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Aida Valadas de Lima AnáliseSocial,vol. x x v i (111), 1991 (2.°), 335-359 Velhos e novos agricultores em Portugal* 1. INTRODUÇÃO A agricultura portuguesa e o espaço social rural têm sido objecto de um número apreciável de trabalhos. Recentemente, aliás, tem vindo a observar-se um interesse crescente por estas áreas, que se tem saldado pela publicação de trabalhos com impacte renovador. Acresce que as perspectivas ou ângu- los de análise se multiplicam —agronómicos, económicos, sociológicos, antropológicos e históricos— e interpenetram. Não nos preocupará tentar um qualquer balanço do que poderíamos desig- nar por evolução dos estudos rurais em Portugal; todavia, interessará reter as principais abordagens que informam a literatura disponível nesta maté- ria. São duas essas principais abordagens: 1) a-abordagem macro, que, pelas suas características, tende a diluir as eventuais especificidades da agricultura enquanto sector de actividade económica; 2) a abordagem micro, centrada, por sua vez, nas análises locais e no exame mais ou menos aprofundado dos traços específicos da agricultura e das comunidades rurais locais. Registe-se, no entanto, que os estudos locais, designadamente de cariz mono- gráfico, têm vindo a ultrapassar uma das suas principais limitações, a saber: o isolamento da agricultura e da comunidade rural. Nesta medida, a metodo- logia do estudo de casos, numa perspectiva que tende a ser cada vez mais uma perspectiva multidisciplinar, tem vindo a revelar-se enriquecedora e capaz de con- tribuir para um maior e melhor conhecimento das realidades agrícola e rural. Do confronto entre estes dois grandes tipos de abordagem, tanto mais enri- quecedor, repita-se, quanto se confrontam ainda diferentes perspectivas dis- ciplinares, o que nos parece mais importante realçar é justamente a consti- tuição de uma base de dados e análises que apontam inequivocamente para a marcada heterogeneidade económica e social da agricultura portuguesa. Está ainda relativamente atrasada, porém, uma linha de pesquisa que permita o aprofundamento de uma tipologia das lógicas económicas e sociais subjacentes à agricultura portuguesa, que, e no que respeita ao problema em análise, qualquer balanço sobre estrangulamentos e potencialidades do sector torna indispensável. * Texto apresentado nas Jornadas Nacionais de Investigação Científica e Tecnológica, pro- movidas pela Junta Nacional de Investigação Científica e Tecnológica (JNICT) no âmbito das sessões do Programa Fast II Comunidades Europeias, Maio de 1987. 335

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Aida Valadas de Lima Análise Social, vol. xxvi (111), 1991 (2.°), 335-359

Velhos e novos agricultores em Portugal*

1. INTRODUÇÃO

A agricultura portuguesa e o espaço social rural têm sido objecto de umnúmero apreciável de trabalhos. Recentemente, aliás, tem vindo a observar-seum interesse crescente por estas áreas, que se tem saldado pela publicaçãode trabalhos com impacte renovador. Acresce que as perspectivas ou ângu-los de análise se multiplicam —agronómicos, económicos, sociológicos,antropológicos e históricos— e interpenetram.

Não nos preocupará tentar um qualquer balanço do que poderíamos desig-nar por evolução dos estudos rurais em Portugal; todavia, interessará reteras principais abordagens que informam a literatura disponível nesta maté-ria. São duas essas principais abordagens: 1) a-abordagem macro, que, pelassuas características, tende a diluir as eventuais especificidades da agriculturaenquanto sector de actividade económica; 2) a abordagem micro, centrada,por sua vez, nas análises locais e no exame mais ou menos aprofundado dostraços específicos da agricultura e das comunidades rurais locais.

Registe-se, no entanto, que os estudos locais, designadamente de cariz mono-gráfico, têm vindo a ultrapassar uma das suas principais limitações, a saber:o isolamento da agricultura e da comunidade rural. Nesta medida, a metodo-logia do estudo de casos, numa perspectiva que tende a ser cada vez mais umaperspectiva multidisciplinar, tem vindo a revelar-se enriquecedora e capaz de con-tribuir para um maior e melhor conhecimento das realidades agrícola e rural.

Do confronto entre estes dois grandes tipos de abordagem, tanto mais enri-quecedor, repita-se, quanto se confrontam ainda diferentes perspectivas dis-ciplinares, o que nos parece mais importante realçar é justamente a consti-tuição de uma base de dados e análises que apontam inequivocamente paraa marcada heterogeneidade económica e social da agricultura portuguesa.

Está ainda relativamente atrasada, porém, uma linha de pesquisa que permitao aprofundamento de uma tipologia das lógicas económicas e sociais subjacentesà agricultura portuguesa, que, e no que respeita ao problema em análise, qualquerbalanço sobre estrangulamentos e potencialidades do sector torna indispensável.

* Texto apresentado nas Jornadas Nacionais de Investigação Científica e Tecnológica, pro-movidas pela Junta Nacional de Investigação Científica e Tecnológica (JNICT) no âmbito dassessões do Programa Fast II Comunidades Europeias, Maio de 1987. 335

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Aida Valadas de Lima

2. UMA SOCIOGRAFIA DE BASE

2.1 ALGUNS INDICADORES GERAIS DE EVOLUÇÃO

Tomemos a evolução da agricultura portuguesa ao longo das três últimasdécadas 1. Para tanto, ensaiar-se-á uma análise global que, ainda que sumá-ria, tenha presente três grandes questões: produção, população e estruturadas explorações agrícolas.

A evolução do produto agrícola bruto (PAB) aponta para que, a partirde meados da década de 1970, e designadamente «a partir de 1974 se comecea consolidar o papel de travão que hoje se reconhece que o sector agrícoladesempenha no processo de desenvolvimento sócio-económico em Portu-gal»2. De facto, a estagnação da produção agrícola, a par do peso que osector ainda representa em termos da população que ocupa, revela ter cons-tituído a agricultura portuguesa uma reserva de força de trabalho para outrossectores de actividade económica, quer em âmbito nacional, quer, sobretudo,durante a década de 60 até meados da década de 70, em âmbito extranacio-nal, designadamente através da emigração para a Europa.

A população activa agrícola, que em 1950 representava cerca de metadeda população activa total e em 1970 36% do total, situa-se, no início dosanos 80, à volta dos 28 %. Em articulação justamente com a principalfunção que, relativamente ao sistema económico e social global, a agricul-tura tem vindo a desempenhar —a de reserva de força de trabalho—,acentuou-se nos últimos anos a feminização do trabalho agrícola.As mulheres, que em 1960 constituíam 28% do total da população activaagrícola (PAA), passam em 1981 a representar cerca de metade dos acti-vos agrícolas.

