UPP’S DO LINS - portalgeo.rio.rj.gov.brportalgeo.rio.rj.gov.br/output/UPP/Panoramas/1 Panorama dos Territ+... · Lei de Área de Especial Interesse Social (AEIS), nº 2818 de 23/06/1999

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UPP’S DO LINS

02/2017

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Sumário

1. LOCALIZAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO GERAL ..................................................................................... 2

2. DADOS CENSITÁRIOS 2010: DEMOGRAFIA E ÁREA OCUPADA ......................................................... 5

3. DADOS CENSITÁRIOS 2010: SOCIOECONÔMICOS ........................................................................ 11

3.1. SERVIÇOS URBANOS E CONDIÇÃO DE OCUPAÇÃO ................................................................ 11

3.1.1. CONDIÇÃO DE OCUPAÇÃO ......................................................................................... 11

3.1.2. SANEAMENTO BÁSICO (ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO) ....................................... 12

3.1.3. LIXO ......................................................................................................................... 16

3.1.4. ENERGIA ELÉTRICA .................................................................................................... 18

3.2. EDUCAÇÃO ....................................................................................................................... 20

3.2.1. ANALFABETISMO ENTRE CRIANÇAS DE 8 A 9 ANOS DE IDADE ........................................ 21

3.2.2. ANALFABETISMO ENTRE CRIANÇAS DE 10 A 14 ANOS DE IDADE .................................... 23

3.2.3. ANALFABETISMO ENTRE PESSOAS COM 15 ANOS OU MAIS DE IDADE ............................ 26

3.3 RENDA .............................................................................................................................. 29

3.3.1. RENDIMENTO NOMINAL MENSAL DOMICILIAR PER CAPITA DOS DOMICÍLIOS PARTICULARES ...... 29

3.3.2. RENDIMENTO DOS RESPONSÁVEIS PELOS DOMICÍLIOS .......................................................... 32

4. ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICA (IDEB) ..................................................... 34

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UPPs do Lins - Informações Básicas

1. LOCALIZAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO GERAL

Mapa 1 – Limite das UPPs do Lins, das Comunidades que as compõem e das Regiões Administrativas – 2013

Fonte: SABREN/ IPP, 2013, ISP 2013

Há duas UPPs no Lins: UPP Lins e UPP Camarista Méier. A UPP Lins é composta pelas comunidades Morro da Bacia, Morro do Encontro, Morro da Cachoeira Grande, Morro da Cotia, Cachoeirinha, Dona Francisca, Barro Preto, Vila Cabuçu, Barro Vermelho e Morro do Amor. Já a UPP Camarista Méier é formada pelas comunidades Outeiro (RA – Méier), Rua Camarista Méier, 914, Pretos Forros, Morro do Céu, Bairro Ouro Preto, Morro Nossa Senhora da Guia e Santa Terezinha. A Tabela 1 mostra a localização das comunidades na Área de Planejamento 3 e na Região Administrativa XIII – Méier. Os perímetros das comunidades que compõem as UPPs do Lins estão localizados nos bairros do Engenho de Dentro, Engenho Novo e Lins de Vasconcelos. Dentre as comunidades, quatro compõem o Complexo Bairro Ouro Preto: Pretos Forros, Morro do Céu, Bairro Ouro Preto e Rua Camarista Méier, 914. Já as comunidades Morro Nossa Senhora da Guia, Santa Terezinha, Morro da Bacia, Morro do Encontro, Morro da Cachoeira Grande, Morro da Cotia, Cachoeirinha, Dona Francisca, Barro Preto, Vila Cabuçu, Barro Vermelho e Morro do Amor formam o complexo denominado Complexo do Lins. Por fim, a comunidade Outeiro (RA – Méier) não compõe nenhum dos complexos da área e, por isso, está classificada como isolada.

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Tabela 1 – A.P., R.A., Bairros e Nome dos Complexos das Comunidades nas UPPs do Lins – 2013

Área de

planejamento

Região

administrativaBairros

Nome do

Complexo Comunidades

- Outeiro (RA - Méier)

Rua Camarista Méier, 914

Pretos Forros

Morro do Céu

Bairro Ouro Preto

Nossa Senhora da Guia

Santa Terezinha

Morro da Cachoeira Grande

Morro da Cotia

Cachoeirinha

Dona Francisca

Morro do Amor

Morro da Bacia

Morro do Encontro

Barro Preto

Vila Cabuçu

Barro Vermelho

Fonte: SABREN/ IPP (2013)

Lins de Vasconcelos

Complexo do

Lins

Engenho Novo

3 XIII

Engenho de Dentro

Complexo

Bairro Ouro

Preto

A Tabela 2 apresenta resumidamente as legislações urbanísticas específicas das áreas, com número e o ano do respectivo decreto que regulamente aquele espaço. Em seguida, a Tabela 3 resume os principais programas de urbanização implementados, em processo de implementação ou planejados nas áreas. Nesta Tabela, foi inserida uma coluna indicando a categoria da comunidade conforme uma classificação elaborada para a coordenação do programa Morar Carioca da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro

1.

1A classificação elaborada para a coordenação do Programa Morar Carioca tem por finalidade dimensionar as ações e os projetos de

urbanização a serem implementados. Primeiramente, as comunidades da cidade foram classificadas como urbanizadas ou não-urbanizadas. Segundo, as comunidades não-urbanizadas, objetos do programa, foram classificadas de acordo com o tamanho e o grau de urbanização do complexo que integram. São quatro categorias a) Pequenos Assentamentos; b) Assentamentos entre 100 e 500 domicílios; c) Assentamentos com mais de 500 domicílios Parcialmente Urbanizados e; d) Assentamentos com mais de 500 domicílios Não-Urbanizados.

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Tabela 2 – Legislações Urbanísticas das Comunidades nas UPPs do Lins – 2013

Comunidades Legislação Urbanística

Outeiro (RA - Méier) -Rua Camarista Méier, 914 -Pretos Forros -Morro do Céu -Bairro Ouro Preto -Nossa Senhora da Guia Lei de Área de Especial Interesse Social (AEIS), nº 3959 de 29/03/2005Santa Terezinha Lei de Área de Especial Interesse Social (AEIS), nº 2818 de 23/06/1999Morro da Cachoeira Grande Lei de Área de Especial Interesse Social (AEIS), nº 2818 de 23/06/1999

Morro da CotiaLei de Área de Especial Interesse Social (AEIS), nº 2818 de 23/06/1999

Decreto de Uso e Ocupação do Solo, nº 32833 de 29/09/2010

Cachoeirinha Lei de Área de Especial Interesse Social (AEIS), nº 2818 de 23/06/1999Dona Francisca -Morro do Amor -Morro da Bacia Lei de Área de Especial Interesse Social (AEIS), nº 2616 de 16/01/1998Morro do Encontro Lei de Área de Especial Interesse Social (AEIS), nº 2616 de 16/01/1998Barro Preto Lei de Área de Especial Interesse Social (AEIS), nº 2912 de 29/10/1999Vila Cabuçu -Barro Vermelho -Fonte: SABREN/ IPP (2013) É de se notar na Tabela 2 que as comunidades Nossa Senhora da Guia, Santa Terezinha, Morro da Cachoeira Grande, Morro da Cotia, Cachoeirinha, Morro da Bacia, Morro do Encontro e Barro Preto são assistidas por Lei de Área de Especial Interesse Social. Também deve-se destacar que a comunidade Morro da Cotia é a única na área destas UPPs que possui Decreto de Uso e Ocupação do Solo. De acordo com a Tabela 3, observa-se que apenas a comunidade Barro Preto recebeu recursos do Programa Bairrinho, enquanto as comunidades Santa Terezinha, Morro da Cachoeira Grande, Morro da Cotia, Cachoeirinha, Morro da Bacia e Morro do Encontro foram comtempladas pelos recursos do Programa Favela Bairro. No que diz respeito ao Programa Morar Carioca, a comunidade Nossa Senhora da Guia, foi comtemplada no âmbito do Ciclo 1. Por outro lado, a comunidade Bairro Ouro Preto, foi contemplada pelo Bairro Maravilha.

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Tabela 3 – Programas de Urbanização e Classificação no Morar Carioca das Comunidades nas UPPs do Lins – 2016

2. DADOS CENSITÁRIOS 2010: DEMOGRAFIA E ÁREA OCUPADA2

A Tabela 4 apresenta as informações de população, domicílios, média de habitantes por domicílio, área total e densidade demográfica das comunidades localizadas nas UPPs do Lins e do total delas, assim como do município do Rio de Janeiro, para fins de comparação. O Gráfico 1 ilustra a diferença populacional entre as comunidades. As UPPs do Lins totalizam 20.550 habitantes e ocupam uma área de aproximadamente 942.163 m². Dentre as comunidades, Bairro Ouro Preto é a que apresenta a maior população: 3.292 habitantes. As comunidades Santa Terezinha, Cachoeirinha e Nossa Senhora da Guia vêm em seguida e têm 3.051, 1.969 e 1.698 habitantes, respectivamente. A comunidade Rua Camarista Méier é a que apresenta a menor população, com 256 habitantes. Já no que diz respeito à área, novamente a comunidade Bairro Ouro Preto se destaca por ser a mais representativa, com 183.330 m², enquanto a comunidade Rua Camarista Méier é a que possui a menor área, com 4.956 m².

2 As estimativas de população e domicílios aqui apresentadas foram feitas pelo IPP em 2010, e resultaram da compatibilização do número de domicílios particulares permanentes e de moradores em domicílios particulares permanentes apurados pelo IBGE no Censo Demográfico 2010 com os limites definidos pelo IPP para as favelas. Como os limites adotados pelos dois órgãos eram muito próximos no ano de 2010, foram produzidos resultados estatísticos confiáveis.

Comunidades Programas de Urbanização Classificação no Morar Carioca

Outeiro (RA - Méier) - Assentamento não urbanizado entre 101 e 500 dom

Rua Camarista Méier, 914 - Assentamento não urbanizado > 100 dom

Pretos Forros - Assentamento não urbanizado entre 101 e 500 dom

Morro do Céu - Assentamento não urbanizado entre 101 e 500 dom

Bairro Ouro Preto Bairro Maravilha Assentamento parcialmente urbanizado > 500 dom

Nossa Senhora da Guia Morar Carioca - Ciclo 1 Assentamento parcialmente urbanizado entre 101 e 500 dom

Santa Terezinha Favela Bairro Assentamento parcialmente urbanizado > 500 dom

Morro da Cachoeira Grande Favela Bairro Assentamento parcialmente urbanizado entre 101 e 500 dom

Morro da Cotia Favela Bairro Assentamento parcialmente urbanizado entre 101 e 500 dom

Cachoeirinha Favela Bairro Assentamento parcialmente urbanizado > 500 dom

Dona Francisca - Assentamento não urbanizado entre 101 e 500 dom

Morro do Amor - Assentamento não urbanizado entre 101 e 500 dom

Morro da Bacia Favela Bairro Assentamento parcialmente urbanizado < 100 dom

Morro do Encontro Favela Bairro Assentamento parcialmente urbanizado entre 101 e 500 dom

Barro Preto Bairrinho Assentamento parcialmente urbanizado entre 101 e 500 dom

Vila Cabuçu - Assentamento não urbanizado entre 101 e 500 dom

Barro Vermelho - Assentamento não urbanizado entre 101 e 500 dom Fonte: SMHC (Dezembro, 2016)

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Outro ponto a ser notado na Tabela 4 é a diferença de densidade entre as comunidades que compõem as UPPs do Lins. As comunidades Dona Francisca e Pretos Forros são relativamente menos densas, com menos de 120 habitantes por hectare, enquanto a comunidade Rua Camarista Méier é a mais densa, com a proporção de 516,5 hab/ha. O número médio de habitantes por domicílio é de 3,61 pessoas, superior à média do município do Rio de Janeiro (2,94). De fato, a maior diferença entre as áreas está na densidade demográfica: enquanto no município do Rio de Janeiro a média é de 110,7 hab/ha, nas UPPs do Lins esse número é de 218,2 hab/ha.

