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TRIBUNAL DE CONTAS DOESTADO DO RIO DE JANEIROSecretaria-Geral de Planejamento

ESTUDO SOCIOECONÔMICO 1997-2001

VALENÇA

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ESTUDOSOCIOECONÔMICO1997-2001

VALENÇA

OUTUBRO DE 2002

TRIBUNAL DE CONTAS DOESTADO DO RIO DE JANEIROSecretaria-Geral de Planejamento

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ESTUDO SOCIOECONÔMICO 1997-2001

VALENÇA

TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

CORPO DELIBERATIVO

Presidente - Conselheiro JOSÉ GOMES GRACIOSAVice-Presidente - Conselheiro MARCO ANTONIO BARBOSA DE ALENCARConselheiro SERGIO F. QUINTELLAConselheiro ALUISIO GAMA DE SOUZAConselheiro JOSÉ LEITE NADERConselheiro JOSÉ MAURÍCIO DE LIMA NOLASCOConselheiro JONAS LOPES DE CARVALHO JUNIOR

Ministério Público

3ª Subprocuradoria-Geral de Justiça

3ª Subprocuradora-Geral de Justiça � Vera de Souza LeiteProcurador Júlio Lambertson RabelloProcurador Horácio Machado MedeirosProcuradora Delja Marucia Palhares Ruthênio de PaivaProcurador Carlos Antônio da Silva NavegaProcurador Cezar Romero de Oliveira SoaresProcurador Levi de Azevedo QuaresmaProcurador Renato França

Secretaria-Geral de PlanejamentoSecretário-Geral: Horácio de Almeida Amaral

Secretaria-Geral de Controle ExternoSecretária-Geral: Maria Luiza Bulcão Burrowes

Secretaria-Geral de AdministraçãoSecretário-Geral: Carlos César Sally Ferreira

Secretaria-Geral das SessõesSecretário-Geral: Mauro Henrique da Silva

Instituto Serzedello CorrêaDiretor-Geral: Hormindo Bicudo Neto

Secretaria-Geral de PlanejamentoPraça da República, 70/2º andar20211-351 - Rio de Janeiro - RJTels.: (21) 3231 5374 / (21) 3231 5377www.tce.rj.gov.br

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TRIBUNAL DE CONTAS DOESTADO DO RIO DE JANEIROSecretaria-Geral de Planejamento

ESTUDO SOCIOECONÔMICO 1997-2001

VALENÇA

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APRESENTAÇÃO

O Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, dando seguimento à série de EstudosSocioeconômicos dos municípios fluminenses, edita o presente trabalho agregando novos temas eindicadores, e incorporando dados relativos ao exercício de 2001.

Na primeira edição, referente ao período 1997-2000, enfatizamos a necessidade do sistemá-tico planejamento governamental, que se inicia no Plano Plurianual (PPA), prossegue na Lei deDiretrizes Orçamentárias (LDO), que cumpre a função de ligação entre o plano e o orçamento, econsolida-se com a Lei Orçamentária Anual (LOA). Mais que isso, salientamos a necessidade de osobjetivos de cada programa serem identificados por descrições claras do propósito a atingir, comdatas de início e fim, além de pressupor a disponibilidade de recursos, para que se tenha indicado-res que possam mensurar seus impactos, efeitos e resultados. O conteúdo desses instrumentoslegais, na maioria dos municípios fluminenses, segue sendo fictício, pois sua execução teve, nova-mente, suplementações e reduções relevantes de créditos orçamentários, desfigurando totalmenteo orçamento original.

Um dos maiores objetivos desse sistema de planejamento se refere ao aumento da respon-sabilidade pelos resultados do administrador público perante a sociedade, bem como para o cresci-mento da confiança pública nos serviços prestados.

O mandatário do executivo municipal é, por definição, uma pessoa de ação. O exercício dedireção exige um incessante processo de deliberação e decisão. Se não existe um planejamentoadequado, as tomadas de decisão começam a ocorrer de forma desordenada, porque não podemmais ser prorrogadas, em função de necessidades emergentes e cobranças da população.

Em grande parte, isso decorre da inexistência de sistemas de monitoramento e de avaliaçãoque permitam decisões seguras e direcionadas para a condução do dia-a-dia do governante. Quan-do ocorrem resultados aquém do esperado, ou não esperados, determina-se aos subordinados quepreparem avaliações das ações sob sua responsabilidade, provocando uma mudança na sua rotina,uma vez que as informações estão desorganizadas, defasadas e pouco confiáveis. O relatório, coma avaliação, enfatizará os aspectos positivos, listará as dificuldades diversas de falta de recursos ede pessoal adequados, e as falhas de outros atores do processo. Tais avaliações não vão alterar ascondições operacionais e o ambiente decisório do fato avaliado, tampouco servirão como instrumen-to de governança e de aperfeiçoamento.

Na realidade, a prefeitura opera com a qualidade permitida por sua estrutura. A culturaorganizacional tem influência decisiva sobre a qualidade da gestão que, por sua vez, está relaciona-da com as práticas de trabalho enraizadas na interação de indivíduos e grupos, na organização edivisão das funções, na delegação de responsabilidades, na relevância dada ao núcleo de planeja-mento e controle. Como não existe uma organização ideal, ela nunca estará pronta e acabada, massim em constante transformação, e a participação das pessoas que nela trabalham será fundamen-tal no constante processo de mudança.

Desde 1995, início da reforma administrativa da União, uma nova agenda foi adotada para agestão pública: a Administração Gerencial, com novos formatos institucionais, maior agilidade, efici-ência e melhoria dos serviços prestados à população. O Estado agora deve ser orientado para ocidadão usuário de seus serviços, com ênfase nos resultados. O planejamento passa a ser um

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ESTUDO SOCIOECONÔMICO 1997-2001

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processo permanente, obedecendo a princípios técnicos, com vistas ao desenvolvimento econômi-co e social e à contínua melhora das condições de vida da população, gerando transformaçõespositivas. Programas passaram a ser a unidade básica de organização do PPA e o módulo deintegração do plano com o orçamento. Os programas, por sua vez, devem referir-se à solução deproblemas precisamente identificados, com seus produtos estabelecidos, metas e custos quantificados.Sua execução deve ser monitorada e seus resultados avaliados mediante indicadores especifica-mente construídos.

A profissionalização dos servidores públicos, portanto, deve substituir a tradicional relaçãode tutela pela avaliação de desempenho. A capacitação e conscientização continuada do pessoalexistente e a contratação de novos quadros deve propiciar as mudanças necessárias à culturaorganizacional e poderá, ainda, garantir a continuidade administrativa às alternâncias políticas queocorrem a cada novo mandato.

Tais mudanças estão ocorrendo desde a União, passando para os Estados, alcançando osmunicípios maiores, e chegando aos menores. É questão de tempo, pois tal avanço é inexorável.

A transparência e a responsabilidade fiscal são, hoje, pauta diária de todos os gestores. Oslegisladores criaram mecanismos de controle de receitas, despesas e endividamento, estabelece-ram a gestão fiscal pautada no aumento da arrecadação, no controle dos gastos, no uso adequadodos recursos e na prestação de contas feita em linguagem acessível a qualquer cidadão.

O presente estudo foi elaborado pelo Núcleo de Estudos Socioeconômicos 1 desta Secreta-ria-Geral de Planejamento, e tem, novamente, como objetivo maior evidenciar a necessidade de seestabelecer um conjunto de indicadores sobre as diversas áreas sociais e de governo, de modo aorientar prioridades, objetivos e programas no PPA, na LDO, na LOA e nas suas alterações posteri-ores através dos créditos adicionais, com vistas a melhor avaliar a eficiência, a eficácia e a efetividadedas políticas públicas, ajustando-se os instrumentos de ação para alcançar os resultados junto àpopulação.

SECRETARIA-GERAL DE PLANEJAMENTO

Outubro 2002

1 - O núcleo é coordenado pelo Técnico de Controle Externo Marcelo Franca de Faria Mello, e conta com a colaboração dos técnicos MirianBuarque de Macedo, Rosa Maria Chaise, Ricardo José de Podestá e Paulo César Fulgêncio.

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SUMÁRIO

I - Histórico . ................................................................................................................... 6

II - Caracterização do Município .................................................................................... 6

- Aspectos Turísticos ..................................................................................................... 8

- Índice de Qualidade dos Municípios � Verde ............................................................. 16

III - Indicadores Sociais ................................................................................................. 18

- Índice de Desenvolvimento Humano � IDH ................................................................ 18

- Índice de Qualidade dos Municípios � IQM ................................................................ 19

- IQM � Necessidades Habitacionais ............................................................................ 20

- IQM � Carências.......................................................................................................... 23

- Dados da Educação .................................................................................................... 28

- Dados da Saúde ......................................................................................................... 39

IV - Indicadores Econômicos . ....................................................................................... 43

V - Potencialidades do Município . ............................................................................... 53

VI - Indicadores de Gestão ........................................................................................... 54

VII - Indicadores Financeiros ......................................................................................... 63

VIII - Conclusão ............................................................................................................. 81

Bibliografia . ................................................................................................................. 85

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I - HISTÓRICO 2

O desbravamento e colonização das terras do município foram motivados pela catequese dapopulação indígena da região, no final do século XVIII. A primeira medida tomada foi a construçãode pequena capela dedicada a Nossa Senhora da Glória de Valença, que serviu de núcleo inicialpara a povoação que mais tarde se transformaria na cidade de Valença.

O contínuo desenvolvimento da localidade fez com que o governo lhe conferisse, em 1807, otítulo de freguesia, e depois, em 1823, a categoria de vila, com território desmembrado da cidade doRio de Janeiro e das antigas vilas de São João do Príncipe e Resende.

Novos núcleos surgiram na área da vila recém-criada e, em 1857, Valença adquiriu o título decidade, atravessando o período áureo do café no final do Império. Nessa época, detinha a maiorpopulação escrava da província, fato que repercutiu negativamente na sua economia com o adventoda Lei Áurea em 1888.

No final do século XIX, a produção entrava em decadência. Entretanto, diante de razoávelinfra-estrutura viária, que proporcionava ligação com a capital e com o sul do Estado de Minas, acultura do café foi sendo substituída pela pecuária e agricultura de subsistência. Hoje, Valençareúne o maior rebanho bovino da Região do Médio Paraíba.

II - CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO

Valença pertence à Região do Médio Paraíba, composta pelos municípios de Barra do Piraí,Barra Mansa, Itatiaia, Pinheiral, Piraí, Porto Real, Quatis, Resende, Rio Claro, Rio das Flores, Valençae Volta Redonda.

2 - Estudos para o Planejamento Municipal, SECPLAN/FIDERJ, 1978.

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O município tem uma área 3 total de 1.305,8km2, correspondentes a 21,0% da área da Re-gião do Médio Paraíba.

De acordo com o censo de 2000 4, Valença tem uma população de 66.290 habitantes, corres-pondentes a 8,4% do contingente da Região do Médio Paraíba, com uma proporção de 93,2 ho-mens para cada 100 mulheres. A densidade demográfica é de 50,8 habitantes por km2, contra 126,5habitantes por km2 da região.

O município apresentou 5 uma taxa média geométrica de crescimento, no período de 1991 a2000, de 0,96% ao ano, contra 1,37% na região e 1,28% no Estado. Sua taxa de urbanização correspondea 86,4% da população, enquanto, na Região do Médio Paraíba, tal taxa corresponde a 93,0%.

O município localiza-se em região de colinas, à margem esquerda do Rio Paraíba, e suasede em vale constituído por duas ravinas e dois planaltos, cortada por córregos que deságuam noRio das Flores, que tangencia o perímetro urbano.

O sistema rodoviário é composto pela BR-494 e pelas rodovias estaduais RJ-153, RJ-137,RJ-143, RJ-147, RJ-145, RJ-151, além da RJ-115.

Valença tem um contingente de 51.017 eleitores, correspondentes a 77% do total da população.A distribuição da população entre os distritos obedece ao gráfico a seguir:

3 - IBGE/CIDE - 2001.4 - IBGE - Censo Demográfico de 2000, resultados preliminares.5 - CIDE - com base nos resultados preliminares do Censo 2000.

População por distrito

52 296

4 560

3 889

1 770

1 527

2 248

10 000 20 000 30 000 40 000 50 000 60 000

Valença

Barão de Juparanã

Conservatória

Parapeúna

Pentagna

Santa Isabel do Rio Preto

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O município tem 6 um número total de 23.642 domicílios, com uma taxa de ocupação de 79%.Dos 4.830 domicílios não ocupados, 42% têm uso ocasional.

Valença possui 8 agências de correios 7, 7 agências bancárias 8, 22 estabelecimentos hoteleiros 9

e 7 equipamentos culturais (cinema, teatro, museu e/ou biblioteca)10, e ainda:

� Aspectos Turísticos 15

O turismo proporciona diversos benefícios para a comunidade, tais como geração de empre-gos, produção de bens e serviços e melhoria da qualidade de vida da população.

Incentiva, também, a compreensão dos impactos sobre o meio ambiente. Assegura umadistribuição equilibrada de custos e benefícios, estimulando a diversificação da economia local. Trazmelhoria nos sistemas de transporte, nas comunicações e em outros aspectos infra-estruturais.

Ajuda, ainda, a custear a preservação dos sítios arqueológicos, dos bairros e edifícios histó-ricos, melhorando a auto-estima da comunidade local e trazendo maior compreensão das pessoasde diversas origens.

A Companhia de Turismo do Estado do Rio de Janeiro, a Turisrio, apresenta os potenciaisturísticos do Estado divididos em sete regiões distintas, conforme suas características individuais.

IndicadorQuantitativo

nomunicípio

Rateio por milhabitantes no

município

Rateio por milhabitantes na

regiãoVeículos emplacados 11 6.618 99,8 149,4

fixos 8.607 129,8 172,2Telefones 12públicos 332 5,0 5,5

Indicador 13 Nomunicípio

Na Região do MédioParaíba

Estabelecimentos comerciais 410 4.882Estabelecimentos de serviços 325 4.110Indústria extrativa mineral 4 37Indústria de transformação 87 813Serviços industriais de utilidade pública 14 0 29Indústria de construção civil 46 528Agropecuária, extrativismo, caça e pesca 276 987

6 - IBGE - sinopse preliminar do Censo Demográfico de 2000.7 - ECT - 2000.8 - BACEN - 2000.9 - MTb - RAIS - 1999.10 - SEBRAE - 2000.11 - DETRAN - 2000.12 - TELEMAR - 2000.13 - MTb - RAIS - 2000.14 - Atividades de produção de energia elétrica, abastecimento de água potável, saneamento, limpeza pública e remoção de lixo.15 - Para maiores informações, consulteo site www.turisrio.rj.gov.br.

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ESTUDO SOCIOECONÔMICO 1997-2001

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Além da região turística da capital, temos as seguintes:

- Costa Verde

Paraty; Angra dos Reis, com destaque para Ilha Grande; Mangaratiba, com destaque paraItacuruçá; e Rio Claro.

- Agulhas Negras

Resende, com destaque para Engenheiro Passos e Visconde de Mauá; Itatiaia, com desta-que para Penedo; Porto Real; e Quatis.

- Serrana

Petrópolis, com destaque para Itaipava e arredores; Teresópolis; Nova Friburgo, com desta-que para Lumiar e Mury; e Guapimirim.

- Costa do Sol

Maricá; Saquarema; Araruama; Iguaba Grande; São Pedro da Aldeia; Cabo Frio; Arraial doCabo; Armação dos Búzios; Casimiro de Abreu, com destaque para Barra de São João; Rio dasOstras; Macaé; Carapebus; e Quissamã.

- Costa Doce e Noroeste Fluminense

Campos dos Goytacazes; São João da Barra; São Francisco de Itabapoana; Natividade; eItaperuna, com destaque para Raposo.

- Vale do Ciclo do Café

Valença, com destaque para Conservatória; Rio das Flores; Barra do Piraí; Vassouras; Patydo Alferes; Mendes; Engenheiro Paulo de Frontin; Miguel Pereira; Piraí; e Paracambi.

Valença pertence à região turística Vale do Ciclo do Café, abrangendo espaço geográficodo Estado conforme mapas a seguir:

A região do Vale do Ciclo do Café oferece a seus visitantes, além de um excelente clima, umverdadeiro passeio pela história do Estado do Rio de Janeiro, com sua suntuosa arquitetura rural. Aexuberância da Mata Atlântica oferece inúmeras opções de lazer rural, com seus passeios ecológi-cos. Valença tem um forte potencial turístico, representado por suas cachoeiras, rios e, especial-mente, por suas antigas fazendas de café. São casarões e engenhos, senzalas � um patrimôniocultural riquíssimo.

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Conservatória, distrito de Valença, também merece destaque. Seu nome primitivo era SantoAntônio do Rio Bonito. No século XIX, o desenvolvimento teve a sua principal base no crescimentoda agricultura, com a cultura da cana-de-açúcar e o plantio do café. Uma sesmaria de terra foi doadaaos índios araris, e assim foi criada Conservatória, que significa registro dos índios, tal qual umcartório, termo até hoje usado em Portugal. Depois do declínio do café, Conservatória passou a serprocurada para tratamentos de saúde, por apresentar um bom clima. Hoje sua economia baseia-sena agropecuária e no turismo. Anualmente é realizado o Festival da Seresta e, durante os fins-de-semana, ocorrem os Encontros de Seresta.

Atrações naturais de Valença

- Rio Paraíba do Sul: após atravessar vários municípios, corre no limite de Valença com o municípiode Vassouras. Nesse trecho, próximo à sede distrital de Barão de Juparanã, o rio apresenta-se com larguraem torno de 100m. Na estação de seca surgem praias, bancos de areia, ilhotas e formações rochosasafloram em seu leito. A paisagem circundante caracteriza-se pela beleza do recorte dos morros, de cumesarredondados, e pelos velhos casarões das antigas fazendas de café, localizadas junto às encostas.

- Rio das Flores: nasce no município de Barra do Piraí e percorre toda a extensão do distritoda sede municipal, apresentando largura e profundidade variável. Ao longo de seu curso encontram-se praias, ilhotas, bancos de areia, corredeiras e quedas d�água.

- Serra da Concórdia: remanescente da Mata Atlântica na margem esquerda do Rio Paraíbado Sul, nela são encontradas espécies animais como o inhambu, o mico-estrela, o juruti, o jacu ediversas espécies de pássaros. Encontra-se, também, o Açude da Concórdia, com 4.170m de con-torno em linhas irregulares e profundidade variável, com águas transparentes, frias e de coloraçãoesverdeada. O atrativo se caracteriza como área de Bacia Protegida. No local está sendo implanta-do o Parque Municipal da Concórdia.

- Cachoeira do Quirino: em Barão de Juparanã, está localizada em rio com pequenascorredeiras. São quatro pequenas quedas que formam uma piscina com pequena praia.

- Cachoeira de Pentagna: situada sob a ponte da estrada de acesso àquele distrito. As águasdo Rio Bonito são aí represadas e formam uma cortina em toda a largura do rio, numa queda deaproximadamente 10m e, rio abaixo, passam por outro trecho de salto, desaguando numa piscinanatural de 40m2. Em seguida, formam outras piscinas e pequenas quedas durante o seu curso.

- Cachoeira do Rio Bonito: em Pentagna, onde dois trechos se destacam: um em corredeiracom pequenos desníveis, e outro, com um salto em torno de 2,5m de altura. Local propício parabanhos, tanto nas duchas como na ampla piscina natural que se forma logo após a queda d�água.São encontrados peixes como o lambari, o bagre, a traíra, o cará e outros.

- Cachoeira dos Guedes: em Pentagna. Esta cachoeira do Rio Bonito tem 10m de altura edestacam-se outros pequenos saltos. No local há praia, ducha e piscinas naturais.

- Cachoeira Ronco da Água: em Rancho Novo, na estrada Valença/ Conservatória, estálocalizada em trecho de corredeiras no Rio das Flores. São três quedas, seguidas de piscinas natu-rais com águas frias.

- Morro do Cruzeiro: assemelhado ao Pão-de-Açúcar e com 800m de altura, tem em seu topoum cruzeiro datado de 1803, época em que foi celebrada a primeira missa no local. Avista-se o Picoda Torre de TV e grande parte da área rural do município.

- Pico de Valença: mais conhecido como Pico da Torre de TV, possui altitude em torno de1.100m. Dele se avista toda a cidade de Valença e seus arredores, com o relevo característico detoda a região, com serras de altitudes diversas formando um imenso �mar de morros�.

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Atrações naturais de Conservatória e arredores

- Rio Preto: com extensão total em torno de 200km, faz divisa de Valença com os municípiosmineiros de Rio Preto e Santa Rita de Jacutinga. Junto às suas margens encontram-se áreas depastagem, plantações de café e de milho e trechos com mata fechada e capoeiras. À medida queribeirões, riachos e córregos deságuam no Rio Preto ele se torna mais caudaloso. Ao longo de seupercurso, encontram-se praias, corredeiras, piscinas naturais e quedas d�água.

- Rio Bonito: nasce na Serra das Neves, nas proximidades do limite do distrito de Conservatóriacom o município de Barra do Piraí. Correndo na direção sul-leste, percorre as terras de Conservatórianuma extensão superior a 20km. Banha as regiões de antigas fazendas, penetrando em Pentagnapara desembocar adiante no Rio das Flores. Rio caudaloso, com águas claras, transparentes e friasde alta piscosidade, ao longo de seu percurso há quedas d�água, corredeiras, praias e piscinasnaturais. Nas suas encostas, avistam-se antigos casarões de fazendas, além de áreas de plantio ede rebanho leiteiro.

- Cachoeira Alta/Cachoeira da Fazenda Velha: no Rio São Fernando, em Santa Izabel do RioPreto. Um grande salto, de 40m, é seguido por degraus que formam excelentes duchas naturais,com águas claras, transparentes e frias, só se tornando barrentas em épocas de chuvas.

- Poço do Tata: em Santa Isabel do Rio Preto, é uma piscina natural, com área aproximadade 200m2, apresentando uma pequena praia de areias escuras. Acima da piscina, o Rio Bonitoapresenta-se em forma de corredeira, numa extensão aproximada de 10m de declive suave.

- Cachoeira do Barbosa: em Santa Izabel do Rio Preto, fica na sede da Fazenda Nogueira,apresentando-se em saltos, corredeiras, piscina natural e uma praia com extensão de 500 metros.

- Cachoeira Bicame: no Rio Bonito. Identifica-se como uma corredeira seguida de um poçocom aproximadamente 40m2.

- Cachoeira da Índia/Balneário Municipal João Raposo de Melo: possui dois pequenos saltose um poço de área com cerca de 70m2, com uma praia estreita de areias escuras. A cachoeira estálocalizada no Rio dos Índios.

- Cachoeira da Viúva: formada por dois pequenos saltos e uma piscina com aproximadamen-te 100m2, represada por uma pequena barragem de pedras superpostas. A cachoeira de PedroCarlos / Werneck está situada a 500m, bem como a sede da Fazenda da Viúva.

- Cachoeira do Miguel Leite: tem altura aproximada de 30m com piscina de 130m2 cercada depedras e ducha natural.

- Cachoeira São Fernando: dois pequenos saltos, seguidos de um bem mais alto com imensovolume d�água, que forma ampla piscina natural, com duas praias.

- Serra da Beleza: limite dos distritos de Conservatória e Santa Izabel do Rio Preto, seu relevotem aspecto típico, onde os cumes apresentam-se de forma arredondada e em diversos níveis. O trechomais elevado da RJ-137 chama-se Mirante da Serra, com uma visão do vale do Rio Preto, avistando-sedesde o Pico do Cavalo Ruço, a 1.296m, até a torre da Igreja de Santa Rita de Jacutinga (MG).

Atrações culturais de Valença

- Catedral de Nossa Senhora da Glória: está situada no alto de uma ladeira, formando umconjunto harmonioso com os prédios da Escola Estadual Coronel Benjamin Guimarães e do Solardos Nogueira. Localiza-se nas proximidades da Praça da Bandeira e do Jardim de Baixo, onde estãosituados o Chafariz Histórico, os prédios da Prefeitura Municipal, da 1ª Câmara de Valença e doColégio Sagrado Coração de Jesus. Seu período de construção vai de 1820 a 1917, em substituiçãoà capela dos índios do princípio do século XIX.

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VALENÇA

- Museu da Catedral: instalado no andar superior da ala direita da Igreja Matriz, foi criado nosanos 50 e contém cerca de 80 peças, dentre pratarias, ourivesaria, imagens, óbitos, pia batismal,mobiliário, cálices, jóias, turíbulos, sinetas, coroas, fotografias, candelabros, andores, nichos, para-mentos, esplendores, campainhas, estandartes, talha de água dos índios coroados etc.

- Igreja Nossa Senhora do Rosário: concluída em 1853, foi demolida e reconstruída em 1924. Noseu acervo, a manifestação artística que mais se destaca é a imagem de Nossa Senhora do Rosário, emmadeira, do século XIX. Fica no Jardim de Cima, onde estão o palacete do Visconde do Rio Preto, hojeColégio Estadual Theodorico Fonseca, a casa do Bispo e a Academia Valenciana de Letras.

