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Utilização de ferramentas do Sistema Lean para produção de concreto usinado dezembro/2015
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ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - Edição nº 10 Vol. 01/ 2015 dezembro/2015
Utilização de ferramentas do Sistema Lean para produção de concreto
usinado
José Antônio Felizardo Neto – [email protected]
MBA Gerenciamento de Obras, Tecnologia & Qualidade da Construção
Instituto de Pós-Graduação - IPOG
Porto Velho - RO, 12 de março de 2015
Resumo
Eliminar desperdícios na produção de concreto usinado em central de concreto localizado
dentro do canteiro de obras com produção exclusiva. Nessas circunstâncias um elevado
desperdício na produção de concreto geraria uma igual perca financeira nesse
empreendimento. Utilizando algumas ferramentas do Sistema Lean como Operadores
polivalentes; Redução da base de fornecedores ( fornecedores JIT) e Autonomação é possível
minimizarmos as perdas no processo produtivo de concreto usinado. O método adotado para
o desenvolvimento da pesquisa foi o Multidisciplinar focado na resolução do problema com
base na adoção de outras áreas do conhecimento, nesse caso o Sistema Lean para construir
pontos-de-vista e propor soluções com base na nova compreensão do problema. Todos os
dados para elaboração da pesquisa foram coletados no canteiro da obra ( em loco), via
entrevista, observação e leitura analítica de documentos. Os dados utilizados são resultados
de medidas temporais, homem∕hora, custos e percentuais de precisão em volume e peso,
resposta de pessoas envolvidas no processo e dados de documentos. O universo da pesquisa
envolve as operações de recebimento de materiais componentes do concreto, as operações de
usinagem de concreto, para tal analise foram coletados os dados dessas operações. Far-se-á,
inicialmente, uma conceituação do Sistema Lean e sua aplicabilidade na construção civil.
Com os resultados encontrados podemos observar que houve uma diminuição significativa no
custo referente a homem/hora parado (improdutivo), tempo de produção parada por ausência
de material ou material com qualidade impropria, e produto não conforme por carregamento
manual incorreto. Logo os resultados determinam que com a aplicação de ferramentas do
Sistema Lean na construção civil podemos ter ganhos de produtividade e consequente
eliminação de desperdícios iguais aos já consolidados nos processos industriais.
Palavras-chave: Construção. Lean. Eliminar. Desperdício.
1. Introdução
O estudo a seguir se insere na área de conhecimento do Just in Time (JIT), cujos princípios
Segundo Fábio Almeida Co (2014) são “1 – Eliminação de todas as formas de desperdício; 2
– Satisfação total das necessidades dos clientes; 3 – Envolvimento de todos; 4 – Organização
e visibilidade; 5 – Melhoria contínua” consequentemente ainda de acordo com Fábio Almeida
Co (2014) todo trabalho realizado baseado nestes 05 princípios, é LEAN, ou seja, Enxuto. E
aplicando esses conceitos a construção civil teremos o Lean Construction cujos princípios
são:
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1 – Reduzir a parcela de atividades que não agregam valor;
2 – Aumentar o valor do produto através da consideração das necessidades dos
clientes;
3 – Reduzir a variabilidade;
4 – Reduzir o tempo de ciclo;
5 – Simplificar através da redução do número de passos ou partes;
6 – Aumentar a flexibilidade de saída;
7 – Aumentar a transparência do processo;
8 – Focar o controle no processo global ;
9 – Introduzir melhoria contínua no processo;
10 – Manter um equilíbrio entre melhorias nos fluxos e nas conversões; e
11 – Fazer benchmarking.
(CÓ, 2014:76).
Notar que do item 1 ao 10, os princípios já estão cobertos pelo JIT/TQC. Nesse artigo iremos
explorar um tema evidenciado no Guia da Construção de Março de 2013 que segundo
Antonio Sergio Itri Conte, membro fundador do International Group for Lean Construction
(IGLC) e presidente do Lean Construction Institute do Brasil: “O ideal em uma obra lean não
é que a obra corra mais, mas que ela pare menos”. Veremos também como exposto por Isatto
et al (2000) que não basta apenas melhorar o gerenciamento dos materiais e da mão-de-obra
para melhorar o valor dos produtos. Meu interesse por esse tema acresceu diante da afirmação
de Isatto et al (2000, p. 7), “estima-se que cerca de dois terços (67%) do tempo gasto pelos
trabalhadores em um canteiro de obras estão nas operações que não agregam valor: transporte,
espera por material, retrabalhos etc”. Com isso um estudo que busque a minimização dos
desperdícios produtivos como exposto por Isatto et al (2000) e a continuidade sem
interrupções do processo produtivo defendido por Antonio Sergio Itri Conte (2013), dentro de
um canteiro de obras é de extrema importância.
