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ANDRÉA FRANCISCA FERNANDES BARBOSA
OTIMIZAÇÃO DE METODOLOGIAS PARA DETERMINAÇÃO DE
HIDROCARBONETOS POLICICLICOS AROMÁTICOS: APLICAÇÃO EM ÁGUA
DO RIO POTENGI
Tese apresentada ao Programa de Pós-Graduação
em Química (PPGQ) do Centro de Ciências
Exatas e da Terra da Universidade Federal do Rio
Grande do Norte, como requisito parcial para a
obtenção do título de Doutor em Química.
Orientadores:
Profa. Dra. Fabiana R. G. e Silva Hussein
Prof. Dr. Jailson Vieira de Melo
Prof. Dr. Djalma Ribeiro da Silva
NATAL - RN
2008
Divisão de Serviços Técnicos
Catalogação da Publicação na Fonte. UFRN / Biblioteca Setorial de Química
Barbosa, Andréa Francisca Fernandes. Otimização de metodologias para determinação de hidrocarbonetos policíclicos aromáticos:aplicação em água do Rio Potengi / Andréa Francisca Fernandes Barbosa. Natal, RN, 2009. 162 f. Orientadora: Fabiana Roberta Gonçalves e Silva Hussein Co-Orientador : Djalma Ribeiro da Silva C0-orientador: Jailson Vieira de Melo
Tese (Doutorando em Química) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Centro
de Ciências Exatas e da Terra. Programa de Pós-Graduação em Química. 1. Hidrocarboneto- Tese. 2. Hidrocarboneto – policíclicos - Tese 3. Análise de HPA’s -
Tese. 4. Policíclicos aromáticos - Tese. 5. Cromatografia Gasosa – Tese. I. Hussein, Fabiana Roberta Gonçalves e Silva. II. Silva, Djalma Ribeiro da. III. Melo Jailson Vieira. VI. Universidade Federal do Rio Grande do Norte. V. Título.
RN/UFRN/BSE- Química CDU 661.715
___________________________________________________________________________
Andréa Francisca Fernandes Barbosa
DEDICATÓRIA
Dedico esta pesquisa em primeiro lugar a Deus por ter me dado a vida, aos meus
pais (Ana e José memória) pela educação, ao meu querido esposo Jardel pela
companhia e compreensão.
___________________________________________________________________ Andréa Francisca Fernandes Barbosa
AGRADECIMENTOS
- A Deus pela grande oportunidade de aprendizado que me deste nesta maravilhosa
vida.
- A meus queridos pais pela sua grande força, mesmo morando longe de mim.
- A minha prima Graça, esposo e filhos pelo grande apoio que me deram.
- Em memória ao meu irmão Joseano que muito amava.
- Aos meus primos e tios que muito me ajudaram dando uma grande força.
- Aos amigos universitários pela presença, amizade e companhia no dia-a-dia, Luciana
Galvão, Roberto, Rina, Conceição, Loilde, Sharon, Danyelle, Adriana, Fernanda,
Emily, Veva, Aécia e todos os outros.
- Aos amigos Funcionários da UFRN, Francisco, Alderi, Vera, Nice, Fernando, Alberto,
Nireide, Flávia, Severino e todos os outros.
- Em especial, em memória a funcionária Jesus pelo seu grande carisma.
- Aos professores que sempre auxiliaram no meu desenvolvimento e pela amizade,
Glícia, Verônica, Bartolomeu,Fátima, Nedja, e outros.
- A Rejânia pela sua grande força.
- Em especial, aos Professores Fabiana, Jailson e Djalma pela oportunidade e pelo voto
de confiança.
- Em especial, aos amigos que muito me ajudaram e pelo crédito de confiança: Katarina,
Débora, Adailton, Patrícia, Aline, Dayanne, Kate e Emanuel.
- A secretária da Pós Graduação em Química, Gisele, por sua gentil atenção.
___________________________________________________________________________
Andréa Francisca Fernandes Barbosa
RESUMO
Este trabalho tem como objetivo detectar hidrocarbonetos policíclicos aromáticos
(HPAs) através de técnicas analíticas otimizadas, tais como: Cromatografia Gasosa com
Detector de Ionização de Chama (CGDIC), Cromatografia Gasosa acoplada à Espectrometria
de Massa (CGEM), Espectroscopia de Fluorescência Molecular e Teor de Óleos e Graxas
(TOG). Aplicar a Quimiometria, Planejamento Fatorial 23, na preparação de amostras por
Extração Líquido-Líquido. A preparação da amostra utilizada foi à extração líquido-líquido e
nesta amostragem foi utilizado fatores para aplicação do planejamento fatorial 23, tais como:
a utilização do ultrassom, solventes (diclorometano, hexano e clorofórmio) e proporção de
solvente/amostra sintética. Esses fatores foram atribuídos dois tipos de níveis: positivo e
negativo. E foi utilizada a forma de cubo para melhor analisar as respostas. As respostas das
oito combinações foram obtidas na leitura do espectrofluorímetro. A otimização dos
equipamentos foram utilizados, e eles serviram na identificação dos HPA’s das amostras
coletadas no Rio Potengi. Na otimização do equipamento foi observado todos os 16 HPA’s e
nas amostras foi encontrados os HPA’s que foram provenientes da contaminação do Rio
Potengi. A contaminação por orgânicos vem através de lixos domésticos, lixos hospitalares, e
dentre outras contaminações que vem de indústrias que são instaladas em torno do Rio. O
planejamento fatorial foi de grande validade, pois foi observada uma maneira mais eficaz de
preparação de amostra. O planejamento fatorial da extração liquido-liquido mostrou uma
maneira de gastar menos solventes em menos tempo utilizando um solvente ideal, como
também uma forma de extrair mais analito da própria matriz água. No planejamento fatorial a
menor forma de extração foi a utilização do ultrasom, a proporção 1:3 que corresponde a um
de solvente e 3 de amostra e o melhor solvente foi o diclorometano que apresentou uma
viável extração, não descartando a possibilidade de utilização, também do hexano. O
clorofórmio além de ser tóxico não apresentou uma boa extração.
PALAVRAS CHAVE: Coleta de amostras; Planejamento Fatorial; Preparação da amostra;
Análise de HPA’s; Cromatografia Gasosa; Fluorescência.
___________________________________________________________________________ Andréa Francisca Fernandes Barbosa
ABSTRACT
This work aims to detect polycyclic aromatic hydrocarbons (PAHs) through
optimized analytical techniques, such as gas chromatography with flame-ionisation detector
(CGFID), gas chromatography coupled to mass spectrometry (CGMS), Fluorescence
Spectroscopy of Molecular and Purpot of oils and greases (POG). Apply to chemometrics,
Factorial Planning 23, in the preparation of samples by liquid-liquid extraction. The sample
preparation was used for liquid-liquid extraction and factors in this sample was used for the
application of factorial planning 23, such as the use of ultrasound, solvents
(dichloromethane, hexane and chloroform) and ratio of solvent / synthetic sample. These
factors were assigned two types of levels: positive and negative. It was used to form the
cube to better analyze the answers. The responses of the eight combinations were obtained
in reading the spectrofluorimetric. The optimization of equipment were used, and they
served in the HPA's identification of the samples collected in Rio Potengi. The optimization
of the equipment was observed every 16's and PAH in the samples was found that the
HPA's came from contamination of the Rio Potengi. The contamination comes through
organic household waste, hospital waste, and among other contamination that comes from
industries that are installed around the River The factorial design of high validity, it was
observed a more effective sample preparation. The factorial design of liquid-liquid
extraction showed a way to spend less solvent in less time using an ideal solvent, but also a
way to extract more analyte from the matrix itself is water. In planning a smaller form
factor extraction was the use of ultrasound, the ratio 1:3 corresponding to a solvent and
sample 3 and the best solvent was dichloromethane who presented a viable extraction, not
discarding the possibility of using also the hexane. The chloroform and may be toxic not
had a good extraction.
PALAVRAS CHAVES: Collection of samples, Chemometrics, Sample Preparation,
Analysis of PAH's, Chromatography, Fluorescence.
___________________________________________________________________________ Andréa Francisca Fernandes Barbosa
LISTA DE FIGURAS
Pag.
Figura 1.1 Foto mostrando o Rio Jundiaí na cidade de Macaíba/RN com a
contaminação de esgotos.
25
Figura 1.2 Foto do Rio Potengi e do esgoto lançado diretamente nesse rio,
próximo ao passo da pátria, chamado de Riacho do Baldo.
25
Figura 1.3 Mapa do percurso do Rio Potengi. 26
Figura 2.1 Composição do óleo cru, (site: DICKINEIDER, 2008). 31
Figura 2.2 Ilustração de um rio que foi afetado pela poluição de óleo. 31
Figura 2.3 Representação da distribuição dos hidrocarbonetos no meio
aquático (YU, 2004).
32
Figura 2.4. Estrutura do HPA diagênico, perileno. 34
Figura 2.5. Estrutura do HPAs reteno 35
Figura 2.6. Concentração média de substancias orgânica e inorgânica na superfície
da água (ARTIOLA, 2004). 37
Figura 2.7. A estrutura do criseno. 38
Figura 2.8. A) Espectros de emissão e B) Espetro de excitação ambos do Criseno. 38
Figura 2.9. Sistemas esquemáticos da extração líquido-líquido. a) Mistura do
composto C na amostra A + B e b) Afinidade do analito A com o composto
C.
53
Figura 2.10. Diferença empírica entre a fluorescência e a fosforescência.
(ATKINS, 2002).
54
Figura 2.11. Diagrama de energias para uma molécula orgânica (LUMB,
1978).
56
Figura 2.12. Regiões da banda de excitação de um HPA genérico λaz, λmáx e
λverm, que corresponde aos comprimentos de onda utilizados para a excitação
das amostras.
59
Figura 2.13. Espectros de Excitação e Emissão da molécula do Fenantreno
(SÂMARA, 1999).
61
Figura 2.14. Espectro de fluorescência do pireno encontrado em urina
(WATSON et. al., 2004).
61
___________________________________________________________________________ Andréa Francisca Fernandes Barbosa
Figura 2.15. Instrumentação de medida de um Fluorímetro, (SILVA, 2004). 63
Figura 2.16. Espectro de emissão de uma lâmpada de Xenônio. 63
Figura 2.17. Detalhes das regiões ultravioleta e visível de uma lâmpada de
xenônio.
63
Figura 2.18. Esquema de uma coluna. 64
Figura 2.19. Aplicação da cromatografia liquida (SAUDERS, 1975). 65
Figura 2.20. Diagrama esquemático de um Cromatógrafo a gás. 66
Figura 2.21. Condições de injeção representativas com divisor de fluxo e sem
divisor de fluxo. Injeção numa coluna capilar (HARRIS, 2001).
68
Figura 2.22. Diagrama em bloco de um espectrômetro de massa. 72
Figura 2.23. Esquema de um funcionamento de um CGEM, (MASUCCI E
CALDWELL, 2003).
73
Figura 2.24. Representação esquemática do analisador quadrupolo. 76
Figura 2.25. Representação esquemática do analisador íon trap. 77
Figura 2.26. Espectrograma de um analito de acetaminafenol no CGEM. 77
Figura 3.1. Extração líquido-líquido com funil graduado em um frasco de
vidro de cor âmbar.
82
Figura 3.2. Banho de ultrasom utilizado para extração do analito da amostra
para o solvente.
82
Figura 3.3. Ilustração do aparato experimental para análise por
espectrofluorimetria: a) Espectrofluorímetro, b) amostrador da cubeta e c)
Cubeta de quartzo.
84
Figura 3.4. Cromatógrafo a gás com detector de ionização de chama. 89
Figura 3.5. Equipamento analisador InfraCal TOG/TPH modelo HATR-T2 e
CH.
90
Figura 3.6. Cromatógrafo a gás acoplado a um espectrômetro de massa
marca THERMO ANALITICA modelo FOCUS.
92
Figura 4.1 Espectro de emissão de uma amostra de óleo cru solubilizada em
hexano sem e com exposição ao ultrassom em diferentes intervalos de tempo.
95
Figura 4.2 Resposta usada no planejamento fatorial. Área hachurada sob a
curva.
97
___________________________________________________________________________ Andréa Francisca Fernandes Barbosa
Figura 4.3. Espetros de emissão do planejamento fatorial 23 dos HPAs em
hexano (Hex) com comprimento de onda de excitação fixo de 282 nm.
99
Figura 4.4. Espetros de emissão do planejamento fatorial 23 dos HPAs em
Diclorometano (DCM) com comprimento de onda de excitação fixo de 282
nm.
100
Figura 4.5. Espetros de emissão do planejamento fatorial 23 dos HPAs em
Clorofórmio com comprimento de onda de excitação fixo de 282 nm.
101
Figura 4.6. Representação em forma de cubo dos resultados da tabela 4.5. 105
Figura 4.7. Representação em forma de cubo dos resultados da tabela 4.6. 105
Figura 4.8. Espectros de emissão de uma amostra sintética de HPAs, usando-
se comprimentos de onda fixos para excitação.
108
Figura 4.9. Espectro de uma amostra em vários tipos de resolução espectral. 109
Figura 4.10. Espectros de emissão de uma amostra de óleo cru em três tipos
de resoluções espectrais: 1,5, 3,0 e 5,0 nm.
110
Figura 4.11. Espectro de emissão de uma amostra de óleo cru em uma
resolução espectral de 5nm, ampliada da figura 4.10.
110
Figura 4.12. Espectro de emissão de uma amostra de óleo cru em uma resolução
espectral de 3nm, ampliada da figura 4.10.
111
Figura 4.13. Curva analítica da mistura dos HPAs em hexano e o limite de
quantificação e detecção.
112
Figura 4.14. Curva analítica da mistura dos HPAs em clorofórmio e o limite
de quantificação e detecção.
113
Figura 4.15. Espectro de emissão de padrões de HPAs e do óleo cru
excitados em 182 nm.
114
Figura 4.16. Locais de coleta das amostras de água no Rio Potengi e a
ferramenta de coleta.
116
Figura 4.17. Espectro de emissão das amostras de água do Rio Potengi com
excitação fixa de 260 nm.
117
Figura 4.18. Mapa do Rio Jundiaí em Macaíba/RN e logo seguindo o Rio
Potengi em Natal/RN onde foram feitos as coletas das amostras com matriz
118
___________________________________________________________________________ Andréa Francisca Fernandes Barbosa
água.
Figura 4.19. Espectro de emissão das amostras coletadas no Rio Potengi. 119
Figura 4.20. Espectro de emissão das amostras coletadas no Rio Potengi em
comprimento de onda de excitação fixo de 282 nm.
120
Figura 4.21. Espectro de excitação das amostras coletadas no Rio Potengi em
comprimento de onda de emissão fixo de 310 nm.
120
Figura 4.22. Cromatograma dos HPAs prioritários numa concentração de 40
mgL-1.
122
Figura 4.23.1. Cromatograma da amostra coletada no Rio Potengi ponto 3. 122
Figura 4.23.2. Cromatograma da amostra coletada no Rio Potengi ponto 4. 123
Figura 4.23.3. Cromatograma da amostra coletada no Rio Potengi ponto 6. 123
Figura 4.23.4. Cromatograma da amostra coletada no Rio Potengi ponto 7. 124
Figura 4.23.5. Cromatograma da amostra coletada no Rio Jundiaí ponto 8. 124
Figura 4.23.6. Cromatograma da amostra coletada no Rio Jundiaí ponto 10. 125
Figura 4.23.7. Cromatograma da amostra coletada no Rio Jundiaí ponto 11. 125
Figura 4.23.8. Cromatograma da amotra coletada Rio Jundiaí ponto 12. 126
Figura 4.24. Configuração do amostrador Al-AS 3000 para as análises de
HPAs.
128
Figura 4.25.1. Configuração do Cromatógrafo a gás para análise de HPAs. 129
Figura 4.25.2. Configuração do Cromatógrafo a gás para análise de HPAs. 129
Figura 4.25.3. Configuração do Cromatógrafo a gás para análise de HPAs. 130
Figura 4.25.4 Configuração do Cromatógrafo a gás para análise de HPAs. 130
Figura 4.26 Configuração do Espectrometro de Massa para análise de HPAs. 131
Figura 4.27 Cromatograma de alguns HPAs encontrados no rio Potengi do
ponto de amostragem na favela do maruim.
133
Figura 4.28 Cromatograma de alguns HPAs encontrados no Rio Potengi do
ponto de amostragem no náutico.
133
Figura 4.29 Cromatograma de alguns HPAs encontrados no rio Potengi do
ponto de amostragem na capitania dos portos.
134
Figura 4.30 Espectrosfluorímetros das amostras coletadas no Rio Potengi. 135
__________________________________________________________________________________ Andréa Francisca Fernandes Barbosa
LISTA DE TABELAS
Tabela 2.1. Alguns Hidrocarbonetos policíclicos aromáticos derivados do
óleo poluente da água. 33
Tabela 2.2. Hidrocarbonetos Policíclicos Aromáticos indicados como
poluentes prioritários pela EPA,) 36
Tabela 2.3. Lista dos 16 HPAs prioritários com o grau de toxidade (BOEHM
et al., 2002)
39
Tabela 2.4. Propriedades físico – química dos HPAs 41
Tabela 2.5. Resultado de um Planejamento Fatorial 23 43
Tabela 2.6. Coeficientes de Contraste. 43
Tabela 2.7. Preservação e acondicionamento de amostras. 51
Tabela 2.8. Escala de tempo em que ocorrem as transições radiativas e não
radiativas 58
Tabela 2.9. Valores dos comprimentos de onda de excitação e emissão usadas
na obtenção dos espectros de luminescência. 60
Tabela 2.10. Parâmetros variáveis em colunas capilares em injetor Splitless 69
Tabela 2.11. Alguns detectores e suas características, (LEITE, 2002). 71
Tabela 2.12. Aspectos comuns do espectrômetro de massa (LEITE, 2002). 76
Tabela 4.1. Matriz do planejamento fatorial 23 para o sistema solvente
hexano/ diclorometano. 98
Tabela 4.2 Matriz do planejamento fatorial 23 para o sistema solvente
hexano/clorofórmio. 98
Tabela 4.3 Efeitos do sistema 102
__________________________________________________________________________________ Andréa Francisca Fernandes Barbosa
Tabela 4.4. Resultados de TOG das amostras coletadas no Rio Jundiaí e
Potengi. 127
Tabela 4.5. Tempo de retenção e fragmentação dos íons dos 16 HPAs
prioritários. 132
__________________________________________________________________________________ Andréa Francisca Fernandes Barbosa
LISTA DE QUADROS
Quadro 2.1. Planejamento fatorial 23 42
Quadro 3.1. Fatores e níveis do experimento, solventes hexano e
diclorometano. 86
Quadro 3.2. Planejamento Fatorial 23 para a extração líquido líquido. 86
Quadro 3.3. Fatores e níveis do experimento, solventes hexano e clorofórmio. 87
Quadro 3.4. Planejamento Fatorial 23 para a extração líquido líquido. 87
Quadro 4.1. Fatores e seus respectivos níveis para o planejamento fatorial 23
empregando os solventes hexano e diclorometano.
96
Quadro 4.2. Fatores e níveis para o planejamento fatorial 23 empregando os
solventes hexano e clorofórmio.
96
__________________________________________________________________________________ Andréa Francisca Fernandes Barbosa
LISTA DE EQUAÇÕES
Pag.
Equação 2.1 40
xt.y = [ ] Equação 2.2 44
¥ y s ∑ N Equação 2.3 45
y (X1, X2, X3) = β0 + β1 X1 + β2 X2 + β3 X3 + β12 X12 + β13 X13 + β23
X23 + β123 X123 + ε (X1, X2, X3)
Equação 2.4
45
β X Equação 2.5 45
γ
ω Equação 2.6 47
Equação 2.7 47
Equação 2.8 48
% Equação 2.9 48
Equação 2.10 49
y = ax + b Equação 2.11 49
__________________________________________________________________________________ Andréa Francisca Fernandes Barbosa
. . Equação 2.12 53
w´ = B´ρ´ Equação 2.13 55
I = k P0c Equação 2.14 58
Equação 2.15 74
∑ . Equação 4.1 102
∑ .
Equação 4.2 102
∑ Equação 4.3 103
y (X1, X2, X3) = β0 + β1 X1 + β2 X2 + β3 X3 + β12 X12 + β13 X13 + β23
X23 + β123 X123
Equação 4.4
103
Y(modelo) = 5547,77 + 2688,13.x1 – 7596,96.x2 + 7308,48.x3 –
3695,43.x12 + 993,50.x13 – 5201,71.x23 - 2011,76x123
Equação 4.5
104
Y(modelo) = 1386,746+ 793,473.x1 - 1150,708.x2 - 1013,568.x3 -
813,943.x12 - -901,163.x13 - 1244,538.x23 - 869,728.x123
Equação 4.6
104
Y = 202,19 + 24,08* X R = 0,99516 Equação 4.7 112
__________________________________________________________________________________ Andréa Francisca Fernandes Barbosa
Y = 1226,53 + 433,00*x R = 0,99644 Equação 4.8 112
Equação 4.9 113
__________________________________________________________________________________
Andréa Francisca Fernandes Barbosa
LISTA DE REAÇÕES
Pag.
M + e- M+ + 2e- Reação 2.1 72
SUMÁRIO
Pag.
