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Operação Urbana Consorciada da Região do Porto do Rio V – Situação Atual e Futura 222 5. USO E OCUPAÇÃO DO SOLO 5.1 INTRODUÇÃO E OBJETIVOS 5.1.1 - A Estrutura Urbana Existente A configuração do espaço urbano decorre de múltiplos fatores: a forma e as tipologias de ocupação e uso do solo urbano, e a ocupação espontânea, influenciadas pelo mercado imobiliário, pelo sistema viário e transportes, pela topografia, pela hidrografia, pela disponibilidade de redes de infraestrutura, equipamentos e serviços. A legislação que referencia a construção da cidade “legal”, produzida nos últimos 30 anos, sofreu diversas alterações e especificações dadas por demandas do mercado imobiliário e dos moradores dos bairros. A necessidade de orientar o crescimento e gerir a cidade, preocupando-se com os problemas ambientais, habitacionais, viários e de infraestrutura, de forma integrada e mais flexível, é cada vez mais urgente, para a melhoria da qualidade de vida do centro urbano. A legislação urbana federal (Estatuto da Cidade) e municipal (Plano Diretor Estratégico entre outras leis) oferecem opções de intervenções urbanas que visam a inclusão social das camadas menos favorecidas. As necessidades, no perímetro da Operação Urbana Consorciada da Região do Porto do Rio de Janeiro não são diferentes. Trata-se de área com diversidades sociais e de implantação urbanística, coexistitndo simultaneamente favelas e bairros consolidados, áreas de risco e praças arborizadas, ruas com esgoto canalizados e noutras a céu aberto. A Área Portuária caracteriza-se por uma diversidade tipológica, sendo esta possibilitada pelo próprio histórico da evolução urbana da região. Residências, trapiches e armazéns dividem o espaço, denunciando as diferenças no parcelamento urbano. Nos morros que pontuam a paisagem portuária, este parcelamento possui características da ocupação colonial: lotes estreitos e profundos com o casario seguindo o alinhamento da via, em sua maioria contando com um ou dois pavimentos. Na parte baixa da região, resultante da conquista do espaço por meio de aterros (realizados entre os anos 1903-10101), quadras possuem lotes de maiores dimensões, na sua maioria ocupada por galpões. 1 ANDREATTA, Verena. Atlasandreatta: Atlas dos planos urbanísticos do Rio de Janeiro de Beaurepaire-Rohan ao Plano Estratégico. Rio de Janeiro: Vivercidades, 2008.

V. Situacao Atual e Futura 5. Uso e Ocupacao Do Solo

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Operao Urbana Consorciada da Regio do Porto do Rio V Situao Atual e Futura 222 5. USO E OCUPAO DO SOLO 5.1 INTRODUO E OBJETIVOS 5.1.1 - A Estrutura Urbana Existente A configurao do espao urbano decorre de mltiplos fatores: a forma e as tipologias de ocupaoeusodosolourbano,eaocupaoespontnea,influenciadaspelomercado imobilirio,pelosistemavirioetransportes,pelatopografia,pelahidrografia,pela disponibilidade de redes de infraestrutura, equipamentos e servios. A legislao que referencia a construo da cidade legal, produzida nos ltimos 30 anos, sofreu diversas alteraes e especificaes dadas por demandas do mercado imobilirio e dos moradores dos bairros. Anecessidadedeorientarocrescimentoegeriracidade,preocupando-secomos problemas ambientais, habitacionais, virios e de infraestrutura, de forma integrada e mais flexvel, cada vez mais urgente, para a melhoria da qualidade de vida do centro urbano. A legislao urbana federal (Estatuto da Cidade) e municipal (Plano Diretor Estratgico entre outrasleis)oferecemopesdeintervenesurbanasquevisamainclusosocialdas camadas menos favorecidas. Asnecessidades,nopermetrodaOperaoUrbanaConsorciadadaRegiodoPortodo RiodeJ aneironosodiferentes.Trata-sedereacomdiversidadessociaisede implantao urbanstica, coexistitndo simultaneamente favelas e bairros consolidados, reas de risco e praas arborizadas, ruas com esgoto canalizados e noutras a cu aberto. A rea Porturia caracteriza-se por uma diversidade tipolgica, sendo esta possibilitada pelo prprio histrico da evoluo urbana da regio. Residncias, trapiches e armazns dividem o espao, denunciando as diferenas no parcelamento urbano. Nos morros que pontuam a paisagemporturia,esteparcelamentopossuicaractersticasdaocupaocolonial:lotes estreitoseprofundoscomocasarioseguindooalinhamentodavia,emsuamaioria contando com um ou dois pavimentos. Na parte baixa da regio, resultante da conquista do espao por meio de aterros (realizados entre os anos 1903-10101), quadras possuem lotes de maiores dimenses, na sua maioria ocupada por galpes. 1 ANDREATTA, Verena. Atlasandreatta: Atlas dos planos urbansticos do Rio de J aneiro de Beaurepaire-Rohan ao Plano Estratgico. Rio de J aneiro: Vivercidades, 2008. Operao Urbana Consorciada da Regio do Porto do Rio V Situao Atual e Futura 223 A estrutura viria, que irriga toda a regio, tambm se desenvolve a partir dessa diferena entre aterro e morro. No aterro, o sistema virio reticulado, contendo hierarquias que se refletem na largura das vias. J nos morros, as vias so estreitas e sinuosas. Dos morros existentes na rea, apenas um o Morro da Providencia, possui um parcelamento irregular, resultando em quadras mais densas, com grande quantidade de vielas no carroveis. Do ponto de vista da legislao, a rea delimitada como objeto de interveno da Operao UrbanaConsorciadaPortoMaravilha,encontra-seinseridanareadePlanejamento12 (AP1),compreendendoasRegiesAdministrativasI,II,IIIeVII.Osbairrosondesero realizadasintervenessoSade,SantoCristo,GamboaepartedoCaju,Centro,Rio Comprido e So Cristvo. Aseguirsoapresentadas,porcadasetorpropostopelaOperaoUrbana,as caractersticasprincipaisrelacionadasaoambienteurbano,divididaspelasseguintes temticas:stio,usoeocupaodosolo,estruturaviriaedetransportesetipologiadas edificaes. Como suporte para as informaes dadas a seguir, importante recorrer aos mapas e ao conjunto de legislaes, anexos a este relatrio3.

5.2 PROCEDIMENTOS METODOLGICOS A Operao Urbana um instrumento de intervenona cidade que objetiva a melhoria do padrode urbanizao de uma determinada rea. Trata-se de um sistema de captao de recursosondepodehaveracooperaoentreopoderpblicomunicipaleainiciativa privada. A Operao Urbana Consorciada da Regio do Porto do Rio pretende atrair investimentos paranovasunidadesresidenciais,comerciaisedeservios,sedesdeempresas, estabelecimentoshoteleiros,equipamentosculturaisedelazer,especialmenteparaZona Porturia. Assim, a economia local seria fomentada atravs de financiamentos em diversas escalas. Assim, ser incentivado o mximo aproveitamento comercial e habitacional dos terrenos j existentes, atravs de novos zoneamentos, gabaritos, parmetros edilcios, IAT e densidade habitacional existente. Isto potencializar as atividades a serem realizadas nestes locais, o que significa mais giro de capital e maior dinamismo dos negcios na regio. 2 Lei Complementar n 16 de 04 de junho de 1992. 