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VI JORNADA DE HISTÓRIA DA CIÊNCIA E ENSINO Propostas, tendências e construção de interfaces GUIA DO PARTICIPANTE 28, 29 e 30 de setembro 2017

VI JORNADA DE HISTÓRIA DA CIÊNCIA E ENSINO - ufjf.br · Ciência e Ensino, bem como a estudantes de Graduação e Pós-graduação. Em 2017 a VI Jornada de História da Ciência

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VI JORNADA DE HISTÓRIA DA CIÊNCIA E ENSINO

Propostas, tendências e construção de interfaces

GUIA DO PARTICIPANTE

28, 29 e 30 de setembro 2017

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O EVENTO A Jornada de História da Ciência e Ensino, evento bienal, teve

sua primeira edição em 2007. O evento tem o intuito de

propiciar um amplo espaço de discussão de propostas e troca

de experiências para contribuir na construção de interfaces

entre história da ciência e ensino.

O evento é destinado a professores dos ensinos fundamental,

médio e superior, interessados nas interações entre História da

Ciência e Ensino, bem como a estudantes de Graduação e Pós-

graduação.

Em 2017 a VI Jornada de História da Ciência e Ensino será

realizada na cidade de Juiz de Fora – Minas Gerais, fruto da

parceria entre o Núcleo de Estudos em História da Ciência

(NEHC) da Universidade Federal de Juiz de Fora e o grupo de

História da Ciência da Pontifícia Universidade Católica de São

Paulo.

Nessa edição o evento contará com sete minicursos e nove

workshops, bem como as apresentações de trabalhos em

comunicações orais, pôsteres e rodas de conversa.

www.ufjf.br/nehc

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ORGANIZAÇÃO

Coordenação Geral

Profa. Dra. Ivoni Freitas-Reis (NEHC/DQ-UFJF)

Profa. Dra. Maria Helena Roxo Beltran (PUC-SP)

Prof. Dr. Fumikazu Saito (PUC-SP)

Profa. Dra. Laís dos Santos Pinto Trindade (PUC-SP)

Me. Ingrid Nunes Derossi (NEHC-UFJF)

Comissão Organizadora

Me. Cláudia Sanches de Melo Aliane (GEEDUQ-UFJF)

Me. Dirlene Lima Valadão (GEEDUQ-UFJF)

Prof. Dr. Elói Teixeira César (Centro de Ciências-UFJF)

Erika Fernanda Leite de Melo Lima (GEEDUQ–UFJF)

Me. Fernanda Luiza de Faria (NEHC-UFJF)

Flávia Ribas de Brito (GEEDUQ-UFJF)

Graciane Cristina de Brito (NEHC-UFJF)

Isabella Rodrigues Silva (NEHC-UFJF)

Isabela Vieira da Silva (GEEDUQ-UFJF)

Prof. Dr. Joao Batista Alves dos Reis (NEHC-UNEC)

Me. Jomara Mendes Fernandes (NEHC-UFJF)

Prof. Dr. José Guilherme da Silva Lopes (GEEDUQ/DQ-UFJF)

Leonardo Lessa Pacheco (NEHC-UFJF)

Marcelo Fonseca Pinto (NEHC-UFJF)

Maria Helena Zambelli (NEHC-UFJF)

Mariana de Souza Gonçalves Bahia (NEHC-UFJF)

Me. Sandra de Oliveira Franco Patrocínio (NEHC-UFJF)

Me. Victor Gomes Lima Ferraz (GEEDUQ-UFJF)

Me. Vinicius da Silva Carvalho (NEHC-UFJF)

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Comitê Científico

Profa. Dra. Ana Maria Alfonso-Goldfarb

Prof. Dr. Deividi Marcio Marques

Me. Fernanda Luiza de Faria

Prof. Dr. Fumikazu Saito

Prof. Dr. Gilson Leandro Queluz

Me. Ingrid Nunes Derossi

Profa. Dra. Ivoni Freitas-Reis

Prof. Dr. Joao Batista Alves dos Reis

Me. Jomara Mendes Fernandes

Profa. Dra. Lais dos Santos Pinto

Marcelo Fonseca Pinto

Profa. Dra. Márcia Helena Mendes Ferraz

Profa. Dra. Maria Cristina Araujo de Oliveira

Profa. Dra. Maria Helena Roxo Beltran

Profa. Dra. Nadja Paraense dos Santos

Profa. Dra. Natalina Aparecida Laguna Sicca

Prof. Dr. Olival Freire Junior

Prof. Dr. Ourides Santin Filho

Prof. Dr. Paulo Alves Porto

Me. Sandra de Oliveira Franco Patrocínio

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ORGANIZAÇÃO

APOIO

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Sumário Mapa da UFJF ......................................................... 8

Informações Gerais ................................................... 9

Transporte ......................................................... 10

Restaurante Universitário ........................................ 11

Restaurantes ....................................................... 12

Orientações para apresentação de trabalho ..................... 13

Programação Completa ............................................. 14

28/09 – Quinta-feira .............................................. 14

29/09 – Sexta-feira ............................................... 14

30/09 – Sábado .................................................... 15

Minicursos .......................................................... 15

Exposição de painéis ................................................ 17

Roda de Conversa .................................................... 21

Comunicação Oral ................................................... 23

Resumos ............................................................... 25

Minicursos ............................................................. 69

Workshops ............................................................ 78

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VI Jornada de História da Ciência e Ensino 28, 29 e 30 de setembro de 2017 Juiz de Fora – MG _____________________________________________________________________________________________________________________________

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Mapa da UFJF

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VI Jornada de História da Ciência e Ensino 28, 29 e 30 de setembro de 2017 Juiz de Fora – MG _____________________________________________________________________________________________________________________________

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Informações Gerais A VI Jornada de História da Ciência e Ensino será realizada em três setores da UFJF. No setor E, Faculdade de Engenharia, serão realizados o credenciamento e a Abertura Solene, ambos no Edifício Engenheiro Itamar Franco (E2). No setor D, Instituto de Ciências Exatas – ICE, serão realizados os minicursos, workshops, rodas de conversa e comunicações orais (D1 e D2). No setor A, no Observatório e Planetário – Centro de Ciências, serão realizados a apresentação de painéis e a atividade cultural.

Acesso ao Evento

A participação nas atividades do evento será permitida mediante a

apresentação do crachá de identificação.

Instituto de Ciências Exatas – Mapa de salas

O ICE se divide em blocos. As salas são numeradas de acordo com o

bloco, as salas pares ficam no primeiro andar e as ímpares no

segundo. Assim, a sala 3107, por exemplo, fica no bloco 31, no

segundo andar.

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VI Jornada de História da Ciência e Ensino 28, 29 e 30 de setembro de 2017 Juiz de Fora – MG _____________________________________________________________________________________________________________________________

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Transporte Linhas de ônibus urbano

525, 535 (Tarifa: R$2,75)

Horários e itinerário: www.astransp.com.br

Aplicativos:

Cittamobi

Busão JF

Taxi Albatroz: (32) 3215-5418

Teletáxi: (32) 3215-4410

Táxi 24 horas: (32) 3226-1000

Aplicativos:

Easy Taxi

Way Taxi

Telefones úteis

Bombeiros e Resgate: 193

SAMU Urgência/Emergência: 192

Guarda Municipal: 153 / (32) 3690-7137

Polícia Militar: 190

Disque Denúncia: 181

Polícia Civil: (32) 3229-5888 / (32) 3229-5810

Polícia Rodoviária: 191

Hospital de Pronto Socorro(HPS): (32) 3690-8200

Aeroporto da Serrinha: (32) 3233-1089

Aeroporto Regional: (32) 3274-5800

Rodoviária: (32) 3214-5553

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VI Jornada de História da Ciência e Ensino 28, 29 e 30 de setembro de 2017 Juiz de Fora – MG _____________________________________________________________________________________________________________________________

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Restaurante Universitário

A Universidade Federal de Juiz de Fora disponibilizou o Restaurante

Universitário (RU) para as suas refeições (café da manhã, almoço e

jantar), no valor de R$ 0,70 o café da manhã e R$ 7,50 o almoço ou

jantar. Para ter acesso ao local, é necessário que:

1. Com o crachá em mãos, você deve ir até a coordenação do RU

que fica ao lado da entrada do restaurante, no segundo andar,

para pegar uma autorização;

2. No caixa do RU, apresente a autorização e o crachá para

comprar o ticket. ATENÇÃO: Se você for utilizar o RU no

sábado é preciso comprar o ticket na sexta-feira, pois o caixa

não funciona aos sábados;

3. Com o ticket, siga para a fila de entrada e bom apetite!

Os horários de funcionamento são:

Desjejum – De 2ª a sábado de 6h30min às 8 horas.

Almoço – De segunda à sábado das 11h às 14 horas.

Jantar – De 2ª a 6ª feira de 17 às 19h30min.

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VI Jornada de História da Ciência e Ensino 28, 29 e 30 de setembro de 2017 Juiz de Fora – MG _____________________________________________________________________________________________________________________________

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Restaurantes

Apriori Bar e Restaurante

Rua Dom Viçoso, 216. Alto dos Passos

Bar do Bigode e Xororó

Rua Chanceler Osvaldo Aranha, 43. São Mateus

Bodega do Tropeiro

Rua Delfim Moreira, 244. Centro

Estação Grill

Rua Dom Viçoso, 97. Alto dos Passos

Japa Temaki

Rua Morais e Castro, 300. Shopping Alameda. Alto dos Passos

Mercearia Gastrô

Rua Dom Viçoso, 93. Alto dos Passos

Restaurante Maria Maria

Avenida Engenheiro Valdir Pedro Monachesi, 563. Aeroporto

Restaurante Poleiro do Galo

Rua Manoel Bernardino, 8. São Mateus

Restaurante Saldoce

Avenida Presidente Costa e Silva, 1510. São Pedro.

Sartoni Steakhouse

R. Manoel Bernardino, 25. São Mateus.

Bar E Restaurante Cascatinha

R. Itamar Soares de Oliveira, 284. Cascatinha

Detona Bar e Restaurante

Av. Pres. Costa e Silva, 3589. São Pedro

Restaurante Vieiras

Ladeira Alexandre Leonel, 791. Estrela Sul

Assunta Forneria

Ladeira Alexandre Leonel, 221. Estrela Sul

Picanha Pimenta & Pinga

Av. Eugênio do Nascimento, 310. Aeroporto

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VI Jornada de História da Ciência e Ensino 28, 29 e 30 de setembro de 2017 Juiz de Fora – MG _____________________________________________________________________________________________________________________________

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Orientações para apresentação de trabalho

Relatos de Experiência

Os relatos de experiência serão apresentados oralmente em rodas de

conversa, com tempo de 10 minutos para cada relato, num grupo de

8 trabalhos, com discussão de 20 minutos no final das apresentações.

Relatos de Pesquisa

Todos os relatos de pesquisa serão apresentados na forma de painéis.

Dentre estes, nove foram selecionados para apresentação em

comunicação oral, com o tempo de 10 minutos para cada trabalho,

seguida de 5 minutos de discussão.

Painéis

Os painéis devem ter dimensão máxima de 0,9 m de largura x 1,10 m

de altura;

Elementos Gerais do Painel

Título do trabalho, nome e instituição dos autores e um e-mail para

contato, introdução, objetivos, resultados, considerações, dentre

outros. Deve ser priorizado o uso de imagens, mapas, tabelas,

esquemas, de maneira a minimizar o texto, facilitando a

visualização. Para a fixação do pôster recomenda-se o uso de

barbante ou nylon não sendo permitido o uso de materiais

perfurantes nem adesivos, pois estes danificam os stands de fixação.

O material é de inteira responsabilidade dos apresentadores.

Apresentação dos Painéis

Cada autor deverá estar à disposição dos interessados em consultar

seu trabalho pelo período de duas horas (permanecendo junto ao

pôster a maior parte do tempo, podendo circular pelo local).

O autor deverá estar atento ao dia em que apresentará o trabalho,

verificando na programação do evento. É importante que o título do

trabalho no pôster seja o mesmo do título do resumo aprovado, caso

haja alguma alteração, favor informar a comissão com antecedência.

Será verificada a presença do apresentador no local do pôster, pela

Comissão Organizadora e Comissão Científica.

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VI Jornada de História da Ciência e Ensino 28, 29 e 30 de setembro de 2017 Juiz de Fora – MG _____________________________________________________________________________________________________________________________

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Programação Completa 28/09 – Quinta-feira

12h00 – 14h00 Recepção/Credenciamento (5124 - Edifício Itamar Franco)

14h00 – 16h00

Abertura solene (Auditório 2 - Edifício Itamar Franco) Prof.ª Dr.ª Maria Helena Roxo Beltran

16h00 – 18h00 Minicursos

18h15 – 20h00

Coffee-break (Centro de Ciências) Exposição de Painéis – Relatos de pesquisa

A partir de 19h00 Atividade Cultural (Centro de Ciências)

29/09 – Sexta-feira 08h00 – 10h00 Minicursos 10h00 – 10h30 Coffee-break (Sala 3107)

10h30 – 12h00

Workshops

01 Sala 3108

Da Radioatividade ao modelo atômico nuclear - Uma proposta didático metodológica Prof. Dr. Deividi Marcio Marques Prof.ª Karen Lúria Pires

02 Sala 3310

Possibilidades para o fazer docente junto ao aprendiz cego em aulas de Química: uma interface com a história da Tabela Periódica Prof.ª Me. Sandra Franco-Patrocínio Prof.ª Me. Jomara Mendes Fernandes Prof.ª Dr.ª Ivoni Freitas-Reis

03 Sala 3311

São Paulo e o impacto das tecnologias na cozinha (séc. XX) Lucia Helena Soares de Lima Prof.ª Dr.ª Márcia Helena Mendes Ferraz

04 Sala 3504

História da Química no Brasil em sala de aula Prof.ª Dr.ª Nadja Paraense

05 Eletro-Metalúrgica Brasileira de Ribeirão

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VI Jornada de História da Ciência e Ensino 28, 29 e 30 de setembro de 2017 Juiz de Fora – MG _____________________________________________________________________________________________________________________________

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Sala 3312

Preto Prof. Dr. Pedro Wagner Gonçalves Prof.ª Me. Natalina Aparecida Laguna Sicca Prof. Marcelo Luis de Brino.

