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VERIFICAÇÃO À FADIGA EM PONTES RODOVIÁRIAS DE CONCRETO ARMADO NO BRASIL: AVALIAÇÃO DE CRITÉRIO NORMATIVO SIMPLIFICADO Elisa Silva Belisário Projeto de Graduação apresentado ao Curso de Engenharia Civil da Escola Politécnica, Universidade Federal do Rio de Janeiro, como parte dos requisitos necessários à obtenção do Título de Engenheiro Civil. Orientadora: Prof.ª Michèle Schubert Pfeil Rio de Janeiro Março de 2015

verificação à fadiga em pontes rodoviárias de concreto armado no

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VERIFICAÇÃO À FADIGA EM PONTES RODOVIÁRIAS DE

CONCRETO ARMADO NO BRASIL: AVALIAÇÃO DE CRITÉRIO

NORMATIVO SIMPLIFICADO

Elisa Silva Belisário

Projeto de Graduação apresentado ao Curso de

Engenharia Civil da Escola Politécnica,

Universidade Federal do Rio de Janeiro, como

parte dos requisitos necessários à obtenção do

Título de Engenheiro Civil.

Orientadora: Prof.ª Michèle Schubert Pfeil

Rio de Janeiro

Março de 2015

VERIFICAÇÃO À FADIGA EM PONTES RODOVIÁRIAS DE

CONCRETO ARMADO NO BRASIL: AVALIAÇÃO DE CRITÉRIO

NORMATIVO SIMPLIFICADO

Elisa Silva Belisário

PROJETO DE GRADUAÇÃO SUBMETIDO AO CORPO DOCENTE DO CURSO

DE ENGENHARIA CIVIL DA ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE

FEDERAL DO RIO DE JANEIRO COMO PARTE DOS REQUISITOS

NECESSÁRIOS PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE ENGENHEIRO CIVIL.

Examinado por:

Prof.ª Michèle Schubert Pfeil

(Orientadora)

Prof. Ronaldo Carvalho Battista

Prof. Ricardo Valeriano

Rio de Janeiro

Março de 2015

ii

Belisário, Elisa Silva

Verificação à Fadiga em Pontes Rodoviárias de

Concreto Armado no Brasil: Avaliação de Critério Normativo

Simplificado – Rio de Janeiro: UFRJ/ESCOLA POLITÉCNICA,

2015.

Orientadora: Prof.ª Michele Schubert Pfeil

Projeto de Graduação – UFRJ/POLI/Curso de Engenharia

Civil, 2015

Referencias Bibliográficas: p.

1.Fadiga. 2. Pontes rodoviárias. 3. Espectro de veículos

reais. I. Pfeil, Michèle Schubert II. Universidade Federal do Rio de

Janeiro, UFRJ, Engenharia Civil. III. Título.

iii

AGRADECIMENTOS

Agradeço à Deus, por estar presente em todos os momentos da minha vida,

guiando meus caminhos.

À minha mãe e irmãos, por serem exemplos de dedicação e responsabilidade.

Pelos incentivos durante os anos da graduação. Por estarem sempre disponíveis com

conselhos e me apoiarem em todas as decisões.

À minha orientadora, professora Michèle Pfeil, pela disponibilidade e

transmissão de conhecimentos ao longo das aulas e da elaboração deste trabalho.

A todos os professores da Escola Politécnica, com quem tive oportunidade de

conhecer e desenvolver o aprendizado da engenharia.

A todos os amigos que adquiri ao longo dos anos de faculdade, pela ajuda,

cumplicidade e companheirismo desenvolvidos a cada aula.

iv

Resumo do Projeto de Graduação apresentado à Escola Politécnica /UFRJ como parte

dos requisitos necessários para a obtenção do grau de Engenharia Civil.

VERIFICAÇÃO À FADIGA EM PONTES RODOVIÁRIAS DE

CONCRETO ARMADO NO BRASIL: AVALIAÇÃO DE CRITÉRIO

NORMATIVO SIMPLIFICADO

Elisa Silva Belisário

Fevereiro de 2015

Orientadora: Michèle Schubert Pfeil

Curso: Engenharia Civil

As pontes são estruturas sujeitas a variação de tensão não uniforme devido à passagem

de veículos de configurações e pesos variados. Dependendo da magnitude dessas

variações as pontes podem sofrer danos por fadiga em sua estrutura e culminar com o

fim de sua vida útil. O método mais simplificado de verificação à fadiga é o método do

tempo de vida ilimitado à fadiga, que é garantido quando a máxima variação de tensão

provocada pela passagem das cargas móveis é menor que o limite de fadiga para

amplitude de tensão constante. A NBR-6118 indica a verificação à fadiga no formato

deste método, aplicando o modelo de cargas da NBR-7188 reduzido por fatores que

variam segundo o elemento estrutural analisado. Este trabalho faz uma avaliação deste

fator redutor no caso de longarinas, calculando a máxima variação de tensão nas

armaduras de obras em concreto armado, decorrente da passagem dos veículos reais e

comparando com a variação de tensão definida pelo modelo de carga normativo.

Consideram-se: (i) seção central de pontes biapoiadas com vãos variando de 10 a 40m;

(ii) seção de apoio intermediário de pontes de três vãos contínuos na faixa de 10 e 25m.

v

Abstract of Undergraduate Project presented to POLI/UFRJ as a partial fuifilment of the

requirement for the degree of Civil Engineer.

FATIGUE LIFE OF BRAZILIAN REINFORCED CONCRETE HIGHWAY

BRIDGES: ASSESSMENT OF STANDARD SIMPLIFIED CRITERIA

Elisa Silva Belisário

March de 2015

Advisor: Michèle Schubert Pfeil

Course: Civil Engineering

Due to the passage of traffic with different vehicles configurations and weights highway

bridges are subjected to variable amplitude loading. Depending on the magnitude of

these loadings, the bridges may be subjected to fatigue damage which may abbreviate

their service life. The most simplified method to assess fatigue safety is the so called

boundless fatigue life method, in which the maximum stress range caused by the

passage of the real traffic on the bridge is compared to the fatigue limit for constant

amplitude stress variation. The Brazilian code NBR-6118 recommends this method

applied with the NBR-7188 load model, reduced by different factors according to the

structural element analyzed. This study presents an evaluation of this reduction factor in

the case of beams of reinforced concrete bridges. The maximum stress range applied by

the real traffic of heavy vehicles is compared to the stress range applied by the standard

load model. The reduction factor is preliminarily estimated for simple spans and three

continuous spans bridges, with 10m to 40m span length.

vi

ÍNDICE

1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 12

1.1 MOTIVAÇÃO ....................................................................................................... 12

1.2 OBJETIVO ............................................................................................................. 2

1.3 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO.............................................................................. 3

2 FADIGA EM PONTES DE CONCRETO ARMADO E VERIFICAÇÕES

NORMATIVAS .............................................................................................................. 4

2.1 GENERALIDADES .................................................................................................. 4

2.2 CURVAS S-N ........................................................................................................ 4

2.3 RESISTÊNCIA À FADIGA DO CONCRETO E DAS BARRAS DE AÇO ........................... 7

2.4 FADIGA EM PONTES .............................................................................................. 8

2.4.1 EFEITO DINÂMICO DA PASSAGEM DOS VEÍCULOS ........................................ 9

2.5 REGRA DE PALMGREN-MINER.............................................................................. 9

2.6 METODOLOGIAS PARA VERIFICAÇÃO DE FADIGA ............................................... 11

2.6.1 MÉTODO DE VIDA ÚTIL ILIMITADA À FADIGA (“BOUNDLESS FATIGUE LIFE

ASSESSMENT”) ................................................................................................................ 11

2.6.2 MÉTODO DE DANO EQUIVALENTE (“Λ – FACTOR METHOD”) ...................... 13

2.6.3 MÉTODO DO CÁLCULO DA VIDA ÚTIL (“DAMAGE COMPUTATION

PROCEDURE”) .................................................................................................................. 14

2.7 VERIFICAÇÃO DO EFEITO DE FADIGA SEGUNDO AS NORMAS DE PROJETO .......... 15

2.7.1 VERIFICAÇÃO DE FADIGA PELA NORMA BRASILEIRA NBR-6118 ............... 15

2.7.2 ABORDAGEM DO EUROCÓDIGO .................................................................. 22

3 DETERMINAÇÃO DO FATOR REDUTOR DO CARREGAMENTO

MÓVEL NA APLICAÇÃO DO MÉTODO DE VIDA ILIMITADA À FADIGA

DA NBR-6118 ................................................................................................................ 25

3.1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 25

3.2 ESCOLHA DOS SISTEMAS ESTRUTURAIS E SEÇÃO TRANSVERSAL ....................... 25

3.3 SOLICITAÇÃO DEVIDA À CARGA MÓVEL DE NBR-6118 ...................................... 27

3.3.1 DETERMINAÇÃO DO TREM TIPO ................................................................. 27

3.3.2 MOMENTO FLETOR DEVIDO AO CARREGAMENTO CLASSE 45 PARA O

SISTEMA BIAPOIADO ....................................................................................................... 30

3.3.3 MOMENTO FLETOR DEVIDO AO CARREGAMENTO CLASSE 45 PARA SISTEMA

DE TRÊS VÃOS CONTÍNUOS ............................................................................................. 31

vii

3.4 BASE DE DADOS DE VEÍCULOS REAIS ................................................................ 35

3.4.1 CLASSES DE VEÍCULOS ............................................................................... 35

3.4.2 CONFIGURAÇÃO DOS EIXOS ........................................................................ 38

3.4.3 PESOS DOS VEÍCULOS DA BASE DE DADOS ................................................. 40

3.4.4 VOLUME MÉDIO DIÁRIO (ROSSIGALI, 2013) .......................................... 41

3.4.5 POSICIONAMENTO TRANSVERSAL DOS VEÍCULOS NA PONTE ....................... 41

3.4.6 TIPOS DE FLUXO DE VEÍCULOS ................................................................... 42

3.5 CÁLCULO DO MOMENTO FLETOR NA LONGARINA DEVIDO AOS VEÍCULOS REAIS

(TRÁFEGO LIVRE) ............................................................................................................ 43

3.6 DETERMINAÇÃO DO FATOR Ѱ PARA O MÉTODO DE VIDA ILIMITADA À FADIGA DA

NBR-6118 ....................................................................................................................... 45

3.7 VARIAÇÃO DE TENSÃO MÁXIMA DO ESPECTRO DE VEÍCULOS REAIS ................ 46

4 ANÁLISES DE RESULTADOS ............................................................................ 49

4.1 PONTES BIAPOIADAS – RESULTADOS ................................................................. 49

4.2 PONTES DE TRÊS VÃOS CONTÍNUOS – RESULTADOS .......................................... 54

5 EXEMPLO NÚMÉRICO ....................................................................................... 59

5.1 DEFINIÇÃO DE PARÂMETROS.............................................................................. 59

5.2 CARREGAMENTO PERMANENTE ......................................................................... 60

5.3 CÁLCULO DAS CARGAS MÓVEIS ........................................................................ 61

5.4 COMBINAÇÃO DE CARGAS ................................................................................. 62

5.4.1 CÁLCULO DA ÁREA DE ARMADURAS ........................................................... 62

5.4.2 VERIFICAÇÃO DA ARMADURA À FADIGA .................................................... 63

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................. 65

6.1 TRABALHOS FUTUROS ........................................................................................ 66

7 BIBLIOGRAFIA .................................................................................................... 67

Apêndice A – Momentos Máximos no Meio do Vão - Sistema Biapoiado - Sem

Coeficiente de Impacto. .................................................................................................. 71

Apêndice B – Macro para Cálculo do Momento Fletor Máximo e Mínimo – Sistema

de Vãos Contínuos – Seção do Apoio ............................................................................ 78

Apêndice C – Momentos Máximos e Mínimos no Apoio - Sistema de Vãos Contínuos

- Sem Coeficiente de Impacto. ....................................................................................... 82

Apêndice D – Frequência de Momentos Fletores (Com Coeficiente de Impacto) –

Sistema Biapoiado .......................................................................................................... 89

viii

Apêndice E – Frequência da Variação de Momentos Fletores no apoio - Com

Coeficiente de Impacto – Sistema Vãos Contínuos........................................................ 97

ix

ÍNDICE DE FIGURAS

Figura 2.1- Variação cíclica de amplitude constante ........................................................ 5

Figura 2.2- Curva S-N típica ............................................................................................ 5

Figura 2.3- Curva S-N refinada (ESDEP, 2000) .............................................................. 6

Figura 2.4– Ciclos de tensão de amplitude variável ......................................................... 8

Figura 2.5- Regra de dano acumulado(a) histórico de carregamento reduzido; (c)

número de ciclos para iniciação de fratura (Adaptado de Wei Lu, 2003) ...................... 10

Figura 2.6 - Verificação à fadiga pelo tempo de vida ilimitado à fadiga (CEB, 1987) . 12

Figura 2.7 - Verificação de fadiga para amplitude de tensão única. (CEB, 1987) ......... 13

Figura 2.8- Verificação de fadiga para espectro real de tensões. (CEB, 1987) .............. 15

Figura 2.9- Seção transversal genérica T de ponte de seção aberta ............................... 17

Figura 2.10- Curva típica SN para barras de concreto armado (NBR-6118, 2014) ....... 18

Figura 2.11- Configuração do veículo tipo TB-45 da norma brasileira NBR7188 ........ 20

Figura 2.12- Cargas distribuídas ao redor do veículo tipo TB-45. ................................. 20

Figura 2.13 -Comparação entre o coeficiente de impacto calculado pela NBR-7187atual

e pela revisão anterior da norma ..................................................................................... 22

Figura 2.14- Modelo de cargas de fadiga FLM1 (adaptado de EN-1991-2, 2002) ........ 24

Figura 3.1- Dimensões da seção transversal da ponte .................................................... 26

Figura 3.2- Posicionamento do veículo tipo sobre a seção transversal da ponte ............ 28

Figura 3.3- Coordenadas sobre eixo - Linha de influência transversal .......................... 29

Figura 3.4- Trem tipo longitudinal do veículo tipo TB-45 ............................................. 30

Figura 3.5- Posicionamento dos eixos do veículo Tb-45 sobre a linha de influência

longitudinal de momento fletor no meio do vão para viga biapoiada ............................ 30

Figura 3.6- Coordenadas sobre eixos e área do diagrama- Linha de influência

longitudinal para momento máximo na seção no meio do vão ...................................... 31

Figura 3.7- Viga contínua sobre quatro apoios (RIGITANO, 2011) ............................. 32

Figura 3.8- Superposição dos trechos para momentos nos apoios MB e MC

(RIGITANO, 2011) ........................................................................................................ 33

Figura 3.9- Linha de influência de momento negativo na seção do apoio intermediário

de viga de 3 vãos contínuos ............................................................................................ 34

Figura 3.10- Aspecto da envoltória de momentos gerados pelas cargas móveis. .......... 35

Figura 3.11- Histograma de frequência de classe de veículos (SANTOS 2013) ........... 38

x

Figura 3.12 – Histograma de frequência dos Pesos Totais dos Veículos (SANTOS,

2013) ............................................................................................................................... 40

Figura 3.13- Distribuição de frequência do posicionamento transversal dos veículos na

ponte (EM 1991-2, 2002). .............................................................................................. 41

Figura 3.14- Engarrafamento de caminhões na Via Dutra - Fonte: G1 / Folha de S.

Paulo / Portal O Carreteiro. ............................................................................................ 42

Figura 3.15- Linha de influência transversal para veículos reais posicionado dos no

centro da faixa. ............................................................................................................... 44

Figura 3.16- Posição longitudinal do trem tipo de veículo com 9 eixos. ....................... 44

Figura 4.1- Histograma de momentos para ponte biapoiada de 10m de vão.................. 51

Figura 4.2- Fator redutor das cargas totais do modelo de cargas de referencia para

pontes biapoiadas ............................................................................................................ 53

Figura 4.3- Histograma de variação de momentos fletores para ponte de vãos contínuos

de 10m de comprimento ................................................................................................. 56

Figura 4.4- Fator redutor das cargas móveis para análise de fadiga das armaduras em

pontes de vãos contínuos ................................................................................................ 57

Figura 5.1- Dimensões e peso do guarda rodas .............................................................. 60

Figura 5.2 – Momentos máximos positivos e negativos para viga de três vãos contínuos

........................................................................................................................................ 61

Figura 5.3- Disposição geométrica das barras da armadura principal ............................ 63

xi

ÍNDICE DE TABELAS

Tabela 2.1-Tipos de curva S-N para barras de aço (NBR-6118, 2014).......................... 18

Tabela 2.2- Variação de tensão limite em barras no concreto armado (NBR

6118 2014, adaptada) ...................................................................................................... 18

Tabela 2.3- Definição de categoria de tráfego em rodovias e número de veículos por ano

e por faixa lenta (adaptado de EN-1991-2, 2002) .......................................................... 23

Tabela 3.1- Valores das medidas transversais da ponte ................................................. 27

Tabela 3.2- Coeficientes de impacto das pontes em estudo ........................................... 29

Tabela 3.3 –Características dos grupos de eixos das classes de veículos. ...................... 36

Tabela 3.4 – Distância entre eixos dos veículos (ROSSIGALI 2013). .......................... 39

Tabela 4.1- Valores das cargas componentes do trem tipo longitudinal e dos momentos

fletores gerados no centro do vão para pontes biapoiadas com coeficiente de impacto

(ver Tabela 3.2)............................................................................................................... 50

Tabela 4.2- Frequência de intervalos de momentos fletores para ponte biapoiada com

10m de vão ..................................................................................................................... 51

Tabela 4.3 – Resumo dos momentos fletores correspondentes à máxima variação de

tensão para pontes biapoiadas ........................................................................................ 52

Tabela 4.4- Valores máximos de momento fletor do espectro real em pontes biapoiadas

registrados na base de dados ........................................................................................... 52

Tabela 4.5 – Erro percentual para equação de ajuste do fator redutor para pontes

biapoiadas ....................................................................................................................... 54

Tabela 4.6 – Envoltória de momentos fletores e variação máxima de momento para

seção do apoio de pontes de vãos contínuos segundo veículo TB-45 ............................ 55

Tabela 4.7 - Frequência de intervalos da variação de momentos fletores positivos para

ponte de vãos contínuos de 10m de vão ......................................................................... 55

Tabela 4.8 – Variação de momentos fletores correspondentes à máxima variação de

tensão de pontes de vãos contínuos ................................................................................ 56

Tabela 4.9- Variação máxima de momento fletor para ponte de vãos contínuos

registrado na base de dados ............................................................................................ 57

Tabela 5.1- Dimensões da seção transversal do exemplo numérico .............................. 59

Tabela 5.2 – Cargas permanentes e momento fletor correspondente ............................. 61

Tabela 5.3 – Cargas e momentos fletores para na seção do apoio intermediário ........... 61

xii

1 INTRODUÇÃO

1.1 Motivação

Segundo o BIT – Banco de Informações e Mapas de Transporte, o transporte

rodoviário de carga no Brasil possui a maior representatividade entre os modais

existentes. De acordo com o último levantamento há 1,7 milhões de quilômetros de

estradas brasileiras.

As pontes e viadutos estão sujeitas a variações cíclicas de tensões devido à

passagem do tráfego de veículos. A vida útil destes tipos de estruturas está diretamente

relacionada a estas variações de tensão que após um determinado número de ciclos

causam a geração e propagação de fissuras por fadiga, podendo levar a estrutura ao seu

colapso.

O desenvolvimento do tráfego rodoviário aumenta as possíveis configurações

dos veículos e faz com que as estradas estejam sujeitas a acréscimos de peso e volume

de tráfego. Essa constante alteração traz preocupações quanto ao dimensionamento de

pontes e rodovias que foram projetadas para outra dinâmica de transportes.

A principal preocupação das normas para cargas móveis em pontes rodoviárias

ao longo dos anos foi evidentemente garantir a segurança das obras de arte especiais

quando do seu projeto. As cargas móveis de cálculo das normas brasileiras para

verificações em Estados Limites Últimos ELU, derivam de uma configuração de veículo

presente em antigas normas alemãs e nunca tiveram o intuito de reproduzir com

exatidão as cargas reais dos veículos (ROSSIGALI, 2013). Este carregamento é também

indicado para compor a combinação de ações para verificação de fadiga.

As estruturas podem ter sua segurança à fadiga verificada de acordo com três

métodos (SANPAOLESI e CROCE, 2005):

- Método do tempo de vida ilimitado à fadiga (Boundless Fatigue Life

Assessment)

- Método de equivalência de dano (λ – Factor Method )

- Método do cálculo da vida útil (Damage Computation Procedure)

2

Este trabalho é desenvolvido com base no primeiro método. A análise segundo o

tempo de vida ilimitado à fadiga possui a formulação mais simplificada dentre os três,

comparando as tensões limite de amplitude constante de tensão ∆ com a máxima

variação de tensão gerada pelo carregamento. A segurança à fadiga fica

garantida com:

(1.1)

Na verificação de segurança à fadiga feita de acordo com a norma brasileira

NBR-6118 o carregamento é definido com um fator redutor aplicado ao trem tipo

utilizado no cálculo em estado limite último ELU e não há detalhes que justifiquem tal

valor. Por exemplo, no caso de longarinas de pontes o fator redutor aplicado ao

carregamento padrão é igual a 0,5.

Estudos anteriores, como o de SANTOS (2013), desenvolvido para pontes

mistas de aço-concreto mostraram que este valor do fator redutor aplicado às longarinas

de pontes rodoviárias não é suficiente para garantir o tempo de vida útil. Segundo a

equivalência de variação de tensão máxima para o trem tipo da NBR-7188 (1984) os

fatores redutores variam de 0,82 (vão de 10m) a 0,55 (vao de 40m).

1.2 Objetivo

Este trabalho tem como objetivo verificar se o fator redutor aplicado às cargas

móveis definidas pela norma NBR-7188 e utilizado para a combinação frequente de

ações no cálculo para análise de fadiga das armaduras em vigas de pontes de concreto

armado é satisfatório. Para isso utiliza-se a base de dados de tráfego de veículos pesados

em rodovias brasileiras desenvolvida por ROSSIGALI (2013) para calcular o espectro

de variações de tensão nas armaduras de aço de estruturas típicas de pontes.

Primeiramente foi realizada uma seleção das pontes que melhor representam as

obras de arte especiais brasileiras. Como resultado, foram selecionados dois sistemas

estruturais: pontes biapoiadas com vãos variando de 10 a 40 metros; e pontes com três

vãos contínuos, com trechos de mesma dimensão, variando entre 10 e 25m. Ambas as

situações são consideradas para pontes em grelha com duas longarinas e transversinas.

3

Calcula-se então a variação de tensão máxima obtida a partir do espectro de

veículos reais e compara-se a correspondente variação calculada com a variação de

tensões obtida da combinação frequente de cargas indicada pela NBR-6118.

1.3 Organização do trabalho

Este trabalho é apresentado em sete capítulos.

No capítulo 2 é apresentado de uma forma abrangente o fenômeno de fadiga,

abordando a resistência à fadiga em estruturas de pontes em concreto armado. São

comentados três tipos de verificação à fadiga: método da vida útil ilimitada à fadiga,

método da amplitude de variação única e método do cálculo do dano acumulado, a

partir do espectro real de veículos. A abordagem de fadiga feita pelas normas brasileira

NBR-6118 e europeia Eurocódigo, as quais são também são comentadas neste capítulo.

O capítulo 3 apresenta o desenvolvimento da metodologia usada para o cálculo

do fator redutor do carregamento móvel. Inicialmente é feita a escolha do sistema

estrutural e a seção transversal. Em seguida é definida a carga móvel segundo a NBR-

6118 para posterior cálculo do momento fletor. Em um segundo passo é definida a base

de dados dos veículos reais e definido o volume médio diário de tráfego para posterior

cálculo de momento fletor devido aos veículos reais. Ao final é determinado o fator

redutor para o método de vida útil ilimitada com base nas variações de tensão nas

armaduras de aço.

Os resultados do cálculo do fator redutor a ser aplicado às cargas móveis

definidas pela NBR-7188 para os dois sistemas estruturais abordados são mostrados no

capítulo 4. Os veículos responsáveis por gerar a máxima variação de tensão e os valores

correspondentes também são mostrados neste capítulo.