- Museu Tenente Amaro: acervo de uma época que marca a presença e a participação efeti-va do Brasil na Campanha da Itália.

- Prédio da antiga Santa Casa de Misericórdia e museu: construído em meados do séculoXIX. O edifício é amplo, de um só pavimento, construído em bases sólidas, todo em pedra. Nomuseu, que ocupa o antigo Salão Nobre, estão expostos retratos dos barões do café, como os doVisconde do Rio Preto, do Visconde de Jaguari, do Barão de Vista Alegre e do Comendador AntônioJannuzzi, além de objetos que contam um pouco da história médico-hospitalar em Valença e região.

- Academia Valenciana de Letras: situada no Jardim de Cima, foi inaugurada em 1949. Seuacervo compõe-se de pinturas, desenhos, talhas, esculturas, livros, brasões, retratos acadêmicos,louças etc. O acervo literário compõe-se de mais de 9 mil volumes e versa sobre ciências, artes,direito, história, filosofia e poesia, de autoria portuguesa, francesa e brasileira.

- Biblioteca Municipal D. Pedro II: localizada no prédio da academia, foi inaugurada em 1874e possui cerca de 12 mil volumes sobre literatura, história geral, biologia, obras gerais, religião,ciências puras, filosofia, ciências sociais, revistas, enciclopédias e dicionários.

- Colégio Estadual Theodorico Fonseca: imponente construção em estilo neoclássico, foierguida em 1858 para servir de residência do Visconde do Rio Preto, um dos mais prósperos fazen-deiros de café em Valença.

- Casa do Bispo: residência episcopal, cuja construção data do século XIX.

- Casa Léa Pentagna: toda em pedra, foi reformada no início do século XX e hoje é a Casa de Cultura.

- Prédio da Câmara Municipal de Valença: fica situado no Jardim de Baixo, ou Praça XV deNovembro, repleta de árvores, monumentos, inclusive um chafariz histórico, e pequenas alamedas.A construção do prédio ocorreu de 1854 a 1861.

- Prédio do Hotel Valenciano: localizado na Praça Paulo de Frontin, próximo à Estação Rodovi-ária Princesa da Serra, sua construção data de 1919, em estilo campestre suíço, em dois pavimentos.

- Coreto da Praça Visconde do Rio Preto: em estilo art-noveau e todo em ferro fundido, foifeito em 1916.

- Estação Rodoviária Princesa da Serra: antiga estação ferroviária da Central do Brasil, é umprédio construído em 1914 e adaptado para estação rodoviária em 1974.

- Fazendas:

� Campo Alegre, situa-se às margens do Rio das Flores, próxima às fazendas Chacrinhas eCantagalo. Sua construção data do século XIX.

� Pau D�Alho, acolhia os mineiros e tropeiros que transportavam ouro e café para o exterior.Apresenta arquitetura colonial, centenária.

� Santa Rosa, forma um complexo arquitetônico composto de casa-sede e engenho da pri-meira metade do século XIX; prédio-escola de 1916 e outras construções mais recentes.

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� Santo Antônio do Paiol, cercada por árvores centenárias às margens da RJ 145, é umaconstrução de planta em U com pátio interno, próxima a um conjunto de edificações, ondeoutrora funcionava a senzala.

� Vargas, construção do início do século XIX de somente um pavimento sobre porão alto,com planta em forma de T.

� Santa Mônica / Solar Duque de Caxias, em Barão de Juparanã, situada na margem esquer-da do Rio Paraíba do Sul, próxima ao antigo Asilo Agrícola Santa Isabel. Sua construçãodata da segunda década do século XIX, e foi uma das fazendas mais célebres da história docafé na província fluminense, de propriedade do Marquês de Baependy. Nela se hospeda-ram D. Pedro II e altas personalidades da Corte. Foi também onde faleceu o Duque de Caxias,cuja memória se acha perpetuada no imóvel.

� Vista Alegre, em Barão de Juparanã, situada às margens da RJ-143 em área de vegetaçãoabundante e cercada por árvores centenárias, sua casa-sede tem a forma de U e sua cons-trução data de 1860.

- Igreja de Nossa Senhora do Patrocínio: em Barão de Juparanã, situada às margens daestrada de ferro e do Rio Paraíba do Sul, sua inauguração deu-se em 1881, com a presença de D.Pedro II, Dona Tereza Cristina e altas personalidades da Corte. Sua construção é de estilo neogótico,de delicadas linhas arquitetônicas.

- Igreja de São Sebastião do Rio Bonito: em Pentagna, situada no alto da colina, de onde sepode avistar todo o distrito, a estrada RJ-147, a cachoeira e morros adjacentes. Foi construída noano de 1859, ano de formação da antiga vila de São Sebastião do Rio Bonito, hoje, Pentagna.

Atrações culturais de Conservatória e arredores

- Igreja Matriz de Santo Antônio: situada na Praça Getúlio Vargas, expansão de uma capelainaugurada em 1868, a igreja tem 23m de frente e 37,6m de fundos. De grande solidez, toda emcantaria, suas largas paredes têm 1,6m de espessura.

- Museu da Seresta: tradição que vem desde o século XIX, os seresteiros saem cantandoserenatas pelas ruas, parando nas janelas das residências. Em 1938, passaram a fazer parte dessegrupo os irmãos José Borges de Freitas Neto e Joubert Freitas. Alugaram uma casa de veraneio quepassou a ser o ponto de encontro dos músicos para a seresta, que é o canto realizado em recintofechado. Nessa casa, hoje Museu da Seresta, fundado na década de 60, suas paredes internasestão repletas de frases de músicas, retratos e notícias sobre a seresta.

- Como manifestações artísticas incorporadas ao conceito do Museu da Seresta, muitas ca-sas foram batizadas com placas contendo o nome da música e do autor. A colocação dessa placa sedá durante a noite, numa cerimônia que começa com a saída dos seresteiros do museu, cantando amúsica escolhida pelas ruas. Enquanto a placa é colocada, canta-se novamente a música, osseresteiros entram casa adentro e são recepcionados pelo dono com coquetel e festa.

� Plaquinha �Chuvas de Verão�, construção de 1877.

� Plaquinha �Conselho�, localizada entre as casas �Bom Dia Tristeza� e �Minha Dor�, defronte àcasa �Chega de Saudade�, esta residência foi construída recentemente com o objetivo dereproduzir fielmente um sobrado do século XIX.

� Plaquinha �Desencontro�, construída em 1881.

� Plaquinha �O Lenço Dela�, sobrado localizado entre as casas �Quero Voltar a Ser Feliz� e�Saudade de Conservatória�, foi construído aproximadamente em 1864.

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� Plaquinha �Por Causa de Você�, casa construída em meados do século XIX, tem uma dasfachadas mais bonitas da cidade.

� Plaquinha �Pra Dizer Adeus�, casa construída em 1866.

- Museu Vicente Celestino: possui discografia do artista, roupas e acervos de outros artistas, esala de pesquisa da música popular brasileira.

- Estação Rodoviária Dr. Jair Nóbrega: antiga estação ferroviária de Conservatória, foi construídaem 1882.

- Prédio da Escola Municipal Maria Medianeira: construído por volta de 1858, o prédio apresen-ta manifestações artísticas de maior interesse.

- Ponte dos Arcos: situa-se na estrada Conservatória/Santa Izabel do Rio Preto, às mar-gens do Rio Prata, junto a uma pequena cachoeira. Foi inaugurada no ano de 1884, com a visitade D. Pedro II, e serviu de ponte para a antiga Cia. Estrada de Ferro Santa Isabel do Rio Preto epara a Rede Mineira de Viação. Possui 100m de extensão e foi erguida em pedra, cal e óleo debaleia. Compõe-se de dois arcos construídos à maneira egípcia, com pedras justapostas, funcio-nando a tração e compressão. Sua base é constituída de grandes pedras sobrepostas e o corpoda ponte com pedras menores e roliças.

- Túnel que Chora, ou Túnel Maria Nossa. Escavado na mesma época da Ponte dos Arcos paraa estrada de ferro, tem 95m de extensão, 5m de largura e 3,5m de altura, todo de pedra, sem qualquerrevestimento, iluminado com lampiões antigos e com calçamento em pé-de-moleque.

- Fazendas:

� Florença, construída no século XIX, a casa-sede é térrea e sobre porão baixo, com plantaem forma de U, com pátio interno, destacando-se o grande alpendre formando uma varan-da saliente.

� Santa Bárbara, forma um conjunto de edificações que pode ser avistado da estrada. Construídano século XIX e restaurada no século XX, a Fazenda Santa Bárbara foi grande produtora de café.Sua sede ficava a poucos metros do leito da Rede Mineira de Viação que, a partir de 1880, escoavao café da região.

� São Fernando, situada às margens dos Rio Preto e Rio São Fernando, foi construída em1815. Nela há uma usina hidroelétrica de 1926 que até hoje abastece as fazendas próximas. Aimportância da fazenda era tão grande que a estrada de ferro construiu uma estação própria. Oconjunto de edificações conta com casa-sede, engenho e outras construções que se admitetenham sido, outrora, a senzala, as tulhas e os armazéns

� São José, situada às margens da estrada Conservatória-Valença. Por uma alameda de palmeiras,chega-se até a casa-sede, construção térrea do século XIX, sobre porão alto com base de pedra.

� São Lourenço, situada em área rural entre morros, a fazenda é composta da casa-sede,engenho, antigo armazém e prédio anexo, teve sua construção em 1833. O conjuntoarquitetônico mantém-se autêntico. Todas as edificações estão dispostas tradicionalmenteem torno do terreiro de café, com realce especial para a casa-sede.

. São Paulo, situa-se num vale, sendo cortada pelo Rio São Fernando e sua construção datado século XIX. A casa-sede e o engenho são edificações de estilo semelhante e à sua frenteestão os terreiros de café. A Fazenda São Paulo possui 800 alqueires e forma um grandecomplexo com a Fazenda São Fernando. No interior da fazenda, encontra-se a CachoeiraSão Fernando.

. Veneza, localiza-se ao sul de Conservatória e sua construção data do século XIX. A fazen-

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da compõe-se de conjunto arquitetônico, constituído de casa-sede, engenho e terreiro decafé.

. São Francisco, em Santa Izabel do Rio Preto, construída no século XIX, sua sede possuiplanta em U e pátio interno. Possui cerca de trinta e dois cômodos e uma pequena capela. AFazenda São Francisco fica nas proximidades da Fazenda Santa Clara, esta localizada àsmargens do Rio Preto, no município de mesmo nome em Minas Gerais. Santa Clara talvezseja a maior e mais representativa sede de fazenda no país. Propriedade do Barão de SantaClara na fase cafeeira, suas edificações formam um dos maiores conjuntos rurais, com 365janelas. Conserva uma prisão de escravos autêntica e sua capela interior figura entre as maisexpressivas no gênero.

Programa Nacional de Municipalização do Turismo � PNMT

Programa desenvolvido e coordenado pela EMBRATUR, mediante a adoção da metodologiada Organização Mundial do Turismo adaptada à realidade brasileira, com o propósito de implementarum novo modelo de gestão da atividade turística, simplificado e uniformizado, para os Estados emunicípios, de maneira integrada, buscando maior eficiência e eficácia na administração da ativida-de turística, de forma participativa.

Como instrumento de mobilização, sensibilização e capacitação, o PNMT apóia as funçõesgerenciais de planejamento, tomada de decisão e controle operacional.

Objetivos do PNMT

• Fomentar o desenvolvimento turístico sustentável dos municípios, com base nasustentabilidade econômica, social, ambiental, cultural e política.

• Conscientizar e sensibilizar a sociedade para a importância do turismo como instrumentode crescimento econômico, geração de empregos, melhoria da qualidade de vida da população epreservação de seu patrimônio natural e cultural.

• Descentralizar as ações de planejamento, coordenação, execução, acompanhamento eavaliação, motivando os segmentos organizados do município a participar da formulação e da co-gestão do Plano de Desenvolvimento Sustentável do Turismo Municipal.

• Disponibilizar, aos municípios brasileiros com potencial turístico, condições técnicas,organizacionais e gerenciais para o desenvolvimento da atividade turística.

• Estimular o fortalecimento das relações dos diferentes níveis do poder público com a inici-ativa privada, visando ao estabelecimento de parcerias para discutir os problemas e buscar soluçõesem benefício da comunidade.

Dinâmica do PNMT

• 1ª Fase - Conscientização: capacitação dos agentes multiplicadores nacionais, estaduais edos monitores municipais, para a mobilização, sensibilização e conscientização da comunidade.

• 2ª Fase - Capacitação: qualificação dos agentes multiplicadores nacionais, estaduais e dosmonitores municipais, para a orientação dos diversos segmentos da comunidade com vistas à cons-tituição do Conselho Municipal do Turismo e do Fundo Municipal do Turismo.

• 3ª Fase - Planejamento: capacitação dos agentes multiplicadores nacionais, estaduais edos monitores municipais, como facilitadores na metodologia simplificada de elaboração da estraté-gia municipal de desenvolvimento sustentável do turismo.

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Coordenação do PNMT

• • • • • Nacional - Compete à Coordenação Geral do PNMT, exercida pela EMBRATUR e pelasinstituições parceiras, planejar, coordenar, implantar, acompanhar e avaliar as ações do programaem nível nacional.

• • • • • Estadual - Compete ao Comitê Estadual do PNMT, formado por representantes da unidadegestora da política de turismo e das instituições parceiras estaduais, planejar, coordenar, implantar,acompanhar e avaliar as ações do programa no Estado.

• • • • • Municipal - Compete ao Conselho Municipal de Turismo, criado de acordo com a filosofiado PNMT, iniciar e coordenar o processo de elaboração do Plano de Desenvolvimento Sustentáveldo Turismo, por meio de metodologia simplificada de planejamento, com enfoque participativo.

Estágio de Valença no PNMT 16: 2ª fase.

� Índice de Qualidade dos Municípios � Verde

Em julho de 2001, a Fundação Centro de Informações e Dados do Rio de Janeiro � CIDEpublicou o IQM � Verde, estudo que compara as áreas cobertas pelos remanescentes da coberturavegetal com as ocupadas pelos diversos usos do solo, criando, desta forma, o Índice de Qualidadede Uso do Solo e da Cobertura Vegetal (IQUS), identificando ainda Corredores Prioritários para aInterligação de Fragmentos Florestais (CPIF) para escolha de áreas de reflorestamento. Seu princi-pal objetivo é a construção de indicadores capazes de permitir o monitoramento de remanescentesvegetais, dos diferentes ambientes fitoecológicos, que possam, fundamentalmente, servir de guiaspara o estabelecimento de políticas públicas confiáveis. As informações do mapeamento digital têmbase em dados coletados em 1994.

No Estado do Rio de Janeiro, o mapeamento de uso do solo e cobertura vegetal é o seguinte:

Os municípios do Estado do Rio de Janeiro foram classificados segundo os Índices de Qua-lidade de Uso do Solo e da Cobertura Vegetal � IQUS abaixo:

16 - Instituto Virtual de Turismo � www.ivt-rj.net � maio/2002.

Uso do solo Área em km2 PercentualPastagens 19.556 44,5Florestas ombrófilas densas 7.291 16,6Capoeiras (vegetação secundária) 6.814 15,5Área agrícola 4.135 15,5Restingas, manguezais, praias e várzeas (formaçõespioneiras) 1.900 4,3

Área urbana 1.846 4,2Corpos d�água 995 2,3Não sensoriado 586 1,3Área degradada 506 1,2Afloramento rochoso e campos de altitude 241 0,5Outros 39 0,1Total 43.910 100,0

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Valença, em 1994, tinha sua área distribuída da seguinte maneira: 20% de vegetaçãosecundária, 74% de pastagens e 5% não sensoriados.

O município se encaixa no cluster A - RODEIO, agrupamento com grande percentual depastagens, seguido por uma razoável cobertura de vegetação secundária. Dentre os municípiosdo cluster citado, constam: da Região Metropolitana, Seropédica; a Região Noroeste inteira,Aperibé, Bom Jesus do Itabapoana, Cambuci, Italva, Itaocara, Itaperuna, Laje do Muriaé,Miracema, Natividade, Porciúncula, Santo Antônio de Pádua, São José de Ubá e Varre-Sai; daRegião Norte, Cardoso Moreira e São Fidélis; da Região Serrana, Bom Jardim, Cantagalo, Carmo,Cordeiro, Duas Barras, Macuco e São Sebastião do Alto; da Região das Baixadas Litorâneas,Araruama, Rio das Ostras e São Pedro da Aldeia; da Região do Médio Paraíba, Barra do Piraí,Barra Mansa, Pinheiral, Piraí, Porto Real, Quatis, Rio das Flores e Valença; e da Região Centro-Sul, Comendador Levy Gasparian, Mendes, Paraíba do Sul, Paty do Alferes, Três Rios e Vas-souras.

Devido às atividades do homem, a tendência dos ecossistemas florestais contínuos, como asflorestas da costa atlântica brasileira, é de fragmentação. O processo de fragmentação florestalrompe com os mecanismos naturais de auto-regulação de abundância e raridade de espécies e levaà insularização de populações de plantas e animais. Num ambiente ilhado, ocorre maior pressãosobre os recursos existentes, afetando a capacidade de suporte dos ambientes impactados, aumen-tando-se o risco de extinção de espécimes da flora e da fauna.

A reversão da fragmentação apóia-se, fundamentalmente, no reflorestamento dos seg-mentos que unam as bordas dos fragmentos florestais. Estes eixos conectores são denomina-dos corredores. Além de viabilizar a troca genética entre populações, eles possibilitam a integraçãodos fragmentos numa mancha contínua, alavancando a capacidade de suporte da biodiversidaderegional.

O modelo de geração de Corredores Prioritários para a Interligação de Fragmentos Flores-tais � CPIF possibilitou a formação de 21.271 corredores em todo o Estado, totalizando 3.286km2,cerca de 7,5% do território fluminense, estando disponíveis no CD-ROM do CIDE os mapas dosmunicípios com as localizações dos CPIF.

Valença necessitaria reflorestar 190,5km2, o que representa 14,6% da área total do município.

Índice Área doEstado

Características

Rodeio 36%Maior percentual de pastagens; presença de pequenasmanchas urbanas; pequena influência de formações originaise de áreas agrícolas

Rural 26%Maior percentual de formações originais e de áreas agrícolas;presença de áreas urbanas, degradadas e de vegetaçãosecundária; quase nenhuma influência de pastagens

Nativo 18%Maiores áreas de formações originais e de pastagens;presença de vegetação secundária e áreas agrícolas; muitopouca influência das áreas urbanas e degradadas

Verde 13%Grandes áreas de formações originais e/ou de vegetaçãosecundária; menores valores percentuais de áreas urbanas,agrícolas, de pastagem ou degradadas

Metrópole 7% Maior percentual de áreas urbanas

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III - INDICADORES SOCIAIS

Em todo o mundo o setor público passa por profundas mudanças, buscando responder aosdesafios de melhorar a qualidade dos serviços prestados aos cidadãos, de fazer o melhor uso dosrecursos disponíveis e de prestar contas de suas ações.

O novo tipo de gestão pública deve ser menos hierárquico e mais participativo, tem por obri-gação rever processos para ocupar-se dos resultados e revisar procedimentos para simplificá-los,gerenciando seus custos e avaliando os resultados, tudo com o objetivo de elevar o desempenhogovernamental. Faz-se necessária uma avaliação dos programas desenvolvidos pelos órgãos dogoverno municipal através da utilização de indicadores sociais. Coletar, tratar e disponibilizar infor-mações é um imperativo da administração pública, no sentido de aumentar a efetividade de seusprogramas sociais e do conjunto de suas políticas públicas.

Em virtude de os resultados mais completos e detalhados do Censo 2000, segundo informa-ção do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística � IBGE, estarem programados para divulgaçãoem dezembro de 2002, alguns dos indicadores apresentados neste capítulo ainda não contempla-rão um retrato mais atual das condições sociais abordadas.

� Índice de Desenvolvimento Humano � IDH 17

Índice criado pela ONU no início da década de 90 que trouxe uma inovação ao introduzir,em sua concepção, além da variável econômica (renda), tradicionalmente utilizada nas compara-ções do grau de desenvolvimento entre países, variáveis que visam captar outros aspectos dascondições de vida da população. Ainda que tenham ocorrido algumas alterações em suametodologia de cálculo, o IDH tem mantido a sua concepção básica ao longo dos anos, sendocomposto de três índices, aos quais são atribuídos pesos iguais: longevidade (esperança de vidaao nascer), educação (número médio de anos de estudo e taxa de analfabetismo) e renda (rendafamiliar per capita média ajustada).

O IDH varia entre 0 e 1, e classifica os países segundo três níveis de desenvolvimento huma-no: países com baixo desenvolvimento humano (IDH até 0,5); países com médio desenvolvimentohumano (IDH entre 0,5 e 0,8) e países com alto desenvolvimento humano (IDH acima de 0,8).

17 - IPEA/FJP/IBGE/PNUD e Relatório das Contas de Gestão do Governador - Exercício 1999 - TCE-RJ.

Comparativo do IDH-M

-

0,100

0,200

0,300

0,400

0,500

0,600

0,700

0,800

0,900

1970 1980 1991

Censo

Capital Estado Valença

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O IDH-M é, assim como o IDH, um índice que mede o desenvolvimento urbano por unidadegeográfica. Como o IDH foi concebido para ser aplicado no nível de países e grandes regiões, suaaplicação no nível municipal tornou necessárias algumas adaptações conceituais e metodológicas.

No último censo disponível, Niterói ocupava o primeiro lugar no ranking estadual. A capitalocupava o segundo lugar, e o Estado ficou em quinto lugar, em amostra que inclui a capital, o próprioEstado e exclui vinte e um municípios novos.

Valença apresentou a seguinte evolução no IDH-M, de acordo com os censos de 1970, 1980e 1991, respectivamente: 0,653 / 0,713 / 0,739.

O município em análise ocupava a 14a posição em 1991, e sua evolução comparada é apre-sentada no gráfico a seguir.

� Índice de Qualidade dos Municípios � IQM 18

Em novembro/98, o CIDE lançou o IQM, cuja finalidade era avaliar as condições dos municí-pios para atrair investimentos, bem como sua capacidade de multiplicar os benefícios advindos. OIQM apresenta uma classificação geral de todos os municípios, a partir de sete grupos de indicado-res, com pesos diferentes, abordando aspectos das condições básicas consideradas necessáriasao eventual investimento. São eles:

1. Centralidade e vantagem locacional � representa a capacidade do município para estabelecervínculos com os mercados vizinhos.

2. Qualificação de mão-de-obra � representa o padrão de formação educacional da população, doponto de vista da especialização e profissionalização.

3. Riqueza e potencial de consumo � demonstra a riqueza existente no município, representadapela sua produção e pelo nível de rendimento de seus habitantes.

4. Facilidades para negócios � demonstra as facilidades existentes para a operação das empresase de seus funcionários.

5. Infra-estrutura para grandes empreendimentos � demonstra a presença, no município, de condi-ções favoráveis à implantação e operação de empresas de grande porte.

6. Dinamismo � demonstra o dinamismo da economia local, representada pela existência de al-guns serviços especializados e pelo nível de suas atividades.

7. Cidadania � representa as condições de atendimento às necessidades básicas da população domunicípio (saúde, educação, segurança, justiça e lazer).

De acordo com o estudo, a capital do Estado recebeu o índice 1,0000, estando em primeirolugar nos indicadores 1, 3, 4 e 6, a saber: centralidade e vantagem locacional, riqueza e potencial deconsumo, facilidades para negócios e dinamismo.

O segundo município no ranking estadual, Niterói, tem índice 0,6940 e está em primeiro lugarno indicador 2 � qualificação da mão-de-obra.

O terceiro colocado, Resende, tem índice 0,5701 e está em primeiro lugar no indicador 5 �infra-estrutura para grandes empreendimentos.

O vigésimo segundo colocado, Bom Jesus do Itabapoana, tem índice 0,3035 e está emprimeiro lugar no indicador 7 � cidadania.

18 - Índice de Qualidade dos Municípios - CIDE - 1998.

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O último colocado recebeu índice zero.

Valença encontra-se com o IQM 0,2803, vigésimo sexto colocado. Destaques na Região doMédio Paraíba, à qual Valença pertence, vão para Resende (0,5701), Volta Redonda (0,4530),Itatiaia (0,3626), Barra Mansa (0,3559) e Piraí (0,3329), respectivamente, terceiro, quinto, décimoprimeiro, décimo terceiro e décimo oitavo no ranking estadual.

