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Tiragem: 74277 País: Portugal Period.: Diária Âmbito: Informação Geral Pág: 16 Cores: Cor Área: 25,50 x 30,00 cm² Corte: 1 de 3 ID: 63455274 07-03-2016 Gracinda Dionísio está reformada. Tira sustento da horta de subsistência Porto e Vale de Cambra Para carenciados apenas Em Vale de Cambra, as 22 parcelas de hortas comunitárias estão ocu- padas, mas sem lista de espera. To- das são para agregados com carên- cias económicas. Em S. João da Ma- deira, os 32 talhões foram criados em julho de 2014 para requalificar a zona ao longo do vale do Vouga. M.M. DeAn - te a Sul Só na Área Metropolitana há 3000 pessoas que aguardam oportunidade para cultivar um talhão Exito das hortas urbanas já gera listas de espera Sónia Oliveira leva produtos que cultiva e guarda-os na arca congeladora Ana Correia Costa [email protected] É gente ansiosa para pôr as mãos na terra, empunhar uma enxada e ver medrar tudo o que puder se- mear. Querem juntar-se a uma nova espécie de agricultores, os da cidade, amadores que plantam para enterrar o stresse, para aliviar . o orçamento familiar ou simples- mente com o objetivo de poderem consumir vegetais garantidamente biológicos. Ou para tudo isto em si- multâneo. E há-os cada vez mais, de Norte a Sul. São os números que o dizem: mais de 3000 pessoas à espera de um pedaço de chão para cultivar só na Area Metropolitana do Porto tra- José Gonçalves e António Mendes passar "Agarrei-me a isto para ter um sustento para a casa. E é terapia" MAIA Dizem que não é raro irem dali para casa estafados, mas. ainda assim. Amadeu Pinheiro e Gracinda Dionisio asseguram que vale a pena o suor que a horta de subsistência do Castélo da Maia lhes arranca da pele. São os dois sexagenários e re- formados, cada um preenchendo um ou mais requisitos para terem acedido a um dos 41 talhões reser- vados a quem esteja desemprega- do. tenha três ou mais filhos a car- go ou rendimento anual inferior a 20 mil euros. Desfiam argumentos que comungam com José Almeida, da horta do Sobreiro. Como se tives- sem estórias de vida idênticas. E, contas feitas, os motivos de Ama- deu e Gracinda não diferem muito. "Estava desempregado e agarrei- me a isto para ter um sustento para a casa. E também porque gosto muito. Acho que é uma terapia para o stresse", diz-nos ele, que revela as raizes transmontanas para recordar que já lidara com a terra. Ela. "reformada de uma confeção que ganha pouco". está na horta do Castélo "para ajudar o orçamento familiar". Por vezes - conta antes de ir sachar o cebolo troca com vizi- nhos o que produz por algo de que precise, como fruta. Diz que lhe "faz bem" trabalhara terra. Tal como Jo- sé, que "desanuvia um bocado a ca- beça" no meio dos legumes. E tira "proveito", claro: "Há três anos que a minha mulher não gasta dinheiro cm tomates". orgulha-se. ANA CORREIA COSTA "Quando tirei os primeiros produtos pensei: 'olha que fixe" GONDOMAR No talhão de Sónia Oli- veira tiram-se alho-francês e nabo e prepara-se o cultivo primaveril com cebolas e morangos. Ao lado, a mãe enche uma saca com couves. São para guardar numa arca conge- ladora já repleta de produtos bioló- gicos saidos da terra da Quinta do Passal. em Valbom. Todos os legu- mes que se comem em casa de Só- nia foram cultivados por ela. Mas até há quatro anos, não era assim. "Não percebia nada disto", diz. Um dia. Sónia soube que a Cã- mara de Gondomar ia abrir uma horta biológica em Valbom e resol- veu experimentar, até porque não pagaria nada pela terra nem pela água usada na rega. "Quando retirei os primeiros produtos, pensei: 'olha que fixe'. E o bichinho foi crescendo", conta. A mãe, porém. não percebe o entusiasmo. "Vivo a oito quilómetros da horta. A minha mãe acha que sou tolinha. Diz que, com o que gasto em gasolina, podia comprar tudo no supermercado. Mas o sabor não seria o mesmo e isto aqui relaxa-me", justifica. Isabel Costa tem o mesmo pro- blema. Confessa que chegou a ser gozada pelo marido e pelos filhos. "Quando coloquei a primeira alfa- ce na mesa, calei-os a todos", reve- la. Tal como Sónia, Isabel encon- trou na agricultura biológica o seu "momento de meditação". E agora não consegue parar. "Gosto de de- senhar como vão ficar os cultivos e conjugar as cores", diz. HERMANA CRUZ "Chego a encher sacadas de cinco quilos de feijão" MATOSINHOS Jardineiro durante 40 anos na Câmara de Matosinhos. António Mendes diz. com orgulho, que "nasceu na agricultura". Por isso, para ele, cultivar um talhão de 28 metros quadrados é fácil. "Faço tudo numa hora", conta, ostentan- do os produtos que consegue co- lher do seu cantinho. "Chego a en- cher sacas de cinco quilos". diz. "Ás vezes, colho feijão que dá: para mim e para oferecer aos meus filhos. São sacadas de feijão e tomai tes", acrescenta José Gonçalves, ga-

