Rio Grande
do Norte, e as etapas de avaliação dos voluntários ocorreram no Laboratório de
Intervenção e Análise de Movimento (LIAM), pertencente ao Departamento de
Fisioterapia, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). As coletas
ocorreram no período de Março de 2014 a Julho de 2015.
2.3 População e amostra
A população do estudo foi recrutada em centros de saúde, ambulatórios, clínicas
das instituições envolvidas e na comunidade em geral da cidade de Natal- RN. Por ser
uma doença neurodegenerativa e progressiva, e pela ausência de notificação do
DATASUS ou IBGE sobre a DP no Brasil, a amostra do estudo é resultante de um
processo de amostragem do tipo não probabilístico, por conveniência.
21
Convocação para participação nesse estudo
EXCLUSÕES - Não quiseram participar n=18
- Óbitos n=8
- Não atenderam as ligações n=50
- Não residiam em Natal n=16
Constituição da amostra
n=78
Alocação dos grupos
Homens n=50 N=
Mulheres n=28
Processamento de dados
Processamento de dados
Processamento de dados
Análise comparativa dos dois grupos
EXCLUSÕES - Desistência n=2
Participantes recrutados n=187
Figura 1 – Fluxograma de realização da pesquisa.
22
2.4 Critérios de elegibilidade
2.4.1Critérios de inclusão
Diagnóstico clínico de DP idiopática, de acordo com o Banco do Cérebro
de Londres (HUGHES, et al, 1992);
Não terem associação com outras doenças neurológicas;
Aceitarem participar do estudo.
2.4.2 Critérios de exclusão
Apresentar impossibilidade intelectual de responder os questionários
propostos;
Faltar à segunda etapa de avaliação (Ver no item procedimentos de
coleta).
2.5 Aspectos éticos
Este trabalho foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade
Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), e aprovado sob o parecer
15050713.6.2003.5537. Os sujeitos com DP receberam explicações a respeito do estudo
e, ao concordarem com a participação, assinaram o Termo de Consentimento Livre e
Esclarecido, conforme a Resolução Nº 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde / MS,
que regulamenta pesquisas envolvendo seres humanos. Nos casos de sujeitos com DP
que, por algum motivo, encontraram-se impossibilitados de assinar o Termo de
Consentimento, foi solicitado ao responsável que assinasse. O Termo de Consentimento
Livre e Esclarecido (APÊNDICE 1) foi elaborado em duas vias, sendo uma retida pelo
sujeito da pesquisa ou por seu representante legal e uma arquivada pelo pesquisador.
2.6 Instrumentos de medida
Inicialmente, foi aplicado um formulário estruturado (Apêndice 2) contendo,
respectivamente, os aspectos demográficos, clínicos (tempo de diagnóstico clínico, tipo
23
e dosagem de medicamentos, sinais e sintomas, história familiar, e antropométricos
(altura e massa corpórea).
Em seguida foram aplicados os seguintes instrumentos:
Escala de Estágios de Incapacidade de Hoehn e Yahr
Avalia a severidade da DP a partir do nível de incapacidade do indivíduo.
Através dos sintomas tremor unilateral e bilateral e instabilidade postural ao teste de
empurrão, pode-se fazer uma classificação dos pacientes em estágios, onde pacientes
classificados nos estágios I, II e III apresentam incapacidade leve a moderada, enquanto
os que estão nos estágios IV e V apresentam incapacidade grave (GOULART, 2005)
(ANEXO 1).
Montreal Cognitive Assessment (MoCA)
O MoCA constitui um instrumento breve de rastreio cognitivo. A versão final
deste instrumento representa um método rápido, prático e eficaz na distinção entre
desempenhos de adultos com envelhecimento cognitivo normal e adultos com déficit
cognitivo (NASREDDINE, et al., 2005). A Versão brasileira é constituída por um
protocolo de uma página, cujo tempo de aplicação é de aproximadamente 10 minutos, e
por um manual onde são explicitadas as instruções para a administração das provas e
definido, de modo objetivo, o sistema de cotação do desempenho nos itens (FREITAS,
et al. 2010). Vários estudos têm indicado esta escala como um instrumento válido e
confiável para detectar alterações cognitivas na DP (ZADIKOFF, et al., 2008; GILL, et
al., 2008; HOPPS, et al., 2009) (ANEXO 2). Ainda não existe um ponto de corte com
alta confiabilidade e validade para a DP, mas já existem estudos com Alzheimer que
definem o ponto de corte < 24 para diagnóstico de comprometimento cognitivo leve
(SARMENTO, 2009).
Unified Parkinson´s Disease Rate Scale (UPDRS)
A UPDRS é uma escala de avaliação clínico-funcional de pacientes com DP
mundialmente utilizada. Apresenta 42 itens divididos em quatro domínios (atividade
mental, comportamento e humor; atividades de vida diária; exploração motora e
complicações do tratamento medicamentoso). A pontuação em cada item varia de 0 a 4,
sendo que o valor máximo indica maior comprometimento clínico. Essa escala avalia os
24
sinais e sintomas por meio do auto relato e da observação clínica (FANH et al, 1987;
NIEWBOER, et al., 2000; GOULART, PEREIRA, 2005). Foram utilizados nesse
estudo os domínios, UPDRS II, referente às Atividades de Vida Diária (AVDs), com
itens relacionados à escrita, vestir-se, higiene pessoal, manipulação de utensílios, girar
no leito, ajustar roupas na cama e outros; e UPDRS III, referente à exploração motora,
que contemplam itens relativos ao tremor em mãos, rigidez em membros superiores,
coordenação e instabilidade postural (ANEXO 3).
Balance Evaluation Systems Test (Mini BESTest)
Esse teste foi idealizado para auxiliar na identificação dos subsistemas que
podem ser responsáveis pelo baixo equilíbrio apresentado, de modo a guiar a
intervenção clínica. Este instrumento é versátil, apropriado para indivíduos de qualquer
idade e gravidade, e pode ser aplicado a indivíduos acometidos por diversas doenças
(HORAK, et al., 2009). Foi criada também a versão reduzida do teste ou o Mini
BESTest com 14 itens extraídos da versão longa (FRANCHIGNONI, et al., 2010). Essa
versão é dividida em equilíbrio antecipatório, controle postural, marcha dinâmica e
orientação sensorial, com pontuação máxima de 28 pontos. Quanto maior a pontuação
nesse teste melhor o desempenho do sujeito. É um teste útil para o rastreio dos déficits
de equilíbrio e, por isso, sua aplicação é mais rápida (FRANCHIGNONI, et al., 2010).
O BESTest e o Mini BESTest, foram recentemente traduzidos e adaptados para o
português-Brasil e obtiveram índices de confiabilidade de 0,92 e 0,95 respectivamente,
quando aplicados em indivíduos com DP. As versões brasileiras do BESTest e do Mini
BESTest são medidas confiáveis, apresentam validade de constructo, estabilidade das
respostas e capacidade de discriminação entre diferentes níveis de habilidade do
equilíbrio em idosos e indivíduos com DP (MAIA, 2012). No presente estudo foi
utilizado o Mini BESTest como instrumento de avaliação do equilíbrio. (ANEXO 4).
Timed “up and go” (TUG)
Este teste foi utilizado como indicativo de mobilidade funcional. O TUG
apresenta adequadas propriedades psicométricas e foi administrado segundo
recomendações de Podsiadlo & Richardson (1991). Para a realização do teste, o
indivíduo foi solicitado a levantar de uma cadeira usual, andar três metros, girar 180°,
retornar e sentar, utilizando calçados usuais e dispositivos auxiliares de marcha se
necessário. A média do tempo utilizado em duas tentativas foi registrada para análise
25
com um cronômetro digital. O teste Timed Up and Go apresenta alta confiabilidade na
DP (STEFFEN, SENEY, 2008). Além do TUG normal, foi realizado mais uma
tentativa com utilização de dupla tarefa. (ANEXO 4)
Geriatric Depression Scale (GDS)
A versão brasileira da escala de depressão geriátrica foi aplicada em forma de
entrevista e utilizada como medida clínica de depressão. Foi utilizada a versão reduzida,
de 15 questões, que apresenta índices de confiabilidade e validade adequados
(ALMEIDA, et al., 1999) com um ponto de corte de 5/6 para detecção da sintomas
depressivos. Foi sugerido que a GDS é um instrumento apropriado para pacientes com
DP de todas as idades (WEINTRAUB, et al., 2007). Todas as questões da versão
brasileira da GDS-15 foram lidas em voz alta, de forma que os indivíduos não
alfabetizados puderam ser incluídos no estudo. (ANEXO 5)
Teste de passar de sentado para de pé 5 vezes (ST-DP5)
O teste ST-DP5X é uma medida rápida de equilíbrio que auxilia a identificação
de pacientes com risco de quedas. O tempo necessário para levantar de uma cadeira de
43 cm é medido. O ST-DP5X é recomendado para avaliar o equilíbrio de indivíduos
com DP durante a realização de transferências, em combinação com o Pushand Release
Test, no entanto, não é capaz de dar informações detalhadas da limitação do equilíbrio
durante atividades relacionadas à marcha e durante o equilíbrio estático (WHITNEY et
al. 2005; DUNCAN et al. 2011). Um tempo de realização do STDP5X, maior que 16
segundos, é considerado um ponto de corte para o risco de quedas em indivíduos com
DP (DUNCAN et al. 2011). Além disso, o STDP5X é uma medida de mobilidade
funcional, que auxilia a identificação de uma insuficiente resistência e potência
muscular de MMII (WHITNEY et al. 2005; DUNCAN et al. 2011) (ANEXO 6).
