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A humildade do alu- no que aprende com o Mestre Jesus. ADDE - ASSOCIAÇÃO DE DIVULGAÇÃO DA DOUTRINA ESPÍRITA | www.adde.com.br | ANO 06 | NÚMERO 31 | OUTUBRO/NOVEMBRO 2016 O HOMEM PENSANTE Visão Espírita As consequências nega- tivas do ócio nada criativo. Bem Coletivo Como fazer as pazes com as imperfeições do corpo para ganhar uma alma renovada? Palavra Espírita Os objetivos da oração e a forma correta de rogar ao Senhor. Atualidade Página 03 Página 07 Página 08 Página 06 Dar atenção aos pensamentos é um dos primeiros passos rumo à evolução moral. A cabeça comanda o corpo e o ritmo frenético das ondas cerebrais precisam ser certeiros para ajudar na tomada de decisões importantes do dia a dia. A inteligência só deve ser usada em detrimento do bem, pois de outra forma, ela compromete a vida no plano espiritual, podendo render uma reencarnação de provas e expiações regeneradoras, no entanto, muito pesadas e de difícil compreensão. Página 04 Mais Distribuição GRATUITA Não jogue este jornal em vias públicas Verdade e Vida Jornal DICA DE LEITURA Conheça o livro Magali em Outras Vidas e presentei os pequenos no Mês das Crianças. Página 02

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A humildade do alu-no que aprende com o Mestre Jesus.

ADDE - ASSOCIAÇÃO DE DIVULGAÇÃO DA DOUTRINA ESPÍRITA | www.adde.com.br | ANO 06 | NÚMERO 31 | OUTUBRO/NOVEMBRO 2016

O hOMEM PENSANTE

Visão Espírita

As consequências nega-t ivas do ócio nada cr ia t ivo.

Bem Coletivo

Como fazer as pazes com as imperfeições do corpo para ganhar uma alma renovada?

Palavra Espírita

Os objet ivos da oração e a forma correta de rogar ao Senhor.

Atualidade

Página 03 Página 07 Página 08Página 06

Dar atenção aos pensamentos é um dos primeiros passos rumo à evolução moral. A cabeça comanda o corpo e o ritmo frenético das ondas cerebrais precisam ser certeiros para ajudar na tomada de decisões importantes do dia a dia.

A inteligência só deve ser usada em detrimento do bem, pois de outra forma, ela

compromete a vida no plano espiritual, podendo render uma reencarnação de provas e expiações regeneradoras, no entanto, muito pesadas e de difícil compreensão.

Página 04

Mai

s

DistribuiçãoGRATUITA

Não jogue este jornal em vias públicas

Verdade e VidaJornal

DICA DE LEITURAConheça o livro Magali em Outras Vidas e presentei os pequenos no Mês das Crianças.

Página 02

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Editorial Em tempos de crise, principal-

mente no cenário político e financeiro

do Brasil, um número maior de pes-

soas procuram as religiões ou a espi-

ritualidade, na tentativa de conquistar

dias melhores. Elas lotam as diversas

denominações de igrejas e centros, em

busca de um milagre, de um “up” para

a suas vidas. Fazem preces e clamam

pelo auxílio de Deus.

O Pai de todos é misericordio-

so, no entanto, não atende a todas as

intercessões. Se o pedido for sincero,

feito de todo o coração e a graça não

chega, pode ser que ainda não seja o

tempo.

As horas no mundo espiritual

são contadas de forma diferente, se

comparadas as do plano terreno; Um

outro fator importante é que muitas

vezes, a solicitação imediata pode se

desenhar como um problema futuro

e, o Mestre não a realiza, com o in-

tuito de dar livramento e poupar o in-

divíduo das consequências negativas

de um caminho tortuoso.

Mas lembre-se: a prece não

funciona como um mecanismo para

conseguir recompensas. Ela está lon-

ge de ser um cartão fidelidade que

gera bônus em decorrência do nú-

mero de compras. A oração deve ser

realizada também com o objetivo de

louvar e agradecer e, ser ampliada

para todos os necessitados de ali-

mentos materiais ou espirituais e não

somente em benefício próprio.

