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ANO XXXVII Fundado em 9.12.1979

15.Março.2016Edição n.º 591

Jornal da região de Viana do CasteloVIANA DO CASTELO

Avençado MensalPreço: 0,80€

(Inclui 15 e 29.02.2016)

36ANO

Nasceu na freguesia da Encarnação, Lisboa, em 1937. Aos oito anos veio

para Viana do Castelo. Concluidos os estudos na escola comercial e industrial. Em 1954, foi para a sala de desenho dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo e ali trabalhou como:desenhador até 1976. Tem inúmeros trabalhos artísticos inspirados em motivos vianenses. Durante vários anos, fez parte da comissão de festas da Agonia, sendo responsável pela decoração dos carros alegóricos do cortejo. Foi presidente da junta de freguesia de Santa Maria Maior (1980) e foi atleta do Sport Clube Vianense, como junior. Criou inúmeras medalhas decorativas dos Estaleiros e do Sport Clube de Vianense, entre outras. Foi director do Sport Clube Vianense e fez parte do Conselho Jurisdicional da Associação de Futebol de Viana do Castelo. Assumiu durante anos as funções de director do Grupo Desportivo e Cultural dos

Marcelo Rebelo de Sousa eleito Presidente

da República

O professor Marcelo Rebelo de Sousa foi eleito, à primeira volta, Presidente da República Portuguesa. A cerimónia do ato de posse

decorreu com a dignidade que a função de primeiro magistrado da nação impõe. Desejamos ao Presidente Marcelo Rebelo de Sousa um mandato que engrandeça o nosso país e contribua decisivamente para o bem comum dos portugueses. No cumprimento das suas funções, escolheu como primeiras deslocações ao estrangeiro, a audiência com o Papa Francisco, no Vaticano, e uma visita aos reis de Espanha, Filipe VI e rainha Letícia.

O programa de comemoração da Páscoa em Viana do Castelo tem início no dia 12 de março, prolongando-se as iniciativas até ao dia 3 de Abril.Para além do programa religioso, a Câmara Municipal

de Viana do Castelo promove diversas iniciativas, como exposições, workshops, mostras e feiras, espetáculos culturais, conferências, eventos desportivos, eventos gastronómicos, a que se juntam as antigas tradições como as visitas às capelas na quinta-feira à noite (dia 24/03), uma tradição única que traz milhares para um roteiro pelas capelas e igrejas de Viana do Castelo.

São, pois, cerca de uma centena as atividades religiosas, culturais, gastronómicas, desportivas, recreativas, para todas as faixas etárias. De destaque são as iniciativas “Poesia a Copo”, os concertos, as peças de teatro, exposições, ‘workshops’, provas desportivas, eventos ligados à gastronomia e mostras e feiras de artesanato e de produtos locais. As propostas da Páscoa Doce passam ainda por visitas aos museus da cidade, conferências e tertúlias, espetáculos e eventos religiosos, como a tradicional visitas às capelas e igrejas da cidade.

A noite da visita às capelas acontece na quinta-feira santa, entre as 20:00 e as 24:00, estando abertas este ano 21 capelas e igrejas da cidade, sendo que as visitas devem ser em número ímpar, sendo o número 7 o ideal. O compasso pascal na Câmara Municipal, no dia 27 de março, as três queimas de Judas que vão decorrer nas freguesias de Monserrate, Neves, e Vila Nova de Anha e a Mesa dos Três Abades (28 de março) no Largo das Neves são outros destaques.

O fi m-de-semana gastronómico, de 18 a 20 de março, dedicado aos pratos típicos do concelho, o bacalhau, a torta à Viana, acompanhado pelo vinho verde serão este ano servidos por 38 restaurantes do concelho, sendo que os hotéis aderentes promovem também uma campanha de 15% no alojamento.

viana do castelo I 12. março a 3. abril I 2016

Faleceu o ilustre pintor vianense Elder de Carvalho

Estaleiros Navais de Viana do Castelo. Participou em diversas exposições em território nacional e no estrangeiro, pertencendo ao escol de pintores vianenses que esteve na génese da “Arte na Rua”. O amigo Elder concebeu o cabeçalho do jornal “O Vianense”, bem como a disposição gráfi ca original. Colaborou também

na “Aurora do Lima” e “Notícias de Viana”. Viana do Castelo perdeu uns dos seus mais ilustres vultos. O jornal “O Vianense” fi cará eternamente grato a um homem generoso e bom, que de forma incondicional sempre apoiou esta publicação ao longo da sua história.

O jornal “O Vianense” deseja a todos os assinantes, colaboradores, anunciantes e leitores uma Feliz Páscoa. O espirito desta quadra festiva deve ter o condão de tornar os homens mais solidários e

crentes nas vicissitudes do futuro.

2 15. Março. 2016 ( Inclui : 15. e 29 Fevereiro 2016)

PROPRIEDADE E EDI«ÃO

JORNAL "O VIANENSE"

Matias Rolo Ferreira e Barros Contribuinte: 161256880Registo n.º 218459 da Secretaria Geral do Ministério da JustiçaTítulo inscrito na DGCS em 09.12.1979sob o n.º 107052

PERIODICIDADE MENSALSAI NO DIA 30 DE CADA MÊS.

Assinatura anual: 3---0,00 Euros (c/IVA)Países estrangeiros: 60,00 Euros (c/IVA)(Pagamento adiantado)

TIRAGEM MÍNIMA MENSAL: 500 EXS.

Data de saída do 1º. número:

O primeiro jornal publicado em “offset” no distrito de Viana do Castelo.

FUNDADOR, EDITOR E DIRETOR

Matias de BarrosCarteira de Jornalista nº. 5376

DIRETOR ADJUNTODr. Francisco Sérgio de Barros e BarrosCarteira de Jornalista nº. TE117

SUBDIRETORDr. Rogério de Barros e Barros

PAGINADORA DE IMPRENSAFátima Rosa Rodrigues

COLABORA«ÃO ARTÍSTICAElder de Carvalho

SERVI«OS ADMINISTRATIVOSIlídia Barros

Antero SampaioAntónio de CarvalhoDr. António Pimenta de CastroAntónio Sérgio Araújo e BarrosAdelaide GraçaEng.ª Catarina Malheiro ReymãoCristina Branco Dr.ª Frederica Claro de ArmadaDrª. Rosane Igreja (Rio de Janeiro)Dr. Francisco J. Carneiro FernandesDr. J. Barroso da FonteEngº. José Luís CristinoJoão Paulo Matos Joaquim CorreiaLinda CoelhoDr.ª Maria Conceição CamposNatércia BarrosOdette Branco Depósito Legal: 291281/09

Jornal da região de Viana do CasteloCaminha - José Maria Gavinho PintoVila Nova Cerveira - Gaspar Lopes VianaDarque - Joaquim CorreiaChafé - José RegoParis - Lurdes LoureiroParis - Altina Ribeiro

COLABORADORES CORRESPONDENTES SEDE

Avenida Humberto Delgado, 31 4900-317 Viana do CasteloTel. 258828650 | Fax 258828685E-mail: [email protected] [email protected]ção on-line: http://jornalovianense.pt

IMPRESSÃOPUBLICACIONES TAMEIGA, S.L.Av. Aeroporto 8336416 - MOS

D i p l o m a d e L o u v o r e M é r i t o J o r n a l í s t i c oe Empresarial do Instituto da Comunicação Social

Sócio da Associação Portuguesa de Genealogia

Aqui, Viana...

15 de Janeiro de 1980

Câmara Municipal reitera a importância estratégica do Aeroporto Sá Carneiro�

Para o executivo municipal, a decisão da TAP em alterar as rotas a partir do Porto e que tem vindo a ser rejeitada por autarcas, empresários e igualmente por responsáveis político, coloca sobretudo em causa “um aeroporto que serve a região mais exportadora do país, com maior capacidade de internacionalização e que mais corrige os desequilíbrios externos da economia nacional, ao assegurar perto de 40% das exportações nacionais”.

“A Região Norte, enquanto região mais industrializada e mais dinâmica em termos económicos e a que regista grande crescimento em termos turísticos, servindo igualmente de porta de entrada e

saída para a nossa diáspora, fi cará assim prejudicada pela decisão da TAP, causando prejuízos às comunidades portuguesas e aos empresários do norte do país e reduzindo a competitividade do país”, refere ainda o documento aprovado ontem e que salvaguarda que enquanto companhia de capitais públicos, esta deverá assegurar as linhas e voos de interesse nacional.