2.7 Definição e operacionalização das variáveis
2.7.1 Independentes
Nome da variável Descrição Tipo de variável
26
Idade Em anos de idade Quantitativa discreta
Tempo de doença Em anos Quantitativa discreta
Gênero 1 = masculino; 2 = feminino Categórica nominal
Escolaridade Em anos de estudo Quantitativa discreta
Estado civil 1 = casado/União estável; 2 = solteiro/divorciado/viúvo Categórica nominal
Função cognitiva
Escore da função cognitiva, avaliada pelo Montreal
Cognitive Assessment (MoCA) (FREITAS, et al. 2010)
Quantitativa discreta
Depressão Indicativo de Perfil depressivo, com ponto de corte 5/6
(ALMEIDA, et al., 1999) Quantitativa discreta
Estágio da DP
Avaliação da severidade da DP através da Escala de
Estágios de Incapacidade de Hoehn e Yahr:
1- leve, 2- leve a moderado, 3- moderado, 4- moderado a
grave e 5- grave
Quantitativa discreta
2.7.2 Dependentes
Critérios de risco de
quedas
Medida para avaliação do risco de quedas dos pacientes
através do Teste de sentar e levantar 5 vezes (ST-
DP5X), em milésimos de segundos.
Quantitativa contínua
Equilíbrio
Avaliação do equilíbrio através da escala Balance
Evaluation Systems Test (Mini BESTest) e análise dos
domínios de equilíbrio antecipatório, controle postural
reativo, orientação sensorial e marcha dinâmica.
Quantitativa discreta
Análise clínico-funcional Avalia sinais e sintomas através dos domínios avaliação
motora e atividades de vida diária da escala UPDRS.
Quantitativa discreta
27
Quanto maior o escore maior a quantidade de sinais e
sintomas apresentados.
Mobilidade funcional
Avalia mobilidade funcional e risco de quedas através
do teste TUG, que consiste de uma caminhada de 3
metros com e sem dupla tarefa.
Quantitativa contínua
2.8 Procedimentos de avaliação
Os voluntários foram, primeiramente, contatados por telefone e quando
preencheram os critérios de inclusão, e se disponibilizaram a participar da pesquisa,
foram orientados sobre o objetivo do estudo e convidados a vir ao departamento de
fisioterapia da UFRN com a medicação tomada e roupas confortáveis.
Inicialmente, os sujeitos assinaram o TCLE. Em seguida, teve início o processo
de avaliações, que foi dividido em dois momentos para não sobrecarregar o participante.
As coletas foram realizadas sempre no mesmo período do dia para que fosse respeitado
o tempo ON da medicação e o ritmo circadiano dos sujeitos.
Os instrumentos foram aplicados por dois avaliadores distintos, e somente por
eles, e o tempo de duração da avaliação foi estimado em no máximo 1 hora. O intervalo
entre uma avaliação e outra não excedeu o limite de uma semana. Os sujeitos, que
faltaram à aplicação da segunda etapa, foram excluídos da pesquisa.
No primeiro dia da avaliação foram aplicados o formulário de identificação e as
medidas de avaliação inicial (HY modificada e UPDRS). No segundo dia foram
aplicados os questionários Mini BESTest, TUG e ST-DP5X.
2.9 Análise estatística
Para análise de dados foi utilizado o pacote estatístico Statistical Package for the
Social Sciences (SPSS) versão 21.0. Inicialmente foi realizada uma análise descritiva da
distribuição da frequência das variáveis em estudo. Foi aplicado o teste de normalidade
Kolmogorov-Smirnov para avaliar a normalidade dos dados. Para análise da diferença
na distribuição por gênero para dados categóricos foi utilizado o teste qui-quadrado. Os
mesmos testes foram usados para comparar a frequência de sintomas motores entre os
28
gêneros. As diferenças na idade média no exame, idade de início, duração da doença, e
as variáveis motoras e quantitativas, entre homens e mulheres, foram avaliados através
do teste t para amostras independentes ou Mann-Whitney, dependendo da normalidade
dos dados. Para avaliar as possíveis relações entre os sintomas motores e as variáveis
idade, estágio e tempo de doença, foram realizados testes de correlação de Pearson, para
dados paramétricos, e Spearman, para dados não paramétricos. Para todos os testes,
citados foi utilizado o nível de significância de p≤0,05. A partir das análises anteriores
foram realizadas as análises multivariadas. Inicialmente, regressão linear múltipla, com fins
de identificar os fatores de risco potenciais, envolvidos com a variável gênero. O critério de
saída para todas as variáveis introduzidas no modelo foi p<0,20. Em toda análise estatística
foi considerado um intervalo de confiança (IC) de 95% e um p < 0,05.
29
3. RESULTADOS
30
3.1 Caracterização sociodemográfica de sujeitos com Doença de Parkinson do
município de Natal- RN.
A amostra do estudo foi composta de 78 sujeitos, recrutados no ambulatório do
Hospital Universitário Onofre Lopes (58%), em clínicas de Fisioterapia da cidade de
Natal (5,1%) e em outros locais (25,6%), sendo 50 (64,1%) do gênero masculino e 28
(35,9) do gênero feminino. Foram avaliados em domicílio 28,2% dos sujeitos, por não
terem condições físicas de se deslocarem até o laboratório.
As características demográficas e clínicas dos sujeitos envolvidos no estudo
estão apresentadas na Tabela 1. Não foi encontrada diferença estatística entre as
variáveis sociodemográficas escolaridade, estado civil, idade, tempo de diagnóstico e
HY, considerando o gênero. Observou-se que os homens realizam atividade física com
maior frequência do que as mulheres (P=0,03). Em relação à fisioterapia, observou-se
que as mulheres realizam atividade física com maior frequência que os homens
(P=0,008). Também foram analisadas as variáveis depressão e cognição entre os
gêneros e ambas apresentaram ausência de significância.
Tabela 1 - Distribuição dos dados sociodemográficos, considerando o gênero. Natal, 2015. (n=78).
Características gênero
Homens Mulheres P- valor
Média±DP ou N(%) Média±DP ou N(%)
N 50(64,1) 28(35,9)
Idade (anos) 66,0±10,0 66,0±10,6 1,0
Tempo de diagnóstico 7,5±4,8 7,7±4,6 0,97
Anos completos de escolaridade 0,58
0 à 4 anos 14(28,0) 4(14,3)
5 à 8 anos 9(18,0) 6(21,4)
9 à 12 anos 14(28,0) 10(35,7)
+ de 12 anos 13(26,0) 8(28,6)
Estado Civil 0,34
Casado/União estável 36(72) 15(53,6)
Solteiro/Separado/Viúvo 14(28) 13(46,5)
31
Fisioterapia 13(46,5) 9(18) 0,008
Atividade Física 21(42) 5(17,9) 0,03
HY 0,63
1 7(14,0) 4(14,3)
2 17(34,0) 5(17,9)
3 13(26,0) 9(32,1)
4 11(22,0) 8(28,6)
5 2(4,0) 2 (7,1)
Cognição 17,7±6,8 18,9±5,4 0,54
Depressão 6,4±3,1 5,5±3,7 0,28
Nota: Teste T-Student e Mann- Whitney (p ≤ 0,05)
3.2 Análise dos sintomas motores de sujeitos com Doença de Parkinson
A tabela 2 mostra as análises não ajustadas entre a variável clínica gênero e os
sintomas motores. A avaliação clínico-funcional pelo UPDRS dos sujeitos mostrou que,
considerando o gênero, não houve diferença entre os grupos. O equilíbrio, avaliado
através do Mini BESTest, evidenciou diferença para variáveis controle postural (P=0,01)
e escore total (P=0,03), sugerindo que os homens apresentaram maior controle postural
e menores déficits de equilíbrio em relação as mulheres. O risco de quedas e a
mobilidade funcional que foram avaliados pelo teste de sentar e levantar 5 vezes e pelo
teste TUG, respectivamente, não apresentaram diferença entre os gêneros. (Tabela 2).