12h00 – 14h00 Almoço

14h00 – 16h00 Rodas de Conversa - Relato de Experiência (Sala 3110)

16h00 – 16h30 Coffee-break (Sala 3107) 16h30 – 19h00 Comunicação Oral – Relatos de Pesquisa (Sala 3104)

30/09 – Sábado 08h00 – 10h00 Minicursos 10h00 – 10h30 Coffee-break (Sala 3107)

10h30 – 12h00

Workshops

06 Sala 3104

As Teorias de Scheele, Priestley e Lavoisier em atividade prática – confrontando teorias Prof. Dr. Ourides Santin Filho

07 Sala 3106

Doutrina e natureza de uma narrativa histórica acerca da eletroquímica na Royal Institution da primeira metade do século XIX Prof. Dr. João B. A. dos Reis Prof. Marcelo Fonseca Pinto

08 Sala 3108

Impressão fotográfica do século XIX – cianotipia – uma ferramenta para o ensino de ciências. Prof.ª Dr.ª Bárbara Almeida Prof.ª Érika Leite

09 Sala 3110

Como montar uma aula interdisciplinar: Da matemática à natureza passando por Lusíadas. Prof. Me. Júlio César Graves Prof.ª Lais Rangel Tsujimoto Prof.ª Dr.ª Zuleika Stefânia Sabino Roque

12h00 – 14h00 Almoço 14h00 Assembleia de encerramento (Sala S401)

Minicursos MC 01 Ciência, Tecnologia e Trabalho na Pedagogia

Marcelo
Highlight
Marcelo
Highlight
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VI Jornada de História da Ciência e Ensino 28, 29 e 30 de setembro de 2017 Juiz de Fora – MG _____________________________________________________________________________________________________________________________

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1º dia (Sala 3312) 2º dia (Sala 3312) 3º dia (Sala 3316)

Libertária: Experiências Utópicas Prof. Dr. Gilson Leandro Queluz

MC 02 1º dia (Sala 3311) 2º dia (Sala 3311) 3º dia (Sala 3314)

Conhecimentos sobre a natureza e as artes expressos em imagens: representações de plantas e animais nas origens da ciência moderna Prof.ª Dr.ª Maria Helena Roxo Beltran Prof.ª Me. Fabiana Dias Klautau Prof.ª Me. Mariana Bianchini Malerba

MC 03 1º dia (Sala 3110) 2º dia (Sala 3110) 3º dia (Sala 3110)

Tópicos de História da Química: modificações das ideias de matéria entre os séculos XVIII e XX Prof.ª Dr.ª Ana Maria Alfonso–Goldfarb Prof.ª Dr.ª Márcia H. M. Ferraz Prof.ª Dr.ª Andrea Bortolotto Prof.ª Dr.ª Me. Andreia Medolago de Medeiros Prof. Dr. Cesar de Barros Lobato

MC 04 1º dia (Sala 3314) 2º dia (Sala 3310) 3º dia (Sala 3318)

Três capítulos de História da Medicina centrados em imagens Prof.ª Dr.ª Vera Cecília Machline

MC 05 1º dia (Sala 3316) 2º dia (Sala 3108) 3º dia (Sala 3108)

Controvérsias experimentais ou teóricas? Prof. Dr. Fumikazu Saito Prof.ª Me. Eliade Amanda Alves Prof. Me. Modesto Pantaleo Junior

MC 06 1º dia (Sala 3504) 2º dia (Sala 3504) 3º dia (Sala 3104)

Divulgação da ciência no século XIX Prof.ª Dr.ª Ivoni Freitas-Reis Prof.ª Me. Ingrid Derossi Prof. Marcelo Fonseca Pinto

MC 07 1º dia (Sala S309) 2º dia (Sala 3106) 3º dia (Sala 3106)

Mulheres nas Ciência da Matéria, na Matemática e na Computação Prof.ª Dr.ª Lais S.P. Trindade Prof.ª Roseli Moura Prof.ª Me. Rozenilda Luz Oliveira de Matos Prof. Dr. Ourides Santin

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VI Jornada de História da Ciência e Ensino 28, 29 e 30 de setembro de 2017 Juiz de Fora – MG _____________________________________________________________________________________________________________________________

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Exposição de painéis

P01

Influência de uma abordagem histórica dos artigos de Gay Lussac e Avogadro para a formação inicial de professores de Química. Adriana Bispo dos Santos Kisfaludy Wellington Pereira de Queirós

P02 Primo Levi – Uma Vida a descobrir Ana Lúcia Gama

P03

Monumentos Históricos: Um lugar para o pensamento matemático Edson Júnio dos Santos Eduardo Barrére

P04

Encontro Caravana da Ciência: Incentivo a prática de Iniciação Científica no Ensino Médio como meio de Ensino e Aprendizagem de Ciências e Divulgação Científica Elias de Barros Santos Zuleika Stefânia Sabino Roque

P05

As publicações sobre a Ciência brasileira retratada nos dez primeiros números da revista Brasileira de História da Ciência (1985-1995) Ingrid Nunes Derossi Ivoni Freitas-Reis

P06

O experimento demonstrativo de Oliver Lodge no ensino do eletromagnetismo no ensino médio Gilberto de Oliveira Paulino Wilson de Souza Melo

P07

O Efeito Faraday e a matéria João B. A. dos Reis Fernando Rodrigues Silva Wellington Silva Vieira

P08

A lanterna de Faraday: relações conceituais em um cenário semiótico João B. A. dos Reis Maria Loiza Izidóro de Assis Milheny Silva de Paiva

P09 O Experimentador Humphry Davy e o Óxido Nitroso Marcelo Fonseca Pinto Ivoni Freitas-Reis

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VI Jornada de História da Ciência e Ensino 28, 29 e 30 de setembro de 2017 Juiz de Fora – MG _____________________________________________________________________________________________________________________________

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P10

Analise da abordagem da Teoria do Flogisto nos livros didáticos Gabriel Cristiano Walz Anelise Grünfeld de Luca

P11

Integrando História da Ciência e o lúdico: As experiências de Henri, o pupilo de Lavoisier Victor Gomes Lima Ferraz Fernanda Luiza de Faria Ingrid Nunes Derossi Maria Helena Zambelli Flavia Ribas de Brito Ivoni Freitas-Reis

P12

A Sociedade Brasileira de Química e a Ciência de Materiais: intersecções para o desenvolvimento da tecnologia nacional Natalia Maria Salla

P13 Identidade de Gênero e segregação vertical de docentes no Instituto de Química da UFRJ Ricardo Soares

P14

Revisitando os Caminhos de Marie Curie no interior de Minas Gerais Ana Luiza Santos Fagundes Costa Stephany Prado Spatz

P15

A representatividade da mulher surda para o avanço da ciência no século XX: Henrietta Leavitt (1868-1921) Vinícius da Silva Carvalho Ingrid Nunes Derossi Ivoni Freitas-Reis.

P16 A História da Química como ferramenta para ensino de cinética química Vitor dos Santos Ferreira

P17

Proposta de ensino de química inorgânica em um contexto histórico utilizando a cianotipia Bárbara Lúcia de Almeida Erika Fernanda Leite de Melo Lima Júlia Dutra

P18

Proposta de ensino de teoria de Werner na formação inicial de licenciatura em química através da história da ciência. Bárbara Lúcia de Almeida Erika Fernanda Leite de Melo Lima

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VI Jornada de História da Ciência e Ensino 28, 29 e 30 de setembro de 2017 Juiz de Fora – MG _____________________________________________________________________________________________________________________________

19

P19

Uma abordagem histórica como motivadora para introdução dos estudos de eletroquímica Priscilla Rodrigues Priscyla da Cruz Machado

P20

As Ciências da Natureza em manuais didáticos de filosofia Margarethe Steinberger-Elias Francisco das Chagas Pereira

P21

O legado de Mario Kaplún para o Ensino de Ciências Exatas Margarethe Steinberger-Elias Marcelo Cunha

P22

A criação de um site para discussão da História da Ciência para alunos do ensino médio. Maria Helena Zambelli Ivoni Freitas-Reis

P23

História da Astronomia em produções do mestrado profissional em Ensino de Física Fabiana Gozze Soares Michele Silva Oliveira Agenor Pina da Silva Newton Figueiredo Filho

P24 Cosmologia e tradição Karipuna na História da Ciência brasileira: um estudo sobre o ritual do turé. Jussara de Pinho Barreiros

P25

A HISTÓRIA DAS CIÊNCIAS COLABORANDO NO ESTUDO DA

ESTRUTURA ATÔMICA E DOS MODELOS ATÔMICOS NO

ENSINO MÉDIO Marcelo Delena Trancoso Nadja Paraense dos Santos

P26

Louis Braille (1809-1852): A criação de um código de leitura para cegos e o seu emprego no ensino de química atual Sandra Franco-Patrocínio Jomara Mendes Fernandes Ivoni Freitas-Reis

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VI Jornada de História da Ciência e Ensino 28, 29 e 30 de setembro de 2017 Juiz de Fora – MG _____________________________________________________________________________________________________________________________

20

P27

O químico e físico inglês Willian Crookes (1832-1919) e os raios catódicos: uma adaptação tátil do tubo para o ensino de modelos atômicos para aprendizes cegos Jomara Mendes Fernandes Sandra Franco-Patrocínio Ivoni Freitas-Reis

P28

Canela Sassafrás protagonizou o pioneirismo científico na região do Alto Vale do Itajaí - SC Sandra Aparecida dos Santos Everton Bedin Gabriel Victor Venâncio Ramlov Felipe Augusto dos Santos Bruno Rech Anya Rafaela dos Santos Joziani Küster Anelise Grünfeld de Luca

P29 As cartas de Roentgen - A análise das correspondências e a compreensão do contexto histórico Decio Hermes Cestari Junior

P30 Narrativas Históricas no Ensino de Ciências: Uma atividade investigativa para os anos iniciais Jose Crispim Macedo Rocha Junior

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VI Jornada de História da Ciência e Ensino 28, 29 e 30 de setembro de 2017 Juiz de Fora – MG _____________________________________________________________________________________________________________________________

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Roda de Conversa Sala 5124

14h00 - 14h10

A tabela periódica a partir dos elementos que compõem uma pilha: abordagem histórica e suas consequências para o meio ambiente Gisele X. M.Celante Francielli R. Dalgobo Jeane F. de Paula Renan M. Pereira Vinicius G. Celante

14h10 - 14h20

Hipátia de Alexandria - Presença Da Mulher No Alvorecer Das Ciências Patrícia da Silva Batista Maria José da Silva de Oliveira Quirino Ana Lúcia Rodrigues Gama Russo Carlos José Galvão Corrêa

14h20 - 14h30

Episódio histórico de Louis Pasteur: Uma proposta para o ensino de Química, Física e Biologia Anelise Grünfeld de Luca Iara Maitê Campestrini Sandra Aparecida dos Santos Graziele Moreira Machado Gabriel Cristiano Walz Gabriela Hoffmann Luciano Jéssica Caroline Albano

14h30 - 14h40

História das embalagens: Contribuições da Ciência para a conservação dos alimentos Márcia Maria Pinto Coelho Andreia Francisco Afonso Berenice Trogo

14h40 - 14h50

A Ciência nos perfumes: atribuindo significados a Química Orgânica através da história da temática Márcia Maria Pinto Coelho Marlon Duarte Moreira Andreia Francisco Afonso

14h50 - 15h00

Parque de Ciência e Tecnologia: A replicabilidade de conceitos científicos a partir de experimentos de baixo custo Zuleika Stefânia Sabino Roque Ana Carolina Lorena

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VI Jornada de História da Ciência e Ensino 28, 29 e 30 de setembro de 2017 Juiz de Fora – MG _____________________________________________________________________________________________________________________________

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15h00 - 15h10

Uma proposta interdisciplinar para o Ensino de Ciências Naturais no Ensino Fundamental: O século Xviii e a grande evolução da Química Lis Peixoto Rocha

15h10 - 15h20

A Revolta da Vacina x Vacinação contra Febre Amarela: O resgate da história da ciência por meio da leitura jornalística e percepção dos alunos da EJA Maria José da Silva de Oliveira Quirino Patrícia da Silva Batista

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VI Jornada de História da Ciência e Ensino 28, 29 e 30 de setembro de 2017 Juiz de Fora – MG _____________________________________________________________________________________________________________________________

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Comunicação Oral Sala 5124

16h30 - 16h45

História da Astronomia em produções do mestrado profissional em Ensino de Física Fabiana Gozze Soares Michele Silva Oliveira Agenor Pina da Silva Newton Figueiredo Filho

16h45 - 17h00

Cosmologia e tradição Karipuna na História da Ciência brasileira: um estudo sobre o ritual do turé. Jussara de Pinho Barreiros

17h00 - 17h15

A HISTÓRIA DAS CIÊNCIAS COLABORANDO NO ESTUDO DA

ESTRUTURA ATÔMICA E DOS MODELOS ATÔMICOS NO

ENSINO MÉDIO Marcelo Delena Trancoso Nadja Paraense dos Santos

17h15 - 17h30

Louis Braille (1809-1852): A criação de um código de leitura para cegos e o seu emprego no ensino de química atual Sandra Franco-Patrocínio Jomara Mendes Fernandes Ivoni Freitas-Reis

17h30 - 17h45

O químico e físico inglês Willian Crookes (1832-1919) e os raios catódicos: uma adaptação tátil do tubo para o ensino de modelos atômicos para aprendizes cegos Jomara Mendes Fernandes Sandra Franco-Patrocínio Ivoni Freitas-Reis

17h45 - 18h00

Canela Sassafrás protagonizou o pioneirismo científico na região do Alto Vale do Itajaí - SC Sandra Aparecida dos Santos Everton Bedin Gabriel Victor Venâncio Ramlov Felipe Augusto dos Santos Bruno Rech Anya Rafaela dos Santos Joziani Küster Anelise Grünfeld de Luca

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18h00 - 18h15

As cartas de Roentgen - A análise das correspondências e a compreensão do contexto histórico Decio Hermes Cestari Junior

18h15 - 18h30

O legado de Mario Kaplún para o Ensino de Ciências Exatas Margarethe Steinberger-Elias Marcelo Cunha

18h30 - 18h45

Narrativas Históricas no Ensino de Ciências: Uma atividade investigativa para os anos iniciais Jose Crispim Macedo Rocha Junior

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Resumos

Relatos de Pesquisa - Pôster

Influência de uma abordagem histórica dos artigos de

Gay Lussac e Avogadro para a formação inicial de

professores de Química.

