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Uso de fármacos e dispositivosinalatórios para o manejo da
AsmaDaniel Ramos AthouguiaCRF MG 14.796
Conteúdo
Princípios da Asma Medicamentos usados no manejo da Asma Dispositivos inalatórios usados no manejo da
Asma
IV Diretrizes Brasileiras para o Manejo da Asma
Asma: Definição
Doença inflamatória crônica,caracterizada por hiperresponsividadedas vias aéreas inferiores e porlimitação variável ao fluxo aéreo,reversível espontaneamente ou comtratamento.
IV Diretrizes Brasileiras para o Manejo da Asma
Manifestação clínica
Episódios recorrentes de sibilância,dispnéia, aperto no peito e tosse,particularmente à noite e pela manhãao despertar.
IV Diretrizes Brasileiras para o Manejo da Asma
Causas
Interação entre genética, exposiçãoambiental a alérgenos e irritantes,mudança brusca de temperatura eoutros fatores.
IV Diretrizes Brasileiras para o Manejo da Asma
Epidemiologia da Asma
Causa de 350.000internações anuais no Brasil
4a causa de internaçõespelo SUS
Prevalência mundial emadolescentes: 13,7%No Brasil: 20%
IV Diretrizes Brasileiras para o Manejo da Asma
Asma intermitente
1. Sintomas menos de 1 x semana2. Crises de curta duração3. Sintomas noturnos máximo 2 vezes
por mês4. Provas de função pulmonar normal
no período entre as crises
IV Diretrizes Brasileiras para o Manejo da Asma
Asma persistente leve
1. Sintomas menos de uma vez ao dia2. Sintomas noturnos entre 2 a 3 vezes
por mês3. Provas de função pulmonar normal
entre as crises
IV Diretrizes Brasileiras para o Manejo da Asma
Asma persistente moderada
1. Sintomas diários2. Crises podem afetar as atividades
diárias ou do sono3. Sintomas noturnos uma vez por
semana4. PFE OU VEF entre 60 a 80% do
esperadoIV Diretrizes Brasileiras para o Manejo da Asma
Asma persistente grave
1. Sintomas diários2. Crises frequêntes3. Sintomas noturnos frequêntes
IV Diretrizes Brasileiras para o Manejo da Asma
Dpoc e Asma
DPOC ASMA Iinflamação neutrofílica Inflamação eosinofílica Início após 40 anos Início geralmente na infância Antecedentes de atopias ausentes Antecedentes de atopias presentes História familiar de asma ausente História familiar de asma presente Tabagismo superior a 20 anos Tabagismo ausente Melhora variável com tratamento Melhora acentuada com tratamento Corticóide inalatório Broncodilatadores e corticóide Obstrução pode ser parcialmente reversível Obstrução é reversível espontaneamente
ou com tratamento Fatores de risco Poluição do ar ambiente Trabalhadores expostos a cádmio, Fator de risco genético e Tabagismo Deficiência grave de alfa 1 fumaça química específica
antitripsina Hiperreatividade das vias respiratórias é
um fator de risco para DPOC
Controle da Asma – principal metado tratamento
IV Diretrizes Brasileiras para o Manejo da Asma
Meta do tratamento
Sintomas noturnos Despertares noturnos Necessidade de medicamentos de resgate Limitação de atividade PFE E VEF Exacerbação Revisão
IV Diretrizes Brasileiras para o Manejo da Asma
Conhecimento: um dos princípios dotratamento
Asmáticos e familiares devem ser orientadossobre:– a doença,– como eliminar ou controlar fatores desencadeantes,– diferenças entre tratamento sintomático e de manutenção
Asma persistente moderada e grave devemter plano de ação escrito para uso emexacerbações.
IV Diretrizes Brasileiras para o Manejo da Asma
Fármacos utilizados no tratamentoda Asma
Broncodilatadores – fármacos de alívio– Agonistas dos receptores β-adrenérgicos– Antagonistas dos receptores muscarínicos– Xantinas– Antagonistas do receptor cistenil-leucotrienos
Agentes antiinflamatórios – fármacos de controle– Glicocorticóides– Cromoglicato e Nedocromil sódico
IV Diretrizes Brasileiras para o Manejo da Asma
Síntese de prostaglandinas eleucotrienos
Agonistas dos receptores β-adrenérgicos
Principais efeitos:– dilatar brônquios por ação nos rec. β2-adrenérgicos dos
músculos lisos,– inibir liberação de mediadores de mastócitos e do TNF-alfa,– aumentar eliminação de muco por ação sobre os cílios
Duas categorias:– Ação curta: salbutamol, fenoterol e terbutalina. Por via
inalatória, início ação é 30 min. e duração 4-6 horas.– Ação prolongada: salmeterol, e formoterol. Duração de
ação: 12 horas.