No capítulo 5 é mostrado um estudo do caso, onde é feita a verificação à fadiga

das barras de aço da armadura de uma ponte com três vãos contínuos, com a utilização

de um fator redutor de acordo com os resultados obtidos neste trabalho.

O capítulo 6 abrange os comentários e observações acerca dos resultados

mostrados no capítulo 4, além de sugerir questões a serem consideradas para estudos

futuros sobre este mesmo assunto.

4

2 FADIGA EM PONTES DE CONCRETO ARMADO E

VERIFICAÇÕES NORMATIVAS

2.1 Generalidades

A fadiga nas armaduras de aço de pontes de concreto armado é um fenômeno

associado a ações dinâmicas repetitivas, que podem causar perda progressiva de

resistência do material. No concreto há alteração é localizada e permanente podendo

gerar e propagar fissuras que se iniciam em pontos de concentração de tensão como, por

exemplo, uma imperfeição geométrica ou um furo. O fenômeno só ocorre quando há

variação de tensão ou deformação. A cada ciclo de carregamento, e consequentemente

de tensões, a fissura tende a se propagar, reduzindo a área útil da seção (CERVO, 2004).

Nas armaduras de aço sujeitas à variação de tensões de tração, esse fenômeno se

localiza nas regiões de fissura do concreto com aberturas que crescem e se propagam na

massa de concreto. Os pequenos trechos de armaduras nessas fissuras abertas são pontos

de concentração de tensão de tração e, portanto, sob variação de tensão são susceptíveis

a fadiga.

De maneira geral pode-se separar o processo de ruptura por fadiga em três

etapas, são elas: (a) origem da fissura ou fratura – localizado nos pontos de

concentração de tensão, nesta etapa os danos na peça se desenvolvem de forma lenta;

(b) propagação da fissura – o dano é incrementado a cada ciclo de tensão suportado pelo

material; (c) ruptura final – ocorre quando a fissura atinge um estado de abertura crítica.

O estudo do comportamento mecânico dos materiais sujeitos a carregamentos

cíclicos é essencial para o desenvolvimento de métodos para análise de fadiga. Além de

permitir prevenir potenciais falhas pode fornecer informações sobre tendência e taxa de

acúmulo de dano ao longo dos ciclos de carregamento.

2.2 Curvas S-N

Para uma variação constante de tensão, como ilustrado na Figura 2.1, o

desempenho dos materiais pode ser caracterizado segundo as curvas S-N, que

5

relacionam a amplitude da flutuação de tensão (S) com o número de ciclos necessários

(N) para gerar uma fissura na estrutura.

Figura 2.1- Variação cíclica de amplitude constante

Em flutuações uniformes, um ciclo é descrito pelo intervalo de tempo entre dois

picos consecutivos de tensão. As curvas S-N fornecem o número máximo N de ciclos

que o elemento estrutural com um determinado detalhe geométrico ou solda é capaz de

suportar sob variação constante de uma determinada amplitude de tensão trativa,

compressiva ou cisalhante, de um mesmo sinal ou inversão de sinal (GURNEYet al,

1974).

Figura 2.2- Curva S-N típica

As curvas S-N são representadas em escala logarítmica, se aproximando de uma

reta, conforme Figura 2.2. O ponto log. (a) é obtido pela intercessão com o eixo das

abscissas. Já o termo m é o inverso da inclinação negativa da curva S-N. A curva pode

ser representada matematicamente pela expressão (2.1).

(2.1)

na qual,

6

N representa o número de ciclos para iniciação de fratura;

C representa uma constante adimensional;

∆σ representa a variação de tensão;

m representa a inclinação negativa da curva.

Os dados necessários para gerar os gráficos são obtidos a partir de ensaios

experimentais. O engenheiro alemão August Wöhler foi o responsável por iniciar o

estudo experimental sobre danos em materiais submetidos à variação de tensão

constante (WÖHLER, 1873).

Para alguns materiais, como o aço-carbono, existem evidências de que o início

da macrofissura não acontece se a amplitude das tensões for suficientemente pequena

(GURNEY, 1974). Para casos em que a flutuação de tensão possui valores muito

baixos, estando inferior a certo limite, a fadiga não ocorre, não importando a quantidade

de ciclos a que o material esteja sujeito. Na representação gráfica desta situação a curva

S-N se aproxima de uma assíntota horizontal, e o valor limite é chamado de limite de

fadiga para variações de tensão constante, mostrado na Figura 2.3.

A Figura 2.3 mostra também uma curva S-N com duas inclinações (m = 3 e m

=5) e ponto de cruzamento em N = 5 x 106 ciclos, além de um limite de corte, também

chamado de “cut off limit”, que pode ser observado ao final da curva S-N. Este é o

formato da curva proposto pelo ECCS (European Concrete for Construction Steelwork)

e adotado pelo Eurocódigo (ESDEP, 2000).

Figura 2.3- Curva S-N refinada (ESDEP, 2000)

7

Quando todas as amplitudes das variações de tensão de um espectro são menores

que o limite para tensão constante, a resistência à fadiga está garantida. Entretanto, basta

um ciclo de variação de tensão ultrapassar este limite para que os demais ciclos devam

ser contabilizados no cálculo dos danos à fadiga (ECCS, 1985).

2.3 Resistência à Fadiga do Concreto e das Barras de Aço

As rupturas por fadiga podem ser bem identificadas em estruturas de aço,

entretanto também podem ocorrer em estruturas de concreto armado e estruturas de

concreto protendido. Ao contrário do que ocorre nas estruturas de aço, as fissuras por

fadiga no concreto ocorrem sem um padrão definido, devido a não homogeneidade do

material, tornando difícil a identificação do fenômeno (CEB, 1987). A propagação das

fissuras no concreto armado reduz a seção transversal do material, e diminui a aderência

existente entre o concreto e as barras de aço (FERNANDES 2000).

A resistência do concreto à fadiga é estimada como uma porcentagem sobre a

resistência estática suportada por um número N de ciclos (ACI 215R 1991). Fatores

como a amplitude de tensões, tensão máxima, características do concreto e o tipo de

carregamento são capazes de influenciar essa resistência.

O tempo de vida à fadiga do concreto está associado à amplitude de tensões a

que o material está sujeito. Quanto maior a variação de tensão menor será a quantidade

de ciclos que a estrutura poderá suportar. Além disso, a resistência também é

influenciada pelo tipo de solicitação da estrutura (compressão, tração, cisalhamento).

Para a resistência à fadiga das barras de aço para concreto armado, fatores como

diâmetro, raio de curvatura e classe de agressividade do ambiente são os que mais

influenciam. Outros fatores como emendas, curvaturas, ancoragens e tipo de aço

também podem interferir (CEB, 1987).

O diâmetro da barra de aço e a resistência à fadiga são inversamente

proporcionais. Se comparada a uma barra de ϕ 16mm, a resistência à fadiga de uma

barra de ϕ 40mm é 25% menor. Isso é explicado tanto pela maior tensão de serviço, em

geral mostrada em barras de maior diâmetro, quanto, segundo o (ACI 215R 1991), pela

maior probabilidade de defeitos em barras de diâmetros maiores, o que caracteriza

concentração de tensão e consequentemente redução da resistência

8

Outros pontos de concentração de tensão como as nervuras presentes nas barras

de alta aderência, as zonas de curvatura e as soldas são locais propícios ao início de

fratura por fadiga.

2.4 Fadiga em Pontes

As pontes, devido a sua função de permitir a circulação de pessoas e/ou veículos

de transporte, sofrem diversas ações provenientes de carregamentos dinâmicos. As

cargas permanentes, não variam durante a vida útil da estrutura e, portanto não geram

flutuação de tensão. Já as ações variáveis, como passagem de veículos (carga móvel) e

vento, por terem intensidades diferentes ao longo da vida útil da estrutura, causam

variações de tensão de amplitude variável, como apresentado na Figura 2.4

Quando comparadas às cargas dinâmicas geradas pelo do tráfego de veículos, as

produzidas pelo vento e frenagem não são significativos. Para ser considerada

significativa a variação de tensão limite (ver Figura 2.3) deve ser excedida muitas vezes

durante toda a vida útil em serviço da estrutura.

Figura 2.4– Ciclos de tensão de amplitude variável

Para cargas que geram variação não uniforme de tensão, a fim de se facilitar os

cálculos, é utilizada uma regra de acúmulo de dano para determinação da vida útil à

fadiga da estrutura. Os danos de cada ciclo de tensão são estimados e somados segundo

a regra de Palmgren-Miner, se chegando ao dano acumulativo total, como

comentadomais adiante no item 2.5.

9

2.4.1 Efeito Dinâmico da Passagem dos Veículos

Com a passagem de veículos pesados, as pontes podem responder através de

vibrações que podem vir a majorar as cargas estáticas. Os efeitos dinâmicos gerados

pela passagem de veículos podem ser consequência da passagem destes por

descontinuidades na superfície do pavimento (impacto vertical dos veículos); ou uma

resposta dinâmica da ponte como um todo, devido à proximidade das frequências de

vibração da ponte e as do veículo (AASHTO , 2007).

A amplitude da resposta dinâmica da ponte está associada às características da

ponte e dos veículos que por ela circulam. Dentre essas características podem ser citadas

as frequências naturais da estrutura e do veículo, a geometria da ponte, a velocidade dos

veículos, o índice de rugosidade do pavimento e a existência de ressaltos na cabeceira

da ponte (PFEIL et al., 2007), além das eventuais deformações residuais causada pelo

fenômeno de fluência do concreto.

A análise dos carregamentos móveis pode ser feita com a aplicação de cargas

estáticas majoradas através do coeficiente de amplificação dinâmica que devem levar

em consideração os itens citados anteriormente.

Em uma análise consistente de fadiga, além de majorar os esforços com o

coeficiente de impacto, os ciclos adicionais de menor tensão, gerados como forma de

resposta da estrutura, deveriam ser avaliados, pois contribuem com o dano acumulado

da estrutura. Baseando-se nos estudos realizado por SCHILLING (1984) os ciclos

adicionais tornam-se significativos apenas para casos de pontes com um único vão e

inferior a 12m. Sendo a abrangência deste trabalho pontes biapoiadas de 10 a 40m e de

três vãos contínuos, nos cálculos será considerado apenas um ciclo de tensão a cada

passagem de veículo.

2.5 Regra de Palmgren-Miner

As teorias que abordam o fenômeno da fadiga são baseadas em variações

uniformes de tensão, entretanto, como mencionado no item 2.4 as pontes estão sujeitas a

variações de tensão de amplitude variadas. Neste caso é usado o conceito das curvas S-

N juntamente com a regra de acumulação de dano.

10

A regra de Palmgren-Miner de acúmulo de dano se baseia no histórico de

carregamento da estrutura e considera que há um acúmulo de danos no material a cada

ciclo de tensão. Miner considerou que o fenômeno dos danos acumulados, ou seja, a

deterioração da resistência é proporcional à energia absorvida pelo material. O dano

associado à certa amplitude de variação de tensão ∆σ, é calculado com a divisão do

número de ciclos que a estrutura recebe pelo número de ciclos N necessários para o

inicio da fratura que leva à ruptura da peça sob a variação uniforme ∆σ (valor obtido

pela curva S-N). O limite da ruptura ocorre quando o somatório dos danos é igualada a

1.

Como por exemplo, considera-se o carregamento aleatório da Figura 2.4.

Primeiramente o histórico de variação de tensão x tempo é decomposto em séries de

históricos parciais de amplitude constante, como na Figura 2.5 (a) com , e

aplicados durante e ciclos por unidade de tempo respectivamente. Para cada

variação de tensão há um limite de resistência à fadiga de ciclos, como mostra a

Figura 2.5 (b).

Figura 2.5- Regra de dano acumulado(a) histórico de carregamento reduzido; (c)

número de ciclos para iniciação de fratura (Adaptado de Wei Lu, 2003)

Devido à aplicação deste carregamento, a vida útil à fadiga do material foi

reduzida pelo acúmulo de danos

. O dano total gerado por k níveis de variação de

tensão é dado por:

11

(2.2)

O tempo de vida à fadiga de uma estrutura pode ser obtido pelo inverso do dano

acumulado, conforme (2.3). A regra permite determinar a fração da vida útil já gasta

pela estrutura. Esta definição pode auxiliar a fazer intervenções nos momentos

adequados, podendo evitar possíveis falhas por fadiga.

(2.3)

onde,

representa o tempo de vida à fadiga na unidade de tempo correspondente à ação dos

ciclos ;

D representa o dano total acumulado (equação 2.2).

2.6 Metodologias para Verificação de Fadiga

Com o conceito de limite inferior de amplitude de tensão inserido nas curvas S-

N, a regra de Palmgren-Miner de dano acumulado, o tempo de vida útil da estrutura e o

espectro real de veículos, é possível a realização de análises das estruturas de três

maneiras diferentes, variando o grau de precisão e de complexidade (CEB, 1987).

2.6.1 Método de Vida Útil Ilimitada à Fadiga (“Boundless Fatigue Life

Assessment”)

O método mais simplificado é o de vida útil ilimitada à fadiga. Esse método, por

ser o mais conservador, tem como retorno a confirmação se o tempo de vida útil à

fadiga da estrutura é muito superior, ou não, ao tempo de vida em serviço que foi

estipulado em projeto.

A metodologia se baseia nos níveis de tensão que levam a um tempo de vida à

fadiga igual ou superior aos valores de cálculo adotado nas verificações em relação aos

estados limites. Segundo LARANJEIRAS (1991), este método se aplica a

carregamentos com número de ciclos de até cem milhões.

12

Para materiais que possuem um limite para amplitude constante definido (ver a

Figura 2.3), a verificação à fadiga é feita comparando-se a máxima variação de tensão

gerada pelo carregamento com a tensão limite para amplitude constante ∆ ,

obtida pela curva S-N. Quando é inferior a ∆ a resistência à fadiga está

garantida; e a estrutura, se pudesse ser mantida no seu estado original de plena

integridade, teria vida útil à fadiga ilimitada. Matematicamente esta consideração pode

ser expressa pela equação (2.4):

(2.4)

na qual,

representa a variação de tensão máxima;

representa a tensão limite de corte do material.

O gráfico da Figura 2.6 mostra um caso em que o tempo de vida útil à fadiga da

estrutura é ilimitado ( ).

Figura 2.6 - Verificação à fadiga pelo tempo de vida ilimitado à fadiga (CEB, 1987)

Na pratica, é utilizado um modelo de carga móvel que aplica na estrutura uma

tensão equivalente à máxima gerada pelo tráfego real. A etapa mais importante deste

método é a definição da tensão máxima gerada pelo espectro real de veículos. Para isso,

foram propostas por SANPAOLESI e CROCE (2005) duas maneiras distintas de

estima-la:

1) A primeira abordagem leva em conta o dano gerado pelo espectro real de

veículos e define a variação máxima de tensão como sendo aquela

13

responsável por 99% do dano total resultante de toda a variação de tensão

abaixo de .

2) A segunda abordagem considera a frequência com que as tensões ocorrem no

espectro real, e define a tensão máxima como sendo aquela com ocorrência

excedida 50.000 vezes em uma vida útil de cem anos. As duas linhas de

definição de máxima variação de tensão fornecem resultados muito

aproximados.

SANTOS (2013) efetuou uma avaliação do método usando a primeira

abordagem enquanto que o presente trabalho adota a segunda definição de máxima

variação de tensão.

2.6.2 Método de Dano Equivalente (“λ – Factor Method”)

Este método combina o conceito de dano acumulado com o limite de tensão

dado pelas curvas S-N.

As normas de projeto que utilizam este método indicam um modelo de carga

móvel a ser aplicado na estrutura para determinação de variação de tensões com a

curva S-N correspondente ao detalhe estrutural obtém-se então o numero de ciclos e

com o numero total n de veículos durante a vida útil calcula-se o dano D (equação 2.2) e

o tempo de vida útil (equação 2.3).

O citado modelo de carga móvel para fadiga é desenvolvido de modo a gerar o

mesmo dano causado pelo espectro de veículos reais durante a vida útil da estrutura.

Para o tráfego em rodovias no Brasil SANTOS (2013) desenvolveu um modelo de carga

móvel para o método do dano equivalente.

Figura 2.7 - Verificação de fadiga para amplitude de tensão única. (CEB, 1987)

14

O trem-tipo definido deve ter a característica de gerar, para uma quantidade de

ciclos pré-fixada, o mesmo dano que seria gerado pelo espectro de veículos ao longo da

vida útil da estrutura. A segurança fica garantida quando:

(2.5)

na qual,

representa fator de segurança do modelo de carga de fadiga;

representa o fator de ajuste em relação ao volume do tráfego, classe de rodovia e do

comprimento do vão;

representa o fator dinâmico;

representa a variação de tensão decorrente da passagem do modelo de carga FLM3

do Eurocode 1;

representa o valor de referencia de resistência à fadiga;

representa o fator de segurança para resistência a fadiga.

2.6.3 Método do Cálculo da Vida Útil (“Damage Computation Procedure”)

O terceiro método é o mais preciso dentre os três, já que combina o espectro real

de variação de tensão com a pertinente curva S-N para calcular o dano acumulado e o

tempo de vida útil à fadiga da estrutura. Para garantir a segurança, o dano total da

equação (2.2) deve ser menor que 1,0. O procedimento adotado é expresso

matematicamente pela equação (2.6):

(2.6)

Este método de verificação requer uma análise adequada dos espectros de

variação de tensão do espectro para a escolha daqueles que devem fazer parte do estudo.

Tendo as variações de tensão organizadas em um histograma, o número de ciclos

necessários para iniciar uma fratura no material de um determinado detalhe estrutural é

estimado para cada faixa de tensão com o auxílio da curva S-N pertinente ao referido

15

detalhe. Os danos gerados por cada amplitude de tensão são somados. Para a verificação

de fadiga ser atendida o somatório do dano deve ser inferior a 1,0.

O gráfico que ilustra este método está representado na Figura 2.8.

Figura 2.8- Verificação de fadiga para espectro real de tensões. (CEB, 1987)

2.7 Verificação do Efeito de Fadiga segundo as Normas de Projeto

Apresentam-se nesta seção as verificações feitas pelas normas brasileira e

europeia para o fenômeno de fadiga. O dimensionamento feito pelas normas

estrangeiras aborda diferentes tipos de modelos, com diferentes níveis de precisão como

comentados no item anterior, enquanto o dimensionamento brasileiro se baseia em um

método mais conservador.

2.7.1 Verificação de Fadiga pela Norma Brasileira NBR-6118

O capítulo 23 da NBR6118 (2014) é relativo às ações dinâmicas e fadiga. São

descritos os critérios para avaliar os danos gerados nas estruturas por ações cíclicas, a

serem consideradas na verificação de estado limite de serviço e critérios para

verificação do estado limite último de fadiga através do método de vida ilimitada à

fadiga e a regra de dano acumulado. O capítulo não abrange ações de fadiga de alta

intensidade e baixa ciclagem, ou seja, capazes de provocar danos com menos de 20.000

ciclos de tensão.

Ainda no capítulo da NBR 6118 (2014) referente à fadiga é mencionada a regra

de Palmgren-Miner. Para a combinação de ações de um determinado espectro de cargas,

16

supõe-se que os danos provenientes da fadiga sejam acumulados linearmente com o

número de ciclos aplicados a certo nível de tensão, segunda a expressão (2.2).

Verificação à Fadiga das Armaduras

A verificação à fadiga das armaduras de estruturas de concreto é feita de acordo

com a metodologia do tempo de vida ilimitado à fadiga (equação 2.4). Deve-se verificar

se a amplitude de flutuação de tensão nas barras de aço é inferior ao valor admissível

prescrito na Tabela 2.2.

(2.7)

Caso a amplitude da variação de tensões nas armaduras seja superior a

deve-se majorar a área das armaduras por um fator de fadiga , a fim de

reduzir esta amplitude.

(2.8)

Cálculo da Variação de Tensão nas Armaduras

O cálculo das tensões e das barras de aço das armaduras tracionadas e

comprimidas respectivamente, para o caso de pontes de seção aberta com duas

longarinas, pode ser feito tendo como base uma seção T genérica como a da Figura 2.9.

As tensões podem ser calculadas por meio das expressões:

(2.9)

(2.10)

na qual,

α representa a relação entre os módulos de elasticidade do aço e do concreto

;

17

M representa o momento máximo obtido segundo a combinação dos carregamentos em

serviço;

x representa a profundidade da linha neutra na seção;

J representa o momento de inércia da seção fissurada;

d e d’ representam a altura útil da seção e o cobrimento das barras de aço superior;

e representam a tensão nas armaduras inferior e superior respectivamente.

Os valores do momento de inércia da seção fissurada e profundidade da linha

neutra dependem da área da armadura estabelecida pelo dimensionamento à flexão e

podem ser calculados respectivamente pelas equações (2.11) e (2.12).

(2.11)

(2.12)

nas quais, representam dimensões da seção transversal, mostradas na

Figura 2.9 e representam as áreas de aço das armaduras superior e inferior,

adotadas segundo o dimensionamento a flexão das longarinas da estrutura.

Figura 2.9- Seção transversal genérica T de ponte de seção aberta

Para um sistema de ponte biapoiado, onde os momentos fletores são sempre

positivos, não há armadura superior (apenas a de montagem) e a tensão é nula.

18

A NBR-6118 (2014) também fornece curvas S-N típicas para as barras de aço de

concreto armado. A curva possui duas inclinações, como mostrado na Figura 2.10.

Figura 2.10- Curva típica SN para barras de concreto armado (NBR-6118, 2014)

Tabela 2.1-Tipos de curva S-N para barras de aço (NBR-6118, 2014)

Tipo N* K1 K2

T1 106

5 9

T4 107 3 5

Tabela 2.2- Variação de tensão limite em barras no concreto armado (NBR

6118 2014, adaptada)

Armadura passiva, aço CA-50

Valores de . Para 2 x106 ciclos MPa

Caso

ϕ mm T

Tipo 10 12,5 16 20 22 25 32 40

Barras retas ou dobradas com D ≥ 25ϕ 190 190 190 185 180 175 165 150 T1

Barras retas ou dobradas com:

105 105 105 105 100 95 90 85 T1 D < 25ϕ

D = 5ϕ < 20mm

D = 8ϕ ≥ 20mm

Estribos 85 85 85 - - - - - T1

D=3ϕ≤10mm

Ambiente marinho 665 65 65 65 65 65 65 65 T4

Classe IV

Barras soldadas (incluindo solda por ponto

ou das extremidades) e conectores

mecânicos

85 85 85 85 85 85 85 85 T4

19

O número de ciclos N* pode assumir valor de 106 ou 10

7, dependendo do tipo de

barra de aço utilizada, variando de acordo com fatores como o diâmetro e ambiente

marinho. Os valores de k1 e k2 são obtidos a partir da Tabela 2.1 que representa os tipos

de curva S-N.

Combinação de Ações

Apesar de o fenômeno de fadiga ser efeito de solicitações repetitivas, o cálculo

das variações das tensões na armadura é feito considerando-se uma única combinação,

obtida no estado limite de serviço. As cargas permanentes, apesar de serem

consideradas constantes durante a vida útil da estrutura e, portanto não causarem

flutuação de tensão, são consideradas na combinação, conforme a expressão (2.13).

Fd,ser = ∑Fgik + 1Fqik + ∑ 2j Fqik (2.13)

na qual,

Fgik representa as cargas permanentes;

Fqik representa as cargas móveis.

É aplicado um valor redutor 1 que depende do tipo de obra e peça estrutural.

Para o caso de pontes rodoviárias, estes fatores são:

1 = 0,5; para verificação de vigas;

1 = 0,7; para verificação de transversinas;

1 = 0,8; para verificação de lajes de tabuleiros.

Para verificações em pontes ferroviárias este valor é sempre igual à unidade.

A verificação à fadiga para as barras de aço de concreto armado é satisfeita se a

máxima variação de tensão na combinação frequente de cargas satisfaz a relação

abaixo.

(2.14)

Na qual,

20

representa o coeficiente de ponderação das ações.

O cálculo das cargas móveis Fqik citado na equação (2.13) é feito através da

definição do trem tipo abordado na norma NBR 7188 (2013). A norma define carga

móvel como um sistema de cargas representativo dos valores característicos dos

carregamentos provenientes do tráfego a que a estrutura está sujeita em serviço. Para

pontes rodoviárias a carga móvel também pode ser tratada pelo termo trem-tipo.

