36
VIANA DO ALENTEJO BOLETIM MUNICIPAL 2010 setembro 68

VIANA DO ALENTEJO 2010

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: VIANA DO ALENTEJO 2010

VIANA DO ALENTEJOBOLETIM MUNICIPAL

2010setembro

68

Page 2: VIANA DO ALENTEJO 2010

Fonte e Chafariz do Rossio da Fonte Coberta - Viana do Alentejo

Page 3: VIANA DO ALENTEJO 2010

Índice

BOLETIM MUNICIPALDE VIANA DO ALENTEJO setembro de 2010 . 68

Ficha técnica

DirectorBernardino Bengalinha PintoEdiçãoCâmara Municipal de Viana do AlentejoConcepção gráfica e paginaçãoD&A Design e ArquitecturaTextosD.A.S.E. - CMVA (Florbela Cabeças)FotografiasD.A.S.E. - CMVA (Joaquim Filipe)Fotografia da capaArquivo da C.M. Viana do AlentejoFotografia da contracapaMiguel Figueira, circa 1947, da colecção de Francisco BaiãoTiragem3000 exemplaresPeriodicidadeTrimestralImpressãoDiana Litográfica do Alentejo - Évora

Distribuição gratuita

Caso deseje receber o Boletim Municipalem sua casa, sem custos, basta enviar umemail com o seu nome e morada para [email protected] pelo telefone 266 930 010

Editorial 2

Gestão Autárquica 3Agenda 21 Local e Bases Estratégicas de Desenvolvimento do Concelho de Viana do Alentejo

Equipamentos 6Secretário de Estado inaugura Piscinas de Alcáçovas

Acção Social 8Município leva 400 seniores a ÓbidosSemana do Idoso em Outubro Uma centena de pessoas participa na “Colónia de Praia”Munícipes pedem apoio à CâmaraMarcha do Concelho saiu à rua

Educação 10Município implementa Regime de Fruta EscolarPrazo de candidatura à Bolsa de Estudo termina no final de OutubroEdifícios escolares alvo de recuperação

Desporto 12Perto de uma centena de pessoas pratica hidroginástica70 Crianças participam na adaptação ao meio aquáticoHilário Porfírio, uma vida dedicada ao futebol

Cultura 14Feira do Chocalho 2010Setembro é mês de festa em Viana do AlentejoFeira D’Aires abre portas dia 25Nossa Senhora D’Aires: um santuário de fé

Património 20A união faz a forçaConvento de Nossa Senhora da Esperança

Turismo 24Castelo de Viana do Alentejo reabre ao público em OutubroPercursos Pedestres no concelho

Juventude 26Câmara assinala Dia da JuventudePrograma de Ocupação de Tempos Livres

Ambiente 27Óleos Alimentares Usados

Associativismo 28Associação dos Amigos Aguiarenses

Juntas de Freguesia 30AlcáçovasAguiarViana do Alentejo

Agenda 32

Page 4: VIANA DO ALENTEJO 2010

Editorial

1. Setembro é de facto um mês im-portante no nosso concelho.

Dia 4, início do mês, comemora-ram-se os 531 anos da assinatura do Tratado de Alcáçovas.

É o mês da Feira D´Aires, que con-tinua a marcar particularmente a vila de Viana no seu quarto do-mingo.No aspecto cultural, além da feira propriamente dita e do seu programa, temos vários dias com eventos diversificados que começam uma semana antes do seu inicio.

No aspecto social, a Feira D’Aires continua a ser a grande feira do concelho, sendo esses dias espe-cialmente movimentados para a população de Viana. Apesar da evolução social ao longo dos anos, ainda continua a haver pes-soas que guardam a sua melhor muda de roupa para usar na feira. Não digo “para estrear” porque o período não está fácil e os tempos também são outros…É também nesta ocasião que mui-tas pessoas com raízes familiares nesta freguesia, aproveitam os dias da feira para simultanea-mente reverem os seus familiares e amigos.

No aspecto económico, este even-to constitui uma montra do nosso concelho para os exteriores, que pretendemos cada vez mais vis-tosa e com maior consistência.Desta forma, todos os empresári-os do nosso concelho deverão aproveitar e mostrar o que de facto temos de melhor.Setembro é também o mês do iní-cio do ano escolar. Por aqui a azá-fama é grande para que na hora H tudo esteja a postos neste novo ano.Gostaria de referir a atenção que a autarquia está a dedicar à Educa-ção, visível desde logo nos arran-jos exteriores e interiores de prati-camente todas as escolas e jardins de infância do nosso concelho.Para além das melhorias físicas das instalações e equipamentos, pretendemos também incremen-tar progressivamente a nossa participação na gestão de con-teúdos, de forma a que possamos contribuir para a melhoria das condições de estudo dos nossos jovens, colaborando na sua forma-ção de cidadãos do futuro.

2. O tecido empresarial do nosso concelho, é um dos motores de desenvolvimento que deve mere-cer a nossa particular atenção.Por isso gostaria de referir que a Câmara Municipal está a dar-lhes preferência nas aquisições de bens e serviços.Este executivo transmitiu orienta-

ções a todos os chefes de divisão e respectivos serviços para que nas compras a efectuar pela Autarquia consultem sempre os empresários do concelho.A opção de compra recairá sobre eles desde que as suas condições estejam dentro de parâmetros ra-zoáveis, ou seja, é possível que a Câmara compre no concelho a um preço superior a outro fornecedor externo. No entanto, estas dife-renças deverão ser mínimas, uma vez que também a Câmara neces-sita de conter as suas despesas.Todavia, nessas “opções conce-lhias relativamente mais caras”, consideramos que apesar de po-dermos estar a comprar mais caro a um empresário do concelho, estamos dessa forma a investir e a contribuir para que esse em-presário se mantenha activo e que eventualmente mantenha também, ou possa até aumentar, o número de postos de trabalho do seu negócio.Aconselhamos por isso todos os empresários do concelho a con-tactarem o sector de compras da Câmara a fornecerem os dados e as condições dos seus produtos e serviços, para que em qualquer momento os serviços da Autar-quia estejam informados da oferta actualizada existente .

Uma boa feira para todos ebons negócios!

Setembro...

Page 5: VIANA DO ALENTEJO 2010

3

Gestão Autárquica

Iniciaram-se os trabalhos de elaboração e implementação da Agenda 21 Local e das Bases Estra-tégicas de Desenvolvimento do Concelho de Viana do Alentejo.Para quem está menos familia-rizado com os termos, a Agenda 21 Local consiste num plano de acção local, de envolvimento de toda a população do concelho, no qual se define um conjunto de direc-trizes a seguir para alcan-çar o de-senvolvimento sustentável. É um processo no qual as autoridades locais trabalham em conjunto com todos os sectores da comuni-dade para preparar um plano de acção que implementa a sustent-abilidade a uma escala local. Esse documento irá conter orientações concretas nos domínios económi-co, social e ambiental, definidas por todos os agentes municipais, para que todos os grupos e sec-tores de acti-vidade do concelho contribuam activamente para atingir a sustentabilidade durante o século actual.“Pensar global, agir local” é o es-pírito que suporta a elaboração das Agendas 21 ao nível local. São muitos os municípios que já iniciaram as suas agendas numa perspectiva de a pouco e pouco, com medidas por vezes muito simples, ir construindo um futuro mais sustentado de modo a que a satisfação das necessidades e as-pirações das gerações presentes não hipotequem a possibilidade

das gerações futuras satisfazerem as suas necessidades e usufruir de um nível de qualidade de vida semelhante ou melhor que o actual.Com a implementação da Agen-da 21 Local de Viana do Alentejo (A21LVA) preconiza-se a concre-tização de uma estratégia de sus-tentabilidade a nível local assente no envolvimento dos actores lo-cais através de diversos processos participativos com base nos quais será possível identificar acções/projectos a desenvolver a prazo, segundo prioridades estratégicas alinhadas com a visão e missão assumidas para o concelho.Tão ou mais importante que a elaboração da Agenda 21 Local é a definição das bases estratégi-cas de desenvolvimento do con-celho. Ter uma estratégia para o nosso território é, nos dias de hoje, fundamental para que pos-samos crescer e desenvolver, de forma harmoniosa, melhorando a qualidade de vida, e projectar o nosso concelho além das nossas fronteiras.Atendendo à urgência de concre-tizar a revisão do Plano Director Municipal de Viana do Alentejo (PDMVA), é necessário elaborar um estudo prévio do e ao conce-lho que permita concretizar uma estratégia de desenvolvimento que defina, de forma participada e com base no princípio da sub-sidiariedade, pilares de acção e

Agenda 21 Local e Bases Estratégicas de Desenvolvimento do Concelho de Viana do Alentejo

Page 6: VIANA DO ALENTEJO 2010

fraquezas do concelho.Com esta abordagem estratégica assumir-se-á, de facto, um rumo a seguir, uma visão que o PDM de-verá respeitar como instrumento para a sua concretização.

O início dos trabalhos consistiu na definição dos pressupostos e me-todologias de trabalho sobre os quais assenta a elaboração A21LVA e definição das bases estratégicas de desenvolvimento do concelho.A elaboração da A21LVA e o esta-belecimento das Bases Estratégi-cas de Desenvolvimento do Con-celho de Viana do Alentejo visa a prossecução dos seguintes objec-tivos:- criar grupos de actores multi-sectoriais, dissimilares e transver-sais, representativos dos interes-ses dos sectores da comunidade local a envolver ao longo do pro-cessos;- elaborar um diagnóstico de sus-tentabilidade que envolva os acto-res locais e integre as condições sociais, económicas e ambientais actuais bem como tendências evolutivas, identificação dos prin-cipais pontos fortes e fracos, po-tencialidades e vulnerabilidades do concelho;- definir uma visão e missão para o concelho alicerçadas nos princípios do desenvolvimento sustentável e nas aspirações dos actores locais expressas nos di-versos momentos participativos. As aspirações dos agentes locais deverão ser incorporadas naquele que se entende ser o futuro de-sejável e que constitui a visão, consensual e estratégica, de sus-tentabilidade para o concelho, e nos compromissos que definem e concretizam as razões de existên-cia do próprio concelho (missão);- estruturar um programa de acção composto por projectos, acções ou intervenções a desen-volver e a concretizar no prazo

que concretize uma visão e uma missão para o concelho, valores, objectivos e projectos de acção, após uma análise geral sobre as suas fragilidades e potenciali-dades. Na prática, constituir-se-á como um relatório de análise, de pequena escala, que incidirá sobre 3 grandes domínios: (i) análise (bio-)física; (ii) análise sócio-económia e demográfica;

(iii) orientações para uma base estratégica, com a elaboração de uma análise SWOT, a concretiza-ção, amplamente participada, de uma visão, missão e valores para atender no processo de planea-mento, ordenamento do território e desenvolvimento, a assumpção dos pilares estratégicos de desen-volvimento, e o destaque para as janelas de oportunidade e as