Características Gênero
Homens Mulheres P- Valor
média±dp média±dp
UPDRS – Análise clínico-
funcional
UPDRS II 17,8±8,5 19,4±11,2 0,68
UPDRS III 27,9±18,2 31,1±19,7 0,55
Tabela 2. Distribuição dos sujeitos segundo a análise da atividade motora avaliada pela UPDRS II,
AVDs pela UPDRS III, equilíbrio funcional, risco de quedas e mobilidade funcional através do Mini
BESTest, ST-DP5X, e TUG, respectivamente, em sujeitos com Doença de Parkinson. Natal, 2015.
(n=78).
32
Escore total 45,8±23,5 50,5±29,0 0,58
Mini BESTest – Equilíbrio
Antecipatório 3,8±1,9 3,0±2,1 0,09
Controle postural 3,2±2,3 1,7±1,8 0,01
Orientação sensorial 4,3±1,9 3,8±1,9 0,18
Marcha dinâmica 6,4±3,1 4,8±3,7 0,13
Escore total 17,7±8,3 13,5±8,3 0,03
TUG – Mobilidade funcional
Time up and go test 14,1±5,7 16,0±6,7 0,23
Time up and go com dupla tarefa 18,9±10,2 19,3±10,1 0,9
Teste de sentar e levantar 5X –
Risco de quedas
16,6±4,7 16,9±4,1 0,4
Legendas: MiniBESTest: Mini Balance Evaluation Systems Test; TUG: Timed Up and Go Test; STDP-5X: Sentado para de pé 5
vezes; HY; Escala de Incapacidade de Hoehn & Yahr; UPDRS: Escala Unificada de Avaliação da Doença de Parkinson; Teste T-
Student (p ≤ 0,05).
3.3 Relação entre sintomas motores e idade, tempo de doença, estágio de
incapacidade e cognição
As correlações entre as variáveis clínicas idade, tempo de duração da DP,
estágio de incapacidade, cognição e depressão, com os sintomas motores, estão
apresentadas na tabela 3. Foi observada na análise clínico-funcional, avaliada pela
UPDRS, uma correlação positiva e forte com o estágio da incapacidade da DP
(p<0,001). Na análise da relação entre o equilíbrio e o estágio de incapacidade foi
observada correlação moderada entre o controle postural, orientação sensorial e marcha
dinâmica (p<0,001); e relação forte para equilíbrio antecipatório e escore total do Mini
BESTest (p<0,001).
A análise das correlações entre os sintomas motores e a idade, mostrou relação
fraca entre o equilíbrio antecipatório (p<0,001), marcha dinâmica (p<0,001) e
mobilidade funcional (p<0,001). O tempo de diagnóstico da DP apresentou correlação
fraca para a análise clínico-funcional da UPDRS e com o equilíbrio (P<0,001).
Não houve correlação entre a análise clinico-funcional do UPDRS III e escore
total, o equilíbrio e mobilidade funcional considerando a cognição e a depressão.
33
Somente no UPDRS II que avalia AVDs, foi possível encontrar significância estatística
para a depressão.
34
Tabela 3. Correlações da análise clínico-funcional, do equilíbrio, do risco de quedas e da mobilidade funcional com a idade, estágio, duração da DP e cognição em sujeitos
com Doença de Parkinson. Natal, 2015. (n=78).
Váriáveis HY Idade Duração da DP Cognição Depressão
R P r P r P R P r P
UPDRS – Análise
Clínico-funcional
UPDRS II 0,8 <0,001 0,2 0,02 0,4 <0,001 -0,04 0,70 -0,27 0,01
UPDRS III 0,7 <0,001 0,1 0,12 0,4 <0,001 -0,7 0,51 -0,09 0,40
Escore Total 0,5 <0,001 0,2 0,6 0,4 0,002 -0,05 0,62 -0,16 0,15
Mini Bestest –
Equilíbrio
Antecipatório -0,8 <0,001 -0,4 <0,001 -0,3 0,002 0,13 0,24 -0,07 0,51
Controle postural -0,7 <0,001 -0,2 0,01 -0,1 0,015 0,13 0,25 0,12 0,27
Orientação
sensorial -0,7 <0,001 -0,3 0,05 -0,3 0,002 0,20 0,08 0,12 0,29
Marcha dinâmica -0,7 <0,001 -0,4 <0,001 -0,4 <0,001 0,13 0,23 0,03 0,8
Escore total -0,8 <0,001 -0,4 <0,001 -0,3 0,001 0,22 0,05 0,03 0,80
TUG- Mobilidade
funcional
35
Legendas: MiniBESTest: Mini Balance Evaluation Systems Test; TUG: Timed Up and Go Test; STDP-5X: Sentado para de pé 5 vezes, FES-I; HY; Escala de Incapacidade de Hoehn & Yahr; UPDRS: Escala Unificada
de Avaliação da Doença de Parkinson; MOCA: Montreal Cognitive Assessment; r: Coeficiente de Correlação de Spearman; P 0,05.
Time up and go test 0,5 <0,001 0,5 <0,001 0,2 0,45 -0,12 0,35 -0,04 0,74
Time up and go
com dupla tarefa 0,6 <0,001 0,4 <0,001 0,2 0,59 0,29 0,27 -0,04 0,75
Teste de sentar e
levantar 5X 0,3 0,01 0,3 0,09 0,1 0,51 -0,31 0,81 -0,13 0,22
36
3.4 Análise do teste de regressão múltipla dos sintomas motores
considerando os possíveis fatores de confundimento
As análises de regressão múltipla linear entre os sintomas motores e as variáveis
clínicas idade, tempo de duração da DP, estágio de incapacidade e cognição estão
apresentadas nas Tabelas 3 e 4. Foram realizados oito modelos para analisar a relação
de causa e efeito entre os sintomas motores e o gênero, HY, a idade, o estágio da DP,
fisioterapia, atividade física, a cognição e a depressão. Os sintomas motores,
apresentados pela análise clínico-funcional realizada pela UPDRS II, III e escore total
mantiveram significância estatística para o estágio de incapacidade avaliado pelo HY
(P<0,001).
Na análise da regressão para o equilíbrio, foi encontrada diferença somente para
o estágio de incapacidade (P<0,001) e atividade física (P<0,07). O gênero que havia
apresentado significância na análise bivariada não apresentou significância quando
ajustado por possíveis variáveis de confundimento. A mobilidade funcional, avaliada
pelo TUG, apresentou diferença estatística somente para o estágio da DP, onde os
sujeitos em estágios iniciais da DP realizaram o teste de mobilidade funcional em menor
tempo que indivíduos em estágios moderado e grave, e idade avançada. O teste ST-
DP5x não apresentou diferença para nenhum dos modelos apresentados.
37
UPDRS II (média±dp) UPDRS III (média±dp) UPDRS TOTAL (média±dp)
Variáveis β CI 95% P valor β CI 95% P valor β CI 95% P valor
Modelo 1
SEXO
Mínimo
Máximo
Mínimo
Máximo
Mínimo
Máximo
Feminino -1,230 -4,440 1,981 0,446 0,070 -6,649 6,789 0,983 -1,160 -9,024 6,705 0,769
Masculino 0 0 0
Modelo 2 Estágio da DP
1 -29,01 -38,024 -20,011 0,001 -42,722 -61,573 -23,871 0,001 -71,740 -93,804 -49,676 0,001
2 -25,10 -32,615 -17,588 0,001 -32,323 -48,049 -16,597 0,001 -57,425 -75,831 -39,018 0,001
3 -17,52 -24,794 -10,258 0,001 -25,719 -40,932 -10,507 0,001 -43,245 -61,050 -25,440 0,001
4 -11,66 -18,513 -4,817 0,001 -12,249 -26,582 2,084 0,093 -23,914 -40,690 -7,138 0,006
5 0 0 0
Modelo 3
Idade -0,162 -0,333 0,009 0,063
-0,175
-0,553 -0,203 0,359
-0,569
-,988 -,150 0,009
Modelo 4
Tempo de doença 0,89 0,622 -0,269 0,622
0,295
-0,453 1,043 0,433
0,383
-,492 1,259 0,384
Modelo 5 Cognição -0,38 -0,297 0,221 0,768 -0,005 -0,589 0,578 0,985 -0,44 -0,747 -0,659 0,901
Tabela 4. Modelos de regressão múltipla ajustada para testes que avaliam os sintomas motores: UPDRS II com rigidez, tremor, bradicinesia, instabilidade; e UPDRS III
com atividades de vestir, trocar roupa de cama, cortar alimentos, cozinhar. Natal,2015. (n=78).