Adriana Bispo dos Santos Kisfaludy

Wellington Pereira de Queirós

Universidade Federal de Mato Grosso do Sul

Relacionar e utilizar a história da ciência no ensino é uma

dificuldade para docentes da escola básica, pois de acordo com

literatura, isso acontece, entre outros problemas, devido a

aproximação da história da ciência não ser efetiva na formação de

professores e na educação básica. Quando ocorre é de forma

reduzida e simplista, como alguns autores apontam: os conteúdos

científicos sem contextualização histórica, disseminação de uma

ciência puramente empirista-indutivista. Além disso, há uma

carência de recursos didáticos fundamentados na História e Filosofia

da Ciência que dê condições para o entendimento dos conceitos

científicos e de como a ciência foi construída ao longo da história da

humanidade. Diante de tais constatações é que abordaremos no

presente estudo o processo histórico de construção da teoria dos

gases e sua relação com a constante de Avogadro. Para tanto, na

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VI Jornada de História da Ciência e Ensino 28, 29 e 30 de setembro de 2017 Juiz de Fora – MG _____________________________________________________________________________________________________________________________

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realização dessa pesquisa são utilizados artigos originais dos

cientistas Gay Lussac e Amadeo Avogadro, encontrados no livro

“Molécules Atomes et Notations Chimiques” de 1913. A partir desse

estudo histórico a pesquisa visa na perspectiva do modelo formativo

reflexivo produzir uma sequência didática com textos históricos para

subsidiar a formação inicial de professores de química.

Palavras Chaves: História da Ciência, Professor Reflexivo, Gay Lussac

e Avogadro

Primo Levi – Uma Vida a descobrir

Ana Lúcia Gama

Instituto Federal do Rio de Janeiro

Primo Levi, químico italiano, participou da resistência italiana, e,

judeu, foi capturado e levado a Auschwitz. Ao fim da 2ª guerra,

retomou suas atividades na indústria, e iniciou a de escritor. Em suas

memórias do Holocausto, a Química, seus elementos, e as

habilidades necessárias nas suas práticas servem de fios

construtores. Se a História da Ciência se constitui como uma área de

interface (MATTHEWS, 1995; VIDAL e PORTO, 2011; BELTRAN, 2013,

SAITO, 2013) ela é interdisciplinar e, o livro Tabela Periódica, como

leitura contextualizada do período, mescla elementos históricos e

científicos que permearam a construção do conhecimento. Por meio

da leitura, a Química deixa de ser apenas ciência e se torna vivência.

A Química, a matéria e suas transformações se tornam uma lente de

mundo. Ainda em andamento, a leitura do livro está sendo conduzida

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com alunos do 3º ano do Ensino Médio. O objetivo é compreender a

possibilidade de empregar sua leitura na formação de alunos do

ensino médio.

Palavras chave: História da Ciência; História da Química; Formação

de Professores; Ensino de Química; Primo Levi.

Monumentos Históricos: Um Lugar para o Pensamento

Matemático

Edson Júnio dos Santos Eduardo Barrére

Universidade Federal de Juiz de Fora

Este artigo é um recorte da dissertação de mestrado que pretende

elaborar uma plataforma digital para que estudantes do ensino

médio realizarem interpretações visuais das obras de artes com o

suporte da matemática em monumentos históricos em Outro Preto-

MG, especificamente no teto da igreja de São Francisco de Assis. O

intuito é oferecer aos alunos uma ferramenta contendo informações

matemáticas implícitas ou explícitas do monumento e do teto da

igreja subsidiado pela técnica da perspectiva. Discutiremos uma

proposta de trabalho para práticas didáticas dentro e fora da sala de

aula.

Palavras chaves: Arte, educação matemática, visualização,

perspectiva, Geometria

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Encontro Caravana da Ciência: Incentivo a prática de

Iniciação Científica no Ensino Médio como meio de

Ensino e Aprendizagem de Ciências e Divulgação

Científica

Elias de Barros Santos

Zuleika Stefânia Sabino Roque

Universidade Federal de São Paulo - São José dos Campos – SP.

O Instituto de Ciência e Tecnologia da UNIFESP iniciou suas

atividades em 2007 na cidade de São José dos Campos, que é um dos

pólos de ciência e tecnologia do estado de São Paulo. Embora não

sejam oferecidos cursos de licenciatura, esforços de integração entre

Educação Superior e Educação Básica, com escopo em alfabetização

e divulgação científica têm sido uma preocupação do Instituto, uma

evidência nesse sentido é o Programa de Extensão denominado

Caravana da Ciência, que desenvolveu em 2016 quatro projetos

concomitantemente, sendo um deles responsável por tornar a

Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT) motivação

para atrair alunos da Educação Básica para a Universidade por

meio da organização de um evento denominado Encontro Caravana

da Ciência (EnCaCi). O objetivo do evento é promover um momento

de interação entre as escolas e a universidade, no qual os alunos, sob

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a orientação dos seus professores desenvolvem um trabalho norteado

pelo tema da SNCT para ser apresentado durante o evento. O EnCaCi

reforça a necessidade da adoção de metodologias ativas de

aprendizagem bem como da validação da produção dos alunos,

contribuindo para sua alfabetização científica e inserção como

protagonistas no contexto histórico da ciência. A segunda edição do

EnCaCi acontecerá em outubro de 2017.

Palavras-chave: EnCaCi, Iniciação Científica, Alfabetização,

Divulgação Científica.

As publicações sobre a Ciência brasileira retratada nos

dez primeiros números da revista Brasileira de História

da Ciência (1985-1995)

Ingrid Nunes Derossi

Ivoni Freitas-Reis

Universidade Federal de Juiz de Fora

Este trabalho discute as características dos escritos sobre a História

da Ciência brasileira publicados nos primeiros anos da revista que

pertence à Sociedade Brasileira de História da Ciência. Apresenta

uma análise feita dos artigos disponíveis online e uma categorização

de acordo com a ocorrência das temáticas recorrentes nesses onze

números de revista no período de 1985 a 1995. Os resultados

apontam para o predomínio inicial da História da Ciência da Saúde e

da Industrialização, caminhando para artigos com uma preocupação

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maior com a História da Ciência Social e a sua incorporação no

ensino.

Palavras-chave: História da Ciência, SBHC, Estado da Arte

O Experimento demonstrativo de Oliver Lodge no

Ensino do Eletromagnetismo no Ensino Médio.

Gilberto de Oliveira Paulino

Wilson de Souza Melo

Universidade Federal de Juiz de Fora

Apresentaremos neste trabalho uma proposta de sequência didática

que se utiliza de experimentos e demonstrações históricas na

introdução de conceitos do eletromagnetismo no ensino médio. Mais

especificamente o experimento demonstrativo de Oliver Lodge, que

projetou um sistema efetivo de recepção das ondas eletromagnéticas

cuja principal inovação foi o emprego do coeso no lugar da antena de

Hertz. Trata-se de uma proposta ainda não implementada

concretamente. Sua aplicação ocorrera no decorrer da pesquisa em

curso. Este trabalho é parte inicial da dissertação em construção no

Mestrado Nacional Profissional em Ensino de Física (MNPEF), do Polo

da Universidade Federal de Juiz de Fora, em conjunto com o

Instituto Federal do Sudeste Mineiro – MG. Acreditamos que o

experimento demonstrativo que aqui propomos tem a importância

necessária para se enquadrar na designação de um experimento

histórico. No encontro anual em 14 de agosto de 1894, da Associação

Britânica para o Avanço da Ciência na Universidade de Oxford, Lodge

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apresentou, após fazer grandes avanços no dispositivo de Hertz, seu

aparelho que consistia em acionar uma campainha a distância. A

partir deste contexto histórico, interessa-nos apresentar uma

sequência didática que aponte uma possibilidade de enfoque

histórico-filosófico nas aulas de eletromagnetismo no ensino médio.

Palavras-chave: História da Ciência; Ensino; Física; Experimentos Históricos; Eletromagnetismo.

O Efeito Faraday e a matéria

João B. A. dos Reis

Fernando Rodrigues Silva Wellington Silva Vieira

Centro Universitário de Caratinga

Este trabalho relata aspectos da metodologia experimental de

Michael Faraday, entre 1845 e 1850, no tocante ao estudo do

magnetismo e a luz. Priorizou-se, um relato historiográfico dos

pressupostos teóricos referentes à discussão e análise dos textos do

Faraday’s Diary (2008) e comentadores relativos ao monitoramento

de substâncias magnéticas usadas como "sensores" nas linhas de força

física, as quais reproduziam configurações específicas relativas às

interações entre a luz e a matéria, em limalhas de ferro, o Efeito

Faraday. Objetivou-se divulgar a temática, devido à escassez de

citações no ensino do magnetismo em um contexto teórico mais

abrangente sobre essas raízes conceituais, sendo elas as bases para a

elaboração de textos em parceria com alunos dos cursos de

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Engenharia do Centro Universitário de Caratinga, no Projeto

Ciências, nas disciplinas de Física Geral e Química Geral. Os

resultados foram veiculados em um seminário no final do semestre

relacionando o contorno histórico e a aplicabilidade dos estudos do

magnetismo em Faraday visando contribuir com abordagens

interdisciplinares no Ensino.

Palavras-chave: Divulgação Científica, Interdisciplinaridade, Ensino

de Física. História da Ciência e Ensino.

A lanterna de Faraday: Relações conceituais em um

cenário semiótico

João B. A. dos Reis

Maria Loiza Izidóro de Assis Milheny Silva de Paiva

Centro Universitário de Caratinga

Evoca-se neste relato de pesquisa as relações conceituais referentes

ao princípio da indução eletromagnética, aludindo-se a Michael

Faraday (1791-1867) na Londres de 1831. Traçando trilhas entre a

História da Ciência e Ensino e abordagens semióticas, na disciplina

de Física Geral Experimental III, nos cursos de Engenharia do Centro

Universitário de Caratinga. Conceitualmente as variações do fluxo

magnético em relação a um circuito originam correntes elétricas,

ímãs e solenoides movendo-se relativamente entre si. Associando-as

à linguagem sígnica do cinema, buscou-se a ressignificação

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conceitual das correntes induzidas, vislumbrando-as em um aparato

epistêmico: a lanterna de indução ou lanterna de Faraday.

Metodologicamente, orientou-se na aplicabilidade utilitarista

explicitada na trama inicial do Inferno da saga do escritor Dan

Brown, sendo proposto que os alunos assistissem ao filme e/ou

lessem o livro e evidenciassem paralelos entre ciência e artes

cênicas. Obteve-se, inicialmente, nesse projeto de pesquisa, atenção

e interesse entregues ao tema indução através de diversos caminhos

e abordagens retiradas do filme e da leitura dos textos em História

da Ciência e Ensino.

Palavras-chave: Semiose, História da Ciência e Ensino, Indução

eletromagnética.

O Experimentador Humphry Davy e o Óxido Nitroso

Marcelo Fonseca Pinto

Ivoni Freitas-Reis

Universidade Federal de Juiz de Fora Este trabalho busca divulgar os estudos com o óxido nitroso,

realizados por Humphry Davy (1778-1829) quando era membro do

Medical Pneumatic Institution em Bristol no ano de 1799. Sintetizado

pela primeira vez em meados de 1772 por Joseph Priestley (1733-

1804), o óxido nitroso era conhecido por causar efeitos no sistema

nervoso, ficando popularmente conhecido como o “gás do riso” em

diversas regiões da Inglaterra no início do século XIX. Apresenta-se

neste trabalho, além do processo de produção que Davy utilizou, que

consistia em uma simples reação de decomposição por aquecimento

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do nitrato de amônio, assim como alguns experimentos que

relatavam os efeitos produzidos pela inalação do gás, que foram

efetuados posteriormente e se tornaram importantes para uma

futura utilização do N2O como substância anestésica. Davy realizou

os mais diversos ensaios, que foram compilados na obra Researches,

Chemical and Philosophical; Chiefly Concerning Nitrous Oxide, Or

Dephlogisticated Nitrous Air, And Its Respiration, uma das

referências utilizadas por esse estudo. Abordaremos também, os

testes realizados em humanos, pelo próprio Davy inclusive, além de

outros animais. Esses testes foram de certa forma, conclusivos para

sua posterior utilização como composto anestésico devido aos

resultados obtidos nesses experimentos.

Palavras chave: Humphry Davy, Óxido Nitroso, Experimentação.

Análise da abordagem da Teoria do Flogisto nos livros

didáticos

Gabriel Cristiano Walz

Anelise Grünfeld de Luca

Instituto Federal Catarinense - Campus Araquari O presente trabalho investiga a forma como é apresentada,

historicamente, a Teoria do Flogisto (TF) em seis livros didáticos

(LD): Mortimer e Machado (2013); Fonseca (2013); Peruzzo e Canto

(2012); Usberco e Salvador (2011); Ciscato, Pereira e Chemello

(2015); Santos e Mól (2013). A escolha dos LD deu-se por serem os

mais utilizados em escolas de educação básica da região norte

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catarinense. Os textos analisados compreendem os capítulos

referentes a Reações Químicas e Lei da Conservação da Massa.

Procedeu-se a análise utilizando os critérios de Mota e Cleophas

(2015); verificamos que Mortimer e Machado (2013) explicitam que

Lavoisier contribuiu para superar a TF. Fonseca (2013) apresenta as

explicações de Lavoisier para a combustão afirmando que a TF foi

invalidada por ele. Ambos os livros enfatizam uma História da

Ciência linear e progressista. Peruzzo e Canto (2012); Usberco e

Salvador (2011); Ciscato, Pereira e Chemello (2015) não mencionam

a TF. Considerando a importância do LD no planejamento e na

execução das aulas, é imprescindível que a abordagem da história da

ciência esteja presente tendo em vista a epistemologia,

historiografia e ciência, tecnologia e sociedade. Isso sinaliza a

relevância da abordagem da TF na formação inicial dos professores

de química.

Palavras-chave: Análise, Livro Didático, Teoria do Flogisto, História

da Ciência

Integrando História da Ciência e o lúdico:

As experiências de Henri, o pupilo de Lavoisier

Victor Gomes Lima Ferraz Fernanda Luiza de Faria

Ingrid Nunes Derossi Maria Helena Zambelli Flavia Ribas de Brito

Tales Lopes Silva Arthur Gonze Machado

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Francesco Lemos do Prado Merenda Ivoni Freitas-Reis

Universidade Federal de Juiz de Fora

A História da Ciência (HC) está cada vez mais presente nas discussões

que abarcam o Ensino de Ciências como uma abordagem significativa

para a compreensão da natureza da ciência. Todavia, são escassas

as estratégias que envolvem o Ensino de Ciência e a HC. Neste

estudo apresentamos uma proposta de inserção da HC a partir de um

jogo pedagógico virtual que retrata a história de Lavoisier e o tema

conservação da matéria, combinando o lúdico à aprendizagem. O

jogo foi validado em uma turma da disciplina História da Química,

oferecida para graduandos de bacharelado e licenciatura em

Química, visando investigar a aceitação e compreensão de alguns

alunos, focando em questões conceituais e históricas envolvidas no

jogo. A pesquisa contou com 13 sujeitos e os dados foram coletados

a partir de questionários. Os resultados mostraram que a maioria

dos alunos gostou do jogo, reconheceu a importância da HC na

abordagem dos saberes químicos e contribuiu para a compreensão

dos conhecimentos químicos, ademais, os alunos apontaram

melhorias para a estratégia. O jogo foi finalizado e será em breve

aplicado no ensino médio para outra validação.

