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BEATRIZ SIMÕES GALERA
VALIDAÇÃO DE EQUAÇÕES ANTROPOMÉTRICAS PARA A
ESTIMATIVA DAS ALTERAÇÕES DO PERCENTUAL DE
GORDURA
LONDRINA2010
AGRADECIMENTOS
Gostaria de agradecer primeiramente a Deus por ter iluminado meus caminhos,
me apoiado nos momentos difíceis e ter colocado pessoas maravilhosas e
inesquecíveis em minha vida.
A todos os professores que passaram pela minha vida meu muito obrigado por
toda dedicação, disposição, paciência, motivação de cada dia transmitir conhecimentos,
incentivar e aguçar a curiosidade pela trajetória dos estudos e a importância de se
seguir esse caminho.
A meus pais Hélio e Eleni por possibilitar minha existência, me educar com tanto
carinho e amor, dedicar suas vidas com tanto esforço a mim e a minha irmã, apoiar e
incentivar minhas decisões. Serei eternamente grata por tudo que fizeram por mim,
vocês são a razão do meu viver.
A minha irmã Bruna pela amizade, companhia, preocupação, ajuda, conselhos e
incentivos pela minha felicidade e sucesso.
Aos meus avós, Hélio, Alba, Oswaldo e Margarida pelo seu carinho, afeto, apoio
e eterna preocupação com o meu bem estar. Faltam-me palavras de agradecimentos a
vocês, sempre vão estar em meu coração.
Aos meus tios e tias, em especial minha tia Isley que apesar de não estar mais
presente, dedicou sua vida em ajudar o próximo e sempre esteve em meus caminhos
desde o início, saudade serão infinitas. E a minha tia Edilza pela companhia, alto astral,
conselhos e pela confiança depositada em mim.
A todos os primos, em especial minha prima Flávia, minha irmã gêmea de todas
as horas, pelos momentos compartilhados, afeto, amor, ai vai meu muito obrigado!
Ao meu namorado João, pelo incentivo, companhia, dedicação, carinho, amor,
apoio, preocupação, cuidado, atenção, confiança diária em mim. Muito obrigado por
fazer parte da minha vida, estar ao meu lado em todos os momentos tristes e felizes,
por torcer pelo meu sucesso e me fazer entender as dúvidas desse ano tão difícil.
A todos meus amigos que passaram pela minha vida, em especial Graziella,
Isabella, Ana Elisa, Bruna, Sílvia, Tatiana, Jonathan, Caren, Roberta, Mariane, Maily,
Elisa, Bruna de O., Camila, Giane, Rafael e Ricardo, por estarem presente durante toda
minha trajetória me ajudando em tudo que precisei em dias tristes, felizes sempre me
apoiando e aconselhando.
Ao Ricardo que além da dedicação da amizade, me ajudou a concretizar esse
trabalho, não mediu esforços para esclarecer minhas dúvidas e sempre esteve disposto
a me ensinar tudo o que podia. Obrigado mesmo!
GALERA, Beatriz Simões. Validação de equações antropométricas para a
estimativa das alterações do percentual de gordura. Trabalho de Conclusão de
Curso. Curso de Bacharelado em Educação Física e Esporte. Universidade Estadual de
Londrina, 2010.
RESUMO
O objetivo deste estudo foi validar equações antropométricas para detectar as
alterações do %G após de 12 semanas de treinamento em jovens universitários do
sexo masculino. Para tanto, 35 homens (21,9 ± 2,6 anos; 72 ± 12,2 Kg; 177,3 ± 7,5 cm;
22,9 ± 3,3 Kg-1m2), foram avaliados por meio da DEXA e de medidas antropométricas
(massa corporal, estatura, circunferências e EDC), e analisados mediante utilização de
duas equações preditivas da densidade corporal (PETROSKI, 1995; GUEDES, 1985).
Para estimativa do %G foi utilizada a equação de Siri (1961). Para a análise estatística
foram utilizadas: estatística descritiva, análise de variância (ANOVA two-way), post-hoc
Tuckey, análise de concordância de Bland e Altman (1986). A equação de Guedes
[DC= 1,18282 - 0,0703 x log(tr + axo + sio + abdv)] foi a única que não apresentou
diferença significativa (P<0,05) no %G antes e após o TP em relação a DEXA e
também obteve valores mais baixos de limite de concordância e viés quando
comparada à equação de Petroski (-3,2 a 2,6 / -4,4 a 1,7) e (-0,3/ -1,3) respectivamente,
podendo ser validada e representar a amostra deste estudo.
Palavras-Chave: Composição corporal; Validação de equações; DEXA.
GALERA, Beatriz Simões. Validation of anthropometric equations for estimating
body fat percentage changes. Completion of course work. Physical Education and
Sport Center. Londrina State University, Londrina, 2010.
ABSTRACT
The aim of this study was to validate anthropometric equations to detect changes in%
BF after 12 weeks of training in young male college students. To this end, 35 men (21.9
± 2.6 years, 72 ± 12.2 kg; 177.3 ± 7.5 cm, 22.9 ± 3.3 Kg-1m2), were assessed by DEXA
and anthropometric measures (weight, height, circumference and EDC), and analyzed
by use of two predictive equations of body density (Petroski, 1995; Guedes, 1985). For
the% BF was used the equation of Siri (1961). For the statistical analysis were used:
descriptive statistics, analysis of variance (two-way ANOVA), post-hoc Tuckey,
concordance analysis of Bland and Altman (1986). The equation of Guedes [DC =
1.18282 to 0.0703 x log (tr + axo + sio + abdv)] was the only one not significantly
different (P <0.05) in% BF before and after TP compared to DEXA and also had lower
values of bias and limits of agreement when compared to the equation Petroski (-3.2 to
2.6 / -4.4 to 1.7) and (-0.3 / -1.3) respectively, can be validated anda represent the study
sample. However, further studies are suggested validation using different samples and
equations, and use the intervention of some type of physical training.
