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RELATÓRIO E CONTAS 2010
1
VAA-VISTA ALEGRE ATLANTIS, SGPS, SA
RELATÓRIO E CONTAS 2010
Índice
Relatório e Contas Individual.............................................................................................................................2
Relatório e Contas Consolidado....................................................................................................................... 43
Lista dos Titulares das Participações Qualificadas…………................................................................................118
Anexo ao Relatório de Gestão do Exercício 2010, elaborado nos termos do nº 1 do art.º 245º-A do CVM ….…119
Relatório e Parecer do Conselho Fiscal Sobre as Contas Individuais............................................................... 124
Relatório e Parecer do Conselho Fiscal Sobre as Contas Consolidadas.............................................................126
Certificação Legal das Contas e Relatório de Auditoria das Contas Individuais................................................ 128
Certificação Legal das Contas e Relatório de Auditoria das Contas Consolidadas............................................ 131
Demonstrações Financeiras Individuais relativas a 31 de Dezembro de 2010
(valores em euros)
2
VAA – Vista Alegre Atlantis, SGPS, SA (Sociedade Aberta)
Rua Nova da Trindade nº 1 r/c esqdo - 1200-301 Lisb oa Contribuinte 500 978 654 ���� Capital Social 92.507.861,92 Euros C. R. Comercial Lisboa 466
Relatório de Gestão e
Demonstrações Financeiras Individuais
31 de DEZEMBRO de 2010
(IFRS)
Demonstrações Financeiras Individuais relativas a 31 de Dezembro de 2010
(valores em euros)
3
ÍNDICE
ÍNDICE ................................................................................................................................................................................. 3 RELATÓRIO DE GESTÃO ............................................................................................................................................................... 4 EXERCÍCIO DE 2010 ................................................................................................................................................................... 4 CONTAS INDIVIDUAIS ................................................................................................................................................................. 4 DEMONSTRAÇÃO DA POSIÇÃO FINANCEIRA ...................................................................................................................................... 9 DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS POR NATUREZAS ........................................................................................................................ 10 DEMONSTRAÇÃO DO RENDIMENTO INTEGRAL ................................................................................................................................. 11 DEMONSTRAÇÃO DE ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO ............................................................................................................................ 12 DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA........................................................................................................................................ 13 NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ............................................................................................................................................. 14 1. INFORMAÇÃO GERAL .............................................................................................................................................................. 14 2. RESUMO DAS PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS ..................................................................................................................... 16 3. ESTIMATIVAS CONTABILÍSTICAS IMPORTANTES E JULGAMENTOS ......................................................................................................... 22 4. ALTERAÇÕES DE POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS ................................................................................................................................. 22 5. OUTROS ACTIVOS FINANCEIROS E PASSIVOS FINANCEIROS ............................................................................................................... 25 6. PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO.............................................................................................................................................. 26 7. INVESTIMENTOS FINANCEIROS ................................................................................................................................................... 27 8. IMPOSTOS DIFERIDOS .............................................................................................................................................................. 30 9. CONTAS A RECEBER E OUTRAS ................................................................................................................................................... 31 10. CAPITAL, ACÇÕES PRÓPRIAS E PRÉMIOS DE EMISSÃO DE ACÇÕES ........................................................................................................ 32 11. RESERVAS E RESULTADOS TRANSITADOS ....................................................................................................................................... 32 12. INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO E OUTROS EMPRÉSTIMOS........................................................................................................................ 33 13. CONTAS A PAGAR E OUTRAS ...................................................................................................................................................... 33 14. PROVISÕES ........................................................................................................................................................................... 34 15. ESTADO E OUTROS ENTES PÚBLICOS ............................................................................................................................................ 34 16. CUSTOS COM O PESSOAL .......................................................................................................................................................... 35 17. OUTROS CUSTOS E PERDAS E OUTROS PROVEITOS E GANHOS OPERACIONAIS ......................................................................................... 35 18. RESULTADOS FINANCEIROS ....................................................................................................................................................... 36 19. CONTINGÊNCIAS .................................................................................................................................................................... 36 20. GESTÃO DO RISCO FINANCEIRO ................................................................................................................................................. 36 21. TRANSACÇÕES COM PARTES RELACIONADAS ................................................................................................................................. 37 22. CUSTOS SUPORTADOS COM SERVIÇOS PRESTADOS PELOS AUDITORES/REVISORES ................................................................................... 39 23. EVENTOS SUBSEQUENTES ......................................................................................................................................................... 39 24. APROVAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS .......................................................................................................................... 39 25. IMPACTOS DA TRANSIÇÃO PARA O NORMATIVO IFRS ...................................................................................................................... 39
Demonstrações Financeiras Individuais relativas a 31 de Dezembro de 2010
(valores em euros)
4
Relatório de Gestão
RELATÓRIO DE GESTÃO
Exercício de 2010
Contas Individuais
Senhores Accionistas,
1. Introdução
Nos termos do contrato social e da legislação vigente, o Conselho de Administração da VAA – Vista
Alegre Atlantis, SGPS, S.A, com o presente documento, vem relatar a forma como decorreram os
negócios sociais durante o exercício económico de 2010.
Para o efeito, elaborámos e aqui estamos a submeter à apreciação dos Senhores Accionistas o
presente Relatório de Gestão e as Demonstrações Financeiras que incluem: a Demonstração da
Posição Financeira em 31/12/2010, as Demonstrações dos Resultados por Naturezas e do
Rendimento Integral e a Demonstração dos Fluxos de Caixa, todas referentes ao exercício
económico, coincidente com o ano civil, de 2010, bem como os correspondentes Anexos.
Incluímos, também, a Relação das acções detidas pelos Membros dos Órgãos de Administração e
de Fiscalização (art.º 447º, nº 5 do CSC), a Lista dos accionistas que detém uma participação no
capital da sociedade superior a 10% (art.º 448º, nº 4 do CSC), e a Lista das participações
qualificadas (art.º 6º do Regulamento CVM nº 11/2000 com a redacção que lhe foi dada pelo
Regulamento CVM nº 24/2000).
2. Estrutura do Grupo
O universo da consolidação mantém-se praticamente estável desde 2007, tendo apenas sido
criada a VA Renting, Lda em 2008, sendo os seus efeitos nas contas consolidadas materialmente
irrelevantes.
Demonstrações Financeiras Individuais relativas a 31 de Dezembro de 2010
(valores em euros)
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100% 70% 100% 99,3% 100% 100%
30%
VAA, SGPS
ESTRUTURA DO GRUPO VAA
VAA VAR VAE VAG CP CXP
VAA (Vista Alegre Atlantis, SA), sociedade de direito português que detém toda a actividade
produtora do Grupo (porcelana, cristal, louça de forno, faiança e vidro manual), as cadeias de
lojas nacionais e quatro imóveis não afectos à actividade (Quinta Nova, Nova Ivima,
Terreno/Pinhais no Casal da Areia e Edifícios ex-matérias primas na Vista Alegre);
VAE (VA-Vista Alegre España, SA), sociedade de direito espanhol que, naquele país, exerce as
actividades de distribuidor e retalhista;
VAG (V.A.GRUPO-Vista Alegre Participações, SA), sociedade de direito português, detentora de
diversos imóveis;
CP (Faianças da Capôa-Indústria de Cerâmica, SA), sociedade de direito português, detentora da
fábrica de Aradas/Aveiro onde a VAA exerce a actividade industrial de produção de faiança;
CXP (Cerexport-Cerâmica de Exportação, SA), sociedade de direito português, dona do edifício da
Esgueira/Taboeira/Aveiro, no qual a VAA exerce a actividade industrial de produção de louça
de forno.
VAE (VA-Vista Alegre España, SA), sociedade de direito espanhol que, naquele país, exerce as
actividades de distribuidor e retalhista;
VAR (VA Renting, Lda), sociedade de direito português, que se dedica ao aluguer de longa duração,
nomeadamente de bens constitutivos da palamenta hoteleira.
3. Actividade da Empresa
A VAA-Vista Alegre Atlantis, SGPS, SA só exerce actividade industrial e comercial indirectamente,
por via das suas participadas, pelo que nos dispensamos de efectuar aqui a sua descrição, uma vez
que no relatório de gestão que acompanha as contas consolidadas é feita a análise evolutiva e a
apreciação dos negócios do Grupo.
O aumentado dos custos com pessoal no montante de 520 mil € resulta da concentração na SGPS
do processamento de todas as remunerações dos órgãos sociais. Em 2009 parte destas
remunerações foram processadas na subsidiária VAA, SA.
As provisões para pensões de reforma reduziram-se substancialmente, gerando um impacto
positivo nos resultados do exercício de quase um milhão de euros.
Em 31 de Dezembro de 2010, a VAA-Vista Alegre Atlantis, SGPS, SA regista nas suas contas um
ajustamento por imparidade nas suas participações financeiras no valor de 87.673.656€. No
Demonstrações Financeiras Individuais relativas a 31 de Dezembro de 2010
(valores em euros)
6
cálculo deste ajustamento, foi tido em consideração a situação financeira consolidada do Grupo, o
valor das marcas VA e Atlantis, os resultados futuros esperados decorrentes do processo da
reestruturação do Grupo iniciado após a mudança da estrutura accionista, bem como a
capitalização bolsista do Grupo.
Em Assembleia Geral de 8 de Junho de 2010 foi deliberado reduzir o capital social da empresa de
29.007.998 Euros para 11.603.199,20 Euros através da redução do valor nominal da totalidade das
acções representativas do capital social de 20 cêntimos para 8 cêntimos e correspondente
constituição de uma reserva especial com restrições similares às da reserva legal, redução essa
que ocorreu em 11 de Junho de 2010 e que teve a finalidade especial de viabilizar o aumento de
capital através de entradas em dinheiro e em espécie.
Em 26 de Julho de 2010 registou-se o aumento de capital de 11.603.199,20 Euros para
92.507.861,92 Euros compreendendo a emissão de 1.011.308.284 acções ordinárias, escriturais e
ao portador, com o valor nominal de 8 cêntimos cada. O principal accionista, a Cerutil – Cerâmicas
Utilitárias S.A., subscreveu 791.860.519 acções das quais 562.500.000 acções realizadas na
modalidade de entradas em espécie através da conversão de créditos desta empresa sobre a VAA
- Vista Alegre Atlantis SGPS SA no montante de 45.000.000 Euros, reduzindo assim os valores
ainda inscritos em 30 de Junho no Passivo em “Empréstimos de accionistas”.
Esta operação teve impacto positivo nos encargos financeiros da empresa que reduziram-se em
1,3 milhões de euros.
4. Proposta de aplicação de resultados
O exercício económico de 2010 encerrou com um prejuízo de € 784.710,20 propondo o Conselho
de Administração que o mesmo seja transferido para conta de resultados transitados.
5. Factos relevantes
Em 8 de Outubro de 2010 foi comunicada a renúncia ao cargo de Administrador (não executivo) do Senhor Dr. José Filipe Antunes da Silva, para o qual tinha sido eleito em Assebleia Geral realizada em 18 de Dezembro de 2009. O Conselho de Administração da VAA – Vista Alegre Atlantis, SGPS, SA deliberou designar, por cooptação, o Senhor Dr. Abel Cubal Tavares de Almeida para desempenhar o cargo de Administrador (não executivo) até ao fim do mandato em curso, em substituição do Senhor Dr. José Filipe Antunes da Silva.
Demonstrações Financeiras Individuais relativas a 31 de Dezembro de 2010
(valores em euros)
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6. Actividade desenvolvida pelos Membros Não-Executivos do Conselho de Administração
Nas reuniões com os administradores executivos, que têm tido uma regularidade quase sempre mensal, os membros do Conselho de Administração não executivos foram informados das deliberações mais relevantes para a sociedade tomadas em Comissão Executiva e de toda a informação relacionada, tendo sido nas reuniões do Conselho de Administração que têm sido tomadas as decisões com maior impacto na Sociedade, como sejam as relativas à estratégia e ao planeamento dos negócios, aos financiamentos e garantias e aos grandes investimentos. No exercício das suas funções os membros do Conselho de Administração não executivos não se depararam com nenhum constrangimento.
7. Nota final
Em cumprimento das disposições legais e estatutárias, os signatários, individualmente, declaram que, tanto quanto é do seu conhecimento, o Relatório e Contas referente ao exercício de 2010 foi elaborado em conformidade com as Normas Contabilísticas aplicáveis, dando uma imagem verdadeira e apropriada, em todos os aspectos materialmente relevantes, do activo e do passivo, da situação financeira e do resultado consolidado do emitente e que o Relatório de Gestão (lido em conjunto com o relatório de Gestão que acompanha as contas consolidadas) expõe fielmente a evolução dos negócios, do desempenho e da posição do emitente e das empresas incluídas no perímetro da consolidação e contém uma descrição dos principais riscos e incertezas com que se defrontam. Ílhavo, 9 de Fevereiro de 2011
O Conselho de Administração
_________________________________________________ Dr. Paulo José Lopes Varela
Presidente do Conselho de Administração
_________________________________________________
Engº Luís Manuel Gonçalves Paiva
Vogal
Demonstrações Financeiras Individuais relativas a 31 de Dezembro de 2010
(valores em euros)
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_________________________________________________
Engº Álvaro Manuel Carvalhas da Silva Tavares
Vogal
_________________________________________________
Engº Lázaro Ferreira de Sousa
Vogal
_________________________________________________
Dr. Pedro Manuel Nogueira Reis
Vogal
_________________________________________________
Drª Ana Mafalda de Almeida Loureiro de Jesus
Vogal
_________________________________________________
Dr. Abel Cubal Tavares de Almeida
Vogal
__________________________________________________
Engº Luís António Macedo Pinto Vasconcelos
Vogal
__________________________________________________
Engº Rui Emanuel Agapito Silva
Vogal
Demonstrações Financeiras Individuais relativas a 31 de Dezembro de 2010
(valores em euros)
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Demonstrações Financeiras Demonstração da Posição Financeira em 31 de Dezembro de 2010 e 2009
IFRS IFRS Activo Não Corrente:
Propriedades de investimento 6 970.000,00 1.030.000,00
Investimentos financeiros - em associadas 7 128.382.664,61 83.985.299,37
Investimentos financeiros - outros 5/7 211.528,98 259.353,05
Activos por impostos diferidos 8 224.772,73 563.170,42
Total do Activo Não Corrente 129.788.966,32 85.837.822,84
Activo Corrente:Contas a receber e outras 9 14.851,27 680.982,83
Caixa e equivalentes de caixa 3.042,20 1.994,26
Total do Activo Corrente 17.893,47 682.977,09TOTAL DO ACTIVO 129.806.859,79 86.520.799,93
Capital Próprio:Capital social 10 92.507.861,92 29.007.998,00
Acções próprias 10 -1.854,18 -1.854,18
Prestações suplementares 38.181.653,20 38.181.653,20
Reservas e resultados transitados 11 -29.333.429,21 -43.812.336,11
Resultado líquido do exercício -784.710,20 -2.460.245,00
Total do Capital Próprio 100.569.521,53 20.915.215,91
Passivo Não Corrente:Empréstimos de accionistas 12 17.408.728,41 38.088.870,00
Contas a pagar e outras 13
Provisões para pensões de reforma 14 848.198,97 2.125.171,39
Impostos diferidos 8 231.132,35 256.100,47
Total do Passivo Não Corrente 18.488.059,73 40.470.141,86
Passivo Corrente:Empréstimos de accionistas 12 473.121,79 16.909.556,00
Contas a pagar e outras 13 10.046.045,72 7.933.336,81
Estado e outros entes publicos 15 230.111,02 292.549,35
Total do Passivo Corrente 10.749.278,53 25.135.442,16
TOTAL DO PASSIVO 29.237.338,26 65.605.584,02
PASSIVO + CAPITAL PRÓPRIO 129.806.859,79 86.520.799,93
31-12-2010 31-12-2009Rubricas Notas
Demonstrações Financeiras Individuais relativas a 31 de Dezembro de 2010
(valores em euros)
10
Demonstração dos Resultados por Naturezas em 31 de Dezembro de 2010 e 2009
Notas 31-12-2010 31-12-2009
Fornecimentos e serviços externos -25.335,91 -12.832,59
Custos com o pessoal 16 -741.351,40 -221.851,09 Amortizações/Imparidades/Provisões do exercício 14/6 1.207.358,05 -251.693,09
Outros custos e perdas operacionais 17 -27.224,09 -96.243,41
Aumento/redução de justo valor 6 -72.578,88 0,00
Outros proveitos e ganhos operacionais 17 209.142,55 428.065,92
Resultado operacional 550.010,32 -154.554,26Resultado financeiro 18 -1.021.285,44 -2.379.463,09
Resultado antes de impostos -471.275,12 -2.534.017,35
Imposto sobre o rendimento 8 -313.435,08 73.772,35
Resultado do periodo -784.710,20 -2.460.245,00
Rubricas
Demonstrações Financeiras Individuais relativas a 31 de Dezembro de 2010 (valores em euros)
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Demonstração do Rendimento Integral para os períodos findos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009
31-12-2010 31-12-2009Resultados do Periodo (a) -784.710,20 -2.460.245,00
Outro Rendimento Integral (b)Despesas com aumento de capital -465.646,90Serviços com assessoria financeira -90.000,00Outros -1.250,00
-465.646,90 -91.250,00
Rendimento Integral Total do periodo (a)+(b) -1.250. 357,10 -2.551.495,00
Rendimento Integral Total atribuível a:Accionistas -1.250.357,10 -2.551.495,00
-1.250.357,10 -2.551.495,00
Demonstrações Financeiras Individuais relativas a 31 de Dezembro de 2010 (valores em euros)
12
Demonstração de Alterações no Capital Próprio para os períodos findos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009
Rubricas CapitalAcções próprias
Prestações Suplementares
Prémios emissão acções
Reservas e resultados
acumulados
Total do capital próprio
Saldo final Dezembro 2008 29.007.998,00 -1.854,18 38.181.653,20 0,00 -34.976.823,52 32.210.973,50
Ajustamentos de transição para IFRS (nota 26) -8.744.262,59 -8.744.262,59
Rendimento Integral Total-2.551.495,00 -2.551.495,00
Saldo final Dezembro de 2009 29.007.998,00 -1.854,18 38.181.653,20 0,00 -46.272.581,11 20.915.215,91
Rendimento Integral Total-1.250.357,10 -1.250.357,10
Constituição de reserva por redução de capital -17.404.798,80 17.404.798,80 0,00
Aumento de capital80.904.662,72 80.904.662,72
Saldo final Dezembro de 2010 92.507.861,92 -1.854,18 38.181.653,20 0,00 -30.118.139,41 100.569.521,53
Demonstrações Financeiras Individuais relativas a 31 de Dezembro de 2010 (valores em euros)
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Demonstração dos Fluxos de Caixa para os períodos findos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009
1. ACTIVIDADES OPERACIONAIS:Recebimentos de clientesPagamentos a fornecedores -291.966,22 -43.449,24Pagamentos ao pessoal -702.565,90 -186.956,64 Fluxos gerados pelas operações -994.532,12 -230.405,88Pagamentos/recebimentos de IRC -134.020,52 -153.980,57Outros pagamentos/recebimentos operacionais 1.429.115,31 -4.842,31 Fluxos gerados pelas actividades operacionais 300.562,67 -389.228,76
2. ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO:Recebimentos provenientes de:
Investimentos f inanceirosActivos intangíveisPropriedades de Investimento 0,00Activos f ixos tangíveis 0,00Juros e proveitos similaresSubsídios ao investimento 0,00 0,00 0,00
Pagamentos respeitantes a:Investimentos f inanceirosActivos intangíveisActivos f ixos tangíveis -8.591,00 -8.591,00 0,00 0,00
Fluxos gerados pelas actividades de investimento -8.591,00 0,00
3. ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO:Recebimentos provenientes de:
Empréstimos obtidos 2.844.879,66 0,00Recebimentos de associadas 44.987.420,96Outros recebimentos 925.908,02Juros 2.513,96Aumentos de capital, prest.supl. 35.542.413,00 83.377.227,58 925.908,02
Pagamentos respeitantes a:Empréstimos obtidos 0,00 0,00Pagamento a ssociadas -36.834.683,96Redução de capital e prest.suplem. -44.493.545,13Outros pagamentos 0,00 -567.908,00Juros e similares -2.339.871,96 -83.668.101,05 0,00 -567.908,00
Fluxos gerados pelas actividades f inanciamento -290.873,47 358.000,02
4. VARIAÇÃO DE CAIXA E SEUS EQUIVALENTES 1.098,20 -31.228,74 5. CAIXA E SEUS EQUIVALENTES INICIAIS 1.944,00 33.223,00 6. CAIXA E SEUS EQUIVALENTES FINAIS 3.042,20 1.994,2 6
Rubricas 31-12-2010 31-12-2009
31-12-2010 31-12-2009Depósitos à ordem 3.042,20 1.994,26Caixa
3.042,20 1.994,26
Demonstrações Financeiras Individuais relativas a 31 de Dezembro de 2010
(valores em euros)
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Notas às Demonstrações Financeiras Os valores encontram-se expressos em euros
1. Informação Geral
A VAA – Vista Alegre Atlantis, S.G.P.S., S.A adiante designada por VAA, SGPS, SA, foi constituída em
1980, sob a forma de sociedade por quotas, com a firma denominada Fábrica de Porcelana da Vista
Alegre, Lda. A Sociedade tinha por objecto o exercício da indústria de porcelanas e outros produtos
cerâmicos. Esta actividade era já exercida desde 1824 por outra empresa do Grupo, a qual, naquela
data e por razões de reestruturação, decidiu autonomizar determinadas áreas de negócio. A partir de
finais de 1987, a Empresa passou a estar cotada nas Bolsas de Valores de Lisboa e Porto.
Actualmente VAA - SGPS, SA, tem como objecto social a gestão de participações sociais noutras
sociedades como forma indirecta de exercício de actividades económicas, as quais consistem na
produção, distribuição venda de artigos de porcelana, faiança, louça de forno, cristal e vidro manual,
através de uma rede própria de retalho, de retalhistas e distribuidores independentes. A VAA - SGPS,
SA, tem a sua sede na Rua Nova da Trindade nº 1 R/C Esquerdo, 1200-301, Lisboa. A Empresa tem as
suas acções cotadas na Bolsa de Valores do mercado oficial da Euronext Lisbon.
Em 2001, em conformidade com as deliberações tomadas em Assembleia Geral de accionistas de 9 de
Janeiro de 2001, foram concretizadas as operações de cisão-fusão que haviam sido projectadas:
• o destaque das participações sociais detidas pela VA GRUPO – Participações, SA e pela Empresa Electro Cerâmica, SA, para a VISTA ALEGRE - Sociedade de Controlo, SGPS, S.A.;
• o destaque das participações sociais detidas pela Cerexport - Cerâmica de Exportação, SA, para a Fábrica de Porcelana da Vista Alegre, SA, hoje VAA - Vista Alegre Atlantis, SGPS, S.A;
• a transformação da Fábrica de Porcelana da Vista Alegre, SA, em sociedade gestora de participações sociais e a alteração da sua designação social para VAA - Vista Alegre Atlantis, SGPS, SA;
• o aumento do capital social da Porcelanas da Quinta Nova, S.A, subscrito pela VAA - Vista Alegre Atlantis, SGPS, SA e realizado com a entrega dos bens activos e passivos desta afectos à sua actividade industrial e comercial, e a alteração da sua designação social para Fábrica de Porcelana da Vista Alegre, S.A;
Demonstrações Financeiras Individuais relativas a 31 de Dezembro de 2010
(valores em euros)
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• a fusão da VAA - Vista Alegre Atlantis, SGPS, SA, da Cristais Atlantis, SGPS, S.A e da Vista Alegre - Sociedade de Controlo, SGPS, S.A, absorvendo a VAA - Vista Alegre Atlantis, SGPS, SA, as duas segundas.
Em Janeiro de 2009 a Vista Alegre Atlantis, SGPS, SA foi informada, nos termos e para os efeitos do
artigo 175º do CVM, pela Caixa-Banco de Investimento, SA e pelo Banco Millennium BCP Investimento,
SA, em nome e representação da Cerútil-Cerâmicas Utilitárias, SA, que esta havia decidido lançar uma
Oferta Pública de Aquisição Geral das acções representativas do capital social da VAA, nos termos e
condições do anúncio preliminar que juntava e que se encontrava disponível no sitio da Internet da
CMVM em www.cmvm.pt.
No final de todas as negociações e cedências de créditos , a Cerútil-Cerâmicas Utilitárias, SA, ficou com
92.042.696 acções o que representa 63,46% do Capital Social da Vista Alegre Atlantis, SGPS, SA.
Em Junho de 2010, procedeu-se à redução do capital social de 29.007.998 euros para 11.603.199,20
euros, através de redução do valor nominal da totalidade das acções representativas do capital social
de 20 cêntimos para 8 cêntimos e correspondente constituição de uma reserva com restrições
similares às da reserva legal, redução essa que teve por finalidade especial a viabilização do aumento
de capital através de entradas em dinheiro e em espécie.
Em Julho de 2010, registou-se o aumento de capital de 11.603.199,20 euros para 92.507.861,92 euros,
compreendendo a emissão de 1.011.308.284 acções ordinárias, escriturais e ao portador, com o valor
nominal de 0,08 euros cada, das quais:
• 125.000.000 acções foram subscritas através de oferta particular pelo Fundo de Capital de Risco AICEP Capital Global Grandes Projectos de Investimento;
• 562.500.000 acções foram subscritas pela CERUTIL-Cerâmicas Utilitárias,S.A. e realizadas na modalidade de entradas em espécie através da conversão de créditos da CERUTIL sobra a VAA-Vista Alegre Atlantis,SGPS,SA. no montante de 45.000.000 euros;
• As demais 323.808.284 acções foram subscritas através de oferta pública de subscrição com subscrição reservada a accionistas dos respectivos direitos de preferência.
No final do processo a Cerutil reforçou a sua posição passando a deter 76,44%.
Demonstrações Financeiras Individuais relativas a 31 de Dezembro de 2010
(valores em euros)
16
2. Resumo das principais políticas contabilísticas
As políticas contabilísticas mais relevantes utilizadas na preparação das demonstrações financeiras são:
2.1 Base de preparação
Com a publicação do Decreto-Lei n.º 158/2009 de 13 de Julho, foi revogado o Plano Oficial de
Contabilidade (POC) e as Directrizes Contabilísticas com efeitos a partir de 1 de Janeiro de 2010. Assim,
em face do disposto legal instituído pelo nº 4 do Art.º 4 do referido Decreto-Lei, para o exercício que se
iniciou após esta data a Empresa passou a fazer o relato contabilístico das suas contas individuais de
acordo com as Normas Internacionais de Contabilidade (IAS/IFRS) adoptadas nos termos do
Regulamento (CE) nº 1606/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho, 19 de Julho.
As demonstrações financeiras foram preparadas no pressuposto de continuidade das operações a
partir dos livros e registos contabilísticos, mantidas de acordo com as políticas contabilísticas
portuguesas, ajustadas no processo para as IFRS. Foi respeitado o princípio do custo histórico, excepto
no caso das propriedades de investimentos, as quais foram mensurados ao justo valor.
2.2 Propriedades de Investimento
Compreende o imóvel e terreno (Palácio e Capela) detido para auferir rendimento ou valorização de
capital, ou ambos, não sendo utilizado na prossecução da actividade normal do negócio.
Inicialmente aquelas propriedades de investimento foram mensuradas ao custo de aquisição e
subsequentemente ao reconhecimento inicial, as propriedades de investimento são mensuradas ao
justo valor.
Ganhos ou perdas resultantes de alterações do justo valor das propriedades de investimento são
relevadas na demonstração dos resultados no ano em que são geradas, na linha de aumento/redução
de justo valor.
A propriedades de investimento são desreconhecidas quando as mesmas forem alienadas ou quando
forem retiradas de uso não sendo expectável que benefícios económicos futuros resultem da sua
retirada. Quaisquer ganhos ou perdas resultantes do desreconhecimento de propriedades de
investimento são reconhecidos na demonstração de resultados nesse ano.
Os custos incorridos com propriedades de investimento em utilização, nomeadamente manutenções,
reparações, seguros e impostos sobre propriedades, são reconhecidos nos resultados consolidados do
período a que respeitam.
Demonstrações Financeiras Individuais relativas a 31 de Dezembro de 2010
(valores em euros)
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2.3 Activos e passivos financeiros
Todas as compras e vendas destes investimentos são reconhecidas à data da negociação ou da
assinatura dos respectivos contratos de compra e venda, independentemente da data de liquidação
financeira.
No momento inicial, os investimentos são inicialmente registados pelo seu valor de aquisição, que é o
justo valor do preço pago, incluindo despesas de transacção, excepto para os activos valorizados ao
justo valor através de resultados, em que os custos de transacção são imediatamente reconhecidos nos
resultados.
Estes activos são desreconhecidos quando: (i) expiram os direitos contratuais do Grupo quanto ao
recebimento dos seus fluxos de caixa; ou (ii) o Grupo tenha transferido substancialmente todos os
riscos e benefícios associados à sua posse, ou o controlo sobre os activos.
2.3.1 Activos financeiros
Correspondem a activos financeiros não derivados, com recebimentos fixos ou determináveis para os
quais não existe um mercado de cotações activo.
Os activos financeiros classificam-se como segue, dependendo da intenção do Conselho de
Administração na sua aquisição:
a) Empréstimos e contas a receber;
b) Investimentos detidos até à maturidade;
c) Investimentos mensurados ao justo valor através de resultados (detido para negociação);
d) Activos financeiros disponíveis para venda.
a) Empréstimos e contas a receber
Activos originados do decurso normal das actividades operacionais.
Os empréstimos e contas a receber são registados inicialmente ao justo valor e subsequentemente
pelo custo amortizado com base na taxa de juro efectiva (sempre que o efeito temporal seja
significativo), deduzidos de eventuais perdas de imparidade. As perdas de imparidade são registadas
com base na estimativa e avaliação das perdas associadas aos créditos de cobrança duvidosa, na data
do balanço, para que reflictam o seu valor realizável líquido.
Demonstrações Financeiras Individuais relativas a 31 de Dezembro de 2010
(valores em euros)
18
Quando os valores a receber de clientes ou outros devedores se encontrem vencidos, e sejam objecto
de renegociação dos seus termos, deixam de ser considerados vencidos e passam a ser tratados como
novos créditos.
b) Investimentos detidos até à maturidade
Os investimentos detidos até à maturidade são classificados como investimentos não correntes,
excepto se o seu vencimento for inferior a 12 meses da data do balanço, sendo registados nesta rubrica
os investimentos com maturidade definida para os quais a Empresa tem intenção e capacidade de os
manter até essa data. Os investimentos detidos até à maturidade são registados ao custo amortizado,
deduzido de eventuais perdas por imparidade.
c) Investimentos mensurados ao justo valor através de resultados
Incluem-se nesta categoria os activos financeiros não derivados detidos para negociação, e os
derivados que não qualifiquem para efeitos de contabilidade de cobertura, e são apresentados como
activos correntes.
Um activo financeiro está classificado como detido para negociação se for:
- adquirido ou incorrido principalmente para a finalidade de venda ou de recompra num prazo muito
próximo;
- parte de uma carteira de instrumentos financeiros identificados que são geridos em conjunto e para
os quais existe evidência de um modelo real recente de tomada de lucros a curto prazo;
- um derivado (excepto no caso de um derivado que seja um instrumento de cobertura designado e
eficaz).
Os ganhos ou perdas provenientes de uma alteração no justo valor dos investimentos mensurados ao
justo valor através de resultados são registados na demonstração de resultados do período.
d) Activos financeiros disponíveis para venda
Os investimentos disponíveis para venda são activos financeiros, não derivados, que uma entidade tem
intenção de manter por tempo indeterminado, ou são assim designados no momento da aquisição, ou
não se enquadram nas restantes categorias de classificação dos activos financeiros. São apresentados
como activos não correntes, excepto se houver a alienação de os alienar nos 12 meses seguintes ao da
data de balanço.
Após o reconhecimento inicial, os investimentos disponíveis para venda são reavaliados pelos seus
justos valores por referência ao seu valor de mercado à data do balanço, sem qualquer dedução
relativa a custos da transacção que possam vir a ocorrer até à sua venda. Os investimentos que não
sejam cotados e para os quais não seja possível estimar com fiabilidade o seu justo valor, são mantidos
ao custo de aquisição deduzido de eventuais perdas por imparidade.
Os ganhos ou perdas provenientes de uma alteração no justo valor dos investimentos disponíveis para
venda são registados no capital próprio, na rubrica de Reservas, até o investimento ser vendido,
Demonstrações Financeiras Individuais relativas a 31 de Dezembro de 2010
(valores em euros)
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recebido ou de qualquer forma alienado, ou até que o justo valor do investimento se situe abaixo do
seu custo de aquisição e que tal corresponda a uma perda por imparidade, momento em que o ganho
ou perda acumulada é registado na demonstração de resultados. Esta decisão requer julgamento.
2.3.2 Passivos financeiros
Os passivos financeiros são classificados de acordo com a substância contratual, independentemente
da forma legal que assumem, e são reconhecidos quando o Grupo se constitui parte na respectiva
relação contratual.
Os passivos financeiros são desreconhecidos quando as obrigações subjacentes se extinguem pelo
pagamento, são canceladas ou expiram.
Os passivos financeiros são classificados de acordo com a substância contratual, independentemente
da forma legal que assumem. O IAS 39 – Instrumentos financeiros: reconhecimento e mensuração,
prevê a classificação dos passivos financeiros em três categorias:
a) Passivos financeiros mensurados ao justo valor através de resultados
Incluem-se nesta categoria os passivos financeiros detidos para negociação, e os derivados que não
qualifiquem para efeitos de contabilidade de cobertura, e sejam classificados desta forma no seu
reconhecimento inicial.