Palavras-Chave: Jogo didático virtual, História da Ciência, Ensino de

Química.

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A Sociedade Brasileira de Química e a Ciência de

Materiais: intersecções para o desenvolvimento da

tecnologia nacional

Natalia Maria Salla

Escola municipal Presidente João Pinheiro

Em 1937 o Brasil foi sede do III Congresso Sul-Americano de Química,

organizado pela Sociedade Brasileira de Química (SBQ). O importante

evento científico, realizado em um período de franco

desenvolvimento do setor industrial do país, congregou o encontro de

vários pesquisadores e profissionais. A Associação Química do Brasil

(ABQ), criada pouco tempo depois, assim como outras organizações

oriundas da SBQ, continuaram contribuindo para a produção de

conhecimento na área. Ainda na década de 30, os institutos de

pesquisas tecnológicas – ligados, sobretudo aos laboratórios

universitários naquele momento – existentes nas cidades com maior

presença industrial consolidaram sua atuação na pesquisa e na

produção em ciência de materiais. O trabalho a ser apresentado

discorre sobre as principais características da produção científica e

tecnológica desses institutos na área de desenvolvimento da ciência

de materiais e, sobretudo a circulação desses saberes promovida

pelas publicações e eventos da SBQ e ABQ nos anos de 1930 e 1940 –

nos quais vários dos pesquisadores associados aos institutos

tecnológicos divulgaram os resultados de suas pesquisas em cerâmica

e metais, assim contribuindo para fomentar o desenvolvimento

industrial brasileiro nesses setores.

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Palavras-chave: SBQ, história da química, século XX

Identidade de Gênero e segregação vertical de

docentes no Instituto de Química da UFRJ.

Ricardo Soares

Faculdade Unyleya

A representação desproporcional da mulher em Ciência & Tecnologia

(C&T) não é um tema novo na história da ciência e têm sido

amplamente abordado nas últimas décadas (SOARES, 2001; FOX,

2015). Contudo, as causas para o problema de desigualdade de

gênero em ciência, em especial na academia, são complexas e com

múltiplas abordagens possíveis, quer sejam de ordem sociocultural,

econômica ou cognitiva (SOARES, 2001; FOX, 2015). Este estudo tem

como objetivo geral analisar a estratificação laboral e segregação

por gênero dos docentes no Instituto de Química da UFRJ (IQ-UFRJ).

Foram avaliadas algumas variáveis independentes que refletiram a

maturidade acadêmica e ranks entre cientistas/professores dos

gêneros masculino e feminino do IQ-UFRJ. Os ranks refletiram a

posição organizacional, e os maiores ranks não foram

necessariamente obtidos àqueles que possuem maior mérito

profissional, independente do gênero, assim como observado por Fox

(2015) nos Estados Unidos.

Palavra-chave: Mulher, história da ciência, docentes

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Revisitando os Caminhos de Marie Curie no interior de

Minas gerais

Ana Luiza Santos Fagundes Costa

Stephany Prado Spatz

Universidade Federal de Juiz de Fora Na década de 20, Marie Curie (1867-1934) vivenciava o auge da sua

carreira como cientista, bastante conhecida em todo o mundo e

detentora de dois prêmios Nobel em Ciências, a cientista teve

excelente receptividade ao visitar o Brasil em 1926, que nesse

período possuía um grande interesse pela ciência, sendo então

convidada pelo Instituto Franco Brasileiro de Alta Cultura para ser a

principal oradora de uma série de conferências sobre radioatividade

na Escola Politécnica da Universidade Federal do Rio de Janeiro,

quando suas palestras obtiveram grande destaque na época. A

comitiva de cientistas da qual Marie Curie fazia parte chegou a Belo

Horizonte em 26 de Agosto de 1926 para conhecer o Instituto do

Rádio que fora construído em 1922 com a finalidade de se estudar o

elemento rádio e os Raios-X. O instituto foi de grande importância na

pesquisa e desenvolvimento dos conhecimentos da área de

radiologia, contribuindo dessa forma, para a medicina brasileira. O

presente trabalho aborda, através de pesquisas e levantamentos de

arquivos históricos, a trajetória de Marie Curie em terras brasileiras,

especialmente em sua rota no interior de Minas Gerais, visto que

quase não existem divulgações sobre seu percurso e sobre os

objetivos dessas viagens.

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Palavras Chave: Caminhos de Minas, Radiologia, Química no Brasil.

A representatividade da mulher surda para o avanço da

ciência no século XX: Henrietta Leavitt (1868-1921)

Vinícius da Silva Carvalho

Ingrid Nunes Derossi Ivoni Freitas-Reis

Universidade Federal de Juiz de Fora

Este trabalho busca apresentar as contribuições da astrônoma surda

Henrietta Swan Leviatt (1868-1921). Através de dados biográficos,

buscou-se abordar a vida dessa personalidade e suas contribuições para

a astronomia. Henrietta concluiu a graduação em 1892 e foi contratada

pelo astrônomo Edward Pickering (1846-1919), do Observatório de

Harvard, nos Estados Unidos, para exercer a função de calculadora, que

em geral, eram realizadas por mulheres. O cargo continha como uma

das atribuições trabalhar no catálogo fotográfico do Observatório,

medindo os brilhos de estrelas, onde foi possível detectar dentre as

estrelas variáveis da Via Láctea, um tipo específico, denominado

“varáveis cefeidas”. A descoberta foi possível devido à criação de

Henrietta, uma escala, capaz de medir distâncias até então

inimagináveis. Esta escala de medidas foi capaz de ampliar o campo da

astronomia inaugurando uma nova área, a astronomia extragaláctica.

Assim como as mulheres, o surdo está oculto nas decisões importantes

de assuntos relacionados à sociedade. Neste sentido, a ausência de

representatividade, tanto para os sujeitos do gênero feminino, como

para os sujeitos surdos, desestimula os pares na sociedade pelo

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interesse na ciência, reforçando uma cultura privilegiadamente

machista e ouvintista.

Palavras-chave: Mulher, surdos, história da ciência

A história da química como ferramenta para ensino de

cinética química

Vitor dos Santos Ferreira

Universidade do Estado de Minas Gerais – Campus Ubá

O melhor entendimento dos conceitos químicos e o interesse pela

disciplina são alguns dos desafios que envolvem o ensino de química.

O uso do contexto histórico no ensino pode ser útil, pois promove a

melhor compreensão dos conceitos, pode neutralizar o cientificismo

que a disciplina carrega e trazer os problemas e soluções que os

cientistas enfrentaram. Nesse trabalho foram realizadas três

pesquisas com o intuito de avaliar o que graduandos do 8º período do

curso de licenciatura em Química, professores de Química do Ensino

Médio e estudantes de uma turma do 2º ano do Ensino Médio de uma

escola pública em Ubá-MG pensam sobre o uso da História da

Química como ferramenta didática para o ensino. Com os estudantes

do 2º ano, além do questionário foi aplicada uma aula prática com

contexto histórico sobre Cinética Química. A análise dos resultados

revelou as concepções favoráveis que graduandos e professores

possuem sobre a História da Química, apesar dos professores não se

sentirem preparados para usá-la. Os estudantes participantes da

pesquisa demonstraram entender melhor os conceitos que envolvem

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a cinética química e segundo eles, o contexto histórico que envolve a

prática deixou a aula mais interessante.

Palavras-chaves: Ensino de Química, Ensino Médio, História da

Ciência.

Proposta de ensino de química inorgânica em um

contexto histórico utilizando a cianotipia

Bárbara Lúcia de Almeida

Erika Fernanda Leite de Melo Lima Júlia Dutra

Universidade Federal de Juiz de Fora

Segundo Marques (2010) a História da Ciência é um importante

recurso didático que contextualiza alguns conceitos tanto para

alunos quanto para professores do Ensino Médio (MARQUES, 2010).

Um dos grandes desafios na formação inicial do professor de química

é fazer com que os licenciandos experimentem a importância

histórica do conhecimento científico e como eles podem transformar

este saber dentro da sua atuação profissional. Uma forma de se fazer

isso poderia ser durante as aulas práticas de química através da

escolha de experimentos que relacionem os saberes de química com

a história da ciência. Neste trabalho apresentamos uma proposta de

ensino em que se utiliza como recurso didático a cianotipia, uma

técnica de fotografia experimental do século XIX, em que

impressões de imagens são realizadas utilizando-se compostos de

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coordenação contendo o íon ferro. Nestas aulas geralmente os

compostos sintetizados tem um fim em si mesmo: apenas apresentar

técnicas de síntese de compostos de coordenação. Ao trabalhar com

a cianotipia o composto pode ser sintetizado em aulas práticas de

química inorgânica de forma a trabalhar o conteúdo de química, com

informações a respeito dos eventos sociais e científicos que cercam o

surgimento da fotografia.

Palavras Chave: Química inorgânica, cianotipia, História de Ciência,

Formação inicial

Proposta de ensino de teoria de Werner na formação

inicial de licenciatura em química através da história

da ciência.

Bárbara Lúcia de Almeida

Erika Fernanda Leite de Melo Lima

Universidade Federal de Juiz de Fora

O professor de química pode ajudar os estudantes do nível médio a

aprender química encorajando-os a entender os caminhos que os

cientistas trilhavam na busca por um modelo ou uma teoria. Apesar

dos Parâmetros Nacionais Curriculares (PCN’s) apontarem neste

caminho, pesquisas revelam que professores de química não tem

muita familiaridade com o conteúdo de História de ciência e como

trabalhar este saber em suas aulas. Cachapuz e Paixao (2002, apud

OLSSON et. al, 2015) alegam que muitos professores veem a ciência

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de forma conteudista, dando ênfase a terminologia e não a relação

dos princípios científicos com as questões humanas, históricas e

sociais. A disciplina de química inorgânica, normalmente aborda o

conteúdo da Teoria de Werner, como uma introdução histórica aos

complexos metálicos. Esta teoria pode ser uma ótima forma de

ilustrar o contexto histórico cientifico da pesquisa em química do

século XIX (OLSSON et. al., 2015). Apresentamos uma proposta de

ensino em que integrando a história da química e o conteúdo

teórico-prático de química de coordenação pode auxiliar na

formação do licenciando sobre como descobertas científicas do

passado foram importantes, enfatizando que são necessários anos

de tentativas e de experimentação para entender como um

fenômeno ocorre e propor uma teoria.

Palavras Chave: Química inorgânica, Teoria de Werner, História de

Ciência, Formação inicial

Uma abordagem histórica como motivadora para

introdução dos estudos de eletroquímica

Priscilla Rodrigues Priscyla da Cruz Machado.

Universidade Federal de Juiz de Fora

O conteúdo de Química no Ensino Médio é considerado de difícil

compreensão, sendo importante o docente, apresentar uma

metodologia diferenciada. Durante a disciplina de História da

Química, no qual apresentamos um seminário sobre pilhas, com foco

no contexto histórico, abordamos o estabelecimento dos conceitos

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de energia elétrica presentes nas pesquisas dos estudiosos italianos

Luigi Galvani (1737-1798) e Alessandro Volta (1745-1827). O embate

conceitual ocorrido entre esses pesquisadores e seus seguidores

suscitou no grupo o interesse em elaborar uma proposta didático

pedagógica, a ser aplicada em uma turma de segundo ano do Ensino

Médio, na qual pudéssemos apresentar a pilha desenvolvida pelo

químico e meteorologista inglês John Frederic Daniell (1790-1845),

que ficou conhecida como pilha ou célula de Daniell. Nossa proposta,

utilizando materiais de fácil aquisição: como o vinagre, sal de

cozinha, moedas de cobre, papel alumínio, papel filtro, dentre

outros, tinha o objetivo de explicar a eletricidade com origem nos

metais, assim como defendia Alessandro Volta.

Palavras Chave: História da Eletricidade, Ensino de Química, Pilha de

Daniell.

As ciências da natureza em manuais didáticos de

filosofia

Margarethe Steinberger-Elias Francisco das Chagas Pereira

Universidade Federal do ABC

Este trabalho faz parte de um projeto mais amplo sobre a linguagem

e a comunicação nos manuais didáticos de ciências. Aqui o objetivo é

apresentar resultado preliminar de um estudo sobre paráfrases

utilizadas em manuais de ensino de Filosofia recomendados

oficialmente para o ensino médio na rede pública brasileira.

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Paráfrases são formas variadas de formular explicações, definições e

exemplificações. O foco do trabalho são os conceitos de “natureza”

e de “ciências da natureza” no âmbito de uma história do

pensamento filosófico sobre as ciências. Foram selecionados trechos

de cinco manuais didáticos que abordam estes conceitos, de modo a

caracterizar o papel das paráfrases como recurso facilitador da

compreensão textual. A metodologia adotada revelou que o uso dos

termos “natureza” e “ciências da natureza” envolve não só processos

parafrásticos (modos de expressão variados de produzir o sentido dos

termos estudados), mas também processos polissêmicos (múltiplos

sentidos para um mesmo termo). O trabalho discute estes primeiros

resultados e suas implicações no sentido de facilitar ou dificultar as

atividades de leitura no ensino de ciências.

Palavras chaves: História da Ciência e Ensino; comunicação e

linguagem; manuais didáticos; ciências da natureza

A criação de um site para discussão da História da

Ciência para alunos do ensino médio.

Maria Helena Zambelli Ivoni Freitas-Reis

Universidade Federal de Juiz de Fora

A história da ciência é uma estratégia de ensino que pode ser

utilizada em sala de aula não somente para mostrar os alunos a

evolução da mesma, mas também para auxiliá-los em uma visão mais

crítica sobre a ciência. Existem poucos espaços de discussão sobre a

HC e ensino, diante disto foi criado um site onde alguns textos sobre

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a origem da química no Brasil foram postados a fim de divulgar o

nosso trabalho. O site inicialmente foi apenas para divulgar textos

sobre uma das pesquisas do grupo, porém atualmente estamos

ampliando para contemplar todo o grupo de pesquisa. Nele se

encontram dados históricos de dois pioneiros da química no Brasil,

José Bonifácio de Andrada que foi lente na universidade de Coimbra

e muito importante na descoberta de diversos minerais e João da

Silveira Caldeira, que foi responsável pela criação do laboratório do

Museu Nacional do Rio de Janeiro. Também se encontram nossas

linhas de pesquisa, nossos trabalhos, dados sobre o grupo que

contém alunos de doutorado, mestrado, graduação e professores da

educação básica. A criação do site foi importante para divulgação do

grupo e por isso planejamos continuar a postar mais textos sobre

figuras importantes da química no Brasil.

Palavras Chave: José Bonifácio, João Caldeira, internet, química no

Brasil.