O veículo indicado pela norma NBR-7188 para vias de tráfego pesado é o TB-45

que equivale ao peso de 450kN. Este veículo possui três eixos com duas rodas em cada.

Suas dimensões são 6x3m e seu peso total é igualmente distribuído entre suas rodas. A

Figura 2.11 mostra o TB-45 com suas dimensões e espaçamentos entre eixos e rodas.

Figura 2.11- Configuração do veículo tipo TB-45 da norma brasileira NBR7188

O veiculo é posicionado no ponto mais desfavorável da estrutura sem levar em

consideração carregamentos que provoquem reduções nas solicitações. Um carga

distribuida p é aplicada no entorno do veículo, sendo desconsiderada apenas a área

ocupada pelo veículo padrão.

Figura 2.12- Cargas distribuídas ao redor do veículo tipo TB-45.

A carga móvel característica utilizada para cálculos de dimensionamento dos

elementos estruturais é majorada por um coeficiente que leva em conta o efeito

21

dinâmico das cargas móveis chamado de “coeficiente de impacto”, modificado após a

última atualização da NBR 7188. O atual fator de impacto é dado pelo produto de

outros três fatores CIV x CNF x CIA, onde CIV é o coeficiente de impacto vertical e

pode ser obtido em função do comprimento do vão de acordo com a equação (2.15):

1,35 para vãos menores que 10m

(2.15)

para vãos entre 10 e 200m

O valor de Liv é dado em metros e varia conforme o tipo de estrutura. Para

estrutura de vãos contínuos é calculado pela média aritmética dos comprimentos dos

vãos. Para os demais casos é o próprio valor do vão.

Caso a estrutura tenha mais de 200 metros de extensão se faz necessário um

estudo específico para a determinação do coeficiente de impacto vertical.

O coeficiente do número de faixas CNF é dado pela expressão (2.16):

(2.16)

onde n é o número inteiro que representa a quantidade de faixas carregadas sobre o

tabuleiro. Cabe ressaltar que os acostamentos e demais faixas de segurança não se

enquadram como faixas de trafego da rodovia.

Por último, o coeficiente de impacto adicional CIA, no qual se majoram as

cargas localizadas próximas às juntas estruturais e os extremos. A distância de

abrangência deste fator é 5 metros, ou seja, todos os elementos estruturais situados a

uma distância inferior a 5 m da extremidade da obra ou de uma junta devem ser

dimensionadas com as cargas majoradas pelo CIA. O valor deste coeficiente varia com

o tipo de material empregado. Para pontes em concreto ou pontes mistas o fator vale

1,25 e para pontes em aço 1,15.

A versão anterior da norma ignora a gama de fatores que influenciam a resposta

dinâmica da ponte a passagem de veículos e apresenta o coeficiente de impacto

variando somente conforme o vão da ponte L (em metros), através da expressão

apresentada a seguir.

(2.17)

22

A Figura 2.13 apresenta uma comparação entre os coeficientes de impacto

calculados pela atual NBR 7187 e pela revisão anterior desta norma.

Figura 2.13 -Comparação entre o coeficiente de impacto calculado pela NBR-

7187atual e pela revisão anterior da norma

2.7.2 Abordagem do Eurocódigo

Eurocódigo 1- – Ações em Estruturas

A norma EN 1991-2 de 2003 define os modelos de carga que devem ser usados

em projetos de pontes rodoviárias, ferroviária e passarelas. As análises podem ser feitas

tendo como base o tempo de vida da estrutura ou a tolerância ao dano. A norma

considera uma vida útil de 100 anos.

Para pontes rodoviárias, o Eurocódigo 1 apresenta 5 modelos para análise de

fadiga (Fatigue Load Models – FLM1 a FLM5), sendo, portanto uma das normas mais

completas, já que abrange os três tipos de metodologias mencionados no item 2.6. O

FLM1 e FLM3 são referentes ao método de vida ilimitada à fadiga. O FLM2 e FLM4 se

referem ao método do dano equivalente. Já o modelo FLM5 corresponde ao cálculo do

dano acumulado para todo o espectro de veículos pesados.

Nos quatro primeiros modelos é mostrada a geometria, a carga e o modo de

aplicação. Para o último é utilizado o espectro de veículos reais. A calibração dos

1,0

1,1

1,2

1,3

1,4

1,5

1,6

1,7

1,8

0 10 20 30 40 50

Co

efi

cie

nte

de

Imp

acto

Vão (m)

REVISÃO ANTERIOR NBR ATUAL

23

modelos foi feita tendo como base os dados coletados em rodovias de tráfego

internacional na Europa, o que o torna viável para vários países europeus.

Definido o modelo de carga, é preciso também especificar a categoria da ponte e

o tipo de tráfego que nela circula. A Tabela 2.3, adaptada da norma europeia, auxilia na

definição desses parâmetros. Dentre os modelos propostos na norma os FLM1, FLM2 e

FLM3 são usados para determinar as tensões máximas e mínimas na estrutura para a

posição mais desfavorável do veículo, sendo, portanto dependente das linhas de

influência e dos esforços considerados. Com os demais modelos, FLM4 e FLM5, é

determinado o espectro de variação de tensão resultante da passagem dos veículos

pesados sobre a ponte.

Tabela 2.3- Definição de categoria de tráfego em rodovias e número de veículos por

ano e por faixa lenta (adaptado de EN-1991-2, 2002)

Categorias de tráfego Nobs por ano e por faixa lenta

1

Estradas e autoestradas com duas ou mais

faixas por sentido, com altas taxas de fluxo

de veículos pesados.

2 Estradas e autoestradas com taxas médias de

fluxo de veículos pesados.

3 Estradas principais e autoestradas com

baixas taxas de fluxo de veículos pesados.

4 Estradas locais com baixas taxas de fluxo de

veículos pesados.

Os modelos FLM1 e FLM2 têm como objetivo verificar se o tempo de vida útil à

fadiga da estrutura pode ser considerado ilimitado quando um limite de fadiga com

amplitude constante é aplicado (tempo de vida ilimitado).

24

Figura 2.14- Modelo de cargas de fadiga FLM1 (adaptado de EN-1991-2, 2002)

O primeiro modelo é o mais conservador. É feita a equivalência de variação de

tensão máxima originada em um espectro de veículos reais. É empregado o mesmo

modelo do estado limite ultimo (LM1) com um ajuste de um fator igual a 0,7 para as

cargas concentradas e 0,3 para a carga distribuída. A configuração é mostrada na Figura

2.14

Eurocódigo 2 – Projeto de Estruturas de Concreto

No Eurocódigo 2 Parte 1-1 (Regras gerais e regras para edifícios) tem-se a

indicação de uso do método de dano equivalente no mesmo formato do método de vida

ilimitada à fadiga:

(2.18)

(2.19)

na qual,

é definida pelo Eurocódigo 1 Parte 2 correspondente ao FLM3;

representa o fator de ajuste responsável por ajustar a variação de tensão segundo

propriedades do tráfego, características dos materiais (aço/concreto) e geométricas da

ponte.

25

3 DETERMINAÇÃO DO FATOR REDUTOR DO

CARREGAMENTO MÓVEL NA APLICAÇÃO DO MÉTODO

DE VIDA ILIMITADA À FADIGA DA NBR-6118

3.1 Introdução

Este capítulo tem como objetivo a determinação do fator da equação (2.13)

que calcula o carregamento para verificação de fadiga da norma brasileira. Este ajuste

busca manter o padrão de cálculo utilizado na norma NBR – 6118 ao mesmo tempo em

que a torna mais representativa ao espectro real de veículos das rodovias brasileiras.

3.2 Escolha dos Sistemas Estruturais e Seção Transversal

Foram definidos dois sistemas estruturais, o primeiro segue a mesma proposta

abordada por SANTOS (2013) no qual, utilizou-se um sistema estrutural biapoiado de

eixo reto, com vãos que variam de 10 a 40m. O segundo sistema é formado por três

vãos contínuos, de trechos com mesmo comprimento, variando de 10 a 25 metros cada.

A seção transversal possui duas faixas e a largura total da ponte é de 10 metros.

A justificativa para estas escolhas se encontra no trabalho de MENDES (2009).

Em seu estudo para um modelo de gestão de pontes de concreto foi traçado o perfil das

pontes rodoviárias brasileiras. Abaixo é mostrado o resumo dos resultados. As

porcentagens citadas são feitas tendo como base o total de pontes em que a informação

é conhecida.

94% das pontes possuem sistema estrutural em viga de concreto armado ou

protendido;

79% das pontes possuem largura inferior a 12m, considerada estreita pelo padrão

atual, sendo a média para a largura transversal 10m;

63% das pontes possuem extensão menor que 50m;

50% das pontes possuem apenas um vão, ou um vão com dois balanços, seguida

por pontes com três vãos ou três vãos e dois balanços;

Em relação ao vão máximo, para 93% das pontes esse valor é inferior a 40m.

26

Apesar de mais da metade das pontes possuírem uma extensão total inferior a 50

metros e um único vão, a fim de validar o método de vida ilimitada para sistemas

estruturais com momentos negativos, também serão abordadas neste trabalho pontes

com três vãos contínuos, de trechos com mesmo comprimento, variando de 10 a 25m.

Como o modelo de cargas móveis proposto pela norma brasileira é composto por

cargas concentradas e cargas distribuídas é preciso estabelecer a parcela do

carregamento que cada uma das longarinas suporta. Para isso será preciso estabelecer

uma seção transversal para a ponte e calcular o esforço a partir do conceito de linha de

influência transversal.

A seção transversal é composta de duas longarinas conforme ilustra a Figura 3.1.

A largura foi estabelecida segundo o exemplo dado pelo Manual de Inspeção de Pontes

Rodoviárias (DNIT, 2004) sendo igual a 12,8m, dimensão correspondente às obras

projetadas após 1985. A altura varia de acordo com o comprimento do vão da ponte,

seguindo uma relação de 1/10; outras ordens de grandeza entre dimensões da seção

transversal adotada são mostradas a seguir (VALERIANO, 2014).

Lb 20% Ls (3.1)

Lm 20% Lc a 25% Lc (3.2)

ea

(3.3)

es

(3.4)

bw (3.5)

Figura 3.1- Dimensões da seção transversal da ponte

27

A fim de manter a mesma linha de influência transversal para todos os vãos e

sistemas estrururais considerados, a largura total, assim como as distâncias entre

longarinas e das longarinas até o extremo da seção, indicadas na Figura 3.1 como Lc, Lb

e Lm possuem a mesma dimensão em todos os exemplos. A Tabela 3.1 mostra os

valores adotados para as seções transversais das pontes em estudo.

Tabela 3.1- Valores das medidas transversais da ponte

Dimensões transversais as pontes

Vão (m) h (m) bw (cm) Ls (m) Lc (m) Lb (m) ea (m) es (m) Lm (m)

10 1,0 35 12,8 7,85 2,475 0,4 0,32 2

15 1,5 35 12,8 7,85 2,475 0,4 0,32 2

20 2,0 35 12,8 7,85 2,475 0,4 0,32 2

25 2,5 35 12,8 7,85 2,475 0,4 0,32 2

30 3,0 35 12,8 7,85 2,475 0,4 0,32 2

35 3,5 35 12,8 7,85 2,475 0,4 0,32 2

40 4,0 35 12,8 7,85 2,475 0,4 0,32 2

3.3 Solicitação devida à carga móvel de NBR-6118

3.3.1 Determinação do Trem Tipo

Como as cargas móveis podem ocupar qualquer posição ao longo do tabuleiro da

ponte é necessário localizar a posição que o carregamento provoque a máxima

solicitação da seção de cálculo.

O trem tipo é constante ao longo da ponte e pode ocupar qualquer posição na

direção longitudinal. Para definir as posições mais desfavoráveis foi utilizado o conceito

de linha de influência, na qual a variação de um determinado esforço é registrada, em

função da posição de uma força unitária que percorre a estrutura.

Para o cálculo do trem tipo segundo a norma brasileira NBR 7188 foi empregado

o veículo tipo TB-45, cujas propriedades já foram comentadas em capítulos anteriores.

Como a seção transversal das pontes é formada por duas vigas a posição mais

desfavorável é aquela em que o veículo se encontra no bordo da pista, encostando-se ao

guarda rodas, como mostrado na Figura 3.2.

28

Figura 3.2- Posicionamento do veículo tipo sobre a seção transversal da ponte

Antes do cálculo das solicitações devidas à carga móvel é mostrado o cálculo do

coeficiente de impacto a fim de multiplicar o trem tipo por este coeficiente. Assim as

solicitações já se encontraram majoradas pelo caráter dinâmico do carregamento.

Depois da última alteração da norma o coeficiente de impacto multiplica agora

três parcelas, e deixa de ter uma dependência única do comprimento do vão vencido

pela ponte. As fórmulas para o cálculo das parcelas do coeficiente de impacto são

mostradas no item 2.6.1. É possível observar que o vão que terá maior coeficiente de

impacto é o de 10m, isto porque este é o único que recebe o coeficiente de impacto

adicional. A Tabela 3.2 mostra cada um dos três fatores componentes do coeficiente de

impacto assim como o seu valor final em cada comprimento de vão.

Para a definição do trem tipo longitudinal a carga distribuída foi considerada

atuando também na área de projeção do veículo tipo. E o valor resultante de carga

distribuída nesta área é descontado das cargas concentradas representando os eixos do

veículo tipo. No caso de cargas distribuídas, o esforço será obtido através da área do

gráfico da linha de influência sob a carga distribuída. Para as cargas concentradas,

primeiramente é calculada a carga por roda. Esta carga concentrada é multiplicada pela

ordenada correspondente à linha de influência transversal da Figura 3.3, a fim de se

obter a carga por eixo do trem tipo longitudinal, como nas formulações das equações

(3.6) a (3.8).

29

Tabela 3.2- Coeficientes de impacto das pontes em estudo

Coeficiente de impacto - 2 faixas de tráfego

CIV X CNF X CIA

Vão (m) CIV CNF CIA Coef Imp. ϕ

10 1,35 1 1,25 1,69

15 1,33 1 1 1,33

20 1,30 1 1 1,30

25 1,28 1 1 1,28

30 1,27 1 1 1,27

35 1,25 1 1 1,25

40 1,24 1 1 1,24

Figura 3.3- Coordenadas sobre eixo - Linha de influência transversal

Com as cargas concentradas P correspondentes aos eixos do veículo e a carga

distribuída Q, o trem tipo longitudinal final está definido. Esta configuração se repete ao

longo de todo o comprimento longitudinal da ponte e pode ser esquematizado da

seguinte forma:

Q = Atotal (m²) x 5,0

x φ (3.6)

Proda = φ

(3.7)

(3.8)

na qual,

30

Q representa a carga distribuída do trem tipo longitudinal;

Proda representa a carga concentrada em cada roda do veículo tipo C45;

φ representa o coeficiente de impacto;

representa a carga concentrada por eixo.

Figura 3.4- Trem tipo longitudinal do veículo tipo TB-45

3.3.2 Momento Fletor devido ao Carregamento Classe 45 para o Sistema

Biapoiado

Tendo o valor das cargas concentradas correspondentes ao peso dos eixos do

veículo tipo e a carga de multidão considerada no tabuleiro da ponte, estas devem ser

posicionadas longitudinalmente de forma a gerar o maior momento fletor sobre as

longarinas. Os itens a seguir abordam o cálculo do momento para o sistema de pontes

biapoiadas e de três vãos contínuos.

Como o veículo padrão de classe 45 é formado por três eixos equidistante, para

um sistema biapoiado o momento fletor máximo acontece ao se posicionar uma das

cargas concentradas dos eixos no meio do vão e as demais afastadas 1,5m em relação ao

centro da ponte. A Figura 3.5 mostra o posicionando do trem tipo na linha de influência

longitudinal de momento fletor para vigas biapoiadas.

Figura 3.5- Posicionamento dos eixos do veículo Tb-45 sobre a linha de influência

longitudinal de momento fletor no meio do vão para viga biapoiada

31

A partir da equação linear da linha de influencia é possível calcular o valor das

ordenadas das posições dos eixos do veículo, em função do comprimento do vão e da

carga unitária P.

(3.9)

O mesmo pode ser feito para o cálculo da área a ser considerada para o momento

responsável pela carga distribuída. A Figura 3.6 mostra as expressões encontradas para

valor das ordenadas y e da área da linha de influencia longitudinal em função da carga

unitária P e do comprimento do vão L.

Para o valor final do momento fletor máximo na seção do meio do vão, gerado

pelo veículo padrão em pontes biapoiadas, as ordenadas mostradas na Figura 3.6 foram

multiplicadas pelas cargas concentradas nos eixos e a área pela carga distribuída. O

capitulo de resultados apresenta os valores encontrados para o momento fletor máximo

de todos os vãos para o sistema biapoiado.

Figura 3.6- Coordenadas sobre eixos e área do diagrama- Linha de influência

longitudinal para momento máximo na seção no meio do vão

3.3.3 Momento Fletor devido ao Carregamento Classe 45 para Sistema de

Três Vãos Contínuos

Seguindo a mesma metodologia do sistema de pontes biapoiadas para a estrutura

de vãos contínuos, foi identificada a posição critica dos veículos segundo a linha de

influência longitudinal.

Entretanto, por se tratar de uma estrutura hiperestática a linha de influência

longitudinal não possui a mesma simplicidade que para uma viga biapoiada, como

32

mostrado na equação (3.10). Para a definição da equação da linha de influência foi

utilizado o método das forças. Na Figura 3.7 é mostrado o esquema estático da viga, na

qual a coordenada z estabelece a posição de uma ação unitária concentrada Q.

Figura 3.7- Viga contínua sobre quatro apoios (RIGITANO, 2011)

Como a estrutura possui três vãos, sendo, portanto duas vezes hiperestática, as

equações de compatibilidade de deslocamentos podem ser definidas segundo

SUSSEKIND (1977) como:

(3.10)

(3.11)

As incógnitas hiperestáticas e consideradas nas equações (3.10) e (3.11)

representam os momentos nos apoios internos MB e MC.

A solução para este sistema é dada por:

(3.12)

na qual,

representa as incógnitas hiperestáticas;

representa a matriz de flexibilidade;

representa o vetor de ações externas.

33

Ao se escrever o vetor das ações externas em função da posição z da carga

unitária, ao final os resultados encontrados são as expressões das linhas de influência

para os momentos MB e MC dos apoios centrais.

Ao percorrer toda a estrutura com a carga unitária Q, a divisão nos três trechos

faz com que cada região tenha uma equação diferente para a linha de influencia.

Figura 3.8- Superposição dos trechos para momentos nos apoios MB e MC

(RIGITANO, 2011)

Como resultado, as funções das linhas de influência para o primeiro trecho são

definidas como:

(3.13)

(3.14)

34

Com o mesmo procedimento podemos encontrar a função para os dois trechos

subsequentes.

(3.15)

(3.16)

E para o vão extremo:

(3.17)

(3.18)

O formato da linha de influencia do momento fletor negativo da seção em um

dos apoios centrais pode ser observada na Figura 3.9.

Figura 3.9- Linha de influência de momento negativo na seção do apoio intermediário

de viga de 3 vãos contínuos

Com a equação da linha de influência e os valores das cargas concentradas e

distribuídas do trem tipo longitudinal, é possível estabelecer para o sistema estrutural de

vãos contínuos uma envoltória de momentos fletores como a mostrada na Figura 3.10.

0 5 10 15 20 25 30 35

Trecho 1

Trecho 2

Trecho 3

35

Figura 3.10- Aspecto da envoltória de momentos gerados pelas cargas móveis.

3.4 Base de Dados de Veículos Reais

A diferenciada frota de veículos pesados que circulam diariamente nas rodovias

brasileiras dificulta as análises que muitas vezes dependem de uma padronização do

tráfego. Neste trabalho foi utilizado o banco de dados desenvolvido por ROSSIGALI

(2013). Seu projeto visava um novo modelo de carga móvel para pontes em rodovias

brasileiras, onde é possível encontrar um banco de dados solido e característico do

tráfego pesado. As informações não levam em conta os veículos leves e utilitários.

Para a criação da base de dados foi preciso definir informações como: classe de

veículos, peso total e por grupo de eixo, velocidade e limite de peso total e dos grupos

de eixos dos veículos. Essas informações foram recolhidas nos seguintes órgãos:

Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT); Centro de Excelência

em Engenharia de Transportes (CENTRAN); Concessionária CCR AutoBAn, e Ecovia

Caminho do Mar S/A.

Como nenhum desses postos continha toda a informação necessária à criação da

base de dados de tráfego, ROSSIGALI optou por uma base de dados hibrida, na qual

constam informações de todas as bases de dados disponíveis. Baseando-se nos dados

mais recentes do posto de pesagem (CCR AutoBAn em 2011), alguns ajustes foram

feitos e assim foi concluída a base de dados hibrida com um total de 29 configurações

de veículos comerciais.

3.4.1 Classes de Veículos

A fim de se identificar certo tipo de veículo são utilizadas nomenclaturas

baseadas em suas configurações. Em seu trabalho, ROSSIGALI (2013) utilizou o

36

padrão do DNIT QFV-2009, que se baseia no número de partes constituintes do veículo,

tipo de conexão entre essas partes e configuração dos eixos.

Este tipo de nomenclatura classifica a configuração do veículo no sentido da

dianteira para a traseira. É composto por uma combinação de letras e números.

Enquanto as letras representam o tipo de conexão entre as partes, os números informam

a quantidade de eixos do veículo ou partes componentes.

Os grupos de eixos mais comuns estão com a sua nomenclatura e descrição

listados abaixo:

SRS – Simples de roda simples;

SRD – Simples de rodas duplas;

DE – Duplo especial;

TD – Tandem duplo;

TT – Tandem triplo.

A Tabela 3.3 ilustra a silhueta e informa o tipo e o grupo de eixos a que pertence

às classes de veículos identificados no banco de dados.

Tabela 3.3 –Características dos grupos de eixos das classes de veículos.

Classe Silhueta Tipo Tipo de grupo de eixos

1 2 3 4 5

2CC

Caminhão SRS SRD - - -

2C

Caminhão SRS SRD - - -

3C

Caminhão

Trucado SRS TD - - -

4C

Caminhão Simples SRS TT - - -

2C2

Caminhão +

Reboque SRS SRD SRD

SR

D -

2C3

Caminhão +

Reboque SRS SRD SRD TD -

3C2

Romeu e Julieta SRS TD SRD SR

D -

3C3

Romeu e Julieta SRS TD SRD TD -

3D4

Romeu e Julieta SRS TD TD TD -

37

Classe Silhueta Tipo Tipo de grupo de eixos

1 2 3 4 5

2S1

Romeu e Julieta SRS SRD SRD - -

2S2

Romeu e Julieta SRS SRD TD - -

2S3

Romeu e Julieta SRS SRD TT - -

2I1

Romeu e Julieta SRS SRD SRD TD -

2I2

Caminhão Trator

+ SemiReboques SRS SRD SRD

SR

D -

2I3

Caminhão Trator

+ SemiReboques SRS SRD SRD

SR

D

SR

D

3S1

Caminhão Trator

Trucado +

SemiReboques

SRS TD SRD - -

3S2

Caminhão Trator

Trucado +

SemiReboques

SRS TD TD - -

3S3

Caminhão Trator

Trucado +

SemiReboques

SRS TD TT - -

3I1

Caminhão Trator

Trucado +

SemiReboques

SRS TD SRD TD -

3I2

Caminhão Trator

Trucado +

SemiReboques

SRS TD SRD SR

D -

3I3

Caminhão Trator

Trucado +

SemiReboques

SRS TD SRD SR

D

SR

D

3T4

Bi trem articulado SRS TD TD TD -

3T6

Rodotrem SRS TD TD TD TD

3M6

Caminhão Trator

Trucado + Dois

SemiReboques

SRS TD TT TT -

2CB

Ônibus SRS SRD - - -

3CB

Ônibus Trucado

Misto SRS DE - - -

38

Classe Silhueta Tipo Tipo de grupo de eixos

1 2 3 4 5

3BB

Ônibus Trucado

Misto SRS DE - - -

Os veículos mais frequentes são aqueles com frequências de 17,11%; 12,42%;

11,97% e 11,08% em relação ao todo. Os veículos correspondentes são: 3C, 2C, 2S2 e

2CC respectivamente. Essas e as demais frequências podem ser observadas no

histograma de classes de veículos mostrado em SANTOS (2013).