Por isso, a Câmara Municipal de Viana do Castelo reitera a importância estratégica do Aeroporto Francisco Sá Carneiro para a região e para o país, sublinhando o valor primordial da manutenção das rotas agora sob a ameaça de eliminação ou descontinuação.

Para a Câmara Municipal, a “Empreitada de Eletrifi cação da Linha do Minho entre Nine e Viana do Castelo, inclusive, incluindo estações técnicas” vem de encontro a antigas reivindicações de autarcas, empresários e utentes da Linha do Minho que, reiteradamente, têm reivindicado a sua modernização através de um movimento iniciado em Viana do Castelo.

De recordar que, em Junho de 2011, estava previsto o encerramento da ligação ferroviária entre Porto e Vigo e que graças a uma luta encetada pela Câmara Municipal e que granjeou os apoios dos empresários da euro-região, da CCDR- Norte e da Junta da Galiza, o processo foi revertido, tendo sido a modernização da Linha do Minho considerada fundamental

A aprovação da eletrifi cação da Linha do Minho entre Nine e Viana

do Castelo

A Câmara Municipal de Viana do Castelo aprovou, em reunião de executivo, uma proposta onde se congratula pela concretização da eletrifi cação da Linha do Minho entre Nine e Viana do Castelo,

anunciada esta semana pela Infraestruturas de Portugal, que lançou o procedimento da empreitada.

para servir cerca de dois milhões de habitantes dos dois lados da fronteira com o início da ligação do comboio “Celta” em 2013. “Este anúncio representa igualmente o culminar da desigualdade existente entre a Linha Porto-Braga (eletrifi cada, com via dupla, sem passagens de nível e com comboios modernos) e a linha Nine-Valença, ainda não eletrifi cada, com uma única via, com passagens de nível e com comboios de meados do século XX em mau estado”, lê-se no documento aprovado por unanimidade. “Esta empreitada é, por isso, a concretização de uma ambição da euro-região Norte de Portugal Galiza, o que deve constituir motivo para congratulação da Câmara Municipal e de todos os vianenses.

A Câmara Municipal de Viana do Castelo aprovou, em reunião de executivo, uma proposta sobre a decisão da TAP alterar as rotas a partir do Aeroporto Sá Carneiro, reiterando a importância estratégica

do Aeroporto Francisco Sá Carneiro para a região e para o país.

As situações em que não foi possível cumprir o TMRG têm a ver com a falta de recursos humanos, nomeadamente de médicos de algumas especialidades, onde naturalmente se inclui ausências prolongadas, licenças de maternidade, aposentação ou impossibilidade de renovação de contrato ou de contratação de novo. As restantes situações são residuais e esporádicas. Conclui-se assim, que

os utentes dos Cuidados de Saúde Primários desta Unidade Local de Saúde têm agora uma maior acessibilidade às primeiras consultas de Especialidade. O Conselho de Administração da ULSAM agradece a todos os profi ssionais e respetivas direções que se têm empenhado no sentido de uma melhoria contínua e na obtenção dos resultados obtidos e agora apresentados.

O Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde do Alto Minho EPE (ULSAM) vê, uma vez mais, o seu esforço refl etido ao registar, no ano de 2015, um cumprimento de 94,20 % dos Tempos

Máximos de Resposta Garantida (TMRG) dos doentes referenciados pelos Cuidados de Saúde Primários, num total de 35.011 primeiras consultas.

Gabinete de Imprensa

G. I.

A Câmara Municipal de Viana do Castelo decretou dois dias de luto municipal (sexta e sábado) pelo

falecimento de Manuel Lucínio Pires de Araújo, ex-Presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo entre 1980 e 1982 e 1986 e 1988. O corpo de Lucínio de Araújo esteve em câmara ardente no Salão Nobre no dia de 19 de Março, seguindo depois

A autarquia vianense decretou luto municipal pelo falecimento de

antigo Presidente da Câmara

em cortejo para a Capela Mortuária de Meixedo, onde se realizou o funeral. Também as bandeiras do Município estiveram a meia haste em sinal de luto e consternação pelo falecimento do ex-autarca.

G. I.

315. Março. 2016 ( Inclui: 15 e 29 Fevereiro 2016)

Comunidade Portuária reitera importância da construção dos acessos rodoviários ao Porto de Mar de Viana do Castelo

A Comunidade Portuária de Viana do Castelo, que reuniu recentemente para eleger os seus órgãos sociais e abordar temas relevantes desta entidade, reiterou a importância da construção dos acessos rodoviários ao porto de mar de Viana do Castelo. Na reunião, onde foi eleito Óscar Burmester como Presidente da Comunidade Portuária (também presidente da direção nacional da AGEPOR – Associação Portuguesa de Agentes de Navegação) e

que substitui Daniel Bessa no cargo, e José Maria Costa como presidente da Assembleia Geral, foram abordados diversos temas, sendo de relevar a posição relativa à construção dos acessos ao porto de mar.

No encontro, o autarca de Viana do Castelo informou sobre o ponto de situação relativo às iniciativas junto do Ministério do Planeamento e Infraestruturas e do Ministério do Mar para ser viabilizada a candidatura ao Portugal 2020, no Eixo Competitividade, para que os acessos rodoviários sejam concretizados de forma a melhorar a acessibilidade e aumentar a competitividade desta infraestrutura portuária.

De acordo com o autarca de Viana do Castelo e para a Comunidade Portuária, o Alto Minho e território envolvente representam, neste momento, mais de 1.3 mil milhões de euros em exportações uma vez que neste espaço estão instaladasmuitas empresas de elevado valor tecnológico que utilizam o porto de mar de Viana do Castelo como porta de saída para as suas exportações, como é o caso da indústria dos caulinos, do maior cluster eólico português e da indústria papeleira e das madeiras.

De sublinhar que desde 2000 que o projeto de execução dos acessos rodoviários está concluído, orçando em cerca de 8 milhões a sua execução, sendo uma das grandes reivindicações da Comunidade Portuária, que reitera de novo a sua importância.

PRIMAVERA DE ESPERANÇAVerticalmente...por Engº. J. Luís Cristino

A investigação, que incidiu na análise das consultas e internamentos nos serviços de psiquiatria, evidencia que a crise teve impacto na saúde mental dos portugueses, em especial em grupos já de si mais vulneráveis: desempregados, idosos, pessoas de baixos rendimentos ou com maior possibilidade de isolamento social, como os viúvos, divorciados e solteiros. Mostra, por outro lado, que nas consultas, o agravamento atinge ambos os géneros, e, em especial, os grupos etários dos 30 aos 49 anos (11% para as mulheres e 22% para os homens) e dos utentes acima dos 65 anos (42% nas mulheres e 47% nos homens). Nos internamentos, o incremento registou-se no grupo etário dos 50 aos 64 anos e afectou, particularmente, os divorciados (19%) e os desempregados (43%).

Uma das investigadoras envolvidas no estudo, a psiquiatra Graça Cardoso, referiu à Agência Noticiosa LUSA que “em momentos de crise, há que garantir serviços e apoios para minimizar” os seus efeitos, mas, em Portugal “cortou-se a eito, com pouco cuidado, e deixamos desprotegidas as pessoas que já estavam mais vulneráveis”.

Este estudo não traz novidades, em si mesmo. Diria, até, que o mérito maior é o de consubstanciar algo de que já nos tínhamos apercebido e conseguir introduzir uma componente valorimétrica

Enquanto eu estava às voltas com o que poderia ser o tema desta minha presença (tão pouco assídua!...) na colunas d’O Vianense, hesitante entre o alhear-me, objectiva e radicalmente, de temas com incidência política ou o deixar fl uir livremente os pensamentos que me têm ocupado a mente e perturbado a psique, eis que me surgiu pela frente a referência a um estudo,

desenvolvido entre 2007 e 2012, coordenado pelo Centro de Estudos em Geografi a e Ordenamento do Território da Universidade de Coimbra: verifi cou-se, nas áreas metropolitanas do Porto e Lisboa um aumento do número de consultas de psiquiatria para indivíduos solteiros (45%), viúvos (30%), desempregados (63%), estudantes (63%), reformados (27%) e sem actividade (38%).

que permita sustentar as afi rmações que, por si sós, seriam sempre alvo de contestação e «justifi cação» no sentido de branquear as opções, os procedimentos e os resultados.

