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UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU MESTRADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA Milena Pedro de Morais ESTRATÉGIAS DE ENSINO DE NATAÇÃO PARA PESSOAS COM LESÃO MEDULAR São Paulo 2016

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UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU

MESTRADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA

Milena Pedro de Morais

ESTRATÉGIAS DE ENSINO DE NATAÇÃO

PARA PESSOAS COM LESÃO MEDULAR

São Paulo

2016

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Milena Pedro de Morais

ESTRATÉGIAS DE ENSINO DE NATAÇÃO

PARA PESSOAS COM LESÃO MEDULAR

Dissertação apresentada ao Programa de

Mestrado em Educação Física da

Universidade São Judas Tadeu, para a

obtenção do título de Mestre em

Educação Física, tendo como linha de

pesquisa Fenômeno Esportivo, sob a

orientação da Profª. Drª. Graciele Massoli

Rodrigues.

São Paulo

2016

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DEDICATÓRIA

Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca

da Universidade São Judas Tadeu

Bibliotecária: Daiane Silva de Oliveira - CRB 8/8702

Morais, Milena Pedro de

M827e Estratégias de ensino de natação para pessoas com lesão medular /

Milena Pedro de Morais. - São Paulo, 2016.

146 f. : il. ; 30 cm.

Orientadora: Graciele Massoli Rodrigues.

Dissertação (mestrado) – Universidade São Judas Tadeu, São Paulo,

2016.

1. Lesão medular. 2. Natação – Estudo e ensino. I. Rodrigues, Graciele

Massoli. II. Universidade São Judas Tadeu, Programa de Pós-Graduação

Stricto Sensu em Educação Física. III. Título

CDD 22 – 797.21007

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DEDICATÓRIA

À todos o meus alunos do Paradesporto por me ensinarem a cada dia e a cada

novo movimento que a vida é uma grande aventura a ser desbravada e vivida, sempre

com fé e alegria e por me mostrarem o caminho da funcionalidade.

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AGRADECIMENTOS

Em primeiro lugar à Deus por todo o seu amor, luz e proteção; pela sabedoria e

paciência nos momentos em que ela foi tão necessária; pelas pessoas que foi colocando

em meu caminho durante esta jornada e por toda a benção e permissão em concretizar

mais esta missão.

À minha família, à minha mãe Vera, por todo o apoio e carinho, por sua fé e

confiança em tudo, pela crença que sempre daria certo, por estar sempre por perto me

dando segurança para encarar cada desafio e ao meu pai Marco, pela presença constante

a meu lado, pelo companheirismo sempre tão presente, pelo amor, paciência e

compreensão nos momentos em que estive ausente em razão dos estudos.

Às minhas irmãs, Maíra e Mariana, razões da minha vida, agradeço com todo o

meu carinho o apoio, o amor e a compreensão; amo muito vocês.

À minha querida orientadora, mãe acadêmica, Prof.ª Drª Graciele Massoli

Rodrigues, agradeço com todo o meu carinho, por todo o apoio, companheirismo,

confiança e dedicação durante a realização deste estudo. Agradeço pelas orientações não

apenas no campo acadêmico, mas, ensinamentos que levarei por toda a minha vida.

Aos meus amigos e companheiros de trabalho da Escola Municipal Filomena

Dias Apelian e do Departamento de Esportes do município de Itanhaém; muito obrigada

por todo o apoio e confiança durante a realização deste estudo.

Aos meus amigos de coração, meus irmãos acadêmicos e amigos para toda a

vida, Gilberto Martins Freire e Alexandre Apolo, agradeço com todo o amor as

contribuições, os momentos de alegria e superação e pelos momentos em que a força e a

união se fizeram necessários.

À todos os meus amigos de vida, em especial Paulo Fujimura, Regina

Gushomoto, Mara Andrade e Luis Eduardo, agradeço pelo apoio, confiança e

compreensão em todos os momentos.

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Aos professores do Programa de Mestrado em Educação Física da Universidade

São Judas Tadeu, pela dedicação e contribuição durante minha formação não apenas

acadêmica, mas também pessoal.

Aos professores participantes deste estudo agradeço pela dedicação, apoio e

contribuições.

Aos professores componentes e suplentes da banca de qualificação e defesa pelo

pronto atendimento ao convite, pela dedicação e preciosa contribuição para a evolução

deste estudo.

À todos que de alguma forma estiveram comigo durante a concretização deste

estudo contribuindo direta ou indiretamente com meu crescimento e acreditando no meu

potencial.

Muito obrigada!!!

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SUMÁRIO

Resumo .................................................................................................... 12

Abstract .................................................................................................... 13

INTRODUÇÃO........................................................................................ 14

REVISÃO DE LITERATURA

1 ENSINO DO NADO ................................................................................. 16

1.1 Estratégias de ensino ................................................................................. 21

1.2 Sistema sensorial e aprendizagem............................................................. 29

2 LESÃO MEDULAR ................................................................................. 32

2.1 Nível ortopédico e neurológico da lesão medular ...................................... 35

2.2 Incidência da lesão medular ....................................................................... 37

2.3 Natação para lesado medular................................................................... 38

3 MÉTODO ............................................................................................... ... 42

4 DISCUSSÃO E RESULTADOS ............................................................... 44

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................... 103

CONTRIBUIÇÕES PARA ALÉM DOS RESULTADOS DESTE ESTUDO 104

REFERÊNCIAS.......................................................................................... 119

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Lista de Quadros

Quadro 1 Inervação segmentar dos músculos ................................................. 35

Quadro 2 Níveis críticos da função da medula espinhal .................................. 36

Quadro 3 Quadro Organizacional das Estratégias de ensino extraídas da entrevista e do

diário de campo ...............................................................................

75

Quadro 4 Estratégias de ensino indicadas na Entrevista.................................. 76

Quadro 5 Estratégias de ensino indicadas no Diário de Campo....................... 80

Quadro 6 Síntese das Estratégias de ensino indicadas na Entrevista e no Diário de Campo 90

Quadro 7 Estratégias de ensino para a pessoa com lesão medular classe S1 .... 105

Quadro 8 Estratégias de ensino para a pessoa com lesão medular classe S2 .... 106

Quadro 9 Estratégias de ensino para a pessoa com lesão medular classe S3 .... 107

Quadro 10 Estratégias de ensino para a pessoa com lesão medular classe S4 .... 108

Quadro 11 Estratégias de ensino para a pessoa com lesão medular classe S5 .... 109

Quadro 12 Estratégias de ensino para a pessoa com lesão medular classe S6 .... 111

Quadro 13 Estratégias de ensino para a pessoa com lesão medular classe S7 ... 115

Quadro 14 Estratégias de ensino para a pessoa com lesão medular classe S8 ... 116

Quadro 15 Estratégias de ensino para a pessoa com lesão medular classe S9 ... 117

Quadro 16 Estratégias de ensino para a pessoa com lesão medular classe S10... 118

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Lista de Apêndices

Apêndice I Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.................................................. 125

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Lista de Anexos

Anexo I Entrevista ......................................................................................... ................. 127

Anexo II Análise da Entrevista ( Modelo)........................................................................ 129

Anexo III Diário de Campo............................................................................................... 145

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Lista de siglas

SNC Sistema Nervoso Central

C Cervical

T Torácico

L Lombar

S Sacral

ASIA Associação Americana de Lesão Vertebral

S Swimming

SB Swimming Breaststroke

M Medley

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Resumo

A natação para a pessoa lesada medular apresenta inúmeros benefícios nos aspectos

fisiológicos, psicológicos, sociais e cognitivos. Porém o processo de adaptação ao meio

líquido e a aprendizagem do nado, deve ser feito de forma a aproveitar o potencial e a

funcionalidade motora do nadador, através do planejamento de ações e estratégias de

ensino que busquem um nadar efetivo com o menor número de adaptações possíveis e

respeitando as condições específicas da lesão. Os objetivos deste estudo foram verificar

a condução do processo de ensino de natação para lesados medulares, verificar de que

forma o professor analisa a funcionalidade motora do nadador lesado medular,

compreender como o processo instrucional atua na aprendizagem do nado por lesados

medulares na visão dos professores e avaliar as dificuldades encontradas por professores

de nadadores lesados medulares durante o processo de ensino. A pesquisa contou com

doze professores de natação que atuam com lesados medulares. Essa amostra foi não

probabilística, por acessibilidade e indicação de terceiros. A coleta de dados foi

realizada através de entrevista semiestruturada com nove temas que foram

desenvolvidos em formato de questão. Foi ainda utilizado diário de campo. A análise

dos resultados aconteceu com base na análise de conteúdo proposta por Bardin (2011).

Observamos que o reconhecimento da potencialidade ou não da pessoa com lesão

medular interfere de forma direta na eficiência do processo de ensino e na atuação do

professor, pois a partir do momento em que este reconhecimento se estabelece,

ampliam-se as possibilidades de movimento e estratégias de ensino a serem

desenvolvidas. O uso de estratégias criadas com base em técnica tradicional do nado,

mostrou que há baixa sensibilização ou mesmo desconhecimento com relação ao

trabalho de promoção da funcionalidade motora do nadador que se confirma na medida

em que o aporte e suporte da literatura específica se mostra incipiente e não satisfaz o

desejo de conhecimento do professor. Contudo, o estudo possibilitou apresentar

estratégias de ensino relacionadas à condução, à instrução, aos materiais pedagógicos

auxiliares, à percepção e ao ambiente em que podem ser desenvolvidas, que estão

disponibilizadas ao final dessa pesquisa.

Palavras chave: Natação; Lesão medular; Estratégias de ensino.

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Abstract

Swimming for spinal cord injured person has numerous benefits on the physiological,

psychological, social and cognitive. But the process of adaptation to the liquid medium

and the learning of swimming, should be done in order to harness the potential and

motor swimmer functionality through action planning and teaching strategies that seek

an effective swim with the fewest adjustments possible and respecting the specific

conditions of the injury. The objectives of this study were to assess the conduct of

swimming teaching process for spinal cord injury, verify how the teacher analyzes the

driving feature of spinal cord injured swimmer, understand how the instructional

process operates in learning swimming for injured spinal cord in the view of teachers

and assess the difficulties faced by teachers of spinal cord injured swimmers during the

teaching process. The research was twelve swimming teachers who work with spinal

cord injuries. This sample was not probabilistic, accessibility and display of third

parties. Data collection was conducted through semi-structured interviews with nine

themes that were developed in question format. It was also used a field diary. The

results happened based on content analysis proposed by Bardin (2011). We note that the

recognition of the capability or not the person with spinal cord injury interferes directly

in the efficiency of the teaching process and teacher performance, because from the

moment that this recognition is established, expanded the possibilities of movement and

strategies teaching to be developed. The use of strategies designed based on traditional

technique of swimming showed that there is a low awareness or even lack of knowledge

with regard to work to promote the motor functionality swimmer who confirms the

extent that the supply and support of specific literature incipient and does not satisfy the

teacher's knowledge of desire. However, the study made it possible to present teaching

strategies related to driving, education, auxiliary teaching materials, the perception and

the environment in which they can be developed, which are available at the end of this

research.

Key words: Swimming; Spinal cord injury; Teaching strategies.

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INTRODUÇÃO

Como coordenadora da equipe de natação paralímpica no município de

Itanhaém, recebi no ano de 2012 uma aluna com vinte e um anos com

Mielomeningocele, lesão medular que limita a ação motora dos membros inferiores.

Esta aluna apresentava dificuldade em perceber a funcionalidade motora de seu

corpo enquanto nadava, pois a mesma pensava em seu movimento a partir da limitação

consequente da alteração medular e isso fazia com que a funcionalidade motora não

fosse aproveitada ao máximo dentro de sua capacidade.

Busquei estratégias que a fizessem perceber a funcionalidade motora durante o

nado e a técnica do mesmo, a qual fora muito beneficiada como produto final de nosso

trabalho, mas, não como objetivo principal, pois este era melhorar seu desempenho

durante as competições, fato este comprovado pelos resultados que atingimos primeiras

colocações tanto nos Jogos Regionais quanto nos Jogos Abertos da Juventude,

respectivamente nos anos de 2012 e 2013.

Também comecei a observar que meus colegas técnicos paralímpicos não

demonstravam a preocupação em diagnosticar tal defasagem e acredito que isso

acontecia devido ao enfoque dado na natação competitiva, onde o atleta é ensinado

apenas na dimensão do fazer e não na reflexão sobre sua prática. Desta observação

surge este estudo, pois penso o nadar como algo que transcende a simples execução de

técnicas, penso que também é um meio para o autoconhecimento, para a autopercepção,

para a compreensão da harmonia que deve existir do indivíduo com o meio líquido

quando esse interage com ele.

Assim, o processo de adaptação ao meio líquido e a aprendizagem do nado da

pessoa com lesão medular devem ser feitos de forma a oferecer experiências agradáveis

e seguras através do planejamento de ações e estratégias de ensino que “busquem atingir

a técnica mais apropriada possível e com o menor número de adaptações, ao mesmo

tempo em que leva em conta as eventuais restrições impostas pela deficiência”

conforme afirma Greguol (2010, p.124).

Neste sentido, a questão norteadora deste estudo objetivou saber quais são as estratégias

de ensino utilizadas por professores de natação com lesados medulares.

Ao abordar esta questão devemos considerar algumas expectativas pautadas em

considerações extraídas da experiência profissional vivenciada, ao observar que as

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estratégias de ensino são criadas pelos professores a partir do feedback dado pelo aluno

sobre a atividade proposta e com isso, ,os professores de nadadores lesados medulares

utilizam prioritariamente a instrução verbal como estratégia de ensino, estabelecendo

uma sequência pedagógica previamente determinada e apenas saindo dessa quando cria

estratégias próprias, que os professores adaptam à técnica do nado conforme a limitação

motora apresentada pelo nadador lesado medular utilizando estratégias criadas com base

na técnica tradicional do nado, demonstrando pouca sensibilidade ou desconhecimento

com relação ao trabalho de promoção à funcionalidade motora do nadador.

Este estudo partiu assim de uma experiência pessoal que busca fundamentar-se

cientificamente e justifica-se pela carência de estudos abordando as estratégias de

ensino para o nadador lesado medular.

Durante a concepção do quadro teórico para esta pesquisa busquei estudos que

fundamentassem meu pensamento a respeito da adaptabilidade de estratégias na

condução do processo de ensino de natação mediado pelo professor no sentido de

promover a funcionalidade motora do nadador lesado medular. Poucos estudos foram

encontrados que consideraram a funcionalidade motora como o pressuposto para o

processo de adaptação como meio de promover inúmeras possibilidades de movimento

que venham a contribuir com o processo de ensino/aprendizagem do nadador lesado

medular.

Nenhum dos autores estudados faz menção direta às estratégias de ensino para o

nadador lesado medular. Fernandes e Lobo da Costa (2006) abordam a importância de

uma pedagogia sistematizada para o ensino da natação e Rocha et al. (2014) corroboram

com os autores citados abordando as limitações existentes para a concepção desta

pedagogia sistematizada.

Por todas as razões supracitadas, esse estudo visa contribuir com o

aprofundamento deste tema e com o crescimento do Paradesporto almejando como

objetivo geral verificar a condução do processo de ensino de natação para lesados

medulares. Também buscou-se, verificar de que forma o professor analisa a

funcionalidade motora do nadador lesado medular, compreender como o processo

instrucional atua na aprendizagem do nado por lesados medulares na visão dos

professores e avaliar as dificuldades encontradas por professores de nadadores lesados

medulares durante o processo de ensino

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REVISÃO DE LITERATURA

1 ENSINO DO NADO

Nadar é experimentar com qualidade o movimento, não visando o

desenvolvimento das capacidades físicas, pois este será consequência do processo de

exploração e do prazer da consciência ampliada; nadar vai muito além da habilidade

técnica do movimento, porque, sobretudo, busca-se a harmonia do mesmo e pode ser

definido por Shaw e D’Angour (2001, p. XVIII) como “uma arte porque diz respeito a

apenas mover-se na água, estar na água e estar com a água”.

A natação para pessoa com deficiência é entendida por Silva (2005) como a

capacidade do indivíduo de dominar o elemento água ao deslocar-se de forma segura e

independente, sob e sobre a água utilizando-se de sua capacidade funcional residual e

respeitando suas limitações, e para que o nadar seja objetivado, é necessária a

fundamentação das estratégias de ensino/aprendizagem.

Winnick (2004) afirma que os esportes aquáticos adaptados caracterizam a

modificação do ambiente de ensino, de habilidades, de locais, equipamentos e

estratégias de instrução e, portanto, devem ser estabelecidos objetivos e metas de

desempenho de curto prazo, a fim de realizar a análise de tarefas das habilidades

aquáticas a serem desenvolvidas.

A prática da natação para a pessoa lesada medular oferece benefícios que vão

muito além dos aspectos motores, estendendo-se para fatores psicossociais como

experimentar a sensação de liberdade, movendo-se com diferentes possibilidades, sem o

auxílio de órteses ou cadeiras de rodas, devido à flutuação que a água proporciona,

facilitando o relaxamento muscular, a consciência e a percepção de si mesmo durante o

movimento conforme aponta Teixeira (2008). Os benefícios advindos da natação

repercutem nos aspectos fisiológicos, psicológicos, sociais e cognitivos, sendo a

atividade aquática responsável em promover a melhoria da velocidade, agilidade e

propriocepção, ao auxiliar no treinamento da resistência cardiovascular, força muscular,

potência e flexibilidade (CASTRO, 2005).

Castro (2005) corrobora com Winnick (2004) ao afirmar que para que o

programa de atividade aquática para o lesado medular seja efetivo é necessário

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desenvolver uma sequência de procedimentos com metas e estratégias de ensino,

organizada de forma sistematizada.

Fernandes e Lobo da Costa (2006) consideram a necessidade de uma pedagogia

da natação que supere o modelo de ensino de cumprimento de tarefas que levem aos

quatro estilos de nado, pois o processo pedagógico no ensino da natação tem sido

caracterizado pelas sequências pedagógicas organizadas conforme o ensino de técnicas,

atribuindo ao aluno o “saber fazer” como característica predominante no atual ensino da

natação. Os autores afirmam que este processo, além de tornar o ensino monótono, não

garante o aprendizado e o desenvolvimento da percepção e consciência corporal.

Rocha et al.(2014) salientam que com relação à organização das sequências

metodológicas para o ensino da natação, se dá ainda grande importância ao ensino dos

quatro estilos, corroborando com Fernandes e Lobo da Costa (2006) que explanam que

o ensino da natação está pautado no ato de saber fazer determinado movimento não

havendo assim, uma pedagogia sistematizada no sentido de que o processo

ensino/aprendizagem da modalidade aconteça a partir da experiência corporal do aluno,

que no modelo de ensino atual é desconsiderada.

Para melhor compreensão acerca do modelo mecanicista de ensino, o qual é

constituído pela reprodução de técnicas com a preocupação do saber fazer, buscamos

em Catteau e Garoff (1990) concepções da pedagogia da natação que subsidiem tal

modelo, os quais afirmam que a mais remota sistematização na pedagogia da natação

surgiu na antiguidade através do militarismo com objetivo de tornar as tropas mais

ofensivas.

Os autores colocam que dentro do campo das concepções pedagógicas, existem

correntes que estão ligadas às formas tradicionais do pensamento humano. Estas são: a

concepção global, a concepção analítica e a concepção moderna.

A concepção global é a concepção nascida na antiguidade, onde o aluno aprende

em rios, mares e lagos, sem a presença de um professor e a concepção moderna é a ideia

da perfeita harmonização entre equilíbrio (estático e dinâmico), respiração e propulsão.

Interessa-nos para este estudo a concepção analítica.

A concepção analítica parte da premissa de que nadar consiste em realizar

movimentos que mantenham o nadador na superfície da água fazendo-o avançar,

caracterizando a reprodução de movimentos como capacidade do nadar. Assim, a

reprodução de movimentos é uma racionalização da aprendizagem, onde os exercícios

educativos, dentro ou fora da água são preparatórios para a aplicação na água e a

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realização do movimento será a consequência de um número determinado de repetições

que não necessariamente estarão ajustadas com relação ao tempo e espaço de execução,

mas estarão mecanizadas.

Podemos observar que o “ensinar a nadar a seco”, ou seja, utilizar o método de

demonstração fora da água é ainda hoje utilizado durante o processo de

ensino/aprendizagem em natação, como um método exemplificativo de determinado

movimento. Assim, a concepção analítica é parte de um processo de

ensino/aprendizagem caracterizado pelo modelo mecanicista, criticado pelos autores

Catteau e Garoff (1990), pois neste modelo o aluno aprende a movimentar-se

tecnicamente na água, com a preocupação do saber fazer, mas sem compreender como e

porque realiza determinado movimento. Desta forma, o aluno não é estimulado à

percepção do próprio movimento enquanto o realiza, dificultando a harmonização com

o meio líquido.

Nota-se que entre a data desse presente estudo e a crítica desenhada por Catteau

e Garoff (1990) sobre a pedagogia mecanicista há um intervalo de tempo de vinte e

cinco anos, porém, esta mesma colocação parece-nos recente conforme expresso por

Fernandes e Lobo da Costa (2006), que sugerem que o ato de ensinar a nadar está

pautado em uma prática não reflexiva e baseado apenas no saber fazer, excluindo a

potencialidade do aluno e valorizando suas limitações, normatizando a todos por uma

sequência didática previamente determinada desconsiderando a funcionalidade motora e

individualidade biológica de cada aluno.

Segundo Reverdito e Scaglia (2009) a ação pedagógica é caracterizada pelo

processo de transmissão e assimilação de conhecimento através da prática sistematizada

e organizada, como prática educativa e a sequência pedagógica é um dos fatores

determinantes com relação às características da prática educativa.

Para melhor compreendermos a necessidade desta pedagogia sistematizada

citada por Fernandes e Lobo da Costa (2006), buscamos em Zabala (1998, p.18) a

definição de sequência pedagógica que é definida como o “conjunto de atividades

ordenadas, estruturadas e articuladas para a realização de certos objetivos educacionais,

que têm princípio e um fim conhecidos tanto pelos professores como pelos alunos”.

Estas indicam a função de cada atividade na construção do conhecimento.

Já para Reverdito e Scaglia (2009), as sequências pedagógicas são componentes

do processo pedagógico do esporte que se constituem por estratégias e métodos de

ensino que podem ser considerados como os meios utilizados para conduzir

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determinado estado de conhecimento e desenvolvimento objetivado. Ainda, segundo

esses mesmos autores o processo de ensino é individualizado, pois o que diferencia os

indivíduos é a capacidade de utilizar as múltiplas inteligências em resposta a uma ação e

aos estímulos recebidos, sendo que para uma mesma ação podemos obter diferentes

respostas para cada indivíduo.

Neste sentido Fernandes e Lobo da Costa (2006) explanam que o processo de

ensino deve ser pensado de forma a considerar o aluno como ator (agente) da

aprendizagem, as características do ambiente e o comportamento motor (funcional) em

meio líquido, fazendo uma tríade organismo-ambiente (aquático) e a tarefa a ser

realizada. “Qualquer mudança que afete um dos elementos da tríade organismo

ambiente-tarefa afetará os demais e também a interação entre eles” (FERNANDES e

LOBO DA COSTA, 2006, p. 9).

Para Castro (2005), a ação pedagógica do profissional que atua com a pessoa

com deficiência pode ser pensada e contextualizada na perspectiva dos sistemas

dinâmicos que se refere aos padrões de organização espacial, temporal e funcional

incluindo a aplicação de ferramentas formais e analíticas da dinâmica não linear de

movimento.

No caso do ensino da natação, visualizamos os aspectos anteriormente citados da

adaptação do movimento (técnica do nado) à limitação motora consequente da lesão

medular. Com isso, a prática da atividade (nadar) é vista como o sistema dinâmico,

organizada para direcionar seu foco na aprendizagem, a qual não deve ser separada do

ambiente e dos fatores socioculturais coadunando com Fernandes e Lobo da Costa

(2006) que citam a visão da adaptabilidade no processo de construção da tarefa.

Segundo esses autores os fatores que interferem na aprendizagem, envolvem o

indivíduo, o ambiente e a tarefa. Considerando a limitação motora uma característica da

deficiência, a funcionalidade motora é um aspecto importante a ser considerado.

Afirmam eles ainda que o processo de aprendizagem depende das características

singulares de cada indivíduo e estas correspondem às experiências que cada um viveu

desde o nascimento, o modo e ritmo de aprendizado. Dessa forma, a maneira como o

processo de aprendizagem é construída, deve ser o resultado de processos singulares e

pessoais.

Continuando a linha de raciocínio de Fernandes e Lobo da Costa (2006)

podemos compreender que o processo de aprendizagem é individual e o caminho pelo

qual este processo percorre é que precisa ser pensado e estruturado conforme a

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funcionalidade motora de cada indivíduo considerando sua disponibilidade para o

aprendizado e o ambiente contextual que a rodeia, e nessa linha de raciocínio tem-se a

funcionalidade motora como um fim em si mesma.

Rodrigues (2006) compreende a atividade motora como expressão motora de um

comportamento, que é influenciado por muitas variáveis e de origens diversas, mas é

expresso através da ação motora. Então, compreende-se que o indivíduo é um ser

complexo e que a ação motora que presenciamos é a expressão desta complexidade.

Considerando o conceito de atividade motora supra citado, a funcionalidade do

movimento é pensada com neutralidade e sem pré conceitos, pois a deficiência é apenas

parte deste processo interativo e não o fim do mesmo (RODRIGUES,2006). Assim,

adaptar segundo Rodrigues (2006) é adequar a exigência da tarefa ao nível de

desempenho do executante, onde a cada vez que se altera o nível de exigência e as

condições de desempenho de uma atividade que o indivíduo poderá realizar e se

envolver, o processo de aprendizagem estará sendo adaptado. Também é pensar na

funcionalidade motora como um start, um início para muitas possibilidades de

movimento. O autor, nesse contexto, define adaptação como:

Processo de identificação e intervenção sobre variáveis da atividade

(executante, tarefa e envolvimento) de forma a tornarem-se mais complexa

ou mais simples para ajustarem ao nível de desempenho e desenvolvimento

do aprendiz e aos objetivos desejados (RODRIGUES, 2006, p. 41).

Rodrigues (2006) cita três variáveis que devem ser consideradas ao pensar na

adaptação motora. A primeira variável é o desempenho do executante, onde o professor

deve avaliar de que forma a adaptação deverá proceder, a nível intelectual e/ou a nível

funcional, estimando quantidade e qualidade de informação a ser transmitida a qual

deve ser inteligível e adequada à cognição do aluno. Esta inteligibilidade é composta

por métodos definidos pelo professor, tais como: fornecer pequenas quantidades de

informação de cada vez, utilizar um modelo de análise de tarefas (feedback) ou utilizar

formas complementares à informação verbal (modelo de exemplificação, símbolos,

escrita, etc).

A segunda variável é a tarefa a ser realizada e, neste sentido, o professor

considera dois componentes primordiais: o primeiro relacionado com as variáveis da

própria tarefa e o segundo com a prática proporcionada. No primeiro, o professor

adotará critérios de complexidade para a execução da tarefa, os quais devem ser

realizados de forma crescente, sendo do mais simples para o mais complexo. E a

segunda é a proposta de uma nova situação de aprendizagem, relacionando o

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conhecimento a ser adquirido com a bagagem motora já absorvida pelo aluno e a fase de

desenvolvimento na aprendizagem em que o mesmo está (aquisição, proficiência,

generalização e aplicação).

E a terceira e última variável é o contexto em que esta tarefa se realizará

considerando a maior ou menor incerteza de resultados, as condições de desempenho da

tarefa e o clima sócio emocional em que a atividade se desenrola.

Estas três variáveis propostas por Rodrigues (2006) vão ao encontro dos

elementos da tríade organismo, ambiente e tarefa proposta por Fernandes e Lobo da

Costa (2006), que acrescentam que para ir além do nível sensório motor deve-se pensar

em uma pedagogia que valorize a “consciência de si mesmo na ação motora”, onde

aspectos como profundidade da piscina, tipo de instrução dada (demonstração, instrução

verbal, feedback), o tipo de método de ensino adotado (exploração, descoberta guiada

ou comando) entre outros podem ser manipulados e escolhidos pelo professor.

1.1 Estratégias de ensino

Estudos com objetivo de analisar estratégias de ensino da natação para pessoa

lesada medular tem sido pouco explorados e raramente desenvolvidos com indivíduos

lesados medulares adultos.

Giraldo et al.(2010) e Vitor et al.(2010) desenvolveram estudos analisando

estratégias de ensino para a criança lesada medular e concluíram que determinados

fatores na prática profissional do professor são fundamentais para o sucesso da atividade

como: conhecer as características da lesão medular no processo ensino/aprendizagem da

natação, citando como exemplo a aprendizagem da flutuação onde a pessoa com lesão

medular apresenta alto potencial de flutuação apenas nas extremidades inferiores e por

flutuar com facilidade, frequentemente tem dificuldade em retornar à posição vertical.

Os autores citam a importância de se desenvolver uma sequência de procedimentos ou

atividades a serem realizadas e afirmam que isso só será possível após uma avaliação

inicial com objetivo de determinar quais estratégias e tipos de atividades podem ser

realizados, dependendo do comprometimento motor do aluno.

Becchi e Lima (2007) realizaram um estudo de caso com duas crianças lesadas

medulares utilizando a estratégia da ludicidade em aulas de natação com objetivo de

analisar os benefícios funcionais que a prática traria. As autoras concluíram que a

utilização do lúdico como estratégia de ensino na natação contribuiu para que as

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crianças pudessem superar e vencer as limitações do próprio corpo no meio líquido e no

solo com melhor locomoção, mais força e equilíbrio, bem como maior auto segurança e

independência funcional.

Ao considerar a lacuna existente de estudos sobre estratégias para o ensino da

natação em indivíduos lesados medulares adultos e os estudos realizados em crianças

lesadas medulares, os quais utilizam o lúdico como estratégia de ensino para o nado,

fica clara a importância do aprofundamento acerca da compreensão do processo de

ensino/ aprendizagem de habilidades motoras, o qual está diretamente interligado à

prática de ensino do professor e a absorção da aprendizagem por parte do aluno

enquanto ser agente deste processo.

Para Fugita (2009), o processo de aprendizagem de habilidades motoras é

influenciado por fatores como a instrução, a prática e o conhecimento de resultados,

sendo a instrução caracterizada como a informação antes da prática, ou seja, é uma

informação prévia que tem como objetivo favorecer o processo de aprendizagem de

determinada habilidade motora.

Esta informação prévia atua no processo interno que reflete a capacidade de

desempenho do executante, o qual se refere a mudanças internas na capacidade de

realizar tarefas motoras que são fruto da experiência e da prática.

De acordo com Fugita (2009), o processo de aprendizagem sofre influência de

fatores externos ao aprendiz, ligados ao ambiente e são manipuláveis pelo professor nos

momentos em que este realiza a intervenção da prática. Estes fatores podem ser

classificados em prévios (instrução e demonstração), concomitantes (estrutura de

prática) ou posteriores à prática (conhecimento de resultado e conhecimento de

desempenho).

A instrução verbal, a demonstração e suas combinações são tipos de instrução

prévia e segundo Fugita (2009), a maior parte dos estudos sobre o tipo de instrução

aborda preferencialmente a associação entre diferentes modalidades de modo que o tipo

de instrução utilizada sem considerar a habilidade motora do aprendiz afeta seu

desenvolvimento. A autora afirma ainda que a informação prévia é fundamental, pois

ajuda o aprendiz a compreender o objetivo da tarefa e serve de orientação para este.

Para Guedes (2001) os meios mais utilizados pelos professores de educação

física para dar informações prévias são a instrução verbal, a demonstração e suas

associações. A forma verbal envolve a descrição e o detalhamento do que e como fazer,

englobando informações sobre o objetivo da tarefa e suas especificações (como fazer).

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A demonstração é uma instrução visual com objetivo de dar uma ideia global do

movimento, que compreende a imagem da habilidade sendo executada, que pode ser

executada com o uso de vídeos.

Ried et al (2012) salientam que a instrução verbal tem sido estudada sob o

aspecto do foco da atenção e da compreensão do aluno e dependendo da forma e da

linguagem utilizada na transmissão da informação, este aluno consegue ou não entender

a mensagem transmitida pelo professor.

O feedback é um tipo de instrução que auxilia no processo de compreensão e

consiste na informação sobre a ação, a qual é utilizada para comparação entre o estado

da ação real e aquele determinado para ação sistemática. O uso de videoteipe é um

caminho muito utilizado no sentido de orientar a ação motora a ser realizada

(FERRACIOLI et al, 2013)

De acordo com Ferracioli et al. (2013), o feedback verbal é também muito

utilizado no sentido de orientar o aluno, porém o visual facilita a compreensão da

mensagem a ser transmitida por que sintetiza a quantidade e qualidade da informação

comparada ao feedback verbal. Desta forma, tanto o feedback verbal quanto o visual são

estratégias adicionais para o motivar o aluno para o aprendizado.

Com relação ao processo de aprendizagem de habilidades motoras, Souza

(1998) enfatiza a importância da atenção, definindo- a como a tomada de consciência

pelo indivíduo em relação ao mundo exterior e aos próprios pensamentos, considerando

que sua essência é a focalização, a concentração e a consciência (SOUZA 1998 apud

ABERNETHY 1993).

E com relação a esta focalização, Magill (1984) entende que a atenção abrange o

conceito de alerta, pois, preparar-se para a informação sensorial implica manter o estado

de alerta sendo esse um meio para definir atenção. A instrução envolve a obtenção da

atenção e a manutenção da atenção, que são primordiais para o entendimento do estado

de alerta e do desempenho humano. O autor continua que este estado de alerta pode ser

entendido como o nível de ativação do indivíduo, assim “a ação desejada é precedida

por um intervalo de tempo em que o sistema motor é preparado de acordo com as

condições impostas pela situação” e este intervalo de tempo é chamado de tempo de

reação, o qual é caracterizado como tempo necessário para preparação com objetivo de

produzir movimento, podendo o estímulo para a ação ser de origem intrínseca ou

extrínseca (MAGILL, 2002, p. 91).

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O tempo de reação varia conforme a complexidade do movimento a ser

realizado e é influenciado por características da tarefa, como a quantidade de estímulos

oferecidos ou recebidos, a situação em que o movimento é desempenhado, o número de

opções da resposta, a previsibilidade da opção da resposta correta, a probabilidade da

pista prévia estar correta, a compatibilidade estímulo-resposta, a regularidade do

período prévio, a complexidade do movimento, a precisão do movimento, a repetição do

movimento e o tempo entre diferentes respostas e diferentes estímulos. O tempo de

reação pode ser influenciado também por características do executante como a

prontidão do participante e a atenção ao estímulo versus movimento.

Magill (2002) afirma que a atenção também está relacionada à ideia de que

temos capacidade limitada de processar a informação já que o desempenho de

habilidades motoras requer selecionar a atenção para as informações significativas

provenientes de uma grande variedade de sinais.

O processo de focalização, concentração e consciência (atenção) se refere ao

envolvimento das atividades perceptivas, cognitivas e motoras associadas ao

desempenho de habilidades, possuindo, portanto, natureza multidimensional, a

preparação e o desempenho de habilidades motoras sofrem os efeitos da nossa

capacidade limitada de selecionar e estar ativado para recepção ou transmissão da

informação (MAGILL, 2002). E em razão desta limitação, se faz necessária a seleção da

informação; este processo é chamado de atenção seletiva e é caracterizado por Souza

(1998) como responsável por selecionar determinadas informações no ambiente

enquanto se ignora outras, mantendo apenas as informações relevantes. O mesmo autor

afirma que o ensino de uma tarefa motora abrange a aplicação de vários princípios da

aprendizagem por ser um fenômeno complexo onde há sempre a necessidade de decisão

sobre o que fazer e o que não fazer em situações específicas, levando-se em conta as

informações relevantes e irrelevantes fornecidas pelo meio ambiente e a atenção seletiva

é um dos aspectos desse processo.

A atenção seletiva é a habilidade que o indivíduo possui para direcionar o foco

de atenção para um ponto especifico no ambiente. Este processo de seleção ocorre

durante a tarefa através de sistemas externos como a visão e a audição e internos como a

propriocepção. Assim, o indivíduo direciona o seu foco de atenção, procurando

selecionar informações relevantes à tarefa que está sendo realizada.

Segundo Souza (1998) a experiência ou não com relação à realização de

determinado movimento aumenta ou reduz a demanda de atenção sobre a capacidade de

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processamento da informação no mecanismo perceptivo e pode direcionar ou não a

atenção para outras exigências sensoriais e do desempenho corroborando com Bôscolo

et al ( 2011) que afirmam que a experiência anterior atua no sentido de acelerar a

demanda de atenção com relação à informações já armazenadas na memória sobre

determinado movimento facilitando a execução da tarefa.

Desta forma, fica explícita a importância da experiência anterior do aluno e a

habilidade do professor em instruí-lo dirigindo a atenção aos sinais mais significativos

ou relevantes. Esta prática é essencial para que o aluno desenvolva a confiança e a

habilidade de diagnosticar quais estímulos são significativos para a realização do

movimento (MAGILL, 1984). Segundo o autor, saber como a atenção seletiva

influencia na aprendizagem do aluno é saber identificar os problemas da relevância e a

fase de aprendizagem em que este aluno está.

Neste sentido, a experiência anterior está relacionada com o desenvolvimento

hierárquico das habilidades e o processo de aprendizagem motora, sendo os estágios

dessa (cognitiva, associativa e autônoma) observados conforme o desempenho

apresentado pelo executante (BÔSCOLO et al, 2011).

Todos estes fatores, como a importância da experiência anterior do aluno, a

habilidade do professor em concretizar a instrução e o conhecimento acerca da

identificação das fases vivenciadas na aprendizagem aliados às teorias da atenção

seletiva nos permitem estabelecer três fundamentos de como aplicar a atenção seletiva à

instrução.

O primeiro fator é que cada um de nós tem uma dificuldade natural em atender

simultaneamente a uma variedade de informações no ambiente e isso fará com que o

professor analise dentro do contexto de uma tarefa ou movimento, qual será a

informação relevante para o momento, ou seja, a habilidade do professor em direcionar

a atenção do aluno para fontes relevantes da informação facilita a seletividade da

informação evitando passar estímulos que possam criar dificuldades ou confundi-lo

durante a aprendizagem.

O segundo fundamento é que o aluno selecionará as informações que são mais

significativas para ele em um momento especifico e particular, facilitando o

processamento da informação, o qual pode ser amparado pela experiência anterior

vivenciada pelo aluno, ou seja, o professor pode manipular este processo da atenção

seletiva ressaltando para o aluno como sua experiência anterior pode auxiliar a seleção

da informação relevante para o desempenho do movimento que será aprendido.

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O terceiro fundamento é a ocorrência da distração, e esta pode estar relacionada

ao grau de significados dos estímulos (SOUZA, 1998)

Para minimizar estas distrações, Souza (1998) pontua que se faz necessário

tornar a prática significativa para o aluno com informações relevantes com a finalidade

de facilitar a compreensão do movimento a cada nova situação, ressaltando a

informação relevante para a execução adequada e consequentemente diminuindo focos

de distração, o que implica para o professor em "escolher as informações relevantes

associadas à aquisição de estratégias", fato necessário para a tomada de decisão e

execução do movimento.

Faz-se importante ressaltar que segundo Xavier Filho e Manoel (2002) o nadar,

habilidade motora abordada neste estudo, é caracterizado como uma habilidade contínua

cíclica e que depende da sincronização de ações motoras, as quais são integradas a um

único sistema aberto que está em constante mudança e relação com o ambiente.

Segundo Tani et al (2005) este sistema aberto é passível de ser desestabilizado,

tendo a instabilidade como início para a reorganização e manutenção da ação motora.

Assim, no caso das tarefas abertas, Tani et al (2005), comentam que é importante o

professor orientar o aluno no sentido de auxiliá-lo a interpretar as fontes relevantes de

informações que irão auxiliar na antecipação de movimentos necessários para o

desenvolvimento do movimento a ser aprendido (sucesso da performance).

Todavia, o uso da atenção seletiva é facilitado no processo de

ensino/aprendizagem através da utilização de uma organização hierárquica e sequencial

de habilidades, considerando o desenvolvimento motor do aluno, com diversificação e

complexidade de movimentos, numa variedade que proporcione aprendizagem

consistente e organizada.

A atenção seletiva pode ser utilizada como estratégia auxiliar no feedback, o

qual é considerado um aspecto importante da aprendizagem, sendo um momento em

que o professor avalia se houve sucesso na execução do movimento, detecta e o corrige

se necessário, verifica se existem informações relevantes e irrelevantes de

retroalimentação, que devem ser apuradas seletivamente para melhorar o processo de

aprendizagem, cabendo ao professor direcionar a atenção do aluno para as informações

relevantes no momento do feedback.

Este direcionamento é possível através de dicas específicas, que podem ser

caracterizadas como estratégias de ensino e têm o objetivo de facilitar a atenção seletiva

com a finalidade de auxiliar a determinar em que ponto do movimento ele deve manter

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focada sua atenção, selecionar do meio, a informação necessária para a aprendizagem de

um determinado movimento ou tarefa, por exemplo, no ensino do rolamento para frente,

no momento da preparação, o professor pede para que a criança mantenha o “queixo no

peito" .

O uso de dicas específicas pode ser usado como estratégia de atenção seletiva,

considerando que a aprendizagem motora dá se por meio de uma combinação complexa

de processos cognitivos e motores, e sendo o processo de ensino pensado para a pessoa

com deficiência, o nível de adaptação requerido pode ser uma simples mudança dos

recursos de ensino ou uma troca mais significativa na metodologia (SOUZA, 1998).

A dica tem o objetivo de identificar e selecionar informações importantes e para

isso se faz necessária a análise do professor com relação à tarefa ou ao movimento a ser

executado e a orientação com relação aos pontos críticos deste, sugerindo então a dica

especifica para que o aluno possa executar o movimento conforme o planejado. A dica é

uma orientação simples e especifica que auxilia no desenvolvimento das estratégias de

atenção seletiva. A dica especifica é benéfica para o aluno iniciante, pois este apresenta

muitos erros de execução na aprendizagem, de maneira que se faz necessário considerar

o tempo necessário para a aprendizagem do aluno e as limitações na capacidade de

processamento de informações (SOUZA, 1998 apud TANI, 1989).

Segundo Tani (2005) os processos de feedback positivo e negativo influenciam

a manutenção e aquisição da estabilidade. O feedback negativo age no sentido de

reduzir as discrepâncias com a automatização do movimento, ou seja, a padronização da

habilidade ou estabilização funcional, sendo durante a aprendizagem dada ênfase a

aspectos como precisão, estabilidade, ordem, consistência, sinal e organização,

eliminando os aspectos opostos como erro, instabilidade, desordem, inconsistência,

ruído e desorganização. Já o feedback positivo atua no sentido da aquisição de um novo

estado estável, com aumento de erro ou do desvio de uma determinada referência

sempre sendo desconstruído e reconstruído de forma contínua com objetivo de aumentar

os desvios dos estados atuais produzindo instabilidades e desorganização para um

constante estado de criação de organização diferente, esta é uma característica dos

sistemas abertos, que são influenciados pela quebra da estabilidade.

Segundo Corrêa et al. (2006) tanto feedback negativo quanto o positivo precisam

ser considerados, pois, enquanto busca-se o padrão de execução correto promovido pela

estabilização proporcionada pelo feedback negativo, o feedback positivo atua no sentido

de aumentar a complexidade da tarefa a ser desenvolvida buscando sempre a

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reorganização do processo. Assim, a aprendizagem de uma habilidade motora implica

que o professor organize um programa de ação onde devem constar estratégias

especificas à tarefa (SOUZA,1998).

Sistema similar é citado por Sherril e Oakley (1988), porém neste é considerado

o processo em que há a transição da aquisição e administração das condições ambientais

para a inter-relação entre a concretização dos objetivos propostos inicialmente, no

sentido de que o objetivo proposto está em conformidade com o processo de aquisição

de habilidades e em equilíbrio com a crescente complexidade.

Desta forma, as habilidades podem ser classificadas em motoras e cognitivas,

pois para que o processamento da informação seja efetuado há o envolvimento

cognitivo durante a aprendizagem e execução de habilidades motoras (SOUZA, 1998

apud CONNEL, 1991).

A habilidade motora envolve a própria qualidade do movimento, principalmente

o como fazê-lo e a habilidade cognitiva é responsável pelas decisões que necessitam ser

tomadas (seleção de ações do que fazer), toda habilidade, independente do quão

cognitiva ela parece ser, exige uma resposta motora e toda ação motora teve antes

processamento cognitivo.

Com relação à este processamento cognitivo, Wong (2006) e Landsberger

(2008) afirmam que cada pessoa processa e aprende uma nova informação por caminhos

diferentes, afirmando existirem quatro estilos de aprendizagem: cognitiva, visual,

auditiva e sinestésica.

Para James e Gardner (1995) a definição e terminologia de estilos de

aprendizagem está relacionada com formas diferentes de interpretar uma mesma

informação considerando as habilidades cognitivas, aspectos psicológicos e emocionais

e a combinação entre todos eles, de forma que os caminhos para a aprendizagem e os

estilos desta são individuais. O estilo de aprendizagem é composto por vários

componentes.

Cada estilo de aprendizagem tem três dimensões que incluem a percepção

(fisiológica e sensorial), a cognição (mental e o processamento da informação) e o

afetivo (emocional e as características da personalidade de cada indivíduo). A dimensão

da percepção identifica os caminhos de assimilação da informação através da resposta

do corpo a estímulos externos, fatores fisiológicos internos e os cinco sentidos, tato,

visão, olfato, audição e paladar. A dimensão cognitiva processa as informações

advindas do cérebro, sendo responsável pela organização e retenção destas informações.