Figura 3.11- Histograma de frequência de classe de veículos (SANTOS 2013)

3.4.2 Configuração dos eixos

Para a localização do eixo dos veículos são necessárias duas distâncias: a

distância longitudinal entre eixos e a distância transversal entre as linhas de pneus dos

veículos, também chamada de bitola.

17

,11

4%

1

2,4

21

%

11

,96

8%

11

,06

7%

8,2

75

%

7,9

52

%

4,6

51

%

4,6

42

%

4,4

83

%

3,0

79

%

2,0

36

%

2,0

36

%

1,7

83

%

1,5

87

%

1,4

98

%

1,4

98

%

0,8

50

%

0,7

41

%

0,3

71

%

0,2

84

%

0,2

79

%

0,2

54

%

0,2

12

%

0,1

70

%

0,1

67

%

0,1

59

%

0,1

47

%

0,1

46

%

0,1

31

%

0,000%

2,000%

4,000%

6,000%

8,000%

10,000%

12,000%

14,000%

16,000%

18,000%

3C

2C

2S2

2C

C

2S3

-L

2C

B

3S3

-L

3T4

2S1

2S3

-C

3C

B

3B

B

2I2

3I3

3S3

-C

2C

2

3T6

3S2

2I3

3C

2

2C

3

3C

3

3I1

3S1

3M

6

3D

4

2I1

4C

3I2

Fre

qu

ên

cia

Classe

39

A fim de se definir a distância entre eixos foram utilizados dois caminhos, ao

final se adotou o valor médio. Inicialmente foi utilizada a balança lenta da base de dados

da AutoBAn e quando disponível se buscou a informação diretamente com os

fabricantes.

As distâncias longitudinais entre os eixos dos veículos podem ser observadas na

Tabela 3.4.

Tabela 3.4 – Distância entre eixos dos veículos (ROSSIGALI 2013).

Classe N° de

eixos

Bal.

Diant.

d12

(m)

d23

(m)

d34

(m)

d45

(m)

d56

(m)

d67

(m)

d78

(m)

d89

(m)

Bal.

Tras.

2CC 2 1.20 3.84 - - 1.75

2C 2 1.40 5.31 - - 2.00

3C 3 1.40 5.20 1.30 - 2.00

4C 4 1.40 5.29 1.35 1.35 2.00

2C2 4 1.40 4.16 7.06 4.81 1.00

2C3 5 1.40 3.85 8.02 3.98 1.30 1.50

3C2 5 1.40 4.68 1.30 5.04 4.90 1.00

3C3 6 1.40 522 1.30 6.83 4.62 1.30 1.50

3D4 7 1.40 3.75 1.30 5.11 1.30 3.62 1.30 1.00

2S1 3 1.40 3.94 7.51 - - 1.00

2S2 4 1.40 3.88 8.22 1.25 - 2.00

2S3-C 5 1.40 4.09 3.43 1.25 1.25 1.50

2S3-L 5 1.40 3.97 6.26 1.25 1.25 2.50

2I1 5 1.40 3.88 5.22 2.43 1.25 2.00

2I2 4 1.40 3.73 7.78 2.43 - 1.00

2I3 5 1.40 3.93 4.53 2.43 2.43 2.00

3S1 4 1.40 3.84 1.35 6.28 - 1.00

3S2 5 1.40 3.79 1.35 7.12 1.25 2.00

3S3-C 6 1.40 3.88 1.30 3.13 1.25 1.25 1.50

3S3-L 6 1.40 3.85 1.30 5.76 1.25 1.25 2.50

3I1 6 1.40 3.72 1.30 5.13 2.43 1.25 2.00

3I2 5 1.40 3.54 1.30 7.42 2.43 - 1.00

3I3 6 1.40 3.54 1.30 5.05 2.43 2.43 2.00

3T4 7 1.40 3.75 1.30 5.11 1.25 3.62 1.25 1.50

3T6 9 1.40 3.34 1.35 5.75 1.25 3.70 1.25 5.95 1.25 1.00

3M6 9 1.40 3.46 1.35 6.23 1.25 1.25 5.79 1.25 1.25 1.00

2CB 2 2.50 5.85 - - - 3.00

3CB 3 2.50 6.85 1.45 - - 3.00

3BB 3 2.50 6.85 1.45 - - 3.00

40

A distância correspondente à bitola é importante para o cálculo referente ao

espectro de veículos reais. Em uma análise transversal, é a bitola quem irá localizar as

cargas aplicadas nos eixos sobre o tabuleiro da ponte.

A fim de facilitar os cálculos para o espectro de veículos reais, nas análises feitas

foi considerada que todos os veículos da base de dados possuem a mesma distância

transversal entre rodas do mesmo eixo, correspondendo a 1,9m. Este valor adotado

correspondente à média de valores apresentados em ROSSIGALI (2013) com desvio

padrão muito pequeno.

3.4.3 Pesos dos Veículos da Base de Dados

A classificação quanto ao peso dos veículos foi obtida pelo trabalho de

SANTOS (2013) que no desenvolvimento de um novo modelo de cargas móveis para

verificação de fadiga em pontes rodoviárias dividiu a base de dados de ROSSIGALI

(2013) em até 12 faixas de peso (1 a 12), dependendo da classe do veículo. Foram

adotados como peso total dos veículos pertencentes a cada faixa de peso total, os

valores referentes ao centro dos intervalos (SANTOS 2013).

Na Figura 3.12 é apresentado o histograma de frequência dos pesos totais dos

veículos.

Figura 3.12 – Histograma de frequência dos Pesos Totais dos Veículos (SANTOS,

2013)

0,0%

2,0%

4,0%

6,0%

8,0%

10,0%

12,0%

14,0%

16,0%

10

50

90

13

0

17

0

21

0

25

0

29

0

33

0

37

0

41

0

45

0

49

0

53

0

57

0

61

0

65

0

69

0

73

0

77

0

81

0

Fre

qu

ên

cia

Peso Total (kN)

41

3.4.4 Volume Médio Diário (ROSSIGALI, 2013)

A estimativa de volume médio de veículos que passam nas rodovias em um dia

foi feita tendo como referência a base de dados da concessionária AutoBAn. Para isso

foi tomado à quantidade total de registro computada pela concessionária em um

determinado intervalo de tempo e ao final esse valor foi dividido pelo número de dias

do período. Ao final o número médio de veículos diários foi de 6104.

Contudo, foi levado em conta uma margem de erro de 15% para mais no total de

registros, consequência do desvio de alguns veículos que buscam evitar possíveis filas e

congestionamentos em horário de pico. Considerando-se mais a porcentagem citada

anteriormente o volume médio diário cresce para 7019 veículos por dia.

É importante ressaltar que este número é representativo para todas as faixas da

rodovia. A faixa onde há maior circulação de veículos comerciais é a faixa lenta. No

desenvolvimento de seu trabalho, ROSSIGALI (2013) conclui que em rodovias de faixa

única ou faixa dupla a quantidade veículos pode ser considerada como 85% do total de

veículos. Para este projeto optou-se por considerar pontes com DUAS FAIXAS DE

TRAFEGO, portanto, o valor de VMD adotado neste trabalho é 6000 veículos/dia.

3.4.5 Posicionamento transversal dos veículos na ponte

De acordo com a posição que o veículo ocupa na faixa da ponte ele gera um

esforço diferente nas peças estruturais. Segundo a distribuição de frequência disponível

no Eurocódigo 50% dos veículos se deslocam no centro da faixa. Os demais se

distribuem de forma simétrica em relação ao eixo como mostrado na Figura 3.13.

Figura 3.13- Distribuição de frequência do posicionamento transversal dos veículos na

ponte (EM 1991-2, 2002).

42

Para os cálculos deste trabalho, assim como o que feito por SANTOS (2013)

será considerado que 100% dos veículos se desloquem passando com seu eixo no centro

das faixas, ou seja, a carga móvel para verificação de fadiga será considerada ocupando

a zona central da faixa.

3.4.6 Tipos de Fluxo de Veículos

A situação de fluxo de veículos na ponte está relacionada à época e ao horário

em que este ocorre. Durante o horário de pico o congestionamento faz com que os

veículos se acumulem ao longo da estrutura, provocando uma solicitação diferente

daquela em que há um fluxo livre onde os veículos possam circulam normalmente. A

Figura 3.14 ilustra um congestionamento na Marginal Tietê onde os motoristas

passaram a fazer filas no acostamento da Via Dutra aguardando o horário permitido

para sua circulação.

Figura 3.14- Engarrafamento de caminhões na Via Dutra - Fonte: G1 / Folha de S.

Paulo / Portal O Carreteiro.

43

A quantidade de veículos que circulam por pista está relacionada ao

comprimento da ponte e ao tipo de tráfego a que está sujeita. As pontes consideradas

neste trabalho se enquadram em pontes rodoviárias de pequenos vãos.

Considerando-se ainda o comprimento total dos veículos, já mostrado em itens

anteriores, somado a distância de segurança que deve haver entre eles, é pouco provável

que mais de um veículo por pista trafegue ao longo da ponte. O contrário ocorre em

uma situação de engarrafamento, já que como não há uma circulação do tráfego a

distância entre os veículos é muito menor que a distância citada no caso anterior.

Do ponto de vista estrutural, mesmo que na situação de congestionamento a

carga seja maior que a carga na situação de fluxo livre, a situação responsável por

provocar a maior solicitação nas longarinas é o caso de tráfego normal. Mesmo tendo

mais de um veículo quando há engarrafamento, o coeficiente de impacto aplicado à

carga móvel faz com que a diferença entre os dois tipos de carregamento seja pequena.

Com isso, o tipo de fluxo considerado para a análise das pontes neste trabalho é aquele

onde os veículos se deslocam um por vez passando pelo centro da faixa.

3.5 Cálculo do Momento Fletor na Longarina devido aos Veículos Reais

(Tráfego Livre)

Da mesma forma que o momento gerado pelo veiculo tipo TB-45, as análises

para o espectro real de veículos serão feitas para a seção mais solicitada. Entretanto o

posicionamento do veículo sobre o tabuleiro da ponte e a distância entre as rodas de um

mesmo eixo dos veículos do espectro não são equivalentes ao posicionamento e à

distância do veículo padrão da norma brasileira.

Para facilitar os cálculos será considerado que todos os veículos do espectro

possuem a mesma bitola. Este valor foi tomado como base da média dos veículos

presentes na base de dados e corresponde a 1,9m. Quanto à posição do veículo na faixa,

foi considerada a posição mais frequente, que corresponde ao centro da faixa como

mostrado na Figura 3.15. Juntamente com a linha de influencia transversal.

De acordo com o comprimento e o peso dos eixos dos veículos foi utilizada uma

rotina a fim de definir qual a posição crítica capaz de gerar o maior momento na seção

do meio do vão. Esta posição foi determinada com o auxílio da linha de influência

44

longitudinal, multiplicando-se o valor da carga concentrada dos eixos dos veículos pelas

ordenadas obtidas pela equação da linha de influência mostradas no item 3.3.2.

Figura 3.15- Linha de influência transversal para veículos reais posicionado dos no

centro da faixa.

A posição crítica dos veículos é aquela na qual o somatório do produto das

ordenadas da linha de influencia pelo valor da carga concentrada for máximo.

Normalmente esta situação ocorre quando o eixo mais pesado se encontra centrado na

ponte (no caso de sistema biapoiado). Porém com os veículos presentes na base de

dados possuem muitas configurações diferentes, com número de eixos podendo chegar

a nove, não necessariamente a posição que gera maior momento é aquela na qual o eixo

mais pesado se encontra no centro do vão, em algumas situações alguns eixos podem se

encontrar fora do vão da ponte, como ilustrado na Figura 3.16.

Figura 3.16- Posição longitudinal do trem tipo de veículo com 9 eixos.

45

Para uma melhor definição da posição crítica dos veículos foram analisados

todas as posições possíveis dos eixos partindo de 0 (origem do vão) com incrementos de

0,01m. Este cálculo está presente numa planilha Excel com o uso do Visual Basic,

adaptada do trabalho de SANTOS (2013), com a qual é possível também calcular o

valor final do momento fletor máximo gerado multiplicando as cargas em cada eixo

pelas ordenadas da linha de influência transversal do veiculo posicionado no meio da

faixa como mostrado na Figura 3.15 e o coeficiente de impacto.

Os resultados encontrados como momentos fletores máximos para cada classe de

veículo, com todas as suas faixas de peso pode ser encontrado no Apêndice A. Os

valores expressos não estão majorados pelo coeficiente de impacto. A programação da

rotina encontra-se no Apêndice B.

3.6 Determinação do Fator Ѱ para o Método de Vida Ilimitada à Fadiga

da NBR-6118

Para definir o novo fator para longarinas é preciso fazer o dimensionamento

usual segundo a norma brasileira e uma posterior calibração segundo o espectro real de

tráfego. O modelo de cargas móveis correspondente à classe 45 (veículo tipo da NBR

7188) reduzido de deverá gerar uma variação de tensão nas barras de aço igual

à variação máxima de tensão gerada pela passagem dos veículos reais .

Abrindo-se as formulações, e substituindo os valores de tensão nas barras de aço

de concreto armado segundo as equações apresentadas em (2.9) e (2.10), as tensões

podem ser reescritas conforme mostrado em (3.20)

(3.19)

(3.20)

na qual,

46

representa o fator de calibração entre as tensões máximas geradas pela carga móvel e

o espectro real de veículos.

representa a máxima variação de tensão nas armaduras gerada pela carga móvel

correspondente ao veículo tipo TB-45, já considerado o coeficiente de impacto;

representa a variação de tensão máxima gerada pela passagem dos veículos reais,

já considerado o coeficiente de impacto;

representam os momentos fletores máximos positivos e negativos,

gerado pela carga móvel da classe TB-45;

representam os máximos momentos fletores positivos e negativos

provocada pela passagem dos veículos reais;

Considerando a mesma profundidade de linha neutra para diferentes valores de

momento, observa-se na equação anterior que ambos os lados contém a parcela

,

fatores que dependem das características do material e das dimensões da seção

transversal, o que permite a simplificação dos cálculos para a variação dos momentos

fletores para a obtenção do fator de calibração .

(3.21)

3.7 Variação de Tensão Máxima do Espectro de Veículos Reais

Para a comparação entre os efeitos provocados pelo veículo típico da norma

brasileira NBR-7188, o TB-45, e os efeitos provocados pelo espectro de veículos reais

que passam pelas pontes brasileiras diariamente, é preciso determinar a variação de

tensão máxima.

Segundo SANPAOLESI e CROCE (2005) a definição da variação de tensão

máxima pode ser realizada de duas maneiras distintas, conforme exposto no item 2.6.1.

A segunda abordagem, segundo a qual a variação de tensão máxima é aquela em

que a ocorrência é excedida cinquenta mil vezes ao longo de toda a vida útil da estrutura

47

considerando um tempo de vida de 100 anos, o que implica em um período de retorno

de 12 horas ou metade de um dia.

Com os dados de tráfego diário já estipulados no item 3.4 é possível saber a

quantidade de veículos pesados que circulam na faixa lenta durante a vida útil da

estrutura, apenas multiplicando o VDM pelo tempo de vida estipulado em projeto (sem

considerar aumento do volume de tráfego).

Quantidade de veículos = VDM x 365 x vida útil (3.22)

Quantidade de veículos = 6000 x 365 x 100 = 219.000.000 veículos

Como a definição da variação de tensão máxima é aquela com ocorrência

excedida 50.000 vezes durante a vida útil da estrutura é possível identificar a frequência

correspondente dividindo-se este valor pela quantidade de veículos pesados que

percorram a ponte nos 100 anos de vida esperados pela estrutura.

(3.23)

Com a frequência de ocorrência e o auxilio de um histograma é possível

identificar a variação de tensão máxima para todos os vãos dos dois sistemas estruturais

considerados.

Como já mostrado nas equações (3.19) e (3.20) o problema pode ser remetido

somente aos cálculos dos momentos fletores. Tendo isso como base, foram criados

histogramas de frequência de momentos fletores do espectro de veículos reais para cada

sistema estrutural e cada vão considerado.

O número de intervalos de momentos do histograma foi estimado de acordo com

o tamanho da amostra. O número de faixas não deve ser muito grande, de forma a

dispersar demasiadamente os dados, nem muito pequeno, de forma a descaracterizar o

histograma. O total de faixas de pesos de todas as classes de veículos juntas soma uma

amostra de 272 momentos distintos. O número total de intervalos deve estar relacionado

ao tamanho da amostra, de tal forma que, para o universo de dados superior à 100, o

número de intervalos considerados foi um valor próximo à raiz quadrada da amostra, ou

seja, para este caso 16,5. Optou-se por trabalhar com 15 intervalos, cada um

48

deles com o mesmo incremento, partindo-se do menor valor da amostra

(BALASTRASSI, 2007).

Identificados os momentos pertencentes a cada intervalo, a frequência absoluta

de cada faixa de peso pertencente a cada classe de veículos (listados na Figura 3.11) em

cada intervalo de momentos, foi somada a fim de obter a frequência de ocorrência final

do intervalo predeterminado. Com esses dados computados, o valor da máxima variação

de tensão foi identificado como aquele em que a probabilidade de ser excedido é

equivalente ou imediatamente superior à frequência 0,0228%, encontrada na expressão

(3.23).

Diferentemente da primeira abordagem na definição de variação de tensão

máxima, a abordagem pela tensão excedida 50.000 vezes na vida útil da estrutura não

fornece um valor exato, e sim uma faixa de momentos fletores correspondentes à

máxima variação de tensão. Para seguir com os cálculos e o ajuste do fator redutor 1

da combinação em serviço da norma NBR 6118 na equação(2.13), o momento fletor

responsável pela variação de tensão máxima foi tomado no centro do intervalo.

Os extremos dos valores de momento fletor de cada intervalo, para todos os

vãos, em ambos os sistemas estruturais estudados, podem ser encontrados no Apêndice

D e Apêndice E. No capítulo de resultados está uma tabela com o resumo dos

resultados, contendo a classe de veículo, a faixa de peso e o valor do meio do intervalo

correspondente ao valor de momento responsável pela máxima variação de tensão nas

barras de aço de concreto armado da estrutura.

49

4 ANÁLISES DE RESULTADOS

Neste capítulo serão apresentados os resultados obtidos para o ajuste do fator

redutor da combinação frequente de cargas usado para a verificação à fadiga das barras

de aço em concreto armado. O ajuste do fator foi realizado a partir dos momentos

fletores máximos gerado pelo espectro de veículos reais no meio do vão para as pontes

consideradas biapoiadas e para variação máxima do momento fletor no apoio

intermediário em pontes com três vão contínuos de trechos iguais.

No desenvolvimento da metodologia de equivalência de variação de tensão

máxima, os momentos fletores da viga foram calculados considerando que os veículos

reais do banco de dados passam pela ponte de forma centralizada na faixa de tráfego. O

veículo padrão, a fim de gerar o maior esforço possível teve sua posição transversal

faceando o guarda rodas das pontes.

Os valores encontrados já levam em consideração a parcela dinâmica dada pela

aplicação do coeficiente de impacto da norma brasileira nos momentos fletores do

espectro e do carregamento tipo da classe 45.

Serão considerados dois sistemas estruturais, baseando-se no perfil das pontes

brasileiras estabelecido por MENDES (2009). No item 4.1serão analisados os resultados

obtidos para o ajuste do fator redutor de pontes biapoiadas de 10 a 40 metros de vão. No

item seguinte, 4.2 serão apresentados os resultados para pontes de três vãos contínuos.

4.1 Pontes Biapoiadas – Resultados

A Tabela 4.1 apresenta os resultados correspondentes à ação do trem tipo da

classe 45, com o valor de coeficiente de impacto já incluído, e momentos fletores no

meio do vão.

Para situação de fluxo normal, com passagem de um veículo por vez centrado na

faixa, os valores obtidos como momentos fletores responsáveis pela máxima variação

de tensão foram estimados segundo a definição de SANPAOLESE e CROCE (2005),

que se baseia numa variação de tensão com ocorrência excedida 50.000 vezes durante a

50

vida útil da estrutura considerada igual a 100 anos, o que corresponde a uma

probabilidade de 0,0228% de ser excedida.

Tabela 4.1- Valores das cargas componentes do trem tipo longitudinal e dos momentos

fletores gerados no centro do vão para pontes biapoiadas com coeficiente de impacto

(ver Tabela 3.2)

Carregamento móvel - TB-45

Vão (m)

Carga

distribuída

(kN/m)

Carga

Concentrada

por eixo (kN)

Momento da

carga

distribuída

(kN.m)

Momento da

carga

concentrada

(kN.m)

Momento

total (kN.m)

10 53,57 223,08 669,7 1338,5 2008,1

15 42,16 175,56 1185,8 1711,7 2897,5

20 41,21 171,60 2060,5 2316,6 4377,1

25 40,58 168,96 3170,0 2914,6 6084,6

30 40,26 167,64 4529,1 3520,4 8049,6

35 39,63 165,00 6067,6 4083,8 10151,3

40 39,31 163,68 7861,6 4664,9 12526,5

Para a definição do momento fletor responsável por gerar a máxima variação de

tensão foram criados histogramas com 15 intervalos de momentos. A Tabela 4.2

apresenta as frequências dos intervalos de momentos fletores estabelecidos para a ponte

de 10m de vão e a Figura 4.1 representa o histograma correspondente. Os resultados

encontrados para os demais vãos podem ser vistos no Apêndice D.

Para os vãos considerados na ponte biapoiada foi montada uma tabela resumo -

Tabela 4.3-, com os valores extremos do intervalo de momento fletor responsável pela

máxima variação de tensão e a sua respectiva frequência de excedência. A classe de

veículo e a faixa de peso do veículo correspondente ao valor do momento fletor no

centro do intervalo também são mostradas na Tabela 4.3.

51

Tabela 4.2- Frequência de intervalos de momentos fletores para ponte biapoiada com

10m de vão

Intervalo de

Momentos (kN.m)

Centro do intervalo

Frequência do

Intervalo

Probabilidade

de Excedência Veículo Tipo –

Faixa de Peso

Momento no

centro do

intervalo (kN.m)

50-149 2CC-2 102,03 2,589% 100,000%

149-246 2S1-3 186,66 16,839% 97,411%

246-344 3S2-1 293,41 25,351% 80,572%

344-441 3S2-2 389,43 16,247% 55,221%

441-539 3I3-3 485,88 5,702% 38,974%

539-636 3S3-L-3 575,14 5,631% 33,271%

636-734 3S3-L-4 683,94 5,131% 27,640%

734-831 2I1-4 781,86 7,254% 22,509%

831-929 3S3-L-6 901,53 8,983% 15,256%

929-1026 3C3-8 984,14 4,574% 6,273%

1026-1123 2S3-C-9 1078,40 1,351% 1,698%

1123-1221 3S3-C-9 1163,75 0,176% 0,348%

1221-1318 2S3-C-11 1268,99 0,122% 0,171%

1318-1416 2S3-C-12 1364,29 0,041% 0,049%

1416-1513 2S3-L-11 1512,72 0,008% 0,008%

SOMA - - 100% -

Figura 4.1- Histograma de momentos para ponte biapoiada de 10m de vão

2,5

89

%

16

,83

9%

25

,35

1%

16

,24

7%

5,7

02

%

5,6

31

%

5,1

31

%

7,2

54

%

8,9

83

%

4,5

74

%

1,3

51

%

0,1

76

%

0,1

22

%

0,0

41

%

0,0

08

%

0,000%

5,000%

10,000%

15,000%

20,000%

25,000%

30,000%

Frequência

52

Tabela 4.3 – Resumo dos momentos fletores correspondentes à máxima variação de

tensão para pontes biapoiadas

Vão (m) Intervalo de

Momento

Classe de

veículo

Faixa de

peso

Momento do centro

do intervalo

Probabilidade de

Excedência

10 1318-1416 2S3-C 12 1364,29 0,049%

15 1670-1794 3S3-C 9 1766,43 0,062%

20 2487-2671 3S3-C 9 2576,37 0,062%

25 3336-3583 3M6 6 3399,69 0,057%

30 4195-4506 3M6 6 4386,18 0,052%

35 4999-5371 3M6 5 5258,08 0,198%

40 5823-6256 3T6 11 6001,70 0,286%

A Tabela 4.4 apresenta os valores máximos de momento fletor gerado pelos

veículos da base de dados. É possível notar, que para o banco de dados desenvolvido, o

momento fletor responsável pela máxima variação de tensão corresponde a

aproximadamente 90% do momento fletor máximo das classes gerados pelos veículos

das classes 3S3-L e 2S3-L.