Os ganhos ou perdas provenientes de uma alteração no justo valor dos passivos financeiros
mensurados ao justo valor através de resultados são registados na demonstração de resultados do
período.
b) Empréstimos bancários (Financiamentos obtidos)
Os empréstimos são reconhecidos inicialmente ao justo valor deduzidos de custos de transacção
incorridos e subsequentemente são mensurados ao custo amortizado. Qualquer diferença entre o
valor de emissão (líquido de custos de transacção incorridos) e o valor nominal é reconhecido em
resultados durante o período de existência dos empréstimos de acordo com o método do juro efectivo.
Os empréstimos obtidos são classificados no passivo corrente e não corrente (neste último caso
quando a sua maturidade ultrapassa os 12 meses após a data do balanço).
c) Contas a pagar
Os saldos de fornecedores e outras contas a pagar são inicialmente registados pelo seu valor nominal,
o qual se entende ser o seu justo valor, e subsequentemente são registados ao custo amortizado de
acordo com o método da taxa de juro efectiva (sempre que o efeito temporal seja significativo).
Demonstrações Financeiras Individuais relativas a 31 de Dezembro de 2010
(valores em euros)
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2.3.3 Instrumentos de capital próprio
Os instrumentos de capital próprio são classificados de acordo com a substância contratual,
independentemente da forma legal que assumem. Os instrumentos de capital próprio emitidos pelas
empresas do Grupo são registados pelo valor recebido, líquido dos custos suportados com a sua
emissão.
2.3.4 Caixa e equivalentes de caixa A rubrica caixa e equivalentes de caixa inclui caixa e depósitos à ordem .
2.4 Capital social
Todo o capital social é representado por acções ordinárias que são classificadas no capital próprio.
2.5 Impostos sobre o rendimento
O imposto sobre o rendimento do exercício é determinado com base no resultado ajustado de acordo com a legislação fiscal.
Imposto Corrente
A taxa de impostos sobre lucros é de 25%, acrescida da respectiva taxa de derrama sobre o lucro tributável.
A sociedade está integrada no regime especial de tributação dos grupos de sociedades, sendo a
sociedade dominante. O Grupo fiscal abrange todas as empresas em que participa, directa ou
indirectamente, em pelo menos 90% do respectivo capital e que, simultaneamente, são residentes em
Portugal e tributadas em sede de Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Colectivas (IRC).
De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correcção por parte
das autoridades fiscais durante um período de quatro anos, ou de 6 anos em caso de ter sido efectuado reporte de prejuízos ou no caso de a empresa ter obtido qualquer outra dedução ou crédito de
imposto, o prazo de caducidade é o de exercício desse direito (cinco anos para a Segurança Social e dez
anos até 2001). Deste modo, as declarações fiscais da Empresa dos anos de 2007 a 2010 - poderão vir ainda
a ser sujeitas a revisão, embora a empresa considere que eventuais correcções resultantes de revisões
fiscais àquelas declarações de impostos não poderão ter um efeito significativo nas demonstrações
financeiras em 31 de Dezembro de 2010.
Demonstrações Financeiras Individuais relativas a 31 de Dezembro de 2010
(valores em euros)
21
2.6 Provisões
São constituídas provisões no balanço sempre que a empresa tem uma obrigação presente (legal ou
implícita) resultante de um acontecimento passado e sempre que é provável que uma diminuição,
razoavelmente estimável, de recursos incorporando benefícios económicos será exigido para liquidar a
obrigação.
As provisões são revistas e actualizadas na data de balanço, de modo a reflectir a melhor estimativa,
nesse momento, da obrigação em causa.
2.7 Reconhecimento do rédito
a) Resultados financeiros líquidos Os resultados financeiros líquidos representam essencialmente juros de empréstimos obtidos
deduzidos de juros de aplicações financeiras. Os custos e proveitos financeiros são reconhecidos em
resultados numa base de acréscimo durante o período a que dizem respeito.
b) Dividendos Estes proveitos são reconhecidos quando o direito de recebimento do accionista é estabelecido.
c) Especialização de exercícios Genericamente, os proveitos e os custos são registados de acordo com o princípio da especialização de
exercícios, pelo qual as receitas e despesas são reconhecidas na medida em que são geradas,
independentemente do momento em que são recebidas ou pagas. As diferenças entre os montantes
recebidos e pagos e as correspondentes receitas e despesas geradas, são registadas no balanço
consolidado nas rubricas de “Contas a receber e outros” e “Contas a pagar e outros”, respectivamente.
2.8 Activos e passivos contingentes Os passivos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras, sendo os mesmos
divulgados no anexo, a menos que a possibilidade de um exfluxo de fundos seja remota, caso em que
não são objecto de divulgação.
Os activos contingentes não são reconhecidos, e apenas são divulgados quando é provável a existência
de um benefício económico futuro.
2.9 Eventos subsequentes Os eventos após a data do balanço que proporcionem informação adicional sobre as condições que existiam à data do balanço são reflectidos nas demonstrações financeiras. Os eventos após a data do balanço que proporcionem informação sobre condições que ocorram após a data do balanço são divulgados no anexo às demonstrações financeiras.
Demonstrações Financeiras Individuais relativas a 31 de Dezembro de 2010
(valores em euros)
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3. Estimativas contabilísticas importantes e julgamentos
Na preparação das demonstrações financeiras de acordo com o IFRS, o Conselho de Administração da
VAA ,SGPS,SA utiliza estimativas e pressupostos que afectam a aplicação de políticas e montantes
reportados. As estimativas e julgamentos são continuamente avaliados e baseiam-se na experiência de
eventos passados e outros factores, incluindo expectativas relativas a eventos futuros considerados
prováveis face às circunstâncias em que as estimativas são baseadas ou resultado de uma informação
ou experiência adquirida. As estimativas contabilísticas mais significativas reflectidas nas
demonstrações financeiras consolidadas são como segue:
a) Análise de imparidade
A VAA,SGPS testa se existe ou não imparidade do goodwill e dos outros activos, de acordo com a
política contabilística indicada nas notas . Os valores recuperáveis das unidades geradoras de fluxos de
caixa são determinados com base no cálculo de valores de uso. Esses cálculos exigem o uso de
estimativas.
b) Justo valor das propriedades de investimento
A VAA, SGPS recorre a entidade externa para proceder ao cálculo do justo valor das propriedades de investimento, sendo utilizado o método do rendimento (fluxos de caixa descontados) ou método de reposição. Uma avaliação é uma previsão do valor de mercado mas não é uma garantia do valor que seria obtido numa transacção. Adicionalmente, outros avaliadores podem legitimamente calcular um valor de mercado diferente.
4. Alterações de políticas contabilísticas Com a publicação do Decreto-Lei n.º 158/2009 de 13 de Julho, foi revogado o Plano Oficial de
Contabilidade (POC) e as Directrizes Contabilísticas com efeitos a partir de 1 de Janeiro de 2010. Assim,
em face do disposto legal instituído pelo nº 4 do Art.º 4 do referido Decreto-Lei, para o exercício que se
iniciou após esta data a Empresa passou a fazer o relato contabilístico das suas contas individuais de
acordo com as Normas Internacionais de Contabilidade (IAS/IFRS) adoptadas nos termos do
Regulamento (CE) nº 1606/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho, 19 de Julho.
No exercício findo em 31 de Dezembro de 2009, a VAA, SGPS, S.A. apresentou também, pela última
vez, demonstrações financeiras de acordo com os princípios contabilísticos, até então, geralmente
aceites em Portugal (POC).
Tendo em conta que foram aplicadas as disposições da IFRS 1 – Adopção pela Primeira Vez das Normas
Internacionais de Relato Financeiro, designadamente a preparação de um balanço de abertura em
Demonstrações Financeiras Individuais relativas a 31 de Dezembro de 2010
(valores em euros)
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referência a 1 de Janeiro de 2009 e a adopção das mesmas políticas contabilísticas nas demonstrações
financeiras de 2009 e 2010, não existem contas, seja do balanço seja da demonstração de resultados,
cujos conteúdos não sejam comparáveis com os do exercício anterior (ver nota 26).
Em resultado do endosso por parte da União Europeia (UE), foram adoptadas as seguintes normas e
interpretações com efeito a partir de 1 de Janeiro de 2010:
• IFRS 1 (Emenda) – Primeira adopção das IFRS. Estabelece excepções adicionais na adopção pela primeira vez das IFRS.
• IFRS 2 (Emenda) - Contabilização de pagamentos baseados em acções, liquidados em dinheiro, em transacções intragrupo. Esta emenda vem clarificar que a contabilização de situações nas quais uma entidade recebe a prestação de serviços ou produtos dos seus empregados, mas cuja contrapartida financeira é paga pela sua empresa-mãe ou outra empresa do Grupo, é tratada no âmbito desta norma. Em resultado desta emenda a IFRIC 8 – “Âmbito da IFRS 2” e a IFRIC 11- “IFRS 2 - Transacções de Acções do Grupo e Próprias” foram retiradas.
• IFRS 3 (Revista) – Concentrações de actividades empresariais. - Esta revisão vem trazer alterações significativas ao nível da mensuração e reconhecimento das concentrações de actividades empresariais efectuadas em exercícios que se iniciem em ou após 1 de Julho de 2009, nomeadamente no que diz respeito: (i) à mensuração dos interesses que não controlam (anteriormente designados interesses minoritários); (ii) ao reconhecimento e mensuração subsequente de pagamentos contingentes; (iii) ao tratamento dos custos directos relacionados com a concentração.
• IAS 27 (Emenda) – Demonstrações Financeiras Consolidadas e Separadas. As alterações mais significativas são as seguintes: (i) transacções que dão origem a alterações na percentagem de interesses detidos que não
resultem em perda de controlo são contabilizadas no capital próprio, não tendo qualquer impacto no goodwill nem nos ganhos e perdas; - quando ocorre a perda de controlo numa subsidiária:
(ii) todas as quantias reconhecidas no Rendimento Integral relativas a essa subsidiária são integralmente transferidas para ganhos e perdas;
(iii) os interesses retidos são remensurados para o justo valor e este efeito vai ser tido em consideração no ganho ou perda registado com a alienação. - o reembolso parcial de um investimento líquido numa subsidiária estrangeira deixa de dar origem à reclassificação das diferenças de transposição constantes do capital próprio para ganhos e perdas; - as perdas de uma subsidiária passam a ser quinhoadas pelos interesses que não controlam (anteriormente designados por interesses minoritários) mesmo que excedam os interesses destes na subsidiária. Em resultado desta emenda os resultados por acção diluídos num contexto de perda serão provavelmente iguais aos resultados básicos por acção ·
• IAS 39 (Emenda) – Instrumentos Financeiros: reconhecimento e mensuração – itens cobertos elegíveis.
• IFRIC 12 – Acordos de concessão de serviço.
Demonstrações Financeiras Individuais relativas a 31 de Dezembro de 2010
(valores em euros)
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• IFRIC 15 – Acordos para a construção de imóveis.
• IFRIC 17 – Distribuições aos proprietários de activos que não são caixa.
• IFRIC 18 – Transferências de activos provenientes de clientes.
Outras emendas às IFRS – Ano 2009. O processo anual de melhoria das IFRS procura lidar com a
resolução de situações que necessitam de ser melhoradas de forma a aumentar o seu entendimento
geral, mas que não são classificadas como de resolução prioritária. O IASB aprovou 15 emendas a 12
normas, algumas das quais resultam em alterações no modo de contabilização, outras referem-se a
questões de terminologia e consistência entre normas, sendo o seu impacto mínimo.
A União Europeia endossou estas emendas em Março de 2010. Do processo de melhorias do Ano 2008,
a emenda à IFRS 5 (clarificação sobre o tratamento de um subsidiária detida para venda) apenas entrou
um vigor em 1 de Janeiro de 2010. Finalmente, não foram adoptadas as disposições das normas e
interpretações cuja aplicação é obrigatória apenas em períodos futuros e que são as seguintes:
Já endossadas pela UE: ·
• IFRS 1 (Emenda) - Excepções à divulgação de comparativos exigidos pela IFRS 7 na adopção pela primeira vez das IFRS.
• IAS 24 (Revista) – Transacções com partes relacionadas.
• IAS 32 (Emenda) - Clarificação de direitos de emissão.
• IFRIC 14 (Emenda) - Adiantamentos relativos a requisitos de financiamento mínimo.
• IFRIC 19 – Extinção de passivos financeiros com instrumentos de Capital Próprio.
Ainda não endossadas pela UE:
IFRS 9 – Instrumentos financeiros (Introduz novos requisitos de classificação e mensuração de activos
financeiros) Esta emissão insere-se num projecto faseado de revisão e substituição gradual da IAS 39,
com o objectivo de reduzir a complexidade da sua aplicação. As principais alterações são as seguintes:
• Ao nível da classificação e mensuração: são reduzidas as categorias de activos financeiros; são eliminados os requisitos de separação de derivados embutidos; são eliminadas as restrições de reclassificação
Demonstrações Financeiras Individuais relativas a 31 de Dezembro de 2010
(valores em euros)
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• A classificação de activos passa a seguir o modelo de negócio onde se enquadram os activos, tendo também em conta as características dos instrumentos;
• As diferenças de justo valor em instrumentos de capital próprio considerados estratégicos passam a ser reconhecidas em reservas, sem passagem por resultados, mesmo em situações de imparidade ou venda.
Outras emendas às IFRS – melhoramentos de 2010. O IASB aprovou 11 emendas a seis normas.
A União Europeia ainda não endossou estas emendas.
Da aplicação das normas acima descritas (normas que não foram adoptadas e cuja aplicação é
obrigatória apenas em exercícios futuros), não são esperados impactos relevantes para as
demonstrações financeiras do Grupo.
5. Outros Activos Financeiros e Passivos Financeiros
31-12-2010 31-12-2009Activos financeirosInvestim.f inanceiros-disponíveis para venda 211.528,98 259.353,05Empréstimos e contas a receberContas a receber de clientes e outros devedores 14.851,27 680.982,83Activos financeiros mensurados ao justo valor atrav és de resultados 0,00 0,00Caixa e equivalentes de caixa 3.042,20 1.994,26
Total 229.422,45 942.330,14Passivos financeirosEmpréstimos obtidosEmpréstimos de bancos remunerados a taxa de juro variável 0,00 0,00Empréstimos de accionistas remunerados a taxa de juro variável 17.941.850,20 54.998.426,00Empréstimos não remunerados 0,00 0,00Contas a pagarContas a pagar a fornecedores e outros credores 10.275.968,33 8.224.386,16Passivos financeiros mensurados ao justo valor atra vés de resultados 0,00 0,00
Total 28.217.818,53 63.222.812,16
Valor no Balanço
Em 31 Dezembro de 2010 e 2009, a VAA, SGPS não tinha negociado qualquer instrumento financeiro
derivado.
Nos períodos terminados 31 Dezembro de 2010 e 2009 não houve qualquer reclassificação entre
classes de activos financeiros.
Os activos financeiros disponíveis para venda foram mensurados ao custo por se tratar de
investimentos em sociedades não cotadas, e cujo justo valor não pode ser mensurado fiávelmente.
Demonstrações Financeiras Individuais relativas a 31 de Dezembro de 2010
(valores em euros)
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Destaca-se a participação da Duofil, Lda, cujos principais indicadores são (31-12-2010 não disponível):
Duofil 31-12-2009 31-12-2008Volume de negócios 6.380.042,56 12.553.690,70EBITDA 160.336,10 -192.817,50Resultado líquido -1.172.971,15 -1.385.435,89
Total de Activos 20.318.136,70 23.427.698,26Total de Passivos 15.417.457,55 17.354.006,47Capital Próprio 4.900.719,11 6.073.590,29% Detida 0,04 0,05
31-12-2010 31-12-2009Valor de balanço da Duofil - mensurado ao custo 203.705,70 249.398,95
O justo valor é definido em termos de um preço acordado por um comprador de boa-fé e um vendedor de boa-fé numa transacção em que não existe relacionamento entre as partes, num contexto em que não ocorre uma transacção forçada, uma liquidação involuntária ou numa venda desesperada. O justo valor de Caixa e equivalentes de caixa, Contas a receber de clientes e outros devedores e Contas a pagar a fornecedores e outros credores é próximo dos respectivos valores escriturados devido à sua maturidade de curto prazo. O justo valor dos empréstimos remunerados dos accionistas é também considerado próximo do valor escriturado, atendendo às taxas de mercado praticadas.
6. Propriedades de Investimento Trata-se de imóvel (terreno e edifício) não utilizado no decurso ordinário dos negócios da empresa, sendo uma parte deste imóvel (Palácio) gerador de rendas. O modelo aplicado para o cálculo do valor das propriedades de investimento é o justo valor, com o respectivo reflexo nos passivos por impostos diferidos. No final de cada exercício, são feitas avaliações por avaliadores externos independentes com
qualificação profissional reconhecida. Na determinação do justo valor das propriedades de
investimento foi utilizado o método comparativo de mercado.
A determinação do justo valor das propriedades de investimento foi suportada por evidências do
mercado, pois, segundo o avaliador “a lógica em que se fundamenta o espírito do avaliador, quando
concebe a estrutura do seu relatório, alinha-se por isenção e independência, condicionando apenas o
seu raciocínio, aos aspectos intimamente ligados ao objecto em análise; basicamente aqueles que se
prendem com os aspectos de natureza técnica, nomeadamente às características especificas dos bens
em apreciação, á sua inserção na malha existente e aos elementos que influenciam a sua tendência no
mercado imobiliário, representado pela procura e pela oferta, propondo valores venais equilibrados e
ajustados, que possibilitam análises o mais aproximadamente possível da realidade”.
Os preços de mercado por m2 que tiveram na base da valorização ocorrida no exercício de 2010 são os
Demonstrações Financeiras Individuais relativas a 31 de Dezembro de 2010
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seguintes:
Ano 2010 Ano 2009
Palácio Ílhavo 234,30 € 248,79 €
Imóveis LocalizaçãoPreço de mercado por m2
Propriedades de Investimento
Preço de mercado por m2
As quantias reconhecidas nos resultados para os exercícios de 2010 e 2009, referentes a rendimentos
de propriedades de investimento e gastos operacionais, foram os seguintes:
31-12-2010 31-12-2009Rendas dos imóveis 182.757,36 182.757,36
Reconciliação das quantias escrituradas em propriedades de investimento:
Saldo 01 Janeiro de 2009 1.040.000,00
Variação de justo valor -10.000,00
Propriedades investimento Dezembro de 2009 1.030.000 ,00Outros 12.578,88Variação de justo valor -72.578,88
Propriedades investimento Dezembro de 2010 970.000,0 0
7. Investimentos Financeiros
Esta rubrica inclui as participações sociais em empresas do grupo e empréstimos concedidos a estas,
além de outros Investimentos financeiros.
Em 31 de Dezembro de 2010, a Sociedade detinha as seguintes participações em empresas do grupo e
associadas:
Demonstrações Financeiras Individuais relativas a 31 de Dezembro de 2010
(valores em euros)
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País%
ParticipaçãoTotal do Activo
Capitais Proprios
Volume de Negócios
Resultados Líquidos
VA Grupo- Vista Alegre Participações, SA PT 99,30% 18.945.354,39 15.088.638,05 280.531,10 34.303,75
Vista Alegre Atlantis, SA PT 100,00% 108.033.371,29 32.592.403,39 47.908.834,62 -2.730.298,63
Faianças da Capôa - Indústria Cerâmica, SA PT 100,00% 1.225.380,24 1.050.237,74 162.006,36 119.751,76
Cerexport-Sa. PT 100,00% 5.325.692,01 4.138.360,81 220.328,76 11.935,97
VA Renting LDA PT 70,00% 45.745,96 37.298,82 28.248,36 14.382,30
VA - Vista Alegre España, SA ES 100,00% 3.754.990,72 1.473.970,94 7.132.837,37 -413.012,16
As participações sociais em empresas do grupo e empréstimos concedidos, estão mensuradas ao custo
de aquisição, deduzidas das respectivas imparidades. A composição desta rubrica é a seguinte:
VA Grupo-Vista Alegre Participações.SA. 99,30 4.495.228 4.495.228 4.495.228Vista Alegre Atlantis,SA. 100,00 160.457.329 48.978.014 111.479.315 68.430.156Faianças da Capôa-Ind.Cerâmica,SA. 100,00 8.854.399 2.825.523 10.629.685 1.050.238 930.486Cerexport,SA. 100,00 32.204.319 28.065.958 4.138.361 4.013.728VA Renting,LDA. 70,00 3.500 3.500 3.500Total Portugal 206.014.775 2.825.523 87.673.656 121.166.642 77.873.097VA Espanha,SA., 100,00 6.030.973 1.185.050 7.216.023 6.112.202Total Espanha 6.030.973 1.185.050 0 7.216.023 6.112.202Total Geral 212.045.748 4.010.573 87.673.656 128.382.665 83.985.299
Investimentos Financeiros - Empresas do grupo Vista Alegre Valor no balanço
Participadas% de
participaçãoCusto
Empréstimos concedidos
Imparidades 31-12-2010 31-12-2009
O movimento na rubrica de investimentos financeiros pode ser discriminado da seguinte forma:
83.985.299Aumento de particip. sociais em empresas do grupo em Portugal 112.739.427Aumento de particip. sociais em empresas do grupo em Espanha 1.199.999Redução de empréstimos em empresas do grupo em Portugal -69.445.882Redução de empréstimos em empresas do grupo em Espanha -96.178
128.382.665
31 de Dezembro de 2009
31 de Dezembro de 2010
A rubrica de outros investimentos financeiros é constituída por pequenos investimentos em empresas
que não são consideradas empresas associadas, tendo sido classificadas como activos financeiros
disponíveis para venda.
Os activos financeiros disponíveis para venda foram mensurados ao custo por se tratar de
investimentos em sociedades não cotadas, e cujo justo valor não pode ser mensurado fiavelmente (ver
nota 6 outros activos e passivos financeiros).
Demonstrações Financeiras Individuais relativas a 31 de Dezembro de 2010
(valores em euros)
29
A composição da rubrica de outros investimentos financeiros é a seguinte:
Outros investimentos financeiros 31-12-2010 31-12-2009Duofil Lda 203.705,70 249.398,95Centro Tecnológico da Cerâmica e do Vidro 5.985,57 5.985,57ROL 0,00 2.130,82Outras participações 1.837,71 1.837,71
211.528,98 259.353,05
Reconciliação de outros investimentos financeiros
31 de Dezembro de 2009 259.353,05Imparidades-participações de capital noutras empresas(DUOFIL) -45.693,25Alienação de participações de capital noutras empresas(ROL) -2.130,8231 de Dezembro de 2010 211.528,98
Demonstrações Financeiras Individuais relativas a 31 de Dezembro de 2010 (valores em euros)
30
8. Impostos diferidos
Diferenças Temporárias Base Activos PassivosEfeito
Líquido
Impacto P&L
Dr/(Cr)
Impacto Cap.Prop
Dr/(Cr)Saldo em 31 de Dezembro de 2009Reavaliação de activos f ixos tangíveis/ Justo valor prop. Investimento 966.417,00 256.100,47 -256.100,47Benefícios de reforma - sem fundo constituído 2.125.171,39 563.170,42 563.170,42
563.170,42 256.100,47 307.069,95Movimento do ano líquidoReavaliação de activos f ixos tangíveis/ Justo valor prop. Investimento 94.219,45 -24.968,12 24.968,12 -24.968,12Benefícios de reforma - sem fundo constituído 1.276.972,39 -338.397,70 -338.397,70 338.397,70
-338.397,70 -24.968,12 -313.429,58 313.429,58 0,00Saldo em 31 de Dezembro de 2010Reavaliação de activos f ixos tangíveis/ Justo valor prop. Investimento 872.197,55 231.132,35 -231.132,35Benefícios de reforma - sem fundo constituído 848.199,00 224.772,73 224.772,73
224.772,73 231.132,35 -6.359,63
Demonstrações Financeiras Individuais relativas a 31 de Dezembro de 2010 (valores em milhares de euros)
31
31-12-2010 31-12-2009Imposto corrente 5,51 8.090,23Imposto diferido 313.429,57 65.682,12
313.435,08 73.772,35
Impacto na DR - Imposto sobre o rendimento
No quadro abaixo apresentamos a reconciliação entre a taxa teórica de imposto e o imposto
reconhecido na demonstração de resultados.
31-12-2010 31-12-2009
Resultados antes de impostos -471.275,12 -2.534.017,35Taxa de imposto - 25% 117.818,78 633.504,34Efeito taxa de imposto diferente 0,00Tributação Autónoma -5,51 0,00Derrama 0,00Diferenças permanentes -121.100,00 -336.622,00Diferenças temporárias: Reintegrações não aceites fiscalmente 0,00 Justo valor das propriedades de investimento -24.968,12 -2.822,00 Ajustamentos/ provisões não aceites f iscalmente 338.397,69 -62.861,00 Outros 3.292,24 -157.426,99Imposto do exercício 313.435,08 73.772,35
9. Contas a receber e outras
31-12-2010 31-12-2009Outros devedores-empresas relacionadas 14.311,02 680.982,83Outros devedores 540,25 0,00
14.851,27 680.982,83
31-12-2010 31-12-2009Contas a receber de clientes e outros devedores 14.851,27 680.982,83
Menos: ajustamentos de contas a receber 0,00 0,00Contas a receber de clientes e outros devedores-líquido 14.851,27 680.982,83Pagamentos antecipados 0,00 0,00
14.851,27 680.982,83
Demonstrações Financeiras Individuais relativas a 31 de Dezembro de 2010 (valores em euros)
32
10. Capital, acções próprias e prémios de emissão de acções
O capital social autorizado é de 1.156.348.274 acções ordinárias e escriturais com valor nominal de €
0,08 por acção, e encontra-se totalmente realizado.
Nº de acções ordinárias ordinárias próprias próprias Tot al
(milhares) VN Prémio VN PrémioEm 31 de Dezembro de 2008/2009 145.040 29.008 0 -1 -1 29.006Em 30 de Junho de 2010 145.040 11.603 0 -1 -1 11.601Em 31 de Dezembro de 2010 1.156.348 92.508 0 -1 -1 92.506
No final do exercício de 2010, a Sociedade mantinha em carteira 1.099 acções próprias, valorizadas ao
preço de € 0,08 euros cada. O prémio pago foi de 1,687 euros por acção. O montante total pago para
aquisição das acções, foi de 1.854 euros e foi deduzido ao capital próprio.
O valor da capitalização bolsista em 31-12-2010 de 90.932m€, em 31-12-2009 era de 13.245m€.
11. Reservas e resultados transitados
O movimento ocorrido nas rubricas de reservas e resultados transitados foi o seguinte:
Resultados Anos Anteriores
Outras Reservas
Total
Saldo em 01 de Janeiro de 2008 -30.909.532,52 -30.909.532,52Resultado do exercício anterior -4.067.291,00 -4.067.291,00Anulação do metódo equiv.patrimonial(MEP) 78.929.363,36 78.929.363,36Imparidade nas participações em associadas -87.673.655,95 -87.673.655,95Serviços com assessoria financeira -90.000,00 -90.000,00Outros -1.250,00 -1.250,00Saldo em 31 de Dezembro de 2009 -43.812.366,11 0,00 -4 3.812.366,11Resultado do exercício do ano anterior -2.460.245,00 -2.460.245,00Constituição de reserva por redução de capital 17.404.798,80 17.404.798,80Despesas com aumento de capital -465.646,90 -465.646,90
Saldo em 31 de Dezembro de 2010 -46.738.258,01 17.404 .798,80 -29.333.459,21
Demonstrações Financeiras Individuais relativas a 31 de Dezembro de 2010 (valores em euros)
33
12. Instituições de crédito e outros empréstimos
Os empréstimos tinham a seguinte expressão:
31-12-2010 31-12-2009Passivo não corrente
Empréstimos de accionistas 17.408.728,41 38.088.870,00
17.408.728,41 38.088.870,00Passivo corrente
Empréstimos de accionistas 473.121,79 16.909.556,00
473.121,79 16.909.556,00
17.881.850,20 54.998.426,00
Renegociação da dívida:
O principal accionista concedeu um financiamento de médio e longo prazo destinado à reestruturação do passivo, a pagamentos de ordenados e indemnizações relacionadas com rescisões de trabalho, e à realização de investimentos relacionados com o plano de reestruturação e apoio de tesouraria. À data de 31 de Dezembro de 2010 a ficha técnica aprovada, com as principais características desta negociação é a seguinte:
Empréstimos de accionistas
Taxa de juro renegociada
Total 2011 ≥ 2014
Grupo Visabeira* Eur 3m+2,5% 17.881.850,20 473.121,79 17.408.728,41
Total Geral 17.881.850,20 473.121,79 17.408.728,41
13. Contas a pagar e outras
31-12-2010 31-12-2009Passivo não corrente
Credores e Acréscimos de custos 0,00 0,0054,00Passivo corrente
Fornecedores 69.145,12 572.062,86Empresas associadas 9.916.098,19 7.333.523,95Credores e Acréscimos de custos 60.802,41 27.750,00
10.046.045,72 7.933.336,8110.046.045,72 7.933.336,81
Demonstrações Financeiras Individuais relativas a 31 de Dezembro de 2010 (valores em euros)
34
A rubrica de “Credores e Acréscimos de Custos – Passivo Corrente” decompõe-se como se segue:
31-12-2010 31-12-2009Acréscimos de custos 188,41 1.500,00Fornrcrdores de imobilizado 60.614,00 26.250,00
60.802,41 27.750,00
Os Acréscimos de custos em Dezembro de 2010 e Dezembro de 2009, decompõem-se da seguinte
forma:
31-12-2010 31-12-2009Imposto municipal sobre imóveis (IMI) 188,41Honorários ROC's 1.500,00
188,41 1.500,00
14. Provisões
16.1 Provisões para pensões de reforma
31-12-2010 31-12-2009Saldo inicial 01 de Janeiro 2.125.171,39 1.887.961,80
Reforço da provisão 237.209,59
Corte -1.276.972,42Saldo final 848.198,97 2.125.171,39
Esta provisão diz respeito a uma pensão de reforma para um ex-administrador da VAA.
15. Estado e outros entes públicos
31-12-2010 31-12-2009
Imposto sobre o rendimento 132.802,92 64.480,24Retenções IRS/IRC efectuadas a terceiros 76.995,56 205.518,49Imposto sobre o valor acrescentado(IVA) 3.630,75 9.137,88Contribuições para a Segurança Social 16.681,79 13.412,74
230.111,02 292.549,35
Demonstrações Financeiras Individuais relativas a 31 de Dezembro de 2010 (valores em euros)
35
16. Custos com o pessoal 31-12-2010 31-12-2009
Remunerações orgãos sociais 658.505,35 194.327,41Encargos com remunerações dos orgãos sociais 82.846,05 27.523,68Total 741.351,40 221.851,09
31-12-2010 31-12-2009
Número médio de administradores: 8 6
O aumentado dos custos com pessoal no montante de 520 mil € resulta da concentração na SGPS do
processamento de todas as remunerações dos órgãos sociais. Em 2009 parte destas remunerações
foram processadas na subsidiária VAA, SA.
17. Outros custos e perdas e outros proveitos e ganhos operacionais
Custos Proveitos Custos ProveitosCustos e proveitos relativos a anos anteriores 1.500,00 16.593,25 62,48 212.225,04Multas e penalidades/beneficios contratuais 1.515,04 299,45Perdas e ganhos c/ imobiliz- abates/alienação 8.599,18Dívidas incobráveis 15.000,00Comissões e outras despesas bancárias 1.055,51 19.540,58Impostos 23.106,83 1.185,07 26.572,33Diferenças de câmbio 46,71 5,91 41.172,16 18.034,83Direitos de exclusividade/merchandisingVenda de aparas/resíduos/ refugos e moldesRendas e aplicações similares 182.757,36 182.757,36Outros custos e proveitos operacionais 1,78 8.596,41 48,69
27.224,09 209.142,55 96.243,41 428.065,92
31-12-2010 31-12-2009
Demonstrações Financeiras Individuais relativas a 31 de Dezembro de 2010 (valores em euros)
36
18. Resultados financeiros
Os prejuízos financeiros ocorridos tiveram a seguinte origem e expressão:
31-12-2010 31-12-2009Juros com empréstimos -1.030.459,81 -2.387.689,50Juros obtidos 9.174,37 8.226,41
-1.021.285,44 -2.379.463,09
Em 31-12-2010 e 31-12-2009, não existem custos com empréstimos capitalizados em imobilizado.
19. Contingências
Os imóveis, em conjunto com outros edifícios de outras empresas do Grupo da Vista Alegre Atlantis,
constituem garantia real (hipoteca) solidária de um financiamento grupado no valor de 10.538.315
euros.
20. Gestão do Risco Financeiro A empresa VAA está exposta ao risco de mercado, risco de crédito e risco de liquidez.
• Risco de mercado O risco de mercado é o risco do justo valor dos cash-flows futuros flutuar em função de alterações nos preços de mercado. O risco de mercado engloba três tipos de risco: risco de taxa de juro, risco cambial, e outros riscos de preços.
• Risco de Câmbio A VAA, SGPS não está exposto ao risco de câmbio, de forma significativa, na medida em que suas receitas são expressas em Euros, bem como os passivos financeiros. Nas contas a pagar comerciais, existem saldos expressos em moeda diferente do Euro, nomeadamente dólares americanos, mas sem expressão relevante, como discriminado de seguida: Contas a pagar comerciais e outras:
Demonstrações Financeiras Individuais relativas a 31 de Dezembro de 2010 (valores em euros)
37
Montante Moeda22.500,00 USD
• Risco de liquidez
O risco de liquidez para a VAA, SGPS não é significativo, uma vez que as contas a receber e a pagar são na sua quase totalidade provenientes de operações com partes relacionadas.