Apresentamos, a seguir, gráfico com os Índices de Qualidade Municipal da Região do MédioParaíba:

� IQM � Necessidades Habitacionais

Também em julho de 2001, a Fundação Centro de Informações e Dados do Rio de Janeiro� CIDE publicou o IQM � Necessidades Habitacionais, fruto de convênio firmado entre aquelaFundação e o Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional � IPPUR, da UFRJ. Trata-se de um diagnóstico realizado como parte integrante de uma pesquisa de avaliação de experiên-cias recentes de municipalização de políticas de habitação, implementada a partir das mudançasintroduzidas pela Constituição de 1988, realizada pelo IPPUR, com base nos dados do censo doIBGE de 1991. Inicialmente programada para a Região Metropolitana, foi expandida para todo oterritório do Estado.

O conceito de necessidades habitacionais inclui três dimensões:

a) a déficit habitacional, correspondendo à necessidade de reposição de unidades precáriase ao atendimento à demanda;

b) a demanda demográfica, compreendendo a necessidade de construção de novas unida-des para atender ao crescimento demográfico;

c) a inadequação, que aponta para a necessidade de melhoria das unidades habitacionais,com determinados tipos de carência ou deficiência.

A composição do déficit habitacional se dá por domicílios improvisados ou rústicos totalmen-te inadequados para se viver, por coabitação familiar, e, ainda, por famílias pobres com aluguelexcessivo (acima de 30% da renda familiar).

Abordemos, inicialmente, o quadro de Valença, município que possuía 15.016 domicílios em1991, dos quais 12.568 urbanos e 2.448 rurais. De acordo com o estudo, o déficit habitacional totalrepresenta 1.943 domicílios, distribuídos conforme gráfico comparativo com a região e o Estado:

IQM - Região do Médio Paraíba

0,4530

0,3626

0,3559

0,3329

0,2803

0,2777

0,2293

0,2163

0,2103

0,1726

0,1619

0,5701Resende

Volta Redonda

Itatiaia

Barra Mansa

Piraí

Valença

Barra do Piraí

Rio das Flores

Porto Real

Pinheiral

Rio Claro

Quatis

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Como veremos mais adiante, no capítulo VI � INDICADORES DE GESTÃO, o município vemaplicando os recursos na função Habitação e Urbanismo conforme tabela abaixo, sendo o percentualrelativo à participação da despesa na função em relação ao total das despesas:

É fato que as camadas mais pobres da população são aquelas mais afetadas pelo déficithabitacional, o que pode ser confirmado nos gráficos que apresentam os déficits habitacionais porfaixa de renda familiar a seguir:

As moradias classificadas como inadequadas podem ter problemas relacionados aoadensamento excessivo ou à falta de acesso a infra-estrutura, com variáveis referentes a ilumina-ção, abastecimento de água, instalação sanitária e destino do lixo. A inadequação por carência deinfra-estrutura ocorre quando o domicílio não dispõe de condições mínimas aceitáveis de acessoaos quatro serviços básicos citados. Já a inadequação por deficiência de infra-estrutura sobrevémquando o domicílio dispõe destes serviços, mas não da maneira mais adequada.

Déficit Habitacional Relativo

0%

5%

10%

15%

20%

25%

% Déficit Urbano % Déficit Rural % Déficit Total

Valença Região do Médio Paraíba Estado

Nota: Por déficit habitacional relativo, entenda-se o total da demanda em relação ao total de domicílios existentes.

Ano Gasto na função(R$ milhões)

Participação no total dasdespesas

1997 1,3 8%1998 2,2 11%1999 2,0 10%2000 2,4 8%2001 1,3 4%

Estado do Rio de Janeiro

26%

8%3%

63%

ATÉ 2 SM DE 2 A 5 SMDE 5 A 10 SM ACIMA DE 10 SM

Região do Médio Paraíba

72%

22%

5% 1%

ATÉ 2 SM DE 2 A 5 SMDE 5 A 10 SM ACIMA DE 10 SM

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22

ESTUDO SOCIOECONÔMICO 1997-2001

VALENÇA

Os dados sobre inadequação de moradia são trabalhados dentro do universo dos domicíliosparticulares permanentes, o que exclui os domicílios rústicos e improvisados, abrangidos no indica-dor de déficit habitacional.

Valença apresentava, de acordo com o estudo, 5.490 domicílios com carência de infra-estruturae outros 748 com deficiência da mesma, totalizando 41,5% do estoque com inadequação habitacional,conforme ilustra o gráfico a seguir:

O detalhamento de inadequabilidade na região está apresentado na tabela adiante:

Graficamente, a situação de atendimento ao IQM � Necessidades Habitacionais e deinadequação no Estado e na região é a seguinte:

Finalmente, cabe citar que a inadequação por adensamento excessivo, categoria computadaapenas na situação urbana, foi quantificada em 1.092 domicílios, representando 9% do estoqueurbano de Valença.

Valença

37%

5%

58%

ATENDIDOS CARÊNCIA DEFICIÊNCIA

Carência de infra-estrutura Deficiência de infra-estruturaIluminação Abastecimento

de águaInstalaçãosanitária

Destino dolixo

Iluminação Abastecimentode água

Instalaçãosanitária

Destino dolixo

2% 2% 15% 17% 4% 1% 2% 6%

Estado

57%32%

11%

ATENDIDOS CARÊNCIA DEFICIÊNCIA

Região do Médio Paraíba

63%

25%

12%

ATENDIDOS CARÊNCIA DEFICIÊNCIA

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TRIBUNAL DE CONTAS DOESTADO DO RIO DE JANEIROSecretaria-Geral de Planejamento

ESTUDO SOCIOECONÔMICO 1997-2001

VALENÇA

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� IQM � Carências 19

O IQM � Carências, desenvolvido pela Fundação CIDE, foi construído como um indicadorsintético, com o objetivo de retratar a distância entre a realidade existente em cada um dos municí-pios fluminenses e aquela de uma sociedade ideal, na qual se vivencie um elevado grau de eqüida-de e cidadania plena. A carência apontada neste índice não representa pobreza ou miséria, mas agraduação da qualidade de vida em educação; saúde; habitação e saneamento; mercado de traba-lho; comércio; segurança; transportes; comunicações; esporte, cultura e lazer; participação comuni-tária; e descentralização administrativa.

O resultado geral partiu do cruzamento de 42 variáveis, selecionadas a partir dessas 11áreas temáticas, abordadas através de três diferentes níveis de exigência. Para definição destasáreas e dos parâmetros adotados nos respectivos indicadores, elegeu-se, como marco teórico, aConstituição de 1988, tanto no que diz respeito aos direitos sociais estabelecidos para toda a popu-lação quanto na definição de um novo arcabouço jurídico-institucional de governança, que apontapara o município como o locus privilegiado de exercício da cidadania. A seleção das variáveis tam-bém procurou captar alternadamente indicadores que reflitam a atuação do poder público, da socie-dade civil e da iniciativa privada, tendo como referência positiva uma sociedade em que os diferen-tes atores ajam em regime de co-responsabilidade.

O foco do estudo centrou-se na avaliação e mensuração do quantum de cidadania já foialcançado pela sociedade fluminense, investigando-se também as condições potenciais para a ma-nutenção ou para a melhora futura deste patamar, de acordo com as condições de vida e de ofertade bens e serviços presentes nos respectivos municípios.

A pirâmide que serviu de base para o cálculo do índice de carências está dividida em trêsníveis, que se diferenciam pelo grau de progresso intelectual, cultural e material. Os níveis estãodefinidos conforme descrição a seguir:

• Nível 1 - representa as necessidades básicas: corresponde à base da pirâmide. Aí estãoos indicadores de necessidades cuja satisfação garante a sobrevivência com dignidade.Trata-se, porém, das necessidades básicas ampliadas, isto é, aquelas decorrentes dasnovas possibilidades e exigências da vida moderna.

• Nível 2 - representa o aumento de oportunidades de ascensão social: é o nível interme-diário, em que estão incluídos indicadores demonstrativos de um maior progresso. Retra-ta a possibilidade de acesso a serviços e bens que permitem não só resolver as necessi-dades básicas mas ir além, isto é, obter oportunidades concretas (referentes a algunsdiferenciais no desenvolvimento humano) que colocam o indivíduo no caminho de algu-mas realizações pessoais.

• Nível 3 - representa o autodesenvolvimento e a auto-satisfação: é o topo da pirâmide aoqual todos deveriam chegar, dentro de um espírito de eqüidade e justiça e no qual osindivíduos têm condições de aproveitar todo o seu potencial e de obter conquistas eauto-satisfação.

O índice total oscilou entre 32,4% (Rio de Janeiro) e 64,0% (Japeri). Quanto mais alto opercentual apurado no índice, maior o seu nível de carência, nos conceitos expostos anterior-mente. Já com relação ao ranking dos municípios abordados (incluída a capital e excluído Mes-quita), quanto mais alta sua colocação, mais baixo é seu índice de carências.

O município de valença encontra-se em 74º lugar entre os noventa e um municípios ana-

19 - Índice de Qualidade dos Municípios � Carências - CIDE - 2001.

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ESTUDO SOCIOECONÔMICO 1997-2001

VALENÇA

lisados, com um índice total de 48,2%. O gráfico a seguir apresenta o comparativo entre osmunicípios da Região do Médio Paraíba.

Com relação ao 1º nível da pirâmide do IQM � Carências, Valença está em 69º lugar noEstado, com a marca de 43,2%.

Já com relação ao 2º nível da pirâmide do IQM � Carências, o município está em 77º lugar noEstado, com a marca de 53,8%.

Finalmente, com relação ao 3º nível da pirâmide do IQM � Carências, Valença está em 70ºlugar no Estado, com a marca de 56,3%.

As tabelas e gráficos a seguir demonstram em detalhe as características e índices alcança-dos de carência em cada nível da pirâmide do indicador. Por se tratar de um complexo conjunto devariáveis, suas leituras demandam um momento de reflexão. Nesse sentido, há mérito incontestávelna concepção deste indicador pelos técnicos da Fundação CIDE.

IQM � Carências na Região do Médio Paraíba

60,6

58,6

58,4

58,0

57,0

55,4

50,2

48,9

48,2

44,5

41,0

37,8

0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0 70,0

Rio Claro

Rio das Flores

Porto Real

Quatis

Pinheiral

Piraí

Itatiaia

Barra do Piraí

Valença

Barra Mansa

Resende

Volta Redonda

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VALENÇA

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Indicadores do 1º Nível � Necessidades básicas � Peso de 55,6% no índice total

Nome Descrição Fonte/Ano

Alfabetização dosjovens

Pessoas de 15 a 24 anos com, pelo menos, 4 anos deestudo/total de pessoas de 15 a 24 anos*100 IBGE, 96

Infra-estrutura dasescolas

Escolas com energia elétrica, água, esgoto e biblio-teca/total de escolas*100 SEE, 99

Mortalidade na infância

Óbitos de pessoas de 0 a 4 anos por doenças infecciosase parasitárias, doenças respiratórias ou afecçõesoriginadas no período perinatal/total de óbitos de pessoasde 0 a 4 anos*100

SES, 97/99

Nascimentos com pré-natal

Nascimentos com número adequado de consultas pré-natal/total de nascimentos*100 SES, 99

Déficit habitacional Cálculo no IQM � Necessidades Habitacionais CIDE, 91Inadequação por infra-estrutura Cálculo no IQM � Necessidades Habitacionais CIDE, 91

Formalidade dasrelações de trabalho Empregos formais/população ocupada*100 RAIS, 98

Equipamentosesportivos, culturais, deinformação e lazer

(Redes de TV sintonizadas/7, existência de estádio ouginásio poliesportivo, estação de rádio, bibliotecapública)/4*100

IBGE, 99

Direito à vida Número de homicídios/população*100.000 I.Cano, 98Comércio varejista debens cotidianos oufreqüentes

Número de setores presentes/total de setores*100 SEF, 99

Acessibilidade Extensão da rede de estradas pavimentadas/área domunicípio DER/CIDE, 00

Telefone público Número de telefones públicos/número adequado detelefones públicos*100 TELEMAR, 00

Rendimento de trabalho Empregados com rendimento superior a 3 saláriosmínimos/total de empregados*100 RAIS, 98

Existência efuncionamento deconselhos municipais eórgãos de justiça

(4 conselhos municipais principais regulamentados einstalados + existência de Juizado de Pequenas Causas,Defesa do Consumidor e Conselho Tutelar)/7*100

IBGE, 99

Valença

80,8

49,9

82,8

25,4

77,2

3,6

62,9

36,6

12,9

10,3

80,3

69,1

12,5

43,2

0,0

0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0 70,0 80,0 90,0 100,0

Existência e funcionamento de conselhos municipais e órgãos de justiça

Rendimento do trabalho

Telefone público

Acessibilidade

Comércio varejista de bens cotidianos ou freqüentes

Direito à vida

Equipamentos esportivos, culturais, de informação e de lazer

Formalidade das relações de trabalho

Inadequação por infra-estrutura

Déficit habitacional

Nascimentos com pré-natal

Mortalidade na infância

Infra-estrutura das escolas

Alfabetização dos jovens

Total de carências no 1º nível

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ESTUDO SOCIOECONÔMICO 1997-2001

VALENÇA

Indicadores do 2º Nível � Aumento de Oportunidades de Ascensão Social � Peso de 33,3%Nome Descrição Fonte/Ano

Instrução dos adultos Pessoas de 20 a 29 anos com 11 anos ou mais deestudo/total de pessoas de 20 a 29 anos*100 IBGE, 96

Dependências escolaresEscolas com sala de TV e vídeo, quadra de esportes,laboratório de informática e laboratório de ciências/totalde escolas*100

SEE, 99

Mortalidade por doençasdo aparelho circulatório

Óbitos de pessoas de 40 a 59 anos por doenças doaparelho circulatório/população de 40 a 59 anos*100.000 SES, 97/99

Disponibilidade de leitos Leitos nas clínicas básicas/população*1.000 IBGE, 99

Favelas

(Existência de favelas e cadastro, loteamentos irregularese cadastro, legislação de interesse especial, programa deregularização fundiária e programa de urbanização deassentamentos)/5*100

IBGE, 99

Iluminação epavimentação das viasurbanas

min {percentual de vias iluminadas e percentual de viaspavimentadas} IBGE, 99

Tempo de permanênciano emprego

Desligamentos com tempo superior a 12 meses/total deempregos*100 RAIS, 99

Equipamentos esportivos,culturais, de informação elazer

(Existência de videolocadora, loja de discos, fita e CD,teatro ou casa de espetáculos, livraria e jornaisdiários)/5*100

IBGE, 99

Direito à integridade física Lesões corporais dolosas e culposas/população*100.000 SSP, 99Comércio varejista debens cotidianos,freqüentes e poucofreqüentes

Número de setores presentes/total de setores*100 SEF, 99

Transporte públicointermunicipal Municípios com linhas de ônibus/total de municípios*100 DETRO, 01

Telefones Número de telefones instalados/número adequado detelefones instalados*100 TELEMAR, 00

Rendimento de trabalho Empregados com rendimento inferior a 5 saláriosmínimos/total de empregados*100 RAIS, 99

Existência efuncionamento deconselhos municipais

(4 conselhos municipais principais regulamentados e ins-talados, paritários, deliberativos e administrando fundos eos 6 restantes regulamentados e instalados)/22*100

IBGE, 99

Valença

31,8

92,3

48,1

91,2

34,8

61,1

51,6

35,0

60,0

69,0

97,9

80,4

53,8

0,0

0,0

0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0 70,0 80,0 90,0 100,0

Existência e funcionamento de conselhos municipais

Rendimento do trabalho

Telefones

Transporte público intermunicipal

Comércio varejista de bens cotidianos, freqüentes e pouco freqüentes

Direito à integridade física

Equipamentos esportivos, culturais, de informação e lazer

Tempo de permanência no emprego

Iluminação e pavimentação de vias urbanas

Favelas

Disponibilidade de leitos

Mortalidade por doenças do aparelho circulatório

Dependências escolares

Instrução dos adultos

Total de carências no 2º nível

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VALENÇA

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Indicadores do 3º Nível � Autodesenvolvimento e Auto-Satisfação � Peso de 11,1%Nome Descrição Fonte/Ano

Instrução dos jovens Pessoas de 18 e 19 anos com 11 anos ou mais deestudo/total de pessoas de 18 e 19 anos*100 IBGE, 96

Ensino superior, mestradoou doutorado Número de áreas com cursos/total de áreas*100 MEC

Mortalidade de idosos Óbitos de pessoas de 70 anos ou mais/pessoas de 70anos ou mais*100 SES, 99

Procedimentosassistenciais de altacomplexidade

Número de procedimentos disponíveis/total de proce-dimentos*100 DATASUS, 00

Conforto domiciliar Domicílios com até 2 habitantes por dormitório/total dedomicílios*100 IBGE, 91

Regulação e controle deuso e ocupação do solo

(Emissão de licença para construção, cadastro territorialatualizado, arrecadação de IPTU e lei de zonea-mento)/4*100

IBGE, 99

Qualidade daremuneração

Empregados com 2º grau completo com rendimentosuperior a 3 salários mínimos/total de empregados*100 RAIS, 99

Equipamentos esportivos,culturais, de informação elazer

(Existência de sintonia de 7 redes de TV, emissora de TVgeradora de imagem, shopping center, número adequadode cinemas e museu)/5*100

IBGE, 99

Direito à propriedade Número de roubos e furtos/população*100.000 SSP, 99Comércio varejista detodos os bens Número de setores presentes/total de setores*100 SEF, 99

Transporte particular Número de automóveis particulares licenciados/população DETRAN, 00CIDE, 00

Internet Número de provedores de internet/número de provedoresde internet necessários*100 IBGE, 99

Rendimento Empregados com rendimento superior a 10 saláriosmínimos/total de empregados*100 RAIS, 99

Existência efuncionamento deconselhos municipais

(Todos os 10 conselhos municipais regulamentados einstalados, paritários, deliberativos e administrandofundos)/40*100

IBGE, 99

Valença

52,5

97,3

100,0

73,6

41,7

34,9

20,0

82,3

26,7

28,6

81,8

12,5

50,0

85,8

56,3

0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0 70,0 80,0 90,0 100,0

Existência e funcionamento de conselhos municipais

Rendimento

Internet

Transporte particular

Comércio varejista de todos os bens

Direito à propriedade

Equipamentos esportivos, culturais, de informação e lazer

Qualidade da remuneração

Regulação e controle de uso e ocupação do solo

Conforto domiciliar

Procedimentos assistenciais de alta complexidade

Mortalidade de idosos

Ensino superior, mestrado ou doutorado

Instrução dos jovens

Total de carências no 3º nível

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ESTUDO SOCIOECONÔMICO 1997-2001

VALENÇA

� Dados da Educação

A educação aparece, desde o final do século XX, como um fator fundamental para o crescimentoeconômico e para a competitividade nos mercados globalizados. Nos atuais cenários, a qualidade emconhecimentos da população de um país constitui, sem dúvida, um elemento diferenciador estratégico.

A possibilidade de ter uma educação de boa qualidade surge como um pré-requisito parauma inserção produtiva estável. Análises recentes indicam correlações entre as sociedades, osgraus de educação e o tipo de inserção no mercado de trabalho. Contar com pessoas melhor quali-ficadas abre caminho, por exemplo, para a incorporação de processos tecnológicos, permitindoinovações e mudanças, gerando transformações. O nível de educação das pessoas terá forte reper-cussão, tanto no seu rendimento individual, como no rendimento coletivo das organizações a quepertencem. É sabido que os trabalhadores qualificados têm uma incidência técnica positiva sobre oseu grupo de trabalho e aceleram a produtividade coletiva.

Por essas e outras razões, a educação é considerada um dos investimentos de mais altoretorno. Pode-se indicá-la como uma das melhores iniciativas para diminuir as desigualdades, aotrazer oportunidades de melhor qualificação do conjunto da população. A redução das desigualda-des cria condições favoráveis para um aumento significativo do investimento no capital humano.Como já visto na apresentação do IQM � Carências, os menos favorecidos apresentam carênciasem dimensões essenciais de seu desenvolvimento humano, que os impedem de ter melhores condi-ções de eqüidade social. Em recente análise, Amartya Sen, um dos criadores do Índice de Desen-volvimento Humano (IDH), observou que as chamadas condições básicas mínimas, que poderãodefinir a possibilidade de oportunidades que cada um terá, não se restringem apenas à questão darenda e suas conseqüências econômicas. Mas, também, nas capacidades necessárias para se al-cançar os estados nutricionais adequados, um bom padrão de saúde, o direito a moradia e a possi-bilidade de acesso e permanência na escola.

Independentemente das particularidades regionais, como já dito anteriormente, uma das con-dições indispensáveis para que o poder público exerça de forma eficaz o padrão moderno de gestãoé a existência de um conjunto de informações confiáveis e organizadas, que se tornem instrumentosefetivos para tomada de decisão, pois a qualificação da população, como demonstrado, estácorrelacionada a diversas políticas públicas. Em se tratando de educação, Estado e municípiosresponderam, em 2001, por 48% dos alunos matriculados no ensino infantil (creche, pré-escola eclasse de alfabetização), por 81% dos alunos do ensino fundamental e por 77% dos matriculados noensino médio, em um universo de 3,7 milhões de estudantes cariocas e fluminenses até esse últimonível de ensino. O estabelecimento de uma relação de cooperação entre Estado e municípios, naaquisição e organização dessas informações, propiciará melhor reflexão acerca dos indicadoreslevantados e, certamente, criará reflexos nas administrações municipais.

O que a sociedade espera da educação é que ela responda às necessidades de um novoperfil de qualificação, no qual não só a aquisição do conhecimento seja importante, mas também asua melhor utilização, já que ela deve, ainda, instrumentalizar todos a lidar com os novos parâmetrosde difusão de informações gerados pela informática e pelos meios de comunicação de massa. Aeducação, portanto, deve contribuir para recuperar/construir a dimensão social e ética do desenvol-vimento econômico e capacitar para o exercício da cidadania.

Proporcionar uma educação cidadã é levar a todos a possibilidade de aquisição contínua deconhecimentos, a formação de hábitos de convivência num mundo plural, a compreensão de idéiase valores, e a conscientização dos seus direitos e deveres na sociedade em que vivem.

Vale lembrar, ainda, que a educação significa, também, maior conquista da liberdadeinterior, adquirida à medida que o indivíduo vai desenvolvendo sua capacidade de discernir,avaliar e decidir.

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ESTUDO SOCIOECONÔMICO 1997-2001

VALENÇA

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Contrariamente à idéia de que o homem precisa ser educado para se transformar num meiode produção, pronto para enfrentar o mercado, está o conceito de que a educação deve prepará-lopara ser ele mesmo, para ser livre e seu maior recurso. Como dizia Einstein:

�Não basta ensinar ao homem uma especialidade, porque se tornará assim uma má-quina utilizável, mas não uma personalidade. É necessário que adquira um sentimen-to, um senso prático daquilo que vale a pena ser empreendido, daquilo que é belo, doque é moralmente correto. A não ser assim, ele se assemelhará, com seus conheci-mentos profissionais, mais a um cão ensinado, do que a uma criatura harmoniosa-mente desenvolvida. Deve aprender a compreender as motivações dos homens, suasangústias, para determinar com exatidão seu lugar preciso, em relação a seus próxi-mos e a sua comunidade�.

Em um breve resumo sobre a situação da estrutura educacional 20 no Estado do Rio deJaneiro, pode-se dizer que houve crescimento no número de estabelecimentos escolares em rela-ção a anos anteriores, chegando em 2001 a um total de 9.900 unidades, onde são oferecidas diver-sas modalidades de ensino.

Com referência ao ano de 2001, verifica-se que a quase totalidade encontra-se em áreaurbana, e ainda:

1) Com relação ao quantitativo de escolas:

- dos 5.930 estabelecimentos da pré-escola, a rede pública é responsável por cerca de 47%deles. A Classe de Alfabetização, que soma 2.841 estabelecimentos, entretanto, conta com menosde 1% de rede pública;

- o ensino fundamental é disponibilizado em 8.074 escolas, das quais, aproximadamente,65% são públicas;

- a rede pública é responsável por cerca de 53% das 1.735 escolas do ensino médio no Estado;

- a educação de jovens e adultos é encontrada em 1.133 escolas, sendo que 74% delas sãopúblicas;

- na educação especial, o Estado dispõe de 599 escolas, das quais 82% são públicas.

2) Quanto à função docente, o Estado dispõe de 218.746 professores 21 em todas as redes.

3) No que diz respeito ao número de matrículas iniciais:

- a educação infantil disponibilizou 477 mil matrículas, pertencendo à rede pública 44% dosalunos da creche, 58% da pré-escola e 2% da classe de alfabetização;

- no ensino fundamental, o total de matrículas foi de 2,46 milhões, das quais 55% referem-seao segmento da 1ª a 4ª séries e 45% da 5ª a 8ª. Deste total de matrículas, 82% são de responsabi-lidade da rede pública;

- no ensino médio, o total de matrículas foi de 707 mil, cerca de 79% feitas na rede pública;

- na educação de jovens e adultos, o total de matrículas foi de 218 mil, novamente 79% narede pública;

- a educação especial teve cerca de 21 mil matrículas, 57% na rede pública.

20 - MEC/INEP � Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais.21 - Observação: o mesmo docente pode atuar em mais de um nível e modalidade de ensino.