38
Modelo 6 Indicativo de
depressão
Sim 0 0 0
Não 2,125 -1,157 5,408 0,2 -3,664 -11,062 3,734 0,326 -1,538 -10,453 7,376 0,731
Modelo 7
Atividade física
Sim -0,368 -3,671 2,935 0,824
-0,477
0,891 -7,391 0,891
-0,845 -8,938 7,247 0,835
Não 0 0 0
Modelo 8 Fisioterapia
Sim -0,62 0,971 -3,465 0,971 -1,324 -8,446 5,798 0,711 -1,386 -9,722 6,950 0,741
Não 0 0 0
Legendas: UPDRS: Escala Unificada de Avaliação da Doença de Parkinson; IC: Intervalo de Confiança.
39
MINI BESTEST (média±dp) TUG (s) ST-DP5X (s)
Variáveis β CI 95% P valor β CI 95% P valor β CI 95% P valor
Modelo 1
SEXO Mínimo Máximo Mínimo Máximo Mínimo Máximo
Feminino -0,944 -3,397 1,510 ,445
1,353 -2,287 4,993 0,458
-0,252 -3,219 2,714 0,864
Masculino 0 0a 0
a
Modelo 2 Estágio da DP
1 15,994 8,489 23,499 0,001 -0,204 -0,456 0,048 0,109 -3,414 -10,558 3,730 0,340
2 17,267 11,142 23,392 0,001 -8,389 -14,985 -1,792 0,014 -2,223 -7,815 3,368 0,426
3 11,940 6,115 17,765 0,001 -8,439 -13,489 -3,388 0,002 0,378 -5,216 5,972 0,892
4 4,017 -1,864 9,897 0,176 -6,394 -11,309 -1,480 0,012 0
5 0a 0
Modelo 3
Idade
-0,078
-0,208 0,053 0,239
0,182 0,005 0,359 0,044 0,011
-0,149 0,171 0,890
Modelo 4 Tempo de doença -0,115 -0,388 0,158 0,404 0,147 -,0293 0,588 0,503 0,859 -0,462 0,387 0,859
Tabela 5. Modelos de regressão múltipla ajustada para testes que avaliam os sintomas motores: equilíbrio e ricos de quedas. Natal, 2015. (n=78)
40
Modelo 5 Cognição 0,269 0,068 0,469 0,010 -0,204
-,0456 0,048 0,109
0,052
-0,136 0,172 0,815
Modelo 6 Depressão
Sim 0 0 0
Não -1,670 -4,161 0,821 0,184 2,551 -1,033 6,134 0,158 1,053 -2,026 4,132 0,493
Modelo 7
Atividade física
Sim -3,761 -6,426 -1,097 0,007 -1,303 -4,761 2,154 0,451
2,574
-0,583 5,730 0,107
Não 0 0 0
Modelo 8
Fisioterapia
Sim 0,838 -1,762 3,438 0,522
-0,276 -4,116 3,565 0,886
2,492 -1,123 6,107 0,171
Não 0 0 0
Legendas: MiniBESTest: Mini Balance Evaluation Systems Test; TUG: Timed Up and Go Test; STDP-5X: Sentado para de pé 5 vezes, IC: Intervalo de Confiança.
41
42
.
4. DISCUSSÃO
43
Este estudo investigou a relação entre o gênero e os sintomas motores em
indivíduos com DP. Os resultados mostraram que a variável gênero não interfere nos
sintomas motores quando ajustada por idade, estágio de incapacidade, cognição,
depressão, fisioterapia e nível de atividade física.
A análise dos dados sociodemográficos mostrou homogeneidade entre os
gêneros considerando a idade, escolaridade, tempo de DP e estado civil. O estudo de
Solla (2012) realizado na Sardenha é semelhante a este estudo que também apresentou
amostra com maioria do gênero masculino, tempo da doença de 6,4±4,4 anos, e idade
em anos de 69±8,5, sendo a população composta por sujeitos idosos. Na comparação
entre gêneros, da variáveis idade, tempo de duração, estágio da doença e medicação,
não foi evidenciado diferença entre os grupos.
A idade se apresenta como um claro fator de risco na DP, com homens e
mulheres apresentando risco crescente de desenvolver a doença ao longo dos anos de
vida. Os valores de incidência de ambos, homens e mulheres, crescem rapidamente dos
50 para os 60 anos. A incidência global passa de 0,50 por 100.000 dos 30- 39 anos para
119 por 100.000 habitantes com idade entre 70 e 80. Considerando o gênero, aos 70
anos a incidência é de 120 para 100.000 para os homens, e 80 a cada 100.000 mil para
as mulheres, indicando que quanto maior a idade, maiores são as chances de incidência
da DP, e que os homens, mesmo com a idade avançada, ainda apresentam uma maior
predisposição a DP que as mulheres. (VAN DEN EEDEN, 2003; TAYLOR, 2007;
CASLAKE et al, 2013). Assim como está descrito na literatura, os sujeitos deste estudo
também eram em sua maioria idosos, e predominantemente do gênero masculino.
O estudo de Wong (2012) avaliou os níveis dopaminérgicos em indivíduos
jovens e de meia idade e pôde observar níveis mais elevados de dopamina estriatal em
jovens mulheres em comparação aos homens, mas não evidenciou diferença
dopaminérgica entre idosos. Haaxma (2007) sugere que as mulheres podem ter o
desenvolvimento de DP adiado devido à presença de níveis elevados de dopamina no
estriado durante a idade jovem, possivelmente devido à atividade do estrogênio, mas
após a menopausa os níveis caem, tornando as mulheres tão susceptíveis quanto os
homens à DP.
As diferenças na apresentação da DP entre os gêneros têm sido estudadas nos
últimos anos com objetivo de entender se homens e mulheres apresentam sintomas
44
diferenciados. No estudo realizado por Solla (2012), que avaliou a diferença entre
sintomas motores e não motores, considerando o gênero, foi observado que as mulheres
apresentavam maiores sintomas relacionados à instabilidade postural. No nosso estudo,
também foram encontrados parâmetros de idade, de gênero e do tempo de doença
semelhantes aos de Solla (2012). Além disso, o gênero também se apresentou como
uma variável moduladora do equilíbrio na DP, com as mulheres apresentando piores
sintomas de equilíbrio antecipatório e controle postural reativo. Porém, após uma
análise mais robusta, ajustada para estágio da incapacidade da DP, idade, cognição,
depressão e realização de atividade física, esses achados não se mantiveram, indicando
que o gênero não interfere na apresentação dos sintomas motores. Esses dados podem
ser explicados através de uma análise crítica do HY, que apresenta uma frequência de
50% das mulheres no estágio 3 e 4, e 60% dos homens no estágio 2 e 3. Analisando as
frequências é possível observar que não existe diferença estatística entre as idades de
homens e mulheres, sugerindo que as mulheres possuem mais sintomas motores que os
homens em uma mesma faixa etária, e que a DP poderia se apresentar de forma mais
grave nas mulheres. Apesar da ausência de significância estatística, pôde-se perceber
que as mulheres desse estudo possuem um HY mais elevado, e por consequente teriam
uma maior propensão à apresentação de sintomas motores. Através da análise de
regressão foi possível comprovar as suposições apresentadas na análise descritiva, e
sugerir que somente o HY interfere na apresentação da DP.
Song (2014) e Augustine (2015) analisaram a apresentação dos sintomas na DP
considerando o gênero, e realizaram análises de regressão com ajustes para idade e
duração da DP. Eles utilizaram o teste UPDRS para avaliar os sintomas rigidez,
bradicinesia, instabilidade e tremor e não identificaram relações entre o gênero e os
sintomas motores na DP. Semelhante aos estudos destes autores, o presente estudo
também não identificou relações entre gênero e sintomas motores na DP após o teste de
regressão.
A ausência de diferenças nos sintomas motores entre os gêneros poderia ser
explicada pelo fato da população desse estudo, e assim como dos estudos citados
(SONG, 2014; AUGUSTINE, 2015), conterem essencialmente indivíduos idosos, e com
muitos anos de diagnóstico da DP. Kieburtz e Wunderle (2013) afirmam que após a
menopausa os níveis de estrogênio, um hormônio neuroprotetor, caem, aumentando a
exposição do gênero feminino a DP, e diminuindo as diferenças que poderiam existir na
45
apresentação dos sintomas. As únicas variáveis preditoras de sintomatologia da DP, até
o momento, são o estágio da DP e a idade, e talvez tenhamos a prática de atividade
física como um possível modulador dos sintomas motores.
Segundo Dluzen (2000) e Van Den Eeden (2003), as mulheres apresentam níveis
mais elevados de captação no estriado que os homens, durante a juventude. Com base
nestas descobertas, os investigadores sugeriram que as mulheres têm uma fase pré-
clínica mais benigna da DP do que os homens, e que o estrogênio possui um fator
neuroprotetor até a menopausa. Contudo, após a menopausa, e durante o decorrer da
idade, a DP aumenta a sua expressão nas mulheres, com apresentação e sintomatologia
semelhante aos homens. Uma vez que a doença atingiu seu estágio clínico, não existem
diferenças entre os gêneros, o que significa que o estrogênio foi importante na
neuroproteção nas mulheres jovens, mas não oferece nenhum benefício após a
apresentação da DP (HAAXMA, 2007).