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Comunicação Oral

História da astronomia em produções do mestrado

profissional em ensino de física

Fabiana Gozze Soares, Michele Silva Oliveira Agenor

Pina da Silva, Newton Figueiredo Filho

Universidade Federal de Itajubá

Universidade Federal do ABC

O Mestrado Nacional Profissional em Ensino de Física (MNPEF) surgiu

em 2013 com o intuito de desenvolver práticas e estratégias de

ensino, bem como, melhorar a qualificação de professores atuantes

na área de ensino de física. O presente trabalho tem por objetivo

apontar quais trabalhos foram desenvolvidos utilizando a História da

Ciência (HC) como estratégia de ensino no período de 2014 a 2016 a

partir de um estudo bibliográfico em Ensino de Astronomia (EA). Para

levantamento dos trabalhos utilizamos o portal de dissertações do

MNPEF. Após análise das produções, pôde-se verificar que a

utilização da HC está aquém do que determina os documentos

oficiais.

Palavras-Chave: Astronomia, História da Ciência, Ensino

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Cosmologia e tradição karipuna na história da ciência

brasileira: um estudo sobre o ritual do turé.

Jussara de Pinho Barreiros

Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Propomos neste relato de pesquisa em andamento, a concepção de

uma visão mítico-cósmica dentro da História da Ciência e da

Etnografia que envolve elementos da natureza de vivência cultural

da sociedade tradicional indígena, como substrato do ritual do Turé1

festa de agradecimento às pessoas invisíveis que vivem em Outro

Mundo, chamadas Karuãna, pelas curas que elas propiciaram por

meio das práticas xamânicas do pajé. Este grupo étnico Karipuna

está localizado na Terra Indígena Uaçá e são moradores da aldeia

Santa Isabel, no município do Oiapoque, no Estado do Amapá. O

objetivo deste estudo é investigar a concepção de mundos visível e

invisível dos sobrenaturais para descrever aspectos sociais e culturais

de sua cosmologia indígena. Os métodos utilizados serão as pesquisas

no levantamento de fontes secundárias impressas, história oral,

construção documental, por meio, das narrativas orais e a

observação participante in lócus na aldeia. A análise de fontes

primárias dos relatos de viagens publicados e abordagens

historiográficas desde o período colonial até final do século XIX com

ênfase aos trabalhos descritos de André Thével (1516-1590); Jean de

Léry (1536-1613) e Hans Staden (1525-1579); José Carlos Sebe Bom

Meihy (História Oral); Radcliffe-Brow (1881-1950); Lévi-Strauss (1908-

2009) na Antropologia cultural e social.

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Palavras-Chave: História da Ciência, Cosmologia Indígena, Etnia Karipuna, Pajé, Ritual.

A História Das Ciências Colaborando No Estudo Da

Estrutura Atômica E Dos Modelos Atômicos No Ensino

Médio

Marcelo Delena Trancoso Nadja Paraense dos Santos

Colégio Brigadeiro Newton Braga

Universidade Federal do Rio de Janeiro

Esse trabalho foi apresentado ao curso de Mestrado Profissional em

Ensino de Química, da UFRJ e mostra a importância do emprego da

história da ciência no Ensino Médio, como instrumento facilitador da

aprendizagem e as dificuldades dos professores que desejam

trabalhar esse tema, devido à carência de material didático nessa

área. Para isso foram utilizadas pesquisas de diversos autores e

analisados livros do Programa Nacional do Livro Didático do Ensino

Médio, que geralmente apresentam uma história distorcida e muito

simplificada. Como contribuição para a problemática da abordagem

histórica, foi elaborado um caderno temático intitulado: “Uma Breve

História do Átomo e seus Modelos”, que apresenta informações sobre

a vida pessoal, o trabalho e acontecimentos socioeconômicos,

políticos, religiosos e outros que influenciaram nas pesquisas sobre a

Estrutura Atômica e Modelos Atômicos, realizadas por Dalton,

Goldstein, Thomson, Rutherford, Bohr e Chadwick. Em suas 75

páginas, o caderno contem várias imagens, citações cruzadas e

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menciona os primeiros atomistas; pesquisas sobre eletricidade e

magnetismo; fatos e personalidades históricas e diversos outros

pesquisadores que igualmente contribuíram nas pesquisas atômicas.

Depois de concluído, a viabilidade do caderno foi testada junto a

professores e alunos, que atestaram positivamente quanto à

utilidade do material para o ensino de química.

Palavras-chave: História da Ciência, Ensino Médio, Livros Didáticos.

Louis Braille (1809-1852): A criação de um código de

leitura para cegos e o seu emprego no ensino de

química atual

Sandra Franco-Patrocínio Jomara Mendes Fernandes

Ivoni Freitas-Reis

Universidade Federal de Juiz de Fora

Louis Braille (1809-1852) ainda na adolescência ingressou no Instituto

Real dos Jovens Cegos em Paris - criada em 1784, tendo sido a

primeira escola destinada às pessoas com cegueira. Nesse centro de

estudos, ensinava-se a ler através da impressão forte de textos em

papel, que permitia dar relevo às letras. Buscando desenvolver um

método que facilitasse a leitura dos cegos, Braille criou um código,

que levou o seu nome - o código Braille, utilizado até os dias atuais.

No Brasil, em 1854, o Imperador D. Pedro II (1825-1891) fundou a

primeira instituição voltada a alunos cegos, o Imperial Instituto de

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Meninos Cegos, denominado atualmente de Instituto Benjamin

Constant, que seguiu os mesmos preceitos do Instituto francês.

Posteriormente, foram criadas outras instituições em diferentes

estados brasileiros. Para que a aprendizagem dos conceitos químicos

não ficasse limitada às pessoas que enxergam, surgiu a necessidade

de buscar dentro do código Braille formas de caracterizar o

conhecimento químico. Nesse sentido, o Ministério da Educação criou

o manual Grafia Química Braille para uso no Brasil (2002). Portanto,

temos como objetivo nesse trabalho, mostrar o percurso trilhado

para a consolidação do código Braille desde sua criação até a

atualidade no Brasil, principalmente no ensino de química.

Palavras-chave: Louis Braille; Código Braille; Ensino de Química

O químico e físico inglês Willian Crookes (1832-1919) e

os raios catódicos: uma adaptação tátil do tubo para o

ensino de modelos atômicos para aprendizes cegos

Jomara Mendes Fernandes Sandra Franco-Patrocínio

Ivoni Freitas-Reis

Universidade Federal de Juiz de Fora

O estudo das descargas elétricas através dos gases rarefeitos era

objeto de interesse dos mais importantes cientistas do século XIX.

Nessa época ansiava-se por conhecer a natureza dos raios

emergentes: se ondulatória ou se particulada. Nesse contexto, em

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1879, o químico e físico Willian Crookes (1832-1919) produziu, por

intermédio de uma bomba de vácuo, um tubo com pressões muito

menores que as já obtidas no interior do tubo antes confeccionado

por Heinrich Geissler (1814-1879). Essa nova condição experimental

proporcionou a Crookes meios de afirmar ser o raio - que mais tarde

Joseph John Thomson (1856-1940) denominou elétron - de natureza

particulada. Diante do exposto acima, acreditamos na importância

do emprego das ilustrações para a discussão do processo de

proposição de modelos atômicos no processo de construção do

conhecimento. Percebemos a relevância de termos um material tátil

que contribuísse com a aprendizagem do estudante cego, sendo

primordial criar meios eficientes de alcançar também esse estudante

através de materiais táteis, que permitam a construção mental de

determinadas informações. Pensando nisso, o presente trabalho

busca retratar uma experiência de adaptação tátil do tubo de

Crookes que foi elaborada e utilizada em aulas da história dos

modelos atômicos com um aprendiz cego.

Palavras-chave: Tubo de Crookes; Inclusão; Deficiência Visual;

Adaptação Tátil.

Canela Sassafrás protagonizou o pioneirismo científico

na região do Alto Vale do Itajaí - SC

Sandra Aparecida dos Santos Everton Bedin

Gabriel Victor Venâncio Ramlov Felipe Augusto dos Santos

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Bruno Rech Anya Rafaela dos Santos

Joziani Küster Anelise Grünfeld de Luca

Universidade do Alto Vale do Itajaí

Universidade Federal de Santa Catarina

Universidade Regional de Blumenau

Instituto Federal Catarinense - Campus Araquari

A Ocotea odorífera, popular canela sassafrás, protagonizou o

pioneirismo científico na região do Alto Vale do Itajaí – SC, uma vez

que passou a ser utilizada na fabricação de produtos farmacêuticos,

através da extração de seu óleo. Exuberante e frequente na flora da

região, tornou-se objeto de estudo no doutorado de Guilherme

Gemballa, primeiro farmacêutico brasileiro a obter o referido título.

Guilherme Gemballa (1914 - 1970), alemão, chegou ao Brasil com 8

anos de idade, dirigindo-se a SC, onde cresceu idealizando e

realizando projetos sociais e científicos. Suas pesquisas contribuíram

para que a Ocotea odorífera ficasse conhecida mundialmente, assim

como outros exemplares vegetais nativos da região, identificando

uma nova espécie, nomeada Mitranthes gemballae. O grupo de

Iniciação Científica, realizou entrevistas semiestruturadas com

agentes que participaram desse episódio histórico, assim como

analisaram documentos de fonte primária, incluindo registros

científicos e publicitários. O tratamento dos dados permitiram a

elaboração dos três eixos estruturantes da História da Ciência, a

historiografia, o contexto e a epistemologia respectivos ao episódio

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pesquisado. A pesquisa por meio da nova historiografia da ciência

permitiu a aproximação de fatos ocorridos no passado, considerando

seu contexto histórico, na intenção de interpretá-lo, e também de

elaborar materiais de divulgação científica e didáticos.

Palavras-chave: História da Ciência, Canela sassafrás, Guilherme

Gemballa, Pioneirismo científico, Episódio histórico.

As cartas de Roentgen

A análise das correspondências e a compreensão do

contexto histórico

Decio Hermes Cestari Junior

Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Este trabalho foi produzido no âmbito do Projeto: História da ciência

e ensino: abordagens interdisciplinares no Ensino Superior

(diagnóstico, formação continuada e especializada de professores) do

Programa Observatório da Educação – OBEDUC, (CAPES/INEP),

processo número 23038.002603/2013-47. A análise de

correspondências de cientistas, homens de ciência ou pesquisadores

na elaboração de trabalhos em História da Ciência é uma prática

comum. Feita de forma criteriosa, auxilia na compreensão do

contexto histórico no qual está inserido o objeto de nossas pesquisas

e os personagens que dele fazem parte. Esses documentos podem ser

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úteis na preparação de sequências didáticas e, também de forma

criteriosa, podem ser utilizados por professores em sala de aula.

Após a publicação da descoberta dos raios X diversas cartas foram

trocadas entre Wilhelm Conrad Roentgen e amigos pessoais,

familiares e outros cientistas. Através da análise dessas

correspondências, como documentos da época, compreendemos em

parte a rede de relações que permeava o meio científico do final do

século XIX e início do século XX. Encontramos também importantes

evidências das polêmicas envolvendo a disputa pela primazia da

descoberta e os debates que envolveram importantes personagens do

período e se estenderam até o final da Segunda Guerra Mundial.

Palavras-chave: Roentgen; Raios X; Ensino; Cartas

O legado de Mario Kaplún para o ensino de ciências

exatas

Margarethe Steinberger-Elias

Marcelo Cunha

Universidade Federal do ABC

O professor, jornalista e radialista argentino Mario Kaplún (1923-

1998) trouxe uma mudança epistemológica decisiva para a história da

ciência ao introduzir a idéia de que todo educador é também um

comunicador e vice-versa, se houver democracia. Para Kaplún, todo

“educomunicador” deve, portanto, dominar a pedagogia da

comunicação, ou seja, um modo de comunicação educativa cujo foco

deixe de ser a transmissão da informação e concentre-se nos

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interlocutores e no contexto sócio-histórico que possibilita sua

interação. Kaplún entendeu que a natureza da informação se define

também mediante seu compartilhamento. Este trabalho relata uma

pesquisa em andamento sobre a recepção e o lugar de Kaplún na

historiografia da ciência e no ensino de história da ciência.

Resultados preliminares apontam que a consolidação das idéias deste

pensador na área das ciências da comunicação na América Latina não

encontra similar junto a autores que pensam o ensino em áreas das

ciências exatas.

Palavras chaves: História da Ciência e Ensino; estudo bibliométrico;

educomunicação; Mario Kaplún; América Latina

Narrativas Históricas no Ensino de Ciências: Uma

atividade investigativa para os anos iniciais

Jose Crispim Macedo Rocha Junior

Universidade estadual de santa cruz

A relevância em torno da discussão sobre o Ensino de Ciências é

notável atualmente, principalmente quando o assunto é a inserção

de elementos históricos e filosóficos da Ciência no contexto de sala

de aula. A História e Filosofia da Ciência (HFC) apresenta diversas

vertentes e é advogada por centenas de pesquisadores. Assim, este

presente trabalho investigará como o uso de Narrativas Históricas

inseridas em atividades investigativas podem contribuir para o ensino

e aprendizagem de alunos dos anos inicias do Ensino Fundamental. A

coleta de dados será feita por meio videogravação e diário; e as

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informações obtidas serão avaliadas utilizando a metodologia de

Análise Textual Discursiva (ATD). Embora ainda não tenha sido

concretizado o trabalho em sala de aula, a perspectiva é de que a

execução da atividade se aproxime das ideias conclusivas de Briccia

e Carvalho (2011), ambas utilizaram elementos históricos da ciência

no contexto real de sala de aula no Ensino Médio e perceberam a

viabilidade de se ensinar Ciências a partir dessa abordagem. A

finalização desta atividade poderá contribuir para incentivar o uso

de elementos de HFC no contexto de sala de aula, uma vez que,

muitos trabalhos possuem teor teórico e pouco se tem na prática

escolar.

Palavras Chave: HFC; Narrativas Históricas; atividades

investigativas.

