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VAMOS REC ONSTRUIR DESAFIOS PARA A VIDA CRISTÃ À LUZ DO LIVRO DE NEEMIAS 3º TRIMESTRE • 2011• Nº 296 Ouça os podcasts e leia os comentários adicionais www.portaliap.com.br

VAMOS RECONSTRUIR · credenciais terrenas. Era copeiro do rei e filho de Hacalias.” (SWINDOLL, Charles. Liderança em tempos de crise: como Neemias motivou seu povo para alcançar

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VAMOS RECONSTRUIR

Desafios para a viDa cristãà luz Do livro De Neemias

3º TRIMESTRE • 2011• Nº 296

Ouça os podcasts e leia oscomentários adicionais

www.portaliap.com.br

2 | Lições Bíblicas – 3º Trimestre de 2011

2 JUL 2011

1 Sem indiferença!

Império Persa no poder: “O império Persa dominou o mundo antigo entre 550 e 330 a. C. Em uma série de batalhas brilhantes, Ciro o Grande, primeiro uniu os medos e os persas. Capturou a Babilônia e, simplesmen-te apoderou-se de seu vasto império. A religião da Pérsia era o Zoroas-trismo, uma fé que pregava uma deidade do mal resistida por Ahura Ma-zda, o deus da luz. A tolerância persa a outras religiões está refletida no apoio de uma série de reis persas que cuidaram dos judeus.” (RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia: uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. 6 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2007, p. 318).

O autor do livro: “É bem provável que Neemias tenha sido o autor de seu livro. Ele se descreveu simplesmente como filho de Hacalias, um homem cujo nome não aparece em nenhum outro lugar na Bíblia. Ne-emias falou sobre sua ocupação no versículo 11 do primeiro capítulo: ‘Nesse tempo eu era copeiro do rei’. Isso é tudo que sabemos sobre suas credenciais terrenas. Era copeiro do rei e filho de Hacalias.” (SWINDOLL, Charles. Liderança em tempos de crise: como Neemias motivou seu povo para alcançar uma visão. São Paulo: Mundo Cristão, 2004, p. 24).

A data da conversa: “Segundo nosso calendário, a data da conver-sação, que colocou em andamento os grandes eventos deste livro, era entre meados de novembro e meados de dezembro de 446 a.C., e a abordagem ao rei no capítulo 2 deve ter ocorrido logo após, no mês de março/abril de 445. Os dois incidentes aqui registrados são considerados dentro do vigésimo ano de Artaxerxes, que reinou desde 464 até 423. Passaram cerca de treze anos depois de Esdras ter partido para Jerusa-lém.” (KIDNER, Derek. Esdras e Neemias: introdução e comentário. São Paulo: Mundo Cristão e Vida Nova, 1985, p. 84).

Contexto de Neemias: “Em 446 a.C., Neemias é alto oficial na corte persa. Ele fica perturbado quando ouve o relato das condições da Judéia (...). Cidades sem muros, nos tempos antigos, não tinham defesas contra inimigos. Além do mais importante, nessa época, cidades sem muros

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eram reputadas como insignificantes. Assim, a falta de muro para Jeru-salém era uma desgraça para a cidade que Deus havia escolhido – trazia desonra ao Senhor!” (RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia: uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. 6 ed., Rio de Janeiro: CPAD, 2007, p. 315).

A Oração de um patriota: “Embora vivendo no luxo, no palácio de inverno dos reis persas, o coração de Neemias era profundamente sen-sível a tudo que afetava seu povo. Mas ele passava das lágrimas para a oração, do homem para Deus. Ah! Se pudéssemos suspirar e gemer por causa das rachaduras e brechas da igreja de Deus. Teríamos muito mais sucesso em nossa atuação junto aos homens se, como Neemias, buscás-semos mais intensamente a Deus.” (MEYER, F. B. Comentário Bíblico. 2 ed. Belo Horizonte: Betânia, 2002, p. 241).

Uma oração comovente: “Essa oração de Neemias é muito bela, satu-rada de citações da Escrituram e foi eficiente com Deus porque se baseava em sua própria Palavra. Ela estava molhada em lágrimas de contrição pelo pecado, e oferecida ‘dia e noite’, sem cessar. Nem era solitária, porque pa-rece que havia um pequeno grupo que orava com ele (v.11). Senhor, ensi-na-nos a orar assim, até que outros venham ajoelhar-se conosco.” (MEYER, F. B. Comentário Bíblico. 2 ed. Belo Horizonte: Betânia, 2002, p. 241).

O copeiro: “Ele provava o vinho e os alimentos antes de o rei ingeri-los. Se houvesse algum veneno neles – o copeiro não viveria, mas o rei, sim. Mediante a prática deste costume, uma grande intimidade desen-volvia-se entre quem provava e quem comia e bebia, entre o copeiro e o rei. De fato, os historiadores da antiguidade supõe que o copeiro, com exceção da esposa do rei, era a única pessoa em posição de influenciar o monarca.” (SWINDOLL, Charles. Liderança em tempos de crise: como Neemias motivou seu povo para alcançar uma visão. São Paulo: Mundo Cristão, 2004, pp. 16-17).

4 | Lições Bíblicas – 3º Trimestre de 2011

No mês de nisã (Ne 2:1): “Somente quatro dos nomes dos meses usados na história mais antiga de Israel estão registrados no AT: abibe, o primeiro mês (Êx 13:4), zive (zife), o segundo mês (1 Rs 6:1), etanim, o sétimo (1 Rs 8:2), e bul, o oitavo mês (1 Rs 6:38). Com maior freqüência os meses eram designados por seu número (...). Mais tarde, nomes babi-lônicos foram incorporados na língua hebraica. Destes, sete são mencio-nados no AT: nisã, o primeiro (Ne 2:1), sivã, o terceiro (Et 8:9), elul, o sexto (Ne 6:15), quisleu, o nono (Zc 7:1), tebete, o décimo (ET 2:16), sebate, o décimo primeiro (Zc 1:7) e adar, o décimo segundo (Et 3:7) O primeiro mês, abibe/nisã, começava na primavera com o equinócio vernal.” (HAR-RIS, R. Laird. Dicionário Internacional de Teologia do Antigo Testamento. São Paulo: Vida Nova, 1998, p. 431).

A tristeza de Neemias (Ne 2:1): “Muitos comentaristas (por exem-plo, Adam Clarke ad loc) sugeriram que os reis da Pérsia estavam acostu-mados a ter diversos copeiros, talvez um para cada trimestre do ano. Isto pode explicar por que a tristeza de Neemias não foi detectada pelo rei antes de quatro meses após a chegada das notícias de Jerusalém. Tam-bém é possível que, com a ajuda de Deus, ele tenha sido capaz de ocultar o seu pesar e guardar o seu segredo até que chagasse o momento opor-tuno, para estar certo do favor do rei.” (MULDER, Chester O. Comentário Bíblico Beacon: Josué a Ester. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, vol 2, p. 512).

Com muito medo (Ne 2:2): “Certo dia, enquanto servia vinho ao rei, sua expressão facial denunciou a tristeza que carregava no coração. A pergunta do rei produziu-lhe uma onde de nervosismo, pois não era permitido demonstrar tristeza na frente de um monarca (Et 4:2). Geor-ge Willams observa: ‘Para os monarcas orientais que vivem diariamente sob o temor de envenenamento, qualquer aparência de perturbação no copeiro seria considerado algo muito suspeito’.” (MACDONALD, William. Comentário Bíblico Popular, versículo por versículo. São Paulo: Mundo Cristão, 2010, p. 326).

9 JUL 2011

2 Deus está no controle!

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Uma oração relâmpago (Ne 2:4): “Não se esqueça, porém, que essa oração emergencial teve por base quatro meses de jejum e oração (...). Com disse George Morrison: ‘Ele não teve mais do que um instante para fazer essa oração. O silêncio teria sido interpretado equivocadamente. Se tivesse fechado os olhos e se demorado numa prece devota, o rei teria suspeitado imediatamente de um caso de traição’.” (WIERSBE, Warren W. Comentário Bíblico expositivo: AT. Vol 2. Santo André, SP: Geográfica, 2006, p. 622).