O estudo a ser apresentado foi realizado na obra Residencial Morar Melhor, 2.512 moradias
local: Rodovia BR-364, Km 3 sentido Cuiabá, bairro Aeroclube, CEP: 76815-800, na cidade
de Porto Velho – RO; Instituição Financeira: Banco do Brasil; Empresa Construtora:
Direcional Engenharia S∕A; Programa Morada Nova, Governo do Estado de Rondônia; Valor:
R$ 170.629.120,00; Inicio da obra 28∕06∕2013; Prazo de entrega 27∕06∕2015. Para pesquisa em
questão iremos considerar o histograma de produção, fornecimento de concreto dosado
através de central exclusiva.
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Figura 1 – Histograma de concretagem. Volume total obra e distribuído por consumo mensal em m3
Fonte: Dados produzidos pelo o autor (2014)
Figura 2 – Volume total obra distribuído por tipo de concreto e consumo mensal em m3
Fonte: Dados produzidos pelo o autor (2014)
Diante de um cronograma de 13 meses para fornecimento de todos os equipamentos,
materiais e agregados, mão-de-obra especializada e tecnologia necessária para dosagem e
mistura, fornecimento e bombeamento de 46.745 m³ de concreto no valor total de R$
18.001.251,36, sem a adoção de medidas que otimizassem a produção a fim de atender o
cronograma apresentado e minimizassem os desperdícios seria possível o cumprimento do
orçamento estipulado? Com a determinação e procedimentalização dessas medidas será
possível além de uma assertividade maior no cumprimento do cronograma e orçamento dessa
0
1000
2000
3000
4000
5000
6000
7000
Concreto Infra Externa
Concreto Blocos
Concreto Radier
Concreto Magro
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obra, a possibilidade de replicarmos a aplicação desse conhecimento a outras obras de
semelhante processo construtivo.
As características do concreto a ser produzido em maior volume para Paredes e Lajes
(Blocos) devem seguir as seguintes especificações técnicas de projeto:
Classe de agressividade ambiental II ( ABNT – NBR 6118);
FCK ≥ 25,0 Mpa;
Fcj14h ≥ 3,0 Mpa ( desenforma de 14 horas);
Relação água∕cimento: a∕c ≤ 0,60;
Consistência: 220 ± 30 mm ou classe SF2 para concreto auto adensável;
Diâmetro máximo agregado: dmax ≤ 19,0 mm;
Classificação massa específica: Concreto Normal;
Adição de fibra de polipropileno ≥ 300 g∕m³.
Especificações do padrão qualitativo:
Coesão adequada;
Fluidez e habilidade passante;
Resistência à segregação;
Homogeneidade;
Qualidade na desenforma;
Integridade das arestas das peças estruturais.
Os traços de concreto específicos para aplicação ao sistema construtivo de paredes e lajes
moldadas no local, além das propriedades de exigências técnicas descritas, deverão atender
aos padrões de qualidade e acabamento, observados na desenforma, visando à viabilidade de
execução do acabamento final definido: pintura ou textura aplicada diretamente sobre a
superfície do concreto.
Os matérias componentes do concreto utilizados deveram apresentar as respectivas
características listadas a seguir para concernência ao padrão técnico pré-estabelecido.
Características Normas de referência Análise física e mecânica: finura, massa especifica,
área especifica Blaine, água da pasta de consistência
normal, tempos de pega, expansibilidade Le Chatelier,
resistência à compressão.
ABNT NBR 11579, ABNT NBR
NM23, ABNT NBR NM76, ABNT
NBR NM43.
