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FACULDADE DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES (SUPLEMENTO) 7 COMPETÊNCIA COMUNICATIVA EM LÍNGUA ESTRANGEIRA (Que conceito é esse?) Vera Lucia Teixeira da Silva (UERJ) INTRODUÇÃO O termo competência tem-se constituído num dos mais confu- sos e controvertidos, tanto na Lingüística quanto na Lingüística Apli- cada. Passados quase trinta anos do despontar do movimento comuni- cativo, ainda hoje se busca uma normalização ou consensualidade para o termo. Não é raro que os autores o utilizem com sentidos dife- rentes sem se darem conta do fato. Assim, tornou-se muito difícil es- tabelecer com precisão o que tal termo significa (TAYLOR, 1988:148; HYMES, 1979; SAVIGNON, 1971; CANALE E SWAIN, 1980; CANALE, 1983; STERN, 1987; SPOLSKY, 1973, 1989; WIDDOWSON, 1989; BACHMAN, 1990, 1991; ALMEIDA FI- LHO, 1997; CONSOLO, 1999; ALVARENGA, 1999). Competência comunicativa: definições Um dos motivos da confusão em se definir o termo foi a tenta- tiva de diversos autores de adaptar o conceito de competência a seus próprios propósitos ou a seu campo de atuação, conforme assinala Munby (1978:15-16), afastando-se da definição clássica proposta por Chomsky (1965), segundo a qual competência significa conhecimen- to da língua, isto é, das suas estruturas e regras, e desempenho o uso real da língua em situações concretas, numa construção marcada- mente dicotômica, sem qualquer preocupação com a função social da língua. Antropólogo de formação, Hymes (1979) foi o primeiro a in- corporar a dimensão social ao conceito de competência. Ao acrescen- tar comunicativo ao termo competência, demonstrou claramente estar preocupado com o uso da língua. Assim, para Hymes, não é bastante que o indivíduo saiba e use a fonologia, a sintaxe e o léxico da língua

Vera Menezes Competência Comunicativa

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Vera Menezes Competência Comunicativa

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    (SUPLEMENTO) 7

    COMPETNCIA COMUNICATIVA EM LNGUA ESTRANGEIRA

    (Que conceito esse?)

    Vera Lucia Teixeira da Silva (UERJ)

    INTRODUO

    O termo competncia tem-se constitudo num dos mais confu-sos e controvertidos, tanto na Lingstica quanto na Lingstica Apli-cada. Passados quase trinta anos do despontar do movimento comuni-cativo, ainda hoje se busca uma normalizao ou consensualidade para o termo. No raro que os autores o utilizem com sentidos dife-rentes sem se darem conta do fato. Assim, tornou-se muito difcil es-tabelecer com preciso o que tal termo significa (TAYLOR, 1988:148; HYMES, 1979; SAVIGNON, 1971; CANALE E SWAIN, 1980; CANALE, 1983; STERN, 1987; SPOLSKY, 1973, 1989; WIDDOWSON, 1989; BACHMAN, 1990, 1991; ALMEIDA FI-LHO, 1997; CONSOLO, 1999; ALVARENGA, 1999).

    Competncia comunicativa: definies

    Um dos motivos da confuso em se definir o termo foi a tenta-tiva de diversos autores de adaptar o conceito de competncia a seus prprios propsitos ou a seu campo de atuao, conforme assinala Munby (1978:15-16), afastando-se da definio clssica proposta por Chomsky (1965), segundo a qual competncia significa conhecimen-to da lngua, isto , das suas estruturas e regras, e desempenho o uso real da lngua em situaes concretas, numa construo marcada-mente dicotmica, sem qualquer preocupao com a funo social da lngua.