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O processamento cognitivo conforme James e Gardner (1995) não depende do

tipo de percepção adotada na aquisição da informação, pois, são processos

independentes. Já a dimensão afetiva é o aspecto que faz relação à personalidade que

está relacionada à atenção, a emoção e aos valores. Esta dá significado às informações

processadas pela dimensão cognitiva e absorvidas pela dimensão da percepção,

interferindo no comportamento e interação social com o ambiente.

Lent (2010) afirma que a percepção é diferente dos sentidos, porém, é

dependente destes. A percepção envolve processos ligados à memória, a cognição e ao

comportamento. O que diferencia os sentidos da percepção é a constância perceptual

que se define no fato de que nos sentidos cada posição de um objeto produz uma

imagem visual diferente, mas para a percepção é o mesmo objeto; portanto, a percepção

mantém uma constância no reconhecimento. A percepção tem estreita relação com os

sentidos e forma o sistema sensorial, podendo ser visual, auditiva, somestésica, etc.

1.2 Sistema sensorial e aprendizagem

O comportamento é definido pela associação entre as informações sensoriais e

os comandos motores. Estas ações ocorrem no córtex associativo, sendo esse processo

realizado através de “canais funcionais” distintos e cada um deles processa aspectos

diferentes dos objetos visuais.

Já a percepção é obtida através de um processamento paralelo, onde a

informação proveniente do mundo externo ou do próprio corpo seria segmentada e

distribuída em subsistemas encarregados de analisar cada atributo especifico conforme o

sistema denominado processamento sequencial hierárquico que consiste na construção

das propriedades dos neurônios precedentes ao longo de uma cadeia de conexões onde

os campos receptores dos neurônios neste sistema sequencial hierárquico são

classificados de acordo com a complexidade (LENT, 2010).

Segundo Lent (2010, p.612) “percepção é a capacidade de associar as

informações sensoriais à memoria e à cognição, de modo a formar conceitos sobre o

mundo e sobre nós mesmos e orientar o nosso comportamento”. O autor afirma que

tudo que é percebido pela mente é sentido pelo corpo de alguma forma, porém nem tudo

que é sentido pelo corpo atinge a percepção. Esta consiste no processamento analítico

realizado pelos sistemas sensoriais, que extraem de cada objeto suas características, cor,

movimento, localização espacial, timbre, temperatura, etc.

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Sendo a percepção corporal consequência da propriocepção buscamos em Lent

(2010, p.245) o conceito de propriocepção, que é definido como a capacidade de sentir

os movimentos dos membros e do corpo, é a “percepção de posição do próprio corpo”.

Esse autor atesta que a propriocepção tem um componente perceptivo que é consciente,

mas, tem outro que é inconsciente que faz parte dos sistemas de controle da

motricidade. Lent (2010, p. 246) afirma que:

As mesmas informações geradas pelos receptores musculares e

articulares e conduzidas até o córtex cerebral, onde se transformam

em percepções conscientes são utilizadas também para gerar respostas

e ajustes motores capazes de tornar adequadas a cada situação as

posições do corpo, e eficientes os movimentos corporais.

Estas informações passam por vias paralelas no Sistema Nervoso Central (SNC),

que gradativamente reconstroem o objetivo como um todo, para que ele possa ser

memorizado ou reconhecido e para que o comportamento seja orientado em relação ao

objeto reconhecido.

Após esse processo as informações são conduzidas pela medula espinhal que

está envolta pela coluna vertebral, é parte integrante do sistema nervoso central e é o

local onde todas essas ações acontecem.

No que se refere à atenção, Lent (2010) afirma que é o ato de focalizar a

consciência, concentrando os processos mentais em uma única tarefa principal e

colocando as demais em segundo plano, podendo ser dividida em atenção mental, esta

chamada de cognição seletiva e atenção sensorial chamada de percepção seletiva.

A percepção seletiva é parte da cognição seletiva que tem a função de supervisão

atencional sobre os processos mentais, ação caracterizada pela atenção seletiva

conforme Souza (1998).

A cognição seletiva é caracterizada pela atenção explicita, quando a seleção dos

objetos a serem percebidos está no mesmo campo visual do observador. A atenção

implícita ocorre quando o campo visual está fixado em um ponto, porém o pensamento,

a ação cognitiva está focalizada em outro ponto, um estímulo auditivo, por exemplo.

Na atenção implícita os objetos a serem percebidos não selecionados são

influenciados por outros parâmetros, já a atenção explícita ocorre de forma automática;

seu controle é voluntário e o foco atencional está dentro do campo visual. Na atenção

implícita o foco atencional pode movimentar-se livremente pelas regiões vizinhas do

campo visual. O foco atencional pode ser visual, auditivo ou de outro sentido. Ele é

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movido pela vontade ou por estímulo direcionador que pode iniciar ou interromper um

estado de alerta (atenção).

Todavia, o planejamento das ações motoras inicia-se com a focalização da

atenção para as informações recebidas externamente ou da própria mente. Sendo estas

processadas pelo córtex pré-frontal dorsolateral, ele recebe as informações que chegam

através dos sistemas sensoriais através das conexões aferentes provenientes das áreas

corticais sensoriais. Ao receber estas informações, o córtex pré-frontal lateral (via

ventral e dorsal) compara as informações novas (sensoriais) com aquelas armazenadas

na memória.

Após essa operacionalização o córtex pré-frontal ventromedial faz a adequação

dos dados do presente que estão sendo processados pelo córtex pré-frontal lateral com

os objetivos estabelecidos pelo individuo e com as demais circunstancias pessoais e

sociais envolvidas na ação finalizando no planejamento do comportamento necessário

para concretização da ação motora.

A atenção seletiva no SNC atua como um mecanismo de focalização dos canais

sensoriais, os quais ativam as vias necessárias para cada ação, colocando em segundo

plano as ações de outras regiões que processam aspectos irrelevantes para cada situação.

Desta forma, a seleção de estímulos oferecidos para o aluno no momento da

aprendizagem de habilidades motoras faz relação direta ao processamento de

informações no SNC, de maneira que os estilos de aprendizagem, visual, auditivo e/ou

somestésico são fatores primordiais a serem considerados.

Segundo Lent (2010) somestesia é a capacidade de receber informações sobre as

diferentes partes do corpo, considerada uma modalidade sensorial constituída por

diversas submodalidades, como o tato, a propriocepção, a termossensibilidade, a dor e

outras. A somestesia é “realizada” pelo sistema somestésico constituído por uma cadeia

sequencial de neurônios, fibras nervosas e sinapses que tem a função de traduzir,

codificar e modificar as informações provenientes do corpo, porém nem todas essas

informações tornam-se conscientes, produzindo propriocepção. Algumas destas são

utilizadas inconscientemente para a coordenação da motricidade e do funcionamento

dos órgãos internos.

O sistema somestésico divide-se em três subsistemas, exteroceptivo,

responsável por discriminar e detalhar a representação espacial da superfície corporal,

proprioceptivo, tem a função de fornecer informações ao cérebro sobre os músculos e as

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articulações e o interoceptivo que é responsável por proporcionar uma noção do estado

funcional do corpo.

2 LESÃO MEDULAR

Deficiências medulares são decorrentes de lesões que ocorrem nas vértebras ou

nos nervos espinhais, estando relacionada a graus de paralisia, devido ao dano causado

na medula espinhal. Estes graus de paralisia dependem do local da lesão na coluna

vertebral e do número de fibras nervosas destruídas em consequência desta lesão.

Assim, as lesões medulares limitam os movimentos de membros superiores e/ou

inferiores e orgãos e, dependendo do local onde foram acometidas, podem ser

traumáticas, provocando paraplegia e tetraplegia e suas variações. Também podem ser

não traumáticas ou adquiridas como a poliomielite e tumores, ou congênitas como a

espinha bífida, espondilose e a espondilolistese que consiste na má formação congênita

dos arcos neurais da quarta ou quinta vértebra lombar (WINNICK, 2004).

A lesão congênita é a lesão medular que ocorre ainda no útero e está presente no

nascimento. Já a lesão traumática ocorre por fraturas, luxações ou ferimentos e a lesão

não traumática é aquela causada por tumor, doença vascular, doença degenerativa,

neurológica e sistêmica, má formação congênita entre outras (CASTRO, 2005).

As malformações congênitas da medula podem ocorrer por volta da quarta

semana de gestação, período em que o tubo neural termina de fechar-se. Quando esse

fechamento não acontece completamente ao longo de todo o tubo neural, ou em

pequenas áreas, ocorrem defeitos envolvendo os tecidos subjacentes neurais, como as

meninges, vértebras, músculos e peles.

Segundo Garcia e Fernández (2001) estas malformações são chamadas de

espinha bífida, são observadas nas regiões cervical, lombar ou sacra e podem ocorrer

sob a forma oculta que é caracterizada por uma falha na fusão das metades do arco

vertebral, sem qualquer manifestação externa e sem associação a déficits neurológicos,

ou sob a forma de espinha bífida cístida, também chamada de espinha bífida com

Meningocele, Mielomeningocele ou Mielocele.

A Meningocele é caracterizada pela extrusão das meninges da medula pelo

orifício que permaneceu aberto, formando um saco cístico composto pelo líquido

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cefalorraquidiano e algumas raízes nervosas, ficando a medula espinhal confinada no

canal vertebral, não havendo déficit neurológico.

Na Mielomeningocele tanto a medula espinhal quanto as raízes nervosas estão

comprometidas e podem ficar alojadas dentro do saco cístico ou constituir parte de sua

parede. Esta está associada a grave déficit neurológico, incluindo incontinências vesical

e intestinal, perda motora e sensitiva nos membros inferiores com deformidades típicas

(SALTER, 2001).

Na espinha bífida com Mielocele a medula espinhal e as raízes nervosas ficam

complemente expostas, pois a Mielocele é caracterizada pelo não fechamento do tubo

neural e desta forma as pregas neurais não se aproximam para fundirem-se.

Dias e Gabrieli (1998) afirmam que para os acometidos da Mielomeningocele

existe um déficit sensitivo e distal no nível da lesão, classificado em três grupos

conforme o nível neurológico da lesão, sendo o grupo I: torácico ou lombar alto, onde

não há função motora quadriciptal, o grupo II: lombar baixo, havendo função motora

em músculos quadríceps e isquiotibiais, mas, não no glúteo médio, grupo III: sacral,

onde há função motora quadriciptal e glútea.

Na Mielomeningocele a paralisia é do tipo flácida, podendo haver espasticidade

de membros inferiores e de membros superiores decorrente da atividade medular reflexa

proximal ao defeito de fechamento e estar associada a outros tipos de anomalias, como a

hidrocefalia, a malformação de Arnold-Chiari, a síndrome da medula presa e a

hidromelia (GARCIA e FERNÁNDEZ, 2001).

Segundo Salter (2001) o déficit neurológico tende a permanecer estático desde o

início e pode aumentar conforme a tensão exercida pelas raízes nervosas durante o

processo de crescimento ósseo, especificamente vertebral, ou por infecção, sendo o

desequilíbrio muscular resultante nos membros inferiores produtor de deformidades que

se acentuam pelo crescimento longitudinal dos membros.

Cristante e Ares (2011) explanam que com relação à lesão medular adquirida,

inicialmente a pessoa lesada medular passa pela fase de choque medular onde ocorre

uma alteração sináptica diante da lesão e as células nervosas repercutem clinicamente

com a ausência de controle motor, ausência de sensibilidade, além da arreflexia abaixo

do nível da lesão e as alterações no sistema nervoso autônomo e do controle

esfincteriano, caracterizando uma paralisia flácida (SALTER, 2001). O término desta

fase não é determinado, pois depende da recuperação reflexiva que acontece no bulbo

cerebral e que fará a transição para a condição de paralisia espástica medular, a qual

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ocorre a medida que os reflexos medulares, abaixo do nível da lesão assumem na

ausência dos impulsos inibitórios originados por neurônios motores superiores.

Os músculos na área paralisada exibem hipertonicidade, reflexos tendinosos

profundos exacerbados, segundo Salter (2001). Este fenômeno de choque não é

observado se a lesão na medula espinhal for lentamente progressiva como por infecção,

neste caso a paralisia progride de forma lenta e é espástica desde o início.

De acordo com Greguol (2010) a lesão no canal medular pode ser total ou

parcial. Se o acometimento da lesão for total, ela é chamada de “plegia” e abaixo do

nível lesionado não existirá mais motricidade voluntária ou sensibilidade, por outro lado

se o acometimento for parcial, chamamos de “paresia” e abaixo daquele nível

remanescerão funções motoras e sensoriais variáveis. Desta forma as lesões que afetam

os níveis neurológicos cervicais são conhecidas como tetra, podendo ser tetraplegia ou

tetraparesia e as lesões que ocorrem no primeiro nível toráxico para baixo são

conhecidas como para, podendo ser paraplegia ou paraparesia.

Winnick (2004) afirma que os termos tetraplegia e paraplegia traumáticas

referem-se a lesões medulares que tem como resultado a perda de movimento e de

sensibilidade e que a tetraplegia é a forma mais grave desta perda de movimentos, na

qual os quatro membros são afetados e paraplegia designa uma condição em que são

afetados apenas os membros inferiores.

Na lesão medular, o dano neural na medula espinhal pode ser completo ou

parcial, quando o dano é total, ou seja, o rompimento da medula é completo, o lesionado

medular não tem controle motor nem sensibilidade nas partes do corpo inervadas abaixo

do ponto de rompimento, observando – se que a medula espinhal não tem capacidade de

regenerar-se.

Se o dano neural for parcial há a retenção de algum controle motor ou

sensibilidade abaixo do local lesionado com a possibilidade de retomar certo controle

muscular e retorno da sensibilidade, o qual é gradual e não se deve a regeneração dos

nervos danificados, mas, ao alívio da pressão exercida sobre os nervos no local da lesão,

causada pelo inchaço no local lesionado.

Segundo Freed (1994) a fratura-luxação da coluna cervical é consequência da

flexão súbita e violenta ou da extensão e rotação e/ou forças horizontais, os locais mais

comuns na ocorrência da lesão medular traumática são as vertebras C5, C6, C7 e T12 a

L1. Para esse mesmo autor, a perda sensitivo-motora total na área do corpo da lesão

para baixo acarreta alterações vasculares e biológicas que levam ao completo infarto e

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necrose do segmento lesado por conta da redução do fluxo sanguíneo na medula

espinhal após o trauma. O autor afirma que no momento da lesão, não há somente uma

lesão direta dos axônios, mas, sim uma cadeia secundária de eventos que resulta em

hipóxia, edema e infarto de tecidos.

2.1 Nível ortopédico e neurológico da lesão medular

A descrição da disfunção baseia-se no nível funcional da perda motora ou

sensitiva e não na localização anatômica da lesão na coluna vertebral, conforme

estabelecido pela Associação Americana de Lesão Vertebral ( ASIA) o nível funcional

deve ser o nível mais caudal com uma graduação de 3 ou F ou melhor, de modo que o

local da lesão óssea deve ser correlacionado com os achados neurológicos ou

ortopédicos e com os achados histológicos, pois, o nível da lesão medular pode ser

diferente do nível da lesão óssea conforme Quadro 1, que se refere à Inervação

Segmentar dos Músculos.

Quadro 1: Inervação Segmentar dos Músculos

Pescoço Flexão

Extensão

Rotação

C1,2,3,4

Ombro Flexão

Abdução

Adução

Extensão

C5,6

C5,6

C5,6,7,8

C5,6,7,8

Cotovelo Flexão

Extensão

C5,6

C7,8

Antebraço Pronação

Supinação

C6,7

C5,6,7

Punho Extensão

Flexão

C6,7

C6,7,T1

Mão Extensão grosseira dos dedos

Flexão grosseira dos dedos

Movimento digital fino

C6,7,8

C8,T1

Coluna Extensão C4 a L1

Músculos Torácicos para a respiração T2 a T12

Diafragma C2,3,4

Músculos Abdominais T6 a L1

Quadril Flexão

Abdução

Adução

Extensão

Rotação

L2,3,4

L4,5,S1

L2,3,4

L4,5,S1

L4,5,S1,2

Joelho Extensão

Flexão

L2,3,4

L4,5,S1

Tornozelo L4,5, S1,2

Pé L5,S1,2

Bexiga S2,3,4

Intestino Reto e esfíncter anal S2,3,4

Sistema reprodutor

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Ereção

Ejaculação

Medula sacral

Medula lombar

S2,3,4

L1,2,3

Fonte: Tratado de Medicina Física e Reabilitação de Krusen, Freed ( 1994)

Segundo Freed (1994) existem níveis críticos de função da medula espinhal e

estes são descritos da função musculoesquelética remanescente que são consistentes

com a função intacta no segmento medular específico e em todos aqueles próximos a ele

com perda de função em maior ou menor grau em todos os segmentos distais. Portanto,

o significado funcional altera conforme o nível da lesão, sendo que quanto mais baixo

for o nível da lesão, maior a quantidade de força muscular disponível, pois, certos

grupos musculares são ativados por níveis específicos da medula espinhal e o

conhecimento destes níveis facilita o reconhecimento da função final motora como

expressado no Quadro 2 referente aos níveis críticos da função da medula espinhal. O

significado funcional do nível de preservação neurológica é similar na lesão medular

congênita e adquirida.

Quadro 2: Níveis críticos da função da medula espinhal

C4 Diafragma, extensores e flexores da cervical média

C5 Força parcial de todos os movimentos do ombro e flexão do cotovelo.

C6 Força normal de todos os movimentos do ombro e flexão do cotovelo; extensão do punho, a qual

indiretamente permite a garra grosseira com os dedos.

C7 Extensão do cotovelo, flexão e extensão dos dedos.

T1 Braços e mãos totalmente normais.

T6 Extensores da coluna torácica, músculos intercostais superiores.

T12 Todos os músculos do tórax, abdômem e coluna lombar.

L4 Flexão do quadril, extensão do joelho

L5 Força parcial de todos os movimentos do quadril com flexão normal, força parcial da flexão do

joelho, força parcial do movimento do tornozelo e pé.

Fonte: Tratado de Medicina Física e Reabilitação de Krusen, Freed ( 1994)

Observa-se no Quadro 2 que as pessoas com lesão medular no quarto nível

cervical tem capacidade funcional preservada nos músculos esternocleidomastóideos e

trapézios e músculos paravertebrais cervicais superiores, não havendo função voluntária

nos membros superiores, tronco ou membros inferiores. No quinto nível cervical

funcional a pessoa com lesão medular tem função motora preservada nos músculos

deltoide e bíceps, somando-se à capacidade funcional do quarto nível cervical. No sexto

nível cervical, são funcionais a musculatura do ombro, flexão de cotovelo e extensão

radial do punho, permitindo o controle de punho e com a gravidade realizando

movimentos de flexão e no sétimo nível cervical,acrescidos funcionalmente do tríceps e

dos flexores e extensores extrínsecos dos dedos.

No primeiro nível torácico, a pessoa tem membros superiores normais com

estabilização de tórax, porém sem capacidade funcional de tronco para total equilíbrio

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sentado e musculatura intercostal e abdominal para suplementar a respiração

diafragmática. No sexto nível torácico a pessoa tem função intercostal alta e controle da

parte superior da coluna e no décimo segundo nível torácico, tem total controle

abdominal e total controle dorsal, com membros superiores normais, controle de tronco

e função ilimitada de membros superiores na posição sentada. Já no quarto nível lombar

a pessoa tem os flexores de quadril e extensores de joelho, sendo considerado um

indivíduo virtualmente independente (FREED, 1994).

Além da perda de movimentos e sensibilidade, a lesão medular acarreta outras

consequências e sequelas no organismo da pessoa lesionada como a dor neuropática,

alterações musculoesqueléticas, osteoporose, alterações vasculares como a hipotensão

postural, a disreflexia autônoma e a trombose venosa profunda, repercussões urológicas

como infecção urinária, cálculos vesicais e perda da função renal, comprometimento da

função intestinal, espasticidade e as úlceras de pressão (MINISTÉRIO DA SAÚDE,

2013).

2.2 Incidência da lesão medular

Segundo Pollard et al. (2013) a população mundial vem mostrando dados

alarmantes sobre o crescimento de casos de lesão medular traumática, sendo em alguns

locais este fato considerado epidemiológico como cita em estudo realizado com base no

National Electronic Injury Surveillance System (Sistema Eletrônico de Registro de

Atendimentos), onde neste são arquivados dados de indivíduos que sofreram lesões

medulares nos Estados Unidos. Esses mesmos autores analisaram o período

compreendido entre 1990 a 2008 e concluíram que durante este tempo ocorreram

1.688.924 casos de lesões medulares por mergulho em águas rasas e que 60,5%

compreendiam jovens com idade entre 7 e 17 anos. O estudo sugere um programa

educacional de prevenção para atitudes seguras em piscinas e que a prática de atividades

aquáticas se dê de forma supervisionada na faixa etária citada.

Borius et al. (2010) citam que no período compreendido entre 1997 a 2007 o

número de piscinas instaladas em residências na França obteve um aumento de 45%,

fato este responsável pela elevação de 21% em casos de lesões cervicais resultantes de

mergulhos em águas rasas. Os autores apontam que 88% dos casos analisados

ocorreram no período do verão no continente Europeu entre os meses de junho a agosto

e a idade média dos indivíduos que sofreram lesões medulares é de 27 anos, sendo 97%

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do sexo masculino. Entre as causas, os autores citam que o consumo alcoólico é

responsável por 49% dos acidentes analisados. Também, como medida de prevenção de

acidentes, esses autores sugerem um programa efetivo educativo com o objetivo de

instruir a população acerca dos riscos existentes em ambientes aquáticos e o perigo da

negligência frente a estes fatos.,

Segundo Medola (2011) estima-se que no Brasil 11.300 pessoas se tornem

paraplégicos ou tetraplégicos por ano, mas, o Ministério da Saúde (2013) aponta que

este coeficiente exato de incidência de lesão medular traumática no Brasil é

desconhecido, pois esta condição não é sujeita à notificação. Estima-se que a incidência

de Traumatismo Raqui-Medular seja de 40 casos novos/ano/milhão de habitantes, ou

seja, cerca de 6 a 8 mil casos novos por ano, sendo que destes 80% das vítimas são

homens e 60% se encontram entre os 10 e 30 anos de idade ( MINISTÉRIO DA

SAÚDE, 2013).

Santiago et. al. (2012) aponta que a maior incidência de lesões medulares está

entre jovens na faixa etária de 21 a 35 anos e que as causas mais frequentes são

acidentes automobilísticos, ferimentos por projétil de arma de fogo e quedas.

As causas não traumáticas correspondem a 20% dos casos de lesão medular e

compreendem várias patologias como tumores, fraturas patológicas (metástases

vertebrais, tuberculose, osteomielite e osteoporose) deformidades graves da coluna,

hérnia discal, isquemia, patologias infecciosas e autoimunes (MINISTÉRIO DA

SAÚDE, 2013).

2.3 Natação para lesado medular

Segundo Abrantes (2012) para a pessoa com deficiência física normalmente a

iniciação a natação se dá por intermédio do trabalho de reabilitação e sob o foco desta.

Silva et al. (2005) cita que o esporte tem um papel fundamental na reabilitação física de

pacientes com lesão medular por favorecer a independência funcional afirmando que o

esporte e o lazer fazem parte do tratamento médico por serem fundamentais no processo

de enfrentamento da lesão, encarada como desvantagem pelos deficientes físicos. O

esporte assume a função de ampliar as alternativas, estimulando os aspectos físicos,

psicológicos e sociais, assim favorece a independência funcional.

Gins et al. (2012) salientam que múltiplos aspectos com relação aos benefícios

psicossociais promovidos pelo exercício para a pessoa lesada medular têm sido

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discutidos, como saúde mental, participação social e qualidade de vida, hipertrofia

cardíaca, melhora no consumo máximo de oxigênio, nível máximo de lactato e função

pulmonar. Todos estes aspectos de indivíduos lesados medulares foram comparados

com indivíduos sedentários também lesados medulares, no estudo de Gins et al. (2012),

e concluíram que a prática de atividade física trouxe benefícios observados como força

muscular, performance funcional e composição corporal. Todos estes dados mostraram

diferenças significativas entre os dois grupos, sendo o grupo praticante de atividade

física, mais beneficiado com relação ao grupo sedentário.

Sadowski e McDonald (2009) realizaram um estudo enfatizando para a ciência a

implementação da atividade física e exercício como uma ferramenta terapêutica no

enfrentamento da lesão medular crônica relatada nas paralisias neurológicas. Segundo

esses autores supracitados, estratégias para estimular o sistema nervoso estão sendo

utilizadas para aperfeiçoar a funcionalidade das habilidades perdidas no momento da

lesão propiciando a capacidade de reorganização do sistema nervoso central em

múltiplos níveis com a melhoria significativa pós-lesão, onde essa reorganização, ocorre

em diferentes níveis: cortical, subcortical, na medula espinhal e no sistema nervoso

periférico.

De acordo com Sadowski e McDonald (2009) o processo de reparação pode

ocorrer por vários mecanismos: plasticidade sináptica em conexões preexistentes

(periférica e central) e formação de novas conexões, além da remielinização e a

ocorrência de novo nascimento celular, ou seja, a restauração do sistema nervoso

danificado. Os autores explanam que as terapias restaurativas são uma ferramenta

simples como a ativação motora, treinamento locomotor, estimulação elétrica, ativação

motora passiva no recrutamento de fibras musculares em tarefas específicas e

estimulação sensorial evoluindo o pensamento no campo da neuroreabilitação,

especificamente quando aplicado o potencial de restauração e a funcionalidade na lesão

medular relatada na paralisia.

A atividade física pode apresentar muitos benefícios neurológicos para a pessoa

lesada medular como efeito na atividade sináptica do neurônio facilitando o processo de

mielinização e reminielização que são ações que envolvem a mielina envolta do axônio

dentro do sistema nervoso periférico. Esse processo depende da atividade do impulso

neuronal regulada pela atividade controlada de potássio atuante no processo de

contração muscular e a atividade física estimula a neurogenese por ativar a proliferação

das células neurais.

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O exercício físico é uma importante ferramenta usada em indivíduos com

paralisia neurológica, pois, aumenta a função neurológica pelo trabalho

musculoesquelético, assim, a plasticidade neural e a combinação do treinamento de uma

tarefa especifica com a estimulação elétrica funcional ergométrica podem levar o

indivíduo a um nível alto de qualidade na ativação motora e de quantidade suficiente

para estimular a restauração funcional na medula espinhal lesionada (SADOWSKI E

MCDONALD, 2009).

Segundo Cardoso (2011) o desporto adaptado constitui-se como um instrumento

muito importante na reabilitação de indivíduos com deficiência, pelos benefícios

motores, psicológicos e sociais, além de apresentarem também como objetivos o lazer e

a competição, os quais são considerados aceleradores do processo de reabilitação.

1Considerando a pessoa com deficiência medular Winnick (2004) afirma que o

termo esportes aquáticos adaptados se referem a natação instrucional e competitiva

entre outros tipos de esportes aquáticos. E com relação à natação competitiva a

funcionalidade do nadador precisa ser avaliada por um sistema de classificação

funcional.

Segundo Hetzler e Smith (2014), o Comitê Paralímpico Internacional e outras

organizações do esporte adaptado utilizam o sistema de classificação funcional para

garantir justas condições para cada categoria de deficiência, certificando a evolução de

cada atleta através desta classificação. Assim, cada esporte possui seu sistema

especifico de classes, este foi elaborado pelo International Classification of Functioning

Disability and Health publicado pela World Health Organization no ano de 2001.

Zhu et al. (2012) afirma que este sistema de classificação é complexo e

quantitativo, porque avalia a funcionalidade motora do atleta, que segundo Tweedy

(2002) deve estar associada à deficiência considerando as habilidades do nadador,

estando estes fatores inter-relacionados.

De acordo com Freitas e Santos (2012) a classificação funcional esportiva

constitui-se em um fator de nivelamento entre os aspectos da capacidade física e

competitiva, agrupando as funcionalidades de movimento ou os tipos de deficiência

semelhantes em um grupo determinado, o que permite igualar a competência, tornando

mais equiparada.

O termo adaptado é generalizado para atividade dirigida à pessoa com deficiência. Contudo outro termo

possível a ser adotado para uma lesão adquirida seria readaptado, pois, este levaria em consideração uma

nova condição.

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O processo de classificação funcional esportiva é realizado em três estágios:

médico que consiste em um exame físico para avaliar a patologia e as sequelas

apresentadas, assim como a função muscular remanescente e a movimentação advinda

desta, funcional que avalia o nível de força da musculatura afetada pela lesão e o

desempenho da função muscular e o estágio de observação que consiste em observar o

desempenho técnico do atleta em movimentação específica do esporte (FREITAS E

SANTOS, 2012).

Para a natação, a classificação funcional está dividida em dez classes que vão de

S1 a S10 para os nados livre, costas e borboleta e são determinados pela letra “S”

advinda da palavra inglesa Swimming. Para o nado peito as classes são indicadas pelas

letras “SB”, a letra B originada do inglês Breaststroke ou nado peito em português; para

esta modalidade as classes funcionais são SB1 a SB9 e dez classes para o nado medley

indicado pelas letras “SM”, sendo a letra M representando a palavra medley

(ABRANTES, 2012).

Sendo consideradas para este estudo apenas as classes S1 a S10, as quais segue

abaixo padrão motor da classificação funcional esportiva para a natação:

- S1/Lesão medular completa abaixo de C4-5 ou com pólio com

comprometimento similar à lesão medular de C4-5 ou paralisia cerebral. Significante

perda de massa muscular ou controle de pernas, braços e mãos, limitado controle de

tronco com tetraplegia.

- S2/Lesão medular completa abaixo de C6, ou pólio com comprometimento

similar à lesão medular de C6 ou PC quadriplégico grave, com grande limitação dos

membros superiores. Possui habilidade para o uso de braços, mas, não de mãos, pernas

ou tronco. Severo comprometimento de coordenação nos quatro membros.

- S3/ Lesão medular completa abaixo de C7, ou lesão medular incompleta abaixo

de C6, ou pólio com comprometimento similar à lesão medular de C7, ou amputação

dos quatro membros. Tem habilidade para o uso dos braços, mas, não o uso das pernas

ou tronco com severos problemas de coordenação.

-S4/ Lesão medular completa abaixo de C8, ou lesão medular incompleta abaixo

de C7, ou pólio com comprometimento similar à lesão medular de C8, ou amputação de

três membros. Podem utilizar os braços, tem fraqueza mínima nas mãos e não podem

utilizar tronco ou pernas.

-S5/ Lesão medular completa abaixo de T1-8, ou lesão medular incompleta

abaixo de C8,ou pólio com comprometimento similar à lesão medular de T1-8, ou

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acondroplasia de até 130cm com problemas de propulsão, ou paralisia cerebral com

hemiplegia severa. Pouco controle de um lado do corpo ou paraplegia.

- S6/Lesão medular completa abaixo de T9-L1, ou com pólio com

comprometimento similar à lesão medular de T9-L1, ou acondroplasia de até 130cm ou

com paralisia cerebral com hemiplegia moderada.

- S7/Lesão medular abaixo de L2-3 ou pólio com comprometimento similar à

lesão medular de L2-3 ou amputação dupla abaixo dos cotovelos, ou amputação dupla

acima do joelho e acima dos cotovelos em lados opostos.

- S8/Lesão medular abaixo de L4-5, ou pólio com comprometimento similar à

lesão medular de L4-5 ou amputação dupla acima dos joelhos, ou amputação dupla das

mãos, ou paralisia cerebral com diplegia mínima.

- S9/ Lesão medular na altura de S1-2 ou pólio com uma perna não funcional, ou

amputação simples acima do joelho, ou amputação abaixo do cotovelo.

-S10/ Pólio com prejuízo mínimo de membros inferiores ou amputação dos dois

pés, ou amputação simples de uma mão, ou restrição severa de uma das articulações

coxofemoral.

3 MÉTODO

Este estudo caracteriza-se como pesquisa exploratória descritiva de natureza

qualitativa que segundo Thomas e Nelson (2002) é o método que busca como foco de

análise a essência do fenômeno a ser pesquisado tendo como objetivos a descrição, a

compreensão e o significado. Flick (2009) complementa que o método qualitativo de

pesquisa busca também analisar o processo metodológico utilizado pelos participantes

do estudo.

A pesquisa foi organizada em dois momentos de coleta de informações de

campo com profissionais de educação física sendo um deles com contato direto entre

entrevistado e pesquisadora e um outro em que o participante registrou apontamentos.

Essa estrutura e os demais procedimentos estão descritos a seguir.

A pesquisa foi realizada com doze participantes professores de natação que no

momento da pesquisa ministravam aulas para pessoas com lesão medular e que atuavam

há pelo menos um ano com nadadores lesados medulares, sendo exclusos da amostra

professores de nadadores com patologias medulares que não tinham acometimento

funcional que estivessem no rol das mono, di, tri, para e tetra e hemiplegias e paresias.

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Essa amostragem caracterizou-se como não probabilística por acessibilidade e por

indicação de terceiros.

Cada professor participante recebeu uma letra (P) e um número (1 a 12) para as

entrevistas de forma aleatória. A letra e o número foram mantidos para os participantes

nas entrevistas e nos registros.

O estudo utilizou dois instrumentos, uma entrevista semiestruturada e um diário

de campo. As entrevistas semiestruturadas representaram uma série de perguntas

abertas. Planejadas antecipadamente pelo pesquisador, foram feitas em ordem prevista e

realizadas verbalmente. Esta é considerada semiestruturada porque o entrevistador pode

acrescentar questões de esclarecimento sobre determinado assunto, pois, parte de uma

fala espontânea do entrevistado (BARDIN, 2011). Foi solicitado ao participante que

fizesse uso de um diário de campo por quatro encontros com o aluno com lesão

medular. O diário de campo é um instrumento documental pouco ou não estruturado,

pois, o participante da pesquisa anota as observações que faz conforme a ocorrência dos

fatos com objetivo de armazenamento de informações e com o propósito de facilitar o

acesso do observador para que este obtenha o máximo de dados coletados. Neste diário

de campo, o professor participante anotou todas as suas observações e estratégias

utilizadas durante as aulas, no período de quatro encontros.

As entrevistas foram compostas por nove temas e versaram com questões acerca

do problema de pesquisa e os objetivos da mesma. Foram realizadas em situação

agendada previamente, gravada e transcrita na íntegra. A entrega do diário de campo

aos participantes ocorreu após a entrevista.

A análise dos resultados ocorreu com base na análise do conteúdo preconizada

por Bardin (2011) e dos registros/anotações feitas pelos professores no diário de campo.

Essa análise consistiu em: transcrição na íntegra das informações coletadas,

processo de redução com a exclusão dos vícios de linguagem e repetição de

informações; extração das ideias centrais e criação da categorização das informações,

que podem ser visualizadas no exemplo exposto no ANEXO II. As análises das

informações coletadas através do diário de campo foram feitas por meio de análise

descritiva.

Antes da coleta dos dados todos os participantes assinaram um Termo de

Compromisso Livre esclarecido (Apêndice) no qual estavam conscientes dos objetivos

do mesmo, de que todos os dados obtidos seriam mantidos em sigilo e anonimato e que

poderiam desistir da pesquisa em qualquer momento.

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Em um primeiro momento, antes da efetiva coleta de dados, foi realizada uma

entrevista piloto e foram coletadas informações em um diário de campo também piloto

com objetivo de aprimorar o questionamento a ser realizado e o formato do diário de

campo. As informações coletadas nesta fase piloto não foram utilizadas para análise

deste estudo. Todos os preceitos éticos foram adotados no estudo piloto e na pesquisa e

foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade São Judas Tadeu sob o

parecer de nº 859.397.

4 DISCUSSÃO E RESULTADOS

Conforme citado anteriormente cada participante recebeu um código (P) e um

número de identificação que foram distribuídos de forma aleatória, assim, segue abaixo

o perfil de cada participante conforme informações pessoais coletadas nas entrevistas.

O participante P1 é do sexo masculino, graduado a trinta e três anos e atuante na

área da natação há vinte e oito e há onze anos ministra aula para pessoas com

deficiência, sendo que nos dois últimos anos tem atuado especificamente com a pessoa

com lesão medular na cidade de Santos ( SP); P2 é um participante do sexo feminino,

atuante na área da natação há quinze e há sete anos trabalha especificamente com

pessoas com deficiência, inclusive lesados medulares ministrando aulas nas cidades de

Praia Grande (SP) e São Vicente (SP); P3 é um participante do sexo feminino, atua na

área da natação para pessoas com deficiência há dezesseis anos na cidade de Santo

André (SP); P4 é um participante do sexo masculino, graduado há quatorze anos e

atuante na natação para pessoas com deficiência desde a graduação sendo que nos

últimos dez anos sua atuação tem sido voltada especificamente com a pessoa com lesão

medular ministrando aulas na cidade de São Paulo (SP); P5 é um participante do sexo

masculino que atua há dois com a natação para a pessoa com lesão medular na cidade de

Santo André (SP); P6 é um participante do sexo feminino que atua na área da natação há

vinte e quatro anos sendo que há quinze anos ministra aulas para a pessoa com

deficiência e há seis anos atua especificamente com a natação para a pessoa com lesão

medular na cidade de São Bernardo do Campo (SP); P7 é um participante do sexo

masculino que atua com a natação há dezessete anos e há onze anos com a pessoa com

deficiência, inclusive lesados medulares na cidade de Santa Isabel (SP); P8 é um

participante do sexo masculino que atua há oito anos com a natação e especificamente

há cinco anos com a natação para a pessoa com lesão medular na cidade de São Paulo

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(SP); P9 é um participante do sexo masculino que atua na área da natação há vinte e um

anos e há dezessete ministra aulas para a pessoa com deficiência inclusive lesados

medulares na cidade de São Paulo (SP); P10 é um participante do sexo masculino que

atua há nove anos na área da natação e há sete anos especificamente com a natação para

a pessoa com lesão medular na cidade São Paulo (SP); P11 é um participante do sexo

masculino que atua há quinze anos na natação para a pessoa com deficiência e há treze

anos com a natação para a pessoa com lesão medular na cidade de Vila Velha ( ES);

P12 é um participante do sexo masculino que atua há três anos na natação para a pessoa

com lesão medular na cidade de Caraguatatuba (SP).

Entrevista

A transcrição das informações coletadas a partir das entrevistas foi analisada

conforme a Análise do conteúdo proposta por Bardin (2001), sendo extraídas das falas

dos professores as estratégias utilizadas para o ensino da natação para a pessoa com

lesão medular. Cada participante recebeu uma sigla para que fosse mantido o

anonimato. Para siglas foi adotado P para indicar participante e um número subsequente

de 1 à 12 para diferenciação entre cada professor, seguindo-se a ordem das entrevistas.

As ideias centrais extraídas das entrevistas gravadas e transcritas na íntegra

deram origem ás categorias de resultados, sendo divididas em sete grupos conforme a

proximidade do assunto abordado pelo participante entrevistado. São elas: Natação

convencional e para a pessoa com lesão medular; Condição de superação e condução à

readaptação do nadador com lesão medular; Estruturação da intervenção; Natação para

pessoa com lesão medular: processo de ensino, adequação às necessidades e estratégias;

Entendimentodo professor sobre a funcionalidade; O professor e a funcionalidade do

aluno e Aporte e suporte do profissional.

Em Natação convencional e para a pessoa com lesão medular os professores

participantes abordaram as diferenças existentes entre as duas modalidades na natação,

salientando pontos como o desejo de que o aluno se supere também na vida cotidiana

além do esporte conforme o participante (P3) retrata: “(...) o fato dele transpor isso pra

vida pessoal dele, já valeu a pena, essa independência, autoestima, autonomia,

autoafirmação, essa .... enfim..., esse sucesso todo dele, eu fico feliz com isso.”

Esta característica peculiar apresentada pelos professores é um dos fatores que

diferencia a natação convencional e para a pessoa com lesão medular com relação à

participação e comprometimento do professor não apenas no momento da aula, mas

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com a vida do aluno como uma peça chave capaz de promover grandes mudanças, o que

corrobora com Betti (1998) o qual cita que os profissionais que atuam com a Educação

Física Adaptada assumem um papel transformador que constrói, mantêm e altera

significados sobre a área e sobre a prática da atividade . Neste sentido, fica explícito que

o diferencial no profissional que atua com a pessoa com deficiência é a construção de

ações sobre si e sobre o outro ao longo dos desafios propostos pela prática esportiva.

Este aspecto pode estar relacionado com a Condição de superação e condução

à readaptação do nadador com lesão medular, que parece ser indissociável quando

analisado pela ótica da expectativa da família e da criança com lesão medular no

momento em que inicia o processo de aprendizagem da natação. Esse processo e desejo

de mudança, independência e melhora na autoestima também gera uma expectativa

muito grande para o professor como expresso pelo participante (P10): “(...) A família e o

professor criam uma expectativa sobre o aprendizado do aluno, e ele acreditar que tem

potencial é muito importante(...)”. Segundo os autores Brazuna e Castro (2001)

naturalmente os pais normalmente ficam orgulhosos de seus filhos “atletas” e de suas

realizações, pois acreditam que seus filhos estão sendo preparados para viver uma vida

de desafios onde os limites serão superados. Sobre essa expectativa da família fica

explícito que muitas vezes é difícil lidar com aspectos técnicos e metodológicos da

natação para a pessoa com lesão medular, pois existe um modelo de natação que está

muito claro para a sociedade que é a natação convencional com quatro estilos de nado e

geralmente associados à sequência já pré-determinada na aprendizagem. Conforme

afirmam Canossa et al (2007), o ensino da natação apresenta um caráter

monodisciplinar, preocupado apenas com a execução técnica do nado através de uma

abordagem de conteúdos voltados à pratica da “natação pura” com atenção reduzida à

fase de adaptação ao meio líquido, a qual é a base do ensino na natação.

Entretanto, no ensino da natação para a pessoa com lesão medular, as

necessidades do aluno devem ser consideradas e muitas vezes por questões

metodológicas de ensino, este será diferenciado como aponta o participante (P11): “(...)

a gente percebe neles assim, uma expectativa de aprender uma natação, como a

natação convencional então cria se uma expectativa dos pais ali em relação às

crianças... a gente trabalha com eles essa coisa do estar dentro da água e depois no

outro nível, aí tem aquela coisa né, muda um pouco o padrão né, ah eu vou aprender

primeiro o crawl, depois eu vou aprender o costas, o peito, borboleta, isso muda

completamente, porque por causa da deficiência é mais fácil ele aprender o peito, no

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caso dos tetraplégicos não tem jeito ele vai aprender primeiro em decúbito dorsal né,

de costas, e essa troca acontece sempre porque eles veem na televisão, eles sabem o

que é natação e eles ficam esperando aprender naquela sequência, ou daquele jeito

(...)”.

Esta quebra de paradigma com a natação convencional deixa claro que não há

um padrão de nado para a pessoa com lesão medular, pois cada aluno apresentará o seu

próprio padrão como afirma o participante (P9): “(...) eu só preciso adequar... é claro

que ele não vai nadar como qualquer outra pessoa, ele tem o tempo dele, mas a

segurança dele acima de tudo (...)”. Não há uma técnica específica de nado para cada

aluno com lesão medular, pois cada um tem características próprias com relação às

necessidades e potencialidades que apresenta e o processo de ensino parte deste

princípio o que corrobora com o dito pelo participante (P8): “(...) a gente tem que ter

um olhar cuidadoso para cada atleta em cima disso, saber onde ele posiciona o corpo,

como ele larga, como ele vai respirar e a partir daí a gente dá os caminhos

facilitadores pra ele(...)” o que vai de encontro com as autoras Pedrinelli e Verenguer

( 2008) no sentido de que o homem deve ser visto em sua totalidade, tanto como sujeito

compreendido pela capacidade de desenvolver-se quanto pela singularidade de cada um.

Desta forma, se faz necessário considerar a individualidade de cada aluno independente

do contexto, se inclusivo ou não.

A questão é que muitas vezes, envolvido em um planejamento cujo tempo é

muito curto para o processo de ensino e aprendizagem e é voltado apenas para a

competição (periodização) ou na ânsia de verificar resultados, alguns professores

negligenciam as particularidades, tal como pode ser visto nas falas que seguem: (P1)

“(...) eu pulo meio que a parte do iniciação, existe mas a gente dá é.. uma abreviada

né? E o treinamento é.., pode se dizer que é forte(...)”; (P2) “(...) quando chega algum

aluno iniciante normalmente eu oriento a estagiária que fique só com este aluno

iniciante até que ele comece a nadar, comece a evoluir, normalmente aí cerca de dois,

três meses no máximo ele já está integrado na equipe e já chega o próximo e aí eu vou

nessa, chega um iniciante e aí toco integra a equipe , chega o próximo...é um ciclo.”

Alguns professores suprimem o tempo necessário para que o aluno se desenvolva

dentro do ritmo adequado conforme as suas necessidades como expresso pelo

participante (P11): “(...) cada um no seu tempo, as vezes o professor nem respeita isso

né, mas, segue muito esse modelo padronizado, no adaptado não, é necessário que você

entenda que essa individualidade ela é o ponto fundamental e aí essa troca é muito

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importante assim, essa percepção, essa análise do movimento na hora que está

acontecendo, você pode de repente perceber uma diferença, então assim tenta fazer

assim, ah eu não consigo, você não vai conseguir a primeira vez, impossível, você está

tentando pela primeira vez então, tenta de novo, tenta de novo, então vem desse

incentivo até ele conseguir(...)”.