1 INTRODUÇÃO GERAL 24
1.1 O RIO POTENGI 24
1.2 HIDROCARBONETOS POLICÍCLICOS AROMÁTICOS 26
1.1 OBJETIVOS 28
1.2 GERAIS 28
1.3 ESPECÍFICOS 28
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 30
2.1 IMPACTO DOS CONTAMINANTES NO AMBIENTE MARINHO 30
2.2 CONTAMINANTE DO MEIO AMBIENTE AQUÁTICO 30
2.3. ORIGEM DOS HPAs 34
2.3.1. Origens primárias de HPAs 34
2.3.1.1. HPAs diagênicos 34 2.3.1.2. HPAs de combustíveis fósseis (petróleo e carvão) 35
2.3.1.3. HPAs biogênicos 35 2.4. TOXICOLOGIA DOS HPAs 35
2.5. CONSTANTES FISICO – QUIMICAS DE ALGUNS HPAs 38
2.6 NOÇÕES SOBRE EXPERIMENTOS FATORIAIS 42
2.6.1 Planejamento fatorial 23 42
2.6.1.1 Calculo dos Efeitos 44
2.6.1.2 Estimativa do Erro 45
2.6.1.3 Modelo Estatístico 45
2.7 VALIDAÇÕES DE MÉTODOS 46
2.7.1 Critérios de validação 46
2.7.1.1 Sensibilidade 46
2.7.1.2 Exatidão 47
2.7.1.3 Precisão 47
2.7.1.4 Limite de Detecção 48
2.7.1.5 Limite de Quantificação 48
2.7.1.6 Robustez 49
2.7.1.7 Linearidade 49
2.8 PROCEDIMENTO DE COLETA PARA ANÁLISES FÍSICO-QUÍMICAS DE
HPAs
50
2.8.1 Amostragem de Águas Superficiais 50
2.9 MÉTODOS UTILIZADOS NA ANÁLISE DE HPAs 52
2.9.1 Extração Liquido-Liquido 52
2.9.2 Constante de Distribuição (Coeficiente de Partição) 52
2.10. ESPECTROSCOPIA DE LUMINESCÊNCIA 53
2.10.1 Processo de fluorescência de uma molécula orgânica 55
2.10.1.1. Processos de desativação 57
2.10.1.2. A luminescência na Química Analítica 58
2.10.2. Espectros de fluorescência de moléculas de HPAs 59
2.10.3. Aplicação da fluorimetria 61
2.10.4. Instrumentação 62
2.11 CROMATOGRAFIA 67
2.11.1 Cromatografia Gasosa 66
2.11.1.1 Injeção da amostra 66
2.11.2 Colunas 68
2.11.3 Detectores 70
2.12 ESPECTROMETRIA DE MASSA (EM) 71
2.12.1 Princípios de Espectrometria de Massa 72
2.13 CROMATOGRAFIA GASOSA ACOPLADO À ESPECTROMETRIA DE
MASSA (CGEM)
73
2.13.1 Principais Sistemas do CGEM 74
3.0 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 79
3.1 ORGANOGRAMA DA OTIMIZAÇÃO DOS MÉTODOS E APLICAÇÃO 80
3.2 METODOLOGIA PROPOSTA PARA DETERMINAÇÃO DE HPAs EM
ÁGUAS
80
3.3 AMOSTRAGEM 80
3.3.1 Coleta das amostras 80
3.3.1.1 Material 81
3.3.1.2 Procedimento 81
3.3.2 Preparação da amostra 81
3.3.2.1 Extração 81
3.4 EXPERIMENTOS DE LUMINESCÊNCIA 82
3.4.1 Materiais e reagentes 82
3.4.2. Otimização dos parâmetros do Espectrofluorímetro 83
3.4.2.1. Largura da fenda (nm) 83
3.4.2.2. Comprimento de Onda de excitação fixo (λexc;fixo) 85
3.4.3. Influência do ultrassom 84
3.4.4. Aplicação da metodologia de planejamento fatorial na otimização da
extração líquido-líquido dos HPAs
85
3.4.4.1 Materiais e reagentes 85
3.4.4.2 Ensaios para a extração em solvente hexano e diclorometano 85
3.4.4.3 Ensaios para extração em solvente hexano e clorofórmio 87
3.5 EXPERIMENTO POR CROMATOGRAFIA GASOSA COM DETECTOR DE
IONIZAÇÃO DE CHAMA
88
3.5.1 Material e reagentes 88
3.5.2 Procedimento 88
3.6 EXPERIMENTO PARA DETERMINAÇÃO DOS HPAs VIA TEOR DE
ÓLEOS E GRAXAS (TOG)
89
3.6.1 Material e reagentes 89
3.6.2. Procedimento 90
3.6 EXPERIMENTO POR CROMATOGRAFIA GASOSA ACOPLADA A
ESPECTROMETRIA DE MASSA - CGEM
91
3.7.1 Material e Reagentes 91
3.7.2 Procedimento 91
4.0 RESULTADOS E DISCUSSÕES 94
4.1 INFLUÊNCIA DO ULTRASSOM NA SOLUBILIDADE DOS HPAs DO
ÓLEO CRU EM HEXANO
94
4.2 APLICAÇÃO DA QUIMIOMETRIA PARA DETERMINAÇÃO DAS
MELHORES CONDIÇÕES DE EXTRAÇÃO LÍQUIDO-LÍQUIDO PARA
HPAs.
95
4.2.1 Otimização do processo de extração através de um Planejamento Fatorial
23
95
4.2.2 Determinação das Variáveis e a matriz do planejamento 96
4.2.3 Cálculo dos efeitos 102
4.2.4 Cálculo do erro 103
4.2.5 Descrição do modelo estatístico 103
4.4 VISÃO GEOMÉTRICA DOS RESULTADOS 104
4.5. OTIMIZAÇÃO DAS CONDIÇÕES INSTRUMENTAIS DE ANÁLISES NO
FLUORÍMETRO
107
4.5.1. Determinação do comprimento de onda fixo de excitação 107
4.5.2. Determinação da fenda de emissão e excitação do Espectrofluorímetro 108
4.6. PARÂMETROS DE DESEMPENHO ANALITICO DO FLUORÍMETRO 111
4.7 PADRÕES DE HPAs E O PETRÓLEO BRUTO 113
4.8. APLICAÇÃO DOS MÉTODOS OTIMIZADOS EM AMOSTRAS
COLETADAS NO RIO POTENGI.
114
4.8.1. Amostras extraídas com clorofórmio 114
4.8.2. Amostras extraídas com hexano – Primeira coleta 117
4.8.3. Amostras extraídas com hexano – Segunda coleta 119
4.9. OTIMIZAÇÃO DO MÉTODO POR CGDIC E APLICAÇÃO EM
AMOSTRAS E PADRÕES
121
4.10.TEOR DE ÓLEOS E GRAXAS (TOG) 126
4.11.OTIMIZAÇÃO DA CONFIGURAÇÃO DO MÉTODO DO
CROMATÓGRAFO A GÁS POR ESPECTROMETRIA DE MASSA.
127
4.11.1 Tempo de Retenção e Íons encontrados pelo Método FULLSCAN 131
4.12. APLICAÇÃO DE ANÁLISES DE ALGUMAS AMOSTRAS POR CGEM E
FLUORESCÊNCIA
132
5.0 CONCLUSÃO 137
5.1 PESPECTIVAS 140
6. REFERÊNCIAS 142
ANEXOS 153
1 ESPECTROS DE EMISSÃO DOS 16 HPAs PRIORITÁRIOS 153
2 ESPECTROS DE EXCITAÇÃO DOS PADRÕES DE HPAs 161
INTRODUÇÃO
UFRN - PPGQ - INTRODUÇÃO
_________________________________________________________________________24 Andréa Francisca Fernandes Barbosa
1.0 INTRODUÇÃO GERAL
O RIO POTENGI
A realidade evidenciada pelos fatos e pela imprensa mostra que o Brasil não cumpre
da forma desejada uma Política Nacional de Recursos Hídricos, apesar de toda a legislação
existente. A ausência de gerenciamento, o pouco caso com os mananciais de água potável, a
reiterada poluição de rios, mares, lagoas e lagos e a contaminação do lençol freático, são
realidades presentes no dia-a-dia, com pouca ou nenhuma interferência dos poderes públicos.
Desta forma, permite-se uma silente e desastrosa destruição do patrimônio hídrico nacional,
com prejuízos imensuráveis para todo o Brasil.
Reafirma-se que existe farta legislação a cerca das águas. A própria Lei 9.605/98 prevê
o crime de poluição, englobando o crime de poluição hídrica, com tipificação qualificada,
previsto no art. 54, § 2º, inciso III, da referida lei, desde que a poluição causada em
mananciais provoque a suspensão do abastecimento público de água em comunidades
(IBAMA, 2008).
Embora não seja o Rio Grande do Norte um estado entrecortado por caudalosos rios,
aqueles que o atravessam ou nascem em seu território possuem relevante significado para a
economia local, propiciando água para consumo humano, criação de animais, agricultura e
sustentação para fixação de indústrias. São dignos exemplos os rios Potengi, Açu, Seridó,
Piranhas, Mossoró, Ceará-Mirim, Pium (CAOPS, 2007).
O rio abordado neste trabalho é o Rio Potengi. Ele nasce no município de serra
calhada/RN e deságua na praia da redinha em Natal/RN. As Figuras 1.1 e 1.2 apresentam a
situação desse rio no que diz respeito à contaminação. A poluição do Rio Potengi é causada
por fontes antrópicas. A Figura 1.3 mostra o percurso do rio próximo à cidade de Natal-RN.
UFRN - PPGQ - INTRODUÇÃO
_________________________________________________________________________25 Andréa Francisca Fernandes Barbosa
Figura 1.1 Foto mostrando o Rio Jundiaí na cidade de Macaíba/RN com a contaminação por esgotos.
Figura 1.2 Águas do Canal do Baldo sendo despejadas no Rio Potengi sem tratamento, contaminação
de esgotos.
UFRN - PPGQ - INTRODUÇÃO
_________________________________________________________________________26 Andréa Francisca Fernandes Barbosa
Figura 1.3. Mapa do percurso do Rio Potengi.
HIDROCARBONETOS POLICÍCLICOS AROMÁTICOS
Os Hidrocarbonetos Policíclicos Aromáticos - HPAs têm recebido mais atenção desde
que foram encontrados no solo pela primeira vez (Blumer, 1975, p. 53-55) principalmente,
devido ao elevado impacto no meio ambiente e pelo potencial carcinogênico apresentado em
seres humanos.
Neste trabalho os HPAs foram analisados pela técnica de Fluorescência Molecular no
ultravioleta, que tem sido amplamente empregada, devido à rapidez e facilidade analítica, ao
custo relativamente baixo e a alta sensibilidade. Entretanto, esse método apresenta limitação
capaz de diferenciar hidrocarbonetos diferentes, (NEVES, 2006, p.10 - 15). Assim, para o
UFRN - PPGQ - INTRODUÇÃO
_________________________________________________________________________27 Andréa Francisca Fernandes Barbosa
estudo dos HPAs das também foram utilizadas outras técnicas, tais como cromatografia
gasosa com detector de ionização de chama - CGDIC, cromatografia gasosa acoplada à
espectrometria de massa – CGEM e teor de óleos e graxa – TOG, como será visto nos
capítulos que se seguem.
UFRN - PPGQ - INTRODUÇÃO
_________________________________________________________________________28 Andréa Francisca Fernandes Barbosa
2. OBJETIVOS
2.1 GERAL
Aperfeiçoar metodologias para a contaminação de Hidrocarbonetos Policíclicos
Aromáticos (HPAs) e a partir dos mesmos avaliar a presença de HPAs ao longo do Rio
Potengi, relacionando-os a possíveis fontes poluidoras.
2.2 ESPECÍFICOS
Aplicar a Quimiometria, Planejamento Fatorial 23, na otimização da preparação de
amostras por Extração Líquido-Líquido.
Detectar hidrocarbonetos policíclicos aromáticos através de técnicas analíticas
otimizadas, tais como: Cromatografia Gasosa com Detector de Ionização de Chama (CGDIC),
Cromatografia Gasosa acoplada à Espectrometria de Massa (CGEM), Espectroscopia de
Fluorescência Molecular e Teor de Óleos e Graxas (TOG)
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
UFRN – PPGQ - REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
_________________________________________________________________________30 Andréa Francisca Fernandes Barbosa
2.0 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1 IMPACTO DOS CONTAMINANTES NO AMBIENTE MARINHO
Impactos dos contaminantes em ambientes aquáticos é o grau de contaminantes de
uma área com relação ao meio ambiente. Os dados dos locais de coletas podem ser analisados
como: pesquisa documental, entrevistas, inspeções, amostragens e ensaios.
A contaminação é uma propriedade ou situação que tem potencial para causar um mal.
O contaminante pode ser de natureza química (a presença de substância tóxica ou
carcinogênica), biológica (presença de bactéria patogênica) ou física (acumulação de um
explosivo ou gás inflamável). Num contexto mais específico, a norma (ABNT - NBR-10.004,
1987) Resíduos Sólidos define periculosidade dos resíduos, classificando-os como inertes,
não inertes ou perigosos, em função de características como inflamabilidade, corrosividade,
reatividade, toxicidade ou patogenicidade (MIRANDA, 2002, p. 25-40).
2.2. CONTAMINANTE DO MEIO AMBIENTE AQUÁTICO
O petróleo é uma mistura complexa de hidrocarbonetos, que contêm uma grande
quantidade de contaminantes encontrados no meio ambiente. A figura 2.1 apresenta as
principais classes de substâncias encontradas no petróleo e que podem ser encontradas em
ambientes onde a exploração de petróleo é realizada. A composição do petróleo pode variar
dependendo do histórico geológico de cada depósito (KAIPPER, 2003).
As contaminações que provêem de poços de petróleos ou tubulações expostas podem
ocorrer devido ao arraste de fenômeno meteorológico. Portanto, vazamento ou operação
errônea dessas válvulas poderá contaminar o ambiente aquático. A figura 2.2 mostra o
impacto ambiental que o poluente pode provocar no âmbito aquático.
O óleo provoca uma série de efeitos nocivos aos seres vivos aquático. Esses efeitos
podem ser ampliados ou minimizados de acordo com alguns fatores, sejam eles ambientais ou
relativos às próprias características do produto envolvido.
UFRN – PPGQ - REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
_________________________________________________________________________31 Andréa Francisca Fernandes Barbosa
A magnitude dos efeitos está também associada à permanência do óleo no meio
ambiente aquático que é ditada pelos processos de degradação da mistura, conhecidos como
agentes de intemperismo. Uma vez no rio, o óleo, figura 2.2, sofre uma série de alterações
físicas e químicas que, via de regra, o tornam menos tóxico (ZIOLLI, 1999, p.17-23).
Figura 2.1 Composição do óleo cru, ( DICKINEIDER, 2008).
Figura 2.2 Ilustração de um rio que foi afetado pela poluição com óleo.
UFRN – PPGQ - REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
_________________________________________________________________________32 Andréa Francisca Fernandes Barbosa
Dos componentes do óleo cru apresentados na Figura 2.1 destacam-se os HPAs que
quando liberados na atmosfera tem grande afinidade por partículas orgânicas presentes no ar,
sendo depositadas no rio tanto por deposição seca como úmida. Pode haver solubilização de
compostos gasosos através da interface atmosfera-água. A grande quantidade de HPAs que
entra no ambiente aquático é apresentada por partículas atmosféricas, derramamento e
vazamento de óleo cru, indústrias e água de esgotos domésticos (GIESSING et. al., 2003,
p.599-615). Os HPAs lançados para a atmosfera permanecem por período curto e às vezes
longo dependendo da sua estrutura molecular. Na superfície da água, os HPAs podem sofrer
volatilização e fotodegradação, oxidação, biodegradação, unir partículas ou acumular no
organismo. Em sedimentos, os HPAs podem sofrer biodegradação ou acumulação em
organismos aquáticos. HPAs em solos podem ser biodegradados ou acumulados em plantas e
arrastados pelas águas contaminando os aquíferos. A Figura 2.3 mostra a distribuição dos
hidrocarbonetos no ambiente aquático (YU, 2004, p.36-41).
Figura 2.3 Representação da distribuição dos hidrocarbonetos no meio aquático (YU, 2004, p. 36-41).
Os HPAs são produtos primários de processos de combustão incompleta e sua estrutura é
formada de dois a seis anéis aromáticos acoplados. Os HPAs de baixo peso molecular (2 e 3
anéis) têm uma toxidade aguda significante Ziolli, (1999, p. 17-23), enquanto que HPAs de
mais altos pesos moleculares são cancerígenos. Alterações da matéria orgânica a baixas
temperaturas, tais como na formação de combustíveis fósseis, resultam em HPAs com 2 ou 3
UFRN – PPGQ - REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
_________________________________________________________________________33 Andréa Francisca Fernandes Barbosa
anéis com ramificações de homólogos alquilados. Combustão a altas temperaturas produz
HPAs com 4, 5 ou 6 anéis na sua estrutura, sendo alguns produtos alquilados. Alguns HPAs
ocorrem naturalmente em minerais e outros são sintetizados por organismos ou bactérias,
algas ou fungos. As ocorrências desses processos naturais são normalmente baixas, quando
comparada àquelas de fontes antropogênicas. HPAs antropogênicos entram no ambiente
marinho através de uma variedade de rotas, incluindo a deposição atmosférica, esgotos
industriais e domésticos e derramamento direto de petróleo ou produtos de petróleo
(GARBADO et al, 2001, p.941-950). Eles também são encontrados normalmente aderidos ao
material particulado em suspensão ou ao sedimento devido a sua baixa polaridade, portanto
pouca afinidade pela água.
Na Tabela 2.1 estão alguns tipos de hidrocarbonetos policíclicos aromáticos que são
encontrados no óleo bruto.
Tabela 2.1. Alguns Hidrocarbonetos policíclicos aromáticos derivados do óleo poluente da água.
NOME ESTRUTURA
Naftaleno
Acenaftileno
Acenafteno
Fluoreno
Antraceno
Benzo (a) Pireno
Indeno (1,2,3 - cd) Pireno
Dibenzo (ch) Antraceno
Benzo (ghi) Perileno
UFRN – PPGQ - REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
_________________________________________________________________________34 Andréa Francisca Fernandes Barbosa
Nos últimos anos se tem dado muita atenção aos hidrocarbonetos aromáticos, pois
alguns desses compostos apresentam-se altamente cancerígenos ou mutagênicos. Em
particular, o benzo(a)pireno foi identificado como o composto mais cancerígeno
(KUMMROW, 2004, p. 39;ARBEX, 2001, p. 46).
2.3. ORIGEM DOS HPAs
Os HPAs que ocorrem naturalmente, originam-se por 4 caminhos:
a) Diageneses de baixa temperatura da matéria orgânica;
b) através da formação do petróleo e carvão;
c) por meio da combustão incompleta da matéria orgânica em moderadas e altas temperaturas;
e
d) na biosínteses de plantas e animais.
2.3.1. Origens primárias de HPAs
2.3.1.1. HPAs diagênicos
Os HPAs diagênicos consiste nas mudanças ou transformações químicas, físicas e
biológicas sofridas pelo solo ou sedimento após a sua deposição, em geral, subaquática.
Ocorrem em microorganismo, como bactérias, embora que em processos não biológicos possa
ocorrer em grandes quantidades de matéria orgânica. O HPA diagênico mais comumente
encontrado é o perileno com cinco anéis aromáticos, mostrado na Figura 2.4.
Figura 2.4 Estrutura do HPA diagênico, perileno.
UFRN – PPGQ - REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
_________________________________________________________________________35 Andréa Francisca Fernandes Barbosa
2.3.1.2. HPAs de combustíveis fósseis (petróleo e carvão)
Os HPAs petrogênicos são formados em pressões elevadas dentro de camadas
profundas da superfície terrestre, retidos nos sedimentos. Por exemplo, a matéria orgânica
biológica do plâncton (conjunto de diminutos seres vivos, vegetais e animais, algas
unicelulares, protozoários, larvas, etc), que flutuam passivamente nas águas dos oceanos ou
lagos, é convertida em petróleo. Os HPAs em alta abundância neste processo são os de 4, 5 e
6 anéis.
2.3.1.3. HPAs biogênicos
Certos compostos precursores de HPAs são biossíntese da natureza. O HPA mais
comum produzido por biogênese é o reteno mostrado na Figura 2.5 (BOEHM et. al., 2002, p.
2-4).
Figura 2.5. Estrutura do HPAs reteno
2.4. TOXICOLOGIA DOS HPAs
A toxicologia estuda os efeitos nocivos de substâncias estranhas sobre os seres vivos.
As substâncias de interesse incluem tantos os produtos químicos sintéticos quanto aqueles que
existem naturalmente no ambiente. Na toxicologia, os efeitos são determinados em geral pela
injeção ou pela administração oral da substância de interesse em animais, e observando-se
como a saúde desses animais é afetada (BAIRD, 2002, p. 335).
UFRN – PPGQ - REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
_________________________________________________________________________36 Andréa Francisca Fernandes Barbosa
Um estudo no Laboratório de Saúde Pública do Rio de Janeiro com animais, feito por
Costa (2001, p.2-10) foi comprovado que os HPAs provocam cânceres de pulmão, bexica,
colo, reto e esôfago. A toxicologia afeta a vida humana pelos seguintes meios: gases, aerossol
e particulados citado no trabalho de HINWOOD e DIMARCO (2000, p.361-366). Na
TABELA 2.2 estão os HPAs indicados como poluentes prioritários pela Agencia de Proteção
Ambiental dos Estados Unidos – EPA, mostrando também os 8 HPAs que apresentam uma
grande probabilidade de carcinogênicos em seres humanos.
Tabela 2.2. Hidrocarbonetos Policíclicos Aromáticos indicados como
poluentes prioritários pela EPA, (YU, 2004, p.36-41).
