VA Psicologia e Servico Social II Aula 7 Tema 7

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  • Tema 7: Ateno Psicossocial. Psicologia nas Unidades Bsicas de Sade. Profa. Helenrose A. da S. Pedroso Coelho

  • A Loucura

    A loucura um fenmeno humano muito pouco compreendido por ns, mas que sempre esteve presente na sociedade.

    A forma como observada, tratada e entendida, foi mudando de acordo com a cultura, religio, os avanos da medicina e at a prpria sociedade.

  • A Loucura

    A loucura um fenmeno humano muito pouco compreendido por ns, mas que sempre esteve presente na sociedade.

    A forma como observada, tratada e entendida, foi mudando de acordo com a cultura, religio, os avanos da medicina e at a prpria sociedade.

  • TRAJETRIA DA SADE MENTAL

    A forma de conceber, tratar e enfrentar a loucura socialmente construda, pois cada poca histrica, cada sociedade cria a sua forma especfica de abordar o fenmeno.

  • Aqui lo que foge do padro socia l e s t a b e l e c i d o , e m t e r m o s d e comportamento, conduta e maneira de ser constitui-se alvo de controle, integrao e segregao, sendo abordada de forma diferenciada devido aos valores e condies econmicas e culturais de cada momento histrico

  • Da Antiguidade at a Idade Mdia, o louco gozou de um certo grau de liberdade, podendo circular livremente. As famlias de posse mantinham seus loucos em casa, sob a guarda de um assistente contratado.

    Os pobres podiam vagar pelos campos e a sua sobrevivncia era atravs da caridade

  • RENASCENA secs XIV a XVI Nau dos insensatos

    Foucault v nessa circulao dos loucos mais do que uma simples utilidade social, visando a segurana dos cidados e evitando que os loucos ficassem vagando dentro da cidade.

    At esse perodo a Igreja Catlica via o louco como possudo pelo demnio.

  • IDADE CLSSICA sec XVII a XVIII

    Sob as luzes da razo, a loucura vista como desrazo e os loucos passam a ser vtimas da grande internao, sendo acorrentados nos hospitais gerais.

    uma nova forma de reagir diante dos problemas econmicos do desemprego e da ociosidade, uma nova tica do trabalho

  • IDADE MODERNA sex XIX

    Criados asilos e hospitais psiquitricos e os loucos sero tratados como doentes mentais.

    se antes o louco era acolhido pela sociedade, agora ele ser excludo, pois ele perturba a ordem do espao social.

    Limpar as cidades dos mendigos e anti-sociais, punir a ociosidade e reeducar

    Com a Reforma ( na Igreja com o desenvolvimento do capitalismo) o louco passa a ser aprisionado.

  • IDADE DA RAZO Segundo o direito da poca, o louco ficava

    margem do contrato por no partilhar da rac ional idade burguesa. Com esse paradigma fundam-se os pilares ideolgicos que legitimam a excluso e a segregao do louco pelo Estado.

  • Continuando

  • Ao tornar a loucura administrvel, medicalizou-a. O louco passou a ser o doente. O saber da psiquiatria ficou responsvel por trat-lo.

    A loucura adquire status de doena mental. O asilo para pessoas de baixa renda ou

    sem famlia

  • A internao ficava a servio da disciplina, para o tratamento moral do louco. Nesse perodo o louco, o vagabundo e o doente eram considerados ociosos, demonstrando assim o surgimento da ideologia da produtividade

  • O hospcio foi transformado em local de depsito, abandono e excluso para as pessoas s quais a sociedade no apresentava propostas alternativas para incluso.

  • Para os acometidos de doena mental, as condies de excluso so duplamente cruis pois o louco alm de desprovido de todas as formas de insero nas relaes sociais, restando-lhe apenas o caminho da pobreza e da misria, sofre toda uma carga de preconceito pela ausncia de lucidez.

  • Isolamento e conteno

    As Reformas Psiquitricas empreendidas, a partir do ps-segunda guerra, tinham na sua base a denncia/constatao do carter violento, segregador e de instituio totalitria do Hospcio. No por acaso que os membros de associaes de usurios e ex-internos , na Europa, se nomeiam survivors, sobreviventes, numa aluso aos campos de concentrao.

  • NO BRASIL

    Desigualdade social Santas Casas de Misericrdia Mortes por maus-tratos fsicos, desnutrio

    e doenas infecciosas

  • 1 hospcio de 1852 no Rio de Janeiro A criao do hospcio se coaduna com a

    forma como a questo social era abordada no perodo caso de polcia, assunto ilegal, subversivo, tratada como crime ou desordem

  • No sec. XX, se deslocou a responsabilidade da resoluo dos problemas sociais das elites para a prpria populao

    Ex. alcoolismo visto como causa da pobreza e da condio moral de seus dependentes; a sfilis entendida como herana gentica dos negros; miscigenao racial motivo de desorganizao politica e social

  • ANO 1940

    Incio da incluso dos profissionais do Servio Social no atendimento da rea mental o denominado Servio Social Mdico.

    Atendimentos emergenciais em razo da enorme pobreza dos pacientes e a ausncia de rede de suporte familiar e comunitrio

  • Vamos Praticar

  • UM NOVO MODELO...

    Aps a aprovao da Lei n 10.216 de 6 de abril de 2001, tambm conhecida como Lei Paulo Delgado e como Lei da Reforma Psiquitrica, foi instituido um novo modelo de t ratamento aos pac ientes com transtornos mentais no Brasil.