3 Decreto n 322 de 3 de maro de 1976 Zoneamento; Decreto n. 7351 de 14 de janeiro de 1988- Regulamenta a rea de Proteo Ambiental em parte dos em parte dos bairros da Sade, Santo Cristo, Gamboa e Centro; Portaria n 2 do Instituto do Patrimnio Histrico e Artstico Nacional; Lei Complementar N 73 de 27 de J ulho de 2004. Operao Urbana Consorciada da Regio do Porto do Rio V Situao Atual e Futura 224 5.3 SITUAO ATUAL rea di retamente Afetada Setor A Stio: reaplana,resultantedeaterro,situadaentreoMorrodaConceioeaBaade Guanabara. Constitui-se de rea densamente construda, dispondo como vazios apenas as praas. Massas arbreas significativas esto presentes apenas nas praas e em algumas ruas, sendo estas: Rua Souza e Silva, Avenida Venezuela e Rua Edgard Gordilho. Uso e Ocupao do Solo: Ousopredominanteodeedifciosdeescritrios,tantodeinstituiespblicasquanto privadas.Doisedifcioseducacionaisestolocalizadosnestesetor:EscolaMunicipal VicenteLicdioCardoso,queatendeaosalunosdoquartoaononoanodoensino fundamental; e a Fundao Darcy Vargas, que tem como proposta a complementao da formao educacional de adolescentes com idade entre 11 e 18 anos. H trs edificaes voltadasparaoatendimentosade:oHospitalPr-Matre,especializadoempartos;o Hospital dos Servidores Pblicos, direcionado ao atendimento em diversas especialidades; e o Centro Psiquitrico do Estado do Rio de J aneiro, voltado para a sade mental. Encontram-senestesetor,ainda,algunsarmaznsdoCaisdoPortoegalpesindustriais.Ouso residencial multifamiliar tambm presente nesta rea, principalmente em sobrados. Alguns edifciosforaminvadidosporfamlias,queaotorn-loshabitao,ratificamavocao residencial da rea.Existem trs praas no setor A: Praa Mau, a Praa J ornal do Comrcio e a Praa Coronel Assuno.A primeira caracterizada por ser de passagem de pedestres, havendo pouco mobilirio urbano, e uma esttua, sobre uma coluna, de Irineu Evangelista, conhecido como BarodeMau.Possuiumareaconsidervelemrelaosdemaispraasdosetor.A PraadoJ ornaldoComrcioamenordentreaspraasdestesetor.Tambmpossui poucomobilirio,sendoosexistentes,emsuamaioria,abrigosdenibus.J aPraa CoronelAssunocaracteriza-seporserumapraadepermanncia,havendoquadrade esportes e equipamentos para o lazer infantil. Bancos e arborizao tornam essa praa um bom lugar para o estar. Operao Urbana Consorciada da Regio do Porto do Rio V Situao Atual e Futura 225 Foto 1: Praa Mau, 2009.Foto 2: Praa Coronel Assuno, 2009. A rea possui trs zonas urbansticas: orea Central 2 (AC 2); oZona Porturia (ZP); oZona Residencial 5 (ZR 5). Como Centro de Bairro 1A (CB1A), tem-se a Rua do Livramento. J o Centro de Bairro 1B (CB1B), constitudo pela Rua Sacadura Cabral e pela Avenida Baro de Tef. No Quadro 1, do decreto N 322, de 03 de maro de 1976, podemos encontrar os usos permitidos para cada uma das zonas descritas acima. Uma considerao importante relativa ao uso do solo neste setor o fato da maioria do seu territrioserumaZP.Nestazona,osusosadmitidossoemsuamaioriarelativas armazenagem, indstrias, locais para a venda de equipamentos, e pequenos servios como estofamento,marcenariaecarpintaria.Poucossoosusoscomerciaisconsiderados adequados. So considerados apenas tolerados os usos residenciais e educacionais, bem como os voltados para as atividades artsticas. J na AC 2, que configura a menor poro doSetorA,sopermitidosquasetodososusoscomerciais.Pelodecreton.322,ouso residencialnoconsideradonemadequado,nemtoleradonestazona.Noentantoo Decreto n. 23.226 de 30 de julho de 2003, versa sobre o estmulo habitao tanto na rea Centra, quanto na Zona Porturia. O uso residencial fica assegurado, ainda, na ZR-5, que neste setor constitui dois trechos adjacentes ao Morro do Livramento.Nestesetor,ondicedeAproveitamentodoTerreno(IAT)atualde5,0,eataxade ocupaode70%.Namaiorpartedarea,deacordocomodecreto322,encontra-se determinada como a altura mxima 23,0m. Dois instrumentos de preservao determinam a altura mxima das edificaes para duas reas deste setor. Para as quadras situadas entre Operao Urbana Consorciada da Regio do Porto do Rio V Situao Atual e Futura 226 asRuasSacaduraCabral,CoelhoCastro,EdgardGordilhoeAvenidaBarodeTef, definidoogabaritomximodedoispavimentosparaasedificaes.Esteparmetro definido pela Portaria n 2 do Instituto do Patrimnio Histrico e Artstico Nacional (IPHAN). J o Decreto que rege a rea de Proteo Ambiental e Cultural em parte dos em parte dos bairros da Sade, Santo Cristo, Gamboa e Centro (APAC SAGAS), determina que o entorno daPraaCoronelAssunodeveserocupadoporedificaescom nomximo11,0mde altura. Estrutura Viria e de Transportes: Osistemaviriodestesetorvale-sedeseuparcelamentourbano,queconsisteemuma malhareticuladacujasviaspossuemlarguravarivelemfunodahierarquiaviria. Algumas das vias so importantes eixos de integrao com o Centro da cidade, tais como asAvenidasRodriguesAlveseVenezuela.Aprimeiraconduzotrfegovirionosdois sentidos, enquanto a outra conduz, apenas, em direo ao Centro. Estas so as vias onde circula a maior parte dos nibus. Outras ruas, tais como Edgard Gordilho, Baro de Tef e Silvino Montenegro so vias importantes no direcionamento do fluxo para o interior do setor, em direo Avenida Presidente Vargas.As vias servidas por linhas de nibus so: Avenidas Rodrigues Alves, Venezuela e Baro de Tef; e Ruas Silvino Montenegro, Antnio Lage, Silva e Souza; Edgard Gordilho e Sacadura Cabral. Neste setor localiza-se o Terminal Rodovirio Mariano Procpio, que atende principalmente s linhas de nibus intermunicipais. Outro terminal localizado neste setor o Terminal de martimo de passageiros, Per Mau, que tem sedo utilizado principalmente para o turismo.Alm da malha viria, h uma via de trem, sem uso atualmente, que passa entre os galpes localizados entre a Avenida Rodrigues Alves e a Avenida Venezuela.Tipologia das edificaes: Estesetortemcomotipologiapredominanteedifciosdevariadospavimentos,emsua maioria de uso institucional. Nas quadras entre as Ruas Coelho e Castro e Sacadura Cabral, encontram-seedificaesmaisantigas,comumconjuntodecasasimplantadasemlotes tipicamentecoloniais,apresentandoornamentoscaractersticosdoestiloecltico.Aotodo so21imveistombadospeloEstadoepeloMunicpionestesetor,e27imveis preservados de acordo com o decreto que estabelece a APAC SAGAS. Operao Urbana Consorciada da Regio do Porto do Rio V Situao Atual e Futura 227 Foto 3: Edifcios na Rua Coelho e CastroFoto 4: Galpes na Avenida Venezuela. Setor B Stio: O setor B possui as mesmas caractersticas de parcelamento do setor anterior, pois tambm rea remanescente do mesmo aterro.No entanto, h nele uma pequena elevao, que se constitui no Morro da Gamboa. A cota mxima deste morro de 20,0m acima do nvel do mar.Suasquadraspossuemdesenhoirregular.Atpoucotempoessesetorpossuaum grandeterrenovazio, ondeatualmenteseencontraaCidadedoSamba.Aindaassim,h uma grande quantidade de terrenos no ocupados nesse setor.Uso e Ocupao do Solo: Nestesetorencontram-seemequilbriousosresidenciais,comerciaiseinstitucionais. Existem,empequenonmero,edificaesdestinadasaousoindustrial.Nohedifcios destinadosfunoeducacional.Contudo,aCidadedoSambapoderepresentarum potencialparaodesenvolvimentodoturismoedacultura.Umequipamentopblicode grande importncia o Hospital da Gamboa localizado no alto do morro de mesmo nome. CaberessaltarqueaconstruorecentedeumconjuntoresidencialnoaltodoMorroda Sade, voltado para a habitao multifamiliar foi uma importante ao de parceria entre o poder pblico e a iniciativa privada, com o objetivo de se incentivar a vocao habitacional da rea Porturia. A habitao neste conjunto foi to bem aceita, que neste ano ele sofre acrscimo de edifcios, aumentando assim, o nmero de unidades habitacionais ofertadas. Embora exista uma nica praa neste setor, o Largo J os Francisco Fraga, ele se beneficia de duas reas de lazer localizadas em setores vizinhos: a Praa Coronel Assuno (setor A) eaVilaOlmpicadaGamboa(SetorG).Oreferidolargoconferepaisagemqualidade buclica, tendo em vista que bem arborizado e margeado por casas baixas que despejam sobre ele portas e janelas.Operao Urbana Consorciada da Regio do Porto do Rio V Situao Atual e Futura 228 Foto 5: Largo J os Francisco Fraga OdecretoqueregulaozoneamentodacidadedoRiodeJ aneiroestabeleceduaszonas para este setor: oZona Porturia (ZP) oZona Residencial 5 (ZR-5) As dimenses de ambas zonas encontram-se em equilbrio, sendo a ZP ligeiramente maior. Assim,aocupaoatualencontra-seadequadacomrelaolegislao.Osusos admitidosnaZPso,emsuamaioria,relativasarmazenagem,indstrias,locaisparaa venda de equipamentos, e pequenos servios como estofamento, marcenaria e carpintaria.Muitosdosseguimentosdousocomercialnosoconsideradosadequados.So considerados apenas tolerados os usos residenciais e educacionais, bem como os voltados paraasatividadesartsticas.ODecreton.23.226de30dejulhode2003,contudo,tem como base, estmulo habitao na Zona Porturia. J o uso residencial, adequado na ZR-5.Nestesetor,ondicedeAproveitamentodoTerreno(IAT)atualde5,0,eataxade ocupao de 70%. Na parte da rea, relativa ZP estima-se que a altura mxima deva ser de 23,0m4. O decreto que regulamenta a rea de Proteo Ambiental (APA) em parte dos bairros da Sade, Santo Cristo, Gamboa e Centro.