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UNIVERSIDADE CEUMA Eduardo Antônio Barbosa De Oliveira ESTUDO DE PATOLOGIAS DO PAVIMENTO FLEXIVEL COM COBERTURA EM CBUQ: TRECHO DA BR-135/MA KM 95,600 AO KM 127,750. São Luís - MA 2018

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  • UNIVERSIDADE CEUMA

    Eduardo Antônio Barbosa De Oliveira

    ESTUDO DE PATOLOGIAS DO PAVIMENTO FLEXIVEL COM COBERTURA EM

    CBUQ: TRECHO DA BR-135/MA KM 95,600 AO KM 127,750.

    São Luís - MA

    2018

  • 1

    Eduardo Antônio Barbosa De Oliveira

    Estudo de patologias do pavimento flexível com cobertura em CBUQ: trecho da BR-

    135/MA km 95,600 ao km 127,750.

    Monografia apresentada ao Curso de

    Engenharia Civil da Universidade Ceuma,

    como requisito para a obtenção do grau de

    Engenheiro.

    Orientador: Prof. Mc. Armando Machado

    Castro Filho

    São Luís - MA

    2018

  • 2

    Ficha elaborada pela Biblioteca da Universidade Ceuma

    dd/mm/aa

    Ficha a ser cedida pela biblioteca

  • 3

    Monografia de autoria de Eduardo Antônio Barbosa de Oliveira, intitulada Estudo

    de patologias no pavimento: reforma da BR-135/MA km 95,600 ao km 127,750,

    apresentada como requisito para obtenção do grau de Engenheiro Civil, em ___/___/___,

    defendida e aprovada pela banca examinadora abaixo assinada:

    ________________________________________________

    Armando Machado Castro Filho

    ________________________________________________

    1º Examinador

    ________________________________________________

    2º Examinador

    São Luís - MA

    2018

  • 4

    Dedico este trabalho a Deus, que me deu

    forças durante toda essa caminhada, e aos

    meus familiares que me apoiaram durante toda

    a minha fase de graduação.

  • 5

    AGRADECIMENTOS

    Agradeço em primeiro lugar а Deus que me deu forças durante toda esta caminhada.

    Agradeço de forma especial ao meu pai José Lino de Oliveira, minha mãe Salete Valaci

    Barbosa e minha esposa Danila Santos Veloso de Oliveira, por não medirem esforços e

    sacrifícios para que eu pudesse levar meus estudos adiante.

    Agradeço ao meu Orientador o Prof. Mc. Armando Machado Castro Filho, que durante todo

    esse ano me auxiliou e me orientou para a realização deste trabalho.

    A esta Universidade e todo seu corpo docente, além da direção e a administração, que

    realizam seu trabalho com tanto amor e dedicação, trabalhando incansavelmente para que nós,

    alunos, possamos contar com um ensino de extrema qualidade.

    Agradeço, finalmente, a todos os meus colegas, minhas irmãs, amigos que de forma direta ou

    indireta contribuíram para o meu crescimento, tanto neste trabalho quanto também durante

    todo o período da faculdade.

  • 6

    “No que diz respeito ao empenho, ao

    compromisso, ao esforço, à dedicação, não

    existe meio termo. Ou você faz uma coisa bem

    feita ou não faz.”

    (Ayrton Senna)

  • 7

    RESUMO

    A execução da obra de melhoramentos na rodovia a fim de alterações de características

    geométricas do traçado, duplicação de pista, construção e ampliação de vias laterais,

    implantação de faixas adicionais, de sinalização horizontal (sinalização sobre o revestimento)

    e sinalização vertical (placas, painéis), programa do governo do federal em conjunto com o

    departamento regional que tem a função de garantir a mobilidade urbana e o escoamento de

    safras e mercadorias através da pavimentação tem apresentado problemas no pavimento pela

    falta de manutenção e o aumento crescente do trafego. Por hipótese devido à falta de

    planejamento e má execução. Com o objetivo de levantar as causas as verdadeiras causas,

    utilizamos os documentos do projeto que está em execução. Este estudo apresentará (i) uma

    revisão bibliográfica das patologias, (ii) identificará as patologias encontradas ao longo do

    trecho, através de relatórios fotográficos, (iii) classificará as de maior ocorrência, e (iv)

    apresentará sugestões para evitar que em outras implantações ocorra este tipo de patologia.

    Palavras-Chave: Patologias. Asfalto. Adequação da Capacidade BR-135. Pavimento.

    Maranhão.

  • 8

    ABSTRACT

    The execution of the improvement work on the highway in order to change geometric

    characteristics of the track, duplication of track, construction and expansion of side roads,

    implantation of additional lanes, horizontal signaling (signaling on the road) and vertical

    signaling (signs, ), a federal government program in conjunction with the regional department

    that has the function of guaranteeing urban mobility and the flow of crops and goods through

    the pavement has presented problems in the pavement due to the lack of maintenance and the

    increasing increase of the traffic. By hypothesis due to lack of planning and poor execution. In

    order to raise the causes to the real causes, we use the documents of the project that is in

    execution. This study will present (i) a bibliographic review of the pathologies, (ii) identify

    the pathologies found along the stretch, through photographic reports, (iii) classify those with

    the highest occurrence, and (iv) present suggestions to avoid that in other this type of

    pathology.

    Keywords: Pathologies. Asphalt. Adequacy of Capacity BR-135. Floor. Maranhão.

  • 9

    LISTA DE FIGURAS

    Figura 1 – Mapa de Localização ......................................................................................... 19

    Figura 2 – Seção tipo do Pavimento Projetado para BR-135 .............................................. 21

    Figura 3 – Pavimento Flexivel ............................................................................................ 24

    Figura 4 – Pavimento Semi-rígido ...................................................................................... 24

    Figura 5 – Pavimento Invertido .......................................................................................... 25

    Figura 6 – Pavimento Deep-Strength ................................................................................. 26

    Figura 7 – Pavimento Full Depth Strength ......................................................................... 26

    Figura 8 – Trinca isolada transversal .................................................................................. 30

    Figura 9 – Trinca isolada longitudinal ................................................................................ 30

    Figura 10 – Trinca interligada tipo jacaré ........................................................................... 31

    Figura 11 – Trinca interligada tipo bloco ............................................................................ 31

    Figura 12 – Afundamento Local .......................................................................................... 32

    Figura 13 – Afundamento de Trilha de Roda ...................................................................... 33

    Figura 14 – Ondulações ....................................................................................................... 34

    Figura 15 – Escorregamento ................................................................................................ 34

    Figura 16 – Exsudação ......................................................................................................... 35

    Figura 17 – Desgaste ............................................................................................................ 36

    Figura 18 – Buracos ............................................................................................................. 37

    Figura 19 – Seção do Pavimento BR-135 ............................................................................ 38

    Figura 20 – Trinca Tipo Couro de Jacaré ............................................................................ 43

  • 10

    Figura 21 – Buracos BR-135 ............................................................................................... 44

    Figura 22 – Ondulações BR-135 ........................................................................................ 44

    Figura 23 – Situação I ..........................................................................................,............. 47

    Figura 24 – Situação II ....................................................................................................... 48

    Figura 25 – Situação III ..................................................................................................... 49

  • 11

    LISTA DE GRÁFICOS

    Gráfico 1 - Patologias da BR-135....................................................................... 43

    Gráfico 2 - Curva ABC....................................................................................... 45

  • 12

    LISTA DE QUADROS

    Quadro 1

    Representatividade da situação das rodovias no Maranhão .....................

    .

    18

  • 13

    LISTA DE SIGLAS

    CBUQ Concreto Betuminoso Usinado a Quente

    COMP Comprimento

    DNIT Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes

    EMAP Empresa Maranhense de Administração Portuária

    EXT Extensão

    IGG Índice de Gravidade Global

    NBR Norma Brasileira

    PMF Pré Misturado a Frio

    SGP Sistema de Gerência de Pavimentos

  • 14

    LISTA DE SIMBOLOS

    F Fendas

    A Afundamentos

    O Ondulações

    EX Exsudação

    D Desgaste

    P Panela ou Buracos

    R Remendos

    MM Milímetros

    CM Centímetro

  • 15

    SUMÁRIO

    1 INTRODUÇÃO ........................................................................................... 18

    1.1 METODOLOGIA.......................................................................................... 20

    2 DESENVOLVIMENTO ............................................................................. 21

    2.1 PAVIMENTO............................................................................................... 21

    2.1.1

    2.1.2

    2.1.3

    2.1.4

    2.2

    2.2.1

    Sub-Leito......................................................................................................

    Sub-Base.......................................................................................................

    Base...............................................................................................................

    Revestimento................................................................................................

    CLASSIFICAÇÕES DO PAVIMENTO.......................................................

    Pavimento Flexível......................................................................................

    22

    22

    22

    23

    23

    23

    2.2.2 Pavimento Semi-rígido................................................................................ 24

    2.2.3

    2.2.4

    2.2.5

    2.3

    2.3.1

    2.3.1.1

    2.3.1.2

    2.3.1.3

    2.3.1.4

    2.3.1.5

    2.3.1.6

    2.3.1.7

    3

    Pavimento Invertido....................................................................................

    Deep-strenght...............................................................................................

    Full depth-strength......................................................................................

    TIPOS DE PATOLOGIAS EM PAVIMENTOS..........................................

    Classificação da norma DNIT 005/2003.....................................................

    Fenda (F)........................................................................................................

