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PROSPECTO DEFINITIVO DE DISTRIBUIÇÃO PÚBLICA SECUNDÁRIA DE AÇÕES PREFERENCIAIS CLASSE “B” DE EMISSÃO DA Eletropaulo Metropolitana Eletricidade de São Paulo S.A. Companhia Aberta - CNPJ nº 61.695.227/0001-93 Rua Lourenço Marques, 158, 3º andar São Paulo, SP 04547-100 ISIN: BRELPLACNPB0 13.764.513.000 Ações Preferenciais Classe “B” R$85,00 por lote de mil Ações Preferenciais Classe “B” Valor Total da Oferta - R$1.169.983.605,00 A AES Transgás Empreendimentos S.A. (a “AES Transgás” ou o “Acionista Vendedor”) está ofertando 13.764.513.000 ações preferenciais classe “B” (“Ações”) de emissão da Eletropaulo Metropolitana Eletricidade de São Paulo S.A. (“Companhia”), todas nominativas, escriturais, sem valor nominal, de sua titularidade, livres e desembaraçadas de quaisquer ônus ou gravames a serem distribuídas no âmbito de uma oferta global (“Oferta Global”), com a distribuição simultânea de Ações, em mercado de balcão não-organizado, no Brasil (“Oferta Brasileira”) e no exterior (“Oferta Internacional”), inclusive de Ações sob a forma de Global Depositary Shares (“GDSs”). Cada GDS corresponde a 500 Ações. A Oferta Global compreenderá, simultaneamente: (i) a Oferta Brasileira, ou seja, a distribuição de Ações no Brasil sob coordenação conjunta do Banco de Investimentos Credit Suisse (Brasil) S.A. (“Coordenador Líder”), do Banco Itaú BBA S.A. (“Itaú BBA”) e do Banco J.P. Morgan S.A. (“JPMorgan” e em conjunto com o Coordenador Líder e com o Itaú BBA, “Coordenadores da Oferta Brasileira”) e, ainda, com esforços de venda no exterior, por meio dos mecanismos de investimento regulamentados pelo Conselho Monetário Nacional (“CMN”), pelo Banco Central do Brasil (“BACEN”) e pela Comissão de Valores Mobiliários (“CVM”), em conformidade com o disposto nas isenções de registro previstas na Regra 144A e no Regulamento S, ambos do Securities Act de 1933, dos Estados Unidos da América (“Securities Act”), editados pela Securities and Exchange Commission (“SEC”); e (ii) a Oferta Internacional, ou seja, a distribuição pelo Credit Suisse Securities (USA) LLC, pela Itaú Securities, Inc. e pelo J.P. Morgan Securities, Inc. (conjuntamente, os “Coordenadores da Oferta Internacional”) de Ações, sob a forma de GDSs representadas por Global Depositary Receipts, de acordo com as isenções de registro previstas na Regra 144A (“GDRs 144A”) e distribuídos conforme o Regulamento S (“GDRs Regulamento S” e, em conjunto com os GDRs 144A, simplesmente “GDRs”) de titularidade do Acionista Vendedor, com a colocação de GDRs 144A exclusivamente para investidores institucionais (qualified institutional buyers - QIBs) nos Estados Unidos da América e de GDRs Regulamento S para investidores institucionais e não-institucionais fora dos Estados Unidos da América e do Brasil, em conformidade com o disposto nas isenções de registro previstas na Regra 144A e no Regulamento S, respectivamente, ambas do Securities Act editado pela SEC. O preço de venda por lote de mil Ações (“Preço de Venda das Ações”) foi fixado após a finalização do procedimento de coleta de intenções de investimento, conduzido pelos Coordenadores da Oferta Brasileira (o “Procedimento de Bookbuilding”). A Oferta foi aprovada em Reuniões do Conselho de Administração do Acionista Vendedor realizadas em 6 de julho e 24 de agosto de 2006, cujas atas foram arquivadas perante a Junta Comercial do Estado de São Paulo – JUCESP (“JUCESP “) em 17 de julho e 30 de agosto de 2006 e publicadas no Diário Oficial do Estado de São Paulo e no jornal Valor Econômico em 21 de julho e 2 de setembro de 2006, sendo que (a publicação no Valor Econômico ocorreu na Edição que abrange os dias 1, 2 e 3 de Setembro de 2006). As condições finais da Oferta e o procedimento para a fixação do Preço de Venda das Ações foram aprovados em Reunião do Conselho de Administração do Acionista Vendedor realizada em 21 de setembro de 2006, cuja ata será arquivada perante a JUCESP e publicada nos jornais referidos acima. A quantidade total de Ações objeto da Oferta Global poderá, ainda, ser acrescida de um lote suplementar de até 2.064.676.000 Ações, equivalentes a até 15% das Ações inicialmente ofertadas (as “Ações Suplementares”), inclusive sob a forma de GDS, conforme opção outorgada pelo Acionista Vendedor ao Coordenador Líder (a “Opção de Ações Suplementares”). As Ações Suplementares serão destinadas exclusivamente ao atendimento de eventual excesso de demanda constatado no decorrer da Oferta Global e serão distribuídas sob as mesmas condições e preço que as Ações inicialmente ofertadas. A Opção de Ações Suplementares poderá ser exercida pelo Coordenador Líder, a seu exclusivo critério, após consulta aos demais Coordenadores da Oferta Brasileira, no prazo de até 30 dias a contar da data de publicação do Anúncio de Início, inclusive. Preço Comissões 1 Recursos Líquidos 2 Por Ação R$2,13 R$82,87 Total R$29.249.590,13 R$1.140.734.014,88 1 Sem considerar o exercício da Opção de Ações Suplementares. 2 Sem dedução das despesas da Oferta Brasileira. Não foi, nem será realizado qualquer registro da Oferta ou das Ações na SEC, nem em qualquer agência ou órgão regulador do mercado de capitais de qualquer outro país, exceto o Brasil. Registro da presente distribuição pública secundária na CVM: CVM/SRE/SEC/2006/024, com data de 22 de setembro de 2006. “O registro da presente distribuição não implica, por parte da CVM, garantia da veracidade das informações prestadas ou julgamento sobre a qualidade da Companhia, bem como sobre as Ações a serem distribuídas." As Ações são negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo – BOVESPA sob o código ELPL6. Este Prospecto não deve, em nenhuma circunstância, ser considerado uma recomendação de compra das Ações. Ao decidir por adquirir as Ações, potenciais investidores deverão realizar suas próprias análises e para uma discussão de certos fatores de risco que devem ser considerados com relação à aquisição das Ações. Coordenador Líder Coordenadores da Oferta Coordenadores Contratados A data deste Prospecto Definitivo é 21 de setembro de 2006 A presente oferta pública foi elaborada de acordo com as disposições do Código de Auto-Regulação da ANBID para as Ofertas Públicas de Distribuição e Aquisição de Valores Mobiliários, o qual se encontra registrado no 4º Ofício de Registro de Títulos e Documentos da Comarca de São Paulo, Estado de São Paulo, sob o nº 4890254, atendendo, assim, a presente oferta pública, aos padrões mínimos de informação contidos no código, não cabendo à ANBID qualquer responsabilidade pelas referidas informações, pela qualidade da emissora e/ou ofertantes, das instituições participantes e dos valores mobiliários objeto da(o) oferta pública.avaliações da condição financeira da Companhia, de suas atividades e dos riscos decorrentes do investimento nas Ações. Os investidores devem ler a Seção “Fatores de Risco” nas páginas 31 a 40 deste Prospecto

Valor Total da Oferta - R$1.169.983.605,00

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  • PROSPECTO DEFINITIVO DE DISTRIBUIO PBLICA SECUNDRIA DE AES PREFERENCIAIS CLASSE B DE EMISSO DA

    Eletropaulo Metropolitana Eletricidade de So Paulo S.A. Companhia Aberta - CNPJ n 61.695.227/0001-93

    Rua Loureno Marques, 158, 3 andar So Paulo, SP 04547-100 ISIN: BRELPLACNPB0

    13.764.513.000 Aes Preferenciais Classe B R$85,00 por lote de mil Aes Preferenciais Classe B

    Valor Total da Oferta - R$1.169.983.605,00

    A AES Transgs Empreendimentos S.A. (a AES Transgs ou o Acionista Vendedor) est ofertando 13.764.513.000 aes preferenciais classe B (Aes) de emisso da Eletropaulo Metropolitana Eletricidade de So Paulo S.A. (Companhia), todas nominativas, escriturais, sem valor nominal, de sua titularidade, livres e desembaraadas de quaisquer nus ou gravames a serem distribudas no mbito de uma oferta global (Oferta Global), com a distribuio simultnea de Aes, em mercado de balco no-organizado, no Brasil (Oferta Brasileira) e no exterior (Oferta Internacional), inclusive de Aes sob a forma de Global Depositary Shares (GDSs). Cada GDS corresponde a 500 Aes. A Oferta Global compreender, simultaneamente: (i) a Oferta Brasileira, ou seja, a distribuio de Aes no Brasil sob coordenao conjunta do Banco de Investimentos Credit Suisse (Brasil) S.A. (Coordenador Lder), do Banco Ita BBA S.A. (Ita BBA) e do Banco J.P. Morgan S.A. (JPMorgan e em conjunto com o Coordenador Lder e com o Ita BBA, Coordenadores da Oferta Brasileira) e, ainda, com esforos de venda no exterior, por meio dos mecanismos de investimento regulamentados pelo Conselho Monetrio Nacional (CMN), pelo Banco Central do Brasil (BACEN) e pela Comisso de Valores Mobilirios (CVM), em conformidade com o disposto nas isenes de registro previstas na Regra 144A e no Regulamento S, ambos do Securities Act de 1933, dos Estados Unidos da Amrica (Securities Act), editados pela Securities and Exchange Commission (SEC); e (ii) a Oferta Internacional, ou seja, a distribuio pelo Credit Suisse Securities (USA) LLC, pela Ita Securities, Inc. e pelo J.P. Morgan Securities, Inc. (conjuntamente, os Coordenadores da Oferta Internacional) de Aes, sob a forma de GDSs representadas por Global Depositary Receipts, de acordo com as isenes de registro previstas na Regra 144A (GDRs 144A) e distribudos conforme o Regulamento S (GDRs Regulamento S e, em conjunto com os GDRs 144A, simplesmente GDRs) de titularidade do Acionista Vendedor, com a colocao de GDRs 144A exclusivamente para investidores institucionais (qualified institutional buyers - QIBs) nos Estados Unidos da Amrica e de GDRs Regulamento S para investidores institucionais e no-institucionais fora dos Estados Unidos da Amrica e do Brasil, em conformidade com o disposto nas isenes de registro previstas na Regra 144A e no Regulamento S, respectivamente, ambas do Securities Act editado pela SEC. O preo de venda por lote de mil Aes (Preo de Venda das Aes) foi fixado aps a finalizao do procedimento de coleta de intenes de investimento, conduzido pelos Coordenadores da Oferta Brasileira (o Procedimento de Bookbuilding). A Oferta foi aprovada em Reunies do Conselho de Administrao do Acionista Vendedor realizadas em 6 de julho e 24 de agosto de 2006, cujas atas foram arquivadas perante a Junta Comercial do Estado de So Paulo JUCESP (JUCESP ) em 17 de julho e 30 de agosto de 2006 e publicadas no Dirio Oficial do Estado de So Paulo e no jornal Valor Econmico em 21 de julho e 2 de setembro de 2006, sendo que (a publicao no Valor Econmico ocorreu na Edio que abrange os dias 1, 2 e 3 de Setembro de 2006). As condies finais da Oferta e o procedimento para a fixao do Preo de Venda das Aes foram aprovados em Reunio do Conselho de Administrao do Acionista Vendedor realizada em 21 de setembro de 2006, cuja ata ser arquivada perante a JUCESP e publicada nos jornais referidos acima. A quantidade total de Aes objeto da Oferta Global poder, ainda, ser acrescida de um lote suplementar de at 2.064.676.000 Aes, equivalentes a at 15% das Aes inicialmente ofertadas (as Aes Suplementares), inclusive sob a forma de GDS, conforme opo outorgada pelo Acionista Vendedor ao Coordenador Lder (a Opo de Aes Suplementares). As Aes Suplementares sero destinadas exclusivamente ao atendimento de eventual excesso de demanda constatado no decorrer da Oferta Global e sero distribudas sob as mesmas condies e preo que as Aes inicialmente ofertadas. A Opo de Aes Suplementares poder ser exercida pelo Coordenador Lder, a seu exclusivo critrio, aps consulta aos demais Coordenadores da Oferta Brasileira, no prazo de at 30 dias a contar da data de publicao do Anncio de Incio, inclusive.