21. Transacções com partes relacionadas
As entidades que, a 31 de Dezembro de 2010, detinham uma participação qualificada na VAA, SGPS
eram:
Nº de acções detidas
% do capital social
% dos direitos de
votoVisabeira Indústria, SGPS, SA:
a) Directamente (carteira própria)…………………………………………………………………………………………………………………………………………….1.450.400 0,125% 0,125%b) Cerútil-Cerâmicas Utilitárias, SA…………………………………………………………………………………………………………………………………………….884.247.241 76,469% 76,469% Total da Visabeira Indústria…………………………………………………… …………………………………………………………………………885.697.641 76,594% 76,594%
Fundo AICEP Capital Globala) Directamente (carteira própria)…………………………………………………………………………………………………………………………………………….125.000.000 10,810% 10,810% Total da FCR GPI…………………………………………………………………………………… …………………………………………125.000.000 10,810% 10,810%
Banco Comercial Português, SA:a) Directamente (carteira própria)…………………………………………………………………………………………………………………………………………….51.761.957 4,476% 4,476% Total do BCP……………………………………………………………………………………………… ………………………………51.761.957 4,476% 4,476%
Caixa Geral de Depósitos, SA:a) Directamente (carteira própria)…………………………………………………………………………………………………………………………………………….41.888.296 3,622% 3,622% Total da CGD……………………………………………………………………………………………… ………………………………41.888.296 3,622% 3,622%
1.104.347.894 95,5031% 95,5031%
Accionista
Totais
Foram efectuadas as seguintes transacções com partes relacionadas:
Remuneração dos Órgãos Sociais
31-12-2010 31-12-2009Salários e outros benefícios de curto prazo da Administração 658.505,35 194.327,41
658.505,35 194.327,41
Benefícios Órgãos Sociais
Em reunião de Assembleia Geral realizada em 24 de Novembro de 2009, foi deliberado eliminar dos
estatutos da VAA, SGPS, SA o artigo vigésimo quarto do Estatuto das Sociedades: “ Os membros do
Conselho de Administração que, seguida ou interpoladamente, tenham exercido funções na sociedade
ou em empresas do grupo, durante pelo menos 10 anos, no decurso dos quais tenham desempenhado
Demonstrações Financeiras Individuais relativas a 31 de Dezembro de 2010 (valores em euros)
38
pelo menos três mandatos como Administradores, terão direito a uma pensão de reforma equivalente
a três por cento (3%) por cada ano de serviço, calculada na base média dos proveitos auferidos nos
últimos três anos, não podendo em caso algum a pensão exceder a última remuneração anual.”
Os saldos em aberto à data de 31 de Dezembro de 2010 e 2009, com as partes relacionadas são quase
exclusivamente provenientes de financiamentos obtidos do Grupo VISABEIRA.
Os saldos activos e passivos de partes relacionadas, são os seguintes:
31-12-2010 31-12-2009Empresas do GrupoSaldos activos Empréstimos
Vista Alegre España,SA. 1.185.049,85 1.281.228,00Vista Alegre Atlantis,SA. 0,00 69.445.882,00Faianças da Capôa-Ind.Cerâmica.SA. 2.825.503,04 2.825.523,04
Outras operações Vista Alegre Espanã,SA. 5.971,88 8.226,41 Vista Alegre Atlantis,SA. 0,00 183.719,00
Faianças da Capôa-Ind.Cerâmica,SA. 0,00 21.152,00Cerexport,SA. 0,00 463.669,00VA Renting,LDA. 8.339,14 4.217,00
4.024.863,91 74.233.616,45Saldos Passivos
Outras operaçõesVA Grupo-Vista Alegre Participações,SA. 8.102.291,43 7.333.524,00Cerexport,SA. 193.475,26 0,00Vista Alegre Atlantis,SA. 1.231.230,79 0,00Faianças da Capoa-In.Cerâmica,SA. 389.044,60 0,00 Prato Convivas,LDA. 55,51 0,00
9.916.097,59 7.333.524,00AccionistasSaldos passivosEmpréstimos obtidos
Visabeira Industria SGPS,SA. 0,00 54.693.497,00CERUTIL-Cerâmica Utilitária,SA. 17.881.850,20 304.929,00
17.881.850,20 54.998.426,0031.822.811,70 136.565.566,45
Transacções com partes relacionadas:
Compras a partes
relacionadas (CUSTOS)
Vendas a partes relacionadas (PROVEITOS)
Compras a partes
relacionadas (CUSTOS)
Vendas a partes relacionadas (PROVEITOS)
Empresas do Grupo VAVista Alegre España,SA. -Juros 0,00 5.971,88 0,00 8.226,41Vista Alegre Atlantis,SA. - rendas 0,00 182.757,36 0,00 182.757,36Grupo VisabeiraVisabeira Ind.SGPS,SA. - juros 0,00 0,00 0,00 2.420.089,22CERÚTIL-Cer. Utilitária,SA. -juros 638.529,33 0,00 0,00 13.938,22
638.529,33 188.729,24 0,00 2.625.011,21
31-12-2010 31-12-2009
Demonstrações Financeiras Individuais relativas a 31 de Dezembro de 2010 (valores em euros)
39
22. Custos suportados com serviços prestados pelos auditores/revisores
O custo com os auditores/revisores é assim discriminado:
31-12-2010 31-12-2009Serviços de revisão legal de contas e auditorias 7.000,00 5.000,00
Serviços de consultoria fiscal 7.225,00 0,0014.225,00 5.000,00
23. Eventos subsequentes
Não existem eventos subsequentes à data do balanço que possam ter impacto material nas
demonstrações financeiras.
24. Aprovação das demonstrações financeiras
As presentes demonstrações financeiras foram aprovadas pelo Conselho de Administração em 09 de
Fevereiro de 2011.
25. Impactos da transição para o normativo IFRS
De acordo com o mencionado na nota 2.1, a empresa adoptou as Normas de Relato Financeiro em
2009, aplicando para o efeito o “IFRS 1 – Adopção pela Primeira Vez das Normas Internacionais de
Relato Financeiro, sendo a data de transição para efeitos de apresentação destas demonstrações
financeiras 01 de Janeiro de 2009.
O efeito, nos balanços em 01 de Janeiro e 31 de Dezembro de 2009, da conversão das demonstrações
financeiras preparadas de acordo com Plano Oficial de Contas (POC) para as demonstrações financeiras
reexpressas em conformidade com as Normas Internacionais de Relato Financeiro (IFRS), pode ser
detalhado como se segue:
Demonstrações Financeiras Individuais relativas a 31 de Dezembro de 2010 (valores em euros)
40
25.1.1 Opções na transição (IFRS 1)
25.1.2 Transferência do Activo Tangível para Propriedades de Investimento (IAS 40): Os terrenos e edifícios foram mensurados ao justo valor desde o exercício de 2005. Trata-se de imóveis
(terrenos e edifícios) não utilizados no decurso ordinário dos negócios da empresa, no seu estado
actual ou após processo de valorização, destinados a venda. Entretanto, uma parte destes imóveis é
geradora de rendas pelo que os mesmos, tendo em conta a actividade da empresa, foram considerados
Propriedades de Investimento.
Ajustamentos de Conversão
para
Ajustamentos de Conversão
para POC IFRS IFRS POC IFRS IFRS
Activos Não Correntes:Activos Fixos Tangíveis 1.040.000,00 -1.040.000,00 0,00 1.030.000,00 -1.030.000,00 0,00Propriedades de investimento 0,00 1.040.000,00 1.040.000,00 1.030.000,00 1.030.000,00Investimentos Financeiros emp.grupo 93.580.967,22 -8.744.262,59 84.836.704,63 83.985.299,37 83.985.299,37Investimentos Financeiros outros 259.286,07 259.286,07 259.353,05 259.353,05Activos por impostos diferidos 500.309,88 500.309,88 656.980,42 -93.810,00 563.170,42Total dos Activos Não Correntes 95.380.563,17 -8.744. 262,59 86.636.300,58 85.931.632,84 -93.810,00 85.837.822,84
Activos Correntes:Contas a receber e outras 463.045,73 463.045,73 680.982,83 680.982,83Estado e outros entes publicos 4.750,00 -4.750,00 0,00Caixa e equivalentes de caixa 33.222,84 33.222,84 1.994,26 1.994,26
Total dos Activos Correntes 496.268,57 0,00 496.268,57 687.727,09 -4.750,00 682.977,09TOTAL DO ACTIVO 95.876.831,74 -8.744.262,59 87.132.569,15 86.619.359,93 -98.560,00 86.520.799,93
Capital social 29.007.998,00 29.007.998,00 29.007.998,00 29.007.998,00Acções próprias -1.854,18 -1.854,18 -1.854,18 -1.854,18Prestações suplementares 38.181.653,20 38.181.653,20 38.181.653,20 38.181.653,20Reservas e resultados transitados -30.909.532,59 -8.744.262,59 -39.653.795,18 -43.812.336,11 -43.812.336,11Resultado líquido do exercício -4.067.290,93 -4.067.290,93 -2.720.435,00 260.190,00 -2.460.245,00
Total do Capital Próprio 32.210.973,50 -8.744.262,59 2 3.466.710,91 20.655.025,91 260.190,00 20.915.215,91 Passivos Não Correntes:Dívidas a Instituições de Crédito 39.735.983,87 39.735.983,87 0,00 0,00Empréstimos de accionistas 0,00 38.088.870,00 38.088.870,00Contas a pagar e outras 0,00 0,00Provisões 358.750,00 -358.750,00 0,00Provisões para pensões de reforma 1.887.961,80 1.887.961,80 2.125.171,39 2.125.171,39Impostos diferidos 258.922,05 258.922,05 256.100,47 256.100,47
Total do Passivo Não Corrente 41.882.867,72 0,00 41.88 2.867,72 40.828.891,86 -358.750,00 40.470.141,86 Passivos Correntes:Dívidas a Instituições de Crédito 13.411.093,35 13.411.093,35 16.909.556,35 16.909.556,35Empréstimos de accionistas 0,00 0,00 0,00Contas a pagar e outras 8.283.452,43 8.283.452,43 7.933.336,46 7.933.336,46Estado e outros entes publicos 88.444,74 88.444,74 292.549,35 292.549,35
Total do Passivo Corrente 21.782.990,52 0,00 21.782.99 0,52 25.135.442,16 0,00 25.135.442,16TOTAL DOS PASSIVOS 63.665.858,24 0,00 63.665.858,24 65. 964.334,02 -358.750,00 65.605.584,02
PASSIVO + CAPITAL PRÓPRIO 95.876.831,74 -8.744.262,59 87.132.569,15 86.619.359,93 -98.560,00 86.520.799,93
01 de Janeiro de 2009 31 de Dezembro de 2009
Demonstrações Financeiras Individuais relativas a 31 de Dezembro de 2010 (valores em euros)
41
As avaliações das Propriedades de Investimento, são feitas por avaliadores externos independentes
com qualificação reconhecida. Na determinação do justo valor das propriedades de investimento foi
utilizado o método comparativo de mercado.
25.1.3 Investimentos Financeiros em empresas associadas
Em 01-01-2009, o movimento de -8.744.262,59€ refere-se à anulação do Método de Equivalência Patrimonial (78.929.393,36€) e ao reconhecimento de imparidades nas participações em associadas (-87.673.655,95€).
25.1.4 Provisões (IAS 37)
O registo de provisões de acordo com as IFRS à data de balanço é permitido se existirem obrigações
contratuais ou consuetudinárias. O reconhecimento de uma provisão requer que a entidade tenha uma
obrigação presente (legal ou construtiva) como resultado de um acontecimento passado, que seja
provável que um exfluxo de recursos seja exigido para liquidar a obrigação e que possa ser feita uma
estimativa fiável da quantia da obrigação. No processo de transição, foram anuladas as provisões para
outros riscos e encargos que não cumpriam com os requisitos previstos na IAS 37. Desta forma, o
Capital Próprio em 31 de Dezembro de 2009 aumentou em 260.190,00 euros.
O ajustamento de 358.750,00 euros resulta da anulação de provisões que não cumpriam com os
requisitos definidos pela IAS 37 (354.000,00 euros) e da reclassificação de valores para o Activo
(4.750,00 euros).
Os ajustamentos reflectidos na rubrica de activos por impostos diferidos decorrem da anulação de
provisões para outros riscos e encargos (354.000,00 x 26,5% = 93.810,00 euros).
25.2 Impacto em Capitais Próprios
Em 01-01-2009, o impacto nos capitais próprios (-8.744.262,59€) é decorrente da anulação do Método
de Equivalência Patrimonial (78.929.393,36€) e do reconhecimento de imparidades nas participações
em associadas (-87.673.655,95€).
Em 31-12-2009, o movimento que alterou os capitais foi relativo às provisões criadas em 2009 que não
estavam de acordo com os requisitos da IAS 37.
25.3. Demonstração dos Resultados
O efeito nas demonstrações de resultados do exercício findo em 31 de Dezembro de 2009, pode ser
detalhado como se segue:
Demonstrações Financeiras Individuais relativas a 31 de Dezembro de 2010 (valores em euros)
42
POC 31-12-2009 Ajustamentos
IFRS 31-12-2009
Fornecimentos e serviços externos -12.832,59 -12.832,59Custos com o pessoal -221.851,09 -221.851,09Ajustamentos -10.000,00 -10.000,00Provisões -595.959,59 354.000,00 -241.959,59Impostos -26.572,33 -26.572,33Outras perdas e ganhos operacionais -8.596,40 226.911,79 218.315,39Resultados operacionais -875.812,00 580.911,79 -294.90 0,21Custos f inanceiros -2.448.402,24 -2.448.402,24Proveitos f inanceiros 209.285,10 209.285,10Resultados financeiros -2.239.117,14 0,00 -2.239.117,1 4Custos e perdas extraordinários -361,94 361,94 0,00Proveitos e ganhos extraordinários 227.273,73 -227.273,73 0,00Resultados extraordinários 226.911,79 -226.911,79 0,00Imposto sobre o rendimento 167.582,35 -93.810,00 73.772,35Resultado líquido -2.720.435,00 260.190,00 -2.460.245, 00
Reclassificação de Resultados Extraordinários
Nos termos dos normativos das IAS/IFRS não existem resultados extraordinários, pelo que os mesmos
foram reclassificados para as seguintes rubricas:
� Outros Proveitos Operacionais 227.273,73 euros, dos quais 212.225,04 se referem a correcções de exercícios anteriores; 15.000,00 euros a recuperação de dívidas e os restantes 48,69 euros a uma anulação dum saldo duma conta de terceiros.
� Outros Custos Operacionais 361,94 euros dos quais 299,45 euros dizem respeito a multas fiscais e os restantes 62,49 euros a correcções de exercícios anteriores.
Em termos de fluxos de caixa, apenas foram reclassificados os pagamentos extraordinários para
pagamentos operacionais/outros.
Demonstrações Financeiras Consolidadas relativas a 31 de Dezembro de 2010 (valores em milhares de euros)
43
VAA – Vista Alegre Atlantis, SGPS, SA (Sociedade Aberta)
Rua Nova da Trindade nº 1 r/c esqdo - 1200-301 Lisb oa Contribuinte 500 978 654 ���� Capital Social 92.507.861,92 Euros C. R. Comercial Lisboa 466
Relatório de Gestão e
Demonstrações Financeiras Consolidadas 31 de DEZEMBRO de 2010
(IFRS)
Demonstrações Financeiras Consolidadas relativas a 31 de Dezembro de 2010 (valores em milhares de euros)
44
ÍNDICE ÍNDICE ............................................................................................................................................................................... 44 RELATÓRIO CONSOLIDADO DE GESTÃO ......................................................................................................................................... 45 DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DA POSIÇÃO FINANCEIRA ................................................................................................................. 53 DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DOS RESULTADOS POR NATUREZAS ..................................................................................................... 54 DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DO RENDIMENTO INTEGRAL .............................................................................................................. 55 DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DE ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO ........................................................................................................ 56 DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DOS FLUXOS DE CAIXA .................................................................................................................... 57 NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS ........................................................................................................................ 58 1. INFORMAÇÃO GERAL .............................................................................................................................................................. 58 2. RESUMO DAS PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS ..................................................................................................................... 59 3. ESTIMATIVAS CONTABILÍSTICAS IMPORTANTES E JULGAMENTOS ......................................................................................................... 75 4. ALTERAÇÕES DE POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS ................................................................................................................................. 78 5. INFORMAÇÃO POR SEGMENTOS ................................................................................................................................................. 81 6. OUTROS ACTIVOS FINANCEIROS E PASSIVOS FINANCEIROS ............................................................................................................... 85 7. ACTIVOS FIXOS TANGÍVEIS ........................................................................................................................................................ 87 8. ACTIVOS INTANGÍVEIS ............................................................................................................................................................. 89 9. IMPARIDADES ........................................................................................................................................................................ 90 10. LOCAÇÃO OPERACIONAL E FINANCEIRA ........................................................................................................................................ 91 11. PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO.............................................................................................................................................. 93 12. OUTROS INVESTIMENTOS FINANCEIROS ....................................................................................................................................... 95 13. IMPOSTOS DIFERIDOS .............................................................................................................................................................. 96 14. INVENTÁRIOS ........................................................................................................................................................................ 97 15. CONTAS A RECEBER E OUTRAS ................................................................................................................................................... 98 16. CAPITAL, ACÇÕES PRÓPRIAS E PRÉMIOS DE EMISSÃO DE ACÇÕES ........................................................................................................ 98 17. RESERVAS E RESULTADOS TRANSITADOS ....................................................................................................................................... 99 18. INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO E OUTROS EMPRÉSTIMOS...................................................................................................................... 100 19. CONTAS A PAGAR E OUTRAS .................................................................................................................................................... 102 20. PROVISÕES ......................................................................................................................................................................... 103 21. ESTADO E OUTROS ENTES PÚBLICOS .......................................................................................................................................... 107 22. RÉDITO .............................................................................................................................................................................. 107 23. CUSTOS COM O PESSOAL ........................................................................................................................................................ 107 24. OUTROS CUSTOS E PERDAS E OUTROS PROVEITOS E GANHOS OPERACIONAIS ....................................................................................... 108 25. RESULTADOS FINANCEIROS ..................................................................................................................................................... 108 26. RESULTADOS POR ACÇÃO ....................................................................................................................................................... 109 27. CONTINGÊNCIAS .................................................................................................................................................................. 109 28. COMPROMISSOS .................................................................................................................................................................. 111 29. GESTÃO DO RISCO FINANCEIRO ............................................................................................................................................... 111 30. TRANSACÇÕES COM PARTES RELACIONADAS ............................................................................................................................... 115 31. CUSTOS SUPORTADOS COM SERVIÇOS PRESTADOS PELOS AUDITORES/REVISORES ................................................................................. 117 32. EVENTOS SUBSEQUENTES ....................................................................................................................................................... 117 33. EMPRESAS INCLUÍDAS NA CONSOLIDAÇÃO .................................................................................................................................. 117 LISTA DOS TITULARES DAS PARTICIPAÇÕES QUALIFICADAS ........................................................................................................................ 118 ANEXO AO RELATÓRIO DE GESTÃO DO EXERCÍCIO DE 2010, ELABORADO NOS TERMOS DO Nº 1 DO ART.º 245º-A DO CVM .................................. 119
Demonstrações Financeiras Consolidadas relativas a 31 de Dezembro de 2010 (valores em milhares de euros)
45
Relatório Consolidado de Gestão
Senhores Accionistas, Nos termos da legislação em vigor, o Conselho de Administração da VAA – Vista Alegre Atlantis, SGPS,
SA, elaborou o Relatório e Contas Consolidadas do Grupo relativos ao exercício económico de 2010,
incluindo as correspondentes demonstrações financeiras e seus anexos.
Conforme determinado legalmente, as contas apresentadas foram elaboradas de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro (IFRS).
1. Universo da Consolidação O universo da consolidação mantém-se praticamente estável desde 2007, tendo apenas sido criada a
VA Renting, Lda em 2008, sendo os seus efeitos nas contas consolidadas materialmente irrelevantes.
100% 70% 100% 99,3% 100% 100%
30%
VAA, SGPS
ESTRUTURA DO GRUPO VAA
VAA VAR VAE VAG CP CXP
VAA (Vista Alegre Atlantis, SA), sociedade de direito português que detém toda a actividade produtora
do Grupo (porcelana, cristal, louça de forno, faiança e vidro manual), as cadeias de lojas
nacionais e quatro imóveis não afectos à actividade (Quinta Nova, Nova Ivima, Terreno/Pinhais
no Casal da Areia e Edifícios ex-matérias primas na Vista Alegre);
VAE (VA-Vista Alegre España, SA), sociedade de direito espanhol que, naquele país, exerce as
actividades de distribuidor e retalhista;
VAG (V.A.GRUPO-Vista Alegre Participações, SA), sociedade de direito português, detentora de diversos
imóveis;
CP (Faianças da Capôa-Indústria de Cerâmica, SA), sociedade de direito português, detentora da
fábrica de Aradas/Aveiro onde a VAA exerce a actividade industrial de produção de faiança;
CXP (Cerexport-Cerâmica de Exportação, SA), sociedade de direito português, dona do edifício da
Esgueira/Taboeira/Aveiro, no qual a VAA exerce a actividade industrial de produção de louça de forno.
VAE (VA-Vista Alegre España, SA), sociedade de direito espanhol que, naquele país, exerce as
actividades de distribuidor e retalhista;
Demonstrações Financeiras Consolidadas relativas a 31 de Dezembro de 2010 (valores em milhares de euros)
46
VAR (VA Renting, Lda), sociedade de direito português, que se dedica ao aluguer de longa duração,
nomeadamente de bens constitutivos da palamenta hoteleira.
2. Envolvente Macro Económica As recentes estimativas dos indicadores macroeconómicos apontam para um crescimento do PIB da
ordem dos 1,3% em 2010, reflectindo um expressivo crescimento das exportações, fruto da
recuperação de algumas economias externas nomeadamente nos países da América Latina, no Norte
de África e nos Estados Unidos da América.
O Consumo Privado e a Procura Interna também contribuíram positivamente para a expansão do PIB,
comportamento expectável face ao conhecimento dos agentes económicos sobre a carga fiscal
introduzida no Orçamento de Estado para 2011.
Esta súbita melhoria dos indicadores da economia portuguesa dificilmente se manterá,
perspectivando-se a quebra do PIB em 2011. As medidas de austeridade propostas pelo Estado
Português impõem a redução das necessidades de financiamento, contrariando a procura interna e o
consumo privado, este último influenciado pela diminuição do rendimento disponível das famílias e
pelo aumento da poupança.
Embora num contexto de muitas incertezas, deverá ser o dinamismo da procura externa a contribuir
para a atenuação dos efeitos negativos dos outros indicadores macroeconómicos estando previsto um
crescimento das exportações de 5,9% conforme divulgação do Banco de Portugal.
3. Evolução da Actividade
O Grupo Vista Alegre Atlantis apresentou, no último trimestre de 2010, vendas superiores em 2% ao
período homólogo do ano anterior, reforçando de forma significativa a sua presença no mercado de
exportação.
O volume de negócios consolidado anual ascendeu a 50,7 milhões de euros, representado um
decréscimo de 6,6% em relação a 2009, melhorando assim em 3,4 p.p. a quebra que havia sido
registada até Setembro de 2010 (10%).
O segmento da porcelana, considerado o core business da Vista Alegre Atlantis, com um peso de 47%
no volume de facturação, apresentou um crescimento anual de 16,5% no sector exportador, fruto da
diversificação de mercados e da angariação de novos clientes, conforme previsto no plano estratégico
do grupo. Apesar do tão falado clima de crise mundial, foi possível aumentar as vendas em países como
Espanha, EUA e Brasil, mercados onde continuaremos a realizar todos os esforços no sentido de
reforçar a nossa presença.
Os restantes segmentos, com excepção da faiança, mantiveram-se em retracção ao nível das vendas,
embora já tenha havido uma inversão desta tendência concentrada no 4º trimestre do ano 2010.
Demonstrações Financeiras Consolidadas relativas a 31 de Dezembro de 2010 (valores em milhares de euros)
47
MI ME Total MI ME Total MI ME Total
Porcelana 15.373 10.718 26.091 16.409 9.193 25.602 -6,3% 16,6% 1,9%
Louça de Forno 233 5.382 5.615 350 6.011 6.361 -33,4% -10,5% -11,7%
Cristal e Vidro 6.773 5.584 12.357 7.841 7.814 15.655 -13,6% -28,5% -21,1%
Faiança 898 2.994 3.892 796 2.858 3.654 12,8% 4,8% 6,5%
Complementares (Porcelana) 2.395 426 2.821 2.980 111 3.091 -19,6% 283,7% -8,7%
Total 25.673 25.104 50.777 28.376 25.986 54.362 -9,5% -3,4% -6,6%
Vendas Consolidadas por Segmentos e Mercados
m€
SegmentosAno 2010 Ano 2009 Diferença (%)
No âmbito da nova estratégia de reforço da presença nos mercados internacionais, o Grupo tem vindo
a marcar presença em Feiras e Exposições, nomeadamente Ambiente Frankfurt, Equipotel Paris,
Maison&Objet Paris, Abup Show Brasil e Horexpo Espanha, permitindo divulgar a marca e os produtos
e potenciando as vendas quer nos mercados tradicionais quer em novos mercados.
Exemplo disso foi a inauguração, no mês de Fevereiro deste ano, de uma loja na Cidade do México em
parceria com um representante local, cujo objectivo é dar a conhecer os produtos das marcas Vista
Alegre e Atlantis naquele país permitindo aumentar as suas vendas.
Em Espanha assistiu-se à abertura, em Junho 2010, de uma loja numa das mais prestigiadas ruas de
Madrid, a Calle Ortega Y Gasset. Trata-se de um espaço com cerca de 600 m2 que veio substituir a
antiga loja existente num outro local desta cidade, apresentando uma imagem totalmente renovada
que permitirá reforçar a notoriedade da marca Vista Alegre neste mercado. Está também presente
nesta loja a marca Atlantis, bem como uma área destinada à exposição de peças para o segmento da
hotelaria de topo.
Ao nível do mercado Português, o Grupo procedeu à reestruturação do seu retalho próprio,
concentrando e remodelando as lojas, com o objectivo de apresentar ao mercado uma imagem
renovada e consistente nos vários pontos de venda.
4. Resultados
O Grupo Vista Alegre Atlantis iniciou o ano 2010 certo da capacidade de geração de valor dos vários
negócios, mas também prevendo alguma deterioração da envolvente económica. Assim ao longo do
ano o grupo centrou os seus esforços em 3 áreas fundamentais:
i) reorganização da estratégia comercial no mercado interno através da remodelação e reestruturação
das lojas e dos diversos canais de venda com abertura de novos pólos de venda. Na componente
internacional, assistiu-se à conquista de novos mercados, o mexicano e reforço no mercado brasileiro
através de uma operação própria prevista no primeiro semestre de 2011;
ii) a procura de novos clientes e substituição de alguma carteira existente e deficitária, conjugada por
um extremo rigor e eficiência no controle transversal de todos os custos operacionais propiciaram o
Demonstrações Financeiras Consolidadas relativas a 31 de Dezembro de 2010 (valores em milhares de euros)
48
bom desempenho da actividade operacional do grupo Vista Alegre em todos os seus segmentos
negociais;
iii) Programa de investimento em Promoção e Marketing, com o objectivo de projectar a marca Vista
Alegre através da participação em feiras internacionais e outros meios de comunicação com grande
impacto no publico em geral.
O Grupo VAA apresentou uma melhoria substancial em toda a linha, com especial destaque o EBITDA,
o Resultado Operacional e o Resultado Liquido tendo registado uma variação positiva 104%, 89% e
80%, respectivamente, o que corresponde a uma redução dos prejuízos líquidos de 14,2 milhões de
euros.
O EBITDA consolidado registou um crescimento notável atingindo cerca de 268 m€, invertendo a performance negativa que se vinha acentuando ao longo dos últimos anos, com a respectiva margem a subir 14 p.p., passando de -13.4% em 2009 para 0.5% das vendas em 2010. Este desempenho reflectiu a i) constante racionalização e melhoria de eficiência de custos na maioria das áreas de negócio e ii) a implementação com sucesso, de uma estratégia comercial de selectividade de clientes tendo em consideração a margem bruta proporcionada por cada produto vendido. Os fornecimentos e serviços externos registaram uma diminuição de 5,2% motivada não só pela redução dos custos variáveis com as vendas (ex: royalties e comissões), mas também pela obtenção de ganhos líquidos nos preços de aquisição de alguns produtos e serviços associado ao controlo generalizado das despesas correntes. Os custos com pessoal apresentam uma poupança de 2%, depois de expurgados os custos de reestruturação incorridos em 2009, atendendo ao facto de se ter adequado a estrutura produtiva às reais necessidades da empresa e à produtividade exigida para este sector.
Rubricas 31-12-20102009-12-31
reapresentadoVar YoY
2009-12-31reportado
Volume de negócios (M€) 50,8 54,4 6,62% 54,4EBITDA (M€) 0,3 -7,3 104,11% -6,6Margem EBITDA (%) 0,5% -13,4% 13.9 pp -12,2%Resultado operacional (M€) -2 -17,4 88,51% -18,7Margem operacional (%) -4,0% -32,0% 28.0 pp -34,4%Resultado líquido -3,7 -17,9 79,4% -18,4
5. Investimentos Os investimentos consolidados realizados no ano 2010 atingiram o valor de 2,5 m€, sendo 40% deste valor canalizado para a reestruturação do retalho próprio quer em Portugal quer em Espanha. Este investimento abrangeu toda a rede de lojas, permitindo apresentar uma imagem renovada e mais adequada à notoriedade das marcas Vista Alegre e Atlantis. O Grupo VAA também investiu 240 m€€ em moldes para criar novas linhas de produtos diversificando a oferta, o que, em conjugação com diversas acções de marketing, tem permitido dinamizar as vendas propondo aos clientes mais novidades e produtos diferenciados.
Demonstrações Financeiras Consolidadas relativas a 31 de Dezembro de 2010 (valores em milhares de euros)
49
Ao nível industrial, destaca-se, na unidade fabril da porcelana, o investimento numa nova linha de peças assimétricas, que veio automatizar o processo de produção num tipo de produto que tem tido uma procura crescente no mercado. Na unidade fabril do cristal procedeu-se à reparação dos canais do forno, investimento absolutamente necessário dada a antiguidade dos mesmos. Com esta intervenção e não obstante se ter caído nas vendas deste segmento por essa paragem necessária, melhorou-se o nível de aproveitamento e eficiência produtiva das peças, reduzindo-se o consumo de energia, que é um dos principais custos desta fábrica, 6. Impostos Diferidos Os impostos diferidos estão contabilizados de acordo com a IAS 12. Quanto aos activos por impostos diferidos decorrentes dos prejuizos fiscais, por prudência apenas se consideram os que resultam dos referidos prejuizos gerados em Portugal nos anos de 2009 e 2010 e, em Espanha, gerados desde sempre, uma vez que o prazo de reporte neste país é ssubstancialmente mais alargado do que em Portugal. Sobre os valores que originaram activos ou passivos por impostos diferidos, de acordo com a legislação
em vigor, considerámos a taxa de IRC de 25% em Portugal e 30% em Espanha e, nas situações não
ligadas a reporte de prejuízos fiscais, uma derrama de 1,5%.
7. Perspectivas
Estando concluída a reestruturação financeira do Grupo Vista Alegre Atlantis, continuam em curso um conjunto de iniciativas necessárias para melhorar a sua rentabilidade em resultado das quais se esperam impactos positivos significativos na actual situação do Grupo. Em Portugal, o processo de racionalização do retalho próprio está praticamente concluído, sendo 2011 o primeiro ano com as lojas remodeladas e com custos mais baixos, antevendo-se um contributo positivo desta área de negócios, apesar da conjuntura desfavorável prevista para o mercado nacional. Os canais de exportação serão uma prioridade com mais acções de marketing e intensificação da participação em feiras internacionais. A presença no Brasil continuará a ser reforçada, pois este mercado tem um potencial muito grande para os produtos Vista Alegre. Já recomeçaram as vendas directas para o Brasil o que tem originado uma resposta muito forte por parte dos clientes tendo-se verificado um forte incremento do volume de negócios a partir do segundo semestre de 2009. Aliás, encontra-se em fase de constituição uma subsidiária no Brasil que, em conjunto com um parceiro local, se antevê poder trazer enormes beneficios de expansão neste país. As sinergias com o Grupo Visabeira manter-se-ão a todos os níveis, visando a melhoria das condições de negociação com os fornecedores e a utilização de recursos partilhados sempre com o objectivo de racionalizar custos e de potenciar receitas.
Demonstrações Financeiras Consolidadas relativas a 31 de Dezembro de 2010 (valores em milhares de euros)
50
Na área industrial, a ênfase será sempre dada aos projectos de produtividade que permitam melhorar a competitividade da empresa dotando-a de equipamentos modernos e que garantam um produto de qualidade e um nível de quebras muito reduzido.
A presente reestruturação económica não privará a Empresa da manutenção e melhoria contínua da qualidade dos seus produtos, do serviço de excelência que presta aos seus clientes, bem como da rigorosa contenção de custos e investimentos, sem esquecer a necessidade de inovar, seja em termos de produtos ou de serviços proporcionados. 8. Factos Relevantes
Recordamos os seguintes acontecimentos que consideramos de interesse para os accionistas: Aumento de Capital: O Grupo VAA levou a cabo uma operação de aumento de capital com vista a dotar as empresas de uma estrutura de capital adequada à prossecução dos objectivos estratégicos delineados para o curto e médio prazo. Assim, em Assembleia Geral de 8 de Junho de 2010 foi deliberado reduzir o capital social de 29.007.998 Euros para 11.603.199,20 Euros através da redução do valor nominal da totalidade das acções representativas do capital social de 20 cêntimos para 8 cêntimos e correspondente constituição de uma reserva especial com restrições similares às da reserva legal, redução essa que ocorreu em 11 de Junho de 2010 e que teve a finalidade especial de viabilizar o aumento de capital através de entradas em dinheiro e em espécie. Em 26 de Julho de 2010 registou-se o aumento de capital de 11.603.199,20 Euros para 92.507.861,92 Euros, compreendendo a emissão de 1.011.308.284 acções ordinárias, escriturais e ao portador, com o valor nominal de 8 cêntimos cada. O principal accionista, a Cerutil – Cerâmicas Utilitárias S.A., subscreveu 791.860.519 acções das quais 562.500.000 acções realizadas na modalidade de entradas em espécie através da conversão de créditos desta empresa sobre a VAA - Vista Alegre Atlantis SGPS SA no montante de 45.000.000 Euros, reduzindo assim os valores ainda inscritos em 30 de Junho no Passivo em “Empréstimos de accionistas”. O passivo bancário de curto e médio prazo, bem como o restante passivo accionista foi alvo de reestruturação, estando já a nova maturidade evidenciada nas contas anuais de 2010, que será cerca de 9 anos para o bancário e prazo superior para o accionista, permitindo maior liquidez, no curto prazo, para a implementação da estratégia definida. O Conselho de Administração da VAA entende que na situação do Grupo Vista Alegre Atlantis, a operação de aumento de capital foi um factor chave para o sucesso da reestruturação empresarial que se pretende implementar. A entrada de fundos visa repor o equilíbrio financeiro da empresa, dotando a sua estrutura com capacidade de solver os seus compromissos e permitindo o necessário investimento de expansão e substituição.