Page 7: VIANA DO ALENTEJO 2010

5

definido, devidamente enquadra-das, quantificadas de acordo com a estratégia assumida. O pro-grama de Acção irá ser o caminho delineado para prosseguir a visão de sustentabilidade preconizada para o concelho.Todo este processo deverá ser implementado de acordo com as seguintes fases:a. identificação dos principais actores locais e agentes de de-senvolvimento a envolver no processo (organizações, grupos de interesse, cidadãos, etc.). Estes deverão reflectir, tanto quanto possível, as diferentes posições e sensibilidades da comunidade lo-cal pelo que a sua composição de-verá ser heterogénea, abrangendo diversos sectores do concelho de Viana do Alentejo;b. recolha e análise de informação com vista à elaboração de um pré-diagnóstico selectivo e que visa conhecer no essencial o concelho de Viana do Alentejo ao nível das suas características físicas, am-bientais, sócio-económicas, de-mográficas, acessibilidades, entre outras, que permitirão delinear um retrato de sustentabilidade do concelho;c. promoção da participação pública, sob a forma de Fóruns ou outras dinâmicas de grupo consideradas pertinentes e opor-tunas, nos quais os actores locais expõem as suas sensibilidades, aspirações, anseios, bem como a visão para a sustentabilidade do concelho;d. elaboração do Diagnóstico Se-lectivo baseado nos princípios do desenvolvimento sustentável, decorrente do conhecimento da situação actual, e em linha com a visão estratégica preconizada para o concelho;e. sistematização e estruturação do Diagnóstico Selectivo através da elaboração de uma matriz de análise que permita identificar e

sintetizar de forma objectiva os pontos fortes a serem potencia-dos e os pontos fracos a serem melhorados, ao mesmo tempo que identifica oportunidades a ex-plorar, reconhecendo simultanea-mente as fraquezas a ultrapassar e ameaças a antecipar;f. elaboração de Projectos de Acção que conduzam ao desen-volvimento sustentável que ope-racionalizam os objectivos traça-dos para os domínios de acção estratégica identificados.As metodologias a adoptar de-verão incluir os princípios da Go-vernança, envolvendo os agentes locais nas questões de desenvolvi-mento sustentável, promovendo a reflexão em torno da visão estra-tégica e do desenvolvimento sus-tentável através da promoção da participação pública. O número de sessões de par-ticipação pública no âmbito da A21LVA será definido em função do pré-diagnóstico selectivo e a opção pela realização de Fóruns temáticos deverá ser tomada caso seja emergente a existência de questões que, pela sua importân-cia a nível local, se destaquem das demais.Para a implementação da A21LVA e das Bases Estratégicas de De-senvolvimento do Concelho de Viana do Alentejo o projecto de-verá decorrer num prazo máximo de seis meses a contar da adju-dicação dos trabalhos. O período poderá ser alargado se devida-mente fundamentado.Este trabalho terá o custo de 52 000€, e é financiado através do Eixo 4 – Qualificação Ambiental e Valorização do Espaço Rural – do QREN (Quadro de Referência Es-tratégico Nacional) a 80%. A can-didatura será apresentada no pre-sente mês à gestão do Programa Operacional Regional do Alentejo 2007-2013 (INALENTEJO).A autarquia tem um papel fun-

damental na promoção deste processo participativo. Todos os cidadãos e entidades representa-tivas dos mais variados sectores, além dos munícipes, têm a re-sponsabilidade de contribuir com as suas experiências, conhecimen-tos e sugestões. A participação de todos é fundamental para que o processo resulte, e desde já ini-camos este processo de participa-ção pública colocando o desafio da escolha do logótipo que irá dar imagem a este projecto. A votação estará disponível no site da Câma-ra Municipal: www.cm-vianadoalentejo.pt

Logótipos a votação:

Page 8: VIANA DO ALENTEJO 2010

Secretário de Estado inaugura Piscinas de Alcáçovas

O Complexo das Piscinas Munici-pais de Alcáçovas foi inaugurado no passado dia 23 de Julho. O Se-cretário de Estado da Juventude e do Desporto, Laurentino Dias presente na cerimónia, conside-rou a vila de Alcáçovas, a nível nacional, “o local mais bem ser-vido por piscinas, tendo em aten-ção o número de habitantes e a dimensão deste equipamento”.

O Secretário de Estado da Juven-tude e do Desporto, Laurentino Dias, inaugurou no passado dia 23 de Julho, o complexo das Pis-cinas Municipais de Alcáçovas. A cerimónia teve lugar ao final da tarde e contou com a presença do Presidente da Câmara Municipal de Viana do Alentejo, Bernardino Bengalinha Pinto, da Governadora Civil do Distrito de Évora, Fernan-da Ramos, da Presidente da Junta de Freguesia de Alcáçovas, Sara Pajote e do deputado Bravo Nico, bem como representantes de ou-tras entidades.A infra-estrutura custou perto de 2,4 milhões de euros, tendo sido co-financiada pelo QREN – Quadro de Referência Estratégico Nacio-nal que comparticipou com 1 mi-lhão e 300 mil euros, aproximada-mente.Na cerimónia de inauguração, o Presidente do Município mostrou-se satisfeito pela conclusão da obra e deixou um repto a todos “para que tirem o maior proveito deste investimento”, considera-do pelo autarca como “o maior do Concelho”, até à data. E, fez questão de lançar um desafio ao movimento associativo para não se limitar apenas a utilizar este equipamento, mas “sejam agen-tes activos na dinamização deste complexo”.O autarca lembrou ainda que esta estrutura “tem custos con-sideráveis de manutenção e só há uma maneira de os amor-tizar, que é retirar do equipa-

mento o maior proveito possí-vel”. Bernardino Bengalinha Pinto aproveitou ainda a oportunidade para anunciar que o Município fez uma nova candidatura ao QREN para mais uma investimento em Alcáçovas, desta feita, a requali-ficação do Poço Novo, uma obra orçada em perto de 500 mil euros.Já o Secretário de Estado da Juven-tude e do Desporto, Laurentino Dias, classificou a infra-estrutura como uma “extraordinária insta-lação desportiva”. “Este complexo de piscinas permite, em 1o lugar, às crianças da freguesia e do Con-celho passarem a ter a oportuni-dade de juntarem à sua formação académica e escolar, à sua for-mação desportiva em pavilhão e ao ar livre, a formação por via da aprendizagem da natação”, sub-linha. O governante é da opinião que as piscinas permitem ainda àqueles que estão na vida activa e na terceira idade ajudar a preser-var a sua saúde.Laurentino Dias revela que o ob-jectivo é “que todos possam ter acesso à prática desportiva, e possam com isso melhorar a sua formação, quando falamos dos jovens, e melhorar e ajudar à sua saúde, quando falamos nos adultos”. Em jeito de conclusão, o Secretário de Estado acabou por revelar que no desempenho da sua função percorre todo o País e “o local mais bem servido por piscinas, tendo em atenção o número de habitantes e a dimen-são deste equipamento, chama-se Alcáçovas”.A inauguração do complexo fica marcada pela presença de mui-tos populares que não quiseram perder a oportunidade de conhe-cer o novo complexo das Piscinas Municipais de Alcáçovas.As alunas do AMINATA – Évora Clube de Natação deram um co-lorido diferente ao evento ao apresentarem um espectáculo de natação sincronizada.

Equipamentos

Page 9: VIANA DO ALENTEJO 2010

7

O complexo alberga três piscinas.Situada no Loteamento Chão do Mocho, junto à EBI/JI, a nova infra-estrutura é composta por uma piscina coberta com 25m de comprimento e 12,5m de largura, no piso 0. No 1o piso existem duas piscinas para as crianças, uma com 12,5m de comprimento por 7,5m de largura e outra 4m por 4m. Neste piso encontram-se ainda os bal-neários que estão adaptados para pessoas portadoras de deficiência. A entrada principal que dá acesso às piscinas é feita pelo 1o piso. No 2o piso existe um restaurante que como o bar do 3o e último piso tem uma vista privilegiada sobre o complexo e sobre a vila de Alcáçovas.Durante o horário de verão, as pis-cinas municipais funcionaram de terça a domingo, entre as 10h00 e as 20h00. No período de inverno, a nova estrutura vai ter em fun-cionamento aulas de adaptação ao meio aquático para todas as crian-ças do Concelho e hidroginástica.

Page 10: VIANA DO ALENTEJO 2010

Acção Social

Município leva 400 seniores a Óbidos

Perto de 400 pessoas participaram em mais uma edição do Passeio do Idoso, realizado no passado dia 31 de Julho, à vila de Óbidos.Organizada pela Câmara Munici-pal de Viana do Alentejo, a ini-ciativa despertou, uma vez mais, grande interesse e adesão por parte da população sénior do Con-celho que neste dia aproveitou da melhor forma os momentos de lazer e convívio proporcionados. O passeio que assumiu também o seu papel social, pretendeu ainda combater a solidão característica desta faixa etária, valorizar pes-soal e socialmente todos os par-

Semana do Idoso em Outubro

A Câmara Municipal de Viana do Alentejo vai promover, à seme-lhança de anos anteriores, a “Se-mana do Idoso”, entre os dias 11 e 16 de Outubro. A iniciativa pre-tende fomentar o convívio entre os cidadãos seniores das três fre-guesias através da sua participação num conjunto de actividades cul-turais e recreativas.Durante 6 dias, a população se-nior vai apreciar fado, dançar no baile da pinha, ouvir conselhos sobre saúde dados por técnicos do Centro de Saúde de Viana do Alentejo, participar no tão aguar-dado almoço convívio e participar no espectáculo de encerramento, no Cine-Teatro. As iniciativas vão decorrer nas três freguesias, dis-ponibilizando a Câmara transporte aos participantes.É, desta forma, que o Município vai prestar homenagem à camada menos jovem da população que vive mais isolada, oferecendo mo-mentos de agradável convívio e boa disposição. Através destas ac-tividades, a Câmara quer manter os seniores activos e proporcionar-lhes um envelhecimento saudável.Aqui fica o convite para que a po-pulação senior do Concelho partici-pe em massa nesta iniciativa da res-ponsabilidade do Município local.

ticipantes e dar a conhecer novos locais.Os idosos partiram bem cedo das respectivas freguesias em di-recção a Óbidos, onde ao final da manhã percorreram as principais artérias da vila e puderam apre-ciar o artesanato, com especial destaque para os bordados.O almoço convívio decorreu nas Caldas da Rainha, no Restaurante “A Lareira”, muito elogiado por todos, onde puderam divertir-se e dar um pézinho de dança durante a tarde, num ambiente de festa popular. A chegada a casa acon-teceu por volta das 19 horas. O passeio foi acompanhado de perto pelo executivo camarário.Recorde-se que, para além do convívio e animação, a iniciativa permitiu ainda aos participantes “fugir” um pouco da sua rotina habitual.

Page 11: VIANA DO ALENTEJO 2010

9

Mais uma vez, a Marcha que já foi dos Idosos e que este ano pas-sou a ser do Concelho por incluir a participação de jovens, voltou a sair à rua.Vinte e dois pares vestidos como manda a tradição mostraram, no-vamente, que com esforço e dedi-cação se podem juntar várias ge-rações em torno de um objectivo comum. Para não fazerem “má figura”, começam algum tempo antes a ensaiar os passes da co-reografia e a letra da música sob as orientações do ensaiador João Rosado. Tiram as medidas para o fato até chegarem à prova final e decoram os arcos. É com entusi-

Marcha do Concelho saiu à rua

Decorreu entre os dias 16 e 27 de Agosto a “Colónia de Praia” di-rigida à população do concelho de Viana do Alentejo. Na primeira semana, destinada aos residentes das freguesias de Viana e Aguiar, participaram 46 munícipes; na se-gunda semana, dedicada à fregue-sia de Alcáçovas registaram-se 53 participações. Neste período foi proporcionado aos munícipes in-scritos nesta iniciativa a oportuni-dade de desfrutar de momentos de lazer na praia junto dos seus familiares.A iniciativa foi da responsabili-dade da Câmara Municipal de Vi-ana do Alentejo.