(SAGAS) engloba boa parte deste setor. Fica por este decreto estabelecido como altura mxima para as edificaes localizadas no alto do morro da sade, que fica nos fundos da Igreja da Sade, de 4,50 m. Este decreto estabelece,ainda,queogabaritodoMorrodaGamboaedeseuentorno,bemcomono entorno do Morro da Sade, deve respeitar a altura mxima de 11,0m.Estrutura Viria e de Transportes: 4 Decreto n. 23.226 de 30 de julho de 2003. Operao Urbana Consorciada da Regio do Porto do Rio V Situao Atual e Futura 229 A estrutura viria deste setor acompanha a irregularidade das quadras. Assim, so poucas asviasqueestabelecementreelasrelaesdeortogonalidade.Asviaslocalizadasno Morro da Gamboa se caracterizam por serem estreitas e em aclive. No Morro da Sade a mesma situao se repete. As ruas servidas por nibus so: Rua Silvino Montenegro, Rua Rivadvia Correia, Rua da Gamboa, Avenida Rodrigues Alves e Avenida Professor Pereira Reis.Tipologia das edificaes: O tipo das edificaes deste setor se difere no que diz respeito ocupao dos morros e da parte baixa. Nos morros, essa tipologia se caracteriza pela forma de ocupao do perodo colonial,ouseja,casariobaixo,denomximodoispavimentos,ocupandotodoolote. Frequentessoasfachadascomornamentoemgessoourevestidascomazulejos coloridos. O casario que corre ao longo das vias pavimentadas em paraleleppedos confere paisagem ares coloniais, de qualidade mpar, de importncia histrica. Foto 6: Casario da Rua Comendador Leonardo - Morro da Gamboa Foto 7: Casario na Rua Santo Cristo Napartebaixa,estesetorguardaaindaexemplaresdocasarioantigo,principalmenteao longo das Ruas Baro da Gamboa, Gamboa, e Unio, e especialmente ladeando o Largo J os Francisco Fraga. Ainda na parte baixa encontram-se galpes, includos os construdos para constiturem a Cidade do Samba, e muitos terrenos vazios.So ao todo quatro imveis tombados pelos nveis municipal e federal. A APAC SAGAS tem como preservados 90 imveis nesse setor. Setor C Operao Urbana Consorciada da Regio do Porto do Rio V Situao Atual e Futura 230 Stio: O Setor C est todo compreendido na parte plana da rea Porturia. Esta rea quase no apresentavazios,havendoumanicapraaMarechalHermes,ondeencontra-se edificado um terminal rodovirio. Tambm so escassas as massas arbreas nesse setor. Uso e Ocupao do Solo: Ousopredominantenestesetorodedepsito,referindo-sepredominantementea instituiespblicas.ARodoviriaNovoRioestlocalizadanestesetor.Hapenasum edifciovoltadoparafinseducacionaisaEscolaMunicipalBenjamimConstantque compreendeoensinofundamental.Paraasade,humadasunidadesdoHospital Brasileiro de Oncologia.AssimcomooestabelecidoparaoSetorB,seuvizinho,ozoneamentodomunicpio estabelece duas zonas para o Setor C: oZona Porturia (ZP) oZona Residencial 5 (ZR-5) A ZP aqui predominante, o que responde ao uso predominante j identificado, de depsito e armazm. Pouca atividade comercial foi identificada. Na parte destinada ZR-5 h poucos edifcios voltados para fins habitacionais. O IAT atualmente estabelecido para esse setor de 5,0. A taxa de ocupao de 70%. Na maior parte deste setor a altura mxima para as edificaes de 23,0m. Apenas os dois quarteires situados em frente ao Morro do Pinto encontram-se regidos pelo SAGAS, que estabelece uma altura mxima de 11,0 m para as construes. Estrutura Viria e de Transportes: O sistema virio compreende vias ortogonais, constituindo-se exceo nica a Rua Santo Cristodedesenhosinuoso.Estesetorpossuidoisterminaisrodovirios,sendoumde grande importncia, a Rodoviria Novo Rio, que se constitui no ponto de chegada e sada dosnibusintermunicipais,interestaduais,eatmesmointernacionais.Paraapoio referidarodoviria,encontra-seoTerminalRodovirioPadreHenriqueOtte,querecebe nibusquesedirigemprincipalmenteZonaSuldoRiodeJ aneiro.Todasasviasso servidas por nibus, exceto a Rua Mendona. Tipologia das edificaes: A tipologia predominante das edificaes desse setor o galpo. Um deles, localizado na RuaEquador,tombadopeloMunicpio.DuasedificaessopreservadaspelaAPAC SAGAS. Operao Urbana Consorciada da Regio do Porto do Rio V Situao Atual e Futura 231 Foto 8: Galpes junto extinta Linha FrreaFoto 9: Casario na Rua Sacadura Cabral. Setor D Stio: Tambmlocalizadoeumareapredominantementeplana,essareanoencontra-se densamenteconstruda,graasaumaextensareaquepertenceR.F.F.S.A.,ainda desocupada. Uso e Ocupao do Solo: O uso equilibrado entre comercial e de depsitos. Do comercial, destacam-se pequenos bareseserviostaiscomoserralheriaemarcenaria.TodoestesetorpertenceZona Porturia de acordo com o decreto que regula o zoneamento do municpio. Desta forma, os usos admitidos neste setor so, em sua maioria, relativas armazenagem, indstrias, locais paraavendadeequipamentos,epequenosservioscomoestofamento,marcenariae carpintaria. Poucos so os usos comerciais considerados adequados. Os usos residenciais eeducacionaissoconsideradosadequados,bemcomoosvoltadosparaasatividades artsticas.Nestesetor,ataxadeocupaode70%,eondicedeAproveitamentodo Terreno(IAT)atualde5,0.Nestarea,deacordocomodecreto322,aalturamxima para construo de 23,0m. Estrutura Viria e de Transportes: Trsviaslongasconstituem-senosistemaviriodestesetor,sendoaprimeiraumadas maisimportantesdeligaoentreoCentrodaCidadeeaZonaOeste,aAv.Francisco Bicalho. A Rua General Luis Mendes de Moraes, juntamente com a Praa Din de Queirz Operao Urbana Consorciada da Regio do Porto do Rio V Situao Atual e Futura 232 soimportantesviasdeescoamentoparaoViadutoPaulodeSouzaReis,quelevaao bairro de So Cristvo. Todas as vias so servidas por nibus. Tipologia das edificaes: Boa parte das edificaes desse setor constitue-se de galpes. No entanto, ao longo da Rua Pedro Alves, lado par, existem algumas tipologias menores, como casas de dois pavimentos comlojanotrreo.Hnestesetor,umedifciotombadopeloEstado,e12edificaes preservadas pelo Municpio atravs da APAC SAGAS. Foto 10: Galpo na Rua General Luis Mendes de Moraes Foto 11: Aspecto do casario na Rua Pedro Alves Setor E Stio: Este setor tem boa parte de seu stio plano, e uma pequena parte em aclive, j pertencendo ao Morro do Pinto. Na parte plana, h poucas edificaes em virtude da rea ser ocupada pelos trilhos de trem da Supervia, que levam Estao Pedro II. J a parte acidentada densamente ocupada.Trs praas esto localizadas nesse setor: Praa Noronha Santos, Praa General Pedra e Praa Procpio Ferreira. As duas primeiras so vizinhas e separadas apenas pelo Viaduto So Pedro e So Paulo. Ambas formam reas verdes, gramadas, com massas arbreas. J a Praa Procpio Ferreira pavimentada e com poucas rvores. Uso e Ocupao do Solo: Aparteplanadestesetor,emsuamaiorparte,ocupadapelostrilhoseoficinasda Supervia. Os outros edifcios localizados na parte plana, so de uso institucional, havendo um destinado a uma universidade.A legislao atual estabelece para este setor Trs zonas distintas: Operao Urbana Consorciada da Regio do Porto do Rio V Situao Atual e Futura 233 oZona Residencial 3 (ZR-3); oZona Especial 85; orea Central 1 (AC 1). Para a ZR3 considerado adequado apenas o uso residencial, sendo tolerados de apoio moradia tais como assistncia mdica, artesanato, costura, ensino, hospedaria, restaurante, dentre outros.AZE8divide-seemduassubzonas:SubzonaComercial1(C-1)eSubzonadeUso Especfico (UE-1). Esta ltima pertence ao centro de operaes e manuteno do Metr. Na C-1sopermitidososusosdeescritriosadministrativos,hotel,bareserestaurantes, atividadesculturais,assistnciasade,concessionrias,instituiespblicas,dentre outros. Atualmente, nestas subzonas, esto instalados usos compatveis com a legislao. Aoutrazona,AC1,temcomoadequadosusosdeserviosvoltadosparaoambiente domstico, administrao, comrcio, assistncia mdica com e sem internao, pensionato, posto de servio com e sem oficina e vendas de peas com e sem instalao. No caso do Setor E, esta zona quase no possui atividades diferentes das referentes ao transporte de passageiros,poisamaiorpartedoseuterritrioestocupadaportrilhoseporterminais rodovirios e ferrovirios. Ogabaritopermitidonestesetorvariadeacordocomassubzonas,sendode63,0mde alturanasquadrasprximasAv.PresidenteVargas;ede20,0mdealturanareaque atualmente pertence ao Metr. A taxa de ocupao de 100%, exceto na parte acidentada, onde de 70%. O IAT definido entre o limite do setor e o leito da linha ferroviria de 3,5; e entre a Avenida Presidente Vargas e o leito da Ferrovia de 11,0. 