Tabela 4.4- Valores máximos de momento fletor do espectro real em pontes biapoiadas

registrados na base de dados

Vão (m) Classe de veículo Faixa de peso Momento

máximo (kN.m)

10 2S3-L 11 1512,7

15 2S3-C 12 1916,3

20 3S3-L 11 2854,2

25 3S3-L 11 3830,1

30 3S3-L 11 4816,9

35 3S3-L 11 5741,8

40 3S3-L 11 6688,5

A seguir serão apresentados os resultados para os fatores redutores pelos quais o

modelo normativo de carga de referência deve ser multiplicado para a análise de fadiga,

de acordo com o comprimento do vão. A Figura 4.2 ilustra os resultados encontrados.

53

No mesmo gráfico são observados os valores encontrados por SANTOS (2013)

para pontes mistas biapoiadas.

Figura 4.2- Fator redutor das cargas totais do modelo de cargas de referencia para

pontes biapoiadas

Observando o gráfico pode-se concluir que para o modelo de cargas móveis da

norma brasileira os valores dos fatores redutores calculados com base na definição 2 de

, variam de forma inversamente proporcional em relação ao comprimento do vão

da ponte, podendo chegar a quase 0,70.

Os fatores redutores obtidos por SANTOS (2013) foram calculados para pontes

mistas segundo a definição 1 de variação de tensão máxima (ver item 2.6.1). Os valores

redutores para este caso possuem uma variação maior, apresentando extremos de 0,82 e

0,55. As pontes mistas, apesar de possuírem o mesmo comprimento longitudinal das

pontes de concreto armado avaliadas na definição 2, possuem uma seção transversal

diferenciada, com quatro longarinas de alma cheia, soldadas, e laje de concreto armado

conectado as longarinas através de conectores de cisalhamento. O tabuleiro da ponte

possui largura de 13m., composta por 4 longarinas, somando um total de 13m.

Para a faixa de vãos abordada neste trabalho, em pontes rodoviárias, a

verificação da resistência à fadiga segundo o método simplificado, com uso de 50% das

cargas móveis vindas do cálculo no Estado Limite Último pela NBR 7188 não responde

de forma benéfica ao fenômeno de fadiga para as pontes com perfil de tráfego da base

y = -0,005x + 0,7

0,400

0,450

0,500

0,550

0,600

0,650

0,700

0,750

0,800

0,850

0 5 10 15 20 25 30 35 40 45

Fato

r R

ed

uto

r

Vão (m)

Definição 2 de ∆σ_máx Definição 1 de ∆σ_máx

54

de dados brasileira atual, comprovado a necessidade de rever o veículo tipo de projeto

utilizado para o dimensionamento ou uma alteração no fator redutor das cargas móveis

definido no Estado Limite Último.

Com os resultados encontrados, o fator redutor pode ser aproximado a uma reta,

sendo expresso em função do comprimento L do vão da ponte, em metros, pela equação

(4.1).

(4.1)

Definindo os fatores redutores por essa expressão os erros percentuais poderiam

ser reduzidos a valores inferiores a 4%, como mostrado na Tabela 4.5.

Tabela 4.5 – Erro percentual para equação de ajuste do fator redutor para pontes

biapoiadas

Vão (m) Fator Redutor Fator Redutor =

-0,005L + 0,7 Desvio (%)

10 0,679 0,650 4,3%

15 0,610 0,625 -2,5%

20 0,589 0,600 -1,9%

25 0,559 0,575 -2,9%

30 0,545 0,550 -0,9%

35 0,518 0,525 -1,4%

40 0,520 0,500 3,9%

4.2 Pontes de Três Vãos Contínuos – Resultados

Neste item serão apresentados os resultados pertinentes a pontes com perfil

longitudinal de três vãos contínuos e iguais variando de 10 a 25m. A abordagem deste

sistema estrutural visa à avaliação dos fatores redutores das cargas móveis para seções

com momentos fletores negativos e positivos como mostrado na envoltória da Figura

3.10. A seção do apoio intermediário foi escolhida para análise.

A metodologia empregada é a mesma utilizada para pontes biapoiadas.

Primeiramente são apresentados os valores encontrados com o dimensionamento pelo

veiculo tipo TB-45. A Tabela 4.6 apresenta os valores da envoltória de momento

encontrados para a seção do apoio já considerando os valores do coeficiente de impacto

e a variação total de momento fletor para todos os vãos considerados.

55

Tabela 4.6 – Envoltória de momentos fletores e variação máxima de momento para

seção do apoio de pontes de vãos contínuos segundo veículo TB-45

Vão (m) 10m 15m 20m 25m

Momentos (kN.m)

Máx Min Máx Min Máx Min Máx Min

249,4 -1265,1 354,6 -1892,6 534,2 -2960,7 744,1 -4243,8

(kN.m) 1514,5 2247,2 3494,9 4987,9

Como os três vãos das pontes possuem o mesmo comprimento, a média dos vãos

corresponde ao próprio valor de um dos vãos. Como consequência o coeficiente de

impacto para o sistema estrutural de vãos contínuos é o mesmo utilizado para o sistema

das pontes biapoiadas.

Os intervalos da variação de momentos fletores (máximos - mínimos) para a

definição de variação de tensão para o vão de 10m são apresentados na Tabela 4.7. Os

valores em destaque são os correspondentes à frequência de excedência procurada, ou

seja, de intervalo de probabilidade igual ou imediatamente superior a 0,0228%.

Tabela 4.7 - Frequência de intervalos da variação de momentos fletores positivos para

ponte de vãos contínuos de 10m de vão

Intervalo de

momentos

Classe de

veículo

Faixa de

peso

Momento no

centro do

intervalo

Frequência

do intervalo

Probabilidade

de Excedência

31-106 2CC 2 61,45 2,00% 100,00%

106-180 2C 3 135,71 0,63% 90,41%

180-254 2S2 3 230,97 0,96% 72,72%

254-328 2I3 1 292,47 0,02% 52,10%

328-403 3C3 2 366,72 0,06% 38,55%

403-477 2I3 3 421,93 0,15% 27,91%

477-551 3I3 5 514,63 0,63% 25,76%

551-625 2S3-C 7 590,71 0,02% 23,27%

625-699 3C2 8 659,03 0,09% 20,53%

699-774 3I3 9 724,42 0,00% 11,48%

774-848 3S3-L 7 801,28 1,50% 3,85%

848-922 3S3-L 8 886,96 0,00% 0,43%

922-996 3M6 5 979,56 0,04% 0,20%

996-1070 3S3-L 10 1058,3 0,01% 0,02%

1070-1145 3S3-L 11 1144,02 2,00% 0,01%

SOMA - - - 100,00% -

56

Figura 4.3- Histograma de variação de momentos fletores para ponte de vãos contínuos

de 10m de comprimento

Os histogramas e os valores de cada intervalo de momentos dos demais vãos

podem ser vistos no Apêndice F. Abaixo estão apresentados resumidamente os valores

da variação de momento fletor correspondentes à máxima variação de tensão nas barras

de aço de pontes de concreto armado e sua probabilidade de excedência.

Tabela 4.8 – Variação de momentos fletores correspondentes à máxima variação de

tensão de pontes de vãos contínuos

Vão (m) Classe de

veículo Faixa de peso Momento (kN.m)

Probabilidade de

Excedência

10 3M6 5 979,57 0,20%

15 2S3-L 11 1238,31 0,03%

20 3S3-L 11 1773,72 0,03%

25 3S3-L 11 2339,61 0,03%

Os valores da máxima variação dos momentos fletores registrados pelos veículos

da base de dados, assim como a classes de veículos e a faixa de peso correspondente em

função do comprimento dos vãos é mostrada na Tabela 4.9.

9,5

9%

17

,65

%

18

,77

%

15

,43

%

11

,17

%

1,7

7%

2,4

1%

4,5

2%

7,1

2%

7,7

8%

3,3

6%

0,2

4%

0,1

8%

0,0

15

%

0,0

05

%

0,00%

2,00%

4,00%

6,00%

8,00%

10,00%

12,00%

14,00%

16,00%

18,00%

20,00%

Frequência

57

Tabela 4.9- Variação máxima de momento fletor para ponte de vãos contínuos

registrado na base de dados

Vão (m) Classe de

veículo Faixa de peso

Momento

Máximo (kN.m)

10 3S3-L 11 1144,02

15 3S3-C 11 1303,90

20 3M6 6 1825,58

25 3M6 6 2360,08

A seguir são mostrados os valores os fatores redutores que devem ser

empregados a fim de que o momento causado pela carga móvel correspondente ao

veiculo tipo de classe 45 seja equivalente ao momento responsável pela variação de

tensão máxima segundo a definição de SANPOELESI e CROCE (2005).

O fator de ajuste para os momentos máximos nas pontes de vãos contínuos, da

mesma forma que o fator para pontes biapoiadas possui seu pico em pontes de trechos

de10m de comprimento.

Figura 4.4- Fator redutor das cargas móveis para análise de fadiga das armaduras em

pontes de vãos contínuos

0,40

0,45

0,50

0,55

0,60

0,65

0,70

0,75

0,80

0,85

0 5 10 15 20 25 30 35 40 45

Fato

r R

ed

uto

r

Vão (m)

Vãos Contínuos Biapoiada

58

Para o caso da variação de momentos fletores a variação é maior que o caso dos

momentos de pontes biapoiadas, variando entre 0,40 e 0,70, embora para vãos a partir

de 20m permaneça inferior aos 50% utilizados na norma.

A aproximação que melhor se encaixa nos resultados para pontes de vãos

contínuos é a equação linear (4.2)

(4.2)

Pode-se concluir que a redução de 50% estipulada pela norma não garante o

tempo de vida da estrutura muito superior ao estipulado em projeto para pontes de três

vãos contínuos com trechos superiores a 20m. Além disso, o fator também sofre uma

pequena influência em relação ao sistema estrutural e da seção em análise.

59

5 EXEMPLO NÚMÉRICO

Para exemplificar o dimensionamento da vida útil à fadiga em vigas de pontes

rodoviárias, o método simplificado do tempo de vida útil ilimitado à fadiga com o fator

de redução percentual de carga móvel corrigido é aplicado neste exemplo numérico. O

modelo estrutural adotado é uma ponte de concreto armado com extensão total de 45m,

constituída por 3 vãos contínuos de 15m.

5.1 Definição de Parâmetros

A superestrutura é composta por duas longarinas, constituindo uma seção

transversal do tipo TT semelhante à mostrada na Figura 3.1. As dimensões adotadas

estão listadas na tabela

Tabela 5.1- Dimensões da seção transversal do exemplo numérico

Vão (m) h (cm) bw (cm) d (cm) Área total seção(m²)

15 200,0 50 190,0 5,76

O peso especifico adotado para o concreto foi γconcreto = 25kN/m³ e para o

pavimento asfáltico γpav = 24kN/m³. A resistência característica do concreto considerada

é

Os coeficientes de segurança segundo as referências normativas devem ser os

seguintes:

γf =1,5 para as ações devidas a carregamentos móveis;

γf =1,35 para as ações permanentes;

γc =1,4 para a minoração da resistência do concreto;

γs =1,15 para a minoração da resistência do aço.

60

5.2 Carregamento Permanente

Peso Próprio

O peso próprio da estrutura depende das dimensões da seção transversal. Com o

cálculo da área e considerando-se o peso especifico do concreto como 25kN/m³ é

possível calcular a carga por metro para cada perfil de ponte.

Para determinar a carga de peso próprio por unidade de comprimento, basta

fazer o produto entre a área da seção e o peso específico do concreto.

(5.1)

Barreiras Laterais

As barreiras laterais de proteção consideradas são do tipo “New Jersey” com

medidas indicadas pelo DNER. Um detalhe com as medidas encontra-se na figura

abaixo.

Figura 5.1- Dimensões e peso do guarda rodas

Esta carga de peso próprio é constante ao longo de todo o comprimento da

ponte, visto que a seção da barreira não se altera.

61

Pavimento

Para a pavimentação foi considerado uma espessura de 7 cm. É previsto ainda

em norma uma carga de 2kN/m² de repavimentação.

Para o caso de vigas contínuas com vãos iguais os momentos máximos e

mínimos são calculados segundo MONTOYA (1976), como mostrado na Figura 5.2. O

peso de cada elemento e o momento fletor gerado são mostrados na Tabela 5.2.

Figura 5.2 – Momentos máximos positivos e negativos para viga de três vãos contínuos

Tabela 5.2 – Cargas permanentes e momento fletor correspondente

Elemento Carga Distribuída (kN) Momento (kN.m)

Seção TT 144 -3240

Pavimentação 20,16 -453,6

Repavimentação 24,00 -540,0

Guarda rodas 11,6 -261,0

Total 199,76

-4494,6 (metade para cada viga)

5.3 Cálculo das Cargas Móveis

As cargas móveis utilizadas para as análises estáticas se referem ao trem tipo de

classe 45. O coeficiente de impacto foi determinado de acordo com a NBR 7187.

(5.2)

As cargas concentradas e distribuídas, componente do trem tipo longitudinal e o

momento fletor total gerado são mostrados na Tabela 5.3.

Tabela 5.3 – Cargas e momentos fletores para na seção do apoio intermediário

Cargas Momentos (kN.m)

Concentradas

por eixo (kN)

Distribuída

(kN/m) Máximo Mínimo

175,56 42,16 354,6 -1892,6

62

5.4 Combinação de Cargas

O momento Md para a seção do apoio intermediário é calculado segundo a

combinação de cargas permanentes e móveis.

kNm

354,6 kNm

-1892,6 kNm

5.4.1 Cálculo da área de armaduras

As propriedades da seção foram definidas na Tabela 5.1.

A Figura 5.3 apresenta a distribuição na viga de 12 barras de 32mm de diâmetro

que equivale a 96,5cm².

63

Figura 5.3- Disposição geométrica das barras da armadura principal

5.4.2 Verificação da Armadura à Fadiga

Sendo os cálculos feitos para o estado limite de serviço. As combinações são

dadas pela equação (2.13). O valor para o fator redutor é estimado segundo a

equação (4.1).

Logo os momentos considerados para o cálculo de tensão na armadura será:

A relação n entre os módulos de elasticidade do aço e do concreto será considerada

igual a 8,05.

n = s

c=

210000

0, 5 5 00 fc

210000

0, 5 5 00 = 8,05

Posição da linha neutra, calculada segundo a equação (2.12): x = 0,62m

Momento de inércia da seção fissurada calculada segundo a equação (2.11):

As tensões nas barras de aço serão calculadas pela equação (2.9).

64

Por fim, o coeficiente de fadiga para as barras de aço será:

Considerando-se barras de32 mm e recorrendo à Tabela 2.2 temos como valor

admissível .

Logo, o valor para a área de armadura calculada pelo dimensionamento à flexão

não deverá ser majorada, ou seja:

Indicando que a vida útil à fadiga é muito superior à 100 anos.

Observa-se que o critério de fadiga não é determinante para o dimensionamento

das armaduras de flexão em longarinas.

65

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Neste trabalho foi abordada a verificação à fadiga de estruturas de concreto

armado de pontes rodoviárias pelo método do tempo de vida ilimitado segundo o qual a

vida útil à fadiga é ilimitada se a máxima variação de tensões não exceder o limite de

fadiga para amplitude constante.

O cálculo da máxima variação de tensão é feito com a aplicação do

carregamento móvel da NBR-7188 afetado por um fator redutor que, de acordo com a

NBR6118, vale 0,5 para vigas longitudinais de pontes rodoviárias. Uma avaliação

critica deste valor é feito neste trabalho adotando-se para a máxima variação de tensão

uma das duas metodologias as utilizadas no desenvolvimento do modelo de cargas

móveis FLM1 do eurocodigo1.

O fator redutor das cargas móveis foi estimado segundo as informações recentes

das bases de tráfego das rodovias brasileiras coletados no trabalho de ROSSIGALI

(2013). O modelo tem abrangência para pontes de concreto armado de comprimentos

entre 10 e 40m com sistema estrutural biapoiado e pontes de três vãos contínuos iguais,

com trechos variando entre 10 e 25m.

Com os resultados obtidos para o fator redutor conclui-se que:

O fator redutor é função do comprimento do vão;

Os resultados encontrados para com a definição 2 de máxima variação

de tensão são menores que aos valores encontrados por SANTOS (2013) com

base na definição 1 aplicada a pontes biapoiadas mistas aço-concreto;

Os fatores redutores para pontes biapoiadas e de três vãos contínuos, tem

em geral, valores superiores ao valor 0,5 recomendado pela NBR-6118,

demonstrando que a redução de 50% das solicitações é excessiva para

verificação de vida útil ilimitada à fadiga.

Embora o critério da NBR-6118 não seja compatível com o método da

vida útil ilimitada, em certos casos poderá ser adequado para uma verificação de

acordo com o método do dano equivalente (menos conservador).

66

6.1 Trabalhos Futuros

A determinação do fator redutor ideal das cargas móveis na verificação à fadiga

de ponte de concreto armado é complexa, envolvendo muitas variáveis, dentre as quais

algumas que não foram consideradas neste estudo. Assim sendo, algumas tarefas

adicionais para possíveis melhorias deste trabalho são propostas a seguir:

Testar a validação do fator redutor adotado pela NBR-6118 para a

verificação à fadiga segundo o método do dano equivalente;

Extrapolação dos dados do tráfego dos veículos reais para o tempo de

vida determinado em projeto, a fim de que se reproduza a tendência aumento de

peso dos veículos de carga que circulam pelas rodovias;

Considerações da taxa de crescimento anual do volume de tráfego, em

rodovias de trafego não saturado de veículos de carga;

Extensão para diferentes materiais, comprimentos, sistemas estruturais,

números de faixas de tráfego e classes de rodovia;

Análise do efeito gerado pela presença de mais de um veículo sobre a

ponte;

Consideração do efeito dinâmico da passagem dos veículos para os ciclos

de tensão.

Para pontes com maiores vãos do que os aqui considerados (L=40m;

biapoiadas; L=25m; três vãos contínuos) correlacionar os resultados de análises

de vida útil à fadiga apresentados neste trabalho com aqueles a serem obtidos de

análise dinâmica completa, levando em conta os efeitos da interação dinâmica

entre os veículos de carga mais frequentes, o pavimento e a estrutura.

67

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71

Apêndice A – Momentos Máximos no Meio do Vão - Sistema Biapoiado - Sem

Coeficiente de Impacto.

Tabela A. 1-Momentos máximos no meio do vão para sistema biapoiado sem coeficiente

de impacto

CLASSE DE

VEÍCULO

FAIXA DE

PESO

Momento máximo no meio do vao (kN.m) - Sem coeficiente de Impacto

Vão (m)

10 15 20 25 30 35 40

3C 1 255,7 429,8 606,2 782,6 959,0 1135,4 1311,8

3C 2 372,2 622,7 876,5 1130,3 1384,1 1637,8 1891,6

3C 3 488,6 815,7 1146,8 1478,0 1809,1 2140,2 2471,4

3C 4 605,0 1008,7 1417,2 1825,7 2234,2 2642,6 3051,1

3C 5 721,5 1201,6 1687,5 2173,3 2659,2 3145,1 3630,9

3C 6 837,9 1394,6 1957,8 2521,0 3084,2 3647,5 4210,7

3C 7 954,3 1587,5 2228,1 2868,7 3509,3 4149,9 4790,5

3C 8 1070,8 1780,5 2498,5 3216,4 3934,3 4652,3 5370,2

3C 9 1187,2 1973,5 2768,8 3564,1 4359,4 5154,7 5950,0

3C 10 1303,6 2166,4 3039,1 3911,8 4784,4 5657,1 6529,8

2C 1 148,5 247,9 350,9 453,8 556,8 659,7 762,7

2C 2 222,6 369,8 522,1 674,4 826,7 979,0 1131,3

2C 3 296,7 491,8 693,4 895,0 1096,6 1298,2 1499,9

2C 4 370,8 613,7 864,6 1115,6 1366,5 1617,5 1868,4

2C 5 444,9 735,6 1035,9 1336,2 1636,5 1936,7 2237,0

2C 6 519,0 857,5 1207,1 1556,7 1906,4 2256,0 2605,6

2C 7 593,1 979,4 1378,4 1777,3 2176,3 2575,3 2974,2

2C 8 667,2 1101,3 1549,6 1997,9 2446,2 2894,5 3342,8

2C 9 741,3 1223,2 1720,9 2218,5 2716,1 3213,8 3711,4

2S2 1 201,5 316,6 479,0 664,0 866,7 1069,5 1272,3

2S2 2 290,0 455,7 688,4 952,4 1238,6 1524,7 1810,9

2S2 3 378,6 594,9 897,8 1240,9 1610,4 1979,9 2349,4

2S2 4 467,1 734,1 1107,3 1529,3 1982,2 2435,1 2888,0

2S2 5 555,7 873,2 1316,7 1817,8 2354,0 2890,3 3426,6

2S2 6 644,3 1012,4 1526,1 2106,2 2725,9 3345,5 3965,1

2S2 7 732,8 1151,6 1735,5 2394,7 3097,7 3800,7 4503,7

2S2 8 821,4 1290,8 1945,0 2683,1 3469,5 4255,9 5042,3

2S2 9 910,0 1429,9 2154,4 2971,6 3841,3 4711,1 5580,8

2S2 10 998,5 1569,1 2363,8 3260,0 4213,2 5166,3 6119,4

2S2 11 1087,1 1708,3 2573,2 3548,5 4585,0 5621,5 6658,0

2CC 1 66,8 113,9 161,0 208,1 255,2 302,3 349,4

2CC 2 133,7 226,4 319,1 411,9 504,6 597,3 690,0

2CC 3 200,6 338,9 477,3 615,6 754,0 892,3 1030,7

72

CLASSE DE

VEÍCULO

FAIXA DE

PESO

Momento máximo no meio do vao (kN.m) - Sem coeficiente de Impacto

Vão (m)

10 15 20 25 30 35 40

2CC 4 267,4 451,4 635,4 819,4 1003,4 1187,3 1371,3

2CC 5 334,3 563,9 793,5 1023,1 1252,7 1482,4 1712,0

2CC 6 401,2 676,4 951,6 1226,9 1502,1 1777,4 2052,6

2CC 7 468,0 788,9 1109,8 1430,7 1751,5 2072,4 2393,3

2CC 8 534,9 901,4 1267,9 1634,4 2000,9 2367,4 2733,9

2S3-L 1 431,6 690,6 1033,0 1391,2 1752,3 2113,5 2474,7

2S3-L 2 586,7 938,7 1401,6 1881,2 2365,8 2850,4 3334,9

2S3-L 3 741,7 1186,8 1770,2 2371,3 2979,3 3587,2 4195,1

2S3-L 4 896,8 1434,8 2138,9 2861,4 3592,7 4324,0 5055,4

2S3-L 5 1051,8 1682,9 2507,5 3351,5 4206,2 5060,9 5915,6

2S3-L 6 1206,9 1931,0 2876,1 3841,5 4819,6 5797,7 6775,8

2S3-L 7 1361,9 2179,1 3244,8 4331,6 5433,1 6534,5 7636,0

2S3-L 8 1517,0 2427,1 3613,4 4821,7 6046,5 7271,4 8496,2

2S3-L 9 1672,0 2675,2 3982,0 5311,8 6660,0 8008,2 9356,4

2S3-L 10 1827,1 2923,3 4350,7 5801,8 7273,4 8745,0 10216,7

2S3-L 11 1982,1 3171,4 4719,3 6291,9 7886,9 9481,9 11076,9

2CB 1 69,0 121,8 184,0 246,2 308,4 370,6 432,7

2CB 2 207,1 365,4 552,0 738,5 925,1 1111,7 1298,2

2CB 3 358,9 633,4 956,8 1280,1 1603,5 1926,9 2250,3

2CB 4 463,9 818,5 1236,4 1654,3 2072,2 2490,1 2908,0

2CB 5 508,0 896,5 1354,2 1811,9 2269,6 2727,3 3185,0

2CB 6 534,3 942,8 1424,1 1905,4 2386,8 2868,1 3349,4

2CB 7 556,4 981,8 1483,0 1984,2 2485,5 2986,7 3487,9

2CB 8 604,7 1067,0 1611,8 2156,6 2701,3 3246,1 3790,8

2CB 9 676,5 1193,7 1803,1 2412,6 3022,0 3631,5 4240,9

2CB 10 731,7 1291,2 1950,3 2609,5 3268,7 3927,9 4587,1

3S3-L 1 468,5 770,8 1208,0 1654,7 2106,9 2559,1 3011,3

3S3-L 2 611,0 1004,4 1572,6 2150,8 2734,8 3318,8 3902,8

3S3-L 3 753,6 1238,1 1937,3 2647,0 3362,8 4078,6 4794,4

3S3-L 4 896,2 1471,8 2301,9 3143,2 3990,8 4838,3 5685,9

3S3-L 5 1038,7 1705,4 2666,6 3639,3 4618,7 5598,1 6577,5

3S3-L 6 1181,3 1939,1 3031,2 4135,5 5246,7 6357,8 7469,0

3S3-L 7 1323,8 2172,7 3395,9 4631,7 5874,6 7117,6 8360,5

3S3-L 8 1466,4 2406,4 3760,6 5127,8 6502,6 7877,3 9252,1

3S3-L 9 1608,9 2640,0 4125,2 5624,0 7130,5 8637,1 10143,6

3S3-L 10 1751,5 2873,7 4489,9 6120,2 7758,5 9396,8 11035,2

3S3-L 11 1894,0 3107,4 4854,5 6616,3 8386,4 10156,6 11926,7

3T4 1 388,2 752,2 1276,8 1815,8 2366,3 2916,9 3467,5

3T4 2 504,4 973,0 1651,5 2347,1 3055,6 3764,2 4472,8

3T4 3 620,6 1195,2 2026,3 2878,4 3745,0 4611,5 5478,1

3T4 4 736,8 1418,2 2401,0 3409,7 4434,3 5458,8 6483,4

3T4 5 853,0 1641,3 2775,8 3941,0 5123,6 6306,1 7488,7

73

CLASSE DE

VEÍCULO

FAIXA DE

PESO

Momento máximo no meio do vao (kN.m) - Sem coeficiente de Impacto

Vão (m)