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Análise química: PF, SiO2, Fe2O3, Al2O3, CaO,
MgO, SO3, RI, CO2, Na2O, K2O3, CaO livre e
sulfeto (S²-)
ABNT NBR NM 11-2, NM 13, NM
14, NM 15, NM 16, NM17, NM 18,
NM 19, NM 20, NM 22. Tabela 1 – Caracterização do cimento
Fonte: Adaptado do contrato de prestação de serviço sub-contratada SUPERMIX S/A (2013)
Características Normas de referência
Absorção de água e massa específica - Agregado miúdo. ABNT NBR NM 30
Massa específica, massa específica aparente e absorção
de água - Agregado graúdo. ABNT NBR NM 53
Massa específica, massa específica aparente e absorção
de água - Agregado miúdo. ABNT NBR NM 52
Massa unitária no estado solto. ABNT NBR NM 45
Composição granulométrica. ABNT NBR NM 248
Impurezas orgânicas húmicas - Agregado miúdo. ABNT NBR NM 49
Material passante na peneira 75 microm. Por lavagem. ABNT NBR NM 46
Teor de argila em torrões e materiais friáveis. ABNT NBR NM 7218
Reatividade álcali/agregado. ABNT NBR NM 15577-4
Análise petrogáfica do agregado ( substância
potencialmente reativas) ABNT NBR NM 15577-3 Tabela 2 – Característica dos agregados
Fonte: Adaptado do contrato de prestação de serviço subcontratada SUPERMIX S/A (2013)
Características Normas de referência
Comprimento da fibra. ASTM D5103 (Diretrizes Gerais)
Diâmetro ou seção transversal da fibra. ISSO 11567 (Diretrizes Gerais) Tabela 3 – Característica das Fibras
Fonte: Adaptado do contrato de prestação de serviço subcontratada SUPERMIX S/A (2013)
Características Normas de referência
Determinação do módulo estático de elasticidade à compressão. ABNT NBR 8522 / 2008
Determinação da absorção de água, índice de vazios e massa específica. ABNT NBR 9778 / 2005
Tabela 4 – Caracterização do Concreto
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Fonte: Adaptado do contrato de prestação de serviço subcontratada SUPERMIX S/A (2013)
Das ferramentas do LEAN iremos focar na aplicação de três, são elas: Operadores
Polivalentes, Redução da base de fornecedores (JIT) e Autonomação. Essas ferramentas
foram escolhidas para primeira aplicação pelo ganho imediato ao processo e aplicabilidade ao
sistema. Consequentemente iremos eliminar formas de desperdício na produção de concreto
usinado em central de concreto localizado dentro do canteiro de obras com produção
exclusiva, e para se atingir esse objetivo, serão utilizadas as ferramentas do Lean a cima
citadas.
5. Desenvolvimento
Redução da base de Fornecedores / Fornecedores JIT que Segundo Womack et al (1992) o
sistema de suprimento convencional é insatisfatório para todos os envolvidos por três
motivos:
1 - Os fornecedores são jogados uns contra os outros, em uma concorrência acirrada;
2 - Os fornecedores são pressionados a reduzir seus preços, por compradores que não
conhecem seus problemas específicos;
3 - Os fornecedores entram tardiamente no processo, anulando a chance de colaborar na
concepção do produto.
Com isso conforme Fábio Almeida Co (2014), a definição dos lotes de entregas é um fator
primordial nessa relação, pois normalmente a tendência é que os fornecedores de materiais,
para cumprir o pedido solicitado, façam poucas ou até mesmo uma única entrega, porém em
grandes quantidades, o que acarreta em desperdícios, como grandes áreas de estoques no
canteiro, aumento na distância de transporte dos materiais, geração de controles
desnecessários (devido aos níveis elevados de estoque), além de aumentar a possibilidade da
ocorrência de danos ao material. Já no sistema de estoque zero, deve ocorrer exatamente o
contrário, ou seja, entregas mais frequentes, em lotes menores e nivelados, de acordo com a
programação da obra (demanda). Os fornecedores são avaliados periodicamente, em diversos
pontos, como: situação da empresa ao longo das obras, número de processos trabalhistas,
situação tributária e financeira, entre outros. Se algum destes itens estão diferente do
esperado, o fornecedor é chamado para uma conversa para que a empresa tenha ciência do
que está ocorrendo.
