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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO FÍSICA
CYBELLE DE ARRUDA NAVARRO SILVA
AVALIAÇÃO DO EFEITO DA LIRAGLUTIDA NOS TECIDOS MUSCULAR E
ADIPOSO E NOS PARÂMETROS BIOQUÍMICOS EM CAMUNDONGOS SWISS
NÃO DIABÉTICOS SUBMETIDOS À DIETA DE CAFETERIA E A ATIVIDADE
FÍSICA
Natal - RN
2014
CYBELLE DE ARRUDA NAVARRO SILVA
AVALIAÇÃO DO EFEITO DA LIRAGLUTIDA NOS TECIDOS MUSCULAR E
ADIPOSO E NOS PARÂMETROS BIOQUÍMICOS EM CAMUNDONGOS SWISS
NÃO DIABÉTICOS SUBMETIDOS À DIETA DE CAFETERIA E A ATIVIDADE
FÍSICA
Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Educação Física do Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal do Rio Grande do Norte como parte dos requisitos para obtenção do título de MESTRE EM EDUCAÇÃO FÍSICA. Área de Concentração: MOVIMENTO HUMANO, SAÚDE E DESEMPENHO.
ORIENTADORA: Profa. Dra. Telma Maria de Araújo Moura Lemos
Natal - RN
2014
CYBELLE DE ARRUDA NAVARRO SILVA
AVALIAÇÃO DO EFEITO DA LIRAGLUTIDA NOS TECIDOS MUSCULAR E
ADIPOSO E NOS PARÂMETROS BIOQUÍMICOS EM CAMUNDONGOS SWISS
NÃO DIABÉTICOS SUBMETIDOS À DIETA DE CAFETERIA E A ATIVIDADE
FÍSICA
Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Educação Física do Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal do Rio Grande do Norte como parte dos requisitos para obtenção do título de MESTRE EDUCAÇÃO FÍSICA. Área de Concentração: MOVIMENTO HUMANO, SAÚDE E DESEMPENHO.
Aprovada em: 22 / 09 / 2014.
BANCA EXAMINADORA
_______________________________________________
Prof. Dr. Eduardo Caldas Costa
(Universidade Federal do Rio Grande do Norte) Examinador Interno
_______________________________________________
Profa. Dra. Bagnólia Araújo da Silva (Universidade Federal da Paraíba)
Examinadora Externa
_______________________________________________
Profa. Dra. Ana Claudia Galvão Freire Gouveia
(Universidade Federal do Rio Grande do Norte) Examinadora Interna
Dedicatória
A minha mãe Verônica Maria de Arruda
Navarro, pela dedicação e esforço em todos os
momentos difíceis desta jornada, por todo empenho e
amor que tivera por mim até hoje, por acreditar nos
meus sonhos e me guiar na conquista de cada um
deles. Enfim, pela sua benção para o caminho que
escolhi em minha vida e sempre me apoiar
incondicionalmente.
Em memória a minha avó Maria José de
Arruda (“In memória”) pelos ensinamentos de
simplicidade e fé, por me amparar e contribuir para a
conclusão de mais esta etapa em minha vida. Tenho
a certeza que mesmo não estando entre nós, terei
sempre tua proteção e iluminação.
A minha amiga e confidente de todas as
horas e momentos, Allyne Cristine Duarte Santos, por
toda compreensão, apoio e principalmente por me
erguer nos momentos em que pensei em fraquejar.
Agradecimentos
Agradeço a Deus por acreditar e me abençoar como filha, mostrando
sempre uma luz em meio à escuridão. Por todas as dores, desafios e barreiras que
tive que passar para chegar até aqui. Pelas oportunidades colocadas em meu
caminho. Por me prover a saúde e a sabedoria para trilhar esses caminhos da
melhor forma, tirando de cada passo um ensinamento para meu crescimento interior.
A minha orientadora, Profa. Dra. Telma Maria de Araújo Moura Lemos,
que mesmo nos momentos de dificuldade e dor, teve força para não me deixar
desamparada, me orientando para uma melhor saída, estando presente nos
momentos de agonia e de forma simples, inteligente e eficaz, me ajudou a
solucionar os imprevistos, sendo compreensiva diante dos desafios da vida. A esta
professora, orientadora e amiga além de ser um exemplo de profissional eu
agradeço.
Ao meu colaborador MSc. Jéferson Ferraz Goularte da Universidade
Federal do Rio Grande do Sul pela contribuição no andamento e desenvolvimento
deste estudo, pela dedicação e esforço para solucionar e resolver os imprevistos da
implantação da dieta de cafeteria e por toda atenção prestada durante estes anos de
estudo.
A minha colaboradora e amiga Profa. MSc. Ionara Stéfani Viana de
Oliveira da Universidade Federal da Paraíba, por estar sempre presente em cada
detalhe da análise e estatística deste estudo. Por ser tão dedicada e esforçada no
que se compromete a fazer. E, por acima de qualquer coisa ser apaixonada pela sua
profissão. Aprendi muito nestes anos em que pude presenciar por alguns momentos,
a alegria em teus olhos na avaliação dos resultados deste estudo.
A Profa. Dra. Bagnólia Araújo da Silva da Universidade Federal da
Paraíba, pela oportunidade de aprender a aprender, por acreditar em mim quando
outros achavam que eu não conseguiria, por me moldar e me preparar para chegar
até aqui, por me ensinar de forma tão transparente a amar ainda mais a minha
profissão. Agradeço principalmente por ter ao meu lado uma amiga que aprendeu
também a cuidar da saúde através do exercício.
Ao amigo querido José Crispim Duarte do Centro de Biotecnologia da
Universidade Federal da Paraíba, pela contribuição na conclusão deste estudo, pela
competência e auxílio técnico no cuidado para com os animais.
A todos os amigos que de alguma forma contribuíram no
desenvolvimento deste estudo, entre eles, Aline F. Brito, Maria da Conceição C.
Silva, Fernando R. Queiroga, Iara L. L. Souza, Luiz H. C. Vasconcelos, Paula
Benvindo Ferreira, Ana Carolina C. Correia, Ana Caroline de Lima Silva, Gislaine
Alves de Oliveira, Ítalo Rossi Roseno Martins, Ana Karolliny Alves Rodrigues,
Luciana Ferreira Costa, Ingrid Caroline de Oliveira, Aldilane Gonçalves da Fonseca,
Cinthya Saraiva de Assis, Ane Costa Linhares do Nascimento, Iago de Souza
Gomes, Patrícia Fernandes Barbosa, Joaquim Aristelo Rebouças Neto, pela ajuda,
amizade e boa convivência.
Aos professores deste Programa de Pós-Graduação que contribuíram
tanto com a minha formação acadêmica.
A toda equipe da Coordenação do Programa de Pós-Graduação de
Educação Física pela competência pela qual coordenam este Programa.
Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
(CNPq) e a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Ensino Superior
(CAPES) pela bolsa concedida e pelo suporte técnico-científico através do Portal
Periódicos, respectivamente.
À Universidade Federal do Rio Grande do Norte, instituição
responsável pela minha formação profissional em nível de pós-graduação.
A todos que de maneira direta ou indireta contribuíram para a produção
desta dissertação de mestrado.
Muito Obrigada!
Cybelle de Arruda Navarro Silva
Resumo
RESUMO
A obesidade é uma doença metabólica crônica caracterizada pela formação de tecido adiposo em excesso levando a um aumento da massa gorda corporal, de origem multifatorial, produzida principalmente por maus hábitos alimentares combinados com estilo de vida sedentário. Dados consideram a obesidade uma doença grave que afeta a população mundial, ocupando o quinto lugar em índice de óbitos. Diante do quadro, indivíduos buscam, de forma crescente, meios para perder peso com menor esforço físico e alimentar. Em 2009 e 2010 foi lançado o fármaco liraglutida com o objetivo de reduzir peso em indivíduos portadores de diabetes mellitus tipo 2, evitando assim o surgimento de outras doenças associadas. O agravante é que indivíduos obesos não diabéticos estão fazendo uso desta substância, mesmo quando não seu uso não sendo autorizado pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Assim o objetivo desta pesquisa é avaliar o efeito do liraglutida nos tecidos muscular e adiposo e nos parâmetros bioquímicos em camundongos Swiss submetidos à dieta de cafeteria e a atividade física. O estudo foi aprovado pela Comissão de Ética no Uso de Animais – CEUA (Protocolo nº003/2014). Para a realização deste trabalho foram utilizados 74 animais (camundongos Swiss) divididos da seguinte forma: na fase inicial deste estudo, realizou-se um estudo piloto (n = 10) divididos em grupo controle (PCON) (n = 5) e grupo cafeteria (PCAF) (n = 5), com o objetivo de avaliar uma dieta de cafeteria atrativa ao paladar dos animais e que proporcionasse um aumento de tecido adiposo. Após a indução da dieta, os animais foram eutanasiados e como resultado, os animais do grupo PCAF apresentaram uma adiposidade intra-abdominal de 0,74 ± 0,05 g, tomada como parâmetro para o aumento de gordura dos animais. Posteriormente foi realizado o estudo base para esta pesquisa onde foram utilizados animais (n = 64) divididos em 2 grupos: O grupo Estudo Base Cafeteria (EBCAF) divididos da seguinte forma: cafeteria + exercício + liraglutida (CEL) (n = 8), cafeteria + exercício + salina (CES) (n = 8), cafeteria + liraglutida (CL) (n = 8) e cafeteria + salina (CS) (n = 8). O grupo Estudo Base Ração (EBR) foi dividido em: exercício + liraglutida (EL) (n = 8), exercício + salina (ES) (n = 8), liraglutida (L) (n = 8) e solução salina (SS) (n = 8). Todos os animais passaram pelos processos de submissão à dieta de cafeteria, seguidos do protocolo de exercício através da natação e tratamento com a substância teste via intraperitoneal (200 μg/mL/kg). Após os tratamentos, os animais foram eutanasiados e tiveram os seguintes parâmetros avaliados: a massa dos tecidos muscular, adiposo e os parâmetros bioquímicos. Observou-se que o tratamento feito com o liraglutida associado ao exercício reduziu a massa de tecido adiposo de forma significante (0,32 ± 0,05 g), em comparação ao grupo salina (0,53 ± 0,07 g). Não houve alterações no tecido muscular do grupo tratado e exercitado (1,39 ± 0,03 g) em comparação ao grupo salina (1,33 ± 0,03 g). Com relação aos parâmetros bioquímicos ficou evidenciado que houve alterações nestes parâmetros. Interessante ressaltar que, embora os valores sanguíneos para a glicose tenham sido alterados, os animais não se tornaram diabéticos. Assim, conclui-se que a atividade física unida ao liraglutida é eficaz na perda do tecido adiposo intra-abdominal e na manutenção da massa magra gerando assim um resultado satisfatório na busca da qualidade de vida e prevenção de doenças.
Palavras-chaves: Não-diabéticos, liraglutida, Dieta de cafeteria, Massa muscular.
.
Avaliação do efeito do liraglutida nos tecidos muscular e adiposo e nos parâmetros bioquímicos em camundongos Swiss submetidos à dieta de cafeteria e a atividade física
SILVA, C. A. N. Pós-Graduação em Educação Física,
Dissertação de Mestrado, UFRN (2014)
Abstract
Effect of the liraglutide on muscle and fat tissues and biochemical parameters in Swiss mice submitted to the cafeteria diet and physical activity
SILVA, C.A.N. Post-graduation in Physical Education,
Master Dissertation, UFRN (2014)
ABSTRACT
Obesity is a chronic metabolic disease characterized by adipose tissue formation excess leading to an increase in body fat mass, of multifactorial origin, produced mainly by poor eating habits combined with a sedentary lifestyle. Data consider obesity as a serious disease that affects the world's population, ranking fifth in death rates. Faced with this situation, individuals seek, increasingly, means to lose weight with less physical effort and food. In 2009 and 2010 the drug liraglutide was lauched in order to reduce weight in individuals with diabetes mellitus type 2, thus avoiding the emergence of other diseases. The aggravating factor is that obese nondiabetic individuals are making use of this substance, even if its use is not authorized by ANVISA (Brazilian Health Surveillance Agency). Thus the objective of this research is to evaluate the effect of liraglutide for muscle or fat tissues and biochemical parameters in Swiss mice submitted to cafeteria diet and physical activity. The study was approved by the Ethics Committee on Animal Use - CEUA (nº003 Protocol / 2014). For this study 74 animals (Swiss mice) were used, divided as follows: in the initial phase of this study, we carried out a pilot study (n = 10) divided into a control group (PCON) (n = 5) and cafeteria group (PCAF) (n = 5), in order to evaluate a cafeteria diet which was both attractive to the animals and that could provide an increase in adipose tissue. After the induction of the diet, animals were euthanized and as a result, the animals in the PCAF group showed an intra-abdominal adiposity 0.74 ± 0.05 g, taken as the parameter for increasing fat in animals. Subsequently the study base was conducted for this research where animals were used (n = 64) divided into 2 groups: the Cafeteria Study Base Group (EBCAF) divided as follows: cafeteria + exercise + liraglutide (CEL) (n = 8), cafeteria + exercise + saline (CES) (n = 8), cafeteria + liraglutide (CL) (n = 8) and cafeteria + saline (CS) (n = 8). The Chow Study Base group (EBR) was divided into: exercise + liraglutide (EL) (n = 8), exercise + saline + (ES) (n = 8), liraglutide (L) (n = 8) and saline solution (SS) (n = 8). All animals went through the submission process to the cafeteria diet, followed by exercise protocol through swimming and treatment with the test substance intraperitoneally (200 mg / mL / kg). After the treatments, the animals were euthanized and had the following parameters evaluated: the muscle tissue mass, adipose tissue mass and biochemical parameters. It was observed that the processing done with the exercise-associated liraglutide reduced adipose tissue mass significantly (0.32 ± 0.05 g) compared to the saline group (0.53 ± 0.07 g). There were no changes in the muscle tissue of the group which was treated and exercised (1.39 ± 0.03 g) compared to the saline group (1.33 ± 0.03 g). Regarding biochemical parameters it was evident that there were changes in these parameters. Interesting to note that, although blood glucose values have been changed, the animals did not become diabetic. Thus, it appears that physical activity together with liraglutide is eficcient to the loss of intraabdominal adipose tissue and the maintenance of lean body mass thereby generating a satisfactory result in the pursuit of quality of life and disease prevention.
Keywords: Non-diabetic, liraglutide, cafeteria diet, muscle mass.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 – Obesidade androide (maçã) e obesidade ginoíde (pêra)....................... 31
Figura 2 – Gordura intra-abdominal........................................................................ 31
Figura 3 – Eventos moleculares para liberação de insulina mediados pelo GLP – 1............................................................................................................................
49
Figura 4 – Ação da liraglutida.................................................................................. 50
Figura 5 – Distribuição dos alimentos da dieta de cafeteria.................................... 57
Figura 6 - Figura demonstrativa da divisão do Estudo Piloto................................ 59
Figura 7 – Figura demonstrativa da divisão do Estudo Base da Pesquisa............. 61
Figura 8 – Período dos animais durante a prática da atividade física................... 61
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1 – Relação entre mortalidade e IMC ........................................................ 33
Gráfico 2 – Evolução dos indicadores antropométricos na população de 5 a 9
anos de idade, por sexo – Brasil – períodos 1974 – 75, 1989 e 2008 – 2009...... 35
Gráfico 3 – Frequência de obesidade.................................................................... 36
Gráfico 4 – Evolução semanal do ganho de peso dos animais submetidos ou
não a dieta de cafeteria do estudo piloto (n = 10).................................................. 67
Gráfico 5 – Teste t nos grupos submetidos ou não a dieta de cafeteria do
estudo piloto para visualização do peso corpóreo................................................. 68
Gráfico 6 – Teste t nos grupos submetidos ou não a dieta de cafeteria para
visualização do peso do tecido adiposo intra-abdominal do estudo piloto (n = 10)................................................................................................................... 68
Gráfico 7 – Teste t nos grupos do Estudo Base da Pesquisa para visualização
da ação da liraglutida sobre o tecido adiposo intra-abdominal em camundongos exercitados ou não (n = 64).................................................................................... 70
Gráfico 8 – Teste t nos grupos do Estudo Base da Pesquisa para visualização
da ação do exercício sobre o tecido adiposo intra-abdominal em camundongos (n = 64)................................................................................................................... 70
Gráfico 9 –Teste t nos grupos do Estudo Base da Pesquisa para visualização da ação do liraglutida sobre a musculatura da coxa da pata direita em camundongos exercitados ou não (n = 64)............................................................