5 Segundo decreto n 10.040 de 11 de maro de 1991, que estabelece as condies relativas ao Regulamento de Zoneamento para a Zona Especial 8 (ZE-8) Cidade Nova. Operao Urbana Consorciada da Regio do Porto do Rio V Situao Atual e Futura 234 Foto 12: Vista das oficinas da Supervia no Setor E. Estrutura Viria e de Transportes: O uso deste setor majoritariamente voltado para o setor de transporte pblico. nele que estsituadooTerminalFerrovirioCentraldoBrasil,eoTerminalRodovirioCoronel Amrico Fontenelle. A partir deste plo, os meios de transporte levam os passageiros aos pontosmaisdiversosdacidade.Haindanestesetoroatendimentodotransporte metrovirio,havendoaestaoCentraldoBrasil,queseintegracomotransporte ferrovirio.Encontram-se neste setor vias importantes de ligao entre a zona Norte e Centro, atravs da Avenida Presidente Vargas, e entre o Centro e o Porto do Rio, atravs do Tnel J oo Ricardo. Ao longo da Avenida Presidente Vargas h uma grande quantidade de paradas de nibus. Tambm neste setor h o acesso a um importante eixo de ligao entre a Zona Sul e o Centro. As vias servidas por nibus so a Avenida Presidente Vargas, a Avenida 31 de Maro, a Rua da Amrica e a Rua Senador Pompeu. Tipologia das edificaes: As edificaes localizadas neste setor so de grande porte, havendo alguns edifcios acima de 10 pavimentos. A exceo a parte do setor localizada em um dos acessos ao Morro do Pinto, caracterizada por possuir edificaes de um ou dois pavimentos, voltadas para o uso residencial, comercial, ou misto entre esses dois usos. H apenas um edifcio tombado, pelo Estado, e 15 imveis preservados pela APAC SAGAS. Setor F: Stio: Este setor engloba todo o Morro do Pinto. O stio deste setor acidentado, variando da cota 5cota65acimadonveldomar.umareadensamenteconstruda,quecontm, contudo,umparqueurbanonapartemaisalta.Esteparque,denominadoMachadode Assis,umagrandereaverdecommassaarbrea.Almdestepontocomoreade massa arbrea, h outra, abaixo da Rua do Pinto, que reveste uma grande rea em declive. Operao Urbana Consorciada da Regio do Porto do Rio V Situao Atual e Futura 235 Foto 13: Parque Machado de Assis.Foto 14: Parque Machado de Assis. Uso e Ocupao do Solo: Nestesetorousopredominantementeresidencial,havendoapenasalgunspequenos comrcioslocais,taiscomobaresepadarias.Paraaeducao,hapenasumaescola municipal,aE.M.GeneralMitre.Caberegistraracarncianestesetor,quetemuma populaosignificativa,demaisedifcioseducacionaisedeoutrosvoltadosparaa assistncia sade. A Zona a qual pertence o Setor F a ZR3, para a qual o uso adequado o residencial. So consideradostoleradososusosdeapoiomoradiataiscomoassistnciamdica, artesanato, costura, ensino, hospedaria, restaurante, e outros. Estareaencontra-seinseridatotalmentenaAPACSAGAS,tendo,assim,doisgabaritos permitidos: 7,50m na rea que vai desde a Rua do Pinto at o leito da Supervia; e 11,00m no restante do setor. A taxa de ocupao aqui estabelecida de 70%. Estrutura Viria e de Transportes: A estrutura viria caracteriza-se aqui por possuir vias estreitas e sinuosas. Boa parte delas, no entanto, possvel de ser acessvel por veculos de pequeno porte. No interior do setor nohtransportepblico,eosmoradorestmdecaminharatasruasSantoCristoe Amrica onde existem as paradas de nibus. Tipologia das edificaes: Os imveis aqui se caracterizam por ocuparem todo o lote, ou por terem pequenos quintais. Soemgeral,casasesobrados,muitosdelesemestilocolonial.Hnestesetorquatro imveis tombados pelo Municpio. So tombados 18 imveis neste setor, sendo preservados pela APAC SAGAS um total de 196 imveis. Operao Urbana Consorciada da Regio do Porto do Rio V Situao Atual e Futura 236 Foto 15: Casas localizadas na Rua Pedro Alves, lado impar. Foto 16: Casario na Rua Carmo Neto. Setor G: Stio: O Setor G plano, apresentando um ligeiro aclive em direo ao Morro da Providncia. A densidade construda neste setor relativamente baixa, tendo em vista que apresenta uma grandequadraondeestolocalizadososGalpesdoantigoPtioFerroviriodaEstao Martima,ondefoiconstrudaaVilaOlmpicadaGamboa,queseconstituiemumarea livre,pormcompoucaarborizao.OutrarealivreaPraaSantoCristo,ondeest edificadaaIgrejaSantoCristodosMilagres.Estaarborizada,possuindo,ainda,um chafariz com uma escultura. Uso e Ocupao do Solo: H, neste setor, a concomitncia de usos comercial e residencial. Boa parte das moradias est localizadas em vilas residenciais. Para o Lazer, a vila Olmpica uma importante rea, contendo quadras poliesportivas e piscinas, alm de playground. A lei de zoneamento da cidade prev para este setor duas zonas: oZona Residencial 3 (ZR3); oZona Residencial 5 (ZR5). Para ambas, o uso considerado adequado o residencial. A diferena entre elas reside nos usos tolerados, possuindo a ZR3 mais restries. Nesta, so tolerados os usos que servem como apoio moradia tais como assistncia mdica e ensino, alm de artesanato, costura, hospedaria, restaurante, dentre outros. J na ZR5, alm desses, so tolerados os usos de borracheiro, carpintaria, circo, distribuio de cargas, ferro velho, conserto de equipamentos, algunstiposdeindstria(dentreelasasextrativas),grfica,marcenaria,depsitode material de construo e serralheria. Operao Urbana Consorciada da Regio do Porto do Rio V Situao Atual e Futura 237 O gabarito permitido para o setor regido pelo que est determinado para a APA SAGAS: Na quadra localizada entre a Rua Cardoso Marinho e a Vila Olmpica da Gamboa a altura mxima estabelecida para as construes de 7,50m; no restante de 11,0m. A taxa de ocupao estabelecida para este setor de 70%. O IAT est estabelecido para a quadra formada pelas Ruas da Amrica, Sacadura Cabral, Cardoso Marinho e Baro da Gamboa, sendo de 3,50. Estrutura Viria e de Transportes: Na quadra edificada, a malha viria apresenta-se por duas vias perpendiculares. A de maior extenso, Rua Cardoso Marinho, destinada ao trfego de nibus em direo ao terminal rodovirioPadreHenriqueOtte.Cabesalientarquenestesetorestlocalizadaumadas sadas do tnel que passa sob o Morro da Providncia, destinado ao transporte ferrovirio e que atualmente encontra-se desativado. Todas as ruas so servidas por nibus. Foto 17: Sada do tnel ferrovirio sob o Morro da Providencia. Tipologia das edificaes: As edificaes que compem este setor so de uma maneira geral de baixo gabarito, e com aprojeohorizontalcoladanasdivisas.Muitassoemestiloecltico,masagrande maioria encontra-se descaracterizada. Neste setor h cinco imveis tombados, todos pelo Municpio. De acordo com a APAC SAGAS, so preservados 61 imveis. Operao Urbana Consorciada da Regio do Porto do Rio V Situao Atual e Futura 238 Foto 18: Rua Cardoso Marinho lado imparFoto 19: Rua Cardoso Marinho - lado par Setor H: Stio: De stio acidentado, o Setor H compreende o Morro da Providncia e parte de seu entorno. A parte plana deste setor se configura pelas quadras situadas entre o referido morro e o leito da Supervia. A rea remanescente de uma grande pedreira, situada entre as partes plana e acidentada do setor, termina por comp-lo. O Morro da Providncia a mais alta elevao da rea porturia, pois seu cume est 115,0m acima do nvel do mar.Uso e Ocupao do Solo: ApartealtadoMorrodaProvidnciadensamenteedificada.Eao contrriodosdemais morros da rea porturia, este possui uma ocupao irregular, no havendo o parcelamento prviodosolo.Dosmorros,estaaocupaomaisrecente,sendoresultadodeum processo de favelizao, sendo este considerado o primeiro do Rio de J aneiro.Ousodosetorpredominantementeresidencial.OdecretoqueregeoZoneamentoda cidadeestabeleceareaondeseinsereoSetorHcomoZR3.Paraestazona,ouso consideradoadequadooresidencial,sendotoleradosusosquecomportempequenos comrcioseserviosvoltadosparaasatividadesdomsticas.Tambmsoconsiderados tolerados usos voltados para a educao e assistncia sade. Existem duas faixas de altura permitidas para esse setor de acordo com a determinao da APASAGAS:noentornodoTerminalRodovirioProcpioFerreiraenaRuaCoronel AldomaroCosta,aalturamximade17,0m;nasdemaisreasde11,0m.Ataxade Operao Urbana