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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ MARCO AURÉLIO WOS ESTUDO DO COMPORTAMENTO DISCIPLINAR DURANTE JOGOS COMPETITIVOS E COOPERATIVOS CURITIBA 2012

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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ

MARCO AURÉLIO WOS

ESTUDO DO COMPORTAMENTO DISCIPLINAR DURANTE JOGOS

COMPETITIVOS E COOPERATIVOS

CURITIBA

2012

MARCO AURÉLIO WOS

ESTUDO DO COMPORTAMENTO DISCIPLINAR DURANTE JOGOS

COMPETITIVOS E COOPERATIVOS

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado

ao curso de Educação Física da Faculdade de

Ciências Biológicas e da saúde da

Universidade Tuiuti do Paraná, como requisito

parcial para obtenção do grau de Bacharelado

em Educação Física.

Orientadora: Mariana Fogliatto Fontoura

CURITIBA

2012

TERMO DE APROVAÇÃO

MARCO AURÉLIO WOS

ESTUDO DO COMPORTAMENTO DISCIPLINAR DURANTE JOGOS

COMPETITIVOS E COOPERATIVOS EM ALUNAS DE SEXTO AO NONO ANO DE

UMA ESCOLA PARTICULAR DE CURITIBA

Esta monografia foi julgada e aprovada para obtenção do título de Bacharel no Curso

de Educação Física da Universidade Tuiuti do Paraná.

Curitiba, de junho de 2012.

_______________________________________________________

Bacharelado em Educação Física

Universidade Tuiuti do Paraná

Orientador(a): __________________________________________________

Prof.ª Mariana Fogliatto Fontoura

UTP - FACBS

__________________________________________________

Prof.

UTP - FACBS

__________________________________________________

Prof.

UTP – FACBS

RESUMO

Não é de hoje que problemas disciplinares atrapalham o andamento das aulas tanto dentro como fora de sala de aula. Neste estudo foi feita uma observação durante 2 aulas de educação física onde cada aula teve um jogo diferenciado, em uma um jogo competitivo, na outra um jogo cooperativo, durante a aula foram anotadas as atitudes indisciplinares executadas pelas alunas, e com isso foi verificado se há diferença na incidência de indisciplina, nas aulas de Educação Física, em alunas do Ensino Fundamental II, durante a prática do jogo cooperativo e do jogo competitivo.

Durante a aplicação dos jogos, as condutas indisciplinares foram observadas, descritas e analisadas, correlacionando fatos e fenômenos sem manipulá-los, e foi relatado que jogos competitivos possuíram um percentual de 68% e os jogos cooperativos apresentaram um percentual de 31%, com isso os jogos que obtiveram uma maior porcentagem tiveram mais atitudes indisciplinares.

Palavras-chave: Escola; Educação física; Indisciplina; Competição; Cooperação;

LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 – Incidência de quebra de regra.................................................................19

Gráfico 2 – Incidência de quebra de regra e violência...............................................20

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO...........................................................................................

1.1 JUSTIFICATIVA...................................................................................

1.2 PROBLEMA.........................................................................................

1.3 OBJETIVOS.........................................................................................

1.3.1 Objetivo geral.............................................................................

1.3.2 Objetivos específicos................................................................

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.................................................................

2.1 MORAL E ÉTICA.................................................................................

2.2 INDISCIPLINA.....................................................................................

2.2.1 Indisciplina e quebra de regras....................................................

2.2.2 Indisciplina e violência.................................................................

2.3 O JOGO COOPERATIVO....................................................................

2.3.1 Origem e evolução.......................................................................

2.3.2 Conceito.......................................................................................

2.3.3 Consciência da cooperação.........................................................

2.4 O JOGO COMPETITIVO......................................................................

2.4.1 Origem e evolução.......................................................................

2.4.2 Conceito.......................................................................................

2.4.3 Consciência da competição..........................................................

3. METODOLOGIA........................................................................................

3.1 TIPOS DE PESQUISA.........................................................................

3.2 POPULAÇÃO E AMOSTRA................................................................

3.2.1 Critérios de seleção..........................................................................

3.3 INSTRUMENTOS E PROCEDIMENTOS............................................

3.4 COLETA DE DADOS...........................................................................

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO.................................................................