71
Gráfico 10 – Resultados em gráfico dos parâmetros bioquímicos da
glicose.................................................................................................................... 72
Gráfico 11 – Resultados em gráfico dos parâmetros bioquímicos do
colesterol................................................................................................................ 73
Gráfico 12 – Resultados em gráfico dos parâmetros bioquímicos da
ALT......................................................................................................................... 73
Gráfico 13 – Resultados em gráfico dos parâmetros bioquímicos de
triglicerídeos........................................................................................................... 74
Gráfico 14 – Resultados em gráfico dos parâmetros bioquímicos de
ureia........................................................................................................................ 75
Gráfico 15 – Resultados em gráfico dos parâmetros bioquímicos da
AST......................................................................................................................... 75
Gráfico 16 – Resultados em gráfico dos parâmetros bioquímicos da
creatinina................................................................................................................ 76
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 – Alimentos servidos para os animais em dias alternados com adição
da proteína............................................................................................................... 57
Tabela 2 – Cronograma da prática da atividade física (natação).......................... 62
Tabela 3 – Resultados da análise bioquímica dos animais..................................... 71
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 – Quadro de diagnóstico da obesidade através do IMC......................... 032
Quadro 2 – Alimentos servidos para os animais em dias alternados..................... 056
Quadro 3 – Grupo dos animais do estudo piloto..................................................... 058
Quadro 4 – Grupo dos animais do Estudo Base da Pesquisa.............................. 058
Quadro 5 – Cálculo da média de ganho de peso diário........................................ 064
LISTA DE ABREVIATURAS
AC ciclase de adenilil
ADP difosfato de adenosina
ATP trifosfato de adenosina
Camp monofosfato cíclico de adenosina
CEL cafeteria + exercício + liraglutida
CES cafeteria + exercício + salina
CL cafeteria + liraglutida
CS cafeteria + salina
DNA ácido desoxirribonucleico
EBCAF Estudo Base Cafeteria
EBR Estudo Base Ração
EL exercício + liraglutida
ES exercício + salina
GDP difosfato de guanosina
GHRH hormônio de liberação de hormônio do crescimento
GIP polipeptídeo inibitório gástrico
GLP peptídeo semelhante ao glucagon
GLP-1R receptor peptídeo semelhante ao glucagon
GLUT1 transportador de glicose 1
GLUT2 transportador de glicose 2
GPCRs receptor acoplado à proteína G
GTP trifosfato de guanosina
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
KATP canal de potássio sensível ao ATP [ativador]
L Liraglutida
mRNAS ácido ribonucleico mensageiro
PCAF Piloto Cafeteria
PCON Piloto Controle
PKA proteína cinase A
POF Pesquisa de Orçamentos Familiares
RDC Resolução da Diretoria Colegiada
RNA ácido ribonucleico
S solução salina
OBS: as abreviaturas e os símbolos utilizados neste trabalho e que não constam
nesta relação, encontram-se descritas no texto ou são convenções adotadas
universalmente.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO............................................................................................................... 24
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA..................................................................................... 29
2.1 Obesidade................................................................................................................... 29
2.2 Obesidade e seus multifatores.................................................................................... 33
2.3 Obesidade no mundo.................................................................................................. 34
2.4 Tratamento não-farmacológico: pré e durante a obesidade....................................... 36
2.4.1 O papel do psicólogo no combate a obesidade....................................................... 37
2.4.2 O papel da nutrição no combate a obesidade......................................................... 39
2.4.3 O papel da educação física no combate a obesidade............................................. 40
2.4.4 O papel do médico no combate a obesidade........................................................... 43
2.5 O tratamento farmacológico........................................................................................ 44
2.5.1 O Victoza® ............................................................................................................... 46
2.5.2 O liraglutida.............................................................................................................. 46
2.5.2.1 Mecanismo de ação da liraglutida......................................................................... 49
3 OBJETIVOS................................................................................................................... 52
3.1 Geral........................................................................................................................... 53
3.2 Específicos.................................................................................................................. 53
4 MATERIAL E MÉTODOS.............................................................................................. 54
4.1 MATERIAL.................................................................................................................. 55
4.1.1 Substância teste....................................................................................................... 55
4.1.2 Animais.................................................................................................................... 55
4.1.3 Dieta de cafeteria..................................................................................................... 55
4.1.4 Aparelhos................................................................................................................. 57
4.2 MÉTODOS.................................................................................................................. 58
4.2.1 Padronização da submissão à dieta de cafeteria.................................................... 58
4.2.2 Delineamento do estudo.......................................................................................... 59
4.2.3 Estudo piloto............................................................................................................ 59
4.2.4 Estudo base da pesquisa......................................................................................... 60
4.2.5 Programa de atividade física: natação..................................................................... 61
4.2.6 Substância teste....................................................................................................... 62
4.2.7 Avaliação bioquímica............................................................................................... 62
4.2.8 Obtenção do peso muscular.................................................................................... 63
4.2.9 Obtenção do peso da adiposidade intra-abdominal................................................. 63
4.2.10 Análise estatística.................................................................................................. 63
5 RESULTADOS.............................................................................................................. 66
5.1 Controle de ganho de peso dos animais submetidos à dieta de cafeteria no estudo piloto.................................................................................................................................. 67
5.2 Resultado do ganho de tecido adiposo intra-abdominal dos animais submetidos ou não à dieta de cafeteria no estudo piloto (n = 10)............................................................. 68
5.3 Efeito da liraglutida e exercício sobre a massa adiposa intra-abdominal no estudo base da pesquisa.............................................................................................................. 69
5.4 Avaliação do efeito da liraglutida sobre a musculatura da coxa traseira da pata direita dos camundongos do Estudo Base da Pesquisa................................................... 71
5.5 Análise dos parâmetros bioquímicos.......................................................................... 71
6 DISCUSSÃO.................................................................................................................. 77
7 CONCLUSÃO................................................................................................................ 87
REFERÊNCIAS................................................................................................................ 89
APÊNDICES..................................................................................................................... 109
APÊNDICE A – Dados de controle de ganho de peso durante a primeira e segunda semana............................................................................................................................. 110
APÊNDICE B – Dados de controle de ganho de peso durante a terceira e quarta semana............................................................................................................................. 110
APÊNDICE C – Dados de controle de ganho de peso durante a quinta e sexta semana............................................................................................................................. 111
APÊNDICE D – Dados de controle de ganho de peso durante a sétima e oitava semana............................................................................................................................. 111
APÊNDICE E – Dados de controle de ganho de peso durante a nona e décima semana............................................................................................................................. 112
APÊNDICE F – Dados de controle de ganho de peso durante a décima primeira e décima segunda semana..................................................................................................
112
APÊNDICE G – Dados de controle de ganho de peso durante a décima terceira e décima quarta semana......................................................................................................
113
APÊNDICE H – Registro da troca dos alimentos da primeira a quarta semana............... 113
APÊNDICE I – Registro da mudança do cardápio............................................................ 114
APÊNDICE J – Registro da troca alimentar com novo cardápio (sem adição do novo cardápio9s)...................................................................................................................... 114
APÊNDICE K – Registro da troca dos alimentos com a adição da proteína.................... 114
ANEXOS........................................................................................................................... 115
ANEXO A – Tabela de referências hematológicas para camundongos diabéticos.......... 116
ANEXO B – Tabela de referências de glicemia para camundongos diabéticos............... 116
ANEXO C – Tabela de referências hematológicas para camundongos não diabéticos... 117
ANEXO D – Certidão da Comissão de Ética no Uso de Animais (CEUA)....................... 118
1 Introdução
25
SILVA, C. A. N. Introdução
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a obesidade já assume
características epidêmicas, atingindo mais de 1 bilhão de adultos no mundo,
ocasionando num maior fator de risco associado a diversas doenças, como
resistência à insulina e diabetes mellitus tipo 2 (DM2) (SARTORI-CINTRA; AIKAWA;
CINTRA, 2014). Trata-se de uma doença metabólica crônica caracterizada pela
formação de tecido em excesso levando a um aumento de peso corporal gordo, de
origem multifatorial, produzida principalmente por maus hábitos alimentares
combinados com estilo de vida sedentário (MOSQUERA-HEREDIA, DE ARMAS-
DAZA; OSPINO-FERNANDEZ).
No mundo, a proporção de adultos com um índice de massa corporal (IMC)
de 25 kg / m² ou mais aumentou entre 1980 e 2013, de 28,8% para 36,9% em
homens e a partir de 29,8% a 38,0% em mulheres. Este crescimento também
envolve crianças e adolescentes de países desenvolvidos, atingindo 23,8% dos
meninos e 22,6% de meninas em 2013. Nos países em desenvolvimento, a
prevalência de sobrepeso e obesidade em crianças também aumentou e
adolescentes de 8,1% para 12,9% em 2013 para os meninos e de 8,4% para 13,4%
em meninas (MARIE et al., 2014).
No Brasil, a prevalência de excesso de peso na população adulta residente
nas capitais dos 26 estados brasileiros e no Distrito Federal aumentou de 43,2% em
2006 para 51,0% em 2012. A prevalência do excesso de peso aumentou
significativamente em homens e mulheres, em todas as faixas etárias e em todos os
níveis de escolaridade (MALTA et al., 2014).
Este crescimento descontrolado da doença se apresenta não só como
problema científico e de saúde pública, mas também envolve o grande ramo
industrial de fármacos, de alimentos modificados e estratégias governamentais que
visam estimular a prática regular da atividade física e a orientação alimentar
(FRANCISCHI et al., 2000).
Para o desenvolvimento da obesidade, fatores como: o estilo de vida
sedentário, atividade física inadequada, mau comportamento alimentar, fatores
ambientais, sociais e psicológicos, supernutrição infantil, anomalias neurogênicas e
fatores genéticos, são vistos como fortes desencadeadores desse excesso de
26
SILVA, C. A. N. Introdução
gordura corporal (ENES; SLATER, 2010). Como tratamento, o recomendado para
que os indivíduos não desenvolvam a doença é, principalmente, praticar exercícios e
manter um estilo de vida saudável. Para os indivíduos obesos, o tratamento baseia-
se na redução do consumo calórico e a elevação do gasto de energia. Na maioria
dos casos, esse tratamento não-farmacológico é conciliado à prática prolongada de
exercícios físicos (MATTOS; REIS, 2011).
Para o tratamento farmacológico são utilizadas na sua maioria drogas
anorexígenas, que tem a função de reduzir a sensação de fome e que são usadas
no tratamento da obesidade buscando além da redução do peso, prevenir doenças
associadas como diabetes, hipertensão e doenças osteoarticulares, entre outras
(SILVA; MONTANDON; CABRAL, 2008).
Até recentemente, drogas como as anfetaminas (ou derivados
anfetamínicos) eram utilizadas nesse tratamento, mas em 2011 foram proibidas por
tempo indeterminado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) devido
à baixa eficácia desses medicamentos na perda de peso e por trazer riscos à
segurança do paciente. Outra substância bastante utilizada é a sibutramina que
continua no mercado, mas sob rigoroso controle de prescrição. Essas drogas são
muitas vezes utilizadas de forma inadequada, sem qualquer orientação médica,
gerando riscos crescentes como o aumento da frequência cardíaca e da pressão
arterial, no caso da sibutramina (FORMENTI, 2011).
Recentemente, em 02 de setembro de 2014, o Senado Federal conseguiu
liberar novamente a venda dos emagrecedores que haviam sido vetados pela
ANVISA em 2011. Após a promulgação, que irá ocorrer posterior ao período
eleitoral, ficará suspensa a decisão da ANVISA, que além das proibições, exigia
regras mais rígidas para a venda da sibutramina (GUERREIRO, 2014).
Visualizando as várias informações de tratamento quando se refere ao
combate à obesidade e, diante da gravidade e descontrole da doença, teve-se a
curiosidade de estudar um novo fármaco chamado liraglutida, utilizada no tratamento
da diabetes mellitus tipo 2 (DM2). Fabricado pelo laboratório Novo Nordisk, na
Dinamarca e aprovado para sua comercialização nos Estados Unidos e na Europa
em 2009 e 2010, a liraglutida chegou ao Brasil em 2010 com a licença da ANVISA
27
SILVA, C. A. N. Introdução
(LEÃO, 2011). Este medicamento tem como objetivo tratar indivíduos com DM2,
atuando na redução da glicemia e perda de peso quando a dieta e os exercícios não
geram resultados satisfatórios no controle do nível de açúcar no sangue. Além de
sua indicação terapêutica atual, a perda de peso promovida pela liraglutida previne o
surgimento de doenças associadas à obesidade que possam agravar ainda mais a
saúde do indivíduo diabético (HALPERN; MANCINI, 2006).
Devido ao resultado satisfatório, indivíduos obesos não diabéticos, estão
fazendo uso de forma descontrolada desta nova droga, a fim de alcançar o
emagrecimento em menor tempo. No entanto, por se tratar de um medicamento
novo no mercado, não há pesquisas consistentes que comprovem a eficácia do uso
do liraglutida nesses pacientes não diabéticos. Até o momento, este medicamento
não foi liberado pela ANVISA para o tratamento exclusivo em casos de pacientes
obesos não diabéticos, visto que não foram apresentados estudos que comprovem
qualquer grau de eficácia ou segurança para este fim. A mesma agência reguladora
não reconhece a indicação da liraglutida para qualquer utilização terapêutica
diferente da aprovada e afirma que o uso do produto para qualquer outra finalidade
que não seja como antidiabético caracteriza elevado risco sanitário para a saúde da
população (MOURA, 2011).
É importante salientar que ao fazer uso de um medicamento buscando o
emagrecimento sem a associação à atividade física, mudanças corpóreas podem
ocorrer, como: atrofia muscular, flacidez, efeito falsa magra, etc. Fica evidente que
por questões fisiológicas, a associação da atividade física com qualquer tipo de
medicamento e dieta, é aconselhável (GALVANI et al., 2003; ROCCA et al., 2008).
A preocupação maior por parte dos profissionais de Educação Física é saber
que o agravo do sobrepeso consiste em sua maioria pelo sedentarismo e por
distúrbios alimentares. Diante disso, conclui-se que, por ser a obesidade doença de
difícil tratamento, sua prevenção, evitando surgimento já na infância ou
adolescência, e seu tratamento, impedindo a evolução dos casos já diagnosticados,
são de fundamental importância, melhorando o prognóstico destes pacientes na
idade adulta. Dessa forma, promover o aumento da atividade física e incentivo à
aquisição de hábitos alimentares saudáveis, criando condições objetivas para sua
28
SILVA, C. A. N. Introdução
realização, seriam, provavelmente, os principais componentes de políticas de uma
vida saudável entre adolescentes (SABIA; SANTOS; RIBEIRO, 2004).
Com o avanço das pesquisas, tratamentos farmacológicos, estão sendo
utilizadas para que o resultado na perda de peso venha em menor tempo. Fica
evidente a importância de se investigar este fármaco associado ou não a atividade
física, buscando trazer para a Educação Física mais uma ferramenta no combate a
obesidade, proporcionando qualidade de vida para o indivíduo.
29
SILVA, C. A. N. Introdução
2 Fundamentação teórica
30
SILVA, C. A. N. Fundamentação teórica
2.1 Obesidade
Segundo a OMS, a obesidade é classificada como a quinta maior causa de
morte no mundo, e se define como uma doença crônica advinda de vários fatores.
Trata-se de uma doença inflamatória, grave e complexa, e é hoje uma epidemia
global fora de controle resultando no aumento da reserva natural de gordura do
corpo ao ponto de associar-se a certos problemas de saúde e ao aumento da taxa
de mortalidade (AGUIAR; MANINI, 2013; EXAME, 2011).
Estudo com animais são desenvolvidos com o objetivo de reproduzir
doenças que acometem os seres humanos. A indução a obesidade em animais é de
grande importância na elucidação dos mecanismos fisiopatológicos quanto na busca
dos tratamentos preventivos e curativos (YACH et al., 2006). Nos animais induzidos
a obesidade, o observado é a ingestão energética pelo aumento da ingestão
alimentar (SHIMIZU et al., 2003). Em ratos é observado que o modelo de indução a
obesidade mais fiel as do humano é através da dieta de cafeteria, que utiliza
alimentos consumidos por humanos em adição a ração padrão de biotério
(SCLAFANI; SPRINGER, 1976; ROTHWELL; STOCK, 1979).
De acordo com o tipo a obesidade ele pode ser identificada em duas formas:
a obesidade andróide, abdominal ou visceral (tipo maçã) ou obesidade ginóide (tipo
pêra). Obesidade androide é quando o tecido adiposo se acumula na metade
superior do corpo, sobretudo no abdómen, sendo prevalecida na sua maioria nos
homens obesos e esta, associa a complicações metabólicas, como a diabetes tipo 2,
dislipidemia e a doenças cardiovasculares, como a hipertensão arterial, doença
coronária e a doença vascular cerebral, bem como à síndroma do ovário policístico e
à disfunção endotelial (ou seja deterioração do revestimento interior dos vasos
sanguíneos). A associação da obesidade a estas doenças depende da gordura intra-
abdominal e não da gordura total do corpo. Obesidade do tipo ginóide é quando a
gordura se distribui, principalmente, na metade inferior do corpo, particularmente na
região glútea e coxas sendo sua frequência típica da mulher obesa (Figura 1)
(SILVA et al., 2013).
31
SILVA, C. A. N. Fundamentação teórica
Figura 1 – Obesidade andróide (maçã) e obesidade ginóide (pêra).
Fonte: Mello, 2011; Fortunatto, 2013.
A gordura intra-abdominal localiza-se atrás do músculo reto abdominal no
abdome, dentro e ao redor dos órgãos internos. Esta gordura está diretamente
ligada a problemas como diabetes, derrames e infartos, por favorecer o aumento do
HDL e a diminuição do LDL, o que pode causar obstrução das artérias. Pode
também elevar a pressão arterial e contribuir para o surgimento de outras doenças
cardiovasculares, pois interfere fortemente no metabolismo (Figura 2)
(JAIMOVICH et al., 1999).
Figura 2 - Gordura intra-abdominal.
32
SILVA, C. A. N. Fundamentação teórica
Fonte: Fundação Portuguesa de Cardiologia, 2011.
Para a identificação da obesidade, em sua forma mais ampla, a OMS
recomenda que seja realizado o cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC) em
adultos. Esse índice é calculado dividindo-se o peso do paciente em kilogramas (Kg)
pela sua altura em metros elevada ao quadrado (quadrado de sua altura). Este valor
vai identificar o grau de obesidade assim como os riscos associados (Quadro 1)
(ABC DA SAÚDE).
