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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA Efeito do uso de Acetato de Melengestrol (MGA® Premix) sobre a taxa de prenhez de vacas nelores e cruzadas após inseminação artificial em tempo fixo - IATF BELÉM - PARÁ 2018

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA

Efeito do uso de Acetato de Melengestrol (MGA® Premix) sobre a taxa de

prenhez de vacas nelores e cruzadas após inseminação artificial em tempo fixo - IATF

BELÉM - PARÁ 2018

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ALVARO CHAVES NETO

Efeito do uso de Acetato de Melengestrol (MGA® Premix) sobre a taxa de prenhez de vacas nelores e cruzadas após inseminação artificial em tempo fixo

- IATF

Trabalho apresentado ao programa de Pós-Graduação em Residência Médica Veterinária e ao Instituto da Saúde e Produção Animal (ISPA) da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), como requisito para obtenção do título de especialista em reprodução animal. Área de Concentração: Reprodução Animal. Orientador: Haroldo Francisco Lobato Ribeiro Orientado: Alvaro Chaves Neto

BELÉM - PARÁ 2018

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ALVARO CHAVES NETO

Efeito do uso de Acetato de Melengestrol (MGA® Premix) sobre a taxa de prenhez de vacas nelores e cruzadas após inseminação artificial em tempo fixo – IATF.

Trabalho apresentado ao programa de Pós-Graduação em Residência Médica Veterinária e ao Instituto da Saúde e Produção Animal (ISPA) da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), como requisito para obtenção do título de especialista em reprodução animal. Área de Concentração: Reprodução Animal.

Data da aprovação:

Banca examinadora:

________________________________________ Orientador Presidente Prof. Dr. Haroldo Francisco Lobato Ribeiro Instituto de Saúde e Produção Animal/Universidade Federal Rural da Amazônia Orientador

_________________________________________ Membro 01 Prof. Dr. Sebastião Tavares Rolim Filho Instituto de Saúde e Produção Animal/Universidade Federal Rural da Amazônia

__________________________________________ Membro 02 MSc. Daniel Vale Barros Primeiro-Tenente Médico Veterinário do Comando do 4º Distrito Naval

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Dedico este trabalho primeiramente ao

meu Deus todo poderoso pelo dom da vida

e por me proporcionar essa profissão;

A minha amada mãe, Cecília Regina (in

memoriam) por ter me amado

verdadeiramente, pelo orgulho que sentia

de mim e por ter sido umas das maiores

incentivadoras quando escolhi ser Médico

Veterinário.

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AGRADECIMENTOS

À Deus, pela minha vida, minha saúde, minha família e por ter me dado o

sustento e motivação no momento em que mais precisei. Quando achei que não fosse

suportar ele agiu. Obrigado, senhor!

A minha mãe Cecília Regina (in memoriam) pelo amor, carinho e orações para

que eu conseguisse chegar até aqui. Te amo, Maria! Obrigado por ter existo em minha

vida.

Ao meu pai Alvaro Chaves por ter me ensinado a trabalhar honestamente e

com dignidade desde cedo. Te amo, ALCHAF.

A minha querida irmã Siglea, minha segunda orientadora, por sempre está

disposta em me ajudar e orientar. Te amo, mana.

A minha noiva Luana pelo amor, carinho, paciência, companheirismo e ajuda

durante essa longa caminhada. Vai dar tudo certo, Lulu! Hoje você faz parte da minha

família. Te amo.

Aos familiares que me ajudaram a cuidar da minha mãe quando mais precisei.

Vou ser eternamente grato a vocês por isso. Obrigado família Freitas e família Chaves.

A minha vó Verônica e meus tios que nunca mediram esforços para me ajudar

em qualquer situação que fosse: Tia Katia, tia Gizelly, tia Márcia, tia Nely, Maria de

Fátima (Fatinha), tio Toty, tio Del, tio Ivan. Obrigado gente, vocês são foram peças

fundamentais em minha vida.

Ao professor Dr. Haroldo Ribeiro por quase uma década de orientações,

ensinamentos e convívio. Deu para apender muita coisa, professor.

Ao meu professor e amigo Dr. Sebastião Rolim (Super Seba, Saba, Sebastian,

Tião e todos seus sinônimos) pela paciência, ensinamentos, dedicação e bondade.

Obrigado por tudo, meu amigo! Que Deus sempre te abençoe.

As amizades da faculdade que ficaram para vida: “Gustavo Lima”, Wilton,

“Mirelle Patos”, Barbara Mendonça, Anelise, Caroline Sena, Aline Andrade e

Moiseszinho. Vocês são importantes para mim, moçada! Contem sempre comigo.

Aos amigos da vida: Adriano, Calio, Paolla (cunhada), Larissa Raniere, e

Marina Macêdo. Vocês também me ajudaram a chegar até aqui.

A todos os estagiários do SRA/UFRA: Ramon, Danilo Gaucho, Iagão, Diego,

Américo e Miléo.

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A fazenda fazenda Santa Teresa, ao gerente Brenno Rios e Pedro Henrique

por disponibilizarem a fazenda para realização desde trabalho.