Orei ao Deus dos céus (Ne 2:4): “‘Como é belo esse exemplo para nós!’, observa outro famoso comentarista, mas ele acrescenta: ‘Não é possível adquirir esse hábito da oração fervorosa, a menos que se passe prolongados períodos em santa comunhão com o Senhor. Quando se fica muito tempo em particular com Deus, não será difícil, em nenhum momento, fazer-lhe uma pergunta. O mercado cheio ou a rua lotada po-dem, a qualquer momento, converter-se em um lugar de oração’.” (MUL-DER, Chester O. (et al). Comentário Bíblico Beacon: Josué a Ester. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, vol 2, p. 512).

A boa mão de Deus sobre mim (Ne 2:8): “Neemias ‘reconhecia Deus em tudo. Ele não atribuía o seu sucesso às circunstancias favoráveis, nem à oportunidade de apresentar o seu pedido, nem ao bom humor em que se encontrava o monarca, nem à combinação de todos esses fatores. Causas secundárias não iriam explicar o resultado; ele deveria ser rastre-ado até à sua verdadeira origem – Deus, e somente Deus deve ter toda a glória’.” (MULDER, Chester O. (et al). Comentário Bíblico Beacon: Josué a Ester. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, vol 2, p. 513).

Acrescentei mais isto ao meu pedido (Ne 2:7-8): “Neemias não po-deria deixar seu cargo sem a aprovação do rei, assim como também não poderia trabalhar em Jerusalém sem a autorização do rei. A pressão de governantes locais fez com as obras parassem no passado (Ed 4), e Nee-mias não queria que a história se repetisse. Pediu a Artaxerxes que o no-measse governador de Judá e que lhe desse a autoridade necessária para reconstruir os muros da cidade.” (WIERSBE, Warren W. Comentário Bíblico expositivo: Antigo Testamento. Santo André: Geográfica, 2006, vol 2, p. 622).

6 | Lições Bíblicas – 3º Trimestre de 2011

Neemias observa tudo à noite, sem dizer nada a ninguém: “É esse lado da liderança que o observador indiferente ou mesmo os obreiros nunca enxergam. As pessoas têm a falsa idéia de que o líder tem uma vida estimulante, sob holofotes, banhada pelos aplausos extáticos con-tínuos do público. Essa imagem de um líder bem sucedido é promovida em todo o país pela exposição da TV e na imprensa (...). Deus, porém, da início ao segundo papel de Neemias [o de construtor] mostrando-nos que líderes bem-sucedidos sabem como se conduzir na solidão. É no silêncio que o indivíduo garante o respeito do público.” (SWINDOLL, Charles. Liderança em tempos de crise: como Neemias motivou seu povo para alcançar uma visão. São Paulo: Mundo Cristão, 2004, p. 51).

Inspecionando os muros: “Neemias fala duas vezes sobre inspecio-nar os danos (vv. 13-15). O termo hebraico para contemplar (inspecionar) significa “observar algo cuidadosamente”. É um termo médico para exa-minar a extensão de um ferimento. Neemias fez averiguação cuidadosa, conscienciosa, do muro, por um motivo: como líder, era sua obrigação conhecer os detalhes e preparar um plano de ação. Existe, entretanto, uma grande diferença entre ter conhecimento dos detalhes e se per-der nesses detalhes.” (SWINDOLL, Charles. Liderança em tempos de crise: como Neemias motivou seu povo para alcançar uma visão. São Paulo: Mundo Cristão, 2004, p. 52).

É preciso avaliar antes de agir: “Isso deu a Neemias a capacidade de olhar ao redor, à frente, para dentro e para cima. O líder segue a lei do carpinteiro: mede duas vezes e corta apenas uma. A precipitação no agir pode pôr a perder grandes projetos. Entusiasmo não é sinônimo de preci-pitação. Neemias esperou a hora certa para falar com Artaxerxes e agora espera a hora certa de falar com o povo.” (LOPES, Hernandes Dias. Nee-mias: o líder que restaurou uma nação. São Paulo: Hagnos, 2006, p. 49-50).

É preciso investigar, antes de motivar: “Esta verdade se estabelece por três razões: Primeira, o trabalho envolvia considerável perigo. Acura-

16 JUL 2011

3 Muito trabalho pela frente

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do conhecimento da situação abre as portas para a mobilização. Segun-da, o trabalho envolvia sacrifício pessoal. Neemias avaliou a gravidade do problema antes de começar a agir. Os dias utilizados em pesquisa, estudo, meditação, não são dias perdidos. Terceiro, o trabalho requeria grande coragem moral. Deus não nos chama para obras fáceis. Neemias trabalhou doze anos como governador de Jerusalém. Ele deu sua vida por aquela camisa.” (LOPES, Hernandes Dias. Neemias: o líder que restau-rou uma nação. São Paulo: Hagnos, 2006, p. 50).

Um apelo por ajuda (2:17): “Neemias mexe com o brio do povo. Ele move o povo do sentimento do patriotismo. Ele abre seus olhos para a re-alidade em que viviam. Neemias mostra que não podemos nos conformar com o caos, com a crise, com o opróbrio. Mas Neemias também chama o povo para trabalhar. Jamais a reforma teria sido feita se o povo não se envolvesse. Cada um precisa fazer sua parte. Não adianta culpar os outros e apenas ver o que eles precisam fazer” (LOPES, Hernandes Dias. Neemias: o líder que restaurou uma nação. São Paulo: Hagnos, 2006, p. 51).

Um estranho que diz a verdade: “Às vezes é necessário um estranho para enxergar com clareza aquilo que foi abrandado pela familiaridade. A perspectiva de Neemias é significante. Do lado do débito é o opróbrio que chama a sua atenção – porque Jerusalém deve ser vista como “a cidade do grande Rei” e “a alegria de toda a terra”. E do lado do crédito, fala da boa mão do seu Deus que estivera com ele, e somente então das palavras (do) rei. Esta realmente era a ordem certa, como causa e efeito.” (KIDNER, Derek. Esdras e Neemias: introdução e comentário. São Paulo: Mundo Cristão e Vida Nova, 1985, p. 90).

Inimigo poderoso: Gesém, o árabe (2:19): “Há evidência de que Gesém (cf. 6.1ss.), longe de ser um estranho desprezível, foi uma figura ainda mais poderosa do que seus companheiros, embora provavelmente menos seriamente dedicado à causa deles. (...) Gesém e seu filho reina-vam sobre uma liga de tribos árabes que tomaram o controle de Moabe e Edom (os vizinhos de Judá ao leste e ao sul) juntamente com partes da Arábia e das áreas em direção ao Egito, sob o império persa.” (KIDNER, Derek. Esdras e Neemias: introdução e comentário. São Paulo: Mundo Cristão e Vida Nova, 1985, pp. 90-91).

8 | Lições Bíblicas – 3º Trimestre de 2011

Caminhos para o sucesso do líder: “NEEMIAS 3 É UM DOS textos mais fantásticos da Bíblia. Ele tem muitos princípios sobre liderança e aponta vários caminhos para o sucesso. Esse texto fala da estratégia usa-da na construção do muro de Jerusalém. Havia oito portas, duas de cada lado. Havia 38 grupos de trabalho que deviam construir um exército co-mandado por Neemias (4.20). Neemias mobiliza o povo para o trabalho e torna-se o pai do chamado mutirão.” (LOPES, Hernandes Dias. Neemias: o líder que restaurou uma nação. São Paulo: Hagnos, 2006, p. 54).

Organizar para trabalhar: “Neemias organiza o trabalho dos muros, designando seções para as famílias, vizinhos e mesmo associações de ne-gociantes (3.1-32). Essa estratégia fixa responsabilidades para cada parte da tarefa. Também cria equipes de trabalho, além de grupos existentes, que aprendem a trabalhar cooperativamente. E isso anima a competição, não entre indivíduos, mas entre as equipes.” (RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia: uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. 6 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2007, p. 316).

Coloque as pessoas nos lugares certos: “Esse princípio é percebido pelas expressões ‘junto a ele’ e ‘ao seu lado’ (3.2-15). Como dissemos, o líder tem a visão do farol alto. Ele vê sobre os ombros dos gigantes. Ele tem uma visão global e compreende como ajudar os outros a encontrar sua utilidade neste contexto. O segredo do sucesso é nomear as pessoas certas para os lugares certos. Neemias sabia onde cada pessoa devia es-tar, onde devia trabalhar e o que devia fazer” (LOPES, Hernandes Dias. Ne-emias: o líder que restaurou uma nação. São Paulo: Hagnos, 2006, p. 57).