Quadro 1 – Quadro de diagnóstico da obesidade através do IMC.
Fonte: http://www.abcdasaude.com.br.
Entre os graus da obesidade eles podem ser classificados em 3 tipos:
obesidade grau I, obesidade grau II e obesidade grau III (mórbida). O grau I é
característico pelo desenvolvimento de um grau alto de gordura corporal e está
sujeito a diversos comprometimentos em sua saúde, como: falta de ar, cansaço,
fraqueza, palpitações e distúrbios alimentares. O grau II é caracterizado pelo
acúmulo de gordura subcutânea no tronco e região abdominal que é o conhecido
como androide. Os sintomas e agravos relacionados ao risco de saúde são
potencializados e a pessoa começa a sofrer implicações como: falta de ar, refluxo
esofágico, sonolência, trombose pulmonar, cancro de cólon, uterino e mamário,
distúrbios psicológicos devido às alterações significativas no corpo. A obesidade
grau III recebe esta denominação por levar a um significativo aumento de morbidade
e mortalidade. Indivíduos com IMC ≥ 30 kg/m2 tem um aumento de 50 - 100% no
risco de mortalidade por todas as causas, principalmente nas causas
cardiovasculares, quando comparados a indivíduos com IMC de 18,5 – 25 kg/m2.
Este aumento de mortalidade ocorre de forma exponencial, conforme aumenta o
IMC (Gráfico 1), e atinge níveis 4 vezes maiores a partir da faixa de obesidade grau
III (IMC ≥ 40 kg/m2) (RIZOLLI, 2005).
33
SILVA, C. A. N. Fundamentação teórica
Gráfico1 – Relação entre mortalidade e IMC.
Fonte: http://www.lume.ufrgs.br.
2.2 Obesidade e seus multifatores
A alimentação é um dos fatores para o desenvolvimento da obesidade e tem
fundamental importância no que diz respeito ao alcanço da saúde e um bem-estar
pleno, além de estar associada ao controle homeostático1 do organismo. Uma boa
nutrição contribui para a longevidade, evitando inúmeras doenças e melhorando a
qualidade de vida do indivíduo. Recentemente a OMS manifestou sua preocupação
com os distúrbios nutricionais da população que não vem optando por um cardápio
saudável, levando ao desenvolvimento de doenças associadas como a obesidade.
Fato que chama atenção é o crescimento da obesidade entre jovens, e baseado
nestas pesquisas a OMS sugere três estratégias básicas para combater o
crescimento da obesidade no mundo: atuação sobre os cuidados primários de
saúde, as mediações junto das famílias e as ingerências levadas a efeito pelas
escolas (MARTINS, 2009).
Na fase da transformação corporal (criança para puberdade), a maioria dos
jovens (principalmente do sexo feminino) manifesta insatisfação com essas
11
Controle homeostático está relacionado à homeostasia que é usado pelos fisiologistas para definir
a manutenção de condições quase constantes no meio interno. Todos os órgãos e tecidos do corpo.humano realizam funções que contribuem para manter estas condições constantes, em equilíbrio (GUYTON; HALL, 2006).
34
SILVA, C. A. N. Fundamentação teórica
transformações, gerando mudanças comportamentais e levando a utilização de
diferentes técnicas inadequadas para controlar o peso, desenvolvendo assim
transtornos alimentares (TAs), e afetando o psicológico que pode ser destacado
também como outro fator para o desenvolvimento da obesidade (LEITE; PEREIRA,
2009).
Também se relaciona com a obesidade o sedentarismo, fatores genéticos e
a prática inadequada da atividade física. O ritmo de vida adotado atualmente pela
maioria dos adultos faz com que estes indivíduos desenvolvam estafa em certo grau
e indisposição para a prática do exercício físico. Ainda observa-se a utilização
contínua e crescente de aparelhos eletroeletrônicos assim como ocorre com as
crianças e adolescentes, que passam a maior parte do dia presos à tecnologia,
influenciados pela industrialização (SILVA et al., 2010).
2.3 Obesidade no mundo
Pesquisas da OMS relatam que a obesidade em todo o mundo duplicou
desde 1980 e que em 2008, 1,4 bilhões de adultos estavam acima do peso (com
índice de massa corporal igual ou acima de 25) e destes, 200 milhões de homens e
quase 300 milhões de mulheres eram obesos (com índice de massa corporal maior
ou igual a 30). Em geral, mais de 10% da população adulta do mundo era obesa. Em
2011 verificou-se que mais de 40 milhões de crianças abaixo de cinco anos estavam
acima do peso (OMS, 2014).
Por ano, cerca de 2,8 milhões de pessoas morrem devido ao excesso de
peso ou obesidade. Ambos os fatores pode ter efeitos metabólicos adversos
comopressão arterial e alterações nos níveis de colesterol etriglicerídeos e causar
diabetes. Portanto, o sobrepeso e obesidade aumenta o risco dedoença arterial
coronariana, acidente vascular cerebral isquêmico, diabetes mellitus tipo 2 ou de
vários tipos de câncer da mama(OMS, 2012).
No Brasil, país em desenvolvimento, o percentual de pessoas com excesso
de peso superou, mais da metade da população brasileira. A pesquisa realizada pela
Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito
Telefônico (VIGITEL), do Ministério da Saúde, mostra que 51% da população acima
35
SILVA, C. A. N. Fundamentação teórica
de 18 anos está acima do peso ideal. Sua frequência de peso foi maior entre
homens (54,5%) do que entre mulheres (48,1%). Em 2006, o índice era de 43%
(PORTAL DA SAÚDE, 2012).
Dados do IBGE, realizada entre 2008 e 2009 relata que meninos e rapazes
de 10 a 19 anos de idade com excesso de peso passou de 3,7% (1974-75) para
21,7% (2008-09), já entre as meninas e moças o crescimento do excesso de peso
foi de 7,6% para 19,4%. O excesso de peso foi mais evidente nos homens com
maior rendimento (61,8%) e variou pouco para as mulheres (45-49%) em todas as
faixas de renda (POF, 2010). As pesquisas realizadas em 2009 pelo Sistema de
Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN), relatam que o para esse crescente
índice, de obesidade destaca-se como causa a má alimentação procedida do
sedentarismo (IBGE, 2010).
Já entre as crianças, a POF (2010) revelou um salto no número de crianças
de 5 a 9 anos com excesso de peso ao longo de 34 anos: em 2008-09, 34,8% dos
meninos estavam com o peso acima da faixa considerada saudável pela OMS. Em
1989, este índice era de 15%, contra 10,9% em 1974-75. Observou-se padrão
semelhante nas meninas, que de 8,6% na década de 70 foram para 11,9% no final
dos anos 80 e chegaram aos 32% em 2008-09 (Gráfico 2) (IBGE, 2010).
Gráfico 2 – Evolução de indicadores antropométricos na população de 5 a 9 anos
de idade, por sexo – Brasil – períodos 1974-75, 1989 e 2008-2009.
36
SILVA, C. A. N. Fundamentação teórica
Um levantamentos mais recente realizado pelo Ministério da Saúde, revela
que, pela primeira vez em oito anos consecutivos, o percentual de excesso de peso
e de obesidade se manteve estável no país. A pesquisa realizada pela VIGITEL
(2013) indica que 50,8% dos brasileiros estão acima do peso ideal e que, destes,
17,5% são obesos. Os resultados do estudo cessam a média de crescimento de 1,3
ponto percentual ao ano que vinha sendo registrada desde a primeira edição,
realizada em 2006, quando a proporção de pessoas acima do peso era de 42,6% e
de obesos era de 11,8%. Paralelo à estabilidade nos índices de excesso de peso e
obesidade, A VIGITEL aponta ainda um aumento de 11% em cinco anos no
percentual da atividade física no lazer, passando de 30,3%, em 2009, para 33,8%
em 2013. Apesar da estabilidade, metade da população adulta segue acima do peso
(Gráfico 3) (SCHMIDT; STUMM, 2014).
Gráfico 3 – Frequência de obesidade.
Fonte: Ministério da Saúde, 2014.
2.4 Tratamento não-farmacológico: pré e durante a obesidade
Para a monitoração da obesidade, várias medidas podem ser tomadas,
através de métodos simples como medidas antropométricas (peso, altura, perímetro
cefálico, perímetro braquial), através do IMC e circunferência abdominal (que se
correlaciona com a quantidade de gordura intra-abdominal). Este último método é de
suma importância no diagnóstico de obesidade andróide e, na avaliação do risco de
37
SILVA, C. A. N. Fundamentação teórica
ocorrência de certas doenças associadas. Ainda podemos citar outros tipos medidas
que seriam princípios básicos para manutenção do corpo: ingerir uma alimentação
saudável e praticar exercícios físicos melhorando consideravelmente a qualidade de
vida (OLIVEIRA et al., 2009).
Segundo a OMS (2013) o sobrepeso e a obesidade podem ser evitados.
Ambientes e comunidades de apoio são fundamentais na formação das escolhas
das pessoas. Como iniciativas a OMS sugere: o consumo de energia a partir de
gorduras totais e açúcares, aumentar o consumo de frutas e verduras, bem como
leguminosas, grãos integrais e nozes e envolver-se em atividade física regular. É
colocado também, a importância da acessibilidade através do empenho político
sustentado2 e a colaboração dos agentes públicos e privados especialmente par
atender os indivíduos mais pobres. As indústrias alimentícias também podem
desempenhar um papel significativo na promoção da alimentação saudável atuando
na redução do teor de gordura dos alimentos processados, açúcar e sal, podendo
permitir que escolhas saudáveis e nutritivas estejam disponíveis e acessíveis a
todos os consumidores (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2006).
Para muitos, a obesidade não se combate apenas com exercício e uma
alimentação saudável. Muitas vezes é preciso uma equipe multidisciplinar
(nutricionistas, médicos, psicólogos e educadores físicos) bem como o apoio familiar.
Este combate a longo prazo tem início com a reversão da má alimentação, tornando-
a mais saudável e nutritiva. Vale salientar que os regimes rígidos não são
recomendados, pois podem levar a uma perda do tecido muscular (ESCRIVÃO et
al., 2000).
2.4.1 O papel do psicólogo no combate a obesidade
Muitas vezes o obeso é socialmente discriminado na escola, no lazer e no
trabalho, desenvolvendo alguma aversão pelo seu corpo gerando prejuízo a sua
adaptação psicossocial (VIANA, 2002). Estudos realizados revelam que crianças
2Empenho político sustentado são ações com objetivo de promover o desenvolvimento humano e
combate à necessidades de cada região como a pobreza para uns e obesidade para outros, através de “ações orientadas, concisas e de fácil compreensão” e que sejam de natureza global e universalmente aplicáveis a todos os países, ajudando a medir o progresso (ONU, 2012).
38
SILVA, C. A. N. Fundamentação teórica
obesas demonstram maior número de sintomas depressivos em detrimento às
crianças com peso normal (LUIZ et al., 2005). A pesquisa de Cataneo, Carvalho e
Galindo (2005) considera que crianças obesas são mais regredidas e infantilizadas e
demonstram dificuldade em obter prazer nas relações e em lidar com sua
sexualidade (KITAMURA et al., 2012). Fica evidente que crianças obesas sofrem
mais discriminação e são menos aceitas em grupos de amigos, quando comparadas
com crianças magras (KITAMURA et al., 2012). Algumas consequências
psicológicas também são desenvolvidas na obesidade como: depressão, distúrbios
emocionais, baixa autoestima, problemas nos relacionamentos afetivos e na auto
imagem, surgimento de compulsões, fobias sociais e agressividade (MORENO et al.,
2011).
No estudo de Mestre e Ribeiro (2010) é defendido que para se atingir êxito
terapêutico, é necessário que o sujeito perceba a doença e o seu tratamento. Tal
observação pode ser realizada através do estudo individual do sujeito, em termos de
predisposição biológica para a obesidade e as consequências psicológicas
causadas pelo excesso de peso. Ainda é salientado sobre a importância de
examinar os objetivos, as expectativas e motivação do indivíduo para a perda de
peso. A Teoria de Autodeterminação tenta explicar a razão pela qual os indivíduos
apesar de terem capacidade para agir optarem por não o fazer. Os autores
sublinham que o excesso de incentivo extrínseco pode comprometer a motivação
autônoma, uma vez que a motivação humana é mantida por ótimos níveis de
estimulação e pela necessidade de competência. Esta última característica
associada à autodeterminação e confiança, são as responsáveis pela procura e
manutenção de atividades que interessam particularmente ao sujeito. Existe assim,
uma boa relação entre a percepção de competência e a motivação autônoma e uma
relação negativa entre esta medida e a motivação controlada.
Em outras palavras, no que diz respeito ao combate a obesidade mediante a
ação, o paciente se sentirá autônomo se a decisão para entrar no programa para
perder peso for sua, pois quer melhorar a sua saúde. Contrariamente, à noção de
autonomia existe a regulação controlada, quando o sujeito é coagido por fatores
externos para perder peso. No contexto da obesidade, o estudo revela que este tipo
de regulação está associado a um programa dietético rígido, e que isto contribui
39
SILVA, C. A. N. Fundamentação teórica
para uma pior saúde, assim como é visualizado no estudo de Mestre e Ribeiro
(2010).
Diante do exposto, percebeu-se que o psicólogo é de suma importância na
mobilização e no fortalecimento do paciente, já que este além dos constrangimentos
já existentes, irá passar por uma série de mudanças como a exemplo da perda de
peso através da dieta, que proporciona benefícios, mas também custos e
provavelmente nem todos os obesos terão só vantagens em perder peso. Portanto,
o acompanhamento do psicólogo se faz necessário para que o paciente possa
suportar o tratamento (ESCRIVÃO et al., 2000), (BROWNELL; RODIN, 1994).
2.4.2 Papel da nutrição no combate a obesidade
Com as mudanças no perfil nutricional e o aumento das doenças crônicas,
cresceram as investigações sobre a associação destas doenças com o estilo de
vida, particularmente a ingestão alimentar e a atividade física (SOUZA et al., 2010).
Varias instituições recorreram a estratégias tentando diminuir este crescimento e
dentre estas estratégias surge a Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN,
portaria n.º 710/1999), que formula os requisitos básicos para a promoção e a
proteção à saúde, atestando o compromisso do Ministério da Saúde em controlar os
males relacionados à alimentação e nutrição já configurados no Brasil (REIS;
VASCONCELOS; BARROS, 2011).
A PNAN baseia suas ações em sete diretrizes, sendo elas: o estímulo às
ações intersetoriais com vistas ao acesso universal aos alimentos, a garantia de
segurança e qualidade dos alimentos e da prestação de serviços nesse contexto, o
monitoramento da situação alimentar e nutricional, a promoção de práticas
alimentares e estilos de vida saudáveis, a prevenção e controle dos distúrbios
nutricionais e doenças nutricionais, a promoção do desenvolvimento de linhas de
investigação e desenvolvimento e por fim, a capacitação de recursos humanos em
saúde e nutrição (REIS; VASCONCELOS; BARROS, 2011).
O nutricionista e o educador físico são importantes no trabalho com a
população em geral para a prevenção e tratamento da obesidade. O ideal seria que
houvesse maior conscientização da população na reeducação alimentar e a
40
SILVA, C. A. N. Fundamentação teórica
atividade física, por promover mudanças de atitude à mesa, na comunidade, no
supermercado ou na simples ida ao cinema, de forma permanente (SILVA; BENTO;
GRALHA, 2007).
A atuação do nutricionista no tratamento da obesidade em idade pediátrica é
de suma importância no que se diz respeito ao seu desenvolvimento e crescimento
com qualidade de vida. Requer abordagens multidisciplinares que devem incluir
alterações alimentares, educação nutricional, alterações ao nível da atividade física
e deve haver envolvimento familiar, lembrando que crianças obesas, em sua maioria
serão adultos obesos, portanto a consulta de nutrição, com a elaboração de um
plano alimentar estruturado e individualizado e explicado à criança e aos pais,
poderá ser suficiente para a obtenção de bons resultados. Uma dieta bem
equilibrada, assim como mudanças comportamentais, são componentes essenciais
de um programa de intervenção (NETO, 2010).
2.4.3 O papel da educação física no combate a obesidade
A educação física tem um papel de suma importância na prevenção e no
tratamento da obesidade assim como na prevenção e reabilitação de doenças
associadas como: hipertensão arterial, resistência insulínica, diabetes, dislipidemias
(alterações das lipoproteínas plasmáticas e dos triglicerídeos). Através do exercício,
realizado de forma específica sistematizada e planejada, pode-se desenvolver uma
melhor qualidade de vida. Métodos como exercícios que possam provocar a
melhoria da aptidão física, reabilitar funções orgânicas, desenvolver habilidades
motoras e, além disso, elevar o gasto energético para o controle do peso corporal
promovendo também um balanço energético negativo pode ser realizado (PITANGA,
2004).
Ainda não são consistentes as afirmações sobre qual o tipo de exercício e a
intensidade mais eficaz a ser utilizada no controle e tratamento da obesidade
(FRANCISCHI et al., 2000). Um tipo de exercício físico recomendado é o de
característica aeróbia, sendo definida como a capacidade do organismo em se
adaptar a esforços físicos moderados, envolvendo a participação de grandes grupos
41
SILVA, C. A. N. Fundamentação teórica
musculares, por períodos de tempo relativamente longos (PITANGA, 2004; REIS
FILHO et al., 2008).