Alteração na composição do Conselho de Administração:
Em 8 de Outubro de 2010 foi comunicada a renúncia ao cargo de Administrador (não executivo) do Senhor Dr. José Filipe Antunes da Silva, para o qual tinha sido eleito em Assebleia Geral realizada em 18
Demonstrações Financeiras Consolidadas relativas a 31 de Dezembro de 2010 (valores em milhares de euros)
51
de Dezembro de 2009. O Conselho de Administração da VAA – Vista Alegre Atlantis, SGPS, SA deliberou designar, por cooptação, o Senhor Dr. Abel Cubal Tavares de Almeida para desempenhar o cargo de Administrador (não executivo) até ao fim do mandato em curso, em substituição do Senhor Dr. José Filipe Antunes da Silva.
9. Actividade desenvolvida pelos Membros Não-Executivos do Conselho de Administração
Nas reuniões com os administradores executivos, que têm tido uma regularidade quase sempre mensal, os membros do Conselho de Administração não executivos foram informados das deliberações mais relevantes para a sociedade tomadas em Comissão Executiva e de toda a informação relacionada, tendo sido nas reuniões do Conselho de Administração que têm sido tomadas as decisões com maior impacto na Sociedade, como sejam as relativas à estratégia e ao planeamento dos negócios, aos financiamentos e garantias e aos grandes investimentos. No exercício das suas funções os membros do Conselho de Administração não executivos não se depararam com nenhum constrangimento.
10. Declaração nos termos do Artº 245, nº 1, alínea c) do CVM
Nos termos e para os efeitos do disposto no artigo 245º, nº1, alínea c) do Código dos Valores
Mobiliários, os signatários, individualmente, declaram que, tanto quanto é do seu conhecimento, o
Relatório de Gestão, as Demonstrações Financeiras Consolidadas e demais documentos de prestação
de contas exigidos por lei ou regulamento foram elaborados em conformidade com as Normas
Internacionais de Relato Financeiro aplicáveis, dando uma imagem verdadeira e apropriada, em todos
os aspectos materialmente relevantes, do activo e do passivo, da situação financeira e do resultado
consolidado do emitente e que o Relatório de Gestão expõe fielmente a evolução dos negócios, do
desempenho e da posição do emitente e das empresas incluídas no perímetro da consolidação e
contém uma descrição dos principais riscos e incertezas com que se defrontam.
Ílhavo, 9 de Fevereiro de 2011
O Conselho de Administração
_________________________________________________ Dr. Paulo José Lopes Varela
Presidente do Conselho de Administração
_________________________________________________
Engº Luís Manuel Gonçalves Paiva
Vogal
Demonstrações Financeiras Consolidadas relativas a 31 de Dezembro de 2010 (valores em milhares de euros)
52
_________________________________________________
Engº Álvaro Manuel Carvalhas da Silva Tavares
Vogal
_________________________________________________
Engº Lázaro Ferreira de Sousa
Vogal
_________________________________________________
Dr. Pedro Manuel Nogueira Reis
Vogal
_________________________________________________
Drª Ana Mafalda de Almeida Loureiro de Jesus
Vogal
_________________________________________________
Dr. Abel Cubal Tavares de Almeida
Vogal
__________________________________________________
Engº Luís António Macedo Pinto Vasconcelos
Vogal
__________________________________________________
Engº Rui Emanuel Agapito Silva
Vogal
Demonstrações Financeiras Consolidadas relativas a 31 de Dezembro de 2010 (valores em milhares de euros)
53
Demonstrações Financeiras Consolidadas Demonstração Consolidada da Posição Financeira
em 31 de Dezembro de 2010 e 2009
Reapresentado Reportado Activo Não Corrente:
Activos fixos tangíveis 7 37.977 37.555 37.555
Propriedades de investimento 11 21.472 21.651 21.081Activos intangíveis 8 5.689 5.663 5.663
Investimentos financeiros 12 219 266 266
Impostos diferidos 13 11.093 10.522 12.558
Total dos Activo Não Corrente 76.450 75.656 77.122
Activo Corrente:Inventários 14 17.916 15.018 15.018
Contas a receber e outras 15 10.730 11.833 11.833
Estado e outros entes públicos 21 15 10 309
Caixa e equivalentes de caixa 26.319 1.394 1.394
Total do Activo Corrente 54.980 28.255 28.554TOTAL DO ACTIVO 131.430 103.911 105.676
Capital Próprio:Capital social 16 92.508 29.008 29.008
Acções próprias 16 -2 -2 -2
Prestações suplementares 38.182 38.182 38.182
Reservas e resultados transitados 17 -95.768 -96.010 -94.400
Resultado líquido do exercício -3.748 -17.948 -18.381Interesses que não controlam 105 102 102
Total do Capital Próprio 31.277 -46.670 -45.494
Passivo Não Corrente:Instituições de crédito 18 16.597 5.336 5.336
Empréstimos de accionistas 18 50.449 65.786 65.786Contas a pagar e outras 19 45 28 28
Provisões 20 981 950 1.767
Provisões para pensões de reforma 20 3.041 4.405 4.405
Impostos diferidos 13 10.934 11.102 10.951
Total do Passivo Não Corrente 82.047 87.607 88.273
Passivo Corrente:Instituições de crédito 18 14.335 14.335
Empréstimos de accionistas 18 850 29.206 29.206
Contas a pagar e outras 19 13.215 14.732 14.655
Estado e outros entes publicos 21 2.261 2.593 2.593
Provisões 20 1.616 1.964 1.964
Proveitos diferidos 164 143 143
Total do Passivo Corrente 18.106 62.974 62.897
TOTAL DO PASSIVO 100.153 150.581 151.170
PASSIVO + CAPITAL PRÓPRIO 131.430 103.911 105.676
31-12-2009Rubricas Notas
31-12-200931-12-2010
Demonstrações Financeiras Consolidadas relativas a 31 de Dezembro de 2010 (valores em milhares de euros)
54
Demonstração Consolidada dos Resultados por Naturezas em 31 de Dezembro de 2010 e 2009
31-12-2009 31-12-20094º trimestre
20104º trimestre
2009
Reapresentado Reportado Reapresentado
Vendas e prestações de serviços 5;22 50.777 54.362 54.362 15.827 15.513 Custo das mercadorias e matérias consumidas 14 -14.770 -14.999 -14.415 -4.113 -3.113
Variação da produção 2.939 -5.467 -5.467 -19 -2.180
Margem Bruta 38.946 33.897 34.481 11.695 10.220
Fornecimentos e serviços externos -13.368 -14.095 -14.095 -3.966 -3.488
Custos com o pessoal 23 -25.772 -28.891 -29.149 -6.403 -4.388 Amortizações/Imparidades/Provisões do exercício 5;9;20 -2.213 -10.802 -12.294 -74 432
Outros custos e perdas operacionais 24 -1.381 -941 -941 -284 -114
Imparidade de activos não amortizáveis 0 0 0 0 0 Aumento/redução de justo valor 11 -89 634 64 -89 634
Outros proveitos e ganhos operacionais 24 1.843 2.773 3.240 610 1.109
Resultado operacional -2.034 -17.424 -18.693 1.489 4.405Resultado financeiro 25 -2.442 -4.499 -4.499 -453 -1.361
Resultado antes de impostos -4.475 -21.922 -23.191 1.036 3.044
Imposto sobre o rendimento 13 728 3.971 4.807 33 747
Resultado consolidado do periodo -3.748 -17.951 -18.38 4 1.069 3.791Atribuível:Accionistas -3.748 -17.948 -18.381 1.069 3.791Interesses que não controlam 0 -3 -3 0 0
-0,007 -0,124 -0,127 0,001 0,026-0,007 -0,124 -0,127 0,001 0,026Resultado por acção diluído (€)
Rubricas Notas
Resultado por acção básico (€)
Não auditado31-12-2010
Demonstrações Financeiras Consolidadas relativas a 31 de Dezembro de 2010 (valores em milhares de euros)
55
Demonstração Consolidada do Rendimento Integral para os períodos findos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009
31-12-2010 31-12-2009 31-12-2009Reapresentado Reportado
Resultado Consolidado do Periodo (a) -3.748 -17.951 -1 8.384
Outro Rendimento Integral (b)Anulação da reserva em virtude de imparidade -2.634 -2.634Reavaliação de activos 1.203 3.368 2.949
-319 -1.221 698Despesas com aumento de capital -466Ganhos e perdas actuariais 171Correcção na base fiscal de activos reavaliados 197Outros -157 -47
787 -644 966
Rendimento Integral Total do periodo (a)+(b) -2.962 - 18.595 -17.418
Rendimento Integral Total atribuível a:Accionistas -2.962 -18.592 -17.415Interesses que não controlam 3 -3 -3
-2.959 -18.595 -17.418
Impacto fiscal
Demonstrações Financeiras Consolidadas relativas a 31 de Dezembro de 2010 (valores em milhares de euros)
56
Demonstração Consolidada de Alterações no Capital Próprio para os períodos findos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009
Rubricas CapitalAcções próprias
Prestações Suplementares
Prémios emissão acções
Reservas e resultados
acumuladosTotal
Interesses que não controlam
Total do capital próprio
Saldo final Dezembro 2008 29.008 -2 38.182 0 -95.365 -28.178 105 -28.073
Rendimento Integral Total-17.415 -17.415 -3 -17.418
Saldo final Dezembro de 2009 29.008 -2 38.182 0 -112.781 -45.595 102 -45.494
Correcção (ver nota 4)-1.177 -1.177 -1.177
Saldo final Dezembro de 2009 reapresentado 29.008 -2 38.182 0 -113.958 -46.772 102 -46.670
Rendimento Integral Total-2.962 -2.962 3 -2.959
Constituição de reserva por redução de capital -17.404 17.404 0 0
Aumento de capital80.905 80.906 80.906
Saldo final Dezembro de 2010 92.508 -2 38.182 0 -99.516 31.172 105 31.277
Capital próprio atribuível aos accionistas na empre sa mãe
Demonstrações Financeiras Consolidadas relativas a 31 de Dezembro de 2010 (valores em milhares de euros)
57
Demonstração Consolidada dos Fluxos de Caixa para os períodos findos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009
1. ACTIVIDADES OPERACIONAIS:Recebimentos de clientes 58.461 60.464 56.622Pagamentos a fornecedores -32.620 -33.070 -31.850Pagamentos ao pessoal -25.443 -29.587 -29.587 Fluxos gerados pelas operações 398 -2.193 -4.815Pagamentos/recebimentos de IRC -134 -156 -156Outros pagamentos/recebimentos operacionais -2.924 -3.181 -3.181 Fluxos gerados pelas actividades operacionais -2.659 -5.530 -8.151
2. ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO:Recebimentos provenientes de:
Investimentos f inanceirosActivos intangíveisPropriedades de Investimento 46Activos f ixos tangíveis 10Juros e proveitos similaresSubsídios ao investimento 56 191 191 191 191
Pagamentos respeitantes a:Investimentos f inanceirosActivos intangíveisActivos f ixos tangíveis -1.809 -1.176 -1.176 -1.176 -1.176
Fluxos gerados pelas actividades de investimento -1.753 -985 -985
3. ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO:Recebimentos provenientes de:
Empréstimos obtidos 2.845 11.486 11.486Juros 19Aumentos de capital, prest.supl. 35.542 38.406 11.486 11.486
Pagamentos respeitantes a:Empréstimos obtidos -4.297 -2.806 -184Amortização de contratos de locação f inanceira -61 -545 -545Juros e similares -4.710 -9.069 -554 -3.905 -554 -1.284
Fluxos gerados pelas actividades de f inanciamento 29.338 7.581 10.202
4. VARIAÇÃO DE CAIXA E SEUS EQUIVALENTES 24.925 1.067 1.067 5. EFEITO DAS DIFERENÇAS CAMBIAIS 6. CAIXA E SEUS EQUIVALENTES INICIAIS 1.394 328 328 7. ALTERAÇÃO DO UNIVERSO DA CONSOLIDAÇÃO 8. CAIXA E SEUS EQUIVALENTES FINAIS 26.319 1.394 1.39 4
Rubricas 31-12-2010 31-12-2009 31-12-2009Reapresentado Reportado
31-12-2010 31-12-2009Depósitos à ordem 513 1.389Outros depósitos bancários 25.800Caixa 6 5
26.319 1.394
Os outros depósitos bancários referem-se a aplicações (depósitos a prazo) com diversas maturidades de acordo com o plano de investimento definido, mas mobilizáveis no imediato caso venham a ocorrer necessidades não antecipadas.
Demonstrações Financeiras Consolidadas relativas a 31 de Dezembro de 2010 (valores em milhares de euros)
58
Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas Os valores encontram-se expressos em milhares de euros, excepto nos casos indicados
1. Informação Geral
O Grupo Vista Alegre Atlantis (Grupo) é constituído pela VAA – Vista Alegre Atlantis, S.G.P.S., S.A. (VAA
- SGPS, SA) e empresas subsidiárias. A VAA - SGPS, SA, foi constituída em 1980, sob a forma de
sociedade por quotas, com a firma Fábrica de Porcelana da Vista Alegre, Lda. A Sociedade tinha por
objecto o exercício da indústria de porcelanas e outros produtos cerâmicos. Esta actividade era já
exercida desde 1824 por outra empresa do Grupo, a qual, naquela data e por razões de reestruturação,
decidiu autonomizar determinadas áreas de negócio. A partir de finais de 1987, a Empresa passou a
estar cotada nas Bolsas de Valores de Lisboa e Porto.
Actualmente denominada VAA - SGPS, SA, tem como objecto social a gestão de participações sociais noutras sociedades como forma indirecta de exercício de actividades económicas, as quais consistem na produção, distribuição venda de artigos de porcelana, faiança, louça de forno, cristal e vidro manual, através de uma rede própria de retalho, de retalhistas e distribuidores independentes. A VAA - SGPS, SA, tem a sua sede na Rua Nova da Trindade nº 1 R/C Esquerdo, 1200-301, Lisboa. A Empresa tem as suas acções cotadas na Bolsa de Valores do mercado oficial da Euronext Lisbon. Em 2001, em conformidade com as deliberações tomadas em Assembleia Geral de accionistas de 9 de Janeiro de 2001, foram concretizadas as operações de cisão-fusão que haviam sido projectadas:
• o destaque das participações sociais detidas pela VA GRUPO – Participações, SA e pela Empresa Electro Cerâmica, SA, para a VISTA ALEGRE - Sociedade de Controlo, SGPS, S.A.;
• o destaque das participações sociais detidas pela Cerexport - Cerâmica de Exportação, SA, para a Fábrica de Porcelana da Vista Alegre, SA, hoje VAA - Vista Alegre Atlantis, SGPS, S.A;
• a transformação da Fábrica de Porcelana da Vista Alegre, SA, em sociedade gestora de participações sociais e a alteração da sua designação social para VAA - Vista Alegre Atlantis, SGPS, SA;
• o aumento do capital social da Porcelanas da Quinta Nova, S.A, subscrito pela VAA - Vista Alegre Atlantis, SGPS, SA e realizado com a entrega dos bens activos e passivos desta afectos à sua actividade industrial e comercial, e a alteração da sua designação social para Fábrica de Porcelana da Vista Alegre, S.A;
• a fusão da VAA - Vista Alegre Atlantis, SGPS, SA, da Cristais Atlantis, SGPS, S.A e da Vista Alegre - Sociedade de Controlo, SGPS, S.A, absorvendo a VAA - Vista Alegre Atlantis, SGPS, SA, as duas segundas.
Em Janeiro de 2009 a Vista Alegre Atlantis, SGPS, SA foi informada, nos termos e para os efeitos do
artigo 175º do CVM, pela Caixa-Banco de Investimento, SA e pelo Banco Millennium BCP Investimento,
SA, em nome e representação da Cerútil-Cerâmicas Utilitárias, SA, que esta havia decidido lançar uma
Oferta Pública de Aquisição Geral das acções representativas do capital social da VAA, nos termos e
condições do anúncio preliminar que juntava e que se encontrava disponível no sitio da Internet da
CMVM em www.cmvm.pt.
Demonstrações Financeiras Consolidadas relativas a 31 de Dezembro de 2010 (valores em milhares de euros)
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No final de todas as negociações e cedências de créditos a Cerútil-Cerâmicas Utilitárias, SA (Grupo
Visabeira), ficou com 92.042.696 acções, o que representava 63,46% do Capital Social da Vista Alegre
Atlantis, SGPS, SA.
Posteriormente, em Julho de 2010, a Vista Alegre Atlantis, SGPS, SA viu o seu capital social aumentado
de 11.603.199,20 euros para 92.507.861,92 euros, compreendendo a emissão de 1.011.308.284 acções
ordinárias ordinárias, escriturais e ao portador, com o valor nominal de 0,08 Euros cada, das quais:
125.000.000 acções foram subscritas através de oferta particular pelo Fundo de Capital de Risco AICEP
Capital Global Grandes Projectos de Investimento; 562.500.000 acções foram subscritas pela Cerutil –
Cerâmicas Utilitárias, S.A; e as demais 323.808.284 acções foram subscritas através de oferta pública
de subscrição reservada a accionistas, no exercício dos respectivos direitos preferência. No final do
processo a Cerutil reforçou a sua posição passando a deter 76,44%.
O Conselho de Administração da VAA entende que, na situação do Grupo Vista Alegre Atlantis, a
operação de aumento de capital foi um factor chave para o sucesso da reestruturação empresarial que
se pretende implementar. A entrada de fundos visa repor o equilíbrio financeiro da empresa, dotando
a sua estrutura com capacidade de solver os seus compromissos e permitindo o necessário
investimento de expansão e substituição.
O Grupo possui unidades produtivas em Portugal e vende maioritariamente em países da zona Euro,
em especial em Portugal e Espanha.
Estas demonstrações financeiras consolidadas foram aprovadas e autorizadas para emissão na reunião do Conselho de Administração realizada em 9 de Fevereiro de 2011.
2. Resumo das principais políticas contabilísticas
As políticas contabilísticas mais relevantes utilizadas na preparação das demonstrações financeiras são:
2.1 Base de preparação
De acordo com o Dec Lei nº35/2005, de 17 de Fevereiro, o qual transpôs para a legislação portuguesa
as disposições do Regulamento (CE) nº 1606/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho de 19 de
Julho de 2002, estas demonstrações financeiras consolidadas foram preparadas de acordo com as
Normas Internacionais de Relato Financeiros (IAS/IFRS) emitidas pelo “International Accounting
Standards Board” (“IASB”) e Interpretações emitidas pelo “International Financial Reporting
Interpretations Committee” (“IFRIC”) ou pelo anterior “Standing Interpretations Committee” (“SIC”),
adoptadas pela UE, em vigor em 1 de Janeiro de 2010.
As demonstrações financeiras consolidadas foram preparadas no pressuposto de continuidade das
operações a partir dos livros e registo contabilístico das empresas incluídas na consolidação, mantidas
Demonstrações Financeiras Consolidadas relativas a 31 de Dezembro de 2010 (valores em milhares de euros)
60
de acordo com as políticas contabilísticas portuguesas e espanholas, ajustadas no processo de
consolidação para as IFRS. Foi respeitado o princípio do custo histórico, excepto no caso das
propriedades de investimentos, terrenos e edifícios, os quais foram mensurados ao justo valor. Na
preparação das demonstrações financeiras consolidadas, o Conselho de Administração do Grupo VAA –
VISTA ALEGRE ATLANTIS utiliza estimativas e pressupostos que afectam a aplicação de políticas e os
valores dos activos e passivos. Os resultados reais podem diferir das estimativas. As estimativas e
julgamentos utilizados na elaboração das demonstrações financeiros estão apresentados na Nota 3.
2.2 Bases de Consolidação
a) Datas de referência
As demonstrações financeiras consolidadas incluem, com referência a 31 de Dezembro 2010, os
activos, os passivos e os resultados das empresas do Grupo, entendido como o conjunto do Grupo VAA
e das suas filiais, as quais são apresentadas na Nota 33.
b) Participações financeiras em empresas do grupo
Empresas do Grupo são as empresas controladas pelo Grupo VAA. Existe controlo quando o Grupo tem
o poder, directo ou indirecto, de dirigir as políticas financeiras e operacionais de uma empresa com o
objectivo de influenciar benefícios resultantes da sua actividade. Potenciais direitos de voto exercíveis
são tidos em consideração na determinação da existência, ou não, de controlo. Presume-se que existe
controlo quando a percentagem de participação é superior a 50%.
As empresas do Grupo são incluídas na consolidação pelo método da consolidação integral, desde a
data em que o controlo é adquirido e até à data em que o mesmo efectivamente termina.
O método de aquisição é o método utilizado para reconhecer a entrada das subsidiárias do Grupo
aquando da respectiva aquisição.
Aquisições posteriores a 2010:
No método de aquisição a diferença entre: (i) a retribuição transferida juntamente com os interesses
que não controlam (anteriormente designados “interesses minoritários”) e com o justo valor dos
interesses de capital próprio anteriormente detidos e (ii) a quantia líquida dos activos identificáveis
adquiridos e dos passivos assumidos, é reconhecida, à data da aquisição como Goodwill, se positiva ou
como ganho, se for negativa.
A retribuição transferida é mensurada pelo justo valor calculado como sendo o valor agregado dos
justos valores, à data de aquisição, dos activos transferidos, passivos incorridos e instrumentos de
capital próprio emitidos pelo Grupo. Para efeitos da determinação do Goodwill/ganhos da
concentração, a retribuição transferida é expurgada de qualquer parte da retribuição que respeite a
outra transacção (ex: remuneração para prestação de serviços futuros ou para liquidação de relações
pré-existentes) cuja margem é reconhecida separadamente em resultados.
Demonstrações Financeiras Consolidadas relativas a 31 de Dezembro de 2010 (valores em milhares de euros)
61
A retribuição transferida inclui o justo valor, à data de aquisição, de qualquer retribuição contingente.
Alterações subsequentes neste valor são reconhecidas: (i) como capital próprio se a retribuição
contingente estiver classificada como capital próprio, (ii) como gastos ou rendimentos nos resultados
ou como outro rendimento integral se a retribuição contingente estiver classificada como activo ou
passivo financeiro no âmbito da IAS 39 e (iii) como gastos nos termos da IAS 37 ou outras normas
aplicáveis, nos restantes casos.
Os custos relacionados com a aquisição não fazem parte da retribuição transferida pelo que não
afectam a determinação do Goodwill/ganho da aquisição, sendo reconhecidos como gastos no
exercício em que ocorrem.
Na data de aquisição são reavaliadas a classificação e designação de todos os activos adquiridos e
passivos transferidos, de acordo com as IFRS, com excepção das locações e contratos de seguro que
são classificados e designados tendo por base os termos contratuais e condições à data do início do
contrato.
Os activos que resultem de indemnizações contratuais por parte do vendedor relativas ao desfecho de contingências relacionadas, no todo ou em parte, com um passivo específico da entidade concentrada, passam a ter que ser reconhecidos e mensurados usando os mesmos princípios e pressupostos dos passivos relacionados; A determinação do justo valor dos activos adquiridos e passivos adquiridos tem em conta o justo valor
dos passivos contingentes que resultem duma obrigação presente originada por um evento passado (se
o justo valor puder ser medido de modo fiável), independentemente de ser expectável uma provável
saída de fluxos.
Para cada aquisição, o Grupo pode optar por mensurar os “interesses que não controlam” ao respectivo justo valor ou pela respectiva quota-parte nos activos e passivos transferidos da adquirida. A opção por um ou outro método influencia a determinação da quantia de Goodwill a reconhecer. Quando a concentração de actividades empresariais é efectuada em fases, o justo valor na data de aquisição anterior dos interesses detidos é remensurado para o justo valor na data em que o controlo é obtido, por contrapartida de resultados do período em que o controlo é atingido, afectando a determinação do Goodwill. Considera-se que o Goodwill tem vida útil indefinida pelo que não é amortizável sendo sujeito a testes
de imparidade anualmente independentemente de haver ou não indicações de estar em imparidade.
Sempre que uma concentração não está concluída na data de relato, serão ajustadas
retrospectivamente, durante o período limite de um ano a contar da data de aquisição, as quantias
provisórias reconhecidas à data de aquisição e/ou reconhecidos activos e passivos adicionais se novas
informações forem obtidas sobre factos e circunstâncias que existiam à data da aquisição e que se
tivessem sido conhecidos teriam resultado no reconhecimento desses activos e passivos nessa data.
Demonstrações Financeiras Consolidadas relativas a 31 de Dezembro de 2010 (valores em milhares de euros)
62
Aquisições anteriores a 2010:
Comparativamente ao tratamento acima descrito aplicável a partir de 1 de Janeiro de 2010, existem as
seguintes diferenças principais:
- O custo de uma aquisição incluía os custos directamente atribuíveis à aquisição pelo que afectavam a
determinação do Goodwill;
-Os interesses que não controlam” a adquirida (anteriormente designados “interesses minoritários”)
eram mensurados apenas na sua quota-parte nos activos líquidos identificáveis da adquirida mas não
entravam para a determinação do Goodwill/ganho da concentração;
- Quando a concentração de actividades empresariais era efectuada em várias fases, o justo valor na
data de aquisição anterior dos interesses detidos não era remensurado na data da obtenção de
controlo pelo que o Goodwill anteriormente reconhecido permanecia inalterado;
- Qualquer valor de aquisição contingente era reconhecido apenas se o Grupo tivesse uma obrigação
presente, o exfluxo fosse provável e a estimativa fosse fiávelmente determinável; alterações
subsequentes neste valor eram reconhecidas como contrapartida de Goodwill;
Os Saldos e transacções inter-grupo, e os ganhos não realizados em transacções entre empresas do
Grupo são eliminados. Perdas não realizadas são também eliminadas excepto se a transacção revelar
evidência de imparidade de um bem transferido.
As políticas contabilísticas das subsidiárias são alteradas sempre que necessário de forma a garantir
consistência com as políticas adoptadas pelo Grupo.
Nas situações em que o Grupo detém, em substância, o controlo de entidades criadas com um fim
específico, ainda que não possua participações de capital directamente nessas entidades, as mesmas
são consolidadas pelo método de consolidação integral.
c) Outras participações
As participações relativamente às quais o Grupo não assegura uma influência significativa sobre a sua
actividade, são registadas ao mais baixo valor entre o seu custo de aquisição e o seu valor de
realização.
d) Interesses que não controlam
Os montantes de capitais próprios das empresas filiais consolidadas pelo método integral, atribuíveis
às acções ou partes detidas por pessoas estranhas às empresas incluídas na consolidação, são inscritos
no balanço consolidado na rubrica interesses que não controlam.
Demonstrações Financeiras Consolidadas relativas a 31 de Dezembro de 2010 (valores em milhares de euros)
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Os interesses minoritários sobre o resultado líquido das filiais consolidadas são identificados e
ajustados por dedução ao resultado do Grupo e inscritos na demonstração dos resultados consolidados
na rubrica interesses que não controlam.
e) Perímetro de consolidação
A VA Renting, Lda. foi consolidada pelo método integral pela primeira vez em 2009.
2.3 Relato por segmentos
Um segmento de negócio é um grupo de activos e operações envolvidos na criação e no fornecimento
de produtos ou serviços sujeitos a riscos e benefícios que são diferentes de outros segmentos de
negócio. Um segmento geográfico está envolvido em fornecer produtos ou serviços num ambiente
económico particular que está sujeito a riscos e benefícios diferentes daqueles dos segmentos que
operam em outros ambientes económicos.
2.4 Conversão cambial
a) Moeda funcional e de apresentação Os elementos incluídos nas Demonstrações Financeiras de cada uma das entidades do Grupo são
mensurados utilizando a moeda do ambiente económico em que a entidade opera (“A moeda
funcional”). As Demonstrações Financeiras consolidadas são apresentadas em Euros, sendo esta a
moeda funcional e de relato do Grupo.
b) Transacções e saldos As transacções em moedas diferentes do euro são convertidas em moeda funcional utilizando as taxas
de câmbio à data das transacções. Os ganhos ou perdas cambiais resultantes da liquidação das
transacções e da conversão pela taxa à data do balanço dos activos e dos passivos monetários
denominados em moeda diferente do euro, são reconhecidos na Demonstração dos Resultados,
excepto quando diferidos em Capital Próprio, se qualificarem como coberturas de fluxos de caixa ou
como cobertura de investimento líquido.
2.5 Activos Intangíveis
a) Goodwill As diferenças de consolidação positivas (goodwill) representam o excesso do custo de aquisição sobre
o justo valor dos activos e passivos identificáveis à data da aquisição ou da primeira consolidação e
encontram-se registadas no Activo (o goodwill associado à aquisição de subsidiárias é registado em
Investimentos Financeiros) não corrente. As diferenças de consolidação negativas (badwill)
representam o excesso do justo valor dos activos e passivos identificáveis à data da aquisição, sobre o
valor de aquisição, sendo registadas em resultados.
O goodwill é alocado às unidades geradoras de caixa para realização dos testes de imparidade. Cada
uma dessas unidades geradoras de fluxos de caixa representa um segmento de negócio. O goodwill não
Demonstrações Financeiras Consolidadas relativas a 31 de Dezembro de 2010 (valores em milhares de euros)
64
é amortizado, sendo abatidas ao valor do goodwill as respectivas perdas de imparidade determinadas
anualmente à data do balanço ou sempre que ocorram indícios de uma eventual perda de valor.
Qualquer perda de valor, imparidade, é registada no resultado do período e não pode ser revertida
subsequentemente.
Ganhos ou perdas decorrentes da venda de uma entidade/unidade geradora de caixa incluem o valor
do goodwill referente à mesma.
b) Direitos de ingresso Os direitos de ingresso das lojas em centros comerciais são apresentados ao seu custo histórico e são
amortizados pelo período de duração dos respectivos contratos.
c) Trespasses de lojas Os trespasses de lojas, com vida útil indefinida, não são amortizados, sendo que o valor dos trespasses
foi alocado à unidade geradora de fluxos de caixa (do segmento de negócio da porcelana) para
realização dos testes de imparidade.
2.6 Activos Fixos Tangíveis
Os terrenos e edifícios compreendem essencialmente fábricas, lojas de retalho e escritórios. São
apresentados ao justo valor, com base em avaliações periódicas anuais, efectuadas por avaliadores
externos independentes, menos depreciação subsequente, para os edifícios. A depreciação acumulada
à data da reavaliação é deduzida do valor bruto do activo e o valor líquido passa a reflectir o valor
reavaliado.
Os aumentos na quantia escriturada de um activo em resultado da reavaliação de terrenos e edifícios
são creditados em rubrica específica no capital próprio. As diminuições que compensem aumentos
anteriores do mesmo activo são levadas à mesma rubrica em que foram registados os aumentos; as
restantes diminuições são reconhecidas como gasto do período. Anualmente, a diferença entre a
depreciação baseada na quantia escriturada reavaliada do activo levada a gastos do período e a
depreciação baseada no custo original do activo, é transferida da reserva de justo valor para resultados
retidos.
Os demais activos fixos tangíveis são apresentados ao custo histórico, menos depreciação, ou ao custo
histórico com as reavaliações legais anteriores à data de transição para IFRS, menos depreciação.
O custo histórico inclui todos os dispêndios directamente atribuíveis à aquisição dos bens.
Os custos subsequentes são incluídos na quantia escriturada do bem ou reconhecidos como activos
separados, conforme apropriado, somente quando é provável que benefícios económicos fluirão para a
empresa e o custo possa ser mensurado com fiabilidade. Os demais dispêndios com reparações e
manutenção são reconhecidos como um gasto no período em que são incorridos.
Demonstrações Financeiras Consolidadas relativas a 31 de Dezembro de 2010 (valores em milhares de euros)
65
Os terrenos não são depreciados. A depreciação dos outros activos é calculada pelo método das quotas
constantes por duodécimos sobre o valor de custo ou de reavaliação, de forma a alocar o seu custo ou
valor reavaliado ao seu valor residual, em função da sua vida útil estimada, como segue:
Rubrica 2010 2009Edifícios e Outras Construções 3-50 3 - 50Equipamento Básico 3-14 3 - 13Equipamento de Transporte 4-8 4 - 8Ferramentas e Utensílios 3-7 3 - 7Equipamento Administrativo 4-10 4-10
O processo de depreciação inicia-se no mês em que o bem está disponível para entrar em funcionamento. Os valores residuais dos activos, as vidas úteis e os métodos de amortização são revistos e ajustados, se
necessário, na data do balanço. Se a quantia escriturada é superior ao valor recuperável do activo,
procede-se imediatamente ao seu reajustamento para o valor recuperável estimado.
Os ganhos ou perdas provenientes do abate ou alienação são determinados pela diferença entre os
recebimentos das alienações e a quantia escriturada do activo, e são reconhecidos como rendimentos
ou gastos na demonstração dos resultados. Quando são vendidos bens reavaliados, o montante
incluído em outras reservas é transferido para lucros retidos.
