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Universidade Federal do Vale do São Francisco UNIVASF Colegiado de Engenharia Agrícola e Ambiental RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO: Caracterização da Drenagem Urbana da Cidade de Juazeiro-BA, como ação do PET Saneamento Ambiental Nome do aluno: Uldérico Rios Oliveira Empresa conveniada: Laboratório de Engenharia Ambiental / PET Conexões de Saberes: Saneamento Ambiental UNIVASF Área do Estágio: Saneamento Básico Orientador do Estágio: Miriam Cleide Cavalcante de Amorim Supervisor do Estágio: Miriam Cleide Cavalcante de Amorim Período de realização: 02/05/2013 a 27/08/2013 Carga Horária total: 320h Objetivo: O objetivo deste estágio foi caracterizar a drenagem natural e urbana na cidade de Juazeiro-BA, fornecendo subsídios para o programa de Gestão Ambiental e elaboração de Planos de Saneamento Básico, além de promover o diálogo entre a comunidade acadêmica e a comunidade local. Objetivos Específicos: Levantamento de mapas e imagens, referentes à drenagem natural e urbana da cidade de Juazeiro-BA; Elaboração de mapas; Identificação de interconexões de lançamento de esgoto em canais pluviais naturais e urbanos; Identificação in loco, da infraestrutura, diagnóstico e percepção quanto a drenagem natural e urbana.

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Universidade Federal do Vale do São Francisco – UNIVASF

Colegiado de Engenharia Agrícola e Ambiental

RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO: Caracterização da

Drenagem Urbana da Cidade de Juazeiro-BA, como ação do PET

Saneamento Ambiental

Nome do aluno: Uldérico Rios Oliveira Empresa conveniada: Laboratório de Engenharia Ambiental / PET Conexões de Saberes: Saneamento Ambiental – UNIVASF Área do Estágio: Saneamento Básico Orientador do Estágio: Miriam Cleide Cavalcante de Amorim Supervisor do Estágio: Miriam Cleide Cavalcante de Amorim Período de realização: 02/05/2013 a 27/08/2013 Carga Horária total: 320h

Objetivo:

O objetivo deste estágio foi caracterizar a drenagem natural e urbana na cidade

de Juazeiro-BA, fornecendo subsídios para o programa de Gestão Ambiental e

elaboração de Planos de Saneamento Básico, além de promover o diálogo

entre a comunidade acadêmica e a comunidade local.

Objetivos Específicos:

Levantamento de mapas e imagens, referentes à drenagem natural e

urbana da cidade de Juazeiro-BA;

Elaboração de mapas;

Identificação de interconexões de lançamento de esgoto em canais

pluviais naturais e urbanos;

Identificação in loco, da infraestrutura, diagnóstico e percepção quanto a

drenagem natural e urbana.

Apresentação da Empresa:

A Fundação Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF), criada

pela Lei nº 10.473 de 27 de junho de 2002 prevê como seu espaço de

influência e de atuação toda a região do semiárido nordestino, a UNIVASF

possui campi nas cidades de Juazeiro-BA, Petrolina-PE, São Raimundo

Nonato-PI e Senhor do Bonfim-BA.

A UNIVASF tem como missão o desenvolvimento regional e como objetivo

ministrar ensino superior, desenvolver pesquisas nas diversas áreas do

conhecimento e promover a extensão universitária, caracterizando sua inserção

regional mediante atuação multicampi no Pólo Petrolina-PE e Juazeiro-BA.

A UNIVASF iniciou suas atividades acadêmicas em 2004, hoje conta com 20

cursos de graduações e seis pós-graduações, dentre estes, o curso de

Engenharia Agrícola e Ambiental.

O curso de Engenharia Agrícola e Ambiental da UNIVASF representa a

possibilidade do desenvolvimento sustentável regional, considerando os

aspectos econômicos, temporais e éticos, canalizando conhecimentos, atitudes

e ações de caráter ecologicamente prudentes, socialmente desejáveis e

economicamente eficientes.

O curso conta com instalações utilizadas para o desenvolvimento das

atividades do curso que estão localizadas no campus de Juazeiro-BA, sendo 16

laboratórios, contemplando as disciplinas dos núcleos de conteúdo básico e

profissionalizantes essenciais e específicos.

