Uso Do Bloco de Solo Cimento (Blocos Da Hydraform) Em Alternativa Ao Bloco de Cimento e Areia Chungu

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ÍNDICECAPÍTULO I: INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 3

1.1. Problema ..................................................................................................................................... 3

1.2. Pergunta e Hipóteses ................................................................................................................... 3

1.3. Perguntas investigativas de apoio ............................................................................................... 4

1.4. Metodologias ............................................................................................................................... 4

1.5. Estrutura do trabalho ................................................................................................................... 5

1.6. Objectivos ................................................................................................................................... 5

1.7. Relevância do tema .......................................................................................................................... 5

CAPÍTULO II: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ......................................................................... 7

2.1. Conceitos Gerais ................................................................................................................. 7

2.1.1. Solos ................................................................................................................................. 7

2.1.2. Bloco vazado de cimento e areia ..................................................................................... 7

2.1.3. Bloco de solo cimento ...................................................................................................... 8

2.1.4. Blocos de solo cimento da Hydraform............................................................................. 9

CAPÍTULO III: ESTUDO DE CASO .................................................................................................. 15

3.1. Custo Directo Unitário ................................................................................................................... 15

3.1.1. Levantamento dos Recursos ........................................................................................................ 15

3.1.2. Fichas de Custo Seco para o Fornecimento e assentamento de alvenaria de blocos de240x220x115 mm da Hydraform .......................................................................................................... 15

3.1.3. Fichas de Custo Seco para o Fornecimento e assentamento de alvenaria de blocos vazados de200mm, incluindo argamassa de assentamento ao traço 1:5, incluindo reboco com 2cm de espessuracom argamassa devidamente regularizada de cimento e areia ao traço 1:5 e chapisco com argamassade cimento e areia ao traço 1:3.............................................................................................................. 16

CAPÍTULO IV: CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES ................................................................. 19

4.1. Conclusões .................................................................................................................................... 19

4.2. Recomendações .............................................................................................................................. 19

CAPÍTULO V: REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................ 20


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CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO

Actualmente em Moçambique, os jovens vêm se deparando com o constante aumento dos

custos de habitação. Tudo leva a crer que este fenómeno tem muito haver com a subida de

preços dos tradicionais materiais de construcão.

Verificando-se a falta de coragem por parte dos jovens em começar a construir, ou o

frustamento de se ter começado com uma obra e não estar certo da data do seu termino, o que

faz com que muito se mudem para casas inacabadas sentiu-se a necessidade de encontrar uma

solução alternativa como forma de minimizar os custos de habitação usando material

alternativo de bom desempenho igual aos tradicionalmente usados. Pretende-se, no entanto

reduzir custos de habitação tendo em vista as novas tecnicas de contrução de alvenarias.

1.1. Problema

Como actualmente os custos dos materiais são pouco acessíveis à realidade do poder

financeiro dos jovens, o problema foi formulado da seguinte maneira:

“O uso de blocos da Hydraform em alvenarias reduz os custos de construção

comparativamente ao uso de blocos vazados de cimento e areia?”

1.2. Pergunta e Hipóteses

Tendo-se observado que a subida agressiva do custo de materiais tem influencia directa sobre

os custos de habitação e consequentemente no desencorajamento dos jovens em querer

construir, a principal pergunta investigativa que norteou a realização do presente trabalho, foi

formulada da seguinte forma:

“Até que ponto o uso de blocos da Hydraform em alvenarias pode reduzir os custosde habitação?”

Do mesmo modo, as hipóteses, que de acordo com Marconi e Lakatos (2002:26), são

suposições logicas que se fazem na tentativa de se verificar a validade de resposta para um

problema existente, o uso do bloco Hydraform como alternativa foi testada a partir das

seguintes suposições logicas:

H(0): “O uso de blocos da Hydraform como alternativa ao uso de blocos vazados de

cimento irá reduzir os custos de habitação.”


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cimento não irá reduzir os custos de habitação.”

1.3.