Uma centena de pessoas participa na “Colónia de Praia”

Munícipes pedem apoio à Câmara

No âmbito do Programa “Oficina Domiciliária” que presta apoio em pequenas reparações do dia-a-dia aos nossos idosos, chegaram à Au-tarquia entre Abril e Julho 25 pe-didos. Destes, 18 foram solicitados por munícipes de Viana do Alen-tejo e os restantes de Aguiar.Entre os pedidos que chegaram à Divisão de Acção Sócio Educativa estão a substituição de banheira por polibã, mudança de telhas, reparação de parede, arranjo de alpendre, mudança de autoclismo e fechaduras.Apesar das condições climatéricas registadas em Abril e Maio não terem permitido a realização de algumas obras, já foi dada res-posta, entretanto, a alguns desses pedidos.Recorde-se que as obras ou repa-rações não podem ultrapassar os 400,00€ por ano, por habitação e são prestadas pela Autarquia de forma gratuita.

asmo que passam por todas es-tas fases até chegarem ao desfile. Para além de se sentirem motiva-dos por participarem nesta inicia-tiva, os ensaios e as deslocações proporcionam ainda momentos de convívio e de lazer entre todos os participantes.No mês de Junho, a Marcha do Concelho saiu à rua em Viana do Alentejo, no “Associa-te”, em Aguiar, por ocasião da Festa da Primavera, em Alcáçovas, durante a Quinzena Cultural e, no Seixal, onde “passearam” a sua classe nas Festas de S. Pedro.O Município de Viana do Alentejo levou os marchantes ao Pavilhão Atlântico, em Lisboa, onde assisti-ram ao desfile das Marchas Popu-lares, um momento pelo qual es-peram todo o ano. Salomé Pires e Bruno Borges apadrinharam as Marchas do Concelho, em nome da Câmara Municipal de Viana do Alentejo.

Page 12: VIANA DO ALENTEJO 2010

Arranca no ano lectivo 2010/2011 a distribuição gratuita de fruta aos 240 alunos matriculados no 1o ciclo em estabelecimentos de ensino do Concelho. A medida surge no âmbito da aprovação da candidatura ao Re-gime de Fruta Escolar efectuada pelo Município, ao Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas (IFAP). O Regime de Fruta Escolar pretende contribuir para a promoção de hábitos de consumo de alimentos benéficos para a saúde e para a redução dos cus-tos sociais e económicos associa-dos a regimes alimentares menos saudáveis. A Autarquia irá disponibilizar duas vezes por semana (durante 30 semanas) fruta (maçãs, pêras, laranjas, bananas) aos alunos. De acordo com o regulamento, os produtos devem obedecer aos re-gimes públicos de qualidade certi-ficada de produção integrada, de produção biológica, de denomina-ção de origem protegida, de indi-cação geográfica protegida ou de protecção integrada.O Regime de Fruta Escolar prevê ainda algumas medidas de acom-panhamento que visem promover o consumo de fruta, nomeada-mente, a instalação de canteiros nas escolas, para estabelecimen-to de uma ligação à origem do produto, fornecimento de mate-riais didácticos (livros, jogos, ca-dernos de actividades), realização de actividades lúdicas alusivas ao programa e, ainda visitas a quin-tas, mercados e centrais horto-frutícolas.Esta medida resulta da coordena-ção da actuação da administração central, através dos Ministérios da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas, da Saúde e da Educação e dos Municípios.

No âmbito do apoio social escolar, o Município de Viana do Alentejo atribui a alunos do Concelho que frequentem o ensino superior (li-cenciatura ou mestrado), Bolsas de Estudo. As candidaturas devem ser efectua-das até 30 de Outubro. Para obter mais informações e saber quais os documentos a apresentar, devem consultar o Regulamento de Atri-buição de Bolsas de Estudo, no sítio da Câmara, em:www.cm-vianadoalentejo.ptO montante a atribuir é fixado anu-almente pelo Município e será pago em duas prestações. Em Dezembro (60%) e na pausa lectiva das férias da Páscoa (40%).As candidaturas serão apreciadas até 30 de Novembro e a deliberação final publicitada em edital e forma-lizada a todos os candidatos.

Município implementa Regime de Fruta Escolar

Prazo de candidatura à Bolsa de Estudo termina no final de Outubro

Educação

Page 13: VIANA DO ALENTEJO 2010

11

de suporte principal (vigas e bar-rotes), incluindo a substituição de elementos em mau estado, repa-ração pontual da estrutura de suporte da telha, remoção e subs-tituição das telhas partidas, bem como uma limpeza final de toda a superfície. A obra esteve a cargo da Recu-pévora, Sociedade de Construção Civil, Instalações Especiais e Gestão, Lda., e custou perto de 8.600,00€. Também a Escola de S. João e o Edifício das Escadinhas foram alvo de pinturas. A intervenção esteve

Edifícios escolares alvo de recuperação

Enquanto não começa a cons-trução do Centro Escolar de Viana do Alentejo, as Escolas da fregue-sia foram alvo de obras de remo-delação e pintura.O telhado da Cantina, que alberga o Jardim-de-Infância de Viana, so-freu obras de recuperação. A obra incluiu a reparação da estrutura

a cargo da Câmara Municipal de Viana do Alentejo e contou com o apoio da Junta de Freguesia. As pinturas na Escola de S. João in-cluíram o interior e o exterior, já na Escola das Escadinhas apenas foi pintado o exterior do edifício. Em Aguiar, a EB1 e o edifíco da pré-escola também foram alvo de pinturas exteriores. Já em Alcáço-vas, devido à sua construção re-cente e as boas condições que ofe-rece, a escola não sofreu qualquer tipo de intervenção, encontrando-se apta para receber os alunos no arranque de mais um ano lectivo.

Page 14: VIANA DO ALENTEJO 2010

Perto de uma centena de pessoas pratica hidroginástica

de Agosto com 60 pessoas inscritas.Para quem quer iniciar uma activi-dade física e não está habituado a exercício regular, a hidroginástica é o mais indicado. Já para aqueles que têm hábitos enraizados, serve como processo de diversificação das actividades a realizar e/ou de recuperação da carga aplicada em outro tipo de programas.Estão comprovados a vários níveis os benefícios das actividades aquáticas. A hidroginástica não foge à regra e apresenta benefí-cios ao nível da aptidão física e da saúde. Está indicada para pes-soas com excesso de peso, gestan-tes e indivíduos a recuperar de algumas patologias ortopédicas.

Chegada a época balnear, o Mu-nicípio de Viana do Alentejo pro-porcionou à população aulas de hidroginástica, asseguradas por técnicos de desporto. Nas piscinas de Viana do Alentejo estiveram inscritos 32 munícipes. Em Alcáçovas, após a inauguração das piscinas, as aulas começaram a 4

Desporto

Entre os benefícios reconhecidos desta prática desportiva estão o fortalecimento muscular que se consegue mais depressa ao efec-tuar exercícios dentro de água, o aumento do gasto energético, um maior conforto aquando da rea-lização dos exercícios. Provoca um efeito massajador e promove ainda o estabelecimento de rela-ções interpessoais. Recorde-se que as aulas de hi-droginástica são gratuitas. Em Alcáçovas decorrem às quartas e sextas-feiras, entre as 18h30 e as 19h30. Já em Viana do Alentejo, a hidroginástica realiza-se às ter-ças e quintas-feiras, no mesmo horário.

70 Crianças participam na adaptação ao meio aquático

ção ao meio aquático. Durante as aulas o professor procura recorrer a actividades lúdicas como forma de motivação para a realização das tarefas, levando a uma partici-pação a nível motor, cognitivo e sócio afectivo, respeitando o nível de desenvolvimento e o ritmo de aprendizagem de cada um.Em termos gerais as aulas de adaptação ao meio aquático têm como objectivo a promoção da autonomia das crianças no meio aquático.As aulas decorreram nas pisci-nas, em Viana, às terças, quartas e quintas-feiras, entre as 10h00 e as 12h00. Após a inauguração das piscinas, em Alcáçovas, os mais pequenos da vila que se deslo-cavam à quinta-feira para Viana, passaram a ter adaptação ao meio aquático, no novo complexo.

Terminaram a 9 de Setembro, as aulas de adaptação ao meio aquático destinadas a crianças dos 6 aos 12 anos, promovidas pela Câmara Municipal de Viana do Alentejo.Este ano participaram na inicia-tiva 70 crianças, 35 oriundas de Alcáçovas e as restantes de Viana e Aguiar. As aulas são desenvolvi-das com o intuito de aumentar o potencial e as capacidades das crianças a nível psicomotor, bem como melhorar a aquisição das competências do nado e adapta-

Page 15: VIANA DO ALENTEJO 2010

13

Hilário Porfírio uma vidadedicada ao futebol

centa que “nunca fizeram uma equipa em que o Hilário não en-trasse”.Daí, até jogar no Lusitano de Évora foi um passo. Aos 18 anos “estava a charruar a terra com o meu irmão, numa propriedade a uns quilómetros da vila, e à hora do almoço apareceu lá um senhor a perguntar se eu queria jogar no Lusitano”, diz. E, foi assim que foi jogar para Évora. Foi, também, nessa altura que começou a “fa-zer mais alguma coisa, não que-ria apenas jogar à bola”, e foi tra-balhar para um talho.No final da época, devido ao bom desempenho, foi novamente con-vidado a mudar de clube, desta feita, para a CUF do Barreiro, na altura na 2ª divisão nacional. “Aos domingos quando podia ainda ía lá para um talho, já com a ideia de abrir um nas Alcáçovas”, afir-ma. Entretanto, o pai adquire um talho na terra e Hilário Porfírio, apesar de querer continuar a jo-gar no Barreiro, volta para Alcáço-vas. Desses tempos na CUF guarda na memória um episódio. Certa vez chegou a dizer “que estava doente e vinha para cá (Alcáço-vas) jogar futebol”.Hilário Porfírio jogava, habitual-mente, a avançado centro e não tem conta o número de golos que marcou e os troféus que conquis-tou. Em casa guarda algumas ta-ças, outras estão na sede do Sport Club Alcaçovense, assim como umas botas suas, antigas, “botas de travessas”.Ainda passou pelo Juventude de Évora, mas era no Alcaçovense que gostava de jogar, apesar de recordar com sofrimento a falta de um campo para jogar durante anos. O campo que existia era ”do Sr. Branco Núncio e ele só dei-xava jogar de vez em quando. Quando jogávamos tínhamos que pedir o campo com antecedência para aquele dia”. Isto na fase em que representou outros clubes.Mas, era na sua terra que se sen-tia bem e onde jogou até aos 35, 36 anos. “Era um bocadinho supe-rior à malta que cá havia”, diz a medo. “Ainda hoje se passar por Arraiolos e estiver à conversa com este ou aquele a respeito de futebol, perguntam logo pelo Hi-