Consorciada da Regio do Porto do Rio V Situao Atual e Futura 239 ocupaodefinidaparaoSetorHde100%paraoentornodoTerminalRodovirio Procpio Ferreira. Para o restante do setor essa taxa de 70%. Estrutura Viria e de Transportes: Napartealtadestesetor,osistemavirioconstitui-sebasicamentedevielas,quaseno havendo vias carroveis. Com isso, nesta rea o transporte pblico tambm precrio.J na parte baixa, onde o sistema virio j permite a circulao de veculos, os nibus so a opodetransportepblico.LocalizadonaRuaBentoRibeiro,encontra-seoTerminal Rodovirio Procpio Ferreira, que vizinho ao Terminal Ferrovirio Central do Brasil, o que oferece populao da regio a opo do transporte ferrovirio. A Central do Brasil tambm tem a opo de transporte metrovirio. Tipologia das edificaes: As edificaes situadas no alto do morro possuem padro construtivo baixo, sendo em sua maioria resultado da autoconstruo por seus moradores. Em sua maioria, possuem entre um e trs pavimentos. J na parte mais baixa, podem ser encontradas edificaes de at dois pavimentos, constituindo-se em grande parte de edificaes antigas em estilo ecltico. NoaltodoMorrodaProvidnciahumoratriotombadopeloMunicpio.Segundoo regulamentado pela APAC SAGAS, existe 22 imveis preservados neste setor. Foto 20: Morro da ProvidenciaFoto 21: Travessa Dona Felicidade - Morro da Providncia ao fundo. Setor I: Stio: Nestesetor,ostioacidentado,apresentandoduaselevaeseumvale.Umadas elevaes faz parte do Morro da Sade, e a outra, do Morro do Livramento. Relativamente Operao Urbana Consorciada da Regio do Porto do Rio V Situao Atual e Futura 240 ao Morro da Providncia, a diferena de nvel entre as partes baixa e alta no to grande, pois varia entre as cotas 5,0 e 55,0m acima do nvel do mar. As reas verdes corresponden neste setor ao Cemitrio dos Ingleses e a uma faixa de encosta entre a Rua Euclides da Costa e Ladeira do Barroso. Uso e Ocupao do Solo: O predomnio, neste setor, do uso residencial. Contudo, puderam ser identificados usos taiscomoindstrias,depsitos,hotiseumardiodifusora.Comafinalidadedeuso cultural,hnestesetoroCentroCulturalJ osBonifcio.Parafinseducacionaishuma escola, a Escola Municipal Raposo Tavares, voltada para a Educao Infantil. A lei de zoneamento atual estabelece este setor como uma ZR 3, para a qual considerado adequadoapenasousoresidencial,sendotoleradosdeapoiomoradiataiscomo assistnciamdica,artesanato,costura,ensino,hospedaria,restaurante,dentreoutros.A alturamximadasedificaes,deacordocomoSAGAS,de11,0m.Paraestesetor definida uma taxa de ocupao de 70%. Estrutura Viria e de Transportes: No trecho correspondente ao Morro do Livramento o sistema virio conta com vias sinuosas, estreitas, mas carroveis, e ainda vielas para pedestres. J na parte baixa, h um sistema virioortogonal.ARuaSacaduraCabralporondepassaamaiorpartedosnibusque atendem localidade.Tipologia das edificaes: As edificaes so remanescentes da ocupao antiga da cidade, sendo, em sua maioria, coladanasdivisas,edeatdoispavimentos,compoucasexcees.Predominao parcelamentocolonialcomasfachadasdocasarioemestiloecltico.Podemser encontradosaindaalgunsexemplarescoloniais.H,nestesetor,quatroedificaes tombadas pelo Municpio e uma tombada pelo Estado. As Ruas do Propsito, Pedro Ernesto eLivramento,bemcomosuastransversais,contamcomamaiorpartedocasario preservado, de acordo com a APAC SAGAS, so 450 imveis preservados. Operao Urbana Consorciada da Regio do Porto do Rio V Situao Atual e Futura 241 Foto 22: Rua do Propsito.Foto 23: Casario na Rua Conselheiro Zacarias Foto 24: Ladeira do Barroso - Morro do Livramento Setor J: Stio: De stio plano, este setor densamente edificado. Nele h duas praas: a Praa Duque de Caxias,quecontemplaumconjuntopaisagsticofrontalaoPalciodemesmonome;ea Praa dos Estivadores, que pouco arborizada. A massa arbrea fica, portanto, por conta Operao Urbana Consorciada da Regio do Porto do Rio V Situao Atual e Futura 242 dasreasdoslotesnoocupadasporedificaes.IssosednoterrenodoPalciodo Itamaraty, e na divisa do Palcio Duque de Caxias voltada para a Rua Bento Ribeiro. Foto 25: Praa dos Estivadores Uso e Ocupao do Solo: O uso predominante neste setor o comercial. No entanto, h tambm a presena do uso cultural, de hotis e o de escritrios de concessionrias de servios pblicos. Voltada para o uso educacional, encontra-se neste setor a Escola Municipal Rivadvia Correa. As zonas estabelecidas para o Setor J , segundo a lei de zoneamento atual da cidade do Rio de J aneiro, so: orea Central 1 (AC 1); orea Central 2 (AC 2). A diferena entre as duas zonas acima, a de que a AC 2 mais restritiva que a AC 1. Na AC 2 so permitidos quase todas as atividades voltadas para o uso comercial. No entanto, apenas na AC 1, que so permitidos, alm dos usos da AC 2, armazenagem, assistncia mdicacominternao,reparosdeveculos,laboratriofarmacutico,marcenaria, pensionato, dentre outros usos. O gabarito aqui determinado pela Portaria n 2 do IPHAN e pela APAC SAGAS. A primeira definegabaritosparacadaquadra,variandoentredoiseoitopavimentos.J osegundo, estabelece as alturas mximas para as quadras situadas entre as Ruas Senador Pompeu e BarodeSoFlix,excluindoacontguaPraadosEstivadores.Aalturamximaaqui estabelecida de 11,0m. Para as quadras situadas entre a Avenida Presidente Vargas e a Avenida Marechal Floriano Peixoto a taxa de ocupao de 70%. Para o restante do setor de 100%. O IAT encontra-se definido para as quadras situadas entre as Ruas Bento Ribeiro, Baro de So Flix, Alexandre Mackenzie e Senador Pompeu de 4,20. Operao Urbana Consorciada da Regio do Porto do Rio V Situao Atual e Futura 243 Estrutura Viria e de Transportes: Amalhaviriadestesetorcaracteriza-seporumamalhareticulada,comviasretilneas, sendo, quase todas, importantes eixos de ligao entre diferentes bairros da cidade. Com isso, hoatendimentonestesetor dostransportesrodovirios,almdotremedometr, este atravs da estao Presidente Vargas. Tipologia das edificaes: Predominamasedificaesdedoispavimentos,emborapossamserencontradas edificaes mais altas. Em geral, essas ruas compreendem um correr de casas em estilo ecltico.SotombadosnessesetordezesseteimveispeloMunicpio,umpeloEstadoe doispeloGovernoFederal.PelaAPACSAGASso204imveispreservados,havendo ainda, trs imveis tutelados. Foto 26: Rua Baro de So Flix.Foto 27: Rua Baro de So Flix. Setor K: Stio: OSetorKbasicamentecompostopeloMorrodaConceio.Destaforma,oterreno acidentado,chegandocota45,0acimadonveldomar.Asmassasarbreas predominantes encontram-se nas reas dos terrenos onde se encontram as edificaes que se destinam ao uso militar. Este setor constitui-se tambm por partes baixas, que formam a parte circundante do morro. Outro local onde h uma rea verde no J ardim do Valongo, que tombado pelo IPHAN. Outra rea livre tombada, pelo INEPAC, a Pedra do Sal, que tem uma escadaria moldada Operao Urbana Consorciada da Regio do Porto do Rio V Situao Atual e Futura 244 naprpriapedra,constituindo-sedeumacessoaoMorrodaConceio.Outrarealivre localizada no Setor K o Largo So Francisco da Prainha, local sem arborizao, mas que funciona como um local de estar, contendo bancos e mesas de jogos. H no alto do Morro da Conceio duas outras reas livres para uso pblico: a Praa Major Val, onde h uma imagem de Nossa Senhora da Conceio sobre um pedestal; e um mirante situado na Rua J ogodaBola,quasenaesquinacomaTravessaJ oaquimSoares.Estemirantepossui rvores, bancos de concreto e brinquedos para crianas. J na Praa Major Val, no h equipamentos, mas freqente ver crianas nela brincando. Foto 28: J ardim do Valongo Uso e Ocupao do Solo: Ousodestesetorpredominantementeresidencial.Noentanto,hapresenade edificaesvoltadasparaousomilitar,localizadasnofinaldaRuaMajorDaemon,ena Praa Major Val. Tambm localizada no Morro da Conceio encontra-se o Observatrio do Valongo, que atualmente pertence Universidade Federal do Rio de J aneiro, sendo sede do curso de Astronomia. No morro encontram-se localizadas duas escolas. J na parte mais baixa, encontram-se muitos edifcios destinados aos usos comercial e institucional. Este setor encontra-se todo ele em ZR 3, que voltada para o uso