Perguntas investigativas de apoio

De acordo com o problema, a pergunta principal e as hipóteses colocadas, foram formuladas

as seguintes perguntas secundárias de apoio para nortear o desenvolvimento do estudo:

a) Como é fabricado o bloco da Hydraform?

b) Quais são os custos de aquisição no mercado do bloco da Hydraform?

c) Qual é o custo seco de fabrico de 1 m2 de uma alvenaria erguida com blocos da

Hydraform?

d) Quais são os custos de aquisição do bloco vazado de cimento e areia?

e) Qual é o custo seco de fabrico de 1 m2 de uma alvenaria erguida com blocos vazado

de cimento e areia?

1.4. Metodologias

Para a concretização deste trabalho, conduziu-se uma investigação de metodologia

qualitativa, visto que, se pretende verificar qual é o impacto do uso de blocos da Hydraform

como alternativa ao actual bloco vazado de cimento e areia. Como método de abordagem

usou-se o Hipotético-dedutivo, que de acordo com Marconi e Lakatos (2009:91), se inicia

pela percepção de uma lacuna nos conhecimentos, acerca da qual se formulam hipóteses e

pelo processo de inferência dedutiva, se testa a predição da ocorrência de fenômenos

abrangidos pela hipótese.

Como técnica de investigação usada no trabalho, tomou-se como preferência a investigação

bibliográfica, como forma de trazer conceitos e teorias relacionadas com os processosconstrutivos de alvenarias e seu respectivo material aplicado.

Por outro lado, desenvolveu-se um estudo de caso, que consistiu na comparação de preços de

aquisição de materiais e custos secos de fabrico de 1 m2 de cada alvenaria erguida com os

matérias em estudo.


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1.5. Estrutura do trabalho

O presente estudo foi desenvolvido em IV capítulos, nos quais se abordou os seguintes

assuntos:

Capitulo I – O método de investigação: este capítulo providencia uma análise daforma como a investigação foi conduzida.

Capítulo II – Revisão bibliográfica: é composto de teorias identificadas bem como

das diversas bibliografias que tratam do assunto, para o enriquecimento teórico da

investigação.

Capítulo III – Estudo de Caso: Constituído pelo estudo dos custos secos de fabrico

das alvenarias no mercado.

Capítulo IV – Conclusões e Recomendações: encerra-se a investigação com asconclusões e recomendações que se julgaram pertinentes relativas ao assunto em

causa.

1.6. Objectivos

O presente trabalho visa atingir os seguintes objectivos:

1.6.1. Objectivo Geral

Reduzir os custos de habitação potencializando a utilização de blocos da

Hydraform em obras correntes.

1.6.2. Objectivos Específicos

Reduzir o custo de execução de alvenarias;

Reduzir o tempo de execução da alvenaria;

Racionalizar o consumo do cimento Portland na construção;

Garantir a sustentabilidade ambiental com a utilização dos blocos da

Hydraform

1.7. Relevância do tema

Numa altura em que a subida constante dos custos de habitação tem vindo a ser o obstáculo para que muitos jovens adquiram ou construam casas, é necessário adoptar alternativas comoforma de tornar as habitações ajustáveis a realidade financeira dos jovens. Deste modo, otrabalho pode revelar-se importante na medida em que ajudará a camada jovem e os demais


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interessados em construir ou adquirir casas a prestar atenção a outras técnicas alternativas quesejam mais acessíveis tecnicamente e financeiramente que as actuais.


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CAPÍTULO II: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1. Conceitos Gerais

2.1.1. SolosSão definidos como sendo conjunto de partículas sólidas provenientes da desagregação de

rochas por acções físicas e químicas, com água ou outros líquidos e ar, em seus espaços

intermediários, (Pinto, 2003 citado por Grande, 2003).

2.1.2. Bloco vazado de cimento e areia

Bloco vazado de cimento e areia

O bloco vazado de cimento e areia resulta da cura e secagem da mistura homogênea decimento e areia podendo conter ou não gravilha que passa por um processo de moldagem

para obter as formas adquiridas.

Este bloco é o que tem o uso mais disseminado, sendo utilizado em larga escala em programas habitacionais, e aquele que mereceu todos os esforços iniciais de normalização.

Processo produtivo

Tal como o bloco de solo cimento produção do bloco vazado de cimento e areia passa pelos

seguintes processos de mistura, prensagem e cura diferindo apenas nos tipos de componentes para obtenção da massa que ao invés de os agregados serem uma mistura areias, siltes eargilas apenas, caso dos blocos de solo cimento, usa simplesmente a areia como agregado ouainda areia com certa quantidade de gravilha.