Tabela 4 – População, Domicílios, Habitantes por Domicílio, Área e Densidade Demográfica segundo as Comunidades nas UPPs do Lins e Município do Rio de Janeiro

Comunidades População (1) Domicílios (1) Habitantes por

DomicílioÁrea (m²) (2)

Densidade

demográfica

(hab/ha)

Outeiro (RA - Méier) 573 171 3,35 16.045 357,1

Rua Camarista Méier, 914 256 79 3,24 4.956 516,5

Pretos Forros 416 104 4,00 35.204 118,2

Morro do Céu 914 294 3,11 55.645 164,3

Bairro Ouro Preto 3.292 945 3,48 183.330 179,6

Nossa Senhora da Guia 1.698 389 4,37 43.633 389,2

Santa Terezinha 3.051 754 4,05 159.187 191,7

Morro da Cachoeira Grande 1.502 417 3,60 58.261 257,8

Morro da Cotia 934 291 3,21 44.570 209,6

Cachoeirinha 1.969 552 3,57 51.088 385,4

Dona Francisca 951 267 3,56 84.504 112,5

Morro do Amor 1.320 367 3,60 61.643 214,1

Morro da Bacia 338 93 3,63 12.943 261,1

Morro do Encontro 1.508 440 3,43 65.813 229,1

Barro Preto 499 161 3,10 26.932 185,3

Vila Cabuçu 503 131 3,84 19.685 255,5

Barro Vermelho 826 230 3,59 18.724 441,1

Total 20.550 5.685 3,61 942.163 218,1

Rio de Janeiro (3) 6.320.446 2.146.340 2,94 570.917.463 110,7

Fonte: (1) Instituto Pereira Passos, com base em IBGE, Censo Demográfico (2010)

(2) Instituto Pereira Passos (2010)

(3) Censo Demográfico IBGE (2010)

7

0 500 1.000 1.500 2.000 2.500 3.000 3.500

Bairro Ouro Preto

Santa Terezinha

Cachoeirinha

Nossa Senhora da Guia

Morro do Encontro

Morro da Cachoeira Grande

Morro do Amor

Dona Francisca

Morro da Cotia

Morro do Céu

Barro Vermelho

Outeiro (RA - Méier)

Vila Cabuçu

Barro Preto

Pretos Forros

Morro da Bacia

Rua Camarista Méier

Gráfico 1 - População segundo as Comunidades nas UPPs do Lins - 2010

Fonte: Instituto Pereira Passos, com base em IBGE, Censo Demográfico (2010)

A distribuição da população segundo o sexo é destacada na Tabela 5. As informações para a R.A. Méier e para a cidade do Rio de Janeiro também estão expostas na tabela, para fins de comparação. É importante ressaltar que, a partir deste ponto, os dados apresentados para as comunidades localizadas nas UPPs do Lins são os divulgados pelo IBGE tendo como base o Censo Demográfico 2010.

Considerando toda a área das UPPs do Lins3, a porcentagem de mulheres é um pouco maior que a de

homens, seguindo o padrão da cidade do Rio de Janeiro. Contudo, quando as comunidades são consideradas individualmente, percebe-se que nas comunidades Morro da Bacia e Morro Nossa Senhora da Guia a porcentagem de homens revela-se superior a de mulheres (na primeira comunidade são 50,1% de homens contra 49,9% de mulheres, enquanto na segunda são 51,1% de homens contra 48,9% de mulheres). Na Tabela 5 também estão expostas as informações sobre razão de sexo para as comunidades nas UPPs do Lins, para a R.A. Méier e para a cidade do Rio de Janeiro. A razão de sexos indica quantos homens há numa determinada área para cada 100 mulheres. Observa-se que a razão de sexos é significativamente maior nas UPPs do Lins (93,18) do que na R.A. Méier (83,36) e na cidade do Rio de Janeiro (88,07).

3 Por ocupar uma área menor que a área do setor censitário, a comunidade Camarista Méier, 914, não possui informações

disponibilizadas, pois não é possível estimar dados socioeconômicos (serviços urbanos, condições de ocupação, educação e renda) proporcionais à sua área de ocupação. Por outro lado, não houve compatibilidade entre o desenho dos setores censitários com a comunidade Morro do Encontro e, por isso, parte desta comunidade não agrega os dados censitários aqui apresentados.

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Tabela 5 – Sexo e Razão de Sexos segundo as Comunidades nas UPPs do Lins, R.A. Méier e Município do Rio de Janeiro - 2010

Razão de Sexos

(H/M) x 100

Barro Preto 227 45,5% 272 54,5% 499 100,0% 83,46

Barro Vermelho 374 45,3% 452 54,7% 826 100,0% 82,74

Cachoeirinha 962 48,9% 1.007 51,1% 1.969 100,0% 95,53

Dona Francisca 439 46,2% 512 53,8% 951 100,0% 85,74

Morro da Bacia 242 50,1% 241 49,9% 483 100,0% 100,41

Morro da Cachoeira Grande 750 49,9% 753 50,1% 1.503 100,0% 99,60

Morro do Amor 598 45,3% 722 54,7% 1.320 100,0% 82,83

Morro do Encontro 567 47,1% 637 52,9% 1.204 100,0% 89,01

Vila Cabuçu 213 42,3% 290 57,7% 503 100,0% 73,45

Morro da Cotia 461 49,4% 473 50,6% 934 100,0% 97,46

Bairro Ouro Preto 1746 48,7% 1.841 51,3% 3.587 100,0% 94,84

Morro do Céu 437 47,8% 477 52,2% 914 100,0% 91,61

Morro Nossa Senhora da Guia 868 51,1% 830 48,9% 1.698 100,0% 104,58

Pretos Forros 191 45,9% 225 54,1% 416 100,0% 84,89

Santa Terezinha 1619 49,6% 1.647 50,4% 3.266 100,0% 98,30

Outeiro (RA - Méier) 307 46,4% 354 53,6% 661 100,0% 86,72

Rua Camarista Meier, 914 - - - - - - -

Total 10.001 48,2% 10.733 51,8% 20.734 100,0% 93,18

R.A. M éier 83,36

Rio de Janeiro 88,07

Fonte: Censo Demográfico IBGE (2010)

46,8% 53,2% 100,0%

45,5% 54,5% 100,0%

Comunidades Homens % Mulheres % Total

A Tabela 6 apresenta as informações referentes aos grupos etários, divididos entre crianças (0 a 14 anos), jovens (15 a 29 anos), adultos (30 a 64 anos) e idosos (65 anos ou mais). Destaca-se nela a diferença proporcional de crianças entre as comunidades – principalmente entre as comunidades Cachoeirinha e Morro do Amor, compostas em 33,1% e 33,0% por crianças, respectivamente, e a comunidade Morro Nossa Senhora da Guia, onde essa proporção é de 11,9%. Outro dado a ser observado é a diferença proporcional de crianças entre o total das comunidades (25,2%) e a R.A. Méier (16,3%), assim como a diferença proporcional do número de idosos entre esses dois espaços (apenas 6,8% nas comunidades contra 13,4% da R.A. Méier). De fato, a grande dessemelhança na composição etária fica evidente quando as faixas de crianças e de jovens (0 a 14 e 15 a 29 anos) são retratadas em conjunto: enquanto nas UPPs do Lins o somatório dos indivíduos que compõem estas faixas etárias constitui 50,7% da população local, na R.A. Méier essa taxa é de 38,6%.

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Tabela 6 – Total e percentual de Crianças, Jovens, Adultos e Idosos segundo as Comunidades nas UPPs do Lins, R.A. Méier e Município do Rio de Janeiro – 2010

Pessoas % Pessoas % Pessoas % Pessoas % Pessoas %

Barro Preto 155 31,1% 127 25,5% 192 38,5% 25 5,0% 499 100,0%

Barro Vermelho 227 27,5% 208 25,2% 328 39,7% 63 7,6% 826 100,0%

Cachoeirinha 651 33,1% 568 28,8% 675 34,3% 75 3,8% 1.969 100,0%

Dona Francisca 303 31,9% 246 25,9% 362 38,1% 40 4,2% 951 100,0%

Morro da Bacia 146 30,2% 150 31,1% 176 36,4% 11 2,3% 483 100,0%

Morro da Cachoeira Grande 387 25,7% 415 27,6% 621 41,3% 80 5,3% 1.503 100,0%

Morro do Amor 436 33,0% 369 28,0% 471 35,7% 44 3,3% 1.320 100,0%

Morro do Encontro 312 25,9% 346 28,7% 486 40,4% 60 5,0% 1.204 100,0%

Vila Cabuçu 121 24,1% 157 31,2% 203 40,4% 22 4,4% 503 100,0%

Morro da Cotia 281 30,1% 263 28,2% 350 37,5% 40 4,3% 934 100,0%

Bairro Ouro Preto 896 25,0% 946 26,4% 1511 42,1% 234 6,5% 3.587 100,0%

Morro do Céu 211 23,1% 222 24,3% 422 46,2% 59 6,5% 914 100,0%

Morro Nossa Senhora da Guia 202 11,9% 399 23,5% 926 54,5% 171 10,1% 1.698 100,0%

Pretos Forros 128 30,8% 105 25,2% 154 37,0% 29 7,0% 416 100,0%

Santa Terezinha 583 17,9% 626 19,2% 1633 50,0% 424 13,0% 3.266 100,0%

Outeiro (RA - Méier) 195 29,5% 135 20,4% 293 44,3% 38 5,7% 661 100,0%

Rua Camarista Meier, 914 - - - - - - - - - -

Total 5.234 25,2% 5.282 25,5% 8.803 42,5% 1.415 6,8% 20.734 100,0%

R.A. M éier

Rio de Janeiro


19,4% 24,1% 46,0% 10,4% 100,0%

16,3% 22,3% 48,0% 13,4% 100,0%

Comunidades

Faixa Etária

0 a 14 15 a 29 30 a 64 65 + Total

A Tabela 7 mostra o número de homens e de mulheres em cada comunidade segundo 4 faixas etárias. A divisão por faixa etária se difere da utilizada na Tabela 6. Criou-se um recorte etário diferente para a população idosa: ao invés do recorte ser de 65 anos ou mais, usou-se um de 60 anos ou mais de idade. Nota-se na Tabela 7 que na primeira faixa (de 0 a 14 anos), o total da população masculina é maior do que a feminina quando consideramos as comunidades localizadas nas UPPs do Lins como um todo. Entre 15 a 29 anos, o número de pessoas do sexo feminino supera o do sexo masculino, visto que esta faixa etária é composta por 2.745 mulheres e 2.537 homens. Além disso, é possível observar também que uma maior quantidade de mulheres se verifica durante toda a fase adulta (entre 30 e 59 anos) na área considerada. Igualmente se pode constatar uma grande diferença entre os sexos no conjunto da população idosa, sendo aproximadamente 55% desta faixa etária composta por mulheres.

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Tabela 7 - Faixa Etária por sexo segundo as Comunidades nas UPPs do Lins – 2010

H M H M H M H M H M

Barro Preto 80 75 62 65 72 109 13 23 227 272

Barro Vermelho 113 114 96 112 137 170 28 56 374 452

Cachoeirinha 338 313 261 307 306 330 57 57 962 1.007

Dona Francisca 155 148 112 134 155 189 17 41 439 512

Morro da Bacia 72 74 80 70 82 87 8 10 242 241

Morro da Cachoeira Grande 205 182 214 201 283 304 48 66 750 753

Morro do Amor 226 210 157 212 187 260 28 40 598 722

Morro do Encontro 165 147 162 184 197 255 43 51 567 637

Vila Cabuçu 50 71 69 88 82 107 12 24 213 290

Morro da Cotia 142 139 138 125 160 178 21 31 461 473

Bairro Ouro Preto 469 427 476 470 656 734 145 210 1.746 1.841

Morro do Céu 89 122 113 109 192 196 43 50 437 477

Morro Nossa Senhora da Guia 118 84 181 218 441 416 128 112 868 830

Pretos Forros 59 69 49 56 68 81 15 19 191 225

Santa Terezinha 290 293 307 319 758 776 264 259 1.619 1.647

Outeiro (RA - Méier) 95 100 60 75 127 144 25 35 307 354


Total 2.666 2.568 2.537 2.745 3.903 4.336 895 1.084 10.001 10.733


60 + Total

5.234 5.282 8.239 1.979 20.734

Comunidades

Faixa Etária / Sexo

0 a 14 15 a 29 30 a 59

Com a finalidade de representar de forma mais clara e comparar a distribuição etária da população, as pirâmides etárias da área das UPPs do Lins e da R.A. Méier estão apresentadas abaixo (Gráfico 2). A pirâmide etária das UPPs do Lins se difere bastante da pirâmide que representa a distribuição etária da população na R.A. Méier. Na área das UPPs do Lins há um afunilamento maior no topo da pirâmide, o que indica um padrão baixo de envelhecimento da população, bastante diferente do que ocorre na R.A. Méier. Observa-se também que dentre todas as faixas etárias analisadas, nas UPPs do Lins destaca-se a que vai de 10 a 14 anos de idade, visto que é sobremaneira maior que as demais. Ainda no que diz respeito a esta faixa etária específica, nota-se que a mesma é bastante superior nas UPPs do Lins se comparada á mesma faixa etária apresentada pela pirâmide da R.A. Méier.