IV Diretrizes Brasileiras para o Manejo da Asma
Antagonistas dos receptoresmuscarínicos
Principais compostos: IPRATRÓPIO E TIOTRÓPIO Relaxam a constrição brônquica causada por
estimulação parassimpática (asma por estímulosirritantes e asma alérgica)
Nas exacerbações graves de asma:– em associação com β2adrenérgico de curta ação– ou isolado no caso de efeitos colaterais como taquicardia e
arritmia cardíaca
Ef. Adversos: secura mucosa oral, glaucoma,retenção urinária
IV Diretrizes Brasileiras para o Manejo da Asma
Xantinas
Principais: Teofilina e teofilina-etilenodiamina(aminofilina)
Broncodilatador com propriedades antiinflamatórias Administradas por:
– via oral (quando não há resposta por agonistas β-adrenérgicos)
– EV (na asma aguda grave)
Não administradas por inalação Estreita faixa de segurança Responsável por muitas interações farmacológicas
indesejáveis (ex. Anticoncepcionais orais, ciprofloxacina)
IV Diretrizes Brasileiras para o Manejo da Asma
Antagonistas do receptor cistenil-leucotrienos: Montelucaste e Zafirlucaste
Todos os leucotrienos atuam sobre o mesmoreceptor
Os antagonistas inibem a ação fisiológica dosleucotrienos, assim:– Inibem asma por exercício e por alérgeno– Relaxam vias aéreas na asma leve
Úteis como aditivos para agonista β2 ouagonista β2 + corticosteróide
IV Diretrizes Brasileiras para o Manejo da Asma
Glicocorticóides
Deve-se considerá-los para pacientes que necessitam debroncodilatadores regulares
É frequente o uso combinado com β2-agonistas
Casos de sintomas graves ou obstrução grave do fluxo de ar:via oral
– Após melhora clínica, redução da dose oral e início de viainalatória
Em casos de sintomas leves: início com via inalatória
Efeitos colaterais:– Sistêmicos: habituais no uso de altas doses– Locais (candidíase e disfonia): observados independente de dose.
IV Diretrizes Brasileiras para o Manejo da Asma
Corticosteróides inalatórios (CI)
Principal alternativa na manutenção,profilaxia e como antiinflamatório
Principais resultados:– ↓ frequência e gravidade das crises,
hospitalizações– Melhora qualidade de vida e função pulmonar– ↓ Hiperresponsividade brônquica– ↓ broncoconstrição induzida por exercício
IV Diretrizes Brasileiras para o Manejo da Asma
Glicocorticóides orais
Indicados nos casos agudos sem respostapor β2agonistas de curta duração
Indicados nos tratamentos das exacerbaçõesgraves da asma– No domicílio para pacientes em tratamento com
CI– Na alta e após exacerbação grave por 5 a 10 dias
IV Diretrizes Brasileiras para o Manejo da Asma
Mecanismo de ação
Cromoglicato e Nedocromil
De modo profilático reduzem respostasasmáticas e diminui responsividadebrônquica
Efeito antiinflamatório fraco, menor que emdoses baixas de CI
Não têm ação em todos os pacientes (emcrianças há maior probabilidade)
Via inalatória, apenas 10% são absorvidos
IV Diretrizes Brasileiras para o Manejo da Asma
Vias de Administração
Vias: oral, injetável e inalatória
Inalatória - vantagens– Ação direta permite atingir
efeito com doses menores (30 xmenos)
– Baixa biodisponibilidadesistêmica, ↓ r.a.
