6
VOLUME 19 | FGM NEWS 84 Especialista em Odontologia Restauradora -UNOPAR/Pr Mestre em Odontologia Restauradora – UNOPAR /Pr Professor Associado do Departamento de Biomateriais e Biologia Oral Faculdade de Odontologia, Universidade de São Paulo – USP; Professor do Programa de Pós Graduação em Materiais Dentários Faculdade de Odontologia, Universidade de São Paulo – USP; VALTER SCALCO CARLOS EDUARDO FRANCCI

VALTER SCALCO CARLOS EDUARDO FRANCCI · suas propriedades fluorescentes. Na tentativa de melhorar a estética das cerâmicas sob iluminação, Baran e O’brien (1977) estudaram a

Embed Size (px)

Citation preview

VOLUME 19 | FGM NEWS84

Especialista em Odontologia Restauradora -UNOPAR/PrMestre em Odontologia Restauradora – UNOPAR /Pr

••

••

Professor Associado do Departamento de Biomateriais e Biologia Oral Faculdade de Odontologia, Universidade de São Paulo – USP; Professor do Programa de Pós Graduação em Materiais Dentários Faculdade de Odontologia, Universidade de São Paulo – USP;

VALTER SCALCO

CARLOS EDUARDO FRANCCI

Odontologia, desde os primórdios da humanidade, sempre se ocupou em repor dentes perdidos, que exercem papel fundamental na mastigação, fonética e estética. Com

o surgimento das restaurações e ligas metálicas, grande avanço ocorreu no passado, pois próteses extensas passaram a ser confeccionadas com estrutura fina, mas resistente o suficiente para suportar os esforços exigidos na mastigação. No pós-guerra surge um avanço significativo na Odontologia do ponto de vista estético, as próteses metalocerâmicas. Mais recentemente, com o advento das novas cerâmicas e associado ao desenvolvimento dos sistemas adesivos dentinários, o uso das ligas metálicas, tornou-se um inconveniente para uma população esteticamente mais exigente. A Odontologia mergulhou numa nova fase.Na busca do belo, um sorriso saudável e harmonioso se tornou sinônimo de confiança, sucesso profissional e até mesmo melhora de posição social. A busca por esses benefícios tem tornado a estética uma preocupação cada vez maior para os pacientes e, cada vez mais, tem sido o principal motivo da busca pelo tratamento odontológico. Consequentemente, os clínicos necessitam confeccionar restaurações mais efetivas na simulação da dentição natural e a Odontologia Estética e Restauradora passou a focar como seu principal objetivo a substituição das estruturas dentais perdidas ou comprometidas por materiais restauradores que possuam propriedades físicas, ópticas, biológicas e funcionais similares àquelas dos dentes naturais (CHU; AHMAD, 2003).Um dos fatores fundamentais para se obter êxito em qualquer tratamento restaurador é conhecer a anatomia e as características ópticas dos tecidos dentais, assim como dos materiais que os substituam. Além disso se faz necessário estudar exaustivamente as diversas referências de cor, forma, textura e brilho da dentição natural, bem como os fenômenos ópticos de opalescência e fluorescência (FAHL JR; DENEHY; JACKSON, 1995; AHMAD,1999; MAGNE; DOUGLAS,

Fig.1A e 1B

1999; DIETSCHI et al., 2000; DERBABIAN et al., 2001). Entretanto, para que seja viável a obtenção de restaurações verdadeiramente naturais, os clínicos necessitam ter um conhecimento e entendimento profundo das características ópticas, bem como um treinamento adequado para a seleção e utilização dos materiais restauradores estéticos (BARATIERI; ARAÚJO JR; MONTEIRO JR, 2005; SENSI et al., 2006).