No segundo semestre de 2009, houve alteração de algumas estimativas de vidas úteis o que provocou um impacto positivo nos resultados daquele ano de cerca de 1.400m€, fundamentalmente explicada pelas rubricas de edifícios e do equipamento industrial. No que diz respeito ao equipamento industrial, a revisão das vidas úteis teve por base estudos realizados internamente, pelos responsáveis do Grupo (departamento de Produção). No que diz respeito aos edifícios, na base da revisão desta estimativa, esteve a análise da evolução das avaliações externas dos edifícios (mensurados pelo modelo de revalorização). Concluiu-se que o Grupo estava a utilizar taxas de amortização elevadas face ao nível de utilização que os bens estavam a sofrer, num contexto de produção abaixo da capacidade instalada. Esta situação traduziu-se numa diminuição das amortizações em 2010 de 2.104m€ quando comparada com o período homólogo.
2.7 Propriedades de Investimento
Compreendem imóveis e terrenos detidos para auferir rendimento ou valorização de capital, ou
ambos, não sendo utilizados na prossecução da actividade normal dos negócios.
Inicialmente as propriedades de investimento são mensuradas ao custo de aquisição, incluindo os
custos da transacção.
Subsequentemente ao reconhecimento inicial, as propriedades de investimento são mensuradas ao
justo valor.
Demonstrações Financeiras Consolidadas relativas a 31 de Dezembro de 2010 (valores em milhares de euros)
66
Ganhos ou perdas resultantes de alterações do justo valor das propriedades de investimento são
relevadas na demonstração dos resultados no ano em que são geradas, na linha de aumento/redução
de justo valor.
As propriedades de investimento são desreconhecidas quando as mesmas forem alienadas ou quando
forem retiradas de uso não sendo expectável que benefícios económicos futuros resultem da sua
retirada. Quaisquer ganhos ou perdas resultantes do desreconhecimento de propriedades de
investimento são reconhecidos na demonstração de resultados nesse ano.
Os custos incorridos com propriedades de investimento em utilização, nomeadamente manutenções,
reparações, seguros e impostos sobre propriedades, são reconhecidos nos resultados consolidados do
período a que respeitam.
2.8 Imparidade de activos tangíveis e intangíveis (excepto goodwill)
Os activos que não têm uma vida útil definida não estão sujeitos a amortização, mas estão sujeitos a
testes de imparidade anuais. Para aqueles que, tendo uma vida útil definida, estão sujeitos a
amortizações, realizam-se também testes de imparidade sempre que as circunstâncias se alteram de
forma a indicar que o valor pelo qual se encontra escriturado possa não ser recuperável.
Uma perda por imparidade é a quantia pela qual a quantia escriturada de um activo excede a sua
quantia recuperável. A quantia recuperável é a mais alta de entre o preço de venda líquido de um
activo (justo valor – custos de venda) e o seu valor de uso, o qual decorre dos fluxos de caixa futuros
actualizados com base em taxas de desconto antes de imposto que reflictam o valor actual do capital e
o risco específico do activo(s) em causa.
Para a determinação do valor recuperável, os activos são analisados individualmente ou agrupados aos
mais baixos níveis para os quais são identificados separadamente como unidades geradoras de fluxos
de caixa. Uma unidade geradora de caixa é o grupo mais pequeno de activos que inclui o activo e que
gera influxos de caixa provenientes do uso continuado, que sejam em larga medida independentes dos
influxos de caixa de outros activos ou grupos de activos.
Sempre que o valor contabilístico do activo é superior ao seu valor recuperável é reconhecida uma
perda por imparidade na demonstração de resultados do período a que se refere. Se esta perda for
subsequentemente revertida, o valor contabilístico do activo é actualizado em conformidade mas
nunca poder-se-á tornar superior ao valor que estaria reconhecido caso a perda por imparidade não
tivesse sido registada. A reversão da imparidade é também reconhecida na demonstração de
resultados do período a que se refere.
As situações de perda por imparidade estão identificadas na Nota 9.
Demonstrações Financeiras Consolidadas relativas a 31 de Dezembro de 2010 (valores em milhares de euros)
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2.9 Activos detidos para venda e operações em descontinuidade Incluem-se nesta categoria os activos ou grupo de activos cujo respectivo valor seja realizável através
de uma transacção de venda ou, conjuntamente, como um grupo numa transacção única, e os passivos
directamente associados a estes activos que sejam transferidos na mesma transacção. Para que esta
situação se verifique é necessário que a venda seja muito provável (sendo expectável que se concretize
num prazo inferior a 12 meses), e que o activo esteja disponível para venda imediata nas actuais
condições, para além de que o Grupo se tenha comprometido na sua venda.
A amortização dos activos nestas condições cessa a partir do momento em que são classificados como
detidos para venda.
Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009 não existiam activos nestas condições.
2.10 Inventários
As existências encontram-se valorizadas de acordo com os seguintes critérios:
a) Mercadorias e matérias-primas
As mercadorias e as matérias-primas, subsidiárias e de consumo encontram-se valorizadas ao mais
baixo entre o custo de aquisição e o valor realizável líquido. O custo de aquisição inclui as despesas
incorridas até ao armazenamento, utilizando-se o custo médio ponderado como método de custeio.
b) Produtos acabados e produtos e trabalhos em curso
Os produtos acabados e intermédios e os produtos em curso foram valorizados a “custo standard”,
ajustado para o seu valor realizável líquido, quando este é inferior ao standard.
A estrutura de cálculo do custeio está suportada pelo sistema informático - SAP tendo por base “listas
técnicas” (sumário estruturado dos componentes que formam um produto) e “roteiros” (descrição das
operações que devem ser executadas e em que ordem para produzir um produto) de cada produto,
que contêm os dados mestre essenciais para o planeamento, controlo de produção e custo industrial
do produto, acrescentando valor à medida que o produto passe pelas diversas etapas até à sua
conclusão. O cálculo do custo standard tem por base a estrutura de custos necessária para a utilização
normal da capacidade de produção instalada nas diversas unidades fabris, sendo excluídos os custos de
inactividade e de reestruturação.
Pontualmente são efectuadas revisões mensais no caso de existirem alterações significativas na
estrutura do produto.
Para efeitos de ajustamento dos inventários calcula-se a rotação dos stocks por material, tendo por
base as saídas dos últimos 24 meses e aplicando taxas de desvalorização diferenciadas consoante a sua
maior ou menor rotação. Este critério é aplicado de forma consistente.
Demonstrações Financeiras Consolidadas relativas a 31 de Dezembro de 2010 (valores em milhares de euros)
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2.11 Activos e passivos financeiros
Todas as compras e vendas destes investimentos são reconhecidas à data da negociação ou da
assinatura dos respectivos contratos de compra e venda, independentemente da data de liquidação
financeira.
No momento inicial, os investimentos são inicialmente registados pelo seu valor de aquisição, que é o
justo valor do preço pago, incluindo despesas de transacção, excepto para os activos valorizados ao
justo valor através de resultados, em que os custos de transacção são imediatamente reconhecidos nos
resultados.
Estes activos são desreconhecidos quando: (i) expiram os direitos contratuais do Grupo quanto ao
recebimento dos seus fluxos de caixa; ou (ii) o Grupo tenha transferido substancialmente todos os
riscos e benefícios associados à sua posse, ou o controlo sobre os activos.
2.11.1 Activos financeiros
Correspondem a activos financeiros não derivados, com recebimentos fixos ou determináveis para os
quais não existe um mercado de cotações activo.
Os activos financeiros classificam-se como segue, dependendo da intenção do Conselho de
Administração na sua aquisição:
a) Empréstimos e contas a receber;
b) Investimentos detidos até à maturidade;
c) Investimentos mensurados ao justo valor através de resultados (detido para negociação);
d) Activos financeiros disponíveis para venda.
a) Empréstimos e contas a receber
Activos originados do decurso normal das actividades operacionais.
Os empréstimos e contas a receber são registados inicialmente ao justo valor e subsequentemente
pelo custo amortizado com base na taxa de juro efectiva (sempre que o efeito temporal seja
significativo), deduzidos de eventuais perdas de imparidade. As perdas de imparidade são registadas
com base na estimativa e avaliação das perdas associadas aos créditos de cobrança duvidosa, na data
do balanço, para que reflictam o seu valor realizável líquido.
Quando os valores a receber de clientes ou outros devedores se encontrem vencidos, e sejam objecto
de renegociação dos seus termos, deixam de ser considerados vencidos e passam a ser tratados como
novos créditos.
Demonstrações Financeiras Consolidadas relativas a 31 de Dezembro de 2010 (valores em milhares de euros)
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b) Investimentos detidos até à maturidade
Os investimentos detidos até à maturidade são classificados como investimentos não correntes,
excepto se o seu vencimento for inferior a 12 meses da data do balanço, sendo registados nesta rubrica
os investimentos com maturidade definida para os quais a Empresa tem intenção e capacidade de os
manter até essa data. Os investimentos detidos até à maturidade são registados ao custo amortizado,
deduzido de eventuais perdas por imparidade.
c) Investimentos mensurados ao justo valor através de resultados
Incluem-se nesta categoria os activos financeiros não derivados detidos para negociação, e os
derivados que não qualifiquem para efeitos de contabilidade de cobertura, e são apresentados como
activos correntes.
Um activo financeiro está classificado como detido para negociação se for:
- adquirido ou incorrido principalmente para a finalidade de venda ou de recompra num prazo muito
próximo;
- parte de uma carteira de instrumentos financeiros identificados que são geridos em conjunto e para
os quais existe evidência de um modelo real recente de tomada de lucros a curto prazo;
- um derivado (excepto no caso de um derivado que seja um instrumento de cobertura designado e
eficaz).
Os ganhos ou perdas provenientes de uma alteração no justo valor dos investimentos mensurados ao
justo valor através de resultados são registados na demonstração de resultados do período.
d) Activos financeiros disponíveis para venda
Os investimentos disponíveis para venda são activos financeiros, não derivados, que uma entidade tem
intenção de manter por tempo indeterminado, ou são assim designados no momento da aquisição, ou
não se enquadram nas restantes categorias de classificação dos activos financeiros. São apresentados
como activos não correntes, excepto se houver a alienação de os alienar nos 12 meses seguintes ao da
data de balanço.
Após o reconhecimento inicial, os investimentos disponíveis para venda são reavaliados pelos seus
justos valores por referência ao seu valor de mercado à data do balanço, sem qualquer dedução
relativa a custos da transacção que possam vir a ocorrer até à sua venda. Os investimentos que não
sejam cotados e para os quais não seja possível estimar com fiabilidade o seu justo valor, são mantidos
ao custo de aquisição deduzido de eventuais perdas por imparidade.
Os ganhos ou perdas provenientes de uma alteração no justo valor dos investimentos disponíveis para
venda são registados no capital próprio, na rubrica de Reservas, até o investimento ser vendido,
recebido ou de qualquer forma alienado, ou até que o justo valor do investimento se situe abaixo do
seu custo de aquisição e que tal corresponda a uma perda por imparidade, momento em que o ganho
ou perda acumulada é registado na demonstração de resultados. Esta decisão requer julgamento.
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2.11.2 Passivos financeiros
Os passivos financeiros são classificados de acordo com a substância contratual, independentemente
da forma legal que assumem, e são reconhecidos quando o Grupo se constitui parte na respectiva
relação contratual.
Os passivos financeiros são desreconhecidos quando as obrigações subjacentes se extinguem pelo
pagamento, são canceladas ou expiram.
Os passivos financeiros são classificados de acordo com a substância contratual, independentemente
da forma legal que assumem. O IAS 39 – Instrumentos financeiros: reconhecimento e mensuração,
prevê a classificação dos passivos financeiros em três categorias:
a) Passivos financeiros mensurados ao justo valor através de resultados
Incluem-se nesta categoria os passivos financeiros detidos para negociação, e os derivados que não
qualifiquem para efeitos de contabilidade de cobertura, e sejam classificados desta forma no seu
reconhecimento inicial.
Os ganhos ou perdas provenientes de uma alteração no justo valor dos passivos financeiros
mensurados ao justo valor através de resultados são registados na demonstração de resultados do
período.
b) Empréstimos bancários (Financiamentos obtidos)
Os empréstimos são reconhecidos inicialmente ao justo valor deduzidos de custos de transacção
incorridos e subsequentemente são mensurados ao custo amortizado. Qualquer diferença entre o
valor de emissão (líquido de custos de transacção incorridos) e o valor nominal é reconhecido em
resultados durante o período de existência dos empréstimos de acordo com o método do juro efectivo.
Os empréstimos obtidos são classificados no passivo corrente e não corrente (neste último caso
quando a sua maturidade ultrapassa os 12 meses após a data do balanço).
c) Contas a pagar
Os saldos de fornecedores e outras contas a pagar são inicialmente registados pelo seu valor nominal,
o qual se entende ser o seu justo valor, e subsequentemente são registados ao custo amortizado de
acordo com o método da taxa de juro efectiva (sempre que o efeito temporal seja significativo).
2.11.3 Instrumentos de capital próprio
Os instrumentos de capital próprio são classificados de acordo com a substância contratual,
independentemente da forma legal que assumem. Os instrumentos de capital próprio emitidos pelas
empresas do Grupo são registados pelo valor recebido, líquido dos custos suportados com a sua
emissão.
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2.11.4 Caixa e equivalentes de caixa A rubrica caixa e equivalentes de caixa incluiu numerário, depósitos à ordem e aplicações de
tesouraria, com prazos de vencimento curtos e que são mobilizáveis rapidamente sem risco
significativo de alteração de valor.
Para efeitos de demonstração de fluxos de caixa, a rubrica “Caixa e equivalentes de caixa”, inclui
também os descobertos bancários incluídos no balanço na rubrica de Instituições de crédito.
2.12 Capital social
Todo o capital social é representado por acções ordinárias que são classificadas no capital próprio.
2.13 Impostos sobre o rendimento
O imposto sobre o rendimento é calculado com base nos resultados tributáveis das empresas incluídas na consolidação e considera a tributação diferida. O Grupo Vista Alegre encontra-se abrangido pelo regime especial de tributação dos grupos de sociedades, o qual abrange todas as empresas em que participa, directa ou indirectamente, em pelo menos 90% do respectivo capital e que, simultaneamente, são residentes em Portugal e tributadas em sede de Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Colectivas (IRC). As restantes empresas participadas, não abrangidas pelo regime especial de tributação dos grupos de sociedades, são tributadas individualmente, com base nas respectivas matérias colectáveis e nas taxas de imposto aplicáveis. O imposto diferido é calculado, com base no método da responsabilidade de balanço, sobre as diferenças temporárias entre os valores contabilísticos dos activos e passivos e a respectiva base de tributação. Não é calculado imposto diferido sobre as diferenças de consolidação e as diferenças de reconhecimento inicial de um activo e passivo quando a mesma não afecta nem o resultado contabilístico nem o fiscal. A base tributável dos activos e passivos é determinada de forma a reflectir as consequências de tributação decorrentes da forma como o Grupo espera, à data do balanço, recuperar ou liquidar a quantia escriturada dos seus activos e passivos, tendo por base decisões de optimização fiscal substancialmente implementadas na data de balanço. O montante de imposto a incluir quer no imposto corrente, quer no imposto diferido que resulte da transacções ou eventos reconhecidos em reservas, é registado directamente nestas mesmas rubricas, não afectando o resultado do exercício. São reconhecidos impostos diferidos activos sempre que existe razoável segurança de que serão gerados lucros futuros contra os quais os activos poderão ser utilizados. Os impostos diferidos activos são revistos anualmente e reduzidos sempre que deixe de ser provável que os mesmos possam ser utilizados. Os impostos diferidos são determinados pelas taxas fiscais (e leis) decretadas ou substancialmente decretadas na data do balanço e que se espera que sejam aplicáveis no período de realização do imposto diferido activo ou de liquidação do imposto diferido passivo. De acordo com a legislação em vigor, considerámos a taxa de IRC de 25% e, nas situações não ligadas a prejuízos fiscais, uma derrama de 1,5% sobre o valor das diferenças temporárias que originaram activos ou passivos por impostos diferidos.
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2.14 Benefícios a empregados
2.14.1 Provisões para pensões de reforma – plano de benefícios definidos
Algumas empresas do Grupo possuem esquemas de pensões atribuídos a antigos funcionários, na
forma de um plano de benefício definido, sendo este um plano de pensões que define o montante de
benefício de pensão que um empregado irá receber na reforma, normalmente dependente de um ou
mais factores, como a idade, anos de serviço e remuneração. O grupo tem em vigor vários planos de
benefícios de reforma, uns a cargo do grupo e outros a cargo do BPI Pensões.
O passivo reconhecido no balanço relativamente a plano de benefícios definidos é o valor presente da
obrigação do benefício definido à data de balanço. A obrigação do plano de benefícios definidos é
calculada anualmente por actuários independentes, utilizando o método do crédito da unidade
projectada. O valor presente da obrigação do benefício definido é determinado pelo desconto das
saídas de caixa futuras, utilizando a taxa de juro de obrigações de elevada qualidade denominadas na
mesma moeda em que os benefícios serão pagos e com termos de maturidade que se aproximam dos
da responsabilidade assumida.
Todos os ganhos e perdas actuariais resultantes de ajustamentos em função da experiência e
alterações nas premissas actuariais são reconhecidos directamente no capital próprio.
Os custos de serviços passados são imediatamente reconhecidos em resultados, excepto se as
alterações no plano de pensões são condicionadas pela permanência dos empregados em serviço por
um determinado período de tempo (o período que qualifica para o benefício). Neste caso, os custos de
serviços passados são amortizados numa base de linha recta ao longo do período em causa.
Os ganhos e perdas gerados por um corte ou uma liquidação de um plano de pensões de benefícios
definidos são reconhecidos nos resultados do exercício em que o corte ou a liquidação ocorre. Um
corte ocorre quando se verifica uma redução material no número de empregados ou o plano é alterado
para que os benefícios definidos sejam reduzidos, com efeito material, originando assim uma redução
nas responsabilidades com o plano
2.14.2 Cessação de emprego Os benefícios de cessação de emprego são devidos para pagamento quando há cessação de emprego antes da data normal de reforma ou quando um empregado aceita sair voluntariamente em troca destes benefícios. O Grupo reconhece estes benefícios quando se pode demonstrar estar comprometido a uma cessação de emprego de funcionários actuais, de acordo com um plano formal detalhado para a cessação e não exista possibilidade realista de retirada ou estes benefícios sejam concedidos para encorajar a saída voluntária. Sempre que os benefícios de cessação de emprego se vençam a mais de 12 meses após a data do balanço, eles são descontados para o seu valor actual.
Demonstrações Financeiras Consolidadas relativas a 31 de Dezembro de 2010 (valores em milhares de euros)
73
2.14.3 Férias, subsídio de férias e prémios
De acordo com a lei laboral, os empregados têm direito a 25 dias úteis de férias anuais, bem como a
um mês de subsídio de férias, direitos adquiridos no ano anterior ao seu pagamento. Estas
responsabilidades do Grupo são registadas quando incorridas, independentemente do momento do
seu pagamento, e são reflectidas na rubrica de “Contas a pagar e outras”.
2.14.4 Provisões
São constituídas provisões no balanço sempre que o Grupo tem uma obrigação presente (legal ou
implícita) resultante de um acontecimento passado e sempre que é provável que uma diminuição,
razoavelmente estimável, de recursos incorporando benefícios económicos será exigido para liquidar a
obrigação.
- Reestruturação: Uma provisão para reestruturação é relevada após aprovação formal de uma
operação de reestruturação, e esta tenha sido iniciada ou tornada pública. Os custos operacionais não
devem ser considerados no valor da provisão.
- Contratos onerosos: Uma provisão para contratos onerosos é reconhecida quando os benefícios
expectáveis da consecução do contrato são inferiores aos custos decorrentes da obrigação imposto por
este.
As provisões para os custos de desmantelamento, remoção de activos e restauração do local são
reconhecidas quando os bens começam a ser utilizados e se for possível estimar a respectiva obrigação
dom fiabilidade. O montante da provisão reconhecida corresponde ao valor presente da obrigação,
sendo a actualização financeira registada em resultados como custo financeiro na rubrica de “juros
líquidos”.
As provisões são revistas e actualizadas na data de balanço, de modo a reflectir a melhor estimativa,
nesse momento, da obrigação em causa.
2.15 Reconhecimento do rédito
O rédito compreende o justo valor da venda de bens e prestação de serviços, líquido de impostos e
descontos e após eliminação das vendas internas. O rédito é reconhecido como segue:
d) Venda de bens – grosso A venda de bens é reconhecida quando os produtos são entregues ao cliente, este os aceita e a
cobrança das respectivas contas a receber esteja razoavelmente assegurada. A empresa tem acordado
com alguns clientes uma percentagem de rappel que depende do volume de compras anual e do prazo
de pagamento das mesmas. Com base nas taxas acordadas, a empresa estima no momento da venda, o
valor a processar trimestral com acerto anual.
Demonstrações Financeiras Consolidadas relativas a 31 de Dezembro de 2010 (valores em milhares de euros)
74
e) Venda de bens – retalho A venda de bens é reconhecida quando o produto é vendido ao cliente. As vendas a retalho são
normalmente efectuadas a dinheiro ou com cartão de crédito. O rédito a reconhecer é o valor bruto da
venda e as despesas de utilização de cartões de crédito a pagar pela transacção.
f) Resultados financeiros líquidos Os resultados financeiros líquidos representam essencialmente juros de empréstimos obtidos
deduzidos de juros de aplicações financeiras e ganhos e perdas cambiais. Os custos e proveitos
financeiros são reconhecidos em resultados numa base de acréscimo durante o período a que dizem
respeito.
Os custos de empréstimos obtidos que sejam directamente atribuíveis à aquisição, construção ou
produção de um activo que se qualifica (ou seja, um activo que leva necessariamente um período
substancial de tempo para ficar pronto para o seu uso pretendido ou para a sua venda, como por
exemplo, inventários que exijam um período substancial de tempo para os pôr numa condição
vendável, instalações industriais, instalações de geração de energia e propriedades de investimento)
são capitalizados como parte do custo desse activo, se recuperáveis. Em 31-12-2010 e 31.12.2009 não
existem custos com empréstimos capitalizados.
g) Dividendos Estes proveitos são reconhecidos quando o direito de recebimento do accionista é estabelecido.
h) Trabalhos para a própria empresa Os custos internos (por exemplo: mão de obra, materiais, transportes) incorridos na produção de
activos tangíveis e existências são objecto de capitalização, apenas quando preenchidas as seguintes
condições: (i) os activos são identificáveis e mensuráveis de forma fiável; e (ii) existe forte
probabilidade de que venham a gerar benefícios económicos futuros. Não são reconhecidas quaisquer
margens geradas internamente.
i) Especialização de exercícios Genericamente, os proveitos e os custos são registados de acordo com o princípio da especialização de
exercícios, pelo qual as receitas e despesas são reconhecidas na medida em que são geradas,
independentemente do momento em que são recebidas ou pagas. As diferenças entre os montantes
recebidos e pagos e as correspondentes receitas e despesas geradas, são registadas no balanço
consolidado nas rubricas de “Contas a receber e outros” e “Contas a pagar e outros”, respectivamente
2.16 Contratos de locações
Os contratos de locação relativamente aos quais o Grupo assume substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes à posse do activo locado são classificados como locações financeiras. Os contratos de locação financeira são registados na data do seu início como activo e passivo pelo menor do justo valor da propriedade locada ou do valor actual das rendas de locação vincendas. Os activos adquiridos em locação financeira são amortizados de acordo com a política estabelecida pela empresa para as imobilizações corpóreas.
Demonstrações Financeiras Consolidadas relativas a 31 de Dezembro de 2010 (valores em milhares de euros)
75
As rendas são constituídas pelo custo financeiro e pela amortização do capital. Os custos financeiros são imputados aos respectivos períodos durante o prazo de locação segundo uma taxa de juro periódica constante sobre o investimento líquido remanescente do locador. As rendas classificadas como locações operacionais, nomeadamente pela inexistência de intenção de compra do bem, são contabilizadas como custo do exercício.
2.17 Subsídios do Governo
Os subsídios do Governo são reconhecidos pelo seu justo valor quando existe uma segurança razoável
que o subsídio será recebido e o Grupo cumprirá as obrigações inerentes. Os subsídios do Governo
relativos a gastos são diferidos e reconhecidos na Demonstração dos Resultados pelo período
necessário para os balancear com os gastos que eles se destinam a compensar. Os subsídios do
Governo relativos à compra de activos tangíveis são incluídos nos passivos não-correntes como
subsídios do Governo diferidos e são creditados na Demonstração dos Resultados numa base linear
pelo período esperado de vida dos activos correspondentes.
2.18 Activos e passivos contingentes Os passivos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras consolidadas, sendo os
mesmos divulgados no anexo, a menos que a possibilidade de um exfluxo de fundos seja remota, caso
em que não são objecto de divulgação.
Os activos contingentes não são reconhecidos, e apenas são divulgados quando é provável a existência
de um benefício económico futuro.
2.19 Eventos subsequentes
Os eventos após a data do balanço que proporcionem informação adicional sobre as condições que existiam à data do balanço são reflectidos nas demonstrações financeiras consolidadas. Os eventos após a data do balanço que proporcionem informação sobre condições que ocorram após a data do balanço são divulgados no anexo às demonstrações financeiras consolidadas, se materiais.
3. Estimativas contabilísticas importantes e julgamentos
Na preparação das demonstrações financeiras consolidadas de acordo com o IFRS, o Conselho de
Administração do Grupo VAA SGPS utiliza estimativas e pressupostos que afectam a aplicação de
políticas e montantes reportados. As estimativas e julgamentos são continuamente avaliados e
baseiam-se na experiência de eventos passados e outros factores, incluindo expectativas relativas a
eventos futuros considerados prováveis face às circunstâncias em que as estimativas são baseadas ou
resultado de uma informação ou experiência adquirida. As estimativas contabilísticas mais significativas
reflectidas nas demonstrações financeiras consolidadas são como segue:
Demonstrações Financeiras Consolidadas relativas a 31 de Dezembro de 2010 (valores em milhares de euros)
76
a) Análise de imparidade
O Grupo testa se existe ou não imparidade do goodwill e dos outros activos, de acordo com a política
contabilística indicada nas Notas 2.5 e 2.8. Os valores recuperáveis das unidades geradoras de fluxos de
caixa são determinados com base no cálculo de valores de uso. Esses cálculos exigem o uso de
estimativas.
b) Valorização e vida útil de activos intangíveis O Grupo utilizou diversos pressupostos na estimativa dos fluxos de caixa futuros provenientes dos
activos intangíveis com vida útil indefinida, entre os quais a estimativa de receitas futuras, taxas de
desconto e vida útil dos referidos activos.
c) Reconhecimento de provisões e ajustamentos O Grupo é parte em diversos processos judiciais em curso para os quais, com base na opinião dos seus
advogados, efectua um julgamento para determinar se deve ser registada uma provisão para essas
contingências (Nota 20.1). Os ajustamentos para contas a receber são calculados essencialmente com
base na antiguidade das contas a receber, o perfil de risco dos clientes e a situação financeira dos
mesmos. As estimativas relacionadas com os ajustamentos para contas a receber diferem de negócio
para negócio.
A política do Grupo relativamente à atribuição de plafonds à concessão de crédito, quer em termos
nacionais quer em termos internacionais, é feita através de recurso a empresas especializadas em
cobertura de risco de crédito.
d) Justo valor das propriedades de investimento
O Grupo recorre a entidade externa para proceder ao cálculo do justo valor das propriedades de investimento, sendo utilizado o método do rendimento (fluxos de caixa descontados) ou método de reposição. Uma avaliação é uma previsão do valor de mercado mas não é uma garantia do valor que seria obtido numa transacção. Adicionalmente, outros avaliadores podem legitimamente calcular um valor de mercado diferente. e) Benefícios de pensões
O valor presente da obrigação de pensões depende de vários factores, determinados numa base
actuarial, usando várias premissas. As premissas usadas na determinação do custo líquido de pensões
incluem a taxa de retorno esperada de longo prazo sobre os activos relevantes do plano e a taxa de
desconto. As alterações nestas premissas terão impacto no valor contabilístico das obrigações de
pensões.
Demonstrações Financeiras Consolidadas relativas a 31 de Dezembro de 2010 (valores em milhares de euros)
77
A taxa esperada de retorno sobre os activos do plano foi determinada numa base uniforme, levando
em consideração os retornos históricos de longo prazo, alocação de activos e estimativas futuras de
retornos de investimentos a longo prazo.
O Grupo determina a taxa de desconto apropriada no fim de cada exercício, a qual corresponde à taxa
de juro que deveria ser usada para determinar o valor presente dos pagamentos estimados para
liquidar as obrigações de pensões. Na determinação da taxa apropriada de desconto, o Grupo
considera as taxas de juro das obrigações de elevada qualidade denominadas na moeda na qual os
benefícios serão pagos e com prazos de vencimento que se aproximem dos prazos da correspondente
obrigação de pensões.
Outras premissas chave para as obrigações de pensões são baseadas parcialmente em condições
correntes de mercado (nota 20.2).
f) Continuidade operacional A nossa participada Vista Alegre Atlantis, SA, na qual se encontra a maior parte da actividade
operacional do Grupo VAA requereu na Secretaria de Estado do Emprego, ao abrigo do Decreto-Lei nº
220/2006 de 3/11, o Estatuto de Empresa em Reestruturação, o qual, conforme o nosso comunicado
de 3/3/2009, lhe foi concedido, para o triénio de 2009 a 2011, pelo Despacho nº 6600/2009, publicado
no Diário da República, 2ª Série, nº 42, de 2/3/2009.
O processo de reestruturação é considerado vital para assegurar a continuidade das operações e
inverter os prejuízos acumulados.
Neste âmbito, o Conselho de Administração aumentou o capital social da holding Vista Alegre Atlantis
SGPS SA, através de entradas em dinheiro e em espécie, cuja subscrição foi efectuada em parte por
novos accionistas, para reequilibrar a estrutura financeira da VAA no que toca à relação entre capitais
próprios e capitais alheios, dotando-se a Sociedade dos meios financeiros necessários à prossecução da
sua política de investimento de substituição e expansão.
Nestas circunstâncias a preparação das demonstrações financeiras na base da continuidade é
apropriada.
As estimativas foram determinadas com base na melhor informação disponível à data da preparação das demonstrações financeiras consolidadas. No entanto, poderão ocorrer situações em períodos subsequentes que, não sendo previsíveis à data, não foram consideradas nessas estimativas. Alterações a estas estimativas, que ocorram posteriormente à data das demonstrações financeiras consolidadas, são corrigidas em resultados de forma prospectiva, conforme disposto pelo IAS 8.
Demonstrações Financeiras Consolidadas relativas a 31 de Dezembro de 2010 (valores em milhares de euros)
78
4. Alterações de políticas contabilísticas Em resultado do processo de elaboração do Prospecto de Oferta Pública de Subscrição e Admissão à Negociação de acções representativas do capital social da VAA – Vista Alegre Atlantis, SGPS, SA, e seguindo as recomendações recebidas da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, o Conselho de Administração aprovou divulgar informação complementar às Demonstrações Financeiras Consolidadas por referência a 31 de Dezembro de 2009, aprovadas pelo Conselho de Administração em 10 de Março de 2010, e na Assembleia Geral realizada em 8 de Junho de 2010. Esta informação complementar às contas de 2009, que abrangeu divulgações adicionais e correcções aos valores reportados foi publicada em 22 de Junho 2010 e resume-se da seguinte forma:
− o capital próprio negativo agravou-se em 1.177m€, passando de -45.494m€ para -46.670m€ em virtude, principalmente, de uma diminuição de impostos diferidos líquidos de 1.607m€ para -580m€; − o resultado negativo de 2009 passou de -18.381m€ para -17.948m€, apesar do efeito descrito na alínea anterior em virtude da correcção de movimentos que foram registados directamente em resultados transitados (ver nota 17). − os ajustamentos às existências foram reclassificados da linha de amortizações /imparidades/provisões do exercício para a linha de custo das mercadorias e matérias consumidas; −na demonstração de fluxos de caixa, os custos de caixa com o factoring passaram a estar reflectidos na linha de empréstimos ao invés de recebimentos de clientes.
Com excepção das alterações decorrentes das emendas às normas que o Grupo já adoptava, durante o
exercício de 2010 não ocorreram alterações de políticas contabilísticas, face às consideradas na
preparação da informação financeira relativa ao exercício anterior apresentada para efeitos
comparativos.
Em resultado do endosso por parte da União Europeia (UE), foram adoptadas as seguintes normas e
interpretações com efeito a partir de 1 de Janeiro de 2010, embora sem qualquer impacto nas
demonstrações financeiras do Grupo:
• IFRS 1 (Emenda) – Primeira adopção das IFRS. Estabelece excepções adicionais na adopção pela primeira vez das IFRS, não aplicável ao Grupo.
• IFRS 2 (Emenda) - Contabilização de pagamentos baseados em acções, liquidados em dinheiro, em transacções intragrupo. Esta emenda vem clarificar que a contabilização de situações nas quais uma entidade recebe a prestação de serviços ou produtos dos seus empregados, mas cuja contrapartida financeira é paga pela sua empresa-mãe ou outra empresa do Grupo, é tratada no âmbito desta norma. Em resultado desta emenda a IFRIC 8 – “Âmbito da IFRS 2” e a IFRIC 11- “IFRS 2 - Transacções de Acções do Grupo e Próprias” foram retiradas.
