24
Informativo da Faculdade de Ciências, Letras e Educação de Presidente Prudente (SP) UNOESTE - Universidade do Oeste Paulista Ano VI - nº 16 - 2º semestre de 2005 VI Jornada reflete práticas na Educação A Faclepp deve colher neste final de semestre os resultados pela iniciativa de realizar o Curso de Extensão “A presença africana na Cultura Brasileira”, por dois anos consecutivos. Unidos em torno do assunto estão a direção da Faculdade, coordenadores e professores de História, de Língua Portuguesa e Litera- turas, de Geografia e História. A Faclepp conta ainda com o incentivo da Pró-Reitoria de Pesquisa e Extensão da Unoeste para a implantação na universidade de um Núcleo de estudos sobre a importância e a contribuição do negro para o país. De acordo com a professora Édma de Souza Mattos - uma das principais in- centivadoras dos estudos, “estão sendo dinamizadas ações e pesquisa sobre o estatuto e o funcionamento deste Núcleo já existente na USP e Unesp de Bauru, visando a implantação de um modelo adequado à nossa realidade”. Na foto, a professora doutora Rosangela Malachias, do NEIMB/USP quando falava a participantes do II Curso de Estudo Afro, promovido em junho deste ano. Cultura africana A Faculdade de Ciências, Letras e Edu cação de Presidente Prudente (Fa- clepp) promove no período de 3 a 7 de outubro, no Campus I da Unoeste, a sexta edição da Jornada de Educação, incluindo este ano em sua programação a Semana de Extensão dos Cursos de Licenciaturas. A VI Jornada traz como tema geral Refle- xões sobre Práticas Educativas na Educa- ção Básica e uma extensa programação de 29 minicursos relacionados à área. Para a abertura oficial da Jornada que será realizada no Teatro César Cava, às 19h do dia 3, estão programadas várias atividades culturais. Logo após a abertura, às 19h30, o renomado educador brasilei- ro doutor Celso Vasconcellos ministra a palestra Gestão da sala de aula: o desafio da (in)disciplina. Os minicursos e oficinas serão mi- nistrados por professores mestres e doutores da Faclepp em diversas salas do Campus I, entre os dias 4 a 6 de outu- bro, abrangendo temáticas vinculadas às respectivas áreas das nove licenciaturas mantidas pela Faculdade de Ciências, Letras e Educação da Unoeste. Encerrando a Jornada, às 19h do dia 7, o capitão do 18º Batalhão da Polícia Militar de Presidente Prudente, Donizete Martins dos Reis, fala no Teatro César Cava aos partici- pantes sobre a problemática das Drogas e da violência nas escolas. A carga horária da VI Jornada de Educação é de 30 h e será exigida freqüência mínima de 80% para os certificados que serão entre- gues somente a partir do dia 24 de outubro na sala da diretoria da Faculdade – Campus I da Unoeste. Confira a programação das oficinas e minicursos da VI Jornada de Educação na página 03. Celso Vasconcelos: Gestão da sala de aula - o desafio da (in) disciplina O sonho da Universidade Teve início neste semestre letivo mais um Projeto de Extensão desenvolvido pela Faculdade Ciências e Letras (Faclepp), de significativa importância para uma centena de jovens integrantes da Fundação Guarda Mirim de Presidente Prudente. Trata-se de uma parceria entre a direção da Faclepp e daquela entidade, aliada à boa vontade de um grupo de vinte acadêmicos de quinto e sexto termos da Faculdade, que aceitaram o desafio de ministrar aulas preparatórias para exames vestibulares. Desenvolvido aos sábados, em período integral, o Projeto tem como principal objetivo, motivar os adolescentes mirins a reforçar os conhecimentos adquiridos no Ensino Médio, fornecendo subsídios teóricos para ingresso nas universidades. As aulas são ministradas nas dependências da própria Fundação Mirim, com exceção de Ciências Biológicas, uma vez que os alunos utilizam laboratórios da Unoeste para a parte prática. Os alunos/docentes responsáveis pelo Curso intensivo são dos quinto e sexto termos das diversas áreas da Faclepp. Respondem pelas disciplinas os graduandos: Ana Paula Vieira Gonçalves (Química), Vera Lúcia dos santos (Química), André Luiz Sales Cervellini (Química), Elaine Lonardone (Química), Ricardo Farina de Assis (Letras), Marta Regina G. de Souza (Letras), Camila Schiavo (Matemática), Marli Alcântara Lima de Freitas (Matemática), Rosa Ma- ria de Oliveira Pontes (Ciências Biológicas), Miléia Ricci Pícolo (C.Biológicas), Frederico Gustavo dos Santos da Silva Moreira (Ciências Biológicas), Milton Tomio Nishimoto (Física), Priscila Denize de Moura (Física) Raphael Cardoso Ávila (Física), Tatiani Marcos de Sá Alves (História), Eloiza Augusto Nespolo Damaceno (Geografia), Andréia Fernanda Alencar (Geografia), Marli Alcântara Lima de Freitas (Matemática). Os jovens da Fundação Mirim estão sendo preparados nas disciplinas de Língua Portuguesa (Literatura e Gramática), Matemática, Biologia, Química, Física, História, Geografia.

VI Jornada reflete práticas na Educação · Presidente Prudente, Donizete Martins dos Reis, fala no Teatro César Cava aos partici-pantes sobre a problemática das Drogas e da violência

  • Upload
    others

  • View
    1

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: VI Jornada reflete práticas na Educação · Presidente Prudente, Donizete Martins dos Reis, fala no Teatro César Cava aos partici-pantes sobre a problemática das Drogas e da violência

Informativo da Faculdade de Ciências, Letras e Educação de Presidente Prudente (SP)

UNOESTE - Universidade do Oeste Paulista

Ano VI - nº 16 - 2º semestre de 2005

VI Jornada reflete práticas na Educação

A Faclepp deve colher neste final de semestre

os resultados pela iniciativa de realizar o Curso

de Extensão “A presença africana na Cultura

Brasileira”, por dois anos consecutivos.

Unidos em torno do assunto estão a direção

da Faculdade, coordenadores e professores

de História, de Língua Portuguesa e Litera-

turas, de Geografia e História. A Faclepp

conta ainda com o incentivo da Pró-Reitoria

de Pesquisa e Extensão da Unoeste para a implantação na universidade de um

Núcleo de estudos sobre a importância e a contribuição do negro para o país.

De acordo com a professora Édma de Souza Mattos - uma das principais in-

centivadoras dos estudos, “estão sendo dinamizadas ações e pesquisa sobre o

estatuto e o funcionamento deste Núcleo já existente na USP e Unesp de Bauru,

visando a implantação de um modelo adequado à nossa realidade”.

Na foto, a professora doutora Rosangela Malachias, do NEIMB/USP quando falava

a participantes do II Curso de Estudo Afro, promovido em junho deste ano.

Cultura africana

A Faculdade de Ciências, Letras e Edu

cação de Presidente Prudente (Fa-

clepp) promove no período de 3 a 7 de

outubro, no Campus I da Unoeste, a sexta

edição da Jornada de Educação, incluindo

este ano em sua programação a Semana

de Extensão dos Cursos de Licenciaturas.

A VI Jornada traz como tema geral Refle-

xões sobre Práticas Educativas na Educa-

ção Básica e uma extensa programação de

29 minicursos relacionados à área.

Para a abertura oficial da Jornada que

será realizada no Teatro César Cava, às

19h do dia 3, estão programadas várias

atividades culturais. Logo após a abertura,

às 19h30, o renomado educador brasilei-

ro doutor Celso Vasconcellos ministra a

palestra Gestão da sala de aula: o desafio

da (in)disciplina.

Os minicursos e oficinas serão mi-

nistrados por professores mestres e

doutores da Faclepp em diversas salas

do Campus I, entre os dias 4 a 6 de outu-

bro, abrangendo temáticas vinculadas às

respectivas áreas das nove licenciaturas

mantidas pela Faculdade de Ciências,

Letras e Educação da Unoeste.

Encerrando a Jornada, às 19h do dia 7, o

capitão do 18º Batalhão da Polícia Militar de

Presidente Prudente, Donizete Martins dos

Reis, fala no Teatro César Cava aos partici-

pantes sobre a problemática das Drogas e

da violência nas escolas.

A carga horária da VI Jornada de Educação

é de 30 h e será exigida freqüência mínima

de 80% para os certificados que serão entre-

gues somente a partir do dia 24 de outubro

na sala da diretoria da Faculdade – Campus

I da Unoeste.

Confira a programação das oficinas e

minicursos da VI Jornada de Educação

na página 03.

Celso Vasconcelos:Gestão da sala de aula - o desafio da (in) disciplina

O sonho da Universidade

Teve início neste semestre letivo mais um Projeto de Extensão desenvolvido pela Faculdade Ciências e Letras (Faclepp), de significativa importância para uma centena de jovens integrantes da Fundação Guarda Mirim de Presidente Prudente. Trata-se de uma parceria entre a direção da Faclepp e daquela entidade, aliada à boa vontade de um grupo de vinte acadêmicos de quinto e sexto termos da Faculdade, que aceitaram o desafio de ministrar aulas preparatórias para exames vestibulares.

Desenvolvido aos sábados, em período integral, o Projeto tem como principal objetivo, motivar os adolescentes mirins a reforçar os conhecimentos adquiridos no Ensino Médio, fornecendo subsídios teóricos para ingresso nas universidades. As aulas são ministradas nas dependências da própria Fundação Mirim, com exceção de Ciências Biológicas, uma vez que os alunos utilizam laboratórios da Unoeste para a parte prática.

Os alunos/docentes responsáveis pelo Curso intensivo são dos quinto e sexto termos das diversas áreas da Faclepp. Respondem pelas disciplinas os graduandos: Ana Paula Vieira Gonçalves (Química), Vera Lúcia dos santos (Química), André Luiz Sales Cervellini (Química), Elaine Lonardone (Química), Ricardo Farina de Assis (Letras), Marta Regina G. de Souza (Letras), Camila Schiavo (Matemática), Marli Alcântara Lima de Freitas (Matemática), Rosa Ma-ria de Oliveira Pontes (Ciências Biológicas), Miléia Ricci Pícolo (C.Biológicas), Frederico Gustavo dos Santos da Silva Moreira (Ciências Biológicas), Milton Tomio Nishimoto (Física), Priscila Denize de Moura (Física) Raphael Cardoso Ávila (Física), Tatiani Marcos de Sá Alves (História), Eloiza Augusto Nespolo Damaceno (Geografia), Andréia Fernanda Alencar (Geografia), Marli Alcântara Lima de Freitas (Matemática). Os jovens da Fundação Mirim estão sendo preparados nas disciplinas de Língua Portuguesa (Literatura e Gramática), Matemática, Biologia, Química, Física, História, Geografia.

Page 2: VI Jornada reflete práticas na Educação · Presidente Prudente, Donizete Martins dos Reis, fala no Teatro César Cava aos partici-pantes sobre a problemática das Drogas e da violência

2 - Página do leitor

Tecendo a manhã

Um galo sozinho não tece uma manhã;

ele precisará sempre de outros galos.

De um que apanhe esse grito que ele e

o lance a outro;

de um outro galo que apanhe o grito que

um galo antes e o lance a outro;

e de outros galos que com muitos outros

galos se cruzem os fios de sol e de seus

gritos de galo, para que a manhã, desde

uma teia tênue, se vá tecendo, entre

todos os galos.

MELO NETO, João Cabral de. Poesia Completa, 1975.

Sampa e PrudenteAlguma coisa acontece no meu coração...

Quando atravesso a Marcondes ou o Parque do povão.

É que quando eu cheguei por aqui eu nada entendi,

Só sei que receio, angústia e tristeza senti.

Notei que gente é igual em todo lugar.

Pensei que o jeito era somente por Deus chamar.

A cidade até que é linda sim,

Mas o calor não tem fim...

As pessoas caminham tão devagar...

Pelas calçadas e nem têm pressa de chegar.

E foi um difícil começo, uma dura labuta.

A gente lá do meu trabalho é fato matuta...

Vizinhos e amigos nem dão um sorriso,

Parentes verdadeiros então nem pensar...

Estão todos em Sampa, até meu coração.

Quando me lembro deles vem forte a emoção

E por aqui tem pouca cultura e diversão,

Mas a minha Faclepp é uma exceção,

Encontrei gente boa e amiga de plantão.

Pensando melhor acho que não estou tão na mão.

Então os novos paulistanos tem olham diferente...

Então os novos paulistanos vão seguindo em frente.

Caderno FACLEPP

Orgão informativo das atividades acadêmico-científicas e

de extensão da FACLEPP – Faculdade de Ciências, Letras

e Educação de Presidente Prudente (SP)

UNOESTE – Universidade do Oeste Paulista.

http://www.unoeste.br - 0xx18 229-1098

Direção da FACLEPP – Faculdade de Ciências, Letras e

Educação de Presidente Prudente:

Profa. Me. Sônia Maria Pelegrini

Coordenação da Comissão de Pesquisas da FACLEPP:

Profa. Dra. Maria Salete Vaceli Quintilio

Redação, fotos e edição de textos do “Caderno FACLEPP”:

Jornalista Me. Leodete Gazoni Ferreira

Registro MTb – 29.051

Projeto e diagramação:

Débora André – Freelancer

Impressão:

Gráfica Oeste Notícias

Colaboradores:

Membros da Comissão de Pesquisa, Coordenadores das

Faculdades e professores da FACLEPP

Expediente

* Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores.