lário”, sublinha com orgulho.Os sócios do SCA recordam Hi-lário Porfírio como “um avan-çado de finta curta e um grande rematador”. Apesar de humilde, Hilário Porfírio, reconhece que jo-gava bem, mas havia outros que o seguiam de perto. Era o caso de Manuel Coelho. Nesse tempo, Alcáçovas tinha bons jogadores. Dois deles jogavam na Académica de Coimbra.Quanto às diferenças entre o fute-bol praticado nos nossos dias e noutros tempos considera que são algumas. Hoje, “as coisas estão mais apuradas”. Noutros tempos, não havia preparação su-ficiente para jogar. Hoje os clubes apostam na formação das cama-das jovens e “os pais vêm ver os miúdos jogar para ver se sai um Ronaldo”. Antigamente jogavam às escondidas dos pais.Também o dinheiro envolvido no mundo do futebol faz toda a diferença. Se hoje tudo gira à volta dos milhões, noutros tem-pos isso era impensável. “Nunca joguei com o interesse de ga-nhar dinheiro”, diz. E conta que quando representava o Juventude de Évora ganhava 250 escudos por mês, mas apenas recebeu o primeiro mês de ordenado porque não havia dinheiro para pagar. Hi-lário Porfírio garante ainda que a partir de certa altura começou a dar dinheiro em Alcáçovas para se jogar à bola. A vida proporcionada pelo negócio do talho, permitia-lhe ajudar o clube do coração. Depois de terminar a carreira como futebolista, Hilário Por-fírio continuou ligado ao Sport Club Alcaçovense até aos 65 anos (primeiro como treinador e, de-pois, como presidente) altura em que se aborreceu com o facto de os jogadores quererem “orde-nados incomportáveis”. Na sua opinião, o futebol nas pequenas terras é para quem goste de jogar, desenvolver a sua técnica e par-tir à procurar de clubes que pos-sam pagar. “Prometer às pessoas e não pagar não é do meu feitio e deixei de ser director”, lembra. Hoje, “mestre” Hilário recorda com saudade esses tempos e a vida dedicada ao futebol. Uma vida onde “havia vagar para tudo”.

Despertou para o futebol no Sport Club Alcaçovense aos 16 anos. Ao longo da sua carreira passou ainda pelo Lusitano de Évora, CUF do Barreiro e Juven-tude de Évora. Hoje aos 82 anos, recorda uma vida dedicada ao futebol onde, como diz, “havia vagar para tudo”.

Unanimemente considerado o melhor jogador da história do Sport Club Alcaçovense (SCA), “passeou” a sua arte também pelo Lusitano de Évora, CUF do Bar-reiro e Juventude de Évora.Aos 82 anos, Hilário Porfírio, na-tural de Alcáçovas, recorda com emoção os anos em que jogava à bola. Começou aos 16 anos “a jo-gar na rua com outros rapazes” até ao dia em que o chamaram para a equipa do Sport Club Alca-çovense. Era um garoto no meio de homens. “Comecei nessa al-tura a jogar à bola e nunca mais deixei de jogar”, lembra, e acres-

Page 16: VIANA DO ALENTEJO 2010

Cultura

Ficará 2010 como o ano de relan-çamento da Feira anual de Al-cáçovas? Os 3 dias de Feira do Chocalho (23 a 25 de Julho) deram, segundo o Presidente Bernardino Bengalinha Pinto, “algumas boas indicações nesse sentido”. Partin-do de uma óptica de adaptação do espaço à realidade do próprio evento, a iniciativa proporcionou uma actividade permanente a par-tir do fim da tarde e pela madru-

Feira doChocalho 2010

gada fora. O autarca congratula-se pelo facto do recinto ter recebido “muitas pessoas das três fregue-sias do concelho”, registando também com muito agrado a presença de “alguns visitantes de outras zonas do país.” Para além das diferentes ex-posições, um programa diversifi-cado proporcionou aos visitantes actividade permanente e o contac-to com diferentes géneros music-ais. Pelo palco da feira passaram nomes como os de Diana Piedade (sexta-feira), Ortigões (sábado) e ainda Paulo de Carvalho, no domingo. A Banda da Sociedade

União Alcaçovense actou no palco das tradições, assim como os gru-pos da terra – Grupo Coral Traba-lhadores de Alcáçovas, Grupo de Música Popular Flores do Campo, Grupo Coral Feminino Paz e Uni-dade e Grupo Coral Feminino Can-tares de Alcáçovas. Em termos de animação musical, pelas ruas da vila e pelo recinto do certame pas-saram ainda os “Tocá Rufar” e os “Cotta Club Jazz Band”.Destaque-se também a boa adesão aos espectáculos tauromáquicos e, particularmente, à zona des-portiva, onde, especialmente os jovens, tiveram a possibilidade

Page 17: VIANA DO ALENTEJO 2010

15

de praticar algumas modalidades menos frequentes, em ambiente de convívio e descontracção.A Feira do Chocalho deste ano suscitou o interesse dos media. A RTP realizou mesmo, no Museu do Chocalho e na empresa Cho-calhos Pardalinho, uma reporta-gem para o programa “Portugal em Directo”, onde deu a conhecer a tradição e a arte do fabrico do chocalho, assim como o programa do certame. Embora considere que se deve fazer um balanço positivo da ini-ciativa, o Presidente da Câmara Municipal de Viana do Alentejo considera “fundamental analisar e dicutir o futuro desta Feira”, considerando por um lado “as dificuldades de real afirmação do certame, que sempre se verifica-ram”, mas por outro, “as grandes potencialidades associadas ao produto chocalho”.

Page 18: VIANA DO ALENTEJO 2010

Setembro é mês de festa em Viana do Alentejo

Alentejo. Criada em 2000, no Re-dondo, a Orquestra é composta por 20 elementos. Por volta das 21h00, a Banda da Sociedade União Alcaçovense apresenta-se no Cine-teatro Vianense para mais um concerto.Como vem sendo hábito, a Casa do Benfica em Viana do Alentejo organiza um passeio de ciclotu-rismo por ocasião desta iniciativa. Será no dia 19, a partir das 9h00, com partida marcada para o pavi-lhão gimnodesportivo.Ainda no domingo, a Associação equestre de Viana do Alentejo, junta-se à Festa ao promover um Encontro de Escolas de Ballet, no Cine-teatro, às 16h00. O Cine-teatro volta a acolher na segunda-feira, 20, à noite um espectáculo, desta feita, a peça de teatro “Se o Mundo Fosse Bom o Dono Morava Nele” do CENDREV e, no dia 21, um

Viana do Alentejo volta a estar em festa em Setembro. Entre os dias 17 e 24 vai acolher o certame “Viana em Festa”, organizado pelo Município de Viana do Alentejo.Muita música, teatro, dança e des-porto são os ingredientes desta iniciativa que, para além do Cine-teatro terá como palco outros locais da vila. O objectivo é o de proporcionar uma oferta cultural diversificada e, ao mesmo tempo, dinamizar alguns espaços ao ar livre, como é o caso da Praça da República e do Castelo.Logo no dia 17, sexta-feira, o Cen-tro de Saúde local organiza uma caminhada nocturna que começa por volta das 21h00.No sábado, a partir das 17 horas, o Castelo de Viana vai ser palco de um espectáculo da Orquestra Planície, da responsabilidade da Direcção Regional de Cultura do

espectáculo de Fado e Flamenco.Dia 22, quarta-feira, o Grupo Coral e Instrumental “Trigo Limpo” de Beja, actua na Praça da República. Formado em 1981, o grupo conti-nua a apresentar em palco as suas raízes alentejanas.Quinta-feira é a vez do Grupo de Cantares Populares Seara Nova actuar no Castelo, num espectá-culo com início marcado para as 21h00. A encerrar o “Viana em Festa”, dia 24, tem lugar no Castelo uma Noite de Tunas, a partir das 21h00. Em palco vão estar a Tuna Académica Semper Tesus da E. S. Agrária do IPBeja, Tuna Académi-ca de Enfermagem da E. S. Saúde do IPBeja, Tuna Académica da Universidade de Évora e a Tuna da Escola Superior de Enfermagem S. João de Deus de Évora. Todos as iniciativas têm entrada livre.

1721h00Caminhada NocturnaOrg.: Centro de Saúde de Viana do Alentejo

1817h00Orquestra PlaníceCasteloOrg.: Direcção Regional de Cultura do Alentejo

199h00Passeio de CicloturismoPavilhão GimnodesportivoOrg.: Casa do Benfica em Viana do Alentejo

16h00Encontro de Escolas de BalletCine-teatro VianenseOrg.: Classe de Dança da Associação Equestre de Viana do Alentejo

2021h00Peça de Teatro”Se o mundo fosse bom o dono morava nele”Cine-Teatro VianenseOrg.: Câmara Municipal de Viana do Alentejo

2121h00Espectáculo de Fado e FlamencoCine-teatro VianenseOrg.: Câmara Municipal de Viana do Alentejo

2221h00Grupo Coral e Instrumental “Trigo Limpo”Praça da RepúblicaOrg.: Câmara Municipal de Viana do Alentejo

2321h00Grupo de Cantares Populares Seara NovaCastelo Org.: Câmara Municipal de Viana do Alentejo

2421h00Noite de TunasCasteloTuna Académica Semper Tesus da E. S. Agrária do IPBejaTuna Académica de Enfermagem da E. S. Saúde do IPBejaTuna Académica da Universidade de ÉvoraTuna da E. S. de Enfermagem S. João de Deus de ÉvoraOrg.: Câmara Municipal de Viana do Alentejo

PROGRAMAÇÃO

Page 19: VIANA DO ALENTEJO 2010

17

2519h00Cante da Terra (tenda dagastronomia)Grupo Coral e Etnográfico de Viana do AlentejoGrupo Coral Feminino de Viana do Alentejo

22h00Concerto “Adiafa” (tenda dos espec-táculos)

2615h00Cante Vizinho(tenda da gastronomia)Grupo Coral “Os Ceifeiros de Cuba”Cante da TerraGrupo Coral Velha Guarda de Viana do Alentejo

16h00Corrida de TourosOrg.: Associação Equestrede Viana do Alentejo

21h00Festival de Folclore (tenda da gastro-nomia)Rancho Folclórico da Casa do Povo da Ereira (Cartaxo)Rancho Folclórico do Bairro da Frater-nidade (S. João da Talha)Rancho Folclórico “Flor do Alentejo”

2722h00Concerto “Oquestrada” (tenda dos espectáculos)

PROGRAMAÇÃO

sas áreas, na tenda das actividades económicas. Patente ao público vai estar também uma exposição das actividades efectuadas pelo executivo ao longo dos últimos meses. Na tenda reservada à gas-tronomia, durante o certame o visitante pode apreciar alguns petiscos e provar alguns produ-tos regionais, como o queijo, os enchidos e a doçaria que tem no concelho grande tradição. Aqui, enquanto convive com a família e os amigos à volta da mesa, pode ouvir o cante da terra e o cante vizinho e, assistir dia 26, a um fes-tival de folclore, às 18h00, com a participação do Rancho Folclórico da Casa do Povo de Ereira (Car-taxo), Rancho Folclórico do Bairro da Fraternidade (S. João da Talha) e Rancho Folclórico “Flor do Alen-tejo” (Évora).No terceiro e último pavilhão vão decorrer os espectáculos musicais. Os “Adiafa” actuam dia 25, sábado, a partir das 22 horas. O Grupo foi