No que respeita à evolução da estrutura das explorações agrícolas, oaspecto mais saliente traduz-se pela importância crescente das exploraçõesagrícolas familiares, com formas e ênfases de inserção mercantil marcada-mente heterogéneas.

A comparação em 1952, 1968 e 1979 da repartição da área arvense e dasuperfície agrícola por estratos de agricultura revela a importância cada vezmaior das muito pequenas e pequenas explorações, sobretudo em detrimentodas explorações médias. Embora o indicador utilizado apresente limitações,já que a área trabalhada não é o único indicador, nem porventura o indica-dor mais interessante, para proceder a uma estratificação económica dasexplorações3, poder-se-á concluir pelo reforço das assimetrias ao nível dasexplorações agrícolas, designadamente no que respeita ao instrumento fun-damental da produção—a terra.

1 Ver anexo i.2 Francisco Avillez, «A agricultura portuguesa no limiar da adesão à CEE», in Pensamiento

Ibero-Americano, n.° 8, 1985, p. 381.3 O dimensionamento das explorações agrícolas de acordo com o seu real peso económico

336 exigiria recorrer-se não ao indicador área, mas ao indicador PAB.

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Velhos e novos agricultores em Portugal

2.2 A SITUAÇÃO EM 1979-81

Apontar para o conhecimento mais aprofundado da realidade agrícola emPortugal passa por um esforço, já em alguma medida realizado, de regio-nalização dos principais indicadores de caracterização. É neste sentido quese apresentam aqui alguns indicadores regionalizados por distritos4.

Será, no entanto, na inventariação e estudo das principais lógicas econó-micas e sociais subjacentes à prática da agricultura em Portugal que resi-dirá, a nosso ver, o contributo decisivo para, simultaneamente, fazer umbalanço da situação e equacionar as perspectivas futuras.

De um total de 783 944 explorações, 99,3 °/o são explorações agrícolas deprodutores individuais. Vamos deter-nos sobretudo na análise das principaislógicas económicas e sociais destas explorações, que constituem o sectornumericamente mais importante. Antes, porém, procurar-se-á uma caracte-rização sumária do sector resultante do processo de Reforma Agrária5. Trata--se de sector com especificidade própria e grau de homogeneidade que, paraefeitos desta análise, justifica tratamento particularizado. Preocupar-nos-á,fundamentalmente, aferir do seu real significado económico e social.

2.2.1 AS UNIDADES COLECTIVAS DE PRODUÇÃO (UCPs) E COOPERATIVAS

DE PRODUÇÃO AGRÍCOLA

A Reforma Agrária desenvolveu-se e concretizou-se na região sul do País,no Alentejo e Ribatejo, fundamentalmente, acantonando-se no que se cha-mou Zona de Intervenção da Reforma Agrária (ZIRA). Caracterizou-se poruma natureza essencialmente colectivista; de facto, «a reconversão das uni-dades produtivas operada no processo de constituição e consolidação dasnovas unidades de produção resultantes da reforma agrária não só evitouqualquer divisão das explorações agrícolas ocupadas, como acentuou, inclu-sivamente, a concentração fundiária característica da agricultura da zona deintervenção da reforma agrária»6.

Os quadros n.os 1 e 2 fornecem alguns indicadores relativos ao número deexplorações, área e recursos do sector7. Correspondendo em 1979 a uma super-fície agrícola e florestal da ordem dos 18,4 % do total, assume este sector, noconjunto do País, reduzida expressão económica e social. Em 1970, a regiãoa que se encontra limitado o sector representava somente cerca de 18,7 % doPIB e apenas 16,3 % da população8. Por outro lado, «o PAB formado nas uni-

4 Ver anexo II. Não significa isto que os distritos sejam unidades necessariamente possui-doras de homogeneidade económica e social. Alguns dos distritos são atravessados por signifi-cativos contrastes (Castelo Branco, Viseu, Santarém, Setúbal, Faro, por exemplo).

5 Que constitui o sector mais importante das explorações em que o produtor não é uma pes-soa singular.

6 Afonso de Barros, «La reforma agraria en Portugal. De las ocupaciones de tierras a laformación de las nuevas unidades de producción», in Agricultura y Sociedad, n.° 12,1979, p. 66.

7 Ver anexo III.8 Afonso de Barros, art. cit., in op, cit, p. 66.

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A ida Valadas de Lima

dades de produção da reforma agrária não passa dos 30% e 9% do PAB nazona de intervenção da reforma agrária e do País, respectivamente, e repre-senta apenas 8% e 1,5% do PIB da ZIRA e do País, respectivamente»9.

Estes indicadores revelam, por conseguinte, realidade em relação à qualexiste considerável desproporção entre o seu impacte político e a sua realexpressão económica e social.

2.2.2 AS EXPLORAÇÕES AGRÍCOLAS DOS PRODUTORES INDIVIDUAIS

Estas explorações, apesar de, na sua esmagadora maioria (93,1 % do total),serem explorações familiares ou semifamiliares, isto é, explorações em quea totalidade ou a maior parte do trabalho agrícola é feito pelo agregadodoméstico do produtor, não constituem um grupo homogéneo.

Aceitando como fértil uma abordagem que, procurando sair da mera estra-tificação socieconómica das explorações segundo um número maior ou menorde indicadores, tenha por objectivo restituir as lógicas económicas e sociaispresentes na agricultura, comecemos por trabalhar os dados disponíveis naóptica de caracterizar a natureza do agente social responsável pelas princi-pais decisões em matéria de gestão da exploração—o chefe de exploração.

Nos quadros n.os 1 e 2 apresenta-se uma caracterização dos produtoresindividuais, que, na esmagadora maioria dos casos, coincidem com os che-

Caracterização dos produtores agrícolas individuais. Continente

Características dos produtores individuais (HM)[QUADRO N.° 1]

Classes de área(hectares)

TotalSem terraCom terra

0 - 0 ,5 . .0,5 - 1 . . .1 - 2 . . .2 - 3 . . .3 - 4 . . .4 - 5 . . .5 - 1 0 . . .

10 - 20 . . .20 - 50 . . .50 - 100 . . .

100 - 200 . . .200 - 500 . . .500 - 1 000 . . .

1 000 - 2 500 . . .+ de 2 500 . . .