Demonstrações Financeiras Consolidadas relativas a 31 de Dezembro de 2010 (valores em milhares de euros)
79
• IFRS 3 (Revista) – Concentrações de actividades empresariais. - Esta revisão vem trazer alterações significativas ao nível da mensuração e reconhecimento das concentrações de actividades empresariais efectuadas em execícios que se iniciem em ou após 1 de Julho de 2009, nomeadamente no que diz respeito:
(a) à mensuração dos interesses que não controlam (anteriormente designados interesses minoritários);
(b) ao reconhecimento e mensuração subsequente de pagamentos contingentes;
(c) ao tratamento dos custos directos relacionados com a concentração; e
• IAS 27 (Emenda) – Demonstrações Financeiras Consolidadas e Separadas. As alterações mais significativas são as seguintes:
- transacções que dão origem a alterações na percentagem de interesses detidos que não resultem em perda de controlo são contabilizadas no capital próprio, não tendo qualquer impacto no goodwill nem nos ganhos e perdas; - quando ocorre a perda de controlo numa subsidiária:
• todas as quantias reconhecidas no Rendimento Integral relativas a essa subsidiária são integralmente transferidas para ganhos e perdas;
• os interesses retidos são remensurados para o justo valor e este efeito vai ser tido em consideração no ganho ou perda registado com a alienação.
- o reembolso parcial de um investimento líquido numa subsidiária estrangeira deixa de dar origem à reclassificação das diferenças de transposição constantes do capital próprio para ganhos e perdas; - as perdas de uma subsidiária passam a ser quinhoadas pelos interesses que não controlam (anteriormente designados por interesses minoritários) mesmo que excedam os interesses destes na subsidiária. Em resultado desta emenda os resultados por acção diluídos num contexto de perda serão provavelmente iguais aos resultados básicos por acção.
• IAS 39 (Emenda) – Instrumentos Financeiros: reconhecimento e mensuração – items cobertos elegíveis.
• IFRIC 12 – Acordos de concessão de serviços
• IFRIC 15 – Acordos para a construção de imóveis
• IFRIC 17 – Distribuições aos proprietários de activos que não são caixa
• IFRIC 18 – Transferências de activos provenientes de clientes
• Outras emendas às IFRS – Ano 2009. O processo anual de melhoria das IFRS procura lidar com a resolução de situações que necessitam de ser melhoradas de forma a aumentar o seu entendimento geral, mas que não são classificadas como de resolução prioritária. O IASB aprovou 15 emendas a 12 normas, algumas das quais resultam em alterações no modo de contabilização, outras referem-se a questões de terminologia e consistência entre normas, sendo o seu impacto mínimo. A União Europeia endossou estas emendas em Março de 2010. Do processo de melhorias do Ano 2008, a emenda à IFRS 5 (clarificação sobre o tratamento de um subsidiária detida para venda) apenas entrou um vigor em 1 de Janeiro de 2010.
Demonstrações Financeiras Consolidadas relativas a 31 de Dezembro de 2010 (valores em milhares de euros)
80
Finalmente, não foram adoptadas as disposições das normas e interpretações cuja aplicação é
obrigatória apenas em períodos futuros e que são as seguintes:
Já endossadas pela UE:
• IFRS 1 (Emenda) - Excepções à divulgação de comparativos exigidos pela IFRS 7 na adopção pela primeira vez das IFRS.
• IAS 24 (Revista) – Transacções com partes relacionadas
• IAS 32 (Emenda) - Clarificação de direitos de emissão
• IFRIC 14 (Emenda) - Adiantamentos relativos a requisitos de financiamento mínimo
• IFRIC 19 – Extinção de passivos financeiros com instrumentos de Capital Próprio
Ainda não endossadas pela UE:
• IFRS 9 – Instrumentos financeiros (Introduz novos requisitos de classificação e mensuração de activos financeiros) Esta emissão insere-se num projecto faseado de revisão e substituição gradual da IAS 39, com o objectivo de reduzir a complexidade da sua aplicação. As principais alterações são as seguintes:
- Ao nível da classificação e mensuração:
• são reduzidas as categorias de activos financeiros;
• são eliminados os requisitos de separação de derivados embutidos;
• são eliminadas as restrições de reclassificação.
- A classificação de activos passa a seguir o modelo de negócio onde se enquadram os activos, tendo também em conta as características dos instrumentos;
- As diferenças de justo valor em instrumentos de capital próprio considerados estratégicos passam a ser reconhecidas em reservas, sem passagem por resultados, mesmo em situações de imparidade ou venda.
• Outras emendas às IFRS – melhoramentos de 2010. O IASB aprovou 11 emendas a seis normas. A União Europeia ainda não endossou estas emendas.
Da aplicação das normas acima descritas (normas que não foram adoptadas e cuja aplicação é
obrigatória apenas em exercícios futuros), não são esperados impactos relevantes para as
demonstrações financeiras do Grupo.
Demonstrações Financeiras Consolidadas relativas a 31 de Dezembro de 2010 (valores em milhares de euros)
81
5. Informação por segmentos A informação por segmentos é apresentada em relação aos segmentos geográficos e de negócio do Grupo. Os resultados, activos e passivos de cada segmento correspondem àqueles que lhes são directamente atribuíveis assim como os que numa base razoável lhes podem ser atribuídos. A 31 de Dezembro de 2010, o Grupo está organizado numa base mundial em cinco segmentos de negócio principais: (1) Porcelana, (2) Faiança), (3) Louça de Forno, (4) Cristal e Vidro Manual e (5) Imobiliário e é de acordo com esta segmentação que os sistemas de relato financeiro e operacional internos estão desenhados. 5.1-Volume de negócios
5.1.1- Informação por segmento de negócio
A repartição do volume de negócios por segmento de negócio e zonas geográficas a 31 de Dezembro
de 2010 e 2009 é a seguinte:
31 de Dezembro de 2010Porcelana e
complementaresFaiança
Louça de Forno
Cristal/vidro manual
Imobiliário Total
Vendas brutas por segmento 28.914 3.892 5.614 12.357 0 50.777% Vendas 57% 8% 11% 24% 0% 100%
31 de Dezembro de 2009Porcelana e
complementaresFaiança
Louça de Forno
Cristal/vidro manual
Imobiliário Total
Vendas brutas por segmento 28.803 3.654 6.249 15.655 54.362% Vendas 53% 7% 11% 29% 0% 100%
Os resultados por segmento de negócio são os seguintes:
Porcelana e complementares
FaiançaLouça de
FornoCristal/vidro
manualImobiliário
Outros não
imputados
Total
Lucro operacional 738 -425 -118 -2.048 -181 -2.034Gastos f inanceiros líquidos -1.379 -145 -252 -664 0 -2.442Lucro antes de imposto sobre o rendimento -641 -571 -370 -2.712 -181 0 -4.475Imposto sobre o rendimento 728 728Interesses que não controlam 0 0
Resultado líquido do exercício -641 -571 -370 -2.712 -181 728 -3.748
31 de Dezembro de 2010
Demonstrações Financeiras Consolidadas relativas a 31 de Dezembro de 2010 (valores em milhares de euros)
82
Porcelana e complementares
FaiançaLouça de
FornoCristal/vidro
manualImobiliário
Outros não
imputados
Total
Lucro operacional -3.953 -4.036 -1.354 -7.918 -163 -17.424Gastos f inanceiros líquidos -1.965 -229 -331 -734 -1.239 -4.499Lucro antes de imposto sobre o rendimento -5.918 -4.265 -1.686 -8.653 -1.402 0 -21.922Imposto sobre o rendimento 3.971 3.971Interesses que não controlam 3 3
Resultado líquido do exercício -5.918 -4.265 -1.686 -8.653 -1.402 3 -17.948
31 de Dezembro de 2009 reapresentado
Outros elementos por segmento de negócio (gastos não caixa) são os seguintes:
Porcelana e complementares
FaiançaLouça
de Forno
Cristal/vidro manual
ImobiliárioOutros
não imputados
Total
Depreciações 2.195 336 700 24 3.255Amortizações 0 0Imparidade 19 2 3 6 45 76Provisões -648 -74 -42 -355 -1.119TOTAL 1.567 -72 298 351 24 45 2.213
31 de Dezembro de 2010
Porcelana e complementares
FaiançaLouça
de Forno
Cristal/vidro manual
ImobiliárioOutros
não imputados
Total
Depreciações 3.871 97 368 1.463 5.799Amortizações 0Imparidade 479 165 57 238 724 1.663Provisões 1.230 1.259 200 651 3.340TOTAL 5.580 1.521 625 2.352 724 0 10.802
31 de Dezembro de 2009 reapresentado
As transferências ou transacções entre segmentos são realizadas nos termos comerciais normais e nas condições aplicáveis a terceiros independentes. Os activos, passivos e investimentos dos segmentos nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2010 e 31 de Dezembro de 2009 são:
Demonstrações Financeiras Consolidadas relativas a 31 de Dezembro de 2010 (valores em milhares de euros)
83
Porcelana e complementares
FaiançaLouça
de Forno
Cristal/vidro manual
ImobiliárioOutros
não imputados
Total
Activos f ixos tangíveis 20.333 820 5.420 11.405 0 37.977
Propried. de investimento 21.472 21.472
Activos intangíveis 2.714 2.693 282 5.689
Investimentos f inanceiros 219 219
Impostos diferidos 11.093 11.093
Activo não corrente 23.047 820 8.113 11.686 21.472 11.312 76.450
Activos correntes 17.881 1.366 2.851 6.564 0 26.319 54.981
Total dos Activos 40.928 2.186 10.964 18.250 21.472 37.630 131.430
Passivos operacionais 8.479 1.229 1.648 4.329 15.685
Outros Passivos 84.468 84.468
Total passivos 8.479 1.229 1.648 4.329 0 84.468 100.153
Investimentos 1.739 94 708 2.541
31 de Dezembro de 2010
Porcelana e complementares
FaiançaLouça
de Forno
Cristal/vidro manual
ImobiliárioOutros
não imputados
Total
Activos f ixos tangíveis 19.967 832 5.467 11.290 37.555
Propried. de investimento 21.651 21.651
Activos intangíveis 2.826 2.741 97 5.663
Investimentos f inanceiros 266 266
Impostos diferidos 10.522 10.522
Activo não corrente 22.793 832 8.207 11.387 21.651 10.787 75.656
Activos correntes 16.590 1.961 2.291 7.413 0 0 28.255
Total dos Activos 39.383 2.793 10.498 18.800 21.651 10.787 103.911
Passivos operacionais 11.132 2.816 2.887 7.259 722 24.816
Outros Passivos 125.765 125.765
Total passivos 11.132 2.816 2.887 7.259 722 125.765 150.581
Investimentos 668 11 42 208 929
31 de Dezembro de 2009
Os activos dos segmentos incluem, principalmente, activos fixos tangíveis, activos intangíveis,
existências, contas a receber e disponibilidades. São excluídos impostos diferidos e investimentos
financeiros. Os passivos dos segmentos correspondem a passivos operacionais. Excluem elementos
como impostos e empréstimos. Os investimentos compreendem adições aos activos fixos tangíveis
(Nota7), incluindo adições resultantes de aquisições através de concentrações empresariais.
Demonstrações Financeiras Consolidadas relativas a 31 de Dezembro de 2010 (valores em milhares de euros)
84
5.2- Informação por zona geográfica
Os cinco segmentos de negócio do Grupo operam em três grandes áreas geográficas, apesar de serem
geridos à escala mundial. A repartição do volume de negócios por segmento geográfico a 31 de
Dezembro de 2010 e 2009 é a seguinte:
Zona GeográficaPorcelana e comp.
FaiançaLouça de
FornoCristal/vidro
manualTotal
Portugal 18.034 904 339 6.828 26.106
Espanha 6.729 139 293 1.675 8.836
Suíça 1.026 3.088 218 4.333
França 245 88 330 1.184 1.847
USA 305 406 116 783 1.610
Alemanha 61 539 147 19 765
Países Baixos 54 609 5 78 747
Bélgica 10 676 23 7 715
Brasil 622 41 0 46 708
Itália 277 216 84 97 673
Restantes Paises Europeus 831 175 207 664 1.877
Restantes Paises (OP) 718 101 981 759 2.559
Total 28.914 3.892 5.614 12.357 50.777
Dezembro de 2010
Zona Geográfica Porcelana FaiançaLouça de
FornoCristal/vidro
manualTotal
Portugal 19.601 843 756 7.895 29.095
Espanha 5.797 165 29 1.628 7.619
Suíça 1.386 3.478 66 4.930
França 185 243 159 4.280 4.867
USA 126 457 162 244 989
Grécia 230 79 88 458 856
Alemanha 7 631 199 8 845
Bélgica 1 778 28 23 830
Itália 357 69 112 4 542
Brasil 401 39 7 43 491
Restantes Paises Europeus 260 306 770 653 1.989
Restantes Paises (OP) 452 44 461 352 1.309
Total 28.803 3.654 6.249 15.655 54.362
Dezembro de 2009
Demonstrações Financeiras Consolidadas relativas a 31 de Dezembro de 2010 (valores em milhares de euros)
85
Total dos activos por zona geográfica:
31-12-2010 31-12-2009
Portugal 127.675 100.752
Resto Europa 3.755 3.159
131.430 103.911
31-12-2010 31.12.2009
Portugal 97.872 148.756
Resto Europa 2.281 1.825
100.153 150.581
Total dos passivos por zona geográfica:
31-12-2010 31.12.2009
Portugal 2.321 929
Resto Europa 220
2.541 929
Amort.Imparidades e Provisões:
31-12-2010 31-12-2009
Portugal 2.062 10.699
Resto Europa 151 103
2.213 10.802
Total dos investimentos por zona geográfica:
6. Outros Activos Financeiros e Passivos Financeiros
31-12-2010 31-12-2009Activos financeirosActivos financeiros disponíveis para vendaInvestimentos f inanceiros - disponíveis para venda 219 266Empréstimos e contas a receberContas a receber de clientes e outros devedores 8.781 9.945Activos financeiros mensurados ao justo valor atrav és de resultados 0 0Caixa e equivalentes de caixa 26.319 1.394
Total 35.319 11.605Passivos financeirosEmpréstimos obtidosEmpréstimos de bancos remunerados a taxa de juro variável 11.486 14.652Empréstimos de accionistas remunerados a taxa de juro variável 51.299 94.992Empréstimos não remunerados 5.112 5.019Contas a pagarContas a pagar a fornecedores e outros credores 10.520 12.505Passivos financeiros mensurados ao justo valor atra vés de resultados 0 0
Total 78.417 127.168
Valor no Balanço
Demonstrações Financeiras Consolidadas relativas a 31 de Dezembro de 2010 (valores em milhares de euros)
86
Em 31 Dezembro de 2010 e 2009, o Grupo não tinha negociado qualquer instrumento financeiro
derivado.
Nos períodos terminados 31 Dezembro de 2010 e 2009 não houve qualquer reclassificação entre
classes de activos financeiros.
Os activos financeiros disponíveis para venda foram mensurados ao custo por se tratar de
investimentos em sociedades não cotadas, e cujo justo valor não pode ser mensurado fiávelmente.
Destaca-se a participação da Duofil, Lda, cujos principais indicadores são (31-12-2010 não disponível):
Duofil m€ 31-12-2009 31-12-2008Volume de negócios 6.360 12.554EBITDA 160 -193Resultado líquido -1.173 -1.385
Total de Activos 20.318 23.427Total de Passivos 15.417 17.354Capital Próprio 4.901 6.074% Detida 4,16% 4,98%
31-12-2010 31-12-2009Valor de balanço Duofil - mensurado ao custo 204 249
O justo valor é definido em termos de um preço acordado por um comprador de boa-fé e um vendedor de boa-fé numa transacção em que não existe relacionamento entre as partes, num contexto em que não ocorre uma transacção forçada, uma liquidação involuntária ou numa venda desesperada. O justo valor de Caixa e equivalentes de caixa, Contas a receber de clientes e outros devedores e Contas a pagar a fornecedores e outros credores é próximo dos respectivos valores escriturados devido à sua maturidade de curto prazo. O justo valor dos empréstimos remunerados de bancos e accionistas é também considerado próximo do valor escriturado, atendendo às taxas de mercado praticadas. O justo valor do empréstimo não remunerado, mensurado ao custo amortizado, é também próximo do respectivo justo valor na medida em que o empréstimo original foi renegociado em Fevereiro de 2009.
Demonstrações Financeiras Consolidadas relativas a 31 de Dezembro de 2010 (valores em milhares de euros)
87
7. Activos fixos tangíveis
Terrenos e edifícios
Equip transp e Equip. Básico Ferra.Utens.
Eq. Administ
Outras imobiliz.
Imob.curso Total
Exercício de 2009Valor líquido inicial 36.574 5.727 805 271 2.796 46.174Imparidade de activos* -3.092 -87 -13 -3.192Reavaliações 2.278 2.278VA Renting inserida perimetro de 20 20Adições 35 626 52 19 197 929Alienações e abates valor líquido -40 -24 -19 -7 -90Transferências P.Prop.Investim. -165 -2.600 -2.765Transferências( curso 2008) 85 87 25 -197 0Depreciação exercício -3.040 -2.365 -355 -38 -5.799
Valor líquido final 32.800 3.984 495 80 196 37.555
Terrenos
e edifícios
Equip transp e Equip. Básico
Eq. Administ
Outras imobiliz.
Imob.curso Total
Exercício de 2010Valor líquido inicial 32.800 3.984 495 80 196 37.555
Reclassif.Ferramentas e utensílios -1.047 1.047 0
Adições 540 864 20 588 503 2.515
Alienações e abates valor líquido -65 -1 0 -66
Reavaliações 1.203 1.203Transferências( curso 2009) 81 11 90 -182 0
Depreciação exercício -1.538 -895 -236 -562 -3.231
Valor líquido final 32.941 2.986 290 1.242 517 37.977
O valor das amortizações acumuladas dos activos fixos tangíveis em 2010 é de 111.695m€ e em 2009 era de 109.803m€. -Métodos para avaliação do valor reavaliado dos activos fixos tangíveis
Os terrenos e edifícios do Grupo foram reavaliados desde 2004, com base em avaliações efectuadas por avaliadores independentes. As avaliações foram efectuadas numa base do valor de mercado. Os terrenos e edifícios compreendem essencialmente fábricas, lojas de retalho e escritórios. São
apresentados ao justo valor, com base em avaliações periódicas anuais, efectuadas por avaliadores
externos independentes, menos depreciação subsequente, para os edifícios. A depreciação acumulada
à data da reavaliação é deduzida do valor bruto do activo e o valor líquido passa a reflectir o valor
reavaliado.
Os aumentos na quantia escriturada de um activo em resultado da reavaliação de terrenos e edifícios
são creditados em rubrica específica no capital próprio. As diminuições que compensem aumentos
anteriores do mesmo activo são levadas à mesma rubrica em que foram registados os aumentos; as
restantes diminuições são reconhecidas como gasto do período. Anualmente, a diferença entre a
Demonstrações Financeiras Consolidadas relativas a 31 de Dezembro de 2010 (valores em milhares de euros)
88
depreciação baseada na quantia escriturada reavaliada do activo levada a gastos do período e a
depreciação baseada no custo original do activo, é transferida da reserva de justo valor para resultados
retidos.
O cálculo do valor de reavaliação dos terrenos e edifícios é feito com base em avaliações efectuadas no
final de cada exercício, por avaliadores independentes profissionalmente qualificados. Na
determinação do justo valor das unidades fabris, foi utilizado o método comparativo de mercado.
Os preços de mercado por m2 que tiveram na base da valorização ocorrida no exercício de 2010 são os
seguintes:
Ano 2010 Ano 2009
Fábrica (VAA, SA) Ílhavo 219,71 € 220,81 €
Fábrica Atlantis Cós Alcobaça 63,72 € 63,86 €
Fabrica Capoa Aradas - Aveiro 50,10 € 50,10 €
Fabrica Cerexport Tabueira -Esgueira 137,30 € 138,37 €
Loja de Braga Praceta Stª Bárbara - Braga 1.866,67 € 2.040,00 €
Loja Massarelos/Edif Galiza R. Piedade - Massarelos 1.429,81 € 1.473,14 €
Imóveis LocalizaçãoPreço de mercado por m2
Activos Fixos Tangíveis
Preço de mercado por m2
Ao abrigo do Decreto-Lei nº 185/2009 de 12 de Agosto de 2009, as reservas que não forem realizadas
não podem ser distribuídas aos accionistas. Atendendo à situação financeira da empresa e ao facto dos
accionistas pretenderam a sua capitalização e não a sua descapitalização, considerámos não ser
relevante a divulgação sobre as restrições à sua distribuição.
Se os terrenos e edifícios fossem apresentados ao custo histórico, os valores de balanço seriam:
31-12-2010 31-12-2009Custo Histórico 28.416 30.169Depreciação Acumulada -19.065 -20.456Valor Líquido 9.351 9.712
Demonstrações Financeiras Consolidadas relativas a 31 de Dezembro de 2010 (valores em milhares de euros)
89
8. Activos intangíveis
GoodwillProprid.
IndustrialTrespasse
Imob.curso
Total
Valor líquido inicial 4.711 58 947 13 5.729Reclassificações -58 -8 -66Adições 0Alienações e abates valor líquido 0Transferências 0Amortização do exercício 0Valor líquido final em 31-12-2009 4.711 0 947 5 5.663
GoodwillProgramas computad.
TrespasseImob.curso
Total
Valor líquido inicial 4.711 0 947 5 5.663Reclassificações 0Adições 8 19 27Alienações e abates valor líquido 0Transferências 5 -5 0Amortização do exercício 0Valor líquido final em 31-12-2010 4.711 5 955 19 5.689
Os activos intangíveis que não são objecto de amortização, são o goodwill e o trespasse da loja do Chiado (pois trata-se de um contrato de uma loja sem termo), por se considerar que não existe desvalorização destes bens (mas sim valorização). O valor destes bens, é alocado à unidade geradora de fluxos de caixa do segmento de negócio correspondente para a realização dos testes de imparidade. Testes de imparidade do goodwill e do trespasse
O Grupo testa a cada trimestre a imparidade do Goodwill e do trespasse da loja do Chiado (bens que
não estão a sofrer amortizações), de acordo com o referido nas Notas 2.5 e 2.8.
Para cada uma das áreas de negócio, tendo por base as expectativas de resultados futuros gerados por
réditos crescentes, num horizonte de cinco anos, isto é, com perpetuidade a partir de 2015, foi
utilizado o método do desconto dos respectivos cash flows (resultados antes de amortizações,
provisões, ajustamentos, resultados financeiros, resultados extraordinários e imposto sobre o
rendimento) tomando-se, para o desconto, uma taxa de 7,68%/ano. A taxa de crescimento média
ponderada utilizada é consistente com as previsões incluídas nos relatórios da indústria.
O goodwill distribuído pelas unidades geradoras de caixa (UGCs) do Grupo identificadas de acordo com
o segmento de negócio, não registou alterações relativamente ao ano anterior.
Demonstrações Financeiras Consolidadas relativas a 31 de Dezembro de 2010 (valores em milhares de euros)
90
31-12-2010 31-12-2009VAA Espanha 252 252VAA (ex. Cerexport) (b) 2.693 2.693VAA (ex. FPVA/QN) (a) 1.766 1.766
4.711 4.711
(a) À data de 1 de Janeiro de 2004, o Goodwill pertencente às sociedades Atlantis Roma, Lda, Atlantis-Cristais de Alcobaça, S.A. e
Fábrica de Porcelana da Vista Alegre, S.A. foi incorporado na sociedade Vista Alegre Atlantis, S.A., por fusão das respectivas
sociedades.
(b) Antes de 1 de Janeiro de 2004, o Goodwill pertencente às sociedades Cerexport-Cerâmica de Exportação, S.A. e Faianças da Capôa
– Indústria de Cerâmica, S.A. foi adquirido pela sociedade, actualmente denominada, Vista Alegre Atlantis, S.A. por aquisição dos
respectivos negócios.
Verificou-se durante o exercício de 2008 a imparidade dos negócios abaixo discriminados. Nos
exercícios de 2009 e 2010, não se registaram quaisquer imparidades.
GOODWIIL Porcelana FaiançaLouça do
FornoCristal/Vidro
manualTotal
01 de Janeiro 2008 líquido de imparidade 2.018 1.610 2.693 175 6.496
Imparidades registadas no ano de 2008-1.610 -175 -1.785
31-12-2009=31-12-2010 2.018 0 2.693 0 4.711
Uma vez reconhecidas, as perdas por imparidade do goodwill são irreversíveis.
9. Imparidades
Sempre que o montante pelo qual o activo se encontra registado é superior à sua quantia recuperável,
é reconhecida uma perda de imparidade registada na demonstração de resultados consolidada na
rubrica Imparidade de activos não amortizáveis ou na rubrica ajustamentos.
Durante o exercício de 2010 e 2009 as imparidades/ajustamentos de activos reconhecidos tiveram os
seguintes movimentos:
Demonstrações Financeiras Consolidadas relativas a 31 de Dezembro de 2010 (valores em milhares de euros)
91
Activos Fixos
TangíveisGoodwill Inventários
Clientes e contas a receber
Investim. financeiro
Total
01 de Janeiro de 2009 0 2.610 7.125 6.440 16.175Reforço 3192 1.835 123 5.150Reversões -467 -76 -543Anulação directa -3.711 -3.711Saldo em 31 Dezembro 2009 3.192 2.610 8.493 2.776 0 17.07 1Reforço 256 63 45 364Reversões -161 0 -363 -33 -557Anulação directa -78 -78Saldo em 31 Dezembro 2010 3.031 2.610 8.386 2.729 45 16.8 01
As explicações para estes movimentos ocorridos durante o exercício, estão nas notas 7, 8, 14 e 15,
relativas respectivamente aos Activos fixos tangíveis, Goodwill, Inventários e Clientes e contas a
receber.
10. Locação operacional e financeira
Os contratos de locação operacional celebrados pelo Grupo não têm expressão significativa e referem-
se exclusivamente a viaturas. As locações são classificadas como locações operacionais se uma parcela
significativa dos riscos e benefícios inerentes à posse for retida pelo locador. Os pagamentos
efectuados em locações operacionais são reflectidos na demonstração dos resultados pelo método
linear, pelo período da locação.
O grupo aluga diversas viaturas, através de contratos de locação não revogáveis. Os contratos possuem
diversos prazos, cláusulas de reajustamento e direitos de renovação. O grupo mantém contratos de
Aluguer de Longa Duração (“Renting”) considerados como locação operacional cujo valor das rendas se
distribui como se segue:
30-06-2010 31-12-2009
Inferior a 1 ano 212 238Entre 1 e 5 anos 43 176
255 414
Pagamentos reconhecidos como gastos do período:
31-12-2010 31-12-2009
Pagamentos de Locação 239 268
239 268
Demonstrações Financeiras Consolidadas relativas a 31 de Dezembro de 2010 (valores em milhares de euros)
92
O Grupo explora diversas lojas em Centros Comerciais, cujos contratos de arrendamento, além de
outras cláusulas, estipulam:
- As lojas não são trespassáveis;
- Caso o inquilino proceda ao encerramento da loja, terá que proceder ao pagamento da renda até ao
final do prazo do contrato. Caso se procedesse ao encerramento destas lojas em 31 de Dezembro de
2010 a responsabilidade por rendas vincendas era de 3.744 milhares de euros.
As locações são classificadas como financeiras quando se transfere substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes à propriedade de um activo. Os valores dos activos adquiridos por locação financeira são os abaixam discriminados:
RubricasValor do contrato
Amortizações acumuladas
Valor do contrato
Amortizações acumuladas
Equipamento básico 1.635 1.631 1.635 1.588
Equipamento de transporte 79 18 39 2
Totais 1.714 1.649 1.674 1.590
31-12-2010 31-12-2009
Maturidade dos contratos de locação financeira, em milhares de euros:
1000006295 CGDL 8 27 35
353825 CGDL 10 17 27
TOTAL 17 45 62
Contrato EntidadeNão mais de
1 anoDe 1 a 5
anosTotal
Valor presente dos contratos de locação financeiro, em milhares de euros:
1000006295 CGDL 34 33
353825 CGDL 27 26
TOTAL 62 59
Contrato EntidadeValor em dívida
a 31-12-2010
Valor Presente em
31-12-2010
Demonstrações Financeiras Consolidadas relativas a 31 de Dezembro de 2010 (valores em milhares de euros)
93
11. Propriedades de Investimento Trata-se de imóveis (terrenos e edifícios) não utilizados no decurso ordinário dos negócios do grupo, estando, no seu estado actual ou após processo de valorização, destinados a venda. Sendo que, uma parte destes imóveis é geradora de rendas pelo que os mesmos, tendo em conta a actividade do Grupo, podem também ser considerados Propriedades de Investimento. O modelo aplicado para o cálculo do valor das propriedades de investimento é o justo valor, com o respectivo reflexo nos passivos por impostos diferidos. No final de cada exercício e para todos os imóveis do Grupo, são feitas avaliações por avaliadores
externos independentes com qualificação profissional reconhecida. Na determinação do justo valor das
propriedades de investimento foi utilizado o método comparativo de mercado.
A determinação do justo valor das propriedades de investimento foi suportada por evidências do
mercado, pois, segundo o avaliador “a lógica em que se fundamenta o espírito do avaliador, quando
concebe a estrutura do seu relatório, alinha-se por isenção e independência, condicionando apenas o
seu raciocínio, aos aspectos intimamente ligados ao objecto em análise; basicamente aqueles que se
prendem com os aspectos de natureza técnica, nomeadamente às características especificas dos bens
em apreciação, á sua inserção na malha existente e aos elementos que influenciam a sua tendência no
mercado imobiliário, representado pela procura e pela oferta, propondo valores venais equilibrados e
ajustados, que possibilitam análises o mais aproximadamente possível da realidade”.
Relativamente às propriedades de investimento arrendadas, existem contratos de arrendamento de duração limitada, normalmente de 5 anos, renováveis automaticamente por períodos de um ano se não denunciados. Em 31 de Dezembro de 2010, para além dos contratos acima indicados, não existem outras obrigações contratuais significativas de compra, construção ou desenvolvimento de propriedades de investimento ou para a sua reparação e conservação.
Demonstrações Financeiras Consolidadas relativas a 31 de Dezembro de 2010 (valores em milhares de euros)
94
Os preços de mercado por m2 que tiveram na base da valorização ocorrida no exercício de 2010 são os seguintes:
Ano 2010 Ano 2009
"Fábrica" Angolana Marinha Grande 25,29 € 25,87 €
Pinhais Alcobaça 27,79 € 28,87 €
"Fábrica" Quinta Nova Ílhavo 80,14 € 79,69 €
"Fábrica" Nova Ivima Marinha Grande 31,72 € 35,93 €
L. Barão Quintela Lisboa 1.004,60 € 877,32 €
Imóveis Diversos Ílhavo 93,57 € 106,89 €
R. Neves Ferreira Lisboa 527,78 € 486,11 €
Terrenos RAN Ílhavo 2,08 € 2,27 €
Urbanização I Ílhavo 210,10 € 225,25 €
Urbanização II:
Loteamento Bairro e Terr Anexos Ílhavo 30,91 € 25,32 €
Loteamento da Murteira Ílhavo 21,86 € 22,48 €
Loteamento da Rua Fáb.VA Ílhavo 77,26 € 105,09 €
Palácio Ílhavo 234,30 € 248,79 €
POUSADA Ílhavo 229,17 € 218,87 €
Ex-Mat-Primas (Pousada) Ílhavo 48,47 € 53,46 €
Imóveis LocalizaçãoPreço de
mercado/m2
Propriedades de Investimento
Preço de mercado/m2
As quantias reconhecidas nos resultados para os exercícios de 2010 e 2009, referentes a rendimentos
de propriedades de investimento e gastos operacionais, foram os seguintes, em milhares de euros:
31-12-2010 31-12-2009Rendas dos imóveis 215 202Manutenção/Conservação 0 -3
Reconciliação das quantias escrituradas em propriedades de investimento:
Saldo 01 Janeiro de 2009 18.252
Terrenos e edif icios transferidos 2765
Variação de justo valor 64
Propriedades investimento Dezembro de 2009 21.081Variação de justo valor 570
Propriedades investimento Dezembro de 2009 (reapres entado) 21.651Venda lote 53 -66Outros -24Variação de justo valor -89
Propriedades investimento Dezembro de 2010 21.472
Demonstrações Financeiras Consolidadas relativas a 31 de Dezembro de 2010 (valores em milhares de euros)
95
12. Outros Investimentos financeiros
A rubrica de Outros Investimentos Financeiros é constituída por pequenos investimentos em empresas
que não são consideradas empresas associadas, tendo sido classificadas como activos financeiros
disponíveis para venda.
Os activos financeiros disponíveis para venda foram mensurados ao custo por se tratar de
investimentos em sociedades não cotadas, e cujo justo valor não pode ser mensurado fiávelmente (ver
nota 6 outros activos e passivos financeiros).
A composição da rubrica de outros investimentos financeiros é a seguinte:
Investimentos financeiros 31-12-2010 31-12-2009Duofil Lda 204 249Centro Tecnológico da Cerâmica e do Vidro 6 6Lusitánia Gás SA 7 7ROL 2Outras participações 2 2
219 266
Demonstrações Financeiras Consolidadas relativas a 31 de Dezembro de 2010 (valores em milhares de euros)
96
13. Impostos diferidos
Diferenças Temporárias Base Activos PassivosEfeito
LíquidoImpacto P&L
Dr/(Cr)Impacto
Cap.Prop Dr/(Cr)Saldo em 31 de Dezembro de 2009Reavaliação de activos f ixos tangíveis/ Justo valor prop. Investimento 39.749 10.534 -10.534Benefícios de reforma - Fundo de Pensões 1.399 371 -371Custo amortizado 745 197 -197Benefícios de reforma - Responsab. a cargo do Grupo 4.405 1.167 1.167Provisão para reestruturação 1.964 520 520Ajustamentos e outras provisões não aceites f iscalmente 9.236 2.448 2.448Prejuízos f iscais reportáveis - Espanha 5.356 1.607 1.607Prejuízos f iscais reportáveis - Portugal 19.120 4.780 4.780
10.522 11.102 -580Movimento do ano líquidoReavaliação de activos f ixos tangíveis/ Justo valor prop. Investimento -543 -144 144 -271 127Benefícios de reforma - Fundo de Pensões 26 7 -7 7Custo amortizado -97 -26 26 -26Benefícios de reforma - Responsab. a cargo do Grupo -1.364 -361 -361 361Provisão para reestruturação -348 -92 -92 92Ajustamentos e outras provisões não aceites f iscalmente -324 -86 -86 86Prejuízos f iscais reportáveis - Espanha 590 177 177 -177Prejuízos f iscais reportáveis - Portugal 3.735 934 934 -934
571 -163 734 -861 127Saldo em 31 de Dezembro de 2010Reavaliação de activos f ixos tangíveis 39.206 10.390 -10.390Benefícios de reforma - Fundo de Pensões 1.425 378 -378Custo amortizado 629 167 -167Benefícios de reforma - Responsab. a cargo do Grupo 3.041 806 806Provisão para reestruturação 1.616 428 428Ajustamentos e outras provisões não aceites f iscalmente 8.912 2.362 2.362Prejuízos f iscais reportáveis - Espanha 5.946 1.784 1.784Prejuízos f iscais reportáveis - Portugal 22.855 5.714 5.714
11.093 10.934 159
Demonstrações Financeiras Consolidadas relativas a 31 de Dezembro de 2010 (valores em milhares de euros)
97
31-12-2009 31-12-200931-12-2010 Reapresentado Reportado
Imposto corrente -133 -69 -70Imposto diferido 861 4.040 4.877
728 3.971 4.807
No quadro abaixo apresentamos a reconciliação entre a taxa teórica de imposto e o imposto
reconhecido na demonstração de resultados.