O Laboratório de Engenharia Ambiental (LEA) atender as demandas

relacionadas ao ensino, pesquisa e extensão fornecendo suporte para as

atividades das disciplinas de Poluição Ambiental, Saneamento Básico e

Tratamento de Resíduos do curso de Engenharia Agrícola e Ambiental da

Universidade Federal do São Francisco (UNIVASF). Além possuir infraestrutura

que possibilite o treinamento de profissionais em cursos de especialização e

pós-graduação das áreas de Engenharia Ambiental e com relação à Extensão,

o laboratório presta serviços à comunidade local e regional, como é o caso do

Programa de Educação Tutorial “PET Conexões de Saberes: Saneamento

Ambiental”.

O PET Conexões de Saberes: Saneamento Ambiental vem sendo desenvolvido

desde dezembro de 2010, sob a Tutoria da Profª. Miriam Cleide Cavalcante de

Amorim, com a proposta de buscar o empoderamento de comunidades em

bairros da cidade de Juazeiro-BA, no que tange a valorização e o uso

adequado dos serviços de saneamento básico, utilizando para isso ações de

educação sanitária e ambiental, baseados em diagnósticos e percepção sobre

o Saneamento Básico local.

Fundamentação teórica:

Saneamento Básico

O Saneamento Básico, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), é o

gerenciamento ou controle dos fatores físicos que podem exercer efeitos

nocivos ao homem, prejudicando seu bem-estar físico, mental e social.

A Lei do Saneamento Básico (11.445/2007) estabelece as diretrizes básicas

nacionais para o saneamento e define como o “conjunto de serviços,

infraestruturas e instalações operacionais de: abastecimento de água potável,

esgotamento sanitário, limpeza urbana, manejo de resíduos sólidos e

drenagem e manejo das águas pluviais” (BRASIL, 2007).

Seja qual for a definição utilizada, o certo é que o saneamento básico está

intimamente relacionado ás condições de saúde da população e mais do que

simplesmente garantir acesso aos serviços, instalações ou estruturas que citam

a lei, envolvem, também, medidas de educação da população em geral e

conservação ambiental.

Segundo Canholi (2005) o saneamento básico das grandes cidades brasileiras

encontra-se numa situação caótica, principalmente no que diz respeito à

drenagem urbana.

Drenagem Urbana

O termo “drenagem urbana” é o conjunto de medidas que tem por objetivo

minimizar os riscos a que as populações estão sujeitas, diminuir os prejuízos

causados por inundações e possibilitando o desenvolvimento urbano de forma

harmônica, articulada e sustentável (TUCCI, 2002). Para Chernicharo e Costa

(1995), este sistema ocupa um lugar de destaque entre as obras hidráulicas e

sanitárias fundamentais no planejamento das cidades.

Um sistema de drenagem é composto por estruturas e instalações de

engenharia destinadas ao transporte, retenção e disposição final das águas das

chuvas.

Segundo a Prefeitura Municipal de São Paulo (1999), o sistema tradicional de

drenagem urbana deve ser considerado como composto por dois sistemas

distintos que devem ser planejados e projetados sob critérios diferenciados: o

sistema de microdrenagem e o sistema de macrodrenagem.

O sistema inicial de drenagem ou de microdrenagem ou, ainda, coletor de

águas pluviais, é aquele composto pelos pavimentos das ruas, guias e sarjetas,

bocas de lobo, rede de galerias de águas pluviais e, também, canais de

pequenas dimensões. Esse sistema é dimensionado para o escoamento de

vazões de 2 a 10 anos de período de retorno. Quando bem projetado, e com

manutenção adequada, praticamente elimina as inconveniências ou as

interrupções das atividades urbanas que advém das inundações e das

interferências de enxurradas.

Já o sistema de macrodrenagem é constituído, em geral, por canais (abertos ou

de contorno fechado) de maiores dimensões, projetado para vazões de 25 a

100 anos de período de retorno. Do seu funcionamento adequado depende a

prevenção ou minimização dos danos às propriedades, dos danos à saúde e

perdas de vida das populações atingidas, seja em consequência direta das

águas, seja por doenças de veiculação hídrica.

Durante muito tempo o objetivo da drenagem urbana foi remover as águas

pluviais em excesso da forma mais eficiente possível para evitar transtorno,

prejuízo e risco de inundações. A partir de tal enfoque as ações concentram-se

na execução de projetos e obras e nas análises econômicas dos benefícios e

custos dessas medidas, ditas estrutura.