Feira D’Airesabre portas dia 25

É já entre os dias 25 e 27 que Viana do Alentejo é palco de mais uma edição da centenária Feira D’Aires, um certame que pretende ser um espaço privilegiado para a mostra de actividades económicas do tecido empresarial da região.O certame celebra nesta edição 259 anos e é da responsabilidade da Autarquia local. A feira, que alia o profano e o sagrado, apre-senta para além da tradicional feira franca, uma mostra de activi-dades económicas e um programa cultural e religioso. Todos os anos milhares de pes-soas passam por aquele espaço ao longo de três dias. Mais uma vez é esperada a participação de perto de 60 expositores das mais diver-

criado em 1998 com o objectivo de divulgar o cante campaniço do Baixo Alentejo e recuperar a viola campaniça. Ao longo da sua car-reira os Adiafa já editaram 3 tra-balhos e ficaram conhecidos ao interpretarem o tema “As Meni-nas da Ribeira do Sado”, em 2002. Dia 27, segunda-feira, o espectá-culo de encerramento vai estar a cargo dos “Oquestrada”, um grupo que celebra o fado e o mundo à portuguesa. “Tasca Beat: O Sonho Português” é o álbum de estreia da banda criada em 2002.Como vem sendo hábito, no do-mingo, a Associação Equestre de Viana do Alentejo promove uma corrida de touros, a partir das 16 horas. Em praça vão estar os cava-leiros Luís Rouxinol, Ana Baptista e Lívio da Silva e os forcados de Évora e Beja.

Fica feito o convite para que visite a Feira D’Aires e Viana do Alentejo de 25 a 27 deste mês.

Page 20: VIANA DO ALENTEJO 2010

Nossa Senhora D’Aires: um santuário de fé

A data de fundação da primitiva ermida que deu origem ao actual santuário perdeu-se na caligrafia da história. Duas teses, dois argu-mentos: uma primeira atribui a sua fundação à ordem do Templo, sustentando a sua teoria na pre-sença da Cruz de Cristo na capela-mor, uma segunda, de acordo com uma inscrição em latim, atribui a sua fundação ao lavrador Martim Vaqueira, que por piedoso voto, terá ordenado a sua construção na sua herdade de Paredes: se-gundo a lenda, Martim Vaqueira, enquanto lavrava as suas terras, terá encontrado uma caixa com a imagem de uma santa, santa essa que lhe aparecia em sonhos. Em sinal de devoção e fé, terá manda-do construir o primitivo templete.Esta Herdade de Paredes dá o

cenário a outro debate histo-riográfico: a designação de Nossa Senhora D’Aires. Alguns estudiosos põem a hipótese de que a deno-minação atribuída à santa que se encontra albergada no santuário (Nossa Senhora da Piedade, se-gundo a iconografia cristã) terá emanado da existência hipotética da cidade romana de Ares, que a existir, teria existido no espaço desta mesma herdade. Por ou-tras palavras, o nome de Senhora D’Aires terá evoluído ao longo dos tempos, desde Senhora de Ares até à sua forma pela qual é actual-mente conhecida. Este povoado de Ares, possivel-mente datada dos primeiros séculos da Era Cristã, ficaria nas imediações da célebre Estrada dos Diabos, que em tempos remoto serviria de ligação entre as ci-dades de Liberalitas Iulia (Évora) e Pax Iulia (Beja). Cidade ou não, as escavações para os alicerces do actual templo e os por vezes ocasionais levantamentos de terra têm trazido à luz das investiga-ções inúmeros vestígios materiais da civilização cesárea, vestígios do

período visigótico em cerâmica e em metal, esculturas e moedas dos imperadores Marco Aurélio, Trajano, Constantino e Dioclecia-no (séc. II/IV).O primitivo edifício, de reduzidas dimensões, seria envolvido por ladrilho e afrontado com um al-pendre, cercado por cinco hospe-darias de romeiros, pertencendo uma delas à confraria de Évora. No seu interior encontramos uma decoração com pintura a nível das coberturas e com azulejos policromos. Toda esta riquíssima movimentação artística era ainda complementada por três altares de dimensões diferentes: o maior, onde se venerava a imagem da santa padroeira, e os dois restan-tes, colaterais, de dimensões simi-lares entre si, onde a decoração primava quase exclusivamente pela talha.Ponto de encontro da fé das várias populações alentejanas, numero-sos grupos de peregrinos afluíam na sua fé ao santuário, proveni-ente de terras como Alvito, Alcá-cer do Sal, Vidigueira, Cuba, Beja, Torrão, Montemor-o-Novo, Évora,

Page 21: VIANA DO ALENTEJO 2010

19

e Vila de Frades, nos períodos festivos de Setembro e Outubro. Rapidamente à vertente religiosa se uniu a vertente económica ao evento, com as primeiras barra-cas(1) e com a venda de gado, a principal actividade económica da feira de então. A cada vez maior afluência de crentes, peregrinos e romeiros, bem como de comer-ciantes levou não só à assinatura do alvará de 27 de Setembro de 1754, assinado pelo ministro Mar-quês de Pombal, com a Chancela-ria de D. José I, que instituiu a Feira franca de Nossa Senhora D’Aires, mas também à substitui-ção do templete quinhentista pelo actual santuário, ainda no reinado de D. João V, num período de in-cremento religioso.A abertura dos alicerces iniciou-se em Julho de 1743. O projecto do novo espaço ficou a cargo do Padre João Baptista, oratoriano de S. Filipe de Neri de Estremoz,

e teve a seu lado o mestre-de-obras Manuel Gomes, oriundo da mesma cidade alentejana. Com material proveniente de Estremoz (a nível de pedras lavadas para os portais e socos da capela mor), de Beja (madeiras para o cabrestante, aparelhos e andaimes), bem como mármores provenientes das pe-dreiras das Lages, Barrocal e dos Anéis, o santuário foi começando a ganhar a sua silhueta barroca.A 15 de Março de 1760 teve lugar a bênção e a inauguração solene da Igreja, realizada pelo Padre Lou-renço Borralho, então capelão do Convento de Jesus de Viana. Com as obras finalmente concluídas, teve lugar uma segunda sagração a 13 de Maio de 1804, e que teve como um dos pontos altos a pre-sença de D. Frei Manuel do Cená-culo Vilas Boas.A Casa dos Milagres constitui em si mesmo um museu de arte popular do mais sui generis que se

pode encontrar em Portugal, com um vasto potencial de estudo. Fotografias antigas e outros objec-tos de culto são testemunhos ma-teriais de épocas e mentalidades, bem como de uma fé professante transversal a qualquer estratifica-ção social.

Luís Miguel Banha

(1) As primeiras barracas no recinto do santuário remetem-nos para as festas realizadas pelos comerciantes de Évora em honra de Nª. Srª. de Aires, em cum-primento de uma promessa que haviam de organizar esses festejos se desapa-recesse uma terrível peste que ater-rorizava aquela cidade no ano de 1748. A epidemia acabou e eles cumpriram a promessa. Nos anos seguintes repeti-ram-se as manifestações de fé e de agra-decimento e começaram a aparecer, no local das festas, junto ao Santuário, bar-racas e mercadores.

Postal (página anterior) da colecção pessoal de Iria Cardoso

Page 22: VIANA DO ALENTEJO 2010

“Em 17 de Julho ultimo foi pre-sente a esta Camara uma repre-sentação assignada pela maio-ria dos habitantes de Vianna, pedindo a canalização das aguas da Fonte Figueira para a villa e a construcção d’hum chafariz, bebedouro e lavadouro públi-cos, para o que uma commissão nomeada pelos mesmos abriu subscripção publica, afim de ha-bilitar a Câmara com os fundos necessários à realização da dita obra. A Camara reconheceu a necessidade imperioza de re-alizar ainda no presente anno, a referida obra, attenta a manifesta falta d’água que se está sentindo, e as graves consequencias que d’ahi podem advir para a saúde publica.”

A União faz a For-ça

Com estas palavras, lavradas na acta da sessão de Câmara de 10 de Setembro de 1898, dava-se continu-idade, em Viana do Alentejo, a um vasto programa de melhoramento das infra-estruturas de abaste-cimento de água da vila. A mu-nicipalidade tinha sido recuperada, lembremo-lo, no início desse mes-mo ano (13 de Janeiro), depois de um período de cerca de três anos durante o qual o nosso concelho tinha sido integrado no de Évora. À novel Autarquia presidia, então, o médico veterinário António Isidoro de Sousa, secundado pelos vereadores João Alberto Guerreiro, Padre Isidoro Dias Navarro, José Leonardo da Silva Carvalho, José de Sousa Faria e Melo Cabral e Au-gusto dos Santos Carvalho.

Património

A união faz a força

Fonte e chafariz do Rossio da Fonte Coberta, por volta de 1925. O coroamento simulando “merlões” ou “ameias”, foi destruído, por ordem da Câmara, durante a década de sessenta do século passado, “por dar muito trabalho a caiar”… (Fotografia de Viriato Campos, da colecção do autor).

Page 23: VIANA DO ALENTEJO 2010

21

Numa vila que se percebe em franco crescimento – datam des-ta altura as urbanizações da Ser-rinha, da Praça da Palha e do “lar-go atraz da Fonte Velha do Rocio” – o abastecimento regular de água de boa qualidade às populações assumia-se como prioritário. No entanto estas não esperaram que fosse apenas a Câmara a resolver o problema, anteciparam-se e or-ganizaram-se, conseguindo reco-lher fundos que custearam grande parte das obras. Ainda no ano de 1896 o povo de Viana tinha alcan-çado, pela mesma via, o restauro da Fonte das Freiras e respectiva conduta, no então denominado “Rocio do Mosteiro”. O orgulho na obra feita foi transmitido às gera-ções futuras pelas inscrições que nela mandaram fazer: “A união faz a força” e “Querer é poder”.Vivendo numa economia predo-minantemente rural, onde se evi-denciava o pastoreio e a pecuária, era também necessário assegurar o abastecimento de água aos ga-dos e animais de trabalho. Exis-tiu em Viana uma “Comissão de Pastos”, a cuja administração por vezes presidiu António Isidoro de Sousa, que chamou a si, em arti-culação com a Câmara Municipal, a tarefa da construção e manuten-

ção dos chafarizes e bebedouros. Dispunha essa Comissão das ver-bas provenientes da arremata-ção do direito de pastagem nos coutos do Concelho. Os leilões realizavam-se frequentemente na Farmácia da Misericórdia: “Aos vinte e dois dias do mez de Novem-bro de mil oitocentos e noventa e seis na botica da mizericórdia desta villa de Vianna do Alemtejo, estando presente em maioria a Commissão dos Pastos dos coitos [sic] d’esta Villa se arrematarão ao Ex.mo Snr. José de Sousa Faria e Mello Cabral, em hasta publica, e pelo preço de cem mil reis, os pastos dos coitos de cima”.Foi esta “Comissão de Pastos” que mandou construir a fonte e o chafariz do antigo Rocio da Fonte Coberta, hoje Largo 25 de Abril, atestando-o para a posterioridade com uma pequena placa em pedra que lá mandou colocar. As obras decorreram em 1904, com alguns percalços, como nos dá conta um dos livros de receitas e despesas da dita Comissão: “Ordem nº 25: Idem [pelo que se hade pagar] ao thesoureiro da Mizericordia, para concerto do telhado do hospital, damnificado pelos tiros dados na canalização das aguas da fonte dos Escudeiros – 10$000”.