    Preo Comisses1 Recursos Lquidos2 Por Ao R$2,13 R$82,87 Total R$29.249.590,13 R$1.140.734.014,88

    1Sem considerar o exerccio da Opo de Aes Suplementares. 2 Sem deduo das despesas da Oferta Brasileira. No foi, nem ser realizado qualquer registro da Oferta ou das Aes na SEC, nem em qualquer agncia ou rgo regulador do mercado de capitais de qualquer outro pas, exceto o Brasil. Registro da presente distribuio pblica secundria na CVM: CVM/SRE/SEC/2006/024, com data de 22 de setembro de 2006. O registro da presente distribuio no implica, por parte da CVM, garantia da veracidade das informaes prestadas ou julgamento sobre a qualidade da Companhia, bem como sobre as Aes a serem distribudas." As Aes so negociadas na Bolsa de Valores de So Paulo BOVESPA sob o cdigo ELPL6. Este Prospecto no deve, em nenhuma circunstncia, ser considerado uma recomendao de compra das Aes. Ao decidir por adquirir as Aes, potenciais investidores devero realizar suas prprias anlises e

    para uma discusso de certos fatores de risco que devem ser considerados com relao aquisio das Aes.

    Coordenador Lder

    Coordenadores da Oferta

    Coordenadores Contratados

    A data deste Prospecto Definitivo 21 de setembro de 2006

    A presente oferta pblica foi elaborada de acordo com as disposies do Cdigo de Auto-Regulao da ANBID para as Ofertas Pblicas de Distribuio e Aquisio de Valores Mobilirios, o qual se encontra registrado no 4 Ofcio de Registro de Ttulos e Documentos da Comarca de So Paulo, Estado de So Paulo, sob o n 4890254, atendendo, assim, a presente oferta pblica, aos padres mnimos de informao contidos no cdigo, no cabendo ANBID qualquer responsabilidade pelas referidas informaes, pela qualidade da emissora e/ou ofertantes, das instituies participantes e dos valores mobilirios objeto da(o) oferta pblica.

    avaliaes da condio financeira da Companhia, de suas atividades e dos riscos decorrentes do investimento nas Aes. Os investidores devem ler a Seo Fatores de Risco nas pginas 31 a 40 deste Prospecto

  • NDICE

    DEFINIES ............................................................................................................................................................ 5

    CONSIDERAES SOBRE ESTIMATIVAS E DECLARAES FUTURAS .............................................. 11

    APRESENTAO DAS INFORMAES FINANCEIRAS E DE MERCADO ............................................. 12

    SUMRIO DA OFERTA ....................................................................................................................................... 14

    SUMRIO DA COMPANHIA .............................................................................................................................. 19

    SUMRIO DAS DEMONSTRAES FINANCEIRAS E OPERACIONAIS................................................. 26

    IDENTIFICAO DE ADMINISTRADORES, CONSULTORES E AUDITORES....................................... 30

    FATORES DE RISCO............................................................................................................................................ 31

    INFORMAES RELATIVAS OFERTA ....................................................................................................... 41

    DECLARAO DO ACIONISTA VENDEDOR E DO COORDENADOR LDER ....................................... 54

    DESTINAO DOS RECURSOS......................................................................................................................... 55

    CAPTULO II - INFORMAES SOBRE A COMPANHIA............................................................................ 56

    CAPITALIZAO................................................................................................................................................. 57

    INFORMAES SOBRE TTULOS E VALORES MOBILIRIOS DISTRIBUDOS................................. 58

    INFORMAES FINANCEIRAS SELECIONADAS........................................................................................ 61

    DISCUSSO E ANLISE DA ADMINISTRAO SOBRE A CONDIO FINANCEIRA E RESULTADOS OPERACIONAIS........................................................................................................................ 69

    EVENTOS SUBSEQUENTES RELEVANTES NO MENCIONADOS NAS NOSSAS DEMONSTRAES FINANCEIRAS E INFORMAES TRIMESTRAIS................................................................................................................................ 99

    OS NEGCIOS DA COMPANHIA.................................................................................................................... 102

    O SETOR DE ENERGIA ELTRICA BRASILEIRO...................................................................................... 135

    ADMINISTRAO DA COMPANHIA............................................................................................................. 152

    PRINCIPAIS ACIONISTAS................................................................................................................................ 161

    OPERAES COM PARTES RELACIONADAS............................................................................................ 164

    DESCRIO DO CAPITAL SOCIAL............................................................................................................... 165

    DIVIDENDOS E POLTICA DE DIVIDENDOS .............................................................................................. 176

    PRTICAS DE GOVERNANA CORPORATIVA ......................................................................................... 179

    CAPTULO III - ANEXOS .................................................................................................................................. 183

    ANEXO B - ATA DE REUNIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAO QUE DELIBEROU

    ANEXO C - ATA DE REUNIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAO QUE DELIBEROU

    ANEXO D - ATA DE REUNIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAO QUE DELIBEROU

    CAPTULO I INTRODUO.............................................................................................................................. 3

    ANEXO A - ESTATUTO SOCIAL DA COMPANHIA. ................................................................................... 185

    SOBRE A OFERTA, REALIZADA EM 06 DE JULHO DE 2006. .................................................................. 209

    SOBRE A OFERTA, REALIZADA EM 24 DE AGOSTO DE 2006.................................................................213

    SOBRE O PREO DAS AES, REALIZADA EM 21 DE SETEMBRO DE 2006. .....................................219

    1

  • DEMONSTRAES FINANCEIRAS DA COMPANHIA RELATIVAS AO EXERCCIO

    DEMONSTRAES FINANCEIRAS DA COMPANHIA RELATIVAS AO EXERCCIO

    DEMONSTRAES FINANCEIRAS DA COMPANHIA, RELATIVAS AO EXERCCIO

    INFORMAES TRIMESTRAIS ITR RELATIVAS AO PERODO ENCERRADO EM 30 DE

    INFORMAES TRIMESTRAIS ITR RELATIVAS AO PERODO ENCERRADO EM 30 DE

    ANEXO E - DECLARAES DO ART. 56........................................................................................................... 223

    CAPTULO IV - DEMONSTRAES FINANCEIRAS...................................................................................... 229

    INFORMAES ANUAIS IAN (APENAS INFORMAES NO INCLUDAS NESTE PROSPECTO)......... 231

    ENCERRADO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES..... 271

    ENCERRADO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004 E PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES..... 363

    ENCERRADO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2003 E PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES..... 467

    JUNHO DE 2005. ....................................................................................................................................................... 639

    JUNHO DE 2006. ...................................................................................................................................................... 545

    2

  • Captulo I INTRODUO

    3

  • [pgina intencionalmente deixada em branco]

    4

  • DEFINIES

    Para os fins do presente Prospecto, os termos indicados abaixo tero o significado a eles atribudo na presente seo, salvo se definido de forma diversa neste Prospecto.

    Acionista Vendedor AES Transgs Empreendimentos S.A.

    Aes 13.764.513.000 Aes Preferenciais Classe B de emisso da Companhia e de titularidade do Acionista Vendedor.

    Aes Suplementares Lote suplementar de at 2.064.676.000 Aes Preferenciais Classe B de emisso da Companhia, equivalente a at 15,0% do total das Aes inicialmente ofertadas, de propriedade da AES Transgs Empreendimentos S.A., que podero ser ofertadas, conforme opo outorgada pela AES Transgs Empreendimentos S.A. ao Coordenador Lder, nas mesmas condies e preo das Aes inicialmente ofertadas.

    AES Brasil AES Holdings Brasil Ltda.

    Aes Preferenciais Classe A Aes Preferenciais Classe A de emisso da Companhia, que conferem a seus titulares os direitos e vantagens decorrentes da Lei das Sociedades por Aes, do Regulamento de Prticas de Governana Corporativa da BOVESPA Nvel 2 e do nosso Estatuto Social. Dentre os direitos das Aes Preferenciais Classe A destacam-se: (i) prioridade no reembolso do capital, com base do capital integralizado, sem direito a prmio, no caso de liquidao da sociedade; (ii) direito de participar dos aumentos de capital, decorrentes de correo monetria e da capitalizao de reservas e lucros, recebendo aes da mesma espcie; e (iii) direito a dividendos 10,0% maiores do que os atribudos s aes ordinrias. Ademais, Aes Preferenciais Classe A tm hoje direito de voto pleno em razo do no pagamento de dividendos em exerccios passados e tero esse direito at que seja realizada distribuio de dividendos.

    Aes Preferenciais Classe B Aes Preferenciais Classe B de emisso da Companhia, que conferem a seus titulares os direitos e vantagens decorrentes da Lei das Sociedades por Aes, do Regulamento de Prticas de Governana Corporativa da BOVESPA Nvel 2 e do nosso Estatuto Social. As Aes Preferenciais Classe B tm caractersticas idnticas s da Classe A, exceto que os acionistas detentores de Aes Preferenciais Classe B tero: (i) direito de venda conjunta (tag along) pelo mesmo preo e condies oferecidos aos nossos acionistas controladores em caso de alienao do nosso controle (enquanto o percentual que cabe s Aes Preferenciais Classe A na mesma hiptese de 80,0%); e (ii) direito de voto restrito s matrias previstas no artigo 5, pargrafo 2, do nosso Estatuto, e direito de voto pleno se deixarmos de pagar, por 03 (trs) exerccios consecutivos contados a partir do encerramento do presente, os dividendos a que fizerem jus (enquanto as aes preferenciais atualmente existentes, a serem denominadas Aes Preferenciais Classe A, tm hoje direito de voto pleno em razo do no pagamento de dividendos em exerccios passados).

    AES Corp The AES Corporation.

    AES Tiet AES Tiet S.A.

    5

  • Agentes de Colocao Internacional

    Credit Suisse Securities (USA) LLC, Ita Securities, Inc. e J.P. Morgan Securities, Inc.

    ANBID Associao Nacional dos Bancos de Investimento.

    ANEEL Agncia Nacional de Energia Eltrica.

    Anncio de Encerramento Anncio de encerramento de distribuio pblica secundria de Aes Preferenciais Classe B de emisso da Eletropaulo Metropolitana Eletricidade de So Paulo S.A.

    Anncio de Incio Anncio de incio de distribuio pblica secundria de Aes Preferenciais Classe B de emisso da Eletropaulo Metropolitana Eletricidade de So Paulo S.A.

    Banco ABN Banco ABN AMRO Real S.A.

    Banco Central ou BACEN Banco Central do Brasil.

    BNDES Banco Nacional de Desenvolvimento Econmico e Social.

    BNDESPAR BNDES Participaes S.A.

    BOVESPA Bolsa de Valores de So Paulo.

    Brasiliana Brasiliana Energia S.A.

    CBLC Companhia Brasileira de Liquidao e Custdia.

    CCEAR Contratos de Comercializao de Energia no Ambiente Regulado.

    CCEE Cmara de Comercializao de Energia Eltrica.

    CCC Conta de Consumo de Combustveis - CCC.

    CDE Conta de Desenvolvimento Energtico.

    CDI Certificado de Depsito Interbancrio.

    CETIP CETIP Cmara de Custdia e Liquidao.

    CMN Conselho Monetrio Nacional.

    CNPE Conselho Nacional de Poltica Energtica.

    COFINS Contribuio para Financiamento da Seguridade Social.

    Comercial Exportadora Eletropaulo Comercial Exportadora Ltda.

    Companhia ou Eletropaulo Eletropaulo Metropolitana Eletricidade de So Paulo S.A.

    CONAMA Conselho Nacional do Meio Ambiente.

    Contrato de Distribuio Contrato de distribuio pblica secundria de Aes Preferenciais Classe B de emisso da Eletropaulo Metropolitana Eletricidade de So Paulo S.A. celebrado entre o Acionista Vendedor, os Coordenadores da Oferta Brasileira, a Companhia e a CBLC.

    Consumidores Livres Consumidores atendidos por fornecedores no necessariamente conectados Distribuidora local, por meio de contratos bilaterais firmados no Ambiente de Contratao Livre.

