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1 VEÍCULOS, ACESSÓRIOS E EQUIPAMENTOS CLASSIFICAÇÃO DE VEÍCULOS QUE TIPO DE CLASSIFICAÇÃO EUROPEIA EXISTE PARA OS VEÍCULOS PESADOS DE MERCADORIAS, SEUS REBOQUES E SEMIRREBOQUES? Classificação Descrição N (Veículos a motor destinados ao transporte de mercadorias, com pelo menos quatro rodas) N1 - Veículos destinados ao transporte de mercadorias, com massa máxima em carga tecnicamente admissível não superior a 3.5ton N2 - Veículos destinados ao transporte de mercadorias, com massa máxima em carga tecnicamente admissível superior a 3.5ton mas não superior a 12ton N3 - Veículos destinados ao transporte de mercadorias, com massa máxima em carga tecnicamente admissível superior a 12ton O (Reboque, incluindo semirreboques) O1 - Reboques com massa máxima em carga tecnicamente admissível não superior a 0,75ton O2 - Reboques com massa máxima em carga tecnicamente admissível superior a 0,75ton mas não superior a 3,5ton O3 - Reboques com massa máxima em carga tecnicamente admissível superior a 3,5ton; mas não superior a 10ton O4 - Reboques com massa máxima em carga tecnicamente admissível superior a 10ton Nota: Para além destas 2 classificações, existem mais duas designadas pela letra M e G utilizadas para veículos destinados ao transporte de passageiros e veículos fora de estrada. QUAL A CLASSIFICAÇÃO DOS VEÍCULOS NO CÓDIGO DA ESTRADA? Consoante o Peso Classificação Descrição Ligeiros Veículos com peso bruto até 3,5ton e com lotação não superior a 9 lugares, incluindo o do condutor Pesados Veículos com peso bruto superior a 3,5ton ou com lotação superior a 9 lugares, incluindo o do condutor, e veículos tratores agrícolas Consoante a sua utilização (ligeiros ou pesados) Classificação Descrição Passageiros Veículos que se destinam ao transporte de pessoas Mercadorias Veículos que se destinam ao transporte de carga Especiais Veículos (de passageiros ou mercadorias) que se destinam ao desempenho de função diferente do normal transporte de passageiros ou mercadorias, tomando a designação a fixar em regulamento, de acordo com o fim a que se destinam APROVAÇÃO DE VEÍCULOS, EQUIPAMENTOS E ACESSÓRIOS E SUA ALTERAÇÃO OU TRANSFORMAÇÃO OS VEÍCULOS, EQUIPAMENTOS E ACESSÓRIOS OBEDECEM A ALGUMA APROVAÇÃO PRÉVIA? Sim. Compete ao IMT,I.P. a aprovação dos modelos (homologação) de automóveis, reboques e semirreboques, bem como os respetivos sistemas, equipamentos e acessórios.

VEÍCULOS, ACESSÓRIOS E EQUIPAMENTOS Transportador/12. Veículos... · classificaÇÃo de veÍculos que tipo de classificaÇÃo europeia existe para os veÍculos pesados de mercadorias,

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VEÍCULOS, ACESSÓRIOS E EQUIPAMENTOS CLASSIFICAÇÃO DE VEÍCULOS QUE TIPO DE CLASSIFICAÇÃO EUROPEIA EXISTE PARA OS VEÍCULOS PESADOS DE MERCADORIAS, SEUS REBOQUES E SEMIRREBOQUES?

Classificação Descrição

N (Veículos a motor destinados ao transporte de mercadorias, com pelo menos quatro rodas)

N1 - Veículos destinados ao transporte de mercadorias, com massa máxima em carga tecnicamente admissível não superior a 3.5ton

N2 - Veículos destinados ao transporte de mercadorias, com massa máxima em carga tecnicamente admissível superior a 3.5ton mas não superior a 12ton

N3 - Veículos destinados ao transporte de mercadorias, com massa máxima em carga tecnicamente admissível superior a 12ton

O (Reboque, incluindo semirreboques)

O1 - Reboques com massa máxima em carga tecnicamente admissível não superior a 0,75ton

O2 - Reboques com massa máxima em carga tecnicamente admissível superior a 0,75ton mas não superior a 3,5ton

O3 - Reboques com massa máxima em carga tecnicamente admissível superior a 3,5ton; mas não superior a 10ton

O4 - Reboques com massa máxima em carga tecnicamente admissível superior a 10ton

Nota: Para além destas 2 classificações, existem mais duas designadas pela letra M e G utilizadas para veículos destinados ao transporte de passageiros e veículos fora de estrada.

QUAL A CLASSIFICAÇÃO DOS VEÍCULOS NO CÓDIGO DA ESTRADA?

Consoante o Peso

Classificação Descrição

Ligeiros Veículos com peso bruto até 3,5ton e com lotação não superior a 9 lugares, incluindo o do condutor

Pesados Veículos com peso bruto superior a 3,5ton ou com lotação superior a 9 lugares, incluindo o do condutor, e veículos tratores agrícolas

Consoante a sua utilização (ligeiros ou pesados)

Classificação Descrição

Passageiros Veículos que se destinam ao transporte de pessoas

Mercadorias Veículos que se destinam ao transporte de carga

Especiais

Veículos (de passageiros ou mercadorias) que se destinam ao desempenho de função diferente do normal transporte de passageiros ou mercadorias, tomando a designação a fixar em regulamento, de acordo com o fim a que se destinam

APROVAÇÃO DE VEÍCULOS, EQUIPAMENTOS E ACESSÓRIOS E SUA ALTERAÇÃO OU TRANSFORMAÇÃO OS VEÍCULOS, EQUIPAMENTOS E ACESSÓRIOS OBEDECEM A ALGUMA APROVAÇÃO PRÉVIA? Sim. Compete ao IMT,I.P. a aprovação dos modelos (homologação) de automóveis, reboques e semirreboques, bem como os respetivos sistemas, equipamentos e acessórios.

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A circulação de veículos que não disponham dos sistemas, componentes ou acessórios com que foram aprovados ou que utilizem sistemas, componentes ou acessórios não aprovados nos termos da lei é punida com “multa” (coima) de 250,00€ a 1.250,00€ e apreensão do veículo até aprovação em inspeção extraordinária. É POSSÍVEL A ALTERAÇÃO OU A TRANSFORMAÇÃO DE VEÍCULOS E EQUIPAMENTOS? Sim. No entanto, as alterações ou transformações têm que ser:

Aprovadas pelo IMT,I.P., mediante processo próprio E

Tecnicamente viáveis, não podendo afetar a segurança ou a finalidade do veículo. MOTORES EURO O QUE SÃO MOTORES EURO? São motores que devem reunir características técnicas de redução de emissões poluentes e de partículas sólidas emitidas pelos motores. Consoante a data de homologação e de 1ª matrícula dos veículos, foi adotada a classificação seguinte:

Motores Veículo de mercadorias e com peso bruto superior a 12ton*

Data de Homologação Data de 1ª matrícula

Euro 1 1/10/1993 1/10/1994

Euro 2 1/10/1996 1/10/1997

Euro 3 1/01/2000 1/01/2001

Euro 4 1/10/2005 1/10/2006

Euro 5 1/10/2008 1/10/2009

Euro 6 1/01/2013 1/01/2014 Fonte: IMT, I.P. /ACAP

(*) Existe calendarização diferente para outras categorias de veículos.

As datas apresentadas no quadro são indicativas e não dispensam a consulta às Diretivas Comunitárias

Diretiva Base: Diretiva 88/77/CEE;

Euro I e II: Diretiva 91/542/CEE;

Euro III, IV e V: Diretiva 1999/96/CE.

IDENTIFICAÇÃO DO VEÍCULO NÚMERO DE QUADRO O QUE É O NÚMERO DO QUADRO DO VEÍCULO? É o elemento básico de identificação do veículo atribuído pelo fabricante.

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O QUE FAZER NO CASO DA DETERIORAÇÃO DO NÚMERO DO QUADRO? É necessário proceder a uma regravação do número do quadro do veículo de acordo com as regras estabelecidas pelo Despacho DGV nº 17 114/2003 de 5 de setembro. O QUE FAZER NO CASO DE DESCONHECIMENTO DO NÚMERO DO QUADRO ORIGINAL? É necessário proceder à atribuição e gravação de um novo número do quadro do veículo de acordo com as regras estabelecidas pelo Despacho DGV nº 17 114/2003 de 5 de setembro.

MATRÍCULA O QUE É O NÚMERO E A CHAPA DE MATRÍCULA? O número da matrícula é o número atribuído pela entidade competente a um veículo. A chapa de matrícula é o distintivo aprovado para ser afixado num veículo com o número da matrícula.

A chapa de matrícula tem que obedecer a modelos homologados pelo IMT,I.P. e comercializadas por entidades autorizadas, mediante a apresentação do livrete ou certificado de matrícula (Documento Único) do veículo e documento de identificação do requerente da chapa.

ONDE E COMO DEVE SER FIXADA A CHAPA DE MATRICULA?

Nos automóveis: 2 chapas de matrícula, uma à frente e outra à retaguarda;

Nos reboques e semirreboques: 1 chapa de matrícula à retaguarda;

Tem que ser fixada ao veículo de forma inamovível (isto é, que não possa ser retirada sem o auxílio de uma ferramenta), não podendo, em circunstância alguma, ficar total ou parcialmente encoberta por um elemento do veículo ou por qualquer carga transportada.

A chapa de matrícula tem que estar sempre em condições de visibilidade e sem deteriorações, de modo a que o seu número possa permitir a fiscalização e a confirmação do número de matrícula que se encontra inscrito no livrete e no registo de propriedade ou certificado de matrícula (Documento Único).

QUAIS OS PROCEDIMENTOS A OBEDECER PARA A ATRIBUIÇÃO DE MATRÍCULA? Apresentação de requerimento em impresso de modelo próprio aos serviços regionais do IMT,I.P., acompanhado de diversos documentos consoante se trate de veículo novo ou usado, com ou sem homologação nacional. QUAIS OS PROCEDIMENTOS A SEGUIR PARA O CANCELAMENTO DA MATRÍCULA? Apresentação de requerimento em impresso de modelo próprio (Modelo 9) aos serviços regionais do IMT,I.P. e apresentação de documentação consoante os seguintes motivos possíveis para o cancelamento:

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Cancelamento por falta de transferência da propriedade do veículo;

Cancelamento por o veículo deixar de ser utilizado na via pública (temporário até 5 anos);

Cancelamento por o veículo estar desaparecido (localização desconhecida há mais de seis meses);

Cancelamento por exportação do veículo;

Cancelamento temporário da matrícula dos automóveis pesados de mercadorias afetos ao transporte público;

Quando o veículo fique inutilizado (VFV). PESOS, DIMENSÕES E AUTORIZAÇÕES ESPECIAIS DE TRÂNSITO PESOS E DIMENSÕES: CONCEITOS ELEMENTARES Altura total: A altura máxima que o veículo ou conjunto atinge, com carga, a contar do solo. Autorização anual: A autorização especial de trânsito emitida para um veículo ou conjunto, com ou sem carga, e válida por um período máximo de um ano. Autorização de curta duração: A autorização especial de trânsito emitida para um veículo ou conjunto e válida para vários transportes de objetos indivisíveis com as mesmas dimensões e o mesmo peso, no mesmo itinerário, por um período máximo de seis meses. Autorização ocasional: A autorização especial de trânsito emitida para um veículo ou conjunto e válida para um único transporte ou para uma única deslocação. Carro-piloto: O automóvel ligeiro que tem como finalidade indicar aos utentes da via pública a circulação de um transporte excecional. Comprimento total: O comprimento máximo do veículo ou do conjunto, com carga. Conjunto de veículos: É o grupo constituído por um veículo trator e seu reboque ou semirreboque. Para efeitos de circulação, o conjunto de veículos é equiparado a veículo único. Dimensões: As medidas de comprimento, largura e altura do contorno envolvente de um veículo, compreendendo todos os acessórios para os quais não esteja prevista uma exceção. Dimensões máximas autorizadas: As dimensões máximas para a utilização de um veículo previstas no capítulo dimensões máximas dos veículos. Dimensões totais: As dimensões máximas do veículo ou do conjunto, com carga.

