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UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU
MESTRADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA
Milena Pedro de Morais
ESTRATÉGIAS DE ENSINO DE NATAÇÃO
PARA PESSOAS COM LESÃO MEDULAR
São Paulo
2016
Milena Pedro de Morais
ESTRATÉGIAS DE ENSINO DE NATAÇÃO
PARA PESSOAS COM LESÃO MEDULAR
Dissertação apresentada ao Programa de
Mestrado em Educação Física da
Universidade São Judas Tadeu, para a
obtenção do título de Mestre em
Educação Física, tendo como linha de
pesquisa Fenômeno Esportivo, sob a
orientação da Profª. Drª. Graciele Massoli
Rodrigues.
São Paulo
2016
DEDICATÓRIA
Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca
da Universidade São Judas Tadeu
Bibliotecária: Daiane Silva de Oliveira - CRB 8/8702
Morais, Milena Pedro de
M827e Estratégias de ensino de natação para pessoas com lesão medular /
Milena Pedro de Morais. - São Paulo, 2016.
146 f. : il. ; 30 cm.
Orientadora: Graciele Massoli Rodrigues.
Dissertação (mestrado) – Universidade São Judas Tadeu, São Paulo,
2016.
1. Lesão medular. 2. Natação – Estudo e ensino. I. Rodrigues, Graciele
Massoli. II. Universidade São Judas Tadeu, Programa de Pós-Graduação
Stricto Sensu em Educação Física. III. Título
CDD 22 – 797.21007
DEDICATÓRIA
À todos o meus alunos do Paradesporto por me ensinarem a cada dia e a cada
novo movimento que a vida é uma grande aventura a ser desbravada e vivida, sempre
com fé e alegria e por me mostrarem o caminho da funcionalidade.
AGRADECIMENTOS
Em primeiro lugar à Deus por todo o seu amor, luz e proteção; pela sabedoria e
paciência nos momentos em que ela foi tão necessária; pelas pessoas que foi colocando
em meu caminho durante esta jornada e por toda a benção e permissão em concretizar
mais esta missão.
À minha família, à minha mãe Vera, por todo o apoio e carinho, por sua fé e
confiança em tudo, pela crença que sempre daria certo, por estar sempre por perto me
dando segurança para encarar cada desafio e ao meu pai Marco, pela presença constante
a meu lado, pelo companheirismo sempre tão presente, pelo amor, paciência e
compreensão nos momentos em que estive ausente em razão dos estudos.
Às minhas irmãs, Maíra e Mariana, razões da minha vida, agradeço com todo o
meu carinho o apoio, o amor e a compreensão; amo muito vocês.
À minha querida orientadora, mãe acadêmica, Prof.ª Drª Graciele Massoli
Rodrigues, agradeço com todo o meu carinho, por todo o apoio, companheirismo,
confiança e dedicação durante a realização deste estudo. Agradeço pelas orientações não
apenas no campo acadêmico, mas, ensinamentos que levarei por toda a minha vida.
Aos meus amigos e companheiros de trabalho da Escola Municipal Filomena
Dias Apelian e do Departamento de Esportes do município de Itanhaém; muito obrigada
por todo o apoio e confiança durante a realização deste estudo.
Aos meus amigos de coração, meus irmãos acadêmicos e amigos para toda a
vida, Gilberto Martins Freire e Alexandre Apolo, agradeço com todo o amor as
contribuições, os momentos de alegria e superação e pelos momentos em que a força e a
união se fizeram necessários.
À todos os meus amigos de vida, em especial Paulo Fujimura, Regina
Gushomoto, Mara Andrade e Luis Eduardo, agradeço pelo apoio, confiança e
compreensão em todos os momentos.
Aos professores do Programa de Mestrado em Educação Física da Universidade
São Judas Tadeu, pela dedicação e contribuição durante minha formação não apenas
acadêmica, mas também pessoal.
Aos professores participantes deste estudo agradeço pela dedicação, apoio e
contribuições.
Aos professores componentes e suplentes da banca de qualificação e defesa pelo
pronto atendimento ao convite, pela dedicação e preciosa contribuição para a evolução
deste estudo.
À todos que de alguma forma estiveram comigo durante a concretização deste
estudo contribuindo direta ou indiretamente com meu crescimento e acreditando no meu
potencial.
Muito obrigada!!!
SUMÁRIO
Resumo .................................................................................................... 12
Abstract .................................................................................................... 13
INTRODUÇÃO........................................................................................ 14
REVISÃO DE LITERATURA
1 ENSINO DO NADO ................................................................................. 16
1.1 Estratégias de ensino ................................................................................. 21
1.2 Sistema sensorial e aprendizagem............................................................. 29
2 LESÃO MEDULAR ................................................................................. 32
2.1 Nível ortopédico e neurológico da lesão medular ...................................... 35
2.2 Incidência da lesão medular ....................................................................... 37
2.3 Natação para lesado medular................................................................... 38
3 MÉTODO ............................................................................................... ... 42
4 DISCUSSÃO E RESULTADOS ............................................................... 44
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................... 103
CONTRIBUIÇÕES PARA ALÉM DOS RESULTADOS DESTE ESTUDO 104
REFERÊNCIAS.......................................................................................... 119
Lista de Quadros
Quadro 1 Inervação segmentar dos músculos ................................................. 35
Quadro 2 Níveis críticos da função da medula espinhal .................................. 36
Quadro 3 Quadro Organizacional das Estratégias de ensino extraídas da entrevista e do
diário de campo ...............................................................................
75
Quadro 4 Estratégias de ensino indicadas na Entrevista.................................. 76
Quadro 5 Estratégias de ensino indicadas no Diário de Campo....................... 80
Quadro 6 Síntese das Estratégias de ensino indicadas na Entrevista e no Diário de Campo 90
Quadro 7 Estratégias de ensino para a pessoa com lesão medular classe S1 .... 105
Quadro 8 Estratégias de ensino para a pessoa com lesão medular classe S2 .... 106
Quadro 9 Estratégias de ensino para a pessoa com lesão medular classe S3 .... 107
Quadro 10 Estratégias de ensino para a pessoa com lesão medular classe S4 .... 108
Quadro 11 Estratégias de ensino para a pessoa com lesão medular classe S5 .... 109
Quadro 12 Estratégias de ensino para a pessoa com lesão medular classe S6 .... 111
Quadro 13 Estratégias de ensino para a pessoa com lesão medular classe S7 ... 115
Quadro 14 Estratégias de ensino para a pessoa com lesão medular classe S8 ... 116
Quadro 15 Estratégias de ensino para a pessoa com lesão medular classe S9 ... 117
Quadro 16 Estratégias de ensino para a pessoa com lesão medular classe S10... 118
Lista de Apêndices
Apêndice I Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.................................................. 125
Lista de Anexos
Anexo I Entrevista ......................................................................................... ................. 127
Anexo II Análise da Entrevista ( Modelo)........................................................................ 129
Anexo III Diário de Campo............................................................................................... 145
Lista de siglas
SNC Sistema Nervoso Central
C Cervical
T Torácico
L Lombar
S Sacral
ASIA Associação Americana de Lesão Vertebral
S Swimming
SB Swimming Breaststroke
M Medley
Resumo
A natação para a pessoa lesada medular apresenta inúmeros benefícios nos aspectos
fisiológicos, psicológicos, sociais e cognitivos. Porém o processo de adaptação ao meio
líquido e a aprendizagem do nado, deve ser feito de forma a aproveitar o potencial e a
funcionalidade motora do nadador, através do planejamento de ações e estratégias de
ensino que busquem um nadar efetivo com o menor número de adaptações possíveis e
respeitando as condições específicas da lesão. Os objetivos deste estudo foram verificar
a condução do processo de ensino de natação para lesados medulares, verificar de que
forma o professor analisa a funcionalidade motora do nadador lesado medular,
compreender como o processo instrucional atua na aprendizagem do nado por lesados
medulares na visão dos professores e avaliar as dificuldades encontradas por professores
de nadadores lesados medulares durante o processo de ensino. A pesquisa contou com
doze professores de natação que atuam com lesados medulares. Essa amostra foi não
probabilística, por acessibilidade e indicação de terceiros. A coleta de dados foi
realizada através de entrevista semiestruturada com nove temas que foram
desenvolvidos em formato de questão. Foi ainda utilizado diário de campo. A análise
dos resultados aconteceu com base na análise de conteúdo proposta por Bardin (2011).
Observamos que o reconhecimento da potencialidade ou não da pessoa com lesão
medular interfere de forma direta na eficiência do processo de ensino e na atuação do
professor, pois a partir do momento em que este reconhecimento se estabelece,
ampliam-se as possibilidades de movimento e estratégias de ensino a serem
desenvolvidas. O uso de estratégias criadas com base em técnica tradicional do nado,
mostrou que há baixa sensibilização ou mesmo desconhecimento com relação ao
trabalho de promoção da funcionalidade motora do nadador que se confirma na medida
em que o aporte e suporte da literatura específica se mostra incipiente e não satisfaz o
desejo de conhecimento do professor. Contudo, o estudo possibilitou apresentar
estratégias de ensino relacionadas à condução, à instrução, aos materiais pedagógicos
auxiliares, à percepção e ao ambiente em que podem ser desenvolvidas, que estão
disponibilizadas ao final dessa pesquisa.
Palavras chave: Natação; Lesão medular; Estratégias de ensino.
Abstract
Swimming for spinal cord injured person has numerous benefits on the physiological,
psychological, social and cognitive. But the process of adaptation to the liquid medium
and the learning of swimming, should be done in order to harness the potential and
motor swimmer functionality through action planning and teaching strategies that seek
an effective swim with the fewest adjustments possible and respecting the specific
conditions of the injury. The objectives of this study were to assess the conduct of
swimming teaching process for spinal cord injury, verify how the teacher analyzes the
driving feature of spinal cord injured swimmer, understand how the instructional
process operates in learning swimming for injured spinal cord in the view of teachers
and assess the difficulties faced by teachers of spinal cord injured swimmers during the
teaching process. The research was twelve swimming teachers who work with spinal
cord injuries. This sample was not probabilistic, accessibility and display of third
parties. Data collection was conducted through semi-structured interviews with nine
themes that were developed in question format. It was also used a field diary. The
results happened based on content analysis proposed by Bardin (2011). We note that the
recognition of the capability or not the person with spinal cord injury interferes directly
in the efficiency of the teaching process and teacher performance, because from the
moment that this recognition is established, expanded the possibilities of movement and
strategies teaching to be developed. The use of strategies designed based on traditional
technique of swimming showed that there is a low awareness or even lack of knowledge
with regard to work to promote the motor functionality swimmer who confirms the
extent that the supply and support of specific literature incipient and does not satisfy the
teacher's knowledge of desire. However, the study made it possible to present teaching
strategies related to driving, education, auxiliary teaching materials, the perception and
the environment in which they can be developed, which are available at the end of this
research.
Key words: Swimming; Spinal cord injury; Teaching strategies.
14
INTRODUÇÃO
Como coordenadora da equipe de natação paralímpica no município de
Itanhaém, recebi no ano de 2012 uma aluna com vinte e um anos com
Mielomeningocele, lesão medular que limita a ação motora dos membros inferiores.
Esta aluna apresentava dificuldade em perceber a funcionalidade motora de seu
corpo enquanto nadava, pois a mesma pensava em seu movimento a partir da limitação
consequente da alteração medular e isso fazia com que a funcionalidade motora não
fosse aproveitada ao máximo dentro de sua capacidade.
Busquei estratégias que a fizessem perceber a funcionalidade motora durante o
nado e a técnica do mesmo, a qual fora muito beneficiada como produto final de nosso
trabalho, mas, não como objetivo principal, pois este era melhorar seu desempenho
durante as competições, fato este comprovado pelos resultados que atingimos primeiras
colocações tanto nos Jogos Regionais quanto nos Jogos Abertos da Juventude,
respectivamente nos anos de 2012 e 2013.
Também comecei a observar que meus colegas técnicos paralímpicos não
demonstravam a preocupação em diagnosticar tal defasagem e acredito que isso
acontecia devido ao enfoque dado na natação competitiva, onde o atleta é ensinado
apenas na dimensão do fazer e não na reflexão sobre sua prática. Desta observação
surge este estudo, pois penso o nadar como algo que transcende a simples execução de
técnicas, penso que também é um meio para o autoconhecimento, para a autopercepção,
para a compreensão da harmonia que deve existir do indivíduo com o meio líquido
quando esse interage com ele.
Assim, o processo de adaptação ao meio líquido e a aprendizagem do nado da
pessoa com lesão medular devem ser feitos de forma a oferecer experiências agradáveis
e seguras através do planejamento de ações e estratégias de ensino que “busquem atingir
a técnica mais apropriada possível e com o menor número de adaptações, ao mesmo
tempo em que leva em conta as eventuais restrições impostas pela deficiência”
conforme afirma Greguol (2010, p.124).
Neste sentido, a questão norteadora deste estudo objetivou saber quais são as estratégias
de ensino utilizadas por professores de natação com lesados medulares.
Ao abordar esta questão devemos considerar algumas expectativas pautadas em
considerações extraídas da experiência profissional vivenciada, ao observar que as
15
estratégias de ensino são criadas pelos professores a partir do feedback dado pelo aluno
sobre a atividade proposta e com isso, ,os professores de nadadores lesados medulares
utilizam prioritariamente a instrução verbal como estratégia de ensino, estabelecendo
uma sequência pedagógica previamente determinada e apenas saindo dessa quando cria
estratégias próprias, que os professores adaptam à técnica do nado conforme a limitação
motora apresentada pelo nadador lesado medular utilizando estratégias criadas com base
na técnica tradicional do nado, demonstrando pouca sensibilidade ou desconhecimento
com relação ao trabalho de promoção à funcionalidade motora do nadador.
Este estudo partiu assim de uma experiência pessoal que busca fundamentar-se
cientificamente e justifica-se pela carência de estudos abordando as estratégias de
ensino para o nadador lesado medular.
Durante a concepção do quadro teórico para esta pesquisa busquei estudos que
fundamentassem meu pensamento a respeito da adaptabilidade de estratégias na
condução do processo de ensino de natação mediado pelo professor no sentido de
promover a funcionalidade motora do nadador lesado medular. Poucos estudos foram
encontrados que consideraram a funcionalidade motora como o pressuposto para o
processo de adaptação como meio de promover inúmeras possibilidades de movimento
que venham a contribuir com o processo de ensino/aprendizagem do nadador lesado
medular.
Nenhum dos autores estudados faz menção direta às estratégias de ensino para o
nadador lesado medular. Fernandes e Lobo da Costa (2006) abordam a importância de
uma pedagogia sistematizada para o ensino da natação e Rocha et al. (2014) corroboram
com os autores citados abordando as limitações existentes para a concepção desta
pedagogia sistematizada.
Por todas as razões supracitadas, esse estudo visa contribuir com o
aprofundamento deste tema e com o crescimento do Paradesporto almejando como
objetivo geral verificar a condução do processo de ensino de natação para lesados
medulares. Também buscou-se, verificar de que forma o professor analisa a
funcionalidade motora do nadador lesado medular, compreender como o processo
instrucional atua na aprendizagem do nado por lesados medulares na visão dos
professores e avaliar as dificuldades encontradas por professores de nadadores lesados
medulares durante o processo de ensino
16
REVISÃO DE LITERATURA
1 ENSINO DO NADO
Nadar é experimentar com qualidade o movimento, não visando o
desenvolvimento das capacidades físicas, pois este será consequência do processo de
exploração e do prazer da consciência ampliada; nadar vai muito além da habilidade
técnica do movimento, porque, sobretudo, busca-se a harmonia do mesmo e pode ser
definido por Shaw e D’Angour (2001, p. XVIII) como “uma arte porque diz respeito a
apenas mover-se na água, estar na água e estar com a água”.
A natação para pessoa com deficiência é entendida por Silva (2005) como a
capacidade do indivíduo de dominar o elemento água ao deslocar-se de forma segura e
independente, sob e sobre a água utilizando-se de sua capacidade funcional residual e
respeitando suas limitações, e para que o nadar seja objetivado, é necessária a
fundamentação das estratégias de ensino/aprendizagem.
Winnick (2004) afirma que os esportes aquáticos adaptados caracterizam a
modificação do ambiente de ensino, de habilidades, de locais, equipamentos e
estratégias de instrução e, portanto, devem ser estabelecidos objetivos e metas de
desempenho de curto prazo, a fim de realizar a análise de tarefas das habilidades
aquáticas a serem desenvolvidas.
A prática da natação para a pessoa lesada medular oferece benefícios que vão
muito além dos aspectos motores, estendendo-se para fatores psicossociais como
experimentar a sensação de liberdade, movendo-se com diferentes possibilidades, sem o
auxílio de órteses ou cadeiras de rodas, devido à flutuação que a água proporciona,
facilitando o relaxamento muscular, a consciência e a percepção de si mesmo durante o
movimento conforme aponta Teixeira (2008). Os benefícios advindos da natação
repercutem nos aspectos fisiológicos, psicológicos, sociais e cognitivos, sendo a
atividade aquática responsável em promover a melhoria da velocidade, agilidade e
propriocepção, ao auxiliar no treinamento da resistência cardiovascular, força muscular,
potência e flexibilidade (CASTRO, 2005).
Castro (2005) corrobora com Winnick (2004) ao afirmar que para que o
programa de atividade aquática para o lesado medular seja efetivo é necessário
17
desenvolver uma sequência de procedimentos com metas e estratégias de ensino,
organizada de forma sistematizada.
Fernandes e Lobo da Costa (2006) consideram a necessidade de uma pedagogia
da natação que supere o modelo de ensino de cumprimento de tarefas que levem aos
quatro estilos de nado, pois o processo pedagógico no ensino da natação tem sido
caracterizado pelas sequências pedagógicas organizadas conforme o ensino de técnicas,
atribuindo ao aluno o “saber fazer” como característica predominante no atual ensino da
natação. Os autores afirmam que este processo, além de tornar o ensino monótono, não
garante o aprendizado e o desenvolvimento da percepção e consciência corporal.
Rocha et al.(2014) salientam que com relação à organização das sequências
metodológicas para o ensino da natação, se dá ainda grande importância ao ensino dos
quatro estilos, corroborando com Fernandes e Lobo da Costa (2006) que explanam que
o ensino da natação está pautado no ato de saber fazer determinado movimento não
havendo assim, uma pedagogia sistematizada no sentido de que o processo
ensino/aprendizagem da modalidade aconteça a partir da experiência corporal do aluno,
que no modelo de ensino atual é desconsiderada.
Para melhor compreensão acerca do modelo mecanicista de ensino, o qual é
constituído pela reprodução de técnicas com a preocupação do saber fazer, buscamos
em Catteau e Garoff (1990) concepções da pedagogia da natação que subsidiem tal
modelo, os quais afirmam que a mais remota sistematização na pedagogia da natação
surgiu na antiguidade através do militarismo com objetivo de tornar as tropas mais
ofensivas.
Os autores colocam que dentro do campo das concepções pedagógicas, existem
correntes que estão ligadas às formas tradicionais do pensamento humano. Estas são: a
concepção global, a concepção analítica e a concepção moderna.
A concepção global é a concepção nascida na antiguidade, onde o aluno aprende
em rios, mares e lagos, sem a presença de um professor e a concepção moderna é a ideia
da perfeita harmonização entre equilíbrio (estático e dinâmico), respiração e propulsão.
Interessa-nos para este estudo a concepção analítica.
A concepção analítica parte da premissa de que nadar consiste em realizar
movimentos que mantenham o nadador na superfície da água fazendo-o avançar,
caracterizando a reprodução de movimentos como capacidade do nadar. Assim, a
reprodução de movimentos é uma racionalização da aprendizagem, onde os exercícios
educativos, dentro ou fora da água são preparatórios para a aplicação na água e a
18
realização do movimento será a consequência de um número determinado de repetições
que não necessariamente estarão ajustadas com relação ao tempo e espaço de execução,
mas estarão mecanizadas.
Podemos observar que o “ensinar a nadar a seco”, ou seja, utilizar o método de
demonstração fora da água é ainda hoje utilizado durante o processo de
ensino/aprendizagem em natação, como um método exemplificativo de determinado
movimento. Assim, a concepção analítica é parte de um processo de
ensino/aprendizagem caracterizado pelo modelo mecanicista, criticado pelos autores
Catteau e Garoff (1990), pois neste modelo o aluno aprende a movimentar-se
tecnicamente na água, com a preocupação do saber fazer, mas sem compreender como e
porque realiza determinado movimento. Desta forma, o aluno não é estimulado à
percepção do próprio movimento enquanto o realiza, dificultando a harmonização com
o meio líquido.
Nota-se que entre a data desse presente estudo e a crítica desenhada por Catteau
e Garoff (1990) sobre a pedagogia mecanicista há um intervalo de tempo de vinte e
cinco anos, porém, esta mesma colocação parece-nos recente conforme expresso por
Fernandes e Lobo da Costa (2006), que sugerem que o ato de ensinar a nadar está
pautado em uma prática não reflexiva e baseado apenas no saber fazer, excluindo a
potencialidade do aluno e valorizando suas limitações, normatizando a todos por uma
sequência didática previamente determinada desconsiderando a funcionalidade motora e
individualidade biológica de cada aluno.
Segundo Reverdito e Scaglia (2009) a ação pedagógica é caracterizada pelo
processo de transmissão e assimilação de conhecimento através da prática sistematizada
e organizada, como prática educativa e a sequência pedagógica é um dos fatores
determinantes com relação às características da prática educativa.
Para melhor compreendermos a necessidade desta pedagogia sistematizada
citada por Fernandes e Lobo da Costa (2006), buscamos em Zabala (1998, p.18) a
definição de sequência pedagógica que é definida como o “conjunto de atividades
ordenadas, estruturadas e articuladas para a realização de certos objetivos educacionais,
que têm princípio e um fim conhecidos tanto pelos professores como pelos alunos”.
Estas indicam a função de cada atividade na construção do conhecimento.
Já para Reverdito e Scaglia (2009), as sequências pedagógicas são componentes
do processo pedagógico do esporte que se constituem por estratégias e métodos de
ensino que podem ser considerados como os meios utilizados para conduzir
19
determinado estado de conhecimento e desenvolvimento objetivado. Ainda, segundo
esses mesmos autores o processo de ensino é individualizado, pois o que diferencia os
indivíduos é a capacidade de utilizar as múltiplas inteligências em resposta a uma ação e
aos estímulos recebidos, sendo que para uma mesma ação podemos obter diferentes
respostas para cada indivíduo.
Neste sentido Fernandes e Lobo da Costa (2006) explanam que o processo de
ensino deve ser pensado de forma a considerar o aluno como ator (agente) da
aprendizagem, as características do ambiente e o comportamento motor (funcional) em
meio líquido, fazendo uma tríade organismo-ambiente (aquático) e a tarefa a ser
realizada. “Qualquer mudança que afete um dos elementos da tríade organismo
ambiente-tarefa afetará os demais e também a interação entre eles” (FERNANDES e
LOBO DA COSTA, 2006, p. 9).
Para Castro (2005), a ação pedagógica do profissional que atua com a pessoa
com deficiência pode ser pensada e contextualizada na perspectiva dos sistemas
dinâmicos que se refere aos padrões de organização espacial, temporal e funcional
incluindo a aplicação de ferramentas formais e analíticas da dinâmica não linear de
movimento.
No caso do ensino da natação, visualizamos os aspectos anteriormente citados da
adaptação do movimento (técnica do nado) à limitação motora consequente da lesão
medular. Com isso, a prática da atividade (nadar) é vista como o sistema dinâmico,
organizada para direcionar seu foco na aprendizagem, a qual não deve ser separada do
ambiente e dos fatores socioculturais coadunando com Fernandes e Lobo da Costa
(2006) que citam a visão da adaptabilidade no processo de construção da tarefa.
Segundo esses autores os fatores que interferem na aprendizagem, envolvem o
indivíduo, o ambiente e a tarefa. Considerando a limitação motora uma característica da
deficiência, a funcionalidade motora é um aspecto importante a ser considerado.
Afirmam eles ainda que o processo de aprendizagem depende das características
singulares de cada indivíduo e estas correspondem às experiências que cada um viveu
desde o nascimento, o modo e ritmo de aprendizado. Dessa forma, a maneira como o
processo de aprendizagem é construída, deve ser o resultado de processos singulares e
pessoais.
Continuando a linha de raciocínio de Fernandes e Lobo da Costa (2006)
podemos compreender que o processo de aprendizagem é individual e o caminho pelo
qual este processo percorre é que precisa ser pensado e estruturado conforme a
20
funcionalidade motora de cada indivíduo considerando sua disponibilidade para o
aprendizado e o ambiente contextual que a rodeia, e nessa linha de raciocínio tem-se a
funcionalidade motora como um fim em si mesma.
Rodrigues (2006) compreende a atividade motora como expressão motora de um
comportamento, que é influenciado por muitas variáveis e de origens diversas, mas é
expresso através da ação motora. Então, compreende-se que o indivíduo é um ser
complexo e que a ação motora que presenciamos é a expressão desta complexidade.
Considerando o conceito de atividade motora supra citado, a funcionalidade do
movimento é pensada com neutralidade e sem pré conceitos, pois a deficiência é apenas
parte deste processo interativo e não o fim do mesmo (RODRIGUES,2006). Assim,
adaptar segundo Rodrigues (2006) é adequar a exigência da tarefa ao nível de
desempenho do executante, onde a cada vez que se altera o nível de exigência e as
condições de desempenho de uma atividade que o indivíduo poderá realizar e se
envolver, o processo de aprendizagem estará sendo adaptado. Também é pensar na
funcionalidade motora como um start, um início para muitas possibilidades de
movimento. O autor, nesse contexto, define adaptação como:
Processo de identificação e intervenção sobre variáveis da atividade
(executante, tarefa e envolvimento) de forma a tornarem-se mais complexa
ou mais simples para ajustarem ao nível de desempenho e desenvolvimento
do aprendiz e aos objetivos desejados (RODRIGUES, 2006, p. 41).
Rodrigues (2006) cita três variáveis que devem ser consideradas ao pensar na
adaptação motora. A primeira variável é o desempenho do executante, onde o professor
deve avaliar de que forma a adaptação deverá proceder, a nível intelectual e/ou a nível
funcional, estimando quantidade e qualidade de informação a ser transmitida a qual
deve ser inteligível e adequada à cognição do aluno. Esta inteligibilidade é composta
por métodos definidos pelo professor, tais como: fornecer pequenas quantidades de
informação de cada vez, utilizar um modelo de análise de tarefas (feedback) ou utilizar
formas complementares à informação verbal (modelo de exemplificação, símbolos,
escrita, etc).
A segunda variável é a tarefa a ser realizada e, neste sentido, o professor
considera dois componentes primordiais: o primeiro relacionado com as variáveis da
própria tarefa e o segundo com a prática proporcionada. No primeiro, o professor
adotará critérios de complexidade para a execução da tarefa, os quais devem ser
realizados de forma crescente, sendo do mais simples para o mais complexo. E a
segunda é a proposta de uma nova situação de aprendizagem, relacionando o
21
conhecimento a ser adquirido com a bagagem motora já absorvida pelo aluno e a fase de
desenvolvimento na aprendizagem em que o mesmo está (aquisição, proficiência,
generalização e aplicação).
E a terceira e última variável é o contexto em que esta tarefa se realizará
considerando a maior ou menor incerteza de resultados, as condições de desempenho da
tarefa e o clima sócio emocional em que a atividade se desenrola.
Estas três variáveis propostas por Rodrigues (2006) vão ao encontro dos
elementos da tríade organismo, ambiente e tarefa proposta por Fernandes e Lobo da
Costa (2006), que acrescentam que para ir além do nível sensório motor deve-se pensar
em uma pedagogia que valorize a “consciência de si mesmo na ação motora”, onde
aspectos como profundidade da piscina, tipo de instrução dada (demonstração, instrução
verbal, feedback), o tipo de método de ensino adotado (exploração, descoberta guiada
ou comando) entre outros podem ser manipulados e escolhidos pelo professor.
1.1 Estratégias de ensino
Estudos com objetivo de analisar estratégias de ensino da natação para pessoa
lesada medular tem sido pouco explorados e raramente desenvolvidos com indivíduos
lesados medulares adultos.
Giraldo et al.(2010) e Vitor et al.(2010) desenvolveram estudos analisando
estratégias de ensino para a criança lesada medular e concluíram que determinados
fatores na prática profissional do professor são fundamentais para o sucesso da atividade
como: conhecer as características da lesão medular no processo ensino/aprendizagem da
natação, citando como exemplo a aprendizagem da flutuação onde a pessoa com lesão
medular apresenta alto potencial de flutuação apenas nas extremidades inferiores e por
flutuar com facilidade, frequentemente tem dificuldade em retornar à posição vertical.
Os autores citam a importância de se desenvolver uma sequência de procedimentos ou
atividades a serem realizadas e afirmam que isso só será possível após uma avaliação
inicial com objetivo de determinar quais estratégias e tipos de atividades podem ser
realizados, dependendo do comprometimento motor do aluno.
Becchi e Lima (2007) realizaram um estudo de caso com duas crianças lesadas
medulares utilizando a estratégia da ludicidade em aulas de natação com objetivo de
analisar os benefícios funcionais que a prática traria. As autoras concluíram que a
utilização do lúdico como estratégia de ensino na natação contribuiu para que as
22
crianças pudessem superar e vencer as limitações do próprio corpo no meio líquido e no
solo com melhor locomoção, mais força e equilíbrio, bem como maior auto segurança e
independência funcional.
Ao considerar a lacuna existente de estudos sobre estratégias para o ensino da
natação em indivíduos lesados medulares adultos e os estudos realizados em crianças
lesadas medulares, os quais utilizam o lúdico como estratégia de ensino para o nado,
fica clara a importância do aprofundamento acerca da compreensão do processo de
ensino/ aprendizagem de habilidades motoras, o qual está diretamente interligado à
prática de ensino do professor e a absorção da aprendizagem por parte do aluno
enquanto ser agente deste processo.
Para Fugita (2009), o processo de aprendizagem de habilidades motoras é
influenciado por fatores como a instrução, a prática e o conhecimento de resultados,
sendo a instrução caracterizada como a informação antes da prática, ou seja, é uma
informação prévia que tem como objetivo favorecer o processo de aprendizagem de
determinada habilidade motora.
Esta informação prévia atua no processo interno que reflete a capacidade de
desempenho do executante, o qual se refere a mudanças internas na capacidade de
realizar tarefas motoras que são fruto da experiência e da prática.
De acordo com Fugita (2009), o processo de aprendizagem sofre influência de
fatores externos ao aprendiz, ligados ao ambiente e são manipuláveis pelo professor nos
momentos em que este realiza a intervenção da prática. Estes fatores podem ser
classificados em prévios (instrução e demonstração), concomitantes (estrutura de
prática) ou posteriores à prática (conhecimento de resultado e conhecimento de
desempenho).
A instrução verbal, a demonstração e suas combinações são tipos de instrução
prévia e segundo Fugita (2009), a maior parte dos estudos sobre o tipo de instrução
aborda preferencialmente a associação entre diferentes modalidades de modo que o tipo
de instrução utilizada sem considerar a habilidade motora do aprendiz afeta seu
desenvolvimento. A autora afirma ainda que a informação prévia é fundamental, pois
ajuda o aprendiz a compreender o objetivo da tarefa e serve de orientação para este.
Para Guedes (2001) os meios mais utilizados pelos professores de educação
física para dar informações prévias são a instrução verbal, a demonstração e suas
associações. A forma verbal envolve a descrição e o detalhamento do que e como fazer,
englobando informações sobre o objetivo da tarefa e suas especificações (como fazer).
23
A demonstração é uma instrução visual com objetivo de dar uma ideia global do
movimento, que compreende a imagem da habilidade sendo executada, que pode ser
executada com o uso de vídeos.
Ried et al (2012) salientam que a instrução verbal tem sido estudada sob o
aspecto do foco da atenção e da compreensão do aluno e dependendo da forma e da
linguagem utilizada na transmissão da informação, este aluno consegue ou não entender
a mensagem transmitida pelo professor.
O feedback é um tipo de instrução que auxilia no processo de compreensão e
consiste na informação sobre a ação, a qual é utilizada para comparação entre o estado
da ação real e aquele determinado para ação sistemática. O uso de videoteipe é um
caminho muito utilizado no sentido de orientar a ação motora a ser realizada
(FERRACIOLI et al, 2013)
De acordo com Ferracioli et al. (2013), o feedback verbal é também muito
utilizado no sentido de orientar o aluno, porém o visual facilita a compreensão da
mensagem a ser transmitida por que sintetiza a quantidade e qualidade da informação
comparada ao feedback verbal. Desta forma, tanto o feedback verbal quanto o visual são
estratégias adicionais para o motivar o aluno para o aprendizado.
Com relação ao processo de aprendizagem de habilidades motoras, Souza
(1998) enfatiza a importância da atenção, definindo- a como a tomada de consciência
pelo indivíduo em relação ao mundo exterior e aos próprios pensamentos, considerando
que sua essência é a focalização, a concentração e a consciência (SOUZA 1998 apud
ABERNETHY 1993).
E com relação a esta focalização, Magill (1984) entende que a atenção abrange o
conceito de alerta, pois, preparar-se para a informação sensorial implica manter o estado
de alerta sendo esse um meio para definir atenção. A instrução envolve a obtenção da
atenção e a manutenção da atenção, que são primordiais para o entendimento do estado
de alerta e do desempenho humano. O autor continua que este estado de alerta pode ser
entendido como o nível de ativação do indivíduo, assim “a ação desejada é precedida
por um intervalo de tempo em que o sistema motor é preparado de acordo com as
condições impostas pela situação” e este intervalo de tempo é chamado de tempo de
reação, o qual é caracterizado como tempo necessário para preparação com objetivo de
produzir movimento, podendo o estímulo para a ação ser de origem intrínseca ou
extrínseca (MAGILL, 2002, p. 91).
24
O tempo de reação varia conforme a complexidade do movimento a ser
realizado e é influenciado por características da tarefa, como a quantidade de estímulos
oferecidos ou recebidos, a situação em que o movimento é desempenhado, o número de
opções da resposta, a previsibilidade da opção da resposta correta, a probabilidade da
pista prévia estar correta, a compatibilidade estímulo-resposta, a regularidade do
período prévio, a complexidade do movimento, a precisão do movimento, a repetição do
movimento e o tempo entre diferentes respostas e diferentes estímulos. O tempo de
reação pode ser influenciado também por características do executante como a
prontidão do participante e a atenção ao estímulo versus movimento.
Magill (2002) afirma que a atenção também está relacionada à ideia de que
temos capacidade limitada de processar a informação já que o desempenho de
habilidades motoras requer selecionar a atenção para as informações significativas
provenientes de uma grande variedade de sinais.
O processo de focalização, concentração e consciência (atenção) se refere ao
envolvimento das atividades perceptivas, cognitivas e motoras associadas ao
desempenho de habilidades, possuindo, portanto, natureza multidimensional, a
preparação e o desempenho de habilidades motoras sofrem os efeitos da nossa
capacidade limitada de selecionar e estar ativado para recepção ou transmissão da
informação (MAGILL, 2002). E em razão desta limitação, se faz necessária a seleção da
informação; este processo é chamado de atenção seletiva e é caracterizado por Souza
(1998) como responsável por selecionar determinadas informações no ambiente
enquanto se ignora outras, mantendo apenas as informações relevantes. O mesmo autor
afirma que o ensino de uma tarefa motora abrange a aplicação de vários princípios da
aprendizagem por ser um fenômeno complexo onde há sempre a necessidade de decisão
sobre o que fazer e o que não fazer em situações específicas, levando-se em conta as
informações relevantes e irrelevantes fornecidas pelo meio ambiente e a atenção seletiva
é um dos aspectos desse processo.
A atenção seletiva é a habilidade que o indivíduo possui para direcionar o foco
de atenção para um ponto especifico no ambiente. Este processo de seleção ocorre
durante a tarefa através de sistemas externos como a visão e a audição e internos como a
propriocepção. Assim, o indivíduo direciona o seu foco de atenção, procurando
selecionar informações relevantes à tarefa que está sendo realizada.
Segundo Souza (1998) a experiência ou não com relação à realização de
determinado movimento aumenta ou reduz a demanda de atenção sobre a capacidade de
25
processamento da informação no mecanismo perceptivo e pode direcionar ou não a
atenção para outras exigências sensoriais e do desempenho corroborando com Bôscolo
et al ( 2011) que afirmam que a experiência anterior atua no sentido de acelerar a
demanda de atenção com relação à informações já armazenadas na memória sobre
determinado movimento facilitando a execução da tarefa.
Desta forma, fica explícita a importância da experiência anterior do aluno e a
habilidade do professor em instruí-lo dirigindo a atenção aos sinais mais significativos
ou relevantes. Esta prática é essencial para que o aluno desenvolva a confiança e a
habilidade de diagnosticar quais estímulos são significativos para a realização do
movimento (MAGILL, 1984). Segundo o autor, saber como a atenção seletiva
influencia na aprendizagem do aluno é saber identificar os problemas da relevância e a
fase de aprendizagem em que este aluno está.
Neste sentido, a experiência anterior está relacionada com o desenvolvimento
hierárquico das habilidades e o processo de aprendizagem motora, sendo os estágios
dessa (cognitiva, associativa e autônoma) observados conforme o desempenho
apresentado pelo executante (BÔSCOLO et al, 2011).
Todos estes fatores, como a importância da experiência anterior do aluno, a
habilidade do professor em concretizar a instrução e o conhecimento acerca da
identificação das fases vivenciadas na aprendizagem aliados às teorias da atenção
seletiva nos permitem estabelecer três fundamentos de como aplicar a atenção seletiva à
instrução.
O primeiro fator é que cada um de nós tem uma dificuldade natural em atender
simultaneamente a uma variedade de informações no ambiente e isso fará com que o
professor analise dentro do contexto de uma tarefa ou movimento, qual será a
informação relevante para o momento, ou seja, a habilidade do professor em direcionar
a atenção do aluno para fontes relevantes da informação facilita a seletividade da
informação evitando passar estímulos que possam criar dificuldades ou confundi-lo
durante a aprendizagem.
O segundo fundamento é que o aluno selecionará as informações que são mais
significativas para ele em um momento especifico e particular, facilitando o
processamento da informação, o qual pode ser amparado pela experiência anterior
vivenciada pelo aluno, ou seja, o professor pode manipular este processo da atenção
seletiva ressaltando para o aluno como sua experiência anterior pode auxiliar a seleção
da informação relevante para o desempenho do movimento que será aprendido.
26
O terceiro fundamento é a ocorrência da distração, e esta pode estar relacionada
ao grau de significados dos estímulos (SOUZA, 1998)
Para minimizar estas distrações, Souza (1998) pontua que se faz necessário
tornar a prática significativa para o aluno com informações relevantes com a finalidade
de facilitar a compreensão do movimento a cada nova situação, ressaltando a
informação relevante para a execução adequada e consequentemente diminuindo focos
de distração, o que implica para o professor em "escolher as informações relevantes
associadas à aquisição de estratégias", fato necessário para a tomada de decisão e
execução do movimento.
Faz-se importante ressaltar que segundo Xavier Filho e Manoel (2002) o nadar,
habilidade motora abordada neste estudo, é caracterizado como uma habilidade contínua
cíclica e que depende da sincronização de ações motoras, as quais são integradas a um
único sistema aberto que está em constante mudança e relação com o ambiente.
Segundo Tani et al (2005) este sistema aberto é passível de ser desestabilizado,
tendo a instabilidade como início para a reorganização e manutenção da ação motora.
Assim, no caso das tarefas abertas, Tani et al (2005), comentam que é importante o
professor orientar o aluno no sentido de auxiliá-lo a interpretar as fontes relevantes de
informações que irão auxiliar na antecipação de movimentos necessários para o
desenvolvimento do movimento a ser aprendido (sucesso da performance).
Todavia, o uso da atenção seletiva é facilitado no processo de
ensino/aprendizagem através da utilização de uma organização hierárquica e sequencial
de habilidades, considerando o desenvolvimento motor do aluno, com diversificação e
complexidade de movimentos, numa variedade que proporcione aprendizagem
consistente e organizada.
A atenção seletiva pode ser utilizada como estratégia auxiliar no feedback, o
qual é considerado um aspecto importante da aprendizagem, sendo um momento em
que o professor avalia se houve sucesso na execução do movimento, detecta e o corrige
se necessário, verifica se existem informações relevantes e irrelevantes de
retroalimentação, que devem ser apuradas seletivamente para melhorar o processo de
aprendizagem, cabendo ao professor direcionar a atenção do aluno para as informações
relevantes no momento do feedback.
Este direcionamento é possível através de dicas específicas, que podem ser
caracterizadas como estratégias de ensino e têm o objetivo de facilitar a atenção seletiva
com a finalidade de auxiliar a determinar em que ponto do movimento ele deve manter
27
focada sua atenção, selecionar do meio, a informação necessária para a aprendizagem de
um determinado movimento ou tarefa, por exemplo, no ensino do rolamento para frente,
no momento da preparação, o professor pede para que a criança mantenha o “queixo no
peito" .
O uso de dicas específicas pode ser usado como estratégia de atenção seletiva,
considerando que a aprendizagem motora dá se por meio de uma combinação complexa
de processos cognitivos e motores, e sendo o processo de ensino pensado para a pessoa
com deficiência, o nível de adaptação requerido pode ser uma simples mudança dos
recursos de ensino ou uma troca mais significativa na metodologia (SOUZA, 1998).
A dica tem o objetivo de identificar e selecionar informações importantes e para
isso se faz necessária a análise do professor com relação à tarefa ou ao movimento a ser
executado e a orientação com relação aos pontos críticos deste, sugerindo então a dica
especifica para que o aluno possa executar o movimento conforme o planejado. A dica é
uma orientação simples e especifica que auxilia no desenvolvimento das estratégias de
atenção seletiva. A dica especifica é benéfica para o aluno iniciante, pois este apresenta
muitos erros de execução na aprendizagem, de maneira que se faz necessário considerar
o tempo necessário para a aprendizagem do aluno e as limitações na capacidade de
processamento de informações (SOUZA, 1998 apud TANI, 1989).
Segundo Tani (2005) os processos de feedback positivo e negativo influenciam
a manutenção e aquisição da estabilidade. O feedback negativo age no sentido de
reduzir as discrepâncias com a automatização do movimento, ou seja, a padronização da
habilidade ou estabilização funcional, sendo durante a aprendizagem dada ênfase a
aspectos como precisão, estabilidade, ordem, consistência, sinal e organização,
eliminando os aspectos opostos como erro, instabilidade, desordem, inconsistência,
ruído e desorganização. Já o feedback positivo atua no sentido da aquisição de um novo
estado estável, com aumento de erro ou do desvio de uma determinada referência
sempre sendo desconstruído e reconstruído de forma contínua com objetivo de aumentar
os desvios dos estados atuais produzindo instabilidades e desorganização para um
constante estado de criação de organização diferente, esta é uma característica dos
sistemas abertos, que são influenciados pela quebra da estabilidade.
Segundo Corrêa et al. (2006) tanto feedback negativo quanto o positivo precisam
ser considerados, pois, enquanto busca-se o padrão de execução correto promovido pela
estabilização proporcionada pelo feedback negativo, o feedback positivo atua no sentido
de aumentar a complexidade da tarefa a ser desenvolvida buscando sempre a
28
reorganização do processo. Assim, a aprendizagem de uma habilidade motora implica
que o professor organize um programa de ação onde devem constar estratégias
especificas à tarefa (SOUZA,1998).
Sistema similar é citado por Sherril e Oakley (1988), porém neste é considerado
o processo em que há a transição da aquisição e administração das condições ambientais
para a inter-relação entre a concretização dos objetivos propostos inicialmente, no
sentido de que o objetivo proposto está em conformidade com o processo de aquisição
de habilidades e em equilíbrio com a crescente complexidade.
Desta forma, as habilidades podem ser classificadas em motoras e cognitivas,
pois para que o processamento da informação seja efetuado há o envolvimento
cognitivo durante a aprendizagem e execução de habilidades motoras (SOUZA, 1998
apud CONNEL, 1991).
A habilidade motora envolve a própria qualidade do movimento, principalmente
o como fazê-lo e a habilidade cognitiva é responsável pelas decisões que necessitam ser
tomadas (seleção de ações do que fazer), toda habilidade, independente do quão
cognitiva ela parece ser, exige uma resposta motora e toda ação motora teve antes
processamento cognitivo.
Com relação à este processamento cognitivo, Wong (2006) e Landsberger
(2008) afirmam que cada pessoa processa e aprende uma nova informação por caminhos
diferentes, afirmando existirem quatro estilos de aprendizagem: cognitiva, visual,
auditiva e sinestésica.
Para James e Gardner (1995) a definição e terminologia de estilos de
aprendizagem está relacionada com formas diferentes de interpretar uma mesma
informação considerando as habilidades cognitivas, aspectos psicológicos e emocionais
e a combinação entre todos eles, de forma que os caminhos para a aprendizagem e os
estilos desta são individuais. O estilo de aprendizagem é composto por vários
componentes.
Cada estilo de aprendizagem tem três dimensões que incluem a percepção
(fisiológica e sensorial), a cognição (mental e o processamento da informação) e o
afetivo (emocional e as características da personalidade de cada indivíduo). A dimensão
da percepção identifica os caminhos de assimilação da informação através da resposta
do corpo a estímulos externos, fatores fisiológicos internos e os cinco sentidos, tato,
visão, olfato, audição e paladar. A dimensão cognitiva processa as informações
advindas do cérebro, sendo responsável pela organização e retenção destas informações.