As características ópticas dos dentes naturais que ocorrem quando há a interação da luz com esmalte, dentina e polpa, são as principais responsáveis pela sua beleza e aparência vital e natural. Tais características incluem graus variados de translucidez e opacidade, além dos efeitos especiais como irisdescência, opalescência e fluorescência (WINTER, 1993; BUDA, 1994; VANINI, 1996; AHMAD, 2000; DIETSCHI, 2001; BEHLE, 2001b; FONDRIEST, 2003; BARATIERI; ARAÚLO JR; MONTEIRO JR, 2005). Pode-se dizer que luz não é somente as dimensões das cores (matiz, croma e valor) e seus diferentes comprimentos de onda, mas sua percepção também está relacionada a algumas propriedades físicas e ópticas inerentes às ondas eletromagnéticas. Essas propriedades estão diretamente

ligadas ao meio em que a luz incide no objeto. Partindo-se do princípio que toda substância capaz de transmitir luz é um meio, os tecidos que compõem o órgão dental se enquadram nessa definição. Dessa forma, tal como acontece com outros meios, a luz quando é emitida sobre o dente, pode ser refletida, absorvida, refratada e difundida. (YAMAMOTO, 1986). Existem alguns fenômenos nos quais os corpos possuem a capacidade de gerar luz quando excitados. Luminescência é o nome dado ao fenômeno relacionado à capacidade que algumas substâncias apresentam em converter certos tipos de energia em emissão de radiação eletromagnética, com um excesso de radiação térmica. A luminescência é observada em todos os estados da matéria (gasoso, líquido ou sólido) e para compostos orgânicos e inorgânicos. A radiação eletromagnética emitida por um material luminescente ocorre usualmente na região visível do espectro eletromagnético, mas essa pode ocorrer também em outras regiões do espectro, tais como ultravioleta ou infravermelho. (LENZ, 2000). Dentro desse grupo encontramos a termoluminescência, a triboluminescência, a fosforescência e a fluorescência. (Fig. 1 A e fig. 1 B) >

Segundo Chain; Arcari e Lopes (2000) e Paulillo, Serra e Francischone (1997) as cerâmicas são a principal alternativa de tratamento restaurador para a estrutura dental, devido às suas propriedades, como biocompatibilidade, resistência à compressão, baixa condutibilidade térmica e elétrica, alto módulo de elasticidade, radiopacidade, integridade marginal, estabilidade de cor e, principalmente, elevado potencial para simular a aparência dos dentes (ANUSAVICE, 1998; DONG et al., 1992; CRAIG,1998). ( fig.3)

Tradicionalmente as porcelanas são compostas por duas fases distintas. A fase cristalina, que geralmente possui cristais de alumina e leucita e uma fase vítrea que basicamente é composta por feldspato de potássio, vidro e óxido de alumínio (MCLEAN; HUGHES, 1965). Outros compostos metálicos das cerâmicas odontológicas são o alumínio, lítio, magnésio, potássio, estanho, titânio e zircônio e não metálicos como silício, boro, flúor e oxigênio. (CRAIG,1998)

Dessas propriedades, a fluorescência vem sendo considerada como a principal responsável pelo aspecto de vitalidade dos dentes. A fluorescência pode ser definida como a capacidade que algumas substâncias possuem de absorver a energia de uma luz energizante não visível e emiti-la em um comprimento de onda de luz visível. (DIETSCHI, 2001; VANINI, 1996a; VILLARROEL et al., 2004). Dessa forma, quando os raios Ultravioleta são emitidos sobre os dentes, pode-se observar uma luz branco-azulada denominada fluorescência dentária. A fluorescência está relacionada ao grau de mineralização do tecido dentário, e, embora esteja presente tanto no esmalte, como na dentina, neste último substrato mostra-se três vezes mais intensa, devido

às suas características orgânicas. Esta diferença se justifica devido a presença de fibras colágenas e aminoácidos específicos, como o triptofano. Sob luz natural a fluorescência faz com que o dente se mostre mais luminoso, conferindo luminescência internamente. Pode–se concluir então que a dentina é quem tem a propriedade de emitir a fluorescência natural do dente. (fig. 2 A, B, C, D ,E e F) Por essa razão a sua reprodução nas restaurações exerce uma influência essencial no nível de naturalidade que se tenta alcançar com o uso de materiais restauradores estéticos (FONDRIEST, 2003; LEE; LU; POWERS, 2005a; VILLAROEL; GOMES; GOMES, 2004; SENSI et al., 2006).