    Afundamento..................................................................................................

    Corrugação ou Ondulações............................................................................

    Escorregamento.............................................................................................

    Exsudação......................................................................................................

    Desgaste.........................................................................................................

    Panelas ou Buracos........................................................................................

    ESTUDO DE CASO....................................................................................

    24

    25

    26

    27

    27

    28

    32

    33

    34

    35

    35

    36

    37

    3.1 SITUAÇÃO DO TRECHO ENCONTRADO............................................... 37

    3.2

    3.2.1

    3.2.1.1

    3.2.1.2

    3.2.1.3

    LEVANTAMENTO DETALHADO EM CAMPO......................................

    ANALISANDO OS DADOS........................................................................

    SITUAÇÃO I................................................................................................

    SITUAÇÃO II...............................................................................................

    SITUAÇÃO III..............................................................................................

    38

    40

    47

    48

    50

  • 16

    N CONSIDERAÇÕES FINAIS OU CONCLUSÃO .................................... 51

    REFERÊNCIAS .......................................................................................... 52

    APÊNDICE A – LEVANTAMENTO DE PATOLOGIAS NA BR-135... 53

    APÊNDICE B – CADERNETA DE CAMPO............................................ 85

    ANEXO A – DECLARAÇÃO DE ORIGINALIDADE............................ 86

    ANEXO B – ENCAMINHAMENTO DO TCC......................................... 87

  • 17

    ESTUDO DE PATOLOGIAS DO PAVIMENTO FLEXÍVEL COM COBERTURA EM

    CBUQ: TRECHO DA BR-135/MA KM 95,600 AO KM 127,750

    Eduardo Antônio Barbosa de Oliveira

    1 INTRODUÇÃO

    Sabe-se que o transporte de materiais e produtos além da locomoção de pessoas por

    via rodoviária é de essencial importância para o aquecimento do mercado econômico

    nacional. Ainda com outras opções de transportes no Brasil, como o ferroviário e o

    hidroviário o rodoviário acaba sendo a forma mais solicita pelo sua disposição em nosso

    território nacional.

    Segundo estudos do DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes)

    atualmente o Brasil possui 57.933,10 Km de rodovias federais classificadas em quatro

    categorias as não pavimentadas, pavimentadas, simples e duplicadas. O Estado do Maranhão

    possui 3.455,00 Km de rodovia federal o que representa 5,96% do total das rodovias

    Brasileiras.

    De acordo com a 20ª pesquisa realizada pela CNT – Confederação Nacional de

    Transporte 62,20% das rodovias avaliadas no Maranhão apresentam algum tipo de deficiência

    e a BR-135 esta entre elas, conforme apresentado no Quadro 1.

    Quadro 1 - Representatividade da situação das rodovias no Maranhão.

    Fonte: http://pesquisarodovias.cnt.org.br

    A BR-135 é uma rodovia Rodovia Longitudinal Federal leva essa nomenclatura por

    fazer uma ligação norte-sul do país, chegando a uma extensão total de 2.657 km percorrendo

    os estados do Maranhão, Piauí, Bahia e Minas Gerais.

    No Estado do Maranhão é a rodovia que liga a capital São Luís ao interior do estado

    passando por aproximadamente 16 cidades e ligando diversos municípios.

  • 18

    O trabalho estudou as patologias da BR-135 no trecho do Km 95,500 (Outeiro) ao Km

    127,750 (Miranda do Norte), a Figura 01 apresenta o mapa de localização do trecho estudado.

    Esse trecho referido está passando por uma obra de readequação da capacidade viabilizada

    pelo DNIT – Departamento Nacional de Infraestrutura dos Transportes, obra esta com o

    objetivo de introduzir melhoramentos na rodovia existente, tais como: alterações de

    características geométricas do traçado, duplicação de pista, construção e ampliação de vias

    laterais, implantação de faixas adicionais, de sinalização horizontal (sinalização sobre o

    revestimento) e sinalização vertical (placas, painéis), construção, modificação ou

    remanejamento de interseções e acessos, incorporação, modificação e reforço de obras de arte

    especiais.

    Foi realizada uma analise dos defeitos encontrados, avaliando a superfície da rodovia

    em estudo para classificar o estado do pavimento asfáltico atual.

    Figura 1 – Mapa de Localização

    Fonte: Adaptado de Google Maps (2008)

    O interesse por este estudo surgiu mediante a observação do aumento crescente do

    fluxo no transporte rodoviário e na importância de tal meio para escoamento de safras e

    transporte de pessoas. Em levantamento foi visto que últimos anos tivemos um grande

    aumento no trafego de veículos nas rodovias federais, em principal na BR-135 por ser a

    principal via de escoamento ligando o resto do estado a capital. Em São Luís temos o porto do

    Interior do Estado

    São Luís - MA Inicio

    Km 95,600

    Fim

    Km 127,750

  • 19

    Itaqui qual de acordo com dados disponibilizados pela EMAP – Empresa Maranhense de

    Administração Portuária exportava-se cerca de 15,7 milhões de toneladas em 2012 já em 2017

    com um aumento de 20,30% chegou à marca de 19,7 milhões de toneladas.

    O estudo de patologias na pavimentação rodoviária baseando-se na necessidade

    crescente de utilização da BR-135 que está sendo submetida a uma obra de adequação da

    capacidade para duplicar, adequar e implantar vias. Com isso no estudo iremos levantar,

    numerar, catalogar e avaliar os casos encontrados visando diagnosticar o motivo de tais

    patologias e em principal uma possível solução para cada caso encontrado com a intensão de

    descobrir um ponto ideal para solução das patologias da rodovia.

    É o objetivo geral apresentar as patologias encontradas no pavimento asfáltico

    anteriores a execução da obra de adequação de capacidade (duplicação, implantação e

    pavimentação de vias laterais, recuperação/reforma/alargamento) na BR-135/NA, no trecho

    entre a entrada da BR-222/MA (outeiro) e entrada da BR-222 (Miranda do Norte), segmento

    do Km 95,600 ao Km 127,750.

    Para analise das patologias será necessários revisar a literatura de estrutura de

    pavimentos, revisar a literatura sobre patologias em pavimentos, levantamentos fotográficos

    antes e durante o período de execução, mapas e anomalias apresentadas no trecho, apresentar

    a tabulação dos relatórios indicando as patologias de maior incidência, apresentar as

    considerações finais com sugestões preventivas e corretivas que evitem e/ou resolvam as

    patologias, são os objetivos específicos.

    1.1 METODOLOGIA

    Este trabalho esta dividido em quatro etapas: revisão bibliográfica, levantamento do

    estado atual do trecho, apresentação das patologias encontradas e considerações finais.

    A primeira etapa, a revisão bibliográfica, foi realizada uma pesquisa aplicada,

    buscando levantar informações e conteúdo a fim de atualizar a bibliografia na área de

    pavimentação e patologias essas informações nos auxiliou no entendimento e análise dos

    dados levantados.

    Realizamos levantamentos em campo ao decorrer dos 32,150 Km avaliado pelo

    trabalho para obtermos informações para estudo, após o levantamento realizado fizemos

    analises nos relatórios do trecho para identificar a partir da revisão da bibliografia o tipo da

    rodovia e do pavimento encontrado, diagnosticamos as patologias e agrupamos nas de

    maiores incidências e apresentar as causa e possíveis solução.

  • 20

    Após conclusão do estudo foi apresentado um relatório demonstrando sugestões para

    solucionar e/ou prevenir as patologias que evitem e/ou resolvam os problemas encontrados

    em campo.

    2 DESENVOLVIMENTO

    2.1 PAVIMENTO

    Pavimento é uma camada construída sobre um terreno qual deverá suportar os esforços

    das rodas chamado subleito. Ele pode ser dimensionado em diversas camadas com finalidades

    diferentes quais são: Reforço de Subleito, Sub-base, Base e Camada de Revestimento.

    As principais funções técnicas da estrutura de pavimento são de resistir e distribuir os

    esforços verticais provenientes do tráfego; melhorar as condições de rolamento quanto ao

    conforto e segurança; e resistir aos esforços horizontais de desgaste, tornando a superfície de

    rolamento mais durável (FALEIROS, 2005).

    A Figura 2 ilustra um esquema de um pavimento com todas as suas camadas para uma

    plataforma de largura de 12,70 metros. O dimensionamento de uma espessura do pavimento

    vai depender de fatores como os estudos de tráfego, estudos geotécnicos e materiais a serem

    utilizados (SOLANKI, 2017).

    Figura 2 – Seção tipo do Pavimento Projetado para BR-135

    Fonte : DNIT (2012, p210)

  • 21

    2.1.1 Sub-Leito

    Esse, que pode ser o terreno de fundação do pavimento. Possui espessura irregular e é

    destinada a conformar o sub-leito com o projeto, de forma transversal e longitudinal, de

    acordo com a especificação de serviço do DNIT ES108/2009 ela é divida em duas camadas,

    corpo do aterro qual pode ser executada com material de menor resistência e em camadas de

    até 30cm de espessura, e camada final qual é contemplada pelos últimos 60cm do aterro essa

    devendo e ser constituída por material selecionado e executada em espessura de 20cm por

    camada, com base em preceitos técnicos e compactada a um grau de 100% do proctor normal

    (DNIT, 2009).