5. CONCLUSÃO............................................................................................

6. REFERÊNCIAS.........................................................................................

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1. INTRODUÇÃO

1.1 JUSTIFICATIVA

Não é de hoje que problemas disciplinares atrapalham o andamento das

aulas tanto dentro como fora de sala de aula. Podemos caracterizar a disciplina

segundo Contin (1998), não como sendo um sinônimo de poder, e sim como um

instrumento para o sucesso do aluno aplicado aos seus valores. Além do mais a

disciplina apresenta-se como uma maneira de ser, de comportar que permite ao

aluno alcançar seu desenvolvimento pleno, tomando consciência da existência do

outro, e que ao mesmo tempo ajuda, a respeitar as regras como um requisito útil

para a ação. Já a indisciplina relaciona-se com um conjunto de valores e

expectativas que variam ao longo da história, entre culturas diferentes, nas

diferentes classes sociais. No plano individual, a palavra disciplina pode ter

significados diferentes, e se, para um professor, indisciplina é não ter um caderno

organizado, para outro, uma turma será caracterizada indisciplinada se não fizer

silêncio absoluto e, já para um terceiro, a indisciplina até poderá ser vista de maneira

positiva, considerada sinal de criatividade e de construção, este trabalho tem o foco

na indisciplina de quebra de regra durante o jogo, percebendo as atitudes e

consequências desse comportamento perante os outros colegas, e o que essa

conduta pode acarretar se for levada ao longo dos anos (CONTIN, 1998).

Segundo Campos (2000) o uso dos jogos na escola só pode ser situado

corretamente a partir da compreensão dos fatores que colaboram para uma

aprendizagem ativa. Vemos muitas vezes jogos de regras modificados sendo

usados em sala de aula com o intuito de transmitir e fixar conteúdos de uma

disciplina, de uma forma mais agradável e atraente para os alunos. No entanto, mais

do que o jogo em si, o que vai promover uma boa aprendizagem é o clima de

discussão e troca, com o professor permitindo tentativas e respostas divergentes ou

alternativas, tolerando os erros, promovendo a sua análise e não simplesmente

corrigindo-os ou avaliando o produto final. Isso tudo não é muito fácil de controlar e

muito menos de se prever e planejar de antemão, o que pode trazer desconforto e

insegurança ao professor. Por isso, ele tende a usar os jogos e outras propostas que

potencialmente ativam as iniciativas dos alunos (como pesquisas ou experiências de

7

conhecimento físico) de modo muito limitado e direcionado e não como recurso de

exploração e construção de conhecimento novo (CAMPOS, 2000).

Muitos estudos estão comprovando que com a indisciplina perde-se

muito tempo da aula com tentativas muitas vezes frustradas de se contê-la, assim

prejudica-se o processo de ensino aprendizagem. Tendo em vista o cenário de

indisciplina nas escolas na atualidade e a importância de avançarmos na reflexão

sobre direções possíveis das práticas educativas a serem desenvolvidas, este

trabalho tem por objetivo verificar se há diferença na incidência de indisciplina, nas

aulas de Educação Física, em alunas do Ensino Fundamental II, durante a prática do

jogo cooperativo e do jogo competitivo.

1.2 PROBLEMA

Existe diferença na incidência de indisciplina entre o jogo cooperativo e jogo

competitivo nas aulas de Educação Física, em alunas do Ensino Fundamental II?

1.3 OBJETIVOS

1.3.1 Objetivo Geral

Verificar se há diferença na incidência de indisciplina, nas aulas de Educação

Física, com alunas do Ensino Fundamental II, durante a prática do jogo cooperativo

e do jogo competitivo.

1.3.2 Objetivos Específicos

- Definir indisciplina;

- Quantificar a indisciplina ocorrida durante os jogos;

- Comparar o número de ocorrências de indisciplina durante a execução dos jogos;

- Avaliar quais as consequências destas condutas indisciplinares.

8

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 MORAL E ÉTICA

Vivemos em sociedade, ou seja, precisamos conviver com outras pessoas,

assim surge a questão: como devemos nos comportar perante os outros? Uma

pergunta comumente formulada, porém difícil de ser respondida, que é a questão

central da Moral e da Ética.

