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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM CURSO DE MESTRADO ACADÊMICO MOIZIARA XAVIER BEZERRA CAMPOS MAPEAMENTO CRUZADO DOS TÍTULOS DE DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM FORMULADOS SEGUNDO A CIPE ® VERSUS DIAGNÓSTICOS DA NANDA INTERNACIONAL PARA CRIANÇAS COM DOENÇAS RENAIS NATAL - RN 2019

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO … · promove resultados efetivos na prestação de cuidados, visto que a identificação do diagnóstico de enfermagem incorporada

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM CURSO DE MESTRADO ACADÊMICO

MOIZIARA XAVIER BEZERRA CAMPOS

MAPEAMENTO CRUZADO DOS TÍTULOS DE DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM FORMULADOS SEGUNDO A CIPE® VERSUS DIAGNÓSTICOS

DA NANDA INTERNACIONAL PARA CRIANÇAS COM DOENÇAS RENAIS

NATAL - RN

2019

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MOIZIARA XAVIER BEZERRA CAMPOS

MAPEAMENTO CRUZADO DOS TÍTULOS DE DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM FORMULADOS SEGUNDO A CIPE® VERSUS DIAGNÓSTICOS

DA NANDA INTERNACIONAL PARA CRIANÇAS COM DOENÇAS RENAIS

Dissertação apresentada ao Programa de Pós- Graduaçãoem Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Norte como requisito parcial para obtenção do título de mestre em Enfermagem. Orientador: Prof. Dr. Richardson Augusto Rosendo da Silva. Área de Concentração: Enfermagem na atenção à saúde. Linha de Pesquisa: Enfermagem na vigilância à saúde.

NATAL - RN 2019

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Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN

Sistema de Bibliotecas - SISBI

Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Setorial do Centro Ciências da Saúde - CCS

Campos, Moiziara Xavier Bezerra.

Mapeamento cruzado dos títulos de diagnósticos de enfermagem formulados

segundo a CIPE® versus diagnósticos da NANDA internacional para crianças com

doenças renais / Moiziara Xavier Bezerra Campos. - 2019.

87f.: il.

Dissertação (Mestrado em Enfermagem) - Universidade Federal do Rio Grande do

Norte, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Enfermagem.

Natal, RN, 2019.

Orientador: Richardson Augusto Rosendo da Silva.

1. Processo de enfermagem - Dissertação. 2. Diagnóstico de enfermagem -

Dissertação. 3. Terminologia - Dissertação. 4. Nefropatias - Dissertação. 5. Criança -

Dissertação. I. Silva, Richardson Augusto Rosendo da. II. Título.

RN/UF/BS-CCS CDU 616-083

Elaborado por ANA CRISTINA DA SILVA LOPES - CRB-15/263

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MOIZIARA XAVIER BEZERRA CAMPOS

MAPEAMENTO CRUZADO DOS TÍTULOS DE DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM FORMULADOS SEGUNDO A CIPE® VERSUS DIAGNÓSTICOS

DA NANDA INTERNACIONAL PARA CRIANÇAS COM DOENÇAS RENAIS

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Norte como requisito parcial para obtenção do título de mestre em Enfermagem.

Aprovada em 25 de novembro de 2019.

BANCA EXAMINADORA

_______________________________________________________________ Prof. Dr. Richardson Augusto Rosendo da Silva- Presidente

Universidade Federal do Rio Grande do Norte-UFRN

_______________________________________________________________ Profa. Dra. Maria Alzete de Lima- Examinadora interna ao programa

Universidade Federal do Rio Grande do Norte-UFRN

_______________________________________________________________ Prof. Dr. Rudval Souza da Silva- Examinador externo à instituição

Universidade do Estado da Bahia-UNEB

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A minha família, meu porto seguro. Sempre me

apoiaram na realização dos meus sonhos.

Vocês são a razão da minha vida.

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AGRADECIMENTOS

Gostaria de agradecer a Deus que sempre me ajudou nos momentos mais

difíceis ao longo dessa jornada, sem Ele eu não teria conseguido chegar até aqui.

Te amo acima de tudo, Senhor.

A minha família que sempre me deu força para não desistir dos meus sonhos

e proporcionaram os meios necessários para eu concretizar meus objetivos.

Ao meu esposo, Douglas Campos, que me apoia, incentiva e acima de tudo

nunca permitiu que eu desistisse de concluir os nossos sonhos e planos.

A minha turma do Mestrado, pois diante de tantas aflições vivenciadas

durante o curso, foi muito importante contar com o apoio de todos.

As minhas amigas e companheiras de plantão: Iara, Nathália, Luana e Anny

que sempre estavam prontas para me ajudar com as escalas e com palavras de

incentivo.

A Simone, companheira de estudo, produções e acima de tudo uma amiga

que me ajudou diante de tantos momentos difíceis.

Ao meu grupo de pesquisa pelas colaborações e produções.

A minha banca de qualificação e defesa pelas inúmeras contribuições na

conclusão da pesquisa.

Ao meu orientador Prof. Dr. Richardson Augusto Rosendo da Silva por me

orientar, ouvir e principalmente por compreender minhas dificuldades ao longo do

curso, meu muito obrigada.

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CAMPOS, M.X.B. Mapeamento cruzado dos títulos de diagnósticos de enfermagem formulados segundo a CIPE® versus diagnósticos da NANDA International para crianças com doenças renais. Natal, 2019. Dissertação, 87 folhas. Dissertação (Mestrado em Enfermagem). Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, Universidade Federal do Rio Grande do Norte (RN), 2019.

RESUMO

Trata-se de um estudo metodológico, com abordagem quantitativa que teve como objetivo realizar o mapeamento cruzados dos títulos diagnósticos de enfermagem de crianças com doenças renais elaborados segundo a Classificação Internacional para a Prática de Enfermagem (CIPE®) com os diagnósticos da NANDA Internacional (NANDA-I), assim como classificar os títulos diagnósticos de acordo com os níveis da teoria das necessidades humanas básicas e realizar a validação de conteúdo do produto do mapeamento cruzado. O presente estudo foi dividido em etapas metodológicas, a saber: construção do banco de termos para crianças com doenças renais, elaboração dos títulos de diagnósticos para crianças com doenças renais e validação de conteúdo. Os diagnósticos foram elaborados em duas listas e tabulados no programa Microsoft Excel (Office 2013) e também classificados de acordo com os níveis da teoria das necessidades humanas básicas. Os diagnósticos foram comparados entre os referidos sistemas de classificação, e assim classificados em títulos constantes e não constantes. Dessa forma, os títulos não constantes foram classificados como: similar, mais abrangente, mais restrito e não existe concordância. Em seguida, o produto do mapeamento foi submetido ao processo de validação de conteúdo por especialistas. Foi considerado o Índice de Validade de Conteúdo igual ou maior a 0,80. Os especialistas que participaram do processo de validação do mapeamento cruzado foram de um grupo de pesquisa de uma Universidade pública no Nordeste do Brasil. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital Universitário Onofre Lopes com Parecer nº 1.007.954 e certificado de apresentação para apreciação ética nº 42666815.0.0000.5292. Foram identificados 147diagnósticos de enfermagem, sendo 99 da CIPE® e 48 da NANDA-I. Após realizar-se o mapeamento cruzado, 85,8% dos diagnósticos da CIPE® não foram constantes na NANDA-I. Os não constantes foram classificados em: similar (2,3%), mais restrito (34,1%), mais abrangente (8,2%), não existe concordância (1,1%) e 54,3% dos diagnósticos não foram encontrados correspondentes na NANDA-I. Todos os títulos diagnósticos da CIPE® e NANDA-I, foram classificados nas Necessidades Humanas Básicas, respectivamente em: Psicobiológicas 68,5% e 31,5%; Psicossociais 61,5% e 38,5%. Não foram identificados diagnósticos de enfermagem nas necessidades Psicoespirituais. O mapeamento cruzado foi validado com 14 diagnósticos constantes na NANDA-I e na CIPE® e 39 não constantes, os quais apresentaram IVC > 0,8. O estudo apresentou diferenças numéricas durante a identificação dos diagnósticos de enfermagem com a utilização de dois sistemas de classificação, contudo a contribuição desses sistemas para o desenvolvimento da enfermagem promove resultados efetivos na prestação de cuidados, visto que a identificação do diagnóstico de enfermagem incorporada a uma linguagem padronizada contribui para subsidiar as intervenções de enfermagem e o fortalecimento da profissão. Palavras-chave: Processo de enfermagem. Terminologia. Diagnóstico de enfermagem. Criança. Nefropatias.

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CAMPOS, M.X.B. Cross mapping of nursing diagnostic titles formulated according to CIPE® versus diagnostics of NANDA international for children with renal diseases. Natal, 2019. Dissertation, 87 leaves. Dissertation (Master in Nursing). Nursing Graduate Program, Federal University of Rio Grande do Norte (RN), 2019.

ABSTRACT

This methodological study presents a quantitative angle that aims to do cross-

mapping of nursing diagnoses tittle in children whit kidney disease elaborated

according to International Classification for Nursing Practice (ICNP®) from NANDA-I,

as well as to categorize diagnoses tittle according to the standards of basics human

needs theory and to perform cross-mapping product content validation. The study

was divided into methodological steps: to build a data base of terms for children with

kidney disease, formulation of diagnosis tittle for children with kidney disease and

content validation. The diagnoses were formulated in to two lists and arranged in

Microsoft Excell (Office 2013) program and classified according to basics human

needs theory. The diagnoses were compared between classification systems

mentioned and then classified into tittle listed or not listed. The not listed tittle was

classified as: similar, wider, more restrict and non-agreement. Following this, the

mapping product was analyzed by experts. It was counted the Content Index

Validation equal plus 0,80. The experts who were involved in cross-mapping

validation process are part of a research group of a public University in northeast of

Brazil. The project was approved by Ethics Research Committee or University

Hospital Onofre Lopes by nº 1.007.954 and licensed for ethics presentation by nº

42666815.0.0000.5292. It was identified 147 nursing diagnoses, 99 from ICNP and

48 from NANDA-I. After cross-mapping, 85,8% of INCP diagnoses was not listed in

NANDA-I. The not listed diagnoses was classified in similar (2,3%), more restrict

(34,1%), wider (8,2%) non-agreement (1,1%) and 54,3% of all diagnosis did not find

a match in NANDA-I. All of ICNP and NANDA-I diagnosis tittle were classified in

Basics Human Needs, respectively: psychobiology 68,5% and 31,5%; psychosocial

61,5% and 38,5%. It was not identified nursing diagnosis in psychospiritual needs.

Cross-mapping was validated with 14 diagnosis listed both in NANDA-I and ICNP

and 39 not listed, which presented CIV > 0,8. The study shown numerical differences

in nursing diagnosis identification using two classification systems, however these

systems contribution to nursing development promotes effective in health care since

nursing diagnose identification along with standardized language contributes to

nursing interventions and profession empowerment.

Keywords: Nursing processe. Terminology. Nursing diagnosis. Child. Nephropathies.

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

CIE Conselho Internacional de Enfermeiros

CIPE® Classificação Internacional para a Prática de Enfermagem

CIPESC Classificação Internacional das Práticas de Enfermagem em Saúde Coletiva

CNPq Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico

COFEN Conselho Federal de Enfermagem

DE Diagnóstico de enfermagem

DRC Doença Renal Crônica

IRC Insuficiência Renal Crônica

ISO Organização Internacional de Normalização

IVC Índice de Validade de Conteúdo

NANDA-I NANDA Internacional

NHB Necessidades Humanas Básicas

NIC Nursing Interventions Classification

NOC Nursing Outcomes Classification

OMS Organização Mundial de Saúde

PE Processo de enfermagem

SAE Sistematização da Assistência de Enfermagem

SPSS Statistical Package for the Social Sciences

TCLE Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

UASCA Unidade de Atenção à Saúde da Criança e Adolescente

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Necessidades humanas básicas, Wanda Horta, Natal/RN, 2019 ........... 25

Quadro 2 - Diagnósticos de enfermagem CIPE® e NANDA-I para crianças com

doenças renais. Natal/RN. Brasil, 2019 ..................................................................... 35

Quadro 3 - Diagnósticos de enfermagem CIPE® para crianças com doenças renais

constantes e não constantes na NANDA-I. Natal/RN. Brasil, 2019 ........................... 38

Quadro 4 - Diagnósticos de enfermagem CIPE® para crianças com doenças renais,

não constantes na NANDA-I, classificados segundo Leal (2006). Natal/RN, Brasil,

2019 .......................................................................................................................... 40

Quadro 5 - Concordância dos especialistas em relação ao mapeamento Cruzado

dos DE da CIPE® e NANDA-I e categorização nas Necessidades Humanas Básicas

Psicobiologicas. Natal/RN. Brasil, 2019 .................................................................... 42

Quadro 6 - Concordância dos especialistas em relação ao mapeamento Cruzado

dos DE da CIPE® e NANDA-I e categorização nas Necessidades Humanas Básicas

Psicossociais.Natal/RN. Brasil, 2019 ........................................................................ 45

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 13

1.1 JUSTIFICATIVA DO ESTUDO ............................................................................ 16

2 OBJETIVOS ........................................................................................................... 18

2.1 OBJETIVO GERAL ............................................................................................. 18

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ............................................................................... 18

3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................................. 19

3.1 AFECÇÕES RENAIS .......................................................................................... 19

3.2 ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A CRIANÇAS COM DOENÇAS RENAIS ... 20

3.3 SISTEMAS DE CLASSIFICAÇÃO ....................................................................... 21

3.4 TEORIA DAS NECESSIDADES HUMANAS BÁSICAS ...................................... 24

4 METODOLOGIA .................................................................................................... 26

4.1 TIPO DO ESTUDO .............................................................................................. 26

4.2 LOCAL DO ESTUDO .......................................................................................... 26

4.3 POPULAÇÃO E AMOSTRA ................................................................................ 26

4.4 ETAPAS DO DESENVOLVIMENTO DA PESQUISA .......................................... 27

4.5 ASPECTOS ÉTICOS........................................................................................... 34

5 RESULTADOS ....................................................................................................... 35

6 DISCUSSÃO .......................................................................................................... 46

6.1 USO DOS SISTEMAS DE CLASSIFICAÇÃO: CIPE® E NANDA-I ...................... 46

6.2 NECESSIDADES HUMANAS BÁSICAS DE HORTA PARA CRIANÇAS COM

DOENÇAS RENAIS .................................................................................................. 47

6.3 NECESSIDADES HUMANAS BÁSICAS PSICOBIOLÓGICAS ........................... 48

6.3.1 Hidratação ....................................................................................................... 48

6.3.2 Sono e Repouso ............................................................................................. 49

6.3.3 Mecânica Corporal ......................................................................................... 50

6.3.4 Percepção ....................................................................................................... 51

6.3.5 Regulação ....................................................................................................... 52

6.4 NECESSIDADES HUMANAS BÁSICAS PSICOSSOCIAIS ................................ 54

6.4.1 Segurança ....................................................................................................... 54

6.4.2 Aceitação ........................................................................................................ 55

7 CONCLUSÃO ........................................................................................................ 57

REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 58

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APÊNDICES ............................................................................................................. 66

ANEXOS ................................................................................................................... 78

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1 INTRODUÇÃO

O conhecimento em enfermagem é estruturado através da capacidade

dinâmica dialógica entre teoria e a prática, sendo necessário manter constante esse

dinamismo (QUEIRÓS, 2013).

Para atender o gerenciamento do cuidado, seja ele coletivo ou individual, o

conhecimento em enfermagem precisa ser amplo. O enfermeiro precisa ser capaz

de produzir conhecimentos sobre diferentes ângulos do cuidado de enfermagem e

assim integrar esta diversidade de conhecimentos através do emprego de métodos

rigorosos (WEAVER; OLSON, 2006).

Nesse sentido, a Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE)

constitui-se um desses métodos que contribuem com o aperfeiçoamento do

conhecimento do enfermeiro que deve ser amplo e que é requerido durante o

cuidado de enfermagem.

Entre os diversos métodos utilizados na SAE, encontra-se o Processo de

enfermagem (PE), pois é considerado um instrumento que contribui para um cuidado

qualificado. Este é organizado em etapas didáticas para a realização do cuidado e

documentação da prática do enfermeiro. O modelo do PE mais conhecido no Brasil

é o proposto por Wanda Horta em 1979, o mesmo é composto por seis fases:

histórico de enfermagem, diagnóstico de enfermagem (DE), plano assistencial,

prescrição de enfermagem, evolução de enfermagem e prognóstico de enfermagem

(GARCIA; NOBREGA, 2009; HORTA, 1979).

O PE é conceituado como um método de prestação de cuidados para a

obtenção de resultados satisfatórios durante as ações de enfermagem, e tem como

objetivo reduzir as complicações durante o tratamento. A utilização da PE requer o

pensamento crítico do enfermeiro, este deve possuir objetivos direcionados aos

resultados que espera alcançar, de modo a atender as necessidades do paciente e

de sua família. Para colocar em pratica a SAE é necessária uma constante

atualização do profissional. Assim, possibilita o exercício da profissão com

autonomia e baseada em conhecimentos técnico-científicos (LEFEVRE, 2002;

SILVA et al., 2011).

A aplicação do PE no Brasil iniciou com a publicação do livro, Processo de

Enfermagem, de Wanda Horta em 1979, que se baseou na pirâmide de Maslow

(HORTA, 1979). A teoria das Necessidades Humanas Básicas (NHB) aponta cinco

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níveis de necessidades por ordem de importância, a saber: nível de necessidades

fisiológicas, segurança, sociais, ego ou estima e de auto realização (MONTEIRO et

al., 2014).