Gráfico 2 – Pirâmides Etárias das Comunidades nas UPPs do Lins e R.A. Méier – 2010

15% 10% 5% 0% 5% 10% 15%

0-4

5-9

10-14

15-19

20-24

25-29

30-34

35-39

40-44

45-49

50-54

55-59

60-64

65-69

70-74

75-79

80+

UPPs do Lins

Mulheres

Homens

Fonte: Dados do Censo Demográfico IBGE (2010)

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3. DADOS CENSITÁRIOS 2010: SOCIOECONÔMICOS

Este item do Panorama dos Territórios apresenta um conjunto de dados socioeconômicos a respeito do território analisado que revela aspectos considerados de fundamental importância para entender a realidade de cada área. Os dados estão apresentados em duas seções. A primeira resume um conjunto de informações referentes à infraestrutura e serviços urbanos, assim como à condição domiciliar. Mais concretamente, dizem respeito ao acesso dos domicílios localizados nas comunidades à infraestrutura adequada de água e de esgotamento sanitário, assim como a serviços de coleta de lixo e de fornecimento de energia elétrica. Além disso, incluiu-se nesta seção a condição de ocupação do domicílio. A segunda seção resume algumas informações censitárias de educação, calculadas através do cruzamento entre dados de alfabetização da população com os de 3 faixas etárias distintas e delimitadas da seguinte forma: de 8 a 9 anos de idades, de 10 a 14 anos de idade e maiores de 15 anos. Dados absolutos de pessoas alfabetizadas ou não destes três recortes etários estão também apresentados por sexo. Por fim, a terceira seção apresenta os dados de renda considerados mais pertinentes para este contexto. Os dados sobre o rendimento mensal domiciliar per capita dos domicílios particulares foram observados de acordo com as seguintes faixas de renda: até 1/8 de salário mínimo; de 1/8 até ¼; de ¼ até 1/2; de ½ até 1; de 1 a 2 e de mais de 2 salários mínimos. Já os dados que tratam da renda dos responsáveis pelos domicílios e da renda dos responsáveis pelos domicílios segundo o sexo foram analisados em correspondência com outras faixas de renda: até ½ salário mínimo; de ½ até 1; de 1 até 2; de 2 a 3 e de mais de 3 salários mínimos.

3.1. SERVIÇOS URBANOS E CONDIÇÃO DE OCUPAÇÃO

3.1.1. CONDIÇÃO DE OCUPAÇÃO

Os dados censitários indicam uma considerável diferença interna às comunidades que compõem as UPPs do Lins em relação à condição de ocupação dos domicílios. Por condição de ocupação entende-se que o domicílio pode ser próprio de um ou mais moradores; alugado; cedido gratuitamente por terceiros, seja este pelo empregador ou qualquer outra pessoa, mesmo que os moradores paguem taxas de conservação; ou ainda ocupado por uma forma que não se encaixa em nenhuma das três acima mencionadas, como por exemplo, através de ocupações. É importante frisar que a classificação dos domicílios nas categorias mencionadas é baseada naquilo que os moradores declararam ao Censo 2010.

Enquanto na comunidade Morro do Céu a proporção de domicílios próprios dos moradores é de 96,3%, no outro extremo está a comunidade Santa Terezinha, onde esta proporção é de apenas 73,4%. Considerando todas as comunidades das UPPs do Lins, a proporção de domicílios próprios dos moradores é de 85%, percentual este maior que o da R.A. Méier (71,3%) e da cidade do Rio de Janeiro (73,1%). Já no que diz respeito aos domicílios alugados, as comunidades Santa Terezinha e Barro Preto são as áreas que apresentam os maiores percentuais (26,4% e 21,1%, respectivamente) e estão bastante acima da média de 12,4% apresentada pelas comunidades aqui consideradas. Por outro lado, as comunidades Morro da Cachoeira Grande, Morro Nossa Senhora da Guia, Pretos Forros e Vila Cabuçu são as que apresentam os menores percentuais de domicílios nesta classificação (4,1%, 3,9%, 3,8% e 3,8%, respectivamente). A comunidade Morro do Amor se destaca no que tange aos percentuais de domicílios cedidos (11,7%), enquanto a comunidade Morro do Encontro é a única que apresenta percentual representativo de domicílios classificados na categoria outros (1,2%). A Tabela 8 apresenta as informações referentes à condição de ocupação das comunidades localizadas nas UPPs do Lins.

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Tabela 8 – Total e Percentual de Domicílios Particulares Permanentes por Condição de Ocupação segundo as Comunidades nas UPPs do Lins, R.A. Méier e Município do Rio de Janeiro – 2010

Domicílios % Domicílios % Domicílios % Domicílios % Domicílios %

Barro Preto 121 75,2% 34 21,1% 6 3,7% 0 0,0% 161 100,0%

Barro Vermelho 192 83,5% 33 14,3% 5 2,2% 0 0,0% 230 100,0%

Cachoeirinha 503 91,1% 43 7,8% 4 0,7% 2 0,4% 552 100,0%

Dona Francisca 234 87,6% 32 12,0% 1 0,4% 0 0,0% 267 100,0%

Morro da Bacia 122 91,7% 7 5,3% 4 3,0% 0 0,0% 133 100,0%

Morro da Cachoeira Grande 399 95,7% 17 4,1% 1 0,2% 0 0,0% 417 100,0%

Morro do Amor 283 77,1% 41 11,2% 43 11,7% 0 0,0% 367 100,0%

Morro do Encontro 264 76,5% 53 15,4% 24 7,0% 4 1,2% 345 100,0%

Vila Cabuçu 125 95,4% 5 3,8% 1 0,8% 0 0,0% 131 100,0%

Morro da Cotia 249 85,6% 41 14,1% 1 0,3% 0 0,0% 291 100,0%


Morro do Céu 283 96,3% 9 3,1% 2 0,7% 0 0,0% 294 100,0%

Morro Nossa Senhora da Guia 373 95,9% 15 3,9% 1 0,3% 0 0,0% 389 100,0%

Pretos Forros 98 94,2% 4 3,8% 2 1,9% 0 0,0% 104 100,0%

Santa Terezinha 609 73,4% 219 26,4% 2 0,2% 0 0,0% 830 100,0%

Outeiro (RA - Méier) 164 86,3% 21 11,1% 5 2,6% 0 0,0% 190 100,0%


Total 4.874 85,0% 708 12,4% 141 2,5% 8 0,1% 5.731 100,0%

R.A. M éier

Rio de Janeiro


Comunidades

Condição de Ocupação

Próprio Alugado

0,8%

Cedido Outros

100,0%71,3%

100,0%73,1% 22,3% 3,9% 0,7%

Total

3,7%24,2%

3.1.2. SANEAMENTO BÁSICO (ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO)

Entende-se aqui como abastecimento de água adequado o número total de domicílios cujos moradores declararam que suas residências estavam ligadas à rede geral de água, enquanto que inadequado refere-se àqueles que responderam que seus domicílios têm outras formas de abastecimento, por exemplo, proveniente de poços, rios ou através de caminhões pipa. Vale sublinhar que os dados censitários referem-se apenas à cobertura de abastecimento de água. Não apontam, portanto, para a qualidade deste serviço. Para esta finalidade, seriam necessários dados complementares que remetessem, por exemplo, à intermitência no fornecimento. Por sua vez, entende-se aqui como acesso a esgotamento sanitário adequado, tanto os domicílios conectados à rede geral de esgoto ou à rede pluvial

4 quanto aqueles em que os moradores alegaram

estarem ligados a uma fossa séptica para despejo. A precariedade do acesso a esta infraestrutura, classificada aqui como inadequada, é medida pela soma de outras formas de despejo que não sejam estas, a saber, fossas rudimentares, valas, diretamente no mato ou encosta, etc. Os domicílios cujos moradores responderam não possuírem banheiro também foram considerados como uma classificação a parte. Enfatiza-se, novamente, que os dados não apontam para a qualidade do serviço prestado, apenas mensuram a cobertura da infraestrutura instalada. Na Tabela 9, observa-se que o percentual de domicílios nas UPPs do Lins cujos moradores disseram ter acesso à rede geral de água é 78,5%, percentual este muito inferior ao apresentado pela cidade do Rio de Janeiro como um todo (98,5%). Em 1.233 domicílios (21,5% do universo total) os habitantes declaram que

4 Segundo as instruções contidas no Manual do Recenseador utilizado durante o levantamento dos dados do Censo 2010, os

domicílios conectados à rede geral de esgoto foram contabilizados juntamente com os domicílios que utilizam a rede pluvial como escoadouro. Em função disso, tanto os domicílios ligados à rede geral de esgoto quanto os domicílios que usam a rede pluvial como sistema de coleta serão aqui classificados como “domicílios com esgotamento sanitário adequado”.

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não estavam conectados a esta infraestrutura. Os dados censitários apontam, portanto, para uma cobertura de abastecimento de água bastante deficiente na área em questão. Os índices mais alarmantes estão nas comunidades Cachoeirinha, Bairro Ouro Preto, Santa Terezinha e Morro da Cotia. Nestas comunidades os índices de inadequação do abastecimento de água são de 92,8%, 34,8%, 33,7% e 21,3%, respectivamente. Merece ênfase o fato de que os percentuais de inadequação do abastecimento de água apresentados por estas comunidades são extremamente superiores aos referentes à R.A. Méier (1,2%) e ao município do Rio de Janeiro (1,5%). Por outro lado, as comunidades Barro Preto, Dona Francisca, Morro da Bacia, Vila Cabuçu, Morro Nossa Senhora da Guia e Pretos Forros apresentam o percentual de 100% de domicílios com fornecimento de água adequado, dado este que confirma a concentração das deficiências do abastecimento de água em determinadas comunidades na área aqui considerada.