– Início rápido de ação
IV Diretrizes Brasileiras para o Manejo da Asma
Técnica InalatóriaImportante para efetividade do tratamento
Exige conhecimento e habilidades dos usuários +família + profissionais
Utilização incorreta resulta em menor disponibilidadenas vias aéreas inferiores → pobre controle dadoença
Falhas:– Podem chegar a 50% entre usuários– Há desconhecimento entre profissionais
IV Diretrizes Brasileiras para o Manejo da Asma
Aerossol
Conceito: suspensão de partículas respiráveisem meio gasoso
Tamanhos variáveis Respiráveis quando mais da metade têm
diâmetro entre 1 e 5 micra Deposição pulmonar média → 10%
IV Diretrizes Brasileiras para o Manejo da Asma
Deposição pulmonar
Por Impactação– vias aéreas superiores, brônquios principais e suas
bifurcações– partículas maiores que 5 micras– ▲ tamanho, ▲ velocidade, ▲ quantidade
Por Sedimentação– brônquios distais e de pequeno calibre– partículas entre 1 e 5 micras– ▲ tamanho, ▼ velocidade, ▲ quantidade
IV Diretrizes Brasileiras para o Manejo da Asma
Deposição pulmonar
Como Onde Quais
Por ImpactaçãoDiretamente proporcional ao tamanhoDiretamente proporcional à velocidade
vias aéreassuperiores,brônquiosprincipais e suasbifurcações
partículasmaiores que 5micras
Por Sedimentação (gravidade)Diretamente proporcional ao tamanhoInversamente proporcional à velocidade
brônquios distaise de pequenocalibre
partículasentre 1 e 5micras
Partículas menores que 1 micra são exaladas na expiração
IV Diretrizes Brasileiras para o Manejo da Asma
Outros fatores que afetam adeposição
Forma de Respiração– Fluxo inspiratório ideal: entre 30 e 100L/min– Volume inspirado
Características anatômicas Técnica correta de uso dos dispositivos
IV Diretrizes Brasileiras para o Manejo da Asma
Dispositivos inalatórios
– Aerossol dosimetrado “bombinha”– Inaladores de pó– Nebulizadores
IV Diretrizes Brasileiras para o Manejo da Asma
Aerossol Dosimetrado
Aerossol dosimetrado (AD)
Inalador pressurizado com doses medidas “spray” ou “bombinha”
Cilindrometálico
Válvuladosificadora
Envoltório plástico“cachimbo”
Disponibilidade
Broncodilatadores: fenoterol, salbutamol,salmeterol, br. Ipratrópio e associações
Corticosteróides: beclometasona,budesonida, flunisolida, ciclesonida efluticasona
Cromoglicato Associações de broncodilatadores com
corticóides
Técnica de uso
1. Retirar tampa e agitar vigorosamente2. Usuário deve estar de pé ou c/ tronco reto3. Segurar formando um L em distância de
5cm4. Inclinar cabeça para tráz5. Expirar o máximo de ar (não no
dispositivo)6. Pressionar o cilindro e começar inspiração
lenta e profunda7. Prender respiração por 10 segundos
Técnica de uso – principais cuidados
Sempre um jato de cada vez Entre um jato e outro deve-se aguardar 30 seg. Agitar a cada novo jato (se suspensão) Posição em L evita saída do propelente sem o
fármaco Após término: escovar dentes ou gargarejar com
água Língua deve estar na base da boca Até adquirir confiança fazer a técnica na frente do
espelho
Espaçador
Diminui velocidade Permite evaporação do
propelente Permite impactação
partículas maiores nassuas paredes
Maior deposição nas viasaéreas inferiores
Facilitam o uso do aerossol Reduz r.a. local
Cuidados no uso com espaçadorbocal
Pode-se agitar o AD antes ou depois deacoplar ao espaçador
Ao acionar o AD no espaçador deve-se iniciarinspiração imediatamente
Espaçador com Máscara
Indicado para crianças menores de 6 anos, idosos esituações de crise
Usuário de pé ou tronco reto Escolher máscara com tamanho compatível Acoplar ao rosto para evitar vazamentos Respiração por 20 a 30 segundos Ao final limpar a face, além da boca Em casos de não cooperação administrar nas
crianças dormindo – cabeça e pescoço inclinadospara frente
Espaçadores
Volumes apropriados ao tamanho dopaciente– 250 a 500mL → até 3 anos– 500 a 1000mL → acima de 3 anos
Baixa carga eletrostática– Ideais: espaçadores metálicos ou com material antiestático– Para espaçadores plásticos: lavar com detergente neutro e
deixar secar sem enxugar.
Espaçadores
Válvulas unidirecionais – evitam mistura dear expirado com o medicamento
Adaptadores permitem acoplar aos diferentesmodelos de AD
De fabricação caseira:– Estudos consideram viáveis para crise aguda
(broncodilatadores)– Não há estudos que recomendam para anti-inflamatórios
Inaladores de Pó Seco
Inaladores de pó seco (IP)
Medicamento em forma de pó Não há propelente (ecologicamente correto) Aerossol formado na inspiração de ar pelo
usuário Fluxo inspiratório ideal: 30L/min Disponíveis em 6 apresentações Armazenar em local seco
Inaladores de pó seco (IP)
Doses individuais em cápsulas perfuradas– Aerolizer– Respimat
Múltiplas doses– Turbuhaler– Pulvinal– Novolizer
Várias doses isoladas dentro de dispositivo– Diskus
Princípio básico
Fazer o acionamento* – que disponibiliza a dosecorreta na forma de pó
Usuário de pé ou tronco reto Expirar o máximo de ar para fora Colocar bocal entre os dentes e fechar lábios Inclinar cabeça levemente para trás Inspirar rápido e profundo Prender respiração por 10 segundos Escovar dentes ou gargarejar com água
* Segundo técnica de cada apresentação
Aerolizer
Cápsula de gelatina libera doseindividual
Disponível em refil com 15, 30 ou60 doses*
Vida útil (média)*: 90 dias poisocorre desgaste das garras
Mais eficiente com fluxos altos(120L/min)
* Depende do fabricante
Aerolizer
Pressionando os botões laterais doinalador a cápsula é perfurada
Ao inspirar ouve-se o som devibração da cápsula dentro dacâmara
Limpeza do bocal e câmara: apóscada uso com pano seco
Disponível para: formoterol,beclometasona, budesonida,fluticasona e formoterol+budesonida
* Depende do fabricante
Turbuhaler
Múltiplas doses Frascos com 60, 100 ou 200 doses Fármaco em forma micronizada
em um depósito Disco giratório dosificador Disponível: terbutalina, formoterol,
budesonida e formoterol+budesonida
Turbuhaler
Pulvinal
Multiplas doses Não tem marcador de dose Inalador transparente permite
ver redução do nível do pó Frascos com 100 doses Disponível: beclometasona e
salbutamol
Novolizer
Multiplas doses Presença de pó na cavidade oral e sensação de
sabor doce (lactose) confirma administração da dose Tem marcador de doses Dispositivo tem vida útil de 1 ano Cada refil tem 200 doses Fluxo ideal: 90L/min Disponível para budesonida
Novolizer
Bocal
Refil
Diskus
Contém 60 doses embaladasindividualmente em umblister de alumínio
Tem marcador de dose(de 60 a zero)
Disponível para: salmeterol,fluticasona e associaçõesdestes.