29
O processamento cognitivo conforme James e Gardner (1995) não depende do
tipo de percepção adotada na aquisição da informação, pois, são processos
independentes. Já a dimensão afetiva é o aspecto que faz relação à personalidade que
está relacionada à atenção, a emoção e aos valores. Esta dá significado às informações
processadas pela dimensão cognitiva e absorvidas pela dimensão da percepção,
interferindo no comportamento e interação social com o ambiente.
Lent (2010) afirma que a percepção é diferente dos sentidos, porém, é
dependente destes. A percepção envolve processos ligados à memória, a cognição e ao
comportamento. O que diferencia os sentidos da percepção é a constância perceptual
que se define no fato de que nos sentidos cada posição de um objeto produz uma
imagem visual diferente, mas para a percepção é o mesmo objeto; portanto, a percepção
mantém uma constância no reconhecimento. A percepção tem estreita relação com os
sentidos e forma o sistema sensorial, podendo ser visual, auditiva, somestésica, etc.
1.2 Sistema sensorial e aprendizagem
O comportamento é definido pela associação entre as informações sensoriais e
os comandos motores. Estas ações ocorrem no córtex associativo, sendo esse processo
realizado através de “canais funcionais” distintos e cada um deles processa aspectos
diferentes dos objetos visuais.
Já a percepção é obtida através de um processamento paralelo, onde a
informação proveniente do mundo externo ou do próprio corpo seria segmentada e
distribuída em subsistemas encarregados de analisar cada atributo especifico conforme o
sistema denominado processamento sequencial hierárquico que consiste na construção
das propriedades dos neurônios precedentes ao longo de uma cadeia de conexões onde
os campos receptores dos neurônios neste sistema sequencial hierárquico são
classificados de acordo com a complexidade (LENT, 2010).
Segundo Lent (2010, p.612) “percepção é a capacidade de associar as
informações sensoriais à memoria e à cognição, de modo a formar conceitos sobre o
mundo e sobre nós mesmos e orientar o nosso comportamento”. O autor afirma que
tudo que é percebido pela mente é sentido pelo corpo de alguma forma, porém nem tudo
que é sentido pelo corpo atinge a percepção. Esta consiste no processamento analítico
realizado pelos sistemas sensoriais, que extraem de cada objeto suas características, cor,
movimento, localização espacial, timbre, temperatura, etc.
30
Sendo a percepção corporal consequência da propriocepção buscamos em Lent
(2010, p.245) o conceito de propriocepção, que é definido como a capacidade de sentir
os movimentos dos membros e do corpo, é a “percepção de posição do próprio corpo”.
Esse autor atesta que a propriocepção tem um componente perceptivo que é consciente,
mas, tem outro que é inconsciente que faz parte dos sistemas de controle da
motricidade. Lent (2010, p. 246) afirma que:
As mesmas informações geradas pelos receptores musculares e
articulares e conduzidas até o córtex cerebral, onde se transformam
em percepções conscientes são utilizadas também para gerar respostas
e ajustes motores capazes de tornar adequadas a cada situação as
posições do corpo, e eficientes os movimentos corporais.
Estas informações passam por vias paralelas no Sistema Nervoso Central (SNC),
que gradativamente reconstroem o objetivo como um todo, para que ele possa ser
memorizado ou reconhecido e para que o comportamento seja orientado em relação ao
objeto reconhecido.
Após esse processo as informações são conduzidas pela medula espinhal que
está envolta pela coluna vertebral, é parte integrante do sistema nervoso central e é o
local onde todas essas ações acontecem.
No que se refere à atenção, Lent (2010) afirma que é o ato de focalizar a
consciência, concentrando os processos mentais em uma única tarefa principal e
colocando as demais em segundo plano, podendo ser dividida em atenção mental, esta
chamada de cognição seletiva e atenção sensorial chamada de percepção seletiva.
A percepção seletiva é parte da cognição seletiva que tem a função de supervisão
atencional sobre os processos mentais, ação caracterizada pela atenção seletiva
conforme Souza (1998).
A cognição seletiva é caracterizada pela atenção explicita, quando a seleção dos
objetos a serem percebidos está no mesmo campo visual do observador. A atenção
implícita ocorre quando o campo visual está fixado em um ponto, porém o pensamento,
a ação cognitiva está focalizada em outro ponto, um estímulo auditivo, por exemplo.
Na atenção implícita os objetos a serem percebidos não selecionados são
influenciados por outros parâmetros, já a atenção explícita ocorre de forma automática;
seu controle é voluntário e o foco atencional está dentro do campo visual. Na atenção
implícita o foco atencional pode movimentar-se livremente pelas regiões vizinhas do
campo visual. O foco atencional pode ser visual, auditivo ou de outro sentido. Ele é
31
movido pela vontade ou por estímulo direcionador que pode iniciar ou interromper um
estado de alerta (atenção).
Todavia, o planejamento das ações motoras inicia-se com a focalização da
atenção para as informações recebidas externamente ou da própria mente. Sendo estas
processadas pelo córtex pré-frontal dorsolateral, ele recebe as informações que chegam
através dos sistemas sensoriais através das conexões aferentes provenientes das áreas
corticais sensoriais. Ao receber estas informações, o córtex pré-frontal lateral (via
ventral e dorsal) compara as informações novas (sensoriais) com aquelas armazenadas
na memória.
Após essa operacionalização o córtex pré-frontal ventromedial faz a adequação
dos dados do presente que estão sendo processados pelo córtex pré-frontal lateral com
os objetivos estabelecidos pelo individuo e com as demais circunstancias pessoais e
sociais envolvidas na ação finalizando no planejamento do comportamento necessário
para concretização da ação motora.
A atenção seletiva no SNC atua como um mecanismo de focalização dos canais
sensoriais, os quais ativam as vias necessárias para cada ação, colocando em segundo
plano as ações de outras regiões que processam aspectos irrelevantes para cada situação.
Desta forma, a seleção de estímulos oferecidos para o aluno no momento da
aprendizagem de habilidades motoras faz relação direta ao processamento de
informações no SNC, de maneira que os estilos de aprendizagem, visual, auditivo e/ou
somestésico são fatores primordiais a serem considerados.
Segundo Lent (2010) somestesia é a capacidade de receber informações sobre as
diferentes partes do corpo, considerada uma modalidade sensorial constituída por
diversas submodalidades, como o tato, a propriocepção, a termossensibilidade, a dor e
outras. A somestesia é “realizada” pelo sistema somestésico constituído por uma cadeia
sequencial de neurônios, fibras nervosas e sinapses que tem a função de traduzir,
codificar e modificar as informações provenientes do corpo, porém nem todas essas
informações tornam-se conscientes, produzindo propriocepção. Algumas destas são
utilizadas inconscientemente para a coordenação da motricidade e do funcionamento
dos órgãos internos.
O sistema somestésico divide-se em três subsistemas, exteroceptivo,
responsável por discriminar e detalhar a representação espacial da superfície corporal,
proprioceptivo, tem a função de fornecer informações ao cérebro sobre os músculos e as
32
articulações e o interoceptivo que é responsável por proporcionar uma noção do estado
funcional do corpo.
2 LESÃO MEDULAR
Deficiências medulares são decorrentes de lesões que ocorrem nas vértebras ou
nos nervos espinhais, estando relacionada a graus de paralisia, devido ao dano causado
na medula espinhal. Estes graus de paralisia dependem do local da lesão na coluna
vertebral e do número de fibras nervosas destruídas em consequência desta lesão.
Assim, as lesões medulares limitam os movimentos de membros superiores e/ou
inferiores e orgãos e, dependendo do local onde foram acometidas, podem ser
traumáticas, provocando paraplegia e tetraplegia e suas variações. Também podem ser
não traumáticas ou adquiridas como a poliomielite e tumores, ou congênitas como a
espinha bífida, espondilose e a espondilolistese que consiste na má formação congênita
dos arcos neurais da quarta ou quinta vértebra lombar (WINNICK, 2004).
A lesão congênita é a lesão medular que ocorre ainda no útero e está presente no
nascimento. Já a lesão traumática ocorre por fraturas, luxações ou ferimentos e a lesão
não traumática é aquela causada por tumor, doença vascular, doença degenerativa,
neurológica e sistêmica, má formação congênita entre outras (CASTRO, 2005).
As malformações congênitas da medula podem ocorrer por volta da quarta
semana de gestação, período em que o tubo neural termina de fechar-se. Quando esse
fechamento não acontece completamente ao longo de todo o tubo neural, ou em
pequenas áreas, ocorrem defeitos envolvendo os tecidos subjacentes neurais, como as
meninges, vértebras, músculos e peles.
Segundo Garcia e Fernández (2001) estas malformações são chamadas de
espinha bífida, são observadas nas regiões cervical, lombar ou sacra e podem ocorrer
sob a forma oculta que é caracterizada por uma falha na fusão das metades do arco
vertebral, sem qualquer manifestação externa e sem associação a déficits neurológicos,
ou sob a forma de espinha bífida cístida, também chamada de espinha bífida com
Meningocele, Mielomeningocele ou Mielocele.
A Meningocele é caracterizada pela extrusão das meninges da medula pelo
orifício que permaneceu aberto, formando um saco cístico composto pelo líquido
33
cefalorraquidiano e algumas raízes nervosas, ficando a medula espinhal confinada no
canal vertebral, não havendo déficit neurológico.
Na Mielomeningocele tanto a medula espinhal quanto as raízes nervosas estão
comprometidas e podem ficar alojadas dentro do saco cístico ou constituir parte de sua
parede. Esta está associada a grave déficit neurológico, incluindo incontinências vesical
e intestinal, perda motora e sensitiva nos membros inferiores com deformidades típicas
(SALTER, 2001).
Na espinha bífida com Mielocele a medula espinhal e as raízes nervosas ficam
complemente expostas, pois a Mielocele é caracterizada pelo não fechamento do tubo
neural e desta forma as pregas neurais não se aproximam para fundirem-se.
Dias e Gabrieli (1998) afirmam que para os acometidos da Mielomeningocele
existe um déficit sensitivo e distal no nível da lesão, classificado em três grupos
conforme o nível neurológico da lesão, sendo o grupo I: torácico ou lombar alto, onde
não há função motora quadriciptal, o grupo II: lombar baixo, havendo função motora
em músculos quadríceps e isquiotibiais, mas, não no glúteo médio, grupo III: sacral,
onde há função motora quadriciptal e glútea.
Na Mielomeningocele a paralisia é do tipo flácida, podendo haver espasticidade
de membros inferiores e de membros superiores decorrente da atividade medular reflexa
proximal ao defeito de fechamento e estar associada a outros tipos de anomalias, como a
hidrocefalia, a malformação de Arnold-Chiari, a síndrome da medula presa e a
hidromelia (GARCIA e FERNÁNDEZ, 2001).
Segundo Salter (2001) o déficit neurológico tende a permanecer estático desde o
início e pode aumentar conforme a tensão exercida pelas raízes nervosas durante o
processo de crescimento ósseo, especificamente vertebral, ou por infecção, sendo o
desequilíbrio muscular resultante nos membros inferiores produtor de deformidades que
se acentuam pelo crescimento longitudinal dos membros.
Cristante e Ares (2011) explanam que com relação à lesão medular adquirida,
inicialmente a pessoa lesada medular passa pela fase de choque medular onde ocorre
uma alteração sináptica diante da lesão e as células nervosas repercutem clinicamente
com a ausência de controle motor, ausência de sensibilidade, além da arreflexia abaixo
do nível da lesão e as alterações no sistema nervoso autônomo e do controle
esfincteriano, caracterizando uma paralisia flácida (SALTER, 2001). O término desta
fase não é determinado, pois depende da recuperação reflexiva que acontece no bulbo
cerebral e que fará a transição para a condição de paralisia espástica medular, a qual
34
ocorre a medida que os reflexos medulares, abaixo do nível da lesão assumem na
ausência dos impulsos inibitórios originados por neurônios motores superiores.
Os músculos na área paralisada exibem hipertonicidade, reflexos tendinosos
profundos exacerbados, segundo Salter (2001). Este fenômeno de choque não é
observado se a lesão na medula espinhal for lentamente progressiva como por infecção,
neste caso a paralisia progride de forma lenta e é espástica desde o início.
De acordo com Greguol (2010) a lesão no canal medular pode ser total ou
parcial. Se o acometimento da lesão for total, ela é chamada de “plegia” e abaixo do
nível lesionado não existirá mais motricidade voluntária ou sensibilidade, por outro lado
se o acometimento for parcial, chamamos de “paresia” e abaixo daquele nível
remanescerão funções motoras e sensoriais variáveis. Desta forma as lesões que afetam
os níveis neurológicos cervicais são conhecidas como tetra, podendo ser tetraplegia ou
tetraparesia e as lesões que ocorrem no primeiro nível toráxico para baixo são
conhecidas como para, podendo ser paraplegia ou paraparesia.
Winnick (2004) afirma que os termos tetraplegia e paraplegia traumáticas
referem-se a lesões medulares que tem como resultado a perda de movimento e de
sensibilidade e que a tetraplegia é a forma mais grave desta perda de movimentos, na
qual os quatro membros são afetados e paraplegia designa uma condição em que são
afetados apenas os membros inferiores.
Na lesão medular, o dano neural na medula espinhal pode ser completo ou
parcial, quando o dano é total, ou seja, o rompimento da medula é completo, o lesionado
medular não tem controle motor nem sensibilidade nas partes do corpo inervadas abaixo
do ponto de rompimento, observando – se que a medula espinhal não tem capacidade de
regenerar-se.
Se o dano neural for parcial há a retenção de algum controle motor ou
sensibilidade abaixo do local lesionado com a possibilidade de retomar certo controle
muscular e retorno da sensibilidade, o qual é gradual e não se deve a regeneração dos
nervos danificados, mas, ao alívio da pressão exercida sobre os nervos no local da lesão,
causada pelo inchaço no local lesionado.
Segundo Freed (1994) a fratura-luxação da coluna cervical é consequência da
flexão súbita e violenta ou da extensão e rotação e/ou forças horizontais, os locais mais
comuns na ocorrência da lesão medular traumática são as vertebras C5, C6, C7 e T12 a
L1. Para esse mesmo autor, a perda sensitivo-motora total na área do corpo da lesão
para baixo acarreta alterações vasculares e biológicas que levam ao completo infarto e
35
necrose do segmento lesado por conta da redução do fluxo sanguíneo na medula
espinhal após o trauma. O autor afirma que no momento da lesão, não há somente uma
lesão direta dos axônios, mas, sim uma cadeia secundária de eventos que resulta em
hipóxia, edema e infarto de tecidos.
2.1 Nível ortopédico e neurológico da lesão medular
A descrição da disfunção baseia-se no nível funcional da perda motora ou
sensitiva e não na localização anatômica da lesão na coluna vertebral, conforme
estabelecido pela Associação Americana de Lesão Vertebral ( ASIA) o nível funcional
deve ser o nível mais caudal com uma graduação de 3 ou F ou melhor, de modo que o
local da lesão óssea deve ser correlacionado com os achados neurológicos ou
ortopédicos e com os achados histológicos, pois, o nível da lesão medular pode ser
diferente do nível da lesão óssea conforme Quadro 1, que se refere à Inervação
Segmentar dos Músculos.
Quadro 1: Inervação Segmentar dos Músculos
Pescoço Flexão
Extensão
Rotação
C1,2,3,4
Ombro Flexão
Abdução
Adução
Extensão
C5,6
C5,6
C5,6,7,8
C5,6,7,8
Cotovelo Flexão
Extensão
C5,6
C7,8
Antebraço Pronação
Supinação
C6,7
C5,6,7
Punho Extensão
Flexão
C6,7
C6,7,T1
Mão Extensão grosseira dos dedos
Flexão grosseira dos dedos
Movimento digital fino
C6,7,8
C8,T1
Coluna Extensão C4 a L1
Músculos Torácicos para a respiração T2 a T12
Diafragma C2,3,4
Músculos Abdominais T6 a L1
Quadril Flexão
Abdução
Adução
Extensão
Rotação
L2,3,4
L4,5,S1
L2,3,4
L4,5,S1
L4,5,S1,2
Joelho Extensão
Flexão
L2,3,4
L4,5,S1
Tornozelo L4,5, S1,2
Pé L5,S1,2
Bexiga S2,3,4
Intestino Reto e esfíncter anal S2,3,4
Sistema reprodutor
36
Ereção
Ejaculação
Medula sacral
Medula lombar
S2,3,4
L1,2,3
Fonte: Tratado de Medicina Física e Reabilitação de Krusen, Freed ( 1994)
Segundo Freed (1994) existem níveis críticos de função da medula espinhal e
estes são descritos da função musculoesquelética remanescente que são consistentes
com a função intacta no segmento medular específico e em todos aqueles próximos a ele
com perda de função em maior ou menor grau em todos os segmentos distais. Portanto,
o significado funcional altera conforme o nível da lesão, sendo que quanto mais baixo
for o nível da lesão, maior a quantidade de força muscular disponível, pois, certos
grupos musculares são ativados por níveis específicos da medula espinhal e o
conhecimento destes níveis facilita o reconhecimento da função final motora como
expressado no Quadro 2 referente aos níveis críticos da função da medula espinhal. O
significado funcional do nível de preservação neurológica é similar na lesão medular
congênita e adquirida.
Quadro 2: Níveis críticos da função da medula espinhal
C4 Diafragma, extensores e flexores da cervical média
C5 Força parcial de todos os movimentos do ombro e flexão do cotovelo.
C6 Força normal de todos os movimentos do ombro e flexão do cotovelo; extensão do punho, a qual
indiretamente permite a garra grosseira com os dedos.
C7 Extensão do cotovelo, flexão e extensão dos dedos.
T1 Braços e mãos totalmente normais.
T6 Extensores da coluna torácica, músculos intercostais superiores.
T12 Todos os músculos do tórax, abdômem e coluna lombar.
L4 Flexão do quadril, extensão do joelho
L5 Força parcial de todos os movimentos do quadril com flexão normal, força parcial da flexão do
joelho, força parcial do movimento do tornozelo e pé.
Fonte: Tratado de Medicina Física e Reabilitação de Krusen, Freed ( 1994)
Observa-se no Quadro 2 que as pessoas com lesão medular no quarto nível
cervical tem capacidade funcional preservada nos músculos esternocleidomastóideos e
trapézios e músculos paravertebrais cervicais superiores, não havendo função voluntária
nos membros superiores, tronco ou membros inferiores. No quinto nível cervical
funcional a pessoa com lesão medular tem função motora preservada nos músculos
deltoide e bíceps, somando-se à capacidade funcional do quarto nível cervical. No sexto
nível cervical, são funcionais a musculatura do ombro, flexão de cotovelo e extensão
radial do punho, permitindo o controle de punho e com a gravidade realizando
movimentos de flexão e no sétimo nível cervical,acrescidos funcionalmente do tríceps e
dos flexores e extensores extrínsecos dos dedos.
No primeiro nível torácico, a pessoa tem membros superiores normais com
estabilização de tórax, porém sem capacidade funcional de tronco para total equilíbrio
37
sentado e musculatura intercostal e abdominal para suplementar a respiração
diafragmática. No sexto nível torácico a pessoa tem função intercostal alta e controle da
parte superior da coluna e no décimo segundo nível torácico, tem total controle
abdominal e total controle dorsal, com membros superiores normais, controle de tronco
e função ilimitada de membros superiores na posição sentada. Já no quarto nível lombar
a pessoa tem os flexores de quadril e extensores de joelho, sendo considerado um
indivíduo virtualmente independente (FREED, 1994).
Além da perda de movimentos e sensibilidade, a lesão medular acarreta outras
consequências e sequelas no organismo da pessoa lesionada como a dor neuropática,
alterações musculoesqueléticas, osteoporose, alterações vasculares como a hipotensão
postural, a disreflexia autônoma e a trombose venosa profunda, repercussões urológicas
como infecção urinária, cálculos vesicais e perda da função renal, comprometimento da
função intestinal, espasticidade e as úlceras de pressão (MINISTÉRIO DA SAÚDE,
2013).
2.2 Incidência da lesão medular
Segundo Pollard et al. (2013) a população mundial vem mostrando dados
alarmantes sobre o crescimento de casos de lesão medular traumática, sendo em alguns
locais este fato considerado epidemiológico como cita em estudo realizado com base no
National Electronic Injury Surveillance System (Sistema Eletrônico de Registro de
Atendimentos), onde neste são arquivados dados de indivíduos que sofreram lesões
medulares nos Estados Unidos. Esses mesmos autores analisaram o período
compreendido entre 1990 a 2008 e concluíram que durante este tempo ocorreram
1.688.924 casos de lesões medulares por mergulho em águas rasas e que 60,5%
compreendiam jovens com idade entre 7 e 17 anos. O estudo sugere um programa
educacional de prevenção para atitudes seguras em piscinas e que a prática de atividades
aquáticas se dê de forma supervisionada na faixa etária citada.
Borius et al. (2010) citam que no período compreendido entre 1997 a 2007 o
número de piscinas instaladas em residências na França obteve um aumento de 45%,
fato este responsável pela elevação de 21% em casos de lesões cervicais resultantes de
mergulhos em águas rasas. Os autores apontam que 88% dos casos analisados
ocorreram no período do verão no continente Europeu entre os meses de junho a agosto
e a idade média dos indivíduos que sofreram lesões medulares é de 27 anos, sendo 97%
38
do sexo masculino. Entre as causas, os autores citam que o consumo alcoólico é
responsável por 49% dos acidentes analisados. Também, como medida de prevenção de
acidentes, esses autores sugerem um programa efetivo educativo com o objetivo de
instruir a população acerca dos riscos existentes em ambientes aquáticos e o perigo da
negligência frente a estes fatos.,
Segundo Medola (2011) estima-se que no Brasil 11.300 pessoas se tornem
paraplégicos ou tetraplégicos por ano, mas, o Ministério da Saúde (2013) aponta que
este coeficiente exato de incidência de lesão medular traumática no Brasil é
desconhecido, pois esta condição não é sujeita à notificação. Estima-se que a incidência
de Traumatismo Raqui-Medular seja de 40 casos novos/ano/milhão de habitantes, ou
seja, cerca de 6 a 8 mil casos novos por ano, sendo que destes 80% das vítimas são
homens e 60% se encontram entre os 10 e 30 anos de idade ( MINISTÉRIO DA
SAÚDE, 2013).
Santiago et. al. (2012) aponta que a maior incidência de lesões medulares está
entre jovens na faixa etária de 21 a 35 anos e que as causas mais frequentes são
acidentes automobilísticos, ferimentos por projétil de arma de fogo e quedas.
As causas não traumáticas correspondem a 20% dos casos de lesão medular e
compreendem várias patologias como tumores, fraturas patológicas (metástases
vertebrais, tuberculose, osteomielite e osteoporose) deformidades graves da coluna,
hérnia discal, isquemia, patologias infecciosas e autoimunes (MINISTÉRIO DA
SAÚDE, 2013).
2.3 Natação para lesado medular
Segundo Abrantes (2012) para a pessoa com deficiência física normalmente a
iniciação a natação se dá por intermédio do trabalho de reabilitação e sob o foco desta.
Silva et al. (2005) cita que o esporte tem um papel fundamental na reabilitação física de
pacientes com lesão medular por favorecer a independência funcional afirmando que o
esporte e o lazer fazem parte do tratamento médico por serem fundamentais no processo
de enfrentamento da lesão, encarada como desvantagem pelos deficientes físicos. O
esporte assume a função de ampliar as alternativas, estimulando os aspectos físicos,
psicológicos e sociais, assim favorece a independência funcional.
Gins et al. (2012) salientam que múltiplos aspectos com relação aos benefícios
psicossociais promovidos pelo exercício para a pessoa lesada medular têm sido
39
discutidos, como saúde mental, participação social e qualidade de vida, hipertrofia
cardíaca, melhora no consumo máximo de oxigênio, nível máximo de lactato e função
pulmonar. Todos estes aspectos de indivíduos lesados medulares foram comparados
com indivíduos sedentários também lesados medulares, no estudo de Gins et al. (2012),
e concluíram que a prática de atividade física trouxe benefícios observados como força
muscular, performance funcional e composição corporal. Todos estes dados mostraram
diferenças significativas entre os dois grupos, sendo o grupo praticante de atividade
física, mais beneficiado com relação ao grupo sedentário.
Sadowski e McDonald (2009) realizaram um estudo enfatizando para a ciência a
implementação da atividade física e exercício como uma ferramenta terapêutica no
enfrentamento da lesão medular crônica relatada nas paralisias neurológicas. Segundo
esses autores supracitados, estratégias para estimular o sistema nervoso estão sendo
utilizadas para aperfeiçoar a funcionalidade das habilidades perdidas no momento da
lesão propiciando a capacidade de reorganização do sistema nervoso central em
múltiplos níveis com a melhoria significativa pós-lesão, onde essa reorganização, ocorre
em diferentes níveis: cortical, subcortical, na medula espinhal e no sistema nervoso
periférico.
De acordo com Sadowski e McDonald (2009) o processo de reparação pode
ocorrer por vários mecanismos: plasticidade sináptica em conexões preexistentes
(periférica e central) e formação de novas conexões, além da remielinização e a
ocorrência de novo nascimento celular, ou seja, a restauração do sistema nervoso
danificado. Os autores explanam que as terapias restaurativas são uma ferramenta
simples como a ativação motora, treinamento locomotor, estimulação elétrica, ativação
motora passiva no recrutamento de fibras musculares em tarefas específicas e
estimulação sensorial evoluindo o pensamento no campo da neuroreabilitação,
especificamente quando aplicado o potencial de restauração e a funcionalidade na lesão
medular relatada na paralisia.
A atividade física pode apresentar muitos benefícios neurológicos para a pessoa
lesada medular como efeito na atividade sináptica do neurônio facilitando o processo de
mielinização e reminielização que são ações que envolvem a mielina envolta do axônio
dentro do sistema nervoso periférico. Esse processo depende da atividade do impulso
neuronal regulada pela atividade controlada de potássio atuante no processo de
contração muscular e a atividade física estimula a neurogenese por ativar a proliferação
das células neurais.
40
O exercício físico é uma importante ferramenta usada em indivíduos com
paralisia neurológica, pois, aumenta a função neurológica pelo trabalho
musculoesquelético, assim, a plasticidade neural e a combinação do treinamento de uma
tarefa especifica com a estimulação elétrica funcional ergométrica podem levar o
indivíduo a um nível alto de qualidade na ativação motora e de quantidade suficiente
para estimular a restauração funcional na medula espinhal lesionada (SADOWSKI E
MCDONALD, 2009).
Segundo Cardoso (2011) o desporto adaptado constitui-se como um instrumento
muito importante na reabilitação de indivíduos com deficiência, pelos benefícios
motores, psicológicos e sociais, além de apresentarem também como objetivos o lazer e
a competição, os quais são considerados aceleradores do processo de reabilitação.
1Considerando a pessoa com deficiência medular Winnick (2004) afirma que o
termo esportes aquáticos adaptados se referem a natação instrucional e competitiva
entre outros tipos de esportes aquáticos. E com relação à natação competitiva a
funcionalidade do nadador precisa ser avaliada por um sistema de classificação
funcional.
Segundo Hetzler e Smith (2014), o Comitê Paralímpico Internacional e outras
organizações do esporte adaptado utilizam o sistema de classificação funcional para
garantir justas condições para cada categoria de deficiência, certificando a evolução de
cada atleta através desta classificação. Assim, cada esporte possui seu sistema
especifico de classes, este foi elaborado pelo International Classification of Functioning
Disability and Health publicado pela World Health Organization no ano de 2001.
Zhu et al. (2012) afirma que este sistema de classificação é complexo e
quantitativo, porque avalia a funcionalidade motora do atleta, que segundo Tweedy
(2002) deve estar associada à deficiência considerando as habilidades do nadador,
estando estes fatores inter-relacionados.
De acordo com Freitas e Santos (2012) a classificação funcional esportiva
constitui-se em um fator de nivelamento entre os aspectos da capacidade física e
competitiva, agrupando as funcionalidades de movimento ou os tipos de deficiência
semelhantes em um grupo determinado, o que permite igualar a competência, tornando
mais equiparada.
O termo adaptado é generalizado para atividade dirigida à pessoa com deficiência. Contudo outro termo
possível a ser adotado para uma lesão adquirida seria readaptado, pois, este levaria em consideração uma
nova condição.
41
O processo de classificação funcional esportiva é realizado em três estágios:
médico que consiste em um exame físico para avaliar a patologia e as sequelas
apresentadas, assim como a função muscular remanescente e a movimentação advinda
desta, funcional que avalia o nível de força da musculatura afetada pela lesão e o
desempenho da função muscular e o estágio de observação que consiste em observar o
desempenho técnico do atleta em movimentação específica do esporte (FREITAS E
SANTOS, 2012).
Para a natação, a classificação funcional está dividida em dez classes que vão de
S1 a S10 para os nados livre, costas e borboleta e são determinados pela letra “S”
advinda da palavra inglesa Swimming. Para o nado peito as classes são indicadas pelas
letras “SB”, a letra B originada do inglês Breaststroke ou nado peito em português; para
esta modalidade as classes funcionais são SB1 a SB9 e dez classes para o nado medley
indicado pelas letras “SM”, sendo a letra M representando a palavra medley
(ABRANTES, 2012).
Sendo consideradas para este estudo apenas as classes S1 a S10, as quais segue
abaixo padrão motor da classificação funcional esportiva para a natação:
- S1/Lesão medular completa abaixo de C4-5 ou com pólio com
comprometimento similar à lesão medular de C4-5 ou paralisia cerebral. Significante
perda de massa muscular ou controle de pernas, braços e mãos, limitado controle de
tronco com tetraplegia.
- S2/Lesão medular completa abaixo de C6, ou pólio com comprometimento
similar à lesão medular de C6 ou PC quadriplégico grave, com grande limitação dos
membros superiores. Possui habilidade para o uso de braços, mas, não de mãos, pernas
ou tronco. Severo comprometimento de coordenação nos quatro membros.
- S3/ Lesão medular completa abaixo de C7, ou lesão medular incompleta abaixo
de C6, ou pólio com comprometimento similar à lesão medular de C7, ou amputação
dos quatro membros. Tem habilidade para o uso dos braços, mas, não o uso das pernas
ou tronco com severos problemas de coordenação.
-S4/ Lesão medular completa abaixo de C8, ou lesão medular incompleta abaixo
de C7, ou pólio com comprometimento similar à lesão medular de C8, ou amputação de
três membros. Podem utilizar os braços, tem fraqueza mínima nas mãos e não podem
utilizar tronco ou pernas.
-S5/ Lesão medular completa abaixo de T1-8, ou lesão medular incompleta
abaixo de C8,ou pólio com comprometimento similar à lesão medular de T1-8, ou
42
acondroplasia de até 130cm com problemas de propulsão, ou paralisia cerebral com
hemiplegia severa. Pouco controle de um lado do corpo ou paraplegia.
- S6/Lesão medular completa abaixo de T9-L1, ou com pólio com
comprometimento similar à lesão medular de T9-L1, ou acondroplasia de até 130cm ou
com paralisia cerebral com hemiplegia moderada.
- S7/Lesão medular abaixo de L2-3 ou pólio com comprometimento similar à
lesão medular de L2-3 ou amputação dupla abaixo dos cotovelos, ou amputação dupla
acima do joelho e acima dos cotovelos em lados opostos.
- S8/Lesão medular abaixo de L4-5, ou pólio com comprometimento similar à
lesão medular de L4-5 ou amputação dupla acima dos joelhos, ou amputação dupla das
mãos, ou paralisia cerebral com diplegia mínima.
- S9/ Lesão medular na altura de S1-2 ou pólio com uma perna não funcional, ou
amputação simples acima do joelho, ou amputação abaixo do cotovelo.
-S10/ Pólio com prejuízo mínimo de membros inferiores ou amputação dos dois
pés, ou amputação simples de uma mão, ou restrição severa de uma das articulações
coxofemoral.
3 MÉTODO
Este estudo caracteriza-se como pesquisa exploratória descritiva de natureza
qualitativa que segundo Thomas e Nelson (2002) é o método que busca como foco de
análise a essência do fenômeno a ser pesquisado tendo como objetivos a descrição, a
compreensão e o significado. Flick (2009) complementa que o método qualitativo de
pesquisa busca também analisar o processo metodológico utilizado pelos participantes
do estudo.
A pesquisa foi organizada em dois momentos de coleta de informações de
campo com profissionais de educação física sendo um deles com contato direto entre
entrevistado e pesquisadora e um outro em que o participante registrou apontamentos.
Essa estrutura e os demais procedimentos estão descritos a seguir.
A pesquisa foi realizada com doze participantes professores de natação que no
momento da pesquisa ministravam aulas para pessoas com lesão medular e que atuavam
há pelo menos um ano com nadadores lesados medulares, sendo exclusos da amostra
professores de nadadores com patologias medulares que não tinham acometimento
funcional que estivessem no rol das mono, di, tri, para e tetra e hemiplegias e paresias.
43
Essa amostragem caracterizou-se como não probabilística por acessibilidade e por
indicação de terceiros.
Cada professor participante recebeu uma letra (P) e um número (1 a 12) para as
entrevistas de forma aleatória. A letra e o número foram mantidos para os participantes
nas entrevistas e nos registros.
O estudo utilizou dois instrumentos, uma entrevista semiestruturada e um diário
de campo. As entrevistas semiestruturadas representaram uma série de perguntas
abertas. Planejadas antecipadamente pelo pesquisador, foram feitas em ordem prevista e
realizadas verbalmente. Esta é considerada semiestruturada porque o entrevistador pode
acrescentar questões de esclarecimento sobre determinado assunto, pois, parte de uma
fala espontânea do entrevistado (BARDIN, 2011). Foi solicitado ao participante que
fizesse uso de um diário de campo por quatro encontros com o aluno com lesão
medular. O diário de campo é um instrumento documental pouco ou não estruturado,
pois, o participante da pesquisa anota as observações que faz conforme a ocorrência dos
fatos com objetivo de armazenamento de informações e com o propósito de facilitar o
acesso do observador para que este obtenha o máximo de dados coletados. Neste diário
de campo, o professor participante anotou todas as suas observações e estratégias
utilizadas durante as aulas, no período de quatro encontros.
As entrevistas foram compostas por nove temas e versaram com questões acerca
do problema de pesquisa e os objetivos da mesma. Foram realizadas em situação
agendada previamente, gravada e transcrita na íntegra. A entrega do diário de campo
aos participantes ocorreu após a entrevista.
A análise dos resultados ocorreu com base na análise do conteúdo preconizada
por Bardin (2011) e dos registros/anotações feitas pelos professores no diário de campo.
Essa análise consistiu em: transcrição na íntegra das informações coletadas,
processo de redução com a exclusão dos vícios de linguagem e repetição de
informações; extração das ideias centrais e criação da categorização das informações,
que podem ser visualizadas no exemplo exposto no ANEXO II. As análises das
informações coletadas através do diário de campo foram feitas por meio de análise
descritiva.
Antes da coleta dos dados todos os participantes assinaram um Termo de
Compromisso Livre esclarecido (Apêndice) no qual estavam conscientes dos objetivos
do mesmo, de que todos os dados obtidos seriam mantidos em sigilo e anonimato e que
poderiam desistir da pesquisa em qualquer momento.
44
Em um primeiro momento, antes da efetiva coleta de dados, foi realizada uma
entrevista piloto e foram coletadas informações em um diário de campo também piloto
com objetivo de aprimorar o questionamento a ser realizado e o formato do diário de
campo. As informações coletadas nesta fase piloto não foram utilizadas para análise
deste estudo. Todos os preceitos éticos foram adotados no estudo piloto e na pesquisa e
foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade São Judas Tadeu sob o
parecer de nº 859.397.
4 DISCUSSÃO E RESULTADOS
Conforme citado anteriormente cada participante recebeu um código (P) e um
número de identificação que foram distribuídos de forma aleatória, assim, segue abaixo
o perfil de cada participante conforme informações pessoais coletadas nas entrevistas.
O participante P1 é do sexo masculino, graduado a trinta e três anos e atuante na
área da natação há vinte e oito e há onze anos ministra aula para pessoas com
deficiência, sendo que nos dois últimos anos tem atuado especificamente com a pessoa
com lesão medular na cidade de Santos ( SP); P2 é um participante do sexo feminino,
atuante na área da natação há quinze e há sete anos trabalha especificamente com
pessoas com deficiência, inclusive lesados medulares ministrando aulas nas cidades de
Praia Grande (SP) e São Vicente (SP); P3 é um participante do sexo feminino, atua na
área da natação para pessoas com deficiência há dezesseis anos na cidade de Santo
André (SP); P4 é um participante do sexo masculino, graduado há quatorze anos e
atuante na natação para pessoas com deficiência desde a graduação sendo que nos
últimos dez anos sua atuação tem sido voltada especificamente com a pessoa com lesão
medular ministrando aulas na cidade de São Paulo (SP); P5 é um participante do sexo
masculino que atua há dois com a natação para a pessoa com lesão medular na cidade de
Santo André (SP); P6 é um participante do sexo feminino que atua na área da natação há
vinte e quatro anos sendo que há quinze anos ministra aulas para a pessoa com
deficiência e há seis anos atua especificamente com a natação para a pessoa com lesão
medular na cidade de São Bernardo do Campo (SP); P7 é um participante do sexo
masculino que atua com a natação há dezessete anos e há onze anos com a pessoa com
deficiência, inclusive lesados medulares na cidade de Santa Isabel (SP); P8 é um
participante do sexo masculino que atua há oito anos com a natação e especificamente
há cinco anos com a natação para a pessoa com lesão medular na cidade de São Paulo
45
(SP); P9 é um participante do sexo masculino que atua na área da natação há vinte e um
anos e há dezessete ministra aulas para a pessoa com deficiência inclusive lesados
medulares na cidade de São Paulo (SP); P10 é um participante do sexo masculino que
atua há nove anos na área da natação e há sete anos especificamente com a natação para
a pessoa com lesão medular na cidade São Paulo (SP); P11 é um participante do sexo
masculino que atua há quinze anos na natação para a pessoa com deficiência e há treze
anos com a natação para a pessoa com lesão medular na cidade de Vila Velha ( ES);
P12 é um participante do sexo masculino que atua há três anos na natação para a pessoa
com lesão medular na cidade de Caraguatatuba (SP).
Entrevista
A transcrição das informações coletadas a partir das entrevistas foi analisada
conforme a Análise do conteúdo proposta por Bardin (2001), sendo extraídas das falas
dos professores as estratégias utilizadas para o ensino da natação para a pessoa com
lesão medular. Cada participante recebeu uma sigla para que fosse mantido o
anonimato. Para siglas foi adotado P para indicar participante e um número subsequente
de 1 à 12 para diferenciação entre cada professor, seguindo-se a ordem das entrevistas.
As ideias centrais extraídas das entrevistas gravadas e transcritas na íntegra
deram origem ás categorias de resultados, sendo divididas em sete grupos conforme a
proximidade do assunto abordado pelo participante entrevistado. São elas: Natação
convencional e para a pessoa com lesão medular; Condição de superação e condução à
readaptação do nadador com lesão medular; Estruturação da intervenção; Natação para
pessoa com lesão medular: processo de ensino, adequação às necessidades e estratégias;
Entendimentodo professor sobre a funcionalidade; O professor e a funcionalidade do
aluno e Aporte e suporte do profissional.
Em Natação convencional e para a pessoa com lesão medular os professores
participantes abordaram as diferenças existentes entre as duas modalidades na natação,
salientando pontos como o desejo de que o aluno se supere também na vida cotidiana
além do esporte conforme o participante (P3) retrata: “(...) o fato dele transpor isso pra
vida pessoal dele, já valeu a pena, essa independência, autoestima, autonomia,
autoafirmação, essa .... enfim..., esse sucesso todo dele, eu fico feliz com isso.”
Esta característica peculiar apresentada pelos professores é um dos fatores que
diferencia a natação convencional e para a pessoa com lesão medular com relação à
participação e comprometimento do professor não apenas no momento da aula, mas
46
com a vida do aluno como uma peça chave capaz de promover grandes mudanças, o que
corrobora com Betti (1998) o qual cita que os profissionais que atuam com a Educação
Física Adaptada assumem um papel transformador que constrói, mantêm e altera
significados sobre a área e sobre a prática da atividade . Neste sentido, fica explícito que
o diferencial no profissional que atua com a pessoa com deficiência é a construção de
ações sobre si e sobre o outro ao longo dos desafios propostos pela prática esportiva.
Este aspecto pode estar relacionado com a Condição de superação e condução
à readaptação do nadador com lesão medular, que parece ser indissociável quando
analisado pela ótica da expectativa da família e da criança com lesão medular no
momento em que inicia o processo de aprendizagem da natação. Esse processo e desejo
de mudança, independência e melhora na autoestima também gera uma expectativa
muito grande para o professor como expresso pelo participante (P10): “(...) A família e o
professor criam uma expectativa sobre o aprendizado do aluno, e ele acreditar que tem
potencial é muito importante(...)”. Segundo os autores Brazuna e Castro (2001)
naturalmente os pais normalmente ficam orgulhosos de seus filhos “atletas” e de suas
realizações, pois acreditam que seus filhos estão sendo preparados para viver uma vida
de desafios onde os limites serão superados. Sobre essa expectativa da família fica
explícito que muitas vezes é difícil lidar com aspectos técnicos e metodológicos da
natação para a pessoa com lesão medular, pois existe um modelo de natação que está
muito claro para a sociedade que é a natação convencional com quatro estilos de nado e
geralmente associados à sequência já pré-determinada na aprendizagem. Conforme
afirmam Canossa et al (2007), o ensino da natação apresenta um caráter
monodisciplinar, preocupado apenas com a execução técnica do nado através de uma
abordagem de conteúdos voltados à pratica da “natação pura” com atenção reduzida à
fase de adaptação ao meio líquido, a qual é a base do ensino na natação.
Entretanto, no ensino da natação para a pessoa com lesão medular, as
necessidades do aluno devem ser consideradas e muitas vezes por questões
metodológicas de ensino, este será diferenciado como aponta o participante (P11): “(...)
a gente percebe neles assim, uma expectativa de aprender uma natação, como a
natação convencional então cria se uma expectativa dos pais ali em relação às
crianças... a gente trabalha com eles essa coisa do estar dentro da água e depois no
outro nível, aí tem aquela coisa né, muda um pouco o padrão né, ah eu vou aprender
primeiro o crawl, depois eu vou aprender o costas, o peito, borboleta, isso muda
completamente, porque por causa da deficiência é mais fácil ele aprender o peito, no
47
caso dos tetraplégicos não tem jeito ele vai aprender primeiro em decúbito dorsal né,
de costas, e essa troca acontece sempre porque eles veem na televisão, eles sabem o
que é natação e eles ficam esperando aprender naquela sequência, ou daquele jeito
(...)”.
Esta quebra de paradigma com a natação convencional deixa claro que não há
um padrão de nado para a pessoa com lesão medular, pois cada aluno apresentará o seu
próprio padrão como afirma o participante (P9): “(...) eu só preciso adequar... é claro
que ele não vai nadar como qualquer outra pessoa, ele tem o tempo dele, mas a
segurança dele acima de tudo (...)”. Não há uma técnica específica de nado para cada
aluno com lesão medular, pois cada um tem características próprias com relação às
necessidades e potencialidades que apresenta e o processo de ensino parte deste
princípio o que corrobora com o dito pelo participante (P8): “(...) a gente tem que ter
um olhar cuidadoso para cada atleta em cima disso, saber onde ele posiciona o corpo,
como ele larga, como ele vai respirar e a partir daí a gente dá os caminhos
facilitadores pra ele(...)” o que vai de encontro com as autoras Pedrinelli e Verenguer
( 2008) no sentido de que o homem deve ser visto em sua totalidade, tanto como sujeito
compreendido pela capacidade de desenvolver-se quanto pela singularidade de cada um.
Desta forma, se faz necessário considerar a individualidade de cada aluno independente
do contexto, se inclusivo ou não.
A questão é que muitas vezes, envolvido em um planejamento cujo tempo é
muito curto para o processo de ensino e aprendizagem e é voltado apenas para a
competição (periodização) ou na ânsia de verificar resultados, alguns professores
negligenciam as particularidades, tal como pode ser visto nas falas que seguem: (P1)
“(...) eu pulo meio que a parte do iniciação, existe mas a gente dá é.. uma abreviada
né? E o treinamento é.., pode se dizer que é forte(...)”; (P2) “(...) quando chega algum
aluno iniciante normalmente eu oriento a estagiária que fique só com este aluno
iniciante até que ele comece a nadar, comece a evoluir, normalmente aí cerca de dois,
três meses no máximo ele já está integrado na equipe e já chega o próximo e aí eu vou
nessa, chega um iniciante e aí toco integra a equipe , chega o próximo...é um ciclo.”
Alguns professores suprimem o tempo necessário para que o aluno se desenvolva
dentro do ritmo adequado conforme as suas necessidades como expresso pelo
participante (P11): “(...) cada um no seu tempo, as vezes o professor nem respeita isso
né, mas, segue muito esse modelo padronizado, no adaptado não, é necessário que você
entenda que essa individualidade ela é o ponto fundamental e aí essa troca é muito
48
importante assim, essa percepção, essa análise do movimento na hora que está
acontecendo, você pode de repente perceber uma diferença, então assim tenta fazer
assim, ah eu não consigo, você não vai conseguir a primeira vez, impossível, você está
tentando pela primeira vez então, tenta de novo, tenta de novo, então vem desse
incentivo até ele conseguir(...)”.