A natação é um tipo de exercício recomendado para o tratamento da
obesidade por proporcionar benefícios à saúde. As propriedades físico-químicas são
respostas que auxiliam o sistema cardiorrespiratório e osteoarticular, o que facilita o
retorno venoso, diminuindo o risco de desenvolver lesões nas articulações. Também
gera uma proteção no indivíduo devido ao baixo impacto, apresentando maior
regularidade no esforço físico e elevando a estabilidade da homeostase. Lembrando
que a natação e um tipo de exercício que movimenta todo o corpo na sua prática e
que pode ser também utilizado como exercício aeróbio (FARIA, 2009).
Não pode-se deixar de mencionar a importância dos exercícios resistidos3
no tratamento da obesidade, lembrando que estes melhoram a força e a resistência
muscular, enfatizando o fato da mesma aumentar a resistência ao impacto nas
articulações durante o exercício, reduzindo o risco de lesões musculoesqueléticas e
o aumento do metabolismo (SANTOS; NASCIMENTO; LIBERALI, 2008).
Se tratando de tempo e intensidade para a prática da atividade física as
recomendações ainda são contraditórias. Para indivíduos obesos recomenda-se a
realização de 60-90 minutos de exercícios de intensidade moderada por dia para
reduzir e/ou manter o peso corporal (CIOLAC; GUIMARÃES, 2004). Outra indicação
está relacionada à prevenção da obesidade através dos exercícios com duração de
45-60 minutos de intensidade moderada por dia (FERREIRA, 2011). Para Ciolac e
Guimarães (2004), o indivíduo obeso não consegue realizar uma carga de exercício
grande como a recomendada acima. É abordado que o indivíduo obeso deve ser
incentivado a realizar pelo menos 150 minutos semanais, na perspectiva de
melhorar sua aptidão física e a saúde de modo geral, mesmo não havendo
diminuição considerável do peso corporal (CIOLAC; GUIMARÃES, 2004).
Ainda se tratando de intensidade, os exercícios mais intensos são eficientes
para o gasto energético. É justificado que, mesmo que se utilize uma quantidade
menor de gordura durante o exercício, a produção de calor proveniente da oxidação
3Exercício resistido pode ser definido como contrações musculares realizadas contra resistências
graduáveis e progressivas (SANTAREM).
42
SILVA, C. A. N. Fundamentação teórica
de gordura será maior no total, considerando o tempo de repouso. Nessa condição,
a EPOC4 é mais prolongada e resultada num estresse metabólico maior com
consequente maior dispêndio calórico para retornar a condição de homeostase
(PONTES; SOUZA; NAVARRO, 2009).
Outra forma bastante eficaz no combate a obesidade, é a ideia de se efetivar
um programa de emagrecimento dentro do treinamento de resistência muscular
localizada, que pode ser realizado através do método de treinamento em circuito,
alterando o volume do treinamento, elevando a duração da aula e elevando de forma
eficaz (dentro da capacidade do indivíduo) o exercício aeróbio, acarretando em um
maior gasto energético durante o exercício, porém ainda dentro das características
dos exercícios resistidos (SANTOS; NASCIMENTO; LIBERALI, 2008).
A Organização Mundial de Saúde estabeleceu parâmetros ideais de
atividade para faixa etária 5 aos 17 anos, e afirma que os benefícios do exercício,
em qualquer idade, são bem maiores do que qualquer problema que ele possa
provocar. A atividade física inclui brincadeiras, jogos, andar, recreação, educação
física ou exercício estruturado, brincadeiras em família ou durante participação em
atividades comunitárias. Para melhorar a capacidade cardiorrespiratória e muscular,
aumentar a massa óssea e reduzir o risco de aparecerem sintomas de ansiedade e
depressão recomenda-se, pelo menos 60 minutos de atividade física diária,
moderada ou intensa, e acrescenta que mais de 60 minutos de atividade física diária
proporcionam ganhos extras para a saúde. A maior parte da atividade física diária
deve ser aeróbia realizada três vezes por semana (MAGALHÃES et. al., 2013).
A prática regular de atividade física por crianças tem sido evidenciada como
benéfica, em vários estudos, não só na redução da adiposidade como na melhora do
nível de aptidão física, independentemente da condição nutricional (GALVANI et al.,
2013). O problema é que atualmente, devido ao progresso e às mudanças
decorrentes dele, as brincadeiras e jogos infantis populares que ajudam neste
combate ao sobrepeso, estão sendo substituídos pela televisão, pelos jogos
eletrônicos e pelo computador. A evolução urbana também tem contribuído para a
extinção dessas atividades que contribuem para o agravante do sobrepeso. O fato
de trocar a moradia em casas por prédios de apartamentos e o processo de
4 EPOC é a capacidade do organismo de queimar calorias mesmo depois do treino (TREVISAN; VERNIER, 2012).
43
SILVA, C. A. N. Fundamentação teórica
insegurança generalizada no Brasil, estão fazendo com que as calçadas deixem de
ser um local para a prática da recreação infantil (GASPAR, 2009).
Não esquecendo que o papel dos pais noestabelecimento de um ambiente
familiar e a supervisão na alimentação infantil e em seus hábitos e estilo de vida é
crucial. Um estudo mostra umaforte correlação entre a obesidade dos pais e da
criança, particularmente entre as mães e seus filhos. Além disso, existem evidências
de uma forteassociação entre as práticas parentais ehábitos alimentares das
crianças, atividade física, estatus de peso, o que sugereque a promoção
daparentalidade eficaz é de suma importância para a prevençãoda obesidade
(ENDEVELT, 2014). Por conseguinte, justifica-se também a importância do papel da
educação física escolar na prevenção e controle da obesidade em crianças e
adolescentes através da disciplina, que proporciona a prática regular de atividades
físicas, além de incentivar a adoção de outros hábitos de vida saudáveis (ARAÚJO;
BRITO; SILVA, 2010).
Com estes estudos fica evidente a importância da educação física
direcionados para mudança comportamental tanto na prevenção como no
tratamento da obesidade e demais agravos, visando além da diminuição do peso
corporal a melhora da saúde e qualidade de vida da população.
2.4.4 O papel do médico no combate a obesidade
O apoio médico tem início através de exames físicos e laboratoriais (exames
bioquímicos), buscando visualizar algumas doenças associadas. O exercício físico
sob orientação é recomendada, desde que respeite as limitações do paciente
(ESCRIVÃO et al., 2000).
Alguns médicos sentem a necessidade de iniciar o tratamento químico com
o uso de medicamentos, quando as técnicas citadas falham e podem comprometer a
qualidade ou a duração da vida do indivíduo. Uma leitura mais psicológica
argumenta: “o consumo destes procedimentos pode levar os indivíduos a uma
consequência mais séria, devido a substituição da vontade pelo procedimento, que é
o que ocorre com o remédio” (MORENO et al., 2011), ou seja, não consegue dar
conta de emagrecer pela vontade e abdica desta pelo medicamento com a ilusão de
44
SILVA, C. A. N. Fundamentação teórica
um efeito rápido. Uma questão importante é que se deve pesar os riscos dos
medicamentos contra seus benefícios, tendo em vista que por tratar-se de uma
droga há os efeitos colaterais, como a diminuição da libido, alterações de humor e
sono e a dependência, bem como outros efeitos singulares a cada fármaco.
2.5 O tratamento farmacológico
O tratamento farmacológico, aliado a exercícios físicos, dieta e às vezes a
psicólogos, é outra forma de tratar a obesidade e serve para os indivíduos que não
responderam as abordagens comportamentais. Os medicamentos utilizados no
tratamento da obesidade são formulados com o objetivo de reduzir a energia
ingerida que acontece através da diminuição do apetite ou elevando o metabolismo
do organismo e/ou diminuindo a absorção de gordura pelo organismo. Em resumo,
as drogas fazem os indivíduos comerem menos, diminuem a fome ou aumentam a
saciedade (MORENO et al., 2011).
Entretanto esse tratamento não vem produzindo uma resposta satisfatória,
desenvolvendo uma preocupação por parte das autoridades. O resultado com o uso
dos anorexígenos (sibutramina, anfetamina ou derivados anfetamínicos) relacionado
à perda de peso deixa a desejar, além de ter uma recuperação do peso quando
administrado por um período superior a um ano, além de deixar num ciclo vicioso no
uso dos anorexígenos. Pesquisas realizadas pela Trial Outcomes Cardiovascular
Sibutramine (SCOUT), relatam que em um estudo clínico de longa duração (5 anos)
realizado com 10.744 pacientes obesos com doença cardiovascular pré-existente,
diabetes tipo-2, ou ambos, mostra que a sibutramina aumentou os riscos de doenças
cardiovasculares, em vez de reduzir como era esperado (PAUMGARTTEN, 2011).
Por isso, a escolha do medicamento deve ser baseada também na experiência
prévia do paciente, ainda que o insucesso de um tratamento prévio não justifique a
não utilização de um determinado agente posteriormente (COLE, 2009).
Pode-se, didaticamente, dividir os fármacos para o tratamento da obesidade
em três grupos básicos: (1) Medicamentos que afetam a absorção de nutrientes, (2)
Medicamentos termogênicos e (3) Medicamentos anorexígenos de ação central.
45
SILVA, C. A. N. Fundamentação teórica
No grupo de drogas que afetam a absorção de nutrientes (1), encontram-se
os inibidores de lipases (orlistat), que atuam no nível gastrintestinal, diminuindo a
absorção de gordura (MANCINI; HALPERN, 2002). As drogas termogênicas (2)
podem levar ao aumento da perda de peso por estimulação adrenérgica e ao
aumento da lipólise (MANCINI; HALPERN, 2000). Os efeitos secundários são
decorrentes do estímulo do sistema nervoso central (insônia, irritabilidade, agitação
psicomotora, sudorese), do sistema nervoso simpático (aumento da pressão
arterial), com efeito cronotrópico (notadamente taquicardia). Os agentes
farmacológicos de ação central (3) levam ao aumento da saciedade. A fluoxetina e a
sertralina são úteis em pacientes obesos com humor depressivo, no tratamento de
pacientes com síndrome do comer compulsivo e em pacientes com bulimia nervosa.
A sibutramina, aumenta a redução de peso por diminuição da ingestão de alimentos
(aumento da saciedade) (MANCINI; HALPERN, 2000).
Após vários relatos e pesquisas, em 2011, a ANVISA (Criada pela Lei nº
9.782, de 26 de janeiro 1999) decide proibir a venda dos anfetamínicos, com base
em estudos internacionais, constataram a baixa eficácia desses medicamentos na
perda de peso e riscos à segurança do paciente (conforme a Resolução RDC
52/2011 da Agência). Foram debatidos os riscos e benefícios do uso de inibidores
de apetite no país. Entre os debates foi colocado em pauta o exemplo do
Femproporex, onde 70% da dose oral é transformada em anfetamina no fígado, o
que leva o produto a apresentar reações adversas graves semelhantes às das
anfetaminas, como hipertensão arterial moderada a severa, arritmias cardíacas,
psicose paranóide, transtorno obsessivo compulsivo, entre outras (ANVISA, 2011).
Dentre as proibições, a ANVISA decidiu manter no mercado o uso da
sibutramina, mas com novas restrições relacionadas às obrigações e deveres por
parte dos profissionais de saúde, empresas detentoras de registro e farmácias e
drogarias para com a ANVISA. Com base nesse plano, a ANVISA reavaliará, em 12
meses, a segurança de uso dos medicamentos a base de sibutramina (ANVISA,
2011).
Em novembro de 2013, a Câmara dos Deputados aprovou em caráter
conclusivo, uma proposta que libera a produção e a venda em todo o país, sob
prescrição médica, de inibidores de apetite anfetamínicos (anorexígenos):
46
SILVA, C. A. N. Fundamentação teórica
anfepramona, femproporex e mazindol. A proposta está sob o Projeto de Lei
2431/11, que pretendia revogar a decisão da agência, ao impedir a ANVISA de vetar
a produção e a comercialização dos anfetamínicos. Como tramita em caráter
conclusivo, o texto aprovado pode seguir direto para a análise do Senado
(AL’HANATI, 2013).
Se tratando de combate a obesidade, o uso de drogas para proporcionar tal
objetivo, deixa a desejar no quesito perda de peso diante de tantas informações. Por
isso existe a necessidade de estudos voltados para esse enfoque com intuito de
garantir uma maior segurança do paciente mediante esse tratamento.
2.5.1 O Victoza®
O Victoza® é um produto biológico de uso injetável, contendo 6,0 mg/mL em
sistema de aplicação (multidose e descartável) pré-preenchido com 3 mL cada de
uma substância (fármaco) chamada liraglutida. Em sua composição, cada mL da
solução injetável contém 6,0 mg de liraglutida (peptídeo similar ao glucagon
humano) (GLP-1) análogo produzido por tecnologia de DNA recombinante em
Saccharomyces cerevisiae).
O medicamento, fabricado pelo laboratório Novo Nordisk, na Dinamarca e
lançado nos Estados Unidos e na Europa em 2009 e 2010, foi aprovado pela
ANVISA para comercialização no Brasil em março de 2010, com a finalidade de uso
específico no tratamento do DM2, quando a dieta e os exercícios não mais geram
eficácia no controle da glicemia. Sua administração é feita por injeção subcutânea
(abdômen, coxa ou parte superior do braço) uma vez por dia, de preferência no
mesmo horário e pode ser administrado independentemente das refeições
(ANVISA, 2011).
2.5.2 O liraglutida
O processo de digestão e absorção dos alimentos nos mamíferos ocorre
principalmente no intestino, que funciona também como um órgão de liberação de
hormônios denominados incretinas, que desempenham importante papel na
modulação da resposta das células das ilhotas pancreáticas, capazes de
47
SILVA, C. A. N. Fundamentação teórica
potencializar a secreção de insulina, e consequentemente, levar à diminuição de
glucagon. Elas ajudam a baixar as taxas de glicose no sangue, sobretudo depois
das refeições, quando esses níveis tendem a aumentar. Se tratando das incretinas,
em seu mecanismo de ação, quando ocorre uma elevação na glicose sanguínea, no
período pós-prandial. No interior da célula, a glicose é fosforilada rapidamente a
glicose-6-fosfato pela glicoquinase, que controla a velocidade da glicólise. Em
seguida, o metabolismo oxidativo fornece a ligação entre os produtos do
metabolismo da glicose e a secreção da insulina. A elevação da relação trifosfato de
adenosina/difosfato de adenosina (ATP/ADP) decorrente da glicólise, leva a uma
despolarização da membrana plasmática através do fechamento dos canais de K+
sensíveis ao ATP (KATP). Essa cascata de sinalização permite a abertura dos canais
de Ca2+ voltagem-dependentes levando à liberação dos estoques intracelulares de
Ca2+. Esse aumento na concentração citosólica de Ca2+ desencadeia a fusão das
vesículas secretoras que contêm. O processo de exocitose aguda de insulina pode
ser dividido em duas vias: a via inicialmente desencadeada, onde ocorre o
fechamento dos canais de KATP, despolarização e aumento nas concentrações
intracelulares de Ca2+ e a via amplificadora, onde há uma elevação na exocitose das
vesículas secretoras de insulina induzida por Ca2+ (DOYLE; EGAN, 2007).
Os principais hormônios incretinas são: os PolipeptídeoInibitório Gástrico
(GIP) e o Peptídeo 1 tipo Glucagon (GLP-1), que pertencem a uma super-família do
peptídeo glucagon. O hormônio dominante é o GLP-1 que, além de estimular a
secreção de insulina, anula a liberação de glucagon, retarda o esvaziamento
gástrico, reduzindo a ingestão de alimentos e a resistência à insulina (CHACRA,
2006; GUPTA, 2012).
O GLP-1 é um peptídeo com 36 aminoácidos, sendo expelido na corrente
sanguínea pelas células L enteroendócrinas, encontradas principalmente no íleo e
no cólon do intestino (FULURIJA, 2008). O GLP-1 inibe a secreção de glucagon e o
esvaziamento gástrico, contribuindo para a redução da glicemia e para o aumento
da concentração das células β mesmo em indivíduos com diabetes tipo 1. O GLP-1
é famoso por ser um potenciador da secreção induzida de insulina, o que favorece
substancialmente para seu efeito (CHIA; EGAN, 2008; GALLWITZ, 2005;
HANSOTIA, 2007).
48
SILVA, C. A. N. Fundamentação teórica
O peptídeo GLP-1R se vincula à subunidade Gαs, ativando assim o ciclase
de adenilil (AC), com formação de monofosfato cíclico de adenosina (cAMP), que em
seguida ativa proteína cinase A (PKA). A ativação da PKA é de suma importância na
regulação da secreção de insulina, sendo responsável por várias reações de
fosforilação necessárias para a atividade secretora das células β. Essa cascata
também envolve uma via independente de PKA, sendo esta induzida por cAMP, que
gera a ativação das proteínas de troca diretamente associadas à cAMP (EPAC),
também denominadas cAMP-GEFs (“cAMP-regulated guanine nucleotide Exchange
factors”). A modulação positiva das vias PKA e EPAC induzida por GLP-1 leva a
uma multiplicidade de acontecimentos, incluindo alteração da atividade dos canais
iônicos, movimentação de cálcio intracelular, e reforça a exocitose, contendo
grânulos de insulina (DOYLE; EGAN, 2007; HOLST; GROMADA, 2004).
