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CIRURGIA DE COLUNA
Dr. Afonso RuanoEnf. Elisabete BarreiraE.E Sónia Mendes
A vertebroplastia percutânea é um procedimento
minimamente invasivo que consiste na injecção de cimento
ósseo directamente no corpo das vértebras com lesões
provocadas por osteoporose ou tumores, com o objectivo
de reduzir a dor e fortalecer a estrutura óssea.
Vertebroplastia
Fracturas vertebrais decorrentes de Osteoporose;
Metástases ( osteolíticas );
Mieloma;
Hemangioma agressivo;
Alívio da dor grave e incapacitante da coluna vertebral.
Vertebroplastia- Quando?
Sob anestesia local ou geral, uma agulha especial é
cuidadosamente inserida através do tecido macio das
costas.
Uma pequena quantidade de cimento ortopédico,
chamado de polimetilmetacrílico (PMMA), é empurrado
através da agulha para o corpo vertebral.
Como é feita a Vertebroplastia
O cimento é como uma pasta espessa quando é injectado,
mas endurece rapidamente.
Normalmente é injectado em ambos os lados, direito e
esquerdo, do corpo vertebral, quase no meio da coluna.
Vertebroplastia- continuação
Vertebroplastia- Procedimento
Colocação da CânulaCimento injectado através da
cânula
Vertebroplastia- Procedimento
Cimento injectado no espaço de achatamento da vértebra
Vértebra com cimento endurecido
Não há limite de idade;
É feita com anestesia local e ligeira sedação;
Tempo de internamento mínimo;
O paciente pode andar no mesmo dia ;
Ferimento operatório mínimo;
Vantagens da Vertebroplastia
Não há necessidade de coletes;
Não altera a vida de pessoas de terceira idade;
A dor desaparece imediatamente em 80% dos casos;
Não requer repouso especial no pós operatório.
Vantagens da Vertebroplastia
A cifoplastia é um tratamento utilizado em situações de
fracturas osteoporóticas ou osteolíticas por compressão das
vertebras dorsais ou lombares devidas :
- Osteoporose primária;
- Osteoporose secundária;
- Metástases tumorais osteolíticas.
Cifoplastia
É também um procedimento minimamente invasivo
que permite:
Aliviar a dor até 90%;
Estabilizar a fractura;
Recuperar a altura vertebral;
Reduzir deformidades da coluna.
Cifoplastia
A cifoplastia é normalmente realizada com anestesia local.
O médico faz uma pequena incisão nas costas do paciente
e, então, com a ajuda de imagens de raio-x em tempo real
– um processo chamado fluoroscopia – leva um tubo fino
até a vértebra fracturada;
Cifoplastia- Como se faz?
Através desse tubo, o médico faz uma perfuração na parte
externa e dura do osso, até atingir seu centro, que é mais
macio. Assim, o médico constrói uma passagem estreita,
pela qual insere, no interior da vértebra, um pequeno balão
especial que é, em seguida, insuflado;
Cifoplastia – Como se faz?
Ao encher-se , o balão alavanca as porções do osso,
colocando-as de volta às suas posições originais. O
objectivo é fazer a vértebra retornar à sua forma natural;
O balão é, então, esvaziado e retirado, deixando em seu
lugar uma cavidade, que o médico preenche com cimento
ósseo de secagem rápida. O procedimento dura de 30 a 40
minutos.
Cifoplastia – Como se faz?
Cifoplastia - Procedimento
Curto período cirúrgico;
Anestesia local ou geral;
Tempo de internamento 1 dia ou menos;
As pacientes podem retornar rapidamente às suas
actividades diárias;
Não é necessária a utilização de gessos ou de aparelhos
ortopédicos.
Benefícios da Vertebroplastia e Cifoplastia
Compressão da medula espinal;
Compressão da raíz do nervo;
Embolismo venoso;
Embolismo pulmonar;
Novas fracturas das vértebras adjacentes.
Complicações da Vertebroplastia e Cifoplastia
― Cirurgia que fixa as vértebras da coluna, reduz a dor e
devolve a capacidade de movimentação. Consiste em
submeter duas ou mais vértebras a uma anquilose, ou seja
uma restrição do movimento da articulação, utilizando
algum método de fixação.
Artrodese da Coluna
Espondilolistese,
Discopatias dolorosas;
Hérnia discal recidivante;
Presença de lesão neurológica evolutiva;
Dor intratável;
Trauma ;
Tumores.
Recomendada em casos de:
Na artrodese da coluna é realizada uma fixação das
estruturas, com objectivo de trazer a anatomia da coluna
próximo do normal, mas isso é feito à custa da perda da
mobilidade de um ou mais segmentos, reduzindo o
movimento e originando consequências mecânicas no
processo de desgaste espinhal.
Artrodese
Para alguns casos em que se realizaria uma
artrodese, hoje existe a alternativa da artroplastia de
coluna, um tipo de cirurgia em que é feita a reconstrução
das estruturas da coluna com materiais que permitem a
manutenção do movimento, permitindo uma menor
limitação pós-operatória e um maior retardo no processo
degenerativo.
Artrodese- Artroplastia
As fracturas da coluna vertebral ou das vértebras
ocorrem em resultado de:
Quedas;
Acidentes de veículos;
Pancada na cabeça ou no corpo;
Lesões de Osteoporose;
Metástases de Coluna.
Podem ocorrer em qualquer idade.
Fractura da Coluna Vertebral
Esta pode ocorrer com ou sem luxação e a qualquer nível
da coluna vertebral, desde o occipital ao sacro.
Os sinais e sintomas são:
Dor no local da lesão;
Perda total ou parcial da mobilidade;
Perda da sensibilidade abaixo do nível da lesão.
Fractura da Coluna
Características do doente
Idade avançada Pluripatologia Polimedicados Ou pacientes muitos jovens
politraumatizados
Exame físico Dor localizada Deformidades ósseas Dor à palpação Edemas e equimoses Espasmo muscular Posição da cabeça e dificuldade ou dor ao
tentar colocá-la na posição neutra Desvio de traqueia
Avaliação Inicial
Avaliação inicial (Cont.)
Avaliação neurológica e sensitiva
Déficit de força muscular, ou seja, diminuição de força ou paralisia uni ou bilateral abaixo da lesão medular
Déficit de sensibilidade, ou seja, alteração sensitiva abaixo do nível da lesão
Principais sinais clínicos que sugerem TRM cervical em vítima inconsciente:
Ausência de reflexos Respiração diafragmática Flexão apenas de membros superiores Resposta a estímulo doloroso somente acima
da clavícula Hipotensão com bradicardia, sem sinais de
hopovolemia Parada Cardiorespiratória – Lesões de coluna
cervical alta (C1 a C4) podem levar à parada respiratória devido à paralisia de musculatura respiratória –diafragma.
Cuidados importantes na avaliação de vítimas com TRM:
Hipoventilação – Lesões de coluna cervical de C5 a T1 podem levar à paralisia de musculatura intercostal, causando dificuldade respiratória e hipoventilação.
Lesões Mascaradas – Lesões medulares costumam mascarar outras lesões, pois a ausência de sensibilidade deixaria passar um abdómen agudo por inabilidade de sentir dor.
Luxações cervicais altas podem ocasionar desvio cervical com torcicolo, NÃO SE DEVENDO TENTAR CORRIGIR A ROTAÇÃO.
“Cuidados dispensados no período anterior à cirurgia,
aquando os preparativos psicológicos e físicos são feitos,
de acordo com as necessidades especiais e individuais do
paciente.”
Cuidados Pré-Operatórios
Cuidados pré operatórios Cuidados médicos: consentimento informado,
analises, provas sanguineas, rx torax, ecg Cuidados de enfermagem: Civ, próteses,
metais... Dirigidos em relação a posição cirúrgica:
posição que abre os espaços inter laminares, e sobretudo diminuir a pressão venosa do espaço epidural para diminuir episódios hemorrágicos
diminuir compressão torácica
PREPARAÇÃO INTESTINAL
PROTOCOLO JEJUM ALIMENTAR.
Jejum: 4-8 horas;
Medicamentos que devem ser mantidos:
Anti-hipertensores, beta-bloqueadores, glicocorticóides,
medicação psiquiátrica, anticolinérgicos, broncodilatadores,
cardiotónicos, anticonvulsionantes, potássio e insulina.
Estes devem ser administrados, podendo o doente
ingerir até 30cc de água.
Cuidados Pré-Operatórios
Protocolo de Soroterapia:
Protocolo de profilaxia da infecção
ADMINISTRAR ATB ATÉ 1 HORA DO PROCEDIMENTO
Protocolo de sinais vitais
Cuidados Pré-Operatórios
Assepsia da pele: o objectivo da preparação cutânea é
reduzir o risco de infecção da ferida operatória,
removendo da pele microorganismos e sujidade,
reduzindo assim os micróbios.
O local da cirurgia e regiões circunvizinhas devem estar limpas.
Consegue-se a limpeza da pele com o duche e lavando o local
operatório;
No pré cirurgico, o local da cirurgia e região circundante devem ser
preparados com um agente antimicrobiano .
Cuidados Pré-Operatórios
É também fundamental promover o conforto psicológico
do doente antes da cirurgia. Esta provoca ansiedade, por
estar associada a medo do desconhecido, dor, alteração
na função, tratamentos, perda de controlo e morte;
São importante ensinos no pré-operatório, ao suporte
emocional e relaxamento do doente.
Cuidados Pré-Operatórios
Muitos ferimentos envolvem algum grau de choque. O
Choque é uma crise aguda de insuficiência cardiovascular, ou
seja, o coração e vasos não são capazes de irrigar todos os
tecidos do corpo com oxigénio suficiente.
Tipos de Choque:
• Choque Hipovolémico;
• Choque Cardiogénico;
• Choque Neurogénico;
• Choque Anafilático;
• Choque Séptico.
Choque
Esse tipo de choque é decorrente de uma lesão medular,
esta lesão leva a perda do tónus simpático, ou seja,
interrompe-se o estímulo vasomotor ocasionando uma
intensa vasodilatação periférica e desta maneira, o sangue
distribui-se preenchendo um maior continente venoso.
Ocorre uma diminuição do Retorno Venoso com
consequente queda do débito cardíaco.
Choque Neurogénico
Sinais:
Hipotensão;
Bradicardia;
Vasodilatação;
Ruborização da pele.
A reposição de líquidos deve ser evitada neste tipo de
choque, para não sobrecarregar a volemia.
Choque Neurogénico
Choque Neurogénico
Dor é uma sensação desagradável, que varia desde
desconforto leve a excruciante, associada a um processo
destrutivo actual ou potencial dos tecidos que se expressa
através de uma reacção orgânica e/ou emocional.
Dor
Uso de opiaceos nas primeiras 24 horas, e para manter nivel terapeutico AINE’s
Administração de tramal via sc - vantagens
Dor
CUIDADOS POS OPERATORIO VIGIAR ESTABILIDADE HEMODINÂMICA
◦ Hipotensão permissiva PAM – 55 - 65 Vigiar hemorragia Vigiar sinais neurológico Vigiar sinais sensitivos Vigiar sinais neurocirculatorios Vigiar dor PROFILAXIA TVP
1. Manutenção da estabilidade da fixação da fractura:
Mobillizar o doente em bloco para evitar “torcer” a coluna e esforçar o local da fractura ( importante na atrodese);
No doente pós cifoplastia ou pos vertebroplastia, na primeira hora de pós-operatório manter decúbito dorsal. Não é necessário mobilização em bloco.
Posicionar o doente com almofadas entre as pernas e na região dorsal, quando o doente está em decúbito lateral – mantendo alinhamento corporal
Evitar elevar a cabeceira da cama para além de 30-45º nas primeiras 8 horas
Se indicado aplicar ortóteses prescritas antes de se mobilizar na cama.
Cuidados pós-operatórios
2. Prevenção de problemas neurovasculares:
Avaliar função motora e sensitiva de 4 em 4 horas nas primeiras 8 horas
Avaliar coloração e temperatura dos membros Comunicar ao médico se alteração motora ou sensitiva, ou
circulatoria Vigiar hematoma do local cirurgico Vigiar hemorragia do local cirúrgico ou drenagens Encorajar o doente a movimentar os membros não envolvidos até à
maior extensão possível, com frequência, para manter a mobilidade das articulações e promover a circulação
Aplicar bomba de retorno venoso
Cuidados pós-operatórios
3. Promoção do conforto:
Reposicionar o doente com frequência . Atenção á up’s
4. Promoção do conforto psicológico:
Encorajar o doente a expressar os seus sentimentos;
Se estiver indicada reabilitação prolongada, preparar o doente para os cuidados na unidade de reabilitação.
Cuidados pós-operatórios
Motora
Avaliação NeurológicaC2
C3
C4
C5 Flexores do cotovelo
C6 Extensores do punho
C7 Extensor do cotovelo
C8 Flexor do dedo falange média e distal
T1 Abdutor dedo mínimo
T2
T3
T4
T5
T6
T7
T8
T9
T10
T11
T12
L1
L2 Flexor da anca
L3 Flexor do joelho
L4 Dorsiflexor do tornozelo
L5 Extensor longo dos dedos
S1 Flexores plantares do tornozelo
S2
S3
S4
S5
Sensitiva
Avaliação Neurológica
Ponto-chave da sensibilidade
A FOLHA DE REGISTO PARA SER IMPLEMENTADA
Escala de avaliação Motora e sensitiva
Ensinos ao Doente após Cirurgia da coluna