Eliana da Silva Carvalho

1º termo de Letras

Comentário

A paródia da música “Sampa”, originalmente com-

posta por Caetano Veloso é de autoria da aluna Eliana

da Silva Carvalho, do 1º termo de Letras da Faclepp/

Unoeste. Foi produzida como atividade prática da

disciplina de Teoria da Literatura, sob orientação do

professor Me. Antonio Fernando Cazula. Trata-se de

um exercício acadêmico bem humorado que alia cria-

ção poética e diálogo intertextual a letras de músicas

ou poemas de autores consagrados.

Como afirmavam os nossos poetas modernistas,

geralmente a utilização do humor na literatura vai

muito além da “brincadeira”. Não deu outra: nos

versos da paulistana Eliana Carvalho, pode-se ob-

servar algo profundamente sério sobre a questão

das relações humanas. Na construção do verso

“notei que gente é igual em todo lugar” a autora

denuncia o individualismo, o receio e a frieza das

pessoas em geral - uma característica da sociedade

contemporânea. Felizmente, ela consegue rimar

e dizer que a “Faclepp é uma exceção”! Valeu o

recado bem humorado Eliana! Vale a pena a gente

refletir sobre como tratamos e como recebemos as

pessoas oriundas de outras regiões...

Page 3: VI Jornada reflete práticas na Educação · Presidente Prudente, Donizete Martins dos Reis, fala no Teatro César Cava aos partici-pantes sobre a problemática das Drogas e da violência

VI Jornada de Educação - 3

Reflexões sobre práticas educativas na Educação Básica

Programa da VI Jornada de Educação - 03 a 07 de outubro 2005

03/10 - 19h - Abertura Oficial - Teatro César Cava 19h30 - Palestra: Gestão da sala de aula: o desafio da (in)disciplina Prof. Dr. Celso Vasconcellos

04 a 06/10 - 19h - Salas Bloco H e BOficinas (programa abaixo)07/10 - 19h - Teatro César Cava - Palestra: Drogas e violência nas escolas Cap. Donizete Martins dos Reis21h - Apresentação Artística – Coral Unoeste Dança de Salão - Professores Francisco Luz e Ioma

Ofic. Título Professor responsável Público alvo Dia 4 Dia 5 Dia 6

INSCRIÇÕES

As inscrições estarão abertas até 1/10/2005, na FACLEPP,

Bloco H, das 19 h às 21 h.

R$15,00 – Alunos graduação da UNOESTE.

R$25,00 – Alunos pós-graduação da UNOESTE e graduação de

outras instituições e R$35,00 – Demais participantes

As inscrições também poderão ser feitas mediante depósito

Organização:

Comissão de Pesquisa da FacleppDra. Andreia Cristiane Wiezzel

Dra. Maria Helena Pereira de Oliveira

Dra. Maria Salete Vaceli Quintilio

Me. Édima de Souza Mattos

Me. Érica de Campos Vicentini

Me. Maria Aparecida Ghiraldelo de Oliveira

Me. Maria Eliza Nigro Jorge

Me. Leodete Gazoni Ferreira

COLABORAÇÃO

Direção da Faclepp

Coordenadores das Licenciaturas

Me. Paulo Célio Benício

Me. Zenilda Alexandre Pasquini

em conta corrente(*), devendo o comprovante ser enviado

anexo à ficha de inscrição para FACLEPP.

* Banco Real – Agência –1299

Conta corrente – N. 400 3069

Leandro Lopes Haidamus

Antonio Fluminhan Jr

Antonio Fluminhan Jr e

Jaqueline Bergara Kuramoto

Vagner Camarini Alves

Lorayne Garcia Ueócka

Érica de Campos Vicentini

Carlos Freixo

Luciene Cachefo Ribeiro e

Cíntia Furquim Caseiro

Antônio Fernando Cazula, Antônio

Garrio Campioni, Paulo Célio Benício

Rita de Cassia Becegatto

Carmem Lúcia K.M. Paz

Denise Di Giovanni Lamberti

Vilma Pereira Martins Zanin

Sandra Albano da SIlva

Neide Toshiko Komatsu de Melo

Ana Cristina Messas

Patrícia A Antunes

Afife S. Sarquis Fazzano

Denise Di Giovanni Lamberti

Laura de Carvalho

Luis Antônio S. Cabreira

Silvério T. Hosomi

Valter Trevisan

Kátia Trevisan

Idivaldo de Freitas

Denis Richter

Décio L. de Vasconcelos Júnior

Marcos Lupércio

Maridalva de Lurdes B. M. Mura

Maria José Arenales

Sônia Molina Venturini

Alunos de Ciências Biológicas

Alunos de Ciências Biológicas

Alunos de Ciências Biológicas

Alunos de Física

Alunos de História

Alunos de História

Alunos de Letras

Alunos de Letras

Alunos de Letras

Alunos de Matemática

Alunos de Matemática

Alunos de Matemática

Alunos de Matemática e Educação Artística

Alunos de Pedagogia

Alunos de Química

Alunos de Química

Alunos de Química

Professores

Professores

Professores

Professores e Alunos

Professores e Alunos de Ciências Biológicas

Professores e Alunos de Educação Artística

Professores e Alunos de Educação Artística

Professores e Alunos de Fìsica

Professores e Alunos de Geografia

Professores e Alunos de Geografia

Professores e Alunos de Geografia e História

Professores do PAI e Alunos de Pedagogia

Professores de Ensino Fundamental

e Alunos de Pedagogia

XDoenças do metabolismo

Alimentos transgênicos e a Lei de Biosegurança

Células tronco e bioética (mesa redonda)

Radioatividade e ambiente

Um novo olhar na construção de história: o desafio da história oral

Memória e história

O processo de criação poética

O ensino de língua inglesa

Três óticas do texto

Exponenciais e logaritmos (2 módulos)

Análise combinatória

Construindo o conceito de função

Construções geométricas elementares

A pedagogia da terra e a ecopedagogia como

fundamentos para a escola cidadã

Experimentos em microescala de Química

Eletroforese de DNA: extração e demonstração de pureza do DNA

Álcool: um tema motivador para o estudo de química

A educação formal e informal: sua importância

no desenvolvimento do educando

Resolução de problemas de Matemática na Educação Infantil

Trabalhando com as inteligências múltiplas em sala de aula

Oratória básica: o falar em sala de aula

Taxidermia científica e artística: fundamentos e técnicas básicas

Apreciação e percepção musical (2 módulos)

Iniciação e sensibilização musical: uma proposta

para transformar o cotidiano escolar

Demonstrações de experimentos de física

A prática da Geografia nas séries iniciais do Ensino Fundamental

Introdução à astronomia Décio L. de Vasconcelos Júnior

O ensino de Geografia e História e a cidadania: a visão

dos Parâmetros Curriculares Nacionais

Capacitação para alfabetizadores do Programa de

Alfabetização e Inclusão - PAI: Alfabetização

Capacitação para alfabetizadores do Programa de

Alfabetização e Inclusão - PAI: Matemática

O uso de metodologias diversificadas

no ensino em ciências: uma discussão

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

20

21

22

23

24

25

26

27

28

29

30

31

X

X

X

X

X

X

X X X

X

X X

X X

X

X

X X

X

X

X

X X

X

X

X

X X

X X

X

X X

X

X

X

X

X

X

Page 4: VI Jornada reflete práticas na Educação · Presidente Prudente, Donizete Martins dos Reis, fala no Teatro César Cava aos partici-pantes sobre a problemática das Drogas e da violência

4 - Encontro de Física

Encontro em homenagem aocentenário da Física Moderna

Quando o mundo celebra o centenário das primeiras publicações revolucio nárias (1905) do gênio alemão Albert Einstein sobre a Física moderna, Pre-

sidente Prudente, representada pela FACLEPP, através da direção, coordenação de Pesquisa e do Curso de Graduação em Física, marcou presença destacada nas atividades comemorativas. Professores, alunos da licenciatura, do curso de especialização e ex-alunos que hoje atuam em diferentes regiões do país esti-veram reunidos durante os dias 24 a 27 de julho participando de uma extensa programação a respeito.

Em todo o Brasil, a iniciativa é da Sociedade Brasileira de Física (SBF), explica o coordenador do Curso de Graduação em Física da FACLEPP, professor doutor Vagner Camarini Alves. Ele conta que, segundo dados da SBF, no Brasil há uma carência muito grande de professores desta disciplina, um número estimado em 80 mil, o que resulta num déficit quantitativo e qualitativo para o ensino especia-lizado e o aprofundamento da pesquisa nesta área. “Em nossa região o quadro não é diferente”, comenta.

Einstein e a Física Moderna - Com apenas 26 anos, o jovem cientista alemão pu-blicava em 1905, cinco trabalhos que viriam assentar as bases da Física moderna com destacada repercussão em todo o mundo. Neste mesmo ano apresentava sua tese de doutorado que tratava das dimensões das moléculas e como elas contribuem para a mudança na viscosidade da água. De lá para cá, são 100 anos das teorias que mudaram nosso modo de ver e entender o universo. O autor da famosa teoria da relatividade revolucionou o conhecimento do homem sobre a natureza. Suas idéias a respeito do espaço, do tempo, da velocidade da luz, não apenas mudaram as teorias de mundo físico estável, propostas pelo inglês Isaac Newton. Elas abriram um formidável horizonte de pesquisas. Na vida prática, possibilitaram a criação de um mundo infinito de tecnologias que melhoraram o cotidiano do homem moderno. As descobertas de Einstein figuram entre as principais conquistas do século XX.

De acordo com a coordenadora de Pesquisa da FACLEPP, professora doutora Maria Salete Vaceli Quintilio, o evento, além de promover a capacitação de profissionais, otimizar o ensino da disciplina e divulgar resultados de estudos a respeito, teve como objetivo, despertar o interesse da comunidade para a importância da Física. “Queremos lembrar que a Física faz parte do nosso dia-a-dia, que não se trata apenas de uma disciplina cujos conhecimentos são restritos às instituições de ensino e de pesquisa”. Para Quintilio, a declaração pela ONU - Organização das Nações Unidas de 2005 como o Ano Mundial da Física visa chamar a atenção do público em geral para o impacto e a importância das teorias de Einstein no mundo moderno. “Elas estão presentes no nosso cotidiano desde as formi-dáveis conquistas tecnológicas que facilitam a vida e até no pensamento e no comportamento contemporâneo to-talmente influenciado pela teoria da relatividade, desde as maravilhas das câmeras e filmadoras digitais, do sensor de presença, controle remoto, do raio laser, utilizado tanto na medicina quanto nos códigos de barras, aparelhos de DVD, até as mais sofisticadas formas de utilização da energia e da luz pela Ciência Moderna”, explica a coordenadora.

O 1º Encontro de Física da FACLEPP contou com as palestras: Licenciatura em Física – reflexões sobre a atuação profissional, pela professora doutora Polônia Altoé Fusinato, da UEM - Uni-versidade Estadual de Maringá; Ativação de carvões minerais – estudo da estrutura turbostrática e da microporosidade de uma semiantracita ativada com vapor de agua, pelo professor doutor José Carlos de Souza, também da UEM; Informática na Astronomia Moderna, pelo professor doutor Robson Quintilio, da FIPP/UNOESTE; A Mecânica Quântica e os debates entre Einstein e Bohr, pela professora doutora Sandra Rauzis de Oliveira,

da UFPR - Universidade Federal do Paraná; e Datação arqueológica pelo método da termo-luminescência (TL), pelo professor mestre Wilson Luiz Pretti, da UNOESTE e UNESP de Presidente Prudente.

Além das palestras, constou da programação do 1º Encontro, no dia 25, uma mesa redonda com a presença da professora mestra Aparecida Darcy Alessi Delfim, da UNOESTE, da professora doutora Polônia Altoé Fusinato, do mediador professor doutor Vagner Camarini Alves e demais profissionais presentes, quando foram discutidas as perspectivas do ensino da Física no Brasil, seguido de oficinas so-bre o Ensino de Física no computador, pelo professor Cléber Luiz da Cunha, da

UNOESTE; Astronomia observacional, pelo professor mestre Gustavo Detthow, da Universidade São Marcos (SP) e a oficina/show de experimentos de Física, pelo professor Idivaldo de Freitas, da FACLEPP.

Durante os três dias do Encontro, os participantes assistiram também a várias apresentações de trabalhos de pesquisa de alunos da graduação em Física da FACLEPP, do curso de espe-cialização em Física da UNOESTE e de ex-alunos participantes. Os temas foram: Uso do computador em escolas públicas uma análise, por Rosane de Carvalho; Teorias sobre o surgimento do universo, por Marcus Vinícius Malachias; Velhas leis e as novas tecnologias no ensino, por Ricardo Radaic; Ensino de Física com o apoio da Informática, por Edemarlos Flores; A Física e a Música – uma proposta para minimizar a violência nas escolas, por Dorival Pinheiro Garcia; Uma abordagem da Teoria da Relatividade para o Ensino Médio, por Sérgio Gue-des; O ensino de “Buraco Negro” para alunos de cursinho, por Marcelo Rodrigues da Silva; Microgravidade, por Gonçalo Claro dos Santos Júnior; A evolução dos instrumentos de observação astronômica e o contexto histórico-científico, por Ana Cláudia

Força e Everton Perez Pizza e As concepções do Ensino de Física dos alunos da terceira série do Ensino Médio da Escola Estadual Ministro João Paulo dos Reis Veloso, de Dourados (MS), por Celina Arzamenia Silva.