urbanas já gera listas de espera - lipor.pt · Cores: Cor Área: 25,50 x 30,00 cm² ... na terra, empunhar uma enxada e ver medrar tudo o que puder se-mear. Querem juntar-se a uma

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Tiragem: 74277

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 16

Cores: Cor

Área: 25,50 x 30,00 cm²

Corte: 1 de 3ID: 63455274 07-03-2016

Gracinda Dionísio está reformada. Tira sustento da horta de subsistência

Porto

e Vale de Cambra Para carenciados apenas

Em Vale de Cambra, as 22 parcelas de hortas comunitárias estão ocu-padas, mas sem lista de espera. To-das são para agregados com carên-cias económicas. Em S. João da Ma-deira, os 32 talhões foram criados em julho de 2014 para requalificar a zona ao longo do vale do Vouga. M.M.

DeAn-te a Sul Só na Área Metropolitana há 3000 pessoas que aguardam oportunidade para cultivar um talhão

Exito das hortas urbanas já gera listas de espera

Sónia Oliveira leva produtos que cultiva e guarda-os na arca congeladora

Ana Correia Costa [email protected]

► É gente ansiosa para pôr as mãos na terra, empunhar uma enxada e ver medrar tudo o que puder se-mear. Querem juntar-se a uma nova espécie de agricultores, os da cidade, amadores que plantam para enterrar o stresse, para aliviar . o orçamento familiar ou simples-mente com o objetivo de poderem consumir vegetais garantidamente biológicos. Ou para tudo isto em si-multâneo.

E há-os cada vez mais, de Norte a Sul. São os números que o dizem: mais de 3000 pessoas à espera de um pedaço de chão para cultivar só na Area Metropolitana do Porto tra-

José Gonçalves e António Mendes passar

"Agarrei-me a isto para ter um sustento para a casa. E é terapia"

MAIA Dizem que não é raro irem dali para casa estafados, mas. ainda assim. Amadeu Pinheiro e Gracinda Dionisio asseguram que vale a pena o suor que a horta de subsistência do Castélo da Maia lhes arranca da pele. São os dois sexagenários e re-formados, cada um preenchendo um ou mais requisitos para terem acedido a um dos 41 talhões reser-vados a quem esteja desemprega-do. tenha três ou mais filhos a car-go ou rendimento anual inferior a 20 mil euros. Desfiam argumentos

que comungam com José Almeida, da horta do Sobreiro. Como se tives-sem estórias de vida idênticas. E, contas feitas, os motivos de Ama-deu e Gracinda não diferem muito. "Estava desempregado e agarrei-me a isto para ter um sustento para a casa. E também porque gosto muito. Acho que é uma terapia para o stresse", diz-nos ele, que revela as raizes transmontanas para recordar que já lidara com a terra.