Nome dos HPAs Abreviação Classificação carcinogênica
Acenafteno Acef D Acenaftileno Ace D Antraceno ant D Benzo(a)antraceno BaA P Benzo (a) pireno BaP P Benzo(b) fluoranteno BbF P Benzo(k) fluoranteno BkF P Benzo (g,h,i) Perileno Bpe P Criseno Chr P Dibenzo (a,h) Antraceno DbA D Fluoranteno Fth P Fluoreno Fl D Indeno (1,2,3 - c,d) Pireno IP P Naftaleno Na D Fenantreno Phe D Pireno Py D P - Probabilidade de carcinogênese Humana. D - dado insuficiente como estimativa do seu potencial carcinogênico
Na Figura 2.6 é mostrado o valor médio permitido da concentração de HPAs, em
inglês PAHs, na superfície da água. A faixa de concentração é 0,001 a 0,01 mgL-1.
UFRN – PPGQ - REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
_________________________________________________________________________37 Andréa Francisca Fernandes Barbosa
Figura 2.6 Concentração média de substancias orgânica e inorgânica na superfície da água (ARTIOLA,
2004, p.284).
Os contaminantes cancerígenos segundo ARBEX (2001, p.46) são os benzo (a)pireno
e o dibenzo(a,h)antraceno e os não cancerígenos, mas contaminantes do meio ambiente, são
os benzo(g,h,i)perileno, naftaleno, fluoranteno e pireno, que contribuíram para o valor do
índice de periculosidade em concentrações menores.
O benzo-pireno é um composto de grande poder carcinogênico e mutagênico e foi
encontrado no Mar Mediterrâneo. A concentração na superfície do sedimento no Golf de Lion
foi de 1 a 36 ppb e no Mar Adriático em frente a lagoa da Veneza foi de 20 ppb (FOSSI et. al.,
2000, p.861-874).
Como constituinte de misturas complexas de HPAs o criseno é considerado lipofílico,
tóxico ao meio ambiente. A origem antropogênica do criseno inclui a queima de combustíveis
fósseis citado por GRETE et. al. ( 2004, p. 81-90), incinerações e processos associados com a
produção industrial de ferro, alumínio e aço. O criseno apresentado na Figura 2.7 possui 4
anéis aromáticos.
UFRN – PPGQ - REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
_________________________________________________________________________38 Andréa Francisca Fernandes Barbosa
Figura 2.7. A estrutura do criseno.
As amostras de bile de peixes foi utilizada para determinar o criseno, na qual foi
analisado pelo espectrofluorímetro. Os espectros de emissão e excitação do criseno com
comprimento de onda de excitação λexc 272 nm e emissão λem 374 nm estão mostrados na
Figura 2.8.
.
Figura 2.8. A) Espectros de emissão e B) Espetro de excitação ambos do Criseno.
2.5. CONSTANTES FÍSICO – QUÍMICAS DE ALGUNS HPAs
Em pesquisa sobre hidrocarbonetos policíclicos aromáticos em águas naturais, foi
observado à ocorrência de carcinogênise para alguns HPAs (SAMARA, 1999, p. 417-428).
Na tabela 2.3 o autor citou que alguns HPAs teriam probabilidades de carcinogêneses e não
carcinogêneses e outros não tinham ainda explicação de sua toxidade.
UFRN – PPGQ - REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
_________________________________________________________________________39 Andréa Francisca Fernandes Barbosa
Koa = coeficiente de octanol/água
Os HPAs possuem algumas características gerais, tais como: sólidos à temperatura
ambiente, altos pontos de ebulição e fusão, baixa solubilidade em água; solúveis em solventes
orgânicos e altamente lipofílicos (afinidades por fases orgânicas). Essa última característica é
expressa através do coeficiente de partição octanol-água (Koa), Equação 2.1, que são elevados
Tabela 2.3. Lista dos 16 HPAs prioritários com o grau de toxidade (BOEHM et al., 2002, p. 2-4).
HPAs Estrutura Koa Classificação do potencial
carcinogênico *IARC/US EPA
Acenafteno
2100 mutagênico
Acenaftileno
12000 mutagênico
Fluoreno
15000 mutagênico
Naftaleno 23000 tóxico
Antraceno 28000 mutagênico
Fluoranteno
340000 Carcinogênico e Mutagênico
Fenantreno
29000 Tóxico e mutagênico
Benzo(a)antraceno
400000 Carcinogênico e mutagênico
Benzo(b)fluoranteno
4000000 Carcinogênico e mutagênico
Benzo(k)fluoranteno
7000000 Carcinogênico e mutagênico
Criseno
400000 Carcinogênico e mutagênico
Pireno
200000 Carcinogênico e mutagênico
Benzo(ghi)perileno
10000000 Carcinogênico
Benzo(a)pireno
10000000 Carcinogênico e mutagênico
Dibenzo(a, h)antraceno 10000000 Carcinogênico e mutagênico
Indeno(1,2,3 - cd)pireno 50000000 Carcinogênico
UFRN – PPGQ - REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
_________________________________________________________________________40 Andréa Francisca Fernandes Barbosa
(entre 3,4 a 7,1) os quais indicam que os HPAs podem ser absorvidos através de diversos
tecidos biológicos, como por exemplo, a pele. O coeficiente de partição octanol-água está
relacionado com o fator de bioconcentração da substância dado como:
Equação 2.1.
Koa – coeficiente de partição octanol: água
[ ]o – concentração da substância na fase octanol
[ ]a – concentração da substância na fase aquosa
A seguir está expressa a relação do log Koa com a polaridade da substãncia:
Log Koa> 4-5: substâncias apolares – maior lipofilicidade;
1< Log Koa < 4: substâncias medianamente polares e
Log Koa < 1: substâncias polares – maior solubilidade.
A solubilidade em água dos HPAs diminui com o aumento do tamanho da molécula e,
com exceção do naftaleno que é relativamente solúvel (32mg/L), os HPAs têm baixa
solubilidade em água como mostrado na tabela 2.4. Como os coeficientes de partição entre
carbono orgânico e água (Kca) para HPAs são elevados então esses analitos tendem a
concentrar-se em sedimentos ou ficam associados á matéria orgânica em suspensão.
A pressão de vapor dos HPAs é um fator chave que determina se os mesmos estariam
presentes principalmente na fase vapor ou tende a associar-se com partícula do ar, uma vez
que eles estão suspensos na atmosfera. A constante de Henry é usada como medida da
tendência da volatilização dos compostos dissolvidos na água para a atmosfera. Como reflexo
desses fatores, HPAs de 2 ou 3 anéis tendem a concentrar-se na fase gasosa do ar, aqueles
com 4 anéis distribuem-se entre as fases e 5 anéis ou mais concentram-se principalmente no
material particulado atmosférico (são partículas que ficam em suspensão na atmosfera). Na
Tabela 2.4 podem ser observadas essas variações (COSTA, 2001, p.2-10).
UFRN – PPGQ - REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
_________________________________________________________________________41 Andréa Francisca Fernandes Barbosa
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não
iden
tific
ado;
MM
= m
assa
mol
ecul
ar;
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NOÇÕES SOBRE EXPERIMENTOS FATORIAIS
Experimentos delineados em esquemas fatoriais são aqueles que envolvem
combinações entre os níveis de dois ou mais fatores. Na literatura especializada, os esquemas
fatoriais não são considerados delineamentos experimentais, mas sim delineamentos de
tratamento (RODRIGUES e IEMMA, 2005, p. 4-6).
Em um planejamento de qualquer experimento, uma das atitudes que se deve tomar
seria, quais são os fatores e as respostas de interesse. Os fatores, em geral, são as variáveis
que o pesquisador tem condições de controlar (BARROS et. al., 2003, p.95-103).
2.6.1 Planejamento fatorial 23
Planejamento fatorial 23 é um método estatístico ou matemático utilizado como forma
de minimizar a quantidade de experimentos químicos. Então, em um planejamento fatorial é
preciso ter níveis positivos e negativos (os níveis são parâmetros menores e maiores do
experimento químico) e fatores que poderiam influenciar o meio estudado.
Na Tabela 2.5 estão dispostos os ensaios de ordem padrão. Todas as colunas
começam com níveis (-) nível inferior seguido de nível superior (+). No quadro 2.1 tem-se um
resultado de um planejamento fatorial 23.
Quadro 2.1 Planejamento fatorial 23
Código Fatores Níveis
(-) (+)
X1 Tempo (min) 40 60
X2 Catalisador (tipo) A B
X3 Concentração (molL-1) 1.0 1.5
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Tabela 2.5. Resultado de um Planejamento Fatorial 23. Ensaio x1 x2 x3 Rendimanto (%) Média
1 - - - 56 52 54
2 + - - 85 88 86,5
3 - + - 49 47 48
4 + + - 64 62 63
5 - - + 65 61 63
6 + - + 92 95 93,5
7 - + + 57 60 58,5
8 + + + 70 74 72
A partir da matriz do planejamento fatorial da tabela 2.5 pode-se formar a
tabela 2.6 dos coeficientes de contraste, multiplicando os sinais das colunas apropriadas
para obter as colunas correspondentes às interações (MENDHAM, 2002, p. 16-18).
Tabela 2.6. Coeficientes de Contraste.
Média X1 X2 X3 X12 X13 X23 X123 Y
+ - - - + + + - 54
+ + - - - - + + 86,5
+ - + - - + - + 48
+ + + - + _ - - 63
+ - - + + - - + 63
+ + - + - + - - 93,5
+ - + + - - + - 58,5
+ + + + + + + + 72
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2.6.1.1 Calculo dos Efeitos
No calculo dos efeitos é necessário utilizar o resultado da tabela 2.6
denominada de Y. Então, a Tabela de coeficientes de contraste será transformada em
uma matriz X com elementos +1 ou -1, com os quais podemos calcular todos os efeitos,
fazendo o produto Xt.y, onde y é vetor coluna contendo os rendimentos médios dos
ensaios e Xt é a trasposta de X equação 2.2.
538,5
91,5
-55,5
Xt.y = 35,5
-34,5
-3,5
3,5
0,5
A soma das médias são divididas por 8 (que são oito experimentos) e os efeitos
dividido por 4 (efeitos que são 4 sinais positivo e 4 sinais negativos).
Y 67,31
X1 22,88
X2 -13,88
X3 = 8,88
X12 -8,63
X13 -0,88
X23 0,88
X123 -0,13
Equação 2.2
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2.6.1.2 Estimativa do Erro
A estimativa do erro é calculada através da diferença entre duplicatas das respostas do
planejamento fatorial ao quadrado e dividindo esse valor por duas vezes a quantidade de
experimentos, como na Equação 2.3:
Equação 2.3
2.6.1.3 Modelo Estatístico
O modelo estatístico de um planejamento fatorial pode ser construído através de
variáveis codificadas que são três: X1, X2 e X3. A Equação 2.4 seguiu com a seguinte notação.
y (X1, X2, X3) = β0 + β1 X1 + β2 X2 + β3 X3 + β12 X12 + β13 X13 + β23 X23 + β123 X123 + ε (X1, X2,
X3) Equação 2.4
Os coeficientes (β’s) representam valores populacionais dos efeitos, por unidade das
variáveis codificadas e podem ser calculados pela Equação 2.5. Substituindo os dados da
Tabela 2.6 na Equação 2.2 e dividindo tudo por 8 obtemos a estimativa desses coeficientes.
β 0 67,3
β 1 11,4
β 2 -6,9
= β3 ≈ 4,4 Equação 2.5
β12 -4,3
β13 -0,4
β23 0,4
β123 -0,1
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2.7 VALIDAÇÕES DE MÉTODOS
A necessidade de se mostrar a qualidade de medições químicas, através da sua
comparabilidade, rastreabilidade e confiabilidade, está cada vez mais conhecida e exigida.
Dados analíticos não confiáveis podem conduzir a decisões desastrosas e a prejuízos
financeiros irreparáveis. Para garantir que um novo método analítico gere informações
confiáveis e interpretáveis sobre a amostra, ele deve sofrer uma avaliação denominada
Validação. A validação de um método é um processo contínuo que começa no planejamento
da estratégia analítica e continua ao longo de todo o seu desenvolvimento e transferência
(RIBANI et. al., 2004, p. 771-780).
O conceito de validação atribuído por RIBEIRO et. al. (2008, p 164-171), é que o bom
desempenho de uma técnica analítica depende de dois fatores: a qualidade das medidas
instrumentais e a confiabilidade estatística dos cálculos envolvidos no seu processamento.
Uma forma de assegurar a aplicabilidade e o alcance de um método durante as operações de
rotina de um laboratório é estabelecendo os limites destes parâmetros por meio da estimativa
das figuras de mérito.
2.7.1 Critérios de validação
Os parâmetros de validação de métodos analíticos envolvem
especificidade/seletividade, função da resposta (gráfico analítico), intervalo de trabalho,
linearidade, sensibilidade, exatidão, precisão (repetitividade, precisão intermediária e
reprodutividade), limite de detecção (LD), limite de quantificação (LQ) e robustez (BRITO et.
al., 2003, p. 129-146).
2.7.1.1 Sensibilidade
A sensibilidade é a capacidade do método em distinguir, com determinado nível de
confiança, duas concentrações próximas. Sob o ponto de vista prático, a sensibilidade é o
coeficiente angular do gráfico analítico, expresso na equação 2.6:
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Equação 2.6
S = sensibilidade
dγ = variação da resposta
dω = variação da concentração
2.7.1.2 Exatidão
A exatidão representa o grau de concordância entre os resultados individuais
encontrados e um valor aceito como referencia. A exatidão é expressa como o percentual de
resposta obtida através da fortificação de uma amostra testemunha. A fortificação consiste na
adição de uma solução padrão de resíduos do analito de concentração conhecida em uma
amostra testemunha, e através da análise desta amostra, pode-se verificar se a marcha analítica
determina o princípio ativo quantitativamente (VIEIRA ; LICHITIG, 2004, p. 698-700).
2.7.1.3 Precisão
O parâmetro que avalia a proximidade entre várias medidas na mesma amostra é a
precisão do processo analítico. Usualmente, é expressa como o desvio-padrão, variância ou
coeficiente de variação (CV) de diversas medidas. O CV é dado pela equação 2.7:
Equação 2.7
s = desvio-padrão e M = média.
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2.7.1.4 Limite de Detecção
O limite de detecção do equipamento (LDE) é definido como a concentração do
analito que produz um sinal de três a cinco vezes a razão sinal/ruído do equipamento. O limite
de detecção do método (LDM) é definido como a concentração mínima de uma substância
medida e declarada com 95% ou 99% de confiança de que a concentração do analito seja
maior que zero. O limite de detecção pode ser expresso pela Equação 2.8.
Equação 2.8
s = desvio-padrão da resposta; S = sensibilidade do aparelho.
Considerando o tratamento estatístico, utiliza-se o "teste de hipótese" para estimar o
LD, então se aplica a equação 2.9 utilizando-se os valores obtidos para as várias medidas do
branco.
Equação 2.9
t n, 95% = valor Tabelado em função de n (número de análises); sb = desvio-padrão do branco; S
= sensibilidade do aparelho.
2.7.1.5 Limite de Quantificação
O limite de quantificação é definido como a menor concentração do analito que pode
ser quantificada na amostra com exatidão e precisões aceitáveis, nas condições experimentais
adotadas. Pode ser estimado por meio do sinal/ruído, do desvio-padrão e por processos
estatísticos. O limite de quantificação pode ser expresso pela Equação 2.10.
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_________________________________________________________________________49 Andréa Francisca Fernandes Barbosa
Equação 2.10
s = desvio-padrão da resposta; S = sensibilidade do método.
2.7.1.6 Robustez
A robustez de um método de ensaio mede a sensibilidade que este apresenta em face
de pequenas variações. Um método diz-se robusto se revelar praticamente insensível a
pequenas variações que possam ocorrer quando esse está sendo executado (INMETRO,
2007).
2.7.1.7 Linearidade
Linearidade é a habilidade de um método analítico em produzir resultados que sejam
diretamente proporcionais à concentração do analito em amostras, em uma dada faixa de
concentração. A quantificação requer que se conheça a dependência entre a resposta medida e
a concentração do analito. A linearidade é obtida por padronização interna ou externa e
formulada como expressão matemática usada para o cálculo da concentração do analito a ser
determinado na amostra real (INMETRO, 2007). A equação da reta que relaciona as duas
variáveis segue na Equação 2.11.
y = ax + b Equação 2.11
Onde:
y = resposta medida (absorbância, altura ou área do pico, etc.);
x = concentração;
a = coeficiente angular: expressa a inclinação da curva aos eixos = sensibilidade;
b = coeficiente linear: expressa a intersecção da curva aos eixos.
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A linearidade de um método pode ser observada pelo gráfico dos resultados dos
ensaios em função da concentração do analito ou então calculada a partir da equação da
regressão linear, determinada pelo método dos mínimos quadrados.
O coeficiente de correlação linear (r) é freqüentemente usado para indicar o quanto
pode ser considerada adequada à reta como modelo matemático.
2.8 PROCEDIMENTO DE COLETA PARA ANÁLISES FÍSICO-QUÍMICAS DE HPAs
2.8.1 Amostragem de Águas Superficiais
De um modo geral, a amostragem (é o procedimento desde a coleta até a análises do
elemento a ser estudado) é obtida mergulhando-se o frasco de coleta com a boca voltada
contra a corrente do líquido a ser analisado. Na coleta de volumes grandes de amostra, utiliza-
se um recipiente para transporte de material quimicamente inerte. Quando houver a
necessidade de coletar amostras em vários recipientes para transporte, o volume de cada um
deles deve ser distribuído entre todos os frascos, para garantir a homogeneização da amostra
(CONTEC - N 1372, 2006). Devem-se tomar os seguintes cuidados na coleta:
1 – Se for empregado um mesmo recipiente para transporte em várias amostragens sucessivas
em pontos diferentes, o recipiente de transporte deve ser lavado com a amostra do local
antes de nova coleta.
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2 – Amostragens realizadas em pontes e margens de difícil acesso, utiliza-se recipiente de
transporte com peso. Arremessa-se o recipiente de transporte até um local distante da
margem e prende-se a extremidade livre da corda em um ponto fixo.
3 – Para análises de hidrocarbonetos, óleos e graxas, coletam-se as amostras individualmente
e não são subdivididas ou somadas no laboratório.
A preservação e o condicionamento das amostras são feitos conforme transcrito na
tabela 2.7. A conservação e condicionamento de HPAs são feitos em frascos de vidros de cor
âmbar do recipiente protegendo da fotodegradação provocada pelo meio ambiente, pois em
frascos de plásticos os analitos orgânicos ficam agregados na superfície.
Tabela 2.7 Preservação e Acondicionamento de Amostras.
Parâmetro Recipiente
Volume
mínimo
(mL)
Preservação
Prazo
máximo para
análise
Observação
HPAs Va 1000 4ºC 14 d
Recipiente com
tampa rosqueada e
batoque de tetra
flúor polietileno
envolto com folha
de alumínio
(amostras não
corrosivas). Em
presença de cloro
residual, adicionar
100 mL de Na2S2O3
por litro de amostra. Fonte CONTEC – N 1372; P – plástico; V – Vidro; Va – Vidro âmbar; HPAs = hidrocarbonetos Policíclicos Aromáticos
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2.9 MÉTODOS UTILIZADOS NA ANÁLISE DE HPAs
2.9.1 Extração Líquido-Líquido
As extrações líquido-líquido são realizadas através de três operações fundamentais
citada por Aquino (2000, p. 1-2) 1) a fase aquosa e a fase orgânica, sendo imiscíveis, devem
ser dispersas em volumes definidos; 2) as fases devem entrar em contato da forma mais
eficiente possível, para que possa haver a extração do todo ou da maior parte do analito; e 3)
as fases precisam ser fisicamente separadas, para detecção adequada do analito (VLASTIMIL,
1991, p. 477-577).
O analito pode ser extraído direto da fase extratora ou deve ter suas características
previamente alteradas de acordo com sua interação com esta fase (HARRIS, 2001, p. 15-17).
Quando se trata de íons livres, por exemplo, estes não podem ser diretamente extraídos pela
fase orgânica, já que íons formam ligações íon dipolo com a água, impedindo sua passagem
para fase extratora. Torna-se necessário, portanto, a neutralização das cargas do analito
mediante a formação de quelatos, complexos de associações iônicas ou micelas. Desta forma,
um agente com carga é suficientemente eletrofílico significando a quebra da ligação íon
dipolo e produzindo um composto mais hidrofóbico, favorecendo assim a extração (IRVING,
1970, p. 111). Quando se trata de extrações manuais, geralmente nos deparamos com algumas
inconveniências, tais como, alto consumo de amostras, reagentes e soluções extratoras. Esta
última possui limitações particulares, já que as normas ambientais de controle de
contaminantes estão cada vez mais rígidas em relação ao descarte de compostos orgânicos,
devido ao perigo que estes compostos representam. O analista também fica exposto a uma alta
quantidade de solventes orgânicos que, em geral, são tóxicos. Antes de serem analisados os
HPAs devem passar por processo de extração com solvente de forma a permitir sua
identificação segundo a norma (ISO 7981-1, 2005; ISO 7982-2, 2005).
2.9.2 Constante de Distribuição (Coeficiente de Partição)
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A constante de distribuição estabelece um sistema de duas fases líquidas, constituídas
de dois componentes imiscíveis ou ligeiramente miscíveis. Quando é adicionada uma terceira
substância solúvel em ambas as fases, essa substância distribui-se entre as fases, alcançando
um estado em que a razão permanece constante a uma temperatura constante. Na mistura de
solventes com a amostra, após misturados uma das soluções é coletada em um frasco ou balão
de fundo redondo, que se constitui o extrato que é analisado, então obtêm sua concentração.
Dessa maneira, conhecendo-se a concentração do analito na fase orgânica e na fase aquosa é
possível determinar-se o fator ou coeficiente de distribuição figura 2.8 a) e b) e equação 2.12
(SILVA, 2006, p. 105-112).
a) b)
Figura 2.8. Sistemas esquemáticos da extração líquido-líquido. a) Mistura do composto C na amostra A + B e b) Afinidade do analito A com o composto C.