    2.1.2 Sub-Base

    A sub-base só é indicada quando não for aconselhável construir a base diretamente

    sobre a regularização ou reforço do sub-leito. É formada por uma camada de espessura

    constante e, para alguns pesquisadores, quando construída acima da regularização do sub-

    leito, possui características técnicas inferiores ao material usado na camada que lhe for

    superior, mas superiores às do material do sub-leito.

    A camada de sub-base deve ser executada sobre o sub-leito com os reforços

    devidamente compactados e regularizados, com camada de solo cujos índices físicos

    satisfatórios aos especificados, demonstrados através de controles de qualidade. Seu emprego

    faz com que reduza a espessura da base (SILVA, 2008).

    2.1.3 Base

    A base é a camada destinada a receber e distribuir os esforços oriundos do tráfego, e

    sobre a qual se constrói o revestimento podendo ser executada por diversos tipos de materiais

    constituído por solo, mistura de vários tipos de solos, mistura de solo e materiais pétreos ou

    produtos totais de britagem que atendem determinadas faixas granulométricas e demais

    parâmetros preconizados nas especificações, tem como propósito aliviar as tensões das

    camadas inferiores, permitir a drenagem de água que se infiltram no pavimento e resistir às

    tensões e deformações atuantes (SILVA, 2008).

  • 22

    2.1.4 Revestimento

    A primeira camada superior é conhecida como de revestimento ou capa de rolamento,

    e é considerada a camada com materiais mais nobres com isso os materiais também tem um

    custo mais elevado. Uma vez que ela recebe diretamente a ação do tráfego, tem a função de

    melhorar a superfície de rolamento e também de resistir ao desgaste, aumentando a

    durabilidade, o revestimento é classificado em dois grupos, os revestimentos de concreto e os

    revestimentos asfálticos (SILVA, 2008).

    2.2 CLASSIFICAÇÕES DO PAVIMENTO

    A classificação do pavimento dependerá da deformabilidade das camadas constituintes

    e das propriedades dos materiais utilizados para compô-las. De acordo com Silva (2008), o

    revestimento asfáltico pode ser subdividido em cinco grupos, pavimento flexível, pavimento

    semi-rígido, pavimento invertido, deep-strenght e full depth-strength. Já de acordo com o

    manual de pavimentação do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT,

    2006) os pavimentos são classificados em geral apenas em três categorias os flexíveis, semi-

    rigidos e rígidos.

    2.2.1 Pavimento Flexível

    É o pavimento que suas as camadas sofrem deformação elástica considerável sob o

    carregamento que nele é aplicado e, com isso, a carga se fragmenta em parcelas equivalentes

    entre suas camadas, também podemos dizer que são chamados de pavimentos “Flexíveis”,

    pois a estrutura do pavimento “Flete” devido às cargas nele aplicadas. Sua estrutura é formada

    por materiais que podem acomodar essa flexão da estrutura, geralmente sua seção é formado

    conforme na figura 3, revestimento asfáltico (CA), base de material granular (BG) e sub-base

    de material granular ou solo (SB) (SILVA, 2008).

  • 23

    Figura 3 – Pavimento Flexível

    Fonte: (SILVA,2008)

    2.2.2 Pavimento Semi-rígido

    Pavimentos semi-rígido caracterizam-se por uma base cimentada quimicamente, com a

    finalidade de se atingir uma camada com rigidez considerável para suportar ás cargas

    necessárias solicitadas em projeto, sua estrutura é formada por revestimento asfáltico (CA),

    base de material cimentíceo (BASE CIMENTADA) e sub-base de material granular ou solo

    (SB). de acordo com figura 4 (SILVA, 2008).

    Figura 4 – Pavimento Semi-rígido

    Fonte: (SILVA,2008)

  • 24

    2.2.3 Pavimento Invertido

    A seção do pavimento invertido resume-se na base de material granular e sub-base

    cimentada, com revestimento em concreto asfáltico (Figura 5). Como o revestimento está

    sofre a deformações na sua fibra inferior, seu desgaste ocorrerá de forma semelhante à que

    acontece nos pavimentos flexíveis. A sua distinção está no fato de que a sub-base cimentada

    estará exposta a essas deformações, passando, portanto, um processo gradativo de trincamento

    por fadiga, que levará seu módulo de elasticidade efetivo a se reduzir com a repetição das

    cargas do tráfego. O resultado será um aumento, com o tempo, das deformações de tração sob

    o revestimento asfáltico, à medida que as condições de suporte fornecidas pela sub-base

    forem sendo degradadas. Sua estrutura é formada por revestimento asfáltico (CA), sua base de

    material granular (BG) e a sub-base de material cimentíceo (SUB-BASE CIMENTADA)

    (SILVA, 2008).

    Figura 5 – Pavimento Invertido

    Fonte: (SILVA,2008)

    2.2.4 Deep-strenght

    Conforme figura 6 sua camada de revestimento e também a de base são de asfalto, já a

    sub-base de material cimentíceo, porém pouco utilizado no Brasil devido ao seu elevado custo

    (SILVA, 2008).

  • 25

    Figura 6 – Pavimento Deep-Strength

    Fonte: (SILVA,2008)

    2.2.5 Full depth-strength

    A camada de pavimento, base e sub-base são constituídas por asfalto como observado

    na figura 7 (SILVA, 2008).

    Figura 7 – Pavimento Full Depth Strength

    Fonte: (SILVA,2008)

  • 26

    2.3 TIPOS DE PATOLOGIAS EM PAVIMENTOS

    A conservação de uma rodovia está amarrada a três grandes apoios, a elaboração de

    estudo que demonstre a realidade do local e o volume do tráfego para um bom projeto,

    execução das obras com qualidade além da utilização de materiais apropriados e a

    manutenção prévia e corretiva do pavimento.

    Quando os defeitos do pavimento se manifestam, estes podem ser classificados como

    defeitos de superfícies, degradações superficiais ou deformações. Importante salientar que a

    terminologia dos defeitos catalogados pela norma brasileira DNIT 005 (2003) e que são

    considerados para cálculo de indicador de qualidade da superfície do pavimento (IGG –

    Índice de Gravidade Global) são: fendas (F); afundamentos (A); corrugação e ondulações

    transversais (O); exsudação (EX); desgaste ou desagregação (D); panela ou buraco (P); e

    remendos (R). Estas patologias estão associadas com a estrutura e superfície do pavimento, e

    serão discutidas a seguir, de acordo com as terminologias e classificações encontradas na

    norma brasileira como em outras literaturas.

    2.3.1. Classificação da norma DNIT 005/2003

    A norma DNIT 005/2003 do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte

    veio para substituir a norma DNER - TER 001/78 e baseando-se na DNIT 001/2002 qual

    definindo termos do escopo normativo, criando uma sistemática normativa e instituindo

    parâmetros e modelos para elaboração, formatação e apresentação normativa. Na norma

    DNIT 005/2003 temos às definições e expressões técnicas empregadas em defeitos que se

    processem nos pavimentos e serve para uniformizar as linguagens adotadas na elaboração das

    normas, manuais, projetos e textos relativos às patologias em pavimentos. Conforme quatro

    02 fornece um resumo das patologias encontradas em revestimentos asfálticos (DNIT

    005/2003).

    Quadro 2: Resumo dos defeitos com as codificações e classificações.

  • 27

    FENDAS CODIFICAÇÃO CLASSE DAS FENDAS

    Fissuras FI - - -

    Trincas no revestimento geradas por deformação permanente

    excessiva e/ou

    decorentes de

    fenômenos de fadiga

    Trincas Isoladas

    Transversais

    Curtas TTC FC-1 FC-2 FC-3

    Longas TTL FC-1 FC-2 FC-3

    Longitudinais

    Curtas TLC FC-1 FC-2 FC-3

    Longas TLL FC-1 FC-2 FC-3

    Trincas Interligadas

    Jacaré

    Sem erosão acentuada nas bordas das trincas

    J - FC-2 -

    Cem erosão acentuada nas bordas das trincas

    JE - - FC-3

    Trincas no revestimento

    não atribuídas ao fenômeno de

    fadiga

    Trincas Isoladas

    Devido à retração térmica ou dissecação da base (solo-cimento) ou do

    revestimento TRR FC-1 FC-2 FC-3

    Trincas Interligadas

    Bloco

    Sem erosão acentuada nas bordas das trincas

    TB - FC-2 -

    Cem erosão acentuada nas bordas das trincas

    TBE - - FC-3

    OUTROS DEFEITOS CODIFICAÇÃO

    Afundamento

    Plástico

    Local Devido à fluência plástica de uma ou mais camadas

    do pavimento ou do subleito ALP

    da Trilha Devido à fluência plástica de uma ou mais camadas

    do pavimento ou do subleito ATP

    De Consolidação

    Local Devido á consolidação diferencial ocorrente em o

    pavimento ou do subleito ALC

    da Trilha Devido á consolidação diferencial ocorrente em o

    pavimento ou do subleito ATC

    Ondulação/Corrugação - Ondulação transversais causadas por instabilidade da mistura betuminosa constituinte do revestimento ou da base

    0

    Escorregamento do revestimento betuminoso E

    Exsudação do ligante betuminoso no revestimento EX

    Desgaste acentuado na superfície do revestimento D

    Panelas ou buracos decorrentes da desagregação do revestimento e ás vezes de camdas inferiores P

    Remendos

    Remendo Superficial RS

    Remendo Profundo RP

    Fonte: DNIT (2003, p4)

    2.3.1.1 Fenda (F)

    A ocorrência de fendas é uma forma de degradação mais frequente nos pavimentos

    flexíveis. Sua causa se dá principalmente pela fadiga dos materiais utilizados nas camadas

    betuminosas, devido à tração por flexão dessas camadas de forma repetida com a passagem de

  • 28

    carga dos veículos. Esse número permitido de repetições de cargas para a tensão à tração

    máxima pode ser conhecido quando se leva em conta o efeito da velocidade e o

    comportamento do material viscoelástico. Muitos estudos sobre a fadiga de pavimentos

    flexíveis têm sido inclusive realizados usando alguns softwares que, apesar de suas

    limitações, permitem definir vários parâmetros complexos, como as propriedades

    viscoelásticas do asfalto e definir com maior precisão a detecção e possíveis causas das fendas

    (BESKOU, 2016).