A ligação de GLP-1 a seu receptor também ativa as vias Ca2+/Calmodulina,
proteínas quinases ativadas por mitógenos (MAPquinases) e fosfatidil inositol-3
quinases (PI3 quinases) que também podem ter relação com a estimulação da
secreção de insulina mediada pelas incretinas. Finalmente, a produção de ATP
reforçada pelo aumento da mobilização de Ca2+, que por sua vez atua sobre
desidrogenases mitocondriais, leva ao aumento da atividade de mTOR
(“mammaliantargetofrapamycin”) e seus efetores S6K1 (“p70 ribosomalprotein S6
kinase 1”). O mTOR está implicado em aumento da mitose de células β. A ativação
de GLP-1R também leva à estabilização da transcrição de insulina, estimulando a
translocação núcleo-citoplasmática de proteína de ligação à polipirimidina (PTB) que
se liga a regiões ricas em uracila do RNA mensageiros (mRNAs), que codificam a
insulina e proteínas das vesículas secretoras de insulina, estabilizando estes
mRNAs (DOYLE; EGAN, 2007) (Figura 3).
49
SILVA, C. A. N. Fundamentação teórica
Figura 3 – Eventos moleculares para liberação de insulina mediados pelo GLP – 1.
Fonte: SILVA, 2014.
(1) O GLP-1 se liga ao seu receptor do tipo GPCR na membrana plasmática, o GLP-1R; (2) A proteína Gs troca o difosfato de guanosina (GDP) por trifosfato de guanosina (GTP) na sua subunidade α (não mostrado na figura), tornando-se ativa;(3) A subunidade αs-GTP ativa a ciclase de adenilil (AC); (3) A AC ativa
converte o trifosfato de adenosina (ATP) em monofosfato cíclico de adenosina (cAMP) que inicia uma cascata de sinalizações. (4) O cAMP ativa a proteína cinase A (PKA), (5) A PKA promove a liberação de Ca2+ do retículo endoplasmático; fosforila os canais de Ca2+ e de K+ na membrana plasmática. A PKA também é transportada para o núcleo gerando outra cascata no seu interior. (4) O cAMP também ativa a EPAC (5) que induz a liberação do Ca2+ do retículo endoplasmático aumentando a concentração de Ca2+citoplasmática.(6) O Ca2+estimula o transporte de insulina para o meio extracelular.
2.5.2.1 Mecanismo de ação da liraglutida
A liraglutida é um análogo do hormônio GLP-1. Este hormônio é produzido
pelo organismo na porção final do intestino delgado (íleo) e sua secreção é
estimulada pela chegada do alimento nesta região. Após ser secretado, o GLP-1
promove o aumento da saciedade e consequentemente redução da ingestão de
alimentos por dois mecanismos: uma ação sobre o centro da saciedade no cérebro e
por causar um retardo no esvaziamento do estômago. Se houver uma hiperglicemia,
como ocorre em pacientes diabéticos, também estimula o pâncreas a secretar
50
SILVA, C. A. N. Fundamentação teórica
insulina. É exatamente por sua ação estimulante de secreção de insulina apenas na
condição de elevada glicemia que seu uso vem sendo estudado e aplicado em
pacientes obesos não diabéticos. Por não possuir uma ação direta na química
cerebral semelhante a uma substância endógena, o GLP-1, apresenta menos efeitos
colaterais quando comparado com os medicamentos antiobesidade clássicos que
atuam diretamente sobre o cérebro (Figura 5) (SANTANA, 2013).
Figura 4 – Ação da liraglutida.
Fonte: SILVA, 2014.
Devido aos benéficos resultados em perca de peso, a liraglutida que tem
indicação para indivíduos com DM2, passou a ser usado por várias pessoas obesas
e não diabéticas a fim de alcançar resultados em curto prazo. Ainda existem poucos
estudos mostrando a ação da droga em pacientes que não sofrem com taxas
elevadas de glicose no sangue, e sua dose indicada para o emagrecimento é quase
o dobro da sugerida para o controle do diabetes, o que deixa os pesquisadores
preocupados, pois os riscos deste medicamento nesta dose ainda não foram
analisados (GONÇALVES, 2011).
51
SILVA, C. A. N. Fundamentação teórica
Em alguns artigos já publicados, a liraglutida é testada de várias formas
buscando averiguar a eficácia e o custo risco/benefício desta droga. No estudo de
Pajecki e colaboradores (2012), foram estudados 15 pacientes pós-cirurgia bariátrica
com idade entre 27 a 74, onde estes foram tratados com liraglutida (doses que
variaram de 1,2 a 1,8 mg/dia por injeção subcutânea) por um período de 4,2 meses.
Neste estudo foram avaliados apenas a perca de peso e os efeitos colaterais com
uma baixa população. Já o trabalho de Lean e colaboradores (2013) envolveram 564
participantes obesos adultos não diabéticos. Este estudo buscava avaliar a
tolerabilidade de náuseas, vômitos e associações com perda de peso, em um estudo
randomizado de liraglutida comparado com um placebo e outra droga usada como
inibidor de apetite (orlistat). Foi verificado que durante o estudo os indivíduos tiveram
maior efeito colateral (náuseas, vômitos) com uso da liragluita, e que a perda de
peso foi superior nos que utilizaram a liraglutida com doses maiores. Kim e
colaboradores (2013) realizaram um estudo com 68 inidíduos mais velhos e obesos
ou pré-diabéticos buscando avaliar a capacidade do liraglutida em aumentar a perda
de peso e melhorar a resistência à insulina, doença cardiovascular, fatores de risco
e inflamação em uma população de alto risco para diabetes tipo 2. Verificou-se que
a liraglutida teve resultado significativo em todos os parâmetros avaliados. Wadden
e colaboradores (2013) constataram num estudo envolvendo 422 participantes
obesos que estes tiveram uma melhora significativa na perda de peso e em reduzir
alguns fatores de risco de doenças cardiovasculares. Foram relatadas doenças
gastrointestinais, mas a maioria dos eventos foram transitórios, e leve ou moderada
em termos de gravidade. (GASPARI et al., 2013), (PARTHSARATHY; HÖLSCHER,
2013).
Diante do exposto, o presente estudo visa analisar o efeito deste
medicamento na perda de tecido adiposo e muscular e nos parâmetros bioquímicos
em modelos animais obesos não diabéticos, buscando avaliar se esta substância
modificaria esses parâmetros, visto que poucos são os estudos relacionados para
estas funcionalidades e dessa maneira contribuir para o uso mais adequado da
liraglutida pela população.
52
SILVA, C. A. N. Fundamentação teórica
3 Objetivos
53 SILVA, C. A. N. Objetivos
3.1 Geral
Investigar o efeito da liraglutida no musculo da coxa da pata direita, no tecido
adiposo intra-abdominal e nos parâmetros bioquímicos em camundongos
Swiss submetidos a uma dieta de cafeteria, exercitados e não diabéticos.
3.2 Específicos
Avaliar e comparar o efeito da liraglutida em camundongos da linhagem
Swiss não diabéticos, submetidos ou não a dieta de cafeteria após a prática
da atividade física;
Avaliar e comparar o efeito da liraglutida no músculo da coxa da pata
traseira dos camundongos da linhagem Swiss não diabéticos, exercitados ou
não, nos grupos submetidos ou não a dieta de cafeteria;
Avaliar e comparar a adiposidade intra-abdominal dos camundongos da
linhagem Swiss não diabéticos, exercitados ou não, submetidos ou não a
dieta de cafeteria, tratados e não tratados com a liraglutida;
Avaliar os parâmetros bioquímicos da liraglutida nos camundongos da
linhagem Swiss não diabéticos, exercitados ou não, submetidos ou não a
dieta de cafeteria.
54
4 Material e Métodos
55 Silva, C. A. N. Material e Métodos
4.1 MATERIAL
4.1.1 Substância teste
A liraglutida foi adquirida através da colaboração com o cardiologista Dr.
Ítalo Kumamoto. Apresenta-se no mercado em solução injetável de liraglutida
6,0 mg/mL em sistema de aplicação (multidose e descartável) preenchido com 3 mL
cada. Sua aplicação pode ser feita de 3 formas de acordo com a prescrição médica:
30 doses de 0,6 mg ou, 15 doses de 1,2 mg ou, 10 doses de 1,8 mg.
4.1.2 Animais
O estudo foi realizado utilizando 74 camundongos machos da linhagem
Swiss provenientes do Biotério do Centro de Ciências da Saúde da Universidade
Federal do Rio Grande do norte (UFRN). O estudo contou com o apoio do Biotério
Thomas George do Centro de Biotecnologia (CBiotec) da Universidade Federal da
Paraíba – UFPB. Os animais foram mantidos sob condições ambientais de
temperatura (23 ± 2 °C) e submetidos a ciclos claro/escuro (12/12 h) controlados. Os
camundongos tiveram livre acesso à água e alimentação. Todos os experimentos
foram realizados no período entre 08h00 e 20h00, sendo todos os procedimentos
experimentais realizados seguindo os princípios de cuidados com animais
aprovados pela Comissão de Ética no Uso de Animais (CEUA) sob o protocolo
n° 003/2014, na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) (ANEXO D).
Após a eutanásia, os animais foram devidamente embalados em sacos de lixo preto
e encaminhados para a realização do descarte adequado.
4.1.3 Dieta de cafeteria
Os animais foram submetidos a uma dieta de cafeteria modificada conforme
os estudos de Goularte (2011). Foram ofertados alimentos industrializados
adquiridos no comércio local e de forma adicional à ração padrão e água (Figura 5).
A dieta foi previamente testada pelo grupo do Estudo Piloto para a adaptação dos
animais. No primeiro momento, por um período de 4 semanas (Apêndice H), os
alimentos foram ofertados através de um cardápio fixo, onde os alimentos eram
56 Silva, C. A. N. Material e Métodos
repetidos a cada troca. Após as 4 semanas o cardápio passou por uma mudança
onde os alimentos foram diversificados e ofertados de forma não repetitiva
(Quadro 2).
Inicialmente, nas primeiras 4 semanas, os alimentos foram selecionados em
5 itens e ofertados juntos na própria gaiola, junto a ração padrão (totalizando 6
itens/dia). Em seguida, os alimentos selecionados foram aumentados para 13 itens
(Apêndice J), onde estes eram divididos e ofertados em 5 itens a cada troca, junto a
ração padrão (totalizando 6 itens/dia), fazendo com que a alimentação não fosse
repetida durante a semana (Apêndice I).
Quadro 2 – Alimentos servidos para os animais em dias alternados.
Fonte: SILVA, 2014. Modificada conforme GOULARTE, 2011.
Após 8 semanas de mudança alimentar adicionou-se 3 novos itens ricos em
proteína para aprimorar o cardápio, reproduzindo de forma mais aproximada à dieta
oferecida no trabalho de Goularte (2011), adicionando um item diferente para cada
troca, aumentando assim mais 3 itens na alimentação (Tabela 1) (Apêndice K). Os
alimentos frescos foram trocados 3 vezes a cada sete dias (segundas, quartas e
sextas) por um período de 14 semanas.
Para o Estudo Base da Pesquisa, foi ofertada a dieta que proporcionou
resultado em termos de ganho de peso no Estudo Piloto pelo mesmo período.
57 Silva, C. A. N. Material e Métodos
Tabela 1 – Alimentos servidos para os animais em dias alternados com adição da
proteína.
Fonte: SILVA, 2014. Modificada conforme GOULARTE, 2011.
Figura 5 – Distribuição dos alimentos da dieta de cafeteria.
Fonte: SILVA, 2014.
4.1.4 Aparelhos
Para verificação do peso corpóreo dos animais e para pesagem do alimento
foi utilizada a uma balança semi-analítica (Bel S3201).
Para o método de pesagem do músculo da coxa da pata direita e da
adiposidade intra-abdominal foi utilizada uma balança analítica (Marte
AY220).
Para o método de avaliação bioquímica foi utilizado o kits Labtest
Diagnóstica apropriados ao analisador bioquímico semi-automatiza do
Bioplus BIO-2000. As análises dos parâmetros bioquímicos foram realizadas
58 Silva, C. A. N. Material e Métodos
no Laboratório de Bioquímica Clínica da Faculdade de Farmácia da
Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).
Todos os aparelhos foram provenientes do Biotério do Centro de Ciências da
Saúde da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).
4.2 MÉTODOS
4.2.1 Padronização da submissão à dieta de cafeteria
Para a realização do estudo foram utilizados animais com 21 dias de idade e
recém desmamados, peso médio entre 13 a 20 gramas, provenientes do Biotério do
Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal do Rio Grande do Norte
(UFRN). Para o Estudo Piloto, após o desmame, os animais foram distribuídos em
gaiolas coletivas divididos em 2 grupos: o grupo Piloto Cafeteria (PCAF) e o grupo
Piloto Controle (PCON) (Quadro 3), para o processo de adaptação alimentar. Para o
estudo base da pesquisa foram divididos dois grandes grupos: o grupo submetido a
dieta de cafeteria e o grupo ração padrão, com quatro subgrupos em cada (Quadro
4). Para ambos os grupos, foram ofertadas uma alimentação e água ad libitum.
Quadro 3 – Grupo dos animais do Estudo Piloto.
PILOTO CAFETERIA (PCAF) PILOTO CONTROLE (PCON)
Ração padrão + dieta de cafeteria Ração padrão
Fonte: SILVA, 2014.
Quadro 4 – Grupo dos animais do Estudo Base da Pesquisa.
ESTUDO BASE CAFETERIA (EBCAF) ESTUDO BASE RAÇÃO (EBR)
Cafeteria + Solução Salina (CS) Solução Salina (S)
Cafeteria + Liraglutida (CL) Liraglutida (L)
Cafeteria + Exercício + Solução Salina (CES) Exercício + Solução Salina (ES)
Cafeteria + Exercício + Liraglutida (CEL) Exercício + Liraglutida (EL)
Fonte: SILVA, 2014.
59 Silva, C. A. N. Material e Métodos
4.2.2 Delineamento do estudo
O delineamento do estudo foi executado da seguinte forma: inicialmente foi
realizado um Estudo Piloto buscando desenvolver uma dieta de cafeteria e que,
posteriormente, serviu de base para o Estudo Base da Pesquisa.
4.2.3 Estudo Piloto
O Estudo Piloto foi realizado com um total de 10 camundongos sendo n = 5
PCAF e n = 5 PCON. Para o grupo PCAF foi ofertada uma dieta de cafeteria mais a
ração padrão e água. No grupo PCON, foi ofertado água junto à ração padrão. Os
alimentos para ambos os grupos eram ad libitum e realizado por um período de 14
semanas. Durante este período foi observado o volume de consumo alimentar e a
preferência dos animais pelos alimentos fornecidos na dieta. A cada troca alimentar,
todos os animais eram pesados e observados a fim de identificar mudanças
relacionadas ao comportamento, pêlos, olhos e a aparência dos animais assim como
os bolos fecais (Figura 6).
Figura 6. – Figura demonstrativa da divisão do Estudo Piloto.
Fonte: SILVA, 2014.
Após o período de submissão a dieta de cafeteria, os animais passaram por
um período de observação de 48 horas e foram pesados, anestesiados com
tiopental (150 mg/kg) para o procedimento do deslocamento cervical para a
eutanásia. Após a eutanásia foi retirada a gordura intra-abdominal do animal para
pesagem.
60 Silva, C. A. N. Material e Métodos
4.2.4 Estudo Base da Pesquisa
Para o Estudo Base da Pesquisa, foram analisados 64 animais. Estes foram
divididos em dois grupos de 32 animais, com subgrupos de 8 animais cada como
pode ser observado na Tabela 1.
Os animais do grupo submetidos à dieta de cafeteria (CS, CL, CES, CEL)
receberam a alimentação aprovada no Estudo Piloto junto à ração padrão e água. Já
no grupo Estudo Base Ração (SS, L, ES, EL), os animais receberam uma refeição
composta por água e ração padrão.
Após o período de 14 semanas os animais ficaram em observação por um
período de 48 horas, sendo posteriormente iniciado o protocolo de atividade física
para os grupos (ES, CES, CEL, EL) por um período de 4 semanas. Os animais
sedentários (SS, L, CS, CL) permaneceram no processo alimentar até o final do
protocolo de exercício do grupo exercitado.
Posteriormente, os animais passaram por um período de observação de 48
horas e os grupos foram divididos onde os grupos tratados (CEL, EL, L, CL),
receberam a liraglutida de forma injetável (via intra-peritonial) 2 vezes ao dia por um
período de 7 dias (NOYAN-ASHRAF et al., 2009). Os animais do grupo ES, CES, SS
e CS, foram tratados com a solução salina 0,9% de forma também injetável (via
intra-peritonial).
Após o período de administração da substância, todos os animais passaram
por um período de observação de 48 horas, com a alimentação e água ad libitum,
para visualização de efeitos colaterais. Posteriormente, os animais foram pesados e
passaram por um jejum de 12 horas para o exame bioquímico. Após o jejum, os
animais foram pesados novamente para obtenção de peso corpóreo. Em seguida, os
animais foram anestesiados com tiopental (150 mg/Kg, s.c.), para a coleta
sanguínea. Como método de eutanásia foi realizado o deslocamento cervical. Após
a eutanásia, foram retiradas a adiposidade intra-abdominal e muscular (coxa da pata
direita traseira) (Figura 7) .
61 Silva, C. A. N. Material e Métodos
Figura 7 – Figura demonstrativa da divisão do Estudo Base da Pesquisa.
Fonte: SILVA, 2014.
4.2.5 Programa de atividade física: natação
O programa de exercício teve início assim que os grupos passaram pelo
período de submissão a dieta de cafeteria.