Boa leitura!

ExpedienteEste jornal é uma publicação da ADDE – Associação de Divulgação da Doutrina Espírita (CNPJ 08.195.888/0001-77) - para a região de São José do Rio Preto/SP. Os textos assinados são de responsabilidade de seus autores.

Diagramação: Junior Pinheiro - [email protected]

Jornalista Resp: Renata Girodo - [email protected] - MTB 67369/SP

Comercial: Anízio Junior - [email protected]

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Tiragem: 5 mil exemplares.

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Av. Alberto Andaló, 3539 - S. J. do Rio Preto - SP

C O L A B O R E

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Dica de Leitura

Que tal no Mês das Crianças, presentear o seu pequeno de uma forma diferente?

A sugestão é o livro Maga-li em Outras Vidas, da Editora “Boa Nova”, ilustrado e escrito por Maurício de Souza em parceria com Luis Hu Rivas e Ala Mitchell.

De forma bem lúdica, a publicação traz a reencarna-ção como conteúdo principal e aborda as diversas vidas dos principais personagens da “Turma da Mônica”. Com uma narrativa leve e engraça-da, o leitor poderá descobrir, por exemplo, porque o Cas-cão tem medo de água, o Ce-bolinha troca as letras quando fala, e, ainda, de onde vem a genialidade do Franjinha e a fome incessante da Magali.

A obra também fala sobre a força do amor e como ela pode sobreviver ao tempo e

ao espaço.A história que já havia sido

publicada em quadrinhos no ano de 2004 ganhou uma versão atu-alizada.

EDUCAÇÃOESPIRITUAL

por: Renata Girodo

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APROVEITEMOS BEM A APOSENTADORIA

Em conversa com um velho amigo, ele dizia da delícia que era viver a aposentadoria sem nenhum compromisso ou obrigação, apenas de sombra e água fresca. Afinal de contas, já havia trabalhado bastante e, agora, merecia ser servido e não mais servir.

Confesso que tive pena daquele pobre homem. Pobre porque não o imaginava tão vazio de valores humanos e com a cabeça cheia de ilusões e prazeres fugazes. Levar uma velhice ainda vigorosa na preguiça, jogando conversa fora numa cafeteria da cidade, deve ser a coisa mais cansativa e chata do mundo!

Por que não aproveitamos o tempo como aposentados em serviços prestados a um lar de idosos incapacitados ou crianças órfãs ou de pais apenados, na condição de trabalhadores voluntários?

Podemos escolher também instituições hospitalares para

visitar e conversar com enfermos indigentes, aplicando as nossas energias positivas e revigorantes

na renovação de ânimos e esperanças.

A solidariedade humana, quando estimulada pelo espírito de ser útil, contribui sobretudo para tornar as pessoas mais generosas e compassivas. O desprendimento espiritual facilita a prática do bem

quando nos dispomos a servir incondicionalmente pelo bem comum de todos, seja dentro ou

fora de nossa comunidade.

Mesmo aposentados, devemos tirar melhor proveito do tempo para fazer todo o bem possível, seja alegrando os abatidos pela tristeza ou renovando a esperança de quem deixou de sonhar com um novo recomeço.

Gozar a aposentadoria em Clube de Terceira Idade (CTI), embalados por músicas, danças, ginásticas e jogos que estimulam o cérebro é dar vazão ao egoísmo que escraviza os sentidos elevados e libertadores do espírito humano. Devemos, sim, aproveitar os dias que nos restam na existência terrena no exercício da caridade e na semeadura do amor ao nosso semelhante, acolhendo-o com afeto e respeito.

Como ensina Joanna de Angelis pela mediunidade de Divaldo Pereira Franco: “Hospeda o teu próximo na tua generosidade sem cobrar taxa de gratidão”.

Visão Espírita por: Carlos Antônio de Barros

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Capa

Nos últimos tempos, Jesus era seguido por milhares de pessoas. Uma grande maioria buscava atender suas necessidades físicas, psicológicas e espirituais; outra pequena parte procurava entender sobre as primícias do reino; um expressivo grupo, composto por judeus, visava dissimuladamente colocá-lo contra o Sinédrio e o poder romano.

