Universidade Nove de Julho Portifolio

Embed Size (px)

Citation preview

  • 8/13/2019 Universidade Nove de Julho Portifolio

    1/61

    UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO

    Marcelo da Cruz Oliveira RA: 911121764

    PORTFLIO DE ATIVIDADES DE ALFABETIZAO COMMTODOS FNICOS

    Memorial da Amrica Latina

    So Paulo

    2012

  • 8/13/2019 Universidade Nove de Julho Portifolio

    2/61

    UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO

    Marcelo da Cruz Oliveira RA: 911121764

    PORTFLIO DE ATIVIDADES DE ALFABETIZAO COMMTODOS FNICOS

    Trabalho de Portflio de atividades de alfabetizaocom mtodos fnicos, apresentado a disciplina dePedagogia, entregue Prof. Ndia C.Lauriti.

    Memorial da Amrica Latina

    So Paulo

    2012

  • 8/13/2019 Universidade Nove de Julho Portifolio

    3/61

    3

    CURRCULO UNIVERSITRIO

    Nome da Universidade: Universidade Nove de Julho

    I Dados de Identificao

    - Nome: Marcelo da Cruz Oliveira

    - CPF: 205.974.308-70

    - Cdula de Identidade: 28.895.985

    - Endereo: Rua Vitor Hugo, n59-Jardim Progresso- Franco da Rocha-SP

    - Curso(s) de Licenciatura: Pedagogia

    II Atualizao: Cursando ano 2012

    - Especializao: Libras, Psconalizamento do ser humano, Cosmologia Yoruba,dlogia, Informatizao Educacional, Psicoterapias e Metafisica.

    - Aperfeioamento:

    - Estgios: Horas complementares na pr-escola e no ensino fundamento I,Eja, Literatura contextual de texto.

    - Cursos: Windows Word Excel Power Point Access Digitao Internet- FrontPage Dreamweaver Fireworks HTML

    - Eventos

    - Orientador de pesquisa: Professora Ndia C.Lauriti

    - Livro: Alfabetizao Mtodo Fnico, Psicoterapias Cognitivo-Comportamentais, Psicodiagnstico-V, De Marre de Si, Fonologia de Alfabetizao, Parmetros Curriculares Nacionais Lngua Portuguesa.- Outras atividades.

    VI Atividade de Extenso

    - Projetos concludos

    - Projetos em andamento

    - Relatrios

    - Outras atividades.

  • 8/13/2019 Universidade Nove de Julho Portifolio

    4/61

    IV

    ndice de ilustraes

    Ilustrao 1 Desenho de ilustrao fnica ............................................................................. 9

    Ilustrao 2 Figuras-escritas ............................................................................................... 24Ilustrao 3 Cartaz com os personagens da "Histria da Abelhinha" .................................... 44Ilustrao 4 Exercicios AEIOU ............................................................................................. 52Ilustrao 5 Alfabeto de Objetos ........................................................................................ 53Ilustrao 6 Estudo da letra "D" ......................................................................................... 53Ilustrao 7 Relaes grafema-fonema ............................................................................... 53

    http://c/Users/Leonardo/Documents/UNIVERSIDADE%20NOVE%20DE%20JULHO%20portifolio.docx%23_Toc339789236http://c/Users/Leonardo/Documents/UNIVERSIDADE%20NOVE%20DE%20JULHO%20portifolio.docx%23_Toc339789237http://c/Users/Leonardo/Documents/UNIVERSIDADE%20NOVE%20DE%20JULHO%20portifolio.docx%23_Toc339789238http://c/Users/Leonardo/Documents/UNIVERSIDADE%20NOVE%20DE%20JULHO%20portifolio.docx%23_Toc339789240http://c/Users/Leonardo/Documents/UNIVERSIDADE%20NOVE%20DE%20JULHO%20portifolio.docx%23_Toc339789241http://c/Users/Leonardo/Documents/UNIVERSIDADE%20NOVE%20DE%20JULHO%20portifolio.docx%23_Toc339789242http://c/Users/Leonardo/Documents/UNIVERSIDADE%20NOVE%20DE%20JULHO%20portifolio.docx%23_Toc339789242http://c/Users/Leonardo/Documents/UNIVERSIDADE%20NOVE%20DE%20JULHO%20portifolio.docx%23_Toc339789241http://c/Users/Leonardo/Documents/UNIVERSIDADE%20NOVE%20DE%20JULHO%20portifolio.docx%23_Toc339789240http://c/Users/Leonardo/Documents/UNIVERSIDADE%20NOVE%20DE%20JULHO%20portifolio.docx%23_Toc339789238http://c/Users/Leonardo/Documents/UNIVERSIDADE%20NOVE%20DE%20JULHO%20portifolio.docx%23_Toc339789237http://c/Users/Leonardo/Documents/UNIVERSIDADE%20NOVE%20DE%20JULHO%20portifolio.docx%23_Toc339789236
  • 8/13/2019 Universidade Nove de Julho Portifolio

    5/61

    V

    ndice de tabelas

    Tabela 1 Contedo de uma aula pelo mtodo fnico .......................................................... 49

    Tabela 2 Aula - Representar a letra no quadro em manuscrito ............................................ 50

  • 8/13/2019 Universidade Nove de Julho Portifolio

    6/61

    VI

    ndice

    1. Introduo ....................................................................................................................... 8

    1.2 Objetivo ............................................................................................................................... 9

    1.3 Concepes de ensino-aprendizagem do mtodo fnico ................................................... 9

    1.4 Concepo de alfabetizao mtodo fnico ..................................................................... 10

    1.5 O confronto: mtodo fnico versus mtodo global .......................................................... 11

    1.6 Concepo de alfabetizao segundo mtodo fnico ...................................................... 13

    1.7 O mtodo fnico j foi utilizado no Brasil, e a repetncia era altssima. .......................... 15

    2. Parmetros curriculares dos Estados Unidos ................................................................... 17

    2.1 Estrutura, processo e desenvolvimento da competncia de leitura e escrita. ................. 18

    2.2 Como avaliar o desenvolvimento da competncia de leitura ........................................... 22

    2.3 Uma concepo fnica do ensino da leitura ..................................................................... 26

    2.3.1 Alfabetizao no Brasil - Uma metodologia ultrapassada? ....................................... 28

    2.3.2 Que exatamente o mtodo ideovisual? E o fnico? Qual a diferena entre eles? . 28

    2.3.3 O Brasil sempre utilizou este mtodo? ...................................................................... 29

    2.3.4 O mtodo de alfabetizao utilizado no Brasil est ultrapassado? ........................... 292.3.5 O Sr. poderia apontar diferenas entre os alfabetizadores brasileiros e osestrangeiros? ....................................................................................................................... 29

    2.3.6 Uma das crticas que se faz que os jovens no sabem interpretar. Isto seriaconsequncia do modelo de nossa alfabetizao? ............................................................. 30

    2.3.7 Para introduzir este mtodo seria necessrio mudar a formao do professor? ..... 30

    2.3.8 certo que quando o professor v um resultado positivo ele se anima. Mas osdocentes costumam apresentar resistncias a mudanas? ............................................... 30

    2.3.9 H experincia no Brasil de alfabetizao pelo mtodo fnico? ............................... 302.3.9 O sr. disse que o professor tem que ensinar, tem que avaliar. Como o sr. v aaprovao automtica? ....................................................................................................... 30

    2.3.10 O sr. diz que para aprender necessrio decodificar. O que decodificar? .......... 32

    2.3.11 Como o sr. avalia a qualidade da nossa educao? ................................................. 32

    2.3.12 Na sua viso, este resultado negativo tem relao com nosso processo dealfabetizao? ..................................................................................................................... 32

    2.3.13 Se este mtodo to superior e seus resultados positivos amplamente conhecidos,

    por que o MEC ainda no os usa? ....................................................................................... 322.3.14 O modelo que temos hoje aumenta a desigualdade social? ................................... 33

  • 8/13/2019 Universidade Nove de Julho Portifolio

    7/61

  • 8/13/2019 Universidade Nove de Julho Portifolio

    8/61

    8

    1. Introduo

    Este portflio ter como finalidade ajudar o educador no processo de

    desenvolvimento do pensamento fnico, e caracterizar um modo particular dedar sentido s experincias dos alunos, e ampliar a sensibilidade, a percepo,a reflexo sobre eles, o qual envolver tambm, conhecer, apreciar e refletirsobre as forma do mtodo fnico.

    um mtodo de alfabetizao que primeiro ensina os sons de cadaletra e ento constri a mistura destes sons em conjuntos para alcanar apronncia completa da palavra e permitir dessa forma que se consiga ler.

    O desenvolvimento deste portflio, ter como o intuito formar contedospara os educadores do 1 ano para alunos que possuem a idade em torno de 6anos, que segundo Piaget esto no perodo Operatrio Formal, no qual acriana permite a abstrao total, onde no se permite mais a representaoimediata nem somente s relaes previamente existente, sendo capaz depensar em todas as relaes possveis, logicamente buscar solues a partir

    de hipteses e no apenas pela observao da realidade.O mtodo fnico nasceu na Alemanha no sculo XVI com o propsito de

    ensinar as correspondncias entre sons e letras, A busca por um mtodo eficazpara o ensino da leitura uma questo extremamente pertinente, pois, comoafirma Scliar-Cabral (2003, p.20), nos primeiros anos de escola que sedecide fundamentalmente quem ser um bom leitor ou redator.

    Tendo tambm como objetivo de formar alunos que sejam capazes de:Posicionar-se de maneira crtica, responsvel e construtiva nas

    diferentes situaes sociais, utilizando o dilogo como forma de mediarconflitos e de tomar decises coletivas;

    Conhecer caractersticas fundamentais do Brasil nas dimenses sociais,materiais e culturais como meio para construir progressivamente a noo deidentidade nacional e pessoal e o sentimento de pertinncia ao pas;

  • 8/13/2019 Universidade Nove de Julho Portifolio

    9/61

    9

    Conhecer e valorizar a pluralidade dopatrimnio scio cultural brasileiro, bem comoaspectos socioculturais de outros povos enaes, posicionando-se contra qualquerdiscriminao baseada em diferentes culturas, declasse social, de crenas, de sexo, de etnia ou

    outras caractersticas individuais e sociais.

    1.2 Objetivo

    Para a realizao deste portflio trazemos como tema principal o mtodofnico, Para desenvolver correspondncias de sons e letras.

    1.3 Concepes de ensino-aprendizagem do mtodo fnico

    O mtodo nasceu como uma crtica ao mtodo da soletrao oualfabtico usado no Brasil at a dcada de 1980. O mtodo fnicodiferentemente do mtodo Paulo Freire indicado para crianas mais jovens erecomendado ser introduzido logo no incio da alfabetizao. E coletivas dedistintas culturas e pocas.