Keywords: Body composition, Validation of equations, DEXA.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 – Exame de absortometria radiológica de dupla energia (DEXA)....................25
Figura 2 – Imagens geradas e linhas de ajuste fornecidas por software específico apartir de um exame de DEXA..........................................................................................20
Figura 3 – Compasso da marca Lange utilizado para as medidas de EDC...................23
Figura 4 – Média e desvio padrão do %G obtidos pelos diferentes métodos................23
Figura 5 – Diferença entre os momentos (M2-M1) para o %G obtidos através dos diferentes métodos comparado com a DEXA.................................................................23
Figura 6 – Plotagem de Bland & Altman paras os valores da diferença no %G entre os diferentes momentos obtidos através da DEXA e das equações de predição proposta por GUEDES (A) e PETROSKI (B).................................................................................23
LISTA DE ABREVIATURAS
BIA - Impedância bioelétrica
DC - Densidade corporal
DEXA - Absortometria radiológica de dupla energia
DP - Desvio padrão
EDC - Espessura dobras cutâneas
EPE - Erro padrão de estimativa
IMC - Índice de massa corporal
MCM - Massa corporal magra
MG - Massa gorda
M1 - Momento 1 (pré-treinamento)
M2 - Momento 2 (pós-treinamento)
PH - Pesagem hidrostática
TP - Treinamento com pesos
%G - Percentual de gordura corporal
SUMÁRIO
1INTRODUÇÃO.......................................................................................................
0
9
1.1Justificativa............................................................................................................
1
1
1.2Objetivos................................................................................................................
1
3
2REVISÃO DE LITERATURA.................................................................................
1
4
2.1Absortometria radiológica de dupla energia (DEXA).............................................
1
4
2.2Métodos duplamente indiretos...............................................................................
1
6
2.3Implicações das medidas de composição corporal...............................................
1
7
3METODOLOGIA....................................................................................................
1
8
3.1Amostra..................................................................................................................
1
8
3.2Delineamento experimental...................................................................................
1
8
3.3Antropometria.........................................................................................................
1
8
3.4Composição corporal.............................................................................................
1
9
3.4.1Absortometria Radiológica de Dupla Energia (DEXA)...........................................
1
9
3.4.2Espessura de dobras cutâneas (EDC)..................................................................
2
0
3.4.3Equações antropométricas....................................................................................
2
2
3.5Treinamento com pesos (TP).................................................................................
2
3
3.6Tratamento estatístico............................................................................................
2
4
4RESULTADOS......................................................................................................
2
5
5DISCUSSÃO..........................................................................................................
2
8
6CONCLUSÃO........................................................................................................
3
1
REFERÊNCIAS...................................................................................................... 3
2
ANEXOS................................................................................................................3
8
9
1 INTRODUÇÃO
A análise da composição corporal começou a despertar interesses em
pesquisas a partir do século XIX e aumentou no final do século XX, principalmente no
que diz respeito ao excesso de gordura corporal devido a sua relação com o aumento
do risco para o desenvolvimento de doenças crônicas degenerativas como:
hipertensão, cardiopatia, diabetes tipo II, pulmonar obstrutiva e até alguns tipos de
câncer1. Dessa forma, o grande interesse dos pesquisadores da área da composição
corporal são o desenvolvimento e validação de equações matemáticas que sejam
simples, de baixo custo, de alta aplicabilidade e que permitam boa estimativa do
percentual de gordura (%G), massa muscular magra (MCM), componente adiposo,
densidade corporal (DC) entre outros2.
Inúmeras maneiras de análise da composição corporal são baseados em
métodos que fazem uso de equipamentos de elevado custo operacional e que
demandam maior tempo para avaliação, por isso os estudos com essas técnicas são
mais reduzidos, apesar de serem mais exatos2. Um desses equipamentos é a
absortometria radiológica de dupla energia (DEXA) que apesar de ser uma técnica um
pouco invasiva por expor o sujeito a uma determinada quantidade de radiação, e por
ser de alto custo, tem sido muito usada como referência para validação de outras
técnicas de avaliação da composição corporal. Seus resultados são altamente
confiáveis e a técnica funciona por meio de um equipamento que transmite um raio X
de potência constante e possui um filtro de extremidade cerium (K), para gerar dois
picos de energia (40Kev e 70Kev)3.
Além da DEXA, outros métodos são bastante utilizados, no entanto estes são
menos precisos, pois estimam de maneira indireta a composição corporal, um desses
métodos é a “espessimetria” (medida da espessura) de dobras cutâneas (EDC).
Diversas equações de estimativa da composição corporal existem para esse método e
vêm sendo constantemente estudadas devido à facilidade na obtenção dos dados, ao
menor custo dos equipamentos e por terem condições de utilização tanto em
laboratórios quanto à campo4,5. Considerado duplamente indireto o método de EDC é
estruturado a partir da pesagem hidrostática (PH) que, apesar de indireto vem sendo
10
adotado com padrão-ouro para os estudos da composição corporal em humanos, além
disso, a EDC permite uma análise bicompartimental (massa gorda e massa corporal
magra) e apresenta ótima validade e fidedignidade6.
11
1.1 Justificativa
A avaliação da composição corporal é de extrema importância em programas
relacionados à melhoria da aptidão física e das condições de saúde individuais ou
coletivas, na prevenção e tratamento de várias doenças crônicas, como o sobrepeso e
obesidade, a sarcopenia e a osteoporose.