2010-12-31 2009-12-31Reportado
Resultados antes de impostos -4,475 -21,922Taxa de imposto - 25% 1,119 5,481Efeito taxa de imposto diferente 30 35Tributação Autónoma -58 -65Derrama -76 -5Diferenças permanentes -207 -560Diferenças temporárias: Reintegrações não aceites f iscalmente -257 -231 Justo valor das propriedades de investimento -13 -151 Ajustamentos/ provisões não aceites fiscalmente -185 -7 Outros 375 -525Imposto do exercício 728 3,971
14. Inventários
Activo Bruto
ImparidadesActivo
LiquidoActivo Bruto
ImparidadesActivo
LiquidoMercadorias 2.488 -413 2.075 1.581 -412 1.169Matérias-Primas 2.488 -1.486 1.002 3.177 -1.431 1.746Produtos em curso de fabrico 471 -12 459 492 -27 465Produtos acabados e interm. 20.855 -6.475 14.380 18.260 -6.622 11.638
26.302 -8.386 17.916 23.511 -8.493 15.018
31-12-200931-12-2010
Demonstrações Financeiras Consolidadas relativas a 31 de Dezembro de 2010 (valores em milhares de euros)
98
O custo das existências vendidas e matérias consumidas reconhecido na demonstração dos
resultados, em Dezembro de 2010 e Dezembro de 2009, totalizou 14.770 e 14.999 milhares de
euros, respectivamente.
Os valores de reforço e reversão de imparidades (nota 9), estão reconhecidos na
demonstração de resultados, respectivamente, nas rubricas de custo das mercadorias
vendidas e ou de variação de produção, consoante se trate de mercadorias/matérias-primas
ou produtos.
15. Contas a receber e outras
31-12-2010 31-12-2009Clientes e acréscimos de proveitos 9.751 11.037Devedores e despesas antecipadas 979 796
10.730 11.833
31-12-2010 31-12-2009Contas a receber de clientes e outros devedores 12.919 14.110
Menos: ajustamentos de contas a receber -2.729 -2.777Contas a receber de clientes e outros devedores-líquido 10.191 11.333Pagamentos antecipados 539 500
10.730 11.833
Devedores e despesas antecipadas 2010-12-31 2009-12-3 1Adiantamentos de fornecedores 65 11Cauções diversas 3 16Adiantamentos s/Remunerações 0 11Custos diferidos 539 500Outros devedores 372 259
979 796
O montante reconhecido nos resultados do período por perdas de imparidade em contas a
receber, 30 m€ (ver nota 9), refere-se a contas a receber resultantes da actividade normal do
Grupo.
16. Capital, acções próprias e prémios de emissão de acções
O capital social autorizado é de 1.156.348.274 acções ordinárias e escriturais com valor
nominal de € 0,08 por acção, e encontra-se totalmente realizado.
Demonstrações Financeiras Consolidadas relativas a 31 de Dezembro de 2010 (valores em milhares de euros)
99
Nº de acções ordinárias ordinárias próprias próprias Tot al
(milhares) VN Prémio VN PrémioEm 31 de Dezembro de 2008/2009 145.040 29.008 0 -1 -1 29.006Em 30 de Junho de 2010 145.040 11.603 0 -1 -1 11.601Em 31 de Dezembro de 2010 1.156.348 92.508 0 -1 -1 92.506
No final do exercício de 2010, a Sociedade mantinha em carteira 1.099 acções próprias,
valorizadas ao preço de € 0,08 euros cada. O prémio pago foi de 1,687 euros por acção. O
montante total pago para aquisição das acções, foi de 1.854 euros e foi deduzido ao capital
próprio.
O valor da capitalização bolsista em 31-12-2010 de 90.932€, em 31-12-2009 era de 13.245m€.
17. Reservas e resultados transitados
O movimento ocorrido nas rubricas de reservas e resultados transitados foi o seguinte:
Resultados Anos
Anteriores
Reavaliação de terrenos e edifícios
Outras Reservas
Total
Saldo em 01 de Janeiro de 2009 -108.228 29.951 1.312 -76.965Resultado ano anterior -18.403 3 -18.400
Impacto imp.diferidos por efeito de anulação da reserva de reavalição em virtude de imparidade
698 698
Anulação reserva de reavaliação em virtude de imparidade -2.634 -2.634Reavaliação de activos 2.949 2.949Outras -50 -50
Saldo em 31 de Dezembro de 2009 -126.681 30.965 1.315 - 94.400
Correcção dos impostos diferidos passivos bens reavaliados -1.351 -1.351
Correcção ganhos actuariais dos fundos pensões -258 -258
Saldo em 31 de Dezembro de 2009 reapresentado -126.9 40 29.614 1.315 -96.010Resultado ano anterior -17.948 -17.948Constituição de reserva por redução de capital 17.405 17.405Reavaliação de activos 1.081 1.081Outras -294 -294
Saldo em 31 de Dezembro de 2010 -145.182 30.695 18.720 -95.768
Demonstrações Financeiras Consolidadas relativas a 31 de Dezembro de 2010 (valores em milhares de euros)
100
18. Instituições de crédito e outros empréstimos
Os empréstimos e os descobertos bancários, tinham a seguinte expressão:
31-12-2010 31-12-2009Passivo não corrente
Empréstimos bancários 11.486 318Outros empréstimos 5.112 5.019Empréstimos de accionistas 50.448 65.786
67.046 71.123Passivo corrente
Descobertos bancários 0Empréstimos bancários 0 14.335Empréstimos de accionistas 850 29.206
850 43.541
67.896 114.664
Os subsídios reembolsáveis, incluídos em outros empréstimos, resultam de contratos de
projectos de investimento financiados por fundos comunitários e nacionais. O valor está
repartido por várias empresas do Grupo tendo vários prazos de reembolso previstos.
Renegociação da dívida:
Os bancos e o principal accionista concederam um financiamento de médio e longo prazo, destina-se à reestruturação do passivo, a pagamentos de ordenados e indemnizações relacionadas com rescisões de trabalho, e à realização de investimentos relacionados com o plano de reestruturação e apoio de tesouraria. À data de 31 de Dezembro de 2010 a ficha técnica aprovada, com as principais características desta negociação é a seguinte:
Inst. CréditoTaxa de juro renegociada
Total 2011 2012 2013 ≥ 2014
BCP Eur 3m+2,5% 5.743 574 574 4.594
CGD Eur 3m+2,5% 5.743 574 574 4.594
API IAPMEI 0% 3.480 0 0 3.480
API PRIME 0% 1.632 0 0 1.632
Sub-total 16.597 0 1.149 1.149 14.300
Grupo Visabeira* Eur 3m+2,5% 51.299 850 50.449
Total Geral 67.896 850 1.149 1.149 64.749 * Quanto ao Grupo Visabeira, o valor destinado a pagamento de juros da dívida contraída junto dos
mutuantes/creditantes, não pode ultrapassar os 750 mil euros anual até 2013.
O remanescente, 100 mil euros em 2011, diz respeito á retenção na fonte do débito dos juros do Grupo Visabeira.
Demonstrações Financeiras Consolidadas relativas a 31 de Dezembro de 2010 (valores em milhares de euros)
101
Garantias:
I) Aval da Visabeira Indústria SGPS e do Grupo Visabeira SGPS;
II) Penhor de acções correspondente à participação do Grupo Visabeira na Vista Alegre Atlantis (livres de ónus ou encargos), incluindo promessa de penhor sobre aumentos de capital que venham a ser realizados por aquele Grupo, acompanhado de procuração irrevogável conferindo poderes aos Bancos para procederam à sua alienação em caso de default;
III) Penhor financeiro das contas bancárias das Mutuárias/Creditadas junto das
Mutuantes/Creditantes;
IV) Penhor de suprimentos e prestações suplementares da Vista Alegre Atlantis;
V) Hipoteca de imóveis detidos pela Vista Alegre Atlantis, a negociar entre o Mbcp a CGD e
a Visabeira, mediante avaliação a realizar por entidade independente reconhecida pelos
bancos;
VI) Penhor sobre as marcas, a negociar entre o Mbp, a CGD e a Visabeira;
Outras condições:
I) Ownership, Pari Passu, Cross-Default e Negative pledge;
II) Constituem condições de denúncia do presente financiamento a verificação de situações que possam comprometer, de forma considerada significativa pelos Mutuantes/Creditantes, o reembolso da dívida ou a actividade das Mutuárias/Creditadas;
III) Endividamento adicional da Vista Alegre Atlantis superior a 250 m€/anual sujeito a aprovação dos Mutuantes/Creditantes;
IV) Impossibilidade de distribuição de dividendos, reembolso de suprimentos ou outras formas de remuneração a accionistas; V) Abertura de conta receitas domiciliada nos Mutuantes/Creditantes onde serão movimentados créditos resultantes da actividade das Mutuárias/Creditadas; VI) Compromisso de apresentação de informação económico – financeira ou outra sobre a actividade das Mutuárias/Creditadas considerada relevante para o Agente, incluindo contas certificadas/auditadas em base anual; VII) Cobertura de risco de taxa de juro a acordar com os Bancos Mutuantes/Creditantes, em termos
Demonstrações Financeiras Consolidadas relativas a 31 de Dezembro de 2010 (valores em milhares de euros)
102
As facilidades serão obrigatoriamente reembolsadas antes da data de vencimento em caso de
verificação de um event-of-default.
19. Contas a pagar e outras 31-12-2009
31-12-2010 Reapresentado 31-12-2009Passivo não corrente
Credores e Acréscimos de custos (ver nota 10) 45 28 2854Passivo corrente
Fornecedores 7.361 8.176 8.176Credores e Acréscimos de custos 5.854 6.556 6.479
13.215 14.732 14.65513.260 14.759 14.682
A decomposição da rubrica de “Fornecedores” é como segue:
31-12-2010 31-12-2009Fornecedores- conta corrente 6.766 7.350Fornecedores- facturas em recepção e conferência 232 198Fornecedores -títulos a pagar 363 628
7.361 8.176
A rubrica de “Credores e Acréscimos de Custos – Passivo Corrente” decompõe-se como se segue:
31-12-200931-12-2010 Reapresentado 31-12-2009
Acréscimos de custos 4.572 4.771 4.771Outros credores 262 442 365Factoring 0 1.005 1.005Fornecedores de imobilizado 951 299 299Adiantamento de clientes 69 39 39
5.854 6.556 6.479
Os Acréscimos de custos em Dezembro de 2010 e Dezembro de 2009, decompõem-se da
seguinte forma:
Demonstrações Financeiras Consolidadas relativas a 31 de Dezembro de 2010 (valores em milhares de euros)
103
31-12-2010 31-12-2009Encargos com pessoal 3.314 3.420Rappel 318 409Juros a liquidar 37 40Imposto municipal sobre imóveis 90 87Comissões 137 154Outros 676 661
4.572 4.771
20. Provisões
20.1 Provisões
31-12-200931-12-2010 Reapresentado 31-12-2009
Saldo inicial 01 de Janeiro 2.914 520 520
Provisão para reestruturação -348 1.964 1.964
Provisão para outros riscos e encargos 31 430 1.247Saldo final 2.597 2.914 3.731
As provisões para outros riscos e encargos são compostas por, 1.616m€ de provisão de reestruturação e os restantes 981m€ dizem respeito a processos judiciais.
20.2 Provisões para pensões de reforma
O Grupo VAA tem em vigor vários planos de benefício de reforma definidos, uns a cargo do
Fundo de Pensões (BPI Pensões) e outros a cargo do próprio Grupo. Um dos fundos é
denominado Fundo de Pensões Aberto BPI Valorização e tem duração indeterminada. São
participantes deste fundo todos os empregados do quadro de pessoal efectivo da Vista Alegre
Atlantis, S.A, oriundos da ex-Atlantis – Cristais de Alcobaça, S.A, admitidos ao serviço da
Associada até 31/12/2003, inclusive, e que reúnam as exigências de elegibilidade previstas no
próprio Plano de Pensões, ou seja todos os participantes que completem 65 anos, e que
tenham no mínimo dez anos de serviço na associada, têm direito a uma pensão complementar
por velhice calculada nos termos do Plano de Pensões.
Existe também o Fundo de Pensões Grupo Vista Alegre, igualmente de duração indeterminada,
que integra os trabalhadores do quadro de pessoal efectivo da Vista Alegre Atlantis SA,
oriundos da ex-Fábrica de Porcelana da Vista Alegre, S.A. que tenham estabelecido contrato
individual de trabalho antes de 20 de Dezembro de 1976 e que estejam abrangidos pelos CCT
para a Indústria Cerâmica.
Demonstrações Financeiras Consolidadas relativas a 31 de Dezembro de 2010 (valores em milhares de euros)
104
As responsabilidades do Grupo são as seguintes:
31-12-2010 31-12-2009Plano de benefícios definido-sem Fundo -3.041 -4.405
Plano de benefícios definido-com FundoEx-Vista Alegre Responsabilidades por serviços passados -1.521 -1.674 Valor de mercado do fundo 3.055 3.180
1.534 1.506Ex-Atlantis Responsabilidades por serviços passados -652 -689 Valor de mercado do fundo 542 582
-110 -107Excesso do Fundo 1.424 1.399
Em 31 de Dezembro de 2010, o valor das responsabilidades relacionado com um ex-
administrador do Grupo é de 848m€ em 2009 era de 2.125m€.
O estudo actuarial realizado pelo BPI Pensões assenta nos seguintes pressupostos e bases
teóricas:
31-12-2010 31-12-2009Taxa de desconto 4,50% 5,50%Taxa de crescimento salarial 2% 3%Taxa de crescimento das pensões 1% 2%Tabelas de mortalidade TV 73/77 TV 73/77Tabelas de invalidez EKV 80 EKV 80Idade da reforma(Homens e mulheres) 65 65
A evolução das responsabilidades com planos de complemento de reforma foi a seguinte:
com com sem Fundo Fundo
Fundo (VA) (Atlantis)Responsab.por serviços passados- 1 de Janeiro de 20 09 4.154 2.072 683 6.909Custo de serviço passado já adquirido 237 0 0 237Custo dos serviços correntes 0 20 19 39Custo dos juros 231 119 41 391Corte 0 -370 -49 -419Pensões pagas -315 -197 -49 -561Perdas/ganhos actuariais 98 30 44 172Responsab.por serviços passados- 31 de Dezembro de 2009 4.405 1.674 689 6.768
Total
Demonstrações Financeiras Consolidadas relativas a 31 de Dezembro de 2010 (valores em milhares de euros)
105
com com sem Fundo Fundo
Fundo (VA) (Atlantis)Responsab.por serviços passados- 1 de Janeiro de 20 10 4.405 1.674 689 6.768Custo dos serviços correntes 11 18 29Custo dos juros 117 87 38 241Corte -1.277 -1.277Pensões pagas -322 -185 -49 -556Perdas/ganhos actuariais 118 -67 -43 7Responsab.por serviços passados- 31 de Dezembro de 2010 3.041 1.521 652 5.213
Total
O património dos fundos destinados a assegurar o financiamento das responsabilidades por
pensões de reforma evoluiu da forma seguinte:
com comFundo Fundo(VA) (Atlantis)
Valor - 01 de Janeiro de 2008 3.278 592 3.870Dotações efectuadas 0 0 0Rendimento esperado 190 34 224Ganhos/Perdas actuariais -91 5 -86Pensões pagas -197 -49 -246Valor - 01 de Janeiro de 2009 3.180 582 3.762Dotações efectuadas 0 0 0Rendimento esperado 139 25 164Ganhos/perdas actuariais -79 -16 -95 a)Pensões pagas -185 -49 -234Valor -31 de Dezembro de 2010 3.055 542 3.597
a) Registado directamente em capitais próprios
Total
O nível de financiamento mínimo exigido pelo ISP nos últimos quatro anos foi o seguinte:
Fundo de Pensões VA
2010 2009 2008 2007(1) Responsabilidades por serviços passados 1.521 1.500 2.072 2.504(2) Valor do fundo 3.055 3.180 3.278 3.556(3) Excesso/(Défice) de f inanciamento (2)-(1) 1.534 1.680 1.206 1.052 (4) Nível de Financiamento (2)/(1) 201% 212% 158% 142%
Fundo de Pensões Ex-Atlantis
2010 2009 2008 2007(1) Responsabilidades por serviços passados 652 506 683 783(2) Valor do fundo 542 582 592 698(3) Excesso/(Défice) de f inanciamento (2)-(1) -110 76 -91 -85 (4) Nível de Financiamento (2)/(1) 83% 115% 87% 89%
Demonstrações Financeiras Consolidadas relativas a 31 de Dezembro de 2010 (valores em milhares de euros)
106
Os fundos e as estatísticas da população abrangida tinham a seguinte decomposição:
Fundo de Pensões VA2010 2009
Obrigações Taxa Fixa 54,1% 49,4%Obrigações Taxa Variável 18,8% 19,8%Acções 11,0% 13,9%Liquidez 7,2% 7,0%Imobiliário 7,5% 7,2%Outros 1,4% 2,7%
Fundo de Pensões Ex-Atlantis(Adesão colectiva ao Fundo de pensões Aberto BPI Va lorização)
2010 2009Obrigações Taxa Fixa 46,2% 37,3%Obrigações Taxa Variável 9,5% 9,9%Acções 28,8% 34,2%Liquidez 8,1% 10,1%Imobiliário 2,4% 2,3%Outros 5,0% 6,2%
2010 2009Fundo de Pensões VANúmero de trabalhadores 47 51Número de reformados 94 106Fundo de Pensões Ex-AtlantisNúmero de trabalhadores 341 382Número de reformados 59 59Pensões a cargo da EmpresaNúmero de trabalhadores 4 4Número de reformados 4 4
O grupo espera pagar em 2011 cerca de 320 m€ de pensões.
Demonstrações Financeiras Consolidadas relativas a 31 de Dezembro de 2010 (valores em milhares de euros)
107
21. Estado e outros entes públicos
31-12-200931-12-2010 Reapresentado 31-12-2009
Imposto sobre o rendimento 133 61 -238Retenções 375 602 602Imposto sobre o valor acrescentado 817 994 994Contribuições para a Segurança Social 920 926 926
2.245 2.583 2.284
22. Rédito
Durante os períodos findos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009 as categorias de rédito
reconhecidas nos períodos incluem rédito proveniente de:
31-12-2010 31-12-2009Venda de bens 50.746 54.362Prestação de Serviços 31
50.777 54.362
23. Custos com o pessoal
31-12-2010 31-12-2009Remunerações 20.052 23.085Salários e outros benefícios de curto prazo da Administração 659 767Pensões de reforma pagas a antigos administradores 322 237Pensões 0 4Encargos com remunerações 4.738 4.798Total 25.771 28.891
Nº Médio de empregados por empresa 2010 2009
VAA Vista Alegre Atlantis SGPS 8 6
Vista Alegre Atlantis, SA 1.477 1.615
VA Grupo- Vista Alegre Participações, SA 0 1
VA - Vista Alegre España, SA 48 45
1.533 1.667
Demonstrações Financeiras Consolidadas relativas a 31 de Dezembro de 2010 (valores em milhares de euros)
108
Nº de empregados final do ano por empresa 31-12-2010 31-12-2009
VAA Vista Alegre Atlantis SGPS 7 6
Vista Alegre Atlantis, SA 1.462 1.495
VA Grupo- Vista Alegre Participações, SA 0 1
VA - Vista Alegre España, SA 50 45
1.519 1.547
24. Outros custos e perdas e outros proveitos e ganhos operacionais
Custos Proveitos Custos Proveitos Custos ProveitosCustos e proveitos relativos a anos anteriores 130 116 43 425 43 425Multas e penalidades/beneficios contratuais 4 33 3 33 3Perdas e ganhos c/ imobiliz- abates/alienação 75 11 79 36 79 36Dívidas incobráveis 22 44 15 44 15Garantias bancárias 25Comissões / cobranças nas lojas ( cartões) 184Ofertas/ amostras existências 136 133 133Impostos 145 159 159Diferenças de câmbio 102 89 81 63 81 63Descontos pronto pagamento 92 4 39 39Direitos de exclusividade/merchandising 23 23Direitos de propriedade industrial 6 20 13 20 13 20Subsídios ao investimento e formação 327 741 741Venda de aparas/resíduos/ refugos e moldes 574 200 200Juros e similares 7 14 14Reversões de imparidades 245 712Rendas e aplicações similares 248 296 296Débitos de desenvolvimento de novos produtos e fretes 99 99Outros custos e proveitos operacionais 461 447 317 594 317 594
1.381 1.843 941 2.773 941 3.240
Reportado31-12-2010 31-12-200931-12-2009
Reapresentado
25. Resultados financeiros
Os prejuízos financeiros ocorridos tiveram a seguinte origem e expressão:
31-12-2010 31-12-2009Juros com empréstimos e descobertos bancários -2.116 -4.816Outros encargos financeiros -234 -428Renegociação das maturidades de dívidas -92 745
-2.442 -4.499
Demonstrações Financeiras Consolidadas relativas a 31 de Dezembro de 2010 (valores em milhares de euros)
109
Em 31-12-2010 e 31-12-2009 não existem custos com empréstimos capitalizados em
imobilizado.
26. Resultados por acção
Básico e Diluído
O resultado diluído por acção é calculado ajustando o número médio ponderado de acções
ordinárias em circulação para incorporar os efeitos da conversão de todas as acções ordinárias
diluídoras potenciais. A empresa não possui acções ordinárias potencialmente diluídoras, pelo
que o resultado por acção diluído é igual ao resultado por acção básico.
O resultado básico por acção é calculado dividindo o lucro atribuível aos accionistas pelo
número médio ponderado de acções ordinárias da empresa durante o ano, excluindo as
acções ordinárias adquiridas pela empresa e detidas como acções próprias.
31-12-2010 31-12-2009Prejuízo atribuível aos detentores do capital -3.748 -17.948
Número de acções ordinárias emitidas deduzido das acções próprias 1.156.347.175 145.038.891
Resultado básico por acção (euros por acção) -0,007 -0,124Resultado diluído por acção (euros por acção) -0,007 -0,124
27. Contingências
O Grupo possui passivos contingentes respeitantes a garantias bancárias e de outra natureza e
outras contingências relacionadas com o seu negócio.
Não se espera que existam perdas significativas decorrentes dos passivos contingentes.
Existem diversos processos legais nomeadamente na área do trabalho os quais a serem
considerados cem por cento procedentes, o que não se concede, totalizam 72 m€ de euros.
O montante das garantias e cauções prestadas para cobrir compromissos financeiros que não
figuram na demonstração da posição financeira é de 777 e 759 milhares de euros, em 31 de
Dezembro de 2010 e 31 de Dezembro de 2009, respectivamente.
Os seguintes imóveis encontram-se hipotecados a instituições bancárias e ao Grupo Visabeira:
Demonstrações Financeiras Consolidadas relativas a 31 de Dezembro de 2010 (valores em milhares de euros)
110
Nova Ivima **VISABEIRA+CGD 4.150 4.150 1.620
Urbanização **VISABEIRA+CGD 1.439 1.439 1.331
Urbanização II
Pinhais do Casal da Areia
R. Neves Ferreira VISABEIRA 841 841 380
L.Barão Quintela **VISABEIRA+CGD 3.000 3.000 3.790
Palácio
Cerexport I
Ex- Quinta Nova BCP 11.920 7.297 6.227
Fábrica de Porcelana da V.Alegre Ilhavo 16.186 15.920
Fábrica da Atlantis em Alcobaça 9.048 9.380
Fábrica Faianças da Capoa em Aveiro 3.820 820
**VISABEIRA+CGD 3.000 3.930 3.996
Imóvel Entidade Empréstimo (valor inicial)
Grantia Máxima
( hipoteca)
Valor Liquido Contabilistico
VISABEIRA 13.377 13.377 7.493
*VISABEIRA+CGD+SANTA CLARA CERÂMICA, SA
29.295
* SANTA CLARA SÓ PARA A FABRICA CAPOA
**A CGD MANTEM UM CRÉDITO DE 800m€
Sobre a empresa Faianças da Capôa impende uma acção judicial que originou o registo legal de
uma hipoteca sobre o seu imóvel no valor de €1.670.196,00, valor este, que é única e
exclusivamente da responsabilidade do credor.
-Equipamentos industriais, cujo valor líquido contabilístico a 31-12-2010 ascende a 394
milhares de euros;
-Os seguintes estabelecimentos comerciais:
-Loja VA Chiado – Largo do Chiado, 20/23 Lisboa
-Loja VA Cascais – Av.25 de Abril, 475, Cascais
- Loja VA Porto – Rua Cândido dos Reis, 6, Porto
- Loja Atlantis Braga – Praceta, Stª Bárbara, nº1-A, Braga
- Loja Atlantis Porto – Rua Eugénio de Castro, 301 Porto
- Loja Atlantis Cascais – AV. Valbom, 28-B, Cascais
Demonstrações Financeiras Consolidadas relativas a 31 de Dezembro de 2010 (valores em milhares de euros)
111
- E as marcas abaixo descritas:
- Marca Vista Alegre;
- Marca Atlantis;
28. Compromissos
Compromissos para investimentos
Compromissos para investimentos contratados mas ainda não incorridos:
31-12-2010 31-12-2009
Activos fixos tangíveis 208 7
Compromissos de locações operacionais – onde o Grupo é o locatário
O grupo arrenda diversas viaturas, através de contratos de locação não revogáveis. Os
contratos possuem diversos prazos, cláusulas de reajustamento e direitos de renovação. À
data de 31 de Dezembro de 2010, o grupo mantinha contratos de Aluguer de Longa Duração
(“Renting”) considerados como locação operacional cujo valor das rendas vincendas ascendia a
255 milhares de euros.
29. Gestão do Risco Financeiro
No Grupo VAA, os principais passivos financeiros são os empréstimos obtidos junto de instituições bancárias e accionistas, as contas a pagar comerciais e outras contas a pagar. Os passivos financeiros são incorridos com a finalidade de financiar as operações do Grupo, nomeadamente o seu fundo de maneio e os investimentos de expansão e manutenção da capacidade produtiva. Os activos financeiros decorrem das operações e são constituídos por contas a receber de clientes e outros devedores e caixa e depósitos de curto prazo. O Grupo tem também investimentos disponíveis para venda, contabilizados ao custo de aquisição e de reduzido significado. O Grupo VAA está exposto ao risco de mercado, risco de crédito e risco de liquidez.
Demonstrações Financeiras Consolidadas relativas a 31 de Dezembro de 2010 (valores em milhares de euros)
112
Risco de mercado
O risco de mercado é o risco do justo valor dos cash-flows futuros flutuar em função de alterações nos preços de mercado. O risco de mercado engloba três tipos de risco: risco de taxa de juro, risco cambial, e outros riscos de preços.
• Risco de Taxa de Juro Tal como apresentado na Nota 18 das Notas às Demonstrações financeiras consolidadas, o custo da dívida financeira está indexado a taxas de referência de curto prazo, revistas com uma periodicidade inferior a um ano (geralmente 6 meses), e adicionadas dos prémios de risco descritos na mesma. O Grupo não recorre à utilização de instrumentos financeiros derivados, nomeadamente swaps de taxa de juro, o que significa que toda a dívida financeira está exposta a variações de taxa de juro. Tendo em conta a dívida bancária e a accionistas e as respectivas condições da mesma,
podemos considerar que o acréscimo de 1% (por exemplo de 4% para 5%) no indexante da
taxa de juro (no nosso caso a Euribor 6 meses) provocaria os efeitos seguintes:
31-12-2010 31-12-2009
Efeito nos custos financeiros (103 €)………………………………………………………..770 1.111Efeito/Vendas e prestações de serviços………………………………………………………..1,5% 2,0%
Poderemos concluir que a variação de um ponto percentual no indexante das taxas de juro
provocará uma variação nos resultados antes de impostos igual a 1,5 pontos percentuais do
volume de negócios.
• Risco de Câmbio O Grupo não está exposto ao risco de câmbio, de forma significativa, na medida em que grande parte das suas receitas são expressas em Euros, bem como os passivos financeiros. Nas contas a receber comerciais e contas a pagar comerciais, existem saldos expressos em moeda diferente do Euro, nomeadamente dólares americanos, mas sem expressão relevante, como discriminado de seguida: Contas a receber comerciais e outras:
Montante Moeda29.625,49 GBP
238.624,49 USD
Demonstrações Financeiras Consolidadas relativas a 31 de Dezembro de 2010 (valores em milhares de euros)
113
Contas a pagar comerciais e outras:
Montante Moeda12,84 GBP
406.402,85 USD
Risco de crédito
O risco de crédito no Grupo VAA é o risco dos seus clientes não venham a cumprir com as suas obrigações. O controlo deste risco é exercido, basicamente, pela Direcção Financeira, a quem compete, com base na informação externa recolhida, a aprovação do crédito a conceder e o controlo dos plafonds estabelecidos e/ou a estabelecer. O Grupo não tem concentrações de risco de crédito significativas. Tem políticas que asseguram
que as vendas por grosso são efectuadas a clientes com um histórico de crédito apropriado. As
vendas a retalho são efectuadas em dinheiro ou cartão de crédito. O acesso pelo Grupo a
crédito é realizado com instituições financeiras credíveis. O Grupo tem políticas que limitam o
montante de crédito a que têm acesso.
O saldo a receber de clientes e outros devedores apresenta a seguinte antiguidade:
Clientes e outras contas a receber 31-12-2010 31-12-2 009Não vencido 6.163 6.414Vencido mas sem registo de imparidades 0-30 dias 1.101 1.751
30-90 dias 935 1.139
+ 90 dias 582 640
Total 2.618 3.530Vencido com registo de imparidades 0-90 dias 0
90-180 dias 0 0
180-360 dias 7 59
+ 360 dias 2.722 2.718
Total 2.729 2.777Total Geral 11.510 12.721Total líquido de imparidades 8.781 9.945
Valor de créditos segurados 4.829 4.182
Apesar de existirem atrasos na liquidação de saldos, tal não significa, com base na informação existente e nos dados históricos de cada cliente, que seja de reconhecer imparidades para além das já registadas. A 31 de Dezembro de 2010 não temos indicações de que não serão cumpridos os prazos normais de recebimento relativamente aos valores incluídos em clientes não vencidos e para os quais não existe imparidade registada. O Grupo considera que não tem concentrações de risco de crédito significativas, mantendo um controlo de crédito activo para todos os seus clientes supervisionado pela Direcção Financeira.
Demonstrações Financeiras Consolidadas relativas a 31 de Dezembro de 2010 (valores em milhares de euros)
114
O Grupo recorre à COSEC, companhia de seguros de crédito e à BNP PARIBAS FACTOR, estando os valores contratados mencionados no quadro anterior. Risco de liquidez
O risco de liquidez é o risco que uma entidade venha a encontrar dificuldades para satisfazer compromissos associados aos instrumentos financeiros, e face aos prejuízos significativos incorridos nos últimos anos, é o maior risco a que o Grupo VAA tem vindo a ser exposto. No início de 2009, com a entrada do novo accionista, que comprou também os créditos que se encontravam dispersos pelos anteriores e actuais accionistas, o risco de liquidez foi reduzido, e foi-oainda mais com o aumento de capital já concretizado em 26-07-2010. Para além dos empréstimos remunerados, cuja maturidade encontra-se evidenciada na Nota 18 das Notas às Demonstrações financeiras consolidadas, de realçar que as contas a pagar a Fornecedores (31-12-2010: 7.361 K€; 31.12.2009: 7.548 K€) vencem-se, na sua grande maioria, num prazo inferior a 90 dias, sendo que há dívidas de fornecedores tituladas com um vencimento superior (31.12.2010 147 K€; 31.12.2009: 628 K€), mas geralmente inferior a 180 dias. O incumprimento do pagamento pontual da dívida, não motivou qualquer perda adicional para o Grupo, face à débil posição financeira com que se vinha a debater. Outros riscos operacionais
• Procura de produtos VAA A Vista Alegre Atlantis monitoriza e controla regularmente o mercado em que actua de forma
a medir os impactos de eventuais variações no seu volume de negócios, implementando
medidas de gestão que evitem a degradação da sua rentabilidade.
Consideram-se como efeitos estimados sobre o EBITDA resultantes de variações nas vendas, os
que abaixo se indicam para cada negócio, partindo do pressuposto que existe manutenção das
margens brutas que se têm vindo a praticar.
m€vendas EBITDA
Negócio Porcelana 3% 684
Negócio Forno 3% 95
Negócio Cristal/Vidro 3% 263
Demonstrações Financeiras Consolidadas relativas a 31 de Dezembro de 2010 (valores em milhares de euros)
115
Atendendo à natureza dos negócios da VAA que contêm uma grande componente de custos fixos, qualquer variação das margens de comercialização tem um efeito relevante no nível de rentabilidade dos negócios.