Ao Bruno Filgueiras, Médico Veterinário (Zoetis, Brasil) por confiar em nosso

trabalho, pelos conselhos e ensinamentos.

A todos aqueles que contribuiram comigo de alguma forma, sintam-se

agradecidos. Obrigado a todos!

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RESUMO

CHAVES NETO, A. Efeito do uso de Acetato de Melengestrol (MGA® Premix) sobre a taxa de prenhez de vacas nelores e cruzadas após inseminação artificial em tempo fixo - IATF 2018- Monografia (TCR) Coordenadoria do programa de residência multiprofissional em Área de saúde- COREMU/UFRA Pós-Graduação em Residência Médica Veterinária, Instituto da Saúde e Produção Animal (ISPA), Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA). O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito do uso do Acetato de Melengestrol (MGA) sobre a taxa de prenhez, administrado após inseminação artificial em tempo fixo, em vacas nelore e cruzadas. O estudo foi conduzido em uma propriedade privada no período de 10 de setembro a 10 de dezembro de 2017. A fazenda está localizada no município de Redenção, sul do estado do Pará. Foram utilizadas 854 fêmeas bovinas zebuínas e cruzadas, 443 primíparas em lactação e 411 pluríparas em lactação, entre 45 a 60 dias pós-parto. Os animais foram divididos aleatoriamente da seguinte forma: grupos sem MGA, n= 554 (G1 primíparas n= 316 e G2 pluríparas n= 238) e Grupos com MGA n= 300 (G3 Primíparas n= 127 e G4 pluríparas n= 173). O MGA foi fornecido na proporção de 2,28g/animal/dia misturado ao sal mineral, durante seis dias, sendo administrado do dia 13 (D24) ao dia 18 (D29). Após a IATF. Os grupos G1, G2, G3 e G4 receberam o mesmo protocolo de IATF. Sendo: No Dia zero (D0): Aplicação de 2,0 mg (2,0mL) de Benzoato de Estradiol (Gonadiol®, Zoetis, SP, Brasil) + Implante Intravaginal de P4 (CIDR®, Zoetis, SP, Brasil). No sétimo dia (D7): Aplicação de 12,5 mg (2,5mL) de Dinoprost trometramina (Lutalyse®, Zoetis, SP, Brasil). No nono dia (D9): Retirada do implante de P4 + aplicação de 0,5 mg (0,3mL) de Cipionato de Estradiol (E.C.P®, Zoetis, SP, Brasil) +300UI (1,5mL) de Gonadotrofina Coriônica Equina (Novormon®, Zoetis, SP, Brasil). No décimo primeiro dia (D11), a realização da IATF. O diagnóstico de gestação foi realizado 30 dias após as inseminações. As análises estatísticas foram realizadas através do teste do Qui-quadrado com nível de significância de 5% e com auxílio do software Bioestat 5.0. No presente estudo, taxa de prenhez geral foi de 37,7%. A taxa de prenhez para o grupo sem MGA foi de 39,65%. para o grupo com MGA foi de 34,67.%. A taxa de prenhez para as primíparas foi: G1 sem MGA 35,13% e G3 com MGA 11,81% havendo diferença significativa (p < 0,05). Em relação ao grupo das pluríparas, taxa de prenhez para o grupo G2 sem MGA foi de 44,96% e para o grupo G4 com MGA foi de 51,45% não havendo diferença significativa (p < 0,05). O uso Acetato de Melesgestrol (MGA® Premix) administrado do 13º ao 18º dia após inseminação artificial em tempo fixo (IATF), influenciou negativamente para uma menor taxa de prenhez nas categorias das vacas primíparas, porém mostrou bons resultados as vacas pluríparas, neste trabalho. Supõe-se que o manejo nutricional em regime de pastagem, ciclicidade condição corporal e categoria, influenciaram para uma menor taxa de prenhez nas vacas primíparas. Palavras-Chaves: Reprodução animal, progesterona oral, perdas embrionárias, manutenção da gestação.