    Segundo Silva (2008), os automóveis não causam problemas estruturais e sim a

    redução do atrito, podendo causar acidentes. De acordo com Pinto (2003), os outros fatores

    para o fendilhamento são as camadas granulares não possuírem capacidade de suporte, a

    camada de superfície possuir uma rigidez elevada em relação às outras camadas ou os

    materiais utilizados serem de má qualidade.

    Quando ocorre a evolução das fendas, diz-se ocorrer à reflexão ou propagação de

    fendas. Enquanto a reflexão aparece em camadas novas que foram construídas sobre uma

    camada já fissurada, a propagação de fendas inicia-se no interior da camada betuminosa e

    propaga-se até a superfície.

    Quanto ao grau de severidade, as fendas são classificadas como fenda de classe 1 (FC-

    1) até a classe 3 e, quanto maior o número, mais danosa será a fenda ao pavimento. Para

    trincas isoladas, usa-se a classificação FC-1, que são trincas com abertura superior às das

    fissuras e menores que 1 mm. A FC-2 relaciona-se a trincas com abertura superior a 1 mm e

    sem erosão nas bordas. Já a FC-3 equivale a trincas com abertura superior a 1 mm e com

    erosão nas bordas. Para trincas interligadas, a classificação será sempre FC-2 ou FC-3.

    Os tipos mais comuns de fendas são as trincas couro de jacaré ou pele de crocodilo,

    trincas isoladas de retração, trincas em bloco, trincas longitudinais, trincas transversais e

    trincas de bordo. As trincas que são formadas por causa de fadiga podem ser isoladas ou

    interligadas. Aquelas que não são causadas por fadiga podem ser isoladas ou em bloco.

    Na figura 8 vemos uma trinca isolada transversal que apresenta direção

    predominantemente ortogonal ao eixo da via. Quando apresentar extensão de até 100 cm é

    denominada trinca transversal curta. Quando a extensão for superior a 100 cm denomina-se

    trinca transversal longa (DNIT 005/2003).

  • 29

    Figura 8 – Trinca isolada transversal

    Fonte: (CNT, 2018)

    A trinca isolada vista na figura 9 apresenta direção predominantemente paralela ao

    eixo da via. Quando apresentar extensão de até 100 cm é denominado trinca longitudinal

    curta. Quando a extensão for superior a 100 cm denomina-se trinca longitudinal longa (DNIT

    005/2003).

    Figura 9 – Trinca isolada longitudinal

    Fonte: (CNT, 2018)

  • 30

    A figura 10 apresenta o conjunto de trincas interligadas sem direções preferenciais,

    assemelhando-se ao aspecto de couro de jacaré. Essas trincas podem apresentar, ou não,

    erosão acentuada nas bordas (DNIT 005/2003).

    Figura 10 – Trinca interligada tipo jacaré

    Fonte: (CNT, 2018)

    Conforme observamos na figura 11 um conjunto de trincas interligadas caracterizadas

    pela configuração de blocos formados por lados bem definidos, podendo, ou não, apresentar

    erosão acentuada nas bordas (DNIT 005/2003).

    Figura 11 – Trinca interligada tipo bloco

    Fonte: (DNIT, 2003)

  • 31

    2.3.1.2 Afundamento

    Os afundamentos são deformações plásticas ou permanentes, que sofrem depressão

    longitudinal da superfície do pavimento conforme demonstrados nas figuras 11 e 12. As

    deformações são causadas pela ação das cargas dos pneus que passam repetidas vezes.

    Segundo Silva (2008), pode ser do tipo afundamento plástico ou de consolidação. O

    primeiro ocorre por causa das deformações plásticas das camadas do pavimento e apresentam

    também elevações que contornam o afundamento. Quando possuem até 6 metros de extensão,

    são ditos de plástico local conforme podemos observar na figura 12.

    O afundamento plástico é o afundamento causado pela fluência plástica de uma ou

    mais camadas do pavimento ou do subleito, acompanhado de solevamento.

    Figura 12 – Afundamento Local

    Fonte: (DNIT, 2003)

    Os afundamentos maiores são ditos de da trilha como imagem 13. O do tipo

    consolidação existe pelo fato de a consolidação diferencial ocorrer em camadas do pavimento

    e/ou do subleito.

    Enquanto os afundamento de consolidação são causado pela consolidação diferencial

    de uma ou mais camadas do pavimento ou subleito sem estar acompanhado de solevamento.

  • 32

    Figura 13 – Afundamento de Trilha de Roda

    Fonte: (CNT, 2018)

    2.3.1.3 Corrugação ou Ondulações

    Também são conhecidas como costela de vaca. Caracterizam-se por ondulações

    transversais ao eixo da via, que ocorrem nas camadas de desgaste constituídas por

    revestimento superficial demonstrado na figura 14. De acordo com Silva (2008), isso se deve

    à base instável resultante de má execução e à baixa resistência da massa asfáltica, resultando

    excesso de asfalto ou finos. Esta patologia está associada às tensões cisalhantes horizontais

    que se formam em áreas submetidas à aceleração dos veículos.

    Quando presentes na superfície da camada de revestimento, as ondulações são

    chamadas de escorregamento de massa e ocorrem por causa da mistura asfáltica de baixa

    estabilidade em consequência do tráfego e do intemperismo. Para Pinto (2003), essas

    deformações resultam de má distribuição do ligante em camadas de concreto betuminoso em

    que ocorra o arrastamento da mistura por excessiva deformação plástica ou resultante da

    deformação da fundação.

  • 33

    Figura 14 - Ondulações

    Fonte: (CNT, 2018)

    2.3.1.4 Escorregamento

    No escorregamento do revestimento betuminoso ocorre formação de fendas em forma

    de meia-lua devido ao deslocamento do revestimento em relação à base visto na figura 15. A

    baixa resistência da massa asfáltica ou a falta de aderência entre a camada de revestimento e a

    camada subjacente são os motivos para a formação das trincas em forma de meia-lua. Para

    Silva (2008) os veículos são os responsáveis por sua formação quando causam deslizamento

    ou a deformação da massa asfáltica na área de frenagem.

    Figura 15 - Escorregamento

    Fonte: (CNT, 2018)

  • 34

    2.3.1.5 Exsudação

    A exsudação do asfalto ocorre para a superfície, por conta da dilatação do asfalto no

    calor que encontra dificuldade de ocupar espaço devido ao baixo volume de vazios ou ao

    excesso de ligante, havendo menor viscosidade do asfalto e consequente envolvimento dos

    agregados grossos e redução da macrotextura. Sua forma é brilhosa e isso se deve pelo

    excesso de ligante betuminoso, conforme mostra a Figura 16 (SILVA, 2008).

    Figura 16 - Exsudação

    Fonte: (DNIT, 2003)

    2.3.1.6 Desgaste

    O desgaste observado na figura 17 está associado ao tráfego e ao intemperismo. É

    resultante da deficiência na ligação entre os componentes das misturas betuminosas ou a sua

    má formulação, da utilização de materiais não apropriados e de erros na construção. Quando o

    estágio de desgaste superficial está avançado, tem-se a degradação progressiva dos agregados,

    que ocorre em consequência da volatização e oxidação do asfalto sob a ação do intemperismo

    e abrasiva do tráfego, conferindo uma aspereza superficial.

    Pode ocorrer até um superaquecimento do asfalto ou falta do ligante, caso haja perda

    progressiva de agregado logo após a abertura ao tráfego, originando uma macrotextura

    elevada. A exposição dos agregados a muitas solicitações acaba evoluindo para a formação

  • 35

    de peladas e ninhos. Outra patologia que pode estar associada com a perda de agregado é o

    polimento de agregado, que, pelo fato da seleção deficiente de agregados, ocasiona problemas

    de adesividade somados à potencialidade de polimento das superfícies dos agregados pela

    ação dos pneus de veículos (BERNUCCI, 2006; PINTO, 2003; SILVA, 2008).

    Figura 17 - Desgaste

    Fonte: (CNT, 2018)

    2.3.1.7 Panelas ou Buracos

    São cavidades nos revestimento asfálticos, que podem ou não atingir as camadas

    inferiores. Possuem dimensões e profundidades variadas.

    Esse tipo de defeito é grave, pois pode afetar a estrutura do pavimento no seu geral

    permitindo o acesso de água superficiais ao interior da sua estrutura, comprometendo

    completamente e assim causando um dano mais profundo de reparo.

    Elas podem ser oriundas das mais diversas como;

    a) Trincas de fadiga (processo que ocorre devido ao acúmulo das

    solicitações do tráfego ao longo do tempo).

    b) Desintegração localizada na superfície do pavimento.

    c) Deficiência na compactação.

    d) Umidade excessiva em camadas de solo ou falha na imprimação.

