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02/04/2015 Por que estamos mais otimistas com o mês de Abril em Bolsa? Análise XP Prezados, Temos falado, quase que diariamente, que estamos mais omistas com renda variável no mês de Abril. Resolvemos enviar um e-mail para enumerar os movos. E quais foram os fatores que movarem a essa mudança? Falando do mês de Março – Olhando o retrovisor. O índice Bovespa apresentou leve queda de 0,84% no mês de março. Esse fraco resultado foi decorrente, principalmente, do cenário políco com um embate entre Congresso e Planalto. Com dificuldade do governo aprovar as medidas fiscais. As maiores altas do Ibovespa foram Suzano e BVMF, que fecharam o mês de março em forte alta. Já no destaque negavo podemos mencionar o setor financeiro, com receio de que a Operação Lava Jato – Petrobras; e também um cenário menor de crescimento de crédito, podem afetar o setor de bancos. Aliado a isso, VALE também foi outra com desempenho negavo e ajudou ao desempenho pracamente estável do nosso índice Bovespa. Vale vem sem pressionada pela desaceleração chinesa e consequentemente pela queda no preço do minério. Perspecvas – Mês de Abril. No mês passado estávamos cécos em relação a renda variável para o mês de março. O índice Bovespa fechou em leve queda no mês de março, -0,84%. E para o mês de abril? Estamos menos cécos e diria um pouco mais omistas para o mês de abril, pois: (a) A relação Governo x Planalto parece estar melhorando, com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, ajudando e interferindo posivamente; (b) Além disso, a relação da presidente Dilma com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, nos parece que está indo de vento em popa, com a própria presidente defendendo declarações de Levy negavas em relação ao governo. (c) Fora isso, acreditamos que o balanço da Petrobras será divulgado no mês de abril, “destravando” uma parte da economia que está “parada” pela falta de balanço da companhia. Cenário segue desafiador? Sim, porém... Sim, porém, o governo tem mostrado total disposição em efetuar as mudanças propostas pelo ministério da Fazenda. E ainda acreditamos que o Congresso aprovará a maioria das medidas, mas o Planalto precisa e deverá ceder para que isso ocorra. O cenário políco se acalmando. Presidente Dilma e Ministério da Fazenda alinhados nas mudanças. Lembrando a declaração do Ministro da Chefe da Casa Civil dada hoje, dia 1º de abril, Aloísio Mercadante, que afirmou que o governo "foi longe demais nas desonerações fiscais" e que é preciso aperto nas contas para que haja retomada do crescimento. Cenário Econômico Brasileiro – Piorou? Sim, mas pode estar boa parte no preço. Se no começo do ano, os economistas pareciam receosos em apontar para o forte desequilíbrio da economia brasileira em 2015, quatro meses depois, a situação é completamente oposta. Mercado cada vez mais pessimista, projetando uma recessão de 1% em 2015, inflação muito acima do teto da meta de 6,5%, taxa básica de juros acima de 13% e um câmbio desvalorizando acima de R$ 3,20 para o fim de 2015. É importante destacar o retrocesso na discussão econômica que sofremos, na qual o esforço para a estabilidade econômica apoiada no tripé parece ter sido dolorosamente abandonado. Em suma, o cenário de piora econômica já está “nas ruas”. Cenário Macroeconômico Internacional – Melhorando? Sim. Mesmo que de forma lenta. Na Europa, observamos o início do pacote de esmulos monetários, as taxas de desemprego já caindo em países como Espanha e Portugal, e em todos os países já existem sinais de recuperação. No entanto a recuperação promete ser lenta. Com as compras de avos iniciadas recentemente, ainda pairam dúvidas de seu efeito real na economia. Espera-se que o pacote desobstrua o canal de crédito, aumente o nível de inflação (ao longo do tempo) e posteriormente se reflita em um crescimento mais robusto da Zona do Euro. Falando sobre os Estados Unidos, o país deve crescer acima de seu potencial em 2015, junto a isso dados começam a indicar que o mercado de trabalho está cada vez mais sólido. Tal panorama resulta em pressão sobre a data da elevação da taxa básica de juros, com o próprio Fed precificando duas elevações de 0,25% ainda em 2015. Ricardo Kim Analista, CNPI

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02/04/2015

Por que estamos mais otimistas com o mês de Abril em Bolsa?

Análise XP

Prezados,

Temos falado, quase que diariamente, que estamos mais otimistas com renda variável no mês de Abril. Resolvemos enviar um e-mail para enumerar os motivos.

E quais foram os fatores que motivarem a essa mudança?

Falando do mês de Março – Olhando o retrovisor.