Esta Comissão teve ainda partici-pação na obra, também de 1904, de construção da fonte e chafariz da Praça da Palha. Quando o di-nheiro dos pastos sobejava, apli-cavam-no em pequenas obras de manutenção urbana: “Ordem nº 41: Idem com a reparação da calçada junto à Fonte e Rua dos Carreteiros – 13$620”. A Rua dos Carreteiros é hoje uma parte da Rua Padre Luís António da Cruz, precisamente aquela que vai da actual Rua Cân-dido dos Reis à Fonte da Cruz.Também da responsabilidade da “Comissão dos Pastos” eram al-guns dos poços e bebedouros situados em fazendas vizinhas da vila, como os da Fonte Seca e de Vila Lobos. De serventia pública, a sua manutenção era feita a suas expensas. Da Fonte Seca apenas resta o poço. O tanque e o lava-douro de Vila Lobos ainda se po-dem ver da estrada, sendo que par-te da sua conduta já foi destruída. Abusivamente, em nossa opinião, mandaram os actuais proprietári-os das terras circundantes vedar-lhes o acesso, tomando para si algo que, durante décadas, quiçá séculos, a todos pertenceu.

Texto de Francisco Baião

Lavadouro e tanque de Vila Lobos, numa fotografia de 2005.

Page 24: VIANA DO ALENTEJO 2010

Até à data, os registos mais an-tigos que nos surgiram, a fazer referência à antiga ermida, são de 1455, em que o Papa Calixto III, concedia cem dias de perdão aos fiéis que ofertassem esmolas para a reparação do edifício, desde que confessados e comungados. Com esta pequena alusão, podemos facilmente depreender a antigui-dade do edifício que aqui se en-contrava, uma vez que ainda no século XV, já que precisava de ob-ras de restauro.No ano de 1541, através de uma petição das entidades da vila das Alcáçovas a D. João III, pretendia-se que este monarca doasse a ermida à Ordem Dominicana, em vez de a entregar à Ordem Franciscana, dado que esta ordem andaria tam-bém interessada em apropriar-se deste local. Pouco tempo depois e através de um Alvará de Doação do dia 20 de Setembro de 1541, D. João III acabará por entregar a an-tiga ermida aos Dominicanos.Com a chegada dos dominicanos, nestes tempos, ainda com Orago

Convento deNossa Senhorada Esperança

de Nossa Senhora da Graça, várias foram as doações feitas aos reli-giosos, que segundo alguns re-gistos, nunca teriam ultrapassado uma comunidade superior a 12 indivíduos. Exemplo disso mesmo foram as doações em 1542, de Dom Fernando Henriques, 3o Senhor da Vila das Alcáçovas, que a 13 de Ja-neiro deste ano ofertava aos reli-giosos todo o vinho que a vinha de vale de Alcácer dava, mas só enquanto este senhor fosse vivo, depois disso toda a produção dessa vinha iria para os seus her-deiros. Dava também toda a parte do vinho que lhe dizia respeito da vinha da comenda de São Salva-dor.O Orago de Nossa Senhora da Es-perança terá tido início quando em 1556, o Padre Frei José Bezerra, um dos nove castelhanos, que foram convidados por Dom João III para restaurar a província do-minicana de Portugal, passou pelo convento da vila das Alcáçovas trazendo só meio corpo de uma imagem, conforme descreviam

na época os dominicanos mais antigos deste convento e aqui terá sido restaurada, tendo ficado posteriormente uma imagem de seis palmos de altura, sendo co-locada no altar-mor. A imagem era descrita como se estivesse sempre alegre e rindo para todos aqueles que para a imagem olhas-sem. Estes aspectos e particulari-dades que a imagem apresentava, despertaram a atenção e a curio-sidade de todos aqueles que por este local passavam. O facto de a imagem, anos após anos, estar sempre de cores vivas, terá des-pertado por vezes desconfianças entre os fiéis que até acusavam os religiosos de pintarem a imagem.O que é facto, é que a devoção a Nossa Senhora da Esperança evoluiu cada vez mais, tendo os religiosos referido muitas vezes que ninguém visitava a Senhora da Esperança sem lá voltar uma segunda vez.Entre os anos de 1660 e 1721, dá-se muito provavelmente a grande reestruturação do convento. Entre

Page 25: VIANA DO ALENTEJO 2010

23muitos exemplos, podemos desta-car o derrube da capela-mor an-tiga e afundamentos em 1661, para a construção do novo altar mais subido que a nave central, tendo esta obra ficado em 400$000 réis. Mais tarde, em 1664 o Padre Frei Manuel Correia mandou iniciar a construção da torre sineira, que teria como função fazer de pilar ao novo altar-mor. Em 1684, o Padre Frei Francisco de Santo An-tónio, mandou azulejar todo o al-tar-mor e forrar o chão da igreja, sacristia e altar-mor com adobes.Todas estas obras foram feitas em grande maioria com esmolas dos fiéis, que a este local vinham cada vez em maior número, não sendo só das Alcáçovas, mas de todas a localidades vizinhas. Páscoa, Do-mingos de Ramos, Pentecostes e Natal, eram os dias mais concor-ridos. Por exemplo, os romeiros do Torrão vinham visitar a Senhora da Esperança, no dia da Anuncia-ção do Senhor (25 de Março). Nos meados do século XVII, o dia mais concorrido era o dia de São Bar-tolomeu (24 de Agosto) em que era feita uma feira no adro do convento.

A Ordem Dominicana terá tido a sua extinção no convento de Nos-sa Senhora da Esperança, ainda no século XVIII, cerca do ano de 1776, muito antes da extinção das Or-dens Religiosas em Portugal. Este facto proporcionou que alguns devotos de Nossa Senhora da Es-perança, acabariam por formar uma comissão para administra-rem todos os bens pertencentes à Senhora da Esperança, desde as esmolas, alfaias e animais. No en-tanto esta dedicação acabaria por se diluir no tempo.Não podemos compreender a evolução do Convento de Nossa Senhora da Esperança sem perce-ber a importância contínua que o culto romeiro teve no desenvolvi-mento do espaço, quer na ver-tente cultural, quer na vertente social. Facilmente se percebe que foram os romeiros e devotos de Nossa Senhora da Esperança a ga-rantirem, pelo menos do século XV até ao século XIX com as es-molas, manutenções e preserva-ções necessárias, que o edifício chegasse aos nossos dias com as peculiaridades que só quem visita

pode compreender. Foi um local que continuadamente foi vivido, quer pelo povo da vila das Alcáço-vas, quer pelos povos das locali-dades vizinhas, que num período compreendido entre os inícios de Abril e fins de Outubro, teriam os seus dias próprios para visitarem o Convento de Nossa Senhora da Esperança em Alcáçovas.Lamentavelmente e como é do conhecimento de quase todos, o Convento de Nos-sa Senhora da Esperança foi vandalizado este ano. Mais que o valor financeiro que as peças possam ter, é certamente o va-lor afectivo e sentimental que as peças teriam para todos os fiéis. Aproveito para deixar um alerta. Esta é uma situação que deve pre-ocupar todos nós, ninguém deve ficar indiferente, porque é a nossa identidade e a nossa memória que se está a perder. Alcáçovas ficou mais pobre.

Texto: Nuno Grave

Page 26: VIANA DO ALENTEJO 2010

Turismo

As obras do Castelo de Viana do Alentejo encontram-se em fase de conclusão. Estão a ser ultimadas as intervenções de conservação e requalificação das áreas de in-terpretação e acolhimento ao pú-blico. De acordo com a Direcção Region-al de Cultura do Alentejo, a aber-tura ao público está marcada para o início de Outubro.Recorde-se que o Castelo alberga no seu perímetro a Igreja Matriz e estão ambos classificados como Monumento Nacional desde 1910.

Castelo deViana doAlentejoreabre aopúblico em Outubro

Page 27: VIANA DO ALENTEJO 2010

25

O concelho de Viana do Alentejo implementará até ao final do ano 5 percursos pedestres: 2 na fregue-sia de Viana, 2 na freguesia de Al-cáçovas e 1 na Fregueisa de Aguiar.A iniciativa partiu do Centro de Estudos da Avifauna Ibérica (CEAI), sediado em Évora, e a Câ-mara acolheu com muito agrado a proposta de trabalho que apoiou financeiramente e tecnicamente.Na freguesia de Aguiar, o percurso “Trilhos de Agar” é um percurso cir-cular com uma extensão de 9.3km. O percurso decorre totalmente por caminhos rurais pelas extensas pene planícies alentejanas, sendo os principais elementos de inte-resse a avifauna e flora associadas ao montado esparso e aos grandes espaços abertos mediterrânicos, passando por pontos de interesse patrimonial: Anta de Aguiar; Igreja Matriz de Aguiar; Fonte do Paço; Termas da Ganhoteira.Em Alcáçovas, os percursos “Per-curso da Ribeira de Alcáçovas” e “Caminhos da Fonte Santa” são igualmente percursos circulares de Pequena Rota, o primeiro com uma extensão de 6.5km e o se-gundo de 11.1km. Ambos decorrem maioritariamente em caminhos rurais, integrados no Sítio de Ca-brela da Rede Natura 2000, sendo os principais elementos de inter-esse a fauna e flora associadas à Ribeira das Alcáçovas e às suas margens declivosas e os usos e costumes das gentes locais.Na freguesia de Viana, os percur-sos “Trilho Água e Património” e “Milha 17” são percursos circula-res de Pequena Rota, o primeiro com uma extensão de 7.1km e o segundo de 17.2km. O primeiro decorre parcialmente em área urbana, onde se dá a conhecer os principais motivos de interesse patrimonial da sede do município,

Percursos Pedestres no concelho

com uma abordagem mais próxi-ma ao circuito da água em Viana e às gentes e costumes locais, e comporta uma outra parte em caminhos rurais da serra e áreas das antigas pedreiras. O segundo percurso decorre em caminhos rurais, com início junto ao San-tuário de Nossa Senhora d’Aires, um ponto de excepcional inter-esse patrimonial no concelho de Viana do Alentejo, percorrendo extensas áreas de montado e pas-sando por duas das albufeiras do concelho.O projecto dos percursos já se en-contra numa fase final, na elabo-ração dos documentos de divulga-

ção e na definição da impressão da sinalética a colocar ao longo dos percursos. Prevê-se a fina-lização da sua implementação no mês de Setembro do presente ano.A aposta nesta vertente turística é vantajosa não só pelos baixos custos associados, mas também pela fácil implementação e pela facilidade de acesso a todos os turistas, associada à prática des-portiva. Esta iniciativa constitui um começo naquilo que o mu-nicípio pretende que seja uma aposta forte na divulgação turísti-ca do nosso concelho, na valori-zação turística do seu património natural e histórico.