Propriedades mecânicas

Segundo Usuda (2004), a resistência de compressão dos blocos de cimento e areia varia entre7,9 a 13,2 Mpa.

Geometria

Geometria Dimensões

Largura: 140 mm

Altura: 192 mm

Comprimento: 190


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Largura: 140 mm

Altura: 190 mm

Comprimento: 390 mm

Largura: 190 mm

Altura: 190 mm

Comprimento: 190 mm

Largura: 190 mm

Altura: 190 mm

Comprimento: 390

2.1.3. Bloco de solo cimento

Bloco de solo cimento é então o produto final da cura e secagem da mistura de solo, cimento

e água após passar pela prensa (manual ou automatizada) sem ser necessária a queima tal

como em tijolos cerâmicos.

Modo de Fabrico

O processo de fabrico do bloco de solo cimento se resume em três principais etapas:

Mistura: consiste na preparação do solo (peneiramento, determinação das

percentagens de areias, siltes e argilas), determinação da percentagem de cimento equantidade ideal de água na mistura e por fim a mistura de todos componentes numa

betoneira até se obter uma massa homogênea;

Moldagem: consiste na conformação da massa homogênea de solo cimento nas

formas pretendidas através de máquinas (prensas manuais ou automáticas);

Cura: dá-se após a moldagem e consiste na manutenção da humidade do bloco por um

período determinado de tempo, em geral 7 dias.


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2.1.4. Blocos de solo cimento da Hydraform

Desenvolvidos pela empresa Norte-Americana Hydraform S.A, estabelecida na África do

Sul, os blocos da Hydraform é o modelo mais aplicado em Moçambique e caracterizam-se

pela sua facilidade de execução poupando o uso de cimento na ordem de 70% em relação ao

os blocos convencionais de cimento e areia.

Propriedades do bloco da Hydraform

Resistência à compressão

A resistência à compressão do bloco da Hydraform varia entre 4 a 7 MPa, dependendo

essencialmente da percentagem de cimento na mistura.

Geometria

A tabela a seguir apresenta os tipos de bloco de solo-cimento produzidos pela Hydraform. Na

tabela apresenta-se o bloco padrão de 220 mm usado nas paredes exteriores, seguido do bloco

extra de 140 mm usado nas paredes interiores, o bloco de 220 mm (Conduit) utilizado em

paredes onde se pretende colocar instalações eléctricas e por fim o bloco para o remate de

muros, utilizado como o próprio nome indica, para rematar muros de vedação.

Designação Geometria Dimensões

Blocos de 220 mm:

(Padrão em todas as

máquinas)

Largura: 220 mm

Altura: 115 mm

Comprimento: 120 mm-240

mm

(Padrão em todas as

máquinas)

Blocos de 140 mm:

(Opção Extra)

Largura: 140 mm

Altura: 115 mm


mm

Largura: 140 mm

Altura: 115 mm



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mm

Blocos de 220 mm Conduit:

(Opção Extra)

Largura: 220 mm

Altura: 115 mm


mm

Blocos para remates de

muro:

(Opção Extra)

Largura: 140 mm

Altura: 115 mm


mm

Tabela 1: Propriedades geométricas do bloco da Hydraform

Sistema de execução de alvenaria em blocos de solo e cimento da Hydraform

O sistema construtivo dos blocos da Hydraform substitui o dos blocos convencionais dandovantagem nos seguintes aspectos:

A mobilidade da máquina Hydraform permite que a máquina possa ser transportada

para dos diversos locais da obra com relativa facilidade;

Figura 1: Máquina Hydraform (Fonte: http://www.hydraform.com)

A simplicidade do sistema construtivo requer uma equipe de trabalhadores treinados,

sendo estes capazes de envolver pessoas semi-qualificadas e não qualificadas da

comunidade local, o que permite os moradores construírem as suas próprias casas nas

regiões onde essa tecnologia está sendo utilizada;

Modo de assentamento dos blocos da Hydraform

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A face sob o bloco é chamada cama ou leito do bloco (Bed);

A parte superior é chamada de cume do bloco ou crista (Ridge);

O bloco possui ainda uma face macho e outra fêmea (Male Face/Female Face);

Dá-se um encaixe vertical entre os blocos quando a face inferior de um bloco assenta sobre a

face superior do outro bloco. O bloco possui ainda um encaixe horizontal quando entre a face

macho e fêmea.