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Dolly: Dispositivo equipado com um sistema mecânico de engate destinado a converter um semirreboque num reboque. NOTA: Os automóveis de mercadorias que se destinam ao desempenho de função diferente do normal transporte de mercadorias são considerados especiais, tomando a designação a fixar em regulamento, de acordo com o fim a que se destinam.

Largura total: A largura máxima do veículo ou do conjunto, com carga. Limites regulamentares: Os limites de peso, peso bruto, peso por eixo, comprimento, largura ou altura estabelecidos na regulamentação. Lotação: O número de passageiros que o veículo pode transportar, incluindo o condutor. Máquina industrial: É o veículo com motor de propulsão, de dois ou mais eixos, destinado à execução de obras ou trabalhos industriais e que só eventualmente transita na via pública, sendo pesado ou ligeiro consoante o seu peso bruto exceda ou não 3.500 kg. Máquina industrial rebocável: É a máquina destinada a trabalhos industriais que só transita na via pública quando rebocada. A cada veículo a motor não pode ser atrelado mais de um reboque (à exceção do transporte de material lenhoso). Objeto Indivisível: o objeto que não pode ser repartido sem perda do seu valor económico ou da sua função Peso bruto: O conjunto da tara e da carga que o veículo pode transportar. Peso bruto por eixo: O peso resultante da distribuição do peso bruto por um eixo ou grupo de eixos. Peso bruto rebocável: A capacidade máxima de carga rebocável dos veículos a motor e tratores agrícolas. Ponto extremo do veículo à frente: Ponto onde um plano vertical e perpendicular ao eixo longitudinal do veículo toca a frente deste, com o veículo num pavimento horizontal. Ponto extremo do veículo à retaguarda: Ponto onde um plano vertical e perpendicular ao eixo longitudinal do veículo toca a retaguarda deste, com o veículo num pavimento horizontal. Reboque: É o veículo destinado a transitar atrelado a um veículo a motor. Semirreboque: É o reboque cuja parte da frente assenta sobre o veículo a motor, distribuindo o peso sobre este.

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Tara: O peso do veículo em ordem de marcha, sem passageiros nem carga, com o líquido de arrefecimento, lubrificantes, 90% do total de combustível, 100% dos outros fluidos, exceto águas residuais, ferramentas e roda de reserva, quando esta seja obrigatória e, com exceção dos ciclomotores, motociclos, triciclos e quadriciclos, o condutor (75 kg), devendo ainda ser considerado, no caso dos veículos pesados de passageiros, o peso do guia (75 kg), se estiver previsto um lugar específico para o mesmo. Transformação de veículos: Considera-se transformação de veículo qualquer alteração das suas características construtivas ou funcionais. A transformação de veículos a motor e seus reboques é autorizada nos termos fixados em regulamento. Transporte excecional: O transporte realizado em veículo ou conjunto de veículos que, em virtude do transporte de objetos indivisíveis, excede os limites regulamentares ou cuja carga excede os limites da respetiva caixa. Veículo a motor: Qualquer veículo provido de um motor de propulsão que circule na via pública pelos seus próprios meios. Veículo de transporte condicionado: Qualquer veículo cujas superestruturas, fixas ou móveis, estejam especialmente equipadas para o transporte de mercadorias a uma temperatura controlada e cujas paredes laterais, incluindo o isolamento, tenham, pelo menos, 45 mm de espessura. Veículo excecional: O veículo ou conjunto de veículos que, por construção, excede os limites regulamentares. Veículo único: O automóvel pesado composto por dois segmentos rígidos permanentemente ligados por uma secção articulada que permite a comunicação entre ambos. PESOS E DIMENSÕES EM PORTUGAL QUAIS AS DIMENSÕES MÁXIMAS ADMITIDAS EM PORTUGAL?

Comprimento:

Veículo a motor (2 ou + eixos) 12,00m

Reboque (1 ou + eixos) 12,00m

Conjunto veículo trator - semirreboque (3 ou + eixos) 16,50m

Conjunto veículo a motor - reboque 18,75m

Porta automóveis Conjunto veículo com carga

+ 1,80m

Veículo motor + reboque com 5 ou mais eixos (somente para o transporte de material lenhoso).

25,25m *

Nota: * É admitida a circulação de conjuntos formados por um automóvel de mercadorias e um semirreboque, adaptado por construção ao transporte de material lenhoso, ligados através de um elemento rebocado (dolly), tendo em conta o estipulado no n.º 9 do artigo 3.º do DL 99/2005, 21 de junho.

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Largura:

Qualquer veículo 2,55m

Veículos de transporte condicionado 2,60m

Altura:

Todos os veículos 4,00m

Transporte contentores ISO de dimensão não superior a 45’

4,60m

Porta automóveis 4,60m

Semirreboques - Distância entre eixos:

Distância máxima entre o eixo da cavilha de engate e a retaguarda

12,00m

Distância máxima, medida horizontalmente, entre o eixo da cavilha de engate e qualquer ponto da dianteira do semirreboque

2,04m

Conjunto de veículos – Distância entre eixos

Distância máxima medida paralelamente ao eixo longitudinal do conjunto veículo-reboque entre os pontos exteriores mais avançados da área de carga atrás da cabina e o ponto mais recuado do reboque do conjunto, diminuída da distância entre a retaguarda do veículo a motor e a parte dianteira do reboque

15,65m

Distância máxima medida paralelamente ao eixo longitudinal do conjunto veículo-reboque entre os pontos exteriores mais avançados da área de carga atrás da cabina e o ponto mais recuado do reboque do conjunto

16,40m

QUAIS OS PESOS MÁXIMOS ADMITIDOS EM PORTUGAL?

Veículos:

2 Eixos 3 Eixos 4 ou + eixos 19ton 26ton 32ton

Reboques:

1 Eixo 2 Eixos 3 ou + eixos

10ton 18ton 24ton Nota: O peso bruto do reboque não pode ser superior a uma vez e meia o peso bruto do veículo trator.

Conjunto veículo a motor-reboque:

3 Eixos 4 Eixos 5 ou + eixos 5 ou + eixos com dois contentor ISO de 20

pés

5 ou + eixos para determinados mercadorias/destinos

29ton 37ton 40ton 44ton Ver quadro abaixo

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No quadro abaixo poderão consultar o tipo de mercadorias que poderão ser transportadas até às 60 T ou 44T e as respetivas condições de origem e destino que devem ser observadas.

MERCADORIAS

VEÍCULO MOTOR

REBOQUE 5 OU + EIXOS

TRANSPORTE EXCLUSIVO

CONDICIONALISMOS LIMITADO A ORIGEM OU

DESTINO

Toros de madeira, aparas de madeira e similares, papel, pasta de papel, produtos

cerâmicos, produtos siderúrgicos, minérios.

Max 60 T Não Contentorizado

Contentorizado em 20 ou 40’ Transformado ou não

Porto Marítimo

Transporte de produtos químicos

Max 60 T Só em Contentor 20’ ----------

Produtos vitivinícolas, frutas e produtos hortícolas

44 T S/DU Exclusivamente durante

campanha agrícola e carga não contentorizada

Só da produção para unidades de concentração ou

transformação

Max 60 T Não Contentorizado

Contentorizado em 20 ou 40’ Transformado ou não

Porto Marítimo

Cereais Max 60 T 44 T S/DU

Exclusivamente durante campanha agrícola

Só da produção para unidades de concentração ou

transformação

Pecuários Max 60 T --------------- -----------

Notas:

Para que o transporte seja possível até às 60ton, o veículo deverá ter averbado no seu livrete esse mesmo peso bruto.

Note que, apesar das 60ton serem possíveis, o peso máximo por eixo não deve ser superado, i.e. a exceção do primeiro eixo 7,5ton, o peso bruto admissível dos restantes eixos é de 12ton cada. Isto quer dizer que um veículo com 5 eixos, o peso bruto máximo admitido será de 55,5 (7,5+12+12+12+12)

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Conjunto veículo trator-semirreboque:

3 Eixos 4 Eixos 5 ou + eixos 5 ou + eixos com dois contentor ISO de 20’ ou um contentor ISO de 40’

29ton 38ton 40ton 44ton

QUAIS OS PESOS MÁXIMOS AUTORIZADO POR EIXO EM PORTUGAL?

Eixo simples:

Frente (automóveis) 7,5ton

Não motor 10ton

Motor 12ton

Eixo duplo motor e não motor, os pesos máximos relacionam-se com a correspondente distância entre eixos (d) da seguinte forma:

d inferior a 1,00m 12ton

d de 1,00m a 1,29m 17ton

d de 1,30m a 1.79m 19ton

d igual ou superior 1,80m 20ton

Eixo triplo motor e não motor, os pesos brutos máximos relacionam-se com a correspondente distância entre dois eixos extremos (D) da seguinte forma:

D inferior a 2,6m 21ton

D igual ou superior 2,6m 24ton

Transporte de material lenhoso, papel, pasta de papel, produtos cerâmicos, produtos siderúrgicos, produtos vitivinícolas, frutas e produtos hortícolas transformados ou não, pecuários e cereais, efetuado com veículo constituído por um veículo motor + reboque nos termos do previsto no n.º 5 do artigo 8.º- A e do n.º 3 do artigo 8.º- C do DL 99/2005, 21 de junho:

Eixo da frente 7,5ton.

Restantes eixos 12ton.

Especificidades:

O peso bruto máximo por eixo dos veículos a motor e dos reboques dos veículos a motor que efetuem o transporte de material lenhoso, papel, pasta de papel, produtos cerâmicos, produtos siderúrgicos, produtos vitivinícolas, frutas e produtos hortícolas transformados ou não, pecuários e cereais, é de 12ton., com exceção do eixo da frente que não deve ultrapassar as 7,5ton.

O peso bruto no eixo ou eixos motores de um veículo ou conjunto de veículos não pode ser inferior a 25% do peso bruto do veículo ou conjunto de veículos

O peso bruto que incide sobre o eixo da frente não pode ser inferior a 20% ou 15% do peso bruto total, conforme se trate, prospectivamente, de veículos de um ou mais eixos à retaguarda

O valor do peso bruto máximo, em toneladas, de um veículo a motor de quatro eixos não pode exceder cinco vezes o valor da distância, em metros, entre os eixos extremos do veículo, exceto no caso dos veículos com caixa aberta ou betoneira

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QUAL O PESO BRUTO REBOCÁVEL? Automóveis O peso bruto rebocável dos automóveis, quando em circulação, deve ser o menor dos seguintes valores: O do peso bruto rebocável máximo tecnicamente admissível, estabelecido com

base na construção e no desempenho do veículo e ou na resistência do dispositivo mecânico de engate;

Metade da tara do automóvel, não podendo exceder 750 kg nos veículos destinados a atrelar reboques sem travão de serviço;

O valor do peso bruto do automóvel, nos veículos com peso bruto inferior ou igual a 3.500 kg destinados a atrelar reboques equipados com travões de serviço;

Uma vez e meia o peso bruto do automóvel, não podendo exceder 3.500 kg, nos veículos «fora de estrada»;

3.500 Kg nos veículos com peso bruto superior a 3.500 kg destinados a atrelar reboques equipados com travões de serviço de inércia;

Uma vez e meia o peso bruto do automóvel, nos veículos com um peso bruto superior a 3.500 kg destinados a atrelar reboques com sistema de travagem contínua.

Conjuntos formados por um veículo a motor e um reboque ou semirreboque O peso bruto máximo do reboque ou do semirreboque pode ser um dos seguintes valores: O constante no documento de identificação do reboque, se esse valor for menor

ou igual ao peso bruto rebocável constante no documento de identificação do veículo trator;

O valor do peso bruto rebocável do veículo trator, se o peso bruto constante no documento de identificação do reboque exceder aquele valor.

AUTORIZAÇÕES ESPECIAIS DE TRÂNSITO QUE TIPO DE AUTORIZAÇÕES EXISTEM? Autorização especial de trânsito anual: o documento emitido para um veículo ou

conjunto é válido por um ano, que permite o trânsito de veículos na via pública sempre que estes transportem objetos indivisíveis cujas dimensões excedam os limites das respetivas caixas de carga ou a altura de 4m a contar do solo;

Autorização ocasional: o documento emitido para um veículo ou conjunto e para um único transporte ou para uma única deslocação, que permite o trânsito na via pública de veículos cujos pesos brutos ou dimensões ou os objetos por eles transportados excedam os limites máximos admitidos e, por isso, constituam risco ou embaraço para a circulação rodoviária ou para as infraestruturas viárias e circundantes.