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ESTUDO SOCIOECONÔMICO 1997-2001

VALENÇA

Em relação a dados de 1999, é importante observar:

� O crescimento verificado nas taxas de escolarização por nível de ensino no Estado. A faixaetária de 7 a 14 anos tem um percentual de 98% de atendimento. Na faixa etária seguinte, de 15 a17 anos, também se verifica crescimento, em relação a dados anteriores, atingindo, hoje, um atendi-mento de 87%.

� Com relação às taxas de rendimento escolar no ensino fundamental, através dos dadosdisponíveis, constata-se que na 5ª série há um aumento da taxa de reprovação e de evasão escolar,que atinge o seu maior percentual na 8ª série.

� No ensino médio, verifica-se que na 1ª série a taxa de aprovação é de cerca de 64% e queo restante ou foi reprovado ou excluído da escola. É a série que possui o maior percentual derepetência no 2º grau.

Embora os avanços na obrigatoriedade legal da educação básica e o aumento, significativo,do número de matrículas representem progresso muito positivo, o problema ainda está na qualidadeda educação oferecida que, na sua forma mais perversa, ocasiona grandes índices de repetência ereforça os níveis de desigualdade entre os indivíduos.

Apresentamos, a seguir, alguns indicadores que pudemos apurar com as informações dispo-níveis 22.

Valença dispõe da seguinte rede de ensino, entre unidades federais, estaduais, municipais eparticulares:

* Obs: Número de matrículas somente nos ensinos infantil, fundamental e médio.

Houve crescimento de 3% no número de matrículas, com incremento de 0% no número desalas entre 1998 e 2001, o que propiciou aumentar a média de 32,97 alunos por sala de aula em1998 para 33,78 em 2001.

Em um maior nível de detalhamento, apresentamos abaixo o quadro sobre todos os estabe-lecimentos de ensino infantil, que engloba creche, pré-escola e classe de alfabetização (CA):

AnoNº de

unidades% do

municípioNº de salas

em usoNúmero dematrículas *

1998 100 77% 568 18.7291999 97 76% 561 19.901

2000 93 74% 569 19.695

Estabelecimentosde ensino

2001 88 73% 570 19.252

Ano

Nº deunidades

Nº deprofessores

Nº dematrículas

Rateio aluno/professor no

município

Rateio aluno/professor na região

98 85 232 3.561 15,3 17,399 69 180 3.304 18,4 17,100 68 178 3.462 19,4 17,601 68 184 3.582 19,5 16,9

22 - Fundação CIDE/SEE - 1998 a 2001. De acordo com a versão anterior, os dados de 1997 não apresentavam consistência e foramsuprimidos nesta edição.

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ESTUDO SOCIOECONÔMICO 1997-2001

VALENÇA

31

Quanto às matrículas iniciais, verificamos evolução de 1% no período de 1998 a 2001, acompa-nhada por redução do quadro do corpo docente, com piora do rateio aluno/professor, superior aoapresentado na região.

Não há dados disponíveis sobre o desempenho desse nível de ensino. Mas, com relação àqualificação do corpo docente do ensino infantil, o gráfico abaixo ilustra a evolução de 1998 para 2001 23:

Este indicador comparativo do ensino infantil aponta predominância de professores com for-mação no segundo grau.

Especificamente da rede municipal, responsável por 64% das matrículas do ensino infantilem 2001, o quadro que se apresenta é o seguinte:

Pode-se verificar que houve uma significativa redução na rede de ensino do município, comdiminuição das unidades escolares oferecidas, corpo docente e quantitativo de matrículas. Observa-se um agravamento nos índices do rateio aluno/professor, no município, ainda que menores que osíndices apresentados pela região.

Valença apresenta o panorama abaixo para o ensino fundamental:

Educação Infantil - Número de Professores por Formação

0

50

100

150

200

250

1º grau 6 1 8 02º grau 194 153 131 1493º grau 32 26 39 35

1998 1999 2000 2001

AnoNº de

unidadesNº de

professoresNº de

matrículas

Rateio aluno/professor no

município

Rateio aluno/professor na região

98 67 170 2.426 14,3 18,899 55 133 2.322 17,5 19,200 53 122 2.373 19,5 19,801 53 126 2.307 18,3 19,4

Ano

Nº deunidades

Nº deprofessores

Nº dematrículas

Rateio aluno/professor no

município

Rateio aluno/professor na região

98 85 810 12.249 15,1 18,399 80 779 13.502 17,3 19,400 77 849 13.086 15,4 17,901 75 852 12.629 14,8 17,8

23 - SEE � Ensino fundamental incompleto/completo; ensino médio com magistério ou outra formação completa; ensino superior com ou semlicenciatura.

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32

ESTUDO SOCIOECONÔMICO 1997-2001

VALENÇA

Observa-se, no período, aumento de 3% no número de alunos do ensino fundamental, acom-panhado por maior incremento no quadro de docentes, com melhora do rateio de alunos por profes-sor, inferior ao observado na região.

Especificamente em relação à rede estadual, que teve 54% dos alunos matriculados de 2001,o quadro que se apresenta é o seguinte:

Observa-se, no período, redução de 1% no número de alunos na rede estadual do ensinofundamental, acompanhado por maior incremento no quadro de docentes, com melhora do rateio dealunos por professor, inferior ao observado na região.

Já na rede municipal, predominante no volume de matrículas, com 42% do total em 2001, osdados seguem na tabela:

Observa-se, no período, aumento de 9% no número de alunos na rede municipal do ensinofundamental, acompanhado por maior incremento no quadro de docentes, com piora do rateio dealunos por professor, inferior ao observado na região.

O indicador de distorção de série por idade foi implementado há três anos pelo Centro deInformações e Dados do Rio de Janeiro � CIDE e permite verificar o percentual de estudantes comidade acima da adequada para a série em estudo, obedecendo à seguinte tabela:

Os gráficos a seguir apresentam o nível de distorção por rede de ensino e a comparação coma região do município e com a média do Estado:

AnoNº de

unidadesNº de

professoresNº de

matrículas

Rateio aluno/professor no

município

Rateio aluno/professor na redeestadual da região

98 15 390 6.883 17,6 19,099 15 343 7.285 21,2 20,900 16 409 6.812 16,7 18,301 16 411 6.805 16,6 17,1

AnoNº de

unidadesNº de

professoresNº de

matrículas

Rateio aluno/professor no

município

Rateio aluno/professor na rede

municipal da região98 66 381 4.827 12,7 19,699 61 388 5.642 14,5 20,500 57 387 5.723 14,8 19,101 55 396 5.279 13,3 19,7

Série 1ª 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª 7ª 8ªIdade 7 anos 8 anos 9 anos 10 anos 11 anos 12 anos 13 anos 14 anos

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VALENÇA

33

Pode-se observar que a rede privada tem taxas inferiores às redes públicas, sendo a munici-pal aquela que apresenta maiores taxas no seqüencial das séries.

Os indicadores de aprovação e de repetentes serão os mesmos apresentados na ediçãoanterior, em virtude de não termos obtido dados mais recentes.

O gráfico a seguir apresenta comparação do percentual de aprovados no município com osda região e do Estado, ao final do ano de 1999:

Taxas de Distorção Série-Idade do Ensino Fundamental noMunicípio em 2001

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

Total 1ªsérie 2ªsérie 3ªsérie 4ªsérie 5ªsérie 6ªsérie 7ªsérie 8ªsérie

Perc

entu

al

Total Rede Privada Rede Estadual Rede Municipal

Comparativo da Taxa de Distorção Série-Idade no EnsinoFundamental em 2001

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

Perc

entu

al

No Município Na Região No Estado

No Município 75,97 49,26 81,26 84,70 85,34 87,12 86,87 81,27 79,79Na Região 65,08 37,12 64,12 67,40 70,61 76,50 76,41 75,18 75,41No Estado 66,10 44,93 66,12 68,94 70,34 75,71 74,09 72,00 72,36

Total 1ªsérie 2ªsérie 3ªsérie 4ªsérie 5ªsérie 6ªsérie 7ªsérie 8ªsérie

Taxa de Aprovação no Ensino Fundamental - 1999

404550556065707580859095

100

1ª série 2ª série 3ª série 4ª série 5ª série 6ª série 7ª série 8ª série

Valença Região do Médio Paraíba Estado

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34

ESTUDO SOCIOECONÔMICO 1997-2001

VALENÇA

Em 1999, Valença teve percentual de alunos repetentes no ensino fundamental na média de15,7%, enquanto a média na Região do Médio Paraíba foi de 13,9%. Já em 2000, as mesmas taxasforam de 14,7% e 12,5%, respectivamente.

O gráfico abaixo apresenta um comparativo, por série do ensino fundamental, da taxa derepetentes em 2000, apontando taxas superiores às apresentadas na região e no Estado na maioriadas séries, chegando a 25% de repetentes na 5ª série:

Com relação à qualificação do corpo docente do ensino fundamental, o gráfico a seguir ilus-tra a evolução de 1998 para 2001:

No caso do ensino fundamental, este indicador comparativo aponta predominância de pro-fessores com formação no ensino superior, com expressiva participação daqueles com formação nosegundo grau.

Os gráficos a seguir mostram a formação dos professores das redes públicas no ano de 2001:

Percentual de Alunos Repetentes no Ensino Fundamental

-

5,00

10,00

15,00

20,00

25,00

30,00

1ª série 2ª série 3ª série 4ª série 5ª série 6ª série 7ª série 8ª série

Valença Região do Médio Paraíba Estado

Educação Fundamental - Número de Professores por Formação

0

100

200

300

400

500

600

700

1º grau 5 1 9 02º grau 302 281 278 2763º grau 503 497 562 576

1998 1999 2000 2001

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VALENÇA

35

No caso dos professores estaduais no ensino fundamental, observa-se predominância deprofessores com formação no segundo grau para a primeira fase do curso (antigo primário) e dedocentes com terceiro grau na segunda fase (antigo ginásio), o mesmo ocorrendo no quadro deprofessores municipais, com diferente distribuição.

Com relação ao ensino médio:

O aumento de 4% no número de matrículas foi acompanhado por maior incremento no qua-dro de docentes, propiciando melhora do rateio de alunos por professor, culminando com rateiosinferiores aos da região no ano 2001.

Especificamente da rede estadual, predominante no volume de matrículas, com 94% do totalde 2001, o quadro que se apresenta é o seguinte:

Rede Estadual - 1ª a 4ª séries

2º grau Magis.Completo 2º grau Outra Form.Completo3º grau Licenciatura Comp. 3º grau Comp s/Lic. com Mag3º grau Comp s/Lic. sem Mag

Rede Estadual - 5ª a 8ª séries

2º grau Magis.Completo 2º grau Outra Form.Completo3º grau Licenciatura Comp. 3º grau Comp s/Lic. com Mag3º grau Comp s/Lic. sem Mag

Rede Municipal - 1ª a 4ª séries

1º grau Incompleto 1º grau Completo2º grau Magis.Completo 2º grau Outra Form.Completo3º grau Licenciatura Comp. 3º grau Comp s/Lic. com Mag3º grau Comp s/Lic. sem Mag

Rede Municipal - 5ª a 8ª séries

2º grau Magis.Completo 2º grau Outra Form.Completo3º grau Licenciatura Comp. 3º grau Comp s/Lic. com Mag3º grau Comp s/Lic. sem Mag

Ano

Nº deunidades

Nº deprofessores

Nº dematrículas

Rateio aluno/professor no

município

Rateio aluno/professor na região

98 13 234 2.919 12,5 16,399 13 216 3.095 14,3 16,400 12 245 3.147 12,8 14,801 12 304 3.041 10,0 13,7

AnoNº de

unidadesNº de

professoresNº de

matrículas

Rateio aluno/professor no

município

Rateio aluno/professor na redeestadual da região

98 9 181 2.438 13,5 18,899 9 162 2.647 16,3 19,400 9 198 2.815 14,2 16,501 9 268 2.865 10,7 14,9

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VALENÇA

Observa-se, no período, aumento de 18% no número de alunos do ensino médio em escolasdo Estado, acompanhado por maior incremento no quadro de docentes, com melhora do rateio dealunos por professor, inferior ao observado na região.

Da mesma forma como apresentamos dados sobre o indicador de distorção de série poridade do ensino fundamental, o ensino médio obedece à seguinte tabela relativa à idade adequadapara a série em estudo:

O município apresentou a seguinte série comparativa com a região e o Estado, no ano 2000,para o ensino médio:

Pode-se observar que a rede privada tem taxas inferiores à rede pública.

Como já citado anteriormente, os indicadores de aprovação e de repetentes serão os mes-mos apresentados na edição anterior.

Série 1ª 2ª 3ªIdade 15 anos 16 anos 17 anos

Taxas de Distorção Série-Idade do Ensino Médio noMunicípio em 2001

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

Total 1ªsérie 2ªsérie 3ªsérie

Perc

entu

al

Total Rede Privada Rede Estadual Rede Municipal

Comparativo da Taxa de Distorção Série-Idade no Ensino Médio em 2001

74

76

78

80

82

84

86

88

Perc

entu

al

No Município Na Região No Estado

No Município 83,75 85,82 82,28 82,00Na Região 80,09 80,99 80,11 79,27No Estado 80,24 81,48 80,22 78,03

Total 1ªsérie 2ªsérie 3ªsérie

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VALENÇA

37

O gráfico a seguir apresenta comparação do percentual de aprovados no município com osda região e do Estado, ao final do ano de 1999:

Em 1999, Valença teve percentual de alunos repetentes no ensino médio na faixa de 4,1%,enquanto a média na Região do Médio Paraíba foi de 9,2%. Já no ano de 2000, as mesmas taxasforam de 8,2% e 8,0%, respectivamente.

Diferentemente do verificado na performance do curso fundamental, o ensino médio apre-senta taxas inferiores às médias da região e do Estado nas 1ª e 3ª séries, e um pouco superior nasegunda série. O gráfico abaixo apresenta um comparativo, por série do ensino médio, da taxa derepetentes em 2000:

Com relação à qualificação do corpo docente do ensino médio, o gráfico a seguir ilustra aevolução de 1998 a 2001:

Taxa de Aprovação no Ensino Médio - 1999

404550556065707580859095

100

1ª série 2ªsérie 3ª série

Valença Região do Médio Paraíba Estado

Percentual de Alunos Repetentes no Ensino Médio

-

2,00

4,00

6,00

8,00

10,00

12,00

14,00

1ª série 2ª série 3ª série

Valença Região do Médio Paraíba Estado

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38

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VALENÇA

No caso do ensino médio, este indicador comparativo aponta predominância absoluta deprofessores com formação no ensino superior.

Quanto ao ensino especial, o município dispõe de nove estabelecimentos, com 346 alunosmatriculados em 2001, contra 585 alunos em 2000, 497 em 99 e 219 em 98.

No ensino de jovens e adultos, Valença tem um total de 662 matrículas, com prioridade parao segmento de 5ª a 8ª série, que corresponde a 80% do total.

O município de Valença oferece um estabelecimento de ensino superior 24, com 2.417 alunosmatriculados em 2000. A Fundação Educacional Dom André Arcoverde (FAA), criada em março de1965, oferece cursos de Filosofia, Letras, Ciências Econômicas, Direito, Odontologia, Medicina Ve-terinária e Processamento de Dados, entre outros.

Como veremos mais adiante, no capítulo VII � INDICADORES FINANCEIROS, o municípiovem aplicando recursos na função Educação e Cultura conforme tabela abaixo. Os valores aquiexplicitados (função) são calculados por uma metodologia diferente daquela utilizada para fins deverificação dos limites constitucionais (impostos), uma vez que os valores expressos refletem asdespesas incorridas na função reportadas pelo município e os percentuais apresentados referem-seà participação dos mesmos no total das despesas:

Ensino Médio - Número de Professores por Formação

0

50

100

150

200

250

300

350

1º grau 0 0 0 -2º grau 3 23 5 33º grau 231 183 240 301

1998 1999 2000 2001

AnoGasto na função

(R$ mil)Participação no total da

despesa1997 5.745 35%1998 6.215 32%1999 6.970 33%2000 7.070 24%2001 8.227 26%

24 - MEC � SEEC - 2000.

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VALENÇA

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� Dados da Saúde

A Constituição de 1988 assegurou o acesso universal e equânime a serviços e ações de promoção,proteção e recuperação da saúde. Destacam-se na viabilização plena desse direito as chamadas LeisOrgânicas da Saúde, de número 8.080/90 e 8.142/90, e as Normas Operacionais Básicas � NOB.

O Sistema Único de Saúde � SUS opera tanto em nível federal, quanto nas esferas estaduale municipal. A NOB-SUS 1/96, publicada no DOU em 6.11.96, tem por finalidade promover o plenoexercício, por parte do poder público municipal, da função de gestor da atenção à saúde dos seusmunícipes. A norma está estruturada em 17 capítulos, que podem ser agrupados em cinco blocos:

- o primeiro aborda a finalidade; os campos de atenção à saúde; características do sistemamunicipal de saúde; as relações entre os sistemas municipais; o papel dos gestores estadual efederal; e os propósitos e bases para um novo modelo de atenção à saúde;

- o segundo aborda o financiamento das ações e serviços de saúde e a participação de cadaesfera de governo no mesmo; a programação pactuada e integrada; e o controle, avaliação e auditoria;

- o terceiro versa sobre o custeio de assistência ambulatorial e hospitalar, vigilância sanitária,e ações de epidemiologia e controle de doenças;

- o quarto, sobre as condições de gestão dos Estados e municípios, detalha asresponsabilidades, requisitos e prerrogativas de cada condição de gestão;

- o quinto traz as disposições gerais e transitórias.

Um município pode estar habilitado à condição de Gestão Plena da Atenção Básica ou deGestão Plena do Sistema Municipal. Na primeira forma, resumidamente, o município é responsávelpor:

- gestão e execução da assistência ambulatorial básica, das ações básicas de vigilânciasanitária, de epidemiologia e controle de doenças;

- gerência de todas as unidades ambulatoriais estatais (municipal/estadual/federal) ou priva-das;

- autorização de internações hospitalares e procedimentos ambulatoriais especializados;

- operação do Sistema de Informações Ambulatoriais do SUS;

- controle e avaliação da assistência básica.

Já na Gestão Plena do Sistema Municipal, objetivamente, o município é responsável por:

- gestão e execução de todas as ações e serviços de saúde no município;

- gerência de todas as unidades ambulatoriais, hospitalares e de serviços de saúde estataisou privadas;

- administração da oferta de procedimentos de alto custo e complexidade;

- execução das ações básicas, de média e de alta complexidade de vigilância sanitária, deepidemiologia e de controle de doenças;

- controle, avaliação e auditoria dos serviços no município;

- operação do Sistema de Informações Hospitalares e do Sistema de Informações Ambulatoriaisdo SUS.

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40

ESTUDO SOCIOECONÔMICO 1997-2001

VALENÇA

No Estado do Rio de Janeiro, o único ente ainda não habilitado ao sistema SUS é o recém-criado município de Mesquita 25.

Valença tem Gestão Plena da Atenção Básica, dispondo de seis hospitais conveniados aoSUS e 46 unidades ambulatoriais. Oferece 7,65 leitos por mil habitantes, enquanto a média na Regiãodo Médio Paraíba é de 3,55 por mil e, no Estado, de 3,41 leitos por mil habitantes. Os gráficos a seguir 26

apresentam o quadro da estrutura da saúde pública no município e sua utilização no ano de 2001.

Hospitais Credenciados por Natureza

2

0

0

0

3

1

0 1 2 3 4

Contratado

Federal

Estadual

Municipal

Filantrópico

Universitário

25 - Site www.datasus.gov.br � 31.7.02.26 - Fundação CIDE � MS � DATASUS � SIH/SUS - 2001.

Leitos Contratados por Natureza

29

0

0

0

283

200

0 50 100 150 200 250 300

Contratado

Federal

Estadual

Municipal

Filantrópico

Universitário

Leitos Contratados por Especialidade

0

131

63

291

1

25

1

0 50 100 150 200 250 300 350

Outras

Clínica cirúrgica

Clínicaobstétrica

Clínicamédica

Psiquiatria

Pediatria

Crônicose FPT

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VALENÇA

41

Através do sistema Caderno de Informações de Saúde gerado pelo site da Secretaria Execu-tiva do Ministério da Saúde (www.datasus.gov.br), pode-se obter uma série de informações relativasa estrutura e assistência ambulatorial e hospitalar, morbidade hospitalar, nascimentos, mortalidade,imunizações; dados do Programa de Saúde da Família e de Agentes Comunitários de Saúde; orça-mentos, transferências e pagamentos dos procedimentos de atenção básica e daqueles de média ealta complexidade. Ocorre que os dados, ao serem consultados em julho de 2002, referiam-se pri-mordialmente ao ano de 1999.

Internações por Natureza

196

0

0

0

4296

2208

0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500 4000 4500 5000

Contratado

Federal

Estadual

Municipal

Filantrópico

Universitário

Internações por Especialidade

0

1612

789

4029

0

270

0

0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500 4000 4500

Outras

Clínicacirúrgica

Clínicaobstétrica

Clínicamédica

Psiquiatria

Pediatria

Crônicose FPT

Unidades Ambulatoriais, por Tipo

12

0

27

1

3

3

0

0 5 10 15 20 25 30

Outrasunidades

Posto de

saúde

Centrode

saúde

Policlínica

Ambulatóriode hospital

geral

Clínicaespecia-

lizada

ProntoSocorro

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42

ESTUDO SOCIOECONÔMICO 1997-2001

VALENÇA

Alguns indicadores podem apontar o nível de eficácia do sistema de saúde local, como osapresentados adiante 27, mas não refletem as demais ações de vigilância epidemiológica, sanitária,de controle de vetores e de educação em saúde.

27 - Fundação CIDE � MS � DATASUS � SIH/SUS � 1997 a 2001.

Tempo Médio de Internação (dias)

0

2

4

6

8

10

12

Valença 4,28 4,44 4,41 4,62 4,58Região do Médio Paraíba 6,77 6,72 6,58 6,52 6,45

Estado 10,90 10,47 10,01 10,03 10,52

1997 1998 1999 2000 2001

Valor Médio de Internação (R$)

0

100

200

300

400

500

600

Valença 199,84 259,07 300,58 306,89 283,87Região do Médio Paraíba 229,83 269,47 308,67 344,93 360,28

Estado 339,60 398,95 466,45 496,14 536,50

1997 1998 1999 2000 2001

Taxa de Mortalidade (por 100 internações)

0,00

0,50

1,00

1,50

2,00

2,50

3,00

3,50

4,00

4,50

5,00

Valença 3,61 3,75 4,05 3,74 3,57Região do Médio Paraíba 4,27 4,28 4,20 4,14 4,33

Estado 3,91 4,16 4,05 4,13 4,42

1997 1998 1999 2000 2001

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ESTUDO SOCIOECONÔMICO 1997-2001

VALENÇA

43

Como veremos mais adiante, no capítulo VII � INDICADORES FINANCEIROS, o municípiovem aplicando recursos na função Saúde e Saneamento conforme tabela abaixo. Os valores aquiexplicitados (função) são calculados por uma metodologia diferente daquela utilizada para fins deverificação dos limites constitucionais (impostos), uma vez que os valores expressos refletem asdespesas incorridas na função reportadas pelo município e os percentuais apresentados referem-seà participação dos mesmos no total das despesas:

IV - INDICADORES ECONÔMICOS

O PIB do Estado, a preços básicos, em 2000, foi de R$ 147 bilhões 28, dos quais a capitalparticipou com 54%. Houve um crescimento de 64% no período de 1996 a 2000. Os gráficos a seguirapresentam as evoluções dos setores da economia em todo o Estado.

AnoGastos na função

(R$ milhões)Participação no total

da despesa1997 3,3 20%1998 4,4 22%1999 6,0 28%2000 7,4 25%2001 8,0 26%

28 - Dados de PIB gerados pela Fundação CIDE.

PIB a Preços Básicos - Evolução de 1996 a 2000

-

20.000.000

40.000.000

60.000.000

80.000.000

100.000.000

120.000.000

140.000.000

160.000.000

R$ 89.758.098 98.183.555 110.687.659 122.315.824 146.808.1791996 1997 1998 1999 2000

Evolução do PIB Estadual a Preços Básicos por Setor (R$ mil)

-

500.000

1.000.000

1.500.000

2.000.000

2.500.000

3.000.000

3.500.000

4.000.000

4.500.000

1996 1997 1998 1999 2000

1996 47.352 61.841 437.280 934.279 404.085 793.026 1.408.203 2.891.562

1997 62.377 68.213 433.137 1.054.498 629.866 1.097.199 1.703.273 3.279.1571998 68.829 73.323 505.134 1.086.451 785.253 1.160.711 1.956.444 3.603.0891999 80.058 96.887 484.499 1.142.254 1.126.429 1.331.810 2.153.045 3.808.731

2000 107.226 125.736 583.643 1.184.914 1.289.079 1.340.669 2.683.471 4.060.264

Distribuição deGás

TransporteFerroviário Agropecuária Água e Esgoto Transporte

HidroviárioTransporte

Aéreo

Produção eDistribuição deEnergia Elétrica

TransporteRodoviário

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ESTUDO SOCIOECONÔMICO 1997-2001

VALENÇA

Todos os números apresentados nos gráficos anteriores estão em valores correntes. Seatualizarmos as cifras do ano 1996 pelo IGP-DI 29, a performance do crescimento dos setores, de1996 para 2000, terá sido conforme gráfico a seguir:

Verifica-se crescimento em alguns setores. Ocorre que, de todos os que tiveram aumentoreal no período, os únicos que têm relevância econômica na composição do PIB são Comunicações,Comércio e Indústria Extrativa e de Transformação.