Pesquisadores de diversas regiões estiveram reunidos durante 3 dias discutindo sobre a Física Moderna

Dra. Polônia Altoé Fusinato, da UEM - uma das palestrantes do Encontro

Page 5: VI Jornada reflete práticas na Educação · Presidente Prudente, Donizete Martins dos Reis, fala no Teatro César Cava aos partici-pantes sobre a problemática das Drogas e da violência

Encontro de Física - 5

Coordenadores organizam palestras, oficinas, debates e apresentações de trabalhos em homenagem ao centenário da publicação dos primeiros trabalhos de Albert Einstein

O professor doutor Robson Quintilio, da Fipp/Unoeste: Informática na Astronomia Moderna

Idivaldo de Freitas: demonstrações e experimentos no campoda Física

Mesa redonda com a presença de professores da UEM, UNESC, UNOESTE, e demais pesquisadores

Freitas: experiências simples para demonstrar a importância da Física no nosso cotidiano

Page 6: VI Jornada reflete práticas na Educação · Presidente Prudente, Donizete Martins dos Reis, fala no Teatro César Cava aos partici-pantes sobre a problemática das Drogas e da violência

6 - Aula inaugural

Cultura e boas-vindas aos novos alunos

Como ocorre tradicionalmente em todo início de semestre letivo na Faclepp, os calouros inte-

grantes dos nove cursos de graduação foram re-cepcionados com uma aula inaugural cujo principal objetivo é dar boas vindas, esclarecer dúvidas sobre o funcionamento da Faculdade de Ciências, Letras e Educação da Unoeste e promover o entrosamento entre os novos alunos.

Na ocasião, os novos acadêmicos conheceram os coordenadores e as propostas de cada curso, os pro-fessores das respectivas áreas, receberam esclareci-mentos gerais sobre a estrutura tecnológica, material e docente da Faclepp e da Unoeste, os serviços que são oferecidos aos acadêmicos nos diferentes setores da universidade, endereços eletrônicos para com-plementação de dados, informações sobre eventos, pesquisas on line, críticas/sugestões de avaliação institucional bem como as diretrizes, normas, grade curricular, planos, enfim, todas as informações sobre cada curso oferecido pela Faclepp.

A cerimônia comandada pelo mestre Paulo Benício contou com a fala dos professores, Me. Antonio Garrio Campioni (literalmente um “peso pesado” da palavra e do conhecimento) e do professor e poeta Carlos Freixo. Eles enfocaram o papel da univer-sidade como geradora da curiosidade, da dúvida, da busca pelo conhecimento, aliado à pesquisa e à extensão, bem como sobre o compromisso social do acadêmico. A diretora da Faclepp, Sônia Maria Pelegrini, apresentou os objetivos da faculdade referentes a ensino, pesquisa, extensão e destacou que o processo ensino/aprendizagem exige rigor, competência, esforço, tolerância, compromisso, mas também prazer e alegria. Reportando-se a Paulo Freire, lembrou que “Educação é uma forma de intervenção no mundo” e que devemos buscar sempre intervir para melhorar a realidade.

Os coordenadores dos cursos de graduação,

professora doutora Ana Luzia Videira Parizotto (Le-tras), Me. Alba Lucena Fernandes Gandia (História), Me.Vilma Pereira Martins Zanin (Educação Artística), Me. Aparecida Carmem Terazaki (Ciências Biológicas), Me. Carlos Takao Terazaki (Matemática), professora doutora Maria Helena Pereira de Oliveira (Geografia), professor doutor Hermann Bremer Neto (Química), professor doutor Vagner Camarini Alves (Física) e a Me. Maria Inês Figueiredo Macca (Pedagogia) falaram particularmente sobre especificidades de cada um dos cursos superiores, exaltando valores e aquilo que cada área oferece de bom em termos profissionais. A coordenadora de pesquisa da Faclepp, professora-doutora Maria Salete Vaceli Quintilio comentou sobre os projetos e o trabalho desenvolvido na área e escla-receu os alunos interessados em desenvover projetos de iniciação científica. Como pedagoga e falando de modo geral sobre educação, Macca salientou que não se pode ignorar tendências que propõem mudança de foco do ensinar para o aprender teorias sobre inte-ligências múltiplas que avaliam o aluno em todas as suas potencialidades, de forma integral e holística.

Tom maior - Vale ressaltar que neste início de semestre, a aula inaugural teve um toque pra lá de especial que emocionou os presentes e fechou a solenidade em clima de muita união. Além da bri-lhante apresentação do Coral da Unoeste, formado por professores e funcionários, sob a regência da maestrina Kátia Trevisan, a apresentação, na flauta, de um repertório selecionado e em parceria com o maridão no teclado, o coordenador do Curso Superior de Tecnologia em Música, Valter Trevisan levantou a platéia que, empolgada, pediu bis. Como sempre, a música falou alto. Para completar o clima de confra-ternização, após uma mensagem no telão escolhida pessoalmente pela diretora Sônia Pelegrini, o impre-visto foi a participação espontânea de alguns alunos que agradeceram a recepção.

Valter e Kátia Trevisan: talentos que encantaram os acadêmicos presentes na aula inaugural

Coordenadores dos cursos de graduação da Faclepp

Sônia Pelegrini: o caminho do conhecimento deve ser um misto de responsabilidade e de prazer

O Coral Unoeste, regido pela professora Kátia Trevisan fez bonito como sempre

Page 7: VI Jornada reflete práticas na Educação · Presidente Prudente, Donizete Martins dos Reis, fala no Teatro César Cava aos partici-pantes sobre a problemática das Drogas e da violência

Projeto de extensão- 7

Projeto alimenta o sonho de entrar na UniversidadeEm parceria com a Fundação Mirim, acadêmicos da Faclepp assumem o Projeto

Pré-Vestibular e preparam cem jovens para o sonho de cursar uma Faculdade

Os acadêmicos do 5º termo de Letras; Ricardo e Marta: solidariedade, esforço recompensado pelo interesse dos mirins

Teve início neste semestre letivo mais um Projeto de Extensão desenvolvido pela Faculdade Ciências

e Letras (Faclepp) de significativa importância para uma centena de jovens integrantes da Fundação Guarda Mirim de Presidente Prudente. Trata-se de uma bem sucedida parceria entre a direção da Faclepp e daquela entidade, aliada à boa vontade de um grupo de vinte acadêmicos de quinto e sexto termos da Faculdade, que aceitaram o desafio de ministrar aulas preparatórias para exames vestibulares.

Desenvolvido aos sábados, em período integral, o Projeto tem como principal objetivo, motivar os adolescentes mirins a reforçar os conhecimentos adquiridos no Ensino Médio, fornecendo subsídios teóricos para ingresso nas universida-des. As aulas são ministradas nas dependências da própria Fundação Mirim, com exceção de Ciências Biológicas, uma

vez que os alunos utilizam laboratórios da Unoeste para a parte prática.

Os alunos/docentes responsáveis pelo Curso in-tensivo são dos quinto e sexto termos das diversas áreas da Faclepp. Respondem pelas disciplinas os graduandos: Ana Paula Vieira Gonçalves (Química), Vera Lúcia dos santos (Química), André Luiz Sales Cervellini (Química), Elaine Lonardone (Química), Ricardo Farina de Assis (Letras), Marta Regina G. de Souza (Letras), Camila Schiavo (Matemática), Marli Alcântara Lima de Freitas (Matemática), Rosa Maria de Oliveira Pontes (Ciências Biológicas), Miléia Ricci Pícolo (C.Biológicas), Frederico Gustavo dos Santos da Silva Moreira (Ciências Biológicas), Milton Tomio Nishimoto (Física), Priscila Denize de Moura (Física) Raphael Cardoso Ávila (Física), Tatiani Marcos de Sá

Alves (História), Eloiza Augusto Nespolo Damaceno (Geografia), Andréia Fernanda Alencar (Geografia), Marli Alcântara Lima de Freitas (Matemática). Os jovens estão sendo preparados nas disciplinas de Lín-gua Portuguesa (Literatura e Gramática), Matemática, Biologia, Química, Física, História, Geografia.

O projeto tem na coordenação geral de extensão a professora Me. Aliete Gianelli Sylla e conta ainda com o trabalho das professoras Me. Aparecida Carmem Te-razaki e doutora Maria Helena Pereira.

Martinópolis – Além deste trabalho realizado na Fundação Mirim, dezoito acadêmicos voluntários da Fa-clepp vêm desenvolvendo desde o início do ano, outro projeto desta natureza, em atendimento ao Programa Escola da Família na Escola Estadual Alberto Santos Dumont, na cidade de Martinópolis.

Aula inaugural na sede da Fundação Mirim de Presidente Prudente com a presença das dirigentes daquela entidade, da diretora da Faclepp e professores envolvidos no Projeto Pré-Vestibular

Page 8: VI Jornada reflete práticas na Educação · Presidente Prudente, Donizete Martins dos Reis, fala no Teatro César Cava aos partici-pantes sobre a problemática das Drogas e da violência

8 - Mural Faclepp

Coral da Unoeste canta e encanta

Recentemente criado, o Coral da Unoeste, sob o comando da maestrina

e professora da Faclepp Kátia Trevisan, tem demonstrado os resultados de

um trabalho sério de comprometimento de sua dirigente e de toda a equipe.

Composto por professores e funcionários da Universiade do Oeste Paulista,

o Coral tem recebido convites e se apresentado com muita classe em eventos

diversos promovidos pela sociedade. Com um repertório selecionado, harmo-

nia e afinidade, o grupo tem arrancado aplausos nos palcos prudentinos.

De acordo com a coordenadora geral de extensão, Me. Afife Salim Far-

quis Fazzano também vocalista do Coral Unoeste, o grupo continua com

inscrições abertas à interessados.

Melhor a cada edição é que se pode falar da participação da Faclepp na Feira das Vocações

promovida pelo Departamento de Marketing da Unoeste para visitação de alunos do ensino

médio de nossa cidade e região. Para não esquecer ninguém, uma vez que fica difícil agradecer

nominalmente a participação dos professores no evento, fica aqui o registro de agradecimento

em nome da direção da Faculdade a todos os que de forma competente desdobraram-se entre

as atividades da sala de aula e marcaram presença na Feira. O pessoal sabe de cor o velho lema

da Faclepp e com esse “tempero” o resultado não poderia ser outro.

Estande da Facleppagitou Feira das vocações

Milhares de jovens pré-vestibulandos passaram pela Feira de Vocações da Unoeste

Os alunos conheceram e se divertiram com experiências nas diversas áreas da Faclepp

O universoda palavra

Transformar conhecimentos da área de Letras (lín-guas, literaturas e lingüística) em ações artísticas. Da afinidade e união de um grupo de professores da Faclepp, formado pelos mestres, Antonio Fernando Cazula, Antonio Garrio Campioni, Paulo Benício, Carlos Freixo, Leodete Gazoni Ferreira e de outros docentes que ainda estão estudando o convite, nasce essa idéia de explorar “o universo da palavra em outros corpos” e divulgar na Universidade as possíveis criações artís-ticas da área.

De acordo com o idealizador, professor Cazula, o projeto envolve a participação de acadêmicos inte-ressados e foi muito bem aceita pela direção da Fa-culdade. Queremos que o resultado do traballho seja amplamente divulgado e venha a ser aproveitado em eventos promovidos pelos demais cursos da Faclepp. A previsão é de que o projeto entre em vigor a partir do próximo ano, comentou Cazula.

Grupo de professores doutores e mestres que atuam no curso de Letras da Faclepp

Apresentação do Coral Unoeste na Casa do Médico

Page 9: VI Jornada reflete práticas na Educação · Presidente Prudente, Donizete Martins dos Reis, fala no Teatro César Cava aos partici-pantes sobre a problemática das Drogas e da violência

Mural Faclepp - 9

Alfabetização

e InclusãoEm funcionamento desde o início de 2004, o PAI

– Projeto de Alfabetização e Inclusão da Secretaria de Estado da Educação, incorporado à Pró-Reitoria de Entensão e Ação Comunitária da Unoeste, vem sendo mantido através de acadêmicos voluntários do Curso de Pedagogia da Faclepp.

O PAI tem por objetivo, erradicar o analfabetismo no Estado e proceder a inclusão do indivíduo na so-ciedade, assegurando-lhe o direito do cidadão de ler e escrever e ser um agente social em comunidade.

As aulas ministradas aos sábados são de Alfa-betização em Língua Portuguesa e Alfabetização em Matemática, no horário das 14 às 18h. Outras disciplinas, como os conhecimentos gerais e hu-manitários, noções de saúde e higiene, etc, são trabalhados em atividades que enriquecem os textos da Língua Portuguesa. O material é forne-cido pela Secretaria de Estado da Educação.