[ ]org. Concentração da substância na fase orgânica [ ]aq. Concentração da substância na fase aquosa
2.10. ESPECTROSCOPIA DE LUMINESCÊNCIA
A luminescência é um fenômeno que pode ser descrito, de maneira genérica, como um
tipo de emissão de luz em que um corpo absorve luz e logo depois a emite, durante curto
Equação
2.12
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intervalo de tempo. Há vários tipos de luminescência, conforme a fonte de energia usada para
a excitação, como eletroluminescência, radioluminescência, quimiluminescência,
fotoluminescência, catodoluminescência, bioluminescência, termoluminescência,
triboluminescência, sonoluminescência, fosforescência e fluorescência (LUMB, 1978, p 94;
SMAILI, 2001, p. 67). O tipo de luminescência que será abordado nesta tese é a
fotoluminescência, mais especificamente a fluorescência.
A fluorescência pode ser atômica ou molecular, a primeira analisa o elemento
químico, enquanto que a outra analisa a molécula.
A fluorescência molecular é uma técnica promissora na análise de amostras de meio
ambiente. Entre os benefícios da espectroscopia de fluorescência tem-se a adaptabilidade para
medidas de campo, a alta sensibilidade para uma grande quantidade de analito e simplicidade
(RENEE et. al., 1999, p. 61-72).
A radiação fluorescente, espontaneamente emitida pela amostra, após sua excitação
cessa imediatamente depois da radiação excitadora desaparecer. Esse comportamento é
observado na Figura 2.9 comparando com a fosforescência que possui um tempo de vida de
decaimento radiativo muito maior (ATKINS, 2002, p. 268-269).
Figura 2.10. Diferença empírica entre a fluorescência e a fosforescência. (ATKINS, 2002, p. 268-269).
O método de fluorescência foi o primeiro método a ser usado para detecção do
benzo(a)pireno e outros HPAs. É capaz de medir quantidades na ordem de nanogramas de
HPAs, mas não é seletivo, pois determina a concentração dos HPAs totais presente (USEPA,
1999, p.13; PEER, 2002, p. 28-30).
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A fluorescência é um fenômeno de emissão que ocorre entre estados eletrônicos de
mesma multiplicidade de spin envolvendo processos do estado excitado singlete S1 para o
estado fundamental S0. Essa condição é geralmente válida para moléculas em solução, mas
não é necessariamente verdadeira quando na fase de vapor, na qual moléculas não podem
perder sua energia vibracional através de colisões. A fluorescência passa por um tempo de
decaimento bastante curto, da ordem de 10-9 a 10-6 s para a maioria das moléculas orgânicas.
A probabilidade da ocorrência da transição S1→ S0 é determinada pelo coeficiente de
Einstein, na equação 2.13 (MARTINS, 2001, p.7-10).
ρ´ → densidade de energia da radiação à freqüência de transição
B´ → coeficiente de emissão estimulada de Einstein
w´ → taxa de emissão estimulada
Quando os hidrocarbonetos aromáticos (FABIAN et. al., 2000, p. 120-128) são irradiados
com luz ultravioleta, eles emitem luz no comprimento de onda do visível e ultravioleta, sendo
a intensidade desta fluorescência proporcional à concentração de óleo.
2.10.1 Processo de fluorescência de uma molécula orgânica
w´ = B´ρ´ Equação 2.13
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Figura 2.11. Diagrama de energias para uma molécula orgânica (LUMB, 1978, p.94).
O diagrama geral de energias para uma molécula orgânica está apresentado na Figura
2.10. O processo dessa figura ocorre da seguinte forma: A radiação eletromagnética é
absorvida, passando do estado fundamental para o estado excitado (S0 – S2), havendo um
relaxamento vibracional, na qual esta radiação absorvida é emitida sob a forma de luz
(fluorescência (S1 – S0) e fosforescência (T1 – S0)). Ao absorver uma radiação ultravioleta,
uma molécula sofre transições eletrônicas, transições vibracionais e rotacionais. Essas
transições levam a um estado excitado da molécula, promovendo um de seus elétrons para um
orbital de maior energia. Em moléculas orgânicas, os tipos de transições mais importantes
para o estado singleto excitado são:
a) n →π*: quando um elétron de um orbital não-ligante salta para um orbital π antiligante;
b) π →π*: quando um elétron de um orbital π ligante salta para um orbital π antiligante.
A transição π →π* produz fluorescência mais intensa do que a transição n →π*
(VINADÉ, 2005, p.153). As transições diferem-se completamente pelo baixo coeficiente de
extinção, baixo rendimento fluorescente, mas tem uma alta taxa de cruzamento intersistema e
assim um alto rendimento fosforescente. A fosforescência pode ocorrer em fase líquida em
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_________________________________________________________________________57 Andréa Francisca Fernandes Barbosa
temperatura ambiente. O efeito de um solvente polar na transição n → π* é mais significativo
do que na transição π →π* pois pode reverter à posição do menor estado excitado, transição n
→π* da transição π →π*.
Conforme mostrado na figura 2.11, a excitação de uma molécula orgânica pode ser
conseguida pela absorção envolvendo duas transições, uma centrada no comprimento de onda
λ1 (S0→S1) e a segunda no comprimento de onda menor λ2 (S0→S2). Observe que o processo
de excitação resulta numa forma excitada da molécula para qualquer dos estados excitados
vibracionais. Note ainda que a excitação direta do estado tripleto não está mostrada porque
essa transição não ocorre de modo espontâneo, uma vez que esse processo envolve mudança
de multiplicidade, um evento que, conforme mencionamos têm probabilidade de ocorrência
baixa (uma transição de baixa probabilidade desse tipo é chamada proibida) (LUMB, 1978, p.
94).
2.10.1.1. Processos de desativação
Os processos proibidos por multiplicidade de spin são mais lentos e, portanto, as
moléculas nestes estados eletrônicos excitados são mais susceptíveis de serem desativadas
através de processos não radiativos, como por exemplo, colisões com impurezas como o
oxigênio molecular. Isto explica, em parte, o fato de que emissão do tipo fosforescência em
moléculas orgânicas aromáticas só pode, em geral, ser observada em ausência de oxigênio
molecular, ou em temperaturas baixas que diminuem a possibilidade de desativação de
colisões por formação de complexos de contato com outros supressores. Os processos mais
rápidos por multiplicidade de spin mesmo que sejam não radiativos, são permitidos. Esses
processos estão apresentados na figura 2.11 e detalhada na tabela 2.8 do diagrama de energia
para uma molécula orgânica, com seus respectivos tempos de vida (ATVARS ; MARTELLI,
2002).
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Tabela 2.8. Escala de tempo em que ocorrem as transições radiativas e não radiativas (ATVARS ; MARTELLI, 2002).
Processo Notação
Variação da
multiplicidade
de spins
Regra de
seleção
Tempo de
vida (s)
Absorção S0,v →S1,v 1→1 Permitida 10-15
Fluorescência S1,v →S0,v 1→1 Permitida 10-9 a 10-6
Fosforescência T1,v →S0,v 3→1 Proibida 10-3 a 1
Conversão interna S1,0 →S0,v 1→1 Permitida 10-13 a 10-11
Cruzamento intersistema S1,v →T1,v 1→3 Proibida 10-9 a 10-7
Relaxamento vibracional S0,v →S0,v 1→1 Permitida 10-15 a 10-13
Relaxamento vibracional S1,v →S1,v 1→1 Permitida 10-15 a 10-13
Relaxamento vibracional T1,v →T1,v 3→3 Permitida 10-15 a 10-13
S0,v = Singleto (0 – fundamental; v – vibracional); S1,v = Singleto (1 – excitado; v – vibracional); T1,v (1 – excitado; v – vibracional);
2.10.1.2. A luminescência na Química Analítica
Se a absorbância de uma solução é pequena nos comprimentos de onda de excitação e
emissão, então a intensidade de emissão (I) é proporcional à energia radiante da luz incidente
(P0) e a concentração das espécies que estão emitindo (c), Equação 2.14:
Assim como a lei de Beer revela que a absorbância é proporcional a concentração, a equação
2.13 revela que a emissão é proporcional a concentração nas medidas analíticas de emissão
(HARRIS, 2001, p. 30). A intensidade I é obtida através da integração da área do espectro, ou
seja, ela é proporcional a superfície sob a curva de emissão.
I = k P0c Equação 2.14
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2.10.2. Espectros de fluorescência de moléculas de HPAs
Os espectros de excitação são produzidos pela medida da intensidade de
luminescência, mantendo-se constante o comprimento de onda de emissão e varrendo-se de
excitação. Espectros de emissão são obtidos de forma contrária, mas através do mesmo
princípio, mantendo-se a excitação constante e varrendo-se o espectro de emissão
(TREVISAN, 2003, p. 10).
Geralmente se obtêm os espectros de excitação, com a finalidade de escolher o
comprimento de onda máximo de emissão. Após a identificação da banda de maior
intensidade do espectro de excitação, são obtidos espectros de emissão. Em seguida, são
observados espectros de fluorescência, excitando-se a amostra em comprimento de onda
menor comparado aqueles que serão observados nos espectros de emissão. Os valores dos
comprimentos de onda de fluorescência, usados para determinação do espectro de excitação, e
dos comprimentos de onda de excitação, usados na determinação dos espectros de
fluorescência, estão resumidos na tabela 2.9 para alguns HPAs (MARTINS, 2001, p. 7-10).
Na Figura 2.11 é mostrada uma banda de excitação para HPAs genéricos onde foi escolhido
o comprimento de onda máximo para a escolha da banda de emissão e os comprimentos de
onda de excitação, destacados de cor azul e vermelha, são usados para avaliar a ocorrência do
deslocamento espectral. Assim poderá ser observado melhor o comprimento de onda de
emissão utilizando esses comprimentos de onda. Na Tabela 2.9 observam-se esses valores em
torno do comprimento de onda máximo.
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Figura 2.12 Regiões da banda de excitação de um HPA genérico λaz, λmáx e λverm, que corresponde aos comprimentos de onda utilizados para excitação das amostras.
Tabela 2.9. Valores dos comprimentos de onda de excitação e emissão usadas na
obtenção dos espectros de luminescência. Comprimentos de onda (nm)
Molécula Emissão Excitação
Antraceno 405 355, 360*, 365
1-metil-antraceno 405 355, 362*, 367
2-metil-antraceno 409 355, 360*, 365
9-metil-antraceno 416 365, 370*, 375
1,2-benzantraceno 388 285, 290*, 295
2,3-benzantraceno 478 291, 295*, 298
Fenantreno 350 290, 295*, 299
Pireno 374 333, 337*, 340
Naftaleno 336 270, 275*, 280
1-metil-naftaleno 339 276, 283*, 288
2-metil-naftaleno 338 284, 288*, 290
* Corresponde ao máximo de intensidade da banda de excitação da transição eletrônica de menor energia.
O espectro de excitação e emissão (fluorescência) da molécula do fenantreno está
apresentado na Figura 2.12. O que se pode observar é que o espectro de emissão dá-se em
comprimentos de onda maiores do que o de absorção. Na Figura 2.13 é apresentado o espetro
de emissão (fluorescência) da molécula de pireno de uma amostra de urina, na qual é
observado o espectro da amostra em relação ao padrão do composto e o deslocamento
espectral em função do comprimento de onda de excitação. Isto significa que o pireno da
amostra pode ocorrer em comprimentos de onda menores ou maiores devido ao efeito de
outros compostos ou solventes que pode modificar o espectro.
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_________________________________________________________________________61 Andréa Francisca Fernandes Barbosa
Figura 2.13. Espectros de Excitação e Emissão da molécula do Fenantreno (SÂMARA, 1999, p. 417-
428).
Figura 2.14. Espectro de fluorescência do pireno encontrado em urina
(WATSON et. al., 2004, p. 127-142).
2.10.3. Aplicação da fluorimetria
O método espectroscópico por fluorescência molecular (Sluszini et. al., 2004, p.145-
152) é considerado muito sensível para determinação dos HPAs e teria uma excelente
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_________________________________________________________________________62 Andréa Francisca Fernandes Barbosa
sensibilidade na determinação de muitos compostos fluorescentes (farmacêuticos, biomédica,
etc) especialmente para hidrocarbonetos aromáticos.
Alguns exemplos de espectroscopia de fluorescência retratados (Renne et. al., 1999,
p.61-72) são tidos como potenciais analitos, incluindo material orgânico dissolvido (MOD),
hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (HPAs) e pesticidas. MOD e os HPAs são
naturalmente fluorescentes em soluções aquosas e seu alto rendimento quântico molecular
permite detecção de traços, sem pré-tratamento da amostra ou concentração.
O campo de aplicação das análises fluorimétricas tem sido ampliado nas últimas
décadas por sua excelente sensibilidade e muito boa seletividade.
A principal aplicação na análise qualitativa é na cromatografia em papel, coluna ou
camada delgada para localizar e caracterizar as espécies separadas; utilizando neste processo,
a fluorescência natural das espécies ou usando um reagente apropriado, que forma com a
espécie um composto fluorescente.
Na análise quantitativa, os métodos fluorimétricos são aplicados a determinações de
compostos orgânicos, inorgânicos e bioquímicos (VINADÉ, 2005, p. 153).
2.10.4. Instrumentação
A diferença entre o espectrofotômetro e o espectrofluorímetro está na disposição
perpendicular (900) entre os feixes incidentes e transmitidos. As propostas da configuração em
900 do feixe incidente é a de gerar o sinal de fluorescência da amostra (MANUAL RF-
5301PC, 1995, p. 25-30).
Os componentes de um espectrofluorímetro estão mostrados na Figura 2.14. Um
espectrofluorímetro típico consiste de uma fonte de luz, apenas monocromadores e um
detector. A fonte de luz é geralmente uma lâmpada de Deutério ou Xenônio Figura 2.15 e
2.16 que emitem radiação eletromagnética na região do ultravioleta. Uma segunda fonte de
luz, geralmente uma lâmpada de Tungstênio, é usada para comprimentos de onda na região do
visível. O monocromador é uma rede de difração; sua função é separar o feixe de luz em
seus comprimentos de onda constituintes. Um sistema de fendas focaliza o comprimento de
onda desejado sobre a amostra. O detector é geralmente uma célula fotomultiplicadora
(aparelho muito sensível no qual, os elétrons emitidos pela superfície fotossensível colidem
com uma segunda superfície, chamados dinodo, que é positivo em relação ao emissor
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_________________________________________________________________________63 Andréa Francisca Fernandes Barbosa
fotosensível). Frequentemente são operadas no modo de contagem de fótons, para dar
melhores relações sinal-ruído, embora em instrumentos mais modernos estejam sendo usados
fotodiodos, que permitem o registro rápido tanto de espectros de excitação como de emissão e
é particularmente útil em cromatografia e eletroforese (MANUAL RF-5301PC, 1995, p. 25-
30).
Figura 2.16. Espectro de emissão de uma
lâmpada de deutério.
Figura 2.17. Detalhes das regiões
ultravioletas e visíveis de uma lâmpada de
xenônio.
Figura 2.15. Instrumentação de medida de um Fluorímetro, (SILVA, 2004, p.105-112).
900
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_________________________________________________________________________64 Andréa Francisca Fernandes Barbosa
2.11 CROMATOGRAFIA
Dentre os métodos modernos de análise química, a cromatografia sem dúvida é o que
ocupa lugar de merecido destaque no que concerne à separação, identificação e quantificação
de espécies químicas (RICHARDSON et. al., 2002, p. 1083). Os componentes a serem
separados são distribuídos entre duas fases: uma fase fixa denominada de fase estacionária e a
outra que passa através dela, sendo por isso, denominada de fase móvel. A fase móvel na
cromatografia pode ser líquida ou gasosa e a fase estacionária é normalmente um líquido
viscoso que cobre o interior de um tubo capilar ou a superfície de partículas sólidas
empacotadas dentro da coluna.
O percolador que entra na coluna é chamado de eluente e o que sai é chamado de eluato,
veja o esquema na Figura 2.17.
Eluição é o processo de passagem do líquido ou gás por uma coluna cromatográfica. As
colunas podem ser de dois tipos: Empacotadas ou Tubulares abertas.
Colunas empacotadas são preenchidas com partículas contendo uma fase estacionária.
Coluna tubular abertas é um capilar oco estreito com fase estacionária cobrindo as
paredes internas (HARRIS, 2001, p.15-17.
O método cromatográfico é classificado quanto ao tipo de superfície, como:
(a) Cromatografia em coluna: um tubo geralmente de vidro ou metal;
(b) Cromatografia planar: superfície plana, geralmente uma placa de vidro ou metal,
impregnada com a fase estacionária, ou então uma folha de papel de filtro embebida
com solvente apropriado.
De acordo com a fase móvel utilizada, a cromatografia em coluna poderá ser classificada
em três grandes grupos:
(a) cromatografia líquida – quando a fase móvel é um líquido;
Coluna Eluato (saída)
Eluente (entrada)
Figura 2.18. Esquema de uma coluna.
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_________________________________________________________________________65 Andréa Francisca Fernandes Barbosa
(b) cromatografia gasosa – quando a fase móvel for um gás e
(c) cromatografia com fluido supercrítico – quando gás ou líquido no estado supercrítico
for utilizado como fase móvel (LANÇAS, 1993, p.1-3).
A figura 2.18 revela que vários procedimentos de cromatografia líquida tendem a ser
complementares, a ponto de suas áreas de aplicação estar relacionadas. Assim, para solutos
com pesos moleculares acima de 10.000, a cromatografia por exclusão é usada com
freqüência, embora esteja tornando-se possível lidar com estes compostos também por
cromatografia de partição em fase reversa. Para espécies iônicas com pesos moleculares mais
baixos, a cromatografia de troca iônica é amplamente usada. Espécies pequenas e polares,
mas não iônicas, são as mais indicadas para os métodos de partição. Além disso, esse
procedimento é freqüentemente útil para separação de membros de uma série homóloga. A
cromatografia por adsorção é muitas vezes a escolhida para a separação de espécies não
polares, de isômeros estruturais e de classes de compostos, como os hidrocarbonetos alifáticos
e alcoóis alifáticos (SKOOG et. al., 2002, p. 641-678).
Figura 2.19. Aplicação da cromatografia liquida (SAUDERS, 1975, p.81).
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_________________________________________________________________________66 Andréa Francisca Fernandes Barbosa
2.11.1 Cromatografia Gasosa
Na cromatografia gasosa (CG) a amostra é vaporizada e injetada no topo de uma
coluna cromatográfica (septo – um disco de borracha) dentro de uma câmara aquecida, na
qual se evapora rapidamente. O vapor é arrastado na coluna pelo gás de arraste He, N2 ou H2,
e os constituintes separados fluem para o detector, cuja resposta é mostrada num computador
ou registrador, como mostrado na figura 2.19 (SKOOG et. al., 2002, p. 641-678).
Figura 2.20. Diagrama esquemático de um Cromatógrafo a gás.
1 – Reservatório de gás e controle de vazão/pressão;
2 – Injetor (vaporizador) de amostra;
3 – Coluna cromatográfica e forno da coluna;
4 – Detector;
5 – Processador de sinal (amplificação) e
6 – Registro de sinal (Registrador ou computador).
2.11.1.1 Injeção da amostra
A amostra (gasosa ou líquida) é injetada por uma seringa pelo septo de borracha de
silicone para um tubo de vidro silanizado aquecido (Liner – capilar de vidro utilizado no
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_________________________________________________________________________67 Andréa Francisca Fernandes Barbosa
injetor) (HARRIS, 2001, p.15-17). O gás de arraste conduz a amostra vaporizada para a
coluna cromatográfica. Para a cromatografia analítica, o volume injetado está no intervalo de
normalmente 0,1 – 2,0 µL para amostra do estado líquido. Amostras decompostas e
componentes não-voláteis se acumulam lentamente dentro do liner de vidro, que deve ser
trocado periodicamente.
(a) Injetor com divisor de fluxo
Se os constituintes de interesse representam mais de 0,1 % da amostra, normalmente
prefere-se o modo de injeção com divisor de fluxo para introduzir a amostra dentro da
coluna. Para um trabalho de alta resolução são obtidos melhores resultados com a menor
quantidade da amostra (≤ 1µL) que pode ser detectada adequadamente – contendo de
preferência ≤ 1ng de cada componente. Uma injeção completa contém muito material para
uma coluna de 0,32 mm de diâmetro ou menos. Uma injeção com divisor de fluxo transfere
apenas 0,2 - 2% da amostra para a coluna.
(b) Injetor sem divisor de fluxo
Para análises de constituintes que são menos que 0,01% da amostra é apropriado uma
injeção sem divisor de fluxo. O liner de vidro é um tubo reto, vazio sem nenhuma câmara de
mistura. A Figura 2.20 mostra as condições de injeção.
(c) Injeção na coluna
A injeção na coluna é usada para amostras que se decompõem acima dos seus pontos
de ebulição e é melhor do que as injeções com e sem divisor de fluxo para análise
quantitativa. A solução é injetada diretamente dentro da coluna, sem passar pelo injetor
quente.
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Figura 2.21. Condições de injeção representativas para a injeção com divisor de fluxo.
Injeção sem divisor de fluxo e injeção numa coluna capilar (HARRIS, 2001, p. 15-17).
2.11.2 Colunas
São encontrados dois tipos genéricos de colunas em cromatografia gasosa, empacotada
e capilar ou tubular aberta. Sendo a coluna empacotada até recentemente tendo sido a mais
utilizada. Atualmente, entretanto, esta situação está mudando rapidamente e parece provável
que em um futuro próximo, as colunas empacotadas serão substituídas pelas colunas tubulares
abertas.