O aumento vertiginoso de 143% no setor de Comunicações deveu-se à privatização dasantigas Telerj e Embratel, e à implantação de empresas de telefonia móvel celular. Há uma tendên-cia de redução no ritmo de crescimento no segmento, em virtude do nível de cobertura já atingidopelas empresas envolvidas.

O nível de crescimento real do Comércio foi de apenas 1% entre 1996 e 2000, bem abaixodos 4% de aumento da população fluminense.

Evolução do PIB Estadual a Preços Básicos por Setor (R$ mil)

-

5.000.000

10.000.000

15.000.000

20.000.000

25.000.000

30.000.000

35.000.000

40.000.000

45.000.000

50.000.000

1996 1997 1998 1999 2000

1996 3.972.124 2.456.118 7.145.351 10.118.231 7.694.735 13.626.657 22.967.218 17.198.3451997 5.162.288 3.133.008 7.818.567 9.661.694 8.192.547 15.575.995 24.370.095 19.802.299

1998 5.096.477 4.223.345 8.553.481 10.266.907 8.690.358 17.349.801 29.504.040 21.410.9931999 5.418.011 6.815.031 8.952.286 9.964.750 9.120.229 18.165.889 28.270.784 29.086.4482000 5.406.696 8.489.679 9.318.533 10.669.514 11.108.012 18.641.748 31.661.710 43.575.370

InstituiçõesFinanceiras Comunicações Construção

CivilAdministração

Pública Comércio Aluguel deImóveis

Prestação deserviços

IndústriaExtrativa e deTransformação

Variação Real do PIB de 1996 para 2000

Comunicações

Transporte Hidroviário

Transporte Ferroviário

Distribuição de Gás

Água e Esgoto

Administração Pública

Construção CivilAgropecuária

Transporte Aéreo

Produção e Distribuição deEnergia Elétrica

Transporte Rodoviário

Instituições Financeiras Comércio

Indústria Extrativa e deTransformação

Prestação de serviços

Aluguel de Imóveis

-40%

-20%

0%

20%

40%

60%

80%

100%

120%

140%

160%

Variação 59% 43% -6% -11% 124% 19% 34% -1% -4% 143% -8% -26% 1% -4% -3% 78%

Distrib.Gás

TransportFerrov. Agro Água

EsgotoTransport

HidroTransport

ArEnergiaElétrica

TransportRodov.

Inst.Financ. Comunic. Constr.

CivilAdm.

Pública Comércio Aluguel Prestaçãode serviços

IndústriaExtrativa

Transform

29 - De acordo com a Fundação CIDE, o IGP-DI de 1996 para 2000 foi de 42,44%.

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VALENÇA

45

A Indústria Extrativa e de Transformação obteve, no período, um crescimento recorde de442% na produção de petróleo, o que elevou sobremaneira o produto do setor. Se não computar-mos tal produção nos anos de referência, o nível de crescimento cairia, dos 78% apurados, para umresultado negativo de -2%.

Em resumo, o PIB a preços básicos teve um aumento real de 14,5% entre 1996 e 2000. Senão for considerada a produção de petróleo na Plataforma Continental, o Estado teve um crescimen-to negativo de -0,4% no mesmo período.

Apresentamos a seguir, a título de ilustração, a composição dos setores na formação doProduto Interno Bruto do Estado do Rio de Janeiro, ano 2000.

Como demonstra o gráfico a seguir, a capital e a produção de petróleo na Plataforma Conti-nental têm uma participação relevante no PIB, chegando a 70% do mesmo em 2000.

Para uma melhor visualização da participação das regiões na economia estadual, depura-mos no gráfico a seguir as participações da capital e da Bacia de Campos, reduzindo-se o PIB paraaquilo que foi produzido apenas nos demais municípios.

Participação dos Setores no PIB 2000

Construção Civil6%

Administração Pública7%Comércio

7%

Aluguel de Imóveis12%

Prestação de serviços21%

Transporte Ferroviário0,1%

Distribuição de Gás0,1% Agropecuária

0,4%

Água e Esgoto0,8%

Transporte Hidroviário0,9%

Instituições Financeiras4%

Comunicações6%

Transporte Aéreo0,9%

Produção e Distribuição deEnergia Elétrica

1,8%

Transporte Rodoviário3%

Indústria Extrativa e deTransformação

29%

Participação das Regiões no PIB 2000com a Capital e a Plataforma Continental - R$ 147 bilhões

Região Metropolitanacom a capital

68%

Bacia de Campos16%

Região Centro-SulFluminense

1%

Região do Médio Paraíba6%

Região das BaixadasLitorâneas

2%

Região Serrana3%

Região Norte Fluminense2%

Região NoroesteFluminense

1%

Região da Baía da IlhaGrande

1%

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ESTUDO SOCIOECONÔMICO 1997-2001

VALENÇA

Dos 13 municípios com PIB acima de R$ 1 bilhão em 2000, sete pertencem à Região Metro-politana (Duque de Caxias, Niterói, Nova Iguaçu, São Gonçalo, São João de Meriti, Belford Roxo ecapital); dois, à Região Norte (Macaé e Campos); Petrópolis representa a Região Serrana, e a Re-gião do Médio Paraíba traz três municípios (Volta Redonda, Resende e Barra Mansa).

Naquele mesmo ano, nove municípios tiveram PIB entre R$ 500 milhões e R$ 1 bilhão, sendoquatro da Região Metropolitana (Itaboraí, Magé, Nilópolis e Queimados); Nova Friburgo e Teresópolisrepresentam a Região Serrana; Itatiaia, o Médio Paraíba; Cabo Frio, a Região das Baixadas Litorâ-neas, e Angra dos Reis, a da Baía da Ilha Grande.

Valença representa 2,8% do PIB da Região do Médio Paraíba.

A composição do PIB do município, em 2000, obedeceu aos gráficos a seguir:

Participação das Regiões no PIB 2000excluídas a Capital e a Plataforma Continental - R$ 45 bilhões

Região Metropolitanasem a capital

51%

Bacia de Campos0%

Região Centro-SulFluminense

2%

Região do Médio Paraíba20%

Região das BaixadasLitorâneas

5%

Região Serrana10%

Região Norte Fluminense7%

Região NoroesteFluminense

3%

Região da Baía da IlhaGrande

2%

PIB a Preços Básicos - Região do Médio Paraíba - 2000 (R$ mil)

441 572

1 194 457

820 082

57 382

404 913

246 128

62 593

1 646 631

69 440

38 266

245 469

3 639 603

500 000 1 000 000 1 500 000 2 000 000 2 500 000 3 000 000 3 500 000 4 000 000

Barra do Piraí

Barra Mansa

Itatiaia

Pinheiral

Pirai

Porto Real

Quatis

Resende

Rio Claro

Rio das Flores

Valença

Volta Redonda

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VALENÇA

47

Valença

Aluguéis35%

Prestaçãode

serviços7%

Extraçãode outros minerais de 0%

Agrope-cuária

4%

Administraçãopública

8%

Serviços industriaisde utilidade

pública5%

Intermediaçãofinanceira

2% Transportee

comunicações11%

Comércio atacadista0%

Comércio varejista6%

Indústria deTransformação

6%

Construção Civil16%

Composição do PIB da Indústria de Transformação - 2000 - R$ mil

342

174

180

-

-

1.128

-

35

-

-

-

- 200 400 600 800 1.000 1.200

Produtos de Minerais Não Metálicos

Metalurgia

Máquinas e Equipamentos

Material Eletro Eletrônico

Material de Transporte

Madeira e Mobiliário

Papel e celulose

Gráfica

Produtos de Borracha

Química

Farmacêutica

Composição do PIB da Indústria de Transformação - 2000 - R$ mil

13

66

2.469

788

236

9.418

22

-

-

46

-

- 1.000 2.000 3.000 4.000 5.000 6.000 7.000 8.000 9.000 10.000

Artigos de Perfumaria

Artigos de Plástico

Têxtil

Vestuário

Calçados

Produtos Alimentares

Bebidas

Indústria fonográfica

Ourivesaria e bijuteria

Equipamentos hospitalares

Indústrias diversas

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ESTUDO SOCIOECONÔMICO 1997-2001

VALENÇA

O município apresentou queda no PIB real entre 1996 e 2000, da ordem de 22%. Por conse-qüência, o PIB per capita também decresceu.

Os gráficos a seguir apresentam os dados, que foram inflacionados de acordo com a varia-ção do IGP-DI 30:

30 - De acordo com a Fundação CIDE, o IGP-DI variou de 6,61% de 1966 para 1997; de 9,32% de 1997 para 1998; 9,93% de 1998 para 1999;e 11,73% de 1999 para 2000.

Evolução do PIB

0

50.000

100.000

150.000

200.000

250.000

300.000

350.000

400.000

PIB R$ mil a preços correntes 242.412 254.610 263.586 292.177 270.385PIB R$ mil a preços constantes do ano 2000 345.302 340.191 322.159 326.449 270.385

1996 1997 1998 1999 2000

Evolução do PIB per capita

-

1.000,00

2.000,00

3.000,00

4.000,00

5.000,00

6.000,00

PIB R$ mil a preços correntes 3.801,11 3.954,11 4.054,17 4.450,60 4.077,72PIB R$ mil a preços constantes do ano 2000 5.414,47 5.283,19 4.955,06 4.972,65 4.077,72

1996 1997 1998 1999 2000

0%

5%

10%

15%

20%

25%

30%

35%

40%

1996 1997 1998 1999 2000

1996 5,71% 19,81% 0,33% 6,31% 13,04% 4,09% 4,88% 3,12% 9,05% 27,37% 6,28%

1997 6,50% 16,37% 0,30% 5,87% 12,51% 4,54% 4,95% 2,97% 8,20% 32,23% 5,56%

1998 10,96% 12,31% 0,24% 5,90% 11,27% 4,96% 6,69% 2,88% 8,55% 29,82% 6,42%

1999 13,83% 6,57% 0,20% 5,32% 12,88% 4,59% 12,06% 2,69% 8,71% 25,99% 7,17%

2000 4,11% 4,94% 0,24% 6,39% 15,66% 4,77% 11,08% 2,21% 8,57% 34,64% 7,41%

Agropec. Indústria Comércioatacadista

Comérciovarejista

Construçãocivil

Servs.Inds.Util.Pública

TransporteComunic Intermed.fin. Administr.

pública Aluguéis Prestaçãode serviços

Percentuais da Participação dos Setores no PIB Local

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ESTUDO SOCIOECONÔMICO 1997-2001

VALENÇA

49

De acordo com o gráfico acima, verifica-se:

- forte oscilação na Agropecuária, que chegou a atingir 14% em 1999 e caiu para 4% em 2000;

- queda continuada da participação da Indústria Extrativa e de Transformação e daIntermediação Financeira;

- constância da participação do Comércio em geral, dos Serviços Industriais de UtilidadePública e da Administração Pública;

- recuo e posterior crescimento da Construção Civil e da Prestação de Serviços;

- crescimento acentuado dos Transportes e Comunicações, e Aluguéis.

De acordo com o Cadastro Industrial do Estado do Rio de Janeiro 2000-2001, editado pelaFIRJAN, seguem listadas as principais indústrias instaladas no município:

Os estabelecimentos dos diversos segmentos da economia local 31 tiveram a seguinte evolução:

Pode ser observado crescimento continuado no Comércio e nos Serviços; redução na Indús-tria Extrativa Mineral; aumento e posterior queda, com crescimento final na Indústria de Transforma-ção; desaparecimento de Serviços Industriais de Utilidade Pública; crescimento e retração na Cons-trução Civil; oscilação e crescimento na Agropecuária.

No que se refere ao emprego formal 32, o Estado apresentou crescimento de apenas 0,2%entre 1996 e 2000, na faixa dos 2,7 milhões de trabalhadores com carteira assinada, tendo ocorridodeclínio nos anos intermediários e recuperação somente no ano 2000. Na realidade, houve crescimen-to do mercado de trabalho em todas as regiões do Estado, com exceção da Região Metropolitana.

Evolução do Número de Estabelecimentos

363381

395 392410

234

269 278295

325

6 6 4 4 4

8297 101 96

87

2 2 2 2 -

6383

7060

46

254 263

237256

276

-

50

100

150

200

250

300

350

400

450

1996 1997 1998 1999 2000

Comércio Serviços Extrativa mineralIndústria de transformação Servs inds de utilidade pública Construção CivilAgropecuária

31 - Número de estabelecimentos gerados pelo MTE � RAIS de 31.12.1996 a 31.12.2000.32 - Número de empregos gerados pelo MTE � RAIS de 31.12.1996 e de 2000.

Empresa Nºempregados Produtos

Ferreira Guimarães 1.586 produtos de vestuárioSanta Rosa 120 tecelagem

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50

ESTUDO SOCIOECONÔMICO 1997-2001

VALENÇA

Com a queda de 5,4% dos empregos na cidade do Rio de Janeiro, 98 mil pessoas, dentre as1,8 milhão empregadas na capital em 1996, ficaram sem trabalho. Em contrapartida, os demaismunicípios da Região Metropolitana ofereceram mais 49 mil empregos e as demais regiões outros55 mil postos de trabalho, compensando o agravamento do mercado na cidade do Rio de Janeiro.

O gráfico a seguir apresenta as taxas de crescimento no período por região do Estado:

Na realidade, as únicas regiões que apresentaram crescimento continuado no nível de em-prego foram a Metropolitana (sem a capital) e a das Baixadas Litorâneas. Todas as demais apresen-taram inconstância no período, como ilustra o gráfico a seguir.

Número de Empregos Formais de 1996 a 2000

2.718.138

2.641.298

2.686.376

2.655.394

2.712.526

2.600.000

2.620.000

2.640.000

2.660.000

2.680.000

2.700.000

2.720.000

2.740.000

1996 1997 1998 1999 2000

Evolução do Emprego Formal no Estado - de 1996 a 2000

11,8%

7,3%

15,6%

8,0%

26,3%

7,0%

10,5%

18,5%

0,2%

-5,4%

-10,0%

-5,0%

0,0%

5,0%

10,0%

15,0%

20,0%

25,0%

30,0%

Capital R.M. sem acapital

Noroeste Norte Serrana BaixadasLitorâneas

MédioParaíba

Centro-Sul Ilha Grande Estado

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ESTUDO SOCIOECONÔMICO 1997-2001

VALENÇA

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Os gráficos a seguir apresentam a participação das regiões no nível de emprego do Estado.

Quantitativo dos Empregos Formais por Região

417.049

28.660

85.301

117.020

55.379

126.965

34.094

16.791

451.459

30.647

86.225

116.220

60.259

125.092

35.889

23.219

466.057

30.760

98.640

126.395

69.917

135.872

37.686

19.893

0 50.000 100.000 150.000 200.000 250.000 300.000 350.000 400.000 450.000 500.000

R.M. sem a capital

Noroeste

Norte

Serrana

Baixadas Litorâneas

Médio Paraíba

Centro-Sul

Ilha Grande

1996 1997 1998 1999 2000

Emprego Formal por Região em 2000 - 2,7 milhões de pessoas

Capital63,8%

R.M. sem a capital17,1%

Baixadas Litorâneas2,6%

Médio Paraíba5,0%

Serrana4,7%

Norte3,6%

Noroeste1,1%

Centro-Sul1,4%

Ilha Grande0,7%

Emprego Formal por Região, sem a Capital, em 2000 - 985 mil pessoas

Região do Médio Paraíba13,8%

Região das BaixadasLitorâneas

7,1%

Região Serrana12,8%

Região Norte Fluminense10,0%

Região Noroeste Fluminense3,1%

Região Metropolitana sem acapital47,3%

Região da Baía da IlhaGrande

2,0%

Região Centro-SulFluminense

3,8%

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VALENÇA

Os setores que apresentaram crescimento no nível de emprego foram os de Serviços e de Comér-cio, respectivamente com aumentos de 10% e 8%, compensando queda de 13% nos demais setores.

Especificamente, houve redução de 22% na Indústria Extrativa Mineral; de 18% na Indústria deTransformação; de 20% nos Serviços Industriais de Utilidade Pública; também de 20% na ConstruçãoCivil; de 14% na Agropecuária, Extrativismo, Caça e Pesca; e de 5% na Administração Pública.

O gráfico seguinte nos permite visualizar a evolução de cada setor no período:

Para melhor analisarmos a região do município em estudo, apresentamos a seguir o gráficoreferente à evolução dos empregos por setor:

Verifica-se um aumento geral de 7,0% no emprego formal na Região do Médio Paraíba.

Houve significativo crescimento no número de postos de trabalho em Serviços (22%); noComércio (24%); na Administração Pública (29%); na Construção Civil (18%); em Serviços Industri-ais de Utilidade Pública (33%); e na Indústria Extrativa Mineral (80%).

Em contrapartida, ocorreu queda no nível de emprego na Indústria de Transformação (-22%)e em Agropecuária, Extrativismo, Caça e Pesca (-53%).

Evolução dos Empregos Formais no Estado

-

200.000

400.000

600.000

800.000

1.000.000

1.200.000

1.400.000

Extrativa Mineral 15.008 9.177 12.810 11.095 11.763Indústria de Transformação 364.857 334.682 316.172 306.019 300.796

Servs Industriais de Util.Pública 50.149 43.249 45.485 43.032 40.290Construção Civil 127.448 120.016 115.852 104.914 102.092Serviços 1.099.460 1.110.198 1.152.697 1.152.985 1.213.975Agropec.,Extrat., Caça e Pesca 27.383 24.299 23.929 24.076 23.508Administração Pública 571.579 549.352 558.128 531.564 543.073

Comércio 444.876 461.195 460.689 467.205 482.415

1996 1997 1998 1999 2000

Evolução dos Empregos Formais na Região do Médio Paraíba

-

5.000

10.000

15.000

20.000

25.000

30.000

35.000

40.000

45.000

50.000

Extrativa Mineral 393 319 347 309 708Indústria de Transformação 36.380 31.650 30.237 28.734 28.506Servs Industriais de Util.Pública 1.309 1.443 1.435 1.986 1.734Construção Civil 7.237 6.835 7.355 7.791 8.552Serviços 36.537 35.460 38.931 40.909 44.397Agropec.,Extrat., Caça e Pesca 5.980 3.135 3.025 2.820 2.840Administração Pública 18.048 20.236 21.372 20.902 23.216Comércio 20.848 21.898 22.379 24.070 25.919

1996 1997 1998 1999 2000

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Em seguida, apresentamos o gráfico referente à evolução dos empregos por setor do muni-cípio em estudo:

A fonte de dados apresenta distorção sobre o número de funcionários públicos em 1996, enão será considerada nesta análise. Houve um crescimento de 16,6% no nível geral de empregoentre 1997 e 2000. Valença teve crescimento de 52% na Administração Pública, no mesmo período.

Pode-se observar, entre 1996 e 2000, crescimento de 28% em Serviços; de 35% no Comér-cio; e de 64% na Construção Civil.

Houve redução no nível de emprego na Indústria de Transformação (-23%); em Agropecuária,Extrativismo, Caça e Pesca (-78%); na Indústria Extrativa Mineral (-13%) e, como já comentado,acabaram os empregos em Serviços Industriais de Utilidade Pública.

V - POTENCIALIDADES DO MUNICÍPIO

O estudo Potencialidades Econômicas e Competitividade das Regiões do Estado do Rio deJaneiro 33 foi desenvolvido pelo IBRE � Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas,tendo como objetivo mapear um conjunto de atividades com potencial para serem desenvolvidas ediscutir fatores condicionantes da competitividade das mesmas. O mesmo serviu-nos como referên-cia para os comentários sobre os setores da economia municipal a seguir descritos. É importanteque se destaque que não há nenhum estudo mais recente realizado por aquele instituto, podendoocorrer que determinadas informações estejam defasadas.

Setor Primário

Com a recuperação dos preços internacionais do café, o cultivo vem sendo novamente esti-mulado, sendo que Valença é um dos municípios que apresentam melhores condições para a reto-mada desta atividade.

A implementação do Programa Rio Café pelo Estado busca estabelecer melhores condi-ções para a compra da produção cafeeira estadual e seu processamento no Estado.

Evolução dos Empregos Formais no Município

-

500

1.000

1.500

2.000

2.500

3.000

3.500

4.000

4.500

Extrativa Mineral 48 46 42 39 42

Indústria de Transformação 2.081 2.201 2.101 1.595 1.592

Servs Industriais de Util.Pública 36 44 35 31 -Construção Civil 228 304 568 440 375

Serviços 1.974 2.030 2.121 2.287 2.520Agropec.,Extrat., Caça e Pesca 3.045 725 652 664 661Administração Pública 18 2.804 2.907 2.830 4.267

Comércio 1.305 1.453 1.487 1.548 1.756

1996 1997 1998 1999 2000

33 - Potencialidades Econômicas e Competitividade das Regiões do Estado do Rio de Janeiro, Instituto Brasileiro de Economia da FundaçãoGetúlio Vargas � abril/maio de 1998.

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O município apresenta tradição e condições favoráveis para a pecuária extensiva, principal-mente de leite.

Setor Secundário

Entre os municípios da bacia leiteira da região, Valença está entre os que apresentam asmelhores condições para a industrialização do leite e a fabricação de seus derivados.

O Governo Estadual tem programas de incentivo à produção de leite. Além de incentivos àatividade, fomenta a modernização da cadeia produtiva do leite através do Programa Leite Rio e oPrograma do Leite B para a merenda escolar.

Valença está entre os diversos municípios da região que apresentam boas condições para apreparação de conservas, doces e alimentos finos.

O Programa Moeda Verde � Prosperar Agroindústria foi instituído pela necessidade deagilização das linhas de financiamento para agroindústrias artesanais existentes.

A disponibilidade de insumos metalúrgicos favorece o desenvolvimento em Valença da fabri-cação de artefatos de ferro, aço e não ferrosos na região.

Tendo em vista a tradição têxtil do município e as dificuldades enfrentadas pelo setor têxtilnacional na competição com os produtores asiáticos, pode-se aí desenvolver áreas especializadas dosetor de vestuário, de maior valor agregado e melhor protegidas contra a concorrência predatória.

O Programa de Desenvolvimento dos Setores Têxtil e de Confecções � RIOTÊXTIL, doGoverno do Estado, fomenta a necessidade de tornar os produtos mais competitivos atualizando-ostecnologicamente e diversificando a sua distribuição.

Setor Terciário

Diversos municípios na região possuem atrativos turísticos e uma infra-estrutura de apoiosuficientemente desenvolvida para alavancar o crescimento das atividades ligadas ao turismo, sen-do Valença um dos que apresenta maior potencial, visto que o distrito de Conservatória já adquiriurelevante reputação em matéria de turismo temático.

Valença possui tradição e bom potencial de desenvolvimento dos serviços educacionais.

VI - INDICADORES DE GESTÃO

Uma conseqüência da descentralização política e do federalismo municipal tem sido o cres-cimento dos recursos fiscais tornados disponíveis para os municípios, especialmente em relaçãoaos recursos dos Estados e da União.

A carga tributária global 34 no país cresceu para pouco mais de R$ 400 bilhões entre 1997 e2001, de 29,6% para 34,1% do PIB.

A União respondeu por 67,3% dos tributos coletados no país em 2001, contra 27,9% dosEstados e 4,8% dos municípios. Após a contabilização das transferências intergovernamentais, osmunicípios passam a participar em 16,9% do total das receitas tributárias, os Estados em 26,3% e aUnião, em 56,8%.

34 - Para maiores informações, ver �Carga Tributária Global: Estimativa para 2001�, de Afonso, Silveira e Araujo, disponível no sitewww.federativo.bndes.gov.br � Informe-se 40 � maio/2002.

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A redistribuição da riqueza tributária em favor dos municípios é um processo histórico, quevem desde o início da década de 80 e pode ser ilustrada pelo gráfico a seguir 35.

Os municípios menores, por sua vez, dispõem de mais recursos financeiros per capita do queoutros maiores. Essa situação não ocorre em virtude da melhor arrecadação desses municípios,nem pelas transferências de impostos estaduais, que têm correlação compensatória, mas, principal-mente, pelos recursos federais repassados via Fundo de Participação dos Municípios � FPM, quetem um coeficiente mínimo para cada município, de acordo com sua faixa de população.