As alunas do 5º termo de Pedagogia, Ana Lúcia Néspoli Camargo, Benita Maria de Campos, Paula Grazziela Kurak Moreira e o acadêmico Nazareno Salvador da Silva, desenvolvem o trabalho de alfa-betização sob a orientação didático-pedagógica da professora Maria Inês Macca, responsável pela dis-ciplina de Metodologia do Ensino Fundamental.

Este ano, um total de 15 alunos estarão rece-bendo diploma de conclusão do curso.

Como já é tradicional, a coordenação, docentes e discentes do curso de Ciências Biológicas da Unoeste programaram mais uma vez, a comemo-ração a essa data.

O dia 3 de setembro é consagrado como Dia Nacional do Biólogo, em virtude da assinatura da Lei no 6684, que regulamentou a profissão de Biólogo e criou os Conselhos Regionais e Federal de Biologia, no ano de 1979. Desde então, o Bió-logo passou a exercer a profissão amparado por legislação específica. É Biólogo todo graduado em Licenciatura ou Bacharelado em História Natural, ou Ciências Biológicas ou em Licenciatura em Ciên-cias com habilitação em Biologia, que se registrar no CRBio conforme a Lei supra citada.

Ainda em conformidade com a Resolução CNS/Ministério da Saúde no 287/98, de 08/10/98, a profissão de Biólogo está inserida no elenco das categorias profissionais de nível superior da área de saúde.

Abriu a solenidade de comemoração, a coorde-nadora do curso Me. Aparecida Carmen Ticianelli Terazaki, que falou sobre a importância dele nos dias atuais, elencando as diferentes áreas de atuação do Biólogo, mostrando o promissor mercado de trabalho para os egressos. Houve então uma calorosa recepção aos calouros in-gressantes no último vestibular de inverno.

Em seguida, o professor Luiz Waldemar de Olivei-

Comemoração aoDia do Biólogo

ra discorreu sobre o ensino de Biologia no Brasil.Na ocasião a diretora da Faculdade de Ciências,

Letras e Educação da Unoeste, professora Sônia Maria Pelegrini teceu elogiosos comentários à coordena-ção, corpo docente e discente do curso de Ciências Biológicas da Faclepp.

Para encerrar a comemoração houve um coquetel de confraternização entre acadêmicos e profes-sores presentes.

IIº Curso de Cultura Africana supera expectativas

Luiz Waldemar

de Oliveira: em defesa da Ciência

da Vida

No último mês de junho, a Faclepp, através da sua direção e de um grupo de docentes envolvidos em defesa da questão e da valorização da cultura Afro, organizou e sediou o IIº Encontro sobre “A Presença Africana na Cultura Brasileira”. A foto 1 registra o pró-reitor administrativo Jerson Melaré Belaz; o representante da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da Unoeste, professor doutor Décio Gomes; a diretora da Faclepp, Maria Sônia Pelegrini; a professora doutora Dilma Silva da USP; a professora de Língua Portuguesa e Literatura, Me. Édma de Souza Mattos e a coordenadora do Curso de História da Faclepp Me. Alba Lucena Fernandes Gandia. A foto 2 registra o grande número de professores interessados no assunto.

Page 10: VI Jornada reflete práticas na Educação · Presidente Prudente, Donizete Martins dos Reis, fala no Teatro César Cava aos partici-pantes sobre a problemática das Drogas e da violência

10- Memorial Faclepp

Uma história de lutas e conquistas

Visão parcial dos primeiros blocos da Associação Prudentina (APEC), no

Campus I

Faclepp ainda nas dependências do Colégio Cristo Rei

O professor Agripino de Oliveira Lima Filho discursando na solenidade de abertura da Faclepp

Os professores Agripino e Ana Lima, Altamiro e Célia Galindo com religiosos do Colégio Cristo Rei

Ana Lima, Célia Galindo e uma das irmãs beneditinas do Colégio Cristo Rei

No início da década de 70, com a expan são da rede particular de ensino superior,

aumentaram as oportunidades aos nossos jovens, pois até então, muitos ficavam sem estudar por falta de vagas. Neste cenário, surge a Associação Prudentina de Educação e Cultura - APEC, com o ideal de ministrar o Ensino Superior no Oeste Paulista. Funda-se, então, sob o comando de Agripino de Oliveira Lima Filho, Ana Maia de Oliveira Lima e ajuda de Altamiro Galindo, em outubro de 1972, a Faculdade de Ciências, Letras e Educação de Presidente Prudente – FACLEPP, inicialmente com os cursos de Letras, Pedagogia, Estu-dos Sociais e Complementação Pedagógica. Quantos agradecimentos a fazer!... Aos pro-fessores abnegados, dedicados e empolgados no exercício do ensino com qualidade, aos funcionários administrativos, que não mediam esforços para que tudo funcionasse a contento. E, muitos deles ainda continuam na luta, firmes como carvalhos frondosos, partilhando sombra generosa, amizade e solidariedade...

Não foi nada fácil este começo, quando tudo estava por fazer. O local destinado para

o início dos cursos, até que o primeiro bloco ficasse pronto, foi no Colégio Cristo Rei, em salas de aula alocadas pelas irmãs beneditinas.

A semente estava lançada e o terreno era fértil. Em 1973, a Faculdade já estava funcionando em sua sede própria, à Rua José Bongiovani, 700, em Presidente Prudente – SP, onde hoje situa-se o Campus I.

Os primeiros cursos instalados atendiam às necessi-dades da região, que se ressentia da alta de docentes e especialistas. Era o embrião da futura Universidade do Oeste Paulista - UNOESTE, na sua vocação nascente de prestação de serviços à comunidade. A APEC nunca mais parou e novas faculdades e tantos outros cursos nasceram, todos fortes, porque foram plantados com amor e regados com suor e idealismo. Seus projetos para os anos que se seguiram foram sendo realizados, atendendo aos anseios da comunidade regional e de ou-tras regiões do país, promovendo o crescimento do setor educacional, o principal fundamento para o processo de desenvolvimento social e econômico de uma nação.

Além da Faculdade de Ciências, Letras e Educação de Presidente Prudente – FACLEPP voltada para o en-sino, a Unoeste vem cumprindo, também, seu papel de produzir e difundir o conhecimento e a ciência. São desenvolvidos projetos de iniciação científica

e de pesquisa docente, sob a supervisão da Pró-Reitoria de Pós-graduação, Pesquisa e Extensão, nas áreas básicas do conhecimen-to, junto ao ensino fundamental e médio da região, contribuindo para maior eficiência da Educação Básica. A UNOESTE congrega atualmente 41 cursos de graduação, 23 de especialização e 4 mestrados.

Perpassando, hoje, por toda essa gigantesca estrutura física, vê-se enorme contingente de pessoas em movimento e ressaltam aos olhos os expressivos resultados de todo esforço e esperança de seus idealizadores. Seus alunos tornaram-se profissionais que vêm atuando com êxito por este imenso Brasil.

São 33 anos de lutas, de muito trabalho e de importantes conquistas! Mas, ainda há muito por fazer. Há muita desigualdade social que precisa ser corrigida. E o nosso papel, como educadores, é contribuir para a busca de uma sociedade mais justa. Vamos continuar fazen-do a nossa parte!

Ana Maia de Oliveira LimaReitora da UNOESTE

Page 11: VI Jornada reflete práticas na Educação · Presidente Prudente, Donizete Martins dos Reis, fala no Teatro César Cava aos partici-pantes sobre a problemática das Drogas e da violência

Memorial Faclepp - 11

A preitora Ana Cardoso Maia de Oliveira Lima com a então ministra da Educação Esther de Figueiredo Ferraz

Em primeiro plano: Célia Galindo, Ana e Agripino Lima ladeiam representantes do MEC numa das palestras inaugurais da APEC

Desde o início da Faclepp, a ação social sempre foi prioridade da instituição

Cecília Guarnieri Denari mostra acervo da antiga biblioteca central à autoridades visitantes

Inauguração da nova Biblioteca Central da Unoeste com a presença do então ministro da Educação Marco Maciel e autoridades do MEC

Os professores Agripino e Ana Cardoso Maia de Oliveira Lima recebem ministro Hugo Napoleão e demais autoridades da área da Educação

Momento especial: ladeado por Altamiro Belo Galindo e a professora Ana Cardoso, o professor Agripino assina a Carta - consulta de reconhecida Unoeste

Idealizadores do complexo educacional Unoeste, os professores Agripino e Ana

Registro da antiga biblioteca no campus I

Registro Histórico

Page 12: VI Jornada reflete práticas na Educação · Presidente Prudente, Donizete Martins dos Reis, fala no Teatro César Cava aos partici-pantes sobre a problemática das Drogas e da violência

12 - Aniversário

A Faculdade de Ciências, Letras e Educação de Pre sidente Prudente - Faclepp, foi a primeira faculdade a

ser instalada no ano de 1972 pela Associação Prudentina de Educação e Cultura - mantenedora da Universidade do Oeste Paulista - Unoeste. Nestes 33 anos de existência, desenvolveu significativo trabalho no campo educacional e assistencial, formando milhares de educadores e pro-fissionais para atuar nas diversas áreas do conhecimento humano no Brasil e no exterior.

Fundamentada em bases sólidas, a Faclepp é referência de ensino superior no Oeste Paulista, não apenas por suas instalações avaliadas em conceito A pelo Ministério de Educação e Cultura – MEC, mas pela excelência no nível de seu corpo docente e a destacada atuação no campo do ensino, da pesquisa e das atividades exten-são. Sua estrutura física nota A proporciona ao corpo discente e docente o padrão das melhores faculdades particulares do país.

A Faclepp faz parte de um complexo institucional com 3 campi universitários que é a Unoeste. Imensos pavilhões em moderna arquitetura constituem uma das melhores estruturas físicas do país destinada às ativi-dades de docência, pesquisa e o desenvolvimento de projetos de extensão. Oferece confortável espaço físico para a prática esportiva como o ginásio de esportes com salas de ginástica, judô, quadras poli-esportivas, sauna, piscina semi-olímpica.

Na área cultural seu alunado dispõe de teatro para 500 lugares e 5 modernos anfiteatros, teatro de arena, 2 calçadões universitários com exposição permanente de artesanato regional, lanchonetes, quiosques. A bi-blioteca central que atende a Faculdade é interligada à rede com as demais unidades de informação da Uno-este. Totalmente informatizada, a biblioteca dispõe de acervo e catálogo on line, pinacoteca, videoteca, salas de multimídia, salas especiais para fumantes, salas de estudo individual e em grupo, entre outros espaços. Possui ainda, laboratórios didáticos modernamente equipados para as diferentes áreas dos cursos, amplas salas de aula, laboratórios de áudio-visual, entre outras instalações.

Todos os seus nove cursos superiores funcionam no campus I em período noturno. A Faclepp oferece licenciatura em Ciências Biológicas, Pedagogia, Letras, Educação Artística, Física, Química, Geografia. História e Matemática. Complementando o ensino de graduação, a Unoeste, através de sua Pró-Reitoria de Pesquisa e Ex-tensão instalada no campus II oferece, em nível stricto sensu, o Mestrado em Educação. Criado em 1994, seu programa é recomendado pela CAPES e desenvolve

Faclepp comemora 33 anosA primeira faculdade instalada pela Apec - mantenedora da Unoeste, completa em outubro, nada menos que três décadas e três anos de experiência no ensino superior

Todos os cursos da Faclepp funcionam no Campus I da Unoeste

Visão parcial da Biblioteca Central que atende aos 9 cursos de graduação da Faclepp

Alunos dispõem de acervo totalmente informatizado, entre outros recursos

Aula de Metodologia do Trabalho Científico na sala de multimídia

Cursos de inverno já são uma tradição Confraternizações reforçam clima de união

Page 13: VI Jornada reflete práticas na Educação · Presidente Prudente, Donizete Martins dos Reis, fala no Teatro César Cava aos partici-pantes sobre a problemática das Drogas e da violência

Aniversário - 13

estudos e pesquisas aplicados às práticas educativas de gestão, ensino/aprendizagem e de currículo.

No aspecto humano, importa salientar que a Faculdade de Ciências, Letras e Educação mantém em seu corpo docente um total de 95 professores altamente qualifi-cados. Um percentual com mais de 70% entre doutores e mestres, 20% de especialistas e menos de 10% de pro-fessores graduados. Muitos docentes integram o quadro desde o início da Faculdade, o que comprova a seriedade e a harmonia no ambiente de trabalho, fator conseqüen-temente transmitido ao seu alunado. Outro diferencial é que todos os cursos da Faclepp oferecem a sua clientela a condição de reconhecidos pelo MEC.

Em todas as áreas abrangidas pela graduação busca-se aliar ao ensino superior a iniciação científica, a prática da pesquisa e da extensão. Tais atividades são desenvolvidas através de programas específicos como o Programa Espe-cial de Pesquisa (PEP) e o Programa de Bolsas de Iniciação Científica (Probic), mantidos pela Unoeste.

Anualmente a Faclepp realiza eventos de interesse da comunidade acadêmico-científica como o Simpósio de Iniciação Científica (SIC), no mês de maio - para a divul-gação de resultados de pesquisas, A Jornada de Arte, em parceria com o Curso Superior de Tecnologia em Música da Unoeste - também em maio e a Jornada de Educação, em outubro, com oficinas, workshops, palestras e cursos especificamente voltados para cada uma das 9 áreas abrangidas (veja matéria nesta edição).