Fig.2A e 2B

Fig. 2C, 2D e 2E

VOLUME 19 | FGM NEWS 87

As terras raras, componentes fluorescentes das resinas compostas, poderiam ser utilizadas também nas cerâmicas dentais. Íons de terras raras servem como aditivos de fluorescência em vidros com composição similar às cerâmicas dentais. Compostos como o európio podem ser usados como luminóforos (composto que fornece luminescência) das cerâmicas dentais, pois mostram, uma intensa fluorescência branco-azulada e amarelada. Quando a queima das cerâmicas ocorre próximo aos 1000 °C, substâncias utilizadas para reprodução da fluorescência, são decompostos ou difusos na matriz cerâmica, dificilmente mantendo suas propriedades fluorescentes.Na tentativa de melhorar a estética das cerâmicas sob iluminação, Baran e O’brien (1977) estudaram a incorporação de urânio e cério como componentes fluorescentes.

No entanto estas substâncias que resistem a altas temperaturas não reproduzem a característica branco-azulada da estrutura do dente natural. Como o uranio é uma substancia radioativa não se permite utilizar em seres humanos mesmo que em doses mínimas.

Leinfelder (2000) relatou que para os clínicos que praticam restaurações estéticas em odontologia, particularmente no campo das cerâmicas, a fluorescência é uma propriedade física primordial. Dentes naturais são fluorescentes quando expostos à uma fonte de luz UV, seja natural ou artificial, o que lhes dá uma aparência mais clara. Em outras palavras, eles emitem luz visível quando expostos à luz UV. A fluorescência

proporciona vitalidade à restauração e minimiza o efeito metamérico entre o dente e o material restaurador. Quando dentes artificiais que não possuem fluorescência estão arranjados num mesmo arco dental com dentes naturais, aqueles se mostram bem mais escuros diante de fontes de luz branca, o que pode gerar um desconforto estético para os pacientes. Este desconforto pode ser desde uma aparência ligeiramente mais acinzentada sob luz natural, devido a um valor mais baixo do dente restaurado em relação aos demais; até uma aparência muito escura em uma casa noturna com luz ultravioleta. (Fig. 4 A, B, C e D )

ESTUDOS TÊM DEMONSTRADO QUE O COMPORTAMENTO DAS CERÂMICAS DENTAIS NÃO PODE SE ASSEMELHAR AOS DENTES NATURAIS EM RELAÇÃO À FLUORESCÊNCIA (CHU, S.J.; AHMAD, 2003).

Fig. 3

>

Quando se finaliza uma cimentação de lentes e facetas em cerâmica seu desejo é devolver os aspectos naturais na maior totalidade possível em termos de forma, cor, textura e harmonia; sendo a fluorescência um fator de grande importância no comportamento óptico dos trabalhos em cerâmica. Há um grande contrassenso estabelecido na rotina clínica da Odontologia Estética. As cerâmicas, especialmente as que mimetizam a estrutura de esmalte, tem frequentemente se mostrado com baixa fluorescência, o que pode comprometer o resultado estético final

de uma reabilitação com laminados. Mas, por outro lado, o paciente que procura um profissional para reabilitar esteticamente seu sorriso é muito exigente, e preza pelo seu sorriso, em todos os ambientes que ele possa frequentar. O mais agravante é que boa parte dos cirurgiões dentistas não sabem que a cerâmica que foi utilizada pelo TPD para confeccionar o laminado possa ter baixa fluorescência. O que se tem observado clinicamente é que cimentos resinosos utilizados na fixação das lentes e facetas em porcelana podem compensar

esta deficiência, emitindo fluorescência através da cerâmica, devolvendo o aspecto da dentição natural. (Fig. 5 A, B e C) No entanto, no mercado odontológico existem poucos cimentos com esta propriedade. Se faz necessário uma criteriosa atenção dos fabricantes em relação e este tema, pois milhões de pessoas no mundo todo estão recebendo este trabalhos na procura da perfeição de seus dentes e podem se deparar, em determinadas condições de luz, com frustrantes resultados estéticos no seu sorriso. (Fig. 6 A, B e C)

Fig. 4 A, B, C, D)

Fig. 5 A, B, C

VOLUME 19 | FGM NEWS 89

Como mostrado no caso acima (fig. 6 A, B, C), a utilização de um cimento resinoso para colagem de uma faceta cerâmica (dente 21) devolve as características de fluorescência natural comparado ao dente 23 (natural). O dente 22 se apresenta com fluorescência extremamente baixa pois foi utilizado cimento resinoso sem fluorescência. Tal fato comprova a necessidade e a relevância de se utilizar cimento que tem a propriedade de devolver esta característica extremamente importante nos trabalhos cerâmicos.