Assim, numa redistribuição hipotética 36, um município com até 5 mil habitantes teria umatransferência de FPM per capita quase cinco vezes maior que um outro município com mais de 150mil habitantes.

Nos anos mais recentes, houve ainda um aumento substancial de transferências para todosos municípios a fim de financiar ações locais de educação fundamental e saúde, através de recursosdo FUNDEF e do SUS.

Outro aspecto que tem mudado radicalmente o perfil das receitas de alguns municípios fluminenses,desde 1999, tem sido os crescentes royalties e participações especiais pela exploração de petróleo. Oscritérios de rateio de recursos pagos diretamente pela Secretaria do Tesouro Nacional � STN vão desdeo confronto da Plataforma Continental com os municípios e suas áreas geoeconômicas limítrofes, pas-sando pelas zonas de produção principal e secundária, considerando-se nessa participação fatorespopulacionais do município e dos distritos, além do fato de que neles se localizam instalações de embar-que ou desembarque de petróleo ou gás natural. Deve-se adicionar, para cômputo do total de royaltiesrecebidos, a parcela que o Estado repassa aos municípios sobre a participação que também lhe cabenos 5% de royalties, a qual observa os mesmos critérios de redistribuição do ICMS.

Quissamã, por exemplo, recebeu da STN recursos diretos per capita cinco vezes maioresque Campos dos Goytacazes, município mais beneficiado com tais receitas diretas, que superarama cifra dos R$ 200 milhões em 2001 37.

35 - Os dados de 1980 a 1994 vêm do Estudo �As Finanças Municipais na Década de 90: O Caso da Cidade do Rio de Janeiro � Retrospecto1993/1996 e Simulações para 1997/2000�, de Além e Giambiagi � dezembro 1996 � disponível no site http://www.ipea.gov.br/pub/ppp/ppp14.html.36 - Para maiores informações, ver �Receita Municipal: A Importância das Transferências do FPM e do SUS�, de Araujo e Oliveira, disponívelno site www.federativo.bndes.gov.br � Informe-se 28 � junho/2001.37 - Site da Agência Nacional de Petróleo � www.anp.gov.br/PartGov.html.

Distribuição da Receita Tributária (%)

57

26

17

69

6462 60

272522 25

9 11

1511

0

10

20

30

40

50

60

70

1980 1985 1988 1994 2001

União Estados Municípios

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Ocorre, entretanto, grande dispersão entre as receitas tributárias de municípios com nível derenda e faixa populacional semelhantes. Há um potencial tributário a explorar, melhor desenvolvidonaqueles municípios que investem mais em racionalização e modernização de procedimentos admi-nistrativos, em informatização e treinamento e no recadastramento de contribuintes.

Desenvolvimento local integrado e sustentável é a capacidade do município em empre-ender esforços para geração de receitas públicas, emprego e renda através de seus recursosnaturais (humano e ambiental), da melhoria da infra-estrutura de serviços públicos e das condi-ções socioeconômicas, para atração de investimentos, com a participação ativa da comunidadelocal.

O Governo Federal, através do Programa Avança Brasil 38, identificou os programas ne-cessários para o desenvolvimento sustentável do país. A Secretaria Especial de Desenvolvi-mento Urbano da Presidência da República � SEDU é o órgão responsável pela formulação ecoordenação das políticas nacionais de desenvolvimento urbano, promovendo, com as diversasesferas de governo, com o setor privado e organizações não governamentais, ações e progra-mas de urbanização, de habitação, de saneamento básico e transporte urbano, de acordo comas seguintes diretrizes:

! Promoção do desenvolvimento sustentável e melhoria da qualidade de vida das cidades,através da integração setorial e da articulação institucional entre as políticas e ações das três esfe-ras de governo, dos diferentes ministérios e dos organismos federais que atuam, direta ou indireta-mente, na gestão e no financiamento das questões urbanas.

! Ampliação das oportunidades de acesso à moradia, à infra-estrutura e aos serviços ur-banos essenciais, através do estímulo ao financiamento com recursos retornáveis para o atendi-mento das camadas de populações capazes de sustentar economicamente a prestação do serviçoe, por outro lado, através de subsídios claros para beneficiar famílias de baixa renda que habitamáreas insalubres e que não oferecem sustentação econômica à prestação do serviço.

! Aumento da competitividade das cidades, através da promoção do aprimoramento dosistema fiscal e tributário dos municípios, visando assegurar a governabilidade e o financiamento dagestão urbana, implicando o estímulo para a implantação de um sistema de planejamento integradopara maior eficácia na captação de recursos federais e a conseqüente melhoria de padrões e deindicadores de produtividade e de qualidade da gestão.

Em termos operacionais, a atuação da SEDU interage e articula-se com os agentesfomentadores do desenvolvimento urbano, a exemplo da Caixa Econômica Federal � CEF e doBanco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social � BNDES, cujos principais programas paraos setores público e privado são os seguintes:

Caixa Econômica Federal � CEF 39

Estados e municípios contam com a consultoria especializada da Caixa na estruturação dosregimes próprios de previdência social.

A Caixa oferece um conjunto de programas de financiamento para as áreas de saneamento,habitação e infra-estrutura urbana e rural, além de desenvolvimento institucional, entre outros. Des-tacam-se as seguintes linhas de atuação da CEF:

38 - O Plano Plurianual 2000-2003 encontra-se no site www.abrasil.gov.br.39 - Para maiores informações, consulte o site www1.caixa.gov.br/cidade/.

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� Desenvolvimento Urbano- Pró-Saneamento � ações de saneamento integradas e articuladas com outras políticas setoriais.

- PROPAR � Programa de Assistência Técnica à Parceria Público-Privado.

- Morar Melhor � programa que engloba os antigos programas Habitar-Brasil e PASS � Pro-grama de Ação Social em Saneamento, e cria ações novas.

- Pró-Infra � ações de melhoria da infra-estrutura de transporte coletivo urbano e de aumentoda segurança viária.

- PAR � Programa de Arrendamento Residencial.

- Pró-Moradia � criação de alternativas habitacionais para as populações de baixa renda.

� Desenvolvimento Institucional- PNAFM � Programa de Apoio à Gestão Administrativa e Fiscal dos Municípios Brasileiros.

� Educação e Cultura- Bolsa-Escola.

- Cartão do Cidadão.

- PRSH � Programa de Revitalização de Sítios Históricos.

- PNAC � Programa Nacional de Artes Cênicas.

� Saúde- Caixa-Hospitais.

- Programa de Reestruturação das Santas Casas.

- Bolsa-Alimentação.

� Turismo e Esporte- Infra-Estrutura Desportiva e Turística.

� Indústria, Comércio e Agricultura- PRODESA � financiamento de projetos de apoio ao desenvolvimento do setor agropecuário.

- PRONAF � Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar.

- Programa de Infra-Estrutura e Serviços em Assentamentos Rurais.

Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social � BNDES 40

O apoio do BNDES ao desenvolvimento social e urbano se dá por meio de financiamentos aprojetos de investimento que tenham impacto direto nas condições de vida da população, envolven-do expansão e melhoria da qualidade da infra-estrutura urbana e dos serviços sociais básicos; ma-nutenção e criação de oportunidades de trabalho e geração de renda; modernização da gestãopública; e fomento do investimento social das empresas.

40 - Para maiores informações, consulte o site www.bndes.gov.br/desenvolvimento/.

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� Programas Sociais- PMAT � Programa de Modernização da Administração Tributária e da Gestão dos Setores

Sociais Básicos.

- Programa de Fortalecimento e Modernização das Entidades Filantrópicas de Saúde Inte-grantes do Sistema Único de Saúde.

- PCPP � Programa de Crédito Produtivo Popular.

- Projetos de Autogestão e Co-Gestão.

- DL � Programa de Desenvolvimento Local.

- Projeto Multissetorial Integrado.

- Programa de Apoio a Crianças e Jovens em Situação de Risco.

� Programas de Financiamento- Programa de Fruticultura para as Regiões Norte-Noroeste Fluminense.

- Programa Especial de Financiamento Agrícola.

- Programa de Financiamento para Aquisição e Manutenção de Implementos Agrícolas; Re-cuperação de Máquinas, Tratores e Equipamentos Agrícolas.

- Programa de Apoio Financeiro a Investimentos Prioritários no Setor Elétrico.

- Programa de Turismo.

- Programa de Financiamento para o Desenvolvimento de Software.

- Programa de Apoio a Investimento em Telecomunicações.

- Programa de Incentivo ao Uso de Corretivos de Solos � PROSOLO.

- Programa de Incentivo à Mecanização, ao Resfriamento e ao Transporte Granelizado daProdução de Leite � PROLEITE.

Cabe, ainda, destacar o papel do Banco do Brasil 41, principal agente na execução de polí-ticas públicas no país. Seu papel transcende o de mero intermediador financeiro para se estenderpor uma variada atuação, comprometida com o desenvolvimento brasileiro, sem perder de vista aeficiência e qualidade exigida pelo mercado bancário, cada vez mais competitivo.

Finalmente, cumpre lembrar o papel do SEBRAE-RJ 42, na criação de oportunidades de desen-volvimento econômico social, com potencial de geração de emprego e renda. São projetos de artesa-nato, de turismo e de cultura que cobrem municípios em todas as regiões do Estado; o de fruticultura,na Região Norte; o de maricultura, ao longo da costa; o de cachaça, tradicional em várias partes do Riode Janeiro; o de olericultura; e o de meio ambiente, com ênfase na gestão de resíduos sólidos.

O Programa Desenvolvimento Local Integrado e Sustentável � DLIS, promovido pelo SEBRAE-RJ, é uma via possível para a melhoria da qualidade de vida das populações e para a conquista demodos de vida mais sustentáveis.

O Programa Sebrae de Desenvolvimento Local é um produto do desenhado para atuar comovetor de sustentabilidade econômica no apoio a programas de promoção do DLIS, em substituiçãoao PRODER � Programa de Emprego e Renda, em todas as suas variantes.41 - Para maiores informações, consulte o site www.bb.com.br/appbb/portal/HomeGoverno.jsp.42 - Para maiores informações, consulte o site http://200.252.248.103/sites/udl/.

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No que diz respeito à saúde 43, o REFORSUS � Reforço à Reorganização do Sistema Único deSaúde � é o maior projeto de investimento do Ministério da Saúde e integra o Programa Avança Brasil.

Instituído no final de 1996, por meio de um acordo de empréstimo celebrado entre o governobrasileiro, o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e o Banco Mundial (BIRD), no valor deUS$ 650 milhões, ele investe na recuperação da rede física de saúde do país, que presta serviçosao SUS, mediante a compra de equipamentos médico-hospitalares e unidades móveis, execução deobras de reforma, ampliação e conclusão de estabelecimentos de saúde e, também, em projetospara a melhoria da gestão do sistema de saúde nacional.

A distribuição dos recursos buscou maior eqüidade entre os Estados: 70% foram distribuídosproporcionalmente ao número de habitantes, de acordo com os dados do IBGE em 1995, e os 30%restantes, inversamente proporcionais ao gasto per capita de custeio do Ministério da Saúde � AIHe SIA �, no mesmo período. Assim, embora os Estados mais populosos, eventualmente mais ricos,tenham recebido maiores recursos em termos nominais, os mais pobres receberam um investimen-to, por habitante, maior.

O Estado do Rio de Janeiro e os municípios fluminenses, no entanto, ingressaram com cinqüen-ta e seis projetos, num valor total de R$ 58 milhões, pedindo R$ 47 milhões de recursos do REFORSUS,contra mais de mil e duzentos projetos no país, que totalizam R$ 1,1 bilhão, sendo R$ 950 milhões doREFORSUS 44.

Além dos recursos oriundos da União, os municípios fluminenses serão beneficiados porrecursos provenientes da aplicação da Lei Estadual 3.370, de 17.1.00, que dispõe sobre o PlanoPlurianual 2000-2003 do Estado do Rio de Janeiro, do qual se destacam as seguintes diretrizes:

• No âmbito da antiga Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico e Turismo, cons-ta a viabilização do Pólo Gás-Químico e do Pólo Rioplast, a promoção do apoio institucional ao setorprodutivo e o desenvolvimento turístico.

• À antiga SECPLAN coube dar seqüência ao Programa Baixada Viva, incrementar as ativi-dades do Porto de Sepetiba e promover a implantação de consórcios regionais de desenvolvimento.

• Já no escopo da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável,a implantação da política estadual de recursos hídricos.

• À Secretaria de Estado de Saneamento e Recursos Hídricos, através da CEDAE, coube darcontinuidade ao Programa de Despoluição da Baía de Guanabara; implantar, ampliar e melhorar ossistemas de esgotamento sanitário da Região Metropolitana; implantar saneamento para comunida-des de baixa renda, bem como em localidades do interior.

• À Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia, expandir a educação profissional viaFAETEC, consolidar a UENF, melhorar e manter a UERJ, construir e implementar a Universidade doEstado da Baixada Fluminense.

• À Secretaria Executiva do Gabinete do Governador, implantar Agências de Desenvolvi-mento Regional; realizar obras e reformas de prédios públicos, a cargo da EMOP; dar seqüên-cia ao Projeto Viva São Gonçalo; implantação, pavimentação e conservação de rodovias, maisconstrução de obras de arte por todo o Estado, através do DER-RJ; implantar obras de infra-estrutura, de construção de unidades e melhoria em áreas habitacionais, com reassentamentode população residente em áreas de risco, via CEHAB. O Instituto Estadual de Engenharia eArquitetura ficou de prestar assessoria às prefeituras na área de qualidade, com vistas a au-mentar a durabilidade e eficiência de obras públicas.

43 - Para maiores informações, consulte o site http://portalweb01.saude.gov.br/saude/ �>gestor da saúde.44 - Informação do site http://portalweb01.saude.gov.br/saude/ �>gestor da saúde de 6.6.02.

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VALENÇA

• À Secretaria de Estado de Transportes, expandir e consolidar as linhas 1 e 2 do metrô doRio de Janeiro; recuperar o sistema de trens da Região Metropolitana; implantar e manter aeropor-tos, heliportos e terminais rodoviários.

• À Secretaria de Segurança Pública, construir e reformar delegacias, modernizar e reaparelharos órgãos afins.

• À Secretaria de Estado de Educação, em seu programa de acesso e permanência nosistema educacional, coube reduzir o índice de reprovação e evasão na educação básica e noensino médio; atualizar e capacitar professores; gerir o programa Bolsa-Escola; promover a demo-cratização da gestão no sistema e implantar o Sistema de Descentralização de Recursos; executarobras de construção, reforma e ampliação das unidades escolares; ampliar a escolaridade de jovense adultos; e revitalizar os CIEPs.

• À Secretaria de Estado da Criança e do Adolescente, executar a política de proteção àcriança e ao adolescente.

• À Secretaria de Estado de Saúde, prestar assistência hospitalar e ambulatorial; suprir asnecessidades de medicamentos não contemplados pelo Ministério da Saúde, reestruturando e ex-pandindo a assistência farmacêutica; reduzir a morbi-mortalidade materna e infantil; construir, refor-mar e reequipar unidades de saúde; expandir e interiorizar a rede de hemoterapia; descentralizarunidades com perfil municipal e apoiar a implantação de consórcios intermunicipais de saúde; reorientaras ações de promoção e vigilância em saúde.

• À Secretaria de Estado de Trabalho, promover ações para melhorar o nível de qualificaçãoe de empregabilidade dos trabalhadores.

A Emenda Constitucional 19, publicada em 5 de junho de 1998, deu nova redação ao artigo241, no qual ficou estabelecido que �a União, os Estados e os municípios disciplinarão por meio delei os consórcios públicos e os convênios de cooperação entre os entes federados, autorizandoa gestão associada de serviços públicos, bem como a transferência total ou parcial de encargos,serviços, pessoal e bens essenciais à continuidade dos referidos serviços.�

Os consórcios intermunicipais 45 têm sido apontados como um instrumento que permiteganhos de escala nas políticas sociais e viabilizam a gestão regional de políticas públicas. A coope-ração entre municípios pode ocorrer em projetos de interesse comum com duração determinada, ouem ações permanentes, como é o caso do planejamento do desenvolvimento regional, da gestãodas águas de uma mesma bacia hidrográfica, da prestação de serviços de saúde, de educação e deassistência social, do saneamento e da destinação final de resíduos sólidos, da agricultura, do turis-mo, da conservação de estradas vicinais e de outras obras etc.

Quatro em cada cinco brasileiros hoje moram em cidades e a Constituição de 1988 dedicouum capítulo específico à política urbana que, em essência, elege o Plano Diretor como paradigma docontrole da função social da propriedade urbana e da garantia de atendimento de suas funçõessociais. O principal instrumento para sua execução é a Lei Federal 10.257/01, conhecida como o�Estatuto da Cidade�. Essa lei dota o poder público de base legal para as ações dos governos locais.

Para a efetivação das diretrizes gerais da política urbana, traz os seguintes instrumentos:

• Gestão Democrática, por meio da ação de órgãos colegiados de política urbana; de deba-tes, audiências e consultas públicas; da iniciativa popular de leis, planos e projetos; do referendo edo plebiscito.

45 - Para maiores informações, ver �Consórcio: Uma Forma de Cooperação Intermunicipal�, da Fundação Prefeito Faria Lima, disponível nosite www.cepam.sp.gov.br �> Produtos e Serviços.

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ESTUDO SOCIOECONÔMICO 1997-2001

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• Plano Diretor, obrigatório para cidades com mais de vinte mil habitantes e para cidadesintegrantes de áreas de especial interesse turístico e para aquelas influenciadas por empreendimen-tos ou atividades com significativo impacto ambiental.

• Regularização de áreas privadas, ocupadas ilegalmente; utilização ou edificação compul-sória; IPTU progressivo no tempo; desapropriação com títulos da dívida pública para imóveis nãoutilizados ou subutilizados, além de outras figuras jurídicas.

Ao lado da lei, serão importantes a conduta política e a qualificação dos gestores municipais,para saber dirigi-la no sentido da socialização de seus benefícios para enfrentar problemas relativosà precariedade dos sistemas de transportes, dos serviços de saneamento e de energia, ao cresci-mento dos índices de violência, à escassez de moradias, ao desemprego e a outros fatores dedesqualificação da vida urbana.

A legislação em vigor no Brasil preconiza, desde 1996, que, para o recebimento de recursosdestinados às áreas sociais, os municípios devem criar seus Conselhos Gestores Municipais 46. Alei os incluiu como parte do processo de gestão descentralizada e participativa, e os constituiu comonovos atores deliberativos, consultivos e fiscalizadores, apesar de tê-los vinculado ao Poder Execu-tivo do município, como órgãos auxiliares da gestão pública. A socialização das práticas e decisõesda gestão local é fundamental para formar uma população consciente de sua cidadania, que desem-penhe papel ativo perante a agenda pública. Os conselhos municipais trazem a esfera pública nãoestatal à realidade local.

De acordo com a Pesquisa de Informações Básicas Municipais do IBGE 47, de 1999, osconselhos de saúde estão em 98,5% dos municípios do país, os de assistência e ação social em91,5%, os de educação em 91,0%, os de direitos da criança e do adolescente em 71,7%, os deemprego e trabalho em 30,3%, os de meio ambiente em 21,4%, os de turismo em 15,6%, os dehabitação em 8,0%, os de transportes em 4,1%, e os de política urbana em 3,4%.

As teses sobre administração pública trazem ênfase, no nível da administração pública federal,na gestão empreendedora com foco nos resultados e na auto-avaliação da gestão. No âmbito munici-pal, além dos demais tópicos abordados anteriormente, a administração pública gerencial é temacentral e os estudos concentram-se no aumento da receita própria dos municípios; nos contratos degestão com metas relacionadas a indicadores objetivos; na importância do terceiro setor e das organi-zações sociais; e na figura do gestor municipal: profissional qualificado para auxiliar na administraçãopública eficaz, nos fundos municipais de saúde e nos sistemas de previdência próprios.

Em complementação aos vários aspectos já abordados nas esferas nacional, estadual elocal, devemos levar em consideração, ainda, os fatores externos que interferem na gestão pública,citando Hélvio Nicolau Moisés 48:

�O município participa de processos mais gerais, cuja dinâmica lhe escapa do controle direto:

• Processo de urbanização acelerada; pressão social sobre a oferta de infra-estrutura e servi-ços públicos e sobre espaços adequados à ocupação e uso; demanda por emprego e renda....• Acirramento da competição entre diferentes lugares, para a recepção de investimentosprivados e públicos....

46 - Consulte o informativo �Conselhos Municipais nas Áreas Sociais� da Fundação Prefeito Faria Lima, disponível no site www.cepam.sp.gov.br�> Produtos e Serviços.47 - Para maiores informações, ver �Os Conselhos Municipais existentes no Brasil�, de Bremaeker � nos Estudos Especiais 23, do IBAM, demaio/2001.48 - Artigo �Município-Rede: Planejamento, Desenvolvimento Político e Sustentabilidade�, do livro O Município no Século XXI: Cenários ePerspectivas, disponível no site www.cepam.sp.gov.br.

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• Globalização econômico-produtiva: revolução tecnológica e gerencial; aumento dainterdependência econômica e da complexidade do sistema mundial; enfraquecimento dacapacidade regulatória dos Estados Nacionais; desemprego estrutural; exigência de maiorqualificação da mão-de-obra; intensificação da exclusão econômica e social;...• Abertura econômica; Plano Real; queda da inflação; desequilíbrio das contas públicas; enfra-quecimento do potencial de investimento público nas três esferas de governo; privatizações;ataques especulativos à moeda; reformas previdenciária, administrativa, fiscal e política.

Esse quadro geral coloca tantos desafios quanto oportunidades, que se expressam nos di-versos municípios de forma muito peculiar. Depende de seu tamanho e porte populacional,sua situação geográfica, geopolítica e ambiental, seu perfil de atividades produtivas. Depen-de da cultura de sua gente, da qualidade política e capacidade administrativa de seus líde-res, do grau de organização da sociedade civil.�

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística publicou, em 2001, o Perfil dos MunicípiosBrasileiros, resultado de uma pesquisa que foi a campo a partir de 1º de junho de 1999, sendo esseo ano de referência de todos os quesitos, à exceção das informações sobre cadastro imobiliário, quese referem a 1998. Os dados foram obtidos diretamente das prefeituras.

De acordo com essa pesquisa, Valença 49 tem 2.933 servidores ativos, sendo 702 estatutáriose 2.221 celetistas. Do total, 2.513 têm nível auxiliar/médio e 420 têm nível superior. Há um contin-gente de 58 funcionários inativos, que representam 2% das despesas, enquanto os ativos partici-pam em 58% das mesmas.

O município não possui entidades na administração indireta.

A Constituição de 1988 tornou obrigatórios alguns instrumentos básicos de planejamento,como o Plano Plurianual, a Lei de Diretrizes Orçamentárias e a Lei Orçamentária Anual.

Embora não sejam de implementação compulsória, o Plano de Governo e o Plano Estratégi-co são desejáveis, no sentido de propiciarem um melhor desempenho governamental. O objetivo doPlano de Governo é apresentar as propostas da administração. Quanto ao planejamento estratégi-co, este deve ser entendido como um processo continuado no qual o ambiente da organização éobservado e analisado, ações são planejadas, executadas, os seus impactos são avaliados e o ciclocomeça outra vez. Valença tem o primeiro e não tem o segundo.

Com relação aos instrumentos de gestão urbana, o município tem Plano Diretor, de 1992, eLei de Perímetro Urbano, de 1973, importante instrumento para delimitação das áreas de cobrançado IPTU municipal e do ITR federal.

Valença tem Lei de Parcelamento do Solo, de 1992, dispositivo que deve estabelecer ospadrões urbanísticos mínimos para implantação de loteamento urbano, tais como sistema viário,equipamentos urbanos e comunitários, áreas públicas, bem como as responsabilidades dos agen-tes privados e do poder público; tipificando crimes urbanísticos. O município tem Lei de Zoneamento,de 1973. Não tem legislação sobre áreas de interesse especial e não tem instrumento legal sobreáreas de interesse social.

Finalmente, ainda no aspecto da gestão urbana, Valença tem Código de Obras, de 1984,tem Código de Posturas, datado de 1965, e não tem outros instrumentos de planejamento.

Valença tem cadastro imobiliário, cuja última atualização ocorreu em 1983. A Planta de Valo-res teve sua última revisão em 1997. No que se refere às unidades territoriais, o cadastro foi atuali-zado pela última vez em 1983.

49 - Para maiores informações, consulte o site www.ibge.gov.br --> Pesquisa de Informações Básicas Municipais.

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A informatização é um passo importante para agilização de todos os procedimentos de go-verno. O cadastro de saúde, o patrimônio, a contabilidade, o cadastro de alvarás, a folha de paga-mento, o cadastro imobiliário e o cadastro de ISS são informatizados. O cadastro de educação usarecursos da informática. O controle de orçamento não é informatizado.