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Relato de Experiência – Roda de Conversa

A tabela periódica a partir dos elementos que

compõem uma pilha: abordagem histórica e suas

consequências para o meio ambiente

Gisele X.M.Celante

Francielli R. Dalgobo

Jeane F. de Paula

Renan M. Pereira

Vinicius G. Celante

Secretaria de Estado da Educação - ES

Instituto Federal do Espírito Santo - Campus Aracruz

O objetivo desse trabalho foi realizar um aula, para alunos do 1º ano

do ensino médio, contextualizando o ensino dos elementos da tabela

periódica que estão contidos em pilhas comuns ou baterias de seus

celulares, um estudo sobre os metais que as constituem abordando a

origem, quem realizou os primeiros estudos e as consequências para

o ambiente quando descartados de maneira incorreta, os aspectos

sociais da época do surgimento da primeira pilha, quem estava

envolvido, quais os pressupostos científicos e filosóficos. A

abordagem também foi realizada mostrando ao aluno como foi

importante os estudos realizados para que os elementos que

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compõem uma pilha ou bateria - desde os metais pesados Cadmio,

Chumbo, Mercúrio e de elementos como o Zinco, Carbono em forma

de Grafite, Mn, K, Ni, Li, suas características químicas,

aplicabilidade na indústria e ao mesmo tempo fez-se uma abordagem

dos perigos que esses elementos apresentam para o homem quando

pilhas ou baterias são descartadas indevidamente no ambiente,

fazendo uma ambientação social da criação da pilha e como são os

aspectos sociais de hoje. Um trabalho como esse é importante, pois

trás para o aluno uma visão de como era a sociedade científica e

como a sociedade trata o assunto hoje, levando ao aluno uma aula

dinâmica e enriquecendo seu conteúdo conceitual, onde oportuniza

aos estudantes o processo de análise. Através de textos, slides,

documentários as aulas foram ministradas com colaboração com

alunos dos IFES, Campus Aracruz.

Palavra chave: Ensino de química, Tabela Periódica, História da

eletroquímica.

Hipátia de alexandria

a presença da mulher no alvorecer das ciências

Patrícia da Silva Batista

Maria José da Silva de Oliveira Quirino

Ana Lúcia Rodrigues Gama Russo

Carlos José Galvão Corrêa

Secretaria de Estado da Educação do Rio de Janeiro

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A inserção da História da Ciência nas práticas de ensino de Ciências é

relevante, e propicia a diversificação das aulas. Diante da ausência

da abordagem histórica, em alguns livros didáticos e de alguns

precursores de teorias científicas que os alunos desconhecem,

percebeu-se a necessidade de contar parte desta história então

desconhecida. A proposta aqui descrita parte da exibição de um

filme para os alunos do 2º ano do Ensino Médio, sobre a vida de

Hipátia de Alexandria. Após a exibição, foi aplicado um questionário,

onde a análise das respostas sugeriu que os alunos puderam

demonstrar um novo entendimento sobre como a teoria do

movimento elíptico do planeta Terra foi de fato elaborada. Deste

modo, podemos proporcionar aos alunos um novo olhar sobre a

construção do conhecimento científico ao longo da história chegando

até os dias atuais.

Palavras-chave: História da Ciência; Ensino de Ciências; Mulheres nas

Ciências.

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Episódio histórico de Louis Pasteur: Uma proposta para

o ensino de Química, Física e Biologia

Anelise Grünfeld de Luca Iara Maitê Campestrini

Sandra Aparecida dos Santos Graziele Moreira Machado

Gabriel Cristiano Walz Gabriela Hoffmann Luciano

Jéssica Caroline Albano

Instituto Federal Catarinense - Campus Araquari

Instituto Federal de Santa Catarina - Campus Jaraguá

do Sul/Rau

Universidade do Alto Vale do Itajaí

A História da Ciência na interface com o ensino contribui para que a

aprendizagem dos conceitos tratados pela ciência aconteça de forma

significativa e contextualizada, permitindo a compreensão de sua

natureza. Nessa perspectiva, o episódio histórico de Louis Pasteur

(LP), tratando de sua vida e obra, foi transformado em uma

sequência didática (SD) voltada aos estudantes do Ensino Médio (EM)

e licenciandos de Química. Acredita-se que a apresentação e a

discussão desse episódio histórico favorecerão a apropriação dos

conceitos científicos inerentes aos conteúdos abordados no EM;

envolvendo o estudo da isomeria óptica, da fermentação e dos

micro-organismos. A SD proposta constitui-se das seguintes etapas:

aplicação de um questionário virtual, apresentação de um vídeo

sobre a vida e obra de LP, leitura de livro específico, abordagem do

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conceito de isomeria óptica e polarização, realização de um

experimento comprovando o desvio da luz polarizada por moléculas

quirais, abordagem dos aspectos fisiológicos destas moléculas no

organismo, da estrutura e metabolismo dos micro-organismos, e

relações ecológicas estabelecidas. O desenvolvimento desta proposta

evidenciou o diálogo entre as áreas envolvidas e contribuiu para o

entendimento do percurso histórico dos estudos sobre LP, destacados

no vídeo, nos textos e no experimento, propiciando a apropriação

dos conceitos.

Palavras-chave: História da Ciência, Ensino, Sequência didática,

Episódio histórico.

História das embalagens: contribuições da ciência para

a conservação dos alimentos

Márcia Maria Pinto Coelho

Andreia Francisco Afonso

Berenice Trogo

Escola Estadual Duarte de Abreu.

Universidade Federal de Juiz de Fora.

A transformação das embalagens de alimentos, ao longo dos tempos,

está vinculada às mudanças alimentares da sociedade. Daí a criação

de diferentes tipos, utilizando materiais variados. Para mostrar aos

alunos a relação entre o desenvolvimento científico e as embalagens,

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desenvolvemos uma intervenção, a partir da temática “Embalagens

de alimentos”, em uma turma da Educação de Jovens e Adultos, de

uma escola estadual de Juiz de Fora. Iniciamos com um pré-teste,

para investigarmos a concepção dos discentes sobre a relação das

embalagens com as necessidades alimentares através da História. Na

sequência, explicamos que as embalagens foram modificadas através

de composições químicas diversas, que as tornaram mais resistentes

a fatores externos. Em seguida, distribuímos algumas embalagens de

alimentos para os grupos e, pedimos que observassem os rótulos,

registrando as informações. Após, solicitamos a representação de

uma embalagem fictícia, através de desenhos, para um alimento que

pudesse ser comercializado na escola. Além disso, cada grupo

deveria fazer uma breve descrição do material utilizado, a fim de

associar as contribuições da Ciência nesse setor. Através deste

trabalho, os alunos puderam perceber que os avanços da Ciência, nos

possibilitaram conservar os alimentos por mais tempo, uma vez que,

para cada tipo, existe uma embalagem apropriada.

Palavras-chave: Embalagens – História da Ciência – Química.

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A ciência nos perfumes: atribuindo significados a

química orgânica através da história da temática

Márcia Maria Pinto Coelho

Marlon Duarte Moreira

Andreia Francisco Afonso

Escola Estadual Duarte de Abreu.

Universidade Federal de Juiz de Fora.

O aprendizado de Química Orgânica, geralmente, está associado à

memorização de fórmulas e nomes das diferentes estruturas. Assim,

muitos discentes não conseguem reconhecer as substâncias orgânicas

que estão no seu cotidiano. Para auxiliar nessa percepção,

elaboramos uma intervenção com a temática “Perfume”, no terceiro

ano do Ensino Médio, de uma escola estadual de Juiz de Fora.

Iniciamos, explicando a origem da palavra “Perfume”, e como novos

aromas foram descobertos, a partir da queima de materiais

orgânicos. Discutimos as diversas utilidades das fragrâncias

produzidas, como por exemplo, servir de oferenda a deuses

cultuados por alguns povos e como os aromas foram sendo

incorporados aos costumes da sociedade. Na segunda etapa,

apresentamos trechos do filme “Perfume – a história de um

assassino” para mostrar o desenvolvimento da ciência, em relação às

técnicas de extração dos óleos essenciais em diferentes épocas da

História. Para finalizar, disponibilizamos amostras (água, álcool, óleo

de girassol, vinagre, essência de cravo e perfume de patchouli) para

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que os alunos registrassem a fragrância percebida. Através dessa

atividade, expomos as fórmulas estruturais das moléculas de cada

amostra, associando-as aos grupos funcionais, e descrevemos como

as células olfativas captam as essas moléculas de odor - substâncias

orgânicas voláteis-, formando a memória olfativa.

Palavras-chave: Perfumes – História da Ciência – Química Orgânica.

Parque de Ciência e Tecnologia:

A replicabilidade de conceitos científicos a partir de

experimentos de baixo custo

Zuleika Stefânia Sabino Roque

Ana Carolina Lorena

Universidade Federal de São Paulo

O presente trabalho visa apresentar uma experiência realizada no

Instituto de Ciência e Tecnologia (ICT) da Universidade Federal de

São Paulo (UNIFESP, localizada em São José dos Campos, articulando

uma Unidade Curricular do curso do Bacharelado Interdisciplinar em

Ciência e Tecnologia e dois Programas de Extensão com o escopo em

divulgação científica. A partir da UC denominada Ciência,

Tecnologia, Sociedade e Ambiente, foi trabalhado o tópico

alfabetização científica e, por meio dele, os alunos desenvolveram

experimentos de baixo custo a fim de tornar as aulas de ciências da

Educação Básica mais interativas. Os protótipos desses experimentos

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foram apresentados pelos próprios alunos/desenvolvedores a

estudantes dos ensinos fundamental e médio no evento “Portas

Abertas ICT”, como parte das atividades de dois programas de

extensão: Caravana da Ciência e Parque de Ciência e Tecnologia do

ICT. Esse evento, além da divulgação dos conceitos científicos, tem

como objetivo apresentar os cursos ofertados no instituto à

comunidade, assim como as condições de ingresso e de permanência

na Universidade. Os experimentos desenvolvidos foram doados e

fazem parte do acervo disponível para divulgação científica dentro

dos projetos de extensão mencionados. A alfabetização científica foi

o conceito e ponto de coesão entre todos os envolvidos.

Palavras-Chave: Alfabetização Científica, CTS, Parque, Museu, C&T

A Revolta da Vacina x Vacinação contra Febre Amarela:

O resgate da história da ciência por meio da leitura

jornalística e percepção dos alunos da EJA

Maria José da Silva de Oliveira Quirino Patrícia da Silva Batista

Secretaria Estadual de Educação do Rio de Janeiro

Nos livros didáticos atuais, utilizados nas escolas públicas,

percebe-se que é pequena a presença de textos que trabalhem a

história da ciência ou os processos históricos que levaram a

descobertas científicas importantes para a sociedade. Diante do

atual cenário de busca pela vacina contra febre amarela nos postos

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de saúde, dada à iminência de uma epidemia da doença, surgiu a

ideia de se comparar a revolta da vacina ocorrida em 1904 e essa

corrida aos postos de saúde no ano de 2017. Este resgate da história

se torna pertinente e interessante para que os alunos percebam que

nem sempre foi assim que a população se comportou (correndo atrás

da vacina). Para apresentar aos alunos o contexto histórico e a

Revolta da Vacina foram utilizados dois textos jornalísticos.

Comparou-se a primeira campanha de imunização ocorrida no Rio de

Janeiro a cerca de 100 anos atrás e o presente cenário em busca das

vacinas. Os alunos são de uma escola pública de Educação de Jovens

e Adultos.

Palavras-Chave: História da Ciência, Texto Jornalístico, alunos da

EJA.

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Minicursos

Tópicos de História da Química: modificações das ideias

de matéria entre os séculos XVIII e XX

Ana Maria Alfonso–Goldfarb, Márcia H. M. Ferraz, Andrea Bortolotto, Andreia Medolago de Medeiros, Cesar de Barros Lobato

Este minicurso pretende expor as modificações das ideias de matéria

em 3 momentos históricos distintos, levando em consideração as

perspectivas de abordagem de cada época. O primeiro situa-se em

meados do século XVIII, levando em consideração as discussões sobre

aspectos do reino mineral e dos trabalhos com metais, abordando

diferentes perspectivas: química, metalúrgica, mineralógica e

mineira. Serão enfatizados os estudos sobre o reconhecimento dos

minérios e seus componentes metálicos e, ainda, formas de separá-

los e de classificá-los, visando facilitar o trabalho tanto dos mineiros

quanto dos metalurgistas. Já o segundo tem seu foco no século

seguinte, com a elaboração da teoria atômica de Dalton e o debates

sobre a composição da matéria daí advindos. Nesse caso, pretende-

se apresentar aspectos do trabalho de Dalton relevantes para sua

teoria e ideias sobre a composição da matéria decorrentes de sua

formulação teórica. Tais ideias foram debatidas exaustivamente até

que um acordo sobre o que seria a molécula pudesse ser alcançado

entre os estudiosos da matéria. Enquanto o terceiro momento diz

respeito ao século XX, com os estudos sobre novas possibilidades de

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reações, que deram origem a novas áreas. Aqui, terá destaque a

fotobioquímica na ausência de luz partir do trabalho de G. Cilento,

professor italiano que se estabeleceu no Brasil e desenvolveu

importantes trabalhos na área, formando pesquisadores e instituindo

grupos de pesquisa.

Controvérsias experimentais ou teóricas?

Fumikazu Saito (PUCSP), Eliade Amanda Alves (PUCSP),

Modesto Pantaleo Junio (PUCSP)

Este minicurso tem por objetivo apresentar dois casos encontrados

na história da ciência em que os resultados experimentais

problematizam a noção de evidência experimental compartilhada por

grande parte dos professores de física. No primeiro encontro,

abordaremos sobre as experiências de Blaise Pascal relativas ao

vazio, tendo por foco a relação entre a experiência e o fenômeno ao

qual ela se reporta. No segundo, apresentaremos o experimento da

radiação do frio, realizado por Benjamin Thompson (Conde

Rumford), abordando a relação entre a teoria e o experimento.

Encerraremos o minicurso, tecendo algumas considerações de ordem

teórica, que devem ser observadas pelos professores, sobre o papel

dos experimentos históricos na articulação entre história da ciência e

ensino.

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Ciência, Tecnologia e Trabalho na Pedagogia

Libertária: Experiências Utópicas

Gilson Leandro Queluz (UTFPR)

Este minicurso pretende discutir a pedagogia libertária em suas

relações com a ciência, a tecnologia e o trabalho no início do século

XX. Neste contexto, a Escola Moderna de caráter libertário,

organizada por Francisco Ferrer em 1901, enfatizaria o estudo das

ciências naturais, a partir de práticas experimentais dos alunos em

laboratórios ou em contato direto com a natureza, como uma das

bases fundamentais para que o futuro progresso científico e

tecnológico fosse permeado por noções de solidariedade e igualdade

social. Ferrer também enfatizava que os livro didáticos existentes,

escritos geralmente para fins dogmáticos confessionais, ou para a

doutrinação nacionalista e a obediência cega ao estado, eram

baseados em valores autoritários e verdades pré-estabelecidas,

sendo necessariamente insuficientes para a educação no contexto da

pedagogia moderna. Neste sentido, identificava a necessidade de

constituição de uma biblioteca para o ensino racional. Procuraremos

compreender, a partir de obras componentes desta Biblioteca como

as novelas Leon Martin (1905) de Charles Malato, Tierra Libre (1908)

de Jean Grave, Sembrando Flores (1906) de Federico Urales

(pseudônimo de Juan Montseny), o diálogo dos princípios da

educação anarquista com os conhecimentos científicos e técnicos

enraizados no mundo do trabalho, e a potencial abertura de

perspectivas utópicas de emancipação social.