Nesse sentido, a importância da avaliação corporal remete-se ao fato de a
massa corporal isoladamente não poder ser considerada um bom parâmetro para
identificar o excesso ou a falta dos diferentes componentes corporais (massa gorda,
massa muscular, massa óssea, massa tecidual), ou ainda verificar se está havendo
alterações nas quantidades proporcionais dessas variáveis em conseqüência de algum
programa de atividade física e/ou dieta alimentar.
Assim, a grande diversidade populacional relacionada a aspectos étnicos, de
idade, sexo e aptidão física é que torna importante utilizar equações que se apliquem a
população estudada. No entanto, não se sabe se as equações apresentadas na
literatura têm capacidade de detectar mudanças decorrentes do treinamento sobre as
variáveis antropométricas.
As avaliações das possíveis diferenças encontradas com o treinamento são
de grande importância para a prática. Dessa forma, Heyward e Stolarczk (1996)7
pontuaram as seguintes importâncias:
• Identificar riscos à saúde, associados a níveis excessivamente altos
e baixos de gordura corporal total;
• Identificar riscos à saúde, associados ao acúmulo excessivo de
gordura intra-abdominal;
• Proporcionar entendimento sobre os riscos à saúde, associados à
falta ou ao excesso de gordura corporal;
• Monitorar mudanças na composição corporal, associadas a certas
doenças;
• Avaliar a eficiência de intervenções nutricionais e de exercícios
físicos na alteração da composição corporal;
• Estimar o peso corporal ideal de atletas e não- atletas;
12
• Formular recomendações dietéticas e prescrições de exercícios
físicos; e
• Monitorar mudanças na composição corporal, associadas ao
crescimento, desenvolvimento, maturação e idade.
Com avanços dos estudos na área de composição corporal faz com que
pesquisadores procurem desenvolver métodos que proporcionem informações mais
consistentes sobre os diferentes componentes corporais e com isso ajudar na
intervenção prática dos profissionais da área da saúde no dia-dia nas academias,
clínicas, centro de treinamentos de atletas de elite entre outros.
13
1.2 Objetivo
O objetivo do presente estudo foi analisar a validade de equações
antropométricas para detectar as alterações do %G em jovens universitários do sexo
masculino.
14
2 REVISÃO DE LITERATURA
A cineantropometria, área do conhecimento que estuda os componentes
corporais, tem como objetivo analisar a composição corporal (músculos, ossos e
gordura) e isso tem mostrado ser de interesse, pois altos níveis de gordura corporal tem
se relacionado com doenças, ao contrário a massa muscular, tecido metabolicamente
ativo, tem mostrado relação com os indicadores de saúde8,9.
As atenções tanto de pesquisadores quanto de profissionais da área da
saúde pública e do esporte estão voltadas para ampla aplicação desses resultados
decorrentes do fracionamento da massa corporal em diversos componentes como %G,
MCM, massa gorda, densidade óssea entre outros10.
Sendo assim, para a realização da análise desses componentes corporais
foram criados e empregados métodos envolvendo procedimentos de determinação
direta, indireta e duplamente indireta11. Os métodos mais aplicados atualmente são o
indireto e o duplamente indireto, pois eles apresentam uma vantagem quando
comparados aos métodos diretos por não serem dependentes da utilização de
amostras in vitro4.
Os métodos indiretos são caracterizados por serem realizados
exclusivamente em laboratórios por causa dos equipamentos necessários e do controle
de variáveis como a temperatura ambiente, temperatura corpórea e ingestão de
líquidos, as quais podem influenciar nos resultados finais. São consideradas técnicas
indiretas a; densitometria, pesagem hidrostática (PH), espectrometria, absortometria
radiológica de dupla energia (DEXA), ultrassonografia, tomografia computadorizada,
ressonância magnética5.
2.1 Absortometria radiológica de dupla energia (DEXA)
Muito utilizada como critério para validação de outras técnicas, a DEXA,
apesar de ser uma técnica pouco invasiva expondo o sujeito a uma baixa radiação e
também por apresentar um alto custo, tem sido muito útil para analisar os componentes
15
estruturais do corpo humano, pois permite avaliar isoladamente diferentes componentes
localizados no membro superior, inferior e o tronco tanto do lado direito como
esquerdo10,12. E baseia-se na suposição de que o corpo é formado por três
compartimentos, gordura, tecido mineral ósseo e tecido magro não ósseo, todos com
densidades diferentes13. Seus resultados são altamente confiáveis, precisos
independente de fatores como a idade, sexo ou etnia do avaliado4.
Sua técnica funciona por meio de um equipamento com um braço mecânico
com scanner e com um detector de energia; uma mesa onde o avaliado permanece; um
tubo que transmite um raio X de potência constante que se localiza abaixo da mesa; um
filtro de extremidade cerium (K), para gerar dois picos de energia de energia (40Kev e
70Kev) e um software que realiza a leitura da avaliação3,10 . O princípio básico da DEXA
é que a atenuação dos raios emitidos é diferenciada nos tecidos ósseo, gordo e magro
mostrando suas diferentes densidades e composição química.
Atualmente, três fabricantes comercializam os equipamentos desenvolvidos
para avaliação por DEXA, são eles: Hologic, a STATEC Biomedical System e a Luna,
sendo o último, produtor de dois modelos o DPX e o Prodigy. Dentre eles, o mais
evoluído tecnologicamente e que garante segurança é o Lunar Prodigy10.
Esse equipamento emite raios-x na forma de leque que possui um detector
de Telluride de Cádmio-Zinco um material sensível à energia e que converte os raios-x
para um sinal eletrônico sem uma conversão intermediária10.