    Contribuio Social Contribuio Social sobre o Lucro Lquido.

    Coordenador Lder Banco de Investimentos Credit Suisse (Brasil) S.A.

    Coordenadores Contratados Banco ABN AMRO Real S.A. e Banco Merrill Lynch de Investimentos S.A.

    Coordenadores da Oferta Brasileira

    Credit Suisse, Ita BBA e JPMorgan.

    6

  • Coordenadores da Oferta Internacional

    Credit Suisse Securities (USA) LLC, Ita Securities, Inc. e J.P. Morgan Securities, Inc.

    Corretoras Consorciadas Sociedades corretoras membros da BOVESPA que aderirem ao Contrato de Distribuio por meio da celebrao do Termo de Adeso ao Contrato de Distribuio.

    CPMF Contribuio Provisria sobre Movimentao Financeira.

    CSPE Comisso de Servios Pblicos de Energia.

    CSSL Contribuio Social sobre o Lucro Lquido

    CVA Conta de Compensao de Variao da Parcela A.

    CVM Comisso de Valores Mobilirios.

    DAIA Departamento de Anlise de Impacto Ambiental.

    Data de Liquidao Data que corresponde ao terceiro dia til contado da data de publicao do Anncio de Incio.

    Data de Referncia Anterior data (i) de assinatura do contrato de concesso, para o primeiro reajuste; ou (ii) a data de incio da vigncia do ltimo reajuste ou da reviso que o tenha substitudo, nos reajustes seguintes.

    Distribuidor(a)(es) Empresa(s) que fornece(m) energia eltrica a um grupo de clientes por meio de rede de distribuio e concesso de servio pblico.

    Dlar, Dlares, US$ Moeda dos Estados Unidos da Amrica.

    EBITDA Earnings Before Interest, Tax, Depreciation and Amortization (resultado operacional antes dos juros, impostos, depreciao e amortizao).

    EBITDA Ajustado o EBITDA acrescido de (i) todo caixa recebido atribuvel ao reajuste tarifrio extraordinrio; (ii) todos os montantes relativos a despesas com entidade de previdncia privada classificados na conta de custo de operao relacionados aos contratos de Confisso de Dvida IIa e Reserva Matemtica, que so contratos com a Fundao CESP e (iii) todos os ajustes no resultado que no geram efeito no caixa da companhia nos prximos 12 meses, independente de serem positivos ou negativos.

    Eletrobrs Centrais Eltricas Brasileiras S.A. Eletrobrs.

    Eletropaulo Telecomunicaes Eletropaulo Telecomunicaes Ltda.

    EPE Empresa de Pesquisa Energtica.

    Fundo UBP Fundo de Uso de Bem Pblico.

    Gigawatt ou GW Unidade equivalente a um bilho de Watts.

    Gigawatt-hora ou GWh Unidade equivalente a um gigawatt de energia eltrica fornecida ou solicitada por uma hora ou um bilho de Watts-hora.

    GCE Cmara de Gesto da Crise de Energia Eltrica.

    Governo Federal Governo da Repblica Federativa do Brasil.

    IBGE Instituto Brasileiro de Geografia Estatstica.

    IBRACON Instituto dos Auditores Independentes do Brasil.

    ICMS Imposto sobre Operaes Relativas Circulao de Mercadoria e sobre Prestaes de Servios de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicao.

    IGP-M ndice Geral de Preos Mercado, calculado pela Fundao Getlio Vargas.

    7

  • INSS Instituto Nacional de Seguridade Social.

    IPC-A ndice de Preos ao Consumidor Amplo.

    Instituies Participantes da Oferta

    Os Coordenadores da Oferta Brasileira, os Coordenadores Contratados e as Corretoras Consorciadas.

    Instruo CVM 400 Instruo CVM n 400, de 29 de dezembro de 2003, conforme alterada.

    Investidores Estrangeiros Investidores Institucionais Qualificados ou outros investidores estrangeiros que venham a investir nos mercados financeiro e de capitais brasileiros, sujeitos a registro na CVM, nos termos previstos na Instruo CVM n 325, de 27 de janeiro de 2000, e alteraes posteriores, e da Resoluo CMN n 2.689, de 26 de janeiro de 2000, e alteraes posteriores.

    Investidores Institucionais Qualificados (Qualified International Buyers)

    Investidores institucionais qualificados, conforme definido pela Rule 144 A, editada pela SEC ao amparo do Securities Act.

    IRT ndice de Reajuste Tarifrio.

    Ita BBA Banco Ita BBA S.A.

    JPMorgan Banco J.P. Morgan S.A.

    Kilovolt ou kV Unidade equivalente a mil Volts.

    Kilowatt ou kW Unidade equivalente a mil Watts.

    Kilowatt-hora ou kWh Unidade equivalente a um kilowatt de energia eltrica fornecida ou solicitada por hora ou mil watts-hora.

    Lei de Concesses de Energia ou Lei n 9.074/95

    Lei n 9.074, de 7 de julho de 1995, conforme alterada.

    Lei das Sociedades por Aes ou Lei n 6.404/76

    Lei n 6.404, de 15 de dezembro de 1976, conforme alterada.

    Lei do Novo Modelo do Setor Eltrico ou Lei do Novo Modelo do Setor de Energia ou Lei n 10.848/04

    Lei n 10.848 de 15 de maro de 2004.

    Lei n 9.648/98 ou Lei do Setor Energtico

    Lei n 9.648 de 27 de maio de 1998, conforme alterada.

    MAE Mercado Atacadista de Energia Eltrica.

    Megavolt Ampre ou MVA Unidade equivalente a um milho de Volts Ampre.

    Megawatt ou MW Unidade equivalente a um milho de Watts.

    Megawatt-hora MWh Unidade equivalente a um megawatt de energia eltrica fornecida ou solicitada por hora ou um milho de Watts-hora.

    Metropolitana Overseas Eletropaulo Metropolitana Overseas II Ltd.

    Merrill Lynch Banco Merrill Lynch de Investimentos S.A.

    MW mdio o valor equivalente em Megawatt do consumo de energia eltrica em determinado perodo de tempo.

    Mercado de Referncia Mercado de energia garantida da Eletropaulo, nos doze meses anteriores ao reajuste em processamento.

    MME Ministrio de Minas e Energia.

    MRE Mecanismo de Realocao de Energia.

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  • Oferta Oferta de 13.764.513.000 Aes Preferenciais Classe B de emisso da Companhia e de titularidade dos Acionistas Vendedores.

    OLADE Organizao Latino Americana de Energia.

    ONS Operador Nacional do Sistema Eltrico.

    Opo de Aes Suplementares Opo para a aquisio de at 2.064.676.000 Aes Suplementares, equivalentes a at 15,0% das Aes da Oferta, outorgada pelo Acionista Vendedor ao Coordenador Lder, a ser exercida a seu exclusivo critrio, aps consulta aos demais Coordenadores da Oferta Brasileira, nos termos do artigo 24, caput, da Instruo CVM 400, nas mesmas condies e preo das Aes inicialmente ofertadas, as quais sero destinadas exclusivamente a atender um eventual excesso de demanda que venha a ser constatado no decorrer da Oferta. A Opo de Aes Suplementares poder ser exercida no prazo de at 30 dias, a contar da data de publicao do Anncio de Incio.

    QIBs Qualified institutional buyers.

    Pas Repblica Federativa do Brasil.

    Pessoas Vinculadas Investidores que sejam: (i) administradores ou controladores da Companhia (ii) controladores ou administradores das instituies participantes da Oferta Global ou (iii) outras pessoas vinculadas Oferta Global, bem como os respectivos cnjuges ou companheiros, ascendentes, descendentes e colaterais at o segundo grau de cada uma das pessoas referidas nos itens (i), (ii) e (iii).

    PIB Produto Interno Bruto.

    PIS Programa de Integrao Social.

    Placement Facilitation and Purchase Agreement

    Contrato celebrado entre a Companhia, o Acionista Vendedor e os Coordenadores da Oferta Internacional.

    PPT Programa Prioritrio de Termoeletricidade.

    Princpios Contbeis Brasileiros Prticas contbeis geralmente aceitas no Brasil, conforme estabelecido pela Lei das Sociedades por Aes, normas e regulamentos editados pela CVM e nos boletins tcnicos publicados pelo IBRACON.

    Preo de Venda das Aes R$85,00, por lote de mil Aes. O Preo de Venda das Aes foi fixado com base no resultado do Procedimento de Bookbuilding foi conduzido pelos Coordenadores da Oferta Brasileira, em conformidade com o artigo 44 da Instruo CVM 400. Os Investidores No-Institucionais que aderiram Oferta de Varejo no participaram do Procedimento de Bookbuilding e, portanto, do processo de fixao do Preo de Venda das Aes.

    Procedimento de Bookbuilding Procedimento de coleta de intenes de investimento junto a Investidores Institucionais, conduzido pelos Coordenadores da Oferta Brasileira.

    PROINFA Programa de Incentivo a Fontes Alternativas de Energia Eltrica.

    Prospecto Definitivo Prospecto definitivo de distribuio pblica secundria de Aes Preferenciais Classe B de emisso da Eletropaulo Metropolitana Eletricidade de So Paulo S.A.

    Prospecto Preliminar Prospecto preliminar de distribuio pblica secundria de Aes Preferenciais Classe B de emisso da Eletropaulo Metropolitana Eletricidade de So Paulo S.A.

    Racionamento Racionamento de energia eltrica imposto pelo Governo Federal por meio

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  • da Medida Provisria 2.198/2001.

    RAP Receita Anual Permitida.

    Real, Reais, R$ Moeda corrente da Repblica Federativa do Brasil.

    Rede Bsica Conjunto de linhas de transmisso, barramentos, transformadores de potncia e equipamentos com tenso igual ou superior a 230 kV, ou instalaes em tenso inferior definidas pela ANEEL.

    Regulamento de Prticas Diferenciadas de Governana Corporativa da Bovespa Nvel 2

    Regulamento de Prticas de Governana Corporativa aplicveis s companhias abertas que aderirem ao Nvel 2 de Governana Corporativa da BOVESPA.

    RGR Reserva Global de Reverso.

    RTE Reajuste Tarifrio Extraordinrio.

    Rule 144A e Regulation S Rule 144A e Regulation S, ambas editadas pela SEC no mbito do Securities Act de 1933.

    SEC Securities and Exchange Commission dos Estados Unidos da Amrica.

    Securities Act Securities Act de 1933 dos Estados Unidos da Amrica.

    Sistema Eltrico Interligado Nacional

    Sistema composto pela Rede Bsica e demais instalaes de transmisso que interliga as unidades de gerao e distribuio nos sistemas Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste do Brasil.

    SELIC Taxa bsica de juros da economia, divulgada pelo Comit de Poltica Monetria do Banco Central.

    TJLP Taxa de Juros de Longo Prazo Custo bsico dos financiamentos concedidos pelo BNDES.

    Uruguaiana AES Uruguaiana Empreendimentos S.A.

