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Vida Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. Nota: Para outros significados, veja Vida (desambiguação) . A Terra apresenta uma grande biodiversidade, com numerosas espécies de seres vivos A vida (do latim vita) 1 é um conceito muito amplo e admite diversas definições. Pode-se referir ao processo em curso do qual os seres vivos são uma parte; ao espaço de tempo entre a concepção e a morte de um organismo 2 ; a condição de uma entidade que nasceu e ainda não morreu; e aquilo que faz com que um ser esteja vivo. Metafisicamente, a vida é um processo contínuo de relacionamentos. 3 Índice [esconder ] 1 A Vida o 1.1 Definição convencional o 1.2 Mais definições o 1.3 Descendência modificada: uma característica útil o 1.4 Exceções à definição comum o 1.5 Definição biológica moderna o 1.6 Vida no contexto religioso 2 Origem da vida 3 A possibilidade de vida extraterrestre 4 Referências 5 Ver também 6 Ligações externas A Vida[editar | editar código-fonte ] Definição convencional[editar | editar código-fonte ]

Vida

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VidaOrigem: Wikipdia, a enciclopdia livre.Nota:Para outros significados, vejaVida (desambiguao).

A Terra apresenta uma grande biodiversidade, com numerosas espcies de seres vivosAvida(do latimvita)1 um conceito muito amplo e admite diversas definies. Pode-se referir ao processo em curso do qual os seres vivos so uma parte; ao espao de tempo entre aconcepoe amortede umorganismo2; a condio de uma entidade que nasceu e ainda no morreu; e aquilo que faz com que um ser esteja vivo. Metafisicamente, a vida um processo contnuo de relacionamentos.3ndice[esconder] 1A Vida 1.1Definio convencional 1.2Mais definies 1.3Descendncia modificada: uma caracterstica til 1.4Excees definio comum 1.5Definio biolgica moderna 1.6Vida no contexto religioso 2Origem da vida 3A possibilidade de vida extraterrestre 4Referncias 5Ver tambm 6Ligaes externasA Vida[editar|editar cdigo-fonte]Definio convencional[editar|editar cdigo-fonte]