Na região, a Faclepp é precursora de um trabalho voltado à conscientização sobre a problemática da discriminação racial no país através do Curso Presença Africana na Cultura Brasileira, em parceria com o Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre o Negro no Brasil (NEINB) e Universidade de São Paulo (USP). Este ano, em comemoração ao Centenário de Albert Einstein, deu início ao 1º Encontro de Física do Oeste Paulista que reúne ex-alunos e profissionais da área (veja matéria nesta edição).

A Faclepp desenvolve, semestralmente, projetos assis-tenciais gratuitos como o Programa de Alfabetização e In-clusão (PAI) para adultos, Cursos Intensivos Pré-Vestibular para alunos carentes em nível regional e local. Mantém destacada atuação em projetos de ação global promovidos por outras instituições como a TV Fronteira, entre outras atividades de extensão. Tradicionalmente durante as fé-rias de julho, a Faclepp oferece cursos de capacitação e oficinas para professores das redes estadual e municipal e interessados em geral, contribuindo para o aperfeiçoa-mento dos docentes da cidade e da região (veja matéria nesta edição).

Faclepp comemora 33 anosA primeira faculdade instalada pela Apec - mantenedora da Unoeste, completa em outubro, nada menos que três décadas e três anos de experiência no ensino superior

A professora Ana Cardoso Maia de Oliveira Lima, com os professores

Jerson Valdemar Belaré Belaz - pró-reitor administrativo e Darcy Alessi Delfim - coordenadora pedagógica da Unoeste: décadas de trabalho e

conquistas no ensino superior

Muitos professores atuam na Faclepp praticamente desde seu início

Os professores, Mariângela Marcondes, Armindo Daguano e Aristela Galindo lecionam na Faclepp desde 1972

Na direção da Faclepp, Sônia Pelegrini: dinamismo e competência pedagógica

Semestralmente, os 95 professores da Faclepp se reúnem para avaliar conteúdos e metodologias de ensino

Page 14: VI Jornada reflete práticas na Educação · Presidente Prudente, Donizete Martins dos Reis, fala no Teatro César Cava aos partici-pantes sobre a problemática das Drogas e da violência

14 - Artigo

A experiência de realização de um trabalho de conclusão do curso pode e deve ser uma experiência muito interessante para o aluno.

Para que isto aconteça o papel do orientador é fun-damental. Embora todos já se conheçam bem nos últimos períodos da graduação, a experiência entre professores orientadores e alunos impõem novos desafios ao diálogo.

À medida que se aproxima o último ano do curso de graduação, o aluno percebe que precisa de ma-turidade e dedicação para se tornar um bacharel ou licenciar-se. Nesta fase de transição, do ambiente acadêmico para a carreira profissional, é colocado à prova a capacidade de resolver problemas. Neste rito de passagem, a experiência pode ser traumática para uns e proveitosa para outros.

Desta forma, o diálogo entre orientador/orien-tando tem que ser aberto e franco procurando estabelecer metas e fins, contudo, evitar comentários definiti-vos sobre o assunto proposto. Em caso de temas muito abertos é necessário tempo para se aprofundar. O que o professor tem a fazer é orientar, lembrando que, a experiência entre professores e alunos impõe novos desafios ao diálogo.

Os estudantes não vêem a hora de viabilizar seus projetos, imaginando um bom desempenho diante da ban-ca, e se esquecem de que deverão superar etapas. Os professores orientadores se colocam então numa posição delicada de apontar caminhos e orientar na linha de pensamento, o que pode gerar conflitos. O orientador não é dono do trabalho , mas em função da sua experiência pode e deve contribuir, mostrando as possibilidades de cada idéia.

À medida que a pesquisa avança, muda-se a per-cepção quanto à realização do trabalho, o aluno final-mente percebe que não é tão fácil assim e a figura do orientador passa a ser fundamental. Ele precisa deixar

o aluno seguir em alguns momentos, até para motivar, contudo, precisa aconselhar sobre superar dificuldades.

O primeiro momento do trabalho às vezes é de escuridão total, logo se per-cebe como é importante um projeto bem elaborado, enfocando cada etapa do trabalho. O cronograma é um referencial importante para o ritmo do trabalho. A primeira etapa é a definição dos objetivos propostos e a problemática a ser tratada, feito isto, a busca de referencial teórico delineia o caminho. Entretanto, o momento mais crítico para o aluno é a redação do texto, pois a experiência de transpor para o papel as idéias, com lógica, não é uma tare-

fa fácil, contudo serve para a vida toda.

Não há formulas para o sucesso de trabalhos de conclusão do curso. Idéias boas podem perder o brilho durante o desenvolvimento do trabalho, grupos que começam bem chegam a desapontar depois, é impossível prever. Dois pontos devem ser considerados na relação orientado/orientando: motivação e diálogo. A possibilidade de publi-cação dos trabalhos com qualidade é um bom incentivo e um excelente

começo para a vida profissional. E desta forma, o professor deve fazer com que os graduandos sintam vontade de concluir o trabalho, enquanto o aluno deve ver sua pesquisa como algo que poderá ser aproveitado tanto por ele quanto pela sociedade.

Devemos ainda lembrar que o trabalho de conclusão pode abrir as portas para o mercado de trabalho.

O projeto de conclusão de curso de qualidade, tra-balhado em cima de uma boa idéia e que exigido o máximo de envolvimento do aluno com sua realidade

O papel do orientador:esforço que vale a pena

Alba Regina Azevedo Arana

Professora da graduação e pós-graduação da UNOESTE, mes-

tre e doutora em Ciências Humanas pela USP de São Paulo

“A experiência

é válida e

enriquecedora

para o

orientador e

para o

orientando.”

profissional, pode ser o diferencial no mercado de trabalho. Desta forma, estudantes e instituições de ensino percebem cada vez mais a importância dos trabalhos finais nos cursos. O retorno para o aluno pode ser fantástico.

O aluno pode criar algo novo, fazer aprimora-mento do já existe ou simplesmente relacionar conhecimentos. O trabalho de conclusão é impor-tante no sentido de estimular a utilização de todas as ferramentas obtidas durante o curso por parte do aluno. Muitas vezes, no entanto, o aluno tenta fazer algo que nem mesmo a Física permite. Daí a necessidade da pesquisa.

Os alunos muitas vezes reclamam do trabalho que têm que desenvolver, contudo a experiência é válida e enriquecedora para o orientador e para o orientando.

Page 15: VI Jornada reflete práticas na Educação · Presidente Prudente, Donizete Martins dos Reis, fala no Teatro César Cava aos partici-pantes sobre a problemática das Drogas e da violência

Lançamentos - 15

Minha Hora Plena é arte em dose dupla

Coletâneaenfoca

Empresasfamiliares

O livro é fruto do trabalho de alunos do curso de Tecnologia em Gestão de Negócios, da Turma de 2005 da Universidade do Oeste Paulista – Unoeste. É também resultado de debates e discussões ocorri-das em sala de aula na disciplina de Metodologia do Trabalho Científico.

A obra, organizada pela professora doutora Alba Regina Azevedo Arana reúne textos de temáticas diversas, mas todos com um mesmo propósito, pois trata-se de uma coletânea de doze artigos cujo obje-tivo maior é fomentar debates, em nível científico, de temas relacionados à Gestão de Negócios, enfocando a questão da Empresa Familiar no Brasil.

“A proposta maior deste livro é abrir caminhos para a divulgação do que está sendo discutido nas pesquisas realizadas pelos alunos, testemunhando que cremos no potencial de cada um, na força do trabalho em grupo e no poder energético dos verdadeiros líderes”, explica a professora organizadora Alba Arana.

Segundo a organizadora, as pesquisas apresentadas pelos anos comprovam que em muito casos as em-presas familiares não conseguem manter-se ativas no mercado após uma troca de comando. “Isto se dá pela falta de preparo de seus empreendedores com relação a profissionalização dos herdeiros para a sucessão”, comenta Arana.

Na presença de amigos e representantes da área cultural, o professor e poeta prudentino Carlos Francisco Freixo, lançou na noite do dia 3 de setembro, no SESI de Presidente Prudente seu segundo livro de poesias. O lançamento de Minha Hora Plena ocorreu em con-junto com a vernissage da artista plástica Maria Sueli Silva, cujas obras ilustram o lirismo contido nos versos de Freixo.

O luso-brasileiro Carlos Francisco Freixo leciona as disciplinas de Litera-tura e Teoria Literária no Curso de Letras da Fa-clepp/Unoeste e Língua Portuguesa no SESI e na Escola Estadual Mirella Pesce Desidere, em Presi-dente Prudente. Em 2004, Freixo lançou Nove meses mais, também no gênero poesia. Além de professor e poeta, Freixo confessa ser apreciador de Teatro (onde dirigiu e atuou), da Música Popular Brasileira e da Arte em geral.

O diferencial desta se-gunda obra é que, de uma idéia inicial de ilustra-ção, cresceu a possibilidade de dar visibilidade à poesia através dos traços e texturas das telas de Maria Sueli Silva, explica o autor. A cada poema o leitor é brindado com uma tela da artista plástica. Alia-se poesia à pintura, um casamento feito de

arte e beleza, segundo o autor, uma harmoniosa combinação de “sabores” que vai aos poucos, “desaguando em espanto e acalanto”.

Minha Hora Plena denota a intensidade do rela-cionamento a dois, mesmo diante das dificuldades

diárias. Apresenta uma in-tensidade dos sentimentos íntimos, numa linguagem despojada, metafórica e de fácil identificação pela dinâmica dos sentimentos. A poesia de Freixo fala por meio de imagens, quer cumpra a herança român-tica, quer como discurso numa dimensão cósmica ou universal. Poesia que busca o infindável, um beco sem saída conatural à substância da própria poesia. O verso livre é espontâneo, numa atitude espiritual e de des-lumbramento. O poeta se lança na aventura do sonho, sublimando em cada poema uma nesga da vida real de que o sonho deriva para a vida imaginária.

Nesse trabalho de parce-ria, a artista plástica Maria

Sueli conta que não foi fácil encarar o desafio de transpor para as telas os versos do poeta Carlos Freixo, mas que “a experiência foi muito válida e construtiva. Foram dois anos de pesquisa e discus-são com o poeta que resultaram neste audacioso e interessante resultado”, comentou a artista.

Carlos Freixo e a artista plástica Maria Sueli Silva autografam para o pró-reitor administrativo da Unoeste, Jerson Belaz e Selma Belaz

Page 16: VI Jornada reflete práticas na Educação · Presidente Prudente, Donizete Martins dos Reis, fala no Teatro César Cava aos partici-pantes sobre a problemática das Drogas e da violência

Cursos de invernosuperam expectativas

16 - Extensão universitária

A Faculdade de Ciências, Letras e Educação de Presidente Prudente (Faclepp) programou

para as férias de julho uma dezena de cursos de extensão universitária em diferentes áreas, todos com carga de 30 horas. Os cursos foram ministrados durante três semanas do mês visando atender docentes que optaram em fazer mais de um curso de capacitação.

Em sua quinta edição, a programação abrangeu o seguinte esquema: na primeira semana, de 4 a 8 de julho: “Avaliar, ensinar e aprender” - pela professora mestra Maria Eliza Nigro Jorge; “A es-trutura do trabalho científico” – pela professora mestra Afife Salim S. Fazzano; “Matemática – o tratamento da informação utilizando o lúdico como estratégia” (módulo II) – pela professora mestra Carmem Martinez Paz.

Na semana de 18 a 22 de julho foram oferecidos os cursos: “A educação e a emergência de uma nova ética” – pela professora mestra Maria Aparecida Guiraldelo de Oliveira; “Filosofia para crianças: edu-cação para pensar” – pela professora Miriam Chaves dos Santos e “O gestor escolar e o projeto político pedagógico em ação” – pela professora mestra Sônia Maria Pelegrini.

A última semana de julho, de 25 a 29 de julho en-globou os seguintes temas: “Interdisciplinariedade: compreensão e prática na escola de ensino funda-mental” - ministrado pela professora mestra Luciane Cachefo Ribeiro; “As políticas atuais na educação nacional e a realidade docente: atualização teórica e prática” – pela professora mestra Sandra Albano da Silva; “A construção de um projeto interdisciplinar e a metodologia da matemática (1ª a 4ª séries)” – pela professora mestra Maria José Arenales; e finalmente uma Oficina de papel, ministrada pela professora Carmélia Aivani Juvêncio.

No geral, mais de 600 docentes participaram dos dez cursos de capacitação oferecidos. De acordo com a coordenadora de extensão, professora mestra Aliete Maria Gianelli Sylla, os cursos de extensão de inverno realizados pela Faclepp têm como principal objetivo, promover a reflexão sobre a prática peda-gógica do docente de educação infantil e do ensino fundamental, incentivando o aprofundamento de conhecimentos e colaborando no processo de ca-pacitação continuada para o desenvolvimento de competências na formação de cidadãos pró-ativos na sociedade. O expressivo interesse de professo-res das redes municipal e estadual pelos cursos de capacitação da Faclepp comprova o nível da equipe docente responsável, bem como o conceito de uma instituição comprometida com um ensino superior de qualidade, comentou Sylla.