A DEXA apresenta inúmeros benefícios como uma radiação
aproximadamente 10 vezes menor do que os outros, emissão dos raios-x na forma de
leque que permite uma angulação de 4,5° reduzindo os erros e aumentando sua
precisão já que, Griffiths et al. relataram que ângulos de amplitudes maiores, por volta
de 30° podiam ocasionar erros de grande magnitude14.
A DEXA assume como constantes os valores de hidratação, o que é um erro,
uma vez que os fluídos corporais são reconhecidos pela varredura como tecido
magro10. Dessa forma, o percentual do tecido gordo que é constituído por água, parece
também ser considerado como tecido magro15,16.
Wagner et al, recentemente mostraram que o erro padrão de estimativa
(EPE) para o tecido mineral ósseo total e para a densidade mineral óssea, é de 50 g e <
16
0.01 g/cm2, ou 1.8% e 0.8%, respectivamente; e boa correlação para o %G estimado
por PH e DEXA (r = 0,90)3. Lohman17 em seu estudo constatou um erro técnico de 1,2%
a 4,8%.
Alterações na hidratação, de até 5%, podem sub ou superestimar a gordura
corporal relativa de 1% a 2,5% segundo Lohman et al.18. Além disso, a magnitude dos
erros da DEXA tende a aumentar de maneira significativa quando relacionada a uma
grande massa corporal, principalmente relativa ao excesso de gordura19,20.
2.2 Métodos duplamente indiretos
Os métodos ditos duplamente indiretos possuem maior facilidade e menor
tempo para a obtenção desses dados, menor custo operacional e maior facilidade de
utilização tanto em laboratórios quanto em estudos de campo. Por esses motivos, estes
métodos têm conseguido grande aceitação por alguns pesquisadores, mas
principalmente, por profissionais da saúde4. A “espessimetria” (medida da espessura)
de dobras cutâneas (EDC), perímetros, diâmetros ósseos e bioimpedância (BIA)
exemplificam as técnicas5. Essas técnicas podem apresentar limitações relacionadas ao
avaliador, ao avaliado, ao equipamento utilizado e aos procedimentos metodológicos
exigidos para a realização das medidas10.
Um procedimento duplamente indireto muito adotado por pesquisadores é a
EDC. A EDC é medida por meio da utilização de um compasso tipo pinça, que tem a
função de pinçar a gordura subcutânea de diferentes áreas anatômicas como o bíceps,
tríceps, subescapular, tórax, suprailíaca, abdominal, coxa8; para estimar valores de %G
a partir de equações, sendo que em adultos saudáveis cerca de um terço da gordura
total se localiza na região subcutânea21.
Assim torna importante mencionar algumas limitações dessa técnica que
pode apresentar erros que podem estar ligados ao avaliador, avaliado, tipo de
equipamento usado (compasso) e aos procedimentos metodológicos exigidos para a
realização das medidas9. Segundo Pollock et al.22 podem ser encontradas diferenças
nos resultados das medidas do %G estimado, por essa técnica de até 3% ou até 12 mm
17
para um único ponto com avaliadores experientes. Porém, quando os avaliadores
padronizam as medidas o erro tende a cair para menos de 1% para os valores de %G22.
E quando correlacionado com a pesagem hidrostática o método de EDC obteve um r=
0,70 a 0,9022. A equação proposta por Petroski23, desenvolvida a partir do compasso da
marca Lange, no estudo de Cyrino et al.6.Apresentou um EPE para a densidade
corporal de 0,0075g/cm3 ou 3,3 pontos percentuais de gordura relativa. Esse modelo de
compasso que é também o do atual estudo foi classificado entre bom e muito bom
pelos critérios de Lohman24.
2.3 Implicações das medidas de composição corporal
Essa diversidade de métodos e técnicas vem sendo freqüentemente
utilizados para análise principalmente do %G pela sua importância em relação aos
riscos à saúde que são causados se os seus índices estiverem alterados tanto acima
do recomendado quanto abaixo. As proporções de gordura corporal foram definidas
como ideais a partir de três aspectos principais: a) por proporção fisiológica; b) maior
incidência destes valores entre sujeitos saudáveis; c) pelos valores se correlacionarem
de modo negativo com as doenças cardiovasculares25,26.
As porcentagens adequadas de gordura corporal que indicam boa condição
para saúde estão entre 12% a 15% para homens e entre 22% a 27% para mulheres5.
Abaixo desses níveis é válido ressaltar os efeitos deletérios sobre a proteína de massa
muscular e equilíbrio hormonal, afetando, portanto o desempenho motor5. Em
contrapartida, índices aumentados de gordura corporal, em relação ao peso corporal
total, classificam o indivíduo como obeso e propício a riscos de adquirir doenças
cardiovasculares27.
18
3 METODOLOGIA
3.1 Amostra
A amostra foi composta por 35 universitários da Universidade Estadual de
Londrina do sexo masculino (21,9 ± 2,6 anos; 72 ± 12,2 Kg; 177,3 ± 7,5 cm; 22,9 ± 3,3
Kg-1m2). Como critérios de inclusão no estudo, os sujeitos não poderiam praticar
exercícios físicos de diferentes naturezas, com uma frequência superior a duas sessões
semanais e também não apresentar valores de índice de massa corporal (IMC)
inferiores 18,0 kg/m2 e superiores a 29,9 kg/m2.
Após receberem informações sobre o estudo e sobre os procedimentos,
todos os sujeitos assinaram um termo de consentimento livre e esclarecido (anexo 1). O
atual trabalho faz parte de outro estudo mais amplo de mestrado que já foi aprovado
pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual de Londrina, de acordo
com as normas da Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde sobre pesquisa
envolvendo seres humanos (anexo 2).
