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MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Oleaginosas e Biodiesel USOS DE BIODIESEL NO BRASIL E NO MUNDO Ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Kátia Regina de Abreu Presidente da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Oleaginosas e Biodiesel Odacir Klein Desenvolvimento técnico Leonardo B. Zilio – coordenador (ABIOVE) José H. Accarini – relator (Casa Civil/PR) Antonio Carlos V. Marques (APROBIO) Daniel Furlan Amaral (ABIOVE) Donato Aranda (UBRABIO) Donizete Tokarski (UBRABIO) Eduardo Soriano Lousada (MCTI) Fillipe Augusto da C. Garcia (ANP) Gabriela Menezes (MAPA) Gustavo de Lima Ramos (MCTI) João da Silva Abreu Neto (MAPA) João Norberto N. Neto (PBio) Julio Cesar Minelli (APROBIO) Mário Augusto de C. Cardoso (CNI) Oscar Afonso Silva Júnior (MAPA) Rafael Silva Menezes (MCTI) Sergio Tadeu C. Beltrão (UBRABIO) Tiago Quintela Giuliani (MAPA) Brasília, 30 de junho de 2015

USOS DE BIODIESEL NO BRASIL E NO MUNDO · inexistência de impactos em testes Caterpillar. MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, ... misturas até B50, para os itens consumo de combustível,

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MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTOCâmara Setorial da Cadeia Produtiva de Oleaginosas e Biodiesel

USOS DE BIODIESEL NO BRASIL E NO MUNDO

Ministra da Agricultura,Pecuária e AbastecimentoKátia Regina de Abreu

Presidente da Câmara Setorial daCadeia Produtiva de Oleaginosas e BiodieselOdacir Klein

Desenvolvimento técnicoLeonardo B. Zilio – coordenador (ABIOVE)

José H. Accarini – relator (Casa Civil/PR)Antonio Carlos V. Marques (APROBIO)

Daniel Furlan Amaral (ABIOVE)Donato Aranda (UBRABIO)

Donizete Tokarski (UBRABIO)Eduardo Soriano Lousada (MCTI)

Fillipe Augusto da C. Garcia (ANP)Gabriela Menezes (MAPA)

Gustavo de Lima Ramos (MCTI)João da Silva Abreu Neto (MAPA)

João Norberto N. Neto (PBio)Julio Cesar Minelli (APROBIO)

Mário Augusto de C. Cardoso (CNI)Oscar Afonso Silva Júnior (MAPA)

Rafael Silva Menezes (MCTI)Sergio Tadeu C. Beltrão (UBRABIO)

Tiago Quintela Giuliani (MAPA)

Brasília, 30 de junho de 2015

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTOCâmara Setorial da Cadeia Produtiva de Oleaginosas e Biodiesel

Usos de Biodiesel no Brasil e no Mundo Brasília, junho de 2015

• Objetivo: identificar e consolidar informações sobre resultados de testes e experiências com diferentes misturas de biodiesel ao diesel mineral no Brasil e no mundo

• Foco: “misturas elevadas”, ou seja, percentuais de biodiesel no diesel iguais ou superiores a 10%

• Análises: consumo de combustível; emissões; partida a frio; potência e desempenho do motor; desgaste e durabilidade de componentes

• Foram realizadas oito reuniões, em Brasília/DF

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTOCâmara Setorial da Cadeia Produtiva de Oleaginosas e Biodiesel

Usos de Biodiesel no Brasil e no Mundo Brasília, junho de 2015

• Abrangência: 57 estudos, 12 países, 5 continentes

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTOCâmara Setorial da Cadeia Produtiva de Oleaginosas e Biodiesel

Usos de Biodiesel no Brasil e no Mundo Brasília, junho de 2015

• Frequência dos estudos conforme ano de publicação

11%

4%

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28%

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Classe (ano de publicação)

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Usos de Biodiesel no Brasil e no Mundo Brasília, junho de 2015

• Organização: Matriz de análise utilizada

• Sistematização dos resultados dos estudos contemplados

• Padronização das análises pelos membros do GT

• Facilitação das auditorias das informações

• Todas as planilhas e demais materiais foram disponibilizados na plataforma Google Drive, com acesso irrestrito, para apreciação dos membros do GT

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTOCâmara Setorial da Cadeia Produtiva de Oleaginosas e Biodiesel

Usos de Biodiesel no Brasil e no Mundo Brasília, junho de 2015

• Resultados: consumo de combustível

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Estudos brasileiros

Estudos internacionais

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Usos de Biodiesel no Brasil e no Mundo Brasília, junho de 2015