residencial e ouros que dem suporte a esse uso, tais como algumas atividades de pequeno comrcio e servios para consertos de objetos domsticos. A altura mxima permitida para as edificaes nesse setor de dois pavimentos, sendo esta estabelecida pela Portaria n 2 do IPHAN. A taxa de ocupao definida para este setor de 70%. Estrutura Viria e de Transportes: Operao Urbana Consorciada da Regio do Porto do Rio V Situao Atual e Futura 245 A estrutura viria do alto do Morro da Conceio constitui-se de uma nica via carrovel quecruzaomorro:aRuaJ ogodaBola.Asdemaisviasconstituem-seemacessos exclusivos para pedestres. Desta forma, no h transporte pblico no morro. O transporte oferecido para a populao deste setor principalmente o Rodovirio, havendo, um pouco distante, uma estao de metr a Uruguaiana. Tipologia das edificaes: O casario fruto de um parcelamento urbano colonial, que preconizava uma sequencia sem afastamentos laterais e de frente. No entanto, muitos desses casarios tiveram de se adequar ao cdigo de posturas para as edificaes, implantado pelo Prefeito Pereira Passos. Assim, ganharam roupagem tpica das construes eclticas, tais como platibanda e ornamentos. Emsuamaioria,ascasaspossuemdeumatrspavimentos.NoentornodoMorroda conceio possvel, contudo, encontrarmos edifcios com mais de cinco pavimentos.HnestesetorseteimveistombadospeloIPHAN,etrspeloMunicpio.Segundoo decreto que regulamenta a APAC SAGAS, so preservados 247 imveis. Foto 29: Rua So Francisco da PrainhaFoto 30: Rua Argemiro Bulco Operao Urbana Consorciada da Regio do Porto do Rio V Situao Atual e Futura 246 Foto 31: Rua Major Daemon Setor L: Stio: Estesetorapresentastioplano,densamenteedificado.Apresenademassaarbrea significativaocorreapenasemumadasviasdestesetor:aAvenidaMarechalFloriano Peixoto. A nica rea livre localizada neste setor a Praa da Anistia.Uso e Ocupao do Solo: O uso comercial predominante neste setor. Havendo ainda sedes de instituies pblicas, empresas privadas e bancos. H tambm a presena de hotis. Embora em menor parte, podeseridentificadaapresenadousoresidencialnestesetor,principalmentenaRua Senador Pompeu. Uma importante instituio de ensino encontra-se localizado neste setor: o Colgio Pedro II, que compreende os ensinos mdio e fundamental. Segundoaleiqueregulamentaozoneamentoatualdacidade,foramestabelecidasas seguintes zonas para esta rea: orea Central 1 (AC 1); orea Central 2 (AC 2). Na AC 2 so permitidos quase todas as atividades voltadas para o uso comercial. J na AC 1,sopermitidos,almdosusosdaAC2,armazenagem,assistnciamdicacom internao,reparosdeveculos,laboratriofarmacutico,marcenaria,pensionato,dentre outros. O gabarito aqui determinado pela Portaria n 2 do IPHAN, que determina para boa parte das quadras o gabarito de dois pavimentos. No entanto, permitido o gabarito de oito pavimentos para as edificaes voltadas para a Avenida Rio Branco. A taxa de ocupao estabelecidaparatodoosetorde70%,comexceodaquadradelimitadapelasruas Operao Urbana Consorciada da Regio do Porto do Rio V Situao Atual e Futura 247 Camerino, Leandro Martins, Conceio e Avenida Marechal Floriano Peixoto, onde esta taxa de 100%.Estrutura Viria e de Transportes: Na estrutura viria neste setor predominam as vias carroveis. No entanto, algumas vias soestreitas,configurando-secomopreferenciaisparapedestres.Otransportepblico rodovirioabundantenestesetor,principalmenteporneleselocalizaremtrechosde importantes avenidas tais como a Presidente Vargas e Rio Branco. O transporte metrovirio tambm acessvel neste setor, atravs da Estao Uruguaiana. Tipologia das edificaes: Asedificaeslocalizadasnestesetorpossuem,emboaparte,alturadeattrs pavimentos.Esseocasodasedificaeslocalizadasnasviasestreitas.Nasprincipais avenidas, contudo, predominam edifcios acima de oito pavimentos. So encontrados muitos exemplares de edificaes em estilo ecltico neste setor, mas tambm h muitos edifcios construdos recentemente.SotombadospeloGovernoFederal,cincoimveis.Pelomunicpiosotombadostrs imveis. Neste setor so preservados pela APAC SAGAS, 217 imveis. Foto 32: Rua Senador PompeuFoto 33: Rua Camerino Setor M: Stio: Ostiodestesetorplano.Emboranotenhaseuterritriodensamenteconstruindo,ele quase todo pavimentado, no havendo quase reas verdes. O Setor M limita-se pelo Canal do Mangue, que recebe a contribuio do Rio Maracan, e desgua na Baa de Guanabara. Operao Urbana Consorciada da Regio do Porto do Rio V Situao Atual e Futura 248 Uso e Ocupao do Solo: O uso predominante neste setor est ligado s atividades industriais. Os tanques destinados reservadegsforamdesativados,eumaextensareaficousemuso.Oedifciodo Instituto Mdico Legal foi transferido para este setor. Os parmetros urbansticos neste setor sofreram alterao recente por meio da Lei Complementar N 73 de 27 de julho de 2004, que estabelece o Projeto de Estruturao Urbana (PEU) da regio de So Cristvo. Assim, a partir deste lei o zoneamento deste setor constitui-se por duas zonas:oZona de Uso Misto 1 (ZUM1-SC); oZona de Uso Misto 2 (ZUM2-SC). Paraestaszonasebemsemelhanteadisposiodosusospermitidos,sendoestes comerciais,residenciais,servioseindustriais.Outrosparmetrosurbansticos estabelecidos so a altura mxima, de 39,0m (ou o gabarito de 12 pavimentos); e o IAT de 5,5. Estrutura Viria e de Transportes: As vias desses setores so todas acessveis aos veculos. Dentre elas, a mais importante a Avenida Francisco Bicalho, que eixo de ligao entre a Avenida Brasil e as Zonas Norte eSul,bemcomoparaareaCentral.Estaavenidadensamenteservidapornibus.A Estao Ferroviria Leopoldina vizinha a este setor, e possui integrao com o restante da malha ferroviria. Tipologia das edificaes: Em geral, as edificaes so galpes. Mas h exemplares de edificaes em estilo ecltico, principalmente ao longo da Avenida Pedro II. Setor N: Stio: Este setor apresenta stio plano, resultado do aterro feito para se constituir o Porto do Rio de J aneiro.umareadebaixadensidadeconstruda,comalgunsterrenosvazios.Noh reas arborizadas. Uso e Ocupao do Solo: O uso do solo neste setor voltado basicamente para as atividades porturias. No entanto, est em fase de construo a nova sete do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (INTO), ocupando o prdio que era a sede do J ornal do Brasil. Operao Urbana Consorciada da Regio do Porto do Rio V Situao Atual e Futura 249 Pelo decreto que estabelece o zoneamento para a cidade do Rio de J aneiro, este setor est definidocomoZP.Nestazona,osusosadmitidossoemsuamaioriarelativas armazenagem, indstrias, locais para a venda de equipamentos, e pequenos servios como estofamento,marcenariaecarpintaria.Apenasalgumasatividadescomerciaisso consideradasadequadas.Osusosresidenciaiseeducacionais,easatividadesartsticas, so apenas tolerados.Estrutura Viria e de Transportes: Neste setor est localizada uma das mais importantes avenidas da cidade, a Avenida Brasil. Ela liga as zonas Oeste e Central da cidade. Por ela, passa boa parte do transporte pblico rodovirio que abastece o centro da cidade. Este setor possui acesso Ponte Presidente Costa e Silva, que liga o Rio de J aneiro Niteri.Tipologia das edificaes: Em sua maioria as edificaes localizadas neste setor constituem-se de galpes. 5.4INTERVENESPROPOSTASPELAOUCDOPORTODORIOASSOCIADASO USO DO SOLO De maneira geral, as mudanas propostas para a rea da Operao Urbana Consorciada da RegiodoPortodoRiocorrespondemaoincentivoparaaimplantaodenovos estabelecimentos comerciais e residenciais, com obras previstas para a melhoria do sistema virioeinfra-estrutura,ereformulaododesenhourbano,objetivandovalorizararegio centraldacidadeegerarmaisrendaparaoEstado,investidoreseparaapopulao habitante,commelhoriadosnveisdequalidadedevida.Asmudanasreferentesao zoneamento e gabarito do local, assim como a nova taxa de ocupao proposta, o IAT e o potencial edilcio, so descritas a seguir. 