Total (1)

778 7823 993

774 789132 061211 537171 47580 34846 03729 47859 93425 62011 5593 2511 825i 354

269392

Trabalhando só na exploração

HM

379 8391 203

378 63646 97891 12784 22143 82126 69617 87438 34616 9787 7802 2411 3271016

20623

2

Percentagem (1)

48,830,148,935,643,149,154,55860,66466,367,368,972,77576.659

100

Duplo-activos

HM

342 1552 378

339 77772 500

103 51676 03331 80516 77310 01218 2026 8822 831

6703151993540

Percentagem (1)

43,959,643,954,948,944,339,636,43430,426,924,520,617,314,71310,30

338 Afonso de Barros, art. cit., in op. cit., p. 67.

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Velhos e novos agricultores em Portugal

[QUADRO N.° 1, continuação]

Classes de área(hectares)

TotalSem terraCom terra

0 - 0 , 5 . . .0,5 - 11 - 22 - 33 - 44 - 55 - 10

10 - 2020 - 5050 - 100

100 - 200200 - 500500 -1000

1 000 - 2 500+ de 2 500

Com actividade forae sem actividade na exploração

HM

33 149366

32 7839 1029 4566 2192 5711 348

8071 697

8374411569246920

Percentagem (1)

4,39,24,26,94,53,63,22,92,72,83,33,84,853,43,35,10

Sem actividade forae sem actividade na exploração

HM

23 63946

23 5933 4817 4385 0022 1511220

7851689

923507184919319100

Percentagem (1)

31,232,63,52,92,72,72,72,83,64,45,756,97,1

25,60

Fonte: INE, Recenseamento Agrícola do Continente, 1979.

Características dos produtores individuais — repartição por sexos

[QUADRO N.° 2]

Classes de área(hectares)

Tota lS e m terra .C o m terra .

0 - 0 , 5 . . .0 ,5 - 1 . . . .1 - 2 . . . .2 - 3 . . . .3 - 4 . . . .4 - 5 . . . .5 - 1 0 . . . .

10 - 2 0 . . . .2 0 - 5 0 . . . .50 - 100 . . . .

100 - 2 0 0 . . . .2 0 0 - 5 0 0 . . . .500 - 1 0 0 0 . . . .

1 0 0 0 - 2 500 . . . .4- d e 2 5 0 0 . . . .

Total

675 1893 650

671 539106 968175 440150 18872 73542 28027 25255 76523 92510 7723 0321 6881 221

24329

1

M

103 593343

103 25025 09336 09721287

7 6133 7572 2264 1691 695

7872151371332610

1

Taxa demasculinidade

86,791,486,78182,987,690,591,892,49393,493,293,392,590,290,374,450

Trabalhando só na exploração

ri

302 793988

301 80528 27463 87868 00238 16923 98316 26935 50815 8777 31221291 253

93919219

1

Percentagem

(D

44,827,144,926,436,445,352,556,759,763,766,467,970,274,276,97965,5

100

w1V1

77 046215

76 83118 70427 24916 2195 6522 71316052 838110146811274771441

Percentagem(2)

74,462,774,474,575,576,274,272,272,168,16559,551,15457,953,840

100 339

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Aida Valadas de Lima

[QUADRO N.° 2, continuação)

Classes de área(hectares)

TotalSem terraCom terra

0 - 0,50,5- 1..1 - 2 . .2 - 3 . .3 - 4 . .4 - 5..5 - 10..

10 - 20..20 - 50..50 - 100..

100 - 200..200 - 500..500 -1 000..

1 000 - 2 500..+ de 2 500..

Trabalha sóna exploração

Taxa de mas-culinidade

79,782,179,760,270,180,787,189,89192,693,5949594,492,493,282,650

Duplo-activos

H

324 9912 260

322 73167 37997 54372 81530 71216 2229 721

17 6796 7012 766

65331019234

40

Percentagem(D

48,161,948,16355,648,542,238,435,731,72825,721,518,415,71413,80

M

17 164118

17 0465 1215 9733 2181093

551291523181651757100

Percentagem(2)

16,634,416,520,416,515,114,414,713,112,510,78,37,83,65,33,800

Taxa demasculi-nidade

95959592,994,295,896,696,797,197,197,497,797,598,496,597,1

1000

Com activi-dade só fora

da exploração

H

30 704361

30 3438 7388 7415 7102 3251 212

7201490

7553871387742620

[QUADRO N.° 2, continuação]

340

Classes de área(hectares)

TotalSem terraCom terra

0 - 0,50,5 - 11 - 22 - 3 ,.3 - 44 - 55 - 10

10 - 2020 - 5050 - 100

100 - 200200 - 500500 - 1 000

1 000 - 2 500+ de 2 500

Com actividade fora e semactividade na exploração

Percentagem0)

4,59,94,58,253,83,22,92,62,73,23,64,64,63,42,56,90

M

2 4455

2 44036471550924613687

207825418154300

Percentagem(2)

2,41,52,41,522,43,23,63,954,86,98,2

10,93

11,500

Taxa demasculinidade

92,698,692,69692,491,890,489,989,287,890,287,888,583,791,366,7

1000

Sem actividade fora e semactividade na exploração

H

16 70141

16 6602 5775 2783 6611 529

863542

1 08859230711248481140

Percentagem(D

2,51,12,52,432,42,12222,52,83,72,83,94,5

13,80

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Velhos e novos agricultores em Portugal

[QUADRO N.° 2, continuação]

Classes de área(hectares)

TotalS e m t e r r a . . . . .Com terra

0 - 0,50,5 - 11 - 22 - 33 - 44 - 55 - 10

10 - 2020 - 5050 - 100

100 - 200200 - 500500 - 1000

1 000 - 2 500+ de 2 500

Sem actividade fora e sem actividade na exploração

M

6 9385

6 933904

2 1601 341

622357243601331200

724345860

Percentagem (2)

6,71,56,73,666,38,29,5

10,914,419,525,432,931,433,830,8600

Taxa de masculinidade

70,789,170,6747173,271,170,76964,464,160,660,952,751,657,9400

Fonte: INE, Recenseamento Agrícola do Continente, 1979.

fes de exploração agrícola, segundo a ocupação, sexo e classes de área dasexplorações. Com base no critério «participação no trabalho agrícola» iden-tificam-se três grandes perfis-tipo de agricultores: os que trabalham exclusi-vamente na exploração agrícola; os duplo-activos; os que têm como activi-dade exclusiva uma actividade externa à exploração.

Em 1979, e para o continente, os chefes de exploração com actividadeexclusivamente na exploração agrícola não chegam a representar metadedo total (48,8%); os duplo-activos10 representam 43,9% do total; os quetêm actividade exclusivamente extra-exploração são, por sua vez, 4,3%do total.

Dos cerca de 779 000 chefes de exploração, 86,7% são homens. Registe--se, no entanto, que, para aqueles que têm actividade exclusivamente naexploração, a taxa de masculinidade é um pouco mais baixa, cerca de 79,7%.A grande maioria das explorações são explorações com terra. As explora-ções sem terra representam apenas 0,5 % do total. Não aprofundaremos estegrupo. Todavia, note-se que tanto a taxa de masculinidade como a percen-tagem dos duplo-activos e de chefes de exploração com actividade externae sem actividade na exploração são mais elevadas quando comparamos estegrupo com o das explorações com terra.