Para Tucci et al. (1997) as soluções eficazes de drenagem urbana dependem

dos seguintes fatores:

Existência de uma política para o setor que defina objetivos a serem

alcançados e os meios (legais, institucionais, técnicos e financeiros) para

atingi-los;

Existência de políticas para a ocupação do solo urbano devidamente

articulada com a política de drenagem urbana, principalmente no que se

Atividades desenvolvidas:

As atividades desenvolvidas neste estágio foram realizadas no âmbito do “PET

Conexões de Saberes: saneamento Ambiental”. Dentre as atividades realizadas

estão: 1) Revisão bibliográfica e pesquisas; 2) Visita a Secretaria de

Desenvolvimento Urbano (SEDUR), Serviço Autônomo de Água e Esgoto de

Juazeiro (SAAE) e Prefeitura de Juazeiro-BA (PMJ-BA); 3) Confecção dos

questionários; 4) Aplicação de questionário na SEDUR; 5) Aplicações de

questionários e visitas para observações in loco nos canais pluviais e lagoas do

sistema de drenagem urbana; 6) Tabulação de dados; 7) Confecção de mapas;

8) Caracterização do sistema de drenagem.

1. A revisão bibliográfica e pesquisas ofereceram um suporte para avaliar o

conhecimento produzido em pesquisas prévias, conceitos, procedimentos,

resultados, discussões e conclusões relevantes para este trabalho. Assim, a

revisão bibliográfica teve papel fundamental, pois é através dela que o trabalho

refere à ocupação das várzeas de inundação;

Processo de planejamento que contemple medidas de curto, médio e

longo prazo em toda a bacia, e integre as medidas de drenagem de

águas pluviais no complexo maior do ambiente urbano;

Existência de entidade eficiente que domine as tecnologias necessárias,

implante obras e medidas, desenvolva atividades de comunicação social,

promova a participação pública, estabeleça critérios, aplique leis e

normas e, enfim, de forma positiva, a liderança do setor;

Domínio da tecnologia adequada para planejamento, projeto, construção

e operação das obras;

Organização de companhas de educação e esclarecimento da opinião

pública.

A falta de planejamento e de visão ambiental urbana integrada e sustentável no

desenvolvimento de planejamentos nesta área, aliada à inexistência de uma

entidade específica para controle e gestão de atividades e mesmo obras de

drenagem, constitui a causa principal do estado caótico em que se encontram

os sistemas de drenagem das grandes cidades brasileiras (BARROS, 2005).

situa dentro da grande área de pesquisa da qual fez parte. Dentre as principais

revisões pesquisadas o livro-texto “Hidrologia: ciência e aplicação” foi utilizado

como base para este estudo, o livro reuni vários autores em 24 capítulos. A

obra trata-se dos princípios básicos e de aplicações práticas (TUCCI, 2004).

2. As visitas a SEDUR, SAAE e PMJ, deram-se de forma a coletar dados,

mapas e informações ligadas ao sistema de drenagem urbana, bem como

conhecer o serviço que estes prestam para as comunidades. Dados estes que

serviram para dar suporte à confecção, aplicação dos questionários e

caracterização.

3. Foram confeccionados dois questionários: um que foi aplicado ao setor

responsável ao sistema de drenagem (APÊNDICE A), que foi elaborado para

ser respondido de maneira rápida e sem consultas a documentos, ou seja, o

responsável pelas respostas deveria possuir conhecimento básico sobre o

sistema de drenagem no município; e o outro que foi preenchido in loco através

de observações realizadas no campo (APÊNDICE B), que foram aplicados às

lagoas e aos canais do sistema de drenagem, este foi confeccionado, de forma

que as observações sejam compreendidas o máximo possível, com o intuito de

caracterizar o máximo este sistema.

4. A aplicação de questionário na SEDUR foi realizada de forma onde se pode

levantar dados sobre o sistema de drenagem natural e urbana da cidade, os

quais ajudaram nas atividades de campos e na caracterização do sistema de

drenagem.

5. As aplicações de questionários e observações in louco deu-se através de

vistas, onde foram percorridos 35,9 km de canais e visitados 10 lagoas do

sistema de drenagem da cidade.