Ao não respeitar esse tempo, o professor pode causar déficits no processo de

ensino levando este aluno a não vivenciar fases importantes durante o aprendizado,

especificamente durante a fase de adaptação ao meio líquido, como abordado por

Greguol (2010, p.94): “O planejamento inadequado desta adaptação, especialmente

quando não se leva em conta as particularidades do aluno, pode prejudicar toda a

aquisição futura das habilidades na natação”. Esta afirmação corrobora com Pedrinelli e

Verenguer (2008) que ao citar Sherril (1995) afirmam que é essencial que o professor

tenha uma atitude profissional que assuma princípios baseados nas diferenças

individuais, considerando durante o processo de ensino a individualidade do aluno

enquanto ser social, afetivo, motor e cognitivo.

Ficou explicitado claramente o desejo dos professores em querer contribuir com

a evolução dos alunos reconhecendo que as mudanças que ocorrem pós-trauma levam

um tempo para se estabilizarem e a prática esportiva colabora para que a pessoa

reconheça e aceite o novo estado. Nesse contexto, o professor tem papel fundamental

neste processo, fato explicitado na fala do participante (P1): “(...) o paratleta pode se

dizer que ele ta no fundo do poço e você vai começando a dar um trabalho aquático...

ele vai pegando confiança, vai pegando vontade, vai vendo a melhora, vai tendo ganho

muscular(...)”.

Segundo Castro (2005, p.350) “... as atividades aquáticas abrem oportunidades

para novas descobertas de possibilidades motoras” e desta forma, os benefícios

provenientes da natação para a pessoa com lesão medular elevam a relação interpessoal

integrando o indivíduo na sociedade, elevando também a autoestima e o potencial de

independência (CAMARGO et al, 2010).

Neste mesmo sentido, Marques et al ( 2007) afirmam que a prática esportiva

contribui de forma significativa para a inclusão de pessoas com deficiência e

proporciona o processo de adaptação do indivíduo à sociedade e vice versa, o que pode

ser entendido como a aptidão à atender as demandas exigidas pela vida como um

processo que existe para a pessoa com deficiência, para com o seu meio e desse

ambiente para com o sujeito.

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Quanto aos objetivos dos professores, busca-se melhorar a qualidade de vida do

aluno antes de torná-lo um atleta, fazendo com que ele supere seus medos e se sinta

incluso e participante da sociedade, o que pode ser verificado nos trechos que seguem:

(P2) “(...) eu almejo com meus atletas, a primeira coisa, eles... suportarem o medo

deles... transformar a vida deles com o esporte antes de realmente ele ser um atleta”;

(P5) “A gente almeja primeiro tentar proporcionar uma qualidade de vida melhor pra

eles (...)”. Para Gorgatti e Bohme (2008, p. 168) é importante que o profissional tenha

em mente como um dos objetivos da atividade física para a pessoa com lesão medular,

“preparar o indivíduo para reassumir seu papel na família e na sociedade, com maior

confiança e autoestima, favorecendo a superação do trauma psicológico provocado pela

lesão e pela privação repentina de movimentos”.

Conforme comentado pelos professores nas falas que seguem, estes consideram

que, após sofrer uma lesão medular, há um tempo de assimilação da condição até chegar

na natação, o que pode ser importante para que o aluno transponha a visão de inapto

para a condição de descoberta do seu próprio potencial, como pode ser lido no dito por

(P8) “(...)geralmente as lesões, elas tem características do que? De dois anos para

frente, raramente a gente vai ter casos de lesado com menos de um a dois anos de

lesão... muitas vezes fica difícil porque ele ainda ta se adaptando a uma nova

realidade... é complicado você se aceitar, porque ele vivia numa condição, e hoje calma

aí, ele tem uma limitação, né, então ele tem se adaptar a essa realidade e começar a

conhecer do que ele capaz, é complicado.” Sabe-se que após a lesão é um mundo novo,

onde tudo é diferente e o aluno já não é mais o mesmo também conforme afirmam os

participantes (P2) “(...) a maioria deles..., dos meus atletas eram normais...

pouquíssimos é a lesão de nascença (...)”; (P8) “(...) ele tem que se readequar a uma

nova forma de executar o movimento, então é um novo mundo(...)”.

A natação se torna parte de um processo de reconhecimento para uma nova vida

e percepção de novo corpo e para Cardoso (2011), através do paradesporto, o professor

conduz condições para que a pessoa com deficiência se reconheça como ser humano e

busque seu desenvolvimento de forma prazerosa.

Desta vez em meio líquido, nota-se a diferença que há na percepção do corpo na

água para a pessoa que sofre uma lesão medular conforme cita o professor (P11) “(...)

tem gente que fala assim, ah eu me virava bem dentro da água antes de sofrer o

acidente, depois do acidente eu não sei como é que é (...)”. Para a descoberta destas

diferenças é preciso que haja uma mudança no pensamento do aluno sobre o que é ser

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uma pessoa com deficiência, este fato fica claro na fala dos participantes (P11) “(...) já

há uma limitação inicial pelo que a sociedade impõe ou pelo que eles aprendem sobre a

deficiência...”; (P3) “(...) o fato dele transpor isso pra vida pessoal dele, já valeu a

pena, essa independência, autoestima, autonomia, autoafirmação (...)”. Essa mudança

acontece através da descoberta do potencial que a pessoa tem e está refletida na

categoria Entendimentos do professor sobre a funcionalidade, pois, a descoberta

deste potencial ocorre não apenas sob a visão do aluno, enquanto ser agente e construtor

da aprendizagem, mas conforme a percepção e análise do professor sobre o processo de

ensino decorrido: (P11) “(...) a capacidade funcional deles assim, que eles descobrem,

o movimento, isso é muito bacana, mas, assim, é uma transformação, eles chegam

achando que eles não vão conseguir muita coisa e depois eles descobrem que o corpo

deles é capaz de fazer muito mais que o movimento que eles fazem na cadeira de

rodas”.

Para que essa descoberta aconteça de fato, a autonomia do aluno no agir é

primordial, pois ele é construtor desse processo. Contudo, a própria condição da

deficiência, a necessidade de auxílio, o sentimento de dependência de outras pessoas e a

autonomia geralmente necessitam ser estimulados porque estão ausentes e devem ser

reconstruídas, conforme pode ser percebido na fala de (P11): “ (...) eles esperam muito

que eles sejam muito comandados assim, eles esperam muito que alguém faça alguma

coisa por eles, e nessa hora que você percebe que é necessário que eles descubram o

corpo deles na água, é necessário que eles tenham muita autonomia e eles esperam

muito que você dê a resposta pra eles(...)”. A observação colocada pelo professor

corrobora com Silva et al. (2005) que citam que aumentar o nível de independência

funcional do indivíduo acometido pela lesão medular é um dos objetivos do esporte

adaptado, assim como melhorar a auto imagem, auto estima, oferecer vivencias de êxito,

aumentar a tolerância à frustração e desenvolver, propiciar a descoberta do potencial

residual do aluno.

O trabalho de descoberta do potencial pode ter início na proposta de ensino feita

pelo professor que tem a função de gerar segurança no aluno para que ele busque novos

desafios e evolua com relação à aprendizagem. É perceptível que alunos com lesão

medular mostrem-se inseguros e necessitam de incentivo constante do professor,

abordado por (P2): “(...) faz com você pegando, apoiando, mas, quando vai tá sozinho,

ah mas eu não consigo, meu claro que tu consegue, ele mesmo se veta daquilo e não

permite a evolução dele(...)” e com relação à sentimentos negativos advindos desta

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insegurança, o nadador com deficiência deve ter de forma clara, compreensão sobre os

objetivos a serem atingidos assim como o suporte necessário para a conquista destes

objetivos ( MARTIN et al, 1995).

Todo esse processo de descoberta do potencial e reconhecimento de uma nova

vida/corpo/condição é facilitado quando a aula acontece em grupo, porque ocorre a

troca de experiências e informações e o aluno percebe o quanto companheiros de raia

com a mesma deficiência podem contribuir para o aprendizado, como afirma o

professor (P1): “(...) o Breno quando conheceu esses dois melhorou muito, falou ó eles

podem, eu tenho que sair lá do meu quarto e tratar da minha vida.”

Os professores buscam dividir os grupos por capacidade e nível de aprendizado

e não por deficiência, como pode ser identificado nas falas: (P2) “(...) independente se é

visual, se é físico, se é intelectual, todo mundo junto(...)”; (P4) “(...) a gente não faz

atendimento especifico pela separação de deficiência desde a base do inicio(...)”; (P12)

“(...) eu não divido por idade, eu divido por capacidade, então aqueles que não sabem...,

que não tem nenhuma condição de flutuabilidade, não tem noção da desenvoltura da

mecânica do nado então eu coloco na iniciação(...)”. Vê-se preocupação com a

característica heterogênea do grupo com relação ao tipo de deficiência e essa

preocupação pode-se relacionar com a estrutura física que os locais em que as aulas

acontecem apresentam, com o número de professores disponíveis e com a política das

instituições o que nos fez levantar a categoria Estruturação da Intervenção e é

possível verificar as referências dos professores sobre isso: (P11) “(...) distribuição das

turmas né, na verdade isso depende muito da época em que o projeto acontecia né,

tempos onde se tinha apenas um professor para trabalhar com tantas pessoas, tempos

onde se tinha mais professores, então a gente consegue organizar essa estrutura da

aula de acordo com essa estrutura profissional(...)”; (P3) “(...) todo ano tem mudanças

no programa, a gente tem limitação de raias disponíveis, tem ano que a gente 2 raias,

tem ano que a gente tem 3 raias, então depende muito da disponibilidade”.

Ainda com relação à questão da Estruturação da Intervenção, nota-se na fala

dos participantes que há uma preocupação em dividir os grupos por faixa etária a fim de

facilitar o aprendizado por intermédio de uma linguagem específica mais próxima da

criança e mais próxima do adulto: (P11) “(...) a gente tenta diferenciar as turmas,

criança e adulto, por conta da linguagem (...)”; (P3) “(...) a gente procura montar

grupos mais próximos, jovens..., crianças.., adultos...tenho que usar o meu

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conhecimento da natação, e eu tenho que decodificar essa informação em uma

linguagem que ele compreenda...”.

Com relação à organização das escolas de natação, Santos e Pereira (2008) citam

que a disponibilidade total do professor para o processo de ensino/aprendizagem só será

possível se a instituição que este pertence lhe proporcionar boas condições de trabalho .

Muitas instituições de ensino em natação encontram-se limitadas e nem sempre

propiciam uma condição coerente de aprendizagem haja vista a falta de infraestrutura

(piscina muito rasa ou muito profunda), heterogeneidade com relação ao nível de

aprendizado, a ausência de meios auxiliares disponíveis e a superlotação das turmas,

fator que influencia para a eficácia do ensino implicando de forma direta no apoio

pedagógico reduzido, não apenas pela falta da competência didática do professor, mas

pela dificuldade de planejamento das atividades.

Apesar de a aula acontecer em grupo, os professores citam que a atenção é

individualizada pelas características, dificuldades e limitações serem diferenciadas e os

níveis de aprendizado também: (P3) “(...) porque eles também tem uma diferença de

nível de aprendizado, tem uns que ainda ta no começo e tem outros que já ta mais

avançado(...)”; (P8) “(...) cada um tem uma característica, cada lesado vai ter uma

certa dificuldade, uma limitação...” e o respeito à individualidade do aluno.

Para que seja possível a divisão dos grupos se faz necessário uma avaliação

prévia para conhecer o aluno com objetivo de facilitar o processo de ensino colocando o

aluno em um grupo que possa contribuir com o aprendizado, conforme mostra um

professor (P11) “(...) uma pessoa com lesão medular que nunca aprendeu a nadar e

chega para fazer aula, a gente faz uma avaliação prévia, uma anamnese e dentro da

água a gente faz uma avaliação de percepção em relação ao medo que ele vai ter da

água...” ou optando pela aula individual até que este aluno esteja capacitado a participar

com segurança do grupo.

Este processo muitas vezes mostra-se conflituoso quando há necessidade de um

atendimento individualizado durante a fase de iniciação na natação, mas sabe-se que é

muito importante o grupo para o desenvolvimento social da pessoa com deficiência:

(P11) “(...) a gente entende a importância que eles estejam misturados com outras

crianças, mas, aí por conta da deficiência a aula tem que ser mais individualizada...”.

Um dos papéis do grupo é atuar como agente facilitador no processo de ensino

que se soma ao professor na condução individualizada considerando as especificidades

de cada aluno e nesse sentido, o grupo pode contribuir de forma direta para o sucesso na

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aprendizagem atuando como um modelo através da observação do próprio

comportamento e do comportamento alheio para a obtenção de informações relevantes

que serão a base de formação de comportamento futuro (FERREIRA, 2008).

A Natação para a pessoa com lesão medular: processo de ensino, adequação

às necessidades e estratégias, foi aglutinado o que os professores citaram que durante a

adaptação ao meio líquido se faz necessário que o professor desenvolva o trabalho em

conjunto com o aluno. Destaque foi verificado na necessidade do professor em estar

dentro da água para dar suporte à confiança e segurança do aluno, bem como dispensar

atenção especial às reações e os objetivos do aluno como expresso na fala dos

participantes: (P3) “(...) você tem que entrar, perceber qual é a dele(...)” (P6) “(...) o

lesado medular ... é difícil conseguir trabalhar fora da água, a gente sempre trabalha

com eles dentro da água, fora da água.. não dá... porque a gente tem que ta sempre

com muito contato, tem que estar sempre dentro da água, junto com ele.” Sobre o

suporte do professor ao aluno, Greguol (2010) afirma que o professor deve estar apto a

reconhecer as situações que o aluno não poderá ficar sozinho na piscina sem sustentação

e nestas situações o aluno deve ficar em uma posição confortável e segura em todos os

momentos, sendo portanto essencial a presença do professor dentro da água conforme

observado na fala dos professores entrevistados.

A adaptação ao meio líquido é o primeiro estágio do processo de ensino na

natação e o cuidado com o ambiente em que esta fase é desenvolvida mostra-se

essencial para os professores: (P12) “(...) Aqueles que não têm nenhuma condição de

flutuabilidade, não tem noção da desenvoltura da mecânica do nado entram na

iniciação, em outra piscina menor e rasa.”; (P3) “(...) no começo é um trabalho dentro

da água, então eu to falando no começo, é um trabalho de iniciação a natação, então é

junto, fazendo junto, então primeiro porque a pessoa traz um histórico de vida, muitas

vezes a pessoa nunca entrou numa piscina(...)”

A adaptação ao meio líquido é o “pilar básico” do processo de

ensino/aprendizagem em natação e é nesta fase onde se devem contemplar as

habilidades motoras básicas que são percursoras de determinadas habilidades mais

específicas de movimento para Canossa et al. (2007), o que corrobora com Martins et al

(2015) que explicitam que a estimulação motora num novo meio induzem a um novo

leque de sensações, experiências corporais, ligações afetivas e sociais, além do

desenvolvimento de novas habilidades.

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Durante a adaptação ao meio líquido o aluno vivencia estágios muito

importantes no processo de ensino/ aprendizagem como a perda do medo e a interação

com o meio líquido como pode ser observado: (P3) “(...) processo de ensino iniciou com

a perda do medo, com o professor na água, acompanhando, depois com exercícios para

que o aluno tivesse vivencia motora(...)”; (P8) “(...) essa interação acontece com o

volume de água e de treino que eles já tem, então eles vem produzindo e vem

evoluindo...”. A troca de informações entre professor e aluno ( feedback) é essencial

para a construção da autonomia do aluno a qual atua como instrumento facilitador no

processo de descoberta da funcionalidade como expresso pelo professor (P11):

“(...)existe uma preocupação muito grande nessa troca, é necessário que eles

participem muito, tem essa autonomia dessa troca de... que eles percebam assim o

quanto o corpo deles ta evoluindo... uma pessoa que não se locomovia dentro da água

em um mês ele está nadando de um lado para o outro assim, isso é muito bom, eles

percebem isso muito rápido”.

Com relação à percepção do aluno sobre a funcionalidade do movimento se faz

importante salientar que é durante o processo da adaptação ao meio líquido que esta

percepção é desenvolvida conforme citado pelo professor (P7): “(...) tem uns que tem

uma percepção maior e tem outros que tem a percepção menor, mas, a gente faz uma

adaptação ao meio líquido muito boa, pra ele primeiro conseguir se manter na água,

depois a gente faz o movimento natatório mesmo de verdade”. É evidente a

preocupação dos professores em realizar um processo eficiente de ensino/ aprendizagem

durante a adaptação ao meio líquido antes do ensino do movimento natatório.

Para Greguol (2010, p.94) é na fase de adaptação que “o aluno tem seus sentidos

adaptados ao ambiente aquático e começará a compreender como pode potencializar a

movimentação do seu corpo para se deslocar com maior fluidez e estabilidade e com o

menor gasto energético possível”. Esta potencialização do movimento é caracterizada

como a descoberta da funcionalidade e o aproveitamento total do potencial residual. E

durante este processo, as estratégias de ensino a serem utilizadas, são ponto chave para

que haja adequação às necessidades e reconhecimento ao potencial do aluno, sempre

levando em conta fundamentalmente a fase de desenvolvimento que este se encontra

(GREGUOL, 2010).

As estratégias de ensino podem ser de formas variadas e são selecionadas pelos

professores conforme o nível de aprendizado, nível de lesão dos alunos e a visão do

professor sobre a funcionalidade: (P9) “(...) vários métodos, depende da dificuldade em

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especifico do atleta, no paraolímpico a gente vai encontrar na mesma lesão ou até na

mesma altura de lesão medular características diferentes (...)” o que corrobora com

Greguol (2010) que menciona que o programa de ensino deve ser adequado à faixa

etária e ao estágio de desenvolvimento motor, cognitivo e afetivo-social do aluno, não

priorizando a deficiência apresentada.

A motivação foi citada como uma das condições que necessitam de estratégias

dos professores para que o aluno se sinta capacitado a superar os desafios propostos

pela prática esportiva como afirma o professor (P3): “E faze-lo acreditar que ele é

capaz né, mostrar pra ele, pode demorar um pouquinho mais de tempo esse

aprendizado, mas, o aluno tem potencial, tem com certeza, e deixar isso bem claro aí

pra eles(...)”. Para Reis (2000) a interação existente entre professor e aluno e, deste para

com o grupo, influenciam na motivação e nesta relação para com a prática de ensino.

A motivação é o início de qualquer ação e a crença que o aluno tem em suas

próprias capacidades faz com que ele busque se superar a cada novo movimento

gerando um sentimento de prazer a cada descoberta como expresso na fala do professor

(P3): “(...) cada vez que ele vê que ele consegue uma coisa, ele vai buscando coisa

nova, é um processo natural (...)” sendo a inferência do professor uma alavanca para

que este aluno se sinta motivado e evolua.

A forma com que o professor trata os desejos e as expectativas do aluno irão

nortear os caminhos a serem percorridos durante o processo de ensino, pois nem sempre

os alunos irão lidar com o sucesso. A expectativa não concretizada de realizar

determinado movimento ou tarefa gera sentimento de incapacidade e frustração e nestes

momentos se faz primordial a competência do professor em transformar um sentimento

negativo do aluno em oportunidade para o desenvolvimento de ações no processo de

ensino; fato este expresso na fala do participante (P7): “(...) tem uns que não imaginam

o que consegue fazer, e tem uns que pensam que consegue fazer alguma coisa, mas, não

conseguem fazer aquele movimento, então aí você precisa nortear estas pessoas, dar

incentivo para que consigam”. Faz-se necessário observar que a expectativa que o

professor demonstra ter sobre a evolução do aluno afeta a forma pela qual o mesmo

percebe o papel de líder/mediador do professor no processo de ensino, a quantidade e a

qualidade de experiências vivenciadas e o vínculo afetivo que se estabelece (REIS,

2000).

A motivação faz com que o aluno pratique na vida cotidiana os ensinamentos

propostos pela prática esportiva como afirmam os professores: (P12) “(...) eu procuro

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sempre fazer isso, tentar sempre ta dando uma motivação pra eles, seja por meio de

campeonato, seja por meio de mostrar o vídeo de alguém, seja por meio de mostrar a

importância na sociedade, ou de alguém que elogiou pra eles perceberem que aquilo

que eles estão fazendo é importante pra alguém (...;)” (P1) “(...) a gente tem que tentar

motiva-lo na independência dele, e na própria superação diária (...)”.Em Weinberg e

Gould (2001) é lembrado que a motivação pode ser considerada sob diversos pontos de

vista específicos: para a realização, na forma de estresse competitivo, intrínseca e

extrínseca, conforme o objetivo e intensidade do esforço.

Ainda com relação às estratégias de ensino é importante salientar que o

Entendimento do professor sobre a funcionalidade e O professor e a

funcionalidade do aluno, próximas categorias a serem apresentadas, são primordiais

para que a estratégia a ser utilizada durante o processo de ensino seja pensada sob a luz

do potencial que o aluno apresenta , sendo que a construção de ações deve estar voltada

para a potencialidade não para a deficiência (EMES et al, 2002).

O direcionamento do processo de ensino pode estar voltado ao potencial do

aluno, conforme cita o professor (P11): “(...) de dar autonomia e criar neles uma

possibilidade deles sentirem que eles podem pensar o corpo deles de uma forma

diferente assim(...) “ ou sob o olhar limitante do cumprimento de tarefas, que cabe ao

professor a adaptação necessária para que o aluno responda a determinado objetivo,

restrito e especifico com relação à atividade a ser desenvolvida fato expresso na fala a

seguir: (P7) “A gente não faz nada que eles não vão conseguir fazer, a gente conversa ,

faz.., faz alguma coisa, melhora aquilo , depois pra fazer outra e assim vai(...)”.

Segundo Emes et al. ( 2002) o foco no processo de ensino deve ser o

desenvolvimento de habilidades e não a deficiência, a atividade a ser realizada e o

ambiente, apesar da importância de se considerar estes fatores, a ênfase deve ser

pautada na construção de uma atitude positiva do profissional e na desmistificação da

deficiência, sendo estes, pontos críticos de um programa de ensino específico na

atividade física adaptada, também ressaltado por Giesecke (1997, p. 127) que mostra

que

(...) os profissionais da saúde devem manter o foco sobre o

atendimento `a pessoa com lesão medular desenvolvendo o máximo

potencial para a saúde e funcionalidade através da natação, sendo esta

uma das formas mais naturais de estabelecer a coordenação, força,

velocidade, resistência e autoconfiança.

Pode-se observar na visão de Emes et al (2002) e Giesecke (1997) a valorização

da potencialidade do aluno e a ênfase na construção de um processo de ensino que leve

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ao desenvolvimento de habilidades. Por outro lado, Gorgatti e Bohme (2008, p. 169)

trazem que é “preciso que o professor tenha pleno conhecimento das funções perdidas

ou prejudicadas em cada aluno, a fim de que possa traçar objetivos de realização

específicos”. Por esta visão, observa-se a prevalência no ensino da limitação de

movimentos consequente da deficiência priorizando a lesão medular e desconsidera-se o

potencial da pessoa com lesão medular.

Quando pensado sob o olhar do potencial que o aluno apresenta, as adaptações

necessárias e estratégias a serem utilizadas são consideradas conforme as

especificidades de cada aluno e as respostas (feedback) direcionadas ao professor

precisam ser analisadas durante a realização das atividades, conforme Gorgatti e Bohme

(2008), pois o professor deve verificar e planejar com o próprio aluno qual estratégia de

ensino será mais confortável para a realização das atividades.

É faz necessário enfatizar que a funcionalidade está relacionada aos pontos de

inervação sobre o qual se relaciona o nível neurológico da lesão (GIESECKE, 1997).

Neste sentido, o equilíbrio, a propulsão, o arrasto, a flutuabilidade e a funcionalidade

devem direcionados de acordo com o padrão de nado específico de cada aluno: (P9)

“(...)o atleta tem uma lesão C5 e o outro tem uma lesão C7 é bem próxima a lesão mas,

o comprometimento é muito diferente e as vezes tem um comprometimento que enerva

ali numa região mais alta, as vezes mais para um lado do que para o outro, então isso

afeta também no equilíbrio do nadador dentro da água(...)”; (P11) “(...)o principio que

serve pra natação convencional de você pensar no poder propulsivo sempre na direção

perpendicular quando você transforma isso pro tetraplégico ou pro paraplégico você

tem que fazer uma série de adaptações que foge de um padrão mais eficiente de

movimento mas tem haver com este equilíbrio e talvez com a diminuição do arrasto,

talvez nesse momento o equilíbrio seja mais importante até que o próprio poder

propulsivo”.

Segundo Fugita ( 2003), a preocupação com a fluidez do movimento denota uma

visão pedagógica que confronta-se com a metodologia tradicional da natação, onde os

aspectos voltados à execução são evidenciados e o que retratará essa harmonia será o

conjunto de estratégias de ensino selecionados pelo professor.

O reconhecimento do potencial do aluno está diretamente relacionado à forma

como o professor interpreta e trata o esporte: (P3) “(...) a forma com que você trata o

esporte junto, independente dele ser uma pessoa com deficiência ou não, é o que faz ele

vir na outra aula. Isso vai motivar ele pra continuar e ele gosta demais de nadar...”.

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Porém, este processo de determinação da estratégia está ainda intimamente relacionado

aos vários fatores inerentes à prática da natação, tais como competência que o professor

possui ao trabalhar com o aluno com lesão medular, verificada na fala de (P3) “(...)

quando eu fui explicar pro Sergio a braçada do borboleta, falei putz ele forçar mais

ainda a coluna dele né... ele queria aprender aquele gesto, aí ele foi, devagarzinho,

devagarzinho, o medo... eu tenho medo de lesionar o que já é lesionado... ”; a análise

que o professor faz sobre a limitação e a incapacidade do aluno para determinada tarefa,

levantada por (P5) “(...) não adianta a gente querer passar pra eles porque a gente

sabe que vai cansar muito..., então a gente procura não passar esse tipo de nado pra

eles porque a gente sabe... principalmente o borboleta, não vai rolar legal..., vai ser

uma frustração pra gente e pra eles....”, e o estabelecimento de determinada estratégia

para o cumprimento de determinada tarefa considerando as limitações inerentes da

deficiência, sinalizada por (P8) “(...) estratégia de gerar o melhor resultado para o

atleta e que ele consiga evoluir muito mais rápido e fazer o nado muito mais rápido, é

claro que a gente preserva sempre a técnica, mas, em cima das limitações dele (...)”.

Esses aspectos demonstram como os professores que consideram a limitação motora

como ponto inicial para o trabalho visualizam a técnica de nado, colocando o aluno

como responsável por adaptar-se à esta técnica.

Esta visão aproxima o processo de ensino da natação para a pessoa com lesão

medular ao processo utilizado na natação convencional criando um contraponto com

relação ao reconhecimento do potencial, o que pode ser verificado na fala de (P11):“(...)

talvez com a pessoa com deficiência, essa troca e essa necessidade de autonomia para

que eles te deem essa resposta é até maior do que com a pessoa sem deficiência, porque

a forma como você pensa a natação para pessoa sem deficiência, apesar de ter algumas

diferenças de técnica, ela é muito padronizada, então você não tem uma deficiência,

então você vai aprender como todo mundo aprende ...”.

Para Fugita (2003, p.72) “um comportamento altamente técnico pode ser

mecanizado e desprovido de significado para o executante. Ao se conduzir

demasiadamente o aprendiz, corre-se o risco de privá-lo de experimentar novas

possibilidades”. Então, o processo de ensino da natação para a pessoa com lesão

medular quando comparado à natação convencional apresenta característica diferente,

pois considera a individualidade de cada aluno no sentido da valorização do potencial e

respeito à diversidade humana (MUNSTER E ALMEIDA, 2006).

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Com relação à percepção da funcionalidade, esta pode ocorrer de formas

variadas, dentre elas pela via auditiva, visual ou sinestésica como indica (P3): “(...)

quando você tem uma pessoa que enxerga, um vidente, então a primeira demonstração

é visual, então você fez o gesto visual pra ele olhar, você entendeu? Mais ou menos prô,

então óh vamos fazer juntos, então põe ele sentado na borda, por trás eu pego nas

mãozinhas e faço o gesto com ele, entendeu Sergio como é? Você vai desenhar uma

ferradura, empurra para trás, puxa a mão na frente, junta, faz com ele, percebeu?”:

(P2) “(...) tem aluno que entende escutando, tem aluno que entende vendo, tem aluno

que entende a gente tocando né?,... então as vezes você fala... as vezes eu mostro, putz

ele não entendeu ainda... então eu vou lá..., mostro o vídeo, se não entendeu ainda, to la

na água e pego óh tua mão tem que entrar aqui”. Variam muito conforme o objetivo

que se tem e o padrão de nado que o aluno apresenta, e James e Gardner (1995) ainda

lembram que cada pessoa processa e aprende novas informações de diferentes formas

sendo canais para esta aprendizagem as vias de percepção visual, auditiva e sinestésica

que combinadas com as habilidades cognitivas, aspectos psicológicos e emocionais

formam os estilos de aprendizagem.

A aula pode ser construída em conjunto com o aluno como expressa (P3): “(...)

acho que essa coisa de você construir junto, ela é muito rica(...)” e o professor assume

um papel de mediador no processo de descoberta da funcionalidade como indica (P11:

“(...) eu sou um mediador ali de um processo de descoberta e de troca assim né, de eu

passar o conhecimento e esperar uma resposta e essa resposta você transforma em um

movimento talvez mais eficiente, e aí eu troco essa informação e percebo qual que é

realmente essa possibilidade de deslocamento e fico mediando assim essa descoberta

deles com meu conhecimento(...)” . A forma como o professor constrói e lidera a aula

está relacionada aos estilos de ensino que este adota, conforme a percepção que se tem

da aprendizagem do aluno e neste sentido, o professor necessita identificar o estilo mais

adequado para cada situação do processo de ensino ( MUNSTER E ALMEIDA, 2006).

Em Entendimento do professor sobre a funcionalidade destaca-se a visão que

os professores têm sobre funcionalidade, especificamente do quanto seu aluno com

lesão medular pode avançar dependendo das expectativas que se tem, do estímulo

recebido: (P7) “(...) porque a maioria deles não teve vivencia com a natação adaptada

depois que ficou lesado(...)”, ou do quanto o professor enxerga e reconhece a dimensão

do potencial que esta pessoa apresenta: (P11) “(...)de certa forma é complexo nadar

assim, e de certa forma a gente não sabe até onde vai o limite do movimento em função

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da deficiência e o limite motor por ele não ter aprendido a nadar” (P12) “(...) as vezes

você falou, ela não compreendeu só que ela tem a função ali e aí só que ela não

compreendeu então cabe a você gerar mecanismos pra que ela entenda o que você

falou e aí ela executa a função que ela tem(...)”. Cabe ao professor a ação em promover

a aprendizagem segundo a visão que este tem sobre a funcionalidade e o uso de

estratégias de ensino adequadas que promovam a estimulação necessária. Para Munster

e Almeida (2006) o foco deve estar sobre o programa de ensino (currículo, conteúdo,

estratégias, procedimentos, materiais e recursos, locais e ambientes de intervenção,

métodos de avaliação e aprendizagem) e não propriamente sobre a deficiência.

A visão de funcionalidade parte do feedback dado pelo aluno e é construída na

medida em que as ações educativas de descoberta geram respostas para que se criem

outros movimentos fazendo com que todos participem do processo de

ensino/aprendizagem conforme citado pelo professor (P11); “(...) eles passam a maior

parte da vida deles fora da piscina, o movimento que eles fazem dentro da água é

diferente do que eles fazem fora da água e... é isso assim, o que eles acham que eles

não conseguem fazer com movimento de braço ou de tronco quando eles ficam sentados

na cadeira quando eles percebem que eles colocam uma ação motora dentro da água

eles percebem uma funcionalidade de algo pra eles que antes não tinha função”.

É necessário atentar que o aluno com o conhecimento de seu próprio corpo vai

descobrindo qual é a melhor forma para ele se movimentar na demanda de uma ação

específica e qual o meio mais eficiente para que realize determinado movimento

conforme também preocupa-se o participante (P3): “(...) ele percebendo o corpo dele

como que é, ele faz uma adaptação, putz eu vou deslizar mais e eu vou mais rápido se

eu puser a mão um pouquinho pra cá...,um pouquinho pra lá, inclinadinha um

pouquinho pra cá, então ele sabe a funcionalidade do corpo dele o que é melhor pra

ele e o que deixa ele mais eficiente no nado , né assim, o conhecimento do corpo dele,

essa consciência que ele tem corporal faz com que ele descubra como ele se torna mais

eficiente, ele usa a funcionalidade a favor dele”.

A funcionalidade está ligada à crença, à vivencia motora do aluno e à pré-

disposição para novos movimentos, destacado por (P10); “(...) ela é algo mais do que o

simples ato motor, a funcionalidade é um conjunto como um todo(...)”; (P8) “(...) se eu

tenho que atravessar a piscina por exemplo, os membros vão proporcionar que eu faça

isso, mas, como eu vou fazer é a funcionalidade e a crença, somo a função que já tenho

mais a crença e assim eu melhoro minha capacidade funcional e serei mais eficiente”;

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( P3) “(...)os dois, eles tem uma vivencia corporal legal assim sabe, eles embora não

tenham movimento, eles acabam compensando de outras formas né...”.

Como resultado de um conjunto de fatores, a funcionalidade tem uma ação inter-

relacionada com a função e é vista por alguns professores sob o olhar neurológico desta,

apesar de ser independente do nível de lesão. O reconhecimento do potencial do aluno e

a percepção do professor quanto à funcionalidade que o aluno apresenta estão

relacionados a uma visão mais abrangente das possibilidades de movimento

considerando a função como parte destas e não como o fator limitador, ou seja, esta

percepção acontece na medida em que o professor aceita e reconhece o aluno como

construtor de seu próprio movimento, assumindo conforme Munster e Almeida (2006,

p.83) a visão de “caleidoscópio” que busca a “compreensão da deficiência não pautada

pela limitação, comprometimento ou falta da funcionalidade em um órgão ou segmento

corporal, mas, pelo potencial do indivíduo e capacidade das pessoas que o rodeiam,

buscando adaptação mútua a esta condição”.

Como citado anteriormente, o processo de ensino da natação para pessoa com

lesão medular e a adaptação de estratégias para tal podem ser vistos pelo

reconhecimento da funcionalidade, considerando um conjunto de fatores, ou pelo olhar

da limitação, ou seja, olhar topográfico neurológico da função. Assim, conforme

verificado, para alguns professores, a funcionalidade está presente apenas nas regiões

não afetadas pela lesão como citado pelo professor (P2): “(...) funcionalidade é aquilo

que realmente funciona... toda função é funcional, independente do nível da lesão, e nós

estamos falando aqui de lesado medular, o que ele mexe, a parte que não foi lesada, a

parte que ele mexe, ele tem total funcionalidade dentro da água pra aprimorar o nado

dele, então desde o principio eu procuro trabalhar no limite da limitação do aluno, no

limite do limite”.

Percebe-se que a concepção de função motora ou a perda dela não estão claras

nas declarações dos professores: (P10) “A funcionalidade que nem eu falei foram

deixados né, então aquele momento livre de poderem estar quase se locomovendo na

vertical isso já.. é um ganho muito grande porque ele esta revivendo, ele esta tendo

reflexos do momento em que ele andava(...)”. E o que pode vir a ser funcional (P9)

“(...) o paraplégico ainda tem um pouquinho mais de sensibilidade, por ter mais

funcionabilidade no tronco ele consegue perceber um pouco melhor o seu corpo na

água, o tetraplégico é um pouco difícil, eu tenho um com uma lesão C5 e o outro C7...

então por conta da dificuldade motora e daquilo que você citou mesmo, dificuldade de

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percepção do corpo na água(...)”; (P12) “(...)é muito da propriocepção né, que nem o

nado costas que a gente tem falado bastante, a questão das viradas né, a questão da

finalização do nado, eu vou esticar meu braço aqui eu tenho que saber... eu conto as

braçadas lógico, mas, eu tenho que saber que eu vou esticar meu braço e ta chegando

a parede, então essa questão da propriocepção é fundamental pra que eles tenham esse

ganho motor também e esse desenvolvimento no nado deles(...)”; (P4) “(...) buscar

possíveis estratégias né, tanto no treinamento desportivo quanto especificas aí..., pra

deficiência, pra essa percepção do deslocamento em si(...)”; (P6) “(...)utilizo esta

estratégia pra ele sentir que ele consegue e que é possível(...)”.

Cada aluno tem um tempo próprio para a descoberta da funcionalidade e cada

professor precisa lidar com as suas próprias crenças. A funcionalidade é por vezes vista

como dependente do nível da lesão, partindo da ideia da limitação como consequência

da deficiência e como o ponto de início para a realização da ação motora. Porém, é

preciso considerar que a funcionalidade motora é um conjunto de ações, havendo uma

quebra da visão da limitação a partir do momento que o aluno descobre seu próprio

potencial, o que se verifica na fala de (P11): “(...) parte daquela ideia ah tem a

deficiência então vai ser muito difícil aprender a nadar, por uma série de motivos

principalmente se for uma tetraplegia, por exemplo, eles num primeiro momento eles

descobrem que até existe um fator que facilita o início que é a questão da

flutuabilidade(...)”.

Esta descoberta do potencial somada às propriedades físicas da água em

contato com o corpo produzem efeitos independentes do nível de lesão, fazem que com

que a percepção da funcionalidade seja facilitada através da redução da espasticidade

propiciada pelo relaxamento muscular, percepção da força na musculatura residual para

o aproveitamento do máximo potencial e a pressão hidrostática presente no meio líquido

a qual facilita e torna o movimento mais confortável para ser realizado (GIESECKE,

1997).

Ao considerar todos estes fatores somados à individualidade de cada aluno, fica

claro na fala do participante que a percepção de movimentos é diferente para cada

pessoa (P11); “(...) apesar de não ter o movimento, mas, eles se sentem muito bem

dentro da água nesse primeiro momento pro aprendizado porque a percepção do corpo

na água é diferente para todas as pessoas independente da lesão (...)o movimento que

eles conseguem dentro da água realmente não é o mesmo movimento que eles fazem

fora da água, eles percebem o corpo deles de uma forma diferente e que o corpo apesar

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da cadeira praticamente não fazer movimento nenhum no caso, dentro da água faz

muito movimento... eles percebem as propriedades físicas da água, eles percebem a

sensação depois que eles saem da aula, do corpo deles relaxado em função da pressão

hidroestática e uma série de alterações que ocorrem no corpo”.

Na categoria O professor e a funcionalidade do aluno, apresenta-se a análise

que o professor faz e a visão que se tem do movimento realizado pelo aluno durante as

atividades.

O professor conforme os Entendimentos e conceitos que traz age segundo os

próprios princípios construídos durante a experiência profissional não considerando o

feedback do aluno como parte desta construção como uma ação de via única durante o

processo de ensino onde se pensado desta forma, não há troca de conhecimentos e

informação como verificado na fala do professor (P2): “(...)o que eu sei que ele

consegue fazer eu exijo , o que eu sei que ele consegue, do que eu li, do que eu percebi,

eu vou testando nele, vou testando, testando, até ele ultrapassar o limites dele o tempo

todo(...)”. Esta questão está relacionada ao estilo de ensino adotado pelo professor, os

quais podem ser por comandos, por tarefas, por descoberta guiada ou por solução de

problemas. Assim, a seleção do estilo adotado interfere de forma direta na

aprendizagem do aluno, caso o professor não adote o estilo adequado segundo as

necessidades apresentadas durante o processo de ensino (MUNSTER E ALMEIDA,

2006).

Através da intervenção, do estilo de ensino e da gama de estratégias adotadas

durante a prática profissional, o professor faz a relação da percepção da funcionalidade

com o grau de comprometimento motor apresentado pelo aluno e ao considerar o olhar

neurológico da função diferencia a capacidade de obter funcionalidade entre as lesões

completa e incompleta: (P4)“(...) função, o que uma articulação do ombro é capaz de

realizar, e a funcionalidade é o que realmente ela ta realizando naquele momento, não

sei se tem relação aí, é o caso de uma lesão incompleta que é o caso (...)”.

Considerando apenas o nível neurológico da lesão, estes fatores não devem ser

negligenciados, porém conforme citado anteriormente, se faz necessário enfatizar que

cada nível neurológico de lesão apresenta diferenciação de inervação sobre a qual se

relaciona a funcionalidade.

A percepção funcional é relacionada pelos professores à eficiência técnica do

movimento no nado: (P9) “(...) tem que melhorar essa percepção funcional dele pra ele

conseguir executar movimentos mais técnicos mais eficientes (...)”; (P1) “(...) muitas

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vezes o atleta faz o movimento sem perceber e os exercícios corretivos existem para

exercitar esta sensibilidade (...)”e à percepção de sensibilidade (P5) “(...) por eles não

terem... não sentirem da cintura para baixo, mas eles percebem, então por exemplo,

quando a água esta fria, eles debruçam aqui sobre a borda, eles veem quando começa a

roxear as pernas...”; (P2) “(...) tem um que ele sente contrair o abdômen dele quando

ele faz um esforço máximo durante o treino, acredito que ele sinta sim, agora fora da

água nem tanto, fora da água já era né?”; (P8) “(...) apesar dele não ter muita

sensibilidade, ele acaba ganhando muita sensibilidade na água conforme o tempo que

ele tem já de natação, ele consegue perceber o tempo e o que? E o time dele,

posicionamento de mão, de braço, a respiração...” .

Foi mencionada que a percepção funcional é demonstrada de forma mais clara

para os professores quando o atleta já apresentava vivencia motora antes da lesão

medular (P9): “(...) atletas que tinham uma experiência antes da lesão que tinham uma

vivencia maior com atividade física e tudo mais e depois da lesão tem uma percepção

motora melhor e acabam se desenvolvendo mais rápido do que atletas que não tinham

essa vivência antes da lesão medular, esses atletas, bom, não é regra, mas, encontram

um pouco mais de dificuldade sim em descobrir o potencial dessa funcionabilidade, o

que ele tem de residual de funcionabilidade”. O abordado corrobora com Melo (2009)

após um estudo que avaliou a aptidão inicial para natação em lesionados medulares,

verificou que a habilidade mudança de decúbito foi realizada com sucesso em maioria

pelas pessoas que nadavam antes da lesão medular. Com relação a esse aspecto, vale

enfatizar que a percepção da funcionalidade de movimento para o quadril é a base para

que a pessoa realize a mudança de decúbito de ventral para dorsal e vice-versa com

segurança.

No que se refere ao ensino para o desenvolvimento e aprimoramento da

funcionalidade, cabe aos professores garantir ao aluno o aproveitamento máximo de sua

mobilidade, reconhecer o potencial e aplicar estratégias que possam contribuir para a

aprendizagem, fato expresso na fala de (P4): “...a gente tenta enxergar o máximo da

mobilidade, do potencial e não tanto do que ele não realiza, porque isso...., então na

hora de passar esses parâmetros então a gente tenta identificar dentro dos movimentos

que ele realiza, aonde ele tem uma sensibilidade mais apurada pra poder trabalhar

isso...”.

Em Aporte e suporte do profissional foi apontada a carência do referencial

teórico destacada pelos professores que comentam a falta de literatura específica

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relacionada à natação para pessoa com lesão medular: (P4) “( ...) na teoria em

especifico, o referencial de técnica..., de quadro..., é muito pouco não tem

praticamente...” (P6) “ (...) porque você não encontra acho que nada por aí

assim, como você trabalhar um lesado medular e também quem sabe não conta para

ninguém ...”; (P11) “(...) eu não conheço muita produção na área cientifica que vá dá

um direcionamento ... o conhecimento que eu uso basicamente é o conhecimento que eu

tenho sobre a deficiência(...)”; (P4) “A carência de base teórica cria a dependência

com o resultado e o apoio na técnica de nado e no bom senso ( feeling do professor)”.

Esses aspectos são abordados por Melo (2009, p.442) denuncia que a “ausência na

literatura de referencia sobre os fatores que possam desmotivar, dificultar ou até impedir

a prática da natação em pessoa com lesão medular”.

A carência dessa literatura específica aproxima os professores da literatura

utilizada para natação convencional como afirma o participante (P9): “(...) a gente usou

muito a base da natação tradicional, a literatura especifica para portadores de

deficiência é bem restrita né, a gente tem pouca literatura... a gente tem se utilizado de

literaturas antigas inclusive, que foram desenvolvidas aí, as que são especificas do

paraolímpico durante o processo de iniciação, implantação do paradesporto, então são

bases ali que eu acredito que estão um pouco ultrapassadas... literatura especifica de

paraolímpico ficou um pouco restrita ao processo de reabilitação... , de iniciação...”.

Desconsiderando todas as particulares e especificidades anteriormente citadas e com

relação à estes fatores Bichuski e Prado Junior ( 2013) citam que a falta de preparo do

profissional e a carência na literatura acarretam no conhecimento limitado sobre a

natação para com deficiência.

Assim, observamos de forma clara bem a descontinuidade no discurso dos

professores com relação à visão e leitura que fazem da funcionalidade durante o

movimento de seus alunos. Este desconhecimento aproxima o professor da

esportivização do movimento, caminho pelo qual tem sido traçado o conhecimento

recentemente produzido. Segundo Melo (2009) enquanto a abordagem desportiva do

ensino da natação responder tecnicamente às questões da prática pedagógica

esportivizada (o que ensinar, como e para quê propósito fazer) sem se preocupar com a

instrução e o feedback dado pelo professor com relação à adaptabilidade do aluno na

tríade organismo, ambiente e tarefa, esta abordagem desportiva continuará prevalecendo

e continuará excluindo todos aqueles que não se “encaixam” nos moldes da prática.