Tabela 9 – Total e Percentual de Domicílios Particulares Permanentes por Forma de Abastecimento de Água segundo as Comunidades nas UPPs do Lins, R.A. Méier e Município do Rio de Janeiro – 2010

Domicílios % Domicílios % Domicílios %

Barro Preto 161 100,0% 0 0,0% 161 100,0%

Barro Vermelho 229 99,6% 1 0,4% 230 100,0%

Cachoeirinha 40 7,2% 512 92,8% 552 100,0%

Dona Francisca 267 100,0% 0 0,0% 267 100,0%

Morro da Bacia 133 100,0% 0 0,0% 133 100,0%

Morro da Cachoeira Grande 416 99,8% 1 0,2% 417 100,0%

Morro do Amor 363 98,9% 4 1,1% 367 100,0%

Morro do Encontro 344 99,7% 1 0,3% 345 100,0%

Vila Cabuçu 131 100,0% 0 0,0% 131 100,0%

Morro da Cotia 229 78,7% 62 21,3% 291 100,0%

Bairro Ouro Preto 672 65,2% 358 34,8% 1.030 100,0%

Morro do Céu 282 95,9% 12 4,1% 294 100,0%

Morro Nossa Senhora da Guia 389 100,0% 0 0,0% 389 100,0%

Pretos Forros 104 100,0% 0 0,0% 104 100,0%

Santa Terezinha 550 66,3% 280 33,7% 830 100,0%

Outeiro (RA - Méier) 188 98,9% 2 1,1% 190 100,0%

Rua Camarista Meier, 914 - - - - - -

Total 4.498 78,5% 1.233 21,5% 5.731 100,0%

R.A. M éier

Rio de Janeiro


Comunidades

Água

Adequado Inadequado Total

98,5% 1,5% 100,0%

98,8% 1,2% 100,0%

A proporção de domicílios ligados à rede geral de água não é, na maioria das vezes, homogênea dentro de uma comunidade. Subdividindo as comunidades nas UPPs do Lins em setores censitários, visualiza-se através do Mapa 2 esta distinção interna, qualificando a informação de forma mais próxima da realidade local. Pelo mapa, pode-se perceber que os maiores déficits no abastecimento de água se concentram em determinados setores censitários, ilustrados com cores mais escuras e localizados na comunidade Cachoeirinha. Em concordância com os dados expostos pela Tabela 9, o Mapa 2 indica que em todos os

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setores desta comunidade menos de 15% dos domicílios possuem acesso a abastecimento de água considerado adequado. Já a comunidade Santa Terezinha apresenta uma distinção interna considerável. Em uma parte desta comunidade (especificamente, nos setores censitários ilustrados em cor mais escura) apenas entre 35% e 56% dos domicílios possuem abastecimento de água identificado como adequado, enquanto a outra parte da comunidade (onde os setores censitários estão ilustrados em cor mais clara) apresenta entre 78% e 80% dos domicílios ligados à rede geral de água.

Mapa 2 – Percentual de Domicílios Particulares Permanentes com Acesso a Abastecimento de Água Adequado segundo os setores censitários das Comunidades nas UPPs do Lins – 2010


No conjunto total das comunidades observadas, moradores de 1.211 domicílios disseram ter o esgoto despejado de forma outra a da rede geral ou em uma fossa séptica, o que representa 21,1% do universo de domicílios. A taxa de adequação na cobertura da infraestrutura de esgoto na área das UPPs do Lins é de 78,6%, muito inferior ao índice apresentado pela R.A. Méier (97,6%) e pela cidade do Rio de Janeiro (94,9%). Entretanto, verifica-se que há grandes diferenças entre as comunidades que compõem a área observada. Especificamente, destaca-se a dissimilaridade entre as comunidades Barro Preto, Morro da Bacia e Vila Cabuçu, que apresentam o percentual de 100% de adequação do esgotamento sanitário, em relação às comunidades Cachoeirinha, Dona Francisca e Bairro Ouro Preto, que possuem apenas 7,6%, 57,3% e 66,6% de esgotamento sanitário considerado adequado. Os dados de esgotamento sanitário estão expostos na Tabela 10 e as diferenças internas às comunidades que constituem as UPPs do Lins estão representadas no Mapa 3. Cores mais escuras no mapa mostram em quais setores há os maiores déficits. Os setores censitários mais preocupantes estão localizados nas comunidades Cachoeirinha e Bairro Ouro Preto. Nestes setores, menos de 22% dos domicílios possuem esgotamento sanitário considerado adequado.

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Tabela 10 – Total e Percentual de Domicílios Particulares Permanentes por Tipo de Esgotamento Sanitário segundo as Comunidades nas UPPs do Lins, R.A. Méier e Município do Rio de Janeiro - 2010

Domicílios % Domicílios % Domicílios % Domicílios %

Barro Preto 161 100,0% 0 0,0% 0 0,0% 161 100,0%

Barro Vermelho 229 99,6% 0 0,0% 1 0,4% 230 100,0%

Cachoeirinha 42 7,6% 509 92,2% 1 0,2% 552 100,0%

Dona Francisca 153 57,3% 114 42,7% 0 0,0% 267 100,0%

Morro da Bacia 133 100,0% 0 0,0% 0 0,0% 133 100,0%

Morro da Cachoeira Grande 413 99,0% 4 1,0% 0 0,0% 417 100,0%

Morro do Amor 342 93,2% 24 6,5% 1 0,3% 367 100,0%

Morro do Encontro 342 99,1% 1 0,3% 2 0,6% 345 100,0%

Vila Cabuçu 131 100,0% 0 0,0% 0 0,0% 131 100,0%

Morro da Cotia 238 81,8% 44 15,1% 9 3,1% 291 100,0%

Bairro Ouro Preto 686 66,6% 343 33,3% 1 0,1% 1.030 100,0%

Morro do Céu 280 95,2% 14 4,8% 0 0,0% 294 100,0%

Morro Nossa Senhora da Guia 321 82,5% 68 17,5% 0 0,0% 389 100,0%

Pretos Forros 101 97,1% 3 2,9% 0 0,0% 104 100,0%

Santa Terezinha 745 89,8% 85 10,2% 0 0,0% 830 100,0%

Outeiro (RA - Méier) 188 98,9% 2 1,1% 0 0,0% 190 100,0%

Rua Camarista Meier, 914 - - - - - - - -

Total 4.505 78,6% 1.211 21,1% 15 0,3% 5.731 100,0%

R.A. M éier

Rio de Janeiro


97,6% 2,4% 0,0% 100,0%

94,9% 5,0% 0,1% 100,0%

Comunidades

Esgotamento Sanitário

Com Banheiro ou Sanitário

AdequadoTotal

Inadequado

Sem Banheiro ou

Sanitário

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Mapa 3 – Percentual de Domicílios Particulares Permanentes com Acesso a Esgotamento Adequado segundo os setores censitários das Comunidades nas UPPs do Lins – 2010


3.1.3. LIXO

Os dados censitários relativos à existência ou não de coleta de lixo indicam que a cobertura deste serviço é heterogênea entre as comunidades nas UPPs do Lins. Considerou-se para classificar como cobertura adequada aqueles domicílios cuja coleta é realizada, seja diretamente pelo serviço de coleta porta a porta ou indiretamente através de caçambas colocadas pela Comlurb. Chamou-se esta categoria de domicílios com destino de lixo adequado, ou seja, onde existe a coleta. Por sua vez, considerou-se como inadequado aqueles domicílios cujos moradores responderam que o destino do lixo é um terreno baldio, um logradouro, um curso d´agua ou queimado e enterrado em algum terreno, assim como qualquer outro tipo de destino. Novamente, é relevante ressaltar que os dados são relativos apenas à cobertura do serviço de coleta, não indicando a qualidade da mesma, como por exemplo, sua frequência ou a condição geral de limpeza local tal como o acúmulo de lixo nos logradouros públicos e nos cursos d’água, etc. A Tabela 11 mostra que a maior proporção de coleta de lixo inadequada está na comunidade Morro do Céu. Nesta comunidade, 49% dos domicílios tiveram moradores que afirmaram não ter acesso direto ao serviço de coleta direta ou às caçambas instaladas pela Comlurb, proporção bastante superior às outras comunidades nas UPPs do Lins e contrastante com a média da cidade do Rio de Janeiro, onde a falta de cobertura da coleta atinge apenas 0,7% dos domicílios. Fora a carência específica desta comunidade, observa-se que a média da área das UPPs no quesito coleta de lixo inadequado é de 4,7%, bastante superior o índice apresentado pela R.A. Méier (0,3%). Destaca-se positivamente os 100% de cobertura de coleta de lixo adequada nas comunidades Barro Vermelho, Cachoeirinha e Morro do Amor.

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Tabela 11 – Total e Percentual de Domicílios Particulares Permanentes por Tipo de Destino do Lixo segundo as Comunidades nas UPPs do Lins, R.A. Méier e Município do Rio de Janeiro - 2010

Domicílios % Domicílios % Domicílios %

Barro Preto 158 98,1% 3 1,9% 161 100,0%

Barro Vermelho 230 100,0% 0 0,0% 230 100,0%

Cachoeirinha 552 100,0% 0 0,0% 552 100,0%

Dona Francisca 266 99,6% 1 0,4% 267 100,0%

Morro da Bacia 130 97,7% 3 2,3% 133 100,0%


Morro do Amor 367 100,0% 0 0,0% 367 100,0%


Vila Cabuçu 130 99,2% 1 0,8% 131 100,0%

Morro da Cotia 275 94,5% 16 5,5% 291 100,0%

Bairro Ouro Preto 959 93,1% 71 6,9% 1.030 100,0%

Morro do Céu 150 51,0% 144 49,0% 294 100,0%


Pretos Forros 102 98,1% 2 1,9% 104 100,0%

Santa Terezinha 829 99,9% 1 0,1% 830 100,0%

Outeiro (RA - Méier) 171 90,0% 19 10,0% 190 100,0%


Total 5.459 95,3% 272 4,7% 5.731 100,0%

R.A. M éier

Rio de Janeiro


Comunidades

Lixo

TotalAdequado Inadequado

99,3% 0,7% 100,0%

99,7% 0,3% 100,0%

O Mapa 4 mostra as diferenças internas às comunidades localizadas nas UPPs do Lins. Tal como a Tabela 11 expos acima, pode-se perceber que todos os setores censitários da comunidade Morro do Céu (ilustrados em cor mais escura) possuem apenas 51% dos domicílios com acesso ao serviço de coleta adequada de lixo. Este é o menor índice encontrado entre todas as comunidades aqui observadas.

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Mapa 4 – Percentual de Domicílios Particulares Permanentes com Acesso a Coleta de Lixo Adequado segundo os setores censitários das Comunidades nas UPPs do Lins – 2010


3.1.4. ENERGIA ELÉTRICA

O último tema da seção referente a serviços urbanos e condição domiciliar diz respeito à energia elétrica. As informações apresentadas na Tabela 12 referem-se, primeiramente, à existência ou não de energia elétrica no domicílio, segundo, se a fonte de energia é a companhia distribuidora (Light na cidade do Rio de Janeiro) ou se a origem é outra - o IBGE considera “outras fontes” como sendo as fontes de energia solar, eólicas e gerador. No entanto, na prática, sabe-se que essa opção (“outras fontes”) significa que a energia é proveniente de companhia distribuidora, mas que não é computada pela agência fornecedora. A tabela mostra ainda se os domicílios conectados à rede de energia da Light possuem relógio ou medidor para registro de consumo. Vale ressaltar que a existência de relógio instalado não implica necessariamente em registro do consumo de energia elétrica exclusiva do domicílio. Esta informação aponta, entretanto, para a condição básica para um serviço de qualidade. Para que se tenha um quadro mais preciso sobre a formalização e a qualidade do serviço de distribuição de energia elétrica, seria necessário, contudo, outras fontes de informações. Com isso em mente, observa-se na Tabela 12 que, assim como na cidade como um todo, praticamente não há domicílios sem energia no território, visto que apenas 3 domicílios (em um universo de 5.731 domicílios) não possuem energia em toda área das UPPs do Lins. Desta forma, não existe discrepância entre a média de domicílios sem energia nas comunidades consideradas e a média neste mesmo quesito no município do Rio de Janeiro, visto que o percentual apresentado por ambas as áreas é praticamente nulo. Nota-se que as comunidades Cachoeirinha e Morro da Cotia são as áreas que possuem os menores percentuais de domicílios com energia e medidor (17,9% e 23,7%, respectivamente), muito abaixo da média do conjunto de comunidades que compõem as UPPs do Lins (70,2%). Em contrapartida, as

19

comunidades Morro da Bacia e Vila Cabuçu merecem destaque por apresentarem a taxa de 100% de domicílios com energia e medidor. No que diz respeito aos domicílios que utilizam energia de outras fontes, é possível constatar que os mesmos estão concentrados nas comunidades Cachoeirinha, Dona Francisca, Morro do Amor, Bairro Ouro Preto e Morro Nossa Senhora da Guia. Nestas comunidades, o percentual de domicílios que utilizam energia de outras fontes é de 82,1%, 37,5%, 15,5%, 9,9% e 24,7%, respectivamente. As informações por setores censitários estão apresentadas de forma espacializada no Mapa 5, onde pode-se perceber que os piores percentuais de domicílios com energia elétrica e medidor estão concentrados nas comunidades Morro da Cotia e Cachoeirinha. Nestas duas comunidades, todos os setores censitários possuem apenas entre 11% e 25% de domicílios com energia elétrica e medidor.