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  • CONSIDERAES SOBRE ESTIMATIVAS E DECLARAES FUTURAS Este Prospecto inclui estimativas e declaraes futuras, principalmente nas Sees Sumrio, Fatores de Risco, Discusso e Anlise da Administrao sobre a Condio Financeira e Resultados Operacionais, O Setor de Energia Eltrica Brasileiro e Os Negcios da Companhia. Nossas estimativas e declaraes tm por embasamento, em grande parte, expectativas atuais e estimativas sobre eventos futuros e tendncias financeiras que afetam ou podem afetar os nossos negcios e que no esto sob nosso controle. Tais estimativas e declaraes no correspondem a garantias de performance, e nossos resultados futuros podem ser significativamente diferentes daqueles sugeridos ou includos em nossas estimativas e declaraes futuras. Muitos fatores importantes, alm dos fatores discutidos neste Prospecto, podem afetar adversamente os resultados da Companhia tais como previstos em nossas estimativas e declaraes futuras. Tais fatores incluem, entre outros, os seguintes: (i) a conjuntura econmica, poltica, demogrfica e de negcios no Pas e, particularmente, em nossa rea de

    concesso; (ii) interrupes do fornecimento de energia eltrica; (iii) limitaes gerao de energia eltrica em virtude de escassez de recursos hdricos, combustveis fsseis

    e interrupes do sistema de transmisso, problemas operacionais e tcnicos ou danos fsicos em instalaes;

    (iv) alteraes das tarifas de energia eltrica; (v) interrupo ou perturbao potenciais em nossos servios; (vi) inflao, valorizao e desvalorizao do Real; (vii) a extino antecipada de nossa concesso ou alteraes desta pelo Poder Concedente; (viii) aumento da concorrncia no setor eltrico brasileiro; (ix) nossa habilidade em implementar nosso plano de investimentos, incluindo nossa habilidade em obter

    financiamento quando necessrio e em condies razoveis; (x) alteraes na demanda de energia eltrica por consumidores; (xi) regulamentao governamental atual e futuras relativas ao setor eltrico; (xii) crescimento do setor eltrico; e (xiii) outros fatores de risco apresentados na Seo Fatores de Risco. As palavras acredita, pode, poder, visa, estima, continua, antecipa, pretende, espera e outras palavras similares tm por objetivo identificar estimativas e expectativas. As consideraes sobre estimativas e declaraes futuras incluem informaes atinentes a resultados e projees, estratgia, planos de financiamentos, posio concorrencial, ambiente do setor, oportunidades de crescimento potenciais, os efeitos de regulamentao futura e os efeitos da concorrncia. Tais estimativas e projees referem-se apenas data em que foram expressas, sendo que no assumimos a obrigao de atualizar publicamente ou revisar quaisquer dessas estimativas em razo da ocorrncia de nova informao, eventos futuros ou de quaisquer outros fatores. Em vista dos riscos e incertezas aqui descritos, as estimativas e declaraes futuras constantes deste Prospecto podem no vir a se concretizar. Tendo em vista estas limitaes, os investidores no devem tomar suas decises de investimento com base nas estimativas, expectativas e declaraes futuras contidas neste Prospecto.

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  • APRESENTAO DAS INFORMAES FINANCEIRAS E DE MERCADO Nossas demonstraes financeiras consolidadas so apresentadas de acordo com as prticas contbeis adotadas no Brasil, conforme determinado pela Lei das Sociedades por Aes, pelas normas e regulamentao emitida pela CVM, ANEEL e pelos boletins tcnicos elaborados pelo IBRACON. Referimo-nos a estas prticas contbeis, princpios e procedimentos como Prticas Contbeis Adotadas no Brasil, ou Princpios Contbeis Brasileiros. As seguintes demonstraes financeiras esto includas neste Prospecto: Nossas demonstraes financeiras (controladora e consolidado) relativas aos exerccios sociais encerrados em

    31 de dezembro de 2005 e 2004 foram auditadas pela Ernst & Young Auditores Independentes e nossas demonstraes financeiras (controladora e consolidado) relativas ao exerccio social encerrado em 31 de dezembro de 2003 foram auditadas pela Deloitte Touche Tohmatsu Auditores Independentes, todas conforme as normas de auditoria aplicveis no Brasil; e

    Nossas informaes trimestrais relativas aos perodos de seis meses encerrados em 30 de junho de 2006 e 30

    de junho de 2005 foram objeto de reviso limitada pela Ernst & Young Auditores Independentes, conforme as normas especficas sobre revises trimestrais aplicveis no Brasil.

    Aps nosso processo de privatizao, os novos acionistas controladores determinaram o levantamento de um balano especial com data-base em 1 de abril de 1998, quando nossos ativos e passivos foram avaliados pelo denominado mtodo de aquisio. De acordo com esse mtodo, a Companhia adquirida deve reajustar seus ativos e passivos identificveis ao seu justo valor (fair value) na data da aquisio pelo novo acionista. Esse mtodo atendeu e atende s melhores prticas contbeis internacionais editadas pelo Comit Internacional de Normas Contbeis (IASB). Assim, como parte desse processo, os bens integrantes do ativo imobilizado em servio da Companhia foram avaliados a valor de mercado (fair value), utilizando para isso o conceito de custo de reposio. Em razo de o mtodo de aquisio no estar contemplado na literatura contbil brasileira, o registro da mais-valia est contemplado na rubrica de reavaliao de ativos, nos termos da Deliberao CVM n 183/95. Considerando o objetivo daquela reavaliao (harmonizao com as prticas internacionais do IASB), no foram efetuadas reavaliaes peridicas subseqentes data de aquisio. A Administrao formalizou consulta CVM buscando ter confirmado seu procedimento e entendimento da no necessidade de reavaliao peridica de seus ativos imobilizados. A CVM por meio do Ofcio/CVM/SEP/GEA-1/ n 129/2005, de 24 de maro de 2005, informou que o procedimento requerido no pode ser aceito e que deveramos proceder reavaliao peridica, nos termos da Deliberao CVM n 183/95. Nos termos da Deliberao CVM n 463/2003, e amparada por Parecer Tcnico de renomado contabilista em 13 de abril de 2005, formulamos e encaminhamos recurso ao Colegiado da CVM, pleiteando a reconsiderao da deciso emitida pela rea tcnica daquela Autarquia para que seja dispensada da reavaliao peridica requerida pela Deliberao CVM n 183/95, reiterando o entendimento. Nossas demonstraes financeiras relativas ao exerccio findo em 31 de dezembro de 2004 contiveram parecer dos nossos auditores com ressalva pelo fato de termos registrado no ativo diferido, resultado de perda cambial lquida apurada no exerccio de 2001 de R$271 milhes conforme permitido pelas Deliberaes CVM 404 e 409, de 27 de setembro e 1 de novembro de 2001, respectivamente, no obstante as prticas contbeis adotadas no Brasil requererem que as variaes cambiais sejam registradas no resultado do exerccio em que ocorrerem. A amortizao desse ativo diferido foi finalizada em 2004 e, conseqentemente, o lucro (controladora e consolidado) relativo ao exerccio findo em 31 de dezembro de 2004 est reduzido em R$34 milhes (lucro lquido reduzido em R$35 milhes e o patrimnio lquido aumentado em R$34 milhes, em 31 de dezembro de 2003), lquido dos efeitos tributrios. O lucro por lote de mil aes, referente ao exerccio findo em 31 de dezembro de 2004, est reduzido em R$0,80, sendo o lucro por lote de mil aes, em 2003, reduzido em R$0,84, por conta dos referidos efeitos. As informaes sobre o setor de energia eltrica constantes deste Prospecto, inclusive as informaes sobre a nossa participao no referido setor, foram extradas de fontes pblicas reconhecidas (entidades de classe e rgos governamentais), tais como: Ministrio de Minas e Energia, ANEEL, CCEE, ONS, entre outros, no tendo havido uma verificao independente de referidas informaes.

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  • Algumas cifras apresentadas no Prospecto podero no resultar em somatrio preciso em razo de arredondamentos. Todas as referncias feitas nesse Prospecto a moeda nacional, Real, Reais, ou R$ referem-se moeda oficial da Repblica Federativa do Brasil, o Real. Todas as referncias feitas a Dlar, Dlares ou US$ referem-se moeda dos Estados Unidos da Amrica, o Dlar.

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  • SUMRIO DA OFERTA

    Companhia:

    Eletropaulo Metropolitana Eletricidade de So Paulo S.A.

    Acionista Vendedor:

    AES Transgs Empreendimentos S.A.

    Coordenador Lder: Banco de Investimentos Credit Suisse (Brasil) S.A.

    Coordenadores da Oferta Brasileira:

    Banco de Investimentos Credit Suisse (Brasil) S.A., Banco Ita BBA S.A. e Banco J.P. Morgan S.A.

    Coordenadores da Oferta Internacional

    Credit Suisse Securities (USA) LLC, Ita Securities, Inc. e J.P. Morgan Securities, Inc.

    Coordenadores Contratados Banco ABN AMRO Real S.A. e Banco Merrill Lynch de Investimentos S.A.

    Oferta Global:

    A Oferta Global de 13.764.513.000 Aes que compreender, simultaneamente: (i) a Oferta Brasileira, ou seja, a distribuio de 3.712.833.000 Aes no Brasil pelos Coordenadores da Oferta Brasileira em mercado de balco no organizado, e, ainda, com esforos de venda no exterior, por meio dos mecanismos de investimento regulamentados pelo CMN, pelo BACEN e pela CVM, em conformidade com o disposto nas isenes de registro previstas na Regra 144A e no Regulamento S, ambos do Securities Act, editados pela SEC; e (ii) a Oferta Internacional, ou seja, a distribuio pelos Coordenadores da Oferta Internacional de 51.680.000 Aes, sob a forma de 103.360 GDSs representadas por Global Depositary Receipts, de acordo com as isenes de registro previstas na Regra 144A (GDRs 144A) e distribudos conforme o Regulamento S (GDRs Regulamento S e, em conjunto com os GDRs 144A, simplesmente GDRs) de titularidade do Acionista Vendedor, com a colocao de GDRs 144A exclusivamente para investidores institucionais (qualified institutional buyers - QIBs), nos Estados Unidos da Amrica e de GDRs Regulamento S para investidores institucionais e no-institucionais fora dos Estados Unidos da Amrica e do Brasil, em conformidade com o disposto nas isenes de registro previstas na Regra 144A e no Regulamento S, respectivamente, ambas do Securities Act editado pela SEC.

    Opo de Aes Suplementares:

    Opo para a aquisio de at 2.064.676.000 Aes Suplementares, outorgada pelo Acionista Vendedor ao Coordenador Lder, a ser exercida a seu exclusivo critrio, aps consulta aos demais Coordenadores da Oferta Brasileira, nos termos do artigo 24, caput, da Instruo CVM 400, nas mesmas condies e preo das Aes inicialmente ofertadas, as quais sero destinadas exclusivamente a atender um eventual excesso de demanda que venha a ser constatado no decorrer da Oferta Global. A Opo de Aes Suplementares poder ser exercida no prazo de at 30 dias, a contar da data de publicao do Anncio de Incio.

    GDS Cada GDSs representa 500 Aes. As GDSs so representadas por GDRs e foram emitidas nos termos do Contrato de Depsito.

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  • GDR Global Depositary Receipts, de acordo com as isenes de registro previstas na Regra 144A (GDRs 144A) e distribudos conforme o Regulamento S (GDRs Regulamento S e, em conjunto com os GDRs 144A, simplesmente GDRs).

    Preo de Venda das Aes:

    R$85,00, por lote de mil Aes. O Preo de Venda das Aes foi fixado com base no resultado do Procedimento de Bookbuilding conduzido pelos Coordenadores da Oferta Brasileira, em conformidade com o artigo 44 da Instruo CVM 400. Os Investidores No-Institucionais que aderiram Oferta de Varejo no participaram do Procedimento de Bookbuilding e, portanto, do processo de fixao do Preo de Venda das Aes.

    Oferta de Varejo Oferta de Varejo ser destinado o montante mnimo de 10% das Aes da Oferta, no considerando as Aes Suplementares e mximo de 20% das Aes objeto da Oferta Global, sem considerar as Aes Suplementares, e ser realizada junto a investidores pessoas fsicas e jurdicas residentes e domiciliados no Brasil que no sejam considerados Investidores Institucionais e clubes de investimento que decidirem participar da Oferta de Varejo e que realizem solicitao de reserva mediante o preenchimento dos Pedidos de Reserva, destinados aquisio de Aes. Caso a quantidade de Aes correspondente totalidade dos Pedidos de Reserva realizados por Investidores No-Institucionais seja superior ao montante de Aes Objeto da Oferta de Varejo, ser realizado o rateio em lote de mil Aes cada entre todos os Investidores No-Institucionais, sendo que (i) at o limite de R$5.000,00, inclusive, o critrio de rateio ser a diviso igualitria e sucessiva de lote de mil Aes Objeto da Oferta de Varejo entre todos os Investidores No-Institucionais, limitada ao valor individual de cada Pedido de Reserva e ao valor total de Aes Objeto da Oferta de Varejo; e (ii) uma vez atendido o critrio descrito no item (i), os lotes de mil Aes Objeto da Oferta de Varejo remanescentes sero rateados proporcionalmente ao valor dos respectivos Pedidos de Reserva entre todos os Investidores No-Institucionais, desconsiderando-se, entretanto, em ambos os casos, as fraes de lotes de mil aes. A critrio dos Coordenadores da Oferta Brasileira, a quantidade de Aes destinada Oferta de Varejo poder ser aumentada para que os pedidos excedentes possam ser total ou parcialmente atendidos, observado o limite mximo de 20,0% (vinte por cento) da totalidade das Aes objeto da Oferta, sem considerar as Aes Suplementares, sendo que, no caso de atendimento parcial, ser observado o critrio de rateio descrito anteriormente. Para mais informaes, vide a seo Informaes Relativas Oferta deste Prospecto.