Vasquez (1998) determina Moral como “um sistema de normas, princípios e

valores, segundo o qual são regulamentadas as relações mútuas entre indivíduos ou

entre esses e a comunidade, de tal maneira que estas normas, dotadas de um

caráter histórico e social, sejam acatadas, livres conscientemente, por uma

convicção íntima, e não de uma maneira mecânica, externa ou impessoal.”

Já para Silvano (2008):

Moral é um conjunto de normas que regulam o comportamento do homem em sociedade, e estas normas são adquiridas pela educação, pela tradição e pelo cotidiano. Durkhein explicava Moral como a “ciência dos costumes, sendo algo anterior a própria sociedade. A Moral tem caráter obrigatório.

Segundo Motta (1984) Ética se define como um “conjunto de valores que

orientam o comportamento em relação aos outros homens na sociedade em que

vive, garantindo, outrossim, o bem social”, ou seja, Ética é a forma que o homem

deve se comportar em seu meio social.

Para Terra (2004) Ética é a ciência das leis da liberdade.

Moral e Ética são, geralmente, interpretadas como sinônimos ambos

referindo-se a regras e condutas entendidas como obrigatórias. Essas duas palavras

existem devido a origens etimológicas distintas: ética veio do grego ethos, que

significa comportamento, modo de ser; moral vem do latim, mores e refere-se à

conduta e aos costumes.

Assim, foi estipulado diferenciar ética de moral, atribuindo à moral um caráter

mais prático e rígido, enquanto à ética cabe estudar a aplicação das normas.

9

2.2 INDISCIPLINA

Vivemos atualmente numa sociedade globalizada, impulsionada pelo

capitalismo desenfreado, pela grande e rápida facilidade na aquisição de informação

e pela busca constante de conhecimento.

Nossa sociedade tem sofrido um grande impacto por muitas inovações

sociais, tecnológicas, econômicas, entre outras, que geram amplas modificações em

seus valores. Além disso, percebe-se uma grande inversão dos valores morais,

provocando mudanças no modo de agir das pessoas. Essa mudança no

comportamento ocorre, também, devido à crise ética vivenciada por nós nos últimos

anos. Sob esse aspecto “a indisciplina escolar pode estar indicando o ingresso de

um novo sujeito histórico, com outras demandas éticas e morais numa ordem

despreparada para absorvê-lo” (AQUINO, 1999).

O conceito de indisciplina gera muitas interpretações. É um termo bastante

associado ao ambiente escolar. Um aluno indisciplinado em princípio é alguém que

transgride uma norma explícita ou implícita sancionada em termos escolares e

sociais. Seguindo essa premissa podemos dizer que o aluno é imoral, de acordo

com o breve estudo de Ética e Moral feito anteriormente, pois não está respeitando o

conjunto de normas e regras proposto pela instituição escolar.

Segundo o dicionário Ferreira (1986) o termo indisciplina é definido como

“procedimento, ato ou dito contrário à disciplina; desobediência; desordem; rebelião”.

Desse modo indisciplinado é aquele que “se insurge contra a disciplina”.

Indisciplina é a transgressão de dois tipos de regra. Os primeiros são as morais, construídas socialmente com base em princípios que visam o bem comum, ou seja, em princípios éticos. Por exemplo, não xingar e não bater. Sobre essas, não há discussão: elas valem para todas as escolas e em qualquer situação. O segundo tipo são as chamadas convencionais, definidas por um grupo com objetivos específicos. Aqui entram as que tratam do uso do celular e da conversa em sala de aula, por exemplo. Nesse caso, a questão não pode ser fechada. Ela necessariamente varia de escola para escola ou ainda dentro de uma mesma instituição, conforme o momento (VICHESSI, 2009).

A partir da década de 1980, o termo indisciplina escolar aparece na literatura

e daí em diante seu conceito foi sendo considerado de várias maneiras, em diversos

momentos e diferentes lugares, porém ela não é um termo exclusivo do ambiente

escolar e ao longo do tempo vem demonstrando algumas relações com a

10

organização escolar, com as práticas pedagógicas e com a autoridade docente. É

fato que os professores ainda sentem dificuldades para superá-la, desse modo, a

indisciplina é um dos principais desafios que transcorrem a escola (GARCIA, 1999).

Ainda segundo Garcia (1999) indisciplina, no contexto do espaço escolar,

define-se como a “incongruência entre os critérios e expectativas assumidos pela

escola em termos de comportamento, atitudes, socialização, relacionamentos e

desenvolvimento cognitivo, e aquilo que demonstram os estudantes”.