Ao não respeitar esse tempo, o professor pode causar déficits no processo de
ensino levando este aluno a não vivenciar fases importantes durante o aprendizado,
especificamente durante a fase de adaptação ao meio líquido, como abordado por
Greguol (2010, p.94): “O planejamento inadequado desta adaptação, especialmente
quando não se leva em conta as particularidades do aluno, pode prejudicar toda a
aquisição futura das habilidades na natação”. Esta afirmação corrobora com Pedrinelli e
Verenguer (2008) que ao citar Sherril (1995) afirmam que é essencial que o professor
tenha uma atitude profissional que assuma princípios baseados nas diferenças
individuais, considerando durante o processo de ensino a individualidade do aluno
enquanto ser social, afetivo, motor e cognitivo.
Ficou explicitado claramente o desejo dos professores em querer contribuir com
a evolução dos alunos reconhecendo que as mudanças que ocorrem pós-trauma levam
um tempo para se estabilizarem e a prática esportiva colabora para que a pessoa
reconheça e aceite o novo estado. Nesse contexto, o professor tem papel fundamental
neste processo, fato explicitado na fala do participante (P1): “(...) o paratleta pode se
dizer que ele ta no fundo do poço e você vai começando a dar um trabalho aquático...
ele vai pegando confiança, vai pegando vontade, vai vendo a melhora, vai tendo ganho
muscular(...)”.
Segundo Castro (2005, p.350) “... as atividades aquáticas abrem oportunidades
para novas descobertas de possibilidades motoras” e desta forma, os benefícios
provenientes da natação para a pessoa com lesão medular elevam a relação interpessoal
integrando o indivíduo na sociedade, elevando também a autoestima e o potencial de
independência (CAMARGO et al, 2010).
Neste mesmo sentido, Marques et al ( 2007) afirmam que a prática esportiva
contribui de forma significativa para a inclusão de pessoas com deficiência e
proporciona o processo de adaptação do indivíduo à sociedade e vice versa, o que pode
ser entendido como a aptidão à atender as demandas exigidas pela vida como um
processo que existe para a pessoa com deficiência, para com o seu meio e desse
ambiente para com o sujeito.
49
Quanto aos objetivos dos professores, busca-se melhorar a qualidade de vida do
aluno antes de torná-lo um atleta, fazendo com que ele supere seus medos e se sinta
incluso e participante da sociedade, o que pode ser verificado nos trechos que seguem:
(P2) “(...) eu almejo com meus atletas, a primeira coisa, eles... suportarem o medo
deles... transformar a vida deles com o esporte antes de realmente ele ser um atleta”;
(P5) “A gente almeja primeiro tentar proporcionar uma qualidade de vida melhor pra
eles (...)”. Para Gorgatti e Bohme (2008, p. 168) é importante que o profissional tenha
em mente como um dos objetivos da atividade física para a pessoa com lesão medular,
“preparar o indivíduo para reassumir seu papel na família e na sociedade, com maior
confiança e autoestima, favorecendo a superação do trauma psicológico provocado pela
lesão e pela privação repentina de movimentos”.
Conforme comentado pelos professores nas falas que seguem, estes consideram
que, após sofrer uma lesão medular, há um tempo de assimilação da condição até chegar
na natação, o que pode ser importante para que o aluno transponha a visão de inapto
para a condição de descoberta do seu próprio potencial, como pode ser lido no dito por
(P8) “(...)geralmente as lesões, elas tem características do que? De dois anos para
frente, raramente a gente vai ter casos de lesado com menos de um a dois anos de
lesão... muitas vezes fica difícil porque ele ainda ta se adaptando a uma nova
realidade... é complicado você se aceitar, porque ele vivia numa condição, e hoje calma
aí, ele tem uma limitação, né, então ele tem se adaptar a essa realidade e começar a
conhecer do que ele capaz, é complicado.” Sabe-se que após a lesão é um mundo novo,
onde tudo é diferente e o aluno já não é mais o mesmo também conforme afirmam os
participantes (P2) “(...) a maioria deles..., dos meus atletas eram normais...
pouquíssimos é a lesão de nascença (...)”; (P8) “(...) ele tem que se readequar a uma
nova forma de executar o movimento, então é um novo mundo(...)”.
A natação se torna parte de um processo de reconhecimento para uma nova vida
e percepção de novo corpo e para Cardoso (2011), através do paradesporto, o professor
conduz condições para que a pessoa com deficiência se reconheça como ser humano e
busque seu desenvolvimento de forma prazerosa.
Desta vez em meio líquido, nota-se a diferença que há na percepção do corpo na
água para a pessoa que sofre uma lesão medular conforme cita o professor (P11) “(...)
tem gente que fala assim, ah eu me virava bem dentro da água antes de sofrer o
acidente, depois do acidente eu não sei como é que é (...)”. Para a descoberta destas
diferenças é preciso que haja uma mudança no pensamento do aluno sobre o que é ser
50
uma pessoa com deficiência, este fato fica claro na fala dos participantes (P11) “(...) já
há uma limitação inicial pelo que a sociedade impõe ou pelo que eles aprendem sobre a
deficiência...”; (P3) “(...) o fato dele transpor isso pra vida pessoal dele, já valeu a
pena, essa independência, autoestima, autonomia, autoafirmação (...)”. Essa mudança
acontece através da descoberta do potencial que a pessoa tem e está refletida na
categoria Entendimentos do professor sobre a funcionalidade, pois, a descoberta
deste potencial ocorre não apenas sob a visão do aluno, enquanto ser agente e construtor
da aprendizagem, mas conforme a percepção e análise do professor sobre o processo de
ensino decorrido: (P11) “(...) a capacidade funcional deles assim, que eles descobrem,
o movimento, isso é muito bacana, mas, assim, é uma transformação, eles chegam
achando que eles não vão conseguir muita coisa e depois eles descobrem que o corpo
deles é capaz de fazer muito mais que o movimento que eles fazem na cadeira de
rodas”.
Para que essa descoberta aconteça de fato, a autonomia do aluno no agir é
primordial, pois ele é construtor desse processo. Contudo, a própria condição da
deficiência, a necessidade de auxílio, o sentimento de dependência de outras pessoas e a
autonomia geralmente necessitam ser estimulados porque estão ausentes e devem ser
reconstruídas, conforme pode ser percebido na fala de (P11): “ (...) eles esperam muito
que eles sejam muito comandados assim, eles esperam muito que alguém faça alguma
coisa por eles, e nessa hora que você percebe que é necessário que eles descubram o
corpo deles na água, é necessário que eles tenham muita autonomia e eles esperam
muito que você dê a resposta pra eles(...)”. A observação colocada pelo professor
corrobora com Silva et al. (2005) que citam que aumentar o nível de independência
funcional do indivíduo acometido pela lesão medular é um dos objetivos do esporte
adaptado, assim como melhorar a auto imagem, auto estima, oferecer vivencias de êxito,
aumentar a tolerância à frustração e desenvolver, propiciar a descoberta do potencial
residual do aluno.
O trabalho de descoberta do potencial pode ter início na proposta de ensino feita
pelo professor que tem a função de gerar segurança no aluno para que ele busque novos
desafios e evolua com relação à aprendizagem. É perceptível que alunos com lesão
medular mostrem-se inseguros e necessitam de incentivo constante do professor,
abordado por (P2): “(...) faz com você pegando, apoiando, mas, quando vai tá sozinho,
ah mas eu não consigo, meu claro que tu consegue, ele mesmo se veta daquilo e não
permite a evolução dele(...)” e com relação à sentimentos negativos advindos desta
51
insegurança, o nadador com deficiência deve ter de forma clara, compreensão sobre os
objetivos a serem atingidos assim como o suporte necessário para a conquista destes
objetivos ( MARTIN et al, 1995).
Todo esse processo de descoberta do potencial e reconhecimento de uma nova
vida/corpo/condição é facilitado quando a aula acontece em grupo, porque ocorre a
troca de experiências e informações e o aluno percebe o quanto companheiros de raia
com a mesma deficiência podem contribuir para o aprendizado, como afirma o
professor (P1): “(...) o Breno quando conheceu esses dois melhorou muito, falou ó eles
podem, eu tenho que sair lá do meu quarto e tratar da minha vida.”
Os professores buscam dividir os grupos por capacidade e nível de aprendizado
e não por deficiência, como pode ser identificado nas falas: (P2) “(...) independente se é
visual, se é físico, se é intelectual, todo mundo junto(...)”; (P4) “(...) a gente não faz
atendimento especifico pela separação de deficiência desde a base do inicio(...)”; (P12)
“(...) eu não divido por idade, eu divido por capacidade, então aqueles que não sabem...,
que não tem nenhuma condição de flutuabilidade, não tem noção da desenvoltura da
mecânica do nado então eu coloco na iniciação(...)”. Vê-se preocupação com a
característica heterogênea do grupo com relação ao tipo de deficiência e essa
preocupação pode-se relacionar com a estrutura física que os locais em que as aulas
acontecem apresentam, com o número de professores disponíveis e com a política das
instituições o que nos fez levantar a categoria Estruturação da Intervenção e é
possível verificar as referências dos professores sobre isso: (P11) “(...) distribuição das
turmas né, na verdade isso depende muito da época em que o projeto acontecia né,
tempos onde se tinha apenas um professor para trabalhar com tantas pessoas, tempos
onde se tinha mais professores, então a gente consegue organizar essa estrutura da
aula de acordo com essa estrutura profissional(...)”; (P3) “(...) todo ano tem mudanças
no programa, a gente tem limitação de raias disponíveis, tem ano que a gente 2 raias,
tem ano que a gente tem 3 raias, então depende muito da disponibilidade”.
Ainda com relação à questão da Estruturação da Intervenção, nota-se na fala
dos participantes que há uma preocupação em dividir os grupos por faixa etária a fim de
facilitar o aprendizado por intermédio de uma linguagem específica mais próxima da
criança e mais próxima do adulto: (P11) “(...) a gente tenta diferenciar as turmas,
criança e adulto, por conta da linguagem (...)”; (P3) “(...) a gente procura montar
grupos mais próximos, jovens..., crianças.., adultos...tenho que usar o meu
52
conhecimento da natação, e eu tenho que decodificar essa informação em uma
linguagem que ele compreenda...”.
Com relação à organização das escolas de natação, Santos e Pereira (2008) citam
que a disponibilidade total do professor para o processo de ensino/aprendizagem só será
possível se a instituição que este pertence lhe proporcionar boas condições de trabalho .
Muitas instituições de ensino em natação encontram-se limitadas e nem sempre
propiciam uma condição coerente de aprendizagem haja vista a falta de infraestrutura
(piscina muito rasa ou muito profunda), heterogeneidade com relação ao nível de
aprendizado, a ausência de meios auxiliares disponíveis e a superlotação das turmas,
fator que influencia para a eficácia do ensino implicando de forma direta no apoio
pedagógico reduzido, não apenas pela falta da competência didática do professor, mas
pela dificuldade de planejamento das atividades.
Apesar de a aula acontecer em grupo, os professores citam que a atenção é
individualizada pelas características, dificuldades e limitações serem diferenciadas e os
níveis de aprendizado também: (P3) “(...) porque eles também tem uma diferença de
nível de aprendizado, tem uns que ainda ta no começo e tem outros que já ta mais
avançado(...)”; (P8) “(...) cada um tem uma característica, cada lesado vai ter uma
certa dificuldade, uma limitação...” e o respeito à individualidade do aluno.
Para que seja possível a divisão dos grupos se faz necessário uma avaliação
prévia para conhecer o aluno com objetivo de facilitar o processo de ensino colocando o
aluno em um grupo que possa contribuir com o aprendizado, conforme mostra um
professor (P11) “(...) uma pessoa com lesão medular que nunca aprendeu a nadar e
chega para fazer aula, a gente faz uma avaliação prévia, uma anamnese e dentro da
água a gente faz uma avaliação de percepção em relação ao medo que ele vai ter da
água...” ou optando pela aula individual até que este aluno esteja capacitado a participar
com segurança do grupo.
Este processo muitas vezes mostra-se conflituoso quando há necessidade de um
atendimento individualizado durante a fase de iniciação na natação, mas sabe-se que é
muito importante o grupo para o desenvolvimento social da pessoa com deficiência:
(P11) “(...) a gente entende a importância que eles estejam misturados com outras
crianças, mas, aí por conta da deficiência a aula tem que ser mais individualizada...”.
Um dos papéis do grupo é atuar como agente facilitador no processo de ensino
que se soma ao professor na condução individualizada considerando as especificidades
de cada aluno e nesse sentido, o grupo pode contribuir de forma direta para o sucesso na
53
aprendizagem atuando como um modelo através da observação do próprio
comportamento e do comportamento alheio para a obtenção de informações relevantes
que serão a base de formação de comportamento futuro (FERREIRA, 2008).
A Natação para a pessoa com lesão medular: processo de ensino, adequação
às necessidades e estratégias, foi aglutinado o que os professores citaram que durante a
adaptação ao meio líquido se faz necessário que o professor desenvolva o trabalho em
conjunto com o aluno. Destaque foi verificado na necessidade do professor em estar
dentro da água para dar suporte à confiança e segurança do aluno, bem como dispensar
atenção especial às reações e os objetivos do aluno como expresso na fala dos
participantes: (P3) “(...) você tem que entrar, perceber qual é a dele(...)” (P6) “(...) o
lesado medular ... é difícil conseguir trabalhar fora da água, a gente sempre trabalha
com eles dentro da água, fora da água.. não dá... porque a gente tem que ta sempre
com muito contato, tem que estar sempre dentro da água, junto com ele.” Sobre o
suporte do professor ao aluno, Greguol (2010) afirma que o professor deve estar apto a
reconhecer as situações que o aluno não poderá ficar sozinho na piscina sem sustentação
e nestas situações o aluno deve ficar em uma posição confortável e segura em todos os
momentos, sendo portanto essencial a presença do professor dentro da água conforme
observado na fala dos professores entrevistados.
A adaptação ao meio líquido é o primeiro estágio do processo de ensino na
natação e o cuidado com o ambiente em que esta fase é desenvolvida mostra-se
essencial para os professores: (P12) “(...) Aqueles que não têm nenhuma condição de
flutuabilidade, não tem noção da desenvoltura da mecânica do nado entram na
iniciação, em outra piscina menor e rasa.”; (P3) “(...) no começo é um trabalho dentro
da água, então eu to falando no começo, é um trabalho de iniciação a natação, então é
junto, fazendo junto, então primeiro porque a pessoa traz um histórico de vida, muitas
vezes a pessoa nunca entrou numa piscina(...)”
A adaptação ao meio líquido é o “pilar básico” do processo de
ensino/aprendizagem em natação e é nesta fase onde se devem contemplar as
habilidades motoras básicas que são percursoras de determinadas habilidades mais
específicas de movimento para Canossa et al. (2007), o que corrobora com Martins et al
(2015) que explicitam que a estimulação motora num novo meio induzem a um novo
leque de sensações, experiências corporais, ligações afetivas e sociais, além do
desenvolvimento de novas habilidades.
54
Durante a adaptação ao meio líquido o aluno vivencia estágios muito
importantes no processo de ensino/ aprendizagem como a perda do medo e a interação
com o meio líquido como pode ser observado: (P3) “(...) processo de ensino iniciou com
a perda do medo, com o professor na água, acompanhando, depois com exercícios para
que o aluno tivesse vivencia motora(...)”; (P8) “(...) essa interação acontece com o
volume de água e de treino que eles já tem, então eles vem produzindo e vem
evoluindo...”. A troca de informações entre professor e aluno ( feedback) é essencial
para a construção da autonomia do aluno a qual atua como instrumento facilitador no
processo de descoberta da funcionalidade como expresso pelo professor (P11):
“(...)existe uma preocupação muito grande nessa troca, é necessário que eles
participem muito, tem essa autonomia dessa troca de... que eles percebam assim o
quanto o corpo deles ta evoluindo... uma pessoa que não se locomovia dentro da água
em um mês ele está nadando de um lado para o outro assim, isso é muito bom, eles
percebem isso muito rápido”.
Com relação à percepção do aluno sobre a funcionalidade do movimento se faz
importante salientar que é durante o processo da adaptação ao meio líquido que esta
percepção é desenvolvida conforme citado pelo professor (P7): “(...) tem uns que tem
uma percepção maior e tem outros que tem a percepção menor, mas, a gente faz uma
adaptação ao meio líquido muito boa, pra ele primeiro conseguir se manter na água,
depois a gente faz o movimento natatório mesmo de verdade”. É evidente a
preocupação dos professores em realizar um processo eficiente de ensino/ aprendizagem
durante a adaptação ao meio líquido antes do ensino do movimento natatório.
Para Greguol (2010, p.94) é na fase de adaptação que “o aluno tem seus sentidos
adaptados ao ambiente aquático e começará a compreender como pode potencializar a
movimentação do seu corpo para se deslocar com maior fluidez e estabilidade e com o
menor gasto energético possível”. Esta potencialização do movimento é caracterizada
como a descoberta da funcionalidade e o aproveitamento total do potencial residual. E
durante este processo, as estratégias de ensino a serem utilizadas, são ponto chave para
que haja adequação às necessidades e reconhecimento ao potencial do aluno, sempre
levando em conta fundamentalmente a fase de desenvolvimento que este se encontra
(GREGUOL, 2010).
As estratégias de ensino podem ser de formas variadas e são selecionadas pelos
professores conforme o nível de aprendizado, nível de lesão dos alunos e a visão do
professor sobre a funcionalidade: (P9) “(...) vários métodos, depende da dificuldade em
55
especifico do atleta, no paraolímpico a gente vai encontrar na mesma lesão ou até na
mesma altura de lesão medular características diferentes (...)” o que corrobora com
Greguol (2010) que menciona que o programa de ensino deve ser adequado à faixa
etária e ao estágio de desenvolvimento motor, cognitivo e afetivo-social do aluno, não
priorizando a deficiência apresentada.
A motivação foi citada como uma das condições que necessitam de estratégias
dos professores para que o aluno se sinta capacitado a superar os desafios propostos
pela prática esportiva como afirma o professor (P3): “E faze-lo acreditar que ele é
capaz né, mostrar pra ele, pode demorar um pouquinho mais de tempo esse
aprendizado, mas, o aluno tem potencial, tem com certeza, e deixar isso bem claro aí
pra eles(...)”. Para Reis (2000) a interação existente entre professor e aluno e, deste para
com o grupo, influenciam na motivação e nesta relação para com a prática de ensino.
A motivação é o início de qualquer ação e a crença que o aluno tem em suas
próprias capacidades faz com que ele busque se superar a cada novo movimento
gerando um sentimento de prazer a cada descoberta como expresso na fala do professor
(P3): “(...) cada vez que ele vê que ele consegue uma coisa, ele vai buscando coisa
nova, é um processo natural (...)” sendo a inferência do professor uma alavanca para
que este aluno se sinta motivado e evolua.
A forma com que o professor trata os desejos e as expectativas do aluno irão
nortear os caminhos a serem percorridos durante o processo de ensino, pois nem sempre
os alunos irão lidar com o sucesso. A expectativa não concretizada de realizar
determinado movimento ou tarefa gera sentimento de incapacidade e frustração e nestes
momentos se faz primordial a competência do professor em transformar um sentimento
negativo do aluno em oportunidade para o desenvolvimento de ações no processo de
ensino; fato este expresso na fala do participante (P7): “(...) tem uns que não imaginam
o que consegue fazer, e tem uns que pensam que consegue fazer alguma coisa, mas, não
conseguem fazer aquele movimento, então aí você precisa nortear estas pessoas, dar
incentivo para que consigam”. Faz-se necessário observar que a expectativa que o
professor demonstra ter sobre a evolução do aluno afeta a forma pela qual o mesmo
percebe o papel de líder/mediador do professor no processo de ensino, a quantidade e a
qualidade de experiências vivenciadas e o vínculo afetivo que se estabelece (REIS,
2000).
A motivação faz com que o aluno pratique na vida cotidiana os ensinamentos
propostos pela prática esportiva como afirmam os professores: (P12) “(...) eu procuro
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sempre fazer isso, tentar sempre ta dando uma motivação pra eles, seja por meio de
campeonato, seja por meio de mostrar o vídeo de alguém, seja por meio de mostrar a
importância na sociedade, ou de alguém que elogiou pra eles perceberem que aquilo
que eles estão fazendo é importante pra alguém (...;)” (P1) “(...) a gente tem que tentar
motiva-lo na independência dele, e na própria superação diária (...)”.Em Weinberg e
Gould (2001) é lembrado que a motivação pode ser considerada sob diversos pontos de
vista específicos: para a realização, na forma de estresse competitivo, intrínseca e
extrínseca, conforme o objetivo e intensidade do esforço.
Ainda com relação às estratégias de ensino é importante salientar que o
Entendimento do professor sobre a funcionalidade e O professor e a
funcionalidade do aluno, próximas categorias a serem apresentadas, são primordiais
para que a estratégia a ser utilizada durante o processo de ensino seja pensada sob a luz
do potencial que o aluno apresenta , sendo que a construção de ações deve estar voltada
para a potencialidade não para a deficiência (EMES et al, 2002).
O direcionamento do processo de ensino pode estar voltado ao potencial do
aluno, conforme cita o professor (P11): “(...) de dar autonomia e criar neles uma
possibilidade deles sentirem que eles podem pensar o corpo deles de uma forma
diferente assim(...) “ ou sob o olhar limitante do cumprimento de tarefas, que cabe ao
professor a adaptação necessária para que o aluno responda a determinado objetivo,
restrito e especifico com relação à atividade a ser desenvolvida fato expresso na fala a
seguir: (P7) “A gente não faz nada que eles não vão conseguir fazer, a gente conversa ,
faz.., faz alguma coisa, melhora aquilo , depois pra fazer outra e assim vai(...)”.
Segundo Emes et al. ( 2002) o foco no processo de ensino deve ser o
desenvolvimento de habilidades e não a deficiência, a atividade a ser realizada e o
ambiente, apesar da importância de se considerar estes fatores, a ênfase deve ser
pautada na construção de uma atitude positiva do profissional e na desmistificação da
deficiência, sendo estes, pontos críticos de um programa de ensino específico na
atividade física adaptada, também ressaltado por Giesecke (1997, p. 127) que mostra
que
(...) os profissionais da saúde devem manter o foco sobre o
atendimento `a pessoa com lesão medular desenvolvendo o máximo
potencial para a saúde e funcionalidade através da natação, sendo esta
uma das formas mais naturais de estabelecer a coordenação, força,
velocidade, resistência e autoconfiança.
Pode-se observar na visão de Emes et al (2002) e Giesecke (1997) a valorização
da potencialidade do aluno e a ênfase na construção de um processo de ensino que leve
57
ao desenvolvimento de habilidades. Por outro lado, Gorgatti e Bohme (2008, p. 169)
trazem que é “preciso que o professor tenha pleno conhecimento das funções perdidas
ou prejudicadas em cada aluno, a fim de que possa traçar objetivos de realização
específicos”. Por esta visão, observa-se a prevalência no ensino da limitação de
movimentos consequente da deficiência priorizando a lesão medular e desconsidera-se o
potencial da pessoa com lesão medular.
Quando pensado sob o olhar do potencial que o aluno apresenta, as adaptações
necessárias e estratégias a serem utilizadas são consideradas conforme as
especificidades de cada aluno e as respostas (feedback) direcionadas ao professor
precisam ser analisadas durante a realização das atividades, conforme Gorgatti e Bohme
(2008), pois o professor deve verificar e planejar com o próprio aluno qual estratégia de
ensino será mais confortável para a realização das atividades.
É faz necessário enfatizar que a funcionalidade está relacionada aos pontos de
inervação sobre o qual se relaciona o nível neurológico da lesão (GIESECKE, 1997).
Neste sentido, o equilíbrio, a propulsão, o arrasto, a flutuabilidade e a funcionalidade
devem direcionados de acordo com o padrão de nado específico de cada aluno: (P9)
“(...)o atleta tem uma lesão C5 e o outro tem uma lesão C7 é bem próxima a lesão mas,
o comprometimento é muito diferente e as vezes tem um comprometimento que enerva
ali numa região mais alta, as vezes mais para um lado do que para o outro, então isso
afeta também no equilíbrio do nadador dentro da água(...)”; (P11) “(...)o principio que
serve pra natação convencional de você pensar no poder propulsivo sempre na direção
perpendicular quando você transforma isso pro tetraplégico ou pro paraplégico você
tem que fazer uma série de adaptações que foge de um padrão mais eficiente de
movimento mas tem haver com este equilíbrio e talvez com a diminuição do arrasto,
talvez nesse momento o equilíbrio seja mais importante até que o próprio poder
propulsivo”.
Segundo Fugita ( 2003), a preocupação com a fluidez do movimento denota uma
visão pedagógica que confronta-se com a metodologia tradicional da natação, onde os
aspectos voltados à execução são evidenciados e o que retratará essa harmonia será o
conjunto de estratégias de ensino selecionados pelo professor.
O reconhecimento do potencial do aluno está diretamente relacionado à forma
como o professor interpreta e trata o esporte: (P3) “(...) a forma com que você trata o
esporte junto, independente dele ser uma pessoa com deficiência ou não, é o que faz ele
vir na outra aula. Isso vai motivar ele pra continuar e ele gosta demais de nadar...”.
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Porém, este processo de determinação da estratégia está ainda intimamente relacionado
aos vários fatores inerentes à prática da natação, tais como competência que o professor
possui ao trabalhar com o aluno com lesão medular, verificada na fala de (P3) “(...)
quando eu fui explicar pro Sergio a braçada do borboleta, falei putz ele forçar mais
ainda a coluna dele né... ele queria aprender aquele gesto, aí ele foi, devagarzinho,
devagarzinho, o medo... eu tenho medo de lesionar o que já é lesionado... ”; a análise
que o professor faz sobre a limitação e a incapacidade do aluno para determinada tarefa,
levantada por (P5) “(...) não adianta a gente querer passar pra eles porque a gente
sabe que vai cansar muito..., então a gente procura não passar esse tipo de nado pra
eles porque a gente sabe... principalmente o borboleta, não vai rolar legal..., vai ser
uma frustração pra gente e pra eles....”, e o estabelecimento de determinada estratégia
para o cumprimento de determinada tarefa considerando as limitações inerentes da
deficiência, sinalizada por (P8) “(...) estratégia de gerar o melhor resultado para o
atleta e que ele consiga evoluir muito mais rápido e fazer o nado muito mais rápido, é
claro que a gente preserva sempre a técnica, mas, em cima das limitações dele (...)”.
Esses aspectos demonstram como os professores que consideram a limitação motora
como ponto inicial para o trabalho visualizam a técnica de nado, colocando o aluno
como responsável por adaptar-se à esta técnica.
Esta visão aproxima o processo de ensino da natação para a pessoa com lesão
medular ao processo utilizado na natação convencional criando um contraponto com
relação ao reconhecimento do potencial, o que pode ser verificado na fala de (P11):“(...)
talvez com a pessoa com deficiência, essa troca e essa necessidade de autonomia para
que eles te deem essa resposta é até maior do que com a pessoa sem deficiência, porque
a forma como você pensa a natação para pessoa sem deficiência, apesar de ter algumas
diferenças de técnica, ela é muito padronizada, então você não tem uma deficiência,
então você vai aprender como todo mundo aprende ...”.
Para Fugita (2003, p.72) “um comportamento altamente técnico pode ser
mecanizado e desprovido de significado para o executante. Ao se conduzir
demasiadamente o aprendiz, corre-se o risco de privá-lo de experimentar novas
possibilidades”. Então, o processo de ensino da natação para a pessoa com lesão
medular quando comparado à natação convencional apresenta característica diferente,
pois considera a individualidade de cada aluno no sentido da valorização do potencial e
respeito à diversidade humana (MUNSTER E ALMEIDA, 2006).
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Com relação à percepção da funcionalidade, esta pode ocorrer de formas
variadas, dentre elas pela via auditiva, visual ou sinestésica como indica (P3): “(...)
quando você tem uma pessoa que enxerga, um vidente, então a primeira demonstração
é visual, então você fez o gesto visual pra ele olhar, você entendeu? Mais ou menos prô,
então óh vamos fazer juntos, então põe ele sentado na borda, por trás eu pego nas
mãozinhas e faço o gesto com ele, entendeu Sergio como é? Você vai desenhar uma
ferradura, empurra para trás, puxa a mão na frente, junta, faz com ele, percebeu?”:
(P2) “(...) tem aluno que entende escutando, tem aluno que entende vendo, tem aluno
que entende a gente tocando né?,... então as vezes você fala... as vezes eu mostro, putz
ele não entendeu ainda... então eu vou lá..., mostro o vídeo, se não entendeu ainda, to la
na água e pego óh tua mão tem que entrar aqui”. Variam muito conforme o objetivo
que se tem e o padrão de nado que o aluno apresenta, e James e Gardner (1995) ainda
lembram que cada pessoa processa e aprende novas informações de diferentes formas
sendo canais para esta aprendizagem as vias de percepção visual, auditiva e sinestésica
que combinadas com as habilidades cognitivas, aspectos psicológicos e emocionais
formam os estilos de aprendizagem.
A aula pode ser construída em conjunto com o aluno como expressa (P3): “(...)
acho que essa coisa de você construir junto, ela é muito rica(...)” e o professor assume
um papel de mediador no processo de descoberta da funcionalidade como indica (P11:
“(...) eu sou um mediador ali de um processo de descoberta e de troca assim né, de eu
passar o conhecimento e esperar uma resposta e essa resposta você transforma em um
movimento talvez mais eficiente, e aí eu troco essa informação e percebo qual que é
realmente essa possibilidade de deslocamento e fico mediando assim essa descoberta
deles com meu conhecimento(...)” . A forma como o professor constrói e lidera a aula
está relacionada aos estilos de ensino que este adota, conforme a percepção que se tem
da aprendizagem do aluno e neste sentido, o professor necessita identificar o estilo mais
adequado para cada situação do processo de ensino ( MUNSTER E ALMEIDA, 2006).
Em Entendimento do professor sobre a funcionalidade destaca-se a visão que
os professores têm sobre funcionalidade, especificamente do quanto seu aluno com
lesão medular pode avançar dependendo das expectativas que se tem, do estímulo
recebido: (P7) “(...) porque a maioria deles não teve vivencia com a natação adaptada
depois que ficou lesado(...)”, ou do quanto o professor enxerga e reconhece a dimensão
do potencial que esta pessoa apresenta: (P11) “(...)de certa forma é complexo nadar
assim, e de certa forma a gente não sabe até onde vai o limite do movimento em função
60
da deficiência e o limite motor por ele não ter aprendido a nadar” (P12) “(...) as vezes
você falou, ela não compreendeu só que ela tem a função ali e aí só que ela não
compreendeu então cabe a você gerar mecanismos pra que ela entenda o que você
falou e aí ela executa a função que ela tem(...)”. Cabe ao professor a ação em promover
a aprendizagem segundo a visão que este tem sobre a funcionalidade e o uso de
estratégias de ensino adequadas que promovam a estimulação necessária. Para Munster
e Almeida (2006) o foco deve estar sobre o programa de ensino (currículo, conteúdo,
estratégias, procedimentos, materiais e recursos, locais e ambientes de intervenção,
métodos de avaliação e aprendizagem) e não propriamente sobre a deficiência.
A visão de funcionalidade parte do feedback dado pelo aluno e é construída na
medida em que as ações educativas de descoberta geram respostas para que se criem
outros movimentos fazendo com que todos participem do processo de
ensino/aprendizagem conforme citado pelo professor (P11); “(...) eles passam a maior
parte da vida deles fora da piscina, o movimento que eles fazem dentro da água é
diferente do que eles fazem fora da água e... é isso assim, o que eles acham que eles
não conseguem fazer com movimento de braço ou de tronco quando eles ficam sentados
na cadeira quando eles percebem que eles colocam uma ação motora dentro da água
eles percebem uma funcionalidade de algo pra eles que antes não tinha função”.
É necessário atentar que o aluno com o conhecimento de seu próprio corpo vai
descobrindo qual é a melhor forma para ele se movimentar na demanda de uma ação
específica e qual o meio mais eficiente para que realize determinado movimento
conforme também preocupa-se o participante (P3): “(...) ele percebendo o corpo dele
como que é, ele faz uma adaptação, putz eu vou deslizar mais e eu vou mais rápido se
eu puser a mão um pouquinho pra cá...,um pouquinho pra lá, inclinadinha um
pouquinho pra cá, então ele sabe a funcionalidade do corpo dele o que é melhor pra
ele e o que deixa ele mais eficiente no nado , né assim, o conhecimento do corpo dele,
essa consciência que ele tem corporal faz com que ele descubra como ele se torna mais
eficiente, ele usa a funcionalidade a favor dele”.
A funcionalidade está ligada à crença, à vivencia motora do aluno e à pré-
disposição para novos movimentos, destacado por (P10); “(...) ela é algo mais do que o
simples ato motor, a funcionalidade é um conjunto como um todo(...)”; (P8) “(...) se eu
tenho que atravessar a piscina por exemplo, os membros vão proporcionar que eu faça
isso, mas, como eu vou fazer é a funcionalidade e a crença, somo a função que já tenho
mais a crença e assim eu melhoro minha capacidade funcional e serei mais eficiente”;
61
( P3) “(...)os dois, eles tem uma vivencia corporal legal assim sabe, eles embora não
tenham movimento, eles acabam compensando de outras formas né...”.
Como resultado de um conjunto de fatores, a funcionalidade tem uma ação inter-
relacionada com a função e é vista por alguns professores sob o olhar neurológico desta,
apesar de ser independente do nível de lesão. O reconhecimento do potencial do aluno e
a percepção do professor quanto à funcionalidade que o aluno apresenta estão
relacionados a uma visão mais abrangente das possibilidades de movimento
considerando a função como parte destas e não como o fator limitador, ou seja, esta
percepção acontece na medida em que o professor aceita e reconhece o aluno como
construtor de seu próprio movimento, assumindo conforme Munster e Almeida (2006,
p.83) a visão de “caleidoscópio” que busca a “compreensão da deficiência não pautada
pela limitação, comprometimento ou falta da funcionalidade em um órgão ou segmento
corporal, mas, pelo potencial do indivíduo e capacidade das pessoas que o rodeiam,
buscando adaptação mútua a esta condição”.
Como citado anteriormente, o processo de ensino da natação para pessoa com
lesão medular e a adaptação de estratégias para tal podem ser vistos pelo
reconhecimento da funcionalidade, considerando um conjunto de fatores, ou pelo olhar
da limitação, ou seja, olhar topográfico neurológico da função. Assim, conforme
verificado, para alguns professores, a funcionalidade está presente apenas nas regiões
não afetadas pela lesão como citado pelo professor (P2): “(...) funcionalidade é aquilo
que realmente funciona... toda função é funcional, independente do nível da lesão, e nós
estamos falando aqui de lesado medular, o que ele mexe, a parte que não foi lesada, a
parte que ele mexe, ele tem total funcionalidade dentro da água pra aprimorar o nado
dele, então desde o principio eu procuro trabalhar no limite da limitação do aluno, no
limite do limite”.
Percebe-se que a concepção de função motora ou a perda dela não estão claras
nas declarações dos professores: (P10) “A funcionalidade que nem eu falei foram
deixados né, então aquele momento livre de poderem estar quase se locomovendo na
vertical isso já.. é um ganho muito grande porque ele esta revivendo, ele esta tendo
reflexos do momento em que ele andava(...)”. E o que pode vir a ser funcional (P9)
“(...) o paraplégico ainda tem um pouquinho mais de sensibilidade, por ter mais
funcionabilidade no tronco ele consegue perceber um pouco melhor o seu corpo na
água, o tetraplégico é um pouco difícil, eu tenho um com uma lesão C5 e o outro C7...
então por conta da dificuldade motora e daquilo que você citou mesmo, dificuldade de
62
percepção do corpo na água(...)”; (P12) “(...)é muito da propriocepção né, que nem o
nado costas que a gente tem falado bastante, a questão das viradas né, a questão da
finalização do nado, eu vou esticar meu braço aqui eu tenho que saber... eu conto as
braçadas lógico, mas, eu tenho que saber que eu vou esticar meu braço e ta chegando
a parede, então essa questão da propriocepção é fundamental pra que eles tenham esse
ganho motor também e esse desenvolvimento no nado deles(...)”; (P4) “(...) buscar
possíveis estratégias né, tanto no treinamento desportivo quanto especificas aí..., pra
deficiência, pra essa percepção do deslocamento em si(...)”; (P6) “(...)utilizo esta
estratégia pra ele sentir que ele consegue e que é possível(...)”.
Cada aluno tem um tempo próprio para a descoberta da funcionalidade e cada
professor precisa lidar com as suas próprias crenças. A funcionalidade é por vezes vista
como dependente do nível da lesão, partindo da ideia da limitação como consequência
da deficiência e como o ponto de início para a realização da ação motora. Porém, é
preciso considerar que a funcionalidade motora é um conjunto de ações, havendo uma
quebra da visão da limitação a partir do momento que o aluno descobre seu próprio
potencial, o que se verifica na fala de (P11): “(...) parte daquela ideia ah tem a
deficiência então vai ser muito difícil aprender a nadar, por uma série de motivos
principalmente se for uma tetraplegia, por exemplo, eles num primeiro momento eles
descobrem que até existe um fator que facilita o início que é a questão da
flutuabilidade(...)”.
Esta descoberta do potencial somada às propriedades físicas da água em
contato com o corpo produzem efeitos independentes do nível de lesão, fazem que com
que a percepção da funcionalidade seja facilitada através da redução da espasticidade
propiciada pelo relaxamento muscular, percepção da força na musculatura residual para
o aproveitamento do máximo potencial e a pressão hidrostática presente no meio líquido
a qual facilita e torna o movimento mais confortável para ser realizado (GIESECKE,
1997).
Ao considerar todos estes fatores somados à individualidade de cada aluno, fica
claro na fala do participante que a percepção de movimentos é diferente para cada
pessoa (P11); “(...) apesar de não ter o movimento, mas, eles se sentem muito bem
dentro da água nesse primeiro momento pro aprendizado porque a percepção do corpo
na água é diferente para todas as pessoas independente da lesão (...)o movimento que
eles conseguem dentro da água realmente não é o mesmo movimento que eles fazem
fora da água, eles percebem o corpo deles de uma forma diferente e que o corpo apesar
63
da cadeira praticamente não fazer movimento nenhum no caso, dentro da água faz
muito movimento... eles percebem as propriedades físicas da água, eles percebem a
sensação depois que eles saem da aula, do corpo deles relaxado em função da pressão
hidroestática e uma série de alterações que ocorrem no corpo”.
Na categoria O professor e a funcionalidade do aluno, apresenta-se a análise
que o professor faz e a visão que se tem do movimento realizado pelo aluno durante as
atividades.
O professor conforme os Entendimentos e conceitos que traz age segundo os
próprios princípios construídos durante a experiência profissional não considerando o
feedback do aluno como parte desta construção como uma ação de via única durante o
processo de ensino onde se pensado desta forma, não há troca de conhecimentos e
informação como verificado na fala do professor (P2): “(...)o que eu sei que ele
consegue fazer eu exijo , o que eu sei que ele consegue, do que eu li, do que eu percebi,
eu vou testando nele, vou testando, testando, até ele ultrapassar o limites dele o tempo
todo(...)”. Esta questão está relacionada ao estilo de ensino adotado pelo professor, os
quais podem ser por comandos, por tarefas, por descoberta guiada ou por solução de
problemas. Assim, a seleção do estilo adotado interfere de forma direta na
aprendizagem do aluno, caso o professor não adote o estilo adequado segundo as
necessidades apresentadas durante o processo de ensino (MUNSTER E ALMEIDA,
2006).
Através da intervenção, do estilo de ensino e da gama de estratégias adotadas
durante a prática profissional, o professor faz a relação da percepção da funcionalidade
com o grau de comprometimento motor apresentado pelo aluno e ao considerar o olhar
neurológico da função diferencia a capacidade de obter funcionalidade entre as lesões
completa e incompleta: (P4)“(...) função, o que uma articulação do ombro é capaz de
realizar, e a funcionalidade é o que realmente ela ta realizando naquele momento, não
sei se tem relação aí, é o caso de uma lesão incompleta que é o caso (...)”.
Considerando apenas o nível neurológico da lesão, estes fatores não devem ser
negligenciados, porém conforme citado anteriormente, se faz necessário enfatizar que
cada nível neurológico de lesão apresenta diferenciação de inervação sobre a qual se
relaciona a funcionalidade.
A percepção funcional é relacionada pelos professores à eficiência técnica do
movimento no nado: (P9) “(...) tem que melhorar essa percepção funcional dele pra ele
conseguir executar movimentos mais técnicos mais eficientes (...)”; (P1) “(...) muitas
64
vezes o atleta faz o movimento sem perceber e os exercícios corretivos existem para
exercitar esta sensibilidade (...)”e à percepção de sensibilidade (P5) “(...) por eles não
terem... não sentirem da cintura para baixo, mas eles percebem, então por exemplo,
quando a água esta fria, eles debruçam aqui sobre a borda, eles veem quando começa a
roxear as pernas...”; (P2) “(...) tem um que ele sente contrair o abdômen dele quando
ele faz um esforço máximo durante o treino, acredito que ele sinta sim, agora fora da
água nem tanto, fora da água já era né?”; (P8) “(...) apesar dele não ter muita
sensibilidade, ele acaba ganhando muita sensibilidade na água conforme o tempo que
ele tem já de natação, ele consegue perceber o tempo e o que? E o time dele,
posicionamento de mão, de braço, a respiração...” .
Foi mencionada que a percepção funcional é demonstrada de forma mais clara
para os professores quando o atleta já apresentava vivencia motora antes da lesão
medular (P9): “(...) atletas que tinham uma experiência antes da lesão que tinham uma
vivencia maior com atividade física e tudo mais e depois da lesão tem uma percepção
motora melhor e acabam se desenvolvendo mais rápido do que atletas que não tinham
essa vivência antes da lesão medular, esses atletas, bom, não é regra, mas, encontram
um pouco mais de dificuldade sim em descobrir o potencial dessa funcionabilidade, o
que ele tem de residual de funcionabilidade”. O abordado corrobora com Melo (2009)
após um estudo que avaliou a aptidão inicial para natação em lesionados medulares,
verificou que a habilidade mudança de decúbito foi realizada com sucesso em maioria
pelas pessoas que nadavam antes da lesão medular. Com relação a esse aspecto, vale
enfatizar que a percepção da funcionalidade de movimento para o quadril é a base para
que a pessoa realize a mudança de decúbito de ventral para dorsal e vice-versa com
segurança.
No que se refere ao ensino para o desenvolvimento e aprimoramento da
funcionalidade, cabe aos professores garantir ao aluno o aproveitamento máximo de sua
mobilidade, reconhecer o potencial e aplicar estratégias que possam contribuir para a
aprendizagem, fato expresso na fala de (P4): “...a gente tenta enxergar o máximo da
mobilidade, do potencial e não tanto do que ele não realiza, porque isso...., então na
hora de passar esses parâmetros então a gente tenta identificar dentro dos movimentos
que ele realiza, aonde ele tem uma sensibilidade mais apurada pra poder trabalhar
isso...”.
Em Aporte e suporte do profissional foi apontada a carência do referencial
teórico destacada pelos professores que comentam a falta de literatura específica
65
relacionada à natação para pessoa com lesão medular: (P4) “( ...) na teoria em
especifico, o referencial de técnica..., de quadro..., é muito pouco não tem
praticamente...” (P6) “ (...) porque você não encontra acho que nada por aí
assim, como você trabalhar um lesado medular e também quem sabe não conta para
ninguém ...”; (P11) “(...) eu não conheço muita produção na área cientifica que vá dá
um direcionamento ... o conhecimento que eu uso basicamente é o conhecimento que eu
tenho sobre a deficiência(...)”; (P4) “A carência de base teórica cria a dependência
com o resultado e o apoio na técnica de nado e no bom senso ( feeling do professor)”.
Esses aspectos são abordados por Melo (2009, p.442) denuncia que a “ausência na
literatura de referencia sobre os fatores que possam desmotivar, dificultar ou até impedir
a prática da natação em pessoa com lesão medular”.
A carência dessa literatura específica aproxima os professores da literatura
utilizada para natação convencional como afirma o participante (P9): “(...) a gente usou
muito a base da natação tradicional, a literatura especifica para portadores de
deficiência é bem restrita né, a gente tem pouca literatura... a gente tem se utilizado de
literaturas antigas inclusive, que foram desenvolvidas aí, as que são especificas do
paraolímpico durante o processo de iniciação, implantação do paradesporto, então são
bases ali que eu acredito que estão um pouco ultrapassadas... literatura especifica de
paraolímpico ficou um pouco restrita ao processo de reabilitação... , de iniciação...”.
Desconsiderando todas as particulares e especificidades anteriormente citadas e com
relação à estes fatores Bichuski e Prado Junior ( 2013) citam que a falta de preparo do
profissional e a carência na literatura acarretam no conhecimento limitado sobre a
natação para com deficiência.
Assim, observamos de forma clara bem a descontinuidade no discurso dos
professores com relação à visão e leitura que fazem da funcionalidade durante o
movimento de seus alunos. Este desconhecimento aproxima o professor da
esportivização do movimento, caminho pelo qual tem sido traçado o conhecimento
recentemente produzido. Segundo Melo (2009) enquanto a abordagem desportiva do
ensino da natação responder tecnicamente às questões da prática pedagógica
esportivizada (o que ensinar, como e para quê propósito fazer) sem se preocupar com a
instrução e o feedback dado pelo professor com relação à adaptabilidade do aluno na
tríade organismo, ambiente e tarefa, esta abordagem desportiva continuará prevalecendo
e continuará excluindo todos aqueles que não se “encaixam” nos moldes da prática.