    Oferta Institucional A Oferta Institucional ser realizada no Brasil, junto a Investidores Institucionais. As Aes no destinadas Oferta de Varejo, bem como as eventuais sobras de Aes destinadas a Investidores No-Institucionais sero destinadas colocao pblica junto a Investidores Institucionais, no tendo sido admitidas para estes Investidores Institucionais reservas antecipadas e inexistindo valores mnimos ou mximos de investimento. Caso o nmero de Aes objeto de ordens recebidas de Investidores Institucionais durante o Procedimento de Bookbuilding exceda o total de Aes da Oferta remanescentes aps o atendimento nos termos e condies acima descritos dos Pedidos de Reserva dos Investidores No-Institucionais, tero prioridade no

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  • atendimento de suas respectivas ordens os Investidores Institucionais que, a critrio dos Coordenadores da Oferta Brasileira, com a anuncia da Companhia melhor atendam o objetivo da Oferta de criar uma base diversificada de acionistas formada por Investidores Institucionais com diferentes critrios de avaliao sobre as perspectivas, ao longo do tempo, da Companhia, seu setor de atuao e a conjuntura macroeconmica brasileira e internacional. Os Investidores Institucionais devero realizar a aquisio de Aes mediante o pagamento vista, em moeda corrente nacional, no ato da aquisio. Qualquer ordem recebida de Investidor Institucional que seja Pessoa Vinculada ser cancelada por um dos Coordenadores da Oferta Brasileira que tenha recebido tal ordem, na eventualidade de haver excesso de demanda superior em um tero quantidade de Aes da Oferta, excludas as Aes Suplementares, nos termos do Artigo 55 da Instruo CVM 400. Para mais informaes, ver seo Informaes Relativas Oferta deste Prospecto.

    Perodo de Reserva para Pessoa No Vinculada

    Perodo compreendido entre 12 de setembro de 2006 e 20 de setembro de 2006, inclusive.

    Perodo de Reserva para Pessoa No Vinculada

    O dia 12 de setembro de 2006, exclusivamente, ou seja pelo menos 7 dias teis antes do encerramento do Procedimento de Bookbuilding. Aqueles investidores que eram Pessoas Vinculadas deveriam realizar os seus respectivos pedidos de reserva dentro do Perodo de Reserva para Pessoa Vinculada, exclusivamente.

    Dividendos: O nosso Estatuto Social estabelece o pagamento a nossos acionistas de dividendo mnimo obrigatrio de 25,0% do nosso lucro lquido de cada exerccio, ajustado de acordo com a Lei das Sociedades por Aes, sendo assegurado a cada ao preferencial de emisso da Companhia dividendo 10,0% superior ao destinado a cada ao ordinria de emisso da Companhia. As Aes conferiro a seus titulares o direito ao recebimento de quaisquer dividendos e outros benefcios que vierem a ser declarados pela Companhia a partir da Data de Liquidao da Oferta. (vide Seo Fatores de Risco Riscos Relacionados s Nossas Aes Preferenciais).

    Direito de Voto As Aes Preferenciais Classe B de emisso da nossa Companhia no conferem aos seus titulares o direito de voto nas Assemblias Gerais de Acionistas, exceto nas seguintes matrias:

    transformao, incorporao, ciso e fuso da Companhia; aprovao de contratos entre a Companhia e nosso acionista

    controlador, diretamente ou por meio de terceiros, assim como de outras sociedades nas quais nosso acionista controlador tenha interesse, sempre que, por fora de disposio legal ou estatutria, sejam deliberados em assemblia geral;

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  • avaliao de bens destinados integralizao de aumento de nosso capital;

    nomeao de empresa especializada para elaborao de laudo

    de avaliao das aes da Companhia pelo seu valor econmico, para fins de realizao de oferta pblica de aquisio das aes nos casos de (i) sada do Nvel 2; ou (ii) cancelamento do registro de Companhia aberta; e

    alterao ou revogao de dispositivos estatutrios que

    alterem ou modifiquem quaisquer das exigncias previstas na Seo IV, item 4.1, do Regulamento de Prticas Diferenciadas de Governana Corporativa da BOVESPA- Nvel 2, ressalvado que esse direito a voto prevalecer enquanto estiver em vigor o Contrato de Adoo de Prticas Diferenciadas de Governana Corporativa Nvel 2.

    Ademais, as Aes Preferenciais Classe B de emisso da Companhia adquiriro direito de voto pleno se deixarmos de pagar, por 3 exerccios consecutivos contados a partir do encerramento do presente, os dividendos a que fizerem jus.

    Direito de Venda Conjunta As Aes Preferenciais Classe B conferem a seus titulares o direito de venda conjunta (tag along) pelo mesmo preo e condies oferecidos aos nossos acionistas controladores em caso de alienao do nosso controle.

    Restries Negociao de Aes (Lock-up):

    O Acionista Vendedor, a Companhia e a Brasiliana celebraram acordos de restrio venda de Aes Preferenciais Classe B de emisso da Companhia, por meio dos quais estes se obrigaram a no emitir, oferecer, ou de qualquer forma alienar ou ceder qualquer Ao Preferencial Classe B, qualquer valor mobilirio conversvel ou permutvel em, ou que represente um direito de receber Aes Preferenciais Classe B, por um perodo de 180 dias contados da data deste Prospecto Definitivo, exceto as Aes objeto da Oferta, incluindo as Aes Suplementares. Nem todos os acionistas relevantes da Companhia celebraram acordos de restrio venda de aes (vide Seo Fatores de Risco Riscos Relacionados s Nossas Aes Preferenciais Classe B).

    Liquidao:

    A liquidao fsica e financeira da Oferta ocorrer no terceiro dia til aps a data de publicao do Anncio de Incio, com a entrega das Aes aos respectivos investidores.

    Garantia Firme:

    De acordo com o Contrato de Distribuio, a distribuio das Aes ser realizada em regime de garantia firme de liquidao, individual e no solidria. A garantia firme de liquidao consiste na garantia de aquisio de cada Ao, pelo Preo de Venda das Aes indicado neste Prospecto Definitivo, concedida por cada um dos Coordenadores da Oferta Brasileira, nas respectivas quantidades indicadas no Contrato de Distribuio. Tal garantia vinculante desde a celebrao do Contrato de Distribuio, sendo que a responsabilidade de cada Coordenador da Oferta Brasileira est limitada s garantias firmes individuais e no solidrias prestadas de acordo com o Contrato de Distribuio.

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  • Destinao dos Recursos:

    Tendo em vista que a Oferta uma distribuio pblica secundria de Aes Preferenciais Classe B de titularidade do Acionista Vendedor, os recursos obtidos com a Oferta sero destinados exclusivamente ao Acionista Vendedor.

    Declarao de Inadequao de Investimento:

    No h nenhuma classe ou categoria de investidor residente e domiciliado no Brasil que esteja proibida por lei de adquirir as aes. Todavia, o investimento em aes representa um investimento de risco. O investimento em aes um investimento em renda varivel, no sendo, portanto, adequado a investidores avessos aos riscos relacionados volatilidade do mercado de capitais.

    Fatores de Risco:

    Vide Seo Fatores de Risco para uma explicao sobre os fatores de risco que devem ser analisados antes da realizao de investimento nas Aes.

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  • SUMRIO DA COMPANHIA

    Este sumrio contm informaes relevantes sobre a Companhia e sobre as Aes objeto da Oferta Global. Ele no contm todas as informaes que o investidor deve considerar antes de tomar sua deciso de investimento. O investidor deve ler atentamente todo o Prospecto para uma melhor compreenso das nossas atividades e da presente Oferta, especialmente as informaes contidas nas Sees Fatores de Risco, Anlise e Discusso da Administrao sobre a Situao Financeira e os Resultados Operacionais e nas nossas demonstraes financeiras consolidadas, e respectivas notas explicativas, tambm includas neste Prospecto. A menos que o contexto exija outra interpretao, os termos ns e nossos referem-se Eletropaulo Metropolitana Eletricidade de So Paulo S.A. e suas subsidirias, e Eletropaulo e Companhia referem-se apenas Eletropaulo Metropolitana Eletricidade de So Paulo S.A. VISO GERAL DA COMPANHIA Em 2005, fomos a maior companhia de distribuio de eletricidade no Brasil em termos de receita e de volume de eletricidade distribuda. Nosso negcio envolve a compra e venda de eletricidade para consumidores finais na regio metropolitana da cidade de So Paulo. Em 30 de junho de 2006, nossa rea de concesso abrangia 4.526 quilmetros quadrados na cidade de So Paulo, assim como outros 23 municpios da regio metropolitana da Grande So Paulo e regies adjacentes. De acordo com o IBGE, em 2003, a atividade econmica dentro da nossa rea de concesso representava 13,9% do produto interno bruto brasileiro e continha uma populao estimada em aproximadamente 16 milhes de pessoas. Nossa rede consiste em 145 subestaes de distribuio, com uma capacidade de transformao de 12.677MVA, 1.725 km de 138kV e 88kV de linhas de circuito de sub-transmisso, uma rede primria de 39.248 km de cabos areos, 3.124 km de cabos subterrneos e 1,1 milho de postes. As tabelas abaixo apresentam algumas de nossas informaes financeiras e operacionais consolidadas para os exerccios sociais encerrados em 31 de dezembro de 2003, 2004 e 2005 e para os semestres encerrados em 30 de junho de 2005 e 2006.

    Em milhes de Reais Exerccio Social encerrado em 31 de dezembro de Semestre encerrado em 30 de junho de (No auditado)

    2003 2004 2005 2005 2006

    Receita Lquida 6.462 7.430 8.321 4.276 3.988

    EBITDA 1.069 1.346 1.133 868 947

    EBITDA Ajustado 1.726 1.923 2.145 1.083 1.254

    Lucro (Prejuzo) Lquido 86 6 (184) 120 227

    Distribuio de Energia (GWh)

    Exerccio Social encerrado em 31 de dezembro de Semestre encerrado em 30 de junho de

    2003 2004 2005 2005 2006

    Residencial 10.727 11.258 11.863 5.787 6.222

    Comercial 9.174 9.435 9.593 4.854 4.993

    Industrial 9.401 8.670 7.580 3.828 3.310

    Livres1 1.005 2.675 4.865 2.146 3.153

    Outros 2 3.473 3.304 2.598 1.369 1.217

    Total 33.779 35.342 36.499 17.984 18.895

    (1) Livres so os clientes livres que compram energia de outros participantes do mercado fora do ambiente regulado, mas que se utilizam do nosso servio de distribuio e da nossa rede para adquirir a energia comprada. (2) Outros significa consumidores rurais, poderes pblicos federal, estadual e municipal, iluminao pblica e servio pblico.

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  • Nmero de Clientes

    Exerccio Social encerrado em 31 de dezembro de Semestre encerrado em 30 de junho de

    2003 2004 2005 2005 2006

    Residencial 4.543.842 4.671.250 4.851.432 4.765.000 4.956.484

    Comercial 455.435 422.623 394.205 408.842 384.515

    Industrial 42.492 38.841 36.182 37.648 34.886

    Livres1 N/A 73 144 110 197

    Outros 2 15.188 14.961 15.726 15.482 15.744

    Total 5.056.957 5.147.748 5.297.689 5.227.082 5.391.826

    (1) Livres so os clientes livres que compram energia de outros participantes do mercado fora do ambiente regulado, mas que se utilizam do nosso servio de distribuio e da nossa rede para adquirir a energia comprada. (2) Outros significa consumidores rurais, poderes pblicos federal, estadual e municipal, iluminao pblica e servio pblico.

    Em 2005, registramos receita lquida de R$8.321 milhes oriunda da distribuio de 36.499 GWh de eletricidade para aproximadamente 5,3 milhes de clientes. No primeiro semestre de 2006, registramos receita lquida de R$3.988 milhes oriunda da distribuio de 18.895 GWh de eletricidade para aproximadamente 5,4 milhes de clientes (incluindo a receita da disponibilizao da rede de distribuio para consumidores livres).