    Antroplogo de formao, Hymes (1979) foi o primeiro a in-corporar a dimenso social ao conceito de competncia. Ao acrescen-tar comunicativo ao termo competncia, demonstrou claramente estar preocupado com o uso da lngua. Assim, para Hymes, no bastante que o indivduo saiba e use a fonologia, a sintaxe e o lxico da lngua

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    para caracteriz-lo como competente em termos comunicativos. preciso que, alm disso, esse indivduo saiba e use as regras do dis-curso especfico da comunidade na qual se insere. O indivduo de-monstra possuir competncia se sabe quando falar, quando no falar, e a quem falar, com quem, onde e de que maneira. Deve-se a Hymes (1978) igualmente, a ampliao do conceito de competncia para in-cluir a idia de capacidade para usar, unindo desta forma as noes de competncia e desempenho que estavam bem distintas na dicoto-mia proposta por Chomsky em 1965. A partir de Hymes, e aparen-temente inspirados por ele, vrios autores enfrentaram a difcil tarefa de conceituar competncia comunicativa. Cumpre, portanto, resumir o entendimento de alguns desses autores e firmar nossa posio para este trabalho.

    Savignon (1972b:8-9), procurando dar um cunho menos teri-co, mais pedaggico e mais aplicado ao conceito, salienta que a competncia comunicativa de um falante est condicionada ao co-nhecimento de um amplo vocabulrio, de vrios itens sintticos e de aspectos paralingsticos e sinestsicos da lngua-alvo. Somente as-sim um falante capaz de atuar com sucesso num contexto eminen-temente comunicativo.

    Canale e Swain (1980:28-31) oferecem um arcabouo terico para a descrio dos diferentes tipos de competncia. O modelo des-ses autores, com a reviso procedida por Canale (1983), representou um grande avano, dominando a rea de avaliao de ensi-no/aprendizagem de L2/LE durante uma dcada. O modelo final des-ses autores inclui quatro tipos de competncia, a saber:

    a) competncia gramatical: implicando o domnio do cdigo lingstico, a habilidade em reconhecer as caractersticas lingsticas da lngua e us-las para formar palavras e frases;

    b) competncia sociolingstica: implicando o conhecimento das regras sociais que norteiam o uso da lngua, compreenso do contexto social no qual a lngua usada. Tal competncia permite o julgamento da adequao do qual nos fala Hymes, citado acima;

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    c) competncia discursiva: dizendo respeito conexo de uma srie de oraes e frases com a finalidade de formar um todo signifi-cativo. Este conhecimento tem de ser compartilhado pelo falan-te/escritor e ouvinte/leitor; e

    d) competncia estratgica: como a competncia comunicati-va relativa, estratgias de enfrentamento devem ser usadas para compensar qualquer imperfeio no conhecimento das regras.

    Para Canale e Swain, os alunos s adquiririam competncia comunicativa se ficassem expostos, de maneira uniforme, a essas quatro formas de competncia.

    O objetivo desses dois autores, segundo Freire (1989:8-9), era o de transformar o conceito de Hymes, de natureza essencialmente terica, em unidades pedagogicamente manipulveis, que poderiam servir de base para uma grade curricular e prtica de sala-de-aula.

    A noo de desempenho embutida no conceito de Hymes atra-vs da expresso capacidade para usar no aparece no modelo de competncia comunicativa proposto por Canale e Swain. A capaci-dade para usar de Hymes corresponde ao que esses autores chamam de desempenho comunicativo, traduzido na realizao e interao das competncias mencionadas em seu modelo, na produo e compre-enso dos enunciados.

    As estratgias de enfrentamento, todavia a que se referem Canale e Swain ao descreverem o que chamam de competncia es-tratgica, no incluem conhecimento, e sim, capacidade para partici-par da interao. E onde esto essas duas noes seno no campo do desempenho?