66
Na categoria Natação convencional e para a pessoa com lesão medular foram
discutidas as diferenças existentes entre as duas modalidades de natação e o desejo que
o professor tem de que o aluno se supere na vida cotidiana além do esporte. Este fato
está também relacionado à categoria Condição de Superação e condução à
readaptação do nadador com lesão medular na qual ressaltou-se a expectativa da
família e da criança com lesão medular no momento em que esta inicia o processo de
aprendizagem da natação e a relação desta expectativa com aspectos técnicos e
metodológicos da natação para pessoa com lesão medular.
O processo de ensino da natação para a pessoa com lesão medular apresenta
características diferenciadas quando comparados à natação convencional, a qual está
muitas vezes preocupada apenas com a execução técnica de movimentos. Estas
características diferenciadas representam uma quebra de paradigma com a natação
convencional, pois, na natação para a pessoa com lesão medular é presente o fato de que
cada aluno tem o seu próprio padrão de nado. Este aspecto foi abordado pelos
professores no sentido da necessidade de se considerar a individualidade do aluno. Foi
discutido ainda nesta categoria a importância do professor em respeitar o tempo de
aprendizado do aluno e o desejo dos professores em querer contribuir com a evolução
do aluno que passa por um período pós-trauma assim como, o objetivo do professor em
buscar melhorar a qualidade de vida do aluno, facilitando a condição de descoberta do
próprio potencial e o processo de reconhecimento a uma nova vida e percepção de um
novo corpo. Com isso, ressaltou-se a importância da descoberta do potencial na natação
como fator promotor de uma mudança no pensamento do aluno sobre o que é ser uma
pessoa com deficiência.
Com relação à estrutura física do local de aula adentramos à Estrutura da
Intervenção onde verificou-se a importância da organização das aulas e da atenção
individualizada ao aluno, apesar da aula acontecer em grupo, bem como a da aplicação
de uma avaliação prévia para conhecer o aluno com objetivo de facilitar o processo de
ensino.
A Natação para a pessoa com lesão medular: processo de ensino,
adequação às necessidades e estratégias, possibilitou mostrar a necessidade do
professor em estar dentro da água para dar suporte, confiança e segurança ao aluno
apoiando estágios do processo de ensino/aprendizagem como a perda do medo e a
interação com o meio líquido, na qual destacou-se que a fase de adaptação ao meio
líquido é primordial para o desenvolvimento da percepção do aluno sobre a
67
funcionalidade do movimento. Verificou-se que as estratégias de ensino podem ser de
formas variadas e são selecionadas pelos professores conforme o nível de aprendizado,
nível de lesão dos alunos e a visão do professor sobre a funcionalidade, sendo um ponto
chave para que haja adequação às necessidades e reconhecimento ao potencial do aluno,
além da motivação como uma forma de nortear os caminhos a serem percorridos pelo
aluno durante o processo de ensino. Ainda, o direcionamento do processo de ensino
pode estar voltado ao potencial do aluno ou para o olhar limitante do cumprimento de
tarefas ao qual cabe ao professor a adaptação necessária para que o aluno responda a
determinado objetivo, restrito e especifico com relação à atividade a ser desenvolvida.
Com relação a estes aspectos o processo de ensino deve acontecer no sentido da
valorização da potencialidade do aluno, tendo como foco o desenvolvimento de
habilidades e não a deficiência. As adaptações e estratégias de ensino devem ser
pensadas conforme as especificidades de cada aluno e as respostas (feedback)
direcionadas ao professor que deve planejar a estratégia de ensino em conjunto com o
aluno, estando o equilíbrio, a propulsão, o arrasto, a flutuabilidade e a funcionalidade
direcionados de acordo com o padrão de nado específico de cada aluno. Então, o
processo de determinação da estratégia está relacionado aos vários fatores inerentes à
prática da natação como a competência que o professor possui ao trabalhar com o aluno
com lesão medular, a análise que o professor faz na sua visão sobre a limitação e sobre a
incapacidade do aluno para determinada tarefa e o estabelecimento de determinada
estratégia para o cumprimento de determinada tarefa considerando as limitações
inerentes da deficiência, demonstrando que os professores que consideram a limitação
como ponto inicial para o processo de ensino responsabilizam o aluno por se adaptar à
técnica do nado. Com relação ao reconhecimento do potencial do aluno ficou explicito
nesta categoria o contraponto da natação para a pessoa com lesão medular para com a
natação convencional e a importância do professor no papel de mediador no processo de
descoberta da funcionalidade.
Destacou-se que o Entendimento do professor sobre a funcionalidade,
especificamente do quanto seu aluno com lesão medular pode avançar dependendo das
expectativas que se tem, do estímulo recebido ou do quanto o professor enxerga e
reconhece a dimensão do potencial que o aluno apresenta. O aluno em um trabalho
conjunto com o professor através do fornecimento de feedbacks e com o conhecimento
de seu próprio corpo vai descobrindo e construindo a melhor forma de movimentar-se e
o meio mais eficiente para isso. A concepção de função motora ou perda dela ainda não
68
está clara para os professores, não podendo desconsiderar a influência das crenças que
estes trazem sobre funcionalidade. Assim, a funcionalidade foi discutida como um
conjunto de ações e no sentido de quebra da visão da limitação a partir do momento que
o aluno descobre seu próprio potencial.
Ainda com relação a esta categoria, ficou claro que a descoberta do potencial
não acontece apenas na visão do aluno, ocorre também sob a percepção e análise do
professor a respeito do processo de ensino. Os professores afirmaram que a autonomia
do aluno é fundamental para que aconteça a descoberta do potencial, porém esta
necessita ser reconstruída, pois, pelas próprias condições da deficiência e necessidade
de auxílio, o aluno deixa de ser autônomo em suas ações ficando na dependência de
outros. O trabalho de descoberta do potencial tem início na proposta de ensino feita pelo
professor, a qual deve fazer com que o aluno se sinta seguro e evolua na aprendizagem.
É interessante que a aula aconteça em grupo para troca de experiências e informações, a
preocupação com a característica heterogênea do grupo com relação ao tipo de
deficiência e a relação desta preocupação com a estrutura física que os locais em que as
aulas acontecem apresentam, com o número de professores disponíveis e a política das
instituições.
Em O professor e a funcionalidade do aluno fica explícito que o professor age
conforme os próprios princípios e que não considera o feedback do aluno como
informação relevante para a construção da ação educativa e que esta questão está
relacionada ao estilo de ensino adotado pelo professor. Discutiu-se o fato de que o
professor faz a relação da percepção da funcionalidade com o grau de comprometimento
motor apresentado pelo aluno e considera o olhar neurológico da função diferenciando a
capacidade de obter funcionalidade entre as lesões completa e incompleta, relacionando
a percepção funcional à eficiência técnica do movimento no nado e à percepção de
sensibilidade. Contudo, para os professores, quando o aluno já apresenta vivencia
motora antes da lesão medular, a percepção funcional fica mais clara e que cabe aos
professores garantir ao aluno o aproveitamento máximo de sua mobilidade, reconhecer
o potencial e aplicar estratégias que possam contribuir para a aprendizagem e para o
desenvolvimento da funcionalidade.
Por fim, a falta de literatura específica relacionada à natação para pessoa com
lesão medular implica na aproximação dos professores da literatura utilizada para a
natação convencional, discutido em Aporte e Suporte do profissional.
69
As observações apontadas pelos professores durante a entrevista nos levaram à
necessidade de buscar informações do registro da prática pedagógica a fim de se obter
dados no sentido da concretização da ação educativa que pudesse estabelecer uma
relação da reflexão do ato pedagógico com a estruturação da intervenção. Com esse
foco, buscou-se através do diário de campo mais uma contribuição dos participantes no
estabelecimento de estratégias de ensino com objetivo de relacioná-las ao tipo de
atividade desenvolvida e à fase de aprendizagem do aluno.
Diário de campo
O diário de campo consistiu em uma ficha composta pelas informações pessoais
e de identificação do professor, descrição do aluno foco (tempo de prática, idade,
características da lesão), objetivos da aula e campo específico para as atividades
desenvolvidas, seguido pelo questionamento de quais foram as estratégias utilizadas
para o ensino de determinada atividade, sendo propostas oito atividades (respiração,
flutuação dorsal, flutuação ventral, transição da posição dorsal para vertical, transição
da posição ventral para vertical, giro do quadril da posição ventral para dorsal, giro do
quadril da posição dorsal para ventral, giro do braço para trás e giro do braço para
frente) e espaço para a anotação de outras duas atividades realizadas a critério do
professor.
Participaram desta fase dez professores, pois, dois participantes não puderam
disponibilizar suas anotações em tempo necessário para ser analisado nesse estudo. Os
apontamentos realizados pelos professores com relação às estratégias de ensino
utilizadas, ao acompanhamento do aluno e ao uso de material pedagógico auxiliar foram
submetidos à análise descritiva.
Com relação à descrição dos alunos por classe funcional esportiva, nenhum
professor descreveu alunos com comprometimento equivalente às classes S1, S4, S8, S9
e S10, dois professores descreveram a classe S2, um professor descreveu a classe S3,
quatro professores descreveram a classe S5, cinco professores descreveram a classe S6 e
um professor descreveu a classe S7. Faz-se importante salientar que quatro professores
descreveram atividades realizadas com mais que um aluno, sendo estes de diferentes
classes.
Com relação à Condução e o uso de estratégias de ensino, conforme será
descrito abaixo, percebeu-se que elas se diferenciam com relação a atividade a ser
realizada e o objetivo almejado, sendo listados vinte objetivos diferenciados descritos
70
pelos dez participantes, tais como fazer o aluno completar os 100 metros no nado
costas, preparação física e melhora do condicionamento, adaptação ao meio líquido e
iniciação nos nados crawl e costas, aprimoramento e aperfeiçoamento das técnicas do
nado crawl, aumentar o deslize e a flutuabilidade dorsal durante a braçada dupla, entre
outros.
Para a atividade Respiração, quatro professores relataram utilizar como
estratégia de ensino a demonstração visual e todos os professores relataram utilizar a
instrução verbal. Com relação ao acompanhamento do aluno dentro da água, cinco
professores estavam dentro da piscina durante a atividade, dois professores realizaram o
auxílio ao aluno através do apoio físico, quatro professores utilizaram o próprio corpo
para auxiliar o aluno e um professor utilizou a borda da piscina para a realização da
atividade.
Pode-se observar que todos os professores participantes utilizaram a instrução
verbal e apenas parte destes utilizaram a demonstração. Não foi analisado de que forma
a informação prévia verbal foi utilizada pelos professores, porém denota-se a
necessidade de cuidado com esse aspecto conforme afirmam Ried et al (2012), que ao
estudarem nadadores novatos, verificaram que a grande quantidade de informações na
instrução verbal pode levar à perdas no foco de atenção, comprometendo a compreensão
da ação motora a ser realizada e portanto, o cuidado com o processo de ensino da
respiração é essencial.
O ato de aprender a respirar no meio líquido parece simples, se pensarmos que a
ação da inspiração e expiração do ar é natural no ambiente terrestre, porém segundo
Munster e Almeida (2006) se faz importante salientar que a aprendizagem eficiente
desta habilidade pode ser um fator definitivo para a qualidade das aquisições motoras
futuras interferindo no grau de dificuldade para a realização de novos movimentos.
Na atividade Flutuação dorsal, observou-se que sete professores usaram a
instrução verbal e dois a demonstração como estratégia de ensino. Oito professores
relataram estarem dentro da água durante a atividade, seis professores realizaram o
auxílio ao aluno através do apoio físico, quatro professores utilizaram material flutuador
e um professor acionou a raia da piscina como material flutuador auxiliar. Sete
professores usaram o próprio corpo e o corpo do aluno durante a realização da
atividade, como auxilio para o apoio físico ou para demonstração do movimento a ser
realizado.
71
Para a atividade Flutuação ventral, nota-se que nove professores utilizaram a
instrução verbal e três utilizaram a demonstração como estratégia de ensino. Com
relação ao acompanhamento ao aluno, sete professores estavam dentro da água durante
a realização da atividade e seis professores utilizaram o próprio corpo para fazer o apoio
físico ao aluno durante a atividade; quatro professores utilizaram material flutuador, um
professor utilizou a escada da piscina, um professor utilizou um halter (pesinho) e cinco
professores realizaram o auxílio ao aluno através do toque físico, sem apoiá-lo na
realização do movimento.
Para a realização do ensino da Flutuação dorsal e ventral nota-se que os
professores mantiveram um acompanhamento próximo do aluno estando dentro da água
durante a realização do movimento e utilizando o próprio corpo para o auxílio através
do apoio físico ao aluno que também foi destacado por Greguol (2010) no sentido de
que o auxílio no ensino da flutuação é fundamental para dar segurança ao aluno a
manter o corpo horizontalizado na água até que este seja capaz de recuperar a posição
vertical de maneira autônoma. Segundo a autora supracitada, especificamente durante o
ensino da flutuação ventral, deve-se considerar que no início do processo de ensino, o
aluno com lesão medular pode apresentar capacidade respiratória reduzida em razão do
déficit da função da musculatura respiratória e abdominal, dificultando a inspiração
completa, o que pode causar sensação de desconforto ao aluno, assim a flutuação
ventral deve ser alternada à flutuação na posição dorsal para alívio desta sensação.
Ainda com relação ao processo de ensino da flutuação dorsal e ventral e seguindo para o
ensino dos movimentos de Transição da posição dorsal para vertical e ventral para
vertical, se faz importante enfatizar que é essencial que a experiência da ação solicitada
seja vivenciada também pelo professor com a maior aproximação possível da condição
física do aluno a fim de perceber em quais fases do nado estão as principais dificuldades
e as possibilidades de execução, conforme destacam Munster e Alves (2010) .
Na atividade Transição da posição dorsal para vertical, sete professores
utilizaram a instrução verbal e um a demonstração como estratégia de ensino; quatro
professores estavam dentro da água durante a realização da atividade e realizaram o
auxílio através do apoio físico. Como material de auxílio para o aluno, um professor
utilizou uma barra de apoio dentro da piscina, um professor usou a borda da piscina,
outro uma bola e quatro professores utilizaram o próprio corpo para o apoio físico.
Durante a atividade Transição da posição ventral para vertical, seis professores
deram instrução verbal, um professor utilizou a demonstração visual, seis professores
72
usaram o toque como auxílio e apoio físico ao aluno e quatro professores utilizaram o
corpo do próprio aluno como instrumento facilitador do movimento durante a atividade.
Como material, um professor utilizou a borda da piscina, um usou a barra e outro a
escada da piscina. Como estratégia para condução e realização da atividade um
professor orientou o aluno para que descobrisse o ponto de equilíbrio do corpo; outro
professor utilizou variações de posição de equilíbrio e dois, orientaram o aluno para que
concentrasse a força na contração muscular na região abdominal e realizasse movimento
com o auxílio da borda.
Pode-se observar para a atividade transição da posição dorsal para vertical e
ventral para vertical, a variação dos professores no uso de materiais auxiliares (barra da
piscina, borda, escada da piscina, bola e o corpo do próprio professor). Greguol (2010)
afirma que a utilização do equipamento auxiliar depende das características do aluno e
do objetivo a ser atingido o que corrobora com Rocha et al (2014 p.55) no sentido de
que “a aquisição de competências no meio aquático depende dos instrumentos e
métodos de ensino adequados”. Para Reis (2000), o professor deve analisar e planejar a
utilização do equipamento conforme a função deste e a necessidade individual do aluno
realizando as adaptações necessárias.
Para o Giro do quadril da posição ventral para dorsal, sete professores utilizaram
a instrução verbal e um, a demonstração como estratégia de ensino. Com relação ao
acompanhamento do aluno, cinco professores estavam dentro da água durante a
atividade; quatro professores utilizaram o próprio corpo para o apoio físico dando
auxílio ao aluno, um usou o corpo do próprio aluno como facilitador para o movimento
e outro, a barra da piscina.
No Giro do quadril da posição dorsal para ventral, cinco professores utilizaram a
instrução verbal e nenhum outro professor relatou ter utilizado outra estratégia. Como
material, um professor utilizou a barra da piscina. Quatro professores utilizaram o
próprio corpo como auxilio ao aluno e dois professores usaram o corpo do próprio aluno
como instrumento de ensino durante a atividade e quatro professores relataram estar
dentro da água durante a realização do movimento.
Ocorreu novamente a predominância da instrução verbal e pouca utilização da
demonstração, apesar de cinco professores terem relatado estar dentro da água durante a
atividade quando tratou-se do ensino do Giro do quadril da posição ventral para dorsal e
dorsal para ventral.
73
Observa-se que nenhum professor utilizou material flutuador como recurso
facilitador para o ensino do giro do quadril nas mudanças de decúbito e quatro
professores utilizaram o próprio corpo para o apoio físico ao auxílio dos alunos e esses
aspectos nos leva a compreender que o uso do material flutuador neste movimento pode
não ser um instrumento facilitador, já que impede a livre movimentação do aluno na
água justificando a realização com auxilio direto do professor, que conforme
Makarenko (2001), facilita as condições de ensino, o que corrobora com Greguol (
2010) no sentido de que o auxílio direto do professor faz com que o aluno se sinta
encorajado para as mudanças de decúbito, essenciais para a estabilização do equilíbrio e
domínio do corpo em situações diversas.
Para o Giro do braço para trás, nove professores utilizaram a instrução verbal e
quatro, a demonstração. Para o auxílio ao aluno, quatro professores realizaram o apoio
físico com o próprio corpo, um o corpo do próprio aluno e um professor instruiu outro
aluno para que realizasse o movimento como um modelo para que o aprendiz
observasse e cinco professores relataram estar dentro da água durante a atividade.
Durante a atividade Giro do braço para frente, oito professores usaram a
instrução verbal, seis a demonstração e cinco, utilizaram o próprio corpo para o apoio
físico ao aluno. Como material, quatro professores utilizaram a prancha como
instrumento flutuador e um usou o acquatub ( espaguete). Como estratégia de condução,
um professor acionou outro aluno como modelo do movimento a ser realizado e quatro
professores utilizaram o corpo do próprio aluno para a demonstração do movimento a
ser realizado.
Observa-se que para o ensino do giro do braço para trás, os professores optaram
por utilizar o próprio corpo para o apoio físico ao aluno e nenhum professor buscou
material flutuador auxiliar. Segundo Rocha et al ( 2014) é escassa a utilização de
materiais didáticos por professores de natação durante o processo de ensino, pois estes
temem a dependência do aluno numa falsa percepção de autonomia. O autor afirma que
quando os materiais didáticos são utilizados pelos professores há preferência para a
prancha o que pode ser observado nos relatos referentes à atividade Giro do braço para
frente.
A propulsão terá maior ou menor ênfase conforme as especificidades de cada
aluno, portanto ao selecionar a estratégia de ensino a ser utilizada e planejar o material
didático adequado para o ensino deve-se considerar a funcionalidade do aluno e a
adaptabilidade deste ao material a ser utilizado (MUNSTER E ALVES, 2010)
74
No campo de atividades Outra, cinco professores relataram propostas de
atividades diferenciadas. São estas: movimento do braço do nado peito onde foi
utilizado a instrução e a demonstração com o corpo do próprio professor; entrada da
cabeça na água em decúbito dorsal (golfinhada invertida) na qual usou-se a instrução
verbal como estratégia de ensino; movimentos livres de giros e cambalhotas onde foram
utilizados a instrução verbal, o corpo do próprio aluno para o auxilio e o apoio físico do
professor, estando este dentro da água; deslocamento submerso com uso da instrução
verbal, o corpo do próprio aluno para o auxílio e o apoio físico do professor dentro da
água; deslocamento com material flutuador com a instrução verbal e a adaptação de
material flutuador amarrado nas pernas do aluno para percepção do arrasto ao nadar e o
corpo do professor foi utilizado para o apoio físico dentro da água.
Reis (2000) afirma que a variação de atividades e a exploração do movimento
como método de ensino auxilia o aluno na percepção de suas capacidades e na
compreensão de como utilizá-las a favor da eficiência na locomoção, assim como na
compreensão de habilidades cognitivas e prontidão do movimento.
Faz-se importante salientar que as observações citadas referem-se à fase de
aprendizagem de cada aluno, classe funcional esportiva que apresentam e
especificidades relacionadas à individualidade. Então, os dados coletados através da
entrevista e do diário de campo propiciaram algumas inferências que levaram à
discriminação e análise das informações obtidas.
Esta análise foi realizada a partir da extração das estratégias de ensino utilizadas
pelos professores coletadas tanto nas entrevistas conforme a análise de Bardin (2011)
quanto nos diários de campo e culminou na criação de três quadros organizacionais com
os seguintes campos de informação: professor (cada participante foi identificado com
um código numérico sendo de 0 a 12), lesão, condução, estratégia, instrução, material,
percepção e ambiente. Ressalta-se que estes termos foram escolhidos a fim de atender o
objetivo geral deste estudo que visa verificar a condução do processo de ensino de
natação para lesados medulares.
Neste sentido, o campo condução se refere à forma como o professor conduziu
a atividade proposta e aos procedimentos adotados por este; o campo estratégia mostra
os meios pelos quais o professor buscou atingir determinado objetivo proposto
(Reverdito e Scaglia, 2009); o campo instrução aponta o tipo de orientação prévia,
instrução e demonstração que o professor utilizou durante o processo de ensino (Fugita,
2009); o campo material se refere ao tipo de equipamento utilizado para auxiliar o
75
aluno na realização da atividade que segundo Rocha et al (2014) pode ser chamado de
material didático específico para o ensino da natação com objetivo de facilitar o
aprendizado. O campo percepção se refere à dimensão da percepção que pode ser
visual, auditiva ou somestésica e que tem estreita relação com o sentido conforme Lent
(2010) e, o campo designado como ambiente está relacionado ao local em que o
processo de ensino e a aplicação da estratégia foram realizados, conforme o
posicionamento físico estabelecido pelo professor (dentro ou fora da água, ou outro
local estabelecido para a aprendizagem).
Em síntese o Quadro 3 mostra a organização:
Quadro 3: Quadro organizacional para as Estratégias de ensino extraídas da entrevista e do diário de
campo
Prof
.
Lesão/
Classe
Condução Estratégia Instrução Material Percepção Ambiente
P1 a
P10
C1 a
CC4/5
S1 a S10
Propósito
Justificativa
Meios para
atingir o
objetivo
Orientação
Equipamento
utilizado
Visual,
Auditiva ou
Somestésica
Professor
dentro ou
fora da
água
O Quadro 4 refere-se às informações extraídas da entrevista e no Quadro 5
constam informações extraídas do diário de campo e neste foi possível compatibilizar as
diferentes circunstancias nas quais os participantes relataram atuar, ou seja, diferentes
lesões, tipos de condução, tipos de estratégia, instrução, materiais, etc indicados no
diário de campo. Isso nos levou aos caminhos de um dos objetivos deste estudo que foi
verificar a condução do processo de ensino de natação para lesados medulares.
Para a síntese das informações constantes nos quadros anteriormente citados, o
Quadro 6 foi elaborado com uma organização por nível de lesão medular e classificação
funcional esportiva fazendo correlação com as estratégias de ensino usadas pelos
professores em cada nível de lesão. É importante ressaltar que nem todas as informações
foram preenchidas pelos professores ficando lacunas para os campos instrução e
percepção. O campo funcionalidade foi preenchido com as estratégias de ensino que
indicavam ação educativa direcionada para tal, conforme discutido neste estudo. Assim,
nesta fase da pesquisa as estratégias de ensino utilizadas foram relacionadas à
classificação funcional esportiva e à promoção da funcionalidade motora durante o
processo de ensino.
76
Quadro 4 : Estratégias de ensino indicadas na entrevista
Prof. Lesão/
Classe
Condução Estratégia Instrução Material Percepção Ambiente
1 S7 Colocar flutuador na perna do aluno Utilizar o material para trabalhar flutuabilidade e facilitar o ensino do nado costas
espaguete sinestésico
1 S7 Utiliza exercícios corretivos e de sensibilidade para estimular a
percepção da funcionalidade motora
Exercícios de correção e de sensibilidade Verbal Auditivo
1 S7 Enquanto o aluno nada o professor vai relembrando a técnica do nado ao aluno
Relembrar verbalmente a técnica do nado e realizar a correção enquanto o aluno está executando o nado.
Verbal Auditivo
1 S7 Desafiou o aluno a nadar 50metros sem parar durante a preparação para
uma competição e ofereceu um prêmio em troca
Desafiar o aluno com prêmio para atingir determinada
meta
Verbal
1 S7 Auxilio na flutuação Utiliza o flutuador (espaguete) para auxílio na flutuação espaguete sinestésico
1 S7 Professor dentro da água utilizou o espaguete para auxilio da flutuação
e para dar segurança ao aluno que estava com medo
Entrar na água com o aluno para dar maior segurança e
utilizar o espaguete para auxiliar na flutuação
Verbal
sinestésica
Professor e
o espaguete
Auditivo e
sinestésico
Prof. dentro
da água
1 S7 Professor segura a mão do aluno, segura no braço, no tronco, auxilia na
flutuação, segura na barriga, nas costas para que o aluno flutue e compreenda o movimento ao mesmo em que orienta o aluno
verbalmente
Utiliza do toque para que o aluno se sinta seguro e
compreenda o movimento.
Verbal e
sinestésico
corpo do
aluno
Auditivo e
sinestésico
Prof. dentro
da água
1 S7 Professor utiliza palavras de motivação para encorajar o aluno a avançar e evoluir sempre
Utilizar palavras de motivação para incentivar o aluno Verbal Auditivo
2 C3/S4 Professor dentro da água mostra para o aluno a diferença de posição do
quadril
Nadar sem material, colocar o flutuador, pesinho ou
espaguete na perna e nadar de novo com material
Verbal e
sinestésica
Flutuador
Espaguete
pesinho
Auditivo,
visual e
sinestésico
Prof.dentro da
água
2 C3/S4 Professor explica o exercício para o aluno, mostra como deve ser
realizado para para que o aluno execute.
A estratégia é utilizar os meios verbal, visual e auditivo
para explicar determinado movimento
Verbal Auditivo e
visual
2 C3/S4 Professor dentro da água demonstra com o próprio corpo o movimento para o aluno simulando as limitações físicas para que o aluno perceba
eficiência da braçada
Professor simula as limitações físicas do aluno demonstrando que a eficiência do movimento é possível.
Visual Corpo do professor
Visual Prof. dentro da água
2 C3/S4 Coloca o aluno em decúbito dorsal e coloca o espaguete nas costas do
aluno para que ele tenha percepção do quadril
Ensinar o aluno a perceber a posição do quadril com
auxilio do material
Verbal e
sinestésico
Professor
Espaguete
Auditivo e
sinestésico
Prof. dentro
da água
2 C3/S4 Professor realiza a correção verbal de posicionamento do aluno para
que ele perceba o corpo na água
Utiliza a instrução verbal como estratégia para que o
aluno corrija o posicionamento do corpo na água
Verbal Auditivo
2 C3/S4 Professor explica verbalmente, mostra o vídeo, e demonstra o
movimento dentro da água tocando o aluno.
Utiliza como estratégia formas variadas de ensino e vias
de aprendizagem, visual, auditivo e sinestésico
Verbal,
visual e sinestésico
Visual,
auditivo e sinestésico
Prof. dentro
da água.
2 C3/S4 Questiona o aluno se o quadril está afundando e orienta para que
levante a cabeça e sinta a diferença, que olhe para cima
Através do questionamento e da instrução verbal, orienta
o aluno para que ele perceba a diferença de posição do quadril e realize as correções necessárias.
verbal auditivo
2 C3/S4 Professor explica o movimento verbalmente e mostra um vídeo com
um nadador da mesma classe funcional do aluno para que ele observe o
movimento a ser realizado
Professor se utiliza da instrução verbal e de vídeos com
nadadores da mesma classe funcional do aluno
Verbal Vídeo Visual e
auditivo
3 L1
Professor entra na água para nadar junto com o aluno Nadar junto com o aluno durante a aula como forma de
mostrar a ele que não está sozinho no processo de
descoberta e para que o aluno perceba o companheirismo
verbal Auditivo e
sinestésico
Prof. dentro
da água
77
do professor sem cobranças técnicas mas, uma construção
conjunta
3 L1 Na fase de aprendizado da braçada, professor dá a mão para o aluno
fazendo a vez da prancha e vai puxando para que haja o deslize e para
que o aluno possa ver o gesto técnico.
Estratégia de dar a mão para o aluno fazendo o lugar da
prancha na aprendizagem da braçada e puxar o aluno para
que aconteça o deslize
Verbal,
visual e
sinestésico
Corpo do
professor
Auditivo,
visual e
sinestésico
Professor está
dentro da
água
3 L1 Professor trabalhou na adaptação ao meio líquido de mãos dadas com o aluno e se utilizando do toque para dar segurança à criança
Estar dentro da água na fase de adaptação ao meio líquido e se utilizar do toque para dar segurança ao aluno
Verbal e sinestésico
Auditivo e sinestésico
Prof. dentro da água
3 L1 Explicou verbalmente como se realiza o nado borboleta verbal auditivo
3 L1 Para explicar determinado movimento, o professor primeiro demonstra
o que será realizado, depois faz uma explicação verbal e questiona o
aluno sobre o entendimento e por ultimo realiza o movimento tocando
o aluno, pegando nas mãos e nos braços, para que o aluno sinta o
movimento e explica verbalmente mais uma vez.
Utiliza das três vias de aprendizagem, visual, auditivo e
sinestésico
verbal,
visual e
sinestésica
Auditivo,
visual e
sinestésico.
3 L1 Explica verbalmente sobre o apoio da mão na água verbal auditivo
3 L1 Jogou a argolinha no fundo da piscina para que o aluno tentasse
mergulhar para pegar, orientou para que o aluno ondulasse o quadril e pediu para que o aluno tentasse descobrir como poderia fazer para
mergulhar
Começou na parte rasa e aos poucos foi aumentando a
profundidade
verbal argolinha Auditivo e
sinestésico
3 L1 O aluno adapta a dica para a própria funcionalidade Se utiliza da dica Verbal Auditivo
3 L1 Professor orienta com uma linguagem que a criança compreenda O tipo de linguagem utilizada na instrução verbal é utilizado como estratégia
Verbal Auditivo
3 L1 Orienta o aluno verbalmente para que ele use o movimento de quadril Se utiliza da instrução verbal para que o aluno perceba a
funcionalidade do movimento de quadril
Verbal Auditivo
3 L1 Desafiou o aluno a nadar quatro chegadas sem parar Desafio como estratégia de incentivo para que o aluno cumpra determinada tarefa
3 L1 Professor questiona o aluno e coloca a situação problema para
resolverem juntos, dizendo: “Eu precisava que você fizesse um
movimento assim, como vamos fazer?”
Construção conjunta da aula junto com o aluno Verbal Auditivo e
sinestésico
4 C6/S2
Na fase de adaptação ao meio líquido se utilizou do programa
Halliwick
Programa Halliwick Verbal Auditivo e
sinestésico
Prof. dentro
da água
4 C6/S2
Professor pede para que o aluno se oriente pelas cores da raia enquanto
nada como forma de fazer com que o aluno perceba que está avançando
Pede para que o aluno observe as cores da raia enquanto
nada e usa como estratégia para que o aluno perceba que está avançando
Verbal e
visual
Raias da
piscina
Auditivo e
visual
4 C5/S3 Na fase de adaptação ao meio líquido se utilizou do programa
Halliwick
Programa Halliwick Verbal Auditivo e
sinestésico
Prof. dentro
da água
5 L1 Pede para que os alunos afundem, tentem sentir o solado do pé tocar o fundo da piscina e voltem a superfície novamente e depois realizem a
flutuação
Estratégia encontrada pelo professor como forma de promover a percepção corporal
Verbal Auditivo
5 L1 Professor incentiva o avanço do aluno aumentando o numero de chegadas na piscina
Aumenta o numero de chegadas que o aluno precisa realizar durante a aula como estratégia de estímulo para
que o aluno ultrapasse os seus limites e aprimore o nado.
Verbal Auditivo
5 L1 Professor explica verbalmente o que precisa ser modificado Uso da instrução verbal como estratégia Verbal Auditivo
5 L1 Pede para que os alunos afundem, tentem sentir o solado do pé tocar o fundo da piscina e voltem a superfície novamente e depois realizem a
flutuação
Estratégia encontrada pelo professor como forma de promover a percepção corporal
Verbal Auditivo
78
5 L1 Professor pede para que o aluno coloque a mão no quadril enquanto
realiza para que sinta o movimento e orienta verbalmente conforme o feedback dado pelo aluno.
Utiliza o tocar o próprio corpo enquanto nada como
estratégia para que o aluno sinta o movimento que está realizando
Verbal e
sinestésica
corpo do
aluno
Auditivo,
visual e sinestésico
5 L1 Professor utiliza a braçada dupla no nado costas como estratégia para
trabalhar o controle do tronco
Utiliza o exercício da braçada dupla como estratégia para
trabalhar o controle do corpo
Verbal e
sinestésico
Auditivo e
sinestésico
6 C5 Utiliza boias de braço e um colete no aluno para facilitar a flutuação Vai retirando as boias e o colete quando percebe que o aluno já está seguro, realiza atividade com e sem colete
verbal Boias de braço e
colete
flutuador
sinestésico
6 C5 Com o apoio de uma barra na piscina o aluno mergulha para pegar
argolinhas no fundo da piscina
Dar através da barra o suporte físico para que o aluno
mergulhe para pegar argolinhas no fundo da piscina
verbal Barra na
piscina e
argolinhas
sinestésico
6 C5 Pede para que o aluno realize todas as atividades com e sem o colete tanto em decúbito ventral quanto dorsal
Estratégia encontrada pelo professor para que o aluno sinta o próprio corpo e sinta que consegue nadar
verbal Colete flutuador
Auditivo e sinestésico
Prof. dentro da água
6 C5 Professor vai aos poucos segurando e soltando o aluno para que ele
consiga realizar o movimento sozinho
Estratégia de segurar o aluno para dar maior segurança e
soltá-lo para que ele tente realizar o movimento sem o apoio físico
Sinestésico Sinestésico Prof. dentro
da água
7 C3,T1,
L3
Entra na água e auxilia no movimento Auxiliar na realização do movimento do aluno Verbal e
sinestésico
Auditivo e
sinestésico
Prof.dentro da
água
7 C3,T1, L3
Molha a mão com água fria e passa uma esponja áspera para que o aluno sinta onde a água vai pegar no movimento
Molhar a mão com água fria e passar uma esponja áspera na pele do aluno para que ele sinta onde a água irá tocá-lo.
Verbal e sinestésico
Auditivo e sinestésico
Prof. dentro da água
8 S5 O professor programa o treino através de uma periodização a fim de
gerar evolução, resultado e tornar o nado do atleta mais veloz.
Treino de força, treino de velocidade e polimento e
preservação da técnica do nado conforme a limitação do
atleta
Verbal Auditivo
8 S5 O professor programa o treino através de uma periodização a fim de
gerar evolução, resultado e tornar o nado do atleta mais veloz.
Realizar trabalho de técnica de nado com três meses antes
da competição e próximo da data de competir, realizar
trabalhos com estímulo de velocidade
Verbal Auditivo
8 S5 Professor utiliza do estímulo verbal como incentivo para o aluno
alcançar determinada meta
Estímulo verbal como forma de incentivo para que o
aluno alcance a meta
Verbal Auditivo
9 C5,C7 Adaptação de acessibilidade, nos equipamentos e fundamentos Adaptação
tátil
9 C5,C7 Trabalha pontualmente as dificuldades de cada atleta Utiliza metodologia de controle de tronco, controle do
giro de cintura escapular e de quadril
Equipament
os de
flutuação
Auditivo
9 C5,C7 Estando dentro da água o professor auxilia o aluno a realizar o giro Auxilia o giro para que a pessoa perceba a rotação Equipament
o de
flutuação
Auditivo e
sinestésico
Professor
dentro da
água
9 C5,C7 Para aumentar o controle de giro do quadril o professor prende o flutuador ao aluno para que o material promova a rotação no tronco.
Fixa o flutuador no aluno com borracha para que ele promova a rotação no tronco e aumente o controle do giro
de quadril
Flutuador e borracha
Auditivo e sinestésico
Professor dentro da
água
9 C5,C7 Com material, explora o desequilíbrio e retomada de equilíbrio do aluno durante o giro de quadril.
Utiliza espaguete para explorar o desequilíbrio, a retomada de equilíbrio e o controle de tronco
Palmar, prancha,
flutuador e
espaguete
Auditivo e sinestésico
Professor dentro da
água
9 C5,C7 Professor utiliza educativos técnicos e de fundamentos para trabalhar Utiliza de 20 a 25%do treino com educativos como Verbal e Auditivo e
79
com o aluno a percepção do corpo na água estratégia para desenvolver a percepção do corpo. sinestésico sinestésico
9 C5,C7 Professor utiliza o vídeo como forma de mostrar ao aluno o movimento ideal a ser realizado.
Utiliza o vídeo como estratégia para correção de movimento.
Visual Vídeo Visual
9 C5,C7 Professor pede para um aluno com técnica mais aprimorada de nado
demonstre o movimento para o aluno que está aprendendo
Utiliza como estratégia a demonstração partindo de outro
aluno
Visual Corpo de
outro aluno
aprendiz
Visual
10 C3,C5 O professor utiliza o conceito Halliwick como ferramenta principal de
trabalho
Estratégias de motivação e palavras de encorajamento e o
conceito Halliwick
Verbal e
sinestésico
Auditivo e
sinestésico
10 C7 Professor utiliza demonstração, palavras de encorajamento, correções
verbais com apoios físicos e simula o movimento até que o aluno
compreenda a correção que necessita ser realizada.
Professor utiliza como estratégia a demonstração, o toque
no aluno, o vídeo e as correções verbais para que o aluno
perceba o movimento que está realizando
Verbal,
visual e
sinestésica
Auditivo,
visual e
sinestésico
11 T12/L1 Avaliação inicial de percepção do medo e do equilibrio Avaliação acontece para divisão de turmas sinestésica
11 T12/L1 Professor utiliza brinquedos coloridos para trabalhar com a criança o prazer de estar na água
A estratégia é criar um ambiente em que a criança sinta prazer em estar na água
Brinquedos coloridos
11 T12/L1 realiza variadas possibilidades de equilíbrio horizontal e vertical onde
o aluno descobre a melhor forma de realizar cada movimento
Trabalho de percepção pessoal verbal O corpo do
próprio
aluno
sinestésico
11 T12/L1 Coloca o braço do aluno para fazer um peso, um sobrepeso pra que ele
consiga virar o corpo
Fazer com que o aluno descubra a melhor forma de trocar
de decúbito, ventral para dorsal e dorsal para ventral
verbal O próprio
corpo do
aluno
sinestésico
11 T12/L1 Professor incentiva para que o aluno tenha autonomia para o processo de descoberta do corpo dele na água
Pede para que o aluno mude o padrão de movimento que faz e descubra uma forma diferente de nadar.
verbal O próprio corpo do
aluno
Auditivo e sinestésico
11 T12/L1 Pede para que o aluno construa uma parte da aula em conjunto com o professor
Estratégia de dar autonomia ao aluno para o processo de descoberta do corpo dele na água
Verbal O próprio corpo do
aluno
Auditivo e sinestésico
11 T12/L1 Pede para que o aluno realize a locomoção de formas variadas,
horizontal, vertical e submersa.
Estratégia para que o perceba o aluno abaixo do nível da
água e para que o aluno perceba o arrasto em profundidade.
Verbal O próprio
corpo do aluno
Auditivo e
sinestésico
11 T12/L1 Durante a locomoção o professor bóias nas pernas dos alunos para que
eles flutuem e e sintam um arrasto diferente e a percepção do corpo em uma situação diferente.
Professor utiliza equipamentos de flutuação durante a
locomoção do aluno para o treino de percepção do corpo e da propriocepção em posicionamentos variados.
Verbal e
sinestésico
Equipament
os de flutuação
Auditivo,
visual e sinestésico
12 T10 Pede para que o aluno eleve o braço até a altura da orelha Melhorar a amplitude de braçada do aluno verbal auditivo
12 T10 Pede para que aluno realize a braçada dupla Fazer com que o aluno perceba a linha média do corpo verbal Auditivo e
sinestésico
12 T10 Professor utiliza um espaço fora da piscina em que bate muito sol no horário da aula e nos momentos de ensino de um movimento, o
professor pede para que o aluno saia piscina e realiza o movimento
segurando o braço do aluno e ao mesmo explica o movimento verbalmente orientando este aluno para que observe sua sombra
formada no chão.
Professor utiliza a sombra do aluno como um efeito espelho para facilitar a percepção e realiza o movimento
tocando no aluno e explicando verbalmente.
Verbal e sinestésica
O próprio corpo do
aluno
Auditivo, visual e
sinestésico
Espaço ensolarado ao
lado da
piscina.
12 T10 Professor demonstra o movimento dentro da água como se ele fosse o aluno, sem movimentar as pernas.
Utilizar a demonstração dentro da água simulando as limitações físicas do aluno
Visual e sinestésico
Corpo do professor
Visual Prof. dentro da água
12 T10 Professor realiza o movimento com o aluno fora da água e depois
dentro da água, simultaneamente à instrução verbal para que o aluno
Realizar o movimento com o aluno tanto fora como
dentro da água, tocando o aluno para que ele perceba as
Verbal e
sinestésica
Corpo do
próprio
Auditivo,
visual e
Professor está
dentro da
80
perceba o movimento e as correções a serem realizadas. correções à serem realizadas simultaneamente à instrução
verbal.
aluno sinestésico água
12 T10 Professor utiliza com o nadador com lesão medular, o tapper da natação
com deficientes visuais e pede para que o aluno enquanto nada toque
com o braço a bolinha que está na ponta do tapper.
Utilizar materiais diversos para estimular o aluno sob as
formas visual e sinestésica.
Visual e
sinestésico
Tapper Auditivo,
visual e
sinestésico
Prof. fica na
borda da
piscina
12 T10 Professor fica do lado de fora, na borda da piscina com o acquatub na mão e pede para que o aluno toque o braço no material durante o nado.
Utiliza o material como uma referência visual e sinestésica para o aluno.
Verbal, visual e
sinestésica
Acquatub (espaguete)
Auditivo, visual e
sinestésico
Prof. fica na borda da
piscina
12 T10 Professor mescla técnicas que utiliza com o nadador com deficiência visual, pede para que os alunos nadem encostando na raia, contem
braçadas e utilizem óculos escuros de natação para estimular o
aprimoramento da propriocepção.
Utiliza como estratégias atividades mesclando técnicas utilizadas com o nadador deficiente visual.
Verbal e sinestésico
Óculos com lentes
escurecidas
, raias da piscina e o
corpo do
aluno
Auditivo e sinestésico.
12 T10 Professor cria situações problema no movimento para que o aluno
resolva com a funcionalidade motora, por exemplo a virada do nado
crawl, deixando o aluno em posição incorreta na água para que ele se reorganize.
Criar uma situação problema no movimento para o aluno
se reorganize como forma de estimular a percepção da
funcionalidade motora.
Verbal e
sinestésico
Corpo do
próprio
aluno
Auditivo e
sinestésico
Quadro 5: Estratégias de ensino indicadas no diário de campo
Prof. Lesão/
Classe
Condução Estratégia Instrução Material Percepção Objetivo da
aula
Atividade Ambiente
01 S7
Professor conduziu com paciência e utilizou a demonstração
como estratégia, pois o aluno tem muito medo de realizar a respiração
Demonstração Verbal Auditivo e
Visual
Fazer o aluno
completar os 100 metros
costas
Respiração
01 S7
Utilizou flutuador e auxiliou o aluno Utilizar o flutuador para auxiliar na flutuação dorsal
Verbal e Sinestésico
Flutuador sinestésico Flutuação dorsal
01 S7
Auxiliou o aluno com a mão para flutuar Professor utilizou o toque para auxiliar o aluno
na flutuação ventral
Sinestésico Corpo do
professor
Sinestésico Transição
ventral/vert
ical
Prof. dentro
da água
01 S7
Utilizou a demonstração visual e o contato, auxiliando o
aluno no giro do braço para trás
Utilizou a demonstração visual e o toque
auxiliando o aluno a realizar o giro do braço
para trás
Visual,
auditivo e
sinestésico
Auditivo,
visual e
sinestésico
Giro do
braço para
trás
Prof. dentro
da água
01 S7
Utilizou a demonstração visual e o contato, auxiliando o aluno no giro do braço para frente
Utilizou a demonstração visual e o toque auxiliando o aluno a a realizar o giro do braço
para frente
Visual, auditivo e
sinestésico
Auditivo, visual e
sinestésico
Giro do braço para
frente
Prof. dentro da água
01 L4/L5 S7
Mostrou como a respiração é realizada, acompanhou a realização e realizou correções.
Demonstrou como realizar o movimento Visual Visual Preparação física
Respiração
81
01 L4/L5
S7
Utilizou a raia como material para a atleta segurar na
realização da flutuação dorsal
Utilizar a raia como material para auxiliar na
flutuação dorsal
Sinestésico Raia da
piscina
Sinestésico Flutuação
dorsal
02 T11
Realizou a respiração segurando na borda da piscina e
depois com auxilio do professor realizou deslocamento em decúbito ventral
Realizar a respiração primeiro sem
deslocamento e depois com auxilio do professor no deslocamento em decúbito ventral
Verbal,
visual e sinestésico.