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ABSTRACT

The purpose of this work was to evaluate the effect of the use of Melengestrol acetate (MGA) on the gestation rate, administered after artificial insemination in fixed time, in nelores and crossed cows. The study was conducted on private property in the period from 10 September to 10 December 2017. The farm was located in the municipality of Redemption, south of the state of Pará. It used 854 females of bovine, 443 primiparous in lactation and 411 pluríparas in lactation, between 45 to 60 days postpartum. The animals were randomly divided as follows: Groups without MGA, n = 554 (G1 primiparous n = 316 and G2 pluríparas n = 238) and groups with MGA n = 300 (G3 primiparous n = 127 and G4 pluríparas n = 173). The MGA was supplied in the proportion of 2, 28g/animal/day mixed with mineral salt, for six days, being administered from day 13 (D24) for the 18th Day (D29). After the Ftai. The G1, G2, G3, and G4 groups received the same Ftai protocol. Being: On Day Zero (D0): Application of 2.0 mg (2, ml) of estradiol benzoate (Gonadiol ®, Zoetis, SP, Brasil) + intravaginal P4 implant (CIDR ®, Zoetis, SP, Brasil). On the seventh Day (D7): Application of 12.5 mg (2, 5ml) of Dinoprost Trometramina (Lutalyse ®, Zoetis, SP, Brasil). On the ninth day (D9): Removal of the implant of P4 + application of 0.5 mg (0,3ml) of Cypionate estradiol (E.C. P ®, Zoetis, SP, Brasil) + 300UI (1, 5ml) of equine Chorionic Gonadotropin (Novormon ®, Zoetis, SP, Brasil). On the first day (D11), the realization of the Ftai. The pregnancy diagnosis was carried out 30 days after the inseminations. The statistical analyses were carried out through the chi-squared test with a significance level of 5% and with the help of the Bio Station 5.0 software. In the present study, the general pregnancy rate was 37.7%. The pregnancy rate for the group without MGA was 39.65%. For the group with MGA was 34.67.%. The pregnancy rate for the primiparous was: G1 without MGA 35.13% and G3 with MGA 11.81% with significant difference (P < 0.05). In relation to the Pluríparas group, the pregnancy rate for the G2 group without MGA was 44.96% and for the G4 group with MGA was 51.45% with no significant difference (P < 0.05). The use of Melesgestrol acetate (MGA ® Mix) administered from 13th to 18th day after artificial insemination in fixed time (Ftai), negatively influenced a lower gestation rate in the categories of primiparous cows, but showed good results the cows pluríparas, on this job. nutritional management in the grazing regime, body condition, cyclicality and category, has influenced a lower rate of pregnancy in primiparous cows. Key words: Animal reproduction, oral progesterone, embryonic loss, maintenance of gestation.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1– Molécula do Acetato de Melengestrol (MGA) ............................................ 15

Figura 2 - Vista aérea da localização do estudo. Fazenda Santa Teresa - Redenção,

Pará, Brasil ................................................................................................................ 18

Figura 3 - Pastagem onde os animais foram alocados ............................................. 19

Figura 4 Animais utilizados no experimento ............................................................. 19

Figura 5 - Protocolo de sincronização de cio utilizado no trabalho ............................ 21

Figura 6 - Esquematização do fornecimento de MGA ............................................... 21

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 10

2 REVISÃO DE LITERATURA ................................................................................. 13

2.1 Inseminação Artificial em Tempo Fixo - IATF ............................................. 13

2.2 Acetato de Melengestrol (MGA) .................................................................... 14

2.2.1 Definição e Ação .................................................................................................. 14

2.2.2 Utilização de MGA após inseminação artificial em tempo fixo para melhorar a taxa de prenhez ......................................................................................... 16

3 METODOLOGIA .................................................................................................... 18

3.1 Período e localização do estudo .................................................................. 18

3.2 Animais ........................................................................................................... 18

3.3 Manejo sanitário e reprodutivo ..................................................................... 19

3.4 Delineamento experimental .......................................................................... 20

3.5 Avaliação do escore de condição corporal (ECC) ...................................... 22

3.6 Diagnóstico de gestação ............................................................................... 22

3.7 Análise estatística ......................................................................................... 22

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................. 23

4.1 Efeito do acetato de melengestrol (MGA), fornecido após inseminação, na taxa de prenhez de vacas .................................................................................... 23

5 CONCLUSÃO ........................................................................................................ 25

6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA ........................................................................ 26

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1 INTRODUÇÃO

Segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), o

rebanho bovino global está estimado em 1,03 bilhões de cabeças. O maior efetivo

está na Índia, com 329,7 milhões de cabeças, o que representa 31,9% do total. O

Brasil apresenta um efetivo de 218 milhões de cabeças. A região Centro-Oeste tem

um percentual de 34,4% do total de animais, seguida pela região Norte (19,7%) e

Sudeste (18,5%). O Estado do Pará, possui cerca de 18 milhões de animais, isso

representa uma parcela de 8, 9% no total do rebanho brasileiro. Nos últimos 9 anos,

o Pará, teve um aumento de 6, 38% do seu rebanho (IBGE, 2017).

A obtenção de um maior e mais rápido retorno financeiro é o principal objetivo

de um sistema de produção animal moderno. E um dos aspectos chave está

relacionado com o potencial genético do rebanho, que significa diretamente um maior

ganho em produtividade e consequentemente maior retorno nos investimentos (VALE

2006). Nesse sentido, o aperfeiçoamento de biotecnologias aplicadas à bovinocultura

é relevante para a dinamização e aplicabilidade de novas tecnologias que reduzam o

intervalo entre partos e consequentemente, aumentem a produção de bezerros.

O melhoramento genético baseado na seleção de indivíduos com maior

desenvolvimento ponderal, rendimento de carcaça, produção leiteira, melhor

conversão alimentar e precocidade sexual, possibilita o aumento da produtividade,

tanto de carne quanto de leite. Assim, a eficiente multiplicação de animais superiores

proporciona maior retorno econômico da atividade pecuária. No entanto, a

multiplicação e distribuição desse material genético somente são possíveis com

adequado manejo, sem o comprometimento da eficiência reprodutiva do rebanho

(PINEDA, 2004).