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Na categoria Natação convencional e para a pessoa com lesão medular foram

discutidas as diferenças existentes entre as duas modalidades de natação e o desejo que

o professor tem de que o aluno se supere na vida cotidiana além do esporte. Este fato

está também relacionado à categoria Condição de Superação e condução à

readaptação do nadador com lesão medular na qual ressaltou-se a expectativa da

família e da criança com lesão medular no momento em que esta inicia o processo de

aprendizagem da natação e a relação desta expectativa com aspectos técnicos e

metodológicos da natação para pessoa com lesão medular.

O processo de ensino da natação para a pessoa com lesão medular apresenta

características diferenciadas quando comparados à natação convencional, a qual está

muitas vezes preocupada apenas com a execução técnica de movimentos. Estas

características diferenciadas representam uma quebra de paradigma com a natação

convencional, pois, na natação para a pessoa com lesão medular é presente o fato de que

cada aluno tem o seu próprio padrão de nado. Este aspecto foi abordado pelos

professores no sentido da necessidade de se considerar a individualidade do aluno. Foi

discutido ainda nesta categoria a importância do professor em respeitar o tempo de

aprendizado do aluno e o desejo dos professores em querer contribuir com a evolução

do aluno que passa por um período pós-trauma assim como, o objetivo do professor em

buscar melhorar a qualidade de vida do aluno, facilitando a condição de descoberta do

próprio potencial e o processo de reconhecimento a uma nova vida e percepção de um

novo corpo. Com isso, ressaltou-se a importância da descoberta do potencial na natação

como fator promotor de uma mudança no pensamento do aluno sobre o que é ser uma

pessoa com deficiência.

Com relação à estrutura física do local de aula adentramos à Estrutura da

Intervenção onde verificou-se a importância da organização das aulas e da atenção

individualizada ao aluno, apesar da aula acontecer em grupo, bem como a da aplicação

de uma avaliação prévia para conhecer o aluno com objetivo de facilitar o processo de

ensino.

A Natação para a pessoa com lesão medular: processo de ensino,

adequação às necessidades e estratégias, possibilitou mostrar a necessidade do

professor em estar dentro da água para dar suporte, confiança e segurança ao aluno

apoiando estágios do processo de ensino/aprendizagem como a perda do medo e a

interação com o meio líquido, na qual destacou-se que a fase de adaptação ao meio

líquido é primordial para o desenvolvimento da percepção do aluno sobre a

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funcionalidade do movimento. Verificou-se que as estratégias de ensino podem ser de

formas variadas e são selecionadas pelos professores conforme o nível de aprendizado,

nível de lesão dos alunos e a visão do professor sobre a funcionalidade, sendo um ponto

chave para que haja adequação às necessidades e reconhecimento ao potencial do aluno,

além da motivação como uma forma de nortear os caminhos a serem percorridos pelo

aluno durante o processo de ensino. Ainda, o direcionamento do processo de ensino

pode estar voltado ao potencial do aluno ou para o olhar limitante do cumprimento de

tarefas ao qual cabe ao professor a adaptação necessária para que o aluno responda a

determinado objetivo, restrito e especifico com relação à atividade a ser desenvolvida.

Com relação a estes aspectos o processo de ensino deve acontecer no sentido da

valorização da potencialidade do aluno, tendo como foco o desenvolvimento de

habilidades e não a deficiência. As adaptações e estratégias de ensino devem ser

pensadas conforme as especificidades de cada aluno e as respostas (feedback)

direcionadas ao professor que deve planejar a estratégia de ensino em conjunto com o

aluno, estando o equilíbrio, a propulsão, o arrasto, a flutuabilidade e a funcionalidade

direcionados de acordo com o padrão de nado específico de cada aluno. Então, o

processo de determinação da estratégia está relacionado aos vários fatores inerentes à

prática da natação como a competência que o professor possui ao trabalhar com o aluno

com lesão medular, a análise que o professor faz na sua visão sobre a limitação e sobre a

incapacidade do aluno para determinada tarefa e o estabelecimento de determinada

estratégia para o cumprimento de determinada tarefa considerando as limitações

inerentes da deficiência, demonstrando que os professores que consideram a limitação

como ponto inicial para o processo de ensino responsabilizam o aluno por se adaptar à

técnica do nado. Com relação ao reconhecimento do potencial do aluno ficou explicito

nesta categoria o contraponto da natação para a pessoa com lesão medular para com a

natação convencional e a importância do professor no papel de mediador no processo de

descoberta da funcionalidade.

Destacou-se que o Entendimento do professor sobre a funcionalidade,

especificamente do quanto seu aluno com lesão medular pode avançar dependendo das

expectativas que se tem, do estímulo recebido ou do quanto o professor enxerga e

reconhece a dimensão do potencial que o aluno apresenta. O aluno em um trabalho

conjunto com o professor através do fornecimento de feedbacks e com o conhecimento

de seu próprio corpo vai descobrindo e construindo a melhor forma de movimentar-se e

o meio mais eficiente para isso. A concepção de função motora ou perda dela ainda não

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está clara para os professores, não podendo desconsiderar a influência das crenças que

estes trazem sobre funcionalidade. Assim, a funcionalidade foi discutida como um

conjunto de ações e no sentido de quebra da visão da limitação a partir do momento que

o aluno descobre seu próprio potencial.

Ainda com relação a esta categoria, ficou claro que a descoberta do potencial

não acontece apenas na visão do aluno, ocorre também sob a percepção e análise do

professor a respeito do processo de ensino. Os professores afirmaram que a autonomia

do aluno é fundamental para que aconteça a descoberta do potencial, porém esta

necessita ser reconstruída, pois, pelas próprias condições da deficiência e necessidade

de auxílio, o aluno deixa de ser autônomo em suas ações ficando na dependência de

outros. O trabalho de descoberta do potencial tem início na proposta de ensino feita pelo

professor, a qual deve fazer com que o aluno se sinta seguro e evolua na aprendizagem.

É interessante que a aula aconteça em grupo para troca de experiências e informações, a

preocupação com a característica heterogênea do grupo com relação ao tipo de

deficiência e a relação desta preocupação com a estrutura física que os locais em que as

aulas acontecem apresentam, com o número de professores disponíveis e a política das

instituições.

Em O professor e a funcionalidade do aluno fica explícito que o professor age

conforme os próprios princípios e que não considera o feedback do aluno como

informação relevante para a construção da ação educativa e que esta questão está

relacionada ao estilo de ensino adotado pelo professor. Discutiu-se o fato de que o

professor faz a relação da percepção da funcionalidade com o grau de comprometimento

motor apresentado pelo aluno e considera o olhar neurológico da função diferenciando a

capacidade de obter funcionalidade entre as lesões completa e incompleta, relacionando

a percepção funcional à eficiência técnica do movimento no nado e à percepção de

sensibilidade. Contudo, para os professores, quando o aluno já apresenta vivencia

motora antes da lesão medular, a percepção funcional fica mais clara e que cabe aos

professores garantir ao aluno o aproveitamento máximo de sua mobilidade, reconhecer

o potencial e aplicar estratégias que possam contribuir para a aprendizagem e para o

desenvolvimento da funcionalidade.

Por fim, a falta de literatura específica relacionada à natação para pessoa com

lesão medular implica na aproximação dos professores da literatura utilizada para a

natação convencional, discutido em Aporte e Suporte do profissional.

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As observações apontadas pelos professores durante a entrevista nos levaram à

necessidade de buscar informações do registro da prática pedagógica a fim de se obter

dados no sentido da concretização da ação educativa que pudesse estabelecer uma

relação da reflexão do ato pedagógico com a estruturação da intervenção. Com esse

foco, buscou-se através do diário de campo mais uma contribuição dos participantes no

estabelecimento de estratégias de ensino com objetivo de relacioná-las ao tipo de

atividade desenvolvida e à fase de aprendizagem do aluno.

Diário de campo

O diário de campo consistiu em uma ficha composta pelas informações pessoais

e de identificação do professor, descrição do aluno foco (tempo de prática, idade,

características da lesão), objetivos da aula e campo específico para as atividades

desenvolvidas, seguido pelo questionamento de quais foram as estratégias utilizadas

para o ensino de determinada atividade, sendo propostas oito atividades (respiração,

flutuação dorsal, flutuação ventral, transição da posição dorsal para vertical, transição

da posição ventral para vertical, giro do quadril da posição ventral para dorsal, giro do

quadril da posição dorsal para ventral, giro do braço para trás e giro do braço para

frente) e espaço para a anotação de outras duas atividades realizadas a critério do

professor.

Participaram desta fase dez professores, pois, dois participantes não puderam

disponibilizar suas anotações em tempo necessário para ser analisado nesse estudo. Os

apontamentos realizados pelos professores com relação às estratégias de ensino

utilizadas, ao acompanhamento do aluno e ao uso de material pedagógico auxiliar foram

submetidos à análise descritiva.

Com relação à descrição dos alunos por classe funcional esportiva, nenhum

professor descreveu alunos com comprometimento equivalente às classes S1, S4, S8, S9

e S10, dois professores descreveram a classe S2, um professor descreveu a classe S3,

quatro professores descreveram a classe S5, cinco professores descreveram a classe S6 e

um professor descreveu a classe S7. Faz-se importante salientar que quatro professores

descreveram atividades realizadas com mais que um aluno, sendo estes de diferentes

classes.

Com relação à Condução e o uso de estratégias de ensino, conforme será

descrito abaixo, percebeu-se que elas se diferenciam com relação a atividade a ser

realizada e o objetivo almejado, sendo listados vinte objetivos diferenciados descritos

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pelos dez participantes, tais como fazer o aluno completar os 100 metros no nado

costas, preparação física e melhora do condicionamento, adaptação ao meio líquido e

iniciação nos nados crawl e costas, aprimoramento e aperfeiçoamento das técnicas do

nado crawl, aumentar o deslize e a flutuabilidade dorsal durante a braçada dupla, entre

outros.

Para a atividade Respiração, quatro professores relataram utilizar como

estratégia de ensino a demonstração visual e todos os professores relataram utilizar a

instrução verbal. Com relação ao acompanhamento do aluno dentro da água, cinco

professores estavam dentro da piscina durante a atividade, dois professores realizaram o

auxílio ao aluno através do apoio físico, quatro professores utilizaram o próprio corpo

para auxiliar o aluno e um professor utilizou a borda da piscina para a realização da

atividade.

Pode-se observar que todos os professores participantes utilizaram a instrução

verbal e apenas parte destes utilizaram a demonstração. Não foi analisado de que forma

a informação prévia verbal foi utilizada pelos professores, porém denota-se a

necessidade de cuidado com esse aspecto conforme afirmam Ried et al (2012), que ao

estudarem nadadores novatos, verificaram que a grande quantidade de informações na

instrução verbal pode levar à perdas no foco de atenção, comprometendo a compreensão

da ação motora a ser realizada e portanto, o cuidado com o processo de ensino da

respiração é essencial.

O ato de aprender a respirar no meio líquido parece simples, se pensarmos que a

ação da inspiração e expiração do ar é natural no ambiente terrestre, porém segundo

Munster e Almeida (2006) se faz importante salientar que a aprendizagem eficiente

desta habilidade pode ser um fator definitivo para a qualidade das aquisições motoras

futuras interferindo no grau de dificuldade para a realização de novos movimentos.

Na atividade Flutuação dorsal, observou-se que sete professores usaram a

instrução verbal e dois a demonstração como estratégia de ensino. Oito professores

relataram estarem dentro da água durante a atividade, seis professores realizaram o

auxílio ao aluno através do apoio físico, quatro professores utilizaram material flutuador

e um professor acionou a raia da piscina como material flutuador auxiliar. Sete

professores usaram o próprio corpo e o corpo do aluno durante a realização da

atividade, como auxilio para o apoio físico ou para demonstração do movimento a ser

realizado.

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Para a atividade Flutuação ventral, nota-se que nove professores utilizaram a

instrução verbal e três utilizaram a demonstração como estratégia de ensino. Com

relação ao acompanhamento ao aluno, sete professores estavam dentro da água durante

a realização da atividade e seis professores utilizaram o próprio corpo para fazer o apoio

físico ao aluno durante a atividade; quatro professores utilizaram material flutuador, um

professor utilizou a escada da piscina, um professor utilizou um halter (pesinho) e cinco

professores realizaram o auxílio ao aluno através do toque físico, sem apoiá-lo na

realização do movimento.

Para a realização do ensino da Flutuação dorsal e ventral nota-se que os

professores mantiveram um acompanhamento próximo do aluno estando dentro da água

durante a realização do movimento e utilizando o próprio corpo para o auxílio através

do apoio físico ao aluno que também foi destacado por Greguol (2010) no sentido de

que o auxílio no ensino da flutuação é fundamental para dar segurança ao aluno a

manter o corpo horizontalizado na água até que este seja capaz de recuperar a posição

vertical de maneira autônoma. Segundo a autora supracitada, especificamente durante o

ensino da flutuação ventral, deve-se considerar que no início do processo de ensino, o

aluno com lesão medular pode apresentar capacidade respiratória reduzida em razão do

déficit da função da musculatura respiratória e abdominal, dificultando a inspiração

completa, o que pode causar sensação de desconforto ao aluno, assim a flutuação

ventral deve ser alternada à flutuação na posição dorsal para alívio desta sensação.

Ainda com relação ao processo de ensino da flutuação dorsal e ventral e seguindo para o

ensino dos movimentos de Transição da posição dorsal para vertical e ventral para

vertical, se faz importante enfatizar que é essencial que a experiência da ação solicitada

seja vivenciada também pelo professor com a maior aproximação possível da condição

física do aluno a fim de perceber em quais fases do nado estão as principais dificuldades

e as possibilidades de execução, conforme destacam Munster e Alves (2010) .

Na atividade Transição da posição dorsal para vertical, sete professores

utilizaram a instrução verbal e um a demonstração como estratégia de ensino; quatro

professores estavam dentro da água durante a realização da atividade e realizaram o

auxílio através do apoio físico. Como material de auxílio para o aluno, um professor

utilizou uma barra de apoio dentro da piscina, um professor usou a borda da piscina,

outro uma bola e quatro professores utilizaram o próprio corpo para o apoio físico.

Durante a atividade Transição da posição ventral para vertical, seis professores

deram instrução verbal, um professor utilizou a demonstração visual, seis professores

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usaram o toque como auxílio e apoio físico ao aluno e quatro professores utilizaram o

corpo do próprio aluno como instrumento facilitador do movimento durante a atividade.

Como material, um professor utilizou a borda da piscina, um usou a barra e outro a

escada da piscina. Como estratégia para condução e realização da atividade um

professor orientou o aluno para que descobrisse o ponto de equilíbrio do corpo; outro

professor utilizou variações de posição de equilíbrio e dois, orientaram o aluno para que

concentrasse a força na contração muscular na região abdominal e realizasse movimento

com o auxílio da borda.

Pode-se observar para a atividade transição da posição dorsal para vertical e

ventral para vertical, a variação dos professores no uso de materiais auxiliares (barra da

piscina, borda, escada da piscina, bola e o corpo do próprio professor). Greguol (2010)

afirma que a utilização do equipamento auxiliar depende das características do aluno e

do objetivo a ser atingido o que corrobora com Rocha et al (2014 p.55) no sentido de

que “a aquisição de competências no meio aquático depende dos instrumentos e

métodos de ensino adequados”. Para Reis (2000), o professor deve analisar e planejar a

utilização do equipamento conforme a função deste e a necessidade individual do aluno

realizando as adaptações necessárias.

Para o Giro do quadril da posição ventral para dorsal, sete professores utilizaram

a instrução verbal e um, a demonstração como estratégia de ensino. Com relação ao

acompanhamento do aluno, cinco professores estavam dentro da água durante a

atividade; quatro professores utilizaram o próprio corpo para o apoio físico dando

auxílio ao aluno, um usou o corpo do próprio aluno como facilitador para o movimento

e outro, a barra da piscina.

No Giro do quadril da posição dorsal para ventral, cinco professores utilizaram a

instrução verbal e nenhum outro professor relatou ter utilizado outra estratégia. Como

material, um professor utilizou a barra da piscina. Quatro professores utilizaram o

próprio corpo como auxilio ao aluno e dois professores usaram o corpo do próprio aluno

como instrumento de ensino durante a atividade e quatro professores relataram estar

dentro da água durante a realização do movimento.

Ocorreu novamente a predominância da instrução verbal e pouca utilização da

demonstração, apesar de cinco professores terem relatado estar dentro da água durante a

atividade quando tratou-se do ensino do Giro do quadril da posição ventral para dorsal e

dorsal para ventral.

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Observa-se que nenhum professor utilizou material flutuador como recurso

facilitador para o ensino do giro do quadril nas mudanças de decúbito e quatro

professores utilizaram o próprio corpo para o apoio físico ao auxílio dos alunos e esses

aspectos nos leva a compreender que o uso do material flutuador neste movimento pode

não ser um instrumento facilitador, já que impede a livre movimentação do aluno na

água justificando a realização com auxilio direto do professor, que conforme

Makarenko (2001), facilita as condições de ensino, o que corrobora com Greguol (

2010) no sentido de que o auxílio direto do professor faz com que o aluno se sinta

encorajado para as mudanças de decúbito, essenciais para a estabilização do equilíbrio e

domínio do corpo em situações diversas.

Para o Giro do braço para trás, nove professores utilizaram a instrução verbal e

quatro, a demonstração. Para o auxílio ao aluno, quatro professores realizaram o apoio

físico com o próprio corpo, um o corpo do próprio aluno e um professor instruiu outro

aluno para que realizasse o movimento como um modelo para que o aprendiz

observasse e cinco professores relataram estar dentro da água durante a atividade.

Durante a atividade Giro do braço para frente, oito professores usaram a

instrução verbal, seis a demonstração e cinco, utilizaram o próprio corpo para o apoio

físico ao aluno. Como material, quatro professores utilizaram a prancha como

instrumento flutuador e um usou o acquatub ( espaguete). Como estratégia de condução,

um professor acionou outro aluno como modelo do movimento a ser realizado e quatro

professores utilizaram o corpo do próprio aluno para a demonstração do movimento a

ser realizado.

Observa-se que para o ensino do giro do braço para trás, os professores optaram

por utilizar o próprio corpo para o apoio físico ao aluno e nenhum professor buscou

material flutuador auxiliar. Segundo Rocha et al ( 2014) é escassa a utilização de

materiais didáticos por professores de natação durante o processo de ensino, pois estes

temem a dependência do aluno numa falsa percepção de autonomia. O autor afirma que

quando os materiais didáticos são utilizados pelos professores há preferência para a

prancha o que pode ser observado nos relatos referentes à atividade Giro do braço para

frente.

A propulsão terá maior ou menor ênfase conforme as especificidades de cada

aluno, portanto ao selecionar a estratégia de ensino a ser utilizada e planejar o material

didático adequado para o ensino deve-se considerar a funcionalidade do aluno e a

adaptabilidade deste ao material a ser utilizado (MUNSTER E ALVES, 2010)

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No campo de atividades Outra, cinco professores relataram propostas de

atividades diferenciadas. São estas: movimento do braço do nado peito onde foi

utilizado a instrução e a demonstração com o corpo do próprio professor; entrada da

cabeça na água em decúbito dorsal (golfinhada invertida) na qual usou-se a instrução

verbal como estratégia de ensino; movimentos livres de giros e cambalhotas onde foram

utilizados a instrução verbal, o corpo do próprio aluno para o auxilio e o apoio físico do

professor, estando este dentro da água; deslocamento submerso com uso da instrução

verbal, o corpo do próprio aluno para o auxílio e o apoio físico do professor dentro da

água; deslocamento com material flutuador com a instrução verbal e a adaptação de

material flutuador amarrado nas pernas do aluno para percepção do arrasto ao nadar e o

corpo do professor foi utilizado para o apoio físico dentro da água.

Reis (2000) afirma que a variação de atividades e a exploração do movimento

como método de ensino auxilia o aluno na percepção de suas capacidades e na

compreensão de como utilizá-las a favor da eficiência na locomoção, assim como na

compreensão de habilidades cognitivas e prontidão do movimento.

Faz-se importante salientar que as observações citadas referem-se à fase de

aprendizagem de cada aluno, classe funcional esportiva que apresentam e

especificidades relacionadas à individualidade. Então, os dados coletados através da

entrevista e do diário de campo propiciaram algumas inferências que levaram à

discriminação e análise das informações obtidas.

Esta análise foi realizada a partir da extração das estratégias de ensino utilizadas

pelos professores coletadas tanto nas entrevistas conforme a análise de Bardin (2011)

quanto nos diários de campo e culminou na criação de três quadros organizacionais com

os seguintes campos de informação: professor (cada participante foi identificado com

um código numérico sendo de 0 a 12), lesão, condução, estratégia, instrução, material,

percepção e ambiente. Ressalta-se que estes termos foram escolhidos a fim de atender o

objetivo geral deste estudo que visa verificar a condução do processo de ensino de

natação para lesados medulares.

Neste sentido, o campo condução se refere à forma como o professor conduziu

a atividade proposta e aos procedimentos adotados por este; o campo estratégia mostra

os meios pelos quais o professor buscou atingir determinado objetivo proposto

(Reverdito e Scaglia, 2009); o campo instrução aponta o tipo de orientação prévia,

instrução e demonstração que o professor utilizou durante o processo de ensino (Fugita,

2009); o campo material se refere ao tipo de equipamento utilizado para auxiliar o

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aluno na realização da atividade que segundo Rocha et al (2014) pode ser chamado de

material didático específico para o ensino da natação com objetivo de facilitar o

aprendizado. O campo percepção se refere à dimensão da percepção que pode ser

visual, auditiva ou somestésica e que tem estreita relação com o sentido conforme Lent

(2010) e, o campo designado como ambiente está relacionado ao local em que o

processo de ensino e a aplicação da estratégia foram realizados, conforme o

posicionamento físico estabelecido pelo professor (dentro ou fora da água, ou outro

local estabelecido para a aprendizagem).

Em síntese o Quadro 3 mostra a organização:

Quadro 3: Quadro organizacional para as Estratégias de ensino extraídas da entrevista e do diário de

campo

Prof

.

Lesão/

Classe

Condução Estratégia Instrução Material Percepção Ambiente

P1 a

P10

C1 a

CC4/5

S1 a S10

Propósito

Justificativa

Meios para

atingir o

objetivo

Orientação

Equipamento

utilizado

Visual,

Auditiva ou

Somestésica

Professor

dentro ou

fora da

água

O Quadro 4 refere-se às informações extraídas da entrevista e no Quadro 5

constam informações extraídas do diário de campo e neste foi possível compatibilizar as

diferentes circunstancias nas quais os participantes relataram atuar, ou seja, diferentes

lesões, tipos de condução, tipos de estratégia, instrução, materiais, etc indicados no

diário de campo. Isso nos levou aos caminhos de um dos objetivos deste estudo que foi

verificar a condução do processo de ensino de natação para lesados medulares.

Para a síntese das informações constantes nos quadros anteriormente citados, o

Quadro 6 foi elaborado com uma organização por nível de lesão medular e classificação

funcional esportiva fazendo correlação com as estratégias de ensino usadas pelos

professores em cada nível de lesão. É importante ressaltar que nem todas as informações

foram preenchidas pelos professores ficando lacunas para os campos instrução e

percepção. O campo funcionalidade foi preenchido com as estratégias de ensino que

indicavam ação educativa direcionada para tal, conforme discutido neste estudo. Assim,

nesta fase da pesquisa as estratégias de ensino utilizadas foram relacionadas à

classificação funcional esportiva e à promoção da funcionalidade motora durante o

processo de ensino.

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Quadro 4 : Estratégias de ensino indicadas na entrevista

Prof. Lesão/

Classe

Condução Estratégia Instrução Material Percepção Ambiente

1 S7 Colocar flutuador na perna do aluno Utilizar o material para trabalhar flutuabilidade e facilitar o ensino do nado costas

espaguete sinestésico

1 S7 Utiliza exercícios corretivos e de sensibilidade para estimular a

percepção da funcionalidade motora

Exercícios de correção e de sensibilidade Verbal Auditivo

1 S7 Enquanto o aluno nada o professor vai relembrando a técnica do nado ao aluno

Relembrar verbalmente a técnica do nado e realizar a correção enquanto o aluno está executando o nado.

Verbal Auditivo

1 S7 Desafiou o aluno a nadar 50metros sem parar durante a preparação para

uma competição e ofereceu um prêmio em troca

Desafiar o aluno com prêmio para atingir determinada

meta

Verbal

1 S7 Auxilio na flutuação Utiliza o flutuador (espaguete) para auxílio na flutuação espaguete sinestésico

1 S7 Professor dentro da água utilizou o espaguete para auxilio da flutuação

e para dar segurança ao aluno que estava com medo

Entrar na água com o aluno para dar maior segurança e

utilizar o espaguete para auxiliar na flutuação

Verbal

sinestésica

Professor e

o espaguete

Auditivo e

sinestésico

Prof. dentro

da água

1 S7 Professor segura a mão do aluno, segura no braço, no tronco, auxilia na

flutuação, segura na barriga, nas costas para que o aluno flutue e compreenda o movimento ao mesmo em que orienta o aluno

verbalmente

Utiliza do toque para que o aluno se sinta seguro e

compreenda o movimento.

Verbal e

sinestésico

corpo do

aluno

Auditivo e

sinestésico

Prof. dentro

da água

1 S7 Professor utiliza palavras de motivação para encorajar o aluno a avançar e evoluir sempre

Utilizar palavras de motivação para incentivar o aluno Verbal Auditivo

2 C3/S4 Professor dentro da água mostra para o aluno a diferença de posição do

quadril

Nadar sem material, colocar o flutuador, pesinho ou

espaguete na perna e nadar de novo com material

Verbal e

sinestésica

Flutuador

Espaguete

pesinho

Auditivo,

visual e

sinestésico

Prof.dentro da

água

2 C3/S4 Professor explica o exercício para o aluno, mostra como deve ser

realizado para para que o aluno execute.

A estratégia é utilizar os meios verbal, visual e auditivo

para explicar determinado movimento

Verbal Auditivo e

visual

2 C3/S4 Professor dentro da água demonstra com o próprio corpo o movimento para o aluno simulando as limitações físicas para que o aluno perceba

eficiência da braçada

Professor simula as limitações físicas do aluno demonstrando que a eficiência do movimento é possível.

Visual Corpo do professor

Visual Prof. dentro da água

2 C3/S4 Coloca o aluno em decúbito dorsal e coloca o espaguete nas costas do

aluno para que ele tenha percepção do quadril

Ensinar o aluno a perceber a posição do quadril com

auxilio do material

Verbal e

sinestésico

Professor

Espaguete

Auditivo e

sinestésico

Prof. dentro

da água

2 C3/S4 Professor realiza a correção verbal de posicionamento do aluno para

que ele perceba o corpo na água

Utiliza a instrução verbal como estratégia para que o

aluno corrija o posicionamento do corpo na água

Verbal Auditivo

2 C3/S4 Professor explica verbalmente, mostra o vídeo, e demonstra o

movimento dentro da água tocando o aluno.

Utiliza como estratégia formas variadas de ensino e vias

de aprendizagem, visual, auditivo e sinestésico

Verbal,

visual e sinestésico

Visual,

auditivo e sinestésico

Prof. dentro

da água.

2 C3/S4 Questiona o aluno se o quadril está afundando e orienta para que

levante a cabeça e sinta a diferença, que olhe para cima

Através do questionamento e da instrução verbal, orienta

o aluno para que ele perceba a diferença de posição do quadril e realize as correções necessárias.

verbal auditivo

2 C3/S4 Professor explica o movimento verbalmente e mostra um vídeo com

um nadador da mesma classe funcional do aluno para que ele observe o

movimento a ser realizado

Professor se utiliza da instrução verbal e de vídeos com

nadadores da mesma classe funcional do aluno

Verbal Vídeo Visual e

auditivo

3 L1

Professor entra na água para nadar junto com o aluno Nadar junto com o aluno durante a aula como forma de

mostrar a ele que não está sozinho no processo de

descoberta e para que o aluno perceba o companheirismo

verbal Auditivo e

sinestésico

Prof. dentro

da água

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do professor sem cobranças técnicas mas, uma construção

conjunta

3 L1 Na fase de aprendizado da braçada, professor dá a mão para o aluno

fazendo a vez da prancha e vai puxando para que haja o deslize e para

que o aluno possa ver o gesto técnico.

Estratégia de dar a mão para o aluno fazendo o lugar da

prancha na aprendizagem da braçada e puxar o aluno para

que aconteça o deslize

Verbal,

visual e

sinestésico

Corpo do

professor

Auditivo,

visual e

sinestésico

Professor está

dentro da

água

3 L1 Professor trabalhou na adaptação ao meio líquido de mãos dadas com o aluno e se utilizando do toque para dar segurança à criança

Estar dentro da água na fase de adaptação ao meio líquido e se utilizar do toque para dar segurança ao aluno

Verbal e sinestésico

Auditivo e sinestésico

Prof. dentro da água

3 L1 Explicou verbalmente como se realiza o nado borboleta verbal auditivo

3 L1 Para explicar determinado movimento, o professor primeiro demonstra

o que será realizado, depois faz uma explicação verbal e questiona o

aluno sobre o entendimento e por ultimo realiza o movimento tocando

o aluno, pegando nas mãos e nos braços, para que o aluno sinta o

movimento e explica verbalmente mais uma vez.

Utiliza das três vias de aprendizagem, visual, auditivo e

sinestésico

verbal,

visual e

sinestésica

Auditivo,

visual e

sinestésico.

3 L1 Explica verbalmente sobre o apoio da mão na água verbal auditivo

3 L1 Jogou a argolinha no fundo da piscina para que o aluno tentasse

mergulhar para pegar, orientou para que o aluno ondulasse o quadril e pediu para que o aluno tentasse descobrir como poderia fazer para

mergulhar

Começou na parte rasa e aos poucos foi aumentando a

profundidade

verbal argolinha Auditivo e

sinestésico

3 L1 O aluno adapta a dica para a própria funcionalidade Se utiliza da dica Verbal Auditivo

3 L1 Professor orienta com uma linguagem que a criança compreenda O tipo de linguagem utilizada na instrução verbal é utilizado como estratégia

Verbal Auditivo

3 L1 Orienta o aluno verbalmente para que ele use o movimento de quadril Se utiliza da instrução verbal para que o aluno perceba a

funcionalidade do movimento de quadril

Verbal Auditivo

3 L1 Desafiou o aluno a nadar quatro chegadas sem parar Desafio como estratégia de incentivo para que o aluno cumpra determinada tarefa

3 L1 Professor questiona o aluno e coloca a situação problema para

resolverem juntos, dizendo: “Eu precisava que você fizesse um

movimento assim, como vamos fazer?”

Construção conjunta da aula junto com o aluno Verbal Auditivo e

sinestésico

4 C6/S2

Na fase de adaptação ao meio líquido se utilizou do programa

Halliwick

Programa Halliwick Verbal Auditivo e

sinestésico

Prof. dentro

da água

4 C6/S2

Professor pede para que o aluno se oriente pelas cores da raia enquanto

nada como forma de fazer com que o aluno perceba que está avançando

Pede para que o aluno observe as cores da raia enquanto

nada e usa como estratégia para que o aluno perceba que está avançando

Verbal e

visual

Raias da

piscina

Auditivo e

visual

4 C5/S3 Na fase de adaptação ao meio líquido se utilizou do programa

Halliwick

Programa Halliwick Verbal Auditivo e

sinestésico

Prof. dentro

da água

5 L1 Pede para que os alunos afundem, tentem sentir o solado do pé tocar o fundo da piscina e voltem a superfície novamente e depois realizem a

flutuação

Estratégia encontrada pelo professor como forma de promover a percepção corporal

Verbal Auditivo

5 L1 Professor incentiva o avanço do aluno aumentando o numero de chegadas na piscina

Aumenta o numero de chegadas que o aluno precisa realizar durante a aula como estratégia de estímulo para

que o aluno ultrapasse os seus limites e aprimore o nado.

Verbal Auditivo

5 L1 Professor explica verbalmente o que precisa ser modificado Uso da instrução verbal como estratégia Verbal Auditivo

5 L1 Pede para que os alunos afundem, tentem sentir o solado do pé tocar o fundo da piscina e voltem a superfície novamente e depois realizem a

flutuação

Estratégia encontrada pelo professor como forma de promover a percepção corporal

Verbal Auditivo

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5 L1 Professor pede para que o aluno coloque a mão no quadril enquanto

realiza para que sinta o movimento e orienta verbalmente conforme o feedback dado pelo aluno.

Utiliza o tocar o próprio corpo enquanto nada como

estratégia para que o aluno sinta o movimento que está realizando

Verbal e

sinestésica

corpo do

aluno

Auditivo,

visual e sinestésico

5 L1 Professor utiliza a braçada dupla no nado costas como estratégia para

trabalhar o controle do tronco

Utiliza o exercício da braçada dupla como estratégia para

trabalhar o controle do corpo

Verbal e

sinestésico

Auditivo e

sinestésico

6 C5 Utiliza boias de braço e um colete no aluno para facilitar a flutuação Vai retirando as boias e o colete quando percebe que o aluno já está seguro, realiza atividade com e sem colete

verbal Boias de braço e

colete

flutuador

sinestésico

6 C5 Com o apoio de uma barra na piscina o aluno mergulha para pegar

argolinhas no fundo da piscina

Dar através da barra o suporte físico para que o aluno

mergulhe para pegar argolinhas no fundo da piscina

verbal Barra na

piscina e

argolinhas

sinestésico

6 C5 Pede para que o aluno realize todas as atividades com e sem o colete tanto em decúbito ventral quanto dorsal

Estratégia encontrada pelo professor para que o aluno sinta o próprio corpo e sinta que consegue nadar

verbal Colete flutuador

Auditivo e sinestésico

Prof. dentro da água

6 C5 Professor vai aos poucos segurando e soltando o aluno para que ele

consiga realizar o movimento sozinho

Estratégia de segurar o aluno para dar maior segurança e

soltá-lo para que ele tente realizar o movimento sem o apoio físico

Sinestésico Sinestésico Prof. dentro

da água

7 C3,T1,

L3

Entra na água e auxilia no movimento Auxiliar na realização do movimento do aluno Verbal e

sinestésico

Auditivo e

sinestésico

Prof.dentro da

água

7 C3,T1, L3

Molha a mão com água fria e passa uma esponja áspera para que o aluno sinta onde a água vai pegar no movimento

Molhar a mão com água fria e passar uma esponja áspera na pele do aluno para que ele sinta onde a água irá tocá-lo.

Verbal e sinestésico

Auditivo e sinestésico

Prof. dentro da água

8 S5 O professor programa o treino através de uma periodização a fim de

gerar evolução, resultado e tornar o nado do atleta mais veloz.

Treino de força, treino de velocidade e polimento e

preservação da técnica do nado conforme a limitação do

atleta

Verbal Auditivo

8 S5 O professor programa o treino através de uma periodização a fim de

gerar evolução, resultado e tornar o nado do atleta mais veloz.

Realizar trabalho de técnica de nado com três meses antes

da competição e próximo da data de competir, realizar

trabalhos com estímulo de velocidade

Verbal Auditivo

8 S5 Professor utiliza do estímulo verbal como incentivo para o aluno

alcançar determinada meta

Estímulo verbal como forma de incentivo para que o

aluno alcance a meta

Verbal Auditivo

9 C5,C7 Adaptação de acessibilidade, nos equipamentos e fundamentos Adaptação

tátil

9 C5,C7 Trabalha pontualmente as dificuldades de cada atleta Utiliza metodologia de controle de tronco, controle do

giro de cintura escapular e de quadril

Equipament

os de

flutuação

Auditivo

9 C5,C7 Estando dentro da água o professor auxilia o aluno a realizar o giro Auxilia o giro para que a pessoa perceba a rotação Equipament

o de

flutuação

Auditivo e

sinestésico

Professor

dentro da

água

9 C5,C7 Para aumentar o controle de giro do quadril o professor prende o flutuador ao aluno para que o material promova a rotação no tronco.

Fixa o flutuador no aluno com borracha para que ele promova a rotação no tronco e aumente o controle do giro

de quadril

Flutuador e borracha

Auditivo e sinestésico

Professor dentro da

água

9 C5,C7 Com material, explora o desequilíbrio e retomada de equilíbrio do aluno durante o giro de quadril.

Utiliza espaguete para explorar o desequilíbrio, a retomada de equilíbrio e o controle de tronco

Palmar, prancha,

flutuador e

espaguete

Auditivo e sinestésico

Professor dentro da

água

9 C5,C7 Professor utiliza educativos técnicos e de fundamentos para trabalhar Utiliza de 20 a 25%do treino com educativos como Verbal e Auditivo e

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com o aluno a percepção do corpo na água estratégia para desenvolver a percepção do corpo. sinestésico sinestésico

9 C5,C7 Professor utiliza o vídeo como forma de mostrar ao aluno o movimento ideal a ser realizado.

Utiliza o vídeo como estratégia para correção de movimento.

Visual Vídeo Visual

9 C5,C7 Professor pede para um aluno com técnica mais aprimorada de nado

demonstre o movimento para o aluno que está aprendendo

Utiliza como estratégia a demonstração partindo de outro

aluno

Visual Corpo de

outro aluno

aprendiz

Visual

10 C3,C5 O professor utiliza o conceito Halliwick como ferramenta principal de

trabalho

Estratégias de motivação e palavras de encorajamento e o

conceito Halliwick

Verbal e

sinestésico

Auditivo e

sinestésico

10 C7 Professor utiliza demonstração, palavras de encorajamento, correções

verbais com apoios físicos e simula o movimento até que o aluno

compreenda a correção que necessita ser realizada.

Professor utiliza como estratégia a demonstração, o toque

no aluno, o vídeo e as correções verbais para que o aluno

perceba o movimento que está realizando

Verbal,

visual e

sinestésica

Auditivo,

visual e

sinestésico

11 T12/L1 Avaliação inicial de percepção do medo e do equilibrio Avaliação acontece para divisão de turmas sinestésica

11 T12/L1 Professor utiliza brinquedos coloridos para trabalhar com a criança o prazer de estar na água

A estratégia é criar um ambiente em que a criança sinta prazer em estar na água

Brinquedos coloridos

11 T12/L1 realiza variadas possibilidades de equilíbrio horizontal e vertical onde

o aluno descobre a melhor forma de realizar cada movimento

Trabalho de percepção pessoal verbal O corpo do

próprio

aluno

sinestésico

11 T12/L1 Coloca o braço do aluno para fazer um peso, um sobrepeso pra que ele

consiga virar o corpo

Fazer com que o aluno descubra a melhor forma de trocar

de decúbito, ventral para dorsal e dorsal para ventral

verbal O próprio

corpo do

aluno

sinestésico

11 T12/L1 Professor incentiva para que o aluno tenha autonomia para o processo de descoberta do corpo dele na água

Pede para que o aluno mude o padrão de movimento que faz e descubra uma forma diferente de nadar.

verbal O próprio corpo do

aluno

Auditivo e sinestésico

11 T12/L1 Pede para que o aluno construa uma parte da aula em conjunto com o professor

Estratégia de dar autonomia ao aluno para o processo de descoberta do corpo dele na água

Verbal O próprio corpo do

aluno

Auditivo e sinestésico

11 T12/L1 Pede para que o aluno realize a locomoção de formas variadas,

horizontal, vertical e submersa.

Estratégia para que o perceba o aluno abaixo do nível da

água e para que o aluno perceba o arrasto em profundidade.

Verbal O próprio

corpo do aluno

Auditivo e

sinestésico

11 T12/L1 Durante a locomoção o professor bóias nas pernas dos alunos para que

eles flutuem e e sintam um arrasto diferente e a percepção do corpo em uma situação diferente.

Professor utiliza equipamentos de flutuação durante a

locomoção do aluno para o treino de percepção do corpo e da propriocepção em posicionamentos variados.

Verbal e

sinestésico

Equipament

os de flutuação

Auditivo,

visual e sinestésico

12 T10 Pede para que o aluno eleve o braço até a altura da orelha Melhorar a amplitude de braçada do aluno verbal auditivo

12 T10 Pede para que aluno realize a braçada dupla Fazer com que o aluno perceba a linha média do corpo verbal Auditivo e

sinestésico

12 T10 Professor utiliza um espaço fora da piscina em que bate muito sol no horário da aula e nos momentos de ensino de um movimento, o

professor pede para que o aluno saia piscina e realiza o movimento

segurando o braço do aluno e ao mesmo explica o movimento verbalmente orientando este aluno para que observe sua sombra

formada no chão.

Professor utiliza a sombra do aluno como um efeito espelho para facilitar a percepção e realiza o movimento

tocando no aluno e explicando verbalmente.

Verbal e sinestésica

O próprio corpo do

aluno

Auditivo, visual e

sinestésico

Espaço ensolarado ao

lado da

piscina.

12 T10 Professor demonstra o movimento dentro da água como se ele fosse o aluno, sem movimentar as pernas.

Utilizar a demonstração dentro da água simulando as limitações físicas do aluno

Visual e sinestésico

Corpo do professor

Visual Prof. dentro da água

12 T10 Professor realiza o movimento com o aluno fora da água e depois

dentro da água, simultaneamente à instrução verbal para que o aluno

Realizar o movimento com o aluno tanto fora como

dentro da água, tocando o aluno para que ele perceba as

Verbal e

sinestésica

Corpo do

próprio

Auditivo,

visual e

Professor está

dentro da

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perceba o movimento e as correções a serem realizadas. correções à serem realizadas simultaneamente à instrução

verbal.

aluno sinestésico água

12 T10 Professor utiliza com o nadador com lesão medular, o tapper da natação

com deficientes visuais e pede para que o aluno enquanto nada toque

com o braço a bolinha que está na ponta do tapper.

Utilizar materiais diversos para estimular o aluno sob as

formas visual e sinestésica.

Visual e

sinestésico

Tapper Auditivo,

visual e

sinestésico

Prof. fica na

borda da

piscina

12 T10 Professor fica do lado de fora, na borda da piscina com o acquatub na mão e pede para que o aluno toque o braço no material durante o nado.

Utiliza o material como uma referência visual e sinestésica para o aluno.

Verbal, visual e

sinestésica

Acquatub (espaguete)

Auditivo, visual e

sinestésico

Prof. fica na borda da

piscina

12 T10 Professor mescla técnicas que utiliza com o nadador com deficiência visual, pede para que os alunos nadem encostando na raia, contem

braçadas e utilizem óculos escuros de natação para estimular o

aprimoramento da propriocepção.

Utiliza como estratégias atividades mesclando técnicas utilizadas com o nadador deficiente visual.

Verbal e sinestésico

Óculos com lentes

escurecidas

, raias da piscina e o

corpo do

aluno

Auditivo e sinestésico.

12 T10 Professor cria situações problema no movimento para que o aluno

resolva com a funcionalidade motora, por exemplo a virada do nado

crawl, deixando o aluno em posição incorreta na água para que ele se reorganize.

Criar uma situação problema no movimento para o aluno

se reorganize como forma de estimular a percepção da

funcionalidade motora.

Verbal e

sinestésico

Corpo do

próprio

aluno

Auditivo e

sinestésico

Quadro 5: Estratégias de ensino indicadas no diário de campo

Prof. Lesão/

Classe

Condução Estratégia Instrução Material Percepção Objetivo da

aula

Atividade Ambiente

01 S7

Professor conduziu com paciência e utilizou a demonstração

como estratégia, pois o aluno tem muito medo de realizar a respiração

Demonstração Verbal Auditivo e

Visual

Fazer o aluno

completar os 100 metros

costas

Respiração

01 S7

Utilizou flutuador e auxiliou o aluno Utilizar o flutuador para auxiliar na flutuação dorsal

Verbal e Sinestésico

Flutuador sinestésico Flutuação dorsal

01 S7

Auxiliou o aluno com a mão para flutuar Professor utilizou o toque para auxiliar o aluno

na flutuação ventral

Sinestésico Corpo do

professor

Sinestésico Transição

ventral/vert

ical

Prof. dentro

da água

01 S7

Utilizou a demonstração visual e o contato, auxiliando o

aluno no giro do braço para trás

Utilizou a demonstração visual e o toque

auxiliando o aluno a realizar o giro do braço

para trás

Visual,

auditivo e

sinestésico

Auditivo,

visual e

sinestésico

Giro do

braço para

trás

Prof. dentro

da água

01 S7

Utilizou a demonstração visual e o contato, auxiliando o aluno no giro do braço para frente

Utilizou a demonstração visual e o toque auxiliando o aluno a a realizar o giro do braço

para frente

Visual, auditivo e

sinestésico

Auditivo, visual e

sinestésico

Giro do braço para

frente

Prof. dentro da água

01 L4/L5 S7

Mostrou como a respiração é realizada, acompanhou a realização e realizou correções.

Demonstrou como realizar o movimento Visual Visual Preparação física

Respiração

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01 L4/L5

S7

Utilizou a raia como material para a atleta segurar na

realização da flutuação dorsal

Utilizar a raia como material para auxiliar na

flutuação dorsal

Sinestésico Raia da

piscina

Sinestésico Flutuação

dorsal

02 T11

Realizou a respiração segurando na borda da piscina e

depois com auxilio do professor realizou deslocamento em decúbito ventral

Realizar a respiração primeiro sem

deslocamento e depois com auxilio do professor no deslocamento em decúbito ventral

Verbal,

visual e sinestésico.