    Adquirimos praticamente toda a nossa energia por meio de (i) obrigao de compra de energia de Itaipu; (ii) um contrato de longo prazo com a AES Tiet S.A.; e (iii) compra em leiles de energia. Em 2005, adquirimos energia das seguintes fontes:

    Exerccio Social encerrado em 31 de dezembro de 2005 Total de GWh % total da eletricidade adquirida Itaipu 12.395 31,3 AES Tiet1 9.226 23,3

    Contratos Iniciais2 6.916 17,5 Leiles pblicos 10.291 26,0 Outros3 745 1,9 Total 39.573 100 (1) Inclui a energia fornecida pela AES Tiet no contrato inicial encerrado em 31 de dezembro de 2005, bem como no contrato bilateral. (2) Os Contratos Iniciais so os nossos contratos de fornecimento iniciais que representaram, no passado, uma parcela significativa de nosso fornecimento, mas que venceram em 31 de dezembro de 2005, e exclui a energia fornecida pela AES Tiet. (3) Outros representa a energia comprada por meio de contratos bilaterais celebrados principalmente com a Uruguaiana e outros fornecedores.

    Aps o encerramento dos contratos iniciais no fim de 2005, adquirimos energia das seguintes fontes no primeiro semestre de 2006:

    Primeiro Semestre de 2006 Total de GWh % total da eletricidade adquirida Itaipu 6.085 32,3 AES Tiet 5.557 29,5 Contratos Iniciais - - Leiles pblicos 6.847 36,4 Outros 339 1,8 Total 18.828 100

    Como regra geral, repassamos aos nossos clientes, por meio de nossas tarifas, todo o nosso custo de compra de energia, com exceo de situaes excepcionais previstas da regulamentao aplicvel. Nosso negcio, incluindo os servios que fornecemos e as tarifas que cobramos, est sujeito regulamentao da ANEEL e do MME (Para mais informaes, vide O Setor de Energia Eltrica Brasileiro). Tambm estamos sujeitos aos termos do nosso contrato de concesso, celebrado com a ANEEL em 15 de junho de 1998, que nos concede o direito de distribuir energia na nossa rea de concesso at 15 de junho 2028.

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  • Nossas aes ordinrias e nossas Aes Preferenciais Classes A e B so listadas na BOVESPA sob os cdigos ELPL3, ELPL5, e ELPL6, respectivamente. Nossas Aes Preferenciais Classe A esto includas no IBOVESPA, o principal ndice da BOVESPA, que atualmente composto por 56 companhias que representam 80% do volume negociado da BOVESPA. Em 30 de junho de 2006, o IBOVESPA tinha uma capitalizao de mercado de R$952,5 bilhes e a Eletropaulo tinha uma capitalizao de mercado de R$3,8 bilhes. Aps o trmino da Oferta Global, a AES Transgs Empreendimentos S.A. deter 9,2%1 de nossas Aes Preferenciais Classe B, sem considerar o exerccio da opo das Aes Suplementares. REORGANIZAO SOCIETRIA Atualmente, somos controlados indiretamente pela Brasiliana Energia S.A., que detm direta e indiretamente (i) 100,0% do capital social da AES Transgs Empreendimentos S.A. (sem considerar as aes detidas pelos seus membros do conselho de administrao), que por sua vez detm 70,4%2 das nossas Aes Preferenciais Classe B e (ii) 98,3% de aes ordinrias da AES ELPA S.A. que por sua vez detm 77,8% de nossas aes ordinrias. A AES Corp detm indiretamente 50,0% mais uma ao ordinria de emisso da Brasiliana Energia S.A., e o BNDES (por meio de sua subsidiria BNDESPAR), detm 50,0% menos uma ao ordinria de emisso da Brasiliana Energia S.A. e 100,0% das aes preferenciais.

    Nossos principais acionistas pretendem implementar uma reorganizao societria que tem por principais objetivos fortalecer a estrutura de capital do grupo, por meio da reduo de seu endividamento e da reestruturao do endividamento remanescente, bem como eliminar ineficincias decorrentes da existncia de empresas holding ou de participao intermedirias, algumas sediadas no exterior. A referida reorganizao societria compreender os seguintes principais eventos:

    (i) incorporao da Brasiliana pela AES Transgs, que dever ocorrer aps a publicao do Anncio de Incio da Oferta Brasileira;

    (ii) incorporao da AES Transgs pela Energia Paulista Participaes S.A. (Energia Paulista), que

    dever ocorrer aps a incorporao mencionada no item (i) acima, sendo a sociedade resultante desta incorporao a ser designada Companhia Brasiliana de Energia; e

    (iii) realizao de diversas operaes visando extino de holdings intermedirias entre a Companhia

    Brasiliana de Energia (aps as incorporaes mencionadas nos itens (i) e (ii) acima) e sociedades operacionais por ela controladas (Companhia, AES Tiet e Uruguaiana), o que tambm dever ocorrer aps a realizao da presente Oferta.

    Em 13 de setembro de 2006, os conselhos de administrao da AES Transgs e da Brasiliana aprovaram a incorporao da Brasiliana pela AES Transgs, o respectivo protocolo de incorporao e outras medidas relativas referida incorporao. Referidas deliberao ainda sero submetidas deliberao das Assemblias Gerais de Acionistas das referidas sociedades, as quais foram convocadas para o dia 30 de setembro de 2006. A reorganizao societria descrita acima no alterar as participaes acionrias diretas ou indiretas de nossos principais acionistas (com exceo das Aes vendidas no mbito da Oferta Global), e no envolver a Companhia.

    1 Considerando a quantidade de Aes Preferenciais Classe B em 20 de Setembro de 2006. 2 Considerando a quantidade de Aes Preferenciais Classe B em 20 de Setembro de 2006.

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  • O grfico abaixo apresenta a estrutura simplificada do nosso grupo societrio que dever resultar aps a referida reorganizao:

    A AES Transgs pretende utilizar os recursos obtidos com a Oferta Global para resgatar as debntures de emisso da Brasiliana detidas pelo BNDES, as quais passaro a ser um passivo da AES Transgs aps a incorporao da Brasiliana pela AES Transgs mencionada no item (i) acima. Exceto quando o contexto exigir outra interpretao, referncias neste Prospecto AES Transgs ou ao Acionista Vendedor devem ser entendidas como referncias AES Transgs, conforme existente antes da incorporao da Brasiliana referida no item (i) acima. VANTAGENS COMPETITIVAS Como a maior distribuidora de energia eltrica do Brasil, em 2005, em termos de receita e de volume de eletricidade distribuda, acreditamos que possumos vantagens, que nos permitem continuamente melhorar nossa performance operacional e financeira: rea de Concesso Concentrada e Desenvolvida. Fornecemos eletricidade para 5,4 milhes de clientes em uma rea de concesso com aproximadamente 16 milhes de residentes, abrangendo a rea metropolitana de So Paulo, que a maior rea metropolitana dentro do estado mais desenvolvido e industrializado do Brasil. So Paulo o centro financeiro e comercial do Brasil, e a sede de muitas grandes empresas brasileiras e da maioria das principais instituies financeiras. De acordo com IBGE, em 2003, nossa rea de concesso representava 13,9% do PIB brasileiro. Em comparao com as reas de concesso de outras distribuidoras do Brasil, nossa rea de concesso tem um alto ndice de PIB/per capita e uma alta densidade demogrfica, assim como um dos maiores ndices de consumo de eletricidade per capita. Em 4 de julho de 2003, data de nossa ltima reviso tarifria, a base bruta de nossa remunerao foi de R$9.885 milhes, sobre a qual h repasse tarifa de 4,3% decorrente da depreciao de referida base de remunerao. Adicionalmente, de acordo com as regras de reviso tarifria aplicveis a distribuidoras de energia eltrica, vigentes at nossa prxima reviso tarifria, a ANEEL repassa s tarifas de energia eltrica 17,07% sobre a base de remunerao lquida de ativos, que no nosso caso foi homologada em R$4.771 milhes em 2003. Tal retorno visa remunerar o valor do capital investido na Companhia, seja por meio de capital prprio e/ou de terceiros.

    AES UruguaianaInc (Cayman)

    BNDESAES Holdings

    Brasil Ltda

    Part.

    O 98,26%T 98,26%

    AES UrugaianaEmpreend. S.A.

    AES AES Tiet S.A.

    Eletropaulo

    O 77,81%P 0,00%T 30,97%

    O 100%T 100%

    O 71,27%P 32,23%T 52,51%

    O 100%T 100%

    LEGENDA O = Aes Ordinrias P = Aes Preferenciais T = Total

    AES UruguaianaInc ( Cayman )

    BNDESAES Holdings

    Brasil Ltda

    Cia. Brasilianade Energia

    O 49,99% P 100,00% T 53,84%

    O 50,01%P 0,00% T 46,15%

    AES UruguaianaEmpreend. S.A.

    AES Elpa AES Tiet S.A.

    Eletropaulo

    P 7,38%T 4,44%

    AES Infoenergy

    O 100%T 100%

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  • Base de Clientes Diversificada e Crescente. Nossa base de clientes tem crescido gradativamente desde a privatizao, em abril de 1998, e o nmero de clientes dentro da nossa rea de concesso tem crescido a uma mdia de cem mil novos clientes por ano desde 1999. Essa base de clientes diversificada e no dependente de nenhum segmento especfico da economia brasileira. No semestre encerrado em 30 de junho de 2006, 32,9% da eletricidade transmitida em nossa rede de distribuio destinou-se a atender a demanda de nossos clientes residenciais, 26,4% de nossos clientes comerciais, 17,5% de nossos clientes industriais, 16,7% de clientes livres e 6,5% de outros clientes nossos. Nossa base de clientes reflete as mudanas da economia da regio metropolitana de So Paulo, cuja representatividade do setor de servios na economia tem aumentado em relao produo industrial. Nossa administrao acredita que nossa carteira diversificada de clientes, somada renda mdia de nossos clientes residenciais superior mdia nacional, reduz os riscos de diminuio do consumo em nossa rea de concesso, dado que o mercado residencial tende ser menos sensvel s oscilaes da economia do que o mercado industrial, que reage mais rapidamente a redues no ritmo de desenvolvimento e crescimento econmico. Administrao Experiente. Nossos conselheiros e diretores tm vasta experincia no segmento de distribuio e gerao de energia eltrica, tanto no setor privado como no pblico. Em 30 de junho de 2006, nossos diretores possuam, em mdia, 13 anos de experincia no setor de energia eltrica. Acionistas Importantes e Comprometidos. Nossos acionistas indiretos so AES Corp e BNDES. A AES Corp uma companhia lder no mercado mundial de energia eltrica que, em 2005, detinha e operava mais de US$29 bilhes em ativos em 26 pases, incluindo 127 unidades de gerao de eletricidade, que fornecem mais de 44.000 MW de capacidade de gerao, e 14 distribuidoras de energia eltrica. A AES Corp investe ativamente no Brasil desde 1996 e tem um forte comprometimento com seus negcios na Amrica Latina. A AES Corp pretende continuar focada na consolidao de suas atividades na regio. A venda de Aes na presente Oferta representa parte de um plano de reorganizao dos investimentos da AES Corp no Brasil. Em 2005, os negcios na Amrica Latina da AES Corp representaram 57,9% de sua receita bruta consolidada. O BNDES o maior Banco de Desenvolvimento da Amrica Latina, com mais de R$175 bilhes em ativos, sendo a principal instituio financeira de execuo das polticas de investimento do Governo Federal, auxiliando diretamente ou por meio do BNDESPAR, programas, projetos, trabalhos e servios relacionados ao desenvolvimento econmico e social do Brasil. O BNDES tambm a principal fonte domstica de financiamento de longo-prazo, com uma nfase especial no financiamento de projetos de infra-estrutura para os setores privado e pblico, incluindo a indstria de energia eltrica. Acreditamos que o conhecimento tcnico e operacional e a importncia dos nossos acionistas proporcionam vantagens significativas na administrao de nossas operaes. Servio de Alta Qualidade e Confiana. Acreditamos ter alto nvel de qualidade de servio, com poucos e curtos episdios de interrupo de servio e uma grande variedade de servios de valor agregado para nossos clientes, como programas de eficincia eltrica, gerenciamento de carga de energia e servios de infra-estrutura eltrica. Em 30 de junho de 2006, tivemos uma freqncia de interrupes (medida em nmero de interrupes por consumidor por ano) de 5,83, com tempo mdio de interrupo (medido em horas por consumidor por ano) de 8,13 horas, estando em cumprimento com os padres estabelecidos pela ANEEL. A ANEEL realiza pesquisas sobre a qualidade de nossos servios junto aos consumidores em nossa rea de concesso, e parte da nossa tarifa ajustada com base no resultado dessas pesquisas. Na medida em que obtivermos bons resultados nessas pesquisas, nossa lucratividade poder aumentar. Adicionalmente, nossa alta qualidade de servio diminui nosso custo de manuteno, melhora a satisfao de nossos clientes, um importante diferencial dos servios que prestamos e nos ajuda a reter clientes potencialmente livres. Estrutura de Capital Equilibrada. Ao longo dos ltimos trs anos conclumos um programa de refinanciamento e reperfilamento de nossa dvida que diminuiu nossas despesas com juros, melhorou significativamente nossa liquidez e flexibilidade operacional, e alongou o prazo mdio de nossas dvidas de final de 2007, em 31 de dezembro de 2004, para final de 2009, em 30 de junho de 2006. Ademais, nos ltimos doze meses findos em 30 de junho de 2006, reduzimos nosso custo mdio da dvida de 112,0% para 100,4% do CDI, bem como estendemos o prazo mdio de nossas dvidas de 2,1 anos para 3,9 anos. Como resultado, nossa amortizao de dvida foi compatibilizada com a nossa expectativa de gerao de caixa (para mais informaes vide Seo Discusso e Anlise da Administrao sobre a Condio Financeira e Resultados Operacionais Capacidade de Pagamento). Alm disso, reduzimos significativamente nossa dvida atrelada ao dlar americano de 17,0% de nossa dvida total em 31 de dezembro de 2004 para 3,3% em 30 de junho de 2006, o que reduziu nossa exposio s flutuaes da taxa de cmbio do dlar em relao ao Real. Acreditamos que a melhora de nossa estrutura de capital, juntamente