    Neves (1996:73), preocupada em examinar o desenvolvimento da competncia comunicativa na LE para que o aprendiz seja capaz de exercer a funo de tradutor e intrprete, lembra que tanto Halli-day (1973) quanto Widdowson (1978) deram contribuies impor-tantes para o desenvolvimento do conceito de competncia comuni-cativa. Halliday adiciona a noo de funes da linguagem, preocu-pado que estava com o contexto da situao. J Widdowson (op. cit.) faz a distino entre regras gramaticais (usage) e uso (use), cha-

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    mando a ateno para o fato de que tanto regras gramaticais (usa-ge) como habilidade de comunicao (use) tm que estar em constante associao para que se desenvolvam as habilidades de in-terpretao subjacentes.

    Um outro ponto a complicar a compreenso do conceito de competncia comunicativa foi a confuso que se estabeleceu com a noo de proficincia. Stern (1987: 344), em contexto de ensi-no/aprendizagem de lnguas, identifica competncia com proficin-cia ao assinalar que entre diferentes aprendizes, em diferentes est-gios de aprendizagem de L2/LE, a competncia ou proficincia vai do zero proficincia do nativo. Para ele, competncia um con-ceito dinmico e no esttico, no que difere de alguns autores que acompanharam Chomsky mantendo a dicotomia clssica entre com-petncia e desempenho.

    Uma interessante observao no sentido de desfazer a confu-so a de Taylor (op. cit.:166-167) que salienta que toda a contro-vrsia em torno da definio de competncia comunicativa advm do fato de os lingistas aplicados confundirem estado com processo. Pa-ra esse autor, Stern est claramente ligando competncia a uso da lngua e confundindo estado e processo e, dessa maneira, tornando o conceito de competncia ainda mais controvertido e distante daquele proposto por Chomsky. Para Taylor, competncia um conceito es-ttico. Como o ensino/aprendizagem de lnguas, principal campo de atuao daqueles profissionais, envolve processo, estabeleceu-se a confuso. Por isso, Taylor prope que o termo competncia comuni-cativa seja substitudo por proficincia comunicativa. A proficincia designaria a capacidade de usar a competncia. Desempenho teria a ver com o que feito quando a proficincia demonstrada. Para Ta-ylor, competncia um conceito esttico. Proficincia no. A profi-cincia admite nveis e seria, assim, um conceito relativo.

    Fonto do Patrocnio (1995: 18), numa releitura do conceito de competncia comunicativa, chama a ateno para o fato de que a -rea de aprendizagem de lnguas no lida apenas com a proficincia, mas tambm com o conhecimento subjacente a essa proficincia.

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    Para essa autora, a mera troca terminolgica sugerida por Taylor no pe fim polmica.

    Da mesma forma que Canale e Swain (op. cit.), Bachman (op. cit., p. 81) tambm oferece algo mais do que uma definio para o que seja competncia comunicativa: um arcabouo terico. Ele parte do modelo de Canale e Swain e o amplia, na medida em que tenta ca-racterizar os processos atravs dos quais os seus vrios componentes interagem no s entre si mas com o contexto no qual o uso da lngua se d, o que carateriza o uso comunicativo da lngua. No se pode esquecer de que o modelo de Bachman surgiu dez anos depois da-quele primeiro proposto por Canale e Swain, referido acima. Dez a-nos significam mudanas, pesquisas, discusses. Da ter surgido um modelo mais completo, mais sofisticado, como se ver nos trs par-grafos seguintes.

    Bachman afirma que a capacidade para usar uma lngua de maneira comunicativa envolve tanto o conhecimento da lngua quan-to a capacidade de implementar ou usar esse conhecimento. Para Ba-chman, competncia abarca conhecimentos especficos que so usa-dos na comunicao. O modelo que concebeu inicialmente compre-endia os seguintes conhecimentos:

    a) competncia lingstica, subdividida em organizacional e pragmtica;

    b) competncia estratgica, que tem a ver com o conheci-mento sociocultural, o conhecimento real do mundo; e

    c) mecanismos psicofisiolgicos, os quais dizem respeito aos processos neurolgicos e psicolgicos na real produo da ln-gua como um fenmeno fsico.