10 15 20 25 30 35 40

3T4 6 969,2 1864,3 3150,5 4472,4 5812,9 7153,5 8494,0

3T4 7 1085,5 2087,3 3525,3 5003,7 6502,2 8000,8 9499,3

3T4 8 1201,7 2310,3 3900,1 5535,0 7191,5 8848,1 10504,6

2S1 1 139,4 209,1 352,5 501,3 650,1 798,9 947,7

2S1 2 192,0 288,0 479,0 681,1 883,2 1085,3 1287,5

2S1 3 244,6 366,9 605,4 860,8 1116,3 1371,8 1627,2

2S1 4 297,2 445,7 731,8 1040,6 1349,4 1658,2 1967,0

2S1 5 349,7 524,6 858,3 1220,4 1582,5 1944,6 2306,7

2S1 6 402,3 603,5 984,7 1400,2 1815,6 2231,1 2646,5

2S1 7 454,9 682,4 1111,1 1579,9 2048,7 2517,5 2986,3

2S1 8 507,5 761,2 1237,6 1759,7 2281,8 2803,9 3326,0

2S1 9 560,1 840,1 1364,0 1939,5 2514,9 3090,3 3665,8

2S1 10 612,7 919,0 1490,5 2119,2 2748,0 3376,8 4005,5

2S1 11 665,2 997,9 1616,9 2299,0 2981,1 3663,2 4345,3

2S3-C 1 414,1 739,2 1086,4 1433,9 1781,3 2128,7 2476,1

2S3-C 2 538,9 961,6 1410,1 1858,9 2307,6 2756,3 3205,0

2S3-C 3 663,8 1184,1 1733,8 2283,9 2833,9 3383,9 3933,9

2S3-C 4 788,7 1406,5 2057,5 2708,9 3360,2 4011,5 4662,8

2S3-C 5 913,5 1628,9 2381,2 3133,9 3886,5 4639,1 5391,7

2S3-C 6 1038,4 1851,3 2704,9 3558,9 4412,8 5266,7 6120,6

2S3-C 7 1163,3 2073,7 3028,6 3983,8 4939,1 5894,3 6849,5

2S3-C 8 1288,1 2296,2 3352,3 4408,8 5465,4 6521,9 7578,5

2S3-C 9 1413,0 2518,6 3676,0 4833,8 5991,7 7149,5 8307,4

2S3-C 10 1537,9 2741,0 3999,7 5258,8 6518,0 7777,1 9036,3

2S3-C 11 1662,7 2963,4 4323,4 5683,8 7044,3 8404,7 9765,2

2S3-C 12 1787,6 3185,9 4647,1 6108,8 7570,6 9032,3 10494,1

3CB 1 69,8 116,1 178,3 240,5 302,7 364,9 427,1

3CB 2 209,3 348,3 534,9 721,5 908,0 1094,6 1281,2

3CB 3 362,7 603,8 927,2 1250,6 1573,9 1897,3 2220,7

3CB 4 495,3 824,4 1266,0 1707,5 2149,0 2590,6 3032,1

3CB 5 571,3 951,0 1460,3 1969,6 2478,9 2988,3 3497,6

3CB 6 620,2 1032,3 1585,1 2138,0 2690,8 3243,7 3796,5

3CB 7 647,4 1077,6 1654,7 2231,8 2808,9 3386,0 3963,1

3CB 8 680,2 1132,1 1738,5 2344,8 2951,1 3557,4 4163,8

3CB 9 716,4 1192,5 1831,2 2469,8 3108,5 3747,2 4385,8

3CB 10 823,2 1370,2 2104,0 2837,8 3571,6 4305,4 5039,2

3CB 11 962,7 1602,4 2460,6 3318,8 4177,0 5035,2 5893,3

3BB 1 69,8 116,1 178,3 240,5 302,7 364,9 427,1

3BB 2 209,3 348,3 534,9 721,5 908,0 1094,6 1281,2

3BB 3 362,7 603,8 927,2 1250,6 1573,9 1897,3 2220,7

3BB 4 495,3 824,4 1266,0 1707,5 2149,0 2590,6 3032,1

3BB 5 571,3 951,0 1460,3 1969,6 2478,9 2988,3 3497,6

74

CLASSE DE

VEÍCULO

FAIXA DE

PESO

Momento máximo no meio do vao (kN.m) - Sem coeficiente de Impacto

Vão (m)

10 15 20 25 30 35 40

3BB 6 620,2 1032,3 1585,1 2138,0 2690,8 3243,7 3796,5

3BB 7 647,4 1077,6 1654,7 2231,8 2808,9 3386,0 3963,1

3BB 8 680,2 1132,1 1738,5 2344,8 2951,1 3557,4 4163,8

3BB 9 716,4 1192,5 1831,2 2469,8 3108,5 3747,2 4385,8

3BB 10 823,2 1370,2 2104,0 2837,8 3571,6 4305,4 5039,2

3BB 11 962,7 1602,4 2460,6 3318,8 4177,0 5035,2 5893,3

2I2 1 375,6 619,8 945,6 1306,1 1683,0 2059,9 2436,7

2I2 2 476,2 785,6 1196,5 1650,3 2123,2 2596,1 3069,0

2I2 3 576,8 951,5 1447,5 1994,4 2563,4 3132,4 3701,3

2I2 4 677,3 1117,4 1698,4 2338,6 3003,6 3668,6 4333,6

2I2 5 777,9 1283,3 1949,4 2682,7 3443,8 4204,8 4965,9

2I2 6 878,5 1449,1 2200,3 3026,9 3884,0 4741,1 5598,2

2I2 7 979,0 1615,0 2451,3 3371,0 4324,2 5277,3 6230,5

2I2 8 1079,6 1780,9 2702,2 3715,2 4764,4 5813,6 6862,8

3I3 1 471,0 813,3 1274,6 1797,9 2321,3 2844,6 3368,0

3I3 2 553,8 955,9 1496,1 2105,2 2716,8 3328,4 3939,9

3I3 3 636,6 1098,6 1718,4 2412,5 3112,3 3812,1 4511,9

3I3 4 719,5 1241,2 1940,6 2719,8 3507,8 4295,8 5083,8

3I3 5 802,3 1383,9 2162,9 3027,1 3903,4 4779,6 5655,8

3I3 6 885,1 1526,6 2385,2 3334,5 4298,9 5263,3 6227,7

3I3 7 968,0 1669,2 2607,5 3641,8 4694,4 5747,0 6799,7

3I3 8 1050,8 1811,9 2829,7 3949,1 5089,9 6230,8 7371,6

3I3 9 1133,6 1954,5 3052,0 4256,4 5485,4 6714,5 7943,6

3I3 10 1216,5 2097,2 3274,3 4563,7 5881,0 7198,3 8515,5

3I3 11 1299,3 2239,9 3496,5 4871,0 6276,5 7682,0 9087,5

3S3-C 1 634,2 1218,9 1821,6 2432,9 3044,2 3655,5 4266,9

3S3-C 2 745,6 1433,6 2141,6 2859,2 3576,8 4294,4 5012,0

3S3-C 3 856,9 1648,3 2461,7 3285,5 4109,4 4933,3 5757,1

3S3-C 4 968,2 1863,0 2781,7 3711,9 4642,0 5572,1 6502,2

3S3-C 5 1079,5 2077,8 3101,8 4138,2 5174,6 6211,0 7247,4

3S3-C 6 1190,9 2292,5 3421,9 4564,5 5707,2 6849,8 7992,5

3S3-C 7 1302,2 2507,2 3741,9 4990,8 6239,8 7488,7 8737,6

3S3-C 8 1413,5 2721,9 4062,0 5417,2 6772,4 8127,5 9482,7

3S3-C 9 1524,8 2936,7 4382,0 5843,5 7304,9 8766,4 10227,9

3S3-C 10 1636,2 3151,4 4702,1 6269,8 7837,5 9405,3 10973,0

2C2 1 193,4 391,7 669,0 958,1 1258,3 1558,6 1858,8

2C2 2 242,1 488,5 833,0 1191,0 1561,9 1932,8 2303,6

2C2 3 290,9 585,4 997,0 1424,0 1865,5 2307,0 2748,5

2C2 4 339,7 682,2 1161,0 1656,9 2169,0 2681,1 3193,3

2C2 5 388,4 779,0 1325,0 1889,8 2472,6 3055,3 3638,1

2C2 6 437,2 875,8 1489,0 2122,8 2776,1 3429,5 4082,9

2C2 7 485,9 972,6 1653,0 2355,7 3079,7 3803,7 4527,8

75

CLASSE DE

VEÍCULO

FAIXA DE

PESO

Momento máximo no meio do vao (kN.m) - Sem coeficiente de Impacto

Vão (m)

10 15 20 25 30 35 40

2C2 8 534,7 1069,5 1817,0 2588,6 3383,3 4177,9 4972,6

2C2 9 583,4 1166,3 1981,0 2821,5 3686,8 4552,1 5417,4

2C2 10 632,2 1263,1 2144,9 3054,5 3990,4 4926,3 5862,2

2C2 11 681,0 1359,9 2308,9 3287,4 4294,0 5300,5 6307,1

3T6 1 516,1 1041,0 1771,0 2647,9 3664,6 4701,4 5741,9

3T6 2 560,6 1130,9 1925,1 2877,8 3982,7 5108,4 6237,9

3T6 3 605,2 1220,9 2079,2 3107,8 4300,7 5515,3 6733,9

3T6 4 649,7 1310,8 2233,3 3337,8 4618,8 5922,3 7229,9

3T6 5 694,3 1400,7 2387,3 3567,8 4936,8 6329,2 7725,9

3T6 6 738,8 1490,6 2541,4 3797,7 5254,9 6736,2 8221,9

3T6 7 783,4 1580,5 2695,5 4027,7 5572,9 7143,1 8717,9

3T6 8 828,0 1670,4 2849,6 4257,7 5891,0 7550,1 9214,0

3T6 9 872,5 1760,4 3003,6 4487,7 6209,0 7957,0 9710,0

3T6 10 917,1 1850,3 3157,7 4717,6 6527,0 8364,0 10206,0

3T6 11 961,6 1940,2 3311,8 4947,6 6845,1 8770,9 10702,0

3S2 1 384,5 617,5 978,8 1376,3 1792,7 2209,0 2625,4

3S2 2 510,3 819,5 1297,9 1823,5 2370,8 2918,1 3465,4

3S2 3 636,1 1021,4 1616,9 2270,7 2949,0 3627,2 4305,5

3S2 4 761,9 1223,4 1935,9 2718,0 3527,2 4336,3 5145,5

3S2 5 887,7 1425,3 2254,9 3165,2 4105,3 5045,5 5985,6

3S2 6 1013,5 1627,2 2573,9 3612,4 4683,5 5754,6 6825,6

3S2 7 1139,3 1829,2 2892,9 4059,7 5261,7 6463,7 7665,7

3S2 8 1265,1 2031,1 3211,9 4506,9 5839,8 7172,8 8505,7

2I3 1 490,8 871,9 1337,0 1821,0 2315,4 2809,9 3304,3

2I3 2 601,8 1068,5 1637,2 2227,6 2830,0 3432,4 4034,7

2I3 3 712,8 1265,1 1937,5 2634,3 3344,6 4054,9 4765,2

2I3 4 823,8 1461,7 2237,7 3040,9 3859,1 4677,4 5495,6

2I3 5 934,8 1658,3 2537,9 3447,5 4373,7 5299,9 6226,1

2I3 6 1045,8 1854,9 2838,1 3854,1 4888,3 5922,4 6956,5

2I3 7 1156,8 2051,5 3138,4 4260,8 5402,8 6544,9 7687,0

2I3 8 1267,8 2248,1 3438,6 4667,4 5917,4 7167,4 8417,4

3C2 1 360,3 686,4 1039,4 1490,7 1951,0 2411,4 2871,8

3C2 2 453,5 862,8 1310,3 1875,9 2453,4 3030,9 3608,3

3C2 3 546,6 1039,3 1581,2 2262,4 2957,0 3651,6 4346,1

3C2 4 639,8 1215,7 1852,0 2648,9 3460,6 4272,3 5083,9

3C2 5 733,0 1392,1 2122,9 3035,4 3964,2 4893,0 5821,7

3C2 6 826,2 1568,6 2393,8 3421,9 4467,8 5513,7 6559,5

3C2 7 919,3 1745,0 2664,7 3808,4 4971,4 6134,4 7297,4

3C2 8 1012,5 1921,4 2935,6 4194,9 5475,0 6755,1 8035,2

2C3 1 525,3 912,4 1299,5 1704,6 2181,9 2685,0 3201,6

2C3 2 600,1 1041,7 1483,3 1945,1 2488,0 3059,6 3646,0

2C3 3 674,8 1171,0 1667,1 2185,7 2794,0 3434,1 4090,4

76

CLASSE DE

VEÍCULO

FAIXA DE

PESO

Momento máximo no meio do vao (kN.m) - Sem coeficiente de Impacto

Vão (m)

10 15 20 25 30 35 40

2C3 4 749,6 1300,2 1850,9 2426,2 3100,1 3808,6 4534,8

2C3 5 824,3 1429,5 2034,7 2666,7 3406,2 4183,1 4979,2

2C3 6 899,1 1558,8 2218,5 2907,3 3712,3 4557,6 5423,6

2C3 7 973,8 1688,1 2402,3 3147,8 4018,4 4932,1 5868,1

2C3 8 1048,6 1817,3 2586,1 3388,3 4324,5 5306,7 6312,5

2C3 9 1123,4 1946,6 2769,9 3628,8 4630,6 5681,2 6756,9

2C3 10 1198,1 2075,9 2953,7 3869,4 4936,7 6055,7 7201,3

2C3 11 1272,9 2205,2 3137,5 4109,9 5242,8 6430,2 7645,7

3C3 1 569,2 975,5 1381,9 1831,5 2433,1 3044,9 3672,3

3C3 2 672,1 1150,1 1628,1 2156,6 2863,0 3581,3 4316,2

3C3 3 775,0 1324,6 1874,3 2481,7 3292,9 4117,8 4960,1

3C3 4 877,9 1499,2 2120,4 2806,8 3722,7 4654,2 5604,0

3C3 5 980,8 1673,7 2366,6 3131,9 4152,6 5190,6 6247,9

3C3 6 1083,7 1848,2 2612,7 3457,1 4582,5 5727,0 6891,8

3C3 7 1186,6 2022,8 2858,9 3782,2 5012,4 6263,4 7535,7

3C3 8 1289,5 2197,3 3105,1 4107,3 5442,3 6799,8 8179,6

3C3 9 1392,4 2371,8 3351,2 4432,4 5872,2 7336,3 8823,5

3I1 1 1013,6 1661,4 2525,5 3485,8 4460,4 5435,1 6409,7

3I1 2 1084,3 1777,1 2700,9 3725,4 4766,3 5807,2 6848,1

3I1 3 1155,0 1892,8 2876,3 3965,0 5072,1 6179,3 7286,5

3I1 4 1225,7 2008,5 3051,8 4204,6 5378,0 6551,4 7724,9

3I1 5 1296,4 2124,2 3227,2 4444,2 5683,9 6923,5 8163,2

3I1 6 1367,1 2239,9 3402,6 4683,8 5989,7 7295,7 8601,6

3I1 7 1437,8 2355,5 3578,1 4923,3 6295,6 7667,8 9040,0

3I1 8 1508,5 2471,2 3753,5 5162,9 6601,4 8039,9 9478,4

3S1 1 504,7 827,7 1192,3 1556,8 1921,4 2285,9 2650,4

3S1 2 581,8 953,2 1370,6 1788,0 2205,4 2622,9 3040,3

3S1 3 659,0 1078,6 1548,9 2019,2 2489,5 2959,8 3430,1

3S1 4 736,2 1204,0 1727,2 2250,4 2773,6 3296,8 3820,0

3S1 5 813,3 1329,5 1905,5 2481,6 3057,7 3633,7 4209,8

3S1 6 890,5 1454,9 2083,9 2712,8 3341,8 3970,7 4599,6

3S1 7 967,7 1580,4 2262,2 2944,0 3625,8 4307,7 4989,5

3M6 1 1296,1 2123,7 3456,5 4854,7 6332,6 7987,7 9642,8

3M6 2 1350,8 2213,2 3601,7 5058,3 6593,4 8316,0 10038,7

3M6 3 1405,5 2302,6 3746,9 5261,9 6854,1 8644,3 10434,5

3M6 4 1460,2 2392,1 3892,1 5465,5 7114,9 8972,7 10830,4

3M6 5 1514,9 2481,6 4037,3 5669,1 7375,7 9301,0 11226,2

3M6 6 1569,6 2571,0 4182,5 5872,7 7636,5 9629,3 11622,1

3D4 1 384,6 746,9 1269,8 1808,4 2358,9 2909,5 3460,1

3D4 2 499,7 967,5 1642,5 2337,6 3046,2 3754,7 4463,3

3D4 3 614,9 1189,5 2015,2 2866,8 3733,4 4599,9 5466,5

3D4 4 730,0 1411,4 2387,9 3396,0 4420,6 5445,2 6469,7

77

CLASSE DE

VEÍCULO

FAIXA DE

PESO

Momento máximo no meio do vao (kN.m) - Sem coeficiente de Impacto

Vão (m)

10 15 20 25 30 35 40

3D4 5 845,2 1633,4 2760,6 3925,3 5107,8 6290,4 7472,9

3D4 6 960,3 1855,3 3133,3 4454,5 5795,0 7135,6 8476,1

3D4 7 1075,4 2077,3 3506,1 4983,7 6482,3 7980,8 9479,3

3D4 8 1190,6 2299,2 3878,8 5513,0 7169,5 8826,0 10482,6

2I1 1 716,4 1213,8 1867,6 2541,8 3216,0 3890,2 4564,4

2I1 2 819,1 1387,8 2134,4 2903,3 3672,1 4441,0 5209,9

2I1 3 921,8 1561,8 2401,2 3264,7 4128,3 4991,8 5855,4

2I1 4 1024,5 1735,8 2667,9 3626,2 4584,4 5542,6 6500,8

2I1 5 1127,1 1909,8 2934,7 3987,6 5040,5 6093,4 7146,3

2I1 6 1229,8 2083,9 3201,4 4349,0 5496,6 6644,2 7791,8

2I1 7 1332,5 2257,9 3468,2 4710,5 5952,7 7195,0 8437,3

2I1 8 1435,2 2431,9 3735,0 5071,9 6408,9 7745,8 9082,8

4C 1 493,1 802,9 1130,1 1457,4 1784,7 2112,0 2439,2

4C 2 584,0 950,3 1336,2 1722,1 2107,9 2493,8 2879,7

4C 3 674,9 1097,7 1542,2 1986,7 2431,2 2875,6 3320,1

4C 4 765,8 1245,2 1748,3 2251,3 2754,4 3257,5 3760,6

4C 5 856,7 1392,6 1954,3 2516,0 3077,6 3639,3 4201,0

4C 6 947,6 1540,1 2160,3 2780,6 3400,9 4021,2 4641,4

4C 7 1038,5 1687,5 2366,4 3045,2 3724,1 4403,0 5081,9

4C 8 1129,5 1834,9 2572,4 3309,9 4047,4 4784,8 5522,3

4C 9 1220,4 1982,4 2778,4 3574,5 4370,6 5166,7 5962,8

3I2 1 435,2 708,5 1056,0 1529,4 2002,9 2476,3 2949,7

3I2 2 542,8 882,0 1313,6 1901,1 2488,6 3076,1 3663,6

3I2 3 650,4 1055,5 1571,2 2272,8 2974,3 3675,9 4377,4

3I2 4 758,0 1229,0 1828,9 2644,5 3460,1 4275,6 5091,2

3I2 5 865,6 1402,5 2086,5 3016,1 3945,8 4875,4 5805,1

3I2 6 973,1 1576,0 2344,1 3387,8 4431,5 5475,2 6518,9

78

Apêndice B – Macro para Cálculo do Momento Fletor Máximo e Mínimo –

Sistema de Vãos Contínuos – Seção do Apoio

Private Sub CommandButton1_Click()

Set eixo = Worksheets("Distâncias entre eixos")

Set plpeso = Worksheets("Peso por eixo")

Set output = Worksheets("Máximo Momento")

For t = 2 To 271

vao = output.Cells(1, 11).Value

cat = output.Cells(t, 1).Value

num = output.Cells(t, 2).Value

Dim peso(9) As Double

Dim dist(9) As Double

Dim y(9, 90000) As Double

Dim Momento(90000) As Double

Dim Result(90000) As Double

Dim Resultmin(90000) As Double

For i = 0 To 90000

Momento(i) = 0

Next i

Set plan = plpeso

For j = 2 To 280 'cria vetor com pesos por eixo

If plan.Cells(j, 1).Value = cat And plan.Cells(j, 2).Value = num Then

peso(1) = plan.Cells(j, 3).Value

peso(2) = plan.Cells(j, 4).Value

peso(3) = plan.Cells(j, 5).Value

peso(4) = plan.Cells(j, 6).Value

79

peso(5) = plan.Cells(j, 7).Value

peso(6) = plan.Cells(j, 8).Value

peso(7) = plan.Cells(j, 9).Value

peso(8) = plan.Cells(j, 10).Value

peso(9) = plan.Cells(j, 11).Value

End If

Next j

Set plan = eixo

For j = 2 To 40 'cria vetor com as distâncias entre cada eixo

If plan.Cells(j, 1).Value = cat Then

If IsNumeric(plan.Cells(j, 4).Value) Then a = plan.Cells(j, 4).Value Else a = 0

If IsNumeric(plan.Cells(j, 5).Value) Then b = plan.Cells(j, 5).Value Else b = 0

If IsNumeric(plan.Cells(j, 6).Value) Then c = plan.Cells(j, 6).Value Else c = 0

If IsNumeric(plan.Cells(j, 7).Value) Then d = plan.Cells(j, 7).Value Else d = 0

If IsNumeric(plan.Cells(j, 8).Value) Then e = plan.Cells(j, 8).Value Else e = 0

If IsNumeric(plan.Cells(j, 9).Value) Then f = plan.Cells(j, 9).Value Else f = 0

If IsNumeric(plan.Cells(j, 10).Value) Then g = plan.Cells(j, 10).Value Else g =

0

If IsNumeric(plan.Cells(j, 11).Value) Then h = plan.Cells(j, 11).Value Else h =

0

End If

Next j

k = 1

For i = 0 To vao + a + b + c + d + e + f + g + h Step 0.1

dist(1) = i

dist(2) = dist(1) - a

dist(3) = dist(2) - b

dist(4) = dist(3) - c

dist(5) = dist(4) - d

dist(6) = dist(5) - e

dist(7) = dist(6) - f

80

dist(8) = dist(7) - g

dist(9) = dist(8) - h

For m = 1 To 9 'cria matriz com o momento em cada posição

If dist(m) >= 0 And dist(m) <= (vao / 3) Then

y(m, k) = peso(m) * (-((2 * (2*vao/3)*(vao/3-

dist(m))*dist(m)*(vao/3+dist(m)))/(vao/3*(3*vao/3)*(5*vao/3))))

ElseIf dist(m) >=(vao/3)And dist(m)<= (2 * vao / 3) Then

y(m,k)=peso(m)*(((2*(vao/3)^2+(vao/3)*(7*(vao/3)-

2*dist(m))+3*(vao/3)*((vao/3)-dist(m)))*((vao/3)-dist(m))*((vao/3)+(vao/3)-

dist(m)))/((vao/3)*(2*(vao/3)+(vao/3))*(2*(vao/3)+3*(vao/3))))

ElseIf dist(m) >= (2 * vao / 3) And dist(m) <= vao Then

y(m, k) = peso(m) * ((-((vao / 3) * ((vao / 3) + (vao / 3) - dist(m)) * (2

* (vao / 3) + (vao / 3) - dist(m)) * (3 * (vao / 3) + (vao / 3) - dist(m))) / ((vao / 3) * (2 *

(vao / 3) + (vao / 3)) * (2 * (vao / 3) + 3 * (vao / 3)))))

Else

y(m, k) = 0

End If

Momento(k) = Momento(k) + y(m, k)

Next m

k = k + 1

Next i

Mtotal = 0

Max = 0

For n = 1 To k 'encontra maior momento

If Momento(n) > Mtotal Then

Mtotal = Momento(n)

End If

Next n

81

Result(t) = Mtotal

Next t

For i = 2 To 271

output.Cells(i, 3).Value = Result(i)

Next i

Next i

Mtotalmin = 0

Max = 0

For n = 1 To k 'encontra menor momento

If Momento(n) < Mtotalmin Then

Mtotalmin = Momento(n)

End If

Next n

Resultmin(t) = Mtotalmin

Next t

For i = 2 To 271

output.Cells(i, 4).Value = Result(i)

Next i

End Sub

82

Apêndice C – Momentos Máximos e Mínimos no Apoio - Sistema de Vãos

Contínuos - Sem Coeficiente de Impacto.