Agua uma substncia essencial para a vidaPor mais simples que possa parecer, ainda muito difcil para os cientistas definirem vida com clareza. Muitos filsofos tentam defini-la como um "fenmeno que anima amatria".4De um modo geral, considera-se tradicionalmente que uma entidade um ser vivo se exibe todos os seguintes fenmenos pelo menos uma vez durante a suaexistncia5:1. Desenvolvimento: passagem por vrias etapas distintas e sequenciais, que vo daconcepomorte.2. Crescimento: absoro e reorganizao cumulativa de matria oriunda do meio; com excreo dos excessos e dos produtos "indesejados".3. Movimento: em meio interno (dinmica celular), acompanhada ou no de locomoo no ambiente.4. Reproduo: capacidade de gerar entidades semelhantes a si prpria.5. Resposta a estmulos: capacidade de "sentir" e avaliar as propriedades doambientee de agir seletivamente em resposta s possveis mudanas em tais condies.6. Evoluo: capacidade das sucessivas geraes transformarem-se gradualmente e de adaptarem-se ao meio.Estes critrios tm a sua utilidade, mas a sua natureza dspar torna-os insatisfatrios sob mais que uma perspectiva; de facto, no difcil encontrar contra-exemplos, bem como exemplos que requerem maior elaborao. Por exemplo, de acordo com os critrios citados, poder-se-ia dizer que ofogotem vida.Tal situao poderia facilmente ser remediada pela adio do requisito de limitao espacial, ou seja, a presena de algum mecanismo que delimite a extenso espacial do ser vivo, como por exemplo amembrana celularnos seres vivos tpicos. Tal abordagem resolve o caso do fogo, contudo leva adicionalmente a novos problemas como o de definio deindivduoem organismos como a maioria dosfungose certas plantasherbceas, e no resolve em definitivo o problema, pois ainda poder-seia dizer que: asestrelastm vida, por motivos ainda semelhantes aos do fogo. osgeodestambm poderiam ser consideradas seres vivos. Vruse afins no so seres vivos porque no crescem e no se conseguem reproduzir fora da clulahospedeira; caso extensvel a muitosparasitasexternos.Se nos limitarmos aosorganismos"convencionais", poder-se-ia considerar alguns critrios adicionais em busca de uma definio mais precisa:1. Presena de componentesmolecularescomohidratos de carbono,lipdios,protenasecidos nucleicos.2. Composio por uma ou maisclulas.3. Manuteno dehomeostase.4. Capacidade deespeciao.Contudo, mesmos nesses casos ainda detectar-se-ia alguns impasses. A exemplo, toda a vida na Terra se baseia naqumicados compostos decarbono, ditaqumica orgnica. Alguns defendem que este deve ser o caso para todas as formas de vida possveis no universo; outros descrevem esta posio como ochauvinismo do carbono, cogitando, a exemplo, a possibilidade de vida baseada emsilcio.Mais definies[editar|editar cdigo-fonte]A definio de "vida" deFrancisco VarelaeHumberto Maturana(amplamente usada porLynn Margulis) a de um sistemaautopoitico(que gera a si prprio) de baseaquosa, limiteslipoproteicos,metabolismodecarbono, replicao mediantecidos nucleicose regulaoproteica,um sistema deretornosnegativos inferiores subordinados a um retorno positivo superior.6Stuart Kauffman define-a como umagenteousistema de agentesautnomos capazes de se reproduzir e de completar pelo menos umciclo de trabalho termodinmico.A definio deRobert Pirsigpode ser encontrada no seu livroLila: An Inquiry into Morals, como tudo o que maximiza o seu leque de possibilidades futuras, ou seja, tudo o que tome decises que resultem num maior nmero de futuros possveis, ou que mantenha o maior nmero de opes em aberto.Por positivismo, bioqumicos tem definido a vida como um conjunto de molculas que em suas interaes mtuas desenvolvem um programa de auto-regulao cujo resultado final a perpetuao da mesma coleo de molculas. Um equilbrio dinmico que ao trocarmatriaeenergiacom o meio permite a reduo da entropia.7H possivelmente mais possibilidades de definio de vida, uma vez que se pode conceitu-la a partir do sentido que se atribui ao "viver".Descendncia modificada: uma caracterstica til[editar|editar cdigo-fonte]Uma caracterstica til sobre a qual se pode basear uma definio de vida a dadescendnciamodificada: a capacidade de uma dada forma de vida de gerar descendentes semelhantes aos progenitores, mas com a possibilidade de alguma variao devida aoacaso.A descendncia modificada por si prpria suficiente para permitir aevoluo, desde que a variao entre descendentes confira diferentes probabilidades de sobrevivncia. Ao estudo desta forma de hereditariedade conforme verificada na natureza d-se o nome degentica. Em todas as formas de vida conhecidas - excludos ospries, que no so