Auditivo,

visual e sinestésico

Adaptação ao

meio líquido, iniciação

nado crawl e

costas

Respiração Prof. dentro

da água

02 T11

Realizou a flutuação dorsal com material nas axilas e depois no deslocamento com auxilio do professor

Professor utilizou material para auxiliar o aluno na flutuação dorsal e depois auxiliou o

aluno a realizar o deslocamento

Verbal e sinestésico

flutuador Auditivo e sinestésico

Flutuação dorsal

Professor estava

dentro da

água

02 T11

Realizou a flutuação ventral primeiro estático com material

flutuador, pesinho e com auxilio do professor e depois com

deslocamento, também com auxilio do professor

Realizar a flutuação ventral primeiro estática e

com material e auxilio e depois com

deslocamento também com auxilio.

Verbal e

sinestésico

flutuador

e pesinho

Auditivo e

sinestésico

Flutuação

ventral

Prof. dentro

da água

02 T11

Para realizar a transição da posição dorsal para vertical o

aluno foi orientado a fazer força no abdômen e o movimento

foi realizado com o aluno segurando na borda

Orientar o aluno a concentrar a força na

contração muscular abdominal e realizar o

movimento segurando na borda da piscina

Verbal

sinestésica

Borda da

piscina

Auditivo e

sinestésico

Transição

dorso/

vertical

02 T11

Para realizar a transição da posição ventral para vertical o aluno foi orientado a fazer força no abdômen e o movimento

foi realizado com o aluno segurando na borda

Orientar o aluno a concentrar a força na contração muscular abdominal e realizar o

movimento segurando na borda da piscina

Verbal sinestésica

Borda da piscina

Auditivo e sinestésico

Transição ventral /

vertical

02 T11

O professor auxiliou na realização do rolamento Auxilio com o toque do professor na realização do giro do quadril da posição ventral para

dorsal

Verbal e sinestésico

Corpo do professor

Auditivo e sinestésico

Giro do quadril

ventral/

dorsal

Prof. dentro da

água

02 T11

O professor auxiliou na realização do rolamento Auxilio com o toque do professor na realização do giro do quadril da posição dorsal para

ventral

Verbal e sinestésico

Corpo do professor

Auditivo e sinestésico

Giro do quadril

dorso/ventr

al

Prof. dentro da água

02 T11

Primeiro o professor instruiu o aluno verbalmente e

demonstrou o movimento e depois o aluno realizou o

movimento com auxílio do professor

Instruir verbalmente o aluno e demonstrar o

movimento primeiro e depois realizar o com o

movimento auxiliando o aluno.

Verbal,

visual e

sinestésico

Corpo do

aluno e

do professor

Auditivo,

visual e

sinestésico

Giro do

braço para

trás

02 T11

Primeiro o movimento foi realizado na borda, depois com a

prancha e por último com auxílio do professor.

Realizar o movimento de forma sem

deslocamento, com o aluno segurando na

borda, depois com a prancha e por ultimo com

auxílio do professor.

Verbal,

visual e

sinestésico

Borda da

piscina e

a prancha

Auditivo,

visual e

sinestésico

Giro do

braço para

frente

02 T1/ S5

Professor instruiu o aluno no giro do braço para trás a

colocar o braço bem próximo da orelha

Instrução verbal para correção do movimento Verbal Auditivo Aprimoramen

to da técnica do nado

crawl, costas

e peito

Giro do

braço para trás

02 T1/S5

Professor instruiu verbalmente e demonstrou para o aluno

que a mão precisa entrar na água seguindo a linha do ombro.

Instrução verbal e demonstração do movimento

para correção da técnica de nado

Verbal e

visual

Corpo do

professor

Auditivo e

visual

Giro do

braço para

frente

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03 L1

Professor demonstrou o movimento orientou verbalmente a

aluna para que realizasse a respiração para os lados direito e esquerdo.

Demonstração do movimento e instrução

verbal

Verbal e

visual

Corpo do

professor

Auditivo e

visual

Aprimorar

aas técnicas do nado crawl

Respiração

03 L1

Professor auxiliou a aluna na realização do movimento e

orientou verbalmente para que durante a flutuação, a aluna mantivesse a atenção focada na respiração

Auxilio do professor na execução e instrução

verbal para o foco da atenção na respiração

Verbal,

visual e sinestésico

Corpo do

aluno e do corpo

professor

Visual,

auditivo e sinestésico

Flutuação

ventral

Prof. dentro

da água

03 L1

Professor auxiliou na realização do movimento e orientou

verbalmente para que a aluna durante a transição utilizasse a força abdominal e o auxilio dos braços

Auxilio do professor durante o movimento e

instrução verbal para o foco na força abdominal e auxilio dos braços durante a

transição.

Verbal,

visual e sinestésico

Corpo do

aluno e do

professor

Visual,

auditivo e sinestésico

Transição

ventral / vertical

Prof. dentro

da água

03 L1

Professor auxiliou no movimento e deu apoio para a realização do giro do braço para frente. A aluna utilizou a

prancha e o professou instruiu verbalmente quanto ao

posicionamento do braço durante a execução do giro.

Professor auxiliou e apoiou a aluna com o próprio corpo durante a execução do

movimento, orientando verbalmente quanto à

execução do giro e o posicionamento do braço.

Verbal, visual e

sinestésico

Corpo do aluno e

do

professor e a

prancha

Visual, auditivo e

sinestésico

Giro do braço para

frente

Prof. dentro da água

03 L1

Instrução verbal quanto ao processo de respiração natural durante o nado

Instrução verbal Verbal Auditivo Aperfeiçoar as técnicas do

nado costas

Respiração

03 L1

Professor auxiliou a aluna na realização do movimento e

orientou verbalmente para que durante a flutuação, a aluna mantivesse a atenção focada na respiração

Auxilio do professor na execução e instrução

verbal para o foco da atenção na respiração

Verbal,

visual e sinestésico

Corpo do

aluno e do

professor

Visual,

auditivo e sinestésico

Flutuação

dorsal

Prof. dentro

da água

03 L1

Professor auxiliou na execução do movimento e orientou verbalmente para que a luna mantivesse o foco da atenção

na força abdominal e no posicionamento da cabeça à frente

afundando o quadril.

Professor auxiliou na execução e utilizou-se da orientação verbal para o foco da atenção na

força abdominal e no posicionamento da

cabeça para à frente para que a aluna fosse afundando o quadril

Verbal, visual e

sinestésico

Corpo do próprio

aluno e o

corpo do professor

Visual, auditivo e

sinestésico

Transição da posição

dorsal para

vertical

Prof.dentro da água

03 L1

Professor orientou verbalmente quanto ao posicionamento

dos braços durante a execução do movimento instruindo a

aluna para que realizasse o giro com movimentos alternados e simultâneos dos braços.

Professor se utilizou da instrução verbal para

realização da atividade com movimentos

alternados e simultâneos dos braços

Verbal Auditivo Giro do

braço para

trás

03 L1

Professor demonstrou o movimento e instruiu sobre a

realização de palmateio para a flutuação com deslocamento e pediu para que a aluna realizasse o exercício.

Professor utilizou-se da instrução verbal e da

demonstração.

Verbal e

Visual

Corpo do

professor

Auditivo e

visual

Flutuação

dorsal

03 L1

Professor instruiu verbalmente para que a luna realizasse o

palmateio e e se desloca-se na piscina em decúbito ventral

Professor utilizou-se da instrução verbal Verbal Auditivo Flutuação

ventral

03 L1

Professor instruiu verbalmente quanto ao posicionamento do braço durante o movimento, demonstrou o exercício e pediu

para que a aluna realizasse.

Demonstração do movimento e instrução verbal quanto ao posicionamento do braço

Verbal e visual

Corpo do professor

Visual e auditivo

Giro do braço para

trás

03 L1

Professor demonstrou e instruiu verbalmente quanto ao posicionamento do braço durante o movimento, pediu para

que a aluna realizasse e fez correções na técnica de

movimento.

Professor utilizou a demonstração e a instrução verbal orientando o aluno quanto ao

posicionamento do braço.

Giro do braço para

frente

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03 L1

Professor auxiliou na realização do movimento e instruiu

verbalmente durante a realização do exercício

Auxílio do professor e instrução verbal durante

a execução do movimento

Verbal,

visual e sinestésico

Corpo do

professor

Auditivo,

visual e sinestésico

Aprimorar as

técnicas do nado peito

Respiração Prof. dentro

da água

03 L1

Professor instruiu verbalmente e demonstrou a

movimentação de braços durante a flutuação com deslize.

Instrução verbal e demonstração do movimento Verbal e

visual

Corpo do

professor

Auditivo e

visual

Flutuação

ventral

03 L1

Professor realizou a instrução verbal para uma leve posição vertical para a realização da respiração e pediu para que a

aluna realizasse o movimento

Instrução verbal sobre a respiração na transição Verbal Auditivo Transição ventral/

vertical

03 L1

Professor instruiu verbalmente e demonstrou a braçada do nado peito orientando a aluna para que desenhasse um

circulo com os dois braços e cortasse esse circulo ao meio,

após a explicação pediu para a aluna realizar o exercício relembrando que a braçada é realizada à frente do corpo.

Demonstração e instrução verbal quanto á realização do movimento do braço para o nado

peito

Verbal Corpo do professor

Auditivo e visual

Movimento do braço do

peito

04 C6/S3

O aluno foi instruído a utilizar a cervical para dar o

posicionamento do corpo, mantendo as orelhas na água ou fazendo imersões através de uma golfinhada invertida, assim

ao fundar a cabeça o tronco tem reação no tronco que sobe.

Professor utilizou a instrução verbal para

orientar o aluno dando referências físicas para que o aluno possa manter o posicionamento do

corpo na posição dorsal.

Verbal Auditivo Aumentar o

deslize e a flutuabilidade

durante a

braçada dupla

Flutuação

dorsal

04 C6/S3

O aluno realizou o giro dos dois braços para trás de forma simultânea sendo instruído a manter o tronco estático e

braços estendidos com leve flexão dos cotovelos e rápida

adução para fora para gerar propulsão.

O professor utilizou da instrução verbal orientando o aluno sobre a técnica do

movimento.

Verbal Auditivo Giro do braço para

trás

04 C6/S3

O aluno foi instruído a entrar na piscina em decúbito ventral

realizando rotação transversa a frente com os braços

estendidos com os ombros próximo ás orelhas, para compensar a falta de propulsão nas pernas e realizar leve

propulsão com os punhos e para respirar realizou a rotação

longitudinal.

O professor utilizou da instrução verbal

orientando o aluno sobre como realizar o

movimento gerando propulsão.

Verbal Auditivo Controlar as

rotações do

nado crawl

Flutuação

ventral

04 C6/S3

Com objetivo de coordenar o movimento de tronco e braços alternados o aluno foi orientado a realizar a braçada

coordenada mantendo o braço contrario afastado da linha do

ombro, respirando a cada três braçadas

Orientação sobre forma de realização do movimento através da instrução verbal.

Verbal Auditivo Giro do braço para

frente

04 C5/S2

Em decúbito ventral o aluno foi orientado a expirar o ar pelo

nariz enquanto inicia a rotação longitudinal com o movimento de rotação cervical acompanhado pelo mesmo

movimento de ombro para o mesmo lado passando para

decúbito dorsal para realizar a inspiração estando assim em posição de segurança que é vertical, com independência.

O aluno foi orientado através da instrução

verbal a realizar o giro de quadril e fazer a transição de decúbito ventral para dorsal,

realizando a expiração em decúbito ventral e a

inspiração em decúbito dorsal, sendo a inspiração na posição vertical.

Verbal Auditivo Controle da

respiração e rotações do

tronco

Respiração

04 C5/S2

Em decúbito ventral o aluno foi orientado a expirar o ar pelo

nariz enquanto inicia a rotação longitudinal com o movimento de rotação cervical acompanhado pelo mesmo

movimento de ombro para o mesmo lado passando para

decúbito dorsal para realizar a inspiração estando assim em posição de segurança que é vertical, com independência

O aluno foi orientado através da instrução

verbal a realizar o giro de quadril e fazer a transição de decúbito ventral para dorsal,

realizando a expiração em decúbito ventral e a

inspiração em decúbito dorsal, sendo a inspiração na posição vertical.

Verbal Auditivo Transição

dorso/vertical

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04 C5/S2

Em decúbito dorsal, o aluno foi orientado a iniciar o giro

simultâneo dos braços com o polegar saindo primeiro e cotovelos estendidos de forma lenta até o movimento ficar

vertical fazendo extensão lateral dos braços ao entrar na

água e tracionando com a palma das mãos direcionadas para o quadril

Através da instrução verbal o professor

orientou o aluno sobre a técnica de realização da braçada dupla.

Verbal Auditivo Propulsão de

membros superiores de

costas

(Braçada dupla)

Giro do

braço para trás

04 C5/S2

O aluno foi orientado ao realizar a verticalização dos braços em decúbito dorsal na braçada dupla, entrar com o rosto na

água expirando o ar pelo nariz e retornar ao final do

movimento de tração.

Através da instrução verbal o professor orientou o aluno sobre a técnica de realização

da golfinhada invertida.

Verbal Auditivo Entrada da cabeça na

água em

decúbito dorsal/

Golfinhada

invertida

05 L1

Professor orientou a aluna para segurasse na borda e fizesse

bolinhas colocando o rosto por completo na água.

Através da instrução verbal o professor

orientou a aluna para que segurasse na borda

da piscina e fizesse bolinhas com o rosto na água

Verbal Auditivo Nado crawl Respiração Prof. dentro

da água

05 L1

Professor iniciou com um trabalho de braços demonstrando

o movimento para o aluno e orientando para que primeiro

apenas observasse, após a demonstração o professor pediu para que o aluno realizasse o movimento com auxílio e

quando percebeu que o aluno sentia-se seguro, este realizou

o movimento sozinho, sem auxílio.

Professor utilizou como estratégia a

demonstração do movimento, pedindo para que

o aluno apenas observasse em um primeiro momento, depois o aluno realizou a atividade

com e sem auxilio do professor.

Verbal e

visual

Corpo do

professor

Visual,

auditivo e

sinestésico

Flutuação

ventral

Prof. dentro

da água

05 L1

Primeiro o professor realizou com o aluno o movimento fora

da água e depois auxiliou na realização do movimento

dentro da água

Realizar o movimento fora da água primeiro e

depois auxiliar o aluno na realização do

movimento dentro da água.

Verbal,

visual e

sinestésico

Corpo do

aluno e

do professor

Visual,

auditivo e

sinestésico

Transição

ventral

/vertical

Professor

estava

dentro da água

05 L1

Professor demonstrou o movimento fora da piscina e depois

dentro da água realizou o exercício auxiliando o aluno.

Demonstrar o movimento fora da piscina e

depois auxiliar o aluno na execução do

exercício.

Verbal,

visual e

sinestésico

Corpo do

aluno do

professor

Visual,

auditivo e

sinestésico

Giro dos

braços para

frente

Prof. dentro

da água

06 C5

Professor demonstrou o exercício para o aluno tanto dentro

quando fora da água e instruiu verbalmente sobre a técnica

da respiração, pedindo para que o aluno realizasse, depois instruiu para que o aluno exercitasse o afundar expirando o

ar e o retornar à superfície também expirando o ar.

Professor utilizou da demonstração tanto

dentro quanto fora da água e instruiu o aluno

verbalmente quanto à técnica da respiração.

Verbal,

visual.

Corpo do

professor

Auditivo,

visual e

sinestésico.

Ensinar os

quatro estilos

da natação

Respiração Prof. dentro

da água.

06 C5

Professor utilizou um colete flutuador como equipamento

para o auxílio e apoiou a nuca do aluno durante a realização do exercício.

Professor utilizou a instrução verbal, utilizou

um colete como equipamento flutuador e auxiliou na realização do exercício apoiando

na nuca do aluno.

Verbal,

visual e sinestésico.

Colete

flutuador .

Auditivo,

visual e sinestésico.

Flutuação

dorsal

Prof. dentro

da água

06 C5

Professor utilizou um colete flutuador no aluno, instruiu verbalmente para que o aluno segurasse uma prancha como

apoio e realizasse a respiração e o professor deu apoio

segurando a prancha durante a realização do exercício.

Professor utilizou um colete flutuador e uma prancha como equipamentos auxiliares,

instruiu o aluno verbalmente e apoiou a

prancha durante a realização do exercício dando estabilidade ao movimento.

Verbal, visual e

sinestésica.

Colete flutuador,

prancha .

Auditivo, visual e

sinestésico.

Flutuação ventral

Prof.dentro da água.

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85

06 C5

Professor instruiu verbalmenteo aluno para que na borda da

piscina segurasse na barra girando o tronco e trazendo o corpo para posição vertical.

Professor utilizou a instrução verbal orientando

na realização da atividade.

Verbal e

visual.

Barra da

piscina

Auditivo,

visual e sinestésico.

Transição

dorso/vertical

06 C5

Professor instruiu verbalmenteo aluno para que na borda da

piscina segurasse na barra girando o tronco e trazendo o corpo para posição vertical.

Professor utilizou a instrução verbal orientando

na realização da atividade.

Verbal e

visual.

Barra da

piscina

Auditivo,

visual e sinestésico.

Transição

ventral/vertical.

06 C5

Professor instruiu verbalmenteo aluno para que na borda da

piscina segurasse na barra girando o tronco e trazendo o

corpo para posição vertical.

Professor utilizou a instrução verbal orientando

na realização da atividade.

Verbal e

visual.

Barra da

piscina

Auditivo,

visual e

sinestésico.

Giro do

quadril

ventral/ dorsal

06 C5

Professor instruiu verbalmenteo aluno para que na borda da

piscina segurasse na barra girando o tronco e trazendo o corpo para posição vertical.

Professor utilizou a instrução verbal orientando

na realização da atividade.

Verbal e

visual.

Barra da

piscina

Auditivo,

visual e sinestésico.

Giro do

quadril dorsal/

ventral

06 C5

Professor apoiou uma das mãos na nuca do aluno e com a outra mão auxiliou no giro alternado dos braços para trás.

Professor utilizou da instrução verbal e auxiliou na realização do exercício

Verbal e sinestésica

Corpo do professor

.

Auditivo e sinestésico

Giro do braço para

trás

Prof. dentro da água

06 C5

Professor auxiliou na realização do exercício e instruiu o

aluno para que em decúbito ventral gire os braços para frente respirando de forma lateral.

Professor auxiliou na realização do exercício e

se utilizou da instrução verbal.

Verbal e

sinestésico

Corpo do

professor.

Auditivo,

visual e sinestésico

Giro do

braço para frente

Prof. dentro

da água.

08 S5

Aluno foi instruído a primeiro prender a respiração o

máximo de tempo possível, depois soltar a respiração lentamente alternando entre nariz e boca e por ultimo

controlar a expiração do ar pelo nariz e inspiração pela boca

A orientação da atividade ocorreu através da

instrução verbal

Verbal Auditivo Adaptação ao

meio líquido com foco para

a natação

competitiva

Respiração

08 S5

O aluno foi instruído a inflar o pulmão de ar e depois fazer uma expiração forte com o professor realizando o apoio na

nuca do aluno. No segundo momento o aluno realizou a

flutuação com palmateio.

Em um primeiro momento foi utilizada a instrução verbal e apoio do professor, no

segundo momento o aluno é orientado a

realizar palmateio

Verbal e sinestésico

Corpo do professor

Auditivo e sinestésico

Flutuação dorsal

Prof. dentro da água.

08 S5

Utilizou apoio de um espaguete ou flutuador e deu apoio

com a palma da mão no peito do aluno para que ele adquira

o equilíbrio até manter a própria flutuação

Professor utilizou material flutuador e deu

apoio físico para auxiliar o aluno na

manutenção do equilibrio

Verbal e

sinestésico

flutuador Auditivo e

sinestésico

Flutuação

ventral

Prof. dentro

da água

08 S5

Professor dá o estimulo e apoiando a mão na barriga do aluno conduz o movimento abdominal até ele chegar na

posição vertical

Utilizou apoio físico para auxiliar o aluno Sinestésico Corpo do professor

Sinestésico Transição dorso/vertic

al

Prof. dentro da água

08 S5

Instruiu o aluno verbalmente e em conjunto o auxiliou na descoberta do ponto de equilibrio

Utilizou a instrução verbal e realizou a descoberta do ponto de equilíbrio

Verbal Auditivo e sinestésico

Transição ventral/vert

ical

08 S5

Instruiu verbalmente o aluno para que ele inicie o movimento até chegar a posição ideal auxiliando com o

toque ao afundar um do ombros do aluno para que este gire.

Utilizou a instrução verbal e o toque auxiliando o aluno no movimento

Verbal e sinestésico

Auditivo e sinestésico

Giro do quadril

ventral

/dorsal

Prof. dentro da água

08 S5

Pediu para que o aluno definisse o lado e tentasse realizar o giro para a posição ventral, com auxilio do professor

afundando um dos ombros do aluno para auxiliar no giro

Utilizou a instrução verbal e o toque auxiliando o aluno no movimento

Verbal e sinestésico

Auditivo e sinestésico

Giro do quadril

dorsal/ventr

Prof. dentro da água

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86

al

08 S5

Instruiu o aluno para que ele eleve o braço até a maior altura possível fazendo o giro, professor auxiliou conduzindo o

braço do aluno.

Instruiu e auxiliou o aluno no giro do braço para trás.

Verbal e sinestésica

Auditivo e sinestésico

Giro do braço para

trás

08 S5 Com a prancha e com o flutuador, o aluno realizou o

movimento do giro do braço para frente com auxilio do professor.

O aluno realizou o giro do braço para frente

com auxilio do professor e com o uso do material

Verbal e

sinestésico

Prancha e

flutuador

Auditivo e

sinestésico

Giro do

braço para frente

9 T5

T6

Professor se utilizou da instrução verbal e de atividades

variadas para o ensino da respiração, sendo a execução do movimento fora da água, com imersão, com variação do

tempo de movimento de respiração, bloqueando a respiração

e alternando o fluxo da respiração com movimentação corporal

Professor utilizou uma sequencia de atividades

variadas para o ensino da respiração.

Verbal Auditivo Iniciação á

prática da natação

Respiração

9 T5

T6

Em um primeiro momento a flutuação foi realizada com o

aluno apoiando as mãos no ombro do professor, depois foi realizada com o professor apoiando a nuca do aluno, em um

terceiro momento com controle através da respiração, depois

a flutuação foi realizada sem apoio e por ultimo foi treinado o controle da respiração utilizando palmateio.

Professor utilizou uma sequencia de atividades

variadas para o ensino da flutuação dorsal, utilizou também a instrução verbal, a

demonstração e o apoio físico ao aluno.

Verbal e

sinestésico

Corpo do

aluno e do

professor

Auditivo e

sinestésico

Flutuação

dorsal

Prof. dentro

da água

9 T5

T6

Professor orientou verbalmente o aluno para que primeiro

observasse o movimento da flutuação ventral e depois

executasse, professor utilizou variação de posição da cabeça durante a flutuação

Professor se utilizou da instrução verbal e da

demonstração do movimento antes de sua

execução com variação no movimento.

Verbal,

visual e

sinestésico

Corpo do

professor

Auditivo,

visual e

sinestésico.

Flutuação

ventral

Prof.dentro

da água

9 T5

T6

Professor utilizou uma sequencia de atividades, dando apoio

físico ao aluno durante a execução do movimento. Foi giro do tronco com auxilio dos braços, giro de tronco sem auxílio

dos braços, meio giro alternando o lado, meio giro com

parada.

Professor utilizou uma sequencia de atividades,

dando apoio físico ao aluno durante a execução do movimento.

Verbal,

visual e sinestésico

Corpo do

aluno e do

professor

.

Auditivo,

visual e sinestésico.

Transição

dorso/ vertical

Prof.dentro

da água.

9 T5 T6

Professor utilizou uma sequencia de atividades, dando apoio físico ao aluno durante a execução do movimento, sendo a

variação de equilíbrio do tronco pela posição da cabeça,

indução à flexão do tronco com auxílio de palmateio e indução à flexão do tronco somente com a movimentação de

cabeça e respiração (expiração)

Professor utilizou uma sequencia de atividades, dando apoio físico ao aluno durante a execução

do movimento, utilizando posições de variação

do equilíbrio.

Verbal, visual e

sinestésico

Corpo do aluno e

do

professor.

Auditivo, visual e

sinestésico.

Transição ventral/

vertical

Prof. dentro da água.

9 T5 T6

Professor utilizou uma sequencia de atividades, sendo palmateio bilateral e unilateral para rotação do tronco, meio

giro alternando os lados e meio giro com parada lateral

Professor utilizou uma sequencia de atividades sendo o palmateio utilizado como apoio do

corpo para o giro e o meio giro com parada

para treino do equilíbrio.

Verbal, visual e

sinestésico

Corpo do aluno e

do

professor.

Auditivo, visual e

sinestésico.

Giro do quadril

ventral/

dorsal

Prof. dentro da água.

9 T5

T6

Professor utilizou uma sequencia de atividades, sendo

palmateio bilateral e unilateral para rotação do tronco, meio giro alternando os lados e meio giro com parada lateral

Professor utilizou uma sequencia de atividades

sendo o palmateio utilizado como apoio do corpo para o giro e o meio giro com parada

para treino do equilíbrio.

Verbal,

visual e sinestésico

Corpo do

aluno

Auditivo,

visual e sinestésico.

Giro do

quadril dorso/

ventral

Prof. dentro

da água.

9 T5

T6

Professor se utilizou de uma sequencia de atividades,

auxiliando o aluno com apoio físico. Sendo palmateio

Professor se utilizou de uma sequencia de

atividades, auxiliando o aluno com apoio físico

Verbal,

visual e

Corpo do

aluno e

Auditivo,

visual e

Giro do

braço para

Prof. dentro

da água.

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87

alternado, giro unilateral com palmateio, giro bilateral com

apoio na cabeça, giro unilateral com apoio na cabeça e execução lenta e guiada do movimento do braço, giro

unilateral sem apoio

no inicio da sequencia e finalizando esta sem

apoio, ou seja aumentando o nível de dificuldade conforme a evolução do aluno

sinestésico do

professor.

sinestésico. trás

9 T5 T6

Professor se utilizou de uma sequencia de atividades, auxiliando o aluno com apoio físico e uso de equipamento.

Sendo a realização de palmateios a frente da cabeça,

“cachorrinho” e palmateios próximo do quadril, giro do braço para frente com pegada dupla, braçada submersa, giro

unilateral com apoio da prancha e giro unilateral sem

prancha.

Professor se utilizou de uma sequencia de atividades, auxiliando o aluno com apoio físico

no inicio da sequencia e finalizando esta sem

apoio, ou seja aumentando o nível de dificuldade conforme a evolução do aluno,

professor orientou o aluno para que realizasse

o movimento com e sem equipamento como auxilio.

Verbal, visual e

sinestésico

Corpo do aluno, do

professor

e a prancha.

Auditivo, visual e

sinestésico.

Giro do braço para

frente

Prof. dentro da água.

11 T12

L1

Professor segurou o aluno por baixo das axilas e orientou

para que inspirasse o ar e expirasse colocando o rosto na água

Auxiliar o aluno na realização do movimento

estando dentro da água e realizar a respiração como a primeira atividade da adaptação ao

meio líquido

Verbal,

visual e sinestésico

Corpo do

professor

Auditivo,

visual e sinestésico

Descobrir

formas de deslocamento

em decúbito

ventral e dorsal

Respiração Prof. dentro

da água.

11 T12

L1

Professor orientou verbalmente o aluno que em função da

baixa densidade corporal, no caso dele seria mais fácil a

flutuação, pediu para que o aluno ficasse tranquilo, relaxasse a cabeça para que conseguisse flutuar com facilidade.

Orientar verbalmente o aluno sobre a

facilidade em flutuar, apoiar a cabeça do aluno

para que realize o movimento.

Verbal e

sinestésico

Corpo do

aluno e

do professor

Auditivo e

sinestésico

Fazer o aluno

perceber que

possui facilidade

para flutuar

Flutuação

dorsal

Prof.dentro

da água.

11 T12 L1

Com a garantia de que o aluno já possuía ótimo controle com a respiração, professor pediu para que o aluno ficasse

tranquilo dando apoio para a realização do movimento.

Professor orientou verbalmente o aluno para que ficasse tranquilo e deu apoio físico para a

realização do movimento.

Verbal e sinestésico

Corpo do aluno e

do

professor

Auditivo e sinestésico

Flutuação ventral

Prof.dentro da água.

11 T12 L1

Professor solicitou para que o aluno estendesse o braço tocando o braço do professor e projetando o tronco para

frente. Em um segundo momento o movimento foi realizado

utilizando uma bola como referencia.

Primeiro orientou verbalmente o aluno e auxiliou na realização do movimento depois

utilizou uma bola como referencia.

Verbal, visual e

sinestésico

Corpo do aluno, do

professor

e uma bola.

Auditivo e sinestésico

Transição dorso/

vertical

Prof.dentro da água.

11 T12

L1

Professor orientou verbalmente o aluno para que projetasse

a cabeça para trás como se fosse deitar, repetindo o movimento várias vezes e segurando nas pernas do aluno

para estabilizar um ponto fixo.

Orientação verbal sobre a forma de realizar o

movimento e apoio para estabilização do equilíbrio.

Verbal e

sinestésico

Corpo do

aluno e do

professor

Auditivo e

sinestésico

Transição

ventral/ vertical

Prof. dentro

da água.

11 T12

L1

Professor orientou o aluno para que iniciasse o movimento

com a cabeça. Quando o aluno está no inicio da fase de aprendizagem o professor estabiliza o quadril do aluno

pedindo para que o aluno auxilie no movimento com a sua própria força de abdômen para que o quadril gire realizando

a mesma força com os braços.

Orientação verbal sobre a realização do

movimento dando apoio físico para o aluno.

Verbal e

sinestésico

Corpo do

aluno e do

professor.

Auditivo e

sinestésico

Giro do

quadril ventral

/dorsal

Prof. dentro

da água

11 T12

L1

Professor orientou o aluno para iniciasse o movimento pela

cabeça projetando o braço estendido para que encoste na mão do prof. que estará estendida ao lado do aluno na

Orientação verbal sobre a forma de realizar o

movimento e apoio físico durante a execução.

Verbal e

sinestésico

Corpo do

aluno e do

Auditivo e

sinestésico

Giro do

quadril dorsal/

Prof. dentro

da água.

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88

direção do giro. professor

.

ventral

11 T12

L1

Após estabilizar o aluno em decúbito dorsal o professor

pediu para que outro aluno realizasse o movimento como

exemplo para o aprendiz e depois pediu para que o aluno realizasse o movimento de giro.

O professor estabilizou o aluno em decúbito

dorsal e depois pediu para que outro aluno

realizasse o movimento para que a aprendizagem aconteça por observação.

Verbal,

visual e

sinestésico

Corpo

do

professor e do

aluno

Auditivo e

sinestésico

Giro do

braço para

trás

Prof.dentro

da água.

11 T12

L1

Após boa adaptação ao meio líquido, o professor pediu para

que outro aluno realizasse o movimento, orientando o aprendiz para que observasse e depois executasse o giro do

braço para frente.

O professor depois pediu para que outro aluno

realizasse o movimento para que a aprendizagem aconteça por observação.

Verbal,

visual e sinestésico

Corpo do

aluno e do

professor

Auditivo e

sinestésico

Giro do

braço para frente

Prof. dentro

da água.

11 T12 L1

Professor orientou verbalmente o aluno para realizasse giros de formas variadas.

Orientação verbal e auxilio ao aluno com apoio físico.

Verbal, visual e

sinestésico

Corpo do aluno

Auditivo, visual e

sinestésico

Melhora da consciência

corporal

Movimentos livres de

giros e

cambalhotas

Prof. dentro da água

11 T12

L1

Professor orientou o aluno para que realizasse o

deslocamento de formas variadas, submersa e vertical tocando a mão no fundo da piscina.

Orientação verbal para que o aluno realize o

deslocamento de formas variadas e apoio físico.

Verbal,

visual e sinestésico

Corpo do

aluno

Auditivo,

visual e sinestésico

Deslocame

nto submerso

Prof.dentro

da água

11 T12

L1

Professor amarrou flutuadores nas pernas do aluno para que

este posicione o quadril mais alto e perceba a diminuição do

arrasto durante o deslocamento

Professor utilizou de equipamento flutuador

adaptando o material ao aluno ( amarrando o

flutuador nas pernas do aluno) para que este perceba o arrasto.

Verbal,

visual e

sinestésico

Corpo do

aluno,

flutuador

Auditivo,

visual e

sinestésico

Fazer com

que o aluno

perceba o arrasto

Deslocame

nto com

material flutuador

Prof. dentro

da água

12 T10

Professor realizou o exercício de liberar bolhas de ar dentro

da água pelo nariz e se utilizou da orientação oral e da demonstração do exercício

Professor instruiu verbalmente como o

exercício deveria ser realizado demonstrou para o aluno

Verbal e

visual

Auditivo e

visual

Adaptação ao

meio líquido

Respiração Prof. dentro

da água

12 T10

Para ensinar a flutuação dorsal, o professor utilizou um

acquatub como apoio na região da cintura escapular o outro

atrás do joelho além do apoio manual na cabeça.

Professor utilizou equipamento de flutuação na

cintura escapular e região posterior de joelho e

apoiou a cabeça da aluna com as mãos

Verbal,

visual e

sinestésico

flutuador

e o corpo

do professor

Auditivo,

visual e

sinestésico.

Flutuação

dorsal

Prof. dentro

da água

12 T10

Professor orientou a aluna para que apoiasse as mãos na

escada e utilizando um acquatub na região da cintura pélvica pediu para que a aluna afundasse o rosto e buscasse tentar

manter o equilíbrio

Professor utilizou a instrução verbal e o uso da

escada da piscina e do material flutuador.

Verbal,

visual e sinestésica

Escada

da piscina e

flutuador

Auditivo,

visual e sinestésico.

Flutuação

ventral

12 T10

Professor orientou a aluna para que movimentasse as mãos

com palmateio e estímulo à força residual na região do

tronco ( core)

Professor utilizou da instrução verbal,

demonstrando o movimento e auxiliando na

realização.

Verbal,

visual e

sinestésico

Auditivo,

visual e

sinestésico

Transição

da posição

dorsal para

vertical

Prof. dentro

da água

12 T10

Professor orientou a aluna para que movimentasse as mãos com palmateio e estímulo à força residual na região do

tronco ( core)

Professor utilizou da instrução verbal, demonstrando o movimento e auxiliando na

realização.

Verbal, visual e

sinestésico

Corpo do professor

Auditivo, visual e

sinestésico

Transição ventral/

vertical

Prof. dentro da água

12 T10

Professor orientou a aluna para que fizesse palmateio e demonstrou o movimento auxiliando durante o giro

Professor utilizou da instrução verbal com palmateio como estratégia, demonstração e

auxilio na realização.

Verbal, visual e

sinestésico

Corpo do próprio

professor

Auditivo, visual e

sinestésico

Giro do quadril

ventral/

dorsal

Prof. dentro da água

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89

12 T10

Professor demonstrou o movimento e orientou verbalmente

e de forma fisica tanto dentro como fora da água, usando acquatub nas cinturas pélvica e escapular e apoio de cabeça

feito pelo professor que auxiliou durante a realização do

giro.

Professor se utilizou da instrução verbal e

física realizando o movimento com a aluna tanto dentro quanto fora da água com o uso de

equipamento flutuador e apoio físico na cabeça

Verbal,

visual e sinestésico

flutuador

e o corpo do

professor

Auditivo,

visual e sinestésico

Giro do

braço para trás

Prof. dentro

da água

12 T10

Professor demonstrou o movimento fora da água e colocou

um acquatub na região da cintura pélvica da aluna,

orientando a braçada de dentro da água com correções quanto à amplitude do movimento.

Utilizou da demonstração tanto dentro quanto

fora da água com equipamento flutuador e

orientação verbal durante a realização.

Verbal,

visual e

sinestésico

flutuador

e o corpo

do professor

Auditivo,

visual e

sinestésico

Giro do

braço para

frente

Prof.dentro

da água

12 T06

O aluno realizou exercício elevador. Professor utilizou a instrução verbal. Verbal Auditivo Adequação da

braçada no

nado costas

Respiração

12 T06

O aluno foi orientado para o trabalho do controle da

respiração, enchendo o pulmão de ar e soltando aos poucos

com uso do palmateio para estabilização do corpo.

Professor utilizou a instrução verbal e orientou

com realização à estabilização do corpo

durante o movimento.

Verbal Auditivo Flutuação

dorsal

12 T06

O aluno foi orientado para o trabalho do controle da

respiração, enchendo o pulmão de ar e soltando aos poucos

com uso do palmateio para estabilização do corpo.

Professor utilizou a instrução verbal e orientou

com realização à estabilização do corpo

durante o movimento.

Verbal Auditivo Flutuação

ventral

12 T06

O aluno foi orientado a utilizar o palmateio durante a transição.

Professor utilizou a instrução verbal Verbal Auditivo Transição dorso/

vertical

12 T06

O aluno foi instruído a apoiar as mãos na escada da piscina e forçar os braços empurrando para cima com intuito de

baixar o tronco, depois realizou o mesmo exercício sem a

utilização da escada como apoio.

Professor utilizou a escada como equipamento de apoio para a realização do exercício e

depois orientou o aluno para que realizasse o

exercício sem o equipamento.

Verbal e sinestésica

Escada da

piscina

Auditivo e sinestésico

Transição ventral/

vertical

12 T06

O aluno foi instruído a realizar o giro com auxilio de palmateios fazendo o apoio de mão sempre na posição

correta para gerar o movimento solicitado.

Professor se utilizou da instrução verbal e atenção no posiconamento do corpo para gerar

o movimento de giro

Verbal Auditivo Giro do quadril

ventral/

dorsal

12 T06

O aluno foi instruído a realizar o giro com auxilio de

palmateios fazendo o apoio de mão sempre na posição

correta para gerar o movimento solicitado.

Professor se utilizou da instrução verbal e

atenção no posiconamento do corpo para gerar

o movimento de giro

Verbal Auditivo Giro do

quadril

dorsal/ ventral

12 T06

Realizado através de exercícios educativos com giro do

braço com pegada dupla e com braçada dupla e orientação

verbal para atenção á manutenção da braçada na linha média

do corpo. E na finalização da braçada tocar as mãos no

quadril.

Professor orientou verbalmente o aluno para

que mantivesse a atenção na linha média do

corpo enquanto realizava o exercício educativo

e tocar as mãos no quadril para sentir a

finalização do movimento.

Verbal,

visual e

sinestésico

Auditivo,

visual e

sinestésica

Giro do

braço para

trás

12 T06

Foi utilizado o acquatub na região do quadril e educativo da pegada dupla, encostando as mãos na água

Professor utilizou equipamento flutuador e orientação verbal pedindo para que o aluno

unisse as mãos na água na finalização do giro

do braço.

Verbal, visual e

sinestésico

flutuador Auditivo, visual e

sinestésica

Giro do braço para

frente

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Quadro 6: Síntese das estratégias de ensino indicadas na entrevista e diário de campo Classe Padrão motor classe funcional lesão funcionalidade estratégia atividade instrução Percepção

S1 Lesão medular completa abaixo de C4-5 ou com pólio com comprometimento similar à lesão

medular de C4-5 ou paralisia cerebral. Significante

perda de massa muscular ou controle de pernas, braços e mãos, limitado controle de tronco com

tetraplegia.

C3 Auxiliar na realização do movimento do aluno Giro do braço para

trás

C3 Molhar a mão com água fria e passar uma esponja áspera na pele do aluno

para que ele sinta onde a água irá tocá-

lo.

Flutuação dorsal

S2 Lesão medular completa abaixo de C6, ou pólio com comprometimento similar à lesão medular de

C6 ou PC quadriplégico grave, com grande limitação dos membros superiores. Possui

habilidade para o uso de braços, mas, não de mãos,

pernas ou tronco. Severo comprometimento de coordenação nos quatro membros.

C5 S2

O aluno foi orientado através da instrução verbal a realizar o giro de quadril e fazer a transição de decúbito ventral para

dorsal, realizando a expiração em decúbito ventral e a inspiração em decúbito dorsal, sendo a inspiração na

posição vertical.

Respiração

C5 Na fase de adaptação ao meio líquido professor se utilizou

do apoio físico

Respiração

C5 Professor pede para que o aluno se

oriente pelas cores da raia enquanto

nada como forma de fazer com que o

aluno perceba que está avançando

Giro do

braço para

frente

C5 S2

O aluno foi orientado através da instrução verbal a realizar o giro de quadril e fazer a transição de decúbito ventral para

dorsal, realizando a expiração em decúbito ventral e a

inspiração em decúbito dorsal, sendo a inspiração na posição vertical.

Transição dorso/vertic

al

C5

S2

Através da instrução verbal o professor orientou o aluno

sobre a técnica de realização da braçada dupla.

Giro do

braço para trás

C5

S2

Através da instrução verbal o professor orientou o aluno

sobre a técnica de realização da golfinhada invertida.

Entrada da

cabeça na

água em decúbito

dorsal/

Golfinhada invertida

C5 Professor utilizou da demonstração tanto dentro quanto fora

da água e instruiu o aluno verbalmente quanto à técnica da respiração.

Respiração

C5

Professor utilizou a instrução verbal, utilizou um colete

como equipamento flutuador e auxiliou na realização do

Flutuação

dorsal

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91

exercício apoiando na nuca do aluno.

C5

Professor utilizou um colete flutuador e uma prancha como equipamentos auxiliares, instruiu o aluno verbalmente e

apoiou a prancha durante a realização do exercício dando

estabilidade ao movimento.

Flutuação ventral

C5

Professor utilizou a instrução verbal orientando na realização da atividade.

Transição dorso/

vertical

C5

Professor utilizou a instrução verbal orientando na

realização da atividade.

Transição

ventral/

vertical.

C5 Professor utilizou a instrução verbal orientando na realização da atividade.

Giro do quadril

ventral /dorsal

C5 Professor utilizou a instrução verbal orientando na

realização da atividade.

Giro do

quadril

dorsal/ ventral

C5 Vai retirando as boias e o colete quando

percebe que o aluno já está seguro, realiza atividade com e sem colete

Flutuação

dorsal

C5 Dar através da barra o suporte físico para que o aluno

mergulhe para pegar argolinhas no fundo da piscina

Submerso

C5 Colocar e retirar o colete flutuador para que o aluno sinta o próprio corpo e sinta

que consegue nadar

Giro do braço para

frente

C5 Estratégia de segurar o aluno para dar

maior segurança e soltá-lo para que ele tente realizar o movimento sem o apoio

físico

Giro do

braço para trás

C5 Professor utilizou da instrução verbal e auxiliou na realização do exercício

Giro do braço para

trás

C5 Utiliza metodologia de controle de tronco, controle do giro

de cintura escapular e de quadril

Giro do

quadril dorso/ventr

al

C5 Auxilia o giro para que a pessoa perceba a rotação

Giro do quadril

dorso/

ventral

C5 Fixa o flutuador no aluno com borracha

para que ele promova a rotação no

Giro do

quadril

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92

tronco e aumente o controle do giro de

quadril

ventral/

dorsal

C5 Utiliza espaguete para explorar o desequilíbrio, a retomada

de equilíbrio e o controle de tronco

Transição

dorsal/

vertical

C5 Utiliza de 20 a 25%do treino com educativos como estratégia para desenvolver a percepção do corpo.

Giro do braço para

trás

C5 Utiliza o vídeo como estratégia para correção de movimento.

Giro do braço para

frente

C5 Utiliza como estratégia a demonstração partindo de outro

aluno

Giro do

braço para frente

C5 Estratégias de motivação e palavras de encorajamento e o

conceito Halliwick

Transição

dorsal/vertical

C5 Professor auxiliou na realização do exercício e se utilizou da

instrução verbal.

Giro do

braço para frente

S3 Lesão medular completa abaixo de C7, ou lesão

medular incompleta abaixo de C6, ou pólio com

comprometimento similar à lesão medular de C7,

ou amputação dos quatro membros. Tem habilidade

para o uso dos braços, mas, não o uso das pernas ou

tronco com severos problemas de coordenação.

C6

S3

Professor utilizou a instrução verbal para orientar o aluno

dando referências físicas para que o aluno possa manter o

posicionamento do corpo na posição dorsal.

Flutuação

dorsal

C6

S3

O professor utilizou da instrução verbal orientando o aluno

sobre o giro do braço

Giro do

braço para

trás

C6 S3

O professor utilizou da instrução verbal orientando o aluno sobre como realizar o movimento gerando propulsão.

Flutuação ventral

C6

S3

Orientação sobre forma de realização do movimento através

da instrução verbal.

Giro do

braço para frente

Na fase de adaptação ao meio líquido se utilizou do apoio

físico

Respiração

S4 Lesão medular completa abaixo de C8, ou lesão medular incompleta abaixo de C7, ou pólio com

comprometimento similar à lesão medular de C8,

ou amputação de três membros. Podem utilizar os braços, tem fraqueza mínima nas mãos e não

podem utilizar tronco ou pernas.

S4 Nadar sem material, colocar o flutuador, pesinho ou espaguete na perna e nadar

de novo com material

Giro do braço para

trás

C7 A estratégia é utilizar os meios verbal, visual e auditivo para explicar determinado movimento

Giro do braço para

frente

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93

C7 Professor utiliza como estratégia a

demonstração, o toque no aluno, o vídeo e as correções verbais para que o aluno

perceba o movimento que está

realizando

Giro do

braço para frente

C7 Professor simula as limitações físicas do

aluno demonstrando que a eficiência do

movimento é possível.

Giro do

braço para

frente

C7 Ensinar o aluno a perceber a posição do quadril com auxilio do material

Flutuação dorsal

C7 Utiliza a instrução verbal como estratégia para que o aluno

corrija o posicionamento do corpo na água

Giro do

quadril dorso/

ventral

C7 Utiliza como estratégia formas variadas de ensino e vias de aprendizagem, visual, auditivo e sinestésico

Giro do quadril

dorso/

ventral

C7 Através do questionamento e da instrução verbal, orienta o aluno para que ele perceba a diferença de posição do quadril

e realize as correções necessárias.