Os professores de Educação Física também vivenciam situações de

apreensão, incerteza, insegurança, quebra de regras e conflitos, que envolvem

indisciplina e se apresentam no cotidiano da escola, fazendo com que repensem

suas práticas educativas e questionem velhos conceitos.

2.2.1 Indisciplina e quebra de regras

Regras são normativas aplicáveis sob a forma do tudo ou nada. Se os fatos

nela previstos acontecerem, a regra deve incidir, de modo direto e automático,

produzindo seus efeitos. Viver em sociedade significa sermos regidos por leis,

normas, regras e princípios. As regras podem ter várias origens, muitas vezes

criadas e impostas através dos sistemas religioso, politico ou mesmo econômico.

Regras podem ser um conjunto de normas a se seguir, podem ser um conjunto de

costumes a optar, podem ser um facto social. A sociedade é constituída por um

conjunto de normas e ações, pensamentos e sentimentos que superam as

consciências individuais que devem ser aceitas e seguidas por todos os indivíduos.

Essas regras definem quais os comportamentos que são adequados, especificando

quais são ou não as condutas apropriadas. A quebra ou não de regras está

condicionada pelo conceito de que o indivíduo tem a respeito da mesma. Se a sua

consciência não criar nele uma regra moral que o faça respeitar e cumprir essa

regra, ele não a respeitará. Torna-se assim perante os outros, um indivíduo com

comportamento desviante (JONAS, 2005).

Para Piaget (1977), ‘’toda moral é um sistema de regras e a essência de toda

moralidade consiste no respeito que o indivíduo sente por tais regras.’’

11

2.2.2 Indisciplina e violência

De acordo com Hayeck (2009) há incertezas ao se definir um conceito para a

palavra violência, pois “ela pode ter vários sentidos, tais como: ataque físico, sentido

geral do uso da força física, ameaça ou até mesmo um comportamento

ingovernável”.

Michaud (1989) apud Hayeck (2009) define violência como:

[...] há violência quando, numa situação de interação, um ou vários atores agem de maneira direta ou indireta, maciça ou esparsa, acusando danos a uma ou várias pessoas em graus variáveis, seja em sua integridade física, seja em sua integridade moral, em suas posses, ou em suas participações simbólicas e culturais (MICHAUD, 1989)

Segundo Domingues (2007), ‘’violência é a conduta que causa dano à outra

pessoa, ser vivo ou objeto. Recusa a autonomia, prejudica a integridade física ou

psicológica chegando a atentar contra a vida de outrem.’’ Todas as vezes que o

aluno desrespeita as regras da instituição ele é considerado indisciplinado. Ainda

para este autor, a violência é considerada também uma forma de indisciplina, a mais

preocupante nos dias de hoje.

Para OMS (Organização Mundial de Saúde) violência é definida como “a

imposição de um grau significativo de dor e sofrimento evitáveis”.

O conceito de violência apresentado por Chauí (1985) é bem abrangente e se

encaixa ao ser utilizado nas análises da violência e a indisciplina no ambiente

escolar:

Entendemos por violência uma realização determinada das relações de forças, tanto em termos de classes sociais, quanto em termos interpessoais. Em lugar de tomarmos a violência só como violação e transgressão de normas, regras e leis, vamos considerá-la também sob dois outros ângulos. Em primeiro lugar como conversão de uma diferença e de uma assimetria numa relação hierárquica de desigualdade, com fins de dominação, de exploração e opressão. Isto é, a conversão dos diferentes em desiguais e a desigualdade em relação entre superior e inferior. Em segundo lugar, como a ação que trata um ser humano não como sujeito mas como coisa. Esta se caracteriza pela inércia, pela passividade e pelo silêncio de modo que, quando a atividade e a fala de outrem são impedidas ou anuladas há violência (CHAUÌ, 1985).

De acordo com o que tem se relatado os conceitos de violência e indisciplina

parecem estar entrelaçados, assim se faz importante o estudo e reflexão sobre o

fenômeno violência/indisciplina escolar de forma simultânea.

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La Taille (2002) quando se refere ao conceito de indisciplina, acaba

considerando-o sinônimo de moral, sendo esta o respeito pelas leis obrigatórias.