6. Os dados foram coletados e organizados em formulários específicos

(planilha Excel®), que auxiliaram na tabulação e nos resultados obtidos em

campo.

7. A Confecção de mapas deu-se através das analises de imagens

cartográficas com auxílio do Google Mapas e do programa AutoCAD®. Foram

gerados mapas no programa AutoCAD (APÊNDICE C), bem como também

criou-se layout (APÊNDICE D,E e H) através de imagem do Google Mapas a

fim de representar e ajudar na caracterização do sistema de drenagem urbana.

8. A caracterização foi através de visitas, observações in loco e de imagens,

como podemos observar no APÊNDICE G e J.

A partir destas atividades pode-se ter uma real situação do sistema de

drenagem urbana de Juazeiro.

Nos canais, 83% não apresentam revestimento, sendo apenas o canal C1

(canal da av. Centenário) é revestido de concreto; 100% com problemas de

assoreamento; 100% possuem interconexão com o sistema de esgoto,

recebendo esgoto aparentemente sem tratamento; 100% possuem moradias

nas margens; 83% há proliferação de insetos, sendo observada a presença de

muriçocas; 100% com presença de resíduos sólidos nas margens ou dentro

dos canais, os quais podem ser observados no APÊNDICE F, além das

imagens APÊNDICE G.

Foi detectado que em 90% das lagoas há problemas de assoreamento; em

100% há com interconexão com a rede de esgoto; 100% possuem moradias

nas margens; 100% há proliferação de insetos; 90% com presença de resíduos

sólidos; 90% das lagoas possuem conexões com os canais de drenagem;

apenas uma lagoa é utilizada pela população para recreação, como é o caso da

lagoa do Calú, um dos principais espaços verdes da cidade, bastante utilizado

pelos moradores, para eventos, lazer e a pratica de esportes; e 80%

apresentaram indicativos de eutrofização. Estes dados podem ser observados

no quadro que apresentam com mais detalhes os dados no APÊNDICE I e nas

imagens no APÊNDICE J.

Foi também criado um mapa com os pontos em que foram observados

lançamento de esgoto no sistema de drenagem da cidade, conforme

APÊNDICE L, além de registros fotográficos (APÊNDICE M).

Considerações finais:

As atividades desenvolvidas até o presente momento durante o estágio

complementaram ações do projeto “PET Conexões de Saberes: Saneamento

Ambiental”.

A caracterização do sistema de drenagem mostrou que é necessário

primeiramente elaborar uma normatização dos sistemas e incorporar um

planejamento, uma vez que todo o sistema de drenagem apresentou

lançamento de esgoto sem tratamento em todos os canais de águas pluviais e

lagoas.

Outros fatores preocupantes são as ocupações desordenadas as margens do

sistema de drenagem, como também as áreas aterradas das lagoas naturais

para construção de moradias. Fatores estes que acarretam consequências

como enchentes e inundações, com graves prejuízos socioeconômicos e riscos

à saúde da população.

A presença de resíduos sólidos nos canais de águas pluviais e lagoas também

mostra o desconhecimento da população quanto ao manejo adequado dos

resíduos sólidos domésticos evidenciando a necessidade de programas de

educação ambiental. Uma vez que através da educação ambiental as pessoas

que não têm o conhecimento sobre tal assunto, terão a oportunidade, além de

serem treinados e até mesmo serem agentes ativos desta causa.

Este trabalho permitiu não só proporcionar um bom aprendizado, como

também, promoveu uma interação dos conteúdos da sala de aula com a

vivência da prática e de ações de extensão. As técnicas de coletas de dados

que foram aplicadas, as formas de realização dos projetos, proporcionaram

ainda mais esta forma de aprendizado. Alcançando assim todos os objetivos

buscados durante o trabalho.

Referências: BARROS, M.T.L. Drenagem Urbana: Bases Conceitos e planejamento. In: PHILIPPI JÚNIOR, A. (Ed.). Saneamento, Saúde e Meio Ambiente: Fundamentação para um desenvolvimento sustentável. Barueri, SP: Manole, 2005. P. 221-266. BRASIL, Lei nº 11.445, de 5 de janeiro de 2007. Institui a lei do Saneamento. Presidência da República: Casa Civil, Brasília, DF, 05 jan 2007. CANHOLI, A.P. Drenagem Urbana e Controle de Enchentes. São Paulo: Oficina de textos, 2005. 301 p.