Dentre inúmeras ferramentas com intuito de realizar o melhoramento genético,

pode-se citar a inseminação artificial (IA). Se trata de uma biotécnica

comprovadamente utilizada para proporcionar um melhor controle produtivo aos

rebanhos (GREGORY & ROCHA, 2004). A Inseminação Artificial apresenta inúmeras

vantagens como a padronização do rebanho, o controle de doenças sexualmente

transmissíveis, a organização do trabalho na fazenda, a diminuição do custo de

reposição de touros, etc. No entanto, a principal vantagem dessa técnica é à obtenção

de animais com maior potencial de produção e reprodução (BARUSELLI et al., 2006).

O Brasil, segundo a Associação Brasileira de Inseminação Artificial (ASBIA), no ano

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de 2014 apresentou um percentual de 11,9% do seu rebanho inseminado (ASBIA,

2014). Os maiores entraves da utilização da inseminação artificial estão no manejo e

nas falhas na detecção do estro. A Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF) surgiu

com a finalidade de solucionar estas deficiências apresentadas na inseminação

convencional

Para que se tenha sucesso em um programa de inseminação artificial é de

suma importância o entendimento da fisiologia do animal além de escolher o protocolo

de sincronização de cio mais eficiência (quando se trata de inseminação em tempo

fixo) e seus incrementos para obter elevadas taxas de prenhez em vacas. A

progesterona é um hormônio que está relacionado diretamente com o ciclo estral da

vaca, associada a protocolos de IATF e tem diversas funções no organismo animal.

A P4 junto com os corticosteroides, os estrógenos e os andrógenos são os

hormônios que compõem a classe dos esteróides. Possui o nome químico Pregna-4-

ene-3,20-diona, é produzida pelo córtex adrenal, gônadas e placenta. Este

progestágeno natural modula várias funções reprodutivas como, o crescimento

folicular, nutrição inicial do embrião (MANN; LAMMING, 2001). O estabelecimento e a

manutenção da gestação também estão relacionados a importância da ação da

progesterona no útero, sendo este hormônio o principal responsável por mudanças no

endométrio uterino para que ocorra a implantação embrionária e o reconhecimento

fetal (FRADE, 2012).

Dentre as causas de fertilidade baixa em bovinos de corte destacam-se perdas

embrionárias de até 40%, as quais ocorrem no “período crítico” de reconhecimento da

prenhez (entre 15 e 19 dias após a fertilização). As perdas embrionárias durante a

fase inicial da gestação ocorrem principalmente por influência de dois fatores

primordiais, a qualidade do oócito ovulado e o suporte uterino ao desenvolvimento

embrionário. A administração de doses subluteais de P4 exógena na ausência de CL

resulta em um padrão de secreção de LH semelhante ao que se verifica na fase

folicular em bovinos (DUNNE 2000).

A alteração da regulação de liberação de LH pela P4 pode afetar o

desenvolvimento e a capacidade futura do oócito de ser fertilizado e resultar em

gestação. Quando o período de exposição a concentrações subluteais de P4 é muito

prolongado, folículos persistentes se desenvolvem, com drástica redução de

fertilidade (KINDER et al., 1996).

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O MGA (6α-methyl-6-dehydro-16-methylene-17- acetoxyprogesterone), é um

esteróide progestacional sintético de atividade oral, desenvolvido em 1962, a partir da

adição de um radical metil, a medroxiprogesterona (MAP), o que aumentou

consideravelmente sua potência e estimulou o interesse pela pesquisa com

progestágenos orais. A utilização do MGA em protocolos de inseminação está

associada ao seu baixo custo, facilidade de administração, indução de puberdade em

novilhas, retorno da ciclicidade em fêmeas acíclicas, regulação dos estros seguintes

além de ter características essenciais para o reconhecimento do embrião no ambiente

uterino caso o corpo lúteo não consiga secretar níveis ideais deste de progesterona

(FORDE, et al, 2011; EBORN, 2013).

Levando em consideração as perdas embrionárias e o prejuízo que ela acarreta

para o sistema de produção, objetivou-se avaliar o efeito da suplementação com

Acetato de Melengestrol (MGA), administrado após inseminação artificial em tempo

fixo, sobre a taxa de prenhez de vacas (nelore e cruzadas) primíparas e plurípara.

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2 REVISÃO DE LITERATURA

2.1 Inseminação Artificial em Tempo Fixo - IATF

O manejo reprodutivo é a aplicação de técnicas e procedimentos que

possibilitam de forma direta e indireta a reprodução eficiente dos animais, tendo por

base a sua relação com a natureza ou sua adaptação com o ambiente aos quais são

submetidos por necessidades ao sistema produtivo (BONSMA, 1965; WATHES et al.,

2007).

Um bom manejo reprodutivo aumenta a eficiência do sistema de produção

animal. A eficiência de um rebanho de gado de leite ou de corte é caracterizada pela

habilidade de um produtor em manejar suas matrizes para que sejam cobertas

naturalmente ou inseminadas mais precocemente. Uma reprodução ineficiente

diminui o lucro da produção e o número de animais para reposição, impedindo que

ocorra seleção no rebanho, além de eventualmente aumentar os custos com serviços

e insumos veterinários (MARQUES JR, 2012).