Portugal foi submetido, nos últimos anos, a uma brutal ofensiva que, a pretexto de combater a crise fi nanceira a que nos haviam conduzido, mais não fez do que agravar a crise económica em que o contexto internacional e mundial nos fazia permanecer. Milhares de pequenas e médias empresas foram encerradas. Milhares de trabalhadores foram lançados no desemprego. Milhares de jovens viram adiada e/ou recusada a sua integração no mercado de trabalho, assim perdendo os melhores anos da sua vida e da capacidade produtiva que poderiam aportar. Reduziram-se e eliminaram-se apoios sociais e a factura da carga fi scal agravou-se de modo substancial, esvaziando os rendimentos do trabalho, reduzindo as disponibilidades das famílias e dos cidadãos para além dos limites do razoável e do aceitável, quantas vezes afectando, mesmo, a satisfação das necessidades essenciais.

Voltaremos ao tema, até porque há questões de laços inter-geracionais, inter-classes, de identidade e soberania nacional que foram gravemente afectadas.

Por tudo isso, quando, hoje, olhamos em redor, difi cilmente encontramos sorrisos nos lábios e rostos descontraídos. A depressão está instalada e difícil de remover.

Por isso, também, mesmo quando o discurso político balanceia entre o ataque e o insulto, acabando por se centrar em «geringonças» e «caranguejolas», o esforço que faço para tentar encontrar razoabilidade de enquadramento para qualquer das traquitainas num ambiente mais descontraído (assim do tipo dum estúdio da disneylândia), não consigo, sequer, sorrir e apenas sou capaz de associar a «caranguejola» ao caranguejo – o tal bichinho que anda para trás… E isso eu não quero!

A chegada da Primavera vai fazer passar a chuva e o frio e o sol vai brilhar. Os passarinhos vão chilrear e as árvores vão fl orir. É o ciclo da vida a mudar. A renascer. Oxalá o nosso biorritmo não esteja adulterado e consiga acompanhar o ciclo da Natureza.

Viva a Esperança!PS – A Esperança não é minha prima. A Vera

também não. Mas gosto muito de ambas e tenho uma expectativa especial de que se vão entreajudar, para nos dar uma «alma nova». Nós merecemos. Portugal também. E o Mundo precisa de nós.

Gabinete de Imprensa C. M. Viana do Castelo



Texto deFrancisco Sérgio

de Barros e Barros

Páscoa na aldeia

Naquela manhã parecia alheada de tudo. O compasso a passar e

ela a sorrir da noite anterior. A banda fi larmónica a fazer estremecer a rua e a lembrança dos braços apaixonados do Raul a permanecerem no pensamento. No céu os foguetes e na sua frente o padre Avelino. E o namorado que ainda não aparecera. Será que alguém lhe foi contar alguma coisa? Começava a sentir as pernas a tremer. O muro segurou uma delas. Sempre gostara da Páscoa e de

olhar as pessoas. O músico do

trombone, a Tia Paula feliz, os pequenos de cabelo lambido. Por isso sorria, embora não parecesse encontrar-se ali. O Armindo já deveria estar ao seu lado. Ainda vai acontecer uma desgraça. Mas quem lhe mandou ouvir as palavras sabidas do Raul? Malandro de rapaz. E bonito. E bem-falante. Às vezes parecia o Padre Avelino na missa a falar do pecado e da confi ssão.A rua estava atapetada de

fl ores. Foi na curva do Sr. Quintas que fi nalmente viu o namorado a chegar à Páscoa.

Rogério de Barros e Barros

ESQUISSOS...

Lugar das Neves. Vila de Punhe, junto ao Apeadeiro da Senhora das Neves. Ao longe,

caiada de branco, ao lado da linha férrea, vislumbra--se a casa dos meus avós. O local onde nasci. Perduram na memória recordações e vivências que jamais esquecerei. Naquele lugar, aprendi a valorizar as coisas belas. Fui tão feliz. As experiências vividas ultrapassam os limites estreitos da sua concretização. Tudo o que se vive faz parte de nós. A emoção pára o tempo e a consciência. Um instante marcante permanece para sempre. Aquela casa continuará a ser uma referência importante no tempo que ainda não vivi.


Pagaram a Assinatura deste jornal - Ano 2016Dr. Bernardo Araújo Lamas, Coronel

José Maria de Melo Parente, Manuel Jesus Gonçalves da Silva, Dr. Domingos Silva - Clínicas de Apucuntura, Junta de Freguesia de Monserrate, Adriano Paço & Filhos, Ldª., Agência J. da Silva, Lda, Agência de Viagens AVIC, Dr. Aníbal Fonte, EDP - Distribuição Energia, SA, Teixeira & Crispim, Lda, Padre Gaudêncio Gigante, D. Aldina Fernanda da Ponte Matos, José Benjamim L. Gonçalves Pequeno, José Natário, Lda. - Café SPORT, Pe. Dr. José Joaquim Rodrigues Torres , Dr. Manuel Rodrigues Freitas - Ourivesaria Freitas, Dr. Manuel Martins Borlido Laranjo, Francisco Cruz, Ldª., Bar Churrasqueira Oceano de Oliveira & Ramos, Lda, Coronel José Manuel de Oliveira Santos, Mário Lopes de Sousa Pinto, Eng.º Manuel Malheiro, José Luís da Costa Barros, Dr. Henrique Rodrigues da Mata - Distinto Advogado, D. Maria Leonor de Abreu Pimenta Castro

Mattos Chaves, TransCunha-Transportes Rodoviários de Viana, Dr. João Cerqueira, Dr. Aníbal Alcino Ribeiro dos Santos, Laboratório de Análises Clínicas, Dr. José Manso, RESENDE, RAMOS & Associados, Maria C. Pereira Amorim, Ilídio Brázio, Posto de Abastecimento GALP (Soc. Comb. Silva do Vale), RB Motor - Concessionário Peugeot, Clínica d’ Ajuda, Artur Belo & Fernando Arezes - Soc. Advogados, Dr. Carlos Branco Morais, Foto Central de Rogério Vieito Lopes, Óscar Perestrelo de Barros, Manuel Venade Martins, Pastor - Assembleia de Deus Emanuel, Vitor Coutinho, Lda, Solicitador Torres Neiva, Meadela Óptica, Manuel A. Veiga Oliveira, Irmãos Sousa, Lda - Pérola da China, Felgueiras, Ramos & Felgueiras, Ldª. -Dolce Vianna, Arquitecto Alfredo Manuel Pimenta Enes Pereira, Barroso & Filhos, Ldª., Casa de Pasto Boavista, Dr. Luís Dias, Junta de Freguesia da Meadela,Junte de Freguesia de Santa Maria Maior, Apoteótica - Material

Óptico, Festa & Festa, S.A., Clínica de Reabilitação Dr. José Oliveira, Dr. Alves de Sousa - Clínica Dentária, Unipessoal Ldª., Dr. Noé Martins Ferreira, Colégio do Minho, Arquitecto Tiago Castro & Marta Monteiro Arquitectos Lda, Restaurante Travessia Deserto, Engº. Jorge Ribeiro Torres, Drogaria Veríssimo, de Veríssimo Vaz Pereira Pinto, BIJOU - Confeitaria - Pastelaria, Sempre Verão Atividades Turísticas Ldª. - Casa Manuel Espregueira e Oliveira, Drª . Teresa Rangel-Serviços Médicos Gastro-Endoscopia Lda , Sindicato Trabalhadores Ind. Metalurgia, Metalomecânica, Dr. João Leite & Faro Leite Lda , Dr. Manuel Franco Pita - Distinto Médico e Escritor, Ramiro Moreira Araújo, Dental - Clínica Dentária, Angelo Silva, Ldª., Ourivesaria Jade - J. Lima e Fernandes, Ldª., Drª. Maria Elsa Costa da Silveira Monteiro Silva, Augusto Jorge Vaz Gomes Maia.

Dr. Francisco Sampaio


Os que fazem este jornal ou para o jornal colaboraram no decorrer dos anos: Direcção, Redacção, Administração, Composição...