CHERNICHARO, C.A.L; COSTA, A.M.L.M. Drenagem pluvial. In: BARROS, R.T.V. Manual de Saneamento e Proteção Ambiental para os Municípios. Belo Horizonte, BH: Escola de Engenharia da UFMG, 1995. P. 161-180. ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE. Sanitation and health. Disponível em: <http://www.who.int/healthinfo/statistics/regions/en/index.html>. Acessado em: 01 – ago. – 2013. PMSP – Prefeitura Municipal de São Paulo. Diretrizes Básicas para os Projetos de Drenagem Urbana no Município de São Paulo. 1999. TUCCI, C.E.M; BERTONI, J.C. Precipitação. In: TUCCI, C.E.M. Hidrologia: Ciências e Aplicação. 2 ed. Porto Alegre, RS: Editora da Universidade: ABRH, 1997 p. 177-231. TUCCI, C.E.M; BIDONE, F. et al. Drenagem Urbana. In: TUCCI, C.E.M. Hidrologia: Ciências e Aplicação. 2 ed. Porto Alegre, RS: Editora da Universidade: ABRH, 1997. P. 805-848. TUCCI, C.E.M., SILVEIRA, A. Gerenciamento de Drenagem Urbana. Apostila da UFRS, Porto Alegre, RS, 46p. 2001. TUCCI, C.E.M. Gerenciamento da Drenagem Urbana. Revista Brasileira Recursos Hídricos. 7 (1): 5-27. 2002. TUCCI, C.E.M. Hidrologia: Ciências e Aplicação. 3 ed. Porto Alegre: Ed. UFRGS, 2004, 943p. TUCCI, C.E.M; PORTO, R.L.L; BARROS, M.T. Drenagem urbana. Porto Alegre: ABRH, Ed da UFRG, 1985. 428p.

APÊNDICE A – Questionário de diagnóstico aplicado na Secretaria de Desenvolvimento Urbano de Juazeiro-BA.

APÊNDICE B – Questionário de diagnóstico utilizado para observações in loco do sistema de drenagem urbana de Juazeiro-BA.

APÊNDICE C – Mapa do sistema de drenagem natural e urbana da cidade de Juazeiro-BA, através do programa AutoCAD.

APÊNDICE D – Localização dos bairros de atuação do “PET Conexões de Saberes Saneamento Ambiental, em relação as lagoas e canais de drenagem urbana na cidade de Juazeiro-BA, através de imagem do Google Mapas (2013).

APÊNDICE E – Identificação/localização dos canais (C1, C2, C3, C4, C5 e C6) de drenagem natural e urbana na cidade de Juazeiro-BA, através de imagem do Google Mapas (2013).

APÊNDICE F – Quadro dos aspectos visuais observados em cada canal.

Canal (NOME) Bairros Por onde Passa o Canal

Extensão (Km)

Características observáveis in loco

C1

(CANAL DO CENTENÁRIO)

Centro, Coréia, Centenário*, Maria Goretti*, Novo Encontro*.

2,30

Em toda sua extensão é coberto, revestido por concreto, foi observado vários pontos de interconexão com rede de esgoto e lançamento de esgoto doméstico. Moradias as margens, presença de resíduos sólidos nas margens e mau cheiro.

C2

(RIACHO MACARRÃO) Kidé*, Nossa Senhora das Grotas, Água Bela, Jardim Flórida*, Jardim

Vitória, Piranga*, João XXIII, Lomanto Junior, Novo Encontro*, Park Centenário, Alto do Alencar,

Sol Levante, São Geraldo* e Tabuleiro.

7,30

Só é revestido nas laterais quando passa pela ETE do bairro Jardim Florida, observou-se vários lançamentos de esgoto domésticos em toda sua extensão, o esgoto tratado na ETE do Bairro Jardim Florido é lançado neste canal. Foram observados pontos com problemas de assoreamento, presença de moradias as margens, proliferação de insetos, como muriçocas, resíduos sólidos, muitas macrófitas, bioindicadoras de poluição aquática, indicativo de eutrofização, presença de aves e vegetação no entorno, possui um forte mau cheiro. Entre o bairro Park Centenário e o São Geraldo as margens esquerda encontra-se uma olaria.