A implementação da SAE e do PE no Brasil teve destaque através da

Resolução 272/2002 do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN). Em 2009, ela

é retificada com a Resolução 358/2009, tornando a SAE obrigatória. Essa resolução

considera o PE um instrumento que deve orientar o cuidado do profissional de

enfermagem e a documentação da prática profissional. O PE organiza-se em cinco

etapas: histórico de enfermagem, DE, planejamento, implementação, avaliação

(COFEN, 2009).

O PE deve ser o eixo fundante e estruturante da construção do conhecimento

e posteriormente na prática profissional. Na assistencial de enfermagem percebe-se

inúmeras situações vivenciadas durante o cuidado que envolve a necessidade de

sistematização da assistência e da aplicação do PE (GARCIA, 2016).

Assim, o PE torna-se importante, pois proporciona a adequação de

intervenções que atendam às necessidades individuais dos pacientes sob os

cuidados de enfermagem. Com o cuidado direcionado e orientações apropriadas,

facilita o processo de recuperação do paciente. O cuidado sistematizado pelo

enfermeiro contribui para uma assistência de qualidade (SILVA et al., 2016).

As terminologias de enfermagem são instrumentos utilizados durante o

processo de trabalho do enfermeiro. Estas são definidas como um conjunto de

termos que descrevem os conceitos relevantes da profissão de maneira

padronizada. Os sistemas de classificação são fundamentais para documentar o PE

(BARRA; SASSO, 2011).

No Brasil, as terminologias de enfermagem mais conhecidas e que sustentam

o PE, destacam-se a NANDA Internacional (NANDA-I), a NIC (Nursing Interventions

Classification), a NOC (Nursing Outcomes Classification), a CIPE® (Classificação

Internacional para a Prática de Enfermagem) e o inventário vocabular CIPESC

(Classificação Internacional das Práticas de Enfermagem em Saúde Coletiva)

(MATTEI et al., 2011).

Dentre essas, destacamos a Classificação Internacional para a Prática de

Enfermagem (CIPE®). O Conselho Internacional de Enfermeiros (CIE) é o órgão

responsável pela concepção e desenvolvimento da CIPE®. Esta é uma terminologia

padronizada que tem como intenção representar os elementos da prática de

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enfermagem de forma confiável e precisa. Sua estrutura é composta por um modelo

de sete eixos, o qual permite os enunciados de diagnósticos, resultados e

intervenções de enfermagem (CIE, 2011).

A CIPE®, versão 1.0, possui sete eixos para a construção dos diagnósticos,

intervenções e resultados, sendo eles: Foco: área de atenção relevante para a

Enfermagem; Julgamento: opinião clínica; Meios: método para desenvolver uma

intervenção; Ação: um processo intencional aplicado a um cliente; Tempo: o

momento de uma ocorrência; Localização: orientação anatômica e espacial de um

diagnóstico ou intervenções; Cliente: sujeito ao qual o diagnóstico se refere.

Assim, a CIPE® é um sistema de linguagem padronizada que ordena termos

aceitos por enfermeiros para descrever as avaliações, intervenções e resultados

apropriados para o cuidado de enfermagem, sendo essenciais no PE, além de

estimular o registro de enfermagem em prontuários eletrônicos ou em sistemas

manuais de informação (PRIMO et al., 2018).

Os DE estruturam o conhecimento e auxiliam na avaliação da assistência

prestada, visto que direcionam o cuidado e estimulam a participação do usuário no

seu tratamento (MATOS; CRUZ, 2009). Dentre as maneiras de formular e nominar

os DE na prática clínica está incluída a utilização da CIPE®.

O PE constitui-se com todas as suas etapas uma ferramenta indispensável na

assistência de enfermagem, pois é um meio do enfermeiro realizar o

estabelecimento do DE. Este é considerado o norteador para a identificação de

intervenções mais apropriadas para alcançar os resultados esperados durante o

processo de cuidar prestado pelo enfermeiro e equipe de enfermagem (GALVÃO et

al., 2016).

A obtenção dos DE na pesquisa e no ensino são considerados facilitadores

no processo de cuidar. No cuidado a pacientes com doenças renais os DE tornam-

se essências, uma vez que as necessidades e as características desse grupo de

indivíduos são evidenciadas por meio desses diagnósticos. Assim, é traçado um

perfil desses pacientes, o que otimiza o cuidado e minimiza a utilização de

diagnósticos imprecisos, resultados inadequados e intervenções ineficazes

(DEBONE et al., 2017).

Nesse contexto, das doenças renais, destaca-se a Doença Renal Crônica

(DRC) que é avaliada como um problema de saúde pública mundial, e possui um

número de portadores que aumenta de forma global. No Brasil cerca de 2 milhões

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de pessoas possuem esta doença (JHA et al., 2013; NAGHETTINI et al., 2012). A

DRC é definida como uma síndrome metabólica originada da perda progressiva,

normalmente lenta, da capacidade excretória renal (BRASIL, 2014).

A DRC tem aumentado em crianças, no entanto a maior parte das

informações falam apenas da incidência dos estágios finais da doença, isso leva a

limitações quanto as informações dos estágios iniciais da DRC (HARAMBAT, 2012).

Na infância, as doenças renais, como as glomerulares primárias ou

secundárias, anormalidades congênitas, doenças tubulares, são as mais frequentes

nesse grupo de indivíduos (HARAMBAT, 2012). Uma das causas da Insuficiência

Renal Crônica (IRC) nessa fase são as malformações congênitas do trato urinário, a

bexiga neurogênica, as glomerulonefrites e nefropatias hereditárias (FREITAS et al.,

2015).

Conforme a doença renal avança, os portadores podem apresentar sintomas

que afetam a sua vida diária. Nas fases mais avançadas, o seu impacto sobre o

estado funcional e a qualidade de vida torna-se bastante perceptível. As terapias

renais substitutivas, corrigem parcialmente os sintomas percebidos pelo paciente

(POPPE et al., 2013).

O conhecimento dos DE nesse cenário auxilia o cuidado em saúde

contribuindo na reabilitação desses indivíduos, uma vez que os DE elencados levam

em consideração as características individuais dos pacientes. Assim, tem-se a

contribuição da enfermagem enquanto ciência no processo do cuidado (DEBONE et

al., 2017).

Frente ao exposto, percebe-se que a uniformização na linguagem dos

registros de enunciados de diagnósticos e resultados de enfermagem gera uma

agregação de dados, que contribuem na formulação de intervenções durante a

prática da enfermagem, o cuidar (GARBIN, 2009).

1.1 JUSTIFICATIVA DO ESTUDO

Justifica-se o desenvolvimento dessa pesquisa por meio de inquietações e

questionamentos oriundos da vivência assistencial com a temática durante a

experiência profissional na Residência Multiprofissional em Saúde da Criança em

um Hospital Universitário, referência no atendimento a crianças portadoras de

doenças renais. Diante disso, percebeu-se o quanto esses indivíduos necessitavam

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de um cuidado sistematizado frente aos inúmeros problemas vivenciados por

portadores de doenças renais, como: alteração no crescimento e desenvolvimento,

edema, alteração do sono, infecções e diminuição da qualidade de vida. Dessa

forma, foram iniciadas pesquisas com essa temática, com o intuito de colaborar no

progresso para o constructo de estudos científico e acrescentar saberes nessa área.

Pesquisas que tem por objetivo o refinamento de termos para padronização

da linguagem utilizada pela enfermagem tornam-se cruciais, pois evidenciam o que

está sendo padrão ou não nas classificações de enfermagem.

Frente ao exposto, buscou-se por produção científica sobre a CIPE® nas

bases de dados informatizadas e foi observado poucos estudos voltados para CIPE®

com pacientes portadores de doenças renais e principalmente com crianças, o que

evidencia a relevância do estudo em conhecer as reais necessidades das crianças

portadora de algum tipo de doença renal, para que assim, seja estruturada com

eficácia a assistência de enfermagem de forma sistemática e individualizada.

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2 OBJETIVOS 2.1 OBJETIVO GERAL

Realizar o mapeamento cruzados dos títulos de diagnósticos de enfermagem

de crianças com doenças renais da CIPE® com a NANDA-I.

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Identificar os diagnósticos de enfermagem da CIPE® e NANDA-I de crianças

com doenças renais;

Classificar os títulos diagnósticos de acordo com os níveis da teoria das

necessidades humanas básicas;

Realizar a validação de conteúdo do produto do mapeamento cruzado.

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3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 3.1 AFECÇÕES RENAIS

A Injúria Renal Aguda é definida pela elevação de creatinina basal igual ou

superior a 0,3mg/dL em 48 horas, ou igual ou superior a 1,5 em um intervalo de até

7 dias (KDIGO, 2012). À medida que essas alterações persistem, a perda da função

renal se tornar irreversível e os rins não conseguem mais manter os equilíbrios

metabólicos e hidroeletrolíticos do paciente, a mesma é definida como DRC

(BRASIL, 2014).

Considerada um problema de saúde pública em todo o mundo, a DRC causa

impacto negativo na expectativa e qualidade de vida de seus portadores. No Brasil,

o acometimento renal com necessidade de tratamento dialítico apresenta uma taxa

de prevalência de 6,5% ao ano, com incidência de 4,5% ao ano, estimativas feitas

nos últimos cinco anos pela Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), censo

publicado em 2016 (SESSO et al., 2016).

A doença renal é uma patologia complexa, inicialmente assintomática, a qual

evolui progressivamente e compromete, entre outros, a qualidade de vida

principalmente relacionado as limitações físicas as quais fragilizam os indivíduos e

familiares repercutindo negativamente no desenvolvimento das atividades diárias

(WEYKAMP et al., 2017). O diagnóstico prévio e as intervenções terapêuticas,

retardam a evolução da doença reduzindo não apenas o sofrimento, como também,

os custos financeiros associados à DRC (BASTOS; KIRSZTAJN, 2011).

No contexto da Infância, a criança acometida pela IRA, pode ter sequelas ao

longo prazo e desenvolver a DRC. A DRC na infância normalmente é congênita e

também é decorrente de complicações de outras doenças que podem afetar os rins.

Esta doença leva a uma significativa morbidade e mortalidade na infância. Destaca-

se ainda que, a hipertensão, proteinúria e a DRC na fase adulta está intimamente

relacionados a antecedentes na infância (INGELFINGER; KALANTAR-ZADEH;

SCHAEFE, 2016).

Há um aumento dos casos de DRC em crianças, entretanto a maior parte dos

dados refletem apenas informações referentes ao estágio final dessa doença

(HARAMBAT, 2012). O Censo Brasileiro de Diálise identificou em 2013 um

percentual de 6% de indivíduos entre 1 e 18 anos de idade em diálise. Entre esses

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0,4 % encontram-se na faixa etária de 1 a 12 anos e 5,6 % na faixa de 13 a 18 anos.

Observa-se que houve um aumento no percentual dessa faixa etária (SBN, 2013).

A causa de mortes devido a doença renal é mais frequente em países em

desenvolvimento. Além disso, nesses países o acesso e a qualidade do tratamento

dependem de cada região. No entanto, a doença renal na infância pode ter soluções

de baixo custo, visto que o tratamento precoce pode evitar complicações mais

graves como a DRC e assim elevação dos custos com um tratamento completo

(INGELFINGER; KALANTAR-ZADEH; SCHAEFE, 2016).

Há evidências que quando a DRC tem início na infância, esta leva a

morbidade cardiovascular mais rápido e uma diminuição na expectativa de vida

(QUERFELD et al., 2010). Levando em consideração as vulnerabilidades da criança

com doença renal, estas podem sofrer pela alteração no crescimento e

desenvolvimento. Além disso, as que residem em países em desenvolvimento

enfrentam limitações quanto ao tratamento pela falta de recursos (GALLIENI et al.,

2014; WHITE et al, 2010).

3.2 ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM A CRIANÇAS COM DOENÇAS RENAIS

Diversas são as atribuições direcionadas à equipe de enfermagem. É certo

que a mais importante delas está diretamente relacionada ao cuidado prestado por

tais profissionais que dedicam maior parte do seu tempo profissional ao cuidado.

Como evolução do cuidado prestado, o PE, no Brasil, começa a ser estudada

com a publicação do livro de Wanda Aguiar Horta, em 1979, com embasamento na

teoria das necessidades Humanas Básicas. Na mesma época, com a criação dos

primeiros cursos de mestrado em enfermagem no Brasil, houve um grande salto no

ensino e pesquisa no método da assistência de enfermagem (KLETEMBERG et al.,

2010).

A partir deste período, diversos estudos se consolidaram e contribuíram para

a edificação do escopo da ciência de enfermagem. Destaca-se a importância da

utilização do PE como ferramenta que o enfermeiro utiliza no intuito de organizar e

promover o cuidado. Torna-se relevante a documentação de todo cuidado

executado, bem como identificar as necessidades humanas básicas afetadas no

indivíduo, na família e na coletividade humana que necessitem da aplicação dos

cuidados pela equipe de enfermagem (NÓBREGA; SILVA, 2009).

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21

Dessa forma, a SAE utiliza-se do PE para efetivar o cuidado organizado e

planejado, individual e baseado nas necessidades percebidas (PEREIRA; DIOGO,

2012).

Na perspectiva das doenças renais, fica evidente a importância da

intervenção do profissional de enfermagem em busca de soluções as inúmeras

limitações provocadas pela doença e pelo tratamento. As constantes mudanças no

cotidiano do paciente renal provocam a dependência de uma máquina para

sobreviver. É necessário que o profissional que oferece cuidados de enfermagem

esteja ciente das reais necessidades impostas a esses pacientes, sendo necessário

o planejamento do cuidado visando à integralidade assistencial (ALVES; GUEDES;

COSTA, 2016).

Na infância as repercussões da doença renal são ainda mais intensas, elas

precisam de uma atenção diferenciada, pois nessa fase as transformações impostas

pela doença são ainda mais incômodas. As alterações permeiam o estresse, a

desorganização da vida familiar, autoimagem e mudanças na percepção da vida

(FROTA et al., 2010).

Nesse contexto, o cuidado a crianças com doenças reais requer identificação

precoce e por profissionais habilitados e com competência no planejamento da

assistência, estabelecimento de condutas resolutivas e conquista das metas

estabelecidas. Isso diminuirá o tempo de permanência na instituição de saúde e

otimizando a qualidade de vida da criança. O PE pode ser aplicado a crianças com

doenças renais utilizando a padronização da linguagem e atendendo as

necessidades afetadas, identificando-se riscos potenciais e planejando cuidados de

enfermagem (SANTOS, 2014).

3.3 SISTEMAS DE CLASSIFICAÇÃO

O PE é considerado o principal instrumento para o desenvolvimento da

prática da enfermagem por ser um método sistematizado. É um recurso

metodológico que favorecer o cuidado prestado pelo o enfermeiro e toda a equipe de

enfermagem. O PE facilita a organização das atividades, possibilita as condições

necessárias para realizar as ações planejadas e documentar a prática (GARCIA;

NÓBREGA, 2009).

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Apesar das produções científicas relacionadas ao PE e seus reflexos

positivos, sua implantação no contexto assistencial ainda enfrenta grandes desafios

nas instituições de saúde. Percebe-se que mesmo que os enfermeiros reconheçam

a importância do PE, ainda assim seguem a reprodução da dinâmica de trabalho

moldada pela cultura da organização das instituições de saúde. Porém, a

implantação do PE direciona o trabalho da enfermagem, visto que é um instrumento

próprio da profissão, na sua organização (PIVOTO et al., 2017).

Assim, observa-se que mesmo diante do crescente uso do PE, as práticas de

enfermagem ainda permanecem fragmentadas, baseadas apenas em sinais e

sintomas das doenças não considerando as necessidades de quem recebe o

cuidado. Aponta-se como dificuldade para implantar o PE a prática clínica de

cuidados voltados para tarefas, levando a priorização dos serviços e não das

necessidades individuais (SOUZA; SANTOS; MONTEIRO, 2013).

Mesmo diante desse cenário, há um crescente interesse e envolvimento dos

profissionais para implementar a SAE nas instituições de saúde. É para o

desenvolvimento da assistência sistematizada é utilizado o PE por ser um método

que organiza o processo de cuidar da equipe de enfermagem. A SAE se constitui um

objeto de preocupação de enfermeiros em diferentes ambientes de atuação, a saber:

no ensino, pesquisa ou assistência. Neste sentido, o PE pode representar uma

quebra de paradigma através da elaboração dos DE e da prescrição de cuidados.

Frente a isso, pode ocorrer uma mudança de cultura nas instituições de saúde e o

rompimento com o modelo biomédico (NEVES; SHIMIZU, 2010; SOUZA; SANTOS;

MONTEIRO, 2013).

Os sistemas de classificação tem por objetivo beneficiar o processo de

comunicação durante toda a jornada de trabalho do enfermeiro, visto que possibilita

o agrupamento de informações para elaborar o planejamento das ações, o processo

ensino-aprendizagem da profissão e o desenvolvimento de pesquisas científicas na

área, os sistemas de classificação de modo geral permitem o uso de uma linguagem

unificada pelos profissionais da enfermagem (LEITE et al.,2013).

Houve o desenvolvimento de alguns sistemas de classificação na

enfermagem, como: NANDA-I, NIC, NOC, o Sistema Comunitário de Saúde de

Omaha, a Classificação dos Cuidados de Saúde Domiciliar (Home Health Care

Classification – HHCC) e a CIPE® (LEITE et al., 2013).

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Frente ao exposto, trataremos do cruzamento dos DE através de dois

sistemas de classificação, NANDA-I e CIPE®, destaca-se que as etapas para

elaboração dos DE com esses sistemas são distintas e os termos utilizados podem

divergir.

A NANDA-I, realiza o processo de identificação dos diagnósticos por meio do

raciocínio e do julgamento clínico acerca dos problemas de saúde. O

reconhecimento sobre o DE como instrumento para esse raciocínio leva para uma

dimensão que alcança resposta frente ao cuidado (ALVARENGA et al., 2018).