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  • com a nossa gerao de caixa operacional (R$1.547 milhes em 2005 e R$903 milhes no primeiro semestre de 2006), podero permitir que voltemos a realizar distribuies de dividendos aos acionistas no futuro. ESTRATGIA DE NEGCIOS Nossa estratgia aproveitar nossa crescente, concentrada e desenvolvida rea de concesso, que gera receitas a partir de uma demanda dispersa e estvel por energia eltrica, assim como aumentar a nossa eficincia operacional e continuamente melhorar nossa qualidade de servio e reduzir nossos custos financeiros, de forma a criar valor para nossos acionistas. Os elementos chave de nossa estratgia so: Consolidao de Nossa Posio de Empresa Lder na Distribuio de Energia Eltrica no Brasil. Em 2005, fomos a maior empresa de distribuio de energia eltrica no Brasil em termos de receita e de volume de eletricidade distribuda. Pretendemos continuar a expandir nossa rede de distribuio de energia eltrica e investir em ativos que componham nossa base regulatria de remunerao, bem como a melhorar a qualidade e confiabilidade de nossos servios. Ao longo dos ltimos oito anos nossa base de clientes cresceu em aproximadamente cem mil clientes por ano. Planejamos investir aproximadamente R$346 milhes em 2006 para aprimorar a qualidade de nossos servios, aumentar o nmero de clientes e criar as bases para aumentar nossas receitas. Aumento na Eficincia Operacional Buscando Aumentar nossa Lucratividade e Manter ou Melhorar nosso Nvel de Qualidade de Servio. Estamos implementando um programa de reduo de custos para impedir que o nosso custo operacional cresa a uma taxa superior inflao. O nosso esforo de reduo de custos concentrado em aprimorar (i) o gerenciamento da nossa cadeia de fornecimento (incluindo a implementao de prticas globais de suprimento junto AES Corp), (ii) o gerenciamento de nossos processos de prestao de servios, (iii) o gerenciamento de nossos ativos, bem como (iv) a alocao de nossos investimentos. Tambm concentraremos esforos para reduzir nossas perdas comerciais e o volume de recebveis de baixa qualidade creditcia. Desenvolvemos vrios indicadores de desempenho, incluindo qualidade de servio e durao e freqncia de interrupes de servio, contra os quais comparamos nossa eficincia operacional. Como uma parcela do nosso aumento da tarifa anual de eletricidade diretamente ligada ao aumento da inflao, se nosso custo operacional futuro crescer abaixo da inflao, nossa lucratividade provavelmente melhorar. Otimizao da Nossa Estrutura de Capital para Produzir Fluxos Sustentveis de Caixa Livres para Nossos Acionistas. Pretendemos nos beneficiar de custos menores de financiamento decorrentes da melhora de nossa condio financeira e da melhora das condies macro-econmicas no Brasil, resultando em taxas de juros menores. Pretendemos, ainda, reduzir nossas despesas com juros, estender o prazo de nossas dvidas e continuar mitigando nossa exposio ao dlar americano por meio de mecanismos de proteo cambial ou incorrendo em dvidas denominadas em moeda local para refinanciar as dvidas denominadas em moeda estrangeira. Adicionalmente, como resultado das condies favorveis de mercado, a nossa administrao acredita que futuros refinanciamentos podero fornecer maior flexibilidade operacional e financeira e diminuir as restries nossa capacidade de distribuir dividendos aos nossos acionistas. Reduo de Perdas Comerciais de Eletricidade e Intensificao da Cobrana de Crditos a Receber para Aumentar a Lucratividade. Nossa administrao est concentrada em programas de desenvolvimento para reduzir as nossas perdas comerciais de eletricidade e intensificar nossa cobrana de crditos a receber junto ao setor pblico, por meio dos quais acreditamos poder melhorar nossa lucratividade. Sofremos perdas comerciais de eletricidade resultantes de conexes ilegais, furto, erros de cobrana e de medio e fraude. Para reduzir essas perdas, implementamos novas tecnologias que, acreditamos, ajudaram na descoberta de conexes ilegais e na anlise de faturas irregulares em tempo real. Adicionalmente, estamos investindo em outros instrumentos preventivos, como cabos anti-furto e caixas de desvio. Como resultado, nossas perdas totais de eletricidade caram de 13,2% em 2003 para 12,2% em 30 de junho de 2006. Tambm estamos trabalhando para melhorar nossas taxas de arrecadao relativas ao setor pblico e privado e implementando um programa mais agressivo de recebimento, incluindo descontinuidade de servios para rgos pblicos inadimplentes desde 2005, o qual constantemente aprimorado. Como resultado evolumos de uma taxa de arrecadao de 97,7% no primeiro semestre de 2005 para 99,0% no perodo equivalente em 2006. Reteno de Clientes Potencialmente Livres de Alto Valor. Nossa administrao monitora a lucratividade e o perfil de consumo de eletricidade de cada um de nossos grandes clientes que podem se tornar clientes livres. Acreditamos que isso nos ajuda a identificar os mais rentveis clientes e a concentrar nossos esforos para mant-los.

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  • Desenvolvemos programas de eficincia eltrica voltados para as necessidades especficas desses clientes e continuamos a investir em nossa rede para melhorar a qualidade e confiabilidade de nossos servios. Acreditamos que o alto nvel do servio que fornecemos, com poucos e curtos perodos de interrupo, de acordo com os padres estabelecidos pela ANEEL, e a grande variedade de servios de valor agregado que oferecemos, incluindo programas de eficincia eltrica, gerenciamento de carga e servios de infra-estrutura eltrica, reduz nosso custo de manuteno, melhora a satisfao do cliente e nos ajuda a manter clientes potencialmente livres de alto valor.

    Relacionamento Construtivo com a ANEEL, CSPE e MME. Pretendemos continuar a manter e fortalecer o nosso relacionamento construtivo e prximo com a ANEEL, CSPE e MEE, mantendo um canal de comunicao permanentemente aberto, com o intuito de obter ajustes tarifrios justos, que nos possibilitem repassar nossos custos aos consumidores e obter retorno sobre a nossa base de remunerao de acordo com nossas expectativas. REA DE CONCESSO Nossa rea de concesso cobre 4.526 km2, incluindo a cidade de So Paulo e outros 23 municpios na regio metropolitana da Grande So Paulo e regies adjacentes, conforme demonstrado no mapa abaixo.

    Nossa sede social est localizada na Rua Loureno Marques, 158, 4 andar, CEP 04547-100, So Paulo, SP, Brasil. Nosso nmero de telefone (55 11) 2195-7050. Ns possumos um website: www.eletropaulo.com.br. As informaes contidas no nosso website no fazem parte deste Prospecto.

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  • SUMRIO DAS DEMONSTRAES FINANCEIRAS E OPERACIONAIS O sumrio dos balanos patrimoniais e demonstraes de resultado relativas aos exerccios sociais encerrados em 31 de dezembro de 2003, 2004 e 2005 derivado de nossas demonstraes financeiras consolidadas auditadas, includas neste Prospecto. O sumrio dos balanos patrimoniais e demonstraes de resultado para o primeiro semestre de 2006 e 2005 derivado de nossas informaes trimestrais consolidadas no auditadas includas neste Prospecto, as quais foram objeto de reviso especial por nossos auditores independentes e, de acordo com a nossa administrao, refletem a correta apresentao de nossos resultados nestes respectivos perodos. As tabelas a seguir tambm apresentam dados operacionais e outros indicadores de desempenho utilizados por alguns investidores na avaliao de empresas no setor eltrico. Esses dados operacionais no fazem parte das nossas informaes financeiras consolidadas auditadas ou revisadas. As informaes a seguir devem ser lidas e analisadas em conjunto com as nossas demonstraes financeiras consolidadas e respectivas notas explicativas, includas neste Prospecto, e com as Sees Apresentao das Informaes Financeiras e de Mercado e Discusso e Anlise da Administrao sobre a Condio Financeira e Resultados Operacionais. DEMONSTRAO DE RESULTADO (CONSOLIDADO)

    Princpios Contbeis Brasileiros

    Nos exerccios encerrados em 31 de dezembro de

    Nos semestres encerrados em 30 de junho de (No auditado)

    2003 2004 2005 2005 2006 (em milhes de reais, exceto a informao sobre lucro/prejuzo por lote de mil aes) R$ R$ R$ R$ R$

    Receita Bruta

    Fornecimento de eletricidade 8.409 9.632 10.479 5.134 5.052

    Outras receitas 275 391 701 461 404

    Total de receita bruta 8.684 10.023 11.180 5.595 5.456

    Dedues da Receita Bruta

    Reserva Global de Reverso - RGR (69) (70) (60) (38) (27)

    Encargo de Capacidade Emergencial - ECE (266) (345) (232) (142) (5) Encargos de Aquisio de Energia Emergencial - EAEE - (12) - - -

    ICMS (1.568) (1.862) (2.086) (1.021) (1.069)

    PIS, COFINS e outros (319) (303) (481) (118) (367)

    Total de deduo da receita bruta (2.222) (2.592) (2.859) (1.319) (1.468)

    Receita Lquida 6.462 7.431 8.321 4.276 3.988

    Despesas Operacionais

    Pessoal (566) (556) (548) (261) (289)

    Materiais (40) (44) (41) (19) (14)

    Servios de terceiros (230) (221) (250) (110) (99)

    Compra de energia + transmisso (3.851) (4.439) (4.712) (2.462) (2.093)

    Conta de Consumo de Combustveis - CCC (259) (321) (423) (200) (202)

    Conta de Desenvolvimento Energtico - CDE (78) (234) (302) (148) (144)

    Depreciao e amortizao (269) (274) (300) (150) (154)

    Outras despesas (369) (270) (912) (208) (200)

    Total de despesas operacionais (5.662) (6.359) (7.488) (3.558) (3.195)

    Resultado Bruto 800 1.072 833 718 793

    Receitas (despesas) Financeiras

    Receitas financeiras 433 484 691 254 196

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  • Despesas financeiras (569) (588) (500) (240) (249)

    Variaes monetrias/cmbiais - lquido 142 (399) (559) (197) (195)

    Ajuste a valor presente de contas a receber de LP 18 - - - -

    Total 24 (504) (368) (183) (248)

    Resultado operacional 824 568 465 535 545

    Resultado no operacional (32) (14) (35) (14) (20)

    Resultados antes dos tributos e itens extraordinrios 792 554 430 521 525

    Tributos

    Contribuio social (71) (31) (66) (48) (36)

    Imposto de renda (240) (199) (162) (83) (146)

    Contribuio social diferida (24) (6) (6) (13) -

    Imposto de renda diferido (25) 29 (39) (86) 44

    Total (360) (207) (273) (230) (138)