Dentre as estratégias de manejo reprodutivo, a inseminação artificial (IA) se

apresenta como uma das ferramentas de maior impacto no melhoramento genético,

no aumento da produtividade e da rentabilidade dos rebanhos bovinos (RODRIGUEZ-

MARTINEZ, 2012; SÁ FILHO et al., 2012). Programas de sincronização da ovulação

para IA em tempo fixo (IATF) aumentam o uso da IA, bem como da eficiência

reprodutiva de rebanhos de corte (BÓ; BARUSELLI; MARTINEZ, 2003; BARUSELLI

et al., 2004; MENEGHETTI et al., 2009; SÁ FILHO et al., 2009).

A técnica da Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF) permite que o

produtor escolha o momento de inseminar as vacas sem a necessidade de esperar

que a natureza determine. Esta ferramenta tem movimentado o dia a dia das fazendas

e dos grupos de pesquisa em reprodução animal. Pela técnica, as vacas têm ovulação

induzida e a IA pode ser feita com data marcada. Para Baruselli et al., (2004) a IATF

se tornou uma realidade na pecuária brasileira.

Para que essa ovulação seja induzida são utilizados protocolo sincronização

de cio. Estes Protocolos objetivam induzir a emergência de uma nova onda de

crescimento folicular, controlar a duração do crescimento folicular até o estágio pré-

ovulatório, sincronizar a inserção e a retirada da fonte de progesterona exógena

(implante auricular ou dispositivo intravaginal) e endógena (prostaglandina F2α) e

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induzir a ovulação sincronizada em todos os animais simultaneamente (BARUSELLI

et al. 2002). Trabalhos científicos apontam que a IATF pode ser empregada mesmo

em vacas em anestro, antecipando a ovulação pós-parto e melhorando a eficiência

reprodutiva do rebanho, visto que o prolongado período de anestro em vacas de corte

com cria ao pé é uma das principais causas de perdas econômicas para os

pecuaristas, por atrasar a concepção e levar ao descarte fêmeas jovens por falha

reprodutiva.

Com este método, toda reprodução fica sob controle do produtor sendo

possível em um dia inseminar de 100 a 250 vacas. Pode-se inseminar maior número

de vacas em menos tempo, programar a inseminação e o nascimento dos bezerros,

aumentar o número de bezerros de IA ao início da estação de nascimento, obter um

melhor aproveitamento da mão-de-obra (BARUSELLI, et. al.; 2004). Porém para

Binelli (2006), o entendimento da fisiologia do ciclo estral bovino é de extrema

importância e o mesmo possibilita a melhoria da eficiência reprodutiva das fêmeas

bovinas, por meio de alterações ou modificações no ciclo estral pela interferência na

sequência cronológica natural das ondas dentro de um ciclo e por alterações nas fases

dentro de cada onda de crescimento folicular.

Para Pereira (2009), o desenvolvimento de alternativas de manejo para incluir

em programas de IATF vacas com cria ao pé permite a inseminação de uma maior

quantidade de animais e não reduzi-la somente às novilhas, já que minimiza a

preocupação quanto à ciclicidade destas. Pode-se obter taxas de concepção à IATF

acima de 50% em vacas em anestro. Estes resultados variam de acordo com a

porcentagem de animais acíclicos no rebanho, as condições ambientais e nutricionais

em que estes animais se encontram e, também, com a associação hormonal utilizada

(PEREIRA 2009).

2.2 Acetato de Melengestrol (MGA)

2.2.1 Definição e Ação

O Acetato de Melengestrol (6α-methyl-6-dehydro-16-methylene-17

acetoxyprogesterone: MGA) é um esteróide progestacional sintético de atividade oral,

desenvolvido em 1962 a partir da adição de um radical metil a medroxiprogesterona

(MAP), o que aumentou, consideravelmente, sua potência e estimulou o interesse pela

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pesquisa com progestágenos orais. Observa-se na Figura 1 o desenho esquemático

de uma molécula de Acetato de Melengestrol (PEREZ, 2005).

Figura 1– Molécula do Acetato de Melengestrol (MGA)

Fonte: http://www.sigmaaldrich.com/catalog/product/sial/33998 (2018)

Oliveira (2006), estudando fisiologia da reprodução bovina e métodos de

controle do ciclo estral, relata que o Acetato de Melengestrol é altamente potente e

efetiva por via oral, sendo aplicada como sincronizadora de estro e aumento de peso

em novilhos. Ainda, o referido autor cita outras funções: induz à formação de um

endométrio secretor previamente sensibilizado pelos estrógenos (mucosa espessa,

glândulas tortuosas, edema e presença de glicogênio); inibe a motilidade uterina

espontânea e a resposta do miométrio à ocitocina; promove o crescimento do

deciduoma (diferenciação da porção materna da placenta); promove o crescimento e

desenvolvimento do sistema lóbulo alveolar da glândula mamária em sinergismo com

os estrógenos; mantém a prenhez; age sinergicamente com os estrógenos para

induzir o cio na fêmea (vaca e ovelha).