10 72,0% do total dos duplo-activos dedicam menos de 50 % do tempo de actividade à explo-ração; 74,4% têm como actividade externa uma actividade não agrícola. 341

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Aida Valadas de Lima

Se fizermos coincidir a pequena, média e grande agricultura, respectiva-mente, com os escalões de área11 de <4 ha, 4 ha-50 ha e >50 ha12, temosque a pequena agricultura representa 82,8 % do total das explorações comterra.

Importância dos estratos de agricultura segundo a caracterização do produtor individual(explorações com terra, em percentagem)

[QUADRO N.° 3]

Caracterização do produtor individual

TotalTrabalha só na exploraçãoDuplo-activosCom actividade fora e sem actividade

na exploraçãoSem actividade fora e sem actividade

na exploração

Pequena(< 4 ha)

82,877,388,5

87,5

81,8

Média(4 ha-50 ha)

16,321,411,2

11,5

16,5

Grande(> 50 ha)

0,91,30,3

1,0

1,7

Fonte: INE, Recenseamento Agrícola do Continente, 1979.

O predomínio tão marcado da pequena agricultura traduz-se no facto deser neste sector que vamos encontrar maior peso de qualquer dos três tiposatrás delineados: 77,3% do total dos produtores com actividade exclusiva-mente na exploração; 88,5 % do total dos produtores duplo-activos; 87,5 %do total dos produtores que têm actividade exclusivamente extra-exploração.

Tão importante como a conjugação, por parte do chefe de exploração,da actividade na exploração agrícola com outras actividades é a diversifica-ção das fontes de rendimento dos titulares das explorações. Há, portanto,que contemplar a questão do plurirrendimento. De facto, a importâncianumérica da agricultura que assenta no plurirrendimento é porventura oindicador-síntese mais expressivo da actual situação.

Em 1979, cerca de 82% do total das explorações agrícolas pertenciam aprodutores cujo rendimento total do agregado familiar provinha simultanea-mente da actividade na exploração e de actividades e/ou de rendimentosextra-exploração. Destas, 73,8% obtêm da exploração agrícola menos de50% do seu rendimento total.

342

11 Mal-grado as suas limitações na aferição da dimensão económica de uma exploração. Paratal, o indicador mais pertinente seria o do rendimento da exploração (o PAB).

12 A exemplo do que fizeram outros autores: Eugénio de Castro Caldas, A Agricultura Por-tuguesa no Limiar da Reforma Agrária, Oeiras, CEEA/IGC, 1978; Manuel Villaverde Cabral,«Agrarian Structures and Recent Rural Mouvements in Portugal», in The Journal ofPeasantStudies, 1978; Afonso de Barros, «Modalidades de pequena agricultura», in Revista Críticade Ciências Sociais, n.os 7-8, 1981.

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Velhos e novos agricultores em Portugal

Finalmente, e na base da conjugação dos indicadores carreados,identifiquem-se as modalidades que maior significado assumem, isto é, maisexactamente, diferenciem-se aqueles sectores de agricultura definíeis segundoa lógica que lhes marca a especificidade.

Caracterização dos produtores individuais (explorações com terra)

(QUADRO N.° 4] (Milhares)

Situação do orodutor individual

Trabalhando só na explora-ção

Duplo-activosCom actividade fora e sem

actividade na exploraçãoSem actividade fora e sem

actividade na exploração

Classes de área

Pequena« 4 ha)

VA

293301

29

19

Percentagem(D

37,838,8

3,7

2,5

Média(4 ha-50 ha)

VA

8138

4

4

Percentagem(D

10,54,9

0,5

0,5

Grande(>50 ha)

VA

51

0,3

0,4

Percentagem(D

0,60,2

0,04

0,05

(1) Percentagem em relação ao total dos produtores individuais.

Fonte: INE, Recenseamento Agrícola do Continente, 1979.

No início dos anos 80 são três esses principais sectores:1) A agricultura tendencialmente empresarial, isto é, a agricultura cons-

tituída por aquelas explorações agrícolas que denotam características técnico--económicas acima da média, já que se situam no que definimos por médiae grande agricultura e onde o chefe da exploração tem por ocupação exclu-siva a agricultura. Este sector representará aproximadamente 11,1% donúmero total de explorações, abrangendo, em contrapartida, uma área quese situará próximo de 54,5% da área total.

2) A agricultura de pluriactividade ou a agricultura a tempo parcial, queé já o sector maioritário em número de explorações, representando cerca de48,1 % do total, às quais corresponderá uma área de 32,1 % da área total.A esmagadora maioria deste sector encontra-se confinado à pequena agri-cultura. É na pequena agricultura de pluriactividade que, porventura, maisvincadamente se encontra forte heterogeneidade interna; o que é específicoà situação portuguesa é que o grosso destas explorações constituem uma agri-cultura a tempo parcial de base camponesa, isto é, de carácter defensivo.Trata-se, na maior parte das situações, de uma agricultura que funciona comoretaguarda de outras fontes de rendimento, designadamente do salário13.

13 Aida Valadas de Lima, «O rendimento em Portugal ao longo da última década», in Aná-lise Social, n.™ 87-88-89, 1985. 343

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Aida Valadas de Lima

3) A pequena agricultura de plurirrendimento, cuja expressão é aproxi-madamente de 37,8% do número total de explorações e de 9,1 °/o da árearespectiva, caracterizada aqui pela exclusividade do trabalho na exploraçãopor parte do chefe da exploração. Esta agricultura mantém-se graças a ren-dimentos externos com origem:

a) Na pluriactividade dos outros membros do agregado doméstico doprodutor14;

b) No plurirrendimento sem pluriactividade familiar, como sejam, sobre-tudo, pensões sociais e reformas, juros de poupança, remessas de emi-gração.

As explorações referidas na alínea b) coincidem, na maior parte dos casos,com situações de envelhecimento da população agrícola. Trata-se de sub-sector caracterizado por alguns autores como de agricultura residual,pretendendo-se com este qualificativo «evidenciar sobretudo a natureza pro-blemática da reprodução destas explorações agrícolas do que propriamenteafirmar a sua completa inviabilidade»15.

Modalidades de agricultura

[QUADRO N.° 5]

Modalidades Explorações Percentagem Área (hectares) Percentagem

TotalAgricultura «empresarial» total

MédiaGrande

Agricultura de pluriactividade totalPequenaMédiaGrande

Pequena agricultura de plurirrendimentoOutra

774 78985 79380 9784 815

372 560329 32341 709

1 528292 84323 593

10011,110,50,6

48,142,55,40,2

37,83,1

3 882 8262 118 917

898 8561 220 1211 245 353

395 188462 970387 195351 412167 084

10054,523,131,432,110,211,910,09,14,3

Fonte: INE, Recenseamento Agrícola do Continente, 1979.