    A Figura 18 apresenta seu aspecto físico.

  • 36

    Figura 18 - Buracos

    Fonte: (CNT, 2018)

    3 ESTUDO DE CASO

    3.1 SITUAÇÃO DO TRECHO ENCONTRADO

    Foi realizado inicialmente um levantamento visual na data de 01 de agosto de 2018

    com duração de 1 dia, para este estudo foi utilizado veículo, câmera fotográfica e computador.

    Os critérios utilizados foram;

    a) Realizado levantamento visual, em veículo trafegando com velocidade

    máxima de 40 km/h, foi respeitando a velocidade mínima da via (igual à

    metade da velocidade máxima).

    b) O levantamento dos dados foi realizado com boas condições de

    visualização.

    O objetivo do primeiro levantamento foi levantar e identificar a real situação da

    rodovia no trecho estudado, com os dados obtidos no levantamento e utilizando a revisão

    bibliográfica analisar a rodovia e entender os problemas encontrados. Com base nos estudos

    classificamos o pavimento da BR-135 ao longo dos 32,150 como da classe “Flexíveis”, pois

    possuí uma estrutura em sub-base de 15 cm e base 20 cm em solo granular atendendo as

    instruções de serviço do DNIT e aos suportes necessários para tais camadas e o revestimento

  • 37

    em duas camadas de CBUQ, sendo 5 cm na faixa “B” e 5 cm em faixa “C” e no acostamento

    existindo apenas a primeira camada conforme podemos observar na figura 19.

    Figura 19 – Seção do pavimento BR-135

    SEÇÃO DO PAVIMENTO ENCONTRADO BR-135 (KM 95,600 AO KM 127,750)

    CBUQ FX C" 5 cm CBUQ FX "B" 5 cm

    BASE EM SOLO 20 cm

    SUB-BASE EM SOLO 15 cm

    2,50m Acostamento

    7,20m Pista 2,50m Acostamento

    Fonte: O autor (2018)

    3.2 LEVANTAMENTO DETALHADO EM CAMPO

    Após levantamento inicial foi iniciado uma nova etapa no estudo, um segundo

    levantamento esse mais criterioso iniciado em 8 de agosto de 2018 e concluído em 10 de

    agosto de 2018 com duração de 3 dias, para este levantamento foi utilizado um veículo,

    câmera fotográfica, trena, prancheta e planilha para anotação. O objetivo por vez era recolher

    a amostragem das principais patologias e assim avaliar as principais deficiências do trecho

    estudado. Os critérios de levantamento foram;

    a) O levantamento dos dados foi realizado apenas em dias com boas condições de

    visualização.

    b) Os dados foram coletados e registrados em formulários.

    c) Toda patologia encontrada foi evidenciada com registro fotográfico.

    Após a conclusão dos levantamentos em campos, foram descarregados todos os dados

    obtidos e transcrito em planilha. No quadro 3 podemos apreciar o cadastro de todas a

    patologias e suas dimensões.

  • 38

    Quadro 3 – Levantamento Geral das Patologias BR-135

    LOCALIZAÇÃO (KM) COMP (M) LARG (M) ÁREA (M2) TIPO

    95,760 110,00 7,20 792,00 TRINCA INTERLIGADA TIPO JACARÉ

    96,210 12,00 2,50 30,00 TRINCA INTERLIGADA TIPO JACARÉ

    96,300 930,00 7,20 6.696,00 TRINCA INTERLIGADA TIPO JACARÉ

    97,500 210,00 7,20 1.512,00 TRINCA INTERLIGADA TIPO JACARÉ

    98,020 17,00 2,50 42,50 TRINCA INTERLIGADA TIPO JACARÉ

    98,100 30,00 3,50 105,00 TRINCA LONGITUDINAL

    98,800 110,00 2,50 275,00 DESAGREGAÇÃO DO PAVIMENTO

    103,500 96,00 7,20 691,20 AFUNDAMENTO TRILA DE RODA

    103,700 150,00 1,00 150,00 AFUNDAMENTO TRILA DE RODA

    105,500 300,00 7,20 2.160,00 TRINCA INTERLIGADA TIPO JACARÉ

    107,900 350,00 7,20 2.520,00 TRINCA INTERLIGADA TIPO JACARÉ

    109,550 200,00 7,20 1.440,00 DESAGREGAÇÃO DO PAVIMENTO

    109,550 200,00 7,20 1.440,00 BURACOS / PANELAS

    114,700 370,00 7,20 2.664,00 EXSUDAÇÃO

    116,730 70,00 2,50 175,00 BURACOS / PANELAS

    119,200 177,00 7,20 1.274,40 BURACOS / PANELAS

    121,100 300,00 2,50 750,00 DESAGREGAÇÃO DO PAVIMENTO

    122,050 8,00 2,50 20,00 BURACOS / PANELAS

    123,570 40,00 7,20 288,00 BURACOS / PANELAS

    123,900 400,00 7,20 2.880,00 TRINCA INTERLIGADA TIPO JACARÉ

    124,100 100,00 1,00 100,00 AFUNDAMENTO TRILA DE RODA

    124,300 80,00 7,20 576,00 TRINCA INTERLIGADA TIPO JACARÉ

    124,400 600,00 7,20 4.320,00 TRINCA INTERLIGADA TIPO JACARÉ

    124,670 200,00 7,20 1.440,00 BURACOS / PANELAS

    124,700 170,00 3,60 612,00 TRINCA INTERLIGADA TIPO JACARÉ

    124,780 800,00 5,00 4.000,00 BURACOS / PANELAS

    124,900 200,00 7,20 1.440,00 ONDULAÇÃO

    125,000 600,00 3,60 2.160,00 ONDULAÇÃO

    125,110 110,00 3,60 396,00 DESAGREGAÇÃO DO PAVIMENTO

    125,190 44,00 3,00 132,00 EXSUDAÇÃO

    125,240 230,00 7,20 1.656,00 ONDULAÇÃO

    125,440 120,00 7,20 864,00 AFUNDAMENTO TRILA DE RODA

    126,000 90,00 7,20 648,00 AFUNDAMENTO TRILA DE RODA

  • 39

    TOTAL 44.249,10 Fonte: O autor (2018)

    Como observado no quadro acima a primeira patologia encontrada está localizada no

    km 95,760 no povoado Outeiro pertencente ao município de Itapecuru Mirim e a ultima no

    km 126,00 dentro do perímetro urbano do município de Miranda do Norte. Nos 31,250 km de

    segmento analisado foram encontrados 33 pontos de patologias, essas dos mais diversos tipos

    e dimensões com uma área total de 44.249,10 m2 de pavimento danificado.

    3.2.1 ANALISANDO OS DADOS

    Para e interpretação dos dados foi utilizada o Diagrama de Pareto, qual é um artificio

    gráfico que expressa à regularidade da maior para a menor. Permite estruturar os mais

    essenciais impactos.

    O conceito auxiliou no reconhecimento das informações mais influentes e sobre a

    repetição das patologias para que desse ponto possam ser definidas as prioridades de trabalho.

    O objetivo da utilização do diagrama é demonstrar onde deve ser dado maior foco, pois

    permite visualizar as principais causas e problemas e perdas de forma qualitativa.

    Para a analise foi usado à lei de Pareto 80/20 conforme critérios abaixo descritos;

    a) Classificação e dividir das patologias por categorias;

    b) Desconsiderar as patologias excedentes de 80% da frequência;

    No quando 4 observamos o levantamento geral, porém com um filtro as classificando

    e assim somando os resultados de acordo com as patologias encontradas e suas quantidades

    descobertas ao longo do trecho em estudo.

    Quadro 4 – Levantamento por Categoria das Patologias BR-135

    TRINCA INTERLIGADA TIPO JACARÉ

    LOCALIZAÇÃO (KM) COMP

    (M) LARG (M)

    ÁREA (M2)

    TIPO

    95,760 110 7,2 792,00 TRINCA INTERLIGADA TIPO JACARÉ

    96,210 12 2,5 30,00 TRINCA INTERLIGADA TIPO JACARÉ

    96,300 930 7,2 6.696,00 TRINCA INTERLIGADA TIPO JACARÉ

    97,500 210 7,2 1.512,00 TRINCA INTERLIGADA TIPO JACARÉ

    98,020 17 2,5 42,50 TRINCA INTERLIGADA TIPO JACARÉ

    105,500 300 7,2 2.160,00 TRINCA INTERLIGADA TIPO JACARÉ

    107,900 350 7,2 2.520,00 TRINCA INTERLIGADA TIPO JACARÉ

  • 40

    Continua

    123,900 400 7,2 2.880,00 TRINCA INTERLIGADA TIPO JACARÉ

    124,300 80 7,2 576,00 TRINCA INTERLIGADA TIPO JACARÉ

    124,400 600 7,2 4.320,00 TRINCA INTERLIGADA TIPO JACARÉ

    124,700 170 3,6 612,00 TRINCA INTERLIGADA TIPO JACARÉ

    TOTAL 22.140,50

    TRINCA LONGITUDINAL

    LOCALIZAÇÃO (KM) COMP

    (M) LARG (M)

    ÁREA (M2)

    TIPO

    98,100 30 3,5 105,00 TRINCA LONGITUDINAL

    TOTAL 105,00

    AFUNDAMENTO TRILA DE RODA

    LOCALIZAÇÃO (KM) COMP

    (M) LARG (M)

    ÁREA (M2)