Respimat
Névoa sem propelente
Confirmação de administração
Para Novolizer e Pulvinal – presença de póna cavidade oral e sensação de sabor doce(lactose)
Outros dispositivos: o pó é fino, sem cheiroou gosto
Cápsulas (Handihaler e Aerolizer) – abririnalador e chegar se está vazia. Se não,repetir até todo o pó ser inalado.
Nebulizadores
Nebulizadores
Proporcionam fragmentação de soluções oususpensões de fármacos em pequeniníssimas gotaspara serem inaladas
Principal indicação: exacerbações graves e nãoadaptação a outros métodos, p.ex. crianças menoresde 3 anos e idosos debilitados
2 tipos:NJ ou a jatoNU ou ultrassônicos
Nebulizadores a jato (NJ)
Contém um reservatório onde é colocada asolução a ser nebulizada (medicamento + sol.fisiológica).
Fluxo de ar produzido pelo compressor formao aerossol a ser inalado.
Nebulizadores Ultrassônicos (NU)
Um transdutor de cristal cria vibrações quefracionam o líquido formando os aerossóis
Não pode ser usado para suspensões decorticosteróides – devido à liberação de calor
Não faz barulho Tem um reservatório de água para evitar
superaquecimento
Características dos nebulizadores
Volume total idealentre 3 e 5 mL para atingir adequadamenteos pulmões e não demandar tempo excessivo
Fluxo– 6 a 8 L/min para que seja eficaz– Deve produzir no mínimo 50% de partículas
menores que 5 micra
Características dos nebulizadores
Volume residual– Geralmente entre 0,5 a 1,5 mL– Recomenda-se que o volume inicial seja pelo
menos o dobro do residual
Tempo usual: 10 min– Se estiver prolongado pode ser sinal de
ineficiência do aparelho
Principais cuidados no uso denebulizadores
Respirar pela boca lentamente Máscaras
– indicadas para crianças ou debilitados– parte dos aerossóis impactam no rosto e nariz– quando acontece má adaptação pode-se perder
até 85%
Principais cuidados no uso denebulizadores
Usuário de pé ou tronco reto (exceto quandohá tubo extensor)
Manter olhos fechados Ao final limpar a face, escovar dentes ou
enxaguar a boca Sempre examinar o filtro de ar para
substituição se estiver escuro ou comsujidades
Educação em Asma
Junto aos medicamentos constitui um dospilares do tratamento
Aumenta a Adesão ao tratamento
Principais causas de dificuldades deadesão
Ligadas ao paciente:
Interrupção da medicação na ausência de sintomas Uso incorreto da medicação inalatória Complexidade dos esquemas terapêuticos Suspensão da medicação devido a efeitos indesejáveis Falha no reconhecimento da exacerbação dos sintomas
Referências
Frade, J.C. Técnicas de Uso de Dispositivos Inalatórios BeloHorizonte: FIOCRUZ/Centro de Pesquisa RenéRachou/Laboratório de Educação em Saúde, 2005
Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia/Alergia eImunopatologia/Pediatria. IV Diretrizes Brasileiras para oManejo da Asma. J Bras Pneumol., 2006
Katzung, B.G. Farmacologia: Básica & Clínica 9a ed. Rio deJaneiro: Guanabara Koogan, 2005.
Rang, H.P. Farmacologia 5a ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004www.asmasobcontrole.com.brwww.nsam.com.brwww.flumax.com.brwww.paraquenaolhefalteoar.com.br