Fátima Rosa RodriguesMatias de Barros A. Sérgio Araújo e Barros Drª. Ana Filipa Poceiro

Antero Sampaio

Gabriela Barros

Drª.Raquel Arieira

Dr. F. Sérgio de Barros Dr. Rogério de Barros Ilídia de Barros

António Carvalho

Drª.Florbela Araújo Barros

Prof. Paulo Torres Prof.Dr. H.Rodrigues

Joaquim Correia

Drª. Mª.Copnceição Campos

Dr. Carlinho Vieira Drª. Frederica d´ArmadaDrª. Luísa Vasconcelos

Dr. Barroso da Fonte

Dr. João Cerqueira

Dr. Porfírio Silva

Dr. Pedro Morais

Dr. Fernando Lago

Dr. A. Tito de Morais

J. Cruz Gaspar

Dr. Henrique da Mata Rui Pinto

Linda Coelho Adelaide Graça

Elisabete Videira

Drº. Ilda Gonçalves

Mª. Elena B. Lago

Drª. Adelaíde Ferreira

Dr. A. Antunes Abreu

Dr. Alípio TorresAmândio S. Dantas Ana Cristina Afonso

Antóno B. Parente

Dr. Francisco Sampaio

António J. Matos

António Manso

António Manuel

Dr. A. Matos Reis

Ivete de Moraes

A. Roleira Marinho

Dorinda SantosDr. Artur Alvarães

Arqª. Capitolina Pessoa

Dr. Branco MoraisPestana de Carvalho

A. Castro Guerreiro

Eng.ª Catarina Reymão

Celso Cunha

Odette Branco

Cristina Branco

Dr. João G. Costa Eduardo SardinhaFernando Costa

Fernando Melim

Dr. F.rancisco Fernandes

Hermes Gonçalves

Profª. Isabela Cristino

Jaime Miranda

Drª. Joana Valença

João de Freitas

João Paulo Matos

João Rocha

Engº. José Cristino

José C. Fernandes

Fernando C. e Sousa

José Oliveira Laureano C. Santos

Leandro Matos Dr. Lourenço AlvesDavid C. Giestas

Dr. Chaves e CastroCom. Amaral Mota

Manuel Costa Pereira

Dr. M. Gomes Afonso

Drª. Sílvia Brandão

Manuel O. Novo

Barbara Elli

Albano SordoJ.M. Garinho Pinto

Drª. Arlette Faria

Gaspar Lopes Viana

Sidónio Crespo

Prof. Dr. Salvato Trigo Dr. Manuel Ribeiro

Marta Reymão Drª. Raquel Ausina

Dr. Aníbal AlcinoDr. Mário LeitãoProf. Olívia Cardoso

Maria José Sarmento

Profª. Cândida Brandão

Drª. Elisabete Parreira

Drª. Alexandra M. Costa

Dr. Ricardo Saavedra

Maria José Braga

Lurdes Loureiro

Mª. Amélia F. FernandesValber Barros (Bahia)

Dr. J. Lima Barreto

Natércia Barros Drª. Altina Ribeiro (Paris) José Rego (Paris-Chafé)Drª.Rosane Igreja

Odette Branco (Paris)


Sendo a Páscoa uma renovação, o renascer, o recomeço, está na hora de meditarmos, não só na nossa espiritualidade, mas sobretudo fazendo coisas diferentes que tantas vezes pensamos não ter tempo em as realizar. A falta de tempo é um inimigo que por vezes não sabemos como o combater.Em jeito de orientação, eu sugiro que:Elimine as palavras “ não posso”.Dê um abraço a quem gosta muito e tem-se esquecido.Um telefonema a quem está só.Brinque com os fi lhos ou com os netos.Respeite novas ideias, mesmo discordando delas.Enfrente um medo.Leia mais.Ria mais.Oiça musica e dance nem que seja consigo mesmo.Deixe ir embora quem nunca nada fez para permanecer.Ajude em vez de julgar.Tente ser mais solidário. Dê mais passeios.E nunca deixe de sonhar.Relaxe…Fique em silêncio! Dê um pouco de Paz a si mesmo.BOA PÁSCOA

Maria Antónia Paiva Prazeres

MEDITEMOS COM TEMPO

( IN MEMORIAM ) A FÉ (Ao meu amigo Elder de Carvalho)

Alto, espadaúdo, magro, bem vestido,este pintor, de olhos serenos, aspecto fi no,tem a Escola dum Rembrandt, já morrido,dum Velasquez, Rubens, Pomar ou Carolino.

A sua pintura é a sua alma, a sua paixão, o seu viver, a beleza da Musa que o inspira.Seus quadros são criaturas vivas, uma cançãoà Mulher do Minho, que imortalizou o Vira.

Oh, Elder, oh alma grande, espírito altivo,se o grande Leonardo fosse ainda vivo,seria teu amigo do peito, companheiro de café.

Pintores com o teu génio, já restam poucos!Há por aí muita gente a pintar...- Serão loucos ?P’ró artista, a pintura é a sua Vida, a sua Fé.

Até sempre, meu caro amigo…

Homenagem a Fina d’Armada pela Universidade Sénior do Rotary Clube de Caminha durante as comemorações do dia 8 de Março - Dia Internacional da Mulher!

Permanece a saudade e o apreço pela escritora, professora e poeta Fina d ´Armada.

Homenagem a Fina d’Armada

Antero SampaioJornalista

Não sou apologista da rejeição de um tempo que soube dotar-se de meios potenciadores de uma melhoria global da qualidade de vida das pessoas. A única coisa que me preocupa será a possibilidade de se fazer um uso errado da tecnologia. A utilização desajustada de qualquer coisa tem sempre consequências negativas. Há uma exigência comum de balizar eticamente as vivências humanas. O respeito pela privacidade, pelas relações interpessoais e a formação de espíritos críticos e autónomos confi guram um conjunto de referências educativas que considero imperiosas na formação equilibrada dos indivíduos. Rogério de Barros

A exigência de uma visão ética

Depois do sábado de Trevas — antigo sábado de Aleluia — surge o domingo de Páscoa, o dia-grande, universalmente festivo, da ressurreição de Jesus.

Quem não recorda a Páscoa das aldeias minhotas?Quem poderá esquecer o «folar» dos padrinhos, o perfume fl oril do «compasso» santo, o sorriso aberto do senhor abade, as marchas executadas pela banda de música ou pelas rondas típicas das localidades ao longo dos caminhos e lugares da terra rústica que nos viu nascer?A comemoração da Páscoa — mensagem grandiosa e longínqua de libertação e de felicidade — adquire a expressão confi ante da esperança dos homens. E não serão estes que desejarão fugir ao seu sortilégio, ao seu encanto de todos os anos, já que a quadra da Páscoa é, também, o tempo-primavera que empresta sol e colorido, crença em Deus e no poder renovador da vida.

A Páscoa no Alto-Minho

Matias de Barros(Extraído do livro “Viana do Castelo Capital do Alto-Minho”)


Respiro-te pacifi camente. Respirar-te é transcender a imaginação. Respirar-te é reviver sonhos de outrora, mesmo que tu

não o saibas, mesmo que tu não me reconheças. A cada dia que passa, maior a certeza que acalento. Sorris como uma criança mas possuis-me como um Homem. Dizem os entendidos que amores não confessados nunca passarão de amores platónicos. As coisas são como são e são assim. Escrevo-te um poema sem recorrer à pena. Sólida cabana que a poeira abana. Tudo o que existe há muito foi criado. O Bem e o Mal materializam-se para que não descuremos caminho rumo ao Santo Graal. Entre nós não existem intermediários, cada um sente à sua maneira. Compreender é transcender todos os dogmas. O Homem há muito deturpou a mensagem mais importante. Quando matamos