Com isso a fim de se evitar os erros ciados por Womack et al (1992), o primeiro passo foi
nesse caso selecionar os fornecedores dos materiais componentes do concreto (MCC) que são
classificados conforme a baixo e como primeiro critério devem atender as exigências de
qualidade correlacionadas a seguir:
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Classe Tipo Parametro de Qualidade
Aglomerantes Cimento Tabela 1
Agregado Graudo Pedra Brita Tabela 2
Agregado Miúdo Areia Tabela 2
Água - DNER-EM 034/97 p. 02/03
Aditivos Químicos Polifuncional e Superplastificante Tabela 4
Adições Fibra de Polipropileno Tabela 3 Tabela 5 – Caracterização do Concreto
Fonte: Adaptado da apresentação de Mayara Moraes PUC Goiás Concreto de Cimento Portland (2012)
Cumprida a primeira etapa os fornecedores devem também atender ao critério de demanda
quantitativo, que como defendido por Fábio Almeida Có (2014), os fornecedores não devem
realizar poucas ou até mesmo uma única entrega, porém em grandes quantidades. Dessa
forma foi estabelecido, levando-se em consideração a demanda média diária de concreto da
obra e a condição de transporte de cada material, o lote de entrega que cada fornecedor
específico de cada material deveria cumprir. Seguindo o sistema construtivo Parede de
Concreto utilizando forma metálica adotado para essa obra, determinou-se que para cumprir o
cronograma da obra seria necessário a utilização de 6 jogos de forma com volume para
preenchimento em concreto de 33,5m3 cada, gerando uma demanda/dia em plena produção de
201m3 de concreto do traço para Paredes e Lajes (Blocos) que representa 81,4% do volume
total de concreto para essa obra. Como a fase de preenchimento dos blocos dentro do
cronograma da obra é a fase de maior demanda de produção de concreto, sendo o fornecedor
capaz de suprir a produção nessa fase esse também será capaz de suprir a fase anterior a essa,
concretagem das bases do Radier ( Concreto magro) e concretagem dos Radiers (Concreto
Radier), com volume dia não superior a 176 m3, de acordo com o cronograma da obra, Figura
2.
Figura 3 – Forma metálica sendo preenchida com concreto
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Fonte: Foto realizada pelo autor (2014)
Figura 4 – 14h após a concretagem unidade desformada
Fonte: Foto realizada pelo o autor (2014)
Levando também em consideração a afirmativa já citada a cima de Antonio Sergio Itri Conte
(2013), que o ideal em uma obra lean é que ela pare menos, visto que o concreto para infra
externa representa apenas 2,58% do volume total de concreto a ser aplicado nessa obra, que o
mesmo dentro do cronograma da obra deve ser utilizado na mesma fase dos blocos, tendo esse
tempo médio de descarga de 11,2 min/m3, contra 1min/m3 na descarga do concreto de blocos,
a produção e lançamento desse concreto internamente na obra geraria quebras no ritmo de
produção, consequentemente um sobre custo financeiro, sendo a opção adotada nesse caso, a
terceirização da produção e lançamento desse tipo de concreto. Sendo assim tomando como
base os quantitativos para 1m3 do traço Fck 25Mpa a ser produzido em maior volume para
Paredes e Lajes (Blocos), multiplicando o valor de cada material desse pela demanda/dia de
201m3 chegamos ao lote/dia a ser entregue por cada fornecedor.
Fck 25Mpa. Paredes e Lajes (Blocos). 28Dias. Slump 22 + ou - 3.