    Lucro antes dos itens extraordinrios 432 347 157 291 387

    Itens extraordinrios lquidos dos efeitos dos tributos (346) (341) (341) (171) (160)

    Lucro (prejuzo) lquido 86 6 (184) 120 227

    Lucro (prejuzo) por lote de mil aes 2 - (4) 3 5

    BALANO PATRIMONIAL

    Balano Patrimonial (consolidado)

    Nos exerccios encerrados em 31 de dezembro de

    Nos semestres encerrados em 30 de junho de (No auditado)

    ATIVO 2003 2004 2005 2005 2006

    (em milhes de Reais) R$ R$ R$ R$ R$

    Circulante

    Disponibilidades 449 192 310 428 484

    Consumidores, concessionrias e permissionrias 1.751 1.789 1.768 1.845 1.768

    Proviso para crditos de liquidao duvidosa (458) (513) (360) (505) (249) Tributos e contribuies sociais compensveis e diferidos 163 271 502 296 605

    Servios prestados 113 111 19 107 15

    Devedores Diversos 25 24 22 27 28

    Almoxarifado 34 34 34 28 36

    Contas a receber - acordos 247 384 266 315 190

    Outros crditos 100 51 300 153 237

    Despesas pagas antecipadamente e CVA 176 524 439 795 546

    Total do Ativo Circulante 2.600 2.867 3.300 3.489 3.660

    Realizvel a Longo Prazo

    Consumidores, concessionrias e permissionrias 977 633 586 500 435 Tributos e contribuies sociais compensveis e diferidos 973 1.002 926 974 1.060

    Caues e depsitos vinculados 241 277 336 316 358

    Contas a receber acordos 715 779 606 753 575

    Proviso para crdito de liquidao duvidosa (148) (192) (621) (192) (680)

    Outros crditos 115 117 157 111 155

    Compensao de variao dos itens da Parcela A 837 699 617 565 520

    Total do Ativo Realizvel a Longo Prazo 3.710 3.315 2.607 3.027 2.423

    27

  • Permanente

    Investimentos 43 38 49 39 47

    Imveis, plantas e equipamentos 5.133 5.146 5.115 5.105 5.085

    Encargos diferidos lquido 64 59 19 37 10

    Total do Ativo Permanente 5.240 5.243 5.183 5.181 5.142

    Total do Ativo 11.550 11.425 11.090 11.697 11.225

    Balano Patrimonial

    Nos exerccios encerrados em 31 de dezembro de

    Nos semestres encerrados em 30 de junho de (No auditado)

    PASSIVO 2003 2004 2005 2005 2006

    (em milhes de Reais) R$ R$ R$ R$ R$

    Circulante

    Fornecedores 996 817 863 835 765

    Folha de Pagamento 1 2 1 3 2

    Impostos, taxas e contribuies sociais e diferidos 341 439 491 525 583

    Obrigaes com a Fundao Cesp 148 172 402 164 439

    Emprstimos, financiamentos e debntures 3.476 912 659 1.126 357

    Encargos de dvidas 142 131 306 160 330

    Obrigaes estimadas 43 55 61 51 52

    Provises para litgios e contingncias 58 41 79 59 100

    Dividendos - TJLP declarados 99 4 4 4 4

    Outras obrigaes 378 422 631 684 812

    Total do Passivo Circulante 5.682 2.995 3.497 3.611 3.444

    Exigvel a longo prazo

    Fornecedores 273 183 222 151 206

    Emprstimos, financiamentos e debntures 235 2.462 2.046 2.053 1.994

    Obrigaes com a Fundao Cesp 1.285 1.614 1.670 1.761 1.766

    Impostos, taxas e contribuies sociais e diferidos 209 175 411 417 359

    Provises para litgios e contingncias 1.532 1.576 1.127 1.150 1.125

    Outras obrigaes 141 222 162 236 149

    Total do Passivo Exigvel a Longo Prazo 3.675 6.232 5.638 5.768 5.599

    Patrimnio Lquido

    Capital social 1.058 1.058 1.058 1.058 1.058

    Reserva de reavaliao 1.195 1.180 1.155 1.171 1.146

    Prejuzos/ Lucros acumulados (60) (40) (257) 89 (22)

    Total do Patrimnio Lquido 2.193 2.198 1.955 2.318 2.182

    Total do Passivo 11.550 11.425 11.090 11.697 11.225

    28

  • INFORMAES OPERACIONAIS SELECIONADAS

    Resultados Operacionais

    Nos exerccios encerrados em 31 de dezembro de

    Nos semestres encerrados em 30 de junho de

    (No auditado)

    2003 2004 2005 2005 2006

    Eletricidade comprada para revenda (em GWh) 38.773 37.886 39.573 19.676 18.828

    Distribuio de energia eltrica para (em GWh):

    Residenciais 10.727 11.258 11.863 5.787 6.222

    Industriais 9.401 8.670 7.580 3.828 3.310

    Comerciais 9.174 9.436 9.593 4.854 4.993

    Outros 3.473 3.304 2.598 1.369 1.217

    Subtotal (em GWh) 32.774 32.668 31.634 15.838 15.742

    Consumidores livres 1.005 2.675 4.865 2.146 3.153

    Total (em GWh) 33.779 35.343 36.499 17.984 18.895

    Total de consumidores (em mil) 5.057 5.148 5.298 5.227 5.392

    Capacidade instalada (MVA) 12.704 12.638 12.662 12.662 12.677

    rea de concesso (km2) 4.526 4.526 4.526 4.526 4.526

    Princpios Contbeis Brasileiros (Consolidado)

    Nos exerccios encerrados em 31 de dezembro de

    Nos semestres encerrados em 30 de junho de

    (No auditado)

    (em milhes de Reais) 2003 2004 2005 2005 2006

    Receita bruta 8.684 10.023 11.180 5.595 5.456

    Dedues da Receita Bruta (2.222) (2.592) (2.859) (1.319) (1.468)

    Receita lquida 6.462 7.431 8.321 4.276 3.988

    Despesas operacionais

    Pessoal (566) (556) (548) (261) (289)

    Materiais (40) (44) (41) (19) (14)

    Servios de terceiros (230) (221) (250) (110) (99)

    Compra de energia + transmisso (3.851) (4.439) (4.712) (2.462) (2.093)

    Conta de Consumo de Combustveis - CCC (259) (321) (423) (200) (202)

    Conta de desenvolvimento energtico - CDE (78) (234) (302) (148) (144)

    Outras despesas (369) (270) (912) (208) (200)

    Total (5.393) (6.085) (7.188) (3.408) (3.041)

    EBITDA 1.069 1.346 1.133 868 947

    Ajustes de conta Fundao CESP 327 265 242 121 121

    RTE - Amortizao 284 312 335 166 164

    Ajustes (excluindo caixa) 46 - 435 (72) 22

    EBITDA Ajustado 1.726 1.923 2.145 1.083 1.254

    29

  • IDENTIFICAO DE ADMINISTRADORES, CONSULTORES E AUDITORES

    Administradores da Companhia Coordenador Lder Eletropaulo Metropolitana Eletricidade de So Paulo S.A. Vice-Presidncia de Relaes com Investidores At: Britaldo Pedrosa Soares Rua Loureno Marques, 158 So Paulo, SP 04547-100 Tel: (11) 2195-7050 Fax: (11) 2195-2147 E-mail: [email protected] Internet: www.eletropaulo.com.br

    Banco de Investimentos Credit Suisse (Brasil) S.A. At: Denis Jungerman Avenida Brigadeiro Faria Lima, 3.064, 13 andar So Paulo, SP 01451-000 Tel.: (11) 3841-6405 Fax: (11) 3841-6912 Internet: www.credit-suisse.com/ofertas

    Coordenador Coordenador Banco Ita BBA S.A. At: Fernando Iunes Av. Brigadeiro Faria Lima, 3.400, 4 andar So Paulo, SP Tel: (11) 3708-8000 Fax: (11) 3708-8107 Internet: www.itaubba.com.br

    Banco J.P. Morgan S.A. At: Paulo Mendes Av. Brigadeiro Faria Lima, n 3.729, 13 andar So Paulo, SP 04538-905 Tel: (11) 3048-3423 Fax: (11) 3048-3760 Internet: www.jpmorgan.com/brasil/prospecto/eletropaulo

    Consultores Legais da Companhia quanto ao Direito Brasileiro

    Consultores Legais dos Coordenadores da Oferta Brasileira quanto ao Direito Brasileiro

    Souza, Cescon Avedissian, Barrieu e Flesch Advogados At: Ronald Herscovici Rua Funchal, 263, 11 andar So Paulo, SP 04551-060 Tel: (11) 3089-6500 Fax: (11) 3089-6565 Internet: www.scbf.com.br

    Mattos Filho, Veiga Filho, Marrey Jr. e Quiroga Advogados At: Sergio Spinelli Silva Jr. Alameda Joaquim Eugnio de Lima, n. 477 So Paulo, SP 01403-001 Tel: (11) 3147-7600 Fax: (11) 3147-7770 Internet: www.mattosfilho.com.br

    Consultores Legais da Companhia e do Acionista Vendedor quanto ao Direito dos Estados Unidos da Amrica

    Consultores Legais dos Coordenadores da Oferta Internacional quanto ao Direito dos Estados Unidos da Amrica

    Shearman & Sterling LLP At: Richard S. Aldrich, Jr. Avenida Brigadeiro Faria Lima, n. 3.400, 17 andar So Paulo, SP 04538-132 Tel: (11) 3702-2200 Fax: (11) 3702-2224 Internet: www.shearman.com

    Milbank, Tweed, Hadley and McCloy LLP At: Marcelo A. Mottesi 1 Chase Manhattan Plaza Nova York, Nova York Tel: (212) 530-5000 Fax: (212)530-5219 Internet: www.milbank.com

    Auditores Independentes para 2003 Auditores Independentes para 2004, 2005 e Primeiro Semestre de 2005 e 2006

    Deloitte Touche Tohmatsu Auditores Independentes At: Iara Pasian Rua Alexandre Dumas, 1.981 Chcara Santo Antonio So Paulo, SP 04717-906 Tel: (11) 5186-1000 Fax: (11) 5186-1654 E-mail: [email protected] Internet: www.deloitte.com.br

    Ernst & Young Auditores Independentes S.S. At: Marcos A.Quintanilha Av. Presidente Juscelino Kubitschek, 1.830, Torre 1, 8 andar So Paulo, SP 04543-900 Tel: (11) 2112-5200 Fax: (11) 2112-2401 E-mail: [email protected] Internet: www.ernstyoung.com.br

    Quaisquer informaes ou esclarecimentos sobre a Companhia, o Acionista Vendedor e a Oferta Brasileira podero ser obtidas junto (i) Companhia, em sua sede social; (ii) aos Coordenadores da Oferta Brasileira; (iii) BOVESPA, na Rua XV de Novembro, 275, So Paulo, SP; e (iv) CVM, na Rua 7 de setembro, 111, 5 andar, Rio de Janeiro, RJ, ou na Rua Cincinato Braga, 340, 2, 3 e 4 andares, So Paulo, SP. As informaes constantes das pginas da rede mundial de computadores no so partes integrantes deste Prospecto.

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  • FATORES DE RISCO O investimento nas Aes envolve riscos. O investidor deve considerar cuidadosamente os riscos descritos abaixo e todas as informaes contidas nesse Prospecto antes de tomar sua deciso de investir em nossas Aes. Nosso negcio, situao financeira e resultados operacionais podem ser afetados de forma adversa e significativa por quaisquer desses riscos. O preo de negociao das nossas Aes pode cair devido a quaisquer desses riscos, e o investidor pode perder todo ou parte de seu investimento. Acreditamos que os riscos descritos abaixo so os que podem nos afetar significativamente. No entanto, riscos adicionais atualmente desconhecidos ou considerados irrelevantes por ns tambm podem nos prejudicar. RISCOS MACROECONMICOS

    O governo exerceu, e continua a exercer, influncia significativa sobre a economia brasileira. Essa influncia, bem como as condies polticas e econmicas no Brasil, podero afetar adversamente os nossos negcios e o preo das Aes. O Governo Federal freqentemente intervm na economia brasileira e ocasionalmente faz alteraes polticas e econmicas significativas. As medidas adotadas no passado pelo Governo Federal para controlar a inflao e implementar suas polticas macroeconmicas envo