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Divulgação da ciência no século XIX

Ivoni Freitas-Reis, Ingrid Derossi

A divulgação científica estabelece um compromisso de

democratização da Ciência, levando a partir de uma linguagem mais

acessível, informações cientificas e tecnológicas ao público não

acadêmico, o que ocorre por diferentes meios de comunicação de

massa. Esse processo está relacionado à maneira em que o saber

científico é construído e como se propaga na sociedade (SILVA,

2006). O século XIX é considerado um período de grande propulsão

das ciências, neste período, a química se destacava na sociedade,

devido ao grande apelo visual que era apresentado através dos

experimentos executados por estudiosos da época, como Humphry

Davy (1778-1829) e Antoine François de Fourcroy (1755-1809),

Michael Faraday (1791-1867) em auditórios para a aristocracia ou em

feiras itinerantes, que conquistavam pessoas comuns que possuíam o

interesse por essa ciência. Faraday nas suas palestras conhecidas

como “Christmas Lectures”, no auditório da Royal Institution, que

foram criadas em 1825 e existem até os dias atuais, tinham o

objetivo de divulgar a ciência de forma simples e responsável para o

maior número de pessoas possível, incluindo crianças e jovens. Foi

em uma dessas feiras em Darmstadt, sua cidade natal, que Justus

von Liebig (1803-1873), já ambientado com a química que lhe era

apresentada pelo seu pai, Johann Georg Liebig (1775-1850), através

da produção de corantes, vernizes, pigmentos e outros produtos que

fabricava para vender, presenciou a reação entre prata, ácido nítrico

e álcool, que gerava uma substância explosiva, e que despertaria,

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posteriormente, o seu interesse pelo estudo dos fulminatos1. E

posteriormente Liebig utilizaria da divulgação científica para difundir

os seus extratos de carne. Já a estudiosa Jane Marcet (1769-1858),

que em sua obra “Conversation on Chemistry” (1805) utilizou-se de

diálogos entre uma professora e suas alunas, tornar conhecida essa

ciência em uma linguagem mais acessível. Sendo assim, o objetivo

deste minicurso é explorar essas diferentes formas de divulgar a

ciência, argumentar sobre as possíveis contribuições para o seu

desenvolvimento além de promover breves debates sobre a vida dos

três cientistas supracitados: Justus von Liebig (1803-1873), Michael

Faraday (1791-1867) e Jane Marcet (1769-1858).

Mulheres nas Ciência da Matéria, na Matemática e na

Computação

Lais S.P. Trindade, Roseli Moura, Rozenilda Luz Oliveira

de Matos, Ourides Santin

Em que pese as várias iniciativas nacionais e internacionais que têm

como objetivo inclusão e a valorização das mulheres nas áreas de

ciência, matemática e tecnologia e nunca antes tenha sido tão

facilitada sua atuação nos campos anteriormente dominados pelos

homens, pouco ainda se discute, nas salas de aula, tópicos que

abordem as contribuições femininas para a ciência. Isso se dá por

vários motivos. O primeiro deles é que muitos entendem que a

ciência é neutra, até mesmo nas questões de gênero. Além disso, o

trabalho realizado pelas mulheres sempre foi considerado menor,

1Os fulminatos são compostos que possuem o ânion fulminato (ONC−).

Devido à sua instabilidade, são explosivos. (Kurzer, 2000)

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auxiliar e de pouca importância. O resultado dessa perspectiva

reforça para os estudantes a ideia de que a ciência é uma tarefa

masculina. No entanto, uma análise histórica mais profunda mostra

que atividades consideradas irrelevantes em um determinado

período tornaram-se essenciais para a consolidação da ciência e da

tecnologia. Outro motivo é a falta de material disponível aos

professores sobre o assunto, uma vez que pesquisas sobre a

participação das mulheres nessas áreas do conhecimento encontram-

se principalmente em estudos acadêmicos de circulação restrita a

especialistas e os materiais mais difundidos restringem-se a

biografias de algumas poucas cientistas. Assim, este minicurso tem

como objetivo revelar algumas das contribuições femininas e

propiciar reflexões que permeiem não só a questão histórica, mas

também social, cultural da atuação da mulher nas ciências da

matéria e da matemática como relações que extrapolam a pesquisa e

se estabelecem no campo próprio da sociologia, da epistemologia e

da história da ciência.

Conhecimentos sobre a natureza e as artes expressos

em imagens: representações de plantas e animais nas

origens da ciência moderna

Maria Helena Roxo Beltran, Fabiana Dias Klautau, Mariana

Bianchini Malerba

Este minicurso aborda as imagens veiculadas em livros impressos na

primeira modernidade para representar plantas e animais.

Considerando a imagem como determinada tanto pela concepção que

se pretende registrar, quanto pela técnica artística empregue em sua

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confecção, analisaremos interfaces entre ciência e techné

manifestadas em gravuras de herbários e de livros de animais

publicados entre os séculos XVI e XVII.

Na primeira aula serão abordados elementos de história do livro,

focalizando particularmente nas técnicas de produção e reprodução

de imagens adotadas pelos primeiros editores. Nas aulas seguintes

trataremos de imagens de plantas e de animais em livros impressos,

abordando seu papel no registro e comunicação de conhecimento nas

origens da ciência moderna. Serão apontadas também possibilidades

de se construir e aplicar atividades de ensino envolvendo o papel da

classificação na organização dos conhecimentos sobre a natureza, e

sua relevância na configuração da ciência em diferentes épocas e

culturas.

Três capítulos de História da Medicina centrados em

imagens

Vera Cecília Machline (PEPGHC/CESIMA – PUCSP) Este minicurso irá detalhar três capítulos pertencentes à História da

Medicina cujos principais protagonistas são imagens – quando não de

época, ao menos reconstituições posteriores. Pela ordem, os dois

primeiros remontam à assim chamada antiguidade clássica, que se

estende aproximadamente do século VIII antes da Era Comum

(a.E.C.) até o ano de 476. Já o último tem raízes na primeira metade

do século XVI. São eles: 1. Os diagramas anatômicos de Aristóteles;

2. Ilustrações combinando duas visões de Galeno de Pérgamo acerca

dos temperamentos humanos; 3. As primeiras representações visuais

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de Paracelso. Inicialmente, será enfocada a possibilidade de

Aristóteles de Estagira (384-322 a.E.C.) ter sido o primeiro a realizar

desenhos anatômicos na antiguidade greco-latina. Elaborados

metodicamente, tais desenhos comporiam uma coleção de figuras há

muito perdida. Supõe-se que semelhante atlas existiu porque, em

certos escritos aristotélicos remanescentes, há menções a uma obra

contendo ’ανατομαί – termo este que quer dizer “dissecções”,

“anatomias”, ou “diagramas anatômicos”. Um desses escritos é a

História dos animais, que traz descrições verbais de partes e

peculiaridades do reino animal. Tão minuciosas são muitas delas, que

leitores modernos as transformaram em imagens. Assim procedeu

Guilhaume Rondelet (1507-1566), que incluiu em seu Libri de

piscibus marinis alguns desenhos baseados em passagens da História

dos animais. Mais recentemente, D’Arcy Wentworth Thompson (1860-

1948) ilustrou sua tradução da História dos animais, saída do prelo

em 1910, com quatorze desenhos de seu próprio punho. No século

XXI, Armand Marie Leroi acrescentou em seu estudo The Lagoon,

originalmente lançado em 2014, figuras de David

Koutsogiannopoulos. Dentre outras, destacam-se os desenhos de um

embrião e de um adulto do cefalópode siba ou sépia; os retratos das

partes reprodutoras masculinas e femininas de vivíparos quadrúpedes

e bípedes, como bovídeos e seres humanos; e o contorno do coração

e dos principais vasos sanguíneos igualmente característico do último

grupo de animais. O segundo capítulo trata do advento, a partir de

Galeno de Pérgamo (129-c. 216), de duas visões distintas acerca dos

temperamentos humanos. Segundo uma delas, haveria quatro

variedades de compleições; estas, consoante a outra, seriam nove.

Dado que ilustrações tanto antigas quanto recentes dos

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temperamentos humanos geralmente exibem quatro variantes, tem-

se a impressão de que apenas a primeira visão sobreviveu. Porém,

depois que tomamos conhecimento da segunda, fica evidente que a

maioria dessas ilustrações na realidade estão combinando as duas

visões de Galeno. O último capítulo versa sobre as duas tradições

iconográficas detrás das numerosas representações visuais hoje

existentes de Paracelso (c. 1493-1541). Surgidas quando ele ainda

era vivo, essas tradições materializam duas perspectivas

historiográficas muito distintas a respeito desse ainda controverso

pensador quinhentista. Enquanto uma delas mantém que Paracelso

foi um autêntico luminar, a outra sugere que ele seria um excêntrico

impostor. Centrados em imagens, os três capítulos evocam o debate

iniciado no Quatrocentos, suscitado pelo símile latino ut pictura

poiesis (i.e., a poesia é como a pintura). Citado no verso 361 da

Epistola ad Pisones redigida por Horácio (65-8 a.E.C.), esse símile

adquiriu um significado alheio ao ideário horaciano no Renascimento

latino. No entender de Horácio, para justificar a mediocridade de

suas criações, poetas inaptos recorrem às mesmas desculpas

esfarrapadas que pintores inexpressivos. No Quatrocentos, contudo,

a fórmula ut pictura poiesis veio a denotar que a pintura e outras

artes manuais (ou mecânicas) teriam o mesmo status que a arte

liberal da poesia. Essa releitura extemporânea é um dos vários

episódios históricos em que veio à tona a questão da primazia da

palavra ou da imagem no registro de conhecimentos. Desse modo,

lembrar – ainda que brevemente – alguns desses eventos afigura-se

uma boa maneira de iniciar este minicurso.

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Workshops

Da Radioatividade ao Modelo Atômico Nuclear – uma

proposta didático-metodológica

Deividi Marcio Marques, Karen Lúria Pires

Os fenômenos radioativos estão cada vez mais presentes nos meios

de comunicação e é função do professor de Química utilizar novas

estratégias de ensino ao abordar esse tema em sala de aula. No

entanto, para se compreender os conceitos e os conteúdos de

radioatividade faz se necessário o entendimento sobre a estrutura da

matéria, em especial, ao modelo proposto por Rutherford. Nos

currículos de química da Educação Básica, de um modo geral, há um

distanciamento entre os conteúdos de radioatividade e o modelo

atômico nuclear o que induz alunos e professores a pensar que essas

duas ideias não tem conexão e foram pensadas em épocas

diferentes. Neste sentido, este workshop tem como objetivo

apresentar e discutir uma proposta didático-metodológica para o

ensino do modelo atômico nuclear partindo das ideias sobre

radioatividade sob um viés historiográfico. Tal material foi

desenvolvido como uma tentativa de suprir as falhas de aspectos

históricos nos livros didáticos de Química relacionados ao tema, bem

como as pesquisas, as dificuldades, as aplicações e aos perigos que

permeiam os processos radioativos, apresentando o tema de forma

contextualizada. O workshop também propõe discutir alguns

aspectos importantes sobre a incorporação da História da Ciência no

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Ensino de Química assim como a importância do conhecimento

químico em nossa sociedade.

Possibilidades para o fazer docente junto ao aprendiz

cego em aulas de Química: uma interface com a

história da Tabela Periódica

Sandra Franco-Patrocínio, Jomara Mendes Fernandes, Ivoni Freitas-Reis A classificação periódica dos elementos é, sem dúvida, uma das

maiores e mais valiosas generalizações científicas. Desde a sua

concretização, ela tem servido como guia de pesquisas em Química

e, aos poucos, se tornou um valioso instrumento didático no ensino

da Química. Entretanto, se apresenta ainda como um dos conteúdos

que os estudantes demonstram dificuldades de compreensão.

Acreditamos que a abordagem no viés da história da ciência sobre a

construção da tabela periódica atual pode contribuir para que o

estudante construa seu conhecimento sobre a temática.

Em 1829, a Johann W. Döbereiner (1780-1849), professor em Jena,

na Alemanha, observou que ao agrupar certos elementos químicos

com propriedades semelhantes, em sequências de três - que ele

chamou de tríadas ou tríades - ocorriam curiosas relações numéricas

entre os valores de seus pesos atômicos. Várias outras propostas

surgiram até que, em 1869 Dmitri Mendeleev (1834-1907) e Julius

Meyer (1830-1895) - realizando trabalhos independentes -

propuseram a organização com base nas propriedades físicas e

químicas de 63 elementos, que na época eram conhecidos. A tabela

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periódica proposta por Mendeleev passou por modificações ao longo

dos anos. A principal delas, foi a substituição da massa atômica,

como critério para o ordenamento dos elementos, pelo número

atômico. Não obstante, a tabela periódica continua passando por

modificações e aprimoramentos.

A partir de uma tabela periódica tátil, buscaremos explorar questões

que envolvem a Tabela Periódica e sua história com olhos postos no

ensino de química para o sujeito cego, de modo que eles possam

perceber a alocação dos elementos ao longo da história, bem como,

sobre o atual debate da “inadequação” das posições do Hidrogênio e

do Berílio.

Os alunos com deficiência visual necessitam de recursos didáticos e

adaptações curriculares específicos para que possam participar

ativamente do processo de ensino e aprendizagem. Com materiais de

fácil acesso e baixo custo, é possível produzir materiais pedagógicos

que atuem como ferramentas em potencial auxiliando o aluno cego a

apreender conteúdos trabalhados na sala de aula. Assim, visando o

desenvolvimento da aprendizagem num contexto inclusivo,

pretendemos ilustrar uma tabela periódica que fora pensada,

adaptada e construída com o intuito de ser acessível a alunos com

cegueira e baixa visão, bem como podendo ainda ser utilizada por

normovisuais. Mostraremos as etapas de sua construção a fim de que

possa ser também reproduzida pelos sujeitos participantes do

workshop.

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São Paulo e o impacto das tecnologias na cozinha (séc.

XX)

Lucia Helena Soares de Lima, Márcia Helena Mendes

Ferraz

Esse estudo examina as interações entre tecnologia, sociedade e as

transformações que marcaram o espaço doméstico da cozinha, na

cidade de São Paulo, durante a primeira metade do séc. XX. A

análise de periódicos, inquéritos e outros documentos apontam a

adoção de um novo conceito de morar e cozinhar, e a conquista de

novos instrumentos para esse fim, como o resultado do

desenvolvimento da pesquisa na área da saúde, e da política

higienista que vigorou. Apesar do avanço da industrialização e do

crescimento econômico observado, apenas os mais favorecidos

puderam incorporar esses modernos equipamentos em suas cozinhas,

enquanto a falta de condições oferecida pelas políticas públicas

determinou o atraso nos lares da maioria da população.