Tabela C. 1- Momentos máximos e mínimos no apoio para sistema de vãos contínuos

sem coeficiente de impacto

Veículo 10m 15m 20m 25m

Classe Faixa

de peso Mom. Máx

Mom. Min

Mom. Máx

Mom. Min

Mom. Máx

Mom. Min

Mom. Máx

Mom. Min

3C 1 14,9 -66,3 24,8 -96,3 34,4 -135,8 43,7 -173,9

3C 2 21,7 -95,7 35,8 -139,2 49,5 -195,9 63,0 -250,6

3C 3 28,5 -125,1 46,9 -182,1 64,7 -255,9 82,3 -327,3

3C 4 35,2 -154,5 57,9 -225,1 79,9 -316,0 101,6 -404,0

3C 5 42,0 -183,9 68,9 -268,0 95,1 -376,1 120,9 -480,7

3C 6 48,8 -213,4 80,0 -310,9 110,3 -436,2 140,2 -557,4

3C 7 55,5 -242,8 91,0 -353,9 125,5 -496,3 159,4 -634,1

3C 8 62,3 -272,2 102,0 -396,8 140,7 -556,4 178,7 -710,8

3C 9 69,1 -301,6 113,1 -439,8 155,9 -616,5 198,0 -787,5

3C 10 75,8 -331,0 124,1 -482,7 171,1 -676,6 217,3 -864,3

2C 1 8,4 -36,7 14,3 -55,7 19,9 -78,8 25,4 -101,2

2C 2 12,4 -54,4 21,1 -82,6 29,5 -116,8 37,6 -149,8

2C 3 16,5 -72,2 28,0 -109,5 39,0 -154,7 49,8 -198,4

2C 4 20,6 -90,0 34,9 -136,4 48,6 -192,7 62,0 -247,0

2C 5 24,7 -107,8 41,8 -163,3 58,2 -230,6 74,2 -295,6

2C 6 28,8 -125,6 48,7 -190,2 67,8 -268,5 86,5 -344,2

2C 7 32,9 -143,4 55,6 -217,1 77,4 -306,5 98,7 -392,8

2C 8 37,0 -161,2 62,5 -244,0 86,9 -344,4 110,9 -441,4

2C 9 41,1 -179,0 69,4 -270,9 96,5 -382,4 123,1 -490,0

2S2 1 11,6 -69,9 19,2 -106,2 31,2 -128,0 43,4 -170,2

2S2 2 16,7 -99,6 27,6 -150,3 44,5 -180,9 61,6 -241,4

2S2 3 21,8 -129,3 35,9 -194,4 57,8 -233,9 79,9 -312,7

2S2 4 26,9 -159,0 44,3 -238,5 71,1 -286,8 98,1 -384,0

2S2 5 32,0 -188,7 52,6 -282,7 84,4 -339,7 116,4 -455,4

2S2 6 37,1 -218,3 61,0 -326,8 97,7 -392,6 134,6 -526,7

2S2 7 42,2 -248,0 69,4 -370,9 111,0 -445,5 152,8 -598,1

2S2 8 47,3 -277,7 77,7 -415,0 124,3 -498,5 171,1 -669,4

2S2 9 52,4 -307,4 86,1 -459,2 137,6 -551,4 189,3 -740,8

2S2 10 57,5 -337,1 94,4 -503,3 150,9 -604,3 207,6 -812,2

2S2 11 62,6 -366,8 102,8 -547,4 164,2 -657,2 225,8 -883,5

2CC 1 4,1 -16,2 6,8 -26,9 9,3 -37,1 11,8 -47,1

2CC 2 8,2 -32,0 13,4 -53,1 18,3 -73,1 23,2 -92,8

2CC 3 12,2 -47,8 19,9 -79,2 27,4 -109,2 34,7 -138,5

2CC 4 16,3 -63,6 26,5 -105,4 36,4 -145,2 46,1 -184,1

83

Veículo 10m 15m 20m 25m

Classe Faixa

de peso Mom. Máx

Mom. Min

Mom. Máx

Mom. Min

Mom. Máx

Mom. Min

Mom. Máx

Mom. Min

2CC 5 20,3 -79,4 33,1 -131,6 45,4 -181,2 57,5 -229,8

2CC 6 24,4 -95,2 39,7 -157,7 54,4 -217,2 69,0 -275,5

2CC 7 28,4 -111,0 46,3 -183,9 63,5 -253,2 80,4 -321,2

2CC 8 32,4 -126,8 52,8 -210,0 72,5 -289,3 91,8 -366,9

2S3-L 1 25,3 -131,0 42,8 -187,4 63,3 -246,4 83,6 -327,5

2S3-L 2 34,4 -176,6 58,1 -252,1 85,5 -333,0 112,7 -441,7

2S3-L 3 43,6 -222,2 73,3 -316,7 107,7 -419,6 141,8 -555,9

2S3-L 4 52,7 -267,8 88,6 -381,4 129,9 -506,2 170,9 -670,2

2S3-L 5 61,8 -313,4 103,8 -446,1 152,1 -592,7 200,0 -784,5

2S3-L 6 70,9 -359,0 119,1 -510,7 174,3 -679,3 229,0 -898,8

2S3-L 7 80,0 -404,6 134,3 -575,4 196,6 -765,9 258,1 -1013,1

2S3-L 8 89,1 -450,2 149,6 -640,0 218,8 -852,5 287,2 -1127,4

2S3-L 9 98,2 -495,8 164,8 -704,7 241,0 -939,1 316,3 -1241,8

2S3-L 10 107,3 -541,4 180,1 -769,4 263,2 -1025,7 345,4 -1356,1

2S3-L 11 116,4 -587,0 195,3 -834,0 285,5 -1112,3 374,5 -1470,4

2CB 1 4,2 -21,6 8,0 -31,8 11,6 -46,2 15,0 -59,9

2CB 2 12,6 -64,9 24,1 -95,5 34,8 -138,6 45,0 -179,8

2CB 3 21,9 -112,4 41,8 -165,6 60,3 -240,2 78,1 -311,6

2CB 4 28,3 -145,3 54,0 -214,0 77,9 -310,4 100,9 -402,7

2CB 5 31,0 -159,1 59,2 -234,4 85,3 -340,0 110,5 -441,1

2CB 6 32,6 -167,3 62,2 -246,5 89,7 -357,6 116,2 -463,8

2CB 7 33,9 -174,3 64,8 -256,7 93,4 -372,3 121,0 -483,0

2CB 8 36,8 -189,4 70,5 -279,0 101,6 -404,7 131,5 -525,0

2CB 9 41,2 -211,9 78,8 -312,1 113,6 -452,7 147,1 -587,3

2CB 10 44,6 -229,2 85,3 -337,6 122,9 -489,7 159,1 -635,2

3S3-L 1 27,5 -160,4 50,4 -224,2 77,1 -301,1 103,1 -406,7

3S3-L 2 35,9 -208,0 65,6 -289,9 100,1 -391,1 133,6 -527,2

3S3-L 3 44,3 -255,7 80,7 -355,7 123,1 -481,1 164,1 -647,8

3S3-L 4 52,6 -303,4 95,9 -421,4 146,1 -571,1 194,6 -768,3

3S3-L 5 61,0 -351,1 111,1 -487,2 169,1 -661,1 225,1 -888,9

3S3-L 6 69,4 -398,8 126,3 -552,9 192,1 -751,1 255,6 -1009,6

3S3-L 7 77,7 -446,4 141,5 -618,7 215,1 -841,2 286,1 -1130,2

3S3-L 8 86,1 -494,1 156,7 -684,4 238,1 -931,2 316,6 -1250,8

3S3-L 9 94,5 -541,8 171,8 -750,2 261,1 -1021,2 347,1 -1371,4

3S3-L 10 102,8 -589,5 187,0 -815,9 284,1 -1111,2 377,6 -1492,0

3S3-L 11 111,2 -637,2 202,2 -881,7 307,1 -1201,3 408,1 -1612,7

3T4 1 27,3 -162,3 50,0 -266,4 84,0 -333,4 117,4 -462,6

3T4 2 35,3 -209,5 64,8 -343,3 108,6 -430,0 151,5 -597,2

3T4 3 43,4 -256,7 79,5 -420,1 133,3 -526,8 185,6 -731,9

3T4 4 51,5 -303,9 94,2 -497,0 157,9 -623,6 219,8 -866,5

3T4 5 59,6 -351,1 108,9 -573,8 182,5 -720,5 253,9 -1001,2

3T4 6 67,7 -398,3 123,7 -650,7 207,1 -817,3 288,0 -1135,9

84

Veículo 10m 15m 20m 25m

Classe Faixa

de peso Mom. Máx

Mom. Min

Mom. Máx

Mom. Min

Mom. Máx

Mom. Min

Mom. Máx

Mom. Min

3T4 7 75,8 -445,5 138,4 -727,5 231,8 -914,2 322,2 -1270,6

3T4 8 83,9 -492,7 153,1 -804,4 256,4 -1011,0 356,3 -1405,4

2S1 1 7,2 -50,7 14,7 -72,0 24,1 -95,4 32,9 -131,1

2S1 2 9,9 -69,4 20,2 -97,8 32,9 -130,3 44,9 -178,6

2S1 3 12,6 -88,0 25,7 -123,6 41,8 -165,2 56,9 -226,2

2S1 4 15,2 -106,6 31,2 -149,5 50,6 -200,1 68,8 -273,8

2S1 5 17,9 -125,3 36,7 -175,3 59,5 -235,0 80,8 -321,4

2S1 6 20,6 -143,9 42,2 -201,2 68,3 -269,9 92,8 -368,9

2S1 7 23,3 -162,6 47,7 -227,0 77,1 -304,8 104,7 -416,5

2S1 8 26,0 -181,2 53,2 -252,8 86,0 -339,8 116,7 -464,1

2S1 9 28,7 -199,8 58,8 -278,7 94,8 -374,7 128,7 -511,7

2S1 10 31,4 -218,5 64,3 -304,5 103,7 -409,6 140,6 -559,3

2S1 11 34,1 -237,1 69,8 -330,3 112,5 -444,6 152,6 -606,9

2S3-C 1 26,8 -112,7 46,0 -183,7 65,4 -257,7 84,3 -334,7

2S3-C 2 34,8 -145,8 59,7 -238,3 84,8 -334,1 109,1 -433,3

2S3-C 3 42,9 -178,9 73,4 -292,9 104,1 -410,5 133,9 -531,9

2S3-C 4 50,9 -212,0 87,2 -347,5 123,5 -486,9 158,7 -630,6

2S3-C 5 59,0 -245,1 100,9 -402,1 142,8 -563,4 183,6 -729,2

2S3-C 6 67,1 -278,2 114,6 -456,7 162,1 -639,8 208,4 -827,8

2S3-C 7 75,1 -311,3 128,4 -511,3 181,5 -716,2 233,2 -926,5

2S3-C 8 83,2 -344,4 142,1 -566,0 200,8 -792,7 258,0 -1025,1

2S3-C 9 91,2 -377,5 155,8 -620,6 220,2 -869,1 282,8 -1123,8

2S3-C 10 99,3 -410,6 169,6 -675,2 239,5 -945,6 307,6 -1222,4

2S3-C 11 107,4 -443,7 183,3 -729,8 258,9 -1022,0 332,4 -1321,0

2S3-C 12 115,4 -476,8 197,0 -784,4 278,2 -1098,5 357,2 -1419,7

3CB 1 4,1 -23,1 7,4 -31,4 11,0 -43,2 14,5 -57,5

3CB 2 12,3 -69,4 22,1 -94,2 33,1 -129,5 43,6 -172,6

3CB 3 21,3 -120,3 38,2 -163,2 57,3 -224,4 75,5 -299,1

3CB 4 29,0 -164,3 52,2 -222,9 78,2 -306,4 103,2 -408,4

3CB 5 33,5 -189,5 60,2 -257,1 90,3 -353,5 119,0 -471,1

3CB 6 36,3 -205,7 65,3 -279,0 98,0 -383,7 129,2 -511,4

3CB 7 37,9 -214,7 68,2 -291,3 102,3 -400,5 134,8 -533,8

3CB 8 39,9 -225,6 71,7 -306,0 107,5 -420,8 141,7 -560,8

3CB 9 42,0 -237,6 75,5 -322,4 113,2 -443,2 149,2 -590,7

3CB 10 48,2 -273,0 86,7 -370,4 130,0 -509,3 171,4 -678,8

3CB 11 56,4 -319,3 101,4 -433,2 152,1 -595,6 200,5 -793,8

3BB 1 4,1 -23,1 7,4 -31,4 11,0 -43,2 14,5 -57,5

3BB 2 12,3 -69,4 22,1 -94,2 33,1 -129,5 43,6 -172,6

3BB 3 21,3 -120,3 38,2 -163,2 57,3 -224,4 75,5 -299,1

3BB 4 29,0 -164,3 52,2 -222,9 78,2 -306,4 103,2 -408,4

3BB 5 33,5 -189,5 60,2 -257,1 90,3 -353,5 119,0 -471,1

3BB 6 36,3 -205,7 65,3 -279,0 98,0 -383,7 129,2 -511,4

85

Veículo 10m 15m 20m 25m

Classe Faixa

de peso Mom. Máx

Mom. Min

Mom. Máx

Mom. Min

Mom. Máx

Mom. Min

Mom. Máx

Mom. Min

3BB 7 37,9 -214,7 68,2 -291,3 102,3 -400,5 134,8 -533,8

3BB 8 39,9 -225,6 71,7 -306,0 107,5 -420,8 141,7 -560,8

3BB 9 42,0 -237,6 75,5 -322,4 113,2 -443,2 149,2 -590,7

3BB 10 48,2 -273,0 86,7 -370,4 130,0 -509,3 171,4 -678,8

3BB 11 56,4 -319,3 101,4 -433,2 152,1 -595,6 200,5 -793,8

2I2 1 23,4 -129,8 37,6 -200,1 59,4 -244,7 81,8 -318,0

2I2 2 29,7 -163,5 47,6 -251,6 75,0 -307,7 103,0 -400,3

2I2 3 36,0 -197,2 57,6 -303,0 90,5 -370,7 124,2 -482,5

2I2 4 42,2 -230,9 67,6 -354,4 106,1 -433,6 145,3 -564,8

2I2 5 48,5 -264,6 77,6 -405,9 121,7 -496,6 166,5 -647,1

2I2 6 54,8 -298,3 87,6 -457,3 137,2 -559,6 187,7 -729,5

2I2 7 61,0 -332,0 97,5 -508,8 152,8 -622,6 208,9 -811,8

2I2 8 67,3 -365,8 107,5 -560,2 168,3 -685,6 230,1 -894,1

3I3 1 29,5 -169,9 53,0 -259,3 84,4 -330,7 115,3 -453,8

3I3 2 34,7 -199,0 62,1 -303,5 98,9 -387,4 135,0 -531,2

3I3 3 39,9 -228,2 71,3 -347,6 113,4 -444,1 154,7 -608,6

3I3 4 45,1 -257,3 80,5 -391,7 128,0 -500,8 174,4 -686,1

3I3 5 50,2 -286,4 89,7 -435,8 142,5 -557,5 194,0 -763,5

3I3 6 55,4 -315,5 98,9 -479,9 157,0 -614,1 213,7 -841,0

3I3 7 60,6 -344,7 108,0 -524,1 171,5 -670,8 233,4 -918,5

3I3 8 65,8 -373,8 117,2 -568,2 186,0 -727,5 253,1 -996,0

3I3 9 71,0 -402,9 126,4 -612,3 200,5 -784,2 272,8 -1073,5

3I3 10 76,2 -432,0 135,6 -656,4 215,1 -840,9 292,5 -1151,0

3I3 11 81,4 -461,2 144,8 -700,5 229,6 -897,5 312,1 -1228,5

3S3-C 1 42,9 -188,8 78,7 -314,5 113,6 -450,2 147,2 -586,1

3S3-C 2 50,4 -221,7 92,6 -369,8 133,5 -529,3 172,9 -688,6

3S3-C 3 58,0 -254,6 106,4 -425,1 153,4 -608,3 198,6 -791,2

3S3-C 4 65,5 -287,4 120,3 -480,4 173,3 -687,4 224,3 -893,7

3S3-C 5 73,1 -320,3 134,1 -535,7 193,2 -766,4 250,0 -996,2

3S3-C 6 80,6 -353,2 148,0 -590,9 213,0 -845,5 275,8 -1098,7

3S3-C 7 88,2 -386,1 161,9 -646,2 232,9 -924,6 301,5 -1201,2

3S3-C 8 95,7 -418,9 175,7 -701,5 252,8 -1003,6 327,2 -1303,7

3S3-C 9 103,3 -451,8 189,6 -756,8 272,7 -1082,7 352,9 -1406,3

3S3-C 10 110,8 -484,7 203,4 -812,1 292,6 -1161,8 378,6 -1508,8

2C2 1 14,3 -87,9 25,2 -148,7 43,0 -187,3 61,7 -242,4

2C2 2 17,8 -109,0 31,5 -184,0 53,5 -231,7 76,4 -300,3

2C2 3 21,4 -130,0 37,8 -219,3 63,9 -276,2 91,2 -358,2

2C2 4 25,0 -151,1 44,1 -254,6 74,4 -320,6 106,0 -416,1

2C2 5 28,5 -172,1 50,4 -289,9 84,8 -365,1 120,8 -474,0

2C2 6 32,1 -193,2 56,7 -325,1 95,3 -409,5 135,6 -532,0

2C2 7 35,7 -214,2 63,0 -360,4 105,7 -454,0 150,3 -589,9

2C2 8 39,2 -235,3 69,3 -395,7 116,2 -498,4 165,1 -647,9

86

Veículo 10m 15m 20m 25m

Classe Faixa

de peso Mom. Máx

Mom. Min

Mom. Máx

Mom. Min

Mom. Máx

Mom. Min

Mom. Máx

Mom. Min

2C2 9 42,8 -256,3 75,6 -431,0 126,7 -542,9 179,9 -705,9

2C2 10 46,3 -277,4 81,9 -466,2 137,1 -587,3 194,7 -763,8

2C2 11 49,9 -298,4 88,2 -501,5 147,6 -631,8 209,5 -821,8

3T6 1 29,1 -220,7 62,6 -407,5 116,1 -599,7 174,3 -774,7

3T6 2 31,7 -239,6 68,0 -442,7 126,2 -651,0 189,5 -841,1

3T6 3 34,3 -258,4 73,5 -478,0 136,3 -702,3 204,6 -907,6

3T6 4 36,9 -277,2 79,0 -513,3 146,4 -753,6 219,7 -974,1

3T6 5 39,5 -296,1 84,5 -548,6 156,6 -804,8 234,9 -1040,5

3T6 6 42,0 -314,9 89,9 -583,8 166,7 -856,1 250,0 -1107,0

3T6 7 44,6 -333,8 95,4 -619,1 176,8 -907,4 265,1 -1173,4

3T6 8 47,2 -352,6 100,9 -654,4 186,9 -958,6 280,3 -1239,9

3T6 9 49,8 -371,5 106,4 -689,6 197,1 -1009,9 295,4 -1306,4

3T6 10 52,3 -390,3 111,9 -724,9 207,2 -1061,2 310,5 -1372,8

3T6 11 54,9 -409,1 117,3 -760,2 217,3 -1112,4 325,7 -1439,3

3S2 1 22,2 -145,5 41,2 -209,6 66,8 -261,5 91,5 -362,6

3S2 2 29,4 -192,3 54,6 -275,9 88,2 -345,5 120,7 -478,0

3S2 3 36,6 -239,0 68,0 -342,2 109,7 -429,6 149,8 -593,6

3S2 4 43,9 -285,8 81,3 -408,6 131,1 -513,7 179,0 -709,1

3S2 5 51,1 -332,6 94,7 -474,9 152,6 -597,8 208,1 -824,6

3S2 6 58,4 -379,3 108,1 -541,2 174,0 -681,9 237,3 -940,2

3S2 7 65,6 -426,1 121,5 -607,5 195,5 -766,0 266,5 -1055,8

3S2 8 72,9 -472,9 134,8 -673,9 216,9 -850,2 295,6 -1171,3

2I3 1 30,8 -160,5 56,3 -240,6 84,9 -332,5 113,2 -445,5

2I3 2 37,7 -195,9 68,9 -293,5 103,7 -406,5 138,1 -543,9

2I3 3 44,7 -231,3 81,5 -346,4 122,6 -480,4 163,1 -642,2

2I3 4 51,6 -266,7 94,1 -399,3 141,4 -554,3 188,1 -740,6

2I3 5 58,6 -302,1 106,7 -452,1 160,2 -628,2 213,0 -839,0

2I3 6 65,6 -337,5 119,3 -505,0 179,1 -702,2 238,0 -937,4

2I3 7 72,5 -372,9 131,9 -557,9 197,9 -776,1 263,0 -1035,8

2I3 8 79,5 -408,3 144,5 -610,8 216,8 -850,0 287,9 -1134,2

3C2 1 17,6 -135,4 40,4 -207,9 69,8 -284,6 98,1 -394,3

3C2 2 22,2 -170,6 51,0 -261,0 87,8 -358,4 123,3 -495,7

3C2 3 26,8 -205,7 61,5 -314,1 105,9 -432,1 148,5 -597,2

3C2 4 31,4 -240,8 72,0 -367,2 124,0 -505,8 173,7 -698,7

3C2 5 36,0 -275,9 82,6 -420,4 142,1 -579,6 198,9 -800,3

3C2 6 40,6 -311,0 93,1 -473,5 160,1 -653,4 224,1 -901,8

3C2 7 45,3 -346,1 103,6 -526,6 178,2 -727,1 249,4 -1003,3

3C2 8 49,9 -381,3 114,2 -579,7 196,3 -800,9 274,6 -1104,9

2C3 1 32,4 -144,1 54,4 -273,2 77,1 -365,8 105,7 -436,5

2C3 2 37,0 -164,0 62,1 -310,4 87,9 -415,8 120,4 -496,5

2C3 3 41,6 -183,9 69,8 -347,7 98,7 -465,8 135,0 -556,5

2C3 4 46,2 -203,8 77,5 -385,0 109,5 -515,9 149,7 -616,6

87

Veículo 10m 15m 20m 25m

Classe Faixa

de peso Mom. Máx

Mom. Min

Mom. Máx

Mom. Min

Mom. Máx

Mom. Min

Mom. Máx

Mom. Min

2C3 5 50,8 -223,7 85,2 -422,2 120,3 -565,9 164,3 -676,6

2C3 6 55,4 -243,6 92,9 -459,5 131,1 -616,0 178,9 -736,7

2C3 7 60,0 -263,5 100,5 -496,8 142,0 -666,0 193,6 -796,7

2C3 8 64,5 -283,4 108,2 -534,0 152,8 -716,0 208,2 -856,8

2C3 9 69,1 -303,3 115,9 -571,3 163,6 -766,1 222,9 -916,8

2C3 10 73,7 -323,2 123,6 -608,6 174,4 -816,1 237,5 -976,9

2C3 11 78,3 -343,2 131,3 -645,8 185,2 -866,2 252,2 -1036,9

3C3 1 34,1 -169,8 57,0 -324,8 84,9 -426,9 122,9 -498,9

3C3 2 40,2 -199,7 67,2 -381,2 99,7 -500,7 144,3 -585,1

3C3 3 46,3 -229,6 77,3 -437,7 114,5 -574,5 165,8 -671,2

3C3 4 52,5 -259,5 87,4 -494,1 129,4 -648,3 187,2 -757,3

3C3 5 58,6 -289,4 97,6 -550,5 144,2 -722,0 208,6 -843,4

3C3 6 64,7 -319,3 107,7 -606,9 159,0 -795,8 230,1 -929,6

3C3 7 70,8 -349,2 117,8 -663,4 173,9 -869,6 251,5 -1015,7

3C3 8 76,9 -379,1 128,0 -719,8 188,7 -943,4 273,0 -1101,8

3C3 9 83,0 -409,0 138,1 -776,2 203,6 -1017,1 294,4 -1187,9

3I1 1 60,7 -337,7 106,9 -490,7 164,6 -642,1 220,9 -868,9

3I1 2 65,0 -360,9 114,3 -524,3 176,0 -686,3 236,0 -928,5

3I1 3 69,2 -384,2 121,7 -557,8 187,3 -730,4 251,2 -988,2

3I1 4 73,4 -407,4 129,1 -591,3 198,7 -774,6 266,3 -1047,8

3I1 5 77,6 -430,6 136,5 -624,8 210,0 -818,8 281,5 -1107,5

3I1 6 81,9 -453,9 143,8 -658,4 221,3 -863,0 296,6 -1167,2

3I1 7 86,1 -477,1 151,2 -691,9 232,7 -907,1 311,7 -1226,9

3I1 8 90,3 -500,3 158,6 -725,4 244,0 -951,3 326,9 -1286,5

3S1 1 22,0 -116,5 45,8 -191,9 67,2 -273,7 87,5 -353,2