QUEM EMITE AS AUTORIZAÇÕES ESPECIAIS DE TRÂNSITO? Os Serviços Regionais do IMT,I.P.

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QUAIS AS CONDIÇÕES PARA SE OBTER AUTORIZAÇÕES ANUAIS DE TRÂNSITO? As autorizações anuais de trânsito são permitidas desde que se verifiquem as seguintes condições, de acordo com o tipo de veículo utilizado: Os contornos envolventes do veículo com carga não ultrapassem 25,25 m de

comprimento e 4,00 m de largura; A altura do veículo com carga não ultrapasse 4,60 m a contar do solo; O peso bruto do veículo 60ton. As autorizações anuais de trânsito para veículos de mercadorias, de caixa aberta ou estrado se:

AUTORIZAÇÕES ANUAIS

Quanto ao comprimento do veículo: 1º Se o comprimento da caixa de carga for inferior a 4,5m, implica que o comprimento total com carga, não pode exceder em mais de 1,5m o comprimento do veículo, definido pelo respetivo contorno envolvente.

2º Se o comprimento da caixa de carga é maior ou igual a 4,5m, não podendo: a) Se o comprimento total exceder em mais de 7,00m, o comprimento do veículo definido pelo

respetivo contorno envolvente; e b) O comprimento exceder em mais de 3,00m o ponto extremo do veículo à retaguarda.

Quanto à largura do veículo: 1º Se a caixa de carga tiver a largura menor ou igual a 2,00m, não pode a largura total exceder os 3,00m; 2º Se caixa de carga tiver largura superior a 2,00m, não pode a largura total exceder os 3,50m.

As autorizações anuais de trânsito para conjuntos de veículos, se:

AUTORIZAÇÕES ANUAIS

a) o objeto indivisível não exceder o ponto extremo à do veículo à retaguarda em mais de 4,00m, não podendo neste caso exceder o ponto extremo do veículo à frente;

b) a largura não exceder 4,00m, salvo nos conjuntos trator + semirreboque em que a largura não pode exceder 3,00m. Nota: Considera-se a largura de 4,00m para o caso de conjuntos de veículo trator-reboque especialmente concebido para transportar objetos indivisíveis de grandes dimensões ou pesos.

As autorizações anuais de trânsito para veículos classificados como especiais, se:

AUTORIZAÇÕES ANUAIS

PRONTO – SOCORRO

1. O trânsito na via pública de veículos classificados como pronto-socorro, está sujeito a autorização anual sempre que:

O comprimento do conjunto constituído por veículo pronto-socorro e veículo rebocado exceda as dimensões máximas, para um conjunto composto por veículo trator e reboque, neste caso o conjunto não pode exceder os seguintes limites:

Em comprimento: o veículo sinistrado ou avariado, quando transportado sobre o respetivo estrado e ultrapasse o ponto extremo à retaguarda, não pode ser acrescido em mais de 1,50m para o caso do comprimento do estrado for maior ou igual a 4,50m;

Em largura: 3,50m;

Em altura: 4,60m. Nota: O trânsito de veículos de pronto-socorro em vazio não carece de autorização, a menos que o documento de identificação o exija.

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TRANSPORTE DE EQUIPAMENTOS DESPORTIVOS OU DE LAZER

O conjunto constituído por automóvel e reboque adaptado para o efeito, deve ser submetido a autorização anual, quando:

O equipamento ultrapasse o ponto extremo do reboque à retaguarda em mais de 1,00m desde que o comprimento total não exceda 25,00m;

A largura total do automóvel ou do reboque caso esta seja a maior em mais de 0,30m para cada lado, não excedendo os 3,50m;

A altura total exceda os 4,00m não ultrapassando os 4,60m. Nota: Nestes casos, os dispositivos de sinalização, iluminação e chapa de matrícula, bem como o campo de visão para a retaguarda, através dos dispositivos de visão indireta não devem ser afetados, podendo, no entanto, ser colocados espelhos retrovisores suplementares.

COMO OBTER AS AUTORIZAÇÕES ANUAIS? Através de requerimento, dirigido ao serviços regionais do IMT,I.P. da área da residência ou sede do requerente, para o caso do requerente não ter sede ou área de residência em território nacional, será em qualquer dos serviços regionais do IMT,I.P. instruído com os seguintes documentos:

Fotocópia do livrete e do título de registo de propriedade; Ou

Fotocópia do certificado de matrícula (Documento Único);

Declaração do proprietário do veículo onde conste as dimensões efetivas da caixa do veículo quando aplicável;

Declaração de responsabilidade quanto às condições do transporte de carga, assinada pelo proprietário do veículo.

O QUE SÃO AUTORIZAÇÕES OCASIONAIS? As autorizações ocasionais de trânsito de veículos devem ser solicitadas desde que se verifique uma das seguintes condições:

As dimensões do veículo ou do conjunto excedam os limites máximos permitidos para emissão da autorização anual, quando se trate de veículo excecional;

As dimensões totais e ou o peso bruto do veículo ou do conjunto excedam os limites máximos permitidos para emissão de autorização anual.

É de salientar que o PB permitido é o que consta no documento de identificação do veículo, não carecendo de autorização quando o veículo circula em vazio ou com carga desde que não exceda os limites regulamentares;

A autorização ocasional para o transporte de indivisíveis abrange também a circulação em vazio entre o local de parqueamento do veículo e os locais de carga e descarga.

O QUE SÃO AUTORIZAÇÕES DE CURTA DURAÇÃO?

Para os veículos ou conjunto de veículos sujeitos a autorização ocasional, podem ser emitidas autorizações de curta duração, válidas por um período de seis meses, desde que:

Os objetos indivisíveis transportados tenham a mesmas características;

Os objetos indivisíveis tenham dimensões e peso iguais ou inferiores aos que constam da autorização;

O veículo ou o conjunto que realiza o transporte seja o mesmo.

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COMO OBTER AS AUTORIZAÇÕES OCASIONAIS OU DE CURTA DURAÇÃO? Através de requerimento, dirigido ao IMT,I.P. da área da residência ou sede do requerente, para o caso do requerente não ter sede ou área de residência em território nacional, será em qualquer dos serviços regionais do IMT,I.P., instruído com os seguintes documentos:

Fotocópia do livrete e do título de registo de propriedade Ou

Fotocópia do certificado de matrícula (Documento Único)

Declaração do proprietário do veículo onde conste as dimensões efetivas da caixa do veículo quando aplicável;

Declaração de responsabilidade quanto às condições do transporte de carga, assinada pelo proprietário do veículo;

Desenho cotado do veículo ou do conjunto veículo e carga, na escala adequada;

Memória descritiva, indicando com rigor o percurso;

Caso a autorização seja efetuada para vários veículos tratores, reboques ou semirreboques, desde que não excedam o número de 15 tratores e 15 reboques ou semirreboques, deve o processo ser instruído com declaração assinada pelo proprietário do veículo(s), declarando a inexistência de incompatibilidade entre os veículos tratores e reboques ou semirreboques.

QUE VEÍCULOS SE ENCONTRAM ISENTOS DE AUTORIZAÇÃO?

Os automóveis de mercadorias de caixa aberta ou estrado que transportem objetos indivisíveis, desde que a carga transportada não ultrapasse, em comprimento, mais de 1m para a frente, e ou para a retaguarda os pontos extremos do veículo, nem a largura total ultrapasse a largura do veículo em mais de 0,30m para cada lado;

­ Os automóveis de mercadorias de caixa aberta ou estrado que transportem palha ou cortiça, desde que a carga não ultrapasse os contornos envolventes do veículo e a altura total não ultrapasse os 4m;

­ Para o caso dos veículos ligeiros de caixa fechada, que transportem objetos

indivisíveis que, pelas suas dimensões, ultrapassem a caixa do veículo desde que: a) Não excedam em comprimento 0,55m para a frente e 0,45m para a retaguarda; b) Largura não exceda o veículo; c) Não excedam 4m na altura;

­ Os conjuntos formados por automóveis ligeiros e reboques adaptados para o

efeito, que transportem equipamentos desportivos ou de lazer desde que: a) Não excedam 1m para a retaguarda além do ponto extremo do reboque; b) Em largura não excedam 0,30m para cada lado além do contorno envolvente

do veículo ou conjunto de veículos; c) Não excedam 4m na altura;

­ Os veículos que transportem contentores normalizados ISO de dimensão não

superior a 45 pés, devidamente fixos através de sistema de fixação normalizado,

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não podem exceder em comprimento e largura, as dimensões do estrado, plataforma de carga ou espaço carroçável do veículo, nem exceder a altura total de 4,60m;

­ Os veículos ou conjuntos de veículos classificados como especiais para o transporte de automóveis, desde que: a) Disponham de plataforma extensível à retaguarda adaptada para o transporte

de automóveis, devendo, neste caso, o ultimo eixo do veículo transportado mais à retaguarda ficar apoiado na plataforma;

b) O comprimento total não exceda o do conjunto, acrescido de 1,80m; c) A altura não ultrapasse 4,60m; d) A plataforma não sobressaia em relação à carga;

­ Os veículos que durante o período das sementeiras e das colheitas, atrelem alfaias ou máquinas agrícolas rebocáveis com largura igual ou inferior a 3,5m.

QUE TIPO DE SINALIZAÇÃO É NECESSÁRIA PARA OS TRANSPORTES AO ABRIGO DAS AUTORIZAÇÕES ESPECIAIS DE TRÂNSITO? Sempre que nos transportes efetuados ao abrigo de autorizações especiais de trânsito a carga transportada ultrapasse os contornos envolventes do veículo, os limites daquela devem ser sinalizados com:

Painel P1 (modelo aprovado), se a carga exceder os contornos envolventes do veículo. Este deve ser colocado nas extremidades posteriores a laterais do objeto transportado e a uma altura do solo, sempre que possível, de 1,6 m, não podendo, contudo, situar-se a menos de 0,4 m ou a mais de 2,5 m;

Painel P2 (modelo aprovado), se a carga exceder os contornos envolventes do veículo à retaguarda. Este deve ser colocado no ponto mais à retaguarda do objeto transportado, de forma a não prejudicar a visibilidade dos dispositivos de sinalização luminosa e de iluminação do veículo e da matrícula;

Luzes delimitadoras, sempre que seja obrigatória a utilização de dispositivos de sinalização luminosa e de iluminação;

Painel com a inscrição "Transporte excecional", no caso de transporte excecional, deve-se usar um ou dois painéis, colocados no tejadilho ou noutro local bem visível em ambos os sentidos de trânsito, com dimensões mínimas de 1000 mm x 300 mm, devendo o mesmo ser retrorrefletor ou possuir sistema de iluminação que deve ser utilizado sempre que, nos termos do artigo 61.º do Código da Estrada, seja obrigatório o uso de dispositivos de sinalização luminosa e de iluminação.

QUANDO É EXIGIDO ACOMPANHAMENTO POR CARRO PILOTO E/OU BATEDORES? Sempre que as dimensões do veículo ou da sua carga excedam:

Um carro piloto

Dois carros piloto c)

Batedores

Comprimento > 25,25m > 30,00m > 32,5 m a)

Largura > 3 m > 4,00m > 4,50 m

Altura - > 5 m

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Notas: a) Quando circule em autoestrada ou vias reservadas a automóveis e motociclos -

50m. b) Os veículos classificados como pronto-socorro estão dispensados do

acompanhamento de batedores até 34m de comprimento. c) Salvo em autoestradas e vias reservadas. d) Nas situações em que é exigido apenas um carro-piloto, o mesmo só pode, efetuar

o acompanhamento de um único veículo ou conjunto, salvo em autoestradas e vias equiparadas, em que o mesmo carro-piloto poderá acompanhar dois veículos ou conjuntos.

e) O carro piloto deve circular sempre na frente do veículo ou conjunto, salvo em autoestradas e vias reservadas a automóveis, em que deve circular atrás.

f) Nas situações em que se exige dois carros piloto, deve circular um à frente e outro atrás do veículo ou conjunto acompanhado.

g) Os carros piloto possuem características específicas tal como definidas no regulamento das autorizações especiais de trânsito.