Os DE estão inseridos na segunda etapa do PE e estes estruturam o

conhecimento com o intuito de definição do papel e do domínio da enfermagem.

Esses ainda auxiliam na avaliação da assistência prestada e direcionam o cuidado.

Uma maneira de formular os DE é através do sistema de classificação da NANDA- I,

um sistema muito utilizado na prática clínica e foi adotado pela associação das

enfermeiras norte-americanas como a metodologia oficial de taxonomia de

diagnósticos para os Estados Unidos da América, desde a década de 1980

(MATOS; CRUZ, 2009; NANDA, 2013).

Na década de 1990 o CIE acolheu as recomendações da Organização

Mundial de Saúde (OMS) para realizar a elaboração de um sistema de classificação

para enfermagem com o intuito de proporcionar uma linguagem uniformizada entre

os profissionais de enfermagem. Assim, foi publicou em 1996 a CIPE®, com os

fenômenos e Intervenções de Enfermagem (CUBAS; SILVA; ROSSO, 2010).

A CIPE® descreve a prática de enfermagem a nível mundial, isso destaca

a contribuição da Enfermagem nos sistemas de informação. A estrutura da CIPE®

compreende termos inerentes e relevantes que possibilita a elaboração de DE,

intervenções e resultados de enfermagem que descrevem os fenômenos inerentes a

enfermagem (MAZONI et al., 2010).

A CIPE® é composta pelo modelo dos sete eixos, os que constam na

versão 2015 são: foco; julgamento, meios, ação, tempo, localização e cliente (CIPE,

2015).

Estudos apontam para a necessidade de uniformizar e de legitimar os DE

durante a prática clínica por meio da CIPE®. Para isso, torna-se necessário que o

enfermeiro utilize durante sua prática profissional, contribuindo para um cuidado

mais consistente e eficaz (OLEGÁRIO; FERNANDES; MEDEIROS, 2015).

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3.4 TEORIA DAS NECESSIDADES HUMANAS BÁSICAS

Ao longo da história da enfermagem os profissionais dessa área têm

desenvolvido suas atividades baseadas em normas e rotinas repetidas, e as ações

podem existir sem reflexão. Dessa forma, o indivíduo que recebe esse cuidado tem

uma assistência de enfermagem mecanizada e assim esses profissionais deixam de

alcançar as reais necessidades desses indivíduos e levando a uma desvalorização

do cuidado (REGIS; PORTO, 2011).

Com o intuito de minimizar esse cenário, a enfermagem vem estudando

novas possibilidades para compreender as diferentes formas de prestar o cuidado.

Essa nova perspectiva tenta ultrapassar a existência de um modelo biomédico, e

para isso tenta fundamentar o cuidado na valorização de condições individuais,

subjetivas e socioculturais dos sujeitos envolvidos no processo de cuidado

(FAVERO; PAGLIUCA; LACERDA, 2013).

Nesse sentido, Wanda Horta tem destaque no Brasil nessa mudança do

processo de cuidar na enfermagem. Ela desenvolveu seus estudos a partir da teoria

da motivação humana de Maslow, sendo fundamentada nas necessidades humanas

básicas, denominadas de necessidades psicobiológicas, psicossociais e

psicoespirituais (CAVALCANTE et al., 2011).

Nessa perspectiva, a teoria de Wanda Horta está fundamentada em três leis

gerais que regem os fenômenos universais, a saber: as leis do equilíbrio

(homeostase e hemodinâmica), da adaptação (interação com o meio) e a do holismo

(o todo não é a mera soma das partes, mas o conjunto destas) (HORTA, 1979).

Assim, o enfermeiro tem ao seu alcance um suporte teórico, Teoria das

Necessidades Humanas Básicas de Wanda Horta, que possibilita uma

transformação no cuidado em enfermagem. Esse suporte contribui para a efetivação

do PE, visto que para realizar as etapas desse processo é necessário uma teoria

que oriente-as. A teoria de Wanda Horta vem sendo a mais utilizada pelas

instituições de saúde do Brasil (CAVALCANTE et al., 2011).

Quando o enfermeiro utiliza as teorias de enfermagem ele passa a trabalhar

com uma base teórica e metodológica que orienta o cuidado e dessa forma

disponibiliza uma assistência voltada para a promoção da integridade do indivíduo

frente a todas as suas necessidades e não apenas as fisiopatológicas

(SCHAURICH; CROSSETTI, 2010).

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Assim, Wanda Horta buscou desenvolver sua teoria pautada no

estabelecimento da enfermagem enquanto ciência, e que as atenções da

enfermagem deveriam estar voltadas para o indivíduo e não apenas para a doença.

Ela considerava que a enfermagem precisava desenvolver suas próprias teorias,

pois os profissionais de enfermagem precisam de um adequado saber, pensamento

lógico e criatividade na execução de suas ações, o cuidado (HORTA, 1970).

A busca por evolução na assistência de enfermagem vem sendo pautada no

PE, e esse processo pode ser construído com base na Teoria das Necessidades

Humanas Básicas de Wanda Horta com o intuito de atender as mudanças nas

necessidades de saúde coletiva e individual. Frente ao exposto, o enfermeiro tem a

possibilidade de oferecer um cuidado direcionado e individualizado, proporcionando

uma melhoria na assistência (MARQUES; MOREIRA; NÓBREGA, 2008).

Quadro 1 - Necessidades humanas básicas, Wanda Horta, Natal/RN, 2019 NECESSIDADES PSICOBIOLÓGICAS

Oxigenação, Hidratação, Nutrição, Eliminação, Sono e repouso, Exercício e atividades físicas, Sexualidade, Abrigo, Mecânica corporal, Motilidade, Cuidado corporal, Integridade cutâneo mucosa, Integridade física, Regulação: térmica, hormonal, neurológica, hidrossalina, eletrolítica, imunológica, crescimento celular, vascular, Locomoção, Percepção: olfativa, visual, auditiva, tátil, gustativa, dolorosa.

NECESSIDADES PSICOSSOCIAIS

Segurança, Amor, liberdade, Comunicação, Criatividade, Aprendizagem, Gregária, Recreação, Lazer, Espaço, Orientação no tempo e espaço, Aceitação, Autorrealização, Autoestima, Participação, Autoimagem, Atenção.

NECESSIDADES PSICOESPIRITUAIS

Religiosa ou teológica, ética ou de filosofia de vida.

Fonte: Horta (1979)

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4 METODOLOGIA

4.1 TIPO DO ESTUDO

Trata-se de um estudo metodológico e descritivo com abordagem quantitativa.

Os estudos metodológicos visam a organização de dados, como: validação,

avaliação de ferramentas e métodos de pesquisa (LIMA, 2011).

A pesquisa descritiva observa, registra, analisa e correlaciona casos sem

manipulá-los. Busca encontrar com maior exatidão possível a frequência com que

um evento ocorre, sua relação, conexão e suas características (CERVO, 2007).

4.2 LOCAL DO ESTUDO

A primeira fase da pesquisa acorreu no Hospital Universitário Onofre Lopes

situado na Av. Nilo Peçanha, 620 - Petrópolis, Natal, Rio Grande do Norte. O setor

escolhido foi a Unidade de Atenção à Saúde da Criança e Adolescente (UASCA)

localizada no primeiro subsolo do referido Hospital.

Optou-se pela referida unidade em razão da qualidade e quantidade de

atendimentos prestados a crianças e adolescentes portadores de algum tipo de

afecções renais.

A UASCA é uma unidade de referência ao acompanhamento de crianças e

adolescentes com afecções renais por disponibilizar de equipe multiprofissional

qualificada para prestar assistência, dentre eles: nefrologistas pediatras, enfermeiro,

psicólogo, nutricionista, fisioterapeuta.

As demais etapas da pesquisa ocorreram no Programa de Pós-graduação em

Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, pois a elaboração do

mapeamento cruzado e o processo de validação de conteúdo por especialista

aconteceu durante o curso da pós-graduação.

4.3 POPULAÇÃO E AMOSTRA

A primeira etapa da pesquisa, realizada anteriormente, teve como

participantes crianças portadoras de doenças renais que estavam internadas na

UASCA. A atual fase da pesquisa teve como participantes especialistas de um grupo

de pesquisa de uma Universidade pública do Nordeste do Brasil que trabalham com

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pesquisas voltadas para os sistemas de classificação. O grupo de pesquisa foi

convidado a colaborar com as etapas da elaboração do banco de termos, da

construção de título de diagnósticos de enfermagem utilizando a CIPE® e validação

do cruzamento dos DE com as NHB.

Os especialistas do grupo de pesquisa foram convidados a participar do

estudo através de uma carta convite, os que concordaram em participar do estudo,

assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), respeitando os

princípios éticos da pesquisa. Assim, foi solicitado a colaboração desses

especialistas para que os mesmos assinalem a concordância ou não dos dados

enviados nas etapas de validação do estudo. Em caso de discordância das

afirmativas, foi requisitado possíveis sugestões para correção e adequação dos

dados.

4.4 ETAPAS DO DESENVOLVIMENTO DA PESQUISA

Com a finalidade de realizar um mapeamento cruzados dos títulos de

diagnósticos da CIPE® com a NANDA-I para crianças com doenças renais, a

presente pesquisa foi desenvolvida a partir de um projeto guarda-chuva intitulado:

“Sistematização da assistência de enfermagem em crianças e adolescentes com

doenças renais”, submetido ao comitê de ética de CAAE nº 42666815.0.0000.5292.

Os dados foram coletados entre maio e outubro de 2015. Nesse sentido, a

pesquisa transcorreu as seguintes etapas:

1ª etapa: Identificação dos diagnósticos de enfermagem, características

definidoras, fatores relacionados e de risco, em crianças com doenças renais,

por meio da NANDA-I;

2ª etapa: Elaboração de banco de termos para crianças com doenças renais;

3ª etapa: Construção de título de diagnósticos de enfermagem a partir de

banco de termos, utilizando a CIPE®;

4ª etapa: Categorização dos títulos diagnósticos da CIPE® e da NANDA-I com

a teoria das necessidades humanas básica de Horta;

5º etapa: mapeamento cruzados dos títulos de diagnósticos da CIPE® com a

NANDA-I;

6ª etapa: validação de conteúdo do produto do mapeamento cruzado.

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1ª Etapa: Identificação dos diagnósticos de enfermagem, características

definidoras, fatores relacionados e de risco, em crianças com doenças renais,

por meio da NANDA-I

Os dados dessa etapa foram coletados por meio de instrumentos de coleta de

dados (ANEXO A) embasados nos domínios da Taxonomia II da NANDA-I. O

instrumento de coleta de dados foi adaptado pelos pesquisadores de estudos sobre

perfil de pacientes renais, SAE e DE na área de Nefrologia (LEITE et al., 2013;

FRAZÃO; ARAÚJO; LIRA, 2013). O mesmo possuía perguntas abertas e fechadas

sobre os dados clínicos e sociodemográficos e a aplicação do roteiro do exame

físico adaptado do instrumento de Barros et al. (2010). A coleta de dados ocorreu

em um hospital universitário de referência na Atenção à Saúde da Criança do

Estado do Rio Grande do Norte (RN).

A inferência diagnóstica foi realizada pelo pesquisador, bolsistas de Iniciação

Cientifica e o orientador por meio da categorização dos sinais e sintomas levantados

na entrevista e exame físico, identificados pelos instrumentos já citados,

agrupamento dos fenômenos encontrados em cada paciente, sendo possível a

identificação dos DE, características definidoras e fatores relacionados/risco de

acordo com a NANDA-I.

2ª Etapa: Elaboração de banco de termos para crianças com doenças renais

A etapa de elaboração do Banco de termos para crianças com doenças renais

foi realizada adotando os preceitos metodológicos de Pavel e Nolet (2003), a saber:

identificação e avaliação da documentação especializada; delimitação do campo

temático da analise terminológica; confirmação e utilização dos termos na prática

profissional com enfermeiros/pesquisadores e colaboradores; mapeamento cruzado

de termos identificados com os termos da CIPE®; distribuição dos termos de acordo

com o modelo dos sete eixos da CIPE®.

Após a identificação dos termos, foram analisados e decompostos em

simples, substantivos, verbos, advérbios e adjetivos, gerando assim uma lista de

termos submetidos a um processo de normalização e uniformização com a retirada

de repetições, correção da grafia, análise de sinonímia e realização de adequações

de gênero e número de termos.

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Para a confirmação dos termos foi elaborado uma planilha contendo todos os

termos, atrelado à um espaço para que sejam pontuadas as implicações dos termos

na prática.

Em seguida, a lista de termos foi discutida entre o orientador, a pesquisadora,

três alunos de mestrado e um de doutorado. Foi utilizada a planilha constando todos

os termos propostos, informando se era aplicável ou não a crianças com doenças

renais. Assim, houve a solicitação aos participantes que marquem a concordância

ou discordância quanto a utilização dos termos extraídos dos documentos e, em

caso de discordância das afirmativas, foi requisitado que apresentassem as

sugestões para sua adequação à realidade da prática de enfermagem.

Em seguida, os dados foram compilados em bancos de dados no software

Microsoft Excel Office 2010 para que assim fossem calculados os Índice de Validade

de Conteúdo (IVC) dos especialistas do grupo de pesquisa, considerando IVC >

0,80. Nesse sentido para as análises estatísticas foi utilizado o Software Statistical

Package for the Social Sciences (SPSS), versão 22.0.

Os termos que apresentaram IVC > 0,80 foram submetidos a um processo de

mapeamento cruzado, com os termos constantes na CIPE®. Para isso foi utilizado o

Programa Access for Windows, com a importação da planilha do Excel para a

construção de tabela de termos identificados a qual foi cruzada com a tabela dos

termos da CIPE®, identificando-se assim, os termos constantes e não constantes

dessa terminologia. Em seguida os termos constantes foram catalogados conforme

o modelo dos setes eixos, foco, julgamento, meio, ação, tempo, cliente, localização.

Os termos não constantes passaram por um processo de análise quanto à

similaridade e abrangência em relação aos termos constantes na CIPE®. Para esse

processo foi utilizado os critérios propostos por Leal (2006), que estabelece: se o

termo da CIPE® é similar ao termo identificado, quando não existe concordância da

grafia, mas o seu significado é idêntico; se um termo é mais abrangente, quando tem

um significado maior do que o termo existente na CIPE®; se é mais restrito quando o

termo tem um significado menor do que existente na CIPE® e se não existe

concordância, quando o termo e totalmente diferente do termo existente na CIPE®.

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3ª Etapa: Construção de título de diagnósticos de enfermagem a partir de

banco de termos, utilizando a CIPE® e validação dos títulos de diagnósticos

por experts

A elaboração dos títulos de DE para crianças com doenças renais, segundo a

CIPE® foi realizada mediante o banco de termos que foi criando na segunda etapa

da pesquisa. A elaboração dos diagnósticos deve-se pautar, no raciocínio clínico,

pois o mesmo contempla os elementos de abordagem analítica quanto intuitiva.

Para a elaboração dos títulos de DE, foram seguidas as recomendações da

Norma ISO 18.104/14 da Organização Internacional de Normalização (ISO) e as

diretrizes adotadas pelo CIE (2011), em que se deve utilizar um termo do eixo “Foco”

e “Julgamento”.

Após etapa de elaboração dos títulos diagnósticos, foi realizada a validação

por especialistas do grupo de pesquisa mencionado anteriormente.

Um dos modelos de validação de diagnósticos propostos por Gordon e

Sweeney (1979) é o modelo retrospectivo, que é caracterizado por seguir a

experiência clínica do enfermeiro, este foi utilizado na presente pesquisa.

4ª Etapa: Categorização dos títulos diagnósticos da CIPE® e da NANDA-I com a

teoria das necessidades humanas básica de Horta

Logo após elaboração dos títulos de DE concluída, foi iniciado a quarta etapa

da pesquisa. Nesta etapa os títulos diagnósticos foram categorizados conforme a

teoria das necessidades humanas básicas de Wanda Aguiar Horta.

Essa teoria envolve três leis gerais que regem os fenômenos universais: a lei

do equilíbrio (homeostase ou hemodinâmica); a lei da adaptação; e a lei do holismo

(HORTA, 1979).

Com base nessas leis, o ser humano é considerado parte integrante do

universo dinâmico e, assim, sujeito às leis que o regem e a um estado de equilíbrio e

desequilíbrio consequentes do seu próprio dinamismo. Esses estados de

desequilíbrio geram as necessidades humanas, as quais são definidas por estados

de tensão conscientes ou inconscientes, que levam os seres humanos a buscarem

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satisfação com a finalidade de manter seu equilíbrio dinâmico no tempo e no espaço

(HORTA, 1979).

5ª Etapa: mapeamento cruzados dos títulos de diagnósticos da CIPE® com a

NANDA-I

O mapeamento cruzado é uma técnica que possui a capacidade de comparar

termos constantes e não constantes por meio do cruzamento de dados. Assim, é

possível comparar as linguagens já padronizadas como as da enfermagem através

dos sistemas de classificação. A realização de pesquisas utilizando esse método

possibilita o aprimoramento dos sistemas de informações da enfermagem e a

padronização de sua linguagem (NONINO et al., 2008; LUCENA; BARROS, 2005).

O mapeamento cruzado explica algo através de uso de palavras com

significado igual ou semelhante. (CARVALHO; CRUZ; HERDMAN, 2013).

Um estudo que utilizou o mapeamento cruzado possibilitou que fosse

identificado termos e expressões utilizados nas anotações dos profissionais de

enfermagem com os termos utilizados na classificação da NANDA-I. Esse processo

viabilizou a identificação de disfunções, estado de saúde, processos que envolvem o

bem-estar e as condições de vulnerabilidade expressas pelos indivíduos submetidos

a pesquisa (FERREIRA et al., 2016).