Alguns fariseus admiravam e criticavam o fato de Jesus e seus discípulos se alimentarem sem lavar as mãos, contrariando os dogmas judaicos. Jesus dirigindo-se a eles lhes disse: vocês me fazem lembrar Isaias - que falou: vocês me têm perto dos lábios, mas longe do coração. Seguem os dogmas criados pelos homens e, no entanto, não honram os pais, conforme a lei Divina. O que faz mal ao homem não é o que entra pela boca, mas o que sai dela, expressando os sentimentos, tais como: fornicações, blasfêmias, adultérios, corrupções, violências, etc.

Segundo Emmanuel, mentor espiritual de Chico Xavier, nosso pensamento define o que iremos viver e, por isso, devemos ter muito cuidado com o que pensamos. Nossa mente é repleta de inúmeros componentes importantes, responsáveis por dirigir nossos comportamentos. São eles: desejos, inteligência, imaginação, memória, sugestão, sintonia, entendimento e vontade.

Nossos desejos mostram muito bem a direção que nós queremos dar para nossas vidas. Quase sempre são voltados para os interesses materiais em detrimento do nosso progresso moral. Tenhamos o cuidado de fechar nossos ouvidos para os convites comprometedores e analisar sempre o que nos diz a consciência, onde está escrita a lei de Deus.

A inteligência, este grande talento, do qual somos dotados, carece de muita atenção com relação ao seu uso, pois pode nos impulsionar para grandes

espetáculos morais ou nos empurrar para abismos profundos, comprometendo nosso progresso espiritual. Conta-nos Humberto de Campos que certo homem usava sua inteligência para as grandes causas, comprometendo sempre a vida de alguém. Sua mãe o advertia dizendo que ele deveria usá-la para ajudar as pessoas mais simples, todavia, ele se justificava dizendo que tinha uma grande cabeça e não poderia se ocupar com pequenas questões. Ao desencarnar, teve seu períspirito hipertrofiado na área do cérebro, ficando muitos anos com a cabeça no chão. Ao reencarnar, teve hidrocefalia e como não tinha cirurgia específica para drenar o líquido intracerebral, naquela época, ficou novamente com o crâneo imóvel durante muito tempo, enquanto viveu na Terra. A semeadura é livre, mas a colheita é certa, conforme asseverou Jesus. Em O Evangelho Segundo o Espiritismo tem uma página, falando sobre a missão do homem inteligente na Terra, a qual nos

esclarece o quanto devemos usar a nossa inteligência para o bem de todos, rompendo com os grilhões que nos acicatam a alma.

A imaginação é outro atributo da mente que nos revela na essência quem nós somos. Porque no silêncio interior, ao imaginarmos algo, estamos projetando, sem reservas, o que verdadeiramente trazemos dentro de nós. Ao analisarmos o nosso eu e verificarmos onde residem nossas más tendências, é hora de estabelecermos um combate acirrado contra elas, buscando nossa transformação moral.

Contamos também com a memória arquivada na nossa mente inconsciente, a qual tem poder de mando de 80% em nossas resoluções, portanto, a nossa mente deve ser adubada com ideias boas, para que ao voltarem a fazer parte de nossas intenções e atitudes, nos coloquem numa situação confortável. O gatilho da memória funciona de forma inconsciente em cinco segundos

O qUE fAz M

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Veja o centro espírita mais perto de sua casa

acessando o site da ADDE.

Pontos de Luz

por: Aguinaldo de Paula Vasconcelos

AL AO hOMEMe, por isso, é que contemos até dez, para não tomarmos medidas comprometedoras.

A sugestão e a sintonia nos

coloca, muita vezes, numa possível vulnerabilidade, nos deixando, influenciar por outras mentes de encarnados e desencarnados que estão numa mesma faixa vibratória. Daí a necessidade de sairmos da faixa vibratória inferior e e fazer sintonia com os bons espíritos, não nos preocupando

com os obsessores, mas sim com nossa maneira de pensar, de falar e de fazer. Por isso que Jesus nos advertiu: “vigiai e orai para não

cairdes em tentação”.