Assim, indisciplina corresponde à desobediência das leis (ou regras). Esta definição

está de acordo com o que os professores, em sua maioria, pensam e dizem.

A violência está presente no âmbito escolar nos tempos atuais, acarretando

problemas e mais problemas para os alunos envolvidos, tudo isso prejudica não

somente o agressor como também o agredido, pois ambos têm seus cognitivos

trabalhados durante essas atitudes, como comentam os autores estudados.

2.3 O JOGO COOPERATIVO

2.3.1 Origem e evolução

De acordo com estudos de Brotto (1999), alguns povos antigos do

mundo todo ainda praticam a vida com uma cooperação mútua entre as

comunidades através de rituais, jogos e danças. Sempre partindo de um instinto

cooperativo que cada um possui. Esses jogos surgiram devido a repercussão do

quanto a cultura ocidental, principalmente, valoriza excessivamente o indivíduo

perante à competição. Devido a essa valorização muitas pessoas levam essa

competição para fora do esporte, incluindo ela na sua vida social.

Os Jogos Cooperativos foram criados com o objetivo de promover através

das brincadeiras e jogos, a auto-estima, juntamente com o desenvolvimento

de habilidades interpessoais positivas. E muitos deles, são dirigidos para a

prevenção de problemas sociais, antes de se tornarem problemas reais.

(BROTTO, 1999, p. 65).

Inicialmente, a maior repercussão desses jogos foi em cursos de graduação e

pós graduação em educação física, atualmente, essa proposta é usada em diversas

áreas; como no esporte em geral, em pedagogia, em gestão de empresas, na

psicologia, no desenvolvimento do potencial humano e tantas outras, desenvolvidas

com pessoas e grupos muito diversificados e de todas as idades (ORLICK, 1978).

13

2.3.2 Conceito

Jogo cooperativo consiste em promover o aumento da consciência da

necessidade de estimular e desenvolver o espírito de cooperação, de participação

dentro de um grupo, e vem transformando muito a maneira de se trabalhar em

equipe. Busca aproveitar as capacidades, condições, habilidades ou qualidades de

cada indivíduo, aplicá-las em um grupo e tentar chegar a um objetivo comum. O

mais importante é a colaboração de cada indivíduo do grupo, é o que cada um deles

tem para oferecer na hora da atividade, para que o grupo consiga proceder com

mais eficácia nas tarefas. A capacidade cooperativa é um quesito bastante

valorizado na hora de conseguir um bom emprego, as pessoas estão descobrindo

que não podem ir muito longe sozinhas. Anos atrás, grandes invenções eram

atribuídas a uma só pessoa, um exemplo disso foi a invenção do telefone e da

lâmpada. Hoje em dia, são grandes equipes que trabalham em conjunto, unindo-se

em prol de um objetivo mútuo, que se tornou uma maneira eficiente de se trabalhar.

(DEACOVE, 2004).

Os Jogos cooperativos são jogos de compartilhar, unir pessoas, despertar a

coragem para assumir riscos como pouca preocupação com o fracasso e

sucessos em si mesmos. Eles reforçam a confiança em si mesmo e nos

outros e todos podem participar autenticamente, onde ganhar e perder são

apenas referências para o contínuo aperfeiçoamento pessoal e coletivo.

Dessa forma os Jogos Cooperativos resultam no envolvimento total, em

sentimentos de aceitação e vontade de continuar jogando.

(BROTTO, 1999, p.77).

2.3.3 Consciência da cooperação

Vivemos numa era de tecnologias avançadas, o individualismo e a riqueza

material tornaram-se mais importantes do que valores como o amor, a união, a

bondade, a paz, a cooperação e a riqueza espiritual. Nossa sociedade é baseada no

consumo e orientada para a produtividade, com isso, muitas vezes o único caminho

que vemos é o da competição. Se acreditarmos que a competição é o único e

natural caminho, entramos em uma grande armadilha, pois se é isso em que

acreditamos é isso que iremos construir.