AHMAD, I. Three-dimensional shade analysis: Perspectives of color- Part I. Periodont. Aesthet. Dent., New York, v. 11, n. 7, p. 789-796, July 1999. AH1VIAD, I. Three-dimensional shade analysis: Perspectives of color- Part II. Periodont. Aesthet. Dent., New York, v. 12, n. 6, p. 557-564, June 2000. ARAKI, T. et al. Measurements of fluorescence heterogeneity in human teeth using polarization microfluorometry. App!. Spectrosc., Salt Lake City, v. 44, n. 4, p. 627-631, May 1990. ARAÚJO JR, E. M. et al. Direct adhesive restorations of anterior teeth: Part 1. Fundamentals of excellence. Pract. Periodont. Aesthet. Dent., Nova York, v. 15, n. 3, p. 233-240, Apr. 2003. ARMSTRONG, W.G. Fluorescence characteristics of sound and carious human dentine preparations. Arch. Oral Biol., London, v. 8, p. 79-90, 1963. BARATIERI, L.N.; ARAÚJO JR, E.; MONTEIRO JR, S. Composite restorations in anterior teeth: fundamentals and possibilities. Chicago: Quintessence Publishing, 2005. BARATIERI et al. Restaurações adesivas diretas em dentes anteriores fraturados. In: Estética restaurações adesivas diretas em dentes anteriores fraturados. São Paulo: Santos, 1995. p .207. BARATIERI, L. N. et al. Caderno de dentistica: Restaurações adesivas diretas com resinas compostas em dentes anteriores. São Paulo: Santos, 2002. 131p. BEHLE, C. Shade selection technics: Part one-Tools for effective communication. Pract. Proced. Aesthet. Dent., New York, v. 13, n. 7, p. 536-541, Aug. 2001a. BEHLE, C. Shade selection technics: Part two-Dimensions of color. Pract. Proced. Aesthet. Dent., New York, v. 13, n. 8, p; 652-654, Sept. 2001b. BEHLE, C. Shade selection technics: Part three-Principles for stratification. Pract. Proced. Aesthet. Dent., New York, v. 13, n. 9, p. 717-720 Oct. 2001c. BENEDICT, H.C. A note on the Fluorescence of teeth in ultra-violet rays. Science, Washington, v. 67, n. 1739, p. 442, 1928. BIRDSELL, D. et al. Harmful effects of near U.V. radiation used for polymerization of a sealant and a composite resin. J. Am. Dent. Assoc., Chicago v. 94, p. 110-115, Feb. 1977. BRANCHINI, C.; ZANOTTI, L. Comparative data on the fluorescence of the enamel in various types of teeth. Arch. Stomatol., Napoli, v. 10, n. 2, p. 93-108, Apr./June 1969. BUDA, M. Form and color reproduction for composite resin reconstruction of anterior teeth. Int. J. Periodont. Rest. Dent., Chicago, v. 14, n. 1, p. 35-47, 1994. CAITUCOLI, P.F. Comparison of luminescence and fluorescence in human and prosthetic teeth. Rev. Odontostomatol. Midi. Fr., Paris, v. 26, n. 2, p. 94-101, 1968. CHICHE, G.; PINAULT, G. Comunicação com o laboratório dental: provas e seleção de cor. In: . Estética em prótese fixas anteriores. São Paulo: Quintessence, 1996. cap. 6, p.128-130. CHU, S. J. Color. In: GORL, G. The science and art of porcelain laminate veneers. Chicago: Quintessence, 2002 p.157-206. CHU, S.J.; AHMAD, I. Light dynamic properties of a synthetic, low-fusing, quartz glass- ceramic material. Pract Proced Aesthet Dent., New York, v. 15, n. 1, p. 49-56, Jan./Feb. 2003. CHU, S.J.; DEVIGUS, A.; MIELESZKO, A. J. Elements affecting color. In: Fundamentals of color: shade matching and communication in esthetic dentistry. Chicago: Quintessence, 