Page 28: VIANA DO ALENTEJO 2010

A Câmara Municipal de Viana do Alentejo elaborou este Verão a sua primeira candidatura ao Pro-grama de Ocupação de Tempos Livres do Instituto Português da Juventude (IPJ). Esta candidatura foi apresentada em parceria com a Associação Terra Mãe e a Asso-ciação dos Amigos Aguiarenses, que desenvolveram igualmente actividades com crianças nas re-spectivas Freguesias. Em Viana do Alentejo as activi-dades decorreram nas Piscinas Municipais, entre 19 de Julho e 13 de Agosto, com a participação de 10 crianças, com idades compreen-didas entre os 6 e os 12 anos. As

Programa de Ocupação de Tempos Livres

No âmbito das Comemorações do Dia Mundial da Juventude a Câ-mara Municipal de Viana do Alen-tejo promoveu, no dia 12 de Agos-to, uma iniciativa com algumas diversões aquáticas nas Piscinas do Concelho. Estas decorreram no período da manhã, em Viana do Alentejo, e no período da tarde, em Alcáçovas. As diversões, destinadas a crianças e jovens até aos 30 anos, incluíram

Câmara assinala Dia da Juventude

Juventude

actividades na piscina foram com-plementadas com idas à Praia da Comporta, em conjunto com as crianças inseridas nos Programas de Ocupação das Associações par-ceiras.Estas actividades foram acom-panhadas pelas estagiárias da Câ-mara Municipal de Serviço Social, Sociologia e Animação Sociocul-tural, com o auxílio das monito-ras voluntárias pelo IPJ residen-tes em Viana do Alentejo. Dada a manifesta satisfação de todos os envolvidos neste Programa de Ocupação de Tempos Livres, esta é uma iniciativa da qual se prevê continuidade nos próximos anos.

vários jogos de Pólo Aquático e o divertimento das crianças no in-suflável junto à Piscina, que se prolongou durante toda a manhã e tarde em cada infra-estrutura.As actividades desenvolvidas neste dia vieram ainda complementar os Programas de OTL a decorrer, uma vez que possibilitou a es-tas crianças, na recta final desta ocupação, outras actividades em meio aquático.

Page 29: VIANA DO ALENTEJO 2010

27

Óleos Alimentares Usados

Depois de ter sido colocado na fre-guesia de Viana o primeiro oleão no início de Junho, foi a vez das fre-guesias de Alcáçovas e Aguiar se-rem contempladas com este novo equipamento no passado dia 20. Na freguesia de Aguiar foi coloca-do um oleão junto ao ecoponto da Rua 10 de Outubro, enquanto que na freguesia de Alcáçovas o oleão foi colocado na Rua de S.Pedro, junto à rotunda e ao jardim.

Ambiente

A par da Candidatura ao Pro-grama de Ocupação de Tempos Livres efectuada pela Câmara Municipal este Verão, foi igual-mente apresentada uma outra ao Programa de Voluntariado Jovem para as Florestas 2010. Esta última candidatura foi aprovada e o Programa decorreu entre 1 e 15 de Setembro. Partici-param sete jovens voluntários com idades compreendidas entre os 19 e os 24 anos, residentes nas freguesias de Viana do Alentejo e Alcáçovas. Constituíram-se, para o efeito, duas equipas de vigilância, uma com incidência na freguesia de Alcáçovas com três elementos a efectuar vigilância móvel em vários pontos - 5 Moinhos, Famais, Pedragosa, Convento N.ª Sr.ª da Esperança, Vale de Nogueira, Ser-ra do Anel entre outros. Foi, igual-mente, constituída uma equipa de intervenção nas freguesias de Viana do Alentejo e Aguiar com-posta por quatro elementos que exerceram vigilância fixa e móvel em pontos estratégicos como o Pincarinho de S. Vicente, Monte da Angerinha e Monte dos Casões.

Programa de VoluntariadoJovem para as Florestas 2010

Estes oleões servem exclusiva-mente para receber os óleos ali-mentares usados resultantes das habitações dos munícipes. O óleo depois de utilizado deve ser co-locado numa garrafa de plástico velha. Quando esta estiver cheia, o munícipe deverá colocá-la devi-damente fechada dentro do oleão.Não se deve em circunstância al-guma verter o óleo directamente para o oleão nem deixar embala-gens com óleo no chão porque pode haver algum derrame. Colabore! Guarde o OAU numa garrafa de plástico e coloque-a bem fechada no oleão!

Page 30: VIANA DO ALENTEJO 2010

Associação dos Amigos Aguia-renses desempenha função social

O que começou por ser apenas um grupo de amigas que decidiu organizar uma festa com o in-tuito de angariar fundos para o arranjo do telhado da igreja, transformou-se, pouco depois, numa associação, a Associação dos Amigos Aguiarenses. Para além de organizar um con-junto de actividades que dina-mizam a freguesia, Célia Cachola, uma das responsáveis, garante que a Associação desempenha ainda uma função social.

C.M. - Como é que surgiu a ideia de criar a Associação dos Amigos Aguiarenses e porquê?Célia Cachola – A Igreja do Senhor Jesus das Chagas tinha o telhado degradado com algumas ervas que

Associativismo

Associaçãodos AmigosAguiarenses

já estavam a danificar a abóbada. Por isso, decidimos juntar-nos (9 raparigas) para fazer uma festa para angariação de fundos para o arranjo do telhado. Fizemos pela primeira vez essa festa em 2008 e, a partir daí, decidimos que devía-mos continuar com as festas para ajudarmos outras entidades que precisassem. E, foi assim, que sur-giu a Associação.

C.M. – Para além de dinamizar algumas actividades, a associação tem ainda uma função social.C.C. – Sim, esse é um dos objecti-vos da nossa associação, ou seja, com o dinheiro proveniente das actividades, ajudar instituições ou entidades da freguesia

C.M. – Quem são os elementos desta associação? São maioritari-amente jovens?C.C. – Somos nove raparigas com idades compreendidas entre os 22 e 39 anos. Juntámo-nos e decidi-mos fazer aquela primeira festa. Quando surgiu a ideia de constitu-ir a associação estávamos as mes-mas nove e decidimos que iríamos ser só os elementos da associação. Normalmente, pedimos ajuda aos maridos, namorados, pais, outros familiares e amigos. Às vezes, eles ajudam-nos no decorrer das ac-tividades, mas a organizar somos só nós.

C.M. – A Associação dispõe de uma sede própria?C.C. - Temos uma divisão nas ca-sas da Paróquia. Utilizamos as res-tantes, depois da devida autoriza-ção, quando fazemos as festas em honra de Nossa Sra. da Assunção.

C.M. – A Associação dos Amigos Aguiarenses foi constituída no início de 2009. Desde essa altura o que é que têm feito?C.C. - Normalmente começamos as actividades em Fevereiro com o Baile de Carnaval, seguem-se as comemorações do Dia da Mulher e as comemorações do 1o de Maio com uma caminhada. Este ano fizemos também um almoço con-vívio que teve grande adesão por parte dos populares. Organizamos ainda as Festas em Honra de N.a

Sr.a da Assunção, em Agosto.

C.M. – Esta é talvez a que vos dê mais trabalho a organizar?C.C. - Sim, porque é a maior, ocu-pa três dias. Geralmente, juntamo-nos para decidir o programa no início do ano para fazermos logo os contactos com os grupos que vão actuar. Por vezes, as pessoas dão-nos sugestões sobre aquilo que gostariam de ver e, na altura de decidirmos, temos isso em atenção. É um trabalho de conjun-to. Quando a festa está próxima, temos que nos juntar quase todos os dias para organizar as activi-dades e, no decorrer da iniciativa, quase só vamos a casa para tomar banho. Não temos tarefas defini-das para um ou outro elemento, é sempre um trabalho de equipa e conseguimos entender-nos.Podemos afirmar que o balanço da iniciativa foi bastante positivo, não só pela participação da popu-lação que ao longo dos três dias nos foi dando os parabéns, mas também pelos espectáculos rea-lizados.

C.M. – Como é que é feita a pro-gramação das actividades – no início do ano ou quando vão surgindo ideias?C.C. - No início do ano vemos mais ou menos quais são as ac-tividades que queremos fazer. En-tretanto, durante o ano se surgir alguma ideia nova, sentamo-nos e pensamos como e o que é que podemos fazer para conseguir concretizar.

C.M. – A Associação tem recebido alguns apoios?C.C. - Temos o apoio da Câmara, da Junta de Freguesia de Aguiar e vamos pedindo patrocínios nas terras aqui à volta. Em Aguiar as pessoas costumam ajudar-nos bastante.

C.M. – Como é que a freguesia recebeu a vossa Associação? Uma associação jovem e dinâmica.C.C. - Por enquanto, a aceitação é positiva. Estão sempre dispostos a colaborar connosco, participam nas diversas iniciativas e estão constantemente a perguntar se precisamos de ajuda. Por vezes, são as pessoas que nos dizem que devíamos fazer esta ou aquela

Page 31: VIANA DO ALENTEJO 2010

29

Fundação: 21/01/2009Sócios: Aida Sezões, Alda Laranjeiro, Carmen Figueira, Célia Cachola, Daniela Pão-Mole, Marília Laranjeiro, Nazaré Laranjeiro, Rosinda Gaio, Vera Laranjeiro

C.C. – Sim. Isso foi mais uma su-gestão dos pais, porque não sabi-am onde deixar os filhos nos res-tantes dias que não tinham OTL. Era preciso arranjar uma forma de os ter lá durante o período de trabalho dos pais.

C.M. – O que é que esperam para o futuro?C.C - Gostaríamos de ter uma sede própria, porque temos já muitas coisas que adquirimos ou que nos vão dando e o espaço já é peque-no. De resto, era bom que tivéssemos mais actividades e que conseguís-semos contribuir para dinamizar mais a freguesia e ajudar as insti-tuições. Estamos sempre recepti-vas a novas sugestões.Com as Festas em Honra de N.a

Sr.a da Assunção, normalmente no final, depois do balanço, consegui-mos sempre ajudar alguma enti-dade. No primeiro ano em que a associação ainda não estava cons-tituída ajudámos a Paróquia com o apoio para o arranjo do telhado da Igreja, no ano passado, depois de falarmos com a professora da Escola Primária, comprámos uma máquina de lavar loiça. Este ano a ajuda será para o Jardim-de-Infância que, como nos informou a educadora, precisa de uma foto-copiadora.

dos pais das crianças, a Associa-ção decidiu prolongar as activi-dades por toda a semana, o dia inteiro com participação de dois elementos da Associação. Como referi anteriormente, as pessoas dizem-nos o que gostam, o que precisam e por sugestão dos pais ficamos com os jovens mais tempo. Tivemos 23 miúdos com idades compreendidas entre os seis e os doze anos de idade.

C.M. – Quais foram as actividades que desenvolveram no OTL?C.C. – Terças e quintas-feiras du-rante a manhã as crianças foram à piscina de Viana e na sexta-feira foram à praia. Nos restantes dias fizeram jogos de rua e de sala. Pedimos a Cantina da Escola Primária ao Agrupamento de Es-colas, a Junta de Freguesia aju-dou-nos com a oferta de lanches e água para as crianças, e com a ajuda dos dois elementos da As-sociação (a Marília e a Alda) os miúdos foram desenvolvendo as actividades. Desenharam, pintaram t-shirts – uma das actividades que os miú-dos acharam engraçada – e viram filmes, para além dos jogos já referidos.No último dia do OTL os miúdos foram à “Companhia dos Avós” – Residência Sénior, em Aguiar, onde tiveram a oportunidade de conviver com os idosos e decla-mar uma poesia.