    TIPO

    103,500 96 7,2 691,20 AFUNDAMENTO TRILA DE RODA

    103,700 150 1 150,00 AFUNDAMENTO TRILA DE RODA

    124,100 100 1 100,00 AFUNDAMENTO TRILA DE RODA

    125,440 120 7,2 864,00 AFUNDAMENTO TRILA DE RODA

    126,000 90 7,2 648,00 AFUNDAMENTO TRILA DE RODA

    TOTAL 2.453,20

    DESAGREGAÇÃO DO PAVIMENTO

    LOCALIZAÇÃO (KM) COMP

    (M) LARG (M)

    ÁREA (M2)

    TIPO

    98,800 110 2,5 275,00 DESAGREGAÇÃO DO PAVIMENTO

    109,550 200 7,2 1.440,00 DESAGREGAÇÃO DO PAVIMENTO

    121,100 300 2,5 750,00 DESAGREGAÇÃO DO PAVIMENTO

    125,110 110 3,6 396,00 DESAGREGAÇÃO DO PAVIMENTO

    TOTAL 2.861,00

    BURACOS / PANELAS

    LOCALIZAÇÃO (KM) COMP

    (M) LARG (M)

    ÁREA (M2)

    TIPO

    109,550 200 7,2 1.440,00 BURACOS / PANELAS

    116,730 70 2,5 175,00 BURACOS / PANELAS

    119,200 177 7,2 1.274,40 BURACOS / PANELAS

    122,050 8 2,5 20,00 BURACOS / PANELAS

    123,570 40 7,2 288,00 BURACOS / PANELAS

    124,670 200 7,2 1.440,00 BURACOS / PANELAS

    124,780 800 5 4.000,00 BURACOS / PANELAS

    TOTAL 8.637,40

    EXSUDAÇÃO

    LOCALIZAÇÃO (KM) COMP

    (M) LARG (M)

    ÁREA (M2)

    TIPO

    114,700 370 7,2 2.664,00 EXSUDAÇÃO

  • 41

    Continua

    125,190 44 3 132,00 EXSUDAÇÃO

    TOTAL 2.796,00

    ONDULAÇÃO

    LOCALIZAÇÃO (KM) COMP

    (M) LARG (M)

    ÁREA (M2)

    TIPO

    124,900 200 7,2 1.440,00 ONDULAÇÃO

    125,000 600 3,6 2.160,00 ONDULAÇÃO

    125,240 230 7,2 1.656,00 ONDULAÇÃO

    TOTAL 5.256,00

    Fonte: O autor (2018)

    No quadro 5 comtemplamos um resumo com os índices percentuais, esse resumo é

    essencial para a técnica adotada em nosso estudo, pois verificamos nele a maior incidência

    das patologias encontradas.

    Quadro 5 – Resumo das Patologias BR-135

    RESUMO DAS PATOLOGIAS NA BR-135

    TIPO DA PATOLOGIA ÁREA ENCONTRADA PERCENTUAL

    TRINCA INTERLIGADA TIPO JACARÉ 22.140,50 50,04%

    TRINCA LONGITUDINAL 105,00 0,24%

    AFUNDAMENTO TRILA DE RODA 2.453,20 5,54%

    DESAGREGAÇÃO DO PAVIMENTO 2.861,00 6,47%

    BURACOS / PANELAS 8.637,40 19,52%

    EXSUDAÇÃO 2.796,00 6,32%

    ONDULAÇÃO 5.256,00 11,88%

    ÁREA TOTAL 44.249,10 100,00%

    Fonte: O autor (2018)

    O Gráfico 1 vistamos os resultados obtidos no quadro 5 que manifesta as patologias

    com maior frequência.

  • 42

    Gráfico 1 – Patologias da BR-135

    Fonte: O autor (2018)

    Conforme observamos no gráfico acima, a maior frequência no trecho é de trincas tipo

    couro de jacaré com 50% de toda área patológica encontrada, conforme imagem 20 com

    localização no km 95,760 lado direito da BR-135.

    Figura 20 – Trinca tipo couro de jacaré BR-135.

    Fonte: O autor (2018)

  • 43

    Posteriormente com 20% da área de patologias encontramos os buracos ou panelas

    conforme imagem 21 localiza no Km 109,550 lado direito e esquerdo da rodovia.

    Figura 21 – Buracos na BR-135.

    Fonte: O autor (2018)

    Em terceiro lugar com 12% da área ficou os trecho com ondulações, essas

    principalmente em trechos que exigem mais esforços no pavimento que são os trechos de

    aceleração e desaceleração dos veículos, como lombadas e entradas de postos de gasolina

    como encontrado na imagem 22 localizada no Km 103,500 lado direito.

    Figura 22 – Ondulações na BR-135.

    Fonte: O autor (2018)

  • 44

    Com base nos levantamentos em campo e utilizando a analise de Pareto abaixo temos

    a curva ABC das patologias, para tal quadro é considerado para classe A 80%, classe B 15% e

    classe C 5%, sendo;

    a) Classe A (80%) – De maior importância.

    b) Classe B (15%) – Com importância.

    c) Classe C (5%) – De menor importância.

    Quadro 5 – Curva ABC das patologias da BR-135

    RESUMO DAS PATOLOGIAS NA BR-135

    TIPO DA PATOLOGIA ÁREA

    ENCONTRADA PERCENTUAL PERC. ACUM ABC

    TRINCA INTERLIGADA TIPO JACARÉ

    22.140,50 50,04% 50,04%

    A BURACOS / PANELAS 8.637,40 19,52% 69,56%

    ONDULAÇÃO 5.256,00 11,88% 81,43%

    DESAGREGAÇÃO DO PAVIMENTO 2.861,00 6,47% 87,90%

    B EXSUDAÇÃO 2.796,00 6,32% 94,22%

    AFUNDAMENTO TRILA DE RODA 2.453,20 5,54% 99,76%

    TRINCA LONGITUDINAL 105,00 0,24% 100,00% C

    ÁREA TOTAL 44.249,10

    Fonte: O autor (2018)

    O gráfico 2 de tipo colunas melhor apresenta a curva da patologias encontrada e a

    frequência quais elas se apresentam.

  • 45

    Gráfico 2 – Curva ABC

    Fonte: O autor (2018)

    Após a analise dos dados obtidos através dos levantamentos deste trabalho

    compreendeu a avaliação das características funcionais e estruturais do pavimento existente,

    possibilitando estabelecer as intervenções necessárias.

    Para a elaboração de uma solução de reabilitação do pavimento existente, traçou-se

    uma linha de raciocínio calcada em cinco pilares, a saber:

    a) As caracterizações funcional e estrutural do pavimento existente;

    b) A concepção da solução de restauração;

    c) A caracterização dos materiais para constituição das intervenções corretivas;

    d) O dimensionamento do reforço estrutural, e;

    e) A quantificação e especificações dos serviços necessários à reabilitação do

    pavimento.

    A primeira fase consiste na caracterização funcional e estrutural do pavimento

    existente que engloba inicialmente a determinação das condições de degradação superficial,

    deformação permanente e deformabilidade elástica externadas pela estrutura.

  • 46

    A segunda fase se constitui, sem dúvida alguma na mais importante de um projeto de

    reabilitação rodoviária. É exatamente nesta etapa que, com base na revisão bibliográfica, foi

    inspecionado o trecho para que com a sensibilidade técnica, possa sentir as características do

    pavimento existente, as suas necessidades e reais carências, os tipos de intervenções mais

    adequados e a natureza dos materiais a serem empregados, paralelamente, ainda nesta fase

    sentir a força e a intensidade do tráfego usuário, bem como conhecer de perto os recursos

    naturais existentes.

    A terceira fase tem seu início após a concepção das soluções de reabilitação

    responsável pelas definições do tipo e natureza das intervenções de manutenção a serem

    empreendidas. Portanto, uma vez bem definido o tipo e a natureza das soluções de restauração

    e bem definidas as características estruturais do pavimento existente, torna-se de fundamental

    importância promover a caracterização fundamental dos materiais que deverão vir a compor

    as novas camadas da estrutura (recargas superficiais ou reforços estruturais).

    A quarta fase consiste no dimensionamento do reforço estrutural do pavimento a partir

    das necessidades externadas pela estrutura.

    A última fase consiste em um primeiro momento se quantificar os serviços propostos e

    depois em se especificar os procedimentos a serem seguidos para execução dos mesmos.

    Após a conclusão e criteriosa análise dos levantamentos de campo mencionados

    anteriormente, observou-se uma segmentação muito fragmentada do trecho, fruto da

    metodologia utilizada, a qual se baseia na divisão de segmentos homogêneos a partir da

    variação das condições de degradação superficial, degradação permanente e deformabilidade

    elástica. Exemplificando esta situação, cita-se a existência de segmentos homogêneos

    podendo ser aplicado uma mesma solução para correção dos defeitos encontrados. Ressalta-se

    que esta subdivisão minuciosa do trecho é muito importante, pois além de refletir o real

    estado do pavimento, propicia uma boa visualização de todos os parâmetros do trecho. No

    presente caso, nota-se que a divisão obtida é fruto de pequenas alterações em um ou outro

    parâmetro considerado.

    Foi identificada a existência de três situações distintas do comportamento do

    pavimento. É apresentado a seguir, um diagnóstico sucinto e a solução conceptiva adotada

    para cada umas destas situações.