2004. p.19-49. CONCEIÇÃO, E. N. et al. 0 potencial dos compósitos diretos em dentes anteriores. In: Restaurações estéticas: compósitos, cerâmicas e implantes. Porto Alegre: Artmed, 2005. p.145-173. DERBABIAN et al. The science of communicating the art of esthetic dentistry. Part III: Precise shade communication. J. Esthet. Restor. Dent., Hamilton, v. 13, n. 3, p. 32-38, 2001. DIETSCHI, D. Free-hand composite resin restorations: a key to anterior aesthetics. Pract. Periodont. Aesthet. Dent., New York, v. 7, n. 7, p. 15-25, Aug.1995. DIETSCHI, D. Free-hand bonding in the esthetic treatment of anterior teeth: Creating the illusion. J. Esthet. Dent., Hamilton, v. 9, n. 4, p. 156-164, 1997. DIETSCHI, D. Layering concepts in anterior composite restorations. J. Adhes. Dent., London, v. 3, n. 1, p. 71-80, Spring 2001. DIETSCHI, D. et al. Treatmente of traumatic injuries in the front teeth: restorative aspects in crown fractures. Pract. Periodont. Aesthet. Dent., New York, v. 12, n. 8, p. 751-758, Sept. 2000. FAHL JR, N.; DENEHY, G. E.; JACKSON, R. D. Protocol for predictable restoration of anterior teeth with composite resins. Pract. Peridont. Aesthet. Dent., New York, v. 7, n. 8, p. 13-21, Oct. 1995. FAHL JR, N. Predctable aesthetic reconstruction of fractured anterior teeth with composite resins: a case report. Pract. Periodont. Aesthet. Dent., New York, v. 8, n. 1, p. 17-31, Jan. 1996. FAHL JR, N. The aesthetic composite anterior single crown restoration. Pract. Periodontics Aesthet. Dent., New York, v. 9, n. 1, p. 59-70, Jan/Feb., 1997. FIETCHTER, P. A. Dynamics of light in the natural tooth. Alemanha: Ducera Dental, 1997. FONDRIEST, J. Shade matching in restorative dentistry: the science and strategies. Int. J. Periodontics Restorative Dent., Chicago, v. 23, n. 5, p. 467-479 Oct. 2003. FOREMAN, P.C. The excitation and emission spectra of fluorescent components of human dentine. Arch. Oral Biol., London, v. 25, n. 10, p. 641-647, 1980. GONDO, R.; MARSON, F. C.; ALVARES, I. Restaurações diretas de resina composta em dentes anteriores: Alguns fundamentos para a obtenção de resultados estéticos satisfatórios. Int. J. Braz. Dent., São José, v. 1, n. 2, p. 137-145, abr./jun. 2005. HALL, J.B.; HEFFERREN, J.J.; OLSEN, N.H. Study of fluorescent characteristics of extracted human teeth by use of a clinical fluorometer. J. Dent. Res., Washington, v. 49, n. 6, p. 1431-1436, Nov./Dec. 1970. HILTEBRANDT, C. Transparency, fluorescence and reflexion in natural and artificial teeth. Zahnarztl. Welt. Zahnarztl. Reform. Zwr., v. 25, n. 8, p. 223-225, Apr. 1950. JACKSON, R. D. Understanding the characteristics of naturally shaded composite resins. Pract. Proced. Aesthet. Dent., New York, v. 15, n. 8, p. 577-585, Aug. 2003. JOINER, A. Tooth colour: a review of the literature. J. Dent., Guilford, v.32, p. 3-12, 2004. Supplement 1. JUN, S. K. Shade matching and communication in conjunction with segmental porcelain buildup. Pract. Periodont. Aesthet. Dent., New York, v. 11, n. 4, p. 457-464, May/June 1999. KELLY, J.R.; NISHIMURA, I.; CAMPBELL, S.D. Ceramics in dentistry: historical roots and currents perspectives. J. Prosthet. Dent., St. Louis, v. 75, n. 1, p. 18-32, Jan. 1996. KOSOVEL, Z. The prosthetic significance of the