Valença tem Conselhos de Educação, Assistência e Ação Social, e de Direitos das Criançase dos Adolescentes, regulamentados e instalados, paritários, de caráter deliberativo, que não admi-nistram o Fundo Municipal; tem Conselho de Saúde, regulamentado e instalado, paritário, de caráterdeliberativo, que administra o Fundo Municipal; tem Conselhos de Emprego e Trabalho, Turismo eMeio Ambiente, regulamentados e instalados, não paritários, deliberativos, que não administram oFundo Municipal.

Não tem Conselhos de Habitação, Transportes e de Política Urbana. Valença tem outrosconselhos não especificados.

Valença tem Guarda Municipal, com um efetivo de 30 pessoas. O município tem Comissão deDefesa do Consumidor, Defesa Civil e Juizado de Pequenas Causas. Não possui Núcleo ou Delegaciade Mulheres.

No que diz respeito aos instrumentos regionais de co-gestão, o município não participa deconsórcios para atendimento nas áreas da saúde; educação; habitação; aquisição de máquinas eequipamentos; serviços de abastecimento d�água; serviços de esgotamento sanitário e serviços delimpeza e coleta de lixo.

O município teria esgotado todas as possibilidades de obter recursos de fontes de financia-mento e de convênio com órgãos da União e do Estado para transferências voluntárias, realizaçãode obras, serviços, melhorias e assessoria?

VII - INDICADORES FINANCEIROS 50

O presente capítulo atém-se tão-somente à análise do desempenho econômico-financeiroda administração direta do município, com base em números fornecidos diretamente ou através dasprestações de contas de administração financeira encaminhadas ao Tribunal de Contas, com vistasà emissão de parecer prévio, não abordando questões de legalidade, legitimidade e economicidade,objeto de avaliação pelo Corpo Deliberativo do TCE-RJ.

Os municípios do Estado do Rio de Janeiro tiveram uma receita total de R$ 10,2 bilhões 51 em2001, dos quais pouco mais da metade ficou para a capital. Já em receita tributária, o total alcançouR$ 2,5 bilhões, sendo 71% arrecadados na cidade do Rio de Janeiro.

Os gráficos a seguir apresentam a participação das regiões no montante arrecadado em2001, excluído o município da capital.

50 - Prestações de contas e relatórios de análise de contas do TCE-RJ de 1997 a 2000; Informe da Prefeitura 2001 Ofício 1074/2002/GP, de15.7.02; Anuários CIDE 1997, 1998, 1999-2000, 2001; Fundação CIDE: ICMS arrecadado em 2001 e nova projeção de população 1997 a 2001.51 - Dados de execução orçamentária da capital obtidos no site do Tribunal de Contas do Município do Rio de Janeiro.

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Pode-se observar que a Região Metropolitana sem a capital teve uma receita de R$ 1,8bilhão, representando 39% do total. Sua receita tributária, entretanto, no montante de R$ 388 mi-lhões, contribuiu com 54% do total.

A Região Noroeste arrecadou R$ 194 milhões, tomando a fatia de 4% da receita total, contraR$ 10 milhões de receita tributária, apenas 1% do total.

A Região Norte recebeu R$ 826 milhões, 17% da receita total, contra 7% da arrecadaçãotributária, no valor de R$ 51 milhões.

A Região Serrana ficou com R$ 483 milhões, 10% da receita total, tendo sua receita tributá-ria, de R$ 85 milhões, participado em 12% do total.

A Região das Baixadas Litorâneas obteve R$ 555 milhões, 12% da receita total, arrecadandoR$ 62 milhões em tributos, 9% do total.

A Região do Médio Paraíba teve R$ 592 milhões de receita total, 12% das regiões, arreca-dando em tributos R$ 94 milhões, 13% do total.

A Região Centro-Sul ficou com R$ 145 milhões, 3% da receita total, contra R$ 12 milhões emarrecadação tributária, 1,7% do total.

A Região da Baía da Ilha Grande, com apenas dois municípios, arrecadou R$ 138 milhões,3% da receita total, com uma receita tributária de R$ 18 milhões, 2,5% do total.

Distribuição da Receita Total em 2001

RegiãoMetropolitana sem

a capital39%

Região Serrana10%

Região dasBaixadasLitorâneas

12%

Região do MédioParaíba

12%

Região NorteFluminense

17%

Região NoroesteFluminense

4%

Região Centro-SulFluminense

3%Região da Baíada Ilha Grande

3%

Distribuição da Receita Tributária em 2001Região

Metropolitana sema capital

54%

Região Serrana12%

Região dasBaixadas

Litorâneas9%Região do Médio

Paraíba13%

Região NorteFluminense

7%

Região NoroesteFluminense

1%

Região Centro-SulFluminense

2%

Região da Baíada Ilha Grande

2%

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A evolução das receitas totais é ilustrada no gráfico a seguir:

A Região Metropolitana sem a capital teve um crescimento de 105% entre 1997 e 2001; aRegião Noroeste, 87%; a Região Norte, 315% (metade das receitas correntes de 2000 e 2001 sãoprovenientes de royalties); a Região Serrana, 97%; as Baixadas Litorâneas, 209% (um terço dasreceitas correntes de 2000 e 2001 são decorrentes de royalties); o Médio Paraíba cresceu 72%; oCentro-Sul, 74%; e a Baía da Ilha Grande, 56%.

O destaque na receita total per capita vai para a Região Norte, seguida das Baixadas Litorâ-neas, Baía da Ilha Grande, Médio Paraíba, Serrana com Noroeste, Centro-Sul e Metropolitana sema capital, como demonstra o gráfico.

Evolução das Receitas Totais

-

200.000.000

400.000.000

600.000.000

800.000.000

1.000.000.000

1.200.000.000

1.400.000.000

1.600.000.000

1.800.000.000

2.000.000.000

1997 1998 1999 2000 2001

Metropolitana sem capital Região Noroeste Região Norte Região SerranaBaixadas Litorâneas Médio Paraíba Centro-Sul Baía da Ilha Grande

Receita Total per capita

-

200,00

400,00

600,00

800,00

1.000,00

1.200,00

1.400,00

1997 1998 1999 2000 2001

Metropolitana sem capital Região Noroeste Região Norte Região SerranaBaixadas Litorâneas Médio Paraíba Centro-Sul Baía da Ilha Grande

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VALENÇA

Já a receita tributária apresentou a seguinte evolução:

A arrecadação de tributos cresceu, de 1997 para 2001, 45% na Região Metropolitana sem acapital; 44% na Noroeste; 83% na Norte; 32% na Serrana; 65% na das Baixadas Litorâneas; 63% nado Médio Paraíba; 48% na Centro-Sul; e 2% na Baía da Ilha Grande. O gráfico apresenta a evoluçãoda carga tributária per capita (tributos mais cobrança da dívida ativa por habitante):

Paradoxalmente, é a Região da Baía da Ilha Grande que apresenta melhor índice, alcançan-do R$ 155/habitante em 2001. Seguem-se as Regiões do Médio Paraíba, Serrana e das BaixadasLitorâneas, num bloco na faixa dos R$ 120/habitante. Na faixa dos R$ 80, vêm as Regiões Metropo-

Evolução das Receitas Tributárias

-

50.000.000

100.000.000

150.000.000

200.000.000

250.000.000

300.000.000

350.000.000

400.000.000

450.000.000

1997 1998 1999 2000 2001

Metropolitana sem capital Região Noroeste Região Norte Região SerranaBaixadas Litorâneas Médio Paraíba Centro-Sul Baía da Ilha Grande

Carga Tributária per capita

-

20,00

40,00

60,00

80,00

100,00

120,00

140,00

160,00

180,00

1997 1998 1999 2000 2001

Metropolitana sem capital Região Noroeste Região Norte Região SerranaBaixadas Litorâneas Médio Paraíba Centro-Sul Baía da Ilha Grande

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litana sem a capital e a Norte Fluminense. O Centro-Sul apresenta R$ 55 de receita tributária porhabitante, seguido da Região Noroeste, próxima dos R$ 40/habitante.

Como indica o gráfico seguinte, o custeio da máquina administrativa também é maior na Baíada Ilha Grande, seguido das Regiões Norte, das Baixadas Litorâneas, Médio Paraíba com Centro-Sul, Serrana e Metropolitana sem a capital.

O gráfico a seguir apresenta um comparativo dos investimentos per capita, no qual se perce-be nitidamente o benefício que os royalties trouxeram às Regiões Norte e das Baixadas Litorâneas,a primeira com R$ 232 investidos por habitante em 2001 e a segunda com R$ 156. A Região da Baíada Ilha Grande alcança R$ 79/habitante, seguida do Médio Paraíba com Centro-Sul na faixa dosR$ 60/habitante. A Região Noroeste subiu para R$ 50/habitante, e as Regiões Serrana e Metropoli-tana sem a capital ficaram próximas dos R$ 40/habitante.

Ocorre uma inversão relevante quando analisamos o indicador de grau de investimento, quemostra a razão entre o valor investido e a receita total da região. A Metropolitana sem a capital pulade sétimo para quarto lugar no ranking, como demonstra o gráfico a seguir.

Custeio per capita

-

100,00

200,00

300,00

400,00

500,00

600,00

700,00

800,00

1997 1998 1999 2000 2001

Metropolitana sem capital Região Noroeste Região Norte Região SerranaBaixadas Litorâneas Médio Paraíba Centro-Sul Baía da Ilha Grande

Investimentosper capita

-

50,00

100,00

150,00

200,00

250,00

1997 1998 1999 2000 2001

Metropolitana sem capital Região Noroeste Região Norte Região SerranaBaixadas Litorâneas Médio Paraíba Centro-Sul Baía da Ilha Grande

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VALENÇA

Grau de Investimento

0,05

0,08

0,11

0,14

0,17

0,20

0,23

0,26

1997 1998 1999 2000 2001

Metropolitana sem capital Região Noroeste Região Norte Região SerranaBaixadas Litorâneas Médio Paraíba Centro-Sul Baía da Ilha Grande

A participação do município em análise em sua região é apresentada nos gráficos a seguir:

Receitas Totais da Região do Médio Paraíba (R$) - Ano 2001

28.984.804

95.949.468

42.482.389

12.331.412

41.675.099

13.229.074

9.198.707

72.987.082

13.652.892

10.220.160

30.119.521

221.047.867

- 50.000.000 100.000.000 150.000.000 200.000.000 250.000.000

Barra do Piraí

Barra Mansa

Itatiaia

Pinheiral

Piraí

Porto Real

Quatis

Resende

Rio Claro

Rio das Flores

Valença

Volta Redonda

Receitas Tributárias da Região do Médio Paraíba (R$) - Ano 2001

3.465.124

8.765.965

17.300.337

489.654

2.880.475

1.601.781

359.965

8.365.299

285.873

595.896

3.366.329

46.075.488

- 5.000.000 10.000.000 15.000.000 20.000.000 25.000.000 30.000.000 35.000.000 40.000.000 45.000.000 50.000.000

Barra do Piraí

Barra Mansa

Itatiaia

Pinheiral

Piraí

Porto Real

Quatis

Resende

Rio Claro

Rio das Flores

Valença

Volta Redonda

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VALENÇA

69

A evolução e a composição das receitas e despesas de Valença no período de 1997 a 2001do município de Valença são demonstradas nos gráficos abaixo, lembrando que os valores apresen-tados neste capítulo são correntes.

A receita realizada aumentou 107%, enquanto a despesa cresceu 91% entre 1997 e 2001.

Com relação à composição das receitas correntes, os gráficos a seguir apresentam sua evo-lução no período de 1997 a 2001.

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Evolução da Receita Realizada

-5.000.000

10.000.00015.000.00020.000.00025.000.00030.000.00035.000.000

Rea

is

Receitas de Capital�������� Receitas Correntes

����������Receita Total

Receitas de Capital - - - - -������Receitas Correntes 14.532.902,06 17.848.680,59 21.492.112,37 28.398.153,30 30.119.520,79���

Receita Total 14.532.902,06 17.848.680,59 21.492.112,37 28.398.153,30 30.119.520,79

1997 1998 1999 2000 2001

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Evolução da Despesa Realizada

-

5.000.000

10.000.000

15.000.000

20.000.000

25.000.000

30.000.000

35.000.000

Rea

is

Despesas de Capital����

Despesas Correntes����

Despesa Total

Despesas de Capital 329.692,22 2.184.951,00 2.213.000,00 3.516.222,21 2.145.747,34���Despesas Correntes 15.977.772,21 17.537.000,00 20.776.000,00 26.561.150,77 29.032.886,47

������Despesa total 16.307.464,43 19.721.951,00 22.989.000,00 30.077.372,98 31.178.633,81

1997 1998 1999 2000 2001

1997

Transferências Correntes do

Estado52%

Receita Tributária

11%

Outras receitas correntes

4%

Receita Patrimonial

0%

Transferências Correntes da

União26%

Receita Agropecuária /

Industrial7%

1998

Receita Tributária

12%

Receita Patrimonial

0,9%

Receita Agropecuária /

Industrial7%

Transferências Correntes do

Estado55% Transferências

Correntes da União21%

Outras receitascorrentes

4%

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70

ESTUDO SOCIOECONÔMICO 1997-2001

VALENÇA

Pode-se observar predominância das transferências correntes, já que a receita tributária re-presenta 11% do total no ano 2001.

O montante transferido pela União e pelo Estado ao município observou a seguinte evolução:

Na análise da evolução das transferências totais da União e do Estado para o município,verificamos um aumento de 131% no qüinqüênio 97/01, enquanto a receita tributária teve um au-mento de 110% no mesmo período.

1999

Receita Tributária

16%

Transferências Correntes da

União23%

Receita Patrimonial

1%

Transferências Correntes do

Estado56%

Outras receitas correntes

4%

2000

Outras receitas correntes

7%

Transferências Correntes do

Estado49%

Receita Patrimonial

1%

Transferências Correntes da

União31%

Receita Tributária

12%

2001

Outras receitas correntes

2%

Transferências Correntes do

Estado53%

Receita Patrimonial

0,4%

Transferências Correntes da

União34%

Receita Tributária11%

Evolução das Transferências da União e do Estado

-

5.000.000

10.000.000

15.000.000

20.000.000

25.000.000

30.000.000

Total 11.315.285,99 13.734.732,62 17.048.623,87 23.030.307,06 26.163.123,591997 1998 1999 2000 2001

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TRIBUNAL DE CONTAS DOESTADO DO RIO DE JANEIROSecretaria-Geral de Planejamento

ESTUDO SOCIOECONÔMICO 1997-2001

VALENÇA

71

De acordo com o gráfico acima, o município apresentou uma evolução na receita tributáriabeneficiada pelos aumentos de 10% na arrecadação de IPTU; de 1% na receita de ITBI, de 100% noISS e de 617% nas taxas. Especificamente de 2000 para 2001, houve queda de 4% no IPTU, de23% no ITBI e de 2% nas taxas, contra aumento de 24% no ISS.

As transferências correntes da União cresceram 170% no período, com aumento de 161% norepasse do Fundo de Participação dos Municípios e significativos ingressos de ICMS Exportação eOutras Transferências.

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Evolução e Composição das Receitas Tributárias

-

500.000

1.000.000

1.500.000

2.000.000

2.500.000

3.000.000

3.500.000

4.000.000

������IPTU ITBI

���� ISS

���� Taxas

���� Contribuição de Melhoria

������Total

��IPTU 819.263,83 745.726,27 781.421,08 941.344,21 901.524,80ITBI 167.206,58 197.748,63 228.476,62 218.690,57 168.635,40

��ISS 410.816,13 485.495,12 616.446,92 661.195,29 821.027,48

����Taxas 205.649,32 687.486,90 1.809.569,21 1.500.089,66 1.475.141,64��

Contribuição de Melhoria - - - -

����Total 1.602.935,86 2.116.456,92 3.435.913,83 3.321.319,73 3.366.329,32

1997 1998 1999 2000 2001

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Evolução e Composição das Transferências da União

-

2.000.000

4.000.000

6.000.000

8.000.000

10.000.000

12.000.000

���FPM

���IRRF ITR

���ICMS Exportação

��Outras

���Total

��FPM 3.651.473,24 3.628.419,55 4.559.530,75 5.371.986,29 5.904.107,36

��IRRF 81.922,91 96.835,23 132.611,77 126.389,59 213.480,48

ITR 19.099,23 51.631,27 33.635,93 33.177,24 37.764,37��

ICMS Exportação - - 223.928,19 258.508,67 233.128,38��Outras - - 3.088.129,35 3.748.984,85

��Total 3.752.495,38 3.776.886,05 4.949.706,64 8.878.191,14 10.137.465,44

1997 1998 1999 2000 2001

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Evolução e Composição das Transferências do Estado

-

2.000.000

4.000.000

6.000.000

8.000.000

10.000.000

12.000.000

14.000.000

16.000.000

18.000.000

���ICMS

���IPVA IPI

���FUNDEF

���Outras

���Total

��ICMS 7.222.937,52 6.869.029,30 8.376.505,58 9.212.107,74 10.238.791,23

����IPVA 339.853,09 343.219,24 341.917,36 487.679,83 582.072,05

IPI - 78.136,46 96.165,02 104.929,87 115.097,14

����FUNDEF - 2.667.461,57 3.284.329,27 4.067.837,07 4.706.917,41��

Outras - 279.561,41 382.780,32��

Total 7.562.790,61 9.957.846,57 12.098.917,23 14.152.115,92 16.025.658,15

1997 1998 1999 2000 2001

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72

ESTUDO SOCIOECONÔMICO 1997-2001

VALENÇA

A evolução das transferências correntes do Estado foi de 112% no período, tendo contribuí-do para tanto um aumento de 42% no repasse do ICMS e o ingresso do FUNDEF a partir de 1998.

Composição dos Gastos por Função

As despesas tiveram um crescimento de 21% de 97 para 98, de 6% de 98 para 99, de 43% de 1999para 2000, e de 3% de 2000 para 2001, totalizando incremento de 91% no período, com ênfase para osaumentos nas despesas com Administração e Planejamento; Agricultura; e Saúde e Saneamento.

Pode-se verificar as reduções, incrementos e constâncias na seqüência anual de composi-ções de gastos das principais funções, apresentadas a seguir,

Função 1997 1998 1999 2000 2001 Legislativa 782.679,07 924.000,00 969.241,51 1.110.500,00 1.266.266,40

Administração e Planejamento 3.004.529,76 2.991.000,00 4.270.219,70 7.933.432,66 10.079.336,00

Agricultura 50.328,85 - 122.398,51 120.627,91 140.390,16

Comunicações 99.504,37 - - - - Desenvolvimento

Regional - - - - -

Educação e Cultura 5.744.996,58 6.215.000,00 6.969.953,76 7.069.811,74 8.226.814,89

Habitação e Urbanismo 1.308.104,47 2.166.000,00 2.016.381,89 2.411.889,20 1.328.423,68

Indústria, Comércio e Serviços 79.039,98 - 84.999,51 356.066,97 63.366,85

Saúde e Saneamento 3.342.058,17 4.420.000,00 5.955.833,80 7.399.486,59 8.006.898,58 Trabalho - - - - -

Assistência e Previdência 866.945,36 - 594.820,50 735.725,60 473.917,17

Transportes 1.029.277,82 1.782.000,00 200,00 2.939.832,31 1.505.652,24 Outras - 1.224.000,00 - - - Total 16.307.464,43 19.722.000,00 20.984.049,18 30.077.372,98 31.091.065,97

Função Variação 98/97

Variação 99/98

Variação 99/97

Variação 00/99

Variação 00/98

Variação 00/97

Variação 01/00

Variação 01/99

Variação 01/98

Variação 01/97

Legislativa 18% 5% 24% 15% 20% 42% 14% 31% 37% 62% Administração e

Planejamento 0% 43% 42% 86% 165% 164% 27% 136% 237% 235%

Agricultura -100% 143% -1% 140% 16% 15% 179%

Comunicações -100% -100% -100% -100% Desenvolvimento

Regional

Educação e Cultura 8% 12% 21% 1% 14% 23% 16% 18% 32% 43%

Habitação e Urbanismo 66% -7% 54% 20% 11% 84% -45% -34% -39% 2%

Indústria, Comércio e Serviços -100% 8% 319% 350% -82% -25% -20%

Saúde e Saneamento 32% 35% 78% 24% 67% 121% 8% 34% 81% 140% Trabalho

Assistência e Previdência -100% -31% 24% -15% -36% -20% -45%

Transportes 73% -100% -100% ######## 65% 186% -49% 752726% -16% 46% Outras -100% -100% -100% Total 21% 6% 29% 43% 53% 84% 3% 48% 58% 91%

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TRIBUNAL DE CONTAS DOESTADO DO RIO DE JANEIROSecretaria-Geral de Planejamento

ESTUDO SOCIOECONÔMICO 1997-2001

VALENÇA

73

Com o objetivo de complementar a análise dos demonstrativos objeto do presente traba-lho, vamos apresentar algumas informações através dos indicadores a seguir, que serão úteispara interpretação das finanças públicas do município, bem como da capacidade de pagamentoda municipalidade.

1) Indicador de equilíbrio orçamentário em 2001:

receita realizada = R$ 30.119.520,79 = 0,9660despesa executada R$ 31.178.633,81

Este quociente demonstra o quanto da receita realizada serve de cobertura para a despesaexecutada.

A interpretação objetiva desse quociente nos leva a considerar que há R$ 96,60 para cadaR$ 100,00 de despesa executada, apresentando pequeno déficit de execução.

Para os exercícios anteriores, o gráfico a seguir apresenta sua evolução, demonstrandodesequilíbrio orçamentário nesses cinco anos de análise.

Evolução das Despesas em Funções de Governo

0%

5%

10%

15%

20%

25%

30%

35%

40%

1997 1998 1999 2000 2001

Legislativa Administração e Planejamento Educação e CulturaHabitação e Urbanismo Saúde e Saneamento Assistência e PrevidênciaTransportes Outras

Indicador de Equilíbrio Orçamentário

0,89120,9050

0,93490,9442

0,9660

0,84

0,86

0,88

0,90

0,92

0,94

0,96

0,98

1997 1998 1999 2000 2001

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74

ESTUDO SOCIOECONÔMICO 1997-2001

VALENÇA

2) Indicador do comprometimento da receita corrente com a máquina administrativa em 2001:

despesas de custeio = R$ 25.302.281,14 = 0,84 receitas correntes R$ 30.119.520,79

Este indicador mede o nível de comprometimento do município com o funcionamento damáquina administrativa utilizando-se recursos provenientes das receitas correntes. Do total da recei-ta corrente, 84% são comprometidos com a despesa de custeio. Em 1997, foram utilizados 105%;em 1998, 94%; em 1999, 91%; em 2000, 81%, configurando uma redução no outrora elevado com-prometimento com as despesas de custeio.

As despesas de custeio destinam-se à manutenção dos serviços prestados à população,inclusive despesas de pessoal, mais aquelas destinadas a atender a obras de conservação e adap-tação de bens móveis, necessárias à operacionalização dos órgãos públicos.

Tais despesas tiveram um crescimento de 66% entre 1997 e 2001, enquanto as receitascorrentes cresceram 107% no mesmo período.

É importante salientar que, na composição das despesas correntes, as transferências cor-rentes têm experimentado forte crescimento, de 410% no qüinqüênio, subindo de R$ 731 mil em1997 para R$ 3,7 milhões em 2001. Não temos dados sobre o quanto desses montantes refere-se atransferências operacionais para custeio de entidades governamentais. De acordo com o Perfil dosMunicípios Brasileiros, publicado pelo IBGE, em 1999 Cordeiro não tinha administração indireta.

3) Indicador da autonomia financeira em 2001:

receita tributária própria = R$ 3.366.329,32 = 0,13 despesas de custeio R$ 25.302.281,14

Este indicador mede a contribuição da receita tributária própria do município no atendimentoàs despesas com a manutenção dos serviços da máquina administrativa.

Como podemos constatar, o município, no exercício de 2001, apresentou uma autonomia de13%, enquanto, nos exercícios de 1997 a 2000, esta foi de 11%, 13%, 18% e 15%, respectivamente.

Conclui-se que não houve uma gradativa capacitação do ente em manter as atividades e ser-viços próprios da administração com recursos oriundos de sua competência tributária, o que o tornatotalmente dependente de transferências de recursos financeiros dos demais entes governamentais.

Indicador do Comprometimento daReceita Corrente com a Máquina Administrativa

1,050,94 0,91

0,81 0,84

-0,200,400,600,801,001,20

1997 1998 1999 2000 2001

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TRIBUNAL DE CONTAS DOESTADO DO RIO DE JANEIROSecretaria-Geral de Planejamento

ESTUDO SOCIOECONÔMICO 1997-2001

VALENÇA

75

4) Indicador do esforço tributário próprio em 2001:

receita tributária própria + inscrição na dívida ativa =receita arrecadada

R$ 3.366.329,32 + 7.008.263,62 = 0,34R$ 30.119.520,79

Este indicador tem como objetivo comparar o esforço tributário próprio que o município reali-za no sentido de arrecadar os seus próprios tributos, em relação às receitas arrecadadas.