O uso desse método possibilita a comparação das informações coletadas

durante a assistência de enfermagem e as taxonomias disponíveis para os

profissionais de enfermagem, como os DE padronizados pela CIPE®. Desse modo,

há uma contribuição significativa para a implementação de sistemas de classificação

no serviço de saúde, padronização da linguagem, melhoria na assistência de

enfermagem e facilitação na comunicação entre os profissionais envolvidos no

processo do cuidado (LUCIANO et al., 2014).

O mapeamento cruzado é uma ferramenta útil nas pesquisas e nos serviços

de saúde, pois contribui no planejamento e implantação dos sistemas de

classificação de enfermagem, visto que permite demonstrar que os dados já

existentes podem ser mapeados com as classificações de enfermagem e assim

adaptados para a linguagem padronizada (LUCENA; BARROS, 2005).

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Estudo releva que os enfermeiros registam termos diferentes, porém com

significado igual. Diante do exposto, a utilização de termos similares revela a

necessidade de aproximação dos enfermeiros com linguagens de classificação.

Assim, há dificuldade na recuperação das informações para avaliar os

resultados da assistência de enfermagem. Os enfermeiros precisam registar a

assistência de forma adequada, usando termos que representem a sua prática

profissional (CUBAS et al., 2017).

Assim, após a construção dos títulos de diagnósticos para crianças com

doenças renais nos sistemas de classificação da NANDA-l e CIPE®, foi realizado o

mapeamento cruzado. Ocorreu a exportação da lista de títulos de diagnósticos de

enfermagem criada no Microsoft Excel (Office 2013) para o programa Microsoft

Acess for Windows.

Diante do exposto, foram criadas duas listas, em que os títulos de

diagnósticos de enfermagem foram comparados entre os sistemas de classificação

da CIPE® e NANDA-I.

Foram submetidos a um processo de análise utilizando os critérios advindos

de Leal (2006) para os DE que não foram constantes nas duas classificações.

Assim, classificando os títulos de diagnóstico da seguinte forma: se a definição do

diagnóstico da NANDA-I é similar ao utilizado na CIPE®, assim apresentando

significado idêntico, mas ausência de concordância gráfica; se a definição é mais

abrangente, ou seja, a definição do diagnóstico da CIPE® tem um significado maior

do que a existente na NANDA-I; se é mais restrito, ou seja, a definição construída na

CIPE® tem um significado menos abrangente do que a existente na NANDA-I; e por

último, se não existe concordância, ocorrendo quando as definições construídas são

totalmente distante das definições existente em cada classificação.

6ª Validação de conteúdo do produto do mapeamento cruzado

Por fim, realizou-se a etapa de Validação de conteúdo do produto do

mapeamento cruzado. Para tanto, optou-se por enviar o produto do mapeamento

cruzado para o grupo de pesquisa, ja descrito anteriormente.

Assim, foi encaminhado um instrumento constando os títulos de diagnósticos

da CIPE® e NANDA-I e o mapeamento cruzado informando os títulos diagnósticos

constantes e não constantes na CIPE® e os considerados não constantes,

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33

classificados segundo Leal (2006).

Diante disso, o grupo julgou se concordava ou não com o cruzamento entre

os títulos de diagnóstico da CIPE® e NANDA-I. Em caso de discordância, foi

requisitado que apresentassem as sugestões para adequação. Ressalta-se que o

processo de validação ocorreu por meio da técnica Delphi, esta foi composta por

duas etapas: Delphi 1 e Delphi 2.

A validação de conteúdo foi contemplada através da concordância entre as

respostas dos especialistas, com o IVC. Esse índice permite a avaliação de cada

item do instrumento, e logo após observar sua totalidade. Este método é bastante

difundido na área da saúde, especialmente, quando relacionado a validação de

conteúdo para determinar a adequação de conteúdo dos ítens contidos em

protocolos (WALTZ; STRICKLAND; LENZ,1991).

Frente ao exposto, os dados foram compilados em bancos de dados no

software Microsoft Excel Office 2010 para que assim fossem calculado o IVC e o

Índice de Fidedignidade e também foi aplicado o Teste de Mann-Whitney para

verificar a significância entre o Delphi 1 e Delphi 2.

Portanto, para o processo de validação foi utilizado o IVC e o Índice de

Fidedignidade (reliability) ou concordância interavaliadores (Interrater Agreement -

IRA)( RUBIO et al., 2003). O IVC foi utilizado para avaliar o conteúdo dos itens em

relação as respostas referentes ao mapeamento cruzado entre os DE e as NHB.

Para ser considerado válido é necessário que após as avaliações de especialistas,

apresente-se uma aprovação acima de 80% (0,8) (RUBIO et al., 2003; POLIT;

BECK, 2006). Assim, para calcular o IVC do mapeamento cruzado, foi dividido o

número total de avaliadores que atribuiu uma pontuação de 3 ou 4 em uma escala

ordinal de quatro pontos com significância de "concordo" a "não-concordo", pelo total

de avaliadores que avaliaram o mapeamento cruzado (RUBIO et al., 2003).

Já o Índice de Fidedignidade avalia a extensão em que os especialistas são

confiáveis nas avaliações dos itens do mapeamento cruzado. Para se calcular o

Índice de Fidedignidade foi dividido o número de itens que obtiveram um valor acima

0,8 de concordância entre os avaliadores, pelo total de itens de cada dimensão do

mapeamento (RUBIO et al., 2003).

Assim, para as análises estatísticas foi utilizado o Software Statistical Package

for the Social Sciences (SPSS), versão 20.0.

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34

4.5 ASPECTOS ÉTICOS

A pesquisa foi conduzida de acordo com a Resolução nº466/12 do Conselho

Nacional de Saúde, que aborda as diretrizes e normas regulamentadora de

pesquisas envolvendo seres humanos. A pesquisa obteve avaliação favorável por

parte do Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital Universitário Onofre Lopes

(HUOL), conforme o Parecer 1.007.954 e Certificado de Apresentação para

Apreciação Ética nº 42666815.0.0000.5292.

Cabe ressaltar que os responsáveis pelos participantes da primeira fase da

pesquisa do projeto guarda-chuva “Sistematização da assistência de enfermagem

em crianças e adolescentes com doenças renais” assinaram o TCLE (APÊNDICE A)

e as crianças a partir de 6 anos assinaram o Termo de Assentimento (APÊNDICE

B). Assim, também os participantes das etapas seguintes da atual pesquisa

assinaram o TCLE (APÊNDICE D).

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35

5 RESULTADOS

Inicialmente foram apresentados os DE CIPE® e NANDA-I, assim descritos de

forma quantitativa e posteriormente foi realizada a identificação dos DE da CIPE®

constantes e não-constantes na NANDA-I. Estes DE foram classificados segundo as

Necessidades Humanas Básicas e os não-constantes classificados segundo Leal

(2006).

Foram elaborados os DE para crianças com doenças renais em ambas as

classificações após a eliminação de DE com sinonímias. Assim, foram encontrados

147 diagnósticos de enfermagem, destes 67,3%(99) do sistema de classificação

CIPE® e 32,7%(48) da NANDA-I, conforme Quadro2.

Quadro 2 - Diagnósticos de enfermagem CIPE® e NANDA-I para crianças com doenças renais. Natal/RN. Brasil, 2019

Diagnósticos de enfermagem CIPE® Diagnósticos de enfermagem NANDA-I

1. Sistema Respiratório Prejudicado

2. Dispneia

3. Peso corporal excessivo

4. Ingestão de Alimentos inadequada

5. Adesão ao Regime Dietético prejudicado

6. Comportamento de Ingestão de Alimentos Prejudicado da criança

7. Estado nutricional alterado

8. Risco de estado nutricional inadequado

9. Mastigação Parcial

10. Risco de volume de líquidos baixo

11. Ingestão de líquidos inadequada

12. Risco de volume de Líquidos anormal

13. Risco de Desequilíbrio do volume de líquidos

14. Volume de Líquidos aumentado

15. Volume de Líquidos baixo

16. Diarréia

17. Eliminação não intencional da urina

18. Constipação

19. Micção Alta

20. Eliminação urinária alterada

21. Retenção Urinária

22. Continência urinária

23. Padrão do sono alterado

24. Insônia

25. Fadiga

26. Hipoatividade

27. Intolerância à atividade

28. Risco de Intolerância à atividade

29. Equilíbrio Prejudicado

30. Capacidade para Andar Prejudicada

31. Risco de Queda

1. Padrão respiratório ineficaz

2. Sobrepeso

3. Nutrição Desequilibrada: menor do que as necessidades corporais

4. Dinâmica alimentar ineficaz da criança

5. Risco de volume de líquidos desequilibrado

6. Risco de volume de líquidos deficiente

7. Risco de desequilíbrio eletrolítico

8. Volume de líquidos excessivo

9. Volume de líquidos deficiente

10. Diarréia

11. Incontinência urinária funcional

12. Constipação

13. Eliminação Urinária Prejudicada

14. Distúrbio no padrão de sono

15. Insônia

16. Fadiga

17. Intolerância à atividade

18. Risco de Intolerância à atividade

19. Deambulação prejudicada

20. Risco de Quedas

21. Autonegligência

22. Déficit no autocuidado para banho

23. Déficit no autocuidado para alimentação

24. Dor Aguda

25. Dor Crônica

26. Integridade da pele prejudicada

27. Risco de infecção

2/3

1/3

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36

32. Autocuidado Prejudicado

33. Capacidade inadequada para executar o banho

34. Capacidade inadequada para alimentar-se

35. Cólica Renal

36. Dor, Aguda

37. Dor, Crônica

38. Dor à micção (disúria)

39. Dor Abdominal

40. Integridade da pele alterada

41. Risco de infecção

42. Risco de Infecção Urinária

43. Infecção

44. Infecção do Trato Urinário

45. Proteção contra doenças prejudicada

46. Adesão inadequada ao regime dietético

47. Adesão inadequada ao regime medicamentoso

48. Adesão inadequada ao regime terapêutico

49. Adesão inadequada ao volume de líquidos recomendados

50. Capacidade familiar inadequada para gerenciar o regime terapêutico

51. Edema

52. Hipertermia

53. Risco de desequilíbrio na temperatura corporal

54. Hipertensão

55. Hipernatremia

56. Hiponatremia

57. Hiperfosfatemia

58. Hipopotassemia

59. Hiperpotassemia

60. Hipercalcemia

61. Hipocalcemia

62. Peso, Prejudicado

63. Hipervolemia

64. Risco de Hipervolemia

65. Risco de desequilíbrio de eletrólitos

66. Desequilíbrio de Eletrólitos

67. Equilíbrio de eletrólitos

68. Ascite

69. Processo Renal Interrompido

70. Perfusão Tissular, Ineficaz

71. Risco de Perfusão Tissular, Ineficaz

72. Perfusão tissular alterada: renal

73. Risco de Perfusão tissular alterada: renal

74. Retenção de líquidos

75. Regime de Diálise Peritoneal Eficaz

76. Risco de Desenvolvimento Psicomotor alterado

77. Desenvolvimento Psicomotor alterado

78. Risco de Desenvolvimento infantil inadequado

79. Desenvolvimento infantil inadequado

28. Proteção ineficaz

29. Controle ineficaz da saúde

30. Controle da saúde familiar ineficaz

31. Hipertermia

32. Risco de termorregulação ineficaz

33. Risco de pressão arterial instável

34. Perfusão tissular periférica ineficaz

35. Risco de Perfusão tissular periférica ineficaz

36. Volume de líquidos excessivo

37. Risco de desenvolvimento atrasado

38. Memória prejudicada

39. Tensão do papel de cuidador

40. Risco de tensão do papel de cuidador

41. Processos familiares disfuncionais

42. Ansiedade

43. Medo

44. Envolvimento em atividades de recreação diminuído

45. Resiliência prejudicada

46. Síndrome do estresse por mudança

47. Distúrbio na imagem corporal

48. Enfrentamento familiar comprometido

2/3

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37

Assim, após a identificação dos DE, estes foram submetidos ao mapeamento

cruzado dos títulos de diagnósticos CIPE® versão 2019 com a NANDA-I 2018-2020.

Logo após, observou-se que 85,8% dos DE da CIPE® foram não constantes na

NANDA-I, com isso 14,2% foram constantes.

80. Risco de Crescimento Atrasado

81. Crescimento Atrasado

82. Afasia

83. Cognição Prejudicada

84. Agitação

85. Disposição para o cuidar familiar Prejudicado

86. Risco de disposição para o cuidar familiar Prejudicado

87. Processo Familiar alterado

88. Ansiedade

89. Medo

90. Cognição alterada

91. Acesso deficitário a atividade de recreação e lazer

92. Capacidade limitada para realizar atividades de recreação e lazer

93. Apoio familiar inadequado

94. Apoio social inadequado

95. Adaptação Prejudicada

96. Estresse por Mudança do Ambiente

97. Baixa confiança nos outros

98. Imagem corporal negativa

99. Enfrentamento familiar ineficaz

100. Privacidade inadequada

3/3

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Quadro 3 - Diagnósticos de enfermagem CIPE® para crianças com doenças renais constantes e não constantes na NANDA-I. Natal/RN. Brasil, 2019

Não constantes

Constantes

1. Sistema Respiratório Prejudicado

2. Dispneia

3. Peso corporal excessivo

4. Ingestão de Alimentos inadequada

5. Adesão ao Regime Dietético prejudicado

6. Comportamento de Ingestão de Alimentos Prejudicado da criança

7. Estado nutricional alterado

8. Risco de estado nutricional inadequado

9. Mastigação Parcial

10. Risco de volume de líquidos baixo

11. Ingestão de líquidos inadequada

12. Risco de volume de Líquidos anormal

13. Risco de Desequilíbrio do volume de líquidos

14. Volume de Líquidos aumentado

15. Volume de Líquidos baixo

16. Eliminação não intencional da urina

17. Micção Alta

18. Eliminação urinária alterada

19. Continência urinária

20. Padrão do sono alterado

21. Hipoatividade

22. Equilíbrio Prejudicado

23. Capacidade para Andar Prejudicada

24. Autocuidado Prejudicado

25. Capacidade inadequada para executar o banho

26. Capacidade inadequada para alimentar-se

27. Cólica Renal

28. Dor à micção (disúria)

29. Dor Abdominal

30. Integridade da pele alterada

31. Risco de Infecção Urinária

32. Infecção

33. Infecção do Trato Urinário

34. Proteção contra doenças prejudicada

35. Adesão inadequada ao regime dietético

36. Adesão inadequada ao regime medicamentoso

37. Adesão inadequada ao regime terapêutico

38. Adesão inadequada ao volume de líquidos recomendados

39. Capacidade familiar inadequada para gerenciar o regime terapêutico

40. Edema

41. Risco de desequilíbrio na temperatura corporal

42. Hipertensão

43. Hipernatremia

44. Hiponatremia

45. Hiperfosfatemia

46. Hipopotassemia

47. Hiperpotassemia

48. Hipercalcemia

49. Hipocalcemia

50. Peso, Prejudicado

51. Hipervolemia

1. Diarreia 2. Constipação 3. Insônia 4. Fadiga 5. Intolerância à atividade 6. Retenção urinária 7. Risco de Intolerância à atividade 8. Risco de Quedas 9. Dor Aguda 10. Dor Crônica 11. Risco de infecção 12. Hipertermia 13. Ansiedade 14. Medo

1/2

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39

52. Risco de Hipervolemia

53. Risco de desequilíbrio de eletrólitos

54. Desequilíbrio de Eletrólitos

55. Equilíbrio de eletrólitos

56. Ascite

57. Processo Renal Interrompido

58. Perfusão Tissular, Ineficaz

59. Risco de Perfusão Tissular, Ineficaz

60. Perfusão tissular alterada: renal

61. Risco de Perfusão tissular alterada: renal

62. Retenção de líquidos

63. Regime de Diálise Peritoneal Eficaz

64. Risco de Desenvolvimento Psicomotor alterado

65. Desenvolvimento Psicomotor alterado

66. Risco de Desenvolvimento infantil inadequado

67. Desenvolvimento infantil inadequado

68. Risco de Crescimento Atrasado

69. Crescimento Atrasado

70. Afasia

71. Cognição Prejudicada

72. AgitaçãoDisposição para o cuidar familiar Prejudicado

73. Risco de disposição para o cuidar familiar Prejudicado

74. Processo Familiar alterado

75. Cognição alterada

76. Acesso deficitário a atividade de recreação e lazer

77. Capacidade limitada para realizar atividades de recreação e lazer

78. Apoio familiar inadequado

79. Apoio social inadequado

80. Adaptação Prejudicada

81. Estresse por Mudança do Ambiente

82. Baixa confiança nos outros

83. Imagem corporal negativa

84. Enfrentamento familiar ineficaz

85. Privacidade inadequada

Os DE não constantes que possuiam correspondentes nas duas classficações

foram classificados segundo Leal (2006) em: similar (2,3%),mais restrito

(34,1%),mais abrangente (8,2%), não existe concordância (1,1%) e 54,3% dos DE

da CIPE® não constantes não foi encontrado DE da NANDA-I correspondente.