Sônia Pelegrini falou sobre o Projeto Político pedagógico em ação

A construção de um projeto interdisciplinar foi o tema da mostra Maria José Arenales

Nas aulas práticas, as participantes esbanjaram criatividade

Oficina de papel: conscientização sobre a reciclagem

As professoras Afife Sarquis Fazzano e Maria Eliza Nigro: debates relacionados à questão do Ensino/Aprendizagem

Do aproveitamento do papel o surgimento de utensílios e obras de arte de rara beleza

Page 17: VI Jornada reflete práticas na Educação · Presidente Prudente, Donizete Martins dos Reis, fala no Teatro César Cava aos partici-pantes sobre a problemática das Drogas e da violência

Desfesas recentes - 17

Doutoradosobre

tuberculose

Doutorado - O professor Hamilton Mitsugu Ishiki de-

fendeu no dia 25 de julho, sua tese de doutorado,

pelo Instituto de Química da Universidade de São

Paulo – (USP). Hamilton Ishiki é bacharel e licenciado

em Química pela USP de Ribeirão Preto, onde também

obteve o grau de mestre. Além de ministrar aulas na

Faculdade de Ciências, Letras e Educação (Faclepp),

o professor leciona nas faculdades de Engenharia e

Farmácia/Bioquímica da Unoeste.

Em seu trabalho de pesquisa, intitulado “Relações

quantitativas entre estrutura química e atividade bio-

lógica (QSAR/QSAR-3D) de compostos com potencial

atividade antituberculose”, Ishiki utilizou metodolo-

gias de modelagem molecular para o entendimento

e o desenvolvimento de possíveis medicamentos a

serem utilizados no combate à tuberculose. As ferra-

mentas de modelagem molecular são utilizadas por

indústrias farmacêuticas de grande porte e podem

reduzir consideravelmente o tempo das pesquisas,

necessárias ao desenvolvimento de novos fármacos,

possibilitando inclusive o aumento na potência de

inibição destes.

Na primeira etapa do estudo, foram verificadas as

características físico-químicas que os compostos

devem possuir para inibir o mycobacterium tuberculo-

sis. A seguir, estas características são utilizadas para

a síntese de novos compostos. Os testes realizados

em laboratório demonstraram-se muito promissores,

pois comprovaram que alguns compostos consegui-

ram inibir o M. tuberculosis, explica o pesquisador.

Em tempo estamos registrando a interessante defesa de mestrado da professora Carmem Lúcia Kohl Marti-nez Paz que defendeu, no final do semestre passado, pela Pró-Reitoria de Pós-Graduação da UNOESTE, a dissertação Jogos e brinquedos na formação de con-ceitos matemáticos: uma análise do lúdico. Paz teve como orientadora, a professora doutora Tereza de Jesus Ferreira Scheide.

Em seu trabalho, a docente desenvolveu um estudo das possíveis contribuições que os jogos e os ma-teriais pedagógicos podem oferecer para facilitar a construção de conceitos fundamentais da Matemática. A preocupação com o isolamento entre a escola e o mundo que a cerca motivou a busca de alternativas teórico-metodológicas que pudessem contribuir para uma mudança efetiva na prática docente desta disci-plina, explica a pesquisadora.

Os estudos foram feitos a partir de um trabalho desenvolvido com alunos de duas quintas séries do ensino fundamental da escola pública. Utilizando jogos e materiais pedagógicos no ensino de frações, Paz pesquisou a busca de fundamentação teórica que sustentasse a reflexão crítica daquela prática pedagó-gica. Ela conta que encontrou em Piaget e Vygotsky, a abordagem mais completa para explicar o processo de abstração vivenciado pelas crianças na construção dos conceitos matemáticos.

Para a pesquisadora, a importância dos jogos no de-senvolvimento da criança se dá em função da influência decisiva que estes exercem na construção de habilidades de organização, concentração, linguagem, criatividade e raciocínio dedutivo - habilidades necessárias para o aprendizado da Matemática. Além do que, “brinque-dos e jogos inserem a criança na vivência cotidiana, criam hábitos, atitudes e sociabilizam, ao mesmo tempo, desenvolvendo a capacidade de aprendizado”, finaliza Paz.

Defesa dolúdico na

Matemática

Doutoradoem Análises

Clínicas

A professora de Parasitologia do curso de Ciên-cias Biológicas da Faclepp e do curso de Farmácia da Unoeste, Maria Aparecida da Silva, defendeu no último dia 24 de maio, pela Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Unesp de Araraquara, sua tese de doutorado intitulada “Caracterização Biológica e Molecular de Quatro Cepas de Trypanosoma cruzi CHAGAS, 1909 Isoladas de Pacientes Chagásicos Crônicos”.

O Trypanosoma cruzi é um protozoário causador da doença de Chagas que, segundo estimativas da OMS, afeta cerca de 17 milhões de pessoas na Amé-rica Latina, causando danos sociais extremamente graves. A doença apresenta formas clínicas variadas que incluem a forma indeterminada, cardiomiopatia e alterações digestivas.

Silva avaliou parâmetros biológicos e moleculares com o objetivo de caracterizar quatro cepas de Trypanosoma cruzi isoladas de pacientes chagá-sicos crônicos. Durante o trabalho de pesquisa, variações intraespecíficas nas diferentes cepas de Trypanosoma cruzi foram demonstradas em nível morfo-biológico, bioquímico e genético. Essa heterogeneidade pode explicar a variabilidade nas manifestações clínicas da doença de Chagas e as diferenças regionais de sua morbidade, avalia a pesquisadora.

Page 18: VI Jornada reflete práticas na Educação · Presidente Prudente, Donizete Martins dos Reis, fala no Teatro César Cava aos partici-pantes sobre a problemática das Drogas e da violência

18 - Entrevista

Profissão professor:Mais do que nunca, imprescindível!

Vivemos num mundo informatizado, em plena “era da informação”, com avan

ços tecnológicos, descobertas científicas impressionantes, mudanças velozes

em todos os setores da sociedade. Entretanto, uma época paradoxal. Mesmo com

progressos extraordinários, a Ciência e a Tecnologia não conseguem superar

a exclusão social e digital, o desemprego, a violência, a miséria, o baixo nível

da Educação e da Saúde, ou questões como preconceitos de raça, cor, credos,

etc. Assim sendo, pode-se questionar: a profissão professor está em baixa? O

educador teria atualmente uma função irrelevante diante de tantos meios de

informação e tantas ferramentas tecnológicas como a Internet e outras formas

computadorizadas de aprendizagem ? Esses instrumentos podem substituir o

docente na tarefa de ensinar, de formar cidadãos críticos, reflexivos, preparados

para atuar numa sociedade humana ?

Leia a respeito nesta entrevista com a professora Maria Inês Macca, mestre em

Educação, docente das disciplinas de Metodologia de Ensino e Didática na Faclepp

e coordenadora do Curso de Pedagogia da Faclepp/Unoeste.

1 – No contexto atual das novas tecnologias, onde infelizmente evidencia-

se o individualismo e a exclusão social, como

o professor pode atuar? A profissão professor

está fora de moda? Ele ainda é um profissional

necessário?

Maria Inês Macca – A escola nesse contexto ganha

importância, ao invés de perder, mas é preciso um

imenso investimento na Educação – o saber não é

para ser guardado a sete chaves. Mas não sejamos

tão ingênuos de pensar que o conhecimento cientí-

fico pode fazer milagres: hoje não se pode separar

Educação e Trabalho. Não se deve ignorar as outras

ordens de conhecimento – aqueles orientados para

o mundo do trabalho e outros, mais importantes

ainda, que podemos chamar de saberes que se

preocupam com o bem comum: a solidariedade,

a problemática da violência, da sexualidade, das

drogas, do meio ambiente, a luta pela inclusão

social – os valores, enfim.

Então, mais do que nunca, o professor é indis-

pensável. É o professor que vai auxiliar o aluno a

buscar as informações necessárias, interpretá-las

reflexivamente e aplicá-las em seu dia a dia. Aliás,

o conceito de competência, hoje já tão desgasta-

do, resume-se a isso: mobilizar conhecimento,

conteúdos e recursos cognitivos, visando abordar

situações complexas. Assim, o professor deve ter

a formação necessária para não ser um mero trans-

missor de informações, mas ensinar seu aluno a

dar significado a essas informações. Sabemos que

a família, o clube, a igreja também podem fazer

isso, mas é o professor, é ele - com sólida cultura

geral, competência relacional para agir em sala de aula, com uma mediação pe-

dagógica – que ensina a pensar, a argumentar, fazendo desabrochar concepções

prévias, trazendo a realidade à sala de aula. Então, o professor não somente é

necessário, como indispensável na sociedade atual.

2 – Qual seria o papel do professor hoje?

Maria Inês Macca – Como já foi dito, a ação do professor deve ser intencional-

mente dirigida para objetivos educativos. Os estudos de renomados teóricos

como Vygotsky, apontam o professor como o grande colocador de andaimes.

Acho muito interessante essa metáfora dos andaimes – o conceito de “scaffon-

ding” (pôr, colocar andaimes) para expressar a atuação do professor mediador

hoje. Essa metáfora fundamenta-se na teoria sócio-construtivista de Vygotsky e

diz respeito às situações de aprendizagem apoiadas pelos adultos. A criança é

comparada a um edifício, em processo ativo de construção do conhecimento. A

colocação de andaimes refere-se às ajudas dadas por um tutor, no caso o docente,

que permite à criança fazer de modo independente o que é capaz; aquilo que ela

ainda não á capaz é feito com o apoio do professor.

É cativante observar como as crianças reagem à atuação do professor em sua

zona de desenvolvimento próximo. Durante a

realização de minha pesquisa com crianças de

Educação Infantil, na área de alfabetização, pude

constatar, com as professoras que acompanhava,

todo o processo de auto-regulação, dispensando

ajudas quando não se fazem mais necessárias. É

maravilhoso observar que naquela tarefa eles não

precisam mais do professor, que vai lançar novos

desafios. Esse é o papel do professor, como num

jogo de “apanhar e devolver a bola”, para que o

aluno dê o passo seguinte.

3 – Como o professor pode desempenhar

satisfatoriamente essa relação de “tutoria”

com o aluno?

Maria Inês Macca – Não há receitas prontas.

Pedro Demo, um dos mais conceituados edu-

cadores do país, em seu livro Ser professor é

cuidar que o aluno aprenda, afirma que a função

primordial do mestre é cuidar da aprendizagem

do aluno com afinco, dedicação, sistematicidade

e persistência.

Para que o aluno saiba manejar conhecimen-

tos, dominar conteúdos e contextualizá-los em

situações-problema, para que o aluno pesquise

e elabore – precisa ter professores apaixonados,

que saibam ensinar seu aluno a pensar. Quando

se fala em “ensinar a pensar”, vários teóricos nos

confirmam: todos os alunos, desde a Educação In-

fantil à Universidade, precisam da prática contínua

das operações de pensamento que seria, assim, o

primeiro grande passo para o aperfeiçoamento da

situação humana. Há situações cognitivas

“A escola nesse contexto ganha

importância, ao invés de perder,

mas é preciso um imenso inves-

timento na Educação.”

Page 19: VI Jornada reflete práticas na Educação · Presidente Prudente, Donizete Martins dos Reis, fala no Teatro César Cava aos partici-pantes sobre a problemática das Drogas e da violência

Entrevista - 19que exigem, a cada momento,

operações mentais de diferentes

complexidades: a compreensão,

a aplicação, a análise, a síntese,

o julgamento, a crítica, a classi-

ficação, a conclusão, o relaciona-

mento, a observação.

Assim, somente o professor -

só ele – que, a partir dos conteú-

dos selecionados das diferentes

disciplinas é que pode fazer

desabrochar o homem capaz

do exercício de sua profissão

e de sua cidadania. Para tan-

to, o professor, hoje, tem que

desenvolver inúmeras compe-

tências para ensinar. Perrenoud

– conhecido educador suíço, fez

um levantamento de dez com-

petências exigidas ao professor

para bem ensinar. Eu diria que

ser professor é aprender a ler a

alma do aluno, usar de todo o seu poder de observação, olhando-o como um

todo. Sabemos que a partir dos trabalhos de Howard Gardner com as inteli-

gências múltiplas, muda também o conceito de inteligência, hoje comparada a

um “canivete suíço”, com muitas facetas que vão ser estimuladas. Inteligência

hoje, significa enxergar o que os outros (ainda) não vêem. Isso seria próprio

das pessoas criativas, pesquisadoras, curiosas, que encontram soluções para

os problemas que têm que enfrentar.

4 – E a metodologia utilizada pelo professor, como deve ser?

Maria Inês Macca – Nós sabemos que o método do professor reflete sua epis-

temologia, isto é, sua concepção em relação ao que é o conhecimento é que

determinará o método de ensino. O método de ensino eficaz, segundo Feynman,

prêmio Nobel em Física, é o que forma indivíduos curiosos. O

objetivo principal de uma aula teria de ser formar futuros pesqui-

sadores e não decoradores de matéria. Para ele, no Brasil, damos

muita teoria e informação, mas ensinamos pouco como usar as

informações aprendidas.

5 – E por falar em aula, como deve ser a aula desse professor?