Descrição Insumo Quantidade/ 1m3 Quantidade/dia(201m3) Unidade Medida
Areia Natural 862 173262 KG
Brita Granito 1 796 159996 KG
Cimento CPIV RS 32 430 86430 KG
Aditivo Hiperplastificante 2,17 436,17 KG
Fibra de Polipropileno 0,6 120,6 KG
Água 230 46230 KG Tabela 6 – Descrição insumos e quantitativos concreto paredes e lajes (blocos)
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Fonte: Adaptado da carta traço Supermix Concreto S/A (2013)
Com os quantitativos determinados a cima, foram selecionados os fornecedores que além de
atenderem os parâmetros de qualidade, também estavam aptos a atender a demanda
quantitativa dividida em lotes/dia, com exceção do insumo água que para o suprimento desse
foi realizado a perfuração de um poço artesiano com vazão capaz de atender a demanda
solicitada. Com isso e seguindo a recomendação de Womack et al (1992) o qual sugere que os
fornecedores não devem entrar tardiamente no processo, anulando a chance de colaborar na
concepção do produto, foi convocada uma reunião entre os Engenheiros de obra, Engenheiros
da Concreteira e fornecedores a fim de estabelecer a dinâmica das operações de
abastecimento, produção e lançamento de concreto. Determinou-se que toda a preparação das
formas para concretagem ( desforma e remontagem) deveria ocorrer no primeiro turno do dia
(período da manhã) concomitante com o abastecimento dos insumos determinados a cima de
forma integral também nesse período, a fim de que uma vez iniciada a produção no segundo
turno do dia ( período da tarde), essa não seja interrompida para reabastecimento por falta de
material. Assim projetou-se a planta da usina de concreto dentro do canteiro de obras.
Figura 5 – Planta baixa Usina de Concreto
Fonte: Projeto Supermix Engenheiro Rafael Silva (2013)
Diante da redução da base de Fornecedores / Fornecedores JIT como recomendado por
Womack et al (1992) o sistema de suprimento se mostrou satisfatório para todos os
envolvidos por dois motivos:
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1 – A primeira avaliação dos fornecedores na seleção foi em relação a qualificação técnica,
descartando os fornecedores incapazes de fornecer um material dentro das especificações
apresentadas, em segundo foi avaliado a capacidade produtiva de fornecimento, a fim de que
não ocorressem desabastecimentos, por fim, para os aprovados nesses quesitos foi realizado a
tomada de preço, havendo assim uma concorrência justa;
2 - Os fornecedores participaram do processo desde o inicio, contribuindo inclusive com a
concepção da planta da usina de concreto apresentada a cima.
Seguindo também Fábio Almeida Co (2014), com os lotes de entrega definidos, tendo os
agregados e cimento giro diário de estoque por exemplo, não gerou assim desperdícios
significativos nem perda de capital parado na forma de grandes estoques em uma segunda
analise, assim foi possível também como representado na figura 5 um deslocamento mínimo
entre área de estocagem e produção, não havendo controles paralelos e desnecessários de
estoque, o que em muitos casos demanda um funcionário a mais ou horas trabalhadas de
forma improdutiva (devido aos níveis elevados de estoque), além de aumentar a possibilidade
da ocorrência de danos ao material.
A segunda ferramenta do Lean Construction aplica nessa obra na área de produção e
lançamento de concreto usinado são os Operadores Polivalentes que impactam positivamente
como citado a baixo:
1 - Aumenta o compromisso com os objetivos globais, pelo exercício de várias
funções no ambiente de trabalho;
2 - Reduz a fadiga e o estresse pela diversificação das atividades físicas;
3 - Auxilia na disseminação dos conhecimentos, pela rotatividade entre os postos de
trabalho, onde operadores mais experientes são estimulados a passar seus
conhecimentos e habilidades para os mais novos;
4 - Favorece a formação natural dos grupos de CCQ.
(ALMEIDA CO, 2014:76).
Também segundo Shingo (1996, p. 183) os operadores polivalentes privilegiam uma queda
nas taxas de operação de máquina, em vez de um aumento no tempo de espera do operador. A
razão para isso, consiste no fato de que [“...] por um determinado período de tempo, a perda
será cerca 5 vezes maior com trabalhadores ociosos do que com máquinas ociosas. Este
modelo é chamado de operações multimaquinas. Para Fábio Almeida Co (2014) a atuação
entre operadores polivalentes, permite que um operador auxilie o outro, em caso de
disponibilidade de tempo ou da ocorrência de algum problema, como atrasos, quebras e não
conformidades. Tudo então, é uma questão de fazer com que o operário tenha a noção do
todo, e trabalhe em equipes polivalentes para reduzir as folgas. Segundo Womack et al (1992,
p. 90) “[...] um sistema de produção enxuto bem organizado de fato remove todas as folgas:
exatamente por isso ele é enxuto. Contudo, ele dota os trabalhadores das qualificações
necessárias para terem controle sobre o ambiente de trabalho e enfrentarem o desafio contínuo
de fazer o trabalho funcionar mais tranqüilamente”.