3S1 2 25,6 -134,3 52,7 -220,8 77,2 -314,2 100,4 -405,0

3S1 3 29,1 -152,1 59,6 -249,6 87,1 -354,7 113,2 -456,9

3S1 4 32,6 -169,9 66,5 -278,4 97,1 -395,1 126,1 -508,7

3S1 5 36,1 -187,8 73,4 -307,2 107,0 -435,6 138,9 -560,5

3S1 6 39,7 -205,6 80,3 -336,0 116,9 -476,0 151,8 -612,4

3S1 7 43,2 -223,4 87,2 -364,8 126,9 -516,5 164,6 -664,2

3M6 1 76,1 -472,3 145,2 -728,8 232,4 -1055,3 321,2 -1368,3

3M6 2 79,3 -492,2 151,3 -759,0 242,1 -1098,6 334,6 -1424,7

3M6 3 82,5 -512,1 157,4 -789,2 251,8 -1141,8 348,0 -1481,1

3M6 4 85,7 -532,0 163,5 -819,5 261,5 -1185,1 361,3 -1537,5

3M6 5 89,0 -551,9 169,6 -849,7 271,2 -1228,3 374,7 -1594,0

3M6 6 92,2 -571,7 175,6 -879,9 281,0 -1271,6 388,0 -1650,4

3D4 1 27,0 -161,3 49,6 -266,2 83,6 -333,8 117,1 -461,4

3D4 2 35,1 -208,2 64,2 -343,0 108,1 -429,9 151,1 -595,6

3D4 3 43,1 -255,1 78,8 -419,7 132,7 -526,1 185,1 -729,9

3D4 4 51,1 -302,0 93,4 -496,5 157,2 -622,3 219,2 -864,3

3D4 5 59,1 -348,9 108,1 -573,3 181,7 -718,5 253,2 -998,6

88

Veículo 10m 15m 20m 25m

Classe Faixa

de peso Mom. Máx

Mom. Min

Mom. Máx

Mom. Min

Mom. Máx

Mom. Min

Mom. Máx

Mom. Min

3D4 6 67,1 -395,8 122,7 -650,1 206,3 -814,6 287,3 -1133,0

3D4 7 75,2 -442,7 137,3 -726,8 230,8 -910,8 321,3 -1267,3

3D4 8 83,2 -489,7 152,0 -803,6 255,3 -1007,0 355,4 -1401,7

2I1 1 44,2 -231,7 79,0 -333,9 117,9 -459,4 156,1 -614,8

2I1 2 50,6 -264,4 90,3 -380,9 134,7 -524,8 178,2 -701,9

2I1 3 56,9 -297,2 101,6 -427,9 151,5 -590,3 200,3 -789,1

2I1 4 63,3 -329,9 112,9 -474,9 168,2 -655,8 222,4 -876,2

2I1 5 69,6 -362,7 124,3 -522,0 185,0 -721,3 244,5 -963,4

2I1 6 76,0 -395,4 135,6 -569,0 201,8 -786,7 266,6 -1050,5

2I1 7 82,3 -428,1 146,9 -616,0 218,5 -852,2 288,7 -1137,7

2I1 8 88,7 -460,9 158,2 -663,0 235,3 -917,7 310,8 -1224,8

4C 1 29,2 -124,2 46,6 -183,1 64,2 -254,1 81,6 -324,4

4C 2 34,6 -146,6 55,1 -216,6 75,9 -300,1 96,3 -382,9

4C 3 39,9 -169,0 63,6 -250,1 87,5 -346,2 111,0 -441,5

4C 4 45,3 -191,4 72,1 -283,7 99,1 -392,3 125,7 -500,0

4C 5 50,7 -213,9 80,6 -317,2 110,7 -438,4 140,4 -558,6

4C 6 56,1 -236,3 89,1 -350,8 122,3 -484,5 155,1 -617,1

4C 7 61,5 -258,7 97,6 -384,3 133,9 -530,6 169,8 -675,7

4C 8 66,9 -281,1 106,1 -417,8 145,6 -576,7 184,5 -734,2

4C 9 72,2 -303,5 114,6 -451,4 157,2 -622,8 199,2 -792,8

3I2 1 19,3 -151,7 37,4 -237,3 68,8 -287,7 98,5 -398,5

3I2 2 23,9 -188,7 46,5 -294,7 85,6 -357,0 122,4 -495,2

3I2 3 28,5 -225,7 55,6 -352,0 102,3 -426,3 146,2 -591,8

3I2 4 33,2 -262,7 64,7 -409,4 119,0 -495,5 170,1 -688,5

3I2 5 37,8 -299,7 73,8 -466,7 135,8 -564,8 193,9 -785,1

3I2 6 42,5 -336,7 82,9 -524,1 152,5 -634,1 217,8 -881,8

89

Apêndice D – Frequência de Momentos Fletores (Com Coeficiente de Impacto)

– Sistema Biapoiado

D1) Histograma

Figura D. 1- Histograma de momentos - ponte biapoiada com vão de 10m (

Figura D. 2- Histograma de momentos - ponte biapoiada com vão de 15m (

2,5

89

%

16

,83

9%

25

,35

1%

16

,24

7%

5,7

02

%

5,6

31

%

5,1

31

%

7,2

54

%

8,9

83

%

4,5

74

%

1,3

51

%

0,1

76

%

0,1

22

%

0,0

41

%

0,0

08

%

0,000%

5,000%

10,000%

15,000%

20,000%

25,000%

30,000%

Frequência

2,5

92

%

17

,58

8%

23

,55

2%

16

,56

2%

6,3

12

%

5,2

20

%

4,4

14

%

2,3

55

%

12

,15

9%

2,6

39

%

5,8

38

%

0,5

42

%

0,1

64

%

0,0

41

%

0,0

21

%

0,000%

5,000%

10,000%

15,000%

20,000%

25,000%

Frequência

90

Figura D. 3- Histograma de momentos - ponte biapoiada com vão de 20m(

Figura D. 4- Histograma de momentos - ponte biapoiada com vão de 25m (

2,5

47

%

16

,55

5%

24

,51

1%

17

,09

3%

8,8

03

%

5,1

05

%

1,6

59

%

1,7

64

%

5,8

83

%

9,5

93

%

5,6

45

%

0,5

95

%

0,1

86

%

0,0

41

%

0,0

21

%

0,000%

5,000%

10,000%

15,000%

20,000%

25,000%

30,000%

Frequência

8,0

38

%

11

,69

8%

27

,62

5%

16

,45

0%

5,8

45

%

4,9

50

%

1,8

23

%

1,6

26

%

6,4

09

%

9,6

66

%

4,3

84

%

1,2

07

%

0,2

20

%

0,0

45

%

0,0

12

%

0,000%

5,000%

10,000%

15,000%

20,000%

25,000%

30,000%

Freqüência

91

Figura D. 5- Histograma de momentos - ponte biapoiada com vão de 30m (

Figura D. 6- Histograma de momentos - ponte biapoiada com vão de35m (

8,0

38

%

11

,49

8%

27

,82

5%

16

,21

1%

5,9

08

%

4,9

62

%

1,8

77

%

1,7

04

%

6,3

77

%

5,8

58

%

7,7

31

%

1,6

48

%

0,3

13

%

0,0

43

%

0,0

08

%

0,000%

5,000%

10,000%

15,000%

20,000%

25,000%

30,000%

Freqüência

8,0

38

%

15

,51

6%

24

,03

4%

16

,03

3%

5,6

82

%

4,7

86

%

2,2

01

%

1,6

29

% 6,3

67

%

7,0

66

%

6,4

03

%

1,5

20

%

0,5

28

%

0,1

89

%

0,0

09

%

0,000%

5,000%

10,000%

15,000%

20,000%

25,000%

30,000%

Freqüência

92

Figura D. 7- Histograma de momentos ponte biapoiada com vão de 40m (

8,0

38

%

19

,23

9%

20

,31

9%

15

,84

1%

6,3

91

%

4,2

61

%

2,1

35

%

1,6

93

%

6,3

64

%

7,0

51

%

6,4

23

%

1,2

48

%

0,7

11

%

0,2

59

%

0,0

27

%

0,000%

5,000%

10,000%

15,000%

20,000%

25,000%

Frequência

93

D2) Frequências Relativas dos Momentos Fletores no Meio do Vão (Com Coeficiente

de Impacto)

Tabela D. 1- Frequência relativa de momentos no meio do vao- 10m (

Intervalo de momentos

Classe de veículo Faixa de

peso Momento

intermediário Probabilidade de

Ocorrência

50-149 2CC 2 102,03 2,589%

149-246 2S1 3 186,66 16,839%

246-344 3S2 1 293,41 25,351%

344-441 3S2 2 389,43 16,247%

441-539 3I3 3 485,88 5,702%

539-636 3S3-L 3 575,14 5,631%

636-734 3S3-L 4 683,94 5,131%

734-831 2I1 4 781,86 7,254%

831-929 3S3-L 6 901,53 8,983%

929-1026 3C3 8 984,14 4,574%

1026-1123 2S3-C 9 1078,40 1,351%

1123-1221 3S3-C 9 1163,75 0,176%

1221-1318 2S3-C 11 1268,99 0,122%

1318-1416 2S3-C 12 1364,29 0,041%

1416-1513 2S3-L 11 1512,72 0,008%

SOMA - - - 100,000%

Tabela D. 2 - Frequência relativa de momentos no meio do vao- 15m (

Intervalo de momentos

Classe de veículo Faixa de

peso Momento

intermediário Probabilidade de

Ocorrência

68-192 2S1 1 125,78 2,592%

192-315 3C 1 258,51 17,588%

315-439 2I2 1 372,79 23,552%

439-562 3S2 2 492,91 16,562%

562-685 3S2 3 614,38 6,312%

685-808 3T6 3 734,36 5,220%

808-931 3S2 5 857,33 4,414%

931-1055 3T4 5 987,23 2,355%

1055-1178 2I3 6 1115,74 12,159%

1178-1301 2C3 10 1248,66 2,639%

1301-1424 2I3 8 1352,25 5,838%

1424-1547 3I1 8 1486,46 0,542%

1547-1670 3S3-C 8 1637,27 0,164%

1670-1794 3S3-C 9 1766,43 0,041%

1794-1917 2S3-L 11 1907,60 0,021%

SOMA - - - 100,000%

94

Tabela D. 3- Frequência relativa de momentos no meio do vao-20m (

Intervalo de momentos

Classe de veículo Faixa de

peso Momento

intermediário Probabilidade de

Ocorrência

94-279 2CB 1 108,18 2,547%

279-463 2S1 3 355,93 16,555%

463-647 2CC 6 559,51 24,511%

647-831 3I3 1 749,38 17,093%

831-1015 3CB 6 931,96 8,803%

1015-1199 2I1 1 1098,06 5,105%

1199-1383 2S2 9 1266,65 1,659%

1383-1567 3BB 11 1446,68 1,764%

1567-1751 4C 9 1633,56 5,883%

1751-1935 2C3 11 1844,64 9,593%

1935-2119 3M6 1 2032,23 5,645%

2119-2303 3I1 8 2206,84 0,595%

2303-2487 3S3-C 8 2388,20 0,186%

2487-2671 3S3-C 9 2576,37 0,041%

2671-2855 2S3-L 11 2774,66 0,021%

SOMA - - - 100,000%

Tabela D. 4- Frequência relativa de momentos no meio do vao-25m (

Intervalo de momentos

Classe de veículo Faixa de

peso Momento

intermediário Probabilidade de

Ocorrência

120-368 2CC 2 238,42 8,038%

368-616 2CC 4 474,33 11,698%

616-863 2I2 1 756,10 27,625%

863-1110 2C 7 1028,89 16,450%

1110-1358 3C3 2 1248,44 5,845%

1358-1605 2I1 1 1471,45 4,950%

1605-1852 2S2 9 1720,24 1,823%

1852-2099 2C3 8 1961,47 1,626%

2099-2347 2I3 6 2231,14 6,409%

2347-2594 3T6 8 2464,76 9,666%

2594-2841 3I1 6 2711,40 4,384%

2841-3089 2I1 8 2936,10 1,207%

3089-3336 3T4 8 3204,18 0,220%

3336-3583 3M6 6 3399,69 0,045%

3583-3831 2S3-L 11 3642,35 0,012%

SOMA - - - 100,000%

95

Tabela D. 5- Frequência relativa de momentos no meio do vao- 30m (

Intervalo de momentos

Classe de veículo Faixa de

peso Momento

intermediário Probabilidade de

Ocorrência

146-458 2CC 2 289,8136 8,038%

458-770 3C 1 550,8309 11,498%

770-1081 2C 5 924,9602 27,825%

1081-1393 2C 7 1250,001 16,211%

1393-1704 2C 9 1560,07 5,908%

1704-2015 3I3 3 1787,631 4,962%

2015-2327 3T4 3 2151,001 1,877%

2327-2638 2C3 8 2483,877 1,704%

2638-2949 2I3 6 2807,682 6,377%

2949-3261 2S3-L 7 3120,607 5,858%

3261-3572 3I3 10 3377,857 7,731%

3572-2883 3T4 7 3734,693 1,648%

3883-4195 3M6 4 4086,611 0,313%

4195-4506 3M6 6 4386,174 0,043%

4506-4817 3S3-L 11 4816,937 0,008%

SOMA - - - 0,000%

Tabela D. 6- Frequência relativa de momentos no meio do vao- 35m (

Intervalo de momentos

Classe de veículo Faixa de

peso Momento

intermediário Probabilidade de

Ocorrência

170-543 2CC 2 337,67 8,038%

543-914 2CC 4 671,23 15,516%

914-1286 2S2 3 1119,29 24,034%

1286-1657 3C 4 1493,96 16,033%

1657-2028 2CB 8 1835,09 5,682%

2028-2400 2S2 7 2148,64 4,786%

2400-2771 3D4 3 2600,47 2,201%

2771-3143 3I3 6 2975,49 1,629%

3143-3514 3I1 2 3282,96 6,367%

3514-3885 2S3-L 7 3694,15 7,066%

3885-4257 3S2 8 4054,97 6,403%

4257-4628 3T6 9 4498,31 1,520%

4628-4999 3M6 3 4886,88 0,528%

4999-5371 3M6 5 5258,08 0,189%

5371-5742 3S3-L 11 5741,78 0,009%

SOMA - - - 100,000%

96

Tabela D. 7- Frequência relativa de momentos no meio do vao- 40m (

Intervalo de momentos

Classe de veículo Faixa de

peso Momento

intermediário Probabilidade de

Ocorrência

195-629 2CC 2 386,97 8,038%

629-1062 2CC 4 769,04 19,239%

1062-1495 2CC 7 1342,16 20,319%

1495-1928 2I2 2 1721,12 15,841%

1928-2361 3CB 6 2129,10 6,391%

2361-2793 3I3 3 2530,28 4,261%

2793-3226 2S3-C 5 3023,70 2,135%

3226-3659 2S3-C 6 3432,48 1,693%

3659-4092 3I1 2 3840,45 6,364%

4092-4525 2C3 11 4287,76 7,051%

4525-4958 3T4 6 4763,47 6,423%

4958-5391 3S3-L 8 5188,60 1,248%

5391-5823 3S3-L 9 5688,58 0,711%

5823-6256 3T6 11 6001,70 0,259%

6256-6689 3M6 6 6517,70 0,027%

SOMA - - - 100,000%

97

Apêndice E – Frequência da Variação de Momentos Fletores no apoio - Com

Coeficiente de Impacto – Sistema Vãos Contínuos

E1) Histograma

Figura E. 1 - Histograma de variação de momentos no apoio – vãos contínuos - 10m

(

Figura E. 2 - Histograma de variação de momentos no apoio – vãos contínuos - 15m

(

9,5

9%

17

,65

%

18

,77

%

15

,43

%

11

,17

%

1,7

7%

2,4

1%

4,5

2%

7,1

2%

7,7

8%

3,3

6%

0,2

4%

0,1

8%

0,0

15

%

0,0

05

%

0,00%

2,00%

4,00%

6,00%

8,00%

10,00%

12,00%

14,00%

16,00%

18,00%

20,00%

Frequência

9,5

9%

17

,61

%

18

,11

%

15

,75

%

9,7

9%

2,5

4%

2,6

5%

1,5

9%

6,2

7%

7,0

2%

6,0

9%

1,4

3%

1,3

1%

0,2

2%

0,0

30

%

0,00%

5,00%

10,00%

15,00%

20,00%

Freqüência

98

Figura E. 3- Histograma de variação de momentos no apoio – vãos contínuos -

20m(

Figura E. 4 Histograma de variação de momentos no apoio – vãos contínuos - 25m

(

9,5

9%

17

,89

%

20

,42

%

16

,22

%

9,5

0%

2,0

3%

1,6

7%

5,4

8%

5,0

2%

9,5

9%

1,4

6%

0,5

1%

0,4

1%

0,2

0%

0,0

27

%

0,00%

5,00%

10,00%

15,00%

20,00%

25,00%

Freqüência

9,5

9%

17

,69

%

18

,75

%

17

,78

%

8,9

5%

2,6

7%

1,8

1%

5,5

1%

1,7

9%

6,8

7%

6,3

9%

1,4

7%

0,5

0%

0,2

0%

0,0

27

%

0,00%

5,00%

10,00%

15,00%

20,00%

Frequência

99

E2) Frequências Relativas dos Intervalos de Histograma de Variação de Momentos no

apoio – Com Coeficiente de Impacto – Sistema de Vãos Contínuos.

Tabela E. 1 Frequência relativa de momentos– vãos contínuos - 10m (

Intervalo de momentos

Classe de veículo Faixa de

peso Momento

intermediário Probabilidade de

Ocorrência

18-71 2CC 2 61,45854 2,00%

71-124 2C 3 135,71 4,35%

124-176 2S2 3 230,9747 2,53%

176-228 2I3 1 292,4797 0,01%

228-280 3C3 2 366,7274 0,00%

280-333 2I3 3 421,953 0,01%

333-385 3I3 5 514,6343 0,02%

385-437 2S3-C 7 590,7155 0,63%

437-490 3C2 8 659,0332 0,00%

490-542 3I3 9 724,4272 0,27%

542-594 3S3-L 7 801,2851 1,50%

594-646 3S3-L 8 886,9689 0,06%

646-699 3M6 5 979,5685 0,02%

699-751 3S3-L 10 1058,337 0,01%

751-803 3S3-L 11 1144,02 0,01%

SOMA - - - 100,000%

Tabela E. 2 - Frequência relativa de momentos – vãos contínuos - 15m (

Intervalo de momentos

Classe de veículo Faixa de

peso Momento

intermediário Probabilidade de

Ocorrência

24-80 2CC 2 79,94 2,00%

80-134 2CC 4 158,70 2,61%

134-189 3C 3 275,46 3,84%

189-244 3C 4 340,39 3,12%

244-299 2CB 8 420,40 0,03%

299-354 3S1 6 500,84 0,00%

354-409 2S2 8 592,79 0,41%

409-464 3C 9 665,11 0,00%

464-519 3C2 7 758,18 0,00%

519-573 2I3 7 829,90 0,09%

573-628 3T4 6 931,51 3,60%

628-683 2S3-C 10 1016,28 0,05%

683-738 3M6 2 1095,13 0,01%

738-793 3T4 8 1151,83 0,05%

793-848 2S3-L 11 1238,31 0,003%

SOMA - - - 100,000%

100

Tabela E. 3 - Frequência relativa de momentos – vãos contínuos - 20m (

Intervalo de momentos

Classe de veículo Faixa de

peso Momento

intermediário Probabilidade de

Ocorrência

32-109 2CC 2 107,56 2,00%

109-184 2C 3 227,84 4,35%

184-260 2S3-L 1 364,10 0,27%

260-335 2I3 1 490,86 0,01%

335-411 2C2 6 593,62 0,08%

411-486 4C 6 713,53 0,01%

486-562 3I3 5 823,05 0,02%

562-637 3I2 6 924,91 0,04%

637-712 3T6 4 1058,29 0,01%

712-788 2I1 6 1162,35 0,03%

788-863 3T6 7 1274,86 0,05%

863-939 2S3-C 10 1393,54 0,05%

939-1014 3S3-L 9 1507,89 0,04%

1014-1090 3S3-L 10 1640,80 0,01%

1090-1165 3S3-L 11 1773,71 0,01%

SOMA - - - 100,000%

Tabela E. 4 - Frequência relativa de momentos – vãos contínuos - 25m (

Intervalo de momentos

Classe de veículo Faixa de

peso Momento

intermediário Probabilidade de

Ocorrência

40-136 2CC 2 134,32 2,00%

136-231 2C 3 287,34 4,35%

231-326 2CC 7 464,95 0,02%

326-420 2C2 4 604,48 0,89%

420-515 2CB 8 760,03 0,03%

515-610 2I1 1 892,53 0,00%

610-704 2I2 6 1061,87 0,10%

704-799 2S3-C 6 1199,70 0,14%

799-894 3I1 2 1348,29 0,01%

894-989 2C3 11 1492,48 0,00%

989-1083 3T4 6 1648,63 3,60%

1083-1178 3S3-L 8 1814,70 0,06%

1178-1273 3D4 8 2034,31 0,00%

1273-1367 3S3-L 10 2164,62 0,01%

1367-1462 3S3-L 11 2339,61 0,01%

SOMA - - - 100,000%