A progesterona exógena inibe a secreção de LH, suprimindo o crescimento de

folículo(s) LH-dependente(s), enquanto o estradiol exógeno inibe a liberação de FSH,

responsável pelo crescimento de folículos menores. Com a retirada da progesterona

ocorre aumento da liberação de LH e o crescimento de um folículo dominante que

ovulará 48 a 72 horas após (DOGI, 2005). Os progestágenos também interferem no

reconhecimento materno da gestação e no seu estabelecimento. Eles preparam o

ambiente uterino e fornece as condições mais favoráveis para o desenvolvimento do

concepto (BINELLI, 2006). A administração de progesterona (P4) após a inseminação

artificial também é eficaz e favorece a expansão e a taxa de alongamento dos

embriões (LONERGAN, 2011).

Acetato de Melengestrol

(6α-methyl-6-dehydro-16-methylene-17 acetoxyprogesterone).

MGA

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De um modo geral, os progestágenos se ligam aos receptores de progesterona,

mas não possuem respostas biológicas idênticas (STANCZYK, 2003). A habilidade da

progesterona e do norgestomet de reprogramar o eixo hipotalálamo-hipofisário parece

ser maior do que a do MGA (PERRY et al., 2004).

Outras estratégias associadas ao MGA é a formação de CL acessórios por

meio da suplementação (MACHADO et al., 2006). A suplementação com P4 também

tem sido uma estratégia muito empregada pelos grupos de pesquisas e seus

resultados têm relatado que a concentração e o momento da aplicação são

fundamentais para o incremento nas taxas de gestações, pois baixas concentrações

plasmáticas de progesterona durante a gestação inicial estão associadas com

concepto pouco desenvolvido (BINELLI et al., 2001).

A sobrevivência do embrião e estabelecimento da gestação envolve

comunicação ativa e passiva entre o embrião e o útero. A manutenção do CL, como

resultado dos sinais embrionários para a mãe, garante a produção continuada de

progesterona (P4), a qual é necessária para preparar o endométrio para implantação

e nutrição embrionária. A presença do embrião por volta do dia 16 do ciclo inibe a

síntese e liberação de PGF2α do endométrio (GEISERT et al., 1994; THATCHER et

al., 2001; OKUDA et al., 2002), prevenindo assim a luteólise e o conseqüente declínio

na produção de P4.

2.2.2 Utilização de MGA após inseminação artificial em tempo fixo para melhorar a

taxa de prenhez

A utilização da progesterona também é indicada como suplementação pós

cobertura. Vários autores sugeriram que a suplementação com progesterona durante

a fase luteínica do ciclo estral poderia aumentar as taxas de prenhez em bovinos

(MACMILLAN et al., 1986; SIANANGAMA & RAJAMAHENDRAM, 1992). Esta

utilização é feita com o objetivo de previnir a mortalidade precoce por falhas no

reconhecimento materno da gestação, principalmente em animais com baixos níveis

plasmáticos de progesterona (vacas no pós-parto) (MACMILLAN et al., 1986;

BARUSELLI et al. 2000; CUTAIA et al., 2009).

O desenvolvimento ótimo do concepto pode decorrer na adequada sinalização

e a consequente inibição da luteólise. Nesse contexto, o ambiente uterino

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devidamente preparado pela P4 fornece condições favoráveis para o desenvolvimento

embrionário, visto que as baixas concentrações de P4 durante a fase luteínica

relacionam-se com a presença de conceptos pouco desenvolvidos no 16º dia após a

inseminação (MACHADO, 2005).

Recentemente, muitos trabalhos vêm associando o MGA pós inseminação

artificial como uma alternativa para aumentar a taxa de prenhez em vacas. Silva Júnior

et al, (2014) tratando 99 vacas nelores pluríparas a partir do 13º dia após a IATF, por

seis dias, com 2,28 g/dia de acetato de melengestrol (MGA®) junto ao suplemento

mineral encontraram taxa de 48,67% enquanto que no grupo controle foi de 18% (P<

0,05), uma diferença de 30,67% de prenhez a mais com relação ao grupo controle.

Por sua vez, Santos (2015) fornecendo a mesma quantidade de MGA treze dias após

as inseminações observou que houve aumento da taxa de prenhez de 14,7% em

relação ao grupo que não recebeu tratamento com MGA.

Cavalcante (2015), utilizando de incrementos para melhoria da taxa de prenhez

em vacas com comprometimento de ciclicidade e CC (condição corporal) entre 2,5 e

2,75, verificou que o fornecimento de MGA pós IATF, em lotes desafios (vacas

primíparas), aumentou a taxa de concepção em 9%. Vasconcelos (2015) desenvolveu

um trabalho fornecendo MGA por 6 dias após IATF (do 13º ao 18º), verificou um

aumento de 6,5% na taxa de prenhez dos animais que receberam tratamento com

MGA (62,7%) em relação a animais não tratados com MGA (56,2%).