Para a realização da natação os camundongos foram adaptados ao meio
líquido por um período de 5 dias, que foi realizado em compartimentos, de plástico
com 100 cm de comprimento, 70 cm de largura e 60 cm de altura. A temperatura da
água foi controlada, sendo mantida em 31 – 33ºC, durante a realização do exercício,
por ser considerada termicamente neutra em relação à temperatura dos
camundongos (MCCARDLE, 1967). Após o exercício os animais eram secados e
observados por um período de 1 hora para visualizar mudanças de comportamento
(Figura 8).
Figura 8 – Período dos animais durante a prática da atividade física e secagem.
Fonte: SILVA, 2014.
62 Silva, C. A. N. Material e Métodos
O protocolo de natação teve duração de 4 semanas sendo 1 semana para
adaptação e 3 semanas para treinamento aeróbio, sem nenhum acréscimo de peso
preso ao corpo do animal, sendo realizada 5 vezes por semana durante o ciclo claro
(08 – 14h00) (MELTON et al., 2000). O período de adaptação e treinamento dos
animais foi realizado de acordo com a Tabela 2.
Tabela 2 – Cronograma da prática da atividade física (natação).
Fonte: SILVA, 2014.
Os protocolos para exercícios foram realizados através da natação pelo
período máximo de 50 min./dia, com um descanso de 2 dias por semana e com a
água mantida numa profundidade de 30 – 40 cm para que os camundongos
pudessem nadar sem tocar o fundo (NETO et al., 2008). Os animais eram
estimulados durante o período de exercício para evitar o descanso durante o tempo
de atividade. Após o término do treinamento, os animais foram mantidos em repouso
por um período de 48 horas, antes de serem submetidos ao início do tratamento com
a substância teste (liraglutida).
4.2.6 Substância teste
A liraglutida foi administrado aos animais por via intra-peritonial na dose
200 μg/mL/kg duas vezes ao dia de acordo com o procedimento de estudo. O uso foi
iniciado ao término do protocolo de exercício dos animais.
4.2.7 Avaliação bioquímica
Para a avaliação bioquímica os animais do Estudo Base da Pesquisa foram
submetidos a um jejum de 12 horas. A coleta foi realizada por punção cardíaca e o
sangue foi coletado sem anticoagulante para obtenção do soro. Posteriormente, as
amostras de sangue foram centrifugadas por 10 minutos a 2.000 rpm para
63 Silva, C. A. N. Material e Métodos
determinação das concentrações de: glicose (G), colesterol total (CT) e triglicerídeos
(TG) através de método colorimétrico. Aspartato transaminase (AST), alanina
transaminase (ALT), creatinina (CREA) e ureia (UR) através do método cinético. A
função hepática foi avaliada através das enzimas Aspartato Aminotransferase (AST)
e Alanina Aminotransferase (ALT), e a função renal pelas dosagens de creatinina
(CREA) e ureia (UR) através de método cinético enzimático (leitura a 510 nm). Os
resultados glicose, ureia e creatinina foram expressos em mg/dL, enquanto que os
resultados de AST e ALT foram expressos em U/L. Os parâmetros foram avaliados
de acordo com os valores referenciais conforme os estudos de VASCONCELOS et
al (2007).
Todas as determinações utilizaram kits Labtest Diagnóstica
apropriados ao analisador bioquímico semi-automatizado Bioplus BIO-2000. Os
resultados foram avaliados de acordo as especificações do fabricante.
4.2.8 Obtenção do peso muscular
Para análise muscular, foi retirada imediatamente após a eutanásia de todos
os animais, toda a porção muscular da pata traseira direita do camundongo, onde foi
separada a coxa e descartada a perna, sendo posteriormente comparada por peso
através da balança (RODRIGUES; QUINTILIANO, 2009).
4.2.9 Obtenção do peso da adiposidade intra-abdominal
A camada adiposa escolhida foi a intra-abdominal por ser o local de grande
concentração de gordura e por proporcionar maiores riscos à saúde do indivíduo.
Imediatamente após a eutanásia de todos os animais, foi retirada a gordura intra-
abdominal para comparação de peso através da balança analítica (CINTI, 2005).
4.2.10 Análise estatística
Para a média de ganho de peso dos animais do Estudo Piloto,
primeiramente foi realizada a soma do peso dos animais em cada troca alimentar e
dividiu-se pelo número de animais no grupo (n = 5), obtendo assim uma média de
ganho de peso diário. Para o cálculo da média de peso semanal foi realizado o
64 Silva, C. A. N. Material e Métodos
cálculo para os três dias, onde a cada três dias (cada três trocas alimentares)
representavam uma semana. Para a obtenção da média, somou-se a média diária
de cada três dias e dividiu-se pelo número de troca (3), resultando na média
semanal de ganho de peso por grupo (Quadro 5).
Já no Estudo Base da Pesquisa, para obter a média de ganho de peso dos
animais foi realizada a soma do peso dos animais em cada troca alimentar e
dividiu-se pelo número de animais no grupo (n = 8), seguido posteriormente o
mesmo método do Estudo Piloto (Quadro 5).
Quadro 5 – Cálculo da média de ganho de peso diário.
Fonte: SILVA, 2014.
Onde: 𝜇𝑖 = Média de ganho de peso diário
i = Dias
PA = Peso dos animais
Em um segundo momento para a obtenção da média semanal de ganho de
peso por grupo, foi realizado o seguinte cálculo:
𝑴𝒔 = 𝝁𝒊/𝟑
Onde: 𝑀𝑠=Média semanal de ganho de peso por grupo.
𝜇𝑖 = Média de ganho de peso diário (No caso foram somadas as médias de
cada 3 dias).
Para avaliação estatística e obtenção dos pesos musculares, os dados
foram submetidos ao teste de normalidade (Kolmogorov-Smirnov) e posteriormente
à análise de variância (ANOVA), com nível de significância de 5% (p < 0,5)
(RODRIGUES; QUINTILIANO, 2009). Para avaliação estatística e obtenção dos
pesos da adiposidade intra-abdominal, os resultados foram representados em média
± EPM (Erro Padrão da Média) e a comparação entre eles realizada por Teste t e
Análise de variância (ANOVA) de uma ou duas vias, com pós-teste de Bonferroni.
Foi considerado o nível de significância de 5% (p ≤ 0,5). O valor crítico de F de
65 Silva, C. A. N. Material e Métodos
acordo com seu grau de liberdade foi também calculado e comparado aos valores
de F obtidos pela ANOVA (WHITE, 2010; TRIOLA, 2011).
Também foi utilizado o Teste t com auxílio do programa Graph Pad Prism®
versão 5.01 (Graph Pad Software Inc., San Diego CA, EUA) para a análise de
comparativo da massa do tecido adiposo e muscular e para análise comparativa do
peso corpóreo.
66 Silva, C. A. N. Material e Métodos
5 Resultados
67 Silva, C. A. N. Resultados
5.1 Controle de ganho de peso dos animais submetidos à dieta de cafeteria no
estudo piloto.
Observa-se no gráfico 8 a evolução do ganho de peso corpóreo do grupo do
estudo base da pesquisa. O grupo controle manteve peso superior ao grupo
cafeteria durante todo o experimento (Gráfico 4), tendo uma variação de peso de
20 - 45 g. O grupo cafeteria manteve uma variação de peso de 18 - 45 g, passando
por dois períodos de baixa de peso entre a segunda e terceira semana de
experimento e entre a sétima e décima segunda semana de experimento. Os
resultados obtidos mostra que não houve diferença significativa entre os grupos
(PCAF = 47,38 ± 0,70 g) (PCON = 46,48 ± 1,08) (Gráfico 5).
Gráfico 4 – Evolução semanal do ganho de peso dos animais submetidos ou não a
dieta de cafeteria do estudo piloto (n = 10).
Fonte: Silva, 2014.
68 Silva, C. A. N. Resultados
Gráfico 5 – Teste t nos grupos submetidos ou não a dieta de cafeteria do estudo
piloto para visualização do peso corpóreo.
PCAF – Piloto Cafeteria, PCON – Piloto Controle.
Fonte: SILVA, 2014.
5.2 Resultado do ganho de tecido adiposo intra-abdominal dos animais
submetidos ou não à dieta de cafeteria no estudo piloto (n = 10).
Em termos de ganho de massa de tecido adiposo intra-abdominal
comparado entre os grupos controle (PCON) (0,44 ± 0,08 g) e cafeteria (PCAF)
(0,74 ± 0,05 g), existe uma diferença significativa no ganho de tecido adiposo por
parte do grupo PCAF que, manteve uma massa adiposa superior. Os resultados
mostram a eficácia da dieta de cafeteria para a indução a obesidade (Gráfico 6).
Gráfico 6 – Teste t nos grupos submetidos ou não a dieta de cafeteria para
visualização do peso do tecido adiposo intra-abdominal do estudo piloto (n = 10).
PCAF – Piloto Cafeteria, PCON – Piloto Controle. * p< 0,05 PCAF vs. PCON. Fonte:SILVA, 2014.
69 Silva, C. A. N. Resultados
5.3 Efeito da liraglutida e exercício sobre a massa adiposa intra-abdominal no
estudo base da pesquisa.
No geral, a perda da massa adiposa do grupo tratado com liraglutida
comparado ao não tratado (Gráfico 7) foi evidenciada da seguinte maneira: o grupo
CEL (cafeteria + exercício + liraglutida) teve uma redução de massa de tecido
adiposo (0,32 ± 0,03 g) quando comparado com grupo CES (cafeteria + exercício +
salina) (0,48 ± 0,05 g). O grupo EL (exercício + liraglutida) não teve uma redução
significativa (0,31 ± 0,03 g) quando comparado ao grupo ES (exercício + salina)
(0,37 ± 0,04 g). O grupo CL (cafeteria + liraglutida) teve redução de massa de tecido
adiposo (0,41 ± 0,09 g) quando comparado ao grupo CS (cafeteria + salina)
(0,76 ± 0,09 g). O grupo L (liraglutida) teve uma redução de massa de tecido adiposo
(0,24 ± 0,04 g) quando comparado ao grupo SS (solução salina) (0,52 ± 0,08 g). Os
resultados mostram que o liraglutida proporcionou uma maior perda de massa de
tecido adiposo (0,32 ± 0,05 g) quando comparado ao grupo não tratado
(0,53 ± 0,07 g). Observa-se também que o grupo submetido à dieta de cafeteria,
exercitado e tratado com a liraglutida (CEL) (0,32 ± 0,03 g), teve uma redução de
tecido adiposo significativo, quando comparado ao submetido a dieta de cafeteria,
não exercitado e submetidos ao salina (CS) (0,76 ± 0,09 g). Os resultados apontam
que o exercício associado ao uso da liraglutida aumenta significativamente a perda
de tecido adiposo (Gráfico 7).
70 Silva, C. A. N. Resultados
Gráfico 7– Teste t nos grupos do Estudo Base da Pesquisa para visualização da
ação da liraglutida sobre o tecido adiposo intra-abdominal em camundongos exercitados ou não (n = 64).
* p < 0,05 CEL vs. CES; ** p < 0,05 CL vs. CS; *** p < 0,01 L vs. SS; # p < 0,001 CEL vs. CS.
Fonte: Silva, 2014.
Ao comparar o grupo exercitado submetido à dieta de cafeteria (CES)
quando comparado ao grupo sedentário (CS) 0,76 ± 0,09, observa-se a diminuição
do tecido adiposo intra-abdominal nos animais exercitados para 0,48 ± 0,05 (CES),
mostrando a importância da atividade física na diminuição da gordura intra-
abdominal (Gráfico 8).
Gráfico 8 – Teste t nos grupos do Estudo Base da Pesquisa para visualização da
ação do exercício sobre o tecido adiposo intra-abdominal em camundongos (n = 64).
* p < 0,05 CES vs. CS Fonte: Silva, 2014.
71 Silva, C. A. N. Resultados
5.4 Avaliação do efeito da liraglutida sobre a musculatura da coxa traseira da pata direita dos camundongos do Estudo Base da Pesquisa.
A liraglutida, por si, na dose de 200 μg/mL/kg não alterou a massa muscular
de nenhum grupo experimental submetidos a dieta de cafeteria. Entretanto os
camundongos do grupo não submetidos a dieta de cafeteria e exercitados, tiveram
sua massa muscular aumentada de 1,26 ± 0,06 g (ES) para 1,52 ± 0,07 g com o
tratamento com a liraglutida (grupo EL) (Gráfico 9).
Gráfico 9: Teste t nos grupos do Estudo Base da Pesquisa para visualização da
ação do liraglutida sobre a musculatura da coxa da pata direita em camundongos exercitados ou não (n = 64).
* p< 0,01 EL vs. ES
Fonte: Silva, 2014.
5.5 Análise dos parâmetros bioquímicos
Tabela 3 – Resultados da análise bioquímica dos animais.
*p< 0,05 (salina x tratamento) Fonte: Silva, 2014.
72 Silva, C. A. N. Resultados
Em relação à avaliação bioquímica nos níveis plasmáticos de glicose,
triglicerídeos, colesterol, ureia, alanina amino transferase (ALT), aspartato amino
transferase (AST) e creatina, houve uma diferença significante entre os valores dos
grupos solução salina (controle) e os demais.
Abaixo, será relacionado o efeito da liraglutida nos parâmetros avaliados. Na
avaliação de glicose (Gráfico 10), Os dados mostram também que ao comparar o
grupo tratado, exercício + liraglutida (EL) (66,40 ± 3,14) com o grupo
exercício + salina (ES) (114,6 ± 3,76), o grupo tratado manteve o índice de glicose
menor. O grupo tratado cafeteria + liraglutida (CL) (130,0 ± 12,28) quando
comparado ao grupo cafeteria + salina (OS) (64,60 ± 5,05), manteve o índice de
glicose maior. O grupo tratado cafeteria + exercício + liraglutida (CEL) (104,8 ± 4,38),
quando comparado ao grupo cafeteria + exercício + salina (CES) (69,80 ± 7,88), teve
seu índice de glicose elevada. Mesmo existindo diferença significativa em alguns
resultados, os animais não estavam diabéticos.
Gráfico 10 – Resultados em gráfico dos parâmetros bioquímicos da glicose.
ap < 0,01 SS vs. CL, bp < 0,001 SS vs. CEL, cp < 0,001 SS vs. ES, dp < 0,01 CL vs. CS, ep < 0,01 CEL vs. CES, fp < 0,001 EL vs. ES.
Na avaliação do colesterol (Gráfico 11), os dados mostram que ao comparar
o grupo tratado ao grupo salina, não houve diferença significativa entre os grupos.
73 Silva, C. A. N. Resultados
Gráfico 11 – Resultados em gráfico dos parâmetros bioquímicos do colesterol.
ap < 0,05 SS vs. CL, bp < 0,01 SS vs. CEL, cp < 0,05 SS vs. CES, dp < 0,01 SS vs. EL.
Ao comparar os resultados da ALT (Gráfico 12), o grupo tratado com
liraglutida (L) (61,80 ± 3,17) quando comparado ao grupo salina (SS) (80,40 ± 2,14)
teve um índice menor. Ao comparar o grupo tratado cafeteria + liraglutida (CL)
(56,60 ± 1,50) quando comparado ao grupo cafeteria + salina (OS) (66,80 ± 2,31),
teve uma diminuição nos valores. O grupo tratado cafeteria + exercício + liraglutida
(CEL) (92,40 ± 1,33), quando comparado ao grupo cafeteria + exercício + salina
(CES) (53,40 ± 2,56) manteve o índice de ALT superior. O grupo tratado exercício +
liraglutida (EL) (78,20 ± 2,27) quando comparado ao grupo exercício + salina (ES)
(49,20 ± 2,48), teve seu índice de ALT elevado.
Gráfico 12 – Resultados em gráfico dos parâmetros bioquímicos da ALT.
ap < 0,001 SS vs. CL, bp < 0,01 SS vs. CS, cp < 0,01 SS vs. CEL, dp < 0,001 SS vs. CES, ep < 0,001 SS vs. ES, fp < 0,01 SS vs. L, gp < 0,01 CL vs. CS, hp < 0,001 CEL vs. CES, ip < 0,001 EL vs. ES.
74 Silva, C. A. N. Resultados
Os dados de triglicerídeos (Gráfico 13) mostram que ao comparar o grupo
tratado com liraglutida (L) (56,20 ± 9,60) quando comparado ao grupo salina (SS)
(84,40 ± 6,83), manteve seus valores abaixo. Ao comparar o grupo tratado cafeteria
+ liraglutida (CL) (62,40 ± 6,98) quando comparado ao grupo cafeteria + salina (CS)
(116,2 ± 11,23), manteve seus valores bem abaixo. O grupo tratado exercício +
liraglutida (EL) (119,2 ± 7,90) quando comparado ao grupo exercício + salina (ES)
(170,6 ± 15,03), teve seus valores abaixo.
Gráfico 13 – Resultados em gráfico dos parâmetros bioquímicos de triglicerídeos.
ap < 0,05 SS vs. CS, bp < 0,01 SS vs. CEL, cp < 0,05 SS vs. CES, dp < 0,05 SS vs. EL, ep < 0,001 SS vs. ES, fp < 0,05 SS vs. L, gp < 0,01 CL vs. CS, hp < 0,05 EL vs. ES.