• Resultados: consumo de combustível

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Máximo Mínimo Média Logaritmo (Média)

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTOCâmara Setorial da Cadeia Produtiva de Oleaginosas e Biodiesel

Usos de Biodiesel no Brasil e no Mundo Brasília, junho de 2015

• Resultados: emissões (B20)

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Mínimo Máximo Média

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTOCâmara Setorial da Cadeia Produtiva de Oleaginosas e Biodiesel

Usos de Biodiesel no Brasil e no Mundo Brasília, junho de 2015

• Resultados

Partido a frio Preponderância de inexistência de impacto - 88% da amostra

que reportou resultados para o B20, B30 e B50: (Bickel e Strebig, 2000 – EUA | Gateau, 2006 – França | Chan, 2007 – EUA | McQueen, 2007 – EUA | Fetranspor, 2011 – Brasil | Petrobras, 2014 – Brasil | Tinprabath et al., 2015 – França)

Sugestão de limitar ao B50 em temperaturas inferiores a -10°C (Broatch et al., 2014 – Espanha) e usar aditivo no B20 abaixo de -14°C (Durbin et al., 2010 – EUA)

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Usos de Biodiesel no Brasil e no Mundo Brasília, junho de 2015

• Resultados

Potência e desempenho

B20, B25, B30 e B50: Preponderância de inexistência de impacto significativo - 74% da amostra: (Lagace et al., 2003 – Canadá | Gateau, 2006 – França | Proc. et al., 2006 – EUA | Lujan, 2009 – Espanha | Durbin et al., 2010 – EUA | Chavez, 2013 – EUA | ANP, 2014 – Brasil | Bari, 2014 –Austrália | entre outros)

B20: Perda de torque de 0,9% (Lahane e Subramanian, 2015 – Índia); leve perda de desempenho (Petrobras, 2014 –Brasil); leve perda de torque e aumento de potência (Castellanelli et al., 2008 – Brasil)

Perda de potência e/ou torque mais comumente observadas no uso do B100. Entretanto, MIC (1985) reporta inexistência de impactos em testes Caterpillar

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTOCâmara Setorial da Cadeia Produtiva de Oleaginosas e Biodiesel

Usos de Biodiesel no Brasil e no Mundo Brasília, junho de 2015

Durabilidade e desgaste de componentes

Preponderância de inexistência de impacto significativo

Pré-2000 (exclusive): 44% da amostra

Pós-2000 (inclusive): 70% da amostra

B20

Impactos: Aumento da frequência das trocas de filtros de combustível e bicos injetores (Lagace et al., 2003 –Canadá | Fraer et al., 2005 – EUA | Schiavone, 2007 –EUA | ANP, 2014 – Brasil)

B30: MIC (1985) relata desde inexistência até presença de impactos moderados. MCT (2009) não reporta impactos sobre durabilidade ou desgaste de componentes

B50: Inexistência de impactos (Chase et al., 2000 – EUA | Gateau, 2006 – França)

Não reportam impactos: Bickel e Strebig, 2000 – EUA | Proc et al., 2006 – EUA | Barnitt et al., 2008 – EUA | MCT, 2009 – Brasil | Durbin et al., 2010 – EUA | Fetranspor, 2011 – Brasil | ANP, 2014 – Brasil | Petrobras, 2014 – Brasil)

6. Considerações finais:

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTOCâmara Setorial da Cadeia Produtiva de Oleaginosas e Biodiesel

• Resultados positivos para misturas elevadas de biodiesel

• Evidencia-se inexistência ou preponderância de baixíssimos impactos no uso das misturas até B50, para os itens consumo de combustível, partida a frio, potência e desempenho de motores e durabilidade e desgaste de componentes

• Balanço de emissões amplamente favorável às misturas mais elevadas: CO, HC, MP vs NOx

• Especificação do biodiesel brasileiro rigorosa, acompanhando os padrões europeu e norte americano

• Indicação de manutenção e aprimoramento de boas práticas que permitam manter a qualidade do diesel B até seu destino final

• Desejável avanço da tecnologia de motores: adequação ao biodiesel

Usos de Biodiesel no Brasil e no Mundo Brasília, junho de 2015

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTOCâmara Setorial da Cadeia Produtiva de Oleaginosas e Biodiesel

USOS DE BIODIESEL NO BRASIL E NO MUNDO

OBRIGADO

Brasília, 30 de junho de 2015