    Perceber-se integrante, dependente e agente transformador doambiente, identificando seus elementos e as interaes entre eles, contribuindoativamente para a melhoria do meio ambiente;

    Desenvolver o conhecimento ajustado de si mesmo e o sentimento deconfiana em suas capacidades efetivas, fsicas, cognitiva, tica, esttica, deinter-relao pessoal e de insero social, para agir com perseverana nabusca de conhecimento e no exerccio da cidadania;

    Utilizar as diferentes linguagens Verbais, musical, grfica, fnica ecorporal como meio para produzir, expressar e comunicar suas ideias,interpretar e usufruir das produes culturais, em contextos pblicos eprivados, atendendo as diferentes intenes e situaes de comunicao;

    Ilustrao 1 Desenho de ilustraofnica

  • 8/13/2019 Universidade Nove de Julho Portifolio

    10/61

    10

    Saber utilizar diferentes fontes de informaes e recursos tecnolgicospara adquirir e construir conhecimentos;

    Questionar a realidade formulando-se problemas e tratando de resolv-

    los, utilizando para isso o pensamento lgico, a criatividade, a intuio acapacidade de anlise crtica, selecionando procedimentos e verificando suaadequao.

    No Brasil apenas 1,1% dos estudantes atingiram o nvel mais alto deproficincia em leitura, e 44,5% alcanaram apenas o nvel 2 em leitura, o quesignifica que enfrentam dificuldades quando precisam de material de leiturapara alcanar objetivos de aprendizado em qualquer rea (INEP). Os dados doSAEB (Sistema de Avaliao da Educao Bsica).

    1.4 Concepo de alfabetizao mtodo fnico

    A alfabetizao precisa ser observada sobre alguns pontos de vista,consideram a alfabetizao como um processo individual: o primeiro dizrespeito questo tcnica da lngua, ou seja, o ato de decodificao ecodificao, a representao grafema-fonema / fonema-grafema.

    Aprender a ler e a escrever envolve relacionar sons com letras paracodificar ou para decodificar; envolve, tambm, aprender a segurar um lpis,que se escreve de cima para baixo e da esquerda para a direita, enfim, envolveuma srie de aspectos tcnicos indispensveis.

    O segundo ponto de vista atm-se questo do significado, dacompreenso leitora. J o terceiro considera a alfabetizao como umprocesso social, ou seja, o aprendiz precisa tomar conhecimento das funes efins que a escrita assume conforme o contexto social em que est inserida paraassim tornar-se um usurio ativo dessa modalidade da lngua (SOARES, 2003;2007).

    Vinculado ao conceito de alfabetizao, o letramento consideradocomo o resultado da ao de ensinar ou de aprender a ler e a escrever, bem

    como o resultado da ao de usar essas habilidades em prticas sociaisexplicam que letramento o uso da leitura e da escrita como prticas sociais,

  • 8/13/2019 Universidade Nove de Julho Portifolio

    11/61

    11

    articulando-as conforme as situaes, como fios condutores para a apropriaoda linguagem e do conhecimento.

    Pelos mtodos de alfabetizao fnico e global. Atravs do

    levantamento e da discusso dos argumentos apresentados pelos defensoresde ambos os mtodos, tentamos responder questo: qual a metodologia maiseficiente na alfabetizao de crianas?

    1.5 O confronto: mtodo fnico versus mtodo global

    Foi apresentado inicialmente como comunicao oral durante o ICongresso Internacional de Leitura e Literatura Infantil e Juvenil, promovido

    pela PUCRS, em junho de 2008.

    Conforme Morais (1996, p. 262), o mtodo fnico nasceu na Alemanha nosculo XVI com o propsito de ensinar as correspondncias entre sons eletras. Esse mtodo nasceu de uma constatao: a criana sentedificuldades em passar da associao entre o nome das letras para afuso dos sons das letras a fim de obter a pronncia das palavras. Aspesquisas sobre o mtodo fnico investigam a importncia do domnio dosistema alfabtico atravs de uma metodologia voltada para a conscinciafonolgica, a fim de que, durante a aquisio da linguagem escrita, acriana internalize padres regulares entre som e letra.

    O mtodo fnico pretende desenvolver a conscincia fonolgica e estvoltado para a capacidade da criana em refletir sobre as unidades sonorasconstitutivas das palavras (correspondncia grafema / fonema). Durante aaquisio da linguagem escrita, predomina a inteno de que a crianainternalize padres regulares entre som e letra (MC GUINNESS, 2006).

    De acordo com esse pensamento, a compreenso da leitura s seratingida depois que a criana dominar a correspondncia grafema / fonema,porque, nessa viso, a escrita serve para representar graficamente a fala. Assim, esse mtodo atribui grande importncia decodificao, pois, segundoele, a aprendizagem da leitura e da escrita se constri introduzindo oselementos de forma gradual, primeiro unidades mais simples letras e slabas para depois as mais complexas palavras, frases e textos.

  • 8/13/2019 Universidade Nove de Julho Portifolio

    12/61

    12

    J os defensores do mtodo global propem uma alfabetizaocontextualizada atravs da transposio das prticas sociais de leitura para asala de aula em situaes-problema.

    Grossi (1989, p. 31-32) afirma que o conhecimento se d atravsda interao dos estmulos do meio ambiente com o sujeito queaprende [...] o centro do processo de aprendizagem o prprioaluno, como sujeito que aprende e que constri o seu saber.

    O mtodo global prioriza as atividades comunicativas atravs do uso dalinguagem. Nessa abordagem, a aprendizagem tomada de forma ampla eenglobam diversos fatores como a interdisciplinaridade, o desenvolvimento

    corporal e as dimenses sociais e afetivas. Para o mtodo global, a leitura um processo de identificao global das palavras, em que os elementos sointroduzidos a partir de estruturas complexas, deslocando-se em seguida paraas simples textos, frases, palavras, slabas e letras. Dessa forma, aaprendizagem da leitura e da escrita requer a memorizao de palavras inteiraspara, posteriormente, o leitor descobrir as unidades lingusticas mnimas(MORAIS, 1996).

    Nessa perspectiva, ressaltam-se os estudos de Emlia Ferreiro,baseados nos trabalhos de Jean Piaget.

    Segundo Ferreiro (1995, p. 23), o entendimento da evoluodos sistemas de ideias construdos pelas crianas sobre anatureza do objeto social que o sistema de escrita . Ferreiro eTeberosky (1985) investigam a natureza da relao entre o real esua representao

    Em resposta, afirmam que as crianas reinventam a escrita, construindohipteses sobre ela. Seguindo a evoluo das hipteses infantis, as autorasdividem o processo da aprendizagem da leitura e da escrita em nveis distintos:pr-silbico I e II, silbico, silbico-alfabtico, alfabtico e ortogrfico.

    O mtodo global fortemente associado ludicidade, ao prazer, investigao do significado das palavras, ao trabalho direcionado ao contexto

    em que o aluno est inserido e, principalmente, aos nveis psicogenticos daescrita, que funcionam como um termmetro e permitem aos professores

  • 8/13/2019 Universidade Nove de Julho Portifolio

    13/61

    13

    identificar a evoluo da aprendizagem dos seus alunos e, a partir da,reelaborar a sua prtica.

    Defensores do mtodo fnico, Morais e colaboradores (2004) afirmam

    que os programas que exercitam a conscincia fonolgica permitemprogressos mais significativos em leitura e escrita do que aqueles que no oenfatizam. Segundo Capovilla e Capovilla e Morais, a questo das dificuldadesde aprendizagem abordada somente pelos estudiosos do mtodo fnico, queasseguram que os princpios dessa metodologia de ensino favorecem quelesalunos com dificuldades, devido nfase dada conscincia fonolgica, aoestudo das unidades mnimas das palavras fonema / grafema, e

    aprendizagem da leitura de forma progressiva (letra, slaba, palavra, frase e,por fim, texto).

    Entretanto, ao lado desses argumentos positivos, vm as crticas queconsideram o mtodo fnico mecanicista e repetitivo, desprovido de motivao,ao passo que o mtodo global seria omissivo em relao conscinciafonolgica, relao grafema - fonema, ao princpio alfabtico, elementosindissociveis alfabetizao eficaz.

    1.6 Concepo de alfabetizao segundo mtodo fnico

    O mtodo fnico um mtodo de alfabetizao que d nfase ao ensinodos sons das letras, partindo das correspondncias, sons-letras, mais simplespara as mais complexas e depois a combin-las. Permitindo dessa forma quese consiga ler toda e qualquer palavra. Nasceu como uma crtica ao mtodo dasoletrao ou alfabtico sendo, indicado para crianas mais jovens erecomendado ser introduzido logo no incio da alfabetizao. (FEITELSON,1988)

    Por exemplo, ao se ensinar os fonemas /u/ /a/ /o/ /t/ e /p/,,, usando umalfabeto mvel as crianas podem formar palavras como: pata, pato, tato, tatu,tapa, topo, etc; depois disso elas so incentivadas a pronunciar o som de cadaletra uma por uma e em seguida combina-os para gerar a pronncia da

    palavra.

  • 8/13/2019 Universidade Nove de Julho Portifolio

    14/61

    14

    Assim a criana constri a pronuncia por si prpria. Muitas dascorrespondncias som-letra, incluindo consoantes e vogais e dgrafos, podemser ensinados num espao de poucos meses (de quatro a seis meses), logo noincio do seu primeiro ano letivo. Isso significa que as crianas podero lermuitas das palavras desconhecidas que elas mesmas encontram nos textos,sem o auxilio do professor para tal. Os especialistas dizem que este mtodoalfabetiza crianas, em mdia, no perodo de quatro a seis meses. Este omtodo mais recomendado nas diretrizes curriculares de pases que utilizam alinguagem alfabtica, como: Estados Unidos, Inglaterra, Alemanha, Frana eDinamarca.

    Fernando Capovilla Alfabetizao Descobertas revolucionrias comnovas tecnologias, como a neuroimagem funcional, refutaram os pressupostosconstrutivistas e levaram revoluo fnica que mudou a alfabetizaomundial nos anos 90.

    Baseados em pesquisas de ponta, documentos oficiais franceses,ingleses e americanos defendem a alfabetizao fnica e condenam asprticas construtivistas como nocivas aprendizagem. Declaram que seusalunos, sob o construtivismo, amargaram mais de uma dcada demediocridade, e s prosperaram com o fnico. Entre 1995 e 1997, quando omundo civilizado condenava o construtivismo como lesa-juventude, o Brasil, nacontramo, o entronizava nos PCNs em alfabetizao.

    O establishment construtivista dominou com mos de ferro as principaispublicaes distribudas ao professorado custa do errio para impor a sua

    doutrina construtivista.

    O resultado dessa aposta cega foi imediato, com fracasso crescentedocumentado bianualmente pelo Saeb [exame do MEC que avalia a qualidadeda educao] de 1995 a 2003, e com a vergonha internacional, com a pecha device-recordista mundial de incompetncia, segundo teste da UNESCO e daOCDE em 2003.

    O mtodo que o Brasil empregava antes dos anos 80 no era o fnico,mas o alfabtico-silbico, baseado no ensino repetitivo de slabas.

