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Curitiba 2005 UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA SANDRA MARIA BELINI BASSANI o FRACASSO ESCOLAR NA VlsAo DOS PROFESSORES DAS SERIES INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

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Curitiba2005

UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA

SANDRA MARIA BELINI BASSANI

o FRACASSO ESCOLAR NA VlsAo DOS PROFESSORES DAS

SERIES INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

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Sandra Maria Belini Bassani

o FRACASSO ESCOLAR NA VISAO DOS PROFESSORES DAS

SERIES INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

Projelo de Trabalho de Conclusao de Cursoapresentado a banca de Qualificacao, 4- ana docurso de Pedaqogia da Faculdade de CienciasHumanas, Letras e Artes da Universidade Tuiutido Parana

Odentadora: Prora. Mailde Casagrande

CURITIBA2005

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iff Universidade Tuiuti do Parana-- u~

FACULDADE DE CI~NClAS HUMANAS, LETRAS E ARTES

Curso de Pedagogia

TERMO DE APROVA<;JiO

NOME DO ALUNO: SANDRA MARIA BELINI BASSANI

TfTULO: 0 fracasso escolar na visao dos professores das seriesiniciais do Ensino Fundamental

TRABALHO DE CONCLUSJiO DE CURSO APROVADO COMO REQUISITO PARCIAL

PARA A OBTEN<;AO DO GRAU DE LlCENCIADO EM PEDAGOG lA, DO CURSO DE

PEDAGOGIA, DA FACULDADE DE CI~NCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES, DA

UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA.

MEMBROS DA COMISSAO AVALIADORA:

~It·~PROF(al. MAILDE AD~LlA CASAGRANDE

ORIENTADOR(A)

If\..lS@U~PROF(a). VAL~RIA FLORIANO MACHADO DE SOUZA

MEMBRO DA BANCA

(1~ 7&h::'dd4_PROF(a) ARICLE VECHIA

MEMBRO DA BANCA

DATA: 05/12/2005

CURITIBA - PARANA

2005

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ELEGIA PARA RICARDO

De repente, antes dos passaros,Um pequeno choro

Anunciou a vida e festejou a luz.

Eu estou encarregado a revelarAs coisas por teu nome,

Do tempo em que se perde nas viagens,Dos que nascem nas aldeias, nos suburbios, nas ilhas,Dos que apenas sabem 0 caminho de casa para a rua,

Sem abrir na mesa 0 grande mapa dos livros.

Eu sou responsavel em dizerDa fior que nasce, dos homens,

Dos que morrem onde morreram os pais.

o que hei de te ensinar e a ser livre,Na certeza de soltar teus bra,os

E teus pes neste mundo aprisionado.

A missao que te dou e pensar por ti mesmoE, para isso,

Principio a te entregar 0 barro,E tefalo

Para que comeces pelas formigas,o bicho-da-seda, a nuvem, a chuva.

Este barro que te dou apanho nas ruas.

E assim, menino,Depois do leite, e preciso sol,

E preciso dar todo 0 amor que nao ha nas pedras,Pois ai estao os campos e nao sao olhados,

Pois ai esta 0 mar e nao e pensado,Pois ai estao os passaros e nao sao seguidos,

Pois ai estao os puros e nao sao amados.

Assad Amadeu, Lua Branca de Setembro.

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DEDICATORIA

Aos meus pais, que priorizaram a minha Forma9ao desdeo principio e me ensinaram as coisas valorativas da vidacomo: amar e priorizar a familia e lutar pela justiya ao ladedos oprimidos. Ao meu esposo e filho, Ricardo e RicardoJunior, que compartilharam comigo de cada momento daconstruyao desta pesquisa. A todas as crianyas oprimidas,que falam e nao sao escutadas; que pedem e nao saoouvidas; que veem 0 mundo, mas nao sao enxergadas; ea todos adultos que incansavelmente lutam, mas naoatingem 0 sucesso.

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SUMARIO

RESUMO vii

1 INTRODUC;AO.

2 A EDUCAC;AO BRASILEIRA NA SOCIEDADE CAPITALISTA: da 10

primeira republica aos dias atuais .

2.1 A EDUCA<;Ao BRASILEIRA NA SOCIEDADE CAPITALISTA: a influencia 23

do neoliberalismo na educayao atual..

3 AS DIFERENTES VISOES SOBRE 0 FRACASSO ESCOLAR 24

4 AVISAO DOS PROFESSORES SOBRE 0 FRACAS SO ESCOLAR........... 28

5 CONSIDERAC;OES FINAIS............................................................................. 34

ANEXO 1- QUESTIONARIO Aos PROFESSORES DE CURITIBA................ 37

ANEXO II - RES POSTA DO QUESTIONARIO REALIZADO COM OS

PROFESSORES DE CURITIBA........................... 38

REFERENCIAS.................................................................................... 52

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LlSTA DE GRAFICOS

GRAFICO 1 - Motivos que levam as criangas evadirem au reprovarem

constantemente.. . 29

GRAFICO 2 - posiC;ao dos professores em relac;ao a crianc;a e a opressao.. 30

GRAFICO 3 - Fracasso Escolar como artificio do capitalismo.. 31

GRAFICO 4 - 0 Ensino publico e igualitario diminuiria 0 Fracasso Escolar?. 32

GRAFICO 5 - 0 ensino deve ser privalizado?. 33

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RESUMO

o objeto deste trabalho de conclusao de curso e dedicado ao estudo e pesquisasabre 0 Fracasso Escolar (evasao e exclusao social e suas implicayOes socia is) quesera desenvolvida sob 0 titulo: yo Fracasso Escolar na visao dos Professores dasseries iniciais do Ensino Fundamental", onde se abordara urn pouco da hist6ria daeducal):ao brasileira e as correntes ideol6gicas e filos6ficas que a permearam, avisao defend ida pelos autores a respeito do assunto e uma pesquisa de campo feitacom professores de escolas publicas e particulares de Curitiba, cujas estas saoColegio estadual Barao do Rio Branco e Escola Sonho de Crian9a, a fim deconhecer a visao e 0 posicionamento dos mesmas sabre 0 Fracasso Escolar.Entretanto, e importante observar que nao se trata de uma pesquisa que revelara 0indice de Fracasso Escolar par fatores decorrentes de disturbios de aprendizagemau fatores ernocionais, mas busca entender 0 nivel de esclarecirnenta que osprofissionais atuantes em educatyao possuem a respeito dos idearios politicos quepermeiam inconscientemente 0 seu trabalho, e 0 que fazem para oferecer aos sellsalunos um ~ensino em liberdade e para a liberdade" como diz Perez Gomes, livre dodoutrinamento politico para a aceita~ao da posi9ao social ocupada epermanecimento da "ordem" ideologizada pelo sistema capitalista.

Palavras-chave: fracasso escolar; educa((ao brasileira; professores; alunos.

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INTRODU<;:AO

o Fracasso Escolar e urn problema social que esteve presente aD longo da

educaryao brasileira e foi naturalizado atraves da marca liberal e, posteriormente,

neoliberal fundida na sociedade capitalista, tendo side tambem justificado par muito

tempo atraves das teorias racistas que se sustentavam em "suposlas desigualdades

pessoais, biologicamente determinadas· e preconceituDsas "teoria da ca(~ncia.

culturar'. Entretanto, ja naD e passivel conceber lais argumentos para j~stificar sua

existencia, mas, no entanto, ainda se faz muito presente em nossa sociedade.

Send a necessaria dessa forma, desenvolvermos pesquisas a fim de conhecer a

visao dos professores que percebem e lidam com tal problema em seu cotidiano, a

tim de analisarmos a grau de esclarecimento dos mesmas sabre a tema, uma vez

que a esclarecimento destes e vital para urn processa de escolarizav8:a democratico,

libertador e transformador e diminuivao dos indices estatisticos brasileiros de

~tracassados" per evasao au reprovac;:~o escolar. Desse modo, a pesquisa

acontecera acerca de dois questionamentos, a seguir:

Qual a rela9~10 entre neoliberalismo e Fracasso Escolar na sociedade

Brasileira?

Como os professores percebem 0 Fracasso Escolar atualmente?

Os objetivos que se quer alcanc;:ar com esta pesquisa sao:

Entender as dimens6es politicas presentes na Educac;:ao Brasileira;

Investigar diferentes visoes sobre 0 Fracasso Escolar;

Analisar os determinantes do Fracasso Escolar;

Verificar a visao dos professores sabre a Fracasso Escolar.

Este T rabalha de Conciusao de Curso sera desenvolvido atraves de pesquisa

bibliogratica, que possibilitara embasar teoricarnente a estudo sabre 0 Fracasso

Escolar, oportunizando a entendimento das dimensOes politicas presentes na

Educac;:ao Brasileira. a investigac;:ao das diferentes visoes que se t~m sabre a

assunto, bem como a analise dos determinantes do insucesso dos alunos na escola

elementar. Estas questOes serao abordadas, no segundo capitulo intitulado ~A

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Educac;:ao Brasileira na Sociedade Capitalista~. 0 terceiro capitulo refere-se sabre

~As Diferentes Visoes sabre 0 Fracasso Escolar~, e a capitulo 4 enfocara sabre "A

Visao dos Professores sabre 0 Fracasso Escolar". Esse capitulo constara de uma

pesquisa de campo, momento em que ser:io coletados as dados atraves de

questionarios, para descrever a visao dos professores que atuam nas series iniciais

do Ensino Fundamental de algumas escolas da cidade de Curitiba sabre a tema e,

finalmente uma analise de dados e emitir as consideras:6es finais.

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2 A EDUCACAO BRASILEIRA NA SOCIEDADE CAPITALISTA: da

primeira republica aos dias atuais.

A realidade institucional escolar e uma particularidade deste tipo de

organiza<;:ao. Oentre os demais, 0 Fracasso Escolar e urn problema que os

profissionais desta area necessitam estar freqOentemente estudando para refletir

sabre sua realidade.

Com a preocupat;~o de estudar a origem e entender 0 que determinou 0

indice de "fracassados", e porque (par evasao, opressao, falta de condiC;8o de se

manter na escola, reprovac;:~o constante) e lao operante na sociedade brasileira.

Far-se-a urn estudo da educac;ao brasileira na sociedade capitalista desde a primeira

republica, embora saiba-se que a educac;ao se fez presente desde 0 "descobrimento

do Brasil" com a vinda dos jesuitas em 1549 para a processo de catequiza<;ao e

acultura<;a.o dos indios brasileiros, sendo irnportante ressaltar que 0 processo de

acultura<;ao ocorreu, contudo, a educaty:1o jesuitica nao atingiu seus objetivos com

os indios adultos. E, por este motivo passou a acontecer com as crian<;as indigenas,

cujos efeitos foram satisfatorios par urn tempo, porem logo os jesuitas perceberam

que ao chegar a adolesc~ncia, os indios voltavam para as aldeia5 de acordo com os

objetivos dos jesuitas, influenciavam os costumes dos pais com 0 que aprenderam

durante os anos de catequese. Entretanto, chegava urn deterrninado momenta em

que eles "fracassavam" e 5e rendiam aos costumes anteriores.

Esse ufracasso", assim entendido pelos jesuitas, ocorria porque os indios nao

aceitavam serem doutrinados e escravizados resistindo ate aonde suportassem as

imposi<;Oes etnocentricas dos portugueses. Sendo assim, as portugueses obrigaram-

se a trazer negros africanos para 0 Brasil para a era da escravid30. A partir deste

momenta, a educa<;ao brasileira apresentou urn percurso excludente quanto a cor,

ao genero e a pOSi<;30 social ocupada pelos individuos. Pois, ao negro era neg ada a

educa<;ao e destinado os trabalhos mais penosos, de acordo corn Freitas (1999).