Ela. "reformada de uma confeção que ganha pouco". está na horta do Castélo "para ajudar o orçamento familiar". Por vezes - conta antes de ir sachar o cebolo troca com vizi-nhos o que produz por algo de que precise, como fruta. Diz que lhe "faz bem" trabalhara terra. Tal como Jo-sé, que "desanuvia um bocado a ca-beça" no meio dos legumes. E tira "proveito", claro: "Há três anos que a minha mulher não gasta dinheiro cm tomates". orgulha-se. ANA CORREIA COSTA

"Quando tirei os primeiros produtos pensei: 'olha que fixe"

GONDOMAR No talhão de Sónia Oli-veira tiram-se alho-francês e nabo e prepara-se o cultivo primaveril com cebolas e morangos. Ao lado, a mãe enche uma saca com couves. São para guardar numa arca conge-ladora já repleta de produtos bioló-gicos saidos da terra da Quinta do Passal. em Valbom. Todos os legu-mes que se comem em casa de Só-nia foram cultivados por ela. Mas até há quatro anos, não era assim. "Não percebia nada disto", diz.

Um dia. Sónia soube que a Cã-

mara de Gondomar ia abrir uma horta biológica em Valbom e resol-veu experimentar, até porque não pagaria nada pela terra nem pela água usada na rega. "Quando retirei os primeiros produtos, pensei: 'olha que fixe'. E o bichinho foi crescendo", conta. A mãe, porém. não percebe o entusiasmo. "Vivo a oito quilómetros da horta. A minha mãe acha que sou tolinha. Diz que, com o que gasto em gasolina, podia comprar tudo no supermercado. Mas o sabor não seria o mesmo e isto aqui relaxa-me", justifica.

Isabel Costa tem o mesmo pro-blema. Confessa que chegou a ser gozada pelo marido e pelos filhos. "Quando coloquei a primeira alfa-ce na mesa, calei-os a todos", reve-la. Tal como Sónia, Isabel encon-trou na agricultura biológica o seu "momento de meditação". E agora não consegue parar. "Gosto de de-senhar como vão ficar os cultivos e conjugar as cores", diz. HERMANA CRUZ

"Chego a encher sacadas de cinco quilos de feijão"

MATOSINHOS Jardineiro durante 40 anos na Câmara de Matosinhos. António Mendes diz. com orgulho, que "nasceu na agricultura". Por isso, para ele, cultivar um talhão de 28 metros quadrados é fácil. "Faço tudo numa hora", conta, ostentan-do os produtos que consegue co-lher do seu cantinho. "Chego a en-cher sacas de cinco quilos". diz.

"Ás vezes, colho feijão que dá: para mim e para oferecer aos meus filhos. São sacadas de feijão e tomai tes", acrescenta José Gonçalves, ga-

Tiragem: 74277

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 17

Cores: Cor

Área: 25,50 x 30,00 cm²

Corte: 2 de 3ID: 63455274 07-03-2016

Bernardino trata da horta em Creixomil ao lado de 571 utilizadores ;eus dias na horta biológica de Custóias João Carlos Ceia está entre as 138 pessoas que tratam de produtos biológicos

Formação Obrigatório saber agricultura

Todos os candidatos com resposta positiva ao pedido de um talhão para cultivo passam por um período de formação obrigatório em agricul-tura. No caso do projeto "Horta à porta", é a própria Lipor que minis-tra, gratuitamente, ações em agri-cultura biológica e compostagem.