Giro do quadril

ventral/

dorsal

C7 Professor se utiliza da instrução verbal e

de vídeos com nadadores da mesma

classe funcional do aluno

Giro do

braço para

frente

S5 Lesão medular completa abaixo de T1-8, ou lesão medular incompleta abaixo de C8,ou pólio com

comprometimento similar à lesão medular de T1-8,

ou acondroplasia de até 130cm com problemas de propulsão, ou paralisia cerebral com hemiplegia

severa. Pouco controle de um lado do corpo ou

paraplegia.

T1 S5

Instrução verbal para correção do movimento Giro do braço para

trás

T1

S5

Instrução verbal e demonstração do movimento para

correção da técnica de nado

Giro do

braço para

frente

S5 A orientação da atividade ocorreu através da instrução

verbal

Respiração

S5 Em um primeiro momento foi utilizada a instrução verbal e

apoio do professor, no segundo momento o aluno é orientado a realizar palmateio

Flutuação

dorsal

S5 Professor utilizou material flutuador e deu apoio físico para

auxiliar o aluno na manutenção do equilibrio

Flutuação

ventral

S5 Utilizou apoio físico para auxiliar o aluno Transição dorso/

vertical

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S5 Utilizou a instrução verbal e realizou a

descoberta do ponto de equilíbrio em conjunto com o aluno

Transição

ventral/ vertical

S5 Utilizou a instrução verbal e o toque auxiliando o aluno no

movimento

Giro do

quadril ventral/

dorsal

S5 Utilizou a instrução verbal e o toque auxiliando o aluno no

movimento

Giro do

quadril dorsal/

ventral

S5 Instruiu e auxiliou o aluno no giro do braço para trás. Giro do braço para

trás

S5 O aluno realizou o giro do braço para frente com auxilio do professor e com o uso do material

Giro do braço para

frente

S5 Treino de força, treino de velocidade e polimento e

preservação da técnica do nado conforme a limitação do atleta

Giro do

braço para frente

S5 Realizar trabalho de técnica de nado com três meses antes

da competição e próximo da data de competir, realizar trabalhos com estímulo de velocidade

Giro do

braço para trás

S5 Estímulo verbal como forma de incentivo para que o aluno

alcance a meta

Giro do

braço para

trás

T06 Professor utilizou a instrução verbal. Respiração

T06 Professor utilizou a instrução verbal e orientou com

realização à estabilização do corpo durante o movimento

Flutuação

dorsal

T06 Professor utilizou a instrução verbal e orientou com realização à estabilização do corpo durante o movimento.

Flutuação ventral

T06 Professor utilizou a instrução verbal Transição

dorso/vertic

al

T06 Professor utilizou a escada como equipamento de apoio para

a realização do exercício e depois orientou o aluno para que

realizasse o exercício sem o equipamento.

Transição

ventral/

vertical

T06 Professor se utilizou da instrução verbal e atenção no posiconamento do corpo para gerar o movimento de giro

Giro do quadril

ventral /dorsal

T06 Professor se utilizou da instrução verbal

e atenção no posicionamento do corpo

para gerar o movimento de giro

Giro do

quadril

dorso/ ventral

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T06 Professor orientou verbalmente o aluno

para que mantivesse a atenção na linha média do corpo enquanto realizava o

exercício educativo e tocar as mãos no

quadril para sentir a finalização do movimento.

Giro do

braço para trás

T06 Professor utilizou equipamento flutuador e orientação verbal

pedindo para que o aluno unisse as mãos na água na finalização do giro do braço.

Giro do

braço para frente

T5

T6

Professor utilizou uma sequencia de atividades variadas para

o ensino da respiração.

Respiração

T5 T6

Professor utilizou uma sequencia de atividades variadas para o ensino da flutuação dorsal, utilizou também a instrução

verbal, a demonstração e o apoio físico ao aluno.

Flutuação dorsal

T5 T6

Professor se utilizou da instrução verbal e da demonstração do movimento antes de sua execução com variação no

movimento.

Flutuação ventral

T5

T6

Professor utilizou uma sequencia de atividades, dando apoio

físico ao aluno durante a execução do movimento.

Transição

dorso/ vertical

T5

T6

Professor utilizou uma sequencia de

atividades, dando apoio físico ao aluno durante a execução do movimento,

utilizando posições de variação do

equilíbrio.

Transição

Ventral/ vertical

S6 Lesão medular completa abaixo de T9-L1, ou com pólio com comprometimento similar à lesão

medular de T9-L1, ou acondroplasia de até 130cm

ou com paralisia cerebral com hemiplegia moderada.

T10 Professor instruiu verbalmente como o exercício deveria ser realizado demonstrou para o aluno

Respiração

T10 Professor utilizou equipamento de flutuação na cintura

escapular e região posterior de joelho e apoiou a cabeça da aluna com as mãos

Flutuação

dorsal

T10 Professor utilizou a instrução verbal e o uso da escada da

piscina e do material flutuador.

Flutuação

ventral

T10 Professor utilizou da instrução verbal, demonstrando o movimento e auxiliando na realização.

Transição dorso/

vertical

T10 Professor utilizou da instrução verbal, demonstrando o movimento e auxiliando na realização.

Transição ventral

/vertical

T10 Professor utilizou da instrução verbal com palmateio como

estratégia, demonstração e auxilio na realização.

Giro do

quadril ventral /

dorsal

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T10 Professor se utilizou da instrução verbal e física realizando o

movimento com a aluna tanto dentro quanto fora da água com o uso de equipamento flutuador e apoio físico na

cabeça

Giro do

braço para trás

T10 Utilizou da demonstração tanto dentro quanto fora da água com equipamento flutuador e orientação verbal durante a

realização.

Giro do braço para

frente

T11 Realizar a respiração primeiro sem deslocamento e depois

com auxilio do professor no deslocamento em decúbito ventral

Respiração

T11 Professor utilizou material para auxiliar o aluno na flutuação

dorsal e depois auxiliou o aluno a realizar o deslocamento

Flutuação

dorsal

T11 Realizar a flutuação ventral primeiro estática e com material e auxilio e depois com deslocamento também com auxilio.

Flutuação ventral

T11 Orientar o aluno a concentrar a força na contração muscular

abdominal e realizar o movimento segurando na borda da piscina

Transição

da posição dorsal para

vertical

T11 Orientar o aluno a concentrar a força na contração muscular abdominal e realizar o movimento segurando na borda da

piscina.

Transição ventral/

vertical

T11 Auxilio com o toque do professor na realização do giro do

quadril da posição ventral para dorsal

Giro do

quadril

ventral/

dorsal

T11 Auxilio com o toque do professor na realização do giro do

quadril da posição dorsal para ventral

Giro do

quadril

dorso/ ventral

T11 Instruir verbalmente o aluno e demonstrar o movimento

primeiro e depois realizar o com o movimento auxiliando o

aluno.

Giro do

braço para

trás

T11 Realizar o movimento de forma sem deslocamento, com o

aluno segurando na borda, depois com a prancha e por

ultimo com auxílio do professor.

Giro do

braço para

frente

T12/L1

Auxiliar o aluno na realização do movimento estando dentro da água e realizar a respiração como a primeira atividade da

adaptação ao meio líquido

Respiração

L1 Pede para que os alunos afundem, tentem sentir o solado do pé tocar o

fundo da piscina e voltem a superfície

novamente e depois realizem a flutuação para aprimorar a percepção corporal

Respiração

L1 Aumenta o numero de chegadas que o aluno precisa realizar Giro do

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durante a aula como estratégia de estímulo para que o aluno

ultrapasse os seus limites e aprimore o nado.

braço para

frente

L1 Uso da instrução verbal como estratégia Transição

Ventral/dorsal

T12

L1

Orientar verbalmente o aluno sobre a facilidade em flutuar,

apoiar a cabeça do aluno para que realize o movimento.

Flutuação

dorsal

L1 Utiliza o tocar o próprio corpo enquanto nada como estratégia para que o aluno

sinta o movimento que está realizando

Giro do braço para

trás

L1 Utiliza o exercício da braçada dupla como estratégia para

trabalhar o controle do corpo

Giro do

braço para trás

T12

L1

Professor orientou verbalmente o aluno para que ficasse

tranquilo e deu apoio físico para a realização do movimento.

Flutuação

ventral

T12

L1

Primeiro orientou verbalmente o aluno e auxiliou na

realização do movimento depois utilizou uma bola como

referencia.

Transição

dorsal

/vertical

T12 L1

Orientação verbal sobre a forma de realizar o movimento e apoio para estabilização do equilíbrio.

Transição da posição

ventral para

vertical

T12

L1

Orientação verbal sobre a realização do movimento dando

apoio físico para o aluno.

Giro do

quadril

ventral/ dorsal

T12

L1

Orientação verbal sobre a forma de realizar o movimento e

apoio físico durante a execução.

Giro do

quadril

dorsal/ ventral

T12

L1

O professor estabilizou o aluno em decúbito dorsal e depois

pediu para que outro aluno realizasse o movimento para que a aprendizagem aconteça por observação.

Giro do

braço para trás

T12

L1

O professor depois pediu para que outro aluno realizasse o

movimento para que a aprendizagem aconteça por

observação.

Giro do

braço para

frente

T12

L1

Orientação verbal e auxilio ao aluno com apoio físico. Movimento

s livres de

giros e cambalhota

s

T12L1

Orientação verbal para que o aluno realize o deslocamento de formas variadas e apoio físico.

Deslocamento

submerso

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T12

L1

Professor utilizou de equipamento

flutuador adaptando o material ao aluno ( amarrando o flutuador nas pernas do

aluno) para que este perceba o arrasto

. Deslocame

nto com material

flutuador

L1 Demonstração do movimento e instrução verbal Respiração do nado

crawl

L1 Auxilio do professor na execução e instrução verbal para o

foco da atenção na respiração

Flutuação

ventral

L1 Auxilio do professor durante o movimento e instrução

verbal para o foco na força abdominal e auxilio dos braços

durante a transição.

Transição

ventral/

vertical

L1 Professor auxiliou e apoiou a aluna com o próprio corpo durante a execução do movimento, orientando verbalmente

quanto à execução do giro e o posicionamento do braço.

Giro do braço para

frente

L1 Instrução verbal Respiração do nado

costas

Auxilio do professor na execução e instrução verbal para o foco da atenção na respiração

Flutuação dorsal

L1 Professor auxiliou na execução e utilizou-se da orientação

verbal para o foco da atenção na força abdominal e no

posicionamento da cabeça para à frente para que a aluna

fosse afundando o quadril

Transição

dorsal/

vertical

L1 Professor se utilizou da instrução verbal para realização da

atividade com movimentos alternados e simultâneos dos braços

Giro do

braço para trás

L1 Professor utilizou-se da instrução verbal e da demonstração. Flutuação

dorsal

L1 Professor utilizou-se da instrução verbal Flutuação ventral

L1 Demonstração do movimento e instrução verbal quanto ao

posicionamento do braço

Giro do

braço para

trás

L1 Professor utilizou a demonstração e a instrução verbal

orientando o aluno quanto ao posicionamento do braço.

Giro do

braço para

frente

L1 Auxílio do professor e instrução verbal durante a execução do movimento

Respiração do nado

peito

L1 Instrução verbal e demonstração do movimento Flutuação ventral

L1 Instrução verbal sobre a respiração na transição Transição

Ventral/ vertical

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L1 Demonstração e instrução verbal quanto á realização do

movimento do braço para o nado peito

Movimento

do braço do peito

L1 Através da instrução verbal o professor orientou a aluna

para que segurasse na borda da piscina e fizesse bolinhas com o rosto na água

Respiração

L1 Professor utilizou como estratégia a demonstração do

movimento, pedindo para que o aluno apenas observasse em

um primeiro momento, depois o aluno realizou a atividade com e sem auxilio do professor.

Flutuação

ventral

L1 Realizar o movimento fora da água primeiro e depois

auxiliar o aluno na realização do movimento dentro da água.

Transição

ventral / vertical

L1 Demonstrar o movimento fora da piscina e depois auxiliar o

aluno na execução do exercício.

Giro dos

braços para frente

T10 Nadar junto com o aluno durante a aula

como forma de mostrar a ele que não

está sozinho no processo de descoberta da percepção.

Giro do

braço para

frente

T10 Estar dentro da água na fase de adaptação ao meio líquido e

se utilizar do toque para dar segurança ao aluno

Respiração

T10 Utiliza das três vias de aprendizagem, visual, auditivo e

sinestésico

Giro do

quadril da

posição

ventral para dorsal

T10 Estratégia de dar a mão para o aluno

fazendo o lugar da prancha na aprendizagem da braçada e puxar o

aluno para que aconteça o deslize

Giro do

braço para frente

T10 Explica verbalmente sobre o apoio da mão na água Giro do

braço para frente

Jogou a argolinha no fundo da piscina

para que o aluno tentasse mergulhar para pegar, orientou para que o aluno

ondulasse o quadril e pediu para que o

aluno tentasse descobrir como poderia fazer para mergulhar

Submerso

T10 Professor se utiliza da dica e o aluno

adapta esta dica para a própria funcionalidade

Giro do

braço para frente

T10 Professor orienta com uma linguagem que a criança

compreenda

Flutuação

dorsal

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100

T10 Orienta o aluno verbalmente para que ele use o movimento

de quadril

Giro do

quadril ventral/

dorsal

T10 Professor utiliza brinquedos coloridos para trabalhar com a criança o prazer de estar na água

Respiração

T12

L1

Realiza variadas possibilidades de

equilíbrio horizontal e vertical onde o

aluno descobre a melhor forma de realizar cada movimento

Giro do

quadril

dorso/ ventral

T12

L1

Coloca o braço do aluno para fazer um

peso, um sobrepeso pra que ele consiga virar o corpo

Giro do

quadril dorso/

ventral

T12 L1

Professor incentiva para que o aluno tenha autonomia para o processo de

descoberta do corpo dele na água

Transição ventral /

vertical

T12/

L1

Pede para que o aluno construa uma parte da aula em

conjunto com o professor

Giro do

braço para frente

T12

L1

Pede para que o aluno realize a

locomoção de formas variadas, horizontal, vertical e submersa

. Submerso

T12

L1

Durante a locomoção o professor coloca

bóias nas pernas dos alunos para que

eles flutuem e sintam um arrasto diferente e a percepção do corpo em

uma situação diferente.

Giro do

braço para

trás

T12 L1

Pede para que o aluno eleve o braço até a altura da orelha Giro do braço para

trás

T12

L1

Pede para que aluno realize a braçada dupla Giro do

braço para trás

T12

L1

Professor utiliza um espaço fora da piscina em que bate

muito sol no horário da aula e nos momentos de ensino de um movimento, o professor pede para que o aluno saia

piscina e realiza o movimento segurando o braço do aluno e

ao mesmo explica o movimento verbalmente orientando este aluno para que observe sua sombra formada no chão.

Giro do

braço para frente

T12

L1

Professor demonstra o movimento

dentro da água como se ele fosse o aluno, sem movimentar as pernas.

Transição

dorso/ vertical

T12

L1

Professor realiza o movimento com o aluno fora da água e

depois dentro da água, simultaneamente à instrução verbal

Giro do

braço para

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101

para que o aluno perceba o movimento e as correções a

serem realizadas.

frente

T12

L1

Professor fica do lado de fora, na borda da piscina com o

acquatub na mão e pede para que o aluno toque o braço no

material durante o nado.

Giro do

braço para

trás

T12 L1

Professor mescla técnicas que utiliza com o nadador com deficiência visual,

pede para que os alunos nadem

encostando na raia, contem braçadas e utilizem óculos escuros de natação para

estimular o aprimoramento da

propriocepção.

Giro do braço para

trás

T12

L1

Professor cria situações problema no

movimento para que o aluno resolva

com a funcionalidade motora, por exemplo a virada do nado crawl,

deixando o aluno em posição incorreta

na água para que ele se reorganize

. Virada do

nado crawl

T12

L1

Desafiou o aluno a nadar quatro chegadas sem parar Giro do

braço para

frente

S7 Lesão medular abaixo de L2-3 ou pólio com comprometimento similar à lesão medular de L2-3

ou amputação dupla abaixo dos cotovelos, ou

amputação dupla acima do joelho e acima dos cotovelos em lados opostos

S7 Utilizar o material para trabalhar flutuabilidade e facilitar o ensino do nado costas

Flutuação dorsal

S7 Exercícios corretivos e de sensibilidade

para estimular a percepção da funcionalidade motora.

S7 Utilizar o flutuador para auxiliar na flutuação dorsal Flutuação

dorsal

S7 Entrar na água com o aluno para dar maior segurança e utilizar o espaguete para auxiliar na flutuação

Flutuação dorsal

S7 Utiliza o flutuador (espaguete) para auxílio na flutuação Flutuação

ventral

S7 Professor utilizou o toque para auxiliar o aluno na flutuação ventral

Transição da posição

ventral para

vertical

S7 Utilizou a demonstração visual e o toque auxiliando o aluno

a realizar o giro do braço para trás

Giro do

braço para

trás

S7 Relembrar verbalmente a técnica do nado e realizar a correção enquanto o aluno está executando o nado.

Giro do braço para

trás

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S7 Utilizar palavras de motivação para incentivar o aluno Giro do

braço para trás

S7 Utilizou a demonstração visual e o toque auxiliando o aluno

a a realizar o giro do braço para frente

Giro do

braço para frente

S7 Desafiar o aluno com prêmio para atingir determinada meta Giro do

braço para

frente

S7 Utiliza do toque para que o aluno se

sinta seguro e compreenda o

movimento.

Giro do

braço para

frente

L4 L5

S7

Demonstrou como realizar o movimento Respiração

L4 L5

S7

Utilizar a raia como material para auxiliar na flutuação dorsal

Flutuação dorsal

S8 Lesão medular abaixo de L4-5, ou pólio com comprometimento similar à lesão medular de L4-5

ou amputação dupla acima dos joelhos, ou

amputação dupla das mãos, ou paralisia cerebral com diplegia mínima.

S9 Lesão medular na altura de S1-2 ou pólio com uma

perna não funcional, ou amputação simples acima

do joelho, ou amputação abaixo do cotovelo

S10 Pólio com prejuízo mínimo de membros inferiores

ou amputação dos dois pés, ou amputação simples

de uma mão, ou restrição severa de uma das articulações coxofemoral

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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao iniciar este estudo, acreditava-se que as estratégias de ensino eram criadas

pelos professores a partir do feedback dado pelo aluno sobre a atividade proposta, que

os professores de nadadores lesados medulares utilizavam prioritariamente a instrução

verbal como estratégia de ensino, estabelecendo uma sequência pedagógica previamente

determinada e apenas saindo desta quando criavam estratégias próprias, e que os

professores adaptavam a técnica do nado conforme a limitação motora apresentada pelo

nadador lesado medular utilizando estratégias criadas com base na técnica tradicional do

nado, demonstrando baixa sensibilização ou desconhecimento com relação ao trabalho

de promoção à funcionalidade motora do nadador.

Algumas destas expectativas não foram confirmadas, porque dependendo do

estilo de ensino adotado pelo professor, ele não considera o feedback e a percepção do

aluno, atuando apenas sob a visão que têm e as possibilidades que visualiza.

Quanto ao uso prioritário da instrução verbal, durante o processo de ensino a

instrução é complementada por outras estratégias criadas ou não pelo professor. A

adaptabilidade na visão do professor sob a técnica do nado está condicionada à

limitação motora apresentada pelo nadador lesado medular ou conforme a visão que o

professor têm sobre a funcionalidade, considerando-a como um conjunto de fatores.

O uso de estratégias criadas com base na técnica tradicional do nado, mostrou

que há baixa sensibilização ou mesmo desconhecimento com relação ao trabalho de

promoção da funcionalidade motora do nadador que se confirma na medida em que o

aporte e suporte da literatura específica se mostra incipiente e não satisfaz o desejo de

conhecimento do professor.

Os dados obtidos tanto na entrevista realizada com os professores quanto no

diário de campo nos permitiram verificar a condução do processo de ensino conforme a

fase de aprendizagem em que o aluno está e o nível de lesão medular que este apresenta,

bem como, possibilitou compreender de que forma o professor analisa a funcionalidade

motora do nadador com lesão medular, as dificuldades encontradas pelo professor

durante o processo de ensino e como o processo instrucional atua na aprendizagem,

estando todos estes fatores relacionados à atividade pretendida e aos objetivos

almejados tanto pelo professor quanto pelo aluno.

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104

Ainda, é importante salientar foi pautado na visão de funcionalidade aportada na

potencialidade da pessoa com lesão medular e o quanto e de que forma essa se relaciona

com o aspecto neurológico da função.

Fica claro que o reconhecimento da potencialidade ou não da pessoa com lesão

medular interfere de forma direta na eficiência do processo de ensino e da atuação do

professor de forma que, a partir do momento em que este reconhecimento se estabelece,

torna-se possível uma ampla gama de possibilidades de movimentos e estratégias de

ensino a serem desenvolvidas.

CONTRIBUIÇÕES PARA ALÉM DOS RESULTADOS DESTE ESTUDO...

Considerando que nem todas as classes funcionais foram contempladas, como

citado anteriormente, objetivamos a construção de um material que congregasse a todos

os itens. No sentido de compatibilizar as informações extraídas da entrevista e do diário

de campo sobre as estratégias de ensino utilizadas pelos professores e relacioná-las com

a classificação funcional esportiva, produzimos um quadro com estratégias de ensino

para a pessoa com lesão medular, o qual apresenta as estratégias de ensino relacionadas

à condução, à instrução, aos materiais pedagógicos auxiliares, à percepção e ao

ambiente em que podem ser desenvolvidas organizadas por níveis de acometimentos e

cores.

Não se tem a intenção de que este produto seja uma receita para o profissional,

mas, sim de contribuir com algumas indicativas com possibilidades sobre a ação

educativa a ser desenvolvida, no sentido de estimular professores iniciantes na prática

pedagógica para o atendimento à pessoa com lesão medular. Contudo, a proposição que

segue pode ser aprofundada com novas pesquisas colocando em prática o material

produzido.

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Quadro 7: Estratégias de ensino para a pessoa com lesão medular classe S1

Atividade Condução Estratégia Instrução Material Percepção Ambiente

Respiração Com o próprio corpo, auxiliar no movimento de dentro da água. Auxilio na realização do movimento do aluno Verbal e

sinestésico

Auditivo e

sinestésico

Instrutor

dentro da

água.

Flutuação dorsal Adaptar a acessibilidade nos equipamentos e fundamentos Auxilio na realização do movimento Auditivo, visual e

sinestésico

Flutuador (espaguete e

colete)

Adaptação tátil

Instrutor dentro da

água.

Flutuação ventral Iniciar a flutuação ventral com a posição vertical apoiando o aluno pelo quadril e fazendo a inspiração do ar pelo nariz e expiração na água pela boca, colocar o

rosto na água ainda com apoio físico do professor e realizar a inspiração do ar pela

boca e a expiração pelo nariz. Aos poucos inclinar o tronco do aluno para frente, utilizando um colete flutuador para maior estabilização e segurança.

Inicio com exercício mais simples para o mais complexo e utilização do apoio físico no inicio e

depois com o colete flutuador.

Auditivo, visual e

sinestésico

Flutuador ( colete)

Adaptação tátil

Instrutor dentro da

água.

Transição dorso/

vertical

Instruir verbalmente o aluno para que a partir do movimento de cabeça traga o

tronco para frente. Auxiliar durante a realização do movimento com uma mão nas costas e uma mão no tórax do aluno.

Utilização do próprio corpo para sustentação do

aluno, instruindo verbalmente sobre ação biomecânica do tronco e pedindo para que incline

a cabeça para frente para que tronco se mova

para trás.

Auditivo,

visual e sinestésico

Adaptação

tátil

Instrutor

dentro da água.

Transição ventral para vertical

Instruir verbalmente o aluno para que a partir do movimento de cabeça traga o tronco para trás. Auxiliar durante a realização do movimento com uma mão nas

costas e uma mão no tórax do aluno, manter a atenção com relação ao contato do

rosto com a água.

Utilização do próprio corpo para sustentação do aluno, instruindo verbalmente sobre ação

biomecânica do tronco e pedindo para que incline

a cabeça para trás para que tronco se mova para frente, pode ser utilizado colete flutuador para

auxiliar na estabilização.

Auditivo, visual e

sinestésico

Colete flutuador.

Adaptação tátil

Instrutor dentro da

água.

Giro do quadril ventral/ dorsal

Molhar a mão com água fria e passar uma esponja áspera no aluno para que este sinta onde a água vai pegar no movimento

Molha a mão com água fria e passar uma esponja áspera na pele do aluno para que ele sinta onde a

água irá tocá-lo.

Verbal e sinestésico

Auditivo e sinestésico

Instrutor dentro da

água.

Giro do quadril

ventral/ dorsal

Prender o flutuador ao aluno para que o material promova a rotação no tronco. Fixação do flutuador no aluno com borracha para

que ele promova a rotação no tronco e aumente o controle do giro de quadril

Flutuador e

borracha

Auditivo e

sinestésico

Instrutor

dentro da água.

Giro do quadril

dorso/ ventral

Trabalhar pontualmente as dificuldades de cada atleta Utilização de metodologia de controle de tronco,

controle do giro de cintura escapular e de quadril

Equipamentos

de flutuação

Auditivo Instrutor

dentro da água.

Giro do quadril

dorso/ ventral

Auxiliar o aluno a realizar o giro Auxilio no giro para que a pessoa perceba a

rotação

Equipamento

de flutuação

Auditivo e

sinestésico

Instrutor

dentro da

água

Giro do quadril

dorso/ ventral

Explorar o desequilíbrio e retomada de equilíbrio do aluno durante o giro de

quadril.

Espaguete para explorar o desequilíbrio, a

retomada de equilíbrio e o controle de tronco

Palmar,

prancha,

flutuador e espaguete

Auditivo e

sinestésico

Instrutor

dentro da

água

Giro do braço para

trás

Utilizar educativos técnicos e de fundamentos para trabalhar com o aluno a

percepção do corpo na água

Utilização de 20 a 25%do treino com educativos

como estratégia para desenvolver a percepção do corpo.

Verbal e

sinestésico

Auditivo e

sinestésico

Giro do braço para

frente

Utilizar o vídeo como forma de mostrar ao aluno o movimento ideal a ser

realizado.

Vídeo para correção de movimento. Visual Vídeo Visual

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106

Braçada dupla de

costas

Pedir para um aluno com técnica mais aprimorada de nado demonstre o

movimento para o aluno que está em fase de aprendizado.

Demonstração partindo de outro aluno Visual Visual

Quadro 8: Estratégias de ensino para a pessoa com lesão medular classe S2

Atividade Condução Estratégia Instrução Material Percepção Ambiente

Respiração Orientar o aluno a ficar em decúbito ventral e expirar o ar pelo nariz enquanto

inicia a rotação longitudinal com o movimento de rotação cervical acompanhado pelo mesmo movimento de ombro para o mesmo lado passando para decúbito

dorsal para realizar a inspiração estando assim em posição de segurança que é

vertical, com independência.

Instrução verbal para que o aluno realize o giro

de quadril e fazer a transição de decúbito ventral para dorsal, realizando a expiração em decúbito

ventral e a inspiração em decúbito dorsal, sendo a

inspiração na posição vertical.

verbal Auditiva e

sinestésica

Respiração Utilizar de apoio físico para o aluno e auxiliar na realização do exercício Estratégias de motivação e palavras de

encorajamento e o conceito Halliwick

Verbal e

sinestésico

Auditivo e

sinestésico

Respiração Orientar com uma linguagem que a criança compreenda e na fase de adaptação ao meio líquido, utilizar de apoio físico ao aluno.

Instrução verbal como estratégia Verbal Auditivo e sinestésico

Instrutor dentro da

água

Respiração Demonstrar o exercício para o aluno tanto dentro quando fora da água e instruir

verbalmente sobre a técnica da respiração, pedir para que o aluno realize depois instruir para que o aluno exercite o afundar expirando o ar e o retornar à superfície

também expirando o ar.

Demonstração tanto dentro quanto fora da água e

uso da instrução verbal quanto à técnica da respiração.

Verbal,

visual.

Auditivo,

visual e sinestésico.

Instrutor

dentro da água.

Flutuação dorsal Utilizar um colete flutuador como equipamento para o auxílio e apoiar a nuca do aluno durante a realização do exercício.

Instrução verbal e de um colete como equipamento flutuador além do auxilio na

realização do exercício apoiando na nuca do

aluno.

Verbal, visual e

sinestésico.

Colete flutuador

Auditivo, visual e

sinestésico.

Instrutor dentro da

água.

Flutuação ventral Utilizar um colete flutuador no aluno, instruir verbalmente para que o aluno segure uma prancha como apoio e realize a respiração. Apoiar o aluno com o

próprio segurando a prancha durante a realização do exercício.

Utilização de um colete flutuador e uma prancha como equipamentos auxiliares, instrução verbal e

apoio da prancha durante a realização do

exercício dando estabilidade ao movimento.

Verbal, visual e

sinestésica.

Colete flutuador,

prancha

Auditivo, visual e

sinestésico.

Instrutor dentro da

água.

Flutuação ventral Pedir para que o aluno realize todas as atividades com e sem o colete tanto em

decúbito ventral quanto dorsal

Realização do nado com e sem colete flutuador verbal Colete

flutuador

Auditivo e

sinestésico

Instrutor

dentro da

água

Flutuação dorsal Utilizar boias de braço e um colete no aluno para facilitar a flutuação Utilização das boias e do colete para oferecer segurança ao aluno, quando esta estiver

estabelecida acontece a retirada do material.

verbal Boias de braço e colete

flutuador

sinestésico

Flutuação dorsal Segurar e soltar o aluno para que ele consiga realizar o movimento sozinho Segurar o aluno para dar maior segurança e

soltá-lo para que ele tente realizar o movimento

sem o apoio físico

Sinestésico Sinestésico Instrutor

dentro da

água

Transição dorso/ vertical

Orientar o aluno para que em decúbito ventral expire o ar pelo nariz enquanto inicia a rotação longitudinal com o movimento de rotação cervical acompanhado

pelo mesmo movimento de ombro para o mesmo lado passando para decúbito

dorsal para realizar a inspiração estando assim em posição de segurança que é vertical, com independência

Instrução verbal para que o aluno realize o giro de quadril e faça a transição de decúbito ventral

para dorsal, realizando a expiração em decúbito

ventral e a inspiração em decúbito dorsal, sendo a inspiração na posição vertical

Verbal Auditivo Instrutor dentro da

água.

Transição dorso/

vertical e Transição

Instruir verbalmente o aluno para que na borda da piscina segure na barra girando

o tronco e trazendo o corpo para posição vertical.

instrução verbal para a realização da atividade. Verbal e

visual.

Barra na

piscina

Auditivo,

visual e

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107

ventral/ vertical sinestésico.

Giro do quadril ventral/ dorsal e Giro

do quadril dorso/

ventral

Instruir verbalmente o aluno para que na borda da piscina segure na barra girando o tronco e trazendo o corpo para posição vertical.

instrução verbal orientando na realização da atividade.

Verbal e visual.

Barra na piscina

Auditivo, visual e

sinestésico.

Giro do braço para trás

Orientar o aluno para ficar em decúbito ventral e iniciar o giro simultâneo dos braços com o polegar saindo primeiro e cotovelos estendidos de forma lenta até o

movimento ficar vertical fazendo extensão lateral dos braços ao entrar na água e

tracionando com a palma das mãos direcionadas para o quadril

Orientação verbal sobre a técnica de realização da braçada dupla.

Verbal Auditivo

Giro do braço para

trás

Pedir para que o aluno se oriente pelas cores da raia enquanto nada como forma

de fazer com que o aluno perceba que está avançando

Orientação verbal para que o aluno observe a raia

para saber que esta avançando.

Verbal e

visual

Raias da

piscina

Auditivo e

visual

Giro do braço para

trás

Apoiar uma das mãos na nuca do aluno e com a outra mão auxiliar no giro

alternado dos braços para trás.

Instrução verbal e auxilio na realização do

exercício

Verbal e

sinestésica

Auditivo e

sinestésico

Instrutor

dentro da água

Giro do braço para

frente

Auxiliar na realização do exercício e instruir o aluno para que em decúbito ventral

gire os braços para frente respirando de forma lateral.

Instrução verbal e auxilio na realização do

exercício

Verbal e

sinestésico

Auditivo,

visual e sinestésico

Instrutor

dentro da água.

Giro do braço para

frente

Utilizar demonstração, palavras de encorajamento, correções verbais com apoios

físicos e simular o movimento até que o aluno compreenda a correção que necessita ser realizada.

Utilização da demonstração, do toque no aluno,

do vídeo e das correções verbais para que o aluno perceba o movimento que está realizando

Verbal,

visual e sinestésica

Auditivo,

visual e sinestésico

Entrada da cabeça na

água em decúbito

dorsal/ Golfinhada

invertida

Orientar o aluno para que em decúbito ventral realize a verticalização dos braços

em decúbito dorsal na braçada dupla, entrar com o rosto na água expirando o ar

pelo nariz e retornar ao final do movimento de tração.

Instrução verbal sobre a técnica de realização da

golfinhada invertida.

Verbal Auditivo

Mergulho submerso Orientar o aluno para que apoie na barra na piscina e mergulhe para pegar

argolinhas no fundo da piscina

Utilização da barra como suporte físico para que

o aluno mergulhe

verbal Barra na

piscina e argolinhas

sinestésico

Quadro 9: Estratégias de ensino para a pessoa com lesão medular classe S3

Atividade Condução Estratégia Instrução Material Percepção Ambiente

Respiração Utilizar o apoio físico para auxiliar o aluno Programa Halliwick Verbal Auditivo e

sinestésico

Instrutor

dentro da água

Flutuação dorsal Instruir o aluno a utilizar a cervical para dar o posicionamento do corpo, mantendo

as orelhas na água ou fazendo imersões através de uma golfinhada invertida, assim ao fundar a cabeça o tronco tem reação no tronco que sobe.

Instrução verbal para orientar o aluno dando

referências físicas para que o aluno possa manter o posicionamento do corpo na posição dorsal.

Verbal Auditivo

Flutuação ventral Instruir o aluno a entrar na piscina em decúbito ventral realizando rotação

transversa a frente com os braços estendidos com os ombros próximo ás orelhas,

para compensar a falta de propulsão nas pernas e realizar leve propulsão com os punhos e para respirar realizou a rotação longitudinal.

Instrução verbal sobre como realizar o

movimento gerando propulsão.

Verbal Auditivo

Transição dorso/

vertical

Pedir para que o aluno em decúbito ventral segure as mãos do professor e puxe

para ele, com objetivo de compreender e perceber a biomecânica do movimento de quadril, depois pedir para que o aluno partindo da posição dorsal tente tracionar a

Instrução verbal para que o aluno tente realizar o

movimento sozinho com a supervisão do professor

Verbal e

sinestésico

Visual,

auditivo e sinestésico

Instrutor

dentro da água

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108

água com os braços puxando de trás para frente assim como trazer o movimento de

tronco para frente a partir do movimento de cabeça.

Transição

ventral/vertical

Orientar o aluno para que em posição ventral segure o professor pelas mãos, pedir

para que o aluno puxe a mão do professor para ele ao mesmo tempo em que

levanta a cabeça e tira o rosto da água. Depois com apoio físico do professor segurando o aluno com uma mão nas costas e outra na barriga, orientar o aluno a

tracionar a água com os próprios braços com movimento cima para baixo,

empurrando a água para trás.

Utilização do apoio físico e da instrução verbal

para que tente realizar sozinho com a supervisão

do professor

Verbal e

sinestésico

Visual,

auditivo e

sinestésico

Instrutor

dentro da

água

Giro do quadril ventral/ dorsal e Giro

do quadril dorso/

ventral

Orientar o aluno verbalmente para que ele use o movimento de quadril Instrução verbal para que o aluno perceba a funcionalidade do movimento de quadril

Verbal Auditivo

Giro do braço para

trás

Orientar o aluno a realizar o giro dos dois braços para trás de forma simultânea

sendo instruído a manter o tronco estático e braços estendidos com leve flexão dos

cotovelos e rápida adução para fora para gerar propulsão.

Instrução verbal sobre a técnica do movimento. Verbal Auditivo

Giro do braço para

frente

Orientar o aluno a coordenar o movimento de tronco e braços alternados e a

realizar a braçada coordenada mantendo o braço contrario afastado da linha do

ombro, respirando a cada três braçadas

Orientação verbal sobre forma de realização do

movimento.

Verbal Auditivo

Mergulho submerso Orientar o aluno a iniciar o movimento na parte rasa da piscina, jogando objetos ao fundo para que o aluno tente pegar. Instruir verbalmente sobre o movimento de

quadril.

Instrução verbal sobre o movimento de quadril para o mergulho.

Verbal Argolinhas de piscina

Auditivo e sinestésico

Instrutor dentro da

água

Quadro 10: Estratégias de ensino para a pessoa com lesão medular classe S4

Atividade Condução Estratégia Instrução Material Percepção Ambiente

Respiração Pedir para que o aluno fique em decúbito dorsal, colocar espaguetes no quadril e na

região posterior do joelho e orientar o aluno verbalmente para que inspire o ar pelo

nariz e incline o rosto lateralmente, soltando o ar pela boca em contato com a água.

Iniciação do ensino da respiração quando o aluno

está ainda na posição da flutuação dorsal.

Verbal e

sinestésico

Flutuador

(espaguete)

Auditivo,

visual e

sinestésico.

Instrutor

dentro da

água

Flutuação dorsal Pedir para que o aluno fique em decúbito dorsal e colocar o espaguete nas costas

do aluno para que ele tenha percepção do quadril

Orientação verbal para que o aluno perceba a

posição do quadril com auxilio do material.

Verbal e

sinestésico

Espaguete Auditivo e

sinestésico

Instrutor

dentro da

água

Flutuação dorsal Questionar o aluno se o quadril está afundando e orientar para que levante a cabeça e sinta a diferença e que olhe para cima.

Orientação verbal para que o aluno perceba a diferença de posição do quadril e realize as

correções necessárias.

verbal auditivo

Flutuação ventral Instruir o aluno para que segure o espaguete com as mãos a frente do corpo para

dar sustentação e apoio e tracione o corpo para frente, auxiliar o aluno com apoio

físico no quadril.

Instrução verbal e utilização do material

flutuador e do apoio físico do professor para dar

sustentação e apoio

Verbal,

visual e

sinestésico

Flutuador

(espaguete)

Auditivo,

visual e

sinestésico

Instrutor

dentro da

água.

Transição dorsal/ vertical

Questionar o aluno e colocar a situação problema para resolverem juntos: “Eu precisava que você fizesse um movimento assim, como vamos fazer?”

Construção conjunta da aula junto com o aluno Verbal Auditivo e sinestésico

Transição ventral/

vertical

Demonstrar para o aluno o movimento a ser realizado sem a movimentação de

membros inferiores, instruindo verbalmente sobre a tração do braço da frente para

trás.

Demonstração do exercício para o aluno de

forma simultânea à instrução verbal, e durante a

demonstração simular a condição de não movimentação de membros inferiores.

Verbal,

visual e

sinestésico

Visual,

auditivo e

sinestésico

Instrutor

dentro da

água

Giro do quadril Realizar a correção verbal de posicionamento do aluno para que o aluno perceba o Instrução verbal como estratégia para que o aluno Verbal Auditivo

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ventral/ dorsal corpo na água corrija o posicionamento do corpo na água

Giro do quadril dorso/ ventral

Explicar o exercício para o aluno e mostrar como deve ser realizado para que o aluno execute.

Utilização dos meios verbal, visual e auditivo para explicar determinado movimento

Verbal Auditivo e visual

Giro do braço para

trás

Mostrar para o aluno a diferença de posição do quadril ao realizar o movimento na

água.

Realização do nado sem material, colocação do

flutuador, pesinho ou espaguete na perna e

realização do nado de novo com material

Verbal e

sinestésica

Flutuador

Espaguete

pesinho

Auditivo,

visual e

sinestésico

Instrutor

dentro da

água

Giro do braço para

trás

Demonstrar com o próprio corpo o movimento para o aluno simulando as

limitações físicas para que o aluno perceba eficiência da braçada

Simulação das limitações físicas do aluno

demonstrando que a eficiência do movimento é

possível.

Visual Visual Instrutor

dentro da

água

Giro do braço para

trás

Explicar o movimento verbalmente e mostrar um vídeo com um nadador da mesma

classe funcional do aluno para que ele observe o movimento a ser realizado

Instrução verbal e de vídeos com nadadores da

mesma classe funcional do aluno

Verbal Vídeo Visual e

auditivo

Giro do braço para

frente

Explicar verbalmente, mostrar o vídeo e demonstrar o movimento dentro da água

tocando o aluno.

Formas variadas de ensino e vias de

aprendizagem, visual, auditivo e sinestésico

Verbal,

visual e sinestésico

Visual,

auditivo e sinestésico

Instrutor

dentro da água.

Deslocamento

submerso

Orientar o aluno para que realize o deslocamento de formas variadas, submersa e

vertical tocando a mão no fundo da piscina.

Orientação verbal para que o aluno realize o

deslocamento de formas variadas e apoio físico.

Verbal,

visual e sinestésico

Auditivo,

visual e sinestésico

Instrutor

dentro da água

Quadro 11: Estratégias de ensino para a pessoa com lesão medular classe S5

Atividade Condução Estratégia Instrução Material Percepção Ambiente

Respiração Instruir o aluno a primeiro prender a respiração o máximo de tempo possível,

depois soltar a respiração lentamente alternando entre nariz e boca e por ultimo

controlar a expiração do ar pelo nariz e inspiração pela boca

Orientação verbal sobre a atividade. Verbal Auditivo

Respiração Orientar o aluno a realizar o exercício elevador e pedir para que ao afundar expire

o ar.

Instrução verbal. Verbal Auditivo

Respiração Utilizar a instrução verbal e atividades variadas para o ensino da respiração,

sendo a execução do movimento fora da água, com imersão, com variação do

tempo de movimento de respiração, bloqueando a respiração e alternando o fluxo da respiração com movimentação corporal

Sequencia de atividades variadas para o ensino

da respiração.

Verbal Auditivo

Flutuação dorsal Orientar o aluno para o trabalho do controle da respiração, enchendo o pulmão de

ar e soltando aos poucos com uso do palmateio para estabilização do corpo.

Instrução verbal com relação à estabilização do

corpo durante o movimento

Verbal Auditivo

Flutuação dorsal Instruir o aluno a inflar o pulmão de ar e depois fazer uma expiração forte com o professor realizando o apoio na nuca do aluno. No segundo momento orientar o

aluno na realização da flutuação com palmateio.

Instrução verbal e apoio do professor Verbal e sinestésico

Auditivo e sinestésico

Instrutor dentro da

água.

Flutuação dorsal Realizar a flutuação com o aluno apoiando as mãos no ombro do professor, depois

realizar com o professor apoiando a nuca do aluno, em um terceiro momento com controle através da respiração e por ultimo sem apoio com treino do controle da

respiração utilizando palmateio.

Sequencia de atividades variadas para o ensino

da flutuação dorsal, utilização da orientação verbal, da demonstração e do apoio físico ao

aluno.

Verbal e

sinestésico

Auditivo e

sinestésico

Instrutor

dentro da água

Flutuação ventral Realizar a flutuação ventral com apoio de um espaguete ou flutuador e apoiar com a palma da mão no peito do aluno para que ele adquira o equilíbrio até manter a

própria flutuação

Utilização de material flutuador e apoio físico para auxiliar o aluno na manutenção do equilíbrio

Verbal e sinestésico

Espaguete, flutuador

Auditivo e sinestésico

Instrutor dentro da

água

Flutuação ventral Realizar a flutuação ventral com controle da respiração, enchendo o pulmão de ar e soltando aos poucos com uso do palmateio para estabilização do corpo.

Instrução verbal com realização à estabilização do corpo durante o movimento.

Verbal Auditivo

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110

Flutuação ventral Orientar verbalmente o aluno para que primeiro observe o movimento da flutuação

ventral e depois execute utilizar variação de posição da cabeça durante a flutuação

Instrução verbal e da demonstração do

movimento antes de sua execução com variação no movimento.

Verbal,

visual e sinestésico

Auditivo,

visual e sinestésico.

Instrutor

dentro da água

Transição

dorso/ vertical

Realizar uma sequencia de atividades (giro do tronco com auxilio dos braços, giro

de tronco sem auxílio dos braços, meio giro alternando o lado, meio giro com parada) dando apoio físico ao aluno durante a execução do movimento.

Sequencia de atividades e do apoio físico ao

aluno durante a execução do movimento.

Verbal,

visual e sinestésico

Auditivo,

visual e sinestésico.

Instrutor

dentro da água.

Transição

dorso/vertical

Apoiar a mão na barriga do aluno e conduzir o movimento abdominal até ele

chegar na posição vertical

Utilização do apoio físico para auxiliar o aluno Sinestésico Sinestésico Instrutor

dentro da

água

Transição

dorso/vertical

Utilizar o palmateio durante a transição. Instrução verbal Verbal Auditivo

Transição

ventral/vertical

Instruir o aluno verbalmente e auxiliar na descoberta do ponto de equilíbrio Instrução verbal e realização da descoberta do

ponto de equilíbrio em conjunto com o aluno

Verbal Auditivo e

sinestésico

Transição

ventral/ vertical

Instruir o aluno a apoiar as mãos na escada da piscina e forçar os braços

empurrando para cima com intuito de baixar o tronco, depois realizou o mesmo

exercício sem a utilização da escada como apoio.