~Nao existe escola para eles, nao recebem qualquer instru<;30; numa palavra, nao se

faz coisa alguma para desenvolver sUas faculdades intelectuais .. pois 0 despertar

desse povo oprirnido poderia serterrivel." (FREITAS,1999, p.44)

No que se refere ao gllnero, a educatyao fai um fracasso desde 0 principia,

pois a educa<;ao feminina foi lao negligenciada quanto a figura feminina ao longo da

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historia. Cabendo as mulheres neste periodo, apenas aprender a fazer bordados,

daces, cafunes, aprender a manejar 0 chicote e ir a igreja aos domingos.

A educac;;ao era totalmente dual nesta epoca, acontecendo em escolas

lancasterianas (onde educa<;ao era gratuita e "todos eram aceitos

indiscriminadamente, com exce<;ao de pobres e escravosN); em escolas de

marinheiros e escolas religiosas, segundo Marcos Cezar de Freitas, 1999.

Em 1889, 0 Brasil se tornou republica pela primeira vez, sendo Manuel

Deodoro da Fonseca quem assumiu a presid~ncia (1889 - 1891).

Manuel DeodOlo da Fons.eca (1889 - 1891).Nas.ceu na cidade velha deAlagoas, a 5 de agosto de 1827, titho do Tenenle~Coronel Manuel Mendesda Fonseca e O. Rosa Maria Mendes da Fonseca. Em 1845 ingressQu noex€rcito. T omou parte em varias campanllas, sendo promovido ate 0 postode marechal-de-campo. Distinguiu-se por extraordinaria bravura na Guerrado Paraguai. Gozava de enorme prestigio entre os militares e eraconsiderado 0 lider de sua elasse. A 15 de novembro de 1889, chefiou 0movimento que dep6s 0 ultimo gabinete da monarquia presidido peloVisconde de Ouro Preto, proclamando a republica. No mesmo dJa faiaclamado como chefe do Governo provis6rio e como tal conseguiu aadesao de todos os Estados para os quais nomeou governadores;estilbeleceu a separac:'o da IQreja do estado, 0 Cilsamento civil. promulgouo novo COdigo Penal e aprovou a nova bandeira do Pals. Convocou aassembleia Constituinte que a provou a primeira ConstituiCllo Republicanaem 24 de fevereiro de 1891. Eleito pela Assembteia, assumiu a Presid~nciada Republica. Entrando em confilio com 0 Poder Legislativo, dissolveu 0Congresso Nacional. 0 que provocou rea¢es por parte da Marinha,oomandada pela Almirante Cust6dio de Melo. Preferiu renunciar a enfrentarurna guerra civil, passando a poder ao vice-presidente, Com ele eleito pelaConstituinle, Marechal Floriano Peixoto. Faleceu no Rio de Janeiro a 23 deagosto de 1892."( LACOMBE E CALM ON I MEC I FAE, p. sin).

o governo de Manuel Oeodoro da Fonseca explicitou a visao Positivista dos

oficiais, que defendiam as formas de disciplina e moral do Comtismo 1 Oai os dizeres

~Ordem e Progresso" da bandeira Nacional aprovada par ele.

Em 1891, com a Constitui<;:.~o Republicana, dois fatos importantes sobre a

edllca<;:.~o brasileira, em especial com 0 ensino primario (atual Ensino Fundamental)

ocorreram: 0 primeiro fato refere-se a descentraliza9a.o do ensino, atribuindo aos

estados 0 dever de oferecer 0 ensino fundamental e profissional, e a na<;:.~o0 dever

de oferecer 0 ensino secundario e propedeutico, que era urn privilegio da elite,

1 ComlismoVem de Auguslo Comt.e (1798 - 1857). Considerado a pai da corrente positivisla.Positivismo: Filosofia Que se sustenla no cienlificismo (visao reducioni5la, segundo a qual, a ci~nciaseria 0 unico conhecimento valida) e numa concepcC!o determinista que atribui ao comportamentohumano as mesmas relay6es invariaveis de causa e efeilo que presidem as leis da natureza.

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cultivando a dualidade do ensino. 0 segundo fato foi a separa<;ao da Igreja e do

estado e, com ista, a laiciza9aO do ensino publico, decisao alta mente contestada

pelos cat61icos que ate entao, ofereciam um ensino humanistico apenas as elites.

MFloriano Pei)(oto (1891 - 1894) ... a5Sumiu a chefia do Gal/erno e exerceu-oale 15 de novembro de 1894. Durante 0 seu gaverne eclodiram duasre ..••olu¢es: a Federalista, no Rio Grande do Sui, a e Armada, no rio deJaneiro, Chefiada pela Almirante Saldanha da Gama. Flariano reconvocou 0

Congresso e resistiu aos dois movimentos revolucionarios, despertandofortes movimentos naciona1isias, s.endo cognominado, por islo. comoMarechal de Ferro, e consolidador da republica, Enfrenlou grande oposi<;;aoparlamentar e foi implacavel em rela<;Ao aos oficiais que representaramcontra a sua permanencia no Governo. Era membra do supremo TribunalMililar ... E ate hoje venerado como defensor do espfrito repubHcano, tendorompido relacOes com Portugal por terem os navios desta na~llo dado a5iloa05 oficiais de marinha rebeldes. ( LACOMBE E CALMON I MEC I FAE, p.sin).

uPrudente de Morais ( Prudente Jose de Morais Barros) 1894 - 1898,nasceu em Itu, 5:to Paulo, a 4 de outubro de 1841. Era filho de Josemarcelino de Barros e D. Catarina Maria de Barros. Sacharel em Direito pelaFaculdade de SAo Paulo em 1863, e)(erceu a advocacia em Piracicaba. Foieleito depulado a Assembll~ia Provincial, primeiro pelo Partido liberal e,depots, Partido Republicana. Em 1885 eregeu-se para a Camara dosDeputados. lntegrou a Assembh~ia Constituinte Republicana como senador,senda eleito para presidi-la. COflcorreu com Marechal Deodoro aPresid(mcia da Republica. Em 1894, foi escolhido presidente da Republica,por eleiyao direla, lamando pone a 15 de novembfo. Reestabeleceu asrelaryOes corn Portugal e resolveu pilCificamente a conllito com a Inglalerraque ocupava a nona IIha da Trindade. Sob 0 seu governo foi ° Brasilvitorioso par arbitragem dos Estados Unidos, na questao de limites com aArgentina, conhedda como QuesU'Io das MissOes. Tambem firmou-se com aFran~ urn tralado para resolveras QuestOes do Amapa, com arbitragem daSUilta. Em virtude de doenc;;a, passou 0 exercicio do Governo ao vice-presidente Manuel Vitorino Pereira, de 10 de novembro de 1896 a 5 demar90 seguinte. Sofreu um alentado par um soldado fanatico a 5 denovembro de 1897, no qual lombou morUilmente a Minislro da Guerra,Marechal Machado Bittencourt, que defendeu a presidente. No seu governoiniciou-se 0 conflito de Canudos. Faleceu em 1902. ( LACOMBE ECALMON I MEC I FAE. p. sin).

Campos Sales (Manuel Ferraz de Campos Sales1898 - 1902). Nasceu emCampinas sao Paulo, a 13 de fevereiro de 1841, filho de Francisco de PaulaSales e D. Ana C~ndida de Sales. Bacharelou·se em Direito na Facildadede sao Paulo. Fai deputada provincial peto Partido liberal, em 1967. Aderiuao Partido Republicano, sendo urn dm. signat~rios do ManifestoRepubkano em 1870. Foi eleito depulado geml em 1885. Proclamada arepublica foi eleito ministro da Justi91 do Governo Provis6rio. Senador daConstituinle de 1890, inlerrompeu 0 mandala por ler side eleito presidentedo Estado de 800 Paulo. Eleito presidente da RepUblica de 15 de novembrode 1898 a 15 de novembro de 1902, visitou a Argentina em carater oficial,passando a exercicio de 90verno a Francisco de Assis Rosa e Silva de 19

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de outubro a 8 de nO'lembro de 1900. 0 seu Governo caracterizoU-,le pelaalen~o dada a situac;;aofinanceira do pais, antes de assumir 0 governo,"isitou a Europa, onde entrou em entendimento com as credores,eslabelecendo uma severa politica fiscal il cargo do Ministro da FazendaJoaquim Murtinho. Para fortaJecer 0 governo estabeleceu a chamadCl "politica dos governadoresw

, pela qual as bancadas dos Estados prestigiadaspetos chefes das unidades teriam 0 reconhecimento auegurado em !rocado apoio que dariam ao Governo Federal. A severidade na cobranya dosimpostos diminuiu-Ihe a popularidade, mas, 210 deixar 0 Governo, asfinan9as se encontravam em boa siluacao. Em 1906. voltou a ocupar acadeira de s.enador por sao Paulo. Faleceu a 28 de junho de 1913 (LACOMBE E CALMON I MEC I FAE, p. 5/n).

Rodrigues Alves ( Francisco de Pula Rodri9ues Alves) 1902 - 1906. Nasceuem Guaratingueta, S:t<> Paulo, a 7 de junho de1841. Estudou no ColegioPedro II, bacharelou-se em letras e diplomou-se na faculdade de Direito desao Paulo. Pertencia ao Partido Conservador pelo qual foi eleilo deputadoprovincial e geral. Foi plesidente da Provincia de Sao Paulo em 1887,recebendo 0 litulo de conselheiro> Aderindo a republica, foi deputado IIIConstituin\e em 1890. Em 1891, foi nomeado ministro da fazenda sob 0governo de Marechal Floriano. Em 1893 foi eleilo senador per seu Estado,renunciando em 1894 para ocupar novamente a pasta da fazenda nogoverno Prudente de Morais. Foi a negociador da conso1ida~ dosemprestimos externos (funding-loan) com os banqueiros ingleses,Rothschild. Foi eleilo presidente de sao Paulo em 1900 e presidenle deRepublica ~m 1902. Governou 0 pais de 15 de novembro de 1902 a 15 denovemblO de 1906. Durante 0 seu mandata realizou-se a reforma urbana doRio de Janeiro sob os pianos do Engenheiro Pereira Passos e 0saneamento da cidade, extinguindo - s.e a febre amarela pela ~Ao dohigienista Oswaklo Cruz. Sua admini5tra~o finance ira foi das mais bemsucedidas. Deixou a presid~ncia com grande prestigio, $endo chamado "09grande presidente·' Em 1912, foi novamen!e eleilo presidenle de sao Paulo.Em 1916, vollou a ocupar a cadeirB no senado Federal, representando seuestado. Em 1919, unico exemplo de nossa hisl6ria, foi eleilo presidente darepublica 11:.0 se empossando par motivo de doen9a. Faleceu no Rio deJaneiro em 16 de janeiro de 1919, estanclo no exercicio do cargo 0 vice-presidente Delfim Moreira. (LACOMBE E CALMON J MEC I FAE, p. sin)

Afonso Pena ( Afonso Augusto Moreira Penal 1906 - 1909. Nasceu emSanta Barbara, MG, a 30 de novembro de 1947 foi aluno do CotegioCara~, dirigido pelos padres lazaristas. Bacharelou-se e Doutorou-se emDireito pela Facutdade de S:to Paulo. Foi deputado provincial e geral peloPartido liberal e minis Ira de varias pastas durante a Monarquiil, recebendoo tftulo de conselheiro. Aceilando a RepOblica. foi constttuinte do Eslado deMinas Ger·ais e, em seguida, seu presidente. Durante 0 governo RodriguesAlves, presidiu 0 Banco do Brasil e ocupou a vice-presid~ncia da RepOblica.Foi eleilo a Presidente da Republica a 1· de rnan;:o de 1906. Suas principaisobras forJm: represent~ao do Brasil na Confer~nciil Haia; construt;ao demais de 4.000 quilOmetros de ferrovias: incentivo a indu~tria e aopovoamento de solo .... Afonso Pena faleceu, no Palacio do Cale!e, a 14 dejunho de 1909. ( LACOMBE E CALMON J MEC J FAE, p. sin)

",lOAD, /:,Nilo P~anha ( Nilo Proc6pio P~nha) 19?9 - 1910.Nasce ~<v"t2 de ~~.

oulubro de 1867, em Campos RJ. Estudou Dlrello em Sao P8\i§e de~. i~ • ._:'.B1BdO. Eci; ,

~~'. .," ."": .~-;"(':il.! ~iJY~..----

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no Recife, onde se farmou. Participou das CClmpanhas abolicionistas erepubHcana, iniciando sua vida politica em 1890 ... Com a marIe de AfonsoPena. assumiu il Presid~ncia. Embora curto, 0 seu governo foi marcadopela agita~o poliliCCl em raz.kl de suas diverg~ncias com PinheiroMachado, lider do partido republica no conservador. Em conseqQ~ncia dacampanha civilistil, tornaram-~e mais agudos os conflitos ... criou 0 Ministeriod01 Agricultura, comerdo e Industria, 0 servit;o de prole~ao ao indio einaugurou no Brasil 0 en sine I~cnico profissionaL ..encabe.you em 1921 achapa de movimenlo Reayao republicana. que linha por objeUvo contrapor 0liberalismo politico contra a politica "igenle das oligarquias esladuais.Morreu em 1924, no Rio de Janeiro, afastacto da vida polilica. ( LACOMBEE CALMON I MEC f FAE, p. sin).