2/2

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Quadro 4 - Diagnósticos de enfermagem CIPE® para crianças com doenças renais, não constantes na NANDA-I, classificados segundo Leal (2006). Natal/RN, Brasil, 2019

DE não constante Classificação segundo Leal

Sistema Respiratório Prejudicado Mais restrito

Peso corporal excessivo Mais restrito

Ingestão de Alimentos inadequada Mais abrangente

Comportamento de Ingestão de Alimentos Prejudicado Mais restrito

Risco de volume de líquidos baixo Mais restrito

Risco de volume de Líquidos anormal Mais restrito

Risco de Desequilíbrio do volume de líquidos Mais restrito

Volume de Líquidos aumentado Mais restrito

Volume de Líquidos baixo Mais restrito

Eliminação não intencional da urina Mais restrito

Eliminação urinária alterada Mais restrito

Padrão do sono alterado Mais restrito

Capacidade para Andar Prejudicada Mais restrito

Autocuidado Prejudicado Mais restrito

Capacidade inadequada para executar o banho Mais restrito

Capacidade inadequada para alimentar-se Mais abrangente

Integridade da pele alterada Mais restrito

Proteção contra doenças prejudicada Mais restrito

Adesão inadequada ao regime terapêutico Mais restrito

Capacidade familiar inadequada para gerenciar o regime terapêutico

Mais restrito

Edema Similar

Risco de desequilíbrio na temperatura corporal Mais restrito

Hipertensão Mais abrangente

Risco de desequilíbrio de eletrólitos Mais restrito

Perfusão Tissular, ineficaz Mais abrangente

Risco de Perfusão Tissular, ineficaz Mais abrangente

Retenção de líquidos Mais restrito

Risco de Desenvolvimento Psicomotor alterado Mais restrito

Risco de Desenvolvimento infantil inadequado Mais restrito

Cognição Prejudicada Não existe concordância

Disposição para o cuidar familiar Prejudicado Mais restrito

Risco de disposição para o cuidar familiar Prejudicado Mais restrito

Processo Familiar alterado Mais abrangente

Capacidade limitada para realizar atividades de recreação e lazer

Mais restrito

Apoio familiar inadequado Mais restrito

Adaptação Prejudicada Mais restrito

Estresse por Mudança do Ambiente Similar

Imagem corporal negativa Mais abrangente

Enfrentamento familiar ineficaz Mais restrito

Os títulos diagnósticos constantes ou não constantes, da CIPE® e da

NANDA-I, foram classificados segundo as NHB. Identificou-se para as classificações

CIPE® e NANDA-I, respectivamente: NHB Psicobiológicas 68,5%(83) e 31,5% (38);

Psicossociais 61,5%(16) e 38,5%(10); não foram identificados DE na NHB

Psicoespirituais.

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41

Após realizar associação estatística entre os DE da CIPE® e NANDA-I que

possuíam DE correspondente em ambas as classificações de enfermagem,

evidenciou-se que 53 DE foram estatisticamente significantes (14 DE constantes e

39 DE não constantes que puderam ser classificados segundo Leal). Desses,

decidiu-se por discutir os DE que possuíam padrões semelhantes de significado.

Assim, foram discutidos os 14 DE constantes, os dois DE não constantes

classificados em similares e os dois DE da NANDA-I correspondentes.

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Necessidades Humanas Básicas

DE CIPE® DE NANDA-I IVC do cruzamento dos DE

IVC da categorização dos DE cruzados por

Necessidades

IRA

NECESSIDADES PSICOBOLÓGICAS

Delphi 1

Delphi 2

Mann-Whitney

Delphi 1 Delphi 2 Delphi

1 Delphi

2

Oxigenação Sistema Respiratório Prejudicado Padrão respiratório ineficaz 0,913 1,000 0,001 0,987 1,000 0,875 0,996

Dispneia SC _ _

Nutrição

Peso corporal excessivo Sobrepeso 0,819 0,990 0,001

0.875 0,998 0,802 0,915

Ingestão de Alimentos inadequada Nutrição Desequilibrada: menor do que as necessidades corporais

0,825 0,908

Adesão ao Regime Dietético prejudicado SC _ _

Comportamento de Ingestão de Alimentos Prejudicado da criança

Dinâmica alimentar ineficaz da criança

0,804 0,999

Estado nutricional alterado SC _ _

Risco de estado nutricional inadequado SC _ _

Mastigação Parcial SC _ _

Hidratação Risco de volume de líquidos baixo Risco de volume de líquidos desequilibrado

0,899 1,000 0,001 0,807 1,000 0,838 1,000

Ingestão de líquidos inadequada SC _ _

Risco de volume de Líquidos anormal Risco de volume de líquidos deficiente

0,976 1,000

Risco de Desequilíbrio do volume de líquidos

Risco de desequilíbrio eletrolítico 0,879 1,000

Volume de Líquidos aumentado Volume de líquidos excessivo 0,912 1,000

Volume de Líquidos baixo Volume de líquidos deficiente 0,897 1,000

Diarreia Diarreia 1,000 1,000

Eliminação não intencional da urina Incontinência urinária funcional 0,824 0,985

Constipação Constipação 1,000 1,000

Micção Alta SC _ _

Eliminação urinária alterada Eliminação Urinária Prejudicada 0,879 0,997

Retenção Urinária Retenção Urinária 1,000 1,000

Continência urinária SC _ _

Sono e Repouso

Padrão do sono alterado Distúrbio no padrão de sono 0,890 0,999 0,047 0,837 0,996 0,809 1,000

Insônia Insônia 1,000 1,000

Fadiga Fadiga 1,000 1,000

Quadro 5 - Concordância dos especialistas em relação ao mapeamento Cruzado dos DE da CIPE® e NANDA-I e categorização nas Necessidades Humanas Básicas Psicobiologicas. Natal/RN. Brasil, 2019

1/3

Page 43: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO … · promove resultados efetivos na prestação de cuidados, visto que a identificação do diagnóstico de enfermagem incorporada

43

Mecânica corporal

Hipoatividade SC _ _ 0,003 0,872 0,969 0,837 0,991

Intolerância à atividade Intolerância à atividade 1,000 1,000

Risco de Intolerância à atividade Risco de Intolerância à atividade 1,000 1,000

Equilíbrio Prejudicado SC _ _

Capacidade para Andar Prejudicada Deambulação prejudicada 0,912 0,989

Risco de Queda Risco de Quedas 1,000 1,000

Cuidado corporal

Autocuidado Prejudicado Autonegligência 0,816 0,903 0,024 0,808 0,977 0,813 0,999

Capacidade inadequada para executar o banho

Déficit no autocuidado para banho 0,802 0,937

Capacidade inadequada para alimentar-se

Déficit no autocuidado para alimentação

0,846 0,956

Percepção Cólica Renal SC _ _ 0,048 0,876 0,995 0,809 0,918

Dor, Aguda Dor Aguda 1,000 1,000

Dor, Crônica Dor Crônica 1,000 1,000

Dor à micção (disúria) SC _ _

Dor Abdominal SC _ _

Integridade física Integridade da pele alterada Integridade da pele prejudicada 0,893 0,999 0,001 0,899 0,997 0,896 0,999

Terapêutica Adesão inadequada ao regime dietético SC _ _ 0,0128 0,812 0,962 0,824 0,963

Adesão inadequada ao regime medicamentoso

SC _ _

Adesão inadequada ao regime terapêutico

Controle ineficaz da saúde 0,817 0,939

Adesão inadequada ao volume de líquidos recomendados

SC _ _

Capacidade familiar inadequada para gerenciar o regime terapêutico

Controle da saúde familiar ineficaz 0,829 0,958

Regulação Edema Volume de Líquidos Excessivo 0,876 0,953 0,001 0,802 1,000 0,837 1,000

Hipertermia Hipertermia 1,000 1,000

Risco de desequilíbrio na temperatura corporal

Risco de termorregulação ineficaz 0,816 0,972

Hipertensão Risco de pressão arterial instável 0,812 0,907

Hipernatremia SC _ _

Hiponatremia SC _ _

Hiperfosfatemia SC _ _

Hipopotassemia SC _ _

Hiperpotassemia SC _ _

Hipercalcemia SC _ _

Hipocalcemia SC _ _

2/3

3/4

Page 44: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO … · promove resultados efetivos na prestação de cuidados, visto que a identificação do diagnóstico de enfermagem incorporada

44

Peso, Prejudicado SC _ _

Hipervolemia SC _ _

Risco de Hipervolemia SC _ _

Risco de desequilíbrio de eletrólitos Risco de desequilíbrio eletrolítico 1,000 1,000

Desequilíbrio de Eletrólitos SC _ _

Equilíbrio de eletrólitos SC _ _

Ascite SC _ _

Processo Renal Interrompido SC _ _

Perfusão Tissular, Ineficaz Perfusão tissular periférica ineficaz 0,871 0,919

Risco de Perfusão Tissular, Ineficaz

Risco de Perfusão tissular periférica ineficaz

0,882 0,964

Perfusão tissular alterada: renal SC _ _

Risco de Perfusão tissular alterada: renal SC _ _

Retenção de líquidos Volume de líquidos excessivo 0,863 0,999

Regime de Diálise Peritoneal Eficaz SC _ _

Risco de Desenvolvimento Psicomotor alterado

Risco de desenvolvimento atrasado 0,865 0,987

Desenvolvimento Psicomotor alterado SC _ _

Risco de Desenvolvimento infantil inadequado

Risco de desenvolvimento atrasado 0,084 0,997

Desenvolvimento infantil inadequado SC _ _

Risco de Crescimento Atrasado SC _ _

Crescimento Atrasado SC _ _

Afasia SC _ _

Cognição Prejudicada Memória prejudicada 0,862 0,979

Agitação SC _ _

Risco de infecção Risco de infecção 1,000 1,000

Risco de Infecção Urinária SC _ _

Infecção SC _ _

Infecção do Trato Urinário SC _ _

Proteção contra doenças prejudicada Proteção ineficaz 0,879 0,998

3/3

Nota: IVC - Índice de Validade de Conteúdo. IRA - Índice de Fidedignidade (reliability) ou concordância interavaliadores. SC – Sem correspondente.

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Quadro 6 - Concordância dos especialistas em relação ao mapeamento Cruzado dos DE da CIPE® e NANDA-I e categorização nas Necessidades Humanas Básicas Psicossociais.Natal/RN. Brasil, 2019 Necessidades Humanas

Básicas DE CIPE® DE NANDA-I

IVC do cruzamento dos DE IVC da categorização dos DE cruzados por

Necessidades

IRA

NECESSIDADES PSICOSSOCIAIS

Delphi 1 Delphi 2 Mann-

Whitney Delphi

1 Delphi 2

Delphi 1

Delphi 2

Gregária

Disposição para o cuidar familiar Prejudicado

Tensão do papel de cuidador 0,817

0,926 0,031

0,832 0,998 0,837 0,924

Risco de disposição para o cuidar familiar Prejudicado

Risco de tensão do papel de cuidador

0,802 0,943

Processo Familiar alterado Processos familiares disfuncionais

0,845 1,000

Segurança Ansiedade Ansiedade 1,000 1,000 __ 0,801 0,999 0,842 0,993

Medo Medo 1,000 1,000

Aprendizagem (educação à saúde)

Cognição alterada SC _ _ ___ 0,853 0,916 0,823 0,996

Recreação/laser Acesso deficitário a atividade de recreação e lazer

SC _ _ 0,012 0,805 0,917 0,834 0,918

Capacidade limitada para realizar atividades de recreação e lazer

Envolvimento em atividades de recreação diminuído

0,812 0,903

Amor Apoio familiar inadequado Tensão do papel de cuidador 0,806 0,945 0,024 0,881 0,973 0,859 0,982

Apoio social inadequado SC _ _

Aceitação

Adaptação Prejudicada Resiliência prejudicada 0,804 0,991 0,001 0,845 1,000 0,801 0,995

Estresse por Mudança do Ambiente

Síndrome do estresse por mudança

0,832 0,906

Autoestima, autoimagem, autorealização

Baixa confiança nos outros SC _ _ _ 0,826 0,997 0,802 0,917

Imagem corporal negativa Distúrbio na imagem corporal 0,932 1,000

Participação Enfrentamento familiar ineficaz

Enfrentamento familiar comprometido

0,899 1,000 0,017 0,809 0,996 0,817 0,999

Espaço Privacidade inadequada SC _ _ _ _ _ _ _

Nota: IVC - Índice de Validade de Conteúdo. IRA - Índice de Fidedignidade (reliability) ou concordância interavaliadores.

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46

6 DISCUSSÃO 6.1 USO DOS SISTEMAS DE CLASSIFICAÇÃO: CIPE® E NANDA-I

Os sistemas de classificação contribuem com o processo da sistematização

do cuidado e do saber da enfermagem, visto que colaboram com a identificação das

reais necessidades dos indivíduos, dos DE e intervenções. Assim, proporcionam ao

enfermeiro mais direcionamento nos cuidados prestados. No entanto, percebe-se

que a enfermagem ainda utiliza diferentes linguagens, dificultando a padronização

universal e que corrobore com o desenvolvimento da enfermagem.

A presente pesquisa identificou que mesmo com utilização dos sistemas de

classificação como a CIPE® e a NANDA-I ainda é encontrado divergências na

identificação dos DE, pois houve um número maior de DE quando foi utilizado o

sistema de classificação da CIPE®. A CIPE® permite a formulação dos DE usando

apenas termos que normalmente estão presentes em sinais e sintomas, isso oferece

maior liberdade na elaboração dos DE. Já quando é utilizado a NANDA-I o

profissional necessita de mais informações para a construção do DE, tais como: os

sinais e sintomas clínicos ou comportamentais, além dos fatores que promovem o

desenvolvimento dessas manifestações (características definidoras e fatores

relacionados), exceto os DE de risco.

Assim, do total de 99 DE identificados através da CIPE®, 85 não foram

constantes na NANDA-I e desses apenas 39 puderam ser classificados segundo

Leal (2006). Percebe-se então que foi possível construir mais DE através da CIPE®.

No entanto, a identificação do DE incorporado a uma linguagem padronizada,

independentemente do tipo de sistema de classificação utilizado, contribui para

subsidiar as intervenções de enfermagem e o fortalecimento da identidade

profissional (FERREIRA et al., 2018).

Cabe destacar que mesmo diante dessas diferenças numéricas ao identificar

os DE, os sistemas de classificação apresentam resultados semelhantes no que se

refere à contribuição para a melhoria do desenvolvimento da enfermagem e dos

serviços de saúde, promovendo resultados efetivos na prestação de cuidados

(FURUYA et al., 2011)

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6.2 NECESSIDADES HUMANAS BÁSICAS DE HORTA PARA CRIANÇAS COM

DOENÇAS RENAIS

As NHB de Crianças com doenças renais foram predominantes para as

necessidades psicobiológicas para ambas as classificações (CIPE® e NANDA-I).

Este resultado também foi identificado em outro estudo em pacientes com doenças

renais (SOUZA et al., 2016). As NHB psicobiológicas alteradas englobam os

pacientes renais, e são justificadas pela própria fisiopatologia da doença

(BISSONNETTE et al., 2013).

Assim, a utilização da Teoria de Horta para pacientes com doenças renais

pode proporcionar subsidio para organizar as informações dos pacientes, e desse

modo deliberar o processo de cuidar, o planejamento científico e sistematização das

ações desenvolvidas pela enfermagem (ROSSITER; VALENÇA; VALOIS, 2012).

Outro estudo revela que o cuidado a pacientes com doenças renais necessita

da assistência de enfermagem voltada para a promoção da saúde e prevenção de

riscos diante suas necessidades humanas básicas, sejam elas psicobiológicas,

psicossociais ou psicoespirituais (SPIGOLON et al., 2018).

A presente pesquisa não identificou DE voltados para as NHB

psicoespirituais, resultado que pode ser justificado pela dificuldade própria da faixa

etária dos participantes da pesquisa a expressar ou responder questionamentos

relacionados a aspectos espirituais. Porém é uma necessidade discutida em outros

estudos que trabalharam com doenças renais e identificação das NHB em adultos,

pois percebe-se a necessidade do cuidado holístico. Ressalta-se que a

espiritualidade é uma importante dimensão na qualidade de vida do paciente renal e

está integrada as outras necessidades (LUCCHETTI et al., 2010).

Diante disso, é possível inferir que mesmo havendo predomínio no presente

estudo de DE nas NHB psicobiológicas, os pacientes renais apresentam diferentes

necessidades e necessitam ser atendidas, independentemente da classificação.

Com isso, o enfermeiro deve assumir uma visão que reafirme a integralidade

que compõe o paciente, identificando todas as NHB e elaborando um plano de ação

que atenda as mesmas, independente da sua classificação (psicobiológica,

psicossocial, psicoespiritual), justificando-se pelo fato do ser humano ser dinâmico

diante de diferentes ambientes ou situações cotidianas (GUIMARÃES et al., 2016).

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6.3 NECESSIDADES HUMANAS BÁSICAS PSICOBIOLÓGICAS

6.3.1 Hidratação

Foram identificados nessa subclassificação das necessidades psicobiológicas

os DE: Constipação, Diarreia e Retenção Urinária constantes na CIPE® e na

NANDA-I.

O DE Constipação tem como definição operacional na CIPE®: “Processo do

Sistema Gastrointestinal, Prejudicado: Diminuição na frequência de defecação,

acompanhada por dificuldade ou passagem incompleta de fezes; passagem de

fezes excessivamente secas e endurecidas” (CIPE, 2019, p. 39); e a definição na

NANDA-I: “Diminuição na frequência normal de evacuação, acompanhada por

eliminação difícil ou incompleta de fezes e/ou eliminação de fezes excessivamente

duras e secas” (NANDA, 2018, p. 352).

O DE Diarreia tem como definição na CIPE®: “Defecação, Prejudicada:

Passagem de fezes soltas, líquidas e não formadas; aumento da frequência de

eliminação, acompanhado por aumento dos ruídos intestinais, cólicas e urgência de

defecação” (CIPE, 2019, p. 51); e na NANDA-I: “Eliminação de fezes soltas e não

formadas” (NANDA, 2018, p. 368).

Já o DE Retenção Urinária é definido na CIPE® e na NANDA-I

respectivamente como: “Condição Urinária: Acúmulo involuntário de urina na bexiga;

enchimento incompleto da bexiga, associado a perda da função muscular da bexiga,

a efeitos colaterais de narcóticos ou a lesão vesical” e “Incapacidade de esvaziar

completamente a bexiga” (CIPE, 2019, p. 155; NANDA, 2018, p. 350).