O índice Bovespa apresentou leve queda de 0,84% no mês de março. Esse fraco resultado foi decorrente, principalmente, do cenário político com um embate entre Congresso e Planalto. Com dificuldade do governo aprovar as medidas fiscais.

As maiores altas do Ibovespa foram Suzano e BVMF, que fecharam o mês de março em forte alta. Já no destaque negativo podemos mencionar o setor financeiro, com receio de que a Operação Lava Jato – Petrobras; e também um cenário menor de crescimento de crédito, podem afetar o setor de bancos. Aliado a isso, VALE também foi outra com desempenho negativo e ajudou ao desempenho praticamente estável do nosso índice Bovespa. Vale vem sem pressionada pela desaceleração chinesa e consequentemente pela queda no preço do minério.

Perspectivas – Mês de Abril.

No mês passado estávamos céticos em relação a renda variável para o mês de março. O índice Bovespa fechou em leve queda no mês de março, -0,84%.

E para o mês de abril? Estamos menos céticos e diria um pouco mais otimistas para o mês de abril, pois:

(a) A relação Governo x Planalto parece estar melhorando, com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, ajudando e interferindo positivamente;

(b) Além disso, a relação da presidente Dilma com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, nos parece que está indo de vento em popa, com a própria presidente defendendo declarações de Levy negativas em relação ao governo.

(c) Fora isso, acreditamos que o balanço da Petrobras será divulgado no mês de abril, “destravando” uma parte da economia que está “parada” pela falta de balanço da companhia.

Cenário segue desafiador? Sim, porém...

Sim, porém, o governo tem mostrado total disposição em efetuar as mudanças propostas pelo ministério da Fazenda. E ainda acreditamos que o Congresso aprovará a maioria das medidas, mas o Planalto precisa e deverá ceder para que isso ocorra.

O cenário político se acalmando. Presidente Dilma e Ministério da Fazenda alinhados nas mudanças. Lembrando a declaração do Ministro da Chefe da Casa Civil dada hoje, dia 1º de abril, Aloísio Mercadante, que afirmou que o governo "foi longe demais nas desonerações fiscais" e que é preciso aperto nas contas para que haja retomada do crescimento.

Cenário Econômico Brasileiro – Piorou? Sim, mas pode estar boa parte no preço.

Se no começo do ano, os economistas pareciam receosos em apontar para o forte desequilíbrio da economia brasileira em 2015, quatro meses depois, a situação é completamente oposta. Mercado cada vez mais pessimista, projetando uma recessão de 1% em 2015, inflação muito acima do teto da meta de 6,5%, taxa básica de juros acima de 13% e um câmbio desvalorizando acima de R$ 3,20 para o fim de 2015. É importante destacar o retrocesso na discussão econômica que sofremos, na qual o esforço para a estabilidade econômica apoiada no tripé parece ter sido dolorosamente abandonado.

Em suma, o cenário de piora econômica já está “nas ruas”.

Cenário Macroeconômico Internacional – Melhorando? Sim. Mesmo que de forma lenta.

Na Europa, observamos o início do pacote de estímulos monetários, as taxas de desemprego já caindo em países como Espanha e Portugal, e em todos os países já existem sinais de recuperação. No entanto a recuperação promete ser lenta. Com as compras de ativos iniciadas recentemente, ainda pairam dúvidas de seu efeito real na economia. Espera-se que o pacote desobstrua o canal de crédito, aumente o nível de inflação (ao longo do tempo) e posteriormente se reflita em um crescimento mais robusto da Zona do Euro.

Falando sobre os Estados Unidos, o país deve crescer acima de seu potencial em 2015, junto a isso dados começam a indicar que o mercado de trabalho está cada vez mais sólido. Tal panorama resulta em pressão sobre a data da elevação da taxa básica de juros, com o próprio Fed precificando duas elevações de 0,25% ainda em 2015.

Ricardo Kim

Analista, CNPI

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Do outro lado, observa-se uma inflação cada vez mais distante da meta, mantendo a cautela entre os membros do Fed. Com a diferença entre o crescimento do país e outros industrializados, como Japão e Europa, enxergamos uma das razões que nos coloca de frente a um novo cenário de valorização do dólar.

Em suma, cenário melhorando, apesar de desafiador, o que deve manter o fluxo positivo para a bolsa brasileira no mês de Abril.

A principal recomendação da área de análise em relação a ações para o mês de Abril é em ITUB4, ativo bastante descontado, negociando a múltiplos baixos, 8x P/E 2015E, com elevação de spreads e acreditamos que níveis de inadimplência permaneçam baixos.

Vale ressaltar o forte desempenho da nossa carteira recomendada Mensal XP, que apresentou alta de 4,3% em Março x o Ibovespa que fechou em queda de 0,83% no mês.

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