5.4.1 Novo Zoneamento da rea de Interveno ParaserbemsucedidaarevitalizaodareaPorturia,estsendoalteradoouso predominantementeindustrialdaZonaPorturia(ZP)edasreasaoseuredor:Zona Residencial 5 (ZR-5), Zona Especial 8 (ZE-8) e Zonas de Uso Misto 1 e 2 (ZUM1 e ZUM2) doProjetodeEstruturaoUrbana(PEU)deSoCristvo,notrechodentrodareade interveno. Elas sero transformadas em reas de uso misto (residencial, comercial e de servios), de modo a incrementar a ocupao e o aproveitamento local. Outras reas tero seus usos mantidos por se tratarem de ocupaes com usos compatveis revitalizaodaregio.Asreascentrais(setoresJ eL)continuarocomseuuso Operao Urbana Consorciada da Regio do Porto do Rio V Situao Atual e Futura 250 predominantementecomercialedeserviosassimcomoosmorrosdaregio,deuso predominantemente residencial, que tambm permanecero assim (setores F, G, H, I e K). A grande rea que engloba os setores A, B, C, D, E e M ser transformada em Zona de Uso Misto, onde sero permitidos os usos residencial e comercial, alm do uso industrial leve. IstoincluiaatualZonaPorturia(ZP),asZonasdeUsoMisto1e2doPEUdeSo Cristvo, alm do trecho da Zona Especial 8 (setor E) includo nesta interveno. A rea hoje caracterizada como Zona Residencial 5 (ZR-5) permanecer da mesma, com usos residencial, comercial e de servios, restritos pelo Projeto SAGAS (Decreto n 7.351 de 1988) de modo a preservar a ambincia local, prxima aos morros. AsreasdozoneamentoatualcaracterizadascomoZonaResidencial3(morrosda Conceio, Gamboa, Sade, Santo Cristo e do Pinto) e as reas demarcadas pelo Decreto 322 de 1976 como reas Centrais 1 e 2 (AC1 e AC2), permanecero regidas pelos mesmos parmetrosvigenteshojebemcomoosCentrosdeBairros(CB)demarcadosnestarea seja por este mesmo decreto ou pelo Decreto n 7.351 de 1988. Tabelas de zoneamento do uso do solo Tabela de usos ZonasUsos adequadosUsos inadequadosUsos vedados ZUMResidencial I e II Comercial I e II Servios I e II Comercial III Servios III Industrial I Industrial II Tabela de atividades econmicas UsoDescrioAti vidade (CNAE) Comercial IComrcio varejista, diversificado, de atendimento cotidiano ou vicinal COMRCIO VAREJ ISTA Comrcio varejista no-especializado; Comrcio varejista de produtos alimentcios, bebidas e fumo; Comrcio varejista de material de construo; Comrcio varejista de equipamentos de informtica e comunicao; equipamentos e artigos de uso domstico; Comrcio varejista de artigos culturais, recreativos e esportivos; Comrcio varejista de produtos farmacuticos, perfumaria, cosmticos, artigos mdicos, pticos e ortopdicos; Comrcio ambulante e outros tipos de comrcio varejista Comercial IIComrcio varejista, diversificado, de atendimento espordico populao em geral COMRCIO VAREJ ISTA Comrcio varejista de combustveis pare veculos automotores; Comrcio varejista de produtos novos no especificados anteriormente e de produtos usados Comercial IIIComrcio atacadista ou varejista que exija planejamento especfico para sua implantao Comrcio; reparao de veculos automotores; Comrcio por atacado, exceto veculos automotores e motocicletas Operao Urbana Consorciada da Regio do Porto do Rio V Situao Atual e Futura 251 Servio IAtendimento cotidiano ou vicinal Correio e outras atividades de entrega; Alojamento; Alimentao; EDUCAO Educao infantil pr-escola Educao infantil creche; Atividades de explorao de jogos de azar e apostas; Atividades esportivas de recreao e lazer; Reparao e manuteno de equipamentos de informtica e comunicao e de objetos pessoais e domsticos; Outras atividades de servios pessoais; Servios domsticos Servios IIAtendimento espordico populao em geral Captao, tratamento e distribuio de gua; Construo de edifcios; Obras de infra-estrutura; Servios especializados para a construo; Eletricidade, gs e outras utilidades; Transporte terrestre; Transporte aquavirio; Transporte areo; Atividades dos servios de tecnologia da informao; Atividades de prestao de servios de informao; Atividades de servios financeiros; Seguros, resseguros, previdncia complementar e planos de sade; Atividades auxiliares dos servios financeiros, seguros, previdncia complementar e planos de sade; Atividades imobilirias; Atividades jurdicas, de contabilidade e de auditoria; Atividades de sedes de empresas e de consultoria em gesto empresarial; Servios de arquitetura e engenharia, testes e anlises tcnicas; Publicidade e pesquisas de mercado; UsoDescrioAti vidade (CNAE) Outras atividades profissionais, cientficas e tcnicas; Agncias de viagens, operadores tursticos e servios de reservas; Atividades de vigilncia, segurana e investigao; Servios para edifcios e atividades paisagsticas; Servios de escritrios, de apoio administrativo e outros servios prestados s empresas; Educao: ensino fundamental e ensino mdio; Atividades de ateno sade humana integradas com assistncia social, prestadas em residncias coletivas e particulares; Atividades de organizaes associativas; Organismos internacionais e outras instituies extraterritoriais Servio IIIExige planejamento especfico para sua implantao Armazenamento e atividades auxiliares dos transportes; Pesquisa e desenvolvimento cientfico; Atividades cinematogrficas, produo de vdeos e de programas de televiso, gravao de som e edio de msica; Atividades de rdio e de televiso; Telecomunicaes; Atividades veterinrias; Aluguis no-imobilirios e gesto de ativos tangveis no-financeiros; Administrao pblica, defesa e seguridade social; Educao superior; Atividades de ateno sade humana; Atividades de ateno sade humana integradas com assistncia social, prestadas em residncias coletivas e particulares; Atividades artsticas, criativas e de espetculos; Atividades ligadas ao patrimnio cultural e ambiental Industrial ICuja atividade de natureza no potencialmente poluidora, ou seja, cujo processo produtivo no requer, em geral, mecanismos de controle de poluio Edio e edio ligada impresso Industrial IICuja atividade de natureza potencialmente poluidora, desenvolvida em estabelecimento de pequeno ou mdio porte em geral Fabricao de produtos txteis; Confeco de artigos do vesturio e acessrios; Preparao de couros e fabricao de artefatos de couro, artigos para viagem e calados; Fabricao de produtos de madeira; Fabricao de celulose, papel e produtos de papel; Impresso e reproduo de gravaes; Fabricao de produtos de minerais no-metlicos; Fabricao de produtos diversos; Fabricao de mveis; Manuteno, reparao e instalao de mquinas e equipamentos Operao Urbana Consorciada da Regio do Porto do Rio V Situao Atual e Futura 252 5.4.2 Novo Gabarito da rea de Interveno Os gabaritos para a rea tambm foram alterados para viabilizar a revitalizao da regio porturia.ForamalteradososgabaritosdaZonaPorturia(setoresA,B,CeD),Zona Residencial 5 (setores A, B e C),Zona Especial 8 (setor E), Zonas de UsoMisto de So Cristvo(setorM)epartedareaCentral1(setoresIeJ ).Asdemaisreas(Zona Residencial 3, rea Central 2 e parte da rea Central 1) tero seu gabarito atual preservado, pois muitas esto restringidas por reas de preservao ambiental e por serem entorno de edificaes tombadas. AalturamximadossetoresAeBfoiampliadapara90m,ondeantesaalturamxima permitida era de 18m. As reas de entorno dos morros tero sua ambincia preservada com amanutenodeumgabaritomaisbaixo:7,5m,11me15mdeacordocomolocalea restrio existente. OssetoresC,D,EeMterogabaritosmaisaltos,porsetrataremdereasqueno interferem na paisagem dos morros arredores e onde se pode alcanar uma maior escala na renovao urbana, que vir a ser referncia para o resto da cidade. Assim se conformaro quadras com gabaritos de 90m, 120m e 150m. Da mesma forma que nos setores A e B, as franjas dos morros sero preservadas com limites menores de alturas (15m e 60m). Caberessaltarqueaalturadosreferidosgabaritosrefere-sealturadotopodoltimo pavimentohabitado,isto,excluioselementosdascoberturas(caixasdgua,casade mquinas de elevadores e outros). 5.4.3 Taxa de Ocupao Proposta As reas ao redor dos morros e, sobretudo nos setores A e B tero sua taxa de ocupao mantidaem70%poisnestasreashumtecidourbanoconsolidadocomestas caractersticas.DamesmaformaocorrecomasquadrasdosetorEcomfrenteparaa AvenidaPresidenteVargas:asuataxadeocupaosermantidaem100%conformeo Decreto10.040de1991.Asdemaisreas,ondeasmodificaesdeusoseromaiores (setores C, D, M e parte dos setores B e E), tero uma ocupao mxima permitida de 50%. Ataxadeocupaoincidirsobreabasedastorres.Sobestapoderoserconstrudos pavimentos-garagem, lojas e galerias que podero extrapolar estes parmetros desde que Operao Urbana Consorciada da Regio do Porto do Rio V Situao Atual e Futura 253 respeitemafastamentosobrigatriosetaxadepermeabilidade,quesercomentadamais adiante. 