primary fluorescence of human teeth. Acta. Stomatol. Croa.., v. 2, n. 4, p. 213-217, 1967. KOSOVEL, Z. Prosthetico-optical aspects of artificial tooth fluorescence. Stomatol Vjesn., v. 2 n. 4, p. 423-426, 1968a. KOSOVEL, Z. Artificial teeth and prosthetic material in the light of studies with ultraviolet rays. Acta Stomatol Croat., v. 3, n. 4, p. 210-221, 1968b. KOSOVEL, Z.; WEBER, K. Natural fluorescence of human teeth. Zahn Mund Kieferheilkd Zentralbl., v. 64, n. 1, p. 32-40, 1976. LAURILLA, U.R.; MANCEWICZ, S.A.; FORZIATI, A.F. Isolation and partial fractionation of fluorescent material from human teeth. J. Dent. Res., Washington v. 39, p. 714, 1960. LEE, Y. K.; LU, H.; POWERS J. M. Fluorescence of layered resin composites. J. Esthet. Restor. Dent., Hamilton, v. 17, n. 2, p. 93-101 Feb. 2005a. LEE, Y. K.; LU, H.; POWERS, J. M. Effect of surface sealant and staining on the fluorescence of resin composites. J. Prosthet. Dent., St. Louis, v. 93, n. 3, p. 260-266, Mar. 2005b. LEE, Y.K.; LU, H.; POWERS, J.M. Changes in opalescence and fluorescence properties of resin composites after accelerated aging. Dent Mater., Washington, v. 22, n. 7, p. 653-660, July 2006. MAGNE, P.; HOLZ, J. Stratification of composite restorations: Systematic and durable replication of natural aesthetics. Pract. Periodont. Aesthet. Dent., New York, v. 8, n. 1, p. 61-68, Jan./Feb. 1996. MAGNE, P.; DOUGLAS, W. H. Rationalization of esthetic restorative dentistry base don biomimetics. J. Esthet. Dent., Hamilton, v. 11, n. 1, p. 5-15, 1999. MAGNE, P.; BELSER, U. Bonded porcelain restorations in the anterior dentition: A biomimetic approach. Berlim: Quintessence books, 2002. MATSUMOTO, H.; KITAMURA, S.; ARAKI, T. Autofluorescence in human dentine in relation to age, tooth type and temperature measured by nanosecond time-resolved fluorescence microscopy. Arch. Oral Biol., London, v. 44, n. 4, p. 309-318, Apr. 1999. MCLAREN, E.A. Luminescent veneers. J. Esthet. Dent., Hamilton, v. 9, n. 1, p. 3-12 1997. MCPHEE, E. R. Extrinsic coloration of ceramometal restorations. Dent. Clin. North Am., Philadelphia, v. 29, n. 4, p. 645-666, Oct. 1985. MELO, T. S. de; KANO, P.; ARAÚJO JR, E.M. Avaliação e reprodução cromática em odontologia restauradora: Parte I. 0 mundo das cores. Int. J. Braz. Dent., São José, v.1, n. 2, p. 95-104, abr./jun. 2005a. MELO, T. S. de; KANO, P.; ARAÚJO JR, E.M. Avaliação e reprodução cromática em odontologia restauradora: Parte II. A dinâmica da luz nos dentes naturais. Int. J. Braz. Dent., São José, v. 1, n. 4, p. 295-303, out./dez. 2005b. MILLER, M.B. The elusive nature of fluorescence. Pract Proced Aesthet Dent., New York, v. 15, n. 1, p. 84, Jan./Feb. 2003. MILLER, M. Composite resin fluorescence. J. Esthet. Restor. Dent., Hamilton, v. 16, n. 6, p. 335, 2004. MONSENEGO, G. Fluorescence of natural teeth and a composite. Chin Dent. Fr., Paris, v. 22, n. 60, p. 37-42, Feb. 1990. MONSENEGO, G. Contribution a l’étude de la fluorescence de la porcelaine dentaire. 1991. 145f. Tese (Doutorado em Odontologia) —Faculdade de odontologia, Universidade de Paris, Paris. MONSENEGO, G.; BURDARION, G.; CLERJAUD, B. Fluorescence of dental porcelain. J. Prosthet. Dent., St. Louis, v. 69,11. 