  • 8/13/2019 Universidade Nove de Julho Portifolio

    15/61

  • 8/13/2019 Universidade Nove de Julho Portifolio

    16/61

    16

    crianas de nvel socioeconmico mdio-alto e alto, cujos pais cultos dispemdos recursos para estimular os filhos desde tenra infncia.

    De cada 100 crianas do ensino fundamental, 91 so da escola pblica e

    vivem num mundo bem diferente. Se sua escola no souber ensinar, no terooutro meio de aprender.

    Escolas particulares construtivistas no tm motivo de empfia, pois,embora posem de imensamente melhores que as construtivistas pblicas,empalidecem quando comparadas s pblicas no construtivistas do planeta. Afinal, dos 5.000 brasileiros declarados incompetentes pela UNESCO e OCDE,parte era dessas particulares. Elas no servem de modelo para a pblica.

    A populao cuja nica alternativa a pblica s estar protegida de umfuturo de marginalidade, desemprego e subemprego se a escola forcompetente em ensinar. Mas, dos 35 milhes de crianas no ensinofundamental, a cada ano, o construtivismo reprova ou expulsa mais de 7milhes. Contabilizado 25 anos, o tamanho da lesa-humanidade assombra.

    No entanto, no ter sido em vo se servir para levar o Ministrio daEducao a escolher melhor seus conselheiros e conceder criana o direitode estudar numa escola voltada a competncias e capaz de reaprender, com acriana, a arte e a cincia de desenvolver competncias. Na alfabetizao,essa escola a fnica.

  • 8/13/2019 Universidade Nove de Julho Portifolio

    17/61

    http://www.dur.ac.uk/j.w.adams/Dev2/reading.htm - 11k - Em cache - Pginas Semelhantes

    17

    2. Parmetros curriculares dos Estados Unidos

    O Congresso dos Estados Unidos mostrava-se preocupado com a quedanos desempenhos em leitura e escrita das crianas norte-americanas. O

    Congresso, ento, solicitou ao Instituto Nacional de Sade da Criana e deDesenvolvimento Humano (National Institute ofChild Health and HumanDevelopment)um relatrio sobre todos os conhecimentos disponveis,baseados em pesquisa, sobre a aquisio e o desenvolvimento da leitura,incluindo a eficcia das diferentes metodologias de ensino da leitura. O InstitutoNacional de Sade da Criana e Desenvolvimento Humano, em conjunto com aSecretaria de Educao, constituiu o Comit Nacional de Leitura (National

    Reading Panel), uma banca composta por pesquisadores, professoresuniversitrios de faculdades de educao, professores de ensino infantil efundamental, administradores educacionais e pais. A banca examinou mais de100 mil estudos cientficos publicados na rea de leitura e escrita desde 1966,e mais 15 mil estudos publicados antes dessa data. Os estudos foram reunidospor assunto e seus resultados foram comparados por meio de meta-anlisesestatsticas computadorizadas (Glass, McGaw,& Smth, 1981; Mullen &

    Rosenthal, 1985), em que modelos avanados de estatstica para tomada dedeciso levam em considerao todos os elementos (por exemplo, o tamanhoda amostra, a fora do efeito e a confiabilidade ou significncia estatstica) dosmilhares de estudos j conduzidos a respeito, para poder chegar a decisesconclusivas sobre o melhor mtodo de alfabetizao.

    Com base nessa investigao completa de todo o universo de pesquisasconduzidas no campo da alfabetizao, e de audincias pblicas envolvendo

    toda a comunidade de professores, de cientistas e de pais acerca dos temasmais relevantes para anlise, trs anos depois, o Comit Nacional de Leiturado Instituto Nacional de Sade da Criana e de Desenvolvimento Humanopublicou, em abril de 2000, o relatrio intitulado Ensinando crianas a ler: umaavaliao baseada em dados da bibliografia de pesquisa cientfica sobre leiturae suas implicaes para a alfabetizao (Teaching children to read: Anevidence-based assessment of the scientific research literature on'reading and

  • 8/13/2019 Universidade Nove de Julho Portifolio

    18/61

    18

    its implications for reading instruction)que contm as diretrizes fundamentaispara a alfabetizao bem sucedida.

    2.1 Estrutura, processo e desenvolvimento da competncia de

    leitura e escrita.

    Para entender porque atividades para desenvolver a conscinciafonolgica e ensinar correspondncia entre grafemas e fonemas so toimportantes para a aquisio da leitura e da escrita alfabticas, importanteexaminar o processo de desenvolvimento da competncia de leitura e escrita.Maiores detalhes sobre a arquitetura cognitiva envolvida no processamento deleitura podem ser encontrados no fluxograma de A. Capovilla e F. Capovilla(2000b).

    De acordo com o modelo de desenvolvimento de leitura de Frith (1985,1990), sistematicamente explicado e expandido por A. Capovilla e F. Capovilla(2000b) e F. Capovilla e A. Capovilla (2001b), a criana passa por trs estgiosna aquisio de leitura e escrita:

    1) O logo grfico, em que ela trata a palavra escrita como se fosse umarepresentao pictoideogrfica e visual do referente;

    2) O alfabtico em que, com o desenvolvimento da rota fonolgica, acriana aprende a fazer decodificao grafo fonmica;

    3) O ortogrfico em que, com o desenvolvimento da rota lexical, acriana aprende a fazer leitura visual direta de palavras de alta frequncia.

    No estgio logogrfico, a criana trata o texto mais ou menos como sefosse um desenho, e no uma escrita alfabtica, ou seja, um cdigo decorrespondncias entre determinadas letras e combinaes de letras (isto ,grafemas) e seus respectivos sons da fala (isto , fonemas). Neste estgio, aleitura consiste no reconhecimento visual global de uma srie de palavrascomuns que a criana encontra com grande frequncia, tais como seu prprionome e os nomes de comidas, bebidas e lugares impressos em rtulos e

    cartazes (por exemplo, Coca-Cola e McDonalds).

  • 8/13/2019 Universidade Nove de Julho Portifolio

    19/61

    19

    A criana atenta ao contexto, ao formato e colorao geral da palavra,como se fosse um desenho, mas no decodifica a palavra segmentando-a nasletras componentes e convertendo-as em som, exceto usualmente a primeira,sendo que no percebesse forem trocadas as letras seguintes, desde que oformato geral da palavra permanea constante. A escrita tambm se resume auma produo visual global, como um desenho, sendo que a escolha e aordenao das letras ainda no esto sob controle dos sons da fala. Amanuteno de tal estratgia de leitura logogrfica exigiria muito da memriavisual da criana e acabaria levando a uma srie crescente de erros grosseiros,como o de troca de palavras (isto , paralexia) visualmente semelhantes.

    Para evitar a cristalizao de um estilo de leitura ideovisual, osprofessores devem ensinar e encorajar a criana a progredir para o segundoestgio. No estgio alfabtico, as relaes entre o texto e a fala se fortalecemprimeiro em relao escrita e, depois, tambm em relao leitura. Durante aescrita, a seleo das letras e o seu sequenciamento passam a ficar sobcontrole dos sons da fala.

    Do mesmo modo, na leitura, a seleo e o sequenciamento das slabase dos fonemas durante a pronncia passam a ficar sob controle das slabasescritas e dos grafemas do texto. Para produzir tais desempenhos, osprofessores devem expor a criana a instrues de correspondncia entreletras e sons. Assim, a criana aprende que a escrita alfabtica representa ossons das palavras, isto , das mesmas palavras que ela usa para pensar e secomunicar com os outros. Aprendendo as relaes entre as letras e os sons, acriana comea a fazer escrita por codificao fonografmica, ou seja, falando

    consigo mesma e convertendo os sons da fala nas suas letrascorrespondentes.

    Pelo mesmo princpio, mas no sentido inverso, a criana comea a sercapaz de fazer leitura por decodificao grafo fonmica, ou seja, convertendoas letras em seus respectivos sons e, ento, repetindo mais rapidamente asequncia toda de sons para si mesma, para que consiga entender o que estlendo, como se estivesse ouvindo outra pessoa falando. Neste estgio, acriana aprende o princpio da decodificao na leitura (isto , a converter as

  • 8/13/2019 Universidade Nove de Julho Portifolio

    20/61

  • 8/13/2019 Universidade Nove de Julho Portifolio

    21/61

    21

    das palavras grafofonemicamente irregulares), na anlise morfolgica daspalavras que lhe permite apreender seu significado, e no processamento cadavez mais avanado da sintaxe do texto. Neste ponto, seu sistema de leiturapode ser considerado completo e maduro, e a criana passa a tirar vantagemcrescente da frequncia com que as palavras aparecem, conseguindo l-lascom cada vez maior rapidez e fluncia, por meio do reconhecimento visualdireto (isto , pela estratgia lexical), e no mais exclusivamente por meio dedecodificao (isto , pela estratgia fonolgica).

    importante ressaltar que, ao chegar a este ltimo estgio, s porque acriana passa a ser capaz de fazer uso da estratgia lexical, no significa que

    ela abandone as estratgias anteriores. Em verdade, as trs estratgias deleitura ficam disponveis o tempo todo criana, sendo que ela aprende a fazeruso da estratgia que se revelar mais eficaz para um ou outro tipo de materialde leitura e escrita. Por exemplo, materiais como algarismos matemticos,smbolos de notao cientfica e lgica, e sinais de trnsito tendem a ser lidospela estratgia a logogrfica. J as palavras novas de morfologia desconhecidae as pseudopalavras no podem ser lidas por reconhecimento visual direto,

    mas precisam ser lidas pela estratgia fonolgica. Finalmente, as palavrasconhecidas e familiares, ou de composio morfolgica evidente, podem serlidas mais rapidamente pela estratgia lexical de reconhecimento visual direto. A propsito, as palavras com irregularidades grafofonmicas precisam ser lidaspor esta estratgia j que, se fossem lidas pela estratgia fonolgica, elasseriam pronunciadas incorretamente (isto , ocorreria erro de regularizaofonolgica) e a criana no compreenderia o que est lendo. Por exemplo, apalavra EXRCITO precisa ser lida lexicalmente para que possa sercompreendida. Se a criana tentar usar a estratgia de leitura fonolgica, elair pronunciar o X no como "z", mas sim como "ch", e isto certamentetenderiam a comprometer a sua compreenso de leitura.

    2.2 Como avaliar o desenvolvimento da competncia de leitura

    Como vimos, o modelo de desenvolvimento de leitura e escrita de Frith(1985, 1990) identifica trs fases distintas na alfabetizao. Na faselogogrfica, a criana faz reconhecimento visual direto com base no contexto,

  • 8/13/2019 Universidade Nove de Julho Portifolio

    22/61

    22

    na forma e na cor, mas no atenta s letras, exceto a primeira. Assim, porexemplo, se trocarmos D por B, N por M, e D por P na palavra escritaMcBOMALP'S, a criana no tender a notar a troca, desde que haja arcosdourados sobre um fundo vermelho. Na fase alfabtica, a criana aprende afazer decodificao grafo fonmica e passa a ler pseudopalavras e palavras,desde que sejam regulares grafofonemicamente. Contudo, crianas comdislexia fonolgica no conseguem faz-lo, o que ocorre em 67% dos casos dedislexia do desenvolvimento (Boder, 1973).