Praticidade e diversidade: “Neemias organizou pessoas para traba-lharem tão perto de casa quanto possível. Assim eles tinham interesse pessoal em construir aquela seção do muro que defenderia suas próprias casas ou negócios (...). Neemias organizou grupos de trabalho em várias bases diferentes. Algumas foram organizadas pela vizinhança; outras, por família, posição social e profissão. Não se preocupe com a diversidade

23 JUL 2011

4 Planejar é preciso

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na igreja. Deus dá às pessoas diferentes dons e chama-nos de diferentes culturas e formações e formações. Contudo, a igreja é única; e crentes devem trabalhar e adorar juntos.” (RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia: uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. 6 ed., Rio de Janeiro: CPAD, 2007, p. 316).

Baruque: alguém que trabalhou com entusiasmo (3:20): “As pa-lavras ‘com zelo’ [se referindo a Baruque] são as únicas palavras des-critivas que há neste capítulo. Outros são reconhecidos por realizarem o seu trabalho, e há aqueles que não trabalham de forma alguma. Este homem fez seu trabalho de tal modo, que Neemias anotou sua atitude. Trabalhou com entusiasmo. Quase três mil anos depois, ainda conhecem o seu nome. Não sabemos exatamente o que ele fez. Talvez ele tenha trabalhado mais rápido que os demais, ou durante mais horas, ou talvez tenha demonstrado uma atitude especialmente positiva. Graças a seu entusiasmo, Baruque continua sendo exemplo para nós.” (WARREN, Rick. Liderança com propósitos. São Paulo: Vida, 2008, pp. 92-93).

Algumas mulheres: merecidamente reconhecidas (3:12): “Naque-les dias, as mulheres não faziam trabalhos de homem. Culturalmente, era raro que elas fossem reconhecidas. No entanto, Neemias as reconheceu. Ele atribuiu o mérito a quem era devido. Creio que o único propósito pelo qual Neemias escreveu o terceiro capítulo foi o de demonstrar o valor do reconhecimento.” (WARREN, Rick. Liderança com propósitos. São Paulo: Vida, 2008, p. 93).

Alguns nobres não quiseram trabalhar (3:5): “É interessante o fato de que, enquanto Neemias está honrando a tantos pelo trabalho feito, lembra agora esses supostos ‘notáveis’ pelo que fizeram. Que epitáfio! Graças a Neemias são milhares de pessoas que leram desde aqueles tempos a respeito dos esforços dos que construíram o muro e também a respeito dos que não se esforçaram para levantar nem um só tijolo.” (WARREN, Rick. Liderança com propósitos. São Paulo: Vida, 2008, p. 93).

10 | Lições Bíblicas – 3º Trimestre de 2011

30 JUL 2011

5 Intriga da oposição

Sofrendo a dor da zombaria: “Sambalate e seus amigos haviam co-meçado a zombar dos judeus mesmo antes do início das obras dos mu-ros. ‘Zombaram de nós, e nos desprezaram’ (Ne 2:19). O texto não explica qual era exatamente a relação privilegiada de Sambalate com o exército de Samaria. Talvez tenha ajuntado o exército como uma demonstração de força, a fim de amedrontar os judeus. Ao proferir seu discurso de aber-tura diante do exército, Sambalate intensificou o poder de sua zombaria fazendo algumas pessoas importantes rirem dos judeus.” (WIERSBE, War-ren W. Comentário Bíblico Expositivo: Antigo Testamento: Históricos. Santo André: Geográfica, 2006, vol. 2, p.634).

Neemias reage: “Qual foi a reação de Neemias a todo esse escárnio? Orou e pediu a Deus que combatesse o inimigo por ele. Essa é terceira vez que vemos Neemias orando (1:4-11; 2:4) e não será a última. Neemias não permitiu ser distraído de seu trabalho ao gastar tempo respondendo às pa-lavras desses homens. O Senhor havia escutado as provocações zombetei-ras de Sambalate e Tobias e trataria com eles a sua maneira e a seu tempo.” (WIERSBE, Warren W. Comentário Bíblico Expositivo: Antigo Testamento: His-tóricos. Santo André: Geográfica, 2006, vol. 2, p.634).

Os inimigos apelam para a violência física: “A observação de escár-nio de Tobias foi que esses muros, restaurados, seriam tão frágeis que o simples toque de uma raposa seria suficiente para derrubá-los (v. 3). Mas os judeus não se deixaram atrapalhar por essa zombaria e, em vez de responder ou retaliar, confiaram a questão a Deus em oração (v. 4,5) e continuaram o trabalho (v. 6). Por causa disso, Sambalate decidiu então recorrer ao ataque físico. Com esse fim, reuniu os seus aliados, acres-centando aos que já tinha (2:19) os homens de Asdode (v. 7).” (BRUCE, F. F. (Editor geral). Comentário Bíblico NVI: Antigo e Novo Testamento. São Paulo: Vida, 2009, p.685).

Ser contra o povo de Deus, é ser contra o próprio Deus: “A oração de Neemias parece um ‘salmo imprecatório’, como os Salmos 69, 79, e

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139:19-22. Devemos nos lembrar de que Neemias orava como um servo do Senhor preocupado com a glória de Deus. Não pedia vingança pes-soal, mas sim vindicação oficial para o povo de Deus. O inimigo havia cometido o pecado terrível de provocar a Deus com blasfêmias diante dos construtores. A oposição de Sambalate e Tobias aos judeus era, na realidade, uma oposição ao Senhor”. (WIERSBE, Warren W. Comentário Bíblico Expositivo: Antigo Testamento: Históricos. Santo André: Geográfica, 2006, vol. 2, pp.634-635).

Cuidando da defesa: “Por não ter um exército profissional, Neemias equipou e armou os construtores. Aqueles que transportavam o material (v. 17) tinham uma mão livre, e nessa mão carregavam uma arma. Os cons-trutores (v. 18) não tinham nenhuma mão livre; assim, cada um trazia na cintura uma espada. Neemias também providenciou que um corneteiro estivesse constantemente vigiando para perceber sinais da aproximação do inimigo e, se visse algo perigoso, tocasse a trombeta, ao que todos os construtores deveriam se reunir no ponto em que estava o perigo (v. 19,20).” (BRUCE, F. F. (Editor geral). Comentário Bíblico NVI: Antigo e Novo Testamento. São Paulo: Vida, 2009, p.685).

Vigilância, uma arma contra a oposição: “Nas basta orar, é preci-so vigiar. Precisamos manter os olhos abertos. É preciso existir estreita conexão entre o céu e a terra, confiança e boa organização, fé e obras. Precisamos estar atentos aos ardis, laços e ciladas do inimigo. Precisamos vigiar sempre, de dia e de noite. Muitos caem porque deixam de vigiar. Sansão caiu não diante de um exército, mas no colo de uma mulher. Davi não perdeu a mais importante batalha da sua vida no campo de guerra, mas na cama do adultério. O apóstolo Pedro, porque não vigiou, dormiu; porque dormiu na hora que devia orar, negou o seu Senhor.” (LOPES, Hernandes Dias. Neemias: O líder que restaurou uma nação. São Paulo: Hagnos, 2006, p.68).

O trabalho tem de continuar, apesar da oposição: “É Deus quem frustra os desígnios do inimigo (4.15). É Deus quem peleja por nós. É Ele quem adestra os nossos braços para a peleja. É Ele quem desbarata os nossos inimigos e frustra os seus planos. Do Senhor é a guerra, Ele é o nosso defensor e Dele vem a vitória. [...] Como você tem reagido aos ataques do inimigo? Neemias enfrentou as zombarias com oração e com trabalho concentrado (4.1-6); os complôs, com oração e com a colocação de sentinelas (4.7-9); as ameaças mais fortes com uma chamada geral às armas e com exortação: “Lembra-vos do Senhor [...] e pelejai’.” (LOPES, Hernandes Dias. Neemias: O líder que restaurou uma nação. São Paulo: Hagnos, 2006, p.74).