EXISTEM OUTROS CONDICIONAMENTOS? Sim. Nas autorizações especiais de trânsito (anuais e ocasionais) constam as condições em que é permitido o trânsito dos veículos objeto de autorização, sendo que o não respeito pelas regras impostas é considerado como circulação sem autorização e sancionado com “multa” (coima) e, em certos casos, imobilização. Para além disso, a lei prevê restrições à circulação em determinados dias e horas, com exceção dos veículos pronto-socorro e proíbe o trânsito, nas autoestradas e vias equiparadas, de veículos ou veículos com carga, com largura superior a 4,00 m. PESOS E DIMENSÕES – PAÍSES DA UE OS PESOS E DIMENSÕES ESTÃO UNIFORMIZADOS NA UNIÃO EUROPEIA? Não totalmente. A Diretiva Comunitária que regulamenta esta matéria define:

As dimensões máximas para o transporte nacional e internacional;

Os pesos máximos somente para o transporte internacional, possibilitando, assim, a existência de pesos máximos diferentes em cada país.

AUTORIZAÇÕES ESPECIAIS DE TRÂNSITO – TRANSPORTE INTERNACIONAL E CABOTAGEM EXISTEM REGRAS UNIFORMES PARA A OBTENÇÃO DE AUTORIZAÇÕES ESPECIAIS DE TRÂNSITO PARA O TRANSPORTE INTERNACIONAL E CABOTAGEM? Não. O transporte de objetos indivisíveis e/ou o transporte que exceda os pesos e/ou dimensões previstas na lei só poderá ser efetuado mediante autorização especial para o efeito:

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Transporte Internacional: uma (ou mais, consoante os casos) por cada país que atravessar, emitida pela autoridade competente do país em causa;

Transporte de Cabotagem: uma (ou mais, consoante os casos) emitida pela autoridade competente do país em causa.

Nota: Existe porém uma exceção para o território espanhol. As autorizações especiais de circulação emitidas em Portugal são válidas para circular em território espanhol (exceto em Navarra, País Basco e Catalunha) sob determinadas condições. ELEMENTOS TÉCNICOS DOS VEÍCULOS LUZES, REFLECTORES E PLACAS RETRORREFLECTORAS QUAIS SÃO AS LUZES OBRIGATÓRIAS NOS VEÍCULOS?

TIPOS DE LUZES COR DA LUZ

EMITIDA

LUZES À FRENTE

2 Luzes de presença (mínimos), destinadas a indicar a presença e a largura do veículo, quando visto de frente e devem ser visíveis a uma distância mínima de 150m.

Brancas

2 Luzes de cruzamento (médios), destinadas a iluminar a estrada para a frente do veículo, numa distância de 30m.

Brancas

2 Luzes de estrada (máximos), destinadas a iluminar a estrada para a frente do veículo, numa distância de pelo menos 100m.

Brancas

Facultativamente, poderão dispor também de 2 luzes de nevoeiro à frente.

Brancas ou amarelas

LUZES À RETAGUARDA

2 Luzes de presença, destinadas a indicar a presença e a largura do veículo, quando visto da retaguarda.

Vermelhas

2 Luzes de travagem (STOP), destinadas a indicarem aos outros utentes da estrada, que se encontram atrás do veículo, o acionamento do travão de serviço.

Vermelhas

1 ou 2 Luzes de nevoeiro da retaguarda, destinadas a tornar mais visível o veículo em caso de nevoeiro intenso ou de outras situações de redução significativa de visibilidade.

Na retaguarda: Vermelhas

1 Luz de iluminação de “chapa da matrícula”, destinada à iluminação do espaço destinado às chapas de matrícula da retaguarda nos veículos e reboques.

Branca

1 ou 2 Luzes de marcha-atrás (facultativas), destinadas a iluminar a estrada à retaguarda do veículo para avisar os outros utentes da estrada da manobra.

Brancas

LUZES INDICADORAS DE MUDANÇA DE DIRECÇÃO

- LUZES AVISADORAS DE PERIGO

Destinadas a indicar aos outros utentes a intenção de mudar de direção para a direita ou para a esquerda e, quando usadas em simultâneo, indicam que o veículo representa um perigo especial para os outros utentes da estrada. Os veículos pesados têm que possuir quatro luzes e os reboques duas luzes.

Na frente: brancas laranja

Na retaguarda: vermelhas ou

laranja Nos lados

(facultativa): laranja

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LUZES DE CIRCULAÇÃO DIURNA

2 Conjuntos de luzes de circulação diurna (DRL “Daytime Running Lights”). Obrigatório em veículos ligeiros de passageiros e comerciais novos (homologados a partir de 7 de fevereiro de 2011) e veículos pesados de mercadorias e passageiros novos (homologados a partir de 7 de agosto de 2012).

Branca

LUZES DELIMITADORAS DA LARGURA DOS VEÍCULOS COM LARGURA > A 2,10 M

4 Luzes delimitadoras, destinadas a indicar a largura total do veículo, chamando especial atenção para as suas dimensões.

Na frente: brancas Na retaguarda:

vermelhas

LUZ DE PRESENÇA LATERAL PARA VEÍCULOS COM COMPRIMENTO > A 6M

Luz de presença lateral, destinada a indicar a presença do veículo quando visto de lado.

Âmbar

QUAIS SÃO OS TIPOS DE REFLETORES OBRIGATÓRIOS NOS VEÍCULOS?

TIPOS DE REFLETORES COR

REFLETORES NÃO TRIANGULARES LATERAIS

Os veículos e reboques de comprimento superior a 6 metros devem possuir refletores laterais não triangulares.

Âmbar

REFLETORES NÃO TRIANGULARES À RETAGUARDA

Os veículos e reboques devem possuir à retaguarda 2 refletores não triangulares.

Vermelhos

REFLETORES NÃO TRIANGULARES À FRENTE

Os reboques e semirreboques devem possuir à frente 2 refletores não triangulares.

Incolores ou brancos

REFLETORES TRIANGULARES À RETAGUARDA

Os reboques e semirreboques devem possuir à retaguarda 2 refletores triangulares.

Vermelhos

QUAIS SÃO OS TIPOS DE PLACAS RETRORREFLETORAS NOS VEÍCULOS? Todos os veículos pesados ou conjunto de veículos cujo peso bruto exceda 3.500Kg, ou cujo comprimento total seja superior a 12m, têm que ser sinalizados com uma placa (modelo 1) ou conjunto de duas placas (modelo 2) à retaguarda, com as seguintes características:

Modelo nº 1:

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Modelo nº 2:

Se a utilização dos modelos 1 e 2 for impossível, devido às características do veículo, poderão ser instaladas placas do modelo n.º 3; Modelo nº 3:

Os veículos ou conjuntos com comprimento superior a 12 m deverão possuir placas dos modelos n.ºs 4 ou 5; Modelo nº4: Modelo nº 5:

Tipo de Modelo Cor

Modelos nº1 e 2 Amarelo refletor, combinado com vermelho fluorescente

Modelos n.ºs 4 e 5 - Fundo amarelo refletor - Bordo vermelho fluorescente - Inscrição «veículo longo» a preto

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O QUE É A MARCAÇÃO DE CONSPICUIDADE? Trata-se de um dispositivo que no essencial serve para aumentar a distinção e notabilidade de um veículo, aquando visto de lado ou pela retaguarda. A PARTIR DE QUE DATA É OBRIGATÓRIO A MARCAÇÃO DE CONSPICUIDADE? Este tipo de marcação é obrigatória em todos os veículos das categorias N2, N3, O3 e O4, matriculados após 7 de agosto de 2012. Nos veículos das categorias M1 e O1 a marcação de conspicuidade é proibida. EM QUE PARTE DO VEÍCULO SE DEVE INSTALAR A MARCAÇÃO DE CONSPICUIDADE? Para a retaguarda:

Marcação na totalidade do contorno do veículo com largura superior a 2,10m das categorias N2 e com peso bruto superior a 7,5ton., N3 (exceto os quadros-cabinas, veículos incompletos e os tratores para semirreboques), O3 e O4 (reboques e semirreboques).

Para o lado:

Marcação do contorno parcial do veículo cujo comprimento seja superior a 6m das categorias N2 com peso bruto superior a 7,5ton., N3 (exceto os quadros-cabinas, veículos incompletos e os tratores para semirreboques), O3 e O4 (reboques e semirreboques).

QUAL É A COR DA MARCAÇÃO DE CONSPICUIDADE?

Na retaguarda – branca, amarela ou vermelha;

Para o lado – branca ou amarela. EM QUE SE SITUAÇÕES SE DEVE UTILIZAR AVISADORES LUMINOSOS ESPECIAIS? Qualquer veículo que, por razões do serviço que esteja a prestar, tenha que parar na via pública ou deslocar-se em marcha lenta, devem utilizar avisadores luminosos especiais. É NECESSÁRIO ALGUM TIPO DE AUTORIZAÇÃO PARA UTILIZAÇÃO DE AVISADORES LUMINOSOS ESPECIAIS? Sim. Qualquer veículo que tenha que utilizar este tipo de avisadores luminosos (cor amarela), deve requer a respetiva autorização junto do IMT,I.P. PROTEÇÃO LATERAL (“GUARDA CICLISTAS”) O QUE É A PROTEÇÃO LATERAL? As proteções laterais dos veículos pesados de mercadorias servem para proteger os utentes da estrada não protegidos (peões, ciclistas, motociclistas), contra o risco de queda sob a parte lateral destes veículos, evitando o atropelamento.

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QUE VEÍCULOS DE MERCADORIAS DEVEM POSSUIR PROTEÇÃO LATERAL? Os veículos de mercadorias, reboques e semirreboques, das categorias: N2 - Veículos destinados ao transporte de mercadorias, com massa máxima em carga tecnicamente

admissível superior a 3,5ton mas não superior a 12ton.

N3 - Veículos destinados ao transporte de mercadorias, com massa máxima em carga tecnicamente admissível superior a 12ton.

O3 - Reboques com massa máxima em carga tecnicamente admissível superior a 3,5ton; mas não superior a 10ton.

O4 - Reboques com massa máxima em carga tecnicamente admissível superior a 10ton.

PNEUMÁTICOS QUAL A ALTURA MÍNIMA DO RELEVO DOS PNEUS? O piso de todos os pneus, incluindo o de reserva, tem que apresentar em toda a circunferência da zona de rodagem, desenhos com uma altura mínima nos relevos principais de:

Ligeiros (incluindo reboques): 1,6 mm;

Pesados (incluindo reboques): 1 mm. COMO LEGALIZAR NOVAS MEDIDAS DE PNEUS? Apresentar requerimento ao IMT,I.P., acompanhado dos seguintes documentos:

Declaração do representante oficial da marca contendo os elementos necessários ao averbamento pretendido, ou Declaração de Laboratório reconhecido para o efeito;

Certificado de matrícula (Documento Único) ou livrete e fotocópia do Título de Registo de Propriedade;

Fotocópia do Bilhete de Identidade. CINTOS DE SEGURANÇA QUE VEÍCULOS DEVEM POSSUIR CINTO DE SEGURANÇA? Todos os veículos automóveis que estejam equipados com cinto de segurança, incluindo os das categorias: N1 - Veículos destinados ao transporte de mercadorias, com massa máxima em carga tecnicamente

admissível não superior a 3,5ton,matriculados a partir de 27 de maio de 1990.

N2 - Veículos destinados ao transporte de mercadorias, com massa máxima em carga tecnicamente admissível superior a 3,5ton mas não superior a 12ton,matriculados a partir de 1 de janeiro de 1998.

N3 - Veículos destinados ao transporte de mercadorias, com massa máxima em carga tecnicamente admissível superior a 12ton, matriculados a partir de 1 de janeiro de 1998.

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QUEM ESTÁ OBRIGADO A UTILIZAR CINTOS DE SEGURANÇA? Os motoristas e passageiros de todos os veículos automóveis que estejam equipados com cinto de segurança, incluindo os pesados de mercadorias. EQUIPAMENTOS TACÓGRAFO O QUE É UM TACÓGRAFO? É um aparelho de controlo que regista e armazena a distância percorrida pelo veículo, a velocidade do veículo, os tempos de condução, outros grupos de tempo de trabalho e de tempo disponível, as interrupções de trabalho e os tempos de repouso diários do motorista.

O tacógrafo deve ser sempre de modelo aprovado com homologação e instalado ou reparado em entidades autorizadas.

QUE TIPOS DE TACÓGRAFOS EXISTEM?