5.4.4 IAT proposto Todas as quadras tero IAT (ndice de Aproveitamento do Terreno) bsico proposto de 1,0, comoqualosproprietriospoderoconstruirsemnenhumnusextra.Porm,podero negociar potenciais adicionais construtivos. O IAT mximo proposto possibilita ampliar o potencial edilcio de cada terreno, permitindo seu aproveitamento mximo, de acordo com as limitaes de gabarito, permeabilidade, taxa de ocupao e afastamentos. Damesmaformaqueosgabaritos,oIATmximosermenornasreasaoredordos morros e onde existam restries com relao a bens tombados ou ambincia urbana (1,4 a 2,8) e maior onde as restries forem mnimas (4,2 a 12,0). 5.4.5 Novos Parmetros Edilcios Para o projeto de renovao, alm dos parmetros de uso e ocupao j mencionados (taxa de ocupao, gabaritos e ndice de aproveitamento do terreno), se faz necessrio que os parmetros edilcios sejam alterados. Noserestabelecidoumparmetrodelotemnimo,pormserincentivadoo remembramento para a criao de lotes maiores com o objetivo de se criar reas maiores, commaiorespossibilidadesdeaproveitamento.Nosero,pois,permitidos desmembramentos em lotes menores que o estipulado: 1.000m para os setores A, B, F, I e Je 2.000m para os setores C, D, E e M. Pelalegislaoatual,oafastamentolateraledefundosmnimoequivaleaumquintoda altura da torre, levando-se em conta apenas os pavimentos habitados e o afastamento entre torres corresponde a dois quintos da altura das mesmasou da mdia da altura delas (se forem diferentes). Esta exigncia termina por limitar a altura dos edifcios pois uma grande altura implicar um grande afastamento. Por este motivo, dentro da rea de interveno, a exignciadeafastamentolateraledefundosserlimitadaa15meoafastamentoentre edificaesserlimitadaa30mcomoforma deincentivaraverticalizao.Noentanto, precisolimitarousodesteparmetrodemodoaimpediraformaodelongosealtos corredores de edifcios. Assim, este afastamento mximo exigido s poder ser usado em fachadas de at 40 m. Operao Urbana Consorciada da Regio do Porto do Rio V Situao Atual e Futura 254 No ser exigido afastamento frontal nas reas do setor A e nas reas restritas pelo SAGAS ou prximas aos morros. Nas demais reas ser exigido um afastamento frontal mnimo de sete metros. Desta forma fica garantido que a largura do logradouro mais os afastamentos frontais de cada lado somaro 30m no mnimo uma vez que a menor largura de logradouro nestas reas de 16m. Com o objetivo de reduzir o impacto de circulao de automveis a ser causado pelos novos empreendimentos na regio, o projeto estabelecer uma exigncia menor de vagas para os empreendimentos comerciais e residenciais. Atualmente, esta exigncia de uma vaga para cada 30m de rea til de salas comerciais. Com relao s vagas obrigatrias para lojas, a Companhia de Engenharia de Trfego do Rio de J aneiro (CET-Rio) ainda mais restritiva: exige uma vaga para cada 25m de rea til de loja. Estes parmetros sero reduzidos para umavagaparacada50m.Damesmaforma,serexigidaumavagaparacadaunidade residencial.Atualmente se exige uma vaga para unidades com at dois quartos, duas vagas para unidades de trs quartos e trs vagas para unidades com mais de trs quartos. Comomododediminuiracargasobrearededeguaspluviais,umataxade permeabilidademnimadeverseestabelecida,acritriodorgomunicipalresponsvel peladrenagemdasguaspluviais.Comomesmoobjetivo,deversercriadaa obrigatoriedadedacaptaodeguaspluviaisdasfuturasedificaesparao armazenamento e reuso nas reas comuns dos condomnios. Porfim,propostaacriaodeduasnovasquadrasnosetorE,sobrealinhafrrea existente, como forma de aproveitamento de seu espao areo. 5.5 IMPACTOS PREVISTOS - SITUAO FUTURA Aseguir,soapresentadosospossveisimpactosocasionadospelaOUCdaRegiodo Porto do Rio, associados ao uso do solo, e que podem influenciar na populao de avifauna. 5.5.1 Novos parmetros de Uso do Solo Est sendo alterado o uso predominantemente industrial da Zona Porturia (ZP) e das reas ao seu redor, Zona Residencial 5 (ZR-5), Zona Especial 8 (ZE-8) e Zonas de Uso Misto 1 e 2 (ZUM1 e ZUM2) do Projeto de Estruturao Urbana (PEU) de So Cristvo, no trecho dentro da rea de interveno. O novo uso previsto de uso misto (residencial, comercial e de servios), de modo a incrementar a ocupao e o aproveitamento local. Operao Urbana Consorciada da Regio do Porto do Rio V Situao Atual e Futura 255 Os novos usos poderiam ter conflitos com os atuais usos j existentes, gerando impactos decorrentes de incompatibilidades entre os prprio usos. 5.5.2 Novo Gabarito da rea de Interveno Os gabaritos para a rea foram alterados para viabilizar a revitalizao da regio porturia. Foram alterados os gabaritos da Zona Porturia (setores A, B, C e D), Zona Residencial 5 (setores A, B e C), Zona Especial 8 (setor E), Zonas de Uso Misto de So Cristvo (setor M)epartedareaCentral1(setoresIeJ ). Asdemaisreas(ZonaResidencial3,rea Central 2 e parte da rea Central 1) tero seu gabarito atual preservado, pois muitas esto restringidasporreasdepreservaoambientaleporserementornodeedificaes tombadas. O aumento de gabarito poderia tirar a ambincia das reas no entorno dos morros. Para isto deveriam ser definidos gabaritos mais baixos nesses locais. 5.5.3NovasTaxasdeOcupaoenovosndicesdeAproveitamentodo Terreno IAT As reas ao redor dos morros e, sobretudo nos setores A e B tero sua taxa de ocupao alterada e podero provocar impactos na ambincia, pois nestas reas h um tecido urbano consolidado com estas caractersticas. O IAT mximo proposto possibilita ampliar o potencial edilcio de cada terreno, permitindo seu aproveitamento mximo, de acordo com as limitaes de gabarito, permeabilidade, taxa de ocupao e afastamentos. OaumentodoIATpoderiatambmpoderiatiraraambinciadasreasnoentornodos morros e onde existam restries com relao a bens tombados 5.6 MITIGAO DOS IMPACTOS Aseguir,soapresentadasasmedidasparamitigarosimpactosrelacionadosaousoe ocupao do solo mencionados acima. 5.6.1IncompatibilidadedosnovosusoscomosusosatuaisdaregiodoPortodo Rio O uso predominante atualmente o uso industrial da Zona Porturia (ZP). Praticamente a maiorpartedessasatividadesjfoiencerradaouestemviasdeencerramentoou mudana. A valorizao imobiliria decorrente dos novos usos a serem implementados na Operao Urbana Consorciada da Regio do Porto do Rio V Situao Atual e Futura 256 regio incentivar a mudana daqueles usos remanescentes, eliminando a possibilidade de incompatibilidades entre os usos novos e antigos. Assim, considera-se que fica mitigado esse possvel impacto, preservando a qualidade dos usos futuros. 5.6.2 Comprometimento da ambincia dos morros em funo dos novos gabaritos AalturamximadossetoresAeBfoiampliadapara90m,ondeantesaalturamxima permitidaerade18m.Asreasdeentornodosmorros,porm,terosuaambincia preservada com a manuteno de um gabarito mais baixo: 7,5m, 11m e 15m de acordo com o local e a restrio existente. Assim, considera-se que fica mitigado esse possvel impacto, preservando a ambincia dos morros. 5.6.3NovasTaxasdeOcupaoenovosndicesdeAproveitamentodoTerreno IAT As reas ao redor dos morros e, sobretudo nos setores A e B tero sua taxa de ocupao mantidaem70%poisnestasreashumtecidourbanoconsolidadocomestas caractersticas. Damesmaformaqueosgabaritos,oIATmximosermenornasreasaoredordos morros e onde existam restries com relao a bens tombados ou ambincia urbana (1,4 a 2,8) e maior onde as restries forem mnimas (4,2 a 12,0). Assim, considera-se que fica mitigado esse possvel impacto, preservando a ambincia dos morros e dos bens tombados. 5.7 CONCLUSES As mudanas previstas de uso e ocupao do solo, alterando os usos existentes, taxas de ocupao e gabaritos com a modificao do ndice de Aproveitamento de terreno IAT, j contmparmetrosdepreservaodasreasdetecidourbanojconsolidado,eda ambinciageraldosmorros,caracterizandoassimmedidamitigadorajimplementadana legislao da Operao Urbana com eesa finalidade.