12 | Lições Bíblicas – 3º Trimestre de 2011

A prática da exploração: “[Os] judeus ricos [...] exploravam os pró-prios irmãos e irmãs, oferecendo-lhes empréstimos e tomando deles suas terras e seus filhos como garantia (Lv 25:39, 40). Crianças judias ti-nham de escolher entre a fome e a servidão! A lei permitia que os judeus emprestassem dinheiro uns aos outros, mas não deveriam cobrar juros como faziam os agiotas (Dt 23:19, 20). Antes, deveriam tratar uns aos outros com amor até mesmo ao tomar algo como garantia (Dt 24:10-13; Êx 22:25-27) ou tornar um de seus compatriotas um servo (Lv 25:35-46)”. (WIERSBE, Warren W. Comentário Bíblico Expositivo: Antigo Testamento: Históricos. Santo André: Geográfica, 2006, Volume 2, p.639).

Devolvendo o que se adquiriu injustamente: “Uma vez que era um homem de ação, Neemias disse aos credores que deveriam restituir os juros e as garantias que haviam tomado de seus compatriotas bem como as propriedades que haviam confiscado na execução de hipotecas. Esse passo radical de fé e de amor não resolveria de imediato todos os problemas econômicos do povo, mas pelo menos evitaria que a crise piorasse. Também daria ao povo aflito a oportunidade de começar ou-tra vez. [...] Eles prometeram obedecer, de modo que Neemias fez com que prestassem um juramento diante dos sacerdotes e de outros oficiais da cidade”. (WIERSBE, Warren W. Comentário Bíblico Expositivo: Antigo Testamento: Históricos. Santo André: Geográfica, 2006, Volume 2, p.641).

Um líder exemplar: “Neemias deixa registrado agora o exemplo lou-vável que ele deu como governador. A maioria dos homens na posição dele teria amealhado recursos tanto para o seu proveito pessoal quanto para os seus servos por meio de tributação extra das atividades da comu-nidade, e isso de fato fora praticado pelos governadores anteriores (v. 15). Mas, embora Neemias tivesse o direito de fazer isso, por temer a Deus e por ter compaixão das pessoas necessitadas, se absteve de fazê-lo. Além disso, ele se humilhou ao se envolver no trabalho físico dos muros, assim como faziam os seus servos.” (BRUCE, F. F. (Editor geral). Comentário Bíbli-co NVI: Antigo e Novo Testamento. São Paulo: Vida, 2009, p.686).

6 AGO 2011

6 Como lidar com a injustiça social?

Comentários adicionais | 13

É preciso coragem para se enfrentar a injustiça: “Nos versículos 1 a 12 vimos como Neemias teve coragem para confrontar os nobres acerca da usura. Eles haviam se aproveitado da crise econômica para enriquecer. Eles emprestaram dinheiro com juros altos aos seus irmãos e acabaram tomando suas casas, vinhas, terras e filhos. Mas não bastou apenas co-ragem a Neemias. Ele precisou também de exemplo e vida. As pessoas aceitam o líder, depois os seus planos. Eles têm confiança na visão, quan-do têm confiança no líder.” (LOPES, Hernandes Dias. Neemias: O líder que restaurou uma nação. São Paulo: Hagnos, 2006, pp.87-88).

Observando as instruções da lei: “Neemias zangou-se porque o povo havia esquecido a lei mosaica. [...] A lei preservou o povo de Israel, ensinando-os a viver uns com os outros. As tribos de Deus deveriam viver de modo diferente dos demais povos, em vista das instruções pes-soais que Deus lhes dera. Sua lei deu aos judeus ensinamentos para viver de maneira justa e piedosa como família. Os escolhidos estavam enfren-tando problemas nos dias de Neemias por terem deixado de seguir as instruções. Seria bom que os cristãos do século XXI prestassem maior atenção às diretrizes de Deus.” (SWINDOLL, Charles R. Liderança em tem-pos de crise: como Neemias motivou seu povo para alcançar uma visão. São Paulo: Mundo Cristão, 2004, p.90).

Uma realidade lamentável: “Quantas vezes já fomos enganados e ficamos frustrados com as promessas de alguns políticos. Prometeram seriedade, lisura, honestidade, combate à corrupção, e logo depois, com a instalação de algumas comissões parlamentares de inquérito, quando destamparam o poço do abismo, sentimos o cheiro de enxofre no ar: a corrupção já estava orquestrada, o governo já loteado às ratazanas esfai-madas. Outras vezes, vemos homens que começam bem-intencionados, mas se encantam com o poder, vendem a consciência por dinheiro, traem o povo e oprimem aqueles que neles esperavam.” (LOPES, Hernandes Dias. Neemias: O líder que restaurou uma nação. São Paulo: Hagnos, 2006, p.94).

Um final feliz: “... [Neemias] transformou clamor em louvor. O povo começou com um clamor cheio de dor por causa da opressão e termi-nou louvando a Deus cheio de alegria. A crise é uma encruzilhada que a uns abate, a outros exalta. Uns olham o problema, outros a oportuni-dade. Uns vêem as dificuldades, outros a solução. O clamor tornou-se uma reunião festiva de louvor. Por quê? Porque Neemias teve capacidade de se indignar, confrontar, exemplificar, pedir restituição e dar exemplo.” (LOPES, Hernandes Dias. Neemias: O líder que restaurou uma nação. São Paulo: Hagnos, 2006, p.91).

14 | Lições Bíblicas – 3º Trimestre de 2011

Cuidado com a distração: “Os inimigos não queriam ver a obra con-cluída. Os muros estavam fechados, mas as portas não tinham sido ainda restauradas. A cidade ainda estava vulnerável. As portas vazias e abertas eram a última esperança do inimigo em deixar a obra no meio do cami-nho. O inimigo não desiste, ele ainda dá a sua última cartada. Ele faz um plano para distrair os obreiros e desviá-los da obra no meio do caminho. O diabo ataca de maneira especial aqueles que estão na metade do cami-nho. O meio do caminho é um lugar perigoso.” (LOPES, Hernandes Dias. Neemias: O líder que restaurou uma nação. São Paulo: Hagnos, 2006, p.98).

Reconhecendo um boato: “Reconhecemos um boato, antes de tudo, por causa da sua fonte não declarada. Segundo, um boato é notado pelo exa-gero e imprecisão. O rumor se espalha e um modo exagerado, e os ouvintes ingênuos, fofoqueiros se alimentam desse tipo de lixo. Passam a notícia de uma boca para o ouvido do outro, e quando chega em você, já se tornou uma notícia completamente imprecisa (...). O boato produz mágoa pessoal e falta de entendimento. Qual foi o resultado desta informação em relação a Neemias? Isso o magoou – de fato foi planejado com esse objetivo – magoar.” (SWINDOLL, Charles. Vamos construir juntos. São Paulo: Candeia, 2008, p. 133).

Um convite traiçoeiro: “A planície de Ono localizava-se a 32 Km ao norte de Jerusalém; um vale bonito e verdejante. Sambalate e Gesem estavam dizendo: ‘Você precisa sair um pouco. Há tanto tempo você está assentando esses tijolos, Neemias. Tivemos nossas diferenças, um pouco de desentendimento, mas vamos nos reunir. Venha até Ono’. Neemias disse: ‘Ah, não.’ Para Ono, não. ‘Não subirei até lá. Não nessa vida’. Por que Neemias respondeu negativamente? ‘Estavam tramando fazer-me o mal’ (verso 2). (...) Ao aproximar-se do perigo alguma coisa dentro dele diz: ‘Não ouse fazer isso, há alguma coisa errada’”. (SWINDOLL, Charles. Vamos construir juntos. São Paulo: Candeia, 2008, pp. 130-131).

Uma correspondência caluniosa: “O inimigo usa várias armas. Ele é versátil e tem várias máscaras. Para impedir a obra e desencorajar os

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7 Triunfo em meio às calúnias

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obreiros eles usaram vários expedientes (...) espalharam a boataria. En-viaram agora uma carta aberta. Aquilo era uma espécie de entrevista co-letiva para falar uma série de coisas ruins sobre o líder Neemias. Aquela carta aberta era uma espécie de assassinato moral. Já que não podem matar Neemias, querem destruir sua reputação. Os inimigos querem es-palhar confusão, medo intriga e jogam informações mentirosas para se espalhar entre o povo.” (LOPES, Hernandes Dias. Neemias: O líder que restaurou uma nação. São Paulo: Hagnos, 2006, pp.100-101).