Tacógrafo analógico (mecânico ou eletrónico);

Tacógrafo digital. No futuro, de acordo com o Regulamento Comunitário n.º 165/2014, haverá um upgrade do tacógrafo digital que é o "tacógrafo inteligente" equipado com GPS e que envia dados automaticamente para as autoridades acederem. O QUE É O DISCO DO TACÓGRAFO CLÁSSICO (FOLHA DE REGISTO)? É o documento que recebe e fixa os registos do tacógrafo clássico (mecânico ou eletrónico), ou seja, a velocidade do veículo, os tempos de condução, outros grupos de tempo de trabalho e de tempo disponível, as interrupções de trabalho e os tempos de repouso diários do motorista.

Os discos do tacógrafo (folha de registo) devem ser sempre de modelo aprovado e compatíveis com o tacógrafo instalado.

O QUE SÃO OS CARTÕES DE CONTROLO DO TACÓGRAFO DIGITAL? São 4 tipos de cartões que registam e armazenam os dados do tacógrafo:

Cartão do condutor: cartão pessoal e intransmissível, com fotografia e chip incluídos que permitem a identificação do condutor e registo e armazenamento de dados essenciais à fiscalização e desempenho da sua função;

Cartão da empresa: cartão que permite visualizar, descarregar e imprimir os dados armazenados no tacógrafo;

Cartão de controlo: cartão das entidades fiscalizadoras, que permite ter acesso aos dados armazenados na memória de dados ou nos cartões do condutor;

Cartão do centro de ensaio: cartão dos instaladores e reparadores credenciados, que permite a realização dos ensaios, a calibração e programação do tacógrafo.

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QUE VEÍCULOS DE MERCADORIAS DEVEM POSSUIR TACÓGRAFO? Os veículos com mais de 3,5 toneladas de peso máximo autorizado, incluindo o dos reboques e semirreboques. QUANDO É QUE É OBRIGATÓRIA A INSTALAÇÃO DO TACÓGRAFO DIGITAL NOS VEÍCULOS DE MERCADORIAS?

Veículos novos: veículos com mais de 3,5 toneladas matriculados a partir de maio de 2006;

Veículos usados: veículos com mais de 12 toneladas matriculados depois de 1 de janeiro de 1996 quando o tacógrafo clássico tiver de ser substituído e desde que os veículos tenham características técnicas compatíveis com o tacógrafo digital.

QUAIS OS VEÍCULOS EXCLUÍDOS? São excluídos, nomeadamente:

Veículos cujo peso máximo autorizado, incluindo o dos reboques e semirreboques, não ultrapasse 3,5ton;

Veículos de pronto-socorro.

QUAIS AS MARCAS QUE O TACÓGRAFO TEM QUE APRESENTAR?

Marca de homologação CE;

Chapa de instalação (após a verificação aquando da primeira instalação e após cada intervenção do instalador ou reparador);

Selagem dos vários componentes essenciais à segurança da informação a prestar. QUAL A PERIODICIDADE E AS VERIFICAÇÕES A QUE O TACÓGRAFO ESTÁ SUJEITO?

Aprovação/homologação do modelo do tacógrafo (regra geral pela marca e/ou importador);

Primeira verificação:

No momento da instalação do tacógrafo novo e após qualquer reparação do aparelho, no caso de tacógrafo analógico;

No momento da instalação de tacógrafo novo e após ativação, no caso de tacógrafo digital.

Verificação Periódica:

As verificações periódicas no tacógrafo, analógico ou digital, têm lugar com o intervalo máximo de dois anos entre cada verificação, e ainda:

- Após qualquer reparação do tacógrafo digital; - Sempre que se verifique alteração do coeficiente característico do

veículo ou do perímetro efetivo dos pneus; - Quando a hora do aparelho de controlo apresentar desfasamentos

superiores a vinte minutos; - Quando a matrícula do veículo for alterada.

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De 6 em 6 anos (a contar data da instalação do tacógrafo, novo ou reparado): onde são controlados e verificados os erros das indicações fornecidas pelos dispositivos indicadores e registadores do tacógrafo. Este controlo incluiu obrigatoriamente a afixação de nova chapa de instalação, a substituição de todas as selagens da instalação e a emissão de uma ficha de verificação periódica, cujo original é entregue ao proprietário do veículo e terá sempre que acompanhar o veículo até à verificação periódica dos 6 anos ou substituição ou reparação do tacógrafo.

Verificação extraordinária: em caso de avaria ou funcionamento defeituoso do tacógrafo.

ONDE SÃO EFETUADAS AS VERIFICAÇÕES E CONTROLOS DOS TACÓGRAFOS? Em entidades devidamente autorizadas pelo respetivo organismo competente. COMO PROCEDER EM CASO DE AVARIA OU FUNCIONAMENTO DEFEITUOSO DO TACÓGRAFO? A empresa tem que promover a sua reparação por instaladores ou oficinas aprovadas, que após a sua reparação e/ou instalação, colocarão no aparelho uma marca especial sobre a selagem a efetuar.

A reparação deverá ser efetuada no percurso, caso o veículo não possa regressar à empresa no prazo máximo de uma semana, a contar do dia da avaria ou da verificação do funcionamento defeituoso.

QUAIS AS PRINCIPAIS OBRIGAÇÕES DA EMPRESA NO ÂMBITO DO CORRETO FUNCIONAMENTO DO TACÓGRAFO?

Informar/formar os motoristas sobre o regime dos tempos máximos de condução e mínimos de repouso, bem como sobre a correta utilização do tacógrafo, respetivos discos e cartões de controlo;

Organizar o trabalho dos motoristas em função do cumprimento dos tempos de condução e repouso;

Verificar periodicamente o cumprimento dos tempos de condução e repouso, bem como, a correta utilização do tacógrafo, respetivos discos e cartões;

Equipar os veículos com tacógrafos homologados e respeitar as inspeções periódicas ao aparelho;

Entregar aos motoristas o número suficiente de discos de tacógrafo (de modelo homologado e adequadas ao tacógrafo instalado), tendo em conta o seu carácter individual, a duração do serviço e a exigência de substituir, eventualmente, os discos danificadas ou apreendidos por uma entidade fiscalizadora;

Verificar se os motoristas são portadores do cartão exigido para os veículos equipados com tacógrafo digital;

Relembrar ao motorista que os discos e cartões são pessoais e terão sempre que acompanhar o motorista e não o veículo;

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Conservar os discos e registos relativos ao tacógrafo digital, em boa ordem, durante um período de, pelo menos, 1 ano (*) a partir da sua utilização, tendo em atenção que os motoristas terão que estar sempre em condições de apresentar a qualquer entidade fiscalizadora os discos ou os registos no caso de tacógrafo digital, relativos aos últimos 28 dias que conduziu.

Em caso de levantamento de autos de contraordenação, a empresa pode ver a sua responsabilidade diminuída ou mesmo anulada, caso prove que promoveu formação aos seus motoristas no domínio da regulamentação social e correta utilização do tacógrafo. Relembramos, ainda, que o Código de Trabalho obriga as empresas a realizarem formação certificada para os seus trabalhadores, pelo que aconselhamos as empresas a promoverem ações de formação nestes domínios.

Nota: (*) Para efeitos laborais estes discos e registos podem ter de ser arquivados pelo prazo de 5 anos.

COMO É EFETUADA A TRANSFERÊNCIA DE DADOS DO TACÓGRAFO DIGITAL? As empresas proprietárias ou locatárias de veículos equipados com tacógrafo digital devem proceder à transferência de dados do aparelho de controlo e dos cartões tacográficos dos condutores para qualquer meio externo, fiável e adequado de armazenamento de dados, em conformidade com as exigências técnicas da regulamentação comunitária. A transferência pode ser integral ou parcial, desde que não haja descontinuidade dos dados. A transferência ou descarga de dados dos cartões tacográficos (com o cartão do motorista inserido) dos condutores deve fazer-se: Pelo menos em cada 28 dias, para garantir que não aconteça sobreposição de

dados; Quando o condutor deixar de trabalhar para a empresa; Em caso de caducidade do cartão; Antes da devolução do cartão ao órgão emissor, quando tal seja exigível. A transferência de dados do aparelho de controlo deve fazer-se: Pelo menos, em cada três meses; Em caso de venda, de restituição ou de cedência do uso de veículo a terceiro; Quando se detete um mau funcionamento do aparelho e seja ainda possível a

descarga de dados. A transferência dos dados é efetuada através de um equipamento específico (tipo pen drive) que se conecta ao tacógrafo digital. Os dados podem ser lidos no computador através de um software específico.

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LIMITADOR DE VELOCIDADE O QUE É UM LIMITADOR DE VELOCIDADE? É um dispositivo cuja principal função consiste em controlar a alimentação de combustível ao motor de modo a limitar a velocidade do veículo ao valor pretendido QUE VEÍCULOS DE MERCADORIAS DEVEM POSSUIR LIMITADOR DE VELOCIDADE?

Tipo de Veículos (consoante o peso bruto)

Velocidade Máxima Entrada em vigor

Superior a 12 ton (categoria N3)

90 km/h

Veículos matriculados a partir de 1 de janeiro de 1994: 1 de janeiro de 1994

Veículos matriculados entre 1 de janeiro de 1988 e 1 de janeiro de 1994 afetos ao transporte internacional: 1 de janeiro de 1995

Veículos matriculados entre 1 de janeiro de 1988 e 1 de janeiro de 1994 afetos exclusivamente ao transporte nacional: 1 de janeiro de 1996

Entre as 3,5 ton e as 12 ton (categoria N2)

90 km/h

1ª Matricula: 1 de janeiro de 2005

Veículos já matriculados afetos ao transporte internacional: 1 de janeiro de 2006

Veículos já matriculados afetos ao transporte nacional: 1 de janeiro de 2007

A partir de 1 de janeiro de 2008 todos os veículos matriculados após 1 de janeiro de 2005

Nota: Os veículos considerados VEA (Veículo Ecologicamente Avançado), classificados de acordo com o D.L.13/2002 de 26 de janeiro, são obrigados a possuir Limitador de Velocidade desde 1 de outubro de 2001.

COMO SE SABE, SE É UM VEA? Pela inscrição no documento de identificação em anotações especiais, fazendo menção ao DL 13/2002, ou classificando-o como EURO V. ou outro tipo de combustível como exemplo GNC. Nota: Os veículos a motor de mercadoria que, por construção, não possam ultrapassar os 90 km/h (por exemplo, veículos afetos aos transportes especiais) estão isentos da instalação de limitadores de velocidade QUAIS AS INFORMAÇÕES QUE O VEÍCULO INSTALADO COM LIMITADOR DE VELOCIDADE TEM QUE APRESENTAR?

Marca de homologação CE no dispositivo limitador de velocidade, claramente legível e indelével;

Placa informativa de instalação do dispositivo, de modelo aprovado, instalada de modo fixo em local visível na cabine do veículo.

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ONDE PODEM SER INSTALADOS E REPARADOS OS LIMITADORES DE VELOCIDADE? Têm que ser instalados e reparados por entidades reconhecidas pelo Ministério competente. Depois de instalados ou reparados, os limitadores de velocidade são selados e punçoados com a marca do instalador autorizado e é preenchida uma folha de registo da instalação, cujo original é entregue ao proprietário do veículo. INSPEÇÕES TÉCNICAS DOS VEÍCULOS QUE TIPOS DE INSPECÇÃO EXISTEM?

As inspeções para aprovação do respetivo modelo (regra geral a cargo das marcas/importadores);

As inspeções técnicas de veículos (ITV’s);

As inspeções extraordinárias:

Inspeção extraordinária por motivo de acidente;

Inspeção extraordinária para aprovação de alterações às características construtivas ou funcionais do veículo;

Inspeção extraordinária por motivo de identificação ou por motivo de segurança;

Inspeção extraordinária a veículos apreendidos;

Inspeção para alteração de combustível alternativo;

As inspeções para atribuição de nova matrícula;

As inspeções técnicas na estrada. QUEM É RESPONSÁVEL PELAS INSPEÇÕES TÉCNICAS A VEÍCULOS? O IMT,I.P. e as entidades previamente autorizadas, os centros de inspeções técnicas dos veículos, que são classificados em:

Categoria A: centros de inspeção onde se realizam as inspeções periódicas obrigatórias;

Categoria B: centros de inspeção onde se realizam todos os tipos de inspeção. QUEM É RESPONSÁVEL PELA APRESENTAÇÃO DO VEÍCULO À INSPEÇÃO? Com exceção da inspeção técnica na estrada, a inspeção periódica deve ser realizada no mês equivalente ao mês de matrícula do veículo ou nos 2 meses anteriores e a responsabilidade cabe ao:

Ao proprietário;

Ao usufrutuário;

Ao adquirente com reserva de propriedade;

Ao locatário financeiro; Ou

Qualquer outro legítimo possuidor do veículo.