C3

(RIACHO MALAHADA DA AREIA)

Dom José Rodrigues*, Antônio Guilhermino*, Pedro Raimundo, Malhada da Areia, Alto Aliança*,

Jardim São Paulo, Alto do Cruzeiro, Alto do Alencar e Lomanto Junior.

7,50

Não possui revestimento. Foram observados vários pontos de lançamento de esgoto, problemas com assoreamento, moradias nas margens, proliferação de insetos, presença de resíduos sólidos, presença de macrófitas, indicativos de eutrofização, mau cheiro, bem como a presença de aves e vegetação no entorno.

C4

(C4)

Antônio Guilhermino*, João Paulo II*, Pedro Raimundo e Dom José

Rodrigues*.

6,30

Não possui revestimento. Foram observados vários pontos de lançamento de esgoto, assim como o lançamento direto do esgoto do bairro Don José Rodrigues. Há problemas com assoreamento, proliferação de insetos, presença de resíduos sólidos, presença de macrófitas, indicativos de eutrofização, mau cheiro, bem como a presença de aves e vegetação no entorno.

C5

(C5) Alto do Alencar

1,50

Não possui revestimento. Há lançamento de esgotos, problemas com assoreamento e erosão do solo, proliferação de insetos, presença de resíduos sólidos, presença de macrófitas, indicativos de eutrofização, mau cheiro, presença de aves e vegetação no entorno.

C6

(RIO J. FREITAS)

Antônio Guilhermino*, Distrito Industrial, Itaberaba e Tabuleiro.

11,00

É revestido em alguns pontos no Distrito Industrial e no bairro Itaberaba, observou-se vários lançamentos de esgoto domésticos em toda sua extensão, problemas de assoreamento, presença de moradias as margens, proliferação de insetos, resíduos sólidos, macrófitas, presença de aves, vegetação no entorno e mau cheiro bastante agressivo.

* Bairro de atuação do PET Conexões de Saberes: Saneamento Ambiental.

APÊNDICE G – Imagens das condições dos canais (C1, C2, C3, C4, C5 e C6) da drenagem natural e urbana na cidade de Juazeiro-BA.

C1 (Canal do Centenário): a) Início do canal no Centro da cidade, nas imediações do terminal de ônibus (Praça Pedro Pereira primo e a BR-407); b) Conhecido como beco do canal nas imediações da Av. Adolfo Viana e a Luís Inácio Lula da Silva (Centro e Coréia), resíduos sólidos nas margens; c) Av. Luís Inácio Lula da Silva (bairro Coréia, Centenário, Maria Goretti e Novo Encontro); d) Encontro do canal do Centenário com o riacho Macarrão (bairro Lomanto Junior).

C2 (Riacho Macarrão): a) Canal concretado ao longo da ETE do bairro Jardim Flórida; b) Canal passando pelos

bairros Novo Encontro e Lomanto Junior, presença de resíduos sólidos nas margens; c) Barragem do São Geraldo

para controle da entrada das águas nos períodos de cheias do rio São Francisco; d) Encontro do riacho Macarrão com

o rio São Francisco.

APÊNDICE G – Continuação.

C3 (Riacho Malhada da Areia): a) Canal passando pelo bairro Alto da Aliança, presença de resíduos sólidos nas

margens; b) Canal passando atrás do Colégio Modelo no bairro Jardim São Paulo, presença de resíduos sólidos; c)

Canal passando pelo bairro Alto do Cruzeiro, presença de resíduos sólidos.

C4: a) Início do canal no bairro João Paulo II; b) Canal passando pelo bairro João Paulo II, conexão de esgoto e

presença de resíduos sólidos; c) Canal passando pela av. Chery Knoury entre os bairros Antônio Guilhermino e João

Paulo II; d) Canal nas imediações do bairro Don José Rodrigues, ponto de lançamento de esgoto direto no canal, que

é drenado ao rio São Francisco.

APÊNDICE G – Continuação.

C5: a) Presença de plantas aquáticas (macrófitas); b) Canal em sua extensão no bairro Alto do Alencar, presença de

erosão do solo e resíduos sólidos; c) Área sem vegetação as margens do canal; d) Encontro do canal com o riacho

Macarrão.