O entendimento sobre o verdadeiro sentido da vida, no plano físico e espiritual, principalmente, por intermédio da fé, certifica que estamos imersos na vida e no amor de Deus, para adquirirmos a bondade e a

sabedoria e determos o reino de Deus em nós. Não foi sem causa que Jesus nos disse que “víssemos com os olhos de ver e ouvíssemos

com os ouvidos de ouvir”.

O último, mas não o menos importante departamento de nossa mente é à vontade. Ela não interfere diretamente nos desejos, na inteligência, na memória, na sugestão e sintonia e nem no entendimento, porém,

age disciplinando, contribuindo para uma boa evolução espiritual, um bom aproveitamento de nossa existência, onde quer que estejamos. Para tal desiderato ela conta com o bom-senso e com a razão, a fim de que não tenhamos vontades absurdas, nos expondo ao ridículo.

Mente é vida; saibamos usá-la bem, para termos uma vida repleta de harmonia e paz no mais curto espaço de tempo.

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Atualidade

MESTRE E DISCÍPULOEssa é uma relação muito

interessante e boa de se comentar. Quase sempre há uma confusão em torno dela. Há mestres que se ocultam. Há discípulos que se arvoram em alto constituírem-se mestres. Daí que, nestes tempos, uns se confundem com os outros. Mestres que se aceitam discípulos de falsas ideias e discípulos, cujas falsas ideias, representam sua formatura em ação. Há, com certeza, que se achar o termo de cada qual e emparelha-los em seus devidos lugares.

Não vai longe o tempo em que se distinguia com muita facilidade um do outro. E os mestres eram pessoas respeitáveis, portanto, respeitadas. Os discípulos, pessoas de boa fé, que nem piscavam quando o mestre expunha seus conhecimentos. E, incrível: nem mesmo colocavam os pés sobre as carteiras, nem consultavam as redes sociais, nem comentavam outros assuntos, nem expunham seus corpos seminus ao sinete da sensualidade em hora imprópria. Era uma relação homem versus homem, na razão direta do valor de cada um e da nobre grandeza do instante. Tempo interessante aquele. O do reconhecimento dos lugares e valores.

Não somos saudosistas e tampouco monoideístas. Antes, gostamos da vanguarda e expansões desde que sigam os parâmetros do raciocínio lógico, da ética e da moral. Aliás, o mundo existe

para nos educar nestes quesitos. O que não se concebe é a perda irremediável do tempo com posturas às avessas que comumente observamos nestes tempos sagazes e de grandes perspectivas científicas e tecnológicas. Há que se encontrar o marco eficiente que coloque o mestre no lugar de mestre e o aluno no lugar de aluno. E aqui vale uma

reflexão etimológica: aluno significa dizer: aquele sem luz. Luma é luz, é chama. A preposição “a” antes representa negação.

Dentro deste raciocínio, se busco um mestre, significa dizer que não possuo luz suficiente para conduzir-me sozinho. Daí necessito parar, ouvir e aprender. Quase sempre os “veros” mestres não se utilizam da pedagogia da imposição, mesmo sendo sua lição a mais perfeita do momento. Há sempre um jogo formidável onde o conteúdo iluminativo é buscado pelo aluno,

dentro da premissa da apreensão do mesmo, para sua alumiação. Assim, os debates são abertos e as participações, quase sempre acaloradas. Isso é muito bom. Está presente nas maiores universidades do mundo e quiçá, nos graus preparatórios do fundamental e do ensino médio. Parabéns aos que os promovem: mestres e discípulos.

Eis aí a pedagogia Divina praticada por humanos. Extraordinário!

Eis que temos um grande Mestre: Jesus. Sua pedagogia é a da proposta e nunca a da imposição das suas ideias. Caminhou feito pássaro Divino e falou feito homem de luz. Os discípulos chegaram, ouviram, saíram e pregaram. Bons tempos aqueles, bom para todos. Contudo, o Mestre Jesus disse que mais e mais discípulos surgiriam do oriente e do ocidente. Eis-nos, portanto, aqui: discípulos de Jesus. Será mesmo que somos?