RESPIRO-TE

Natércia Barros

* Escritora

em nome de falsa salvação, não há perdão para tamanha façanha. Ama. Ama intensamente a tua verdade (real salvação). Segue o coração, infalível voz que tudo acompanha. O estranho ritmo do mundo, airado, sempre airado, na sombra de quem pouco ou nada ama. Busca de corpo e alma chama que infl ama, chama que alumia mundana escuridão. Traições que desarmam munir-nos--ão de derradeira sabedoria. Mas real sabedoria nunca se manifesta perante os algozes do mundo. Mundo que se dissipa face errónea racionalidade. Perniciosa razão que atraiçoa irmãos. Tantas são as mensagens que vos tenho transmi� do, mas elas, na realidade, nunca são escutadas. As mesmas con� nuam a ser marginalizadas como sempre o foram. Bendita esperança que não desvanece, esperança que levará o Homem ao centro de si mesmo, sala secreta onde os sete selos permanecem sob absoluto sigilo. Dentro de nós existem lugares comuns. Aí reside a treva mais indis� nta. Podemos até conquistar o mundo através da espada, mas a mesma jamais derrotará o demónio mais audaz. Senta-te pacifi camente, escuta o deslindar dos séculos, séculos que constroem a História da raça humana. Eles. Esses Eles que � ram o sono destroem o que há de mais sagrado. Esses Eles tentam amedrontar recorrendo ao espanto. Espanto que jaz na teia da ilusão. Nunca exis� rei para quem não se encarrega da Humanidade. A arte – maior criação humana – contém necessária sabedoria para que

possamos decifrar o mundo. Benditos aqueles que transmitem a mensagem. Malditos aqueles que matam os mensageiros. Muitos corações se transformam em pedra. Apenas ignóbil alma detém ap� dão para ignorar gritos de socorro. Todos aqueles que imploram pela vida têm direito de a viver! Até o ser mais infame verga perante a morte. Morte que prevalece bélico sonhar. Ama-me em silêncio e dar-te-ei o mundo que sempre sonhaste. Ambição que respeito mais do que a própria vida. O meu amor vale estrelas, sóis, galáxias. Quanto vale genuíno diamante comparado a simples estrela? Diamantes somos nós! Aprimoramos o amor em tempo de cólera. Amor. Sempre sen� o teu amor, amor que me prende à vida, embora não lhe atribua um rosto. Verdadeiras palavras malditas são palavras não ditas.

* Jornalista

O compasso já anda na rua! Vizinhos e amigos apressam-se a desejar as “Boas Festas”, ao pessoal das casas:

Boas Festas alegres, Corporais e Espirituais. Ressuscitou Nosso Senhor, Aleluia…Aleluia. Nesta altura, atapetam-se as ruas e os caminhos de palmas, espadanas e fl ores. E aquela amálgama de gente corre, de casa em casa, não esquecendo um vizinho, pobre ou rico, um amigo. É um reboliço! Há risadas e gritos, “trocas “ de conversados. Beijos e abraços. Quando chega o compasso, é o Pároco que saúda todos os presentes, enquanto asperge com água benta a sala grande onde está colocada a mesa da Páscoa. Depois o mordomo dá a cruz a beijar ao dono e a todos os convidados. Entretanto, o proprietário da casa convida o Sr. Abade a sentar-se um bocadinho, oferecendo--lhe da mesa , onde nada falta, desde o arroz doce até ao sortido, passando pelo melhor vinho, vinho fi no, gerupiga ou algum licor espiritual. Num clima muito ordeiro, as pessoas comem sem cerimónia, enquanto a Cruz Pascal descansa em cima da cama do casal. Depois do dono da casa ter entregue ao Sr. Abade, um sobrescrito fechado, contendo o folar e de ter dado outras esmolas, o compasso retoma o seu caminho, que a jornada é longa. Localidades há ainda na

A PÁSCOA NO ALTO MINHO

Antero Sampaio *

A Páscoa é uma celebração religiosa que comemora a Ressurreição de Jesus Cristo. Os cristãos celebram a Ressurreição de Jesus Cristo, sendo a data conhecida como Domingo de Páscoa. De acordo com a Bíblia, após a crucifi cação de Cristo, celebrada na Sexta Feira Santa, Cristo ressuscitou no terceiro dia após a sua morte. A data serve como

momento de refl exão, em homenagem à vida e morte de Cristo e de agradecimento e glorifi cação do seu sofrimento. A Páscoa é celebrada também pela reunião da família, sendo um momento de confraternização e de alegria.

Ribeira Lima, onde o folar do Pároco consta de géneros que são oferecidos conforme as posses de cada um. Em Serzedelo (Ponte de Lima) nas casas com raparigas solteiras, estas esperam o Sr. Abade à entrada da porta, oferecendo-lhe um “raminho” que deverá transportar até outra casa, onde lhe entreguem novo “raminho”.

Ao meio dia, compete ao Mordomo da Cruz, (noutras terras, ao Juiz) , oferecer o “Jantar” da Mordomia, por norma, um jantar de “substância”, que vai desde os entreténs de boca- como orelheira, toucinho, chouriças da matança, bolinhos de bacalhau, bacalhau frito, broa e azeitonas, a que se seguem os fi letes de pescada de Viana, a vitela assada, o sarapatel de cabrito, o pica no chão, para terminar na sopa de cozido e no cozido à minhota. Á sobremesa, não pode faltar o bate (pão de ló), o leite de creme queimado, o arroz doce, a aletria com desenhos de canela, os “papudos”, os doces de sequilhar, os bolos brancos (de gema), os rosquilhos, os beijinhos de Páscoa, as amêndoas e os rebuçados. O vinho é de pipa, fazendo gala o Mordomo que seja o melhor da adega. No fi nal, uma girândola de foguetes diz que o “jantar já terminou. Em Fontão e em Meixedo, durante o jantar, às vezes

O JANTAR DA CRUZ

com mais de 400 pessoas, é eleito o Mordomo da Cruz, numa cerimónia que consiste, no seguinte: o actual Mordomo entrega a uma criança um ramo de laranjeira, que, calculadamente, o deixa fi car no lugar onde se encontra a “vitima”ou o “brioso” que deverá carregar a Cruz do próximo ano, o que signifi ca também, fazer e pagar o “Jantar da Cruz”. O “compasso”, em Vitorino das Donas, tem uma singularidade especial. Deu-lhe origem, conforme reza a tradição, a proibição do uso do chapéu, por parte dos homens, quando presentes a actos religiosos. E, vai daí, o pessoal do “compasso” arranjou maneira de se livrar do rigor do sol. Mordomos da Cruz e do Senhor, rapazes da caldeira e campainha, toca a usar os célebres “cachenés” dos fatos à vianesa, atados segundo o jeito das mulheres. Também o Mordomo, que arrecada o “folar, para o Senhor Abade, tem que ser distinguido e, por isso, é obrigado ao uso de uma toalha branca, de puro linho, a tiracolo. A visita Pascal faz-se, usualmente, no Domingo e na Segunda Feira de Páscoa. Terras há, no entanto, em que, por tradição, sai o “compasso”, também no Domingo de Pascoela. No Lugar das Neves, realiza-se na segunda-feira o Encontro das Cruzes de Vila de Punhe, Mujães e Barroselas. A todos os meus leitores, desejo uma SANTA PÁSCOA.


15% Desconto em todos os artigos

Perfumaria e EstéticaCláudia Maria Marques Ferreira da Silva

rua Gago Coutinho, nº. 284900-510 viana do castelo

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O Jornal “O Vianense” prossegue a sua campanha de angariação de novas assinaturas, no ano em curso, remetendo a dedicadas individualidadas com residência ou atividade profi ssional na cidade de Viana do Castelo e noutras regiões do país e países estrangeiros, um exemplar deste órgão da comunicação social acompanhado de uma

carta solicitando a sua anuência para subscreverem a assinatura anual, pela quantia de trinta euros.Com grande satisfação e agradecimento da nossa parte, temos verifi cado que a solicitação que apresentamos, tendo por

base o desenvolvimento desta cidade capital de distrito, encontrou louvável recetividade. Sendo assim, reiteramos a nossa maior consideração por essa concordância e solicitamos o envio ou entrega pessoal

da quantia de 30 euros respeitante à anuidade de 2016 em curso, podendo também esse envio ser efetuado através do nosso NIB: PT50 003508520015078633078 (CGD) que muito contribuirá para a manutenção do nosso jornal e, simultaneamente, do noticiário e defesa dos legítimos anseios e vivências desta região de Viana do Castelo antiga e laboriosa, que muito tem a esperar do atual e futuro desenvolvimento pelo qual está a lutar. Desde já agradecemos.