Hermes da Fonseal (Hermes Rodrigues da Fonseca) 1910 - 1014. Nasceuem sao Gabriel, Rio grande do Sui, em 1855, era sobrinho do MarechalDeodoro da Fon$eCil. Esludou no Rio de Janeiro, ingressando na EscolaMilitar em 1871. Aluno de Benjamin Constant. simpatizou-se com 0positivismo ... as.sumiu a presidi!ncla da republica em ·15 de novembro de1910. Logo ap6s sua posse varias revoltas edodiram e foram combatidaspar tropas governamentais. Ainda durante 0 seu governo, iniciou-se apolilica des "salva<;Oes nacionais", serie de interven<;Oes militares nosestados, visando ao expurgo dos elementos da oposicao, cujo presUgiocompetia com a autoridade da pres~ncia .... morreu em 9 de setembro de1923. ( LACOMBE E CALMON I MEC I FAE, p. sin).

Venceslau Bras (Venceslau Bras Pereira Gomes) 1914 - 1918. Nasceu emMinas Gerais, a 26 de fevereiro de 1868....Candidato unico, seu governo,seu governo fei marcado desde 0 inicio, pelas tentativas que fez dereconciliar 0 Partido republicano Conservador com os situacionistasmineiros e paulislas, e decorreu em clime de paz. 0 torpedeamenlo denavios brasileiros em 26 de outubro de 1917, par submarinos alem~es levouo Brasil a enlrar na 1~.Guerra Mundial. Foi declarado 0 eSlado de silio, quevigoroLJ ate 0 fim da Guerra. Durante 0 seu Governo foi promulgado 0

C6digo Civil Brasileiro, em vigor desde 1'. De janeiro de 1917, e resolveu-sea QuestA<> do Contestado. Terminando 0 seu mandalo, retirou-·se da vidapublica e faleceu a 15 de maio de 1966. ( LACOMBE E CALMON I MEC fFAE, p. sin)

Delfim Moreira (Oelfim Moreira da Costa Ribeiro) 1918 - 1919. Nasceu emCristina, Minas gerais, em 1868... cur$ou Direito em Sao Paulo, ondediplomou em 1890 assumiu a presjd~ncia,. No seu governo, 0 Brasil sefez representiH na Conferencia de Paz, em Pmis, pelo senador EpitacioPenoa, eleito pre!idente da republica a 13 de maio em dispula com 0candidato da oposic;ao, Rui Barbosa, logo ap6s a volta do novo presidentedo exterior, Delfim Moreira passou-lhe 0 cargo, em 28 de julho de 1919,voltando a vice·pre~id~ncia. Morreu a 1'. De julho de 1920. ( LACOMBE ECALMON I MEC I FAE, p. sin).

Epitacio Pessoa ( Epitf:lcio Lindolfo da Silva Pessoa) 1919 - 1922. Nasceuem Umbuzeiro, Pardiba. em 23 de maio de 1865 ... Seus principais atoscomo presidentes da repubfica foram: 8 construyao de Af;udes no Nordeste:a criayao da Universidade do Rio de Janeiro - a prime ira do Brasil;

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comemorar;tto do ,', Centene\rio da lndependi!ncia, a inallgur~Ao daprimeira esl~ao de radio. Durante 0 seu mandalo, 0 pais sofrell grave criseeconOmico-financeira, tendo contratado urn emprestimo com a Inglatenapar;) fazer frente a uma terceira valorizat;:Ao do cafe. Sua admini!.trat;ao foimarcada por greves e agitily6es politicas, como. da Bahia, Maranh:to ePernambuco - a que respondeu com a inlervenQAo FederaL .. Faleceu em13 de fevereiro de 1942. (LACOMBE E CALMON I MEC I FAE, p. sin).

Arthur Bernardes (Arthur da Silva Bernardes) 1922 - 1926. Nasceu emVir;osa, Minas Gerais. Seu governo foi marcado par varies movimentosrevoltosos, como: a revolla no Rio Grande do Sut. contra a continuidade deBorges de Medeiros no Governo do Estado; a revolta em SAo Paulo,chefiada por Isidoro Oias Lopes e promovida pelos ~Tenentes·, a ColunaPrestes - Miguel Costa, 0 moUrn do couracado sao Paulo, que amea<;:ilvabombardear 0 Palacio do Calele. e outras sublevacOes que provocaramintervencOes Federais. de forma que 0 seu governo transcorreu quase quetotCIlmente sob estado de sftio. No final do !eu mandato em 1926. 0

presidente conseguiu fortalecer ° poder executivo, atraves de uma reformana Constitui<;:ao de 1891. Arthur Bernardes faleceu no Rio de Janeiro, em 23de marco de 1955. ( LACOMBE E CALMON I MEC I FAE, p. sin)

Washington Luis (Washington Luis Pereira de Sousa) 1926 - 1930. NasceuI!l'm 26 de outubro de 1869. lniciou sua carreira poHtica em 1914 ... Comopresidente. sua gesloo foi bastanle prejudicada, pela crise mundial de1929, que repercutiu na economia cafeeira do Brasil. Em julho desle ano,um acordo pOlitico entre Minas Geraise Sao Paulo, para a sucess:'opresidencidl. resultou na cria9AO da Alianca Liberal, que passou a aglutinaras lorcas oposicionistas. WaShington Luis e as forcas oposicionislasindicclram Julio Prestes (presidente do estado de Sao Paulo) tl presidi!nciada Republica, Enquanto a Convenyao da Alianca Liberal oficializou acandidatura de Getulio Vargas ( presidente do Estado do Rio Grande doSui). A discutivel vilOria de Julio Presles. em marco de 1930, levou a alaradiCilI dos aliancistas a articular ° movimento revolucionario. precipitadocom 0 assassinato de Jo~o pessoa, em julho do mesmo nno. A revoluCaodeflagrada a partir do Rio Grande do Sui, Minas e Paraiba. vitoriosa em 3de outubro de 1930, deu ioieio a uma fase na hislOria do Brasil conhecidacomo ~Republica Nova' Washington Luis faleceu em sao Paulo a 4 deagoslo de 1957, (LACOMBE E CALMON I MEC I FAE. p. sin).

Getulio Vargas (Getulio Dornelles Vargas) 1930 - 1945. Nasceu em SaoBorja, Rio Grande do Sui, em 19 de abril de 1883. Bacharel em Direilo, foidepulado esladual, depulado Federil!, 90vernador do Rio Grande do Sui eMinislro da fazenda no governo de Washington Luis. Chefe do governoprovis6rio organizado logo ap6s a vit6ria dOl Revolucao de 1930 ate 1934.quando fei eleito presidenle da Republica pela assembleia constituinte.Durante 0 Governo Pro'lis6rio estabeleceu 0 voto secreta, a justii;.a eleilorale a '1010 feminino. A 14 de abril de 1934 foi prornulgada a s.egundaconslilui<;flo republicana, que, entre outras determina<;Oes inslituiu 0 salariominima e a JustiC<J do Trabalho. Sob 0 prelexto de um 90lpe comunista(Plano Cohen), em novembro de 1937. Vargas dissol'leu 0 Congresso e aspartidos politicos_ Eslabelecido 0 Eslado Novo com 0 golpe. outorgou acarta de 1937, que fortaleceu 0 Poder Executivo. A economia brasileira foldirigida noO sentitlo de atender aos interesse~ nacionais. corn enfase nadi'lersificC'l9flO agricola e no desenvolvimento industrial. Diltam desse

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periodo a cri:x;:do do Conselho Nacional do Petr6leo, 0 planejamenta dahidreletrica de sao FranciSCO. a Companhia SiderOrgica Nacional, em VoltaRedonda. Devidoa Consolida~o das leis do Trabalho e a valoriza~aodesInstitulos de Previdtmcia Social, Vargas tornou-se 0 IIder dosTrabalhadores. 0 firn da Guerra (1939 - 1945) e a articulayao liberalexigiram a redemocratiza~o do pais. No inido de 1945, peloAla Adicionale outra' medidas, Vargas aulorizou eleil;Oes para presidente e para umaAssembleia Constituinle. Descrentes as Foryas Armadas for<;:aram a suarenuncia em 29 de outubro de 1945. (LACOMBE E CAlMON I MEC I FAE,p. sIn).

Durante toda a primeira repllblica a corrente filos6fica dominante foi 0

liberalismo que 5e tratava de uma corrente que propunha a mObilizar;:ao dcs "direitos

do Ilomem e do cidada.o, entre os quais 0 direito a educac~o", de acordo com Sonia

A. Marach.

o direito educacional ja havia side adquirido com a inspira9~10 Jacobina em

1793( no contexte internacional) que defendia os direitos dos cidadaos ao trabalho,

a protecao contra a pobreza e a educac;:ao. Contudo, (oi com a Constituic;:ao de 1824.

mais precisamente no artigo 179, que escola publica primaria passou a ser garantida

a todos, no Brasil.

Porem, a fim de explicar 0 desfalque educacional exist.ente na primeira

republica decerrent.e do ensino dual oferecido, tornou·se conveniente para os grupos

dominantes explicar etnocentricamente as diferenlfas de rendimento escolar.

naturalizando deste modo, as disparidades. Assim, apareceram as t.eorias da

car~ncia cultural e as tearias racistas, bern como, a Psicologia das diferenlfas

individuais, que buscava med;r tais diferenc;:as.

A teo ria da can§ncia cultural, citada per Maria Helena, faj desenvalvida nos

Estados Unides, e impartada por ness as escolas e explica 0 insucesso escolar a

partir de um pensamenta etnocentrico e acrilico, partindo de pressuposto de que os

individuos provenientes de meios econ6micos menos favorecidas seriam menos

Maplos a aprendizagem escolar" E as teorias racistas par sua vez, tratavam de

"supestas desigualdades pessoais, biologicamente determinadas"

Havia ainda um Dutro aspecto que culminava com as disparidades

educacionais da primeira republica, que se trata dos me iDS oportunizados para a

ingresso e perrnanencia clos alunos na escola, pois segundO Maria Helena Souza

Patto, apenas 3% da popular;ao freqOentava a escola nesta epoca, em todos as

niveis. Isso demonstra que havia uma grande vala entre os principios liberais

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democritticos e a realidade social do momento, caracterizada de uma republica

oligarquica, au seja, autoritaria pensada e comandada por uma pequena burguesia.

Dada a insatisfa9ao da maior parte da popula9ao decorrente do quadro

politico que 5e encontravam, ocorreram mobilizac;6es a fim de se "republicanizar a

republica" (p.56), que agora caminhava rumo a industrializa9ao.