Na falta de elementos estatísticos que nos permitam avaliar, com algumaprecisão, a contribuição de cada uma destas modalidades de agricultura parao produto agrícola total, aponte-se, todavia, que é plausível pensar que, ten-dencialmente, haverá uma correlação positiva entre o contributo para o total

14 Para se ter uma ideia da pluriactividade familiar, atente-se nos quadros n.os 1 e 2,anexo iv.

15 Afonso de Barros, «Modalidades de pequena agricultura», in Revista Crítica de Ciências344 Sociais, n.os 7/8, 1981, p. 134.

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Velhos e novos agricultores em Portugal

do PAB e a área que cada sector representa. A fracção do produto comer-cializável, por outro lado, crescerá da pequena para a grande agricultura eda agricultura de plurirrendimento para a agricultura de pluriactividade epara a agricultura tendencialmente empresarial.

3. À GUISA DE CONCLUSÃO

Identificados os principais sectores e quantificada a sua importância rela-tiva, em termos de número de explorações e das áreas totais, cremos esta-rem reunidas as condições mínimas para equacionar a questão dos estran-gulamentos e potencialidades do sector agrícola em Portugal.

Uma das conclusões que nos parece poder tirar, de imediato, é a de quea reconversão ou reestruturação do sector terá de harmonizar a lógica socialcom uma lógica económica coerente.

É nos sectores do que designamos por agricultura tendencialmente empre-sarial e média e grande agricultura de pluriactividade (16,7% do total dasexplorações e cerca de 76,4% da área total) que se encontrarão o grosso dasexplorações com maior dinamismo económico. Só a caracterização aprofun-dada destes sectores propiciará, a nosso ver, os elementos indispensáveis aum balanço sério sobre as suas potencialidades.

É na procura de medidas de política agrícola diferenciadas, mas consti-tuindo um conjunto coerente de acções capazes de permitir a transforma-ção tecnológica e estrutural da agricultura, no quadro da integração euro-peia, que se assegurará o ultrapassar dos principais estrangulamentos, a saber:

Profunda assimetria ao nível dos rendimentos agrícolas (uma parte subs-tancial da agricultura é incapaz de assegurar uma remuneração com-patível, como vimos);

Rigidez do mercado fundiário, resultante da importância do plurirrendi-mento fundamentalmente como estratégia defensiva e das consequên-cias da emigração sobre o preço da terra. A forte componente emigra-tória que atingiu a população agrícola não deixou de, como resultadodo aumento da disponibilidade monetária dos que emigraram, provo-car pressão sobre a terra, com a consequente sobrevalorização especu-lativa do seu preço, o qual se situará actualmente muito acima do seureal valor económico;

Envelhecimento dos agricultores. Do total dos agricultores, 75 % têm maisde 45 anos; 25 % têm mais de 65 anos;

Nível de instrução muito baixo da esmagadora maioria dos agricultores:61,4% do total não têm qualquer grau de instrução (não sabem ler nemescrever ou sabem ler e escrever sem grau de instrução) e 34,1 % ape-nas possuem o ensino básico elementar.

Refira-se, por fim, que, no quadro da estrutura fundiária e do processosocial actuais, propiciar níveis de rendimento capazes de fixar os estratos 345

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Aida Valadas de Lima

mais dinâmicos dos agricultores portugueses passará, sobretudo, por aumen-tos significativos da produtividade da terra, quer em termos físicos, querem termos monetários. Pretender-se atingir um número significativo de agri-cultores, como o mercado interno é limitado, implica que se opte poraumentos de produtividade através, sobretudo, de produtos de maior valo-rização com destino ao mercado externo. Daqui a necessidade de atentarno padrão de especialização europeia, que permita a Portugal obter vanta-gens comparativas.

ANEXO 1

Fonte: Aida Valadas de Lima e Francisco Cabral Cordovil, «Anexo estatístico. A agricultura na sociedade portuguesa», inAspectos do Portugal Rural t Braga, Sociedade Portuguesa de Estudos Rurais, 1986

Evolução do PAB, do PIB e da relação PAB/PIB: 1950-81

[QUADRO 0]

PABAgricultura..Silv. e caça..PIB

1950-60

Percentagem

do PIB

em 1950

34,0

100,0

Taxa

de cresci-

cimento (a)

0,90

4,84

Percentagem

do PIB

em 1960

23,119,43,7

100,0

1960-70

Taxa

de cresci-

cimento (a)

1,801,800,786,13

Percentagem

do PIB

em 1970

14,412,22,2

100,0

1970-76

Taxa

decresci-

cimento (a)

-0,80-0,63-0,865,09

Percentagem

do PIB

em 1976

10,38,71,6

100,0

1977-81

Taxa

de cresci-

cimcnto(o)

3,503,551,833,64

Percentagem

do PIB

em 1981

11,59,91,6

100,0

(a) Taxa de crescimento médio anual.

População activa agrícola na população activa total. Evolução

CONTINENTE

[QUADRO N.° 1]

346

Anos

195019601970197419791981

i

Total

População activa agrícola (a

Assalariados

)Outros

Em percentagem da população activa total

514736343028

2923141066

222422242422

Número de exploraçõesagrícolas em percentagem

do número de famílias

36——34

Trabalhadores agrícolasem percentagem

da população activa agrícola

564938292121

(a) Incluindo trabalhadores familiares não remunerados.

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Velhos e novos agricultores em Portugal

Evolução da participação das mulheres na população activa agrícola

CONTINENTE

[QUADRO N.° 2]

Anrtc

19601970197419781981

Total

2841485051

Em percentagem da população activa agrícola

Remunerados

919363532

Não remunerados

4854545456

Repartição da área arvense e da superfície agrícola por estratos de agricultura:comparação em 1952, 1968 e 1979

CONTINENTE

[QUADRO N.° 3]