    Na fase ortogrfica, a criana aprende a ler lexicalmente, e toma-secapaz de ler palavras irregulares, desde que comuns. Contudo, crianas com

    dislexia morfmica no conseguem faz-lo, o que ocorre em cerca de 10% doscasos de dislexia.

    Para Frith (1985, 1990), a dislexia do desenvolvimento pode sercompreendida como uma espcie de interrupo na progresso deuma a outra fase ao longo do desenvolvimento da leitura. Talinterrupo pode ocorrer j na passagem do estgio logogrficopara o alfabtico, como no caso da dislexia fonolgica; ou apenasna passagem do alfabtico para o ortogrfico, como no caso dadislexia morfmica.

    Buscando permitir avaliar o estgio de desenvolvimento da leitura aolongo dessa progresso, elaboramos o Teste de Competncia de LeituraSilenciosa (F. Capovilla, A. Capovilla et al., 2000; F. Capovilla, Macedo et al.,1998), inspirado no paradigma geral esboado por Khomsi (1997) eaperfeioado por Braibant (1997).

    O teste objetiva ser, ao mesmo tempo, um instrumento psicomtrico eneuropsicolgico cognitivo. Psicomtrico porque, acompanhado de tabelas denormatizao, permite avaliar o grau de desvio de cada criana em relao snormas de seu grupo de referncia, em relao idade e escolaridade.Neuropsicolgico cognitivo porque permite interpretar os dados da criana emtermos de modelo do desenvolvimento da leitura e escrita, e inferir a fase dedesenvolvimento em que ela se encontra e as estratgias de leitura que

    prevalecem em seu desempenho.

  • 8/13/2019 Universidade Nove de Julho Portifolio

    23/61

    23

    O teste consiste em oito itens de treino e 70 itens de teste, cada qualcom um par composto de uma figura e uma palavra ou pseudopalavras escrita(isto , um par figura-escrita). A escrita feita em letras maisculas parapermitir manipular o efeito da similaridade visual. A tarefa da criana cruzar(isto , assinalar com um X) os pares figura-escrita incorretos e circulares oscorretos. H sete tipos de itens (isto , pares figura-escrita), todos distribudosaleatoriamente ao longo das tentativas, com dez itens de teste para cada tipo.So eles:

    Tipo 1) Palavras corretas grafofonemicamente regulares como, porexemplo, a palavra escrita FADA sob a figura de uma fada. Outros exemplos:

    BATATA, TOMADA, BUZINA, MAPA, PIJAMA, MAI, BON, MENINA e PIPA;

    Tipo 2) Palavras corretas grafofonemicamente irregulares, como apalavra TXI sob a figura de um txi. Outros exemplos: XADREZ, CALAS, AGASALHO, TESOURA, PINCEL, EXRCITO, PRINCESA, EXERCCIO eBRUXA;

    Tipo 3) Palavras com incorreo semntica, como a palavra TREM sob a

    figura de um nibus. Outros exemplos: CACHORRO (sob figura decamundongo), ROSA (sob rvore), SOF (casa), COBRA (peixe), RDIO(telefone), AVIO (guia), MA (morango), CHINELO (sapato) e SORVETE(bombom);

    Tipo 4) Pseudopalavras (incorretas) com trocas visuais, como CAEBAsob a figura de uma cabea. Outros exemplos: GAIO (gato), FRA (pra),CRIANQAS (crianas), TEIEUISO (televiso), CAINELO (chinelo), JACAP(jacar), PAROUE (parque), ESTERLA (estrela) e CADEPMO (caderno);

    Tipo 5) Pseudopalavras (incorretas) com trocas fonolgicas, comoCANCURU sob a figura de um canguru. Outros exemplos: FACA (vaca),HAPELHA (abelha), MCHICO (mgico), APATAR (apagar), PIPOTA (pipoca),RELCHIO (relgio), OFELHA (ovelha), PONECA (boneca) e JUVEIRO(chuveiro)

  • 8/13/2019 Universidade Nove de Julho Portifolio

    24/61

    24

    Tipo 6) Pseudopalavras (incorretas) homfonas, como BQUISSE sob afigura de uma luta de boxe. Outros exemplos: PARU (pssaro), CINAU(sinal), JLU (gelo), AUMOSSU (almoo), XAPEL (chapu), HOSPITAU(hospital), MININU (menino), TCSI (txi) e MI(homem);

    Tipo 7) Pseudopalavras (incorretas) estranhas, como RASSUNO sob afigura de uma mo. Outros exemplos: PAZIDO (xarope), ASPELO (coelho),MITU (culos), DILHA (pio), MELOCE (palhao), FOTIS (meia), lAMELO(tigre), SOCATI (urso) e CATUDO (tnis).

    A Ilustrao 2 ilustra exemplos dos sete tipos de pares figuras-escritas

    do Teste de Competncia de Leitura Silenciosa.

    Figura 2. Exemplos de cada um dos sete tipos de pares figura-escrita do Testede Competncia de Leitura Silenciosa: duas palavras corretas, uma regular(FADA) e uma irregular (PRINCESA); uma palavra com incorreo semntica(RDIO sob figura de telefone); uma pseudopalavras com troca visual(TEIEUISO) e uma com troca fonolgica (MCHICO);uma pseudopalavrashomfona (TCSI) e uma estranha (MELOCE).

    Ilustrao 2 Figuras-escritas

  • 8/13/2019 Universidade Nove de Julho Portifolio

    25/61

    25

    Os pares figura-escrita compostos de palavras corretasgrafofonemicamente regulares:

    Tipo 1 - Grafofonemicamente irregulares

    Tipo 2- Devem ser aceitos isto , circulados com o lpis; enquanto queaqueles compostos de palavras com incorreo semntica.

    Tipo 3- Pseudopalavras (tipos 4, 5,6 e 7) devem ser rejeitados (isto ,cruzados com um X). Os acertos consistem em aceitar (isto , assinalar comum crculo) os pares de tipo 1 e 2, e em rejeitar(isto , assinalar com um X) ospares de tipo 3, 4, 5, 6 e 7. Reciprocamente, os erros consistem em rejeitar

    (isto , deixar de aceitar) os pares de tipo 1 e 2, ou em aceitar (isto , deixar derejeitar) os pares de tipo 3, 4, 5,6e7. 20

    O padro de distribuio dos tipos de erros tem um valor informativoimportante na caracterizao da natureza especfica da dificuldade de leiturade uma dada criana. O insucesso na aceitao de palavras corretasgrafofonemicamente irregulares (tipo 2) pode indicar dificuldade com oprocessamento lexical, ou falta dele. Do mesmo modo, o insucesso na rejeiode pseudopalavras homfonas (tipo 6) pode indicar a mesma dificuldade com oprocessamento lexical (ou falta dele) num nvel ainda mais acentuado, comuma leitura mais limitada decodificao fonolgica. Quando uma criana jtem pelo menos nove anos de idade e j foi bastante exposta a textos, se eladeixar de rejeitar pseudopalavras homfonas, isto indica que ela est lendopela rota fonolgica, isto , por decodificao grafo fonmica estrita, sem fazerrecurso rota lexical. Se ela fizesse recurso ao lxico ortogrfico e encontrassenele as palavras alvo (como, por exemplo, PSSARO, SINAL, GELO, TXI,MENINO, HOSPITAL, HOMEM, BOXE, ALMOO), ela rejeitaria aspseudopalavras homfonas. A falha em rejeit-las sugere falta derepresentao apropriada no lxico ortogrfico, quer por exposio insuficienteao texto ou por dificuldade de leitura. Um pouco mais srio o insucesso narejeio de pseudopalavras com trocas fonolgicas (tipo5), que poderia indicara mesma falta de recurso ao lxico, mas com o agravante de dificuldades

    adicionais no prprio processamento fonolgico. J o insucesso na rejeio de

  • 8/13/2019 Universidade Nove de Julho Portifolio

    26/61

    26

    palavras semanticamente incorretas (tipo 3) poderia indicar falta de acesso aolxico semntico. Ainda mais srio, o insucesso na rejeio de pseudopalavrascom trocas visuais (tipo 4) poderia indicar dificuldade com o processamentofonolgico, e recurso estratgia de leitura logogrfica. Finalmente, oinsucesso na rejeio de pseudopalavras estranhas (tipo 7)poderia indicarsrios problemas de leitura, com ausncia de processamento lexical, fonolgicoe, mesmo, logogrfico.

    2.3 Uma concepo fnica do ensino da leitura

    A concepo fnica do ensino da leitura leva o aprendiz a identificar e amanipular os sons elementares (fonemas) que formam as palavras faladas doidioma. Considera indispensvel ensinar de forma explcita a relao entreestes sons elementares e as letras ou grupos de letras do alfabeto (grafemas).Leva a entender que as palavras escritas so sequncias de letras do alfabetoque correspondem a combinaes de sons elementares que formam aspalavras faladas. Aplica estratgias para desenvolver a compreenso daspalavras, frases e textos lidos, estimulando em paralelo, com as mesmaspremissas, as habilidades da escrita.

    Os trabalhos de Stanovich, K. E. (1993 e 1994) (1) e de Adams, M.J.,(1990) (2), orientaram uma pondervel parcela de pesquisadores e de pasesna direo da concepo fnica do ensino da leitura. Estes pesquisadoresdefiniram a habilidade de identificar e manipular os sons do idioma e osfonemas em particular - conscincia fonolgica e conscincia fonmica - emostraram que esta habilidade o fator isolado que melhor permite prever o

    sucesso na alfabetizao.

    Tericos de diversos pases - nos Estados Unidos, na Inglaterra, naFrana e no Canad, notadamente - confirmaram e aprofundaram estasconstataes, recomendando esta forma de ensino como sendo, de todas asmais eficazes.

    A concepo fnica do ensino da leitura uma recomendao de

    governo em Portugal, Frana, Chile, Itlia, Inglaterra e Estados Unidos e umpadro de fato em Cuba, Israel, Canad, Blgica e Alemanha.

  • 8/13/2019 Universidade Nove de Julho Portifolio

    27/61

    27

    O Mtodo Iracema Meireles, criado nos anos 50, adota a concepofnica do ensino da leitura e apresentado atualmente em duas cartilhas: ACasinha Feliz, para crianas e Tempo de Aprender, para adolescentes eadultos.

    A alfabetizao tem incio pelo ensino das relaes entre os sons doidioma e as letras e grupos de letras do alfabeto. Isto feito atravs de umahistria, onde os personagens so pictogramas que contm grafemas esugerem fonemas. O esforo de memorizao mnimo e a assimilao imediata. O ldico e o multissensorial caracterizam a fase inicial do processo,acelerando e motivando a aprendizagem. Est a o maior segredo da eficincia

    do mtodo, sua marca registrada.

    A identificao e a manipulao dos fonemas (conscincia fonmica),dos grafemas (conscincia grafmica) e das relaes grafema-fonema(conscincia fnica) so induzidas e trabalhadas de forma vigorosa e definitiva.