Na educacyc300 efeito surtido foi 0 surgimento de dois movimentos: 0

"Otimismo Pedagogico2" (movimento escolanovista,e teve por objetivo lutar pela

democratizac;:ao do ensino, a fim de transformar a sociedade por meio da escala

redentora da humanidade), e 0 "Entusiasmo pel a EducaCYc303,,, que muito

contribuiram para a hist6ria da educayao brasiteira, no que diz respeito aescolarizac;c30.

Desta perspectiva de descontentamento com a oligarquia, surgiram varios

movimentos de contestagc3o. Em seguida, houve a crise do cafe em conseqO€mcia

da quebra da Boisa de Nova York, deste panorama de conflitos politicos,

econ6micos e ideol6gicos aproveitou-se Getulio Vargas para dar 0 Golpe do Estado

Novo, que durou de 1937 ate 1945. Este governo ditatorial reverenciado par alguns,

na verdade, trazia consigo influencias dos idea is nazi-fascistas europeus, fol uma

epoca de manipulagc30 de ideias, censura e exilio.

Eurico Dutra ( Gaspar Eurico Dulra) 1946 - 1951. Nasceu em Cuiaba, MatoGrosso, no dia 18 de maio de 1883 ... Eleito com larga vanlagem, Dutraassumiu a governo no mesmo dia em que se instalou a AssembleiaConstituinte (31 de janeiro de 1946). A promuigacao da quarta Conslitui9aorepublicana (18 de selembro do mesmo ano) foi 0 fato mais relevante doseu governo. A carta eslabeleceu a responsabilidade do presidenle e dosseus ministros de Eslado peranle 0 Congresso e assegurou aos cidadaos 0direito ao liberalismo politico, alem de manter as direitos adquiridosanteriormente, pelos trabalhadores. Em seu governo foram construidas arodovia Rio - sao Paulo (Via Dutra) e a companhia hidreletrica de SaoFrancisco. As relaCoes diplomaticas com a URSS foram corladas e foramcacados as direitos do Partido Comunista Brasileiro. Faleceu no Rio deJaneiro, em em 11 de junl10 de 1974. ( LACOMBE E CALMON I MEC IFAE, p. sin)

Gelulio Vargas (GetUlio Oornelles Vargas) 1951 - 1954. Apos a suarenuncia em 1945, Getulio Vargas foi eleito senador ao mesmo tempo parSao Paulo e Rio Grande do Sui e a deputado Federal por seis estados. Em

2 Otimismo Pedag6gico (1920 - 1930): Movimento defendido por intelectuais movidos par ideiasnorte-americanas (de John Dewey e Willian Kilpatrick) que enfalizava os aspectos qualitativos daeducac;ao.3 Entusiasmo pela Educacao (1887 - 1930): Movimento ideol6gico desenvolvido par intelectuais dasclasses dominantes do pais. Esse movimenlo. teve um caraler quantitativo referenle a expansividadedas escolas a fim de desanalfabetizar 0 povo

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1950, cOllCOrreu a presjd~mcia da repUblica, tendo como candidate a viceJooo Cafe filho. Eleito com 48,7% dos votos tomou posse em 31 de janeirode 1951. Durante 0 seu Gal/erno foi criada a Petrobras. Diante da agitac;aopolltica e de lim atentado ao lider da oposityao e jornalista Carlos lacerda,Vargas sofreu pressCes de varios segmentos para renunciar, terminandopor suicidar-se ern 24 de ag0510 de 1954. no Palacio do Catete, no Rio deJaneiro. ( LACOMBE E CALMON I MEC I FAE, p. sin).

Cafe filho (Joao Cate fllho) 1954 - 1955. Nasceu em Natal, Rio Grande doNorte em 1899 ...Com a suicidio de Vargas, em 1954. assumiu apresid~ncia, que exerceu em meio a inlen5a crise polili~ e econOmica, alenovembro de 1955, quando foi afastado (a principia lemporariamenle depoisdefinitivllmenle) da preskUmcia por um movimento militar liderado peloGeneral teix~ira Lott .... ( LACOMBE E CALMON I MEC IFAE, p. sin).

Juscelino Kubitschek (Juscelino Kubit~hek de Oliveira) 1956 ~ 1961.Nascido a 12 de setembro de 1902, na cidade de DiamantinCl, estado deMinas Gerais. Formou-se em medicina ... Eleito presidente em outubro de1955 e assumindo a presid~ncia em janeiro de 1956, JU$Celino p6snovamente em pratica a sistema de "metas' Sua adminislra~caracterizou-se pelo impulso dado ao desenvolvimento. Conslruiu a rodoviaBelem - Brasilia; impulsionou a industria automobilistica. empreendeu, noselor hidrelelrico, as giganlescas ob..,s de Furnas e de Tres Marias; auxilioua expansho da Pelrobras. Sua grande realiza~o, enlrelanto foi a fund~aode Brasilia. Entregou a presid~ncia em 1961 a Janio Ouadros ... ( LACOMBEE GALMON I MEG I FAE. p. sin).

Nereu Ramos (Nereu de Oliveira Ramos) 1955 - 1956. Advogado e politico.na5C~U em Lages, Santa Catarina, em 3 de selembro de1888 ... Emnovembro de 1955, com a hospitaliz~ do presidente Caf~ titho e 0impedimento decretado a seu substituto Carlos luz, foi empossado NereuRamos na presidencia da republica, seu mandato se deu sob eslado de silioe em 31 de janeiro de 1956 panou 0 cargo ao presidente eleilo JucelinoKubitschek, assumindo 0 ministerio da Justiva .... ( LACOMBE E CALMON IMEG I FAE. p. sin).

Janio Ouadros (Janio da Silva Quadros) 1961 - 1964 Nasceu em Campogrande, Malo Grosso, em 25 de janeiro de 1917 ... teve uma rapidaascensao polilica ... Candidalo a suces.sor de Juscelino KUbitschek ... 0 seumandato presidencial durou apenas de 31 de janeiro de 1961 a 25 dea90sl0 do mesmo no, quando renunciou. Diante do impacto de suarenuncia, 0 Congresso Nacional aclotou como f6rmula conciliat6ria dapolitica inlerna um Ala Adicional a Constilui~o, transformando a repUblicade presidenciali5ta em parlamenlarista ... (LACOMBE E CALMON , MEG IFAE, p. sin)

Joao Goulart (Joao Belchior Marques) 1961 - 1964. Nasceu em S~o Borja,no eslado do Rio grande do Sui, em 1-. de marryo de 1919. Conhecido peloapelido de U Jango" Com a renuncia de J~nio, Joaa Goulart assumiu apresidencia em janeiro de 1961. 0 governo de Jooo Goularl foi exerddo,inicialmenle, sob r€9ime parlamentarista. Realizado um plebiscito, 0

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resultado foi 0 retorno ao regime presidencialista. Neild segunda fase deseu governo, juntamenle, com a crescenle crise financeira, desenvolveu~seseria perturbal;Ao de ordem politica, terminando por um movimento polit)co-militar, a 31 de maryo de 1964 que dep6s 0 Dr. JoAo Goulart. AS5umiuinterinamente 0 governo 0 Or. Ranieri Mazzini, presidente da CamaraFederal, Joao Goulart, bem como a maiaria de seus colaboradores, exilou-se no estrangeiro. Morreu no exilio, no dia 6 de dezembro de 1976. nomunicipio argentino de Merc~es, vilima de um alaque cardiaco(LACOMBE E CALMON I MEC I FAE, p. sin).

Em 1945, ao findar a Segunda Guerra Mundial, come<;ou a Segunda

Republica que durou ate 1964. Neste periodo a pais deixou de ser agritrio-

exportador e passou a ser nacional-desenvolvimentista, sendo governado mais

urna vez par Getulia Vargas, e em seguida, par Juscelino Kubitschek. E, nesse

momenta, entrou em nosso pais 0 capital estrangeiro atraves de emprestimas ao

Fundo Monetario Internacional e acordos com os Estades Unidos. 0 que par um

lado foi benefico ao pais (0 investimento na industrializatyao), por outro lado, germl

inchasso urbano, desemprego, inflatyao e grave disparidade na distribuitya.o de renda.

E neste panorama, Janio Quadros governa 0 pais por menos de sete meses e

renuncia 0 seu mandato, sendo substituido pelo Presidente Jo:lo Goulart, ate que foi

deposto e, nova mente, 0 Brasil foi surpreendido pelo golpe militar em 1964.

Em 1961, 0 Brasil elabora a primeira Lei de Diretrizes e Bases da Educatyao a

4.024/61, promulgada apas ser debatida na sociedade civil diferentemente das Leis

5.540168 e 5.692/71, que loram impostas pelo governo da epoca, de acordo

com Maria Lucia de Arruda Aranha.

Durante 0 periodo ditatorial (1964-1985), 0 governo centralizador calava, mais

uma vez, com censura, exilio. tortura a todos os movimentos (estudantis, operarios,

entre outros) que se opusessem a atual forma de governo. E, foi neste momento da

historia brasileira que se realizaram os acordos MEC-USAID, entre Brasil e Estados

Unidos, pelo qual 0 Brasil passaria a receber ~assistencia tecnica e cooperac;:a.o

financeira para a implantac;::lo de uma reform a educacionar. "Esta, consistia numa

reforma autoritaria, vertical, domesticadora, que visava atrelar 0 sistema educacional

ao modele economico dependente, imposto pela politica norte-americana para a

America Latina" (ARANHA, 1996, p,213). Oai a Tendencia Educacional Tecnicisla,

a preparac;:ao da mao-de-obra para 0 mercado de trabalho e as disciplinas de

civismo no curriculo escolar.

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Castelo Branco (Hurnberto de Alencar Castelo Branco) 1964 - 1967Nasceu em Fortaleza, Ceara, em 20 de setembro de 1897. Oestacando-seentre as principals chetes articul.adores do movirnenlo politico-mi!itar demar~o de 1964, foi eleilo petc Congresso NllCional para a Presidl!ncia dOlRepublica em 11 de abril de 1964, assumindo 0 Governo no dia 15 domesmo m~s_ Desenvolveu um programa de conten~o inflacionaria apoiadoem medidas ortodoxas; de crescimento e centra1iza~o dos poderes doEstado, as expensi!Js dos direitos individuais e da liberdade de oposi~~o; ede modernizayao burocratica e relomada do modela desenvolvimentista emcrise. Em fun((ao dos poderes que the fcram confiados pelo movimentomilitar de marco de 1964, governou com excepcional autoridade, editando,inclusive, diversos Ales Instilucionais. Promulgou um nova ConSliluifYl!,o,preparada pelo Executivo e aprovada pero Congresso em 24 de janeiro de1967; instiluiu elei96es indirelas para presidenle e para governadoresesladuais e sancionou imporlanlt!s leis, criando novos ministerios.promovendo a reforma agraria, criando 0 Banco Central da Republica ediversos novos 6rgaos adminislrativos. Morreu em desastre aereo, em 18de jultlo de 1967, apQs haver deixado a presid~ncia. ( LACOMBE EGALMON I MEG I FAE, p oJn),

Costa e Silva (Artur dOl Costa e Silva) 1967- 1969. Nasceu em Taquari, RioGrande do SuI, a 3 de outubro de 1902. Cursou 0 Colegio Militar e a EscolaMilitar de Realengo, ingressando no exercilo como aspirante a oficial daarma de Infantaria em janeiro de 1921. Atingiu 0 generalato em1952; em1958, foi promovido a general-de-divisflo; em 1961, a general-de-exercilo, eem 1966 a marechal. Pres<> como ~tenentista" em 1922, foi anisliado. Ja em1932. na qualidade de capitolo, integrante do I Regimento de Infantaria.tarnou parte da repres~o a revolU9l\o constitucionalisla de SOO PauloJunta mente com Marechal Humberto de AlenC&H Caslelo Branco e oulrosmilitares, foi um des chefes do mavimento de mart;x>l abril de 1964, quedepOs 0 presidenle Joao Goulart. Foi ministro da guerra no governo dopresidente Caslelo Branco de 1964 a 1966. Em 1967, fof eleilo peloCongres$O Nacional Presidente da RepLJblica, fllngao que <lssumiu a 15 demar~o de 1967. Seu governo procurou dar combale ao processoInflaciomirio e relomar 0 desenvolvimento econ6mico do Pais. No setoreducacional, promoveu, alraves do Minislerio da Educa~o e Cultura, areforma universilMa e 0 Plano Nacional de Educa~. Em 1968 promulgouo Ato Inslitucional n-.5, como urn desdobramento da movimenta de maryOde 1964. Faleceu no Rio de Janeiro na dia de 17 de dezembra 1969, vilimade um dislUrbio circulat6rio. A partir dOl sua doen93. 0 governa fai e)(ercidointerinamenle par um junta miritar composta pelos minislros do Exercito,Marinha e Aeron;iulica, que pas.s.aram 0 poder 010 Presidenle EmilioGarrastazll Medici.