Utilização da escada como equipamento de

apoio para a realização do exercício e depois

orientação verba para que o aluno realize o exercício sem o equipamento.

Verbal e

sinestésica

Escada da

piscina

Auditivo e

sinestésico

Transição

ventral /vertical

Utilizar uma sequencia de atividades, dando apoio físico ao aluno durante a

execução do movimento, sendo a variação de equilíbrio do tronco pela posição da cabeça, indução à flexão do tronco com auxílio de palmateio e indução à flexão do

tronco somente com a movimentação de cabeça expiração do ar

Sequencia de atividades, dando apoio físico ao

aluno durante a execução do movimento

Verbal,

visual e sinestésico

Auditivo,

visual e sinestésico.

Instrutor

dentro da água.

Giro do quadril

ventral/ dorsal

Instruir o aluno para que ele inicie o movimento até chegar a posição ideal

auxiliando com o toque ao afundar um dos ombros do aluno para que gire.

Instrução verbal e o toque auxiliando o aluno no

movimento

Verbal e

sinestésico

Auditivo e

sinestésico

Instrutor

dentro da

água

Giro do quadril

ventral/ dorsal

Instruir o aluno a realizar o giro com auxilio de palmateios fazendo o apoio de mão

sempre na posição correta para gerar o movimento solicitado.

Instrução verbal e atenção no posicionamento do

corpo para o giro

Verbal Auditivo

Giro do quadril ventral/ dorsal e Giro

do quadril dorsal/

ventral

Instruir o aluno a realizar palmateio bilateral e unilateral para rotação do tronco, meio giro alternando os lados e meio giro com parada lateral

Utilização uma sequencia de atividades sendo o palmateio utilizado como apoio do corpo para o

giro e o meio giro com parada para treino do

equilíbrio

Verbal, visual e

sinestésico

Auditivo, visual e

sinestésico.

Instrutor dentro da

água.

Giro do quadril

dorsal/ ventral

Pedir para que o aluno defina o lado e tente realizar o giro para a posição ventral,

com auxilio do professor afundando um dos ombros do aluno para o giro

Instrução verbal e o toque auxiliando o aluno no

movimento

Verbal e

sinestésico

Auditivo e

sinestésico

Instrutor

dentro da

água

Giro do quadril dorsal /ventral

Instruir o aluno a realizar o giro com auxilio de palmateios fazendo o apoio de mão sempre na posição correta para gerar o movimento solicitado.

Instrução verbal e atenção no posiconamento do corpo para o giro

Verbal Auditivo

Giro do braço para

trás

Instruir o aluno no giro do braço para trás a colocar o braço bem próximo da orelha Instrução verbal para correção do movimento Verbal Auditivo

Giro do braço para trás

Realizar exercícios educativos com giro do braço com pegada dupla e com braçada dupla e orientação verbal para atenção á manutenção da braçada na linha média do

corpo. E na finalização da braçada tocar as mãos no quadril.

Instrução verbal para que o aluno mantenha a atenção na linha média do corpo enquanto realiza

o exercício educativo e toque as mãos no quadril para sentir a finalização do movimento

Verbal, visual e

sinestésico

Auditivo, visual e

sinestésica

Giro do braço para

trás

Auxiliar o aluno com apoio físico ao realizar uma sequencia de atividades

(palmateio alternado, giro unilateral com palmateio, giro bilateral com apoio na

cabeça, giro unilateral com apoio na cabeça e execução lenta e guiada do movimento do braço, giro unilateral sem apoio)

Utilização de uma sequencia de atividades,

auxiliando o aluno com apoio físico no inicio da

sequencia e finalizando esta sem apoio.

Verbal,

visual e

sinestésico

Auditivo,

visual e

sinestésico.

Instrutor

dentro da

água.

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111

Giro do braço para

trás

Instruir o aluno para que eleve o braço até a maior altura possível fazendo o giro e

auxiliar conduzindo o braço do aluno.

Auxilio no giro do braço para trás. Verbal e

sinestésica

Auditivo e

sinestésico

Giro do braço para

frente

Instruir verbalmente e demonstrar para o aluno que a mão precisa entrar na água

seguindo a linha do ombro.

Instrução verbal e demonstração do movimento

para correção da técnica de nado

Verbal e

visual

Auditivo e

visual

Giro do braço para

frente

Utilizar um acquatub na região do quadril do aluno e realizar educativo da pegada

dupla, encostando as mãos na água

Utilização do equipamento flutuador e orientação

verbal pedindo para que o aluno unisse as mãos na água na finalização do giro.

Verbal,

visual e sinestésico

Equipamento

flutuador (acquatub)

Auditivo,

visual e sinestésica

Giro do braço para

frente

Instruir o aluno para quer realize o movimento do giro do braço para frente com a

prancha e com o flutuador.

Realização do giro do braço para frente com

auxilio do professor e com o uso do material

Verbal e

sinestésico

Prancha e

flutuador

Auditivo e

sinestésico

Giro do braço para

frente

Realizar uma sequencia de atividades, auxiliando o aluno com apoio físico e uso de

equipamento. Sendo a realização de palmateios a frente da cabeça, “cachorrinho”

e palmateios próximo do quadril, giro do braço para frente com pegada dupla,

braçada submersa, giro unilateral com apoio da prancha e giro unilateral sem prancha.

Utilização de uma sequencia de atividades,

auxiliando o aluno com apoio físico no inicio da

sequencia e finalizando esta sem apoio.

Verbal,

visual e

sinestésico

Prancha. Auditivo,

visual e

sinestésico.

Instrutor

dentro da

água.

Braçada do nado

crawl e do nado costas

Utilizar uma periodização a fim de gerar evolução, resultado e tornar o nado do

atleta mais veloz.

Treino de força, treino de velocidade, polimento

e preservação da técnica do nado e realização trabalho de técnica de nado com três meses antes

da competição e próximo da data de competir,

realização de trabalhos com estímulo de velocidade

Verbal Auditivo

Tiros de velocidade

para o nado crawl

Utilizar o estímulo verbal como incentivo para o aluno alcançar determinada meta Estímulo verbal como forma de incentivo para

que o aluno alcance a meta

Verbal Auditivo

Quadro 12: Estratégias de ensino para a pessoa com lesão medular classe S6

Atividade Condução Estratégia Instrução Material Percepção Ambiente

Respiração Avaliar o aluno para percepção do medo e do equilíbrio Avaliação acontece para divisão de turmas sinestésica

Respiração Realizar o exercício de liberar bolhas de ar dentro da água pelo nariz Instrução verbal e demonstração sobre como o

exercício deve ser realizado.

Verbal e

visual

Auditivo e

visual

Instrutor

dentro da água

Respiração Segurar o aluno por baixo das axilas e orientar para que inspire o ar e expire

colocando o rosto na água

Auxilio ao aluno na realização do movimento. Verbal,

visual e sinestésico

Auditivo,

visual e sinestésico

Instrutor

dentro da água.

Respiração Realizar a respiração segurando na borda da piscina e depois com auxilio do

professor realizar em deslocamento em decúbito ventral

Realização da respiração primeiro sem

deslocamento e depois com auxilio do professor

no deslocamento em decúbito ventral.

Verbal,

visual e

sinestésico.

Auditivo,

visual e

sinestésico

Instrutor

dentro da

água

Respiração do nado

crawl

Demonstrar o movimento e orientar verbalmente a aluna para que realize a

respiração para os lados direito e esquerdo.

Demonstração do movimento e instrução verbal Verbal e

visual

Auditivo e

visual

Respiração do nado costas

Instruir o aluno quanto ao processo de respiração natural durante o nado Instrução verbal Verbal Auditivo

Respiração do nado

peito

Auxiliar na realização do movimento e instruir verbalmente durante o exercício Utilização do auxílio do professor e instrução

verbal durante a execução do movimento

Verbal,

visual e

sinestésico

Auditivo,

visual e

sinestésico

Instrutor

dentro da

água

Respiração Orientar o aluno para segure na borda e faça bolinhas colocando o rosto por Instrução verbal Verbal Borda da Auditivo Instrutor

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112

completo na água. piscina dentro da

água

Flutuação dorsal Utilizar um acquatub como apoio na região da cintura escapular o outro atrás do

joelho além do apoio manual na cabeça.

Utilização do equipamento de flutuação na

cintura escapular e região posterior de joelho e

apoiou a cabeça da aluna com as mãos

Verbal,

visual e

sinestésico

Dois

acquatubes

(espaguete)

Auditivo,

visual e

sinestésico.

Instrutor

dentro da

água

Flutuação dorsal Orientar o aluno para que em função da baixa densidade corporal, fique tranquilo, relaxe a cabeça para que consiga flutuar com facilidade.

Instrução verbal Verbal e sinestésico

Auditivo e sinestésico

Instrutor dentro da

água.

Flutuação dorsal Utilizar brinquedos coloridos para trabalhar com a criança o prazer de estar na água

Criação um ambiente em que a criança sinta prazer em estar na água

sinestésico Brinquedos coloridos

sinestésico

Flutuação dorsal Realizar a flutuação dorsal com material nas axilas e depois no deslocamento com

auxilio do professor

Utilização do material para auxiliar o aluno na

flutuação dorsal.

Verbal e

sinestésico

Material

flutuador

Auditivo e

sinestésico

Instrutor

dentro da

água

Flutuação dorsal e

Flutuação ventral

Pedir para que o aluno afunde e tente sentir o solado do pé tocar o fundo da

piscina e volte a superfície novamente.

Promoção da percepção corporal Verbal Auditivo

Flutuação dorsal Auxiliar o aluno na realização do movimento e orientar que mantenha a atenção focada na respiração

Auxilio na execução e instrução verbal para o foco da atenção na respiração

Verbal, visual e

sinestésico

Visual, auditivo e

sinestésico

Instrutor dentro da

água

Flutuação dorsal Demonstrar o movimento e instruir sobre a realização de palmateio para a

flutuação com deslocamento.

Instrução verbal e demonstração Verbal e

Visual

Auditivo e

visual

Flutuação ventral Orientar o aluno para que apoie as mãos na escada e utilizando um acquatub na

região da cintura pélvica pedir para que o aluno afunde o rosto e busque tentar

manter o equilíbrio

Instrução verbal e o uso da escada da piscina e do

material flutuador.

Verbal,

visual e

sinestésica

Escada da

piscina e um

flutuador

Auditivo,

visual e

sinestésico.

Flutuação ventral Pedir para que o aluno fique tranquilo dar o apoio para a realização do movimento. Instrução verbal apoio físico para a realização do movimento.

Verbal e sinestésico

Auditivo e sinestésico

Instrutor dentro da

água.

Flutuação ventral Realizar a flutuação ventral primeiro de forma estática com material flutuador, pesinho e com auxilio do professor e depois com deslocamento, também com

auxilio do professor

Realização da flutuação com material e auxilio e depois com deslocamento também com auxilio.

Verbal e sinestésico

Material flutuador e

pesinho

Auditivo e sinestésico

Instrutor dentro da

água

Flutuação ventral Auxiliar o aluno na realização do movimento e orientar para que durante a

flutuação o aluno mantenha a atenção focada na respiração

Auxilio do professor na execução e instrução

verbal para o foco da atenção na respiração

Verbal,

visual e sinestésico

Visual,

auditivo e sinestésico

Instrutor

dentro da água

Flutuação ventral Instruir verbalmente para que o aluno realize o palmateio e desloque-se na piscina

em decúbito ventral

Instrução verbal Verbal Auditivo

Flutuação ventral Instruir verbalmente e demonstrar a movimentação de braços durante a flutuação

com deslize.

Instrução verbal e demonstração do movimento Verbal e

visual

Auditivo e

visual

Flutuação ventral Iniciar com um trabalho de braços demonstrando o movimento para o aluno e

orientar para que primeiro apenas observe, após a demonstração pedir para que o aluno realize o movimento com auxílio e sem auxilio.

Demonstração do movimento e instrução verbal. Verbal e

visual

Visual,

auditivo e sinestésico

Instrutor

dentro da água

Flutuação ventral Iniciar a adaptação ao meio líquido de mãos dadas com o aluno e se utilizar do

toque para dar segurança à criança

Estar dentro da água na fase de adaptação ao

meio líquido e se utilizar do toque para dar segurança ao aluno

Verbal e

sinestésico

Auditivo e

sinestésico

Instrutor

dentro da água

Transição

dorso/vertical e

Transição da posição

Orientar o aluno para que movimente as mãos com palmateio e dê estímulo à força

residual na região do tronco ( core)

Instrução verbal, demonstrando o movimento e

auxiliando na realização.

Verbal,

visual e

sinestésico

Auditivo,

visual e

sinestésico

Instrutor

dentro da

água

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113

ventral para vertical

Transição dorso/ vertical e

Transição

ventral/ vertical

Realizar a transição da posição dorsal para vertical e orientar o aluno a fazer força no abdômen e segurar na borda da piscina.

Orientação ao aluno para que se concentre na força na contração muscular abdominal.

Verbal sinestésica

Borda da piscina

Auditivo e sinestésico

Transição dorso/ vertical

Solicitar para que o aluno estenda o braço tocando o braço do professor e projete o tronco para frente. Em um segundo momento realizar o movimento utilizando uma

bola como referencia.

Instrução verbal e auxílio no movimento. Verbal, visual e

sinestésico

Uma bola. Auditivo e sinestésico

Instrutor dentro da

água.

Transição dorso/ vertical

Auxiliar na execução do movimento e orientar verbalmente para que o aluno mantenha o foco da atenção na força abdominal e no posicionamento da cabeça à

frente afundando o quadril.

Instrução verbal e auxilio na execução do movimento.

Verbal, visual e

sinestésico

Visual, auditivo e

sinestésico

Instrutor dentro da

água

Transição

ventral/ vertical

Instruir o aluno para que projete a cabeça para trás como se fosse deitar, repetindo

o movimento várias vezes e segurando nas pernas do aluno para estabilizar um ponto fixo.

Instrução verbal sobre a forma de realizar o

movimento e apoio para estabilização do equilíbrio.

Verbal e

sinestésico

Auditivo e

sinestésico

Instrutor

dentro da água.

Transição

Ventral/vertical

Instruir para que o aluno realize uma leve inclinação na posição vertical para a

realização da respiração.

Instrução verbal sobre a respiração na transição Verbal Auditivo

Transição

ventral/ vertical

Realizar com o aluno o movimento fora da água e depois auxiliar na realização do

movimento dentro da água

Instrução verbal e auxilio para a realização do

movimento e demonstração dentro e fora da

água.

Verbal,

visual e

sinestésico

Visual,

auditivo e

sinestésico

Instrutor

dentro da

água

Giro do quadril ventral/ dorsal

Orientar o aluno para que faça o palmateio e demonstrar o movimento auxiliando durante o giro

Instrução verbal com palmateio, demonstração e auxilio na realização.

Verbal, visual e

sinestésico

Auditivo, visual e

sinestésico

Instrutor dentro da

água

Giro do quadril

ventral/ dorsal

Colocar o braço do aluno para fazer um peso, um sobrepeso pra que ele consiga

virar o corpo

Auxilio para que o aluno descubra a melhor

forma de trocar de decúbito, ventral para dorsal e

dorsal para ventral

verbal sinestésico

Giro do quadril

ventral/ dorsal

Orientar o aluno para que inicie o movimento com a cabeça. Quando o aluno está

no inicio da fase de aprendizagem o professor estabiliza o quadril do aluno pedindo para que o aluno auxilie no movimento com a sua própria força de

abdômen para que o quadril gire realizando a mesma força com os braços.

Orientação verbal sobre a realização do

movimento dando apoio físico para o aluno.

Verbal e

sinestésico

Auditivo e

sinestésico

Instrutor

dentro da água

Giro do quadril ventral/ dorsal e Giro

do quadril dorso/

ventral

Auxiliar na realização do rolamento. Auxilio com o toque do professor na realização do giro do quadril da posição ventral para dorsal

Verbal e sinestésico

Auditivo e sinestésico

Instrutor dentro da

água

Giro do quadril dorsal/ ventral

Orientar o aluno para inicie o movimento pela cabeça projetando o braço estendido para que encoste na mão do professor que estará estendida ao lado do

aluno na direção do giro.

Orientação verbal sobre a forma de realizar o movimento e apoio físico durante a execução.

Verbal e sinestésico

Auditivo e sinestésico

Instrutor dentro da

água.

Giro do quadril dorsal/ ventral

Orientar o aluno para que ele use o movimento de quadril Instrução verbal para que o aluno perceba a funcionalidade do movimento de quadril

Verbal Auditivo

Giro do braço para

trás

Demonstrar o movimento e orientar verbalmente tanto dentro como fora da água,

com auxilio usar um acquatub nas cinturas pélvica e escapular e apoio de cabeça o qual é feito pelo professor que auxilia durante a realização do giro.

Instrução verbal e física realizando o movimento

com o aluno tanto dentro quanto fora da água com o uso de equipamento flutuador e apoio

físico na cabeça.

Verbal,

visual e sinestésico

Equipamento

flutuador

Auditivo,

visual e sinestésico

Giro do braço para

trás

Instruir o aluno verbalmente e demonstrar o movimento para que seja realizado

com auxílio.

Instrução verbal e demonstração. Verbal,

visual e sinestésico

Auditivo,

visual e sinestésico

Instrutor

dentro da água

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114

Giro do braço para

trás e Giro do braço para frente

Estabilizar o aluno em decúbito dorsal e pedir para que outro aluno realize o

movimento como exemplo para o aprendiz e depois pedir para que o aluno realize o movimento de giro.

Instrução verbal e demonstração para que a

aprendizagem aconteça por observação

Verbal,

visual e sinestésico

Auditivo e

sinestésico

Instrutor

dentro da água.

Giro do braço para

trás

Demonstrar o que será realizado, instruir e questionar o aluno sobre o

entendimento e por ultimo realizar o movimento tocando o aluno. Realizar o auxilio pegando nas mãos e nos braços, para que o aluno sinta o movimento.

Utilização das três vias de aprendizagem, visual,

auditivo e sinestésico

Instrução

verbal, visual e

sinestésica

Auditivo,

visual e sinestésico.

Giro do braço para

trás

Orientar o aluno quanto ao posicionamento dos braços durante a execução do

movimento e instruir para que realize o giro com movimentos alternados e simultâneos dos braços.

Instrução verbal para realização da atividade com

movimentos alternados e simultâneos dos braços

Verbal Auditivo

Giro do braço para

frente

Professor demonstrou o movimento fora da água e colocou um acquatub na região

da cintura pélvica da aluna, orientando a braçada de dentro da água com correções quanto à amplitude do movimento.

Utilizou da demonstração tanto dentro quanto

fora da água com equipamento flutuador e orientação verbal durante a realização.

Verbal,

visual e sinestésico

Equipamento

flutuador

Auditivo,

visual e sinestésico

Instrutor

dentro da água

Giro do braço para

frente

Incentivar o avanço do aluno aumentando o numero de chegadas na piscina

realizando o giro do braço para frente

Aumento do numero de chegadas que o aluno

precisa para aprimoramento do nado.

Verbal Auditivo

Giro do braço para frente

Instruir para que o aluno realize o movimento e para o que precisa ser modificado Instrução verbal Verbal Auditivo

Giro do braço para

frente

Realizar o movimento primeiro na borda, depois com a prancha e por último com

auxílio do professor.

Instrução verbal e variação sobre as formas de

realização do movimento.

Verbal,

visual e sinestésico

Borda da

piscina e a prancha

Auditivo,

visual e sinestésico

Giro do braço para

frente

Auxiliar no movimento e dar apoio para a realização do giro do braço para frente.

Utilizar a prancha e instruir verbalmente quanto ao posicionamento do braço

durante a execução do giro.

Instrução verbal e auxilio para a realização do

movimento.

Verbal,

visual e

sinestésico

Prancha Visual,

auditivo e

sinestésico

Instrutor

dentro da

água

Giro do braço para

frente

Demonstrar e instruir verbalmente quanto ao posicionamento do braço durante o

movimento, pedir para que a aluna realize o movimento e realizar correções

quanto à técnica do mesmo.

Demonstração e instrução verbal. Verbal e

visual

Visual e

auditivo

Giro do braço para frente

Nadar junto com o aluno para demonstrar o movimento Auxilio no processo de descoberta e demonstração do movimento.

verbal Auditivo e sinestésico

Instrutor dentro da

água

Giro do braço para frente

Demonstrar o movimento fora da piscina e depois dentro da água realizar o exercício auxiliando o aluno.

Demonstração do movimento fora da piscina e auxilio o aluno na execução do exercício.

Verbal, visual e

sinestésico

Visual, auditivo e

sinestésico

Instrutor dentro da

água

Giro do braço para

frente

Utilizar a mão para o aluno fazendo a vez da prancha e puxar para que haja o

deslize e para que o aluno possa ver o gesto técnico.

Instrução verbal e auxilio na realização do

movimento.

Verbal,

visual e sinestésico

Auditivo,

visual e sinestésico

Instrutor

dentro da água

Giro do braço para

frente

Oferecer dicas ao aluno para que este adapte a dica para a própria funcionalidade Utilização da dica Verbal Auditivo

Giro do braço para frente

Demonstrar o movimento dentro da água como se ele fosse o aluno, sem movimentar as pernas.

Utilização da demonstração dentro da água simulando as limitações físicas do aluno

Visual e sinestésico

Visual Instrutor dentro da

água

Movimentos livres de giros e cambalhotas

na água

Instruir verbalmente o aluno para realize giros de formas variadas Instrução verbal e auxilio ao aluno com apoio físico.

Verbal, visual e

sinestésico

Auditivo, visual e

sinestésico

Instrutor dentro da

água

Movimento do braço do peito

Instruir verbalmente o aluno e demonstrar a braçada do nado peito orientando para que desenhe um circulo com os dois braços e corte esse circulo ao meio, após

Demonstração e instrução verbal quanto á realização do movimento do braço para o nado

Verbal Auditivo e visual

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115

a explicação pedir para que o aluno realize o exercício relembrando que a braçada

é realizada à frente do corpo.

peito

Braçada do nado peito Instruir verbalmente sobre o apoio da mão na água Instrução verbal verbal auditivo

Deslocamento com

material flutuador

Amarrar flutuadores nas pernas do aluno para que este posicione o quadril mais

alto e perceba a diminuição do arrasto durante o deslocamento

Utilização de equipamento flutuador adaptando o

material ao aluno (amarrando o flutuador nas

pernas do aluno) para que perceba o arrasto.

Verbal,

visual e

sinestésico

Flutuador Auditivo,

visual e

sinestésico

Instrutor

dentro da

água

Mergulho submerso Jogar a argolinha no fundo da piscina para que o aluno tente mergulhar para pegar,

orientar para que o aluno ondule o quadril e pedir para que o aluno tente descobrir

como poderia fazer para mergulhar.

Início na parte rasa e aos poucos foi aumentando

a profundidade

verbal Argolinha Auditivo e

sinestésico

Braço do nado

borboleta

Instruir verbalmente como se realiza o nado borboleta verbal auditivo

Ondulação do quadril Instruir o aluno para que coloque a mão no quadril enquanto realiza o movimento

e orientar verbalmente conforme o feedback dado pelo aluno.

Utilização do tocar o próprio corpo enquanto

nada para que o aluno sinta o movimento que está realizando, instrução verbal e demonstração.

Verbal e

sinestésica

Auditivo,

visual e sinestésico

Braçada dupla no

nado costas

Utilizar a braçada dupla no nado costas para trabalhar o controle do tronco Utilização do exercício da braçada dupla como

estratégia para trabalhar o controle do corpo, instrução verbal e demonstração.

Verbal e

sinestésico

Auditivo e

sinestésico

Equilibrar-se na água

em posições diversas

Realizar variadas possibilidades de equilíbrio horizontal e vertical onde o aluno

descobre a melhor forma de realizar cada movimento

Instrução verbal e variação de posicionamento

corporal.

verbal Sinestésico

Quadro 13: Estratégias de ensino para a pessoa com lesão medular classe S7

Atividade Condução Estratégia Instrução Material Percepção Ambiente

Respiração Demonstrar o movimento para o aluno. Demonstração Verbal Auditivo e

Visual

Flutuação dorsal Utilizar o flutuador como apoio e auxiliar o aluno durante a flutuação Utilização de material flutuador, instrução verbal e demonstração do movimento.

Verbal e Sinestésico

Flutuador sinestésico

Flutuação dorsal Utilizar a raia como material para o aluno segurar durante a flutuação dorsal Utilização da raia para auxiliar na flutuação

dorsal

Sinestésico Raia da

piscina

Sinestésico

Flutuação dorsal Colocar o material flutuador na perna do aluno. Utilização do material para trabalhar flutuabilidade e facilitação o ensino do nado

costas, instrução verbal e demonstração.

Flutuador (Espaguete)

sinestésico

Flutuação dorsal Realizar exercícios corretivos e de sensibilidade para estimular a percepção da

funcionalidade motora

Exercícios de correção e de sensibilidade Verbal Auditivo

Flutuação dorsal Auxiliar na flutuação dorsal Utilização do flutuador (espaguete) para auxílio

na flutuação.

Flutuador

(Espaguete)

sinestésico

Flutuação dorsal Utilizar o espaguete para auxilio da flutuação e para dar segurança ao aluno que

estava com medo

Utilização do material flutuador e auxílio na

execução do movimento.

Verbal

sinestésica

Flutuador

(Espaguete)

Auditivo e

sinestésico

Instrutor

dentro da água

Flutuação ventral Auxiliar o aluno e instruir verbalmente para a realização do movimento e utilizar o

apoio físico neste auxilio.

Utilização do toque para que o aluno se sinta

seguro e compreenda o movimento, instrução verbal e demonstração.

Verbal e

sinestésico

Auditivo e

sinestésico

Instrutor

dentro da água

Transição

dorso/ vertical

Utilizar palavras de motivação para encorajar o aluno a avançar e evoluir sempre Instrução verbal Verbal Auditivo

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Transição

ventral/ vertical

Auxiliar o aluno oferecendo apoio físico com a mão para facilitar o movimento de

flutuação.

Utilização do toque para auxiliar o aluno na

flutuação ventral

Sinestésico Sinestésico Instrutor

dentro da água

Giro do quadril

ventral/ dorsal e Giro do quadril dorsal/

ventral

Instruir o aluno para que inicie o movimento do giro, realizando uma rotação dos

ombros simultaneamente ao giro de quadril, auxiliando com palmateio lateral, no sentido em que desejar virar.

Instrução verbal sobre o ponto de início do

movimento de giro.

Verbal e

sinestésico

Sinestésico,

visual e auditivo

Instrutor

dentro da água

Giro do braço para

trás

Utilizar a demonstração visual e o contato, auxiliando o aluno no giro do braço

para trás.

Demonstração e instrução verbal. Visual,

auditivo e sinestésico

Auditivo,

visual e sinestésico

Instrutor

dentro da água

Giro do braço para

trás

Instruir o aluno sobre a técnica do nado enquanto este realiza o movimento. Instrução verbal sobre a técnica do nado e

realização da correção durante a execução.

Verbal Auditivo

Giro do braço para frente

Utilizar a demonstração visual e o contato, auxiliando o aluno no giro do braço para frente

Demonstração, instrução verbal e auxílio para a realização do movimento.

Visual e sinestésico

visual e sinestésico

Instrutor dentro da

água

Descoberta de possibilidades de

movimentos

Incentivar o aluno para que este tenha autonomia para o processo de descoberta do corpo dele na água

Instrução verbal para que o aluno mude o padrão de movimento que faz e descubra uma forma

diferente de nadar.

verbal Auditivo e sinestésico

Quadro 14: Estratégias de ensino para a pessoa com lesão medular classe S8

Atividade Condução Estratégia Instrução Material Percepção Ambiente

Respiração Colocar o aluno em decúbito ventral sendo apoiado por material flutuador abaixo

das axilas, instruir o aluno verbalmente para que inspire o ar pelo nariz e solte pela

boca colocando o rosto na água

Utilização do material flutuador para dar

independência do apoio físico ao aluno.

Verbal,

visual e

sinestésico

Flutuador

(espaguete)

Visual,

auditiva e

sinestésica

Instrutor

dentro da

água

Flutuação dorsal Apoiar o aluno com a mão na nuca, instruir verbalmente para que ele fique

tranquilo e com o corpo relaxado e inspire o ar expirando de forma lenta.

Realização o apoio físico e instrução verbal

sobre o cuidado com a respiração.

Verbal e

sinestésica

Auditiva e

sinestésica

Instrutor

dentro da

água

Flutuação ventral Orientar o aluno para que apoie nas mãos do professor, instruir verbalmente para que ele fique tranquilo e com o corpo relaxado e inspire o ar pela boca expirando

pelo nariz de forma lenta.

Realização do apoio físico e instrução verbal sobre o cuidado com a respiração.

Verbal e sinestésica

Auditiva e sinestésica

Instrutor dentro da

água

Transição da dorsal/ vertical e

Transição Ventral/

vertical

Demonstrar para o aluno como o movimento deve ser realizado e instruir verbalmente sobre o posicionamento do corpo.

Demonstração antes da instrução verbal Verbal e sinestésica

Auditiva, visual e

sinestésica

Instrutor dentro da

água

Giro do quadril ventral/ dorsal

Demonstrar e orientar o aluno para que realize o giro iniciando o movimento pelos ombros, depois tronco e quadril, utilizando palmateio para auxiliar o giro.

Demonstração e instrução verbal. Iniciação do movimento pela rotação dos ombros, depois

tronco e por ultimo quadril.

Verbal, visual e

sinestésica

Auditiva, visual e

sinestésica

Instrutor dentro da

água

Giro do quadril dorso/ ventral

Demonstrar e orientar o aluno para que realize o giro iniciando o movimento pelos ombros, depois tronco e quadril, trazendo o braço por cima do tronco para auxiliar

o giro.

Demonstração e instrução verbal. Iniciação o movimento pela rotação dos ombros, depois

tronco e por ultimo quadril.

Verbal, visual e

sinestésica

Auditiva, visual e

sinestésica

Instrutor dentro da

água

Giro do braço para trás

Instruir o aluno para que realize a braçada dupla. Utilização da braçada dupla para que o aluno perceba a linha média do corpo

verbal Auditivo e sinestésico

Giro do braço para Utilizar com o nadador com lesão medular, o tapper da natação com deficientes Utilização materiais diversos para estimular o Visual e Tapper Auditivo, Instrutor

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trás visuais e pede para que o aluno enquanto nada toque com o braço a bolinha que

está na ponta do tapper.

aluno sob as formas visual e sinestésica. sinestésico visual e

sinestésico

fica na

borda da piscina

Giro do braço para

frente

Utilizar um espaço fora da piscina em que bate muito sol no horário da aula e nos

momentos de ensino de um movimento, pedir para que o aluno saia piscina e realize o movimento com o professor segurando o braço do aluno e ao mesmo

explicar o movimento verbalmente orientando este aluno para que observe sua

sombra formada no chão.

Utilização da sombra do aluno como um efeito

espelho para facilitar a percepção e realiza o movimento tocando no aluno e explicando

verbalmente.

Verbal e

sinestésica

Auditivo,

visual e sinestésico

Espaço

ensolarado ao lado da

piscina.

Construção da atividade em

conjunto com o aluno

Pedir para que o aluno construa uma parte da aula em conjunto com o professor Construção conjunta da aula para que o aluno desenvolva autonomia para o processo de

descoberta do corpo dele na água.

Verbal Auditivo e sinestésico

Virada do nado crawl Criar situações problema no movimento para que o aluno resolva com a funcionalidade motora, por exemplo a virada do nado crawl, deixando o aluno em

posição incorreta na água para que ele se reorganize.

Criação de uma situação problema no movimento para o aluno se reorganize como forma de

estimular a percepção da funcionalidade motora.

Verbal e sinestésico

Auditivo e sinestésico

Quadro 15: Estratégias de ensino para a pessoa com lesão medular classe S9

Atividade Condução Estratégia Instrução Material Percepção Ambiente

Respiração Realizar a respiração com a flutuação ventral, exercícios de controle respiratório,

orientar o aluno para que fique o maior tempo possível expirando o ar de forma

lenta.

Instrução verbal para que o aluno controle a saída

do ar durante a expiração.

Verbal Auditiva e

sinestésica

Flutuação dorsal Colocar boia nas pernas do aluno para que durante a flutuação e em deslocamento,

este sinta um arrasto diferente e a percepção do corpo em uma situação diferente.

Utilização de equipamentos de flutuação durante

a locomoção do aluno para o treino de percepção

do corpo e da propriocepção em posicionamentos variados.

Verbal e

sinestésico

Equipamentos

de flutuação

Auditivo,

visual e

sinestésico

Flutuação ventral Realizar a flutuação ventral com deslocamento, tirando o rosto da água apenas no

momento da respiração e utilizar palmateios para auxiliar na manutenção do

equilibrio

Utilização o palmateio para realizar a flutuação

ventral com independência e já sem o apoio

físico do professor.

Verbal Auditivo e

sinestésica

Transição

dorso/ vertical e

Transição ventral/ vertical

Demonstrar o movimento e instruir o aluno verbalmente para que na posição dorsal

realize a tração dos braços trazendo a água de trás para frente e trazendo o tronco

para frente e na transição ventral/vertical trazer o tronco para trás.

Demonstrar o movimento antes da instrução

verbal.

Verbal,

visual e

sinestésico

Corpo do

professor

Auditivo,

visual e

sinestésico

Instrutor

dentro da

água.

Giro do quadril

ventral/ dorsal e Giro

do quadril

dorsal/ventral

Instruir o aluno verbalmente para que realize o giro do quadril de ventral para

dorsal com independência e deslocamento com palmateio.

Com o aluno já adaptado ao meio líquido,

instruir verbalmente para realize o movimento

com independência.

Verbal Auditivo Instrutor

dentro da

água.

Giro do braço para

trás

Pedir para que o aluno eleve o braço até a altura da orelha. Instrução verbal e demonstração a fim de

melhorar a amplitude de braçada do aluno

verbal auditivo

Giro do braço para

frente

Realizar o movimento com o aluno fora da água e depois dentro da água,

simultaneamente à instrução verbal para que o aluno perceba o movimento e as

correções a serem realizadas.

Realização do movimento com o aluno tanto fora

como dentro da água, demonstração do

movimento e instrução verbal.

Verbal e

sinestésica

Auditivo,

visual e

sinestésico

Instrutor

dentro da

água

Locomoção de forma diferenciada.

Pedir para que o aluno realize a locomoção de formas variadas, horizontal, vertical e submersa para facilitar a percepção do arrasto.

Variação de posicionamento corporal para a percepção o arrasto do corpo submerso.

Verbal Auditivo e sinestésico

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Quadro 16: Estratégias de ensino para a pessoa com lesão medular classe S10

Atividade Condução Estratégia Instrução Material Percepção Ambiente

Respiração Realizar a respiração na flutuação ventral com palmateio ficando o maior tempo possível expirando o ar.

Instrução verbal sobre a respiração em deslocamento para auxiliar no controle

respiratório

Verbal Auditiva e sinestésica

Flutuação dorsal e

Flutuação ventral

Realizar um ciclo de três braçadas duplas e deslizar apenas com a flutuação

tentando manter a estabilidade de quadril

Instrução verbal sobre o deslize provocado pela

propulsão para facilitar a manutenção da estabilidade de quadril

Verbal e

demonstração

Visual,

auditiva e sinestésica

Instrutor

dentro da água

Transição

dorso/ vertical e Transição ventral/

vertical

Realizar um ciclo de quatro braçadas do nado costas e fazer a transição de dorsal

para vertical e de ventral para vertical.

Utilização da mudança do padrão de movimento

para provocar a estabilização do equilíbrio.

Verbal Auditivo e

sinestésico

Giro do quadril ventral/ dorsal e Giro

do quadril dorso/

ventral

Realizar um ciclo de três braçadas do nado crawl com a última sendo o impulso para o giro do tronco e quadril, realizando um ciclo de quatro braçadas do nado

costas e repetir o giro, da mesma forma com nado costas.

Utilização da mudança do padrão de movimento para provocar a estabilização do equilíbrio, o

controle respiratório e domínio do corpo.

Verbal e visual

Visual, auditivo e

sinestésico

Instrutor dentro da

água

Giro do braço para trás

Posicionar-se do lado de fora, na borda da piscina com o acquatub na mão e pedir para que o aluno toque o braço no material enquanto realiza o nado.

Utilização do material como uma referência visual e sinestésica para o aluno.

Verbal, visual e

sinestésica

Acquatub (espaguete)

Auditivo, visual e

sinestésico

Instrutor na borda da

piscina

Giro do braço para frente

Mesclar técnicas que utiliza com o nadador com deficiência visual, pedir para que os alunos nadem encostando na raia, contem braçadas e utilizem óculos escuros de

natação para estimular o aprimoramento da propriocepção.

Utilização de atividades mesclando técnicas utilizadas com o nadador deficiente visual.

Verbal e sinestésico

Óculos com lentes

escurecidas

Auditivo e sinestésico.

Iniciação para o

mergulho saída da borda da piscina

Iniciar o processo de ensino com o aluno sentado na borda piscina, instruir para

que mantenha o queixo próximo do peito e as mãos unidas com os braços estendidos a frente. Segurar com as mãos nas mãos do aluno e orientar para que

este empurre o corpo para frente provocando a queda com o direcionamento do

professor.

Iniciação do processo de ensino na borda piscina

e auxilio para que o aluno realize o movimento simultaneamente à instrução verbal.

Verbal,

visual e sinestésica

Visual,

auditivo e sinestésico

Instrutor

dentro da água

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125

APÊNDICE I

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

Você está sendo convidado a participar, como voluntário, da pesquisa “Estratégias de

ensino de natação para pessoa com lesão medular” Caso você concorde em participar,

por favor, assine esse documento. Sua participação não é obrigatória, e a qualquer momento

você poderá desistir de participar e retirar seu consentimento. Sua recusa não trará nenhum

prejuízo para sua relação com os pesquisadores. Você receberá uma cópia deste termo em

que constam o telefone e endereço dos pesquisadores bem como do Comitê de Ética em

Pesquisa, para que possa esclarecer eventuais dúvidas sobre o projeto e sobre sua

participação.

NOME DA PESQUISA: Estratégias de ensino de natação para pessoa com lesão

medular

PESQUISADOR (A) RESPONSÁVEL: Graciele Massoli Rodrigues

PESQUISADOR PARTICIPANTE: Milena Pedro de Morais

OBJETIVO DO ESTUDO: O objetivo deste estudo é verificar estratégias de ensino para a

natação utilizada com lesados medulares.

PROCEDIMENTOS DO ESTUDO: Ao aceitar participar, você será entrevistado com

nove perguntas semi estruturadas e receberá um diário de campo para anotações durante a

pesquisa que deverá ser entregue após um mês após a entrevista. Tem-se a expectativa que

será realizada a entrevista em aproximadamente 30 minutos. A entrevista será gravada e

transcrita na íntegra para posterior análise e a divulgação do trabalho terá finalidade

acadêmica, esperando contribuir para um maior conhecimento do tema estudado.

RISCOS E DESCONFORTOS: Este estudo oferece riscos mínimos aos seus participantes

e caso o participante manifeste constrangimento pelos questionamentos poderá desistir da

pesquisa em qualquer momento e também, havendo necessidade, será sugerido um

encaminhamento à Clínica de Psicologia da Universidade São Judas Tadeu.

BENEFÍCIOS: Os benefícios da pesquisa serão as contribuições apresentadas para o

professor participante acerca do processo de ensino no sentido de facilitar o

desenvolvimento da percepção corporal e a partir da funcionalidade motora do nadador

lesado medular. Será enviada uma cópia do trabalho e uma síntese com a organização das

estratégias coletadas a todos os participantes.

CUSTO/REEMBOLSO PARA O PARTICIPANTE: Não haverá nenhuma remuneração

pela participação na pesquisa, como também não haverá despesas extras cotidianas pela

participação no estudo, pois a coleta de informações será realizada em situação agendada e

local pré-estabelecido em acordo entre as pesquisadoras e você.

CONFIDENCIALIDADE DA PESQUISA: As informações obtidas serão utilizadas

somente para a pesquisa, não sendo divulgada nenhuma informação pessoal sobre nenhum

participante. A gravação dos procedimentos será utilizada para fins acadêmicos e para

publicação do estudo.

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126

Eu,___________________________________________________________________,

RG:_________________________, declaro que li as informações contidas nesse

documento e fui devidamente informado pelas pesquisadoras sobre os procedimentos que

serão utilizados. Declaro que concordo por livre decisão minha participar da pesquisa. Foi-

me garantido que posso retirar o consentimento a qualquer momento, sem que isso leve a

qualquer prejuízo para mim. Declaro ainda que recebi uma cópia desse Termo de

Consentimento que será emitido em duas vias rubricadas pelos pesquisadores.

Qualquer dúvida sei que poderei entrar em contato pelos telefones abaixo discriminados

com os pesquisadores ou com o Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade São Judas

Tadeu pelo telefone (11) 2799-1944.

LOCAL E DATA: São Paulo, ______ de__________________________ de 201___.

_______________________________ _________________________

Nome por extenso Assinatura

_________________________________________________________________________

_________________________________________________________________________

Assinatura dos responsáveis pela pesquisa:

Profa. Dra. Graciele Massoli Rodrigues

Universidade São Judas Tadeu

Tel. (11) 2799 1638

Rua Taquari, 546 – Mooca

Milena Pedro de Morais

Coordenadora do Paradesporto – Prefeitura Municipal de Itanhaém

Tel. (13) 3421 1700

Av. Condessa de Vimieiros s/nº - Itanhaém

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ANEXO I

ENTREVISTA

Nome do participante:

E-mail:

Endereço:

Telefone:

Tempo de atuação:

Tempo de atuação com deficiência:

Tempo de atuação com a pessoa com deficiência física:

Tempo de atuação com a pessoa com lesão medular:

1) Descreva como suas aulas são desenvolvidas, em grupo ou individual?

Como são compostos os grupos, quantos alunos, qual a faixa etária e quais são

as características do grupo, como o tempo de experiência, tempo de lesão, níveis

de aprendizagem e os objetivos almejados?

Ou

Como é o seu aluno, qual é a idade, qual é o tempo de experiência, tempo de

lesão, nível de aprendizagem e quais os objetivos almejados?

2) Fale sobre seu aluno com lesão medular, ele percebe a funcionalidade do

movimento de seu corpo? Percebe a funcionalidade fora da água, dentro da água

e durante o nado?

3) Você utiliza algum método ou estratégia para auxiliar seu aluno com lesão

medular a perceber a funcionalidade motora do próprio corpo?

Você utiliza alguma estratégia específica? (para o aluno mencionado

anteriormente)

4) As atividades a serem trabalhadas durante a aula e o nível de complexidade das

mesmas são discutidas previamente com seu aluno?

Como foi a sua primeira experiência com a pessoa com lesão medular? E como

você se vê agora acionando as estratégias? Tem diferença? Qual?

5) Você partiu de algum referencial teórico, experiência pessoal, ensaio e erro...

para usar as estratégias?

Como você prepara suas estratégias?

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6) Quais são suas referências para captar a percepção funcional do aluno?

7) De que forma você acredita haver a interação entre o aprendizado do nado e a

percepção da funcionalidade motora?

8) Em sua opinião, a crença do aluno sobre suas próprias potencialidades

influenciam no processo de ensino/aprendizagem com relação à funcionalidade

motora?

9) Como você avalia a evolução do seu aluno no processo ensino/aprendizagem do

nado?

Você vê diferença entre função motora e funcionalidade motora?

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ANEXO II

ANÁLISE DA ENTREVISTA (MODELO)

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Quadro de análise

1) Descreva como suas aulas são desenvolvidas, em grupo ou individual? Como são compostos os grupos, quantos alunos, qual a faixa etária e quais são as características do grupo, como o tempo de experiência, tempo de lesão, níveis de aprendizagem e os objetivos almejados?

Ou

Como é o seu aluno, qual é a idade, qual é o tempo de experiência, tempo de lesão, nível de aprendizagem e quais os objetivos almejados?

Professor Íntegra Redução Ideias centrais categorias

01 A minha aula... a minha aula é assim, como houve...., geralmente aparece o paratleta para

mim através da própria propaganda que o Carlão faz, dos recordes que ele bate, das conquistas que ele consegue, acaba que de boca em boca aqui acaba sendo um centro de

treinamento né?.. E aí eu pulo meio que a parte do iniciação, existe mas a gente da é..

uma abreviada né? E o treinamento é.., pode se dizer que é forte

A minha aula é treinamento eu abrevio a parte da

iniciação, eu tenho o Breno Coquim, que ta nadando agora e que iniciou há três meses ele já

sabia flutuar, quando ele começou aqui a gente

usou o espaguete colocava na perna dele, e ele não aprendeu o crawl ainda... ele aprendeu só o costas,

então eu coloco o espaguete no joelho dele que dá

flutuabilidade e assim ele começou a nadar o costas ele participou da competição quatro dias antes de

competir ele não tinha conseguido fazer 50 metros,

aí eu fiz uma brincadeira se ele conseguisse fazer ..., completar a prova de 50 e 100 eu ia levar ele no

Tertulia, a Livia ela usa órtese ela tem a parte

inferior também sem movimentação, ela também já

teve uma iniciação e faz treino de

condicionamento, o Breno vai ter que aprender

realmente a nadar o crawl, o peito, porque ele tem um pouco de fobia de colocar o rosto na água.

*A aula é entendida como

treinamento

*dois alunos com lesão

medular um em fase de iniciação e o outro que

realiza treino de

condicionamento.