    O incio do desenvolvimento das habilidades grafmica, fonmica efnica, levam o aprendiz a compreender o que o princpio alfabtico - a

    representao de sons por letras - e tambm o que o nosso sistemaalfabtico - a forma como so representados os sons do nosso idioma atravsdas letras do nosso alfabeto. Est pronto para enfrentar e vencer, levado pormo cuidadosa, o desafio da leitura. encorajado a ler, de formasupervisionada, as primeiras palavras simples, formadas por vogais e porconsoantes de um primeiro grupo, m, n, v, d, p. levado a compreender,experimentando, que uma determinada sequncia de letras representa uma - e

    s uma - combinao ou aglutinao de sons que podem formar uma palavrada qual ele, pelos cuidados da mo que o leva, j deve conhecer o significado.

    As apresentaes das relaes que envolvem as outras consoantes, osdgrafos e os demais caracteres grficos do idioma do ao aprendiz apossibilidade de ler e de escrever de forma prpria qualquer palavra e qualquertexto de relativa complexidade no nosso idioma com a preciso e acompreenso exigveis. Ao final desta fase esto instaladas as competncias

    de leitura e escrita autnomas. A partir da, resta desenvolver e aprimorar a

  • 8/13/2019 Universidade Nove de Julho Portifolio

    28/61

    28

    capacidade de leitura e escrita, o que pode e deve se prolongar por toda a vida. A apresentao das relaes grafema-fonema feita de uma forma muitooriginal, e merece ainda mais algumas palavras.

    Os metagrafemas ou figuras-fonema so um recurso de aproximao deforte apelo audiovisual. So pictogramas que funcionam como ideogramas erbus. Transformados em bonecos reforam o multissensorial e impressionamtato, olfato e mesmo paladar. Assegurada assimilao, desaparecem.

    O Mtodo Iracema Meireles apresenta as relaes grafema-fonemanuma ordem pr-estabelecida, o que se define tecnicamente como instruofnica sistemtica, estratgia reconhecida por muitos pesquisadores como amais eficaz para indivduos das mais diversas origens e com diferentes nveisde habilidades.

    O Mtodo Iracema Meireles apresenta as relaes grafema-fonema deforma individualizada, o que se define tecnicamente como instruo fnicasinttica, estratgia reconhecida por muitos pesquisadores como a mais eficazpara indivduos das mais diversas origens e com dificuldades de

    aprendizagem.

    O Mtodo Iracema Meireles desenvolve as competncias de leitura e deescrita inteligentes e autnomas de forma muito eficiente. O aprendizmedianamente dotado adquire estas habilidades num prazo mdio de trsmeses. Uma experincia que vem se renovando h mais de meio sculo, porinmeros colgios do pas, e pelos mais de um milho e duzentos milhes debrasileiros, inclusive no exterior, com quem teve e tem a satisfao decompartilhar os primeiros passos na fascinante experincia do aprendizado daleitura e da escrita.

    2.3.1 Alfabetizao no Brasil - Uma metodologia ultrapassada?

    - Fernando C. Capovilla.

    2.3.2 Que exatamente o mtodo ideovisual? E o fnico? Qual a

    diferena entre eles?

  • 8/13/2019 Universidade Nove de Julho Portifolio

    29/61

  • 8/13/2019 Universidade Nove de Julho Portifolio

    30/61

    30

    Capovilla Os alfabetizadores dos pases que investem em pesquisacientfica para descobrir como melhor alfabetizar so formados para respeitaras etapas de desenvolvimento da linguagem da criana. Comeam do simplespara o complexo. O Brasil faz o oposto, comea do complexo. O MEC diz: dum texto rico para a criana, um texto complexo. Isto ridculo, criminoso. OMinistrio Pblico devia investigar o que acontece na educao desse pas. Porisso que agora a Cmara dos Deputados vai comear a examinar a educaobrasileira luz do conhecimento cientfico internacional. O Brasil trata suascrianas como se elas fossem marcianas e, depois, elas so taxadas deincompetentes. Ser que somos to inferiores? Uma subraa? No. Aeducao que inapropriada.

    2.3.6 Uma das crticas que se faz que os jovens no sabem interpretar.Isto seria consequncia do modelo de nossa alfabetizao?

    Capovilla Exatamente. Quando se usa o mtodo fnico se melhora acompreenso do texto. No mtodo ideovisual, onde o professor d logo o texto,o que acontece que a criana tende a memorizar as palavras. Porm, ocdigo alfabtico no se presta memorizao fcil porque as letras so muitoparecidas. Com isso, o que acontece que a criana troca as palavras quandol (paralexia) e troca palavras na escrita (paragrafia). Esses erros ocorremporque o alfabeto no se presta memorizao visual. Ele tem que serdecodificado. Ele foi inventado pelos Fencios para mapear sons da fala, porisso eficiente. Se voc sabe decodificar no precisa memorizar.

    2.3.7 Para introduzir este mtodo seria necessrio mudar a formao do

    professor?Capovilla Sim, mas isto fcil. Quem opta por ser alfabetizador o faz poramor, por idealismo. Uma pessoa idealista a primeira a se apaixonar pelo seutrabalho quando ele funciona. O mtodo fnico produz resultadosextraordinrios. Em trs meses uma criana est lendo o que no lia em doisanos sob o mtodo ideovisual. As professoras que empregam o mtodo fnicoficam maravilhadas com sua eficcia.

  • 8/13/2019 Universidade Nove de Julho Portifolio

    31/61

  • 8/13/2019 Universidade Nove de Julho Portifolio

    32/61

    32

    resultados muito menores. O mtodo ideovisual no ensina, ele queima otempo da criana.

    2.3.10 O sr. diz que para aprender necessrio decodificar. O que

    decodificar?

    Capovilla converter os grafemas em fonemas. Aprender a pronunciar apalavra em presena da escrita. Quando pensamos em palavras usamos nossavoz interna. Quando lemos em voz baixa escutamos nossa voz. Isto oprocesso fnico: a invocao da fala interna em presena do texto. O mtodoideovisual desestimula esta fala interna. Ele tenta estimular a leitura visualdireta, portanto, a memorizao. S que no possvel memorizarideograficamente todas essas palavras. A forma correta aprender adecodificar. Quando fazemos isso, naturalmente se consegue produzir a fala eentender o que se est lendo.

    2.3.11 Como o sr. avalia a qualidade da nossa educao?

    Capovilla A educao brasileira a pior do mundo.

    2.3.12 Na sua viso, este resultado negativo tem relao com nossoprocesso de alfabetizao?

    Capovilla Eu no acho, eu sei que sim! Pesquisas mostram isso, no questo de discusso. Nos Estados Unidos houve a guerra de leitura. De umlado os cientistas que defendiam o mtodo fnico e, do outro, os pedagogosque defendiam o ideovisual. O governo, consciente da importncia daeducao - sabia que era importante formar bem as crianas e jovensamericanos para continuar frente dos outros pases - e dividido na briga entrecientistas e pedagogos, resolveu chamar um painel de especialistas paraanalisar 115 mil artigos comparando os dois mtodos. Eles descobriram que ofnico era infinitamente mais eficiente do que o ideovisual.

    2.3.13 Se este mtodo to superior e seus resultados positivosamplamente conhecidos, por que o MEC ainda no os usa?

  • 8/13/2019 Universidade Nove de Julho Portifolio

    33/61

    33

    Capovilla fcil entender isso. Os anos 80 foram anos de contestao aogoverno militar. As esquerdas comearam a arregimentar as massas. Tantoque, hoje, temos um lder operrio como presidente. No Brasil, houve umareao muito forte aos governos militares. Foram anos de espontaneismo, deliberdade civil. Mas as pessoas acabaram confundindo as coisas. Confundiramensino sistemtico com ensino militarizado, clareza conceitual e especificaode currculo, de objetivos, de competncias da criana com autoritarismo.Dessa forma, acharam que deixando a criana sozinha ela iria se desenvolvermaravilhosamente. O bom selvagem, de Rousseau. uma viso romnticamaravilhosa, mas se o objetivo tornar a criana competente, pesquisasmostram que este modelo no funciona. A prpria Emlia Ferrero, a idelogadesta teoria construtivista que ainda domina o Brasil com garras de ao quenos levam incompetncia, nos seus estudos em psicogneses da lnguaescrita constatou uma diferena entre crianas pobres e ricas no seu mtodo. As crianas ricas chegavam ao nvel 5, 6 de aprendizagem. As pobres paravamno nvel 3. E olha que as crianas pobres de Emlia Ferrero eram as nossascrianas de classe mdia. O melhor mtodo o que permite s crianas maispobres um aprendizado to bom quanto o recebido pelas crianas das

    melhores classes sociais. Isto porque a escola tem a funo de justia social. Ao aumentar a competncia da criana, a escola permite a ascenso social.

    2.3.14 O modelo que temos hoje aumenta a desigualdade social?

    Capovilla Exatamente, porque se a escola brasileira no ensina, as crianasvo fracassar se evadir, repetir o ano. Os pais, vendo isso, tm duas opes:os ricos contratam tutor, compram livros. J os pais pobres, operrios, no

    podem ajudar os seus filhos. Sob o construtivismo os filhos dos pobres setornam mais pobres, e os dos ricos mais ricos, porque eles tm profissionaispara lhes dar o que a escola est sonegando.

    2.3.15 Falamos que a alfabetizao no Brasil feita de forma incorreta. Ecom relao formao dos professores? Como o sr. v esta questo?

    Capovilla Piaget fazia a seguinte pergunta: Por que o professor tem to m

    reputao (no sentido de respeito) em relao a outras profisses? Por que um

  • 8/13/2019 Universidade Nove de Julho Portifolio

    34/61

    34

    mdico respeitado e o professor no, se educao e sade caminham lado alado? Segundo ele, isso ocorre porque o professor no faz pesquisa, nodescobre por si mesmo o que funciona e o que no funciona. Ele no conquistao respeito intelectual como as outras profisses fazem.

    2.3.16 O Senhor acha que a formao do professor alfabetizador deve terpreocupao com a pesquisa?

    Capovilla Sem dvida. Se o professor tiver uma formao de metodologia depesquisa ele poder publicar artigos, livros, trocar ideias em congressos.

    comum se falar na desvalorizao do professor e atribuir isto questo

    salarial.

    2.3.17 O Senhor diria que no s isso, mas sim que ele deve se imporenquanto bom profissional?

    Capovilla Para o professor ser valorizado ele tem que se valorizar, ou seja,tem que obter resultados melhores do que tem obtido. Quando algum obtmbons resultados se sente bem, se valoriza, o autorespeito aumenta e ele pode

    falar de igual para igual com qualquer pessoa. Neste caso, o professor podeconseguir financiamento para pesquisa e melhorar o oramento. Ele deve fazerps-graduao, que ensina metodologia de pesquisa. Na prpria faculdadedeve fazer estatstica, noes de pesquisa, experimentos para que possadescobrir o que melhor para as crianas e no ficar dependendo do cientista.Deve especializar-se em descobrir como melhorar o desempenho das maisvariadas crianas. Hoje, a escola tem que incluir as crianas portadoras de

    necessidades especiais, e isto demanda pesquisa.