Garraslazu Medici (Emilio Garraslazu Medici) 1969 - 1974. Nasceu emBage, Rio Grande do Sui, a 4 de dezembro de 1905. Formou-s.e na EscolaMilitar de Realengo em 1927 como aspirante 3 oficial da arma de CavalariaComo lenente, servindo no XII Regimenlo de Cavil!aria (Bage). leve papelde lideran~ na Revoluc;.ao de 1930. Atingiu 0 genera!ato em ·1961. Exerceusucessivamenle, os cargos de adido mililar em Washington, chefe doServ~o Nacional de InformafYOes (SNI) e comandante do III Exercito. Naocorr~ncia do movimento de mari7J de 1964, comandava a AcademiaMilitar, cuja atu3yOO foi de grande importancia para vil6ria dessemovimento. Com enfermidade do Presidente Costa e Silva, foram indicadose eleilos pelo Congress.o Nacional para a Presid~ncia dOl Republica. Tomou

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posse no dia 30 de outubro de 1969, com mandata ate 1974. entre as otlosdo seu governo, deslacam-se a ampliat;oo. para duzentss milhas, doslimites do mar territorial brasileiro; iii dedsAo de construir as grandesRodovias TransamazOnica e Perimetra\ Norte, como parte do Programa deInlegra<;ao Nacional (PIN); 0 Progmma de Integra~ Social (PIS); eespecialmenle elaborou urn programa desenvotvimentista, visando aampJia<;ao da exporta90es e a atrat;aO de capitais estrangeiros. Essemodela de crescimento econOmico se traduziu em altos indices estatisticos,o que possibilitou a ulilizac;:ao, em alguns circulos, da expressao "MilagreBrasileiro". Os ~xilos econOmicos do ·Milagre~ justificaram 0 rigido oontrolepolitico-ideol6gico, mantido durante 0 seu mandato. Faleceu em 9 deoulubro de 1985. ( LACOMBE E CALMON I MEC I FAE, p. 5/n).

E so depois de vinte e um anos, a Brasil voltou a ser governado por civis,

quando Tancredo Neves foi eleilo par meio de uma elei<;Elo indireta. Entretanto,

quem assumiu a presidencia foi a seu vice, Jose Sarney, pais Tancredo morreu

tragicarnente antes mesmo de tamar posse da presidlmcia do pais. Em 1990, Luis

Fernando CoUor de Mello, foi eleito pelo pavo, mas governou 0 pais por apenas dais

anos, pois uma mobiliza980 papular solicitau 0 seu impeachment, apos denuncias

de corrup<;ao. E, a partir da de-cada de 90, 0 neoliberalismo passa a permear as

governos de Uamar Franco e Fernando Henrique Cardoso, e a elabora<;:to da nova

Lei de Diretrizes e Bases (LDB9394/96).

A partir de toda esta abardagem e passive I observar ao longo da historia das

presidencias brasileiras a corrente ideol6gica e filosofica que predominou, e as

inten90es dos representantes do pais para com a educa980 e desenvolvirnento da

popula9ao brasileira, que nao foram muitas, nem tampouco com ideals progressistas

transformadores, mas apenas econ6mico·desenvolvimentista dotado de concep<;Oes

excludentes.

Atualrnente, a Secreta ria de Educa<;ao do Estado do Parana lan<;:ou urn

prograrna de mobiliza<;Eto para a inclus8a escolar e valoriza<;:to da vida 0 "Fica

Comigo", com esle, "pretende-se criar uma rede de enfrentamento a evaS80,

promovendo a inser<;ao, no sistema educacional, das crian<;as e dos adolescentes

que lenham side excluidos", uma vez que, segundo dados do IBGE de 2000, 0

Ministerio da Educa<;ao concluiu em 2003, 0 Mapa de ExcluS80 Educacional no

BraSil e constatau que 64 606 cnan<;as de 7 a 14 anas estao fora da escola••SID ADE

Este programa apresenta obJetlvos e propastas relevantes fh'~ e' a -'(~~

necessldade de se com bater a exclusao escolar, promovendo a InS<I~a.\1s&JTi.'C~-\ ~,'~: \.,:~ ·I!;,· ., .••.•.

"':";"hl 'it~~"/~'---:-"

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aproveita para oportunizar a democratizavao dos processos administrativQs, uma

vez que, propOe a participa<;~o da comunidade escolar e local para executar 0

programa, bern como a parceria com outras instituilYOes, desenvolvendo desse

modo, uiniciativas para superar as razOes que determinaram a exclus:lo ..."

Ao analisar esta proposta, percebe~se que se por urn lado, ha a

reconhecimento da necessidade de insen;:ao educacional como possibilidade de

emancipac;aa humana, par outro lado, ha a atribuilYaa dessa responsabilidade acomunidade e a escola:

"A escola tem 0 papel mais imporlante nesta a98o, pOis 0 aluno estadiret.amente vinculado a ela no seu dia·a~dia. E necessaria que a escolatome todas as iniciativas para garantir a permanencia do aluno nosistema educacional. conscienlizando-o da import:tncia da educayao emsua "ida e para seu futuro, mantendo cantato frequente e direlo com os paise responsaveis, enfalizando a sua respooS4ilbilidade na educa~o efOfma.;:;!'jo dos filhos." (FICA comigo. SEED)

Este programa nos permite perceber dois fatos importantes nesta discussao:

o primeiro se refere a a projeg2lo de responsabilidade politica de manter 0 aluno na

escola, para a comunidade e para a escola. Esta responsabilidade. segundo 0

Estatuto da crianva e do Adolescente e do estado e da familia. 0 segundo fater a ser

analisado se refere a maneira como a governo se propOe a enfrentar 0 fracasso

escolar ( eva sao escolar e exciusao escolar), que segundo 0 catalogo ""FICA

comigo~, e criando ulna rede de enfrentamento a eva sao e a exclusao escolar, au

seja, agindo sabre as consequencias da evasao e da exclusao educacional, quando

a fundamental seria oferecer a todos as segmentos de ciasse, principalmente aclasse trabalhadora, condivoes econ6micas para que pudessem permanecer na

escola. Ap6s ista, seria inteligente e coerente, trabalhar com uma rede de

conscientizavaa da jmport~ncia e priorizalYao do ensino.

A sociedade brasileira, dentre muitas outras, presencia urn momento onde urn

pais (os Estados Unidos), hoje intitulado como a grande potencia mundial,

2.1 A EDUCA<;:AO BRASILEIRA NA SOCIEDADE CAPITALISTA A INFLUt:NCIA

DO NEOLIBERALISMO NA EDUCA<;:AO ATUAL

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prepondera sabre os demais. Neste contexto, surge um;! corrente ideol6gica

charnada "neoliberalisl1lo~ a fim de aduzir razoes para justificar a crise que se

encontral'l1 determinados paises.

S6nia A. Marrach, comenta que 0 neoliberalismo ressalta os direitos do

consurnidar "e contesta a participayao do Estado no arnparo aos direitos socia is", ou

seja, a ideologia neoliberal defende 0 consumo, a globaliza93o, as pesquisas

universitarias em prol do desenvolvirnento de novas tecnologias, produtividade, e

propOe reform8s na educa9.ao, saLlde e em alguns outros setores, que aumentaria 0

poder da iniciativa privadC1e transformaria a atu3yaO do estado em minima. Os

defensores do estado - minima percebem es.sa reforrna como urn meio para se

alcarwar maior qualidade nos serviyos prestados e menor corruP9t'tO. Porern, essa

ideologia tern sido confrontada com 0 pensamento de l11uitos criticos, os quais

defendern que tal descentralizayAo, seria prejudicial, pois a escola se tornaria um

veiculo para a transmissao da ideologia dominante, um mercado e .•...e como

consumidores que as neoliberais veem os alunos e pais de alunos ...~(p.48) e per

este motivo insistem que 0 ponto estrategico da educa~ao e preparar a mao de obra

para 0 mercado de trabalho corno se fosse urn ~Tecnicismo reformado" de acordo

corn a autora. Porem agora 0 aluno, consumidor da eciuca9:lo, optaria pela ges.tao

ll1ais eficiente e a professor ocuparia urn cargo reduzido de "fullcionario treinado e

competente para preparar seus alunos para ° rnercado de trabalha e para fazer

pesquisas pralicas e ulilitiHias." (p.55).

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3 AS DIFERENTES VISOES SOBRE 0 FRACASSO ESCOLAR

Ap6s ter-se realizado urn estudo sabre a Fracasso Escolar desde os

primordios brasileiros, far--se~a neste capitulo, lima pesquisa sabre a posit;:~o de

diversos autores em rela<;:ao aD tern a abordado, com 0 objet iva de investigar as

diferentes visOes correntes sabre 0 Fracasso Escolar.

o tern a KFracasso Escolar" tern side a~ordado pelos autores par meio de

diferentes cticas ao longo da nossa hist6ria:

Para Perrenoud, per exemplo, 0 Fracasso Escolar e lima realidade fabricada,

concordando com ele Bowles e Gintis, dizem que: ~as escalas contribuem para

motivar alguns individuos para a conquista e 0 sucesso, em quanta desencorajam

outros, que vao parar a empregos fracamente remunerados" (apud, GIDDENS,

2000) reafirmando as desigualdades existentes. Refor9ando essas coloca90es,

Bourdieu apud FREITAG, 1980, p.2S, coloca que "a fun9M global do sistema

educacional e garantir a reprodu9aO das relagOes socia is de produgao".

Ern Qutras palavras, a escola existe para atender as necessidades da

sociedade atual. Esse modelo societiuio ao qual nos referimos e capitalista, desigual

e cultiva no interior da escola a reprodugao cultural, segundo Bourdieu, onde Q

privilegiado e instruido para permanecer no poder e 0 "fracassado~ para continuar

sustentando esse modelo societfuio corn sua forga de trabalho, de modo a perpetuar

a "ordem" n,;'lo ocorrendo 0 caos, de acordo com Durkheim e Parsons apud,

FREITAG, 1980, p.20.

Dentro desta perspectiva, Perez Gomes faz uma analise sabre 0

neoliberalismo e a cullura escolar onde discorre sobre 0 sistema educacional publico

o qual defende por configurar um espago de maior possibilidade de democratizat,::ao

do ensino, e sobre 0 sistema privado, que segundo ele, e sustentado pelo

neoliberalismo, sendo por este motivo, tendencioso ao impor 0 pr6prio "ideiuio

ideol6gico" doutrinando os alunos de acordo com as expectativas dos pais, que por

sua vez, s~o consumidores de uma educagao que dara suporte para permanecerem

na posit,::ao social ocupada, permanecendo a "ordem- nas classes socia is). Esta

transmissao ou doutrinamento atraves do ensino, reduzindo a educagao a urn papel

funGional, Gujo objetivo e formar a for9a de trabalho alienada.