Auditivo,
visual e sinestésico
Adaptação ao
meio líquido, iniciação
nado crawl e
costas
Respiração Prof. dentro
da água
02 T11
Realizou a flutuação dorsal com material nas axilas e depois no deslocamento com auxilio do professor
Professor utilizou material para auxiliar o aluno na flutuação dorsal e depois auxiliou o
aluno a realizar o deslocamento
Verbal e sinestésico
flutuador Auditivo e sinestésico
Flutuação dorsal
Professor estava
dentro da
água
02 T11
Realizou a flutuação ventral primeiro estático com material
flutuador, pesinho e com auxilio do professor e depois com
deslocamento, também com auxilio do professor
Realizar a flutuação ventral primeiro estática e
com material e auxilio e depois com
deslocamento também com auxilio.
Verbal e
sinestésico
flutuador
e pesinho
Auditivo e
sinestésico
Flutuação
ventral
Prof. dentro
da água
02 T11
Para realizar a transição da posição dorsal para vertical o
aluno foi orientado a fazer força no abdômen e o movimento
foi realizado com o aluno segurando na borda
Orientar o aluno a concentrar a força na
contração muscular abdominal e realizar o
movimento segurando na borda da piscina
Verbal
sinestésica
Borda da
piscina
Auditivo e
sinestésico
Transição
dorso/
vertical
02 T11
Para realizar a transição da posição ventral para vertical o aluno foi orientado a fazer força no abdômen e o movimento
foi realizado com o aluno segurando na borda
Orientar o aluno a concentrar a força na contração muscular abdominal e realizar o
movimento segurando na borda da piscina
Verbal sinestésica
Borda da piscina
Auditivo e sinestésico
Transição ventral /
vertical
02 T11
O professor auxiliou na realização do rolamento Auxilio com o toque do professor na realização do giro do quadril da posição ventral para
dorsal
Verbal e sinestésico
Corpo do professor
Auditivo e sinestésico
Giro do quadril
ventral/
dorsal
Prof. dentro da
água
02 T11
O professor auxiliou na realização do rolamento Auxilio com o toque do professor na realização do giro do quadril da posição dorsal para
ventral
Verbal e sinestésico
Corpo do professor
Auditivo e sinestésico
Giro do quadril
dorso/ventr
al
Prof. dentro da água
02 T11
Primeiro o professor instruiu o aluno verbalmente e
demonstrou o movimento e depois o aluno realizou o
movimento com auxílio do professor
Instruir verbalmente o aluno e demonstrar o
movimento primeiro e depois realizar o com o
movimento auxiliando o aluno.
Verbal,
visual e
sinestésico
Corpo do
aluno e
do professor
Auditivo,
visual e
sinestésico
Giro do
braço para
trás
02 T11
Primeiro o movimento foi realizado na borda, depois com a
prancha e por último com auxílio do professor.
Realizar o movimento de forma sem
deslocamento, com o aluno segurando na
borda, depois com a prancha e por ultimo com
auxílio do professor.
Verbal,
visual e
sinestésico
Borda da
piscina e
a prancha
Auditivo,
visual e
sinestésico
Giro do
braço para
frente
02 T1/ S5
Professor instruiu o aluno no giro do braço para trás a
colocar o braço bem próximo da orelha
Instrução verbal para correção do movimento Verbal Auditivo Aprimoramen
to da técnica do nado
crawl, costas
e peito
Giro do
braço para trás
02 T1/S5
Professor instruiu verbalmente e demonstrou para o aluno
que a mão precisa entrar na água seguindo a linha do ombro.
Instrução verbal e demonstração do movimento
para correção da técnica de nado
Verbal e
visual
Corpo do
professor
Auditivo e
visual
Giro do
braço para
frente
82
03 L1
Professor demonstrou o movimento orientou verbalmente a
aluna para que realizasse a respiração para os lados direito e esquerdo.
Demonstração do movimento e instrução
verbal
Verbal e
visual
Corpo do
professor
Auditivo e
visual
Aprimorar
aas técnicas do nado crawl
Respiração
03 L1
Professor auxiliou a aluna na realização do movimento e
orientou verbalmente para que durante a flutuação, a aluna mantivesse a atenção focada na respiração
Auxilio do professor na execução e instrução
verbal para o foco da atenção na respiração
Verbal,
visual e sinestésico
Corpo do
aluno e do corpo
professor
Visual,
auditivo e sinestésico
Flutuação
ventral
Prof. dentro
da água
03 L1
Professor auxiliou na realização do movimento e orientou
verbalmente para que a aluna durante a transição utilizasse a força abdominal e o auxilio dos braços
Auxilio do professor durante o movimento e
instrução verbal para o foco na força abdominal e auxilio dos braços durante a
transição.
Verbal,
visual e sinestésico
Corpo do
aluno e do
professor
Visual,
auditivo e sinestésico
Transição
ventral / vertical
Prof. dentro
da água
03 L1
Professor auxiliou no movimento e deu apoio para a realização do giro do braço para frente. A aluna utilizou a
prancha e o professou instruiu verbalmente quanto ao
posicionamento do braço durante a execução do giro.
Professor auxiliou e apoiou a aluna com o próprio corpo durante a execução do
movimento, orientando verbalmente quanto à
execução do giro e o posicionamento do braço.
Verbal, visual e
sinestésico
Corpo do aluno e
do
professor e a
prancha
Visual, auditivo e
sinestésico
Giro do braço para
frente
Prof. dentro da água
03 L1
Instrução verbal quanto ao processo de respiração natural durante o nado
Instrução verbal Verbal Auditivo Aperfeiçoar as técnicas do
nado costas
Respiração
03 L1
Professor auxiliou a aluna na realização do movimento e
orientou verbalmente para que durante a flutuação, a aluna mantivesse a atenção focada na respiração
Auxilio do professor na execução e instrução
verbal para o foco da atenção na respiração
Verbal,
visual e sinestésico
Corpo do
aluno e do
professor
Visual,
auditivo e sinestésico
Flutuação
dorsal
Prof. dentro
da água
03 L1
Professor auxiliou na execução do movimento e orientou verbalmente para que a luna mantivesse o foco da atenção
na força abdominal e no posicionamento da cabeça à frente
afundando o quadril.
Professor auxiliou na execução e utilizou-se da orientação verbal para o foco da atenção na
força abdominal e no posicionamento da
cabeça para à frente para que a aluna fosse afundando o quadril
Verbal, visual e
sinestésico
Corpo do próprio
aluno e o
corpo do professor
Visual, auditivo e
sinestésico
Transição da posição
dorsal para
vertical
Prof.dentro da água
03 L1
Professor orientou verbalmente quanto ao posicionamento
dos braços durante a execução do movimento instruindo a
aluna para que realizasse o giro com movimentos alternados e simultâneos dos braços.
Professor se utilizou da instrução verbal para
realização da atividade com movimentos
alternados e simultâneos dos braços
Verbal Auditivo Giro do
braço para
trás
03 L1
Professor demonstrou o movimento e instruiu sobre a
realização de palmateio para a flutuação com deslocamento e pediu para que a aluna realizasse o exercício.
Professor utilizou-se da instrução verbal e da
demonstração.
Verbal e
Visual
Corpo do
professor
Auditivo e
visual
Flutuação
dorsal
03 L1
Professor instruiu verbalmente para que a luna realizasse o
palmateio e e se desloca-se na piscina em decúbito ventral
Professor utilizou-se da instrução verbal Verbal Auditivo Flutuação
ventral
03 L1
Professor instruiu verbalmente quanto ao posicionamento do braço durante o movimento, demonstrou o exercício e pediu
para que a aluna realizasse.
Demonstração do movimento e instrução verbal quanto ao posicionamento do braço
Verbal e visual
Corpo do professor
Visual e auditivo
Giro do braço para
trás
03 L1
Professor demonstrou e instruiu verbalmente quanto ao posicionamento do braço durante o movimento, pediu para
que a aluna realizasse e fez correções na técnica de
movimento.
Professor utilizou a demonstração e a instrução verbal orientando o aluno quanto ao
posicionamento do braço.
Giro do braço para
frente
83
03 L1
Professor auxiliou na realização do movimento e instruiu
verbalmente durante a realização do exercício
Auxílio do professor e instrução verbal durante
a execução do movimento
Verbal,
visual e sinestésico
Corpo do
professor
Auditivo,
visual e sinestésico
Aprimorar as
técnicas do nado peito
Respiração Prof. dentro
da água
03 L1
Professor instruiu verbalmente e demonstrou a
movimentação de braços durante a flutuação com deslize.
Instrução verbal e demonstração do movimento Verbal e
visual
Corpo do
professor
Auditivo e
visual
Flutuação
ventral
03 L1
Professor realizou a instrução verbal para uma leve posição vertical para a realização da respiração e pediu para que a
aluna realizasse o movimento
Instrução verbal sobre a respiração na transição Verbal Auditivo Transição ventral/
vertical
03 L1
Professor instruiu verbalmente e demonstrou a braçada do nado peito orientando a aluna para que desenhasse um
circulo com os dois braços e cortasse esse circulo ao meio,
após a explicação pediu para a aluna realizar o exercício relembrando que a braçada é realizada à frente do corpo.
Demonstração e instrução verbal quanto á realização do movimento do braço para o nado
peito
Verbal Corpo do professor
Auditivo e visual
Movimento do braço do
peito
04 C6/S3
O aluno foi instruído a utilizar a cervical para dar o
posicionamento do corpo, mantendo as orelhas na água ou fazendo imersões através de uma golfinhada invertida, assim
ao fundar a cabeça o tronco tem reação no tronco que sobe.
Professor utilizou a instrução verbal para
orientar o aluno dando referências físicas para que o aluno possa manter o posicionamento do
corpo na posição dorsal.
Verbal Auditivo Aumentar o
deslize e a flutuabilidade
durante a
braçada dupla
Flutuação
dorsal
04 C6/S3
O aluno realizou o giro dos dois braços para trás de forma simultânea sendo instruído a manter o tronco estático e
braços estendidos com leve flexão dos cotovelos e rápida
adução para fora para gerar propulsão.
O professor utilizou da instrução verbal orientando o aluno sobre a técnica do
movimento.
Verbal Auditivo Giro do braço para
trás
04 C6/S3
O aluno foi instruído a entrar na piscina em decúbito ventral
realizando rotação transversa a frente com os braços
estendidos com os ombros próximo ás orelhas, para compensar a falta de propulsão nas pernas e realizar leve
propulsão com os punhos e para respirar realizou a rotação
longitudinal.
O professor utilizou da instrução verbal
orientando o aluno sobre como realizar o
movimento gerando propulsão.
Verbal Auditivo Controlar as
rotações do
nado crawl
Flutuação
ventral
04 C6/S3
Com objetivo de coordenar o movimento de tronco e braços alternados o aluno foi orientado a realizar a braçada
coordenada mantendo o braço contrario afastado da linha do
ombro, respirando a cada três braçadas
Orientação sobre forma de realização do movimento através da instrução verbal.
Verbal Auditivo Giro do braço para
frente
04 C5/S2
Em decúbito ventral o aluno foi orientado a expirar o ar pelo
nariz enquanto inicia a rotação longitudinal com o movimento de rotação cervical acompanhado pelo mesmo
movimento de ombro para o mesmo lado passando para
decúbito dorsal para realizar a inspiração estando assim em posição de segurança que é vertical, com independência.
O aluno foi orientado através da instrução
verbal a realizar o giro de quadril e fazer a transição de decúbito ventral para dorsal,
realizando a expiração em decúbito ventral e a
inspiração em decúbito dorsal, sendo a inspiração na posição vertical.
Verbal Auditivo Controle da
respiração e rotações do
tronco
Respiração
04 C5/S2
Em decúbito ventral o aluno foi orientado a expirar o ar pelo
nariz enquanto inicia a rotação longitudinal com o movimento de rotação cervical acompanhado pelo mesmo
movimento de ombro para o mesmo lado passando para
decúbito dorsal para realizar a inspiração estando assim em posição de segurança que é vertical, com independência
O aluno foi orientado através da instrução
verbal a realizar o giro de quadril e fazer a transição de decúbito ventral para dorsal,
realizando a expiração em decúbito ventral e a
inspiração em decúbito dorsal, sendo a inspiração na posição vertical.
Verbal Auditivo Transição
dorso/vertical
84
04 C5/S2
Em decúbito dorsal, o aluno foi orientado a iniciar o giro
simultâneo dos braços com o polegar saindo primeiro e cotovelos estendidos de forma lenta até o movimento ficar
vertical fazendo extensão lateral dos braços ao entrar na
água e tracionando com a palma das mãos direcionadas para o quadril
Através da instrução verbal o professor
orientou o aluno sobre a técnica de realização da braçada dupla.
Verbal Auditivo Propulsão de
membros superiores de
costas
(Braçada dupla)
Giro do
braço para trás
04 C5/S2
O aluno foi orientado ao realizar a verticalização dos braços em decúbito dorsal na braçada dupla, entrar com o rosto na
água expirando o ar pelo nariz e retornar ao final do
movimento de tração.
Através da instrução verbal o professor orientou o aluno sobre a técnica de realização
da golfinhada invertida.
Verbal Auditivo Entrada da cabeça na
água em
decúbito dorsal/
Golfinhada
invertida
05 L1
Professor orientou a aluna para segurasse na borda e fizesse
bolinhas colocando o rosto por completo na água.
Através da instrução verbal o professor
orientou a aluna para que segurasse na borda
da piscina e fizesse bolinhas com o rosto na água
Verbal Auditivo Nado crawl Respiração Prof. dentro
da água
05 L1
Professor iniciou com um trabalho de braços demonstrando
o movimento para o aluno e orientando para que primeiro
apenas observasse, após a demonstração o professor pediu para que o aluno realizasse o movimento com auxílio e
quando percebeu que o aluno sentia-se seguro, este realizou
o movimento sozinho, sem auxílio.
Professor utilizou como estratégia a
demonstração do movimento, pedindo para que
o aluno apenas observasse em um primeiro momento, depois o aluno realizou a atividade
com e sem auxilio do professor.
Verbal e
visual
Corpo do
professor
Visual,
auditivo e
sinestésico
Flutuação
ventral
Prof. dentro
da água
05 L1
Primeiro o professor realizou com o aluno o movimento fora
da água e depois auxiliou na realização do movimento
dentro da água
Realizar o movimento fora da água primeiro e
depois auxiliar o aluno na realização do
movimento dentro da água.
Verbal,
visual e
sinestésico
Corpo do
aluno e
do professor
Visual,
auditivo e
sinestésico
Transição
ventral
/vertical
Professor
estava
dentro da água
05 L1
Professor demonstrou o movimento fora da piscina e depois
dentro da água realizou o exercício auxiliando o aluno.
Demonstrar o movimento fora da piscina e
depois auxiliar o aluno na execução do
exercício.
Verbal,
visual e
sinestésico
Corpo do
aluno do
professor
Visual,
auditivo e
sinestésico
Giro dos
braços para
frente
Prof. dentro
da água
06 C5
Professor demonstrou o exercício para o aluno tanto dentro
quando fora da água e instruiu verbalmente sobre a técnica
da respiração, pedindo para que o aluno realizasse, depois instruiu para que o aluno exercitasse o afundar expirando o
ar e o retornar à superfície também expirando o ar.
Professor utilizou da demonstração tanto
dentro quanto fora da água e instruiu o aluno
verbalmente quanto à técnica da respiração.
Verbal,
visual.
Corpo do
professor
Auditivo,
visual e
sinestésico.
Ensinar os
quatro estilos
da natação
Respiração Prof. dentro
da água.
06 C5
Professor utilizou um colete flutuador como equipamento
para o auxílio e apoiou a nuca do aluno durante a realização do exercício.
Professor utilizou a instrução verbal, utilizou
um colete como equipamento flutuador e auxiliou na realização do exercício apoiando
na nuca do aluno.
Verbal,
visual e sinestésico.
Colete
flutuador .
Auditivo,
visual e sinestésico.
Flutuação
dorsal
Prof. dentro
da água
06 C5
Professor utilizou um colete flutuador no aluno, instruiu verbalmente para que o aluno segurasse uma prancha como
apoio e realizasse a respiração e o professor deu apoio
segurando a prancha durante a realização do exercício.
Professor utilizou um colete flutuador e uma prancha como equipamentos auxiliares,
instruiu o aluno verbalmente e apoiou a
prancha durante a realização do exercício dando estabilidade ao movimento.
Verbal, visual e
sinestésica.
Colete flutuador,
prancha .
Auditivo, visual e
sinestésico.
Flutuação ventral
Prof.dentro da água.
85
06 C5
Professor instruiu verbalmenteo aluno para que na borda da
piscina segurasse na barra girando o tronco e trazendo o corpo para posição vertical.
Professor utilizou a instrução verbal orientando
na realização da atividade.
Verbal e
visual.
Barra da
piscina
Auditivo,
visual e sinestésico.
Transição
dorso/vertical
06 C5
Professor instruiu verbalmenteo aluno para que na borda da
piscina segurasse na barra girando o tronco e trazendo o corpo para posição vertical.
Professor utilizou a instrução verbal orientando
na realização da atividade.
Verbal e
visual.
Barra da
piscina
Auditivo,
visual e sinestésico.
Transição
ventral/vertical.
06 C5
Professor instruiu verbalmenteo aluno para que na borda da
piscina segurasse na barra girando o tronco e trazendo o
corpo para posição vertical.
Professor utilizou a instrução verbal orientando
na realização da atividade.
Verbal e
visual.
Barra da
piscina
Auditivo,
visual e
sinestésico.
Giro do
quadril
ventral/ dorsal
06 C5
Professor instruiu verbalmenteo aluno para que na borda da
piscina segurasse na barra girando o tronco e trazendo o corpo para posição vertical.
Professor utilizou a instrução verbal orientando
na realização da atividade.
Verbal e
visual.
Barra da
piscina
Auditivo,
visual e sinestésico.
Giro do
quadril dorsal/
ventral
06 C5
Professor apoiou uma das mãos na nuca do aluno e com a outra mão auxiliou no giro alternado dos braços para trás.
Professor utilizou da instrução verbal e auxiliou na realização do exercício
Verbal e sinestésica
Corpo do professor
.
Auditivo e sinestésico
Giro do braço para
trás
Prof. dentro da água
06 C5
Professor auxiliou na realização do exercício e instruiu o
aluno para que em decúbito ventral gire os braços para frente respirando de forma lateral.
Professor auxiliou na realização do exercício e
se utilizou da instrução verbal.
Verbal e
sinestésico
Corpo do
professor.
Auditivo,
visual e sinestésico
Giro do
braço para frente
Prof. dentro
da água.
08 S5
Aluno foi instruído a primeiro prender a respiração o
máximo de tempo possível, depois soltar a respiração lentamente alternando entre nariz e boca e por ultimo
controlar a expiração do ar pelo nariz e inspiração pela boca
A orientação da atividade ocorreu através da
instrução verbal
Verbal Auditivo Adaptação ao
meio líquido com foco para
a natação
competitiva
Respiração
08 S5
O aluno foi instruído a inflar o pulmão de ar e depois fazer uma expiração forte com o professor realizando o apoio na
nuca do aluno. No segundo momento o aluno realizou a
flutuação com palmateio.
Em um primeiro momento foi utilizada a instrução verbal e apoio do professor, no
segundo momento o aluno é orientado a
realizar palmateio
Verbal e sinestésico
Corpo do professor
Auditivo e sinestésico
Flutuação dorsal
Prof. dentro da água.
08 S5
Utilizou apoio de um espaguete ou flutuador e deu apoio
com a palma da mão no peito do aluno para que ele adquira
o equilíbrio até manter a própria flutuação
Professor utilizou material flutuador e deu
apoio físico para auxiliar o aluno na
manutenção do equilibrio
Verbal e
sinestésico
flutuador Auditivo e
sinestésico
Flutuação
ventral
Prof. dentro
da água
08 S5
Professor dá o estimulo e apoiando a mão na barriga do aluno conduz o movimento abdominal até ele chegar na
posição vertical
Utilizou apoio físico para auxiliar o aluno Sinestésico Corpo do professor
Sinestésico Transição dorso/vertic
al
Prof. dentro da água
08 S5
Instruiu o aluno verbalmente e em conjunto o auxiliou na descoberta do ponto de equilibrio
Utilizou a instrução verbal e realizou a descoberta do ponto de equilíbrio
Verbal Auditivo e sinestésico
Transição ventral/vert
ical
08 S5
Instruiu verbalmente o aluno para que ele inicie o movimento até chegar a posição ideal auxiliando com o
toque ao afundar um do ombros do aluno para que este gire.
Utilizou a instrução verbal e o toque auxiliando o aluno no movimento
Verbal e sinestésico
Auditivo e sinestésico
Giro do quadril
ventral
/dorsal
Prof. dentro da água
08 S5
Pediu para que o aluno definisse o lado e tentasse realizar o giro para a posição ventral, com auxilio do professor
afundando um dos ombros do aluno para auxiliar no giro
Utilizou a instrução verbal e o toque auxiliando o aluno no movimento
Verbal e sinestésico
Auditivo e sinestésico
Giro do quadril
dorsal/ventr
Prof. dentro da água
86
al
08 S5
Instruiu o aluno para que ele eleve o braço até a maior altura possível fazendo o giro, professor auxiliou conduzindo o
braço do aluno.
Instruiu e auxiliou o aluno no giro do braço para trás.
Verbal e sinestésica
Auditivo e sinestésico
Giro do braço para
trás
08 S5 Com a prancha e com o flutuador, o aluno realizou o
movimento do giro do braço para frente com auxilio do professor.
O aluno realizou o giro do braço para frente
com auxilio do professor e com o uso do material
Verbal e
sinestésico
Prancha e
flutuador
Auditivo e
sinestésico
Giro do
braço para frente
9 T5
T6
Professor se utilizou da instrução verbal e de atividades
variadas para o ensino da respiração, sendo a execução do movimento fora da água, com imersão, com variação do
tempo de movimento de respiração, bloqueando a respiração
e alternando o fluxo da respiração com movimentação corporal
Professor utilizou uma sequencia de atividades
variadas para o ensino da respiração.
Verbal Auditivo Iniciação á
prática da natação
Respiração
9 T5
T6
Em um primeiro momento a flutuação foi realizada com o
aluno apoiando as mãos no ombro do professor, depois foi realizada com o professor apoiando a nuca do aluno, em um
terceiro momento com controle através da respiração, depois
a flutuação foi realizada sem apoio e por ultimo foi treinado o controle da respiração utilizando palmateio.
Professor utilizou uma sequencia de atividades
variadas para o ensino da flutuação dorsal, utilizou também a instrução verbal, a
demonstração e o apoio físico ao aluno.
Verbal e
sinestésico
Corpo do
aluno e do
professor
Auditivo e
sinestésico
Flutuação
dorsal
Prof. dentro
da água
9 T5
T6
Professor orientou verbalmente o aluno para que primeiro
observasse o movimento da flutuação ventral e depois
executasse, professor utilizou variação de posição da cabeça durante a flutuação
Professor se utilizou da instrução verbal e da
demonstração do movimento antes de sua
execução com variação no movimento.
Verbal,
visual e
sinestésico
Corpo do
professor
Auditivo,
visual e
sinestésico.
Flutuação
ventral
Prof.dentro
da água
9 T5
T6
Professor utilizou uma sequencia de atividades, dando apoio
físico ao aluno durante a execução do movimento. Foi giro do tronco com auxilio dos braços, giro de tronco sem auxílio
dos braços, meio giro alternando o lado, meio giro com
parada.
Professor utilizou uma sequencia de atividades,
dando apoio físico ao aluno durante a execução do movimento.
Verbal,
visual e sinestésico
Corpo do
aluno e do
professor
.
Auditivo,
visual e sinestésico.
Transição
dorso/ vertical
Prof.dentro
da água.
9 T5 T6
Professor utilizou uma sequencia de atividades, dando apoio físico ao aluno durante a execução do movimento, sendo a
variação de equilíbrio do tronco pela posição da cabeça,
indução à flexão do tronco com auxílio de palmateio e indução à flexão do tronco somente com a movimentação de
cabeça e respiração (expiração)
Professor utilizou uma sequencia de atividades, dando apoio físico ao aluno durante a execução
do movimento, utilizando posições de variação
do equilíbrio.
Verbal, visual e
sinestésico
Corpo do aluno e
do
professor.
Auditivo, visual e
sinestésico.
Transição ventral/
vertical
Prof. dentro da água.
9 T5 T6
Professor utilizou uma sequencia de atividades, sendo palmateio bilateral e unilateral para rotação do tronco, meio
giro alternando os lados e meio giro com parada lateral
Professor utilizou uma sequencia de atividades sendo o palmateio utilizado como apoio do
corpo para o giro e o meio giro com parada
para treino do equilíbrio.
Verbal, visual e
sinestésico
Corpo do aluno e
do
professor.
Auditivo, visual e
sinestésico.
Giro do quadril
ventral/
dorsal
Prof. dentro da água.
9 T5
T6
Professor utilizou uma sequencia de atividades, sendo
palmateio bilateral e unilateral para rotação do tronco, meio giro alternando os lados e meio giro com parada lateral
Professor utilizou uma sequencia de atividades
sendo o palmateio utilizado como apoio do corpo para o giro e o meio giro com parada
para treino do equilíbrio.
Verbal,
visual e sinestésico
Corpo do
aluno
Auditivo,
visual e sinestésico.
Giro do
quadril dorso/
ventral
Prof. dentro
da água.
9 T5
T6
Professor se utilizou de uma sequencia de atividades,
auxiliando o aluno com apoio físico. Sendo palmateio
Professor se utilizou de uma sequencia de
atividades, auxiliando o aluno com apoio físico
Verbal,
visual e
Corpo do
aluno e
Auditivo,
visual e
Giro do
braço para
Prof. dentro
da água.
87
alternado, giro unilateral com palmateio, giro bilateral com
apoio na cabeça, giro unilateral com apoio na cabeça e execução lenta e guiada do movimento do braço, giro
unilateral sem apoio
no inicio da sequencia e finalizando esta sem
apoio, ou seja aumentando o nível de dificuldade conforme a evolução do aluno
sinestésico do
professor.
sinestésico. trás
9 T5 T6
Professor se utilizou de uma sequencia de atividades, auxiliando o aluno com apoio físico e uso de equipamento.
Sendo a realização de palmateios a frente da cabeça,
“cachorrinho” e palmateios próximo do quadril, giro do braço para frente com pegada dupla, braçada submersa, giro
unilateral com apoio da prancha e giro unilateral sem
prancha.
Professor se utilizou de uma sequencia de atividades, auxiliando o aluno com apoio físico
no inicio da sequencia e finalizando esta sem
apoio, ou seja aumentando o nível de dificuldade conforme a evolução do aluno,
professor orientou o aluno para que realizasse
o movimento com e sem equipamento como auxilio.
Verbal, visual e
sinestésico
Corpo do aluno, do
professor
e a prancha.
Auditivo, visual e
sinestésico.
Giro do braço para
frente
Prof. dentro da água.
11 T12
L1
Professor segurou o aluno por baixo das axilas e orientou
para que inspirasse o ar e expirasse colocando o rosto na água
Auxiliar o aluno na realização do movimento
estando dentro da água e realizar a respiração como a primeira atividade da adaptação ao
meio líquido
Verbal,
visual e sinestésico
Corpo do
professor
Auditivo,
visual e sinestésico
Descobrir
formas de deslocamento
em decúbito
ventral e dorsal
Respiração Prof. dentro
da água.
11 T12
L1
Professor orientou verbalmente o aluno que em função da
baixa densidade corporal, no caso dele seria mais fácil a
flutuação, pediu para que o aluno ficasse tranquilo, relaxasse a cabeça para que conseguisse flutuar com facilidade.
Orientar verbalmente o aluno sobre a
facilidade em flutuar, apoiar a cabeça do aluno
para que realize o movimento.
Verbal e
sinestésico
Corpo do
aluno e
do professor
Auditivo e
sinestésico
Fazer o aluno
perceber que
possui facilidade
para flutuar
Flutuação
dorsal
Prof.dentro
da água.
11 T12 L1
Com a garantia de que o aluno já possuía ótimo controle com a respiração, professor pediu para que o aluno ficasse
tranquilo dando apoio para a realização do movimento.
Professor orientou verbalmente o aluno para que ficasse tranquilo e deu apoio físico para a
realização do movimento.
Verbal e sinestésico
Corpo do aluno e
do
professor
Auditivo e sinestésico
Flutuação ventral
Prof.dentro da água.
11 T12 L1
Professor solicitou para que o aluno estendesse o braço tocando o braço do professor e projetando o tronco para
frente. Em um segundo momento o movimento foi realizado
utilizando uma bola como referencia.
Primeiro orientou verbalmente o aluno e auxiliou na realização do movimento depois
utilizou uma bola como referencia.
Verbal, visual e
sinestésico
Corpo do aluno, do
professor
e uma bola.
Auditivo e sinestésico
Transição dorso/
vertical
Prof.dentro da água.
11 T12
L1
Professor orientou verbalmente o aluno para que projetasse
a cabeça para trás como se fosse deitar, repetindo o movimento várias vezes e segurando nas pernas do aluno
para estabilizar um ponto fixo.
Orientação verbal sobre a forma de realizar o
movimento e apoio para estabilização do equilíbrio.
Verbal e
sinestésico
Corpo do
aluno e do
professor
Auditivo e
sinestésico
Transição
ventral/ vertical
Prof. dentro
da água.
11 T12
L1
Professor orientou o aluno para que iniciasse o movimento
com a cabeça. Quando o aluno está no inicio da fase de aprendizagem o professor estabiliza o quadril do aluno
pedindo para que o aluno auxilie no movimento com a sua própria força de abdômen para que o quadril gire realizando
a mesma força com os braços.
Orientação verbal sobre a realização do
movimento dando apoio físico para o aluno.
Verbal e
sinestésico
Corpo do
aluno e do
professor.
Auditivo e
sinestésico
Giro do
quadril ventral
/dorsal
Prof. dentro
da água
11 T12
L1
Professor orientou o aluno para iniciasse o movimento pela
cabeça projetando o braço estendido para que encoste na mão do prof. que estará estendida ao lado do aluno na
Orientação verbal sobre a forma de realizar o
movimento e apoio físico durante a execução.
Verbal e
sinestésico
Corpo do
aluno e do
Auditivo e
sinestésico
Giro do
quadril dorsal/
Prof. dentro
da água.
88
direção do giro. professor
.
ventral
11 T12
L1
Após estabilizar o aluno em decúbito dorsal o professor
pediu para que outro aluno realizasse o movimento como
exemplo para o aprendiz e depois pediu para que o aluno realizasse o movimento de giro.
O professor estabilizou o aluno em decúbito
dorsal e depois pediu para que outro aluno
realizasse o movimento para que a aprendizagem aconteça por observação.
Verbal,
visual e
sinestésico
Corpo
do
professor e do
aluno
Auditivo e
sinestésico
Giro do
braço para
trás
Prof.dentro
da água.
11 T12
L1
Após boa adaptação ao meio líquido, o professor pediu para
que outro aluno realizasse o movimento, orientando o aprendiz para que observasse e depois executasse o giro do
braço para frente.
O professor depois pediu para que outro aluno
realizasse o movimento para que a aprendizagem aconteça por observação.
Verbal,
visual e sinestésico
Corpo do
aluno e do
professor
Auditivo e
sinestésico
Giro do
braço para frente
Prof. dentro
da água.
11 T12 L1
Professor orientou verbalmente o aluno para realizasse giros de formas variadas.
Orientação verbal e auxilio ao aluno com apoio físico.
Verbal, visual e
sinestésico
Corpo do aluno
Auditivo, visual e
sinestésico
Melhora da consciência
corporal
Movimentos livres de
giros e
cambalhotas
Prof. dentro da água
11 T12
L1
Professor orientou o aluno para que realizasse o
deslocamento de formas variadas, submersa e vertical tocando a mão no fundo da piscina.
Orientação verbal para que o aluno realize o
deslocamento de formas variadas e apoio físico.
Verbal,
visual e sinestésico
Corpo do
aluno
Auditivo,
visual e sinestésico
Deslocame
nto submerso
Prof.dentro
da água
11 T12
L1
Professor amarrou flutuadores nas pernas do aluno para que
este posicione o quadril mais alto e perceba a diminuição do
arrasto durante o deslocamento
Professor utilizou de equipamento flutuador
adaptando o material ao aluno ( amarrando o
flutuador nas pernas do aluno) para que este perceba o arrasto.
Verbal,
visual e
sinestésico
Corpo do
aluno,
flutuador
Auditivo,
visual e
sinestésico
Fazer com
que o aluno
perceba o arrasto
Deslocame
nto com
material flutuador
Prof. dentro
da água
12 T10
Professor realizou o exercício de liberar bolhas de ar dentro
da água pelo nariz e se utilizou da orientação oral e da demonstração do exercício
Professor instruiu verbalmente como o
exercício deveria ser realizado demonstrou para o aluno
Verbal e
visual
Auditivo e
visual
Adaptação ao
meio líquido
Respiração Prof. dentro
da água
12 T10
Para ensinar a flutuação dorsal, o professor utilizou um
acquatub como apoio na região da cintura escapular o outro
atrás do joelho além do apoio manual na cabeça.
Professor utilizou equipamento de flutuação na
cintura escapular e região posterior de joelho e
apoiou a cabeça da aluna com as mãos
Verbal,
visual e
sinestésico
flutuador
e o corpo
do professor
Auditivo,
visual e
sinestésico.
Flutuação
dorsal
Prof. dentro
da água
12 T10
Professor orientou a aluna para que apoiasse as mãos na
escada e utilizando um acquatub na região da cintura pélvica pediu para que a aluna afundasse o rosto e buscasse tentar
manter o equilíbrio
Professor utilizou a instrução verbal e o uso da
escada da piscina e do material flutuador.
Verbal,
visual e sinestésica
Escada
da piscina e
flutuador
Auditivo,
visual e sinestésico.
Flutuação
ventral
12 T10
Professor orientou a aluna para que movimentasse as mãos
com palmateio e estímulo à força residual na região do
tronco ( core)
Professor utilizou da instrução verbal,
demonstrando o movimento e auxiliando na
realização.
Verbal,
visual e
sinestésico
Auditivo,
visual e
sinestésico
Transição
da posição
dorsal para
vertical
Prof. dentro
da água
12 T10
Professor orientou a aluna para que movimentasse as mãos com palmateio e estímulo à força residual na região do
tronco ( core)
Professor utilizou da instrução verbal, demonstrando o movimento e auxiliando na
realização.
Verbal, visual e
sinestésico
Corpo do professor
Auditivo, visual e
sinestésico
Transição ventral/
vertical
Prof. dentro da água
12 T10
Professor orientou a aluna para que fizesse palmateio e demonstrou o movimento auxiliando durante o giro
Professor utilizou da instrução verbal com palmateio como estratégia, demonstração e
auxilio na realização.
Verbal, visual e
sinestésico
Corpo do próprio
professor
Auditivo, visual e
sinestésico
Giro do quadril
ventral/
dorsal
Prof. dentro da água
89
12 T10
Professor demonstrou o movimento e orientou verbalmente
e de forma fisica tanto dentro como fora da água, usando acquatub nas cinturas pélvica e escapular e apoio de cabeça
feito pelo professor que auxiliou durante a realização do
giro.
Professor se utilizou da instrução verbal e
física realizando o movimento com a aluna tanto dentro quanto fora da água com o uso de
equipamento flutuador e apoio físico na cabeça
Verbal,
visual e sinestésico
flutuador
e o corpo do
professor
Auditivo,
visual e sinestésico
Giro do
braço para trás
Prof. dentro
da água
12 T10
Professor demonstrou o movimento fora da água e colocou
um acquatub na região da cintura pélvica da aluna,
orientando a braçada de dentro da água com correções quanto à amplitude do movimento.
Utilizou da demonstração tanto dentro quanto
fora da água com equipamento flutuador e
orientação verbal durante a realização.
Verbal,
visual e
sinestésico
flutuador
e o corpo
do professor
Auditivo,
visual e
sinestésico
Giro do
braço para
frente
Prof.dentro
da água
12 T06
O aluno realizou exercício elevador. Professor utilizou a instrução verbal. Verbal Auditivo Adequação da
braçada no
nado costas
Respiração
12 T06
O aluno foi orientado para o trabalho do controle da
respiração, enchendo o pulmão de ar e soltando aos poucos
com uso do palmateio para estabilização do corpo.
Professor utilizou a instrução verbal e orientou
com realização à estabilização do corpo
durante o movimento.
Verbal Auditivo Flutuação
dorsal
12 T06
O aluno foi orientado para o trabalho do controle da
respiração, enchendo o pulmão de ar e soltando aos poucos
com uso do palmateio para estabilização do corpo.
Professor utilizou a instrução verbal e orientou
com realização à estabilização do corpo
durante o movimento.
Verbal Auditivo Flutuação
ventral
12 T06
O aluno foi orientado a utilizar o palmateio durante a transição.
Professor utilizou a instrução verbal Verbal Auditivo Transição dorso/
vertical
12 T06
O aluno foi instruído a apoiar as mãos na escada da piscina e forçar os braços empurrando para cima com intuito de
baixar o tronco, depois realizou o mesmo exercício sem a
utilização da escada como apoio.
Professor utilizou a escada como equipamento de apoio para a realização do exercício e
depois orientou o aluno para que realizasse o
exercício sem o equipamento.
Verbal e sinestésica
Escada da
piscina
Auditivo e sinestésico
Transição ventral/
vertical
12 T06
O aluno foi instruído a realizar o giro com auxilio de palmateios fazendo o apoio de mão sempre na posição
correta para gerar o movimento solicitado.
Professor se utilizou da instrução verbal e atenção no posiconamento do corpo para gerar
o movimento de giro
Verbal Auditivo Giro do quadril
ventral/
dorsal
12 T06
O aluno foi instruído a realizar o giro com auxilio de
palmateios fazendo o apoio de mão sempre na posição
correta para gerar o movimento solicitado.
Professor se utilizou da instrução verbal e
atenção no posiconamento do corpo para gerar
o movimento de giro
Verbal Auditivo Giro do
quadril
dorsal/ ventral
12 T06
Realizado através de exercícios educativos com giro do
braço com pegada dupla e com braçada dupla e orientação
verbal para atenção á manutenção da braçada na linha média
do corpo. E na finalização da braçada tocar as mãos no
quadril.
Professor orientou verbalmente o aluno para
que mantivesse a atenção na linha média do
corpo enquanto realizava o exercício educativo
e tocar as mãos no quadril para sentir a
finalização do movimento.
Verbal,
visual e
sinestésico
Auditivo,
visual e
sinestésica
Giro do
braço para
trás
12 T06
Foi utilizado o acquatub na região do quadril e educativo da pegada dupla, encostando as mãos na água
Professor utilizou equipamento flutuador e orientação verbal pedindo para que o aluno
unisse as mãos na água na finalização do giro
do braço.
Verbal, visual e
sinestésico
flutuador Auditivo, visual e
sinestésica
Giro do braço para
frente
90
Quadro 6: Síntese das estratégias de ensino indicadas na entrevista e diário de campo Classe Padrão motor classe funcional lesão funcionalidade estratégia atividade instrução Percepção
S1 Lesão medular completa abaixo de C4-5 ou com pólio com comprometimento similar à lesão
medular de C4-5 ou paralisia cerebral. Significante
perda de massa muscular ou controle de pernas, braços e mãos, limitado controle de tronco com
tetraplegia.
C3 Auxiliar na realização do movimento do aluno Giro do braço para
trás
C3 Molhar a mão com água fria e passar uma esponja áspera na pele do aluno
para que ele sinta onde a água irá tocá-
lo.
Flutuação dorsal
S2 Lesão medular completa abaixo de C6, ou pólio com comprometimento similar à lesão medular de
C6 ou PC quadriplégico grave, com grande limitação dos membros superiores. Possui
habilidade para o uso de braços, mas, não de mãos,
pernas ou tronco. Severo comprometimento de coordenação nos quatro membros.
C5 S2
O aluno foi orientado através da instrução verbal a realizar o giro de quadril e fazer a transição de decúbito ventral para
dorsal, realizando a expiração em decúbito ventral e a inspiração em decúbito dorsal, sendo a inspiração na
posição vertical.
Respiração
C5 Na fase de adaptação ao meio líquido professor se utilizou
do apoio físico
Respiração
C5 Professor pede para que o aluno se
oriente pelas cores da raia enquanto
nada como forma de fazer com que o
aluno perceba que está avançando
Giro do
braço para
frente
C5 S2
O aluno foi orientado através da instrução verbal a realizar o giro de quadril e fazer a transição de decúbito ventral para
dorsal, realizando a expiração em decúbito ventral e a
inspiração em decúbito dorsal, sendo a inspiração na posição vertical.
Transição dorso/vertic
al
C5
S2
Através da instrução verbal o professor orientou o aluno
sobre a técnica de realização da braçada dupla.
Giro do
braço para trás
C5
S2
Através da instrução verbal o professor orientou o aluno
sobre a técnica de realização da golfinhada invertida.
Entrada da
cabeça na
água em decúbito
dorsal/
Golfinhada invertida
C5 Professor utilizou da demonstração tanto dentro quanto fora
da água e instruiu o aluno verbalmente quanto à técnica da respiração.
Respiração
C5
Professor utilizou a instrução verbal, utilizou um colete
como equipamento flutuador e auxiliou na realização do
Flutuação
dorsal
91
exercício apoiando na nuca do aluno.
C5
Professor utilizou um colete flutuador e uma prancha como equipamentos auxiliares, instruiu o aluno verbalmente e
apoiou a prancha durante a realização do exercício dando
estabilidade ao movimento.
Flutuação ventral
C5
Professor utilizou a instrução verbal orientando na realização da atividade.
Transição dorso/
vertical
C5
Professor utilizou a instrução verbal orientando na
realização da atividade.
Transição
ventral/
vertical.
C5 Professor utilizou a instrução verbal orientando na realização da atividade.
Giro do quadril
ventral /dorsal
C5 Professor utilizou a instrução verbal orientando na
realização da atividade.
Giro do
quadril
dorsal/ ventral
C5 Vai retirando as boias e o colete quando
percebe que o aluno já está seguro, realiza atividade com e sem colete
Flutuação
dorsal
C5 Dar através da barra o suporte físico para que o aluno
mergulhe para pegar argolinhas no fundo da piscina
Submerso
C5 Colocar e retirar o colete flutuador para que o aluno sinta o próprio corpo e sinta
que consegue nadar
Giro do braço para
frente
C5 Estratégia de segurar o aluno para dar
maior segurança e soltá-lo para que ele tente realizar o movimento sem o apoio
físico
Giro do
braço para trás
C5 Professor utilizou da instrução verbal e auxiliou na realização do exercício
Giro do braço para
trás
C5 Utiliza metodologia de controle de tronco, controle do giro
de cintura escapular e de quadril
Giro do
quadril dorso/ventr
al
C5 Auxilia o giro para que a pessoa perceba a rotação
Giro do quadril
dorso/
ventral
C5 Fixa o flutuador no aluno com borracha
para que ele promova a rotação no
Giro do
quadril
92
tronco e aumente o controle do giro de
quadril
ventral/
dorsal
C5 Utiliza espaguete para explorar o desequilíbrio, a retomada
de equilíbrio e o controle de tronco
Transição
dorsal/
vertical
C5 Utiliza de 20 a 25%do treino com educativos como estratégia para desenvolver a percepção do corpo.
Giro do braço para
trás
C5 Utiliza o vídeo como estratégia para correção de movimento.
Giro do braço para
frente
C5 Utiliza como estratégia a demonstração partindo de outro
aluno
Giro do
braço para frente
C5 Estratégias de motivação e palavras de encorajamento e o
conceito Halliwick
Transição
dorsal/vertical
C5 Professor auxiliou na realização do exercício e se utilizou da
instrução verbal.
Giro do
braço para frente
S3 Lesão medular completa abaixo de C7, ou lesão
medular incompleta abaixo de C6, ou pólio com
comprometimento similar à lesão medular de C7,
ou amputação dos quatro membros. Tem habilidade
para o uso dos braços, mas, não o uso das pernas ou
tronco com severos problemas de coordenação.
C6
S3
Professor utilizou a instrução verbal para orientar o aluno
dando referências físicas para que o aluno possa manter o
posicionamento do corpo na posição dorsal.
Flutuação
dorsal
C6
S3
O professor utilizou da instrução verbal orientando o aluno
sobre o giro do braço
Giro do
braço para
trás
C6 S3
O professor utilizou da instrução verbal orientando o aluno sobre como realizar o movimento gerando propulsão.
Flutuação ventral
C6
S3
Orientação sobre forma de realização do movimento através
da instrução verbal.
Giro do
braço para frente
Na fase de adaptação ao meio líquido se utilizou do apoio
físico
Respiração
S4 Lesão medular completa abaixo de C8, ou lesão medular incompleta abaixo de C7, ou pólio com
comprometimento similar à lesão medular de C8,
ou amputação de três membros. Podem utilizar os braços, tem fraqueza mínima nas mãos e não
podem utilizar tronco ou pernas.
S4 Nadar sem material, colocar o flutuador, pesinho ou espaguete na perna e nadar
de novo com material
Giro do braço para
trás
C7 A estratégia é utilizar os meios verbal, visual e auditivo para explicar determinado movimento
Giro do braço para
frente
93
C7 Professor utiliza como estratégia a
demonstração, o toque no aluno, o vídeo e as correções verbais para que o aluno
perceba o movimento que está
realizando
Giro do
braço para frente
C7 Professor simula as limitações físicas do
aluno demonstrando que a eficiência do
movimento é possível.
Giro do
braço para
frente
C7 Ensinar o aluno a perceber a posição do quadril com auxilio do material
Flutuação dorsal
C7 Utiliza a instrução verbal como estratégia para que o aluno
corrija o posicionamento do corpo na água
Giro do
quadril dorso/
ventral
C7 Utiliza como estratégia formas variadas de ensino e vias de aprendizagem, visual, auditivo e sinestésico
Giro do quadril
dorso/
ventral
C7 Através do questionamento e da instrução verbal, orienta o aluno para que ele perceba a diferença de posição do quadril
e realize as correções necessárias.