Colunas cromatográficas variam em comprimento de 2 a 50 m ou mais. Elas são
construídas de aço inoxidável, vidro, sílica fundida ou teflon (DIGITAL ENGINEERING,
2004). As colunas mais utilizadas para orgânicos em cromatografia têm um comprimento de
30 m e são de sílica fundida.
A temperatura da coluna é uma importante variável que deve ser controlada para
trabalhos precisos. Assim, a coluna é comumente montada dentro de um forno termostatizado.
A temperatura ótima da coluna depende do ponto de ebulição da amostra e do grau de
separação requerido. Grosseiramente, uma temperatura igual ou ligeiramente superior ao
ponto de ebulição médio de uma amostra resulta em um tempo de ebulição razoável (2 a 30
min). Para amostras com larga faixa de ebulição, é melhor empregar uma programação de
temperatura, na qual a temperatura da coluna é aumentada continuamente ou em passos,
conforme se procede à separação (SKOOG et. al., 2002, p.641-678)..
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(a) Colunas Capilares
Felizmente, o uso de colunas recheadas tem diminuído nos últimos anos devido o uso
crescente de colunas capilares. Estas colunas são baseadas na interação entre a mistura e a
fase estacionária na forma de um filme fino e homogeneamente depositado na superfície
interna de um tubo longo e fino (capilar).
Com o desenvolvimento destas colunas e seu uso generalizado, um número maior de
colunas pode ser hoje encontrado tabela 2.10, o que ainda coloca o iniciante diante do
problema da escolha da coluna. Nestas colunas capilares a fase estacionária é ligada a parede
interna do tubo. Dois tipos principais são usados:
1 – Colunas capilares com paredes recobertas quando a fase estacionária é ligada
diretamente á parede interna do tubo.
2 – Colunas capilares com suporte recoberto quando uma camada de suporte sólido é
depositada na parede interna do tubo e recoberta com a fase estacionária (MENDHAM et. al.,
2002, p. 160).
Tabela 2.10. Parâmetros variáveis em colunas capilares em injetor Splitless (CIENFUEGO, 2002, p.92).
Comprimento (m) 5 10 15 25 30 50 60 100 Diâmetro interno (mm) 0,1 0,2 0,25 0,32 0,53 0,75
Fase não-polar Intermediário especial muito polar
Temperatura máxima (ºC) 200 a 250 0C - moderada >450
Espessura do filme (µm) 0,2 1,5 3 5
Filme poliimidas alumínioCarga máxima (ng) 10 1000 Eficiência (prato/m) 5000 20000
Regras para a escolha da coluna:
(a) Semelhantes separam semelhantes, ou seja, coluna polar para composto polar e coluna
apolar para composto apolar;
(b) Colunas longas têm tempos longos de eluição e alta resolução;
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_________________________________________________________________________70 Andréa Francisca Fernandes Barbosa
(c) Menor diâmetro leva a maior eficiência; e
(d) Espessura do filme – a espessura do filme deve ser da ordem de 1 µm porque
espessuras maiores tornam instável o filme, com formação de pequenas poças do
líquido e perda de fase estacionária por arraste (sangria) (DIGITAL ENGINEERING,
2004,).
2.11.3 Detectores
Na escolha do detector deve-se levar em conta a espécie química a ser analisada, o
custo e a sensibilidade. No mercado há os denominados detectores universais e os
específicos, assim como os detectores destrutivos e os não destrutivos. A maioria das
análises pode ser feita com os detectores universais DIC (detector de ionização de chama) ou
o DCT (detector por condutividade térmica). Já os detectores específicos, como DFI
(detector por fotoionização) normalmente possuem maior detectabilidade e requerem um
pouco mais de cuidados analíticos e de operação. Quanto aos detectores não destrutivos, a
questão segurança e higiene são primordiais para a saúde do analista. Portanto, sistemas de
exaustão devem ser projetados para a proteção principalmente do analista e, também, do
ambiente de análise (LEITE, 2002, p. 160-173). A Tabela 2.11 dispõe de algumas
características dos detectores utilizados em cromatografia.
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_________________________________________________________________________71 Andréa Francisca Fernandes Barbosa
Tabela 2.11. Alguns detectores e suas características, (LEITE, 2002, p. 160-173).
Detector LD Detecta D Não detecta ou baixa
resposta
DCT 104 a 105 Maioria dos compostos
inclusive água e gases % / ppm -
DFI 106 a 107 A maioria dos compostos %/ ppm/
ppb
Gases nobres, amônia,
CO, CO2, H2S, SO2, NO,
N2O, H2O, gases fixos,
outros
DCE 103 Halogenados, aldeídos,
nitratos, organometálicos
ppm/ppb/
ppt Hidrocarbonetos
DFC 103 Fosforados a 525 nm,
sulforados a 393 nm ppb/ ppts seletivo
DIC 107 insaturados ppm/ ppb seletivo
DNF 104 a 105 Nitrogenados e fosforados ppb/ ppt seletivo
DEQ 104 halogenados ppm/
ppb seletivo
DCE – Detector por Captura de Elétrons; DFC – Detector Fotométrico de Chama; DNF – Detector de
Nitrogênio e Fósforo; DEQ – Detector Eletroquímico; LD – Linearidade Dinâmica é obtida pela relação entre
o maior ponto (massa ou concentração) e o menor ponto da curva de calibração do detector, haja linearidade;
D – Detectabilidade; varia de acordo com a natureza da amostra e das condições analíticas utilizadas
2.12 ESPECTROMETRIA DE MASSAS (EM)
É um detector potente para as análises qualitativa e quantitativa de constituintes em
cromatografia gasosa ou líquida. Na espectrometria de massas, as moléculas gasosas são
ionizadas (geralmente para formarem cátions), aceleradas por um campo elétrico, e então
separadas de acordo com sua massa. O processo de ionização geralmente confere energia
suficiente para quebrar a molécula numa variedade de fragmentos. Um espectro de massas é
um gráfico que mostra a abundância relativa de cada fragmento que atinge o detector do
espectrômetro de massa (HARRIS, 2001, p.15-17).
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_________________________________________________________________________72 Andréa Francisca Fernandes Barbosa
O EM apresenta uma opção interessante em relação aos cromatógrafos, pois o tempo
muito curto de análise permite que um espectrômetro analise seqüencialmente um número
elevado de pontos do processo.
O diagrama de blocos da Figura 2.21 apresenta o princípio de funcionamento de um
espectrômetro de massas.
Figura 2.22. Diagrama em bloco de um espectrômetro de massa.
2.12.1 Princípios de Espectrometria de Massas
Na cromatografia gasosa acoplada a espectrometria de massas (CGEM), a amostra, que sai
da coluna cromatográfica (por exemplo, moléculas de identidade M), contendo o analito, é
levada á fonte de ionização, que sofre impacto por feixe de elétrons de alta energia,
produzindo o íon positivo, M+, chamado íon molecular, como na reação 2.1.
O íon molecular (M+) é produzido em diferentes estados de energia. A energia interna é
dissipada por reações de fragmentação, e os fragmentos de menores massas são ionizados e
convertidos a íons. O íon M+ permite determinar diretamente a massa molecular do composto
ou o número inteiro mais próximo deste, e os demais íons com razão massa/carga (m/z),
fornecem informações importantes para a elucidação da estrutura.
Gerador de íons
Separação dos íons
DetectorEntrada da amostra
Controle e tratamento de
dados
Pré-vácuo Alto vácuo
M + e- M+ + 2e- Reação 2.1
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2.13 CROMATOGRAFIA GASOSA ACOPLADO À ESPECTROMETRIA DE MASSA
(CGEM)
O CGEM é uma combinação sinergética de duas técnicas analíticas poderosas. O
cromatógrafo a gás separa os componentes da mistura em certo tempo de retenção e o
espectrômetro de massas proporciona informação que ajuda na identificação estrutural de
cada componente (KITSON et. al., 1996, p. 3-20).
Os métodos CGEM são rotineiramente usados na identificação qualitativa de compostos
desconhecidos e correção quantitativa desses compostos, isto é uma ferramenta poderosa na
identificação de compostos complexos. A espectrometria de massas conjuga alto vácuo e altas
voltagens com a manipulação de uma quantidade pequena de amostra de uma só vez,
enquanto a cromatografia a gás opera na pressão atmosférica em modo contínuo. O esquema
da Figura 2.22 mostra como segue o funcionamento de um CGEM. A amostra é introduzida
através de um injetor e arrastada por um gás inerte (hélio) e separada na coluna, o vapor passa
por uma linha de transferência que entra em contato com a fonte de íons e os íons ressonantes
passam por lentes que possuem freqüência, hermeticamente padronizada de fábrica seguindo
por um analisador e multiplicador de elétrons, e por fim, observada em um sistema de dados
(MASUCCI ; CALDWELL, 2003, p. 339).
Figura 2.23. Esquema de funcionamento de um CGEM, (MASUCCI E CALDWELL, 2003, p. 339).
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_________________________________________________________________________74 Andréa Francisca Fernandes Barbosa
2.13.1 Principais Sistemas do CGEM
(a) Partes Principais de um Espectrômetro de Massa
- Fonte de íons onde ocorre a conversão das moléculas do analito em íons; as mais comuns
ionizações de amostra, as quais ocorrem na fonte de íons, são:
1.1) Impacto de Elétron (IE) um feixe de elétrons livres, obtidos por emissão termoiônica
de filamento aquecido, é dirigido para uma “nuvem” de moléculas. A formação de
íons a partir das moléculas é efetuada pela excitação dos níveis eletrônicos e
vibracionais da molécula, que provocam desestabilização da mesma, seguida (na
escala de tempo de microssegundos) de dois efeitos:
a) Ionização (perda de um elétron), formando um íon positivo, porém ainda com
excesso de energia; e
b) fragmentação de íons com excesso de energia que tendem a se romper.
1.2) Ionização Química (IQ) técnica de ionização muito útil como ferramenta de
quantificação e explicação estrutural.
a) Analisador de massas, responsável pela separação e medição das massas dos íons
formados;
b) detector, normalmente um multiplicador de elétrons, responsável pela transformação
dos íons em sinal elétrico (fluxo de elétrons) para posterior envio ao sistema de dados.
Os íons então são separados de acordo com a razão m/z. O intervalo de massa de
interesse é examinado, causando uma separação de íons num domínio de espaço e tempo. E a
relação carga/massa é calculada de acordo com a equação 2.15.
Equação 2.15
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_________________________________________________________________________75 Andréa Francisca Fernandes Barbosa
B – campo magnético; r – raio da trajetória; e – carga do elétron; e V – voltagem
Os cromatográfos a gás com detector de massas possuem vários tipos de analisadores onde
os mais comuns são o quadrupolo e o íon trap, na tabela 2.12. Observando a tabela o
quadrupolo como o íon trap teriam as mesmas características, o que mostra que ambos são
muito úteis em grande número de aplicações.
No quadrupolo, os íons produzidos pela fonte são imediatamente acelerados em direção ao
analisador de massas (eixo z), que estará sujeita à ação de campos elétricos produzidos por
potenciais aplicados às barras e, subseqüentemente, separados de acordo com suas massas,
figura 2.23
No íon trap, aplica-se uma baixa voltagem alternada (de rádio freqüência RF) no eletrodo
central. Conseguindo-se, assim, manter os íons positivos oscilando em órbitas no centro do
íon trap. Por uma questão de inércia, os íons mais leves (menos relação massa/carga) oscilam
em órbitas menores. A voltagem alternada (RF) do eletrodo do anel vai aumentando
gradualmente. Cada íon ao atingir a voltagem que desestabiliza (voltagem ressonante) é
ejetado do íon trap. Os íons ejetados para cima são neutralizados no filamento. Os íons
ejetados para baixo choca-se com o multiplicador de elétrons sendo detectado o sinal da
resposta, figura 2.24.
Na figura 2.25 mostra-se um espectrograma de uma molécula de acetaminafeno, que se
podem observar seus íons principais (OLIVEIRA et. al., 2005, p.37).
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_________________________________________________________________________76 Andréa Francisca Fernandes Barbosa
Tabela 2.12. Aspectos comuns do espectrômetro de massa (LEITE, 2002, p.160-173). Caracteristica Magnético Quadrupolo Íon Trap TOF Intervalo de massa em daltons (mol/L)
1 -50 2 -4000 10 - 2000 Nenhum limite
Aquisição FULLSCAN - SIM
FULLSCAN - SIM
FULLSCAN - SIM
FULLSCAN
Resolução Alta 0,001 m/z 1000
Massa unitária 1 m/z 1000
Massa unitária 1 m/z 1000
alta
Massa exata Exata (1 mgL-1)
trivial trivial Exata (5 mgL-1)
Limite de detecção baixo
10-15 –10-14
10-13 – 10-12
10-13 – 10-12
-
Linearidade (ordem de magnitude)
3–4
4 - 5 3–4
Varredura Baixa rápida rápida Ultra rápida
Figura 2.24. Representação esquemática do analisador quadrupolo.
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_________________________________________________________________________77 Andréa Francisca Fernandes Barbosa
Figura 2.25. Representação esquemática do analisador íon trap
.
Figura 2.26. Espectrograma de um analito de acetaminafenol no CGEM.
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
UFRN – PPGQ - PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
_________________________________________________________________________79 Andréa Francisca Fernandes Barbosa
3 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
3.1 ORGANOGRAMA DA OTIMIZAÇÃO DOS MÉTODOS E APLICAÇÃO
OTIMIZAÇÃO
METODOLOGIA
APLICAÇÃO
PREPARAÇÃO DE AMOSTRA
PLANEJAMENTO FATORIAL 23
CGEM
MODO FULLSCAN SIM
FLUORIMETRIA
FENDAS COMPRIMENTOS DE ONDA
CGDIC
ULTRASSOM
PROPORÇÃO
SOLVENTE
SEM
COM
1:3
1:1
CLOROFÓRMIO
DICLOROMETANO
HEXANO
TEMPO (MIN)
10
20
30
40
50
UFRN – PPGQ - PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
_________________________________________________________________________80 Andréa Francisca Fernandes Barbosa
3.2 METODOLOGIA PROPOSTA PARA DETERMINAÇÃO DE HPAs EM ÁGUAS
3.3 AMOSTRAGEM
3.3.1 Coleta das amostras
As coletas foram feitas no rio potengi em pontos diferentes de amostragem, local que,
foi observado a presença de contaminação de embarcações, lixos domésticos, hospitalares e
industriais. Na marcação dos pontos, foi utilizado Global Position Sistem (GPS).
Extração líquido líquido
Análise por luminescência
Análise por TOG
Análise por CGEM
Análise por CGDIC
Resultado das amostras
Coleta das amostras
UFRN – PPGQ - PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
_________________________________________________________________________81 Andréa Francisca Fernandes Barbosa
3.3.1.1 Material
(a) GPS;
(c) frasco de vidro âmbar de 1l;
(d) isopor com capacidade de 100 l;
(e) Barco de pescador pequeno com motor; e
(f) Máquina fotográfica digital:
3.3.1.2 Procedimento
Antes de realizar a coleta, na maré baixa, foram marcados os pontos de amostragem
usando o GPS. Os pontos críticos e coletas das amostras foram fotografados. As amostragem
seguiram da Praia do Y até a Ponte de Igapó, totalizando 10 pontos. A coleta foi feita na
superfície do rio, numa profundidade de aproximadamente 3 cm. Cada amostra coletada foi
armazenada em frascos de vidro de cor âmbar e colocada em um isopor com gelo para
conservação.
3.3.2 Preparação da amostra
3.3.2.1 Extração
Na preparação da amostra, foi usado um funil de decantação graduado para a extração
líquido líquido, tal como apresentado na Figura 3.1. A extração foi realizada em triplicata
utilizando hexano como solvente na proporção de 1:2 de hexano: água, como também um
banho de ultrasom, durante 10 min, para favorecer o processo de separação. Depois o líquido
extraído foi adicionado em um frasco de vidro de cor âmbar, com muito cuidado para misturar
as fases separadas. A figura 3.1 mostra o funil de extração e o frasco de armazenamento do
analito extraído e a figura 3.2 mostra o banho de ultrassom utilizado.
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_________________________________________________________________________82 Andréa Francisca Fernandes Barbosa
Figura 3.1. Aparato experimental empregado nos ensaios de extração líquido líquido
Figura 3.2. Banho de ultrassom utilizado para extração dos analitos.
3.4 EXPERIMENTOS DE LUMINESCÊNCIA
3.4.1 Material e reagentes
(a) Banho de ultrassom;
(b) cubeta;
(c) funil de separação;
(d) becker de 500 ml;
UFRN – PPGQ - PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
_________________________________________________________________________83 Andréa Francisca Fernandes Barbosa
(e) parafilme;
(f) frascos de vidro de cor âmbar;
(g) mistura dos padrões de HPAs; e
(h) amostras do rio potengi.
3.4.2. Otimização dos parâmetros de análise por luminescência
A espectrofluorímetria foi para determinação da fenda e comprimento de onda específico
para HPAs o equipamento utilizado foi do tipo Shimadzu modelo RF-5301PC como porta
amostra uma cubeta de quartzo figura 3.3. Os parâmetros envolvidos nesta otimização foram:
(a) Tipo de espectro;
(b) comprimento de onda de excitação fixo ou de emissão fixo;
(c) intervalos de comprimento de onda de emissão ou excitação: emissão de 300 até 700
nm; excitação: de 200 até 380 nm;
(d) intervalo de intensidade de 0 até 1000;
(e) velocidade de varredura: baixa;
(f) largura da fenda (nm) de excitação e emissão;
(g) sensibilidade: Alta;
(h) tempo de resposta: alto; e
(i) lâmpada de Xenônio.
3.4.2.1. Largura da fenda (nm)
O tamanho da fenda é um dos parâmetros mais fundamental para a análise por
espectrofluorimetria. Neste estudo foram utilizados três tipos de fendas em uma amostra de
óleo cru por extração líquido líquido com hexano. Os tamanhos da fenda selecionadas foram
1,5; 3,0 e 5,0 nm para excitação e emissão e avaliou-se a resposta experimental através do
resultado do espectro de emissão.
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_________________________________________________________________________84 Andréa Francisca Fernandes Barbosa
3.4.2.2. Comprimento de Onda de excitação fixo (λexc;fixo)
O comprimento de onda de excitação ótimo foi escolhido através da varredura do
espectro de emissão utilizando clorofórmio como solvente partindo do intervalo de 300 até
700 nm. Os ensaios com hexano foi usado um λexc;fixo de 282 nm obtido a partir da literatura
(CASTILLO et. al., 2004, p. 213-220).
Figura 3.3. Ilustração do aparato experimental para análise por espectrofluorimetria: a)
Espectrofluorímetro, b) amostrador da cubeta e c) Cubeta de quartzo.
3.4.3. Influência do ultrassom
A concentração óleo cru/ hexano foi de 0,0096g/40 ml a fim de se determinar um tempo
ótimo de separação do analito para a fase do solvente utilizando banho de ultrassom. Os
tempos utilizados foram 10, 20, 30, 40 e 50 min e as leituras foram feitas no
a)
b) c)
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_________________________________________________________________________85 Andréa Francisca Fernandes Barbosa
espectrofluorímetro. A resposta experimental deste ensaio foi observada pela análise dos
espectros de emissão, comparando-se com solvente hexano e com a extração sem ultrassom.
3.4.4. Aplicação da metodologia de planejamento fatorial na otimização da extração
líquido líquido dos HPAs
3.4.4.1 Materiais e reagentes
(a) Funil graduado;
(b) ultrassom;
(c) frascos de vidros de 50 mL de cor âmbar;
(d) becker de 500 mL; e
(e) amostra sintética de HPAs (água ultrapura com padrões de HPAs).
3.4.4.2. Ensaios para a extração em solvente hexano e diclorometano
O planejamento fatorial 23 foi feito utilizando os fatores que podem influenciar no
sistema de extração líquido-líquido, que são: 1) Ultrasson; 2) Proporção dos solventes e 3)
solventes. Para a realização dos 8 ensaios foi feito um sorteio para se determinar experimentos
empregados. As respostas experimentais no planejamento foram obtidas através de medidas
no espectrofluorímetro cujos dados obtidos foram plotados no software OriginPro 7.5 e
calculado a área. Os dados do planejamento fatorial 23 estão no Quadro 3.1 e 3.2. Essa
seqüência foi utilizada para o solvente hexano/diclorometano
UFRN – PPGQ - PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
_________________________________________________________________________86 Andréa Francisca Fernandes Barbosa
Quadro 3.1. Fatores e níveis do experimento, solventes hexano e diclorometano.
Codificação Fator Níveis
-1 +1
X1 Solvente Hexano Diclorometano
X2 Proporção 1:3 1:1
X3 Ultrassom Sem com
Quadro 3.2. Planejamento Fatorial 23 para a extração líquido líquido.
Ensaio Ultrasom (X1) Proporção (X2) Solvente (X3)
1 - - -
2 + - -
3 - + -
4 + + -
5 - - +
6 + - +
7 - + +
8 + + +
O planejamento fatorial 23 das respostas foram analisadas no software Statistica 6.0
para determinação da superfície de resposta, das curvas de níveis e dos perfis de probabilidade
normal. A superfície de resposta mostra a relação da influência dos parâmetros em três
dimensões (3D), As curvas de níveis mostra a relação das respostas em duas dimensões (2D)
e o gráfico de probabilidade normal mostra a dispersão dos valores com relação aos níveis. O
que pode ser observado nas respostas desses valores é a influência entre diversos fatores e se
as combinações apresentam influências significativas. Os resultados estatísticos precisam de
avaliações críticas e bom senso na observação dos resultados.
Sequência de análise dos ensaios 7 6 4 2 1 8 3 5
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_________________________________________________________________________87 Andréa Francisca Fernandes Barbosa
3.4.4.3. Ensaios para extração em solvente hexano e clorofórmio
O item 3.2.4.1 foi utilizado para o sistema hexano e clorofórmio mudando apenas a
seqüência do sorteio dos fatores, Quadro 3.3 e 3.4.