Figura 2: Forma e encaixe dos blocos da Hydraform (Fonte: http://www.hydraform.com)

Pontos gerais relativamente ao assentamento

A primeira fiada deve sempre iniciar-se num canto com meio bloco ou outra medida em

função da arquitectura e, é importante que o assentamento seja feito sempre com a mesma

ordem, com o bloco na posição de encaixe macho/fêmea. Depois de assentes os blocos de

canto é colocado um fio para fazer o assentamento dos restantes blocos da primeira fiada com

argamassa de cimento. É importante que esta primeira fiada de blocos esteja perfeitamente

nivelada e com as dimensões correctas que se pretendem no projecto de

arquitectura/estrutura. Esta primeira fiada de blocos, assentes com argamassa, pode ser

assente sobre um alicerce de fundação com sapata contínua, viga contínua ou através de um

ensoleiramento geral sobre a área a construir.

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Figura 3: Assentamento da primeira fiada (Fonte: http://www.hydraform.com)

Outro ponto importante no assentamento desta alvenaria é a utilização de um martelo de borracha, para não danificar o bloco. Depois da primeira fiada assente é importante que, ao

longo da construção da parede, se vá verificando sempre com um fio-de-prumo a

verticalidade da mesma.

Os cantos são pontos extremamente importantes e ao mesmo tempo frágeis, quando não são

bem executados. Garantem a ligação de dois panos de alvenaria, e integram a própria

estrutura, e daí a necessidade de garantir uma boa execução.

Para além do que já vimos, é necessário raspar o cume ou a crista da parte superior do bloco

para o assentamento perfeito do bloco da fiada seguinte, perpendicular a esta. Este é um

cuidado básico, mas importante na execução dos cantos para garantir o nivelamento de todas

as fiadas, garantindo a qualidade da construção.

Figura 4: Cantos (Fonte: http://www.hydraform.com)

Nas Junções em forma de T, a fiada em que a parede perpendicular se sobrepõe com a parede

principal, é necessário também raspar o cume ou a crista da parte superior do bloco para o

assentamento perfeito do bloco da fiada seguinte.

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Figura 5: Junções em T (Fonte: http://www.hydraform.com)

No cruzamento de duas paredes acontece a mesma coisa. Sempre que uma fiada cruza outra,

é necessário raspar o cume ou a crista da parte superior do bloco adjacente.

Figura 1: Cruzamento de paredes (Fonte: http://www.hydraform.com)

Em cantos com ângulos quaisquer superiores a 90º é preciso ter atenção à necessidade de

efetuar o reforço com um grampo em aço.

Figura 2: Contos com ângulos superiores a 90o (Fonte: http://www.hydraform.com)

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Para os vãos de portas e janelas podem ser colocados pré-aros. Quando a parede chega à

altura da padieira, esta é materializada com um lintel betão.

Figura 8: Execução de Vãos, (Fonte: Martins, 2011).

É de preferencia que as instalações hidráulica, sanitária e eléctrica sejam externas, e, por

conseguinte deve-se ter um cuidado especial de modo a evitar vazamentos e existência de fios

fora dos tubos (no caso das instalações eléctricas). Apresenta-se ainda o modelo do bloco

Conduit da Hydraform que possui orifícios por onde podem passar os fios elétricos, mas

sendo ainda alvo de melhoramento devido às suas limitações geométricas.


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CAPÍTULO III: ESTUDO DE CASO

A elaboração deste estudo de caso teve como objectivo fazer um estudo comparativo de

alvenarias executadas com os dois (2) tipos de material.

3.1. Custo Directo UnitárioFoi elaborado fichas de custos como forma de obter os custos secos de fornecimento e

assentamento de alvenarias dos dois (2) tipos blocos. Este custo representa o valor necessário

para a execução deste trabalho (1 m2 de alvenaria).