Os dados da ureia (Gráfico 14) mostram que ao comparar o grupo tratado
com liraglutida (L) (56,20 ± 9,60) quando comparado ao grupo salina (SS) (84,40 ±
6,83) teve um índice menor. Ao comparar o grupo tratado cafeteria + liraglutida (CL)
(62,40 ± 6,99) quando comparado ao grupo cafeteria + salina (OS) (116,2 ± 11,23),
teve uma diminuição nos valores. O grupo tratado cafeteria + exercício + liraglutida
(CEL) (119,2 ± 0,80), quando comparado ao grupo cafeteria + exercício + salina
(CES) (128,2 ± 3,64), teve seus valores inferior ao grupo controle. O grupo tratado
exercício + liraglutida (EL) (119,2 ± 7,90) quando comparado ao grupo exercício +
salina (ES) (170,6 ± 15,03), teve seus valores abaixo.
75 Silva, C. A. N. Resultados
Gráfico 14 – Resultados em gráfico dos parâmetros bioquímicos de ureia.
ap <0,01 SS vs. CL, bp < 0,001 SS vs. CS, cp < 0,001 SS vs. CEL, dp < 0,001 SS vs. CES, ep < 0,001 SS vs. EL, fp < 0,001 SS vs. ES, gp < 0,001 SS vs. L, hp < 0,05 CL vs. CS, ip < 0,05 CEL vs. CES, jp < 0,001 EL vs. ES.
Os dados do grupo AST (Gráfico 15) mostra que quando comparado o grupo
tratado cafeteria + liraglutida (CL) (56,60 ± 3,01) quando comparado ao grupo
cafeteria + salina (OS) (160,0 ± 7,06), teve seus valores abaixo do controle. O grupo
tratado exercício + liraglutida (EL) (126,0 ± 5,17) quando comparado ao grupo
exercício + salina (ES) (84,20 ± 4,22), teve seus valores acima do grupo controle.
Gráfico 15 – Resultados em gráfico dos parâmetros bioquímicos da AST.
ap < 0,001 SS vs. CL, bp < 0,001 SS vs. CS, cp < 0,001 SS vs. EL, dp < 0,001 CL vs. CS, ep < 0,001 EL vs. ES.
76 Silva, C. A. N. Resultados
Para os valores de creatinina (Gráfico 16), os valores mostram que não
houve diferença significativa entre os valores quando comparado o grupo tratado
com o grupo controle.
Gráfico 16 – Resultados em gráfico dos parâmetros bioquímicos da AST.
ap < 0,05 SS vs. CS, bp < 0,05 SS vs. CES. Fonte: SILVA, 2014.
77 Silva, C. A. N. Resultados
6 Discussão
78 Silva, C. A. N. Discussão
Diante da proibição da venda dos anfetamínicos por parte da ANVISA, a
solução para o combate a obesidade por muitos está sendo através do uso de
substâncias para outros fins mas que levam ao emagrecimento como é o caso da
liraglutida. Este medicamento está sendo largamente utilizado no tratamento de
obesos não diabéticos, visto como um novo anorexígeno mas que ainda está em
fase de teste para tal finalidade (RADOMINSKI, 2014).
Na busca da verificação do efeito anorexígeno desta nova substância, neste
trabalho investigou-se a ação da liraglutida nos tecidos muscular e adiposo e nos
parâmetros bioquímicos em camundongos Swiss submetidos a uma dieta de
cafeteria, não diabéticos exercitados e sedentários. Foi evidenciado que o
medicamento testado induziu perda de peso tanto nos animais exercitados quanto
nos sedentários, bem como nos submetidos a uma dieta de cafeteria quando
comparados ao grupo ração padrão. O resultado mais relevante deste estudo foi que
a liraglutida unida a atividade física não alterou a massa do tecido muscular dos
animais, gerando assim um efeito de perda de peso atuante na adiposidade. De
acordo com a análise dos resultados bioquímicos, verificou-se que os animais
submetidos a uma dieta de cafeteria não desenvolveram o diabetes (VAREDA,
2013), mas que tiveram alterações nos parâmetros bioquímicos quando comparados
ao controle.
Rosini, Silva e Moraes (2012) relatam que a indução da obesidade em
modelos animais deve ser a mais próxima possível da gênese da obesidade em
humanos. A indução dessa condição via consumo de alimentos altamente palatáveis
e com alto valor energético parece ser o mais apropriado. Nesse intuito, tomou-se
como base o estudo de Goularte (2011) para implantação de uma dieta de cafeteria
no estudo piloto e verificou-se que a dieta proporcionou um ganho de peso corpóreo
nos camundongos, e ainda o aumento médio da massa adiposa que foi o parâmetro
determinante para considerar os animais gordos. Dessa forma, a fim de reproduzir a
condição do aumento do tecido adiposo nos camundongos, a partir desse momento
utilizou-se a metodologia adaptada de Goularte (2011) para avaliação do efeito
anorexígeno da liraglutida no modelo animal no estudo base da pesquisa.
Ao analisar o gráfico 4 e 5 do estudo piloto, observa-se que que tanto os
animais tratados com a dieta de cafeteria como os animais controle (ração) tiveram
79 Silva, C. A. N. Discussão
aumento de peso, semelhante, sendo considerado os animais tratados com a dieta
de cafeteria devido ao peso de tecido adiposo ser significantemente maior que o
grupo controle. Observa-se também que durante o processo de submissão a dieta
de cafeteria, os animais tiveram períodos de perda de peso no processo de
adaptação alimentar. Que pode ser explicado pelo fato de no início da implantação
(até 10ª semana) ter-se utilizado variações da dieta proposta por Goularte (2011) e
que somente a partir da 11ª até 14ª semana é que foram introduzidos no cardápio
alimentar três itens ricos em proteína que rapidamente proporcionaram resultados
em termos de ganho de peso, mostrando a importância da utilização proteica na
submissão de dieta de cafeteria em camundongos Swiss. E por fim, ao final da 14ª
semana os pesos se igualaram. Os resultados mostram que não houve diferença
significativa entre os pesos.
Os resultados encontrados nesse estudo diferem dos observados em outro
estudo de Goularte, Ferreira e Sanvitto (2012), uma vez que os animais mostraram
um ganho de peso corpóreo ao final do estudo. Acredita-se que a diferença de
ganho de peso ocorreu devido ao processo de mudança no cardápio alimentar ao
longo do estudo, metodologia diferente da utilizada por Goularte, Ferreira e Sanvitto
(2012), o que diferiu do estudo comparado que implantou um único cardápio.
Almeida e colaboradores (2011), justificam em seu estudo que o estresse gerado em
roedores pode induzir a perda de peso corporal ou até mesmo a adaptação em
casos de estresse crônico. Esses momentos vão depender do tempo, do causador
do estresse e da idade dos animais. Sabe-se que camundongos são animais
sensíveis ao barulho, iluminação, temperatura e a qualquer mudança em seu
habitat. Entende-se ainda que os períodos de brigas possam ter gerado mudança no
processo alimentar, o que acarretaria na oscilação do ganho de peso observada em
nosso estudo. Dessa forma, definida a dieta de cafeteria mais apropriada, adaptada
segundo a dieta de Goularte, 2011, seguiu-se desse momento em diante para o
estudo Base da Pesquisa.
Os mamíferos possuem dois tipos distintos de adipócitos, brancos e
marrons. Os brancos permitem o acúmulo de ácidos graxos depois de uma refeição
e são responsáveis pela distribuição dessa gordura para o organismo entre as
refeições. Os adipócitos marrons são responsáveis pela produção de calor. Estes
adipócitos compõem o tecido adiposo, que é composto por depósitos vicerais e
80 Silva, C. A. N. Discussão
subcutâneos (CINTI, 2005). Dessa forma, seria interessante que drogas com uma
potencial ação anorexígena atuassem reduzindo o teor de gordura o que,
diretamente, reduziria os riscos de doenças como as cardiovasculares
(MAGLIANO et al., 2011), diminuição da sensibilidade à insulina e o
desenvolvimento de doença arterial coronariana em indivíduos não obesos (FILHO
et al., 2006).
De modo interessante, observou-se que os animais do grupo submetidos a
dieta de cafetria apresentaram um alto índice de massa adiposa intra-abdominal, o
que corrobora a eficácia da dieta de cafeteria em induzir a obesidade, uma vez que
este foi o parâmetro escolhido para detectar a obesidade nos animais utilizados.
Além disso, o elevado teor de gordura intra-abdominal em animais apresenta-se
como um aumento no risco de desenvolvimento de doenças associadas à
obesidade, assim como mostra o estudo de Li e colaboredores (2008), que
analisaram a inflamação hepática, intestinal e adiposa em camundogos obesos
induzidos por dieta de cafeteria.
No estudo base da pesquisa ficou evidenciado o efeito da liraglutida sobre a
perda de massa de tecido adiposo quando comparado ao grupo salina, mostrando
uma ação direta da liraglutida no processo de emagrecimento. Já há relatos do
efeito da liraglutida na perda de peso no tratamento da diabetes mellitus tipo 2 e em
indivíduos obesos que realizaram cirurgia bariátrica recente e não diabéticos
(MANNING; PUCCI; FINER, 2014; DOGGRELL, 2013; PAJECKI et al., 2012; LEAN
et al., 2013; KIM et al., 2013). No estudo de Barreto (2013) é feito um levantamento
com o uso da liraglutida sendo visualizada sua eficácia na perda peso quando
comparado à outra incretina (exenatida). Mas ainda não havia relatos de estudos do
seu efeito na avaliação da massa adiposa em camundongos Swiss submetidos a
uma dieta de cafeteria, exercitados e não diabéticos. Assim, pela primeira vez, fica
estabelecido a capacidade da liraglutida em reduzir a massa adiposa em animais
obesos não diabéticos, sedentários e/ou exercitados.
Na avaliação da massa muscular dos animais, nota-se que não houve
diferença entre os animais tratados com a liraglutida e exercitados quando
comparado ao grupo salina. Este resultado mostra que no processo de perda de
peso a liraglutida não afetou o tecido muscular dos animais, mas sim a massa de
81 Silva, C. A. N. Discussão
tecido adiposo, como já mencionado anteriormente. Sabe-se da importância da
manutenção da massa magra, assim como seu fortalecimento para um bom
funcionamento do corpo. Os músculos do tronco e da cintura pélvica são suscetíveis
ao descondicionamento sendo esta uma das causas principais das síndromes lombo
pélvicas (HALL; BRODY, 2001). No artigo de Plapler (1995) há relatos da
importância da prevenção da atrofia muscular na reabilitação do joelho, que é uma
região do corpo bastante afetada quando nos referimos ao aumento de peso. O
estudo de Bobath (2003) relata a importância do músculo como ferramenta do
Sistema Nervoso Central na coordenação normal dos movimentos e da postura.
Diante do exposto, fica evidente a importância do efeito emagrecedor da liraglutida
não afetar o tecido muscular, mas sim o tecido adiposo, proporcionando uma melhor
qualidade de vida e na prevenção de doenças.
Foi visualizado também que dentre os grupos analisados, o grupo submetido
a dieta de cafeteria, exercitado e tratado com liraglutida (CEL) quando comparado
ao grupo submetido a dieta de cafeteria, sedentário e tratado com liraglutida (CL)
proporcionou uma melhor manutenção no tecido muscular, identificando a
importância da atividade física no combate ao sobrepeso, como uma ferramenta que
pode potencializar as ações da liraglutida, focando a perda em maior proporção da
massa adiposa em detrimento a muscular.
Alguns estudos relacionados foram verificados. No estudo de DJ e
colaboradores (2014) analisa a ação da liraglutida e exercício em jovens de 10 a 17
anos com diabetes mellitus tipo 2 e conclui que a liraglutida foi bem tolerado em
jovens com diabetes mellitus tipo 2, com a segurança, tolerabilidade e perfis
farmacocinéticos semelhantes aos perfis em adultos. No estudo em questão não foi
visualizado o tecido muscular e adiposo nos indivíduos e sim o efeito emagrecimento
por comparação de peso corpóreo. Na matéria de Bortolin (2012) está sendo
verificada a eficácia da liraglutida na perda de peso em pacientes obesos de um
hospital. A pesquisa está sendo realizada com a liraglutida, e que está gerando
resultado. O estudo citado não relaciona a substância ao exercício e não menciona
outras avaliações além do peso corpóreo.
Sobre as avaliações bioquímicas, primeiramente avaliou-se a interferência
dos tratamentos nos níveis sanguíneos de glicose (glicemia). A glicose é um
82 Silva, C. A. N. Discussão
monossacarídeo (açúcar simples) e sua produção excessiva é armazenada no
fígado e transformada em glicogênio. O excedente de glicose é enviado para a
corrente sanguínea e seu nível no sangue é controlado pelo pâncreas por meio da
insulina que tem a função de transformar glicose em energia. O alto nível de glicose
que permanece no sangue (hiperglicemia) pode ser um indicativo de diabetes como
também pode ser transformado em triglicerídeos e armazenado na forma de
gordura, resultando em obesidade, doenças cardiovasculares, entre outras. Sua
presença no sangue é medida através da análise do sangue coletado em jejum.
Valores de glicose acima de 250 mg/dL em camundongos em jejum indicam que os
animais estão diabéticos (VAREDAS, 2013). Em nosso estudo, os valores obtidos
mostraram que os animais não desenvolveram diabetes, porém houve uma elevação
significativa da glicemia o que pode ser explicado pelo funcionamento da liraglutida,
que age diminuindo apenas os níveis de glicose quando estes estão elevados, o que
justifica seu uso aprovado para o tratamento de diabetes. Quando a glicose está
normal, a liraglutida não tem efeito, as taxas de insulina não são afetadas e os níveis
de glicose não são alterados (BORTOLIN, 2012).
Nosso estudo corrobora o estudo de Rizzo e colaboradores (2014), que em
8 meses de estudo utilizando a liraglutida em pacientes diabéticos, verificaram que
em jejum, os níveis de glicose aumentaram. Diferentemente, os resultados do
estudo de Mondragon e colaboradores (2014), que analisaram os efeitos divergentes
da liraglutida, em um modelo animal com ratos hiperglicêmicos, e conclui que os
níveis de glicose foram reduzidos. Um estudo que analisa o efeito da atividade física
associada à orientação alimentar em adolescentes obesos, comparando o exercício
aeróbio e anaeróbio, concluiu que o exercício aeróbio contínuo diminuiu os níveis de
colesterol e aumentou os níveis de glicemia e triglicerídeos em indivíduos com idade
de 12 a 14 anos (SABIA; SANTOS; RIBEIRO, 2004).
Os níveis de creatinina e ureia servem como uma avaliação da função renal,
sendo as principais formas de se diagnosticar doenças renais precocemente. Ambas
são substâncias predominantemente excretadas pelo rim através da filtração
glomerular. A creatinina tem sido preferencialmente utilizada nesta avaliação, uma
vez que a dosagem de ureia plasmática é influenciada por fatores relacionados ao
metabolismo do nitrogênio, como a ingesta calórica, o catabolismo proteico
83 Silva, C. A. N. Discussão
excessivo relacionado ao trauma, a infecção, a febre e o consumo excessivo de
proteínas (VILELA, 2014).
Ao avaliar a ureia (Gráfico 14), nota-se que houve diferença significativa em
todos os grupos quando comparado ao grupo controle, com exceção do grupo
tratado só com a liraglutida. Observa-se que ao comparar o grupo tratado com o não
tratado, a liraglutida diminuiu os níveis de ureia na maioria dos grupos, com exceção
do grupo submetido a dieta de cafeteria. Acredita-se que os níveis elevados de ureia
tenham sido provenientes da dieta de cafeteria, e também pela quantidade de
proteínas existente na ração padrão. No estudo de Estrázulas (2013), que analisou
diferentes tipos de rações para roedores, constatou-se que a maioria está fora do
padrão indicado, o que pode alterar os níveis de garantia e segurança da dieta.
Outro fato é que o valor de ureia também pode aumentar quando há perda
muscular, pois as proteínas estão sendo catabolizadas, explicando o aumento da
ureia nos grupos exercitados (MAFRA; BURINI; 2001). Em dietas ricas em proteínas,
como a dieta de cafeteria, existe um provável aumento da ureia plasmática. A ureia
não é tão específica para avaliação da função renal como a creatinina. Porém,
mesmo a ureia não tendo boa especificidade para diagnosticar mudanças da função
renal geral, ela é mais sensível a alterações primárias das condições renais, ou seja,
os níveis de ureia aumentam antes que dos níveis de creatinina quando há
alterações na filtração renal. No estudo de Freitas (2011), foi avaliado o efeito do
consumo da dieta de cafeteria durante a gestação e lactação sobre o crescimento
somático e parâmetros metabólicos em ratos neonatos. Verificou-se que na fase
precoce da vida foi possível detectar os efeitos do excesso de nutrientes circulantes
entre mãe-filhote no crescimento, na dosagem de enzimas hepáticas marcadoras de
lesão e da albumina, envolvida na defesa antioxidante e no desenvolvimento de
células hepáticas.
A concentração plasmática de creatinina está relacionada à massa
muscular, pois ela é gerada quando há o consumo de creatina fosfato (sintetizada a
partir das proteínas da nossa alimentação) para gerar energia para os músculos
exercerem sua função. Se os rins não estão conseguindo eliminar a creatinina
produzida diariamente pelos músculos, eles provavelmente também terão problemas
para eliminar diversas outras substâncias do nosso metabolismo, incluindo toxinas.
84 Silva, C. A. N. Discussão
Portanto, um aumento da concentração de creatinina no sangue é um sinal de
insuficiência renal (PINHEIRO, 2014). Diversas substâncias, como cetoácidos,
glicose, bilirrubina e drogas, também podem interferir na análise plasmática de
creatinina. Já os valores diminuídos de creatinina podem ser indicativos de
debilitação ou massa muscular reduzida e também ocorre em casos de doenças
hepáticas (HOKAMA, 2004).