Giro do quadril
ventral/
dorsal
C7 Professor se utiliza da instrução verbal e
de vídeos com nadadores da mesma
classe funcional do aluno
Giro do
braço para
frente
S5 Lesão medular completa abaixo de T1-8, ou lesão medular incompleta abaixo de C8,ou pólio com
comprometimento similar à lesão medular de T1-8,
ou acondroplasia de até 130cm com problemas de propulsão, ou paralisia cerebral com hemiplegia
severa. Pouco controle de um lado do corpo ou
paraplegia.
T1 S5
Instrução verbal para correção do movimento Giro do braço para
trás
T1
S5
Instrução verbal e demonstração do movimento para
correção da técnica de nado
Giro do
braço para
frente
S5 A orientação da atividade ocorreu através da instrução
verbal
Respiração
S5 Em um primeiro momento foi utilizada a instrução verbal e
apoio do professor, no segundo momento o aluno é orientado a realizar palmateio
Flutuação
dorsal
S5 Professor utilizou material flutuador e deu apoio físico para
auxiliar o aluno na manutenção do equilibrio
Flutuação
ventral
S5 Utilizou apoio físico para auxiliar o aluno Transição dorso/
vertical
94
S5 Utilizou a instrução verbal e realizou a
descoberta do ponto de equilíbrio em conjunto com o aluno
Transição
ventral/ vertical
S5 Utilizou a instrução verbal e o toque auxiliando o aluno no
movimento
Giro do
quadril ventral/
dorsal
S5 Utilizou a instrução verbal e o toque auxiliando o aluno no
movimento
Giro do
quadril dorsal/
ventral
S5 Instruiu e auxiliou o aluno no giro do braço para trás. Giro do braço para
trás
S5 O aluno realizou o giro do braço para frente com auxilio do professor e com o uso do material
Giro do braço para
frente
S5 Treino de força, treino de velocidade e polimento e
preservação da técnica do nado conforme a limitação do atleta
Giro do
braço para frente
S5 Realizar trabalho de técnica de nado com três meses antes
da competição e próximo da data de competir, realizar trabalhos com estímulo de velocidade
Giro do
braço para trás
S5 Estímulo verbal como forma de incentivo para que o aluno
alcance a meta
Giro do
braço para
trás
T06 Professor utilizou a instrução verbal. Respiração
T06 Professor utilizou a instrução verbal e orientou com
realização à estabilização do corpo durante o movimento
Flutuação
dorsal
T06 Professor utilizou a instrução verbal e orientou com realização à estabilização do corpo durante o movimento.
Flutuação ventral
T06 Professor utilizou a instrução verbal Transição
dorso/vertic
al
T06 Professor utilizou a escada como equipamento de apoio para
a realização do exercício e depois orientou o aluno para que
realizasse o exercício sem o equipamento.
Transição
ventral/
vertical
T06 Professor se utilizou da instrução verbal e atenção no posiconamento do corpo para gerar o movimento de giro
Giro do quadril
ventral /dorsal
T06 Professor se utilizou da instrução verbal
e atenção no posicionamento do corpo
para gerar o movimento de giro
Giro do
quadril
dorso/ ventral
95
T06 Professor orientou verbalmente o aluno
para que mantivesse a atenção na linha média do corpo enquanto realizava o
exercício educativo e tocar as mãos no
quadril para sentir a finalização do movimento.
Giro do
braço para trás
T06 Professor utilizou equipamento flutuador e orientação verbal
pedindo para que o aluno unisse as mãos na água na finalização do giro do braço.
Giro do
braço para frente
T5
T6
Professor utilizou uma sequencia de atividades variadas para
o ensino da respiração.
Respiração
T5 T6
Professor utilizou uma sequencia de atividades variadas para o ensino da flutuação dorsal, utilizou também a instrução
verbal, a demonstração e o apoio físico ao aluno.
Flutuação dorsal
T5 T6
Professor se utilizou da instrução verbal e da demonstração do movimento antes de sua execução com variação no
movimento.
Flutuação ventral
T5
T6
Professor utilizou uma sequencia de atividades, dando apoio
físico ao aluno durante a execução do movimento.
Transição
dorso/ vertical
T5
T6
Professor utilizou uma sequencia de
atividades, dando apoio físico ao aluno durante a execução do movimento,
utilizando posições de variação do
equilíbrio.
Transição
Ventral/ vertical
S6 Lesão medular completa abaixo de T9-L1, ou com pólio com comprometimento similar à lesão
medular de T9-L1, ou acondroplasia de até 130cm
ou com paralisia cerebral com hemiplegia moderada.
T10 Professor instruiu verbalmente como o exercício deveria ser realizado demonstrou para o aluno
Respiração
T10 Professor utilizou equipamento de flutuação na cintura
escapular e região posterior de joelho e apoiou a cabeça da aluna com as mãos
Flutuação
dorsal
T10 Professor utilizou a instrução verbal e o uso da escada da
piscina e do material flutuador.
Flutuação
ventral
T10 Professor utilizou da instrução verbal, demonstrando o movimento e auxiliando na realização.
Transição dorso/
vertical
T10 Professor utilizou da instrução verbal, demonstrando o movimento e auxiliando na realização.
Transição ventral
/vertical
T10 Professor utilizou da instrução verbal com palmateio como
estratégia, demonstração e auxilio na realização.
Giro do
quadril ventral /
dorsal
96
T10 Professor se utilizou da instrução verbal e física realizando o
movimento com a aluna tanto dentro quanto fora da água com o uso de equipamento flutuador e apoio físico na
cabeça
Giro do
braço para trás
T10 Utilizou da demonstração tanto dentro quanto fora da água com equipamento flutuador e orientação verbal durante a
realização.
Giro do braço para
frente
T11 Realizar a respiração primeiro sem deslocamento e depois
com auxilio do professor no deslocamento em decúbito ventral
Respiração
T11 Professor utilizou material para auxiliar o aluno na flutuação
dorsal e depois auxiliou o aluno a realizar o deslocamento
Flutuação
dorsal
T11 Realizar a flutuação ventral primeiro estática e com material e auxilio e depois com deslocamento também com auxilio.
Flutuação ventral
T11 Orientar o aluno a concentrar a força na contração muscular
abdominal e realizar o movimento segurando na borda da piscina
Transição
da posição dorsal para
vertical
T11 Orientar o aluno a concentrar a força na contração muscular abdominal e realizar o movimento segurando na borda da
piscina.
Transição ventral/
vertical
T11 Auxilio com o toque do professor na realização do giro do
quadril da posição ventral para dorsal
Giro do
quadril
ventral/
dorsal
T11 Auxilio com o toque do professor na realização do giro do
quadril da posição dorsal para ventral
Giro do
quadril
dorso/ ventral
T11 Instruir verbalmente o aluno e demonstrar o movimento
primeiro e depois realizar o com o movimento auxiliando o
aluno.
Giro do
braço para
trás
T11 Realizar o movimento de forma sem deslocamento, com o
aluno segurando na borda, depois com a prancha e por
ultimo com auxílio do professor.
Giro do
braço para
frente
T12/L1
Auxiliar o aluno na realização do movimento estando dentro da água e realizar a respiração como a primeira atividade da
adaptação ao meio líquido
Respiração
L1 Pede para que os alunos afundem, tentem sentir o solado do pé tocar o
fundo da piscina e voltem a superfície
novamente e depois realizem a flutuação para aprimorar a percepção corporal
Respiração
L1 Aumenta o numero de chegadas que o aluno precisa realizar Giro do
97
durante a aula como estratégia de estímulo para que o aluno
ultrapasse os seus limites e aprimore o nado.
braço para
frente
L1 Uso da instrução verbal como estratégia Transição
Ventral/dorsal
T12
L1
Orientar verbalmente o aluno sobre a facilidade em flutuar,
apoiar a cabeça do aluno para que realize o movimento.
Flutuação
dorsal
L1 Utiliza o tocar o próprio corpo enquanto nada como estratégia para que o aluno
sinta o movimento que está realizando
Giro do braço para
trás
L1 Utiliza o exercício da braçada dupla como estratégia para
trabalhar o controle do corpo
Giro do
braço para trás
T12
L1
Professor orientou verbalmente o aluno para que ficasse
tranquilo e deu apoio físico para a realização do movimento.
Flutuação
ventral
T12
L1
Primeiro orientou verbalmente o aluno e auxiliou na
realização do movimento depois utilizou uma bola como
referencia.
Transição
dorsal
/vertical
T12 L1
Orientação verbal sobre a forma de realizar o movimento e apoio para estabilização do equilíbrio.
Transição da posição
ventral para
vertical
T12
L1
Orientação verbal sobre a realização do movimento dando
apoio físico para o aluno.
Giro do
quadril
ventral/ dorsal
T12
L1
Orientação verbal sobre a forma de realizar o movimento e
apoio físico durante a execução.
Giro do
quadril
dorsal/ ventral
T12
L1
O professor estabilizou o aluno em decúbito dorsal e depois
pediu para que outro aluno realizasse o movimento para que a aprendizagem aconteça por observação.
Giro do
braço para trás
T12
L1
O professor depois pediu para que outro aluno realizasse o
movimento para que a aprendizagem aconteça por
observação.
Giro do
braço para
frente
T12
L1
Orientação verbal e auxilio ao aluno com apoio físico. Movimento
s livres de
giros e cambalhota
s
T12L1
Orientação verbal para que o aluno realize o deslocamento de formas variadas e apoio físico.
Deslocamento
submerso
98
T12
L1
Professor utilizou de equipamento
flutuador adaptando o material ao aluno ( amarrando o flutuador nas pernas do
aluno) para que este perceba o arrasto
. Deslocame
nto com material
flutuador
L1 Demonstração do movimento e instrução verbal Respiração do nado
crawl
L1 Auxilio do professor na execução e instrução verbal para o
foco da atenção na respiração
Flutuação
ventral
L1 Auxilio do professor durante o movimento e instrução
verbal para o foco na força abdominal e auxilio dos braços
durante a transição.
Transição
ventral/
vertical
L1 Professor auxiliou e apoiou a aluna com o próprio corpo durante a execução do movimento, orientando verbalmente
quanto à execução do giro e o posicionamento do braço.
Giro do braço para
frente
L1 Instrução verbal Respiração do nado
costas
Auxilio do professor na execução e instrução verbal para o foco da atenção na respiração
Flutuação dorsal
L1 Professor auxiliou na execução e utilizou-se da orientação
verbal para o foco da atenção na força abdominal e no
posicionamento da cabeça para à frente para que a aluna
fosse afundando o quadril
Transição
dorsal/
vertical
L1 Professor se utilizou da instrução verbal para realização da
atividade com movimentos alternados e simultâneos dos braços
Giro do
braço para trás
L1 Professor utilizou-se da instrução verbal e da demonstração. Flutuação
dorsal
L1 Professor utilizou-se da instrução verbal Flutuação ventral
L1 Demonstração do movimento e instrução verbal quanto ao
posicionamento do braço
Giro do
braço para
trás
L1 Professor utilizou a demonstração e a instrução verbal
orientando o aluno quanto ao posicionamento do braço.
Giro do
braço para
frente
L1 Auxílio do professor e instrução verbal durante a execução do movimento
Respiração do nado
peito
L1 Instrução verbal e demonstração do movimento Flutuação ventral
L1 Instrução verbal sobre a respiração na transição Transição
Ventral/ vertical
99
L1 Demonstração e instrução verbal quanto á realização do
movimento do braço para o nado peito
Movimento
do braço do peito
L1 Através da instrução verbal o professor orientou a aluna
para que segurasse na borda da piscina e fizesse bolinhas com o rosto na água
Respiração
L1 Professor utilizou como estratégia a demonstração do
movimento, pedindo para que o aluno apenas observasse em
um primeiro momento, depois o aluno realizou a atividade com e sem auxilio do professor.
Flutuação
ventral
L1 Realizar o movimento fora da água primeiro e depois
auxiliar o aluno na realização do movimento dentro da água.
Transição
ventral / vertical
L1 Demonstrar o movimento fora da piscina e depois auxiliar o
aluno na execução do exercício.
Giro dos
braços para frente
T10 Nadar junto com o aluno durante a aula
como forma de mostrar a ele que não
está sozinho no processo de descoberta da percepção.
Giro do
braço para
frente
T10 Estar dentro da água na fase de adaptação ao meio líquido e
se utilizar do toque para dar segurança ao aluno
Respiração
T10 Utiliza das três vias de aprendizagem, visual, auditivo e
sinestésico
Giro do
quadril da
posição
ventral para dorsal
T10 Estratégia de dar a mão para o aluno
fazendo o lugar da prancha na aprendizagem da braçada e puxar o
aluno para que aconteça o deslize
Giro do
braço para frente
T10 Explica verbalmente sobre o apoio da mão na água Giro do
braço para frente
Jogou a argolinha no fundo da piscina
para que o aluno tentasse mergulhar para pegar, orientou para que o aluno
ondulasse o quadril e pediu para que o
aluno tentasse descobrir como poderia fazer para mergulhar
Submerso
T10 Professor se utiliza da dica e o aluno
adapta esta dica para a própria funcionalidade
Giro do
braço para frente
T10 Professor orienta com uma linguagem que a criança
compreenda
Flutuação
dorsal
100
T10 Orienta o aluno verbalmente para que ele use o movimento
de quadril
Giro do
quadril ventral/
dorsal
T10 Professor utiliza brinquedos coloridos para trabalhar com a criança o prazer de estar na água
Respiração
T12
L1
Realiza variadas possibilidades de
equilíbrio horizontal e vertical onde o
aluno descobre a melhor forma de realizar cada movimento
Giro do
quadril
dorso/ ventral
T12
L1
Coloca o braço do aluno para fazer um
peso, um sobrepeso pra que ele consiga virar o corpo
Giro do
quadril dorso/
ventral
T12 L1
Professor incentiva para que o aluno tenha autonomia para o processo de
descoberta do corpo dele na água
Transição ventral /
vertical
T12/
L1
Pede para que o aluno construa uma parte da aula em
conjunto com o professor
Giro do
braço para frente
T12
L1
Pede para que o aluno realize a
locomoção de formas variadas, horizontal, vertical e submersa
. Submerso
T12
L1
Durante a locomoção o professor coloca
bóias nas pernas dos alunos para que
eles flutuem e sintam um arrasto diferente e a percepção do corpo em
uma situação diferente.
Giro do
braço para
trás
T12 L1
Pede para que o aluno eleve o braço até a altura da orelha Giro do braço para
trás
T12
L1
Pede para que aluno realize a braçada dupla Giro do
braço para trás
T12
L1
Professor utiliza um espaço fora da piscina em que bate
muito sol no horário da aula e nos momentos de ensino de um movimento, o professor pede para que o aluno saia
piscina e realiza o movimento segurando o braço do aluno e
ao mesmo explica o movimento verbalmente orientando este aluno para que observe sua sombra formada no chão.
Giro do
braço para frente
T12
L1
Professor demonstra o movimento
dentro da água como se ele fosse o aluno, sem movimentar as pernas.
Transição
dorso/ vertical
T12
L1
Professor realiza o movimento com o aluno fora da água e
depois dentro da água, simultaneamente à instrução verbal
Giro do
braço para
101
para que o aluno perceba o movimento e as correções a
serem realizadas.
frente
T12
L1
Professor fica do lado de fora, na borda da piscina com o
acquatub na mão e pede para que o aluno toque o braço no
material durante o nado.
Giro do
braço para
trás
T12 L1
Professor mescla técnicas que utiliza com o nadador com deficiência visual,
pede para que os alunos nadem
encostando na raia, contem braçadas e utilizem óculos escuros de natação para
estimular o aprimoramento da
propriocepção.
Giro do braço para
trás
T12
L1
Professor cria situações problema no
movimento para que o aluno resolva
com a funcionalidade motora, por exemplo a virada do nado crawl,
deixando o aluno em posição incorreta
na água para que ele se reorganize
. Virada do
nado crawl
T12
L1
Desafiou o aluno a nadar quatro chegadas sem parar Giro do
braço para
frente
S7 Lesão medular abaixo de L2-3 ou pólio com comprometimento similar à lesão medular de L2-3
ou amputação dupla abaixo dos cotovelos, ou
amputação dupla acima do joelho e acima dos cotovelos em lados opostos
S7 Utilizar o material para trabalhar flutuabilidade e facilitar o ensino do nado costas
Flutuação dorsal
S7 Exercícios corretivos e de sensibilidade
para estimular a percepção da funcionalidade motora.
S7 Utilizar o flutuador para auxiliar na flutuação dorsal Flutuação
dorsal
S7 Entrar na água com o aluno para dar maior segurança e utilizar o espaguete para auxiliar na flutuação
Flutuação dorsal
S7 Utiliza o flutuador (espaguete) para auxílio na flutuação Flutuação
ventral
S7 Professor utilizou o toque para auxiliar o aluno na flutuação ventral
Transição da posição
ventral para
vertical
S7 Utilizou a demonstração visual e o toque auxiliando o aluno
a realizar o giro do braço para trás
Giro do
braço para
trás
S7 Relembrar verbalmente a técnica do nado e realizar a correção enquanto o aluno está executando o nado.
Giro do braço para
trás
102
S7 Utilizar palavras de motivação para incentivar o aluno Giro do
braço para trás
S7 Utilizou a demonstração visual e o toque auxiliando o aluno
a a realizar o giro do braço para frente
Giro do
braço para frente
S7 Desafiar o aluno com prêmio para atingir determinada meta Giro do
braço para
frente
S7 Utiliza do toque para que o aluno se
sinta seguro e compreenda o
movimento.
Giro do
braço para
frente
L4 L5
S7
Demonstrou como realizar o movimento Respiração
L4 L5
S7
Utilizar a raia como material para auxiliar na flutuação dorsal
Flutuação dorsal
S8 Lesão medular abaixo de L4-5, ou pólio com comprometimento similar à lesão medular de L4-5
ou amputação dupla acima dos joelhos, ou
amputação dupla das mãos, ou paralisia cerebral com diplegia mínima.
S9 Lesão medular na altura de S1-2 ou pólio com uma
perna não funcional, ou amputação simples acima
do joelho, ou amputação abaixo do cotovelo
S10 Pólio com prejuízo mínimo de membros inferiores
ou amputação dos dois pés, ou amputação simples
de uma mão, ou restrição severa de uma das articulações coxofemoral
103
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao iniciar este estudo, acreditava-se que as estratégias de ensino eram criadas
pelos professores a partir do feedback dado pelo aluno sobre a atividade proposta, que
os professores de nadadores lesados medulares utilizavam prioritariamente a instrução
verbal como estratégia de ensino, estabelecendo uma sequência pedagógica previamente
determinada e apenas saindo desta quando criavam estratégias próprias, e que os
professores adaptavam a técnica do nado conforme a limitação motora apresentada pelo
nadador lesado medular utilizando estratégias criadas com base na técnica tradicional do
nado, demonstrando baixa sensibilização ou desconhecimento com relação ao trabalho
de promoção à funcionalidade motora do nadador.
Algumas destas expectativas não foram confirmadas, porque dependendo do
estilo de ensino adotado pelo professor, ele não considera o feedback e a percepção do
aluno, atuando apenas sob a visão que têm e as possibilidades que visualiza.
Quanto ao uso prioritário da instrução verbal, durante o processo de ensino a
instrução é complementada por outras estratégias criadas ou não pelo professor. A
adaptabilidade na visão do professor sob a técnica do nado está condicionada à
limitação motora apresentada pelo nadador lesado medular ou conforme a visão que o
professor têm sobre a funcionalidade, considerando-a como um conjunto de fatores.
O uso de estratégias criadas com base na técnica tradicional do nado, mostrou
que há baixa sensibilização ou mesmo desconhecimento com relação ao trabalho de
promoção da funcionalidade motora do nadador que se confirma na medida em que o
aporte e suporte da literatura específica se mostra incipiente e não satisfaz o desejo de
conhecimento do professor.
Os dados obtidos tanto na entrevista realizada com os professores quanto no
diário de campo nos permitiram verificar a condução do processo de ensino conforme a
fase de aprendizagem em que o aluno está e o nível de lesão medular que este apresenta,
bem como, possibilitou compreender de que forma o professor analisa a funcionalidade
motora do nadador com lesão medular, as dificuldades encontradas pelo professor
durante o processo de ensino e como o processo instrucional atua na aprendizagem,
estando todos estes fatores relacionados à atividade pretendida e aos objetivos
almejados tanto pelo professor quanto pelo aluno.
104
Ainda, é importante salientar foi pautado na visão de funcionalidade aportada na
potencialidade da pessoa com lesão medular e o quanto e de que forma essa se relaciona
com o aspecto neurológico da função.
Fica claro que o reconhecimento da potencialidade ou não da pessoa com lesão
medular interfere de forma direta na eficiência do processo de ensino e da atuação do
professor de forma que, a partir do momento em que este reconhecimento se estabelece,
torna-se possível uma ampla gama de possibilidades de movimentos e estratégias de
ensino a serem desenvolvidas.
CONTRIBUIÇÕES PARA ALÉM DOS RESULTADOS DESTE ESTUDO...
Considerando que nem todas as classes funcionais foram contempladas, como
citado anteriormente, objetivamos a construção de um material que congregasse a todos
os itens. No sentido de compatibilizar as informações extraídas da entrevista e do diário
de campo sobre as estratégias de ensino utilizadas pelos professores e relacioná-las com
a classificação funcional esportiva, produzimos um quadro com estratégias de ensino
para a pessoa com lesão medular, o qual apresenta as estratégias de ensino relacionadas
à condução, à instrução, aos materiais pedagógicos auxiliares, à percepção e ao
ambiente em que podem ser desenvolvidas organizadas por níveis de acometimentos e
cores.
Não se tem a intenção de que este produto seja uma receita para o profissional,
mas, sim de contribuir com algumas indicativas com possibilidades sobre a ação
educativa a ser desenvolvida, no sentido de estimular professores iniciantes na prática
pedagógica para o atendimento à pessoa com lesão medular. Contudo, a proposição que
segue pode ser aprofundada com novas pesquisas colocando em prática o material
produzido.
105
Quadro 7: Estratégias de ensino para a pessoa com lesão medular classe S1
Atividade Condução Estratégia Instrução Material Percepção Ambiente
Respiração Com o próprio corpo, auxiliar no movimento de dentro da água. Auxilio na realização do movimento do aluno Verbal e
sinestésico
Auditivo e
sinestésico
Instrutor
dentro da
água.
Flutuação dorsal Adaptar a acessibilidade nos equipamentos e fundamentos Auxilio na realização do movimento Auditivo, visual e
sinestésico
Flutuador (espaguete e
colete)
Adaptação tátil
Instrutor dentro da
água.
Flutuação ventral Iniciar a flutuação ventral com a posição vertical apoiando o aluno pelo quadril e fazendo a inspiração do ar pelo nariz e expiração na água pela boca, colocar o
rosto na água ainda com apoio físico do professor e realizar a inspiração do ar pela
boca e a expiração pelo nariz. Aos poucos inclinar o tronco do aluno para frente, utilizando um colete flutuador para maior estabilização e segurança.
Inicio com exercício mais simples para o mais complexo e utilização do apoio físico no inicio e
depois com o colete flutuador.
Auditivo, visual e
sinestésico
Flutuador ( colete)
Adaptação tátil
Instrutor dentro da
água.
Transição dorso/
vertical
Instruir verbalmente o aluno para que a partir do movimento de cabeça traga o
tronco para frente. Auxiliar durante a realização do movimento com uma mão nas costas e uma mão no tórax do aluno.
Utilização do próprio corpo para sustentação do
aluno, instruindo verbalmente sobre ação biomecânica do tronco e pedindo para que incline
a cabeça para frente para que tronco se mova
para trás.
Auditivo,
visual e sinestésico
Adaptação
tátil
Instrutor
dentro da água.
Transição ventral para vertical
Instruir verbalmente o aluno para que a partir do movimento de cabeça traga o tronco para trás. Auxiliar durante a realização do movimento com uma mão nas
costas e uma mão no tórax do aluno, manter a atenção com relação ao contato do
rosto com a água.
Utilização do próprio corpo para sustentação do aluno, instruindo verbalmente sobre ação
biomecânica do tronco e pedindo para que incline
a cabeça para trás para que tronco se mova para frente, pode ser utilizado colete flutuador para
auxiliar na estabilização.
Auditivo, visual e
sinestésico
Colete flutuador.
Adaptação tátil
Instrutor dentro da
água.
Giro do quadril ventral/ dorsal
Molhar a mão com água fria e passar uma esponja áspera no aluno para que este sinta onde a água vai pegar no movimento
Molha a mão com água fria e passar uma esponja áspera na pele do aluno para que ele sinta onde a
água irá tocá-lo.
Verbal e sinestésico
Auditivo e sinestésico
Instrutor dentro da
água.
Giro do quadril
ventral/ dorsal
Prender o flutuador ao aluno para que o material promova a rotação no tronco. Fixação do flutuador no aluno com borracha para
que ele promova a rotação no tronco e aumente o controle do giro de quadril
Flutuador e
borracha
Auditivo e
sinestésico
Instrutor
dentro da água.
Giro do quadril
dorso/ ventral
Trabalhar pontualmente as dificuldades de cada atleta Utilização de metodologia de controle de tronco,
controle do giro de cintura escapular e de quadril
Equipamentos
de flutuação
Auditivo Instrutor
dentro da água.
Giro do quadril
dorso/ ventral
Auxiliar o aluno a realizar o giro Auxilio no giro para que a pessoa perceba a
rotação
Equipamento
de flutuação
Auditivo e
sinestésico
Instrutor
dentro da
água
Giro do quadril
dorso/ ventral
Explorar o desequilíbrio e retomada de equilíbrio do aluno durante o giro de
quadril.
Espaguete para explorar o desequilíbrio, a
retomada de equilíbrio e o controle de tronco
Palmar,
prancha,
flutuador e espaguete
Auditivo e
sinestésico
Instrutor
dentro da
água
Giro do braço para
trás
Utilizar educativos técnicos e de fundamentos para trabalhar com o aluno a
percepção do corpo na água
Utilização de 20 a 25%do treino com educativos
como estratégia para desenvolver a percepção do corpo.
Verbal e
sinestésico
Auditivo e
sinestésico
Giro do braço para
frente
Utilizar o vídeo como forma de mostrar ao aluno o movimento ideal a ser
realizado.
Vídeo para correção de movimento. Visual Vídeo Visual
106
Braçada dupla de
costas
Pedir para um aluno com técnica mais aprimorada de nado demonstre o
movimento para o aluno que está em fase de aprendizado.
Demonstração partindo de outro aluno Visual Visual
Quadro 8: Estratégias de ensino para a pessoa com lesão medular classe S2
Atividade Condução Estratégia Instrução Material Percepção Ambiente
Respiração Orientar o aluno a ficar em decúbito ventral e expirar o ar pelo nariz enquanto
inicia a rotação longitudinal com o movimento de rotação cervical acompanhado pelo mesmo movimento de ombro para o mesmo lado passando para decúbito
dorsal para realizar a inspiração estando assim em posição de segurança que é
vertical, com independência.
Instrução verbal para que o aluno realize o giro
de quadril e fazer a transição de decúbito ventral para dorsal, realizando a expiração em decúbito
ventral e a inspiração em decúbito dorsal, sendo a
inspiração na posição vertical.
verbal Auditiva e
sinestésica
Respiração Utilizar de apoio físico para o aluno e auxiliar na realização do exercício Estratégias de motivação e palavras de
encorajamento e o conceito Halliwick
Verbal e
sinestésico
Auditivo e
sinestésico
Respiração Orientar com uma linguagem que a criança compreenda e na fase de adaptação ao meio líquido, utilizar de apoio físico ao aluno.
Instrução verbal como estratégia Verbal Auditivo e sinestésico
Instrutor dentro da
água
Respiração Demonstrar o exercício para o aluno tanto dentro quando fora da água e instruir
verbalmente sobre a técnica da respiração, pedir para que o aluno realize depois instruir para que o aluno exercite o afundar expirando o ar e o retornar à superfície
também expirando o ar.
Demonstração tanto dentro quanto fora da água e
uso da instrução verbal quanto à técnica da respiração.
Verbal,
visual.
Auditivo,
visual e sinestésico.
Instrutor
dentro da água.
Flutuação dorsal Utilizar um colete flutuador como equipamento para o auxílio e apoiar a nuca do aluno durante a realização do exercício.
Instrução verbal e de um colete como equipamento flutuador além do auxilio na
realização do exercício apoiando na nuca do
aluno.
Verbal, visual e
sinestésico.
Colete flutuador
Auditivo, visual e
sinestésico.
Instrutor dentro da
água.
Flutuação ventral Utilizar um colete flutuador no aluno, instruir verbalmente para que o aluno segure uma prancha como apoio e realize a respiração. Apoiar o aluno com o
próprio segurando a prancha durante a realização do exercício.
Utilização de um colete flutuador e uma prancha como equipamentos auxiliares, instrução verbal e
apoio da prancha durante a realização do
exercício dando estabilidade ao movimento.
Verbal, visual e
sinestésica.
Colete flutuador,
prancha
Auditivo, visual e
sinestésico.
Instrutor dentro da
água.
Flutuação ventral Pedir para que o aluno realize todas as atividades com e sem o colete tanto em
decúbito ventral quanto dorsal
Realização do nado com e sem colete flutuador verbal Colete
flutuador
Auditivo e
sinestésico
Instrutor
dentro da
água
Flutuação dorsal Utilizar boias de braço e um colete no aluno para facilitar a flutuação Utilização das boias e do colete para oferecer segurança ao aluno, quando esta estiver
estabelecida acontece a retirada do material.
verbal Boias de braço e colete
flutuador
sinestésico
Flutuação dorsal Segurar e soltar o aluno para que ele consiga realizar o movimento sozinho Segurar o aluno para dar maior segurança e
soltá-lo para que ele tente realizar o movimento
sem o apoio físico
Sinestésico Sinestésico Instrutor
dentro da
água
Transição dorso/ vertical
Orientar o aluno para que em decúbito ventral expire o ar pelo nariz enquanto inicia a rotação longitudinal com o movimento de rotação cervical acompanhado
pelo mesmo movimento de ombro para o mesmo lado passando para decúbito
dorsal para realizar a inspiração estando assim em posição de segurança que é vertical, com independência
Instrução verbal para que o aluno realize o giro de quadril e faça a transição de decúbito ventral
para dorsal, realizando a expiração em decúbito
ventral e a inspiração em decúbito dorsal, sendo a inspiração na posição vertical
Verbal Auditivo Instrutor dentro da
água.
Transição dorso/
vertical e Transição
Instruir verbalmente o aluno para que na borda da piscina segure na barra girando
o tronco e trazendo o corpo para posição vertical.
instrução verbal para a realização da atividade. Verbal e
visual.
Barra na
piscina
Auditivo,
visual e
107
ventral/ vertical sinestésico.
Giro do quadril ventral/ dorsal e Giro
do quadril dorso/
ventral
Instruir verbalmente o aluno para que na borda da piscina segure na barra girando o tronco e trazendo o corpo para posição vertical.
instrução verbal orientando na realização da atividade.
Verbal e visual.
Barra na piscina
Auditivo, visual e
sinestésico.
Giro do braço para trás
Orientar o aluno para ficar em decúbito ventral e iniciar o giro simultâneo dos braços com o polegar saindo primeiro e cotovelos estendidos de forma lenta até o
movimento ficar vertical fazendo extensão lateral dos braços ao entrar na água e
tracionando com a palma das mãos direcionadas para o quadril
Orientação verbal sobre a técnica de realização da braçada dupla.
Verbal Auditivo
Giro do braço para
trás
Pedir para que o aluno se oriente pelas cores da raia enquanto nada como forma
de fazer com que o aluno perceba que está avançando
Orientação verbal para que o aluno observe a raia
para saber que esta avançando.
Verbal e
visual
Raias da
piscina
Auditivo e
visual
Giro do braço para
trás
Apoiar uma das mãos na nuca do aluno e com a outra mão auxiliar no giro
alternado dos braços para trás.
Instrução verbal e auxilio na realização do
exercício
Verbal e
sinestésica
Auditivo e
sinestésico
Instrutor
dentro da água
Giro do braço para
frente
Auxiliar na realização do exercício e instruir o aluno para que em decúbito ventral
gire os braços para frente respirando de forma lateral.
Instrução verbal e auxilio na realização do
exercício
Verbal e
sinestésico
Auditivo,
visual e sinestésico
Instrutor
dentro da água.
Giro do braço para
frente
Utilizar demonstração, palavras de encorajamento, correções verbais com apoios
físicos e simular o movimento até que o aluno compreenda a correção que necessita ser realizada.
Utilização da demonstração, do toque no aluno,
do vídeo e das correções verbais para que o aluno perceba o movimento que está realizando
Verbal,
visual e sinestésica
Auditivo,
visual e sinestésico
Entrada da cabeça na
água em decúbito
dorsal/ Golfinhada
invertida
Orientar o aluno para que em decúbito ventral realize a verticalização dos braços
em decúbito dorsal na braçada dupla, entrar com o rosto na água expirando o ar
pelo nariz e retornar ao final do movimento de tração.
Instrução verbal sobre a técnica de realização da
golfinhada invertida.
Verbal Auditivo
Mergulho submerso Orientar o aluno para que apoie na barra na piscina e mergulhe para pegar
argolinhas no fundo da piscina
Utilização da barra como suporte físico para que
o aluno mergulhe
verbal Barra na
piscina e argolinhas
sinestésico
Quadro 9: Estratégias de ensino para a pessoa com lesão medular classe S3
Atividade Condução Estratégia Instrução Material Percepção Ambiente
Respiração Utilizar o apoio físico para auxiliar o aluno Programa Halliwick Verbal Auditivo e
sinestésico
Instrutor
dentro da água
Flutuação dorsal Instruir o aluno a utilizar a cervical para dar o posicionamento do corpo, mantendo
as orelhas na água ou fazendo imersões através de uma golfinhada invertida, assim ao fundar a cabeça o tronco tem reação no tronco que sobe.
Instrução verbal para orientar o aluno dando
referências físicas para que o aluno possa manter o posicionamento do corpo na posição dorsal.
Verbal Auditivo
Flutuação ventral Instruir o aluno a entrar na piscina em decúbito ventral realizando rotação
transversa a frente com os braços estendidos com os ombros próximo ás orelhas,
para compensar a falta de propulsão nas pernas e realizar leve propulsão com os punhos e para respirar realizou a rotação longitudinal.
Instrução verbal sobre como realizar o
movimento gerando propulsão.
Verbal Auditivo
Transição dorso/
vertical
Pedir para que o aluno em decúbito ventral segure as mãos do professor e puxe
para ele, com objetivo de compreender e perceber a biomecânica do movimento de quadril, depois pedir para que o aluno partindo da posição dorsal tente tracionar a
Instrução verbal para que o aluno tente realizar o
movimento sozinho com a supervisão do professor
Verbal e
sinestésico
Visual,
auditivo e sinestésico
Instrutor
dentro da água
108
água com os braços puxando de trás para frente assim como trazer o movimento de
tronco para frente a partir do movimento de cabeça.
Transição
ventral/vertical
Orientar o aluno para que em posição ventral segure o professor pelas mãos, pedir
para que o aluno puxe a mão do professor para ele ao mesmo tempo em que
levanta a cabeça e tira o rosto da água. Depois com apoio físico do professor segurando o aluno com uma mão nas costas e outra na barriga, orientar o aluno a
tracionar a água com os próprios braços com movimento cima para baixo,
empurrando a água para trás.
Utilização do apoio físico e da instrução verbal
para que tente realizar sozinho com a supervisão
do professor
Verbal e
sinestésico
Visual,
auditivo e
sinestésico
Instrutor
dentro da
água
Giro do quadril ventral/ dorsal e Giro
do quadril dorso/
ventral
Orientar o aluno verbalmente para que ele use o movimento de quadril Instrução verbal para que o aluno perceba a funcionalidade do movimento de quadril
Verbal Auditivo
Giro do braço para
trás
Orientar o aluno a realizar o giro dos dois braços para trás de forma simultânea
sendo instruído a manter o tronco estático e braços estendidos com leve flexão dos
cotovelos e rápida adução para fora para gerar propulsão.
Instrução verbal sobre a técnica do movimento. Verbal Auditivo
Giro do braço para
frente
Orientar o aluno a coordenar o movimento de tronco e braços alternados e a
realizar a braçada coordenada mantendo o braço contrario afastado da linha do
ombro, respirando a cada três braçadas
Orientação verbal sobre forma de realização do
movimento.
Verbal Auditivo
Mergulho submerso Orientar o aluno a iniciar o movimento na parte rasa da piscina, jogando objetos ao fundo para que o aluno tente pegar. Instruir verbalmente sobre o movimento de
quadril.
Instrução verbal sobre o movimento de quadril para o mergulho.
Verbal Argolinhas de piscina
Auditivo e sinestésico
Instrutor dentro da
água
Quadro 10: Estratégias de ensino para a pessoa com lesão medular classe S4
Atividade Condução Estratégia Instrução Material Percepção Ambiente
Respiração Pedir para que o aluno fique em decúbito dorsal, colocar espaguetes no quadril e na
região posterior do joelho e orientar o aluno verbalmente para que inspire o ar pelo
nariz e incline o rosto lateralmente, soltando o ar pela boca em contato com a água.
Iniciação do ensino da respiração quando o aluno
está ainda na posição da flutuação dorsal.
Verbal e
sinestésico
Flutuador
(espaguete)
Auditivo,
visual e
sinestésico.
Instrutor
dentro da
água
Flutuação dorsal Pedir para que o aluno fique em decúbito dorsal e colocar o espaguete nas costas
do aluno para que ele tenha percepção do quadril
Orientação verbal para que o aluno perceba a
posição do quadril com auxilio do material.
Verbal e
sinestésico
Espaguete Auditivo e
sinestésico
Instrutor
dentro da
água
Flutuação dorsal Questionar o aluno se o quadril está afundando e orientar para que levante a cabeça e sinta a diferença e que olhe para cima.
Orientação verbal para que o aluno perceba a diferença de posição do quadril e realize as
correções necessárias.
verbal auditivo
Flutuação ventral Instruir o aluno para que segure o espaguete com as mãos a frente do corpo para
dar sustentação e apoio e tracione o corpo para frente, auxiliar o aluno com apoio
físico no quadril.
Instrução verbal e utilização do material
flutuador e do apoio físico do professor para dar
sustentação e apoio
Verbal,
visual e
sinestésico
Flutuador
(espaguete)
Auditivo,
visual e
sinestésico
Instrutor
dentro da
água.
Transição dorsal/ vertical
Questionar o aluno e colocar a situação problema para resolverem juntos: “Eu precisava que você fizesse um movimento assim, como vamos fazer?”
Construção conjunta da aula junto com o aluno Verbal Auditivo e sinestésico
Transição ventral/
vertical
Demonstrar para o aluno o movimento a ser realizado sem a movimentação de
membros inferiores, instruindo verbalmente sobre a tração do braço da frente para
trás.
Demonstração do exercício para o aluno de
forma simultânea à instrução verbal, e durante a
demonstração simular a condição de não movimentação de membros inferiores.
Verbal,
visual e
sinestésico
Visual,
auditivo e
sinestésico
Instrutor
dentro da
água
Giro do quadril Realizar a correção verbal de posicionamento do aluno para que o aluno perceba o Instrução verbal como estratégia para que o aluno Verbal Auditivo
109
ventral/ dorsal corpo na água corrija o posicionamento do corpo na água
Giro do quadril dorso/ ventral
Explicar o exercício para o aluno e mostrar como deve ser realizado para que o aluno execute.
Utilização dos meios verbal, visual e auditivo para explicar determinado movimento
Verbal Auditivo e visual
Giro do braço para
trás
Mostrar para o aluno a diferença de posição do quadril ao realizar o movimento na
água.
Realização do nado sem material, colocação do
flutuador, pesinho ou espaguete na perna e
realização do nado de novo com material
Verbal e
sinestésica
Flutuador
Espaguete
pesinho
Auditivo,
visual e
sinestésico
Instrutor
dentro da
água
Giro do braço para
trás
Demonstrar com o próprio corpo o movimento para o aluno simulando as
limitações físicas para que o aluno perceba eficiência da braçada
Simulação das limitações físicas do aluno
demonstrando que a eficiência do movimento é
possível.
Visual Visual Instrutor
dentro da
água
Giro do braço para
trás
Explicar o movimento verbalmente e mostrar um vídeo com um nadador da mesma
classe funcional do aluno para que ele observe o movimento a ser realizado
Instrução verbal e de vídeos com nadadores da
mesma classe funcional do aluno
Verbal Vídeo Visual e
auditivo
Giro do braço para
frente
Explicar verbalmente, mostrar o vídeo e demonstrar o movimento dentro da água
tocando o aluno.
Formas variadas de ensino e vias de
aprendizagem, visual, auditivo e sinestésico
Verbal,
visual e sinestésico
Visual,
auditivo e sinestésico
Instrutor
dentro da água.
Deslocamento
submerso
Orientar o aluno para que realize o deslocamento de formas variadas, submersa e
vertical tocando a mão no fundo da piscina.
Orientação verbal para que o aluno realize o
deslocamento de formas variadas e apoio físico.
Verbal,
visual e sinestésico
Auditivo,
visual e sinestésico
Instrutor
dentro da água
Quadro 11: Estratégias de ensino para a pessoa com lesão medular classe S5
Atividade Condução Estratégia Instrução Material Percepção Ambiente
Respiração Instruir o aluno a primeiro prender a respiração o máximo de tempo possível,
depois soltar a respiração lentamente alternando entre nariz e boca e por ultimo
controlar a expiração do ar pelo nariz e inspiração pela boca
Orientação verbal sobre a atividade. Verbal Auditivo
Respiração Orientar o aluno a realizar o exercício elevador e pedir para que ao afundar expire
o ar.
Instrução verbal. Verbal Auditivo
Respiração Utilizar a instrução verbal e atividades variadas para o ensino da respiração,
sendo a execução do movimento fora da água, com imersão, com variação do
tempo de movimento de respiração, bloqueando a respiração e alternando o fluxo da respiração com movimentação corporal
Sequencia de atividades variadas para o ensino
da respiração.
Verbal Auditivo
Flutuação dorsal Orientar o aluno para o trabalho do controle da respiração, enchendo o pulmão de
ar e soltando aos poucos com uso do palmateio para estabilização do corpo.
Instrução verbal com relação à estabilização do
corpo durante o movimento
Verbal Auditivo
Flutuação dorsal Instruir o aluno a inflar o pulmão de ar e depois fazer uma expiração forte com o professor realizando o apoio na nuca do aluno. No segundo momento orientar o
aluno na realização da flutuação com palmateio.
Instrução verbal e apoio do professor Verbal e sinestésico
Auditivo e sinestésico
Instrutor dentro da
água.
Flutuação dorsal Realizar a flutuação com o aluno apoiando as mãos no ombro do professor, depois
realizar com o professor apoiando a nuca do aluno, em um terceiro momento com controle através da respiração e por ultimo sem apoio com treino do controle da
respiração utilizando palmateio.
Sequencia de atividades variadas para o ensino
da flutuação dorsal, utilização da orientação verbal, da demonstração e do apoio físico ao
aluno.
Verbal e
sinestésico
Auditivo e
sinestésico
Instrutor
dentro da água
Flutuação ventral Realizar a flutuação ventral com apoio de um espaguete ou flutuador e apoiar com a palma da mão no peito do aluno para que ele adquira o equilíbrio até manter a
própria flutuação
Utilização de material flutuador e apoio físico para auxiliar o aluno na manutenção do equilíbrio
Verbal e sinestésico
Espaguete, flutuador
Auditivo e sinestésico
Instrutor dentro da
água
Flutuação ventral Realizar a flutuação ventral com controle da respiração, enchendo o pulmão de ar e soltando aos poucos com uso do palmateio para estabilização do corpo.
Instrução verbal com realização à estabilização do corpo durante o movimento.
Verbal Auditivo
110
Flutuação ventral Orientar verbalmente o aluno para que primeiro observe o movimento da flutuação
ventral e depois execute utilizar variação de posição da cabeça durante a flutuação
Instrução verbal e da demonstração do
movimento antes de sua execução com variação no movimento.
Verbal,
visual e sinestésico
Auditivo,
visual e sinestésico.
Instrutor
dentro da água
Transição
dorso/ vertical
Realizar uma sequencia de atividades (giro do tronco com auxilio dos braços, giro
de tronco sem auxílio dos braços, meio giro alternando o lado, meio giro com parada) dando apoio físico ao aluno durante a execução do movimento.
Sequencia de atividades e do apoio físico ao
aluno durante a execução do movimento.
Verbal,
visual e sinestésico
Auditivo,
visual e sinestésico.
Instrutor
dentro da água.
Transição
dorso/vertical
Apoiar a mão na barriga do aluno e conduzir o movimento abdominal até ele
chegar na posição vertical
Utilização do apoio físico para auxiliar o aluno Sinestésico Sinestésico Instrutor
dentro da
água
Transição
dorso/vertical
Utilizar o palmateio durante a transição. Instrução verbal Verbal Auditivo
Transição
ventral/vertical
Instruir o aluno verbalmente e auxiliar na descoberta do ponto de equilíbrio Instrução verbal e realização da descoberta do
ponto de equilíbrio em conjunto com o aluno
Verbal Auditivo e
sinestésico
Transição
ventral/ vertical
Instruir o aluno a apoiar as mãos na escada da piscina e forçar os braços
empurrando para cima com intuito de baixar o tronco, depois realizou o mesmo
exercício sem a utilização da escada como apoio.