3.1.1. Levantamento dos Recursos

Para o custo de Mão-de-Obra, fez-se um levantamento do salario mensal liquido que asempresas da província de Nampula oferecem aos trabalhadores efectivos. Daí, transformados

em salário hora. O factor de conversão actualizado de salários mensais foi extraído da tabela

fornecida pelo MOPH (Ministério das Obras Públicas e Habitação) (1983:6). Foi

considerado o rendimento ao invés da produtividade, pois os rendimentos são patrimônio de

algumas empresas, contudo o LNEC (Laboratório Nacional de Engenharia Civil) publicou

tabelas com rendimentos de mão-de-obra que podem ser adquiridas no MOPH. É de salientar

que o rendimento presente nas fichas de custo abaixo representados teve como base sim nas publicações adquiridas no MOPH e actualizadas conforme a realidade actual.

Para o custo dos materiais e equipamentos, foi feito um levantamento dos preços actuais do

mercado. Tendo como referencia o melhor preço possível. Para o rendimento de materiais

como é o caso do cimento e areia foi aplicado também às tabelas do MOPH.

3.1.2. Fichas de Custo Seco para o Fornecimento e assentamento de alvenaria de blocosde 240x220x115 mm da Hydraform

Ficha 1: Fornecimento e assentamento de alvenaria de bloco da Hydraform incluindo todosos serviços necessários à sua perfeita execução

F/A de alvenarias de bloco Hydroform de 20,

DesignaçãoRendimentos Custo Unit.

(MZM)Custo Parcial FABRICO

Quant. Unid M. de Ob Mat. Equip.1- Mão-de-Obra

Serventes (1x0.40h) 0.5 h 43.18 21.59

Pedreiro (1x0.40h) 0.5 h 33.47 16.74


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2 - MaterialBLOCO22.4x11.5x22.0 38 blocos 17.00 646.00

Custo por m238.33 646.00 684.33

3.1.3. Fichas de Custo Seco para o Fornecimento e assentamento de alvenaria de blocosvazados de 200mm, incluindo argamassa de assentamento ao traço 1:5, incluindoreboco com 2cm de espessura com argamassa devidamente regularizada decimento e areia ao traço 1:5 e chapisco com argamassa de cimento e areia aotraço 1:3

Ficha 2: Fabrico e transporte de argamassa ao traço 1:5

FABRICO E TRANSPORTE DE ARGAMASSA AO TRAÇO 1:5 PARA ASSENTAMENTO

DesignaçãoRendimentos Custo

Unit.(MZM)

Custo Parcial FABRICO

Quant. UnidM. deOb Mat. Equip.

1- Mão-de-ObraServentes: _amassar (3x0,183h) 0.549 h _transporte horiz. ate 10m (1x0,38h) 0.38 h

total 0.929 h 33.47 31.09

2 - Material

Cimento 270 kg 5.00 1,350.00

Areia 1.12 m3 400.00 448.00

Agua 140 l 5.00 700.00

3 - Equipamento

Betoneira 500L 0.183 h 225.00 41.18

Custo por m3 31.09 2,498.00 41.18 2,570.27

Ficha 3: F/A de alvenaria de bloco de 200mm

F/A de alvenarias de bloco de 20, incluindo argamassa de assentamento ao traço 1:5

DesignaçãoRendimentos Custo Unit.

(MZM)

Custo Parcial FABRICO

Quant. Unid M. de Ob Mat. Equip.1- Mão-de-Obra


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Serventes (2x0.66h) 1.32 h 23.89 31.53

Pedreiro (1x0.66h) 0.66 h 33.60 22.18

2 - Material

BLOCO 40x20x20 12.5 blocos 25.00 312.50

Fabrico e transporte de argamassa 1:5 0.06 m3 2,570.27 154.22

Agua 25 l 5.00 125.00

Custo por m2 53.71 591.72 645.43

Ficha 4: Execução de reboco em paredes interiores e exteriores com espessura mínima de 2cm devidamente regularizada com argamassa de cimento e areia ao traço 1:5, incluindo

chapisco com argamassa de cimento e areia ao traço 1:3

Execução de reboco em paredes interiores e exteriores com espessura minima 2 cm devidamente regularizadacom argamassa de cimento e areia ao traço 1:5, incluindo chapisco com argamassa de cimento e areia ao traço1:3

Designação RendimentosCustoUnit.

(MZM)Custo Parcial FABRICO

Quant. Unid

M. de

Ob Mat. Equip.