    Mais recentemente, no entanto, Bachman (1991: 683) reviu seu mo-delo e operou nele algumas alteraes. Primeiramente, o que chama-va de competncia passou a se denominar conhecimento. Em nota de rodap argumenta que o termo competncia traz consigo uma grande e desnecessria bagagem semntica, e por isso no mais to til como conceito. Assim sendo, saber usar uma lngua tem a ver com a capacidade de utilizar o conhecimento da lngua em sintonia

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    com as caractersticas do contexto para criar e interpretar significa-dos. O esquema abaixo d uma idia dessa concepo de Bachman.

    CAPACIDADE LINGSTICO-COMUNICATIVA reas de Conhecimento Estratgias Metacognitivas

    Organizacional Pragmtico Planejamento Avaliao Objeti-vos

    Gramatical Textual Proposicional Funcional Sociolingsti-co

    Fig. 1 - Retirado e traduzido de Bachman, Lyle F. What does language testing have to offer? In: TESOL Quarterly, 25 (4),1991.

    Assim, usar uma lngua abarca conhecimento organizacional e pragmtico dessa lngua, e estratgias metacognitivas. O conheci-mento organizacional determina como os textos oral e escrito se or-ganizam, e o pragmtico, como os enunciados/frases, intenes e contexto se relacionam para produzir significado. O organizacional, por sua vez, se subdivide em gramatical (relativo a como os enunci-ados e frases individuais se organizam) e textual (relativo a como os enunciados e frases se organizam para formar textos inteligveis). O pragmtico se subdivide em: proposicional referente ao contedo proposicional (determinando como os enunciados/frases esto rela-cionados); funcional referente s funes da linguagem (determinan-do como enunciados/frases esto relacionados s intenes dos falan-tes); e sociolingstico referente ao uso da lngua (determinando co-mo enunciados/frases esto relacionados s caractersticas do contex-to). As estratgias metacognitivas compreendem avaliao do falante (determinando o desejo de se alcanar um objetivo X e o que ne-

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    cessrio para alcan-lo); objetivos que tm em vista (definindo o que quer alcanar e o efeito no interlocutor); e planejamento que rea-liza antes de emitir o enunciado em mente (definindo como usar a-quilo que tem).

    Almeida Filho (1993, 1997, 1999) tambm se dedicou a essa questo na tentativa de explicitar o que gerado pelo trabalho comu-nicativo no ensino/aprendizagem de uma nova lngua. Ao definir comunicao como uma forma de interao social onde ocorrem de-monstraes de apresentao pessoal, conjugadas ou no a casos de construo de conhecimento e troca de informaes, esse autor con-cebe a comunicao verbal no como um simples processo lingsti-co, mas como um processo mais complexo, exigindo dos envolvidos uma competncia comunicativa que, por sua vez, depende de outras competncias e conhecimentos. Essa competncia comunicativa in-clui o desempenho do participante, desempenho este dependente do seu grau de acesso aos conhecimentos disponveis.

    Ao conceituar competncia comunicativa, Almeida Filho (1997: 56) retoma as definies anteriores e as resume de maneira abarcadora e objetiva. A deciso de englobar as noes de competn-cia e desempenho sob a expresso competncia comunicativa til na medida em que o lugar que o desempenho deve ocupar fica, de uma vez por todas, determinado. Abaixo, a definio do autor:

    Um conhecimento abstrato subjacente e a habilidade de uso no s de regras gramaticais (explcitas ou implcitas) como tambm de regras contextuais ou pragmticas (explcitas ou implcitas) na criao de dis-curso apropriado, coeso e coerente. Esse conceito de competncia comu-nicativa para alguns tericos distinto do conceito de desempenho co-municativo (HYMES, 1972) mas o tomamos aqui como englobando tan-to competncia como desempenho efetivo.