Maria Inês Macca – Tive um professor de Didática que dizia a

todo momento, como se recitasse um credo: “A aula tem que

ser boa!”. Hoje, já acrescento: não basta a “aula-show” em que

um professor atua por cinqüenta minutos obrigado a entreter

um grupo de desatentos. A aula hoje destaca o profissional

reflexivo. O professor reflexivo é uma antiga figura de reflexão sobre a

Educação, já proposta por Dewey e aprofundada por Shön. Estes pedadogos

consideram o professor um improvisador, um aventureiro que percorre

caminhos nunca dantes trilhados e que pode se perder caso não reflita de

modo intenso e caso não aprenda rapidamente com a experiência – reflexão

na ação e sobre a ação.

É na aula operatória, problematizada e problematizadora, na aula que guarda

em si, métodos de ensino que despertam a curiosidade e “fazem surgir uma

dose de angústia, de inquietação” – é nessa aula que o educando exercita o

pensamento operatório. É na aula que o aluno irá exercitar sua capacidade de

pensar. Segundo Pedro Demo, o aluno não vem para a escola escutar aulas – “vem

para reconstruir conhecimentos e arquitetar sua cidadania integral (corporal,

emocional e espiritual)”. Ao avaliar, o professor avaliará para garantir ao aluno

o direito de aprender. É isso.

6 – O que você diria aos professores que estão começando?

Maria Inês Macca – Tantas coisas... (risos). Gosto muito dos artigos do Kanitz,

articulista de uma das nossas revistas semanais, que diz mais ou menos o se-

guinte: a escolha de uma profissão é sempre um calvário para o jovem, pois as

coisas que queremos fazer são outras... E pergunta: então, teremos que trabalhar

em algo que odiamos, ter uma vida profissional chata e opressiva? Ele mesmo

dá a resposta: “Se você não gosta de seu trabalho, tente fazê-lo bem feito, seja

o melhor em sua área, destaque-se pela precisão”.

Rubem Alves, parafraseando Nietzsche observa que em duas pala-

vras, ferramentas e brinquedos, está o resumo da educação. Sobre

as ferramentas já falamos. Os brinquedos nos permitem o vôo livre,

a liberdade. Os brinquedos são as coisas que dão prazer e alegria à

alma – a leitura de um poema, a Música, a Arte, enfim.

O professor deve ser um leitor apaixonado – amar alguns livros,

até detestar outros, mas trabalhar essa “caixa de brinquedos” com

seus alunos. Numa entrevista, Sônia Kraner nos desafia: “Como um

professor que não se torna leitor e não tem uma sensibilidade esté-

tica com relação à produção artística pode ser capaz de fazer com

que a criança produza a sua palavra, tenha acesso a uma escrita rica,

tenha gosto pela leitura e vontade de escrever?” Pois é... são coisas da “caixa de

brinquedos” – não nos esqueçamos dela!

Quero terminar com um poema de Heaney intitulado “Colocar andaimes”, que

acredito, vale também para a vida:

Quando os pedreiros começam uma construção / têm o cuidado de experimentar

os andaimes / Asseguram-se de que as pranchas não deslizam em pontos mais

movimentados / Testam escadas, apertam juntas. / No entanto, tudo isto desa-

parece quando o trabalho está pronto / Mostrando paredes de pedra estável e

segura. / Portanto, meu bem, quando por vezes parecer / Que há velhas pontes

a separar-nos / Nunca temas. Podemos deixar cair os andaimes / Confiantes de

que construímos a nossa parede.

“O professor

deve ser um lei-

tor apaixonado

- amar alguns

livros, até detes-

tar outros, mas

trabalhar essa

‘caixa de brin-

quedos´ com

seus alunos.”

“O método de

ensino eficaz,

segundo Feyn-

mam, (...)

é o que forma

indivíduos

curiosos.”

Page 20: VI Jornada reflete práticas na Educação · Presidente Prudente, Donizete Martins dos Reis, fala no Teatro César Cava aos partici-pantes sobre a problemática das Drogas e da violência

20 - Mural Faclepp

Realmente digna de um registro nesta edição foi, além da organização do even to, a participação dos acadêmicos da Faclepp no XII Fentepp – Festival Nacio-

nal de Teatro de Presidente Prudente. O evento é promovido pelo Departamento de Cultura da Unoeste e Secretaria de Cultura e Turismo local com apoio da Se-cretaria de Estado da Cultura, SESC de Birigui, além de outras instituições. Vale ressaltar que este ano o Fentepp comemorou em altíssimo nível sua vigésima edição, graças ao idealismo e ao trabalho sério do diretor cultural da Unoeste, José Fábio de Souza Nougueira em conjunto com uma equipe comprometida e competente na área da Cultura, bem como o apoio da reitoria da Universidade do Oeste Paulista e da Prefeitura Municipal de Presidente Prudente.

Com o incentivo da direção, professores e alunos da Faclepp prestigiaram maciçamente o Festival que é sinônimo de Arte Cênica e Cultura em todo país. Tradicionalmente a Mostra reúne companhias de vários Estados e os alunos souberam tirar proveito desta overdose cultural, aprimorando conhecimentos e valorizando o gênero e o artista teatral brasileiro.

Durante as três Mostras paralelas em diferentes horários nos dias 20 a 27 de agosto, uma platéia entusiasmada e fiel se emocionou com mais de trinta peças (em diferentes categorias) encenadas em vários palcos, praças e arenas abertas da cidade. Da acidez rodriguiana e sua ferocidade crítica aos padrões morais, religiosos e familiares em “Álbum de Família”, temas atuais como o “Terrorismo” que paira nas relações e na vida cotidiana em geral ou a bem humorada retratação da inquietude e da poesia de quem vive da arte em “Carroça Pão e Sonho” - só para citar algumas das muitas opções de espetáculo - milhares de olhares atentos prestigiaram o Fentepp em total sintonia, e em muitos casos, interagindo com os atores.

Particularmente na Unoeste, em especial os alunos dos Cursos de Letras, Histó-ria, Estudos Sociais e Pedagogia, responderam satisfatoriamente ao Relatório de participação em atividade cultural proposto pela direção da Faculdade. Discorre-ram a respeito do evento, das peças, direção do espetáculo, iluminação, atuação dos atores, coerência entre a temática/figurinos/trilha sonora, etc.

A proposta de elaboração de resenha/crítica sobre os espetáculos demonstrou o grau de maturidade e articulação dos alunos a respeito de determinados textos teatrais encenados no Fentepp. De acordo com o acadêmico do quinto ano de Letras, Edílson José Mendes, “essa aproximação do Teatro com o ensino superior é muito válida. A arte cênica é a pura representação da vida real e assim sendo, engloba muitas perspectivas de reflexão, conscientização e formação da consci-ência crítica”, avalia Mendes.

Camila Scorpioni, do terceiro termo de Letras também gostou muito da expe-riência e acredita que “os alunos aprenderam na prática sobre a evolução e as várias características do gênero dramático, a discernir sobre os tipos de teatro, as diversas categorias, as propostas e novas técnicas de espetáculo na atualidade”. Enfim, diante desses resultados pode-se concluir que o Fentepp foi, sem dúvida, “uma lição imperdível” de cultura, arte e de vida.

Fentepp: uma lição imperdível!

O tema “filosofia” parece ser o modismo do momento, tendo até obtido espa ço em horário nobre de um grande veículo de comunicação da mídia brasileira,

com comentários, sobre essa veiculação, em revista semanal de circulação nacional.Mal grado os “Filisteus” de plantão, que já vêem neste tipo de divulgação a vul-garização da Filosofia, ou melhor, de alguns temas filosóficos e do pensamento de uns poucos filósofos, talvez os mais conhecidos, esta “popularização” é bem vinda, pois a exposição pela mídia de grandes temas do pensamento filosófico, notadamente, aqueles ligados direta ou indiretamente à formação de valores, permitem o repensar dos mesmos e a construção de novos.

Quando refletimos sobre o momento atual da vida política brasileira, como a crise do “mensalão” e corrupção na estatal dos correios - talvez, não sendo uma das piores da história brasileira, mas, com certeza, a mais exposta e revirada pela imprensa nacional, observamos graus diferenciados de indignação, no dia-a-dia da pseudopacata sociedade brasileira. Quando aliamos a esta imoralidade de significativa parcela das nossas lideranças políticas o fenômeno da violência urbana, aliás, violência esta em passado não muito remoto, quase que só restrita aos grandes centros urbanos, mas que ganhou terreno, com, aí sim vulgarização do uso de substâncias entorpecentes e a banalização do consumo de bebidas alcoólicas. A que se conjugar também a própria relegação para segundo plano, das ações humanas, as questões das relações entre os indivíduos “pelo não enxergar do outro”; deve-se juntar a este caldo, a vida pautada pelo extremo consumismo e individualismo, enfim, pela degradação do ser humano enquanto ser social. A partir deste breve perfil nacional, não só a Filosofia deve ser popularizada, mas também a sociologia, psicologia e outros ramos da produção de conhecimento humano, com o objetivo de levar todos à reflexão dos valores.

Sem espaço para dizer o que é a Filosofia ou o por quê da mesma, ressalte-se que esta se move por alguns aspectos eminentemente humanos, como por exemplo a curiosidade, a admiração ou a insatisfação diante de um “todo” ou de um “nada”. Exige reflexão e atenta observação dos fenômenos, no caso brasileiro daqueles ligados ao social, ao político e ao econômico. A reflexão realizada com bons emba-samentos teóricos, traz, pelo menos ao indivíduo, a ponderação no agir, podendo diminuir sua tendência ao egoísmo, tornando-o, quiçá, mais solidário. Finalizando, a Filosofia pode contribuir para a melhoria das relações humanas, no sentido de uma sociedade mais justa, com diminuição significativa dos abusos que vemos cotidianamente, pois o fim dos mesmos, é utopia neste momento. Aliás, essas possibilidades não seriam todas utópicas? Cético... cético..., acreditai na capacidade da razão humana, pois essa, tem “razões” que a sua própria razão desconhece e, além disso, bem ou mal, o racionalismo humano o trouxe até aqui.

A Filosofia em nosso cotidiano

* Marcos Lupércio Ramos é professor de Filosofia na Faclepp

Marcos Lupércio Ramos

Acadêmicos de Letras, Paula Coelho, Edilson Mendes e Roberto de Tal com a atriz alagoana Valéria Nunes

Page 21: VI Jornada reflete práticas na Educação · Presidente Prudente, Donizete Martins dos Reis, fala no Teatro César Cava aos partici-pantes sobre a problemática das Drogas e da violência

VI Simpósio - 21

No primeiro Simpósio de Iniciação Científica (SIC), promovido pela Faculdade de Ciências, Letras e

Educação (Faclepp) em maio de 2000, havia apenas intenções de trabalhos de pesquisa. Inicialmente os trabalhos inscritos eram apenas de alguns professores que procuravam incentivar e despertar nos alunos o interesse pela iniciação científica. No segundo SIC, em 2001, registrou-se ainda o inexpressivo número de cinco trabalhos acadêmicos. No terceiro SIC de 2002, 16 trabalhos foram apresentados e no ano de 2003, o número de trabalhos aumentou para 24. No V SIC, em 2004 foram apresentados 21 trabalhos de alunos pes-quisadores. O expressivo número de 51 trabalhos de iniciação científica de acadêmicos, apresentados no VI SIC em 2005, com a participação de alunos da Unoeste e de outras instituições públicas e particulares comprova a seriedade com que a Comissão de Pesquisa da Faclepp vem conduzindo a organização deste evento que já se tornou tradicional no meio universitário regional.

“A cada edição do SIC, temos alcançado um número cada vez mais significativo para o fomento da iniciação científica no ambiente universitário”, comemora a coordenadora da Comissão de Pesquisa da Faclepp, professora doutora Maria Salete Vaceli Quintilio. “Desta forma, cumprimos com nosso objetivo de desenvolver a pesquisa no meio universitário, promovendo o intercâmbio e a integração de diferentes áreas, revertendo os resultados desses co-nhecimentos em prol da comunidade”.

A diretora da Faclepp, Sônia Maria Pelegrini acrescenta: “a Faclepp prioriza a formação de educandos investigado-res, pois o educador que indaga e questiona, interfere na sua realidade circundante, transformando-a para melhor. Essa é a essência que se deve buscar na formação de profissionais, principalmente para os que vão atuar na área da Educação”, argumenta.Depoimentos - O Caderno Faclepp ouviu a opinião de

acadêmicos dos cursos de Pedagogia e Ciências Biológicas que participaram do VI SIC com trabalhos de iniciação científica e pretendem continuar desenvolvendo pesquisas em suas respectivas áreas de atuação.

Para os parceiros de pesquisa, Carlos Eduardo Serraglio e Márcia Ferreira Gauze, graduandos em Pedagogia pela Faclepp, o apoio da orientadora, a mestra Maria Aparecida Guiraldelo de Oliveira foi fundamental para o pontapé inicial do trabalho científico. Eles contam que no início se sentiam inseguros e despreparados e que so-mente após as orientações da mestra sobre a metodologia a ser desenvol-vida, as indicações do material biblio-gráfico, conseguiram superar essa sensação e passaram a produzir com entusiasmo.