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Durante o jogo cooperativo o indivíduo vai em direção ao objetivo, levando em

conta os outros, é um meio de se atingir um objetivo pessoal, que não seja

exclusivo, sem nenhuma tentativa de destruir ou desvalorizar os outros. O bem estar

dos participantes é sempre mais importante do que o objetivo extrínseco pelo qual

se compete. Atingir um objetivo necessita de trabalho em equipe, a cooperação com

os outros é uma maneira para alcançar um objetivo mutualmente e que também é

compartilhado. Durante essas atividades ocorrem várias situações que podem ser

levadas para fora do jogo e inclusas na vida social, os participantes percebem que o

atingimento de seus objetivos é em parte consequência da ação dos outros

integrantes, todos ajudam-se mutualmente com frequência ensinando a ter senso de

unidade e solidariedade, desenvolvem e reforçam os níveis de autoestima e auto

aceitação, todos envolvem-se de acordo com as habilidades e encontram um

caminho para crescer e se desenvolver (DEACOVE, 2004).

2.4 O JOGO COMPETITIVO

2.4.1 Origem e evolução

Segundo Souza (2008), a competição associa-se muito com a concorrência,

desde primeiro espermatozóide que chegou ao útero de uma fêmea, tornando-se

uma nova vida, desde então ela é presente em todos os lugares. Está no instinto do

ser humano competir, e sempre vence aquele que estiver mais preparado tanto

fisicamente como cognitivamente.

Schutz (1979), nos diz que a competição é prejudicial quando diminuímos o

adversário, quando tentamos trapacear e gastamos muita energia para vencer. Do

contrário ela é muito benéfica, pois prepara para a competitividade da vida, a qual

nos referimos como “seleção natural”. Assim, a comparação e disputa com outro

pode levar a um aprimoramento cognitivo, afetivo e social.

2.4.2 Conceito

São jogos que tem finalidade educacional, ensinam a trabalhar a

competitividade que possuímos dentro de nós mesmos. É um processo onde os

objetivos são mutuamente exclusivos e as ações são benéficas somente para

15

alguns. Num ambiente competitivo com uma boa gestão, estão presentes o respeito,

a superação de limites e a amizade (AZEVEDO, 2011).

De acordo com Soler (2003) a competição caracteriza-se como um processo

de interação social em que os objetivos são exclusivos, as ações são solitárias ou

em oposição umas às outras com os benefícios destinados somente a alguns.

Brotto, 2001 diz que ao contrário da cooperação, na competição para que alguns

alcancem seus objetivos outros não poderão atingir os seus.

Para Brown (1994) a competição ensina que, se valer da esperteza e da

trapaça são meios válidos para alcançar os objetivos, que sempre há vencedores e

perdedores, tendo assim, que se aceitar os resultados.

Barreto (2004) nos mostra a competição sob dois ângulos: disputa de

habilidades e destruição do oponente, sendo que, sob o ponto de vista da disputa de

habilidades, esta pode ser benéfica se marcada pela ética e pelo respeito ao

adversário.

2.4.3 Consciência da competição

Jogos competitivos possuem características de colocar indivíduos em

situação de rivalidade, e se eles sentirem que sua aceitação depende de vencer ou

perder, isso provocará altos níveis de angústia e agressividade. Na sociedade a

competição tem uma importância muito grande por causa dos efeitos positivos e

negativos que produzem na vida social, um dos problemas deste tipo de jogo é que

quando colocam os indivíduos em situação de rivalidade, se eles sentirem que a sua

aceitação depende de vencer ou perder, provocam altos índices de angústia e

agressividade (JOHNSON, 1997).

Quando falamos em ganhos e perdas não imaginamos as diferentes reações

que esses valores podem gerar. Saber perder não é fácil, dependendo da faixa

etária gera maiores frustrações, mas também devemos ensinar a ganhar com

humildade e enfatizando que a vitória, na maioria das vezes, é o reflexo de uma

equipe estruturada e confiante, respeitando os limites individuais do grupo. No

entanto, com a competição os praticantes percebem que o atingimento de seus

objetivos é incompatível com a obtenção dos objetivos dos demais e ocorre uma

menos homogeneidade na quantidade de contribuições e participação.

16

3. METODOLOGIA

Marconi e Lakatos (2006) dizem que a pesquisa tem importância

fundamental para obter soluções de problemas, vindo a responder às necessidades

de conhecimento do assunto em questão. Segundo SILVA (2005, p 48) “pesquisa

tem por objetivo, conhecer e explicar fenômenos que ocorrem na realidade, ou, seja,

como esses fenômenos acontecem, qual a sua função e estrutura, quais as

mudanças efetuadas, por que e como se realizam e até que ponto pode sofrer

influências”.