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slivrosTítulo: Poesia, amoras & presuntoAutor: Barroso da FonteCoordenação: João Pedro MirandaEdição: Manuela Morais/Edições TartarugaExecução Gráfi ca: Minhografe - Parada de TibãesISBN: 978-989-98129-0-1Data de Publicação: Setembro 2015Depósito Legal: 400721/15

Título: A ESSÊNCIA DA PALAVRAAutora Maria Amélia Fonseca FernandesEdição: Editora LabirintoExecução Gráfi ca: Grafi camares, Lda.ISBN: 978-989-8386-70-0Data de Publicação: Setembro 2015Depósito Legal: 3999306/15

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livros

Título: Quand vous lirez ces motsAutor: Cristina BrancoEdição: LANORE



Decorreu, no dia 10 de Março, no salão nobre da Autarquia, a sessão de refl exão “Transição para a Reforma”, dinamizada pelo Dr. Manuel Rosas, Psicólogo da Câmara Mucipal de Viasna do Castelo, organizada pela Junta de Freguesia, presidida por António Manuel Marques da Cunha Costa e pelo CLDS 3 G Viana Sul, no âmbito do plano de ação da CSIF do Vale do Neiva e do Projeto Idoso+Ativo. No âmbito desta temática foram apresentados os tópicos “Aprendizagens ao longo da vida”, “Envelhecimento Ativo”, “Relações e Intergeracionalidade”, entre outras. Agradecemos a presença de todos os participantes.

Vila de Punhe

Transição para a Reforma

Junta de Freguesia

Investimento na rede de saneamento O Presidente da Câmara Municipal de

Viana do Castelo, José Maria Costa, marcou presença na inauguração

da rede de saneamento da freguesia de Vila de Punhe. Ao todo, foram investidos 350 mil euros para instalar três quilómetros de rede que servem agora cem fogos daquela freguesia.A iniciativa, que integra o périplo que o executivo municipal faz pelas freguesias do concelho, integrou assim esta cerimónia simbólica, sendo que a visita incluiu também uma reunião de trabalho com o executivo da Junta de Freguesia local, presidida por António Manuel da Cunha Costa, para analisar outros projetos e aferir de novas necessidades em Vila de Punhe. Em causa estão novos investimentos no espaço público daquela área, na rede viária e nas infra-estruturas, sendo que a visita serviu igualmente para conhecer os projetos futuros da Junta de Freguesia. Esta visita integra o périplo de visitas que o executivo municipal leva a cabo junto das freguesias do concelho com o intuito de conhecer projetos e investimentos e visitar obras em curso.

“Páscoa a Três” é um conjunto de iniciativas que se desenvolvem no período pascal nas freguesias que brindam na Mesa dos Três Abades – Barroselas, Mujães e Vila de Punhe. A diversa programação, que conjuga a fé com a tradição e o profano, destina-se aos locais, aos fi lhos da terra que regressam na época festiva e aos inúmeros curiosos que encontram um encanto especial nas tradições e nas vivências das gentes do vale do Neiva. A par da preparação para a Páscoa e dos habituais compassos pascais, outros acontecimentos decorrerão no período pascal, como é o caso das tradicionais e peculiares cerimónias da segunda-feira de Páscoa, mais concretamente o Encontro das Cruzes, o Brinde na Mesa dos Três Abades e o Hastear da Bandeira, que têm lugar no Largo das Neves, a partir das 12.30. No mesmo espaço, mas no sábado de Aleluia, sobressai na programação a Queimada do Judas com o testamento, o Auto de Fé e a Queimada Galega. As diversas iniciativas resultam do envolvimento das autarquias e dos vários agentes ativos das comunidades que se encontram na Mesa dos Três Abades. Destaque para a Comissão de Festas de Nossa Senhora das Neves na preparação das cerimónias da segunda-feira de Páscoa e para o Núcleo Promotor do Auto da Floripes 5 de Agosto e autarquias locais na programação do Sábado de Aleluia. Pedro Rego

Núcleo Promotor do Auto da FloripesAfi m de oferecer à população local oportunidades de ocupação dos seus tempos livres, foi concebida mais uma atividade implementada no âmbito do Projeto Idoso+Ativo. Assim, o Dia de S. Valentim foi o motivo para a realização de trabalhos relacionados com esta temática e aos quais os participantes se entregaram com todo o “amor”.

Mas não foram só os mais velhos que na freguesia se envolveram em atividades a si dirigidas, também as crianças da Escola Primária e do Jardim de Infância do Centro Social e Paroquial de Vila de Punhe não deixaram de surpreender com as suas manifestações de alegria, aquando da deslocação ao Largo das Neves no período do Carnaval,

Mesa dos Três Abades em foco


PALAVRA DE DEUS Manuel Venade Martins (Pastor Evangélico)E-mail : [email protected] / Página na Internet: www.igrejaemanuel.org

CONCLUSÃO-FINAL (EUR)AMADOS LEITORES

INTRODUÇÃO

COMENTÁRIO (2016-02-B) QUEM SE PODE TORNAR NUM FILHO DE DEUS?

Se o amado leitor deseja ser mais bem esclarecido, pode contactar comigo através do telf.: 001.631.666.9238 - USA e através do e-mail: venademar� [email protected] ou ainda com a nossa representante para Portugal, Sr.ª. Aurora Creio Caldas, tel. 251 794 762. Pode ainda escrever para: IGREJA ASSEMBLEIA DE DEUS EMANUEL 14 Connec� cut Ave.BAY SHORE, N.Y. 11706-3007-USA. Visite o nosso site na internet: h� p://www.igrejaemanuel.orgTambém nos pode acompanhas no Facebook em: www.facebook.com/ManuelVMar� nspastor

Veio para o que era seu, e os seus não o receberam. Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos fi lhos de Deus; aos que creem no seu nome. Os quais não nasceram do sangue, nem da vontade do varão, mas de Deus. (João 1:11-17)

Todos têm a grande oportunidade de se tornarem, em fi lhos de Deus. Porque Deus não faz aceção de pessoas, tanto rico como pobres, pessoas cultas como analfabetas de qualquer nação, ou mesmo a tribo mais remota cá neste universo. A todos Deus considerou, terem esta grande possibilidade, em suas vidas.

Embora a mensagem do Evangelho con� nue sua própria ro� na, pelas nações, homens de Deus saem além-fronteiras, deixando seu conforto, suas comunidades e até suas próprias famílias, para atenderem ao chamado de Deus, mas a colheita é muito reduzida para o Reino do Mestre. A que se deve isto? Deve-se ao facto de tanta falta de interesse, da mul� plicação da iniquidade (pecado) e da soberba da vida, são estes factos que desviam o homem de Deus. Mas entretanto, no meio disto, ainda há um povo, que não se contamina e nem se envergonha do Evangelho de Cristo.

Quando aceitamos o Senhor Jesus como nosso Salvador pessoal somos feitos fi lhos de Deus, o que é fruto do Seu grande Amor por nós. Foi-nos buscar ao mundo onde jazíamos em delitos e pecados para passarmos a pertencer à família de Deus, passando a ser tratados pelo Senhor Jesus como irmãos. É por isso que temos que contar com a posição do mundo, porque não somos do mundo. (S. João 15:19)

Os direitos dos fi lhos são eternos, porquanto foram escolhidos para cooperarem com Deus no Seu reino. Não foi aos anjos que o Senhor deu o privilégio de administrar o universo que criou, mas à Sua Igreja. Não sabeis vós que os santos hão de julgar o mundo? Não sabeis vós que havemos de julgar os anjos? No futuro nós estaremos para sempre com o Senhor. (1.ª Tess. 4:17)

Os santos do passado, na dispensação da lei, mostraram quanto amavam ao Senhor através de vidas de sacri� cio que iam até a morte. (Hebreus 11:4)

Experimentaram escárnios e açoites, e até cadeias e prisões. Foram apedrejados, serrados, tentados, mortos ao fi o de espada, andaram ves� dos de peles de ovelhas e de cabras, desamparados, afl itos e maltratados, dos quais o mundo não era digno. Mas, nós fomos feitos fi lhos de Deus, privilégio que pertence aos remidos pelo sangue de Cristo. Aqueles már� res já receberam do Senhor a recompensa. Estão gozando as delícias da mansão eterna. Para a Igreja, após o arrebatamento, tem o Senhor preparado no Céu uma grande festa – as bodas do Cordeiro. Ali se encontrará a grande mul� dão de todas as nações, raças e línguas, em convívio fraterno, livres de toda a mágoa e dor, na presença do Senhor a quem tanto Amam. Há suprema alegria entre a Igreja, a esposa do Cordeiro, e o Seu esposo, Jesus. Ali, naquele glorioso fes� m, estarão presentes, como convidados de honra, os santos que habitam a morada eterna.