Rodrigues et al., (2014) realizaram um experimento semelhante, também

avaliando o efeito do fornecimento de 2,28 g de MGA/vaca/dia, do 13º dia (D13) ao

18º dia (D18) após a IATF e o efeito do fornecimento a partir do dia cinco (D5) ao dia

10 (D10) após a IATF. Seus resultados mostraram que o MGA (Premix), administrado

do D13 ao D18 favoreceu um aumento na taxa de prenhez em comparação com o

grupo controle de 8% (42,16% controle e 50,0% MGA.) e quando administrado do D5

ao D10 reduziu a taxa de concepção em 19,87% em vacas nelores paridas (47,87%

controle, 28,0% MGA).

Silva et al., (2012) avaliando o fornecimento via oral de Acetato de Melengestrol

(MGA® Premix), administrado do dia 13 ao dia 18 após a IATF, sobre a taxa de

concepção em vacas sem bezerro ao pé da raça Nelore, concluíram que o

fornecimento, via oral de MGA® Premix elevou a taxa de prenhez em vacas sem

bezerro ao pé em 13,5% em comparação ao grupo controle (32,1% controle, 45,6%

MGA).

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3 METODOLOGIA

3.1 Período e localização do estudo

O estudo foi conduzido em uma propriedade privada no período de 10 de

setembro a 10 de dezembro de 2017. A fazenda está localizada as margens da PA

158 a 23 km do município de Redenção, sul do estado do Pará. A propriedade rural

possui extensão total de 29.700 ha, sendo 12.700 de abertura em pastagem, 17.000

em reserva legal e 09 retiros (Figura 2). Ressalta-se que o experimento ficou limitado

em apenas um retiro denominado de “sul do Pará” e distante de 10 km da sede da

fazenda.

Figura 2 - Vista aérea da localização do estudo. Fazenda Santa Teresa - Redenção, Pará, Brasil

Fonte: Google Maps

3.2 Animais

Este trabalho foi aprovado pela comissão de ética no uso de animais da

Universidade Federal Rural da Amazônia com o protocolo nº 035/2017 (CEUA) e

23084.011565/2017-91 (UFRA) e encontra-se de acordo com os preceitos da Lei no

11.794, de 8 de outubro de 2008, do Decreto no 6.899, de 15 de julho de 2009, e com

as normas editadas pelo Conselho Nacional de Controle da Experimentação Animal

(CONCEA).

Foram utilizadas 854 fêmeas bovinas nelores e cruzadas. Os aniamais foram

selecionados após avaliação fenotípica e exame ginecológico, sendo 443 primíparas

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em lactação e 411 pluríparas em lactação. As vacas, independente de tratamento

foram mantidas em piquetes formados uniformemente por Brachiaria Brizantha cv.

Marandu e acesso livre à água (Figura 3). Ressalta-se que as vacas encontravam-se

entre 45 a 60 dias pós-parto (Figura 4).

Figura 3 - Pastagem onde os animais foram alocados

Figura 4 Animais utilizados no experimento

3.3 Manejo sanitário e reprodutivo

Os animais foram vacinados contra a febre aftosa seguindo o calendário

estabelecido pelo Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA). Todas

as fêmeas com idade compreendida entre três e oito meses foram vacinadas contra

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brucelose, leptospirose e clostridioses. Os exames de brucelose e tuberculose foram

realizados uma vez ao ano.

A fazenda adotou um programa de estação de monta, no período de outubro a

janeiro de 2017, onde a IATF foi realizada durante toda a estação, obedecendo a

estação de parição dos animais bem como o puerpério fisiológico das vacas, para a

formação dos lotes. As fêmeas foram submetidas à IATF após protocolo hormonal

com 11 dias de duração.

3.4 Delineamento experimental

Os animais foram selecionados de acordo com a categoria (primíparas e

pluríparas), divididos ao acaso em quatro grupos distintos, protocolados e

inseminados. A divisão ocorreu da seguinte forma: grupos sem MGA: n= 554 (G1

primíparas n= 316 e G2 pluríparas n= 238); grupos com MGA: n= 300 (G3 Primíparas,

n= 127 e G4 pluríparas, n= 173).

O protocolo de sincronização da ovulação se deu da seguinte forma (Figura 05):

• Dia 0 (D0): Aplicação de 2,0 mg (2mL) de Benzoato de Estradiol (Gonadiol®,

Zoetis, SP, Brasil) + Implante Intravaginal de P4 (CIDR®, Zoetis, SP, Brasil).

• Dia 7 (D7): Aplicação de 12,5 mg (2,5mL) de Dinoprost trometramina

(Lutalyse®, Zoetis, SP, Brasil).

• Dia 9 (D9): Retirada do implante de P4 + aplicação de 0,5 mg (0,3mL) de

Cipionato de Estradiol (E.C.P®, Zoetis, SP, Brasil) +300UI (1,5mL) de

Gonadotrofina Coriônica Equina (Novormon®, Zoetis, SP, Brasil).

• Dia 11 (D11): IATF.

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Figura 5 - Protocolo de sincronização de cio utilizado no trabalho

Para os grupos com MGA (G3 e G4), após as inseminações, foi fornecido

Acetato de Melengestrol (MGA® Premix) na proporção de 2,28g/vaca/dia misturado

ao sal mineral (80g/dia/animal), durante seis dias, sendo administrado do dia 13 (D24)

ao dia 18 (D29), conforme Figura 6.