Quadro 3.3. Fatores e níveis do experimento, solventes hexano e clorofórmio.
Codificação Fator Níveis
-1 +1
X1 Solvente Hexano Clorofórmio
X2 Proporção 1:3 1:1
X3 Ultrassom Sem com
Quadro 3.4. Planejamento Fatorial 23 para a extração líquido líquido.
Ensaio Ultrasom (X1) Proporção (X2) Solvente (X3)
1 - - -
2 + - -
3 - + -
4 + + -
5 - - +
6 + - +
7 - + +
8 + + +
Sequencia de análise dos ensaios 1 3 4 2 7 5 8 6
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_________________________________________________________________________88 Andréa Francisca Fernandes Barbosa
3.5. EXPERIMENTOS POR CROMATOGRAFIA GASOSA COM DETECTOR DE
IONIZAÇÃO POR CHAMA
3.5.1. Material e reagentes
(a) Frascos (no inglês: vials) de cor âmbar de 2 mL;
(b) seringa;
(c) mistura de padrões de HPAs; e
(d) amostras do rio potengi.
3.5.2. Procedimento
O método cromatográfico para os HPAs foi feito (SILVA, et al., 2006) e estudado
conforme a adaptação da coluna e também a configuração utilizada para uma melhor
separação dos 16 HPAs prioritários. O equipamento utilizado está apresentado na Figura 3.4.
A metodologia empregada está apresentada a seguir:
A programação do forno passou por um processo de aquecimento em duas rampas,
que foram:
(a) Temperatura inicial de 80ºC durante 1 min (isotérmica);
(b) Incremento da temperatura de 80 até 230 0C com taxa de aquecimento de 8 º
C/min e permanência na temperatura final durante 1 min;
(c) Incremento da temperatura de 230 0C até 300 0C com taxa de aquecimento de 15 0C/min e permanência nesta temperatura por 1 min.
A temperatura do injetor foi de 200 ºC, utilizando o modo sem divisor de fluxo (inglês
splitless);
A temperatura base do detector FID foi de 350 ºC;
UFRN – PPGQ - PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
_________________________________________________________________________89 Andréa Francisca Fernandes Barbosa
Os gases utilizados para acender a chama foram ar e H2 numa vazão de 350 mlmin-1 e
35 mlmin-1. O N2 foi utilizado como gás de arraste; e
A coluna para separação dos analitos foi do tipo RTX-5 (5% difenil + 95 %
polidimetilsiloxano) com dimensão de 30 mm x 0,25 mm x 0,25 µm.
Figura 3.4. Cromatógrafo a gás com detector de ionização por chama.
3.6 EXPERIMENTO PARA DETERMINAÇÃO DOS HPAs VIA TEOR DE ÓLEOS E
GRAXAS (TOG)
3.6.1. Material e reagentes
(a) Micropipeta na faixa de 100 uL;
(b) becker de 500 mL;
(c) lenços de papel;
(d) funil de decantação de 100 mL;
(e) erlenmeyer 250 mL;
(f) amostras do rio potengi; e
(g) amostras do óleo cru.
UFRN – PPGQ - PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
_________________________________________________________________________90 Andréa Francisca Fernandes Barbosa
3.6.2 Procedimento
O analisador InfraCal TOG/TPH, figura 3.5, foi o instrumento utilizado em nosso
trabalho para medir o teor de hidrocarbonetos totais extraídos com hexano (hidrocarbonetos
ou óleos e graxas de composição). Este instrumento utiliza a região do infravermelho médio
para obtenção das medidas. O detector é usado no analisador TOG/TPH para medir
concentrações de HPAs em 3400 nm com uma referência em 2700 nm (InfraCal®TOG/TPH;
2003, p. ___).
Os analitos orgânicos foram extraídos com hexano de grau HPLC antes de serem
levado para o analisador InfraCal TOG/TPH.
Com o auxílio de uma seringa de 100 microlitros foram coletados 50 microlitros da fase
orgânica e espalhada sobre a plataforma do equipamento, para então ser realizada a leitura no
espectrofotômetro e obter o resultado da concentração do teor de óleos e graxas da amostra. A
análise foi feita em triplicata e os resultados obtidos foram expressos como a média dos
valores medidos.
Figura 3.5 Equipamento analisador InfraCal TOG/TPH modelo HATR-T2 e CH.
UFRN – PPGQ - PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
_________________________________________________________________________91 Andréa Francisca Fernandes Barbosa
3.7 EXPERIMENTO POR CROMATOGRAFIA GASOSA ACOPLADA A
ESPECTROMETRIA DE MASSA - CGEM
3.7.1 Material e Reagentes
(a) Francos (vials) de cor âmbar de 2mL;
(b) seringa;
(c) padrões de HPAs individual; e
(d) amostras do rio potengi.
3.7.2. Procedimento
O CGEM da marca THERMO ANALÍTICA FOCUS/POLARIS Q, Figura 3.6, foi
utilizado na otimização de um método para analisar os HPAs. O método foi baseada na norma
EPA 7285 para orgânicos semi-voláteis e adaptados ao equipamento do CGEM. Após a
otimização foi feito a análise dos HPAs individuais, fazendo-se uma varredura como forma de
identificar, qual o tempo de retenção de cada um, e então, serem escolhidos os íons principais
referente a cada HPA e os respectivos tempos de retenção. Em seguida, os padrões de HPAs
serão idebtificados segundo o modo monitoramento dos íons principais (Selected Ion
Monitoring – SIM), onde se otimiza apenas com os íons referentes a cada HPA com seu
respectivo tempo de retenção. A coluna utilizada neste Cromatógrafo a gás foi do tipo 5%
fenil + 95% polidimetilsiloxano adequada para orgânicos polinucleares.
UFRN – PPGQ - PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
_________________________________________________________________________92 Andréa Francisca Fernandes Barbosa
Figura 3.6. Cromatógrafo a gás acoplado a um espectrômetro de massa marca
THERMO ANALITICA modelo FOCUS.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
UFRN – PPGQ RESULTADOS E DISCUSSÃO
___________________________________________________________________ Andréa Francisca Fernandes Barbosa
94
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1 INFLUÊNCIA DO ULTRASSOM NA SOLUBILIDADE DOS HPAs DO ÓLEO
CRU EM HEXANO
Ensaios a diferentes tempos de exposição ao ultrassom, de uma solução de óleo
cru em hexano, foram feitos como forma de avaliar as condições ideais para dissolução
dos HPAs no solvente em estudo. A eficiência do tratamento foi avaliada através da
comparação entre as intensidades da fluorescência dos HPAs na solução, com e sem
exposição ao ultrassom.
A figura 4.1 apresenta os resultados, obtidos por espectrofluorimetria, onde cada
curva representa o espectro de uma amostra previamente tratada a um tempo diferente
de exposição ao ultrassom. A figura mostra uma semelhança entre os resultados obtidos
com a exposição da amostra ao ultrassom, porém com uma diferença grande em relação
à amostra não submetida ao ultrassom. A semelhança entre as intensidades da
fluorescência após os diferentes tempos de exposição ao ultrasson indica que a
solubilização total ocorre em um curto intervalo de tempo. A grande diferença entre os
resultados das amostras com e sem tratamento indica a necessidade da exposição ao
ultrassom para a solubilização total dos HPAs no hexano.
UFRN – PPGQ RESULTADOS E DISCUSSÃO
___________________________________________________________________ Andréa Francisca Fernandes Barbosa
95
300 400 500 6000
100
200
300
400
500
600Espectro de Emissão
λfixo de excitação= 282 nm
Inte
nsid
ade
de F
luor
escê
ncia
Comprimento de onda (nm)
amostra (Petróleo)/ultrasom 10 min amostra (Petróleo)/ultrasom 30 min amostra (Petróleo)/ultrasom 40 min amostra (Petróleo)/ultrasom 50 min amostra (Petróleo)/ultrasom 20 min amostra (Petróleo)/sem ultrasom Solvente (hexano)
Figura 4.1 Espectro de emissão de uma amostra de óleo cru solubilizada em hexano sem e com exposição ao ultrassom em diferentes intervalos de tempo.
4.2 APLICAÇÃO DA QUIMIOMETRIA PARA DETERMINAÇÃO DAS
MELHORES CONDIÇÕES DE EXTRAÇÃO LÍQUIDO-LÍQUIDO PARA HPAs.
4.2.1 Otimização do processo de extração através de um Planejamento Fatorial 23
A otimização por quimiometria permite controlar os parâmetros do processo de
extração e tem como nítida vantagem a maximização da eficiência de recuperação do
analito. Com a otimização, os parâmetros poderão ser controlados e as vantagens com
relação à máxima extração, serão maiores. Dentre outras coisas poderá ser observado,
através da técnica quimiométrica, se a extração é eficaz em um volume de amostra
UFRN – PPGQ RESULTADOS E DISCUSSÃO
___________________________________________________________________ Andréa Francisca Fernandes Barbosa
96
maior com um volume de solvente menor e avaliar o tipo de solvente que mais contribui
no processo. Os solventes utilizados neste trabalho foram: o clorofórmio, o hexano e o
diclorometano.
Conforme experimentos realizados no item 4.1, a solubilidade dos HPAs no
hexano aumenta com a exposição ao ultrassom. O tempo de exposição ao ultrassom na
etapa de extração líquido-líquido (água-hexano) foi de 10 minutos.
Para este estudo utilizou-se uma amostra sintética contendo uma mistura padrão de
16 de HPAs num volume de 1000 mL. Essa amostra foi extraída com os solventes já
mencionados para o estudo do planejamento fatorial.
4.2.2 Determinação das Variáveis e a matriz do planejamento
A fim de encontrar as melhores condições para a extração líquido-líquido dos
HPAs, em meio aquoso, foi utilizado o planejamento fatorial 23 (8 experimentos). Para
tanto foram estudados, como fatores, os diferentes tipos de solvente, suas misturas em
diferentes proporções e tratamento com ultrassom. Os Quadros 4.1 e 4.2 mostram os
fatores e os níveis para dois diferentes planejamentos fatoriais 23.
Quadro 4.1. Fatores e seus respectivos níveis para o planejamento fatorial 23 empregando os solventes
hexano e diclorometano.
Codificação Fatores Níveis
-1 +1
X1 Solvente Hexano Diclorometano
X2 Proporção 1:1 1:3
X3 Ultrassom Sem com
Quadro 4.2. Fatores e níveis para o planejamento fatorial 23 empregando os solventes hexano e
clorofórmio.
Variáveis Fator Níveis
-1 +1
X1 Solvente Hexano Clorofórmio
X2 Proporção 1:1 1:3
UFRN – PPGQ RESULTADOS E DISCUSSÃO
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97
X3 Ultrassom Sem com
A matriz do planejamento fatorial 23 foi uma alternativa para observar a
influência dos fatores entre si, e foi utilizado para padronizar o sistema de preparação de
amostra. A matriz do planejamento fatorial foi desenvolvida de acordo com os Quadros
4.1 e 4.2. Nas tabelas 4.1 e 4.2 as respostas experimentais correspondem às áreas das
bandas de emissão dos espectros de fluorescência dos HPAs. Nestas tabelas também
podem ser observados os valores de Y(exp), médias entre as duas respostas. A matriz de
planejamento completa, na qual são apresentados os oito ensaios em que cada um deles
é resultado da combinação dos três fatores e dos dois níveis. Também é apresentada a
interação entre os fatores e os sinais correspondentes às suas diversas combinações.
A resposta, de cada experimento do planejamento fatorial, foi obtida através da
integração da área sob a curva do espectro de emissão, como mostrado através da região
hachurada na figura 4.2. A integração foi feita utilizando-se o software microcal origin.
350 400 450 500 5500
50
100
150
200
250
300
350
Inte
nsid
ade
de F
luor
escê
ncia
Comprimento de Onda (nm)
AM061
Figura 4.2 Resposta usada no planejamento fatorial. Área hachurada sob a curva.
UFRN – PPGQ RESULTADOS E DISCUSSÃO
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98
Tabela 4.1 Matriz do planejamento fatorial 23 para o sistema solvente hexano/diclorometano. no
Exp. média Variáveis R1 R2 Y(exp.)X1 X2 X3 X12 X13 X23 X1231 1 -1 -1 -1 1 1 1 -1 689,47 691,38 690,432 1 1 -1 -1 -1 -1 1 1 703,13 699,65 701,393 1 -1 1 -1 -1 1 -1 1 3782,55 3848,37 3815,464 1 1 1 -1 1 -1 -1 -1 1782,52 1797,26 1789,895 1 -1 -1 1 1 -1 -1 1 1432,34 1371,66 1402,006 1 1 -1 1 -1 1 -1 -1 4768,10 4792,51 4780,317 1 -1 1 1 -1 -1 1 -1 10934,90 10878,96 10906,938 1 1 1 1 1 1 1 1 20285,45 20306,07 20295,76
Tabela 4.2 Matriz do planejamento fatorial 23 para o sistema solvente hexano/clorofórmio. no
Exp. média Variáveis R1 R2 Y(exp.)
X1 X2 X3 X12 X13 X23 X1231 1 -1 -1 -1 1 1 1 -1 689,47 691,38 690,432 1 1 -1 -1 -1 -1 1 1 703,13 699,65 701,393 1 -1 1 -1 -1 1 -1 1 965,35 940,31 952,834 1 1 1 -1 1 -1 -1 -1 900,58 901,27 900,935 1 -1 -1 1 1 -1 -1 1 1432,34 1371,66 1402,006 1 1 -1 1 -1 1 -1 -1 4768,10 4792,51 4780,317 1 -1 1 1 -1 -1 1 -1 909,97 919,6 914,798 1 1 1 1 1 1 1 1 763,73 738,89 751,31
A Figura 4.3 mostra que a intensidade da fluorescência realmente varia com em
função da combinação dos fatores, sendo a maior resposta observada no ensaio 08, nível
positivo para todos os fatores. A segunda maior resposta foi o experimento 7 sem uso
do ultrassom, proporção 1:3 e no meio diclorometano. Claramente, observando a área
da mesma figura observa-se que a proporção 1:1 tem uma influencia muito grande na
resposta, pois os experimentos 6 e 7 não foram muito correspondente.
UFRN – PPGQ RESULTADOS E DISCUSSÃO
___________________________________________________________________ Andréa Francisca Fernandes Barbosa
99
300 350 400 450 500 5500
50
100
150
200
250
300
350
400
Inte
nsid
ade
de F
luor
escê
ncia
Comprimento de Onda emissão (nm)
experimento 7 experimento 8 experimento 6 experimento 5 BcoDCM
Tabela 4.1
Figura 4.3. Espetros de emissão do planejamento fatorial 23 dos HPAs em Diclorometano (DCM) com comprimento de onda de excitação fixo de 282 nm.
A figura 4.4 mostra os espectros de emissão da amostra sintética extraída em
hexano. O que se pode observar que o experimento 3 apresenta uma grande
significância de resposta. Essa resposta seria a presença do ultrassom e proporção 1:3.
Algo muito interessante é que em todos os casos do experimento a estrutura das áreas
são as mesmas, isto mostra que existe a possibilidade da extração de todos os HPAs nos
experimentos. O hexano é um bom solvente de extração, mas ele apresenta uma
volatilidade muito grande com relação aos demais solventes, exigindo mais cuidados
com o experimento no sentido de minimizar erros nas medidas e problemas ambientais.
UFRN – PPGQ RESULTADOS E DISCUSSÃO
___________________________________________________________________ Andréa Francisca Fernandes Barbosa
100
350 400 450 500 5500
20
40
60
80
100
120
Inte
nsid
ade
de F
luor
escê
ncia
Comprimento de Onda emissão (nm)
experimento 4 experimento 3 experimento 2 experimento 1 branco hexano
Tabela 4.1 e 4.2
Figura 4.4 Espetros de emissão do planejamento fatorial 23 dos HPAs em hexano (Hex) com comprimento de onda de excitação fixo de 282 nm.
A Figura 4.5 mostra os espectros com os resultados obtidos em clorofórmio
utilizadas no planejamento fatorial 23 e que não apresentou condições favoráveis para o
experimento, pois a área apresentou valores muito menores. Considerando-se ainda que
o clorofórmio é um reagente muito tóxico, e além disso o mais volátil dos três, estas
informações corroboraram para que o mesmo não fosse utilizado no procedimento dos
experimentos. Observando as áreas desta figura, todos os experimentos, apresentam-se
valores correlatos. Este resultado pode indicar a saturação do solvente pelo HPA e
também, o fato do clorofórmio ser o solvente mais polar entre os usados, que este esteja
absorvendo muita água que pode inibir o processo de fluorescência dos HPAs extraídos.
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101
240 260 280 300 320 340 360 3800
20
40
60
80
100
120
Inte
nsid
ade
de F
luor
escê
ncia
Comprimento de Onda Emissão (nm)
experimento 7 experimento 8 experimento 6 experimento 5
Solvente: ClorofórmioTabela 4.2
Figura 4.5 Espetros de emissão do planejamento fatorial 23 dos HPAs em Clorofórmio com comprimento de onda de excitação fixo de 282 nm.
Cabe ressaltar que os solventes hexano, clorofórmio e diclorometano vêm sendo
muito utilizados por muitos autores, bem como a mistura de hexano e diclorometano,
que mostram ser mais eficientes do que eles separados. Não foi encontrada referência
que fizesse comparação entre os diversos solventes utilizados. Na literatura foi
encontrada comparação entre solventes alcoólicos em que também foi feito tratamento
estatístico semelhante ao realizado neste trabalho (Neves, 2006, p. 33-40), ou seja, com
o objetivo de escolher as melhores condições de trabalho.
Os autores XU et al, (1995, p. 307-312) utilizaram mapa de contorno, para
explicar a matriz de emissão com relação ao comprimento de onda, e diagrama de bloco
para explicar a região de interação. A literatura, desses autores mencionados, foi uma
ferramenta muito útil nas respostas obtidas desse trabalho realizado.
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102
4.2.3 Cálculo dos efeitos
O cálculo dos efeitos é baseado nos níveis dos fatores e suas interações com
relação à resposta de cada experimento. Então a Equação 4.1 mostra como é calculado
o efeito do planejamento fatorial para média dos oito experimentos e a equação 4.2
mostra o cálculo para os níveis dos efeitos. Yexp é a resposta de cada experimento e Xi
são as variáveis dos níveis correspondentes a cada experimento.
Equação 4.1
Equação 4.2 A Tabela 4.3 mostra o resultado dos efeitos dos fatores, que a partir deles pode
se observar o grau de significância relacionando-se com o erro.
Tabela 4.3 Efeitos do sistema.
Hexano\DCM hexano/clorofórmio
b0 5547,77 b0 1386,75 b1 2688,13 b1 793,47 b2 -7597 b2 1150,71 b3 7308,48 b3 -1013,6 b12 -3695,4 b12 813,94 b13 993,5 b13 -901,16 b23 -5201,7 b23 -1244,5 b123 -2011,8 b123 -869,73
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103
4.2.4 Cálculo do erro
O erro é calculado através da variância como forma de observar a significância
dos valores obtidos, tal como as pequenas oscilações que ocorre em cada etapa dos
experimentos. A Equação 4.3 mostra como calcular o erro dos experimentos. O erro foi
calculado para observar se os efeitos foram significativos ou não num intervalo de
confiança de 95%. Então os valores de distribuição de t de Student foram de 8 graus de
liberdade para uma probabilidade de 5% ou 2,3. Sendo que para nossos valores o erro
foi insignificante, pois apresentou um valor muito pequeno, então não precisou tirar
nem um dos valores dos efeitos. Isto ocorreu, portanto por apresentar valores repetidos
de medidas de cada experimento, isto é a repetição não foi autentica.
Equação 4.3
4.2.5 Descrição do modelo estatístico
O modelo estatístico do planejamento fatorial pode ser construído através de
variáveis codificadas que são X1, X2 e X3 e os βs são valores populacionais dos efeitos.
β0 é um termo constante, é a media de todas as respostas e os demais coeficientes são a
metade dos efeitos calculados. Na Equação 4.4 mostra o modelo estatístico do
planejamento fatorial da extração líquido-líquido.
y (X1, X2, X3) = β0 + β1 X1 + β2 X2 + β3 X3 + β12 X12 + β13 X13 + β23 X23 + β123 X123
Equação 4.4
Na Tabela 4.3 são mostrados os efeitos que correspondem aos coeficientes,
chamados de estimadores dos parâmetros populacionais. Os efeitos foram calculados
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104
para obtenção do Y(modelo). Quando o modelo experimental corresponder ao modelo
teórico significa que todos os parâmetros foram significativos e os fatores foram
correspondentes entre si. As Equações 4.1 e 4.2 mostram a equação do formato do
modelo teórico.
Y(modelo) = 5548 + 1344X1 – 3798X2 + 3654X3 – 1848X12 + 497X13 – 2601X23 -
1006X123 Equação 4.5
Y(modelo) = 1387 + 397X1 - 507X2 + 575X3 - 450X12 + 407X13 - 622X23 -
435X123 Equação 4.6
4.4 VISÃO GEOMÉTRICA DOS RESULTADOS
Os vértices de um cubo são utilizados para colocar adequadamente os resultados
do planejamento fatorial 23, que pode ser verificado na representação da Figura 4.6 e
4.7.
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105
Figura 4.6 Representação em forma de cubo dos resultados da tabela 4.5.
Figura 4.7 Representação em forma de cubo dos resultados da tabela 4.6.