• Sinistros É prática da empresa e das suas participadas a contratação de seguros em todas as áreas e pelos valores considerados suficientes.
30. Transacções com partes relacionadas
As entidades que, a 31 de Dezembro de 2010, detinham uma participação qualificada no
grupo eram:
Nº de acções detidas
% do capital social
% dos direitos de
votoVisabeira Indústria, SGPS, SA:
a) Directamente (carteira própria)…………………………………………………………………………………………………………………………………………….1.450.400 0,125% 0,125%b) Cerútil-Cerâmicas Utilitárias, SA…………………………………………………………………………………………………………………………………………….884.247.241 76,469% 76,469% Total da Visabeira Indústria…………………………………………………… …………………………………………………………………………885.697.641 76,594% 76,594%
Fundo AICEP Capital Globala) Directamente (carteira própria)…………………………………………………………………………………………………………………………………………….125.000.000 10,810% 10,810% Total da FCR GPI…………………………………………………………………………………… …………………………………………125.000.000 10,810% 10,810%
Banco Comercial Português, SA:a) Directamente (carteira própria)…………………………………………………………………………………………………………………………………………….51.761.957 4,476% 4,476% Total do BCP……………………………………………………………………………………………… ………………………………51.761.957 4,476% 4,476%
Caixa Geral de Depósitos, SA:a) Directamente (carteira própria)…………………………………………………………………………………………………………………………………………….41.888.296 3,622% 3,622% Total da CGD……………………………………………………………………………………………… ………………………………41.888.296 3,622% 3,622%
1.104.347.894 95,5031% 95,5031%
Accionista
Totais
Foram efectuadas as seguintes transacções com partes relacionadas:
Remuneração dos Órgãos Sociais
31-12-2010 31-12-2010Salários e outros benefícios de curto prazo da Administração 659 760
Pensões de reforma pagas a antigos administradores 322 237
Pensões de reforma orgãos sociais 0 0981 996
Demonstrações Financeiras Consolidadas relativas a 31 de Dezembro de 2010 (valores em milhares de euros)
116
Benefícios Órgãos Sociais
Em reunião de Assembleia Geral realizada em 24 de Novembro de 2009, foi deliberado
eliminar dos estatutos da VAA, SGPS, SA o artigo vigésimo quarto do Estatuto das Sociedades:
“ Os membros do Conselho de Administração que, seguida ou interpoladamente, tenham
exercido funções na sociedade ou em empresas do grupo, durante pelo menos 10 anos, no
decurso dos quais tenham desempenhado pelo menos três mandatos como Administradores,
terão direito a uma pensão de reforma equivalente a três por cento (3%) por cada ano de
serviço, calculada na base média dos proveitos auferidos nos últimos três anos, não podendo
em caso algum a pensão exceder a última remuneração anual.”
Os saldos em aberto à data de 31 de Dezembro de 2010 e 2009, com as partes relacionadas
são quase exclusivamente provenientes de financiamentos obtidos dos Grupos VISABEIRA,
CGD e BCP:
Os saldos activos e passivos de partes relacionadas, são os seguintes:
Os saldos activos e passivos de partes relacionadas31-12-2010 31-12-2009
Saldos activosGrupo CGD - Depósitos à ordem 174Grupo BCP - Depósitos à ordem 1.089Grupo Visabeira - Clientes 155 744
155 2.006Grupo CGD - Depósitos à ordem
Descobertos bancáriosEmpréstimos bancários 5.143 7.510Fornecedores 121 322
5.264 7.832Grupo BCP - Depósitos à ordem
Descobertos bancáriosEmpréstimos bancários 5.143 7.143Fornecedores 0 45
5.143 7.188 Grupo Visabeira
Fornecedores 223 115Empréstimos accionistas 51.299 94.992
51.522 95.107
61.774 108.120
Demonstrações Financeiras Consolidadas relativas a 31 de Dezembro de 2010 (valores em milhares de euros)
117
Transacções com partes relacionadas:
Compras a partes
relacionadas (CUSTOS)
Vendas a partes
relacionadas (PROVEITOS)
Compras a partes
relacionadas (CUSTOS)
Vendas a partes
relacionadas (PROVEITOS)
Grupo CGD 0 12 39 22Grupo BCP 0 0 0 2Grupo Visabeira 3.657 702 2.956 747
31-12-2010 31-12-2009
31. Custos suportados com serviços prestados pelos auditores/revisores
O custo com os auditores/revisores é assim discriminado:
31-12-2010 31-12-2009Serviços de revisão legal de contas e auditorias 55 53
Serviços de consultoria fiscal 7 062 53
32. Eventos subsequentes
Não existem eventos subsequentes à data do balanço que influenciem a leitura e
interpretação das presentes demonstrações financeira.
33. Empresas incluídas na consolidação
À data de 31 de Dezembro de 2010, as Empresas que constituem o Grupo VAA – Vista Alegre
Atlantis e integraram o respectivo consolidado pelo método integral são seguintes:
Percentagem de participação Directa
Percentagem de participação indirecta
Vista Alegre Atlantis, SA 100,00%VA Grupo- Vista Alegre Participações, SA 99,30%VA - Vista Alegre España, SA 100,00%Cerexport-Sa. 100,00%Faianças da Capôa - Indústria Cerâmica, SA 100,00%VA Renting LDA 70,00% 30,00%
Demonstrações Financeiras Consolidadas relativas a 31 de Dezembro de 2010 (valores em milhares de euros)
118
Lista dos Titulares das Participações Qualificadas elaborada nos termos do disposto no Artigo 8º, n.1, e), do Regulamento n. 4/2004 da CMVM,
com indicação do número de acções detidas e percentagem de direitos de voto correspondentes, calculada nos termos do artigo 20. º do Código dos Valores Mobiliários.
Nos termos e para os efeitos do disposto nos artigos 16º e 20º do Código dos Valores
Mobiliários informa-se que as sociedades e/ou pessoas singulares que têm uma participação
social qualificada que ultrapasse os 2%, 10%, 20%, 33% e 50% dos direitos de voto, e de
acordo com as notificações recebidas na sede da sociedade até à presente data, e com
referencia a 31 de Dezembro, são as seguintes:
Nº de acções detidas
% do capital social
% dos direitos de
votoVisabeira Indústria, SGPS, SA:
a) Directamente (carteira própria)…………………………………………………………………………………………………………………………………………….1.450.400 0,125% 0,125%b) Cerútil-Cerâmicas Utilitárias, SA…………………………………………………………………………………………………………………………………………….884.247.241 76,469% 76,469% Total da Visabeira Indústria…………………………………………………… …………………………………………………………………………885.697.641 76,594% 76,594%
Fundo AICEP Capital Globala) Directamente (carteira própria)…………………………………………………………………………………………………………………………………………….125.000.000 10,810% 10,810% Total da FCR GPI…………………………………………………………………………………… …………………………………………125.000.000 10,810% 10,810%
Banco Comercial Português, SA:a) Directamente (carteira própria)…………………………………………………………………………………………………………………………………………….51.761.957 4,476% 4,476% Total do BCP……………………………………………………………………………………………… ………………………………51.761.957 4,476% 4,476%
Caixa Geral de Depósitos, SA:a) Directamente (carteira própria)…………………………………………………………………………………………………………………………………………….41.888.296 3,622% 3,622% Total da CGD……………………………………………………………………………………………… ………………………………41.888.296 3,622% 3,622%
1.104.347.894 95,5031% 95,5031%
Accionista
Totais
Demonstrações Financeiras Consolidadas relativas a 31 de Dezembro de 2010 (valores em milhares de euros)
119
Anexo ao Relatório de Gestão do Exercício de 2010, elaborado nos termos do nº 1 do art.º 245º-A do CVM
a) Estrutura de capital
O capital social da VAA-Vista Alegre Atlantis, SGPS, SA é de € 92.507.861,92, representado
por 1.156.348.274 acções escriturais ao portador de € 0,08/cada, todas com os mesmos
direitos e obrigações.
De acordo com as comunicações recebidas na Empresa, o Capital Social da VAA-Vista Alegre Atlantis, SGPS, SA, à data de 31 de Dezembro de 2010, tem a seguinte repartição por accionistas e acções:
Qtd Acções VAA Fusão
Qtd Acções VAA
Quantid. %
Visabeira Industria 40.539.080 845.158.561 885.697.641 76,594%
AICEP 0 125.000.000 125.000.000 10,810%
CGD 41.888.296 41.888.296 3,622%
BCP 0 51.761.957 51.761.957 4,476%
Free Float 38.245.938 13.753.343 51.999.281 4,497%
Sub_totais 78.785.018 1.077.562.157 1.156.347.175 100,00%
Acções Próprias 1.099 0 1.099
Total acções VAA 78.786.117 1.077.562.157 1.156.348.27 4
Estrutura do Capital Social
ADMITIDAS À NEGOCIAÇÃO TOTAL
b) Eventuais restrições à transmissibilidade das acções
Não está prevista estatutariamente a existência de direito de preferência dos accionistas
na transmissão de acções representativas do capital social da VAA.
Relativamente a acordos parassociais ou outros entre os accionistas da Sociedade que
obstem à livre transmissão das respectivas acções, remetemos para a informação
constante do ponto g) infra.
Demonstrações Financeiras Consolidadas relativas a 31 de Dezembro de 2010 (valores em milhares de euros)
120
c) Participações qualificadas no capital da sociedade
Nº de acções detidas
% do capital social
% dos direitos de
votoVisabeira Indústria, SGPS, SA:
a) Directamente (carteira própria)…………………………………………………………………………………………………………………………………………….1.450.400 0,125% 0,125%b) Cerútil-Cerâmicas Utilitárias, SA…………………………………………………………………………………………………………………………………………….884.247.241 76,469% 76,469% Total da Visabeira Indústria…………………………………………………… …………………………………………………………………………885.697.641 76,594% 76,594%
Fundo AICEP Capital Globala) Directamente (carteira própria)…………………………………………………………………………………………………………………………………………….125.000.000 10,810% 10,810% Total da FCR GPI…………………………………………………………………………………… …………………………………………125.000.000 10,810% 10,810%
Banco Comercial Português, SA:a) Directamente (carteira própria)…………………………………………………………………………………………………………………………………………….51.761.957 4,476% 4,476% Total do BCP……………………………………………………………………………………………… ………………………………51.761.957 4,476% 4,476%
Caixa Geral de Depósitos, SA:a) Directamente (carteira própria)…………………………………………………………………………………………………………………………………………….41.888.296 3,622% 3,622% Total da CGD……………………………………………………………………………………………… ………………………………41.888.296 3,622% 3,622%
1.104.347.894 95,5031% 95,5031%
Accionista
Totais
d) Identificação de accionistas titulares de direitos especiais
Não existem accionistas detentores de direitos especiais
e) Mecanismos de controlo previstos num eventual sistema de participação dos trabalhadores no capital na medida em que os direitos de voto não sejam exercidos directamente por estes
Não existe qualquer sistema de participação dos trabalhadores no capital da Sociedade.
f) Restrições em matéria de direito de voto
Nos termos dos estatutos da VAA:
1. podem estar presentes na Assembleia Geral e nela discutir e votar os Accionistas que possuam um número de acções não inferior a cem;
2. os accionistas detentores de menos de cem acções podem agrupar-se e, de entre eles, designar um só para os representar na Assembleia Geral;
Demonstrações Financeiras Consolidadas relativas a 31 de Dezembro de 2010 (valores em milhares de euros)
121
3. para que o Accionista possa estar presente na Assembleia Geral e nela discutir e votar, as suas acções deverão estar registadas em seu nome em conta de valores mobiliários, se escriturais, ou depositadas em seu nome junto da Sociedade ou numa Instituição Financeira, se tituladas, pelo menos cinco dias úteis antes da data designada para a reunião da Assembleia Geral ou da data designada para a realização de qualquer uma das suas sessões, em caso de suspensão da reunião por um período de cinco dias úteis;
4. A cada cem acções corresponde um voto.
g) Acordos parassociais restritivos da transmissibilidade das acções
No dia 26 de Julho de 2010, a Cerutil – Cerâmicas Utilitárias, S.A. comunicou ao mercado
que, juntamente com as sociedades Grupo Visabeira SGPS S.A. e Visabeira Indústria, SGPS,
S.A. (conjuntamente “Grupo Visabeira”), celebrou acordo com o AICEP Capital Global –
Sociedade de Capital de Risco, S.A., agindo em nome próprio e em nome e por conta do
fundo de capital de risco AICEP Capital Global Grandes Projectos de Investimento (o
“Fundo”), com vista a regular o processo de subscrição, por esta entidade, de uma das
tranches do aumento do capital da VAA.
Nesse sentido, informou que o referido acordo contém uma disposição pela qual, enquanto
o Fundo for titular de acções da VAA, o Grupo Visabeira se obriga a manter uma
participação na VAA superior a 50% do capital e dos votos e a exercer sobre esta sociedade
uma influência dominante.
Similarmente, transmitiu que, por decisão do Conselho Directivo da CMVM comunicada no
dia 15 de Julho de 2010, foi deliberado ilidir a presunção de imputação recíproca das
participações qualificadas das partes do acordo, nos termos e para os efeitos do n.º 5 do
artigo 20.º do Código dos Valores Mobiliários.
h) Regras aplicáveis à nomeação e substituição de membros do órgão de administração e à alteração dos estatutos da sociedade
Nos termos estatutários:
5. os membros do Conselho de Administração serão eleitos pela Assembleia Geral, a qual escolherá o presidente;
6. o mandato é de três anos e é permitida a reeleição, nos termos previstos na lei;
Demonstrações Financeiras Consolidadas relativas a 31 de Dezembro de 2010 (valores em milhares de euros)
122
7. as deliberações sobre alteração dos estatutos, devem ser tomadas por maioria qualificada de pelo menos dois terços dos votos emitidos.
i) Poderes do órgão de administração
O Conselho de Administração tem os mais amplos poderes de gestão e representação da
sociedade, competindo-lhe a prática de todos os actos necessários ou convenientes à
prossecução do objecto social.
Sem dependência do consentimento de outros órgãos sociais, o Conselho de Administração
pode deslocar a sede social para qualquer outra parte do território nacional e pode
estabelecer, manter e encerrar filiais, sucursais, agências, delegações, dependências,
escritórios ou quaisquer outras formas de representação, no território nacional ou no
estrangeiro.
Em matéria de aumentos de capital, o Conselho de Administração apenas tem o poder de
apresentar propostas à Assembleia Geral.
j) Acordos significativos de que a sociedade seja parte e que entrem em vigor, sejam alterados ou cessem em caso de mudança de controlo da sociedade na sequência de uma oferta pública de aquisição Não existem acordos com estas características.
k) Acordos entre a sociedade e os titulares do órgão de administração ou trabalhadores que prevejam indemnizações em caso de pedido de demissão do trabalhador, despedimento sem justa causa ou cessação da relação de trabalho na sequência de uma oferta pública de aquisição
Não existem acordos com estas características.
l) Sistemas de controlo interno e de risco de gestão implementados na sociedade
Tendo em conta que a VAA desempenha unicamente funções de holding, o controlo dos riscos inerentes à actividade é efectuado directamente pelo Conselho de Administração, dada a estreita relação e tempo dedicado ao desempenho das suas funções, considerando-se não existirem riscos relevantes que impliquem regras especiais de controlo. Nas empresas participadas, são definidos sistemas de controlo específico a cada uma das actividades, cujo órgão máximo é o Conselho de Administração de cada uma das empresas. No controlo do risco devemos considerar o risco interno e o risco no relacionamento do Grupo com o exterior. No que ao primeiro respeita, além do controlo exercido pelos diversos responsáveis e pelos órgãos instituídos, destacamos o controlo exercido pela Auditoria Interna, que se baseia
Demonstrações Financeiras Consolidadas relativas a 31 de Dezembro de 2010 (valores em milhares de euros)
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nos diversos procedimentos superiormente aprovados e nas boas práticas de gestão, a acção igualmente controladora desempenhada pelo Departamento de Controlo de Gestão, o controlo exercido pela Direcção de Qualidade e as auditorias externas periódicas no âmbito da certificação do processo administrativo e de controlo de todas as Áreas. O controlo no ambiente externo é exercido, basicamente, pela Direcção Financeira, a quem compete, com base na informação externa recolhida, a aprovação do crédito a conceder e o controlo dos plafonds estabelecidos e/ou a estabelecer. É prática da empresa e das suas participadas a contratação de seguros em todas as áreas e pelos valores considerados suficientes. Refira-se, ainda, o controlo que é exercido pelos auditores financeiros, fiscais e legais externos, que actuam em todas as áreas e em todas as empresas do Grupo, bem como a auditoria interna contínua e a externa realizadas no âmbito do controlo de qualidade, especialmente no que respeita à certificação do processo administrativo. No que respeita à actividade do Conselho Fiscal, o Conselho de Administração salienta, também, o facto de, conforme consta do relatório e parecer desse órgão, o mesmo não se ter deparado com qualquer violação legal ou estatutária. A VAA tem um nível razoável de confiança no sistema de controlo interno implementado,
considerando-se estar garantida e assegurada convenientemente a gestão do risco.
Ílhavo, 09 de Fevereiro de 2011
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VAA – VISTA ALEGRE ATLANTIS. SGPS, S.A.
Relatório e Parecer do Conselho Fiscal
Sobre as Contas Individuais
Exercício de 2010
Senhores Accionistas
1. Nos termos da lei e dos estatutos da Sociedade, cumpre-nos submeter à vossa apreciação o nosso relatório sobre a actividade fiscalizadora desenvolvida, bem
como parecer sobre o Relatório Individual de Gestão e Demonstrações
Financeiras Individuais apresentadas pelo Conselho de Administração da VAA
– Vista Alegre Atlantis, SGPS, S.A, relativamente ao exercício findo em 31 de
Dezembro de 2010.
2. No decurso do exercício, acompanhamos a evolução das actividades do Grupo VAA, com a periodicidade e extensão que consideramos adequada nas
circunstâncias, nomeadamente através das exposições feitas pelo Conselho de
Administração no decurso das reuniões efectuadas, bem como da análise de
informação contabilística e de outras informações de gestão, não tendo tomado
conhecimento de violações à lei ou ao contrato da Sociedade.
3. No âmbito das nossas funções verificámos: a) Que o Balanço Individual, a Demonstração dos Resultados Individual por
Naturezas e demais peças contabilísticas, bem como o correspondente
Anexo, foram preparados de acordo com as disposições legais;
b) A adequação das políticas contabilísticas e critérios valorimétricos adoptados, os quais se encontram apropriadamente divulgados no Anexo
ao Balanço e à Demonstração dos Resultados;
c) Que o Relatório Individual de Gestão exprime adequadamente a evolução dos negócios e a situação da empresa, incluindo uma aplicação dos
resultados.
4. Apreciamos igualmente a Certificação Legal das Constas e Relatório de Auditoria emitido pela Ernst & Young Audit & Associados – SROC, S.A.
5. Nesta conformidade, tendo em atenção as informações recebidas do Conselho de Administração e serviços da empresa, bem como as conclusões constantes
na Certificação Legal das Contas e Relatório de Auditoria, somos de parecer
que:
a) Seja aprovado o Relatório Individual de Gestão e Constas Individuais do exercício;
b) Seja aprovada a proposta de aplicação dos resultados.
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Declaração nos termos do Art.º 245, n.º 1, alínea c) do CVM
Nos termos e para os efeitos do disposto no artigo 245º, n.º 1, alínea c) do Código dos
Valores Mobiliários, os signatários, individualmente, declaram que, tanto quanto é do
seu conhecimento, o Relatório Individual de Gestão, as Demonstrações Financeiras
Individuais e demais documentos de prestação de contas individuais exigidos por lei
ou regulamente, foram elaborados em conformidade com as Normas do Plano Oficial
de Contabilidade aplicáveis, dando uma imagem verdadeira e apropriada, em todos os
aspectos materialmente relevantes, do activo e do passivo, da situação financeira e do
resultado do emitente e que o Relatório Individual de Gestão expõe fielmente a
evolução dos negócios, do desempenho e da posição do emitente e contém uma
descrição dos principais riscos e incertezas com que se defrontam.
Lisboa, 23 de Março de 2011
João Carlos Monteiro de Macedo
Presidente
Pedro Miguel Alão Cabrita
Vogal
Hernâni João Dias Bento
Vogal
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VAA – VISTA ALEGRE ATLANTIS. SGPS, S.A.
Relatório e Parecer do Conselho Fiscal
Sobre as Contas Consolidadas
Exercício de 2010
Senhores Accionistas
1. Nos termos da lei e dos estatutos da Sociedade, cumpre-nos submeter à vossa apreciação o nosso relatório sobre a actividade fiscalizadora desenvolvida, bem
como parecer sobre o Relatório Consolidado de Gestão e Demonstrações
Financeiras Consolidadas apresentadas pelo Conselho de Administração da
VAA – Vista Alegre Atlantis, SGPS, S.A, relativamente ao exercício findo em 31
de Dezembro de 2010.
2. No decurso do exercício, acompanhamos a evolução das actividades do Grupo VAA, com a periodicidade e extensão que consideramos adequada nas
circunstâncias, nomeadamente através das exposições feitas pelo Conselho de
Administração no decurso das reuniões efectuadas, bem como da análise de
informação contabilística e de outras informações de gestão, não tendo tomado
conhecimento de violações à lei ou ao contrato da Sociedade.
3. No âmbito das nossas funções verificámos: d) Que o Balanço Consolidado, a Demonstração Consolidada dos Resultados
por Naturezas e demais peças contabilísticas, bem como as
correspondentes Notas à Demonstrações Financeiras Consolidadas, foram
preparados de acordo com as disposições legais;
e) A adequação das políticas contabilísticas e critérios valorimétricos adoptados, os quais se encontram apropriadamente divulgados nas notas
explicativas;
f) Que o Relatório Consolidado de Gestão exprime adequadamente a evolução
dos negócios e a situação do Grupo.
4. Apreciamos igualmente a Certificação Legal das Constas e Relatório de Auditoria sobre as Contas Consolidadas emitido pela Ernst & Young Audit &
Associados – SROC, S.A.
5. Nesta conformidade, tendo em atenção as informações recebidas do Conselho de Administração e serviços da empresa, bem como as conclusões constantes
na Certificação Legal das Contas e Relatório de Auditoria, somos de parecer
que:
- Seja aprovado o Relatório Consolidado de Gestão e Constas Consolidadas do exercício, apresentadas pelo Conselho de Administração.
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Declaração nos termos do Art.º 245, n.º 1, alínea c) do CVM
Nos termos e para os efeitos do disposto no artigo 245º, n.º 1, alínea c) do Código dos
Valores Mobiliários, os signatários, individualmente, declaram que, tanto quanto é do
seu conhecimento, o Relatório Consolidado de Gestão, as Demonstrações Financeiras
Consolidadas e demais documentos de prestação de contas consolidadas exigidos por
lei ou regulamente, foram elaborados em conformidade com as Normas Internacionais
de Relato Financeiro aplicáveis, dando uma imagem verdadeira e apropriada, em todos
os aspectos materialmente relevantes, do activo e do passivo, da situação financeira e
do resultado consolidado do emitente e que o Relatório Consolidado de Gestão expõe
fielmente a evolução dos negócios, do desempenho e da posição do emitente e das
empresas incluídas no perímetro da consolidação e contém uma descrição dos
principais riscos e incertezas com que se defrontam.
Lisboa, 23 de Março de 2011
João Carlos Monteiro de Macedo
Presidente
Pedro Miguel Alão Cabrita
Vogal
Hernâni João Dias Bento
Vogal
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Certificação Legal das Contas e Relatório de Auditoria Certificação Legal das Contas e Relatório de Auditoria Certificação Legal das Contas e Relatório de Auditoria Certificação Legal das Contas e Relatório de Auditoria
IntroduçãoIntroduçãoIntroduçãoIntrodução
1.1.1.1. Nos termos da legislação aplicável, apresentamos a Certificação Legal das Contas e Relatório de Auditoria
sobre a informação financeira contida no Relatório de Gestão e nas demonstrações financeiras anexas do
exercício findo em 31 de Dezembro de 2010, da VAA – Vista Alegre Atlantis, SGPS, S.A., as quais
compreendem: a Demonstração da Posição Financeira (que evidencia um total de 129.806.860 Euros e um
total de capital próprio de 100.569.522 Euros, incluindo um resultado líquido negativo de 784.710 Euros),
a Demonstração dos Resultados, a Demonstração do Rendimento Integral, a Demonstração das Alterações
no Capital Próprio e a Demonstração Consolidada dos Fluxos de Caixa do período findo naquela data, e as
correspondentes Notas às Demonstrações Financeiras.
ResponsabilidadesResponsabilidadesResponsabilidadesResponsabilidades
2.2.2.2. É da responsabilidade do Conselho de Administração:
a) a preparação de demonstrações financeiras que apresentem de forma verdadeira e apropriada a
posição financeira da Empresa, o resultado e o rendimento integral das suas operações, as
alterações no seu capital próprio e os seus fluxos de caixa;
b) a informação financeira histórica, que seja preparada de acordo com as Normas Internacionais de
Relato Financeiro, tal como adoptadas na União Europeia, e que seja completa, verdadeira, actual,
clara, objectiva e lícita, conforme exigido pelo Código dos Valores Mobiliários;
c) a adopção de políticas e critérios contabilísticos adequados;
d) a manutenção de um sistema de controlo interno apropriado; e
e) a informação de qualquer facto relevante que tenha influenciado a sua actividade, a sua posição
financeira ou os seus resultados e rendimento integral.
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3.3.3.3. A nossa responsabilidade consiste em verificar a informação financeira contida nos documentos de
prestação de contas acima referidos, designadamente sobre se é completa, verdadeira, actual, clara,
objectiva, lícita e em conformidade com o exigido pelo Código dos Valores Mobiliários, competindo-nos
emitir um relatório profissional e independente baseado no nosso exame.
ÂmbitoÂmbitoÂmbitoÂmbito
4.4.4.4. O exame a que procedemos foi efectuado de acordo com as Normas Técnicas e Directrizes de
Revisão/Auditoria emitidas pela Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, as quais exigem que o mesmo seja
planeado e executado com o objectivo de obter um grau de segurança aceitável sobre se as demonstrações
financeiras estão isentas de distorções materialmente relevantes. Para tanto o referido exame incluiu:
- a verificação, numa base de amostragem, do suporte das quantias e divulgações constantes das
demonstrações financeiras e a avaliação das estimativas, baseadas em juízos e critérios definidos pelo
Conselho de Administração, utilizadas na sua preparação;
- a apreciação sobre se são adequadas as políticas contabilísticas adoptadas, a sua aplicação uniforme e a
sua divulgação, tendo em conta as circunstâncias;
- a verificação da aplicabilidade do princípio de continuidade;
- a apreciação sobre se é adequada, em termos globais, a apresentação das demonstrações financeiras; e
- a apreciação se a informação financeira é completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita.
5.5.5.5. O nosso exame abrangeu também a verificação da concordância da informação financeira constante do
relatório de gestão com os restantes documentos de prestação de contas, bem como as verificações previstas
nos números 4 e 5 do artigo 451.º do Código das Sociedades Comerciais.
6.6.6.6. Entendemos que o exame efectuado proporciona uma base aceitável para a expressão da nossa opinião.
OpiniãoOpiniãoOpiniãoOpinião
7.7.7.7. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras referidas apresentam de forma verdadeira e apropriada,
em todos os aspectos materialmente relevantes, a posição financeira de VAA – Vista Alegre Atlantis, SGPS,
S.A., em 31 de Dezembro de 2010, o resultado e o rendimento integral das suas operações, as alterações no
seu capital próprio e os seus fluxos de caixa no exercício findo naquela data, em conformidade com as
130
Normas Internacionais de Relato Financeiro, tal como adoptadas na União Europeia, e a informação nelas
constante é completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita.
Relato sobre outros requisitos legaisRelato sobre outros requisitos legaisRelato sobre outros requisitos legaisRelato sobre outros requisitos legais
8.8.8.8. É também nossa opinião que a informação constante do relatório de gestão é concordante com as
demonstrações financeiras do exercício e que o relatório do governo das sociedades inclui os elementos
exigíveis nos termos do artigo 245.º-A do Código dos Valores Mobiliários.
Porto, 23 de Março de 2011
Ernst & Young Audit & Associados – SROC, S.A.
Sociedade de Revisores Oficiais de Contas (nº 178)
Representada por:
Rui Manuel da Cunha Vieira (ROC nº 1154)
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Certificação Legal e Relatório de Auditoria das Contas ConsolidadasCertificação Legal e Relatório de Auditoria das Contas ConsolidadasCertificação Legal e Relatório de Auditoria das Contas ConsolidadasCertificação Legal e Relatório de Auditoria das Contas Consolidadas
IntroduçãoIntroduçãoIntroduçãoIntrodução
9.9.9.9. Nos termos da legislação aplicável, apresentamos a Certificação Legal das Contas e Relatório de Auditoria
sobre a informação financeira contida no Relatório de Gestão e nas demonstrações financeiras consolidadas
anexas do exercício findo em 31 de Dezembro de 2010, da VAA – Vista Alegre Atlantis, SGPS, S.A., as quais
compreendem: a Demonstração da Posição Financeira Consolidada (que evidencia um total de 131.430
milhares de Euros e um total de capital próprio de 31.277 milhares de Euros, incluindo um resultado líquido
negativo atribuível aos accionistas da Empresa de 3.748 milhares de Euros), a Demonstração Consolidada
dos Resultados, a Demonstração Consolidada do Rendimento Integral, a Demonstração Consolidada das
Alterações no Capital Próprio e a Demonstração Consolidada dos Fluxos de Caixa do período findo naquela
data, e as correspondentes Notas às Demonstrações Financeiras.
ResponsabilidadesResponsabilidadesResponsabilidadesResponsabilidades
10.10.10.10. É da responsabilidade do Conselho de Administração:
f) a preparação de demonstrações financeiras consolidadas que apresentem de forma verdadeira e
apropriada a posição financeira do conjunto das empresas incluídas na consolidação, o resultado e
o rendimento integral consolidado das suas operações, as alterações no seu capital próprio
consolidado e os seus fluxos de caixa consolidados;
g) a informação financeira histórica, que seja preparada de acordo com as Normas Internacionais de
Relato Financeiro, tal como adoptadas na União Europeia, e que seja completa, verdadeira, actual,
clara, objectiva e lícita, conforme exigido pelo Código dos Valores Mobiliários;
h) a adopção de políticas e critérios contabilísticos adequados;
i) a manutenção de um sistema de controlo interno apropriado; e
j) a informação de qualquer facto relevante que tenha influenciado a actividade do conjunto das
empresas incluídas na consolidação, a sua posição financeira ou os seus resultados e rendimento
integral.
132
11.11.11.11. A nossa responsabilidade consiste em verificar a informação financeira contida nos documentos de
prestação de contas acima referidos, designadamente sobre se é completa, verdadeira, actual, clara,
objectiva, lícita e em conformidade com o exigido pelo Código dos Valores Mobiliários, competindo-nos
emitir um relatório profissional e independente baseado no nosso exame.
ÂmbitoÂmbitoÂmbitoÂmbito
12.12.12.12. O exame a que procedemos foi efectuado de acordo com as Normas Técnicas e Directrizes de
Revisão/Auditoria emitidas pela Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, as quais exigem que o mesmo seja
planeado e executado com o objectivo de obter um grau de segurança aceitável sobre se as demonstrações
financeiras estão isentas de distorções materialmente relevantes. Para tanto o referido exame incluiu:
- a verificação de as demonstrações financeiras das empresas englobadas na consolidação terem sido
apropriadamente examinadas e a avaliação das estimativas, baseadas em juízos e critérios definidos pelo
Conselho de Administração, utilizadas na sua preparação;
- a verificação das operações de consolidação;
- a apreciação sobre se são adequadas as políticas contabilísticas adoptadas, a sua aplicação uniforme e a
sua divulgação, tendo em conta as circunstâncias;
- a verificação da aplicabilidade do princípio de continuidade;
- a apreciação sobre se é adequada, em termos globais, a apresentação das demonstrações financeiras
consolidadas; e
- a apreciação se a informação financeira consolidada é completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e
lícita.
13.13.13.13. O nosso exame abrangeu também a verificação da concordância da informação financeira consolidada
constante do relatório de gestão com os restantes documentos de prestação de contas, bem como as
verificações previstas nos números 4 e 5 do artigo 451.º do Código das Sociedades Comerciais.
14.14.14.14. Entendemos que o exame efectuado proporciona uma base aceitável para a expressão da nossa opinião.
133
OpiniãoOpiniãoOpiniãoOpinião
15.15.15.15. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras consolidadas referidas apresentam de forma verdadeira e
apropriada, em todos os aspectos materialmente relevantes, a posição financeira consolidada de VAA –
Vista Alegre Atlantis, SGPS, S.A., em 31 de Dezembro de 2010, o resultado e o rendimento integral
consolidado das suas operações, as alterações no seu capital próprio consolidado e os seus fluxos de caixa
consolidados no exercício findo naquela data, em conformidade com as Normas Internacionais de Relato
Financeiro, tal como adoptadas na União Europeia, e a informação nelas constante é completa, verdadeira,
actual, clara, objectiva e lícita.
Relato sobre outros requisitos legaisRelato sobre outros requisitos legaisRelato sobre outros requisitos legaisRelato sobre outros requisitos legais
16.16.16.16. É também nossa opinião que a informação constante do relatório consolidado de gestão é concordante com
as demonstrações financeiras consolidadas do exercício e que o relatório do governo das sociedades inclui
os elementos exigíveis nos termos do artigo 245.º-A do Código dos Valores Mobiliários.
Porto, 23 de Março de 2011
Ernst & Young Audit & Associados – SROC, S.A.
Sociedade de Revisores Oficiais de Contas (nº 178)
Representada por:
Rui Manuel da Cunha Vieira (ROC nº 1154)