Figura 6 - Esquematização do fornecimento de MGA

CIDR

D0 D7 D9 D11

2,5 mL Lutalyse 0,3mL ECP

+

1,5mL Novormon

Remoção

CIDR IATF

2mL Gonadiol

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3.5 Avaliação do escore de condição corporal (ECC)

Todos os animais passaram por avaliação do escore de condição corporal

(ECC), sendo realizada por um único técnico que utilizou a escala de 1 a 5 pontos

(Meneghetti & Vasconcelos, 2008). A média de ECC para o grupo da primíparas foi

de 2,5 enquanto que para as vacas da categoria pluríparas o ECC obteve uma média

de 2,75.

3.6 Diagnóstico de gestação

O diagnóstico de gestação foi realizado 30 dias após a inseminação. Para

realização do exame foi utilizado um aparelho ultrassonográfico modelo Mindray DP-

2200, com transdutor linear transretal 75L50EAV multifrequencial de 5,0 / 7,5 / 10,0

MHz.

3.7 Análise estatística

Análise estatística foi realizada através do teste do Qui-quadrado ao nível de

significância de 5% com auxílio do software Bioestat 5.0 (Ayres et al., 2007).

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4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.1 Efeito do acetato de melengestrol (MGA), fornecido após inseminação

artificial, na taxa de prenhez de vacas

No presente estudo, taxa de prenhez geral foi de 37,7% (Tabela 1). A taxa de

prenhez para o grupo sem MGA foi de 39,65% e para o grupo com MGA foi de 34,67%.

A taxa de prenhez para as primíparas diferiu significativamente (p < 0,05): G1= 35,13%

e G3= 11,81%. Em relação ao grupo das pluríparas, a taxa de prenhez para o grupo

G2 foi de 44,96% e para o grupo G4 foi de 51,45%, não havendo diferença significativa

(p < 0,05). Os resultados estão apresentados na Tabela 1.

Tabela 1 - Taxa de prenhez por categoria de vacas submetidas a suplementação com Acetato de

Melengestrol após inseminação artificial

Categoria SEM MGA (%) COM MGA (%) Total

Primípara G1 (111/316) 35,13 %a G3 (15/127) 11,81 %b (126/443) 28,44 %

Pluríparas G2 (107/238) 44,96 %a G4 (89/173) 51,45%a (196/411) 47,69 %

Total (218/554) 39,65%a (104/300) 34,67%a (322/854) 37,70%

* Letras minúsculas diferentes sobrescritas dentro da mesma linha indicam diferença estatística

(p < 0,05)

De acordo com Mann & Lamming (1999), quando é realizada a suplementação

exógena de progesterona, ocorrem à diminuição das perdas embrionárias de 5% em

média. Caso a suplementação seja feita antes do 6º dia de gestação, os ganhos

podem chegar até a 10% a mais de prenhez. As vacas pluríparas tratadas com MGA

no presente experimento, tiveram um aumento de 6% em relação ao grupo não

tratado, dados estes corroboram com as observações feita por Mann & Lamming

(1999). Aono et al., (2008) avaliando o efeito do acetato de melengestrol (MGA®

Premix) por sete dias após inseminação (14º ao 20º), mostrou que o grupo tratado

com MGA obteve um aumento de 19% em relação ao grupo apenas de IATF (51,8%

MGA vs. 32,8% IATF).

Quando avaliado o efeito do MGA após inseminação sobre a taxa de prenhez

da categoria das vacas primíparas, os animais tratados com MGA obtiveram menor

taxa de prenhez em relação as primíparas não tratadas com MGA, havendo diferença

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significativa (p < 0,05) para esta categoria. Soto Belloso et al. (2002) afirmam que um

desempenho reprodutivo inferior de primíparas em relação as pluríparas é esperado

tanto em condições experimentais quanto na maioria dos rebanhos de cria comerciais,

pois vacas primíparas ainda não completaram sua fase de crescimento e devem

disponibilizar energia para a amamentação. Também apresentam menores

amplitudes de pulsos de LH e um anestro pós-parto mais prolongado. O que pode ser

justificado uma menor taxa de prenhez na categoria de primíparas em nosso trabalho.

Outro fator que pode ter afetado o baixo desempenho da taxa de prenhez das

primíparas, foi ECC médio de 2,5. Segundo Yavas e Walton (2000), a deficiência na

nutrição periparto influencia negativamente nos estoques de gonadotrofinas

hipofisárias e a responsividade da hipófise ao GnRH exógeno atrasa o

restabelecimento da pulsatilidade adequada de LH, prolongando a aciclicidade pós-

parto.

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5 CONCLUSÃO

O uso Acetato de Melesgestrol (MGA® Premix) administrado do 13º ao 18º dia

após inseminação artificial em tempo fixo (IATF) influenciou negativamente para uma

menor taxa de prenhez nas categorias das vacas primíparas, porém mostrou bons

resultados nas vacas pluríparas.

Supõe-se que o manejo nutricional em regime de pastagem, ciclicidade

condição corporal e categoria, influenciaram para uma menor taxa de prenhez nas

vacas primíparas.

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