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Contador: profissional estratégico e não um maquiador de balanço O profissional da contabilidade vem se firmando cada vez mais como um parceiro imprescindí- vel na gestão das empresas. Todo o trabalho intelectual e estratégico na decisão de esco- lher qual o regime tributário mais adequado para o perfil da empresa e entender todas as portarias, resoluções e instru- ções normativas que são publi- cadas, quase que diariamente, requer a orientação de um profissional antenado com o cipoal legislativo brasileiro, capaz de enlouquecer qual- quer executivo, brasileiro ou estrangeiro.

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Contador: profissional estratégico e não um maquiador de balanço

O profissional da contabilidade vem se firmando cada vez mais como um parceiro imprescindí-vel na gestão das empresas. Todo o trabalho intelectual e estratégico na decisão de esco-lher qual o regime tributário mais adequado para o perfil da empresa e entender todas as portarias, resoluções e instru-ções normativas que são publi-cadas, quase que diariamente, requer a orientação de um profissional antenado com o cipoal legislativo brasileiro, capaz de enlouquecer qual-quer executivo, brasileiro ou estrangeiro.

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O profissional da contabilidade vem se firmando cada vez mais como um parceiro imprescindível na gestão das empresas. Todo o trabalho intelectual e estratégico na decisão de escolher qual o regime tributário mais adequado para o perfil da empresa e entender todas as portarias, resoluções e instruções normativas que são publicadas, quase que diariamente, requer a orientação de um profissional antenado com o cipoal legislativo brasilei-ro, capaz de enlouquecer qualquer execu-tivo, brasileiro ou estrangeiro.

Aquele profissional conhecido por preen-cher e pagar guias de recolhimento de impostos não existe mais. Tanto o conta-dor, como o técnico em contabilidade, estão assumindo, cada vez mais, posições estratégicas dentro de uma companhia. É

da responsabilidade destes uma parte crucial da gestão e da saúde de uma empresa. Um bacharel em Ciências Con-tábeis atua em diversas áreas, como auditoria, perícia judicial ou extrajudicial e controladoria.

Também pode trabalhar, assim como o técnico, na elaboração de Orçamento financeiro, consultoria e assessoramento fiscal-tributário, custos e planejamento gerencial, análise das demonstrações contábeis, em avaliações de Bens patri-moniais, entre outras. O profissional da contabilidade é, também, fundamental em assuntos como constituição, incorpo-ração, cisão, Fusão ou liquidação de empresas.

O leque de funções desempenhadas por um profissional da contabilidade é exten-so. Por isso, incomoda e muito sermos alvo de recentes e constrangedoras men-ções feitas em novelas da TV Globo por meio de personagens que interpretam um "contador". Em termos pejorativos, já fomos classificados de quase tudo: espe-cialistas em falcatruas, maquiadores de balanços e fraudadores - como aconteceu recentemente em vários capítulos da novela Guerra dos Sexos, causando cons-trangimento e revolta nos profissionais da contabilidade.

Pode ser que existam contadores ou técnicos que se prestem a esses papéis, assim como outros profissionais que desrespeitam o Código de Ética de suas categorias. Mas esses são uma minoria

insignificante. O problema é que, quando erram, viram manchetes em jornais - e penalizam toda uma classe de gente séria e competente.

Recentemente fomos alvo de desconfian-ça da sociedade, ao ser publicado em vários veículos de comunicação, com repercussão internacional, que o Governo fez uma maquiagem contábil em seu orçamento para fechar as contas no azul. Isso não é verdade! Não houve em nenhum momento manobras contábeis. O que ocorre são fatos que resultam em registros contábeis, sejam em entidades, empresas públicas ou privadas.

Contador: profissional estratégico e não um maquiador de balanço

No atual ambiente democrático e globalizado, as Ciências Contá-beis são decisivas para a credibilidade dos setores público e pri-

vado e, portanto, para o desenvolvimento

O que podemos concluir é que houve uma mudança no critério da apuração do resultado orçamentário, agregando valo-res proporcionais de receitas, amparados pelo regime de competência conforme determina a legislação pública. É um erro tratar a ciência contábil como uma ferra-menta de manobras ou como um instru-mento gerencial facilmente manipulável.

Nós, profissionais da contabilidade, traba-lhamos com base em números e em provas (documentos). Todos os balanços que elaboramos são totalmente funda-mentados em leis nacionais e normas internacionais. É, no mínimo, desconheci-mento sobre um processo complexo jogar na contabilidade ou no contador o que de errado ocorre em uma empresa.