1- Mão-de-Obra

Pedreiro (1x2.10h) 2.1 h 43.18 90.68

Serventes(2x2.10h) 4.2 h 33.47 140.57

2 - Material

F/t de argamassa 1:3 para chapisco eimpermeabilizar 0.01 m3 3,595.00 35.95

F/t de argamassa 1:5 0.01 m3 2,570.27 25.70

Custo por m2 231.25 61.65 292.90

NB: O preço de custo de chapisco é adquirido do mesmo modo que o preço de argamassa ao

traço 1:5

Ficha 5: Preço final de uma parede com o mínimo de qualidade segura (pintura não incluída)


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PREÇO SECO FINAL DE UMA PAREDE DE ALVENARIA COM O MINIMO DE QUALIDADEE SEGURA (PINTURA NÃO INCLUIDA)Custo minimo estimado porm2 1,231.24


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CAPÍTULO IV: CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES

4.1. Conclusões

Com base nos resultados obtidos constataram-se as seguintes conclusões:

Os blocos da Hydraform possuem alto custo de aquisição comparativamente aos blocos

ordinários de cimento e areia, mas levam vantagem no que tange ao custo total de execução

da alvenaria, ou seja, o custo de aquisição de bloco da Hydraform para 1 m2 de alvenaria é de

646,00 MZM ao passo que o custo dos blocos ordinários de cimento e areia por m2 de

alvenaria é de 312,50 MZM, mas o custo total de execução de alvenaria por m2 em bloco da

Hydraform é de 684.33 MZM ao passo que para a mesma unidade de alvenaria em blocos

ordinários de cimento e areia é de 1,231.24 MZM, devido ao facto de o bloco da Hydraformnão necessitar de argamassa para assentamento e de acabamentos o que é imprescindível

aquando a execução de alvenaria de blocos ordinários de cimento e areia.

No entanto, tendo-se verificado a diferença notável de custos, confirma-se a hipótese


cimento irá reduzir os custos de habitação.”

4.2. Recomendações

Tratando-se de um material maciço e de boa resistência pode ser dispensável o uso de pilares

e vigas, reduzindo ainda mais os custos de habitação, mas na zona urbana é recomendável

que se faça o uso destes outros elementos, não ferindo assim a boa postura municipal.

Os sistemas de construção baseados nos blocos da Hydraform conferem sustentabilidade

ambiental, por esta reduzir o nível utilização de produtos durante o processo de execução e

finalização, como cimento que podem ser tóxicos ou nocivos a saúde humana;

Por outro lado, pretende-se propor o uso deste material nas zonas rurais, pois além da boa

resistência, reduz também a taxa de emissão de CO2 (Dióxido de Carbono) para a atmosfera,

por estes não passarem pelo processo de queima do bloco durante a sua fabricação como é o

caso dos blocos cerâmicos.


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CAPÍTULO V: REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

GRANDE, Fernando Mazzeo (2003); Fabricação de tijolos modulares de solo-cimento por

prensagem manual com e sem adição de sílica ativa; Universidade de São Paulo – Escola de

Engenharia de São Paulo (Departamento de Arquitetura e Urbanismo),

MARTINS, Vítor Manuel (2011); Alvenaria em solo cimento Para Moradias Unifamiliares

em Angola - Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto; Portugal,

SEQUEIRA, Artur (1982); Rendimentos de Mão-de-obra na Construção de Edifícios a

Aplicar na R.P.M; Ministério das Obras Publicas e Habitação; Maputo,

OLIVEIRA, Paulo Rui Almeida (1999); Exemplos de utilização de alvenaria estrutural;

Escola de Engenharia - Universidade do Minho; Portugal;

MARCONI, M.A. & Lakatos, E.M. (2002). Técnicas de Pesquisa: planeamento e execução

de pesquisas, amostragem e técnicas de pesquisas, elaboração e interpretação de dados. 5a

Edição: Atlas. São Paulo.

MARCONI, M.A. & Lakatos, E.M. (2009). Fundamento de metodologia científica. 6a

Edição: Atlas. São Paulo.

USUDA, Fábio (2004). Alvenaria Estrutural; Faculdade de Engenharia Civil de Sorocaba;

Brasil.

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Uso Do Bloco de Solo Cimento (Blocos Da Hydraform) Em Alternativa Ao Bloco de Cimento e Areia Chungu