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106
Observando o cubo da figura 4.6 o uso do ultrassom, que possui nivel positivo
(+), apresenta resultados elevados em todos os ensaios. No entanto, a conbinação de
outros fatores, tais como, solvente diclorometano com nivel positivo (+) e proporção 1:3
com nível positivo (+) são mais característicos. O diclorometano possui um poder de
extração bem melhor do que o hexano, isso se deve ao valor do indíce polar. O hexano
apresenta um índice polar bastante baixo com relação ao diclorometano. O hexano
também apresenta uma toxidade maior por ser um solvente muito volátil.
Os vértice do cubo aumenta no sentido do quadrado 1, 2, 3 e 4 para o sentido do
quadrado 5, 6, 7 e 8, de frente para trás do cubo, como também no sentido do quadrado
1, 2, 5 e 6 para 3, 4, 7 e 8, de baixo para cima do cubo. Isso indica a influência dos
fatores. O aumento dos valores de frente para trás do cubo deve se a influência do fator
diclorometano e o aumento dos valores de baixo para cima do cubo é devido a
influência da proporção 1:3.
O cubo da Figura 4.7 mostra que o uso do ultrassom nivel positivo (+), o
solvente hexano nivel negativo (-) e a proporção 1:3 nivel positivo (+) apresenta um
valor maior do que os demais. Neste contexto pode se observar a influência do solvente
no processo. E o segundo resultado maior mostra a ausência do ultrassom nivel negativo
(-), o uso do solvente hexano nivel negativo (-) e a proporção 1:3 nivel positivo (+).
Também pode se observar a presença do solvente hexano. Em ambos os resultados
maiores pode se observar a influência muito forte do uso do solvente hexano e a
proporção 1:3.
Nos demais resultados pode se observar a estabilidade dos valores mostrando
que houve uma saturação dos analitos na solução.
O uso do clorofórmio não foi muito eficaz, por ele ser muito tóxido e não
contribuir bem na extração dos analitos da matriz água.
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107
4.5. OTIMIZAÇÃO DAS CONDIÇÕES INSTRUMENTAIS DE ANÁLISES NO
FLUORÍMETRO
4.5.1. Determinação do comprimento de onda fixo de excitação
O espectro de excitação sempre aparece em comprimentos de onda menores
enquanto o espectro de emissão aparece em comprimentos de onda maiores como
mostra na revisão da literatura. Por exemplo, quando for analisar um espectro de
excitação, deve-se fixar o comprimento de onda de emissão. Se o comprimento de onda
fixo de emissão for de 400 nm o espectro de excitação será num intervalo de 220 nm até
350 nm; se o comprimento de onda fixa de excitação for de 280 nm, então o espectro de
emissão será num intervalo de comprimentos de onda acima de 300 nm. Mas como o
objetivo do trabalho é a verificação dos HPAs por Fluorescência (emissão), portanto
será determinado o melhor comprimento de onda fixo de excitação para os HPAs.
Observando a Figura 4.8 o melhor espectro de emissão foi num comprimento de
onda fixo de 260 nm. Pois aparecem todas as transições relativas ao espectro dos
orgânicos totais, podendo analisar a emissão a partir de 300 nm. Para escolha desse
comprimento de onda foi utilizado como referência os padrões de HPAs.
UFRN – PPGQ RESULTADOS E DISCUSSÃO
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108
340 360 380 400 420 440 460 480 5000
100
200
300
Inte
nsid
ade
de F
luor
escê
ncia
Comprimento de Onda de Emissão
220 λmáxexitação
240λmáxexitação
260λmáxexitação
280λmáxexitação
300λmáxexitação
307λmáxexitação
320λmáxexitação
340λmáxexitação
360λmáxexitação
380(10)λmáxexitação
400(11)λmáxexitação
λmáx,emissão = 410 nm
Figura 4.8. Espectros de emissão de uma amostra sintética de HPAs, usando-se comprimentos de onda
fixos para excitação.
4.5.2. Determinação da resolução espectral de emissão e excitação do
Espectrofluorímetro
O tamanho da resolução espectral é um parâmetro de grande importância,
principalmente para a resolução do espectro. Geralmente, um tamanho maior de
resolução espectral não deixa bem definido as transições do analito a ser estudado,
principalmente em espectros de bandas estreitas, pois a dispersão de luz é muito grande,
como apresentado na Figura 4.9. As resoluções espectrais menores também apresentam
suas limitações, mostrando espectros com transições bem definidas dos analitos, no
entanto a intensidade da luz é muito fraca. Portanto, devido a essas limitações, as
resoluções espectrais intermediárias são mais utilizadas.
O espectro de emissão foi obtido utilizando-se três tipos de resoluções espectrais
do espectrofluorímetro para determinar qual delas apresentava a melhor resposta.
Investigando a Figura 4.10, observa-se que os espectros de emissão são equivalentes
UFRN – PPGQ RESULTADOS E DISCUSSÃO
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109
para as resoluções espectrais de 3 e 5 nm, mas a resolução espectral de 5 nm, Figura
4.11 tem a maior intensidade, no entanto é preferível usar a resolução espectral de 3 nm
para emissão e excitação da amostra, tendo em vista que pode haver saturação no
espectro quando se analisa HPAs que possuem alta intensidade de emissão, Figura
4.12. A resolução espectral de 1,5 nm não apresentou espectros de emissão e excitação
com intensidade muito baixa, sendo difícil de visualizar as transições bem definidas.
Figura 4.9. Espectro de uma amostra em vários tipos de Resoluções espectrais.
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110
300 350 400 450 500 5500
200
400
600
800
Inte
nsid
ade
de F
luor
escê
ncia
Comprimento de Onda (nm)
Fenda de 1,5 nm Fenda de 3,0 nm Fenda de 5,0 nm
Figura 4.10. Espectros de emissão de uma amostra de óleo cru em três tipos de resoluções
espectrais: 1,5, 3,0 e 5,0 nm.
300 350 400 450 500 5500
200
400
600
800
Inte
nsid
ade
de F
luor
escê
ncia
Comprimento de Onda (nm)
Fenda de 5 nm
Figura 4.11 Espectro de emissão de uma amostra de óleo cru em uma resolução espectral de
5nm, ampliada da figura 4.10.
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111
300 350 400 450 500 5500
20
40
60
80
100
Inte
nsid
ade
de F
luor
escê
ncia
Comprimento de Onda (nm)
Fenda de 3 nm
Figura 4.12 Espectro de emissão de uma amostra de óleo cru em uma resolução espectral de
3nm, ampliada da figura 4.10.
4.6. PARÂMETROS DE DESEMPENHO ANALITICO DO FLUORÍMETRO
A faixa analítica de trabalho foi construída com 6 soluções padrões de
concentrações entre 5 a 180 µgL-1 de HPAs em hexano, Figura 4.13. Através da curva
analítica foi obtido o fator de correlação, Equação 4.4. Para calcular o limite de
quantificação 0,0786 ugL-1 e o limite de detecção 0,0272 µgL-1 foi feito a análise do
hexano no espectrofluorímetro 10 vezes e calculado a média e o desvio padrão. Esses
valores serviram para o cálculo do sinal analítico onde o limite de quantificação é 10
vezes o sinal/ruído do desvio padrão do branco (hexano) e o limite de detecção é 3
vezes o sinal/ruído do desvio padrão do branco (hexano) ambos somado com a média
(MYCOTOXINS, 2008). A faixa analítica de trabalho do padrão em clorofórmio foi
construída com 6 soluções padrões de HPAs de concentrações entre 8 a 61 µgL-1,
Figura 4.14. O fator de correlação para a curva em clorofórmio está na Equação 4.3.
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112
Y = 202,19 + 24,08* X R = 0,99516 Equação 4.7
Y = 1226,53 + 433,00*x R = 0,99644 Equação 4.8
0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 2000
1000
2000
3000
4000
5000Á
rea
Concentração (ugL-1)
Y = 202,18809 + 24,07895 * X R = 0,99516
LQ = 0,0786 ugL-1 LD = 0,0272 ugL-1
Figura 4.13. Curva analítica da mistura dos HPAs em hexano e o limite de quantificação e
detecção.
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113
0 10 20 30 40 50
4000
6000
8000
10000
12000
14000
16000
18000
20000
22000
24000
y = 1226,53 + 433,00*x R = 0,99644
Áre
a
Concentração (ugL-1) Figura 4.14. Curva analítica da mistura dos HPAs em clorofórmio e o limite de quantificação e
detecção.
O limite de detecção (LD) representa a mais baixa concentração da substância
em exame que pode ser detectada com certo limite de confiabilidade utilizando um
determinado procedimento experimental. O limite de quantificação representa a mais
baixa concentração do analito que pode ser quantificada com certa confiabilidade,
utilizando uma marcha analítica específica (VIEIRA ; LICHITIG, 2004, p. __).
Equação 4.9 Sm = Sinal analítico Sbr = sinal do branco (desvio padrão) m = inclinação da curva padrão
4.7. PADRÕES DE HPAs E O PETRÓLEO BRUTO
Em um espectrofluorímetro foram feitos a análise dos padrões e do óleo cru
como referência da presença de HPAs, que servirão como comparação com a matriz
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114
(amostra de água) do Rio Potengi. Na Figura 4.15 pode ser observado o espectro de
emissão dos padrões de HPAs e também da amostra de óleo cru. Neste caso observa-se
que tanto os padrões quanto o óleo emitem na mesma região do espectro, indicando a
presença de HPAs na constituição do óleo. O espectro de emissão das amostras
apresenta uma soma de todas as transições, por isso ocorre uma banda grande e larga.
300 350 400 450 500 5500
50
100
150
200
250
300
Inte
nsid
ade
(u.a
.)
Comprimento de Onda λ(nm)
Hexano Padrão de 20 ugL-1
Padrão de 100 ugL-1
Padrão de 180 ugL-1
DTNESM QBEM
Figura 4.15. Espectros de emissão de padrões de HPAs e do óleo cru excitados em 282 nm.
4.7. APLICAÇÃO DOS MÉTODOS OTIMIZADOS EM AMOSTRAS COLETADAS
NO RIO POTENGI.
4.7.1. Amostras extraídas com clorofórmio
As amostras de água obtidas a partir da coleta na superfície das margens do Rio
Potengi, Figura 4.16, foram extraídas utilizando-se clorofórmio como solvente e
analisadas no espectrofluorímetro. Os resultados estão dispostos na Figura 4.17.
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115
Também foram analisadas soluções de nitrato para saber se este estava influenciando
nos resultados dos orgânicos. Na literatura foi estudada a interferência dos ácidos
húmicos nos resultados de HPAs, mas o que pode ser observado é que eles não
influenciaram na resposta, porque estes apresentam fluorescência numa região de
comprimentos de onda maiores, em torno de 600 nm como pode ser observado na
Figura 4.17. Também pode ser observado no espectro que as amostras (Mucuripe, canal
do baldo, depósito Naval de Natal, Tavares de Lira Saída do curtume e praia do Y), em
comprimentos de onda de 350 a 450, apresentaram formatos de espectros de analitos de
HPAs que provavelmente serão: antraceno, Benzo(a)antraceno, Pireno, Criseno,
Fluoranteno e Dibenzo(a,h)antraceno enquanto que na região de 300 a 350 nm são
característico aos HPAs de Acenaftileno, Fenantreno e Naftaleno. Essas informações
estão apresentadas no anexo 1. No laboratório da Analytical Solution foram feitas as
análises de HPAs desses pontos em CGEM, mas só foram encontrados os seguintes
analitos nos respectivos pontos:
(a) Naftaleno 0,26 µgl-1 e Fenantreno 0,17 µgl-1 no ponto de mucuripe;
(b) naftaleno 0,09 µgl-1, fenantreno 0,39 µgl-1, antraceno 0,05 µgl-1, fluoranteno
0,03 µgl-1, pireno 0,08 µgl-1, benzoantraceno 0,03 µgl-1, criseno 0,02 µgl-1 -
Tavares de Lira; e
(c) naftaleno 0,07 µgl-1 na praia do Y.
Supõe-se que os demais analitos não foram encontrados devido ao tempo de
análise e conservação da amostra, pois teve se que enviar de Natal para São Paulo.
Os resultados das concentrações dos HPAs totais pelo especfluorímetro de cada
ponto foram:
(a) Mucuripe 34 µgl-1;
(b) canal do baldo 24,75 µgl-1;
(c) depósito Naval de Natal 43,94 µgl-1;
(d) tavares de Lira 23,13 µgl-1;
(e) saída do curtume 41,23 µgl-1; e
(f) praia do Y 15,66 µgl-1.
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116
A saída do maruim e o centro náutico não foram encontrados a presença de
HPAs.
Essas quantidades são provenientes de embarcações e também de lixos
domésticos que são lançados no Rio Potengi. Além de HPAs também podem existir
outros materiais orgânicos que florescem neste comprimento de onda. Os HPAs
também podem existir em alimentos como carnes defumadas, manteigas, bebidas
(cachaça), dentre outros.
Figura 4.16 Locais de coleta das amostras de água no Rio Potengi e a ferramenta de coleta.
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117
300 400 500 600 7000
20
40
60
80
100
120
140
160
180
200
Inte
nsid
ade
de F
luor
escê
ncia
Comprimento de Onda (nm)
Saída do Maruim Rua Chile - Centro Náutico Mucuripe - próximo a farinha do peixe Canal do baldo Depósito Naval de Natal Tavares de Lira Saída do Curtume Praia do Y Nitrato
Figura 4.17 Espectro de emissão das amostras de água do Rio Potengi com excitação fixa de
260 nm.
4.8.2. Amostras extraídas com hexano – Primeira coleta
As amostras foram coletas no rio potengi num total de 10 pontos distintos e no
leito do rio. Os locais foram marcados com GPS (Global Position Sistem) para
identificar os pontos coletados na primeira coleta. As amostras para HPAs foram
coletadas em frascos âmbar de vidro e conservadas em gelo (aproximadamente 4ºC) no
isopor. A Figura 4.18 mostra o percurso onde foram coletadas as amostras no Rio
Potengi. Esse percurso sai da Praia do Y próximo a praia da redinha até a ponte velha
(ponte de Igapó).
UFRN – PPGQ RESULTADOS E DISCUSSÃO
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118
Figura 4.18. Mapa do Rio Potengi em Natal/RN onde foram feitas as coletas das amostras com
matriz água.
Nas amostras de 1 a 6 dos pontos(Mucuripe, canal do baldo, depósito Naval de
Natal, Tavares de Lira Saída do curtume e praia do Y), coletadas no leito do Rio
Potengi em maré baixa, não foi verificada a presença de HPAs. Esse resultado pode ser
confirmado pelo espectro de emissão da Figura 4.19.
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119
350 400 450 5000
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100Extraídos com solvente hexano
Inte
nsid
ade
de F
luor
escê
ncia
Comprimento de Onda (nm)
am1em282 am2em282 am3em282 am4em282 am5em282 am6em282 Hexano
Figura 4.19. Espectro de emissão das amostras coletadas no Rio Potengi.
Um possível motivo para a ausência dos HPAs no leito do rio seria a correnteza
elevada e o grande volume d’água, apesar da baixa maré no momento da coleta,
causando tanto a dispersão quanto diluição desses analitos. Esses valores estão em
concordância com os resultados de TOG (teor de óleos e graxas) que apresentou
concentrações menores do que 10 µgl-1.
4.8.3. Amostras extraídas com hexano – Segunda coleta
Depois de 4 meses da primeira coleta no leito do rio e em maré baixa foram
feitas outras coletas em um número menor de pontos, mas em locais críticos, na
extremidade do rio. Também com cuidados no armazenamento (frasco de vidro de cor
âmbar e conservação a 4 oC numa caixa de isopor). As amostras quando extraídas foram
UFRN – PPGQ RESULTADOS E DISCUSSÃO
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120
analisadas em um espectrofluorímetro e os resultados obtidos estão apresentados na
Figura 4.20, espectro de emissão e Figura 4.21 espectro de excitação. Os pontos de
coletas foram: Mucuripe, canal do baldo, depósito Naval de Natal, Tavares de Lira e
Saída do curtume
350 400 450 500 5500
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100In
tens
idad
e (u
.a.)
Comprimento de Onda (nm)
amostra 3 amostra 4 amostra 6 amostra 7 amostra 8 Hexano
Figura 4.20 Espectros de emissão das amostras coletadas no Rio Potengi em comprimento de
onda de excitação fixo de 282 nm.
230 240 250 260 270 2800
10
20
30
40
50
60
70
Inte
nsid
ade
(u.a
.)
Comprimento de Onda (nm)
Amostra 3 Amostra 4 Amostra 6 Amostra 7 Amostra 8
Figura 4.21 Espectros de excitação das amostras coletadas no Rio Potengi obtidos em
comprimento de onda de emissão fixo de 310 nm.
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121
4.9. OTIMIZAÇÃO DO MÉTODO POR CGDIC E APLICAÇÃO EM AMOSTRAS
E PADRÕES
Neste estudo foram avaliados alguns métodos citados na literatura para análise
de HPAs, mas nem todos foram satisfatórios, então foi necessário fazer uma adaptação
de um dos métodos para enquadrar-se ao equipamento CGDIC do fabricante THERMO.
Com este método foi analisado um padrão de HPAs de 40 mgl-1 e obtido o
cromatograma da Figura 4.22. Esse cromatograma foi comparado com o artigo de
(SILVA et al, 2006), que apresentou semelhança com os resultados publicados.
No Rio Potengi foram coletadas, em 8 pontos, as amostras de água e
conservadas em temperatura de 4oC em caixa de isopor contendo gelo. As Figuras
4.23.1 até 4.23.8 representam oito pontos de coleta dispostos ao longo dos Rios Jundiaí
e Potengi. As análises não indicaram a presença de HPAs. Os cromatogramas de 3 a 8
são referentes às amostras dos pontos de coleta: Mucuripe, canal do baldo, depósito
Naval de Natal, Tavares de Lira e Saída do curtume. Os resultados das amostras de 10 a
12, considerados como pontos críticos, no Rio Jundiaí, também não indicaram a
presença de HPAs. A amostra 10 foi coletada próxima a currais de animais e esgoto e
em maré baixa; a amostra 11 foi coletada próxima a esgotos de indústrias têxteis, mas
também não foi encontrado traços de matéria orgânica; e a amostra 12 foi coletada
próxima a viveiros de camarões, e também não foi detectada a presença de HPAs.
UFRN – PPGQ RESULTADOS E DISCUSSÃO
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122
5 10 15 20 25 30 35 40 45 500
5000000
10000000
15000000
20000000
25000000
30000000
35000000
40000000
Benz
o(g,
h,i)p
erile
noD
iben
zo(a
,h)a
ntra
ceno
Benz
o(a)
pire
noBe
nzo(
k)flu
oran
teno
Benz
o(b)
Fluo
rant
eno
Cris
eno
Pire
noBe
nzo(
a)an
trace
no
Fena
ntre
no
Inde
no(1
,2,3
-cd)
Pire
no
Fluo
reno
Antra
ceno
Fluo
reno
Acen
afte
noAc
enaf
tilen
o
Naf
tale
no
Volta
gem
(mV)
Tempo de Retenção (min)
(Padrão de HPAs 40 mg/l)
Figura 4.22 Cromatograma dos HPAs prioritários numa concentração de 40 mgL-1.
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28 30 32
2000000
4000000
6000000
8000000
10000000
12000000
14000000
16000000
18000000
20000000
Vol
tage
m (m
V)
Tempo de Retenção (min)
amostra 3
Figura 4.23.1 Cromatograma da amostra coletada no Rio Potengi ponto 3.
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123
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28 30
1400000
1600000
1800000
2000000
2200000
2400000
2600000
2800000
3000000
3200000
3400000
3600000
3800000
4000000
Volta
gem
(mV
)
Tempo (min)
amostra 4
Figura 4.23.2 Cromatograma da amostra coletada no Rio Potengi ponto 4.
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28 30 32
2000000
4000000
6000000
8000000
10000000
12000000
14000000
16000000
Vol
tage
m (m
V)
Tempo de Retenção (min)
amostra 6
Figura 4.23.3. Cromatograma da amostra coletada no Rio Potengi ponto 6.
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124
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28 30 32
1200000
1400000
1600000
1800000
2000000
Volta
gem
(mV
)
Tempo de Retenção (min)
amostra 7
Figura 4.23.4 Cromatograma da amostra coletada no Rio Potengi ponto 7.
0 5 10 15 20 25 30
2000000
4000000
6000000
8000000
10000000
12000000
14000000
16000000
Volta
gem
(mV
)
Tempo de Retenção (min)
amostra 8
Figura 4.23.5 Cromatograma da amostra coletada no Rio Jundiaí ponto 8.
UFRN – PPGQ RESULTADOS E DISCUSSÃO
___________________________________________________________________ Andréa Francisca Fernandes Barbosa
125
0 5 10 15 20 25 30
2000000
4000000
6000000
8000000
10000000
12000000
14000000
16000000
Volta
gem
(mV
)
Tempo de Retenção (min)
amostra 10
Figura 4.23.6. Cromatograma da amostra coletada no Rio Jundiaí ponto 10.
0 5 10 15 20 25 30
2000000
4000000
6000000
8000000
10000000
12000000
14000000
16000000
Volta
gem
(mV
)
Tempo de Retenção (min)
amostra 11
Figura 4.23.7 Cromatograma da amostra coletada no Rio Jundiaí ponto 11.
UFRN – PPGQ RESULTADOS E DISCUSSÃO
___________________________________________________________________ Andréa Francisca Fernandes Barbosa
126
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28 30 32
2000000
4000000
6000000
8000000
10000000
12000000
14000000
16000000
18000000
20000000
Volta
gem
(mV
)
Tempo de Retenção (min)
amostra 12
Figura 4.23.8. Cromatograma da amotra coletada Rio Jundiaí ponto 12.