Diante do exposto, cabe ressaltar que a presença dos DE, Constipação e

Diarreia em pacientes com doenças renais pode ser justificada pela instituição

rigorosa da restrição hídrica e alimentar. Assim, é necessário realizar o

acompanhamento desses pacientes, pois os mesmos estão sujeitos a diversas

condições, entre elas os distúrbios gastrointestinais (SANTOS et al., 2013; BARROS

et al., 2011)

Ressalta-se, que os pacientes que já estão na fase da doença renal crônica

tem como característica a degradação das funções bioquímicas e fisiológicas de

todos os sistemas do organismo, e isso pode gerar os distúrbios gastrointestinais,

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cardiovasculares, pulmonares, hematológicos, entre outras alterações (PERES et al.,

2010).

O DE Retenção Urinária pode ser justificado pela presença do diagnóstico,

Bexiga Neurogênica, que é a incoordenação do sistema nervoso nas funções

geniturinárias, apresentando falhas armazenamento e esvaziamento da bexiga,

causando a retenção de urina (MONTEIRO et al., 2018). Este diagnóstico médico

muitas vezes é observado em crianças que são internadas por desenvolver

alterações na função renal em decorrência da Bexiga Neurogênica.

6.3.2 Sono e Repouso

Na subclassificação das NHB “Sono e Repouso” foram identificados os DE

Insônia e Fadiga em ambas as classificações (CIPE® e NANDA-I).

Insônia tem como definição na CIPE®: “Sono, Prejudicado: Incapacidade

crônica para dormir ou para permanecer adormecido durante a noite ou período de

sono planejado, apesar da posição confortável em um ambiente adequado;

acordado, sem sono; frequentemente associada a fatores psicológicos ou físicos,

como estresse emocional, ansiedade, dor, desconforto, tensão, distúrbio da função

cerebral e abuso de drogas” (CIPE, 2019, p. 90); e na NANDA-I: “Distúrbio na

quantidade e qualidade do sono que prejudica o desempenho normal das funções

da vida diária” (NANDA, 2018, p. 384).

Para o DE Fadiga temos como definição operacional na CIPE®:“ Emoção,

Negativa: Sentimentos de diminuição da força e resistência, exaustão, cansaço

mental ou físico; lassidão com aptidão diminuída para o trabalho físico ou mental”

(CIPE, 2019, p. 69); já para o mesmo diagnóstico na classificação da NANDA-I é:

“Sensação opressiva e prolongada de exaustão e capacidade diminuída de realizar

trabalho físico e mental no nível habitual” (NANDA, 2018, p. 419).

Estudo realizado com pacientes renais, principalmente com os que realizam

hemodiálise, revela que estes apresentam alterações na qualidade do sono e como

consequência prejuízo na qualidade de vida (MIYAHIRA et al., 2016). Outro estudo

corrobora com esse achado e mostra a presença do DE, Insônia, e revela

características como, dificuldade para adormecer e permanecer dormindo,

caracterizando-se a realidade cotidiana de paciente com DRC (FRAZÃO et al.,

2015).

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50

Os distúrbios do sono em pacientes que realizam hemodiálise foram

identificados em 80% da amostra de um estudo realizado com pacientes renais,

principalmente nos pacientes com mais tempo de tratamento. Assim, apresentavam

padrão de sono alterado ou distúrbio do sono (MATTOS; MARUYAMA, 2010).

Os pacientes com doenças renais, principalmente os dependentes do

tratamento dialítico passam por mudança no estilo de vida, causando modificações

em atividades rotineiras, e estão ligadas a fatores como a fadiga, anorexia e os

distúrbios do sono que são frequentemente relatados por pessoas que convivem

especialmente com a DRC (MADEIRO et al., 2010).

Independente da faixa etária que o paciente com doença renal possua, as

condições próprias da fisiopatologia da doença irão provocar agravos importante na

saúde desse indivíduo. Este fato já é descrito em diferentes estudos com pessoas

que são acometidas com algum tipo de doença renal, a destacar as crônicas, porém

com diferentes intensidades. Assim, considerando que a criança se encontra em

uma fase mais intensa de desenvolvimento e crescimento, percebemos que os

aspectos que envolvem a atividade física ou disposição para as atividades diárias

são bem relevantes nessa fase.

Corroborando com isso, estudo realizado também com crianças com doença

renal, identificou DE relacionados com a fadiga e consequentemente promovendo a

intolerância à atividade, e que podem decorrer da anemia presente em muitos

desses pacientes (BRANCO; PAMPLONA, 2013).

6.3.3 Mecânica Corporal

Os DE Intolerância à atividade, Risco de Intolerância à atividade e Risco

de Quedas foram constantes na CIPE® e na NANDA-I, revelando a presença da

NHB da mecânica corporal diante da doença renal (CIPE, 2019; NANDA, 2018).

O DE Intolerância à atividade é definido na CIPE® e na NANDA-I como:

“Condição, Prejudicada: Falta de capacidade ou energia para resistir ou completar

atividades” e “Energia fisiológica ou psicológica insuficiente para suportar ou

completar as atividades diárias requeridas ou desejadas” (CIPE, 2019, p. 92;

NANDA, 2018, p. 451).

Risco de Intolerância à atividade é definido na CIPE® como: “possibilidade

de intolerância à atividade” e na NANDA-I como: “Suscetibilidade a energia

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fisiológica ou psicológica insuficiente para suportar ou completar as atividades

diárias requeridas ou desejadas que pode comprometer a saúde (CIPE, 2019, p.

158; NANDA, 2018, p. 453).

A intolerância à atividade está presente em pacientes com doenças renais,

pois o sistema musculoesquelético é afetado pela doença, causando alterações no

estado catabólico, estimulado por corticosteroides e a diminuição na prática da

atividade física (GUEDES; GUEDES, 2012).

Com relação ao diagnóstico Risco de Quedas a CIPE® e a NANDA-I

conceituam respectivamente: “possibilidade de descida repentina do corpo de um

nível alto para um mais baixo, devido a desequilíbrio, desmaio ou incapacidade para

sustentar o peso do corpo e permanecer ereto”; “Suscetibilidade aumentada a

quedas que pode causar dano físico e comprometer a saúde” (CIPE, 2019, p. 146;

NANDA, 2018, p. 799).

Já em relação ao DE Risco de Quedas, é observado que os pacientes com a

doença renal apresentaram problemas musculoesqueléticos, a saber: cãibras

musculares, mialgias e artralgias. Com isso, logo percebe-se uma diminuição do

funcionamento físico e alteração da qualidade muscular, pois ocorre inúmeras

alterações metabólicas significativas, este fato contribui para um elevado risco de

quedas. Este também pode ser associado a fadiga, que é representada por

fraqueza, diminuição de energia e sensação de exaustão (FIDAN et al., 2016;

ISOYAMA et al., 2014).

6.3.4 Percepção

Foram identificados os DE Dor Aguda e Dor Crônica. O DE Dor Aguda é

definida na CIPE® e a NANDA-I, respectivamente em: “ Percepção, Prejudicada:

Aumento de sensação desagradável no corpo; relato subjetivo de sofrimento,

expressão facial de dor, alteração no tônus muscular, comportamento autoprotetor,

foco de atenção reduzido, alteração do tempo de percepção, afastamento de contato

social, processo de pensamento prejudicado, comportamento distraído, inquietação

e perda do apetite.” e “Experiência sensorial e emocional desagradável associada a

lesão tissular real ou potencial, ou descrita em termos de tal lesão (International

Association for the Study of Pain); início súbito ou lento, de intensidade leve a

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intensa, com término antecipado ou previsível e com duração menor que 3 meses”

(CIPE, 2019, p. 55; NANDA, 2018, p. 889).

Já o DE Dor Crônica é definido na CIPE® como “Percepção, Prejudicada:

Aumento de sensação desagradável no corpo; relato subjetivo de sofrimento,

expressão facial de dor, alteração no tônus muscular, comportamento auto protetor,

foco de atenção reduzido, alteração do tempo de percepção, afastamento de contato

social, processo de pensamento prejudicado, comportamento distraído, inquietação

e perda do apetite.” e na NANDA-I Como: “Experiência sensorial e emocional

desagradável associada a lesão tissular real ou potencial, ou descrita em termos de

tal lesão (International Association for the Study of Pain); início súbito ou lento, de

intensidade leve a intensa, constante ou recorrente, sem término antecipado ou

previsível e com duração maior que 3 meses(CIPE, 2019, p. 55; NANDA, 2018, 892).

Diante do exposto, sabe-se que o paciente renal relata sentir diferentes tipos

de dor, de intensidade e localização variáveis (SILVA; MENDONÇA; CARVALHO,

2013). Além disso, o processo de hemodiálise pode ocasionar intercorrências que

causam dor. Os pacientes em tratamento hemodialítico referem com frequência a

dor óssea e resulta em limitações físicas, comprometendo as atividades diárias e

repercutindo na qualidade de vida (SILVA et al., 2013).

6.3.5 Regulação

Nessa subseção das NHB psicobiológicas foram identificados os DE: Risco

de Infecção, Hipertermia, Edema e Volume de Líquidos Excessivo.

As definições para os DE da CIPE®, Risco de Infecção, Hipertermia e

Edema são respectivamente: “possibilidade de invasão do corpo por

microrganismos patogênicos que se reproduzem e se multiplicam, originando

doenças por lesão celular local, secreção de toxina ou reação antígeno-anticorpo”

(p. 88); “termorregulação, prejudicada: diminuição da capacidade de mudar o

termostato interno, acompanhada por um aumento da temperatura corporal, pele

quente e seca, sonolência e cefaleia, associada a disfunção do sistema nervoso

central ou sistema endócrino, colapso por calor, introdução artificial de elevada

temperatura corporal por razões terapêuticas” (p. 83); e “retenção de Líquidos” (p.

57) (CIPE, 2019).

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Os DE Risco de Infecção, Hipertermia e Volume de Líquidos Excessivo

da NANDA-I, tem como definição respectivamente: “Suscetibilidade a invasão e

multiplicação de organismos patogênicos que pode comprometer a saúde” (p. 742);

“Temperatura corporal central acima dos parâmetros diurnos normais devido a falha

na termorregulação” (p. 866); e “Entrada excessiva e/ou retenção de líquidos” (p.

331) (NANDA, 2018).

O risco de infecção em pacientes com doenças renais é bem frequente,

levando em consideração que a evolução da doença promove algumas alterações,

como a perda da função renal e distúrbios hidroeletrolíticos que leva o paciente a

realizar procedimentos invasivos que possibilitam a redução de danos causados ao

organismo devido a alteração da função renal. Em contrapartida, esses

procedimentos elevam o risco de infecção por aumentar a exposição a

microrganismo com o rompimento de barreiras naturalmente protetoras (RASSI et

al., 2019).

A síndrome nefrótica é uma das doenças renais crônicas mais comuns em

crianças, mais da metade dos casos apresentam recidivas frequentes ou são

dependentes de imunossupressores, deixando a criança mais vulnerável as

infecções (HINGORANI; WEISS, 2002).

Quanto ao DE Hipertermia, podemos inferir que este diagnóstico está

associado ao constante processo de hospitalização de crianças com doenças renais

devido aos processos infecciosos adquiridos fora do ambiente hospitalar, pois a

depender do tipo de doença renal há o uso de corticoides como forma de tratamento

o que aumenta as chances do desenvolvimento de infecções e também pelos

procedimentos invasivos que são decorrentes do tratamento da doença, como o

dialítico.

Uma pesquisa realizada com pacientes em hemodiálise, mostrou que 62%

dos indivíduos que tiveram história de infecção relacionada ao cateter de diálise

apresentaram quadro de hipertermia. Destaca-se que entre os sinais e sintomas

estudados, a hipertermia foi a que teve maior destaque no referido estudo (RIBEIRO

et al., 2018).

Estudo realizado com crianças portadoras de Síndrome Nefrótica, revela que

elas são mais susceptíveis a processos infecciosos, pois possuem como fatores de

riscos a perda urinária de imunoglobulinas e fatores alternativos da via do

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complemento B e I, presença de edema e tratamento com corticoides (KUMAR et al.,

2019; NOONE; IIJIMA; PAREKH, 2018).

Quando aos DE Edema e Volume de Líquidos Excessivo podemos

entender que os mesmos estão intimamente ligados e são uns dos DE mais

perceptíveis em pacientes com doenças renais. Outro estudo também mostrou

elevada prevalência do DE Volume de Líquidos Excessivo, presente em quase

toda a amostra (FERNANDES et al., 2014).

O acúmulo de líquidos é um problema frequente. Essa alteração ocorre

nesses indivíduos, pois há uma deficiência dos rins em efetuar suas funções. Mesmo

com a realização do tratamento hemodialítico, não é possível substituir

completamente a função renal. Assim, deixa o paciente mais vulnerável a retenção

de líquidos, estando associado com edema, anasarca, congestão pulmonar,

hipertensão e entre outras complicações (KALANTAR-ZADEH et al., 2009).

6.4 NECESSIDADES HUMANAS BÁSICAS PSICOSSOCIAIS

6.4.1 Segurança

O DE Ansiedade é conceituado pela CIPE® como: “Emoção, Negativa:

Sentimentos de ameaça, perigo ou angústia” e NANDA-I como: “Sentimento vago e

incômodo de desconforto ou temor, acompanhado por resposta autonômica (a fonte

é frequentemente não específica ou desconhecida para o indivíduo); sentimento de

apreensão causado pela antecipação de perigo. É um sinal de alerta que chama a

atenção para um perigo iminente e permite ao indivíduo tomar medidas para lidar

com a ameaça” (CIPE, 2019, p. 8; NANDA, 2018, p. 614).

O DE Medo é definido na CIPE® e na NANDA-I, respectivamente como:

“Emoção, Negativa: Sentimentos de ameaça, perigo ou angústia, devido a causa

conhecida ou desconhecida, acompanhado às vezes de luta psicológica ou resposta

de fuga” e “Resposta a uma ameaça percebida que é conscientemente reconhecida

como um perigo” (CIPE, 2019, p. 98; NANDA, 2018, p. 644).

Na infância a doença renal crônica causa alterações sociais, emocionais e

psicológicas. Essas alterações normalmente propiciam estresse e mudança em sua

percepção da vida, provocando o medo (VALLE; SOUZA; RIBEIRO, 2013; CAMPOS

et al., 2015).

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Estudo realizado com pacientes com doenças renais, constatou a presença

da ansiedade e o do medo, relacionados principalmente por questões que envolvem

o pensamento na morte. Esses sentimentos estavam presentes principalmente

durante a ocorrência de complicações. Sentimentos como: medo, ansiedade e o

isolamento social são frequentemente contextualizados no processo da doença renal

(SANTANA et al., 2018).

Cabe ressalta que a deficiência na qualidade de vida do paciente com doença

renal crônica pode contribuir para o aparecimento de transtornos como a ansiedade

e a depressão. Os transtornos de humor são mais frequentes em pacientes que

realizam hemodiálise (BETTONI et al., 2017).

6.4.2 Aceitação

Foram identificados nessa subclassificação das NHB os DE Estresse por

Mudança do Ambiente e Síndrome do estresse por mudança na CIPE® e

NANDA-I, respectivamente. Assim, temos nessa ordem que os conceitos para esses

títulos diagnósticos são: “Resposta Psicológica, Prejudicada: Disposição para

gerenciar os distúrbios fisiológicos e psicológicos, como resultado de mudança de

um ambiente para outro” (CIPE, 2019, p. 55); e “Distúrbio fisiológico e/ou

psicossocial decorrente de transferência de um ambiente para outro” (NANDA, 2018,

p. 597).

O processo da hospitalização pode proporcionar o desenvolvimento de

sentimentos diversos como a ansiedade e o medo. Diante disso, a assistência à

criança hospitalizada deve prover cuidados além do físico, como os que permeiam o

emocional e o social. A humanização da assistência é uma necessidade dos

indivíduos hospitalizadas, especialmente das pessoas com doenças crônicas, que

passam por inúmeras internações e tratamento prolongado (CERIBELLI et al., 2009).

A doença crônica é considerada um fator de estresse que gera impacto

expressivo na vida da criança. O próprio tratamento é considerado uma

circunstância estressora (SANTOS; SILVA, 2002).

As crianças demonstram elevados níveis de estresse relacionados com

preocupações com a própria saúde e com a percepção das limitações impostas pela

doença, tais como: restrição hídrica, dietas e lazer, promovendo mudança no estilo

de vida (FROTA et al., 2010).

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Um estudo realizado com crianças com doenças renais observou que 83,3%

da amostra possuía estresse, e também foi evidenciado que a maioria das crianças

com qualidade de vida ruim apresentavam simultaneamente estresse. Mesmo frente

aos avanços no diagnóstico e tratamento das doenças crônicas, os níveis de

estresse são elevados e estão ligados a doença renal tanto no estágio inicial como

no estágio mais avançado (BEZERRA; OLIVEIRA; MAIA, 2016).

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7 CONCLUSÃO

O presente estudo possibilitou a identificação de 147 DE formulados por meios

dos sistemas de classificação da CIPE® e NANDA-I. Assim, logo após os títulos

diagnósticos foram classificados com os níveis da teoria das Necessidades

Humanas Básicas de Horta e foi identificado que os DE foram predominantes nas

necessidades psicobiológicas.

Com isso, foi realizado o mapeamento cruzado entre os títulos diagnósticos

da CIPE® e NANDA-I e as Necessidades Humanas Básicas. O mapeamento cruzado

entre os DE com correspondentes obteve IVC > 0,8 pelos especialistas.