considerados seres vivos, contudo includos osvruseviroides, de classificao ainda incerta - o material gentico consiste principalmente emDNAou no outrocido nucleicocomum,RNA.Uma crtica a esse critrio surge ao se considerar o cdigo de certas formas devruseprogramas informticosestruturados atravs de umaprogramao gentica: a questo de programas informticos poderem ser considerados seres vivos, frente esta definio, certamente um assunto controverso.Excees definio comum[editar|editar cdigo-fonte]Muitos organismos so incapazes dereproduzirem-see contudo so seres vivos, como asmulase asformigasobreiras. No entanto, estas excees podem ser levadas em considerao aplicando a definio de vida ao nvel daespcieou dogeneindividual. Entretanto novos questionamentos a essa abordagem so inevitveis ao considerarem-se temas especficos como aseleco de parentesco, que fornece informao adicional acerca da possibilidade deindivduosno-reprodutivos poderem mesmo assim aumentar a disperso dos seus genes e a sobrevivncia da sua estirpe.Quanto aos dois casos dofogoe dasestrelasencaixarem na definio de vida, ambos podem ser facilmente remediados definindometabolismode uma forma bioquimicamente mais precisa. No seuFundamentals of Biochemistry(ISBN 0-471-58650-1),DonaldeJudith Voetdefinem metabolismo da seguinte maneira:"Metabolismo o processo geral pelo qual os sistemas vivos adquirem e utilizam aenergialivre de que necessitam para desempenhar as suas vrias funes. Fazem-no combinando asreaes exorgicasdaoxidaodenutrientescom os processosendorgicosnecessrios para a manuteno do estado vivo, tais como a realizao de trabalho mecnico, otransporte ativode molculas contragradientes de concentrao, e abiossntesede molculas complexas."Esta definio, usada pela maioria dosbioqumicos, torna claro que o fogo no est vivo, pois liberta toda a energia oxidativa do seu combustvel em uma reao "explosiva", sob a forma decalor.Osvrusreproduzem-se, as chamas crescem, asmquinasmovem-se, alguns programasinformticossofremmutaeseevolueme, no futuro, provavelmente exibiro comportamentos de elevada complexidade; contudo no so seres vivos via tal definio. Por outro lado, na origem da vida, clulas commetabolismomas semsistema reprodutivopodem perfeitamente ter existido. A maioria contudo tambm no considerara estas entidades comoseres vivos, e geralmente todas as cinco caractersticas devem estar presentes para que um ser seja considerado vivo.Definio biolgica moderna[editar|editar cdigo-fonte]Diante desse impasse, frente definio mais atual e aparte as propostas no factualmente corroboradas, por certo sabe-se que biologicamente vida um fenmeno natural que pode ser descrito como um processo contnuo de reaes qumicas metablicas ocorrendo em um ambiente evolutivamente estruturado de forma a tornar propcias a ocorrncia e manuteno de tais reaes; que fazem-se sempre sob controle direto ou indireto de um grupo de molculas especiais, oscidos desoxirribonucleicos, ou simplesmente DNA.A presena de DNA ou, de forma "equivalente", RNA, na atualidade condio necessria definio de ser vivo, contudo discute-se ainda se a presena de forma potencialmente funcional dessa molcula ou no condio suficiente para defini-la. A classificao dosviruscomo seres vivos ou no ainda encontra-se incerta.Vida no contexto religioso[editar|editar cdigo-fonte]O conceito de vida notrio o suficiente para no passar desapercebido pelos religiosos: fundamenta-se no princpio de vida ou de existncia da alma (na crena crist sendo exclusiva aos humanos); a existncia animada (dolatimanima) no caso, ou a durao da existncia animada de um indivduo ouente.Sob a tica crist, no casobblico, quanto vida terrestre, fsica, as coisas que possuem vida em geral tm a capacidade de crescimento, metabolismo, reao a estmulos externos, e reproduo. A palavra hebraica usada na bblia hhaiym, e a palavra grega zo. A palavra hebraicanpheshe o termo gregopsykh, que significam alma, tambm so usados para referir-se vida, no em sentido abstrato, mas vida como pessoa ou animal. Compare as palavras alma e vida, segundo usadas em J 10:1; Sal 66:9; Pr 3:22. Segundo a bblia, a vegetao possui vida, operando nela o princpio de vida, mas no vida comoalma. A vida no mais pleno sentido, conforme aplicada aentesinteligentes, a existncia perfeita com direito a ela8.O conceito dentro da f religiosa transcende contudo a cincia e a biologia modernas, no havendo suporte de cunho cientfico moderno algum que corrobore a existncia de alma. Oanimismoh muito foi descartado pela cincia no caso.Origem da vida[editar|editar cdigo-fonte]Ver artigo principal:Origem da vida