Os recursos financeiros gerados em decorrência da atividade tributária própria do municípiocorrespondem a 34% da receita total, enquanto, no exercício de 1997, este percentual foi de 21%;em 1998, foi de 12%; em 1999, foi de 22% e, em 2000, foi de 15%.

Não resta dúvida de que toda a capacidade de investimento do município está atrelada aocomportamento da arrecadação de outros governos, federal e estadual, em função das transferên-cias de recursos.

Há de se ressaltar, também, em nossa análise, os valores expressivos que vêm sendo inscri-tos em dívida ativa, se comparados com o total da receita tributária arrecadada nos respectivosexercícios. Nos demonstrativos contábeis, não foi possível segregar a dívida ativa em tributária enão tributária.

Indicador da Autonomia Financeira

0,1050,126

0,1760,145 0,133

-

0,05

0,10

0,15

0,20

1997 1998 1999 2000 2001

Indicador do Esforço Tributário Próprio

0,214

0,119

0,220

0,154

0,344

-0,0500,1000,1500,2000,2500,3000,3500,400

1997 1998 1999 2000 2001

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76

ESTUDO SOCIOECONÔMICO 1997-2001

VALENÇA

O gráfico a seguir apresenta a performance da cobrança da dívida ativa sobre o estoquepreexistente, já que não é possível apurar a idade das cobranças recebidas no exercício.

Cabe, ainda, salientar os elevados valores cancelados, como demonstram os gráficos a seguir.

0%

20%

40%

60%

80%

100%

Eficácia da Cobrança da Dívida Ativa

Estoque anterior Cobrança no exercício

Cobrança no exercício 431.726,06 355.022,92 591.421,20 1.034.469,64 242.187,78Estoque anterior 2.231.555,98 3.293.199,12 3.479.265,79 4.012.555,87 2.632.968,85

1997 1998 1999 2000 2001

0%

20%

40%

60%

80%

100%

Análise da Cobrança versus Cancelamento da Dívida AtivaCobrança no exercício Cancelamento de dívida ativa

Cancelamento de dívida ativa 13.903,16 1.526.738,32 177.110,79 1.407.011,74 972.559,02

Cobrança no exercício 431.726,06 355.022,92 591.421,20 1.034.469,64 242.187,78

1997 1998 1999 2000 2001

0%

20%

40%

60%

80%

100%

Perc

entu

al d

a re

ceita

pró

pria

Receita Tributária 1.602.936 2.116.457 3.435.914 3.321.320 3.366.329 Inscrição na DívidaAtiva

1.507.272 - 1.301.822 1.061.894 7.008.264

1997 1998 1999 2000 2001

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VALENÇA

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5) Indicador da dependência de transferências de recursos em 2001:

transferências correntes e de capital = R$ 26.163.123,59 = 0,87receita realizada R$ 30.119.520,79

Verifica-se que a receita de transferências representa 87% do total da receita do município,enquanto, nos exercícios de 1997 a 2000, este percentual foi de 78%, 77%, 79% e 81%, respectiva-mente, apresentando crescimento na dependência do repasse de outros entes da federação.

Este indicador reforça os prognósticos, já comentados, a respeito da autonomia financeira domunicípio em face de sua dependência das transferências.

0%

20%

40%

60%

80%

100%

Análise do Estoque versus Cancelamento da Dívida Ativa

Estoque anterior Cancelamento de dívida ativa

Cancelamento de dívida ativa 13.903,16 1.526.738,32 177.110,79 1.407.011,74 972.559,02

Estoque anterior 2.231.555,98 3.293.199,12 3.479.265,79 4.012.555,87 2.632.968,85

1997 1998 1999 2000 2001

Indicador da Dependência de Transferências de Recursos

0,78 0,770,79

0,81

0,87

0,700,720,740,760,780,800,820,840,860,88

1997 1998 1999 2000 2001

-

5.000.000

10.000.000

15.000.000

20.000.000

25.000.000

30.000.000

Rea

is

Totalização transferências correntes e de capitalReceita própria (tributária e não)

Totalização transferênciascorrentes e de capital

11.315.286 13.734.733 17.048.624 23.030.307 26.163.124

Receita própria (tributária enão)

3.217.616 4.113.948 4.443.489 5.367.846 3.956.397

Receita Própria /Transferências

28% 30% 26% 23% 15%

1997 1998 1999 2000 2001

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VALENÇA

Tomemos, ainda, o exemplo do ICMS, arrecadado pelo Governo do Estado, que transfe-re 25% aos municípios, sendo, no mínimo, ¾ distribuídos proporcionalmente ao valor adiciona-do aos produtos comercializados em cada municipalidade, e o quartil restante sujeito a critérioestabelecido por lei estadual. O gráfico a seguir aponta a pequena contribuição do ICMS arreca-dado no município 51 contra o repasse (excluída a parcela do FUNDEF) feito pelo Estado, entre1997 e 2001.

6) Indicador da carga tributária per capita em 2001:

receita tributária própria + cobrança da dívida ativa = população do município 52

R$ 3.366.329,32 + 242.187.78 = R$ 53,89/habitante66.960

Este indicador reflete a carga tributária que cada habitante do município tem em decorrênciada sua contribuição em impostos, taxas e contribuições de melhoria para os cofres municipais.

Verifica-se que, ao longo do exercício de 2001, cada habitante contribuiu para com o fiscomunicipal em aproximadamente R$ 54; nos exercícios anteriores, tais contribuições foram deR$ 32, R$ 38, R$ 61 e R$ 66, respectivamente, havendo um substancial aumento e posteriorqueda no período.

Análise do ICMS

-

20.000

Mil

Rea

is

ICMS gerado no município Repasse do Estado

ICMS gerado nomunicípio

2.219 1.896 1.602 1.688 1.843

Repasse do Estado 7.223 6.869 8.377 9.212 10.239

1997 1998 1999 2000 2001

Indicador da Carga Tributária per capita

31,6038,01

61,3565,69

53,89

-10,0020,0030,0040,0050,0060,0070,00

1997 1998 1999 2000 2001

Rea

is

51 - Fundação CIDE.52 - Estimativa CIDE para população residente em cada ano. Dados retificados em função do Censo 2000. Pode haver pequenas diferençascom relação aos Estudos 1997-2000 em função disso para os indicadores 6, 7 e 8.

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7) Indicador do custeio per capita em 2001:

despesas de custeio = R$ 25.302.281,14 = R$ 377,87/habpopulação do município 66.960

Este indicador objetiva demonstrar, em tese, o �quantum� com que cada cidadão arcaria paramanter a operacionalização dos órgãos públicos municipais.

Caberia a cada cidadão, caso o município não dispusesse de outra fonte de geração de recursos,contribuir com R$ 378 em 2000; e, nos exercícios de 1997, 1998, 1999 e 2000, com R$ 237, R$ 258, R$ 298e R$ 345, respectivamente, havendo um aumento de 60% no período de 1997 a 2001.

8) Indicador dos investimentos per capita em 2001:

investimentos = R$ 2.058.179,50 = R$ 30,75/habpopulação do município 66.960

Este indicador objetiva demonstrar, em relação aos investimentos públicos aplicados, o quantorepresentariam em benefícios para cada cidadão.

Desta forma, cada cidadão recebeu da administração pública, no exercício de 2001, naforma de investimentos, o equivalente a R$ 31 em benefícios diretos e indiretos; nos exercíci-os de 1997 a 2000 este valor foi de R$ 4, R$ 33, R$ 32 e R$ 52, respectivamente. O exercíciode 2001 apresentou valores equivalentes a 1998 e 1999, entretanto, bem menores que os de2000.

Se considerarmos que cada cidadão contribuiu para os cofres municipais com R$ 53,89(indicador 6 � carga tributária per capita), a quantia de R$ 30,74 representaria praticamenteque 1,8 vezes o valor dos tributos pagos pelos cidadãos a eles retornou como investimentospúblicos.

Indicador do Custeio per capita

236,79 258,01298,02

345,37377,87

-50,00

100,00150,00200,00250,00300,00350,00400,00

1997 1998 1999 2000 2001

Rea

is

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9) Indicador do grau de investimento em 2001:

investimentos = R$ 2.058.179,50 = 0,07 receita total R$ 30.119.520,79

Este indicador reflete a contribuição da receita total na execução dos investimentos.

Os investimentos públicos correspondem, aproximadamente, a 7% da receita total do muni-cípio. Este índice não deve indicar um percentual muito elevado, uma vez que, somente com despe-sas de custeio (indicador 2 � comprometimento da receita corrente com a máquina administrativa) jáse comprometem 84% das receitas correntes. A restrição de investimentos ocorre de forma a nãocomprometer a liquidez com utilização de recursos de terceiros ou com a própria manutenção damáquina administrativa.

Esse quociente vem se mantendo em níveis baixos, apresentando, desde 1997, os percentuaisde 2%, 12%, 10% e 12%, evidenciando uma parcela pequena dos recursos públicos direcionadosao desenvolvimento do município.

10) Indicador da liquidez corrente em 2001:

ativo financeiro = R$ 2.142.684,84 = 0,78passivo financeiro R$ 2.764.053,67

Indicador dos Investimentos per capita

4,47

32,88 31,82

52,18

30,74

-

10,00

20,00

30,00

40,00

50,00

60,00

1997 1998 1999 2000 2001

Rea

is

Indicador do Grau de Investimento

0,02

0,12

0,10

0,12

0,07

-

0,02

0,04

0,06

0,08

0,10

0,12

0,14

1997 1998 1999 2000 2001

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Este quociente mede a capacidade da entidade de pagar as suas obrigações com as suasdisponibilidades monetárias.

O quociente acima revela perspectivas desfavoráveis à solvência imediata dos compromis-sos a curto prazo assumidos pela prefeitura, dificultando, inclusive, ou até mesmo impossibilitando,a assunção de novos compromissos.

Como o gráfico a seguir aponta, a situação de liquidez do município vinha estável em 1998 e1999, caiu em 2000 para os mesmos níveis de 1997, e melhorou em 2001.

VIII - CONCLUSÃO

A continuidade dos Estudos Socioeconômicos tem por objetivo identificar carências epotencialidades, levando o administrador à obtenção de uma visão global da situação social, econô-mica e financeira dos municípios do Estado do Rio de Janeiro, gerando melhores decisões, de formaa atender às necessidades da população.

Na introdução deste trabalho, falamos da necessidade de planejamento sistemático, demonitoramento e avaliação continuados utilizando-se de indicadores. A nova agenda do Estado, amudança da cultura organizacional e a profissionalização dos servidores públicos são elementosinovadores, em que os conceitos de gestão participativa e empoderamento (empowerment) mos-tram que o gestor competente é negociador, coordenador de conflitos e construtor do consenso, émais um desenvolvedor de talentos do que um ordenador.

Salientamos a importância do turismo como fator de desenvolvimento e da implantação doscorredores florestais para recomposição de ecossistemas e manutenção da biodiversidade.

Dentre os indicadores sociais, destacam-se a gravidade das necessidades habitacionais e afalta de esgotamento sanitário adequado. Observamos a abrangência que as redes de educação esaúde públicas têm na formação de crianças, jovens e adultos e no amparo da população. As carên-cias são expressivas, tanto no nível das necessidades básicas, quanto nos de oportunidades deascensão social e de autodesenvolvimento e auto-satisfação.

Os indicadores econômicos mostraram o quadro de contração do PIB no Estado, com pontu-ais exceções em comunicações e na indústria do petróleo, e suas conseqüências na redução doemprego formal. Também vimos as potencialidades dos setores da economia local e oportunidadesde programas do Estado para incentivar iniciativas privadas.

No capítulo dos indicadores de gestão, apresentamos a evolução da redistribuição da receitatributária em prol dos municípios e as linhas gerais de planejamento federal e estadual para o desen-

Indicador de Liquidez Corrente

0,26

0,54

0,78

0,55

0,24

-0,100,200,300,400,500,600,700,800,90

1997 1998 1999 2000 2001

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volvimento local. Quem são os agentes fomentadores e quais são seus programas. Questões sobreconsórcios intermunicipais, Plano Diretor, Estatuto da Cidade e conselhos gestores municipais tam-bém foram abordadas, dentre outras teses.

O capítulo dos indicadores financeiros mostrou as disparidades das receitas totais, com mais de 70%concentrados na Região Metropolitana. Vimos os benefícios que os royalties do petróleo estão proporcionan-do às Regiões Norte e das Baixadas Litorâneas. E também aos municípios menores que, devido a suapequena economia, vêm alavancando sobremaneira suas receitas totais. Avaliamos que a redistribuição doFundo de Participação dos Municípios premia os municípios menores, diferentemente do ICMS e do IPVA,que têm referência na produção real local. Observamos que os repasses do FUNDEF e do SUS contribuempara a consolidação da federalização dos encargos e responsabilidades na educação e na saúde.

O que mais nos chama a atenção, contudo, no que diz respeito às receitas próprias dosmunicípios, é a dispersão no indicador 6, da carga tributária per capita, entre municípios com amesma faixa de população, como demonstram as tabelas a seguir, referentes a dados de 2001.

Entre os dez municípios com menos de 10 mil habitantes, Varre-Sai tem o indicador novevezes menor que Rio das Flores:

Os vinte e três municípios com população entre 10 e 20 mil habitantes apresentam dispersãoainda maior, sendo o indicador de Armação dos Búzios cinqüenta vezes superior ao de Sumidouro:

Município Região População

ReceitaTributária/ Receita

Total

Cargatributária

percapita

Varre-Sai Noroeste 7.941 0,7% 9,00São Sebastião do Alto Serrana 8.437 0,9% 13,07Trajano de Morais Serrana 9.967 1,4% 18,57Laje do Muriaé Noroeste 7.962 1,4% 19,43Aperibé Noroeste 8.220 1,6% 20,75São José de Ubá Noroeste 6.455 2,2% 29,20Macuco Serrana 4.936 1,8% 31,84Carapebus Norte 8.835 1,0% 37,41Comendador Levy Gasparian Centro-Sul 8.026 3,6% 43,34Rio das Flores do Médio Paraíba 7.764 5,8% 80,62

Município Região População

ReceitaTributária/ Receita

Total

Cargatributária

percapita

Sumidouro Serrana 14.318 0,8% 8,77Carmo Serrana 15.381 0,9% 14,82Cambuci Noroeste 14.636 1,0% 15,26Conceição de Macabu Norte 18.998 1,9% 19,56Rio Claro do Médio Paraíba 16.532 2,1% 21,88Mendes Centro-Sul 17.371 3,2% 23,91Cardoso Moreira Norte 12.568 1,5% 24,02Natividade Noroeste 15.182 2,4% 25,37Duas Barras Serrana 10.388 1,9% 25,44Sapucaia Centro-Sul 17.362 4,0% 27,72Cordeiro Serrana 18.871 4,3% 29,71Engenheiro Paulo de Frontin Centro-Sul 12.176 3,8% 29,83Italva Noroeste 12.604 3,0% 33,58Porciúncula Noroeste 16.117 3,9% 34,46Santa Maria Madalena Serrana 10.432 1,9% 35,23Quatis do Médio Paraíba 10.959 3,9% 36,70São José do Vale do Rio Preto Serrana 19.729 4,8% 40,02Cantagalo Serrana 19.854 2,6% 42,18Quissamã Norte 14.054 1,4% 75,49Areal Centro-Sul 10.097 8,9% 103,54Porto Real do Médio Paraíba 12.541 12,1% 128,94Iguaba Grande das Baixadas Litorâneas 15.920 18,6% 183,77Armação dos Búzios das Baixadas Litorâneas 19.341 17,5% 442,92

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São vinte e cinco os municípios com população entre 20 e 50 mil habitantes e a dispersãoapresentada é de quarenta vezes, entre Itatiaia e Miracema:

Os doze municípios entre 50 e 100 mil habitantes apresentam dispersão menor, tendo Itaguaíum indicador quase seis vezes maior que Japeri:

Os dezoito municípios com população entre 100 e 500 mil habitantes apresentam dispersãode onze vezes, entre Niterói e Belford Roxo:

Município Região População

ReceitaTributária/ Receita

Total

Cargatributária

percapita

Miracema Noroeste 27.298 3,1% 16,76São Francisco de Itabapoana Norte 41.433 2,5% 17,46Tanguá Metropolitana 26.390 3,6% 26,74Pinheiral do Médio Paraíba 20.191 4,0% 27,54Bom Jardim Serrana 22.890 3,7% 27,93Itaocara Noroeste 23.011 3,6% 29,03Paracambi Metropolitana 40.955 7,2% 32,09Silva Jardim das Baixadas Litorâneas 21.635 3,1% 35,29São Fidélis Norte 37.051 3,7% 36,43Cachoeiras de Macacu das Baixadas Litorâneas 49.531 6,8% 38,12Santo Antônio de Pádua Noroeste 39.332 7,0% 40,72São João da Barra Norte 28.492 3,2% 47,88Bom Jesus do Itabapoana Noroeste 34.103 7,4% 49,98Vassouras Centro-Sul 31.783 7,5% 51,11Paraíba do Sul Centro-Sul 37.823 8,6% 53,73Paty do Alferes Centro-Sul 25.385 7,6% 61,26Casimiro de Abreu das Baixadas Litorâneas 22.922 2,7% 65,49Miguel Pereira Centro-Sul 24.430 10,5% 71,64Guapimirim Metropolitana 39.131 11,0% 74,78Arraial do Cabo das Baixadas Litorâneas 24.352 11,7% 88,33Paraty da Baía da Ilha Grande 30.209 17,2% 129,27Piraí do Médio Paraíba 22.334 6,9% 136,61Rio das Ostras das Baixadas Litorâneas 38.578 3,9% 173,07Mangaratiba Metropolitana 25.728 36,9% 557,13Itatiaia do Médio Paraíba 25.766 40,7% 680,46

Município Região População

ReceitaTributária/ Receita

Total

Cargatributária

percapita

Japeri Metropolitana 77.124 5,5% 26,83Barra do Piraí do Médio Paraíba 89.605 12,0% 44,67Valença do Médio Paraíba 66.960 11,2% 53,89Itaperuna Noroeste 87.753 11,9% 61,40Três Rios Centro-Sul 72.689 13,0% 61,50São Pedro da Aldeia das Baixadas Litorâneas 65.695 13,5% 69,11Seropédica Metropolitana 66.787 18,8% 86,15Rio Bonito das Baixadas Litorâneas 50.228 21,8% 115,41Saquarema das Baixadas Litorâneas 54.188 12,8% 127,02Araruama das Baixadas Litorâneas 85.620 19,8% 135,50Maricá Metropolitana 80.314 27,3% 148,56Itaguaí Metropolitana 84.528 21,4% 156,35

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Finalmente, os três maiores municípios apresentam distorção de apenas 50% entre Duquede Caxias e Nova Iguaçu:

É certo que cada município tem suas especificidades e daí a proposta de apresentarmosestudos individualizados, nos quais buscamos apresentar o máximo número de dados sobre a rea-lidade local. Para que os governos municipais conquistem condições de governabilidade, que permi-tam enfrentar seus desafios, eles precisam se articular horizontalmente e conquistar melhores con-dições de negociação com os governos estadual e federal: uma nova realidade que surge com aseleições de 2002.

Município Região População

ReceitaTributária/ Receita

Total

Cargatributária

percapita

Belford Roxo Metropolitana 443.213 10,3% 30,58Itaboraí Metropolitana 193.164 8,9% 34,98Magé Metropolitana 210.818 10,9% 37,23Queimados Metropolitana 124.738 11,1% 37,78Mesquita Metropolitana 168.926 20,2% 40,74Nilópolis Metropolitana 153.193 14,9% 54,26Barra Mansa do Médio Paraíba 171.622 9,1% 58,59Campos dos Goytacazes Norte 410.626 5,5% 59,80São João de Meriti Metropolitana 452.284 18,2% 60,60Nova Friburgo Serrana 174.169 16,9% 82,88Resende do Médio Paraíba 107.051 11,5% 91,71Cabo Frio das Baixadas Litorâneas 132.813 14,1% 122,83Teresópolis Serrana 140.139 21,1% 149,42Angra dos Reis da Baía da Ilha Grande 123.237 12,1% 161,81Petrópolis Serrana 290.218 30,7% 182,23Macaé Norte 137.058 11,1% 196,99Volta Redonda do Médio Paraíba 244.641 20,8% 200,51Niterói Metropolitana 462.211 52,7% 339,60

Município Região População

ReceitaTributária/ Receita

Total

Cargatributária

percapita

Nova Iguaçu Metropolitana 769.226 14,0% 52,59São Gonçalo Metropolitana 904.304 22,4% 64,93Duque de Caxias Metropolitana 788.208 14,5% 77,77

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4) �; e SILVEIRA, Ricardo Figueiró. Carga Tributária Global: Estimativa para 2001, Rio deJaneiro: BNDES, Maio 2002 (INFORME-SE, 40).

5) BREMAEKER, François E.J. de. Os Conselhos Municipais Existentes no Brasil, IBAM/APMC/NAPI/IBAMCO, 2001.

6) CAMPAGNONE, Marcos Camargo. Gerente Municipal: Um Profissional da Gestão Lo-cal; in O MUNICÍPIO NO SÉCULO XXI: CENÁRIOS E PERSPECTIVAS, São Paulo: FundaçãoPrefeito Faria Lima � CEPAM, ED. ESP., 1999.

7) CENTRO DE INFORMAÇÕES E DADOS DO RIO DE JANEIRO, Anuário Estatístico doEstado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro: CIDE 1987/ .

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11) FUNDAÇÃO CENTRO DE INFORMAÇÕES E DADOS DO RIO DE JANEIRO, IQM: Índi-ce de Qualidade dos Municípios, Rio de Janeiro, CIDE, 1998.

12) � . Índice de Qualidade dos Municípios - Carências, Rio de Janeiro, CIDE, 2001.

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ESTUDO SOCIOECONÔMICO 1997-2001

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16) � . SEMINÁRIO FLUMINENSE DE INDICADORES, 2, 2001, Rio de Janeiro, Cadernode Textos, CIDE, 2001.

17) GARCIA, Ronaldo Coutinho. A Reorganização do Processo de Planejamento do Gover-no Federal: O PPA 2000-2003, Brasília: Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada - IPEA, Maio2000 (Texto para Discussão nº 726).

18) �. Subsídios para Organizar Avaliações da Ação Governamental, Brasília: Instituto dePesquisa Econômica Aplicada - IPEA, Janeiro 2001 (Texto para Discussão nº 776).

19) INFORMATIVO CEPAM. Conselhos Municipais das Áreas Sociais, 2 ED. VER. ATUAL. AMP.,São Paulo: Fundação Prefeito Faria Lima � CEPAM. Unidade de Políticas Públicas � UPP, V.1, N.3, 2001.

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22) MOISÉS, Hélvio Nicolau. Município-Rede: Planejamento, Desenvolvimento Político eSustentabilidade; in O MUNICÍPIO NO SÉCULO XXI: CENÁRIOS E PERSPECTIVAS, São Paulo:Fundação Prefeito Faria Lima � CEPAM, ED. ESP., 1999.

23) MURTA, Marcelo Martinelli. Finanças Públicas do Estado e dos Municípios do Rio deJaneiro � Fevereiro/2001, TCE/RJ, 2001.

24) NADER, José Leite. Relatório das Contas de Gestão do Governador, Exercício 1999,TCE/RJ, 2000.

25) NAZARETH, P.A. & LOPES PORTO, L.F.. Finanças Públicas do Estado e dos Municípi-os do Rio de Janeiro � Janeiro/99, TCE/RJ, 1999.

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27) PACHECO, Regina Silvia. Administração Pública Gerencial: Desafios e Oportunidadespara os Municípios Brasileiros; in O MUNICÍPIO NO SÉCULO XXI: CENÁRIOS E PERSPECTIVAS,São Paulo: Fundação Prefeito Faria Lima � CEPAM, ED. ESP., 1999.

28) PERFIL DOS MUNICÍPIOS BRASILEIROS: PESQUISA DE INFORMAÇÕES BÁSICASMUNICIPAIS 1999, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística � IBGE, Rio de Janeiro, IBGE,2001.

29) POTENCIALIDADES ECONÔMICAS E COMPETITIVIDADE DAS REGIÕES DO ESTA-DO DO RIO DE JANEIRO. Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas � FGV/RJ,Abril/Maio � 1998.

30) PREFEITURA MUNICIPAL, Prestações de Contas dos Exercícios de 1997, 1998, 1999,2000 e 2001. Prefeitura.

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TRIBUNAL DE CONTAS DOESTADO DO RIO DE JANEIROSecretaria-Geral de Planejamento

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31) QUINTELLA, Sergio F. (orientador). Os Royalties de Petróleo e a Economia do Estadodo Rio de Janeiro � Efeitos dos Royalties e Participações Especiais na Economia Fluminense, TCE/RJ, 2000.

32) SEN, A. Desigualdade Reexaminada, Rio de Janeiro: Editora Record, 2001.

33) SECRETARIA DE ESTADO DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO ECONÔMI-CO, Diretrizes para o Desenvolvimento da Região Noroeste Fluminense, Rio de Janeiro, Maio 2002.