Utilização da escada como equipamento de
apoio para a realização do exercício e depois
orientação verba para que o aluno realize o exercício sem o equipamento.
Verbal e
sinestésica
Escada da
piscina
Auditivo e
sinestésico
Transição
ventral /vertical
Utilizar uma sequencia de atividades, dando apoio físico ao aluno durante a
execução do movimento, sendo a variação de equilíbrio do tronco pela posição da cabeça, indução à flexão do tronco com auxílio de palmateio e indução à flexão do
tronco somente com a movimentação de cabeça expiração do ar
Sequencia de atividades, dando apoio físico ao
aluno durante a execução do movimento
Verbal,
visual e sinestésico
Auditivo,
visual e sinestésico.
Instrutor
dentro da água.
Giro do quadril
ventral/ dorsal
Instruir o aluno para que ele inicie o movimento até chegar a posição ideal
auxiliando com o toque ao afundar um dos ombros do aluno para que gire.
Instrução verbal e o toque auxiliando o aluno no
movimento
Verbal e
sinestésico
Auditivo e
sinestésico
Instrutor
dentro da
água
Giro do quadril
ventral/ dorsal
Instruir o aluno a realizar o giro com auxilio de palmateios fazendo o apoio de mão
sempre na posição correta para gerar o movimento solicitado.
Instrução verbal e atenção no posicionamento do
corpo para o giro
Verbal Auditivo
Giro do quadril ventral/ dorsal e Giro
do quadril dorsal/
ventral
Instruir o aluno a realizar palmateio bilateral e unilateral para rotação do tronco, meio giro alternando os lados e meio giro com parada lateral
Utilização uma sequencia de atividades sendo o palmateio utilizado como apoio do corpo para o
giro e o meio giro com parada para treino do
equilíbrio
Verbal, visual e
sinestésico
Auditivo, visual e
sinestésico.
Instrutor dentro da
água.
Giro do quadril
dorsal/ ventral
Pedir para que o aluno defina o lado e tente realizar o giro para a posição ventral,
com auxilio do professor afundando um dos ombros do aluno para o giro
Instrução verbal e o toque auxiliando o aluno no
movimento
Verbal e
sinestésico
Auditivo e
sinestésico
Instrutor
dentro da
água
Giro do quadril dorsal /ventral
Instruir o aluno a realizar o giro com auxilio de palmateios fazendo o apoio de mão sempre na posição correta para gerar o movimento solicitado.
Instrução verbal e atenção no posiconamento do corpo para o giro
Verbal Auditivo
Giro do braço para
trás
Instruir o aluno no giro do braço para trás a colocar o braço bem próximo da orelha Instrução verbal para correção do movimento Verbal Auditivo
Giro do braço para trás
Realizar exercícios educativos com giro do braço com pegada dupla e com braçada dupla e orientação verbal para atenção á manutenção da braçada na linha média do
corpo. E na finalização da braçada tocar as mãos no quadril.
Instrução verbal para que o aluno mantenha a atenção na linha média do corpo enquanto realiza
o exercício educativo e toque as mãos no quadril para sentir a finalização do movimento
Verbal, visual e
sinestésico
Auditivo, visual e
sinestésica
Giro do braço para
trás
Auxiliar o aluno com apoio físico ao realizar uma sequencia de atividades
(palmateio alternado, giro unilateral com palmateio, giro bilateral com apoio na
cabeça, giro unilateral com apoio na cabeça e execução lenta e guiada do movimento do braço, giro unilateral sem apoio)
Utilização de uma sequencia de atividades,
auxiliando o aluno com apoio físico no inicio da
sequencia e finalizando esta sem apoio.
Verbal,
visual e
sinestésico
Auditivo,
visual e
sinestésico.
Instrutor
dentro da
água.
111
Giro do braço para
trás
Instruir o aluno para que eleve o braço até a maior altura possível fazendo o giro e
auxiliar conduzindo o braço do aluno.
Auxilio no giro do braço para trás. Verbal e
sinestésica
Auditivo e
sinestésico
Giro do braço para
frente
Instruir verbalmente e demonstrar para o aluno que a mão precisa entrar na água
seguindo a linha do ombro.
Instrução verbal e demonstração do movimento
para correção da técnica de nado
Verbal e
visual
Auditivo e
visual
Giro do braço para
frente
Utilizar um acquatub na região do quadril do aluno e realizar educativo da pegada
dupla, encostando as mãos na água
Utilização do equipamento flutuador e orientação
verbal pedindo para que o aluno unisse as mãos na água na finalização do giro.
Verbal,
visual e sinestésico
Equipamento
flutuador (acquatub)
Auditivo,
visual e sinestésica
Giro do braço para
frente
Instruir o aluno para quer realize o movimento do giro do braço para frente com a
prancha e com o flutuador.
Realização do giro do braço para frente com
auxilio do professor e com o uso do material
Verbal e
sinestésico
Prancha e
flutuador
Auditivo e
sinestésico
Giro do braço para
frente
Realizar uma sequencia de atividades, auxiliando o aluno com apoio físico e uso de
equipamento. Sendo a realização de palmateios a frente da cabeça, “cachorrinho”
e palmateios próximo do quadril, giro do braço para frente com pegada dupla,
braçada submersa, giro unilateral com apoio da prancha e giro unilateral sem prancha.
Utilização de uma sequencia de atividades,
auxiliando o aluno com apoio físico no inicio da
sequencia e finalizando esta sem apoio.
Verbal,
visual e
sinestésico
Prancha. Auditivo,
visual e
sinestésico.
Instrutor
dentro da
água.
Braçada do nado
crawl e do nado costas
Utilizar uma periodização a fim de gerar evolução, resultado e tornar o nado do
atleta mais veloz.
Treino de força, treino de velocidade, polimento
e preservação da técnica do nado e realização trabalho de técnica de nado com três meses antes
da competição e próximo da data de competir,
realização de trabalhos com estímulo de velocidade
Verbal Auditivo
Tiros de velocidade
para o nado crawl
Utilizar o estímulo verbal como incentivo para o aluno alcançar determinada meta Estímulo verbal como forma de incentivo para
que o aluno alcance a meta
Verbal Auditivo
Quadro 12: Estratégias de ensino para a pessoa com lesão medular classe S6
Atividade Condução Estratégia Instrução Material Percepção Ambiente
Respiração Avaliar o aluno para percepção do medo e do equilíbrio Avaliação acontece para divisão de turmas sinestésica
Respiração Realizar o exercício de liberar bolhas de ar dentro da água pelo nariz Instrução verbal e demonstração sobre como o
exercício deve ser realizado.
Verbal e
visual
Auditivo e
visual
Instrutor
dentro da água
Respiração Segurar o aluno por baixo das axilas e orientar para que inspire o ar e expire
colocando o rosto na água
Auxilio ao aluno na realização do movimento. Verbal,
visual e sinestésico
Auditivo,
visual e sinestésico
Instrutor
dentro da água.
Respiração Realizar a respiração segurando na borda da piscina e depois com auxilio do
professor realizar em deslocamento em decúbito ventral
Realização da respiração primeiro sem
deslocamento e depois com auxilio do professor
no deslocamento em decúbito ventral.
Verbal,
visual e
sinestésico.
Auditivo,
visual e
sinestésico
Instrutor
dentro da
água
Respiração do nado
crawl
Demonstrar o movimento e orientar verbalmente a aluna para que realize a
respiração para os lados direito e esquerdo.
Demonstração do movimento e instrução verbal Verbal e
visual
Auditivo e
visual
Respiração do nado costas
Instruir o aluno quanto ao processo de respiração natural durante o nado Instrução verbal Verbal Auditivo
Respiração do nado
peito
Auxiliar na realização do movimento e instruir verbalmente durante o exercício Utilização do auxílio do professor e instrução
verbal durante a execução do movimento
Verbal,
visual e
sinestésico
Auditivo,
visual e
sinestésico
Instrutor
dentro da
água
Respiração Orientar o aluno para segure na borda e faça bolinhas colocando o rosto por Instrução verbal Verbal Borda da Auditivo Instrutor
112
completo na água. piscina dentro da
água
Flutuação dorsal Utilizar um acquatub como apoio na região da cintura escapular o outro atrás do
joelho além do apoio manual na cabeça.
Utilização do equipamento de flutuação na
cintura escapular e região posterior de joelho e
apoiou a cabeça da aluna com as mãos
Verbal,
visual e
sinestésico
Dois
acquatubes
(espaguete)
Auditivo,
visual e
sinestésico.
Instrutor
dentro da
água
Flutuação dorsal Orientar o aluno para que em função da baixa densidade corporal, fique tranquilo, relaxe a cabeça para que consiga flutuar com facilidade.
Instrução verbal Verbal e sinestésico
Auditivo e sinestésico
Instrutor dentro da
água.
Flutuação dorsal Utilizar brinquedos coloridos para trabalhar com a criança o prazer de estar na água
Criação um ambiente em que a criança sinta prazer em estar na água
sinestésico Brinquedos coloridos
sinestésico
Flutuação dorsal Realizar a flutuação dorsal com material nas axilas e depois no deslocamento com
auxilio do professor
Utilização do material para auxiliar o aluno na
flutuação dorsal.
Verbal e
sinestésico
Material
flutuador
Auditivo e
sinestésico
Instrutor
dentro da
água
Flutuação dorsal e
Flutuação ventral
Pedir para que o aluno afunde e tente sentir o solado do pé tocar o fundo da
piscina e volte a superfície novamente.
Promoção da percepção corporal Verbal Auditivo
Flutuação dorsal Auxiliar o aluno na realização do movimento e orientar que mantenha a atenção focada na respiração
Auxilio na execução e instrução verbal para o foco da atenção na respiração
Verbal, visual e
sinestésico
Visual, auditivo e
sinestésico
Instrutor dentro da
água
Flutuação dorsal Demonstrar o movimento e instruir sobre a realização de palmateio para a
flutuação com deslocamento.
Instrução verbal e demonstração Verbal e
Visual
Auditivo e
visual
Flutuação ventral Orientar o aluno para que apoie as mãos na escada e utilizando um acquatub na
região da cintura pélvica pedir para que o aluno afunde o rosto e busque tentar
manter o equilíbrio
Instrução verbal e o uso da escada da piscina e do
material flutuador.
Verbal,
visual e
sinestésica
Escada da
piscina e um
flutuador
Auditivo,
visual e
sinestésico.
Flutuação ventral Pedir para que o aluno fique tranquilo dar o apoio para a realização do movimento. Instrução verbal apoio físico para a realização do movimento.
Verbal e sinestésico
Auditivo e sinestésico
Instrutor dentro da
água.
Flutuação ventral Realizar a flutuação ventral primeiro de forma estática com material flutuador, pesinho e com auxilio do professor e depois com deslocamento, também com
auxilio do professor
Realização da flutuação com material e auxilio e depois com deslocamento também com auxilio.
Verbal e sinestésico
Material flutuador e
pesinho
Auditivo e sinestésico
Instrutor dentro da
água
Flutuação ventral Auxiliar o aluno na realização do movimento e orientar para que durante a
flutuação o aluno mantenha a atenção focada na respiração
Auxilio do professor na execução e instrução
verbal para o foco da atenção na respiração
Verbal,
visual e sinestésico
Visual,
auditivo e sinestésico
Instrutor
dentro da água
Flutuação ventral Instruir verbalmente para que o aluno realize o palmateio e desloque-se na piscina
em decúbito ventral
Instrução verbal Verbal Auditivo
Flutuação ventral Instruir verbalmente e demonstrar a movimentação de braços durante a flutuação
com deslize.
Instrução verbal e demonstração do movimento Verbal e
visual
Auditivo e
visual
Flutuação ventral Iniciar com um trabalho de braços demonstrando o movimento para o aluno e
orientar para que primeiro apenas observe, após a demonstração pedir para que o aluno realize o movimento com auxílio e sem auxilio.
Demonstração do movimento e instrução verbal. Verbal e
visual
Visual,
auditivo e sinestésico
Instrutor
dentro da água
Flutuação ventral Iniciar a adaptação ao meio líquido de mãos dadas com o aluno e se utilizar do
toque para dar segurança à criança
Estar dentro da água na fase de adaptação ao
meio líquido e se utilizar do toque para dar segurança ao aluno
Verbal e
sinestésico
Auditivo e
sinestésico
Instrutor
dentro da água
Transição
dorso/vertical e
Transição da posição
Orientar o aluno para que movimente as mãos com palmateio e dê estímulo à força
residual na região do tronco ( core)
Instrução verbal, demonstrando o movimento e
auxiliando na realização.
Verbal,
visual e
sinestésico
Auditivo,
visual e
sinestésico
Instrutor
dentro da
água
113
ventral para vertical
Transição dorso/ vertical e
Transição
ventral/ vertical
Realizar a transição da posição dorsal para vertical e orientar o aluno a fazer força no abdômen e segurar na borda da piscina.
Orientação ao aluno para que se concentre na força na contração muscular abdominal.
Verbal sinestésica
Borda da piscina
Auditivo e sinestésico
Transição dorso/ vertical
Solicitar para que o aluno estenda o braço tocando o braço do professor e projete o tronco para frente. Em um segundo momento realizar o movimento utilizando uma
bola como referencia.
Instrução verbal e auxílio no movimento. Verbal, visual e
sinestésico
Uma bola. Auditivo e sinestésico
Instrutor dentro da
água.
Transição dorso/ vertical
Auxiliar na execução do movimento e orientar verbalmente para que o aluno mantenha o foco da atenção na força abdominal e no posicionamento da cabeça à
frente afundando o quadril.
Instrução verbal e auxilio na execução do movimento.
Verbal, visual e
sinestésico
Visual, auditivo e
sinestésico
Instrutor dentro da
água
Transição
ventral/ vertical
Instruir o aluno para que projete a cabeça para trás como se fosse deitar, repetindo
o movimento várias vezes e segurando nas pernas do aluno para estabilizar um ponto fixo.
Instrução verbal sobre a forma de realizar o
movimento e apoio para estabilização do equilíbrio.
Verbal e
sinestésico
Auditivo e
sinestésico
Instrutor
dentro da água.
Transição
Ventral/vertical
Instruir para que o aluno realize uma leve inclinação na posição vertical para a
realização da respiração.
Instrução verbal sobre a respiração na transição Verbal Auditivo
Transição
ventral/ vertical
Realizar com o aluno o movimento fora da água e depois auxiliar na realização do
movimento dentro da água
Instrução verbal e auxilio para a realização do
movimento e demonstração dentro e fora da
água.
Verbal,
visual e
sinestésico
Visual,
auditivo e
sinestésico
Instrutor
dentro da
água
Giro do quadril ventral/ dorsal
Orientar o aluno para que faça o palmateio e demonstrar o movimento auxiliando durante o giro
Instrução verbal com palmateio, demonstração e auxilio na realização.
Verbal, visual e
sinestésico
Auditivo, visual e
sinestésico
Instrutor dentro da
água
Giro do quadril
ventral/ dorsal
Colocar o braço do aluno para fazer um peso, um sobrepeso pra que ele consiga
virar o corpo
Auxilio para que o aluno descubra a melhor
forma de trocar de decúbito, ventral para dorsal e
dorsal para ventral
verbal sinestésico
Giro do quadril
ventral/ dorsal
Orientar o aluno para que inicie o movimento com a cabeça. Quando o aluno está
no inicio da fase de aprendizagem o professor estabiliza o quadril do aluno pedindo para que o aluno auxilie no movimento com a sua própria força de
abdômen para que o quadril gire realizando a mesma força com os braços.
Orientação verbal sobre a realização do
movimento dando apoio físico para o aluno.
Verbal e
sinestésico
Auditivo e
sinestésico
Instrutor
dentro da água
Giro do quadril ventral/ dorsal e Giro
do quadril dorso/
ventral
Auxiliar na realização do rolamento. Auxilio com o toque do professor na realização do giro do quadril da posição ventral para dorsal
Verbal e sinestésico
Auditivo e sinestésico
Instrutor dentro da
água
Giro do quadril dorsal/ ventral
Orientar o aluno para inicie o movimento pela cabeça projetando o braço estendido para que encoste na mão do professor que estará estendida ao lado do
aluno na direção do giro.
Orientação verbal sobre a forma de realizar o movimento e apoio físico durante a execução.
Verbal e sinestésico
Auditivo e sinestésico
Instrutor dentro da
água.
Giro do quadril dorsal/ ventral
Orientar o aluno para que ele use o movimento de quadril Instrução verbal para que o aluno perceba a funcionalidade do movimento de quadril
Verbal Auditivo
Giro do braço para
trás
Demonstrar o movimento e orientar verbalmente tanto dentro como fora da água,
com auxilio usar um acquatub nas cinturas pélvica e escapular e apoio de cabeça o qual é feito pelo professor que auxilia durante a realização do giro.
Instrução verbal e física realizando o movimento
com o aluno tanto dentro quanto fora da água com o uso de equipamento flutuador e apoio
físico na cabeça.
Verbal,
visual e sinestésico
Equipamento
flutuador
Auditivo,
visual e sinestésico
Giro do braço para
trás
Instruir o aluno verbalmente e demonstrar o movimento para que seja realizado
com auxílio.
Instrução verbal e demonstração. Verbal,
visual e sinestésico
Auditivo,
visual e sinestésico
Instrutor
dentro da água
114
Giro do braço para
trás e Giro do braço para frente
Estabilizar o aluno em decúbito dorsal e pedir para que outro aluno realize o
movimento como exemplo para o aprendiz e depois pedir para que o aluno realize o movimento de giro.
Instrução verbal e demonstração para que a
aprendizagem aconteça por observação
Verbal,
visual e sinestésico
Auditivo e
sinestésico
Instrutor
dentro da água.
Giro do braço para
trás
Demonstrar o que será realizado, instruir e questionar o aluno sobre o
entendimento e por ultimo realizar o movimento tocando o aluno. Realizar o auxilio pegando nas mãos e nos braços, para que o aluno sinta o movimento.
Utilização das três vias de aprendizagem, visual,
auditivo e sinestésico
Instrução
verbal, visual e
sinestésica
Auditivo,
visual e sinestésico.
Giro do braço para
trás
Orientar o aluno quanto ao posicionamento dos braços durante a execução do
movimento e instruir para que realize o giro com movimentos alternados e simultâneos dos braços.
Instrução verbal para realização da atividade com
movimentos alternados e simultâneos dos braços
Verbal Auditivo
Giro do braço para
frente
Professor demonstrou o movimento fora da água e colocou um acquatub na região
da cintura pélvica da aluna, orientando a braçada de dentro da água com correções quanto à amplitude do movimento.
Utilizou da demonstração tanto dentro quanto
fora da água com equipamento flutuador e orientação verbal durante a realização.
Verbal,
visual e sinestésico
Equipamento
flutuador
Auditivo,
visual e sinestésico
Instrutor
dentro da água
Giro do braço para
frente
Incentivar o avanço do aluno aumentando o numero de chegadas na piscina
realizando o giro do braço para frente
Aumento do numero de chegadas que o aluno
precisa para aprimoramento do nado.
Verbal Auditivo
Giro do braço para frente
Instruir para que o aluno realize o movimento e para o que precisa ser modificado Instrução verbal Verbal Auditivo
Giro do braço para
frente
Realizar o movimento primeiro na borda, depois com a prancha e por último com
auxílio do professor.
Instrução verbal e variação sobre as formas de
realização do movimento.
Verbal,
visual e sinestésico
Borda da
piscina e a prancha
Auditivo,
visual e sinestésico
Giro do braço para
frente
Auxiliar no movimento e dar apoio para a realização do giro do braço para frente.
Utilizar a prancha e instruir verbalmente quanto ao posicionamento do braço
durante a execução do giro.
Instrução verbal e auxilio para a realização do
movimento.
Verbal,
visual e
sinestésico
Prancha Visual,
auditivo e
sinestésico
Instrutor
dentro da
água
Giro do braço para
frente
Demonstrar e instruir verbalmente quanto ao posicionamento do braço durante o
movimento, pedir para que a aluna realize o movimento e realizar correções
quanto à técnica do mesmo.
Demonstração e instrução verbal. Verbal e
visual
Visual e
auditivo
Giro do braço para frente
Nadar junto com o aluno para demonstrar o movimento Auxilio no processo de descoberta e demonstração do movimento.
verbal Auditivo e sinestésico
Instrutor dentro da
água
Giro do braço para frente
Demonstrar o movimento fora da piscina e depois dentro da água realizar o exercício auxiliando o aluno.
Demonstração do movimento fora da piscina e auxilio o aluno na execução do exercício.
Verbal, visual e
sinestésico
Visual, auditivo e
sinestésico
Instrutor dentro da
água
Giro do braço para
frente
Utilizar a mão para o aluno fazendo a vez da prancha e puxar para que haja o
deslize e para que o aluno possa ver o gesto técnico.
Instrução verbal e auxilio na realização do
movimento.
Verbal,
visual e sinestésico
Auditivo,
visual e sinestésico
Instrutor
dentro da água
Giro do braço para
frente
Oferecer dicas ao aluno para que este adapte a dica para a própria funcionalidade Utilização da dica Verbal Auditivo
Giro do braço para frente
Demonstrar o movimento dentro da água como se ele fosse o aluno, sem movimentar as pernas.
Utilização da demonstração dentro da água simulando as limitações físicas do aluno
Visual e sinestésico
Visual Instrutor dentro da
água
Movimentos livres de giros e cambalhotas
na água
Instruir verbalmente o aluno para realize giros de formas variadas Instrução verbal e auxilio ao aluno com apoio físico.
Verbal, visual e
sinestésico
Auditivo, visual e
sinestésico
Instrutor dentro da
água
Movimento do braço do peito
Instruir verbalmente o aluno e demonstrar a braçada do nado peito orientando para que desenhe um circulo com os dois braços e corte esse circulo ao meio, após
Demonstração e instrução verbal quanto á realização do movimento do braço para o nado
Verbal Auditivo e visual
115
a explicação pedir para que o aluno realize o exercício relembrando que a braçada
é realizada à frente do corpo.
peito
Braçada do nado peito Instruir verbalmente sobre o apoio da mão na água Instrução verbal verbal auditivo
Deslocamento com
material flutuador
Amarrar flutuadores nas pernas do aluno para que este posicione o quadril mais
alto e perceba a diminuição do arrasto durante o deslocamento
Utilização de equipamento flutuador adaptando o
material ao aluno (amarrando o flutuador nas
pernas do aluno) para que perceba o arrasto.
Verbal,
visual e
sinestésico
Flutuador Auditivo,
visual e
sinestésico
Instrutor
dentro da
água
Mergulho submerso Jogar a argolinha no fundo da piscina para que o aluno tente mergulhar para pegar,
orientar para que o aluno ondule o quadril e pedir para que o aluno tente descobrir
como poderia fazer para mergulhar.
Início na parte rasa e aos poucos foi aumentando
a profundidade
verbal Argolinha Auditivo e
sinestésico
Braço do nado
borboleta
Instruir verbalmente como se realiza o nado borboleta verbal auditivo
Ondulação do quadril Instruir o aluno para que coloque a mão no quadril enquanto realiza o movimento
e orientar verbalmente conforme o feedback dado pelo aluno.
Utilização do tocar o próprio corpo enquanto
nada para que o aluno sinta o movimento que está realizando, instrução verbal e demonstração.
Verbal e
sinestésica
Auditivo,
visual e sinestésico
Braçada dupla no
nado costas
Utilizar a braçada dupla no nado costas para trabalhar o controle do tronco Utilização do exercício da braçada dupla como
estratégia para trabalhar o controle do corpo, instrução verbal e demonstração.
Verbal e
sinestésico
Auditivo e
sinestésico
Equilibrar-se na água
em posições diversas
Realizar variadas possibilidades de equilíbrio horizontal e vertical onde o aluno
descobre a melhor forma de realizar cada movimento
Instrução verbal e variação de posicionamento
corporal.
verbal Sinestésico
Quadro 13: Estratégias de ensino para a pessoa com lesão medular classe S7
Atividade Condução Estratégia Instrução Material Percepção Ambiente
Respiração Demonstrar o movimento para o aluno. Demonstração Verbal Auditivo e
Visual
Flutuação dorsal Utilizar o flutuador como apoio e auxiliar o aluno durante a flutuação Utilização de material flutuador, instrução verbal e demonstração do movimento.
Verbal e Sinestésico
Flutuador sinestésico
Flutuação dorsal Utilizar a raia como material para o aluno segurar durante a flutuação dorsal Utilização da raia para auxiliar na flutuação
dorsal
Sinestésico Raia da
piscina
Sinestésico
Flutuação dorsal Colocar o material flutuador na perna do aluno. Utilização do material para trabalhar flutuabilidade e facilitação o ensino do nado
costas, instrução verbal e demonstração.
Flutuador (Espaguete)
sinestésico
Flutuação dorsal Realizar exercícios corretivos e de sensibilidade para estimular a percepção da
funcionalidade motora
Exercícios de correção e de sensibilidade Verbal Auditivo
Flutuação dorsal Auxiliar na flutuação dorsal Utilização do flutuador (espaguete) para auxílio
na flutuação.
Flutuador
(Espaguete)
sinestésico
Flutuação dorsal Utilizar o espaguete para auxilio da flutuação e para dar segurança ao aluno que
estava com medo
Utilização do material flutuador e auxílio na
execução do movimento.
Verbal
sinestésica
Flutuador
(Espaguete)
Auditivo e
sinestésico
Instrutor
dentro da água
Flutuação ventral Auxiliar o aluno e instruir verbalmente para a realização do movimento e utilizar o
apoio físico neste auxilio.
Utilização do toque para que o aluno se sinta
seguro e compreenda o movimento, instrução verbal e demonstração.
Verbal e
sinestésico
Auditivo e
sinestésico
Instrutor
dentro da água
Transição
dorso/ vertical
Utilizar palavras de motivação para encorajar o aluno a avançar e evoluir sempre Instrução verbal Verbal Auditivo
116
Transição
ventral/ vertical
Auxiliar o aluno oferecendo apoio físico com a mão para facilitar o movimento de
flutuação.
Utilização do toque para auxiliar o aluno na
flutuação ventral
Sinestésico Sinestésico Instrutor
dentro da água
Giro do quadril
ventral/ dorsal e Giro do quadril dorsal/
ventral
Instruir o aluno para que inicie o movimento do giro, realizando uma rotação dos
ombros simultaneamente ao giro de quadril, auxiliando com palmateio lateral, no sentido em que desejar virar.
Instrução verbal sobre o ponto de início do
movimento de giro.
Verbal e
sinestésico
Sinestésico,
visual e auditivo
Instrutor
dentro da água
Giro do braço para
trás
Utilizar a demonstração visual e o contato, auxiliando o aluno no giro do braço
para trás.
Demonstração e instrução verbal. Visual,
auditivo e sinestésico
Auditivo,
visual e sinestésico
Instrutor
dentro da água
Giro do braço para
trás
Instruir o aluno sobre a técnica do nado enquanto este realiza o movimento. Instrução verbal sobre a técnica do nado e
realização da correção durante a execução.
Verbal Auditivo
Giro do braço para frente
Utilizar a demonstração visual e o contato, auxiliando o aluno no giro do braço para frente
Demonstração, instrução verbal e auxílio para a realização do movimento.
Visual e sinestésico
visual e sinestésico
Instrutor dentro da
água
Descoberta de possibilidades de
movimentos
Incentivar o aluno para que este tenha autonomia para o processo de descoberta do corpo dele na água
Instrução verbal para que o aluno mude o padrão de movimento que faz e descubra uma forma
diferente de nadar.
verbal Auditivo e sinestésico
Quadro 14: Estratégias de ensino para a pessoa com lesão medular classe S8
Atividade Condução Estratégia Instrução Material Percepção Ambiente
Respiração Colocar o aluno em decúbito ventral sendo apoiado por material flutuador abaixo
das axilas, instruir o aluno verbalmente para que inspire o ar pelo nariz e solte pela
boca colocando o rosto na água
Utilização do material flutuador para dar
independência do apoio físico ao aluno.
Verbal,
visual e
sinestésico
Flutuador
(espaguete)
Visual,
auditiva e
sinestésica
Instrutor
dentro da
água
Flutuação dorsal Apoiar o aluno com a mão na nuca, instruir verbalmente para que ele fique
tranquilo e com o corpo relaxado e inspire o ar expirando de forma lenta.
Realização o apoio físico e instrução verbal
sobre o cuidado com a respiração.
Verbal e
sinestésica
Auditiva e
sinestésica
Instrutor
dentro da
água
Flutuação ventral Orientar o aluno para que apoie nas mãos do professor, instruir verbalmente para que ele fique tranquilo e com o corpo relaxado e inspire o ar pela boca expirando
pelo nariz de forma lenta.
Realização do apoio físico e instrução verbal sobre o cuidado com a respiração.
Verbal e sinestésica
Auditiva e sinestésica
Instrutor dentro da
água
Transição da dorsal/ vertical e
Transição Ventral/
vertical
Demonstrar para o aluno como o movimento deve ser realizado e instruir verbalmente sobre o posicionamento do corpo.
Demonstração antes da instrução verbal Verbal e sinestésica
Auditiva, visual e
sinestésica
Instrutor dentro da
água
Giro do quadril ventral/ dorsal
Demonstrar e orientar o aluno para que realize o giro iniciando o movimento pelos ombros, depois tronco e quadril, utilizando palmateio para auxiliar o giro.
Demonstração e instrução verbal. Iniciação do movimento pela rotação dos ombros, depois
tronco e por ultimo quadril.
Verbal, visual e
sinestésica
Auditiva, visual e
sinestésica
Instrutor dentro da
água
Giro do quadril dorso/ ventral
Demonstrar e orientar o aluno para que realize o giro iniciando o movimento pelos ombros, depois tronco e quadril, trazendo o braço por cima do tronco para auxiliar
o giro.
Demonstração e instrução verbal. Iniciação o movimento pela rotação dos ombros, depois
tronco e por ultimo quadril.
Verbal, visual e
sinestésica
Auditiva, visual e
sinestésica
Instrutor dentro da
água
Giro do braço para trás
Instruir o aluno para que realize a braçada dupla. Utilização da braçada dupla para que o aluno perceba a linha média do corpo
verbal Auditivo e sinestésico
Giro do braço para Utilizar com o nadador com lesão medular, o tapper da natação com deficientes Utilização materiais diversos para estimular o Visual e Tapper Auditivo, Instrutor
117
trás visuais e pede para que o aluno enquanto nada toque com o braço a bolinha que
está na ponta do tapper.
aluno sob as formas visual e sinestésica. sinestésico visual e
sinestésico
fica na
borda da piscina
Giro do braço para
frente
Utilizar um espaço fora da piscina em que bate muito sol no horário da aula e nos
momentos de ensino de um movimento, pedir para que o aluno saia piscina e realize o movimento com o professor segurando o braço do aluno e ao mesmo
explicar o movimento verbalmente orientando este aluno para que observe sua
sombra formada no chão.
Utilização da sombra do aluno como um efeito
espelho para facilitar a percepção e realiza o movimento tocando no aluno e explicando
verbalmente.
Verbal e
sinestésica
Auditivo,
visual e sinestésico
Espaço
ensolarado ao lado da
piscina.
Construção da atividade em
conjunto com o aluno
Pedir para que o aluno construa uma parte da aula em conjunto com o professor Construção conjunta da aula para que o aluno desenvolva autonomia para o processo de
descoberta do corpo dele na água.
Verbal Auditivo e sinestésico
Virada do nado crawl Criar situações problema no movimento para que o aluno resolva com a funcionalidade motora, por exemplo a virada do nado crawl, deixando o aluno em
posição incorreta na água para que ele se reorganize.
Criação de uma situação problema no movimento para o aluno se reorganize como forma de
estimular a percepção da funcionalidade motora.
Verbal e sinestésico
Auditivo e sinestésico
Quadro 15: Estratégias de ensino para a pessoa com lesão medular classe S9
Atividade Condução Estratégia Instrução Material Percepção Ambiente
Respiração Realizar a respiração com a flutuação ventral, exercícios de controle respiratório,
orientar o aluno para que fique o maior tempo possível expirando o ar de forma
lenta.
Instrução verbal para que o aluno controle a saída
do ar durante a expiração.
Verbal Auditiva e
sinestésica
Flutuação dorsal Colocar boia nas pernas do aluno para que durante a flutuação e em deslocamento,
este sinta um arrasto diferente e a percepção do corpo em uma situação diferente.
Utilização de equipamentos de flutuação durante
a locomoção do aluno para o treino de percepção
do corpo e da propriocepção em posicionamentos variados.
Verbal e
sinestésico
Equipamentos
de flutuação
Auditivo,
visual e
sinestésico
Flutuação ventral Realizar a flutuação ventral com deslocamento, tirando o rosto da água apenas no
momento da respiração e utilizar palmateios para auxiliar na manutenção do
equilibrio
Utilização o palmateio para realizar a flutuação
ventral com independência e já sem o apoio
físico do professor.
Verbal Auditivo e
sinestésica
Transição
dorso/ vertical e
Transição ventral/ vertical
Demonstrar o movimento e instruir o aluno verbalmente para que na posição dorsal
realize a tração dos braços trazendo a água de trás para frente e trazendo o tronco
para frente e na transição ventral/vertical trazer o tronco para trás.
Demonstrar o movimento antes da instrução
verbal.
Verbal,
visual e
sinestésico
Corpo do
professor
Auditivo,
visual e
sinestésico
Instrutor
dentro da
água.
Giro do quadril
ventral/ dorsal e Giro
do quadril
dorsal/ventral
Instruir o aluno verbalmente para que realize o giro do quadril de ventral para
dorsal com independência e deslocamento com palmateio.
Com o aluno já adaptado ao meio líquido,
instruir verbalmente para realize o movimento
com independência.
Verbal Auditivo Instrutor
dentro da
água.
Giro do braço para
trás
Pedir para que o aluno eleve o braço até a altura da orelha. Instrução verbal e demonstração a fim de
melhorar a amplitude de braçada do aluno
verbal auditivo
Giro do braço para
frente
Realizar o movimento com o aluno fora da água e depois dentro da água,
simultaneamente à instrução verbal para que o aluno perceba o movimento e as
correções a serem realizadas.
Realização do movimento com o aluno tanto fora
como dentro da água, demonstração do
movimento e instrução verbal.
Verbal e
sinestésica
Auditivo,
visual e
sinestésico
Instrutor
dentro da
água
Locomoção de forma diferenciada.
Pedir para que o aluno realize a locomoção de formas variadas, horizontal, vertical e submersa para facilitar a percepção do arrasto.
Variação de posicionamento corporal para a percepção o arrasto do corpo submerso.
Verbal Auditivo e sinestésico
118
Quadro 16: Estratégias de ensino para a pessoa com lesão medular classe S10
Atividade Condução Estratégia Instrução Material Percepção Ambiente
Respiração Realizar a respiração na flutuação ventral com palmateio ficando o maior tempo possível expirando o ar.
Instrução verbal sobre a respiração em deslocamento para auxiliar no controle
respiratório
Verbal Auditiva e sinestésica
Flutuação dorsal e
Flutuação ventral
Realizar um ciclo de três braçadas duplas e deslizar apenas com a flutuação
tentando manter a estabilidade de quadril
Instrução verbal sobre o deslize provocado pela
propulsão para facilitar a manutenção da estabilidade de quadril
Verbal e
demonstração
Visual,
auditiva e sinestésica
Instrutor
dentro da água
Transição
dorso/ vertical e Transição ventral/
vertical
Realizar um ciclo de quatro braçadas do nado costas e fazer a transição de dorsal
para vertical e de ventral para vertical.
Utilização da mudança do padrão de movimento
para provocar a estabilização do equilíbrio.
Verbal Auditivo e
sinestésico
Giro do quadril ventral/ dorsal e Giro
do quadril dorso/
ventral
Realizar um ciclo de três braçadas do nado crawl com a última sendo o impulso para o giro do tronco e quadril, realizando um ciclo de quatro braçadas do nado
costas e repetir o giro, da mesma forma com nado costas.
Utilização da mudança do padrão de movimento para provocar a estabilização do equilíbrio, o
controle respiratório e domínio do corpo.
Verbal e visual
Visual, auditivo e
sinestésico
Instrutor dentro da
água
Giro do braço para trás
Posicionar-se do lado de fora, na borda da piscina com o acquatub na mão e pedir para que o aluno toque o braço no material enquanto realiza o nado.
Utilização do material como uma referência visual e sinestésica para o aluno.
Verbal, visual e
sinestésica
Acquatub (espaguete)
Auditivo, visual e
sinestésico
Instrutor na borda da
piscina
Giro do braço para frente
Mesclar técnicas que utiliza com o nadador com deficiência visual, pedir para que os alunos nadem encostando na raia, contem braçadas e utilizem óculos escuros de
natação para estimular o aprimoramento da propriocepção.
Utilização de atividades mesclando técnicas utilizadas com o nadador deficiente visual.
Verbal e sinestésico
Óculos com lentes
escurecidas
Auditivo e sinestésico.
Iniciação para o
mergulho saída da borda da piscina
Iniciar o processo de ensino com o aluno sentado na borda piscina, instruir para
que mantenha o queixo próximo do peito e as mãos unidas com os braços estendidos a frente. Segurar com as mãos nas mãos do aluno e orientar para que
este empurre o corpo para frente provocando a queda com o direcionamento do
professor.
Iniciação do processo de ensino na borda piscina
e auxilio para que o aluno realize o movimento simultaneamente à instrução verbal.
Verbal,
visual e sinestésica
Visual,
auditivo e sinestésico
Instrutor
dentro da água
119
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125
APÊNDICE I
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
Você está sendo convidado a participar, como voluntário, da pesquisa “Estratégias de
ensino de natação para pessoa com lesão medular” Caso você concorde em participar,
por favor, assine esse documento. Sua participação não é obrigatória, e a qualquer momento
você poderá desistir de participar e retirar seu consentimento. Sua recusa não trará nenhum
prejuízo para sua relação com os pesquisadores. Você receberá uma cópia deste termo em
que constam o telefone e endereço dos pesquisadores bem como do Comitê de Ética em
Pesquisa, para que possa esclarecer eventuais dúvidas sobre o projeto e sobre sua
participação.
NOME DA PESQUISA: Estratégias de ensino de natação para pessoa com lesão
medular
PESQUISADOR (A) RESPONSÁVEL: Graciele Massoli Rodrigues
PESQUISADOR PARTICIPANTE: Milena Pedro de Morais
OBJETIVO DO ESTUDO: O objetivo deste estudo é verificar estratégias de ensino para a
natação utilizada com lesados medulares.
PROCEDIMENTOS DO ESTUDO: Ao aceitar participar, você será entrevistado com
nove perguntas semi estruturadas e receberá um diário de campo para anotações durante a
pesquisa que deverá ser entregue após um mês após a entrevista. Tem-se a expectativa que
será realizada a entrevista em aproximadamente 30 minutos. A entrevista será gravada e
transcrita na íntegra para posterior análise e a divulgação do trabalho terá finalidade
acadêmica, esperando contribuir para um maior conhecimento do tema estudado.
RISCOS E DESCONFORTOS: Este estudo oferece riscos mínimos aos seus participantes
e caso o participante manifeste constrangimento pelos questionamentos poderá desistir da
pesquisa em qualquer momento e também, havendo necessidade, será sugerido um
encaminhamento à Clínica de Psicologia da Universidade São Judas Tadeu.
BENEFÍCIOS: Os benefícios da pesquisa serão as contribuições apresentadas para o
professor participante acerca do processo de ensino no sentido de facilitar o
desenvolvimento da percepção corporal e a partir da funcionalidade motora do nadador
lesado medular. Será enviada uma cópia do trabalho e uma síntese com a organização das
estratégias coletadas a todos os participantes.
CUSTO/REEMBOLSO PARA O PARTICIPANTE: Não haverá nenhuma remuneração
pela participação na pesquisa, como também não haverá despesas extras cotidianas pela
participação no estudo, pois a coleta de informações será realizada em situação agendada e
local pré-estabelecido em acordo entre as pesquisadoras e você.
CONFIDENCIALIDADE DA PESQUISA: As informações obtidas serão utilizadas
somente para a pesquisa, não sendo divulgada nenhuma informação pessoal sobre nenhum
participante. A gravação dos procedimentos será utilizada para fins acadêmicos e para
publicação do estudo.
126
Eu,___________________________________________________________________,
RG:_________________________, declaro que li as informações contidas nesse
documento e fui devidamente informado pelas pesquisadoras sobre os procedimentos que
serão utilizados. Declaro que concordo por livre decisão minha participar da pesquisa. Foi-
me garantido que posso retirar o consentimento a qualquer momento, sem que isso leve a
qualquer prejuízo para mim. Declaro ainda que recebi uma cópia desse Termo de
Consentimento que será emitido em duas vias rubricadas pelos pesquisadores.
Qualquer dúvida sei que poderei entrar em contato pelos telefones abaixo discriminados
com os pesquisadores ou com o Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade São Judas
Tadeu pelo telefone (11) 2799-1944.
LOCAL E DATA: São Paulo, ______ de__________________________ de 201___.
_______________________________ _________________________
Nome por extenso Assinatura
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
Assinatura dos responsáveis pela pesquisa:
Profa. Dra. Graciele Massoli Rodrigues
Universidade São Judas Tadeu
Tel. (11) 2799 1638
Rua Taquari, 546 – Mooca
Milena Pedro de Morais
Coordenadora do Paradesporto – Prefeitura Municipal de Itanhaém
Tel. (13) 3421 1700
Av. Condessa de Vimieiros s/nº - Itanhaém
127
ANEXO I
ENTREVISTA
Nome do participante:
E-mail:
Endereço:
Telefone:
Tempo de atuação:
Tempo de atuação com deficiência:
Tempo de atuação com a pessoa com deficiência física:
Tempo de atuação com a pessoa com lesão medular:
1) Descreva como suas aulas são desenvolvidas, em grupo ou individual?
Como são compostos os grupos, quantos alunos, qual a faixa etária e quais são
as características do grupo, como o tempo de experiência, tempo de lesão, níveis
de aprendizagem e os objetivos almejados?
Ou
Como é o seu aluno, qual é a idade, qual é o tempo de experiência, tempo de
lesão, nível de aprendizagem e quais os objetivos almejados?
2) Fale sobre seu aluno com lesão medular, ele percebe a funcionalidade do
movimento de seu corpo? Percebe a funcionalidade fora da água, dentro da água
e durante o nado?
3) Você utiliza algum método ou estratégia para auxiliar seu aluno com lesão
medular a perceber a funcionalidade motora do próprio corpo?
Você utiliza alguma estratégia específica? (para o aluno mencionado
anteriormente)
4) As atividades a serem trabalhadas durante a aula e o nível de complexidade das
mesmas são discutidas previamente com seu aluno?
Como foi a sua primeira experiência com a pessoa com lesão medular? E como
você se vê agora acionando as estratégias? Tem diferença? Qual?
5) Você partiu de algum referencial teórico, experiência pessoal, ensaio e erro...
para usar as estratégias?
Como você prepara suas estratégias?
128
6) Quais são suas referências para captar a percepção funcional do aluno?
7) De que forma você acredita haver a interação entre o aprendizado do nado e a
percepção da funcionalidade motora?
8) Em sua opinião, a crença do aluno sobre suas próprias potencialidades
influenciam no processo de ensino/aprendizagem com relação à funcionalidade
motora?
9) Como você avalia a evolução do seu aluno no processo ensino/aprendizagem do
nado?
Você vê diferença entre função motora e funcionalidade motora?
129
ANEXO II
ANÁLISE DA ENTREVISTA (MODELO)
130
Quadro de análise
1) Descreva como suas aulas são desenvolvidas, em grupo ou individual? Como são compostos os grupos, quantos alunos, qual a faixa etária e quais são as características do grupo, como o tempo de experiência, tempo de lesão, níveis de aprendizagem e os objetivos almejados?
Ou
Como é o seu aluno, qual é a idade, qual é o tempo de experiência, tempo de lesão, nível de aprendizagem e quais os objetivos almejados?
Professor Íntegra Redução Ideias centrais categorias
01 A minha aula... a minha aula é assim, como houve...., geralmente aparece o paratleta para
mim através da própria propaganda que o Carlão faz, dos recordes que ele bate, das conquistas que ele consegue, acaba que de boca em boca aqui acaba sendo um centro de
treinamento né?.. E aí eu pulo meio que a parte do iniciação, existe mas a gente da é..
uma abreviada né? E o treinamento é.., pode se dizer que é forte
A minha aula é treinamento eu abrevio a parte da
iniciação, eu tenho o Breno Coquim, que ta nadando agora e que iniciou há três meses ele já
sabia flutuar, quando ele começou aqui a gente
usou o espaguete colocava na perna dele, e ele não aprendeu o crawl ainda... ele aprendeu só o costas,
então eu coloco o espaguete no joelho dele que dá
flutuabilidade e assim ele começou a nadar o costas ele participou da competição quatro dias antes de
competir ele não tinha conseguido fazer 50 metros,
aí eu fiz uma brincadeira se ele conseguisse fazer ..., completar a prova de 50 e 100 eu ia levar ele no
Tertulia, a Livia ela usa órtese ela tem a parte
inferior também sem movimentação, ela também já
teve uma iniciação e faz treino de
condicionamento, o Breno vai ter que aprender
realmente a nadar o crawl, o peito, porque ele tem um pouco de fobia de colocar o rosto na água.
*A aula é entendida como
treinamento
*dois alunos com lesão
medular um em fase de iniciação e o outro que
realiza treino de
condicionamento.