A palavra discípulo vem do Latim DISCIPULUS, representando “aluno, seguidor, estudante”, de DISCERE, “aprender”, formado por DIS-, “fora”, mais CAPERE, “pegar, agarrar (intelectualmente)”. Ou seja: pegar o que vem de fora. Então compete a todos nós, espíritas ou não, pegar a mensagem de Jesus e transformá-la numa ação contínua e inteligente a nosso favor e daqueles que nos rodeiam.

Há pessoas que quando o mestre chega, elevam-se aspirando lecionar a ele e aos demais sua a-lume. Daí o episódio não se conclui, o tempo se esvai e o mestre se retira porque é findo o tempo daquele evento. É bom pensarmos em como estamos convivendo com o Mestre da Humanidade. Será que nos sentimos superiores a Ele? Caso afirmativo, há uma palavrinha mágica para o apimento deste ato sem luz: humildade! Sim, o homem quase sempre se sente superior a tudo, até mesmo a Deus. Costumam celebrá-lo com palavras ou evocações nulas, mas o que comumente impera é o ego inferior, frágil e inseguro, portanto, raivoso, medroso e violento.

Eis-nos como alunos das expressões divinas. Eis-nos a caminho delas. Necessário, portanto, que identifiquemos nossa posição de alunos e a de Jesus como Mestre. Eis a proposta.

por: Guaraci de Lima Silveira

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Bem coletivo por: Francisco Ortolan

VINDE A MIM! (MATEUS 11:28-30)

Esse convite do Cristo parece ser simples, quando nos chama a retornar ao lar, ou seja, nossa volta para a verdadeira casa, como na “Parábola do Filho Pródigo”. Nessa parábola, o filho só volta quando se vê literalmente “dormindo com os porcos”. Mas seria esse o caso? Será que precisaríamos chegar no fundo do poço para admitir que não somos detentores da verdade absoluta? Creio que não. Lembremos o Cristo quando nos chama à realidade dizendo: “Por que vês tu, pois, o argueiro no olho do teu irmão, e não vês a trave no teu olho? Ou como dizes a teu irmão: Deixa-me tirar-te do teu olho o argueiro, quando tens no teu uma trave? Hipócrita, tira primeira a trave do teu olho, e então verás como hás de tirar o argueiro do olho de teu irmão”. (Mateus, 7: 3-5)”. Essa passagem de Mateus nos chama a atenção para refletirmos sobre nosso julgamento severo para com a opinião alheia, sendo indulgentes demais para conosco, onde deveria ser o contrário.

Por isso, aceitar o convite do Cristo é muito mais do que meras palavras. Teremos que abrir mão de nossas “verdades”, de nossas frases prontas, de nosso personalismo, enfim, aprendermos a nos assemelhar com a criança, como disse Ele nessa passagem também de Mateus:

“Digo-vos, em verdade, que, se não vos converterdes e tornardes quais crianças, não entrareis no reino dos céus”.

Mas, Jesus não sabia que as crianças são espíritos milenares, que carregam suas mazelas como qualquer ser humano? Indubitavelmente. No entanto, convido você leitor, a fazer uma introspecção: Já parou para observar duas crianças brincando? Elas se desentendem, se batem, saem chorando, mas cinco minutos depois estão brincando como se nada

tivesse acontecido. Não é assim? Elas não guardam mágoa, rancor, não tem instinto de vingança, enfim, não se melindram como muitos de nós. Então, amigos, é

dessa pureza que o Cristo falava. A simplicidade da criança antes de ser contaminada pela influência de pais, irmãos, parentes ou mesmo de sua personalidade do passado, adormecida momentaneamente. Essas mazelas ainda se encontram latentes nesse espírito na fase infantil.

Resgatar a criança interior; deixar vir a mim as criancinhas, é um

convite difícil mas imprescindível para nós, espíritos milenares, que almejamos a volta pra casa. Aprenderemos que deverá haver mudança de questionamentos como parar de se perguntar: Por que eu? E começar a se questionar: Por que não eu? Por que as dificuldades e até a morte não podem bater na nossa porta? Será que somos tão importantes assim? Nossa fé tem que ir além das aparências e do religiosismo. Tem que ser raciocinada. Existem coisas na nossa vida que só vamos compreender se rompermos o mecanismo de defesa e baixarmos a guarda.