1, p.106-113, Jan.1993. MULA, P. J. Esthetic restorations improved dentist-laboratory communication. Chicago: Quintessence books, 1993. 138p. O’BRIEN, W.J.; GROH, C.L.; BOENKE, K.M. A one-dimensional color order system for dental shade guides. Dent. Mater., Washington, v. 5, n 6, p. 371-374, Nov. 1989. PANZERI, H.; FERNANDES, L.T.; MINELLI, C.J. Spectral fluorescence of direct anterior restorative materials. Aust Dent J., Sydney, v. 22, n. 6, p. 458-461, Dec. 1977. PEPLINSKI, D. R.; WOZNIAK, W. T.; MOSER, J. B. Spectrl Studies of New Luminiphors for Dental Porcelain. J. Dent. Res., Washington, v. 59, n. 9, p. 1501-1506, 1980. PEYTON, J.H. Finishing and polishing techniques: direct composite resin restorations. Pract. Proced. Aesthet. Dent., New York, v. 6, n. 4, p. 293-298, May 2004. PIZZAMIGLIO, E. A color selection techinique. J. Prosthet. Dent., St Louis, v. 66, n. 5, p. 592-596, Nov. 1991. PORTALIER, L. Diagnostic use of composite in anterior aesthetics. Pract. Periodont. Aesthet. Dent., New York, v.8, n.8, p.643-652. Sept. 1996. PRESTON, J. D. Current status of shade selection and color matching. Quintessence Int., Berlim, v. 1, p. 47-58, 1985. PRESTON, J.D. Cor em cerâmica dental. In: SCHARER, P.; RINN, L. A.; KOPP, F. R. Normas estéticas para reabilitação bucal. SR) Paulo: Santos, 1986. cap. 2, p. 13-26. PRIEST, G.; LINDICE, L. Tooth color selection and characterization accomplished with optical mapping. Pract. Periodont. Aesthet. Dent., New York, v. 12, n. 5, p. 497-503, June/July 2000. RAMOS JR, L.; ORTEGA, V. L. Cor, forma e textura em restaurações cerâmicas. In: CARDOSO, R. J. A.; GONÇALVES, E. A. N. Estética-20° arte, ciência e técnica. São Paulo: Artes médicas, 2002. p.225-249. ROSSOW, B.; JOHANSEN, P.E. Dental status in blacklight. Nor. Tannlaegeforen Tid., v. 87, n. 5, p. 218-222, May 1977. RUDD, K. D. et al. Some uses of fluorescence in Prosthodontics. J. Prosthet. Dent., St. Louis, v. 18, n. 6, p. 543-549, Dec. 1967. RUTTEN, L.; RUTTEN, P. Creating Natural Esthetics with CAD/CAM. Q D T, Chicago, v. 29, p. 24-42, 2006. SCHARF, F. Spectrophotometric studies on the fluorescence of dental hard tissues. Dtsch. Zahnarztl. Z., v. 29, n. 9, p. 920-922, Sept. 1974. SCHENKEL, L. B. A importância as fluorescência e opalescência nas cerâmicas. Informativo SINDRODERS, Porto Alegre, p. 6-7, abr. 2001. SCHENNETTEN, F. Use of fluorescence in dental practice. Zahnarztl Prax., v. 27, n. 7, p. 160-163, Apr. 1976. SCHWARTZ, J. C. The biomimetic dentoenamel junction: A paradigm shift of ceramic thougth. Q D T, Chicago, v. 29, p. 183-189, 2003. SENSI, L.G. et al. Fluorescence of composite resins: Clinical considerations. Q D T, Chicago, v. 29, p. 43-53, 2006. SENSI, L. G. Avaliação clinica da fluorescência de dentes naturais. 2006. 133f. Tese (Doutorado em Dentistica) — Programa de Pós-graduação em Odontologia, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis. SHORE V.G.; PARDEE, A.B. Fluorescence of some proteins nucleic acids and related compounds. Arch. Biochem., New York, v. 60, p.100-107, 1956. SPITZER, D.; TEN BOSCH, J.J. The total luminescence of bovine and human dental enamel. Calcif. Tiss. Res., Bristol, v. 20, n. 2, p. 201-208, Apr. 1976. SPROULL, R. C. Color matching in dentistry. Part I. The