    2.3.18 Os docentes esto preparados para lidar com estes alunos?

    Capovilla Os meus professores esto. O que fao na educao especial fazcom que as crianas possam ir para a sala de aula. Se dermos aos professoresos instrumentos que eles precisam para avaliar estes alunos e s crianas osinstrumentos para que possam aprender a ler, escrever e fazer o dever de casa

    a incluso possvel. Estou fazendo pesquisas sobre isso h 25 anos e tenhotodos os instrumentos. Basta o governo querer usar. Sou da USP, universidade

  • 8/13/2019 Universidade Nove de Julho Portifolio

    35/61

  • 8/13/2019 Universidade Nove de Julho Portifolio

    36/61

    Alfabetizao no Brasil - Uma metodologia ultrapassada - Fernando C. Capovilla, Categoria : Entrevistas Publicado por RedePsi [redepsi] em 25/1/0910/07/2008 - Andra Antunes

    36

    2.3.21 Por isso o sr. resolveu investir na pesquisa nesta rea?

    Capovilla Eu j fazia pesquisa. Isto me encaminhou para umaatuao poltica nas escolas. Vi que o problema no era clnico, e sim

    educacional. Que necessrio atuar preventivamente para fazer justia social.Se a escola fizer o seu trabalho, s vai para a clnica quem precisa detratamento. O Brasil se d ao luxo de sacrificar, de crucificar as suas crianasno altar da incompetncia para adorar a deusa, Emlia Ferrero, dosconstrutivistas. Isto um crime.

  • 8/13/2019 Universidade Nove de Julho Portifolio

    37/61

    37

    3. Oralidade e a Escrita dentro do Mtodo Fnico?

    Depois da pesquisa feita em uma entrevista vimos vrias vises deCapovilla, mas o que chama mais ateno quando falamos em oralidade e aescrita, assunta muito importante para um professor. O que seria Oralidade e aEscrita dentro do Mtodo Fnico?

    Quando o sistema lingustico se encontra em desenvolvimento nosprimeiros anos de vida da criana, o nico recurso a que esta tem acesso evocao auditiva, contrariamente ao que acontece com um adulto

    alfabetizado, que processa no s a sequncia fnica da palavra como a suarepresentao grfica. entrada na escola, a criana no dispe deste ltimorecurso, sendo as propriedades fnicas da palavra as nicas a que tem acesso.No sentido de rentabilizar as aprendizagens, o professor deve fazer uso destaexperincia lingustica da criana para promover a iniciao leitura e escrita.

    Usando estratgias adequadas e diversificadas, devemos construir, nosalunos dos quatro anos do 1 Ciclo, a conscincia de que e constituem doissistemas autnomos, que, no entanto, estabelecem relaes entre si.

    vogal/consoante

    alto/mdio/baixo

    oclusiva/fricativa

    arredondado/no

    arredondado

    Pedir aos alunos para prolongarem a produo de um [a]. Pedir omesmo exerccio com [p] ou com [f]. Referir dimenso da abertura dacavidade oral, que permite o contraste entre [a] e [p, f]. Diante do espelho, dizeraos alunos para produzirem as sequncias de vogais [a, , ] [ , e, i] e [ , o, u]. Os

    Oralidade escrita Cf. Duarte & Freitas (2000).

  • 8/13/2019 Universidade Nove de Julho Portifolio

    38/61

  • 8/13/2019 Universidade Nove de Julho Portifolio

    39/61

    39

    Se pensarmos na unidade, fcil ilustrar, a criana, ao ouvir osenunciados de fala na sua lngua, tem contato constante com o facto de cadapalavra poder assumir mais do que um formato fontico. Por exemplo, apalavra pode ser produzida com as 4 vogais, sem a primeira, sem a segundaou sem as 2 primeiras vogais:

    (respectivamente, [f minnu], [fminnu], [f mnnu], [fmnnu]). No entanto, estesquatro possveis formatos fonticos correspondem a um s formato na escrita(esta diversidade fontica conduz produo de erros de ortografia que se justificam pela transposio de propriedades do oral para a escrita). Oralidadee escrita tm princpios de funcionamento distintos e a criana deve aprender a

    encaixar a diversidade do oral na uniformidade prpria da escrita.

    Em termos de metodologia de iniciao leitura e escrita, a questoque se coloca a seguinte: devemos (1) ou (2)

    Por ser a oralidade o modo que mais familiar criana, devemos ter aoralidade como ponto de partida e a escrita como ponto de chegada. Aorientao na apresentao das unidades, nos momentos iniciais, deve

    corresponder a ' ', de acordo com o esquema em:

    Autonomia

    Palavra

    Feminino

    Partir do som para chegar ao grafema partir do grafema para chegar ao som?

    O som x representado, na escrita, pela letra y unidade de partida unidade dechegada.

    a, e, i, o, u vogais quantos sons tem a palavra filha

    f.i.l.h.a lh em prep.

    O exemplo clssico do equvoco que a reflexo sobre a lngua com base

    na escrita provoca o do nmero de vogais em Portugus. Qualquer falante

  • 8/13/2019 Universidade Nove de Julho Portifolio

    40/61

    40

    portugus alfabetizado dir que a sua lngua possui 5 vogais ( ), sendo estaafirmao falsa e condicionada pelo facto de as propriedades da lngua seremtradicionalmente tratadas com base na escrita (s h 5 vogais no alfabeto queusamos). Na verdade, o Portugus apresenta 14 (9 vogais orais e 5 vogaisnasais), como ilustrado em (16). Estas 14 vogais do Portugus so adquiridaspela criana nos 5/6 anos que precedem a sua entrada na escola e, salvo emcontextos patolgicos, qualquer criana no 1 ano do 1 Ciclo do Ensino Bsicodomina o seu funcionamento, produzindo palavras nas quais as vogais surgemno formato fontico esperado. O fato de a oralidade e a escrita funcionarem deforma to distinta quanto ao sistema das vogais (14 vogais na oralidade; 5grafemas na escrita, usados isoladamente ou associados a outros diacrticos(exemplos: , , , , am, an...) mostra de que modo cada um destes doissistemas manifesta um funcionamento especfico, estabelecendo, no entanto,correspondncias entre as suas unidades.

    3.3 Lexical Grafemico

    estrutura morfolgica de cada palavra. Ellis e Young (1988)desenvolveram uma verso do modelo de leitura proposto por Morton (1969) eapontaram 2 rotas deleitura.1) Rota fonolgica - a pronuncia da palavra construda segmento a segmento por meio da aplicao de regras decorrespondncia grafofonmica. Quando a pronuncia da palavra ativa osistema semntico o acesso ao significado alcanado. Pode haver leiturasem que haja acesso ao significado.

    Na rota lexical a pronuncia resgatada como um todo a partir do lxico.

    A forma ortogrfica ativa sua representao semntica antes de ativar a formafonolgica, a qual ficar armazenada no buffer fonolgico at a pronunciaocorra. A rota lexical faz o processamento individual direto e funciona melhorcom palavras muito comuns, no importando se so regulares ou no do pontode vista grafofonmica. Produz erros com pseudopalavras ou palavrasdesconhecidas ou pouco comuns. Esse acesso se d pela rota visual. Oobjetivo das duas rotas fazer acesso ao lxico (dicionrio mental) que permitecompreender o que est escrito. O lxico pode ser dividido em:

  • 8/13/2019 Universidade Nove de Julho Portifolio

    41/61

    41

    1- Lingustico e no lingustico.a) O lingustico fontico acstico procura caracterizar de maneira objetiva a

    onda sonora vocal desde sua sada do trato vocal at sua chegada aoouvido do ouvinte. Os sons da fala podem, ento, ser descritos emtermos articulatrios.

    b) No lingustico no devem ser confundidos com as letras dos alfabetos,porque estas frequentemente apresentam imperfeies e no umarepresentao exata do inventrio de fonemas de uma lngua. As letrasdo alfabeto so signos ou sinais grficos que representam, natranscrio de uma lngua, um fonema ou grupo de fonemas. Como asletras no do conta de todo o sistema de escrita, os linguistas falam emgrafemas no campo da escrita.

    2- visual ou auditivo.

    a) Visual ortogrfico - contm representaes mentais de todas as palavrasescritas que j foram lidas com curta frequncia e podem ser reconhecidas primeira vista.

    b) Auditivo - contm representaes mentais fonolgicas de todas as palavrasque j foram ouvidas. Na leitura o acesso ao lxico pode ser feito por meio deduas portas:

    Leitura lexical - acesso se d pela porta visual, porre conhecimentovisual direto da forma ortogrfica familiar de palavras escritas que o leitor lusualmente. Leitura fonolgica - o acesso se d pela porta auditiva porreconhecimento da forma fonolgica familiar da palavra cuja escrita no muitofamiliar.

    As 2 rotas se iniciam no sistema de reconhecimento visual da palavra eterminam no sistema fonolgica. Inicia-se um processo por um sistema deanalise visual que detecta os traos grficos, codifica a sua ordem e identificapor comparao. Resulta um cdigo abstrato que consiste numa sequnciagrafmica que pode ou no ser reconhecida serre conhecido ser reconhecida

    pelo SRVP e tem entrada a rota lexical, penetrando no lxico pela porta dolxico lingustico visual. Se no for reconhecida no ser reconhecida e entrar

  • 8/13/2019 Universidade Nove de Julho Portifolio

    42/61

  • 8/13/2019 Universidade Nove de Julho Portifolio

    43/61

    43

    leitura e da escrita competente em uma ortografia alfabtica necessriashabilidades especificas que vo alm da funo simblica geral. Trs quesitosso fundamentais para a aquisio da linguagem escrita: Habilidade dediscriminar as unidades fonmicas da fala; A compreenso de que a escritamapeia a fala; Conhecimento das correspondncias entre tais unidadesfonmicas e grafmicas.

  • 8/13/2019 Universidade Nove de Julho Portifolio

    44/61

    44

    4. Produo e interpretao de texto

    O desenvolvimento das habilidades de produo e interpretao dediferentes tipos de texto o objetivo maior e final da alfabetizao. E no livro

    so indicadas aps a aquisio de algumas habilidades essenciais nos nveisda letra e da palavra. A criana deve ser capaz de compreender e produzir aescrita em diferentes estilos. O texto com dificuldade graduada propicia scrianas uma maior experincia de sucesso e competncia. O professor deveencaminhar ao longo das atividades propostas no livro de acordo com ascaractersticas, recursos e necessidades especificam dos seus alunos.

    O Mtodo da Abelhinha considerado misto porque no totalmentefnico.

    Os mtodos fnicos tambm so conhecidos por mtodos sintticos oufonticos. Partem das letras (grafemas) e dos sons (fonemas) para formar, comelas, slabas, palavras e depois frases. No principal modelo de Mtodo Fnicoutilizado pelos professores alfabetizadores, as crianas no pronunciam osnomes das letras, mas sim os seus sons.