O uso desses sistemas de classificação possibilita ao enfermeiro identificar

DE específicos para pacientes sob os cuidados da enfermagem. Assim, também

colabora coma expansão da Enfermagem como ciência.

Além disso, possibilita um cuidado mais direcionado a crianças com doenças

renais por identificar DE específicos e assim permitindo a aplicação de cuidados

direcionados para as reais necessidades dessas crianças e também promove a

padronização da linguagem que é necessária principalmente para o cuidado com

pessoas portadoras de doenças crônicas que demandam cuidados mais intensos e

prolongados.

Cabe ressaltar que os DE constantes nas duas classificações e os DE

classificados em similares apresentaram intensa associação com as afecções renais

que acometem crianças.

Frente ao exposto, ressalta-se a importância do desenvolvimento de estudos

futuros para realizar avalidação dos DE não constantes na NANDA-I, contribuindo

com o desenvolvimento dessa terminologia. Para isso, as pesquisas nessa área

precisam ser densenvolvidas a fim de corroborar com o desenvolvimento desses

sistemas de classificações.

Como limitação do presente estudo,destaca-se o processo de inferência

diagnóstica, pois mesmo sendo realizado por pesquisadores experientes na área é

um processo subjetivo. Entretanto, o estudo apresenta inúmeras contribuições para

o fortalecimento da enfermagem como ciência.

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REFERÊNCIAS

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APÊNDICES

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APÊNDICE A- TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE – UFRN CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSO EM ENFERMAGEM

CURSO DE MESTRADO ACADÊMICO E DOUTORADO

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Você está sendo convidado (a) a participar de uma pesquisa que tem como

título: SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM CRIANÇAS E

ADOLESCENTES COM DOENÇAS RENAIS. Realizada pela Enfermeira Residente

em saúde da criança, Moiziara Xavier Bezerra e pelo Orientador Prof. Dr.

Richardson Augusto Rosendo da Silva. Telefone para contato: (084) 3215-

3772/3215-3699.

Esta pesquisa tem como objetivo geral: propor um plano de cuidados a

crianças e adolescentes com doenças renais fundamentado na Sistematização da

Assistência de Enfermagem e seus Sistemas de Classificação para melhorar a

qualidade de vida do seu filho (a).

Para isso, contamos com seu apoio para que seja realizada uma entrevista e

um exame físico. A nossa conversa durará mais ou menos uma hora. A entrevista

pretende verificar como se encontra o estado de saúde e identificar quais os

problemas que o seu filho (a) possui e incluir dados pessoais, dados relacionados ao

estilo de vida, ao estado de saúde e às mudanças ocorridas com a doença.

Caso concorde participar desta pesquisa, faremos algumas perguntas sobre

como seu filho (a) se sente se teve alguma infecção no último ano, há quanto tempo

descobriu que tem uma Doença Renal, questões como anda a alimentação, sono,

bem-estar, urina, e seu conforto. Também iremos examiná-lo, avaliando os olhos,

ouvidos, boca, coração, pulmão, abdome, braços e pernas. Mediremos a altura,

pressão arterial, temperatura, respiração, pulso e peso.

Durante a avaliação não existe nada que venha a oferecer desconforto e

somente farei a entrevista e o exame físico se você e seu filho (a) aceitar. Os valores

avaliados serão informados a você. Acreditamos que este trabalho contribuirá para a

melhoria do trabalho da enfermagem em pacientes com Doença Renal.

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A sua participação é voluntária, logo você pode se retirar do estudo, a

qualquer momento, se assim deseje. Não ocorrendo em nenhum gasto para você, e

também não receberá pagamentos pela participação. Qualquer dúvida relacionada a

essa pesquisa poderá ser esclarecida com o pesquisador (a).

As informações coletadas a partir deste estudo serão utilizadas única e

exclusivamente em caráter científico, e será assegurada a privacidade. As

informações coletadas podem ser divulgadas por meio de trabalhos científicos, mas

a identidade do seu filho (a) será preservada, atendendo a Resolução Nº 466/12 do

Conselho Nacional de Saúde.

Os riscos envolvidos na participação seriam a exposição de dados coletados

com o exame físico e questões sobre a doença, que serão minimizados através da

seguinte providência: uso de pseudônimo (nome fictício) no momento das

entrevistas, assegurando o sigilo, como também será assegurando a guarda dos

dados em local seguro e a divulgação dos resultados será feita de forma a não

identificar os voluntários.

Ao participar dessa pesquisa e nos ajudar a conhecer, os principais

diagnósticos de enfermagem em crianças e adolescentes com Doença Renal; seu

filho (a) terá os seguintes benefícios: permitirá receber uma assistência de

enfermagem de melhor qualidade, integral, humana e direcionada as suas reais

necessidades de saúde, de forma a promover a melhoria da sua qualidade de vida;

contribuir para a diminuição da progressão da doença, bem como para a prevenção

de complicações.

Se você tiver algum gasto que seja devido à sua participação na pesquisa,

você será ressarcido, caso solicite. Em qualquer momento, se você sofrer algum

dano comprovadamente decorrente desta pesquisa, você terá direito a indenização.

Você ficará com uma cópia deste Termo e toda dúvida que você tiver a

respeito desta pesquisa, poderá perguntar diretamente para Moiziara Xavier Bezerra

(pesquisadora responsável) pelo telefone (84) 9164-3411 ou a Richardson Augusto

Rosendo da Silva (professor orientador), no endereço Rua São Clemente, nº 3306,

Candelária, CEP: 59065-610 Natal/RN, ou pelo telefone: (84) 3231-0493.

Dúvidas a respeito da ética da pesquisa poderão ser questionadas ao Comitê

de Ética em Pesquisa (CEP) do HUOL. Endereço: AV. Nilo Peçanha, 620-

Petrópolis. CEP: 59.012-300 Natal/RN, ou entrar em contato pelo e-mail do

CEP/HUOL: [email protected] ou pelo telefone: (84) 3342-5003.

Page 69: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO … · promove resultados efetivos na prestação de cuidados, visto que a identificação do diagnóstico de enfermagem incorporada

69

Consentimento Livre e Esclarecido:

Declaro que compreendi os objetivos desta pesquisa, como ela será realizada, os

riscos e benefícios envolvidos com a participação e concordo em participar

voluntariamente na pesquisa “SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE

ENFERMAGEM EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM DOENÇAS RENAIS”.

Responsável pelo participante da pesquisa:

Nome:__________________________________________________________

Assinatura:_____________________________________________________

Compromisso do Pesquisador:

Como pesquisadora responsável pelo projeto de pesquisa: “SISTEMATIZAÇÃO DA

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM

DOENÇAS RENAIS”, declaro que expliquei aos responsáveis pelos sujeitos de

estudo todos os procedimentos necessários para a realização do referido trabalho.

Comprometo-me a cumprir o que foi acordado sobre os riscos e benefícios da

pesquisa de acordo com as normas da Resolução Nº 466/12 do Conselho Nacional

de Saúde, procurando manter o bem-estar e a integridade dos indivíduos

participantes do estudo.

Pesquisador responsável:

Nome: Moiziara Xavier Bezerra

Assinatura:__________________________________________________________

Natal ______de ______________de___________

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70

APÊNDICE B - TERMO DE ASSENTIMENTO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE – UFRN CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSO EM ENFERMAGEM

CURSO DE MESTRADO ACADÊMICO E DOUTORADO

TERMO DE ASSENTIMENTO

Você está sendo convidado para participar da pesquisa: “SISTEMATIZAÇÃO

DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM

DOENÇAS RENAIS”. Seus pais permitiram que você participe. Queremos propor um

plano de cuidados a crianças e adolescentes com problemas nos rins para a

melhoria da sua qualidade de vida. Você não precisa participar da pesquisa se não

quiser, é um direito seu não terá nenhum problema se desistir. Contamos com seu

apoio para que seja realizada uma entrevista e um exame físico. A nossa conversa

durará mais ou menos uma hora. A entrevista pretende verificar como se encontra

seu estado de saúde e identificar quais os problemas que você possui.

Caso concorde participar desta pesquisa, faremos algumas perguntas sobre

como se sente, como anda sua a alimentação, sono, bem-estar, urina, e seu

conforto. Também iremos examiná-lo, avaliando seus olhos, ouvidos, boca, coração,

pulmão, abdome, braços e pernas. Mediremos sua altura, temperatura, respiração e

peso.

Poderá ocorrer com sua participação a exposição de dados coletados com o

exame físico e com as perguntas sobre sua doença, mas não precisa se preocupar,

pois não usaremos seu nome verdadeiro durante a pesquisa, guardaremos os dados

coletados em local seguro, nem daremos a estranhos as informações que você nos

der.

Há coisas boas que podem acontecer como sua participação: a equipe de

Enfermagem cuidará melhor de você, pois saberá o que você realmente necessita.

Com isso, poderá ocorrer a melhoria da sua vida, com a prevenção de

complicações.

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71

Os resultados da pesquisa vão ser publicados, mas sem identificar sua

participação na pesquisa, atendendo a Resolução Nº 466/12 do Conselho Nacional

de Saúde.

Se você tiver alguma dúvida, você pode me perguntar ou pedir para seu

responsável entrar em contato pelo telefone: (84) 9164-3411, sou Moiziara Xavier

Bezerra (pesquisadora responsável) ou a Richardson Augusto Rosendo da Silva

(professor orientador), no endereço Rua São Clemente, nº 3306, Candelária, CEP:

59065-610 Natal/RN, ou pelo telefone: (84) 3231-0493.

Se você tiver dúvidas a respeito da ética da pesquisa poderão ser

questionadas ao Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) do HUOL. Endereço: AV. Nilo

Peçanha, 620- Petrópolis. CEP: 59.012-300 Natal/RN, ou entrar em contato pelo e-

mail do CEP/HUOL: [email protected] ou pelo telefone: (84) 3342-5003.

___________________________________________________________________

Compreendi os objetivos da pesquisa “SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE

ENFERMAGEM EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM DOENÇAS RENAIS” e

entendi as coisas ruins e as coisas boas que podem acontecer. Entendi que posso

dizer “sim” e participar, mas que, a qualquer momento, posso dizer “não” e desistir.

Recebi uma cópia deste termo de assentimento e li e concordo em participar da

pesquisa.

Menor participante da pesquisa:

Nome:__________________________________________________________

Assinatura:_____________________________________________________

Compromisso do Pesquisador:

Como pesquisadora responsável pelo projeto de pesquisa: “SISTEMATIZAÇÃO DA

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM

DOENÇAS RENAIS”, declaro que expliquei aos sujeitos de estudo todos os

procedimentos necessários para a realização do referido trabalho. Comprometo-me

a cumprir o que foi acordado sobre os riscos e benefícios da pesquisa de acordo

com as normas da Resolução Nº 466/12 do Conselho Nacional de Saúde,

procurando manter o bem-estar e a integridade dos indivíduos participantes do

estudo.

Page 72: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO … · promove resultados efetivos na prestação de cuidados, visto que a identificação do diagnóstico de enfermagem incorporada

72

Pesquisador responsável:

Nome: Moiziara Xavier Bezerra

Assinatura:__________________________________________________________

Natal ______de ______________de___________

Page 73: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO … · promove resultados efetivos na prestação de cuidados, visto que a identificação do diagnóstico de enfermagem incorporada

73

APÊNDICE C – CARTA CONVITE A PERITOS

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE – UFRN CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSO EM ENFERMAGEM

CURSO DE MESTRADO ACADÊMICO E DOUTORADO

CARTA CONVITE A PERITOS

Prezado (a) Sr. (a)

Solicitamos a participação do(a) senhor (a) na pesquisa intitulada:

“MAPEAMENTO CRUZADO DOS TÍTULOS DE DIAGNÓSTICOS DE

ENFERMAGEM FORMULADOS SEGUNDO A CIPE® VERSUS DIAGNÓSTICOS

DA NANDA INTERNACIONAL PARA CRIANÇAS COM DOENÇAS RENAIS”

coordenada pelo Prof. Dr. Richardson Augusto Rosendo da Silva do Departamento

de Enfermagem de Natal da Universidade Federal do Rio Grande do Norte/UFRN. A

pesquisa tem como objetivo, realizar o mapeamento cruzados dos títulos de

diagnósticos da CIPE® versão 2019 com a versão da NANDA-I 2018/2020 e

construir as definições operacionais dos títulos de diagnóstico que resultou do

cruzamento, com base na Teoria das Necessidades Humanas Básicas.

Assim, a finalidade da vossa participação será colaborar com as etapas da

elaboração do banco de termos, da construção de título de diagnósticos de

enfermagem e validação do cruzamento dos DE com as NHB. Nesse sentido, o

senhor (a), estar recebendo uma planilha com as respectivas definições

operacionais dos títulos de diagnósticos e ao lado dos quesitos as seguintes

alternativas: concordo, concordo em parte e não concordo, e também um espaço

para justificar em caso de concordo em parte ou não concordo. Dessa forma, peço

que assinale com um “X” cada questão.

Richardson Augusto Rosendo da Silva .E-mail: [email protected] Xavier Bezerra Campos. E-mail: [email protected]

Natal/RN de de Atenciosamente,

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74

APÊNDICE D – TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO PARA

PERITOS

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE – UFRN CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSO EM ENFERMAGEM

CURSO DE MESTRADO ACADÊMICO E DOUTORADO

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO PARA

PERITOS

Este é um convite para você participar da pesquisa: MAPEAMENTO

CRUZADO DOS TÍTULOS DE DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM

FORMULADOS SEGUNDO A CIPE® VERSUS DIAGNÓSTICOS DA NANDA

INTERNACIONAL PARA CRIANÇAS COM DOENÇAS RENAIS, realizado pela

aluna de pós-graduação da Universidade Federal do Rio Grande do Norte à nível de

mestrado, Moiziara Xavier Bezerra Campos, que tem como orientador o Prof. Dr.

Richardson Augusto Rosendo da Silva do Departamento de Enfermagem de Natal

da Universidade Federal do Rio Grande do Norte/UFRN. Esta pesquisa tem como

objetivo realizar o mapeamento cruzados dos títulos de diagnósticos da CIPE versão

2019 com a NANDA-I 2018/2020 e construir as definições operacionais dos títulos

de diagnóstico que resultou do cruzamento, com base na Teoria das Necessidades

Humanas Básicas.

Caso decida aceitar o convite, você será submetida (o) a preencher/responder

uma planilha com o banco de termos, título de diagnósticos de enfermagem e o

cruzamento dos DE com as NHB. Para tanto ao lado as definições operacionais dos

títulos de diagnóstico listados você deverá assinalar com um X um dos quesitos:

concordo, concordo em parte e não concordo e preencher um espaço para a

justificativa em caso de concordar em parte, ou, não concordar, caracterizando,

assim a etapa de validação de conteúdo.

A sua participação é voluntária, logo você pode se retirar do estudo, a

qualquer momento, se assim deseje. Não ocorrendo em nenhum gasto para você, e

também não receberá pagamentos pela participação. Qualquer dúvida relacionada a

essa pesquisa poderá ser esclarecida com o pesquisador e o orientador.

Page 75: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO … · promove resultados efetivos na prestação de cuidados, visto que a identificação do diagnóstico de enfermagem incorporada

75

As informações coletadas a partir deste estudo serão utilizadas única e

exclusivamente em caráter científico, e será garantida a sua privacidade. As

informações coletadas podem ser divulgadas por meio de trabalhos científicos, mas

a sua identidade será preservada.

Os riscos envolvidos com sua participação seriam a exposição de seus

dados, que será minimizado através da seguinte providência: uso de pseudônimo

(nome fictício), assegurando o sigilo, como também será assegurado a guarda dos

dados em local seguro e a divulgação dos resultados será feita de forma a não

identificar os voluntários.

Ao participar desse estudo você estará contribuindo para o aperfeiçoamento

da Classificação Internacional para a Prática de Enfermagem (CIPE®), colaborando

com a padronização de diagnósticos, resultados esperados e intervenções para ser

usado por profissionais de enfermagem no cuidado a crianças com doenças renais.

Os benefícios diretos ou imediatos para você durante esta pesquisa estão

relacionados ao estabelecimento de uma validação de conteúdo definições

operacionais dos títulos de diagnóstico, levantados a partir dos focos da Prática de

Enfermagem utilizando a CIPE® 2019 e NANDA 2018/2020, contribuindo no

estabelecimento de uma padronização da linguagem da enfermagem, e

cientificidade nos cuidados prestados pelo profissional enfermeiro. Além de auxiliar

para a identificação das reais necessidades de crianças com doenças renais.

Se você tiver algum gasto que seja devido à sua participação na pesquisa,

você será ressarcido, caso solicite. Em qualquer momento, se você sofrer algum

dano comprovadamente decorrente desta pesquisa, você terá direito a indenização.

Você ficará com uma cópia deste documento e toda a dúvida que você tiver a

respeito desta pesquisa, poderá perguntar diretamente a Moiziara Xavier Bezerra

Campos (pesquisadora responsável) pelo telefone (84) 99164-3411 ou a Richardson

Augusto Rosendo da Silva (professor orientador) no endereço Campus Central, S/N

– Departamento de Enfermagem, Lagoa Nova – Natal 59078-970, RN - Brasil ou

pelos telefones (084) 32153615, (84) 99614-0822 ou e-mail:

[email protected] e [email protected].

Dúvidas a respeito da ética da pesquisa poderão ser questionadas ao Comitê

de Ética em Pesquisa (CEP) do HUOL. Endereço: AV. Nilo Peçanha, 620-

Petrópolis. CEP: 59.012-300 Natal/RN, ou entrar em contato pelo e-mail do

CEP/HUOL: [email protected] ou pelo telefone: (84) 3342-5003.