A DP apresenta uma maior incidência com o aumento da idade, mas ainda
existem poucos estudos que analisem de que forma esses sintomas se apresentam e
progridem no decorrer dos anos (LEVY, 2007; KROLIKOWSKI ET AL, 2014). No
presente estudo, o estágio de incapacidade avaliado pela HY apresentou significância
estatística para as variáveis: tremor, rigidez, bradicinesia, atividades como escrita, cortar
alimentos, trocar as roupas de casa, equilíbrio postural, controle postural, marcha
dinâmica, orientação sensorial e mobilidade funcional. Esses achados indicam, não
surpreendentemente, que a DP tem um aumento da apresentação dos sintomas motores
com o aumento do estágio da doença. A idade apresentou significância somente para os
aspectos motores analisados na análise clínico-funcional da UPDRS (escore total) (P>
0,009), e mobilidade funcional avaliada pelo TUG (P>0,04), indicando que quanto
maior a idade do sujeito maiores serão os sintomas motores na DP.
Um estudo realizado por Matinollia et al (2009), que analisou a mobilidade e o
equilíbrio na DP através dos instrumentos UPDRS, TUG, HY e estabilômetro, observou
que a idade avançada e a gravidade da doença estão relacionados com a mobilidade
prejudicada e equilíbrio em pacientes com DP. A gravidade da doença neste estudo
também aumentou a oscilação postural parecendo ser o mais importante fator de risco
para a queda na DP. Dewey (2014) avaliou a mobilidade funcional e marcha através do
TUG, e identificou que este instrumento possui confiabilidade e sensibilidade, podendo
46
estimar a gravidade da DP. Através da regressão para o gênero, idade e gravidade da
DP, ele conseguiu evidenciar que a mobilidade e marcha são afetadas por essas co-
variáveis. Em nosso estudo somente a idade e gravidade da DP apresentou significância
para a mobilidade funcional após análise por regressão.
A relação entre a função cognitiva e a marcha, equilíbrio e mobilidade funcional
tem recebido recentemente uma atenção maior devido à necessidade da atenção e
função executiva na realização dessas tarefas, bem como o julgamento de pistas
externas e internas (AMBONI, 2013). Segundo Owan (2015) a instabilidade postural se
correlaciona com disfunções executivas frontais, disfunções parietais, como a
visuoespacial e deficiências construtivas. Porém nosso estudo não apresentou diferença
significativa entre os sintomas motores.
A depressão também não apresentou associação com os sintomas motores nesse
estudo. Roshester (2004) estudou a depressão sobre sintomas motores na DP e
evidenciou, através de regressão, que sujeitos com DP e perfil depressivo apresentavam
menor velocidade de caminhada durante tarefas funcionais em comparação a sujeitos
sem a doença. Para Cubo (2000) a depressão e a função física são fatores importantes
que prejudicam a qualidade de vida dos pacientes com doença de Parkinson. Em seu
estudo ele pôde observar que a depressão possui associação com comprometimento
cognitivo, grave bradicinesia axial, alterações de marcha e equilíbrio.
Analisando a fisioterapia entre os gêneros foi encontrada diferença entre homens
e mulheres quanto à realização da terapia, com as mulheres realizando mais fisioterapia
que os homens. Porém, na regressão, para identificar se existia diferença nos sintomas
motores dos sujeitos que realizavam fisioterapia, foi observada ausência de significância
entre os grupos, indicando que a fisioterapia nesse estudo não foi uma variável
moduladora dos sintomas motores. O estudo de Tomlinson (2012) realizou uma revisão
sistemática para analisar se a fisioterapia seria capaz de modificar a apresentação dos
sintomas na DP. Nesta metanálise, a fisioterapia demonstrou ter eficácia para a melhora
da marcha, mobilidade funcional, equilíbrio e risco de quedas.
Uma forma de explicar a ausência de relação entre a fisioterapia e os sintomas
motores no nosso estudo, poderia ser o fato de os sujeitos que realizavam fisioterapia
como tratamento da DP possuírem um grau mais avançado da doença, e por
consequente, mais comprometimentos que os sujeitos que não faziam fisioterapia. O
47
tempo de tratamento também poderia ser um fator de confundimento nesses achados, já
que este estudo somente fez um relato sobre se os sujeitos faziam fisioterapia ou não,
não foi contabilizado quantas vezes na semana, nem o tempo e tipo de terapia
realizados.
A atividade física apresentou significância na regressão para o equilíbrio,
indicando que os sujeitos com DP que realizam atividade física tem melhor desempenho
no equilíbrio antecipatório, controle reativo, marcha dinâmica e orientação sensorial.
Um estudo realizado por Cugusi (2014) avaliou a realização de atividade física na DP, e
observou que o equilíbrio dos sujeitos ativos é maior que o de sedentários. Esses
resultados poderiam explicar os dados observados na análise bivariada deste estudo, que
identificaram que os homens realizavam mais atividade física que as mulheres, e que
estes apresentavam um melhor equilíbrio. Lamotte (2015) realizou uma revisão
sistemática com metanálise com objetivo de avaliar os benefícios de um treinamento de
endurance sobre os sintomas motores e não motores em sujeitos com DP. Nos
resultados foram observados que o treinamento de endurance em um nível
suficientemente elevado aumenta a capacidade cardiorrespiratória e resistência,
melhorando a VO2 max, marcha e mobilidade em indivíduos levemente a
moderadamente afetados com DP.
O exercício e atividade física vêm sendo associados a uma diminuição do risco
de DP, porém as mulheres parecem ter pouco benefício da atividade física, a menos que
seja do tipo de moderada a forte (THACKER, 2008). Outra forma de explicar os
benefícios maiores dos homens com a atividade física nesse estudo pode ser pelo fato
deles terem mais facilidade e acesso as atividades físicas que as mulheres, que muitas
vezes, mesmo na terceira idade, continuam com serviços do lar, como limpeza, cozinha
e lavanderia, e no decorrer do dia se sentem mais cansadas, ou sem tempo de realizar
alguma atividade física.
É importante salientar que o risco de quedas, avaliado pelo teste ST-DP5X, não
apresentou significância para nenhum modelo de ajuste. Esse dado poderia ser
explicado pelo fato de que os sujeitos no estado 3, 4 e 5 da DP não conseguirem realizar
o teste, que requer uma alta demanda energética e estabilidade. Nessas fases da DP o
indivíduo apresenta fadiga a médios esforços e apresentam instabilidade postural, que
impossibilita a realização do teste. No presente estudo, este teste não apresentou
48
sensibilidade para DP. Steffen (2002) avaliou mobilidade física e desemprenho de
pessoas com DP, e observou que esse teste possui limitações devido ao avanço da
doença que impedem a realização da tarefa nos estágios mais graves da doença.
Os instrumentos utilizados, com exceção do ST-DP5X, foram sensíveis para
avaliação dos sintomas motores. Na análise entre os gêneros não foi possível identificar
diferença estatística durante a regressão para idade, estágio da doença, cognição e
atividade física, portanto, o estudo mostrou que o gênero não se apresenta como uma
variável preditora dos sintomas motores na DP.
49
5. CONCLUSÃO
50
Em conclusão, vários achados desse estudo sugerem que existe diferença na
apresentação dos sintomas motores na DP, porém o gênero não influencia esses
sintomas. Foi percebido que as mulheres parecem ser beneficiadas pelo hormônio
estrogênio somente até a menopausa, e que na idade avançada, ambos os gêneros
apresentarão sintomatologia motora semelhante. Os resultados mostraram que os reais
fatores capazes de modificar a apresentação da doença são a idade, estágio da doença,
cognição e atividade física. Esses achados podem nortear a prática clínica, dando
subsídios para o planejamento do tratamento e metas a serem alcançadas. Sabendo quais
sintomas estarão mais presentes em cada estágio e idade, isto proporcionará maior
clareza para o terapeuta de quais exercícios deve-se enfatizar durante a terapia.
Importante também salientar que novas pesquisas devem ser realizadas com objetivo de
elucidar a diferença entre gêneros na DP.
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60
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61
APENDICES
62
APÊNDICE 1
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
(Participante)
Investigadora: Profª Ana Raquel Rodrigues Lindquist, Ph.D; Larissa Coutinho de
Lucena Trigueiro, MsC e Isabelly Cristina Rodrigues Regalado.