C.M. – Foi uma ajuda preciosa para os pais?

actividade e nós vemos o que podemos fazer.

C.M. – Este ano a Marcha dos Ido-sos do Concelho sofreu algumas alterações e passou a Marcha do Concelho de Viana do Alentejo para poder contar com a partici-pação de jovens. Alguns jovens da Associação participaram na Marcha. Como é que surgiu essa participação?C.C. - Esta participação surgiu de uma conversa entre uma senhora de Alcáçovas que participa na Mar-cha e um elemento da Associação. Não havia ninguém de Aguiar na Marcha e perguntaram se nós, enquanto associação, queríamos participar. Acabámos por partici-par 4 elementos, entre outros jo-vens que convidámos para pares e ainda um par de crianças.

C.M. – A Associação dinamizou o Programa de Ocupação dos Tem-pos Livres (OTL) em Aguiar?C.C. - A Associação fez a candi-datura ao IPJ, em parceria com a Associação Terra Mãe e a Câmara Municipal. Em Janeiro na reunião do Plano de Actividades dissemos que queríamos fazer ocupação dos tempos livres para as crian-ças. Como a Terra Mãe já estava a desenvolver esse projecto, fa-lámos com a Dr.a Susana Belga e resolvemos fazer uma parceria entre as três instituições. O pro-jecto foi aceite, ficámos com um monitor para cada período. O OTL do IPJ funcionou à terça, quinta e sexta de manhã e, por sugestão

Page 32: VIANA DO ALENTEJO 2010

Juntas de freguesiaAlcáçovas

Depois da apresentação feita pela Srª. Presidente da Junta, Roberto Vinagre, alcaçovense, licenciado em História, membro da Associa-ção Amigos das Alcáçovas (AAA), que desde algum tempo em cola-boração com esta Associação pro-cura aprofundar o conhecimento histórico da vila, fez uma palestra evocativa da atribuição do 1º Foral à vila de Alcáçovas e fê-la de for-ma simples e muito perceptível, cativando a atenção da plateia que a ouviu com imenso agrado e visível entusiasmo.No final, a Banda Filarmónica da Sociedade União Alcaçovense deu um magnífico concerto, como

Alcáçovas comemora os 752 anos da atribuição do 10 Foral

A Junta de Freguesia de Alcáçovas, no dia 17 de Agosto, organizou um pequeno evento cultural, com o objectivo de recordar a todos um dos acontecimentos mais impor-tantes relacionados com a história da nossa vila. Foi nesta data, há 752 anos, que D. Martinho I, Bispo de Évora deu o primeiro Foral à povoação. Foi com este processo que se procurou repovoar a povo-ação que se encontrava debilitada e sem organização, adaptar às no-vas realidades e de regularizar a vida administrativa.

desde há muito tempo nos habi-tou, neste espaço mágico que é o Paço do Henriques.A Junta com a promoção des-tas iniciativas procura envolver a comunidade local na riqueza histórica da nossa Freguesia, mostrando que é preciso adoptar estratégias de modo a conciliar a preservação do valor cultural do nosso património e o benefício que ele pode trazer à população local como, por exemplo, ao nível do turismo.

A Presidente da Junta de FreguesiaSara Grou Pajote

Page 33: VIANA DO ALENTEJO 2010

31

Caros Munícipes,

Passado cerca de 1 ano de man-dato, é tempo de reflectir acerca do trabalho realizado. Durante este curto espaço de tempo e com os recursos huma-nos e monetários de que a Fregue-sia de Aguiar dispõe, apenas tem sido possível a este executivo a realização da limpeza dos espaços públicos e a manutenção dos es-paços verdes já existentes na vila. Contudo, estamos conscientes do muito que ainda falta fazer. Pedimos a compreensão de todos pois cada coisa tem o seu tempo e muitas das obras a que nos propo-mos realizar podem demorar bem mais que aquilo que desejaríamos. Todavia, tudo faremos para que se realizem o mais brevemente pos-sível.

Todos os dias nos chegam pro-blemas trazidos pelos munícipes. Problemas esses que teríamos todo o gosto em poder solucio-nar. No entanto, e por falta de recursos financeiros, a Junta de Freguesia de Aguiar vê-se força-da a encaminhar muitos desses problemas para a Câmara Mu-nicipal de Viana do Alentejo, para uma mais rápida conclusão dos processos. Durante os meses de Julho e Agosto esteve a decorrer em Aguiar uma ocupação de tempos livres (ATL) para crianças dos 6 aos 12 anos. Esta iniciativa teve a colaboração da Câmara Municipal, do I.P.J., da Associação “Os Amigos Aguiaren-ses”, do Agrupamento de Escolas de Viana do Alentejo e da Fre-guesia que ofereceu os lanches e algum material necessário para a realização de algumas actividades. Fica aqui o agradecimento à Es-cola de Aguiar pela cedência do

Aguiar

Viana do Alentejo

espaço sem o qual não teria sido possível a realização desta activi-dade.Fica também um agradecimento muito especial à Associação “Os amigos Aguiarenses” pela dis-ponibilidade, pois sem a sua co-laboração não teria sido possível a realização desta iniciativa. Um grande bem-haja a todos.

Realizou-se também no pas-sado dia 27 de Agosto uma re-colha de sangue na Freguesia de Aguiar com a colaboração dos Dadores de Sangue de Évora. Apesar de o mês de Agosto ser um mês em que muitos se ausentam para o merecido descanso das férias de Verão, contámos com cerca de 30 dadores. É, portanto, um balanço bastante positivo para esta iniciativa.

O Presidente da Junta de FreguesiaJosé Francisco Rato

No passado dia 18 de Julho, a Junta de Freguesia de Viana do Alentejo, em colaboração com o Centro de Saúde e a Câmara local, organizou um passeio pedestre intitulado “Caminhada da Amizade”, o qual se iniciou no Largo S. Luís, pelas 8h00.

Muitos compareceram e, sob um sol abrasador, a população par-ticipou activamente, sem sinais

de cansaço, apesar da distância percorrida.A harmonia e boa disposição ca-racterizaram a manhã, e para re-cuperar energias, houve lugar a um pequeno lanche, na Barragem do Capas, onde os caminhantes conviveram abertamente, num ambiente amistoso e se prepara-ram para concluir o percurso. No final, todos se mostraram sa-tisfeitos com a iniciativa e houve

quem sugerisse mais actividades neste âmbito. Queremos deixar um agradeci-mento à GNR e à Associação Hu-manitária dos Bombeiros Volun-tários pelo seu contributo nesta caminhada, assegurando todo o percurso efectuado.

O Presidente da Junta de Freguesia,Joaquim Rodolfo Viegas

Page 34: VIANA DO ALENTEJO 2010

filmes

OUTUBRO

1 21H30Polícia sem LeiRealização: Werner HerzogCom: Nicolas Cage, Val Kilmer, Eva Mendes, Michael ShannonGénero: Crime/DramaClassificação: M/16EUA, 2009

3 16h00Shrek para SempreRealização: Mike MitchellCom as vozes de: Mike Myers, Eddie Murphy, Cameron Diaze Antonio BanderasGénero: Animação/comédiaClassificação: M/6EUA, 2010Hong Kong/EUA/Japão, 2010

8 21H30A Mulher do Viajante do TempoRealização: Robert SchwentkeCom: Eric Bana, Rachel McAdams, Ron LivingstonGénero: Melodrama/RomanceClassificação: M/12EUA, 2009

15 21H30Atraídos pelo CrimeRealização: Antoine FuquaCom: Richard Gere, EthanHawke, Wesley SnipesGénero: Drama/PolicialClassificação: M/16EUA, 2010

17 16H00MarmadukeRealização: Tom DeyCom: Kiefer Sutherland, Owen Wilson e Emma StoneGénero: ComédiaClassificação: M/16EUA, 2010

22 21h30Sem NomeRealização: Cary Joji Fukunaga, Paulina GaitanCom: Egdar Flores, Kristyan Ferrer, Tenoch Huerta Mejía, Diana GarciaGénero: DramaClassificação: M/16EUA/GB/MEX, 2008

29 21h30Golpe de ArtistasRealização: Peter HewittCom: Christopher Wlken, Morgan Freeman, Marcia Gay HardenGénero: ComédiaClassificação: M/12EUA, 2010

31 16h00Nanny McPhee e o Toque de MagiaRealização: Susanna WhiteCom as vozes de: Carolina Sales, Francisco Fernandez, João Gamboa, João Perry, Lúcia MonizGénero: Comédia/Fantasia/FamíliaClassificação: M/6Reino Unido/EUA/França, 2010

eventos

SETEMBRO

17 a 24Viana em FestaViana do Alentejo(programação na pág. 16)

25 26 27Feira D’AiresViana do Alentejo(programação na pág. 17)

Agenda

Cine-teatro VianenseRua Dr. António de Almeida, 277090-269 Viana do Alentejo266 791 007

[email protected]

Page 35: VIANA DO ALENTEJO 2010

Biblioteca de Aguiar266 939 106

Piscinas Municipais de Viana do Alentejo266 930 014

Pavilhão Gimnodesportivo de Viana266 930 015

Oficina da Criança266 791 007

Linha de Protecção à Floresta 117

Linha de Saúde Pública808 211 311 Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Viana do Alentejo 266 953 123 Centro de Saúde de Viana do Alentejo 266930 060 Extensão de Saúde de Aguiar 266 791 278 Extensão de Saúde de Alcáçovas 266 949 045 Guarda Nacional RepublicanaAlcáçovas 266 954 118 Viana do Alentejo 266 953 126 Comissão de Protecção de Crianças e Jovens de Viana do Alentejo 266 791 411

Correios de PortugalViana do Alentejo266 939 000Alcáçovas266 949 152

Serviço de Finanças de Viana do Alentejo266 953 146

Conservatórias e Cartório Notarial de Viana do Alentejo266 953 244

Câmara Municipal de Viana do AlentejoRua Brito Camacho, 137090 Viana do Alentejotel. 266 930 010 fax. 266 930 [email protected]

Gabinete de Apoio à Vereaçã[email protected]

Divisão de Administração Urbaní[email protected]

Divisão Administrativa e [email protected]@cm-vianadoalentejo.pt

Divisão de Acção [email protected]

Gabinete de Apoio ao Desenvolvimento Econó[email protected]

Delegação da Câmara em Alcáçovas266 954 522

Junta de Freguesia de Aguiar266 930 863

Junta de Freguesia de Alcáçovas266 954 181

Junta de Freguesia de Viana do Alentejo266 953 317

Estaleiro266 930 017/8

Serviço de Águas932 770 211 (8h/22h)

Cine-teatro Vianense266 791 007

Posto de Turismo de Viana do Alentejo266 930 012

Posto de Turismo e Biblioteca de Alcáçovas266 948 112

Biblioteca de Viana do Alentejo266 930 011

Page 36: VIANA DO ALENTEJO 2010

BOLETIM MUNICIPALCÂMARA DE VIANA DO ALENTEJO

setembro 2010 . 68