A rotina de trabalho de uma usina de concreto demanda as seguintes Atividades:
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1 - Receber os Materiais componentes do concreto (MCC);
2 – Operar o carregamento da usina de concreto com o MCC;
3 – Operar a central de concreto para o carregamento dos caminhões betoneiras;
4 – Transportar o concreto até o local de descarga;
5 – Realizar a amostragem do concreto para controle laboratorial;
6 – Bombear o concreto para a peça a ser concretada;
7 – Auxiliar no posicionamento do equipamento bomba de concreto no direcionamento da
descarga de concreto;
8 – Limpeza dos equipamentos;
9 – Limpeza de pátio;
10 – Controle administrativo dos materiais recebidos x concreto expedido;
11 – Coordenação das atividades;
Em um sistema convencional de trabalho para cada uma das atividades expostas a cima seria
alocada uma pessoa com função especifica de execução, mas aplicando-se o conceito de
Operadores Polivalentes as mesmas atividades descritas a cima foram agrupadas por operador
da seguinte maneira:
Grupos de Operação Atividades Concreteira
Grupo 1 1, 8 e 9, sendo capacitado a realizar a atividade 7
Grupo 2 2, sendo capacitado a realizar a atividade 1
Grupo 3 3, 8 e 10
Grupo 4 4, 5 e 8
Grupo 5 6 e 8, sendo capacitado a realizar a atividade 4 e 5
Grupo 6 7 e 8 , sendo capacitado a realizar a atividade 6, 5 e 4
Grupo 7 11, sendo capacitado a realizar as atividades 3 e 10
Tabela 7 – Agrupamento das atividades em Operações
Fonte: Realizado pelo autor (2014)
Com essa formatação do trabalho não foi registrado nem um caso de afastamento por doença
do trabalho pela diminuição da fadiga e rotação de atividades. Com o conhecimento das
atividades disseminadas na ausência de um funcionário a atividade de sua responsabilidade é
suprida por outro membro da equipe sem perda para o sistema produtivo por inteiro. Por fim,
foi também reduzido de 11 para 7 os postos de trabalho ( havendo variação no número de
operadores de betoneira Grupo 4 de acordo com o volume de concreto a ser produzido pelo
histograma “Figura 1 “) desonerando assim a folha de pagamento do grupo de trabalhadores
vinculados a essas atividades.
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Analisando a NBR 7212/84 - Execução de concreto dosado em central, em termos de controle
da qualidade da produção do concreto é imprescindível atendermos com excelência os itens
dessa norma apresentados a baixo:
4.2 Dosagem dos materiais componentes do concreto
4.2.1 Agregados
Os agregados devem ser dosados em massa, com desvio máximo, em valor absoluto,
de 3% do valor nominal da massa ou 1% da capacidade da balança, adotando-se o
menor dos dois valores.
Nota:Dosagem é o proporcionamento dos materiais para obtenção do concreto.
NBR 7212/19843
4.2.2 Cimento
O cimento deve ser dosado em massa, com desvio máximo do valor nominal igual a
1% da capacidade da balança, em valor absoluto, nas dosagens iguais ou superiores
a 30% dessa capacidade.
4.2.2.1 Para dosagens inferiores a esse valor, as tolerâncias devem estar
compreendidas entre 0% e + 4% do valor nominal.
4.2.2.2 Em nenhum caso o cimento deve ser dosado conjuntamente com os
agregados.
4.2.3 Água
A quantidade total de água deve ser determinada com desvio máximo de 3% em
relação à quantidade nominal, em valor absoluto.
4.2.3.1 Esta quantidade de água compreende, além da adicionada, a devida à
umidade dos agregados, a utilizada para dissolução dos aditivos e a adicionada sob
forma de gelo.
4.2.4 Aditivos
Os aditivos devem ser adicionados de forma a assegurar a sua distribuição uniforme
na massa do concreto, admitindo-se desvio máximo de dosagem não superior a 5%
da quantidade nominal, em valor absoluto.
4.3 Aferição dos equipamentos
4.3.1 Os desvios tolerados nas dosagens conforme 4.2 são devidos somente a
problemas operacionais.
4.3.2 As balanças devem ser aferidas periodicamente, de forma a assegurar que a
diferença entre a massa real e a indicada, não seja superior a 2% da primeira.