4.10 TEOR DE ÓLEOS E GRAXAS (TOG)
O analisador InfraCal TOG/TPH é padronizado com amostras de óleo cru e
extraído com hexano de grau HPLC, como é sugerido no manual de instrução do
equipamento. A resposta é dada em µgl-1.Os resultados desse equipamento é dado em
concentração. Os hidrocarbonetos extraídos pela energia de infravermelho por absorção
em um comprimento de onda específico e quantidade de energia absorvida é
proporcional a concentração do óleo e graxa do solvente. Os resultados das amostras do
rio jundiaí e potengi segue na Tabela 4.4. Esses valores foram coletados no leito e na
superfície do rio e em maré alta e baixa. Os valores são bastante imprevisíveis no que
diz respeito a um local que existe muitas influências do meio. Comparando os valores
com os cromatogramas do item 4.8 e com o espectro de emissão da figura 4.24 observa-
se que não poderá existir HPAs nestes pontos de coletas, apenas outros tipos de
orgânicos que não são luminescentes e o detector de ionização de chama do
cromatógrafo não foi possível determinar.
UFRN – PPGQ RESULTADOS E DISCUSSÃO
___________________________________________________________________ Andréa Francisca Fernandes Barbosa
127
Tabela 4.4. Resultados de TOG das amostras coletadas no Rio Jundiaí e Potengi.
Pontos 1ª Coleta 2a Coleta Pontos 1ª Coleta 2a Coleta E01C 3,5 2,6 E01V 6,3 4 E02C 3 0,6 E02V 5,6 3,7 E03C 3 6,5 E03V 7 1,5 E04C 2 2 E04V 9,3 2 E05C 2,3 1 E05V 8,6 2,3 E06C 1,7 2,5 E06V 2,3 2 E07C 2 3 E07V 7 1,3 E08C 5,3 2,6 E08V 6,7 2,7 E09C 3 7,5 E09V 8,7 0,7 E10C 3 1,5 E10V 2 5,7 E11C 1,7 2,5 E11V 4,7 5,3 E12C 2 1,5 E12V 3,3 8 Data 4/10/2007 14/11/2007 Data 4/10/2007 14/11/2007
C - Maré Alta V - Maré Baixa
4.11. OTIMIZAÇÃO DA CONFIGURAÇÃO DO MÉTODO DO CROMATÓGRAFO
A GÁS POR ESPECTROMETRIA DE MASSA.
A otimização do método do cromatógrafo a gás acoplado a espectrometria de
massa foi-se necessário devido o fato de que outros métodos e normas encontrados na
literatura não foram favoráveis às condições de análise impostas pelo software
XCALIBU.
O amostrador AI/AS 3000 foi configurado para fazer várias lavagens na amostra
a ser injetada e também no solvente depois da injeção da amostra, para não contaminar
a amostra seguinte, Figura 4.24. Isso foi feito para evitar a contaminação de uma
amostra pela outra. A figura 4.25.1 mostra a configuração do forno utilizada para o
método empregado nas análises do CGEM:
(a) Temperatura inicial de 40 0C num tempo de aquecimento de 4 min; e
(b) Temperatura final de 270 0C num tempo de 5 min e rampa de aquecimento de
10oC/min.
A Figura 4.25.2 mostra a configuração da temperatura do injetor que é de 250 oC com fluxo de 30 mL/min num modo sem divisão de fluxo (inglês: splitless) onde
toda a amostra e solvente são utilizados na injeção sem discarte.
UFRN – PPGQ RESULTADOS E DISCUSSÃO
___________________________________________________________________ Andréa Francisca Fernandes Barbosa
128
A Figura 4.29.3 mostra a configuração do gás carriado o qual segue num modo
de fluxo constante e a Figura 4.25.4 mostra que a temperatura de transferência do
cromatógrafo a gás ao espectrômetro de massa é de 280 oC.
A Figura 4.26 representa a configuração para o funcionamento do PolasrisQ, o
espectrometro de massa da THERMO circulado em vermelho. As condições de uso são:
1 – A temperatura da zona de aquecimento é de 200 oC;
2 – o tempo no cromatograma vai ser escaniado apartir de 4 min que está atribuído a
saída do solvente observado no segmento 1; e
3- o autotune do software CGEM significa o autoajuste de parãmetros, como atribuição
e abudancia das massas (relação da abudancia dos íons) e a forma dos picos (LANÇAS,
2004, p. 1-3).
No modo de varredura (inglês: scan mode) pode ser escolhido o tipo de
varredura do cromatograma e do espectro. O modo varredura completa (inglês:
FULLSCAN) é o mais utilizado, pois faz uma varredura completa no cromatograma e
espectro. Quando definidos os tempos de retenção e os íons de cada analito a amostra
deverá ser analisada no modo de monitoramento da seleção dos íons (inglês: SIM –
Selected Ion Monitoring), pois facilita na identificação ideal do analito a ser estudado.
Com esta metodologia foi possível identificar todos os 16 HPAs prioritários
como também identificá-los nas amostras estudadas.
Figura 4.24. Configuração do amostrador Al-AS 3000 para as análises de HPAs.
UFRN – PPGQ RESULTADOS E DISCUSSÃO
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129
Figura 4.25.1. Configuração do forno do Cromatógrafo a gás para análise de HPAs.
Figura 4.25.2. Configuração do injetor do Cromatógrafo a gás para análise de HPAs.
UFRN – PPGQ RESULTADOS E DISCUSSÃO
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130
Figura 4.25.3. Configuração do arraste do gás do Cromatógrafo a gás para análise de HPAs.
Figura 4.25.4. Configuração da linha de transferência do Espectrômetro de massa para o Cromatógrafo a
gás para análise de HPAs.
UFRN – PPGQ RESULTADOS E DISCUSSÃO
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131
Figura 4.26. Configuração do Espectrometro de Massa para análise de HPAs.
4.11.1 Tempo de Retenção e Íons encontrados pelo Método FULLSCAN
Os resultados das análises dos 16 HPAs foram identificados individualmente no
CGEM com analisador de capturas de íons (inglês: íon trap), onde os resultados foram
comparados com a norma EPA 8170C e a biblioteca NIST do softeware do XCALIBU,
tabela 4.5. Como na biblioteca a maioria das análises são feitas em CGEM com
analisador quadrupolo, então a diferença foi mínima entre eles. Tendo todos os tempos
de retenção dos analitos e seus respectivos íons, quando for analisar as amostras utiliza-
se o mesmo método, apenas altera-se o modo de varredura para o modo SIM, assim
facilita na identificação do analito na amostra.
UFRN – PPGQ RESULTADOS E DISCUSSÃO
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132
Tabela 4.5. Tempo de retenção e fragmentação dos íons dos 16 HPAs prioritários.
Nome do composto Tempo de
Retenção (min)
Fragmentação
Ion Principal Ion Secundário
Pireno 24,51 212 206; 208
Acenaftileno 17,28 164 160; 158
Fenantreno 21,18 188 184; 160
Fluoranteno 24,01 212 180; 208
Acenafteno 17,71 164 162; 160
Antraceno 21,29 188 184; 160
Benzo (a) Antraceno 27,43 240 236; 232
Benzo (b) Fluoranteno 30,90 264 260; 232
Benzo (k) Fluoranteno 31,00 264 260; 256
Criseno 27,54 240 237; 212
Fluoreno 18,88 176 170; 146
Indeno (1,2,3 – cd) Pireno 39,13 288 280; 284
Naftaleno 13,54 136 108; 54
Benzo (g, h, i) Perileno 41,15 288 284; 280
Dibenzo (a, h) Antraceno 39,37 292 288; 284
Benzo(a) Pireno 32,29 264 132; 260
4.12. APLICAÇÃO DE ANÁLISES DE ALGUMAS AMOSTRAS POR CGEM E
FLUORESCÊNCIA
Os métodos otimizados na preparação da amostra, Fluorescência e CGEM foram
aplicados em amostras coletadas no rio potengi e obtido os resultados discutidos logo
em seguida.
Na amostra 1 coletada próximo a favela do maruim foi encontrado HPAs
acenaftileno, benzo(a)antraceno e Indeno(1,2,3-cd)pireno figura 4.27;
Na amostra 2 coletado próximo ao centro náutico, HPAs encontrados
acenaftileno, Figura 4.28; e
UFRN – PPGQ RESULTADOS E DISCUSSÃO
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133
Na amostra 3 coletado próximo a capitania dos portos foi encontrado HPAs
benzo(a)antraceno e Indeno(1,2,3-cd)pireno, Figura 4.29;
Esses HPAs são provenientes da contaminação que existe nas margens do rio, tal
como, lixos domésticos, óleos de embarcação e outros. E comparando esses resultados
com os espectros de emissão pode ser observado a presença dos HPAs pela região que
houve a emissão, portando vale lembrar que a Fluorescência apresenta HPAs totais.
9 12 15 18 21 24 27 30 33 36 39 42 45 480
500000
1000000
1500000
2000000
2500000
3000000
3500000
Volta
gem
(mV)
Tempo de Retenção (min)
AM1 - Favela do Maruim
Acen
aftil
eno
- 17,
50
Ben
zo(a
)ant
race
no -
27,3
1
Inde
no(1
,2,3
- cd)
pire
no -
39,1
4
Figura 4.27. Cromatograma de alguns HPAs encontrados no rio Potengi do ponto de amostragem na
favela do maruim.
9 12 15 18 21 24 27 30 33 36 39 42 45 48 51
0
500000
1000000
1500000
2000000
2500000
3000000
Vol
tage
m (m
V)
Tempo de Retenção (min)
AM2 - Náutico
Ace
nafti
leno
- 17
,52
Figura 4.28. Cromatograma de alguns HPAs encontrados no rio Potengi do ponto de amostragem no
centro náutico.
UFRN – PPGQ RESULTADOS E DISCUSSÃO
___________________________________________________________________ Andréa Francisca Fernandes Barbosa
134
9 12 15 18 21 24 27 30 33 36 39 42 45 480
500000
1000000
1500000
2000000
2500000
Vol
tage
m (m
V)
Tempo de Retenção (min)
AM3 - Capitania dos Portos
Ben
zo(a
)ant
race
no -
27,4
6
Inde
no(1
,2,3
- cd
)pire
no -
39,1
7
Figura 4.29. Cromatograma de alguns HPAs encontrados no rio Potengi do ponto de amostragem na
capitania dos portos.
Os espectro de emissão da Figura 4.30 mostra a existência de HPAs pelo
resultado obtido. Calculando a área pode-se obter a concentração de cada região, que
segue:
(a) Favela do maruim 4,60 µgl-1;
(b) Náutico 65,35 µgl-1;
(c) Capitania dos portos 4,21 µgl-1;
(d) Estação Ferroviária 1,48 µgL-1; estação Ferroviária 71,30 µgl-1; e
(e) Próximo a ponte nova 1,75 µgl-1;
No rio jundiaí próximos aos viveiros de camarões encontrou-se uma
concentração de 40,29 µgl-1; dejetos da indústria téxtel de Jundiai 1,64 µgl-1; e Esgoto
Jundiai 66,22 µgl-1. Na estação ferroviária foi encontrado dois valores, pois alguns
pontos deste local existiam áreas que estavam com característica comprometida em
relação a poluição, mas são valores que podem variar devido as condições do meio,
UFRN – PPGQ RESULTADOS E DISCUSSÃO
___________________________________________________________________ Andréa Francisca Fernandes Barbosa
135
como, maré alta ou maré baixa, vento, sol, chuva, organismos vivos que podem
degradar esta matéria orgânica.
350 400 450 500 5500
20
40
60
80
100In
tens
idad
e de
Flu
ores
cênc
ia
Comprimento de Onda (nm)
Favela do maruim Náutico Capitania dos Portos Estação Ferroviária Estação Ferroviária Ao lado da ponte próximo aos viveiros de camarões Indústrias téxteis esgotos Jundiai
Figura 4.30. Espectros de emissão das amostras coletadas no rio potengi.
CONCLUSÃO
UFRN – PPGQ CONCLUSÃO DOS RESULTADOS
________________________________________________________________________137 Andréa Francisca Fernandes Barbosa
5 CONCLUSÃO
Como o objetivo é diminuir o tempo da preparação da amostra, então o melhor tempo
de ultrassom foi o de 10 min comparado com os demais tempos utilizados.
O planejamento fatorial 23 cujos fatores foram: ultrassom, proporção de
solvente/amostra e solvente. O estudo destes foram bastante significativos com a utilização do
cubo que obtemos como resultado final:
(a) Pode observar uma diferença entre os solventes, no qual, a melhor análise foi com
o diclorometano não descartando a possibilidade do hexano que apresentou valores
muito bons;
(b) A proporção 1:3 mostrou em quase todos os ensaios estatísticos valores
representativos quando na sua interação entre os fatores;
(c) A utilização do ultrassom em combinação com o solvente diclorometano e
proporção 1:3 mostrou-se bastante representativa para o parâmetro estatístico do
cubo.
A análise de luminescência do óleo cru apresentou a mesma faixa de comprimento de
onda da mistura dos padrões de HPAs.
A otimização dos principais parâmetros ópticos foi analisada por luminescência
utilizando o fluorímetro. Um deles foi a resolução espectral onde a melhor foi a de 3 nm para
excitação e emissão apresentaram valores adequados para a análise dos espectros.
O comprimento de onda fixo de excitação, o mais adequando foi de 260 nm para o
clorofórmio e para o hexano foi um comprimento de onda de 282 nm. Esses comprimentos de
onda foram possíveis observar melhor todas as transições do analito estudado no solvente. A
diferença entre os comprimentos de onda é o efeito do solvente que varia quando o mesmo é
mudado. O comprimento de onda para o hexano foi o mesmo para o diclorometano, apenas o
efeito do solvente que deslocou um pouco o espectro de emissão, mas que apresentou um
adequado comprimento de onda para as análises.
UFRN – PPGQ CONCLUSÃO DOS RESULTADOS
________________________________________________________________________138 Andréa Francisca Fernandes Barbosa
As amostras coletadas na superfície e no leito do Rio Potengi, nas duas coletas feitas,
não apresentaram a presença de HPAs totais, nem pela análise de luminescência e nem pela
análise de cromatografia com detector de ionização de chama.
As respostas das análises de TOG mostraram valores de concentração de orgânicos
muito pequenos, mas que não são HPAs, tendo em vista que os mesmos foram da maré baixa
e alta mostrando se diferentes, devido à diluição dos compostos.
Amostras coletas na extremidade do Rio Potengi foram observadas a presença de
bastante matéria orgânica pelas análises de luminescência. Também foram feitas uma
investigação da existência de nitratos e ácidos húmicos, que não foram observados a
influência deles. Pelo espectro de emissão os nitratos não apresentaram luminescência e os
ácidos húmicos apresentam luminescência na faixa de 550 até 600 nm.
Em contrapartida pelas análises de CGEM, laboratório da Analitical solution, dessas
amostras foram observados que houve a presença de HPAs em alguns pontos coletados, que
foram:
(a) No ponto 4, local de mucurupi próximo a farinha do peixe foram obtidos dois
tipos de HPAs que são: naftaleno e fenantreno;
(b) No ponto 8, Tavares de lira (próximo aos arcos) foram obtidos: naftaleno,
fenantreno, antraceno, fluoranteno, pireno, benzoantraceno e pireno; e
(c) No ponto 9 praia do y apenas naftaleno.
Todos esses HPAs são provenientes de óleos de embarcação e de contaminações de lixos
domésticos, industriais e hospitalares.
Na curva de calibração do hexano foi encontrado limites de detecção de 0,027 µgl-1 e
limites de quantificação de 0,078 µgl-1 e o coeficiente de correlação de 0,996, na qual servirão
para a quantificação das amostras que estão contaminadas com HPAs totais em limites de
concentrações baixas.
Comparação dos resultados das técnicas de quantificação das amostras pelo espectro
de luminescência e CGEM:
UFRN – PPGQ CONCLUSÃO DOS RESULTADOS
________________________________________________________________________139 Andréa Francisca Fernandes Barbosa
(a) No ponto 4 por luminescência foi encontrado uma concentração de HPAs totais e
outros orgânicos uma concentração de 24,75 µgl-1 enquanto que no CGEM foi
uma concentração total de 0,43 µgl-1;
(b) No ponto 8 por luminescência foi encontrado uma concentração de 23,13 ugL-1
enquanto no CGEM 0,69 µgl-1; e
(c) No ponto 9 por luminescência foi encontrado uma concentração de 15,66 µgl-1
enquanto no CGEM 0,07 µgl-1.
Os resultados de luminescência comparado com o CGEM foram totalmente diferentes,
pois na luminescência apresentam todos os orgânicos que apresentam luminescência nesta
região e o CGEM é uma técnica quantitativa.
As outras amostras foram encontrados orgânicos pela luminescência, mas não foram
encontrados no CGEM. As amostras para a análise de CGEM foram transportadas para um
laboratório localizado em São Paulo, então o tempo de análise pode ter influenciado na
reposta. Os resultados encontrados nas outras amostras por luminescência foram:
(a) Ponto 6 concentração de 43,94 µgl-1 canal do baldo;
(b) Ponto 7 concentração de 23,13 µgl-1 próximo ao deposito naval; e
(c) Ponto 8 concentração de 41,23 µgl-1 praia do y.
A otimização do método para a utilização do CGEM para HPAs foi satisfatória, pois
as amostras de HPAs apresentaram-se picos que poderão ser identificados facilmente. A
configuração inicial em fullscan foi apenas para fazer uma varredura em todo o espectro para
saber o tempo de retenção e os íons principais para cada HPAs. O tempo de retenção e os íons
de cada um deles foram utilizados na identificação dos HPAs das amostras no modo SIM
(Selected íon monitoring).
A otimização do método para o CGDIC também foi satisfatória na identificação dos
HPAs totais dos padrões que também foi utilizado na identificação das amostras.
UFRN – PPGQ CONCLUSÃO DOS RESULTADOS
________________________________________________________________________140 Andréa Francisca Fernandes Barbosa
5.1 PERSPECTIVAS
Aplica a quimiometria em parâmetros de métodos do equipamento de CGEM e
Fluorescência, bem como CGDIC. Utilizando parâmetros de temperatura, tempo, quantidade
de amostra injetada, vazão de gás, isso para o CGEM e CGDIC;
No Fluorímetro os parâmetros a serem estudados seriam o tamanho das fendas de
excitação e emissão variando as, usar o modo sincronizado, variar comprimentos de onda e
fazer estudos a baixas temperaturas para o modo de fosforescência;
Utilizar nas análises de HPAs o modo CGEM/EM para observar a melhor maneira de
filtração dos íons;
Procurar utilizar outros modos de preparação de amostragem SPE – extração em fase
sólida, como forma de minimizar mais ainda a quantidade de solvente e obtenção da maior
concentração do analito, como também aplicar a quimiometria.
REFERÊNCIAS
UFRN – PPGQ – REFERÊNCIAS
__________________________________________________________________________________142
Andréa Francisca Fernandes Barbosa
6 REFERÊNCIAS
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Andréa Francisca Fernandes Barbosa
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ANEXO
ANEXOS
_______________________________________________________________________________153
Andréa Francisca Fernandes Barbosa
7.1 ESPECTROS DE EMISSÃO DOS 16 HPAs PRIORITÁRIOS
ANEXOS
_______________________________________________________________________________154
Andréa Francisca Fernandes Barbosa
ANEXOS
_______________________________________________________________________________155
Andréa Francisca Fernandes Barbosa
ANEXOS
_______________________________________________________________________________156
Andréa Francisca Fernandes Barbosa
ANEXOS
_______________________________________________________________________________157
Andréa Francisca Fernandes Barbosa
ANEXOS
_______________________________________________________________________________158
Andréa Francisca Fernandes Barbosa
ANEXOS
_______________________________________________________________________________159
Andréa Francisca Fernandes Barbosa
ANEXOS
_______________________________________________________________________________160
Andréa Francisca Fernandes Barbosa
ANEXOS
_______________________________________________________________________________161
Andréa Francisca Fernandes Barbosa
7.2 ESPECTROS DE EXCITAÇÃO DOS PADRÕES DE HPAs
Os espectros da figura 7.1 correspondem à excitação das amostras padrões AM011,
AM021, AM031 e AM41 em solvente de hexano. Que corresponde aos espectros de emissão
da figura 35 em comprimento de onda fixo de 400 nm de emissão.
220 240 260 280 300 320 340 360 3800
20
40
60
80
100
120
Inte
nsid
ade
de F
luor
escê
ncia
Comprimento de Onda excitação (nm)
AM011 AM021 AM031 AM041
Solvente: Hexano
Figura 7.1. Espetros de excitação em hexano dos padrões de HPAs.
Os espetros de excitação da mistura de HPAs, nomeados por AM051, AM061,
AM071 e AM081, em diclorometano foram analisados em comprimento de onda fixo de 400
nm. Esses espectros foram obtidos empregando a maior transição do espectro de emissão
mostrado na figura 7.2.
ANEXOS
_______________________________________________________________________________162
Andréa Francisca Fernandes Barbosa
220 240 260 280 300 320 340 360 3800
50
100
150
200
250
300
350
400
450
500
550
600
650
Inte
nsid
ade
de F
luor
escê
ncia
Comprimento de Onda excitação (nm)
AM051 AM061 AM071 AM081
Solvente: Diclorometano
Figura 7.2. Espetros de excitação dos HPAs em diclorometado
Os espectros de excitação da mistura de HPAs extraídos com clorofórmio estão apresentados na figura 7.3 e nomeados AM091, AM101, AM111 e AM121.
240 260 280 300 320 340 360 3800
20
40
60
80
100
120
Inte
nsid
ade
de F
luor
escê
ncia
Comprimento de Onda excitação (nm)
AM091 AM101 AM111 AM121
Solvente: Clorofórmio
Figura 7.3. Espectros de excitação do planejamento fatorial 23 dos HPAs em clorofórmio com comprimento de onda de emissão fixo de 400.