C6 (Rio J. Freitas): Área as margens da BR-470, presença de resíduos sólidos; b) Canal recebendo esgoto do

Distrito Industrial, presença de resíduos sólidos; c) Canal passando pelo bairro Itaberaba, lançamento de esgoto e

drenagem das áreas irrigadas; d) Canal passando pelo bairro Tabuleiro, área com indicativos de eutrofização.

APÊNDICE H – Identificação/localização das lagoas (L1, L2, L3, L4, L5, L6, L7, L8, L9 e L10) de drenagem e natural urbana da cidade de Juazeiro-BA, através de imagem do Google Mapas (2013).

APÊNDICE I – Quadro dos aspectos visuais observados em cada lagoa.

Lagoa (NOME DA LAGOA) Bairros

Características observáveis in loco

L1

(LAGOA DO BOSCO)

Jardim Flórida* e Jardim Vitória

Foram observados problemas de assoreamento, presença de moradias nas margens, proliferação de insetos, resíduos sólidos, lançamento de esgoto doméstico, macrófitas, indicativo de eutrofização, presença de aves e vegetação no entorno, no entanto possui um forte mau cheiro. A lagoa tem conexão com o riacho do Macarrão (C2), tendo entrada e saída.

L2

(LAGOA DO CALÚ) Alto da Maravilha

Presença de macrófitas, presença de aves e vegetação no entorno, tem entrada e saída, com uma estação elevatória que drena água do rio São Francisco. O local é um dos principais espaços verdes, bastante utilizado pelos moradores para a prática de lazer, esportes e eventos. Sua vegetação é bastante alterada.

L3

(L3)

Park Centenário e São Geraldo*

Problemas de assoreamento, proliferação de insetos, bastante resíduos sólidos, muitas macrófitas, indicativo de eutrofização, presença de aves e animais (suínos) e vegetação no entorno. A lagoa tem conexão com canal C2, tendo entrada e saída.

L4

(L4) São Geraldo* e

Tabuleiro

Foram observados problemas de assoreamento, presença de moradias nas margens, proliferação de insetos, resíduos sólidos, macrófitas, indicativo de eutrofização, presença de aves e vegetação no entorno, as margens são utilizadas para a agricultura, no entanto possui um forte mau cheiro. A lagoa tem conexão com o rio Freitas (C6), drenando para o rio São Francisco.

L5

(L5)

Residencial São Francisco

Problemas de assoreamento, presença de moradias nas margens, resíduos sólidos, lançamento de esgoto doméstico, macrófitas, indicativo de eutrofização, presença de aves e vegetação no entorno. A lagoa recebe a drenagem do residencial São Francisco.

L6

(L6) Dom José Rodrigues*

Bastante assoreamento, presença de moradias nas margens, resíduos sólidos, lançamento de esgoto doméstico, presença de animais (aves, equinos, bovinos, suínos e caprinos) e vegetação no entorno. A lagoa tem conexão com o canal C3, no entanto a lagoa se encontrava seca.

L7

(L7)

Malhada da Areia e Pedro Raimundo

Problemas de assoreamento, presença de moradias nas margens, construções comerciais, resíduos sólidos, lançamento de esgoto doméstico, macrófitas, indicativo de eutrofização, presença de animais (aves, equinos e caprinos) e vegetação no entorno. A lagoa tem conexão, tendo entrada e saída com o canal C3.

L8

(L8) Antônio Guilhermino*

Foram observados problemas de assoreamento, presença de moradias nas margens, proliferação de insetos, resíduos sólidos, lançamento de esgoto, macrófitas, indicativo de eutrofização, presença de animais (aves, equinos e suínos) e vegetação no entorno, no entanto possui um forte mau cheiro. A lagoa tem conexão com o canal C3.

L9

(L9)

Dom Tomás

Problemas de assoreamento, presença de moradias nas margens, resíduos sólidos, lançamento de esgoto doméstico, macrófitas, indicativo de eutrofização, presença de aves e vegetação no entorno.