Tabela 12 – Total e Percentual de Domicílios Particulares Permanentes por Existência, Tipo de Fonte e Presença de Medidor de Energia Elétrica segundo as Comunidades nas UPPs do Lins, R.A. Méier e Município do Rio de Janeiro - 2010

Domicílios % Domicílios % Domicílios % Domicílios % Domicílios %

Barro Preto 160 99,4% 0 0,0% 1 0,6% 0 0,0% 161 100,0%

Barro Vermelho 224 97,4% 5 2,2% 0 0,0% 1 0,4% 230 100,0%

Cachoeirinha 99 17,9% 0 0,0% 453 82,1% 0 0,0% 552 100,0%

Dona Francisca 146 54,7% 21 7,9% 100 37,5% 0 0,0% 267 100,0%

Morro da Bacia 133 100,0% 0 0,0% 0 0,0% 0 0,0% 133 100,0%

Morro da Cachoeira Grande 415 99,5% 0 0,0% 2 0,5% 0 0,0% 417 100,0%

Morro do Amor 296 80,7% 14 3,8% 57 15,5% 0 0,0% 367 100,0%

Morro do Encontro 181 52,5% 164 47,5% 0 0,0% 0 0,0% 345 100,0%

Vila Cabuçu 131 100,0% 0 0,0% 0 0,0% 0 0,0% 131 100,0%

Morro da Cotia 69 23,7% 222 76,3% 0 0,0% 0 0,0% 291 100,0%


Morro do Céu 188 63,9% 105 35,7% 0 0,0% 1 0,3% 294 100,0%

Morro Nossa Senhora da Guia 293 75,3% 0 0,0% 96 24,7% 0 0,0% 389 100,0%

Pretos Forros 100 96,2% 4 3,8% 0 0,0% 0 0,0% 104 100,0%

Santa Terezinha 682 82,2% 148 17,8% 0 0,0% 0 0,0% 830 100,0%

Outeiro (RA - Méier) 171 90,0% 19 10,0% 0 0,0% 0 0,0% 190 100,0%


Total 4.022 70,2% 895 15,6% 811 14,2% 3 0,1% 5.731 100,0%

R.A. M éier

Rio de Janeiro


Comunidades

Energia Elétrica

Com Energia de Companhia Distribuidora Com Energia de Outras

FontesTotal

100,0%6,0% 1,4% 0,0%

0,0% 100,0%

92,6%

Com Medidor Sem MedidorSem Energia

94,9% 3,7% 1,4%

20

Mapa 5 – Percentual de Domicílios Particulares Permanentes com Energia Elétrica da Companhia Distribuidora e com Medidor ou Relógio segundo os setores censitários das Comunidades nas UPPs do Lins – 2010


3.2. EDUCAÇÃO

Os dados de educação do Censo Demográfico do IBGE 2010 referem-se à taxa de alfabetização de pessoas com 5 ou mais anos de idade. Como definição de “alfabetizado” considera-se a pessoa capaz de ler e escrever um texto simples. Como já mencionado, foram considerados três recortes etários (de 8 a 9 anos; de 10 a 14 anos; e 15 ou mais anos de idade). Encontram-se nesta seção tanto informações sobre o número absoluto e percentual de pessoas alfabetizadas e não alfabetizadas para cada recorte etário, quanto o número absoluto de pessoas alfabetizadas e não alfabetizadas por sexo. O Estatuto da Criança e do Adolescente entende o acesso à educação como um direito, portanto, um dever do Estado. Isso porque há consenso sobre o fato de que ser alfabetizado é fundamental para estar inserido na sociedade moderna, ter acesso à informação e dispor de condições mínimas para desenvolver-se integralmente. Os dados apresentados não revelam a cobertura do ensino na área analisada, ou seja, não é possível inferir o número de crianças que frequentam a escola e, portanto, se a demanda está sendo atendida. No entanto, eles sinalizam dois aspectos importantes: a quantidade de crianças alfabetizadas e a quantidade de crianças que não são alfabetizadas, mas deveriam ser.

21

3.2.1. ANALFABETISMO ENTRE CRIANÇAS DE 8 A 9 ANOS DE IDADE

A Tabela 13 mostra, sobretudo, a existência de 116 crianças de 8 a 9 anos que indicaram não saber ler nem escrever. As comunidades com maior número de crianças não alfabetizadas são Cachoeirinha e Santa Terezinha (19 crianças em cada uma delas), enquanto a comunidade que apresenta o maior percentual de crianças nestas condições é a Morro Nossa Senhora da Guia (39,4% das crianças). Vale lembrar que nesta faixa etária as crianças deveriam estar cursando entre o 2º e o 4º ano e, portanto, já deveriam estar alfabetizadas há pelo menos dois anos. Mais especificamente, é relevante apontar para o fato de que estas 116 crianças que indicaram não saber ler nem escrever correspondem a 16,2% do total de crianças na faixa etária considerada. Em contrapartida, destaca-se positivamente a baixa proporção relativa de crianças não alfabetizadas nas comunidades Barro Vermelho (4,2%) e Dona Francisca (5,1%).

Tabela 13 – Total e Percentual de Pessoas Alfabetizadas e Não Alfabetizadas de 8 a 9 anos segundo as Comunidades nas UPPs do Lins, R.A. Méier e Município do Rio de Janeiro – 2010

Pessoas % Pessoas % Pessoas %

Barro Preto 19 76,0% 6 24,0% 25 100,0%

Barro Vermelho 23 95,8% 1 4,2% 24 100,0%

Cachoeirinha 86 81,9% 19 18,1% 105 100,0%

Dona Francisca 37 94,9% 2 5,1% 39 100,0%

Morro da Bacia 12 70,6% 5 29,4% 17 100,0%


Morro do Amor 52 86,7% 8 13,3% 60 100,0%


Vila Cabuçu 9 69,2% 4 30,8% 13 100,0%

Morro da Cotia 24 64,9% 13 35,1% 37 100,0%

Bairro Ouro Preto 96 90,6% 10 9,4% 106 100,0%

Morro do Céu 28 87,5% 4 12,5% 32 100,0%


Pretos Forros 13 92,9% 1 7,1% 14 100,0%

Santa Terezinha 79 80,6% 19 19,4% 98 100,0%

Outeiro (RA - Méier) 26 92,9% 2 7,1% 28 100,0%


Total 599 83,8% 116 16,2% 715 100,0%

R.A. M éier

Rio de Janeiro


92,7% 100,0%

Não AlfabetizadasComunidades

Crianças de 8 a 9 anos

Alfabetizadas

7,3%

4,9% 100,0%95,1%

Total

A Tabela 14 mostra o número absoluto de crianças do sexo masculino e feminino não alfabetizadas nesta faixa. Do total de 715 crianças de 8 a 9 anos de idade na área das UPPs do Lins, nota-se que a diferença entre o número de meninos e meninas é considerável: são 374 meninos contra 341 meninas. Esta desproporção entre meninos e meninas se reflete no conjunto de crianças não alfabetizadas no conjunto de comunidades em questão, visto que foram localizados mais meninos do que meninas nestas condições: 65 meninos contra 51 meninas. Observando as comunidades da área das UPPs do Lins

22

individualmente, nota-se que Vila Cabuçu, Morro Nossa Senhora da Guia e Santa Terezinha são as áreas que apresentam a maior desproporção entre meninos e meninas não alfabetizados. Nas comunidades citadas, respectivamente, foram encontrados 4, 10 e 12 meninos que não sabiam ler nem escrever. Simultaneamente, nestas mesmas comunidades foram localizadas 0, 3, e 7 meninas analfabetas.

Tabela 14 – Pessoas Alfabetizadas e Não Alfabetizadas de 8 a 9 anos por Sexo segundo as Comunidades nas UPPs do Lins – 2010

H M H M H M

Barro Preto 13 6 4 2 17 8

Barro Vermelho 10 13 1 0 11 13

Cachoeirinha 39 47 9 10 48 57

Dona Francisca 18 19 1 1 19 20

Morro da Bacia 5 7 3 2 8 9

Morro da Cachoeira Grande 31 17 2 5 33 22

Morro do Amor 28 24 4 4 32 28

Morro do Encontro 16 11 1 1 17 12

Vila Cabuçu 4 5 4 0 8 5

Morro da Cotia 12 12 6 7 18 19

Bairro Ouro Preto 56 40 4 6 60 46

Morro do Céu 8 20 3 1 11 21

Morro Nossa Senhora da Guia 11 9 10 3 21 12

Pretos Forros 4 9 1 0 5 9

Santa Terezinha 44 35 12 7 56 42

Outeiro (RA - Méier) 10 16 0 2 10 18


Total 309 290 65 51 374 341


599 116 715

Comunidades Não AlfabetizadasAlfabetizadas Total


A distribuição espacial da taxa de analfabetismo para a faixa etária de 8 a 9 anos de idade pode ser visualizada no Mapa 6. Como pode ser observado, nas comunidades observadas existem setores censitários (ilustrados em cor mais escura) nos quais entre 25% e 40% das crianças entre 8 e 9 anos de idade não são alfabetizadas. Estes setores censitários estão localizados nas comunidades Bairro Ouro Preto, Morro Nossa Senhora da Guia, Morro da Cotia, Vila Cabuçu e Morro da Bacia.

23

Mapa 6 – Percentual de Pessoas de 8 a 9 anos Não Alfabetizadas segundo as Comunidades nas UPPs do Lins – 2010


3.2.2. ANALFABETISMO ENTRE CRIANÇAS DE 10 A 14 ANOS DE IDADE As Tabelas 15 e 16 mostram as informações censitárias de educação entre crianças de 10 a 14 anos de idade que, idealmente, deveriam estar cursando entre o 5º e o 9º ano do ensino fundamental. São 91 as crianças encontradas que não sabiam ler nem escrever de um universo total de 2.039. Isto representa uma taxa de analfabetismo de 4,5%, consideravelmente acima da taxa da cidade do Rio de Janeiro (2,0%) e da R.A. Méier (1,6%). É relevante ressaltar que das 91 crianças analfabetas encontradas nas comunidades das UPPs do Lins neste recorte etário, 61% delas estão concentradas nas comunidades Barro Preto, Cachoeirinha, Morro da Cotia, Bairro Ouro Preto e Santa Terezinha. Por outro lado, as comunidades Morro do Céu e Outeiro (RA - Méier) foram as que apresentaram a menor taxa de analfabetismo na área considerada. Nestas comunidades, apenas 1,2% das crianças entre 10 e 14 anos de idade não são alfabetizadas. Similarmente aos dados apresentados na Tabela 14, na Tabela 16 verifica-se que o número de pessoas analfabetas é significativamente diferente entre os sexos na faixa de 10 a 14 anos de idade. No conjunto de 91 pessoas na faixa etária supracitada não alfabetizadas nas comunidades observadas, há um número relativo maior de analfabetos do sexo masculino do que do sexo feminino: 56 são homens enquanto 35 são mulheres. Isto representa uma proporção de aproximadamente 61% e 39%, respectivamente.

24

Tabela 15 – Total e Percentual de Pessoas Alfabetizadas e Não Alfabetizadas de 10 a 14 anos segundo as Comunidades nas UPPs do Lins, R.A. Méier e Município do Rio de Janeiro - 2010


Barro Preto 57 86,4% 9 13,6% 66 100,0%

Barro Vermelho 107 98,2% 2 1,8% 109 100,0%

Cachoeirinha 222 95,7% 10 4,3% 232 100,0%

Dona Francisca 133 97,1% 4 2,9% 137 100,0%

Morro da Bacia 54 93,1% 4 6,9% 58 100,0%


Morro do Amor 168 97,7% 4 2,3% 172 100,0%


Vila Cabuçu 43 93,5% 3 6,5% 46 100,0%

Morro da Cotia 90 88,2% 12 11,8% 102 100,0%

Bairro Ouro Preto 321 95,5% 15 4,5% 336 100,0%

Morro do Céu 80 98,8% 1 1,2% 81 100,0%


Pretos Forros 44 97,8% 1 2,2% 45 100,0%

Santa Terezinha 235 95,9% 10 4,1% 245 100,0%

Outeiro (RA - Méier) 84 98,8% 1 1,2% 85 100,0%


Total 1.948 95,5% 91 4,5% 2.039 100,0%

R.A. M éier

Rio de Janeiro


Comunidades


Alfabetizadas Não Alfabetizadas Total

1,6%

100,0%

100,0%98,4%

98,0% 2,0%

As diferenças internas ao território, por setores censitários, para este recorte etário estão representadas no Mapa 7. Pode-se notar que existem setores censitários (ilustrados em cor mais escura) onde entre 9% e 14% das crianças com idade entre 10 e 14 anos não são alfabetizadas. Estes setores são os mais preocupantes na área considerada e estão localizados nas comunidades Bairro Ouro Preto, Morro da Cotia e Barro Preto.