    O linguista americano Bloomfield, propositor do mdulo fnico dessemtodo, defende que a aquisio da linguagem um processo mecnico, ouseja, a criana ser sempre estimulada a repetir os sons que absorve doambiente. Assim, a linguagem seria a formao do hbito de imitar um modelosonoro. Os usos e funes da linguagem, neste caso, so descartados (emprincpio), por se tratarem de elementos no observveis pelos mtodosutilizados por essa teoria, dando-se importncia forma e no ao significado.

    Ilustrao 3 Cartaz com os personagens da "Histria da Abelhinha"

    http://3.bp.blogspot.com/-sQCsiVDkqsk/TiDsRRcAlBI/AAAAAAAAFjI/nNP1Nq8z0E8/s1600/PERSONAGENS+DA+HISTORIA+DA+ABELHINHA+METODO+F%C3%94NICO+DE+ALFABETIZA%C3%87%C3%83O.JPGhttp://3.bp.blogspot.com/-sQCsiVDkqsk/TiDsRRcAlBI/AAAAAAAAFjI/nNP1Nq8z0E8/s1600/PERSONAGENS+DA+HISTORIA+DA+ABELHINHA+METODO+F%C3%94NICO+DE+ALFABETIZA%C3%87%C3%83O.JPGhttp://3.bp.blogspot.com/-sQCsiVDkqsk/TiDsRRcAlBI/AAAAAAAAFjI/nNP1Nq8z0E8/s1600/PERSONAGENS+DA+HISTORIA+DA+ABELHINHA+METODO+F%C3%94NICO+DE+ALFABETIZA%C3%87%C3%83O.JPGhttp://3.bp.blogspot.com/-sQCsiVDkqsk/TiDsRRcAlBI/AAAAAAAAFjI/nNP1Nq8z0E8/s1600/PERSONAGENS+DA+HISTORIA+DA+ABELHINHA+METODO+F%C3%94NICO+DE+ALFABETIZA%C3%87%C3%83O.JPG
  • 8/13/2019 Universidade Nove de Julho Portifolio

    45/61

    45

    No tocante aquisio da linguagem escrita, a fnica o intuito de fazer comque a criana internalize padres regulares de correspondncia entre som esoletrao, por meio da leitura de palavras das quais ela, inconscientemente,inferir as correspondncias soletrao/som.

    De acordo com esse pensamento, o significado no entraria na vida dacriana antes que ela dominasse a relao, j descrita, entre fonema egrafema. Nesse caso, a escrita serviria para representar graficamente a fala.

    O mtodo fnico baseia-se no aprendizado da associao entre fonemase grafemas (sons e letras) e usa, em princpio, textos produzidosespecificamente para a alfabetizao.

    O mtodo que o Brasil empregava antes dos anos 80 no era o fnico,mas o alfabtico-silbico, baseado no ensino repetitivo de slabas.

    Diferente do Mtodo Fnico, que baseado no ensino dinmico docdigo alfabtico, ou seja, das relaes entre grafemas e fonemas em meio aatividades ldicas planejadas para levar as crianas a aprenderem a codificar afala em escrita, e, de volta, a decodificar a escrita no fluxo da fala e dopensamento.

    4.1 O fnico ldico e nada mecnico

    O fnico inteligente, ldico e nada mecnico. Leva as crianas a serem

    alfabetizadas muito bem em quatro ou seis meses, quando passam a ler textoscada vez mais complexos e variados. Ele to eficaz em produzircompreenso e produo de textos porque, de modo sistemtico e ldico,fortalece o raciocnio e a inteligncia verbal.

    O Observatrio Nacional da Leitura da Frana e o Painel Nacional deLeitura dos EUA afirmam sua clara superioridade, mas o MEC nunca deu criana brasileira a chance de aprender com o fnico e colher seus frutos.

    No mtodo fnico, a alfabetizao se d atravs da associao entre smbolo e

    som. Para que a criana se torne capaz de decifrar milhares de palavras, elaaprende a reconhecer o som de cada letra. De outra forma, ela teria quememorizar visualmente todo o lxico, algo ineficiente do ponto de vista dosdefensores do mtodo fnico. O mtodo parte da regra para a exceo.

  • 8/13/2019 Universidade Nove de Julho Portifolio

    46/61

  • 8/13/2019 Universidade Nove de Julho Portifolio

    47/61

    47

    relao do sujeito com o texto. Assim, podem-se definir estratgias e exercciosque faam o aluno ler e escrever.

    Para Slvia Colello, os PCN no devem subestimar as crianas e nem

    reduzir o ensino quela relao unvoca em que o professor ensina e o alunosilencia. Rodeadas por estmulos visuais e sonoros, televises, computadorese videogames, seria equivocado crer que elas se interessariam e sereconheceriam verbalmente com frases como o boi bebe e baba.

    Segundo a professora, interessante notar que os defensores domtodo fnico no Brasil so psiclogos, em sua maioria. Eles no lidam com alngua enquanto sistema em implementao. Eles esto preocupados emencontrar uma metodologia que seja objetiva e controlada, para ensinar a ler ea escrever. Mas s isso no suficiente hoje em dia, af irma. De acordo comColello, pode-se at ensinar a criana a ler e a escrever, mas se anular ogosto que ela poderia vir a ter pela leitura.

    O grande argumento contra os parmetros construtivistas o pssimodesempenho do Brasil em diversas avaliaes nacionais e internacionais, como

    no Sistema de Avaliao do Ensino Bsico (Saeb) e em avaliaes da OCDE(Organizao para a Cooperao e o Desenvolvimento Econmico) e daUNESCO (Organizao das Naes Unidas para a Educao, a Cincia e aCultura) desde que o conceito foi incorporado nos PCNs, em 1996.

  • 8/13/2019 Universidade Nove de Julho Portifolio

    48/61

    48

    O MTODO DA ABELHINHA" ORIGEM E PROPOSTA DE ENSINO

    O referido mtodo de autoria de Alzira Sampaio Brasil da Silva, LciaMarques Pinheiro e Risoleta Ferreira Cardoso, educadoras com amplaexperincia de ensino e pesquisa que, criaram o mtodo que foi experimentadona Escola Guatemala, na cidade do Rio de Janeiro, em 1965 (CARVALHO,2005).

    A evidncia na memorizao dos sons e a preocupao com a leituraso caractersticas fundamentais do Mtodo da Abelhinha, que foiassim

    denominado em razo da histria da Abelhinha que acompanha o Guia doMestre e o Guia de Aplicao, cujo personagem da abelhinha tem grandeimportncia no enredo da histria.

    Na utilizao do mtodo em estudo so usados prioritariamente recursosfnicos e visuais O Mtodo da Abelhinha apresenta trs etapas seguidas deobjetivos, durao, recomendaes e sugestes de atividades. De acordo comos Guias, as etapas so as seguintes: Perodo Preparatrio ou Integrao daCriana, Histria ou Incio da Alfabetizao e Completando a Alfabetizao.

    A segunda etapa do Mtodo da Abelhinha denominada de Histria ouIncio da Alfabetizao considerada o ponto central do mtodo, pois atravsda apresentao da Histria da Abelhinha organizada de forma continuada edividida em sete captulos, os personagens so apresentados e associados asons e letras.

    Do segundo ao quinto captulo da Histria ou Incio da Alfabetizao asconsoantes so apresentadas seguindo a sequncia do Mtodo da Abelhinha,no entanto, sendo introduzida uma de cada vez e paralelamente so realizadosexerccios de fixao, interligando os sons aos personagens da histria. Dentreas atividades que podem ser realizadas podemos destacar: leitura oral, cpiade sons, identificao do som inicial, unio de consoantes e vogais, ditado,identificao das vogais e consoantes maisculas e minsculas e a utilizaodos cartazes e cdigo de sons.

  • 8/13/2019 Universidade Nove de Julho Portifolio

    49/61

    http://rapidshare.com/files/248030276/Metodo_Fonico_ApostiladeFONTE: ALFABETIZAO FNICAFERNANDO CAPOVILLA4-APOSTILA DE EXERCCIOS

    49

    Para diversificar o trabalho no dia-a-dia da sala de aula a professorapode utilizar o alfabeto mural (cartazes) ou cdigo de sons. No Guia do Mestree de Aplicao so indicados materiais para a utilizao do mtodo, entre eleso alfabeto mural: composto de vinte e trs cartes coloridos, com as letrasintegradas aos desenhos dos personagens da Histria da Abelhinha e ocdigo de sons: que reproduz os cartazes murais em tamanho pequeno,utilizado para atividades de fixao de sons.

  • 8/13/2019 Universidade Nove de Julho Portifolio

    50/61

    50

    Contedo de uma aula pelo mtodo fnico:

    1- Mtodo Fnico: teoria

    2- Vdeo: o som das letras3- Sequncia de atividades para apresentao dos sons4- Apostila de exerccios - mtodo fnico5- O Mtodo Fnico de Alfabetizao1- Mtodo Fnico: teoria Apostila com a teoria do Mtodo FnicoSequncia de atividades para apresentao dos sons ALFABETIZAO FNICA sequnciade atividades para apresentao dos sons, Som da letra A. Aula 11- Professora mostra a letra e pronuncia o som da mesma:-

    -Vamos conhecer o som da letra. Repitam comigo: A. Agora voc.......Agora voc.2- Dar exemplos de coisas, conhecidas das crianas, que iniciam com o som "a". Quadro oumostrar figuras das mesmas.3- Escrever ao lado de cada desenho o nome e destacar a letra "a".4- Escrever as diferentes formas que esta letra pode ser representada, Maisculo.5- Escrever o nome dos alunos e analisar se existe o som trabalhado nele. Desta6- Vamos ler um texto sobre esta letra. (A professora l o texto podendo escreve-explicar o

    que significa cada palavra nova apresentada A)Ela est no astronauta a nas asas do avio. Na andorinha, na arara, na amizade e no azulo.Pintar as figuras da folha apresentada destacando a letra A. Aula - Recordar o som A trabalhado na aula anterior; (auditivo, visual e falado) Mostrar a formamanuscrita e grfica.2- Oferecer uma folha com a letra A e vrias figuras (sem os nomes) onde os alunostrabalhara a letra A.Sugesto de figuras: Amendoim, alfinete, agulha, alho, abajur, arara, avio, amarelo.3- Aps esta atividade feita professora escreve o nome destas figuras e o aluno no meio eno final com outra cor.4- Apresentar uma folha com figuras e seus respectivos nomes onde falta a letra Pedir aosalunos que completem as palavras com a letra A (caixa alta).

    Tabela 1 Contedo de uma aula pelo mtodo fnico

  • 8/13/2019 Universidade Nove de Julho Portifolio

    51/61

    51

    Aula - Representar a letra no quadro em manuscrito:

    2- Representar a letra em tamanho aumentado para que cada aluno possa expor

    3- (Solicitar que os alunos, individualmente, vo at a lousa e escreva a letra observado a do

    colega).