    3.2.1.1 Situação I

  • 47

    Esta situação como observamos na figura 23 é representada pelos segmentos que

    apresentam baixa irregularidade, ausência de deformações plásticas, pequena presença de

    trincas classes 2 e 3, e de forma mais intensa trincamentos de classe 1 (sem bombeamento de

    finos), poucos remendos e baixos valores de deformação permanente.

    Figura 23 – Situação I do trecho

    Fonte : DNIT (2012, p28)

    De acordo com os estudos nesses segmentos propõe-se inicialmente a execução de

    reparos localizados que visam eliminar os defeitos tais como trincas, remendos, panelas e

    ocorrências oriundas de fluência plástica como afundamentos, ondulações e corrugações.

    Salienta-se que quando a origem da fluência estiver localizada no revestimento asfáltico, este

    deve ser alvo de operação de fresagem e posterior recomposição. Quando a causa da fluência

    estiver localizada nas camadas subjacentes do pavimento deve ser realizada a reconfecção da

    Base.

    3.2.1.2 Situação II

    A principal característica dos segmentos pertencentes a esta situação é a dualidade. O

    revestimento apresenta sinais de clara fadiga como trincamentos intensos de Classe II e III na

    maioria das vezes com pequena presença de bombeamento de finos da base. As ondulações e

    remendos superficiais em demasia, frutos do trabalho de conserva realizados, provocam um

  • 48

    aumento significativo do Índice de Rugosidade Internacional provocando grande desconforto

    ao usuário.

    Figura 24 – Situação II do trecho

    Fonte : DNIT (2012, p33)

    Desaconselha-se a execução de qualquer tipo de mistura asfáltica sobre o revestimento

    existente, tendo em vista o avançado estágio de trincamento detectado. Neste estágio o

    revestimento existente, perde a solução de continuidade (ou efeito de placa) e passa a

    trabalhar respeitando o regime de “blocos poliédricos” individuais. Une-se a este processo o

    bombeamento de finos da base facilitado pela penetração da água pelas fissuras existentes.

    Com o efeito, trabalhando de forma individual e assentados sobre um “fundo instável, tais

    blocos poliédricos quando solicitados pelas cargas do tráfego, apresentam movimentações

    verticais alternadas que se verificam durante o processo de aproximação, solicitação e

    afastamento da carga móvel rolante. Realmente, ao se ter em conta o ”grau de liberdade“

    adquirido por cada bloco poliédrico e o processo induzido pela carga móvel verifica-se

    inicialmente um afundamento do bloco correspondente ao bordo solicitado e uma elevação na

    extremidade contrária. Na transição da carga, o bloco passa a se submeter seguidamente a um

    regime de compressão plena e ao cabo de seu processo de solicitação inicial se inverte, ou

    seja, a extremidade inicial se eleva e o bordo final afunda; esta movimentação rotacional

    alternada no sentido vertical sofrida pelos blocos poliédricos quando do processo de

    solicitação devido ao tráfego é ilustrada a seguir.

  • 49

    3.2.1.3 Situação III

    Nestes trechos observa-se além de trincamentos (quase sempre do tipo FC3 e

    acompanhados de bombeamentos de água com finos da base intensos) e remendos devido às

    constantes campanhas tapa buraco efetuadas conforme figura 25, problemas acentuados

    aliados a ruptura plástica dos materiais de base dentre ele podemos citar refluimentos laterais

    (RL), ondulações (O) e escorregamentos laterais (EL). Observa-se ainda que estes trechos já

    foram alvo de algumas intervenções a nível de revestimento no passado.

    Figura 25 – Situação III do trecho

    Fonte : DNIT (2012, p49)

    Propõe-se a Reciclagem a Frio “In Situ” da camada de base (pista e

    acostamento) com adição de cimento, camada de tratamento superficial duplo com emulsão

    modificada com polímero com função inibidora de reflexão de trincas e posterior confecção

    de camada de desgaste capaz de resistir aos esforços gerados pela ação do tráfego.

  • 50

    CONSIDERAÇÕES FINAIS

    Empregando a metodologia da analise de Pareto para classificar a ocorrência de

    patologias colhe-se que praticamente 80% das patologias foram:

    i. Trinca interligada tipo couro de jacaré.

    ii. Buraco e Panelas.

    iii. Ondulações.

    Esses tipos de patologia, surgidos ao longo do tempo devido a falta de manutenção e

    projeto de restauração adequado para a necessidade atual da rodovia, visto que a aplicação

    destas intervenções são essenciais para melhoria do pavimento.

    As trincas interligadas tipo couro de jacaré são consequências da falta de cuidado no

    tratamento da base, pois devido a este problema ela é refletida até a capa de rolamento. Para

    sanar essa adversidade foi proposta a execução de uma camada anti-reflexão de trincas o TSD

    Tratamento Superficial Duplo.

    Os buracos e as panelas podem ser causados por diversos fatores, um deles é que esses

    trechos são diariamente submetidos a fadigas por um pesado trânsito e pelo fato de ser um

    asfalto antigo sofre degradação.

    As ondulações acontecem devido a mistura asfáltica de baixa estabilidade e que

    quando aplicada em um ponto qual é muito exigida como em lombadas ou faixas de

    aceleração provoca sua degradação causando escorregamento do pavimento.

    Conforme foi levantado junto ao DNIT a rodovia estudada passou por uma obra de

    reforma a 5 anos atrás com inicio em janeiro de 2010 até fevereiro de 2013 contrato este que

    previa a reforma da mesma no segmento iniciando no Km 0,00 localizado na rotatória do

    Aeroporto de São Luís até o km 199,99 município de Alto Alegre do Maranhão, porém o

    projeto aprovado para execução desse contrato estava desatualizado para (2005) além de não

    prever nenhuma intervenção para recuperação base do pavimento qual encontra-se danificada

    o mesmo também não previa o aumento do trafego na rodovia.

    Hoje o contrato qual está em vigência apenas executa serviços paliativos na rodovia

    existente e implanta de uma nova via ao lado esquerdo.

  • 51

    REFERÊNCIAS

    BRASIL. Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes. Norma DNIT 005/2003 -

    TER DNIT Defeitos nos pavimentos flexíveis e semi-rígidos Terminologia. Rio de Janeiro,

    2003.

    BRASIL. Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte. DNIT IPR/720: Manual

    de restauração de pavimentos asfálticos. Rio de Janeiro, 2006.

    CONFEDERAÇÃO NACIONAL DO TRANSPORTE. Pesquisa CNT de rodovias:

    principais dados. 20 ed. CNT, SEST, SENAT. Brasília: 2016.

    BESKOU, N. D.; TSINOPOULOS, S. V.; HATZIGEORGIOU, G. D. Fatigue cracking

    failure criterion for flexible pavements under moving vehicles. Soil Dynamics and

    Earthquake Engineering, 2016. v. 90, p. 476-479.

    SILVA, P. F. A. Manual de patologia e manutenção de pavimentos. 2. ed. São Paulo: Pini,

    2008. 128 p.

    PINTO, J. I. B. R. Caracterização superficial de pavimentos rodoviários. 2003.

    Dissertação (Mestrado em Vias de Comunicação) – Programa de Pós-Graduação

    Engenharia Civil, Universidade do Porto, Porto, 2003.

    BERNUCCI, L. B.; MOTTA, L. M. G.; CERATTI, J. A. P.; SOARES, J. B. Pavimentação

    asfáltica: formação básica para engenheiros. 3. ed. Rio de Janeiro: PETROBRÁS, 2006.

    495 p.

    FALEIROS, L. M. Estradas: pavimento. Franca/SP, USP – Curso de Engenharia Civil,

    Notas de aula, Jul/2005, 39p.

    SOLANKI, P.; ZAMAN, M. Design of semi-rigid type of flexible pavements. International

    Journal of Pavement Research and Technology, 2017. v. 10, p. 99-111.

    BRASIL. Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte. DNIT 2012: Projeto de

    adequação da BR-135. São Luís, 2012.

    BRASIL. Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes. Norma DNIT 108/2009 –

    Terraplenagem – Aterros – Especificação de Serviço. Rio de Janeiro, 2009.

    CONFEDERAÇÃO NACIONAL DO TRANSPORTE. Pesquisa CNT de rodovias:

    principais dados. 21 ed. CNT, SEST, SENAT. Brasília: 2018.

  • 52

    APENDICE A - LEVANTAMENTO DE PATOLOGIAS NA BR-135

    ‘LOCAL: BR-135/MA KM: 95,760 TIPO: TRINCA INTERLIGADA TIPO

    JACARÉ

    1 - FOTO LOCAL DA PATOLOGIA

    2 - FOTO DO DETALHE

    OBSERVAÇÕES:

    A TRINCA ENCONTRADA FOI CLASSIFICADO COM FC-02

  • 53

    ‘Local: BR-135/MA KM 96,210 Tipo: TRINCA INTERLIGADA TIPO

    JACARÉ

    1 - FOTO LOCAL DA PATOLOGIA

    2 - FOTO DO DETALHE

    OBSERVAÇÃO:

    FOI OBSERVADO QUE APÓS O TRINCAMENTO O PAVIMENTO DESAGREGOU

    .

  • 54

    ‘Local: BR-135/MA KM 98,020 Tipo: TRINCA INTERLIGADA TIPO

    JACARÉ

    1 - FOTO LOCAL DA PATOLOGIA

    2 - FOTO DO DETALHE

    OBSERVAÇÃO:

    FOI OBSERVADO QUE APÓS O TRINCAMENTO O PAVIMENTO DESAGREGOU.