Esta mesma mul� dão estará perante o tribunal de Cristo,

não para condenação, mas para cada um receber o louvor do Senhor e a recompensa pelo trabalho que realizaram enquanto Aqui viveram. Cuidado, não enterremos na terra o talento que o Senhor nos dá. Todos os que foram despertados para a SALVAÇÃO receberam um dom, o qual devem pôr em ação. Ai daqueles que nada produzem, para a glória de Deus e para bem dos seus semelhantes. Seu fi m será muito triste.

Fraseando a verdade, muitos religiosos dizem que todos são fi lhos de Deus, ainda que vivam em pecado. Mas fi lhos de Deus são só aqueles que nasceram de novo, que aceitaram a Cristo como seu Salvador e vivem separados do pecado e do mal. Que alegria, gozo eterno, pertencer-nos à família de Deus! Ámen.

Informam a população que, nas noites de 27 para 28 e 28 todo o dia do mês de Março, devido à quadra Pascal, não haverá recolha de Resíduos Urbanos (Lixo), esperando a compreensão e agradecendo a colaboração de todos, para nesses dias:

O Presidente do Conselho de AdministraçãoVitor Manuel Castro de Lemos

Jornal “O Vianense” 591de 15. Março. 2016

• Não colocarem sacos na via pública (nas zonas de recolha a saco).•Não depositar nos contentores (nas zonas de recolha em

contentores);de forma a evitar as consequências resultantes da exposição

prolongada dos Resíduos Urbanos (lixo).

Os Serviços Municipalizados de Saneamento Básico de Viana do Castelo desejam uma Páscoa feliz a todos os munícipes.

Assim, os Resíduos Urbanos deverão ser colocados naqueles locais, apenas a partir das 19.00 horas da noite de 28 de Março.

------Certifi ca-se que por Escritura Pública de “Justifi cação”, outorgada neste“Cartório Notarial em Ponte de Lima - Notário Tomás Rio”, sito na Av. António Feijó, nº 66, 1º-E, Ponte de Lima, no dia 11/03/2016, exarada no Livro de Notas para Escrituras Diversas Número 23-C, a folhas 106 e seguintes, perante mim Notário, Tomás Machado Lima de Sousa Rio, compareceu como Outorgante: -----------------------------------------------------Maria Goreti Lima Alves Martins, casada, natural da freguesia de Geraz do Lima (Santa Leocádia), concelho de Viana do Castelo, residente na Estrada Fonte de Janim, nº 223, Geraz do Lima e Deão, Viana do Castelo; que outorga em nome e representação na qualidade de Procuradora de ALICE LIMA ALVES MARTINS BARBOSA e de PEDRO NUNO DE LIMA BARBOSA, casados entre si sob o regime da comunhão de adquiridos, ambos naturais da freguesia de Geraz do Lima (Santa Leocádia), concelho de Viana do Castelo, residentes em 19 Avenue Marius Fournier, 13920 Saint Mitre Les Remparts, França; e declarou que os seus Representados são donos e legítimos possuidores com exclusão de outrem, do seguinte imóvel: ----------------------------------------Prédio Urbano, omisso na “Conservatória do Registo Predial de Viana do Castelo” composto por casa de habitação de rés do chão e logradouro, com a área coberta de 37m2 e logradouro de 573m2, sito no Caminho da Costa, nº 71, freguesia de Geraz do Lima (Santa Maria, Santa Leocádia e Moreira) e Deão, concelho de Viana do Castelo; inscrito na matriz sob o Artigo1666 (o qual teve origem no Artigo 548 da extinta freguesia de Geraz do Lima (Santa Leocádia). ---------------------------------------------------------------------Que o mencionado prédio não é nem se confunde com o descrito na “Conservatória do Registo Predial de Viana do Castelo” sob o nº 1452 da freguesia de Geraz do Lima (Santa Leocádia), concelho de Viana do Castelo, nomeadamente, pelas diferenças encontradas quanto à natureza do prédio,área e confrontações. -----------------------------------Que os seus Representados não são detentores de qualquer título formal que legitime o domínio do mencionado imóvel; que veio à sua posse no estado de casados, por doação meramente verbal de Maria Rodrigues Ramalho, solteira, maior, residente que foi no Caminho da Costa, nº 163, Geraz do Lima, Viana do Castelo; efetuada no ano de 1993, em dia do mês de Maio que já não podem precisar, nunca tendo formalizado o respetivo contrato por Escritura Pública. --------------------------------------------------------------- Que desde esse ano, ou seja há mais de 20 anos, os seus Representados, entraram na posse do mencionado imóvel, que constituía um prédio autónomo que já adquiriram como ele existia, e de imediato o ocuparam e passaram a usufruí-lo, sendo que o ligaram às redes públicas de eletricidade e água, tratando da sua limpeza, fazendo obras de manutenção, guardando nele pertences, haveres, utensílios, isto é, gozando de todas as suas utilidades e benefícios, e pagando sempre os respetivos impostos; sempre administrando-o com o conhecimento de toda a gente, sem qualquer interrupção, sem oposição de quem quer que seja, e com o ânimo de quem exerce direito próprio, ou seja, exercendo essa mesma posse de forma pública, contínua, pacífi ca, e de boa-fé. ---------------Que dadas as características de tal posse, os seus Representados invocam a aquisição do imóvel por Usucapião, justifi cando o seu direito de propriedade, para efeitos de primeira inscrição na “Conservatória do Registo Predial de Viana do Castelo”, dado que esta forma de aquisição não pode ser comprovada por qualquer outro título formal extrajudicial. -------------------------------------------------------------------------------------- Assim o declararam e outorgaram, e está conforme. ------------------------------------------ Ponte de Lima e Cartório Notarial, 11/03/2016. ---------------------------------------------- O Notário, Tomás Machado Lima de Sousa Rio ---------------------------------------===================================================

Extrato Notarial de Escritura Pública de “Justifi cação”


Fátima Rosa Rodrigues

98

3

ESTUDO GENEALÓGICODA CASA DE CALISTO ANTÓNIO GARCIA DE BARROS

NA ANTIGA RUA DO PINHEIRO, EM PONTE DE LIMA

184

Alcançar o impossível

Capela de Santa Ana, em Moledo

(Repetição extraída de “O Vianense” nº.472, de 30.04.2005)Continua Matias de Barros

A antiga Rua da Judiaria,é a actual Rua Infante D. Henrique (onde se situa o edifício da Câmara M u n i c i p a l ) . D e s c e d o Teatro Gil Vicente até à pro-ximidade da Colegiada de Barcelos, da qual os Teixeira de Barros, Garcia de Barros, Pinheiros, Barbosas, Medellas, Andrades, e outras antigas famílias foram preponderantes, o mesmo sucedendo, no sector da bene-merência, em relação ao Templo do Senhor Bom Jesus da Cruz, no Largo da Porta Nova.

*Calisto de Barros Pereira,

Abade de Cambeses (Monção) e Senhor da Casa do Carregal, nessa freguesia, reconstituiuo órgão do Templo do Senhor Bom Jesus da Cruz, em Barcelos, o órgão da Igreja de San-ta Cruz de Coimbra, e outros, conforme referimos em anteriores apontamentos. (Barros de Esposende).

*A quinta avó do autor

d e s t e s a p o n t a m e n t o s , D. Maria dos Santos e Barros, nascida na Rua Direita da vila de Esposende, f i lha do 1.º Capitão-Mor daquela vila (agora cidade), fi dalgo Gaspar de Barros (pai de D. Gregó-rio de Barros que morreu em A l c á c e r - Q u i b i r ) , f a l e -c e u em 05.02.1805 e foi sepul-tada na Capela do Senhor Bom Jesus da Cruz (Ver registo de óbito a fl s. 3-v, 1873, referente à fregue-sia de Arcozelo), bem como outros familiares, foram beneméritos

e membros da Venerável Ordem Terceira de S. Francisco.

D. Maria dos Santos e Barroscasou em Barcelos com Bento Garcia de Carvalho. Foram pais de José Thyago Garcia de Bar-ros, casado com D. Isabel Rosa de Calheiros de Castro, de S. Ma-mede de Arcozelo, lugar da Gran-ja, sendo estes últimos os pais de Calisto António Garcia de Barros (Ver árvore genealógica).