Valongo Vão aparecer mais duas hortas

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Existem duas hortas comunitárias : uma gerida pela Câmara e outra pela Junta de Ermesinde, mas em breve prevê-se que as entidades lancem mais duas, disponibilizando um total de quatro neste município. Os utilizadores da horta da Câmara pagam uma taxa de 4,75 euros.R.em

mil euros Durante o verão, a Maia passará a contar com nova horta, revelou o presidente da Câmara, Bragança Fernandes. Com um investimento de 40 mil euros, Águas Santas vai ter 40 talhões ao lado da Junta.

metros quadrados As parcelas das hortas têm, em ge-ral, uma área mínima de 25 metros quadrados, podendo alcançar, em média, os 50. No caso do Castêlo da Maia, por exemplo, surge dupli-cada por ser horta de subsistência.

duzem o êxito em que se transfor-maram as hortas que a partir de 2003 foram florescendo nas zonas urbanas. De tal forma que alguns municípios estão empenhados em criar novos espaços para este fim, de maneira a conseguirem aumen-tar a resposta ao crescente número de pedidos.

A Lipor - Serviço de Gestão de Resíduos do Grande Porto lançou as primeiras sementes nesse ano com o projeto "Horta à porta - Hor-tas biológicas da Região do Porto", em parceria com os municípios as-sociados, que conta hoje com 46 espaços onde é possível praticar agricultura caseira e 100% biológi-ca - condição obrigatória.

A Maia foi o primeiro a lançar-se

na aventura, e levou-a tão a sério que atualmente é o terceiro conce-lho com maior adesão à iniciativa (só Porto e Matosinhos têm mais), contando com oito hortas em vá-rias freguesias - incluindo a pri-meira de subsistência, criada em 2009 no Castêlo da Maia (ler texto em baixo). Isto, além daquelas que entretanto a Câmara começou a promover junto dos mais novos, com a ação "Uma horta em cada es-cola", que conta já com 15 hortas biológicas implementadas nos es-paços escolares do concelho.

Foi também em 2003 que o Por-to se rendeu à agricultura urbana, ao criar hortas municipais que per-mitissem ainda ajudar a "revitalizar terrenos votados ao abandono, in-

seguros, permanentemente cons-purcados ou pejados de seringas em áreas periféricas da cidade", ex-plicou fonte da Autarquia. Assim nasceram as hortas de Aldoar, em 2003, e da Condomínia, no ano se-guinte, que se mantêm ativas até hoje, somando-se a outras 11.

Mas, com uma lista de espera

Cultivam a terra contra o stresse, para sustento ou pelo gosto pela agricultura biológica

que ultrapassa os 800 interessados. há mais por vir: nas próximas se-manas, o município portuense vai abrir a horta de Vilar, e revelou es-tar a "preparar o Plano Municipal das Hortas para colocar mais terre-nos disponíveis para a abertura de novas". Enquanto isso. estão a ser feitas "obras de melhoramento" nos espaços mais antigos.

Também em Gaia e em Matosi-nhos há mais de 800 munícipes a aguardar por um pedaço de terra disponível para cultivar. No segun-do concelho, que dispõe de nove hortas, só não há lista de espera para a única de subsistência, que no momento até tem quatro ta-lhões livres. O município gaiense, que não aderiu ao programa da Li-

por, é, contudo, o que soma mais hortas, com 16 ativas e quatro em fase final de instalação. Segundo a Câmara, a implementação da rede municipal de hortas urbanas "tem sido suportada por donativos de mecenas, não tendo sido afetadas verbas municipais, estando apenas afetos recursos humanos".

Em Vila do Conde há apenas uma pequena horta comunitária em Vairão, que é gerida pela Junta em parceria com a Lipor. Na Póvoa de Varzim há três hortas comunitá-rias: na cidade com 106 talhões, em Rates com 20 e em Aver-o-Mar com 32. A da cidade tem uma lista de espera de mais de 80 pessoas, o que levou a Câmara a criar mais 62 talhões.• com ANA TROCADO MARQUES

rantindo: "Isto não dá trabalho ne-nhum e é tudo natural. Não tem químicos. A própria alface tem ou-tro sabor. A que se compra no su-permercado sabe a água. Esta é uma delícia, como as cebolas. as batatas e os morangos".