3.2 Delineamento experimental
A duração do estudo foi de 15 semanas, sendo que 12 semanas foram
destinadas ao período de treinamento com pesos e as três semanas restantes (início,
meio e fim) foram destinadas as avaliações e reavaliações. Nos períodos de avaliações
os sujeitos não foram submetidos a nenhum tipo de treinamento.
3.3 Antropometria
As medidas de massa corporal, estatura e perímetros de abdômen e
antebraço foram feitas de acordo com procedimentos padronizados e descritos na
literatura28.
O valor de massa corporal foi obtido por meio de uma balança de plataforma
digital, da marca Filizola, com carga máxima de 150Kg e precisão de 0,1kg. A estatura
19
foi medida em um estadiômetro de madeira, com alcance máximo de 220cm e precisão
de 0,1cm, de acordo com as recomendações de Gordon et al.29. Para a medida e
pesagem, todos os sujeitos estavam descalços e vestindo apenas shorts.
As circunferências de antebraço e abdômen foram medidas em duplicata, por
um único avaliador, com uma fita métrica inextensível, (Cardiomed), com extensão de
200cm e precisão de 1mm, de acordo com as técnicas descritas por Callaway et al.30. O
erro técnico de medida não foi superior a 0,5cm e o valor médio entre as medidas foi
usado como valor de referência.
3.4 Composição corporal
3.4.1 Absortometria Radiológica de Dupla Energia - DEXA
Neste estudo a DEXA foi utilizada como método de referência para validação
das equações que serão analisadas. O equipamento utilizado para as coletas é da
marca um equipamento da marca Lunar Prodigy, modelo DXA System e software
versão 9.30 (Fabricado por General Eletric Lunar Corporation, Madison, WI). A
calibragem do equipamento seguiu as recomendações do fabricante.
Os indivíduos estavam vestindo shorts e camiseta, descalços e sem nenhum
objeto metálico móvel ou junto ao corpo. As coletas foram feitas com os sujeitos
deitados e imóveis sobre a mesa do equipamento, em decúbito dorsal, com os pés
unidos e braços um pouco afastados do tronco, à lateral do corpo até a finalização da
medida (figura 1).
20
Figura 1 - Exame de absortometria radiológica de dupla energia (DEXA)
Após o término da medida o programa forneceu estimativas sobre a massa
gorda, óssea e do tecido magro, para o corpo todo e regiões específicas (tronco,
membros superiores e membros inferiores). Nesse tipo de programa, os membros são
demarcados e separados do tronco e da cabeça por linhas padrões que são geradas
pelo equipamento. As linhas foram ajustadas pelo avaliador, por meio de pontos
anatômicos específicos, determinados pelo fabricante (figura 2).
21
Figura 2 – Imagens geradas e linhas de ajuste fornecidas por software específico a
partir de um exame de DEXA.
3.4.2 Espessura de dobras cutâneas (EDC)
As medidas de EDC foram obtidas em duplicata em sequência rotacional,
nos pontos anatômicos do tríceps, peitoral, axilar, supra ilíaca, abdominal e coxa, sendo
todas elas do lado direito do corpo. Quando os valores das duas medidas referentes ao
limite superior e/ou inferior excederem 5% uma nova medida foi efetuada. O erro
técnico de medida não passou de ± 1,00mm. As espessuras foram coletadas por um
único avaliador, com um adipômetro científico da marca Lange (Cambridge Scientific
Instruments, Cambridge, MD, EUA), de acordo com as técnicas descritas por Harrison
et al.31 (figura 3).
22
Figura 3 – Compasso da marca Lange utilizado para as medidas de EDC.
3.4.3 Equações antropométricas
Para o procedimento de validação, foram analisadas as equações de
Guedes32 e Petroski23, propostas a partir do método duplamente indireto de dobras
cutâneas para a estimativa da densidade corporal (quadro 1) e para a estimativa do
percentual de gordura foi utilizada a equação de Siri33 (quadro 2).
Quadro 1. Equações para a estimativa da densidade corporal
Equação Estudo Modelo matemático
1 Guedes32 DC= 1,18282 - 0,0703 x log(tr + axo + sio + abdv).
2 Petroski23
DC= 1,08566598 - 0,0003275 x (se + tr + pt + axo + sio +
abdv + cx) + 0,00000036 x (se + tr + pt + axo + sio + abdv
+ cx)2 - 0,00017521 x idade (anos) + 0,00161816 x
(canb) - 0,00041043 x (cabd).Nota: DC = densidade corporal; se = EDC subescapular; tr = EDC tríceps; pt = EDC
peitoral; axo = EDC axilar oblíqua; sio = EDC supra ilíaca oblíqua; Abdv = EDC
abdominal vertical; cx = EDC coxa; canb= circunferência de antebraço; cabd25 =
circunferência abdominal.
Quadro 2. Equação para estimativa do percentual de gordura.
23
Equação Estudo Modelo matemático
3 Siri33 %G = (495/DC) - 450.
Nota: DC = densidade corporal.
3.5 Treinamento com peso (TP)
O programa de TP teve duração de 12 semanas consecutivas tendo como
objetivo a hipertrofia muscular, foi montado com execução de três sessões semanais,
sendo em dias alternados (Segundas, Quartas e Sextas ou Terças, Quintas e
Sábados).
As sessões foram constituídas de 10 exercícios, envolvendo diferentes
grupos musculares, com três séries por exercício, o número de repetições utilizadas foi
de 8 a 12 repetições máximas (RM), com a utilização do sistema de cargas fixas. A
única exceção foi ao exercício para o grupamento muscular da panturrilha (15 a 20
RM).
As cargas usadas foram estipuladas de acordo com o número de repetições
máximas para as três séries de cada exercício.
Assim, durante o experimento, foram realizados ajustes semanais da carga
de treinamento sempre durante a última sessão de treinos de cada semana, na
tentativa de que a intensidade inicial fosse preservada.