  • 55

    ‘Local: BR-135/MA KM 98,100 Tipo: TRINCA LONGITUDINAL

    1 - FOTO LOCAL DA PATOLOGIA

    2 - FOTO DO DETALHE

    OBSERVAÇÃO:

    FOI CLASSIFICADO COMO TRINCA LONGITUDINAL FC-01

  • 56

    ‘Local: BR-135/MA KM 98,800 Tipo: DESAGREGAÇÃO DO

    PAVIMENTO

    1 - FOTO LOCAL DA PATOLOGIA

    2 - FOTO DO DETALHE

    OBSERVAÇÃO:

    FOI OBSERVADO DESAGREGAÇÃO DO PAVIMENTO

  • 57

    ‘Local: BR-135/MA KM 103,500 Tipo: AFUNDAMENTO TRILA DE RODA

    1 - FOTO LOCAL DA PATOLOGIA

    2 - FOTO DO DETALHE

    OBSERVAÇÃO:

    AFUNDAMENTO DO TERRENO PRÓXIMO A LOMBADA

  • 58

    ‘Local: BR-135/MA KM 103,700 Tipo: AFUNDAMENTO TRILHA DE

    RODA

    1 - FOTO LOCAL DA PATOLOGIA

    2 - FOTO DO DETALHE

    OBSERVAÇÃO

    AFUNDAMENTO NA FAIXA DE ACELERAÇÃO ENTRE DUAS LOMBADAS

  • 59

    ‘Local: BR-135/MA KM 105,50 Tipo: TRINCA INTERLIGADA TIPO

    JACARÉ

    1 - FOTO LOCAL DA PATOLOGIA

    2 - FOTO DO DETALHE

    OBSERVAÇÃO:

    A TRINCA ENCONTRADA FOI CLASSIFICADO COM FC-01

  • 60

    ‘Local: BR-135/MA KM 107,900 Tipo: TRINCA INTERLIGADA TIPO

    JACARÉ

    1 - FOTO LOCAL DA PATOLOGIA

    2 - FOTO DO DETALHE

    OBSERVAÇÃO:

    A TRINCA ENCONTRADA FOI CLASSIFICADO COM FC-01

  • 61

    ‘Local: BR-135/MA KM 109,550 Tipo: BURACOS

    1 - FOTO LOCAL DA PATOLOGIA

    2 - FOTO DO DETALHE

    OBSERVAÇÃO:

    ÁREA ENCONTRADA COM DIVERSOS BURACOS

  • 62

    ‘Local: BR-135/MA KM 114,700 Tipo: EXSUDAÇÃO

    1 - FOTO LOCAL DA PATOLOGIA

    2 - FOTO DO DETALHE

    OBSERVAÇÃO:

    ENCONTRADO EXSUDAÇÃO NO PAVIMENTO PRÓXIMO A LOMBADA

  • 63

    ‘Local: BR-135/MA KM 116,730 Tipo: BURACOS NO ACOSTAMENTO

    1 - FOTO LOCAL DA PATOLOGIA

    2 - FOTO DO DETALHE

    OBSERVAÇÃO:

  • 64

    ENCONTRADO BURACOS NO ACOSTAMENTO APÓS DESAGREGAÇÃO DO

    PAVIMENTO

    ‘Local: BR-135/MA KM 119,200 Tipo: BURACOS

    1 - FOTO LOCAL DA PATOLOGIA

    2 - FOTO DO DETALHE

    OBSERVAÇÃO:

  • 65

    BURACOS COM SEMELHANÇAS A OCORRIDO QUANDO EXISTEM TRINCAS TIPO

    BLOCO

    ‘Local: BR-135/MA KM 121,100 Tipo: DESAGREGAÇÃO DO

    PAVIMENTO

    1 - FOTO LOCAL DA PATOLOGIA

    2 - FOTO DO DETALHE

    OBSERVAÇÃO:

  • 66

    DESAGREGAÇÃO DO PAVIMENTO NO ACOSTAMENTO

    ‘Local: BR-135/MA KM 122,050 Tipo: DESAGREGAÇÃO DO

    PAVIMENTO / BURACOS

    1 - FOTO LOCAL DA PATOLOGIA

    2 - FOTO DO DETALHE

    OBSERVAÇÃO:

  • 67

    DESAGREGAÇÃO DO PAVIMENTO NO ACOSTAMENTO

    ‘Local: BR-135/MA KM 123,570 Tipo: BURACOS

    1 - FOTO LOCAL DA PATOLOGIA

    2 - FOTO DO DETALHE

    OBSERVAÇÃO:

  • 68

    BURACOS ENTRE A PISTA E O ACOSTAMENTO

    ‘Local: BR-135/MA KM 123,900 Tipo: TRINCA INTERLIGADA TIPO

    JACARÉ

    1 - FOTO LOCAL DA PATOLOGIA

    2 - FOTO DO DETALHE

    OBSERVAÇÃO:

  • 69

    A TRINCA ENCONTRADA FOI CLASSIFICADO COM FC-02

    ‘Local: BR-135/MA KM 124,100 Tipo: AFUNDAMENTO LOCAL

    1 - FOTO LOCAL DA PATOLOGIA

    2 - FOTO DO DETALHE

  • 70

    OBSERVAÇÃO:

    AFUNDAMENTO LOCAL EM CURVA

    ‘Local: BR-135/MA KM 124,300 Tipo: TRINCA INTERLIGADA TIPO

    JACARÉ

    1 - FOTO LOCAL DA PATOLOGIA

    2 - FOTO DO DETALHE

  • 71

    OBSERVAÇÃO:

    CLASSIFICADA COMO INTERLIGADA TIPO JACARÉ - FC-03

    ‘Local: BR-135/MA KM 124,400 Tipo: TRINCA INTERLIGADA TIPO

    JACARÉ

    1 - FOTO LOCAL DA PATOLOGIA

    2 - FOTO DO DETALHE

  • 72

    OBSERVAÇÃO:

    CLASSIFICADA COMO INTERLIGADA TIPO JACARÉ - FC-02

    ‘Local: BR-135/MA KM 124,670 Tipo: TRINCA INTERLIGADA TIPO

    BLOCO / BURACO

    1 - FOTO LOCAL DA PATOLOGIA

    2 - FOTO DO DETALHE

  • 73

    OBSERVAÇÃO:

    TRINCA INTERLIGADA TIPO BLOCO COM BURACOS - CASSIFICADA COM FC-03

    ‘Local: BR-135/MA KM 124,700 Tipo: TRINCA INTERLIGADA TIPO

    JACARÉ

    1 - FOTO LOCAL DA PATOLOGIA

    2 - FOTO DO DETALHE

  • 74

    OBSERVAÇÃO:

    CLASSIFICADA COMO INTERLIGADA TIPO JACARÉ - FC-02

    ‘Local: BR-135/MA KM 124,780 Tipo: BURACOS NA PISTA

    1 - FOTO LOCAL DA PATOLOGIA

    2 - FOTO DO DETALHE

  • 75

    OBSERVAÇÃO:

    BURACOS NO BORDO DA PISTA

    ‘Local: BR-135/MA KM 124,900 Tipo: ONDULAÇÃO

    1 - FOTO LOCAL DA PATOLOGIA

  • 76

    2 - FOTO DO DETALHE

    OBSERVAÇÃO:

    ONDULAÇÕES NO BORDO DA PISTA

    ‘Local: BR-135/MA KM 125,000 Tipo: ONDULAÇÃO

    1 - FOTO LOCAL DA PATOLOGIA

  • 77

    2 - FOTO DO DETALHE

    OBSERVAÇÃO:

    ONDULAÇÕES EM TODA PISTA DO LADO DIREITO

    ‘Local: BR-135/MA KM 125,110 Tipo: DESGASTE DA PISTA

    1 - FOTO LOCAL DA PATOLOGIA

  • 78

    2 - FOTO DO DETALHE

    OBSERVAÇÃO:

    DESGASTES DA PISTA E ACOSTAMENTO COM DIVERSAS PATOLOGIAS

    ‘Local: BR-135/MA KM 125,190 Tipo: EXSUDAÇÃO

    1 - FOTO LOCAL DA PATOLOGIA

  • 79

    2 - FOTO DO DETALHE

    OBSERVAÇÃO:

    REPARO NA RODOVIDA (TAPA BURACO) COM CBUQ APRESENTANDO

    EXSUDAÇÃO

    ‘Local: BR-135/MA KM 125,240 Tipo: ONDULAÇÃO

    1 - FOTO LOCAL DA PATOLOGIA

  • 80

    2 - FOTO DO DETALHE

    OBSERVAÇÃO:

    ONDULAÇÃO DA PISTA DE ROLAMENTO

    ‘Local: BR-135/MA KM 125,440 Tipo: AFUNDAMENTO TIPO TRILHO DE

    RODAS

  • 81

    1 - FOTO LOCAL DA PATOLOGIA

    2 - FOTO DO DETALHE

    OBSERVAÇÃO:

    AFUNDAMENTO DO TIPO TRILHO DE RODAS APÓS UMA LOMBADA

    ‘Local: BR-135/MA KM 126,000 Tipo: AFUNDAMENTO TIPO TRILHO DE

    RODAS

  • 82

    1 - FOTO LOCAL DA PATOLOGIA

    2 - FOTO DO DETALHE

    OBSERVAÇÃO:

    AFUNDAMENTO DO TIPO TRILHO DE RODAS NA FAIXA DE ACELERAÇÃO