História da Química no Brasil em sala de aula

Nadja Paraense dos Santos

Este workshop propõe ser uma tentativa de motivar a discussão de

temas de História da Química no Brasil no ensino de conteúdos

específicos, através da apresentação, realização e discussão de

atividades envolvendo a utilização de textos referentes à História da

Química no Brasil. Serão abordados aspectos didáticos e

metodológicos relacionados ao desenvolvimento de conceitos,

habilidades e competências, explorando as contribuições da história

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da ciência no Brasil visando não só a compreensão dos processos de

modernização da sociedade brasileira, como também explorar as

relações estabelecidas entre ciência e cultura, comparando-as com a

de outros países e assim procurar rever as imagens do país: de um

lugar onde não havia produção de ciência antes da criação das

universidades na década de 1930, fadado à imitação e aonde o fluxo

de ideias possuiria mão única, para ver o Brasil como um lugar de

produção de conhecimento e reflexão.

Eletro-Metalurgica Brasileira de Ribeirão Preto Pedro Wagner Gonçalves, Natalina Aparecida Laguna Sicca, Marcelo Luis de Brino A oficina explora materiais didáticos e sua fundamentação apoiada

na teoria de sistemas, escalas de tempo e narrativas interpretativas

do passado, bem como na importância do conhecimento da cidade e

do local. A História da Ciência e da Técnica contribui para recuperar

e reconstruir o contexto das alternativas e opções conflitantes diante

das quais se implantavam as primeiras siderúrgicas do Estado de São

Paulo. Os pioneiros dessa indústria precisaram prospectar e descobrir

jazidas de ferro e calcário, bem como desenvolver o uso do carvão.

As tentativas de industrialização na Primeira República exemplificam

contradições dos projetos das elites brasileiras ao buscar reproduzir

o capital gerado pela economia agroexportadora. A Eletro-

Metalurgica Brasileira de Ribeirão Preto (1921-1931) foi um dos

poucos empreendimentos que empregaram alto-forno elétrico para

produzir aço. Pesquisa colaborativa promovida por professores do

ensino público (de Biologia, Geografia, História, Matemática e

Química) busca valorizar parte esquecida dos eventos ocorridos na

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cidade. Para promover a integração curricular promove o

levantamento das ruinas da siderúrgica, das estações e ramais

ferroviários empregados pela empresa, bem como a mineração de

ferro e calcário situadas em Jacui (Minas Gerais). Dessa forma,

produz materiais curriculares que são desenvolvidos para o ensino

médio e podem ser usados por outros professores. Entre os objetivos

desta proposta encontra-se a valorização dos bens culturais e

naturais da cidade que usualmente se perdem na malha urbana. Ao

difundir tais materiais, conduz ao reconhecimento das possibilidades

de inter-relações e construção curricular pondo no centro do eixo de

conteúdo a História da Ciência e da Técnica e, ao mesmo tempo,

cruzando dados coletados de História Regional, Biologia, Geografia,

Matemática e Química. O tratamento dos assuntos persegue eixos

que partem da escala do tempo histórica e avança para o tempo da

natureza, mostram vínculos e articulações de diferentes campos do

conhecimento por meio da cadeia industrial, sua dependência de

matérias primas naturais e a indissociabilidade entre a história

geológica e os locais de concentração de minérios (ferro e calcário).

A oficina opera com documentos originais da Companhia de Força e

Luz de Ribeirão Preto, com documentos da história da eletrificação,

abastecimento de água e redes de esgoto de cidades do interior

atendidas por essa empresa. Adicionalmente recorre a audiovisuais e

amostras coletadas nos locais que foram palcos dos eventos.

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As Teorias de Scheele, Priestley e Lavoisier em

atividade prática – confrontando teorias

Ourides Santin Filho

Ainda é comum nas escolas a adoção de experimentos considerados

simples para se ensinar o que o senso comum entende como “método

científico”. Um destes “experimentos” clássicos consiste em propor

aos estudantes que façam a observação de uma vela, a princípio

apaga, posteriormente acesa e, finalmente, cobri-la com um béquer

ou copo de vidro, observando seu apagamento. Os estudantes são

então convidados a formular hipóteses sobre o porquê do

apagamento da vela. As respostas típicas (conforme constatado em

turmas de Química Geral Experimental do primeiro ano de cursos de

Licenciatura e Bacharelado em Química) são usualmente baseadas

em conceitos de teorias já conhecidas – a vela é um hidrocarboneto

cuja combustão produz gás carbônico e água; se apaga porque

acabou o oxigênio disponível; gera fuligem por combustão

incompleta, etc. – essas respostas denotam que o experimento, na

forma como se apresenta, tem caráter apenas comprovatório (ainda

que fraco), uma vez que o processo é previamente conhecido pelos

estudantes a partir de suas aulas teóricas, não apresentando então

qualquer caráter investigativo e nem servindo como cenário para

discussões de natureza epistemológica. O objetivo deste workshop é

o de instrumentalizar os professores a utilizar o “experimento da

vela” como proposta de embate entre teorias, mostrando que, do

ponto de vista de suas lógicas internas, as teorias de Scheele,

Priestley e Lavoisier, estudiosos da combustão na segunda metade do

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século XVIII, reuniam os requisitos necessários para explicar o

processo de combustão. As três teorias davam conta do processo

citado de modo satisfatório. O workshop está estruturado no estudo

das teorias adotadas por Scheele (a combustão é dependente do “ar

de fogo”), Priestley (a combustão é dependente do “ar

desflogisticado”), ambas de caráter flogistonista, e por Lavoisier (a

combustão é dependente do “ar vital”, posteriormente “oxigênio”).

Propomos ainda que os professores percebam os pressupostos que

cada pesquisador tinha para justificar suas teorias, os conflitos entre

eles, e as razões, de natureza inclusive sociais, que redundaram na

(lenta) aceitação da teoria de Lavoisier. Pretendemos ainda verificar

que a nova teoria comportava conceitos algo ainda obscuros

(calórico), e que o que se chamou “oxigênio” na época não era o que

entendemos conceitualmente por “oxigênio” hoje, desmontando a

ideia de esse gás tenha tipo uma clara e estabelecida paternidade,

debatendo o que e entende por “descobrir” alguma coisa em ciências

naturais.

Doutrina e natureza de uma narrativa histórica acerca

da eletroquímica na Royal Institution da primeira

metade do século XIX

João B. A. dos Reis, Marcelo Fonseca Pinto

Este workshop visa esquadrinhar a arquitetura e construto conceitual

da eletroquímica, na perspectiva da Histórica da Ciência, nas vozes

dos atores, enfatizando a doutrina e a natureza dos procedimentos

teóricos e experimentais, inicialmente, na Londres de 1801. Na

continuidade, preâmbulos historiográficos entre 1832-1834, Londres,

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Royal Institution of Great Britain (RI) – enfocando os estudos do

tema em Michael Faraday (1791-1867) sobre os quais, objetiva-se

narrar aspectos intrínsecos à consistência e simplificação

experimental no contexto das leis da eletrólise. Buscando alcançar

um cenário adequado para promover a interligação do enfoque

histórico no ensino da ciência, centrado na habilidade empírica

trazendo à lembrança os estudiosos britânicos daquela epóca.

A organização dos diálogos está planejada para que sejam

ministrados em intervalos de 4 (quatro) blocos de 15 (quinze)

minutos cada perfazendo 60 minutos; e, duas etapas de discussão

aberta aos grupos participantes, perfazendo um total de 30 (trinta)

minutos. Inicialmente, no bloco 1, reportam-se os estudos da

eletrólise e instrumental metodológico partindo de Thomas Beddoes

(1760-1808), do “hibridismo” da pilha voltaica aos pressupostos

empíricos de Humphry Davy (1778-1829) incluindo a apresentação da

bateria de Alessandro Volta (1745-1827) em Londres. No bloco 2,

relacionam-se os estudos e conceitos elaborados por Davy e Faraday,

processos químicos e físicos: corrente elétrica (afinidade química e

conversibilidade das “forças químicas” em eletricidade), as reações

químicas e a eletrólise, a decomposição eletroquímica, processos,

relações qualitativas e quantitativas.

Com relação ao bloco 3, remete-se à quantificação das leis que

regem a eletrólise, alusões aos trechos das Séries III a VIII do volume

I, do Experimental Researches in Electricity (Faraday,1839), a partir

do discernimento da identidade das “eletricidades” e a

decomposição química, fusão de sólidos ou síntese de substâncias

oriundas de processos eletromotivos. Explanações teóricas sobre

afinidade química, processo elétrico e mecânico, eletrólitos e o

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aumento em quantidade diretamente proporcional durante a ação

eletrolítica (Faraday, p. 362, § 664). Complementa-se,

correlacionando, o aprimoramento técnico e teórico, ou seja, a

integração eletricidade, matéria e movimento, nos aspectos do

desenvolvimento experimental, da condutividade elétrica e da

confecção de aparatos epistêmicos, nas relações elétricas e

químicas. A mensuração da quantidade absoluta de eletricidade nas

moléculas da matéria, associações do diagrama do círculo voltaico

(círculo eletroquímico) e a resistência dos eletrólitos na

decomposição (Faraday, [1839], p.852-874).

Retrata-se inicialmente, no bloco 4, a síntese de uma linguagem

peculiar de Faraday, discurso e interpretação de uma fase teórico-

experimental – múltiplas linguagens (duas vozes) do experimento,

para o construto de uma arquitetura metodológica direcionada aos

processos educativos sob o olhar sistêmico das interações História da

Ciência e Ensino nas interfaces de natureza historiográfica.

Corporificando processos interativos que se tornem mais efetivos

quanto à compreensão dos fenômenos quantitativos da eletrólise

relacionados às correntes elétricas de indução e interações com a

matéria. Busca-se elucidar, nesse contexto, a compreensão

particular do fenômeno, ilustrados através das “vozes dos

experimentos”, metáfora da construção conceitual dos fenômenos da

eletrólise, entre 1832 e 1834.

Finalizando após algumas ponderações sobre os textos de História da

Ciência e Ensino, em Beltran (2014), eles tratam de um espaço

privilegiado de reflexões sobre as diferentes formas de se elaborar e

utilizar - transformar e transmitir - conhecimentos sobre a natureza,

as técnicas e a sociedade. Bem como, a reconstrução de sinais,

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signos, representações, ideias, teorias e discursos, em Alfonso-

Goldfarb, faz-se necessário, compreender a construção das

interfaces entre pelo menos duas áreas distintas, elas próprias

interdisciplinares.

Impressão fotográfica do século XIX – cianotipia – uma

ferramenta para o ensino de ciências.

Bárbara Almeida, Érika Leite

Este workshop pretende apresentar a cianotipia - um processo

histórico de impressão fotográfica do século XIX – que usa compostos

de ferro ao invés dos tradicionais compostos de prata para produção

da impressão fotográfica. A cianotipia, também conhecida nos dias

de hoje como ¨blue print¨, devido as imagens impressas em tons de

azul, por seu um processo simples e barato, pode ser usada como

potencial ferramenta para o ensino de ciências. Partindo destas

premissas o workshop será desenvolvido com a abordagem dividida

em 3 etapas: histórico, a produção da cianotipia e apresentação do

potencial como ferramenta de ensino. Na primeira etapa será

apresentado um breve histórico, desde 1704 quando o pigmento Azul

da Prússia foi acidentalmente descoberto, passando pelo

desenvolvimento do processo fotográfico realizado por Sir John

Hershel nos anos de 1840. Até chegarmos à atualidade em que Mike

Ware propõe uma ¨Nova Cianotipia¨ com uma mudança nos

reagentes. Na segunda etapa será realizada a produção artesanal de

um cianótipo, permitindo aos participantes vivenciarem a impressão

da imagem no papel. Na terceira e última etapa, serão apresentados

e discutidos diversos aspectos em que se pode usar a cianotipia,

articulando o experimento histórico com o ensino de ciências nos

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dias atuais. Serão apresentados conteúdos e atividades que podem

ser realizadas utilizando a cianotipia para o ensino de ciências desde

o ensino básico, tanto dentro da sala de aula como em laboratórios

ou em espaços não formais, até o ensino superior.

Como montar uma aula interdisciplinar:

Da matemática à natureza passando por Lusiadas.

Júlio César Graves, Lais Rangel Tsujimoto, Zuleika

Stefânia Sabino Roque

O presente trabalho visa compartilhar um exercício interdisciplinar

proposto a professores da rede pública estadual dos municípios de

Monteiro Lobato e de São José dos Campos, ambos no interior de São

Paulo, onde está também instalado o Instituto de Ciência e

Tecnologia da Universidade Federal de São Paulo. A proposta do

workshop surgiu a partir de ações desenvolvidas pelo Programa de

Extensão denominado Caravana da Ciência, mais especificamente do

seu Projeto intitulado Professor 2.0, que tem como objetivo dialogar

com professores da rede pública promovendo debates

interdisciplinares de modo a validar boas práticas de ensino e

aprendizagem desenvolvidas pelos mesmos e ao assim enfatizar a

importância da contextualização de conteúdos e da adoção de

atividades práticas que se apoiem em recursos simples, de baixo

custo, que possam ser produzidos pelos próprios professores e ou

seus alunos.

O workshop proposto é um exercício de preparação de uma aula

contendo três principais tópicos: Contexto, Interdisciplinaridade e

Experimentação. O workshop inicia-se com uma revisão teórica

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embasando a necessidade dos tópicos anteriores em uma aula. Na

sequência, um experimento interdisciplinar, correlacionando física,

anatomia e biologia será apresentado. Sabendo-se da limitação de

recursos de um professor no contexto do ensino no Brasil, apresenta-

se uma técnica de experimentação sem experimento.

Tratando-se do biênio da matemática, o workshop elucidará as

principais dificuldades do ensino de matemática no ensino médio e

fundamental propondo uma nova ótica para uma aula de equações de

segundo grau, exemplificando a técnica apresentada inicialmente.

Durante o workshop serão construídas correlações dos tópicos com

diversas as áreas do conhecimento, estimulando a

interdisciplinaridade. Uma construção em conjunto será realizada e

como sumarização será apresentada uma correlação temática que

relaciona história, filosofia, literatura, geografia, biologia e física

com equações de segundo grau. Para finalizar o workshop, aplicações

industriais serão apresentadas, atendendo a proposta de

contextualização. O principal público alvo do Workshop são docentes

e discentes dispostos a pensar por uma nova perspectiva a educação

do país.

Os trabalhos já foram publicados na revista História da

Ciência e Ensino: construindo interfaces, v. 16 (2017):

Suplemento (ISSN 2178-2911)

Link:

https://revistas.pucsp.br/index.php/hcensino/issue/vie

w/1822/showToc