25

Mapa 7 – Percentual de Pessoas de 10 a 14 anos Não-Alfabetizadas segundo as Comunidades nas UPPs do Lins – 2010


26

Tabela 16 – Pessoas Alfabetizadas e Não Alfabetizadas de 10 a 14 anos por Sexo segundo as Comunidades nas UPPs do Lins – 2010

H M H M H M

Barro Preto 34 23 5 4 39 27

Barro Vermelho 54 53 1 1 55 54

Cachoeirinha 110 112 4 6 114 118

Dona Francisca 69 64 3 1 72 65

Morro da Bacia 23 31 3 1 26 32


Morro do Amor 84 84 2 2 86 86


Vila Cabuçu 15 28 1 2 16 30

Morro da Cotia 40 50 8 4 48 54

Bairro Ouro Preto 170 151 9 6 179 157

Morro do Céu 37 43 1 0 38 43


Pretos Forros 20 24 0 1 20 25

Santa Terezinha 107 128 7 3 114 131

Outeiro (RA - Méier) 43 41 0 1 43 42


Total 974 974 56 35 1.030 1.009


Comunidades



1.948 91 2.039

3.2.3. ANALFABETISMO ENTRE PESSOAS COM 15 ANOS OU MAIS DE IDADE

O último recorte etário utilizado para a análise dos déficits educacionais das comunidades nas UPPs do Lins concerne à população com 15 anos de idade ou mais. Trata-se de uma informação extremamente relevante por ser um indicador de desenvolvimento social importante para analistas e gestores públicos, pois indica um alto grau de vulnerabilidade social. A Tabela 17 expõe os dados de alfabetização relativos às pessoas desta faixa etária. Enquanto para este recorte etário a média de pessoas não alfabetizadas na cidade do Rio de Janeiro não excede 3%, nota-se que na comunidade Morro da Cotia esta média é de 14,9%, a média mais alta dentro do conjunto de comunidades consideradas. Esta proporção é, de fato, consideravelmente maior do que a média geral de 6,3% das UPPs do Lins. Em contrapartida, o percentual mais baixo foi registrado na comunidade Morro Nossa Senhora da Guia, onde apenas 0,9% das pessoas na faixa etária supracitada não são alfabetizadas. As diferenças internas às comunidades aqui analisadas para este recorte etário estão representadas no Mapa 8, de acordo com os setores censitários. Pode-se notar que existem setores censitários preocupantes (ilustrados em cor mais escura) nos quais o percentual de pessoas não alfabetizadas com 15 anos de idade ou mais fica entre 11% e 15%. Estes setores estão localizados nas comunidades Bairro Ouro Preto, Santa Terezinha, Morro da Cotia, Morro da Cachoeira Grande e Cachoeirinha.

27

Tabela 17 – Total e Percentual de Pessoas Alfabetizadas e Não Alfabetizadas com 15 anos ou mais de idade segundo as Comunidades nas UPPs do Lins, R.A. Méier e Município do Rio de Janeiro - 2010


Barro Preto 326 94,8% 18 5,2% 344 100,0%

Barro Vermelho 571 95,3% 28 4,7% 599 100,0%

Cachoeirinha 1.206 91,5% 112 8,5% 1.318 100,0%

Dona Francisca 610 94,1% 38 5,9% 648 100,0%

Morro da Bacia 319 94,7% 18 5,3% 337 100,0%

Morro da Cachoeira Grande 1.073 96,1% 43 3,9% 1.116 100,0%

Morro do Amor 818 92,5% 66 7,5% 884 100,0%


Vila Cabuçu 354 92,7% 28 7,3% 382 100,0%

Morro da Cotia 556 85,1% 97 14,9% 653 100,0%

Bairro Ouro Preto 2.450 91,0% 241 9,0% 2.691 100,0%

Morro do Céu 660 93,9% 43 6,1% 703 100,0%

Morro Nossa Senhora da Guia 1.483 99,1% 13 0,9% 1.496 100,0%

Pretos Forros 270 93,8% 18 6,3% 288 100,0%

Santa Terezinha 2.567 95,7% 116 4,3% 2.683 100,0%

Outeiro (RA - Méier) 445 95,5% 21 4,5% 466 100,0%


Total 14.530 93,7% 970 6,3% 15.500 100,0%

R.A. M éier

Rio de Janeiro


98,2% 1,8% 100,0%

2,9% 100,0%97,1%

Comunidades

Pessoas com 15 ou mais anos


28

Mapa 8 – Percentual de Pessoas com 15 ou mais anos de idade Não Alfabetizadas segundo os setores censitários das Comunidades nas UPPs do Lins – 2010


Quando os dados de alfabetização para pessoas maiores de 15 anos são organizados por sexo, percebe-se uma tendência inversa a das outras faixas etárias consideradas. Verifica-se na Tabela 18 que nas comunidades localizadas nas UPPs do Lins, o número absoluto de mulheres que indicaram não saber ler nem escrever é significativamente maior do que o de homens: enquanto 427 homens nesta faixa não sabem ler nem escrever, 543 mulheres estão nesta condição. Isto é, do total de pessoas não-alfabetizadas, 44% são homens e 56% são mulheres neste recorte etário.

29

Tabela 18 – Pessoas Alfabetizadas e Não Alfabetizadas com 15 anos ou mais de idade por Sexo segundo as Comunidades nas UPPs do Lins – 2010

H M H M H M

Barro Preto 136 190 11 7 147 197

Barro Vermelho 251 320 10 18 261 338

Cachoeirinha 571 635 53 59 624 694

Dona Francisca 272 338 12 26 284 364

Morro da Bacia 160 159 10 8 170 167


Morro do Amor 346 472 26 40 372 512


Vila Cabuçu 153 201 10 18 163 219

Morro da Cotia 276 280 43 54 319 334

Bairro Ouro Preto 1.161 1289 116 125 1.277 1414

Morro do Céu 327 333 21 22 348 355


Pretos Forros 125 145 7 11 132 156

Santa Terezinha 1.280 1287 49 67 1.329 1354

Outeiro (RA - Méier) 206 239 6 15 212 254


Total 6.908 7.622 427 543 7.335 8.165


Comunidades

Pessoas com 15 ou mais anos


14.530 970 15.500

3.3 RENDA

5 3.3.1. RENDIMENTO NOMINAL MENSAL DOMICILIAR PER CAPITA DOS DOMICÍLIOS PARTICULARES

Os dados referentes ao rendimento nominal mensal domiciliar per capita dos domicílios particulares agregam informações importantes sobre as condições de vida e o grau de vulnerabilidade em que vivem as pessoas. Dessa forma, estes dados são capazes de auxiliar na construção de um panorama mais completo sobre os territórios.

A Tabela 19 traz informações apresentadas pelo Censo 2010 sobre o rendimento nominal mensal domiciliar per capita dos domicílios particulares de acordo com as seguintes faixas de renda: até 1/8 de salário mínimo; mais de 1/8 até ¼; mais de ¼ até 1/2; mais de ½ até 1; mais de 1 até 2; mais de 2 salários mínimos; além de informações de domicílios com renda per capita 0 (zero) ou domicílios sem informações de renda. Tendo em vista que os dados foram levantados no ano de 2010, quando o salário mínimo era de R$ 510,00, as faixas de renda mencionadas correspondem respectivamente aos valores de: até R$ 63,75; entre R$ 63,76 e R$ 127,50; entre R$ 127,51 e R$ 255,00; entre R$ 255,01 e R$ 510,00, entre R$ 510,01 e R$1.020,00; e mais de R$1.020,01. A análise do cruzamento feito com as duas primeiras faixas de renda

5 Nas tabelas abaixo, os dados do censo relativos às pessoas sem rendimento encontram-se agregados aos dados referentes às

pessoas que não declararam renda.

30

possibilita construir uma estimativa aproximada sobre o número de domicílios nos quais habitam pessoas sob a linha de indigência ou de pobreza

6. Além disso, as quatro primeiras faixas de renda podem indicar,

de forma aproximada, a quantidade de domicílios nos quais vivem pessoas elegíveis ou já cadastradas no Cadastro Único de Programas Sociais (CadÚnico), uma vez que estas faixas de renda são utilizadas como critérios básicos para o cadastramento de pessoas em determinados programas sociais.

No que diz respeito à linha de indigência o referencial adotado é o mesmo utilizado pelo CadÚnico, que considera o rendimento familiar per capita de R$ 70,00 como um quesito fundamental para o acesso a diversos programas sociais. Para fazer uma correspondência com esse critério, a faixa de renda que vai até 1/8 de salário mínimo, ou seja, até R$ 63,75, também foi utilizada por apresentar um valor aproximado. Contudo, uma vez que esta faixa de renda mostra-se inferior ao rendimento domiciliar per capita (RDPC) usado para definir a linha de indigência, sabe-se que os domicílios em que habitam pessoas com RDPC entre R$ 63,75 e R$ 70,00 não estão contemplados nesta faixa. Isso significa que o percentual de indigência é superior ao apresentado na tabela, sobretudo se fosse possível levar em consideração o grupo de domicílios com pessoas que apresentam renda domiciliar per capita nula, dado este desconhecido.

Já em relação à linha de pobreza buscou-se fazer uma equivalência entre o valor usualmente adotado para defini-la (R$ 140,00) com a faixa de renda que vai de mais de 1/8 até ¼ de salário mínimo, isto é, de R$ 63,76 a R$ 127,5. Mais uma vez, há uma diferença entre as faixas de renda usadas no levantamento do Censo 2010 e o valor aceito como definidor para a linha de pobreza. Portanto, o percentual de pobreza apresentado na tabela é um valor aproximado.

Tabela 19 - Total e Percentual de Domicílios Particulares por Rendimento Nominal Mensal Domiciliar Per Capita segundo as Comunidades nas UPPs do Lins, R.A. Méier e Município do Rio de Janeiro – 2010

total % total % total % total % total % total % total %

Barro Preto 2 1,2% 23 14,3% 39 24,2% 66 41,0% 8 5,0% 1 0,6% 22 13,7%

Barro Vermelho 3 1,3% 8 3,5% 53 23,0% 104 45,2% 46 20,0% 6 2,6% 10 4,3%

Cachoeirinha 11 2,0% 46 8,3% 134 24,3% 209 37,9% 107 19,4% 13 2,4% 32 5,8%

Dona Francisca 6 2,2% 26 9,7% 74 27,7% 82 30,7% 30 11,2% 5 1,9% 44 16,5%

Morro da Bacia 0 0,0% 18 13,5% 42 31,6% 54 40,6% 4 3,0% 1 0,8% 14 10,5%

Morro da Cachoeira Grande 1 0,2% 36 8,6% 169 40,4% 178 42,6% 5 1,2% 0 0,0% 29 6,9%

Morro do Amor 8 2,2% 31 8,4% 87 23,7% 147 40,1% 43 11,7% 10 2,7% 41 11,2%

Morro do Encontro 2 0,6% 17 4,9% 62 18,0% 148 42,9% 80 23,2% 29 8,4% 7 2,0%

Vila Cabuçu 2 1,5% 14 10,7% 50 38,2% 44 33,6% 11 8,4% 1 0,8% 9 6,9%

Morro da Cotia 9 3,1% 29 10,0% 54 18,6% 124 42,6% 46 15,8% 7 2,4% 22 7,6%

Bairro Ouro Preto 7 0,7% 47 4,6% 228 22,1% 390 37,9% 238 23,1% 63 6,1% 57 5,5%

Morro do Céu 5 1,7% 13 4,4% 89 30,3% 159 54,1% 7 2,4% 0 0,0% 21 7,1%

Morro Nossa Senhora da Guia 0 0,0% 39 10,0% 186 47,8% 107 27,5% 33 8,5% 4 1,0% 20 5,1%