  • O padro de atendimento utilizado pelos profissionais de sade e o modo de convvio com a pessoa portadora de transtorno mental contribuem para melhorar as dinmicas familiares, principalmente quando se adotam estratgias transformadoras

  • 1-Muitas tm sido as contribuies da Psicologia para insero do profissional psi no campo da Sade Pblica. O governo Federal para ampliar o atendimento do Sistema nico de Sade (SUS) criou, nas Unidades Bsicas de Sade (UBS), um ncleo de especialidades que pode contar com fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, psiclogos, nutricionistas, assistentes sociais, educadores fsicos e outros. Marque a alternativa que contempla o nome do referido ncleo: A) Ncleo de Especialidades Mdicas (NEM). B) Ncleo Interdisciplinar em Sade (NIS). C) Ncleo de Apoio Sade da Famlia (NASF). D) Ncleo de Assistncia Complementar em Sade (NACS). E) Ncleo de Servios em Sade Ampliada (NUSA).

  • Ao concluir o curso de graduao, o profissional em Psicologia recebe uma formao estruturada a partir da concepo que a universidade tem do seu modo de atuao prtica. No texto Psicologia nas Unidades Bsicas de Sade: Experincia de Formao, do PLT, h uma discusso a respeito da formao acadmica do psiclogo: Nesta perspectiva, Spink (2003) aponta que a formao bsica do psiclogo privilegia a atuao localizada no consultrio, de um profissional liberal que privilegia a esfera individual. Assim, comum a mera transferncia do referencial terico obtido na graduao para o contexto institucional. Por vezes, ento, a bagagem do psiclogo e suas ferramentas tericas, tcnicas e crticas so escassas para atuao em Sade Pblica, principalmente na perspectiva do SUS..

  • Quais as consequncias que a atuao de um profissional, que foi formado com uma viso de tratamento individual, enfrenta quando for trabalhar em sade coletiva e pblica?

    Esse profissional ter dificuldades para enfrentar os problemas do dia-a-dia porque no dispe de fundamentos tericos para sua atuao em ambiente coletivo e h o risco de que sua prtica profissional no seja repensada e se torne uma prtica de cunho individualista em situao que se exige uma conduta coletiva, consubstanciada em embasamento terico compatvel. (PLT, p. 256)

  • Quando se fala da necessidade de o profissional de Psicologia desenvolver uma reflexo acerca da atuao prtica no campo da sade, criticando o modo tradicional de tratamento de doenas, isto quer dizer que um dos pontos criticados o tratamento centrado na doena ao invs de ser centrado na sade. Essa prtica aquela em que o tratamento realizado por meio de consultas com a finalidade de efetivar o tratamento da pessoa considerando-a como paciente, utilizando-se de prticas curativas e pouco valorizando outros saberes, alm da medicina. Essa crtica se dirige ao seguinte item: A) pesquisa-interveno psicossocial. B) promoo de sade e assistncia. C) Equipes Sade da Famlia (ESF). D) modelo de assistncia biomdico. E) prticas interdisciplinares.

  • Finalizando

  • Programa de Sade da Famlia (PSF) Com relao s politicas de ateno sade

    mental, a famlia passou a ser inserida por meio da Lei de N 10.216 de 2001, como grande pilar sustentador do processo de reforma psiquitr ica, objet ivando a implementao dos servios alternativos, bem como a superao dos tratamentos institucionalizados, os quais so baseados no isolamento e excluso da sociedade.

  • a desospitalizao do doente mental visa tambm a humanizao do atendimento, em que os cuidadores possuem vnculo afetivo com seus doentes, o que se presume, contribuir significativamente com a qualidade de vida do enfermo

  • Movimento anti-manicomial Criao dos CAPs Centro de Ateno

    Psicossocial e NAPs Hospitais-dia Equipe multiprofissional

  • NOVO MODELO

    Reabilitao psicossocial Incluso social Incentivo participao da famlia

  • TRABALHO COM FAMLIAS

    Oficinas de politizao para informar sobre a participao necessria em conselhos gestores, associaes e movimento nacional da luta manicomial

    Insero em oficinas de gerao de renda Incentivo a formao de cooperativas

    sociais com parceiros Formao de projetos de carter educativo/

    reflexivo para trabalhar os aspectos do sofrimento psquico

  • FAMLIA

    Quando a famlia tem um membro sofrendo de doena, todos os seus membros sofrem ansiedade e stress.

    Dentro da famlia, o familiar prestador dos cuidados ser provavelmente o elemento mais afetado pela ansiedade e pelo stress, o cuidador.

  • O indivduo perde, alm do seu trabalho(e conseqentemente a cond io de responsvel pelos cuidados com a casa e os filhos) , o contato com os grupos de referncia, como a escola e amigos . A sensao de impotncia para alterar os rumos da vida, leva a quadros de isolamento, depresso e resistncia ao tratamento .

  • O processo de adaptao pode ser longo e depende do suporte mdico, psicolgico, social e familiar, que possa estimular a busca e compreenso do tratamento adequado , favorecendo a reorganizao da vida pessoal e familiar, dentro dos limites impostos pela doena

  • atravs da famlia que toda uma nova dinmica de vida ir surgir. As boas ou ms perspectivas em relao doena passam por este grupo de pessoas. Tambm elas necessitam ser cuidadas, escutadas e apoiadas.

  • Prxima aula

    Deficiente e Esttica.Trabalho e Pessoas com deficincia