*o uso do espaguete como
material de apoio para o ensino da flutuação
*iniciação do ensino do nado
pelo nado costas e o aluno
tem fobia de colocar o rosto
na água
Eu: fala um pouquinho
para mim sobre o seu aluno com lesão
medular, qual a idade, o
tempo de lesão, as características, o tempo
de experiencia?
Então, eu tenho é.. eu tenho o Breno Coquim, que ta nadando agora, ele é um menino
que ... eu vi na rua convidei ele pra vir conhecer o trabalho aqui há... três meses atrás e ... ele é cadeirante, não tinha um histórico de atividade física e quando mais novo já teve
uma iniciação com o professor Mosquito , que tem um projeto na unimonte, então ele
assim, ele já sabia flutuar, quando ele começou aqui a gente usou o espaguete colocava na perna dele, e ele não aprendeu o crawl ainda... ele aprendeu só o costas, então eu
coloco o espaguete no joelho dele que dá flutuabilidade e assim ele começou a nadar o
costas, agora... quer dizer agora não, faz um mês que ele participou da competição, você vê, quatro dias antes de competir ele não tinha conseguido fazer 50 metros, aí eu fiz uma
brincadeira que eu até já paguei, se ele conseguisse fazer ..., completar a prova de 50 e
100 eu ia levar ele no Tertulia, eu não sabia que ele é carnívoro e o malandro conseguiu concluir porque eu falei do Tertulia e ele foi e pegou medalha... ganhou a aposta e pegou
medalha, então é... ele ta aprendendo o costas, ta muito bem já no costas, e... ta
começando a iniciar no crawl. Já o... a Livia ela usa órtese ela tem a parte inferior também sem movimentação, ela também já teve uma iniciação e ela foi recomendada...
ela teve uma iniciação a muito tempo atrás... e ela... o médico... como ela usa muleta ela
ta tendo ao contrario de todo mundo, ela ta tendo um espaçamento das vertebras, o médico falou assim, você tem que voltar a nadar a urgente porque pra fortalecer a sua
coluna, pra muleta não danificar a sua coluna.
Natação para
pessoa com lesão medular: processo
de ensino,
adequação às necessidades e
estratégias.
131
entendi.. para comprimir
a vertebra...
isso, a musculatura fortalecer para voltar a vertebra para o lugar , então ela apareceu
aqui, eu já convidava ela a quatro anos... a 4 anos eu falava assim, vamos nadar...., vamos nadar..., e aí quando ela sofreu essa intimação do medico, ela se matriculou em
uma academia e veio aqui falar comigo que ela queria participar, aí ela tava de férias, ela
começou a nadar, final de junho, julho .. nadou uns 40 dias e também foi para competição e pegou medalha tudo... e já esta treinando agora, duas a três vezes na
semana, no horário de manhã, não é comigo, mas, ela também ela só recordou o que ela
já tinha aprendido na infância e.. aguentou a nadar, pegar ritmo, treino mesmo. Treino de condicionamento, já o Breno não, o Breno vai ter que aprender realmente a nadar o
crawl, o peito, porque ele tem um pouco de fobia de colocar o rosto na água.
02
Então, depois de 7 anos já, eu tenho muitos alunos que estão comigo desde o inicio, então já são atletas que já evoluíram, então minhas aulas são só voltadas para eles , pros
deficientes, independente se é visual, se é físico, se é intelectual, todo mundo junto e
quando chega algum aluno iniciante normalmente eu oriento a estagiária que fique só com este aluno iniciante até que ele comece a nadar, comece a evoluir, normalmente aí
cerca de dois, três meses no máximo ele já esta integrado na equipe e já chega o próximo
e aí eu vou nessa, chega um iniciante e aí toco integra a equipe , chega o próximo... é um ciclo.
A aula acontece em grupo independente se é visual, se é físico, se é intelectual, todo mundo junto e
quando chega algum aluno iniciante normalmente
eu oriento a estagiária que fique só com este aluno iniciante, a faixa etária vai de de 14 até 73 anos, eu
tenho tetraplégico, lesão parcial de C3 , ele tem 1
ano e meio que começou comigo, ele é S4, eu almejo com meus atletas, a primeira coisa, eles..
suportarem o medo deles, autonomia antes da
natação propriamente dita. o objetivo principal que eu tenho com eles é a qualidade de vida porque
pouquíssimos são lesões de nascença, a maioria é
adquirida.
*a aula acontece em grupo
*aula individualizada para o
aluno iniciante com a estagiária até que ele se
integre ao grupo, apesar da
aula acontecer no mesmo ambiente
* tetraplégico, lesão parcial
de C3 , que esta nadando 1
ano e meio e é classe S4.
* o objetivo principal da
professora com os atletas é a qualidade de vida porque a
maioria deles tem uma lesão
adquirida.
E qual a faixa etária dos
seus alunos?
Hoje eu tenho mais ou menos de 14 até 73. Dentro da mesma equipe, de 14 até 73 anos.
Os seus alunos lesados
medulares, já nadam a quanto tempo? Qual a
experiência deles com
natação?
É... a maioria que estão comigo hoje começaram a uns dois anos... eu tenho muitos que
começaram... uns três começaram esse ano, e eu tenho o que continuou comigo ainda, um tetraplégico, lesão parcial de C3 , ele tem 1 ano e meio que começou comigo e hoje
ele esta entre os três melhores do país nos 50 livre ele é um S4.
E quais são os objetivos
que você almeja para eles?
dependendo do perfil da pessoa né, a gente já identifica se ele vai conseguir seguir... vai
pra um Nacional, pro circuito e tal, dependendo da faixa etária do atleta também, ou então vai ser... eu tenho atletas de Jogos... né? Que vai la só pra treinar pra Jogos, e eu
tenho atletas de circuito até aptos pra pegar seleção brasileira tudo. Então na verdade o
que eu almejo com meus atletas, a primeira coisa, eles.. suportarem o medo deles, se auto... autonomia deles, autonomia antes da natação propriamente dita , essa
oportunidade de ta tendo um beneficio, de ta fazendo uma modalidade nova, de ta a
oportunidade de ta integrando uma equipe bacana que tem as viagens... de, a primeira
Condição de
superação e condução à
readaptação do
nadador com lesão medular.
132
coisa que eu penso com eles é isso, de realmente transformar a vida deles com o esporte
antes de realmente ele ser um atleta. Tipo, acho que por ultimo..., porque aí vem aqueles que se motivam mais, aqueles que tem mais desempenho, aqueles que realmente querem
treinar todos os dias e evoluem mais rápido e aí sim, um bolsa atleta nacional, um bolsa
atleta internacional, integrar uma seleção brasileira..., mas isso a gente que é funil né, começam vários e um ou outro que se interessa para seguir em frente, mas, o objetivo
principal que eu tenho com eles é a qualidade de vida mesmo, deles. E a oportunidade de
tarem integrando uma equipe legal onde com isso vão ta entre eles, vão ta um visual ajudando um lesado, um intelectual junto... todo mundo na equipe, e curtir esse
momento.
A questão do ser humano antes do ser atleta?
exatamente. Acho que pelo fato de eu ter sido atleta também ...., eu fui atleta de alto rendimento na natação, e eu já ter vivido esse lado atleta, de ta em seleção tudo, o que eu
vejo para eles..., poxa essa oportunidade de ta saindo de casa, de ir fazer um esporte , de
ta com os colegas, de ir pra um churrasco no final de semana, de ta com a galera, de ter uma amizade, porque a maioria deles..., dos meus atletas eram normais, antes de um
acidente, antes de um tiro, antes do não sei o que..., e aí parece que dá aquele...
Condição de superação e
condução à
readaptação do nadador com lesão
medular.
é a lesão adquirida né? Muda a vida
pouquíssimos é a lesão de nascença né? Então, pô imagina você normal e aí do nada pum, tua casa cai né? E agora o que eu vou fazer da minha vida? Eu, poxa agora tem a
Silvia lá na Praia Grande que trabalha com a natação e que poxa pode ser que você não
seja um Daniel Dias , mas, pô tu vai curtir aquele momento, os jogos, que esse ano a gente foi campeão... caramba foi surreal pra todo mundo e não tem nenhum cara que ah..
eu não tenho nenhum atleta de seleção brasileira, né, mas união entre eles que foi o mais
bacana disso. Mais eu priorizo bem mais isso do que o atleta propriamente dito.
03 A gente procura deixar assim, na medida do possível né, a gente deixa... procura atender o que é melhor para o aluno, se ele é criança, pode vir só as 6 mas o grupo de criança é
as 8 por exemplo mas pra ele é melhor as 6, a gente sempre da um jeito de atender
primeiro a necessidade do aluno né? Quando o aluno deixa aberto a gente procura montar grupos mais próximos, jovens..., crianças.., adultos...
Os grupos são montados por faixa etária e não por tipo de deficiência, mas, as aulas são em grupo,
estamos com 3 raias, então a gente tem 8, 9 alunos
para colocar 3 por raia. A gente juntou por exemplo, lesado medular com síndrome de down
pra fazer aula junto, por questões de horário e
necessidade dos pais embora, seja em grupo tem coisas que são individuais porque eles também tem
uma diferença de nível de aprendizado, tem uns que
ainda ta no começo e tem outros que já ta mais avançado, então você trabalha mais velocidade....
outras coisas né? Tem uma correção mais em cima
né, tem uma cobrança no gestual né, gesto técnico,
biomecânica e tal. Os dois alunos são mielo então
assim, nasceram com essa deficiência. Um, a
Vitoria tem 15 anos, 15, 16 anos e o Sérgio tem 11 então esse é o tempo de lesão dos dois. Eles tem
sensibilidade em algumas partes de membros inferiores. E praticamente ausência total de
movimento. o Sergio, se eu não me engano, se eu
não estou errada, ele esta completando 3 anos de natação, a Vitoria um pouquinho mais de tempo, a
*As aulas acontecem em grupo que são montados por
faixa etária e não por tipo de
deficiência.
*Embora a aula seja em
grupo, o atendimento é individualizado por conta das
diferenças no nível de
aprendizado.
*para os alunos que estão em
nível mais avançado existe
uma maior cobrança no
gestual, gesto técnico, biomecânica .
*dois alunos com Mielo, a
Vitoria tem 15 anos e nada a
cinco anos e o Sérgio tem 11 anos e nada a 3 anos. Eles
133
Vitoria acho que tem 5 anos, esse é o quinto ano de
natação dela
tem sensibilidade em
algumas partes de membros inferiores. E praticamente
ausência total de movimento.
em relação à faixa etária?
com relação a faixa etária , não prioriza o tipo de deficiência né, a gente prioriza a faixa etária, mas, as aulas são em grupo, todo ano tem mudanças no programa, a gente tem
limitação de raias disponíveis, tem ano que a gente 2 raias, tem ano que a gente tem 3
raias, então depende muito da disponibilidade, esse ano a gente ta trabalhando com 8 alunos por turma que a gente tem 2 raias, oh desculpa quer dizer a gente 3 raias, então a
gente tem 8, 9 da pra colocar 3 por raia. Então assim é.., tem fila, agora que a gente ta ,
agora que a gente juntou por exemplo, lesado medular com síndrome de down, né, pra fazer aula junto, por questões de horário e necessidade dos pais tem que vim mais cedo e
tal, mas, lógico, é melhor, eu acho que flui melhor quando você tem o grupo separado,
tipo físico, intelectual, eu acho que a aula fica mais parecida , fica mais próxima né e...você tem misto... o bom do misto é que um aprende com o outro, a interação e assim,
embora, seja em grupo tem coisas que são individuais, então fala óh você vai fazer assim,
você faz crawl, você faz costas, você vai fazer perna do costas porque eles também tem uma diferença de nível de aprendizado, tem uns que ainda ta no começo e tem outros que
já ta mais avançado, então você trabalha mais velocidade.... outras coisas né? Tem uma
correção mais em cima né, tem um cobrança no gestual né, gesto técnico, biomecânica e tal.
Embora a aula seja em
grupo, o atendimento é
individual?
acaba sendo um pouco individual
E os seus alunos com
lesão medular , eles
quanto tempo de natação, quanto tempo
de lesão..., quais são as
características da lesão e desses alunos?
óh, os dois alunos que a gente tem aqui nessa piscina, os dois são mielo então assim,
nasceram com essa deficiência. Um, a Vitoria tem 15 anos, 15, 16 anos e o Sérgio tem 11
então esse é o tempo de lesão dos dois e.. é bem grave assim, não tem sensibilidade... tem sensibilidade em algumas partes de membros inferiores, outras não né? E praticamente
ausência total de movimento.
é uma lesão bem baixa? é ... bem mais profunda, digamos assim né
E eles tem quanto tempo
de experiência na
natação?
olha o Sergio, se eu não me engano, se eu não estou errada, ele esta completando 3 anos
de natação, a Vitoria um pouquinho mais de tempo, a Vitoria acho que tem 5 anos, esse é
o quinto ano de natação dela
04 Então assim, nesse modelo que eu comecei a trabalhar na Lapa, desde então, a gente
vinha trabalhando com uma metodologia especifica que é o método Halliwick né, e dentro do programa Halliwick a gente divide em três níveis de habilidades, nível
vermelho, amarelo e verde, então nesse formato a gente não dividia os grupos por tipo de
deficiência sempre por nível de habilidade, então nível vermelho, é o ponto inicial né, onde mais precisava de adaptação, então a gente dividia em três pontos principais,
adaptação mental, controle da respiração e independência , nível amarelo, onde a gente ia
Estavamos trabalhando com uma metodologia
especifica que é o método Halliwick, hoje eu to trabalhando com um grupo reduzido, são cinco
nadadores, todos eles com deficiência física, eles
estão em um nível avançado, como o foco é em treinamento a gente trabalha em dois professores
com esse grupo de cinco, e divide de acordo com o
*A aula acontece em grupos
de 5 nadadores com deficiência física que já estão
em nível avançado de
natação, sendo o treinamento e o aperfeiçoamento da
técnica, focos da aula.
134
trabalhando essa fase intermediaria, controle do corpo na água, equilíbrio, rotações e no
nível verde a gente começa a trabalhar os deslocamentos na água e a natação propriamente dita.
ritmo da natação, como a gente tem classes
funcionais diferentes então a gente divide o grupo que é um pouquinho mais lento não
necessariamente com relação a classe, mais a
velocidade mesmo né, pra ficar um grupo mais homogêneo, a gente não faz atendimento especifico
pela separação de deficiência desde a base do
inicio. pensando em lesão medular, nesse grupo tem dois nadadores, os dois são classes baixas né,
na natação um é S2 e o outro é S3, de altura da
lesão medular, um é C6 e o outro é C5, e eles tem ritmos de aprendizados bem diferentes, o S3 esta
muito mais avançado e tem uma velocidade muito mais baixa, então eles acabam ficando divididos na
raia também, por conta dessa questão, então eles
ficam cada um em uma raia, não pela situação da deficiência né, mas, por terem ritmos diferentes...
Um está nadando agora, a cerca de 3 anos e meio
que é esse que é o classe mais alta que é um pouquinho mais rápido e o outro ele esta nadando a
uns três anos... os nossos objetivos, a gente ta
trabalhando a parte técnica o nadador numero 2 ele ainda ... ele ainda é muito fraco, além da
deficiência da limitação dele ser maior,
fortalecimento que ele precisaria... e a gente ta fazendo um trabalho pra ele nesse sentido
*São dois professores e os alunos são divididos em duas
raias por ritmo de nado,
sendo um grupo mais lento e outro mais veloz, essa
divisão é independente da
classe e da deficiência.
*O grupo tem dois nadadores
com lesão medular, um é S2 e o outro é S3, de altura da
lesão medular, um é C6 e o outro é C5.
*O S3 esta muito mais avançado e tem uma
velocidade muito mais baixa
e nada a cerca de três anos e meio e o S2 nada a cerca de
três anos, ele ainda é muito
fraco e esta sendo feito um trabalho de fortalecimento.
Entendi, mas, hoje em
dia nas suas aulas como
que é esse processo? Voce ainda trabalha com
o método Halliwick, a as
aulas são individuais, são em grupo, como que
acontecem as aulas hoje?
As aulas hoje, então hoje eu to trabalhando com um grupo reduzido, são cinco nadadores,
todos eles com deficiência física e já adaptados, então pensando no Halliwick, eles já
teriam passado do nível vermelho e amarelo né, estariam no verde para um nível avançado, como o foco é em treinamento, então é... atualmente a gente trabalha em dois
professores com esse grupo de cinco, e divide de acordo com o ritmo da natação, como a
gente tem classes funcionais diferentes então a gente divide o grupo que é um pouquinho mais lento né, não necessariamente com relação a classe, mais a velocidade mesmo né,
pra ficar um grupo mais homogêneo, então duas raias, dois em uma e três na outra raia.
Entendi... e aí quais são as características dos
seus alunos, eles tem
uma lesão alta, tem uma lesão baixa? Eles nadam
a quanto tempo?
é esses cinco que eu to falando eu to jogando todos os tipos de deficiência né, é um grupo que a gente não faz atendimento especifico pela separação de deficiência desde a base do
inicio ali né, até no decorrer né, são nadadores e a gente separa, pensando em lesão
medular, nesse grupo tem dois nadadores, os dois são classes baixas né, na natação um é S2 e o outro é S3, de altura da lesão medular, um é C6 e o outro é C5, e eles tem ritmos
de aprendizados bem diferentes, o S3 esta muito mais avançado e tem uma velocidade
muito mais baixa, então eles acabam ficando divididos na raia também, por conta dessa questão, então eles ficam cada um em uma raia, não pela situação da deficiência né, mas,
por terem ritmos diferentes...
135
Mais pelo ritmo do
nado?
Isso, exatamente.
E eles já nadam a quanto
tempo?
Um está nadando agora, a cerca de 3 anos e meio que é esse que é o classe mais alta que
é um pouquinho mais rápido e o outro ele esta nadando a uns três anos...
E quais são os objetivos que você almeja para
eles?
Então é...atualmente esse nadador que é um pouquinho mais avançado, até o ano passado ele estava competindo no circuito paralímpico e tendo índice para os nacionais então é
um nadador que teve um índice maior, e os nossos objetivos, eles esbarram também, na
nossa situação, na nossa condição, então a gente teve uma dificuldade muito grande pra acertar o treinamento esse ano, a gente ta fazendo o treinamento uma vez só por semana,
a gente que é um numero muito baixo muito reduzido, para que você consiga um
resultado mais almejado, então agora a gente ta trabalhando a parte técnica né, melhorando um pouquinho mais esses nadadores né, no sistema paraolímpico, se um
nadador é vinculado com um clube no inicio da temporada né, ele fica vinculado até o final, então não teria nem como fazer um desligamento agora, então a ideia é manter ele
em treinamento com foco na parte técnica pra que haja uma evolução ainda esse ano, pra
a partir do ano que vem a gente ter uma outra proposta , um outro foco, já o nadador numero 2 ele ainda ... ele ainda é muito fraco, além da deficiência da limitação dele ser
maior ele tem um... ele teve uma reabilitação como uma qualidade que acredito que foi
um pouquinho inferior..., ele não trabalhou questão de fortalecimento que ele precisaria... e a gente ta fazendo um trabalho pra ele nesse sentido né, então passo pra ele
uma planilhinha sempre de treinamento, uma liçãozinha de casa que ele possa ta fazendo
pra ele ter essa evolução também...
05 Ah sou eu a professora Marcia né, nós atendemos um grupo que é grande, divido em turmas né, cada turma geralmente são 6, 7, depende do tamanho né depende das
inscrições, e... a gente tem algumas raias na piscina e a gente procura dividir o grupo
dentro destas raias, e passar a aula né, passar o conteúdo dentro do planejamento que a gente traçou pra semana.
Somos em dois professores e atendemos um grupo grande que está dividido em turmas, cada turma
tem 6 ou 7 alunos que são dividos pela
característica da deficiência. Nosso objetivo é proporcionar qualidade de vida e
socialização, mostrando que eles são importantes
para as pessoas. Através da natação, realizamos trabalhos de respiração com os alunos com lesão
medular para dar uma melhor qualidade de vida no
dia a dia.
*A aula acontece com dois professores e um grupo
grande de 6 ou 7 alunos que
são divididos por características da deficiência.
*O objetivo da aula é proporcionar qualidade de
vida, socialização dos alunos
e elevar a auto estima mostrando sua importância
para a sociedade.
*Com os alunos com lesão
medular é objetivado a
melhoria da qualidade de vida através do trabalho de
respiração realizado durante as aulas.
Entendi... e quais são as
características do grupo,
qual é a faixa etária,
Isso, a gente divide o grupo por características né, de lesão, então, lesão, lesão medular...
cadeirante, a gente divide, síndrome de Down, Síndrome de Down aquele grupo, então a
gente divide por... é... pc, pc, então a gente faz um... então a gente divide pela
136
quanto tempo de prática?
característica da deficiência da pessoa.
Ah..., pela característica
da deficiência?
isso, isso, fica assim
E.. qual é a experiencia
do grupo, no caso do grupo dos lesados
medulares, eles já nadam
a quanto tempo, qual é o tipo de lesão ?
Então, é... nós estamos agora com problema de piscina né, nossa piscina quebrou, nós
tivemos o grupo que tiveram iniciação lá no NANASA lá no Vila Alpina né, então já vem no NANASA já a alguns anos muitos desde criancinha né, 5,6 anos, e a gente tem
outros né, que já adultos procuraram o aprendizado lá no NANASA e alguns que
sofreram... e aí a gente ta falando de pessoas que nasceram com a lesão medular, e alguns que sofreram né, sofreram a lesão, adquiriram a lesão, mas, que já sabiam da pratica do
nado antes da lesão, procuram a gente aqui diretamente, já vem diretamente aqui, faz a
inscrição e já começa a nadar diretamente aqui com a gente já.
essas pessoas são
pessoas que já nadavam
anteriormente, antes da lesão?
Isso, porque aqui só vem quem já sabe fazer o nado, quem não sabe tem que passar pelo
processo de aprendizado, que hoje, não é mais no Vila Alpina, não está acontecendo por
problemas aí que...
Entendi... e com esse
grupo de lesados medulares que esta
nadando com vocês aqui
quais são os objetivos que você almeja para
esse grupo ? Esse grupo
que nada atualmente.
A gente almeja primeiro tentar proporcionar uma qualidade de vida melhor pra eles, né,
eles vem aqui a gente tenta socializar eles né, dentro do espaço com outros alunos né, que tem a lesão na medula né, é... a gente faz trabalho com eles de respiração, e a gente
procura dar uma qualidade melhor pra eles no seu dia a dia né, usando aqui a piscina né,
o nado, a gente tenta fazer né, como professor de natação pra pessoas de deficiência, a gente tenta proporcionar o que a gente e conhece um pouco né, sociabilizar eles dentro
de um convívio, mostrar que eles tem a importância, que eles são importantes dentro do
espaço, dentro do nosso mundo, e proporcionar pra eles uma qualidade de vida melhor...
Condição de
superação e condução à
readaptação do
nadador com lesão medular.
06 A gente tem dos dois anos aos cinquenta anos, a gente tem varias deficiências, a gente tem Mielo, tem lesado medular, a gente tem algumas deficiências intelectuais só que
leves, é.. paralisado cerebral, amputação, então tem várias deficiências, tem algumas
síndromes raras também que é Marfan, Julian Barriet e Herlie Damios a gente tem um menino que tem essa deficiência, e em São Caetano eu trabalho mais com deficiência
intelectual, então a gente tem uma síndrome que é raríssima, Merc Nudlles, acho que é
isso, tem lesão medular..., tem uma criança que tem... é tudo criança de São Caetano e eu faço tudo trabalho com natação.
A faixa etária dos alunos vai dos dois anos aos cinquenta anos, sendo vários tipos de deficiência
física ( lesão medular, amputação, paralisia
cerebral), deficiência intelectual e algumas síndromes raras. O trabalho acontece em grupo,
mas, o atendimento é individualizado. As turmas
em São Bernardo tem uma média de... 10 a 12 alunos por aula e em São caetano é uns 5, 6 por
aula.Com lesão medular tenho um que é o Nicolas ,
ele teve câncer aos 4 anos de idade e ele faz natação comigo a uns 3 anos, hoje ele tem 13 anos
de idade.
*As aulas acontecem em grupo, mas, o trabalho é
individualizado, a faixa etária
dos alunos vai dos dois anos aos cinquenta anos, sendo o
grupo composto por pessoas
com vários tipos de deficiência.
*Tem um aluno com lesão medular, Nicolas, que nada a
3 anos e tem 13 anos de idade.
Entendi...e as aulas
acontecem em grupo ?
É em grupo, mas, o trabalho é bem individualizado, porque você passa criança por
criança e adulto , então mas, é individualizado mas vem várias pessoas, em São Bernardo
é uma média de... 10 a 12 alunos por aula e em São caetano é uns 5, 6 por aula.
137
E os seus alunos com seu lesão medular, qual é o
tempo de lesão, a quanto
tempo eles nadam?
tenho um que é o Nicolas , ele teve câncer aos 4 anos de idade e ele faz natação comigo a uns 3 anos, agora a altura da lesão dele eu não sei, preciso perguntar...
ele já nada a quanto tempo? Ele já tem
experiencia?
Não, ele nunca fez aula de natação, ele ta fazendo comigo...
E ele tem quanto anos ? Hoje ele tem 14..., 13 anos, hoje ele tem 13 anos.
07 A gente começa com o pessoal da iniciação né, iniciação é grupo , então é lesado
medular ou classe baixa assim, a gente trabalha quatro por aula.
As aulas acontecem em grupo desde a iniciação, e
são 4 alunos por grupo. A faixa etária dos alunos
vai dos 12 aos 35 anos, e temos alunos com lesão
C3, T1, L3 e outras lesões. O objetivo inicial é a inclusão social e depois a formação do atleta.
*As aulas são em grupo com
4 alunos por grupo.
*A faixa etária dos alunos vai dos 12 aos 35 anos, com
lesões como C3, T1, L3 e outros tipos.
*O objetivo é a inclusão social e depois a formação do
atleta.
E qual é a faixa etária
dos grupos? Quais são as características da lesão?
12 anos, o mais velho tem 35, lá tem lesão de..., lá tem C3, tem... T1, L3, várias lesões.
quais são os objetivos
que você almeja para os seus alunos?
primeiro a gente inclui né, inclusão social, então a gente traz né, a maioria deles são
excluídos né, a gente traz pra academia pra treinar, pra conviver com os outros, depois a gente forma o atleta e depois a gente pensa em competição
08 aqui assim... as aulas acontecem todos os sábados, é voltado pra atleta aqui na piscina do
fundo, é um trabalho especifico pro lesado.. pra pessoa com deficiência que ela já tem no mínimo dois nados..., ela tem que ta desenvolvendo no mínimo que é o pra
sobrevivência, a partir daí ela é em grupo, só que ela é um trabalho individualizado,
porque individualizado? Porque cada um tem uma característica, cada lesado vai ter uma certa dificuldade, uma limitação, uns com mais outros com menos, então é um trabalho
em grupo só que ele é... a aula ela é individualizada para cada individuo
As aulas acontecem em grupo, mas, o trabalho é
individualizado porque cada aluno tem características diferenciadas, e cada lesado tem uma
dificuldade e uma limitação diferente, as aulas são
voltadas para o treinamento, é um trabalho específico para a pessoa com deficiência e ela tem
que saber no mínimo dois nados para estar nesse
grupo. As características dos alunos variam muito porque
alguns são sazonais, outros iniciam e permanecem
na equipe e outros apenas passam pela adaptação ao meio líquido e depois abandonam a prática. O
professor observa que raramente se tem nadador com lesão medular adquirida antes de dois anos de
lesão, porque neste período a pessoa está se
adaptando a uma nova realidade e passando para a condição de aceitação e começando a conhecer do
que é capaz, saindo da ideia da limitação. A pessoa
*As aulas acontecem em
grupo e o atendimento ao aluno é individualizado.
*Cada aluno com lesão medular tem características
diferentes, dificuldades e
limitações diferentes também.
*As aulas são voltadas para o treinamento e o aluno tem
que saber no mínimo dois nados para estar no grupo.
*Muitos alunos iniciam a prática, depois abandonam,
alguns apenas passam pela
Condição de
superação e condução à
readaptação do
nadador com lesão medular.
138
nesta fase tem que se readequar a uma nova forma
de executar o movimento e esse processo é demorado.
adaptação ao meio líquido e
outros permanecem na equipe.
*para as pessoas com lesão adquirida durante os dois
primeiros anos da lesão
ocorre um processo de aceitação da nova condição e
adaptação à uma nova
realidade, onde a pessoa tem que se readequar a novas
formas de executar o movimento e esse processo é
demorado, por esta razão a
pessoa que sofre uma lesão medular demora um pouco
mais para desenvolver uma
atividade.
Quais são as características dos seus
alunos, características da
lesão, tempo de prática,
faixa etária ?
Então, as características são complicadas em te dizer porque, a gente as vezes tem o atleta muito passageiro, então a gente tem o atleta que vem realmente e fica muito tempo,
tem atletas sazonais que vem um período e vão embora e as características mudam muito,
tem aqueles que assim, faz a adaptação e deixa... então assim ele passa de sedentário e a
atleta e tem características que você passa do atleta pro sedentário, o cara enjoa quer
fazer outra coisa, larga, então tem muitas outras coisas que envolvem, agora a outra
parte?
Seria o tempo de
experiência, o tempo de
pratica e o tempo de lesão dos alunos que
você acompanha aqui.
Há quanto tempo eles nadam? E há quanto
tempo eles tem a lesão?
geralmente as lesões, elas tem características do que? De dois anos para frente, raramente
a gente vai ter casos de lesado com menos do um a dois anos de lesão, se a gente tivesse
eu acho que esse fator histórico ou incentivo, muitas vezes fica difícil porque ele ainda ta se adaptando a uma nova realidade, então é aquilo que eu sempre falo, é complicado
você se aceitar, porque ele vivia numa condição, e hoje calma aí, ele tem uma limitação,
né, então ele tem se adaptar a essa realidade e começar a conhecer do que ele capaz é complicado né, a partir de um a dois anos aí é o ganho de publico, antes disso, seria
muito melhor ele ser trabalhado, teria muito mais ganhos porque ? a capacidade neuronal
nele já ta formada, então o aspecto.. ele já tem gravado la na aprendizagem, então calma aí como é que faz o movimento né? A parte neuronal já ta co-ligada , então calma aí pra
mim fazer esse movimento, eu preciso realizar tal, ele tem que se readequar a uma nova
forma de executar o movimento , então é.. é um novo mundo, por isso que o lesado medular as vezes demora um pouco mais pra aí de tempo pra desenvolver uma atividade
09 Hoje eu coordeno uma parte do treinamento de alto rendimento do clube Superação, os
treinamentos são voltados pra alto rendimento, são aulas com essa dinâmica de periodização e de preparação para competições, é em grupo, a gente ta com um grupo
bem pequeno, a gente com dois atletas de nível nacional, um já é de nível internacional, e
tem mais dois atletas que estão aí se formando..., visando entrar nesse nível aí nacional, então são grupos, é um treinamento em grupo né, e do meu ponto de vista difere muito
As aulas acontecem em grupo e a equipe tem 4
atletas que estão na faixa etária dos 25 aos 40 anos. O treinamento é voltado para o alto rendimento e
preparação para competições e difere muito pouco
do treinamento convencional, a base do treinamento é o olímpico. São realizadas
*As aulas acontecem em
grupo.
*São 4 atletas na faixa etária
dos 25 aos 40 anos.
139
pouco do treinamento convencional né, a gente já tem que ter um enfoque aí de buscar o
maior rendimento possível, a gente faz as adaptações de acessibilidade e tal, algumas adaptações necessárias nos fundamentos e nos equipamentos que a gente ta utilizando,
mas, em relação a periodização do treinamento a gente usa toda a base do olímpico
mesmo.
adaptações de acessibilidade, algumas adaptações
necessárias nos fundamentos e nos equipamentos.
*O objetivo da aula é o treino
de alto rendimento e a preparação para competições.
*Com relação à periodização, o treino difere muito pouco
do convencional.
* São realizadas adaptações
de acessibilidade, algumas
adaptações necessárias nos fundamentos e nos
equipamentos.
qual é faixa etária desse grupo ? e as
características de lesão?
esse grupo em específico, ele é bem heterogêneo, a gente dois atletas aí que estão a nível nacional e internacional que são dois atletas veteranos, um já com 40 e outro com 35
anos e os outros estão vindo da base do clube são mais novos, mas, mesmo assim com
25, 26 anos, não é um grupo muito grande entendeu? Mas, são só 4 pessoas. A gente tem um outro trabalho no clube de formação, e aí a gente trabalha com criança, tal, tem a
base, a iniciação mesmo, e aí na iniciação estamos trabalhando com os meninos de 8 a 16
anos.
Então os objetivos que
você almeja pra esses
atletas é o alto
rendimento?
é esse grupo especifico que eu atendo como treinador hoje, é alto rendimento só.
10 No momento, elas são ministradas em grupo... Bom qual é a outra pergunta que você
falou?
As aulas acontecem em grupo e o objetivo é o
treinamento competitivo. A faixa etária dos alunos
é dos 20 aos 30 anos. São dois alunos com lesão medular, um com lesão C3 e outro C5. O aluno
com lesão C3 já pratica natação há 3 anos e já
nadava antes da lesão. O aluno com lesão C5, não tem histórico da prática da natação antes da natação
e já está nadando há 3 anos também.
*As aulas são em grupo.
*O objetivo da aula é o treinamento competitivo.
*A faixa etária dos alunos vai dos 20 aos 30 anos.
*São dois alunos com lesão medular, C3 e C5, os dois
com 3 anos de prática, o
aluno com lesão C5 não
nadava antes da lesão.
qual é a faixa etária dos
seus alunos?
hoje a faixa etária ta em torno dos 20 anos aos 30 anos...
quais as características
da lesão? Altura de
lesão, tempo de pratica dos seus alunos...
na verdade, pode correlacionar os dois, nós temos dois alunos com lesão medular hoje,
um aluno com uma lesão alta, acho que é C3 o outro também é cervical só que um
pouquinho mais baixa, quer dizer mais alta, C5, C5 e C3
e eles já tem quanto
tempo de pratica na
Bom, o primeiro individuo ele já tem em torno de uns três anos de pratica, de três a
quatro anos, mas, ele já vem com um histórico né, antes da lesão, ele já praticava a
140
natação?
natação, aí quando chegou para fazer o tratamento da reabilitação ele foi adquirindo
habilidades na água e foi evoluindo e chegou nos nados em si, agora o segundo individuo ele não tem histórico de natação, somente natação recreativa e tem em torno de uns três
anos de pratica dentro de piscina.
quais são os objetivos que você almeja para
esses alunos?
Hoje nós almejamos, nós traçamos diversos objetivos ao longo dos anos né, mas, hoje o objetivo é treinamento competitivo.
11 Ok, a estrutura vem muito da característica própria de cada um, então uma anamnese
prévia se a pessoa tem experiência com a água ou não, então distribuição das turmas né, na verdade isso depende muito da época em que o projeto acontecia né, tempos onde se
tinha apenas um professor para trabalhar com tantas pessoas, tempos onde se tinha mais
professores, então a gente consegue organizar essa estrutura da aula de acordo com essa estrutura profissional, mas, eu vou dar o exemplo de hoje né, hoje a gente tem dois
grupos, dois grandes grupos é um grupo de profissionais que atuam no paradesporto então já pensando no rendimento com pessoas que já aprenderam a nadar e no horário
que a gente atende pessoas que estão indo pela primeira vez e que estão buscando a
natação, a gente tenta diferenciar as turmas, criança e adulto, por conta da linguagem e tal, e... muito da deficiência então uma pessoa com lesão medular que nunca aprendeu a
nadar e chega para fazer aula, a gente faz uma avaliação prévia, uma anamnese e dentro
da água a gente faz uma avaliação de percepção em relação ao medo que ele vai ter da água, ainda mais que fale tem uma experiência, e tem pessoas muito diferentes, tem
gente que fala assim, ah eu me virava bem dentro da água antes de sofrer o acidente ,
depois do acidente eu não sei como é que é, então a gente tem que colocar na água, ver..
porque a percepção deles dentro da água depois da lesão é diferente, equilíbrio , enfim,
então a gente faz uma avaliação inicial e depois a gente encaminha pro horário que
depende também dessa percepção que a gente vai ter do aluno . Hoje na maioria dos casos a gente tem uma iniciação de aula mais individualizada até passar por um período
inicial de adaptação a gente coloca ele dentro de um grupo, porque a gente acha isso é
interessante também, seria tipo um nível II assim né?..
A estrutura da aula vai depender de uma avaliação
prévia que é feita com o aluno quando ele inicia, é uma anamnese prévia para saber se a pessoa tem
experiência com a água, é uma avaliação de
percepção em relação ao medo que ele vai ter da água. Esta avaliação é feita porque a percepção do
corpo na água é diferente antes e depois da lesão. A partir desta avaliação o aluno é encaminhado
para o horário ( grupo) onde fará a prática. Os
alunos são divididos em dois grandes grupos, a iniciação e o treinamento. As turmas são separadas
em criança e adulto e a iniciação conta com 3
professores e o treinamento, 2 professores. Sendo o alto rendimento objetivo do treinamento. Na
iniciação a aula é individualizada até a pessoa
passar pelo período de adaptação e depois ela vai
para o grupo.
*As aulas são realizadas em
grupos, sendo dois grandes grupos, a iniciação e o
treinamento. As turmas são
separadas em criança e adulto.
* Na iniciação a aula é
individualizada até a pessoa
passar pelo período de adaptação e depois ela vai
para o grupo.
*O objetivo do treinamento é
o alto rendimento.
* A estrutura da aula vai
depender de uma avaliação
prévia que é feita com o aluno quando ele inicia, é
uma anamnese prévia para
saber se a pessoa tem experiência com a água.
* é uma avaliação de percepção em relação ao
medo que ele vai ter da água.
* a percepção do corpo na
água é diferente antes e
depois da lesão.
Condição de
superação e condução à
readaptação do
nadador com lesão medular
E você atua sozinho ou você atua com um grupo,
grupo de ajudantes, estagiários, é a sua
atuação direta tem uma
equipe?
Hoje a nossa estrutura funciona assim, nós temos 5 professores formados e 1 estagiário que é cedido pela prefeitura e tem estagiários são a parte do convenio da Universidade
federal aqui com a associação que atua ajuda a gente. Então eu fiquei muito tempo trabalhando na formação destes professores então hoje eu trabalho direto com o pessoal
do alto rendimento e faço um suporte pedagógico com os professores que atuam na
iniciação. Na iniciação a gente tem 3 professores e no alto rendimento eu e mais um professor que trabalha na verdade com crianças mais uma transição, na verdade uma pré
141
equipe , mas na iniciação isso, esses três professores que a gente divide o horário de
acordo com o que eu falei pra você.
12 A aula é em grupo, eu divido... a gente tem três horários, o horário da iniciação, o horário
que eu chamo de pré treino e o horário do treinamento, então eu não divido por idade, eu
divido por capacidade, então aqueles que não sabem..., que não tem nenhuma condição de flutuabilidade, não tem noção da desenvoltura da mecânica do nado então eu coloco
na iniciação pra ser trabalhado, aí é outro tipo...uma outra piscina, uma piscina menor,
rasinha tal, aí depois quando eles entram no pré treino já tem uma noção do nado, pelo menos o nado elementar ali do crawl, já consegue nadar, já consegue mergulhar, já tem
uma noção da respiração e o controle melhor do corpo deles na água, aí que eu começo o
treino pras médias distancias, fazer 50.. conhecer os outros nados, começa um pouquinho do costas..., o costas já vem desde a iniciação também, dependendo da circunstancia,
mas, ele vai conhecer um pouquinho do peito, no final ali já tem uma noçãozinha do
borbo e aí quando eles já estão se destacando bem eu levo pro treino e aqui tem uma proposta nossa aqui da secretaria da prefeitura que daí eu mesmo que propus isso daí que
é assim a pessoa chega nesse pré treino pra que ela aprenda realmente a se virar no meio
liquido, aprenda a nadar e daí como a gente trabalha com a inclusão, a ideia é que se ele não quiser vir pro treinamento, ele entre uma aula comum com o convencional, ele já
aprendeu o básico, faz uma aula e continua na dele, ele tem o convite pra participar da
turma de treinamento, se ele não quiser, se ele quiser mais por saúde e bem estar ele pode fazer as aulas normal aqui no centro esportivo.
A aula é em grupo, e os alunos são divididos por
capacidade, não por idade, sendo três grupos
iniciação, pré treino e treinamento. Aqueles que não tem nenhuma condição de flutuabilidade, não
tem noção da desenvoltura da mecânica do nado
entram na iniciação, em uma outra piscina menor e rasa. No pré treino, os alunos já conhecem o nado
elementar, crawl, mergulham, controlam a
respiração e o corpo deles. E o treino é a equipe de competição. A faixa etária dos grupos vai dos 10
aos 50 anos de idade. O objetivo é a inclusão dos
alunos, eles fazem aula na mesma piscina do convencional mas, o treino é diferente, então eles
estão integrados e não inclusos, o treino é diferente
para respeitar a individualidade de cada um.
*A aula acontece em grupo.
*Os alunos são divididos por capacidade, não por idade,
sendo três grupos iniciação,
pré-treino e treinamento.
* Aqueles que não têm
nenhuma condição de flutuabilidade, não tem noção
da desenvoltura da mecânica
do nado entram na iniciação, em outra piscina menor e
rasa.
* No pré treino, os alunos já
conhecem o nado elementar,
crawl, mergulham, controlam a respiração e o corpo deles.
E o treino é a equipe de
competição.
* A faixa etária dos grupos
vai dos 10 aos 50 anos de idade.
* O objetivo é a inclusão dos alunos.
* o treino é diferente para respeitar a individualidade de
cada um.
E aí você tem esse foco da inclusão também,
além do foco do treino...
Porque assim, se você olhar aqui por exemplo, eles estão na mesma piscina mas, não é o mesmo treino, eles estão integrados aqui, ainda existe um treino diferente pra eles, é
integrado eles não estão inclusos, a partir do momento que ele vem fazer uma aula, aí
está incluso ali junto com todo mundo, então aí é inclusão, parto do pressuposto assim, o treino deles vai ser integrado mesmo, não tem como passar o mesmo treino, até tem mas
tem algumas coisas da individualidade de cada um que eu tento fazer na aula, então de
tempos em tempos eu pego uma aula e trabalho que nem o Thiago que o centro de equilíbrio dele é diferente que nem do Ana, que ele é amputado, então a questão dele de
movimentação do coto, ali ele tem que ser trabalhado então tem que ser alguma coisa
mais especifica pra ele, o visual também tem..., então em algumas aulas eu dou algumas coisas que trabalhem mais a individualidade de cada um, mas, em geral a aula é a mesma
para todos salvo assim que não consegue fazer uma metragem muito grande, faz uma
142
metragem menor e fracionado
qual é a faixa etária dos seus alunos?
a faixa etária é bem variada, eu tenho aluno de 50.., 50 anos, 50 e pouquinho, eu tenho aluno de 10..., agora se você me pedir uma media, acho que a media de idade dos meus
alunos seria uns 30 ..., 33 por aí eu tenho alguns principalmente o pessoal do pré treino
da iniciação, eles 14, 15, 10 é o que eu falei, tem 19, 20... O pessoal da equipe de competição mesmo tem 20, 22, a maioria deles tem 30, 34, 33, 50 já é uma media mais
avançada, o pessoal da competição.
quais são os objetivos
que você almeja para os seus alunos?
aluno de modo geral assim, o principal é a inclusão, acho que quanto mais a gente tirar a
pessoa de casa assim que ele venha fazer o esporte e sentir o beneficio do meu esporte é o principal objetivo do projeto, como eu te falei, trazer, ensinar, a gente mora numa
cidade do litoral, até para eles terem mais tranquilidade pra ir numa praia, qualidade de
vida deles, lógico eles querendo vir pro treinamento e fortalecer a equipe é muito melhor pra mim né? Eu tenho sempre que puxar a sardinha, mas, se fosse pra escolher um
objetivo é o da inclusão, que eles aprendam a fazer sejam integrados, que sejam bem vistos na sociedade e consigam fazer o que eles quiserem é o principal né, no meu ponto
de vista .
145
ANEXO III
DIÁRIO DE CAMPO
146
Nome do participante:
Email:
Endereço:
Telefone:
Estratégia é uma forma de condução da atividade para levar o aluno a atingir o objetivo proposto (dica, instrução, demonstração, etc).
Descrição do aluno foco ( tempo de prática, idade e características da lesão )
Objetivo da aula:
Data Atividade desenvolvida X
Respiração Quais foram as estratégias que você utilizou para ensinar a respiração?
Flutuação dorsal
Quais foram as estratégias que você utilizou para ensinar a flutuação dorsal?
Flutuação ventral
Quais foram as estratégias que você utilizou para ensinar a flutuação ventral?
Transição da posição dorsal para vertical
Quais foram as estratégias que você utilizou para ensinar a transição da posição dorsal para vertical?
Transição da posição ventral para vertical
Quais foram as estratégias que você utilizou para ensinar a transição da posição ventral para vertical?
Giro do quadril da posição ventral para dorsal Quais foram as estratégias que você utilizou para ensinar o giro do quadril da posição ventral para dorsal?
Giro do quadril da posição dorsal para ventral Quais foram as estratégias que você utilizou para ensinar o giro do quadril da posição dorsal para ventral?
Giro do braço para trás
Quais foram as estratégias que você utilizou para ensinar o giro do braço para trás?
Giro do braço para frente
Quais foram as estratégias que você utilizou para ensinar o giro do braço para frente?
Outra
Outra
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