Como lidar com a calúnia: “Neemias fez as duas únicas coisas pos-síveis: negou o rumor em termos acentuadamente práticos a Sambalate, que era a própria fonte (6.8); e orou: ‘Agora, pois, ó Deus, esforça as minhas mãos’ (6.9). Noutras palavras: pediu a Deus que o capacitasse a ignorar a fofoca e o ajudasse a prosseguir como inspirador, organizador e supervisor, até que a reconstrução fosse terminada. Ele entendeu que o real objetivo do boateiro era desmoralizá-lo, bem como ao povo, com o medo daquilo que Artaxerxes poderia fazer, se fossem adiante e com-pletassem os muros.” (PACKER, I. J. Neemias: paixão pela fidelidade – Sa-bedoria extraída do livro de Neemias. Rio de Janeiro: CPAD, 2010, p.147).

Entregando a causa nas mãos de Deus: “Neemias precisava de mui-ta graça para viver pacificamente, trabalhar com firmeza e liderar com vigor, a despeito da incerteza de não saber se Artaxerxes receberia a denúncia de Sambalate e creria nela, e, se assim sucedesse, o chamaria de volta para decapitá-lo. Contudo, quando os servos de Deus se acham em dificuldade, e humildemente persistem no trabalho que Deus lhes destinou, a graça lhes é dada em grande medida. É necessário entregar a causa a Deus e abraçar a promessa de que Ele o inocentará no final, não importa o que aconteça em curto prazo. Neemias sabia disso, e o traba-lho prosseguiu.” (PACKER, I. J. Neemias: Paixão pela fidelidade- Sabedoria extraída do livro de Neemias. Rio de Janeiro: CPAD, 2010, p.147).

Um alerta para nós: “Não acredite em tudo o que você ouve ou lê sobre líderes cristãos. Analise as fontes e recuse firmemente aceitar como verdade qualquer coisa que não possa ser comprovada. Fique especial-mente atento às notícias que a mídia divulga sobre líderes evangélicos, pois a maioria daqueles que trabalham para os meios de comunicação não simpatiza com o evangelho. Alguns repórteres, em busca de histórias empolgantes, exageram coisas insignificantes até adquirirem proporções sensacionais, enquanto outros citam declarações inteiramente fora do contexto.” (WIERSBE, Warren W. Comentário Bíblico Expositivo: Antigo Testamento: Históricos. Santo André: Geográfica, 2006, vol. 2, p.648).

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Linha divisória: “O capítulo 7 é a linha divisória dentro do livro de Neemias. A primeira fase da sua vida foi a etapa da construção. A segun-da foi o período de consolidação. Nos seis primeiros capítulos, lemos sobre a reconstrução dos muros. Os capítulos de 7 a 12 descrevem a consolidação da cidade. São duas fases muito diferentes. Na sua vida, Neemias passou de copeiro de rei a governador de Judá. Agora, acabou o grande esforço para levantar os muros e seu papel muda de novo. Agora tem de usar um conjunto diferente de habilidades como líder. Não fazer a transição entre construir e manter é a principal razão pela qual os negócios quebram.” (WARREN, Rick. Liderança com propósitos. São Paulo: Vida, 2008, p. 178).

Habilidades gerenciais: “Neemias estava pronto. No capítulo 7, Ne-emias demonstra suas tarefas gerenciais, essenciais para o crescimento consolidado. Você sabia que entre 90 e 95% das igrejas fundadas nun-ca passaram de duzentas ou trezentas pessoas?Chegam a duzentas ou trezentas pessoas, e depois diminuem de tamanho. Sobem e descem. Porque os líderes não sabem fazer a transição que Neemias apresenta no capítulo 7, suas igrejas nunca crescem.” (WARREN, Rick. Liderança com propósitos. São Paulo: Vida, 2008, p. 180).

Hananias: “Hanani era irmão de Neemias. Ele voltou com os exilados na época de Esdras. Ao perceber a ruína de Jerusalém, ele vai a Susã encontrar-se com Neemias. Ele é a ponte entre o caos da cidade e sua restauração. Ele leva a Neemias o retrato da cidade: falta de proteção, falta de justiça, pobreza e opróbrio. Hanani era um homem corajoso e abnegado. Havia uma cerrada oposição ao redor e um decreto do rei contrário à reconstru-ção da cidade (Ed 4.16). Ele expõe sua própria vida, porque é um homem que pensa nos outros mais do que em si mesmo.” (LOPES, Hernandes Dias. Neemias: o líder que restaurou uma nação. São Paulo: Hagnos, 2006, p. 123).

Capacidade de delegar: “Em sua condição de governador, Neemias tinha agora um pessoal completo e contava com porteiros, cantores, levi-

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8 Reorganizando a comunidade

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tas, um prefeito e um chefe de polícia. Estava demonstrando uma habili-dade de liderança chave em toda a organização que cresce: a capacidade de delegar. Estava envolvendo outras pessoas. Sabia que a administração diária da província era serviço para mais de um homem, assim, estava en-tregando a responsabilidade, repartindo-a.” (WARREN, Rick. Liderança com propósitos. São Paulo: Vida, 2008, p. 181).

História é importante (7:5): “Nossas raízes são importantes. Temos uma memória, um passado; estamos ligados a uma rica esperança. Vive-mos um tempo de perda de memória, uma espécie de amnésia histórica. Não sabemos quem somos, porque não sabemos de onde viemos. Não podemos amar o que não conhecemos. Sem o conhecimento da história não daremos valor ao legado que recebemos. Ficar sem raízes, anôni-mo, era a última coisa que uma israelita poderia desejar. Se quisermos avançar com segurança para o futuro precisamos estar comprometidos com as raízes do passado.” (LOPES, Hernandes Dias. Neemias: o líder que restaurou uma nação. São Paulo: Hagnos, 2006, p. 125).

Uma sociedade bem ordenada (cap. 11): “Não é o pedantismo buro-crático que preservou estes nomes. A razão de ser disto é, mais uma vez, que estas pessoas e seu cronista têm consciência das suas raízes e da sua estrutura como povo de Deus. Esta não é qualquer ralé de refugiados, es-tabelecendo-se em qualquer lugar: tem a dignidade da ordem e dos seus parentescos reconhecidos; acima de tudo, da sua vocação para ser ‘reino de sacerdotes e nação santa’ (Êx 19.6).” (KIDNER, Derek. Esdras e Neemias: in-trodução e comentário. São Paulo: Mundo Cristão e Vida Nova, 1985, p. 128).

Anônimos: “Um estudioso fez um cálculo complexo e apropriado, e concluiu que, provavelmente, um milhão de pessoas ou mais estavam vi-vendo nas regiões adjacentes de Jerusalém. Um décimo do povo mudou à força, entretanto um grande número deles veio para o interior da ci-dade porque foram impelidos interiormente. Eles se transformaram, para usar meu título, nos ‘voluntários anônimos’. As Escrituras mal mencionam um único nome destes.” (SWINDOLL, Charles. Vamos construir juntos. São Paulo: Candeia, 2008, p. 181).

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A leitura pública (Ne 7:73b-8:12): “Os eventos descritos nesse capítulo ocorreram quando chegou o sétimo mês (8:1), o mês de tisri. No entanto, a história contada nos v. 1-12 ocorreu no primeiro dia do sétimo mês (v.2), o dia em que era celebrada festa das trombetas (Lv 23:24) pelos judeus. Isso ocorreu somente alguns dias após a conclusão da reconstrução da cidade, que acon-teceu ‘no vigésimo quinto dia de elul’ (6:15), o sexto mês.” (BRUCE, F. F. Co-mentário Bíblico NVI: Antigo e Novo Testamento. São Paulo: Vida, 2009, p. 688).

A porta das águas (Ne 8:1): “A porta das Águas era a porta do lado leste de Jerusalém pela qual os cidadãos passaram quando desciam à fonte de Giom para buscar água. Ao raiar do dia, a multidão se reuniu na praça do lado de dentro dessa porta, e desde o raiar da manhã até o meio dia (v. 3) ouviram a leitura que Esdras e os seus colegas sacerdotes fizeram dos vários rolos do Pentateuco. Certamente foi lido o trecho LV 23:23-35, que descreve a celebração da festa das trombetas naquele dia específico; mas evidentemente devem ter lido muitas instruções morais das diversas partes do Pentateuco. (BRUCE, F. F. Comentário Bíblico NVI: Antigo e Novo Testamento. São Paulo: Editora Vida, 2009, p. 688).