Anos

195219681979

Repartição (percentagem) por estratos

Área arvense

Muitopequenas

7,88,9

Pequenas

25,426,2

Médias

20,618,7

Grandes

46,246,2

Superfície agrícola

Muitopequenas

10,514,2

Pequenas

28,025,5

Médias

24,122,1

Grandes

37,438,2

NORTE E CENTRO LITORAL

Anos

195219681979

Área arvense

Muitopequenas

15,622,5

Pequenas

55,655,7

Médias

26,117,0

Grandes

2,74,8

Superfície agrícola

Muitopequenas

21,329,9

Pequenas

53,251,5

Médias

21,215,2

Grandes

4,33,4

NORTE E CENTRO INTERIOR

Anos

195219681979

Área arvense

Muitopequenas

18,815,3

Pequenas

45,639,6

Médias

26,125,8

Grandes

9,519,3

Superfície agrícola

Muitopequenas

15,326,7

Pequenas

38,038,1

Médias

26,718J

Grandes

20,016,5

347

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Aida Valadas de Lima

OESTE E RIBATEJO

Anos

195219681979

Área arvense

Muitopequenas

8,06,5

Pequenas

27,132,2

Médias

22,829,0

Grandes

42,132,3

Superfície agrícola

Muitopequenas

8,610,4

Pequenas

34,928,9

Médias

29,527,8

Grandes

27,032,9

ALENTEJO

Anos

195219681979

Área arvense

Muitopequenas

1,42,3

Pequenas

7,59,1

Médias

16,412,7

Grandes

74,775,9

Superfície agrícola

Muitopequenas

3,43,3

Pequenas

9,68,6

Médias

20,824,6

Grandes

66,263,5

Área das explorações agrícolas familiares em percentagem da área total, 1968-79

[QUADRO N.° 41

348

Regiões/distritos

Continente

Norte litoral

Centro litoral

Norte e Centro interior

AveiroBragaPortoViana do Castelo

CoimbraLeiria

BragançaCastelo BrancoGuardaVila RealViseu

SantarémLisboaSetúbal

AlentejoBejaÉvoraPortalegre

Faro

Em 1968

44,6

71,380,979,685,5

66,361,7

69,346,171,173,472,2

37,547,820,7

26,414,118,6

69,9

Em 1979

51,4

88,882,581,186,6

84,584,0

77,858,481,580,576,8

43,164,231,1

39,413,924,7

79,0

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Velhos e novos agricultores em Portugal

ANEXO IIFonte: Aida Vaiadas de Lima e Francisco Cabral Cordovil, «Anexo estatístico. A agricultura na sociedade portuguesa», in

Aspectos do Portugal Rural, Braga, Sociedade Portuguesa de Estudos Rurais, 1986.

Limites considerados para os estratos da agricultura (hectares)

Distritos

AveiroBragaCoimbraFaroLeiriaViana do CasteloViseu

LisboaPorto

SantarémSetúbal

BejaBragançaCastelo BrancoÉvoraGuardaPortalegre

Vila Real

Muito pequenas

0-1 ha

0-1 ha

0-1 ha

0-4 ha

0-4 ha

Pequenas

1 ha-10 ha

1 ha-4 ha

1 ha-10 ha

4 ha-20 ha

4 ha-10 ha

Médias

10 ha-50 ha

4 ha-50 ha

20 ha-200 ha

20 ha-200 ha

10 ha-50 ha

Grandes

+ 50 ha

+ 50 ha

+ 200 ha

+ 200 ha

+ 50 ha

[QUADRO N.°l]Utilização de terra

Regiões/distritos

Continente

Norte litoral

Centro litoral

Norte e Centro interior

AveiroBragaPortoViana do Castelo..

CoimbraLeiria

BragançaCastelo Branco . . .GuardaVila RealViseu

SantarémLisboaSetúbal

AlentejoBejaÉvoraPortalegre

F a r o . . . .

Superfície florestalem percentagem da

superfície total

29,2

56,939,242,658,8

59,743,8

15,435,315,549,545,4

43,713,437,2

13,510,322,3

19,6

Superfície irrigadaem percentagem da

SAU

18,0

60,192,388,379,3

47,521,5

9,718,824,333,353,1

28,112,611,4

3,13,57.0

15,1

Pousioem percentagemda terra arável

41,5

1,40,90,92,2

5,56,9

39,641,830,26,53,4

18,99,4

49,1

56,161,852,5

48,3349

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Aida Valadas de Lima

Número de explorações agrícolas e repartição por estratos de dimensão (1979)

[QUADRO N.° 2]

Regiões/distritos

Continente

Norte litoral

Centro litoral

Nortee Centrointerior

AveiroBragaPortoViana do Cas-

telo

CoimbraLeiria

BragançaCastelo Bran-

coGuardaVila Real . . .Viseu

SantarémLisboaSetúbal

AlentejoBejaÉvoraPortalegre...

Faro

Número de explorações agrícolas

Total

783 944

65 52856 20754 602

41911

69 59165 266

33 920

38 74638 35443 46174 665

66 06241 15917 138

18 35012 22015 385

32 379

Sem terra

4 132

1074067

32

135531

34

50362660

870550468

285400196

245

Com terra

Total

779 812

65 42156 16754 535

41 879

69 45664 735

33 886

38 69638 31843 43574 605

65 19240 60916 670

18 06511 82015 189

32 134

Classes

Muitopequenas

421 800

36 91928 60831 417

25 418

34 92632 982

19 139

30 14229 21434 87333 556

27 77314 7237 263

7 2517 5029 891

10 203

Pequenas

315 947

27 20525 20516 659

16 037

33 29930 355

13 189

7 3188 3156 513

38 984

35 30818 3287 771

6 2632 8193 526

18 853

Médias

38 115

1 1921 3086 398

293

1 1001283

1 507

1070766

1 8651 854

1 8407 2721 330

3 8051 0751 367

2 790

Grandes

3 950

1054661

131

131115

51

16623

184211

271286306

746424405

288

350

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Velhos e novos agricultores em Portugal

Superfície média por exploração (hectares) (1979)

[QUADRO N.° 3]

Regiões/distritos

Continente

Norte litoral

Centro litoral

Norte e Centrointerior

AveiroBragaPortoViana do Cas-

telo

CoimbraLeiria

BragançaCastelo Branco.GuardaVila RealViseu

SantarémLisboaSetúbal

AlentejoBejaÉvoraPortalegre

Faro

Total

6,6

2,22,22,1

2,8

2,92,5

8,17,75,26,33,1

6,84,0

23,2

45,248,530,3

6,7

Classes

Muitopequenas

0,9

0,50,50,5

0,7

0,60,5

2,21,51,91,50,7

0,60,60,5

1,71,41,4

0,8

Pequenas

3,9

2,73,02,1

2,4

2,62,7

9,68,89,97,02,8

4,02,15,2

9,98,89,4

4,8

Médias

29,5

17,517,38,8

26,2

18,117,4

46,655,559,220,121,4

52,99,5

63,7

64,064,066,6

24,1

Grandes

610,7

272,2129,9134,5

426,2

560,5320,5

693,4771,3723,3756,0249,6

692,9161,5840,5

668,41105,4797,9

172,9

351

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Aida Valadas de Lima

Repartição (percentagem) da superfície total por estratos (1979)

[QUADRO N.° 4]

Regiões/distritos

Continente .

Norte litoral

Centro litoral

Norte e Centrointerior

AveiroBragaPorto ..Viana do Castelo

CoimbraLeiria

BragançaCastelo BrancoGuardaVila RealViseu

SantarémLisboa.Setúbal . . . .