Pretos Forros 2 1,9% 7 6,7% 39 37,5% 35 33,7% 16 15,4% 2 1,9% 3 2,9%

Santa Terezinha 4 0,5% 48 5,7% 208 24,9% 451 54,0% 70 8,4% 2 0,2% 52 6,2%

Outeiro (RA - Méier) 2 1,1% 16 8,4% 46 24,2% 75 39,5% 35 18,4% 5 2,6% 11 5,8%

Rua Camarista Meier, 914 - - - - - - - - - - - - - -

Total 64 1,1% 418 7,3% 1560 27,2% 2373 41,4% 779 13,6% 149 2,6% 394 6,9%

R.A. M éier

Rio de Janeiro


23,7% 34,1%

6,8%

Mais de 1 a 2 SM Mais de 2 SMSem Rendimento ou

Sem Informação

4,3%

26,2% 42,7% 3,4%0,3% 1,6%

0,5% 2,8% 10,8% 23,6%

19,0%

ComunidadeAté 1/8 SM

Mais de 1/8 a 1/4

SM

Mais de 1/4 a 1/2

SMMais de 1/2 a 1 SM

A Tabela 19 apresenta os dados referentes ao rendimento nominal mensal domiciliar per capita dos domicílios. Considerando a área das UPPs do Lins como um todo, pode-se verificar que o percentual de domicílios com rendimento nominal mensal domiciliar per capita na faixa de renda que vai até 1/8 de salário mínimo é de 1,1%. Este percentual mostra-se levemente maior que o apresentado para R.A. Méier (0,3%) e para o município do Rio de Janeiro (0,5%). Já o percentual observado na faixa de renda que

6 Embora existam outras possibilidades, é importante ressaltar que a definição adotada para caracterizar a linha de indigência e a

linha de pobreza está baseada nas frações do salário mínimo.

31

corresponde aproximadamente à linha de pobreza revela-se muito superior ao encontrado no município do Rio de Janeiro e na R.A. de Ramos: enquanto para a área das UPPs do Lins este percentual é de 7,3%, no município do Rio de Janeiro e na R.A. Méier é de 2,8% e 1,6%, respectivamente. Esta discrepância repete-se no que diz respeito à faixa de renda maior que 2 salários mínimos. Se no município do Rio de Janeiro 34,1% dos domicílios possuem rendimento nominal mensal domiciliar per capita de mais de 2 salários mínimos, nas comunidades Morro da Cachoeira Grande e Morro do Céu não foram localizados domicílios que agreguem esta faixa de renda. Ainda no que tange à faixa de renda que corresponde a mais de 2 salários mínimos, a comunidade Morro do Encontro constitui outro grande exemplo da diferença que existe entre o território e a cidade como um todo. Nesta comunidade encontramos o maior percentual de domicílios com rendimento nominal mensal domiciliar per capita superior a 2 salários mínimos (8,4%) e, ainda assim, tal percentual mostra-se extremamente inferior ao encontrado para a R.A. Méier (42,7%).

O Mapa 9 mostra as informações de renda domiciliar per capita de até ¼ de salário mínimo de acordo com os setores censitários das comunidades localizadas nas UPPs do Lins. Este dado não inclui domicílios com renda declarada igual a zero, pois como mencionado anteriormente, este grupo refere-se também aos domicílios cujos moradores se recusaram a declarar tal informação. Pode-se perceber que a distribuição não é uniforme em todo o território. Em determinadas áreas pode-se constatar que existem setores censitários (ilustrados em cor mais escura) nos quais há maior concentração de domicílios com renda domiciliar per capita de até ¼ de salário mínimo. Destacam-se negativamente as comunidades Morro da Cotia, Dona Francisca, Barro Preto, Vila Cabuçu e Morro da Bacia, visto que nestas comunidades todos os setores censitários apresentam o percentual de mais de 11% de domicílios com renda mensal declarada de até ¼ de salário mínimo.

Mapa 9 – Percentual de Domicílios Particulares com Renda Mensal declarada: RDPC até ¼ de Salário Mínimo segundo os Setores Censitários das Comunidades nas UPPs do Lins – 2010


32

3.3.2. RENDIMENTO DOS RESPONSÁVEIS PELOS DOMICÍLIOS

Escolheu-se trabalhar também com os dados sobre a renda dos responsáveis pelos domicílios, uma vez que os mesmos possibilitam um melhor entendimento sobre as condições de inserção no mercado de trabalho. Pode-se presumir que, quanto menor a renda do responsável pelo domicílio, pior é sua inserção no mercado de trabalho. Da mesma maneira, a renda mais elevada indica que as condições de inclusão no mercado de trabalho são favoráveis.

Assim sendo, a Tabela 20 apresenta dados referentes às seguintes faixas de renda: até ½ de salário mínimo; mais de ½ até 1; mais de 1 até 2; mais de 2 a 3; e superior a 3 salários mínimos. Tais faixas de renda correspondem respectivamente aos valores de: até R$ 255,00; entre R$ 255,01 e R$ 510,00; entre R$ 510,01 e R$ 1.020,00; entre R$ 1.020,01 e 1.530,00; e superior a R$ 1.530,01.

Tabela 20 - Total e Percentual de Responsáveis pelos Domicílios Particulares Permanentes por Cortes de Renda segundo as Comunidades nas UPPs do Lins, R.A. Méier e Município do Rio de Janeiro – 2010

total % total % total % total % total % total %

Barro Preto 0 0,0% 105 65,2% 24 14,9% 1 0,6% 0 0,0% 31 19,3%

Barro Vermelho 1 0,4% 93 40,4% 91 39,6% 11 4,8% 10 4,3% 24 10,4%

Cachoeirinha 18 3,3% 212 38,4% 185 33,5% 63 11,4% 17 3,1% 57 10,3%

Dona Francisca 7 2,6% 74 27,7% 56 21,0% 14 5,2% 9 3,4% 107 40,1%

Morro da Bacia 0 0,0% 92 69,2% 17 12,8% 1 0,8% 0 0,0% 23 17,3%

Morro da Cachoeira Grande 0 0,0% 350 83,9% 8 1,9% 0 0,0% 0 0,0% 59 14,1%

Morro do Amor 4 1,1% 127 34,6% 120 32,7% 22 6,0% 13 3,5% 81 22,1%

Morro do Encontro 8 2,3% 122 35,4% 146 42,3% 28 8,1% 21 6,1% 20 5,8%

Vila Cabuçu 1 0,8% 83 63,4% 17 13,0% 3 2,3% 2 1,5% 25 19,1%

Morro da Cotia 9 3,1% 141 48,5% 84 28,9% 12 4,1% 7 2,4% 38 13,1%

Bairro Ouro Preto 20 1,9% 255 24,8% 417 40,5% 114 11,1% 71 6,9% 153 14,9%

Morro do Céu 10 3,4% 184 62,6% 29 9,9% 12 4,1% 0 0,0% 59 20,1%

Morro Nossa Senhora da Guia 0 0,0% 295 75,8% 57 14,7% 5 1,3% 5 1,3% 27 6,9%

Pretos Forros 1 1,0% 47 45,2% 38 36,5% 7 6,7% 3 2,9% 8 7,7%

Santa Terezinha 3 0,4% 556 67,0% 158 19,0% 9 1,1% 5 0,6% 99 11,9%

Outeiro (RA - Méier) 3 1,6% 69 36,3% 84 44,2% 6 3,2% 7 3,7% 21 11,1%

Rua Camarista Meier, 914 - - - - - - - - - - - -

Total 85 2,2% 2805 34,8% 1531 39,3% 308 9,3% 170 5,3% 832 9,1%

R.A. M éier

Rio de Janeiro


1,3% 17,1% 24,6% 11,6% 33,3% 12,1%

0,6% 13,5% 21,4% 13,7% 40,9% 9,8%

ComunidadeAté 1/2 SM Mais de 1/2 a 1 SM Mais de 1 a 2 SM Mais de 2 a 3 SM Mais de 3 SM

Sem Rendimento

ou Sem Informação

Nas UPPs do Lins a faixa de renda que vai até ½ salário mínimo engloba 2,2% dos responsáveis pelos domicílios, enquanto no município do Rio de Janeiro este percentual é de 1,3% e na R.A. Méier é de 0,6%. Os dados referentes à faixa de renda de ½ até 1 salário mínimo também expõem diferenças bastantes significativas entre as comunidades consideradas e a cidade como um todo: na comunidade Morro da Cachoeira Grande o percentual de responsáveis pelos domicílios nesta faixa de renda é de 83,9%, bem maior que o percentual apresentado pelo município do Rio de Janeiro (17,1%) e pela R.A. Méier (13,5%). Considerando-se toda a área das UPPs do Lins, a diferenciação entre este território e a cidade também mostra-se gritante: 34,8% dos responsáveis por domicílios na área em questão estão localizados na faixa de renda supracitada. Da mesma forma, os percentuais na faixa de renda superior a 3 salários mínimos indicam, tal como os dados anteriores, uma diferença considerável em relação à cidade. Somente 5,3% dos responsáveis por domicílios na área das UPPs do Lins estão localizados nesta faixa de renda, percentual este que diverge enormemente dos apresentados pela R.A. Méier (40,9%) e pelo município do Rio de Janeiro (33,3%). Esta discrepância relativa à faixa de renda superior a 3 salários mínimos torna-se ainda mais intensa nas

33

comunidades Barro Preto, Morro da Bacia, Morro da Cachoeira Grande e Morro do Céu, uma vez que nestas comunidades não foram encontrados responsáveis por domicílios que agregassem esta faixa de renda. Considerando as comunidades na área das UPPs do Lins como um todo, pode-se perceber no Mapa 10 que os setores censitários que compõem a área são bastante diversos. Destacam-se negativamente as comunidades Morro Nossa Senhora da Guia, Santa Terezinha e Morro da Cachoeira Grande, visto que, exceto por um único setor localizado na comunidade Morro da Cachoeira Grande, todos os demais setores destas três comunidades possuem entre 71% e 85% dos responsáveis por domicílios com renda mensal de até 1 salário mínimo.

Mapa 10 – Percentual de Pessoas Responsáveis com Rendimento Declarado: Renda Mensal de até 1 Salário Mínimo segundo os Setores Censitários das Comunidades nas UPPs do Lins – 2010


A Tabela 21 expõe os dados referentes ao sexo e renda dos responsáveis pelos domicílios. As faixas de renda observadas foram as mesmas utilizadas na tabela anterior.

34

Tabela 21 - Total de Responsáveis pelos Domicílios Particulares Permanentes por Cortes de Renda e por Sexo segundo as Comunidades nas UPPs do Lins – 2010

H M H M H M H M H M H M

Barro Preto 0 0 55 50 14 10 0 1 0 0 10 21

Barro Vermelho 1 0 48 45 51 40 8 3 10 0 7 17

Cachoeirinha 4 14 93 119 114 71 54 9 13 4 22 35

Dona Francisca 1 6 10 64 25 31 11 3 5 4 14 93

Morro da Bacia 0 0 53 39 12 5 0 1 0 0 8 15

Morro da Cachoeira Grande 0 0 247 103 7 1 0 0 0 0 25 34

Morro do Amor 2 2 49 78 84 36 16 6 10 3 16 65

Morro do Encontro 2 6 45 77 91 55 16 12 18 3 5 15

Vila Cabuçu 0 1 35 48 13 4 2 1 2 0 11 14

Morro da Cotia 2 7 74 67 63 21 9 3 6 1 15 23

Bairro Ouro Preto 3 17 124 131 282 135 82 32 53 18 54 99

Morro do Céu 1 9 153 31 15 14 6 6 0 0 23 36

Morro Nossa Senhora da Guia 0 0 269 26 40 17 4 1 3 2 18 9

Pretos Forros 0 1 22 25 28 10 6 1 2 1 4 4

Santa Terezinha 0 3 410 146 123 35 9 0 5 0 61 38

Outeiro (RA - Méier) 2 1 44 25 65 19 5 1 7 0 8 13

Rua Camarista Meier, 914 - - - - - - - - - - - -

Total 18 67 1.731 1.074 1.027 504 228 80 134 42 301 531


ComunidadeAté 1/2 SM

Mais de 1/2 a 1

SMMais de 1 a 2 SM Mais de 2 a 3 SM Mais de 3 SM

Sem Rendimento ou

Sem Informação

A observação dos dados da Tabela 21 relativos ao cruzamento entre sexo e renda dos responsáveis pelos domicílios indica tendências inerentes ao mercado de trabalho e ao papel da mulher na sociedade atual. Na primeira faixa de renda as mulheres constituem a ampla maioria: são 67 mulheres contra 18 homens na faixa que vai até ½ SM. Esta realidade se inverte na segunda faixa de renda (superior a ½ SM até 1 SM), visto que, entre os responsáveis por domicílios que agregam esta faixa de renda, foram localizados 1.731 homens e 1.074 mulheres. Da mesma forma, nas duas maiores faixas de renda aqui observadas as mulheres surgem como minoria em relação aos homens (são 80 mulheres contra 228 homens na faixa superior a 2 SM até 3 SM e 42 mulheres contra 134 homens na faixa superior a 3 SM), fato que demonstra, mais uma vez, um déficit de seus rendimentos frente à parcela masculina.