Façamos as pazes com nossas imperfeições e não adotemos o hábito de criar culpados sobre aquilo que é de nossa responsabilidade. “Como culpar o vento pela desordem se fui eu quem deixou a janela aberta?” (Autor desconhecido).

É chegado o tempo de sair do estacionamento e buscar nossa ascensão. Resgatando a simplicidade da criança, tirando a trave de nosso olho, ficará mais fácil nossa convivência, pois agiremos com mais alteridade e consequentemente sofreremos menos, pois a única mudança que teremos que fazer será em nós.

(17) 3218-1917 / 3218-3233 Av. Treze de Maio, 4140 Pq. Res. Cambuí - Rio Preto

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Palavra Espírita por: Renata Girodo

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ROGAI AO SENhORA oração é um bálsamo que

acalenta o coração e dá forças para o ser humano passar pelas provações que estão pelo caminho. Ela pode ser realizada com três objetivos: louvar, pedir e agradecer.

Mas, uma coisa é fato, não existe receita infalível para que a oração atinja os planos superiores. De acordo com a resposta da pergunta 658 de O Livro dos Espíritos, “A prece é sempre agradável a Deus quando é do coração, porque a intenção é tudo e a prece do coração é preferível à que se pode ler, por mais bela que seja, se for lida mais com os lábios do que com o sentimento. A prece é agradável a Deus quando é dita com fé, fervor e sinceridade; mas não acrediteis que Ele seja tocado pela prece do homem fútil, orgulhoso e egoísta, a menos que signifique de sua parte um ato de sincero arrependimento e verdadeira humildade”.

Por que não sou atendido?

Diversas vezes, o poder da prece é colocado em xeque, isso porque, nem sempre as solicitações são atendidas. A razão é simples, como Deus ama os seus filhos, ele sabe o que é melhor para cada um. Por outro lado, a espiritualidade age em silêncio em muitas situações, no entanto, as pessoas estão tão focadas em reclamar que não enxergam a grandeza das

realizações e livramentos. Para elas, tudo não passa de obra do acaso e da coincidência.

Um erro muito comum é querer ganhar, literalmente, Deus no grito. Os ouvidos Dele são espirituais e os pedidos podem e devem ser realizados em silêncio. “Quando orardes, não vos assemelheis aos hipócritas, que se comprazem

em orar em pé nas sinagogas e nas esquinas das ruas para serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo que eles já receberam sua recompensa. Mas quando quiserdes orar, entrai no vosso quarto e, estando fechada a porta, orai ao vosso Pai em segredo; e vosso Pai, que vê o que se passa em segredo, vos recompensará. E quando orais, não faleis muito, como os gentios,

que pensam ser pela multidão de palavras que serão atendidos. Não vos torneis, pois, semelhantes a eles, porque vosso Pai sabe do que necessitais antes de o pedirdes”. (Mateus, 6:5-8)

Pelos que se foram

A prece é de extrema importância para os entes queridos

e afins que desencarnaram, pois a transição entre o plano material e o espiritual pode ser confusa e desafiadora. Para chegar à esfera superior, à mensagem precisa ser enviada de coração, sem a necessidade de textos prontos, repetitivos ou ensaiados.

E como a vida do outro lado é consequência dos atos terrestres, nem sempre a passagem leva o

indivíduo para um lugar tranquilo, por isso, orar é um ato de amor. Apesar da prece não ter o poder de mudar os desígnios do Pai, ela traz conforto e alívio para a alma que sofre. Além disso, o espírito poderá se conscientizar dos seus erros e conseguir instrução e socorro melhorando sua condição pós-morte.

Diversas vezes, o poder da prece é colocado em xeque, isso porque, nem sempre as solicitações são atendidas. A razão é simples, como Deus ama os seus filhos, ele sabe o que é melhor para cada um. Por outro lado, a espiritualidade age em silêncio em muitas situações, no entanto, as pessoas estão tão focadas em reclamar que não enxergam a grandeza das realizações e livramentos. Para elas, tudo não passa de obra do acaso e da coincidência.