three-dimensional nature of colour. J. Prosthet. Dent., St Louis, v. 86, n. 5, p. 453-457, Nov. 2001a. SPROULL, R. C. Color matching in dentistry. Part II. Practical applications of the organization of color. J. Prosthet. Dent., St Louis, v. 86, n. 5, p. 458-464, Nov. 200lb. SULIKOWSKI, A. V.; YOSHIDA, A. Surface texture: A systematic approach for accurate and effective communication. Q D T, Chicago, v. 23, p. 10-19, 2003. SUNDSTRÔM, F. et al. Laser-induced fluorescence from sound and carious tooth substance: spectroscopic studies. Swed. Dent. J., Jiinkiiping, v. 9, n. 2, p. 71-80, 1985. STOBEL, H. Die fluoreszenz tierischer gewebe in uv-licht. Pflügers Arch. Physiol., Berlin v. 14.2,p. 1,1911. TANI, K. et al. Discrimination between composite resin and teeth using fluorescence properties. Dent. Mater., Washington, v. 22, n. 4, p. 569-580, 2003. TEN BOSCH, J.J.; COOPS, J.C. Tooth color and reflectance as related to light scattering and enamel hardness. J. Dent. Res., Washington, v. 74, n. 1, p. 374-380, Jan.1995. TERRY, D. A. Direct composite resin restoration of adolescent class IV tooth fracture: a case report. Pract. Periodont. Aesthet. Dent., New York, v. 12, n. 1, p. 23-29, Jan./Feb. 2000. TOUATI, B.; MIARA, P.; NATHANSON, D. Transmissão de luz e cor. In: Odontologia estética e restauraOes cerâmicas. São Paulo: Santos, 2000 cap. 4, p.39-60. TSUDA, H.; RUBEN, J.; AREND, J. Human dentin mineral. Eur. J. Oral Sei., v. 104, p. 123-131, 1996. TUNG, F.F. et al. The repeatability of an intraoral dental colorimeter. J. Prosthet. Dent., St Louis, v. 88, n. 6, p. 585-590, Dec. 2002. UBASSY, G. Shape and color the key to successful ceramics restorations. Berlim: Quintessence Books; 1993. VAARKAMP, J.; TEN BOSCH, J.J.; VERDONSCHOT, E.H. Propagation of light through human dental enamel and dentine. Caries Res., Basel, v. 29, n. 1, p. 8-13, 1995. VAN DER BURGT, T. P. et al. A comparison of new and conventional methods for quantification of tooth color. J. Prosthet. Dent., St Louis, v. 63, n. 2, p. 155-162, Feb., 1990. VAN DER VEEN, M. H.; TEN BOSCH, J. J. A fiberoptic set up for quantification of root demineralization. Eur. J. Oral Sci., v. 104, p. 118-122, 1996. VANINI, L. Light and color in anterior composite restorations. Pract. Periodont. Aesthet. Dent., New York, v. 8, n. 7, p. 673-682, Sept. 1996. VANINI, L. Determination and communication of color using the five color dimensions of teeth. Pract. Proced. Aesthet. Dent., New York, v.13, n.1, p.19-26 Jan./Feb. 2001. VILLARROEL, M.; GOMES, O. M. M.; GOMES, J. C. Fluorescéncia: uma contribuição para a vitalidade natural dos dentes humanos. Rev. Ibero-Am. Odontol. Estet. Dent., v. 3, p. 397-404, 2004. WINTER, R. J. Visualizing the natural dentition. J. Esthet Dent, Hamilton, v. 5, n. 3, p. 102- 117, May/June 1993. WOZNIAK, W.T.; MOORE, B. K. Luminescence Spectra of dental porcelains. J. Dent. Res., Washington, v. 57, n. 11-12, p.971-974, Nov./Dec.1978. YAMAMOTO, M. Metal-ceramics principles and methods of Makato Yamamoto. Chicago: Quintessence, 1985. p.219-347. YAMAIVIOTO, M. The value conversion system and a new concept for expressing the shades of natural teeth. Quint. Dent. Technol. Yearbook, v. 19, p. 9, 1992.

fig 6A e 6B

Fig. 6 C

x