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25

Ja 0 sistema publico de ensino, "como instrumento politico a servi<;o da

democracia, concebe a escolarizar;;::10 como urn servi<;o publico que deve alcan<;ar a

todos os cidadaos ...• essa universaliza<;~o busca oferecer as condir;;:6es para

garantir, uma ';minima igualdade de oportunidades", a fim de garantir um espa<;o

inclusivo, sem discriminac;:ao, onde todos participariam de um processo de

escolarizac;:ao "em liberdade e para a liberdade" propiciando a todas as classes 0

mesmo ponto de partida, essa seria a educa<;ao compensat6ria, que visa ria

"compensar, em parte, as desigualdades pessoais vinculadas ~ origem social,

cultural, etc.~ Perem, isso poderia gerar avanr;;:os sociais, a medida que as pessoas

recebessem a mesma instruc;ao 0 que poderia levar uma desestabilidade da

piramide social.

Ja para Ivan lIIich apuel GIDDENS, (2000, p.501), a escola, ainda que publica,

transmite conteudos, as crianc;as que VaG apontar seu papel na sociedade, e faze-

las conformar-se com ele atraves do curriculo oculto, que de acordo com Perez

Gomes, s~o as conteudos transmitidos na escola, porem, n~o atraves do currkulo

explicito, mas nas inter-relac;oes pessoais ou pelas

"rela¢es inslitucionais mediatizadas pela complexa rede de culturas que seinter relacionam neste espa90 artirrcial, que constituem uma rica e espessateia de significados e de expectativas por onde transita cada sujeito emIransformayAo .. ."{PEREZ GOMES, 2001, P.18)

No entanto, torna-se fundamental a reflexa:o de cad a profissional envolvido

com a educa<;~o, (destacando-se os professores) acerca de sua postura (atitudes

corriqueiras podem ser etnocentricas, valores, cultura, relativizatyao ..) pois, e dele a

responsabilidade pela sua praxis. Nao deixando de mencionar a escola, que de

acordo com Perez Gomes, 2001, "deve refletir sobre si mesma para poder se

oferecer como plataforma educativa para as novas gerac;:Oes...".Caso contrario, a

escola levara 0 individuo a entender atraves do ·curriculo oculto ... que 0 seu papeJ

na vida e saber qual e 0 seu lugar e conformar-se com eJe". (ILlICH, apud in

GIDDENS,2000 p.501). Entretanto, aceitar 0 "Fracasso produzido na escola" implica

em aceitar sua "inferioridade", dado isso 0 individuo limitara posteriermente tambem,

suas perspectivas de carreira profissional, diz Bourdieu reforc;:ando 0 que fora

explicit ado anteriormente por Bowles e Gintis. (apuel GIDDENS, 2000, p.503).

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Ivan Illich defende ainda a desescolarizaC;ao das sociedades, justificando que

as pessoas se at~m a escola e a urn curricula standardizado como (mica condi~c:w

para a aprendizagem, sendo que a escola-instituic;ao implica grandes custos e e

desinteressante, devido seu real objetivo ser a cust6dia de crian.yas. E prop6e Dutra

forma de organizac;ao educatilJa, as "enquadramentos educativos", cujo lugar 0

conhecimento seria viabilizado a todos que quisessem aprender n<'!o importando a

idade. Neste ambiente seria disponibilizado banda de dados, biblioteca, entre muitos

Quiros recursos para se partilhar 0 conhecimento.

Bernstein apud GIDDENS, (2000, p.498), por sua vez, aponta os c6digos

linguisticos como urn mecanisme gerador do Fracasso Escolar. Pois para ele, as

crianc;:as provenientes de classes media I alta dominam c6digos elaborados da fala,

ajustando-se melhor no meio escolar. 0 aposto, segundo ele, ocorre com as

crianc;:as de origem econ6mica mais baixa, que muitas vezes, recebem respostas

limitadas sobre as perguntas que fazem, e/ou sao vitimas de pouca informac;:iio nao

tendo acesso a livros, musicas e informac;:Oes que circulam no meio social onde se

privilegia a cultura erudita, e par essas carencias, nao desenvolvem uma linguagem

elaborada.

o c6digo restrito atua negativamente na educac;:ao escolar, pais, ~ crianc;:a

que se encontra em tal situac;:iio, geralmente, tern dificuldade para entender a

linguagem abstrata utilizada no ensino. (apud GIDDENS, 2000, p.498),

Aurea M. Guimaraes, aponta em sua obra posicionamentos que fcram

embasados no livre "Vigiar e Puni( de Michel Foucault:

podemos dizer que 0 sucesso da escola depende do seu aparenteFracasso enquanto instituir;ao. Na verdade, 0 interesse da escola alualreside n05 sellS resultadO$ enquanto instituiyao controladora da sociedade.Se 0 sistema educacional tern se conslituido num fracas50, a escola ternlido suceno enquanlo inslituicyi10 normalizadora, com a fun9-iia dec1assirtcar, de hierarquiulr, de distribuir lugares. 0 que se visa e a oontroledos desvios dos alunos enquanto indivfduos. As normas pedag6gicas, aadeixarem de alender a aproveilamenlo escolar dos alunos, conseguem ler aeficacia de marcar. salidificar os desvios refor'Ysndo a imagem de alunostidos como maf'ginai5, indios, maloqueif'O$. A es.cola, aa fracas.sar comoescola , 56 faz refor'Yar as diferen~as ja trazidas pelos alunos, discriminandaos bons do! maus. as comportados dos ind6ceis. os inleligentes dos menosdolados. A escola atual crill com suas pralicas pedag6gicas, a possibilidC1dede esquadrinhar comportamentos, efetuando-se sobre eles uma vigilanciacon,tant.",GUIMARAES, 1988.p.43).

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Maria Helena Souza Patto, numa profunda analise sabre a produyao do

Fracasso Escolar apresenta visoes que permearam a eduC3C;;aObrasileira ao longo

dos anos, a fim de justificar 0 problema social e critica a escola desinteressante que

atribui ao aluno as causas de percebe·la desinteressante e "fracassar'"

~... de um lado, afirma a inadequaC;ao do ensino no Brasil e suaimpossibilidade, na maioria dos casas de motivar os atunos; de outro, cobrado aluoo interesse per uma escola qualificada como desintcressante,atribuindo seu desinleresse a inferioridade cultural do grupe social de ondeprovem. Estas interpret~Oes do Fracas50 da escola, sao, a n05SO ver,inconciliaveis ... Ate 0 inlcio dos anos 5€:tenta ...cada vez mats, as causa doFraCAsso escolar solo buscadas no aluno. (PATTO, 1996, p. 90)

Gaudencio Frigotto (1993) por sua vez, aborda com muita propriedade

a relal'ao escola/trabalho/modo de produl'ao, esclarecendo a funl'ao da

escola para 0 sistema ao afirmar que, no momenta em que a escola se torna

improduliva "negando·, "omitindo" 0 saber elaborado a classe trabalhadora

para a sua luta contra 0 capital, lorna-se produliva para 0 sistema capitalista.

Ja para Neidson Rodrigues (1992), ".. a escola se converte em

instrumento e vitima do processo Como instrumento, ela cumpre bem sua

missao: forma consci~ncia, prepara lideranl'as, difunde valores, prepara

trabalhadores para 0 trabalho requerido" "Porem, "0 real nao e natural e nao

e eterno", 0 real e feilo pelos homens que podem romper com estas

ideologias, e "por isso ha esperanl'a"!". (RODRIGUES, 1992, p.19).

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2R

4 A VISAO DOS PROFESSORES SOBRE 0 FRACASSO ESCOLAR

Para reconhecer as efeitos que se produz consciente au inconscientemente

dentro de uma instituic;:ao, neste casa a escola, taz-se necessaria urn estudo

imparcial de como e 0 relacionamento dos individuos, a que determinam a seu modo

de pensar, sentir e atuar, como concebem a realidade social, como percebe elida

com as dificuldades educacionais como a Fracasso Escolar, que e tao operante no

sistema educacional brasileiro. Sendo assim, este capitulo tratara de abordar as

resultados de uma pesquisa de campo realizada corn dez professores do Ensino

Fundamental, a fim de verificar qual a concepva.o que predomina no julgamento que

os professores fazem sabre a Fracasso Escolar. A visa.o retratada por eles, nos

permitira analisar por amostragem a forma como percebem e lidam com a Fracasso

no interior das escolas nos dias de hoje, e ate onde 0 esclarecimento ou a alienaryao

sobre 0 ideario neoliberal est a presente no trabalho dos professores.

Antes de serem apresentados os resultados da pesquisa de campo, eimportante observar que esta nao se trata de uma pesquisa que revelara 0 indice de

Fracasso Escolar causados pelas dificuldades de aprendizagem devido a fatores

decorrentes das dificuldades com a fala, biol6gicos ou emocionais, mas busca

entender 0 nivel de esclarecimento que as profissionais atuantes em educary~o

possuem a respeito dos idearios politicos que permeiarn inconscientemente 0 seu

trabalho, e 0 qLJefazem para oferecer aos seus alunos urn "ensino em liberdade e

para a liberdade~ como diz Perez Gomes, livre do doutrinamento politico para a

aceita~ao da posic;ao social ocupada e permanecimento da "ordem" ideologizada

pelo sistema capitalista.

A pesquisa foi realizada com professores de diversas escolas de Curitiba que

atuam nas series iniciais do Ensino Fundamental.

Ao perguntar sabre os principais motivos que levam as crian~as a evadirem

ou reprovarem constantemente, 70% da popula~ao entrevistada de professores

colaboradores atribuiram os motivos as diferen~as s6cio·culturais existentes na

sociedade e alegaram verbalmente que essas diferen~as s6cio·culturais englobam

fatores como: cultura, poder aquisitivo, opiniao que levam a familia e 0 educando

priorizar ou nao a educayE10 escolar; 60% remetemm as causa do Fracasso Escolar

a problemas afetivos e ao descaso dos pais; 40% atribuiram a situar;:~o financeira a

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qual as Kfracassados" geralmente sa encontram. e 10% atribuem as causas do

Fracasso Escolar a outros motivos que nao foram mencionados.

GRAFICO - 1: Motivos que levarn as crianc;:asevadirem ou reprovarem

constantemente

30

• Oifere~a5 S6cio-culturaiso Problemas afeti\Q$

o De-scaso dos pais[] Silua.:;;Ao financeiraoOutros

8O"F"-----~~~-----__;70

60

50

40

20

A segunda pergunta do questionario demonstra muita ousadia do

pesquisador, pois com a finalidade de buscar de fato a visao dos professores sobre

o Fracasso escolar e os reflexos de sua praxis, foi Ihas perguntado S8 as crian<;asde

menor poder aquisitivo sao oprimidas no ambito escolar, e 50% dos protessores

entrevistados observaram que as crianc;:as nao sao oprimidas no interior das

escolas; 30% nao responderam a questao, podendo-s9 concluir que estes

colaboradores nao consideram que as crian((a~ sejam oprimidas no ambiente

escolar, ou que nao se sentiram a vontade para responder tal questao em fun9ao do

comprometimento que esta sugere, uma vez que, 0 Estatuto da Crian9a e do

Adolescente visa proteger da opressao a Infancia e a Juventude. No entanto, 0

objetivo desta pesquisa, como ja foi mencionado anteriormente, nao e culpabilizar

ninguem, mas perceber a visao dos professores da atualidade, sobre 0 Fracasso

escolar nas series iniciais do Ensino Fundamental. Assim, 20% dos entrevistados

assinalaram todas as alternativas, revelando que consideram que a crian<;:ade

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30

manor poder aquisitivo e oprimida no ambiente escolar par causa do preconceito dos

professores e colegas, resistencia da propria crian<;a a nova retina a/ou vergonha da

posi,ao social que ocupa.

Urn professor colaborador que compos as 50% respondenda que as crianjfas

nao sao oprimidas no ambiente escolar fez uma notavel observa<;ao, ••...as escolas

em sua maiaria S9 destinam a urn grupo social especifico .. " par isso nao ha

opressao na escola somente, mas em toda a sociedade.