TÍTULO DO PROJETO
RELAÇÃO ENTRE GÊNERO E SINTOMAS MOTORES EM INDIVÍDUOS
COM DOENÇA DE PARKINSON: UM ESTUDO TRANSVERSAL
INFORMAÇÕES Você está sendo convidado a participar de um projeto de pesquisa com o objetivo de
analisar a influência do gênero sobre os sintomas motores em indivíduos com DP na
cidade de Natal-RN. Este projeto será desenvolvido no Departamento de Fisioterapia da
Universidade Federal do Rio Grande do Norte com todos os indivíduos com DP que se
disponibilizarem a participar do estudo.
DETALHES DO ESTUDO O estudo se propõe a caracterizar o perfil físico-funcional e de qualidade de vida e
influência do gênero sobre os sintomas motores e não motores em indivíduos com DP,
identificando as áreas do desempenho de tarefas cotidianas que estão mais acometidas.
Acreditamos que conhecendo melhor o seu perfil, poderemos avaliar melhor o potencial
de reabilitação, identificar fatores que estão associados com uma melhor performance
funcional, de forma a propor intervenções mais coerentes e adequadas para atender as
suas necessidades individuais.
DESCRIÇÃO DOS TESTES A SEREM REALIZADOS
Avaliação Inicial Uma entrevista inicial será administrada para coleta dos seus dados pessoais.
Medidas Clínicas
A força de suas pernas será medida com um equipamento manual e você será
posicionado deitado em uma mesa de exame com a barriga para cima ou na posição
lateral. A sua força de preensão será avaliada com um equipamento específico. Para o
teste, na posição sentada numa cadeira, você será solicitado a fechar a mão e apertar a
empunhadura do equipamento com a maior força possível com uma mão e depois com a
outra.
O seu equilíbrio será avaliado a partir do seu desempenho em determinadas tarefas que
constituem uma escala muito utilizada na prática clínica e em estudos científicos. São
tarefas realizadas corriqueiramente no seu dia a dia.
63
Finalmente, você será solicitado a responder alguns questionários, com várias
perguntas, que avaliarão a presença de sintomas depressivos, e outro que irá avaliar sua
capacidade de compreensão.
Medidas Funcionais Você será solicitado a responder questões de questionários sobre várias atividades que
realiza em sua rotina diária. Uma pontuação indicando o seu nível de atividade pode ser
determinada através das suas respostas.
Você será também solicitado a deambular por uma corredor de 14 metros na sua
velocidade, natural e rápida, enquanto o examinador registra o tempo.
Finalmente, será solicitado a levantar-se de uma cadeira com a qual está acostumado,
andar três metros, fazer um giro para retornar para a cadeira e se assentar. Antes de
realizar o teste, serão dadas as devidas orientações e você poderá experimentar para
certificar o seu entendimento. O teste será realizado em uma velocidade a sua escolha,
considerando a sua segurança e o seu conforto.
Medidas de Qualidade de Vida
Você será solicitado a responder questões de dois questionários que incluem problemas
frequentemente apontados por pessoas que tiveram o mesmo problema que você, tais
como dor, habilidade física, reações emocionais, isolamento social, qualidade do sono,
nível de energia, linguagem, mobilidade, humor, memória, concentração, visão,
trabalho, etc. Uma pontuação indicando o seu nível de qualidade de vida pode ser
determinada através das suas respostas.
Riscos Os riscos associados com os testes podem incluir dor muscular mínima e fadiga. Esses
riscos serão minimizados pela utilização de um período de descanso entre as medidas.
Benefícios
Você e futuros pacientes poderão se beneficiar com os resultados desse estudo. À
medida que se caracterizar melhor o seu perfil, determinar melhor as suas necessidades
e determinar variáveis relacionadas com um melhor desempenho e melhor qualidade de
vida, estratégias mais apropriadas de tratamento poderão ser introduzidas.
Privacidade Você receberá um código (número) que será utilizado em todos os seus testes e não será
reconhecido individualmente. Caso você autorize o uso público de sua imagem, isto
será realizado com a utilização de uma tarja ou imagem fracionada, garantindo seu
anonimato e impedindo sua identificação.
Natureza voluntária do estudo/ Liberdade para se retirar A sua participação é voluntária e você tem o direito de se retirar por qualquer razão e a
qualquer momento, sem que isto lhe traga qualquer prejuízo ou restrição.
Pagamento
64
Você não receberá nenhuma forma de pagamento. Custos de transporte para o local dos
testes e seu retorno deverão ser arcados por você. Entretanto, se isso não for possível,
esses custos poderão ser arcados pela investigadora.
DECLARAÇÃO E ASSINATURA
Eu, ____________________________________________________________ li e
entendi toda a informação repassada sobre o estudo, sendo os objetivos, procedimentos
e linguagem técnica satisfatoriamente explicados e recebi uma cópia deste formulário de
consentimento. Tive tempo, suficiente, para considerar a informação acima e tive a
oportunidade de tirar todas as minhas dúvidas. Estou assinando este termo
voluntariamente e tenho direito, de agora ou mais tarde, discutir qualquer dúvida que
venha a ter com relação à pesquisa com:
Profª Ana Raquel Rodrigues Lindquist, PhD: (0XX84) 3342 2010
Comitê de Ética em Pesquisa, UFRN: (0XX84) 3215-3135
Avenida Salgado Filho, 3000, Lagoa Nova, Natal - RN
O COEP deverá ser consultado somente quando houver dúvidas relacionadas às
questões éticas.
Você receberá uma via desse termo de consentimento, assinada pelo pesquisador.
Assinando este termo de consentimento, eu estou indicando que concordo em participar
deste estudo:
RELAÇÃO ENTRE GÊNERO E SINTOMAS MOTORES EM INDIVÍDUOS
COM DOENÇA DE PARKINSON: UM ESTUDO TRANSVERSAL
_______________________________ _________________________
Assinatura do Participante Data
RG:
CPF:
End:
_______________________________ _________________________
Assinatura do Investigador Data
65
APENDICE 2
REPARK-BR FICHA DE AVALIAÇÃO INICIAL
Nome:________________________________ Código:__________________
Estado: ___________________________ Data:________________________
1. DADOS PESSOAIS
Procedência: ( )Unidade Básica ( )Ambulatório ( )Asilo ( ) Clínica Particular
( ) Outros:_____________________(especificar)
Nome: _______________________________________ Sexo:______________
Endereço: _______________________________________________________
Cidade/Estado: ________________________________ CEP: _____________
Telefone: __________________ Nome acompanhante: ___________________
Data de Nascimento: ________________ Idade (anos): ________
Naturalidade:___________________ Estado civil: ______________________
Mora com:( ) Cônjuge ( ) Filhos ( ) Sozinho ( ) outros: _______________
Escolaridade: Anos de estudo:__________ ( )nunca estudou ( )ensino fundamental
incompleto/1º grau ( )ensino fundamental completo/1ºgrau
( )ensino médio incompleto/2º grau ( )ensino médio completo/2º grau
( )ensino superior incompleto ( )ensino superior completo ( )pós-graduação.
Ocupação profissional (atividade exercida atualmente): __________________ Renda
mensal (R$)_______________
( )menos de 1 salário mínimo ( )1 salário mínimo ( )mais de 1 e menos de 4 salários
mínimos ( )mais de 4 e menos de 8 salários mínimos ( )mais de 8 e menos de 12
salários mínimos ( )acima de 12 salários mínimos.
2. DADOS CLÍNICOS DA DP
Tempo de diagnóstico: __________
3. DADOS CLÍNICOS GERAIS
Membro superior dominante: ( ) D ( ) E
Membro inferior dominante: ( ) D ( ) E
Número de medicação em uso ( )
Descrição:______________________________________________________
______________________________________________________________________
________________________________________________________
66
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
Levodopa: mg/dia:_________ Horário da última dose:________
Número de doenças associadas ( )
Descrição: ______________________________________________________
______________________________________________________________________
________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
Cirurgias relevantes:_______________________________________________
_______________________________________________________________
Atividade física: Sim ( ) Não ( )
Se sim, descreva a atividade e o local:________________________________
______________________________________________________________________
________________________________________________________Fisioterapia: Sim
( ) Não ( )
Atividades Terapêuticas (T.O.,Fono, Pscicologia, etc) : Sim ( ) Não ( )
Quais?_________________________________________________________
Órteses/auxílio à marcha: __________________________________________
Déficit visual: ( ) Déficit auditivo: ( ) correção:________________________
4. INQUÉRITO DE QUEDAS
Queda: “Mudança de posição inesperada, não intencional que faz com que o indivíduo
permaneça em um nível inferior, por exemplo, sobre o mobiliário ou no chão. Esse
evento não é consequência de golpe violento, perda de consciência, epilepsia e início
súbito de paralisia como o AVE.”(Gibson, 1987)
Número de quedas no último mês:_________
Número de quedas nos últimos seis meses:___________
Número de quedas no último ano: __________
Onde e como caiu? : _____________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
Levantou sozinho? __________
5. EXAME FÍSICO
67
PA: __________ FC: _________Massa: _________ Estatura: ___________
68
ANEXOS
69
ANEXO 1
Escala de Estágios de Incapacidade de Hoehn e Yard
Nome: ............................................................................................................................