Se António vai plantando um pouco por aqui e por ali, José passa a maior parte dos seus dias na hor-ta biológica de Custóias. "Em casa, não tenho espaço onde cultivar. Aqui distraio-me um pouco". justi-fica. Os dois foram dos primeiros a ter um talhão na Rua de Teixeira Lopes. lá lá vão nove anos. E não lhes passa pela cabeça sair dali. Até porque há sempre o que fazer. Nos tempos mortos. os dois amigos conversam ou jogam umas cartas na horta, no meio de um conjunto habitacional, decorada com ban-deiras nacionais. "Esta manhã, já cultivei uns 20 pés de couves. A se-guir, vou pôr feijão e cenouras", re-vela José Gonçalves. KamANA CRUZ

"Em vez de estar no café entretenho-me aqui, que isto dá saúde"

GUIMARÃES Há quase quatro anos que a horta comunitária de Guima-rães se tornou uma parte importan-te da vida de Bernardino Cunha, um dos 517 agricultores amadores que dispõem de um talhão de 50 metros quadrados.

Todas as semanas vai pelo"ffie-nos uma vez à horta, na veiga da freguesia de Creixomil. Convive com os vizinhos de talhão e puxa pelo físico. "Em vez de estar no café entretenho-me aqui, que isto dá saúde", assegura.

Bernardino ocupa uma peque-na parte dos 14 hectares disponibi-iludas pela Câmara de Guimarães para a população e instituições de solidariedade social. Estas começa-ram a cultivar recentemente e o que sai da terra serve para alimen-tar idosos dos lares do concelho.

Ali também há uma área desti-nada à investigação agroalimentar para estudantes universitários des-envolverem os seus projetos, numa parceria entre a Autarquia, a Uni-versidade do Minho e a Universi-dade de Trás-os-Montes.

Em setembro do ano passado, Guimarães foi finalista do concur-so Green Project Awards para a ca-tegoria de "consumo sustentável" com o projeto da horta comunitá-ria. "É bom recebermos prémios. aqui a terra também é boa para plantar de tudo". resume Concei-ção Silva, enquanto tira as ervas da-ninhas da plantação de cebolo. DELFIM MACHADO

"Serve para matar saudades da vivência do meio rural"

SETÚBAL João Carlos Ceia, profis-sional na área de vendas em Azei-tão, dedica grande parte do tempo livre ao seu talhão nas hortas urba-nas de Setúbal. O homem, com 58 anos, é um dos 138 agricultores que gozam de 30 metros quadrados a um custo de 7,5 euros mensais para cultivar as suas couves, hortaliças, salsa, entre outros produtos para uso próprio.

Duas regras têm de ser respeita-das e são mesmo consideradas fun-damentais: não abandonar o espa-

ço e não utilizar produtos químicos. Todos os produtos têm de respeitar a agricultura biológica.

Natural de Portalegre, mais pre-cisamente do sopé da serra de S. Mamede. é neste talhão instalado nos viveiros da Quinta das Amorei-ras que João Carlos mata "saudades da vivência no meio rural". de onde saiu há quase 36 anos. Foi um dos primeiros a inscrever-se na Autar-quia para ter direito a um terreno para cultivar, em julho de 2013, al-tura em que se disponibilizaram os primeiros 74 espaços dedicados às hortas urbanas.

Já no ano passado, coriscientes do êxito das hortas urbanas e da imensa procura por parte da popu-lação, o executivo camarário deci-diu a 5 de outubro expandir para mais 64 talhões. Hoje a lotação está esgotada e há mesmo uma lista de espera com 40 cidadãos que espe-ram iniciar a atividade rural em meio urbano. ROGÉRIO MATOS

Tiragem: 74277

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 1

Cores: Cor

Área: 4,46 x 3,81 cm²

Corte: 3 de 3ID: 63455274 07-03-2016

Milhares aguardam por um talhão para cultivar Pãginas 16 e 17