Uma pregação expositiva (Ne 8:4-5): “Esdras e os levitas foram os pri-meiros de uma extensa linhagem de pregadores que explicam a Bíblia. Esse método tem sido abençoado por Deus ao longo dos séculos e continuam a ser um instrumento eficaz para levar os cristãos à maturidade espiritual. Pregações textuais e temáticas podem, com freqüência, ser inspiradoras e úteis, porém seus benefícios espirituais não se comparam aos resultados alcançados por ministérios semelhantes ao de Esdras. Abençoado sãos cris-tãos que tem o privilégio de ouvir pregações expositivas sobre a Escritura.” (CAMPBELL, Donald apud. MACDONALD, William. Comentário Bíblico Po-pular, versículos por versículo. São Paulo: Mundo Cristão, 2010, p. 330).

Esdras lia a Lei ao povo: “A vocação do sacerdote Esdras, por ser escri-ba, era ‘dedicar-se a estudar a Lei do Senhor e a praticá-la, e a ensina aos seus decretos e mandamentos aos israelitas’ (Ed 7:10). Ensinar as leis de

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9 Reavivamento através da Escritura

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Deus àqueles que não às conheciam foi um dos propósitos para os quais o rei Artaxerxes havia mandado Esdras da Babilônia para Jerusalém (Ed 7:25). (...) Poucos judeus possuíam cópias pessoais dos escritos da Lei; assim, a única forma em que poderiam se familiarizar com a Lei era por maio de leituras em público, e isso era feito com freqüência.” (BRUCE, F. F. Comen-tário Bíblico NVI: Antigo e Novo Testamento. São Paulo: Vida, 2009, p. 688).

O choro do povo: “Provavelmente não se deve explicar a reação inicial pelo fato de a lei ser desconhecida para eles, mas, sim, pelo fato de a inter-pretação que Esdras e os levitas deram (7,8) deixar clara para o povo, de um modo inteiramente novo, a relevância dessa lei (...). Esdras (talvez pela primei-ra vez) desenvolveu um meio de interpretar as Escrituras. Por esse método se mostrava que textos das Escrituras considerados ultrapassados revelavam os princípios subjacentes da vontade de Deus, princípios cuja relevância trans-cendia ao tempo. O resultado foi que, quando os judeus vieram a perceber o quanto sua vida tinha ficado aquém dos padrões divinos, a consciência de cada um foi despertada.” (CARSON, D. A. Comentário Bíblico Vida Nova. São Paulo: Vida Nova, 2009, p. 666).

Tristeza e alegria (Ne 8:9-10): “O primeiro resultado mencionando a respeito dessa leitura é que ela causou muita tristeza, pois tomaram consciência de que a lei de Deus havia sido infringida. Porque todo o povo chorava, ouvindo as palavras da lei (9). Mas essa tristeza não du-rou muito tempo: ‘Bem-aventurados os que choram, porque serão con-solados’ (Mt 5:4). Quando Neemias e Esdras viram que o povo estava arrependido e chorava, eles provavelmente disseram: não vos entristeçais, mas alegra-vos porque Deus foi bondoso e perdoou o vosso pecado (...) não vos entristeçais, porque a alegria do Senhor é a nossa força (10).” (MULDER, Chester O. (et al). Comentário Bíblico Beacon: Josué a Ester. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, vol. 2, p. 524).

A leitura diária da Bíblia (Ne 8:18): “No versículo 18, observamos que a leitura da lei era feita diariamente, desde o primeiro dia até ao derradeiro da festa. Isso nos dá a entender a importância e o valor da leitura da Bíblia Sagrada. Devemos ler a Bíblia regularmente: (1) ‘Por cau-sa de seu infinito valor e preciosidade’; (2) ‘Porque ela edifica a nossa vida interior e espiritual – a vida de Deus na alma’; (3) ‘Porque todos os grandes avivamentos têm estado associados a um elevado respeito pela Palavra escrita’; (4) ‘Porque é através dessa Palavra que você será julga-do’.” (MULDER, Chester O. (et al). Comentário Bíblico Beacon: Josué a Ester. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, vol. 2, p. 526).

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Novamente reunidos (Ne 9:1): “A alegre Festa dos Tabernáculos ha-via chegado ao fim. Agora, era justo que as pessoas dedicassem mais atenção às advertências recebidas durantes os vários dias em que Esdras recitava a lei de Deus. Depois de um breve intervalo, logo depois da Fes-ta dos Tabernáculos, isto é, no vigésimo quarto dia desse movimentado mês, o povo retornou, provavelmente, a convite de Esdras para passar um dia em jejum e oração, e, em um profundo exame da alma.” (MUL-DER, Chester O. (et al). Comentário Bíblico Beacon: Josué a Ester. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, Vol 2, p. 526).

Cadê Esdras e Neemias? “O detalhe marcante desse parágrafo é a ausência dos nomes quer de Esdras quer de Neemias. A ênfase está em cada individuo aceitar – em palavra, atitude (v. 1) e ação (v. 2) – uma par-cela de responsabilidade pelo pecado passado e pelas agruras presentes na comunidade. Por esse motivo, foi adequado que dois grupos de levi-tas, de outra forma desconhecidos, conduzissem a congregação em sua adoração e confissão (vv. 4,5).” (CARSON, D. A. Comentário Bíblico Vida Nova. São Paulo: Vida Nova, 2009, p. 667).

O quebrantamento do povo (Ne 9:1-5): “O povo caminhou da festa (8:13018) para o jejum (9:1-3). O povo absteve-se de comida como uma forma de quebrar a rotina da satisfação automática dos apetites, para voltar-se para Deus. O povo jejuou e cobriu-se com pano de saco. Esse é um símbolo de contrição, arrependimento e profundo quebrantamento. Reavivamento começa com choro, humilhação e quebrantamento diante de Deus (2 Cr 7:14). Não podemos adorar o Rei da glória antes de contem-plarmos a triste realidade do nosso pecado.” (LOPES, Hernandes D. Nee-mias: O líder que restaurou uma nação. São Paulo: Hagnos, 2006, p. 146).

A oração de confissão de Israel (Ne 9): “Essa oração faz uma retros-pectiva da história de Israel e revela tanto a majestade de Deus quanto a depravação dos seres humanos. Israel respondeu à ‘grande bondade’ de Deus (Nm 9:17,25) e à sua ‘grande misericórdia’ (v. 31) com ‘grandes blas-

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10 Recordar para crescer

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fêmias’ (vv. 18, 26) que resultaram numa ‘grande angústia’ (v. 37). (...) A ler esta oração, observe como suas palavras revelam a grandeza de Deus (Ne 9:9:1-6), a bondade de Deus (vv. 7-30) e a graça de Deus (vv. 31-38).” (WIERSBE, Warren W. Comentário Bíblico expositivo: Antigo Testamento. Santo André: Geográfica, 2006, vol 2, p. 660).

Orando a Bíblia: “Outra forma de esboçar a oração é acompanhar sua progressão nos livros da Bíblia: Gênesis (v. 6-8), Êxodo (v. 9-13), Le-vítico (v.14), Números (v. 15-20, exceto v. 18), Números e Deuteronômio (v. 21-23), Josué (v. 24-25, Juízes (v 26-29), 1 Samuel até 2 Crônicas (V. 30-37). Eis uma verdadeira oração bíblica! Todos os acontecimentos são observados do ponto de vista de Deus. A fidelidade do Senhor do Se-nhor é reconhecida através da história e sua misericórdia e graça são reconhecidas como o único fundamento no qual Israel pode se firmar.” (MACDONALD, William. Comentário Bíblico Popular: versículo por versícu-lo. São Paulo: Mundo Cristão, 2010, p. 330).

Não só recordar, mas confessar: “O povo também dedicou algum tempo à confissão de seus pecados (vv. 2,3) e buscou o perdão do Se-nhor. A comemoração anual do Dia da Expiação havia passado, mas os adoradores sabiam que precisavam ser constantemente purificados e renovados pelo Senhor. Não devemos nos tornar tão introspectivos a ponto de começarmos a deixar o Senhor de lado, mas devemos ser ho-nestos em nosso relacionamento com ele (1 Jo 1:5-10). Sempre que vir algum pecado ou erro em sua vida, volte-se imediatamente, pela fé, para Cristo, busque seu perdão e, depois disso, continue olhando para ele.” (WIERSBE, Warren W. Comentário Bíblico expositivo: Antigo Testamento. Santo André: Geográfica, 2006, vol 2, p. 662).