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INSPEÇÕES TÉCNICAS DE VEÍCULOS (ITV’s) PARA QUE SERVE A INSPEÇÃO TÉCNICA DE VEÍCULOS (ITV)? Serve para verificar as condições de segurança dos veículos e da sua conformidade com o modelo que foi homologado. QUAIS OS VEÍCULOS SUJEITOS À INSPECÇÃO TÉCNICA DE VEÍCULOS (ITV)?

Os automóveis pesados de mercadorias;

Os automóveis pesados de passageiros;

Os reboques e semirreboques com peso bruto superior a 3.500 kg, com exceção dos reboques agrícolas;

Os automóveis ligeiros licenciados para transporte público de passageiros e ambulâncias;

Os automóveis ligeiros de mercadorias;

Os automóveis ligeiros de passageiros;

Os automóveis utilizados no transporte escolar e automóveis ligeiros licenciados para a instrução;

Os restantes automóveis ligeiros;

Os automóveis pesados e reboques com peso bruto superior a 3.500 kg utilizados por corporações de bombeiros e suas associações e outros que raramente utilizam a via pública, designadamente os destinados a transporte de material de circo ou de feira, reconhecidos pelo IMT,I.P.

QUAL A PERIODICIDADE DAS ITV’s PARA OS VEÍCULOS DE MERCADORIAS?

Veículos Periodicidade

Automóveis ligeiros de mercadorias Dois anos após a data da primeira matrícula e, em seguida anualmente.

Automóveis pesados de mercadorias Um ano após a data da primeira matrícula e, em seguida, anualmente.

Reboques e semirreboques com peso bruto superior a 3.500 kg, com exceção dos reboques agrícolas

Um ano após a data da primeira matrícula e, em seguida, anualmente.

Reboques e semirreboques com peso bruto superior a 750 kg e inferiores a 3.500kg, com exceção dos reboques agrícolas

Dois anos após a data da primeira matrícula e, em seguida anualmente.

A ITV pode ser antecipada pelo período máximo de 2 meses em relação ao mês inicialmente previsto. COMO SE DEVE APRESENTAR O VEÍCULO À ITV? Os veículos devem ser apresentados à ITV em perfeito estado de limpeza e em normais condições de circulação, havendo um conjunto de verificações que devem ser efetuadas, nomeadamente quanto à (aos):

Eficiência do limpa para-brisas;

Sinalização luminosa: mudança de direção, perigo, travagem, marcha atrás, chapa de matrícula, nevoeiro;

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Luzes de presença, médios, máximos e luzes diurnas;

Pneus: relevo do piso com pelo menos 1,6 mm ou 1mm consoante se trate de veículos ligeiros ou pesados;

Espelhos retrovisores: superfície refletora, fixação e regulação. QUAIS OS DOCUMENTOS QUE TÊM QUE ACOMPANHAR O VEÍCULO À ITV?

O certificado de matrícula (Documento Único) ou livrete e título de registo de propriedade;

A ficha da última inspeção. QUAIS OS PONTOS DE CONTROLO OBRIGATÓRIOS PARA VEÍCULOS PESADOS DE MERCADORIAS?

Dispositivos de travagem;

Direção e volante;

Transmissão;

Visibilidade;

Estado de conservação geral;

Luzes, refletores e equipamento;

Eixos, rodas, pneumáticos e suspensão;

Quadro e acessórios do quadro;

Cabina e carroçaria;

Sistema de segurança;

Equipamentos diversos quando obrigatório (nomeadamente tacógrafo, limitador de velocidade, calços de rodas, extintor, caixa de primeiros socorros, entre outros);

Perturbações (ruído, emissões de gases de escape e supressão de interferência de rádio);

Identificação do veículo (chapas de matrícula e número do quadro);

Triângulo(s) de pré-sinalização homologado;

Colete refletor, homologado. QUAIS OS TIPOS DE DEFICIÊNCIAS DECORRENTES DA VERIFICAÇÃO DOS PONTOS DE CONTROLO OBRIGATÓRIOS? As deficiências são graduadas em três tipos: Tipo 1: Deficiência que não afeta gravemente as condições de funcionamento do

veículo nem diretamente as suas condições de segurança, não implicando nova apresentação do veículo a inspeção para verificação da reparação efetuada.

Tipo 2: Deficiência que afeta gravemente as condições de funcionamento do veículo ou diretamente as suas condições de segurança, ou que põe em dúvida a sua identificação, devendo o mesmo, consoante o caso, ser apresentado:

No centro de inspeção, para verificação da reparação efetuada; Ou

Nos serviços competentes do IMT,I.P. para o completo esclarecimento das dúvidas respeitantes à respetiva identificação.

Tipo 3: Deficiência muito grave que implica paralisação do veículo ou permite somente a sua deslocação até ao local de reparação, devendo esta ser confirmada em posterior inspeção.

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QUAIS AS CONSEQUÊNCIAS DAS DEFICIÊNCIAS DECORRENTES DA VERIFICAÇÃO DOS PONTOS DE CONTROLO OBRIGATÓRIOS?

Os veículos que apresentem deficiências do tipo 2 nos sistemas de direção, suspensão ou travagem não podem transportar passageiros nem carga enquanto não forem aprovados;

Ou

Os veículos que apresentem deficiências do tipo 3 podem circular apenas para deslocação até ao local de reparação e posterior regresso ao centro de inspeção para confirmar a correção das anomalias, a circulação fora destes itinerários implica a apreensão do livrete ou certificado de matrícula (Documento Único) e a aplicação de uma “multa” (coima);

Ou

Dependente do tipo e número de deficiências, podem levar à reprovação do veículo nas ITV’s.

QUAIS AS DEFICIÊNCIAS QUE REPROVAM O VEÍCULO NAS ITV’S? Os veículos são reprovados sempre que:

Se verifiquem mais de 5 deficiências do tipo 1, desde que não pertençam ao mesmo campo de codificação;

Se verifiquem 1 ou mais deficiências dos tipos 2 ou 3;

Não seja efetuada a correção da deficiência ou deficiências anteriormente anotadas, salvo as relativas ao livrete.

EM CASO DE REPROVAÇÃO, QUAL O PRAZO PARA APRESENTAÇÃO A NOVA ITV? O prazo máximo para a reinspeção é de 30 dias, para voltar ao centro de inspeção para confirmar a correção das deficiências anotadas, findo este prazo, fica sujeito a nova inspeção. No caso de nova reprovação, na sequência de reinspeção, o prazo é de 15 dias para a próxima reinspeção. O QUE FAZER NO CASO DE NÃO CONCORDAR COM O RESULTADO DA INSPEÇÃO? Pode ser apresentada reclamação, devidamente fundamentada, que entrega no centro de inspeção após a reprovação e antes da saída do veículo do centro. A reclamação, acompanhada de cópia do relatório e da ficha de inspeção, é remetida ao IMT,I.P. que no prazo de 5 dias, deve proferir decisão e comunicar ao reclamante e ao centro. COMO SE PROVA A IDA DO VEÍCULO À ITV? Através da emissão, pelo centro de inspeções técnicas, da ficha de inspeção de modelo aprovado. A ficha de inspeção tem que acompanhar sempre o veículo. Em julho de 2012, com a publicação do Decreto-Lei n.º 144/2012, de 11 de julho, deixou de ser obrigatório a afixação da vinheta no para-brisas do veículo.

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É POSSÍVEL EFETUAR A INSPEÇÃO PERIÓDICA OBRIGATÓRIA NUM PAÍS DIFERENTE DO DA MATRÍCULA DO VEÍCULO? Sim, se o país onde o veículo se encontra aceitar a realização da IPO. Contudo, essa inspeção somente será válida para o país onde o mesmo foi inspecionado. No regresso ao país de origem, o veículo terá de ser submetido a nova IPO. INSPEÇÕES EXTRAORDINÁRIAS PARA QUE SERVE A INSPEÇÃO EXTRAORDINÁRIA? Serve para identificar ou confirmar as condições de segurança dos veículos, em consequência da alteração das suas características ou reparação na sequência de acidente. QUAIS OS VEÍCULOS SUJEITOS À INSPEÇÃO EXTRAORDINÁRIA?

Os veículos que tenham os documentos apreendidos, por alterações das suas características ou por acidente;

Os veículos que não disponham ou utilizem sistemas, componentes ou acessórios com que foram homologados ou que utilizem outros sistemas, componentes ou acessórios não homologados;

Os veículos sobre os quais haja suspeita sobre as suas condições de segurança ou dúvidas sobre a sua identificação, nomeadamente em consequência de alteração das características construtivas ou funcionais do veículo;

Os veículos que tenham sido apreendidos por transitar:

Com os documentos do veículo apreendidos;

Com o registo de propriedade ou certificado de matrícula (Documento Único) não regularizados no prazo legal;

Sem o seguro de responsabilidade civil automóvel. COMO SE DEVE APRESENTAR O VEÍCULO À INSPEÇÃO EXTRAORDINÁRIA? Os veículos devem ser apresentados à inspeção extraordinária em perfeito estado de limpeza e em normais condições de circulação, bem como integralmente reparado nos casos de veículo sinistrado ou que tenha sofrido alterações das suas características, sem blindagens inferiores, tampões de roda, ou outros elementos que dificultem as observações. QUAIS OS DOCUMENTOS QUE TÊM QUE ACOMPANHAR O VEÍCULO À INSPEÇÃO EXTRAORDINÁRIA?

Inspeção extraordinária por motivo de acidente ou outras causas:

O certificado de matrícula (Documento Único) ou livrete e título de registo de propriedade ou cópia do documento de identificação do veículo (a solicitar ao serviço regional do IMT, I.P.) ou print do referido elemento obtido por via informática a partir das bases de dados do IMT, I.P.;

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Documento da oficina que efetuou a reparação descrevendo a mesma, ou relatório de peritagem de companhia seguradora ou qualquer elemento oficial que permita caracterizar a forma como o veículo foi afetado, bem como a natureza da reparação efetuada, indicando quais os elementos que foram reparados ou substituídos;

Ficha da última inspeção periódica efetuada (se aplicável) ou cópia do respetivo registo informático.

Inspeção extraordinária por motivo de identificação ou por motivo de segurança:

O certificado de matrícula (Documento Único) ou livrete e título de registo de propriedade ou documento emitido pelo IMT, I.P. que legalmente o substitua;

Documento emitido pelo IMT, I.P. que justifica a apresentação do veículo a inspeção;

No caso de os documentos do veículo se encontrarem apreendidos no IMT, I.P., a inspeção é efetuada com cópia do documento de identificação do veículo (a solicitar ao serviço regional do IMT, I.P.) ou print do referido elemento obtido por via informática a partir das bases de dados do IMT, I.P.

QUAIS OS PONTOS DE CONTROLO OBRIGATÓRIOS NAS INSPEÇÕES EXTRAORDINÁRIA? Os pontos a inspecionar para confirmar a identificação e a reposição ou manutenção das condições técnicas de circulação e de segurança do veículo, após a reparação, consistem essencialmente em verificar a geometria de rodas, o alinhamento tridimensional do veículo e a potência instalada no motor caso haja suspeita de alteração das características do mesmo. QUAIS AS DEFICIÊNCIAS QUE REPROVAM O VEÍCULO NAS INSPEÇÕES EXTRAORDINÁRIAS? Para além das deficiências previstas nas ITV’s, as deficiências verificadas no âmbito das observações e verificações específicas, acima mencionadas. AS INSPEÇÕES EXTRAORDINÁRIAS SUBSTITUEM AS ITV’s? Não. Estas inspeções não alteram a periodicidade das ITV’s, exceto no caso de terem sido realizadas durante os 3 meses anteriores àquele em que a correspondente ITV teria lugar. COMO SE PROVA A IDA DO VEÍCULO À ITV? Através da emissão, pelo centro de inspeções técnicas dos veículos, de um certificado de modelo aprovado. INSPECÇÕES PARA ATRIBUIÇÃO DE NOVA MATRÍCULA PARA QUE SERVE A INSPEÇÃO PARA ATRIBUIÇÃO DE NOVA MATRÍCULA? Serve para identificar os veículos e as respetivas características e confirmar as suas condições de funcionamento e de segurança.