3.1 TIPO DE PESQUISA

O presente estudo caracteriza-se como uma pesquisa qualitativa do tipo

transversal.

De acordo com Marconi e Lakatos (2006) a pesquisa qualitativa surgiu

quando antropólogos estudavam indivíduos, tribos e pequenos grupos e perceberam

que os dados não podiam ser quantificados e sim interpretados.

Ainda Marconi e Lakatos (2006) nos dizem que pesquisa qualitativa “é o que

se desenvolve numa situação natural; é rico em dados descritivos, tem um plano

aberto e flexível e focaliza a realidade de forma complexa e contextualizada”.

Através desta pesquisa, objetiva-se observar, descrever e analisar as

condutas disciplinares durante a aplicação de jogos cooperativos e jogos

competitivos em um dado instante, correlacionando fatos ou fenômenos sem

manipulá-los.

3.2 POPULAÇÃO E AMOSTRA

45 Alunas do 6º ao 9º ano de uma escola particular de Curitiba

3.2.1 Critérios de seleção

- Estar matriculada em uma turma do Ensino Fundamental II da escola.

- Estar cursando umas das turmas de 6º ao 9º ano

17

- Alunos desistentes ou que não cumprirem os critérios estabelecidos serão

automaticamente descartados.

3.3 INSTRUMENTOS E PROCEDIMENTOS

Jogo Cooperativo – Basquetinho

-Descrição

Foi orientado que todos deveriam fazer o maior número possível de cestas

em 5 minutos, não importando de onde a bola fosse arremessada. Os participantes,

dividem-se em 2 grupos e cada grupo se divide em arremessadores, de um lado, e

recolhedores de bolas, do outro. Iniciado o jogo, os arremessadores lançam as bolas

em direção às cestas, enquanto os recolhedores apanham as bolas que não

entraram nas cestas e as devolvem aos arremessadores. Recolhedores não podem

fazer cesta. Exatamente no tempo de 2 minutos e 30 segundos o tempo é parado e

deve haver troca de funções entre arremessadores e recolhedores. Ao final do

tempo de jogo são contados os pontos marcados pelo grupo.

Jogo Competitivo – Basquetebol

-Descrição

Foi orientado que o objetivo do jogo é introduzir a bola no cesto da equipe

adversária (marcando pontos) e, simultaneamente, evitar que esta seja introduzida

no próprio cesto, respeitando as regras do jogo de basquetebol, que foram passadas

para todas antes da atividade. A equipe que obtiver mais pontos no fim do jogo

vence.

Oficialmente é jogado por dois times de 5 jogadores, que tem objetivo passar

a bola por dentro de uma cesta colocada nas extremidades do ginásio. Os jogadores

podem utilizar somente as mãos para o domínio da bola e não podem se locomover

na quadra segurando a bola, somente batendo ela no chão.

18

O jogos tiveram duração de 10 minutos, foram divididas 3 equipes em cada

turma, também feito um rodizio entre os jogos para que todas as equipes pudessem

se enfrentar durante a aula.

3.4 COLETA DE DADOS

Análise e anotação das observações do comportamento disciplinar durante 2

aulas de Educação Física.

19

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Foram observadas diferentes formas de quebra de regra durante a execução

dos jogos.

-Jogo Cooperativo

Situação 1 – Alunos que enquanto eram catadores de bolas arremessavam bolas à

cesta;

Situação 2 – Alunos que gritavam cesta quando a mesma não tinha ocorrido;

GRÁFICO 1: INCIDÊNCIAS DE QUEBRA DE REGRA

0

1

2

3

4

5

6

8º e 9º ano 7º ano 6º ano

Situação1

Situação 2

A incidência de quebra de regras ocorreu mais nas turmas de 8º e 9º ano do

que nas turmas de 7º e 6º, principalmente a situação 2, durante o jogo quem está

marcando os pontos deve ficar atento às bolas que caem na cesta, com isso muitas

vezes fica difícil ver quem está arremessando a bola, e muitos desacreditam que a