4.3.3 Dosadores volumétricos de água devem operar dentro dessa tolerância e sua
aferição deve ser feita nas condições de operação.
4.3.4 Recomendam-se aferições freqüentes, não se ultrapassando 5000 m3 de
concreto dosado, nem períodos superiores a três meses.
(NBR 7212/84).
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Para assegurar a execução do concreto dosado na central instalada na obra em estudo, outra
ferramenta indispensável para o controle qualitativo e quantitativo da produção desse
concreto é a Autonomação que segundo Tubino (1999) a Autonomação utiliza dispositivos a
prova de erros, conhecidos como poka-yoke, que podem parar o processo, caso algum
problema ocorra, chamando-se a atenção dos operadores por meio de um sistema de
sinalização denominado andon.
Sendo assim um sistema de controle automatizado foi adotado para o controle da pesagem dos
materiais nas balanças de cimento, agregados, água e aditivo. Cumprindo assim com o
exigido em norma, garantindo a qualidade do produto final o concreto e evitando desperdício
de matérias por pesagens incorretas.
Figura 6 – Sistema de controle de pesagem em usina de concreto
Fonte: Sistema Schwing Stetler (2014)
6. Conclusão
Diante do exposto, o objetivo de eliminar desperdícios na produção de concreto usinado em
central de concreto localizado dentro do canteiro de obras com produção exclusiva, podemos
avaliar que foi positivo. A utilização de algumas ferramentas do Sistema Lean como
Operadores polivalentes; Redução da base de fornecedores ( fornecedores JIT) e
Autonomação demonstrou que é possível minimizarmos as perdas no processo produtivo de
concreto usinado. Podemos também evidenciar que com o método adotado para o
desenvolvimento dessa pesquisa, o Multidisciplinar, focado na resolução do problema com
base na adoção de outras áreas do conhecimento, nesse caso o Sistema Lean, apresentou boa
aplicabilidade. E com os dados para elaboração da pesquisa coletados no próprio canteiro de
obra ( em loco), via entrevista, observação e leitura analítica de documentos sendo eles
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resultados de medidas temporais, homem∕hora, custos e percentuais de precisão em volume e
peso, resposta de pessoas envolvidas no processo e dados de documentos, tivemos também
uma analise com um elevado grau de realismo. Sendo importante também a conceituação do
Sistema Lean e sua aplicabilidade na construção civil afim de uma melhor elucidação das
anlises apresentadas. Com os resultados encontrados podemos observar que houve uma
diminuição significativa no custo referente a homem/hora parado (improdutivo), bem como o
número total de funcionários ligados a produção, transporte e lançamento do concreto usinado
que na média diminui em 28,6%, desonerando assim a folha de pagamentos ligada a esse
setor do empreendimento. O tempo de produção parado por ausência de material ou material
com qualidade impropria com todo o trabalho de aplicação de fornecedores JIT, foi
insignificante. E por fim produtos não conforme por carregamento manual incorreto não
foram evidenciados com a implementação da autonomação. Logo os resultados determinam
que com a aplicação de ferramentas do Sistema Lean na construção civil podemos ter ganhos
de produtividade e consequente eliminação de desperdícios iguais aos já consolidados nos
processos industriais.
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de silício, óxido férrico, óxido de alumínio, óxido de cálcio e óxido de magnésio. Rio de
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ABNT, ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR NM 15/12
Cimento Portland – Análise química – Determinação de resíduo insolúvel. Rio de Janeiro,
2012.
ABNT, ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR NM 16/12
Cimento Portland – Análise química – Determinação de anidrido sulfúrico. Rio de Janeiro,
2012.
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Cimento Portland – Análise química – Método de arbitragem para a determinação de óxido de
sódio e óxido de potássio por fotometria de chama. Rio de Janeiro, 2012.
ABNT, ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR NM 18/12
Cimento Portland – Análise química – Determinação de perda ao fogo. Rio de Janeiro, 2012.
ABNT, ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR NM 19/12
Cimento Portland – Análise química – Determinação de enxofre na forma de sulfeto. Rio de
Janeiro, 2012.
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Cimento Portland e suas matérias-primas – Análise química – Determinação de dióxido de
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