AlentejoBejaÉvoraPortalegre

Faro

Muitopequenas

7,7

13,712,412,614,2

11,011,4

15,315,427,619,210,9

3,55,11,0

1,61,82,9

3,9

Pequenas

24,1

51,563,830,432,0

42,551,3

46,221,641,216,648,6

31,823,910,5

7,64,37,2

41,6

Médias

21,7

14,718,849,86,5

9,914,1

25,620,022,813,617,4

22,142,521,9

29,812,019,7

31,2

Grandes

46,5

20,15,07,2

47,3

36,623,2

12,943,08,4

50,623,1

42,628,466,6

61,081,970,2

23,2

352

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Velhos e novos agricultores em Portugal

Área dos agricultores autónomos em percentagem da área total (1979)

[QUADRO N.° 5]

Regiões/distritos

Continente

Norte litoral

Centro litoral

Norte e Centrointerior

AveiroBrasaPorto .. . . . .Viana do Castelo ..

CoimbraLeiria

BragançaCastelo BrancoGuarda..Vila RealViseu

SantarémLisboaSetúbal

AlentejoBeiaÉvoraPortalegre

Faro

Total dasexplorações

45,9

76,082,177,944,9

57,770,5

69,053,776,140,661,9

40,060,726,9

38,113,924,4

77,9

Classes

Muitopequenas

92,2

97,789,392,088,8

95,697,1

89,895,291,589,486,3

96,495,396,6

93,089,392,6

95,7

Pequenas

89,4

94,089,389,593,1

91,593,8

89,590,086,882,587,2

86,594,086,5

92,780,687,3

94,3

Médias

63,2

79,264,476,633,7

65,568,4

52,063,654,262,748,5

36,469,960,8

76,051,958,6

80,5

Grandes

7,7

12,939,013,50,6

4,97,2

4,316,037,72,47,3

3,412,95,4

11,43,15,4

41,7

353

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Aida Valadas de Lima

Trabalho agrícola (UTA) familiar em percentagem do total (1979)

ÍQUADRO N.° 6]

Regiéies/distritos

Continente

Norte litoral

Centro litoral

Norte e Centrointerior

SantarémLisboaSetúbal

Alentejo

Faro

AveiroBrasaPortoViana do Castelo . .

CoimbraLeiria

Bragança . . .Castelo BrancoGuardaVila RealViseu

BejaÉvoraPortalegre

Total dasexplorações

84,6

94,291,392,294,5

94,392,8

86,990,690,180,589,8

73,376,757,9

52,730,154,2

83,3

Exploraçãosem terra

78,1

36,753,877,176,5

87,286,6

90,377,853,574,215,9

93,364,378,7

96,592,595,1

92,9

Classes de exploração com terra

Muitopequenas

96,0

97,696,796,496,9

97,597,7

95,297,494,988,696,2

96,792,895,3

95,490,695,7

96,9

Pequenas

90,8

92,591,594,393,5

94,593,3

90,790,588,177,191,1

86,090,977,4

91,173,785,4

88,3

Médias

59,1

76,356,281,349,2

64,356,9

47,658,949,748,348,5

23,463,740,9

69,339,348,4

67,0

Grandes

4,5

26,17,0

17,814,7

15,011,3

1,712,612,67,59,0

1,86,12,8

6,01,43,8

22,8

354

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Velhos e novos agricultores em Portugal

Produtores agrícolas individuais cujo rendimento provém em mais dede fora da exploração agrícola (1979)

[QUADRO N.° 7]

Regiões/distritos

Continente

Norte litoral

Centro litoral

Norte e Centro

interior

AveiroBragaPortoViana do Castelo . .

CoimbraLeiria . .

BragançaCastelo BrancoGuardaVila RealViseu

Santarém . . . .LisboaSetúbal

AlentejoBejaÉvoraPortalegre

Faro

Percentagemdo número

total deexplorações

60,5

62,657,564,757,0

68,364,8

40,974,750,141,957,6

75,952,363,5

51,167,866,8

57,5

Percentagemda área

total

29,4

43,937,140,047,1

55,944,6

23,238,927,723,542,7

38,528,118,4

13,820,016,8

30,8

Percentagem da área de cada estrato

Muitopequenas

62,9

70,068,173,461,7

76,876,4

49,876,148,936,468,0

90,276,270,1

75,475,873,0

74,1

Pequenas

38,3

39,432,441,141,4

53,141,5

19,448,321,415,941,9

53,638,737,6

37,341,638,4

41,3

Médias

19,6

38,130,430,145,9

46,728,9

13,629,416,613,832,8

24,819,114,4

11,918,114,0

20,0

Grandes

11,5

35,247,349,744,0

47,546,5

19,115,27,5

20,330,2

15,118,78,5

5,59,17,2

17,0

ANEXO III

Número e áreas das UCPs e cooperativas de produção (1979)

[QUADRO N.° 1)

Distritos

ContinenteDistritos da ZI-

RA(fl)BejaCastelo Branco..ÉvoraLisboaPortalegreSantarémSetúbal

Númerode UCPs e

cooperativas(D

502

498154

6147

4626366

Área

Hectares(2)

898 940

898 457240 356

9 378351 607

486164 69254 24478 180

Percentagem(3)

100,0

99,926,7

1,039,10,1

18,36,08,7

Repartição por classes de área (percentagem)

0-100 ha(4)

0,1

0,1

10,7

0,80,1

100 ha-1000 ha(5)

15,1

15,021,920,08,7

89,36,6

31,545,9

1000 ha-2500 ha(6)

28,5

28,529,780,025,8

22,251,147,2

+ de 2500 ha(7)

56,3

56,448,4

65,5

71,216,634,2

(a) O distrito de Lisboa não é incluído neste subtotal.

Fonte: Aida Valadas de Lima e Francisco Cabral Cordovil, «Anexo estatístico. A agricultura na sociedade portuguesa»,in Aspectos do Portugal Rural, Braga, Sociedade Portuguesa de Estudos Rurais, 1986 355

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Aida Valadas de Lima

Recursos das UCPs e cooperativas em percentagem dos recursosdo conjunto das explorações agrícolas (1979)

[QUADRO N.° 2]

Distritos

Superfícieagrícola

e florestal

SAU

Total2

Irrigada3

Gado(CN)

4

Trabalho (UIA)

Total5

Não familiar6

ContinenteDistritos da ZIRA. . .BejaCastelo BrancoÉvoraPortalegreSantarémSetúbal

18,430,629,4

3,361,235,912,720,6

20,732,029,73,6

61,233,05,4

22,4

5,517,325,22,6

58,222,89,1

17,7

8,219,425,22,7

48,023,63,58,2

3,214,123,00,4

49,022,74,09,9

20,640,048,74,0

70,149,515,123,5

Fonte: Aida Valadas de Lima e Francisco Cabral Cordovil, «Anexo estatístico. A agricultura na sociedade portuguesa»in Aspectos do Portugal Rural, Braga, Sociedade Portuguesa de Estudos Rurais, 1986.