Ao analisar os níveis de creatinina (Gráfico 16), percebeu-se que houve uma
diferença significativa em apenas 2 grupos submetidos a dieta de cafeteria e não
tratados comparados ao controle. Ao fazer a comparação do grupo tratado com o
grupo não tratado, observou-se que a liraglutida reduziu os níveis de creatinina. Os
valores aumentados podem indicar diminuição da função renal. É necessária a
perda da função renal em pelo menos 50% para que ocorra elevação dos níveis de
creatinina, desidratação, choque, obstrução do trato urinário, intoxicação com
metanol e doenças musculares (rabdomiólise, gigantismo, acromegalia, etc.). As
doenças como a insuficiência renal estão comumente associadas à obesidade
(BASTOS et al., 2004). Resultados diferentes foram relatados no estudo que
relaciona o efeito da liraglutida com a diminuição da função renal (ANVISA, 2011),
mas nesse caso, a maioria dos animais tratados com a substância tiveram valores
inferiores quando comparado ao controle.
Transaminases são enzimas que catalisam a interconversão de aminoácidos
e alfa-ceto-ácidos por transferência do grupo amino e estão amplamente distribuídas
nos tecidos. A AST, localizada na parte mais interna das células, está presente no
citosol e na mitocôndria das células, predominando no fígado, coração, músculo
cardíaco, músculo estriado, rim e pâncreas. A ALT predomina no fígado, rim e
coração e seus níveis mais elevados pode ser considerado marcador mais
específico de dano hepático (MINCIS; MINCIS, 2006). A atividade plasmática desta
enzima é controlada por um mecanismo de liberação enzimática localizada na
membrana do hepatócito (MILLER; GONÇALVES, 1999).
O aumento das enzimas ALT e AST indica possíveis alterações hepáticas.
De acordo com as referências bioquímicas, percebe-se que houve uma diferença
significativa em quase todos os grupos quando comparado ao controle. Ao comparar
o grupo tratado, estes tiveram valores bem divergentes. Observou-se que os grupos
85 Silva, C. A. N. Discussão
exercitados tiveram seus índices elevados quando comparados aos não tratados.
Para Mincis e Mincis (2006) a elevação das enzimas pode ser explicado devido à
prática do exercício aeróbio intenso e que o aumento das enzimas AST pode indicar
um dano mais grave, com degeneração ou necrose. Entretanto essa enzima não
está presente só no fígado, sendo necessário considerar também o aumento da
ALT, que é mais específico para o fígado. Assim, quando há um aumento das duas
enzimas, há um real risco de uma lesão hepática estar acontecendo. Comumente,
na clínica de pequenos animais, são detectadas anormalidades nas atividades
séricas das enzimas hepáticas, as quais são consideradas indicadores sensíveis de
perturbações hepatobiliares. Elevações nas concentrações séricas enzimáticas
deve-se a alterações reversíveis ou irreversíveis na permeabilidade celular, na
indução de enzimas microssomais ou nas lesões estruturais associadas à necrose,
na colestase ou na isquemia hepatocelular. Diversos processos patológicos
envolvendo o fígado podem causar elevações proporcionalmente distintas nas
enzimas hepáticas, devido à variação na distribuição de cada enzima específica no
lóbulo hepático (SHARON; CENTER, 1995).
Resultados diferentes foram observados em um estudo que verificou a
eficácia da liraglutida na doença do fígado gordo não alcoólico em pacientes com
diabetes mellitus tipo 2 em comparação com sitagliptina e pioglitazona. Nesse
estudo observou-se a redução dos níveis de ALT e AST quando comparado com as
outras substâncias, assim como quando foi visualizado antes e após tratamento com
a liraglutida (OHKI; ISOGAWA; KOIKE, 2012).
O colesterol é um componente fundamental para a integridade das células e
para a produção de hormônios e pode ser adquirida através da alimentação ou por
produção endógena no fígado, portanto seu excesso na circulação pode ser danoso
ao organismo. As avaliações dos níveis de colesterol (Gráfico 11) demonstraram
uma diferença significativa ao comparar os grupos com o controle, principalmente
nos grupos que receberam dieta de cafeteria. Observou-se também que quando
comparado o grupo tratado com liraglutida com o grupo não tratado, há uma redução
nos índices, o que corrobora os estudos de Rizzo e colaboradores (2014), que
investigaram o efeito da liraglutida em pacientes diabéticos, e com o estudo de
Kesavadev e colaboradores (2012), que utilizaram a liraglutida no controle glicêmico
86 Silva, C. A. N. Discussão
em pacientes indianos com diabetes tipo 2, nos quais foi visualizado a diminuição
dos níveis de colesterol.
Triglicerídeos são a principal gordura originária da alimentação, mas podem
ser sintetizados pelo organismo. Em altos níveis associam-se à maior ocorrência de
doença coronariana. O estudo de Sun e colaboradores (2013) observaram os
benefícios do tratamento com liraglutida em indivíduos mais velhos com sobrepeso e
obesos com pré-diabetes. Concluiu-se que a adição da liraglutida a restrição calórica
aumentou significativamente a perda de peso e melhorou a resistência à insulina, a
pressão arterial sistólica, a glicemia, e a concentração de triglicerídeos na população
de alto risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares e diabetes
mellitus tipo 2. No estudo de Vrang e colaboradores (2012), foi visualizado o efeito
da liraglutida em 13 semanas de tratamento em pâncreas de ratos masculino e
feminino, devido as evidências de pancreatite induzida por drogas. Percebeu-se
neste estudo que a liraglutida diminuiu os níveis de triglicerídeos nos animais. Os
estudos relatados corroboram os resultados obtidos. Verificou-se que houve uma
diferença significativa entre os grupos quando comparado ao controle. Quando
comparado o grupo tratado com o a liraglutida com o grupo não tratado verificou-se
que os níveis de triglicerídeos reduziram.
A prática de exercício físico também induz a uma diminuição dos níveis de
triglicerídeos de 11 a 16% e do colesterol de 3 a 10%. Percebeu-se nos resultados
obtidos que os animais tratados e exercitados tiveram uma diminuição nos níveis de
triglicerídeos e colesterol, demonstrando que o exercício físico ajuda a diminuir
esses índices (ARAÚJO; BRITO; CRUZ, 2000).
Assim, demonstra-se nesse trabalho, pela primeira vez, que a liraglutida
unida a atividade física teve um efeito de perda de peso através do tecido adiposo
não proporcionando alterações no tecido muscular durante o processo de
emagrecimento, e que há uma relação direta entre esse efeito anorexígeno com o
exercício físico, havendo um efeito sinérgico com a liraglutida. Além disso, houve a
redução nos parâmetros bioquímicos importantes como: colesterol, AST,
triglicerídeos, ureia e creatinina, sendo verificado um aumento nos níveis de glicose,
mas não ao ponto de caracterizar o diabetes.
87 Silva, C. A. N. Discussão
7 Conclusão
88 Silva, C. A. N. Conclusão
Na avaliação do efeito da liraglutida nos tecidos muscular e adiposo e nos
parâmetros bioquímicos em camundongos Swiss submetidos a uma dieta de
cafeteria não diabéticos pode-se concluir que:
A liraglutida proporcionou efeito de perda de peso corpóreo nos animais,
sendo esta ação relaciona-se principalmente no tecido adiposo, não alterando o
tecido muscular;
A atividade física é um potencializador no efeito de perda de tecido adiposo
assim como na não alteração do tecido muscular;
A liraglutida unida ao exercício físico proporcionou uma melhor eficácia em
termos de perda de tecido adiposo e na manutenção da massa magra;
A liraglutida proporcionou melhoras nos parâmetros bioquímicos à exceção da
glicose.
89 Silva, C. A. N. Conclusão
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109
Silva, C. A. N. Referências
Apêndice
110
Silva, C. A. N. Apêndice
APÊNDICE A – Dados de controle de ganho de peso durante a primeira e segunda
semana.
1ª SEMANA 2ª SEMANA
N 26/04 21:20
29/04 12:30
01/05 12:30
03/05 12:30
06/05 12:30
08/05 12:30
1CON 17,3 21,1 24,9 26,9 28,5 31,0 2CON 18,3 22,4 26 27,6 29,4 31,1 3CON 16,5 18,9 23,8 24,5 26,5 30,5 4CON 15,3 20,5 22,3 23,8 26,7 28,6 5CON 19,1 23,2 27,3 28,1 31,7 34,5 1CAF 17,9 21,1 21,8 22,7 20,5 23,6 2CAF 16,1 18,2 17,04 18,8 21,6 23,1 3CAF 16,7 19,3 20,1 22,7 24,2 26,3 4CAF 18 21,9 22,0 22,6 24,1 26,9 5CAF 13,9 17,5 18,01 19,8 24,5 26,7
Tabela de alimentação 4s (Tabela 1) mostra o ganho de peso do grupo controle (CON) em relação ao grupo cafeteria (CAF) em duas semanas. Percebe-se a diferença no ganho de peso entre o grupo controle (n = 5) e o grupo cafeteria.
APÊNDICE B – Dados de controle de ganho de peso durante a terceira e quarta
semana.
3ª SEMANA 4ª SEMANA
N 10/05 12:30
13/05 21:20
15/05 12:30
17/05 12:30
20/05 12:30
22/05 12:30
1CON 31,3 33,1 33,9 34,7 36,3 33,7 2CON 31,1 33,7 34 33,8 35,7 35 3CON 29,5 32,4 31,5 31,9 36,1 35,3 4CON 27,8 31,5 33 34,4 35,4 33,8 5CON 33,7 36,6 38,2 38,4 40,7 39,7 1CAF 24,4 29,3 30,7 32,3 32,8 32,9 2CAF 24,3 31,8 33 33,6 34,3 35,7 3CAF 26,0 28,5 29 30,2 31,7 31,0 4CAF 27,3 30 31,7 32,0 31,3 34,5 5CAF 27,7 32,4 33 35,0 37 37,4
Tabela de alimentação 4s (Tabela 1) mostra o ganho de peso do grupo controle (CON) em relação ao grupo cafeteria (CAF) em duas semanas. Percebe-se a diferença no ganho de peso entre o grupo controle (n = 5) e o grupo cafeteria.
111
Silva, C. A. N. Apêndice
APÊNDICE C – Dados de controle de ganho de peso durante a quinta e sexta
semana.
5ª SEMANA 6ª SEMANA
N 24/05 19:00
27/05 12:30
29/05 12:30
31/05 12:30
03/06 12:30
05/06 12:30
1CON 33,4 38,1 38,5 38,6 39,7 40,1 2CON 32,7 39,7 38,9 39,4 41,6 40,9 3CON 31,7 37,1 38,3 37,7 39,6 40,0 4CON 36,6 40,1 37,3 37,6 39,6 38,8 5CON 32,4 41,2 41,7 41,7 45,4 43,7 1CAF 36,6 37,9 36,1 38,2 36,7 39,1 2CAF 32,8 35,8 35,1 34,8 35 38,4 3CAF 30,9 32,5 32,1 33,7 32,2 35,6 4CAF 36,5 36,3 32,5 34,6 35,6 41,3 5CAF 33,9 39,0 38,8 38,0 38,2 38,1
Tabela de alimentação 4s e 5s (Tabela 1) mostra o ganho de peso do grupo controle (CON) em relação ao grupo cafeteria (CAF) em duas semanas. Percebe-se ainda a diferença no ganho de peso entre o grupo controle (n = 5) e o grupo cafeteria. Na coluna em destaque teve, início ao novo cardápio alimentar.
APÊNDICE D – Dados de controle de ganho de peso durante a sétima e oitava
semana.
7ª SÉTIMA 8ª SEMANA
N 07/06 19:00
10/06 19:00
12/06 12:30
14/06 12:30
17/06 12:30
19/06 12:30
1CON 40,6 39,8 40 40,8 40,1 43,2 2CON 41,5 41,7 42,7 43,6 44,3 44,9 3CON 38,9 39,1 40,6 41,6 42,9 42,5 4CON 39,9 38,9 41,2 41,1 42,2 45,2 5CON 43,1 44,6 45,5 45,0 46,8 47,2 1CAF 39,3 39,2 37,4 36,4 36,8 37,4 2CAF 35,3 35,4 36,4 36,5 34,1 38,8 3CAF 37,0 33,0 41,3 41,1 35,7 36,6 4CAF 40,4 39,1 39,7 40,6 42 40,4 5CAF 37,2 33,1 37,0 36,1 36,1 38,0
Tabela de alimentação 5s (Tabela 1) mostra o ganho de peso do grupo controle (CON) em relação ao grupo cafeteria (CAF) em duas semanas. Percebe-se ainda a diferença no ganho de peso entre o grupo controle (n = 5) e o grupo cafeteria.
112
Silva, C. A. N. Apêndice
APÊNDICE E – Dados de controle de ganho de peso durante a nona e décima
semana.
9ª SEMANA 10ª SEMANA
N 21/06 12:30
24/06 19:00
26/06 19:00
28/06 12:30
01/07 12:30
03/07 12:30
1CON 40,1 41,6 41,7 41,9 41,9 42,8 2CON 43,1 45,0 46,4 46,4 44,8 47,8 3CON 43,1 45,0 46,4 46,4 46,7 46,8 4CON 43,7 44,4 45,7 44,4 44,0 45,0 5CON 46,1 47,8 47,7 47,6 48,0 49,1 1CAF 36,7 36,8 37,2 37,5 36,5 37,5 2CAF 36,5 35,2 36,2 37,1 36,6 36,3 3CAF 39 37,5 37,9 39,5 34,4 38,5 4CAF 40,5 39,8 39,5 41,4 40,4 40,0 5CAF 37,2 37,1 37,4 37,2 36,4 36,0
Tabela de alimentação 5s (Tabela 1) e 9s (Tabela 2) mostra o ganho de peso do grupo controle (CON) em relação ao grupo cafeteria (CAF) em duas semanas. Percebe-se ainda a diferença no ganho de peso entre o grupo controle (n = 5) e o grupo cafeteria. A coluna em destaque mostra a data de uma nova mudança no cardápio alimentar.
APÊNDICE F – Dados de controle de ganho de peso durante a décima primeira e décima segunda semana.
11ªSEMANA 12ª SEMANA
N 05/07 12:30
08/07 12:30
10/07 19:00
12/07 13:00
15/07 12:30
17/07 12:30
1CON 43,3 43,2 44,5 44,1 44,3 44,3 2CON 46,6 47,6 47,6 46,3 46,6 46,5 3CON 47,6 46,7 44,9 47 45,8 47,8 4CON 44,5 45,6 45,3 45,3 45,5 45,8 5CON 48,4 47,5 49,5 48,6 48,7 48
1CAF 39,1 41,2 40,9 40,2 44 43,9 2CAF 38,1 39,6 40 40,9 40,7 41 3CAF 41,2 44,7 42,9 42,7 45,3 44 4CAF 42,4 43,9 44,1 43,8 44,1 45,6 5CAF 37,5 39,9 39 39,9 42,1 42,3
Tabela de alimentação 9s (Tabela 2) mostra o ganho de peso do grupo controle (CON) em relação ao grupo cafeteria (CAF) em duas semanas. Percebe-se uma mudança no ganho de peso do grupo cafeteria.
113
Silva, C. A. N. Apêndice
APÊNDICE G – Dados de controle de ganho de peso durante a décima terceira e décima quarta semana.
13ª SEMANA 14ª SEMANA
N 19/jul 22/jul 24/jul 26/jul 29/jul 31/jul
12:30 12:30 19:00 13:00 12:30 12:30
1CON 44,4 44.7 44 43.8 44.2 43.2
2CON 45,9 46.8 46.3 45.2 47.3 46.8
3CON 47,1 47,1 46.2 43.3 47.9 47.6
4CON 46 45.5 45.1 44.3 44.6 45.6
5CON 48.3 48.9 48.8 48.7 48.5 49.2
1CAF 43.6 43.8 44 45.2 45.8 46.3
2CAF 41.8 42.3 42.7 43.6 44.5 45.7
3CAF 44.6 45.8 46.2 47.4 48.6 49.3
4CAF 45.2 44.8 45.3 46.8 47.5 48.7
5CAF 42 42.6 43.5 44.9 45.6 46.9
Tabela de alimentação 9s (Tabela 2) mostra o ganho de peso do grupo controle (CON) em relação ao grupo cafeteria (CAF) em duas semanas. Percebe-se uma mudança no ganho de peso do grupo cafeteria.
APÊNDICE H – Registro da troca dos alimentos da primeira a quarta semana.
114
Silva, C. A. N. Apêndice
APÊNDICE I – Registro da mudança do cardápio.
APÊNDICE J – Registro da troca alimentar com novo cardápio (sem adição do novo cardápio 9s).
APÊNDICE K – Registro da troca dos alimentos com a adição da proteína.
115
Silva, C. A. N. Apêndice
Anexos
116
Silva, C. A. N. Anexos
ANEXO A –Tabela de referências hematológicas para camundongos diabéticos.
Fonte: VAREDA, 2013.
ANEXO B –Tabela de referências de glicemia para camundongos diabéticos.
Fonte: VAREDA, 2013.
117
Silva, C. A. N. Anexos
ANEXO C –Tabela de referências hematológicas para camundongos não diabéticos.
Fonte: VASCONCELOS et al., 2007.
118
Silva, C. A. N. Anexos
ANEXO D – Certidão da Comissão de Ética no Uso de Animais (CEUA).