Page 76: UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO … · promove resultados efetivos na prestação de cuidados, visto que a identificação do diagnóstico de enfermagem incorporada

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Consentimento Livre e Esclarecido

Após ter sido esclarecido sobre os objetivos, importância e o modo como os

dados serão coletados nessa pesquisa, além de conhecer os riscos, desconfortos e

benefícios que ela trará para mim e ter ficado ciente de todos os meus direitos,

concordo em participar da pesquisa: MAPEAMENTO CRUZADO DOS TÍTULOS DE

DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM FORMULADOS SEGUNDO A CIPE®

VERSUS DIAGNÓSTICOS DA NANDA INTERNACIONAL PARA CRIANÇAS COM

DOENÇAS RENAIS, e autorizo a divulgação das informações por mim fornecidas

em congressos e/ou publicações científicas desde que nenhum dado possa me

identificar.

Natal________de_________ de_______

Participante da pesquisa:

Nome:________________________________

Assinatura:_______________________________

Pesquisador Responsável:

Nome: Moiziara Xavier Bezerra Campos

Assinatura:_____________________________

Departamento de Enfermagem, Lagoa Nova – Natal 59078-970, RN, Brasil, ou pelo

telefone: (084) 3215-3615

Comitê de Ética em Pesquisa: (CEP- HUOL) AV. Nilo Peçanha, 620- Petrópolis.

CEP: 59.012-300 Natal/RN, Brasil, e-mail: [email protected] ; telefone: (84)

3342-5003.

Declaração do pesquisador responsável

Como pesquisador responsável pelo estudo: MAPEAMENTO CRUZADO

DOS TÍTULOS DE DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM FORMULADOS

SEGUNDO A CIPE® VERSUS DIAGNÓSTICOS DA NANDA INTERNACIONAL

PARA CRIANÇAS COM DOENÇAS RENAIS, declaro que assumo a inteira

Impressão

datiloscópica do

participante

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responsabilidade de cumprir fielmente os procedimentos metodologicamente e

direitos que foram esclarecidos e assegurados ao participante desse estudo, assim

como manter sigilo e confidencialidade sobre a identidade do mesmo.

Declaro ainda estar ciente que na inobservância do compromisso ora

assumido estarei infringindo as normas e diretrizes propostas pela Resolução 466/12

do Conselho Nacional de Saúde – CNS, que regulamenta as pesquisas envolvendo

o ser humano.

Natal_____de_______de____.

Pesquisador Responsável:

Nome: Moiziara Xavier Bezerra Campos

Assinatura:_____________________________

Departamento de Enfermagem, Lagoa Nova – Natal 59078-970, RN, Brasil, ou pelo

telefone: (084) 3215-3615

Comitê de Ética em Pesquisa: (CEP- HUOL) AV. Nilo Peçanha, 620- Petrópolis.

CEP: 59.012-300 Natal/RN, Brasil, e-mail: [email protected]; telefone: (84)

3342-5003.

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ANEXOS

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ANEXO A - ROTEIRO DE ANAMNESE E EXAME FÍSICO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE – UFRN CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSO EM ENFERMAGEM

CURSO DE MESTRADO ACADÊMICO E DOUTORADO

ROTEIRO DE ANAMNESE E EXAME FÍSICO

Nº da Entrevista: ____________________________________________________________ Data da avaliação:_________________ Hora do início da entrevista:__________ 1) 1. Nome (Iniciais):__________________________ 2. Idade:__________________ 3. Sexo: 1. ( ) Masculino 2. ( ) Feminino 6. Naturalidade:______________________________ 8. Escolaridade :__________________________ 9. Renda familiar: __________________________ 10. Qual a doença renal que possui e qual o ano de diagnós-tico:______________________________________________________ 11. Doenças pregressas:_______________________________________________ 12. Realiza algum tratamento. 1. ( ) Sim 2. ( )Não 2) 13.Queixa principal: _________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 14. Há quanto tempo?_______________________________________________________________ 15. Conhecimento sobre seu estado de saúde:____________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 16.Medicações em uso:______________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 17. Problemas relacionados ao uso das medicações: 1. ( ) Náusea 4. ( ) Soluço 2. ( ) Vômito 5. ( ) Diarreia 3. ( ) Desconforto abdominal 6. Dermatites: ( ) 7.( ) Outros:______________________ 18. Histórico de infecções pregressas: __________________________________________________________________________________

19.Sabe quais os microrganismo? ______________________________________ _________________________________________________________________________________ 20.Qual a medicação utilizada para tratamento da infecção: ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 3) 21. Condição atual do apetite: 1. ( ) Aumentada 2. ( ) Diminuída 3. ( ) Conservada

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22. Dieta: 1. ( ) Nenhuma 2. ( ) Hipocalórica 3. Hipossódica ( ) 4.Hipolipidica 5. Outras:_______________ 23. Número de refeições/dia:__________________________________ 24. Maior concentração: 1. ( ) Manhã 2. ( ) Tarde 3. ( ) Noite 25. Ingestão hídrica/dia:______________________________________ Maior concentração: 1. ( ) Manhã 2. ( ) Tarde 3. ( ) Noite 26. Dificuldade para mastigar os alimentos: 1. ( ) Sim 2. ( ) Não 27. Dificuldade para engolir os alimentos: 1. ( ) Sim 2. ( ) Não 4) 28. Frequência atual de micções/dia:___________________ 29. Período das micções: 1. ( ) Mais frequente dia 2. ( ) Mais frequente noite 3. ( ) Indiferente 4. ( ) Não há micções 30. Desconforto urinário: 1. ( ) Ardor 3. ( ) Nenhum 2. ( ) Dificuldade para eliminação 4. ( ) Outros:________________________ 31. Frequência de evacuações/dia:___________________ 32. Tipo habitual de fezes: 1. ( ) Normal 3. ( ) Diarreicas 2. ( ) Pastosa 4. ( ) Endurecida 33. Houve alguma mudança no tipo de fezes? 1. Não ( ) 2. Sim Qual?_______________________ 34. Desconforto ao defecar: 1. ( ) Nenhum 4. ( ) Sangramento 2. ( ) Dificuldade 5. ( ) Outros:_________________ 3. ( ) Cólica 5) 35. Horas de sono/dia:_________________ 36. Horário predominante de sono: 1. ( ) Noturno 2. ( ) Diurno 3. ( ) Noturno/Diurno 37. Tipo de sono: 1. ( ) Ininterrupto 4. ( ) Acorda descansado 2. ( ) Interrompido 5. ( ) Demora para dormir 3. ( ) Agitado 6. ( ) Outros:______________________ 38. Realizava alguma atividade física ? 1. ( ) Não 2. ( ) Sim Qual:_________________________________________ 39. Limitações para realizar atividades de vida diária (AVD): 1. ( ) Subir escada 3. ( ) Tomar banho 2. ( ) Andar 4. ( ) Outros_____________________ 40. Limitação física durante a AVD: 1. ( ) Cansaço 3. ( ) Tontura 2. ( ) Falta de ar 4. ( ) Outros:_______________________ 41. Atividade de lazer: 1. ( ) Viajar 3. ( ) Conversar 2. ( ) Passear 4. ( ) Outros:___________________ 42. Atividade que gostaria de fazer e não pode: 1. ( ) Sim Qual:__________________________________________________________________ 2. ( ) Não ______________________________________________________________ 6) 43. Dificuldade para aprender coisas novas: 1. ( ) Não 2. ( ) Sim Justifique_______________________________________________ 44. Considera importante aprender sobre: 1. ( ) Sua doença 3. ( ) Seu tratamento 2. ( ) Autocuidado 4. ( ) Outros:______________________ 45. Tem alguma dificuldade para: 1. ( ) Falar 3. ( ) Ler 5. ( ) Memorizar 2. ( ) Escrever 4. ( ) Ouvir 6. ( ) Outros:______________________ 46. o que você gostaria de fazer melhor? ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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7) 47. Descreva seu modo de ser se possível: __________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________ 48. Deseja ser diferente? 1. ( ) Sim 2. ( ) Não 3. ( ) Não se aplica Justifique:________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 49. Modificação no corpo relacionados à doença: 1. ( ) Não 2. ( ) Sim Qual?___________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 50. Como a doença renal afetou o seu estilo de vida, se afetou? __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 51. Há contribuição de alguma forma para com o tratamento? 1. ( ) Não 2. ( ) Sim Como?_____________________________________________________________________________ 52. Satisfação com a aparência, estilo de vida e realizações: 1. ( ) Sim 2. ( ) Não 3. ( ) Não se aplica Justifique:________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 53. Planos para o futuro no momento: ________________________________________________________________________________________________________________________________________ 8) 54.Com quem vive: ___________________________________________________________ ____________________________________________________________________________ 55. Você cuida de alguém? 1. ( ) Sim 2. ( ) Não 3. ( ) Não se aplica De quem?____________________________________________ 56. Satisfação com o papel de cuidador: 1. ( ) Sim 2. ( ) Não 3. ( )Não se aplica Justifique:________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 57. Alguém cuida de você? 1. ( ) Sim 2. ( ) Não 58. Você está satisfeito com a posição de ser cuidado? 1. ( ) Sim 2. ( ) Não 3. ( )Não se aplica Justifique:________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 59. Relaciona-se bem com: 1. ( ) Família 3. ( ) Colegas de trabalho 2. ( ) Vizinhos 4. ( ) Outros:_____________________ 60. Sente solidão? 1. ( ) Sim 2. ( ) Não 61. Práticas para evitar a solidão: ___________________________________________________________________________________________________________________________________________ ______ 62. A doença afetou: 1. ( ) família 2. ( ) finanças 3. ( ) Outros:______________________________________ 9) 1. ( ) Sim 2. ( ) Não

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Justifique:____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 64. Reações a mudança: 1. ( ) Alegria 3. ( ) Preocupação 2. ( ) Tristeza 4. ( ) Outros 65. Sentimentos que apresenta com frequência: 1. ( ) Medo 5. ( ) Ódio 2. ( ) Ansiedade 6. ( ) Alegria 3. ( ) Tristeza 7. ( ) Segurança 4. ( ) Raiva 8. ( ) Outros:_____________________ 10) 66. Sentimentos de fé: 1. ( ) Sim 2. ( ) Não 3. ( )Não se aplica 67. Contribuição da fé religiosa no enfrentamento dos problemas da vida diária _________________________________________________________________________________ 11) 68. Higiene: 1. ( ) Higiene corporal adequada 3. ( ) Higiene corporal deficitária 2. ( ) Higiene oral adequada 4. ( ) Higiene oral deficitária 69. Dificuldade para andar: 1. ( ) Sim 2. ( ) Não Justifique:______________________________________________________________________________________________________________________________________________ 70. Houve alguma queda anterior? 1. ( ) Sim 2. ( ) Não Justifique_____________________________________________________________________________________________________________________________________________ 71. Tonturas/vertigem ao mudar de posição: 1. ( ) Sim 2. ( ) Não 72. Utiliza apoio para andar? 1. ( ) Sim Qual o tipo?___________________________________ 2. ( ) Não 12) 73. Desconforto/ dor: 1. ( ) Nenhum 2. ( ) Aguda 3. ( ) Crônica 74.Há quanto tempo?___________________________________________________________________ 13) 75.Houve atraso no crescimento ou no desenvolvimento?

1. ( )sim 2. ( ) Não 76. Se sim, qual? ____________________________ 77. Dificuldades em desempenhar habilidades típicas da faixa etária?

2. ( )sim 2. ( ) Não 78. Se sim, qual? ____________________________ 79. Incapacidade de desempenhar atividades de autocuidado apropriados para idade?

1. ( )sim 2. ( ) Não 80. Se sim, qual? ____________________________ Hora final da entrevista:____________________________ ROTEIRO DO EXAME FÍSICO 1) EXAME FÍSICO GERAL (ECTOSCOPIA) 1. Estado geral: ( ) Bom ( ) Regular ( ) Comprometido ( ) Grave.

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2. Estado mental: ( ) consciente ( ) Inconsciente ( ) Orientado ( ) Desorientado (tempo, espaço e em relação a si mesmo). 3. Pele/mucosas: ( ) Sem alteração ( ) Icterícia ( ) Palidez ( ) Anasarca ( ) Cianose 4. Fácies: ( ) Normal ou Atípica ( ) Renal ( ) Hipocrática ( ) Mongolóide ( ) De depressão ( ) De paralisia facial periférica ( ) Outra:_____________________________ 5. Tipo morfológico: ( ) Brevilíneo ( ) Normolíneo ( ) Longilíneo 6. Movimentação: ( ) Deambula ( ) Deambula com ajuda ( ) Claudica ( ) Não deambula 7. Pressão arterial:____________mmHg 8. Pulso:___________bat/min 9. Respiração:___________rpm 10. T:____oC 11. Circunferência do braço: _______cm 12. Circunferência do abdome: __________cm 13. Peso:_________Kg 14. Altura:__________cm 15: IMC:___________ Kg/m2 1) EXAME DOS SEGMENTOS: Cabeça: 16. CRÂNIO: Normocefalia ( ) Macrocefalia ( ) Microcefalia ( ) Depressões ( ) Abaulamentos ( ) Outros:_______________________________ 17. COURO CABELUDO: ( ) Íntegro ( ) Dor ( ) Presença de parasitas ( ) Caspa/seborréia, crostas. 18. OLHOS: ( ) Acuidade visual mantida ( ) Acuidade visual diminuída ( ) Uso de óculos/lentes ( ) Pupilas isocóricas ( ) Pupilas anisocóricas ( ) Presença de lacrimejamento ( ) Presença de prurido ( ) Presença de secreções ( ) Pálpebras edemaciadas ( ) Ptose 19. NARIZ: ( ) Pequeno ( ) Médio ( ) Grande ( ) Simétrico ( ) Septo central ( ) Septo com desvio lateral ( ) Presença de obstrução ( ) Rinorréia ( ) Epistaxe ( ) Dor ( ) Alterações do olfato 20. SEIOS PARANASAIS: ( ) Presença de dor no seio frontal e maxilar 21. OROFARINGE: ( ) Halitose ( ) Lábios e mucosa oral integra ( ) Arcada dentária completa ( ) Arcada dentária incompleta ( ) Presença cáries ( ) Uso de prótese e aparelhos ortodônticos ( ) Gengivas íntegras ( ) Língua saburrosa ( ) Palato duro e mole íntegros ( ) Úvula íntegra 22. OUVIDOS: ( ) Acuidade auditiva normal ( ) Acuidade auditiva diminuída ( ) Presença de cerume ( ) Otalgia ( ) Otorréia; ( ) Linfonodos ântero e retroauriculares (impalpáveis/ palpáveis/ indolores/dolorosos/macios/duros/fixos/móveis) 23. PESCOÇO: ( ) Linfonodos occipital, sub-mentoniano, submandibular e tonsilares (impalpáveis/palpáveis/indolores/dolorosos/macios/duros/fixos/móveis). Tireóide: ( ) Lisa ( ) Elástica ( ) Móvel ( ) Indolor. Carótidas: ( ) Batimentos simétricos ( ) Batimentos forte ( ) Batimentos fraco ( ) Batimento perceptível/imperceptível). Tórax: 24. ( ) Tórax normal ( ) Tórax chato ( ) Tórax escavado ( ) Tórax em sino ( ) Tórax “peito de pombo” ( ) Tórax alongado ( ) Expansão torácica normal ( ) Expansão torácica diminuída ( ) Frêmito Tóraco-vocal presente, diminuído, ausente ( ) Ressonância vocal presente, diminuída,ausente 25. Coluna vertebral: ( ) Cifose ( ) Lordose ( ) Escoliose ( ) Normal 26. Ausculta pulmonar: ( ) Ritmo normal ( ) Freqüência ( ) MV - Murmúrio Vesicular +/- ( ) Ruídos Adventícios+/- 26. Ausculta cardíaca: ( ) Localização dos focos mitral, aórtico, pulmonar e tricúspide normal ( ) Ritmo normal ( ) Freqüência normal ( ) Batimentos Normofonéticos -BNF 27. MAMAS: ( ) Sem alterações ( ) Presença de nódulos palpáveis ( ) Simétricas ( ) Presença de secreções Abdome 28. ABDOME: ( ) Plano ( ) Globoso ( ) Escavado ( ) Ascítico ( ) Pendular ( ) Cicatriz umbilical centralizada ( ) Ruídos Hidroaéreos (RHA) presente ( ) RHA ausente ( ) RHA hipoativo ( ) RHA hiperativo ( ) Indolor ( ) Resistente à palpação ( ) Flácido à palpação ( ) Som Tipânico Presença de dor (Sinal de Murphy, Sinal de Blumberg) ( ) Presença de massas/megalias 29. GÊNITO-URINÁRIO: ( ) Normal ( ) Lesões nos órgãos genitais ( ) Micção espontânea Membros superiores e inferiores 30. MEMBROS SUPERIORES E INFERIORES: ( ) Normal ( ) Plegia ( ) Paresia ( ) Parestesia ( ) Pele, pêlos e unhas normais ( ) Pulsos periféricos palpáveis ( ) Presença de edema ( ) Musculatura eutrófica ( ) Musculatura hipotrófica ( ) Musculatura hipertrófica ( ) Rede venosa preservada ( ) Presença de varizes ( ) Veias varicosas ( ) Coordenação motora Exame Neurológico 31. FUNÇÃO CEREBRAL: Estado mental (ativo, sonolência, esturpor e coma).

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Orientação tempo-espaço e pessoal. Memória anterior e recente. Coordenação das idéias (iniciativa, capacidade de julgamento e crítica, cognição). Capacidade de registrar dados, comunicação escrita e verbal adequadas ao nível de instrução, clareza, coerência, raciocínio e compreensão. Afeto e humor (receptivo, colaborador, oscilação de humor justificada). Aparência e comportamento (postura, gestos e modo de se vestir socialmente aceitável). Ass. do Examinador:______________________________________________________

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