Neste momento, até mesmo especial, em que o Brasil adota as IFRS – Normas Internacionais de Contabilidade, as quais oferecem mais transparência e segurança aos balanços, merecemos um tratamento mais adequado à realidade por parte da mídia, dos nossos criativos autores, escri-tores, editores, jornalistas, ensaístas etc. A fila anda e o Brasil de hoje pode ser muito diferente do de ontem. O generalis-mo é irresponsável numa Sociedade plural, dinâmica e que se transforma muito rapidamente.

O CRC-SP está aberto para esclarecer a Sociedade sobre o importante papel que o profissional da contabilidade exerce no Desenvolvimento econômico do país e o quão pode agregar de valor para uma Sociedade mais justa e mais produtiva.

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O profissional da contabilidade vem se firmando cada vez mais como um parceiro imprescindível na gestão das empresas. Todo o trabalho intelectual e estratégico na decisão de escolher qual o regime tributário mais adequado para o perfil da empresa e entender todas as portarias, resoluções e instruções normativas que são publicadas, quase que diariamente, requer a orientação de um profissional antenado com o cipoal legislativo brasilei-ro, capaz de enlouquecer qualquer execu-tivo, brasileiro ou estrangeiro.

Aquele profissional conhecido por preen-cher e pagar guias de recolhimento de impostos não existe mais. Tanto o conta-dor, como o técnico em contabilidade, estão assumindo, cada vez mais, posições estratégicas dentro de uma companhia. É

da responsabilidade destes uma parte crucial da gestão e da saúde de uma empresa. Um bacharel em Ciências Con-tábeis atua em diversas áreas, como auditoria, perícia judicial ou extrajudicial e controladoria.

Também pode trabalhar, assim como o técnico, na elaboração de Orçamento financeiro, consultoria e assessoramento fiscal-tributário, custos e planejamento gerencial, análise das demonstrações contábeis, em avaliações de Bens patri-moniais, entre outras. O profissional da contabilidade é, também, fundamental em assuntos como constituição, incorpo-ração, cisão, Fusão ou liquidação de empresas.

O leque de funções desempenhadas por um profissional da contabilidade é exten-so. Por isso, incomoda e muito sermos alvo de recentes e constrangedoras men-ções feitas em novelas da TV Globo por meio de personagens que interpretam um "contador". Em termos pejorativos, já fomos classificados de quase tudo: espe-cialistas em falcatruas, maquiadores de balanços e fraudadores - como aconteceu recentemente em vários capítulos da novela Guerra dos Sexos, causando cons-trangimento e revolta nos profissionais da contabilidade.

Pode ser que existam contadores ou técnicos que se prestem a esses papéis, assim como outros profissionais que desrespeitam o Código de Ética de suas categorias. Mas esses são uma minoria

insignificante. O problema é que, quando erram, viram manchetes em jornais - e penalizam toda uma classe de gente séria e competente.

Recentemente fomos alvo de desconfian-ça da sociedade, ao ser publicado em vários veículos de comunicação, com repercussão internacional, que o Governo fez uma maquiagem contábil em seu orçamento para fechar as contas no azul. Isso não é verdade! Não houve em nenhum momento manobras contábeis. O que ocorre são fatos que resultam em registros contábeis, sejam em entidades, empresas públicas ou privadas.

Autor: Luiz Fernando Nóbrega é o presidente do CRC-SP (Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo). Empresário contábil desde 1996 é também professor universitário, pós-graduado em Contro-ladoria e Finanças e Administração de Marketing e Recursos Humanos.

O que podemos concluir é que houve uma mudança no critério da apuração do resultado orçamentário, agregando valo-res proporcionais de receitas, amparados pelo regime de competência conforme determina a legislação pública. É um erro tratar a ciência contábil como uma ferra-menta de manobras ou como um instru-mento gerencial facilmente manipulável.

Nós, profissionais da contabilidade, traba-lhamos com base em números e em provas (documentos). Todos os balanços que elaboramos são totalmente funda-mentados em leis nacionais e normas internacionais. É, no mínimo, desconheci-mento sobre um processo complexo jogar na contabilidade ou no contador o que de errado ocorre em uma empresa.

Neste momento, até mesmo especial, em que o Brasil adota as IFRS – Normas Internacionais de Contabilidade, as quais oferecem mais transparência e segurança aos balanços, merecemos um tratamento mais adequado à realidade por parte da mídia, dos nossos criativos autores, escri-tores, editores, jornalistas, ensaístas etc. A fila anda e o Brasil de hoje pode ser muito diferente do de ontem. O generalis-mo é irresponsável numa Sociedade plural, dinâmica e que se transforma muito rapidamente.

O CRC-SP está aberto para esclarecer a Sociedade sobre o importante papel que o profissional da contabilidade exerce no Desenvolvimento econômico do país e o quão pode agregar de valor para uma Sociedade mais justa e mais produtiva.