Os ajustes e reajustes tanto das cargas iniciais quanto durante as sessões
foram estabelecidos com base nos resultados obtidos mediante a aplicação de testes
de peso por repetições máximas de acordo com os procedimentos descritos na
literatura34.
O intervalo de recuperação adotado entre as séries foi de 60 a 90 segundos
e o intervalo entre os exercícios foi de 90 a 120 segundos.
A velocidade de execução não foi monitorada, mas os participantes foram
orientados a realizar as ações musculares concêntricas e excêntricas em uma razão de
1:2, respectivamente.
24
Além disso, foi feita uma supervisão direta por um profissional de Educação
Física para um controle das informações com o objetivo de controlar as variáveis, como
o número de séries e de repetições, a carga, a velocidade de execução, os intervalos
de recuperação entre as séries e entre os exercícios.
3.6 Tratamento estatístico
A estatística descritiva (média e desvio padrão) foi empregada para
caracterização da amostra. A análise de variância two-way para medidas repetidas foi
realizada para comparar os valores do %G entre os métodos e entre os momentos. O
post-hoc Tuckey foi utilizado para localização das diferenças após cada ANOVA. A
plotagem de Bland e Altman35 foi empregada para verificação da concordância dos
valores da diferença (M1 – M2) no %G obtidas a partir das diferentes equações em
relação ao método de referência (DEXA). A significância adotada foi de P<0,05. Os
procedimentos estatísticos foram realizados no software SPSS versão 18.0.
25
4 RESULTADOS
A figura 4 mostra os resultados referentes a análise do %G nos diferentes
momentos (M1 e M2) a partir dos diferentes métodos. Houve uma redução do %G do
momento 1 para o momento 2 nos valores obtidos pela análise da DEXA e pela
equação proposta por Guedes (P<0,05). Os valores obtidos pela equação de Petroski
não apresentaram diferença.
FIGURA 4: Média e desvio padrão do %G obtidos pelos diferentes métodos. * P < 0,05.
Como demonstrado na figura 5, a equação de Petroski foi a única que
apresentou diferença significativa, na diferença entre o %G nos momentos (M2-M1) em
relação ao método de referência DEXA. Já a equação de Guedes não apresentou
diferença significativa em relação a DEXA.
26
FIGURA 5: Diferença entre os momentos (M2-M1) para o %G obtidos através dos
diferentes métodos. * P < 0,05 comparado com a DEXA.
A figura 6 mostra os valores da plotagem de Bland & Altman para a diferença
no %G (M2-M1) entre as equações e a DEXA. Os valores encontrados dos intervalos
de confiança da equação de Guedes e Petroski comparados com a DEXA foram (-3,2 a
2,6/ -4,4 a 1,7, respectivamente) e o viés apresentado foi de (-0,3/ -1,3,
respectivamente).
*
27
FIGURA 6: Plotagem de Bland & Altman paras os valores da diferença no %G entre os
diferentes momentos obtidos através da DEXA e das equações de predição proposta
por GUEDES (A) e PETROSKI (B).
28
5 DISCUSSÃO
Atualmente, muitos estudos vêm sendo desenvolvidos com o principal
objetivo de validar equações antropométricas para diferentes tipos populacionais e para
estimativa de inúmeras variáveis (%G, MCM, MG, DC, densidade mineral óssea)
adotando como método de referência a PH, e mais recentemente a DEXA.
Até o momento, o número de publicações científicas no Brasil para a
estimativa do %G através da DEXA com intuito de validar equações antropométricas
tem sido baixo. Dessa forma, o presente estudo buscou validar equações
antropométricas, desenvolvidas na população brasileira, para detectar as alterações do
%G após um período de treinamento com pesos em jovens adultos do sexo masculino,
usando como método referência a DEXA.
Os principais achados deste estudo foram que a equação de Guedes tanto
no início quanto no fim do treinamento não apresentou diferenças significativas no %G
comparado ao método padrão DEXA (P<0,05). Portanto os valores encontrados foram
muito próximos aos do método de referência.
Por outro lado a equação de Petroski aconteceu o inverso, ou seja, obteve
diferença significativa antes e após o treinamento na variável analisada (Figura 5). Além
disso, na análise comparando os momentos foi possível observar diferenças ao longo
do tempo apenas com a DEXA e a equação de Guedes (Figura 4).
Apesar de a PH ser considerada como padrão-ouro para a medida do %G, a
avaliação da DEXA tem sido bem aceita na literatura, uma vez que fornece resultados
semelhantes aos da PH11. Nesse sentido, várias pesquisas utilizaram a DEXA como
método de referência possibilitando o seu uso para essa finalidade2,12,36,37. No presente
estudo a DEXA foi usada como referência para analisar a validade de equações
antropométricas para a estimativa do %G.
Para a equação de Guedes os valores percentuais em relação a DEXA para
a diferença entre os momentos foram de 1,6%. Por outro lado, na equação de Petroski
os valores apresentados na diferença entre os momentos foram 8,2%, o qual detectou
diferença (P<0,05) mostrando que essa equação subestima a diferença no %G entre os
diferentes momentos em relação ao método padrão.
29
No mesmo sentido, a equação de Petroski foi a única que apresentou uma
diferença em relação ao DEXA (P<0,05). Dessa forma, a equação não pôde ser
validada o oposto da equação de Guedes. É um resultado interessante, pois a equação
de Guedes usou medidas antropométricas simples (espessuras de dobras cutâneas de
tríceps, axilar oblíqua, supra ilíaca oblíqua e abdominal vertical) diferentemente da de
Petroski que utilizou mais medidas antropométricas e outros fatores (espessura de
dobras cutâneas subescapular, tríceps, peitoral, axilar oblíqua, supra ilíaca oblíqua,
abdominal vertical e coxa, além das circunferências de antebraço e abdômen, e da
idade).