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QUAIS OS VEÍCULOS SUJEITOS À INSPEÇÃO PARA ATRIBUIÇÃO DE NOVA MATRÍCULA? Todos os veículos automóveis importados usados para atribuição de matrícula nacional e reboques e semirreboques, com peso bruto superior a 3.500 kg. QUAIS OS DOCUMENTOS QUE DEVEM ACOMPANHAR O VEÍCULO À INSPEÇÃO PARA ATRIBUIÇÃO DE NOVA MATRÍCULA? ­ Documento de propriedade; ­ O original do certificado de matrícula (Documento Único), livrete ou documento de

matrícula equivalente em uso no país de proveniência do veículo emitido pelas entidades oficiais ou, em casos excecionais, as cópias destes documentos desde que legíveis e autenticadas pelos serviços alfandegários

­ Impresso modelo n.º 1402 do IMT, I.P. devidamente preenchido e autenticado pelo fabricante do veículo ou seu representante legal ou pelos serviços do IMT, I.P. A autenticação é dispensada no caso de veículos da categoria M1 correspondentes a uma homologação europeia de modelo, caso em que tem de ser apresentado o original ou cópia simples do certificado de conformidade (COC).

QUAIS OS PONTOS DE CONTROLO OBRIGATÓRIOS NAS INSPEÇÕES PARA ATRIBUIÇÃO DE NOVA MATRÍCULA? Os pontos a inspecionar para confirmar as características do veículo, a sua conformidade com as normas técnicas e as condições de circulação e de segurança do veículo, nomeadamente:

Todas as observações e verificações correspondentes a uma ITV;

A observação visual relacionada com a identificação do veículo;

A observação visual do veículo, exterior e detalhada;

A verificação tridimensional em veículos ligeiros com estrutura monobloco ou autoportante sempre que, em consequência de observação visual detalhada, seja detetado indício de anomalia que justifique esta verificação;

A verificação dos sistemas de suspensão e direção em veículos ligeiros quando é feita a verificação tridimensional;

A verificação do sistema de direção em veículos pesados sempre que, em consequência de observação visual detalhada, seja detetado indício de anomalia que justifique esta verificação.

QUAIS AS DEFICIÊNCIAS QUE REPROVAM O VEÍCULO NAS INSPEÇÕES PARA ATRIBUIÇÃO DE NOVA MATRÍCULA? Para além das deficiências previstas nas ITV’s, as deficiências verificadas no âmbito das observações e verificações específicas e, ainda, quando o veículo não se apresentar conforme com o modelo aprovado ou constitua risco para a segurança rodoviária ou para o ambiente.

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INSPEÇÃO TÉCNICA NA ESTRADA EM QUE CONSISTE A INSPEÇÃO TÉCNICA NA ESTRADA? Consiste na realização de inspeções, de forma aleatória e não anunciada, efetuadas na via pública pelas autoridades competentes dos 27 países da União Europeia. QUAIS OS VEÍCULOS SUJEITOS À INSPEÇÃO TÉCNICA NA ESTRADA? Os veículos automóveis pesados de passageiros e de mercadorias, seus reboques e semirreboques com peso bruto superior a 3.500 Kg, em particular os que apresentam mau estado de manutenção, sem qualquer discriminação baseada na nacionalidade do condutor ou do país de matrícula do veículo. QUEM PODE EFETUAR AS INSPEÇÕES TÉCNICAS NA ESTRADA? Em Portugal, compete ao IMT, I.P. realizar ou promover as inspeções técnicas na estrada, através dos seus funcionários, agentes de fiscalização ou inspetores licenciados, expressamente designados, podendo recorrer à colaboração da Polícia de Segurança Pública ou da Guarda Nacional Republicana. Nos restantes países da União Europeia, as entidades fiscalizadoras dos respetivos países. QUAIS AS VERIFICAÇÕES REALIZADAS NAS INSPEÇÕES TÉCNICAS NA ESTRADA?

Estado de manutenção do veículo com este imobilizado;

Certificado de matrícula (Documento Único) ou livrete e título de registo de propriedade e ficha da última inspeção periódica realizada e respetiva vinheta ou outro documento que legalmente os substitua;

Certificado emitido na sequência de inspeção extraordinária ou de atribuição de nova matrícula ao veículo, caso tenha ocorrido alguma daquelas inspeções;

Relatório da última inspeção na estrada, se já efetuada ao veículo;

Documento comprovativo da existência de seguro obrigatório de responsabilidade civil automóvel ou outro que legalmente o substitua;

Quaisquer eventuais falhas de manutenção verificáveis através dos seguintes pontos de controlo:

Dispositivos de travagem e respetivos componentes;

Sistema de escape;

Opacidade dos gases de escape (diesel);

Emissões gasosas;

Sistema de direção;

Luzes, dispositivos de iluminação e de sinalização luminosa;

Rodas/Pneumáticos;

Suspensão (defeitos visíveis);

Quadro (defeitos visíveis);

Tacógrafo (instalação);

Dispositivo de limitação de velocidade (instalação e função); Derrame de combustível e/ou óleo.

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COMO SE PROVA A REALIZAÇÃO DAS INSPEÇÕES TÉCNICAS NA ESTRADA? Através de um relatório, de modelo aprovado, preenchido em triplicado e assinado pelo inspetor, ficando o original em poder do inspetor, o duplicado tem que ser entregue ao motorista e o triplicado enviado ao IMT, I.P. QUAIS OS TIPOS DE DEFICIÊNCIAS DECORRENTES DA VERIFICAÇÃO DOS PONTOS DE CONTROLO NAS INSPEÇÕES TÉCNICAS NA ESTRADA? Os mesmos tipos de deficiência previstas para as ITV’s. QUAIS AS CONSEQUÊNCIAS DAS DEFICIÊNCIAS NAS INSPEÇÕES TÉCNICAS NA ESTRADA?

Inspeção obrigatória e imediata em centro de inspeções técnicas: se as deficiências detetadas forem respeitantes aos sistemas de direção, suspensão ou travagem ou ainda a emissões de escape;

Inspeção de confirmação das anomalias detetadas em centro de inspeções técnicas: se as deficiências detetadas forem mais de cinco deficiências do tipo 1, ou alguma deficiência do tipo 2;

Imobilização do veículo e/ou autorização para circular até ao local de reparação mais próxima: quando a deficiência encontrada for muito grave, do tipo 3.

Em caso de divergência entre o resultado das duas inspeções prevalece sempre o resultado da inspeção de confirmação. Em caso de reprovação na inspeção de confirmação aplica-se as mesmas condições e requisitos fixados para as reprovações nas ITV’s.

AS IPO’S SUBSTITUEM AS INSPEÇÕES TÉCNICAS NA ESTRADA? Não. Estas inspeções podem ocorrer independentemente de o veículo ter sido aprovado ou não nas ITV’s.

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QUADRO SANCIONATÓRIO APROVAÇÃO E TRANSFORMAÇÕES DE VEÍCULOS, SISTEMAS, COMPONENTES OU ACESSÓRIOS

Infração Sanção

Circulação de veículos que não disponham dos sistemas, componentes ou acessórios com que foram aprovados ou que utilizem sistemas, componentes ou acessórios não aprovados nos termos da lei (nºs 5 e 6 do art.º 114º do Código da Estrada)

Coima de 250,00€ a 1.250,00€ +

Apreensão do veículo até aprovação em inspeção extraordinária Transformação de veículos (a motor ou reboques) sem

cumprimento das regras de aprovação (nºs 3 e 3 do art.º 115º do Código da Estrada)

PESOS E DIMENSÕES E AUTORIZAÇÕES ESPECIAIS DE TRÂNSITO

Infração Sanção

Circulação de veículos cujos pesos brutos, peso por eixo ou dimensões excedam os limites máximos aprovados (nºs 2 do art.º 57º do Código da Estrada e DL 99/2005)

Coima de 600,00€ a 3.000,00€

Não exibição de autorização especial de trânsito, quando exigível, no ato da fiscalização, não procedendo à sua apresentação no prazo de 8 dias à autoridade indicada pelo agente de fiscalização (nºs 5 do art.º 58º do Código da Estrada e Portaria 472/2007)

Coima de 600,00€ a 3.000,00€

Não exibição de autorização especial de trânsito, quando exigível, no ato da fiscalização mas procedendo à sua apresentação no prazo de 8 dias à autoridade indicada pelo agente de fiscalização (nºs 5 do art.º 58º do Código da Estrada e Portaria 472/2007)

Coima de 60,00€ a 300,00€

Não cumprimento dos limites de peso e dimensões ou do percurso fixados na autorização especial de trânsito (nºs 6 do art.º 58º do Código da Estrada e Portaria 472/2007)

Coima de 600,00€ a 3.000,00€ *

Não cumprimento de outros requisitos fixados na autorização especial de trânsito ou previstos na Portaria 387/99 (nºs 7 do art.º 58º do Código da Estrada e Portaria 472/2007)

Coima de 120,00€ a 600,00€ *

(*) Pode ainda ser determinada a imobilização do veículo ou a sua deslocação para local apropriado até que a situação se encontre regularizada (nºs 8 do art.º 58º do Código da Estrada).

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CHAPA DE MATRÍCULA

Infração Sanção

Circulação de veículo com chapa de matrícula não obedecendo às características aprovadas pela lei (alínea a) do nº 1 do art.º 2º do DL 54/2005)

Coima de 50,00€ a 250,00€

Circulação de veículo com chapa de matrícula não colocada de forma inamovível ou não obedecendo às condições de instalação (alínea a) do nº 1 do art.º 2º do DL 54/2005)

Colocação sobre a chapa de matrícula de emblemas, insígnias, inscrições ou qualquer elemento não autorizado, permitindo no entanto a leitura completa do número de matrícula (alínea a) do nº 1 do art.º 2º do DL 54/2005)

Circulação de automóvel ou reboque com chapa de matrícula colocada em moldura especial prejudicando as dimensões prescritas ou a sua visibilidade (alínea a) do nº 1 do art.º 2º do DL 54/2005)

Circulação de automóvel ou de reboque importado temporariamente com chapa de matrícula provisória não possuindo caracteres, traço e rebordo periférico de cor azul (alínea a) do nº 1 do art.º 2º do DL 54/2005)

Circulação de veículo matriculado, quando obrigatório, com chapa de modelo não permitido nos termos regulamentares para a data da sua matrícula (alínea a) do nº 1 do art.º 2º do DL 54/2005)

Circulação de veículo matriculado, quando obrigatório, com chapa de matrícula de modelo não aprovado (alínea a) do nº 1 do art.º 2º do DL 54/2005)

Circulação de veículos com a chapa de matrícula total ou parcialmente encoberta, ou tendo sobre ela colocado qualquer elemento que não permita a leitura completa do número de matrícula, diretamente ou através de equipamentos de controlo rodoviário (alínea b) do nº 1 do art.º 2º do DL 54/2005)

Coima de 250,00€ a 1.250,00€ A aplicação deliberada de dispositivos, materiais ou produtos com o fim de não permitir a leitura completa do número de matrícula, diretamente ou através de equipamentos de controlo rodoviário (alínea b) do nº 1 do art.º 2º do DL 54/2005)

A circulação de veículo com a chapa de matrícula dobrada (alínea b) do nº 1 do art.º 2º do DL 54/2005)

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LUZES E REFLETORES

Infração Sanção

Condução de veículo que não disponha de algum dos dispositivos de iluminação e de sinalização luminosa previstos na Portaria n.º 851/94 (nºs 3 do art.º 59º do Código da Estrada)

Coima de 60,00€ a 300,00€

Condução de veículo que utilize dispositivos não previstos ou que, estando previstos, não obedeçam às características ou modos de instalação fixados na Portaria n.º 851/94 (nºs 3 do art.º 59º do Código da Estrada)

Condução de veículo que utilize luz ou refletor vermelho dirigido para a frente ou luz ou refletor branco dirigido para a retaguarda, salvo as exceções previstas (nºs 3 do art.º 59º do Código da Estrada)

Condução de veículo que não disponha de algum dos refletores previstos na Portaria n.º 851/94 (nºs 4 do art.º 59º do Código da Estrada)

Coima de 30,00€ a 150,00€

Condução de veículo que utilize refletores não previstos na Portaria n.º 851/94 ou que, estando previstos, não obedeçam às características ou modos de instalação fixados (nºs 4 do art.º 59º do Código da Estrada)