*o uso do espaguete como

material de apoio para o ensino da flutuação

*iniciação do ensino do nado

pelo nado costas e o aluno

tem fobia de colocar o rosto

na água

Eu: fala um pouquinho

para mim sobre o seu aluno com lesão

medular, qual a idade, o

tempo de lesão, as características, o tempo

de experiencia?

Então, eu tenho é.. eu tenho o Breno Coquim, que ta nadando agora, ele é um menino

que ... eu vi na rua convidei ele pra vir conhecer o trabalho aqui há... três meses atrás e ... ele é cadeirante, não tinha um histórico de atividade física e quando mais novo já teve

uma iniciação com o professor Mosquito , que tem um projeto na unimonte, então ele

assim, ele já sabia flutuar, quando ele começou aqui a gente usou o espaguete colocava na perna dele, e ele não aprendeu o crawl ainda... ele aprendeu só o costas, então eu

coloco o espaguete no joelho dele que dá flutuabilidade e assim ele começou a nadar o

costas, agora... quer dizer agora não, faz um mês que ele participou da competição, você vê, quatro dias antes de competir ele não tinha conseguido fazer 50 metros, aí eu fiz uma

brincadeira que eu até já paguei, se ele conseguisse fazer ..., completar a prova de 50 e

100 eu ia levar ele no Tertulia, eu não sabia que ele é carnívoro e o malandro conseguiu concluir porque eu falei do Tertulia e ele foi e pegou medalha... ganhou a aposta e pegou

medalha, então é... ele ta aprendendo o costas, ta muito bem já no costas, e... ta

começando a iniciar no crawl. Já o... a Livia ela usa órtese ela tem a parte inferior também sem movimentação, ela também já teve uma iniciação e ela foi recomendada...

ela teve uma iniciação a muito tempo atrás... e ela... o médico... como ela usa muleta ela

ta tendo ao contrario de todo mundo, ela ta tendo um espaçamento das vertebras, o médico falou assim, você tem que voltar a nadar a urgente porque pra fortalecer a sua

coluna, pra muleta não danificar a sua coluna.

Natação para

pessoa com lesão medular: processo

de ensino,

adequação às necessidades e

estratégias.

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131

entendi.. para comprimir

a vertebra...

isso, a musculatura fortalecer para voltar a vertebra para o lugar , então ela apareceu

aqui, eu já convidava ela a quatro anos... a 4 anos eu falava assim, vamos nadar...., vamos nadar..., e aí quando ela sofreu essa intimação do medico, ela se matriculou em

uma academia e veio aqui falar comigo que ela queria participar, aí ela tava de férias, ela

começou a nadar, final de junho, julho .. nadou uns 40 dias e também foi para competição e pegou medalha tudo... e já esta treinando agora, duas a três vezes na

semana, no horário de manhã, não é comigo, mas, ela também ela só recordou o que ela

já tinha aprendido na infância e.. aguentou a nadar, pegar ritmo, treino mesmo. Treino de condicionamento, já o Breno não, o Breno vai ter que aprender realmente a nadar o

crawl, o peito, porque ele tem um pouco de fobia de colocar o rosto na água.

02

Então, depois de 7 anos já, eu tenho muitos alunos que estão comigo desde o inicio, então já são atletas que já evoluíram, então minhas aulas são só voltadas para eles , pros

deficientes, independente se é visual, se é físico, se é intelectual, todo mundo junto e

quando chega algum aluno iniciante normalmente eu oriento a estagiária que fique só com este aluno iniciante até que ele comece a nadar, comece a evoluir, normalmente aí

cerca de dois, três meses no máximo ele já esta integrado na equipe e já chega o próximo

e aí eu vou nessa, chega um iniciante e aí toco integra a equipe , chega o próximo... é um ciclo.

A aula acontece em grupo independente se é visual, se é físico, se é intelectual, todo mundo junto e

quando chega algum aluno iniciante normalmente

eu oriento a estagiária que fique só com este aluno iniciante, a faixa etária vai de de 14 até 73 anos, eu

tenho tetraplégico, lesão parcial de C3 , ele tem 1

ano e meio que começou comigo, ele é S4, eu almejo com meus atletas, a primeira coisa, eles..

suportarem o medo deles, autonomia antes da

natação propriamente dita. o objetivo principal que eu tenho com eles é a qualidade de vida porque

pouquíssimos são lesões de nascença, a maioria é

adquirida.

*a aula acontece em grupo

*aula individualizada para o

aluno iniciante com a estagiária até que ele se

integre ao grupo, apesar da

aula acontecer no mesmo ambiente

* tetraplégico, lesão parcial

de C3 , que esta nadando 1

ano e meio e é classe S4.

* o objetivo principal da

professora com os atletas é a qualidade de vida porque a

maioria deles tem uma lesão

adquirida.

E qual a faixa etária dos

seus alunos?

Hoje eu tenho mais ou menos de 14 até 73. Dentro da mesma equipe, de 14 até 73 anos.

Os seus alunos lesados

medulares, já nadam a quanto tempo? Qual a

experiência deles com

natação?

É... a maioria que estão comigo hoje começaram a uns dois anos... eu tenho muitos que

começaram... uns três começaram esse ano, e eu tenho o que continuou comigo ainda, um tetraplégico, lesão parcial de C3 , ele tem 1 ano e meio que começou comigo e hoje

ele esta entre os três melhores do país nos 50 livre ele é um S4.

E quais são os objetivos

que você almeja para eles?

dependendo do perfil da pessoa né, a gente já identifica se ele vai conseguir seguir... vai

pra um Nacional, pro circuito e tal, dependendo da faixa etária do atleta também, ou então vai ser... eu tenho atletas de Jogos... né? Que vai la só pra treinar pra Jogos, e eu

tenho atletas de circuito até aptos pra pegar seleção brasileira tudo. Então na verdade o

que eu almejo com meus atletas, a primeira coisa, eles.. suportarem o medo deles, se auto... autonomia deles, autonomia antes da natação propriamente dita , essa

oportunidade de ta tendo um beneficio, de ta fazendo uma modalidade nova, de ta a

oportunidade de ta integrando uma equipe bacana que tem as viagens... de, a primeira

Condição de

superação e condução à

readaptação do

nadador com lesão medular.

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132

coisa que eu penso com eles é isso, de realmente transformar a vida deles com o esporte

antes de realmente ele ser um atleta. Tipo, acho que por ultimo..., porque aí vem aqueles que se motivam mais, aqueles que tem mais desempenho, aqueles que realmente querem

treinar todos os dias e evoluem mais rápido e aí sim, um bolsa atleta nacional, um bolsa

atleta internacional, integrar uma seleção brasileira..., mas isso a gente que é funil né, começam vários e um ou outro que se interessa para seguir em frente, mas, o objetivo

principal que eu tenho com eles é a qualidade de vida mesmo, deles. E a oportunidade de

tarem integrando uma equipe legal onde com isso vão ta entre eles, vão ta um visual ajudando um lesado, um intelectual junto... todo mundo na equipe, e curtir esse

momento.

A questão do ser humano antes do ser atleta?

exatamente. Acho que pelo fato de eu ter sido atleta também ...., eu fui atleta de alto rendimento na natação, e eu já ter vivido esse lado atleta, de ta em seleção tudo, o que eu

vejo para eles..., poxa essa oportunidade de ta saindo de casa, de ir fazer um esporte , de

ta com os colegas, de ir pra um churrasco no final de semana, de ta com a galera, de ter uma amizade, porque a maioria deles..., dos meus atletas eram normais, antes de um

acidente, antes de um tiro, antes do não sei o que..., e aí parece que dá aquele...

Condição de superação e

condução à

readaptação do nadador com lesão

medular.

é a lesão adquirida né? Muda a vida

pouquíssimos é a lesão de nascença né? Então, pô imagina você normal e aí do nada pum, tua casa cai né? E agora o que eu vou fazer da minha vida? Eu, poxa agora tem a

Silvia lá na Praia Grande que trabalha com a natação e que poxa pode ser que você não

seja um Daniel Dias , mas, pô tu vai curtir aquele momento, os jogos, que esse ano a gente foi campeão... caramba foi surreal pra todo mundo e não tem nenhum cara que ah..

eu não tenho nenhum atleta de seleção brasileira, né, mas união entre eles que foi o mais

bacana disso. Mais eu priorizo bem mais isso do que o atleta propriamente dito.

03 A gente procura deixar assim, na medida do possível né, a gente deixa... procura atender o que é melhor para o aluno, se ele é criança, pode vir só as 6 mas o grupo de criança é

as 8 por exemplo mas pra ele é melhor as 6, a gente sempre da um jeito de atender

primeiro a necessidade do aluno né? Quando o aluno deixa aberto a gente procura montar grupos mais próximos, jovens..., crianças.., adultos...

Os grupos são montados por faixa etária e não por tipo de deficiência, mas, as aulas são em grupo,

estamos com 3 raias, então a gente tem 8, 9 alunos

para colocar 3 por raia. A gente juntou por exemplo, lesado medular com síndrome de down

pra fazer aula junto, por questões de horário e

necessidade dos pais embora, seja em grupo tem coisas que são individuais porque eles também tem

uma diferença de nível de aprendizado, tem uns que

ainda ta no começo e tem outros que já ta mais avançado, então você trabalha mais velocidade....

outras coisas né? Tem uma correção mais em cima

né, tem uma cobrança no gestual né, gesto técnico,

biomecânica e tal. Os dois alunos são mielo então

assim, nasceram com essa deficiência. Um, a

Vitoria tem 15 anos, 15, 16 anos e o Sérgio tem 11 então esse é o tempo de lesão dos dois. Eles tem

sensibilidade em algumas partes de membros inferiores. E praticamente ausência total de

movimento. o Sergio, se eu não me engano, se eu

não estou errada, ele esta completando 3 anos de natação, a Vitoria um pouquinho mais de tempo, a

*As aulas acontecem em grupo que são montados por

faixa etária e não por tipo de

deficiência.

*Embora a aula seja em

grupo, o atendimento é individualizado por conta das

diferenças no nível de

aprendizado.

*para os alunos que estão em

nível mais avançado existe

uma maior cobrança no

gestual, gesto técnico, biomecânica .

*dois alunos com Mielo, a

Vitoria tem 15 anos e nada a

cinco anos e o Sérgio tem 11 anos e nada a 3 anos. Eles

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Vitoria acho que tem 5 anos, esse é o quinto ano de

natação dela

tem sensibilidade em

algumas partes de membros inferiores. E praticamente

ausência total de movimento.

em relação à faixa etária?

com relação a faixa etária , não prioriza o tipo de deficiência né, a gente prioriza a faixa etária, mas, as aulas são em grupo, todo ano tem mudanças no programa, a gente tem

limitação de raias disponíveis, tem ano que a gente 2 raias, tem ano que a gente tem 3

raias, então depende muito da disponibilidade, esse ano a gente ta trabalhando com 8 alunos por turma que a gente tem 2 raias, oh desculpa quer dizer a gente 3 raias, então a

gente tem 8, 9 da pra colocar 3 por raia. Então assim é.., tem fila, agora que a gente ta ,

agora que a gente juntou por exemplo, lesado medular com síndrome de down, né, pra fazer aula junto, por questões de horário e necessidade dos pais tem que vim mais cedo e

tal, mas, lógico, é melhor, eu acho que flui melhor quando você tem o grupo separado,

tipo físico, intelectual, eu acho que a aula fica mais parecida , fica mais próxima né e...você tem misto... o bom do misto é que um aprende com o outro, a interação e assim,

embora, seja em grupo tem coisas que são individuais, então fala óh você vai fazer assim,

você faz crawl, você faz costas, você vai fazer perna do costas porque eles também tem uma diferença de nível de aprendizado, tem uns que ainda ta no começo e tem outros que

já ta mais avançado, então você trabalha mais velocidade.... outras coisas né? Tem uma

correção mais em cima né, tem um cobrança no gestual né, gesto técnico, biomecânica e tal.

Embora a aula seja em

grupo, o atendimento é

individual?

acaba sendo um pouco individual

E os seus alunos com

lesão medular , eles

quanto tempo de natação, quanto tempo

de lesão..., quais são as

características da lesão e desses alunos?

óh, os dois alunos que a gente tem aqui nessa piscina, os dois são mielo então assim,

nasceram com essa deficiência. Um, a Vitoria tem 15 anos, 15, 16 anos e o Sérgio tem 11

então esse é o tempo de lesão dos dois e.. é bem grave assim, não tem sensibilidade... tem sensibilidade em algumas partes de membros inferiores, outras não né? E praticamente

ausência total de movimento.

é uma lesão bem baixa? é ... bem mais profunda, digamos assim né

E eles tem quanto tempo

de experiência na

natação?

olha o Sergio, se eu não me engano, se eu não estou errada, ele esta completando 3 anos

de natação, a Vitoria um pouquinho mais de tempo, a Vitoria acho que tem 5 anos, esse é

o quinto ano de natação dela

04 Então assim, nesse modelo que eu comecei a trabalhar na Lapa, desde então, a gente

vinha trabalhando com uma metodologia especifica que é o método Halliwick né, e dentro do programa Halliwick a gente divide em três níveis de habilidades, nível

vermelho, amarelo e verde, então nesse formato a gente não dividia os grupos por tipo de

deficiência sempre por nível de habilidade, então nível vermelho, é o ponto inicial né, onde mais precisava de adaptação, então a gente dividia em três pontos principais,

adaptação mental, controle da respiração e independência , nível amarelo, onde a gente ia

Estavamos trabalhando com uma metodologia

especifica que é o método Halliwick, hoje eu to trabalhando com um grupo reduzido, são cinco

nadadores, todos eles com deficiência física, eles

estão em um nível avançado, como o foco é em treinamento a gente trabalha em dois professores

com esse grupo de cinco, e divide de acordo com o

*A aula acontece em grupos

de 5 nadadores com deficiência física que já estão

em nível avançado de

natação, sendo o treinamento e o aperfeiçoamento da

técnica, focos da aula.

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trabalhando essa fase intermediaria, controle do corpo na água, equilíbrio, rotações e no

nível verde a gente começa a trabalhar os deslocamentos na água e a natação propriamente dita.

ritmo da natação, como a gente tem classes

funcionais diferentes então a gente divide o grupo que é um pouquinho mais lento não

necessariamente com relação a classe, mais a

velocidade mesmo né, pra ficar um grupo mais homogêneo, a gente não faz atendimento especifico

pela separação de deficiência desde a base do

inicio. pensando em lesão medular, nesse grupo tem dois nadadores, os dois são classes baixas né,

na natação um é S2 e o outro é S3, de altura da

lesão medular, um é C6 e o outro é C5, e eles tem ritmos de aprendizados bem diferentes, o S3 esta

muito mais avançado e tem uma velocidade muito mais baixa, então eles acabam ficando divididos na

raia também, por conta dessa questão, então eles

ficam cada um em uma raia, não pela situação da deficiência né, mas, por terem ritmos diferentes...

Um está nadando agora, a cerca de 3 anos e meio

que é esse que é o classe mais alta que é um pouquinho mais rápido e o outro ele esta nadando a

uns três anos... os nossos objetivos, a gente ta

trabalhando a parte técnica o nadador numero 2 ele ainda ... ele ainda é muito fraco, além da

deficiência da limitação dele ser maior,

fortalecimento que ele precisaria... e a gente ta fazendo um trabalho pra ele nesse sentido

*São dois professores e os alunos são divididos em duas

raias por ritmo de nado,

sendo um grupo mais lento e outro mais veloz, essa

divisão é independente da

classe e da deficiência.

*O grupo tem dois nadadores

com lesão medular, um é S2 e o outro é S3, de altura da

lesão medular, um é C6 e o outro é C5.

*O S3 esta muito mais avançado e tem uma

velocidade muito mais baixa

e nada a cerca de três anos e meio e o S2 nada a cerca de

três anos, ele ainda é muito

fraco e esta sendo feito um trabalho de fortalecimento.

Entendi, mas, hoje em

dia nas suas aulas como

que é esse processo? Voce ainda trabalha com

o método Halliwick, a as

aulas são individuais, são em grupo, como que

acontecem as aulas hoje?

As aulas hoje, então hoje eu to trabalhando com um grupo reduzido, são cinco nadadores,

todos eles com deficiência física e já adaptados, então pensando no Halliwick, eles já

teriam passado do nível vermelho e amarelo né, estariam no verde para um nível avançado, como o foco é em treinamento, então é... atualmente a gente trabalha em dois

professores com esse grupo de cinco, e divide de acordo com o ritmo da natação, como a

gente tem classes funcionais diferentes então a gente divide o grupo que é um pouquinho mais lento né, não necessariamente com relação a classe, mais a velocidade mesmo né,

pra ficar um grupo mais homogêneo, então duas raias, dois em uma e três na outra raia.

Entendi... e aí quais são as características dos

seus alunos, eles tem

uma lesão alta, tem uma lesão baixa? Eles nadam

a quanto tempo?

é esses cinco que eu to falando eu to jogando todos os tipos de deficiência né, é um grupo que a gente não faz atendimento especifico pela separação de deficiência desde a base do

inicio ali né, até no decorrer né, são nadadores e a gente separa, pensando em lesão

medular, nesse grupo tem dois nadadores, os dois são classes baixas né, na natação um é S2 e o outro é S3, de altura da lesão medular, um é C6 e o outro é C5, e eles tem ritmos

de aprendizados bem diferentes, o S3 esta muito mais avançado e tem uma velocidade

muito mais baixa, então eles acabam ficando divididos na raia também, por conta dessa questão, então eles ficam cada um em uma raia, não pela situação da deficiência né, mas,

por terem ritmos diferentes...

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Mais pelo ritmo do

nado?

Isso, exatamente.

E eles já nadam a quanto

tempo?

Um está nadando agora, a cerca de 3 anos e meio que é esse que é o classe mais alta que

é um pouquinho mais rápido e o outro ele esta nadando a uns três anos...

E quais são os objetivos que você almeja para

eles?

Então é...atualmente esse nadador que é um pouquinho mais avançado, até o ano passado ele estava competindo no circuito paralímpico e tendo índice para os nacionais então é

um nadador que teve um índice maior, e os nossos objetivos, eles esbarram também, na

nossa situação, na nossa condição, então a gente teve uma dificuldade muito grande pra acertar o treinamento esse ano, a gente ta fazendo o treinamento uma vez só por semana,

a gente que é um numero muito baixo muito reduzido, para que você consiga um

resultado mais almejado, então agora a gente ta trabalhando a parte técnica né, melhorando um pouquinho mais esses nadadores né, no sistema paraolímpico, se um

nadador é vinculado com um clube no inicio da temporada né, ele fica vinculado até o final, então não teria nem como fazer um desligamento agora, então a ideia é manter ele

em treinamento com foco na parte técnica pra que haja uma evolução ainda esse ano, pra

a partir do ano que vem a gente ter uma outra proposta , um outro foco, já o nadador numero 2 ele ainda ... ele ainda é muito fraco, além da deficiência da limitação dele ser

maior ele tem um... ele teve uma reabilitação como uma qualidade que acredito que foi

um pouquinho inferior..., ele não trabalhou questão de fortalecimento que ele precisaria... e a gente ta fazendo um trabalho pra ele nesse sentido né, então passo pra ele

uma planilhinha sempre de treinamento, uma liçãozinha de casa que ele possa ta fazendo

pra ele ter essa evolução também...

05 Ah sou eu a professora Marcia né, nós atendemos um grupo que é grande, divido em turmas né, cada turma geralmente são 6, 7, depende do tamanho né depende das

inscrições, e... a gente tem algumas raias na piscina e a gente procura dividir o grupo

dentro destas raias, e passar a aula né, passar o conteúdo dentro do planejamento que a gente traçou pra semana.

Somos em dois professores e atendemos um grupo grande que está dividido em turmas, cada turma

tem 6 ou 7 alunos que são dividos pela

característica da deficiência. Nosso objetivo é proporcionar qualidade de vida e

socialização, mostrando que eles são importantes

para as pessoas. Através da natação, realizamos trabalhos de respiração com os alunos com lesão

medular para dar uma melhor qualidade de vida no

dia a dia.

*A aula acontece com dois professores e um grupo

grande de 6 ou 7 alunos que

são divididos por características da deficiência.

*O objetivo da aula é proporcionar qualidade de

vida, socialização dos alunos

e elevar a auto estima mostrando sua importância

para a sociedade.

*Com os alunos com lesão

medular é objetivado a

melhoria da qualidade de vida através do trabalho de

respiração realizado durante as aulas.

Entendi... e quais são as

características do grupo,

qual é a faixa etária,

Isso, a gente divide o grupo por características né, de lesão, então, lesão, lesão medular...

cadeirante, a gente divide, síndrome de Down, Síndrome de Down aquele grupo, então a

gente divide por... é... pc, pc, então a gente faz um... então a gente divide pela

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quanto tempo de prática?

característica da deficiência da pessoa.

Ah..., pela característica

da deficiência?

isso, isso, fica assim

E.. qual é a experiencia

do grupo, no caso do grupo dos lesados

medulares, eles já nadam

a quanto tempo, qual é o tipo de lesão ?

Então, é... nós estamos agora com problema de piscina né, nossa piscina quebrou, nós

tivemos o grupo que tiveram iniciação lá no NANASA lá no Vila Alpina né, então já vem no NANASA já a alguns anos muitos desde criancinha né, 5,6 anos, e a gente tem

outros né, que já adultos procuraram o aprendizado lá no NANASA e alguns que

sofreram... e aí a gente ta falando de pessoas que nasceram com a lesão medular, e alguns que sofreram né, sofreram a lesão, adquiriram a lesão, mas, que já sabiam da pratica do

nado antes da lesão, procuram a gente aqui diretamente, já vem diretamente aqui, faz a

inscrição e já começa a nadar diretamente aqui com a gente já.

essas pessoas são

pessoas que já nadavam

anteriormente, antes da lesão?

Isso, porque aqui só vem quem já sabe fazer o nado, quem não sabe tem que passar pelo

processo de aprendizado, que hoje, não é mais no Vila Alpina, não está acontecendo por

problemas aí que...

Entendi... e com esse

grupo de lesados medulares que esta

nadando com vocês aqui

quais são os objetivos que você almeja para

esse grupo ? Esse grupo

que nada atualmente.

A gente almeja primeiro tentar proporcionar uma qualidade de vida melhor pra eles, né,

eles vem aqui a gente tenta socializar eles né, dentro do espaço com outros alunos né, que tem a lesão na medula né, é... a gente faz trabalho com eles de respiração, e a gente

procura dar uma qualidade melhor pra eles no seu dia a dia né, usando aqui a piscina né,

o nado, a gente tenta fazer né, como professor de natação pra pessoas de deficiência, a gente tenta proporcionar o que a gente e conhece um pouco né, sociabilizar eles dentro

de um convívio, mostrar que eles tem a importância, que eles são importantes dentro do

espaço, dentro do nosso mundo, e proporcionar pra eles uma qualidade de vida melhor...

Condição de

superação e condução à

readaptação do

nadador com lesão medular.

06 A gente tem dos dois anos aos cinquenta anos, a gente tem varias deficiências, a gente tem Mielo, tem lesado medular, a gente tem algumas deficiências intelectuais só que

leves, é.. paralisado cerebral, amputação, então tem várias deficiências, tem algumas

síndromes raras também que é Marfan, Julian Barriet e Herlie Damios a gente tem um menino que tem essa deficiência, e em São Caetano eu trabalho mais com deficiência

intelectual, então a gente tem uma síndrome que é raríssima, Merc Nudlles, acho que é

isso, tem lesão medular..., tem uma criança que tem... é tudo criança de São Caetano e eu faço tudo trabalho com natação.

A faixa etária dos alunos vai dos dois anos aos cinquenta anos, sendo vários tipos de deficiência

física ( lesão medular, amputação, paralisia

cerebral), deficiência intelectual e algumas síndromes raras. O trabalho acontece em grupo,

mas, o atendimento é individualizado. As turmas

em São Bernardo tem uma média de... 10 a 12 alunos por aula e em São caetano é uns 5, 6 por

aula.Com lesão medular tenho um que é o Nicolas ,

ele teve câncer aos 4 anos de idade e ele faz natação comigo a uns 3 anos, hoje ele tem 13 anos

de idade.

*As aulas acontecem em grupo, mas, o trabalho é

individualizado, a faixa etária

dos alunos vai dos dois anos aos cinquenta anos, sendo o

grupo composto por pessoas

com vários tipos de deficiência.

*Tem um aluno com lesão medular, Nicolas, que nada a

3 anos e tem 13 anos de idade.

Entendi...e as aulas

acontecem em grupo ?

É em grupo, mas, o trabalho é bem individualizado, porque você passa criança por

criança e adulto , então mas, é individualizado mas vem várias pessoas, em São Bernardo

é uma média de... 10 a 12 alunos por aula e em São caetano é uns 5, 6 por aula.

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E os seus alunos com seu lesão medular, qual é o

tempo de lesão, a quanto

tempo eles nadam?

tenho um que é o Nicolas , ele teve câncer aos 4 anos de idade e ele faz natação comigo a uns 3 anos, agora a altura da lesão dele eu não sei, preciso perguntar...

ele já nada a quanto tempo? Ele já tem

experiencia?

Não, ele nunca fez aula de natação, ele ta fazendo comigo...

E ele tem quanto anos ? Hoje ele tem 14..., 13 anos, hoje ele tem 13 anos.

07 A gente começa com o pessoal da iniciação né, iniciação é grupo , então é lesado

medular ou classe baixa assim, a gente trabalha quatro por aula.

As aulas acontecem em grupo desde a iniciação, e

são 4 alunos por grupo. A faixa etária dos alunos

vai dos 12 aos 35 anos, e temos alunos com lesão

C3, T1, L3 e outras lesões. O objetivo inicial é a inclusão social e depois a formação do atleta.

*As aulas são em grupo com

4 alunos por grupo.

*A faixa etária dos alunos vai dos 12 aos 35 anos, com

lesões como C3, T1, L3 e outros tipos.

*O objetivo é a inclusão social e depois a formação do

atleta.

E qual é a faixa etária

dos grupos? Quais são as características da lesão?

12 anos, o mais velho tem 35, lá tem lesão de..., lá tem C3, tem... T1, L3, várias lesões.

quais são os objetivos

que você almeja para os seus alunos?

primeiro a gente inclui né, inclusão social, então a gente traz né, a maioria deles são

excluídos né, a gente traz pra academia pra treinar, pra conviver com os outros, depois a gente forma o atleta e depois a gente pensa em competição

08 aqui assim... as aulas acontecem todos os sábados, é voltado pra atleta aqui na piscina do

fundo, é um trabalho especifico pro lesado.. pra pessoa com deficiência que ela já tem no mínimo dois nados..., ela tem que ta desenvolvendo no mínimo que é o pra

sobrevivência, a partir daí ela é em grupo, só que ela é um trabalho individualizado,

porque individualizado? Porque cada um tem uma característica, cada lesado vai ter uma certa dificuldade, uma limitação, uns com mais outros com menos, então é um trabalho

em grupo só que ele é... a aula ela é individualizada para cada individuo

As aulas acontecem em grupo, mas, o trabalho é

individualizado porque cada aluno tem características diferenciadas, e cada lesado tem uma

dificuldade e uma limitação diferente, as aulas são

voltadas para o treinamento, é um trabalho específico para a pessoa com deficiência e ela tem

que saber no mínimo dois nados para estar nesse

grupo. As características dos alunos variam muito porque

alguns são sazonais, outros iniciam e permanecem

na equipe e outros apenas passam pela adaptação ao meio líquido e depois abandonam a prática. O

professor observa que raramente se tem nadador com lesão medular adquirida antes de dois anos de

lesão, porque neste período a pessoa está se

adaptando a uma nova realidade e passando para a condição de aceitação e começando a conhecer do

que é capaz, saindo da ideia da limitação. A pessoa

*As aulas acontecem em

grupo e o atendimento ao aluno é individualizado.

*Cada aluno com lesão medular tem características

diferentes, dificuldades e

limitações diferentes também.

*As aulas são voltadas para o treinamento e o aluno tem

que saber no mínimo dois nados para estar no grupo.

*Muitos alunos iniciam a prática, depois abandonam,

alguns apenas passam pela

Condição de

superação e condução à

readaptação do

nadador com lesão medular.

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nesta fase tem que se readequar a uma nova forma

de executar o movimento e esse processo é demorado.

adaptação ao meio líquido e

outros permanecem na equipe.

*para as pessoas com lesão adquirida durante os dois

primeiros anos da lesão

ocorre um processo de aceitação da nova condição e

adaptação à uma nova

realidade, onde a pessoa tem que se readequar a novas

formas de executar o movimento e esse processo é

demorado, por esta razão a

pessoa que sofre uma lesão medular demora um pouco

mais para desenvolver uma

atividade.

Quais são as características dos seus

alunos, características da

lesão, tempo de prática,

faixa etária ?

Então, as características são complicadas em te dizer porque, a gente as vezes tem o atleta muito passageiro, então a gente tem o atleta que vem realmente e fica muito tempo,

tem atletas sazonais que vem um período e vão embora e as características mudam muito,

tem aqueles que assim, faz a adaptação e deixa... então assim ele passa de sedentário e a

atleta e tem características que você passa do atleta pro sedentário, o cara enjoa quer

fazer outra coisa, larga, então tem muitas outras coisas que envolvem, agora a outra

parte?

Seria o tempo de

experiência, o tempo de

pratica e o tempo de lesão dos alunos que

você acompanha aqui.

Há quanto tempo eles nadam? E há quanto

tempo eles tem a lesão?

geralmente as lesões, elas tem características do que? De dois anos para frente, raramente

a gente vai ter casos de lesado com menos do um a dois anos de lesão, se a gente tivesse

eu acho que esse fator histórico ou incentivo, muitas vezes fica difícil porque ele ainda ta se adaptando a uma nova realidade, então é aquilo que eu sempre falo, é complicado

você se aceitar, porque ele vivia numa condição, e hoje calma aí, ele tem uma limitação,

né, então ele tem se adaptar a essa realidade e começar a conhecer do que ele capaz é complicado né, a partir de um a dois anos aí é o ganho de publico, antes disso, seria

muito melhor ele ser trabalhado, teria muito mais ganhos porque ? a capacidade neuronal

nele já ta formada, então o aspecto.. ele já tem gravado la na aprendizagem, então calma aí como é que faz o movimento né? A parte neuronal já ta co-ligada , então calma aí pra

mim fazer esse movimento, eu preciso realizar tal, ele tem que se readequar a uma nova

forma de executar o movimento , então é.. é um novo mundo, por isso que o lesado medular as vezes demora um pouco mais pra aí de tempo pra desenvolver uma atividade

09 Hoje eu coordeno uma parte do treinamento de alto rendimento do clube Superação, os

treinamentos são voltados pra alto rendimento, são aulas com essa dinâmica de periodização e de preparação para competições, é em grupo, a gente ta com um grupo

bem pequeno, a gente com dois atletas de nível nacional, um já é de nível internacional, e

tem mais dois atletas que estão aí se formando..., visando entrar nesse nível aí nacional, então são grupos, é um treinamento em grupo né, e do meu ponto de vista difere muito

As aulas acontecem em grupo e a equipe tem 4

atletas que estão na faixa etária dos 25 aos 40 anos. O treinamento é voltado para o alto rendimento e

preparação para competições e difere muito pouco

do treinamento convencional, a base do treinamento é o olímpico. São realizadas

*As aulas acontecem em

grupo.

*São 4 atletas na faixa etária

dos 25 aos 40 anos.

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pouco do treinamento convencional né, a gente já tem que ter um enfoque aí de buscar o

maior rendimento possível, a gente faz as adaptações de acessibilidade e tal, algumas adaptações necessárias nos fundamentos e nos equipamentos que a gente ta utilizando,

mas, em relação a periodização do treinamento a gente usa toda a base do olímpico

mesmo.

adaptações de acessibilidade, algumas adaptações

necessárias nos fundamentos e nos equipamentos.

*O objetivo da aula é o treino

de alto rendimento e a preparação para competições.

*Com relação à periodização, o treino difere muito pouco

do convencional.

* São realizadas adaptações

de acessibilidade, algumas

adaptações necessárias nos fundamentos e nos

equipamentos.

qual é faixa etária desse grupo ? e as

características de lesão?

esse grupo em específico, ele é bem heterogêneo, a gente dois atletas aí que estão a nível nacional e internacional que são dois atletas veteranos, um já com 40 e outro com 35

anos e os outros estão vindo da base do clube são mais novos, mas, mesmo assim com

25, 26 anos, não é um grupo muito grande entendeu? Mas, são só 4 pessoas. A gente tem um outro trabalho no clube de formação, e aí a gente trabalha com criança, tal, tem a

base, a iniciação mesmo, e aí na iniciação estamos trabalhando com os meninos de 8 a 16

anos.

Então os objetivos que

você almeja pra esses

atletas é o alto

rendimento?

é esse grupo especifico que eu atendo como treinador hoje, é alto rendimento só.

10 No momento, elas são ministradas em grupo... Bom qual é a outra pergunta que você

falou?

As aulas acontecem em grupo e o objetivo é o

treinamento competitivo. A faixa etária dos alunos

é dos 20 aos 30 anos. São dois alunos com lesão medular, um com lesão C3 e outro C5. O aluno

com lesão C3 já pratica natação há 3 anos e já

nadava antes da lesão. O aluno com lesão C5, não tem histórico da prática da natação antes da natação

e já está nadando há 3 anos também.

*As aulas são em grupo.

*O objetivo da aula é o treinamento competitivo.

*A faixa etária dos alunos vai dos 20 aos 30 anos.

*São dois alunos com lesão medular, C3 e C5, os dois

com 3 anos de prática, o

aluno com lesão C5 não

nadava antes da lesão.

qual é a faixa etária dos

seus alunos?

hoje a faixa etária ta em torno dos 20 anos aos 30 anos...

quais as características

da lesão? Altura de

lesão, tempo de pratica dos seus alunos...

na verdade, pode correlacionar os dois, nós temos dois alunos com lesão medular hoje,

um aluno com uma lesão alta, acho que é C3 o outro também é cervical só que um

pouquinho mais baixa, quer dizer mais alta, C5, C5 e C3

e eles já tem quanto

tempo de pratica na

Bom, o primeiro individuo ele já tem em torno de uns três anos de pratica, de três a

quatro anos, mas, ele já vem com um histórico né, antes da lesão, ele já praticava a

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natação?

natação, aí quando chegou para fazer o tratamento da reabilitação ele foi adquirindo

habilidades na água e foi evoluindo e chegou nos nados em si, agora o segundo individuo ele não tem histórico de natação, somente natação recreativa e tem em torno de uns três

anos de pratica dentro de piscina.

quais são os objetivos que você almeja para

esses alunos?

Hoje nós almejamos, nós traçamos diversos objetivos ao longo dos anos né, mas, hoje o objetivo é treinamento competitivo.

11 Ok, a estrutura vem muito da característica própria de cada um, então uma anamnese

prévia se a pessoa tem experiência com a água ou não, então distribuição das turmas né, na verdade isso depende muito da época em que o projeto acontecia né, tempos onde se

tinha apenas um professor para trabalhar com tantas pessoas, tempos onde se tinha mais

professores, então a gente consegue organizar essa estrutura da aula de acordo com essa estrutura profissional, mas, eu vou dar o exemplo de hoje né, hoje a gente tem dois

grupos, dois grandes grupos é um grupo de profissionais que atuam no paradesporto então já pensando no rendimento com pessoas que já aprenderam a nadar e no horário

que a gente atende pessoas que estão indo pela primeira vez e que estão buscando a

natação, a gente tenta diferenciar as turmas, criança e adulto, por conta da linguagem e tal, e... muito da deficiência então uma pessoa com lesão medular que nunca aprendeu a

nadar e chega para fazer aula, a gente faz uma avaliação prévia, uma anamnese e dentro

da água a gente faz uma avaliação de percepção em relação ao medo que ele vai ter da água, ainda mais que fale tem uma experiência, e tem pessoas muito diferentes, tem

gente que fala assim, ah eu me virava bem dentro da água antes de sofrer o acidente ,

depois do acidente eu não sei como é que é, então a gente tem que colocar na água, ver..

porque a percepção deles dentro da água depois da lesão é diferente, equilíbrio , enfim,

então a gente faz uma avaliação inicial e depois a gente encaminha pro horário que

depende também dessa percepção que a gente vai ter do aluno . Hoje na maioria dos casos a gente tem uma iniciação de aula mais individualizada até passar por um período

inicial de adaptação a gente coloca ele dentro de um grupo, porque a gente acha isso é

interessante também, seria tipo um nível II assim né?..

A estrutura da aula vai depender de uma avaliação

prévia que é feita com o aluno quando ele inicia, é uma anamnese prévia para saber se a pessoa tem

experiência com a água, é uma avaliação de

percepção em relação ao medo que ele vai ter da água. Esta avaliação é feita porque a percepção do

corpo na água é diferente antes e depois da lesão. A partir desta avaliação o aluno é encaminhado

para o horário ( grupo) onde fará a prática. Os

alunos são divididos em dois grandes grupos, a iniciação e o treinamento. As turmas são separadas

em criança e adulto e a iniciação conta com 3

professores e o treinamento, 2 professores. Sendo o alto rendimento objetivo do treinamento. Na

iniciação a aula é individualizada até a pessoa

passar pelo período de adaptação e depois ela vai

para o grupo.

*As aulas são realizadas em

grupos, sendo dois grandes grupos, a iniciação e o

treinamento. As turmas são

separadas em criança e adulto.

* Na iniciação a aula é

individualizada até a pessoa

passar pelo período de adaptação e depois ela vai

para o grupo.

*O objetivo do treinamento é

o alto rendimento.

* A estrutura da aula vai

depender de uma avaliação

prévia que é feita com o aluno quando ele inicia, é

uma anamnese prévia para

saber se a pessoa tem experiência com a água.

* é uma avaliação de percepção em relação ao

medo que ele vai ter da água.

* a percepção do corpo na

água é diferente antes e

depois da lesão.

Condição de

superação e condução à

readaptação do

nadador com lesão medular

E você atua sozinho ou você atua com um grupo,

grupo de ajudantes, estagiários, é a sua

atuação direta tem uma

equipe?

Hoje a nossa estrutura funciona assim, nós temos 5 professores formados e 1 estagiário que é cedido pela prefeitura e tem estagiários são a parte do convenio da Universidade

federal aqui com a associação que atua ajuda a gente. Então eu fiquei muito tempo trabalhando na formação destes professores então hoje eu trabalho direto com o pessoal

do alto rendimento e faço um suporte pedagógico com os professores que atuam na

iniciação. Na iniciação a gente tem 3 professores e no alto rendimento eu e mais um professor que trabalha na verdade com crianças mais uma transição, na verdade uma pré

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equipe , mas na iniciação isso, esses três professores que a gente divide o horário de

acordo com o que eu falei pra você.

12 A aula é em grupo, eu divido... a gente tem três horários, o horário da iniciação, o horário

que eu chamo de pré treino e o horário do treinamento, então eu não divido por idade, eu

divido por capacidade, então aqueles que não sabem..., que não tem nenhuma condição de flutuabilidade, não tem noção da desenvoltura da mecânica do nado então eu coloco

na iniciação pra ser trabalhado, aí é outro tipo...uma outra piscina, uma piscina menor,

rasinha tal, aí depois quando eles entram no pré treino já tem uma noção do nado, pelo menos o nado elementar ali do crawl, já consegue nadar, já consegue mergulhar, já tem

uma noção da respiração e o controle melhor do corpo deles na água, aí que eu começo o

treino pras médias distancias, fazer 50.. conhecer os outros nados, começa um pouquinho do costas..., o costas já vem desde a iniciação também, dependendo da circunstancia,

mas, ele vai conhecer um pouquinho do peito, no final ali já tem uma noçãozinha do

borbo e aí quando eles já estão se destacando bem eu levo pro treino e aqui tem uma proposta nossa aqui da secretaria da prefeitura que daí eu mesmo que propus isso daí que

é assim a pessoa chega nesse pré treino pra que ela aprenda realmente a se virar no meio

liquido, aprenda a nadar e daí como a gente trabalha com a inclusão, a ideia é que se ele não quiser vir pro treinamento, ele entre uma aula comum com o convencional, ele já

aprendeu o básico, faz uma aula e continua na dele, ele tem o convite pra participar da

turma de treinamento, se ele não quiser, se ele quiser mais por saúde e bem estar ele pode fazer as aulas normal aqui no centro esportivo.

A aula é em grupo, e os alunos são divididos por

capacidade, não por idade, sendo três grupos

iniciação, pré treino e treinamento. Aqueles que não tem nenhuma condição de flutuabilidade, não

tem noção da desenvoltura da mecânica do nado

entram na iniciação, em uma outra piscina menor e rasa. No pré treino, os alunos já conhecem o nado

elementar, crawl, mergulham, controlam a

respiração e o corpo deles. E o treino é a equipe de competição. A faixa etária dos grupos vai dos 10

aos 50 anos de idade. O objetivo é a inclusão dos

alunos, eles fazem aula na mesma piscina do convencional mas, o treino é diferente, então eles

estão integrados e não inclusos, o treino é diferente

para respeitar a individualidade de cada um.

*A aula acontece em grupo.

*Os alunos são divididos por capacidade, não por idade,

sendo três grupos iniciação,

pré-treino e treinamento.

* Aqueles que não têm

nenhuma condição de flutuabilidade, não tem noção

da desenvoltura da mecânica

do nado entram na iniciação, em outra piscina menor e

rasa.

* No pré treino, os alunos já

conhecem o nado elementar,

crawl, mergulham, controlam a respiração e o corpo deles.

E o treino é a equipe de

competição.

* A faixa etária dos grupos

vai dos 10 aos 50 anos de idade.

* O objetivo é a inclusão dos alunos.

* o treino é diferente para respeitar a individualidade de

cada um.

E aí você tem esse foco da inclusão também,

além do foco do treino...

Porque assim, se você olhar aqui por exemplo, eles estão na mesma piscina mas, não é o mesmo treino, eles estão integrados aqui, ainda existe um treino diferente pra eles, é

integrado eles não estão inclusos, a partir do momento que ele vem fazer uma aula, aí

está incluso ali junto com todo mundo, então aí é inclusão, parto do pressuposto assim, o treino deles vai ser integrado mesmo, não tem como passar o mesmo treino, até tem mas

tem algumas coisas da individualidade de cada um que eu tento fazer na aula, então de

tempos em tempos eu pego uma aula e trabalho que nem o Thiago que o centro de equilíbrio dele é diferente que nem do Ana, que ele é amputado, então a questão dele de

movimentação do coto, ali ele tem que ser trabalhado então tem que ser alguma coisa

mais especifica pra ele, o visual também tem..., então em algumas aulas eu dou algumas coisas que trabalhem mais a individualidade de cada um, mas, em geral a aula é a mesma

para todos salvo assim que não consegue fazer uma metragem muito grande, faz uma

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metragem menor e fracionado

qual é a faixa etária dos seus alunos?

a faixa etária é bem variada, eu tenho aluno de 50.., 50 anos, 50 e pouquinho, eu tenho aluno de 10..., agora se você me pedir uma media, acho que a media de idade dos meus

alunos seria uns 30 ..., 33 por aí eu tenho alguns principalmente o pessoal do pré treino

da iniciação, eles 14, 15, 10 é o que eu falei, tem 19, 20... O pessoal da equipe de competição mesmo tem 20, 22, a maioria deles tem 30, 34, 33, 50 já é uma media mais

avançada, o pessoal da competição.

quais são os objetivos

que você almeja para os seus alunos?

aluno de modo geral assim, o principal é a inclusão, acho que quanto mais a gente tirar a

pessoa de casa assim que ele venha fazer o esporte e sentir o beneficio do meu esporte é o principal objetivo do projeto, como eu te falei, trazer, ensinar, a gente mora numa

cidade do litoral, até para eles terem mais tranquilidade pra ir numa praia, qualidade de

vida deles, lógico eles querendo vir pro treinamento e fortalecer a equipe é muito melhor pra mim né? Eu tenho sempre que puxar a sardinha, mas, se fosse pra escolher um

objetivo é o da inclusão, que eles aprendam a fazer sejam integrados, que sejam bem vistos na sociedade e consigam fazer o que eles quiserem é o principal né, no meu ponto

de vista .

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ANEXO III

DIÁRIO DE CAMPO

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Nome do participante:

Email:

Endereço:

Telefone:

Estratégia é uma forma de condução da atividade para levar o aluno a atingir o objetivo proposto (dica, instrução, demonstração, etc).

Descrição do aluno foco ( tempo de prática, idade e características da lesão )

Objetivo da aula:

Data Atividade desenvolvida X

Respiração Quais foram as estratégias que você utilizou para ensinar a respiração?

Flutuação dorsal

Quais foram as estratégias que você utilizou para ensinar a flutuação dorsal?

Flutuação ventral

Quais foram as estratégias que você utilizou para ensinar a flutuação ventral?

Transição da posição dorsal para vertical

Quais foram as estratégias que você utilizou para ensinar a transição da posição dorsal para vertical?

Transição da posição ventral para vertical

Quais foram as estratégias que você utilizou para ensinar a transição da posição ventral para vertical?

Giro do quadril da posição ventral para dorsal Quais foram as estratégias que você utilizou para ensinar o giro do quadril da posição ventral para dorsal?

Giro do quadril da posição dorsal para ventral Quais foram as estratégias que você utilizou para ensinar o giro do quadril da posição dorsal para ventral?

Giro do braço para trás

Quais foram as estratégias que você utilizou para ensinar o giro do braço para trás?

Giro do braço para frente

Quais foram as estratégias que você utilizou para ensinar o giro do braço para frente?

Outra

Outra

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