Além disso, a equação de Guedes, também apresentou menores limites de
concordância e menor viés em relação à de Petroski com os pontos de dispersão
variando entre (-3,2 e 2,6/ -4,4 e 1,7) e o viés de (-0,3/ -1,3) respectivamente (figuras 6
A e B), sugerindo menor variabilidade em relação à DEXA.
Um recente estudo de Glaner et al12. buscou também a validação de
equações antropométricas a partir do DEXA para estimar o %G em homens, as
equações usadas foram os procedimentos de Cohen (1986)38 e a equação de Katch &
McArdle (1973)39. O %G estimado pelo procedimento de Cohen obteve diferença
significativa (P<0,0001) do %G por meio do DEXA, o desvio padrão (DP) foi de (± 3,74)
sendo menor do que o método padrão que foi de (± 5,76), sugerindo que a amostra do
estudo não pode ser representada por esse método. Já a equação de Katch & McArdle
não foi constatada diferença significativa (P>0,05) do %G em relação a DEXA, o DP foi
de (± 4,78), ou seja, menor que o método padrão, portanto também não houve
representação da amostra por meio dessa técnica. Porém, os autores relatam que na
falta de metodologias que apresentem uma boa validade concorrente sugere-se a
utilização dessa equação pelo alto custo do equipamento da DEXA. No entanto, nossos
resultados não podem ser confrontados com esses, pois as equações do presente
estudo foram desenvolvidas na população brasileira diferente das equações avaliadas.
Guimarães et al.40 num estudo para estimativa do %G em 18 homens
militares utilizou duas equações de BIA e três equações antropométricas Guedes
(1985)32, Petroski (1995)23 e Katch & McArdle (1973)39, só que adotando a PH como
método de referência, segundo este estudo, a equação de Petroski foi a que obteve um
30
menor EPE, quando comparadas às outras, que foi de 1,47%, enquanto a de Guedes
foi 2,77% e de Katch & McArdle 2,56%. Comparando com os valores reais do EPE das
duas equações usadas no presente estudo que são de Guedes e Petroski (0,57% e
0,71%) respectivamente, prova a melhor representatividade da amostra estudada por
Guimarães pela equação de Petroski23,32.
Um outro estudo, contou com a participação de 20 alunos do Curso de
Instrutor da Escola de Educação Física do Exército também utilizando a PH como
método padrão avaliou o %G para validação de três equações sendo elas: Guedes
(1985)32 e duas de Petroski (1996)41. Os resultados encontrados demonstraram que
todas as equações apresentaram diferença significativa (P<0,05) entre suas médias e a
média medida por meio da PH; ou seja, a validação de nenhuma delas foi alcançada42.
O que difere do atual estudo que conseguiu a validação da equação de Guedes para
estimar as alterações ocorridas após um período de treinamento no %G a partir da
DEXA.
31
6 CONCLUSÃO
Os valores do %G das diferenças entre os momentos (1 e 2) foram sempre
menores na DEXA do que nas outras equações, porém a equação de Guedes não
apresentou diferença significativa em nenhum caso podendo então representar a
amostra deste estudo.
A equação de Guedes também apresentou valores reduzidos do limite de
concordância e do viés encontrados pela análise de Bland e Altman quando comparada
com a equação de Petroski, com os pontos de dispersão variando entre (-3,2 e 2,6/ -4,4
e 1,7) e o viés de (-0,3/ -1,3) respectivamente, o que comprova uma menor
variabilidade em relação à DEXA.
A equação de Petroski foi validada utilizando o compasso da marca Lange
igual da atual pesquisa, já a equação de Guedes utilizou-se do Cescorf, essa seria uma
limitação do estudo.
Apesar disso, podemos concluir que os resultados deste estudo sugerem
que as alterações no %G podem ser dectadas por meio de equações antropométricas,
especialmente a de Guedes.
32
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38
ANEXOS
39
ANEXO 1 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
I – DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DO SUJEITO DA PESQUISA OU LEGAL RESPONSÁVEL
1. Nome do participante:..........................................................................................
....................................................................................................................................
Documento de Identidade Nº :..............................................Sexo: ( ) M ( ) F
Data de Nascimento:............/............/...........
Endereço:.........................................................................................Nº:......................
Complemento:.............................................Bairro:.....................................................
CEP:..........................................................Cidade:.....................................................
Telefone:................................E-mail:..........................................................................
II – DADOS SOBRE A PESQUISA
1. Título do Protocolo de Pesquisa: Influência da ordem de execução dos exercícios na composição corporal de homens adultos jovens.
2. Pesquisador: Ademar Avelar de Almeida JúniorFunção: Discente do Programa de Mestrado em Educação Física Associado UEL/UEM
3. Avaliação do Risco da Pesquisa:
Sem Risco ( ) Risco Mínimo (X) Risco Médio ( )Risco Baixo ( ) Risco Maior ( )
1. Duração da Pesquisa: O experimento será conduzido em 2 (duas) etapas, sendo que estas não ultrapassarão 15 semanas.
III – REGISTRO DAS EXPLICAÇÕES DO PESQUISADOR AO PACIENTE OU SEU REPRESENTANTE LEGAL SOBRE A PESQUISA, CONSIGNANDO:
1. Justificativa e objetivo: Embora haja na literatura recomendações sobre a elaboração de programas de TP, não existem estudos crônicos que procuraram avaliar a influência da ordem dos exercícios sobre as diferentes respostas do TP.