Campo da Senhora do ÓSimão António Ribeiro, escrivão

da Ouvedoria da vila de Barcelos (actual cidade), casado com D. Clara Joaquina de Calheiros, prosseguiu o vínculo da Senhora do Ó, na Casa-Quinta da Granja, em Arcozelo (S. Mamede). Foi casado com D. Teresa Clara Jo a q u i n a d e C a l h e i r o s (+ 12.11.1807), avós do morgado Calisto António Garcia de Barros.

O Dr. Manuel Esteves de

Calheiros, nascido na vila de Viana, formado na Universidade de Coimbra, foi médico Munici-pal e Almotacel da então vila de Barcelos . Foi casado com D. Teresa Maria do Rego, d e A r c o z e l o . F a l e c e r a m , respectivamente, em 16.03.1763 e 7.05.1771. Foram seus pais Mar-tinho de Oliveira Rego (1657?) e D. Catarina Esteves de Calheiros, a v ó s d e A n t ó n i o d e Oliveira Rego (1694), Cavaleiro da Ordem de Cristo, que contraiu matrimónio em 1.11.1737 com D. Isabel Maria Francisca Pereira de Castro de Melo e São Paio, a favor dos quais foi insti-tuído o Tombo da Casa e bens da Rua do Pinheiro, junto à Lapa, em Ponte de Lima.

( Ve r “ O Vi a n e n s e ” , Te o t ó n i o da Fonseca, Ilídio Ramos, José Maria Oliveira Martins, arquivos da Biblioteca Pública de Braga e outros, Torre do Tombo e arquivos paroquiais das localidades).

MATIAS DE BARROS

Ponte de Lima, antiga Rua do Pinheiro, actual Rua General Norton de Matos, n.º 57 (Casa do Calisto)

Em BarcelosApontamentos breves

No largo das Neves, confl uência das freguesias de Vila-de-Punhe, Mujães e Capareiros, ergue-se o simples e interessante Cruzeiro cuja gravura encima estas linhas. Concluído em 1817, erigido por subscrição pública da iniciativa da família de Calixto António Garcia de Barros constituiu, na ocasião, solene promessa ao Senhor da Saúde por ter livrado esta localidade das tropas da segunda invasão francesa. Sóbrio na simplicidade das suas linhas, ainda hoje ali bruxeleia, todas as noites, votiva lanterninha de azeite, a que a Fé e o Reconhecimento não deixaram até agora extinguir a chama débil.

O CRUZEIRO DAS NEVES

Tem estilo neoclássico, que se sobrepõe ao barroco. No interior, o tecto é revestido de estuque e enriquecido com pinturas religiosas.No altar-mor podem ser admiradas as seguintes imagens: Santa Ana, Santo António, São Joaquim, São Francisco e São Bento. Também existe na capela um quadro simbolizando as almas no purgatório. No altar lateral norte está a imagem de Nossa Senhora das Preces, imagem esta que, segundo consta, é proveniente da desaparecida Capela com a mesma invocação, a qual se situava junto do ribeiro com idêntica designação, capela essa que dispunha

A Capela de Santana, como vulgarmente é conhecida . Esse templo cristão está sitia-do perto da antiga estrada que liga Moledo a Vila Praia de Âncora, no concelho de Caminha. Foi construída em 1865, por iniciativa de António Manuel Alves Casal

da Cruz. A data da construção está gravada ornando o portal.

Ir e descobrir para onde ir,Numa procura infi nita.

Ir mais além, à procura de mais…Buscar, até saciar um imaginário horizonte.Alcançar o impossível Tornando -o realidadeVisionando o que julgava não exis� r.

Ir mais além, à procura da nossa iden� dadeDespindo o inconsciente de angús� asAfugentando as incertezas.

de pequenas dimensões e se supõe ter sido demolida em 1875, afi m de ser construi a linha férrea que atravessa aquele lugar. No corpo central existe uma dependência destinada à sacristia, rodeada por um muro cuja construção foi executada por volta de 1936. A terminar o nosso percurso, será interessante dedicarmos algum tempo para apreciar o Adro que nos recorda tempos passados. Na próxima edição, como é habitual, conviveremos mais uma vez com as tradições e património histórico e arquitetónico da nossa região.

(Desenho de F. Forte)Texto: Arquivo do Alto-Minho Vol. I, Pág. 16

Leandro Quintas Neves


MIRANTEDOALTO MINHO

REGISTO QUINZENALDE FIGURAS E FACTOS

Coordenação de MATIAS DE BARROS

“O Vianense” - Nº. 59115. Março. 2016

(Inclui 15 e 29 Fevereiro 2016)

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JOAQUIM CORREIA

Capela de S. Roque Vila de Darque

Está situada na antiga Rua Direita, uma das artérias principais e mais movimentada da vila de Darque. Durante anos cargas e pessoas movimentaram-se nesta artéria para fazer

escala no Cais Velho, e atravessarem para o outro lado da margem e vice-versa do Rio Lima. As mercadorias eram transportadas nos barcos Alarriba. Nos fi nais do século XVIII era um dos cais mais movimentado, junto a Viana. No ano de 1905 a antiga Rua Direita passou a designar-se por Rua Manuel Espregueira.

Este ilustre vianense foi General de Divisão da Arma de Infantaria, engenheiro-chefe da secção de Obras da Barra de Viana, Diretor da Companhia Real dos Caminhos de Ferro, Deputado de Viana, Ministro da Fazenda. A antiga rua foi completamente renovada e todas as obras e melhoramentos devem-se a tão notável personagem.

Em frente à capela pode-se admirar a Igreja Paroquial de Darque, ladeada por um adro que durante anos serviu de sepultamento aos habitantes de Darque.

A capela com cerca de 150 anos foi erigida pela família, José Domingues de Oliveira e Teresa de Lima, residentes em Darque. Tiveram diversos fi lhos:

Maria do Rosário Domingues de Oliveira (Beatos) casada com António Soares da Cunha com geração, Rosa Domingues de Oliveira (Beatos) casada com Manuel Gonçalves Areias com geração. Guilherme Domingues de Oliveira (Beatos) casado com Antónia Rodrigues Gomes com geração e Guilherme Domingos de Oliveira (Beatos) casado com Antónia Gonçalves Areis com geração.

Artista Lorenzo recebe troféu “Melhores Amigos”

Fátima Rosa Rodrigues

No passado dia 5 de Março, foi entregue em Paços de Ferreira, mais precisamente na localidade de Franzão, no conhecido espaço Danybar, o merecido troféu “Melhores Amigos”,

atribuido pelo grupo “Calientes”, que tem vindo a desenvolver um papel importante na divulgação do trabalho discográfi co do cantor Lorenzo, que interpretou nessa noite temas do seu novo CD intitulado “XPTO”. Mais uma noite para recordar na promissora carreira do artista.

Nasceu na freguesia de Vila de Punhe, Viana do Castelo, a 25 de Junho de 1949, sendo fi lho de Artur Ribeiro da

Rocha e de Carminda da Silva Cunha. Começa a trabalhar aos 18 anos num escritório duma tipografi a em Viana durante quatro meses. Vai depois para a repartição de Finanças em Ponte do Lima onde está três meses. Deu aulas como

Esaú Silva da Rocha

monitor da télescola de Vila Nova de Anha durante um mês. Após este período foi para a repartição de Finanças de Viana do Castelo durante três meses. Em 1970 foi cumprir o serviço militar para Caldas da Rainha. Em 1973 foi trabalhar na Auto-Vianense, Ldª. - agência de automóveis - como escriturário, durante ano e meio. Entretanto, concorreu para o Banco Nacional Ultramarino em Viana do Castelo, para onde entrou em 1974. Em 1980 transferiu-se para a agência do BNU em Barroselas. Tem como habilitações literárias o 8.° ano do Seminário Conciliar de Braga.O seu leme é o aforismo: “Devagar se vai ao longe”.

A REFER , em conjugação com a autarquia vianense, deliberaram. injustifi cavelmente, o encerramento da passagem de nível do Apeadeiro Senhora das

Neves, impedindo a população local de ter acesso à sua residência, cortando a meio a Rua Matias Santos, tal como agora alguns países estão a proceder para impedir a passagem dos refugiados...Vila de Punhe não está em guerra, não merece que lhe impeçam a liberdade de circulação da qual há muitas centenas (milhares...) de anos dispunha. Corrija-se o erro!

Corrija-se o erro!

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