20

o Nao sa.o oprimidaso Nio responderam

o Todas as allemati\El.s

GRAFICO - 2: Posi,ao dos proiessores em rela,ao it crian,a e a opressao.

~+--r--~------------~40

30

10

Sendo assim, para comprovar a presenya das teorias critico-reprodutivistas

apresentadas no capitulo dois deste trabalho, perguntou-se se os colaboradores

cons ide ram que 0 Fracasso escolar e urn artificio para manter as classes sociais

podendo estes assinalar que sim, nao au em parte consideram. A maioria das

respostas obtidas com 500/0 de alternativas assinaladas comungou que sim,

enveredando as teorias crftico-reprodutivistas, 40% consideram que em parte 0

Fracasso escolar pode ser um artificio para a manuten9ao das classes sociais e

10% diverge totalmente desta opini~o. acreditando que 0 Fracasso escolar n~o tern

essa funcraanem tampouco e um artificio para tal.

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GRAFleO - 3: Fracasso Escolar como artiffcio do capitalismo.

60

50

40oSim

30 eNtia

oEm parte20

10

A partir dal, par maio de quest6es descritivas foi perguntado aos professores

sabre 0 que pensam a raspeito do ensina publico e privado, a tim de veri fica a visao

politica que predomina na class8.

A primeira questao descritiva pergunta aos professores: Sa existisse apenas 0

sistema publico de ensina e todos tivessem 0 masmo ponto de partida (0 ensina

publico e igualitario) as diferen,as sociais diminuiriam?, as respostas a esta questao

dividiu opinioes de modo que 50% apontaram que sim, a escola somente publica e

igualitaria auxiliaria no processo de diminuic;:ao das diferenc;as sociais, embora uma

das colaboradoras observar que juntamente com 0 ensina publico e igualitario seria

necessaria candi96es econ6micas justas, entendenda que a escola publica a todos

auxiliaria no processo de democratizal'taO mas nao seria possivel atribuir somente a

ela a reden9Ao da sociedade. Em contrapartida, os outros 50% dos entrevistados

nao concord am que se existisse somente 0 sistema publico de ensino as diferen9as

sociais diminuiriam, pois, para alguns, mesmo no ensino publico ha diferen9as

sociais entre uma comunidade e outra, sendo necessario que al8m de ensino

publico igualitario a todos, escolas, em geral, dispusessem dos masmos recursos e

de profissionais capacitados. Ja urn dos professores colaboradores colocou a falta

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de EqOidade como urn fator que impede que as diferenc;:as sociais diminuam atraves

do ensino publico e igualilario a todos as segmentos de classe.

GRAFICO - 4: 0 Ensino publico e igualilfirio diminuiria a Fracasso Escolar?

50+---,,--_-.--_40

30.

20~

10

E, finalmente, ao perguntar S8 0 ensina deveria sar privatizado, comodefend em os neoliberais, de modo que os pais possam escolher a que tipo de

educac;:ao (doutrina) serao consumidores, 90% das respostas foram nao, e ao inves

dislo, a papel do governo seria a de inveslir na educa<;aopublica que ja e um direilo

adquirido, pois segundo a visao de urn professor entrevistado, asta ainda passui 0

poder de garantir a busca da igualdade. Entretanto, 10% das respostas obtidas

defendem que a educa<;ao deve ser graluila, obrigal6ria e manlida pelo peder

publico. Devendo ser de boa qualidade e alender a lodos. Porem, defende a

existencia de escolas particulares e a livre escolha dos pais quanta ao sistema de

ensino.

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GRAFICO - 5: 0 ensino deve ser privatizado?

100

90

80

70

6050

40

30

2010

I- I

:----- e,.:>--

I>-- -DO eosine 0.30 de...e ser

privalizado

IJ0 91l11.ino de-.e serpO'I3lizC'ldo

33

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5 CONSIDERA<;:OES FINAlS

Buscar compreender as origens e as causas do Fracasso Escolar ao longo da

historia da educac;:;ao brasileira e refletir a realidade atual sem tarnar tendencioso 0

estudo implica numa imparcialidade necessaria ao pesquisador.

A busca hist6rica teve a finalidade de nos permitir entender quais os

direcion~mentos que foram dad os a educac;ao fundamental no Brasil no decorrer

dos anos, dos regimes e modes de produc;ao implantados. 0 que evidenciou urn

descompromisso com 0 processo de democratizac;ao do ensina e a impossibilidade

de uma educac;:;ao para a liberdade, porque este nunea foi 0 objetivo real dos nassos

representantes politicos e de quem par multo tempo "pensou a educa9ao~ brasileira.

Embora, as discursos e as propostas atuais sejam outras, a eduCa9ao ainda esta

muito ligada e, consequentemente, sofrendo os resqufcios de uma educa9ao

tendenciosa e acritica, da qual a escola foi vitima e fez vitimas ao seguir as

comandas do sistema.

Foi possivel compreender que 0 Fracasso Escolar nao Eo um problema atual,

em bora nao se tenha encontrado bibliagrafias que abardem exatamente 0 Fracasso

escolar em cad a perfodo da hist6ria brasileira, foi passivel abordar 0 tern a a partir de

livros de Historia da educa<;:~o e Hist6ria Social da Infancia no Brasil, entre outros,

que revelaram "a cara- da educaC(:to brasileira desde os seus primordios: a

educa<;:ao imposta pelos jesuitas, a educagao negada aos negros e as mulheres, a

educa,M oferecida aos cortesaos, a educa980 conquistada em 1824, a educa,ao

negligenciada ate hoje. E este e 0 apice deste trabalho de conclusao de curso, que

dentre outros objetivos, busca saber como os professores concebem a sociedade

atual, como lidarn com 0 Fracasso escolar e qual a visao que tern sabre ele, bern

como, porque a educac;ao e negligenciada para alguns ainda hoje e porque apesar

de ser urn direito e urn dever da crianlfa permanecer na escola, estao fora dela, ou

nela ingressam e evadem com freqOencia.

Os critico~reprodutivistas nos colocaram no segundo capitulo, que a func;ao

do Fracasso escolar na sociedade capitalista e efetivar a manutenc;ao nas classes

sociais. Embora urn pouco fatalista, outros autores levam a urn mesmo

direcionamento. Por exemplo! Gaudencio Frigotto e Aurea Maria Guimaraes nos

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levam a fazer reflexoes acerca da escola improdutiva, normalizadora e

desinteressante, vista que na sociedade capitalista a sucessa n~o e para todes.

Ja COLLARES (1992), medica, atribui a causa a desnutri<;ao de segundo e

terceiro graus e as condiyoes adversas de salide. Assirn como outms autores que 0

atribuem a questOes emocionais au distllrbios de aprendizagem.

No entanto, fcram as critico-reprodutivistas que me/hor abordaram 0 assunta

de LIma maneira que denuncie a a~ao do modo de produC;a.o sabre a educat;ao. Oe

modo que a pesquisa de campo convergiu com as dados, pais se constatoll atraves

deja que, 0 maior indicador de Fracasso escolar nas series iniciais do Ensino

Fundamental na visao dos professores de Curitiba sa.oj as diferenc;;as s6cio-culturais

decorrentes do capitalismo, pois as situary6es decorrentes da posi~ao social e

cultural que se encontram faz corn que priorizern au nao a educaya.o. AI sirn, torna-

se cabivel a coloCalOaO leila par Cecilia Azevedo Lima Collares (1992), que acaba de

certa forma, medicaltzando 0 Fracasso Escolar.

A pesquisa de campo revelou ainda que a rnetade da populay:io de

professores entrevistados acreditam que as criany8s nao sao oprimidas no ambiente

escalar. Contudo, eu caloco, concordando com a minoria de 20% que as criantyas

que naa se alimentam bem, nao se vestern bem, nao dispOe ete lima linguagem

elaborada e faz tentativas de "sobreviver" no arnbiente escolar e marginalizada.

assim como e marginaltzada em tada a sociedade ( nos shoppings, restaurantes,

lojas ...). Ai desestillluladas e earn condic;:Oes fir'lar1ceiras adversas as crianqas

evadem da escola e ingressam para 0 trabalho (brutal e excludente) ainda multo

ceda e 0 ~fracassado" na escola torna-se posteriormente lIm "fracassado"

socialmente tambem, tornando-se um circulo vicioso, de rnanuten((ao de classes e

fabricayao do Fracasso escolar.

E foi no sentido de romper corn lima visa a naturalizadora do Fracasso

Escolar e investigar a visao politica dos professores que se desenvolveu esta

pesquisa. Pais, apesar de concordar com os critico-reprodutivistas, que a escola

reproduz ou reproduziu a socie<lade, penso que somos profissionais dotados de

inteligencia e precisamos buscar esc1arecimentos para quebrar estes paradigmas, a

fim de que. nao sejamos reprodlrtores e excludentes atraves de nossa praxis par

meio de urn curriculo Deulto, au que venhamos a desenvolver um traballlo alienante

ou alienador. Mas, que compete a todos que tenhal11 clareza desses fatos,

abra9arem a esta causa reivindicando as nassos direitos e exercendo nossa

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cidadania, lutando par urn estado forte, que invista na educa9~o e nas condi96es

economicas, para que a classe popular possa se libertar clesta opress~o. Este

posicionarnento, nao se trata de um "novo otimismo pedagogico" no qual eu acredite

que devera ser 0 redentor da sociedade, mas se tra1a, de trabalhar a criticidade das

pessoas seja, na escola atraves da edl,/c8c;:lo formal, seja fora deta informalmente.

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REFERENCIAS

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ANEXO 1- QUESTIONARIO AOS PROFESSORES DE CURITIBA

FORMA~Ao: _IDADE: _

) preconceito dos professores e colegas;) resistemcia da propria crian98 a nova ratina;) vergonha da posi9ao social que ocupa;) todas as alternativas.

1) Quais as principais motivQs que levam as crianyas evadirem au reprovaremconstantemente?

problemas afetivosdiferen98s s6cio-culturaissitu8yaO financeiradescaso dos paisQutros

2) As crianyas de menor poder aquisitivD sao oprimidas no ambito escolar? Casosua resposta seja afirmativa, assinale uma alternativa para justifica-Ia.

3) voc~ considera 0 Fracasso Escolar como urn artificio do capitalismo paramanter as classes socia is?

) Sim) N a 0

) Em parte

4) Se existisse apenas 0 sistema publico de ensina e todos tivessem aceSSD aomesma ponto de partida (0 en sino publico e igualitario) as diferen9as sociaisdiminuiriam?

5) 0 en sino deve ser privatizado como defendem os neoliberais, de modo queos pais possam escolher a que tipo de educayao (doutrina) ser~oconsumidores?

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ANEXO II - RESPOSTAS DO QUESTIONARIO REALIZADO COM OS

PROFESSORES

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( ) preconceito dos professores e colegas;( .) resistencia da pr6pria crianya a nova rotina;( ') vergonha da posiyao social que ocupa;(Xl todas as alternativas.

IDADE:

1) Quais os principais motivos qua levam as crianyas evadirem ou reprovaremconstantemente?

(Xl problemas afetivos( ) diferenyas s6cio-culturais( ) siluayao financeira( ) descaso dos pais( ) outros

2) As crianyas de menor poder aquisitivo sao oprimidas no Ambito escolar?Casa sua resposta seja afirmativa, assinale urna alternativa para justifica-la.

3) Voce considera 0 Fracasso Escolar como urn artificio do capit8/ismo paramanter as classes sociais?

(XI Sim( ) N ao( ) Em parte

Sa existisse apenas 0 sistema publico de ensino e todos tivessem acessoao mesmo ponto de partida (0 ensino publico e igualitario) as diferenyassociais diminuiriam?

~,~ ~ Jl..d.. ..G- ~~-O' ..ce~~~~~.

5) 0 ensino dave ser privatizado como defendem os neoliberais, de modo queos pais possam escolher a que tipo de educayao (doutrina) seraoconsumidores?