As pesquisas realizadas até o presente momento demonstraram apenas que o desempenho em determinado exercício, tanto dos grandes quanto dos pequenos grupamentos musculares, parece estar diretamente relacionado ao seu posicionamento dentro da sessão de treinamento, ou seja, quanto mais ao final estiver disposto, maior
40
será a diminuição do seu rendimento, resultando assim em um menor número de repetições. Porém se tratando de composição corporal, ainda não se sabe qual ordenação dos exercícios possibilitaria uma potencialização dos resultados. Adicionalmente, todos os estudos que procuraram investigar o efeito da ordem dos exercícios foram realizados de maneira transversal, ou seja, analisaram uma única sessão de treinamento, o que impossibilita uma analise mais aprofundada.
2. Procedimentos que serão adotados durante a pesquisa: O estudo terá uma duração de 15 semanas que serão dividas em duas etapas (ET1 e ET2) e três momentos (M1, M2 e M3). As ET1 e ET2 corresponderão aos períodos de TP e serão compostas por seis semanas cada.
Os M1 (início), M2 (meio) e M3 (fim) serão períodos, compostos por uma semana cada, destinados à mensuração das medidas antropométricas, bioimpedância, ultrassonografia e densitometria, bem como, a aplicação dos registros alimentares e de atividade física. Durante estes períodos os indivíduos não poderão realizar nenhum tipo de treinamento.
Durante os períodos de treinamento (ET1 e ET2), todos os indivíduos serão submetidos a dois programas de treinamento com pesos (COND1 e COND2) que serão compostos pelos mesmos 10 exercícios. A única diferença será na ordem de realização dos exercícios. A COND1 será estruturada com os exercícios para os grandes grupamentos musculares no início da sessão de treino e terminará com os pequenos grupamentos musculares, já a COND2 será realizada na ordem inversa. Todos os indivíduos passarão por ambas as condições (COND1 e COND2) durante o decorrer do estudo, ou seja, aqueles indivíduos que durante a ET1 treinar na COND1 necessariamente treinarão na COND2 na ET2. Da mesma forma, aqueles que executarem a COND2 na ET1, obrigatoriamente treinarão na COND1 na ET2, adotando-se assim um modelo de delineamento cruzado ou cross-over. Possibilitando a todos os sujeitos que fizer parte do estudo a vivência das duas programações de exercícios. Vale ressaltar que a escolha da ordem inicial de treinamento será feita de maneira aleatória, possibilitando assim que todos os indivíduos tenham a mesma chance de realizarem durante a ET1 a COND1 e/ou COND2.
3. Desconfortos e riscos: Não existem relatos na literatura que demonstrem a existência de riscos a indivíduos saudáveis, participantes de programas de treinamento com pesos. Entretanto vale ressaltar que, a possibilidade de mal-estar e lesões, advindas da prática de exercícios deve ser considerada. Como medida de precaução, durante todas as sessões de treinamentos os indivíduos serão assistidos e orientados por profissionais previamente treinados.
4. Beneficio esperado: Os resultados obtidos a partir desse experimento podem ajudar na compreensão dos efeitos da ordem de execução dos exercícios, pertencentes a um programa de treinamento com pesos e assim, auxiliarem na prescrição de exercícios visando melhores resultados advindos da prática contínua desta modalidade.
41
V – ESCLARECIMENTOS DADOS PELO PESQUISADOR SOBRE GARANTIAS DO SUJEITO DA PESQUISA
1. Exposição dos resultados e preservação da privacidade dos voluntários: Os resultados obtidos nesse estudo serão publicados, independente dos resultados encontrados, contudo sem que haja a identificação dos indivíduos que prestaram sua contribuição como sujeitos da amostra, sendo assim mantido o sigilo e respeitando a privacidade individual, conforme normas éticas.
2. Despesas decorrentes da participação no projeto de pesquisa: Os voluntários estarão isentos de qualquer despesa ou ressarcimento decorrente desse projeto de pesquisa.
3. Liberdade de consentimento: A permissão para participar desse projeto é voluntária. Portanto, os sujeitos estarão livres para negar esse consentimento ou parar de participar em qualquer momento desse estudo, se desejar, sem que isto traga prejuízo à continuidade da assistência.
4. Questionamentos: Os sujeitos envolvidos no experimento terão acesso, a qualquer tempo, às informações sobre procedimentos, riscos e benefícios relacionados à pesquisa. Todas as perguntas sobre os procedimentos experimentais utilizados nesse projeto são encorajadas. Se houver qualquer dúvida ou questionamento, por favor, nos solicite informações adicionais.
5. Responsabilidade do participante: As informações que você possui sobre o seu estado de saúde ou experiências prévias de sensações incomuns com o esforço físico poderão afetar a segurança e o valor do seu desempenho. O seu relato imediato das sensações durante os esforços também são de grande importância. Você é responsável por fornecer por completo tais informações quando solicitado pelos avaliadores.
VI – PARA CONTATO EM CASO DEINTERCORRÊNCIAS CLÍNICAS E REAÇÕES ADVERSAS.
Prof. Ademar Avelar de Almeida JúniorRua Professor Samuel Moura, 328 Apto 1604Edifício Pontal do Araxá - CEP 86061-060Telefone: (43) 3327-5898 / (43) 9934-7000Londrina/PRE-mail: [email protected] Telefone do Comitê de Ética: (43) 3371-2490
42
VII – CONSENTIMENTO PÓS-ESCLARECIDO
Declaro que, após convenientemente esclarecido pelo pesquisador e ter entendido o que me foi explicado, consinto em participar do presente projeto de Pesquisa.
Londrina, __________ de ________________________ de 2008.
_____________________________________________________Assinatura do participante
_____________________________________________________Assinatura do pesquisador(carimbo ou nome legível)
43
ANEXO 2 - PARECER DO COMITÊ DE ÉTICA