Gênero: ( ) Masculino ( ) Feminino
Idade: .......................
Estágio de Incapacidade de Hoehn e Yard: ..................
Tabela de Referência:
ESTÁGIO 0 Nenhum sinal da doença.
ESTÁGIO 1 Doença unilateral.
ESTÁGIO 1,5 Envolvimento unilateral e axial.
ESTÁGIO 2 Doença bilateral sem déficit de equilíbrio.
ESTÁGIO 2,5 Doença bilateral leve, com recuperação no “teste do empurrão”.
ESTÁGIO 3 Doença bilateral leve a moderada; alguma instabilidade postural; capacidade para
viver independente.
ESTÁGIO 4 Incapacidade grave, ainda capaz de caminhar ou permanecer em pé sem ajuda.
ESTÁGIO 5 Confinado à cama ou cadeira de rodas a não ser que receba ajuda.
70
ANEXO 2
MONTREL COGNITIVE ASSESSMENT (MoCA)
71
ANEXO 3
UPDRS - “Unified Parkinson’s Disease Rate Scale” (parcial)
II - ATIVIDADES DE VIDA DIÁRIA (Especificar para ON/OFF)
5. Linguagem falada.
0= Normal
1= Levemente afetada. Sem dificuldades para ser compreendido.
2= Alteração moderada. Em algumas ocasiões é necessário pedir para repetir o que disse.
3= Alteração grave. Freqüentemente é necessário pedir para repetir o que está falando.
4= Ininteligível na maioria das vezes.
6.Sialorréia
0= Normal
1= Aumento leve da saliva, mas evidente na boca; pode ocorrer noturna
2= Aumento moderado da saliva, pode ter uma baba mínima.
3= Aumento marcante da saliva com alguma baba.
4= Baba marcante que requer uso de lenços.
7.Deglutição
0= Normal
1= Engasga raramente.
2= Engasga de forma esporádica.
3= Requer alimentos macios.
4= Requer alimentação por sonda nasogástrica ou gastrotomia.
8.Escrita
0= NormaI
1= Ligeiramente lenta ou pequena.
2= Moderadamente lenta ou pequena. Todas as palavras são legíveis.
3= Alteração grave, nem todas as palavras são legíveis.
4= A maioria das palavras são ilegíveis.
9.Corte de alimentos e manejo de talheres
0= Normal
1= Um pouco lento e desajeitado, mas não necessita de ajuda.
2= Pode cortar a maioria dos alimentos, ainda que de um modo desajeitado e lento; precisa de certa ajuda.
3= Os alimentos devem ser cortados por outra pessoa, porém, pode alimentar-se lentamente.
4= Necessita que o alimentem.
10.Vestir-se
0= Normal
1= um pouco lento, apesar de não necessitar de ajuda.
2= Em algumas ocasiões necessita ajuda para abotoar e colocar os braços nas mangas.
3= Requer uma ajuda considerável, porém consegue fazer algumas coisas sozinho.
4= Precisa de ajuda completa.
11.Higiene
0= Normal
1= Um pouco lento, mas não precisa de ajuda.
2= Precisa de ajuda para se barbear ou tomar banho, ou é muito lento nos cuidados de higiene.
3= Requer ajuda para lavar-se, escovar os dentes, pentear-se e ir ao banheiro.
4= Precisa de cateter de Foley e outras medidas mecânicas.
72
12.Virar na cama ou arrumar os lençóis
0= Normal
1= Um pouco lento e desajeitado, mas não precisa de ajuda.
2= Pode dar a volta sozinho ou arrumar os lençóis, ainda que com grande dificuldade.
3= Pode tentar, mas não dá a volta nem arruma os lençóis sozinho.
4= Ajuda total.
13.Quedas (sem relação com bloqueio/ congelamento ou "freezing")
0= Nenhuma
1= Quedas infrequentes.
2= Quedas Ocasionais, menos de uma vez por dia.
3= Quedas uma vez por dia em média.
4= Quedas mais de uma vez por dia.
14.Bloqueio / congelamento durante a marcha:
0= Nenhum.
1= Bloqueio /congelamento pouco freqüente durante a marcha; pode experimentar uma vacilação ao começar a
andar ("start-hesitation")
2= Bloqueio /congelamento esporádico durante a marcha.
3= Bloqueio /congelamento freqüente, que ocasionalmente levam a quedas.
4= Quedas freqüentes causadas por bloqueio /congelamento
15.Marcha
0= Normal.
1= Dificuldade leve. Pode não ocorrer balanceio dos braços ou tender a arrastar o pé.
2= Dificuldade moderada, porém necessita de pouca ou nenhuma ajuda.
3= Alterações graves da marcha, com necessidade de ajuda.
4= A marcha é impossível, ainda que com ajuda.
16.Tremor
0= Ausente.
1= Leve e pouco freqüente.
2= Moderado, incomodo para o paciente.
3= Grave, dificulta muitas atividades.
4= Marcante, dificulta a maioria das atividades.
17.Moléstias sensitivas relacionadas com o parkinsonismo.
0= Nenhuma.
1= Em algumas ocasiões, tem edema, formigamento ou dor leve.
2= Freqüentemente tem edema, formigamento ou dor, não preocupantes.
3= Freqüentes sensações dolorosas.
4= Dor muito intensa.
III - EXPLORACÃO MOTORA
18.Linguagem falada
0= Normal.
1= Leve perda de expressão dicção e/ou volume da voz.
2= Monótona, arrastada, mas compreensível; alteração moderada.
3= Alteração marcada, difícil de entender.
4= Ininteligível
73
19.Expressão facial
0= Normal
1= Hiponímia mínima; poderia ser normal ("cara de jogador de pôquer").
2= Diminuição leve mas claramente anormal da expressão facial.
3= Hiponímia moderada; lábios separados em algumas ocasiões.
4= Face fixa ou em máscara com perda grave ou total da expressão facial, lábios separados 0,6cm oumais.
20.Tremor em repouso;
0= Ausente.
1= Leve e pouco freqüente
2= De pequena amplitude e continuo ou de amplitude moderada e aparição intermitente.
3= De amplitude moderada e presente quase continuamente.
4= De amplitude marcada e presente quase continuamente.
21.Tremor de ação ou postural das mãos:
0= Ausente
1=Leve; presente durante a atividade
2=De amplitude moderada, presente durante a atividade.
3=De amplitude moderada, presente ao manter uma postura assim como durante a atividade.
4=De amplitude marcada, dificulta a alimentação.
22.Rigidez: (Avaliada através da mobilização passiva das articulações maiores, com o paciente sentado e
relaxado. Não avaliar o fenômeno da roda denteada).
0= Ausente
1=Leve só percebida quando ativada por movimentos contralaterais ou outros movimentos.
2= Leve a moderada.
3= Marcada, mas permite alcançar facilmente a máxima amplitude de movimento.
4= Grave, a máxima amplitude do movimento é alcançada com dificuldade.
23.Destreza digital. (O paciente bate o polegar contra o indicador rápida e sucessivamente com a maior
amplitude possível; cada mão separadamente).
0= Normal
l= Ligeiramente lento e/ou redução da amplitude.
2= Alteração moderada. Fadiga clara e precoce. O movimento pode se deter ocasionalmente.
3= Alteração grave. Freqüente indecisão ao iniciar o movimento ou paradas enquanto realiza o movimento.
4= Apenas pode realizar o exercício.
24.Movimentos das mãos. (O paciente abre e fecha a mão rápida e sucessivamente com a maior amplitude
possível; cada mão separadamente).
0= Normal
l= Lentidão leve e/ou redução da amplitude.
2= Alteração moderada. Fadiga clara e precoce. O movimento pode se deter ocasionalmente.
3= Alteração grave. Freqüente indecisão em iniciar o movimento ou paradas enquanto realiza o movimento.
4= Apenas pode realizar o exercício.
25.Movimentos das mãos rápidos e alternantes: (Movimentos de pronação-supinação, vertical ou
horizontalmente com a maior amplitude possível e ambas as mãos simultaneamente).
0= Normal
l= Lentidão leve e/ou redução da amplitude
2= Alteração moderada. Fadiga clara e precoce. O movimento pode se deter ocasionalmente.
3= Alteração grave. Freqüente indecisão ao iniciar o movimento ou paradas enquanto realiza o movimento.
4= Apenas pode realizar o exercício.
26.Agilidade das pernas: (Opaciente bate o calcanhar contra o solo em sucessão rápida, levantando a perna por
74
completo. A amplitude deveria situar-se em 7 a8 cm.)