L10

(L10) Itaberaba e Tabuleiro

Foram observados problemas de assoreamento, erosão, presença de moradias nas margens, proliferação de insetos, resíduos sólidos, lançamento de esgoto, macrófitas, indicativo de eutrofização, presença de animais (aves, bovinos, equinos e caprinos) e vegetação no entorno, possui um forte mau cheiro. Nesta lagoa encontra-se quatro açudes, sendo um que fica na margem da BR-235, e os outro três açudes com conexões entre eles que recebem a drenagem das áreas irrigadas da empresa Agrovale. Esta lagoa tem conexão com o canal C6.

* Bairro de atuação do PET Conexões de Saberes: Saneamento Ambiental.

APÊNDICE J – Imagens das condições das lagoas naturais (L1, L2, L3, L4, L5, L6, L8, L9 e L10) na cidade Juazeiro-BA.

L1 (Lagoa do Bosco): a) imagens da lagoa do Bosco no bairro Jardim Flórida, presença de resíduos sólidos, como

pneus; b) Presença de resíduos sólidos, como móveis (sofá); c) Plantas aquáticas (macrófitas) indicativo de

eutrofização; d) Área sendo soterrada para a construção de habitação.

L2 (Lagoa do Calú): a) Imagem da lagoa do Calú no bairro Alto da Maravilha; b) Presença de aves; c) Parte da área

de lazer, pedalinho e destaque para criança tomando banho na lagoa; d) Presença de plantas aquáticas (macrófitas),

indicativo de eutrofização.

APÊNDICE J – Continuação.

L3: a) Imagem da lagoa entre os bairros Park Centenário e São Geraldo, presença de suínos; b) Presença de resíduos sólidos, restos de construção civil; c) Resíduos sólidos, restos de podas e gesso; d) Queima de resíduos sólidos.

L4: Imagem da lagoa nas imediações dos bairros Tabuleiro e São Geraldo; b) Indicativo de eutrofização; c) Área com problemas de assoreamento; d) Área atrás da ETE do bairro São Geraldo.

APÊNDICE J – Continuação.

L5: Imagem da lagoa ao fundo o residencial São Francisco; b) Área com assoreamento; c) Lançamento de esgoto; d) Resíduos sólidos.

L6: Imagem da lagoa no bairro Dom José Rodrigues, presença de criação de bovino e caprino; b) Área com assoreamento e presença de equinos; c) Área com vegetação e presença de resíduos sólidos; d) Presença de moradias nas margens e resíduos sólidos.

APÊNDICE J – Continuação.

L7: a) Área com assoreamento; b) Área com problemas de assoreamento; c) Presença de plantas aquáticas (macrófitas); d) Indicativo de eutrofização, acima a BA-210.

L8: a) Imagem da lagoa no bairro Antônio Guilhermino, recebe esgoto provavelmente não tratado; b) Área com assoreamento e criação de equino; c) Presença de moradias nas margens; d) Criação de suínos.

APÊNDICE J – Continuação.

L9: Problemas de assoreamento, presença de moradias nas margens, resíduos sólidos, lançamento de esgoto doméstico, macrófitas, indicativo de eutrofização, presença de aves e vegetação no entorno.

L10: Açude as margens da BR-235, com problema de assoreamento; b) Açude que recebe drenagem das áreas irrigadas, o qual tem conexão com os açudes da imagem (c) e o (c) tem conexão com o da imagem (d); c) Presença de criação de bovinos; d) Área com problemas de assoreamento e erosão, este açude drena água para o canal.

APÊNDICE L – Pontos (pontos em vermelho) de lançamento de esgoto no sistema de drenagem da cidade de Juazeiro-BA, através de imagem do Google Mapas (2013).

APÊNDICE M – Imagens das interconexões de lançamento de esgoto nos canais de águas pluviais e lagoas naturais do sistema de drenagem da cidade Juazeiro-BA.

Interconexões: a) Lançamento de esgoto de bairro Dom José Rodrigues no canal C4; b) Lançamento de esgoto do bairro Codevasf no canal C3; c) Lançamento de esgoto do bairro Jardim Flórida no canal Macarrão C2; d) Lançamento de esgoto do Distrito Industrial no rio J. Freitas C6; e) Lançamento de esgoto do bairro Jardim Flórida na lagoa do Bosco L1; f) Lançamento de esgoto do bairro Antônio Guilhermino na lagoa L8; g) Lançamento de esgoto do bairro Itaberaba na lagoa do Bosco L10; h) Lançamento de esgoto do residencial São Francisco na lagoa do Bosco L5;