contagem está sendo feita, assim alguns alunos arremessaram no momento que

não deveriam arremessar, e alguns falaram cesta mesmo na hora que a bola não

tinha sido encestada. No 6º ano, somente uma aluna teve uma atitude de quebra de

regra, no 7º ano duas alunas cometeram essas atitudes e no 8º e 9º ano foram cinco

alunas. Foram observadas ocorrências indisciplinares, mesmo em um jogo que

20

todos devem cooperar entre si ocorreram essas situações, isso faz parecer que

alunos infratores buscam a vitória a qualquer custo, por mais que todos estejam

conscientes que podem concluir a tarefa sem quebrar as regras, isto acarretou em

uma omissão dessa indisciplina por parte dos outros alunos também, até mesmo

aquele aluno que nem chegou a pensar em quebrar alguma regra. A inversão de

valores ocorre e acaba virando senso comum (BROTTO, 1999).

-Jogo Competitivo

Situação 1 – Pisar na linha ou entrar na quadra para fazer uma cobrança de saída

de bola;

Situação 2 – Atitude Antidesportiva, atitude que não condiz com jogo;

Situação 3 – Não acatar ao pedido de uma falta clara;

Situação 4 – Andar com a bola;

Situação 5 – Cometer faltas propositais;

GRÁFICO 2: INCIDÊNCIAS DE QUEBRA DE REGRA E VIOLÊNCIA

0

1

2

3

4

5

6

7

8

8º e 9º ano 7º ano 6º ano

Situação 1

Situação 2

Situação 3

Situação 4

Situação 5

A incidência de quebra de regras ocorreu mais na turma de 6º ano,

principalmente na da situação 3, 4 e 1, as outras turmas não tiveram tantas

incidências, somente no 8º e 9º ano que ocorreu um número relativamente alto de

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faltas propositais e uma atitude antidesportiva. No 6º ano sete alunas cometeram

atitudes de quebra de regra, no 7º foram duas alunas e no 8º e 9º ano foram quatro

alunas que cometeram essas atitudes e uma dessas quatro cometeu uma atitude

violenta de agredir uma adversária depois que a jogada já tinha parado. Foi

observado que a incidência de indisciplina muitas vezes foi devido à falta de atenção

da própria aluna. Algumas atitudes foram por causa de falta de habilidade e as mais

graves influenciam a consciência do aluno, principalmente nas faltas propositais, na

falha do feedback intrínseco quando comete uma falta e na atitude antidesportiva, e

o resultado é o aluno acabar achando que não há consequências de seus atos

(JOHNSON, 1997).

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5. CONCLUSÃO

O presente estudo observou que a incidência de indisciplina nos jogos

competitivos superaram os cooperativos em aproximadamente 68%. Essas atitudes

prejudicam o aluno, a curto e a longo prazo, e trazem consequências como

decréscimo na produtividade da turma, dificuldade no processo ensino

aprendizagem, dificuldade na execução do trabalho do professor, proporciona um

mau ambiente escolar e conseqüentemente esses alunos podem levar essas

atitudes para sua vida fora da escola.

Jogos cooperativos e competitivos devem ser sempre incluídos nos

planejamentos escolares, os dois possuem atributos que devem ser inseridos na

sociedade, a cooperação é aplicada todos os dias durante a vida, sem cooperação

ninguém consegue ir muito longe, a competição também está presente no dia a dia.

O mundo é competitivo e os jogos competitivos possuem finalidade

educacional, ensinam a trabalhar a competitividade que possuímos dentro de nós

mesmos e também a que existe na sociedade, mas para isso o profissional

educador não deve valorizar somente vitórias, conquistas e derrotas, mas a todo o

processo que envolve os competidores, ou seja, mostrar-lhes valores como, a

importância dos adversários para que haja competição, a possibilidade de formar

vínculos de amizade e a integração social através da prática, e usar os jogos para

educar virtudes além de tudo, onde o profissional educador não precise cobrar

disciplina do aluno, mas sim que ele desenvolva por si só o que é certo e o que é

errado em relação às atitudes tomadas dentro de um ambiente escolar e também

fora dele.

Recomenda-se, portanto, a realização de mais estudos nesta área a fim de

elucidar melhor as questões aqui expostas, e outras não mencionadas a respeito da

indisciplina tanto dentro de sala de aula como nas aulas de educação física, também

estudos sobre jogos cooperativos e competitivos.

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