A origem da vida levanta questes cientficas, religiosas e filosficasNo existe ainda nenhum modelo consensual para a origem da vida, mas a maioria dos modelos atualmente aceitos baseiam-se duma forma ou doutra nas seguintes descobertas:1. Condies pr-biticas plausveis resultam na criao dasmolculas orgnicasmais simples, como demonstrado pelaexperincia de Urey-Miller.2. Fosfolpidosformam espontaneamente duplas camadas, a estrutura bsica damembrana celular.3. Processos para a produo aleatria de molculas deRNApodem produzirribozimascapazes de se replicarem sob determinadas condies.4. Aarvore da vidaconverge todos os seres vivos conhecidos a um nico ponto de ancestralidade comum.Existem muitas hipteses diferentes no que diz respeito ao caminho percorrido das molculas orgnicas simples sprotoclulase aometabolismo. A maioria das possibilidades tendem quer para aprimazia dosgenesquer para aprimazia do metabolismo; uma tendncia recente sendo a de buscar modeloshbridosque combinem aspectos de ambas as abordagens.De acordo com o astrnomo e astrofsicoThomas Gold, a TeoriaDeep Hot Biosphereindica que h fortes indcios de que a vida microbiana extremamente difundida em profundidade na crosta da terra, e condizente com tal a vida tem sido identificada em vrios locais no oceano profundo, ligada a emanaes de gases primordiais. Essa vida no dependente da energia solar e da fotossntese como sua principal fonte como fornecimento de energia, e essencialmente independente das circunstncias da superfcie . Seu suprimento de energia vem de fontes qumicas, devido aos fluidos que ascendem, oriundos de nveis mais profundos na Terra. Os seres unicelulares vivendo em tais ambientes so hoje classificados em um superreino prprio, oArchaea, e pondem muito bem guardar em si os mecanismos que deram origem aos primeiros seres vivos.Segundo a teoria, em massa e volume essa biosfera profunda pode ser comparvel com toda a vida de superfcie. Tal vida microbiana poderia em princpio explicar a presena de molculas biolgicas em todos os materiais carbonosos na crosta, e considerar que estes materiais so em totalidade oriundos de depsitos biolgicos acumulados em superfcie no seria, portanto, necessariamente vlido.A vida como conhecida poderia encontrar-se em hiptese generalizada tambm no interior de corpos planetrios do nosso sistema solar ou mesmo em objetos isolados vagando no espao interestelar; uma vez que muitos deles tm condies to adequadas para que isso ocorra como as encontradas em certas situaes aqui na terra, embora constituindo ainda ambientes totalmente inspitos em suas superfcies paraquase a totalidadedos seres vivos. Pode-se mesmo especular que a nica alternativa a vida ser amplamente distribuda no universo, habitando desde corpos planetrios no nosso sistema solar at outros sistemas estelares. Sabe-se hoje que a nossa tabela peridica responsvel pela descrio de toda a qumica do universo. A vida como conhecemos tem por base o carbono e a gua, e a energia obtida usualmente via presena de oxignio, esteja esse livre no ar ou sendo liberado em subsuperfcie atravs da reduo de compostos como xidos, sulfatos, e outros. As fontes de carbono esto relacionadas com hidrocarbonetos primordiais, sobretudo o metano. Tais substncias primordiais encontram-se amplamente distribudas no universo, e cogitar que os processos que a originaram ocorreram apenas aqui na Terra para muitos, nestes termos, no mnimo muita pretenso. Uma extenso desse argumento nos leva hiptese dapanspermia.Especulaes a parte,de factotem-se contudo que a vida conforme conhecida com quase certeza surgiu e certamente evoluiu naTerra. De acordo com o fsico Marcelo Gleiser em seu livro "Criao Imperfeita", a vida teria surgido na terra h cerca de 4 bilhes de anos. Os primeiros registros fsseis de vida remontam aosestromatlitosformados naerapaleoarqueanadoonarqueano, h uns 3,430 mil milhes de anos atrs9.A possibilidade de vida extraterrestre[editar|editar cdigo-fonte]Ver artigo principal:Vida extraterrestreeAstrobiologiaAt a data, aTerra o nicoplanetadouniversoconhecido por humanos a sustentar vida. A questo da existncia da vida noutros locais do universo permanece em aberto, mas anlises como aequao de Draketm sido usadas para estimar a probabilidade dela existir. Das inmeras reivindicaes de descoberta de vida noutros locais do universo, nenhuma sobreviveu ao escrutnio cientfico.O mais prximo que a cincia moderna chegou de descobrir vida extraterrestre a evidncia fssil de possvel vidabacterianaemMarte(por via do meteoritoALH84001).A procura de vida extraterrestre centra-se atualmente em planetas e luas que se cr possuam ou j tenham possudo gua no estado lquido. Dados recentes dos veculos da NASASpiriteOpportunityapoiam a teoria de que Marte teve no passado gua superfcie (verVida em Martepara mais detalhes). As luas deJpiterso tambm consideradas boas candidatas para albergarem vida extraterrestre, especialmenteEuropa, que parece ter oceanos de gua liquida.Fora do sistema solar, o nico planeta descoberto at agora potencialmente habitvel Gliese 581 c.Referncias1. Ir para cimaDicionrio Michaelis UOL.Vida. Visitado em 5 de fevereiro de 2012.2. Ir para cimaMOORE, K. L.; PERSAUD, T.V.N. Embriologia Clnica. 7 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004.3. Ir para cimaUnesp.O que vida. Visitado em 5 de fevereiro de 2012.4. Ir para cimaMolwick.Teorias da origem da vida. Visitado em 5 de fevereiro de 2012.5. Ir para cimaSilva Jnior, Csar da; Sasson, Sezar - Biologia Csar e Sezar - Volume nico - 3. edio reformulada - 2003 - Editora Saraiva -ISBN 85-02-04456-76. Ir para cimaJ. theor. Biol. 20017. Ir para cimalehninger,Princpios de bioqumica8. Ir para cimait-3 pp. 780-787 Vida9. Ir para cimaEvoluo - A Histria da Vida - Palmer, Douglas; Barret, Petter - Larrouse - 2009Ver tambm[editar|editar cdigo-fonte]Outros projetosWikimediatambm contm material sobre este tema:

DefiniesnoWikcionrio

CitaesnoWikiquote

CategorianoWikiquote

Textos originaisnoWikisource

CategorianoCommons

Vida artificial Ciclo de vida Pr-vida Vida humana Sentido da vidaLigaes externas[editar|editar cdigo-fonte] The Adjacent Possible: A Talk with Stuart Kauffman Animals and other living things: their interests, mental capacities and moral entitlements Tree of Life Web Project - Life on Earth A Teoria The Deep Hot Biosphere (Thomas Gold) Artigo "Revista Contexto & Educao": Estilos de pensamento biolgico sobre o fenmeno vida (Dissertao) Um estudo dos estilos de pensamento sobre o fenmeno vida (Tese) Gnese e desenvolvimento do conceito vida