Uma lição prática para hoje: “É tempo da Igreja reunir-se sob a Pala-vra de Deus para renovar sua aliança com o Senhor. Precisamos ter esse senso da glória de Deus em nossos cultos, com arrependimento, confissão, adoração e percepção clara de quem é Deus e o que Ele faz. Precisamos olhar para o passado e ver as lições da História, pois o mesmo Deus fez, faz, e fará maravilhas na vida do Seu povo.” (LOPES, Hernandes Dias. Nee-mias: O líder que restaurou uma nação. São Paulo: Hagnos, 2006, p. 153).

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Depois da confissão, a obediência (Ne 9:38): “O último versículo (v.38) é, de várias maneiras, a parte mais importante da oração. Os judeus perceberam que o problema eram eles, não o Senhor. Com base nisso, se dispuseram a fazer algo a respeito da situação (para mais detalhes sobre essa aliança, cf. cap. 10). Oração e confissão, apesar de importantíssimas, não substituem a obediência.” (MACDONALD, William. Comentário Bíblico Popular: versículo por versículo. São Paulo: Mundo Cristão, 2010, p. 331).

O pacto é selado (Ne 10:1-39): “Na conclusão da oração registrada no capítulo 9 foi estabelecido um pacto de lealdade. Vemos, agora, que esse pacto foi colocado em prática, selado (v. 1), isto é, registrado oficial-mente com um selo pessoal pelos seguintes representantes do povo: (1) Neemias, o Tirsata, isto é, o governador, 1; (2) os sacerdotes, 1-8; (3) os levitas, 9-13; e (4) os chefes do povo, isto é, os líderes das principais famílias 14-17. O restante do povo, os que tinham capacidade para atender firmemente aderiram... e convieram... num juramento, isto é, assumiram um juramento sob pena de serem amaldiçoados, de que andariam na lei de Deus.” (MULDER, Chester O. (et al). Comentário Bíbli-co Beacon: Josué a Ester. Vol 2. Rio de Janeiro: CPAD, 2009, p. 527).

Por que se afastar dos outros povos? “A mistura das raças entre os judeus não seria tanto uma questão de pureza racial, mas de preservação da religião. A mistura de credos levaria ao afrouxamento das relações com Deus. A questão não era o preconceito racial, mas a fidelidade espiritual. Essa separação não foi apenas negativa; eles se apartaram daqueles povos para a Palavra de Deus. O povo tinha se aparta não dos povos, mas de suas crenças, de suas práticas pagãs, de seu sincretismo religioso. O que eles queriam era uma reforma na doutrina e na vida.” (LOPES, Hernandes D. Ne-emias: O líder que restaurou uma nação. São Paulo: Hagnos, 2006, p. 169).

Uma história que ilustra: “E certa igreja, havia um homem que sem-pre terminava suas orações pedindo: ‘E, Senhor, remove as teias de ara-nha da minha vida! Remove as teias de aranha da minha vida!’. Um dos

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11 Assumindo compromissos

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membros da igreja se cansou de ouvir aquele pedido insincero semana após semana. Pois não via mudança alguma na vida daquele homem. Assim, na semana seguinte, quando ouviu o homem pedir em oração ‘Senhor, remove as teias de aranha da minha vida’, esse interrompeu dizendo: ‘E, Senhor, aproveite e mate a aranha!’.” (WIERSBE, Warren W. Comentário Bíblico expositivo: Antigo Testamento. Santo André, SP: Geo-gráfica, 2006, vol 2, p. 667).

Submissão e obediência à palavra (Ne 10:29): “De suma importân-cia é a própria aliança. Há a decisão de se submeterem à autoridade das Escrituras. Eles sabiam que não podiam esperar bênçãos de Deus sem obediência à Sua Palavra. A Palavra de Deus era sua carta de alforria. O povo não buscava milagres, não estava atrás de prosperidade e saúde, nem procurava os atalhos do misticismo. Eles entraram em aliança para andar na lei de Deus, para cumprir os mandamentos do Senhor. O gran-de projeto de vida deles era obediência. Eles queriam reforma d e vida!” (LOPES, Hernandes Dias. Neemias: O líder que restaurou uma nação. São Paulo: Hagnos, 2006, p. 169).

O resumo do compromisso de Israel: “(1) que não contraíssem ma-trimônio com os pagãos (v.30); (2) que não participassem do comércio no sábado e em dias sagrados (v. 31); (3) que garantissem o sustento adequado dos funcionários do templo e a manutenção de suas ativida-des, fazendo regularmente suas contribuições estipuladas (v. 32-39), uma decisão que eles resumiram da seguinte forma: Não negligenciaremos o templo de nosso Deus (v.39).” (BRUCE, F. F. Comentário Bíblico NVI: Antigo e Novo Testamento. São Paulo: Vida, 2009, p. 690).

O elo econômico: “O elo de ligação que une todas essas medidas é o econômico. Assim, buscavam-se casamentos socialmente vantajosos com pagãos; tratava-se o sábado como qualquer dia, pois isso aumenta-va os ‘dias úteis’; plantava-se na terra todos os anos, pois assim aumen-tava o estoque de grãos pelo mesmo fator; sonegavam-se os impostos para a manutenção do culto religioso, pois este era muito dispendioso. O arrependimento, com muito mais freqüência do que geralmente pensa-mos, é econômico, pois o econômico expressa concretamente os valores da vida.” (LOPES, Hernandes D. Neemias: O líder que restaurou uma na-ção. São Paulo: Hagnos, 2006, p. 174).

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Celebração e união: “A liderança unida trouxe alegria entre todo o povo (12.43). A união do povo de Deus, já é uma grande causa de alegria e um símbolo de vitória. Naquela festa os líderes e todo o povo celebra-ram ao Senhor. Onde há união entre o povo de Deus, ali o Senhor ordena a Sua benção e a vida para sempre. Não há adoração vertical sem comu-nhão horizontal. Não podemos cultuar a Deus de forma sincera se não amarmos os irmãos de forma verdadeira. Onde falta comunhão, inexiste adoração.” (LOPES, Hernandes Dias. Neemias: O líder que restaurou uma nação. São Paulo: Hagnos, 2006, p.189).

Dia de festa: “O texto de Neemias 12.27-43 descreve a procissão ce-rimonial e os louvores com que os muros reconstruídos foram dedicados a Deus. Foi um dia de livre deleite, onde a tônica foi a ação de graças. ‘E sacrificaram, no mesmo dia, grandes sacrifícios e se alegraram, porque Deus os alegrara com grande alegria; e até as mulheres e os meninos se alegraram, de modo que a alegria de Jerusalém se ouviu até de longe’. É desse modo que glorificamos a Deus quando ele nos abençoa? (...) Cantar era a ordem do dia, e assim é em toda a adoração prescrita em ambos os Testamentos.” (PACKER, I. J. Neemias: Paixão pela fidelidade – Sabedoria ex-traída do livro de Neemias. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2010, pp.182-183).

Celebração e pureza, uma combinação necessária: “A celebração era muito mais importante de que uma brincadeira e diversão. Perceba uma coisa muito importante do verso 30: ‘Os sacerdotes e os levitas se purifica-ram cerimonialmente, e depois purificaram também o povo, as portas e os muros’. Não podemos omitir que antes da celebração a purificação teve o seu lugar. (...) O coração tinha que estar puro para continuarem a celebra-ção do muro. Precisamos também a nos lembrar que para ministrar a ou-tras pessoas nosso coração deve estar limpo diante de Deus.” (SWINDOLL, Charles. Vamos construir juntos. São Paulo: Candeia, 2008, pp. 130-131).

Celebrar é mostrar os feitos de Deus: “... o povo estava testemunhan-do ao mundo que os observava, que Deus havia feito sua obra e que so-

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12 É hora de celebrar!

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mente ele deveria ser glorificado. O inimigo havia dito que os muros seriam tão frágeis que até uma raposa poderia derrubá-los (Ne 4:3), mas lá estava o povo marchando sobre os muros! Um testemunho e tanto a gentios incré-dulos do poder de Deus e da realidade da fé. Foi mais uma oportunidade de provar a essas pessoas como ‘por intervenção de nosso Deus é que fize-mos esta obra’ (6:16).” (WIERSBE, Warren W. Comentário Bíblico Expositivo: Antigo Testamento: Histórico. Santo André: Geográfica, 2006, vol. 2, p. 675).