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IDADE·

FORMAl;;AO_-,-' R..l.U.<LlnloL. u,~".,o"-"J~~""'~------~---

1) Quais as principais motivQs que lavarn as crianc;:.as evadirem ou reprovaremconstantemente?

( )() problemas afetivosex ) difel1lnc;ass6cio-cullurais(>< ) situa¢iio financeira(x: ) descaso dos pais( ) outros

2) As crianc;asde menor poder aquisitivo sao oprimidas no ~mbito escolar?Caso sua resposta seja afirmativa, assinale urna alternativa para justifica-Ia.

) preconceito dos professores e colegas;) resistencia da propria crianc;a a nova rotina;) vergonha da posi¢iio social que ocupa;) todas as alternativas.

3) Voce considers o~Fracasso Escolar como urn artificio do capitalismo paramanter as classes sociais?

e/) Sim( ) N a 0

( ) Em parte

4) Sa exislisse apenas 0 sistema publico de ensina e lodos tivessem acessoao mesmo ponto de partida (0 ensino publico e igualitario) as diferenc;associa is diminuiriam?Y"" ..--{\.A,\~ ~ -G-v-o-n--. 0 .....G...o -;

~ \"'-0- O)x>-J.-..- "Yv.-c' ...o-c4 ~ ~ ~ tc;...:. --0 ~ .~"'--C0 ~ d.,

5) 0 ensina dev'e ser pnvatizado como de:fendem os neolii':>erais, de. modo q~ \ C.ios pais possam escolher a que tlPO de educa¢iio (doutnna) serao c:l.G-lconsumidores?

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(Xi Sim( ) N a 0

( ) Em parte

FORMACAO: ~~~~~.~.7.P~~·~~ _

IDADE: 3

1) Quais as principais motivos que lavarn as crlan~s evadirem au reprovaremconstantemente?

(.Y)"problemas afetivos(~ diferenc;as s6ciD-culturais(-\-) situa<;iio financeira( -'<1 descaso dos pais( ) outros

2) As crianc;as de me no! poder aquisitivo sao oprimidas no ambito escolar? /JAOCasa sua resposta seja afirmativa, assinale urna a~temativapara justifica-Ia.

) preconceito dos professores e colegas;) resistencia da propria crianya a nova ratina;) vergonha da posi<;iio social que ocupa;) lodas as altemativas.

3) Voce considera 0 Fracasso Escolar como urn artifi~io do capitaiismo paramanter as cI~ssessociais?

--1-)Se existisse apenas 0 sistema publico de ensina e todos tivessem acessoao mesmo ponto de partida (0 en sino publico e igualitario) as diferenc;associals diminuiriam?

5) 0 en sino deve ser privatizado como defendem os neoliberais, de modo queos pais possam escolher a que tipo de educayao (doutrina) seraoconsumidores?

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IDADE: xt6

1) Quais as principais motivQs que levam as criaf19a,sevadirem au reprovaremconstantemente?

eX) problemas afetivos(x:.) diferenc;ass6cio-ruiturais( ) situayao financeira(X) descaso dos pais( ) outros )

2) As cranc;as de menor poder aquisitivo 5~0,oprimidas no ambito escolar?jc5 -Casa sua resHOsta seja afirmativa, assinale urna alt;emativa para justifica-Ia.

) preconceito dos professores e colegas;) resistencia da pr6pria crianc;aa nova rotina;) vergonha da posiyao social que ocupa;) todas as alternativas_

3) Voce consideta a Fracasso Escolar como urn artiflcio do capitalismo paramanter as classes sociais?

(x) Sim( ) N ao( ) Em parte'

Se existisse apenas a sistema publico de ensina e todos tivessem acessoao mesmo ponto de partida (0 ensino publico e igualitilrio) as diferenc;associais diminuir!i'm? Jv, f .1 J .',j.'",,,>c """-- <';. "'-~,~ ~_/ 1,_'J..<L<n/"'"

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5) 0 ensino deve ser privatizado como defendem os neoliberais, de modo queos pais possam escolher a que tipo - de educayao (doutrina) seraoconsumidores?

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IDADE:

/',~FORMACAO: __~i~w-~i~'~'~"~<7~~'~-<-~ ~~ _

1) Quais os principais motivos que levam as crianyas evadirem ou reprovaremconstantemente?

()-;,) problemas afetivos( ) diferenyas socia-cullurais( ) situa~o financeira( ) descaso dos pais( ) outros

()<) Sim( ) N ao( ) Em parte

2) As crianyas de menor poder aquisitivo sao oprimidas no ambito escolar?Casa sua resposta seja afirmativa, assin~le urna alternative para j4stifica-la.

( ) preconceito dos professores e colegas;( ) resistEmcia da propria crianya a nova rotina;( ) vergonha da posi~o social que ocupa;(X) todas as alternativas,

3) \Voce considera 0 Fracasso Escolar como urn artificio do capitalismo paramanter as classes sociais?

4) Se existisse apenas 0 sistema publico de ensina e todos tivessem acessoao mesmo ponto de partida (0 ensino publico e igualitario) as diferenyassociais diminuiriam? ..~ fV,'~ '),013' j,cl. ~1-Ul"dack-

,5)0 ensino deve sar privatizado como defendem os neoliberais, de modo que<)s pais possam ascolher a. que tipo de aduca~o (doutrina) saraoconsumidores?

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I) Quais os principais motivos que levam as crianc;as evadirem ou:reprovaremconstantemente?

( ) problemas afetivost><) diferenl"'s s6cio-culturais( ) situa""o financeira( ) desCaso dos pais( ) outros

FORMAc;Ao ?;..rl ~ CifC8,6.-IDADE: 3.&1. :

2) As crianyas de menor poder aquisitivo sao oprimidas no amb~to escolar?Caso sua respQsta seja' afirmativa, assinale uma alternative para justifica-Ia.('Y' ")~ ,.....~ .L.'L~· . ; ... ' .t-

( ) preconceito dos professores e colegas; . ~1o::.,I~) .DJ) .JL"",J='I:""r(\( ) resistemcia da pr6pria crianya a nova rotina; ~ ~t..o:c.. ""tt:... ~

( ) vergonha da posi""o social que ocupa; .",,: ~ ~ ~ ~( ) todas as altemativas. y.c..s i .•..,.,..sl ~ 4vu..~

-'l-nc~-c---'>~.3) Voce considera 0 Fracasso Escolar como urn artificio do capitalismo para

manter as classes sociais?

( ) Sim , .( ) Nao '

r~ Em parte ~:..e_~~ ~~ ~""--..G....~~_~'"'-<L~ ~,~ ..oQ.1l"'N>.A> ~--L

4) Se existisse apenas 0 sistema publico de ens ina e todos tivessem acesso 80

mesmo ponto de partida (0 ensino publico e illualil<:irio) as diferenl"'s socia isdiminuiriam? 'YlM) )"-eC<:, ~ ~~ ~ ~4""':;"-~'> ~'N\ -'-'J'-u:>v.-" • s,.~ ~ ~ ~-J>u.c~""" -6':l'~"'o~",,~~ -"-~~~?~~_

5) ~s~eve~v~tzado ~oomo defendem ·os ~eoliberajs,de modo queos pais possam eScOlher a que tipo de' educayAo (doutrina) seraoconsumidores?' 'YUte ~ ..Q~~ ~"-~ .ili.rnok )~ .•.._ --? J ~'\. c:h ~~~. '..0.....0.... _~.><.,-},,_c.c::d~~ .

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1) Quais os principalsmotivos que levam as criaf'l9asevadirem ou reprovaremconstantemente?

( ) problemas afetivos( ) diferen<;ass6cio-culturais( ) situa,ao financeira()() descaso dos pais( )outros

2) As crian<;asde menar poder aquisitivo sao oprimidas no ambito escolar? .Caso sua resposta seja afirmativ8, 9ssinale urna altemativa para JustificB1a.

) preconceito dos professores e colegas;) resistencia da propria crian<;aa nova rotina;) vergonha da posi,ao social que ocupa;) todas as alternativas.

3) Voce considera 0 Fracasso Escolarbomo urn artificio do capitalismo paramanter as classes sociais?

) Sim( ) Niio(X) Em parte

4) Se existisse apenas 0 sistema publico de ensina e todas tivessem acessoao mesma ponto de partida (0 ensino publico e igualitario) as diferen<;associais diminuiriam?l""'}""l.40, ("")'")'l.&7~ .-vt:.O ir~,>-"-'""""""'--O ::y~~.t.Zt..O

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5) 0 ensino deve ser privatizad~ como defendem os neoliberai~, d~ modo queos pais possam escolher a que tipo de educa<;lio (douthna) seraoconsumidores?

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I) Quais as principais malivas que levam as crian.;:asevadirem au reprovaremconstantemente?

( ) problemas afetivos( )() diferen.;:as·s6cio-culturais()<) situa"ao financaira( )<) descaso dos pais( ) outros

2) As crian.;:asde menor poder aquisitivo sao oprimidas no flmbito escolar?Caso sua resposta seja afirmativa, assinale uma altemativa para justificil-Ia.

) preconcaito dos professores e colegas;) resistencia da propria crianc;:aa nova rotina;

( ) vergonha da posi"ao social que ocupa;( ) todas as alternalivas.(>(') t'LM MiD ".",...:-m;.~

3) Voce considera 0 Fra'cassoEscolar como um artificio do capitalismo paramanter as classes-sociais?

IDADE:r;q .,"Y.l

) Sim( ) N ao(X) Em parte

4) Sa existisse apenas 0 sistema publico de ensina e todos t;vessem aoossoao mesmo ponto de partida (0 ensino publico e igualitario) as diferen.;:associais diminuiriam?~

i

5) 0 ensino deve ser privalizado como defendem as neoliberais, de modo queas pais possam- escolher a que tipo de educac;1io (doutrina) seraoconsumidores?

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1). Quais os principaismoti'vosque levam as'crianyas evadirem au reprovaremconstantemente?

()() problemas afetivos(,/) diferenyas s6cio-culturais('/) situa(:1io financeira('X) descaso do. pais( ) outros

2) .As crianyas de menor poder aquisitivo sM oprimidas no ambito escolar? N-;;:o: Caso sua resposta seja .afirmativa, assinale uma alternativa para justifica~a.

) preconceito dos professores e colegas;) resislencia da pr6pria crianc;aa nova rotina;) vergonha da posi(:1io social que ocupa;) todas as alternativas.

3) Voce considera 0 Fracasso ~scolar como urn artificio do capitalismo paramanter as classes socials? .

i )Sim( ) N ao(~ Em parte

4) Sa existisse apenas 0 sistema publico de ensina e todos til/essam acessoao mesmo ponto de partida (0 ensino publico e igualitario) as diferenyassocials diminuiriam?

. ;5) 0 ensino deve ser privatlzado como defendem os neoliberais, de modo que

os pais possam escolher, a que tipo de educa(:1io (doutrina) seraoconsumidores?

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duais as prindpais motivo~ que levarn as crian~s ~vadirem ou reprovaremconstantemente?

( ) problemas afetivas(A diferenyas s6cio-culturais( ) situac;aafinanceira( ) descasa das pais( ;X" autros

2) As aianyas de menor poder aquisitivo sao oprimidas no ambito escoler?Casa sua respasta seja afirmativa, assinale uma altemaijva para justifica-Ia.

) preconceita das prafessares e colegas;) resist~ncia da propria crianya a nova rotina;) verganha da pasic;aosocial que acupa;) tadas as altemativas.

3) Vooo considera 0 Fracass9 Escolar como urn artificio'do capitalismo paramanter as classes sociais? -

( ) Sim(X) Naa( ) Em parte

4) Se existisse apenas a sistema publico de ensina e todos tivessem aces so eomesma ponto de partida (0' ensina publico e igualitana) as diferenyas saciaisdiminuiriam?G~I..~.1.0 ~

5) 0 ensina deve ser privatizada como defendem os neoliberais, de modo queos pais passam escolher a que tipa de educac;ao (dautrina) seraoconsumidores?

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