    CONSIDERAES FINAIS

    Aps o levantamento e a discusso das principais definies de competncia comunicativa, chegou-se concluso que um concei-to de competncia comunicativa deve englobar competncia e de-sempenho (como sugerem Hymes, Stern, Savignon, Rea e entre os comunicativistas como Widdowson e Munby). No h como, na pr-

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    tica, separar competncia de desempenho, uma vez que a primeira se constitui num sistema abstrato e, como tal, s percebido atravs do desempenho. A competncia pode ser definida, portanto, como co-nhecimento abstrato armazenado na mente do indivduo (aquilo que eu conheo e me permite fazer) e o desempenho, por sua vez, co-mo alguma coisa que esse indivduo faz com esse conhecimento (aquilo que eu fao), conhecimento este que compreende regras gramaticais, regras contextuais ou pragmticas na criao de discurso apropriado, coeso e coerente. Inclui ainda as noes de conhecimen-to do mundo (conhecimentos gerais e conhecimentos especficos so-bre assuntos, tpicos e reas) e de competncia, no seu sentido cls-sico, Chomskyano; e componentes afetivos (emoo, paixo, clera, ansiedade, etc.), reunindo especialmente a contribuio de Hymes (1972), Canale e Swain (1980); Canale (1983); Bachman (1990, 1991) e Almeida Filho (1993) resenhados acima. A figura abaixo i-lustra, de modo esquemtico, o que entendemos por competncia comunicativa.

    REPRESENTAO DA COMPETNCIA COMUNICATIVA

    COMPETNCIA METACOMUNICATIVA

    COMPETNCIA GRAMATICAL

    COMPETNCIA ME-TALINGSTICA

    COMPETNCIA FORMULAICA

    COMPETNCIA LDICA

    COMPETNCIA DISCURSIVA

    COMPETNCIA ESTTICA

    COMPETNCIA ESTRATGICA

    COMPETNCIA SCIOCULTURAL

    CHAVE DA ORA-LIDADE /

    LETRAMENTO

    COMPETNCIA TEXTUAL

    CONHECIMENTO DO

    MUNDO

    CONTEDOS ESPECFICOS

    FILTROS AFETIVOS

    COMPETNCIA ME-TACOMUNICATIVA

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    Fig. 2 Representao da Competncia Comunicativa

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

    ALMEIDA FILHO, J.C.P. A Abordagem Orientadora da Ao do Professor. In: Parmetros Atuais para o Ensino de Portugus Lngua Estrangeira. Campinas: Pontes, 1997. p. 151.

    ALVARENGA, M. B. Configurao de competncias de um professor de Lngua Estrangeira (Ingls): implicaes para a formao em servio. Tese de Doutorado. Campi-nas: IEL/UNICAMP, 1999

    BACHMAN, L. Fundamental Considerations in Language Testing Oxford: Oxford University Press, 1990.

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    & PALMER, A. S. Language Testing in Practice. Oxford: Oxford University Press, 1996.

    CANALE, M. & SWAIN, M. Theoretical bases of communicative approaches to second language teaching and testing. In: Applied Lin-guistics, 1(1), 1980.

    CANALE, M. From Communicative competence to communicative language pedagogy. In: RICHARDS, J & SCHMIDT, R (org.) Lan-guage and Communication. Londres: Longman,1983.

    CONSOLO, D. A. The Ability for Communicative Language Use: An Overview. In: R. Letras, PUC-Campinas, 18 (1/2), 1999. p. 82-91.

    FONTO DO PATROCNIO, E. M. Uma Releitura do Conceito de Competncia Comunicativa. In: Trabalhos em Lingstica Aplicada, 26, 1995.

    FREIRE, A. M. F. Communicative Competence as the Goal of Fo-reign Language Teaching: Teachers Theoretical Framework and

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    Classroom Practice. Tese de Doutorado. Filadlfia: Universidade da Filadlfia, 1989.

    HALLIDAY, M. A. K. Explorations in the Function of Language. Londres: Edward Arnold, 1973.

    HYMES, D. H. On Communicative Competence. In: BRUMFIT, C. J. & JOHNSON, K. The Communicative Approach to Language Te-aching. Oxford: Oxford University Press, 1979.

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