Louvor, um sacrifício agradável: “... a parte mais importante desse culto de consagração não foi a marcha ao redor dos muros, mas sim o louvor ju-biloso do coro e do povo. ‘Por meio de Jesus, pois, ofereçamos a Deus, sem-pre, sacrifício de louvor, que é fruto de lábios que confessam o seu nome’ (Hb 13:15). ‘Louvarei com cânticos o nome de Deus, exaltá-lo-ei com ações de graças. Será isso muito mais agradável ao SENHOR do que um boi ou um novilho com chifres e unhas’ (Sl 69:30, 31).” (WIERSBE, Warren W. Comentá-rio Bíblico Expositivo: Antigo Testamento: Históricos. Santo André: Geográfica, 2006, vol. 2, p. 675).

Antes de louvarmos a Deus: “Somos pecadores, precisamos nos humilhar. Antes de louvarmos a Deus temos de passar pela Porta do Monturo, do quebrantamento, da humilhação, da convicção de pecado, da confissão. É ali que reconhecemos que somos pó e precisamos da misericórdia de Deus. É ali o lugar do exame, onde despojamo-nos de qualquer pretensa vaidade e nos humilhamos sob a poderosa mão de Deus. É ali que somos confrontados com o mal que há em nós. É ali que podemos proclamar como Davi: ‘Deus tirou-me de um poço de perdi-ção, de um tremedal de lama [...] e me pôs nos lábios um novo cântico.’” (LOPES, Hernandes Dias. Neemias: O líder que restaurou uma nação. São Paulo: Hagnos, 2006, p.191).

O louvor e o testemunho pessoal: “A música é serva da mensagem, instrumento de comunicação de Deus com o homem e do homem com Deus. O louvor deve ser resultado da vida frutífera da igreja. As pessoas louvam e adoram porque têm vida e não porque há um bloco de cânticos e outro de pregação no culto. Louvor sem vida é barulho intolerável aos ouvidos de Deus (Am 5.20,21). A igreja cresce no louvor. A música tem o poder de trazer quebrantamento (Sl 40.3), pois Deus habita no meio dos louvores.” (LOPES, Hernandes Dias. Neemias: O líder que restaurou uma nação. São Paulo: Hagnos, 2006, pp.195-196).

26 | Lições Bíblicas – 3º Trimestre de 2011

Uma atitude reprovável: “Se não bastasse o parentesco com o inimi-go, agora Eliasibe levou Tobias para dentro do templo. Ele pôs o inimigo dentro da casa de Deus. Certamente ele substituiu os sacerdotes e levitas que cuidavam da Casa de Deus por um homem vil, que perseguira tão tenazmente o povo de Deus. Não há maior corrupção do que essa, de ti-rar da Casa de Deus os obreiros fiéis e colocar no lugar o próprio inimigo. Eliasibe usou de forma repulsiva sua liderança e aproveitou a ausência de Neemias para destruir a obra de Deus.” (LOPES, Hernandes Dias. Nee-mias: O líder que restaurou uma nação. São Paulo: Hagnos, 2006, p.206).

Quebra de votos: “Neemias descobriu que o fogo da devoção havia se apagado em Jerusalém. Seu primeiro mandato como governador durou doze anos (Ne 5:14), depois dos quais ele voltou ao palácio a fim de dar seu relatório ao rei (13:6). É provável que tenha se ausentado cerca de um ano, mas quando voltou a Jerusalém, descobriu que a situação de deteriorara drasticamente, pois o povo não cumprira os votos que havia feito (cap. 10). Mais que depressa, Neemias tomou uma série de medidas decisivas a fim de mudar essa situação.” (WIERSBE, Warren W. Comentário Bíblico Expositivo: Antigo Testamento: Históricos. Santo André: Geográfica, 2006, vol. 2, p. 678).

Desvio de dinheiro na casa de Deus: “Eliasibe fez uma câmara grande para Tobias exatamente no lugar onde eram depositados os dízimos e ofer-tas para os sacerdotes, levitas e cantores (13.5). Neemias diz que ele fizera isso para beneficiar Tobias (13.7). Os dízimos e as ofertas para o sacerdócio foram desviados para Tobias. Por isso, os obreiros da Casa de Deus, por falta de sustento, precisaram fugir para os campos e o inimigo instalou-se dentro da casa de Deus e a profanou (13.10). O verbo fugir do versículo 10 indica fugir por perseguição.” (LOPES, Hernandes Dias. Neemias: O líder que restaurou uma nação. São Paulo: Hagnos, 2006, pp.206-207).

A reforma na área financeira: “Lemos no versículo 11 [cap.13 de Ne-emias]: ‘Então, contendi com os magistrados’. Embora estivesse perden-do cada vez mais votos na eleição, Neemias foi perseverante: ‘Isto está

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13 Sempre reformando

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errado. Deus requer na lei que se paguem os dízimos, e vocês não estão fazendo isso’. Neemias reuniu então os oficiais do templo e disse: ‘Por que se desamparou a Casa de Deus? Ajuntei os levitas e os cantores e os restituí a seus postos’ (v.11). Suspeito que Neemias tenha até levantado a voz nessa repreensão verbal aos oficiais. Disse, com efeito: ‘Isto não deve acontecer na vida do povo de Deus!’ A seguir sugeriu um plano de mudança e logo o pôs em operação”. (SWINDOLL, Charles R. Liderança em tempos de crise: como Neemias motivou seu povo para alcançar uma visão. São Paulo: Mundo Cristão, 2004, pp. 184-185).

A reforma relacionada aos casamentos mistos: “Neemias começou a tratar do problema expressando seu horror ao ver algo assim ocorrendo em Israel (Ne 13:25). Numa situação semelhante, Esdras havia arrancado os próprios cabelos e a barba (Ed 10), mas Neemias ateve-se a repreen-der os transgressores e fez o povo prometer que não procederia mais dessa maneira. Neemias também fez um sermão, lembrando o povo de que a ruína de Salomão, um dos maiores reis de Israel, havia sido pro-vocada por seus casamentos com mulheres estrangeiras (Ne 13:26; 1 Rs 11:4-8).” (WIERSBE, Warren W. Comentário Bíblico Expositivo: Antigo Tes-tamento: Históricos. Santo André: Geográfica, 2006, vol. 2, p. 680).

A reforma relacionada ao sábado: “...na época de Neemias o dia era medido das seis da tarde até as seis da tarde seguinte. Portanto, o sábado, pelo nosso tempo, ia de seis da tarde, na sexta-feira, até seis da tarde de sábado. Neemias viu o Sol começando a se pôr e disse: ‘Fechem as portas. O sábado está começando’. Lemos no versículo 19 [de Ne 13]: Ordenei que se fechassem [as portas]; e determinei que não se abrissem, senão após o sábado’. (...) Você acha que Neemias fez muitos amigos entre os que tinham peixe fora da porta de Jerusalém e esperavam para entrar com a mercadoria? Acha que isso o aborreceu? Veja o versículo 21: ‘Protestei, pois, contra eles.’” (SWINDOLL, Charles R. Liderança em tempos de crise: como Neemias motivou seu povo para alcançar uma visão. São Paulo: Mundo Cristão, 2004, p.187).

Expulsando o inimigo: “... nos versículos 6 e 7, ele diz: ‘... e voltei para Jerusalém. Então soube do mal que Eliasibe fizera para beneficiar a Tobias’. Em resumo, Neemias voltou a Jerusalém e descobriu que a casa de Deus fora infiltrada por Tobias e seus planos malignos. Qual a reação de Nee-mias? Ele agarrou o problema pela garganta! O versículo 8 diz: ‘Isso muito me indignou’. Neemias foi cauteloso ao revelar, em primeiro lugar, sua ati-tude em relação ao mal, antes de nos contar qual seria sua reação contra ele. ‘Atirei todos os móveis da casa de Tobias fora da câmara.’” (SWINDOLL, Charles R. Liderança em tempos de crise: como Neemias motivou seu povo para alcançar uma visão. São Paulo: Mundo Cristão, 2004, p.182).

25, 26 e 27 de novembro de 2011Estância Árvore da Vida – Sumaré, SP

Informações nas páginas 102 e 103 e no site: www.portaliap.com.br

Um dever do consagrado, um direito do membro

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