Condução de veículo com avaria em algum dos dispositivos previstos na Portaria n.º 851/94, salvo exceções previstas no artigo 62.º do Código da Estrada (nºs 4 do art.º 59º do Código da Estrada)

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PNEUMÁTICOS

Infração Sanção

Circulação de veículos que não disponham dos sistemas, componentes ou acessórios com que foram aprovados ou que utilizem sistemas, componentes ou acessórios não aprovados nos termos da lei (nºs 5 e 6 do art.º 114º do Código da Estrada)

Coima de 250,00€ a 1.250,00€ +

Apreensão do veículo até aprovação em inspeção extraordinária

Trânsito de automóvel pesado ou reboque de peso bruto superior a 3500kg sem que o piso de todos os seus pneus, incluindo o de reserva, quando obrigatório, apresente em toda a circunferência da zona de rolagem desenhos com uma altura de, pelo menos, 1 milímetro nos relevos principais, situados na zona central da superfície de rolagem (Art.º 6º, 10º e 11º do Decreto Regulamentar nº 7/98)

Coima de 99,76€ a 498,80€ +

Apreensão do livrete e emissão de guia válida para o percurso até ao local de destino do condutor e ao centro de inspeções de veículos mais próximo

Trânsito de automóvel pesado ou reboque de peso bruto superior a 3.500kg utilizando pneus com reaberturas nos desenhos originais ou abertura de novos desenhos para além da base daqueles (Art.º 8º, 10º e 11º do Decreto Regulamentar nº 7/98)

Trânsito de automóvel pesado ou reboque de peso bruto superior a 3500kg utilizando pneus (incluindo o de reserva, quando obrigatório) que apresentem no piso ou na parte lateral lesões que atinjam a tela ou a ponham a descoberto (Art.º 7º e 11º do Decreto Regulamentar nº 7/98)

Coima de 99,76€ a 498,80€

Incumprimento das condições de circulação da guia de substituição (Art.º 10º e 11º do Decreto Regulamentar nº 7/98)

Coima de 99,76€ a 498,80€

CINTOS DE SEGURANÇA

Infração Sanção

Circulação de veículos que não disponham dos sistemas, componentes ou acessórios com que foram aprovados ou que utilizem sistemas, componentes ou acessórios não aprovados nos termos da lei (nºs 5 e 6 do art.º 114º do Código da Estrada)

Coima de 250,00€ a 1.250,00€ +

Apreensão do veículo até aprovação em inspeção extraordinária

Não utilização ou utilização incorreta por adultos dos cintos de segurança (nºs 1, 2 e 6 do art.º 82º do Código da Estrada)

Coima de 120,00€ a 600,00€

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TACÓGRAFO

Infração Sanção

A falta de aparelho de controlo, tacógrafo analógico ou digital, em veículo afeto ao transporte rodoviário de passageiros ou de mercadorias, em que tal seja obrigatório (alínea a), n.º2 do art.º 7º do DL 169/2009)

Contraordenação muito grave e imputável à empresa que efetua o

transporte:

De 1.200,00€ a 3.600,00€ (pessoa singular)

OU De 1.200,00€ a 6.000,00€

(pessoa coletiva)

A manipulação do aparelho de controlo ou a instalação no veículo de quaisquer dispositivos de manipulação mecânicos, eletrónicos ou de outra natureza, que falseiem os dados ou alterem o correto e normal funcionamento do tacógrafo, sem prejuízo da responsabilidade criminal (alínea b), n.º2 do art.º 7º do DL 169/2009)

A utilização de veículo com tacógrafo avariado ou a funcionar defeituosamente (alínea c), n.º2 do art.º 7º do DL 169/2009)

A destruição ou a supressão de quaisquer dados registados no aparelho de controlo ou no cartão tacográfico do condutor (alínea d), n.º2 do art.º 7º do DL 169/2009)

A falta de conservação de dados transferidos do cartão do condutor e do tacógrafo, pelas empresas proprietárias ou locatárias de veículos equipados com tacógrafo digital durante 365 dias a contar da data do seu registo (alínea e), n.º2 do art.º 7º do DL 169/2009)

A utilização de tacógrafo, analógico ou digital, não homologado, não verificado ou não ativado (alínea f), n.º2 do art.º 7º do DL 169/2009)

A utilização de aparelho de controlo que tenha sido instalado, verificado ou reparado por entidade não reconhecida (alínea g), n.º2 do art.º 7º do DL 169/2009)

A utilização de tacógrafo, analógico ou digital, instalado por entidade reconhecida, em que falte a marca do instalador ou reparador nas selagens, assim como a falta de selagem obrigatória, o documento comprovativo da selagem, a chapa de instalação ou a não justificação da abertura das selagens, nos casos permitidos (alínea h), n.º2 do art.º 7º do DL 169/2009)

A inobservância de transferência de dados do cartão tacográfico de condutor e do aparelho de controlo nos prazos e situações a que se refere o artigo 4.º quando haja perda de dados (alínea i), n.º2 do art.º 7º do DL 169/2009)

A recusa de sujeição a controlo (alínea a), n.º 3 do art.º 7º do DL 169/2009)

Contraordenação muito grave e

A condução de veículo equipado com tacógrafo sem estar inserido a folha de registo, no caso de tacógrafo analógico, ou o cartão de condutor, no caso de tacógrafo digital (alínea b), n.º 3 do art.º 7º do DL 169/2009)

A falta de cartão de condutor ou utilização de cartão caducado por qualquer dos membros da tripulação afetos à condução de veículo equipado com tacógrafo digital (alínea c), n.º 3 do art.º 7º do DL 169/2009)

A utilização de cartão de condutor por pessoa diferente do seu titular, sem prejuízo da responsabilidade criminal (alínea d), n.º 3 do art.º 7º do DL 169/2009)

A utilização de cartão de condutor originário, quando este tenha sido substituído (alínea e), n.º 3 do art.º 7º do DL

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169/2009) imputável ao condutor:

De 600,00€ a 1.800,00€ A utilização de cartão de condutor falsificado ou obtido por meio de falsas declarações, sem prejuízo da responsabilidade criminal (alínea f), n.º 3 do art.º 7º do DL 169/2009)

A manipulação do cartão de condutor ou das folhas de registo, que falseie os dados ou altere o seu correto e normal funcionamento, sem prejuízo da responsabilidade criminal (alínea g), n.º 3 do art.º 7º do DL 169/2009)

A utilização de cartão de condutor ou folha de registo deteriorado ou danificado, em caso de dados ilegíveis (alínea h), n.º 3 do art.º 7º do DL 169/2009)

A não comunicação formal da perda, furto ou roubo do cartão de condutor às autoridades competentes do local onde tal ocorreu (alínea i), n.º 3 do art.º 7º do DL 169/2009)

Utilização incorreta de folhas de registo ou cartão de condutor (alínea j), n.º 3 do art.º 7º do DL 169/2009)

A falta de verificação do tacógrafo, nos termos referidos no n.º 2 do artigo 3.º (alínea a), n.º4 do art.º 7º do DL 169/2009)

Contraordenação grave e imputável à empresa que efetua o transporte:

De 400,00€ a 1.200,00€

(pessoa singular) OU

De 400,00€ a 2.000,00€ (pessoa coletiva)

A utilização de folha de registo não conforme com o modelo homologado (alínea b), n.º4 do art.º 7º do DL 169/2009)

A utilização de tacógrafo analógico em veículo sujeito a tacógrafo digital (alínea c), n.º4 do art.º 7º do DL 169/2009)

A utilização de tacógrafo que se tenha avariado durante o percurso ou se tenha verificado funcionamento defeituoso, se o regresso às instalações da empresa for superior a uma semana (alínea d), n.º4 do art.º 7º do DL 169/2009)

A falta de folhas de registo de dados no caso do tacógrafo analógico (alínea e), n.º4 do art.º 7º do DL 169/2009)

A utilização de cartão de condutor deteriorado ou danificado, em caso de dados legíveis (alínea a), n.º 5 do art.º 7º do DL 169/2009)

Contraordenação grave e imputável ao condutor:

De 200,00€ a 600,00€

A utilização do cartão tacográfico, quando tenha havido alteração dos dados relativos ao titular do mesmo, sem que tenha sido requerida substituição nos 30 dias seguintes à data em se produziu a causa determinante da alteração (alínea b), n.º5 do art.º 7º do DL 169/2009)

O incumprimento da obrigação de requerer, no prazo de sete dias, a substituição do cartão de condutor, em caso de danificação, mau funcionamento, extravio, furto ou roubo (alínea c), n.º5 do art.º 7º do DL 169/2009)

Insuficiência de papel de impressão, no caso dos tacógrafos digitais, imputável à empresa (alínea a), n.º6 do art.º 7º do DL 169/2009)

Contraordenação leve: De 100,00€ a 300,00€

Inobservância da transmissão de dados, sem a respetiva perda, nos prazos e situações a que se refere o artigo 4.º, imputável à empresa (alínea b), n.º6 do art.º 7º do DL 169/2009)

Utilização de cartão de condutor ou folhas de registo sujos ou danificados, ainda que com dados legíveis, imputável ao motorista (alínea c), n.º6 do art.º 7º do DL 169/2009)

A tentativa e a negligência são puníveis, sendo, nesse caso, reduzido para metade os limites mínimos e máximos referidos nos números anteriores (n.º 7 do art.º 7º do DL 169/2009).

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LIMITADOR DE VELOCIDADE

Infração Sanção

Falta ou a ilegibilidade da marca de homologação do limitador de velocidade (alínea a) do nº 1 do art.º 22 do DL 46/2005)

50,00€ a 150,00€ Falta ou colocação irregular da placa informativa da instalação do limitador de velocidade (alínea a) do nº 1 do art.º 22 do DL 46/2005)

Ausência da marca do instalador nas selagens do limitador de velocidade (alínea a) do nº 1 do art.º 22 do DL 46/2005)

Utilização de limitador de velocidade avariado ou não conforme com o modelo aprovado (alínea b) do nº 1 do art.º 22 do DL 46/2005)

150,00€ a 750,00€ Utilização de limitador de velocidade com marca de homologação não conforme com o modelo aprovado (alínea b) do nº 1 do art.º 22 do DL 46/2005)

Utilização de limitador de velocidade não homologado (alínea b) do nº 1 do art.º 22 do DL 46/2005)

Viciação do funcionamento do limitador de velocidade (alínea c) do nº 1 do art.º 22 do DL 46/2005)

250,00€ a 1.250,00€ Violação da selagem do limitador de velocidade (alínea c) do nº 1 do art.º 22 do DL 46/2005)

Não instalação de limitador de velocidade, quando devida (alínea c) do nº 1 do art.º 22 do DL 46/2005)

INSPEÇÕES

Infração Sanção

Não sujeição às Inspeções previstas na Lei, nomeadamente IPO’s e inspeções na estrada (nºs 3 do art.º 116º do Código da Estrada e DL 144/2012)

Coima de 250,00€ a 1.250,00€

Não sujeição a extraordinária de veículos cujos documentos tenham sido apreendidos (nºs 3 do art.º 116º do Código da Estrada e DL 144/2012)

Coima de 250,00€ a 1.250,00€

Transporte de passageiros ou carga em veículos que apresentem deficiência do tipo 2 nos sistemas de direção, suspensão ou travagem, enquanto não forem aprovados (art.º 14º DL 144/2012)

Coima de 250,00€ a 1.250,00€

Circulação de veículos que apresentem deficiências do tipo 3 fora dos casos de deslocação até ao local de reparação e posterior regresso ao centro de inspeção para confirmar a correção das anomalias (art.º 14º DL 144/2012 e art.º 161 do Código da Estrada)

Coima de 250,00€ a 1.250,00€ +

Apreensão da documentação do veículo

Não exibição da ficha de inspeção, quando exigível, no ato da fiscalização, não procedendo à sua apresentação no prazo de 8 dias à autoridade indicada pelo agente de fiscalização (art.º 14º DL 144/2012 e nº 4 do art.º 85 do Código da Estrada)

Coima de 60,00€ a 300,00€

Não exibição da ficha de inspeção, quando exigível, no ato da fiscalização mas procedendo à sua apresentação no prazo de 8 dias à autoridade indicada pelo agente de fiscalização (art.º 14º DL 144/2012 e nº 4 do art.º 85 do Código da Estrada)

Coima de 30,00€ a 150,00€