0= Normal
1= Lentidão leve e/ou redução da amplitude.
2=Alteração moderada. Fadiga clara e precoce. O movimento pode se deter ocasionalmente.
3= Alteração grave. Freqüente indecisão ao iniciar o movimento ou paradas enquanto realiza o movimento.
4= Apenas pode realizar o exercício.
27.Levantar de uma cadeira. (O paciente tenta levantar-se de uma cadeira de madeira ou metal de encosto
vertical mantendo os braços cruzados sobre o tórax)
0= Normal
1=Lento ou necessita de mais de uma tentativa.
2= Levanta-se com apoio nos braços da cadeira.
3= Tende a cair para trás e pode tentar várias vezes ainda que se levante sem ajuda.
4= Não pode se levantar da cadeira sem ajuda.
28.Postura
0= Erguido normalmente.
1 = Não totalmente erguido, levemente encurvado, pode ser normal em pessoas idosas.
2= Postura moderadamente encurvada, claramente anormal, pode estar inclinado ligeiramente para um lado.
3=Postura intensamente encurvada com cifose; pode estar inclinado moderadamente para um lado.
4=Flexão marcada com extrema alteração postural
29.Marcha
0= Normal
1= A marcha é lenta, pode arrastar os pés e os passos podem ser curtos, mas não existe propulsão nem
festinação.
2= Caminha com dificuldade, mas necessita pouca ou nenhuma ajuda; pode existir certa festinação, passos
curtos ou propulsão.
3=Grave transtorno da marcha que exige ajuda.
4=A marcha é impossível, ainda que com ajuda.
30.Estabilidade postural (Observa-se a resposta a um deslocamento súbito para trás, provocado por um empurrão
nos ombros, estando o paciente em pé com os olhos abertos e os pés ligeiramente separados. Avisar o paciente
previamente)
0= Normal
1=Retropulsão, ainda que se recupera sem ajuda.
2=Ausência de reflexo postural; poderia ter caído se o avaliador não impedisse.
3= Muito instável; tendência a perder o equilíbrio espontaneamente.
4= Incapaz de manter-se de pé sem ajuda.
31.Bradicinesia e hipocinesia. (Combinação de lentidão, indecisão, diminuição da oscilação dos braços, redução
da amplitude dos movimentos e escassez de movimentos em geral).
0= Ausente
1= Lentidão mínima, dando ao movimento um caráter decidido; poderia se normal em algumas pessoas.
Amplitude possivelmente reduzida.
2= Grau leve de lentidão e escassez de movimentos; evidentemente anormal. Pode haver diminuição da
amplitude.
3= Lentidão moderada, pobreza de movimentos ou amplitude reduzida dos mesmos.
4= Lentidão marcada e pobreza de movimentos com amplitude reduzida dos mesmos.
75
ANEXO 4
Balance Evaluation Systems Test (MiniBESTest)
REPARK-BR- Mini-BESTest Nome:__________________________________Código:______________
Estado:____________________Data:_________________
ANTECIPATÓRIO SUBTOTAL: / 6
1. SENTADO PARA DE PÉ
(2) Normal: passa para de pé sem a ajuda das mãos e se
estabiliza independentemente.
(1) Moderado: passa para de pé na primeira tentativa
COM o uso das mãos.
(0) Grave: impossível levantar da cadeira sem assistência-
OU – necessita várias tentativas com o uso das mãos.
2. FICAR NA PONTA DOS PÉS
(2) Normal: estável por 3 segundos com altura máxima.
(1) Moderado: calcanhares levantados, mas não na
amplitude máxima (menor que quando segurando com as
mãos) OU instabilidade notável por 3s.
(0) Grave ≤ 3 s.
3. DE PÉ EM UMA PERNA
Esquerdo: Tentativa 1:_______Tentativa 2:______
(2) Normal: 20s.
(1) Moderado < 20 s.
(0) Grave: incapaz.
Direito: Tentativa 1:_______Tentativa 2:______
(2) Normal: 20s.
(1) Moderado < 20 s.
(0) Grave: incapaz.
CONTROLE POSTURAL REATIVO SUBTOTAL: / 6
4. CORREÇÃO
COM PASSO COMPENSATÓRIO- PARA FRENTE
(2) Normal: recupera independentemente com passo
único e amplo (segundo passo para realinhamento é
permitido).
(1) Moderado: mais de um passo usado para recuperar o
equilíbrio.
(0) Grave: nenhum passo, OU cairia se não fosse pego,
5. CORREÇÃO
COM PASSO COMPENSATÓRIO – PARA TRÁS
(2) Normal: recupera independentemente com passo
único e amplo.
(1) Moderado: mais de um passo usado para recuperar o
equilíbrio.
6. CORREÇÃO
COM PASSO COMPENSATÓRIO – LATERAL.
Esquerdo
(2) Normal: recupera independentemente com um passo
(cruzado ou lateral permitido)
(1) Moderado: vários passos para recuperar o equilíbrio.
(0) Grave: cai ou não consegue dar passo
Direito
(2) Normal: recupera independentemente com um passo
76
OU cai espontaneamente
(0) Grave: nenhum passo, OU cairia se não fosse pego,
OU cai espontaneamente
(cruzado ou lateral permitido)
(1) Moderado: vários passos para recuperar o equilíbrio.
(0) Grave: cai ou não consegue dar passo
ORIENTAÇÃO SENSORIAL
SUBTOTAL: / 6
7. DE PÉ; (PÉS JUNTOS) OLHOS ABERTOS, SUPERFÍCIE
FIRME
Tempo em segundos:___________
(2) Normal: 30 s.
(1) Moderado:< 30 s.
(0) Grave: incapaz
8. DE PÉ (PÉS
JUNTOS) OLHOS FECHADOS, SUPERFÍCIE DE ESPUMA
Tempo em segundos:___________
(2) Normal: 30 s.
(1) Moderado: < 30 s.
(0) Grave: incapaz.
9. INCLINAÇÃO
- OLHOS FECHADOS
Tempo em segundos:___________
(2) Normal: fica de pé independentemente 30s e alinha
com a gravidade.
(1) Moderado: fica de pé independentemente < 30 s OU
alinha com a superfície.
(0) Grave: incapaz.
MARCHA DINÂMICA
SUBTOTAL: / 10
10. MUDANÇA
NA VELOCIDADE DA MARCHA
(2) Normal: muda a velocidade da marcha
significativamente sem desequilíbrio.
(1) Moderado: incapaz de mudar velocidade da marcha
ou apresenta sinais de desequilíbrio.
(0) Grave: incapaz de atingir mudanças significativas na
velocidade E sinais de desequilíbrio.
11. ANDAR
COM VIRADAS DE CABEÇA – HORIZONTAL
(2) Normal: realiza viradas de cabeça sem mudança na
velocidade da marcha e bom equilíbrio.
(1) Moderado: realiza viradas de cabeça com redução da
velocidade da marcha.
(0) Grave: realiza viradas de cabeça com desequilíbrio.
12. ANDAR E
GIRAR SOBRE O EIXO
(2) Normal: gira com pés próximos, RÁPIDO
(≤ 3 passos) com bom equilíbrio.
(1) Moderado: gira com pés próximos, DEVAGAR (≥ 4
passos) com bom equilíbrio.
(0) Grave: não consegue girar com pés próximos em
qualquer velocidade sem desequilíbrio.
77
13. PASSAR
SOBRE OBSTÁCULOS
(2) Normal: capaz de passar sobre as caixas com
mudança mínima na velocidade da marcha e com bom
equilíbrio.
(1) Moderado: passa sobre as caixas, porém as toca OU
demonstra comportamento cauteloso com redução da
velocidade da marcha.
(0) Grave: Incapaz de passar sobre as caixas OU passa
contornando as caixas
14. TUG COM DUPLA
TAREFA [CAMINHADA DE 3 METROS]
TUG:_________segundos;
TUG dupla tarefa:__________segundos.
(2) Normal: nenhuma mudança notável entre sentado, em pé ou
andando na contagem regressiva quando comparado ao TUG sem
dupla tarefa.
(1) Moderado: tarefa dupla afeta a contagem OU a marcha (> 10%)
quando comparado com o TUG sem dupla tarefa.
(0) Grave: Para de contar enquanto anda OU para de andar enquanto
conta.
PONTUAÇÃO TOTAL:______/ 28
78
ANEXO 5
TESTE DE SENTADO PARA DE PÉ 5 VEZES (ST-DP5X)
Nome:__________________________________________ Código:_____________
Estado:_________________________ Data:______________________
TESTE ST-DP 5X:
TEMPO: ______________ segundos
OBSERVAÇÕES:
Horário: __________________
Horário da última medicação: ______________
Período ON ( ) OFF ( )
Local: ___________________________________________________________________
Sapatos utilizados:
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
Dispositivo de auxílio para marcha (se houver):