ANEXO IV

Caracterização dos familiares dos produtores individuais. Continente

Características dos familiares dos produtores individuais (HM)

[QUADRO N.° 1]

Classes de área(hectares)

TotalSem terra . . .Com terra

0 - 0 , 5 . .0,5 - 1 . . .1 - 2 . . .2 - 3 . . .3 - 4 . . .4 - 5 . . .5 - 1 0 . . .

10 - 2 0 . . .20 - 50 . . .50 - 100 . . .

100 - 200 . . .200 - 500 . . .500 - 1 000 . . .

1 000 - 2 500 . . .+ de 2 500 . . .

Total (1)

1 667 6076 140

1 661 467275 457417 366367 228181 510106 32368 986

142 97060 68426 253

6 9054 0352 963

692887

Trabalhando só na exploração

HM

867 5452 188

865 357114 683210 427198 612101 79960 91440 19683 40534 88313 9223 3951 8191 045

226292

Percentagem (1)

5235,652,141,650,454,156,157,358,358,357,55349,245,135,332,73328,6

Duplo-activos

HM

246 348688

245 66048 83867 14355 44025 41414 4388664

16 9135 8952 124

4392061113050

Percentagem (1)

14,811,214,817,716,115,11413,612,611,89,78,16,45,13,74,35,70

356

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Velhos e novos agricultores em Portugal

[QUADRO N . M , continuação]

Classes de área(hectares)

TotalSem terraCom terra

0 - 0 , 5 . . .0,5 - 11 - 22 - 33 - 44 - 5, , .5 - 10

10 - 2020 - 5050 - 100

100 - 200200 - 500500 -1000

1 000 - 2 500+ de 2 500

Com actividade forae sem actividade na exploração

HM

143 0341002

142 03235 05737 23828 74113 0247 3674 6388 9873 9641 920

529277239

4740

Percentagem (1)

8,616,38,5

12,78,97,87,26,96,76,36,57,37,76,98,16,84,50

Sem actividade forae sem actividade na exploração

HM

410 6802 262

408 41876 879

102 55884 43541 27323 60415 48833 66515 9428 2872 54217331 568

389505

Percentagem (1)

24,636,824,627,924,62322,722,222,523,526,331,636,842,952,956,256,871,4

Fonte: INE, Recenseamento Agrícola do Continente, 1979.

Características dos familiares dos produtores individuais — repartição por sexos

[QUADRO N.° 2]

Classes de área(hectares)

TotalSem terraCom terra

0 - 0,5 . .0,5 - 1 . . . .1 - 2 . . . .2 - 3 . . . .3 - 4 . . . .4 - 5 . . . .5 - 1 0 . . . .

10 - 2 0 . . . .20 - 5 0 . . . .50 - 100

100 - 2 0 0 . . . .200 - 5 0 0 . . . .500 - 1 0 0 0 . . . .

1000 - 2 5 0 0 . . . .+ de 2 500

Total

H

546 1871 673

544 51493 966

134 597118 38258 83534 84322 59347 61920 262

8 6552 1811 351

96123431

4

M

1 121 4204 467

1 116 953181 491282 769248 846122 6757148046 39395 35140 42217 5984 7242 6842 002

45857

3

Taxa demasculinidade

32,827,232,834,132,232,232,432,832,833,333,43331,633,532,433,835,257,1

Trabalhando só na exploração

H

164 883211

164 67216 57433 34635 70120 26413 2209 093

20 7079 6194 0031 002

6334019513

1

Percentagem(D

30,212,630,217,624,830,234,437,940,243,547,546,345,946,941,740,641,925

M

702 6621977

700 68598 109

177 081162 91181 53547 69431 10362 69825 2649 9192 3931 186

644131

161

Percentagem(2)

62,744,362,754,162,665,566,566,76765,862,556,450,744,232,228,628,133,3 357

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Aida Valadas de Lima

[QUADRO N.° 2, continuação]

Classes de área(hectares)

TotalSem terraCom terra

0 - 0,50,5 - 1 . .1 - 2 . .2 - 3 . .3 - 4 . .4 - 5 . .5 - 10. .

10 - 20 . .20 - 50 . .50 - 100..

100 - 200..200 - 500..500 -1 000. .

1000 - 2 5 0 0 . .+ de 2 500..

Trabalhandosó na

exploração

Taxa demasculinidade

199,6

1914,515,81819,921,722,624,827,628,829,534,838,44244,850

Duplo-activos

H

129 397148

129 24921 77334 91030 90614 2868 1504 8799 4023 2541224

250125691920

Percentagem(D

23,78,8

23,723,225,926,124,323,421,619,716,114,111,59,37,28,16,50

M

116 951540

116 41127 06532 23324 53411 1286 2883 7857 5112 641

90018981421130

Percentagem

10,412,110,414,911,49,99,18,88,27,96,55,1432,12,45,30

Taxa demasculinidade

52,521,552,644,65255,756,256,456,355,655,257,656,960,762,263,340

0

Com activ.fora e semactiv. na

exploração

H

85 599475

85 12422 06422 98417 4367 7614 2922 6224 8681 892

821206

9973

510

[QUADRO N.° 2, continuação]

358

Classes de área(hectares)

TotalSem terraCom terra

0 - 0,50,5- 11 - 22 - 33 - 44 - 55 - 10

10 - 2020 - 5050 - 100

100 - 200200 - 500500 -1 000

1 000 - 2 500+ de 2 500

Com actividade fora e semactividade na exploração

Percentagem(D

15,728,415,623,517,114,713,212,311,610,29,39,59,47,37,62,13,20

M

57 435527

56 90812 99314 25411 3055 2633 0752 0164 1192 0721099

3231781664230

Percentagem(2)

5,111,85,17,254,54,34,34,34,35,16,26,86,68,39,25,30

Taxa demasculinidade

59,847,459,962,961,760,759,658,356,554,247,742,838,935,730,510,6

250

Sem actividade fora e semactividade na exploração

H

166 308839

165 46933 55543 35734 33916 5249 1815999

12 6425 4972 607

723494418115

153

Percentagem0)

30,450,130,435,732,22928,126,326,626,527,130,133,136,643,549,148,475

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Velhos e novos agricultores em Portugal

{QUADRO N.' 2, continuação]

Classes de área(hectares)

TotalSem terraCom terra

0 - 0,50,5 - 11 - 22 - 33 - 44 - 55 - 10

10 - 2020 - 5050 - 100

100 - 200200 - 500500 -1000

1 000 - 2 500+ de 2 500

Sem actividade fora e sem actividade na exploração

M

244 3721 423

242 94943 32459 20150 09624 74914 4239 489

2102310 4455 6801 8191 2391 150

274352

Percentagem (2)

21,831,921,823,920,920,120,220,220,52225,832,338,546,257,459,861,466,7

Taxa de masculinidade

40,537,140,543,642,340,74038,938,737,634,531,528,428,526,729,63060

Fonte: INE, Recenseamento Agrícola do Continente, 1979.

359