A principal razão que os levou ao aprofundamento do trabalho foi o entrosamento entre as áreas de

atuação de ambos, um na área de Educação e outro no Sistema Peniten-ciário: “Buscamos conhecer melhor sobre o papel da família no processo de so-cialização da criança, uma vez que é tão alarmante o número de jovens que entram no mundo das drogas, da prostituição e da criminalidade em nos-so país”. Outro aspecto a ser ressaltado é que, após iniciarem o trabalho científico, passaram a ter mais interesse pela leitura em geral num gratificante processo de aprimoramen-to e crescimento interior, explicam.

O acadêmico do sétimo termo do Curso de Ciências Biológicas da Faclepp, Fábio Teruo Takahashi apre-sentou no VI SIC os resultados do trabalho intitulado “Embriogênese somática em calos friáveis de milho mantidos por longos períodos de cultivo in vitro”. Takahashi desenvolve a pesquisa em parceria com Ana Paula Koyanagui e Renata Fernandes Scandolieri, (ex-alunas) do mesmo curso, tendo como orientador o professor doutor Antonio Fluminhan Jr., da Unoeste. Ele conta que começou como bolsista do PROBIC ainda no segundo ano da Faculdade. Em sua pesquisa, utili-za materiais biológicos fornecido pela própria Univer-sidade. Há 3 anos está desenvolvendo a pesquisa em parceria com ex-alunos do mesmo curso. As primeiras

pesquisas foram no campo da genética vegetal. Cada um direciona o trabalho de pesquisa para a área que pretende atuar na profissão, explica. Takahashi espera contar com uma bolsa de estudos para dar continuidade a sua pesquisa no campo da genética – pretende conti-nuar pesquisando os mecanismos de funcionamento de características genéticas herdadas, objetivando sempre o melhoramento das mesmas.

Sobre o Simpósio de Iniciação Científica (SIC), ele considera: “É uma oportunidade criada para os alunos mostrarem o que vêm pesquisando, seja na área da genética como é o meu caso, ou em cada uma das suas respectivas áreas. Sem dúvida é importante porque é o alicerce para o nosso mestrado futuro, meio caminho andado. Essa prática nos transmite mais segurança e confiança em nosso objetivo. Cursar uma faculdade não é só a parte teórica, é extremamente importante para o formando o aprofundamento dos conhecimentos através da pesquisa.

A acadêmica Miléia Ricci Picolo também se diz entu-siasmada com a iniciação científica já na graduação. Ela cursa o quinto termo de Ciências Biológicas e desenvolve pesquisa há dois anos. No VI SIC apresentou o trabalho intitulado: “Amplificação de seqüências marcadoras

para os genes a k-caseína e b-actoglobulina em búfalos” que vem pesquisando em parceria com o acadêmico Roberto Luiz dos Santos e com a colaboração de Ana Cláudia Ambiel.

Sob orientação do pro-fessor doutor Antonio Flu-minhan, o trabalho foi de-senvolvido com genes que possuem características de elevada importância econô-mica. Inicialmente os alunos utilizaram material genético de dez búfalos da Fazenda

experimental da Unoeste, explica Pícolo.

“A participação em even-tos que promovem a inicia-

ção científica ainda na graduação é extremamente importante, porque a apresentação dos resultados dos trabalhos desperta nos alunos o compromisso com a pesquisa. Com a gente foi assim, ficamos muito empolgados quando assistimos a primeira vez. Com o apoio dos nossos professores, como da mestra Aparecida Terazaki e o empenho do doutor Fluminhan, não deu outra. Além do prazer e do co-nhecimento, o interessante em se desenvolver uma iniciação científica é o diferencial no currículo, a gente sente que algo mais é acrescentado além da parte teórica... e também pela própria experiência em práticas laboratoriais e de projetos de pesquisa, o processo de desenvolvimento da pesquisa, vale muito!”, afirma Miléia.

Cresce o interesse acadêmico pela pesquisaVI Simpósio de Iniciação Científica promovido pela Faclepp contou com apresentações de 51 trabalhos de

acadêmicos pesquisadores, além das palestras, minicursos e outras atividades docentes

Acadêmicos Fábio Takahashi e Miléia Pícolo recebem orientação do prof. dr. Fluminhan Jr.

Alunos do 6º termo de Física Everton Piza Perez e Ana Cláudia Força com a orientadora doutora Salete Quintilio

Page 22: VI Jornada reflete práticas na Educação · Presidente Prudente, Donizete Martins dos Reis, fala no Teatro César Cava aos partici-pantes sobre a problemática das Drogas e da violência

22 - Fique por dentro

Você sabia que a Rede de Bibliotecas Unoeste é formada por três Unidades de Informação para me-lhor atender sua a clientela? Juntas, as três unidades somam quase 4.000 m2 , oferecem 850 assentos e 120 computadores para usuários, além do acervo significativo e de um avançado sistema de atendi-mento on line.

Você sabia que os Centros de Multimídia, nas 3 Unidades de Informação, atenderam em 2004 mais de 147 mil clientes – alunos de vários cursos e professores. Somente de visitantes foram 5.822 atendimentos.

Campus I - Unidade de Informação 1Atende aos cursos da Faclepp - Letras, História,

Geografia, Ciências Biológicas, Pedagogia, Química, Física, Matemática; aos cursos da área da Saúde: Fonoaudiologia, Fisioterapia, Farmácia e Bioquí-mica, Odontologia, Medicina, Nutrição, Superior Tecnologia em Radiologia e aos cursos de Ciência

Rede de Bibliotecas Unoeste

da Computação, Sistemas de Informação, Superior Técnico em Web. Horário de funcionamento: 2ª à 6ª, das 8 – 22h, sábados das 8 – 12 h.

Hospital Universitário - Unidade de Informação 2 Atende aos cursos de Enfermagem, aos residen-

tes de Medicina e dos últimos anos dos cursos da área da Saúde. Horário de funcionamento: 2ª à 6ª, das 8 – 21h, sábados das 8 – 12 h.

Campus II - Unidade de Informação 3 Atende aos cursos da área de Agrárias: Medicina

Veterinária, Agronomia, Zootecnia e aos cursos de Direito, Administração, Ciências Contábeis, Psicologia, Comunicação Social, Engenharias Civil e Ambiental, Arquitetura e Urbanismo, Educação Física e aos cursos Superior técnico : Técnico em Design de Ambientes; Técnico em Gestão Hotela-ria; Técnico em Gestão de Negócios; Técnicos em Gestão Pública e Planejamento Urbano; Técnico em Processos Químicos Industriais; Técnico em Música (linguagem, produtos e multimeio); Técnicos em Conservação e Planejamento Ambiental. Horário de funcionamento: 2ª à 6ª, das 7 – 22 h, sábados das 8 – 12 h.

Serviços oferecidosOrientação à pesquisa: orientação aos clientes

sobre os procedimentos de uma pesquisa: levanta-mentos bibliográficos, recuperação de referências, projetos de pesquisa, etc.;

Comutação bibliográfica: obtenção de cópias de documentos não existentes no acervo da Rede de Bibliotecas, através do:

British Library- Convênio com a maior biblioteca do mundo, localizada na Inglaterra, onde pode-se localizar e recuperar publicações em âmbito

mundial;BVS (Biblioteca Virtual em Saúde) - Sistema que

trabalha com a literatura científica em Saúde;Empréstimo entre bibliotecas - Termo de coopera-

ção em que as bibliotecas participantes do convênio realizam empréstimo de documentos entre si, otimi-zando assim o acervo bibliográfico.

Normalização de documentos: orientação quanto a apresentação formal de trabalhos acadêmicos e científicos, citações, referências bibliográficas etc., tendo como suporte as Normas Técnicas da ABNT e como guia o “Manual para Orientação Bibliográfica e Normalização de Trabalhos Acadêmicos e Científicos da UNOESTE”, elaborado pela equipe de bibliotecá-rios da Universidade;

Treinamento de acesso às bases de dados: orien-tação sobre a forma de pesquisar assuntos de áreas específicas em bases de dados nacionais e interna-cionais. O cliente pode agendar a participação nos treinamentos nas Unidades ou via Internet;

Treinamento de introdução as estratégias de busca na Internet: orientação sobre a forma de pesquisar as-suntos na Web. O cliente pode agendar a participação nos treinamentos nas Unidades ou via Internet;

Orientações aos calouros: orientação básica sobre o espaço físico e uso do acervo e serviços da Rede de Bibliotecas.

Visitas orientadas: orientação para alunos de ou-tras Instituições de Ensino, sobre o uso da Rede de Bibliotecas e os serviços prestados;

Disseminação seletiva da informação: recuperação e divulgação periódica de bibliografias atualizadas da literatura nacional e internacional sobre assuntos selecionados pelos próprios clientes, para atender suas necessidades específicas de informação.

Centro de multimídia - conexão à Internet e Base de Dados Sala de estudos climatizada

Biblioteca dispõe de sala de TV, vídeo e DVD

Page 23: VI Jornada reflete práticas na Educação · Presidente Prudente, Donizete Martins dos Reis, fala no Teatro César Cava aos partici-pantes sobre a problemática das Drogas e da violência

Fique por dentro - 23

e atualização;Biblioteca informa: divulgação dos documentos

recém adquiridos pela Unidade de Informação, via home-page e através de e-mail aos docentes e diretores.

Mural de recados e informativos da unidade de informação: afixação de informativos da Unidade de Informação, cartazes de eventos etc;

Mural de exposição de recentes aquisições: divulgação em murais na Unidade de Informação e nos departamentos, com xerox colorido das capas dos documentos, nas áreas de interesse dos cursos ofertados pela UNOESTE;

Caixa de sugestões: o cliente pode dar sua opinião sobre os serviços prestados pela Rede de Bibliotecas, através da caixa de sugestões no recinto da Unidade ou via e-mail pelo site da Rede de Bibliotecas.

Publicações da rede1- “Manual para Orientação Bibliográfica e Norma-

lização de Trabalhos Acadêmicos e Científicos da UNOESTE, elaborado pela equipe de bibliotecários da Universidade;

2- “Memorial da Rede de Bibliotecas 30 anos de Uno-este”; elaborado pela Diretora da Rede de Bibliotecas.

Acervo (documentos são: livros, revistas, jornais, CDs, DVDs, etc.)

Acervo de livros:

Nº de Títulos = 40.735Nº de exemplares = 118.523Acervo de periódicos:Nº de Títulos = 2.966Nº de Fascículos = 86.081Total de títulos = 43.701Total de exemplares = 204.604Empréstimos:Em 2004 foram emprestados cerca de 266 mil, o

que nos da uma média diária de 1.200 empréstimos e uma média mensal de 40.000 empréstimos;

Reserva e renovação pela Internet e também todo nosso acervo de documentos podem ser consulta-dos pela Internet;

Nota A - Rede de Bibliotecas nos últimos anos em que foi avaliada por vários cursos em processo de reconhecimento recebeu sempre nota A;

BDTD = Biblioteca Digital de Teses e Dissertações do IBICT;

Recentemente, a Rede de Bibliotecas Unoeste foi convidada a integrar o programa BDTD (Biblioteca Digital de Teses e Dissertações), do IBICT (Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia), que reúne dissertações e teses em formato digital de universidade de todo o Brasil. O propósito da BDTD é integrar os sistemas de informação de dissertações e teses existentes nas instituições

de ensino superior brasileiras, incentivando ainda, o registro e a publicação de teses e dissertações em meio eletrônico. Confira em www.teses.usp.br

Rede BibliodataA Rede de Bibliotecas da Unoeste assinou contrato

com a Fundação Getúlio Vargas para a participar da Rede Bibliodata, pois é de suma importância fazer parte de uma rede cooperativa de bibliotecas brasilei-ras que tem seus acervos representados no Catálogo Coletivo Bibliodata.

A Rede Bibliodata é uma experiência nacional pionei-ra na criação de uma rede de catalogação cooperativa, que visa a difusão de acervos bibliográficos do país, o aperfeiçoamento dos serviços de documentação e informação das instituições participantes e o compar-tilhamento dos recursos empregados. Sua missão é disseminar a informação através do compartilhamento de dados e serviços entre bibliotecas, gerando recur-sos e dessa forma, contribuir para o desenvolvimento cultural e sócio-econômico do país.

A Fundação Getúlio Vargas, com sua incontes-tável idoneidade, é a entidade responsável pela coordenação da Rede Bibliodata e pela continuida-de e manutenção do serviços prestados, portanto a assinatura deste contrato é uma vitória para a Rede de Bibliotecas e consequentemente para a Unoeste.

Videoteca oferece opções para todos os cursos da Faclepp

Alunos dispõem de confortáveis espaço para leitura

Page 24: VI Jornada reflete práticas na Educação · Presidente Prudente, Donizete Martins dos Reis, fala no Teatro César Cava aos partici-pantes sobre a problemática das Drogas e da violência

24 - Formatura Faclepp

Faclepp forma profissionais capacitados para o mercado de trabalho

Semestralmente, a Faclepp entrega ao mercado de trabalho

centenas de profissionais altamente capacitados no campo

educacional e na diferentes áreas abrangidas por seus nove

cursos de graduação. As fotos registram a última solenidade de

colação de grau, ocorrida em julho deste ano.

Para dezembro de 2005, cerca de 750 novos graduados estarão

altamente qualificados para ingressar neste competitivo mercado

confirmando a excelência de um ensino superior tradicionalmente

reconhecido pela experiência de 33 anos na Educação.