    4- Distribuir uma folha com a letra "a" em manuscrito. Fazer o movimento da letra

    5- Em folha branca treinar o movimento da letra livremente;

    6- Cantar a msica da D. Aranha. Distribuir uma folha com letra em manuscrito e figuras.

    7- Estar sempre com os seus nomes vista para que estejam em contato com a Aula

    8- Distribuir folha com vrios nomes escritos e pedir que pintem somente os que a msica ebrincadeiras pedem para desenvolver a percepo auditiva:

    - O sapo no lava o p; (cantar trocando as vogais)- Repetir palavras trocando as vogais, -Completar frases com palavras que terminem com som parecido:

    - Apresentar a vogal escrita em tarja;

    - Desenhar a tarja no quadro e solicitar que cada um venha escrever a letra do seu nome

    - Aps (a criana escrever no quadro dar a ela o seu caderno de tarja com a lio de escrita ede percepo visual e auditiva)

    Dicas: Executar o mesmo processo para as demais vogais; importante criar uma rotina e umritmo para o desenvolvimento das atividades.

    No se esquecer de associao grafema/fonema; Solicitar aos alunos o apontamento do estsendo trabalhado em momentos for contexto de sala aprimore sua aprendizagem.

    Tabela 2 Aula - Representar a letra no quadro em manuscrito

  • 8/13/2019 Universidade Nove de Julho Portifolio

    52/61

    52

    Atividades adequadas pelo mtodo fnico

    Ilustrao 4 Exercicios AEIOU

    http://www.google.com.br/imgres?q=Atividades+adequadas+pelo+m%C3%A9todo+f%C3%B4nico&um=1&hl=pt-BR&sa=N&biw=1920&bih=963&tbm=isch&tbnid=QnrXvBSA5jhmfM:&imgrefurl=http://www.seupost.net/busca/YXRpdmlkYWRlcyBjb20gYSBjb25zb2FudGUgTA==.html&docid=lIpqq7qWbSgonM&imgurl=http://4.bp.blogspot.com/-51_Gy0GXcPc/UGLR0aJd4pI/AAAAAAAAqrY/wlas6rf6rHg/s1600/M%C3%A9todo%20F%C3%B4nico.jpg&w=314&h=456&ei=36KVUO7uMY_Y8gTpx4G4Cw&zoom=1&iact=hc&vpx=1097&vpy=111&dur=176&hovh=271&hovw=186&tx=121&ty=159&sig=112588184322941605032&page=1&tbnh=139&tbnw=96&start=0&ndsp=49&ved=1t:429,r:6,s:0,i:87
  • 8/13/2019 Universidade Nove de Julho Portifolio

    53/61

  • 8/13/2019 Universidade Nove de Julho Portifolio

    54/61

    54

    Sequncia de atividades para apresentao dos sons ALFABETIZAO FNICA sequncia de atividades para apresentao dossons, Som da letra.

    Ilustrao 6 Estudo da letra "D"

  • 8/13/2019 Universidade Nove de Julho Portifolio

    55/61

    55

    Relaes grafema-fonema, percebendo o som da letra e no a escrita.

    Ilustrao 7 Relaes grafema-fonema

  • 8/13/2019 Universidade Nove de Julho Portifolio

    56/61

  • 8/13/2019 Universidade Nove de Julho Portifolio

    57/61

    http://rapidshare.com/files/248030276/Metodo_Fonico_ApostiladeFONTE: ALFABETIZAO FNICAFERNANDO CAPOVILLA4-APOSTILA DE EXERCCIOS

    57

    a regio rural, por exemplo. possvel que se utilize o nome das crianas,rtulos, placas, cantigas, parlendas e outros tipos de textos direcionando aapropriao dos sons (fonemas) e da grafia (escrita). Neste caso, a crtica quese faz ao Mtodo Fnico, e mais especificamente ao uso de cartilha, por utilizarfrases, que segundo os adeptos dos mtodos globais, nada tem haver com arealidade da criana, perde aqui seu fundamento.

    Quando a criana domina o cdigo alfabtico, como prope o Mtodo Fnico,logo ir compreender os textos. Por tanto, o professor tem o papel fundamentalneste processo. Discordamos da viso construtivista em que se considera quea aquisio da leitura e da escrita seja algo natural na criana, nodependendo do professor, mas das hipteses que a prpria criana vaielaborando. Ora, para que a criana leia com fluncia e compreenda o sentidodos diferentes textos, ela precisa primeiramente saber ler (decodificar).

    O Mtodo Fnico demonstra ser mais eficaz no processo de alfabetizao, porconsiderar que a maioria das crianas chega escola sem ter contato efetivocom a leitura e a escrita, por falta de condies econmicas e culturais, bemcomo por no terem incentivos da famlia e da comunidade qual pertencem.

    Pois todas as crianas tm na sala de aula, as mesmas possibilidades deaprender, no sendo assim mais favorecido aquele que seja proveniente delares que tenham condies mais favorveis de proporcionar contato comdiferentes tipos de leitura desde a primeira infncia, ou mesmo daqueles que

    tiveram acesso pr-escola. funo da escola que o aluno saiba ler e escrever, e se isto no estocorrendo, no por culpa do aluno que no consegue construir seusconhecimentos sozinhos, mas do pensamento que hoje se difunde no Brasil, deque isso ocorrer naturalmente em algum momento. Nossos alunos estochegando s sries finais do ciclo I (1 ao 5 ano) sem saber ler, semcompreender os textos, aspectos to frisados por Mtodos Globais.

    Outro ponto importante que fortalece a aceitao dos docentes pela linha

    terica proposta pelo governo a falta de informaes nos cursos de formaode professores. Especificamente no que se refere alfabetizao o problemaest nos contedos e nas orientaes que se baseiam em teorias que estoimplcitas nos PCNs, privando os professores do acesso a informaes maisatuais e a conhecerem outros mtodos, inclusive comprovadamente maiseficazes. Como vimos nas respostas ao questionrio aplicado aos docentesdas series iniciais, muitos desconhecem ou sabem superficialmente sobre oMtodo Fnico e outros.

    Conclu por fim, que o debate entre os Mtodos urgente e fundamental para

    que esse quadro de fracasso escolar possa ser mudado.

  • 8/13/2019 Universidade Nove de Julho Portifolio

    58/61

    http://rapidshare.com/files/248030276/Metodo_Fonico_ApostiladeFONTE: ALFABETIZAO FNICAFERNANDO CAPOVILLA4-APOSTILA DE EXERCCIOS

    58

    A necessidade de novas pesquisas neste sentido tambm se faz urgentes.

    Obviamente, outros aspectos tambm precisam ser sanados, como asdesigualdades e mesmo atitudes governamentais direcionadas Educao.Mas continuar com um mtodo que pressupe que nossas crianas sejamoriundas de contextos que favorecem o acesso aos mesmos nveis deinformaes, nos leva a restringir a alfabetizao a alguns poucos grupos maisfavorecidos. Tudo isso quando temos como comprovado, que os MtodosFnicos possibilitam que as crianas sejam alfabetizadas em menos tempo eem iguais condies oferecidas pela escola (professor).

  • 8/13/2019 Universidade Nove de Julho Portifolio

    59/61

    59

    Referncias bibliogrficas:

    Os textos completos dos relatrios encontram-se disponveis na Internet no sitee endereo abaixo:

    http://www.dur.ac.uk/j. w.adams/Dev2/reading.htm 11site visitado em30/09/2012 s 22:00hshttp://www.kidsource.com/kidsource/content2/disability.phonological.html - 15k -site visitado em 01/10/2012 s 14:00hshttp://espacoeducar-liza.blogspot.com/2009/01/o-mtodo-fnico-de-alfabetizao.html#ixzz2BCYrXKHV site visitado em 01/11/2012 s 16:40hs

    Livros Pesquisados:

    CAPOVILLA, Alessandra Gatuzo Seabra; CAPOVILLA, Fernando Csar.Problemas de Leitura e Escrita. 5 ed. So Paulo: Memnom, 2000.CAPOVILLA, Alessandra Gatuzo Seabra; CAPOVILLA, Fernando Csar. Alfabetizao:Mtodo Fnico. 5 ed. So Paulo: Memnom, 2004.EDUCAO, Ministrio da. Parmetros Curriculares Nacionais LnguaPortuguesa. 3 ed. Brasileira, 2000.GOTTSCHALK, Cristiane Maria Cornlio. Educao e Pesquisa, So Paulo,v.33, n. 3.Set. / dez. 2007.OLIVEIRA, Joo Batista Arajo. ABC do Alfabetizador. 2 ed. Belo Horizonte Alfa Educativa, 2004.SEVERINO, Antonio Joaquim. Metodologia do Trabalho Cientifico. 22 Ed. SoPaulo:Cortez, 2002.VIGOTSKI, L.S. A Formao Social da Mente. 6. ed.SoPaulo: Martins Fontes,200 Acesse o Artigo Original:

    Cols & Rang,2edio, P.C.C- um dialogo com a psiquiatria ,e sons ed.ArtmedCunha,Alcides, Jurema e Colaboradores, 5edio revista e amplaida ed Artmed.

    Semelhantes

    Bibliografia: Alfabetizao no Brasil - Uma metodologia ultrapassada -Fernando C. Capovilla Rede PsiConstrutivismo no mtodo paraalfabetizao - Mariana Garcia, Revista Com Cincia;Construtivismo x Mtodo

    Fnico - Telma Weisz e Fernando Capovilla (Abrelivros);O mtodo Fnico na Alfabetizao de Crianas - Vicente Martins - TextoLivre;

    Alfabetizao no Brasil - Uma metodologia ultrapassada - Fernando C.Capovilla,

    Categoria:Entrevistas Publicado por RedePsi [redepsi] em 25/01/2009

    10/07/2008 - Andra Antunes(2 ) MJ.Adams, (1990) Developmental Psychology

    2 - lecture 6 ... school.. Phonological Awareness is the best predictor of earlyreading ability -. "an ...

  • 8/13/2019 Universidade Nove de Julho Portifolio

    60/61

    60

    Literatura Inglesa:

    Stanovich, KE (1994) Beginning Reading And Phonological Awareness ..Learning to read begins well before ... Synthesis of research on phonologicalawareness: Principles and implications .... Romance and reality ... Descrio:Provides suggestions for teaching phonological awareness. Includes strategiesfor helping children... Categoria: Reference > Education > Early Childhood >Subjects > Language Arts

    - Em cache - Pginas Semelhantes

    SILVA, Almira Sampaio Brasil da; PINHEIRO, Lcia Marques; CARDOSO,RisoletaFerreira. Mtodo misto de ensino da leitura e da escrita e histria da

    abelhinha Guia do mestre. 8. ed. So Paulo: Companhia Editora Nacional, s/d.SILVA, Almira Sampaio Brasil da; PINHEIRO, Lcia Marques; CARDOSO,RisoletaFerreira. Mtodo misto de alfabetizao Guia de aplicao. SoPaulo:

  • 8/13/2019 Universidade Nove de Julho Portifolio

    61/61

    Anexos: