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FACULDADES MILTON CAMPOS – PROCESSO SELETIVO 2011/2º FACULDADES MILTON CAMPOS – PROCESSO SELETIVO 2011/2º CADERNO DIREITO PROVA DE LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURA BRASILEIRA Instrução: Leia, com atenção, o texto a seguir, pois as questões de 1 a 14 referem-se a ele. A MAIOR IRONIA Com o ensino cada vez pior – e ainda por cima sendo mais difícil conseguir uma reprovação – temos gente saindo das universidades quase sem saber coordenar pensamentos e expressá-los por escrito, ou melhor: sem saber o que pensar das coisas, desinformados e desinteressados de quase tudo. Fico imaginando como será em algumas décadas. A ignorância alastrando-se pelas casas, escolas, universidades, escritórios, congressos, senados... Multidões consumistas ululando nas portas e corredores de gigantescos shoppings, países inteiros saindo da obscuridade – não pela democracia, mas para participar da orgia de aquisições, e entrar na modernidade. Em algumas coisas, sou pessimista: essa é uma delas. Mas acredito que os que ainda quiserem pensar, estudar, descobrir, inventar, pintar, dançar, cantar ou escrever vão viver numa espécie de ilha. Talvez em universidades tradicionais ou ultra-adiantadas, ou no aconchego de bibliotecas em casa, praticamente todas de e-books ou recursos com que nem sonhamos, exigindo pouco espaço. Já existem, em países adiantados, intelectuais, pensadores, pesquisadores, cientistas pagos para pensar, criar, inventar, descobrir. (...) As atuais agitações em países do Oriente me fizeram pensar que a filosofia (os gregos) foi substituída pela religião, a religião pelas ideologias, e as ideologias, atualmente, pelo consumismo. Não sou contra consumir, gosto do meu celular eficiente e relativamente moderno, embora saiba que em poucas semanas, ou dias, ele estará ultrapassado. Isso não me incomoda. Não me deixa ansiosa por trocar este por outro, que em pouco tempo também deverá ser substituído, numa compulsão idiota. Não gosto é dessa compulsão idiota. Meu computador e meu notebook são atualizados e eficientes, mas não me importa que em algumas semanas estejam superados, desde que funcionem bem. Gosto de poder trocar de carro quando o outro bate biela (não sei bem o que é biela, mas ouvi falar). Porém, nem posso nem desejo estar sempre com o último modelo, ou o mais luxuoso. Diante da miséria de meu país, acho que isso me envergonharia, como caríssimas joias e bolsas ou roupas de grife. Vivo uma busca de simplicidade, que ajuda bastante a viver curtindo mais e melhor as coisas boas que existem no meio do horror. Podem ser simplíssimas, como um livro interessante, um Mozart profundo, as crianças que correm no jardim de uma casinha que temos na montanha. Um casal de guaxinins fez seu ninho embaixo da varanda, nosso novo encantamento. Se a gente não consegue coisas desse tipo, a vida fica pesada demais. Corrida demais. Relógios demais, compromissos demais, bebida, comida, contas demais, e de repente a velha prostituta que chamamos Morte revira seus olhos sinistros de gato, limpa os bigodes e prepara o bote. E nós, onde estamos? Em casa, na cama, na loja, no bar, na praia, na multidão enlouquecida, na solidão do hospital – ou rodeados de alguns afetos essenciais? Ou sozinhos, mas apaziguados? Ou em alguma ilha, que pode ser de artistas ou pensadores dignamente valorizados, ou no minúsculo escritório, ou quarto, em casa, sentindo o contentamento de alguns momentos bons, ou simplesmente refletindo, contemplando? Vamos ter “aproveitado” a vida, coisa que se aconselha aos jovens desde o tempo de minhas avós – aos rapazes naturalmente, naqueles tempos de moças recatadíssimas –, vamos continuar infantilizados, ou vamos melhorar um pouco como seres humanos? Ou isso tudo não nos interessa nadinha (o que é mais provável)?

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FACULDADES MILTON CAMPOS – PROCESSO SELETIVO 2011/2º FACULDADES MILTON CAMPOS – PROCESSO SELETIVO 2011/2º

CADERNO DIREITO PROVA DE LÍNGUA PORTUGUESA E

LITERATURA BRASILEIRA Instrução: Leia, com atenção, o texto a seguir, pois as questões de 1 a 14 referem-se a ele.

A MAIOR IRONIA

Com o ensino cada vez pior – e ainda por cima sendo mais difícil conseguir uma reprovação – temos gente saindo das universidades quase sem saber coordenar pensamentos e expressá-los por escrito, ou melhor: sem saber o que pensar das coisas, desinformados e desinteressados de quase tudo. Fico imaginando como será em algumas décadas. A ignorância alastrando-se pelas casas, escolas, universidades, escritórios, congressos, senados... Multidões consumistas ululando nas portas e corredores de gigantescos shoppings, países inteiros saindo da obscuridade – não pela democracia, mas para participar da orgia de aquisições, e entrar na modernidade. Em algumas coisas, sou pessimista: essa é uma delas. Mas acredito que os que ainda quiserem pensar, estudar, descobrir, inventar, pintar, dançar, cantar ou escrever vão viver numa espécie de ilha. Talvez em universidades tradicionais ou ultra-adiantadas, ou no aconchego de bibliotecas em casa, praticamente todas de e-books ou recursos com que nem sonhamos, exigindo pouco espaço. Já existem, em países adiantados, intelectuais, pensadores, pesquisadores, cientistas pagos para pensar, criar, inventar, descobrir. (...) As atuais agitações em países do Oriente me fizeram pensar que a filosofia (os gregos) foi substituída pela religião, a religião pelas ideologias, e as ideologias, atualmente, pelo consumismo. Não sou contra consumir, gosto do meu celular eficiente e relativamente moderno, embora saiba que em poucas semanas, ou dias, ele estará ultrapassado. Isso não me incomoda. Não me deixa ansiosa

por trocar este por outro, que em pouco tempo também deverá ser substituído, numa compulsão idiota. Não gosto é dessa compulsão idiota. Meu computador e meu notebook são atualizados e eficientes, mas não me importa que em algumas semanas estejam superados, desde que funcionem bem. Gosto de poder trocar de carro quando o outro bate biela (não sei bem o que é biela, mas ouvi falar). Porém, nem posso nem desejo estar sempre com o último modelo, ou o mais luxuoso. Diante da miséria de meu país, acho que isso me envergonharia, como caríssimas joias e bolsas ou roupas de grife. Vivo uma busca de simplicidade, que ajuda bastante a viver curtindo mais e melhor as coisas boas que existem no meio do horror. Podem ser simplíssimas, como um livro interessante, um Mozart profundo, as crianças que correm no jardim de uma casinha que temos na montanha. Um casal de guaxinins fez seu ninho embaixo da varanda, nosso novo encantamento. Se a gente não consegue coisas desse tipo, a vida fica pesada demais. Corrida demais. Relógios demais, compromissos demais, bebida, comida, contas demais, e de repente a velha prostituta que chamamos Morte revira seus olhos sinistros de gato, limpa os bigodes e prepara o bote. E nós, onde estamos? Em casa, na cama, na loja, no bar, na praia, na multidão enlouquecida, na solidão do hospital – ou rodeados de alguns afetos essenciais? Ou sozinhos, mas apaziguados? Ou em alguma ilha, que pode ser de artistas ou pensadores dignamente valorizados, ou no minúsculo escritório, ou quarto, em casa, sentindo o contentamento de alguns momentos bons, ou simplesmente refletindo, contemplando? Vamos ter “aproveitado” a vida, coisa que se aconselha aos jovens desde o tempo de minhas avós – aos rapazes naturalmente, naqueles tempos de moças recatadíssimas –, vamos continuar infantilizados, ou vamos melhorar um pouco como seres humanos? Ou isso tudo não nos interessa nadinha (o que é mais provável)?

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O que vai ser, o que vamos sentir, alegria ou tormento, ansiedade inútil ou trabalho de crescimento pessoal, e como vamos enfrentar as unhas afiadas daquela velha dama de gélidos olhos? Quase sempre depende de nós, que giramos feito baratas tontas em busca da última novidade, do mais moderno acessório, da mais louca diversão. E essa é a maior ironia.

(Lya Luft. Veja. 16 de fevereiro de 2011.) 1) FMC – 2011/2° Com base na leitura do texto, é INCORRETO afirmar que a autora a) critica a qualidade do ensino, que tem feito ingressar no

mercado profissionais desqualificados. b) contrapõe um comportamento que considera alienante e

estressante à satisfação proporcionada pela simplicidade. c) aponta a distorção de valores da sociedade moderna,

confrontando-a com uma época em que as pessoas utilizavam menos recursos tecnológicos.

d) valoriza os indivíduos que buscam manter-se atualizados a partir das tecnologias, sem se deixar atingir pela compulsão consumista.

2) FMC – 2011/2° Na construção do texto, constata-se a) a utilização recorrente de um registro linguístico rebuscado em

detrimento de uma linguagem coloquial. b) a interrupção das reflexões sobre o tema com a exposição de

fatos da vida da autora. c) o emprego de expressões conotativas para ilustrar

acontecimentos infactíveis d) a recorrência ao emprego de ironia e de expressões de baixo

calão.

3) FMC – 2011/2° Ao apresentar suas reflexões sobre o que considera “a maior ironia”, a autora demonstra a) descrença. b) alienação. c) arrogância. d) conformismo. 4) FMC – 2011/2° Analise a seguinte frase do texto. “ - e ainda por cima sendo mais difícil conseguir uma reprovação -” Tomando-se como base as condições em que se encontra a educação no Brasil, nos tempos atuais, pode-se afirmar que, nesse trecho, a autora a) escarnece da dificuldade dos professores em justificar a

atribuição de pontos aquém da média aos alunos. b) salienta a alta exigência das universidades em tempos

anteriores, quando se exigia profundo conhecimento dos alunos.

c) constata a perspicácia dos alunos, a qual lhes confere facilidade para atingir as médias necessárias à aprovação.

d) critica atuais critérios de avaliação, que permitem que o aluno prossiga seus estudos sem se demonstrar apto para tal.

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5) FMC – 2011/2° Só NÃO demonstra um posicionamento crítico da autora o seguinte fragmento textual: a) “Multidões consumistas ululando nas portas e corredores de

gigantescos shoppings, países inteiros saindo da obscuridade – não pela democracia, mas para participar da orgia de aquisições, e entrar na modernidade.”

b) “Talvez em universidades tradicionais ou ultra-adiantadas, ou no aconchego de bibliotecas em casa, praticamente todas de e-books ou recursos com que nem sonhamos, exigindo pouco espaço.”

c) “As atuais agitações em países do Oriente me fizeram pensar que a filosofia (os gregos) foi substituída pela religião, a religião pelas ideologias, e as ideologias, atualmente, pelo consumismo.”

d) “Diante da miséria de meu país, acho que isso me envergonharia, como caríssimas joias e bolsas ou roupas de grife.”

6) FMC – 2011/2° Avalie as frases a seguir. I- A morte pede passagem II- O paradoxo da atualidade III- O que leva ao consumismo? O título do texto poderia ser substituído APENAS por a) II. b) I e II. c) III. d) I e III.

7) FMC – 2011/2° Leia o trecho abaixo, de entrevista da autora a Márcio Vassallo, da Agência Riff. Tem gente que está sempre correndo e não sai nunca do lugar? Lya Luft - Tem gente que está sempre correndo, não sai do lugar e ainda vai para trás, avança menos do que poderia, ou avança pelo caminho errado. E também existe muita agitação interior. Cada vez mais as pessoas têm que mostrar serviços para as outras, têm que usar as roupas de grife, têm que ter aquela bolsa, têm que ser bonitas, têm que ser atléticas, têm que ser alegres. E eu acho que, acima de tudo, a gente tem é que ser feliz. Em relação às ideias do texto “A maior ironia”, o trecho da entrevista a) não se relaciona com elas. b) mostra-se incoerente com elas. c) as corrobora. d) as põe em cheque.

8) FMC – 2011/2° Leia, com atenção, o seguinte fragmento. “Em casa, na cama, na loja, no bar, na praia, na multidão enlouquecida, na solidão do hospital – ou rodeados de alguns afetos essenciais?” Os itens que compõem a frase acima estão ordenados seguindo uma lógica a) caótica. b) gradativa. c) antitética. d) sequencial.

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9) FMC – 2011/2° Leia, com atenção, as frases abaixo. I- “Se a gente não consegue coisas desse tipo, a vida fica

pesada demais.” II- “Não me deixa ansiosa por trocar este por outro, que

em pouco tempo também deverá ser substituído, numa compulsão idiota.”

III- “A ignorância alastrando-se pelas casas, escolas, universidades, escritórios, congressos, senados...”

Observa-se um efeito de sentido figurado em a) I, II e III. b) I apenas. c) II apenas. d) I e III apenas. 10) FMC – 2011/2° Leia o trecho. “Podem ser simplíssimas, como um livro interessante, um Mozart profundo, as crianças que correm no jardim de uma casinha que temos na montanha.” Observa-se, na passagem, a presença da seguinte figura de linguagem: a) sinestesia b) metonímia c) metáfora d) personificação

11) FMC – 2011/2° Leia o excerto. “Multidões consumistas ululando nas portas e corredores de gigantescos shoppings...” O termo grifado pode ser substituído, sem prejuízo do sentido original, por a) vociferando. b) transitando. c) digladiando-se. d) multiplicando-se. 12) FMC – 2011/2° Observe as orações que compõem o seguinte trecho. “Não sou contra consumir, gosto do meu celular eficiente e relativamente moderno, embora saiba que em poucas semanas, ou dias, ele estará ultrapassado. Isso não me incomoda. Não me deixa ansiosa por trocar este por outro, que em pouco tempo também deverá ser substituído, numa compulsão idiota. Não gosto é dessa compulsão idiota. Meu computador e meu notebook são atualizados e eficientes, mas não me importa que em algumas semanas estejam superados, desde que funcionem bem.” Entre elas, só NÃO está presente a relação de a) adversidade. b) concessão. c) conformidade. d) condição.

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13) FMC – 2011/2° Observe a grafia do termo grifado no trecho a seguir. “Talvez em universidades tradicionais ou ultra-avançadas...” Quanto ao uso do hífen ou sua supressão na formação de palavras compostas, de acordo com as novas regras ortográficas, marque a opção INCORRETA: a) Belo-horizontino b) Microondas c) Infraestrutura d) Antissocial 14) FMC – 2011/2° Em todas as opções, o termo negritado exerce a mesma função, EXCETO em a) “Não sou contra consumir, gosto do meu celular eficiente e

relativamente moderno, embora saiba que em poucas semanas, ou dias, ele estará ultrapassado.”

b) “Talvez em universidades tradicionais ou ultra-adiantadas, ou no aconchego de bibliotecas em casa, praticamente todas de e-books ou recursos com que nem sonhamos, exigindo pouco espaço.”

c) “O que vai ser, o que vamos sentir, alegria ou tormento, ansiedade inútil ou trabalho de crescimento pessoal, e como vamos enfrentar as unhas afiadas daquela velha dama de gélidos olhos?”

d) “Vamos ter ‘aproveitado’ a vida, coisa que se aconselha aos jovens desde o tempo de minhas avós – aos rapazes naturalmente, naqueles tempos de moças recatadíssimas – ...?”

Instrução: As questões de 15 a 20 têm por base a leitura das obras literárias indicadas para este concurso: A Estrela Sobe, de Marques Rebelo, e Contos de Aprendiz, de Carlos Drummond de Andrade. 15) FMC – 2011/2º Leia, com atenção, a seguinte passagem de A Estrela Sobe, envolvendo Leniza e Mário Alves.

[...] Dirigiram-se para o bar. Leniza sentiu a obrigação de falar. Viu o anel no dedo dele e perguntou: - O senhor é advogado? - Sou. (Era contador) - E tem muitas causas? - Nunca tive nenhuma, senhorita. Nenhuma, e riu: Uma falta de vocação absoluta! - Mas então o que é que o senhor faz? - Vendo aparelhos de rádio. Ela se iluminou: - Rádios?! - Sim, rádios. (Que havia nisso de tão extraordinário, para tanto espanto?!) Tenho uma pequena casa distribuidora. Dá para viver. - Quer dizer que o senhor conhece essa gente toda do rádio, não é?

(REBELO, M. A estrela sobe. Rio de Janeiro: Ediouro, s/d, p.58) No trecho em análise, o uso dos parênteses – um recurso estilístico do autor – tem a função de

a) indicar a onisciência do narrador e desvendar pensamentos das personagens.

b) sugerir a ambiguidade da leitura, conferindo ao leitor maior participação na obra.

c) estabelecer a carga dramática da narrativa, que se desenvolve através de intenso conflito.

d) conter a técnica digressiva e remeter o personagem para o seu passado.

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16) FMC – 2011/2º Art. 124 Provocar aborto em si mesmo ou consentir que outrem lho provoque: Pena – detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos.

(Código Penal Brasileiro)

Assinale a passagem de A Estrela Sobe que faça referência a esse crime: a) “Seu Martin não podia pagar. Desculpava-se, rebaixava-se

diante do homem da pasta, triste como um corcunda.” b) “Era quase um brinquedo, sem nenhuma importância, mais fácil

do que beber um copo d’água. Mas pedia sigilo.” c) “Foi uma crise completa. Inapetência, insônia, melancolia,

devaneio, uma doce preguiça de falar, de agir.” d) “Falava para o enfermeiro, que se ajoelhou ao lado da cama e

lhe entregou a mão calosa. A comadre apertou-a.”

17) FMC – 2011/2º

Leia, com atenção, a seguinte passagem de A Estrela Sobe.

A atitude das pequenas se transformou: Oh! não! Tenha a bondade! Nada disso! Faz favor!...Ora!...Mas Leniza insistia com o melhor dos sorrisos: - Serei a última. Será um prazer. Porto sorriu maldoso: - Isto aqui está mudando... Vê se compõe um samba comemorativo Olinto, você que tem bossa. Eu dou o título: “Rádio Itamarati...”

(REBELO, M. A Estrela Sobe. Rio de Janeiro: Ediouro, s/d, p.119)

O humor desse trecho do romance justifica-se por a) relacionar a frase da protagonista com um provérbio popular,

sugerindo que os últimos serão os primeiros. b) evidenciar, na atitude das moças, um comportamento rotineiro

incapaz de sofrer qualquer espécie de transformação. c) atribuir a uma composição musical um título irônico, que

remete, metonimicamente, à diplomacia. d) confundir a palavra “bossa” com um estilo musical anacrônico

ao tempo da ação da narrativa.

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18) FMC – 2011/2º Leia as seguintes passagens.

Texto 1 [...] E deu com o homem do banco ao lado, um homem narigudo e amarelo, olhando fixo para ele. Raio! que encontrava alguém em que pudesse descarregar a cólera que guardara. Seguro de sua superioridade corporal, encarou-o, duro, agressivo – perdeu alguma coisa na minha cara?!... O homem amedrontou-se, disfarçou, acendeu um cigarro, fingiu que se interessava pelos anúncios do carro.

(REBELO, M. A Estrela Sobe. Rio de Janeiro: Ediouro, s/d, p.120)

Texto 2

A vida, solicitando-nos a novos hábitos, impõe-nos igualmente nova técnica de cortesia, e há que ser gentil para com uma dama sentada, quando o nosso equilíbrio dependa da fidelidade a uma argola suspensa no teto de um veículo em movimento célere. A calça num cabide solto no espaço teria o direito de ondular ao sabor da viração, como num quadro de Salvador Dali; mas o homem em condições similares deve manter compostura e mostrar-se afável e atento a uma senhora estabelecida em sua poltrona.

(ANDRADE, C. D. “Extraordinária conversa com uma senhora de minhas relações”, In Contos de Aprendiz. Rio de Janeiro: José Olympio, 1975. p. 147) Cotejando-se as passagens transcritas, conclui-se que a) os narradores, ao confessarem suas experiências, demonstram

reações contraditórias. b) os personagens em cena demonstram um idêntico

comportamento. c) o surrealismo é o estilo que melhor representa a atitude das

pessoas no mundo contemporâneo. d) o espaço do transporte coletivo dá margem a diferentes

abordagens da ficção urbana.

19) FMC – 2011/2º A sátira é um expediente adotado por Carlos Drummond de Andrade em alguns de seus contos. Aponte o trecho que melhor exemplifique essa afirmação: a) “Aí começou o grande movimento nacional pela reforma da

Constituição, para se introduzir nela um dispositivo que impedisse ou punisse com pena de morte o furto do mar, do céu, da atmosfera ou de qualquer estrela.”

b) “Eis-nos, pois, eu e Joel, num domingo de março, nosso mofino dinheiro no bolso, à cata de sensações amáveis cuja recordação nos servisse para povoar o terreno baldio da semana seguinte.”

c) “Às vezes ela chegava a entrar no cemitério e a acompanhar o préstito até o lugar do sepultamento. Deve ter sido assim que adquiriu o costume de passear lá por dentro. Meu Deus, com tanto lugar para passear no Rio!”

d) “As rugas entrecruzavam-se sabiamente em redor das pálpebras cansadas, e uns olhos tristes, de uma tristeza particular e sem comunicação com o conjunto humano a que devia pertencer, abriam-se na paisagem de ruínas.”

20) FMC – 2011/2º Leia o seguinte trecho. Eu perseguia o mito literário, implacavelmente, mas sem fé. Nunca meus poemas foram mais belos, meus contos e crônicas mais fascinantes do que nesse tempo de crescente solidão. Solidão, solidão... Era só o que havia em torno a mim, dentro em mim. (ANDRADE, C. D. “Um escritor nasce e morre.”, In Contos de Aprendiz. Rio

de Janeiro: José Olympio, 1975. p. 160)

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Assinale a alternativa que apresente versos de Carlos Drummond de Andrade que se opõem à atitude do narrador da passagem transcrita: a) Não serei o poeta de um mundo caduco. Também não cantarei o mundo futuro. Estou preso à vida e olho meus companheiros. Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças. Entre eles, considero a enorme realidade. O presente é tão grande, não nos afastemos. Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas. b) Sozinho no escuro qual bicho-do-mato, sem teogonia, sem parede nua para se encostar, sem cavalo preto que fuja a galope, você marcha, José! José, para onde? c) Nenhum desejo neste domingo nenhum problema nesta vida o mundo parou de repente os homens ficaram calados domingo sem fim nem começo. d) Coisa miserável, suspiro de angústia enchendo o espaço, vontade de chorar, coisa miserável, miserável.

PROVA DE ESTUDOS SOCIAIS

21) FMC – 2011/2º Observe, atentamente, os mapas abaixo.

O projeto colonizador luso sobre o território americano assentava-se na exploração e extração de bens primários com vistas a atender as demandas do mercado europeu, ocasionando o enriquecimento dos cofres metropolitanos. O planejamento buscava aliar alta extração com baixo investimento, optando-se, dessa forma, pela ocupação do litoral da colônia. No entanto, percebe-se, a partir da análise dos mapas acima, uma mudança no que toca à penetração territorial, durante o século XVII.

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A mudança de estratégia deveu-se a) à implantação da política pombalina, que buscou abrir várias

frentes de ocupação em áreas desprezadas pela colonização espanhola.

b) à queda da demanda do açúcar brasileiro no mercado europeu, o que ocasionou a procura metropolitana por outras fontes de recursos coloniais.

c) à presença dos holandeses no Nordeste açucareiro e ao avanço dos colonos distanciados do controle da Coroa portuguesa, principalmente na primeira metade do século XVII.

d) ao aumento dos interesses do mercado europeu pelas mercadorias amazônicas (“drogas do sertão”) e à descoberta das possibilidades de navegação no rio dos Currais, atual São Francisco.

22) FMC – 2011/2º

Leia atentamente o texto abaixo. Na atualidade, a questão mais relevante relacionada à intervenção humana nas bacias hidrográficas brasileiras diz respeito ao projeto de integração do São Francisco com outros rios brasileiros de menor volume de água. Esse projeto suscita inúmeras controvérsias, em função dos impactos sociais e ambientais que pode ocasionar. Considerando as afirmativas a seguir, que apresentam impactos positivos ou negativos da transposição do São Francisco, assinale a INCORRETA: a) Risco de redução da biodiversidade das comunidades biológicas

aquáticas nativas nas bacias receptoras. b) Modificação da composição das comunidades biológicas

aquáticas das bacias receptoras. c) Resolução definitiva do problema da seca na porção setentrional

do semiárido, na medida em que o volume de água disponível modifica o microclima.

d) Redução da exposição da população a situações emergenciais da seca.

23) FMC – 2011/2º "Os colonizadores utilizaram a mão-de-obra indígena para construir suas cidades e instalar suas missões. Ao ensinar, acabaram por aprender, favorecendo um profundo processo de assimilação cultural iniciado pelo confronto."

(SILVA, Janice Theodoro da. Descobrimento e Colonização. São Paulo: Ed. Ática, 1987.)

A nossa identidade foi forjada durante todo o período colonial e teve como matriz o encontro e o confronto de culturas distintas.

Observando-se a sociedade brasileira atual com enfoque no fato exposto pela afirmativa acima, pode-se identificar que a) a cultura brasileira, ao assimilar traços europeus e africanos,

possibilitou a construção de uma nova matriz, que, iniciada pelo confronto, demonstra hoje intensa vitalidade.

b) a cultura indígena deixou rastros menores, resultado da sistemática perseguição às populações nativas, o que levou ao seu quase desaparecimento em todas as regiões do Brasil.

c) a cultura lusa foi tão influenciada pela cultura indígena, que só o idioma português ficou como herança europeia na cultura brasileira.

d) o trabalho de evangelização realizado pelos jesuítas sobre as populações nativas também foi alvo da influência nativa, como demonstra a presença de símbolos indígenas nos rituais católicos.

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24) FMC – 2011/2º A respeito das recentes descobertas de jazidas petrolíferas no Brasil, considere as informações:

I- O termo “pré-sal” refere-se a um conjunto de rochas

localizadas nas porções marítimas de grande parte do litoral brasileiro, com potencial para a geração e o acúmulo de petróleo.

II- O Brasil irá enfrentar um paradoxo dos mais interessantes quando os campos profundos de petróleo na plataforma continental litorânea começarem a operar comercialmente. O mundo estará transitando para uma matriz energética mais limpa, e o Brasil terá grandes estoques de combustível fóssil em carteira. Os planejadores devem colocar em prática pesquisas para um uso racional desse recurso.

III- A produção de petróleo na área do pré-sal, apesar de importante, não revela uma possível autossuficiência brasileira no setor, devido à forte dependência do consumo desses combustíveis no País.

IV- Os poços petrolíferos no pré-sal foram descobertos por empresas que estavam extraindo sal em grandes profundidades e perceberam manchas de petróleo em algumas partes rochosas nas salinas submarinas; posteriormente, a Petrobrás avaliou a qualidade do petróleo dos poços e a viabilidade econômica para sua extração.

Está CORRETO apenas o que se diz em a) II e IV. b) I e III. c) III e IV. d) I e II.

25) FMC – 2011/2º

Leia o texto.

“O Papa Bento XVI diz que não foi 'o povo' judeu em seu conjunto o responsável pela morte de Cristo, no segundo tomo de seu mais recente livro, que teve extratos publicados pelo Vaticano na quarta-feira passada, na obra erudita intitulada 'Jesus de Nazaré, segunda parte. Da entrada em Jerusalém à Ressurreição', o papa levanta a questão: 'Quem eram precisamente os 'acusadores' de Cristo? Ele destaca que a expressão 'os judeus' empregada por João, o Evangelista, 'não indica de nenhum modo o povo de Israel como tal' e 'ainda menos tem um caráter racista' porque João 'era israelita, como Jesus e todos os seus'. A expressão 'tem um significado preciso e rigorosamente limitado' e define 'a aristocracia do Templo', destaca Bento XVI.”

(http://herancajudaica.wordpress.com/2011/03/09/bento-xvi-nao-foi-o-povo-judeu-que-condenou-jesus/)

Ao longo de sua história, os judeus vêm sendo, constantemente, marginalizados pelo mundo cristão, como atesta o atraso no reconhecimento pelo Vaticano quanto às injustiças cometidas contra esse povo.

No entanto, no alvorecer da Idade Moderna, alguns judeus assentavam-se com a nobreza europeia, muitas vezes em posições de destaque, pois

a) a original visão econômica judaica, alicerçada na circulação de riquezas, estabeleceu novas bases para o progresso europeu, quando da formação do capitalismo.

b) a riqueza de alguns grupos financeiros judeus foi utilizada pelas monarquias em seus empreendimentos colonialistas e em suas guerras comerciais.

c) os tribunais do Santo Ofício, mais preocupados em perseguir os protestantes cristãos, reduziram sua ferocidade sobre a comunidade judaica que se aproximava dos poderosos monarcas.

d) o grande crescimento no número dos “cristãos novos” que migravam para o Novo Mundo exigia das monarquias europeias um compartilhamento de seus projetos com grupos judeus influentes.

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26) FMC – 2011/2º “Levando em consideração que o capitalismo que rege a sociedade dominante converte quantitativamente o tempo em valor reduzido a dinheiro, podemos afirmar que, na relação sociedade/natureza, a dinâmica de pesca artesanal implica tempos diferenciados em suas modalidades internas: o tempo não possui o mesmo valor durante todo o ano.” Fonte: baseado em DIEGUES, Antônio C. (Org.) A imagem das águas. São

Paulo: HUCITEC, 2000. Sobre a exploração dos recursos pesqueiros, é CORRETO afirmar: a) Uma das atividades econômicas que apresenta menores níveis

de conflitos entre grupos sociais, político-industriais e econômicos é a pesqueira.

b) A lógica do capital não controla as relações produtivas, incluindo-se aí a atividade pesqueira artesanal e sua relação com a natureza.

c) Os rios garantem boas condições de produtividade, porque carregam para o mar sedimentos e matéria orgânica, oriundos da decomposição da floresta.

d) A atividade pesqueira produz efeitos danosos aos rios na medida em que aumenta a erosão e a sedimentação das bacias hidrográficas.

27) FMC – 2011/2º No século XIX, a Europa passou por intenso processo de transformações políticas, econômicas e sociais. A esse respeito, assinale a opção CORRETA: a) A corrida imperialista, como alternativa às sucessivas crises de

superprodução, incentivou rivalidades entre países tradicionalmente aliados, como França e Alemanha.

b) As tradicionais monarquias foram substituídas por governos republicanos, baseados em constituições que garantiram o sufrágio universal masculino e feminino.

c) A luta de classes nas sociedades que se industrializavam garantiu importantes avanços, como demonstra a disseminação de partidos revolucionários que concorriam aos pleitos eleitorais no período.

d) O crescimento da economia de base industrial foi um dos principais motivadores das mudanças que atingiram a maioria dos países da Europa.

28) FMC – 2011/2º Desenvolvimento sustentável implica suprir as necessidades da geração atual sem comprometer o atendimento às necessidades das futuras gerações. “Uma das definições de desenvolvimento sustentável é o desenvolvimento capaz de suprir as necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade de atender as necessidades das futuras gerações. É o desenvolvimento que não esgota os recursos para o futuro.”

Fonte: adaptado de HTTP://www.wwf.org.br/informações/questões ambientais/desenvolvimento sustentável/

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Levando em consideração as ideias do texto e seus conhecimentos sobre o tema, assinale a opção INCORRETA:

a) A gravidade do problema ecológico é reconhecida, na prática, pelos Estados da União e pela sociedade brasileira, que levam a questão muito a sério.

b) O principal ponto a se discutir hoje é o crescimento material sem limites nem objetivos. Para isso, é preciso rediscutir as relações de produção e trabalho, mas também como, onde, para quê e quando produzir.

c) Um modelo sustentável de desenvolvimento consiste em aliar necessidades econômicas e sociais à conservação da biodiversidade e da qualidade ambiental.

d) A sustentabilidade na agricultura aparece cada vez mais nos processos de agricultura orgânica, com uso de adubos orgânicos obtidos a partir de biodigestores.

29) FMC – 2011/2º Uma nova lógica no mundo do trabalho, desencadeada pelo processo de produção na fábrica, fruto das ideias pregadas por Taylor e Ford, marcou os modelos de produção ao longo do século XX. Observe as imagens e os dados a seguir. � Entre 1770 e 1785, foram inventados e patenteados: a “Jenny”,

o bastidor a água e o tear mecânico.

� Entre 1785 e 1800, foram construídas 82 máquinas a vapor para o beneficiamento de algodão.

� Entre 1788 e 1806, a população empregada na indústria passou de 350.000 para 800.000.

Foto de uma fábrica durante a primeira metade do século XX

Fonte: Michelle Perrot. Mulheres Públicas. São Paulo: UNESP, 1998. p. 95.

Linha de montagem da fábrica Honda, século XXI

Fonte: Blog Mundo Moto (http://www.mundomoto.esp.br/)

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Considerando os dados e as imagens, identifique o trecho que mais se aplica às transformações havidas na evolução da história fabril: a) A evolução do fordismo, através dos séculos, despersonalizou

ainda mais o operário, transformando-o em uma imagem dos robôs que ele mesmo projeta e controla.

b) A redução do número de trabalhadores nas indústrias ao longo do tempo permitiu o avanço das políticas de proteção ao operário, incluindo mudanças em seus uniformes.

c) A automação nas fábricas, além de reduzir o corpo de operários, transferiu a atividade para o campo intelectual da produção, mantendo, no entanto, o controle capitalista do ritmo produtivo.

d) O ritmo acelerado do consumo, no mundo atual, exigiu profundas transformações nas tradicionais formas de produzir, introduzindo máquinas onde havia, no século XVIII, uso das mãos.

30) FMC – 2011/2º Biomas possuem grande importância para a biosfera e existem formas sustentáveis de se viver e relacionar com eles. A economia extrativista, por exemplo, é capaz de sustentar populações a partir da exploração racional de recursos. Em economia, pode-se adotar a agropecuária como forma de troca compensatória em relação a atividades primárias. Não é o caso dos biomas cuja riqueza natural é enorme, desde que explorada de modo sustentável. Em áreas naturais, as queimadas para agropecuária ameaçam a biodiversidade e podem promover mudanças climáticas e não são compensatórias em relação ao extrativismo.

Analise as afirmações a seguir, sobre os recursos naturais brasileiros e os biomas que os agregam: I- O bioma do Pantanal, devido à abundância de recursos hídricos

necessários ao desenvolvimento da cana-de-açúcar, é tido como área ideal para seu plantio.

II- O cerrado, desde que corretamente manejado, é ideal para o cultivo de soja e para a criação de gado e, por apresentar espécies arbóreas, arbustivas e herbáceas, frequentemente devastadas por queimadas, é considerado um bioma pouco expressivo em biodiversidade.

III- A Amazônia é detentora de aproximadamente 45% de todas as florestas tropicais úmidas remanescentes do planeta, rios de potencial energéticos e grande riquezas minerais. Por isso, suscita o interesse da comunidade internacional, em diversos níveis.

IV- Na caatinga, existem evidências da ocorrência de áreas de desertificação no semiárido, onde a degradação da cobertura vegetal e do solo atingiu condições de irreversibilidade, aparecendo pequenos desertos, que tendem a se tornar cada vez mais acentuados.

V- A mata de cocais abrange parte do MA e PI, região conhecida como Meio-Norte. É formado por palmáceas, predominando o babaçu e, em menor número, a carnaúba. A população dessas áreas tem na mata sua principal fonte de subsistência.

Assinale a alternativa que contém todas as afirmativas CORRETAS: a) I, II e III b) I, III, e IV c) II, IV e V d) III, IV e V

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31) FMC – 2011/2º Leia os textos. "Tendo chegado ao conhecimento desta Delegacia que o indivíduo Antonio Rodrigues da Silva, de nacionalidade portuguesa, se entregava, nesta Capital, à propaganda de idéias anarchistas, e, o que é ainda mais grave, levando essa propaganda às oficinas do Lloyd Brazileiro, onde trabalhava como carpinteiro, resolvi apurar de forma regular esses factos, por julgar conveniente a sua expulsão do território nacional, visto se tratar de um elemento nocivo à sociedade. (...) Chega-se, assim, à conclusão de que o indivíduo (...) é um elemento pernicioso ao nosso meio social, e perigoso à tranqüilidade pública, em virtude de sua acção provadamente anarchista. Como tal deve ser expulso do território nacional (...)."

(Brasil. Arquivo Nacional, SPJ, IJJ7 138, Processo de expulsão, s/n - 1919.)

"Após oito anos de funcionamento do Transmontano, Manuel Sendas decidiu vender o armazém e voltar a Portugal na companhia da nova família. (...) foi curta, entretanto, sua permanência em Portugal, que continuava a enfrentar os mesmos problemas que haviam pressionado sua saída. (...) No ano de 1935, mais uma vez, (...) ele embarcou (...) para o Brasil, onde veio abrir um novo armazém, desta feita denominado Casa do Povo. Iniciava-se uma trajetória de sucesso que nunca mais sofreria interrupções, culminando, em 1960, com a fundação da organização que, desde os primórdios, sob a liderança de seu filho Arthur, passou a liderar o 'rank' dos supermercados com sede no Rio de Janeiro."

(MENEZES. In: GOMES, Angela de C. (org.). História de imigrantes e de imigração no Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: 7 Letras, 2000.)

Os dois textos indicam situações distintas para a compreensão da imigração no Brasil, na primeira metade do século XX. Comparando-os e analisando o contexto histórico do período, pode-se afirmar: a) A presença de imigrantes no Brasil apenas era considerada

salutar se o comportamento dos patrícios se submetesse aos rígidos limites da política nacional.

b) Por ser, ainda na época, considerado “um país de oportunidades”, o Brasil atraiu portugueses de todos os setores sociais, revivendo o mito do Eldorado, que contaminou europeus à época da colonização.

c) A presença de anarquistas portugueses no Brasil era desestimulada, pois a maioria desses imigrantes se dirigia ao já inflamado setor rural.

d) Nos dois trechos, é claramente identificado o período chamado de “capitalismo tardio” brasileiro, quando a limitação da ação de ideologias revolucionárias no território nacional impedia o convívio pacífico entre trabalhadores brasileiros e estrangeiros.

32) FMC – 2011/2º Os recentes acontecimentos no Japão retomam a discussão sobre a energia nuclear, que, até hoje, é considerada um assunto polêmico. Entre as críticas sobre a geração, utilização e produção de energia nuclear no Brasil, pode-se afirmar:

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a) Para a obtenção da energia atômica, utiliza-se o urânio, material difícil de ser extraído e raro de ser encontrado. No Brasil, não há reservas, o que exige a necessidade de importação, encarecendo o processo energético.

b) O custo de geração de uma usina nuclear é maior que o de outras fontes energéticas, o que pode encarecer o preço médio de energia no país.

c) O primeiro acidente em usinas nucleares foi o de Chernobyl. Antes, nenhum acidente havia sido registrado, mostrando que pouco se sabe sobre as causas dos acidentes, bem como sobre as consequências da liberação da radioatividade na atmosfera.

d) Trata-se de uma fonte de energia que, no geral, não agride muito o ambiente, é totalmente segura e usa um tipo de matéria-prima muito abundante no Brasil, gerando eletricidade a partir do reaproveitamento do urânio.

33) FMC – 2011/2º Observe a charge abaixo.

(Adaptado de Raul Pederneiras. In: VELLOSO, Monica. "Que cara tem o Brasil?" Rio de Janeiro: Ediouro, 2000.)

Nestas imagens de 1921, o caricaturista compara os hábitos da elite carioca de "outrora" com os predominantes em sua época. As duas colunas representam reuniões sociais: na primeira, ressaltam-se as danças de origem europeia, como a polca e a valsa; e, na segunda, os pares dançam o maxixe, estilo mais popular derivado das danças dos escravos. A crítica feita pelo cartunista revela

a) a possibilidade do despertar popular como resultado do acesso das classes menos favorecidas aos dancing clubs, em um Brasil que se industrializava.

b) o desprezo pelas manifestações culturais de raiz africana, que avançavam sobre os “salões cultos” despertando o interesse pela consciência social.

c) a consideração dos padrões culturais europeus como modelo, mesmo às vésperas da Semana de Arte Moderna.

d) o descontrole que as elites econômicas do País exerciam sobre a sociedade em um momento de ebulição internacional, fruto da Primeira Guerra e da Revolução Russa.

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34) FMC – 2011/2º Leia atentamente o texto. Em 22 de março, comemora-se o dia mundial da água, data criada pela ONU, em 1993, com o objetivo de chamar a atenção para a escassez desse recurso, bem como para conscientizar as pessoas sobre a necessidade de preservação e reaproveitamento da água de que dispomos hoje. Levando em conta as alternativas adiante, a respeito da água doce, assinale a INCORRETA: a) Em situação de escassez, o uso prioritário dos recursos hídricos

é para aqueles que pagam pela água, já que ela é um bem dotado de valor econômico.

b) A água é um recurso natural limitado, dotado de valor econômico.

c) Os agrotóxicos podem modificar as características dos “corpos de água”, gerando impactos em rios e mananciais.

d) No Brasil, uma importante parcela da água potável é desperdiçada em atividades humanas, como banhos demorados, escovação de dentes com as torneiras abertas e lavagem de carros e calçadas.

35) FMC – 2011/2º Leia o texto. “A formação dos Estados foi certamente distinta na Europa, na América Latina, na África e na Ásia. Os Estados atuais, em especial na América Latina — onde as instituições das populações locais existentes à época da conquista ou foram eliminadas, como no caso do México e do Peru, ou eram frágeis, como no caso do Brasil —, são o resultado, em geral, da evolução do transplante de instituições europeias feito pelas metrópoles para suas colônias. Na África, as colônias tiveram fronteiras arbitrariamente traçadas, separando etnias, idiomas e tradições, que, mais tarde, sobreviveram ao processo de descolonização, dando razão para conflitos que, muitas vezes, têm sua verdadeira origem em disputas pela exploração de recursos naturais. Na Ásia, a colonização europeia se fez de forma mais indireta e encontrou sistemas políticos e administrativos mais sofisticados, aos quais se superpôs. Hoje, aquelas formas anteriores de organização, ou pelo menos seu espírito, sobrevivem nas organizações políticas do Estado asiático.”

GUIMARÃES, S. P. Nação, nacionalismo, Estado. Estudos Avançados. São Paulo: EdUSP, v. 22, n.º 62, jan.- abr. 2008 (adaptado).

Considerando as informações e o contexto histórico por elas evocado, assinale a opção CORRETA acerca da construção socioeconômica dos continentes mencionados no texto: a) A grande distinção que se pode fazer entre os processos

históricos mencionados diz respeito às diferentes formas de atuação da Europa colonizadora sobre as áreas exploradas.

b) A existência de recursos naturais já explorados organizadamente, nos continentes africano e asiático, gerou formas colonizadoras mais suaves do que aquelas adotadas na América.

c) A sofisticação dos sistemas administrativos asiáticos frente aos modelos imperialistas europeus permitiu a sobrevivência de fortes características dos antigos sistemas de produção.

d) A debilidade das instituições brasileiras, à época da colonização, foi responsável pela sua maior sujeição aos modelos europeus, diferentemente do que ocorreu no México e no Peru.

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36) FMC – 2011/2º “Desde o início da colonização, a Amazônia brasileira tem sido alvo de ação sistemática de extração de riquezas, que se configurou em diferentes modos de produção e de organização social e política [...]. Se a Amazônia dos rios foi o padrão que marcou mais de quatro séculos de ocupação européia, a coisa começa a mudar de figura nas três últimas décadas do século XX.” SAYAGO, D.; TOURRAND, J. F.; BURSZTYN, M. (Org.) Amazônia: cenas e

cenários. Brasília: UnB, 2004. Em relação à Amazônia, é INCORRETO afirmar: a) São inúmeros os dados que indicam a devastação dos 64

milhões de hectares da Amazônia. Boa parte da culpa cai sobre os pecuaristas. De um rebanho de 70 milhões de cabeças de gado em território brasileiro, 36% estão na Amazônia, o que faz com que 78% das áreas abertas da floresta sejam usadas para pastagem.

b) Entre as transformações ocorridas na Amazônia brasileira, nas três décadas finais do século XX, destaca-se a implantação de zona franca nas fronteiras internacionais, a exemplo das fronteiras com a Bolívia e a Venezuela.

c) Na região amazônica, encontram-se os chamados povos da floresta: comunidades formadas por seringueiros, catadores de castanha-do-Pará, ribeirinhos, além de povos indígenas de diversas nações. São populações que vivem principalmente do extrativismo e de atividades sustentáveis, como ecoturismo e artesanato.

d) O ecossistema amazônico, como qualquer outro, é muito frágil, porém, possui rica diversidade e uma extensão de área suficiente para a implantação de programas sustentáveis de exploração extrativista, sendo totalmente impróprio para a agropecuária mais tradicional da sojicultura e da criação animal.

37) FMC – 2011/2º Em análises apressadas, alguns jornalistas brasileiros tentaram enxergar, na “Era Lula”, identidades com o fenômeno do Populismo, chegando, várias vezes, a comparar o ex-presidente com Getúlio Vargas, símbolo máximo do fenômeno. Lembrando que a história, como ciência, precisa de tempo de maturação de suas teses, pode-se afirmar que um dos erros dos jornalistas, nessa comparação, foi

a) ver, no comportamento, por vezes, passional do ex-presidente,

uma encenação para garantir apoio popular, já que suas relações com o mundo do trabalho já foram, há muito, rompidas.

b) considerar o programa Bolsa Família como projeto “clientelista eleitoreiro”, pelo fato de ter atingido apenas as áreas urbanas, onde se concentra a maioria dos eleitores.

c) desconsiderar que, sem uma ampla articulação partidária dentro do Congresso Nacional, o Poder Executivo, hoje, não tem sustentação para realizar seus projetos; diferentemente do que ocorria no período populista, quando os presidentes tinham, sempre, ampla maioria de apoio no Legislativo.

d) identificar, em seus discursos e projetos, um perfil nacionalista e anti-imperialista semelhante ao discurso varguista, quando, na realidade, as articulações internacionais continuaram a seguir a cartilha do neoliberalismo globalizado.

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38) FMC – 2011/2º

Observe a charge.

A ilustração evidencia a) os sem-terras brasileiros, que, organizados em grupos de

extrema esquerda, veem nos Estados Unidos um dos seus maiores inimigos, por este país ser contra o movimento social organizado.

b) a China como uma das principais concorrentes emergentes do cenário econômico, fazendo frente à hegemonia dos EUA.

c) a crescente onda separatista que atingiu a Indonésia, cuja população é, em sua maioria, de religião muçulmana, contrária à ingerência norte-americana em sua economia.

d) a associação dos países asiáticos (exceto Japão) formando um bloco econômico coeso que faz oposição aos EUA, país que tem apoiado o Japão nos seus propósitos expansionistas no Extremo Oriente.

39) FMC – 2011/2º

Leia o trecho abaixo, escrito no último ano do século XX. "O debate acerca do mundo e da vida neste fim de século organiza-se (...) em torno de pensadores, quase sempre de classe média e universitários, que são uma pequena minoria. Esta minoria enxerga de preferência os elementos que a preocupam mais. Assim, ao ouvi-la, teríamos a impressão de que os debates acerca de coisas como o feminismo (...), ecologismo (...), multiculturalismo (...), descriminalização e desmedicação do homossexualismo e do uso de drogas – em suma, a partir de posições que nos Estados Unidos são conhecidas como 'politicamente corretas' – configurariam as discussões mais importantes, mais vitais e urgentes do mundo atual."

(CARDOSO, Ciro F. In: REIS FILHO, D. e outros (org.). O século XX: o tempo das dúvidas. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2000.)

Agora leia o trecho a seguir, escrito em princípios de 2011. “Para os EUA e aliados, a Arábia Saudita é a última fortaleza a ser preservada da 'contaminação revolucionária'. Porém, se levarmos em consideração as recentes atitudes do monarca saudita, as fissuras já aparecem. Após passar meses hospitalizado, o monarca foi tomado por um verdadeiro surto humanitário e prometeu despejar US$ 37 bilhões em medidas de seguridade social, habitação e emprego.”

(Reginaldo Nasser para www.cartacapital.com.br em 1º/03/2011)

A diferença entre os trechos, apesar do curto espaço de tempo que os separa, parece confirmar a visão de que a história é imprevisível em suas reviravoltas.

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Considerando-se essa perspectiva, pode-se afirmar: a) Os movimentos que agitam o norte do continente africano e o

Oriente Médio atualmente surpreenderam certos setores intelectuais, que imaginavam o século XXI como um momento de superação dos levantes populares tradicionais.

b) As discussões consideradas como “politicamente corretas” foram suplantadas pela preocupação em identificar o perfil dos novos movimentos populares que assolam regiões de tradicionais regimes autoritários.

c) O avanço dos debates em torno das questões da cidadania, ao final do século XX, foi incapaz de prever a possibilidade de revoltas populares na “periferia do mundo”, considerando-se que seus regimes já haviam esgotado as possibilidades democráticas.

d) Mesmo que se desconsiderem os movimentos populares que assolam o Oriente Médio atual como revolucionários, fica a necessidade de se discutir os limites das alianças ocidentais com regimes que eram considerados seguros para os interesses do mundo desenvolvido.

40) FMC – 2011/2º Na Índia, o setor de serviços tecnológicos se transformou em um

dos principais motores da economia e permitiu que o país crescesse a uma média de 6% ao ano, desde o começo dos anos 1990. As maiores empresas mundiais da área de informática e de telecomunicações têm filiais nesse país.

(adaptado de: Folha de S. Paulo – 10/09/06)

A Índia é considerada um país do grupo classificado, na atualidade, como emergente. Sobre os países desse grupo, é INCORRETO afirmar: a) O México vem alcançando rápido crescimento industrial ao

adotar um modelo de zonas francas no qual empresas norte-americanas se deslocam para as fronteiras a fim de utilizar a farta e barata mão de obra imigrante mexicana.

b) A Rússia contrapõe sua condição de membro do grupo de países mais desenvolvidos do mundo – o G8 – a um desempenho econômico típico de países emergentes.

c) Os investimentos externos em setores tecnológicos, na Índia, relacionam-se com a abertura ao capital estrangeiro, com as privatizações, bem como com a qualificação e os baixos salários de uma parcela da população.

d) O intenso crescimento econômico chinês, notadamente no setor industrial, vem proporcionando uma diminuição das desigualdades sociais do país, sobretudo nos níveis de renda e consumo.

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PROVA DE LÍNGUA INGLESA

Guideline: Read the texts below, then tick the correct alternative, according to each question. TEXT I I really liked Tom when we first met. However, I wasn’t attracted to him at all, even though my friends thought he was handsome. He invited me out, but I must admit that I was more tempted by his sports car than by him at first. But it turns out that I really enjoyed spending time with him. He fascinated me with his stories of his travels around the world, and something mysterious about his past attracted me too. Soon I realized I had fallen in love with him. His sense of humor appealed to me, and I was also enchanted by his gift for poetry. Now, two years later, I’m crazy about him and can’t understand why I didn’t fall for him the moment we first set eyes on each other. He’s always affectionate and loving toward me and passionate about the causes he believes in and people he cares for.

(From Vocabulary – in Use, upper Intermediate / Cambridge)

41) FMC – 2011/2º

When the writer and Tom first met, she

a) amused herself for being with him. b) loved him. c) felt it was love at first sight. d) soon decided she should get caring toward(s) him.

42) FMC – 2011/2º

___________, she wasn’t ____________ him at the very start. a) Nevertheless / pushed to b) Yet / drawn to c) So / committed to d) In spite of / involved with

43) FMC – 2011/2º

I. Her friends regarded him as a beautiful guy. II. She liked his car quite a lot. III. Something mysterious about his past menaced her. IV. He is also a novelist.

a) III and IV are wrong. b) I is right, but II isn’t. c) Only IV is wrong. d) II is right, I isn’t.

44) FMC – 2011/2º It didn’t take her long to _______________ that she had grown crazy about him. a) refuse the idea b) report c) achieve d) notice

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45) FMC – 2011/2º From her viewpoint, his sense of humor _____________ her. a) appeased b) pacified c) pleased d) praised 46) FMC – 2011/2º

Something mysterious about Tom’s past _______________ her.

a) mistreated b) betrayed c) delighted d) disappointed TEXT II

Why do we dream? Two different schools of thought exist as to why we dream: the physiological school, and the psychological school. Both, however, agree that we dream during the REM, or rapid eye movement, phase of sleep. During this phase of sleep, our closed eyes move fast about and our brain activity peaks. The physiological theory centres upon how our brains function during the REM phase. Those who believe this theory say that we dream to exercise the brain cells. When awake, our brains constantly transmit and receive messages and keep our bodies in perpetual motion. Dreams replace this function. Psychological theorists of dream focus upon our thoughts and emotions, and say that dreams deal with immediate concerns in our lives, such as unfinished business from the day. Connections between dreams and the human psyche have been made for thousands of years. The Greek philosopher Aristotle wrote in his Parva Naturalia, over 2.200 years ago, of a connection between dreams and emotional needs. Sweet dreams!

(From New Headway – Upper-intermediate / Oxford)

47) FMC – 2011/2º

In the sentence “Two different schools of thought exist as to why we dream….”, the underlined words mean the same as

a) as yet. b) as a result. c) so as to. d) regarding. 48) FMC – 2011/2º All the statements below concern the physiological theory about our dreams, EXCEPT

a) During the REM phase of sleep we keep our eyes semi-closed. b) Our brains keep our bodies in motion when we are awake. c) Some say that we dream in order to exercise our brain cells. d) While not sleeping, our brains transmit and get messages. 49) FMC – 2011/2º If our brain activity peaks, it a) interrelates all humans’ previous living experiences. b) gets to its highest. c) reveals the connection between our current needs and our

future ones. d) does a lot of good to our following day. 50) FMC – 2011/2º There have been ___________________ between the human psyche and dreams. a) studies b) ties c) connectors d) documentaries

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PROVA DE LÍNGUA ESPANHOLA Instrucciones: Lea atentamente el texto siguiente y después conteste a las preguntas. TEMA: Éxito ¿Por qué cuando el éxito está disponible para todos, pocas personas lo aprovechan? Para algunos lograr tener un físico delgado, vibrante de energía, estéticamente perfecto, podría ser el éxito, para muchos estudiantes graduarse constituiría el mayor éxito. Las personas serias, las que han bloqueado totalmente el entusiasmo de su existencia, se han vuelto solemnes, preocuponas y estresadas. Cuánto critican a los entusiastas cuando, por ejemplo, llegan a la oficina y dicen: ¡Hola, qué tal! Buenos días. ¿Cómo están? Piensan: Qué falso, qué vacío y sin fundamento se ve este tipo; se ve inocente, poco sofisticado, fuera de realidad y muy seguidor. Yo soy serio, feo, fuerte y formal, dicen, y si no se sienten estresados consideran que no están trabajando. No, mi querido amigo, la vida fue hecha para disfrutarse, recuerda eso. A continuación te presento la fórmula para destacar en la vida: Cuando abrimos los ojos en la mañana pensamos: ¿queremos un buen día o un mal día? Y desde este instante nos programamos para tener un buen día o un mal día. Fíjate bien, desde que abrimos los ojos por la mañana, esta es la forma de levantarnos: “¡Qué precioso día! Viviré este día como si fuera el último de mi vida” (Esta es una de mis frases preferidas.) Desde hace tiempo comprobé que nosotros mismos programamos si queremos tener un día bueno o malo, y por increíble que parezca, lo causamos. Fuente: http://www.reflexionempresarial.com.mx/e.asp (Alex Dey)

41) FMC – 2011/2º Según el texto, es INCORRECTO afirmar que a) lograr un buen físico para algunos es un éxito. b) el éxito está disponible para todas las personas. c) el éxito está disponible para algunas personas. d) graduarse sería para otros un gran éxito. 42) FMC – 2011/2º NO se menciona en el texto: a) El éxito en todo lo que se hace. b) La vida hecha para disfrutarla. c) La fórmula para destacar en la vida. d) Nuestras programaciones. 43) FMC – 2011/2º De acuerdo al texto, se tiene un mal día si a) no se tolera una falta. b) se programa para que sea. c) se siente estresado. d) se pierde el entusiasmo. 44) FMC – 2011/2º Del texto se puede deducir que tienen éxito a) solamente las personas serias y formales. b) todas las personas rechazadas. c) pocas personas programadas. d) solo las personas programadas y rechazadas.

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45) FMC – 2011/2º Considerando la frase del texto “Viviré este día como si fuera el último de mi vida” (4º párrafo), se puede concluir que se

a) extraña el día último de la vida. b) desea pasar el día en fiesta. c) espera un día sin preocupaciones. d) quiere tener el mejor de los días. 46) FMC – 2011/2º

De acuerdo con el texto la fórmula para destacar en el vida es a) alcanzar un físico delgado y vibrante de energía. b) programarla para tal hecho. c) ser organizado, programador y solemne. d) desconfiar para prevenir el mal. 47) FMC – 2011/2º En el texto, la frase “se ve inocente, poco sofisticado, fuera de realidad y muy seguidor” se refiere a a) los entusiastas, que son poco seguidores del éxito. b) los serios, que son poco sofisticados y seguidores. c) los entusiastas, que piensan que los serios están extraños. d) los serios, que piensan así de los entusiastas.

48) FMC – 2011/2º Considerando el siguiente fragmento del texto: “Las personas serias, las que han bloqueado totalmente el entusiasmo de su existencia” (2° párrafo), se puede afirmar que la acción se ubica en un plano temporal a) presente y futuro distante. b) pasado terminado y concluido. c) pasado próximo y presente. d) futuro próximo al pasado. 49) FMC – 2011/2º La alternativa que indica CORRECTAMENTE el plural de las palabras escritas es a) Este tipo = estos tipos. b) La oficina = los oficinas. c) El logro = las lograciones. d) Un mal = uns males. 50) FMC – 2011/2º Señale la opción en que la correspondencia está INCORRECTA: a) Graduarse (1° párrafo) – titularse. b) Lograr (1° párrafo) – llegar. c) Preocuponas (2° párrafo) – despistadas. d) Lo causamos (4° párrafo) – lo propiciamos.

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REDAÇÃO Leia os seguintes fragmentos textuais. “O jovem de hoje é aquilo com que o capitalismo sempre sonhou, ou seja, está dentro de uma das formas criadas pela indústria cultural para ser considerado normal. E a mídia tem um papel fundamental, pois, armada com a propaganda e o marketing, impõe diversos contravalores e faz disso uma falsa oportunidade para ele ‘ser feliz’.”

http://www.consumismo.kit.net/mid.htm “O psicanalista Joel Birrnan, professor de Psicologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), acredita que a voracidade do compulsivo está envolvida com elementos tão presentes na atualidade, como o narcisismo, o culto ao eu e o vazio existencial. ‘As pessoas recorrem ao consumo exagerado para que possam exibir uma imagem narcísica, que tem por objetivo o preenchimento do vazio com objetos. A compulsão se baseia numa lógica social que supervaloriza o ter em detrimento do ser.’”

Consumo. Logo existo. Revista Scientific American - por Roberta de Medeiros

Elabore um TEXTO DISSERTATIVO em que você se posicione sobre o consumismo. Utilize os fragmentos acima como embasamento para a sua produção, sem, no entanto, copiá-los ou se limitar, tão somente, a parafraseá-los. Na elaboração de seu texto, apresente argumentos consistentes e bem fundamentados, capazes de dar sustentação ao seu ponto de vista. Observações:

• Produza um texto de, no mínimo, 15 linhas. • Dê um título a ele. • Faça a redação a tinta.

RASCUNHO

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CADERNO ADMINISTRAÇÃO E CONTÁBEIS PROVA DE LÍNGUA PORTUGUESA E

LITERATURA BRASILEIRA Instrução: Leia, com atenção, o texto a seguir, pois as questões de 1 a 14 referem-se a ele.

A MAIOR IRONIA

Com o ensino cada vez pior – e ainda por cima sendo mais difícil conseguir uma reprovação – temos gente saindo das universidades quase sem saber coordenar pensamentos e expressá-los por escrito, ou melhor: sem saber o que pensar das coisas, desinformados e desinteressados de quase tudo. Fico imaginando como será em algumas décadas. A ignorância alastrando-se pelas casas, escolas, universidades, escritórios, congressos, senados... Multidões consumistas ululando nas portas e corredores de gigantescos shoppings, países inteiros saindo da obscuridade – não pela democracia, mas para participar da orgia de aquisições, e entrar na modernidade. Em algumas coisas, sou pessimista: essa é uma delas. Mas acredito que os que ainda quiserem pensar, estudar, descobrir, inventar, pintar, dançar, cantar ou escrever vão viver numa espécie de ilha. Talvez em universidades tradicionais ou ultra-adiantadas, ou no aconchego de bibliotecas em casa, praticamente todas de e-books ou recursos com que nem sonhamos, exigindo pouco espaço. Já existem, em países adiantados, intelectuais, pensadores, pesquisadores, cientistas pagos para pensar, criar, inventar, descobrir. (...) As atuais agitações em países do Oriente me fizeram pensar que a filosofia (os gregos) foi substituída pela religião, a religião pelas ideologias, e as ideologias, atualmente, pelo consumismo. Não sou contra consumir, gosto do meu celular eficiente e relativamente moderno, embora saiba que em poucas semanas, ou dias, ele estará ultrapassado. Isso não me incomoda. Não me deixa ansiosa

por trocar este por outro, que em pouco tempo também deverá ser substituído, numa compulsão idiota. Não gosto é dessa compulsão idiota. Meu computador e meu notebook são atualizados e eficientes, mas não me importa que em algumas semanas estejam superados, desde que funcionem bem. Gosto de poder trocar de carro quando o outro bate biela (não sei bem o que é biela, mas ouvi falar). Porém, nem posso nem desejo estar sempre com o último modelo, ou o mais luxuoso. Diante da miséria de meu país, acho que isso me envergonharia, como caríssimas joias e bolsas ou roupas de grife. Vivo uma busca de simplicidade, que ajuda bastante a viver curtindo mais e melhor as coisas boas que existem no meio do horror. Podem ser simplíssimas, como um livro interessante, um Mozart profundo, as crianças que correm no jardim de uma casinha que temos na montanha. Um casal de guaxinins fez seu ninho embaixo da varanda, nosso novo encantamento. Se a gente não consegue coisas desse tipo, a vida fica pesada demais. Corrida demais. Relógios demais, compromissos demais, bebida, comida, contas demais, e de repente a velha prostituta que chamamos Morte revira seus olhos sinistros de gato, limpa os bigodes e prepara o bote. E nós, onde estamos? Em casa, na cama, na loja, no bar, na praia, na multidão enlouquecida, na solidão do hospital – ou rodeados de alguns afetos essenciais? Ou sozinhos, mas apaziguados? Ou em alguma ilha, que pode ser de artistas ou pensadores dignamente valorizados, ou no minúsculo escritório, ou quarto, em casa, sentindo o contentamento de alguns momentos bons, ou simplesmente refletindo, contemplando? Vamos ter “aproveitado” a vida, coisa que se aconselha aos jovens desde o tempo de minhas avós – aos rapazes naturalmente, naqueles tempos de moças recatadíssimas –, vamos continuar infantilizados, ou vamos melhorar um pouco como seres humanos? Ou isso tudo não nos interessa nadinha (o que é mais provável)?

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O que vai ser, o que vamos sentir, alegria ou tormento, ansiedade inútil ou trabalho de crescimento pessoal, e como vamos enfrentar as unhas afiadas daquela velha dama de gélidos olhos? Quase sempre depende de nós, que giramos feito baratas tontas em busca da última novidade, do mais moderno acessório, da mais louca diversão. E essa é a maior ironia.

(Lya Luft. Veja. 16 de fevereiro de 2011.) 1) FMC – 2011/2° Com base na leitura do texto, é INCORRETO afirmar que a autora a) critica a qualidade do ensino, que tem feito

ingressar no mercado profissionais desqualificados. b) contrapõe um comportamento que considera

alienante e estressante à satisfação proporcionada pela simplicidade.

c) aponta a distorção de valores da sociedade moderna, confrontando-a com uma época em que as pessoas utilizavam menos recursos tecnológicos.

d) valoriza os indivíduos que buscam manter-se atualizados a partir das tecnologias, sem se deixar atingir pela compulsão consumista.

2) FMC – 2011/2° Na construção do texto, constata-se a) a utilização recorrente de um registro linguístico

rebuscado em detrimento de uma linguagem coloquial. b) a interrupção das reflexões sobre o tema com a

exposição de fatos da vida da autora. c) o emprego de expressões conotativas para

ilustrar acontecimentos infactíveis d) a recorrência ao emprego de ironia e de

expressões de baixo calão. 3) FMC – 2011/2°

Ao apresentar suas reflexões sobre o que considera “a maior ironia”, a autora demonstra e) descrença. f) alienação. g) arrogância. h) conformismo. 4) FMC – 2011/2° Analise a seguinte frase do texto. “ - e ainda por cima sendo mais difícil conseguir uma reprovação -” Tomando-se como base as condições em que se encontra a educação no Brasil, nos tempos atuais, pode-se afirmar que, nesse trecho, a autora e) escarnece da dificuldade dos professores em justificar a

atribuição de pontos aquém da média aos alunos. f) salienta a alta exigência das universidades em tempos

anteriores, quando se exigia profundo conhecimento dos alunos.

g) constata a perspicácia dos alunos, a qual lhes confere facilidade para atingir as médias necessárias à aprovação.

h) critica atuais critérios de avaliação, que permitem que o aluno prossiga seus estudos sem se demonstrar apto para tal.

5) FMC – 2011/2° Só NÃO demonstra um posicionamento crítico da autora o seguinte fragmento textual: e) “Multidões consumistas ululando nas portas e corredores de

gigantescos shoppings, países inteiros saindo da obscuridade – não pela democracia, mas para participar da orgia de aquisições, e entrar na modernidade.”

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f) “Talvez em universidades tradicionais ou ultra-adiantadas, ou no aconchego de bibliotecas em casa, praticamente todas de e-books ou recursos com que nem sonhamos, exigindo pouco espaço.”

g) “As atuais agitações em países do Oriente me fizeram pensar que a filosofia (os gregos) foi substituída pela religião, a religião pelas ideologias, e as ideologias, atualmente, pelo consumismo.”

h) “Diante da miséria de meu país, acho que isso me envergonharia, como caríssimas joias e bolsas ou roupas de grife.”

6) FMC – 2011/2° Avalie as frases a seguir. IV- A morte pede passagem V- O paradoxo da atualidade VI- O que leva ao consumismo? O título do texto poderia ser substituído APENAS por e) II. f) I e II. g) III. h) I e III. 7) FMC – 2011/2° Leia o trecho abaixo, de entrevista da autora a Márcio Vassallo, da Agência Riff.

Tem gente que está sempre correndo e não sai nunca do lugar? Lya Luft - Tem gente que está sempre correndo, não sai do lugar e ainda vai para trás, avança menos do que poderia, ou avança pelo caminho errado. E também existe muita agitação interior. Cada vez mais as pessoas têm que mostrar serviços para as outras, têm que usar as roupas de grife, têm que ter aquela bolsa, têm que ser bonitas, têm que ser atléticas, têm que ser alegres. E eu acho que, acima de tudo, a gente tem é que ser feliz. Em relação às ideias do texto “A maior ironia”, o trecho da entrevista a) não se relaciona com elas. b) mostra-se incoerente com elas. c) as corrobora. d) as põe em cheque.

8) FMC – 2011/2° Leia, com atenção, o seguinte fragmento. “Em casa, na cama, na loja, no bar, na praia, na multidão enlouquecida, na solidão do hospital – ou rodeados de alguns afetos essenciais?” Os itens que compõem a frase acima estão ordenados seguindo uma lógica e) caótica. f) gradativa. g) antitética. h) sequencial. 9) FMC – 2011/2° Leia, com atenção, as frases abaixo.

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IV- “Se a gente não consegue coisas desse tipo, a vida fica pesada demais.”

V- “Não me deixa ansiosa por trocar este por outro, que em pouco tempo também deverá ser substituído, numa compulsão idiota.”

VI- “A ignorância alastrando-se pelas casas, escolas, universidades, escritórios, congressos, senados...”

Observa-se um efeito de sentido figurado em e) I, II e III. f) I apenas. g) II apenas. h) I e III apenas. 10) FMC – 2011/2° Leia o trecho. “Podem ser simplíssimas, como um livro interessante, um Mozart profundo, as crianças que correm no jardim de uma casinha que temos na montanha.” Observa-se, na passagem, a presença da seguinte figura de linguagem: e) sinestesia f) metonímia g) metáfora h) personificação 11) FMC – 2011/2° Leia o excerto. “Multidões consumistas ululando nas portas e corredores de gigantescos shoppings...”

O termo grifado pode ser substituído, sem prejuízo do sentido original, por a) vociferando. b) transitando. c) digladiando-se. d) multiplicando-se. 12) FMC – 2011/2° Observe as orações que compõem o seguinte trecho. “Não sou contra consumir, gosto do meu celular eficiente e relativamente moderno, embora saiba que em poucas semanas, ou dias, ele estará ultrapassado. Isso não me incomoda. Não me deixa ansiosa por trocar este por outro, que em pouco tempo também deverá ser substituído, numa compulsão idiota. Não gosto é dessa compulsão idiota. Meu computador e meu notebook são atualizados e eficientes, mas não me importa que em algumas semanas estejam superados, desde que funcionem bem.” Entre elas, só NÃO está presente a relação de e) adversidade. f) concessão. g) conformidade. h) condição. 13) FMC – 2011/2° Observe a grafia do termo grifado no trecho a seguir. “Talvez em universidades tradicionais ou ultra-avançadas...” Quanto ao uso do hífen ou sua supressão na formação de palavras compostas, de acordo com as novas regras ortográficas, marque a opção INCORRETA:

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e) Belo-horizontino f) Microondas g) Infraestrutura h) Antissocial 14) FMC – 2011/2° Em todas as opções, o termo negritado exerce a mesma função, EXCETO em e) “Não sou contra consumir, gosto do meu celular eficiente e

relativamente moderno, embora saiba que em poucas semanas, ou dias, ele estará ultrapassado.”

f) “Talvez em universidades tradicionais ou ultra-adiantadas, ou no aconchego de bibliotecas em casa, praticamente todas de e-books ou recursos com que nem sonhamos, exigindo pouco espaço.”

g) “O que vai ser, o que vamos sentir, alegria ou tormento, ansiedade inútil ou trabalho de crescimento pessoal, e como vamos enfrentar as unhas afiadas daquela velha dama de gélidos olhos?”

h) “Vamos ter ‘aproveitado’ a vida, coisa que se aconselha aos jovens desde o tempo de minhas avós – aos rapazes naturalmente, naqueles tempos de moças recatadíssimas – ...?”

Instrução: As questões de 15 a 20 têm por base a leitura das obras literárias indicadas para este concurso: A Estrela Sobe, de Marques Rebelo, e Contos de Aprendiz, de Carlos Drummond de Andrade. 15) FMC – 2011/2º Leia, com atenção, a seguinte passagem de A Estrela Sobe, envolvendo Leniza e Mário Alves.

[...] Dirigiram-se para o bar. Leniza sentiu a obrigação de falar. Viu o anel no dedo dele e perguntou: - O senhor é advogado? - Sou. (Era contador) - E tem muitas causas? - Nunca tive nenhuma, senhorita. Nenhuma, e riu: Uma falta de vocação absoluta! - Mas então o que é que o senhor faz? - Vendo aparelhos de rádio. Ela se iluminou: - Rádios?! - Sim, rádios. (Que havia nisso de tão extraordinário, para tanto espanto?!) Tenho uma pequena casa distribuidora. Dá para viver. - Quer dizer que o senhor conhece essa gente toda do rádio, não é?

(REBELO, M. A estrela sobe. Rio de Janeiro: Ediouro, s/d, p.58) No trecho em análise, o uso dos parênteses – um recurso estilístico do autor – tem a função de

a) indicar a onisciência do narrador e desvendar pensamentos das personagens.

b) sugerir a ambiguidade da leitura, conferindo ao leitor maior participação na obra.

c) estabelecer a carga dramática da narrativa, que se desenvolve através de intenso conflito.

d) conter a técnica digressiva e remeter o personagem para o seu passado.

16) FMC – 2011/2º Art. 124 Provocar aborto em si mesmo ou consentir que outrem lho provoque: Pena – detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos.

(Código Penal Brasileiro)

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Assinale a passagem de A Estrela Sobe que faça referência a esse crime: a) “Seu Martin não podia pagar. Desculpava-se,

rebaixava-se diante do homem da pasta, triste como um corcunda.”

b) “Era quase um brinquedo, sem nenhuma

importância, mais fácil do que beber um copo d’água. Mas pedia sigilo.”

c) “Foi uma crise completa. Inapetência, insônia,

melancolia, devaneio, uma doce preguiça de falar, de agir.” d) “Falava para o enfermeiro, que se ajoelhou ao

lado da cama e lhe entregou a mão calosa. A comadre apertou-a.”

17) FMC – 2011/2º

Leia, com atenção, a seguinte passagem de A Estrela Sobe.

A atitude das pequenas se transformou: Oh! não! Tenha a bondade! Nada disso! Faz favor!...Ora!...Mas Leniza insistia com o melhor dos sorrisos: - Serei a última. Será um prazer. Porto sorriu maldoso: - Isto aqui está mudando... Vê se compõe um samba comemorativo Olinto, você que tem bossa. Eu dou o título: “Rádio Itamarati...”

(REBELO, M. A Estrela Sobe. Rio de Janeiro: Ediouro, s/d, p.119)

O humor desse trecho do romance justifica-se por a) relacionar a frase da protagonista com um

provérbio popular, sugerindo que os últimos serão os primeiros.

b) evidenciar, na atitude das moças, um

comportamento rotineiro incapaz de sofrer qualquer espécie de transformação.

c) atribuir a uma composição musical um título

irônico, que remete, metonimicamente, à diplomacia. d) confundir a palavra “bossa” com um estilo

musical anacrônico ao tempo da ação da narrativa.

18) FMC – 2011/2º Leia as seguintes passagens.

Texto 1 [...] E deu com o homem do banco ao lado, um homem narigudo e amarelo, olhando fixo para ele. Raio! que encontrava alguém em que pudesse descarregar a cólera que guardara. Seguro de sua superioridade corporal, encarou-o, duro, agressivo – perdeu alguma coisa na minha cara?!... O homem amedrontou-se, disfarçou, acendeu um cigarro, fingiu que se interessava pelos anúncios do carro.

(REBELO, M. A Estrela Sobe. Rio de Janeiro: Ediouro, s/d, p.120)

Texto 2

A vida, solicitando-nos a novos hábitos, impõe-nos igualmente nova técnica de cortesia, e há que ser gentil para com uma dama sentada, quando o nosso equilíbrio dependa da fidelidade a uma argola suspensa no teto de um veículo em movimento célere. A calça num cabide solto no espaço teria o direito de ondular ao sabor da viração, como num quadro de Salvador Dali; mas o homem em condições similares deve manter compostura e mostrar-se afável e atento a uma senhora estabelecida em sua poltrona.

(ANDRADE, C. D. “Extraordinária conversa com uma senhora de minhas relações”, In Contos de Aprendiz. Rio de Janeiro: José Olympio, 1975. p. 147)

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Cotejando-se as passagens transcritas, conclui-se que a) os narradores, ao confessarem suas

experiências, demonstram reações contraditórias. b) os personagens em cena demonstram um

idêntico comportamento. c) o surrealismo é o estilo que melhor representa a

atitude das pessoas no mundo contemporâneo. d) o espaço do transporte coletivo dá

margem a diferentes abordagens da ficção urbana.

19) FMC – 2011/2º A sátira é um expediente adotado por Carlos Drummond de Andrade em alguns de seus contos. Aponte o trecho que melhor exemplifique essa afirmação: a) “Aí começou o grande movimento nacional pela

reforma da Constituição, para se introduzir nela um dispositivo que impedisse ou punisse com pena de morte o furto do mar, do céu, da atmosfera ou de qualquer estrela.”

b) “Eis-nos, pois, eu e Joel, num domingo de março, nosso mofino dinheiro no bolso, à cata de sensações amáveis cuja recordação nos servisse para povoar o terreno baldio da semana seguinte.”

c) “Às vezes ela chegava a entrar no cemitério e a acompanhar o préstito até o lugar do sepultamento. Deve ter sido assim que adquiriu o costume de passear lá por dentro. Meu Deus, com tanto lugar para passear no Rio!”

d) “As rugas entrecruzavam-se sabiamente em redor das pálpebras cansadas, e uns olhos tristes, de uma tristeza particular e sem comunicação com o conjunto humano a que devia pertencer, abriam-se na paisagem de ruínas.”

20) FMC – 2011/2º

Leia o seguinte trecho. Eu perseguia o mito literário, implacavelmente, mas sem fé. Nunca meus poemas foram mais belos, meus contos e crônicas mais fascinantes do que nesse tempo de crescente solidão. Solidão, solidão... Era só o que havia em torno a mim, dentro em mim. (ANDRADE, C. D. “Um escritor nasce e morre.”, In Contos de Aprendiz. Rio

de Janeiro: José Olympio, 1975. p. 160) Assinale a alternativa que apresente versos de Carlos Drummond de Andrade que se opõem à atitude do narrador da passagem transcrita: a) Não serei o poeta de um mundo caduco. Também não cantarei o mundo futuro. Estou preso à vida e olho meus companheiros. Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças. Entre eles, considero a enorme realidade. O presente é tão grande, não nos afastemos. Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas. b) Sozinho no escuro qual bicho-do-mato, sem teogonia, sem parede nua para se encostar, sem cavalo preto que fuja a galope, você marcha, José! José, para onde? c) Nenhum desejo neste domingo nenhum problema nesta vida o mundo parou de repente os homens ficaram calados domingo sem fim nem começo.

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d) Coisa miserável, suspiro de angústia enchendo o espaço, vontade de chorar, coisa miserável, miserável.

PROVA DE MATEMÁTICA

21) FMC – 2011/2º

Considere n um número inteiro positivo ímpar que é divisor de 120. A soma dos valores distintos de n que satisfazem essa condição é igual a

a) 9 b) 23 c) 24 d) 8 22) FMC – 2011/2º Uma loja vende seus artigos nas seguintes condições: à vista com 5% de desconto sobre o preço de tabela ou no cartão de crédito com 2% de acréscimo sobre o preço de tabela. Um artigo que foi comprado com cartão de crédito por R$346,80, se fosse pago à vista, custaria a) R$328,51 b) R$338,00 c) R$323,00 d) R$322,52 Instrução: Para responder às questões 23 e 24, veja a seguir o trecho da reportagem publicada em 1o de março de 2011, no jornal O TEMPO – que apresenta dados de uma pesquisa sobre uma

avaliação da educação pública, no Brasil e em suas cinco regiões –, e o gráfico apresentado. “Segundo a pesquisa, mais da metade da população ouvida avalia negativamente o ensino: 27,2% dos entrevistados responderam que não houve mudanças na qualidade do ensino e 24,2% acreditam que o sistema piorou. O Sips (Sistema de Indicadores de Percepção Social), que foi desenvolvido pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) para captar a opinião da população sobre políticas e serviços públicos em diversas áreas, também mostra que a percepção sobre a situação educacional pública brasileira varia muito de acordo com a renda e a escolaridade dos entrevistados. Para 35,4% dos que têm nível superior completo ou pós-graduação, a educação piorou. No grupo daqueles que estudaram só até os últimos anos do ensino fundamental (5ª a 8ª série ou 6º a 9º ano), apenas 21,4% têm a mesma opinião.”

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23) FMC – 2011/2º

Com base no texto e no gráfico, marque a opção VERDADEIRA:

a) Na avaliação relativa às diversas regiões brasileiras, a maioria dos entrevistados entende que a educação pública não piorou.

b) Apenas 35,4% da população brasileira têm curso superior completo ou pós-graduação.

c) Em todas as regiões, o número de pessoas que responderam “piorou” à pesquisa foi menor do que o das que responderam “continua igual”.

d) Em relação ao Brasil, a pesquisa confirma que o ensino público tem melhorado nos últimos anos.

24) FMC – 2011/2º

Sendo a região Sudeste a mais populosa das cinco, com aproximadamente 80 milhões de habitantes, é possível estimar que o número de pessoas que consideram que o ensino público melhorou nessa região se encontra em torno de a) 36,1 milhões b) 23,9 milhões c) 40 milhões d) 32 milhões

25) FMC – 2011/2º Uma torneira goteja oito vezes a cada 20 segundos. Admitindo-se que as gotas tenham sempre volume igual a 0,1ml, pode-se dizer que o volume de água que vaza em doze horas, em litros, é igual a

a) 1728 b) 1,728 c) 17,28

d) 172,8 26) FMC – 2011/2º Um número A é formado por dois algarismos cuja soma é 12. Invertendo-se a ordem desses algarismos, obtém-se um número B. Fazendo-se B – A, encontra-se o resultado 54. O valor da diferença entre os algarismos de B corresponde a a) 4 b) 6 c) 2 d) 1 27) FMC – 2011/2º Se a equação x2 – 10x + k = 0 tem uma raiz dupla, então k + 3 vale a) 25 b) 28 c) 8 d) 5 28) FMC – 2011/2º Um operário ganha R$20,00 por hora de sua jornada semanal regular de trabalho, que é de 40 horas. Eventuais horas extras (aquelas trabalhadas além das 40 horas semanais) são pagas com um acréscimo de 50% no valor da hora normal. Assinale a fórmula algébrica que pode expressar o salário bruto semanal, S(h), para as semanas em que o operário trabalhar h horas, com h ≥ 40:

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a) S(h) = 30h – 400 b) S(h) = 30h + 400 c) S(h) = 30h – 30 d) S(h) = 20h + 30 29) FMC – 2011/2º O crescimento de uma população de certos micro-organismos colocados em meio apropriado é descrita por

P = 64000.(1 – 2–0,1t),

sendo P o número de micro-organismos contados t dias após o instante inicial (t = 0). Essa população atingirá o número de 32.000 habitantes quando o valor de t for igual a a) 100 b) 5 c) 20 d) 10 30) FMC – 2011/2º

Observe o gráfico a seguir, que representa as funções f(x) e g(x).

O valor de g(f(x)), quando x = 4, equivale a a) 2 b) 3 c) 1 d) 4 31) FMC – 2011/2º

Na figura a seguir, O é o centro de um círculo de área 16π cm2 e diâmetro AB. A área do triângulo CBD, em cm2, vale a) 12 b) 8 c) 16 d) 24

x

y

3

2

1

0 2 4

f

g

A B O

C

D

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32) FMC – 2011/2º

Um pintor dispõe de quatro cores para pintar cinco casas dispostas lado a lado, em uma rua. De acordo com o combinado com os donos das casas, cada casa deve ser pintada com apenas uma cor, e duas casas consecutivas não podem ser pintadas com a mesma cor. Sendo assim, o número de maneiras diferentes com que esse pintor pode executar seu trabalho é igual a a) 288 b) 144 c) 324 d) 384

33) FMC – 2011/2º Leia o texto abaixo.

“Correção de benefício acima do mínimo fica abaixo da inflação. (...) No início de janeiro, o Ministério da Previdência Social elevou o valor desses benefícios em 6,41%, percentual equivalente à estimativa do governo para o acumulado em 12 meses do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). No entanto o índice ficou em 6,47% no período, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).”

(Fonte: Jornal Estado de Minas – Caderno de Economia – 05/03/2011)

Com o reajuste apontado no texto, um aposentado que recebia, no ano anterior, um benefício de R$2.000,00 terá um prejuízo de

a) R$1,20 b) R$12,00 c) R$120,00 d) R$0,12

Instrução: Para responder às questões 34, 35 e 36, leia o texto a seguir e o gráfico que o acompanha, os quais mostram a evolução do emprego com carteira assinada em Minas Gerais. “O setor da economia mineira que mais gerou empregos no ano passado foi serviços (116.202 novas vagas), seguido por indústria de transformação (65.410) e comércio (64.967). O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) também apresentou dados referentes ao primeiro mês de 2011. Em janeiro, a expansão do nível de emprego em Minas Gerais foi de 0,36% com a contratação de mais 13.846 trabalhadores com carteira assinada.”

(Fonte: Jornal O Tempo de 25/02/2011)

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34) FMC – 2011/2º Com relação ao texto e ao gráfico, marque a opção VERDADEIRA: a) A economia mineira cresceu em 2010, gerando empregos

apenas nos setores de serviços, indústria de transformação e comércio.

b) O estado vem mantendo um crescimento contínuo no número de empregados registrados.

c) No período analisado, 2009 foi o ano em que Minas teve o menor número de empregados com carteira assinada.

d) O aumento do número de empregos com carteira assinada chegou próximo dos 140%, no ano de 2010.

35) FMC – 2011/2º Considerando-se os dados fornecidos na matéria, pode-se afirmar que o número total de trabalhadores com carteira assinada, em Minas Gerais, em janeiro de 2011, poderia ser estimado em a) 1,87 milhões b) 2,96 milhões c) 4,43 milhões d) 3,84 milhões 36) FMC – 2011/2º Após a realização da pesquisa, o governo de Minas resolveu fazer uma entrevista com um dos novos empregados para saber o que havia mudado em sua vida, após ter sua carteira assinada. Escolhendo-se, ao acaso, um desses novos trabalhadores contratados no ano de 2010, a probabilidade de ele ser do setor de comércio é de aproximadamente a) 32% b) 21% c) 44% d) 61%

37) FMC – 2011/2º Para calcular o preço de venda e o lucro de certo produto que produz e vende, uma empresa baseia-se no seguinte: o lucro obtido com a venda de uma unidade do produto é x – 6, sendo x o preço de venda e 6 o preço de custo. A quantidade vendida, a cada mês, depende do preço de venda e é, aproximadamente, igual a 20 – x. Nas condições dadas, o lucro máximo mensal (número de unidades vendidas vezes o lucro unitário) obtido com a venda do produto ocorre quando o preço de venda de cada unidade for igual a a) 9 b) 11 c) 13 d) 15 38) FMC – 2011/2º A figura a seguir representa uma área retangular onde será construído um muro para cercar um espaço de forma triangular.

A B

C D E

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As medidas dos lados do retângulo são AB = 20m e AD = 16m. Além disso, sabe-se que AB = BE. Assim, o muro que está representado por AE mede, em metros, a) 18,00 b) 17,92 c) 16,40 d) 15,64 39) FMC – 2011/2º Leia o texto. “Média de preços dos apartamentos vendidos em BH passa de R$160 mil para R$237 mil em 2 anos, alta de 48%. Mas, no período, área das unidades negociadas ‘encolhe’ 8 metros.”

(Fonte: Jornal Estado de Minas – Caderno de Economia – 02/03/2011)

Com base no texto acima, observando que a variação do preço equivale a apartamentos 8m2 menores, considere um apartamento de 100m2 que custasse, há dois anos, R$100.000,00. Se esse mesmo apartamento fosse vendido nos dias de hoje, ele valeria aproximadamente a) R$148.000,00 b) R$152.200,00 c) R$144.200,00 d) R$160.600,00 40) FMC – 2011/2º

Observe a figura. Nela estão representados um cubo e um triângulo com um vértice no centro da face superior e os outros dois nos pontos médios das arestas desse cubo.

Se a área desse triângulo mede 8cm2, qual deverá ser o valor do volume desse cubo, em cm3? a) 64 b) 48 c) 72 d) 24

REDAÇÃO Leia os seguintes fragmentos textuais. “O jovem de hoje é aquilo com que o capitalismo sempre sonhou, ou seja, está dentro de uma das formas criadas pela indústria cultural para ser considerado normal. E a mídia tem um papel fundamental, pois, armada com a propaganda e o marketing, impõe diversos contravalores e faz disso uma falsa oportunidade para ele ‘ser feliz’.”

http://www.consumismo.kit.net/mid.htm

(Use: 5 = 2,24)

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“O psicanalista Joel Birrnan, professor de Psicologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), acredita que a voracidade do compulsivo está envolvida com elementos tão presentes na atualidade, como o narcisismo, o culto ao eu e o vazio existencial. ‘As pessoas recorrem ao consumo exagerado para que possam exibir uma imagem narcísica, que tem por objetivo o preenchimento do vazio com objetos. A compulsão se baseia numa lógica social que supervaloriza o ter em detrimento do ser.’”

Consumo. Logo existo. Revista Scientific American - por Roberta de Medeiros

Elabore um TEXTO DISSERTATIVO em que você se posicione sobre o consumismo. Utilize os fragmentos acima como embasamento para a sua produção, sem, no entanto, copiá-los ou se limitar, tão somente, a parafraseá-los. Na elaboração de seu texto, apresente argumentos consistentes e bem fundamentados, capazes de dar sustentação ao seu ponto de vista. Observações:

• Produza um texto de, no mínimo, 15 linhas. • Dê um título a ele. • Faça a redação a tinta.

RASCUNHO

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