Estes dados corroboram a tendência nacional observada no mercado de trabalho, em que, de um modo geral, mulheres ganham menos, seja por receberem salários menores que os conferidos aos homens - mesmo quando ambos ocupam as mesmas funções -, por exercerem funções menos valorizadas, ou, ainda, por trabalharem somente em horário parcial.

4. ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICA (IDEB)

O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) foi criado no ano de 2007 pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) com a intenção de medir a qualidade da educação nacionalmente e estabelecer metas para a melhoria do ensino. Dessa forma, o IDEB constitui uma das primeiras iniciativas brasileiras no sentido de avaliar a qualidade da educação em âmbito nacional.

Tal como as notas escolares são usualmente mensuradas, o IDEB também varia de zero a dez. O cálculo do IDEB é realizado com base em dois componentes fundamentais: a taxa de rendimento escolar (taxa de aprovação) e as médias de desempenho nos exames padronizados aplicados pelo Inep. A taxa de rendimento escolar é calculada através da análise dos índices de aprovação obtidos a partir do Censo Escolar, realizado anualmente em todos os estados da federação. Já as médias de desempenho utilizadas

35

são, no caso dos IDEBs dos estados e nacional, obtidas por meio da conjunção das avaliações que constituem o Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb).

Três avaliações externas compõem o Saeb: a Avaliação Nacional da Educação Básica7 (Aneb), a Avaliação

Nacional da Alfabetização8 (ANA) e a Avaliação Nacional do Rendimento Escolar (Anresc), ou Prova Brasil

como é mais conhecida. Esta última é utilizada como média de desempenho para mensurar os IDEBs dos municípios e das escolas individualmente. A Prova Brasil é realizada bianualmente, mesma periodicidade em que o IDEB é calculado.

No que diz respeito especificamente à Prova Brasil, deve-se ressaltar que a mesma trata-se de uma avaliação que envolve alunos da 4ª série / 5º ano e 8ª série / 9º ano do Ensino Fundamental das escolas privadas

9 e das escolas públicas das redes municipais, estaduais e federais. Participam da Prova Brasil as

escolas que possuem no mínimo 20 alunos matriculados em uma das séries/anos mencionados, e os resultados são disponibilizados por escolas e municípios. Nos testes aplicados pela Prova Brasil, os estudantes respondem a itens (questões) de Língua Portuguesa, com ênfase em leitura, e Matemática, com foco na resolução de problemas.

Para calcular o IDEB, as notas das provas de Língua Portuguesa e Matemática levantadas pelas avaliações que compõem o Saeb são padronizadas em uma escala de zero a dez. Após a padronização das notas, o resultado é multiplicado pela taxa de aprovação, que vai de 0% a 100%. Pode-se usar como exemplo uma Escola “X”, que alcançou média 7 nas notas das provas e, ao mesmo tempo, possui 80% de aprovação entre seus alunos avaliados. Para chegar ao IDEB desta escola deve-se multiplicar a média das notas das provas pela taxa de aprovação: 7 x 80% = 7 x 0,8 = 5,6. Ou seja, o IDEB da Escola “X” é 5,6.

A Tabela 22 traz as médias do IDEB para as escolas municipais localizadas em um raio de 500 metros das UPPs do Lins e que, ao mesmo tempo, tenham sido validadas pela Secretaria Municipal de Educação (SME) como equipamentos de referência para estas UPPs

10. A série histórica analisada começa com a

avaliação realizada no ano de 2007 e termina com o último levantamento feito pelo MEC no ano de 2015. A intenção em expor estes dados é avaliar como cada escola evoluiu ao longo das avaliações, tanto nos anos / séries iniciais quanto nos anos / séries finais do ensino fundamental

11.

Ao mesmo tempo, a Tabela 22 apresenta a média do IDEB para as UPPs do Lins como um todo. Para o cálculo desta média precisou-se observar uma questão de suma importância. Tendo em vista que cada escola possui um número diferente de alunos e, desta maneira, algumas escolas possuem mais alunos do que outras, esta característica precisou ser considerada como ponto primordial para a composição da média. Ou seja, fora previamente realizada uma ponderação entre os IDEBs das escolas levando em conta a quantidade de alunos atendidos pelas mesmas para que, no cálculo da média, não ocorresse a supervalorização dos IDEBs das escolas com maior volume de alunos e, consequentemente, a desvalorização do IDEB das escolas que recebem menor quantidade de alunos.

7 A Aneb abrange, de maneira amostral, alunos das redes públicas e privadas do país matriculados na 4ª série / 5º ano e 8ª série /

9ºano do Ensino Fundamental e no 3º ano do Ensino Médio. O objetivo desta avaliação é mensurar a qualidade, a equidade e a eficiência da educação brasileira. A Aneb expõe resultados calculados para o país como um todo, para as regiões geográficas e para as unidades da federação e é realizada bianualmente (Fonte: http://inep.gov.br/web/saeb. Consulta realizada em 12/12/2014). 8 A ANA trata-se de uma avaliação censitária realizada anualmente e que envolve os alunos do 3º ano do Ensino Fundamental das

escolas públicas. Esta avaliação intenciona identificar os níveis de alfabetização e letramento em Língua Portuguesa, alfabetização Matemática e condições de oferta do Ciclo de Alfabetização das redes públicas (Fonte: http://inep.gov.br/web/saeb. Consulta realizada em 12/12/2014). 9 No que diz respeito às escolas privadas, a Prova Brasil não é aplicada de maneira censitária (ou seja, aplicada em todas as escolas)

tal como é feito no âmbito das escolas públicas das redes municipais, estaduais e federais. Desta maneira, a Prova Brasil é realizada nos colégios particulares que são sorteados e, cada vez que as avaliações são realizadas, as instituições participantes não se repetem. 10 A lista das escolas municipais relacionadas às UPPs do Lins fora levantada em 11 de março de 2016, e isso quer dizer que as

escolas municipais instaladas neste território após esta data não estão incluídas neste documento. 11

Deve-se destacar que as escolas municipais da cidade do Rio de Janeiro estão voltadas somente para o ensino fundamental e, em

função disso, os dados aqui apresentados estarão concentrados neste segmento de ensino.

http://inep.gov.br/web/saeb

http://inep.gov.br/web/saeb

36

Tabela 22 – Dados do IDEB para as UPPs do Lins e Município do Rio de Janeiro

IDEB

2007

IDEB

2009

IDEB

2011

IDEB

2013

IDEB

2015IDEB

2007

IDEB

2009

IDEB

2011

IDEB

2013

IDEB

2015

Escola Municipal Affonso Taunay - - - - - - - - - -

Escola Municipal Augusto Frederico Schmidt 3,9 4,4 - - - - - - - -

Escola Municipal José Eduardo de Macedo Soares 3,8 4,2 4,7 4,7 4,3 3,7 2,9 5 4,6 4,2

Escola Municipal Lins de Vasconcelos - - - - 5,5 - - - - -

Escola Municipal Ministro Gama Filho 4 3,3 5,1 4,8 4,7 4,2 3 4,6 3,8 3,8

UPPs do Complexo do Lins 3,9 3,9 4,9 4,7 4,8 4,0 2,9 4,8 4,2 4,0

Rio de Janeiro (apenas rede municipal) 4,5 5,1 5,4 5,3 5,6 4,3 3,6 4,4 4,4 4,3

Fonte: Ministério da Educação (MEC)

Escolas que atendem as UPPs do Complexo do Lins

Anos Iniciais Anos Finais

Através da avaliação das informações apresentadas pela Tabela 22, pode-se perceber que entre as avaliações realizadas nos anos de 2007 e 2009 a média do IDEB dos anos iniciais das escolas relacionadas às UPPs do Lins passa por um processo de evolução positiva muito significativo. Desta forma, esta média passou dos 3,9 pontos registrados no ano de 2007 para 4,9 pontos no ano de 2009 (incremento de 1,0 ponto). Contudo, este intervalo de tempo é o único onde vemos a média do IDEB dos anos iniciais das UPPs do Lins evoluir positivamente, visto que entre as avaliações de 2007 e 2009 a média em questão permanece a mesma e entre os anos de 2011 e 2013 perde-se 0,2 pontos quando a média registrada nesta última avaliação é de 4,7 pontos. E na avaliação do ano de 2015, temos um incremento de 0,1 pontos na média que alcança 4,8 pontos.

Ainda no que tange às informações expostas pela Tabela 22, pode-se constatar que a média do IDEB dos anos finais para as UPPs do Lins se comporta de maneira semelhante à média do IDEB dos anos iniciais para a mesma área. Assim sendo, entre os anos de 2009 e 2011 esta média passou de 2,9 pontos para 4,8 pontos (incremento de 1,9 pontos). Contudo, na sequência, no ano de 2013 temos que a mesma média foi caiu para 4,2 pontos (diminuição de 0,6 pontos). E em continuidade, no ano de 2015 a média observada também decresce e atinge 4,0 pontos (queda de 0,2 pontos). É importante observar também que entre os anos de 2007 e 2009 ocorre uma queda bastante brusca da média do IDEB dos anos finais para as UPPs quando a pontuação em tela passa de 4,0 para 2,9 (queda de 1,1 pontos).

Além dos dados já analisados, a Tabela 22 sinaliza com a cor verde as notas das escolas que conseguiram atingir a meta estabelecida pelo MEC em cada uma das avaliações. Tais metas são projetadas pelo MEC para cada escola individualmente. Ou seja, cada escola possui metas adaptadas às suas necessidades e à sua realidade. Assim sendo, diante dos dados apresentados pela Tabela 22, temos que a Escola Municipal José Eduardo de Macedo Soares conseguiu atingir três das cinco metas estabelecidas pelo MEC para os anos iniciais. Por outro lado, a referida escola também consegue atingir quatro de suas metas para o IDEB dos anos finais.

Como é possível observar através da Tabela 22, não existem dados para compor a média do IDEB para alguns dos anos (2007, 2009, 2011, 2013 ou 2015). Este fenômeno pode acontecer sob determinadas circunstâncias, tais como o fato de a(s) escola(s) que atende(m) a UPP em questão ter(em) sido criada(s) recentemente, não ter(em) o número de alunos suficientes para participar da avaliação (à saber, 20 alunos no mínimo) ou mesmo ter(em) solicitado a não divulgação de seus dados. Não existem dados para analisarmos a evolução deste segmento na área da UPP.

Abaixo segue o Mapa 11, onde estão localizadas as escolas municipais relacionadas na Tabela 22.

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Mapa 11 – Localização das escolas que atendem as UPPs do Lins

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UPP’S DO LINS - portalgeo.rio.rj.gov.brportalgeo.rio.rj.gov.br/output/UPP/Panoramas/1 Panorama dos Territ+... · Lei de Área de Especial Interesse Social (AEIS), nº 2818 de 23/06/1999